las formas verbales diptongadas en el voseo hispanoamericano

NOTAS
LAS F O R M A S VERBALES
D I P T O N G A D A S E N E L VOSEO
HISPANOAMERICANO.
UNA
INTERPRETACIÓN
SOCIOHISTÓRICA DE DATOS DIALECTALES
Desde que e n 1967 se p u b l i c ó Geografía
y morfología
del voseo de T.
P e d r o Ronax, los temas sobre las formas gramaticales conectadas c o n
los usos de los p r o n o m b r e s elocutivos e n H i s p a n o a m é r i c a h a n sido o b j e t o
de especial a t e n c i ó n p o r los especialistas q u e i n t e n t a n c o m p l e t a r y prof u n d i z a r e n sus investigaciones numerosos aspectos q u e , acerca cíe este
c o m p l e j o asunto, e s t á n t o d a v í a pendientes. E n t r e esas investigaciones
destacan las d i r i g i d a s a precisar los usos e l o c u t i v o s p r o n o m i n a l e s y
verbales usados e n diferentes á r e a s g e o g r á f i c a s d e l e s p a ñ o l a m e r i c a n o 2 ,
las centradas e n l a g é n e s i s y d e s a r r o l l o de estas m o d a l i d a d e s , t a n t o e n
u n á m b i t o g e n e r á i s c o m o e n z o n a s d e t e r m i n a d a s 4 , las q u e , e m p l e a n d o
m e t o d o l o g í a s de e n f o q u e s o c i o l i n g ü í s t i c c * . buscan precisar los valores
1 Trabajo fundamental para el enfoque de la p r o b l e m á t i c a de este fenómeno
en la América española por la agudeza de sus apreciaciones y la extensión de los
datos que maneja, a pesar de los condicionamientos que forzosamente impone a las
conclusiones obtenidas el m é t o d o empleado en la recolección de datos.
2 J O S É JOAQUÍN MONTES, " E l voseo en Colombia", BICC, 2 2 (1967) ; cito por separata;
FÉLIX
MORALES
P., " E l voseo en C h i l e " , BdFS,
23/24
(1972-73),
261-274.
3 R A F A E L LAPESA, "Personas gramaticales y tratamientos en e s p a ñ o l " , RUM, 19
( 1 9 7 0 ) , n ú m . 7 4 , 141-167 y " L a s formas verbales de segunda persona y los orígenes
del voseo", CH(3), 519-531.
i M . B. F O N T A N E L L A D E W E I N B E R G , " E l voseo en Buenos Aires, un problema histórico-lingüístico", CdS, 1967-68, n ú m s . 8 / 9 , 174-179; " L a evolución de los pronombres de tratamiento en el español bonaerense", BICC,
2 5 ( 1 9 7 0 ) , 12-22; " E l vosco
en Rueños Aires en las dos primeras décadas del siglo x i x " , ibid., 2 6 (1971) , 495-514;
R . B O R E L L O , "Para la historia del voseo en Argentina", CFM, 3 ( 1 9 6 9 ) , 25-42.
5 Como formulación general es fundamental el artículo de R . BROWN y A . G I L MAN, " T h e pronouns of power and solidarity", en J . Fishman (cd.) , Readings in
the sociology of language, T h e Hague, 1968, pp. 252-275. L a metodología usada en
este trabajo ha sido aplicada a numerosas investigaciones, entre las que destacan
R. W . Brown y M . Ford, "Address in American English", Journal
of Abnormal and
Social Psychology, 6 2 ( 1 9 6 1 ) , 375-385; W . F . Lambert, Use of "iu" and "vous" as
forms of address in French
Canada: A pilot study, Montreal, 1 9 6 6 ; J . Fox, " T h e
pronouns of address in Spanish", C1J(10), t. 1, 685-693; Catherine A . Maley, " T h e evo-
NRFH,
XXVII
NOTAS
81
c o m u n i t a r i o s de los p r o n o m b r e s elocutivos q u e c o n v i v e n e n á r e a s dadas « y, f i n a l m e n t e , las que consideran e l p r o b l e m a e n sus implicaciones
culturales, literarias o gramaticales 7 .
E l t e m a q u e m e p r o p o n g o e x a m i n a r es m á s r e s t r i n g i d o y de á m b i t o
m á s modesto a u n q u e q u i z á , p o r l a m e t o d o l o g í a y p o r algunos datos
s o c i o l i n g ü í s t i c o s e h i s t ó r i c o s , n o carezca de i n t e r é s y c o n t r i b u y a a proyectar a l g u n a l u z sobre u n p u n t o , hasta a h o r a poco estudiado, de l a
m o r f o l o g í a v e r b a l d e l voseo e n H i s p a n o a m é r i c a . Se t r a t a d e l a pervivencia, e n algunas á r e a s d e l e s p a ñ o l americano, d e f o r m a s verbales de
segunda persona con y o d desinencial, formas d i p t o n g a d a s como las denom i n a R . Lapesa * o formas d e t i p o I c o m o las designa P e d r o R o ñ a 9 .
E n su l i b r o antes c i t a d o ( p p . 70-72), R o ñ a consta e l c a r á c t e r " p r i m a r i o "
de esas formas, ya que de su r e d u c c i ó n p a r t e n t a n t o los morfemas verbales voseantes de t i p o I I (voseo argentino) c o m o los de t i p o I I I (voseo
c h i l e n o ) , y su existencia, e n e l presente de l a segunda c o n j u g a c i ó n e n
Z u l i a ( V e n e z u e l a ) , e n l a t r i p l e f r o n t e r a de C h i l e , P e r ú , B o l i v i a y e n
C u b a " , así como, e n e l f u t u r o , e n C h i l e ( r e g i ó n de M o l i n a ) y e n C u b a " .
A l g o m á s de a t e n c i ó n presta a l a pervivencia d e l a f o r m a d i p t o n g a d a
-ái(s) e n e l c e n t r o y n o r t e de C h i l e , e n e l á r e a voseante d e l sur d e l P e r ú ,
e n l a zona s e p t e n t r i o n a l de l a sierra e c u a t o r i a n a (entre l a p o b l a c i ó n
i n d i a ) , Z u l i a y e n C u b a (ibid., p p . 78-80), e x p l i c á n d o l a convincentem e n t e p o r l a resistencia del sistema a u n c a m b i o -ái(s) > -i(s) e n e l t i p o
I I I , q u e e l i m i n a r í a l a o p o s i c i ó n m o r f o l ó g i c a i n d i c a t i v o / s u b j u n t i v o si
se llevara a cabo, l o q u e n o se p r o d u c e e n c a m b i o e n e l t i p o I (ibid.,
p p . 71-72).
lution of the French plural of respect", RNo, 15 (1973-74), 188-192. E n el á m b i t o
románico son importantes las aportaciones a este tema de Alexandru Nicolescu; "Fe¬
nomeni di diversificazione e interferenza nell'espressione pronominale della cortesia",
CLR (11), 1327-1339 y " S u r l'interrelation des pronoms allocutoires révérenciels avec
le systéme pronominal dans quelques langues romanes", en To honor Román Ja¬
kobson, t. 2, T h e Hague, 1966, pp. 1425-1429.
6 C . W A I N E R M A N N , Un nuevo campo de investigación
social:
el estudio
sociolingüístico
del tratamiento
pronominal
en diadas, Buenos Aires, 1969; Y . R . SOLÉ,
"Correlaciones socio-culturales del uso de tú/vos y usted en la Argentina, Perú y
Puerto Rico", BICC,
25 (1970) , 161-195; BISERKA G O T T F R I E D , "Some aspects of pro¬
nouns of address in Argentinian Spanish", Revista de Lenguas
Extranjeras,
1 (1970) ,
29-50; M . 1. SIRACUSA, " M o r f o l o g í a verbal del voseo en el habla culta de Buenos
Aires", FU, 16 (1972), 201-213; Y . LASTRA DE SUÁREZ, "Los pronombres de tratamiento
en la ciudad de M é x i c o " , ALM, 10 (1972), 214-217.
7 Por ejemplo, A L B E R T ,DOPPAGNE, " L a expresión de la cortesía", CH(3), 285¬
291; M. I . D E GREGORIO D E M A C , El voseo en la literatura
argentina, Universidad Nacional del Litoral, Santa Fe, Arg., 1967; H . D . P A U F L E R , "Der voseo und seine Bedeu¬
tung für die grammatische Struktur des lateinamerikanischen Spanisch",
Romaniscre
Philologie
Heute, Berlín, 1969, 719-724.
8 Art. cit. de RUM, p. 154, y CH(1), p. 520.
o Op. cit., p. 71, nota 1.
10 J . P. R O Ñ A , op. cit., p. 82. Sería necesario
( H . L Ó P E Z M O R A L E S , "Nuevos datos
sobre el voseo en Cuba", EAc, n ú m s . 4/5, pp. 4-6 y 12), eliminar la mención de
Cuba, tanto en este punto como en los demás citados por R o ñ a , ya que no parece
que pervivan en la isla áreas de voseo.
u J . P. R o ñ a , op. cit., p. 13.
82
NRFH, XXVII
NOTAS
Por su p a r t e , R . Lapesa, a u n q u e recoge l a existencia de formas verbales de voseo c o n y o d desinencial e n algunas á r e a s d e l e s p a ñ o l americano (cf. art. c i t . de RUM), d a a e n t e n d e r q u e " e l voseo m á s r i g u r o s o
y representativo e n A m é r i c a suele estar l i g a d o a l a c o n s e r v a c i ó n de segundas personas de p l u r a l m o n o p t o n g a d a s " [cf. art. c i t . de CH(3)]
mientras q u e e n E s p a ñ a se d i o " t e m p r a n a p r e f e r e n c i a . . . p o r las formas con
d i p t o n g o d e s i n e n c i a l " (ibid., p . 5 2 0 ) . Cada u n a de estas soluciones resp o n d i ó a dos tendencias contrapuestas f r e n t e a l a h o m o m o r f i a de formas
verbales de segunda y tercera persona e n verbos c o m o dar, estar, ir, ver
tras l a e l i m i n a c i ó n de l a -d- p r o p i a d e l p a r a d i g m a m e d i e v a l y a l p e l i g r o d e u n f e n ó m e n o semejante e n otros verbos y formas tras evoluciones
f o n é t i c a s inevitables. A l n o haberse e q u i p a r a d o a ú n los valores correspondientes a los t r a t a m i e n t o s p r o n o m i n a l e s tú y vos, " e l uso peninsul a r . . . n u n c a e l i m i n ó matices de e s t i m a c i ó n social o de c a r á c t e r afectivo q u e los d i f e r e n c i a b a n y a s í e l lenguaje cortesano d e b i ó de esforzarse
p o r m a n t e n e r l a d i s t i n c i ó n e n t r e las formas verbales correspondientes a
cada u n o " (ibid., p p . 524-525), l o q u e l o g r ó p r e f i r i e n d o las formas d i p tongadas " i n e q u í v o c a s " para e l t r a t a m i e n t o vos; p e r o " e n e l h a b l a d e l
p u e b l o l a m o n o p t o n g a c i ó n d e las mismas t u v o v i t a l i d a d suficiente p a r a
trasladarse a las zonas m á s aisladas de A m é r i c a y r e b r o t a r allí c o n poderoso b r í o " (ibid.,
p . 5 2 6 ) , aceptando l a h o m o m o r f i a de las formas
verbales correspondientes a los t r a t a m i e n t o s tú y vos c o m o f e n ó m e n o
n a t u r a l " r e s p o n d i e n d o así a u n a b a n d o n o de distingos sociales y normas
l i n g ü í s t i c a s q u e se nos presenta c o m o i n d i f e r e n c i a ante e l v u l g a r i s m o
p e r o e n e l c u a l hemos de v e r t a m b i é n u n aspecto p o s i t i v o : l a v o l u n t a d
de n i v e l a c i ó n cohesiva p r o p i a de c o m u n i d a d e s q u e se e s t á n f o r m a n d o "
(ibid.,
p . 531) y f a c i l i t a n d o e l p u n t o de p a r t i d a h i s t ó r i c o d e l actual
voseo americano t a l c o m o l o conocemos.
L a tesis de Lapesa ( a q u í esquematizada de m o d o r a p i d í s i m o y, m e
temo, i n s u f i c i e n t e ) supera, e n su f o r m u l a c i ó n o r i g i n a l , e n p r e c i s i ó n y
a d a p t a c i ó n a los datos h i s t ó r i c o s y l i n g ü í s t i c o s , a otras posibles explicaciones de l a e v o l u c i ó n p r o n o m i n a l y v e r b a l d e l e s p a ñ o l p e n i n s u l a r y
a m e r i c a n o e n los siglos x v - x v m i 2 ; d a c u e n t a de l a m i s m a c o n insuper a b l e acierto, n o s ó l o e n c u a n t o a los factores estructurales q u e o b r a n
e n e l l a sino, y sobre t o d o , a las tendencias colectivas d e base h i s t ó r i c a
y c u l t u r a l que los h a n p r o p u l s a d o y, e n sus diversos resultados, i m p u e s t o .
A h o r a b i e n , si se l l e v a a l e x t r e m o esta i n t e r p r e t a c i ó n , e l p o l a r i z a r
excesivamente
l a tendencia cortesana y c u l t a a f i r m a d o r a de los morfe-
mas con y o d desinencial e n los t e r r i t o r i o s peninsulares, y l a p o p u l a r e n
los m o r f e m a s m o n o p t o n g a d o s de los americanos
es peligroso; se puede
desfigurar l a f i s o n o m í a h i s t ó r i c o - l i n g ü í s t i c a de l a A m é r i c a e s p a ñ o l a , m u c h o m á s c o m p l e j a de l o q u e caracterizaciones
excesivamente
simplifi-
cadas p o d r í a n hacer suponer, como h a n r e c o r d a d o e n l o s ú l t i m o s a ñ o s
los m á s destacados especialistas e n este c a m p o de e s t u d i o s 1 » . Creo, poli s Véase en especial Y A K O V M A L K I E L ,
queriades
i n classical Spanish",
13 Me refiero
especialmente
" T h e contrast tomáis-tomdvades,
queréis-
HR, 17 (1949) , 159-165.
'a R A M Ó N
MENÉNDEZ
PIDAL,
"Sevilla
frente
a Ma-
NRFH,
XXVII
83
NOTAS
el c o n t r a r i o , que las formas verbales con y o d desinencial d e b i e r o n ser en
A m é r i c a bastante m á s abundantes y d i f u n d i d a s de l o que p o d r í a pensarse p a r t i e n d o de u n a c o n s i d e r a c i ó n p u r a m e n t e g e o g r á f i c a de los esc a s í s i m o s restos que de ellas persisten en la H i s p a n o a m é r i c a a c t u a l 1 4 .
A l menos hasta el siglo x v n , d e b i e r o n ser utilizadas con apreciable
v i t a l i d a d , e n el registro h a b l a d o de los estratos socioculturales elevados
de la sociedad c o l o n i a l . Si esta h i p ó t e s i s p u d i e r a ser c o m p r o b a d a , las
dos tendencias, c u l t a y p o p u l a r , en c u a n t o a las f o r m a s verbales conexas
c o n el p r o n o m b r e e l o c u t i v o vos, sin deiar de p r e d o m i n a r l a u n a en l a
P e n í n s u l a (donde se i m p u s o d e f i n i t i v a m e n t e l a m o d a l i d a d d i p t o n g a d a
e n el segundo tercio d e l s i r i o xvi)
v la o t r a en l a A m é r i c a e s p a ñ o l a
( d o n d e las formas m o n o p t o n g a d a s sin e n la a c t u a l i d a d casi o m n i p r e sentes), se m a n i f e s t a r í a n en ¿ e x i s t e n c i a en tierras americanas d u r a n t e
dos s i d o s al menos Si b i e n las variantes p o p u l a r e s t e r m i n a r o n a l l í p o r
imponerse d e f i n i t i v a m e n t e , n o l o h a b r í a n sido s i n o a t r a v é s de u n proce¬
so h i s t ó r i c o m u c h o m á s l e n t o v c o m o l e i o de l o aue hasta a h o r a se pen¬
saba C o n o c í los hechos q u e me h a n Helado a p o s t u l a r esta tesis d u r a n t e
u n a encuesta l i n g ü í s t i c a p a r a el " A t l a s l i n g ü í s t i c o y e t n o g r á f i c o de
C o l o m b i a " durante el m ^ de a g ^ t o de 975 H i c e l a e n c u e s S en comp a ñ í a de m i f r a t e r n a l a m l o y c o l e R a e l d í a l e c t ó l o g o c o l o m b i a n o l o s é
J o a q u í n M o n t e s 1 * Los resukados de fá m i s m a presentados ya p o r M o n tes se r e l a c i o n a n con la
es administrativamente
corregimiento^T del m í S o
de E l T a m b o en el
d e p a r t a m e n t o c o l o m b i a n o d e l Cauca.
i n t e r p r e t a c i ó n de los
datos adquiridos en dicho punto que v o y a proponer a c o n t i n u a c i ó n
depende, esencialmente de su f i s o n o m í a actual e h i s t ó r i c a , r e s u m i r é
a q u í brevemente los datos que l a c o n f i g u r a n 1 7 .
Tomona
San J u a n de M i c a y es a c t u a l m e n t e u n c a s e r í o de unos 170 h a b i t a n tes, todos de raza negra, que subsisten, en u n estado de i n d i g e n c i a sorp r e n d e n t e incluso d e n t r o de l a t e r r i b l e m e n t e d e p r i m i d a costa p a c í f i c a
de C o l o m b i a , en u n a docena de ranchos de m a d e r a de p a l m a . Dedicados exclusivamente, c o m o sus antepasados esclavos, a l " m a z a m o r r e o " «
drid", HAM, t. 3, 99-165 y J. M . L O P E B L A N C H , " E l supuesto arcaísmo del español
americano", ALM, 7 (1968-69), 89-110.
14 Prescindo en el trabajo de las formas en -ái(s) dentro del tipo I I I del voseo, ya que su mayor persistencia obedece, como ha visto R o ñ a , a razones estructurales del sistema verbal y no a condicionamientos sociolingüísticos.
15 Véase J . J. MONTES, "Encuestas en Riosucio, T u r o , A c a n d í y Mechengue
para el Atlas L i n g ü í s t i c o y Etnográfico de Colombia", Noticias culturales,
1975, núrn.
178, 1-21.
le Este caserío aparece en casi todos los mapas colombianos con la denominación de Mechengue o San Juan de Mechengue, pero sus moradores prefieren llamarlo simplemente San J u a n o San Juan de Micay, ya que se encuentra en la orilla
izquierda del río Micay. Por otra parte, el río Mechengue, afluente del Micay, desemboca en él a 15 kilómetros de San Juan. Por todo ello prefiero utilizar para la
localidad el nombre local de San Juan de Micay.
17 He tratado m á s extensamente de este tema en mi artículo " N e u t r a l i z a c i ó n de
fonemas consonanticos en distensión silábica en San Juan de Micav, Colombia",
Homenaje
a Emilio
Alarcos
Llorach.
18 Este termino designa la extracción manual del oro superficial, realizada con
84
NOTAS
NRFH, XXVII
d e l o r o , l a l o c a l i d a d n o posee n i n g ú n t i p o de servicio u r b a n o . N o hay
m é d i c o n i a u x i l i a r sanitario, n i v i s i t a n el l u g a r sacerdotes o religiosos;
l a presencia de maestros suele ser e s p o r á d i c a y casi t o t a l m e n t e ineficaz
dada su falta d e p r e p a r a c i ó n » y las d e p l o r a b l e s condiciones de v i d a y
t r a b a j o . L a r e l a c i ó n de San J u a n c o n otras localidades es p r á c t i c a m e n te n u l a e n l a a c t u a l i d a d . S i t u a d o a m e d i o c a m i n o , e n l í n e a recta, entre
P o p a y á n y el O c é a n o P a c í f i c o , se i n v i e r t e n c u a t r o j o r n a d a s (en "camp e r o " y c a b a l l e r í a ) en el desplazamiento a a q u e l l a c i u d a d y ocho e n
el v i a j e a p i e en el m e j o r de los casos p o r c a m i n o s t o t a l m e n t e i n t r a n sitables e n los p e r í o d o s de l l u v i a . P o r t o d o e l l o , los sanjuaneros s ó l o
v i a j a n (generalmente a P o p a y á n ) en m u y pocas ocasiones, sobre t o d o
p a r a v e n d e r el o r o q u e recogen y c o n su i m p o r t e c o m p r a r p r o d u c t o s
necesarios (ropa, tabaco, bebidas, comestibles) A l encontrarse San J u a n
de M i c a y en e l l í m i t e o r i e n t a l d e l á r e a p a c í f i c a p o b l a d a p o r h a b i t a n tes de raza n e g r a 2 » , l a p u n t a de lanza de los " c o l o n o s " blancos (caucanos, caldenses y a n t i o q u e ñ o s ) q u e avanzan desde e l este se e n c u e n t r a
ya a poca distancia d e l caserío, c o n las consecuencias l i n g ü í s t i c a s y soc i o l ó g i c a s que m á s adelante t o c a r é .
H i s t ó r i c a m e n t e , l a zona d e l M i c a y M e d i o , d o n d e se enclava San
J u a n , fue o c u p a d a y e x p l o t a d a p o r l a f a m i l i a M o s q u e r a 2 * ( u n a de las
m á s d i s t i n g u i d a s y ricas de P o p a y á n e n el siglo x v n ) y p o b l a d a p o r
" c u a d r i l l a s " de esclavos dedicados a l a e x t r a c c i ó n de o r o de las "queb r a d a s " p r ó x i m a s a l r í o y a sus afluentes. A ú n en 17 1 7 2 2 las m i n a s de
esta zona y sus c u a d r i l l a s de esclavos s e g u í a n e n m a n o s de los Mosquera. M á s tarde f u e r o n transferidas a los T o r r e s T e n o r i o 2 3 , f a m i l i a
payanesa i g u a l m e n t e i m p o r t a n t e y acaudalada y, f i n a l m e n t e , a los A r procedimientos extremadamente simples y con empleo, imprescindible, de corrientes
de agua, naturales o artificiales; véase Robert C . West, La minería de aluvión en
Colombia
durante el periodo colonial, B o g o t á , 1972.
19 Generalmente se trata de maestros suplentes o habilitados, ya que los titulares, designados por la Prefectura Apostólica de Guapi, raramente toman posesión
de sus plazas, cosa disculpable si se considera que el desplazamiento de Guapi a
San Juan de Micay exige un viaje de no menos de 12 o 15 días. Alguno de los
"maestros" enviados a San Juan, según me dijo el inspector de policía, difícilmente
sabían leer.
20 Véase el excelente trabajo de Norman E . Whitten, Black frontiersmen.
A
South American
case, New York, 1974, sobre la fisonomía cultural y social de esta
área. Desde un enfoque geográfico el mejor estudio de la misma sigue siendo el de
Robert C . West, The Pacific lowlands of Colombia,
Baton Rouge, 1975.
21 Cf. la nota de Sergio Arboleda al libro de Jaime Arroyo, Historia de la Gobernación
de Popayán,
Bogotá, 1955, p. 178.
22 Cf. el documento del Archivo Central del Cauca que transcribo en mi artículo " O n o m á s t i c a y procedencia africana de esclavos negros en las minas del sur de
la Gobernación de Popayán (siglo xvm) " , Revista Española
de Antropología
Americana, 1971, n ú m . 6, 420-421.
23 Dato recogido en la tradición oral de P o p a y á n y de San Juan y confirmado
por los apellidos de varias familias sanjuaneras. E r a uso en la sociedad esclavista
hispánica que el propietario de una "cuadrilla" apadrinara y diera su apellido a
los hijos de los esclavos que en ella se incluían. A esta importante familia payanesa
perteneció el famoso procer de la independencia de Colombia Camilo Torres.
NRFH, XXVII
NOTAS
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b o l é e l a ^ , de la m á s alta sociedad de l a m e t r ó p o l i c a u c a r í a . D u r a n t e t o d o
este t i e m p o y hasta 1851, fecha de la a b o l i c i ó n de l a e s c l a v i t u d e n Col o m b i a * » , n o s ó l o se m a n t i e n e en buenas condiciones u n a r u t a desde
P o p a y á n a M i c a y (San M i g u e l ) , pasando p o r San J u a n sino que, c o m o
i n d i c a n los documentos y t a m b i é n la t r a d i c i ó n o r a l de los sanjuaner o s 2 6 , las f a m i l i a s p r o p i e t a r i a s ,de las m i n a s y de los esclavos d e l r í o
M i c a y m a n t u v i e r o n con las " c u a d r i l l a s " de negros de l a zona relaciones
bastante a m p l i a s de t i p o s o c i o e c o n ó m i c o y h u m a n o .
Este estado de cosas c a m b i ó r a d i c a l m e n t e a p a r t i r de 1851. Rotos,
p o r la e m a n c i p a c i ó n , los lazos de las poderosas y a r i s t o c r á t i c a s f a m i l i a s
payanesas c o n sus ex esclavos, y abandonadas las explotaciones auríferas (que, c o n la s u p r e s i ó n de la esclavitud, se h a b í a n v u e l t o a n t i e c o n ó micas para su e x p l o t a c i ó n capitalista) al t r a b a j o i n d i v i d u a l de los negros " m a z a m o r r e r o s " , n o s ó l o se ausentaron d e f i n i t i v a m e n t e d e l M e d i o
y B a j o M i c a y los " m i n e r o s " , a u x i l i a r e s y dependientes blancos de los
antiguos p r o p i e t a r i o s de P o p a y á n 2 7 , sino que l a r u t a P o p a y á n - S a n TuanSan M i g u e l (hoy M i c a y ) q u e d ó p o r desuso p r á c t i c a m e n t e i n u t i l i z a d a e
i m p r a c t i c a b l e 2 » . Se puede decir q u e desde el tercer c u a r t o d e l siglo pasado los sanjuaneros q u e d a r o n a m p u t a d o s de la sociedad m a y o r e n la
que, a t r a v é s de sus amos blancos, se i n t e g r a b a n antes d e n t r o de l a est r u c t u r a esclavista h i s p á n i c a y reducidos a u n a i s l a m i e n t o p r á c t i c a m e n te absoluto que se p r o l o n g a hasta h o y 2 » .
Es d e n t r o de este c o n t e x t o s o c i o c u l t u r a l e h i s t ó r i c o c o m o adquiere
sentido el hecho sorprendente de que exista hoy e n San J u a n de M i c a y ,
a l l a d o de f e n ó m e n o s extremos de s i m p l i f i c a c i ó n f o n é t i c a (cf.
supra,
n o t a 1 7 ) , el uso, perfectamente v i v o , de formas verbales conexas c o n el
p r o n o m b r e e l o c u t i v o vos de t i p o d i p t o n g a d o , c o n y o d desinencial conservada, y e l l o e n l a t o t a l i d a d de los tiempos verbales que puede recoger. A s í , m i s i n f o r m a n t e s » 0 e m p l e a b a n n o r m a l m e n t e tenéi(s),
ten24 Dato igualmente recogido de la tradición oral san juanera. A ú n el morador
m á s anciano del pueblo, Pedro Antonio Torres, con m á s de ciento quince años,
recuerda a miembros de la familia Arboleda, a la que perteneció como esclavo su
padre. E l destacado poeta colombiano Julio Arboleda fue miembro de esa familia.
2 5 Cf. Carlos Restrepo Canal, La libertad
de los esclavos en Colombia,
Bogotá,
1938, y William F . Sharp, " E l negro en Colombia. M a n u m i s i ó n y posición social",
Razón y Fábula,
1968, n ú m . 8, 91-107.
28 Sobre el valor de la historia oral en H i s p a n o a m é r i c a , véase Eugenia Meyer
y Alicia Olivera de Bonfil, " L a historia oral. Origen, metodología, desarrollo y perspectivas", HMx, 21 (1971), 372-387.
27 Sobre este proceso, general en toda el área pacífica de la Nueva Granada dedicada a la m i n e r í a del oro, véanse las obras citadas en las notas 20 y 25.
28 T r a d i c i ó n oral sanjuanera. A ú n hoy, la trocha existente desde el caserío llamado " E l veinte de j u l i o " o " E l asomadero" hasta San Juan de Micay tarda en
recorrerse en caballería tres penosísimas jornadas que transcurren entre barriales y
derrumbaderos.
29 E l anciano mencionado en la nota 24 me informó que, desde su infancia,
ya no volvió a viajar a San Juan de Micay n i n g ú n miembro de la familia Arboleda.
3 0 Principalmente J u a n Antonio Torres Angulo, de 54 años, Secundino Torres,
de 56, Francisco, Ramos Torres, de 60, Clemencia Suárez, de unos 40 (no sabe su edad)
y Amalia Torres Angulo, de 50. Además, uso datos procedentes de otros sanjuaneros
86
NOTAS
NRFH, XXVII
dréi(s),
pondréis),
hablái(s),
diréi(s),
comiai(s),
viérai(s),
fuérai(s),
etc.
B i e n es v e r d a d que j u n t o a estas formas verbales plenas aparecen tamb i é n , sobre todo en los sanjuaneros m á s j ó v e n e s (por e j e m p l o , A m a l i a
T o r r e s R í a s e o s , de 16 a ñ o s ) , otras reducidas s e g ú n el m o d e l o antioq u e ñ o o caucano, p e r o este hecho se debe, i n d u d a b l e m e n t e , a la pres i ó n q u e los " c o l o n o s " blancos de a q u e l o r i g e n , establecidos e n t e r r i t o rios p r ó x i m o s 3 1 , ejercen en los ú l t i m o s a ñ o s sobre el á r e a de San J u a n
de M i c a y . T o d o s mis i n f o r m a n t e s me aseguraron q u e "los antiguos dec í a n tenéi(s) y diréi(s)"
y que las formas m o n o p t o n g a d a s "las t r a j e r o n
los b l a n c o s " en fecha m u y reciente.
Las especiales circunstancias que c o n c u r r e n e n San J u a n de M i c a y
nos p e r m i t e n d o t a r a este hecho dialectal s i n c r ó n i c o de u n a clara i n t e r p r e t a c i ó n d i a c r ó n i c a 3 2 . E l a i s l a m i e n t o casi absoluto de l a l o c a l i n a d
desde hace m á s de u n siglo ha conservado u n uso l i n g ü í s t i c o que n o
s ó l o es precioso p o r sí m i s m o sino, y sobre t o d o , p o r sus implicaciones
históricas y sociolingüísticas.
Parece evidente q u e los sanjuaneros, d a d a su r e l a c i ó n exclusiva desde
el siglo x v n hasta 1851 c o n l a m e t r ó p o l i caucana y su i n c o m u n i c a c i ó n
posterior, s ó l o p u d i e r o n r e c i b i r este rasgo l i n g ü í s t i c o desde P o p a y á n ,
ú n i c a l o c a l i d a d c o n l a que m a n t e n í a n contacto a t r a v é s de los " m i n e r o s " blancos pertenecientes a las familias payanesas p r o p i e t a r i a s de las
m i n a s d e l M i c a y y de las " c u a d r i l l a s " de esclavos que e n ellas trabajab a n ; esta l o c a l i d a d f a c i l i t ó sin d u d a el m o d e l o de h a b l a que, a p a r t i r
de su n a t i v a o a d q u i r i d a m o d a l i d a d c r i o l l a 3 3 a d o p t a r o n los grupos de
negros que en el siglo x v n se establecieron en l a zona y fue conservado
hasta hoy. T a m b i é n es claro que este rasgo d e b i ó ser t r a n s m i t i d o a
los esclavos de las m i n a s d e l M i c a y a p a r t i r de l a n o r m a l i n g ü í s t i c a propia de los e r u p o s sociales m á s altos de l a c i u d a d de P o p a y á n , entre los
que f i g u r a b a n los M o s q u e r a , los T o r r e s y los A r b o l e d a " , concretamente,
a t r a v é T d e los " m i n e r o s " , cargo que s o l í a n d e s e m p e ñ a r m i e m b r o s de la
m o p i a s f a m i l i a s p r o p i e t a r i a s de las m i n a s 3 * .
con los que conversé informalmente o cuyas conversaciones entre sí pude escuchar
sin participar en ellas.
31 Se puede decir que en el Micay Medio los colonos blancos, en su avance,
amenazan ya incluso a los grupos negros establecidos en la orilla izquierda del río,
en cuya zona están comenzando a comprar "mejoras" de terreno y a forzar la migración de los "morenos".
32 Cf. D . L . C A N F I E L D , " T h e diachronic dimensions of synchronic Hispanic dia¬
lectology", Ling, 1964, m í m . 7, especialmente p. 5.
33 Véase para este tema m i artículo "Planteamientos y necesidades actuales en
los estudios lingüísticos afro-hispano americanos", ALM, 12 (1974), 53-82.
34 Véanse, sobre estas familias, Antonio Olano, Popayán
en la colonia:
bosquejos históricos de la gobernación
y de la ciudad de Popayán
en los siglos xvii y xvüi,
P o p a y á n , 1910; Andrew H . Whiteford, Two cities of Latin America. A
comparative
description
of social classes, Beloit, W i s c , 1960; Peter Marzahl, "Creóles and go¬
vernment: T h e Cabildo of P o p a y á n " , HAHR,
54 (1974), 636-656.
85 E n el documento citado en la nota 22 el "minero" es el capitán don Ventura de Mosquera y Figueroa, hijo del propietario don Jacinto de Mosquera y Figueroa. Para la importancia de las explotaciones auríferas en la economía de la
NRFH, XXVII
87
NOTAS
De este m o d o , acorde con el a r c a í s m o p r o p i o de las á r e a s g e o g r á f i cas relegadas se e n las que convive, a veces con tendencias aparentemente opuestas, hacia l a r e e s t r u c t u r a c i ó n r e v o l u c i o n a r i a de sistemas ^ como
ocurre e n e l m i s m o c a s e r í o que nos ocupa, San J u a n de M i c a y h a preservado, a través de los siglos, u n rasgo m o r f o l ó g i c o que le f u e transmit i d o desde l a m o d a l i d a d de h a b l a m a n e j a d a p o r los estratos superiores
de l a sociedad de P o p a y á n e n e l siglo x v u y q u i z á e n e l x v m ; p o r e l
c o n t r a r i o , esta ú l t i m a l o c a l i d a d y g r u p o social l o e l i m i n a b a n de su
m o d e l o l i n g ü í s t i c o (¿siglo x v m ? , ¿ q u i z á p r i n c i p i o s d e l x i x ? ) , sustituyend o p o r e l e m p l e o del p r o n o m b r e e l o c u t i v o tú y las formas verbales con
él conexas e l vos con verbos d i p t o n g a d o s d e 2? persona que hasta entonces m a n e j a b a n 3 » . A c t u a l m e n t e , l a coexistencia e n P o p a y á n de tuteo (en
los g r u p o s sociales superiores) y voseo con formas verbales m o n o p t o n gadas (en los grupos sociales inferiores) h a e l i m i n a d o t o d o vestigio d e l
voseo c o n formas verbales d i p t o n g a d a s 3 » . S ó l o e l precioso t e s t i m o n i o de
San J u a n de M i c a y p r u e b a , m á s a l l á de t o d a d u d a , que e n e l siglo x v u
y q u i z á e n e l x v m este ú l t i m o t i p o de voseo fuera e m p l e a d o e n Popay á n e n u n segmento d e t e r m i n a d o de su sociodiasistema". A l m i s m o
t i e m p o , l a persistencia d e l a n t i g u o voseo a r i s t o c r á t i c o p a y a n é s e n l a
l o c a l i d a d de San J u a n de M i c a y , p o b l a d a y c o n f i g u r a d a sociocultural¬
m e n t e desde P o p a y á n , p e r m i t e , creo, generalizar e l proceso y extraer
conclusiones paralelas de otras á r e a s americanas, t a m b i é n mantenedoras de formas verbales voseantes con y o d desinencial, q u e hasta ahora
n o h a n sido examinadas e n este sentido.
É s t a m e parece que es l a e x p l i c a c i ó n g e n é t i c a de l a c o n s e r v a c i ó n del
d i p t o n g o e n desinencias verbales conexas c o n e l p r o n o m b r e e l o c u t i v o
vos e n á r e a s y localidades aisladas, remotas y arcaizantes enclavadas e n
los t e r r i t o r i o s septentrionales d e l c o n t i n e n t e suramericano. Destacan entre ellas San M a r t í n d e L o b a , l u g a r "aislado y arcaizante" d e l actual
D e p a r t a m e n t o de B o l í v a r e n C o l o m b i a " , algunos c a s e r í o s d e l a c t u a l Dep a r t a m e n t o d e l Cesar, t a m b i é n e n C o l o m b i a * 3 y , f i n a l m e n t e , u n á r e a
sociedad neogranadina de los siglo x v u y x v m véase G e r m á n Colmenares,
Historia
económica
y social de Colombia,
1537-1719, Bogotá, 1973.
36 Cf. M . B A R T O L I , Saggi di linguistica
spaziale, Torino, 1945. Véase una exposición m á s actual en el artículo de G I U L I A N O B O N F A N T E , " L e norme della linguistica
areale", HHM, 51-76.
37 Sobre este punto, ya sugerido por J . Jud, véanse, por ejemplo, IORGU IORDAN,
" L e roumain et l'espagnol, aires laterales de la Romania", RRL, 9 (1964), 5-14; y
MARIUS S A L A , " E l rumano y el español áreas laterales de la Romania", HRO, 439-447.
38 Esta sustitución de vos por tú en el segmento social superior < de Popayán
debió ser, pues, paralela, aunque posterior cronológicamente, al mismo proceso en
la Península tal como lo describe R . Lapesa en su art. cit. de RUM.
39 Cf. J O S É
JOAQUÍN
MONTES,
"Sobre
el voseo en Colombia",
B1CC,
22
(1967)
(sep.).
40 Empleo la terminología que propuse en m i trabajo " D i a t o p í a , diastratía y
diacronia de u n fenómeno fonético dialectal en el occidente de Colombia",
BICC,
29 (1974), 221-253.
41 J . J . M O N T E S , art. cit., de BICC,
p. 4.
42 Debo este dato, a ú n inédito, a M a r í a Luisa R o d r í g u e z de Montes, del Ins-
88
NOTAS
NRFH, XXVII
r e l a t i v a m e n t e extensa de los estados venezolanos del Z u l i a y T r u j i l l o * » .
L a h o m o l o g í a en los c o n d i c i o n a m i e n t o s de todo t i p o entre estas zonas
y la ya e x a m i n a d a de San J u a n de M i c a y es c o m p l e t a y se m a n i f i e s t a
en l a t r i p l e d i m e n s i ó n s o c i o g e o g r á f i c a , h i s t ó r i c a y l i n g ü í s t i c a .
T o d a í las á r e a s m e n c i o n a d a s son, g e o g r á f i c a m e n t e , caracterizables
p o r su a c t u a l i n c o m u n i c a c i ó n y aislamiento, p o r l a escasez de v í a s de
c o m u n i c a c i ó n que las u n a n con poblaciones i m p o r t a n t e s y p o r sus escasas relaciones c o n segmentos m á s evolucionados de la sociedad mayor.
Desde el p u n t o de vista h i s t ó r i c o , todas ellas h a n sido p o b l a d a s y h a n
r e c i b i d o su c a r a c t e r i z a c i ó n c u l t u r a l o r i g i n a r i a desde n ú c l e o s ciudadanos
i n d i v i d u a l i z a b l e s , en l a é p o c a c o l o n i a l , p o r su c o n s t i t u c i ó n aristocrática y n o b i l i a r i a , d e n t r o de las p a r t i c u l a r i d a d e s de la sociedad hispanoamericana de los siglos x v ! al x i x . A s í , San J u a n de M i c a y fue p o b l a d a
desde P o p a y á n , San M a r t í n de L o b a desde Cartagena, las localidades
mencionadas d e l actual D e p a r t a m e n t o del Cesar desde Santa M a r t a
(todas ellas p e r t e n e c í a n a ú n al D e p a r t a m e n t o del M a g d a l e n a , con capital
e n Santa M a r t a , antes de l a ú l t i m a r e m o d e l a c i ó n de las circunscripciones
departamentales colombianas) y, f i n a l m e n t e , las á r e a s venezolanas antes
s e ñ a l a d a s f u e r o n pobladas desde C o r o y, q u i z á , R í o de l a H a c h a . T o d a s
las ciudades mencionadas h a n c o m p a r i d o , h s t ò r i c a m e n t e características comunes en c u a n t o a l a c o n s t i t u c i ó n s o c i o l ó g i c a de sus m i n o r í a s rectoras 4 4 y al p r e d o m i n i o e n ellas de elementos; n o b i l i a r i o s y e c l e s i á s t i c o s ^ .
T a m b i é n l i n g ü í s t i c a m e n t e l a coincidencia entre las á r e a s mencionadas es p r á c t i c a m e n t e c o m p l e t a . San J u a n de M i c a y , San M a r t í n de L o b a
y las zonas e n c u e s t i ó n d e l Cesar y d e l Z u l i a h a n preservado, en diferentes estadios de v i t a l i d a d (mayor en San J u a n y e n los t e r r i t o r i o s venezolanos, considerablemente m e n o r en los restantes), e l voseo p r o n o m i n a l
c o n formas verbales d i p t o n g a d a s , m i e n t r a s que los n ú c l e o s urbanos de
los que, en u n t i e m p o , r e c i b i e r o n sus n o r m a s sociales y l i n g ü í s t i c a s h a n
s u s t L i a o este r a s g ¿ p o s t e r i o r m e n t e p o r e l tuteo. E n el g r u p o social
superior ( P o p a y á n ) o en l a t o t a l i d a d del sociodiasistema (Cartagena
Santa M a r t a , R i o h a c h a , Coro) este f e n ó m e n o es consecuencia, probatituto Caro y Cuervo, quien realizó, en esta zona, encuestas para el "Atlas Linglifctico y Etnográfico de Colombia".
43 Cf. Á N G E L R O S E N B L A T , Buenas y malas palabras en el castellano
de
Venezuela,
t. 1, Caracas, 1969, p. 21.
14 Véanse, en este sentido, Frédéric Mauro, " P r é é m i n e n c e urbaine et reseau urbain dans l ' A m é r i q u e coloniale", en J . Matos Mar (ed.), Urbanización
y proceso
social en América,
L i m a , 1972, pp. 115-132, y J. E . Hardoy y R . P. Schaedel, El
proceso de urbanización
en América desde sus orígenes a nuestros días, Buenos Aires,
1966. Hay t a m b i é n datos útiles en Jacques Lambert, Amérique
Latine.
Structures
sociales
et institutions
politiques,
Paris, 1963; Manfred Kossok, Feudalismus
und
Kapitalismus
in der Kolonialgeschichte
Lateinamerikas,
Roma, 1972; James Lockhart,
" T h e social history of colonial Spanish America: Evolution and potential",
LARR,
1972, n ú m . 7, 6-45; Richard Graham y Peter H . Smith (eds.) , New approaches
to
Latin
American
history, Austin, 1974.
45 Facilita datos, generalizables a otras zonas americanas, sobre la procedencia
social alta del clero regular mexicano, Francisco Morales, Ethnic
and social background of the Franciscan
friars in seventeenth
century Mexico,
Washington, 1973,
especialmente caps. 5 y 7.
NRFH, XXVII
NOTAS
89
blemente, de l a p r e s i ó n ejercida p o r los nuevos modelos l i n g ü í s t i c o s met r o p o l i t a n o s en las zonas americanas costeras del A t l á n t i c o a través d e l
tráfico m a r í t i m o « y de su i n f l u j o en los puertos y zonas q u e d e p e n d e n
de ellos (las llamadas p o r M e n é n d e z P i d a l " t i e r r a s de l a f l o t a " 4 ? ) .
Si, c o m o hemos visto, son paralelos los c o n d i c i o n a m i e n t o s de t o d o
t i p o que se d a n entre San J u a n de M i c a y , p o r u n lado, y, p o r o t r o , San
M a r t í n de L o b a y las localidades del d e p a r t a m e n t o c o l o m b i a n o del Cesar y d e l estado venezolano d e l Z u l i a , es m e t o d o l ó g i c a m e n t e correcto
q u e a t r i b u y a m o s al f e n ó m e n o de la c o n s e r v a c i ó n e n estas ú l t i m a s de formas d i p t o n g a d a s de segunda persona el m i s m o proceso g e n é t i c o que hemos p r o p u e s t o p a r a l a p r i m e r a . Es decir, la p e r v i v e n c i a e n ellas, c o m o
á r e a s m a r g i n a l e s o relegadas, de u n rasgo l i n g ü í s t i c o que, o r i g i n a d o y
p r a c t i c a d o e n segmentos elevados de la sociedad de Cartagena, Santa
M a r t a , R i o h a c h a y C o r o d u r a n t e u n p e r í o d o de t i e m p o d i f í c i l m e n t e
evaluable c o n los datos que h o y poseemos pero que d e b i ó abarcar, cuand o menos, los siglos x v i y x v u , fue, m á s tarde, e l i m i n a d o e n esas ciudades y r e e m p l a z a d o p o r el n u e v o y m á s prestigioso m o d e l o e l o c u t i v o ,
t r a s p l a n t a d o desde la P e n í n s u l a , con empleo de tú p r o n o m i n a l y de las
formas verbales conectadas con él. Si se acepta esta p o s t u r a t e ó r i c a e n
c u a n t o afecta a las localidades mencionadas, creo que es t a m b i é n inev i t a b l e a p l i c a r l a m i s m a e x p l i c a c i ó n causal al m a n t e n i m i e n t o de formas
verbales de voseo c o n y o d desinencial en los otros casos ( m u y pocos) e n
q u e el f e n ó m e n o h a sido detectado a c t u a l m e n t e e n tierras americanas
c o m o ocurre, al parecer, e n el n o r t e de C h i l e 4 8 y a los testimonios l i terarios o de a r c h i v o en los que aparecen, entre los siglos x v i y x i x , similares rasgos m o r f o l ó g i c o s . Estos ú l t i m o s d e b e r í a n ser i n t e r p r e t a d o s n o
e n c u a n t o manifestaciones de u n r e g i s t r o de l e n g u a j e exclusivamente
e m p l e a d o p o r escrito y sin correspondencia real c o n el r e g i s t r o o r a l ,
sino c o m o a u t é n t i c a e x p r e s i ó n de l a r e a l i d a d l i n g ü í s t i c a , al menos entre
d e t e r m i n a d o s g r u p o s sociales de n i v e l alto, en el h a b l a c o l o q u i a l * » .
40 Véase V . Vázquez de Piada, "Las rutas comerciales entre E s p a ñ a y América
en el siglo x v m " , AEA, 25 (1968), 209-257. Para la importancia de las comunicaciones m a r í t i m a s en la difusión de rasgos lingüísticos cf. H . Kahane, " T h e sea as
a m é d i u m of linguistic diffusion", lt, 28 (1951), 287-291.
4T Cf. R . M E N É N D E Z PIDAL, "Sevilla frente a Madrid". Pienso que la tesis de
Menéndez Pidal es, en cuanto a la división del español americano en áreas "de la
flota" y "de la a d m i n i s t r a c i ó n " , excesivamente simplificado™ y, por ello, revisable. L a considero, sin embargo, aplicable a la franja a t l á n t i c a en la que se encuentran Cartagena, Santa Marta, Riohacha y Coro, que es la zona que ahora nos
interesa.
48 Cf. supra, notas 10 y 11. Para las condiciones socioeconómicas que se dieron en esta zona y que pueden haber estado relacionadas con el fenómeno lingüístico mencionado véase Mario G ó n g o r a , Encomenderos
y estancieros.
Estudio
acerca
de la constitución
social aristocrática
de Chile después de la Conquista.
1580-1660,
Santiago, 1970.
49 Esto me parece, por ejemplo, aplicable a los casos de formas verbales diptongadas de segunda persona que aparecen en los escritos de la Madre Castillo,
monja que nació y vivió en T u n j a (Nueva Granada) en época colonial. Para la
fisonomía social de T u n j a , paralela en importantes aspectos sociales a la de Popayán, véanse V . Cortés Alonso, " T u n j a y sus vecinos", R1M, 25 (1965), 155-207, Ger-
90
NOTAS
NRFH,
XXVII
E n l a m i s m a l í n e a de deducciones (considerando q u e s e r í a altamente e x t r a ñ o y m u y i m p r o b a b l e que el rasgo l i n g ü í s t i c o que a q u í nos ocup a se h u b i e r a m a n i f e s t a d o en l a H i s p a n o a m é r i c a c o l o n i a l exclusivam e n t e en localidades aisladas como P o p a y á n , Cartagena, R i o h a c h a , C o r o
o T u n j a y n o en las que, p o r su c o n s t i t u c i ó n s o c i o l ó g i c a , p a r t i c i p a b a n
d e c o n d i c i o n a m i e n t o s a n á l o g o s en c u a n t o al p r e d o m i n i o en ellas de u n a
fuerte e i n f l u y e n t e casta n o b i l i a r i a ™ y de extensos g r u p o s eclesiásticos)
pienso que l a existencia d e l voseo e n l a A m é r i c a e s p a ñ o l a , entre los
siglos x v i y x v i n , d e b i ó ser m u c h o m á s extensa de l o q u e hasta ahora
se ha supuesto, t a n t o t e m p o r a l como g e o g r á f i c a m e n t e .
U n p l a n t e a m i e n t o q u e m e parece correcto (basado en los hechos
hasta a q u í expuestos y e n criterios i n t e r p r e t a t i v o s que t o m a n en cuenta
d e b i d a m e n t e l a estructura s o c i o h i s t ó r i c a de l a sociedad c o l o n i a l en la
A m é r i c a e s p a ñ o l a ) p o d r í a ser e l siguiente: e l t r a t a m i e n t o vos acompañ a d o de formas verbales d i p t o n g a d a s h a b r í a c o m p e t i d o en H i s p a n o a m é rica - h a s t a ser s u s t i t u i d o e n p a r t e p o r el n u e v o y m á s prestigioso tuteoc o n e l voseo a c o m p a ñ a d o de formas verbales m o n o p t o n g a d a s , e n u n a
d i s t r i b u c i ó n p r i m a r i a m e n t e d i a s t r á t i c a y sólo secundariamente d i a t ó p i c a .
E l p r i m e r t i p o de voseo, cortesano y c u l t o , sería e m p l e a d o p o r los
segmentos s o c i o l ó g i c a m e n t e m á s elevados de l a sociedad h i s p á n i c a en
tierras americanas y p u d o ser t a m b i é n d i f u n d i d o p o r ellas a otros grupos
h u m a n o s en estrecho c o n t a c t o c o n a q u é l l o s , m i e n t r a s q u e e l segundo,
i n n o v a d o r y p o p u l a r , s e r í a m a n e j a d o , n o r m a l m e n t e , p o r los segmentos
inferiores de l a sociedad h i s p a n o a m e r i c a n a . A h o r a b i e n , a l concentrarse
e n l a A m é r i c a e s p a ñ o l a de los siglos x v i a l x v m los g r u p o s sociales superiores e n n ú c l e o s f u n d a m e n t a l m e n t e u r b a n o s » y e n á r e a s d e t e r m i nadas d e l c o n t i n e n t e , s ó l o e n ellas se v e r i f i c a r í a l a coexistencia de ambas formas de voseo; en las d e m á s , al haber sido realizada su c o n q u i s t a
man Colmenares, La Provincia
de Tunja en el Nuevo Reino de Granada: ensayo de
historia social, 1539-1800, Bogotá, 1970, y Ozias S. Rubio y Manuel Briceño,
Tunja,
desde su fundación
hasta la época presente,
Bogotá, 1919.
50 Empleo esta d e n o m i n a c i ó n con la restricción de sentido, respecto a la clase
nobiliaria peninsular, a que fuerza la peculiar estructura de los grupos sociales
hispanoamericanos ,en el p e r í o d o colonial. Cf. R . Konetzke, " L a formación de la
nobleza en Indias", AEA, 3 (1951); J . Friede, "Algunas observaciones sobre la realidad de la emigración española a América en la primera mitad del siglo x v i " , RIM,
12 (1952); Mario G ó n g o r a , Los grupos
de conquistadores
en Tierra
Firme (1509¬
1530), Santiago, 1962, etc. Sobre una zona concreta (Venezuela) véase el reciente
trabajo de Á N G E L R O S E N B L A T , " E l mantuano
y el mantuanismo
en la historia social
de Venezuela", NRFH,
24 (1975), 64-88.
51 A l expresar esta idea, voluntariamente simplificadora, prescindo del com.
plicado problema que en la sociedad colonial hispanoamericana representan los agrupamientos rurales como la encomienda y la hacienda. Su estudio detallado obligaría
a modificar o, al menos, a exponer de un modo mucho m á s complejo el tema a
que a q u í me refiero. Para una introducción al tema véanse los artículos de James
Lockhart, "Encomienda
and hacienda:
T h e evolution of the great state i n the Spa¬
nish Indies", HAHR,
49 (1969), 411-429, y de Robert G . Keith, "Encomienda,
hacienda and corregimiento
in Spanish America: A structurai analysis", ibid,, 51 (1971),
431-446. Véase un inteligente resumen del estado de la cuestión en Magnus Mórner,
" T h e Spanish American hacienda:
A survey of recent research and debate", ibid.,
53 (1973), 183-216.
NRFH, XXVII
NOTAS
91
y p o b l a m i e n t o p o r contingentes h u m a n o s klentificables con los estratos
sociales inferiores de l a sociedad h i s p á n i c a , solamente l l e g a r í a a prevalecer, en d e f i n i t i v a , el t i p o de voseo m o n o p t o n g a d o " , d á n d o s e 'así sec u n d a r i a m e n t e u n a d i s t r i b u c i ó n d i a t ó p i c a d e r i v a d a de la p r i m i t i v a
diastrática.
Sin embargo, esta h i p ó t e s i s , a u n q u e s ó l i d a m e n t e apoyada en el ent r a m a d o de datos l i n g ü í s t i c o s y s o c i o h i s t ó r i c o s q u e - h a s t a a q u í hemos
recogido, parece estar en c o n t r a p o s i c i ó n con l a s i n c r o n í a actual d e l esp a ñ o l de A m é r i c a , en l a que las á r e a s de c o n s e r v a c i ó n de formas verbales de voseo con y o d desinencial son, como se h a visto, e x t r e m a d a m e n t e
reducidas. Creo que l a r a z ó n de esta aparente c o n t r a p o s i c i ó n entre el
estado de cosas que, e n r e l a c i ó n con este rasgo l i n g ü í s t i c o , i n f e r i m o s
p a r a los siglos x v i - x v m y l a s i t u a c i ó n presente es fácil de d e t e r m i n a r .
Se t r a t a de l a e x p a n s i ó n , posterior al estadio c r o n o l ó g i c o p a r a el que
postulamos l a r e a l i d a d de u n a s i t u a c i ó n de convivencia, d i a s t r á t i c a m e n te d e t e r m i n a d a , de los dos tipos de formas verbales de voseo (con y sin
m o n o p t o n g a c i ó n ) , de u n n u e v o m o d e l o de p r o n o m b r e e l o c u t i v o , tú, el
cual viene a s u s t i t u i r a vos e n a m p l i a s zonas de l a A m é r i c a e s p a ñ o l a ,
desplazando e n ellas, a l m i s m o t i e m p o y como es n a t u r a l , las formas
verbales conexas con vos.
C o m o se s a b e ® , l a e l i m i n a c i ó n de vos e i m p o s i c i ó n de tú fue, en la
A m é r i c a e s p a ñ o l a , i n n o v a c i ó n aceptada t a n t o en aquellas zonas que recogieron y d i f u n d i e r o n modificaciones de l e n g u a j e de tendencia p o p u l a r ("tierras de l a f l o t a " ) c o m o e n las que s ó l o a d m i t i e r o n m o d i f i c a ciones l i n g ü í s t i c a s i n c l u i b l e s en las tendencias cultas y d i s t i n g u i d a s del
e s p a ñ o l m e t r o p o l i t a n o ("tierras de l a a d m i n i s t r a c i ó n " ) . Quiere e l l o decir que e l tuteo s u s t i t u y ó al voseo en las zonas siguientes: a) islas de
las A n t i l l a s y Costa a t l á n t i c a de Venezuela y C o l o m b i a j u n t o con l a
t o t a l i d a d de P a n a m á , á r e a s que e x p e r i m e n t a b a n el i n f l u j o l i n g ü í s t i c o
ejercido p o r el t r á f i c o m a r í t i m o con l a P e n í n s u l a e n f o r m a m u y intensa;
b) la m a y o r p a r t e d e l t e r r i t o r i o d e l M é x i c o actual, i n f l u i d o p o r las normas (de i n n o v a c i ó n "cortesana") de l a c a p i t a l d e l V i r r e i n a t o de N u e v a
E s p a ñ a ; c) la casi t o t a l i d a d del t e r r i t o r i o d e l a c t u a l P e r ú , q u e s e g u í a el
m o d e l o l i n g ü í s t i c o ( t a m b i é n de i n n o v a c i ó n cortesana) de L i m a . A estas
zonas, e n las que el tuteo fue a d o p t a d o p o r la t o t a l i d a d de los grupos
sociales 5 4 , hay que sumar aquellas otras en las que l a n u e v a m o d a l i d a d
de p r o n o m b r e e l o c u t i v o s ó l o p e n e t r ó e n las clases superiores de l a socied a d , c o e x i s t i e n d o c o n la m o d a l i d a d p o p u l a r (con f o r m a s verbales monoptongadas) del voseo, p r a c t i c a d o p o r los estratos i n f e r i o r e s ' 5 . A d e m á s ,
52 Ejemplos de esta clase serían las áreas de la actual Argentina y de los países
centroamericanos (salvo P a n a m á ) . Para una visión de sus características sociohistóricas respectivas véanse Guillermo Furlong Cardiff, Historia
social y cultural
del
Rio de la Plata, 1536-1810, Buenos Aires, 1969, 3 ts.; Sergio B a g ú , Evolución
histórica de la estratificación
social de la Argentina,
Buenos Aires, 1961; Murdo J . Mac
Leod, Spanish
Central America:
A socio-economic
history, 1520-1720, Berkeley, 1973'.
53 Cf. R . M E N É N D E Z P I D A L , "Sevilla frente a Madrid".
54 No me o c u p a r é de las áreas reducidas de tuteo que hay en Uruguay, Paraguay, Bolivia, etc., causadas por factores diversos (influencia del p o r t u g u é s del Brasil, etc.), Véase sobre ellas J . P. R O Ñ A , op. cit.
92
NRFH,
NOTAS
XXVII
y s e g ú n ha visto muy bien T. P. R o ñ a , op. cii., antes de que en l a zona
de P e r ú se impusiera tatamente el tuteo
(siglo xvn), tuvo lugar (a
fines del siglo xvn) otra i n n o v a c i ó n en las formas verbales conexas con
el voseo, a ú n vigente, que s u s t i t u y ó las hasta entonces empleadas pollas singulares correspondientes mientras se conservaba el pronombre elocutivo vos. Esta oleada innovadora, t a m b i é n de tipo culto y que d e b i ó
tener su foco difusor en territorio peruano actual, p r o p a g ó paradigmas
del tipo vos tienes frente a vos tenéis ¡vos tenis pero q u e d ó , a su vez,
enterrada por la posterior i m p o s i c i ó n de tú tienes, dejando apenas restos en la zona interandina de Ecuador y en Santiago del Estero (Argentina) principalmente.
N o es difícil relacionar los f e n ó m e n o s que acabamos de sintetizar
con l a virtual e l i m i n a c i ó n de las formas verbales de voseo con yod desinencial del territorio hispanoamericano a pesar del empleo relativamente amplio que, s e g ú n a q u í postulamos, d e b i ó de hacerse de las mismas en el p e r í o d o que v a del siglo xvt al x v m . L a oleada innovadora
portadora del tuteo pronominal y verbal (precedida en P e r ú y Ecuador
por l a que p r o p o n í a el tuteo sólo verbal) e l i m i n ó el voseo y las formas
verbales con él conexas en u n a serie de zonas, en unas totalmente (costa
a t l á n t i c a de P a n a m á a Venezuela, M é x i c o , P e r ú ) y en otras sólo en los
segmentos sociales superiores (Ecuador, Colombia, e t c . ) : coinciden estos
territorios con aquellos en los que l a variante diptongada de los paradigmas verbales de voseo h a b í ? estado anteriormente difundida entre
las m i n o r í a s a r i s t o c r á t i c a s , por lo que estas formas solamente pueden ser
rastreadas acudiendo, como e n este trabajo hemos intentado, a escasísimos afloramientos de las mismas en á r e a s relegadas de l a d i a l e c t o l o g í a
hipanoamericana actual 5 0 y a sus implicaciones h i s t ó r i c a s y l i n g ü í s t i c a s .
Por el contrario, se sustrajeron a l a i n n o v a c i ó n del tuteo aquellos te¬
rritorios en los cuales el ú n i c o voseo verbal existente estaba represenS a o exclusivamente por las variantes monoptongadas como c o n L u e n d a de su f i s o n o m í a sodocultural b á s i c a m e n t e p i u l a r ( á r e a r i o p l a t e n S y c h i l e n a c r s i T s u t o ^ i d a d C e n t r o a m é r i c a ? Esta doble circunstand a f a c i l S ¿ e o u n a e x p l i c a c i ó n v á l i d a de l a casi total ausencia ^ el
español ^
s e r ó n a q u í he
^S^é^^üT^vourl
A f u s i ó n d L s S t k a y d " a t ó p f c a entre los
sigtaTxvi y ^ x ^ i , bas'tame m á s a m p l i é
I h o m sospechada
C o n f í o en q u é nuevas aportaciones d i a l e c t o l ó g i c a s sobre el e s p a ñ o l de
A m é r i c a puedan facilitar otros datos que complementen y precisen las
conclusiones a q u í esbozadas, las cuales, creo, n o e s t á n totalmente desprovistas de s i g n i f i c a c i ó n en lo que respecta al esclarecimiento de las
corrientes y condicionamientos s o c i o h i s t ó r i c o s que actuaron en la const i t u c i ó n de l a variedad americana del e s p a ñ o l .
GERMÁN
DE
GRANDA
Universidad A u t ó n o m a de Madrid.
55 Esta modalidad
ROÑA,
op.
se da, por
ejemplo,
en Ecuador, Colombia, etc.;
cf.
J . P.
cit.
56 v é a s e , para un enfoque teórico de este tema, W I L L I A M S. Y . W A N G , "Competing changes as a cause of residue", Lan, 45 (1969), 9-25.
NRFH, XXVII
93
NOTAS
LA
PALMA
ROTA
La palma
rota,
p u b l i c a d a e n 1909, p o d r í a considerarse entre las
novelas de " p r i m e r a é p o c a " de G a b r i e l M i r ó 1 . C o n t e m p o r á n e a de otras
obritas de aspecto semejante (La novela de mi amigo, Nómada)
y un
poco a n t e r i o r a Las cerezas del cementerio,
es considerada generalmente
como la p r i m e r a n o v e l a l o g r a d a del escritor. L a c r í t i c a se h a d e t e n i d o
poco en La palma rota. Es u n r e l a t o breve, s e n t i m e n t a l , q u e n a r r a los
amores de A u r e l i o G u z m á n y L u i s a Castro (fracasados sin grandes razones que l o j u s t i f i q u e n ) , e n m e d i o de u n a m b i e n t e m e r i d i o n a l y p r o fuso. D e b o reconocer que l a n o v e l a c a r e c i ó p a r a m í de i n t e r é s d u r a n t e
bastante t i e m p o 2 .
Sin e m b a r g o hay algo en l a o b r a que i n q u i e t a al lector, t a l vez l o
i n e x p l i c a b l e de las reacciones de los personajes, t a l vez l o aparentemente a b s u r d o de l a s i t u a c i ó n , t a l vez su aspecto de s u p e r f i c i a l i d a d ,
que n o c o n c o r d a r í a c o n l a h o n d u r a sustancial de M i r ó . " L ' œ u v r e d ' a r t
est v a l e u r parce q u ' e l l e est a p p e l " , ha d i c h o S a r t r e 3 ; y a s í es: ese desc o n t e n t o lleva a l a b ú s q u e d a y al hallazgo de los verdaderos valores,
desde u n a t é c n i c a n a r r a t i v a , a u n q u e t r a d i c i o n a l , perfectamente conseg u i d a , hasta l a r a í z m i s m a del p e n s a m i e n t o de M i r ó .
V o y a tratar, a c o n t i n u a c i ó n , algunos de los aspectos q u e m e parecen m á s i m p o r t a n t e s e n l a novela, muchos de los cuales l a r e l a c i o n a n
estrechamente con toda l a restante o b r a de M i r ó .
RECUERDOS D E INFANCIA
(MATERIAL
AUTOBIOGRAFICO)
U n a serie de temas y de personajes se r e p i t e n c o n insistencia a l o
largo de l a o b r a de M i r ó . U n o de ellos es l a e v o c a c i ó n de su n i ñ e z ,
ya sea en f o r m a a u t o b i o g r á f i c a , ya generalizada. S i n d u d a su i n f a n c i a
t u v o u n i m p a c t o m u y fuerte e n él, y, consciente o inconscientemente,
las vivencias de entonces reaparecen de distintas formas e n su c r e a c i ó n .
Esto n o es u n f e n ó m e n o n u e v o en la l i t e r a t u r a ; F r e u d l o s e ñ a l ó como
hecho h u m a n o y general: " U n poderoso suceso a c t u a l despierta en el
poeta el r e c u e r d o de u n suceso a n t e r i o r , perteneciente casi siempre a
su i n f a n c i a , y de éste parte entonces el deseo, que se crea s a t i s f a c c i ó n
en l a o b r a p o é t i c a , l a cual d e j a ver elementos, t a n t o de l a o c a s i ó n reciente como d e l a n t i g u o r e c u e r d o " 4 .
1 Ya he s e ñ a l a d o anteriormente que no existe una clasificación temática de la
obra de M i r ó que valga la pena. Incluso la clasificación cronológica (publicada
en los "Datos biográficos", Obras completas,
Madrid, 1943) es deficiente: las fechas
allí incluidas no coinciden con las que aparecen al fin de las novelas. A d e m á s ,
dejan muchos puntos oscuros sobre refundiciones de obras anteriores o sobre escritos que tardaron mucho tiempo en publicarse.
2 Agradezco al doctor B. Gicovate que me señaló el valor de esta obra. A él
le dedico estas líneas.
3 Situations,
I I , Paris, 1948, p. 98.
4 " E l poeta y la f a n t a s í a " en Psicoanálisis
aplicado, Madrid, 1972, p. 17.
94
NOTAS
NRFH,
XXVII
E n La palma rota, L u i s a es h e r m a n a de u n c o m p a ñ e r o de estudios
de A u r e l i o G u z m á n , y de a h í h a nacido el c o n o c i m i e n t o . E l personaj e de la h e r m a n a del a m i g o se r e p i t e en otras obras. E n Niño y grande
es Elena Bellver q u i e n , al v i s i t a r a su h e r m a n o en el i n t e r n a d o , provoca el p r i m e r a m o r de A n t ó n - G a b r i e l , que d u r a r á m u c h o s a ñ o s .
E n El humo dormido,
L u z , h e r m a n a de M a u r o , c o m p a ñ e r o de est u d i o s del protagonista, o r i g i n a tiernos sentimientos e n él. L a v i s i t a
de las hermanas y de las madres de los otros d i s c í p u l o s en los d í a s de
fiesta del i n t e r n a d o es sin d u d a u n episodio de i n f a n c i a que n o se b o r r a
d e l recuerdo de M i r ó , ya que aparece en algunas otras obras (El
obispo
leproso, El humo
dormido).
L a p r i m a enamorada y n o correspondida, representada en La
palma
rota por " l a princesita", q u i e n ama a A u r e l i o sin esperanzas, es o t r o
personaje que se r e p i t e con frecuencia en obras de M i r ó ; sus características recuerdan a Isabel de Las cerezas del cementerio,
prima también
del personaje central, el cual siente p o r ella u n a m o r casi f r a t e r n o nada
m á s . E n el a u t o b i o g r á f i c o Libro
de Sigüenza
se m e n c i o n a o t r a p r i m a ,
m u y l i n d a , que recuerda a las anteriores 5 . D o ñ a C o r a z ó n , f i g u r a de Nuestro padre San Daniel,
" t o d a v í a m u y j o v e n estuvo e n a m o r a d a de d o n
D a n i e l [su p r i m o ] ; pero l o a m ó t a n recatadamente que el h i d a l g o n o
l o supo, y la buscaba p a r a decirle sus anhelos p o r la que fue su esposa"
(p.705).
P
1
P
C i e r t o personaje de La palma rota, a t r a v é s de sus breves presentaciones, tiene u n p a p e l s i m b ó l i c o ; representa a la sociedad de A d u e r o ,
p u l i d a , i n c u l t a , pedante. L a a n t i p a t í a que A u r e l i o G u z m á n y él se profesan c o n t r i b u y e a caracterizarlo: " ¡ Q u é saben ustedes los que v i v e n
y sienten con f a l s i l l a ! " , le dice el escritor. Pues b i e n , su presencia e s t á
siempre subravada p o r sus lentes, "lentes de oro de m u c h o r e s p l a n d o r " ;
o " e l licenciado de los anteojos d e s p i d i ó s e " ; " e l apuesto licenciado de
los anteojos", l a m i s m a c a r a c t e r i z a c i ó n que usa M i r ó e n El
obispo
leproso
cuando se refiere a los j e s u í t a s : " A l jesuita que escuchaba i n m ó v i l con el bonete en el pecho y u n d a r d o e n cada cristal de sus
gafas" (p. 842); "los anteojos congelados del c l é r i g o d o m é s t i c o le apresuraban las p a l p i t a c i o n e s " (p. 9 0 5 ) ; "sus anteojos eran r á f a g a s de l u m b r e " ( 9 0 9 ) ; " e n l a t a r i m a u n h e r m a n o con gafas negras, las gafas de
d i s i m u l o de todo el a ñ o " (p. 895); etc.
O t r a f i g u r a de La palma rola, el g r a n m ú s i c o , que, cansado de and a r p o r el m u n d o , regresa a l a p r o v i n c i a p a r a t e r m i n a r a l l í sus d í a s ,
tiene su p a r a l e l o en u n personaje de El abuelo
del rey, d o n L o r e n z o ,
q u i e n d e s p u é s de muchos a ñ o s de ausencia y de grandes é x i t o s c o m o
pianista, vuelve a l a c i u d a d de Serosca para m o r i r a l l í . T a m b i é n en
Nómada
existe o t r o m ú s i c o s o l i t a r i o ; es el t o r r e r o de u n faro, que t a ñ e
su ó r g a n o j u n t o a las inmensidades del m a r ( p p . 153-158).
L a r e c r e a c i ó n de temas y personajes es constante en la o b r a de
M i r ó , A s í , el m é t o d o de a n á l i s i s l i t e r a r i o d e n o m i n a d o " p s i c o c r í t i c o "
•>r " L a señora que hace dulces", Libro
de Sigüenza,
en Obras completas,
Biblioteca Nueva, Madrid, 1943. (Todas las citas de obras de M i r ó las h a r é por la
misma edición, anotando sólo el n ú m e r o de página) .
NRFH,
XXVII
NOTAS
95
de Charles M a u r o n « , p o d r í a aplicarse a e l l a c o n toda eficacia. E l m é t o d o ,
q u e tiene bastante r e l a c i ó n con la a f i r m a c i ó n f r e u d i a n a a n t e r i o r , consiste en superponer varias obras de u n m i s m o a u t o r para q u e aparezcan
los caracteres estructurales obsesivos. D e esta f o r m a se l o g r a r í a u n a i m a gen de l a p e r s o n a l i d a d inconsciente d e l escritor — q u e es l a m i s m a que
l a d e l h o m b r e - la c u a l p e r m i t e conocer l a a c t i t u d d e l creador: la v i s i ó n d e l t o d o de su o b r a c o m o f i n ú l t i m o . L a c r í t i c a n o e s t á interesada
e n l a b i o g r a f í a d e l a u t o r m á s q u e c o m o u n m e d i o , puesto q u e su m e t a
es l a o b r a l i t e r a r i a como la c r e a c i ó n m á s a u t é n t i c a d e l h o m b r e , p e r o
t e n i e n d o e n c u e n t a siempre que ésta procede de sus vivencias inconscientes.
U n a i n v e s t i g a c i ó n m á s p u r a m e n t e p s i c o a n a l í t i c a t r a t a r í a de reconocer e l m a t e r i a l de impresiones y de recursos d e l escritor q u e h a n
c o n s t i t u i d o l a o b r a , y los procesos p o r los q u e d i c h o m a t e r i a l h a llegad o a ella*.
E L T E M A D E L A S DOS H E R M A N A S
Apenas e s t á i n s i n u a d o en La palma rota, pero es m o t i v o i m p o r t a n t e
en otras novelas. U n personaje se enamora, pero, p o r u n a serie de circunstancias, se casa c o n l a h e r m a n a de la m u j e r amada, c o n la que es
p r o f u n d a m e n t e i n f e l i z . D e n u e v o u n tema obsesivo q u e se r e p i t e con
cierta insistencia. P o d r í a relacionarse c o n l a f a l t a d e a m o r o e l a m o r
concebido e n f o r m a c o n v e n c i o n a l , sin m u c h a r e l a c i ó n c o n los sentimientos, p r o b l e m a s q u e t a n t o p r e o c u p a a M i r ó 8 .
E n La Palma rota se m e n c i o n a n dos hermanas, a u n q u e u n a de ellas
h a m u e r t o ya. S i n embargo se a l u d e a e l l a en dos o tres ocasiones, y su
d e s c r i p c i ó n define u n c a r á c t e r opuesto al de su h e r m a n a m a y o r , L u i s a :
" H i j a regocijada y a n i m a d o r a e n los q u e b r a n t o s " (p. 174); " L a herm a n a de L u i s a , alta, m o r e n a , de carne dorada, p a r e c í a hecha, cuajada
en l u m b r e y r i s a " ( p . 1 9 5 ) .
A l f i n de l a novela, c u a n d o A u r e l i o se convence de l a sequedad
absoluta d e l a l m a de L u i s a , p r o n u n c i a u n a frase c u y o significado es
a m b i g u o y puede tomarse e n dos sentidos: " Y o - d i j o r e t i r á n d o s e el
a r t i s t a - he q u e r i d o e n usted a l a m u e r t a , l a otra a l m a s i n abdicaciones" (p. 2 0 0 ) . S i n d u d a puede referirse a la o t r a L u i s a , a l a que p u d o
ser, p e r o yo me i n c l i n a r í a a pensar q u e alude a l a o t r a h e r m a n a / a l a
no deformada e s p i r i t u a l m e n t e l a c u a l , f u n d i d a con L u i s a , p o d r í a const i t u i r u n ser h u m a n o c o m p l e t o . I n c l u s o se p o d r í a suponer q u e M i r ó
crea conscientemente esa a m b i g ü e d a d y deja a b i e r t a l a posible a l u s i ó n
a la hermana menor.
L a p r i m e r a o b r a en que M i r ó t r a t a e l tema es La novela de mi
amigo, d o n d e el artista Federico U r i o s se casa, m e d i o e n g a ñ a d o , c o n
e " L a p s i c o c r í d c a y su m é t o d o " , en Tres
enfoques
de la literatura.
Buenos
Aires, s. f.
^ Ver Freud, Psicoanálisis
del arte, Madrid, 1973, p. 17.
8 Véase mi a r t í c u l o , "Constantes en la temática de Gabriel M i r ó " , Actas
del
I I I Congreso de A . L . F . A . L . , Puerto Rico, 1971, pp. 289-290.
96
NOTAS
NRFH,
XXVII
Angustias, cuyas manos le r e p u g n a n : " Y me tocó u n a m a n o fría, grande y sudada, y la h i j a p e q u e ñ a me m i r a b a en silencio, m u y b l a n c a . . . "
(p. 1 2 7 ) . Angustias es "seca, l a c i a " , " n i j o v e n n i alegre". Federico d i c e
de e l l a : " m i m u j e r b i e n p u d i e r a haber sido, n o d i g o m e j o r , sino d e
o t r o m o d o . ¡ O h , es t r e m e n d o n o esperar t e r n u r a , n i confianza, n i est í m u l o ! " (p. 124). E n c a m b i o su c u ñ a d a "es dulce como d o n c e l l a herm a n a y la a d i v i n o amante y tengo m i e d o " (p. 138). E n l a m i s m a o b r a
se m e n c i o n a a u n j o v e n q u e se casa con l a h e r m a n a de su n o v i a m u e r t a
(p. 130). E n Dentro del cercado, L u i s (de n u e v o u n a r t i s t a ) , siente u n
a m o r casi i r r e p r i m i b l e p o r L a u r a , p r i m a h e r m a n a de su m u j e r .
¿Qué hay de real en este tema obsesivo? N i n g u n a l u z sobre e l l o nos
d a r á la b i o g r a f í a conocida del a u t o r . S ó l o se p o d r í a n tener e n c u e n t a
sus vivencias inconscientes y clasificarlo c o m o u n a f a n t a s í a . A t r a v é s de
l o a f i r m a d o p o r F r e u d , " L o s i n s t i n t o s insatisfechos son las fuerzas i m pulsoras de las f a n t a s í a s , y cada f a n t a s í a es u n a s a t i s f a c c i ó n de deseos,
u n a r e c t i f i c a c i ó n de la r e a l i d a d i n s a t i s f a c t o r i a " » , tendremos u n a p u e r t a
abierta para adentrarnos m á s en el c o n o c i m i e n t o del h o m b r e y l a gest a c i ó n de su o b r a .
L A IDENTIFICACIÓN CON E L PROTAGONISTA
L a i n c ó g n i t a acerca de c u á l es el v e r d a d e r o protagonista de La
palma
rota d i f i c u l t a l a c o m p r e n s i ó n de la o b r a . L u i s a Castro parece ocupar
el p r i m e r p l a n o . Su p r o b l e m a de a t r a c c i ó n - r e c h a z o por A u r e l i o G u z m á n ,
basado, aparentemente, en q u e ella es siete a ñ o s m a y o r , parece ser el
m ó v i l que genera la o b r a . A u r e l i o , fogoso escritor enamorado, se siente
desorientado a l n o c o m p r e n d e r e l f o n d o de la s i t u a c i ó n . L a d e s c r i p c i ó n
de L u i s a , su casa, su f i g u r a , su a m b i e n t e , es m á s profusa. A u r e l i o p o d r í a
ser, en ú n a l e c t u r a r á p i d a l a f i g u r a secundaria que ayuda a d e f i n i r la
personalidad de la p r o t a g o n i s t a .
Sin e m b a r g o u n a vez' m á s , es preciso r e c u r r i r a u n cotejo c o n otras
obras de M i r ó . E l personaje " a r t i s t a " es m u y frecuente, s i n m e n c i o n a r
las obras a u t o b i o g r á f i c a s —o semi a u t o b i o g r á f i c a s — (Del vivir, Niño y
grande, Libro
de Sigüenza, El humo dormido, Años y leguas), d o n d e el
p r o p i o a u t o r n a r r a sus impresiones. S i n d u d a e n m u c h o ? de esos artistas hay buena parte d e l p r o p i o M i r ó , pero donde m á s e v i d e n t e m e n t e se
i d e n t i f i c a es en el p r o t a g o n i s t a de La palma rota. A q u í ya es, precisamente, escritor; el r e t r a t o físico p o d r í a ser l a d e s c r i p c i ó n de c u a l q u i e r a
de las f o t o g r a f í a s conocidas de M i r ó : " E r a A u r e l i o a l t o , esbelto; t e n í a
cabello abundoso, crespo y de u n b e l l o color de oro oscurecido. P á l i d o ,
afeitado; las l í n e a s de la boca t e n í a n p a s i ó n y a m a r g u r a ; los lados de
su f r e n t e y las sienes, de l a m á s l i m p i a palidez y su m i r a d a bella, l e n t a ,
c o m o carnada, m a n i f e s t a b a n i n f o r t u n i o y grandeza" (p. 1 7 9 ) . E l r ¿
t r a t o i n t e r n o , a u n q u e menos d e t a l l a d o , coincide t a m b i é n con los rasgos, b i e n conocidos, de l a p e r s o n a l i d a d d e l a u t o r : " e l s o l i t a r i o escritor",
" a n g u s t i a d o de soledad i n t e r n a " (pp. 176, 1 7 7 ) ; " ¡ B e n d i g o m i l veces
8 Psicoanálisis
del arte,
p.
12.
NRFH,
XXVII
NOTAS
97
el o r g u l l o m í o ! " (p. 189); " é l amaba, pero sin p é r d i d a n i menoscabo
de si m i s m o . M á s que c a u t i v e r i o rahez, s u f r í a su a l m a a m a r g u r a y pied a d de la a m a d a " (p. 1 9 6 ) ; "ese h o m b r e - n i ñ o " (p. 181) ( r e c u é r d e s e l a
i m p o r t a n c i a de l a n i ñ e z p a r a M i r ó : sin d u d a es l a b u e n a é p o c a de su
v i d a y c u a l q u i e r r e t o r n o a ella significa l a felicidad)
L a p r e o c u p a c i ó n de M i r ó p o r l a falta de a m o r en las criaturas t a m b i é n l a r e f l e j a A u r e l i o : " ¡ O h maestro, ya ve usted c ó m o los h o m b r e s
p u d i e r a n ser felices con s ó l o amarse!" (p. 181).
L a i d e n t i f i c a c i ó n de M i r ó c o n sus protagonistas h a sido ya estudiada
e n varias ocasiones. Franco M e r e g a l l i a f i r m a sobre La palma rota: " A u r e l i o G u z m á n é G a b r i e l M i r ó " 1 1 . O t r o s estudios m u e s t r a n rasgos de los
personajes a t r a v é s de los cuales se p o d r í a establecer u n a r e l a c i ó n e n t r e
ellos y su a u t o r 1 2 . L a c o m p e n e t r a c i ó n de G . M i r ó c o n su personaje n o
es, pues, dudosa.
A d e m á s , l a p e r s o n a l i d a d de A u r e l i o n o ofrece d i f i c u l t a d e s de i n t e r p r e t a c i ó n . Sus reacciones son i n t e l i g i b l e s , a d i f e r e n c i a de las de L u i s a ,
que n o son claramente comprensibles, n i p a r a el lector n i p a r a A u r e l i o . L a consecuencia de esto es que el lector c o n t e m p l a l a s i t u a c i ó n desde el m i s m o á n g u l o del p r o t a g o n i s t a , es decir, es éste el que va cond u c i e n d o l a novela, y el que, a t r a v é s de su sensibilidad, despliega
razones suficientes p a r a tener al lector de su lado.
Por t o d o e l l o , a pesar d e l é n f a s i s evidente c o n q u e e s t á subrayada l a
f i g u r a de L u i s a , resulta A u r e l i o el personaje c e n t r a l de la novela.
DESCRIPCIÓN
DE
UNA
NEUROSIS
U n o de los logros de La palma rota es la c r e a c i ó n de personajes plenos de r e a l i d a d h u m a n a . A pesar de ser u n a novela t a n breve, d o n d e
algunas de las figuras e s t á n trazadas apenas con unas pinceladas, const i t u y e u n c o n j u n t o de seres vivos, d o n d e se destacan c o n m a y o r autent i c i d a d los dos centrales. Su d e s c r i p c i ó n n o procede s ó l o d e l a u t o r , sino
que tenemos u n a v i s i ó n de ellos desde distintos á n g u l o s ; a veces a través de sí mismos, a veces a t r a v é s de otros personajes. A s í , r e s u l t a n caracteres t a n b i e n delineados, que son susceptibles de u n a n á l i s i s psicol ó g i c o . Y hay que r e c o r d a r la d i f e r e n c i a c i ó n q u e h i z o F r e u d entre las
figuras literarias: los entes de ficción, creados p o r el poeta, s i n v i d a , y
los personajes vivos, t a n susceptibles de ser ¿ C a n a l i z a d o s c o m o los
r e a l k (Para analizar a los p r i m e r o s s e r í a necesario h a c e r l o antes con
el a u t o r " ) .
10 Véase en Años y leguas, su ú l t i m a obra autobiográfica: " E l olor de los viejos campos de la Marina, como el olor de su casa familiar en la felicidad de los
veranos de su primera juventud" (p. 9 4 9 ) . "Promesa de provincia; es decir, de
infancia" (p. 9 4 7 ) , etc.
11 Gabriel Miró, Milano, s. f., p. 17.
12 Véase A L F R E D W . B E C K E R , El hombre y su circunstancia
en las obras de Gabriel Miró, Madrid, 1958, pp. 108-120; V I C E N T E R A M O S , El mundo de Gabriel
Miró.
Madrid, 1964.
13 Psicoanálisis
del arle, p. 114.
98
NOTAS
NRFH, XXVII
Es conocida la capacidad de M i r ó p a r a la c r e a c i ó n de excelentes
personalidades, p e r o m u y especialmente p a r a la c r e a c i ó n de seres conflictivos. F r e u d ya h a b í a s e ñ a l a d o la m a g n í f i c a i n t u i c i ó n d e l poeta - a
veces superior a la d e l p s i c ó l o g o - p a r a bucear e n el a l m a h u m a n a (ibid.,
p p . 107, 195). Sin embargo, en el caso de M i r ó , parece que n o es exclusivamente i n t u i c i ó n . É l h a b l a poco - a l o l a r g o de su o b r a - de temas
i n t r í n s e c a m e n t e p s i c o l ó g i c o s ; t a m p o c o se sabe con seguridad que entre
sus lecturas se e n c o n t r a r a F r e u d o l i t e r a t u r a p s i c o a n a l í t i c a . N o obstante,
varios investigadores h a n pensado que d e b i ó de conocer suficiente sobre
el t e m a 1 4 . A s í , la c r e a c i ó n de sus personajes, n o responde t o t a l m e n t e a l a
i n t u i c i ó n , sino que representa uA c o n o c i m i e n t o bastante p r o f u n d o d e l
ser h u m a n o . A través de t o d o esto se puede llegar a l a c o n c l u s i ó n de
q u e la m a n e r a m á s directa de i n t e r p r e t a r el c o m p o r t a m i e n t o a n ó m a l o
de ciertos personajes es el e s t u d i o de sus reacciones peculiares.
T o d o l o a n t e r i o r nos l l e v a r í a a observar a L u i s a Castro c o m o sujeto
de u n a c o n d u c t a c o n f l i c t i v a . Las causas que h a n p r o d u c i d o esa cond u c t a - c u i d a d o s a m e n t e s e ñ a l a d a s - son c a r a c t e r í s t i c a s e n l a g é n e s i s de
neurosis.
Para que surja u n a neurosis es necesaria l a existencia de u n conf l i c t o i n i c i a l . A s í ha sucedido en la v i d a de L u i s a : " L a plebeya c o n d i c i ó n e s p i r i t u a l de u n h o m b r e , su a m o r p r i m e r o , le s e l l ó al a l m a y los
labios. N o t u v o ya i n t i m i d a d e s n i e x p a n s i ó n a l i v i a d o r a de e n s u e ñ o s y
aflicciones. T o r n ó s e desconfiada, fría, y gustaba de ver a u m e n t a d a su i m p a s i b i l i d a d " (p. 174).
U n a de las c a r a c t e r í s t i c a s m á s d e f i n i t o r i a de los n e u r ó t i c o s es su rep u g n a n c i a sexual, su i n c a p a c i d a d para amar, " e l rasgo p s í q u i c o al que
hemos d a d o el n o m b r e de « r e p r e s i ó n » " 1 5 . A estas c a r a c t e r í s t i c a s responde l a a c t i t u d de L u i s a : "Su d i s t i n c i ó n y c a s t i d a d " (p. 1 8 4 ) ; su descripc i ó n de sí m i s m a : " A m í n u n c a me ocurre n a d a " (p. 187) y " ¡ O h , yo
n o creo en n a d a ! " (p. 189). C u a n d o A u r e l i o le hace ver q u e h a g r i t a d o
" c o m o otras m u j e r e s " , reacciona con r í g i d a ofensa: " ¡ N o ! ¡ Y o n o he
g r i t a d o como n i n g u n a . . . c o m o n a d i e ! " (p. 193). Siente rechazo hacia
l o estrictamente h u m a n o , y así la m ú s i c a se convierte p a r a e l l a en algo
que s u b l i m a l o m a t e r i a l . C u a n d o su p a d r e le p r e g u n t a acerca 'de sus
sentimientos sobre el m ú s i c o , responde: " P a r a m í s ó l o era u n m ú s i c o ,
n i h o m b r e s i q u i e r a " (p, 174).
A u r e l i o - G a b r i e l siente t o d o el p r o b l e m a de la m u j e r m á s p r o f u n d a m e n t e y sus sentimientos l o expresan con c l a r i d a d : " N o h a b í a e n este
a m o r vilezas, i n f i d e l i d a d e s ,
celos, desdenes definidos, singularizados.
N a d a . Y s i n t i ó tristeza y p i e d a d i n f i n i t a s de ella, de la m u j e r que veía
él e s p i r i t u a l m e n t e degenerada, a p a g a d a " (p. 192).
n Cf. ibid., pp. 107 y 105.
15 "Suppongo che M i r ó conoscesse, directamente o indirettamente, l'opera de
F r e u d " ( M E R E G A I X I , p. 59). " [ M i r ó ] muestra la buena ley de sus conocimientos manejando las teorías del psicólogo Binet, de las que muy pocos novelistas españoles o
extranjeros parecen haber hecho, antes ni después, mucho caso", FRANCISCO M Á R QUEZ V n x A N U E V A , "Sobre fuentes y estructuras de Las cerezas del cementerio",
HJC,
p. 371.
NRFH,
XXVII
99
NOTAS
Si se sigue u n a d e s c r i p c i ó n d e l o r i g e n y proceso de u n a neurosis, se
o b s e r v a r á que, c o n los datos p r o p o r c i o n a d o s p o r M i r ó , el caso de L u i s a
q u e d a suficientemente e x p l i c a d o " .
Es i m p o r t a n t e e l hecho de q u e e n u n a o b r a r e l a t i v a m e n t e t e m p r a n a ,
c o m o es La palma rola, logre su a u t o r u n a c r e a c i ó n t a n p l e n a d e l car á c t e r de los personajes, sobre t o d o si se tiene e n cuenta q u e e n esa
é p o c a sus novelas son exaltadas y r o m á n t i c a s . Si el m i s m o t i p o de a n á l i sis se realiza con figuras de novelas posteriores, las conclusiones s e r á n
m u c h o m á s evidentes. Sobre t o d o si se aplica a las muchas personalidades conflictivas q u e e n ellas aparecen. Esto ya h a sido observado p o r
algunos críticos, como, p o r e j e m p l o , F. M e r e g a l l i , q u e e n su estudio
d - E l obispo leproso, se detiene e n E l v i r a G a l i n d o como sujeto creado
a l a l u z d e l c o n o c i m i e n t o p s i c o l ó g i c o : " e g l i h a v o l u t o rappresentare i n
E l v i r a u n a p s i c o l o g í a f o n d a t a s u l l a « p r e s i o n e sessuale" (ol cit., p . 59).
U n a n á l i s i s m i s p r o f u n d o p o d r í a c o n d u c i r a l establecimiento m á s estrecho de l a r e l a c i ó n entre a u t o r y personajes, l o c u a l p e r m i t i r í a conocer m e j o r a l creador y a su o b r a , a t r a v é s d e l "proceso i n v e r s o " s e ñ a l a d o
por F r e u d " .
AMOR-FALTA
DE AMOR
Por ser éste u n o de los grandes temas e n l a o b r a de M i r ó , h a sido
estudiado ya e n varias ocasiones. A l f r e d W . Becker le dedica u n cap í t u l o c o m p l e t o de su valiosa o b r a 1 8 . Y o m i s m a m e he o c u p a d o de él
en d i s t i n t a s ocasiones 1 9 , y t a m b i é n otros autores. Creo q u e n o p o d r í a
encontrarse u n a sola o b r a de M i r ó donde, de u n a u o t r a f o r m a , e l tema
n o haya sido expresado. E n algunas ocasiones resulta casi excesivo e l
interés q u e le dedica, y l l a m a l a a t e n c i ó n l a fe - t a l vez e x a g e r a d a que pone e n él c o m o s o l u c i ó n u n i v e r s a l a los p r o b l e m a s de l a h u m a n i d a d .
16 Psicoanálisis
aplicado,
p. 104.
17 " P a r a la génesis de la neurosis es necesario que exista un conflicto entre
los deseos libidinosos de u n hombre y aquella parte de su ser que denominamos
su yo, el cual es la expresión de sus instintos de conservación e integra el ideal
de su propia personalidad. Semejante conflicto p a t ó g e n o nace ú n i c a m e n t e cuando la
libido intenta emprender caminos o tender a fines que el yo h a superado y condenado mucho tiempo atrás, h a b i é n d o l o s prohibido, por tanto, para siempre" (ibid.,
pp.
37-38).
18 " [ E l poeta] dirige su atención a lo inconsciente de su propio psiquismo, espía
las posibilidades de desarrollo de tales elementos y les permite llegar a la expresión
estética en lugar de reprimirlos por medio de la crítica consciente. De este modo
descubre en sí mismo lo que nosotros aprendemos en otros; esto es, las leyes a que
la actividad de lo inconsciente tiene que obedecer; pero no necesita exponer estas
leyes, ni siquiera darse perfecta cuenta de ellas, sino que por efecto de la tolerancia
de su pensamiento pasan las mismas a formar parte de su creación estética. Nosotros desarrollamos luego estas leyes extrayéndolas de su obra por medio del análisis, como las extraemos t a m b i é n de los casos de enfermedad real, pero la conclusión
es innegable: o ambos, el poeta v el médico han interpretado con igual error lo
inconsciente, o ambos lo han comprendido con igual acierto" (ibid., pp. 195-196) .
i » El hombre
y su circunstancia
en las obras
de Gabriel
Miró,
Madrid, 1958.
100
NOTAS
NRFH, XXVII
Por supuesto, n o es La palma rota la e x c e p c i ó n en este consenso. E l
a m o r es el tema central a q u í , n u n c a l o g r a d o , n u n c a completo, n o a causa
de sí m i s m o , sino de las l i m i t a c i o n e s h u m a n a s q u e i m p i d e n su realizac i ó n ; y u n a vez m á s se r e p i t e l a frase - a h o r a en boca de A u r e l i o - q u e
expresa e l sentir de M i r ó : " ¡ O h maestro, ya ve usted c ó m o los h o m b r e s
p u d i e r a n ser felices con s ó l o amarse!" ( p . 1 8 1 ) .
L a e x c l a m a c i ó n es i m p o r t a n t e en esta o b r a para e l m e j o r conocim i e n t o de los personajes: ya he s e ñ a l a d o c ó m o Luisa, a causa de su
neurosis, carece de l a capacidad de amar, p r i m e r a c a r a c t e r í s t i c a de su
estado. A u r e l i o oscila a l e x t r e m o opuesto: el a m o r es p a r a él la soluc i ó n de todo. Es decir, f r e n t e a u n a p o s t u r a extrema, p a t o l ó g i c a , o t r a
t a m b i é n e x t r e m a y distante d e l p u n t o de e q u i l i b r i o . A u r e l i o - G a b r i e l
convierte el amor en u n a u t o p í a , l o c u a l es u n a clave para conocer
m e j o r su personalidad. Sabemos que v i v e e n el aislamiento, i n t e r n o y
e x t e r n o y n o siempre v o l u n t a r i o : " e l s o l i t a r i o escritor" (p. 1 7 6 ) , " a n gustiado de soledad i n t e r n a " (p. 1 7 7 ) . E n l a v i d a real, el afecto es el
s e n t i m i e n t o q u e p e r m i t e a l h o m b r e sentirse menos aislado, menos hos¬
t i l i z a d o p o r Sus semejantes. Conocedor de e l l o , el i n d i v i d u o t i e n d e a
sobrevalorarlo, c o n v i r t i é n d o l o en u n a e n t e l e q u í a . A l m i s m o t i e m p o , el
sujeto siente la necesidad de l o m a r l o , c o m o r e m e d i o absoluto p a r a su
s i t u a c i ó n a u n q u e p o r las d i f i c u l t a d e de toda í n d o l e que esto supone,
sea a costa de u n a fuerte t e n s i ó n A s í , surgen en él temores, aprensiones hostilidades q u e t i e n d e n a d i s m i n u i r su autoaprecio. H e a q u í e l
c a m i n o abonado' hacia u n a n e u r o s i s » » . H e a q u í el p e l i g r o q u e tantas
veces se cierne sobre los h é r o e s de M i r ó .
SIMBOLISMO
La palma rota, pues, abarca u n a serie de elementos que son c o m u nes a casi toda la o b r a de M i r ó . U n e l e m e n t o m á s , el s i m b o l i s m o , t a n
r e l a c i o n a d o t a m b i é n con e l l a , la singulariza de u n a m a n e r a p a r t i c u l a r
y hace evidentes sus m á s altos valores.
L a p r i m e r a i m a g e n que aparece en l a n o v e l a es su t í t u l o , y l a p r i m e r a i n c ó g n i t a que se presenta es e l p o r q u é de ese t í t u l o , aparentem e n t e t a n poco r e l a c i o n a d o con l a o b r a .
¿ P o r q u é la p a l m a rota? E l á r b o l n o es u n elemento i m p o r t a n t e en
la n a r r a c i ó n . N i siquiera aparece c i t a d o con frecuencia. Solamente su
d e s c r i p c i ó n , m u y breve, e n l a p r i m e r a p á g i n a , y su d e s t r u c c i ó n , en med i o de u n a t o r m e n t a , a l f i n de l a novela. N o hay pues, al parecer, n i n g u n a r a z ó n p a r a que encabece l a o b r a . Pero tampoco podemos aceptar,
e n u n escritor como M i r ó , la f r i v o l i d a d de u n t í t u l o hueco. Es necesario e n c o n t r a r su r e l a c i ó n con l a n o v e l a .
C o n o c i e n d o la a f i c i ó n d e M i r ó p o r e l uso de s í m b o l o s , hay q u e re20 Véase mi art. cit. supra, nota 8 y t a m b i é n "Amor-falta de amor en la obra
de Gabriel M i r ó " , Comunidad,
1972, n ú m . 37.
21 Véase liaren Hornay, La personalidad
neurótica
de nuestro tiempo,
Buenos
Aires, 1974, p. 234.
NRFH, XXVII
NOTAS
101
c u r r i r al posible significado de " p a l m a " ; y precisamente en el m u n d o
y l a l i t e r a t u r a orientales tiene u n fuerte sentido: representa la fecund i d a d y la r e n o v a c i ó n de la v i d a . T o m e m o s esta i m a g e n como p u n t o
de p a r t i d a .
L a m a y o r parte de la n o v e l a transcurre en l a i n c e r t i d u m b r e ; A u r e l i o n o sabe q u é sucede en el a l m a de L u i s a y el lector i g n o r a c u á l será
el desenlace de estos amores. L a p a l m e r a n o ha s u f r i d o alteraciones
desde su d e s c r i p c i ó n ; se yergue g e n t i l m e n t e .
Pero al f i n de la o b r a los sucesos v a n a e v o l u c i o n a r . E n m e d i o de
u n a t o r m e n t a , A u r e l i o i r r u m p e e n la aparente serenidad de l a t e r t u l i a
de los Castro con " u n a e n t r a d a b í b l i c a , c o m o si descendiera d e l S i n a í "
(p. 197). Desde el v e n t a n a l c o n t e m p l a l a v i o l e n t a tempestad y la p a l m a
aparece p o r segunda vez: " l a p a l m a d e l y e r m o veíase' entre resplandores siniestros doblarse como de i n f o r t u n i o h u m a n o , y su r a m a j e se agitaba, se crispaba, se r e n d í a braceando desesperadamente en l a soledadte- 1 9 7 ) .
E l e s p e c t á c u l o e x a l t a a A u r e l i o , q u e t r a t a de d e s t r u i r , en u n i n t e n t o
f i n a l , l a f r i a l d a d de L u i s a . E n u n a escena v i o l e n t a le describe f e b r i l m e n t e su p a s i ó n m i e n t r a s t r a t a de besarla. Pero la m u j e r , a l a l u z de
u n r e l á m p a g o m á s fuerte, aparece "azulada, c o n t r a í d o s de a m a r g u r a los
labios, cerrados los ojos y l á g r i m a s e n sus p e s t a ñ a s , consternada, retorc i d a entre sus brazos" (p. 1 9 8 ) . Y en u n n u e v o r e l á m p a g o , " A u r e l i o
v i o desgarrarse la s o l i t a r i a p a l m a e n la l e j a n í a " (p. 1 9 9 ) .
A l d í a siguiente, " u n d í a gozoso, de m a g n i f i c e n c i a de sol y de a z u l " ,
A u r e l i o espera con ansia ver a L u i s a , conocer sus reacciones. Pero n o enc u e n t r a , sino, de n u e v o , l a m u j e r fría, b u r l o n a , lejana, que nada parece
r e c o r d a r de l a tarde a n t e r i o r . Y en l a d e s e s p e r a c i ó n , se hace l u z e n l a
m e n t e de A u r e l i o : " H a c e u n m o m e n t o ansiaba rasgar e l m i s t e r i o de su
a l m a . N o l o h a b í a , L u i s a ; es q u e y o m e negaba a m i r a r " (p. 2 0 0 ) .
Y m i e n t r a s los dos c o n t e m p l a n l a p a l m e r a destruida, A u r e l i o comp a r a a b i e r t a m e n t e a l a m u j e r con el á r b o l : " Y o - d i j o r e t i r á n d o s e e l
a r t i s t a - he q u e r i d o e n usted a l a m u e r t a , la otra a l m a sin abdicaciones,
o q u i z á l a de ahora, p a l m a r o t a , t r o n c h a d a p o r sus p r o p i a s manos, q u e
m e t r a í a l a dulce e v o c a c i ó n de l a p a l m a v a l i e n t e , entera t o d a " (loe.
cit.).
Y L u i s a ve t a m b i é n a l a p l a n t a c o m o " t r a n s f o r m a d a en m u j e r ; y era ella
m i s m a , a l u m b r a d a y h e n c h i d a de a m o r ; m á s j o v e n ; con fe y ansiedad
e n los o j o s "
(ibid.).
Es decir, las dos i m á g e n e s de l a p a l m e r a , l a graciosa p l a n t a verde y
el á r b o l d e s t r u i d o , s i m b o l i z a n las dos personas que l a t e n b a j o l a form a de L u i s a . L a p r i m e r a i m a g e n es l a m u j e r que p u d o ser: fresca,
a u t é n t i c a , sin doblegarse a concesiones sociales ("la o t r a a l m a sin abdicaciones") ; l a segunda es l a d e s t r u c c i ó n de t o d o l o a n t e r i o r , b a j o el
peso de exigencias externas, p l e n a m e n t e aceptadas p o r e l l a ("la p a l m a
F
r o t a , t r o n c h a d a p o r sus mismas m a n o s " ) .
A l m i s m o t i e m p o l a d o b l e i m a g e n significa dos formas posibles de
v i d a : l a l i b r e de p r e j u i c i o s o l a sometida a ellos. E l a r t i s t a n o acepta
l í m i t e s : n o puede a d m i t i r l a s u m i s i ó n a l a m e d i o c r i d a d social, q u e
102
NOTAS
NRFH, XXVII
e q u i v a l e a la a n u l a c i ó n de los valores h u m a n o s ; s ó l o a través de l a l i b e r t a d de sentir, de actuar, se puede l o g r a r l a verdadera v i d a . A s í l o
a f i r m a en su e x a l t a c i ó n : " ¡ S e a u m e n t a nuestra v i d a : se es fuego, truen o , noche, o se pierde t o d o n u e s t r o ser, n o se es n a d a ! " ( p . 1 9 7 ) .
A l n o aceptar el amor de A u r e l i o , b a s á n d o s e , e x t e r n a y exclusivam e n t e , en u n a d i f e r e n c i a de edad, L u i s a se p l i e g a sumisamente a las
m á s v a c í a s exigencias sociales y se c o n v i e r t e así, de p a l m e r a verde y
fecunda, en u n espectro de á r b o l .
E l artista reconoce q u e n o es posible el t é r m i n o m e d i o : si se hacen
algunas concesiones a la v i d a social m e d i o c r e se corre e l p e l i g r o de que
l a verdadera v i d a quede asfixiada p o r a q u e l l a : " H a y u n a v i d a m u y
h o n d a , que n o se sabe si es t r á g i c a o dichosa, de d e m o n i o y de Dios,
secreto de v i d a , o l v i d a d a , desconocida, p o r q u e v i v i m o s l a e x t e r n a y
r u i d o s a ; y en estos m o m e n t o s padecemos l a c o n m o c i ó n y p r e s e n t i m i e n t o de a q u e l l a . . . " (p. 198).
Y A u r e l i o p i d e a L u i s a , c o m o ú n i c a p o s i b i l i d a d de s a l v a c i ó n , que se
separe de las p e q u e ñ a s y absurdas trabas q u e l a atenazan y vaya tras
él en busca d e l a v i d a n u e v a y l i b r e : " ¡ S e p á r a t e de l a v i d a que noso t r o s hemos hecho desabrida y p o b r e ! " ( p . 1 9 8 ) . P e r o n o ; n o es posible. L u i s a está ya d e s t r u i d a y n o puede c a m b i a r . Se h a c o n v e r t i d o en
el s í m b o l o de l a v i d a q u e A u r e l i o - G a b r i e l rechaza.
C o n e l l o , La palma rota vueve a enlazar su significado c o n e l gen e r a l de l a o b r a de M i r ó : las i n s t i t u c i o n e s h u m a n a s convertidas en
trabas para e l desarrollo d e l e s p í r i t u y e n fuentes d e i n f e l i c i d a d (el
m a t r i m o n i o , creado p o r presiones sociales, siempre equivocado, el h o m bre, a b r u m a d o p o r e l a m b i e n t e q u e l o rodea, a t r o f i a d o e s p i r i t u a l m e n t e ,
y e l m u n d o , en c o n j u n t o , c o m o u n a c o l e c c i ó n de seres infelices y a n q u i losados).
L u i s a , al doblegarse a l a sociedad, se c o n v i e r t e e n su s í m b o l o ; y a s í ,
l a r e t i r a d a f i n a l de A u r e l i o es su ú l t i m o escape a u n a s i t u a c i ó n q u e l o
v e n í a cercando y amenazando y a l a que, a t r a v é s d e u n a m o r e q u i v o cado, estuvo a p u n t o de s u c u m b i r . D e esta m a n e r a , los dos personajes
se c o n v i e r t e n en las representaciones de dos formas de v i d a : l a d e l
h o m b r e que se rige a sí m i s m o y desarrolla l a i n m e n s i d a d de sus posib i l i d a d e s , y la d e l h o m b r e amordazado p o r los convencionalismos, de
espaldas a su destino y v í c t i m a de u n a sociedad e s t á t i c a y destructiva.
PACIENCIA ONTAÑÓN DE L O P E
Universidad Nacional A u t ó n o m a de M é x i c o .
NRFH, XXVII
10?,
NOTAS
FONDO INDÍGENA, ANTISÍMBOLO
Y PROBLEMÁTICA MODERNA EN
DE J U A N
LUVINA
RULFO
M u y pocos textos l i t e r a r i o s h a n l o g r a d o l a p r o f u n d i d a d y l a perf e c c i ó n de Luvina1.
E n este cuento, clave p a r a comprender l a o b r a d e l
escritor, R u l f o u n i f i c a l o p r i m a r i o e inconsciente de los m i t o s i n d í genas y de los s u e ñ o s c o n l o consciente p a r a llegar a l a c o m p r e n s i ó n
del h o m b r e m o d e r n o .
M u c h o s escritores h a n l o g r a d o ensanchar los á m b i t o s
t r a v é s de s í m b o l o s ; R u l f o l o g r a l o m i s m o a t r a v é s de los
Representa así l a s i t u a c i ó n c o n t e m p o r á n e a d o n d e valores
d e n su consistencia y se d i l u y e n en u n a s i t u a c i ó n amorfa,
h o m b r e busca u n a respuesta p a r a conseguir u n a n o c i ó n
forma.
del r e l a t o a
antisímbolos.
y t a b ú e s piere n l a q u e el
de su posible
L a c o n s t r u c c i ó n de a n t í t e s i s y a n t i s í m b o l o s se m a n e j a en f o r m a sist e m á t i c a a t r a v é s de toda la n a r r a c i ó n , e n el g r a n m o n ó l o g o d e l narrad o r o en las digresiones d e l que escucha el r e l a t o , que resume así este
m u n d o de contradicciones: "San J u a n L u v i n a . M e sonaba a n o m b r e de
cielo a q u e l n o m b r e . Pero a q u e l l o es el p u r g a t o r i o " . E l a n á l i s i s i n t e n t a r á
demostrar q u e el v i a j e a L u v i n a n o es u n descenso al p u r g a t o r i o sino
u n o de los aspectos de X i b a l b a , el i n f i e r n o , s e g ú n el Popol
Vuh, u n
t e r r i b l e i n f i e r n o en d o n d e se acaban los caminos y las esperanzas. Este
m u n d o h o s t i l y d o l o r i d o se c o n v i e r t e en u n microcosmos d e l universo
h u m a n o que centra su i l u s i ó n al comenzar e l c a m i n o y e n c u e n t r a la
d e s i l u s i ó n e n su t é r m i n o .
L U V I N A Y L A POESÍA N A H U A T L
L a c o n c e p c i ó n de que l o t e r r i b l e y doloroso es el f o n d o verdadero
del m u n d o pertenece a l a f i l o s o f í a N á h u a t l * , y hay s i m i l i t u d sorprendente entre esta c o n c e p c i ó n y el r e l a t o de J u a n R u l f o . E n el Códice
florentino
de los informantes
de S a h a g ú n se e n c u e n t r a n los consejos de
1 " L u v i n a " , El llano en llamas, México,
1 9 6 1 , pp. 94-105. Tocias las citas de
" L u v i n a " se entienden referidas a esta edición v a esas p á g i n a s .
2 Idea que se encuentra en las poesías líricas y rituales donde el hombre canta
lo efímero de la vida y la enemistad dioses-hombre: " A h , de igual modo nací / de
igual modo fui hecho hombre: / A h , sólo el desamparo / he venido a conocer /
a q u í en el mundo habitado", reza una poesía n á h u a t l (véase Poesía náhuatl, I, ed.
A. M . Garibay, México, 1 9 6 4 , p. 55). "Porque en esto vienen a parar los mandos
imperios y señores / que duran poco y son de poca estabilidad" ( M I C U E L L E Ó N PORT I L L A , Filosofía
Náhuatl,
México, 1 9 6 6 , p. 1 4 0 ) . E n la prosa didáctica que se leerá
m á s adelante se refleja con m á s exactitud la relación entre el mundo y su maldad,
y la necesidad de vivir en él, lo que significa vivir en ilusiones.
104
NRFH, XXVII
NOTAS
u n padre a su h i j a en los cuales, antes de i n i c i a r l a a los deberes de las
muchachas que nacen en f a m i l i a s de g r a n abolengo, le explica el significado d e l m u n d o y la v i d a :
A q u í en
la
tierra es lugar de
mucho
llanto,
lugar donde
aliento, donde es bien, conocida la amargura
y el abatimiento.
como
nosotros.
de obsidianas
D i c e n que
sopla
y se desliza
sobre
en verdad nos molesta el ardor
lugar donde casi perece
uno
de sed
del
y de hambre.
se rinde
Un
sol y del viento.
E n este
A s í es a q u í e n la tierra.
O y e bien, h i j i t a m í a , n i ñ i t a m í a : no es lugar de bienestar en l a
no
hay
alegría,
penosa, de alegría
tro hay felicidad.
que
Se dice que
la
el
viento
tierra es lugar de
tierra,
alegría
punza?.
Sustancialmente, en ese espejo d e l m u n d o se r e f l e j a n dos elementos: l a s i t u a c i ó n o b j e t i v a q u e es de a m a r g u r a , a b a t i m i e n t o , sed, h a m bre, sin a l e g r í a n i f e l i c i d a d / y los medios a t r a v é s de los cuales se muestra
esta s i t u a c i ó n son el v i e n t o c o m o de obsidiana que sopla y se desliza
sobre los hombres, el a r d o r d e l sol y l a t i e r r a p u n z a n t e y a t o r m e n t a d o r a .
L u v i n a es " i m a g e n de desconsuelo", " l u g a r donde a n i d a l a tristeza";
" e l aire que a l l í sopla la revuelve, pero n o se l a l l e v a n u n c a . E s t á a l l í
c o m o si a l l í h u b i e r a n a c i d o " . E l h a m b r e de l a p o e s í a N á h u a t l pasa a
L u v i n a ; a l l í " n o h a b í a de comer", y l a sed aprieta cuando el sol "nos
c h u p a l a sangre y la poca agua q u e tenemos e n el p e l l e j o " . E l v i e n t o
es el leitmotiv
d e l t e x t o : " p e r o y o l o ú n i c o q u e v i subir fue e l v i e n t o
e n t r e m o l i n a " . Es u n v i e n t o q u e destroza las plantas y de t a l m a n e r a
u n o "oye r a s g u ñ a n d o el aire con sus ramas espinosas haciendo u n r u i d o
como el de c u c h i l l o sobre u n a p i e d r a de a f i l a r " y "rasca como si t u viera u ñ a s " .
L a constante a l u s i ó n al v i e n t o y a l a p i e d r a se r e f l e j a en el cerro
azotado p o r tormentas en el cual queda ú n i c a m e n t e e l pedregal: " t e r r o nes endurecidos como piedras filosas q u e se clavan e n los pies de u n o
al c a m i n a r " . E l sol que q u e m a e n l a prosa d i d á c t i c a p r e c o l o m b i n a se
c o n v i e r t e en el cuento en u n sol que "se a r r i m a m u c h o a L u v i n a y nos
c h u p a la sangre".
EL
ANTISÍMBOLO D E L A MONTAÑA
T a n t o e l n a r r a d o r de L u v i n a como e l q u e escucha su h i s t o r i a carecen de n o m b r e y f i s o n o m í a . E l n a r r a d o r regresa de su v i a j e al p u e b l o
i n f e r n a l , m i e n t r a s q u e el j o v e n - r e p e t i c i ó n de su f i g u r a de hace a ñ o s e s t á p o r salir hacia el m i s m o s i t i o : " F u i a ese l u g a r con m i s ilusiones
cabales y v o l v í v i e j o y acabado. Y ahora usted v a p a r a a l l á [ . . . ] . U s t e d
sabe que a todos nosotros nos i n f u n d e n ideas. Y u n o v a c o n esa plasta
e n c i m a p a r a p l a s m a r l a en todas partes. Pero en L u v i n a n o c u a j ó eso.
H i c e el e x p e r i m e n t o y se deshizo . . . "
Para ambos tiene el v i a j e a L u v i n a el v a l o r p s i c o l ó g i c o - s i m b ó l i c o d e l
xico,
3 "Consejos de un padre a la hija", Prosa
p. 8.
náhuatl,
en la col. Voz viva
de Mé-
NRFH, XXVII
NOTAS
105
viaje y de la a s c e n s i ó n , t a l como l o describen F r e u d y J u n g y q u e C i r l o t
define as í: " E l v i a j a r es u n a i m a g e n de l a a s p i r a c i ó n , el a n h e l o n u n c a
saciado que en parte a l g u n a encuentra su objeto. V i a j a r es buscar, salir
d e l l a b e r i n t o , etc." 4 . Esta ansia y b ú s q u e d a se c o n v i e r t e n en L u v i n a e n
desasosiego, p o r q u e se o r i e n t a n , p o r u n dictado i r r a c i o n a l , a u n l u g a r
l ú g u b r e del cual se regresa - s i es que se r e g r e s a - destrozado.
L u v i n a es el cerro " m á s a l t o y el m á s pedregoso"; s e r í a así el cent r o del altar, el lugar sobre el cual se puede e r i g i r el t e m p l o . L l e g a r
a u n a m o n t a ñ a o ascender a ella tiene u n significado f i j o en todos los
pueblos. E l Popol
Vuh relata c ó m o l l e g a n los q u i c h é al cerro P a t o h i l » ,
los " A n a l e s de los X a h i l " r e l a t a n c ó m o " a m a n e c i ó " a los p u e b l o s mayas, en distintas m o n t a ñ a s , las m á s p r o m i n e n t e s » . Fue en S i n a í d o n d e
se d i o l a L e y a Israel, fue en el M o n t e de las Beatitudes donde J e s ú s
d i j o su S e r m ó n de la m o n t a ñ a y sobre u n cerro d i c t ó M a h o m a su L e y .
A u n a m o n t a ñ a lleva A b r a h a m a Isaac y sobre este m i s m o m o n t e , e l
M o r i a , se e r i g i r á el T e m p l o de J e r u s a l é n . L a m o n t a ñ a M e r í , es, s e g ú n
los h i n d ú e s , centro del m u n d o ; como el H a r a b e s a t i p a r a los i r a n i o s y los
T e o c a l l i s p a r a los p r e c o l o m b i n o s . Las p i r á m i d e s de T u l a , T e h o t i h u a c á n ,
Chichen-Itza, son como m o n t a ñ a s y la a s c e n s i ó n p o r las gradas de las
p i r á m i d e s , c o n s t i t u y ó u n e l e m e n t o f i j o e n el r i t u a l . T o d a esta u n i v e r salidad del s í m b o l o expresa el esfuerzo de la a s c e n s i ó n , l a c e r c a n í a a l
cielo, l a e l e v a c i ó n i n t e r n a . " L a c i m a de l a m o n t a ñ a c ó s m i c a n o s ó l o
es el p u n t o m á s alto de l a t i e r r a , es el o m b l i g o de l a t i e r r a , el p u n t o
d o n d e d i o comienzo l a c r e a c i ó n " ' . Este comienzo aparece e n d i s t i n t o s
r i t u a l e s cuyas m i t o l o g í a s c u e n t a n sobre l a f o r m a c i ó n d e l m u n d o , el
n a c i m i e n t o de u n p u e b l o o u n a r e l i g i ó n . Sostiene J u n g que " l a m o n t a ña, la c o l i n a , la c i m a e s t á n asociadas a la i d e a de m e d i t a c i ó n , e l e v a c i ó n
e s p i r i t u a l " ( C I R L O T , p . 3 2 1 ) . E l cerro de L u v i n a es de t i e r r a " b l a n c a y
b r i l l a n t e " . L a m o n t a ñ a b l a n c a significa e l eje polar, el centro del m u n do, l a b l a n c u r a se c o m p r e n d e c o m o i n t e l i g e n c i a y pureza ( C I R L O T ,
p. 320).
E l a r q u e t i p o del viaje, l a necesidad d e l i d e a l y del cambio, se j u n t a
c o n l a idea de l a a s c e n s i ó n a l a m o n t a ñ a p a r a c o n f l u i r en L u v i n a que
se convierte e n el o m b l i g o del m u n d o , e n el t e m p l o m a y o r en el c u a l
c o m e n z ó l a h i s t o r i a ; el l u g a r q u e personifica ideales y arrastra m a g n é t i c a e inconscientemente a su seno. L a d e s c r i p c i ó n i n f e r n a l d e l cerro
L u v i n a es el a n t i s í m b o l o , l a respuesta r e a l a l a i d e a l i z a c i ó n de u n s u e ñ o .
E l cerro es " p i e d r a c r u d a " d o n d e los d í a s "son t a n fríos c o m o las
noches" como el segundo c í r c u l o del X i b a l b a . E l cerro n o es a l t o sino
e m p i n a d o , de barrancas hondas. L a m o n t a ñ a blanca, que significa inte4 J U A N EDUARDO C I R L O T , Diccionario
de símbolos,
Barcelona, 1964, p. 4 7 3 .
5 Popol Vuh, trad. de A . Recinos, México, 1 9 6 3 , p. 1 1 9 .
« Generalmente el término " a m a n e c i ó " se auna con la llegada al lugar deseado; el mismo término es usado en el " T í t u l o de los Señores de Tonoticapan" y
en las crónicas indígenas escritas para indicar posesión de tierras.
7 J . E . C I R L O T , op. cit., p. 3 2 1 . C . G . Jung (Simbología
del espíritu.
F. C . E . ,
México, p. 2 4 ) , dice que "la m o n t a ñ a significa la meta del peregrinaje y del ascenso por lo cual corresponde psicológicamente con frecuencia al yo".
106
NOTAS
NRFH, XXVII
ligencia y pureza, se convierte en "cerros apagados" y L u v i n a , el cerro
m á s a l t o , parece como si t u v i e r a " u n a c o r o n a de m u e r t o " , en l u g a r de
la m a j e s t u o s i d a d de la m o n t a ñ a de la esperanza. E n L u v i n a " n o se oye
sino el silencio que hay en todas las soledades". L a a s c e n s i ó n a las esferas superiores, como a r q u e t i p o de la a s c e n s i ó n a l cielo, t o m a u n a
e x p r e s i ó n c o n t r a r i a . L u v i n a es el a n t i c i e l o , su aire es negro como e l
i n f i e r n o y gris como la r u t i n a sin sentido de la v i d a y las cenizas de u n
m u n d o apagado. E n este lu g a r n o hay " u n a cosa v e r d e p a r a descansar
los ojos, t o d o e n v u e l t o e n el c a l í n c e n i c i e n t o " de u n m u n d o q u e m a d o
y sin esperanzas.
E l cielo de L u v i n a n o representa l a i l u s i ó n , el m u n d o de dioses, la
a s c e n s i ó n d e l a l m a o del rezo, " n u n c a v e r á usted u n cielo azul e n L u v i n a . A l l í t o d o e l h o r i z o n t e e s t á d e s t e ñ i d o " , e x p r e s i ó n que lleva al
color a su d e g r a d a c i ó n m á x i m a y c o n e l l o a l a f a l t a de significado. Si
e n u n m o m e n t o llega a unirse el cielo con l a t i e r r a es ú n i c a m e n t e para
aplastar el r u i d o con su peso como l a u n i f i c a c i ó n cielo-tierra e n las
a p o c a l í p t i c a s p r o f e c í a s d e l Chilam Balam
( " A h a u 17", M é x i c o , 1956).
E l r o c í o que cae sobre la t i e r r a y simboliza l a b e n d i c i ó n celestial 8 , l a
u n i f i c a c i ó n masculino-femenina de c a m p o y cielo se " c u a j a e n el cielo
antes q u e llegue a caer sobre la t i e r r a " . L a l l u v i a que, como el r o c í o ,
simboliza l a b e n d i c i ó n , desaparece; m á s a ú n , e j e m p l i f i c a l a d e s i l u s i ó n
y el a n t i s í m b o l o . E n l a sequedad constante p a r e c e r í a que llega l a l l u v i a
p a r a c a m b i a r la f i s o n o m í a del cerro: "es b u e n o ver entonces c ó m o se
a r r a s t r a n las nubes, c ó m o a n d a n de u n cerro a o t r o d a n d o t u m b o s c o m o
si f u e r a n vejigas i n f l a d a s " . L u e g o de ciclos fijos de diez o doce d í a s
que s i g n i f i c a n el c í r c u l o c o m p l e t o , las nubes "se v a n y n o regresan sino
a l a ñ o siguiente, y a veces se da el caso q u e n o regresan e n varios
años".
L a a s c e n s i ó n idealizada a L u v i n a es u n h e r m o s o s u e ñ o : " d i c e n los de
L u v i n a que de bellas barrancas suben los s u e ñ o s " p e r o en l u g a r de ellos
asciende el v i e n t o i n f e r n a l " c o m o si a l l á abajo l o t u v i e r a n e n c a ñ o n a d o
en tubos de c a r r i z o " . Este v i e n t o es c o n t r a r i o al s í m b o l o de alma, alient o " e s p í r i t u f e c u n d a d o r y r e n o v a d o r de l a v i d a " • s e g ú n J u n g ; es el
e l e m e n t o de v i o l e n c i a y d e s t r u c c i ó n , el que m a n t i e n e el desconsuelo. Este
" a i r e " es a ú n peor que el q u e a n i q u i l ó el m u n d o del Segundo Sol p a r a
que p u d i e r a nacer el T e r c e r o , s e g ú n l a " L e y e n d a de los soles". E l de
L u v i n a es s a t á n i c o p o r q u e i m p i d e el c a m b i o , n o d e j a v i v i r n i m o r i r ;
n o a n i q u i l a a este centro de los s u e ñ o s sino que m a n t i e n e al cerro y
c o n él a las eternas ilusiones p a r a c o n v e r t i r el l u g a r en la t e r r i b l e desi l u s i ó n de los hombres.
8 E l rocío como bendición de fertilidad en parte simbólica de toda cultura de
s e q u í a . L a principal bendición de Isaac a Jacob es "del rocío del .cielo y de la
fertilidad de la tierra"; el Deuteronomio promete a los hijos de Israel junto al rocío, aguas subterráneas para el riego. E l tema fue muy usado en la poesía romántica.
o C I R L O T , p. 4 7 6 ; véase t a m b i é n C . G . Jung, op. cit., p. 1 5 .
NRFH, XXVII
NOTAS
107
E L VIENTO Y E L MUNDO I N F E R N A L
E l v i e n t o de L u v i n a e s t á visto p o r los habitantes del lugar como l a
p e r s o n i f i c a c i ó n del d i a b l o : " D i c e n los de a l l í que c u a n d o l l e n a l a l u n a ,
v e n de b u l t o l a f i g u r a del v i e n t o r e c o r r i e n d o las calles de L u v i n a , llev a n d o a rastras u n a c o b i j a n e g r a " . E n este v i e n t o ve el cuentista ú n i c a m e n t e l a " i m a g e n del desconsuelo", d o n d e se pierde toda l a esperanza
c o m o en el i n f i e r n o d a n t e s c o ™ . E l v i e n t o f r í o se convierte e n p a r t e d e l
silencio sepulcral, aplastante, que acaba con t o d o ser. E n este silencio
o " e n t r e v i e n t o " v i v e n los seres de L u v i n a l a c o m u n i ó n del m u n d o i n f e r n a l . Las mujeres que t i e n e n ojos b r i l l a n t e s como el fuego d e m o n í a c o
son parte de la oscuridad. Sus figuras son " f i g u r a s negras sobre el n e g r o
f o n d o de la n o c h e " . Ellas se v e n " c o m o si f u e r a n sombras" y cargan
sobre sus h o m b r o s "negros c á n t a r o s " . A los hombres de L u v i n a se los
ve "pasar como sombras repegados al m u r o de las casas casi arrastrados
p o r e l v i e n t o " . Los pasos se escuchan " c o m o u n alentar de m u r c i é l a g o s
e n la oscuridad [. . . ] m u r c i é l a g o s de grandes alas q u e rozaban el suel o [ . . . ] como si l a p a r v a d a de m u r c i é l a g o s se h u b i e r a espantado y vol a r a h a c i a los agujeros de las p u e r t a s " . E l m u r c i é l a g o es u n a represent a c i ó n z o o m ó r f i c a de l o d i v i n o i n f e r n a l d e l X i b a l b a , el a n i m a l de los
s e ñ o r e s de la m u e r t e 1 1 . D e esta m a n e r a , las pobres mujeres solas, retratadas e n la l i t e r a t u r a m e x i c a n a , las que h a b i t a n los " p u e b l o s de enl u t a d a s " s e g ú n Y á ñ e z , e n su novela, Al filo del agua, se c o n v i e r t e n e n
u n a e x p r e s i ó n d i a b ó l i c a de l a desesperanza y el l u g a r , e n u n p u e b l o
" m o r i b u n d o d o n d e se h a n m u e r t o hasta los perros y ya n o hay n i q u i e n
le l a d r e a l silencio".
C o m o todo i n f i e r n o , en L u v i n a el t i e m p o es eterno: " d e b i ó haber
sido u n a e t e r n i d a d " . A u n q u e esta e t e r n i d a d tenga t i e m p o f i j o de " q u i n ce a ñ o s " es sin f i n p o r q u e l o i n f e r n a l "es m u y l a r g o " . N a d i e l l e v a l a
c u e n t a de las horas n i a nadie le p r e o c u p a " c ó m o v a n a m o n t o n á n d o s e
los a ñ o s " . N o existe en este l u g a r el c a l e n d a r i o s i g n i f i c a t i v o de los
n i ñ o s , el de los rituales y las fiestas, a pesar de que sí existe e n e l m u n d o
i n d í g e n a 1 2 , n i t a m p o c o el calendario de l a r u t i n a creadora p o r q u e n o
h a y semanas, n i meses, n i a ñ o s , n i c í r c u l o s de c r e a c i ó n , p o r q u e s ó l o se
10 E n la apertura del tercer portal del "Infierno" de Dante estaba escrito " ¡ O h ,
los que entráis, dejad toda esperanza!".
11 H u n a h p ú , uno de los hermanos gemelos, dioses de maíz, creador del sol,
la luna y los hombres muere decapitado por Camazotz (murciélago) s í m b o l o de
los dioses del Xibalba al querer ver si a m a n e c í a (Popol
Vuh, p. 89); esta relación
entre esperanza de u n amanecer y la p é r d i d a de la cabeza, el raciocinio y el ir tras
lo irracional es notable en " L u v i n a " .
12 L a existencia de ambos calendarios, el significativo, el de los niños de las
fiestas y del ritual y el diario que fue delineado por el profesor holandés
G . Van der Leo en su Fenomenología
de la religión,
M é x i c o , 1969, pp. 368-370.
E l indio tenía su calendario significativo, sus fiestas que retornaban, la renovación
del mundo cada 52 años, sus d í a s buenos y malos según los cuales el " C h i m a n " o
el brujo fijaban la magia. L a eternidad, el no significado del tiempo en " L u v i n a " ,
se parece m á s al " E c l e s i a s t é s " bíblico que al concepto indígena.
108
NOTAS
NRFH, XXVII
r e p i t e n los d í a s y las noches "solamente el d í a y l a noche hasta el d í a
de la m u e r t e que para ellos es u n a esperanza".
C o m o cada d í a n o trae i n n o v a c i ó n , se p e t r i f i c a la v i d a y cada persona queda en l a inercia d e l m u n d o sin sentido d o n d e se c o n t e m p l a
la salida y puesta d e l sol, n a c i m i e n t o y ocaso " s u b i e n d o y b a j a n d o l a
cabeza hasta que acaban a f l o j á n d o s e los resortes y entonces t o d o se
queda q u i e t o , sin t i e m p o , c o m o si se v i v i e r a siempre en la e t e r n i d a d " .
Este l u g a r espantoso echa a los que p u e d e n cerciorarse d e l p e l i g r o
c o m o el a r r i e r o que l l e v ó al cuentista a l p u e b l o p a r a escapar del m i s m o
a pesar de los caballos cansados " c o m o si se alejara de a l g ú n l u g a r
endemoniado".
Por ser el l u g a r d o n d e a n i d a la desesperanza, el rezo p i e r d e su v a l o r
y l a iglesia se desacraliza: " e r a u n j a c a l ó n v a c í o , sin puertas, n a d a m á s
con unos socavones abiertos y u n techo resquebrajado p o r donde se colaba el aire c o m o p o r u n cedazo". E l v i e n t o d i a b ó l i c o d o m i n a al temp l o , que d e b í a ser de Dios, y a su altar, de la m i s m a m a n e r a que dom i n a l a m o n t a ñ a , s í m b o l o d e l t e m p l o . Los largos a u l l i d o s de la bestia
r e m u e v e n t o d o " g o l p e a n d o con sus manos de aire las cruces d e l v i a c r u cis: unas cruces grandes y duras hechas con p a l o de m e z q u i t e que colgaban de las paredes a t o d o l o largo de l a iglesia, amarradas col alambres que r e c h i n a b a n a cada sacudida d e l v i e n t o como si fuera u n
r e c h i n a r de d i e n t e s " . Dios pierde t o d o su sentido f r e n t e a esa fuerza
desenfrenada y e l dios sol debe quedarse a r r i b a p o r ser m á s d i a b ó l i c o
a ú n que el v i e n t o , c h u p a n d o la sangre d e l p e l l e j o . A s í , e l m u n d o de
L u v i n a q u e d a rodeado e n sus esferas superiores e inferiores p o r paredones insalvables.
P o r ser l u g a r d i a b ó l i c o a n i d a n en el p u e b l o e l m i e d o y el l l a n t o
sin t i e m p o , t a l como l o r e l a t a la prosa N á h u a t l . A l m i s m o t i e m p o , la
o b s i d i a n a d e l eterno sacrificio se desliza sobre los cuerpos. E n dos oport u n i d a d e s p r e g u n t a el cuentista a su esposa, l a ú n i c a f i g u r a real y con
n o m b r e - y p o r e l l o con i n d i v i d u a l i d a d - en ese t r e m e n d o viaje a l
desconsuelo: " ¿ E n q u é p a í s estamos, A g r i p i n a ? " " ¿ Q u é p a í s es éste,
Agripina?".
E l no-lugar se mezcla con el n o ser, p o r e l l o todos los habitantes
carecen de n o m b r e y f i s o n o m í a . S ó l o se v e n ojos s a t á n i c o s y sombras
arrastradas por e l v i e n t o . E l ú n i c o pasado v a l e d e r o e s t á compuesto pollos m u e r t o s que atan a los vivos a l l u g a r hasta hacerlos parte de su
m u e r t e . F u e r a de ellos, en la e t e r n i d a d d e l n o e x i s t i r , n o hay pasado
y p o r e l l o n o hay f u t u r o n i i d e n t i d a d .
EL
ANTI-SIMBOLO DE LOS COMEJENES
L a h i s t o r i a r e l a t a d a tiene dos escenarios: 1) l a L u v i n a recordada p o r el
q u e a l l í v i v i ó ; 2) la posada fuera de los l í m i t e s d e l l u g a r e n d e m o n i a d o ,
en d o n d e se l l e v a a cabo el g r a n m o n ó l o g o .
E l l u g a r d e l r e l a t o parece ser la p e r s o n i f i c a c i ó n d e l m u n d o i d í l i c o :
"hasta ellos llagaba el sonido del r í o [ . . . ] ; el r u m o r d e l aire m o v i e n d o
NRFH, XXVII
109
NOTAS
suavemente las hojas de los almendros, y los g r i t o s de los n i ñ o s j u g a n d o e n el p e q u e ñ o espacio i l u m i n a d o p o r la luz que s a l í a de l a t i e n d a " .
E l j u e g o de la luz en la noche y los n i ñ o s i n d i c a n m o v i m i e n t o e n l o
r e l a t a d o : "los gritos de los n i ñ o s j u g a n d o en el p e q u e ñ o espacio", "los
g r i t o s de los n i ñ o s se acercaron hasta meterse d e n t r o de la t i e n d a " , " e l
g r i t e r í o ya m u y l e j a n o de los n i ñ o s " .
Este l u g a r t o t a l m e n t e d i s t i n t o es l a e s t a c i ó n i n e v i t a b l e p a r a los que
q u i e r e n ascender al cerro de las ilusiones. L a v i d a en l a posada parece
ser m u y superior a la del l u g a r d i a b ó l i c o a l cual todos se d i r i g e n .
F r e n t e al aire r u g i e n t e del cerro se escucha j u n t o a la posada " r u m o r
de a i r e " . F r e n t e a este v i e n t o que destroza t o d a p l a n t a hasta "a las d u l c á m a r a s : estas p l a n t i t a s tristes q u e apenas si p u e d e n v i v i r u n p o c o u n tadas a l a t i e r r a , agarradas c o n todas sus manos al d e s p e ñ a d e r o de los
m o n t e s . . . " , el aire en esta e s t a c i ó n de p a r t i d a mece "suavemente
las hojas de los a l m e n d r o s " . F r e n t e a l a sequedad de L u v i n a , j u n t o a l a
posada " j u e g a " , " m u r m u l l a " , " b a t a l l a " u n r í o . Frente a los n i ñ o s sin
n i ñ e z e n L u v i n a p o r q u e "apenas les clarea el alba ya son h o m b r e s " , e n
l a e s t a c i ó n de p a r t i d a j u e g a n los n i ñ o s y su j u g a r define el t i e m p o
e n u n a noche t r a n q u i l a frente a l a noche e t e r n a del cerro. Frente al
cielo d e s t e ñ i d o de L u v i n a sin luces n i estrellas, el cielo de l a posada
i n d i c a esperanza: " p o r el p e q u e ñ o cielo de l a p u e r t a se asomaban las
estrellas".
Este l u g a r p a c í f i c o , que es superior a l a m e t a buscada, es t a l vez l a
causa d e l viaje. E l h o m b r e p e r e g r i n a de l o p a c í f i c o , i d í l i c o y seguro,
q u e le parece f a l t o de sentido, e n busca de l o significativo y valioso.
P o r e l l o , l a posada se convierte en la e s t a c i ó n o b l i g a t o r i a antes de l a
d i f í c i l a s c e n s i ó n a l o d i a b ó l i c o y desesperado. L a e x t r a ñ a a c t i t u d h u m a na, que arrastrada p o r ansias i l ó g i c a s lleva al h o m b r e de l o i d í l i c o a
l o nefasto, está representada en el c u e n t o p o r el a n t i - s í m b o l o de los
comejenes.
E l c o m e j é n , la mariposa, el p á j a r o son, generalmente, " e l e m b l e m a
d e l a l m a " 1 3 . E n el m u n d o i n d í g e n a representa t a m b i é n el m a í z elevado
a u n g r a d o sacro, es " l a a t r a c c i ó n inconsciente hacia l o l u m i n o s o " (cf.
C i r l o t , op. cit.). E n el p s i c o a n á l i s i s aparece c o m o e l " s í m b o l o d e l ren a c e r " y su d e s t r u c c i ó n es l a m u e r t e .
Este q u e r e r renacer, aflorar a l a conciencia d e s p u é s de las tinieblas,
salir a la luz, es trocado p o r R u l f o en a n t i - s í m b o l o : "los comejenes ent r a b a n y r e b o t a b a n c o n t r a l a l á m p a r a de p e t r ó l e o cayendo al suelo c o n
las alas chamuscadas. Y afuera s e g u í a avanzando l a n o c h e " . L a descripc i ó n de los comejenes es p a r a l e l a al v u e l o que r e m o n t a r o n los h o m b r e s
hacia l a ansiada L u v i n a . L a a t r a c c i ó n a l a luz p r o d u j o el acercamiento
al fuego hasta que "los comejenes ya sin sus alas r o n d a b a n como gusanitos desnudos". L a h i s t o r i a d e l c o m e j é n es c o m o l a del n a r r a d o r que
fue " c o n sus ilusiones cabales" y v o l v i ó " v i e j o y acabado".
E l gusano es el a n t i - s í m b o l o de l a m a r i p o s a . Significa u n e l e m e n t o
13 C l a r o r , op.
1962, pp. 103-134.
cit.,
y C. G . Jung, Símbolos
de
transformación,
Buenos Aires,
110
NOTAS
NRFH, XXVII
q u e m a t a " e n l u g a r de v i v i f i c a r " (cf. C i r l o t , op. cit.). A través de l a
metamorfosis mariposa-gusano, describe s i m b ó l i c a m e n t e R u l f o l a degrad a c i ó n de los elevados ideales. E l c o m e j é n , c o n sus e f í m e r a s alas quemadas, se arrastra p o r los suelos en vez de v o l a r .
EL
A N T I - S Í M B O L O E N SU E X P R E S I Ó N
ANTITÉTICA
Desde las primeras l í n e a s del cuento se n o t a u n a a n t í t e s i s p r o d u c i d a
p o r el juego de palabras "dicen-pero" que i n d i c a n l a presencia comí a n t e de l o inesperado, del choque entre l o esperado inconscientemente
a causa d e l s í m b o l o con el a n t i - s í m b o l o : "de esa p i e d r a gris con l a que
hacen l a cal, pero en L u v i n a n o hacen cal c o n e l l a n i le sacan n i n g ú n
p r o v e c h o " ; "como si estuviera r o c i a d a siempre p o r el r o c í o . . .
aunque
eso es p u r o d e c i r p o r q u e en L u v i n a . . . " ; "dicen los de L u v i n a que de
aquellas barrancas . . . pero yo l o ú n i c o q u e v i . . . " ; "dicen que p o r q u e
arrastra arenas de v o l c á n , pero lo c i e r t o es que es u n aire n e g r o " ;
"...
dicen los de allí que c u a n d o l l e n a l a l u n a . . . pero yo siempre
l o q u e l l e g u é a ver . . . " .
E n t r e las antítesis que i m p l i c a n ideas se encuentra t a m b i é n l a cor o n a de espinas, s ó l o q u e e n lugar de corona sobre la cabeza, como en
la c r u c i f i x i ó n , en este lu g ar la t i e r r a e s t á crucificada " c o m o si allí hasta
a l a t i e r r a le h u b i e r a n crecido espinas".
E L TRASFONDO GEOGRÁFICO Y R E A L DE LUVINA
E n este m u n d o de a n t i - s í m b o l o s c o n s t r u i d o a l a p e r f e c c i ó n , R u l f o
presenta u n espejo triste y rea l que se e n c u e n t r a e n sus otros cuentos
y en su ú n i c a novela. Son reales los p u e b l o s que parecen ser el f i n a l
d e l m u n d o ; los "cerros del s u r " (¿de d ó n d e ? ) que se e n c u e n t r a n en
todas las l a t i t u d e s de M é x i c o ; la lucha p o r la v i d a e n u n l u g a r agreste;
las mujeres abandonadas (tema de su Pedro Páramo);
la i n a c t i v i d a d y
la i n e r c i a de p u e b l o en r u i n a s " ; l a m o r t a n d a d i n f a n t i l , l a h u i d a de
los j ó v e n e s , l a costumbre frente a la ley, p o r e l l o los n i ñ o s "se pasan la
v i d a t r a b a j a n d o para los padres como ellos t r a b a j a r o n para los suyos
y c o m o q u i é n sabe c u á n t o s a t r á s de ellos c u m p l i e r o n c o n su l e y " ; los
n o m b r e s que aparecen y se v a n del p u e b l o , al i g u a l que las l l u v i a s
falaces, d e s p u é s de que " p l a n t a n o t r o h i j o e n el v i e n t r e de sus mujeres,
y ya n a d i e vuelve a saber de ellos sino al a ñ o siguiente y a veces n u n c a " 1 5 ; el g o b i e r n o que n u n c a ayuda a los faltos de esperanza y recibe,
w T e m a muy desarrollado en Pedro Páramo.
E l concepto del destino lleva a
la aceptación de la vida dura, la pobre/a, la mortandad, etc.
15 Rulfo utiliza el mismo giro cuando habla sobre la lluvia que nunca llega
(p. 96) : "se. van y no regresan sino al a ñ o siguiente y a veces se da el caso de que
no regresan en varios a ñ o s " (sobre la l l u v i a ) ; " y ya nadie vuelve a saber de ellos
sino al a ñ o siguiente y a veces nunca" (sobre los hombres) . Este paralelismo entre
la fecundidad de vientre y tierra, demuestra lo falaz de ambos casos. Engendrar
hijos no cambia la terrible sensación de sequía en la vida de los seres.
NRFH,
XXVII
NOTAS
111
p o r ello, el ú n i c o p á r r a f o h u m o r í s t i c o del triste r e l a t o de R u l f o : " T a m b i é n nosotros lo conocemos. D a esa casualidad. De lo que n o sabemos
n a d a es d e l a m a d r e del g o b i e r n o " .
E l g o b i e r n o i n j u s t o en " ¡ D í l e s que n o me m a t e n ! " 1 6 aparece en u n
p á r r a f o s i g n i f i c a t i v o q u e h a b l a de los j ó v e n e s d e l l u g a r : " E l s e ñ o r ese
se acuerda de ellos c u a n d o a l g u n o de sus muchachos h a hecho a l g u n a
f e c h o r í a a c á abajo. Entonces m a n d a p o r él hasta L u v i n a y se l o m a t a .
D e h a y e n m á s n o saben si existen".
Este t r a s f o n d o real frente a l m u n d o s i m b ó l i c o de L u v i n a p e r m i t e
t r a n s i t a r de lo p a r t i c u l a r a l o general, de l a pasividad p r o d u c t o del
m u n d o m í s t i c o - m i t o l ó g i c o i n d í g e n a de M é x i c o T í o universal, reflejand o a s í u n a angustia existencial que se c o n f u n d e con u n a s i t u a c i ó n i n j u s t a que parece i m p o s i b l e c a m b i a r .
E L VALOR UNIVERSAL D E LUVINA
E n todos los r i t o s existe el m i t o d e l c o m i e n z o " . Se r e l a t a l o q u e
o c u r r i ó e n el g é n e s i s de los pueblos, de l a r e l i g i ó n o del m u n d o . Este
r e p e t i r r i t u a l aparece e n L u v i n a en su a n t i - s í m b o l o . H a y r e p e t i c i ó n
constante de l a h i s t o r i a del p r i n c i p i o p e r o ese c o m i e n z o es del m a l etern o : " M e parece recordar el p r i n c i p i o " dice el n a r r a d o r a su escucha:
" M i r e usted, c u a n d o y o l l e g u é p o r p r i m e r a vez a L u v i n a . . . " . " U s t e d
h a de pensar que le estoy d a n d o vueltas a u n a m i s m a idea . . . " ; " P e r o
m i r e las m a r o m a s que da el m u n d o . U s t e d v a p a r a a l l á ahora d e n t r o
de pocas horas. T a l vez ya se c u m p l i e r o n q u i n c e a ñ o s que m e d i j e r o n
a m í lo m i s m o : ¿ U s t e d va a i r a San J u a n L u v i n a ? " . Esta r e p e t i c i ó n
constante se convierte en r i t u a l . E l e n c u e n t r o sin significado del que se
d i r i g e a l cerro con el que r e t o r n ó , t a l vez l a m i s m a persona que r e j u venece y vuelve a envejecer, pareciera ser el g r a n yo colectivo en la
r e p e t i c i ó n r i t u a l d e l eterno v i a í e q u e ya e x i s t i ó en a l g ú n génesis l e j a n o .
E l e x p e r i m e n t o que se deshizo: n o e n s e ñ a n a d a a l que e s t á p o r i r , al
i g u a l que l a h i s t o r i a . L a e x p e r i e n c i a es paralela a la vejez c u a n d o ya
el i m p o s i b l e comenzar un n u e v o c a m i n o
L a p r e g u n t a i n e v i t a b l e que se hace tras l a l e c t u r a d e l c u e n t o es
p o r q u é a b a n d o n a n el ayer y el h o y de t r a n q u i l i d a d p a r a t e r m i n a r en
u n l u g a r d o n d e las m o n t a ñ a s parecen ser i n v e r t i d a s p a r a convertirse
en el e p i c e n t r o del i n f i e r n o . ¿ P o r q u é ese constante i r y no escuchar
las sanas ideas del que ya r e g r e s ó ? L a respuesta l l e v a a l a v a l o r i z a c i ó n
de las ilusiones creadas: " U s t e d sabe que a todos nosotros nos i n f u n d e n
ideas. Y u n o va con esa plasta e n c i m a p a r a p l a s m a r l a e n todas partes".
Y L u v i n a es l a p e r s o n i f i c a c i ó n de todos los ideales, d e l ansia d e l c a m b i o
encarnada p o r el viaje, la a s c e n s i ó n a l a m o n t a ñ a , a l a c ú s p i d e y l a
c e r c a n í a al cielo. E l l u g a r s i m b o l i z a el v u e l o de los comejenes, el que1« El llano en llamas, pp. 85-94.
17 Sobre el tema, véase Mircea EKade, Mito
del eterno
retomo.
Cada acto
ritual comienza generalmente recordando el génesis del mundo, de la religión, cicla tribu.
NOTAS
112
NRFH, XXVII
r e r constantemente ser d i s t i n t o , el querer tener cara, n o m b r e , h i s t o r i a
y personalidad en u n m u n d o donde todos son r e p e t i c i ó n de seres sin
n o m b r e y sin f o r m a .
Esta fuerza p s í q u i c a que busca el cambio, que considera a l a r u t i n a
como envilecedora, crea el m u n d o n e u r ó t i c o de l a a s p i r a c i ó n sin sent i d o . C o m o la i l u s i ó n es u n a c r e a c i ó n subjetiva y n o p r o d u c t o del rac i o c i n i o , n o hay p o s i b i l i d a d de d i á l o g o entre l a r e a l i d a d del que regresó y el s u e ñ o del que e s t á p o r i r . Para i n i c i a r el v i a j e es necesario
desconocer la v e r d a d y, ya i n i c i a d o , en el m o m e n t o en que l a m e t a se
encuentra con la a s p i r a c i ó n , aflora el m u n d o r e a l y l a tragedia es i n evitable.
E l d r a m a t u r g o Samuel Beckett creó la g r a n f i g u r a pasiva del ansia
del cambio, G o d o t . R u l f o , con su m u n d o de a n t i - s í m b o l o s donde se
j u n t a r o n conceptos i n d í g e n a s , trasfondo inconsciente, y m u n d o real y
consciente, creó l a f i g u r a universal del o t r o e x t r e m o de G o d o t : " L u v i n a " , p r o d u c t o del ansia activa del cambio. E n ambos casos, el desastroso f i n a l es i d é n t i c o . G o d o t , l a eterna esperanza del que escapa de sí
m i s m o y se busca a sí m i s m o , n u n c a llega y L u v i n a , como e s t a c i ó n
f i n a l es l o a b s o l u t a m e n t e c o n t r a r i o a l o esperado. Es decir, se puede
esperar a G o d o t o i r a L u v i n a p a r a obtener l a m i s m a respuesta insensata. C o n e l l o se c o n v i r t i ó " L u v i n a " , el cuento de R u l f o , en u n concepto universal al i g u a l que la f i g u r a del O u i j o t e , c o n v e r t i d a en concepto,
el p r o d u c t o de los grandes e x p e r i m e n t o s del h o m b r e p e r d i d o en u n
m u n d o sin valores, buscando constantemente hacia d ó n d e i r para encont r a r el sentido de su nacer sin llegar n u n c a a e l l o .
L a r u p t u r a de los s í m b o l o s existentes en cuentos y s u e ñ o s , crean en
el lector de " L u v i n a " la s e n s a c i ó n de u n m u n d o r o t o y d e p r i m e n t e ,
de allí la i d e n t i f i c a c i ó n posible del que vive en á m b i t o s culturales dist i n t o s a los de R u l f o , con el e s p í r i t u de sus narraciones.
NAHUM
Universidad Hebrea de
MEGGED
Jerusalén.
B I O Y CASARES O L A A V E N T U R A D E
NARRAR
E n su p r ó l o g o a La invención
de Morel\
de A d o l f o B i o y Casares,
r e p r o d u c i d o siempre en las ediciones del relato, define Borges l a novela
"de peripecias", p o r o p o s i c i ó n a l a " p s i c o l ó g i c a " , de esta m a n e r a :
L a novela de aventuras, en cambio, no se propone como u n a
c i ó n de la realidad: es u n objeto artificial que
justificada.
de
Oro,
de
El
los
roso argumento
temor
de
i n c u r r i r en
siete viajes de
(p.
Simbad
la
m e r a variedad
o del
transcrip-
no sufre n i n g u n a parte inQuijote,
sucesiva
le impone
del
un
Asno
rigu-
12).
l Sigo el texto de Emecé, Buenos Aires, 5» ed., 1972. Todas las citas proceden
de esta edición; en adelante daré el n ú m e r o de p á g i n a en el texto, entre paréntesis.
NRFH, XXVII
NOTAS
113
Borges a f i r m a allí, p o r otra parte, q u e " s i a l g u n a p r i m a c í a tiene este
siglo sobre los anteriores, esa p r i m a c í a es l a de las t r a m a s " (p. 1 3 ) . D e
este m o d o c o n t r a d i c e c a t e g ó r i c a m e n t e l a a f i r m a c i ó n de O r t e g a y Gasset,
e n La deshumanización
del arte, de " q u e es m u y d i f í c i l q u e h o y q u e p a
i n v e n t a r u n a aventura capaz de interesal- a nuestra sensibilidad super i o r " . Para sustentar su o p i n i ó n , Borges m e n c i o n a , j u n t o a la n o v e l a
de B i o y Casares, otras de nuestra é p o c a a las cuales a q u é l l a se i g u a l a
p o r su " a d m i r a b l e a r g u m e n t o " : The tnrn of the screw, Der Prozess, Le
voyageur
sur la ierre
T r a m a , aventura, f á b u l a , a r g u m e n t o son las palabras-clave de los
c o m e n t a r i o s de Borges. Esas palabras a l u d e n u n a y o t r a vez a l rasgo
esencial de u n t i p o de f i c c i ó n q u e p o d r í a m o s l l a m a r pura, asociada p o r
Borges a l " r i g o r " c o n q u e la n a r r a c i ó n d e s a r r o l l a e l p l a n a r g u m e n t a l
q u e e l escritor se ha propuesto o p l a n t e a d o (Borges le asigna con aciert o u n aire p r o b l e m á t i c o que exige u n a e j e c u c i ó n " r a z o n a d a " ) .
L a p o s i c i ó n magisterial de Borges en su larga amistad con B i o y (de
l a q u e h a n surgido varias colaboraciones) nos l l e v a a v e r e n su p r ó l o g o
u n a d e c l a r a c i ó n de e s t é t i c a a la q u e B i o y se adhiere o que, m á s b i e n ,
h a puesto en p r á c t i c a e n l a novela p r o l o g a d a . T o d a l a o b r a m a d u r a de
B i o y , l a q u e él reedita, l a conocida h o y p o r u n p ú b l i c o a m p l i o , resp o n d e sin d u d a a estos postulados. Sus " f i c c i o n e s " cortas y largas son
m o d e l o s de t r a m a r i g u r o s a 2 , de a r g u m e n t o s d o n d e e l i n c i d e n t e a p r i m e r a v i s t a g r a t u i t o acaba p o r revelarse c o m o necesario, t a l vez fundam e n t a l , a semejanza de l o que o c u r r e e n las tramas policiales. L a m á q u i n a de M o r e l puede utilizarse, precisamente, c o m o m e t á f o r a p a r a las
elaboraciones "fabulosas" de Bioys. Sus cuentos y novelas (éstas siemp r e de e x t e n s i ó n m e d i a n a , l i m i t a c i ó n i m p u e s t a p o r las premisas de su
arte) f o r m a n engranajes m á s o menos complejos, cuyas piezas se corresp o n d e n de m a n e r a i n a l t e r a b l e p a r a e l f u n c i o n a m i e n t o d e l c o n j u n t o . O r d e n estrictamente reglado que e l métier se encarga de d i s i m u l a r , sería,
pues, l a m e j o r d e f i n i c i ó n de l a o b r a de B i o y . P o r este o r d e n , e n f i n ,
aboga Borges en su p r ó l o g o . A s í , a l c o n d e n a r a su m o d o l a " n o v e l a
c a r a c t e r í s t i c a " , " p s i c o l ó g i c a " o " r e a l i s t a " , c o n referencia especial a l a
n o v e l a rusa y sus emuladoras, escribe: "Esa l i b e r t a d p l e n a acaba p o r
e q u i v a l e r a l p l e n o desorden". E n el f r a g m e n t o r e p r o d u c i d o a r r i b a establece Borges, t a m b i é n , e l p u n t o de p a r t i d a de l o que él d e n o m i n a
" n o v e l a de a v e n t u r a s " : " . . . n o se p r o p o n e c o m o u n a t r a n s c r i p c i ó n de
l a r e a l i d a d . . . " O , d i c h o en otras palabras, c u e n t a algo e x t r a o r d i n a r i o
( q u i z á s i m p o s i b l e o i n v e r o s í m i l en el c o n t e x t o de l a r e a l i d a d c o t i d i a n a ) ,
l o c u a l supone p a r a el n a r r a d o r u n d o b l e d e s a f í o : a su i m a g i n a c i ó n , para
2 La trama celeste, título de un cuento y de la colección donde figura, parece
- y aun en sus diversos matices de significado, por la "maniobra" de aviación alud i d a - cifra de esta cualidad esencial de su obra.
3 Algo semejante dice Alfred J . MacAdam, a p r o p ó s i t o de La invención de
Morel: " . . . B i o y Casares estudia el proceso de transformación, precisamente la transformación del hombre en artista, del artista en arte. L o hace empleando una estructura m e t a f ó r i c a en que lo fantástico está al servicio de la estética". ("Narrativa y
metáfora: una lectura de La invención de Morel",
CLI(16).
111
NOTAS
NRFH,
XXVII
concebir el caso " m a r a v i l l o s o " y a su p e r i c i a o h a b i l i d a d para convert i r l o , al menos el t i e m p o que d u r e l a lectura, en convincente s u c e d á neo de la acostumbrada, i n m e d i a t a r e a l i d a d d e l lector*. Para l o g r a r esto
ú l t i m o , e l escritor debe desplegar (como sugiere Borges) u n a e x t r e m a
lucidez, ha de apelar a u n a l ó g i c a que d é Mentido a cada parte de su
i n v e n c i ó n p a r a así j u s t i f i c a r (o hacer p l a u s i b l e ) , paso a paso, e l en p r i n c i p i o i m p r o b a b l e todo. Pero a u n q u e Borges L i o
s e ñ a l e , t a l vez uov
e s t i m a r l o sobrentendido
esta l ó g i c a h a de fundarse sobre a l g u n a o
algunas pasiones de las m á s comunes, sobre ciertos
comportamientos
t í p i c o s d e l h o m b r e . L o prodigioso del asunto y el r i g o r de la construcc i ó n a r g u m e n t a l c o r r e n el riesgo de caer en l o m e c á n i c o o e n p u r a
aridez i n t e l e c t u a l si n o i n c l u y e n conflictos vitales que sirvan de m o t i ¬
v a c i ó n , de resorte p r o f u n d o a la a c c i ó n de los personajes Es aleo que
n o falta en las m á s "razonadas" elaboraciones del m i s i n o Borges; algo
que ha c o m p r e n d i d o t a m b i é n B i o y Casares y que en m á s de
s i ó n l o lleva a comentar: " P o r las digresiones e n t r a en los escritos l a
vida"5.
E l arte de B i o y (como el de Borges) contiene o t r o i n g r e d i e n t e que
le es sustancial - q u e es sustancial, e n d e f i n i t i v a , a l a zona m á s imputante d e l arte m o d e r n o - , esa i r o n í a que i n c i d e con frecuencia en el h u m o r i s m o o, l l e v a d a al e x t r e m o , en l o c ó m i c o - d e s t r u c t i v o . A h o r a b i e n , en
e l caso de B i o y , cuyas narraciones suelen exponer u n m i s t e r i o (exponer
simplemente, pues n o se t r a t a en ellas de e l u c i d a r el m i s t e r i o desde el
p u n t o de vista " p o s i t i v o " ) , l a i r o n í a representa o t r a d i f i c u l t a d de ejec u c i ó n . L a i n t e g r a c i ó n de este aspecto al cuerpo de sus relatos ofrece u n
p e l i g r o que B i o y sortea con a d m i r a b l e p e r i c i a : el p e l i g r o de desinteresar al lector al hacerse demasiado p a t e n t a d a r t i f i c i o de su " i n v e n c i ó n " .
L a o b r a de B i o y en general es, para r e s u m i r , b u e n e j e m p l o de cierta
m o d a l i d a d n a r r a t i v a que c o n t e m p l a el r e l a t o c o m o u n p r o b l e m a a resolver en sí m i s m o , como u n a carrera de o b s t á c u l o s que se i m p o n e el
n a r r a d o r , pero cuya ú l t i m a f i n a l i d a d es p r o d u c i r el efecto de u n a coherente r e a l i d a d , p r o b a b l e d e n t r o de sus fronteras. Para estudiar los caracteres de d i c h a m o d a l i d a d y, de paso, los del arte de B i o y Casares,
m e c o n c e n t r a r é en La invención de Morel. Su a n á l i s i s p o r m e n o r i z a d o me
p e r m i t i r á i l u s t r a r l o hasta a q u í considerado y trazar sus relaciones con
obras semejantes para c o m p r e n d e r con m á s a m p l i a p r o y e c c i ó n el l i n a j e
de esta especie n a r r a t i v a .
E l r e l a t o de La invención
de Morel
e s t á c o n s t r u i d o alrededor de la
i Sine qua non que Coleridge f o r m u l ó de modo inolvidable al hablar de " u n
interés humano y una semblanza de verdad suficientes para procurar a estas sombras de la i m a g i n a c i ó n esa voluntaria y m o m e n t á n e a suspensión del descreimiento
que constituye la fe p o é t i c a " (Biographia
literaria,
14) .
n L a cita proviene de Guirnalda
con amores, Buenos Aires, 1959, p. 86. Igualmente en "David Garnett v el amor", La otra, aventura, Buenos Aires, 1968: "Si cabe
postular dos ideales de perfección, uno para autores nuevos, que tolera ú n i c a m e n t e
lo indispensable, y otro para maestros, que acoge lo superfluo y la digresión (por
donde entra la vida en los escritos), bajo el signo del segundo hay que poner esta
obrita memorable".
NRFH, XXVII
NOTAS
115
o r i g i n a l o e x t r a o r d i n a r i a m á q u i n a de fotografiar, i n v e n t o del personaje
d e l t í t u l o . Sin embargo, el a u t o r d e l i n v e n t o n o es e l protagonista. E l
p r o t a g o n i s t a es el n a r r a d o r i n n o m i n a d o (y r e l a t o r t a r d í o de " l a i n v e n c i ó n
de M o r e l " ) , cuyos i n f o r t u n i o s y angustias, pasados y presentes, compon e n el d i s e ñ o a r g u m e n t a l de l a o b r a . J u s t a m e n t e , el efecto de l a " i n v e n c i ó n de M o r e l " sobre este personaje constituye l a d i m e n s i ó n " v i t a l " d e l
r e l a t o . Su c u r i o s i d a d , sus recuerdos" y temores, su p a s i ó n amorosa, su necesidad de explicarse los e x t r a ñ o s f e n ó m e n o s q u e descubre e n l a isla de su
escondite son los medios p o r los cuales se t r a n s m i t e al lector, en f o r m a
d r a m á t i c a , e l f u n d a m e n t o e h i s t o r i a d e l i n v e n t o de M o r e l y su fútil resultado (otorgar precaria i n m o r t a l i d a d a algunos de sus amigos y servidores) .
E l n ú c l e o , l a m a t r i z de l a o b r a es, desde luego, el i n v e n t o , l a m á q u i n a de " r e t e n c i ó n " e . E 1 p i a n argumental puede ser descrito como el
m o v i m i e n t o (del narrador-protagonista, de l a a c c i ó n y, a la postre, del
lector i n t r i g a d o ) hacia ese n ú c l e o , que n o se e v i d e n c i a r á sino al t é r m i n o
de las dos terceras partes del r e l a t o , c o n l a e x p o s i c i ó n de los p r i n c i p i o s
y resultados del invento*. Desde ese p u n t o , l a a c c i ó n del p r o t a g o n i s t a
depende enteramente del i n v e n t o , y sus lucubraciones y decisiones son
l a consecuencia de d i c h a e x p o s i c i ó n . E l a s u n t o d e l i n v e n t o , que p u d o
h a b e r c o n s t i t u i d o p o r sí solo u n p e q u e ñ o r e l a t o , es usado p o r B i o y como
l a crisis de l a novela. C ó m o consigne m a n t e n e r v i v o e l i n t e r é s en t a n
d i l a t a d o espacio o, m á s b i e n , q u é recursos sostienen " j u s t i f i c a d a m e n t e "
l a t r a m a hasta allí, será el o b j e t o p r i n c i p a l de m i e x a m e n .
" H o y , e n esta isla, h a o c u r r i d o u n milagro", comienza escribiendo en
su c r ó n i c a el n a r r a d o r (p. 17). Y a c o n t i n u a c i ó n : " E l v e r a n o se adel a n t ó " . E l " m i l a g r o " o c u r r i d o , con e l i n c o n v e n i e n t e que acarrea - l a
presencia de o t r a gente en el " m u s e o " h a l l a d o p o r é l - , o b l i g a al person a j e a buscar r e f u g i o en "los bajos d e l sur", el " l u g a r menos h a b i t a b l e
de la i s l a " , d o n d e ha de sufrir, desesperado, los efectos d e l " m i l a g r o " .
" E s c r i b o esto — a c l a r a — para dejar t e s t i m o n i o d e l adverso milagro".
E l milagro
le es, en p r i m e r t é r m i n o , adverso.
Dos son las amenazas mortales que h a p r o v o c a d o : "Si en pocos d í a s n o m u e r o ahogado o l u c h a n d o p o r m i l i b e r t a d . . . " U n a m u e r t e accidental e n esta zona pantanosa
" q u e el m a r s u p r i m e u n a vez p o r semana" o l a i n ú t i l resistencia frente
a sus presuntos perseguidores son las ú n i c a s a l t e r n a t i v a s que ahora se
le presentan a su c o n d i c i ó n de p r ó f u g o e n u n a isla que c r e í a abandonada. M á s adelante nos enteramos de otro p o s i b l e p e l i g r o que el personaje e n f r e n t a b a , a sabiendas, al escoger la isla p a r a ocultarse. A s í l o
6 T a m b i é n lo ha utilizado Bioy en el cuento "Los afanes", incluido en El
de la sombra.
-¡ " E l mayor encanto de esta fantasía - d i c e Alfonso R e y e s - reside en que el
personaje principal - q u e habla en, primera persona- no conoce de antemano la situación, la descubre penosamente a través de e x t r a ñ a s experiencias, y en vano intenta
trasladarse al mundo de aquellas sombras corpóreas, movientes y parlantes (que naturalmente pasan junto a él sin advertirlo), porque ha acabado por enamorarse de
una de ellas" (El deslinde. Apuntes para la teoría literaria,
Obras completas,
t. 15,
México, 1955-58, p. 136.
lado
116
NOTAS
NRFH,
XXVII
e x p l i c a e l mercader i t a l i a n o q u e le sugiere el p l a n y l o ayuda a l l e v a r l o
a cabo:
N i los piratas chinos, n i el barco pintado de blanco del Instituto Roc¬
kefeller la tocan. Es el foco de una enfermedad, aún misteriosa, que mata
de afuera para adentro. Caen las uñas, el pelo, se mueren la piel y las
córneas de los ojos, y el cuerpo vive ocho, quince días. Los tripulantes
de u n vapor que había fondeado en la isla estaban despellejados, calvos,
sin uñas —todos muertos—, cuando los encontró el crucero japonés Ñamura. E l vapor fue hundido a cañonazos (pp. 18-19).
" P e r o era t a n h o r r i b l e m i v i d a q u e r e s o l v í p a r t i r " , dice el personaje
(p. 19). D e esa m a n e r a q u e d a n bosquejados e n las p r i m e r a s p á g i n a s
sus m ó v i l e s y la s ú b i t a a l t e r a c i ó n de sus proyectos: v i v i r aislado, a u n
a riesgo de su v i d a , en l a isla a que lo reduce su d e s t i n o de perseguido
y c o m p o n e r allí las obras a las q u e su azarosa existencia no le h a dejado
t i e m p o para dedicarse {Defensa ante sobrevivientes,
Elogio
de
Malthus).
E l " m i l a g r o " d e l adelanto d e l verano y la presencia de estos veraneantes salidos de q u i é n sabe d ó n d e ("estoy seguro de q u e n o h a llegad o n i n g ú n barco, n i n g ú n aeroplano, n i n g ú n d i r i g i b l e " ; p . 19), q u e l o
despiertan a l amanecer con su m ú s i c a y sus gritos, se c o n v i e r t e n , a l a
vez, e n e s t í m u l o a su c u r i o s i d a d . L o absorbe l a c o n t e m p l a c i ó n de estos
visitantes, e n los cuales n o t a algo r a r o : " E s t á n vestidos c o n trajes iguales a los que se l l e v a b a n hace pocos a ñ o s " (p. 2 0 ) . C o n c i b e u n a h i p ó t e s i s sobre esta p e c u l i a r i n d u m e n t a r i a ( m á s adelante descubriremos
q u e es falsa) : " . . .revela (me parece) u n a consumada f r i v o l i d a d . . . "
Pero este t r a t a r de explicarse los hechos o de razonar acerca de los
modos y dichos de los " a b o m i n a b l e s i n t r u s o s " d e t e r m i n a el m á s señal a d o rasgo de su estilo, d e l estilo de su (la) n a r r a c i ó n , la suya y t a m b i é n
l a de o t r o r e f l e x i v o , e l i n v e n t o r M o r e l : en e l f o n d o , ya l o sabemos, " r a z o n a " el propio B i o y . Estos razonamientos, e r r ó n e o s o veraces, constituy e n el m o l d e " l ó g i c o " d e n t r o d e l cual, p o r l a m a n e r a de p r e s e n t a c i ó n
de los hechos, se s i t ú a desde el comienzo d e l r e l a t o a l lector. L a orden a c i ó n de l a m a t e r i a a r g u m e n t a l , como ya he i n d i c a d o , corresponde a
l a sucesiva p e r c e p c i ó n de ciertos f e n ó m e n o s o " d a t o s " q u e e n l a conciencia d e l n a r r a d o r v a n e n c o n t r a n d o r>rovisorias apreciaciones v reacciones hasta que por e l a t e n i d o esfuerzo (y e l hallazgo d e l m a n u s c r i t o
de M o r e l ) el personaje "llega a las resoluciones finales Pues b i e n el
recurso de la e r í u m e r a c t ó n o lista de razones subraya de m o d o constante
el c S c t e r de m é t o d o " n d u c t Í v o - d e d u c t i v o de l a n a r r a c i ó n Las razones c " u s e oponTn ahora a que e l o m o n l i e v l i l e sha cesar a e s U gente
i l u s t r a n el p r o c e d i m i e n t o Exagero: m i r o con alguna fascinación —hace tanto que no veo gente—
a estos abominables intrusos; pero sería imposible mirarlos a todas horas:
Primero: porque tengo mucho trabajo: el sitio es capaz de matar al
isleño más hábil; acabo de llegar; estoy sin herramientas.
Segundo: por el peligro de que me sorprendan mirándolos o en la
primer visita que hagan a esta zona; si quiero evitarlo debo construir
NRFH, XXVII
NOTAS
117
guaridas ocultas en los matorrales. Finalmente: porque hay dificultad material para verlos: están en lo alto de la colina y < para quien, los espía
desde aquí son como gigantes fugaces; puedo verlos cuando se acercan a
las barrancas (p. 21).
V e r e m o s reaparecer otras causas, p o r m e n o r i z a d a s de f o r m a semej a n t e , e n diversos pasajes y c i r c u n s t a n c i a s » .
M e interesa ahora destacar, ya e n t r a n d o en l o t e m á t i c o en sentido
m á s estricto, dos motivos
- c o m i e n z o de relaciones desarrolladas e n el
curso d e l r e l a t o - q u e se i n t r o d u c e n t a m b i é n e n las p á g i n a s iniciales.
Se t r a t a , d e u n l a d o , d e l amor d e l p r o t a g o n i s t a p o r Faustine, u n a de
aquellas f i g u r a s q u e h a n aparecido en l a isla y, d e l o t r o , de l a i d e a
de i n m o r t a l i d a d (asociada a l a vez c o n el m i e d o , u n m i e d o , e n el caso del
personaje, i n m e d i a t o , a l a m u e r t e ) . A m o r y deseo de i n m o r t a l i d a d v a n
a combinarse e n adelante p a r a f o r m a r el " p r e c i p i t a d o e m o c i o n a l " d e l
r e l a t o , e l aspecto de 'la p a s i ó n o d e b i l i d a d h u m a n a en su t r a m a . E n
c u a n t o a l a n o c i ó n de i n m o r t a l i d a d , se presenta apenas i n i c i a d a l a novela, e n m e d i o de l a d e s c r i p c i ó n d e l " m u s e o " de l a isla:
Recorrí los estantes buscando ayuda para ciertas investigaciones que el
proceso interrumpió y que en la soledad de la isla traté de continuar (creo
que perdemos la inmortalidad porque la resistencia a la muerte no ha
evolucionado; sus perfeccionamientos insisten en la primera idea, rudimentaria: retener vivo todo el cuerpo. Sólo habría que buscar la conservación
de lo que interesa a la conciencia) (pp. 25-26).
U n a s p á g i n a s m á s adelante nos ofrece e l n a r r a d o r las p r i m e r a s i m presiones de Faustine. E n ellas se m u e s t r a B i o y b u e n " p s i c ó l o g o " , sac a n d o p a r t i d o de ciertas leyes de l a a t r a c c i ó n amorosa: o b s e r v a c i ó n
a t e n t a d e l o b j e t o deseado, v o l u n t a r i o r e b a j a m i e n t o d e sus cualidades
visibles c o m o salvaguardia c o n t r a e l naciente m o v i m i e n t o d e s u m i s i ó n
- o , m á s b i e n , e n e l f o n d o , t e m o r al r e c h a z o - y, p o r ú l t i m o , esperanza
de c o m p a ñ í a , de " s o c o r r o " , que acaba p o r sobreponerse a los temores
y conduce a l a a c c i ó n o d e c l a r a c i ó n . E l deseo es a q u í , t a m b i é n , espol e a d o p o r los o b s t á c u l o s que i m p i d e n a l personaje acercarse al ser amad o ; u n o de ellos, p o r a ñ a d i d u r a , da p r o n t o p i e a sus celos. C i t o los
f r a g m e n t o s referidos:
E n las rocas hay una mujer mirando las puestas de sol, todas las tardes. Tiene un pañuelo de colores atado en la cabeza; las manos juntas,
sobre una rodilla; soles prenatales han de haber dorado su piel; por los
ojos, el pelo negro, el busto, parece una de esas bohemias o españolas
de los cuadros más detestables (p. 32).
L a mujer, con la sensualidad de cíngara y con el pañuelo de colores
demasiado grande, me parece ridicula. Sin embargo siento, quizá un poco
en broma, que si pudiera ser mirado un instante, hablado un instante por
s Remito al lector a las siguientes páginas de la novela: 24, 43, 50-51, 69, 80,
83, 85, 125-126, 138, 144-150.
118
NOTAS
NRFH, XXVII
ella, afluiría juntamente el socorro que tiene el hombre en los amigos, en
las novias y en los que están en su misma sangre.
Mi esperanza puede ser obra de los pescadores y del tenista barbudo.
Hoy me irritó encontrarla con ese falso tenista... (p. 33).
Ahora, invadido por suciedad y pelos que no puedo extirpar, un poco
viejo, crío la esperanza de la cercanía benigna de esta mujer indudablemente hermosa.
Confío en que mi enorme dificultad sea instantánea: pasar la primera
impresión. Ese falso impostor no me vencerá (p. 34).
De m o d o previsible, l a s i t u a c i ó n creada desemboca e n las siguientes
observaciones:
Ahora la mujer del pañuelo me resulta imprescindible. T a l vez toda
esa higiene de no esperar sea un poco ridicula. No esperar de la vida,
para no arriesgarla; darse por muerto, para no morir. De pronto esto me
ha parecido un letargo espantoso, inquietísimo; quiero que se acabe. Después de la fuga, después de haber vivido no atendiendo a un cansancio
que me destruía, logré la calma; mis decisiones tal vez me devuelvan a ese
pasado o a los jueces; los prefiero a este largo purgatorio.
H a empezado hace ocho días. Entonces registré el milagro de la aparición de estas personas; a la tarde temblé cerca de las rocas del oeste.
Me dije que todo era vulgar: el tipo bohemio de la mujer y mi enamoramiento propio de solitario acumulado. Volví dos tardes más: la mujer
estaba; empecé a encontrar que lo único milagroso era esto... (p. 40).
L a i m p a s i b i l i d a d d e Faustine, q u e el n a r r a d o r cree deliberada, n o
hace sino a u m e n t a r su p a s i ó n y agudizar su i n g e n i o p a r a declararla
de t a l m o d o que merezca ser aceptado. Y en este p u n t o se inserta de
n u e v o la v i s i ó n de l a p o s i b l e i n m o r t a l i d a d . E l personaje proyecta como
h o m e n a j e a F a u s t i n e u n j a r d i n c i t o donde, trazados c o n flores, f i g u r e n
él y ella e n posturas a l e g ó r i c a s (ella c o n t e m p l a n d o l a puesta de sol,
él a r r o d i l l a d o j u n t o a e l l a ) . U n a i n s c r i p c i ó n , t a m b i é n hecha c o n flores, h a b í a de c o m p l e t a r el c o n j u n t o . L a r e d a c c i ó n de esa i n s c r i p c i ó n
vuelve sobre el motivo de l a i n m o r t a l i d a d :
He modificado la inscripción. L a primera me salió demasiado larga para
hacerla con flores. L a convertí en ésta:
Mi muerte en esta isla has desvelado.
Me alegraba ser un muerto insome. Por este placer descuidé la cortesía; en la frase podía haber un reproche implícito. Volví, sin embargo,
a esa idea. Creo que me cegaban: la afición a presentarme como un exmuerto; el descubrimiento literario o cursi de que la muerte era imposible al lado de esa mujer. Dentro de su monotonía, las aberraciones eran
casi monstruosas:
U n muerto en esta isla has desvelado.
O:
Yo no estoy muerto: estoy enamorado (pp. 51-52).
NRFH, XXVII
119
NOTAS
L a e x p l i c a c i ó n del origen de la m á q u i n a de M o r e l conlleva a d e m á s
u n a i m p o r t a n t e r e v e l a c i ó n : la del amor desesperado de M o r e l p o r Faust i n e (pp. 101-102). M o r e l pone en p r á c t i c a su i n v e n t o precisamente p a r a
q u e d a r " i n m o r t a l i z a d o " j u n t o a ella. Y esa r e v e l a c i ó n nos r e t r o t r a e a
los deseos semejantes (amor, f o r m a de i n m o r t a l i d a d j u n t o a Faustine)
d e l n a r r a d o r , destacando de paso e l proceso (o progreso) del relato
desde el f r u s t r a d o i n t e n t o del p r o t a g o n i s t a de " s o b í e v i v i r s e " en la comp a ñ í a de Faustine hasta la c o m p l i c a d a m a q u i n a r i a c o n que M o r e l hab í a l o g r a d o ya ese p r o p ó s i t o . L a g r a b a c i ó n ( e t e r n i z a c i ó n ) de su p r o p i a
i m a g e n p o r parte del n a r r a d o r es p u e s / l a consecuencia " l ó g i c a " d e r i v a d ! de su descubrimiento del aparato de M o r e l ( " l ó g i c a " e n esta ocasión, del s e n t i m i e n t o , a f i n de cuentas) E l r e s u l t a d o es i n c o m p l e t o - el
personaje a menos que ocurra o t r o " m i l a g r o " c o n s e g u i r á solamente
L r n i z a r su esperanza: " A l h o m b r e que, b a s á n d o s e e n ^ t e i n f o r m e i n vente u n a m á q u i n a capaz de r e u n i r las presencias disgregadas h a r é u n a
s ú p l i c a B ú s q u e n o s a Faustine y a m í h á g a m e entrar e S el cielo de l a
conciencia de Faustine. S e r á u n acto p i a d o s o " (p. 155) .
A l alcanzar esa o t r a existencia que o t o r g a el i n v e n t o de M o r e l , sin
embargo, e l personaje vence los terrores de l a que abandona, sobre t o d o
el de l a j u s t i c i a q u e l o persigue y l a consecuente sentencia de m u e r t e .
C o n entusiasmo, pues, causa l a d e s t r u c c i ó n de su c u e r p o , c o n d i c i ó n inherente al c a m b i o o proceso de i n m o r t a l i z a c i ó n . Gana, en f i n , o t r a f o r m a
de v i d a sensible que l o l i b r a p a r a siempre de l a " a n g u s t i a m e t a f í s i c a "
y las especulaciones de ella surgidas: " e l v i a j e al cielo, i n f i e r n o o purg a t o r i o a c o r d a d o " concebido en a l g ú n m o m e n t o p o r el personaje (p. 8 2 ) .
L o o c u r r i d o , entonces, en la " r e a l i d a d " d e l n a r r a d o r , es como la
a m p l i a c i ó n - c o n sinuosidades que le o t o r g a n d e n s i d a d v i t a l y mantien e n l a " s u s p e n s i ó n " del l e c t o r - de la h i s t o r i a , expuesta brevemente hacia el f i n a l , de M o r e l y su i n v e n t o . L a h i s t o r i a en c u e s t i ó n tiene claro
c a r á c t e r s i l o g í s t i c o . Dados u n a i n m o r t a l i d a d alcanzable, " c i e n t í f i c a " y
u n a m o r n o c o r r e s p o n d i d o , se deduce (y p r o d u c e ) l a e t e r n i z a c i ó n de la
v i d a j u n t o al ser amado. Por estar sujeto a las mismas circunstancias,
el n a r r a d o r puede e x p l i c a r l a a u t é n t i c a m o t i v a c i ó n de M o r e l p a r a poner
?
P
en p r á c t i c a el e x p e r i m e n t o de la isla:
Quiero explicarme la conducta de
F a u s t i n e evitaba su c o m p a ñ í a ;
de
todos sus
Morel.
él, entonces, t r a m ó la semana, la muerte
amigos, para lograr la
i n m o r t a l i d a d con
compensaba la r e n u n c i a a las posibilidades que
que,
bio
p a r a los otros, la muerte no s e r í a u n a
de u n
hay
Faustine. C o n
en la vida.
e v o l u c i ó n p e r j u d i c i a l ; e n cam-
plazo de v i d a incierto, les d a r í a la i n m o r t a l i d a d con sus
preferidos. T a m b i é n dispuso de la v i d a de
Pero la m i s m a i n d i g n a c i ó n que
b u y a a M o r e l u n infierno que
esto
Entendió
amigos
Faustine.
siento, me pone e n guardia: q u i z á atri-
es m í o . Y o soy
el capaz de matar y de matarse; yo soy
el e n a m o r a d o de
el monstruo. Q u i z á
Faustine;
Morel
nunca
se haya referido a F a u s t i n e en el discurso; q u i z á estuviera enamorado
de
Irene, de D o r a o de la vieja.
Estoy exaltado, soy
necio. M o r e l ignora esas favoritas. Q u e r í a
a la in-
120
NOTAS
NRFH, XXVII
accesible Faustine. ¡Por eso la mató, se mató con todos sus amigos, inven¬
tó la inmortalidad!
L a hermosura de Faustine merece estas locuras, estos homenajes, estos crímenes. Yo la he negado, por celos o defendiéndome, para no admitir la
pasión.
Ahora veo el acto de Morel como un justo ditirambo (pp. 148-149).
( L a d u d a m o m e n t á n e a a q u í expresada sirve, en r e a l i d a d ,
c o n apasionada " l ó g i c a " su e x p l i c a c i ó n ) .
p a r a reforzar
T o d o el r e l a t o aparece en este p u n t o , a nuestros ojos, c o m o la eluc i d a c i ó n p o r etapas, entre desmayos, errores y contradicciones ( p r o p i o s
de l a c o n d i c i ó n h u m a n a , representada a q u í p o r el n a r r a d o r ) d e l "adverso m i l a g r o " de que se nos da cuenta en su p r i m e r a p á g i n a . Resulta,
p o r t a n t o , i n e v i t a b l e que la fase f i n a l de d i c h a e l u c i d a c i ó n se presente
como u n d e t a l l a d o s u m a r i o de los hechos antes i n e x p l i c a d o s o explicados
de m o d o e r r ó n e o , con la correspondiente e x p l i c a c i ó n correcta; este pasaje
viene a ser, así, c o m o l a d e f i n i t i v a e n u m e r a c i ó n de razones q u e caracteriza
el estilo del r e l a t o . T r a n s c r i b o los distintos apartados e n su o r d e n : Las
mareas; Apariciones
y desapariciones;
Los dos soles y las dos lunas;
La
llave de la luz, los pasadores
atrancados.
Cortinas
inamovibles;
La persona que apaga la luz; Charlie.
Fantasmas
imperfectos;
Los
españoles
que vi en el antecomedor;
Cámara
subterránea.
Biombo
de espejos;
Los
versos declamados
por Stoever
( p p . 144-148).
Estas explicaciones p s e u d o c i e n t í f i c a s , el estricto m é t o d o " r a z o n a d o r "
aplicado, a l o l a r g o de la n a r r a c i ó n , a u n asunto d e l g é n e r o " f a n t á s t i c o " ( l o l l a m o así p o r o p o s i c i ó n al " r e a l i s t a " como l o define Borges e n
su p r ó l o g o ) , d a n la m e d i d a d e l arte de B i o y en esta o b r a .
Ostinato
rigore, l a divisa de L e o n a r d o que el personaje-narrador hace suya, p o d r í a
m u y b i e n c o m p e n d i a r el p r i n c i p a l p r o p ó s i t o de B i o y al novelar. Si el
estilo, c o m o a f i r m a elocuentemente M a r c e l Proust, n o es c u e s t i ó n de
técnica, sino d e v i s i ó n , se c o m p r e n d e r á n a h o r a c u m p l i d a m e n t e los supuestos de la v i s i ó n de B i o y , v i s i ó n que he esbozado al comienzo de este
estudio.
Pero, antes de pasar a otras cuestiones sobre este t i p o de arte o v i s i ó n novelesca, me parece i m p r e s c i n d i b l e i n d i c a r p o r q u é v í a s interviene e n La invención
de Morel, constante c u a n t o velada, l a i r o n í a del
a u t o r . L a m a y o r i r o n í a es la m a n e r a c o m o se d e s a r r o l l a el r e l a t o , con
e x a c t i t u d de " i n f o r m e p a r a u n a academia" (para usar e l t í t u l o q u e da
Kafíca a su o b r a de p r e s e n t a c i ó n semejante sobre l a " e v o l u c i ó n " d e l
m o n o e x p o s i t o r ) . L o e x t r a o r d i n a r i o d e l asunto, u n a vez t e r m i n a d a la
l e c t u r a d e l que , se nos ofrece como t e s t i m o n i o c i e n t í f i c o , resalta a ú n
m á s p o r el contraste (hecho inconcebible, e x p o s i c i ó n d o c u m e n t a l ) . E n
otras palabras, acabamos p o r s o n r e í r ante este " a p a r a t o " de i n g e n i o ,
que nos h a hecho creer e n la p r o b a b i l i d a d de l o i n c r e í b l e m i e n t r a s nos
d e j á b a m o s c o n d u c i r p o r sus "mecanismos". Esta sonrisa es t a l vez el
m e j o r h o m e n a j e q u e podemos r e n d i r a la o b r a .
C l a r o que esa i r o n í a c o m o efecto " t o t a l " h a sido c o n d i c i o n a d a , prep a r a d a p o r juegos-participaciones del a u t o r que, de m o d o subrepticio,
NRFH, XXVII
NOTAS
121
v a n m i n a n d o el laborioso relato. U n o de los recursos i r ó n i c o s m á s notables es el de las notas a pie de p á g i n a , que, al corregir, comentar o
contradecir, con d e l i b e r a d a r a m p l o n e r í a e r u d i t a , algo cíe l o expresado
p o r e l n a r r a d o r , ocasionalmente nos recuerda que leemos u n " t e x t o " curioso, al cual el " e d i t o r " o redactor de las notas n o parece conceder
m á s i n t e r é s d e l que merece u n a e d i c i ó n " l i t e r a r i a " c u a l q u i e r a . ( L a i n v e n c i ó n de M o r e l resulta ser, pues, n a d a m á s q u e u n t e x t o d e n t r o de
o t r o t e x t o e n m a r c a d o p o r los textos de u n e d i t o r , cuyo c o n j u n t o se p u b l i c a con el t í t u l o La invención
de Morel,
b a j o l a f i r m a de A d o l f o
B i o v Casares v c o n prólogo de Bornes 9 "). A u n rasgo semejante de i r o n í a corresponde l a grotesca desigualdad e n l a i m p o r t a n c i a de los hechos
n a r r a d o r se cree o b l i g a d o a e x p l i c a r (ver l a e n u m e r a c i ó n citada
a r r i b a ) Esta n o t a " c ó m i c a " p r ó x i m a al f i n a l de l a n a r r a c i ó n se ve apenas a t e n u a d a p o r l a " d r a m á t i c a " r e s o l u c i ó n y consiguientes angustias
del personaje-narrador. A n t e s b i e n , se refuerza así el l a d o r i d í c u l o de
su Datetismo rasgo de h u m o r de B i o v a u e se h a acentuado ñ o r cierto
en S o b r á d e l o ! ú l t i m o s tiempos.
P o r ú l t i m o , n o debe pasarse p o r alto q u e la r e l a c i ó n entre e l narrador-protagonista, M o r e l y Faustine es l a del c l á s i c o t r i á n g u l o amoroso,
c o n l a diferencia, y a q u í asoma o t r o matiz de i r o n í a , de que dos de sus
m i e m b r o s existen s ó l o como proyecciones de u n p o r t e n t o s o e q u i p o de
cine. E l destino d e l p r o t a g o n i s t a es pasar a ese u n i v e r s o f i j o , espectral
p e r p e t u a c i ó n d e l t r i á n g u l o sin desenlace posible.
D e t o d o l o expuesto, puede concluirse, c o n Borges, que e n su t r a m a
" p e r f e c t a " (p. 15) y "las muchas y delicadas s a b i d u r í a s de l a e j e c u c i ó n "
(p. 1 4 ) , La invención
de Morel
f u n d a su r a z ó n de ser: p u r a n a r r a c i ó n ,
p u r o a r t i f i c i o ( t é r m i n o que uso sin la m e n o r i n t e n c i ó n p e y o r a t i v a ) .
" D e s p l i e g a u n a Odisea de p r o d i g i o s que n o parecen a d m i t i r o t r a clave
que l a a l u c i n a c i ó n o q u e el s í m b o l o , y p l e n a m e n t e los descifra m e d i a n t e
u n solo p o s t u l a d o f a n t á s t i c o p e r o n o s o b r e n a t u r a l " , dice Borges con su
lucidez a c o s t u m b r a d a (p. 14). Y, sin embargo, c u a n d o nos f i j a m o s e n
las obras afines q u e h a c i t a d o ( r e c u é r d e s e : The turn
of the
screw,
Der Prozess, Le voyaeeur
sur la Ierre), p e r c i b i m o s cierta i n c o n g r u e n c i a
¿ N o c o n t i e n e n estas novelas, precisamente, u n a " c l a v e " de "alucinac i ó n " v de " s í m b o l o " ? Sus a r g u m e n t o s son, e n f i n , inseparables de los
contextos morales y a u n religiosos - ¿ c ó m o trazar l a l í n e a d i v i s o r i a entre
el hecho n a r r a d o v l a t e o l o g í a c a t ó l i c a e n T u l i e n G r e e n ' - esenciales a
los temas de dichas obras Es innecesario i n s i s t i r e n algo t a n de sobra
c o n o c i d o c o m o el efecto de u n a fuerza m a l i g n a - p o d e r o s a c u a n t o des
e n c a r n a d a - sobre l a naturaleza i n f a n t i l eje d e l r e l a t o de H e n r v Tame
o e n el c a r á c t e r a l u c i n a t o r i o y s i m b ó l i c o ' de t o d a l a o b r a de Franz KaTka'
S ó l o , pues, c o n muchas reservas me parece a d m i s i b l e el a c é d e n t e !
Borges,' p o r o t r a parte, aleja de m o d o d e f i n i t i v o La invención
de
Morel
de u n g é n e r o c o n el cual g u a r d a bastante semejanza: el d e l relato p o l i c i a l . ( A u n q u e e l solo hecho de t r a e r l o a c o l a c i ó n i n d i c a , para9 "Concebir el texto de Bioy Casares sin el p r ó l o g o de
dice MacAdam (loe.
cit.).
Borges es imposible-
122
NOTAS
NRFH, XXVII
d o j a l m e n t e , que la a s o c i a c i ó n es i n e v i t a b l e ) . Borges dice q u e el g é n e r o
p o l i c i a l " n o puede i n v e n t a r a r g u m e n t o s " , p e r o , al describir el esquema
t í p i c o de estas ficciones, revela u n a i m p o r t a n t e fuente d e l p r o c e d i m i e n to adoptado p o r la n o v e l a de B i o y : " r e f i e r e n hechos misteriosos que
luego j u s t i f i c a e i l u s t r a u n hecho r a z o n a b l e " (p. 1 4 ) . Pasa entonces a
l a d i s t i n c i ó n , a f i r m a n d o que " A d o l f o B i o y Casares, en estas p á g i n a s ,
resuelve c o n f e l i c i d a d u n p r o b l e m a acaso m á s d i f í c i l " para ofrecer en
seguida la v i s i ó n s i n t é t i c a d e l a r g u m e n t o q u e he t r a n s c r i t o a r r i b a . L a
a t r a c c i ó n q u e Borges y B i o y h a n sentido p o r el r e l a t o p o l i c i a l y el
e m p l e o ocasional que h a n hecho de él, e n serio o en b r o m a ( " L a muerte y la b r ú j u l a " o las caricaturas de Bustos D o m e c q ) , c o n s t i t u y e n prueba m á s q u e suficiente de l o q u e a f i r m o . H a b r í a q u e c i t a r a q u í de
m o d o especial las ficciones de corte p o l i c i a l de Chesterton, q u e casi
resulta "sospechoso" n o ver mencionadas en el p r ó l o g o de Borges.
Chesterton me sirve de p u n t o de a r r a n q u e para otras indagaciones
en la n a r r a t i v a de l e n g u a inglesa. Y a me parece escuchar a l l e c t o r de
este t r a b a j o a d e l a n t a n d o c o n i m p a c i e n c i a el n o m b r e de Poe, e n q u i e n
creo encontrar la r a í z d e l t i p o de r e l a t o representado p o r La
invención
de Morel.
The narralive
of Arthur
Gordon
Pym es, e n m i o p i n i ó n ,
g e r m e n y p a r a d i g m a d e l g é n e r o . A l l í , b a j o el p r e t e x t o de " l a a v e n t u r a
y l a e x p l o r a c i ó n " , se o c u l t a l a r e a l i d a d de o t r a a v e n t u r a , l a de l a narrac i ó n en sí m i s m a . S i n desatender el aspecto " a m b i e n t a l " d e l p e r i p l o
d e l n a r r a d o r - p r o t a g o n i s t a - l o c u a l l l e v a a Poe a copiar, c o n fastidioso
l u j o de detalles, manuales y d i a r i o s de n a v e g a c i ó n - , el r e l a t o presen¬
ta u n c o n j u n t o de i m á g e n e s e x t r a ñ a s p e r o t a n r i g u r o s a m e n t e relacionadas e n t r e sí, q u e las delirantes claves finales sobre l a í n d o l e de l a
isla e x p l o r a d a en l a segunda parte v i e n e n a resolver p a r a e l l e c t o r
(lo resuelven sin resolverlo, p o r e l placer del absurdo razonar) e l enigm a de l a n a r r a c i ó n ' " i n c o n c l u s a " . M á s a ú n , el " t e r r o r a l o b l a n c o " prerisado en ese último nasaie Dermite ver en retrosDectiva e l c o n t r a n u n t o
rfo
W o d e l r e l a t o de l o b l a n c o y l o oscuro al cual ofrece t a n
soí
p r é n d e n t e c o m o d e l e i t a b l e s o l u c i ó n la r e f e r i d a " N o t a " f i n a l .
Antecedentes notables de La invención
de Morel
son t a m b i é n los
relatos largos de Stevenson; pienso especialmente en Dr. Jekill
and Mr.
Hyde, d o n d e la v i s i ó n m a n i q u e a de la naturaleza h u m a n a es m á s b i e n
p r e t e x t o q u e f i n de u n a " r a z o n a d a " f a n t a s í a . D e n t r o de esta c a t e g o r í a
h a b r í a q u e colocar otras narraciones inglesas c o n t e m p o r á n e a s , como
Lady into fox, de D a v i d G a r n e t t o Zuleika Dobson, de M a x B e e r b o h m .
Lady
into fox es u n tour de forcé d e l g é n e r o , pues, a l presentar l a
t r a n s f o r m a c i ó n de M r s . T e b r i c k en zorra desde las p r i m e r a s p á g i n a s ,
descansa para e l d e s a r r o l l o d e l asunto en la i n v a r i a b l e p a s i ó n de M r .
T e b r i c k p o r su esposa: e l a r g u m e n t o se compone de su a d a p t a c i ó n o
adaptaciones a las cambiantes circunstancias de l a n u e v a v i d a de ella.
E l m a y o r encanto de Zuleika
Dobson
- v e r s i ó n c ó m i c a d e l m i t o de la
encantadora y la s i r e n a - reside en observar c ó m o el a u t o r j u s t i f i c a
p a r t e p o r p a r t e los e x t r a ñ o s acontecimientos q u e l l e v a n a l s u i c i d i o de
la m u c h a c h a d a de O x f o r d ; B e e r b o h m , p o r cierto, n o se o c u l t a , sino que
NRFH, XXVII
123
NOTAS
o p o r t u n a m e n t e se i n t r o d u c e para dar nuevos impulsos al r e l a t o . L a
obra de B e e r b o h m , e n l o que tiene de r e e l a b o r a c i ó n de leyenda, muest r a a f i n i d a d con varios cuentos de B i o y que proceden de i g u a l m a n e r a :
" C l a v e p a r a u n a m o r " ( e p i f a n í a m o d e r n a de B a c o ) . "Moscas y a r a ñ a s "
( t a m b i é n con u n a hechicera de p r o t a g o n i s t a ) , "Las v í s p e r a s de Fausto",
" U n v i a j e o E l mago i n m o r t a l " (nuevo avalar de M e r l í n ) « .
C o m o se ve, si b i e n n o he p r e t e n d i d o ser e x h a u s t i v o , la p r o d u c c i ó n
del g é n e r o e x a m i n a d o n o es a b u n d a n t e . T a l vez ¡ j o r q u e sus l í m i t e s " l ó gicos" se o p o n e n en p r i n c i p i o a la p u r a i m a g i n a c i ó n , que gusta de deamb u l a r y expandirse siguiendo n o r m a s menos estrictas. Particulares exigencias (de c o n c e p c i ó n y e j e c u c i ó n ) o su rareza, e n la d o b l e a c e p c i ó n
de l a p a l a b r a , son, e n f i n / l a s notas de b u l t o de esta especie de l i t e r a t u r a . M e he acercado a u n o de sus textos p a r a a n a l i z a r l o e n sus detalles; n o s é si los resultados de m i t r a b a j o p o d r í a n elevarse a l a con¬
d i c i ó n de leyes generales. E n t o d o caso, m i a s p i r a c i ó n h a sido m u c h o
m á s modesta: ofrecer algunas observaciones sobre La invención
de Me
reí en c u a n t o a su í n d o l e v estirpe, que espero sean de u t i l i d a d para el
estudio c o m p r e n s i v o de l a o b r a de B i o y Casares, a u n n o i n t e n t a d ? y t a n
necesario.
JULIO
MATAS
University of Pittsburgh.
in E n años recientes (si no por la fecha de p u b l i c a c i ó n , sí por la de difusión)
cabe mencionar algunas novelas de Vladimir Nabokov, a q u é l l a s cuya imaginativa
construcción es el recurso artístico central, como si se tratara de complejos juegos
de ajedrez: The real Ufe of Sebastian
Knight,
Laughter
in the dark (Camera
Obscura), Palé fire. La promesa
y El juez y su verdugo,
de Friedrich D ü r r e n m a t t - l a s
dos con a r m a z ó n p o l i c i a l - o 11 visconte dimezzato,
de Italo Calvino - c o n el juego
de la mitad buena y mala, trasunto de Stevenson- se p o d r í a n a ñ a d i r a la lista.
E n las letras hispánicas sólo puedo mencionar los relatos de J o s é Bianco (Las ratas,
Sombras suele vestir) y Aura de Carlos Fuentes, aunque tal vez se puedan añadir
otros títulos importantes que olvido o desconozco.