organización política delositzaes desde el posclásico hasta 17021

Anuncio
ORGANIZACIÓN POLÍTICA
DELOSITZAES
DESDE EL POSCLÁSICO HASTA 17021
Laura CASO BARRERA
Instituto Nacional de Antropología e Historia
Mario A L I P H A T F.
Colegio de Postgraduados-Campus Puebla
de los pueblos i n d í g e nas es de p r i n c i p a l i m p o r t a n c i a para entender la naturaleza
de las formas de i n t e g r a c i ó n política y social de los s e ñ o r í o s
mesoamericanos. El análisis de fuentes históricas y etnohistóricas resulta vital para este estudio. Hasta el m o m e n t o ha
sido difícil llegar a u n acuerdo sobre el t i p o de organización p o l í t i c a de los mayas, desde el p e r i o d o clásico, posclásico y el p e r i o d o previo a la conquista. U n o de los grupos
mayas menos conocidos y estudiados es el de los itzaes. E n
este trabajo se analiza de manera detallada el mosaico político que representan las diferentes facciones, parcialidades
y sectores de g o b i e r n o de ese s e ñ o r í o , así c o m o su reorganización d e s p u é s de la conquista hispana.
E L ESTUDIO DE L A ORGANIZACIÓN POLÍTICA
Fecha d e r e c e p c i ó n : 9 de o c t u b r e de 2001
Fecha d e a c e p t a c i ó n : 22 de f e b r e r o de 2002
1
A g r a d e c e m o s los c o m e n t a r i o s y sugerencias de los d i c t a m i n a d o r e s
d e Historia Mexicana. A s i m i s m o al d o c t o r D a v i d E. Stuart, q u e amablem e n t e nos p r o p o r c i o n ó nuevos datos sobre los glifos de C h i c h é n Itzá.
HMex, L I : 4 , 2 0 0 2
713
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
714
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DE LOS ITZAES
POR MEDIO DE LAS FUENTES INDÍGENAS
Los itzaes son u n g r u p o mayanse cuyo o r i g e n n o se ha establecido claramente, p o r lo general se les considera c o m o
mayas chontales, a u n q u e investigaciones recientes s e ñ a l a n
una presencia t e m p r a n a en E l Peten. 2 Encontramos en el
corpus de j e r o g l í f i c o s mayas, u n glifo para itzá que aparece
c o n f o r m a n d o frases nominales en p o r l o menos cuatro d i ferentes registros. U n a de las menciones mas tempranas sobre los itzaes se encuentra en u n a vasija t r í p o d e d e l clásico
t e m p r a n o (250-600 d.C.) que actualmente se localiza en
una c o l e c c i ó n en B e r l í n ( B e r l i n M u s e u m für V ö l k e r k u n d e ,
K6547). Se trata de u n vaso c i l i n d r i c o con tres soportes que
tienen esgrafiada u n a "etiqueta n o m i n a l " , 3 e n la que se
m e n c i o n a al d u e ñ o de la vasija con la siguiente frase: Tzi?
hayyu chab sahalyune itza ahau (Fino su vaso, g o b e r n a d o r h i j o del S e ñ o r I t z á ) . E l vaso presenta dos escenas: en p r i m e r
lugar, el funeral de u n personaje, posiblemente el gobernante itzá que es m e n c i o n a d o en la frase n o m i n a l y su renac i m i e n t o c o m o á r b o l de cacao. 4 E n la estela u n o de M o t u l
de San J o s é , sitio localizado en el sector n o r t e del lago Peten Itzá, se encuentra p o r p r i m e r a vez en u n m o n u m e n t o la
frase: Itza Chul Ahau (Divino S e ñ o r Itzá). E n este m o n u m e n t o se hace referencia a u n s e ñ o r itzá que tenía el estatus
de A h a u o p r i n c i p a l gobernante para u n sitio en E l Peten
durante el clásico t a r d í o (600-900 d . C . ) . 5 E n el p o s c l á s i c o ,
en C h i c h é n Itzá se encuentran dos menciones del t é r m i n o
itzá en m o n u m e n t o s . L a p r i m e r a se encuentra en el b o r d e
de una p i e d r a circular en el Museo de M é r i d a , d o n d e se enlistan u n a serie de s e ñ o r e s o ahauoob, u n o de los cuales es
s e ñ a l a d o c o m o Itzá A h a u . El segundo e j e m p l o está en la
estela d e l Caracol, actualmente en el T e m p l o de San J u a n
de Dios e n M é r i d a , d o n d e aparece la frase: Itza Ahau Te
2
KOWALSKI, 1 9 8 9 , B O O T , 1 9 9 5 y SCHELE y MATHEWS,
3
H O U S T O N , STUART y T A U B E ,
4
SCHELE y M A T H E W S , 1 9 9 8 , p .
5
BOOT, 1 9 9 5 , p.
333.
1992.
123.
1998.
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA DE LOS ITZAES
715
( S e ñ o r Itzá Á r b o l ) . Esto nos p e r m i t e c o n c l u i r que existen
referencias sobre los itzaes en las inscripciones mayas, tanto
en el clásico e n la zona de E l Peten, como durante el posclásico e n G h i c h é n Itzá.
E n los libros de C h i l a m Balam los itzaes d e s e m p e ñ a n u n
papel central en las llamadas c r ó n i c a s históricas, d o n d e se
relata su llegada a Y u c a t á n , el establecimiento de sus poblaciones y ciudades, la c a í d a de éstas y sus migraciones. Se les
relaciona c o n el establecimiento del t i e m p o k a t ú n i c o y se
les considera hombres sabios y religiosos. 6 A l mismo t i e m p o
se refieren a ellos c o m o extranjeros que n o hablaban b i e n
la lengua (ah nunoob) y se dice que eran los de "la estera y el
t r o n o prestados", d a n d o a entender que se trataba de gente que se h a b í a apoderado d e l g o b i e r n o . 7
E n la c r ó n i c a I I d e l C h i l a m Balam de Chumayel se describe el o r i g e n de los itzaes y sus constantes migraciones, rel a c i o n á n d o l a s con las ruedas katúnicas. E n d i c h o texto los
principales acontecimientos o c u r r e n en u n K a t ú n 4 A h a u ,
d o n d e se establecen u n p e r i o d o de trece ka tunes (260
a ñ o s ) para que vuelva a o c u r r i r o t r o acontecimiento de
igual i m p o r t a n c i a :
C u a t r o A h a u fue e l k a t ú n e n que n a c i e r o n los Pauahtunes 8 y
que b a j a r o n los grandes s e ñ o r e s . Trece katunes r e i n a r o n (tepaloob),9 estos e r a n sus n o m b r e s mientras g o b e r n a r o n .
E n el k a t ú n C u a t r o A h a u b a j a r o n , g r a n bajada y p e q u e ñ a
bajada, a s í les l l a m a r o n . 1 0
6
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1 9 4 8 , p .
7
ROYS, 1 9 7 3 , p p .
60.
80-84.
8
Los P a u a h t u n e s s o n c u a t r o deidades sostenedoras d e l c i e l o , relacionadas c o n la l l u v i a y los vientos. T a m b i é n p a r e c e n h a b e r f u n g i d o c o m o
p a t r o n o s d e l a ñ o . Es i m p o r t a n t e resaltar la a b u n d a n t e i c o n o g r a f í a relac i o n a d a c o n los P a u a h t u n e s y Bacabes e n C h i c h é n Itzá.
9
Tepalsignifica
r e i n a r , m a n d a r r e i n a n d o , ser s e ñ o r y s e ñ o r e a r . R e i n o ,
m a n d o y s e ñ o r í o . V é a s e MARTÍNEZ HERNÁNDEZ, 1 9 2 9 , p . 8 4 9 . Este t é r m i n o
parece ser u n p r é s t a m o d e l n á h u a t l , de tepeualiztli, q u e significa conquista o s u m i s i ó n d e l e n e m i g o . V é a s e SIMEÓN, 1 9 7 7 , p . 4 9 7 .
1 0
LIZANA, 1 9 9 5 , p . 6 1 , d i c e : " P e r o a n t i g u a m e n t e d e c í a n al o r i e n t e
[Dzeds] e [ m a l ] y al p o n i e n t e N o [ h ] e m a l . [ D z e d z ] e [ m a l ] , q u i e r e decirla " p e q u e ñ a b a j a d a " y n o l i e m a l la " g r a n d e bajada". Y e s e l caso q u e d i c e n
716
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
T r e c e katunes r e i n a r o n s e g ú n sus n o m b r e s . E n ese t i e m p o
se asentaron, trece eran sus p o b l a c i o n e s . 1 1
E n el k a t ú n C u a t r o A h a u e n c o n t r a r o n C h i c h é n Itzá, allí t u vo l u g a r u n suceso maravilloso realizado p o r sus s e ñ o r e s . Cuat r o partes se f u e r o n , se l l a m a b a n cantzuculcabes. 1 2 P a r t i e r o n a
K i n c o l a h - P e t é n e n el o r i e n t e , a N a c o c o b al n o r t e , hacia H o l t u n - Z u y u a 1 3 e n el p o n i e n t e , a C u a t r o Ramas d e l C e r r o a Nueve
C e r r o s 1 4 que e r a n los n o m b r e s de esa t i e r r a .
E n el K a t ú n C u a t r o A h a u se c o n v o c ó a las c u a t r o parcialidades, Cantzuculcab era su n o m b r e c u a n d o b a j a r o n . Entonces
los s e ñ o r e s emparentados b a j a r o n a C h i c h é n Itzá y fue c u a n d o
se l l a m a r o n itzaes. Trece katunes r e i n a r o n hasta que s u c e d i ó
la t r a i c i ó n de H u n a c Ceel. Fue entonces q u e a b a n d o n a r o n sus
poblaciones y se f u e r o n al desierto de T a n x u l u c m u l . 1 5 E n el
K a t ú n C u a t r o A h a u s u c e d i ó que g r i t a r o n sus almas. Trece katunes g o b e r n a r o n c o n miseria y necesidad. E n el K a t ú n O c h o
A h a u r e g r e s ó el resto de los itzaes. E n ese t i e m p o g o b e r n a r o n
C h a k a n p u t u n . E n e l K a t ú n Trece A h a u se asentaron e n Mayap á n y se l l a m a r o n h o m b r e s mayas. E n e l K a t ú n O c h o A h a u
d e s p o b l a r o n sus ciudades y se esparcieron p o r t o d a la p r o vincia. Seis katunes a b a n d o n a r o n sus asientos y d e j a r o n de llamarse mayas. E n el K a t ú n O n c e A h a u cesaron de llamarse
h o m b r e s mayas, cristianos se l l a m a r o n . Todas sus provincias
f u e r o n ordenadas p o r san Pedro y su majestad el r e y . 1 6
q u e , p o r l a p a r t e de o r i e n t e , b a j ó a esta t i e r r a p o c a g e n t e y p o r l a d e l poniente mucha.
11
A n d r é s de A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms. 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece p r o v i n c i a s .
Cantzuculcab, significa c u a t r o parcialidades o partes d e l p u e b l o o
mundo.
Holtun significa a g u j e r o e n la p i e d r a . Zuyua, s i g n i f i c a b a r u l l o o c o n f u s i ó n . A la p r o v i n c i a de E l P e t e n se le l l a m a de Zuyua.
14
Es posible q u e se trate de Salinas de los N u e v e Cerros e n el río
Chixoy.
15
A n d r é s de A v e n d a ñ o y Loyola, Relazion de las dos entradas que hize a la conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms. 1040. AYER, 1696. H a b l a de u n lugar
cercano a la l a g u n a de E l Peten l l a m a d o T a n x u l u c m u l , d o n d e e n c o n t r a r o n
unos edificios m u y altos d o n d e se d e c í a adoraban a u n " í d o l o m u y afamado".
16
ROYS, 1973, p p . 49-50. T e x t o maya t o m a d o d e Roys, la t r a d u c c i ó n
del maya a l e s p a ñ o l es de L a u r a Caso B a r r e r a .
12
13
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA D E LOS ITZAES
717
Se puede observar que e n este texto se establece u n a rel a c i ó n entre los pauahtunes y los gobernantes itzaes, que al
parecer eran sus dioses tutelares. Es i m p o r t a n t e resaltar
esto, ya que c o m o se v e r á m á s adelante los gobernantes personificaban a las deidades vinculadas c o n las cuatro direcciones d e l universo. E l texto habla de dos migraciones
llamadas " p e q u e ñ a y gran bajada", la p r i m e r a parece haber
sido de poca gente que p r o v e n í a del oriente y la segunda de
m u c h a gente que l l e g ó del p o n i e n t e . Es en ese m o m e n t o
cuando los itzaes se establecieron en Y u c a t á n , f o r m a n d o
trece provincias. 1 7 E n la c r ó n i c a I que aparece en los libros
de C h i l a m Balam de Chumayel, Tizimín y M a n í 1 8 se dice que
los itzaes llegaron a Y u c a t á n y descubrieron C h i c h é n Itzá en
u n K a t ú n 6 A h a u . E n el K a t ú n 13 A h a u (495-514) o c u p a r o n
d i c h o sitio y establecieron su g o b i e r n o y realizaron u n ajuste c a l e n d á r i c o . G o b e r n a r o n en este lugar p o r 200 a ñ o s ,
d e j á n d o l o para establecerse en C h a k a n p u t u n , adonde lleg a r o n en u n K a t ú n 6 A h a u (692-711). Estuvieron allí 260
a ñ o s y l o a b a n d o n a r o n en u n K a t ú n 8 A h a u (928-948). Seg ú n la c r ó n i c a I I I , en u n K a t ú n 8 A h a u , C h a k a n p u t u n fue
tomada p o r Kak U Pacal (Escudo de Fuego) y Tec U i l u . 1 9
E n las Relaciones de Y u c a t á n se dice que ambos personajes
eran capitanes itzaes, que t a m b i é n conquistaron M o t u l e
Izamal y f u n d a r o n M a y a p á n . 2 0 C o g o l l u d o dice que Kak U
Pacal era u n c a p i t á n que en las batallas llevaba u n a rodela
de fuego con que se d e f e n d í a , posteriormente fue deificado. 2 1 O t r o c a p i t á n c o n t e m p o r á n e o de Kak U Pacal es
H u n Pie T o k (Rostro d e l Sol-Ocho M i l Pedernales). Lizana
dice sobre este personaje "que era u n gran c a p i t á n que ten í a ejército de o c h o m i l pedernales" y que era el gobernante de I z a m a l . 2 2 E n las inscripciones de C h i c h é n Itzá se
dice que H u n Pie T o k era vasallo del s e ñ o r "Quijada-Abani-
1 7
CASO BARRERA, 2 0 0 0 .
1 8
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1 9 4 8 , p p .
1 9
R O Y S , 1 9 7 3 , p.
43-46.
141.
2 0
GARZA, 1 9 8 3 , t . l , p p .
2 1
L Ó P E Z DE C O G O L L U D O , 1 9 7 1 , 1 . 1 , p .
2 2
LIZANA, 1 9 9 5 , p.
64.
269-270 y 305-306.
255.
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
718
c o " , 2 3 gobernante de C h i c h é n Itzá, que ostentaba el título
Kul Cocom (Sagrado C o c o m ) . 2 4 Los cocomes, s e g ú n las
fuentes, son descendientes de los s e ñ o r e s de C h i c h é n Itzá y
u n o d e los grupos fundadores de M a y a p á n .
Los datos que aportan los documentos parecen apuntar
hacia la existencia de dos facciones itzaes enfrentadas. E n la
c r ó n i c a I d e l C h i l a m Balam de Chumayel, se dice que los
itzaes regresaron a C h i c h é n Itzá e n u n K a t ú n 4 A l i a n (947987), que s e r á el p e r i o d o de auge de esta ciudad, hasta que
en u n K a t ú n 8 A h a u (1185-1204) el gobernante de M a y a p á n
l l a m a d o H u n a c Ceel la c o n q u i s t ó y e x p u l s ó a sus habitantes.
Sin embargo, en u n K a t ú n 4 A h a u los itzaes regresaron para t o m a r represalias contra M a y a p á n y la destruyeron. 2 5
Gobierno de Chichén Itzá y la traición de Hunac Ceel
S e g ú n los Chilames, C h i c h é n Itzá estuvo gobernada p o r u n
ahau o s e ñ o r p r i n c i p a l al que se le daba el título de A h Nacx i t 2 6 K u k u l c á n . L a r e l a c i ó n entre los itzaes y K u k u l c á n n o
resulta m u y clara en la d o c u m e n t a c i ó n y c o m o dice Landa
n o se sabe si este hombre-dios 2 7 l l e g ó p r i m e r o o c o n los itzaes. 2 8 E n e l K a t ú n 8 A h a u (1185-1204) antes de l a c a í d a
de C h i c h é n Itzá, e l ahau de este sitio se llamaba A h K u l
I t z a m C a n 2 9 [ D i v i n o S e ñ o r Cuatro I t z a m ] o A h a u Can [Señ o r C u a t r o ] . 3 0 Debajo de este gobernante se encontraban
2 3
N o sabemos e l v a l o r f o n é t i c o d e los glifos q u e c o m p o n e n este n o m b r e q u e se r e p r e s e n t a c o n u n a m a n d í b u l a h u m a n a y u n a b a n i c o .
2 4
HOUSTON y TAUBE, 1 9 8 7 , p p . 8-10.
2 5
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1 9 4 8 , p p . 5 7 - 6 7 .
2 6
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1 9 4 8 , p . 2 2 3 . E n los d o c u m e n t o s d e l C e n -
t r o d e M é x i c o este n o m b r e se asocia c o n p r í n c i p e s d e l l i n a j e c u l h ú a , d u r a n t e e l r e m a d o d e Q u e t z a l c ó a t l . N a c x i t significa c u a t r o patas, d e nahui,
c u a t r o e ixitl, q u e es pie o pata.
2 7
LÓPEZ AUSTIN, 1 9 7 3 , p p . 1 0 6 - 1 4 2 .
2 8
LANDA, 1 9 8 2 , p p . 1 2 - 1 3 .
2 9
I t z a m C a n , a d v o c a c i ó n d e I t z a m N a r e l a c i o n a d a c o n los c u a t r o p u n -
tos c a r d i n a l e s . BARRERA VÁSQUEZ, 1 9 8 0 , p . 2 7 2 .
3 0
BARRERA VÁSQUEZ y RENDÓN, 1 9 4 8 , p p . 2 2 3 - 2 2 4 . SOLÍS ALCALÁ, 1 9 4 9 , p . 2 3 6 .
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
719
c u a t r o principales a los que se refieren c o m o hermanos, 3 1
llamados Chac X i b Chac, Sac X i b Chac, E k Y u u a n Chac y
H u n Y u u a n Chac, llamado U o o h Puc ["El p i n t a d o con glif o s " 3 2 P u c ] . Este era el h e r m a n o m e n o r y el que ostentaba
el m e n o r rango político.
E n los textos glíficos de C h i c h é n Itzá aparecen grupos de
c i n c o gobernantes relacionados entre sí. Estos s e ñ o r e s que
son mencionados c o m o yitah33 son: Kak U Pacal Kauil, K i n
C i m i , A h M u l u c T o k , Wa-ca-wa y " D o b l e Quijada". Existen
otros dos grupos de hermanos conformados u n o , p o r Yax
T u l , Yax U k Kauil y B o l ó n t i A h a u y u n ú l t i m o g r u p o d o n d e
se m e n c i o n a a "Quijada" A h a u U i n i c . 3 4 A l contrario de l o
que s u c e d i ó en la é p o c a clásica, los m o n u m e n t o s del posclásico n o n a r r a n las h a z a ñ a s de u n rey, sino de u n g r u p o
de gobernantes. S e g ú n L i n d a Schele, 3 5 siguiendo a Barrera
V á s q u e z , 3 6 esto d e b i ó ser u n multepalo g o b i e r n o c o n j u n t o .
C o m o se puede observar las fuentes i n d í g e n a s parecen confirmar este tipo de o r g a n i z a c i ó n política, que aparentemente está r e p l i c a n d o u n p a t r ó n c o s m o g ó n i c o , ya que los
cuatro personajes se asocian a Chac, dios de la lluvia, aunque los dos p r i m e r o s se v i n c u l a n c o n u n a a d v o c a c i ó n de la
3 1
E n la c u l t u r a maya t a m b i é n se c o n s i d e r a c o m o h e r m a n o s a los hijos
d e las h e r m a n a s de la m a d r e y los h i j o s de los h e r m a n o s d e l p a d r e ( p r i m o s h e r m a n o s e n n u e s t r a c u l t u r a ) , v é a s e ALVAREZ, 1 9 8 0 - 1 9 9 7 , p. 1 1 0 .
3 2
LANDA, 1 9 8 2 , p . 1 8 . E x i s t í a la c o s t u m b r e d e escribirse ciertos caracteres e n e l c u e r p o p a r a ser respetado y q u e esto h i z o u n sacerdote de M a y a p á n q u e le e s c r i b i ó a su y e r n o "ciertas letras e n l a tabla d e l brazo
i z q u i e r d o , d e g r a n i m p o r t a n c i a p a r a ser e s t i m a d o " .
3 3
SCHELE y MATHEWS, 1 9 9 8 , p p . 3 5 3 - 3 5 4 . S i g u i e n d o a o t r o s autores, la
p a l a b r a yitah, significa c o m p a ñ e r o . D e h e c h o s e g ú n d i c h o s autores es u n
t é r m i n o de parentesco c o n e l q u e se i d e n t i f i c a a los personajes m e n c i o n a d o s c o m o h e r m a n o s d e l rey, sin e m b a r g ó l e s p o s i b l e q u e se trate de u n
t í t u l o q u e d a c u e n t a de u n r a n g o especial. P o r o t r a p a r t e , Stuart ( c o m u n i c a c i ó n p e r s o n a l d i c i e m b r e d e 2 0 0 1 ) q u e o r i g i n a l m e n t e d e s c i f r ó este
g l i f o , p i e n s a a c t u a l m e n t e q u e yitah p u e d e ser u n v e r b o q u e significa
a c o m p a ñ a r o atestiguar. Para este a u t o r varias d e las frases n o m i n a l e s d e
C h i c h é n I t z á se r e f i e r e n p o s i b l e m e n t e a deidades, a u n q u e acepta q u e
Kak U Pacal y K ' i n i l K o k a l (?) f u e r o n g o b e r n a n t e s d e este sitio.
3 4
SCHELE y FREIDEL, 1 9 9 0 , p .
3 5
SCHELE y FREIDEL, 1 9 9 0 , p p .
362.
3 6
BARRERA VÁSQUEZ, 1 9 8 0 , p p . 5 3 9 - 5 4 0 y 7 8 5 .
360-364.
720
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
d e i d a d que e s p a r c í a [xib] el agua, mientras los otros dos
c o n u n Chac e r g u i d o [yuuan]. Los tres p r i m e r o s se relacion a n c o n u n d e t e r m i n a d o color, y p o r l o t a n t o , a u n p u n t o
cardinal: chac ( r o j o ) corresponde al o r i e n t e , sac (blanco) al
n o r t e y ek (negro) al occidente. F a l t a r í a kan (amarillo) que
corresponde al sur, pero al parecer el cuarto p r i n c i p a l todavía n o tenía el rango de gobernante. De todas formas esto
muestra que los s e ñ o r e s itzaes representaban a las deidades
cuatripartitas c o m o eran los Chaces, Pauahtunes y Bacabes, 3 7 que estaban í n t i m a m e n t e relacionadas c o m o l o
muestra el siguiente texto:
L a p r i m e r a , pues, de las letras d o m i n i c a l e s es k a n . E l a ñ o que
esta letra servía era el a g ü e r o d e l Bacab que p o r otros n o m b r e s
l l a m a n H o b n i l , Kanalbacab, K a n p a u a h t u n , Kanxibchac. A este
le s e ñ a l a b a n a la de m e d i o d í a . L a segunda l e t r a es M u l u c ; señal á b a n l a al o r i e n t e y su a ñ o era a g ü e r o d e l Bacab que l l a m a n
Canzienal, Chacalbacab, C h a c p a u a h t u n , Chacxibchac. L a tercera letra es I x . Su a ñ o es a g ü e r o d e l Bacab que l l a m a n Zaczin i , Zacalbacab, Z a c p a u a h t u n , Zacxibchac y s e ñ a l á b a n l e a la
p a r t e d e l n o r t e . L a cuarta l e t r a es Cauac, su a ñ o era a g ü e r o d e l
Bacab que l l a m a n H o z a n e k , Ekelbacab, E k p a u a h t u n , Ekxibchac; a é s t a s e ñ a l a b a n a la parte d e l p o n i e n t e . 3 8
Los días Kan, M u l u c , I x y Cauac en el p o s c l á s i c o se volvier o n los "cargadores" del a ñ o . Los gobernantes itzaes representaban a cuatro parcialidades, asociadas a u n a dirección,
c o l o r y u n a deidad, p o r l o que al parecer cada a ñ o u n o de
ellos t e n í a mayor p o d e r y ascendencia sobre los otros. Esto
parece corroborarse, pues en los chilames se dice que cuand o era ahau A h K u l Itzam Can, el gobernante p r i n c i p a l baj o su m a n d o era Chac X i b Chac. 3 9 E n este mismo p e r i o d o
gobernaba en M a y a p á n A h M e x Cuc [ A r d i l l a Barbada]. Com o se m e n c i o n ó a n t e r i o r m e n t e , M a y a p á n fue fundada p o r
3 7
L o s Bacabes e r a n dioses q u e s e g ú n LANDA, 1982, p . 62, e r a n c u a t r o
h e r m a n o s , sostenedores d e l c i e l o y al p a r e c e r t a m b i é n d e r r a m a b a n agua
c o n vasos de b o c a angosta.
3 8
L A N D A , 1982,
3 9
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1948,
p.
223.
p.
223.
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
721
u n a facción itzá, pero estaba bajo la h e g e m o n í a de C h i c h é n
Itzá. A h M e x Cuc ofreció c o m o u n a o f r e n d a a los dioses
e n el cenote de C h i c h é n Itzá a u n personaje llamado A h
Ceel Cauich. Este l o g r ó salir c o n vida d e l cenote declarand o los designios de las divinidades, p o r l o que fue n o m b r a d o
halach uinic, n o se le p o d í a dar el título de ahau, ya que éste
s ó l o p o d í a d á r s e l e a u n cierto estrato de la nobleza y ya l o
ostentaba A h M e x Cuc. E l C h i l a m Balam de Chumayel dice
l o siguiente sobre este episodio:
Cauich, nombrado posteriormente Hunac Ceel Cauich [Gran
Ceel Cauich], era el nombre del personaje que se asomó a la
boca del cenote en el sur. Entonces fue soltado y salió a manifestar lo dicho [por los dioses]. Entonces se le comenzó a llamar
ahauy fue puesto en el cargo por los ahauoob. Sin embargo, fue
nombrado halach uinic y no ahau, pues ese era el cargo de A h
Mex Cuc. Aunque fue nombrado como gobernante [el hombre
que presentó como ofrenda] A h Mex Cuc. 4 0
A p a r e n t e m e n t e , H u n a c Ceel d e s p l a z ó e n el m a n d o a A h
M e x Cuc, p e r o necesitaba o b t e n e r e l título de ahau, para lo
cual d e b í a responder a los cuestionarios de Z u y u a 4 1 y apoderarse de las insignias de m a n d o . D e c i d i ó entonces conquistar C h i c h é n Itzá, a u x i l i a d o p o r mercenarios llamados
"mexicanos". A l parecer e l p r e t e x t o que t o m ó para enfrentarse c o n los gobernantes de C h i c h é n Itzá, fue que Chac
X i b Chac h a b í a raptado a la m u j e r d e l s e ñ o r de Izamal llam a d o A h U l i l [ E l de Caracol de T i e r r a ] . 4 2 E n o t r o pasaje
del C h i l a m Balam de C h u m a y e l 4 3 se dice que Chac X i b
Chac, Sac X i b Chac y Ek Y u u a n Chac, f u e r o n despojados de
sus insignias [canheloob], que p u e d e n ser los cetros-maniq u í s c o n la figura d e l Dios K, que se r e l a c i o n a n c o n los lina-
4 0
ROYS, 1 9 7 3 , p . 1 9 . T e x t o maya t o m a d o d e Roys, l a t r a d u c c i ó n d e l
m a y a a l e s p a ñ o l d e L a u r a Caso B a r r e r a .
41
E l l e n g u a j e d e Z u y u a parece h a b e r s i d o i n t r o d u c i d o p o r los itzaes,
se t r a t a d e u n a serie d e acertijos q u e s ó l o los g o b e r n a n t e s l e g í t i m o s pod í a n responder.
4 2
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1 9 4 8 , p p .
4 3
ROYS, 1 9 7 3 , p . 6 7 .
223-224.
722
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
jes nobles y la l e g i t i m i d a d del p o d e r p o l í t i c o . 4 4 Los itzaes
expulsados de C h i c h é n Itzá, se refugiaron en El Peten, aunque regresaron posteriormente a t o m a r revancha y destruir
M a y a p á n . El padre franciscano Fuensalida, d e c í a que los itzaes eran originarios de Y u c a t á n y que p o r eso hablaban la
m i s m a lengua, que h a b í a n abandonado C h i c h é n Itzá, pues
u n o de sus gobernantes r o b ó a la m u j e r de o t r o s e ñ o r y p o r
eso tuvieron que establecerse en E l Peten: " [ . . . ] que cien
a ñ o s antes que viniesen los e s p a ñ o l e s a estos reinos, se h u y e r o n de C h i c h é n Itzá, en la edad que l l a m a n ellos octava y
en su lengua Uaxac A h a u (8 A h a u ) y p o b l a r o n aquellas tierras d o n d e hoy viven [ P e t e n ] " . 4 5
Este acontecimiento muestra nuevamente la rivalidad
entre las facciones itzaes, que g e n e r ó enfrentamientos políticos y en las fuentes i n d í g e n a s se asienta que por lo menos
en dos ocasiones provocaron la derrota de u n o de estos grupos y el posterior abandono de sus ciudades. Este faccionalism o es m u y importante para entender los conflictos políticos
de los itzaes asentados e n El Peten y su r e l a c i ó n con la conc e p c i ó n cíclica del t i e m p o .
Organización política de los itzaes en El Peten
T o d o parece indicar que la d i n a s t í a de los Canek gobernaba desde el K a t ú n 8 A h a u en que los itzaes salieron de Chichén Itzá.46
E n el registro glífico t a m b i é n aparece la frase n o m i n a l
Canek, hasta el m o m e n t o existen nueve ejemplos tanto en
vasos c o m o en m o n u m e n t o s . E n dos vasos policromos del
clásico tardío aparece esta frase, la cual puede escribirse de
diversas formas, c o n el n u m e r a l cuatro (Can), el glifo para
cielo (Caan) o con el glifo para serpiente (Can). Ek aparece
1987, p . 66.
4 4
COE,
4 5
LÓPEZ DE C O G O L L U D O , 1 9 7 1 ,
t. 1, p .
256.
A G I , Guatemala, 151 bis, f. 539v. A l p r e g u n t a r l e a Canek si su s e ñ o r í o l o h a b í a h e r e d a d o de sus ancestros c o n t e s t ó l o siguiente: " q u e si, q u e
desde q u e v i n i e r o n de C h i c h é n Itzá sus ancestros o b t u v o d i c h o s e ñ o r í o " .
4 6
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
723
escrito c o n el glifo para negro (Ek) y c o n el glifo para estrella (Ek). E n el vaso K 4 3 8 7 4 7 se m e n c i o n a a u n Canek c o m o
Cuatro Negro, es decir, el n u m e r a l cuatro y dos glifos que se
leen f o n é t i c a m e n t e e-ke. Se trata del s e ñ o r del sitio de Ucanal que a d e m á s recibía el título de Bacab. E n el vaso K 4 9 0 9 4 8
aparece Canek escrito c o m o Cielo N e g r o , es decir c o n el
glifo para cielo y los glifos que f o n é t i c a m e n t e se leen c o m o
e-ke. E n los m o n u m e n t o s encontramos el n o m b r e Canek
en cinco ocasiones, s e g ú n Grube esta frase aparece c o m o
Cuatro N e g r o e n u n a estela de M o t u l de San J o s é (clásico
t a r d í o ) . 4 9 E n la estela diez de Seibal (clásico t a r d í o ) , aparece Canek A h a u , como Cuatro N e g r o - S e ñ o r de M o t u l de
San J o s é y c o n el m i s m o significado en la estela once d e l
m i s m o sitio. E n Yaxchilán aparece dos veces en la estela
diez c o m o Cielo Estrella y en la misma f o r m a e n el m o n u m e n t o r e p o r t a d o p o r Schele c o m o Collection 27.50 E n C h i c h é n Itzá d u r a n t e el p o s c l á s i c o este n o m b r e aparece escrito
c o m o Cielo Estrella en el L i n t e l u n o de Las M o n j a s 5 1 y com o Serpiente Estrella en la c o l u m n a tres d e l edificio sur del
G r a n Juego de Pelota. 5 2 Recientemente G i l l e s p i e 5 3 siguiend o a Jones (1999), p r o p o n e que el n o m b r e Canek está compuesto p o r Can c o m o n o m b r e de la m a d r e y Ek c o m o
n o m b r e d e l padre, sin embargo, la evidencia glífica, etnohistórica y lingüística demuestran que se trata de u n solo
n o m b r e . E n el sistema yucateco existe el p r e f i j o Na para i n dicar la r e l a c i ó n c o n el n o m b r e m a t e r n o , m i s m o que n o es
utilizado p o r los itzaes.
Sabemos que desde 1525, cuando H e r n á n C o r t é s p a s ó
p o r E l Peten, el s e ñ o r p r i n c i p a l se llamaba Canek. Desafort u n a d a m e n t e el conquistador n o d i o mayores detalles sobre la o r g a n i z a c i ó n política de este g r u p o . Sabemos que en
1617 gobernaba t a m b i é n u n Canek que d e c í a que su padre
4 7
KERR, 1 9 9 2 , v o l . 3 , p . 4 8 7 .
4 8
KERR, 1 9 9 4 , v o l . 4 , p . 6 1 0 .
4 9
SCHELE y M A T H E W S , 1 9 9 8 , p . 3 5 2 .
5 0
SCHELE, 1 9 8 2 .
5 1
BOLLES, 1 9 7 7 , p . 2 6 8 .
5 2
B O O T , 1 9 9 5 . SCHELE y MATHEWS, 1 9 9 8 , p . 1 8 7 .
5 3
GILLESPIE, 2 0 0 0 , p p .
467-484.
724
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
era q u i e n h a b í a r e c i b i d o a C o r t é s . 5 4 E n 1695, el gobernante
s e g u í a siendo Canek. S e g ú n la d e c l a r a c i ó n de u n i n d i o m o p á n , a la m u e r t e d e l s e ñ o r y cacique p r i n c i p a l de los itzaes,
éste d e j ó a tres de sus hijos p o r gobernadores de la isla, que
t e n í a cuatro pueblos o barrios y cada u n o de ellos se llamaba Canek. 5 5 A l parecer, c o n t i n u a r o n c o n el mismo sistema
de o r g a n i z a c i ó n política que e n C h i c h é n Itzá, es decir u n
personaje central ocupaba el puesto de ahau, y c o m p a r t í a el
p o d e r c o n otros cuatro s e ñ o r e s que aparentemente p o d í a n
ser sus hermanos o p r i m o s hermanos.
L a figura p r i n c i p a l e n E l Peten era Canek, que f u n g í a
c o m o primus ínter pares. J u n t o a él gobernaba A h K i n Canek,
el p r i n c i p a l sacerdote, que a d e m á s de sus funciones religiosas, parece haber t e n i d o u n i m p o r t a n t e papel político.
Algunas veces se dice que era h e r m a n o de Canek y otras su
p r i m o , q u i z á expresando la c a t e g o r í a de parentesco herman o - p r i m o entre los mayas. 5 6 Estos dos personajes representan la c ú s p i d e d e l poder. Debajo de ellos se e n c o n t r a b a n
cuatro "reyes" y otros cuatro principales, c o m o Canek l o
declaró:
[ . . . ] siempre y hasta la e n t r a d a d e l s e ñ o r g e n e r a l d o n M a r t í n
de U r s ú a y A r i z m e n d i , fue g o b e r n a d o [ E l Peten] de c u a t r o reyes y cuatro caciques, quienes t e n í a n sus parcialidades distintas
y copiosas. 5 7 S e g ú n la m i s m a f u e n t e , tres de los "reyezuelos"
[¿ahauoob?] e r a n C i t C a n , T e s u c a n 5 8 y C i t Can.^ 9 M i e n t r a s q u e
los c u a t r o caciques [¿halach uinicoob?] e r a n : D z i n , T u t , Canek y
Cit Can.60
5 4
L Ó P E Z DE C O G O L L U D O , 1 9 7 1 , t. 1 , p .
5 5
X I M É N E Z , 1 9 7 1 - 1 9 7 5 , p . 3 5 6 . Se
234.
debe s e ñ a l a r que
LANDA, 1 9 8 2 , p. 1 2
m e n c i o n a q u e tres h e r m a n o s llegados d e l p o n i e n t e r e i n a b a n e n C h i c h é n Itzá.
5 6
A G Í , Patronato, 2 3 7 , r. 2 , f. 6 3 1 . C a r t a de U r s ú a a l rey Carlos I I .
Peten, 2 2 d e m a r z o d e 1 6 9 7 . A G Í , Patronato, 2 3 7 , r . l , n ú m . 1 0 . C a r t a d e
U r s ú a a l rey. C a m p e c h e , 1 2 d e n o v i e m b r e d e 1 6 9 7 .
5 7
A G Í , Patronato, 2 3 7 , r . l , n ú m . 2 , f. 5 1 . D e c l a r a c i ó n d e Canek.
5 8
D e b e ser T e s u c u n , a p e l l i d o d e o r i g e n n a h u a .
5 9
Parece q u e se o m i t i ó e l n o m b r e d e u n o d e ellos.
6 0
Parece q u e se o m i t i ó e l n o m b r e d e u n o d e ellos.
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA DE LOS ITZAES
725
S e g ú n A h Chan, sobrino de Canek, los cuatro reyes eran:
Cit Can, A h M a t a n , A h Cit Can y A h A t s i . 6 1 Por debajo de
los "reyezuelos" y caciques h a b í a "capataces, capitanes y cabezas" que g o b e r n a b a n los pueblos (véase la figura 1) , 6 2 Par e c e r í a adecuado (siguiendo a v o n H o u w a l d ) describir la
o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a de los itzaes c o m o u n a serie de círculos c o n c é n t r i c o s , e n cuyo centro se e n c o n t r a b a n Canek y
A k K i n Canek.63
Figura 1
ORGANIZACIÓN POLÍTICA ITZÁ
Los gobernantes itzaes estaban í n t i m a m e n t e ligados a los
uayoob o naguales, p o r l o que debemos suponer que tenían
capacidades asociadas al nagualismo c o m o el p o d e r de
t r a n s f o r m a c i ó n en otras entidades, profetizar y controlar fen ó m e n o s naturales. Existían caciques-sacerdotes a quienes
daban en título de chamach o viejo, s e g ú n A v e n d a ñ o los itzaes mataban a las personas que pasaban de 50 a ñ o s para
que n o se c o n v i r t i e r a n en brujos, c o n e x c e p c i ó n de sus sacerdotes. 6 4 Aquellos que r e c i b í a n el título chamach ejercían
funciones político-religiosas, b r i n d a n d o p r o t e c c i ó n física y
espiritual a sus comunidades. C o m o uayoob d e b i e r o n cuidar
de manera sobrenatural el bienestar de sus pueblos y vigilar la c o n d u c t a a p r o p i a d a de sus m o r a d o r e s . 6 5
6 1
A G Í , Guatemala, 1 5 1 , f. 68. D e c l a r a c i ó n de A h C h a n . M é r i d a , 24 de
d i c i e m b r e de 1695.
6 2
A G Í , Escribanía, 339A, f. 39v.
6 3
H O U W A L D , 1984,
p.
262.
A n d r é s de A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms. 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece p r o v i n c i a s , p . 28.
6 4
6 5
V I L L A ROJAS, 1985,
p.
540.
726
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
L a estructura del t e r r i t o r i o itzá [ T a h Itzá] parece amoldarse al mismo p a t r ó n c o s m o g ó n i c o que r e g í a la organización política (véase la figura 2 ) . Existía la isla p r i n c i p a l o
N o h Peten (Isla grande) c o n otras cuatro islas. A d e m á s hab í a pueblos asentados en islas o en tierra firme. A los p r i m e ros se les llamaba petenes (es decir, isleños) y a los otros ah
itzaes, aunque todos p e r t e n e c í a n al m i s m o g r u p o . 6 6 N o h
Peten era el centro político y religioso de los itzaes, y p o r l o
tanto, sitio de residencia de Canek, A h K i n Canek y los cuat r o ahauoob. Era el lugar f u n d a m e n t a l de culto y d o n d e se
llevaban a cabo los rituales y sacrificios de i m p o r t a n c i a . 6 7 L a
isla estaba a su vez dividida en cuatro barrios, y es posible
que la residencia de Canek representara el p u n t o central
de esta división, c o m o parece confirmarse p o r el h e c h o de
que allí se rindiera culto a Yax Chel Cab (El á r b o l primigen i o ) , el cual es de color verde-azul y marca el centro del
m u n d o . 6 8 Siguiendo este m o d e l o p o d r í a m o s suponer que
los barrios se dividían a su vez en m ú l t i p l o s de cuatro, sin
6 6
X I M É N E Z , 1971-1975, p .
357.
A G Í , Guatemala, 151 Bis, f. 124. Parecer d e l b a c h i l l e r P e d r o de
Morales, v i c a r i o y j u e z e c l e s i á s t i c o de E l Peten. Peten Itzá, 10 de a b r i l
de 1699.
6 8
A n d r é s d e A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms. 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece provincias, pp.30-30v.
6 7
O R G A N I Z A C I Ó N P O L Í T I C A D E LOS ITZAES
727
embargo, en lugar de haber 20 subdivisiones, h a b í a 22, cada una gobernada p o r u n p r i n c i p a l . 6 9
La o r g a n i z a c i ó n política de N o h Peten tenía c o m o centro al A h a u Canek, seguido p o r 22 principales entre los que
estaban u n Halach uinic y u n Batab, que d e b i e r o n ocupar
puestos político-militares. Catorce principales recibían el tít u l o Ach caty u n o el doble título Ach cat-Halach uinic. Otros
dos recibían el n o m b r a m i e n t o de Noh Dzocan, u n o el de
Dzocan y dos el de Noh. S ó l o u n i n d i v i d u o es n o m b r a d o Ah
Ch'atan (véase la figura 3 ) . Sobre las funciones que representan estos títulos n o tenemos i n f o r m a c i ó n , ya que fray
A n d r é s de A v e n d a ñ o s ó l o los enlistó, pero n o d e s c r i b i ó el
papel que d e s e m p e ñ a b a n estos i n d i v i d u o s . 7 0 E l título que
aparece m á s veces es el de Ach caty n o l o encontramos en la
o r g a n i z a c i ó n política p r e h i s p á n i c a de los mayas yucatecos.
Ach en quiche y cakchiquel significa c o m p a ñ í a , semejante,
parentesco y p r i n c i p a l . 1 Mientras Cat o K'at en yucateco
significa vaso de b a r r o , 7 2 p o r lo que el título p o d r í a traducirse c o m o "parientes de vaso" o "nobleza de vaso". 7 3 Es
probable que éste sea u n cargo h o n o r í f i c o dado a ciertos i n dividuos que alcanzaron cierto rango. Esto p a r e c e r í a p o c o
probable si n o t o m á r a m o s en cuenta la i m p o r t a n c i a que
tuvieron los vasos y el acto de beber r i t u a l m e n t e entre los
mayas desde el clásico hasta la colonia. Durante el clásico
encontramos los vasos ricamente pintados que pertenecier o n a los m i e m b r o s de la nobleza maya, p r i n c i p a l m e n t e
para consumir cacao. S e g ú n autores c o m o H o u s t o n , Stuart
y Taube, d u r a n t e este p e r i o d o los vasos para beber cacao
6 9
Andrés
conversión de
autor señala
7 0
Andrés
conversión de
autor señala
d e A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion
los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms.
q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n
d e A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion
los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms.
q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n
7 1
X I M É N E Z , 1985,
7 2
BARRERA VÁSQUEZ, 1980,
p.
de las dos entradas que hize a la
1040. AYER, 1696, f. 36. Este
trece provincias, p p . 39-39v.
de las dos entradas que hize a la
1040. AYER, 1696, f. 36. Este
trece provincias.
57.
p.
383.
JONES, 1998, p p . 87-77 y 100-103. E n este t r a b a j o J o n e s descarta trad u c i r este t í t u l o d e l maya, s e ñ a l a n d o q u e se trata de u n a n a h u a t i z a c i ó n
d e l t é r m i n o achcautli, q u e s e g ú n él significa " h e r m a n o s m a y o r e s " y q u e
c o r r e s p o n d e a u n c a r g o p o l í t i c o - m i l i t a r e n t r e los m e x i c a .
7 3
LAURA CASO Y MARIO ALI PH AT
728
eran parte de los regalos que la élite intercambiaba d u r a n t e
celebraciones importantes. Estos presentes sellaban alianzas y c o n f i r m a b a n acuerdos entre los gobernantes de los
principales centros políticos c o n los gobernantes de s e ñ o ríos s u b o r d i n a d o s . 7 4
Figura 3
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE N O H PETEN
L a n d a a p u n t a que entre los mayas yucatecos h a b í a festividades d o n d e los principales b e b í a n cacao y se obsequiab a n vasos de g r a n belleza:
La primera [fiesta], que es de los señores y gente principal,
obliga a cada uno de los convidados a que hagan otro tal convite y que den a cada uno de los convidados una ave asada, pan
y bebida de cacao en abundancia y al fin del convite suelen dar
a cada uno una manta para cubrirse y u n banquillo y el vaso
más galano que pueden [... ] 7 5
L ó p e z de C o g o l l u d o , s e ñ a l a t a m b i é n que c u a n d o los
m i e m b r o s de la nobleza v e n d í a n esclavos o rejoyadas para
el cultivo d e l cacao, el negocio quedaba pactado, b e b i e n d o
p ú b l i c a m e n t e enfrente de testigos. 7 6 L o que nos c o n f i r m a
que el acto de beber entre la élite maya era u n a f o r m a de
sellar sus pactos o negocios. Podemos c o n c l u i r entonces,
que los vasos f u e r o n importantes s í m b o l o s de p o d e r entre
7 4
H O U S T O N , STUART y T A U B E , 1 9 9 2 , pp.
7 5
L A N D A , 1 9 8 2 , p.
7 6
L Ó P E Z DE C O G O L L U D O , 1 9 7 1 , 1 . 1 , p.
499-512.
38.
236.
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
729
la nobleza maya y que beber en f o r m a r i t u a l era u n a maner a de pactar alianzas. E n este contexto n o resulta difícil
pensar en la existencia de u n título entre los itzaes que h i ciera e x p l í c i t a la r e l a c i ó n entre el objeto ritual [vaso para
beber chocolate] y la pertenencia del i n d i v i d u o a u n consej o de g o b i e r n o .
B a j a r á n d e l cielo los abanicos y los ramilletes celestiales para
que h u e l a n los S e ñ o r e s . A p u n t a r á c o n el d e d o , se e r g u i r á el
d í a q u e t o m e p o s e s i ó n de su i m p e r i o , d e l Vaso, d e l T r o n o , de
la Estera, d e l Banco, A m a y t e , Cuadrado-deidad. C u a n d o se
siente a c o m e r a r r e b a t a r á el p o d e r , a r r e b a t a r á el vaso, arrebatará e l p l a t o ; a s í se declara e n la s u p e r p o s i c i ó n de los a ñ o s t u nes, c u a n d o sea el t i e m p o e n que su Estera y su T r o n o
c a m b i e n y salgan p o r las tierras boscosas y p o r los pedregales a
d e c i r su palabra y su e n s e ñ a n z a . 7 7
Respecto a los d e m á s títulos s ó l o podemos dar sus posibles traducciones, Noh significa p r i n c i p a l , p o d e r y grandeza, mientras Dzoc es t e r m i n a r o perfeccionar algo, u n
posible significado de Noh Dzocan p o d r í a ser " E l p r i n c i p a l
C u m p l i d o r o Perfeccionador". E l título A h Ch'atan puede
traducirse c o m o E l Consejero. Desgraciadamente el análisis
lingüístico de los cargos n o nos p e r m i t e aclarar las funciones que d e s e m p e ñ a r o n dichos individuos.
L a " n a c i ó n i t z a l a n a " 7 8 estaba c o n f o r m a d a p o r cuatro
linajes que c o n t r o l a b a n sus propios territorios, f o r m a n d o
las cuatro parcialidades principales. Estos eran los Canek,
C o u o h , Pana y T u t . E x i s t í a n otros linajes subordinados a los
p r i m e r o s que eran los Chata, Chayax, Ranchan, Puc, Pop,
Citis, D z i n , D z i b y Chavin que c o n f o r m a b a n parcialidades
menores. 7 9 Estas divisiones políticp-territoriales generalmente t o m a b a n el n o m b r e de su gobernante, las personas que
c o m p o n í a n la parcialidad de Canek, eran conocidas c o m o
7 7
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1948,
p.
108.
A n d r é s de A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. M s . 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece p r o v i n c i a s , p . 59.
7 8
7 9
CASO BARRERA, 2 0 0 0 , p .
234.
730
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
canekes, sin que eso significara que estuvieran emparentados c o n d i c h o s e ñ o r , pues t e n í a n sus propios apellidos. 8 0
Otros autores s ó l o consideran c o m o itzaes a aquellos q u e
estaban bajo el g o b i e r n o directo de Canek y que habitaban
e n la isla y sus alrededores, y ven a los linajes antes descritos
como grupos diferentes. 8 1 Sin embargo, el análisis de la docum e n t a c i ó n nos p e r m i t e afirmar que la " n a c i ó n itzá" estaba
organizada c o n linajes principales y sublinajes, e n u n a form a m u y similar a la estructura que presentan los q u i c h é s . 8 2
Canek c o n t r o l a b a nueve poblaciones que eran N o h Peten, Sacpuy, Mascal, E k i x i l , S a c p e t é n , B a k p i c h , A i n , Cantet u l y Maskin. E l cacique C o u o h , p r i n c i p a l adversario de
Canek, gobernaba doce pueblos e n l a ribera de l a laguna,
llamados C h a l t u n h a , Poop, Zocol, Yantenai, Cetz, H o l a , Usp e t é n , B o h , K i l i c h i , Cokot, U o o y Chakan I t z á . 8 3 Respecto a
los tutes y panaes n o contamos c o n la i n f o r m a c i ó n sobre los
pueblos que gobernaban. Las poblaciones p r o p o r c i o n a b a n
m a n o de o b r a y tributos para sus gobernantes y todos a su
vez d e b í a n t r i b u t a r l e a Canek.
A pesar de que Canek era la figura central d e l sistema político itzá, podemos decir que su p o d e r era c o m o p r i m e r o
entre iguales, puesto que n o p o d í a t o m a r decisiones i m p o r tantes sin consultar a los d e m á s s e ñ o r e s y principales. L a
llegada de u n nuevo K a t ú n 8 A h a u indicaba u n cambio
político i n t e r n o q u e m a r c a r í a e l fin de su p o d e r y q u i z á
la posible a s c e n s i ó n de u n gobernante de o t r o linaje. Es
probable que Canek intentara establecer u n a alianza c o n
los e s p a ñ o l e s para c o n t i n u a r e n el poder. T a m b i é n existía
el interés de entablar tratos comerciales c o n los e s p a ñ o l e s y
tener e l c o n t r o l de d i c h o c o m e r c i o . A l r e d e d o r de 1617,
Canek envió u n a embajada a M é r i d a , para dar obediencia
al g o b e r n a d o r A n t o n i o de Figueroa. E n respuesta a d i c h a
8 0
A n d r é s d e A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. M s . 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece p r o v i n c i a s , p p . 30-30v.
8 1
H E L L M U T H , 1 9 7 1 , P . 1 7 y J o N E s , 1998, p p . 17-28.
8 2
CASO BARRERA, 2 0 0 0 , p p . 232-239 y CARMACK, 1979, p p . 134-149.
A G Í , Guatemala, 1 5 1 , f. 327. D e c l a r a c i ó n d e l b a c h i l l e r J u a n A n t o n i o
Pacheco d e S o p u e r t a , P e t e n i t z á , 29 d e m a y o d e 1697.
8 3
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA DE LOS ITZAES
731
embajada, p a r t i e r o n e n 1618 los padres Fuensalida y Órbita hacia E l Peten. El g o b e r n a n t e itzá envío a T i p ú a recibir
a los religiosos a dos "capitanes" llamados A h Chata Pol y
A h Puc, sin embargo, para que los frailes p u d i e r a n pasar a
E l Peten, tuvo que hacer u n consejo y consultar al respecto
c o n los s e ñ o r e s principales y capitanes. L a i n t e n c i ó n de
Canek parece haber sido pactar c o n los e s p a ñ o l e s para cont i n u a r e n el poder, y asegurar l o m i s m o para sus descendientes. E n 1619, los religiosos a c o r d a r o n l o siguiente
c o n Canek:
[... ] q u e se q u e d a r í a e n e l cacicazgo y g o b i e r n o c o m o le ten í a , p o r ser s e ñ o r n a t u r a l y n o m b r a r í a n alcaldes y d e m á s gob i e r n o c o m o a c á le t i e n e n los i n d i o s . Que le s u c e d e r í a n e n
e l cacicazgo sus descendientes y q u e a u n o de ellos, el que él
n o m b r a s e , se le d a r í a e l título de t e n i e n t e p a r a que le ayudase
a g o b e r n a r . Que e n diez a ñ o s n o p a g a r í a n t r i b u t o y d e s p u é s
les s e ñ a l a r í a el rey a l g u n a c a n t i d a d m o d e r a d a , p o r haberse
dado pacíficamente.84
C u a n d o los s e ñ o r e s principales se e n t e r a r o n de los planes de Canek, se o p u s i e r o n y l o o b l i g a r o n a expulsar de la
isla a los religiosos, d i c i e n d o que n o q u e r í a n ser cristianos.
E n 1695 s u c e d i ó u n evento similar, pues el gobernante itzá
m a n d ó u n a embajada a M é r i d a para ofrecer de nuevo obediencia a los e s p a ñ o l e s . C o m o respuesta a esto, se envío a El
Peten a fray A n d r é s de A v e n d a ñ o . El fraile dice respecto a
Canek "que todos se le atreven c o n alguna d e m a s í a , de
suerte que n o es d u e ñ o de m a n d a r sobre l o que t i e n e " . 8 5 Es
p r o b a b l e que el s e ñ o r itzá intentara ganarse a su gente aseg u r a n d o el flujo de artículos e s p a ñ o l e s que para ese mom e n t o se h a b í a n vuelto necesarios, c o m o eran hachas y
machetes de h i e r r o , p e r o su i n t e n c i ó n de rendirse a los esp a ñ o l e s n u n c a fue aceptada y a u n estando allí A v e n d a ñ o ,
h u b o varios tumultos en que la gente le reclamaba:
8 4
LÓPEZ DE C O G O L L U D O , 1 9 7 1 ,
t. 1, p .
234.
A n d r é s d e A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
conversión de los gentiles Ytzaesy Cehaches. Ms. 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece provincias, p. 38v.
8 5
732
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
[... ] que de que había de servir la amistad de los españoles y su
ley, que si era por tener hachas y machetes para sus labranzas,
que hasta allí o entonces no les había faltado con que milpear.
Que si era por los géneros y ropa de Castilla para vestirse, que
cuándo ellos necesitaron de nada de eso, porque lo tenían
ellos muy bueno. Que si era porque los españoles los defendieran, que cuándo se acobardó la nación itzalana, n i se humilló
a ninguno, teniendo ellos tanta gente de armas para su defensa y para arruinar a cuantos a ellos se atreviesen. Que era muy
mal hecho el admitirlos [a los españoles]. 8 6
Es obvio que Canek n o contaba c o n el apoyo de la gente,
n i de los s e ñ o r e s principales, n i de las parcialidades. E n u n a
d e c l a r a c i ó n este gobernante le dijo a U r s ú a , que los que
h a b í a n planeado la ofensiva en su contra y su tropa, eran i n dios comerciantes, es decir de la parcialidad de los panaes. 8 7
Esto s e ñ a l a la i m p o r t a n c i a política y m i l i t a r de d i c h o linaje.
Entre los gobernantes y principales existían fuertes vínculos y lazos de parentesco, Canek estaba casado c o n Chan
Pana, de la parcialidad de los panaes. A h C h a n el sobrin o de Canek era h i j o de su h e r m a n a Cante y de u n p r i n cipal de T i p ú . Estaba casado c o n C o u o h , h i j a del cacique
C o u o h . Su h e r m a n a , a su vez, estaba casada c o n M a n u e l
Chayax, h i j o de u n p r i n c i p a l de I x T u t ( p u e b l o sujeto a
A l a i n ) . K i x a n , 8 8 aprisionado p o r las tropas d e l c a p i t á n J u a n
D í a z de Velasco, era h e r m a n o del cacique T u t y c u ñ a d o de
A h C h a n . Sin embargo, a pesar de estos estrechos vínculos,
existían fuertes rivalidades y pugnas e n t r e la nobleza i t z á . 8 9
E l p r i n c i p a l opositor a los planes de Canek era el cacique
C o u o h , la rivalidad c o n d i c h o personaje era a tal e x t r e m o
que el p r o p i o Canek le dijo a A v e n d a ñ o : " [ . . . ] que c o m o le
degollasen a su e n e m i g o el cacique C o u o h c o n todos sus
8 6
A n d r é s d e A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazionde las dos entradas quehize a la
conversión de los gentiles Ytzaes y Cehaches. Ms. 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece p r o v i n c i a s , p . 40v.
8 7
A G Í , Guatemala, 151 bis, f. 542v.
8 8
Este era su s o b r e n o m b r e , s e g ú n a l g u n o s i n d í g e n a s itzaes su verdad e r o n o m b r e era I x Canek.
8 9
A G I , Guatemala, 151 bis.
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
733
secuaces [que ad sumun s e r í a n de sesenta a setenta] entreg a r í a él los petenes a su c a r g o " . 9 0
Las pugnas internas muestran que el K a t ú n 8 A h a u , que
estaba p o r iniciarse, anunciaba u n cambio político y posib l e m e n t e el fin del g o b i e r n o de los Canek. Los planes del
gobernante itzá de aliarse c o n los e s p a ñ o l e s para conservar
su p o d e r resultaron infructuosos y al final fue traicionado
p o r sus propios allegados. A h Chan, su s o b r i n o que tenía
i n f l u e n c i a política tanto en T i p ú c o m o en A l a i n , fue enviado c o m o emisario a M é r i d a , éste siempre se m o s t r ó i n c o n d i c i o n a l a su tío y a su idea de pactar la paz con los
e s p a ñ o l e s . E n su viaje iba a c o m p a ñ a d o p o r su h e r m a n o men o r , y p o r otros individuos llamados C h a n t a n A h Tec, A h
K u , p r i n c i p a l del p u e b l o de los c h a ñ e s l l a m a d o Champokek e n y A h C i a u 9 1 que era cehache. 9 2 A h C h a n se g a n ó la confianza de los e s p a ñ o l e s , sobre t o d o de M a r t í n de U r s ú a ,
q u i e n l o t e n í a en alta estima. C h a m a c h Sulu, el cacique de
A l a i n , estaba bajo las ó r d e n e s de C a n e k y era su h o m b r e
de confianza. C u a n d o l l e g a r o n los e s p a ñ o l e s a E l Peten
se m o s t r ó s u m a m e n t e c o o p e r a t i v o c o n ellos. T a n t o A h
C h a n c o m o Chamach Sulu t e n í a n u n doble j u e g o político,
pues eran aliados del cacique C o u o h , p o r l o que llegado el
m o m e n t o traicionaron la causa de los Canek. Para ello conv e n c i e r o n a Canek y A h K i n Canek de entrevistarse con
U r s ú a en N o h Peten y d e s p u é s persuadieron a éste de que
los s e ñ o r e s itzaes eran los que incitaban a la gente a h u i r y
rebelarse. U r s ú a se c o n v e n c i ó de su c u l p a b i l i d a d y d e c i d i ó
trasladarlos c o n el h i j o de Canek y u n p r i m o a la ciudad de
Guatemala. 9 3
Esto d e b i ó ser conveniente para A h Chan, q u i e n al dejar
U r s ú a E l Peten se r e b e l ó , f o r m a n d o u n a provincia indepen9 0
A n d r é s de A v e n d a ñ o y L o y o l a , Relazion de las dos entradas que hize a la
comjersion de los gentiles Ytzaes y Cehaches. M s . 1040. AYER, 1696, f. 36. Este
a u t o r s e ñ a l a q u e Y u c a t á n estaba d i v i d i d o e n trece provincias, p. 47v.
9 1
C i a u o Q u i a u i p o s i b l e m e n t e n o m b r e de o r i g e n n á h u a t l , que significa l l u v i a . SIMEÓN, 1977, p . 428.
9 2
SIMEÓN, 1977, p . 54. A G Í , Guatemala, 1 5 1 , f. 69. M a r t í n de U r s ú a d a
fe d e l b a u t i z o de la e m b a j a d a itzá. M é r i d a , 31 d e d i c i e m b r e de 1695.
9 3
VILLAGUTIERRE Y SOTOMAYOR, 1933,
p.
403.
734
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
diente y convirtiéndose en su gobernante. Cuando Canek y
A h K i n Canek fueron llevados a Guatemala, la o r g a n i z a c i ó n
p o l í t i c a i n d í g e n a se d e s i n t e g r ó y al parecer cada u n a de las
cuatro parcialidades m á s importantes, i n t e n t ó i m p o n e r su
h e g e m o n í a sobre las d e m á s . E l K a t ú n 8 A h a u h a b í a comenzado, marcando el fin del gobierno de los Canek y el abandon o de su ciudad y sus pueblos. C o m o lo profetizó el C h i l a m
Balam, el t e r r i t o r i o que d e b í a funcionar a manera de u n
c u e r p o d i r i g i d o p o r u n centro rector, se e m p e z ó a desmembrar d e b i d o a las luchas intestinas p o r el poder: "Por toda la
tierra h a b r á relajamiento y se d i s p e r s a r á n los pueblos, se disp e r s a r á n las ciudades se d e s a t a r á la cara, se d e s a t a r á n los pies
del m u n d o , al terminar la codicia, c u a n d o ocurra el despoblamiento, cuando sea la ruina, la d e s t r u c c i ó n de los pueblos
p o r el c o l m o de la codicia." 9 4
Organización política itzá después de la conquista de El Peten
Tras l a t o m a de N o h Peten p o r U r s ú a , los itzaes se refugiar o n e n los montes a l e d a ñ o s a la laguna, d o n d e asentaron
sus pueblos. Las parcialidades que estuvieron gobernadas
p o r Canek o que f u e r o n sus aliadas, se c o n c e n t r a r o n hacia
el p o n i e n t e de la laguna de E l Peten, e s t a b l e c i é n d o s e j u n t o
a los cehaches y chavines. Otros pueblos itzaes eran: Chinoha, I c h t u t z , Yalain, M u m u n t i , I x M u c u h i l , Balamtun, Tutes,
Chachaes, Tsokots, Bucup, X i p i n , I x M u a n , Pantzimin, Chena, Yalac, T u p p o p , Lalanich, Tacuna, H o l c a , Sacpuy, Yaxalchac, Hesos, Papadzun, Yaxa, Timuncetses y Popes 9 5 (véase
el c u a d r o 1 ) .
9 4
BARRERA VÁSQUEZ y R E N D Ó N , 1948, p p . 108-109. B a r r e r a s e ñ a l a e n este
m i s m o t e x t o q u e e n los Anales de Quauhtinchan
o Historia
Tolteca-Chichimeca, a p a r e c e u n a frase q u e refiere q u e l a G r a n T o l l á n estaba f o r m a d a p o r
v e i n t e c i u d a d e s sujetas a las cuales se les c o n s i d e r a b a c o m o "las m a n o s y
los pies".
9 5
A G Í , Escribanía,
339A, f f . 28-49. D e c l a r a c i o n e s d e varios i n d i o s i t zaes. Peten Itzá, agosto d e 1700.
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA DE LOS ITZAES
735
A l faltar Canek y a A h K i n Canek se c o n f o r m a r o n cinco
provincias (véase el mapa 1 ) , cada u n a c o n su p r o p i o gobernante. Todas contaban c o n u n p u e r t o a la laguna. L a pro-
9 6
A G Í , Escribanía,
3 3 9 A , ff. 2 8 - 4 9 .
C o t es á g u i l a .
9 8
R u k significa q u e t z a l .
9 9
C h a n c h a n significa p e q u e ñ o .
1 0 0
R a b i l significa m a n o o brazo y k a u i l es zanate.
1 0 1
B o l es u n escanciador, e l q u e r e p a r t e c o m i d a .
1 0 2
H o k significa coger.
1 0 3
C i t es u n t e r m i n o r e v e r e n c i a l p a r a p a d r e . C a n p u e d e significar
c u a t r o , c u l e b r a o h a b l a r . C a a n significa c i e l o .
1 0 4
T s u n t e c u n es u n a p e l l i d o d e o r i g e n n a h u a ( e n l a v a r i a n t e de Jalupa, Tabasco aparece c o m o T s u n t e k o n ) q u e s i g n i f i c a cabeza. V é a s e GARCÍA DE L E Ó N , 1 9 7 6 , p . 9 9 . E n los C h i l a m e s se s e ñ a l a e n t r e los siete jefes d e
M a y a p á n q u e a t a c a r o n a C h i c h e n Itzá, a u n o l l a m a d o T z o n t e c u m , l o q u e
nos m u e s t r a l a a n t i g ü e d a d d e este a p e l l i d o .
1 0 5
C u n s i g n i f i c a e n c a n t a r o h e c h i z a r y chac p u e d e ser r o j o , g r a n d e ,
fuerte o aguacero.
1 0 6
C i b p u e d e ser c e r a o hacerse e n t e n d e r b i e n .
1 0 7
Itz significa h e c h i c e r í a , b r u j e r í a y k i n , d í a , sol.
ios x u n a i s i g n i f i c a h e c h i c e r o .
109 YQC es p e r f o r a r .
1 1 0
C h a m a c h significa viejo y e n c o n t r a m o s varios caciques llamados así.
1 1 1
M e n es e l d u o d é c i m o d í a d e l c a l e n d a r i o maya, t a m b i é n significa
o c u p a c i ó n , maestro o artífice.
9 7
736
0
I
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
I
50
l
i
100 k m
i
FUENTES: m o d i f i c a d o d e H O U W A L D , 1 9 8 4 , p . 2 7 1 . I n c l u y e i n f o r m a c i ó n
d e A G Í , Escribanía,
l e g . 3 3 9 B , pza. 1 4 ; A G C A , e x p . 3 1 5 5 5 , l e g . 4 0 6 1 . Ela-
borado p o r el doctor M a r i o A l i p h a t F .
vincia del T u t estaba cerca d e l río de los lacandones (río Lacan t ú n ) , j u n t o a u n a sabana llamada Yalchilan. Su p u e b l o
p r i n c i p a l era Potot y sus gobernantes D z u n i T u t y C u h T u t .
L a p r o v i n c i a de C h a n estaba hacia el este de la laguna de E l
Peten, su p u e b l o p r i n c i p a l era Yaxmay, d o n d e gobernaba
A h C h a n . E n esta p r o v i n c i a parecen haberse concentrado
los c h a ñ e s , cehaches y tipuanos. E l M o p á n o M o p a n a tamb i é n se localizaba e n la m i s m a d i r e c c i ó n , su pueblo p r i n c i p a l era S u m p á n y su s e ñ o r era Pana. Es de s e ñ a l a r s e que
u n a de las parcialidades m á s i m p o r t a n t e s e n E l Peten era l a
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA DE LOS ITZAES
737
de los panaes [estandartes]. A l parecer u n a rama de este
g r u p o que eran los mopanes [estandarte-guacamaya] se hab í a independizado y c o n t r o l a b a n su p r o p i o t e r r i t o r i o , sin
embargo, se s e g u í a n considerando parte de los itzaes y estab a n sujetos a Canek. A l crearse las cinco provincias, quedar o n en u n a sola los panaes y los mopanes. Fray A g u s t í n
Cano relata la r e l a c i ó n entre los mopanes y los itzaes de la
siguiente manera:
Reconocimos e n esta n a c i ó n [ m o p á n ] m u y p o c a sinceridad y
que t e n í a n i n t e l i g e n c i a c o n los i n d i o s ahitzaes de la laguna,
a u n e n t e n d i m o s que todos ellos eran de u n a m i s m a n a c i ó n
itzá, l l a m á n d o s e Mopan-Itza, Peten-Itza, y que estos mopanes
estaban sujetos al reyezuelo de la laguna [ . . . ] 1 1 2
El C o u o h estaba hacia el p o n i e n t e de la laguna, sus gobernantes eran C u l u t C o u o h y el cacique C o u o h y sus
poblaciones eran Saclemacal y Ñ a u a . L a p r o v i n c i a de C u n
A h a u o C h u m A h a u , se localizaba al noroeste de la laguna,
su asentamiento m á s i m p o r t a n t e tenía el m i s m o n o m b r e de
la p r i n c i p a l d e i d a d d e l i n f r a m u n d o . 1 1 3 Su gobernante era
C h u m e x e n , h e r m a n o m e n o r de Canek. Este personaje recib í a el título de C i t Can [Padre C u a t r o ] y era u n o de los cuatro "reyes" [ahauoob] que h a b í a n gobernado j u n t o a Canek.
E n u n o de los documentos se a p u n t a que C i t Can era la
"segunda persona de C a n e k " . 1 1 4 Antes de convertirse en el
s e ñ o r de esta provincia fue u n o de los principales del nuevo
asentamiento de Chachachulte.
C h u m e x e n fue elevado c o m o s e ñ o r p r i n c i p a l d e s p u é s de
la partida de Canek y A h K i n Canek, cuando se r e u n i e r o n los
s e ñ o r e s de las parcialidades de la parte p o n i e n t e , incluyendo
a los couohes, para elegir a u n nuevo gobernante. L a r e u n i ó n
tuvo lugar en el p u e b l o de Yalkac, d o n d e se eligió a C i t Can
1 1 2
C A N O , 1942,
p.
66.
A G Í , Escribanía, 3 3 9 A , 339B, pza. 14, 339B, n ú m . 5, pza. 7. A G C A ,
e x p . 31555, l e g . 4 0 6 1 .
1 1 4
A G Í , Patronato, 237, r. 1, f. 6 3 1 . C a r t a d e M a r t í n de U r s ú a a l rey. Pet e n , 22 d e m a r z o d e 1697.
1 1 3
738
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
[ C h u m e x e n ] c o m o s e ñ o r , designando t a m b i é n c o m o su sacerdote p r i n c i p a l a K i n Canek, q u i e n era cacique en dicha
p o b l a c i ó n . K i n Canek es m e n c i o n a d o algunas veces c o m o
h e r m a n o de Canek y otras c o m o de A h K i n C a n e k . 1 1 5 Tom a n d o en cuenta la organización política itzá, debemos pensar que t a m b i é n se eligieron otros cuatro principales. Cuand o fue electo Cit Can le pusieron u n a "corona" y ropa nueva,
y se celebraron grandes fiestas c o n bailes y bebidas. Se debe
s e ñ a l a r el valor que tenían los s í m b o l o s que legitimaban el
p o d e r de los gobernantes, entre los cuales la ropa parece haber tenido especial importancia. Las mantas con que se cub r í a a los s e ñ o r e s t e n í a n u n simbolismo determinado y tamb i é n parecen significar el nuevo estatus del g o b e r n a n t e . 1 1 6
S ó l o los couohes y otras parcialidades menores reconocieron
a C h u m e x e n , y n o l o h i c i e r o n los tutes, n i los mopanes y chañes. E l nuevo gobernante n o fue n o m b r a d o Canek, posiblem e n t e p o r q u e este s e ñ o r a ú n v i v í a . 1 1 7 Sin embargo, se le dan
los siguientes nombres y títulos: C h u m e x e n [ E l que es p r i n cipio u o r i g e n ] , Ceha C u n Can [Venado-Encantador de pal a b r a ] , Sesa C i t Can [Seseo-Padre C u a t r o ] , C h i l i Canek [ E l
que gobierna p o r otro-Canek o Profeta C a n e k ] . 1 1 8 E n algu1 1 5
A G Í , Escribanía, 339A, ff. 28-49. D e c l a r a c i o n e s de varios i n d i o s i t zaes. Peten Itzá, agosto de 1700.
1 1 6
C u a n d o se e l e g í a e n t r e los mexicas al n u e v o g o b e r n a n t e los sacerdotes de H u i t z i l o p o c h t l i l o v e s t í a n c o n u n xicolli v e r d e o b s c u r o , p i n t a d o
c o n huesos de m u e r t o s , llevaba t a m b i é n u n a m a n t a e n la cara c o n las
mismas c a r a c t e r í s t i c a s . P o r c u a t r o d í a s él y sus c u a t r o p r i n c i p a l e s h a c í a n
p e n i t e n c i a s c o n estas vestimentas. L o c u a l parece ser u n r i t u a l de paso
antes de t o m a r el c a r g o . D e s p u é s se le d a b a n la c o r o n a e insignias d e su
m a n d o y r e c i b í a las r o p a s y joyas p r o p i a s de los g o b e r n a n t e s . SAHAGÚN,
1982,
p p . 473-475 y D U R A N , 1967,
t . n, p .
317.
Desde el c l á s i c o l a e n t r o n i z a c i ó n de u n n u e v o g o b e r n a n t e o A h a u ,
i m p l i c a b a a p a r e n t e m e n t e la a d q u i s i c i ó n de u n n u e v o apelativo, c o m o l o
h a p r o p u e s t o r e c i e n t e m e n t e N i c o l a i G r u b e , O n o m á s t i c a de los gobernantes mayas. M a n u s c r i t o p r e s e n t a d o e n la Mesa R e d o n d a de P a l e n q u e ,
j u n i o de 1999. GRUBE, 2 0 0 1 , p p . 72-77. E l a u t o r s e ñ a l a q u e e n los textos
j e r o g l í f i c o s de P a l e n q u e aparece r e g i s t r a d o el c a m b i o de n o m b r e de
Ux-?-Maat, q u i e n el d í a d e su e n t r o n i z a c i ó n r e c i b i ó el n o m b r e de K ' i n i c h
K ' a n Joy C h i t a m y a d e m á s se c o l o c ó su t o c a d o r e a l .
1 1 7
1 1 8
A G Í , Escribanía, 339A, ff. 28-49. D e c l a r a c i o n e s de varios i n d i o s i t zaes. Peten Itzá, agosto d e 1700.
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA D E LOS ITZAES
739
nos de estos nombres se infiere u n a relación con la f o r m a de
hablar c o m o el seseo o balbuceo o el de encantar c o n las
palabras, acaso c a r a c t e r í s t i c a s relacionadas c o n los profetas o chilames, p o r l o que tal vez este personaje fuera u n sacerdote-profeta.
Algunos de los pueblos sujetos a C h u m e x e n eran: H o yop, Tzacsel, Sacpuy, U a c m a h y al parecer t a m b i é n se le
u n i e r o n algunos cehaches. Es posible que con el n o m b r a m i e n t o de C h u m e x e n el linaje de los Canek tratara de recuperar la h e g e m o n í a y restablecer la o r g a n i z a c i ó n política
anterior a la llegada de los e s p a ñ o l e s . Los Canek i n t e n t a r o n
fundar u n centro político-religioso igual al que h a b í a n tenido en N o h Peten, n o l o g r á n d o l o puesto que las otras tres
parcialidades importantes n o reconocieron a este gobernante c o m o Ahau. Sin embargo, la provincia de C u n A h a u
c o n t i n u ó siendo el p r i n c i p a l centro religioso, tal y c o m o l o
asienta este d o c u m e n t o :
[...] y formó [Chumexen] nuevo Jerusalén con su papa [sacerdote] en su territorio, y aunque los demás se le opusieron a la
corona, haciéndole guerras y cada uno se fue coronando en su
provincia, pero siempre continuó su Jerusalén y papa, adonde
acuden todos a consultar a sus sacerdotes como antes lo hacían en tiempo del rey Canek. 1 1 9
A l contrario de l o que s u c e d i ó con otros pueblos en Mes o a m é r i c a , las rivalidades entre las distintas provincias itzaes
n o h i c i e r o n que alguna se aliara con los e s p a ñ o l e s , pues cada una se e n f r e n t ó c o n tenacidad a los conquistadores. Sin
embargo, que n o existiera u n i d a d entre ellos les i m p i d i ó tener u n frente c o m ú n y organizado y m á s bien cada provincia
estableció u n a resistencia armada. Los couohes c o n los citises, popes y saclemacales h i c i e r o n continuas emboscadas
contra los grupos de soldados que iban a saquear sus trojes y
milpas. L o m i s m o h a c í a n los tutes, que a d e m á s hostilizaban
a los pueblos que se mostraban m á s cooperativos c o n los es1 1 9
A G Í , Escribanía,
d e l P e t e n Ytzá.
3 3 9 B , pza. 14. M a p a y d e s c r i p c i ó n de la M o n t a ñ a
740
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
p a ñ o l e s , c o m o el de Chacha. El pueblo de Sumpan e r a u n o
de los m á s rebeldes y su cacique Pana, era m u y t e m i d o y resp e t a d o . 1 2 0 E n u n a de las escaramuzas contra los soldados,
éstos l o g r a r o n t o m a r l o prisionero llevándolo al presidio. Se
r e h u s ó a dar obediencia y se n e g ó a ser convertido. E n el presidio, Pana, e n f e r m ó gravemente y estando m o r i b u n d o e inst á n d o l e el padre Rivas a que se bautizara, lo ú n i c o que p u d o
hacer fue quitarse sus orejeras que usaba "en señal de autor i d a d y o s t e n t a c i ó n de su mayor principado", con l o cual les
d i o a entender su derrota y luego m u r i ó . 1 2 1
C h u m e x e n y sus aliados t a m b i é n planeaban deshacerse
de los invasores. U n a m u j e r itzá cristianizada y casada c o n
u n soldado de la g u a r n i c i ó n , d e c l a r ó que los indios de H o yop, Chachachulte y otros muchos e n g a ñ a b a n a los e s p a ñ o les al decirles que t e n í a n " b u e n c o r a z ó n " [uts puksikal] y
que "estaban de paz", pues "todos a u n a voz d e c í a n que hab í a n de matar a los e s p a ñ o l e s " . 1 2 2 Los caciques de H o y o p
h i c i e r o n prisionero a u n m u l a t o llamado J u a n T o m á s , que
h a b i e n d o sido desterrado de Campeche al presidio de El
Peten, d e c i d i ó fugarse y se refugió c o n los i n d í g e n a s . Este
les propuso convertirse en su c a p i t á n y acabar c o n los españoles, les a c o n s e j ó p o n e r centinelas en los caminos para
que c u a n d o éstos pasaran los mataran. Los caciques de
H o y o p lo escucharon y le r e s p o n d i e r o n que les p a r e c í a una
excelente idea y que el p r i m e r o en m o r i r s e r í a él, pues n o
l o q u e r í a n c o m o c a p i t á n en sus pueblos. Se c o n v o c ó a los l i najes de los puces, kanchanes, chavines y citises para sacrificar al m u l a t o . El sacerdote K i n Canek lo i n t e r r o g ó sobre el
paradero de Canek, a l o que r e s p o n d i ó que s a b í a que se
encontraba en Guatemala, p e r o que n o t e n í a m á s i n f o r m a ción. Entonces a c o r d a r o n matarlo en venganza de la suerte
que h u b i e r a c o r r i d o Canek y p o r la m u e r t e de A h K i n Ca-
APS-RJC-AGI, Guatemala, 344, ff. 56-57v.
APS-RJC-AOM, f. 7v. R e l a c i ó n j u r a d a q u e h i z o e l c a p i t á n J u a n
Francisco C o r t é s sobre las o p e r a c i o n e s q u e e n la r e d u c c i ó n d e l A h Itzá,
r e a l i z ó e l p a d r e D i e g o de Rivas. G u a t e m a l a , 24 de o c t u b r e de 1704.
1 2 2
A G Í , Escribanía, 339A, f. 27. D e c l a r a c i ó n de M i c a e l a B a l a m . P e t e n
Itzá, 14 d e agosto d e 1700.
1 2 0
1 2 1
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA D E LOS ITZAES
741
nek. D e s p u é s de sacrificar a J u a n T o m á s , todos los asistentes d i j e r o n que n o p a r a r í a n hasta hacer l o m i s m o c o n el
capitán, sacerdotes y soldados del presidio y se alentaban diciendo: "que ellos e r a n muchos y pocos los e s p a ñ o l e s , y que
ya fuera u n o p o r u n o o todos j u n t o s los a c a b a r í a n sacrificando a sus dioses". 1 2 3
Para defenderse los pueblos que c o n f o r m a b a n la provincia de C u n A h a u , d e c i d i e r o n construir trincheras y fortificaciones c o n palos y piedras. A d e m á s pensaban i r llevando
p r i m e r o a los soldados casados c o n mujeres itzaes a sus pueblos, para luego matarlos, incluso a ellas p o r haberse u n i d o
a los soldados. T a m b i é n pensaban m a n d a r mujeres que les
d i j e r a n a los soldados l o siguiente: "nosotras venimos de paz
y tenemos b u e n c o r a z ó n " , mientras los hombres esperaban
ocultos el m o m e n t o e n que los e s p a ñ o l e s las abrazaran,
para matarlos. Esta misma táctica la u t i l i z a r o n anteriormente cuando U r s ú a estaba construyendo la e m b a r c a c i ó n que
utilizó para t o m a r N o h Peten, al parecer sin n i n g ú n resultad o . Pero estos grupos insistieron y utilizaron todos los recursos a su alcance para librarse de los e s p a ñ o l e s , como l o
s e ñ a l ó el bachiller Francisco de San M i g u e l en 1702:
[...] porque la traición, rebeldía y solicitud con que los indios
maquinan acabar con todo este cayo, es con tal solicitud y
exacción que sólo en u n descuido tienen afianzado el lograr su
intento y es de suerte que hasta han atravesado de noche a nado la laguna y venido a este cayo. Ellos señor, por todas partes
son muchísimos y cada día se alcanzan noticias de otros, como
las tengo muy frescas y ciertas de dos poblaciones numerosas
por la parte occidental. Doy noticia de todo al señor gobernador y en particular de dos cabezas a quien los mismos indios e
indias que hay en este cayo [señalan como] la total causa de la
negación que tienen de manifestarse y venirse a poblar los indios alrededor de esta laguna y que de orden de ellos se han
sublevado algunos de los pueblos que entraban y salían en este cayo [... ] 1 2 4
A G Í , Escribanía, 3 3 9 A , f. 27v.
A G Í , Escribanía, 3 3 9 B , pza. 18, f. 603. C a r t a d e l b a c h i l l e r Francisco
d e San M i g u e l . Peten Itzá, 2 1 d e f e b r e r o d e 1702.
1 2 3
1 2 4
742
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
E n 1702, las provincias que h a b í a n alcanzado mayor poder eran las de los canekes y tutes, c o n m u c h a gente y m u y
b i e n fortificadas. Estas eran las que alentaban la o p o s i c i ó n
c o n t r a los e s p a ñ o l e s . Sin embargo, las guerras intestinas
eran constantes y así debilitaron a los l í d e r e s itzaes, algunos
de ellos f u e r o n hechos prisioneros p o r los e s p a ñ o l e s , c o m o
fue el caso de Martín C h a n ( A h C h a n ) , que en esa misma
fecha aparece siendo cacique del p u e b l o r e d u c i d o de San
M i g u e l . Esta p o b l a c i ó n posteriormente se r e b e l ó y despob l ó , p e r o los e s p a ñ o l e s los r e d u j e r o n nuevamente llevándolos atados al presido, l o que representa la p é r d i d a de p o d e r
d e este gobernante. Las pugnas internas de los itzaes alcanzaron tal d i m e n s i ó n , c o m o lo señala el bachiller San M i g u e l :
' Y tan b á r b a r o s a u n entre sí mismos, ad hoc, parientes c o n
parientes, pues se mataban b á r b a r a m e n t e c o m o bestias". 1 2 5
Los itzaes n o se e n f r e n t a r o n c o m o g r u p o a los e s p a ñ o l e s ,
pues sus conflictos internos se los i m p i d i e r o n , p e r o cada
provincia p r e s e n t ó u n a l u c h a c o n t i n u a c o n t r a los conquistadores, p o r l o que éstos n u n c a p u d i e r o n someterlos.
CONCLUSIONES
E n este artículo se c o m p r o b ó p o r m e d i o de fuentes glíficas y
etnohistóricas, la presencia de los itzaes desde el clásico temp r a n o en E l Peten, d o n d e estaban í n t i m a m e n t e asociados a
ciudades estado c o m o M o t u l de San J o s é , Seibal y Yaxchilán.
Esto deja a u n lado las hipótesis relacionadas c o n el o r i g e n
"mexicano" o tolteca de este grupo y t a m b i é n demuestra que
n o se trata de u n a p o b l a c i ó n chontal o " p u t u n " . E n el n o r t e
de Yucatán los itzaes y algunos de sus principales gobernantes y capitanes están plenamente identificados. Las ruedas
katúnicas de los libros de C h i l a m Balam, m e n c i o n a n el estab l e c i m i e n t o de poblaciones y ciudades itzaes, así como su
posterior a b a n d o n o y su r e t o r n o a E l Peten.
1 2 5
A G Í , Escribanía, 339B, pza. 18, f. 606. C a r t a d e l b a c h i l l e r Francisco
d e San M i g u e l al o b i s p o d e Y u c a t á n . Peten Itzá, 26 d e m a y o d e 1702.
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
743
Los itzaes establecieron en Y u c a t á n , su o r g a n i z a c i ó n política y territorial en sitios c o m o C h i c h é n Itzá, Chakanput ú n , M o t u l , Izamal y M a y a p á n . Las fuentes históricas nos
d a n i n f o r m a c i ó n precisa de los n o m b r e s de los líderes m i litares y gobernantes itzaes entre los que destacan: Kak
U Pacal, Tec U i l u , H u n Pie T o k . E n el K a t ú n 8 A h a u (11851204) el ahau de este sitio se llamaba A h K u l Itzam Can,
que r e c i b í a vasallaje de cuatro s e ñ o r e s , mencionados c o m o
hermanos, de diferentes rangos políticos. Este gobierno
c o n f o r m a d o p o r grupos de hermanos, t a m b i é n se encuentra registrado en los monumentos, con l o que se puede afirm a r la presencia de u n gobierno c o n j u n t o o multepal desde
e l p o s c l á s i c o t e m p r a n o al p o s c l á s i c o t a r d í o . A diferencia
de los ahauoob del p e r i o d o clásico, el multepal representa
u n a o r g a n i z a c i ó n política que i m p l i c a u n a c o n f e d e r a c i ó n
de facciones, presidida p o r u n ahau "primus interpares''. E l
cual m a n t e n í a u n delicado balance de fuerzas, expresado
entre otras cosas, p o r u n riguroso p r o t o c o l o de rangos y títulos. L a c a í d a de M a y a p á n significó u n a t r a n s f o r m a c i ó n
p r o f u n d a del gobierno c o n j u n t o y u n a f r a g m e n t a c i ó n territ o r i a l que fue descrita p o r L a n d a .
La organización política itzá en E l Peten, gira alrededor de
la dinastía de los Canek. Este n o m b r e , de marcada polivalencia, se encuentra en el registro glífico de varios sitios desde el
p e r i o d o clásico en El Peten. C o r t é s se entrevistó con u n A h a u
Canek en N o h Peten en 1525, para 1617 y 1695 las fuentes
e s p a ñ o l a s mencionan a descendientes del p r i m e r o como gobernantes de T a h Itzá. E l gobierno c o n j u n t o o multepalse expresa en El Peten como una estructura con cuatro rangos: el
m á s alto lo ocupaban el A h a u Canek y A h K i n Canek, inmediatamente debajo de ellos se encontraban cuatro ahauoob o "reyezuelos"; el tercero estaba ocupado p o r cuatro caciques o
halach unicooby\%. base del gobierno se conformaba por diferentes caciques, capitanes o batabooby "cabezas" de los pueblos.
El t e r r i t o r i o itzá o T a h Itzá, estaba organizado de manera
que expresaba la c o s m o g o n í a que r e g í a la estructura política:
cuatro grandes parcialidades alrededor de u n centro marcado p o r N o h Peten o Isla Grande. L a " n a c i ó n itzalana" estaba f o r m a d a p o r cuatro linajes principales que con sus
744
LAURA CASO Y MARIO ALI PH AT
p r o p i o s territorios conformaban las cuatro parcialidades de
T a h Itzá. H a b í a p o r lo menos otros nueve linajes subordinados en parcialidades menores o sublinajes, siguiendo u n a
estructura t a m b i é n presente entre los q u i c h é s .
L a llegada de u n nuevo 8 A h a u K a t ú n indicaba u n camb i o político i n t e r n o y el m o m e n t o c o y u n t u r a l para la ascens i ó n al p o d e r de o t r o linaje. El cambio de k a t ú n c o i n c i d i ó
c o n la conquista e s p a ñ o l a de E l Peten. E l linaje Canek, pret e n d i ó m a n t e n e r su h e g e m o n í a sobre los d e m á s linajes trat a n d o de establecer una alianza c o n los e s p a ñ o l e s . E n 1619
los franciscanos Fuensalida y Ó r b i t a a c o r d a r o n con Canek
que él m a n t e n d r í a su s e ñ o r í o y g o b i e r n o , siendo éste hered i t a r i o . Sin embargo, la tenaz resistencia de los otros linajes
hizo fracasar este acuerdo y u n o posterior que su sucesor
i n t e n t ó llevar a cabo en 1695. E l p o d e r político d e l ú l t i m o
Canek se debilitó y fue traicionado p o r sus allegados m á s
cercanos, su sobrino A h C h a n y el cacique Chamach Sulu,
finalmente
lo entregaron c o n A h K i n Canek a Martín de
U r s ú a , q u i e n pensando que ellos representaban la p r i n c i pal resistencia a la d o m i n a c i ó n hispana, los d e p o r t ó a Santiago de Guatemala.
C o n la conquista e s p a ñ o l a se d i o u n a f r a g m e n t a c i ó n de
la o r g a n i z a c i ó n política itzá, caracterizada p o r u n a lucha
p o r el p o d e r entre las principales parcialidades. Los Canek
i n t e n t a r o n refundar su centro político-religioso, Cit Can
( C h u m e x e n ) , s e ñ o r de C h a c h a c h u l t é y h e r m a n o m e n o r de
Canek y K i n Canek s e ñ o r de Yalkac f u e r o n nombrados
sucesores de Canek y A h K i n Canek, c o n la i n t e n c i ó n de replicar la o r g a n i z a c i ó n política itzá. Esto n o fue aceptado
p o r las ya independientes provincias de los tutes, mopanes
y c h a ñ e s . C i t Can a d q u i r i ó diversos títulos al ser entronizad o , sin embargo, n o se le d i o el n o m b r e de Canek, debido a
que su h e r m a n o a ú n vivía. Esto nos muestra que las reglas
de s u c e s i ó n entre los itzaes al igual que e n otros pueblos
mesoamericanos, se daba e n ciertos m o m e n t o s de padres a
hijos y en muchas ocasiones de h e r m a n o a h e r m a n o .
A l c o n t r a r i o de lo sucedido e n el centro de M é x i c o , las rivalidades entre las parcialidades itzaes n o tuvieron c o m o resultado que alguna de ellas se aliara c o n los e s p a ñ o l e s . Cada
745
ORGANIZACIÓN POLÍTICA DE LOS ITZAES
provincia ofreció resistencia armada a los conquistadores,
fortificando sus poblaciones. Las pugnas entre las diferentes
provincias, la guerra con las fuerzas e s p a ñ o l a s , así como las
posteriores reducciones y las enfermedades que acabaron
diezmando a la p o b l a c i ó n i n d í g e n a , afectaron de manera
irreparable la o r g a n i z a c i ó n política y territorial de los itzaes.
SIGLAS Y REFERENCIAS
AGI
AGCA
APS-RJC
A r c h i v o G e n e r a l de I n d i a s , Sevilla, E s p a ñ a .
A r c h i v o G e n e r a l de C e n t r o a m é r i c a .
American Philosophical
S o c i e t y - R e i n a - J i m é n e z Col-
lection.
APS-RJC-AOM
American Philosophical
S o c i e t y - R e i n a - J i m é n e z Col-
l e c t i o n - A r c h i v o de la O r d e n
Mercedaria.
ÁLVAREZ, C r i s t i n a
1980-1997
Diccionario
etnolinguistico
del idioma maya yucateco. M é -
x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o ,
3 vols.
BARRERA VÁSQUEZ, A l f r e d o ( d i r . )
1980
Diccionario
maya Cordemex. M é r i d a : C o r d e m e x .
BARRERA VÁSQUEZ, A l f r e d o y Silvia R E N D Ó N
1948
El libro de los libros de Chilam Balam.
M é x i c o : F o n d o de
Cultura Económica.
BOLLES, J o h n
S.
1977
Las Monjas: A Major Pre-Mexican
Architectural
Complex at
Chichen Itza. N o r m a n : U n i v e r s i t y o f O k l a h o m a Press.
BOOT, Erik
1995
" R a n Ek', Last R u l e r o f t h e Itsa', e n Yumtzilob, 9 : 1 ,
pp.5-21.
GANO, A g u s t í n
1942
" I n f o r m e d a d o al rey p o r e l p a d r e Fray A g u s t í n C a n o
sobre la e n t r a d a q u e p o r la p a r t e d e la Verapaz se h i z o
al P e t e n e n e l a ñ o de 1695, y f r a g m e n t o de u n a carta al m i s m o s o b r e el p r o p i o a s u n t o " , e n Anales de la
Sociedad de Geografía e Historia,
1 8 : 1 , p p . 65-79.
746
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
CARMACK, R o b e r t M .
1979
Evolución
del Rano Quiche. G u a t e m a l a : P i e d r a Santa.
CASO BARRERA, L a u r a
2000
" C a m i n o s e n l a selva. Relaciones e n t r e Y u c a t á n y E l
Peten, siglos
XVII-XIX".
Tesis d e d o c t o r a d o e n h i s t o r i a .
México: El Colegio de M é x i c o .
COE, Michael D.
1987
The Maya. L o n d r e s : T h a m e s a n d H u d s o n .
D I E L , R i c h a r d A . y C a t h e r i n e BERLO ( c o o r d s . )
1989
Mesoamerica
After the Decline of Teotihuacan
AD 700-900.
W a s h i n g t o n : D u m b a r t o n Oaks.
DURAN, Diego
1967
Historia
de las Indias
de Nueva España
e islas de tierra fir-
me. M é x i c o : P o r r ú a , 2 t .
GARCÍA DE L E Ó N , A n t o n i o
1976
Pajapan.
Un dialecto mexicano del Golfo. M é x i c o : I n s t i t u -
to N a c i o n a l d e A n t r o p o l o g í a e H i s t o r i a .
GARZA, Mercedes d e l a ( c o o r d . )
1983
Relaciones
histórico geográficas
de la Gobernación
de Yuca-
tán. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é xico, 2 t.
GILLESPIE, Susan D .
2000
" R e t h i n k i n g A n c i e n t M a y a Social O r g a n i z a t i o n : Rep l a c i n g ' L i n e a g e ' w i t h ' H o u s e ' " , e n American
Anthro-
pologist, 102:3, p p . 467-484.
GRUBE, N i c o l a i
2001
"Los n o m b r e s d e los g o b e r n a n t e s mayas", e n Arqueología Mexicana,
ix:50, p p . 72-77.
HELLMUTH, N iciivjicia i VA.
1971
Some Notes on the Ytza, Quejache,
Verapaz Chol and Toque-
gua Maya. A Progress Report on Ethnohistory Research. M i m e ó g r a f o , N e w H a v e n C o n n . : SE.
HOUSTON, Stephen D . y Karl TAUBE
1987
" N a m e T a g g i n g i n Classic M a y a n Script: I m p l i c a t i o n s
747
O R G A N I Z A C I Ó N POLÍTICA DE LOS ITZAES
f o r native classifications o f C e r a m i c s a n d J a d e O r n a m e n t s " , e n Mexicon, 9:2, p p . 38-41.
H O U S T O N , S t e p h e n D . , D a v i d STUART y K a r l T A U B E
1992
" I m a g e a n d T e x t o n the J a u n c y Vase", e n KERR, v o l . 3,
p p . 499-512.
HOUWALD, G ö t z Freiherr v o n (coord.)
1984
" M a p a y d e s c r i p c i ó n de la m o n t a ñ a d e l Peten Ytzá. Interp r e t a c i ó n de u n d o c u m e n t o de los a ñ o s p o c o d e s p u é s
de la c o n q u i s t a de Tayasal", e n Indiana,
9, p p . 255-271.
The Conquest of the Last Maya Kingdom.
S t a n f o r d : Stan-
JONES, G r a n t D .
1998
f o r d U n i v e r s i t y Press.
KERR,Justin (coord.)
1992
The Maya Vase Book, vol.3. N u e v a Y o r k : K e r r Associates.
1994
The Maya Vase Book, vol.4. N u e v a Y o r k : K e r r Associates.
KOWALSKI, J e f f K.
1989
" W h o a m I a m o n g the Itza?: L i n k s b e t w e e n N o r t h e r n
Yucatan a n d the Western Maya Lowlands a n d H i g h l a n d s " , e n DiELy BERLO, p p . 173-185.
LANDA, D i e g o
de
1982
Relación
de las cosas de Yucatán.
México: Porrúa.
LIZANA, B e r n a r d o
1995
Historia
Ramal
de Yucatán.
y conquista
Devocionario
espiritual.
de Nuestra
Señora
de
Rene A c u ñ a (ed.). Méxi-
co: U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o .
LÓPEZ A U S T I N , A l f r e d o
1973
Hombre-Dios.
Religión y política en el mundo náhuatl.
Mé-
xico: Universidad Nacional A u t ó n o m a de M é x i c o .
LÓPEZ DE C O G O L L U D O , D i e g o
1971
Historia
de Yucatán. Graz, A u s t r i a : A k a d e m i s h e D r u c k ,
2 vols.
MARTÍNEZ HERNÁNDEZ, J u a n
1929
Diccionario
deMotul.
M é r i d a : T a l l e r e s d e la C o m p a ñ í a
T i p o g r á f i c a Yucateca.
748
LAURA CASO Y MARIO ALIPHAT
ROYS, R a l p h L .
1973
The Book of Chilam Balam
of Chumayel
Norman: Uni-
versity o f O k l a h o m a Press.
SIMEÓN, R é m i
1977
Diccionario
de la lengua náhuatl
o mexicana.
M é x i c o : Si-
glo V e i n t i u n o Editores.
SCHELE, L i n d a
1982
Maya
Glyphs.
The Verbs. A u s t i n : U n i v e r s i t y o f Texas
Press.
SCHELE, L i n d a y D a v i d FREIDEL
1990
A Forest of Kings.
Nueva York: W i l l i a m M o r r o w a n d
Company.
SCHELE, L i n d a y P e t e r M A T H E W S
1998
The Code of Kings.
The Language
of Seven Sacred
Maya
Temples and Tombs. N u e v a Y o r k : S c r i b n e r .
SOLÍS A L C A L Á , E r m i l o
1949
Códice Pérez. M é r i d a : I m p r e n t a O r i e n t e .
VILLAGUTIERRE Y SOTOMAYOR, J u a n d e
1933
Historia
de la conquista
de la provincia
del Itzá. G u a t e m a -
la: S o c i e d a d d e G e o g r a f í a e H i s t o r i a de G u a t e m a l a .
V I L L A ROJAS, A l f o n s o
1985
" E l n a g u a l i s m o c o m o r e c u r s o d e c o n t r o l social e n t r e
los g r u p o s mayanses d e Chiapas, M é x i c o " , e n Estudios
etnológicos. Los mayas, p p . 535-550.
XIMÉNEZ, Francisco
1971-1975
Historia
de la provincia
de San Vicente de Chiapa y Guate-
mala de la Orden de Predicadores.
Guatemala: Sociedad
d e G e o g r a f í a e H i s t o r i a d e G u a t e m a l a , 5 vols.
Descargar