Subido por Yatzely Hernández

Persona y humanismo_Introducción_Dominguez Hilda Ana María

Anuncio
Introducción
Las grandes interrogantes
del ser humano
¿Por qué hay entes y no más bien nada?
(Martin Heidegger)
H a ce p o co e s c u c h é a a lg u ie n a firm a r q u e un te x to es s ie m p re un
te jid o de vo ce s. D e a lg u n a m a n e ra , esa id e a m e d io cie rta tra n q u i­
lidad a c e rc a de lo q u e in te n to o fre c e r en e ste tra b a jo . En e fe cto ,
s e tra ta de p o n e r s o b re la m e s a a lg u n a s de las id e a s y p ro p u e s ta s
q u e d is tin to s p e n s a d o re s (filó so fo s, cie n tífic o s , te ó lo g o s , s o c ió lo ­
g o s, e tc .) h a n v e rtid o s o b re m ú ltip le s a s p e c to s , y q u e a su v e z
han p e rm itid o la p a u la tin a y s ie m p re c o n flictiv a c o n s tru c c ió n de
d o s g ra n d e s ca te g o ría s : “p e rs o n a ” y “h u m a n is m o ” . É s to s son ju s ­
ta m e n te los eje s a rtic u la d o re s de los c o n te n id o s d e la a s ig n a tu ra
P e rs o n a y h u m a n is m o 1 d e l Á re a d e R e fle x ió n U n iv e rs ita ria , en
la qu e he tra b a ja d o la m a y o r p arte de mi v id a a c a d é m ic a y p ara la
cual e ste te x to p re te n d e s e r u na m o d e s ta c o n trib u c ió n . M i e scrito
e stá d irig id o a los d o c e n te s , e in te n ta s e r un a p o y o a q u ie n e s día
co n día tra b a ja n a rd u a m e n te en las a u la s y p ro m u e v e n la c o n fo r­
m a ció n de una id e n tid a d u n iv e rs ita ria a tra v é s de la re fle x ió n c ríti­
ca, cre a tiva , p ro p o s itiv a , v a lie n te y c o m p ro m e tid a ; es un a p o y o
p a ra a q u e llo s q u e lu c h a n p o r h a c e r v ia b le , e n el s ig lo x x i, un
h u m a n is m o y una e d u c a c ió n h u m a n ista .
P o d e m o s d e fin ir al s e r h u m a n o c o m o el a n im a l q u e p re g u n ta .
N u e s tra c a p a c id a d d e p re g u n ta r e s tá d ire c ta m e n te re la c io n a d a
c o n la c a p a c id a d m e n ta l p a ra ra z o n a r, e la b o ra r c o n c e p to s a b s ­
tra c to s y m a n e ja r s ím b o lo s . El s a p ie n s p re g u n ta , no s ó lo so b re
las c o s a s , sin o s o b re sí m is m o .
1 Esta materia se imparte actualmente a todos los alumnos de cualquier li­
cenciatura en la Universidad Iberoamericana, Ciudad de México. En el Anexo
se encuentra el temario básico de la materia.
¿ Q u ié n s o y ? , ¿ de d ó n d e v e n g o ? , ¿ h a c ia d ó n d e v o y ? , ¿ c u á l es
el s e n tid o de m i v id a y de la v id a en g e n e ra l? , ¿ p o r q u é he de
m o rir? , ¿ h a y “a lg o ” m á s a llá d e la m u e rte ? , ¿ e x is te D io s? , ¿ so y
lib re ? , ¿ q u é es el m a l? É s to s s o n s ó lo e je m p lo s d e la d iv e rs id a d
d e c u e s tio n a m ie n to s q u e en a lg ú n m o m e n to d e la v id a nos p la n ­
te a m o s , a q u e lla s p re g u n ta s fu n d a m e n ta le s co n c u y a re s p u e s ta
b u s c a m o s a c la ra r el ru m b o d e n u e s tra e x is te n c ia . T o d a s e lla s
d a n o rig e n a p ro c e s o s d e re fle x ió n filo s ó fic a y ha n a p a re c id o de
d iv e rs a s m a n e ra s a lo la rg o d e la h is to ria d e la h u m a n id a d . Las
a n tig u a s c iv iliz a c io n e s q u e s u rg ie ro n en C h in a , In d ia , E g ip to ,
M e s o p o ta m ia y P e rs ia , y la s c u ltu ra s m e s o a m e ric a n a s c o m o la
o lm e c a , la m a ya , la to lte c a y la a z te c a , p o r n o m b ra r s ó lo a lg u ­
n as, re s p o n d ía n a d ic h a s in te rro g a n te s m e d ia n te u n a c o s m o v isió n c o le c tiv a p re d o m in a n te m e n te re lig io s a , d o n d e la s d iv e rs a s
d iv in id a d e s y los m ito s e x p lic a b a n c u e s tio n e s m á s a b s tra c ta s o
“ le ja n a s ” , c o m o el o rig e n d e l u n iv e rs o y de la v id a h u m a n a , el
d e s tin o en la tie rra y d e s p u é s d e la m u e rte , e in c lu s o in c id ía n en
c u e s tio n e s m u c h o m á s p rá c tic a s , c o n c re ta s y e s p e c ífic a s , c o m o
la o rg a n iz a c ió n s o c ia l, lo s ro le s q u e c a d a s u je to h u m a n o d e b ía
d e s e m p e ñ a r en la d iv is ió n d e l tra b a jo , lo q u e e s ta b a o no p e rm i­
tid o h a ce r, la m a n e ra d e h a c e rlo , e tc é te ra .
D e sd e q u e e m e rg ió el s e r h u m a n o c o m o e s p e c ie p e n s a n te , las
d is tin ta s tra d ic io n e s re lig io s a s s o n , sin d u d a , c a m in o s p o r los
q u e la h u m a n id a d in te n ta re s o lv e r la s p re g u n ta s fu n d a m e n ta le s .
S in e m b a rg o , el s u je to , en su e s fu e rz o ra c io n a l p o r e n te n d e r el
m u n d o y e n te n d e rs e a s í m is m o , no s e c o n fo rm ó , p o r d e c irlo
d e a lg ú n m o d o , co n a q u e lla s re s p u e s ta s b a s a d a s e n la m e ra
c re e n c ia de m ito s y d io s e s , s in o q u e b u s c ó e x p lic a rs e la s c o s a s
u tiliz a n d o la o b s e rv a c ió n y s u s c a p a c id a d e s p a ra re la c io n a r,
c o m p a ra r, c la s ific a r, a n a liz a r o s in te tiz a r, c u y o o rig e n es u na c u ­
rio s id a d in n a ta , un in te ré s p o r p re g u n ta r, in d a g a r, p o r s a b e r: e se
a fá n ta n p e c u lia r q u e ha im p u ls a d o el d e s a rro llo c u ltu ra l, filo s ó fi­
co, c ie n tífic o y te c n o ló g ic o d e la h u m a n id a d d e s d e el tie m p o de
las c a v e rn a s h a sta n u e s tro s d ía s .
H u m a n is m o p u e d e p a re c e m o s h o y u n a p a la b ra g a s ta d a , c u yo
s e n tid o s e d e s d ib u ja e n la m u ltitu d d e a c e p c io n e s q u e s e le
o to rg a n en los d is c u rs o s p o lític o s , s o c ia le s , a rtís tic o s o filo s ó fi­
co s. A d q u ie re d iv e rs a s to n a lid a d e s y m a tic e s , y s irv e p a ra ju s tifi­
c a r m u c h a s c a u s a s , a v e c e s no p re c is a m e n te m u y h u m a n is ta s .
E n el c a m p o d e la e d u c a c ió n , a m e n u d o s e a b o rd a d e s d e el
e s tu d io d e d is c ip lin a s c o m o la filo s o fía , la lite ra tu ra , el a rte , o
bien , m á s e s p e c ífic a m e n te , c o n el e s tu d io d e lo s c lá s ic o s g re ­
c o rro m a n o s . En el á m b ito s o c ia l, h u m a n is m o se id e n tific a con
a c titu d e s c o m o la c a rid a d o la c o m p a s ió n , s o b re to d o c u a n d o se
in te rp re ta c o m o la a y u d a q u e d e b e b rin d a rs e al n e c e s ita d o , a
v e c e s d e s d e u n a p o s tu ra p a te rn a lis ta ; o b ie n , se a s o c ia co n fi­
la n tro p ía o h u m a n ita ris m o , al a p e la r a la n e c e s id a d d e a p o y a r
d e s in te r e s a d a m e n te p ro y e c to s e n b e n e fic io d e la s o c ie d a d .
H u m a n is m o ta m b ié n se p u e d e e n te n d e r, d e s d e u n a p e rs p e c tiv a
d e c rític a s o c ia l, c o m o la n e c e s id a d d e e m a n c ip a c ió n d e la o p re ­
s ió n en la q u e se e n c u e n tra n la s p e rs o n a s en c o n d ic io n e s de
m a rg in a c ió n . El h u m a n is m o p u e d e s e r m a rx is ta , s o c ia lis ta , c a p i­
ta lis ta , e x is te n c ia lis ta , a te o , b u d is ta , c ris tia n o , to d o d e p e n d e del
p u n to d e re fe re n c ia a n tro p o ló g ic o y lo s p rin c ip io s y v a lo re s b á s i­
c o s en lo s c u a le s se b a sa u n a d e te rm in a d a c o s m o v is ió n . P o r ra ­
z o n e s h u m a n is ta s lo m is m o s e p u e d e ju s tific a r u n a g u e rra c o n tra
el te rro ris m o q u e in c ita r a u n a re b e lió n s o c ia l c o n tra la s c o n d i­
c io n e s in ju s ta s , in ic ia r u na c a m p a ñ a d e v a c u n a c ió n o un p ro ­
g ra m a d e s a lu d p ú b lic a . E s te uso, o m á s b ie n a b u s o , d e l té rm in o
ha a c a b a d o p o r v a c ia rlo de s ig n ific a d o . T a l v e z ya e s ta m o s c a n ­
s a d o s de e s c u c h a r p ro p u e s ta s q u e se c a lific a n a sí m is m a s c o ­
m o h u m a n is ta s p o rq u e no p a re c e n s in o id e a liz a c io n e s u tó p ic a s
de “ un m u n d o m a ra v illo s o ” : u n a h u m a n id a d en fe liz a rm o n ía qu e
c o n tra s ta g ro te s c a m e n te co n u n a re a lid a d e c o n ó m ic a re g id a p o r
c rite rio s d e p re d a d o re s , c u y o fin ú ltim o e s la g a n a n c ia y el in te ré s
u tilita rio , y d o n d e la c o n s id e ra c ió n d e l o tro c o m o p e rs o n a no
p u e d e to m a rs e m u y en se rio .
Y sin e m b a rg o , h o y m á s q u e n u n c a p a re c e n e c e s a rio re to m a r el
c o n c e p to de h u m a n is m o y re s ig n ific a rlo , s o b re to d o si e s ta m o s
v ita lm e n te c o m p ro m e tid o s co n la ta re a e d u c a d o ra y si c re e m o s
q u e e lla tie n e s e n tid o en la m e d id a en q u e lo g re s e m b ra r las
s e m illa s d e la h u m a n iz a c ió n q u e fe rtilic e n un m u n d o n e c e s ita d o
d e e lla s. La d e fin ic ió n b io ló g ic a d e l s e r h u m a n o no h a c e m ás
q u e c a ra c te riz a rlo c o m o u n a e s p e c ie a n im a l m á s; en e s te s e n ti­
do, c a d a in d iv id u o tie n e q u e lu c h a r p o r su s u p e rv iv e n c ia , ta l c o ­
m o lo h a ce n lo s d e m á s a n im a le s . S in e m b a rg o , en el c a s o del
s e r h u m a n o , el p o te n c ia l in te le c tu a l del q u e g o z a le a b re p o s ib i­
lid a d e s in é d ita s d e c ru e ld a d y d e s tru c c ió n q u e h a n d e s e m b o c a ­
do en la p a ra d o ja de p o n e r en p e lig ro la e x tin c ió n de su p ro p ia
e s p e c ie . D e e sta fo rm a la h u m a n iz a c ió n no e s c o n c e b id a c o m o
a lg o d a d o p o r n u e s tra m e ra c o n d ic ió n b io ló g ic a , s in o c o m o una
ta re a q u e h a y q u e re a liz a r p rin c ip a lm e n te p o r v ía d e la s o c ia liz a ­
ció n y la e d u c a c ió n , co n v is ta a m itig a r o e n c a u z a r lo s im p u ls o s
d e s tru c tiv o s de la e s p e c ie H o m o s a p ie n s . La in s is te n c ia en el
h u m a n is m o q u iz á s s e a en el fo n d o el re fle jo d e u n a s u til c o n ­
c ie n c ia d e q u e el s e r h u m a n o tie n e la n e c e s id a d d e c o n s tru irs e
com o hum ano.
En e s te c o m ie n z o del s ig lo x x i n o s e n c o n tra m o s en u n a é p o c a
de p ro fu n d a s c o n tra d ic c io n e s en to d o s lo s á m b ito s d e la v id a . La
h u m a n id a d ha lo g ra d o a c o rta r la s d is ta n c ia s g e o g rá fic a s y c u ltu ­
ra le s g ra c ia s a lo s fru to s d e la tre m e n d a re v o lu c ió n d e la s te c n o ­
lo g ía s de la in fo rm a c ió n , la s c u a le s h a n c a m b ia d o rá p id a m e n te
n u e s tra fo rm a de o b te n e r c o n o c im ie n to y d e c o m u n ic a rn o s : las
c o m p u ta d o ra s , In te rn e t, lo s te lé fo n o s c e lu la re s y g a d g e ts s im ila ­
re s se han c o n v e rtid o en h e rra m ie n ta s c o tid ia n a s e im p re s c in d i­
b le s en la v id a de m illo n e s d e p e rs o n a s . E sto , p o r o tro la d o , ha
h e c h o p a te n te las d ife re n c ia s e n tre la s c o s tu m b re s re lig io s a s ,
s o c ia le s , s e x u a le s , p o lític a s y e c o n ó m ic a s d e la s s o c ie d a d e s
h u m a n a s , y ha p ro p ic ia d o al m is m o tie m p o un a le ja m ie n to y u na
fa lta de e n te n d im ie n to e n tre e lla s y al in te rio r de sí m is m a s . Los
e n fr e n ta m ie n to s in te rr a c ia le s , la s p e rs e c u c io n e s re lig io s a s , la
h o m o fo b ia , la v io le n c ia c o n tra la m u je r y, en fin , to d a s a q u e lla s
m a n ife s ta c io n e s d e un a id io s in c ra s ia d e tip o c o n s e rv a d o r y re ­
a c c io n a rio , se e n fre n ta n co n la s lu c h a s lo c a le s e in te rn a c io n a le s
d e c a rá c te r p ro g re s is ta p o r a s u n to s c o m o la e q u id a d d e g é n e ro ,
lo s d e re c h o s h u m a n o s , la a c e p ta c ió n d e la d iv e rs id a d s e x u a l, el
cu id a do del m e dio a m b ie n te , la d e fe n s a de la d e m o c ra c ia , la paz,
e tc.; e s ta s te n d e n c ia s h a n s id o lla m a d a s “ n u e v o s m o v im ie n to s
so c ia le s ” y revelan un g ra d o m a y o r de co n c ie n c ia en m u c h o s s e c to ­
res d e la s o c ie d a d civil.
En el a sp e cto e co n ó m ico , m ie n tra s los p a ís e s del “p rim e r m u n d o ”,
lo s c u a le s h a n s id o c a p a c e s d e d e s a rr o lla r la c ie n c ia y la te c ­
n o lo g ía de p u n ta , re p o rta n e le v a d o s n iv e le s d e b ie n e s ta r y c a li­
da d d e v id a p a ra la m a y o ría d e s u s h a b ita n te s , lo s p a ís e s en
v ía s de d e s a rro llo p a d e c e n u n a d e p e n d e n c ia c ie n tífic a , te c n o ló ­
g ic a y e c o n ó m ic a q u e ha fa v o re c id o la c o m p o s ic ió n d e u n a e s ­
tru c tu ra s o cia l m a rc a d a p o r la d e s ig u a ld a d , d o n d e u n a m in o ría
tie n e n iv e le s d e v id a s e m e ja n te s a la s n a c io n e s m á s d e s a rro lla ­
d a s, m ie n tra s q u e la m a y o ría v iv e en s itu a c ió n d e p o b re z a . E sa
in ju s ta d is trib u c ió n d e lo s b ie n e s e s la c a u s a d e q u e m illo n e s de
se re s h u m a n o s se vean c o n d e n a d o s a vivir en c o n d icio n e s de in s a ­
lu b rid a d , fa lta d e e d u c a c ió n y e m p le o fo rm a le s , y sin p e rs p e c ti­
v a s d e m o v ilid a d s o c ia l, lo q u e a su v e z o c a s io n a el in c re m e n to
de las ta s a s d e m ig ra c ió n h a cia los p a ís e s q u e o fre c e n m e jo re s
o p o rtu n id a d e s , fe n ó m e n o q u e h o y se ha c o n v e rtid o en u n o de
lo s p rin c ip a le s p ro b le m a s s o c ia le s a e s c a la p la n e ta ria .
L o s d e s c u b rim ie n to s c ie n tífic o s d e la e le c tró n ic a , la g e n é tic a , la
fís ic a , la b io q u ím ic a , la a s tro fís ic a , la m e d ic in a y el c o n ju n to de
las n e u ro c ie n c ia s , p o r m e n c io n a r só lo a lg u n a s d is c ip lin a s , a v a n ­
z a n a c e le ra d a m e n te . Y a se h an lo g ra d o id e n tific a r los tre in ta mil
g e n e s q u e c o m p o n e n el g e n o m a h u m a n o y el p ro y e c to c o n ti­
n u a rá h a s ta lo g ra r d e s c ifra rlo p o r c o m p le to ; el fu tu ro q u e e s to
p ro m e te p ro v o c a in q u ie tu d y fa s c in a c ió n p o r ig u a l. La h e rm a n ­
d a d de la h u m a n id a d co n to d o s lo s d e m á s s e re s v iv o s e s ta n
e v id e n te c o m o q u iz á s n u n c a lo h a b ía sid o y, al m is m o tie m p o ,
e s a s e m e ja n z a s u s c ita un a a c u c ia n te p re g u n ta p o r la d ife re n c ia
q u e g u a rd a m o s co n el re s to d e lo s s e re s v iv o s : ¿ n u e s tra d e fin i­
ció n d e h u m a n o s e s tá d a d a s ó lo p o r n u e s tro g e n o m a ? Si to d a s
n u e s tra s c o n d u c ta s se e x p lic a ra n p o r n u e s tra h e re n c ia g e n é tic a
e s p e c ífic a , ¿ te n d ría s e n tid o s e g u ir d e fe n d ie n d o el lib re a lb e d río
y la re s p o n s a b ilid a d m o ra l? E x p e rim e n to s c o m o la c lo n a c ió n y el
in te rc a m b io d e g e n e s , q u e y a re a liz a la in g e n ie ría g e n é tic a ,
e s tá n p la n te a n d o p ro b le m a s é tic o s y a n tro p o ló g ic o s ja m á s p e n ­
sa d o s . P o r su p a rte , las n e u ro c ie n c ia s , en e s tre c h a c o n e x ió n
co n la g e n é tic a , p e n e tra n c a d a v e z m á s en el c o n o c im ie n to del
c e re b ro h u m a n o , y n o s o b lig a n ta m b ié n a re p e n s a r lo s te m a s
a n tro p o ló g ic o s , filo s ó fic o s , m o ra le s y te o ló g ic o s , de m a n e ra q u e
la s p re g u n ta s fu n d a m e n ta le s a c e rc a d e q u é s o m o s , cu á l es
n u e s tro p a p e l en el m u n d o y q u é s e n tid o tie n e la m u e rte , e s tá n
h o y ta n v ig e n te s c o m o h a ce v e in te s ig lo s , p e ro su re s p u e s ta fi­
lo s ó fic a e x ig e n e c e s a ria m e n te el d iá lo g o co n la s c ie n c ia s y un
tra b a jo in te rd is c ip lin a rio y tra n s d is c ip lin a rio d e e s p e c ia l m a g n i­
tu d . La lu z q u e p u e d a a rro ja r un p ro c e s o re fle x iv o s e rio en v o z
de la filo s o fía e s u rg e n te , p o rq u e d e s g ra c ia d a m e n te e s to s a v a n ­
ce s c ie n tífic o s y te c n o ló g ic o s no p a re c e n p re o c u p a rs e p o r el
h u m a n is m o ; e s d e c ir, no se e n c a m in a n co n c la rid a d , d e m a n e ra
e s fo rz a d a y c o n ju n ta , a m e jo ra r la s c o n d ic io n e s d e v id a d e la
m a y o ría de la h u m a n id a d , a e rra d ic a r la v io le n c ia , la g u e rra , el
h a m b re , la e x c lu s ió n , el fu n d a m e n ta lís im o , la s a d ic c io n e s , la in ­
ju s tic ia o la d e v a s ta c ió n d e lo s e c o s is te m a s .
P o r lo a n te rio r, e s c rib ir un te x to de a p o y o p a ra la m a te ria P e rs o n a
y h u m a n is m o e s u n a ta r e a d ifíc il, y a q u e e n e lla s e in te n ta
c o n ju n ta r el e n fo q u e c ie n tífic o s o b re el o rig e n del u n iv e rs o y del
s e r h u m a n o (p rin c ip a lm e n te d e s d e lo s c a m p o s d e la fís ic a , la
b io lo g ía y las n e u ro c ie n c ia s ) c o n e n fo q u e s p s ic o ló g ic o s , s o c io ló ­
g ic o s e in c lu s o te o ló g ic o s , to d o s e llo s a b o rd a d o s d e s d e una
p e rs p e c tiv a d e re fle x ió n filo s ó fic a . S ie m p re h e c re íd o q u e no es
p o s ib le filo s o fa r al m a rg e n d e lo s d e s c u b rim ie n to s d e las c ie n ­
c ia s si es q u e se p re te n d e d a r u n a re s p u e s ta in te g ra l a la p ro ­
b le m á tic a h u m a n a . P u e s to q u e no s o y c ie n tífic a , a n tro p ó lo g a
s o c ia l, p s ic ó lo g a o te ó lo g a , el lib ro no p re te n d e s e r un tra ta d o de
a s tro fís ic a , b io lo g ía e v o lu tiv a o n e u ro fis io lo g ía ; n a d a m á s a le ja ­
do d e e sa in te n c ió n . Lo q u e s e p re te n d e e s a p o rta r s ó lo a lg u n o s
e le m e n to s p a ra q u e el le c to r, en un e je rc ic io d e re fle x ió n filo s ó fi­
ca, to m e en c u e n ta los a p o rte s q u e e s ta s c ie n c ia s h a c e n p a ra la
d e c o n s tru c c ió n y la c o n s tru c c ió n d e un c o n c e p to de s e r h u m a n o ,
co n el á n im o d e p ro p o n e r un h u m a n is m o d e in s p ira c ió n c ris tia n a
v ia b le p a ra el s ig lo x x i, a te n to a la s im p lic a c io n e s é tic a s q u e se
d e riv a n d e a s u m ir d e te rm in a d a p o s tu ra a n tro p o ló g ic a .
T o d o te x to es un te jid o de v o c e s , y la s q u e é s te in te n ta h a c e r o ír
d e m a n e ra m á s o m e n o s a rm ó n ic a p ro v ie n e n d e u n a s e rie de
a u to re s c u y a s lín e a s d e p e n s a m ie n to a v e c e s se c o n tra p o n e n
e n tre sí. E sta s d ife re n c ia s s e h a n e n fa tiz a d o c u a n d o s e in te n ta
c o n tra s ta r a lg u n a s p o s tu ra s , p e ro s o b re to d o tra s h a b e r s e g u id o
u n a lín e a d e ra z o n a m ie n to ; el e s m e ro se ha p u e s to en s u b ra y a r
la s s e m e ja n z a s y la s c o in c id e n c ia s m á s a llá d e s u s d ife re n c ia s .
En e s ta p o lifo n ía d e v o c e s h a y u n a s c u y a p ro c e d e n c ia id e n tific o
c la ra m e n te , m ie n tra s o tra s la s he in te rio riz a d o d e ta l m a n e ra q u e
las siento co m o propias; las he h e ch o m ías a fu e rz a de a sim ila rla s
y e s tru c tu ra rla s en m is p ro p io s ra z o n a m ie n to s a ta l p u n to de q u e
s o y in c a p a z d e id e n tific a r s u p r o c e d e n c ia . El y o e s tá s ie m ­
p re c o n fo rm a d o p o r lo s o tro s , p re s e n te s y a u s e n te s , c o n o c id o s y
d e sco nocido s, p e rcep tible s e im p e rce p tib le s, co n tra s ta d o s y a c e p ­
ta d o s , to d o s e s o s “tú ” q u e h a n c o n s tru id o la b io g ra fía p e rs o n a l
p o r la in te ra c c ió n . D e n tro d e e s a s v o c e s g u a rd o e s p e c ia l a g ra ­
d e c im ie n to a los m a e s tro s , a lu m n o s y c o le g a s d e la vid a u n iv e r-
sita ría con quienes he com partido autores y te m a s de índole filosófi­
ca y científica. P articu la rm e n te a g ra d e z c o a los p ro fe so re s del S e ­
m inario m ente -ce re b ro , la m a yo ría p ro ce d e n te de d iscip lin a s co m o
la quím ica , la física, la biología o la psicología, ya q ue e llos m e in­
tro d ujeron en los c a m p o s fa sc in a n te s de la realidad científica.
En un p rim e r m o m e n to e s te te x to fu e la te s is q u e e la b o ré p a ra
o b te n e r el g ra d o de m a e s tra en F ilo s o fía . P o s te rio rm e n te , en el
á n im o de c o la b o ra r co n la m a te ria de P e rs o n a y h u m a n is m o ,
a ñ a d í c a p ítu lo s y m o d ifiq u é v a ria s de s u s p a rte s. C o m o ya s e ­
ñ alé, la v a rie d a d de a u to re s y te x to s q u e se m e n c io n a n en e s te
tra b a jo o b e d e c e n a un a v id a a c a d é m ic a d e le c tu ra y d o c e n c ia , y
s u s id e a s han sid o de a lg u n a m a n e ra in te rp re ta d a s p o r m í e in ­
te g ra d a s sele ctiva m e n te , se g ú n la tem á tica , en una p o stu ra p e rso ­
nal. N o se tra ta , pu e s, de un e s tu d io e s p e c ia liz a d o s o b re a lg ú n
a u to r o c o rrie n te , sin o d e un te x to q u e se c o n c ib e c o m o in tro d u c ­
to rio , q u e p re te n d e p ro v o c a r la re fle x ió n s o b re el h u m a n is m o
(re n o v a d a p o r las in é d ita s c irc u n s ta n c ia s q u e v iv im o s ) y q u e in v i­
ta al le c to r a p a rtic ip a r en e s ta d is c u s ió n .
C o n v is ta a c o n v e r tir s e e n un a p o y o d o c e n te , el te x to p r o c u ­
ra s e g u ir en e s e n c ia los te m a s m á s im p o rta n te s d e la m a te ria
P e rso n a y h u m a n ism o , pero in e vita ble m e n te m a n te n g o en cada
uno d e e llo s un p u n to d e v is ta p ro p io q u e d e s d e lu e g o tra to de
fu n d a m e n ta r, sin q u e e s to s ig n ifiq u e q u e m i in te rp re ta c ió n se a la
c o rre c ta , ni q u e no e x is ta n o m is io n e s im p o rta n te s q u e p o d ría n
e n riq u e c e r a lg u n a p e rs p e c tiv a en c u e s tió n . E s c rib ir s ie m p re es
a rrie s g a rs e : en el m o m e n to en q u e lo e s c rito se p u b lic a , d e a l­
g u n a m a n e ra q u e d a “c o n g e la d o ” e s e in c e s a n te flu jo re n o v a d o r
del p e n s a m ie n to ; la fo to g ra fía no p e rm ite c a p ta r el m o v im ie n to y
se no s v u e lv e a je n a a la v id a : de p ro n to y a no p o d e m o s re c o n o ­
c e rn o s en e lla. En e s a c o n c ie n c ia , el tra b a jo e s tá a b ie rto a c u a l­
q u ie r c rític a q u e p u e d a m e jo ra rlo y e n riq u e c e rlo , co n el o b je tiv o
de te je r c o le c tiv a m e n te la re fle x ió n q u e a to d o s n o s a ta ñ e , p o r­
q u e c o m o bie n d ijo T e re n c io : “ n a d a h u m a n o n o s es a je n o ” .
Capítulo 1
El ser humano
como especie biológica
Lo que podam os educar del ser humano viene en
buena parte dado p o r el de dónde éste proviene
biológicamente. Es del todo indispensable referirnos al proceso
evolutivo de las especies, proceso que ha producido
al homo sapiens que som etem os a técnicas educativas
(Octavio Fullat)
Si h a c e m o s una re fle x ió n s o b re lo h u m a n o no p o d e m o s , a n u e s ­
tro p a re c e r, o m itir el a s p e c to b io ló g ic o d e su s e r ni el p ro c e s o
e v o lu tiv o p o r el q u e e m e rg ió en c u a n to e s p e c ie , co n u na c o n ­
c ie n c ia d e sí y d e l m u n d o q u e le ro d e a , co n u n a m e n te ra c io n a l,
p ro y e c tiv a y p la n ific a d o ra , c a p a z de im a g in a c ió n c re a d o ra , de
g o z o e s té tic o y a m o r p o r su s s e m e ja n te s . En la h is to ria d e l u n i­
v e rs o , el s u rg im ie n to d e la v id a o c u p a un tie m p o m u y b re v e en
c o m p a r a c ió n c o n lo s p ro c e s o s q u e le a n te c e d ie r o n . E n e s te
apartado h a re m o s un rá p id o re c o rrid o d e s d e el B ig B a n g h a s ta
la a p a rició n del H o m o s a p ie n s en la fa z de la T ie rra , y a n a liz a re ­
m o s la p e c u lia rid a d d e l c e re b ro h u m a n o , el cu a l h o y se ha c o n ­
v e rtid o en el o b je to p rin c ip a l d e e s tu d io de m ú ltip le s d is c ip lin a s
c o n o c id a s , en té rm in o s g e n e ra le s , c o m o “ n e u ro c ie n c ia s ” , c u y o
te m a c e n tra l es la re la c ió n e n tre la m e n te y el c e re b ro . P o r ta n to ,
ta m b ié n se a b o rd a rá n cu e stio n e s co m o ¿qué es el p e n sa m ie n to ? ,
¿ c ó m o se p ro d u c e en el c e re b ro ? , ¿ q u é re la c ió n e x is te e n tre lo
b io q u ím ic o y lo m e n ta l? y ¿ c ó m o p ro d u c e n p e n s a m ie n to n u e s ­
tra s n e u ro n a s ? M u c h a s so n las in te rro g a n te s q u e se p la n te a n
los d e d ic a d o s al c a m p o de las n e u ro c ie n c ia s , p u e s, p a ra fra s e ­
a n d o al filó s o fo e s p a ñ o l O c ta v io F u lla t, lo q u e p o d a m o s s a b e r
del s e r h u m a n o v ie n e d a d o , en m u y b u e n a p a rte , p o r lo q u e s e ­
p a m o s d e su p ro c e d e n c ia b io ló g ic a , e s p e c ia lm e n te de la a n a ­
to m ía y fis io lo g ía del c e re b ro h u m a n o .
1.1 Cosmogénesis y antropogénesis: Del Big Bang
al surgimiento de la especie humana
La pregunta de la hum anidad es la del niño: ¿Por qué?
¿Por qué es negra la noche?
¿Por qué p o r qués?
¿Quién puso la materia o energía en el universo?
¿Fue sacada de la nada
O
formada de materia pre-existente?
¿ Quién puso la materia o energía en el universo,
Para abrazarm e con él, para besarlo?
(Ernesto Cardenal)
D e s d e las m á s a n tig u a s c iv iliz a c io n e s d e la s q u e te n e m o s c o n o ­
c im ie n to , el p ro b le m a de l o rig e n d e l u n iv e rs o y d e la h u m a n id a d
h a n s id o in te rr o g a n te s c o n s ta n te s ; c a d a c u ltu ra h a p ro c u ra d o
d a r re s p u e s ta a e s ta s p re g u n ta s fu n d a m e n ta le s a c u d ie n d o a los
m ito s, d o n d e e n tra n en ju e g o d io s e s y h a z a ñ a s q u e , en el n ive l
sim bólico , p re tend en o fre c e r ai s e r h u m a n o una “e x p lic a c ió n ” de su
p ro p io o rig e n y de su “ p a p e l” en el c o s m o s . U n a h e rm o s a n o v e la
d e G ore V idal (e sta d o u n id e n se , 1 925) titu la d a La c re a c ió n ,1 relata
el p e rip lo d e C iro E s p ita m ia , un p e rs a , n ie to d e Z o ro a s tro , c u ya
vid a tra n s c u rre en el s ig lo v a n te s d e C ris to , ju s to en la é p o c a del
e sp le n d o r de A te n a s. D u ra n te su vida, co m o re p re s e n ta n te de las
c o rte s p e rs a s , p rim e ro de la d e J e rje s y d e s p u é s d e la de A rta je rje s , C iro E s p ita m ia e m p re n d e la rg o s v ia je s de a v e n tu ra p o r
v a ria s c iu d a d e s de P e rs ia , G re c ia , In d ia y C a ta y (C h in a ), d u ra n te
los c u a le s in te n ta re s o lv e r ni m á s ni m e n o s q u e el e n ig m a de la
c re a c ió n d e l u n iv e rs o , y en e s te in te n to c o n v iv e y d ia lo g a co n
n o v e d o s o s líd e re s e s p iritu a le s de la é p o c a , e n tre lo s q u e d e s ta ­
ca n B u d a y C o n fu c io , a d e m á s d e s a c e rd o te s tra d ic io n a le s d e las
d iv e rs a s re lig io n e s de a q u e l tie m p o , c o m o la b ra h m á n ic a , la p e r­
sa, la b a b ilo n ia , la g rie g a , e tc ., c re e n c ia s q u e c o n s ta n te m e n te
c o n fro n ta co n la s u y a , la z o ro a s tria n a , y a s í lle v a a c a b o , p o r d e ­
c irlo de a lg ú n m o d o , un e s tu d io e m p íric o c o m p a ra tiv o d e e s ta s
c o s m o v is io n e s . C o n e s te p re te x to lite ra rio el a u to r n o s p re s e n ta
d iv e rs a s in te rp re ta c io n e s , no s ó lo s o b re el o rig e n d e l u n iv e rs o y
d e la h u m a n id a d , s in o ta m b ié n a c e rc a del s e n tid o d e la v id a y de
la s e x u a lid a d , las n o c io n e s de lo b u e n o y lo m a lo , la g u e rra , el
po d e r, el p a p e l de la m u je r y m u c h a s o tra s c o s tu m b re s y tra d i­
c io n e s s o c ia le s . E s ta s ú ltim a s so n a s u m id a s g e n e ra lm e n te de
m a n e ra a c rític a y s e d is tin g u e n d e l e je rc ic io ra c io n a l lla m a d o fi­
lo s o fía , el cual nació en G recia y pon e en tela de ju ic io las cre e n ­
cias p o p u la re s , en un e s fu e rz o p o r d a r u na e x p lic a c ió n ra z o n a b le
de las c o s a s . La filo s o fía , c o m o “a m o r a la s a b id u ría ” , su rg e ,
s e g ú n A r is tó te le s , d e l a s o m b r o a n te lo r e a l q u e lle v a a l s e r
h u m a n o a p re g u n ta rs e ; de a h í q u e la filo s o fía y la c ie n c ia h a ya n
te n id o un m is m o o rig e n y q u e , de h e c h o , la filo s o fía se c o n s id e re
c o m o m a d re d e to d a s las c ie n c ia s . E s te a fá n p o r s a b e r y p o r e n ­
c o n tra r e xp lica cio n e s ra cio n a le s a los m iste rio s de la n a tu ra le za se
ha ab ierto paso a lo largo de los siglos, ha m o d ifica d o y p e rfe ccio ­
n ado los m é tod os de inve stig ació n , y con ello ha d a d o lu g a r a una
d iversidad de esp e cia lid a d e s c ie n tífica s que, a su vez, han influido
p o d e ro sa m e n te en el re p la n te a m ie n to del papel de la filo so fía , cuya
pregunta inicial, con los prim eros presocráticos (Tales, A naxim andro,
A n a xím e n e s, etc.) en el siglo vm a n te s de C risto, fu e la p re g u n ta por
el o rigen (a rjé ) de to d a s las cosas.
H o y en día , la in v e s tig a c ió n c ie n tífic a d e la m o d e rn a a s tro fís ic a
a firm a q u e h a ce u n o s d o c e m il o q u in c e m il m illo n e s d e a ñ o s , a
lo m á s v e in te m il m illo n e s , a p a re c ió el u n iv e rs o . S u in ic io c o n s is ­
tió en u n a e x p lo s ió n e n o rm e lla m a d a B ig B a n g , a la cu a l s ig u ió
una fa se de e xp a n sió n q u e aún pre va le ce . A la n G uth (n a cid o en
N e w J e rs e y , 19 4 7 ) c o m p le m e n tó , en 1 9 8 0 , la te o ría d e l B ig B a n g
co n su lla m a d o “m o d e lo in fla c io n a rio ” , m e d ia n te el c u a l tra ta de
e x p lic a r los p rim e ro s m o m e n to s d e l a q u é l. A n te s d e la e x p lo s ió n
no h a b ía tie m p o ni e s p a c io , p o rq u e to d a la m a te ria y e n e rg ía se
c o n c e n tra b a en un p u n to , de ta l m o d o q u e el B ig B a n g re p re s e n ­
ta el s u rg im ie n to m is m o d e l tie m p o y del e s p a c io c ó s m ic o s .
T ie m p o y e s p a c io so n p a rte del u n iv e rs o y s e e x p a n d e n co n él.
C o m o el p re s e n te te x to no tie n e p o r o b je tiv o e la b o ra r un tra ta d o
de a s tro fís ic a , sin o ta n s ó lo tra e r a la re fle x ió n el a s o m b ro q u e
aú n n o s s ig u e n p ro v o c a n d o las d im e n s io n e s c ó s m ic a s , c ita m o s
la v o z del p o e ta n ic a ra g ü e n s e E rn e s to C a rd e n a l, un a s id u o e s ­
tu d io s o de la c ie n c ia c o n te m p o rá n e a :
En el principio no había nada
ni espacio
ni tiempo.
El universo entero concentrado
en el espacio del núcleo de un átomo,
y antes aun menos, mucho menor que un protón,
y aun menos todavía, un infinitamente denso punto matemático.
Y fue el Big Bang.
La Gran Explosión.
El universo sometido a relaciones de incertidumbre,
su radio de curvatura indeterm inado,
su geometría imprecisa
con el principio de incertidum bre de la Mecánica Cuántica,
geometría esférica en su conjunto pero no en su detalle,
como cualquier patata o papa indecisamente redonda,
imprecisa y cambiando además constantemente de imprecisión
todo en una loca agitación,
era la era cuántica del universo,
periodo en el que nada era seguro:
aun las “constantes” de la naturaleza fluctuantes indeterminadas,
esto es
verdaderas conjeturas del dominio de lo posible.2
L a a s tr o fís ic a a fir m a q u e la m a te r ia lib e r a d a e n e l B ig B a n g
s e a g rupó y dio lu g a r a las e s tre lla s y g a la xia s. El p la n eta T ie rra se
fo rm ó h a ce 4 5 0 0 m illo n e s d e a ñ o s y la v id a s u rg ió en él h a ce
u n os 3 7 0 0 m illo n e s de a ñ o s. La a p a ric ió n de la vid a en el p la n eta
e s tá re la c io n a d a co n el s u rg im ie n to d e lo s p ro c e s o s fo to s in té ticos, los c u a le s p ro d u c e n el o x íg e n o n e c e s a rio p a ra fo rm a r una
a tm ó s fe ra rica en e s te g a s , c o n s id e ra d o c o m o un re q u is ito n e ­
c e s a rio p a ra el d e s a rro llo d e la fu n c ió n c e lu la r d e re s p ira c ió n
a e ró b ic a , q u e p a re c e h a b e r s u rg id o h a c e d o s m il m illo n e s de
a ñ o s . En e se e n to n c e s a p a re c ie ro n en el o c é a n o lo s p rim e ro s
o rg a n is m o s p lu ric e lu la re s , m u y s im p le s a ú n . L o s c ie n tífic o s ta m ­
b ié n s e ñ a la n q u e h u b o un p e rio d o re la tiv a m e n te c o rto , d o n d e la
v id a se m u ltip lic ó y d iv e rs ific ó de m a n e ra a s o m b ro s a , c o n o c id o
c o m o “ la e x p lo s ió n del C á m b ric o ” , h a c e a lre d e d o r de q u in ie n to s
m illo n e s de años. C o m o re s u lta d o de tal "e x p lo s ió n v ita l” , la T ie rra
se p o b ló d e p la n ta s y h o n g o s , a s í c o m o d e a rtró p o d o s y o tro s
a n im a le s .
A p a rtir d e e n to n c e s fu e ro n a p a re c ie n d o y d e s a p a re c ie n d o de la
fa z d e la T ie rra d iv e rs a s fo rm a s de v id a m á s c o m p le ja s . La p a le ­
o n to lo g ía ha lo g ra d o h a c e r un re c u e n to de c ie n to s de e s p e c ie s
q u e h a b ita ro n e s te p la n e ta a n te s q u e n o s o tro s . Lo s fa m o s o s d i­
n o s a u rio s , q u e d o m in a r o n d u r a n te e l p e rio d o M e s o z o ic o d e l
T riá s ic o h a c e 160 m illo n e s d e a ñ o s , fu e ro n re p tile s q u e a lc a n ­
z a ro n ta m a ñ o s g ig a n te s c o s y s e d iv e rs ific a ro n e n o rm e m e n te ,
h a s ta q u e se e x tin g u ie ro n en el C re tá c e o , al p a re c e r d e b id o a la
c o lis ió n d e un e n o rm e m e te o rito co n la T ie rra : el im p a c to c a u s ó
una g ra n n u b e de p o lvo q u e o s c u re c ió la a tm ó s fe ra im p id ie n d o la
fo to s ín te s is de los v e g e ta le s . La e x tin c ió n de los g ra n d e s re p tile s
p e rm itió la e v o lu c ió n d e los m a m ífe ro s , de q u ie n e s d e s c ie n d e el
H o m o sa p ie n s , ú n ico re p re s e n ta n te a ctu a l de la e s p e c ie H o m o .
P ro b a b le m e n te n u e s tra e s p e c ie d e s c ie n d e d e l P ro p lio ith e c u s y
el A e g y p to p ith e c u s , los p rim e ro s c a ta rrin o s , p rim a te s q u e a p a re ­
cie ro n h a c e u n o s c u a re n ta m illo n e s d e a ñ o s . E ra n a n im a le s p e ­
q u e ñ o s , d e h á b ito s n o c tu rn o s , q u e p o r lo re g u la r v iv ía n en los
á rb o le s . C o n el tie m p o , a lg u n o s fu e ro n c a m b ia n d o s u s h á b ito s
de vid a y d e a lim e n to y co n e llo a p a re c ie ro n n u e v a s c a ra c te rís ti­
ca s fís ic a s : su c rá n e o fu e m a y o r, c re c ió su c e re b ro , p u d ie ro n
to m a r o b je to s co n las m a n o s , a d a p ta rs e al d ía y a lim e n ta rs e de
fru ta s y v e g e ta le s .
En su lib ro Q u é n o s h a c e h u m a n o s ,3 el c o n o c id o b ió lo g o M a tt
R id le y d is c u te a m p lia m e n te las d ife re n c ia s y s e m e ja n z a s e n tre
la e s p e c ie h u m a n a y la s d e m á s e s p e c ie s a n im a le s , en p a rtic u la r
a q u e lla s q u e se e n c u e n tra n g e n é tic a m e n te m á s e m p a re n ta d a s
con n o s o tro s , c o m o los b o n o b o s , g o rila s y c h im p a n c é s , con
q u ie n e s c o m p a rtim o s m á s del 95 p o r c ie n to d e la e s tru c tu ra de
n u e s tro g e n o m a . H o y en d ía ya ha s id o d e s c ifra d o el g e n o m a
h u m a n o , el cu a l c o n tie n e el d is e ñ o de las e s tru c tu ra s c e lu la re s y
3 Matt Ridley, Qué nos hace humanos, Madrid, Taurus, 2005 (editado en
inglés en 2003 con el título Nature Via Nurture: Genes, Experience, and
What Makes us Human).
la s a c tiv id a d e s de las c é lu la s d e l o rg a n is m o .4 C o n tra rio a las e x ­
p e c ta tiv a s d e q u e el c ó d ig o g e n é tic o d e n u e s tra s c é lu la s tu v ie s e
m á s d e cie n m il g e n e s , lo s c ie n tífic o s h an h a lla d o “s o la m e n te ”
tre in ta m il. E sto s ig n ific a q u e n u e s tro g e n o m a c o n tie n e tre s m il
m illo n e s d e “ le tra s ” , e s d e c ir, d e b a s e s q u ím ic a s en u na m o lé c u ­
la d e a d n .5
G racias a los a van ces de la genética, la b ioquím ica y las neurociencias es innegable nuestro p a re n te sco con las e sp e cies m encionadas.
T o d o s los o rg a n ism o s vivo s c o m p a rtim o s cie rta s ca ra cte rística s
c o m u n e s , de ahí q u e la m a y o ría d e lo s c ie n tífic o s a firm e , en la
a c tu a lid a d , que los se re s v ivo s p ro vie n e n de un “a n ce stro c o m ú n ” ,
un organ ism o unicelular q ue ya había d e sarrollado los procesos c e ­
lu la re s m á s fu n d a m e n ta le s .
A la fa m ilia de los p rim a te s p e rte n e c e n lo s o ra n g u ta n e s , g o rila s
y c h im p a n c é s , y los h o m ín id o s . L o s p rim e ro s no s u frie ro n m a y o ­
re s c a m b io s , m ie n tra s q u e h a c e c in c o m illo n e s d e a ñ o s (n o h a ce
16 m illo n e s d e a ñ o s , c o m o e ra la c re e n c ia c o m ú n a n te s del d e s ­
c u b rim ie n to de l g e n o m a h u m a n o )6 lo s h o m ín id o s c o m e n z a ro n a
tra n s fo rm a rs e , y d e e llo s d e s c ie n d e el H o m o s a p ie n s . Es m u y
p ro b a b le q u e e s to s s e re s , q u e y a p o d ía n s o s te n e rs e en d o s p ie s
(b íp e d o s ), v iv ie ra n en s e lv a s y se a lim e n ta ro n p rin c ip a lm e n te de
v e g e ta le s . E s p o s ib le q u e fu e ra n p e rd ie n d o p a u la tin a m e n te su
c a p a c id a d p a ra d ig e rir la c e lu lo s a y p a ra s in te tiz a r la v ita m in a C;
e s to e x p lic a ría , s e g ú n lo s c ie n tífic o s , q u e c u a n d o tu v ie ro n q u e
e m ig ra r a o tra s re g io n e s p o r fa lta d e a lim e n to s , el b ip e d is m o se
fo rta le c ie ra , p u e s a h o rra b a e n e rg ía al c a m in a r g ra n d e s d is ta n ­
cias, a d e m á s d e p ro v o c a r q u e su s is te m a n e rv io s o c e n tra l se
h ic ie ra m á s c o m p le jo . É s te fu e un m o m e n to c la v e de la e v o lu ­
ción , ya q u e no só lo p e rm itió al h o m ín id o a h o rra r e n e rg ía en la
lo c o m o c ió n , sin o q u e a d e m á s h iz o d e l c rá n e o u na e s p e c ie de
ca ja d e re s o n a n c ia q u e le p e rm itió c a n ta r, lo c u a l s e n tó las b a ­
4 El núcleo de cada célula contiene el genoma, que está conformado por 48
cromosomas distribuidos en pares. Los cromosomas, a su vez, están for­
mados por los genes, cuya secuencia hace la diferencia entre los organis­
mos, ibidem, pp. 34-42.
5 Cuatro bases diferentes están presentes en la molécula de a d n y son:
Adenina (A), Timina (T), Citosina (C) y Guanina (G).
6 Ibidem, p. 35.
se s d el le n g u a je . P o r o tro lado, su s e x tre m id a d e s s u p e rio re s le
s irv ie ro n p a ra fa b ric a r a rte fa c to s . A e s te re s p e c to , M a tt R id le y
s e ñ a la q u e e s p la u s ib le q u e la s m a n o s y b ra z o s lib re s fu e ra n
ta m b ié n los p rim e ro s in s tru m e n to s de un p rim itiv o le n g u a je de
s e ñ a s q u e e v o lu c io n a ría h a s ta c o n v e rtirs e en h a b la s ig n ific a n te .
E s c u c h e m o s la in te rp re ta c ió n p o é tic a d e E rn e s to C a rd e n a l de
las id e a s de F e d e ric o E n g e ls :
La m ano hizo el trabajo, com o el trabajo la m ano.
Y por el traba jo y la m ano la evolución de la m ente
y por ende el aum ento del cerebro hum ano.
La m ano pensante.
[...] N uestros dientes y uñas ya no fueron arm as.
P roducto del trab a jo del hom bre fue el hom bre.
El p rim er producto del trabajo fu e la m ano.
Y el hom bre es hecho por la m ano del hom bre.
Y el traba jo hizo ai hom bre sociedad de hom bres
y haciéndolo sociedad lo hizo h ablar.8
La s e s p e c ie s q u e u n e n al h o m b re a c tu a l co n los p rim e ro s h o m í­
nidos re prese ntan ve rd a d e ro s sa lto s e vo lu tivos. A sí, p o r eje m p lo , el
A u s tr a lo p it e c u s , c u y o s p rim e ro s re s to s fu e ro n e n c o n tra d o s en
el c e n tro del c o n tin e n te a fric a n o , fu e un h o m ín id o b íp e d o de p o ­
d e ro s a s m a n d íb u la s , sin e m b a rg o , su c e re b ro te n ía un v o lu m e n
in fe rio r a los 4 0 0 c m 3; e ste d a to da pie a p e n s a r q u e el b ip e d is m o
se p ro d u jo m u ch o a n te s q u e la e x p a n sió n del c e re b ro . O tro h o m í­
nido q u e c o e x is tió con el A u s tra lo p ith e c u s fu e el H o m o h a b ilis,
q u e te n ía una m a y o r c a p a c id a d c ra n e a l (a lre d e d o r de 7 00 c m 3) y
su ca ra cterística m ás im p o rta n te es que ya no sólo se a lim e n ta b a
de frutas y vegetales sino tam bién de aním ales. Los científicos pien­
san q u e el co n s u m o de p ro te ín a s a n im a le s es una p o s ib le e x p li­
ca ció n del a u m e n to d e su c a p a c id a d c e re b ra l.
El H o m o e re c tu s , p o r su p a rte , e ra u na e s p e c ie co n u na ca p a c i­
d ad craneal m a yo r a la del H o m o h a b ilis (a lre d e d o r de 8 00 c m 3) y
se e x p a n d ió d e s d e Á fric a h a s ta A s ia . E s to s h o m ín id o s c o n o c ía n
7 Boris Cyrulnik y Edgar Morin, Diálogos sobre la naturaleza humana, Trad.
de Lucas Vermal, Barcelona, Paidós Ibérica, 2005, p. 14.
8 Ernesto Cardenal, Canto cósmico, op. cit., p. 137. Cardenal interpreta parte
del conocido texto de Federico Engels titulado El origen de la familia, la pro­
piedad privada y el Estado.
ya el uso del fu e g o y fa b ric a ro n la p rim e ra h a c h a d e m a n o . El
p rim e r H o m o e re c tu s fu e e n c o n tra d o en O c e a n ía , en la isla de
J a va , a fin e s d el s ig lo p a s a d o ; e s te h a lla z g o y el d e o tro s re s to s
de h o m ín id o s d e la m is m a e s p e c ie e n la s c a v e rn a s d e P ekín
p e rm itie ro n la re c o n s tru c c ió n d e a lg u n o s a s p e c to s de su v id a .
O tra e s p e c ie de h o m ín id o im p o rta n te de m e n c io n a r e s el N e a n ­
d e rth a l (H o m o s a p ie n s n e a n d e rth a le n s is ), c u y o s re s to s se han
e n c o n tra d o p rin c ip a lm e n te en A le m a n ia y F ra n c ia . S e e x tin g u ió
h a ce u n o s tre in ta m il a ñ o s , d e m o d o q u e fu e c o n te m p o rá n e o del
H o m o s a p ie n s s a p ie n s , e s p e c ie a la cu a l p e rte n e c e m o s . T a n to
el N e a n d e rth a l c o m o el s a p ie n s m o s tra b a n c la ra m e n te s ig n o s de
u na c a p a cid a d in te le ctu a l s u p e rio r a la de o tro s h o m ín id o s ; u tiliz a ­
ban h e rra m ie n ta s d e p ie d ra c o m o el ha ch a , fa b ric a b a n a d o rn o s y
s a b ía n h a c e r fu e g o . F ís ic a m e n te h a b ía d ife re n c ia s a n a tó m ic a s :
el N e a n d e rth a l e ra ro b u s to , co n a rc o s s u p e rc ilia re s fu e rte s y de
ro s tro p ro m in e n te , m ie n tra s q u e lo s s a p ie n s p o s ib le m e n te e ra n
m á s a lto s, de h u e s o s m á s liv ia n o s y co n c a ra s m á s p e q u e ñ a s y
m e n o s p ro tu b e ra n te s , c a ra c te rís tic a s fís ic a s q u e h e m o s c o n s e r­
v a d o h a sta la a c tu a lid a d .
S e p ie n s a q u e en E u ro p a , h a c e a lre d e d o r d e c u a re n ta m il a ñ o s,
lo s n e a n d e rth a le s tu v ie ro n c o n ta c to s fre c u e n te s co n lo s sa p ie n s ,
p e ro sin s a b e r a c ie n c ia c ie rta p o r q u é fin a lm e n te s e e x tin g u ie ­
ron. A ú n se e s p e c u la s o b re la s c a u s a s d e su d e s a p a ric ió n : ¿ los
s a p ie n s c o m p itie ro n co n e llo s p o r re c u rs o s ? , ¿ lo s m a ta ro n en
c o m b a te ? , ¿o q u iz á se m e z c la ro n co n e llo s , de m a n e ra q u e los
g e n e s del N e a n d e rth a l v iv e n en el H o m o s a p ie n s a ú n ? 9
Las s ig u ie n te s im á g e n e s m u e s tra n la s d ife re n c ia s en la e s tru c tu ­
ra c ra n e a l de los d ife re n te s h o m ín id o s :10
9 Este tema es hoy en día motivo de debate entre los especialistas, pues
cada vez parece haber más evidencia de que neanderthales y sapiens per­
tenecen a dos especies diferentes, por lo que, en el caso de existir un apa­
reamiento, los individuos que nacerían serían infértiles, tal como ocurre con
la muía, que es el resultado de la cruza entre un asno y un caballo.
10 Disponible en http://web.educastur.princast.es/proyectos/grupotecne/archivos/
investiga/evolucion%20humana.gif, consultado el 18 de mayo de 2007.
A u s tra lo p itec u s
(3-2 m illones de años)
Homo erectus
(750.000 años)
Homo neanderthalensis
(100.000 a 40.000 años)
Homo (sapiens) sapiens
(40.000 años hasta hoy)
A u n q u e fís ic a m e n te h a y a m u c h a s e m e ja n z a e n tre lo s H o m o s a ­
p ie n s y los p rim a te s m á s c e rc a n o s a él, en té rm in o s d e l g e n o m a
h a y g ra n d e s d ife re n c ia s , ya q u e el c ó d ig o g e n é tic o v ie n e d e te r­
m in a d o p o r el o rd e n en el q u e se e s tru c tu ra n la s b a s e s p ro te ic a s
(a d e n in a , g u a n in a , e tc .) y no p o r s u s p ro p ie d a d e s p a rtic u la re s , lo
q u e da lu g a r a m illo n e s d e c o m b in a c io n e s p o s ib le s . A s í lo e x p li­
ca R id le y:
La d ife re n cia e n tre dos se re s h u m a n o s v ie n e a ser, en
pro m e dio, de un 0.1 por ciento, de m odo que en tre mi
v e cin o y yo hay tres m illo n e s de le tra s d is tin ta s . La d ife ­
rencia e ntre un se r hu m a n o y un ch im p a n c é es m ás o
m eno s 15 ve ce s m ayor, o, d ich o de o tro m odo, de un 1.5
por ciento. Eso e q u iv a le a 45 m illo n e s de le tra s distin ta s,
a p ro xim a d a m e n te d ie z v e c e s m ás le tra s de q ue las que
hay en la B iblia o las c o rre s p o n d ie n te s a 75 lib ro s de la
e xte n sió n de é s te .11
D entro de esta m ism a línea de pensam iento, J. P. C h a n ge u x señala:
“D esd e un punto de vista gen é tico , el c h im p a n c é y el h u m a n o son
m u y cercan os. Sin e m b a rg o, la d ife re n cia es m u y clara si co n sid e ­
ram os el ce re b ro y, so b re todo, las fu n c io n e s c e re b ra le s ” .12
11 Matt Ridley, Qué nos hace humanos, op. cit., p. 37.
12 J. P. Changeux, El hombre de verdad, México, FCE, 2002, p. 166.
Descargar