Que es el Budismo (Extraido del libro Develando los secretos de la

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INTRODUCCION A LA FILOSOFIA
ARG E NT I NA S E IKY O - 1 5 d e o c tu b re d e 2008 (Materi al extraído de D evel ando l os mi steri os del
nacimiento y la muerte, de Daisaku Ikeda, 2008.
¿QUÉ ES EL BUDISMO?
Los orígenes del Budismo se remontan a 2.500 años atrás, en la India,
cuando Shakyamuni (Siddhartha Gautama), quien fuera el fundador
histórico de esta filosofía, reveló sus enseñanzas. A través del siguiente
a r t í c u l o , Ar g e n ti na S e i kyo , i n vi ta a l l e cto r a i n i ci a r u n re co rri d o a tra v é s
d e s u h i s to ri a y co me n za r, d e e ste mo d o , a d e scu b ri r l o s p ri n ci p a l e s
fundamentos de esta enseñanza milenaria.
Bu d i s m o e s e l n o mb re q u e re ci b e n l a s e n se ñ a n za s d e l Bu d a co mp i l a d a s
co m o s u t r a s . A diferencia de otras filosofías o sistemas de pensamiento
rel i g i o s o , el B u d i smo no esta b lece una distinción entr e una divinidad y l a
co n d i c i ó n h u man a .
El Bu d a no es u n s e r tr asce nd en ta l o sup r em o . “ Bu da ” si gni f i c a el
iluminado: un buda es alguien que percibe la esencia o realidad de la vida
e n s u i n t e r i o r. E l B u d i s m o e n s e ñ a a p e r c i b i r l a r e a l i d a d e s e n c i a l d e l a
v i d a e n to d o s l o s se re s h u ma n o s p o r i g u a l y, e n co n se cu e n ci a , a re sp e ta r
la dignidad de la vida de todas las personas. La propia fe impulsa a
enseñar y ayudar a otros a percibir la realidad última que existe en el
interior de cada uno, para que todos puedan desarrollar una existencia
ve r d a d e r a m e n te fe l i z.
Pract i ca r e l B u d ism o pr o vo ca un a tr an sfor m a ción po sitiv a e n l os
m á s h o n d o d e l a vi da d e u n i ndividuo, a la vez que tr ansfor m a el m i edo
e n v a l e n tía , l o s i mp u l so s i l u so ri o s e n sa b i d u ría y e l e g o ísmo e n a m o r
co m p a s i v o .
Con fe fir me , u n o pu e de , sin falta , alca nzar e l esta do de l a
Bu d e i d a d . M i en tras u n o n o se apar te del cam ino cor r ecto de la pr ác ti c a
b u d i s t a , s i n e l m e n o r a s o m o d e d u d a p o d r á r e v e l a r, e n e s t a e x i s t e n c i a ,
ese estado de absoluta felicidad llamado Budeidad.
El Bud ismo n o e s u n a r e li gión q ue cier r a l os o j os
al sufr i m i ent o de
las personas: por el contrario, es una enseñanza que abre los ojos a la
gente. De tal suerte, es el camino que permite los hombres ser felices.
Ap a r t a r l a m i ra d a d e l as con tradicciones de la sociedad y deshacem os de
todos los pensamientos mundanos no constituye el camino de la práctica
b u d i s ta . E l a u té n ti co e sp íri tu d e l Bu d i smo d e N i ch i re n ya ce e n ma n i fe s ta r
n u e s t r a s a b i d u r í a i n n a t a e n n u e s t r o m e d i o a m b i e n t e y e n l u c h a r,
resueltamente, por la felicidad de nosotros mismos y de nuestros
se m e j a n t e s , mi e n tras co n strui mos una sociedad m ejor.
La base de la enseñanza budista
El Bu d a N i ch i re n D ai sho n i n (1222- 1282) asum ió el desafío de guia r l a
h u m a n i d a d a l a i l u mi n a ci ó n e n l a é p o ca i mp u ra d e l Ú l ti mo D ía d e l a L e y, y
u r g i ó a l a s p e r s o n a s a c u l t i v a r s u B u d e i d a d i n t e r i o r. C o n e l l o , a b r i ó e l
ca m i n o p a r a tra n sfo rma r ra d i calm ente la época y la vida del ser hum ano
en sí mismo.
El D aish o n in d e sig n ó e sa n atur a l eza d e Bu da inh er e nte a to dos l os
se r e s c o m o N a m - m y o h o - r e n g e - k y o, y e sta b l e ci ó e l me d i o p o r e l cu a l
todas las personas puedan manifestar la Budeidad en esta existencia:
e n t o n a r N a m - m y o h o - r e n g e - k y o y c r e e r e n é l . A s í, e s p o s i b l e c o n v e r ti r l a
oscuridad en luz, los deseos mundanos en iluminación, y lograr un estado
de vida insuperable, rebosante de beneficios. Esta es la base del
Bu d i s m o d e N i ch i re n D ai sho n i n.
Algo que no debemos pasar por alto es que, para manifestar el
e s ta d o d e Bu d e i d a d e n n u e stra vi d a , d e b e mo s e mp re n d e r u n a se r i a y
comprometida lucha interior para vencer la ilusión y la oscuridad
m e d i a n t e l a fe. P o r eso , e l D aishonin, cuando r ecalca la im por tancia de
entonar
el
daimoku
(Nam-myoho-renge-kyo),
também
advierte
estrictamente que si pensamos que la Budeidad existe fuera de nuestra
vi d a , n o e s tamos a b raza n d o realm ente la Ley m ística.
Todos los sufrimientos, en última instancia, derivan de no tener
c o n c i e n c i a d e l a L e y, o d e n o p o d e r cre e r e n e l l a , a u n cu a n d o l l e g u e m o s
a conocerla: ambas condiciones surgen de la ilusión o ignorancia
fundamental. La iluminación del Buda transforma esa ignorancia y esa
ilusión en sabiduría. Esto no significa erradicar los deseos mundanos,
si n o , a n t e s bi en , ven ce r to d os los sufr im ientos m ediante la fe. Com o
res u l t a d o d e e ste de sa fío , se pr oduce en nosotr os un cam bio inter ior que
activa nuestro estado de Budeidad. Este potencial de transformar
instantáneamente
la ignorancia en sabiduría, representa
nuestra
n a t u r a l e z a d e B u d a . To d a s l a s f o r m a s d e v i d a p o s e e n e s t a n a t u r a l e z a e n
forma inherente. Es decir, entonces, que la naturaleza de Buda existe en
forma originaria en la vida de todas las personas; es la “causa” para el
logro de la Budeidad. Y la condición que activa dicha naturaleza es la
invocación de Nam-myoho-renge-kyo.
Est a tr a n sfo r ma ció n i n ter ior q ue tien e lug ar en l o p r ofundo de
nuestra vida, y que va de la ignorancia a la fe, es el corazón mismo del
Bu d i s m o . C u a n d o ten e mos un a fe inam ovible en la Ley m ística, se ac ti v a
nuestra naturaleza de Buda inherente, y se manifiesta con potencia el
estado de vida de la Budeidad. Por otro lado, cuando no damos espacio a
la fe o cedemos ante la duda, nuestra naturaleza de Buda se repliega a la
inactividad y nuestra vida, en ese momento, se envuelve de oscuridad.
“ E l Su tra d e l l o to e s c o mo la semilla; el Buda es como el sembra d o r ;
y e l p u e b l o e s co mo e l ca mp o ”. C u a n d o e l l a b ra d o r h a se mb ra d o l a
se m i l l a , e l pu e b l o pu e d e l l en ar se de gr andes fr utos en el cam po de s u
co r a z ó n , e s d e ci r q u e l as pe rs onas m ism as son las que obtienen el f r uto
de la Budeidad.
Se m b ra r l as s e milla s d e la B udeidad
L a p r o fu n d a tra n sfo rma ci ó n i n te ri o r q u e se p ro d u ce e n l a vi d a d e l s e r
humano, a raíz de activar la naturaleza de Buda, hace que el potencial de
l a B u d e i d a d s e d e s p l i e g u e y s e p o n g a d e m a n i f i e s t o d e s d e e l i n t e r i o r. E n
e l e s c r i t o “E l l og ro de l a B udeidad en esta existencia” , el Daishonin
expresa: “Asimismo, afirma que si el corazón de las personas es impuro,
su t i e r r a t a mbi én l o e s, pe ro si su cor azón es pur o, igualm ente pur o es el
si t i o e n q u e vi ve n . N o exi sten, en sí m ism as, una tier r a pur a y otr a
impura; la diferencia sólo reside en el bien y el mal que hay en nuestro
i n t e r i o r. L o m i s m o o c u r r e c o n u n b u d a y u n s e r h u m a n o c o m ú n . S e
d e n o m i n a p e rso n a co mú n a l a q u e vi ve e n l a i l u si ó n , p e ro cu a n d o e s a
persona está iluminada, pasa a ser llamada buda”.
1
Cuando l a s se milla s de la Bu de i da d qu e fu er o n sem b r ad as , br ot an
en el corazón del ser humano, este abandona instantáneamente la ilusión
para expresar la iluminación. Para dar un ejemplo, mientras la luz del sol
está oculta tras un grueso manto de nubes negras, la tierra se ve oscura;
pero cuando las nubes se disipan y el Sol llega sin obstrucción alguna, la
tierra instantáneamente se ilumina. La tierra de ningún modo ha
ca m b i a d o , s i n emba rgo , en u n instante, un lugar que antes estaba sumi do
en las profundas tinieblas pasa a ser una brillante tierra de luminosa
esperanza. Así, la sabiduría infinita, abre el camino hacia la victoria
i n fi n i ta . H e a q u í l a e se n ci a d e l a fe . Este e s e l Bu d i smo e xp u e sto p o r
Nichiren Daishonin.
GLOSARIO
•
B o d h i s a ttva : Qu i é n su p e ró su p ro p i o e g o ísmo y a ctú a co n so l i d a ri d a d y
m i s e r i c o rdi a p a ra a yu d a r a sus sem ejantes
•
Daimoku: Es la recitación de Nam-myoho-renge-kyo. El daimoku abre
el potencial de laBudeidad en cada persona
•
Gohonzon: Pergamino escrito en chino y en sánscrito, que es el objeto
de devoción del Budismo de Nichiren Daishonin. Representa es estado
de vida de la Budeidad que pueden acceder todas las personas
•
Ko s e n - r u fu : E s l a di fusi ón am plia de las ideas del Budism o. Se de fi ne
también como el logro de la paz mundial
•
Nam-myoho-renge-kyo: Es la ley fundamental de la vida universal,
expuesta por Nichiren Daishonin, y se basa en el Sutra del loto, la
enseñanza esencial del buda Sakyamuni
•
Nichiren Daishonin, (1222-1282): Filósofo y reformista religioso
j a p o n é s q u e i n te rp re tó l a s e n se ñ a n za s d e l Bu d i smo d e Sh a kya mu n i y
r e v e l ó l a p rá cti ca d e N a m-myo h o -re n g e -kyo co mo fo rma d e ma n i fe s ta r
la Budeidad
•
Soka Gakkai Internacional: Organización mundial de creyentes
budistas laicos, que desarrolla tareas en los campos de la paz, la
e d u c a c i ó n y l a cu l tu ra , e n má s d e ci e n to n o ve n ta y d o s p a íse s y
territoríos.
INTRODUCCION A LA FILOSOFIA - HISTORIA DEL BUDISMO
LOS ORÍGENES DEL BUDISMO
El Bu d i s m o e s un a de l a s re l i giones m ás antiguas del m undo. Su esenc i a
rad i c a e n c ompren d e r el prop ó sito de la vida y en ayudar a las per sona s a
su p e r a r s us pa d e ci mi en to s. Sus r aíces se r em ontan hasta la In di a,
c u a n d o e l p rín ci p e Sh a kya mu n i d e ci d i ó a b a n d o n a r su vi d a p a l a ci e g a y
buscar respuestas a los sufrimientos básicos de los seres humanos: el
nacimiento, la vejez, la enfermedad y la muerte.
Despertar a la verdad de la vida
Sh a k y a m u n i , ta mbi én con o ci do com o Siddhar ta Gautam a, r enunció al
m u n d o s e c u l ar d e sp u é s de ha ber constatado los padecim ientos hum an os ,
a través de lo que se conoce como “los cuatro encuentros”, un relato
presente en muchos escritos budistas.
El r ey Sh u d d h o d a n a , pad r e d el j oven Sidd ha r ta , h ab ía q uer i do
ahorrarle a su hijo todo contacto con el sufrimiento; para eso, lo había
m a n t e n i d o re cl ui do e n e l mundo ideal de su palacio. Per o, cier to día,
habiendo atravesado las murallas por la puerta oriental, Shakyamuni vio a
un frágil anciano que avanzaba con dificultad, apoyado en un bastón. Al
observar esa escena comprendió claramente que la vida, de manera
i n e v i ta b l e , e n tra ñ a b a e l su fri mi e n to d e l a ve j e z. En o tra o ca si ó n , a l s a l i r
p o r l a p u e r t a q u e d a b a a l S u r, v i o a u n e n f e r m o y e n t e n d i ó q u e l a
enfermedad también era parte inseparable de la existencia. La tercera
ve z q u e a t rave só l o s mu ros l o hizo por la puer ta Oeste, y sus ojos s e
posaron en un cadáver humano; ese encuentro lo llevó a comprender que
todo lo que vive, con el tiempo, está sujeto a morir. Finalmente, salió del
palacio en dirección al Norte y se cruzó con un asceta cuyo aire de
dignidad hizo tomar al príncipe la determinación de emprender la vida
rel i g i o s a .
Despu é s de a b o ca r se d u r an te m u ch os añ os a dive r sa s pr ác t i c as
e s p i r i tu a l e s, Sh a kya mu n i l o g ró l a i l u mi n a ci ó n y ta mb i é n tra sce n d e r l o s
s u f r i m i e n t o s d e l n a c i m i e n t o 1, l a v e j e z , l a e n f e r m e d a d y l a m u e r t e .
Resuelto a guiar a sus semejantes para que manifestaran ese mismo
esclarecimiento, comenzó a predicar y llegó a ser conocido como el
“Bu d a ” , t é r m i n o sán scri to qu e significa el “ ilum inado” y se aplica a qui en,
a través de su sabiduría, abarca a verdad suprema de la vida y del
universo.
Una ilimitada fuerza vital y sabiduría
Sh a k y a m u n i co n cl uyó q u e l o s pr oblem as no son, en sí m ism os, la ca us a
fundamental de la infelicidad, sino carecer de la sabiduría y la fuerza
para resolverlos y hacer de ellos una fuente de realización. En tal
s e n ti d o , S h a kya mu n i se i l u mi n ó a l a ve rd a d d e q u e to d a s l a s p e rso n a s
poseen, de manera innata, una ilimitada fuerza vital y sabiduría. Se refirió
así a la “verdad suprema de la vida” o Budeidad. Aunque empleó miles de
palabras para describirla, no indicó ningún término o frase que la
d e fi n i e r a d e ma n e ra ca b a l . L o q u e é l q u i so , e n ca mb i o , fu e q u e s u s
discípulos y futuros seguidores comprendieran dicha verdad mediante la
dedicación a las prácticas que él había indicado.
Puest o q u e e l a lca n ce de l e nten dim i en to de Sh akya m un i s uper aba
a l d e l o s má s sa b i o s d e su é p o ca , tu vo q u e p re p a ra r a su s o ye n te s
enseñándoles
primero
doctrinas
de
fácil
comprensión,
utilizando
parábolas y analogías cotidianas. De esa manera, pudo elevar la
co n d i c i ó n de vi da de l a s per sonas a las que instr uía, m anteniendo
siempre
su
intención
fundamental
de
mostrar
la
gente
que,
i n h e r e n te m e n te , p o se ía n l a Bu d e i d a d , y q u e p o d ría n d e sa rro l l a r l a s
cu a l i d a d e s ne ce sa ri a s p a ra ve ncer sus sufr im ientos.
El Su t ra d e l lo to
D u r a n t e l o s c u a r e n t a y d o s a ñ o s p o s t e r i o r e s a s u d e s p e r t a r, q u e o c u r r i ó
cuando contaba con aproximadamente treinta años, se dedicó a
co m u n i c a r pa rte de su i l umi n ación a los dem ás. Per o, dur ante los oc ho
a ñ o s fi n a l e s d e su e xi ste n ci a , e xp u so su s má xi ma s e n se ñ a n za s, q u e m á s
tarde fueron recopiladas y conocidas con el nombre de Sutr a del loto . El
Su t r a d e l l o to es único entre las doctrinas del Budismo ya que afirma que
m a n i f e s t a r l a i l umi n a ci ón si n distinción de cir cunstancias, posición soc i al
o educación.
El Bud ismo , ta l c o m o e stá expr e sa do en el Sutr a del loto , e s u n a
enseñanza activa, afirmativa de la vida, igualitaria y humanista.
El B u d i s m o s e d ifu n d e p o r to da Asia
Luego del fallecimiento de Shakyamuni, se propagaron varias escuelas de
Bu d i s m o p o r tod a A si a. C o n el tr anscur so del tiem po, el Budism o fue
difundiéndose en dirección al sudeste; desde la India a Sri Lanka,
Bi r m a n i a , Ta i l a n d i a y C a mbo ya. En su tr ánsito hacia el nor te, atr av es ó
As i a c e n t r al , l a C hi na y l a p e n ínsula de Cor ea, hasta ar r ibar al Japón.
No obsta n te , a l mi sm o ti em p o qu e su p r op ag aci ón se ex pandí a,
también crecía la confusión acerca de la verdadera naturaleza del
Bu d i s m o y de l a su p e ri o ri d a d relativa de deter m inado sutr a sobr e el r es to.
Pa r a s o l u c i on a r e ste p rob l em a, los gr andes pensador es de la époc a
co m p a r a b a n y si stemati zab a n las m uchas enseñanzas budistas. Con el
tiempo, un erudito de la China llamado Chih-i (luego conocido por el
nombre de Gran Maestro T´ient´ai) formuló un estándar definitivo para
d i s c e r n i r c u á l d e e l l a s e ra su p e ri o r. Este si ste ma cl a si fi có l a s e n se ñ a n z a s
de Shakyamuni entre otras maneras, de acuerdo al orden y la forma en
que éste las expuso y a su contenido. De esta manera, T´ient´ai
e s c l a r e c i ó q u e t o d o s l o s su tr as e r a n m e d i o s d e p r e p a r a c i ó n p a r a l a
e n s e ñ a n z a s u p r e m a : e l S utra del loto.
Pero fu e r e cié n e n e l si glo XIII, en e l Jap ón , cu an do u n monj e
llamado Nichiren Daishonin desentrañaría la Ley universal implícita en la
iluminación de Shakyamuni y la expresaría en la frase Nam-myoho-rengeky o , revolucionando la historia del Budismo
(M a t e r i a l e x traíd o de D e v e l a n d o l o s m i s t e r i o s d e l n a c i m i e n t o y l a m u e r t e,
de Daisaku Ikeda, 2008, Emecé Editores S.A.)
1
E l “ n a c i mi e n to ” fu e co n si d e ra d o co mo u n o d e l o s cu a tro su fri mi e n to s
d a d o q u e , e n ú l ti ma i n sta n ci a , l o q u e p ro vo ca to d a s n u e stra s d e sd i c h a s
m u n d a n a s es l a vi da en sí, e n otr as palabr as, el hecho de haber nac i do
en este mundo.
L Í N E A C R O N O L Ó G I C A D E L A H I S TO R I A D E L B U D I S M O
•
SH A K YA MU N I (10 2 9 -94 9 a ,C) :
Buda histór ico que vivió hace tr es m i l
años en la India. Luego de probar diversas prácticas infructuosamente,
s e s u m e rg i ó en un a me d i tación pr ofunda hasta logr ar la ilum inac i ón.
D u r a n te má s d e cu a re n ta a ñ o s p re p a ró a su s d i scíp u l o s y, e n l o s
últimos ocho años de su vida, reveló el Sutra del loto.
•
M AH AYA N A : Li teral me n te , “vehículo super ior ” , junto con el Hinay ana
( “ v e h íc u l o me n o r”), u n a d e l a s p ri n ci p a l e s co rri e n te s b u d i sta s. L a s
enseñanzas del Mahayana no sólo destacan la salvación individual,
s i n o q u e su b raya n l a i mp o rtancia de conducir a todas las per sonas a l a
iluminación. Se dice que tuvo su origen hace dos mil años, y que
posteriormente se propagó por Asia Central, la China, Corea y el
Japón.
•
M AH AYA N A P R OV IS ION A L: Las enseñanzas del M ahayam a se divi den
e n d o s ca te g o ría s: p ro vi si o n a l y ve rd a d e ra . To d a s a q u e l l a s e n se ñ a n z a s
expuestas
con
anterioridad
al
Sutra
del
loto
son
llamadas
“ p r o v i s i o na l es”, p u e s S h a kyam uni las utilizó com o m edio par a eleva r l a
c o m p r e n si ón de sus d i scípulos hasta el punto en que ellos pudier an
c o m p r e n d e r l a ve rda d co n te nida en el Sutr a del loto.
•
M A H AYA N A V E R D A D E R O : C o n c r e t a m e n t e , e l S u t r a d e l l o t o . E s
llamado “verdadero” porque revela plenamente la iluminación del Buda.
•
T´IEN-T´AI (538-597): Fundó la escuela que llevara su nombre y reveló
la doctrina de tres mil estados contenidos en cada instante de la vida
( i c h i n e n sa n ze n ). C l a si fi có todos los sutr as de Shakyam uni en c i nc o
períodos y ocho enseñanzas, según su orden, contenido y método de
propagación. Así demostró que el Sutra del loto era el más elevado de
todos.
•
D E N GY O (7 6 7 -8 2 2 ): Fu n d a d o r d e l a e scu e l a Te n d a i e n e l Ja p ó n . L o s
trabajos de T´ien-t´ai confirmaron su fe en el Sutra del loto; en 804,
v i a j ó a l a C h i na con el fi n de dom inar las doctr inas de T´ ien- t´ ai .
Gracias a sus esfuerzos, el Sutra del loto logró amplia difusión en el
J a p ó n c o mo l a e n se ñ a n za m ás elevada de Shakyam uni.
•
NICHIREN DAISHONIN (1222-1282): Filósofo y reformista religioso
j a p o n é s q u e i n te rp re tó l a s e n se ñ a n za s d e l Bu d i smo d e Sh a kya mu n i y
r e v e l ó l a p rá cti ca d e N a m-myo h o -re n g e -kyo co mo fo rma d e ma n i fe s ta r
Bu d e i d a d .
•
SO K A GA K K A I (1 9 3 0 ): Organización de cr eyentes budistas lai c os ,
fundada por el educador japonés Tsunesaburo Makiguchi. Actualmente,
a tr a v é s d e l a So ka Ga kka i In te rn a ci o n a l (SGI), d e sa rro l l a d i ve r s a s
tareas en los campos de la paz, la cultura y la educación, en 192
países y territorios del mundo.
LA ENSEÑANZA HUMANÍSTICA DE NICHIREN DAISHONIN
El propósito fundamental del Budismo es permitir a cada persona
c o m p r e n d e r l a ve rd a d e ra n a tu ra l e za d e su vi d a . Esta ve rd a d , q u e mu ch o s
su t r a s me n ci o n a n d e ma n e ra i mp l íci ta , n o p u d o se r e xp re sa d a ca b a l me n te
por Shakyamuni, el fundador histórico de la enseñanza budista. No fue
hasta la aparición de Nichiren Daishonin, en el Japón del siglo XIII, que
ese principio universal se corporificó de una manera concreta y que fuera
se n c i l l o d e practi car p o r to d a s las per sonas: la ley de N a m - m y o h o - r e n g e ky o .
Una búsqueda para el pueblo
A diferencia de Shakyamuni, quien fuera príncipe heredero. Nichiren
Daishonin nació en el seno de una modesta familia de pescadores, el 16
de febrero de 1222, en la aldea de Kominato, actual prefectura de Chiba,
Ja p ó n .
A temprana edad comenzó a buscar cómo resolver al problema de la
transitoriedad de la vida y de los sufrimientos que asolaban al pueblo,
una búsqueda que le llevaría casi veinte años de estudios e introspección
en los templos más importantes del Japón, donde volcó su vida con la
d e c i s i ó n d e a b r i r, s e r i a y s i n c e r a m e n t e , u n c a m i n o h a c i a l a i l u m i n a c i ó n d e
todas las personas. Su gran anhelo era lograr que todos pudiesen
transformar de raíz su condición de vida y lograr la felicidad absoluta,
ca m b i a n d o al mi smo ti empo l a r ealidad social.
L uego d e u n a a r d u a d e d ica ción , e l 28 d e a br il de 12 53 pr e s ent ó en
el Seicho-ji, el templo al que había ingresado para estudiar siendo un
niño, los resultados de su investigación filosófica. Allí proclamó que
n i n g u n a d e l a s e n s e ñ a n z a s a n t e r i o r e s a l Sutr a del loto revelaba l a
i l u m i n a c i ó n d e l B u d a y q u e N a m - m y o h o - r e n g e - k y o, l a e s e n c i a d e d i c h o
su t r a , era la Ley mediante la cual las personas podían manifestar su
Bu d e i d a d .
Ni chi re n p la smó d e m a n er a u nive r sa l y acce sible esa ve r da d ú l t i m a
i m p l í c i t a e n e l S u t r a d e l l o t o; d e e s a f o r m a , a l l a n ó e l c a m i n o p a r a q u e
todas las personas marchasen en pos de su propia iluminación. La ley de
N a m - m y o h o - r e n g e - k y o co n ti en e los dos aspectos esenciales del Budis m o:
la verdad en sí, y la práctica que cultiva la sabiduría con la cual se
aprehende dicha verdad. Nichiren enseño a sus seguidores a creer en la
ve r d a d d e N a m - m y o h o - r e n g e - k y o y a recitar o entonar esa frase co m o
p r á c t i c a p r i m o r d i a l . D e t a l f o r m a , N a m - m y o h o - r e n g e - k y o r epr esenta el
o b j e to d e l a p rá cti ca
- q u e e s e l o b j e to d e Sh a kya mu n i y d e to d o s l o s
d e m á s b u d a s – , p e ro a l mi smo ti e mp o , ta mb i é n e s e l me d i o p a ra a l ca n z a r
dicha meta.
La verdad esencial de la vida
Nichiren Daishonin pasó más de dos décadas enseñando al pueblo sobre
l a v e r d a d d e l Bu d i smo y e n fre n ta n d o l o s e mb a te s d e o tra s e scu e l a s
rel i g i o s a s , q u e veía n e n él un a am enaza a sus pr opios inter eses. Dur a nte
ese
período, sobrevivió
emboscadas
y
a
numerosas
dos
exilios,
intrigas
un
intento de
destinadas
a
ejecución,
desacreditarlo.
Finalmente, el 12 de mayo de 1274, se dirigió rumbo a una lejana región
m o n t a ñ o s a si tua d a en Mi n o b u , donde se dedicó a culm inar la últim a etapa
de sus actividades.
Allí, en 1279, inscribió el D a i - G o h o n z o n, e l o b j e t o d e d e v o c i ó n p a r a
toda la humanidad. Por entonces, muchos de sus discípulos se sentían
dispuestos incluso a arriesgar sus vidas para abrazar y propagar Namm y o h o - r e n ge -kyo. El D a i sh o n i n tu vo , p u e s, l a ce rti d u mb re d e q u e e s o s
firmes creyentes habrían de proteger sus enseñanzas en bien de la
posteridad.
Tres años más tarde, la mañana del 13 de octubre de 1282, en la
res i d e n c i a d e u n seg u i do r (s ituada en una r egión que cor r espond e a
To kio ) , e l D ai shoni n fal l eci ó pacíficamente, dejando tras de sí un legado
para toda la humanidad.
Dent r o d e la co r r ie n te d e l p en sa m i en to y d e l a h i stor ia de l Budi s m o,
podríamos decir que Nichiren Daishonin fue el buda que despertó
res p e c t o d e l a ve rda d ese n ci al de la vida y la definió com o N a m - m y o h o ren g e - k y o . Tanto Shakyamuni como Nichiren se iluminaron con respecto a
u n a m i s m a ve rd a d ; su s e n se ñ a n za s só l o d i fi ri e ro n e n l a é p o ca e n q u e l e s
tocó vivir, el tipo de población que escuchó sus doctrinas y la cultura que
les sirvió de trasfondo.
Su ilumin a ció n es re a lm en te un i ve r sa l , e n la m e dida en qu e toda l a
humanidad puede acceder a ella si realiza la práctica budista de manera
co r r e c t a . L as e n se ñ a n za s de Nichir en Daishonin contienen la esencia de
todas las doctrinas budistas. Por un lado, el significado del Budismo yace
e n h a b e r d e scu b i e rto l a n a tu ra l e za d e Bu d a i n h e re n te a to d o s l o s se r e s
humanos; por otro, reside en haber establecido un método práctico para
que las personas extraigan dicho potencial y encuentren en su vida
co t i d i a n a e l su p remo se n ti do d e la existencia.
LA PRÁCTICA BUDISTA, EL BUDISMO DÍA A DÍA
N i c h i r e n D a i s h o n i n e n s e ñ o q u e M yoho- r enge- kyo 1 , resume la enseñanza
u n i v e r s a l c o n re sp e cto a l a cu a l se i l u mi n ó Sh a kya mu n i y q u e , a l e n to n a r
N a m - m y o h o - r e n g e - k y o y, e s f o r z a r s e e n l a f e y e n l a p r á c t i c a , l a s
personas pueden manifestar su naturaleza de Buda inherente o
i l u m i n a c i ó n . E s t a e n t o n a c i ó n j u n t o a l a r e c i t a c i ó n d e p a s a j e s d e l Sutr a del
l o t o co n sti tu ye n l a p rá cti ca fu n d a me n ta l d e l o s mi e mb ro s d e l a Sok a
Gakkai .
Ex i s t e n t r es b a sti on e s fu n d a m entales en la pr áctica del Budism o de
Nichiren Daishonin: la entonación de Nam-myoho-renge-kyo, para la
felicidad de uno y de los demás; el estudio para profundizar la
c o m p r e n s i ó n d e l a s e n se ñ a n za s y e l e sfu e rzo p o r co mp a rti r co n o tr a s
personas la perspectiva budista acerca de la dignidad y el potencial
inherentes a la vida.
Di ariame n te , lo s mie m b r os d e l a Soka Gakkai r e a l i z a n u n a p r á c t i c a
co n o c i d a c o mo g o n g y o, ta n to p o r l a ma ñ a n a co mo p o r l a ta rd e , q u e
co n s i s t e e n l a en to n a ci ón de N a m - m y o h o - r e n g e - k y o y l a r e c i t a c i ó n d e
fragmentos del S utra de l l oto . N i c h i r e n e s t a b l e c i ó u n a p r á c t i c a s i m p l e ,
pero a la vez profunda, que permite a todos los seres humanos revelar la
verdad suprema de su propia vida. Consideró que la enseñanza
fundamental del Budismo se basa en el Sutr a del loto, con su mensaje d e
que todo ser humano posee de forma inherente a la naturaleza de Buda.
En l í n e a c on l a s pri meras escuelas dedicadas al Sutr a del loto , él develó
q u e l o s c i n c o c a r a c t e r e s c h i n o s d e l t í t u l o d e l sutr a , M yoho- r enge- k y o,
co r p o r i f i c a n su ese n ci a, y q u e dicha Ley univer sal ( D h a r m a) s u b y a c e a
todo lo que existe, es la esencia misma de la vida, el ritmo fundamental
que gobierna el universo.
Nam-myoho-renge-kyo
Nam
L a p a l a b r a Nam d e r i v a d e l s á n s c r i t o , q u e s i g n i f i c a “ d e d i c a r n u e s t r a v i d a a
algo”. En la acción de recitar rítmicamente la frase Nam-myoho-rengeky o , n o s f u s i o n a m o s a l p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l d e M yoho- r enge- kyo ( L e y
esencial que rige el universo) y armonizamos nuestra vida con él. Esto
nos permite, en forma inmediata, manifestar nuestra naturaleza de Buda
inherente.
Myoho
M y o h o si g n i fi ca l i te ra l me n te “L e y místi ca ” y e xp re sa l a re l a ci ó n q u e e xi ste
entre la vida inherente al universo y las diversas maneras en que esta
vi d a s e m an i fi e sta . Myo se re fi e re a l a e se n ci a d e l a vi d a , q u e e s
“in v i s i b l e ” y e stá más a l l á d e la com pr ensión de nuestr a m ente. E s ta
e s e n c i a s i e m p r e s e m a n i f i e s t a e n u n a f o r m a t a n g i b l e (h o ) q u e p u e d e s e r
p e r c i b i d a p o r c u a l q u i e r a d e l o s c i n c o s e n t i d o s . L o s f e n ó m e n o s (h o ) s o n
ca m b i a n t e s , p e ro to d o s e stá n im pr egnados por una r ealidad constante
co n o c i d a c o mo myo .
Al unir ambos conceptos dentro de la palabra m yoho , s e r e f l e j a l a
inseparabilidad existente entre la realidad última y la realidad cotidiana.
La práctica nos permite tomar conciencia de esta unión y percibir así
ca d a c i r c u nsta n ci a co n u n a p rofunda sabidur ía.
Renge
R e n g e si g n i fi ca “fl o r d e l o to ”. El l o to fl o re ce y p ro d u ce se mi l l a s a l mi smo
tiempo, de esta forma representa la simultaneidad de causa y efecto. El
Budismo expone que las circunstancias y la calidad de cada vida
individual son determinadas por las causas y efectos particulares, tanto
positivos como negativos, que acumulamos a través de lo que pensamos,
decimos y accionamos, a cada momento. A esto se lo denomina karma. La
“le y d e c a usa y efe cto ” e xp l i ca que cada per sona tiene la r esponsabili dad
d e s u p r o p i o d e sti n o . N o so tro s l o g e n e ra mo s, p e ro ta mb i é n p o d e m o s
m o d i f i c a r l o . P a ra el l o , l a re ci tación de N a m - m y o h o - r e n g e - k y o e s l a c a u s a
m á s p o d e r o sa q u e p o d e mos crear en nuestr a vida par a dicho cam bio.
L a flor d e lo to cr e ce y fl or e ce en u n esta nq ue fan go so y, a p es ar de
ello, se mantiene pura e inmaculada. De la misma manera, una persona
c o m ú n i n m e rsa e n su vi d a co ti d i a n a , p u e d e h a ce r su rg i r d e sd e su i n te r i o r
el noble estado de la Budeidad.
Ky o
Ky o s i g n i f i c a l i t e r a l m e n t e “sutr a ” , la voz o la “ enseñanza de un buda” .
Ta m b ié n r e presenta l as pal abras y voces de todos los seres vivientes. En
este sentido, significa además, sonido, ritmo o vibración. Como el buda
e n s e ñ ó m e d i a n t e l a p r é d i c a , e s d e c i r, o r a l m e n t e , l a p a l a b r a kyo s u e l e
significar “sonido”. Por otra parte, el ideograma chino para kyo,
representa una pieza trenzada de tela tejida, que simbolizaba la
co n t i n u i d a d de l a vi d a a tra vé s del pasado, el pr esente y el futur o. En un
se n t i d o m á s a mpl i o , kyo co n l l e va e l co n ce p to d e q u e to d a s l a s co sa s e n
el universo son una manifestación de la Ley mística.
El Da ish o n in afir ma : “ L a voz cu m ple l a fu nci ón de l Bu da y s e l l am a
ky o ” 2 , y ta m b i é n d i c e : “ L a s p a l a b r a s s e m a n i fi e s ta n a tr a v é s d e l s o n i d o
p a r a t r a n s m i t i r l o s s e n t i m i e n t o s q u e l l e v a m o s e n e l c o r a z ó n ” 3 . Esto señ a l a
otro aspecto de la filosofía budista y es la importancia que brinda a la
fuerza del diálogo que expresa una auténtica preocupación y dedicación
por la otra persona. Cuando poseemos un espíritu así, podemos
m a n i f e s t a r nu e stra h u man i da d y per sonalidad m ás genuinas.
L o im p o r ta n te e s s i p o d e m os cr e ar valor e n n ue str as vida s y ay udar
a otros a hacer lo mismo. Como enseña el Daishonin, alcanzamos la
i l u m i n a c i ó n me d i a n te u n a tra n sfo rma ci ó n co n ti n u a q u e su ce d e e n l o m á s
p r o fu n d o d e n u e stra e xi ste n ci a , a l a ve z q u e b u sca mo s cu mp l i r n u e s tr o s
deseos y resolver nuestros conflictos.
Es im p r e scin d ib le co m p r e nd er qu e n ue str as o r aci on es se conc r et an
porque extraemos de nosotros mismos la condición más elevada y la
sa b i d u r í a p ara rea l i za r l a a cci ón cor r ecta.
El Gohonzon
El
Gohonzon es el objeto de devoción del Budismo de Nichiren
D a i s h o n i n . E n j a p o n é s , “g o ” s i g n fi c a “ d i g n o d e h o n o r ” y “h o n z o n” significa
“ob j e t o d e resp e to fu n d a men tal” . Nichir en definió la Ley univer sal que
impregna la vida y el universo como Nam-myoho-renge-kyo y la
co r p o r i f i c ó en l a fo rma de un m andala . En e l Gohonzon ( u n p e r g a m i n o
s o b r e e l c u a l e stá n i n scri p to s i d e o g ra ma s e n ch i n o y e n sá n scr i to ) ,
Nichiren describió en forma simbólica el estado de vida de la Budeidad
que todas las personas poseemos.
L os mie mb r o s de la S oka Gakkai e n t o n a n N a m - m y o h o - r e n g e - k y o a
u n Gohonzon entronizado en sus hogares. Junto con la fe del practicante
y l a e n to n a ci ó n d e N a m - m y o h o - r e n g e - k y o , e l Gohonzon actúa como
incentivo para avivar la condición de Budeidad innata, que yace dentro de
nuestra propia vida.
E l D a i sho n i n se re fi ere al Gohonzon como un espejo del yo interior.
Es u n a m a n e ra d e ve r de n tr o de nosotr os m ism os par a com enza r a
m o d i fi c a r l o q u e n o n o s g u sta , y p a ra fo rta l e ce r a q u e l l o q u e sí d e se a m o s
para nuestra condición de seres humanos. Por ejemplo, tenemos el
potencial de sentir ira, pero no nos enojamos a menos que en el ambiente
algo nos provoque. Para que surja nuestro potencial de condición vital
m á s e l e v a d o (l a B u d e i da d ) tam bién se r equier e de un estím ulo. Cuando
d e s a r r o l l a m o s n u e s t r a c o n v i c c i ó n , l l e g a m o s a v e r q u e e l Gohonzon e s e l
estímulo externo más positivo para nuestra vida y que, invocar Namm y o h o - r e n ge -kyo frente al él constituye la causa interna que activa el
e s ta d o l a te n te d e l a Bu d e i d a d . D e h e ch o , l a i l u mi n a ci ó n d e N i ch i re n a l a
Ley mística, le permitió crear un estímulo capaz de activar esa misma
co n d i c i ó n i l umi n a d a de n tro de cada per sona por toda la eter nidad, sie ndo
la fortaleza de la fe el elemento más esencial en la práctica del Budismo
de Nichiren.
B U D E I D A D : E L P O T E N C I A L Q U E TO D O S P O S E E M O S E N N U E S T R O
INTERIOR
Es c o m ú n p e n sa r q u e l a fel i ci dad es tener una vida libr e de sufr im ientos ,
pero si profundizamos nuestro análisis, podremos darnos cuenta de que
lo que nos provoca infelicidad, en realidad, no es tener problemas, sino
no poseer la sabiduría para solucionarlos. El Budismo expone que, en
forma innata, todos tenemos el poder y la sabiduría necesarias para
generar un profundo cambio positivo en la propia vida y en nuestro
entorno, lo que nos permite darnos cuenta que vivir una existencia sin
arrepentimientos es una tarea titánica, pero no imposible.
El concepto de los Diez Estados de Vida
Pa r a e n t e n d e r corre cta men te la visión budista de la vida, es neces ar i o
c o n o c e r e l co n ce p to d e “D i e z Esta d o s”. L o s D i e z Esta d o s i n d i ca n d i e z
co n d i c i o n e s en l a s qu e un a entidad de vida se m anifiesta en el cur so del
tiempo o en determinadas circunstancias. En una de las cartas dirigida a
s u s s e g u i d o re s, N i ch i re n D a i sh o n i n ci ta : “C u a n d o e n d i sti n to s mo me n to s
observamos la faz de una persona, a veces la encontramos feliz; a veces,
furiosa, en ocasiones, serena. En ciertas circunstancias, el rostro humano
expresa codicia; en otras, necedad, y en otras perversidad. El odio
corresponde al estado de infierno; la codicia, al de las entidades
h a m b r i e n ta s; l a e stu p i d e z, a l d e l o s a n i ma l e s; l a p e rve rsi d a d , a l d e l o s
a s u r a s; l a a l e g ría , a l d e l o s se re s ce l e sti a l e s; l a ca l ma , a l d e l o s se r e s
h u m a n o s ” . 1 Esto si g n i fi ca q u e to d o s l o s re su l ta d o s q u e se ma n i fi e ste n e n
nuestra
vida
están
directamente
ligados
al
estado
en
que
nos
encontremos en ese momento.
L os p r ime r o s s e is ( d e l os diez) esta do s so n: infi er n o, ham br e,
a n i m a l i d a d , i r a , h u m a n i d a d y é x t a s i s . Ve a m o s u n a b r e v e d e f i n i c i ó n d e
ca d a u n o d e e l l o s:
•
Infierno: Como vimos con anterioridad, en su tratado “El objeto de
devoción para observar la vida”, Nichiren Daishonin establece que “el
odio corresponde al estado de Infierno”. Esta es una condición en la
que la persona está dominada por el impulso furioso de destruir y de
atraer la ruina sobre sí mismo y sobre los demás. Concretamente, este
estado representa el sufrimiento y la desesperación más extremos del
ser humano.
•
Hambre: Manejado e impulsado por la codicia propia de esta condición,
u n o e s tá so me ti d o a u n i n sa ci a b l e d e se o e g o ísta d e ri q u e za s, fa m a y
p l a c e r, q u e j a m á s p u e d e s e r e n t e r a m e n t e s a t i s f e c h o , y a q u e s e t o r n a
imposible cortar los deseos de obtener más y más.
•
An i m a l i d a d : E l tra ta d o ci tado anter ior m ente tam bién se r efier e a e s ta
c o n d i c i ó n y d i ce q u e “l a e stu p i d e z (co rre sp o n d e a l e sta d o ) d e l o s
a n i m a l e s”. Al ca re ce r d e l a sa b i d u ría o e l p o d e r d e co n tro l a rse , l a s
personas que se encuentran en este estado se dejan llevar por el
impulso de los deseos e instintos, ya que carecen de la sabiduría para
c o n t r o l a r se.
•
Ir a : C o n sci e n te s d e su p ro p i o yo , p e ro d o mi n a d a s p o r e l e g o ísmo , l a s
personas que manifiestan es estado de ira son incapaces de
c o m p r e n d e r l a ve rda d e ra esencia de las cosas. Por consiguiente,
m e n o s p r e ci an y a g red e n constantem ente a los dem ás y así, pier den el
r e s p e t o po r l a d i gn i da d d e todo lo que los r odea.
•
H u m a n i d a d : C u a n d o se n ti mo s ca l ma , l a ra zó n n o s p e rmi te co n tr o l a r
c u a l q u i e ra de l o s esta d o s anter ior es, per o sólo tem por alm ente, ya que
este “autocontrol” proviene de la razón. En este estado, nos es posible
experimentar una vida pacífica y armoniosa siempre y cuando nuestra
m e n t e n o s p e rmi ta co n trol ar nuestr o accionar.
•
Éxtasis: Concretar algo deseado, encontrar la solución a algún
problema o recibir una buena noticia nos hace experimentar una
profunda dicha. Sin embargo, esta alegría se esfuma rápidamente ya
que es vulnerable a las condiciones externas. Es por ello que el estado
de éxtasis se encuentra directamente ligado a ilusión.
Rompiendo las barreras del destino
Como podemos ver, los primeros seis estados que mencionamos se
e n c u e n tr a n co n d i ci o n a d o s p o r l o s i mp u l so s o d e se o s. O se a , su rg e n y
se activan mediante la satisfacción o la frustración de diversos
estímulos y ansías; por ello su aparición o desaparición está sujeta a
las circunstancias externas.
L a ma yo ría de l a s pe r so na s p asan l a vida fl uctu ando e nt r e
estas seis condiciones de vida, sin jamás comprender que están a
m e r c e d de su s re a cci on e s fr ente a lo que sucede a su alr ededor. Sea
c u a l fu e re l a sa ti sfa cci ó n q u e b ri n d e n e sto s e sta d o s, e sta e s p re ca r i a y
p o c o d u ra d e ra . C u a n d o vi vi mo s e n e l ma rco d e l o s se i s e sta d o s
inferiores, no nos damos cuenta de esto último y basamos nuestra
dicha – o mejor dicho, toda nuestra vida – en factores externos. De
e s t a f o r m a , s e t o r n a i m p o s i b l e t r a n s f o r m a r p o s i t i v a m e n t e n u e s t r o s e r.
En
cambio,
cuando
reconocemos
que
todo
lo
que
experimentamos en estos seis estados es transitorio, comenzamos a
buscar una verdad más duradera. Esta búsqueda nos lleva a los cuatro
e s ta d o s si g u i e n te s. A d i fe r e n ci a d e l o s se i s e sta d o s a n te ri o re s, l o s
e s t a d o s d e a p r e n d i z a j e , c o m p r e n s i ó n i n t u i t i v a , b o d h i s a t t v a y buda sólo
s e d e s p l i e g a n y se a cti van m ediante el esfuer zo constante en pos de
nuestro desarrollo como valores humanos.
•
Ap r e n d i z aj e: E ste e sta d o es una condición que se exper im enta cuando
uno lucha por lograr una profunda satisfacción y estabilidad, mediante
la reforma y el desarrollo de la propia vida. Concretamente, es estado
d e a p r e n d i za j e e s l a co n d i ci ó n e n l a q u e n o s d e d i ca mo s a co n str u i r
u n a v i d a me j o r, a p re n d i e n d o d e l a s i d e a s, e l co n o ci mi e n to y l a s
experiencias de los demás.
•
Comprensión intuitiva: Es similar al de aprendizaje, porque ambos se
alcanzan a través de la lucha por reformarse a uno mismo. Pero lo que
lo diferencia del estado anterior es que las personas que se
encuentran en la condición de comprensión intuitiva buscan dominar el
proceso de la propia transformación mediante su percepción directa de
los fenómenos.
•
Bo d h i s a ttva : Vimos que los estados de aprendizaje y comprensión
intuitiva buscan comprender la vida, pero que lo hacen desde un punto
d e v i s t a t e ó r i c o . E l e s t a d o d e b o d h i s a t t v a se d i sti n g u e p o r su a m o r
c o m p a s i v o y po r el compo rtam iento abnegado y altr uista. Los que s e
encuentran en el estado de bodhisattva aspiran a lograr la iluminación
s u p r e m a e n b e n e fi ci o d e sí mi smo s, p e ro ta mb i é n e stá n co mp ro me ti d o s
a que sus semejantes alcancen esta misma condición. La palabra
s á n s c r i t a b o d h i s a t t v a se co m pone del tér m ino b o d h i ( ilum inación) , y de
s a t t v a ( “ ser”); de fi ne a l a per sona que busca la ilum inación per o, a l a
v e z , c o n du ce a o tros a q u e alcancen este gr an anhelo. Conscientes de
los lazos que nos ligan con todo el mundo circundante, en estado de
Bo d h i s a ttva se n ti mo s qu e cualquier felicidad que se lim ite a la es fer a
privada es parcial y por ende, ilusoria. Así pues, nos consagramos a
aliviar el sufrimiento de los demás, aun a costa de la propia vida.
C o m o a fi rmó e l D a i sh o n i n : “Al e g ría si g n i fi ca q u e ta n to u n o co mo l o s
demás poseen sabiduría y misericordia”.
2
El e s t a d o d e B u d a
Los nueve estados que vimos hasta aquí representan las distintas
m a n e r a s q ue el se r h u man o se m anifiesta com únm ente. Per o m ás allá de
estos nueve, inherente a cualquier persona, también existe un décimo
estado, caracterizado por las cuatro virtudes iluminadas de eternidad,
felicidad, verdadera identidad y pureza. A esta condición se la denomina
e s ta d o d e Bu d a o Bu d e i d a d , y q u e e xi ste e n l a vi d a d e to d o s l o s se r e s
humanos.
Uno d e l o s p u n to s r e l e van te s d el Bu dism o d e Ni ch i r en e s q ue, a
través de la invocación de N a m - m y o h o - r e n g e - k y o, to d a s l a s p e rso n a s
pueden hacer surgir el máximo potencial de la Budeidad. De esta manera,
los nueve estados del ser humano común no desaparecen ni se
extinguen, sino que obran bajo la influencia de la Budeidad. De esta
forma, todas las acciones que emprendamos, sean desde el estado que
s e a n , te n d rá n co mo ú n i ca me ta n u e stra fe l i ci d a d y l a d e l o s d e má s. P o r
ello, la Budeidad es un estado de felicidad absoluta e indestructible.
L o q ue l a ma yo r ía de l a s p er son as tien de a de finir co m o fe l i c i dad s e
encuentra sujeta a condiciones externas. Por ejemplo: ser rico o pobre,
te n e r u n a b u e n a sa l u d o e sta r e n fe rmo s, e n fre n ta r p ro b l e ma s o d i sfr u ta r
d e u n a v i d a p l a ce n te ra . Po r e sto mi smo e s re l a ti va , ya q u e a l d e sa p a re c e r
estas condiciones ese estado de felicidad desaparece.
P o r e l co n tra ri o , l a fe l i ci d a d a b so l u ta q u e p ro vi e n e d e l a Bu d e i d a d
no se ve afectada por las circunstancias externas. Al desarrollar una
fuerte vitalidad y una profunda sabiduría podemos experimentar una dicha
absoluta, sean cual fueren las circunstancias que estemos atravesando.
Si c o n s t r u i mo s este fu e rte e stado inter ior podr em os tener la pr ofu nda
co n v i c c i ó n de qu e , si n fal ta, crear em os valor a cada m om ento de nues tr a
existencia.
Pa r a l e l a m e nte , l a B u d e i da d se car acter iza por un pr ofundo sentim iento de
amor compasivo hacia los demás, y de una sabiduría inagotable. El
Bu d i s m o s e re fi e re a l a i mp o rta n ci a d e tra n smi ti r a l o s se me j a n te s l a s
enseñanzas, para que cada persona también manifieste su iluminación.
Es p o r e l l o qu e exi ste l a “p ráctica par a uno y par a los dem ás” . Por l o
tanto, la labor en bien de la sociedad y del medio ambiente deriva del
trabajo que cada persona realiza en pos de manifestar su Budeidad a
través de la entonación de N a m - m y o h o - r e n g e - k y o .
Su j e t o y m ed io a mb ien te
Pa r a e l B u d i smo , ta n to e l su j e to co mo e l a mb i e n te so n i n se p a ra b l e s. P o r
ello un budista se esfuerza no sólo por manifestar su Budeidad, sino que
también trabaja activamente por la paz y la prosperidad de su vecindario
y d e s u p a í s.
L a f ina lid a d b á sica c o n e l cu al se pr o pa ga el Bu dismo e n l a
s o c i e d a d e s p a ra fo me n ta r l a p a z g l o b a l y l a p ro sp e ri d a d d e to d o s l o s
se r e s h u m an o s. D e esta forma, nuestr a vida no está lim itada a lo que
g e n e r a l m e n te p e rci b i mo s co mo “e l yo ”, si n o q u e a b a rca ta mb i é n a o tr a s
p e r s o n a s , a l mu n d o y h a sta a l u n i ve rso . Po r e l l o , l a p rá cti ca b u d i sta n o s
b r i n d a l a o p o rtu n i d a d d e l i b e ra rn o s d e l o s su fri mi e n to s a l ro mp e r co n l a s
b a r r e r a s d e n u e stro “p e q u e ñ o yo ”. Así n u e stra vi d a co mi e n za a p e rci b i r
que posee la fuerza y la vitalidad de todo el universo.
Es po r e llo , q u e de sp l eg ar el m áxi m o po te nci al de la B udei dad
l a te n te e n ca d a u n o d e n o so tro s n o só l o p u e d e re so l ve r l a cu e sti ó n d e l o s
c u a tr o s u fr i mi e n to s u n i ve rsa l e s – e l n a ci mi e n to , l a ve j e z, l a e n fe rme d a d y
la muerte – sino también todas las demás aflicciones humanas. Como
dijimos antes, al manifestar la alegría proveniente de la Budeidad,
n u e s tr o a c ci o n a r co mi e n za a co n ta g i a r e sp e ra n za y mi se ri co rd i a a l o s
d e m á s y, p o r co n si g u i e n te , e sto g e n e ra u n ca mb i o e n e l l u g a r d o n d e n o s
e n c o n t r a m o s . Vi s t o e s t e , g e n e r a r u n c a m b i o e n n u e s t r a f a m i l i a o e n
n u e s tr o tr a b a j o d e j a rá d e se r u n a p e sa d a ca rg a o u n a me ta q u e cre e m o s
imposible, y se convertirá en la gran oportunidad que tenemos para
desarrollarnos como verdaderos valores humanos.
La revolución humana
Como vimos hasta aquí, el Budismo se caracteriza por dar una gran
importancia a la transformación interna del ser humano y así (a través de
la entonación de Nam-myoho-renge-kyo) poner en manifiesto nuestro
potencial humano pleno, o sea nuestra Budeidad.
“Re v o l u c i ó n h u man a ” es u n té rmino utilizado por el segundo pr esidente de
l a S o k a G a kka i , J o s e i To d a , p a r a d e s c r i b i r e l p r o c e s o fu n d a m e n ta l d e
transformación interior que llevamos a cabo en búsqueda de este
potencial. De esta forma, logramos romper con los grilletes de nuestro
“pe q u e ñ o y o ” ca p a z de i n te resar se y em pr ender acciones por la causa de
o t r o s y, f u n d a m e n t a l m e n t e , p o r t o d a l a h u m a n i d a d .
Es u n a c t o re vo l uci on a ri o q u e se gener a desde el inter ior del ser hum ano
y e s l a cl a ve p a ra d e se n ca d e n a r u n ca mb i o a e sca l a g l o b a l . Po r e l l o ,
co m o s e ñ a l a el p resi de n te d e la SGI, D a i s a k u I k e d a : “ L a g r a n r e v o l u c i ó n
humana de un solo individuo puede contribuir a lograr un cambio en el
destino de una nación, y más aún, en el de toda la humanidad”.
As u m i r l a r e sp o n sa b i l i d a d p o r l a tra n sfo rma ci ó n d e n u e stra p ro p i a vi d a e s
el primer paso hacia la creación de una sociedad humana basada en la
m i s e r i c o r d i a y el re sp e to p o r l a dignidad de la vida de todas las per son as .
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