191 - tías. En la parte correspondiente al escenario en ot^os teatros

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tías. E n l a parte correspondiente a l escenario en ot^os
teatros, en este se destaca u n colosal ó r g a n o que sirve
para tocar las marchas o himnos nacionales como eA la
ocasión presente y a c o m p a ñ a r a la orquesta y coros V i
los grandes conciertos, que a q u í se verifican durante er
año.
P r e s i d i ó el acto de i n a u g u r a c i ó n el p r í n c i p e A r t h u r
de Connanght, en nombre del R e y Jorge V .
Todo el salón estaba lleno de grandes personalidades científicas y literatas de ambos mundos; pues han venido delegados representantes de todas las naciones
europeas y americanas.
E n t r e la concurrencia se v e í a n b r i l l a n t e s uniformes
y elegantes s e ñ o r a s , que ocupaban los palcos.
E l n ú m e r o de congresistas extranjeros que acudieron a este acto, fue en n ú m e r o de ocho m i l , y q u i n i e n tos módicos e s p a ñ o l e s de varias p r o v i n c i a s .
E l p r í n c i p e A r t u r h de Oonnanght, fué el p r i m e r o
que se l e v a n t ó para dar en nombre del R e y la b i e n v e n i da a todos los congresistas y a b r i r el Congreso i n t e r n a cional de Medicina.
Eduardo G r e y t a m b i é n u n i ó su saludo de b i e n v e n i da a todos los m i n i s t r o s extranjeros que v i s i t a n a L o n dres con este m o t i v o .
D e s p u é s h i z o uso de l a palabra, el D r . T o m á s P a r l o u ,
presidente del Congreso i n t e r n a c i o n a l de M e d i c i n a , y
con fácil a la vez que elocuente palabra, d i r i g i ó a las
s e ñ o r a s frases de c o r t e s í a , a s í como t a m b i é n a los congresistas y cuantas personas estaban presentes.
E n seguida d i ó lectura a u n trabajo o m e m o r i a sobre el t r i u n f o de la C i r u j í a moderna. A l t e r m i n a r su lectura, fué m u y aplaudido, y dijo que horab \ ' i eminentes
de la p r o f e s i ó n m é d i c a , v e n í a n a q u í de varios c o n t i n e n tes para unirse, a fin de dar i m p u l s o a su progreso.
- .. ^ j S ^ X ^ ^
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E u los d í a s sucesivos se han verificado las r e u n i o nes de las diferentes secciones de medicina y cirujía. E n
dichas secciones solo son admitidas las memorias escritas en i n g l é s , f r a n c é s , a l e m á n y ruso.
H a n presentado trabajos m u y i m portantes que son
discutidos los doctores Jarnes, Oliichton, B r o v v n e , M a r vey, C u s k i n h , H a r v a r d U n i v o r s i t y , W i r k l l cher, Q-eclieimer, R a t , W . Baleson, J o c h B u r u s , E n r l i n c h de F r a n k f o r t - o n M a i n e , H a r v e y Cusking, R . B l i t z , Lazarus B a r lou, Paul Echrliech.
Son diferentes los temas presentados por dichos
doctores, correspondientes a medicina cirujía.
E l m á s notable trabajo presentado al Congreso y
en la sección de c i r u j í a , ha sido el del D r . B l i t z y B a r b ó n ,
sobre un caso p a r t i c u l a r de c á n c e r y los medios de su
curación.
Los resultados de este torneo científico, tendremos
o c a s i ó n de v e r l o consignado en las revistas c i e n t í f i c a s y
algún l i b r o qne se publique al respecto.
S i tengo tiempo disponible, d e s p u é s de asistir Constantemente por m a ñ a n a y tarde a mis dos secciones en
que estoy i n s c r i p t o y por quien tengo m i p r e d i l e c c i ó n
que son la H i g i e n e y E l e c t r o t e r a p i a , le m a n d a r é m i segunda carta con nuevas noticias.
APUNTES DE VIAJE
PEXICO
DE NUEVA YORK A MÉXC
IO — DF
IERENTES T
IN
I ERARO
I S—LOS
DORMT
IORO
IS PULLMAN—ST
IUACÓ
IN DE LA CU
IDAD —
NOMENCLATURA DB LAS CALLES—SS
ITEMA DE AFIRMADOS—PLAZAS Y PASEOS EDIFICIOS NOTABLES—LA CATEDRAL—EL PALACO
I NACO
INAL— LOS TRAJES — LA ESCUELA DE N
IGENE
IROS—LA BB
ILO
I TECA NACO
INAL
MONUMENTOS DE HOMBRES NOTABLES— EL PULQUE—
OBRAS PÚBLC
IAS—LOS LAGOS—DESAGÜE DEL VALLE—
OBRAS DE SALUBRD
IAD Y AGUAS CORRE
INTES—LA INSTRUCCÓ
IN PÚBLC
IA—LOS INDIOS.
E m p e z a r é con algo sobre esta interesante ciudad,
que ha sido l a cuna de la c i v i l i z a c i ó n azteca, el p r i m e r
v i r e i n a t o en A m é r i c a , que ha ensayado dos i m p e r i o s tan
desgraciado el uno como el otro, y , m á s que todo, sabiendo la benevolencia con que se j u z g a al que escribe por
el placer de oir algo sobre M é x i c o ,
Desde los Estados - TJnidos, o m á s bien desde
N e w - Y o r k , h a y varias v í a s para d i r i j i r s e a M é x i c o ; —
por mar, por f e r r o c a r r i l o ambas. Yendo por mar se
hace escala en la Habana desde N e w - Y o r k y se desembarca en V e r a - C r u z , que dista solo once horas de ferroc a r r i l de M é x i c o y en el que se goza del paisaje m á s
hermoso que se puede desear, sin contar las bellezas del
f e r r o c a r r i l en sí mismo, con pendientes hasta de 40 por
Ramillete de Pensamientos
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m ü y en el que se emplean, en esta parte d i f i c i l , locomotoras t i p o F a i r l i e ,
S i se hace el viaje por f e r r o c a r r i l ú n i c a m e n t e , h a y
una cantidad de rutas, pero se pueden reducir a dos: por
N e w Orleans y por St. L o u i s (Mo). Y o e l e g í esta ú l t i m a ,
que es la m á s corta y hace menos calor; y en M é x i c o el
f e r r o c a r r i l nacional mexicano que es de trocha angosta
(3 pies), lo que exige u n segundo cambio de coche P u l l man el p r i m e r o tiene l u g a r en St. L o u i s . E l ferrocar r i l c e n t r a l mexicano emplea u n d í a m á s , pero tiene la
ventaja de no cambiarse de coche P u l l m a n m á s que en
St. L o u i s ( M o ) .
L a distancia de N e w - Y o r k a la ciudad de M é x i c o ,
por l a v í a , la m á s corta es de 2844 millas o sean 4573
k i l ó m e t r o s . Se tarda en recorrerlas cuatro d í a s , 22 horas y 15 minutos a la i d a y cinco d í a s , una hora y 30
m i n u t o s a la v u e l t a . L o s coches-dormitorios P u l l m a n
empleados en todo el trayecto hacen perfectamente soportable el viaje; el m o v i m i e n t o no puede ser m á s suave; las camas m u y buenas; el reproche a hacerles reside
ú n i c a m e n t e en la dificultad que hay para
vestirse
y desnudarse, sobre todo el que tiene la poca f o r t u na de ocupar la cama superior. H a y m u y poca diferencia en los P u l l m a n para la trocha angosta, a d e m á s de
que solo se usan durante 40 horas.
Algunos de estos coches son los que se empleaban
en los Estados Unidos cuando h a b í a muchas v í a s angostas que hoy han sido ensanchadas; por ejemplo, la de
Denver y R i o Grande.
Como paisaje, en los Estados Unidos se disfruta del
paso de los montes A l l e g h e n y , se puede decir, desde
H a r r i s b u r g hasta cerca de P i t t s b u r g . E n este camino se
encuentra, entre A l t o o n a y G a l l i t z e n , el famoso hoi'se
shoe, en la l í n e a , que cuando se c o n s t r u y ó se consideraba como una g r a n obra de i n g e n i e r í a ,
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E n M é x i c o hay varios en el f e r r o - c a r r i l nacional,
en los pasoa de algunos c a ñ o n e s ; y desde T o l u c a hasta
M é x i c o , se une a la belleza del paisaje la dificultad de
la c o n s t r u c c i ó n de la l í n e a : — a cada momento, siguiendo
la falda de las m o n t a ñ a s ^ se descubre el precioso v a l l e
de M é x i c o , el reflejo de sus lagos y la ciudad de color
blanco, muy estendida y con una inmesidad de torres
de iglesia,—yo no tuve l a suerte de ver los volcanes
Poporatepetl e I x t a c c i h u a t l cubiertos de nieve, debido a
la bruma y a las nubes; pero lo que he v i s t o es tan encantador que creo difioil o l v i d a r . L a a l t u r a mayor porque pasa la l í n e a del f e r r o c a r i l es de 3.242 metros en el
punto llamado L a Cima.
L a ciudad de M é x i c o e s t á a 2266 metros sobre e l
n i v e l del mar, lo que p e r m i t e que el aire e s t é bastante
purificado, como para h a c é r s e l o sentir a l recien llegado.
Se siente una pesadez de cabeza los primeros d í a s , flojedad, cansancio e x t r a o r d i n a r i o al subir las escaleras, por
c ó m o d a s que sean; d e s p u é s de unos d í a s , uno se acost u m b r a y recobra su estado n o r m a l .
L a t e m p e r a t u r a en el verano es m u y suave, no h a y
g r a n calor, sólo e s p o n i ó n d o s e al sol; llueve con frecuencia en los meses de J u n i o a Septiembre, que es la e s t a c i ó n
de las l l u v i a s , y es en la que se goza de mejor salud. A
la tarde siempre se siente bastante fresco, como para
que se tenga la prudencia de salirse a la calle con sobretodo l i j e r o .
L a ciudad, como todas las de origen e s p a ñ o l , tiene
sus calles que se cruzan a á n g u l o recto, aunque sin
d i v i d i r blocs de las mismas dimensiones; los h a y de dos
y tres calles, dando l u g a r así a muchas calles cortadas.
E l ancho en general es suficiente y por cierto que sorprende, dado su origen; pero lo mas curioso es su nomen-
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d a t a r a : cada cuadra en general tiene u n nombre diferente y cuando hay dos o mas con el mismo nombre, se les
distingue por p r i m e r a , segunda, etc., rara vez pasa de
tercera y t a m b i é n con el afijo, puente, callejón, etc. L a
nueva nomenclatura es perfecta, pero desgraciadamente
nadie la sigue, aunque es la ú n i c a que e s t á escrita en
las esquinas; creo que no h a y nadie que pueda g u i a r l o .
a uno si p r e g u n t a por una d i r e c c i ó n , diciendo calle
n ú m e r o tanto, sur o norte. Los gendarmes n i los cocheros las conocen.
S e g ú n ella, la ciudad esta d i v i d i d a en cuatro d i s t r i tos por dos ejes perpendiculares; se l l a m a n avenidas las
calles que corren de este a oeste, y se d i s t i n g u e n por
oriente y poniente, s e g ú n el lado del eje a que se encuent r a n ; y las calles son norte y sur. Cuando hay calles
cortadas, se les pone el n ú m e r o de la o t r a m á s p r ó x i m a
y se agrega una l e t r a A , B , O, etc. Este sistema tan
sencillo y tan fácil para el recien llegado, no le es de
u t i l i d a d alguna, y al paso que v á n no lo s e r á por mucho
tiempo.
Los afirmados son en general de macadam, con piedra algo gruesa; en las calles principales e s t á n aplicando el c o m p r i m i d o de h o r m i g ó n en forma de adoquines y
parece que d á buen resultado; esto se e x p l i c a en parte
por la carencia de tráfico pesado; lo construyen sin
cemento; hacen una base de piedra i r r e g u l a r , que ya
tiene el bombeo a darse; sobre esta se echa una capa de
arena de unos 10 c e n t í m e t r o s de espesor y sobre é s t a los
adoquines.
E l afirmado de madera no ha dado resultado, debido
a la l l u v i a frecuente en la e s t a c i ó n de las mismas y la
seca en la o t r a .
E l «centro» de l a ciudad lo constituye la Plaza
M a y o r , de. forma cuadrangular, que tiene unos 200
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metros por costado; tiene una g r a n g l o r i e t a central, de
la cual nacen una serie de paseos con á r b o l e s a los lados
y que forman p e q u e ñ o s jardines: en algunos de é s t o s se
ven grupos de piedras que han pertenecido a templos
aztecas p r i m e r o y d e s p u é s a templos c a t ó l i c o s . L a g l o r i e t a en donde los jueves y domingos toca una m u y
buena banda de m ú s i c a , se l l a m a el « J a r d í n del Z ó c a l o » ,
porque la f o r m a el zócalo de u n monumento que d e b i ó
levantarse en c o n m e m o r a c i ó n de la independencia, unos
40 a ñ o s h á .
E n la parte Nor-este h a y algunos kioskos en los
que se venden flores a precios í n f i m o s ; — e s sensible que
e s t é n t a n lejos de P a r í s para el d í a p r i m e r o del a ñ o .
E l costado N o r t e de la plaza lo ocupa la Catedral,
que es u n verdadero monumento. Tiene la a r q u i t e c t u r a
c a r a c t e r í s t i c a de todos los edificios de su é p o c a : el frente m u y recargado de adornos tallados en l a misma piedra, y los f o r m a n una especie de pilastras en forma de
consola alargada de a r r i b a , de la cual se h u b i e r a derramado una l l u v i a de p e q u e ñ o s adornos de flores, figuritas,
a l e g o r í a s , etc.
I n t e r i o r m e n t e es de un lujo deslumbrador,—y toda
con b ó v e d a s y c ú p u l a s m u y bien sostenidas; las capillas
laterales tienen sus altares tan cubiertos de oro que hay
que hacer u n esfuerzo para descifrarlos; el altar m a y o r
lo es t o d a v í a m á s .
E l coro ocupa una buena parte de la nave c e n t r a l y
se encuentra encerrado por una balaustrada de m e t a l que
parece bronce, aunque contiene oro, plata y cobre—es de
una riqueza e x t r a o r d i n a r i a . — E l ciprés e s t á hecho con
columnas de m á r m o l e s finísimos de diversos colores y
ocupando t a m b i é n la nave c e n t r a l , de modo que su efecto
a r q u i t e c t ó n i c o e s t á m u y reducido.
L o que es r i d i c u l o es que el piso de toda la iglesia es
— 198 de madera. E n las sillas del coro h a y trabajos m u y buenos de tallado.
E l costado Este de la plaza lo forma el palacio nacional, enorme edificio enteramente sencillo como arquitectura, que solo se impone por su dimensiones. Tiene
tres grandes patios con g a l e r í a s altas y bajas que dan
acceso a las oficinas. E n este palacio e s t á instalada la Presidencia y algunos ministerios, como t a m b i é n la dirección general, los archivos y la oficina m e t e o r o l ó g i c a .
H a y un proyecto de fachada, s e g ú n me han dicho, en sust i t u c i ó n de la actual.
Los costados Sud y Oeste de la plaza, los f o r m a n los
CTiTioaos portales, que uno de estos, el de « L a s F l o r e s » ,
es m a g n í f i c o .
L a parte i n t e r n a de los pilares de los portales l a
ocupan vendedores que tienen ua p e q u e ñ o escaparate y
que venden toda clase de objetos; en unos son c i g a r r i llos, fósforos, estampillas y t a l vez a l g ú n p e r i ó d i c o i l u s trado; otros l i b r o s viejos y de o c a s i ó n , muchos en l a t í n ,
algunas novelas d r a m á t i c a s e s p a ñ o l a s de g r a n fuerza, y
por los que piden tres o cuatro veces m á s de lo que r e a l mente quieren obtener; otros con anteojos de todas clases y para todas las vistas, juguetes para n i ñ o s , correas,
estribos, etc.; m á s a l l á cadenas y relojes a cual m á s ord i n a r i o , prendedores, r o p a hecha, sombreros de paja;
otros hacen tarjetas al m i n u t o e impresiones de todas clases, y una cantidad en que venden dulces y frutas secas
en idem y como si no h u b i e r a bastante en este mundo de
vendedores fijos, los h a y ambulantes de los mismosobjetos, un sin n ú m e r o s de muchachos g r i t a n d o JEl Nacional,
E l Tiempo j E l Universal, «de m a ñ a n a » , recargando la
voz sobre la ú l t i m a s í l a b a de lo que anuncian, por lo general alguna nueva de sensación; otros tantos con el «últ i m o n ú m e r o » o el « ú l t i m o entero que me q u e d a » , o los
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«10.000 para m a ñ a n a » . A eso de las nueve de la noche se
cierran todos los estantes y solo quedan en los portales
aquellos que v a n a pasar allí la noche por no tener h a b i tación.
Las tiendas debajo de los portales no ofrecen p a r t i cularidad alguna; sólo que sus nombres y de lo que venden e s t á n escritos en el cielo-raso del p o r t a l , aunque t a l
vez allí se les observa poco.
Es t a m b i é n curioso observar la gente que los a t r a viesa: la mayor parte son indios vestidos de blanco: pant a l ó n - c a l z o n c i l l o , camisa y calzado: a veces con sandalias de cuero,, algunas menos con botines y en general
sin nada, pero siempre coronado por u n sombrero char r o de paja. Se ven algunas personas que lucen unos t r a jes preciosos y lujoso de charro. E l p a n t a l ó n muy ajustado y con unos pliegues a lo largo de la franja, O a l g ú n
adorno en zig-zag r e e m p l a z á n d o l a , y que suelen ser con
hilo de plata, con botones de lo mismo; l a c h a q u e t i l l a es
de corte cuadrado, con los mismos adornos. Casi todo el
lujo reside en el sombrero, que tiene la copa la f o r m a de
un g o r r o f r i g i o sin quebrarse y unas alas m u y salientes,
quince c e n t í m e t r o s f á c i l m e n t e ; estos llevan u n adorno de
oro o p l a t a en todo su derredor, el que hace pendant
a la c i n t a que encierra la copa. Es u n traje muy gracioso y lo l l e v a n con cierto garbo que deja ver el o r g u l l o de
su propietario a l verse admirado. E l hecho es que u n t r a je completo, con su sombrero, les cuesta a veces una peq u e ñ a f o r t u n a : sobre todo si se agrega la silla, que se
presta a enchaparse de p l a t a .
E l edificio p ú b l i c o m á s notable de la ciudad, es l a M i nería, o m á s bien Escuela de Ingenieros—es una obra de
arquitectura de g r a n m é r i t o ; no a s í su c o n s t r u c c i ó n , que
ha probado ser de la peor especie.
Las paredes en su mayor parte se encuentran i n c l i -
-^200!nadas, sobre todo las que reciben el empuje de los arcos
que encierran el patio p r i n c i p a l — l a escalera es monun u m e n t a l , sostenida por arcos de piedra mu.j elegantes:
— l a cubierta de l a caja es de h i e r r o recubierto de madera,
y supongo que esta ha sido una reforma debida al m o v i miento del edificio dados sus malos cimientos, no se conc i b i r í a de otro modo una f a l t a de gusto tan grande. E n
cuanto a la i n s t a l a c i ó n es de p r i m e r orden, sobre todo la
parte de q u í m i c a que tiene l a b o r a t o r i o para la p r á c t i c a
de los estudiantes, y que e s t á dotado de todo lo necesario para hacer a n á l i s i s de todas clases.
Los gabinetes de modelos de m e c á n i c a y sobre todo
el de instrumentos de t o p o g r a f í a , se pueden calificar de
completos. H a y t a m b i é n instalada una oficina meteorol ó g i c a dotada de todos los aparatos necesarios. Debo
confesar que en esta ú l t i m a s e n t í el pesar de ver algunos
datos solo en medidas inglesas, como la p r e s i ó n del vient o a tantas libras por p i ó cuadrado.
Otras instituciones de g r a n i m p o r t a n c i a son las escuelas de medicina, de derecho y sobre todo la escuela
p r e p a r a t o r i a , que recibe alrededor de 2.000 alumnos ent r e libres y matriculados", los gabinetes de física, q u í m i ca e h i s t o r i a n a t u r a l , son de p r i m e r orden.
L a B i b l i o t e c a N a c i o n a l ocupa el a n t i g u o templo de
San A g u s t í n : es r i q u í s i m a en documentos antiguos, en
manuscritos en lengua azteca que se e s t á n traduciendo
activamente: tiene unos 200.000 v o l ú m e n e s .
L a nave p r i n c i p a l es la sala de lectura y e s t á bastante bien alumbrada. Se prepara una nueva sala para
los lectores de noche. A p r o p ó s i t o de libros antiguos, se
e s t á publicando por series las actas de todos los cabildos
que han tenido l u g a r en M é x i c o , desde el a ñ o 1B24 me
parece: esta sola e n u n c i a c i ó n d á una idea de su importancia.
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201 —
E l g r a n paseo de la tarde es el de la R e f o r m a — t i e ne una l o n g i t u d de un poco más de tres k i l ó m e t r o s y unos
50 metros de ancho, sin comprender las avenidas a los
costados, para peatones, de unos seis metros y con una
fila de á r b o l e s a cada lado—de distancia en distancia
hay bancos de piedra a la sombra de los á r b o l e s . — Y en la
calzada, cada 600 metros hay unas glorietas de 120 metros de d i á m e t r o y rodeadas de bancos.
Cada una de ellas e s t á destinada a r e c i b i r an m o n u mento. E n la cabecera poniente del paseo, se encuentra
la e s t á t u a escuestre en bronce de O á r l o s I V , p r i m e r a obra
i m p o r t a n t e en bronce hecha en A m é r i c a , siendo de una
sola pieza y pesando cerca de t r e i n t a toneladas. L l a m a
la a t e n c i ó n l a forma del caballo—roca a n d a l u z a . — E n
una de las placas laterales del pedestal, debajo de las
inscripciones conmemorativas, se lee respecto del monumento: «México lo conserva como una obra de a r t e » (si
mal no recuerdo).
A cada lado del paseo, hasta llegar a l m o n u m e n t o
de C r i s t ó b a l Colón, hay una s é r i e do e s t á t u a s conmemorando hombres ilustres: su t a m a ñ o es demasiado reducido. E l pedestal del monumento a C r i s t ó b a l Colón tiene
algunos bajos relieves en bronce, representando escenas
de su v i d a . L a e s t á t u a lo representa descorriendo el velo
que oculta el Nuevo M u n d o . Este monumento ha sido
costeado por el Sr. D . A n t o n i o Escanden y hecho por
un a r t i s t a f r a n c é s , M r . Cordier.
E l otro,monumento del paseo es el levantado en honor de G-uatimotzin, ú l t i m o rey azteca: el pedestal es
muy bonito, de un estilo mexicano definido. Tiene algunos bajos-relieves en bronce, aunque no de g r a n m é r i t o .
L a e s t á t u a representa al rey i n d i o expresando toda su fiereza, en traje de guerrero, y por cierto que no es el i n dio actual el que ha servido de modelo. Es un l i n d o m o .
numento y su autor es e l Sr. D . Francisco G i m é n e z .
— 202 P r o n t o se c o l o c a r á el de J u á r e z , que parece h a r á
un honroso pendant a los anteriores.
Este paseo es recorrido a la tarde por una infinidad
de carruajes puestos con todo lujo y que dan el placer,
al extranjero que e s t á de paso, de poder convencerse de
la j u s t i c i a en la fama que tienen las mexicanas de tener
ojos divinos:—por m i parte estoy m á s que convencido,
pues h a y algunos que t o d a v í a me baoen distraer de m i
escritura. Y como complemento se a d m i r a en todo su
esplendor los lujosos charros en caballitos preciosos^
vivos como el r a y o y ensillados con todo lujo. Los juches y domingos se toca la m ú s i c a en el rond-point del
monumento a C r i s t ó b a l C o l ó n .
Los domingos a las doce, d e s p u é s de misa, todo el
mundo se d i r i g e a la Alameda, en donde se pasean hasta
la una y media. Este paseo tiene unos 600 metros por 460
de a n c h o — e s t á lleno de á r b o l e s que hacen sombra suficiente para que no se preocupe nadie de la h o r a — e s t á
lleno de senderos y en el centro tiene u n bonito juego
de agua.
Pero el pueblo soberano tiene a la noche su m ú s i c a
en la Plaza M a y o r , m u y buena por cierto, contribuyendo
a hacerle agradable su estancia allí el sin n ú m e r o de
vendedores ambulantes: pulque en p r i m e r a l í n e a , helados o nieves, frutas, refrescos, etc. Respecto del pulque,
como es una bebida nacional por excelencia, merece conocerse. Se obtiene de l a p l a n t a llamada maguey, que es
la que en el campo entre nosotros l l a m a n p i t a . Cuando
una p l a n t a tiene ocho a ñ o s m á s o menos se le corta abajo en la parte central, de manera que forme u n cáliz, que
r e c i b i r á la s á v i a que se escurre, de modo que la planta
queda perdida. Esta s á v i a f e r m e n t a y su producto es el
pulque. Como una p l a n t a requiere tantos a ñ o s para ser
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ú t i l las plantaciones son inmensas, de lo que se puede
juzgar tomando el f e r r o c a r r i l Mexicano, que las atraviesa durante horas. S e g ú n me dijeron una planta p r o duce cinco pesos de pulque, lo que parece enorme dado
el precio ínfimo a que se vende. E l gusto de la bebida lo
e n c o n t r ó abominable y eso que p r o b é un especial. Es t a n
grande el consumo que de él se hace que hay todos los
días dos trenes llamados «de p u l q u e » que lo traen a M é xico. Dicen que tiene u n p r i n c i p i o a l i m e n t i c i o , b a j o cuyo
pretexto se puede doblar la dosis; con este antecedente
uno se asombra de lo desarrollado que e s t á e l i n s t i n t o de
c o n s e r v a c i ó n en el pueblo los días de fiesta.
Recorriendo la ciudad so ven algunas casas de aspecto grandioso y que a juzgar por algunas i n c r i p c i o n e s
o adornos que ostentan, han visto pasar algunas generaciones. U n ejemplo de m é r i t o es la casa que ocupa el
Banco N a c i o n a l ; formando esquina, de modo que por
dos lados puede r e c i b i r luz del exterior. U n g r a n patio
i n t e r i o r permite hacer dos filas de cuartos que todos reciben luz directa. E l p a t i o tiene en dos de sus costados
una g a l e r í a en el p r i m e r piso, sostenidas cada una por u n
magnífico arco m u y rebajado y de una abertura t a l vez
de 12 metros. Estos dos arcos tienen una i n t e r s e c c i ó n
para poderse apoyar en los muros: son t a n ligeros que
a pesar de no estar decorados hay que convenir en que
son bellos. E n l a a r c h i v o l t a l l e v a n una l a r g a i n s c r i p c c i ó n
con la fecha del comienzo y del fin de la obra (1776j;
el nombre y todos los t í t u l o s del p r o p i e t a r i o , u n Conde
de B a l p a r a í s o . Otra curiosidad del mismo edificio es la
escalera i n t e r i o r ; e s t á formada por dos helixoides que
tienen origen a la estremidad de u n mismo d i á m e t r o y
los escalones de piedra se sostienen entre sí y por unas
columnitas m u y feas de trecho en trecho.
Casi todas las casas tienen l a forma de é s t a , aunque
— 204 —
sólo alguna que o t r a a n t i g u a tiene g a l e r í a s s o s t e n i d a »
por arcos; en general lo son por consolas o columnas y
la g a l e r í a e s t á parapetada de macetas con flores. L a parte baja es siempre h ú m e d a y no es habitada; allí e s t á n las
caballerizas y cocheras—en casi todas las casas hay
v a r i o s coches.
L a «Casa de los Azulejos»^ que ha sido tantas veces
descrita y que h o y ocupa el Jockey-Club es u n e s p l é n d i do palacio. L a s columnas que sostienen las g a l e r í a s tienen u n trabajo delicado en sus adornos; la g r a n balaustrada que encierra la g a l e r í a porque no quiero decir nada sobre los Azulejos de Puebla que adornan tanto la fachada como el i n t e r i o r , los artesonados, la m o n u m e n t a l
escalera, en fin, todas las riquezas de este palaci© de
propiedad p a r t i c u l a r ; otros lo han descrito.
U n a g r a t a i m p r e s i ó n deja la v i s i t a a la Academia de
Bellas A r t e s , en donde se e n s e ñ a el dibujo, la p i n t u r a ,
la escultura, el grabado, etc., y t a m b i é n el l u g a r de exp o s i c i ó n . E n p i n t u r a tiene la Escuela N a c i o n a l antigua
y moderna, en l a que h a y algunos ejemplos de m é r i t o ,
sea por el colorido como por el dibujo. E l edificio fué
construido especialmente para ese objeto; pero como
siempre, la humedad salitrosa v á invadiendo los muros
del piso bajo.
Como obras p ú b l i c a s de c o n s i d e r a c i ó n figura en p r i mera l í n e a el d e s a g ü e del V a l l e de M é x i c o , valle que como es sabido, es completamente cerrado y por lo tanto
sujeto a inundaciones, provenientes de las crecientes de
los r í o s cuando las grandes l l u v i a s . Y a en el a ñ o de 1600,
el eminente ingeniero E n r i q u e M a r t í n e z h a b í a proyectado esta i m p o r t a n t e obra, aunque el costo la redujo a sólo
el d e s a g ü e del lago de Z u m p a n g o , que es el que ocupa el
n i v e l m á s alto.
L a obra c o n s i s t í a en u n g r a n t ú n e l que l l e v a r í a el
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205 —
agua al r í o T a l a , — el t ú n e l siendo revestido con adobes
fué f á c i l m e n t e deshecho en una gran i n u n d a c i ó n y para
a b r i r l o de nuevo fué necesario emplear miles de indios,
venciendo por el n ú m e r o y l l e g á n d o s e a s í a hacer lo que
se l l a m a hoy el «Tajo de N o c h i s t o n g o » , por el c u a l h o y
tiene acceso a l v a l l e el f e r r o c a r r i l c e n t r a l Mexicano.
E l sitio que ocupa hoy la ciudad de M é x i c o , fué p r i m i t i v a m e n t e u n g r a n lago con una p e q u e ñ a isla (sitio de
la Plaza M a y o r ) , en la cual se r e f u g i a r o n los aztecas hace algunos siglos, cuando h u í a n de la esclavitud a que
los h a b í a n sometido sus conquistadores. Empezaron a
estenderse sucesivamente edificando sobre el agua, com u n i c á n d o s e por medio de puentes en las calles. A s í con
el t i e m p o , ayudado por el efecto de los chinampas o j a r dines flotantes se fué levantando el n i v e l del fondo del
lago hasta retirarse las aguas al lago de Texcoco, que se
encuentra a un n i v e l un poco i n f e r i o r . Pero sucede que
e f e c t u á n d o s e t a m b i é n el d e s a g ü e de la ciudad en é s t e ú l t i m o , su fondo se ha levantado, su superficie siendo fácilmente aumentada a p u n t o que en alguna fuerte l l u v i a
ha llegado a ser su n i v e l i g u a l o superior al de l a ciudad,
e n c o n t r á n d o s e por lo tanto inundada. L a p r o f u n d i d a d
del lago es m u y p e q u e ñ a ( m . 0'50) y aunque su superficie
es considerable, una l l u v i a continuada la aumenta notablemente; su n i v e l desciende sólo por e v a p o r a c i ó n .
E l agua es salada. E s t o , ayudado de la a l t u r a a que
se encuentran todos los otros lagos, Z u m p a n g o , San Crist ó b a l , etc., amenazan de t a l modo la ciudad, que ha sido
necesario realizar el gigantesco proyecto de M a r t í n e z .
U n canal de poco m á s de 40 k i l ó m e t r o s de largo, de los
cuales 14 son en t ú n e l , p e r m i t i r á d e s a g ü a r el v a l l e , llevando las aguas al r í o T a l a y é s t e al Panuco y é s t e ú l t i mo al golfo de M é x i c o . Esta obra c o s t a r á doce millones
de pesos y e s t á y á en c o n s t r u c c i ó n . E l l a p e r m i t i r á apro-
— 206 veohar una cantidad de terreno e x t r a o r d i n a r i a y de fert i l i d a d especial, resultado de tanto d e p ó s i t o . S i el desag ü e del valle se complementa con las obras de salubridad
de la ciudad, y que t e n d r á n el mismo d e s a g ü e , h a r á n de
M é x i c o la ciudad en mejores condiciones h i g i é n i c a s del
mundo.
H o y el drenaje de la ciudad es m u y deficiente y eso
que ú l t i m a m e n t e se ha hecho mucho por m e j o r a r l o ; los
conductos en las calles son p e q u e ñ o n ú m e r o de forma
inadecuada, m a l nivelados y de dimensiones reducidas;
la cloaca colectera es u n canal abierto que se hace sentir
a alguna distancia por el fuerte olor que despide; ésto
ú l t i m o e s t á mejorado antes de llegar a su t é r m i n o porque los residuos e m p i r o - n e t i m á t i c o s de la usina del gas
cambian el olor de p u t r e f a c c i ó n y en parte l a destruyen;
una prueba de la deficiencia del drenaje, es que esta
cloaca sólo conduce medio metro c ú b i c o de agua por segundo.
A su t é r m i n o , en San L á z a r o se ha establecido una
casa de bombas que eleva todo el l í q u i d o de esta cloaca,
d e s p u é s se ha filtrado u n poco, a una a l t u r a de 1'60 mts.
m á s o menos, lo que le p e r m i t e correr f á c i l m e n t e por un
canal o echarse en el lago de Pexcoco. L a casa tiene cuat r o bombas que dan u n gasto cada una de medio metro
c ú b i c o por segundo, y funcionan juntas o separadamente, s e g ú n que llueva o no. A s í , si no se e v i t a que se i n u n de la ciudad cuando caen l l u v i a s excepcionalmente
torrenciales, por lo monos queda reducida a m u y poco
tiempo.
E l agua que se s u m i n i s t r a a la ciudad es de m u y buena calidad y la h a y de dos clases: delgada y gruesa; é s t a
ú l t i m a debe su calificativo a una p e q u e ñ í s i m a cantidad
de carbonato de calcio que contiene. E l agua delgada proviene de unas fuentes en las sierras de los Leones, y del
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207 —
/
desierto a unos 30 k i l ó m e t r o s a l sudoeste de la oiudald; '
la conducen dos p e q u e ñ o s acueductos con los mismas
nombres, que se r e ú n e n en Tres Cruces, c o n t i n u á n d o s e , Q
no sin antes haber atravesado algunos t ú n e l e s , hasta*4
unos seis k i l ó m e t r o s y medio de la ciudad, en que el canal e s t á formado hasta el cerro de Ohapultepec por una
parte de la a n t i g u a a r q u e r í a de piedra y l a d r i l l o , que en
otro tiempo llegaba hasta la A l a m e d a y que, desgraciadamente, las reformas de la ciudad han destruido a l g u nos cientos de los 900 arcos que lo c o n s t i t u í a n .
Desde Ohapultepec el agua viene por tubos de h i e r r o de 0'80 mts. de d i á m e t r o para d i s t r i b u i r s e a la ciudad; esta ú l t i m a c a ñ e r í a i m p o r t ó 360,000 pesos y tiene
unos cinco k i l ó m e t r o s de largo.
E l agua gruesa nace en el mismo cerro de Ohapultepec; es elevada por unas bombas hasta el n i v e l del a n t i guo acueducto de m a m p o s t e r í a que la c o n d u c í a antes,
n i v e l que ha bajado dado el gasto excesivo de agua de
estas fuentes; d e s p u é s sigue por una c a ñ e r í a de h i e r r o
de sólo 0'60 de d i á m e t r o , de una l o n g i t u d de 3,000 mts.
y habiendo i m p o r t a d o cien m i l pesos.
Terminadas completamente estas obras, el agua tend r á en la ciudad una a l t u r a de 15 metros.
H a y t a m b i é n en l a ciudad infinidad de pozos artesianos que a q u í han dado resultado excelente.
Los alrededores de M é x i c o son m u y pintorescos, sobre todo del lado Este en que el valle se encuentra a n i vel m u y superior. A l l í e s t á el famoso castillo de Ohapultepec, residencia de verano del presidente y donde e s t á
la Escuela M i l i t a r . E l palacio e s t á r e c o n s t r u y é n d o s e a
juzgar por los trabajos que en él se hacen. Sólo se tiene
acceso con una tarjeta del gobernador del d i r i t o .
L a s i t u a c i ó n no puede ser mejor; sobre el cerro y teniendo a u n lado el paseo de la Reforma, que él lo t e r m i -
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208 —
na, dominando completamente el v a l l e de M é x i c o , d i s t i n g u i é n d o s e (en los d í a s claros) perfectamente los volcanes,
todos los pueblitos sobre las faldas de las m o n t a ñ a s , los
lagos, las l í n e a s de á r b o l e s de los caminos carreteros, etc.
Es de allí de donde puede apreciarse la belleza del v a l l e ,
no c a n s á n d o s e j a m á s uno de a d m i r a r l a .
Cerca de Cbapultepec e s t á T a c u l a y a , pueblito de verano y en el que he tenido o p o r t u n i d a d de admirar algunas quintas e s p l é n d i d a s .
H á c i a el norte de la ciudad se encuentra Guadalupe,
famosa por su iglesia, dedicada a la V i r g e n de Guadalupe, p a t r o n a de M é x i c o . E n la iglesia que se construye
ahora, hay una p o r c i ó n de frescos con motivos de la
a p a r i c i ó n de la V i r g e n al indio J u a n Diego, y en la cima del cerro se encuentra la c a p i l l a p r i m e r a en el inter i o r de l a cual hay cientos de cuadritos con escenas en
las cuales la V i r g e n ha sido protagonista salvando a alg ú n enfermo deshauciado o m i t i g a n d o sus dolores, aunque d e j á n d o l o s d e s p u é s m o r i r . E n f r e n t e de la iglesia, al
e x t e r i o r , se v é una pared que tiene las formas de las
velas de un buque,que la construyeron algunos marinos
a quienes hizo sentir su a c c i ó n benéfica la V i r g e n en
una g r a n tempestad.
E n el camino carretero, que es m u y bueno, con macadam, es curioso ver los indios arreando sus burritos
cargados, e s t á n d o l o ellos a su vez, sea de carga s i m i l a r
o con a l g ú n c h i q u i l l o — l l e v a n paja, lozas para veredas,
filtros a n á l o g o s a los de Mendoza^ Pulque, etc.
A todos los alrededores sirven l í n e a s de t r a n v í a s ,
teniendo coches de p r i m e r a y segunda clase.
E l h o r a r i o es aplicado con rigurosa e x a c t i t u d , lo que
no disculpa el precio exagerado del b i l l e t e ; baste decir
que en el i n t e r i o r de la ciudad, que no tiene una extensión tan grande, se paga seis centavos en p r i m e r a .
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209 —
Los trabajadores que se emplean en M é x i c o son todos i n d i o s ; con verdadera sorpresa los v i colocando t e léfonos, haciendo los pavimentos, en los ferrocarriles^
en las usinas, ete.
Tienen el don de la i m i t a c i ó n e i n t e l i g e n c i a suficiente, teniendo el g r a n defecto de la inconstancia.
E l sueldo que ganan es ínfimo: solo suficiente para llevar una v i d a miserable; v i v e n casi desnudo, comen unas
tortas y f r i t u r a s que no entran por la v i s t a y concluye de
alimentarse con pulque.
Debe haber muchos sin h a b i t a c i ó n , pues los portales alojan un buen n ú m e r o todas las noches y se les v é
t a m b i é n en las puertas de muchas casas. T a l vez t a m b i é n
es consecuencia de este salario mezquino la cantidad ext r a o r d i n a r i a de mendigos. N o puede uno detenerse y
cambiar una palabra con alguna persona, sin que inmediatamente se le acerquen a m e n d i g a r — y esto no es nada, si no le hacen ver alguna deformidad o enfermedad
horrorosa para i n s p i r a r c o m p a s i ó n .
U n ejemplo que me c o n v e n c i ó de lo reducido del
salario fué el ver que el b a r r i d o de la ciudad se hace a
mano y el riego del paseo de la r e f o r m a en cuadrillas de
hombres sacando agua en p e q u e ñ o s baldes de madera de
la acequia que h a y al costado. E n esta s i t u a c i ó n es muy
difícil que entre a competir el obrero e x t r a n j e r o .
E l consuelo que hay es la esperanza, bien fundada,
del relevamiento por la i n s t r u c c i ó n ; é s t a se ha desarrollado de un modo sorprendente, subiendo a m á s de dos
millones de pesos lo que se i n v i e r t e anualmente en escuelas. U n a noche r e t i r á n d o m e a casa, m o l e s t á n d o m e
mucho una c r i a t u r a de unos diez años por quele comprara diarios, le dije que no s a b í a leer: toda azorada se paró delante de m í y me dijo: ¿cómo no ha de saber leer el
Ramillete de Pensamientos
14
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210 -
n i ñ o , cuando bastas los m á s pobres los saben? Esta es
una buena prueba.
E l e s p a ñ o l que se habla es m u y castizo y eso a ú n
en la gente o r d i n a r i a . L a prensa debe c o n t r i b u i r muob0
dado lo bien que e s t á escrita; a é s t e se v é que f a l t a mat e r i a l de actualidad en el becho de que publican el diar i o a la tarde para que se lea al d í a siguiente. E n cambio los a r t í c u l o s son bien meditados.
Los hoteles son en general m u y malos; los restaurants no lo son mejores; pero en cambio los cocheros,
que en todas partes son el colmo de lo malo, en México
son de una c o r t e s í a exquisita^ y de una honradez absoluta; al subir al coche apuntan la hora en una p e q u e ñ a l i breta de modo que no hay e q u i v o c a c i ó n . Los gendarmes
son t a m b i é n m u y amables, aunque hay que criticarles el
que no sepan la nueva nomenclatura de las calles. Usan
revolver y garrote.
De la sociedad no puedo decir nada, pues no he tenido tiempo de penetrar en ella en los pocos d í a s que he
pasado allí; es i n ú t i l decir que la caballerosidad mas acabada he encontrado en todas las personas que he t r a t a d o ;
pero y a es mucho el g r a t o recuerdo que llevo de México
y solo d e s e a r í a la misma i m p r e s i ó n para los mexicanos
que visiten Buenos A i r e s .
Santander
EN
SANTANDER—CUESTO
INES OBRERAS—LA HUELGA DE
LOS MOZOS DE CAPÉ—LA FUERZA DE LA SUGESTO
IN EN
LOS OBREROS.
E l p r o l e t a r i o e s p a ñ o l es objeto en estos momentos
de una a c t i v í s i m a propaganda r e v o l u c i o n a r i a , en l a cual
prevalece un c a r á c t e r manifiestamente á c r a t a . Por toda la p e n í n s u l a , lo mismo en los centros industriales que
en las comarcas a g r í c o l a s , h á l l a n s e diseminados anarquistas que, a p r o v e c l i á n d o s e del malestar de las clases
obreras y trabajadoras, predican sus doctrinas y organ i z a n los n ú c l e o s obreros para la huelga general, que
u n d í a a c á y otro a c u y á , demuestra el fruto que obtienen
en su c a m p a ñ a .
E l centro del m o v i m i e n t o radica en Barcelona y en
L o n d r e s , de los cuales parte el impulso. E n esa propagandanda e x p l ó t a s e h á b i l m e n t e el sentimiento de solidaridad de los trabajadores que menos propiedad tienen
con las ideas l i b e r t a r i a s , procurando siempre que cualquier p a r a l i z a c i ó n parcial del trabajo se c o n v i e r t a en
general.
Realmente no es nada difícil conseguir que los obreros que no tienen n i n g u n a r e c l a m a c i ó n que hacer para
modificar las condiciones de trabajo se pronuncien por
el abandono de é s t e , a fin de que un g r u p o determinado
logre ver satisfechas sus demandas. A p o y a n d o a los
huelguistas y haciendo p r e s i ó n en su favor, f ó r m a s e
— 212
-
una corriente sólida profesional que pueda atraer a la
huelga un n ú m e r o i n f i n i t o de obreros hasta generalizarla. Todo depende de la fuerza que el sentimiento de sol i d a r i d a d haya adquirido entre é s t o s , y de la cual d e r í vase una conciencia m á s o menos profunda y persuasiva
en la identidad o en la c o o r d i n a c i ó n de los intereses y
de la mayor o menor bondad que d e t e r m i n ó la huelga
originaria.
Las huelgas de solidaridad son producidas por la
s i m p a t í a o por los p r i n c i p i o s , y muchas veces se da el
caso de que en ellas i n t e r v i e n e m u y p r i n c i p a l m e n t e la
sugestión, hasta un p u n t o t a l , que se comprende que,
en ciertas c o n d i c i o n e s . p s í q u i c a s y e c o n ó m i c a s , el contagio de la huelga sea verdaderamente intenso y r á p i d o ,
con lo cual a c r e d í t a s e una vez m á s los dos p r i n c i p i o s
fundamentales de la p s i c o l o g í a colectiva referentes a la
f o r m a c i ó n de los estados emocionales y al grado de i n tensidad de las emociones con r e l a c i ó n al n ú m e r o de
individuos.
L a prueba de ese contagio la tenemos actualmente
en Santander con la huelga general de todos los mozos
de café, estando por consiguiente cerrados estos establecimientos, y careciendo por lo tanto los forasteros de este centro de recreo y de un elemento tan necesario para
el i n d i v i d u o acostumbrado a esta e x p a n s i ó n cotidiana.
E n t r e las poblaciones que v i s i t é en E s p a ñ a durante
m i ú l t i m a j i r a de t o u r i s t a en 1877, una de ellas fué Santander. Con respecto a su i n d u s t r i a , comercio, establecimientos benéficos, c a r á c t e r de sus habitantes etc.; etc.,
me o c u p é extensamente en varias cartas que se publicaron en los diarios de Buenos A i r e s y que figuran en el
p r i m e r tomo de m i l i b r o Tesoro del viajero. Pero en los
seis a ñ o s que han t r a n s c u r r i d o , he podido observar con
s a t i s f a c c i ó n las grandes reformas que se han realizado con respecto a su ornato p ú b l i c o .
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213 -
E x i s t í a n frente al muelle y delante de los mejores
edificios qua se han construido en esta c a p i t a l , profundas excavaciones llenas de agua detenida y en constante
p u t r e f a c c i ó n que amenazaba la salud de sus vecinos p r ó ximos. H o y han desaparecido completamente aquellas
sinuosidades que t a n mal efecto p r o d u c í a n al forastero y
fueron sustituidas d e s p u é s de bien rellenadas sus excavaciones con t i e r r a vegetal, en h e r m o s í s i m o s y frondosos
jardines iluminados con grandes focos de luz e l é c t r i c a ,
que es ahora el centro de recreo y el verdadero p u l m ó n
de esta p o b l a c i ó n .
T a m b i é n d e s a p a r e c i ó por las llamas como el de Buenos A i r e s , la e s t a c i ó n de madera que e x i s t í a en este sitio
para la l í n e a de B i l b a o habiendo sido trasladada a otro
punto m á s adecuado. E n fin, Santander por su i n i c i a t i va y adelanto en las industrias mineras como lo prueba
la m a g n í f i c a i s t a l a c i ó n de los altos hornos que no dudo
s e r á una riqueza inmensa para este pueblo, es digna de
aplauso porque puede figurar entre las m á s adelantadas
de E s p a ñ a .
E x i s t e el proyecto de edificar un palacio para S. M .
el R e y Alfonso X I I I a fin de que recida con su f a m i l i a
durante los veranos. No admite duda que este deprendimiento de los m o n t a ñ e s e s s e r á de gran u t i l i d a d para l a
población.
E L AGRICULTOR
¡El campesino! ¡El labrador! H é a q u í un ser a quien
podemos l l a m a r e x t r a o r d i n a r i o , excepsional, admirable,
y del que nadie, o apenas nadie, se ocupa.
Sencillas son sus costumbres, como su c o r a z ó n , nobles sus acciones y en perfecta a r m o n í a con sus generosos sentimientos, x^partado de las miserias de la sociedad, i n d i f e r e n t e a sus mentidos halagos y a su? falsos
goces, solo sus fuerzas e i n t e l i g e n c i a las emplea en embellecer el hermoso vergel en que h a b i t a , como si fueran el preciado i n s t r u m e n t o que una gracia especial coloca en sus manos.
F r a n c o , afable, fiel, h o s p i t a l a r i o , no conoce la amb i c i ó n , n i el e g o í s m o , n i la falsía, ama al p r ó j i m o rever e n c i á n d o s e a sí mismo, saluda con c a r i ñ o s o respeto al
viajero que cruza delante de su morada, no miente jamás cuando habla, dice lo que siente, y si alguna vez
b r o t a n de sus labios alabanzas, é s t a s son para el E t e r n o ,
que recompensa con excesiva largueza sus afanes, dando
v i g o r a sus sembrados^ crecidos al calor de los rayos de
un sol explendente; al aliento de la brisa que desciende
suave y como el soplo de u n cielo sereno y poblado de
estrellas.
I g n o r a n t e e ignorado, h u m i l d e a r t i s t a de la naturaleza, su esperanza, aun m á s hermosa que la t i b i a alborada que abre sus ojos al nuevo d í a , es la fecunda t i e r r a
donde con p r ó d i g a mano derrama l a semilla que, convert i d a m á s tarde en abundante f r u t o , ha de l l e v a r el sus-
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215 -
tenfco a su hogar; su amigo m á s fiel es el perro que vela su
sueño; su apoyo la mansa y u n t a que paciente comparte
sns fatigas; su amor la mujer que u n i ó al suyo su destino para p r o d i g a r l e solicitud y cuidados, alentarle y fort a l e c e r l e ^ n la desgracia; su i l u s i ó n , los hijos que le d i ó
su c o m p a ñ e r a , y a los que, cuando n i ñ o s , mece con ternura sobre sus rodillas y e n s e ñ a a orar en las cortas
veladas del o t o ñ o ; aquellos hijos que han de verle m o r i r
en el pobre lecho de sus abuelos, t r a n q u i l o el e s p í r i t u y
fijos los ojos en el poniente astro que b a ñ a de medias t i n tas la t i e r r a a que ha v i v i d o unido y que ha regado coa
su sudor, que le v i ó nacer y que ha de guardar su cuerpo
d e s p u é s que haya exhalado el ú l t i m o suspiro; modesta
tumba impregnada de aromas y a r m o n í a s ; magnífico panteón que tiene por paredes las altas cuestas, por techumbre el cielo, por estatuas los a ñ o s o s á r b o l e s , por a n t o r cha la blanca luna,por cruz un tosco madero, por inscripción las plantas y las flores que se i n c l i n a n hasta besar
las aguas de la m u r m u r a n t e fuente, y que han de esmaltar las perlas del rocío en el verano; en el i n v i e r n o , los
blancos copos de la nieve o las cristalinas gotas de la
menuda l l u v i a .
L a v i d a del campesino, verdadera c o n t i n u a c i ó n de
los p r i m i t i v o s pobladores de nuestro planeta, tiene, en
medio de la rudeza que le es p r o p i a , y como la de aquellos, un encanto misterioso, una belleza incomprensible,
algo de p o e s í a mezclada con la m o n o t o n í a dulce de sus
d í a s , que se deslizan, así n i envidiosos n i envidiados,
serenos y pacíficos como las rientes aguas del susurante
arroyuelo que riega sus verdes prados, y planta rara que
rejuvenece en todas las estaciones; su savia productora
se extiende con p r o f u s i ó n allí donde dobla su tallo o mece sus ramas, donde e n v í a una de sus francas sonrisas
o deja caer una de sus gruesas l á g r i m a s .
— 216 —
Todo lo sufre con paciencia el campesino, j a m á s
vacila n i retrocede, menos duda: su ley es l a obediencia,
la fe su consuelo, la r e l i g i ó n el b á l s a m o con que m i t i g a
sus dolores, el m á s allá, lo ignorado, lo i n f i n i t o , el p r o fundo O c é a n o a cuyo fondo van a parar las m í s t i c a s esperanzas que vagorosas g i r a n por el eterno v a c í o de su
alma ante la idea del desprendimiento de la tosca mater i a , a impulso de u n a f á n creciente y del temor del castigo de sus pecados en la v i d a f u t u r a .
Supersticioso, f a n á t i c o , fatalista por temperamento
sostiene la p r e d i s p o s i c i ó n de los sucesos, y cuando le ponen en duda l a existencia de Dios, t i e m b l a , se estremece, se h o r r o r i z a , porque él cree coa una fé ciega e i n d u dable y digna de toda suerte de elogios, en la existencia
de aquel a quien invoca en sus aflicciones, y le pide el
agua para su suelo y la salud para su f a m i l i a , y u n mañ a n a i g u a l , i d é n t i c o que el ayer, es decir, un d í a m á s de
felicidad, de paz y de reposo.
Y o no he v i s t o u n ser que tanto se prosterne y se
h u m i l l e al recuerdo del Ser Supremo que el campesino
español.
Y o le he visto contemplar, t r i s t e , dolorido, con el
c o r a z ó n hecho pedazos, destruidas sus mieses, deshechos
sus r e b a ñ o s , abrasado su lugar; yo le he visto desolado,
anegarse en amargo l l a n t o ante la h o r r i b l e perspectiva
de todo ua i n v i e r n o de hambre y de miseria, y d e s p u é s
de todo esto, a pesar de tantos i n f o r t u n i o s , he v i s t o admirado, serenarse repentinamente su semblante ante el
innato convencimiento de su p e q u e ñ e z , y trocarse sus
l á g r i m a s en l á n g i d o s y perezosos cantares que el viento
ha confundido cou el balido de las ovejas y el r u i d o de
las esquilillas de su y u n t a , formando un e x t r a ñ o concierto con los t r i n o s de los p á j a r o s .
Y luego, a l a hora del c r e p ú s c u l o de la tarde, cuan-
— 217 —
do la azulada c o r t i n a se enrojece prestando a los objetos
una luz m e l a n c ó l i c a y f a n t á s t i c a ; he sentido una sensación i n d e s c r i p t i b l e a l contemplar como con una r o d i l l a
en t i e r r a , con la cabeza destocada y l a m i r a d a en a q u é l
cielo que d e s a t ó las tempestades, causa de su r u i n a , ha
entonado una f e r v i e n t e plegaria, al mismo tiempo que la
campana de la o r a c i ó n con su t r i s t e t a ñ i d o que se d i l a t a
por las inmensidades como el suspiro del moribundo o los
sollozos de un amante, se ha dejado oír para recordarnos
la otra v i d a , el presente y el'pasado, la cuna y la t u m ba: voz misteriosa que habla al alma con u n lenguaje d i vino.
E l honrado campesino es admirable tanto en sus
desgracias como en sus desventuras, lo mismo en l a fortuna que en la adversidad: s í , siempre es el mismo, sufrido, paciente, sobrio, generoso, honrado; es m á s , su
fe y sus creencias son mayores cuanto m á s grandes son
sus i n f o r t u n i o s .
F e l i z el que a s í v i v e , t r a n q u i l o el c o r a z ó n , sin que
la conciencia se le turbe y n i una sola r á f a g a de pesar
rice su tostada y noble frente.
Y o le envidio, yo e n v i d i o la paz que reina en el sant u a r i o de su c a b a ñ a , sus sencillos goces, sus v i r t u d e s .
¡ A h ! ¿quién como él pudiera cerrar los ojos a la^ sombras de la noche sin sentir el afilado a g u i j ó n de los t o r cedores, t a m b i é n ¡ay! el de los r e m o r d i m i e n t o s , y abrirlos a la luz del d í a al impulso de un puro a f á n y rebosado el pecho en nuevas esperanzas? ¿Quién como él pudiera sumergirse en inefables emociones ajeno de esta sociedad tan falaz, viendo a todas horas b u l l i r las fuentes,
crecer las plantas, oir el dulce m u r m u r a r de la naturaleza y aspirar los embriagadores perfumes de las rosas?
E l hijo del campo es d u e ñ o de tantas bellezas, y por
lo tanto es m u y rico en medio de su pobreza. Por eso su
— 21g —
c a b a ñ a es u n tesoro, por eso los m á s grandes palacios
que ostentan orgullosos y soberbios las preciosidades de
las artes^ las suntuosidades del lujo y las comodidades de
la riqueza, son miseria, polvo, nada, comparados con la
ignorada choza del olvidado campesino.
Este, l i b r e dentro del espacio infinito de su v o l u n ' t a d , v i v e independiente; a s í es que no s© i n c l i n a ante el
i m p í o a l t a r de la e g o í s t a sociedad, n i la rinde t r i b u t o , n i
alimenta con sus afecciones a t a n feroz L e v i a t a n que todo lo devora. Y é l , el que aparece nacido para recrearse
en la c o n t e m p l a c i ó n de la d i v i n a obra; é l , que receje, escuchando a r m o n í a s infinitas, la sonrisa de los cielos en
la apacible soledad de los desiertos campos; é l , que e n é r gico y bravio se eleva sobre las escrescencias mundanales, no destruye n i sacrifica sus puros sentimientos y nobles afectos en aras de torpes y ridiculas exigencias: que
desnudo de ambiciones solo v i v e para su f a m i l i a , con
ella y por ella.
M á s , ¿quién se acuerda del campesino? ¿Quién se
ocupa del aislado ser, que combatiendo los elementos
pasa su v i d a arrancando a la t i e r r a los productos que han
de l l e v a r la v i d a m a t e r i a l a no pocas poblaciones? C u á n tas veces é s t a s , si no fuera por el rudo campesino se ver í a n presas en las afiladas garras del descarnado espect r o del hambre.
Y esos mismos que Je d e s d e ñ a n a p o s t r o f á n d o l e duramente, no o s t e n t a r í a n el lujo que cubre sus miserias y
rejuvenece su d e c r é p i t o cuerpo, sin su bendito sudor, el
sudor que t a l vez envilecen, porque no le a q u i l a t a n , porque se pierde en el polvo de olvido como las aguas de un
humilde riachuelo en el dilatado e insondable mar que
las absorve.
¡Ah! nadie se cuida del honrado y laborioso h i j o del
campo; los estadistas, los filósofos, los p o l í t i c o s , vagan-
— 21Ó do los unos en pos de sus absfcraciones y t e o r í a s , los
otros tras de sus sistemas, no tienen un recuerdo para
él, y se olvidan que en el fondo de los valles y en el oscuro r i n c ó n de las c a b a ñ a s , v i v e n seres abandonados a
quien tenemos que agradecer ú t i l í s i m o s servicios, inapreciables favores, y a quienes debemos reconocimiento
por el grande concurso que, a pesar de su ignorancia
prestan al complicado mecanismo que une a los pueblos
en estrechos v í n c u l o s .
Solo los poetas les recuerdan, solo los poetas les
cantan, pero ihay! que sus cantos nadie los escucha, y
notas fugaces se extingue poco a poco sin ser recogidas
por nadie, como el ú l t i m o resplandor de la estrella que
se apaga con la aurora.
¡ P o b r e campesino! Destinado a no merecer apenas
una mirada de los mismos que de t í se v a l e n para satisfacer apremiantes necesidades, caminas por la haz de la
tierra sin dejar m á s que una m u y leve huella que recuerde tus generaciones. Y sin embargo, tus labios no murmuran queja alguna.
jPobre campesino! ¡ P o b r e labrador!
Vamos a daros algunas noticias curiosas acerca de
este objeto inseparable del sexo feo, casi en su t o t a l i d a d ,
y en esta ú l t i m a é p o c a de una no p e q u e ñ a parte del sexo
bello, que ha adoptado su uso.
E n los tiempos antiguos todas las personas notables,
p r í n c i p e s , padres de f a m i l i a s , jueces, generales, etc.,
llevaban como d i s t i n t i v o s un b a s t ó n .
E n t r e los babilonios, nadie s a l í a a la calle sin un
b a s t ó n esmeradamente hecho. Los lacedemonios designaban a los bastones de los generales con el nombre de
s M t a l ; el de los embajadores se llamaba caduceo que ha
venido a ser el mismo en forma y nombre que aquel con
quien se representa a M e r c u r i o .
Los principales magistrados romanos llevaban bast ó n ; el de los c ó n s u l e s era de marfil, el de los pretores
de oro.
A n t i g u a m e n t e los monarcas franceses ostentaban
en una mano el cetro y en la otra el b a s t ó n . E r a este
como de unos cinco pies de alto, t e r m i n a b a en una lanza
de oro, a la cual s u s t i t u y ó en el siglo X I V la mano de la
justicia.
^
Con el b a s t ó n en f o r m a de cruz se representaba a los
pastores y a las divinidades campestres. L o s obispos y
los abades adoptaron esta clase de b a s t ó n para significar
con é l , que eran los pastores y guardianes del r e b a ñ o
que les fué confiado por Jesucristo.
E l b a s t ó n y las alforjas llegaron a ser los a t r i b u t o s
d i s t i n t i v o s de los filósofos griegos y romanos.
— 221 —
E l b a s t ó n , lo mismo que el l á t i g o , fué u n i n s t r u mento de castigo en uso en todos los pueblos, y que no
hace mucho tiempo se i m p o n í a aun en las colonias.
E n China se somete aun la pena del empalamiento,
que se verifica con un b a s t ó n p u n t i a g u d o .
E l b a s t ó n s i r v i ó de i n s t r u m e n t o para el duelo en
tiempo de C á r l o Magno y de Carlos el Bueno.
L u i s , duque de Orleans, enemigo del duque J u a n de
B o r g o ñ a (Juan sin Miedo), llevaba por d i v i s a u n b a s t ó n
espinoso y nudoso, con el cual indicaba que donde
golpeara con el d e s g a r r a r í a o m a t a r í a y Juan sin M i e do, para responder a esta p r o v o c a c i ó n , hizo colgar un
cepillo de sus banderas, dando a entender que él cepillaría el nudoso b a s t ó n de su enemigo.
H a n existido un sin n ú m e r o de bastones c é l e b r e s el
de Peregrino Proteo, filósofo cinico; el de D i ó g e n e s ; el
del G r a n Federico; el de don Juan Jacobo Rousseau; el
de V o l t a i r e ; el de pico de cuervo de L u i s X I V ; el b a s t ó n
con m ú s i c a de N a p o l e ó n ; el de manzano silvestre de
F r a n k l i n que l e g ó a W a s h i n g t o n ; e l de Balzao; etc., etc..
ti
de-,
de,
SU HS
ITORA
I—EFECTOS PERNC
IO
ISOS DE ESE VICIO EN
CE
IDAD Y DECADENCA
I DE LOS PUEBLOS.
Vamos a describir la h i s t o r i a de l a embriaguez. A r ^ J ^
áO nuestras p á g i n a s sean u n t e r r i b l e recuerdo de lo p©í)¿0'p
do y una saludable lección para la h u m a n i d a d . E l asue f.^' ^
tan t r i v i a l en la apariencia, e s t á en el fondo sembrare ]¿ ^
grandes y maravillosos ejemplos, y de a q u í el que ag^^0*"
con t a n e x t r a ñ o t í t u l o llenemos t a l vez elevadas prs ^ y 0 0 ^
siones. _
^
PAL/^
Sabido es que la embriaguez es uno de los v i c i f ^ ^ 1 V
m á s d a ñ o causan en nuestra sociedad. P a r t i c u l a i í e ^ P^n
en la clase trabajadora la rebaja hasta u n g r a d o ^ ^ ^ 0¿W/
torpecimiento que produce consecuencias r e p u ^ ^ ei3 ¿
unas, lamentables otras. I n f i n i t o es el n ú m e r o d^0^o^e^
líos que agotan sus fuerzas en u n trabajo diario.^
r0is cr(
a una taberna asi que anochece, no con el objeto,* rti£Vll}o*Pi{
facer una necesidad p e r m i t i d a , sino con el fin des
'^va
se a un estado f a t a l , donde el hombre deja de s e ^ ^
spo
para convertirse en m á q u i n a ,
i e • 0ra a ]0l.
Sabemos que el hombre necesita bebidas (/ Q^ ^ o ej3
tes, s e g ú n su temperamento. Dios le ha conct?0 ^
Ptohib
cuitad de prepararlas para su placer y bienes; g^.6 ^ © ó e ^
ra su r u i n a y a n i q u i l a m i e n t o . L a c o m b i n a c i é j ^ Q ^ 6 ^ ^ g u ^ ^
espirituosos y alcohólicos se eleva a é p o c a s Sííe ' 61 ava
constituye un grado de la c u l t u r a a n t i g u a . Bt6tJ
de
la B i b l i a ^ a ese l i b r o sagrado y eterno, y '
' 6 ^^aojj'
autores m á s lejanos presentan d i f e r e n t
f ^ 0 ^ ^ f
— 223 —
tos. Herodoto afirma que el v i n o de palmera era u n ramo
do comercio en B a b i l o n i a , y a medida que las necesidades humanas fueron creciendo y los circuios de comercio
se fueron ensancliando, no solamente se i r í a n perfección
liando las bebidas, sino que a ú n se h a r í a mayor el n ú m e ro de sus combinaciones.
L a I n d i a , uno de los p a í s e s mas remotos del mundo,
sQ posee el c a l ú , licor a l c o h ó l i c o , e x t r a í d o de la corteza de
coco, aguardiente devorador que quema la sangre y em^.c brutece a l hombre hasta la insensibilidad. ¿ C u á n d o se in^ v e n t ó ? H é a q u í uno de los problemas escondidos en aque^ x U l a t i e r r a de misterios. ¿Qué sabemos la influencia que
^g^oeste licor t u v o para encadenar aquella raza de hombres
^e realegres con la esclavitud que les oprime? ¿ P u e s q u é dire^ ^eWos del casave americano, t u b é r c u l o preparado con la
.arina del manioc y con la chicha, licor sacado del m a í z ?
•e\_o^ E s t o prueba que todos los pueblos, a ú n en la infan• c , ^ t m ^e SU c ^ v ^ z a c i ó n , han tenido una bebida que ponga
^ d 0 ^ sanSre en f e r m e n t a c i ó n , y a para dar m á s colorido a
^£6^"a£s festines, y a para dar m á s v a l o r a su cuerpo.
6í0 d6' Nosotros creemos que los licores espirituosos han te• ^ ^ o ^ un p r i n c i p i o puro y benéfico, aun en medio de los
^ VV2^0
s a ^ v a í e s ' Puesto que a s í lo han demostrado
ft.^ ^ 1^0S creac^os Por ^-Oíubres de g é r m e n b á r b a r o s . Sin re^ ' ^ e r a^10ra a^os tiemPos Primitiivos y h e r ó i c o s , teneun ejemplo en Tahamamah, r e y de las islas Sand.(^3 6S e^ cua^ ProlLi'3e con severas penas el uso del ava,
^
Q ^ v C ^ t ^0 (^e beberse por v i c i o . Y sin embargo, muerto
^ ^- ^equien algunos viajeros no temen el compararlo
^©j >león, el ava se hizo la bebida especial de todos,
otí^V^
^ | sucesor de aquél monarca ejemplos de una cons6^
^perenne borrachera, que d i ó al tras1 o con los prot, ^ » .
' ^adores de su padre. Hace y a a ñ o s que la is^etvvOi
ah solicitó su a n e x i ó n a los Estados-Unidos,
^
^
— 224 —
y acaso el ava no haya dejado de tener mucha parte en
esta c o m b i n a c i ó n p o l í t i c a .
Pero retrocedamos a las é p o c a s recientes de la c i v i l i z a c i ó n , para recorrer, hoja por hoja, esa h i s t o r i a f u nesta que como una negra mancha afea el rostro de las
naciones. Dejemos al i n d i o c e b á n d o s e en su aguardiente
de palmera; al m u s u l m á n devorando el opio, en vez de
v i n o que le p r o h i b i ó Mahoma; no hagamos caso del hotentote, tragando una m i x t u r a endiablada; no contemplemos al t á r t a r o apurando su Tcuornis y su e t r k i , n i al
a l e m á n bebiendo cerveza, n i al i n g l é s tragando r o n , n i
al f r a n c é s saboreando sus licores compuestos, n i al español haciendo gala de sus vinos exquisitos, y retrocedamos
a las é p o c a s en que una mujer, con una copa de oro en
la mano, p o d í a conmover u n reino y reducir a cenizas las
grandezas del arte, o bien edificar templos suntuosos.
11
Desde N o é , ese p a t r i a r c a de la l e y antigua, hasta el
m á s moderno consumidor de nuestros tiempos, surge
esa h i s t o r i a portentosa y admirable de las bebidas fermentadas, que m á s de una vez han dado a l traste con la
p o l í t i c a de las naciones, mudando los gobiernos y a ú n
haciendo desgraciada a una g r a n parte de la humanidad.
L a m a l d i c i ó n del E t e r n o , cuando la desobediencia
del P a r a í s o , no fué m á s que l a p r i m e r a parte del drama.
L a segunda e s t á contenida en estas palabras t e r r i b l e s :
* ( A i t : Maledictus Chanaam: servus servorum erit f r a t r i hus suis») ¿Y por que este anatema p r o f é t i c o ? ¿ P o r q u é
maldecir al nieto, ya que no era posible maldecir a l h i jo? ¡ P o r el v i n o !
N o é se h a b í a embriagado: Oham se h a b í a mofado de
— ^35 —
él en el instante de la borrach,era, y las consecuencias
fueron fatales. E l airado v a t i c i n i o l l e g ó a cumplirse. L a
raza de Sem d e s t r u y ó a la de Canaan, y v é a s e cómo por la
bufonada de u n hijo desnaturalizado, perece todo un pueblo; esto es, cuando J o s u é , el soldado de Dios, manejaba
el acero como un azote en contra de las t r i b u s culpables
y gentílicas.
Pues bien, desde N o é hasta el monstruoso f e s t í n de
Baltasar; desde Baltasar hasta la a p a r i c i ó n del Baco i n dio, h é r o e que ha parodiado la g l o r i a de A l e j a n d r o , ñ u ye y mana en todas las nacientes sociedades; ese licor
espumoso nacido de la v i d , formando y a su p r i m e r elemento de fomento y a g r i c u l t u r a , y a su p r i m e r p e r í o d o
de r e l a j a c i ó n y l i b e r t i n a j e . Es sabido que en los tiempos
de S e m í r a m i s o c u r r í a n h o r r i b l e s dramas por efecto de la
embriaguez. E n los C ó d i g o s egipcios y en sus i n s t i t u c i o nes sacerdotales, se prohibe beber ese exquisito v i n o ,
reservado ú n i c a m e n t e al r e y y a los representantes de
la D i v i n i d a d . L a clase del pueblo e x t r a í a de las r a í c e s
del p a p i r o una bebida fermentada que s e r v í a para aplacar su sed y adormecer su embrutecimiento, pues como
un rudo a n t í t e s i s de la suerte, los nobles apuraban en
brillantes festines su amor, sus riquezas y su vida, a
despecho de su r í g i d a l e g i s l a c i ó n , donde t a n recomendada estaba la sobriedad.
Los historiadores antiguos y modernos nos han descrito aquellas m a g n í f i c a s suntuosidades, dignas de la envidia de nuestra raza. Los esclavos e n c e n d í a n las l á m paras de oro empapadas en óleo destilado en alambiques
de bronce: c o r r í a n presurosos a q u i t a r las sandalias de
los convidados, derramando sobre ellos aguas olorosas y
aromas exquisitos: agitaban el aire de la sala del convite con grandes abanicos de plnmas de aves raras, y rep a r t í a n s e flores y guirnaldas, p a r t i c u l a r m e n t e de aquellas
Ramillete de Pensamientos
15
— 226 —
que, s e g ú n la r i s u e ñ a f á b u l a de u n m i t o o r i e n t a l , nacieron en un mar de leche. Los vinos se mezclaban con r i cos manjares,la embriaguez dominaba todas las cabezas,
y cuando la r a z ó n se i b a extraviando en ese c r e p ú s c u l o
del delirio y de la insensatez, entonces un sacerdote,
para recordar lo e f í m e r o de aquellos placeres, b a c í a pasear un a t a ú d en torno de la r e u n i ó n , diciendo con voz
l ú g u b r e : « B e b e y d i s f r u t a antes que vengas a parar
aquí»
E l consejo se adoptaba al p i é de la letra, y se b e b í a
hasta rendirse al mas torpe e m b r u t e c i m i e n t o . Y a v e r e mos m á s adelante como se p e r d i ó el E g i p t o , a causa de
los voluptuosos festines deCleopatra, y c u á n t a s v í c t i m a s
se ocasionaron hasla que esta n a c i ó n e n t r ó , v a l i é n d o n o s
de la e x p r e s i ó n de dos autores modernos; en la ancha
manga del i m p e r i o romano.
E l lema despreciativo de S a r d a n á p a l o : « A n d a , cam i n a n t e ; come, bebe, d i v i é r t e t e , que lo d e m á s es poca
cosa;» es, a nuestro sentir, una e x p r e s i ó n de las costumbres de la A s i r í a . N o puede menos de paralizarse el pensamiento, cuando nos hacemos cargo de aquellas prostituciones en el templo de M i l i t t a , sin ver el p r i n c i p i o de
esta falta de pudor en los crapulosos festines b a b i l ó n i cos, donde el v i n o i n v a d í a los cerebros como una marea
de p u r p ú r e a , y donde los descendientes de Belo c a í a n a
los pies de la estatua de oro de su padre, entre los lazos
de un amor i m p u r o y una embriaguez lamentable.
E r a consiguiente que el sucesor de estas desenfrenadas o r g í a s llegase a traspasar los l í m i t e s de los imperios, y fuese a i n t e r r u m p i r las costumbres de otros pueblos tranquilos y nacientes, al impulso de una c i v i l i z a ción vigorosa: era preciso que aquella nueva epidemia,
i n g e r i d a en el e s p í r i t u de la raza^humana, se extendiese
como esos azotes supremos que descienden del cielo,
-
227
-
y quebrantara en los C ó d i g o s severos de las naciones
v í r g e n e s , que s u r g í a n sobre la faz del globo,como l a flor
del loto sobre las aguas.
Solón h a b í a buscado on las legislaciones a s i á t i c a s
la v i r t u d del bomdre, unida a la v i r t u d de la Naturaleza;
Da nao, el p r i m e r egipcio que v i n o a Grecia, h a b í a hechado los cimientos de una ciudad en el pais de les Pelasgos. E l p r i m e r o d á ejemplo celebrando un f e s t í n con
los sabios clásicos de su patria, donde sólo se pronunciaron axiomas filosóficos, en medio del exquisito v i n o de
Chio y de Creta. E l segundo consiente que su h i j a , graciosa sacerdotisa de la vieja Isis, i n s t i t u y a las fiestas
Termofonias, celebridades sagradas dedicadas a O é r e s , y
que bajo una i n s t i t u c i ó n p u r a y sencilla, h a b í a de nacer
la c r á p u l a y el abuso de las bebidas. V é a s e cómo en el
mismo desarrollo de la cultura y la s a b i d u r í a se engendra y crece el germen de la c o r r u p c i ó n
III
Homero nos escribe maravillosamente los j a r d i n e s
de A l c i n o o y la grandeza de sus banquetes en versos i n mortales. A l l í el fiel i n t é r p r e t e de los misterios o l í m p i cos, nos hace creer, si es que su p o é t i c o s u e ñ o t u v o su base en las p r i m i t i v a s costumbres griegas, que los dioses
eran unos s o l e m n í s i m o s beodos. Como una prueba de lo
que decimos, es bastante indicar lo que todos saben.
Enojado J ú p i t e r con Hebe, t a n solo por haber dado un
t r o p e z ó n cuando iba ha servirle el n é c t a r , v e r t i é n d o l o en
la mesa, la d e s t i t u y ó de su destino, p r o c u r á n d o s e a Granimedes para que en lo sucesivo fuera su escanciador.
Baco y Sileno h a b í a n recorrido la t i e r r a , siempre en
esa t i t i l a c i ó n armoniosa de la embriaguez, causando la r i sa universal. Este símbolo o esta realidad, h a b í a luego de
— 228 —
dar sus frutos. Las naciones h a b í a n aprendido en su
p e r e g r i n a c i ó n gloriosa, el c u l t i v o de la v i d y el modo de
fabricar vino; descubrimiento magnífico que hasta h a b í a
d e s e r v i r d e s p u é s a la c r e a c i ó n de una c é l e b r e secta filosófica; la de los e p i c ú r e o s .
T a l vez algunos crean aventurada nuestra ú l t i m a
frase; pero mal que les pese a estos y a T o m á s M o o r é ,
nosotros estamos persuadidos que los e p i c ú r e o s debieron
ser unos beodos de buen g é n e r o . A q u e l refinamiento del
goce de los sentidos, aquella r e l i g i ó n h i j a del placer y
del delirio que p r e n t e n d í a buscar la v i r t u d en el mismo
exceso de sus vicios, debió desbordarse, no solamente en
el camino bastardeado de la sensualidad, sino en la senda
borrascosa de la embriaguez, pues es sabido que entonces l a embriaguez era sagrada y los e p i c ú r e o s se aprovecharon de ella para gozar de sus misteriosos placeres.
¿Qué e s p e c t á c u l o p o d í a presentar la naciente sociedad griega, cuando c o r r í a bajo la sombra de los p r i m e ros templos á t i c o s , para o í r cantar los versos de Homero
y de Hesiodo; para presenciar las tragedias de E u r í p i des y las e n f á t i c a s - e n t o n a c i o n e s órficas, pueblo á v i d o de
ciencia, al lado de otro pueblo, representando la escandalosas t r i a t é r i c a s , o r g í a descomunal en honor de Baco?
E n verdad que la a n t í t e s i s no p o d í a ser m á s repugnante.
Las i r i a t é r i c a s , eran anas fiestas sagradas: mujeres
sin pudor y sin v e r g ü e n z a iban dando alaridos feroces;
c o r r í a n medio desnudas, y con el cabello suelto, y flotante por medio de los campos, a impulsos de una embriaguez desoiadora. D e t r á s , hombres semejantes a s á t i ros, la m i r a d a encendida, el pecho jadeante, la boca
descompuesta, lanzando quejidos guturales, saltaban
para dar caza a las bacantes en el fondo de los bosques,
y consumar allí el m á s atroz l i b e r t i n a j e .
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229 —
A l l í se parodiaban los versos de S i m o n i d é s , las comedias de A r i s t ó f a n e s , y la e x p e d i c i ó n de Baco y Sileno a la I n d i a . Incansables bailarinas, i m i t a b a n la danza
de Cifo, tan fatal como impetuosa, las travesuras de
Pan, los amores de E r i g o n a y Proserpina, y toda la v i da aventurera del dios a cuyo nombre se celebraban tales fiestas.
Pero dejemos estos hechos en donde e s t á n mezcladas
las primeras creencias religiosas con las primeras costumbres. « L a m i t o l o g í a de los griegos, s e g ú n Bacon, es
una a r m o n í a encantadora, que el soplo venido de otro
pueblo hizo producir a las zamponas. N o profanemos con
funesto colorido frases tan bellas. Subamos un e s c a l ó n ;
esto es, de la m i t o l o g í a a la h i s t o r i a , y comparemos.
IV
Es un precepto persa que el exceso de alimento y el
abuso de los licores d a ñ a n las facultades del alma; pero
Heraclido de Cumas que ha escrito con elegancia y propiedad las costumbres antiguas de aquel pueblo, al hacerse cargo de las fiestas de la c ó r t e , nos trasmite un bello trozo que no dudamos copiar.
Dice, pues:
« C u a n d o da el r e y una banquete^ cosa que sucede
bastante a menudo, no admite m á s que doce convidados.
Este come en mesa aparte: un eunuco l l a m a a los comensales, y luego que se r e ú n e n beben en c o m p a ñ í a del rey,
si Bien no del mismo v i n o . Se sientan sobre almohadones, en tanto que él se tiende en un lecho de pies de
oro. Casi siempre que le abandonan e s t á n e b r i o s . »
Todo lo dice este razgo notable de un escritor, testigo de tales costumbres.
Vemos que en la c ó r t e de P é r s i a se r e c o n o c í a la embriaguez en los festines regios. Y a hemos presenciado
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230 -
al E g i p t o celebrando escandalosas o r g í a s . A h o r a debemos pasar a las ciudades h e l é n i c a s , donde el genio de
los homeridas h a b í a n fundado florecientes r e p ú b l i c a s ,
A l p r i n c i p i o , el pueblo era feliz bajo las leyes de
L i c u r g o en E s p a r t a , y de Solón en Atenas; pero la invasión de Jerges, el comercio, sostenido por los puertos
a s i á t i c o s , y sobre todo, la s a n t i f i c a c i ó n conque h a b í a n
rodeado las fiestas de Baco, produjeron la misma corrupción en las costumbres y el mismo lujo en los banquetes.
S i n embargo. S o l ó n h a b í a dispuesto una ley que cast i g a b a de muerte al arcante que se encontraba borracho,
y para r e p r i m i r el abuso que se p o d í a i n t r o d u c i r en los
festiness i n s t i t u y ó los a n ó p e o s , especie de magistrados
que d e b í a n atender a lo sobriedad de ellos. Pero los a n ó peos no tuvieron la virt-ud suficiente para hacer respetar
su m i s i ó n , y p r o n t o dieron el ejemplo de ser los p r i m e ros en sucumbir a los placeres de la mesa. N o así los de
Esparta, que t e n í a n una comida f r u g a l , y sólo d e b í a n beber v i n o para aplacar la sed.
L a é p o c a de P i s i s t r a t o , el cual, al tiempo de espirar,
rogaba que le leyesen versos para m o r i r m á s i n s t r u i d o ;
el rudo p e r í o d o de T e m í s t o c l e s y E a r i l i a d e s ; la i n m o r t a l
defensa de L e ó n i d a s ; la justicia de A r í s t i d e s , y la gigantesca guerra m é d i c a no h a b í a n dado tiempo a las sociedades griegas para desenfrenarse; pero luego que el
t r i u n f o las hizo d é b i l e s , se desbordaron del modo m á s
espantoso.
Cuando dominado el Peloponeso, i n t i m i d a d a la Persia, acalladas, aunque no muertas, las discordias c i v i les, sobrevino la b r i l l a n t e é p o c a de Pericles, y la Grecia
s a c u d i ó el manto de la sencillez filosófica, para revestirse de la r i s u e ñ a t ú n i c a del placer, fué cuando se desarrollaron, bajo una elegancia puramente á t i c a , aquellos
magníficos festines aquellas prostituciones p o é t i c a s ,
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231
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aquellas grandezas del arte, que brotaban como por encanto, d e s p u é s de una noche de escandalosa licencia.
Corrompida la sociedad, estragado el pueblo, buscando en Phaleria, en M u n i q u i o y en el Pireo la libertad enfrente del mar; en el P h a r t e n ó n , en el A r e ó p a g o ,
en el P ó r t i c o y en el O d e ó n , el goce de las ciencias y de
las artes; en las Propileas, la molicie de los placeres, debió cubrirse r á p i d a m e n t e con el gangrenamiento de tan
relajadas costumbres, con u n abandono numeroso, c u yos efectos se h a b í a n de sentir en el seno de aquellas sociedades ardientes y á v i d a s de placer,
Aspasia, P h r i n e , Q-natena, cortesanas i m p ú d i c a s ,
siempre con la copa en la mano y el deleite en los labios,
brindaban el amor en la embriaguez de u n modo puramente a r t í s t i c o . Pericias aspiraba en estas reuniones, l a
idea creadora y la idea destructora; descuidaba el gobierno por las artes; d e s t r u í a las leyes por el placer; p u l verizaba la obra moral de Solón edificando en su l u g a r
monumentos de piedra; amortiguaba el valor y mataba
el entusiasmo p a t r i o con c í n i c a s extravagancias: en suma; dejaba a Atenas sin fuerzas para recibir la l e y ext r a ñ a de otros pueblos y otros conquistadores. Esta fué
su obra.
V
E n vano Oalicatridas, ú n i c o representante de las
costumbres antiguas, se niega a beber, en la c ó r t e de C i ro cuando se le brinda con la copa r e a l .
E s p e r a r é a que haya acabado,—dice con desprecio,
—sin que este ejemplo de austeridad recuerde a sus paisanos l a sobriedad pasada. E n vano un amigo de S ó c r a t e s
se queja de la c a r e s t í a del v i n o : todo es volar de placer
en placer, de locura en locura. L a mesa de los ricos e s t á
siempre puesta. Aquellos que no pueden costear banque-
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232 —
tes se convidan por si y creen pagar la h o s p i t a l i d a d del
d u e ñ o con chistes y agudezas. A.11Í pasan dulcemente las
horas oyendo cantar versos h o m é r i c o s en medio de danzas voluptuosas, y acarician i m p ú d i c a s beldades. Estos
gorristas de p r o f e s i ó n exclaman cuando e s t á n como los
d e m á s ; completamente borrachos: J ú p i t e r PMlos f u é el
p r i m e r p a r á s i t o ; c o m í a , hehía y se marchaba sin p a g a r su
e s c o t e . — ¡ O h ! — d e c í a n o tros,—nosotros no hablamos í n t e r i n no estamos repletos de vino y de manjares.
Estas expresiones son un testimonio eterno de aquellos d e s ó r d e n e s .
E r a frecuente ver, bajo la sombra del teatro de Baco, donde c a b í a n trescientos m i l espectadores, infinitos
beodos arrastrarse pesadamente d e s p u é s de salir de los
festines. F e r i ó l e s h a b í a dado u n sueldo a los vagos, y éstos rodaban por la ciudad de M i n e r v a , pasando la v i d a en
una continua embriaguez. E n las estuf as de Cinosarges,
o sea en el templo del Perro B l a n c o t e a p i ñ a b a n las prost i t u t a s y los borrachos, dando l u g a r a h o r r i b l e s escenas.
Meteodoro e s c r i b í a a su hermano T y m o c r a t o estas célebres palabras: Sunmus hominis bonun i n ventris est (1).
Alcibiades; ese i m i t a d o r de todas las costumbres, era en
T r a c i a u n bebedor consumado. Nunca h a b í a llegado a
m á s a l t u r a l a r e l a j a c i ó n y el olvido de la p a t r i a . L o que
Solón h a b í a edificado, era destruido por una sonrisa de
Aspasia.
Este desenfreno produjo la r á p i d a decadencia de A t é nas, que al poco tiempo se hizo esclava de P h i l i p o el macedonio, de ese g r a n beodo que hizo exclamar a una mujer: Apelo a Philipo en ayunas.
Pero no por esta c a t á s t r o f e p o l í t i c a cesaron de co-
(1)
E l sumo bien del hombre e s t á en e l vientre.
— 233 —
iperse las costumbres. L a savia del mal iba i n g e r i d a
en todas las nuevas dominaciones.
E l r e y de Macedonia q u e r í a hacerse griego a todo
trance, y para conseguirlo se a d h i r i ó a los h á b i t o s de los
atenienses. Sus juegos, sus festines, sus v i c t o r i a s , corrompieron a los hombres m á s de lo que estaban. E n un ban quete celebrado en la solemnidad de su segundo m a t r i monio^ dice A t a l o , t i o de la nueva esposa, que es^a le dar á un heredero l e g í t i m o . — P u e s q u é , ¿soy yo bastador?—
g r i t ó A l e j a n d r o t i r á n d o l e una copa a la cabeza, P h i l i p o
quiso castigar la o s a d í a de su h i j o ; pero estaba t a n bebido que c a y ó al suelo. A l e j a n d r o soltó la carcajada, y dijo i r ó n i c a m e n t e : — ¿ Q u i c e s pasar de E u r o p a a A s i a ,
cuando no sabes tenerte en pié de una cama a otra?
¡Ah! ¿Qué m á s podemos decir al ver sucumbir una
n a c i ó n , m o r i r asesinado un rey en una o r g í a , como P h i lipo, y arder una g r a n ciudad a causa de la embriaguez?
VI
L a c i v i l i z a c i ó n g r i e g a se h a b í a adornado de flores;
la c i v i l i z a c i ó n romana, h i j a de la p r i m e r a , se h a b í a vestido de h i e r r o . Aquella modifica en medio de sus extrav í o s : é s t a enerva y mata cuando se desarrolla; la una es
todo p o e s í a , la o t r a es todo v i g o r ; la una crea por la gloria, la o t r a exige por o r g u l l o : la p r i m e r a se encenaga por
naturaleza, la segunda se mancha por v i c i o . De lo bello y
proporcionado, se pasa a lo colosal y enorme: de la elegancia^ se desciende al cinismo: de l a c o r r u p c i ó n se pasa
al desenfreno.
Roma, como todas las ciudades nacientes, se desarrolló con m á s fuerza de v i r i l i d a d que otras. Como la
G-recia h a b í a tomado del E g i p t o los g é r m e n e s de su c i v i lización y c o r r u p c i ó n , la I t a l i a la h a b í a recibido de Grecia. Esta herencia sufrió sus modificaciones s e g ú n el
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234 —
c a r á c t e r de los pueblos, y sólo cuando la ciudad^ s e ñ o r a
del mundo, se encuentra en el apogeo de su grandeza,
cuando la vieja R e p ú b l i c a , cansada de las atrocidades de
M a r i o y Sila, de los disturbios de la guerra de los esclavos, de las rivalidades de Sertorio, Pompeyo y C é s a r ,
trataba de c e ñ i r s e el manto del i m p e r i o sacudiendo la
raida toga popular; cuando C i c e r ó n acusaba a Clodio;
cuando C a t i l i n a afilaba el p u ñ a l ; cuando el Asia, el
A f r i c a y la E u r o p a conocida, doblaban la cabeza bajo la
coyunda l a t i n a , sólo entonces se puede formar j u i c i o
exacto de la v i d a i n t e r i o r de aquellos s e ñ o r e s , para establecer una c o m p a r a c i ó n con lo pasado y lo presente.
S e r í a , sin embargo, i n c u r r i r en una r e p e t i c i ó n , t a l
vez enojosa, el describir las costumbres de la s e ñ o r a del
mundo, puesto que fueron una i m i t a c i ó n de las de Grecia. L a ú n i c a diferencia consiste en que dichos s e ñ o r e s
eran m á s ricos y sus festines m á s gigantescos, mientras
l a plebe era m á s pobre y m á s miserable.
Esta clase se encenagaba bebiendo v i n o caliente y
mendigando a la puerta del poderoso algunos fragmentos de su mesa. Los patricios pasaban las horas en eternos banquetes, pues a las riquezas del mundo conquistado, d e b í a n r e u n i r las m a r a v i l l a s del arte y saborear los
goces del placer. N o c o m í a n sentados, sino tendidos como los persas, en suntuosos t r i c l i n a r i o t : llenaban los vasos m u r r h i n o s del m á s exquisito v i n o , y aquella juvent u d que luchaba en el Senado, d i s c u t í a en el F o r o y
marchaba delante de una c u a d r i l l a de sicarios, se dejaba
caer loca y borracha, l e v a n t á n d o s e para i r al vomitorio
y volver enseguida a embriagarse de nuevo. Horacio,
en su s á t i r a tercera, dice que h a b í a bodegas con trescientas m i l á n f o r a s . Las comidas m á s ordinarias de L u culo, v e n í a n a costarle doscientos m i l reales do nuestra
moneda. Hortensio dejó al m o r i r diez m i l cubas de v i n o ;
Apisios se suicidó porque le dice su mayordomo que de
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235 -
toda- su f o r t u n a sólo le quedan unos cuatro millones de
reales, es decir, el i m p o r t e de dos o tres festines: Marco
A n t o n i o e s c r i b i ó la a p o l o g í a de la embriaguez. T a l era
Roma cuando m o r í a la r e p ú b l i c a y n a c í a el i m p e r i o .
No cabe duda que este e s c á n d a l o diera lugar a l a
p é r d i d a de aquella v i r t u d severa, que v e í a h u i r C a t ó n
de los patrios lares. T a n lamentables costumbres d e b í a n
ir destruyendo y aniquilando poco a poco aquel g r a n
pueblo, para prepararlo a los honores del i m p e r i o , y
morir inerme y sin fuerzas bajo el l á t i g o de los b á r b a ros.
Cleopatra h a b í a perdido el E g i p t o en los i n t e r m i nables banquetes dados a A n t o n i o . Este sucumbe como
un amante de comedia, y Octavio abre una nueva era.
Así que, p r o n t o su nombre q u e d ó sumido en el olvido;
y T i b e r i o , a quien por mofa se le l l a m ó Biberio y T r i congio, reprodujo los mas terribles desordenes. Loa e m peradores, preciso es d e c i r l o , se hicieron borrachos y
perdieron a Roma.
P u ñ a l e s , venenos, esclavos b a ñ a d o s en nafta p a r a
servir de antorchas en los festines, soldados asesinando
a los emperadores, y clavando sus espadas en el seno de
sus madres: siempre veodos, siempre envueltos en sangre y v i n o , t a l es el cuadro.
VII.
A los romanos sucedieron los b á r b a r o s . Nuevas costumbres sofocan la vieja c i v i l i z a c i ó n : lucha el desenfreno antiguo con la salvaje impetuosidad de los modernos
conquistadores: h á c e s e todo el e s t r é p i t o de las armas
y al resplandor de la sangre y del incendio; pero l o mismo en los palacios griegos y romanos, como en la tienda
de los hunos y de los godos, queda establecido el i m p e -
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236
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rio de los licores fermentados. Nada se opone a que los
nuevos s e ñ o r e s se emborrachen.
Los hunos, esos hijos impuros de los demonios y de
las hechiceras de la E s c i t i a , como ha dicho Chateaubriand, c o m í a n carne cruda amasada bajo la silla de sus
caballos, y b e b í a n una especie de cerveza llamada Caw,
la cual aumentaba el v a l o r . A.fcila celebraba festines b á r baros en su palacio de a r c i l l a y madera del p a í s de los
karpatos. Su v a j i l l a era de encina, de boj, de abedul y
otros arbustos; pero a cada plat© que se p o n í a en la mesa, el r e y t e n í a que beber tres veces, y los convidados,
puestos de pió, c o r r e s p o n d í a n en estos b r i n d i s , a p u r a n do los toscos vasos con avidez.
Entonces algunos bardos^ para i n s p i r a r aquellas cabezas acaloradas, entonaban un canto de guerra:—
«Atila, A t i l a , nosotros hemos luchado con l a espada: las
á g u i l a s y las aves de r a p i ñ a p r o n u n c i a r o n en gritos de
a l e g r í a ; las doncellas han gemido p o r largo tiempo: las
horas de la vida pasan con velocidad: cuando nos toque
m o r i r , l a sonrisa a p a r e c e r á en nuestros labios.*
Con estos cantos y con tales banquetes, los b á r b a r o s
se hicieron d u e ñ o s de E u r o p a . E l caduco i m p e r i o , que
p r e s e n t í a su r u i n a , sólo pensaba en m o r i r de u n modo
alegre.
E l Misopongon de L i v i a n o , las Dionisiacas de N o n no de P a n ó p o l i s , y otras obras de aquel tiempo, revelan el abandono de los c é l e b r e s romanos. H a b í a sonado
la ora f ú n e b r e de sucumbir en el s u e ñ o de la o r g í a , como la de esos beodos que mueren ahogados en v i n o .
D u e ñ o s los b á r b a r o s del continente europeo, p r i n c i piaron a amoldarse a las costumbres que intentaban dest r u i r ; mas h a b í a variado el c a r á c t e r de las naciones, y
ya era imposible retroceder a lo pasado. Los longobardos
se hacen d u e ñ o s de I t a l i a , y Casiodoro al poco tiempo
nos dice que para abastecer la mesa real se h a b í a n con-
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237 —
servado los v i ñ e d o s de V e r o n a , haciendo u n vino de olores y sustancias marinas. T h e o d o m i r o , rey de los h ó r u los, hace conservar la uva que se v e n d i m i a a fin de otoño, g u a r d á n d o l a en vasos hechos exprofeso, hasta fin de
Diciembre, en cuya é p o c a se prensa, resultando con este
procedimiento un v i n o nuevo cuando p r i n c i p i a a ser viejoA l b o í n o se duerme en la confluencia del T á n a r o y se
entrega a los placeres de la'mesa: d e s p u é s de vencer a
Kunismundo, hace de su c r á n e o una copa, que siempre
rebosando de v i n o ; b r i l l a siniestramente en los festines:
cásase con Rosimunda, hija del desgraciado, y l a o b l i g a
a que beba en aquel cáliz f ú n e b r e ; el cual, asegura Pablo el D i á c o n o , que ha v i s t o con sus propios ojos. R o s milda perece empalada, d e s p u é s de una noche de h o r r i ble desenfreno, en que el vino y la lascivia la l l e n a n de
locos placeres. Fredeguna pasa la v i d a en una eterna
orgía, b a ñ á n d o s e en la sangre de su esposo. Por ú l t i m o ^
hasta la a p a r i c i ó n de C a r l o - M á g n o , que inaugura la E d a d
Media, y y a con sus leyes, y a con sus conquistas, i n g i e "
re una c i v i l i z a c i ó n en las naciones, puede decirse que t o do aquel p e r í o d o b á r b a r o es un testigo de rudos desastres, debido al abuso de las bebidas en los festines. L a
tosca servidumbre de que se h a c í a gala no h a b í a d e s t r u í do la abundancia. F u é necesario p r o h i b i r en un c ó d i g o
el uso de los licores fuertes, y en una ley de Garlo-Magno se manda que los jueces entren en sesión en ayunas,
para evitar la general intemperancia.
Las costumbres eran r ú s t i c a s y á s p e r a s como las naturalezas de aquellos hombres, que eran siervos, colonos
y guerreros al mismo t i e m p o . A q u í en esta época se encuentra la e t i m o l o g í a de la palabra banquete, derivada de
la banca, donde se sentaban para celebrarlos. U n c é l e b r e
historiador moderno, al darnos estas noticias, dice:« A s á base la caza que en ella se s e r v í a , en el mismo salón del
— 238 —
f e s t í n , donde a r d í a un g r a n fuego en la vasta chimenea,,
y el v i n o que circulaba en el dorado cuerno, a veces en
c r á n e o s humanos, excitaba la a l e g r í a de los convidados,
cuyo jolgorio acababa frecuentemente por sangrientas
riñas.»
Son suficientes estas palabras para conocer la época. Sólo nos resta a ñ a d i r que los que se iban a casar deb í a n beber en una misma copa. Entonces el padre de la
novia decía solemnemente estas palabras al afortunado
esposo: « T e doy m i h i j a para que sea t u mujer y t u f e l i cidad: para que guardes tus llaves y tenga parte en t u
lecho y bienes, en el nombre del Padre, del H i j o y del
Espíritu Santo.»
L a ceremonia de la boda era sencilla e interesante.
C o n c l a í a por u n festin como en nuestros tiempos: f e s t í n
belicoso donde los hombres montaban a caballo y sacaban la espada en defensa de las novias, y donde las
doncellas entregaban a la nueva esposa un r a m i l l e t e de
flores y un p i c h ó n .
En seguida se cantaba el h i m n o n u p c i a l , y rodaban
las copas en abundancia,
VIII
Si f u é r a m o s a seguir la h i s t o r i a paso a paso sobre
el asunto que ha dado materia a nuestros d e s a l i ñ a d o s
renglones, e n c o n t r a r í a m o s en la E d a d Media horribles
d e s ó r d e n e s producidos por la embriaguez. E x t e n d i d o el
sistema feudal, y marchando a paso lento h á c i a una
c i v i l i z a c i ó n que no se d i s t i n g u í a a ú n , es claro que
muchos sucesos debieron tener origen en el abuso de las
bebidas.
Los grandes s e ñ o r e s p r i n c i p i a r o n a aficionarse al
lujo, a pesar de estar con la espada en la mano. E l pueblo, completamente batallador, se dejaba conducir a las
— 239 —
guerras intestinas con la esperanza de saquear una
ciudad o un castillo, y r e g i s t r a r las bodegas m á s provistas. Por ú l t i m o , se hizo costumbre festejar a los vasallos
cuando se propagaron los derechos municipales, y perdió parte de su franquicias el poder s e ñ o r i a l .
L a muerte de u n potentado era una inmensa o r g í a .
C o n g r e g á b a n s e los viajeros, los trovadores, los juglares,
los peregrinos, los habitantes de la ciudad y del campo,
y todos c o n c u r r í a n al castillo m o r t u o r i o . Las puertas
estaban abiertas y l a hospitalidad no p o d í a ser m á s
e s p l é n d i d a . Los nobles s u b í a n a los estrados f ú n e b r e s ,
los plebeyos quedaban abajo, y para é s t o s era la fiesta.
Por espacio de tres d í a s c o m í a n y b e b í a n a expensas del
muerto. Se hablaba, se jugaba, se r e f e r í a n historias y se
lloraba con l á g r i m a s de v i n o , p e r m í t a s e n o s la frase, a l
generoso caballero que llenaba sus exhaustos e s t ó m a g o s
de u n modo t a n abundante.
Los banquetes se hicieron m á s colosales. H a b í a
ocasiones en que las mesas eran verdaderas plazas. U n
autor f r a n c é s nos describe maravillosamente u n f e s t í n ,
donde en medio de la mesa se elevaba u n castillo flanqueado de dos torres, a guisa de plataforma, y seis
músicos, encubiertos en el hueco de este m á g i c o edificio,
donde tocaban la flauta, la v i o l a y la g u i t a r r a . Sobre
una de las torres, prosigue, la hada Melusina, en figura
de serpiente, se apoyaba en una fuente de p l a t a donde
c o r r í a un v i n o precioso a una especie de p i l a r de m á r m o l ;
y no solamente se p o n í a en anchas mesas castillos, sino
bosques, catedrales y lagos de aguas perfumadas, llenos
de barcos cargados de r i q u í s i m o s manjares. E n otras
ocasiones, s e g ú n dicen L e g r a n d'Aussy, s e r v í a s a la mesa
real a caballo, llevando y trayendo los platos con regularidad y abundancia. L a sopa dorada se c o m p o n í a de
un caldo de a z ú c a r , v i n o blanco, yemas de huevos, las
cuales se f r e í a n d e s p u é s y se s e r v í a n en agua de rosa
— 240 —
polvoreadas de a z a f r á n . Los vinos de yerbas y vino
perfumados formaban la parte m á s b r i l l a n t e de aquellos
festines monstruos, eti los cuales hasta se maquinaban
tempestades cuya l l u v i a se c o m p o n í a de toda clase de
dulces.
N i los griegos n i los romanos h a b í a n s o ñ a d o tales
maravillas.
U n h i s t o r i a d o r moderno, don Modesto Lafuente, al
escribir las ruinosas fastuosidades de la é p o c a de Juan I I
y E n r i q u e I V , dice que los nobles c o n s u m í a n erí sus
banquetes lo que hubiera podido hacer la f o r t u n a de muchas f a m i l i a s . D o n Juan de Velasco,' para festejar las
bodas del infante don Fernando con la condesa de A l b u r querque, p r e p a r ó una v a j i l l a de plata blanca y dorada,
que pesaba dos m i l marcos, cuatro m i l pares de gallinas,
dos m i l carneros, cuatrocientos bueyes, doscientas carretas cargadas de v i t u a l l a s (que se quemaron por l e ñ a en
su cocina), y no sabemos la cantidad de v i n o , que por
cierto s e r í a proporcionada a lo d e m á s .
Creemos suficientes estos detalles para dar a conocer hasta d ó n d e l l e g a r í a la intemperancia desde casi el
p r i n c i p i o del mundo hasta nuestros tiempos. M u e r t a la
Edad Media, quedaba el germen c o r r u p t o r en las entrañ a s de la sociedad; pero a medida que las costumbres fuer o n mejorando al soplo de la c i v i l i z a c i ó n cristiana, desaparecieron lentamente esas negras manchas que afean
la h i s t o r i a de la humanidad.
Con todo, ha quedado en p i é la embriaguez, y por
consiguiente, las faltas del c r i m e n son inmensas en los
tribunales europeos.
¡Qué horribles dramas, q u é escenas tan sangrientas
se e f e c t ú a n a ú n por el abuso de las bebidas! Sin embargo, mucho se ha conseguido con que este v i c i o e s t é encerrado en c í r c u l o s , sin que pueda pasar a la ancha esfera de
os acontecimientos h i s t ó r i c o s . Los recuerdos de lo pasa'
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241 —
do son un ejemplo para el presente y una e n s e ñ a n z a para el p o r v e n i r . H o y se busca el refinamiento de los sentidos, por medio de m i l combinaciones a l c o h ó l i c a s , en
donde la i n d u s t r i a y el comercio toman una parte extrao r d i n a r i a . S e g ú n los datos e s t a d í s t i c o s que poseemos, I n g l a t e r r a y A l e m a n i a son las naciones que m á s consumen.
Creemos que se p o d r í a formar u n á r b o l g e n e a l ó g i c o desde el vino estrujado por N o é hesta el cognac de nuestros
d í a s . Por ú l t i m o , el doctor F r o t t e r ha publicado uu l i bro p i n t a n d o las extravagancias de los borrachos.
Hemos hecho u n l a r g o relato de los efectos del v i n o ,
del lujo de los festines, de las costumbres de varias é p o cas. Acaso hayamos faltado a nuestros p r o p ó s i t o s ; pero
se hallan t a n unidos los placeres de la mesa y los placeres de la embriaguez, que hemos tenido que amalgamar
estas dos materias como hermanas inseparables que fueron a l g ú n tiempo.
¡ C u á n t a s inspiraciones, c u á n t o s c r í m e n e s , c u á n t o s
s u e ñ o s no han forjado los licores! H o f f m a n no h u b i e r a
sido escritor si no se hubiese emborrachado. Vamos a decir acaso una h e r e j í a h i s t ó r i c a para t e r m i n a r . T a l vez la
r e v o l u c i ó n francesa no se hubiese consumado sin un momento de pensadora embriaguez.
¡ L a Marsellesa fué h i j a de una botella de v i n o del
E-hin! ¡ E n pos de este canto corre un r i o de sangre!
Ramillete de Pensamientos
Ib
L a h i s t o r i a t r á g i c a ^ producida por un a n ó n i m o recientemente, en un pueblo de la p r o v i n c i a de C a s t e l l ó n ,
me ha impulsado a tomar la p l u m a y describir a g r a n cTes rasgos la calumnia, que puede considerarse como el
n a r c ó t i c o m á s activo que se conoce, la espada de dos filos m á s penetrante, el c r i m e n m á s b á r b a r o y el m á s i m pune d é l o s c r í m e n e s sociales.
Asesino misterioso que se oculta entre las sombras
y que acecha a sus v i c t i m a s para hundirles su envenenado p u ñ a l hasta la e m p u ñ a d u r a ; desconoce la tregua y
el reposo y con e n t r a ñ a s de t i g r e y con instintos de hiena, se arroja con m á s í m p e t u y con preferencia, sobre
los d é b i l e s e inermes.
Es la h i j a l e g í t i m a de la envidia pero t a m b i é n hay
grandes dosis de h i p o c r e s í a en su c o m p o s i c i ó n .
Semejante a la gota de t i n t a que resalta tanto m á s
cuanto mayor es la blancura del papel en donde cae, el
asqueroso r e p t i l de la c a l u m n i a se complace en arrojar
su baba i n m u n d a sobre lo m á s inmaculado que a su paso
encuentra.
Los pechos en donde se alberga la c a l u m n i a , desconocen la piedad y los buenos sentimientos en absoluto.
Los individuos que la i n v e n t a n y propagan, son capaces de todo: hasta t e ñ i r s e las manos con sangre.
E l salteador de caminos es m i l veces m á s preferible y m á s digno de p e r d ó n que el calumniador.
E l p r i m e r o expone su vida, al paso que el segundo
cobarde por naturaleza.
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* *
A p r i m e r a v i s t a no se descubren muchas veces los
tiros de esa arma m o r t í f e r a ; pero hay datos fijos e i n v a riables que nos l l e v a n hasta su fuente.
L a causa se conoce por sus efectos.
Si nos fuera dado animar el polvo de los muertos
al i m p e r i o de la palabra, s e r í a n innumerables los que se
a l z a r í a n diciendo que la ' v i l y miserable c a l u m n i a » , los
p r e c i p i t ó en el sepulcro.
Por eso es, pues, que la calumnia produce tan desastrosos resultados y no puede en manera alguna, albergarse en los pechos nobles y bien nacidps.
H a y que buscarla en hombres entregados al fango
y a la c o r r u p c i ó n .
L a calumnia es t a n t o m á s frecuente, cuanto m á s
c o r r o m p i d a es la sociedad,
Y , como el c o r r o m p i d o y el disoluto f á c i l m e n t e se
distinguen entre l a m u l t i t u d , de a h í que es fácil t a m b i é n
h a l l a r el origen de la calumnia.
Esta r e g l a sin e x c e p c i ó n ^ se funda en los siguientes
principios:
E l hombre, por lo general, juzga a sus semejantes,
conforme a los sentimientos de que se halla p o s e í d o .
Los h á b i t o s constituyen a nuestro ojos algo a s í como una lente que comunica a los objetos, el color de que
se componen.
P a r a el l a d r ó n , existe el robo en todas partes; para
la ramera, la p r o s t i t u c i ó n es c o m ú n ; para la a d ú l t e r a la
fidelidad
no existe y para el c o r a z ó n v i l y degradado,
los buenos sentimientos constituyen u n m i t o .
* *
He a h í la fuente de la calumnia; arma digna de los
que la amanojan.
-
244 -
•
De a q u í que, o debiera castigarse con todo el r i g o r
del c ó d i g o penal, o d e b e r í a despreciarse en absoluto.
« V o l t a i r e » al aconsejar a sus amigos que calumniasen, porque s e g ú n su c o n f e s i ó n « q u e d e calumnia algo
q u e d a » , ha revelado en esas palabras el fango i n m u n d o
en que se revolcaba su c o r a z ó n , y los asquerosos proyeccos de que era capaz.
Sin embargo, nosotros creemos «que de la calumnia
nada q u e d a » , porque si en el combate que l i b r a n perpetuamente la v i r t u d y el v i c i o , é s t e saliera t r i u n f a n t e ^
l i a r í a mucho t i e m p o que el mundo h u b i e r a dejado de
existir.
L o que no cabe duda es que los caracteres que hacen frente a la calumnia y se sobreponen a ella, son d i g nos de respeto y v e n e r a c i ó n porque revelan u n v a l o r
y una d i g n i d a d tan grande, como la de u n C é s a r o A l e jandro M a g n o .
De donde resulta, que a s í como el calumniador os
una v i l oruga o u n asqueroso r e p t i l que debe aplastarse, aquel que kace frente a la calumnia y l a sorpota con
r e s i g n a c i ó n y con entereza, es un h é r o e .
Lfl V A G A N C I A
L a vagancia es una enfermedad y la ociosidad u n
mal. Y esa enfermedad, y ese mal ha llegado a un p o greso t a l , que constituye una verdadera epidemia en las
poblaciones.
H a y un e j é r c i t o de individuos declarados en perpet u a huelga, p a r á s i t o s que v i v e n a espensas del sudor del
p r ó j i m o que gasta e n e r g í a s ^ factores sin f u n d a c i ó n favorable a la marcha de la sociedad fervorosos de ódio que
niega su influencia a toda empreza ú t i l que reclama consumo de fuerza, frutos de pereza, que tienen u n d e s d é n
para los que al trabajo llamamos v i r t u d .
H a y u n e j é r c i t o de gentes sin p r o f e s i ó n que en n a da c o n t r i b u y e n a la mejora de los pueblos, que son
m á s bien o b s t á c u l o para que sea decisivo el avance, sordos a la i n v i t a c i ó n del h i m n o de l a laboriosidad cantado
por los hijos del deber en los talleres y fábricas^ en los
campos, en los laboratorios, etc.
Y esos miembros muertos de la sociedad tienen
siempre u n lamento, u n latigazo para la pobreza nacional, sin reparar que son ellos, z á n g a n o s , los causantes
del estado morboso que censuran; esos estorbos, que
por el hecho de excusar la m á s sagrada de las obligaciones, no tienen moralmente derecho a puntear los actos
de los virtuosos, y van sin embargo a caza de motivos
para poder hincar su m a l i c i a .
Los pueblos se hacen ricos y fuertes por el trabajo.
U n pueblo de holgazanes no puede medrar.
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246
-
Con tanto « f a i m e a n t » como lastre, resulta flojo el
empuje de los que dedican oraciones de a c t i v i d a d , de celo,
de amor patrio para que sea grande nuestro solar.
A u n cuando d e c í a A r i s t ó t e l e s que es fácil educar a
la j u v e n t u d en el trabajo; « J u v e n e s non sunt m a l i g n i
moris, sed facilis mnris propterea quod nondum v i d e r u n t n e q u i t i a s » ; nosotros opinamos de d i s t i n t o modo
que el preceptor de A l e j a n d r o .
S e r í a fácil si lo fuera t a m b i é n establecer el «cordón
s a n i t a r i o » ^ y a ú n a s í h a b r í a haraganes, que las dolencias de los padres la heredan muchas veces los hijos, y
lo que de t a n lejos viene es de m u y difícil c u r a c i ó n .
Son vagos a secas, los que sanotes y robustos y pudiendo h a l l a r empleo prefieren mendigar, y con pasear
sus harapos pregonan su pecado. Los que habiendo encontrado p r o v i s t a la despensa y de buena cara,se ocupan
en apuntalar esquinas, y fomentan los c o m i t é s de la det r a c c i ó n como maestros de zanganadas.
Son vagos a medias, los que trabajan llevados a remolque por la necesidad, se sujetan al c u m p l i m i e n t o de
lo preciso, y sienten no poderse sumar a los improductivos; los que no encuentran en la tarea de su oficio
la s a t i s f a c c i ó n í n t i m a que proporciona toda o c u p a c i ó n
que trae provecho: los que a ú n labrando, no saborean l a
a s p i r a c i ó n , que es un a l i m e n t o del perfeccionamiento de
las manisfestaciones humanas.
A todos ellos nada i m p o r t a la m u l t i p l i c a c i ó n del
comercio, el mejoramiento de la i n d u s t r i a , el progreso de
las ciencias, los nuevos horizontes de las artes... nada
que sea c i v i l i z a c i ó n . A todos ellos repugna, sin duda,
aquel Credo que se r e c i t a en la escuela de la p r o v i d e n cia, m á g i c o rezo que comienza con estas bellas palabras: «Creo en el trabajo todopoderoso, creador de la
honra, del bienestar del consuelo; de los beneficios que
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24t J -
de él emanan, pues fué concebido por obra de la m o r a l . . .
E l que no d á u n oficio a su h i j o , le e n s e ñ a a ser u n
l a d r ó n , dicen en T u r q u í a . Y esto, como en el p a í s de los
otomanos, es a r t í c u l o de fe en todas partes. L a s e s t a d í s ticas de la delincuencia, prueban con g r a n elocuencia
esta verdad. E l gandul e s t á a la vera del precipicio; es
un inconsciente, que huyendo de aquello que pueda proporcionarle los goces m á s exquisitos se entrega en los
brazos del peligro. De a h í la r e c o m e n d a c i ó n de un c é l e bre poeta que dice:
Produce, edifica, escribe.
H a z . . . aunque sea l a guerra;
M i r a que sobre la t i e r r a .
L o que es hacer no v i v e .
Las abejas obreras matan a los machos a p r i n c i p i o
de verano; las avejas productoras de sustancias, que con
un ramo de riqueza en muchas comarcas, condenan a
pena capital a los á p i d o s que no supieron m á s que holgar; lo que siendo en la especie una l e y , es t a m b i é n una
e n s e ñ a n z a del admirable insecto, es el ejemplo a i m i t a r
de la la boriosidad.
E n la h i s t o r i a del pueblo j u d í o tropezamos con este
dicho de R a b b i Jeondah. « P a d e c e r á siete a ñ o s de h a m bre aquel que no atienda al obrero l a b o r i o s o » . Los m á s
ilustres rabinos consideraban m e r i t o r i o el ejercicio de
profesiones manuales. Isaac Naparcha, era i n t e l i g e n t e
h e r r e r o : Nehemias Haccador m u y buen alfarero: Jeond a t h H a n n a c h k a n , notable panadero... V é a s e como el
trabajo es un precepto de p u r a moral; hasta en la raza
proscripta. E l c é l e b r e Loche q u e r í a que el g e n t i l hombre
aprendiese un oficio. E l famoso L e p e l l e t i e r , deseaba quo
todos los n i ñ o s p r a t i c a r a n l a labranza de la t i e r r a .
E l trabajo en el hombre, no es solo una necesidad
física e h i g i é n i c a sino un deber moral cuyo c u m p l i m i e n -
- m—
to le g u í a a un grado de felicidad, de que solo disfrutan
los que constantemente pagan tan delicioso t r i b u t o . Es la
gran palanca de A r q u í m e d e s , capaz de remover, desde su
punto de apoyo, al mundo, entero.
E l trabajo si no lo vence todo, no ceja nunca, y el
hombre, vigorizado por este aliento d i v i n o , anda y anda cada d í a m á s sin temor a las fatigas n i contratiempos:
le busca temerario, abre la e n t r a ñ a s de la t i e r r a , sondea
los secretos del cielo, y ensancha los horizontes de la
ciencia, abriendo nuevos campos a l arte.
Nada m á s encantador que la f r u g a l mesa de un honrado menestral d e s p u é s de las crudas faenas de todo el
d í a . Nada m á s delicioso que la tostada faz -de un labrador que e m p e ñ a d o en las cuotidianas labores del campo
penetra en el p o r t a l de su modesta casa, en la que c o n tentos y alegres le esperan su honrada mujer e hijos.
Nada m á s respetable que la adusta frente de un sabio al
levantarse cansado de e s c u d r i ñ a r los confusos pensamientos de un obscuro l i b r o . Nada m á s sublime que ese
m o v i m i e n t o d é l o s campos y talleres, que cual plegaria
u n i v e r s a l elevan los hombres a Dios, u n i é n d o s e a la vez
y formando coro esa m u l t i t u d de seres que cumpliendo
sus respectivas leyes, son u n ejemplo v i v o y poderoso
que estimula a l trabajo, la g r a n obra en que e s t á empeñ a d a toda l a c r e a c i ó n .
E l trabajo es un n a r c ó t i c o que apaga todos los t r i s tes recuerdos: es un freno que tiene a r a y a las locas ambiciones de la cabeza y todas las atropelladoras p a l p i t a ciones del c o r a z ó n ; es un nuevo J o r d á n , cuyas aguas
son capaces de purificar al hombre m á s c r i m i n a l ; y por
ú l t i m o , es fuente de bienes y caudal de riquezas que por
nada debe cambiarse.
Quien no respeta el trabajo, dice uu escritor filosofo, s e r á un soberbio que en su fiera i m p o r t a n c i a no ser-
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249 -
v i r a nunca n i para bien de Dios, n i para si mismo, n i
para los d e m á s . No s e r á n i bueu cristiano n i buen p r ó jimo, n i buen ciudadano; n i tampoco buen padre de familia.
Los ociosos y vagamundos son la verdadera l e p r a
de la sociedad; y por lo tauto, preciso es m i r a r l o s con
alguna p r e v e n c i ó n .
Eli GEflIO
Si el valor de las existencias humanas se midiese
por la trascendencia de su paso sobre la t i e r r a , el valor
de W i l b u r - W r i g t h , como i n v e n t o r de la a v i a c i ó n , muerto en D a y t o n , debe ser inconmensurable.
Toda su v i d a la d e d i c ó al i n v e n t o , con una constancia y una fe admirable.
E n el l i b r o glorioso de la h i s t o r i a de los progresos
humanos, este nombre figurará en preferente lugar;
porque W r i g t h nos ha regalado u n mundo; el mundo
m á s difícil de conquistar.
N a p o l e ó n conquistaba tierras para F r a n c i a ; a sangre y fuego hizo dar u n paso a la c i v i l i z a c i ó n . F u é un
g r a n hombre p a t r i o t a y amante h e r ó i c o de su pueblo:
pero fué un h o m b r e t e r r i b l e . A u n dudamos si pesa m á s
su «debe» que su « h a b e r » .
U n hombre insigne e i n m o r t a l por su a b n e g a c i ó n , fe
y constancia; luchando con todo g é n e r o de o b s t á c u l o s y
contrariedades; y considerado por los doctores en aquella
é p o c a por loco visionario, descubre el nuevo mundo
d á n d o n o s tierras f é r t i l e s y ricas para explotar, que
hemos aprovechado verdaderamente con m á s e g o í s m o
que generosidad.
Otro hombre notable d e s c u b r i ó la ley de gravedad;
d e s p u é s otro la i m p r e n t a , este la p ó l v o r a , aquel el vapor,
y varios otros la electricidad, el t e l é g r a f o con hilos y
sin ellos, el t e l é f o n o , la a s t r o n o m í a , la b a c t e r i o l o g í a ,
eti"1,., etc. Y merced a ellos, la humanidad t r i u n f a de la
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251
-
ignorancia, y parecen los elegidos de Dios para d i r i g i r nos en el c u m p l i m i e n t o de nuestra m i s i ó n en la t i e r r a .
E l deseo de i r buscando poco a poco el misterio de
la creación por el propio esfuerzo, parece ser el fin i n mediato de nuestra v i d a .
A cada paso, a cada conquista y descubrimiento, la
figura del hombre se ennoblece; el hombre se acerca a
Dios, y se hace m á s digno de su creador.
E l g r a n r e b a ñ o sigue a sus pastores, que son los
grandes genios, E n t r e estos se agiganta la figura de
Wrigth.
L a conquista del aire h a b í a sido siempre su s u e ñ o
dorado. D e s p u é s de mucho trabajo y varios experimentos, realiza el d í a 17 de D i c i e m b r e de 1903 y en u n
rincón de A m é r i c a , el p r i m e r vuelo en su aeroplano, a
una a l t u r a de trescientos metros, por espacio de quince
segundos.
E n estos diez a ñ o s de a v i a c i ó n ha hecho progresos
maravillosos, y contrasta la d i f i c u l t a d del i n v e n t o con
la rapidez de su p e r f e c c i ó n .
Puede decirse ya que la a v i a c i ó n es un problema
esencialmente resuelto, y cuyos beneficios s e r á n de una
importancia m a r a v i l l o s a .
Los diez Mandamientos de la Higiene
1.
E l aire fresco d í a y noche reaovado, c o n d i c i ó n
necesaria a la salud, es el mejor p r e s e r v a t i v o contra las
enfermedades de los pulmones.
2. E l m o v i m i e n t o es la v i d a . Haced todos los días
ejercicios a l aire l i b r e , trabajando o paseando, y s e r á el
mejor contrapeso del trabajo sedentario.
3. Comer y beber moderadamente; sobre todos las
cenas deben ser m u y morigeradas. E l que prefiera a las
bebidas a l c o h ó l i c a s el agua, y a las carnes las verduras
y frutas; r e f o r z a r á su salud, v i v i r á m á s a ñ o s , y aumentar á su robustez para el trabajo y la felicidad.
4. Para preservarse de los sufrimientos^ y conservar la piel del cuerpo l i m p i a para favorecer la t r a n s p i r a c i ó n c u t á n e a , debe tomarse por la m a ñ a n a al levantar
de la cama, una ducha l i g e r a de agua f r í a todos los d í a s ,
y una vez por semana u n b a ñ o c a l i e n t e .
5. Los vestidos no deben ser demasiado c á l i d o s , n i
demasiado ajustados.
6. L a h a b i t a c i ó n debe ser expuesta al sol, seca, espaciosa, l i m p i a , clara, agradable y confortable.
7. E l agua, la a l i m e n t a c i ó n , el pan, los vestidos y
la casa debe boservarse una l i m p i e z a r i g u r o s a .
8. E l trabajo regular y m e t ó d i c o , es el mejor preservativo contra las enfermedades del cuerpo y d e l esp í r i t u ; es el verdadero consuelo y l e n i t i v o en la desgracia, y l a felicidad de la v i d a .
9. E l s u e ñ o es el mejor reparador de las fuerzas
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253 —
físicas y mentales, d e s p u é s de un trabajo c o n t i n u o . Debe dormirse siete horas durante el d í a , y preferible de noche que se ha hecho para d o r m i r y el d í a para trabajar;
pues los trasnochadores no gozan deigalud.
10. L a p r i m e r a c o n d i c i ó n de una buena salud es
una vida fundada por el trabajo, en nobleoida por las
buenas acciones, y sanas a l e g r í a s . E l deseo de ser u n
buen miembro de f a m i l i a , un buen t r a b ajador en su esfera, y un buen ciudadano en su p a t r i a , presta a la v i d a
un valor i n e s t i m a b l e .
L o s jugadoras
E l juego es un v i c i o , acaso el m á s perjudical de todos.
Mucho se ha abusado en novelas, a r t í c u l o s y libros
morales, de la d e s c r i p c i ó n del jugador, p r e s e n t á n d o l e
como un hombre t e r r i b l e , en cuyo c o r a z ó n nada hace
mella. A l g o hay de cierto en estas exajeraciones, mas no
es tanto como se cree: el jugador solo es t e r r i b l e para si
mismo; se t r a t a t a n sin c o m p a s i ó n , que es raro, m u y rar o , el que llega a una edad avanzada, y mas raro todav í a el que no sufre enfermedades de í n d o l e c a r d í a c o y
mentales que h o r r o r i z a n , ocasionadas por su maldito
vicio.
Las malas noches, la ansiedad continua, el disgusto
impotente de la c o n t r a r i a f o r t u n a , los penosos insomnios
y m á s que nada l a s o b r e e x c i t a c i ó n nerviosa que producen los accidentes del juego, atacan y m i n a n pronto
la naturaleza m á s p r i v i l e g i a d a , empezando por la parte
m á s d é b i l del i n d i v i d u o : q u i é n pierde la vista, algunos
ven alteradas las funciones ordinarias del e s t ó m a g o , otros
padecen alucinaciones, y q u i é n se ve atacado de un temblor nervioso que no le a b a n d o n a r á hasta su muerte.
E l jugador es el hombre m á s desgraciado que hay sobre l a t i e r r a : otros vicios, otras pasiones l l e v a n en sí
mismo u n placer cualquiera, una s a t i s f a c c i ó n , un goce
que los hace hasta cierto p u n t o excusables. E n la pasión
del juego nada de esto existe. Cuando se gana, o hay sob r e e x c i t a c i ó n pengsa,© hay h a s t í o ; cuando pierde, dolor.
— 255 —
amargura, furor concentrado que hace predominar las
excreaciones del h í g a d o sobre todo el organismo.
Desde el momento en que u n hombre se entregue a
esta f a t a l p a s i ó n , pierde la mayor parte de sus antiguas
cualidades, y adquiere otras que le hacen odioso. Los recreos de la f a m i l i a , los honestos placeres que proporcionan dulces emociones al c o r a z ó n y grato solaz al entend i m i e n t o , el estudio, las artes, todo le aburre, le f a s t i dia y le parece f a l t a de a t r a c t i v o ; se hace d í s c o l o y
brusco; a veces hasta r e ñ i d o r y pendenciero; por momentos es e s t ú p i d a m e n t e p r ó d i g o o miserable hasta la tacañ e r í a m á s r i d i c u l a , por no decir m á s vergonzosa. E l
tiempo y el dinero de que puede disponer siempre le parecen escasos para t r i b u t a r culto a su í d o l o .
U n o de los temas con que se engolfa ordinariamente
la i m a g i n a c i ó n del jugador, consiste en sujetar la v a r i a ble suerte y u n c i r l a a su carro t r i u n f a l de una manera d e f i n i t i v a . E n este imposible, ejercita horas enteras
su i m a g i n a c i ó n , c a u s á n d o l e en un circulo e s t r e c h í s i m o
y p r o d u c i é n d o l e con su misma f a t i g a frecuentes a l u cinaciones^ que le hacen saltar de gozo exclamando como A r q u í m e d e s ; « ¡ E u r e k a ! . . . » Pero un momento de calma basta para destruir las flores de aquella i l u s i ó n apenas comienzan a b r o t a r . E l verdadero jugador, el que
siente, padece y se consume, muchas veces antes de
consumir su hacienda, es el que tiene la facultad de
perder o ganar el dinero, s e g ú n su capricho o sus i m p r e siones. J u g a r por j u g a r , no sentir las horas t r a s c u r r i r ,
no acordarse de que existe la f a m i l i a , n i la h u m a n i d a d ,
n i el mundo..., ese es su ideal constante al que todo lo
sacrifica.
U n a de las cosas que el jugador caracloriza es el ser
i n f i n i t a m e n t e preocupado. No hay vieja f a n á t i c a a quien
le ocurran m á s absurdos que a é l , c o n v i r t i ó n d o l o todo
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-
a sustancia jugadora. E l n ú m e r o de su casa, el correspondiente al mes en que v i v e , la fecha de un aniversario,
nada_, en fin, e s t á l i b r e de sus supersticiosas creencias. D e l
mismo modo que oree ver por todas partes u n aviso de
la suerte, piensa t a m b i é n que la cosa m á s i n s i g n i f i c a n t e
puede c o n t r a r i a r l e , llegando a prestar a la f o r t u n a c a r á c ter y forma personal. Esto es lo que los jugadores l l a man « a z a r e s » . Si un gordo se puso a su espalda, si otro
con anteojos verdes no le quitaba la v i s t a de encima, si
e n t r ó un acreedor, si estaba i n c ó m o d o para hacer sus posturas; el detalle m á s i n s i g n i f i c a n t e , en f i n , le hace exclamar enojado:
— ¡ E s claro!... ¡Como h a b í a de ganar!...
Mientras gana todo le es i n d i f e r e n t e ; nada le estorba, n i le produce enojo: mas apenas la suerte se le t o r n a
adversa, comienza a echar miradas en torno suyo para
buscar una cosa o persona sobre quien hacer recaer toda
la culpa.
E l jugador tiene, por lo c o m ú n , los d e m á s vicios,
como hijuelas del v i c i o f a v o r i t o : porque, cuando gana necesita proporcionarse algunos goces para darse cuenta de
que ha ganado; y cuando pierde necesita consolarse. De
este modo, entre febriles emociones y excesos de todo g é nero, gasta el jugador su v i d a con una r á p i d e z espantosa.
A s í y todo,no s e r í a t a n t o de v i t u p e r a r el juego si estas fuesen sus ú n i c a s consecuencias; pero las desgracias
que ocasiona en las f a m i l i a s , v í c t i m a s inocentes de una
codicia i n f e r n a l ; los c r í m e n e s que de él nacen, empezando el jugador por t r a n s i g i r poco a poco con su concie ncia, y concluyendo por perder todo sentimiento noble y
digno, y por ú l t i m o , l a p o r c i ó n do fuerzas inteligentes
que arrebata a l a sociedad, l l a m a n sobre él l a e x e c r a c i ó n
de toda persona honrada.
hOS FUMADORES
L a costumbre de fumar tabaco, es uno de los vicios
más generalizados en la sociedad, y cuyo uso de tan seductora planta, viene sugestionando tantos cerebros y
degenera a tantos organismos.
Son tan perniciosos los efectos que el tabaco produce en el i n d i v i d u o , que bien merece escribir un a r t í c u l o ,
llamando la a t e n c i ó n de los fumadores, por creer un deber de conciencia trabajar en tal sentido, a fin de cont r i b u i r en a l g ú n tanto a condenar el abuso de este narc ó t i c o , por haber tenido ocasión de observar y t r a t a r varias manifastaciones del tabaquismo.
E l tabaco y el alcohol son hoy los dos venenos que
dominan la sociedad.
E n todas partes se hace uso de ellos m á s o menos
exageradamente, y en todos los á m b i t o s de la sociedad
hacen proporcionalmente sus estragos.
L a ignorancia general sobre los efectos del tabaco,
la i m i t a c i ó n y la s u g e s t i ó n juntaraence con una d e b i l i dad ejecutiva de la voluntad que hemos visto reaniman
sus alcaloides, hacen que el vicio se propague m á s y
m á s , y hasta se haya llegado a considerar como bien
visto por todos y casi indispensable para el hombre, a
quien un simple p i t i l l o le d a r í a acceso y facilidad para
establecer contacto i n s p i r a r s i m p a t í a s o estrechar relaciones con sus semejantes.
E x i s t e n individuos que a t r i b u y e n al contenido de
su petaca los negocios y é x i s t o s m á s grandes.
Ramillete de Pensamientos '
17
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Muchos fumadores dicen para atenuar su falta, que
el tabaco es una d i s t r a c c i ó n necesaria al hombre; porque les anima en el trabajo a unos y les sirve para a l i v i a r del cansancio a otros. Pero si nos fijamos en los
efectos n a r c ó t i c o s de la planta sobre el sistema nervioso,
que acaba por i r r i t a r s e y desnutrirse con la l ó g i c a i n h i b i c i ó n funcional del organismo, veremos que en lugar
de distraer, excitar al trabajo y a l i v i a r en el descanso,
lo que suele hacer es asesinar y adormecer el organismo, p r o p o r c i o n á n d o l e d e s p u é s un gasto inmenso de
e n e r g í a s para eleminar los venenos ingeridos.
Con tales sugestivos pretestos, fuma desde el más
i n g n o r a n t e jornalero, hasta la persona m á s i l u s t r a d a ,
despreciando t r a n q u i l a m e n t e los sanos consejos c i e n t í ficos, que solo tienden a e v i t a r las funestas consecuencias de que v á a c o m p a ñ a d a la i n t o x i c a c i ó n t a b á i c a . Y
s e r í a algo tolerable si el fumador fumase a solas y en
sitios ventilados, en donde el humo de u n i n f e r n a l cigar r o , no molestase n i envenenase a sus inocentes hijos,
a su c o m p a ñ e r a ' e s p o s a que tiene que resignarse a respirar constantemente la atmosfera viciada que su esposo
le proporciona, y d e m á s personas que e s t é n a su lado.
Pero por desgracia no suceden a s í las cosas; antes por el
c o n t r a r i o , hoy se fuma en ias reuniones, en los cafés, en
los teatros, en los Casinos, en las oficinas, en los centros
oficiales, colegios, en las visitas, t r a n v í a s y en el seno
de la f a m i l i a ; en fin, en todas partes, sin recapacitar en
nada y sin respeto a las formas sociales.
E l mal ejemplo influye considerablemente a que este v i c i o se propague tanto desgraciadamente. Los niños
que desde m u y p e q u e ñ o s ven fumar con g r a n descuido
y regocijo a sus padres, a sus maestros y a miles de personas para ellos del mayor respeto;tienen abierto el campo de la i m i t a c i ó n y s u g e s t i ó n para no preocuparse d§
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si el tabac i les s e r á o no perjudicial, por suponerlo ante tan general ejemplo, cuando menos como una expansión a g r a d a b i l í s i m a , inofensiva y propia solo de la superioridad del hombre.
De a q u í resulta, que con el deseo de llegar a colocarse a la a l t u r a sentimental de sus mayores, los n i ñ o s
desde la edad de diez o doce a ñ o s arrostran decididamente los peligros y molestias del envenenamiento agudo y fuman constantemente, hasta conseguir la tolerancia del organismo.
De todo esto son responsables los padres, que consienten a sus hijos fumar a su presencia. Los maestros
de escuela no se preocupan en i l u s t r a r a los n i ñ o s acerca
de los nocivos efectos del tabaco en los fumadores. Los
Grobiernos d i s t r a í d o s en sus luchas p o l í t i c a s , ven ccn
la mayor indiferencia que la sociedad se envenena^ y que
las inteligencias se degeneran.
Generalmente los fumadores caen, por decirlo a s í ,
dentro de u n c í r c u l o vicioso, en el que degeneran y
gastan las e n e r g í a s de su organismo, del cual no encue n t r a n medio de poder salirse. Sin embargo: y a por
fortuna algunos van reconociendo sus errores, y l l e g a r á n
a desaparecer del todo por convencimiento general y a
impulsos del progreso, que t e r m i n a r á por hacer retroceder en sa continuo fumar hasta a los viciosos m á s empedernidos.
E l uso del tabaco, por otra parte, representa u n
gasto innecesario, y que no hay duda resulta en perjuicio de la a l i m e n t a c i ó n de la clase obrera y poco
acomodada. Los empleados que viven con las estrecheces de un p e q u e ñ o sueldo que muchas veces les o b l i ga a tasar los alimentos en sus casas, se les d e b í a de hacer cargo de conciencia gastar en tabaco lo que p o d í a n
dedicar para alimentar mejor a su esposa y a sus hijos.
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260 -
U n a n t i g u o axioma de h i g i e n e dice: «El dinero que
has de gastar en tabaco o en alcohol, g á s t a l o en leche,
carne y huevos, y o b t e n d r á s beneficios para t í y para
los t u y o s » .
Y para t e r m i n a r debemos consignar: l . 0 q u e el t a baco es muy nocivo para la salud y por tanto perjudicial a la sociedad; 2.° que los efectos generales del tabaco en el organismo, son los de producir una i n t o x i c a ción aguda o c r ó n i c a de m á s o menos gravedad, s e g ú n
las dosis ingeridas de veneno y la resistencia de los i n dividuos; 3 . ° , que las b r o n q u i t i s c r ó n i c a s con todas sus
consecuencias, son casi siempre sostenidas y producidas
en muchas ocasiones por el uso constante del tabaco;
4 . ° , que los efectos de los componentes del tabaco sobre
el c o r a z ó n , se manifiestan por una p e r t u r b a c i ó n de su
e n e r g í a y de su r i t m o ; siendo m u y frecuentes las palpitaciones en los fumadores; 5.°, a d e m á s do ser el tabaco
muy anafrodisiaco, produce cierto sopor en el cerebro
con' i n h i b i c i ó n de su delicado funcionalismo, por cuya
consecuencia decaen en los t a b a c ó m a n o s , la memoria, la
inteligencia y la v o l u n t a d .
Y por ú l c i m o ; para prevenir el tabaquismo y conseguir el completo desarrollo físico, intelectual y moral
de la j u v e n t u d , es m u y conveniente c o n t r i b u i r por todos
los medios posibles a la e d u c a c i ó n por medio del ejemplo y d i s c i p l i n a , a fin de e v i t a r en los j ó v e n e s el uso
nocivo del tabaco.
•al j h Giaiiiat
Prescindiendo de e t i m o l o g í a s y de la enfadosa tarea
de buscar el origen del « C a r n a v a l » , la verdad es que
esta palabra, s e g ú n nuestras costumbres, quiere decir
a l e g r í a , broma y jaleo para unas personas; para otras, el
« C a r n a v a l » , consiste en vestir un disfraz y taparse la
cara para decir lo que nunca d i r í a n con la cara descubierta.
P a r a la m a y o r í a de las personas cultas, « C a r n a v a l »
quiere decir paciencia para sufrir las bruscas agresiones
de algunas m á s c a r a s .
No hace muchos a ñ o s , el « C a r n a v a l » , era la expansión, la a l e g r í a que d e b í a comprimirse durante la «Cuaresma» y hoy, gracias a las necesidades materiales, el
« C a r n a v a l » ha quedado reducido a que los hombres v i s tan el traje de mujer y vice-versa, y a que comparsas de
estudiantes y de los que no estudian, invadan las calles
de la p o b l a c i ó n , explotando, con gracia o sin ella, los
bolsillos de los t r a n s e ú n t e s .
Sucede con el « C a r n a v a l » lo mismo que con la » N o che B u e n a » : cada uno la celebra a su modo; pero durante
el « C a r n a v a l » , hay (no quiero decir personas), i n d i v i duos para los cuales el « C a r n a v a l » consiste en reproducir escenas poco cultas y edificantes.
¡A. esto le l l a m a n d i v e r t i r s e ! . . . ¡A. esto ha quedado
reducido e l « C a r n a v a l » ! . . .
Esta fiesta dura tres d í a s con un a p é n d i c e , durante
el cual tiene lugar el c é l e b r e entierro de la Sardina, que
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-
consiste en sepultar en los e s t ó m a g o s escabeclie, chorizos, t o r t i l l a s , pan, v i n o , aceitunas y cuantos comestibles
presentan en ciertos sitios del campo, el m i é r c o l e s de
Ceniza, p r i m e r d í a de la Cuaresma.
Y a p r o p ó s i t o de « C u a r e s m a » , y consecuente con el
encabezamiento de este a r t í c u l o , diremos algo sobre la
« C u a r e s m a » considerada como « m e d i d a h i g i é n i c a » .
Moisés fué el p r i m e r o que, comprendiendo lo ú t i l
que era el comer poco durante la é p o c a que nosotros l l a mamos primavera, impuso el ayuno y la p r i v a c i ó n de
ciertos manjares, y o b r ó Moisés sabiamente, puesto que
en la p r i m a v e r a es muy conveniente comer poco: y al
privarse, durante esa é p o c a , de ciertos manjares, se d á
lugar a que muchos animales que constituyen nuestro
p r i n c i p a l alimento, obedeciendo a las leyes de la naturaleza, se reproduzcan, lo cual no p o d r í a verificarse si la
p e r s e c u c i ó n no t u v i e r a un i n t e r v a l o que en nuestros d í a s
se conoce con el nombre de « L a v e d a » .
T e n d r í a m o s que extendernos mucho m á s de lo que nos
permitiesen las columnas de L A U N I O N I L U S T R A D A ,
si h u b i é r a m o s de manifestar y entrar en consideraciones acerca de las grandes ventajas que reporta al
hombre el tomar poco alimento durante la p r i m a v e r a .
Pero es suficiente con hacer consignar un aforismo
del padre de la medicina el i n m o r t a l « H i p ó c r a t e s » :
«Es necesario comer poco y trabajar mucho. L a salud
no consiste en llenar el e s t ó m a g o de alimentos. L a mod e r a c i ó n en la comida y bebida nos l i b r a de muchas enfermedades, sobre todo de las que procaden del e s t ó m a go, que es la oficina p r i n c i p a l de la o r g a n i z a c i ó n de
nuestros c u e r p o s » .
« L a C u a r e s m a » , es la é p o c a de la c o n t e m p l a c i ó n y
abstinencia cristiana, la é p o c a que graba en el alma esas
dulces y tranquilas impresiones que siente siempre en
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los acontecimientos en que ella i n t e r v i e n e , que comienza
el m i é r c o l e s de Ceniza, y hundiendo el recuerdo de las
pasadas escenas entre el m u r m u l l o de la o r a c i ó n , prepara el alma para la « S e m a n a S a n t a » que es la repres e n t a c i ó n del misterio m á s augusto y el m á s sublime de
los sacrificios con la que t e r m i n a .
Casi todas ¡as religiones han consagrado la « C a a r e s m a » , y en su mayor parte h á d a l a misma fecha, siendo
en algunas el fundapiento de esta p r e s c r i p c i ó n una m i r a
de buena higiene general cuya e s p l i c a c i ó n la encontramos en vxi tratado de « H i g i e n e P ú b l i c a » , que dice: la
i n s t i t u c i ó n de las « C u a r e s m a s » nos revela que en todos
tiempos por todos los legisladores civiles y m o n á s t i c o s se
ha adivinado la inflaencia del r ó g i t n e n . Los progresos
del epicurismo y de la indiferencia han t r a í d o la realización de aquellas antiguas y solemnes costambres: pero
los módicos ilustrados nunca cesaron de aplaudir la i n s t i t u c i ó n de la dieta cuadragesimal de la I g l e s i a C a t ó l i c a ;
a ú n no c o n s i d e r á n d o l a m á s que bajo el aspecto h i g i é n i c o .
Seis o siete semanas de moderada abstinencia de
carne y alimentos animalizados, y en la é p o c a del a ñ o
esa, se hace m á s a c t i v a la hematosis de la sangre y m á s
r á p i d o el movimiento o r g á n i c o ; es una practica altamente saludable y d i g n a de ser aceptada, a ú n cuando no lo
recomendase lo santo y respetable de su o r i g e n .
L a mayor parte de los pueblos, desde los más a n t i guos; puesto que algunos hacen pernotar el origen de las
abstinencias religiosas hasta nuestros, primeros padres;
han t r i b u t a d o justo respeto a la santidad de la Cuaresma,
guardando el ayuno y la v i g i l i a , como acto religioso los
unos, como medida h i g i é n i c a los otros: y esta santidad,
hasta ayer t a n respetada, desgraciadamente e s t á h o y
bastante rebajada, sobre todo en las grandes poblaciones,
¡jonde muchosquenacieron cristianos se abandonan enlas
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tristes tinieblas de la f r i a l d a d , la indiferencia, y porque
el mafcerjalismo v á poco a poco invadiendo los corazones
y secando en ellos el manantial de la fe.
Pero a pesar de esto, aunque la f r i a l d a d y la i n d i ferencia por la r e l i g i ó n cundan por todas partes como
g u a d a ñ a de muerte, y el materialismo haga estragos
como h u r a c á n que fcodo lo arrasa y destruye, existen
t o d a v í a almas sinceras, apasionadas, valientes y hermosas, cristianos verdaderos, que animados por sublime
e s p í r i t u de piedad, arrastran todos los peligros, sufren
sonriendo y rezan llorando, despreciando las ridiculas
modernas preocupaciones y o f r e c i é n d o n o s elocuente y
b e l l í s i m o ejemplo de v i r t u d que i m i t a r .
Pero no es la « C u a r e s m a » , por o t r a parte un santo
tiempo de recogimiento y mortificación desprovisto de
encantos; es una é p o c a en que, si la persistencia obliga
y requiere un tono má« grave y severo en nuestras acciones, t a m b i é n encontramos en ella honestos y bellísimos entretenimientos que hacen menos larga y t r i s t e su
escuálida vida.
« L a C u a r e s m a » , es la é p o c a de los conciertos sacros
y de las veladas de m ú s i c a religiosa y en los unos y en
las otras tenemos ocasión de a d m i r a r y a p l u d i r las i n s p i radas creaciones del abate * P e r o s i » con las sublimes
oratorias llenas de esquisita a r m o n í a .
Respecto a la m ú s i c a c l á s i c a tenemos que a d m i r a r
las composiciones de M o z a r t , H a y d n , Mendelssohn,
Schubert, A r z i a g a , Ledesma, W a g n e r y otros muchos;
porque en la « C u a r e s m a » se ejecuta la m ú s i c a severa de
los grandes maestros citados, cuyas m e l o d í a s sublimes
por excelencia, profunda y sabia, en toda su sencillez y
delicadeza enteramente p s i c o l ó g i c a , que se admira y
confunde muchas veces siempre embelesa.
Es t a m b i é n la « C u a r e s m a un periodo del a ñ o en que
se verifica la m á s hermosa de las transiciones.
E l i n v i e r n o comienza a retirarse, cediendo su l u g a r
a la p r i m a v e r a . Esa joven graciosa y fresca, vestida de
verdes hojas, adornada de hermosas flores, acariciada su
r u b i a cabellera por la perfumada brisa ha i l u m i n a d o su
serena y coronada frente por los rayos de un sol puro y
vivificador.
¡Bien venida sea la « C u a r e s m a » de 1914, que, como
siempre, llega rodeada de sus s i m p á t i c a s y bellas compañ e r a s la m ú s i c a c l á s i c a y la primavera!...
ü ñ ORpñrlDAD
T r i s t e palabra que expresa la aflicción m á s profunda en el c o r a z ó n del ser que a su padre perdiera.
¡Diclioso aquel que a ú n tiene quien le ayude con
c a r i ñ o s o s consejos, ayudado de un sin n ú m e r o de caricias,
a cruzar en el barco del mundo por entre las horribles
olas del mar de esta v i d a ! . . .
¡Dichoso, en fin, aquel que tiene padre!... ¿Quién de
vosotros, queridos lectores, no h a b r á tenido ocasión de
observar a una f a m i l i a antes de m o r i r el cabeza de ella,
y m á s si t e n í a alguna p o s i c i ó n social, los numerosos
amigos que en casa frecuentaban, haciendo m i l extremos
de afecto a sus hijos, y siendo atendida hasta con exaj e r a c i ó n su querida esposa?
Pero f a l t a la cabeza, y v a r í a por completo la escena.
Aquellos amigos, que mientras v i v i ó el padre no dejaban
la casa, y a ú n durante l a enfermedad consolaron a la
f a m i l i a hasta ser inoportunos, poco a poco se les ve
desaparecer; l a infeliz v i u d a con sus queridos hijos buscan el amparo y no lo encuentran: todo al c o n t r a r i o ,
parece que la deshonra ha caído sobre ellos.
¡ D e s g r a c i a d a v i u d a , infelices h u é r f a n o s ! . . . E n vano
b u s c á i s al amigo de vuestro esposo, al adulador de vuest r o idolatrado padre para que os saque de un p e q u e ñ o
apuro en cualquier sentido, pues aunque pueda remediaros el favor no p o d r é i s recompensarlo m á s que con l á g r i mas de g r a t i t u d , y esto es m u y poco para él, por m á s
que haya recibido del objeto de vuestro amor un sin fin
de beneficios.
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¡ D e s e n g a ñ o c r u e l ! . . . De nada te ha servido, fiel
esposo y apasionado padre, ser esclavo de tus amigos!...
I n c o r p ó r a t e en el sepulcro y v e r á s a t u esposa e hijos
arrayados en llanto, recibiendo i n d i f e r e n c i a de los que
tu casa frecuentaban.
¿No te acuerdas de aquel fiel amigo que al tiempo de
preparar t u viaje a esa morada le encargastes enjugase
las l á g r i m a s de t u f a m i l i a y que fuera su protector?...
¿Te acuerdas la c o n t e s t a c i ó n que te d i ó ? . . . ¡ P u e s la
palabra aquella se la llevó el viento, y es la causa, con
su despego, del copioso l l a n t o que t u f a m i l i a v i e r t e ! . . .
¡Quien te dijera que aquel otro, v i s i t a d i a r i a de t u casa,
que desde el momento mismo de la muerte no h a b r í a de
entrar m á s en aquella!...
¡Más no salgas de t u fosa para presenciar escenas
tan desagradables!...
Descansa en paz, pues los senderos de la v i r t u d y
afición al trabajo que t ú les e n s e ñ a s t e s s e r á n suficiantes
para no necesitar de los amigos que te han vendido, que
han hecho t r a i c i ó n a sus promesas, que se han querido
o l v i d a r , en fin, de tantos favores como a muchos de ellos
hiciste.
Y t ú , honrada f a m i l i a , no desmayes; pues aunque
ingratos amigos no te favorezcan n i consuelen, la honradez que de t u jefe heredaste, s e r á suficiente para que, al
c o m p á s de suspiros y l l a n t o , le sea m u y fácil labrar su
porvenir; sí, apreciable f a m i l i a , llora sin cesar sobre l a
tumba del que perdiste, pero r e g o c í j a t e al mismo tiempo
porque has sabido recoger la semilla de su honra.
Queridos lectores, no p o d r é i s menos de confesar que
es por desgracia cierto el cuadro de d e s e n g a ñ o que acabo
de hacer. ¡ C u á n t o s h a b r á en este mundo!...
A todos vosotros os c o n c e p t u ó con un c o r a z ó n sensible y sentimientos nobles: y por H tanto, cuando roa-
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268 -
nios una madre que llora y unos hijos que lamentan la
muerte de un padre adorado, tomemos parte en su pesar,
pues nuestra conciencia e x c l a m a r á llena de gozo: «soy
feliz, por que he enjugado las l á g r i m a s de unos desgraciados».
LA ENVIDIA
E n cierta ocasión me d e c í a un andaluz de pura cepa;
«que solo una duda t e n í a en h i s t o r i a , la de que C a í n no
nació en A s i a » .
¿ P u e s donde nació? le c o n t e s t é ; y me dijo que en partida de bautismo debe hallarse en alguno de nuestros l i bros parroquiales.
Y o me precio de ser e s p a ñ o l , muy e s p a ñ o l , como
supongo se p r e c i a r á de serlo cada hijo de esta bendita
t i e r r a ; pero francamente, no supe q u é contestar a mi i n terpelante,
¿Ni q u é h a b í a de contestarle, si E s p a ñ a , ha dejado
siempre a t r á s a aquella n a c i ó n que premiaba a F i d i a s ,
con inicua a c u s a c i ó n de l a t r o c i n i o , a Milciades con una
c á r c e l , a Aristedes con el destierro y a S ó c r a t e s con la
cicuta, p a t r i a indigna, morada de audaces y malvados, de
la cual v e í a n s e precisados a emigrar todos los hombres de
valía? ¿Qué h a b í a de contestarle, si abro nuestra h i s t o r i a
y entre otros cien ejemplos leo que la envidia c l a v ó su
p u ñ a l en el pecho de V i r i a t o , e n c a d e n ó los piés de C r i s t ó bal Colón, p i d i ó cuentas al Gran C a p i t á n , r e g i s t r ó la casa
de Cisneros, m o r d i ó las obras de Cervantes^ s u m i ó en un
calabozo a Quevedo, y a c e l e r ó la muerte de Balmes?...
¿Qué h a b í a de contestarle, si a cada paso vóse uno
obligado a recitar aquellas dos tan m a g n í f i c a s cuanto
sentimentales q u i n t i l l a s , escritas por f r a y L u i s de L e ó n ,
desde su p r i s i ó n en Salamanca?...
A q u í la envidia y m e n t i r a
me t u v i e r o n encerrado,
-
270 —
¡Dichoso el h u m i l d e estado
del sabio que se r e t i r a
de aqueste mundo malvado!...
¿Y con pobre mesa y casa
en el campo deleitoso
con sólo Dios se compara,
y a solas su v i d a pasa,
ni envidiado n i envidioso?...
¿Queréis conocer a un envidioso? No ha menester desc r i b í r o s l e . Acercaos a él, y su mirada tosca, mal intencionada, y su lenguaje avieso, s a t á n i c o os lo d e s c u b r i r á n
entre un millón de personas.
Donde se encuentra un envidioso e s t á n de mas los
c r í t i c o s . ¿ D e s e á i s saber el m é r i t o de una obra h i s t ó r i c a
a r t í s t i c a , o c i e n t í f i c a ? P r e s e n t á d s e l a a que la examine.
Si habla mal de ella, bien podéis afirmar que no es un
d e s p r o p ó s i t o ; si calla, asegurad a voz en g r i t o que es i n i mitable y m a g n í f i c a .
U n a noche se estrena una p r o d u c c i ó n d r a m á t i c a . Si
por casualidad no* h a b é i s podido entrar al teatro por haberse agotado los billetes, no i m p o r t a . ¿ T e n é i s gusto en
saber aquella misma noche el é x i t o del estreno? A g u a r d a d
a la puerta, y si al retirarse la gente o b s e r v á i s fotografiada la tristeza en el rostro del i n d i v i d u o de que os hablo,
estad convencidos de que la p r o d u c c i ó n p a s a r á a l a posteridad.
i
M á s s i , por el contrario, véis dibujada la a l e g r í a en
sus ojos, no d u d é i s un momento de que el autor^y los
actores han quedado sordo de la silba.
Si fuera posible que el envidioso descubriera una máquina capaz de destruir el universo, en aquel instante
r e t u m b a r í a en los espacios la trompeta de que nos habla
el l i b r o del Apocalipsis. Su f u r i a no reconoce i g u a l . Para
él lo mismo es el sarcerdote que el artista, el sábio que
— 271
-
el guerrero. L e h a b l á i s de A n t o n i o Trueba, os c o n t e s t a r á
que le fastidian sus cuentos; de Grisbert, que no entiende
de colorido; de B a r b i e r i , Rossini, B e l l i n i , M o z a r t , Schubert, W a g n e r , que no saben mover el pedal'dc un piano;
Hartzembusehs qjie desconoce las reglas de la m é t r i c a .
Porque el envidioso es como el perro del h o r t e l a n o .
Obtuso de entendimiento, e g o í s t a por i n s t i n t o , n i
puede encumbrarse dignamente, n i ver el encumbramiento de nadie. E l t r i u n f o m á s insignificante le t o r t u r a , le
desespera; es para su c o r a z ó n agudo p u ñ a l que h o r r i b l e mente le atormenta.Refractario a todo sentimiento noble
solo b r i l l a en sus ojos el numen del despecho,solo vaga en
sus labios la sonrisa del d e s d é n y en su cerebro mora sólo
el genio de la d e s t r u c c i ó n .
Si le d á la vena por la s a t í r i c a , a trueque de que le
llamen chistoso, cuatro incautos, sacrificará vuestro nom
bre, vuestra honra, vuestro p o r v e n i r , t a l vez el pan de
vuestra f a m i l i a ; sino r e c u r r i r á al p r i m e r medio i n d i g n o
que se le ocurra, para moderar a guisa de á s p i d y desacreditaros en cualquier parte.
Y en vano l e - d e s a í i a r é i s . Cobarde de suyo c o n c l u i r á
por cepillaros la l e v i t a cuando no por convidaros a almorzar en a l g ú n restaurant.
Ridiculicemos todos de concurso al ente inepte y
destructor como la langosta, cuya influencia tanto ha
gangrenado y c o n t i n ú a gangrenando a la sociedad; procuremos el e x t e r m i n i o deesa plaga, n ú m e r o once, que reu"
ne en sí con exceso las calamidades de las diez plagas de
E g i p t o , y E s p a ñ a c o m e n z a r á a valer m á s de lo que vale,
y m i i n t e r l o c u t o r se a r r e p e n t i r á , estoy seguro, de haber
dudado de que el f r a t r i c i d a de A b e l , n a c i ó en A s i a .
;1 Ibuel© © bcsafí©
Nos hemos propuesto publicar en
U N I O N I L U S T R A D A una serie de a r t í c u l o s concisos combatiendo los vicios, errores y preocupaciones
que por desgracia t o d a v í a e s t á n arraigados en algunas
clases que,bien p o r f a l t a de i n s t r u c c i ó n o impulsadas por
el fanatismo, se niegan a escuchar la voz de la r a z ó n y
cierran los ojos para no ver la hermosa luz que derraman
la c i v i l i z a c i ó n y el progreso.
L a tarea de hoy es m á s seria, tanto por sus consecuencias, como por estar el v i c i o arraigado en ciertas
clases, que por su talento, s u p o s i c i ó n y su verdadera
d i g n i d a d , nunca d e b í a n buscar la r a z ó n en la p u n t a de
las espadas o en la p u n t e r í a de una pistola.
Parece m e n t i r a que en el siglo X X se reproduzcan
escenas propias de aquellos siglos en que la espada era la
mejor de las razones. Parece m e n t i r a que el hombre
prefiera perder la v i d a o convertirse en asesino,, a buscar
la r a z ó n por medio de la d i s c u s i ó n o de un t r i b u n a l de
honor.
Parece m e n t i r a que el amor propio, el orgullo y la
vanidad puedan conseguir que un hombre, olvidando a
su esposa y a los pedazos de su c o r a z ó n , se exponga a
que lo atraviesen de una estocada o de un balazo, y al
perder la vida deje a sus queridos hijos sin amparo n i
consuelo.
Decidle a un h i j o , cuyo padre p e r d i ó la v i d a en un
d e s a f í o : su padre de usted, q u e d ó honrado al perder la,
vida
-
273 —
L a v í c t i m a de esa feroz; p r e o c u p a c i ó n os c o n t e s t a r á ;
«Mi padre t e n í a r a z ó n , y en vez de buscarla en los oribunales de j u s t i c i a , quiso buscarla por las armas; su
contrario s a b í a manejarlas y le m a t ó , valido de sus
destreza. M i padre p e r d i ó la vida, y nosotros estamos
sufriendo las consecuencias de su l o c u r a . »
H a y hombres que tienen por oficio t i r a r al florete,
manejar el sable, y que adquiriendo a fuerza de p r á c t i c a
una certera p u n t e r í a , solo desean tener ocasiones en que
lucir su funesta habilidad.Esa clase de hombre se e m p e ñ a
en hacer creer que el mejor medio de buscar la r a z ó n es
darse de estocadas o acribillarse a balazos.
L a r e l i g i ó n rechaza y condena ese c á n c e r de la so
oiedad. Las leyes condenan y castigan a los que i n s u l tando y escarneciendo a la humanidad dejan de pertenecer a los seres racionales para destrozarse como las fieras,
y lo que es m á s , para tener el cinismo de hacer gala de
haberse convertido en miserables asesinos.
L a moral de Jesucristo dice: « N u n c a invada la fuerza el terreno de la r a z ó n » . Y cuando el a p ó s t o l Pedro
c o r t ó la oreja a Malcos, J e s ú s le r e p r e n d i ó y le d i j o :
« P e d r o , envaina la espada; porque el que a h i e r r o mata
a hierro muere».
Tengamos, pues, presentes las sublimes palabras de
Jesucristo, y no llamemos lances de honor a lo que ú n i camente produce efusión de sangre, muerte^ llanto y desconsuelo.
Ramillete de Pensamientos
18
274
t
EL
VIERNES
SANTO
MARÍA AL PIÉ DE LA CRUZ
Lfl
REDENCIÓN
OY cesa la m e r c a n t i l a c t i v i d a d y los t r a bajos industriales; las vibraciones del
bronce sagrado se truecan en á s p e r o y
desapacible golpeteo de matraca, el pueblo viste de l u t o , cierran sus puertas
los cafes y los teatros y abre las suyas el templo,
cuyos altares, cubiertos de negro velo, no tienen
cruz n i l u z , y bajo cuyas b ó v e d a s resuenan tristes
p r o f e c í a s , conmovedoras plegarias y l ú g u b r e s lamentaciones.
L a H u m a n i d a d recuerda hoy a Cristo
; a
Cristo descoyuntado y cubierto de heridas; a Cristo
en la cumbre del G ó l g o t a , pidiendo por sus verdugos y d i r i g i e n d o miradas de i n f i n i t o amor, de comp a s i ó n i n f i n i t a y de suprema a m a r g u r a , a la muchedumbre que se agolpaba para verlo padecer.
J
— 275
A q u e l l a muchedumbre s a b í a que J e s ú s dio
vista al ciego, pan al h a m b r i e n t o , consuelo al t r i s te, salud al enfermo, vida a los muertos, y que pasó
por la t i e r r a haciendo siempre bien; pero, enloquecida y fanatizada, g r i t ó p r i m e r o : «Orucifiquénlo!,
crucifiquénlo!», y luego gozó en su a g o n í a , l l e n á n dolo de escarnios y de insultos...
Siendo e! blanco de m i l crueldades, m u r i ó
Cristo, y sólo cuando r u g i ó el h u r a c á n , t e m b l ó la
t i e r r a y las tinieblas lo e n v o l v i e r o n todo, entonces .
fué cuando conoció la muchedumbre el tremendo
crimen que acababa de realizar, y golpeando su
pecho, h u y ó hacia J e r u s a l é n , g r i t a n d o : ¡ E r a
Dios!...¡Era Dios!...
¡Aún resonaban en el aire las celestiales palabras con que el A r c á n g e l a n u n c i ó a M a r í a el misterio inefable de la E n c a r n a c i ó n del V e r b o , que
h a b í a de elevarla a la d i g n i d a d de Oorredentora
del mundo, cuando en el ejercicio de esa m i s i ó n , la
vemos asistir a la t r á g i c a escena del C a l v a r i o ,
donde fué consumada nuestra R e d e n c i ó n .
Esta h a b í a de ser realizada por el dolor, las
l á g r i m a s , la sangre; por eso, allí, y sólo allí, donde
hay dolor, l á g r i m a s y sangre, la a t r a c t i v a figura de
M a r í a a c o m p a ñ a al Salvador en su p e r e g r i n a c i ó n
sobre la t i e r r a .
E l frío y la miseria de B e l é n , las gotas de
sangre de la C i r c u n c i s i ó n , la sed, las ignominias y
v e r g ü e n z a s del C a l v a r i o t u v i e r o n por testigo y
p a r t í c i p e a M a r í a . E l T a b o r , las aclamaciones de
las turbas y los intentos de c o r o n a c i ó n , que siguieron al p r o d i g i o de los panes y los peces, no turba-
— 276 —
ron el uno con sus fulgores, y las otras con sus
ruidos la m í s t i c a obscuridad y quietud en que se
deslizaba la v i d a de la Madre de C r i s t o , cuando
no h a b í a panes que devorar, l á g r i m a s que derramar o sangre que v e r t e r .
Pero donde M a r í a se nos presenta en la p l e n i tud de sus funciones de Corredentora de los hombres, es en la Cima del Calvario en la tarde del
Parascebe.
F i j é m o n o s en el cuadro que allí se nos ofrece.
U n Dios agonizando en una cruz, y dando su v i d a
por los hombres; de sus heridas brotan torrentes
de sangre. E n medio de la oscuridad, rasgada a
intervalos por la siniestra l u z de los r e l á m p a g o s ,
d e s t á c a s e la figura de una mujer entre la Cruz y el
pueblo: a M a r í a , que como Corredentora del mundo, ha querido Dios que se colocara entre el Dios
que muere y la H u m a n i d a d que mata; es decir, entre el Redentor y los redimidos.
H a querido que la sangre que h a b í a de b o r r a r
los pecados de los hombres, llegase hasta ellos
pasando por M a r í a . L a luz salvadora que despide
la Cruz h a b í a de disipar la tinieblas del pecado,
pero recibida p r i m e r o por M a r í a y reflejada d e s p u é s
por E l l a sobre el mundo, cual la luna refleja en la
oscuridad l a luz que recibe del sol. Este es el que
la tiene en sí, aquella la que nos la t r a s m i t e .
A.sí, Cristo es el d u e ñ o y autor de la gracia;
M a r í a la que nos l a comunica. Cristo nos la merec i ó ; M a r í a la hace llegar hasta nosotros e n g e n d r á n donos a la v i d a de la gracia, en medio de los dolores
y tormentos del C a l v a r i o .
-
277
-
Y como la R e d e n c i ó n es obra de la F o r t a l e z a ,
y a que h a b í a de realizarse por el dolor y el dolor
llevado al m á s alto grado de intensidad, M a r í a , en
el momento culminante de a q u é l l a , cuando los
cielos y la t i e r r a presenciaban a t ó n i t o s el e s p e c t á culo de un Dios agonizante, nos d á el ejemplo m á s
sublime de fortaleza que admiran los siglos: el de
una Madre que presencia sin desmayos,, el suplicio
de su h i j o amado,
¡ T e r r i b l e contraste el del nacimiento y muerte
de Dios, que v i n o al mundo en medio de los
deliquios de amor d i v i n o , y vuelve al cielo llevando
cual trofeo de su v i c t o r i a , los dolores y tormentos
de su b e n d i t í s i m a M a d r e ! . . . .
U n a m u l t i t u d formada por chacales con figura humana contempla gozosa, l a a g o n í a de un
hombre que pocos d í a s antes h a b í a vitoreado como
a rey.
Cristo va ha espirar, pero antes de m o r i r desea
trocar aquel p a t í b u l o infamante en que se h a l l a por
c á t e d r a sublime c u y a s e n s e ñ a n z a s perduren eternamente: va a hablar y en sus ú l t i m a s palabras quiere
poner el sentimiento que rebosa su pecho.
Desde la a l t u r a de la Cruz m i r a a sus sanguinarios verdugos que con craeldad i n a u d i t a le han
hecho objeto de los m á s b á r b a r o s tormentosy p i e n sa en la horrenda i n g r a t i t u d de aquel pueblo que
en t a l f o r m a le recompensa sus innumerables beneficios; d i r i g e su v i s t a sobre el mundo a t r a v é s de
los siglos y a ante ella desfilan^antos y tantos hombres enemigos de su celestial d o c t r i n a que h a b r á n
de escarnecer su nombre y declarar ruda guerra a
la I g l e s i a por E l fundada.
— 278
-
A l que juzgando por las apariencias creyera
sólo hombre al Crucificado e s p e r a r í a oir brotar de
sus labios palabras de m a l d i c i ó n y anatema, pero
tras aquellas llagas y heridas se ocultaba un Dios
y divinas h a b í a n de ser sus lecciones.
« P a d r e , p e r d ó n a l o s que no saben lo que h a c e n « .
E x c l a m a Cristo en el Calvario^ y en esas palabras
parece condensar sus e n s e ñ a n z a s y doctrinas. Cristo preso y ultrajado, azotado y escarnecido, coronado de espinas y con cetro de c a ñ a como rey de
burlas cargado con la cruz y clavado en ella entre dos criminales, no solo perdona amorosamente
a aquella chusma sanguinaria, sino que le dedica
las primeras frases que brotan d e s ú s labios durante
aquellas tres horas de m o r t a l a g o n í a .
J e s ú s s e n t í a su sagrado c o r a z ó n transido de
dulor ante la vista de su madre que de pie, j u n t o a
la cruz, r e s i s t í a valerosamente el mar de amargura
en que se anegaba su alma p u r í s i m a . M i r a b a a su
d i s c í p u l o predilecto y a las piadosas mujeres s u m i das en honda pena que deseaba m i t i g a r , pero comunicar con los seres queridos es un consuelo muy
humano y en aquellos momentos era el H o m b r e Dios que expiraba, y como t a l q u e r í a m o r i r sin
consuelos para m á s a v a l o r a r su incomparable sacrif Í3ÍO.
Cuando se recibe una ofensa, el alma bien templada la perdona; pero Cristo deseó mostrar que su
d o c t r i n a exige m á s y por eso no dice yo te perdono, pueblo deicida, sino que eleva una o r a c i ó n a su
Eterno Padre en p r ó de sus asesinos e x c u s á n d o l o s
con su ignorancia.
-
279
-
E l D i v i n o Maestro nos ha dado la l e c c i ó n , y a
nosotros toca el aprovecharla: somos sus d i s c í p u l o s
y por tanto debemos seguir sus e n s e ñ a n z a s salvadoras.
Para todos aquellos que nos h o s t i l i z a n y combaten, que trabajan en contra de nuestros intereses
y negocios, que mancha nuestras honras con las
babas inmundas de la calumnia y lanzan a nuestro
rostro el afrentoso salivajo de la i n j u r i a , tengamos
en los labios una o r a c i ó n en favor de ellos, en el
pecho amor e n t r a ñ a b l e y los brazos abiertos para
estrecharlos cuando a nosotros acudan en demanda
de p r o t e c c i ó n .
No saben lo que hacen; dijo Cristo de sus verdugos, y eso mismo puede decir l a I g l e s i a de sus
actuales perseguidores: no saben lo que hacen n i
lo que dicen_, y a s í es realmente.
A costa de la sangre inocente del Justo, fuimos
redimidos del pecado y libertados de la muerte; a
costa de la sangre de u n Dios, pudo aprender el
mundo la doctrina consoladora del p e r d ó n y de la
misericordia; a tan santo precio, dijo, se e n s e ñ ó
a los hombres el amor en aquellas divinas palabras:... « A m a o s los u ñ o s a los o t r o s » .
Demos al olvido nuestras miserias y nuestras
pasiones: d e s p o j é m o s n o s , ¡ u n d í a t a n solo!... de
nuestras galas mundanales; y fijando el pensamiento en las angustias, en las tristezas y en los sacrificios de Jesucristo que es fuente do donds mana
todo bien, nos sentiremos transportados a la eternas regiones de la luz y de la verdad.
Struggl^forlif^r
E l Struggleforlifer es un ser de i n t e l i g e n c i a v u l g a r
y mediocre, cuyas facultades son infinitamente m á s peq u e ñ a s que sus aspiraciones. Su inteligencia es c o m ú n ,
pero su astucia es enorme; u<ia a m b i c i ó n desmesurada le
i m p u l s a y un a t r e v i m i e n t o feroz le abre paso. Su afirm a c i ó n es a l t i v a , su palabra corta como un hacha, su
aplomo es asombroso. L a ú n i c a cualidad que tiene es
una noluntad de h i e r r o que siempre e s t á al servicio de
sus brutales apetitos. L a ausencia mas completa de conciencia le caracteriza. E l sentimiento de la justicia en él
es nulo. E n general su objetivo es el dinero, a veces el
poder, s e g ú n predominen en él la a m b i c i ó n o el o r g u l l o .
Las leyes son para él meras convenciones sociales que
hay que saber e v i t a r .
« H a y que estudiar la moral
E n el C ó d i g o p e n a l . » (1)
L a amistad, el amor, las ideas, medios de llegar; y
y cuando no, son estorbos.
«El hombre puede todo lo que q u i e r e » es su divisa;
la astucia, su inteligencia. Hacer u n negocio, es para este t i p o , s i n ó n i m o de reventar al p r ó j i m o .
JZl luchado?* p o r l a vida es h i h ' ú , insinuante; posee
el don de gentes en alto grado. Es bajo y adulador,
cuando c a í d o ; duro, soberbio y d e s d e ñ o s o cuando llega a
(1)
I . M . L a r t r i n a , E p í s t o l a , ALGO.
— 281
-
sus fines. L a franqueza es su polo opuesto. A fuerzal de
h i p o e r e s í a , de bombos, de cambios de frente, de t r a i c i o nes, de negras i n g r a t i t u d e s y de complicidades c r i m i n a les, hace f o r t u n a . Siempre llega, aunque a veces l l e g u e
al p a t í b u l o ; pero estos son los menos inteligentes, como
dice el v u l g o ; todo oficio tiene sus inconvenientes,
y los reformadores t a m b i é n van a parar a él con todo y
pelear por la justicia. L o c o m ú n es el que luchador pare
a banquero, rico negociante, m i n i s t r o , gran personaje; y
que todo el mundo honre y salude al canalla t r i u n f a n t e .
Así^ s e g ú n el c ó d i g o de esta clase, el hombre que no
lo hace converger todo a su i n t e r é s personal, esun e s t ú pido; y la perversidad astuta es declarada c o n d i c i ó n i n dispensable del talento. E l deber del bruto i n t e l i g e n te consiste en echarse en cima de todo lo que pueda aventajarle o enriquecerle, sin ceder a la d e b i l i dad de examinar la c o r r e c c i ó n de los medios por los cuales t r i u n f a . Esta t e o r í a es y a un axioma entre la gente
de negocios.
Los aristarcos de f o l l e t í n y los moralistas de café
acusan hoy a D a r w i n , a la filosofía p o s i t i v i s t a , a la
ciencia moderna, de la a p a r i c i ó n de este tipo mundano,
astuto y feroz en la sociedad actual.
¡ I l u s t r e D a r w i n ! T ú que duermes el s u í ñ o de los
justos, en W e s t m i n s t e r , entre los reyes de t u n a c i ó n ,
gracias a un gobierno que ha sabido comprender t u
grandeza, ¿quién te h a b í a de decir, ¡oh, noble naturalista! que tus t e o r í a s científicas h a b í a n de pasar a los ojos
del v u l g o como generadoras de herrores, madres de
monstruosidades morales, levadura de perversidad y
é g i d a de e g o í s m o s desatentados? L o t e es de sabios y
de reformadores, el ser mal comprendido. D e s p u é s de
ellos vienen otros y los d e s v i r t ú a n de l a manera m á s est ú p i d a . Torquemada, q u e m ó a sus conciudadanos para
— 282
-
practicar el humanitarismo, predicado por Jesucristo;
los feroces Radjales da Skuntala han consagrado a B a da con sus horrores. D a r w i n no es responsable de las fec h o r í a s de los modernosStruggefodifers, como San J u a n ,
San Pedro y San Clemente de A l e j a n d r í a , no lo fueron
de la i n q u i s i c i ó n y sus atrocidades.
E l tipo que hoy ¿e discute y se retrata, no es exclusivo de nuestra é p o c a ; y no tienen culpa alguna, n i tan
siquiera de las formas bajo las cuales se presenta, n i Darw i n , n i Hcekel, n i L i t t r é , n i el P o s i t i v i s m o filosófico, n i
la Ciencia moderna. Y vamos a demostrarlo empezando
por lo segundo y concluyendo por hacer la filiación del
t i p o , para refutar lo p r i m e r o .
Todas las personas verdaderamente ilustradas conocen las doctrinas de D a r w i n . L a ciencia de los organismos ha cambiado a su impulso. Sus t e o r í a s de la selección y de la lucha por la existencia nos e n s e ñ a n que en el
orden a n i m a l los seres, por medio de una e v o l u c i ó n lent a y constante a t r a v é s de las edades, se han perfeccionado a v i r t u d de una ley i n e l u d i b l e . Cada raza, así p r o gresivamente modificada, ha dado lugar, en l í n e a recta
o conforme las ramas de un á r b o l , a otra u otras superiores, las que, siguiendo a su vez la misma marcha ascendente, han llegado a f o r m a r tipos r e l a t i v a m e n t e perfectos, s e g ú n su p a r t i c u l a r d i r e c c i ó n , habiendo una de
ellas llegado a producir el organismo superior del
BRE. Y de selección en s e l e c c i ó n la humanidad, dentro de
sí misma, ha dado lugar a las razas superiores hoy día
conocidas con el nombre de i n d o g e r m á n i c a s o europeas.
HOM-
Por este procedimiento el g r a n sabio r e c o n s t r u y ó la
obscura g e n e a l o g í a del ser en medio de la noche del
tiempo y del desierto del espacio. A s í nos ha e n s e ñ a d o
en v i r t u d de que laboriosa s é r i e de transformaciones sucesivas, el p r o t i s t a , casi gaseoso de las primeras é p o c a s
— 283
-
de la solidificación de la t i e r r a , por la e d u c a c i ó n acumulada de los siglos ha transformado paulatinamente su r u dimentario sistema sensitivo en centros ganglionares, y
de desarrollo en desarrollo, de d i f e r e n c i a c i ó n en diferenciación h i s t o l ó g i c a ha llegado a un sistema nervioso completamente d i s t i n t o de los d e m á s sistemas, el cual ha
alcanzado su grado m á x i m o en el ser superior de la p r i mera de las ramas del á r b o l z o o l ó g i c o , el hombre; y en
éste en el potente ó r g a n o generador del pensamiento, el
cerebro humano,
Y a cada etapa de la a s c e n s i ó n a n i m a l , a cada escalón subido hacia una o r g a n i z a c i ó n m á s completa, Darw i n ha indicado que un ser ha surgido para reasumir todas las cualidades desparramadas en la especie y en la
raza, dominando la bajeza de sus c o n g é n e r e s vencidos,
condenados a degenerar y aun a desaparecer, por la l e y
de la selección que le e l e g í a a él, el m á s inteligente y el
más consciente, el m á s r é s u m i t i v o , para t r a n s m i t i r al
porvenir la semilla de todas las superioridades que en sí
concentraba.
L a lucha p o r l a existencia, pues, c i e n t í f i c a m e n t e formulada por D a r w i n , es la ley de la concurrencia v i t a l ,
que en las especies marca el t r i u n f o de los mejores, para el fin a que la especie tiende. A s í progresan las especies y se transforman. Y por mejores, debe entenderse
'tnás aptos, mejor organizados para armonizar o relacionarse con el medio ambiente, sufriendo su influencia, o
viceversa; es decir, m o d i f i c á n d o l o , puesto que en la especit; humana a veces es el hombre el que modifica el medio ambiente; y en esta e n e r g í a superior, i n t e l i g e n t e , está su t r i u n f o . A s í , hoy se hacen habitables p a í s e s que
antes no lo eran; se sanean comarcas insalubres; se convierten en f é r t i l e s regiones e s t é r i l e s , y en frescas y l l u viosas las que, a falta de v e g e t a c i ó n , eran c á l i d a s y secas.
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284 -
Esta ley n a t u r a l r i g e todas las esferas de la a c t i v i dad humana, así como todas las de la a c t i v i d a d animal
y de la p r o d u c c i ó n v e g e t a l . E n fin, es ley del universo.
E n consecuencia, en la esfera superior humana consciente, el m á s i n t e l i g e n t e y estudioso t r i u n f a del que lo
es menos, en lo científico; el m á s i m a g i n a t i v o del que no
sabe crear, en las artes.
Las numerosas y profundas observaciones de B a r w i n nos conducen a considerar las especies en eterna
e v o l u c i ó n , gracias a esta concurrencia, a estos combates
continuos, en cuyos vaivenes se v a n eliminando los i n d i v i d u o s que tienen menos condiciones de a d a p t a c i ó n al
medio ambiente.
Pero esta lucha, que en el ú l t i m o resultado se refiere a la especie, en el transcurso de los tiempos, cuyo resultado, al fin, es el t r i u n f o de los mejores, hase tomado
por las gentes vulgares (y comprendo entre ese vulgo a
muchos escritores, hombres p ú b l i c o s , banqueros, etc.,
etc.) como s i n ó n i m o de guerra despiadada, premeditada
y aleve contra todos, en beneficio propio; guerra en la
cual debe de sucumbir el m á s d é b i l , perteneciendo el
t r i u n f o , cual justo g a l a r d ó n , no al m á s fuerte, en l a verdadera a c e p c i ó n científica de la palabra, sino al m á s forzudo,, al m á s b r u t a l , al que dispone de m á s medios para
aplastar al p r ó j i m o , Y al o b j e t á r s e l e s que se trataba del
m á s i n t e l i g e n t e y no ú n i c a m e n t e del m á s fuerte físicamente^ han entendido el m á s astuto, el m á s listo, en una
palabra, el m á s falto de coneiencia.
L a naturaleza no se ocupa p a r a nada de l a justicia,
han dicho; y de la c o m p r o b a c i ó n de un hecho mineral,
han c r e í d o podar d e r i v a r u n derecho. ¡ E l derecho de la
fuerza! ¡Como si la idea de la fuerza bruta animal no excluyera ya, de por sí sola, la idea del derecho! A l derecho
c o r r e l a t i v o de la j u s t i c i a , se le ha querido h a l í a r en el
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plan cósmico del universo, cuando donde se le h a b í a de
buscar era en la conciencia i n t e l i g e n t e , ponderativa y
justipreciadora del hombre!
A.sí estos errores del v u l g o se han reflejado en las
letras. A l t r a t a r de i n t r o d u c i r en la l i t e r a t u r a la idea de
la lucha po7' l a vida algunos escritores, especialmente en
la novela y en el drama, f a l t á n d o l e s a la mayor parte los
conocimientos necesarios, han cometido dos errores f u n damentales. E l p r i m e r o consiste en querer que se realice
en el i n d i v i d u o y a ú n en una é p o c a determinada del i n dividuo, lo que sólo se realiza en el conjunto de lo Í g r u pos, sean éstos g é n e r o s , especies o razas; y el segundo
estriba en confundir la idea de fuerza o de potencia con
la de capacidad, o sea de o r g a n i z a c i ó n , es decir la c a n t i dad con la calidad
« T e adoro porque eres f u e r t e s » ,
he a q u í el g r i t o femenino que se escapa de casi todos las
obras de Zola, desde Therese Raquin al Bonheur des
Dames. Y por fuerza entienden e n e r g í a bestial. Las her o í n a s de Zola aman en el hombre sólo la bestia humana
masculina. A l bruto macho le l l a m a n hombre en r a z ó n
de su b r u t a l i d a d ,
Si Sacoard d o m i n ó a Paris en L a Gurée, es sólo en
v i r t u d de la fuerza, y en v i r t u d de l a misma R o u g ó n posee a Clarinda en Son excellence M . Rougon. Por la fuerza t a m b i é n M u r e t , m í s e r o empleado subalterno, se eleva
hasta ser jefe de una colosal y opulenta casa de comercio. Todos r e p i t e n a su manera la frase de uno de sus
c o n g é n e r e s entre los personajes creados por el h i s t o r i a dor de los Rougon-Macquart: « P a r i s est ú n e proie offerie a u x a p p é t i t s des g a i l l a r d s solides». Y y a sea en l a novela, y a en el cuento, ya en el dramn, L a u r e n t s o Nanas,
todos atacan esta misma presa, emporio y centro de la
c i v i l i z a c i ó n moderna, y triunfan y la conquistan, porque
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el historiador así lo quiere. Fuerza y conquista: he aquí
las notas dominantes de Z o l a , novelista, dramaturgo o
c r í t i c o . Ellas forman los motivos que determinan la mel o d í a tipo, cuyo tema corre a t r a v é s de todas sus obras
como el leitmotiv que W a g n e r d á por clave a la enorme
arquitectura i n s t r u m e n t a l de sus ó p e r a s .
Y lo mismo que Zola otros varios, Gruy de Maupassant, por ejemplo, en su novela B e l A m i , exclama: «Es
preciso ser fuerte, pues que el mundo es para los fuertes», Y esta fuerza que G u y de Maupassant glorifica
consiste en la s a l v a j e r í a del deseo, en la b r u t a l i d a d sensual; en la orden i m p e r a t i v a de la v o l u n t a d irreflexiva,
casi diremos inconsciente; en la f a l t a absoluta de i n t e l i gencia y de toda idea de j u s t i c i a . Y a ese tipo, que a lo
m á s tiene la astucia, es decir, esa especie de inteligencia de los que no la tienen, nos lo muestra como la
. personificación del vencedor humano de la raza más
civilizada dentro del centro m á s culto, en la lucha para
la v i d a . ¡Y tales autores nos presentan esto como d a r w i nismo l i t e r a r i o y como naturalismo!
Muchos son los que hacen responsable a la ciencia
de tales t e o r í a s , como lo hemos indicado antes; pero lo
mismo los pseudo moralistas, que achacan a la ciencia
la p r o d u c c i ó n de esta tendencia, que los que se hallan
dentro de ella, todos proceden de una c o m p r e n s i ó n inexacta de la ciencia, de una filosofía de agente de Bolsa
que todo lo l e g i t i m a por sólo el é x i t o . M á s bien s e r í a n
responsables de estas t e o r í a s , por el é x i t o , los alemanes
con su pesimismo^ y sobre todo con su p r á c t i c a del derechode conquista en v i r t u d do l a p o l í t i c a del t e r r i b l e cancil l e r . A seguir l ó g i c a m e n t e este d a r w i n i s m o torcido, las
universidades e s t a r í a n en los presidios, siendo los autores de texto J o s é M a r í a , en E s p a ñ a , , y R o b e r t Macaire,
en F r a n c i a . Pero afortunadamente la sociedad no es tan
pervesa.
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L a lucha por la existencia, t a l cual la f o r m u l a D a r w i n , por los que la conoce a fondo,, con la p r e p a r a c i ó n
científica necesaria, es una t e o r í a altamente mor'al que
alienta y r e c o n f o r t a a los inteligentes, p r e d i c i ó n d o l e s
el t r i u n f o final de sus esfuerzos.
« L a s creencias se van—se dice;—la r e l i g i ó n mengua, las almas se quedan desprovistas de apoyo; la filosofía actual no da m á s ' q u e negaciones. L u e g o , el estado
d e m o c r á t i c o f a c i l i t a la igualdad de medios; los apetitos
se despiertan, desenfrenados, atroces; y el hombre sólo
corre tras del dinero para satisfacerlos, a p r o x i m á n d o s e
en la lacha a las bestias f e r o c e s » .
Nada m á s inexacto; o mejor dicho, esto no es exacto
más que a medias. L a filosofía científica no da sólo negaciones. L o que niega son las concepciones imperfectas
de la natulareza que s u b s i s t í a n en los pasados tiempos,
gracias a la f a l t a de estudio; y afirma... Toda la ciencia
moderna no e s t á compuesta mas que de afirmaciones
probadas, d á n d o s e por probables las que no lo son m á s
que incompletamente.
E l que se t u r b a h o y con las corrientes científicas es el
que t a m b i é n se hubiese t u r b a d o en el seno del cristianismo m á s a s c é t i c o . U n a c o n c e p c i ó n p o s i t i v i s t a y puramente científica del mundo, exige una moral aun m á s p u r a
que la de las t e o l o g í a s ; sólo qne hay muchas i n t e l i g e n cias obscuras que se creen posesoras de la verdad absol u t a , cuando solo e s t á n embriagadas con los humos de
una pseudociencia de tercera mano.
Precisamente h o y por hoy, los p a í s e s menos d a r w i nizados son los que d á n m á s struggleforlifers. E n Españ a p u l u l a n en la p o l í t i c a y en otras empresas; todos los
hemos visto en el m i n i s t e r i o forzando la m á q u i n a elect o r a l ; todos los hemos visto en la puerta del Sol con levitas de color de ala de mosca, y de la noche a la m a ñ a -
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na i r a Cuba o a F i l i p i n a s por cuenta del estado y volver millonarios. Y esbo en E s p a ñ a , donde apenas hayseis docenas de personas que hayan leído a D a r w i n .
E n cuanto a las A m é r i c a s , este tipo es tan c o m ú n ,
que a ese u t i l i t a r i s m o e g o í s t a , astuto, i n m e d i a t o , se le
ha dado modernamente la d e n o m i n a c i ó n de americanismo.
E l struggleforlifers, no es n i de este siglo^ n i hijo de
la ciencia positiva, ni es europeo, n i americano. Se ha
l i a en nuestra época, como se ha hallado en otras, y los
literatos de observación le han fotografiado con el frac y
el g a b á n de loutre, como a v i v i r ec el siglo X V I le hab r í a n descubierto debajo de la coraza y del tabardo.
L a f a l t a de conciencia unida a la astucia, a la ambición y la audacia, no son de h o y sino de todos los tiempos y de todos los p a í s e s , cambiando sólo la forma del
struggleforlif ers. N i h i l novum sub solé.
Cuando los hombres dedicados a la ciencia dicen hoy
que el t r i u n f o en la lucha por la existencia corresponde
al m á s fuerte, quieren decir al mejor organizado, y de
entre los inteligentes, al pensador superior y al m á s consecuente. Cuando se habla de combate y de lucha, ent i é n d e s e hablar de una concurrencia de a d a p t a c i ó n para
el mantenimiento y progreso de las perfecciones superiores de una especie o de una raza; no del combate
e g o í s t a y a veces canalla para el sostenimiento y conquista de mediocres intereses personales. L a m i s i ó n que
D a r w i n a s i g n ó al a n i m a l , superior en el cual se encarnan todas los perfecciones de un g r u p o , no es una misión
inmediata, mucho menos personal. Antes que todo hay
que tener cuenta del inmenso n ú m e r o de a ñ o s en que se
ha operado la e v o l u c i ó n de los seres. Su t e o r í a , exacta
cuando se t r a t a del concepto h i s t ó r i c o de la f o r m a c i ó n
del hombre sobre la t i e r r a , resulta falsa desde el momeiT
I
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to en que hacemos de ella una t e o r í a de acción cotidiana
y una regla de m o r a l e g o í s t a , cuya c o m p r o b a c i ó n se d i ce hallarse en la o b s e r v a c i ó n de los acontecimientos personales de la v i d a d i a r i a .
A s i los autores naturalistas han aplicado a lo c o n t i gente, con una intemperancia sin ejemplo, una verdad
superior que e x i g í a unos estudios científicos p r o f u n d í s i mos y una delicadeza de artista enamorado de lo bello,
para ser trasladada al terreno de las letras. Considerados los t é r m i n o s de un modo grosero, equivocada la acepción q u e ' d e b í a dar a la palabra fuerza, por gentes a
quienes place el revolverse en el fango humano, hace
proclamado que el mundo estaba a merced del m á s audaz y m á s forzudo cuando D a r w i n , con su incomparable delicadeza de o b s e r v a c i ó n , nos e n s e ñ a las m a r a v i l l o sas victorias progresivas del pensamiento, el creciente
t r i u n f o de la conciencia, desde el humilde ganglio v i b r a torio (cuya sensibilidad es casi nula) de los zoófitos i n conscientes de la aurora del mundo o r g á n i c o , hasta el
aparato nervioso del hombre civilizado actual, que desconcierta y preocupa a fisiólogos, p a t ó l o g o s y p s i c ó l o g o s .
D a r w i n y sus d i s c í p u l o s nos han hecho ver a la conciencia y a la i n t e l i g e n c i a creciente, e m a n c i p á n d o s e de l a
animalidad b r u t a l , de v i c t o r i a en v i c t o r i a , hasta llegar
a las sublimidades del arte y de la filosofía, p i n á c u l o s de
la sensibilidad y de la i n t e l i g e n c i a superiores; y ciertos
escritores c o n t e m p o r á n e o s , por protestar de un e s p í r i tualismo atrasado^ o de un sentimentalismo falso, han
provocado una r e a c c i ó n m á s e r r ó n e a t o d a v í a , v o l v i e n d o
al hombre a una p s i c o l o g í a i n f e r i o r , hasta hacerle r e i n tegrar en la a n i m a l i d a d . T a l aquel que queriendo h u i r
de la etiqueta y de los cumplimientos convencionales,
por ser franco y natural se i n s t a l á s e en el c o m ú n de su
vivienda.
Ramillete de Pensamientos
19
Importancia de la higiene
Considerada en s ü s relaciones
Con la ciencia adrrtinisíraíiva y con la n i o r a l
T o d a a g l o m e r a c i ó n de hombres que s e forma
en un punto del globo, rudimento de una n a c i ó n ,
s e o r g a n i z a p a r a durar, p a r a resistir, y confiere
e l mando y gobierno al que mejor s a b e comprender l a s g r a n d e s necesidades de l a e x i s t e n c i a
c o l e c t i v a . L e g i s l a d o r p o l í t i c o o divino, simple
c ó d i g o o r e v e l a c i ó n . F o r o o S i n a i , e l poder que
se e s t a b l e c e tiene s u s a n c i ó n en e l fin que se
propone, pues tiende a comunicar a l a s reuniones
de hombres l a p l a s t i c i d a d s o c i a l , al efecto de que
se o r g a n i c e n y conspiren a r m ó n i c a m e n t e a l a perpetuidad de l a especie, a s í como en v i r t u d de otra
p l a s t i c i d a d se ordenan y c o n s e r v a n los instrumentos del m i c r o c o s m o s humano.
MONLAU.
ARTÍCULO I.
E n las palabras que sirven de e p í g r a f e a este
a r t í c u l o e s t á encerrado todo el pensamiento de la ciencia
gubernativa? e s p r e s á n d o s e en ellas el deber que pesa
sobre cualquier gobierno de proporcionar a los pueblos,
con una s á b i a a d m i n i s t r a c i ó n , aquellos recursos que
puedan c o n t r i b u i r a su perfeccionamiento y bienestar.
P a r a que este resultado llegue a alcanzarse, y sépase
desde ahora que no es u n imposible, se hace indispensable estudiar al hombre i n d i v i d u a l y colectivamente para
que se conozcan y atiendan sus necesidades.
Y a se i r á demostrando por q u é medios el gobierno
puede aproximadamente llenar estas condiciones, en
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