XIII Congreso CYTAL - AATA Facultad de Ciencias de la Alimentación, UNER, Buenos Aires, Argentina, 19-21 de octubre 2011 ESTUDO DO GRAU DE HIDRÓLISE DA PROTEÍNA DA MICROALGA Spirulina UTILIZANDO ENZIMA COMERCIAL MICROBIANA C.R. Lisboa1*, S.P. Ferreira1, A.M. Pereira1, J.A.V. Costa1 1 Universidade Federal do Rio Grande – Escola de Química e Alimentos Caixa Postal 474 – 96201-900 Rio Grande, RS, Brasil, [email protected] Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar a obtenção de um hidrolisado protéico derivado de biomassa microalgal utilizando uma enzima proteolítica, avaliando a influência da concentração de enzima, de substrato e tempo de reação sobre o grau de hidrólise das proteínas. A microalga utilizada no estudo foi Spirulina sp. LEB-18 e a enzima proteolítica comercial Protemax 580L. Foi utilizado um planejamento fatorial 23 com três repetições no ponto central. Foram realizados 11 experimentos em “shaker” a 180 rpm e temperatura constante de 60 ºC. A reação de hidrólise foi realizada durante 4h, e analisado o grau de hidrólise em 0h, 1h, 2,5h e 4h. O maior grau de hidrólise atingido foi 66,7%, no qual corresponde ao experimento 6 em 4h de reação, sendo o sistema reacional composto por 10 U.mL-1 de enzima e 5 % de substrato. A variável concentração de substrato apresentou efeito significativo sobre o grau de hidrólise. Palavras-chaves: grau de hidrólise, Spirulina sp. LEB-18, planejamento fatorial INTRODUÇÃO As microalgas representam os microrganismos fotossintéticos procarióticos e eucarióticos que vivem em meio ambiente aquático (Vonshak, 1997). As cianobactérias são microrganismos procarióticos fotossintetizantes que surgiram há mais de 3 milhões de anos e formaram a atual atmosfera com oxigênio, e desde então regulam a biosfera do planeta retirando CO2 e produzindo O2 (Romano et al., 2000). A Spirulina é uma cianobactéria que tem despertado interesse de muitos pesquisadores devido ao seu elevado poder nutricional, produção de substâncias de alto valor agregado e propriedades nutracêuticas (Sarada et al., 1999). Possui biomassa rica em proteínas (60 a 70%), apresentando um grande potencial para a extração de biocompostos com alto valor agregado. A hidrólise de proteínas é basicamente o resultado da clivagem de suas ligações peptídicas, liberando peptídios de diferentes tamanhos e aminoácidos livres. Para romper as ligações peptídicas e preparar os hidrolisados são indicados três métodos principais: as hidrólises enzimática, alcalina e ácida (Bernardi, 2000; Clemente, 2000; Furlan e Oetterer, 2002). A hidrólise enzimática apresenta uma série de vantagens sobre a hidrólise química, como especificidade, controle do grau de hidrólise, condições moderadas de ação, disponibilidade comercial em larga escala, custo moderado, menor teor de sal no produto final e formação mínima de subprodutos (Mannheim e Cheryan, 1992; Pearce, 1995; Clemente, 2000). Por ser realizada em condições brandas e controladas, garante a manutenção da qualidade nutricional dos hidrolisados e um perfil peptídico definido e reprodutível. O grau de hidrólise (GH) é o parâmetro utilizado para comparar hidrolisados protéicos entre si (Adler-Nissen, 1986; Mahmoud et al., 1992; Siemensma et al., 1993; Lahl e Braun, 1994). Enzimas proteolíticas ou proteases catalisam a quebra das ligações peptídicas em proteínas. Várias enzimas têm sido utilizadas na extração enzimática de proteínas. Entre estas, encontram-se a pancreatina, as proteases alcalina, fúngica ou bacteriana (Euber et al., 1991); uma endoprotease (alcalase de grau alimentício do Bacillus liccheniformis); um complexo de proteases (flavourzima do Aspergillus oryzae) seguido de uma preparação de carboidrase do Aspergillus aculeatus e do Humicola insolens (Fischer et al., 2001); endoprotease e amilase (Tang et al., 2002); α-amilase (BAN 240 L) e protease (Promozyme 400 L) (Agboola et al., 2005). O objetivo deste trabalho foi estudar a obtenção de um hidrolisado protéico derivado de biomassa microalgal utilizando uma enzima proteolítica, avaliando a influência da concentração de enzima e de substrato e tempo de reação sobre o grau de hidrólise das proteínas. MATERIAL E MÉTODOS Microalga Foi utilizada biomassa da microalga Spirulina sp. LEB-18, da coleção do Laboratório de Engenharia Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande. Enzima Utilizou-se a enzima comercial Protemax 580L de Bacillus lichenformis, gentilmente cedida pela Prozyn (São Paulo – SP). A atividade da enzima foi definida como a quantidade de enzima que libera 1µg de tirosina por minuto, dentro das condições usadas no estudo. Atividade Enzimática A atividade enzimática das proteases comerciais foi determinada segundo o método descrito por Ma et al., 2007. Processo de Hidrólise Enzimática As reações de hidrólise com a enzima Protemax 580 L foram realizadas em meio aquoso. O sistema de reação foi composto pela biomassa de Spirulina, previamente caracterizada quanto à composição centesimal (AOAC, 2000), em tampão bicarbonato carbonato de sódio pH 9,5 e enzima Protemax 580L, totalizando 100 mL. Os erlenmeyers foram dispostos em “shaker” (Certomat BS-1) com agitação de 180 rpm e temperatura constante de 60 °C, temperatura ótima de atividade da enzima, para todos os experimentos. As quantidades de enzima e biomassa foram adicionadas conforme estabelecido no planejamento fatorial. A hidrólise enzimática foi acompanhada durante um período de 4 h. Determinação do grau de hidrólise A análise de determinação do grau de hidrólise (GH) foi realizada em 0h, 1h, 2,5h e 4h. Após transcorrido cada tempo, alíquotas de 1 mL de hidrolisado foram inativadas pela adição de 9 mL de solução de ácido tricloroacético (TCA) 6,25 % e deixadas em repouso por 10 min. Posteriormente foram centrifugadas por 5 min a 5000 rpm para remoção do material insolúvel precipitado pelo TCA. Determinou-se o teor de proteínas solúveis no filtrado utilizando o método de Folin-Lowry, expresso em mg de albumina. O grau de hidrólise foi estimado segundo o método descrito por Hoyle e Marrit (1994) com modificações, sendo expresso como a porcentagem de proteínas solúveis no TCA em relação à quantidade de proteína inicial total, e calculado segundo a Equação (1): %GH = ( PS tempot − PS tempo 0 ) × 100 Ptotal (1) onde o branco, PS tempo 0, correspondeu à quantidade de proteína solúvel em TCA 6,25 % antes da adição da enzima; PS tempo t foi a quantidade de proteína solúvel em determinado tempo após a adição da enzima e Ptotal foi a quantidade de proteína total na amostra determinada por micro Kjeldahl (N x 6,25). Planejamento Fatorial Neste estudo o planejamento fatorial foi utilizado para verificar quais das variáveis apresentaram efeitos significativos sobre o grau de hidrólise. Assim, foi estudada a influência da concentração de enzima, concentração de substrato e o tempo de reação. O teor inicial do substrato, a concentração de enzima adicionada e o tempo de reação foram as variáveis estudadas através de planejamento fatorial. Foi realizado um planejamento fatorial tipo 23 com três repetições no ponto central, considerando como variável dependente o grau de hidrólise das proteínas. As análises foram realizadas em duplicata e os dados tratados através do software Statistica 5.0. A Tabela 1 apresenta os níveis e valores das variáveis independentes utilizadas no planejamento fatorial. Tabela 1. Níveis e valores das variáveis independentes de concentração de substrato, de concentração de enzima e de tempo utilizados no planejamento fatorial 23. Variáveis Níveis independentes -1 0 +1 CE (U.mL-1) 5 7,5 10 CS (%) 5 7,5 10 t (min) 60 150 240 CE = concentração de enzima; CS = concentração de substrato; t = tempo. A influência da concentração de enzima, da concentração de substrato e do tempo de reação sobre a resposta grau de hidrólise foi avaliada estatísticamente de modo a fazer análise de efeitos e verificação de modelos empíricos através dos coeficientes de regressão e análise de variância (ANOVA). RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 2 apresenta a composição centesimal média e o desvio padrão da microalga Spirulina sp. LEB-18 utilizada neste estudo. Tabela 2. Composição centesimal da microalga Spirulina sp. LEB-18 Spirulina sp. LEB-18 Determinações (%) Umidade Proteínas Cinzas Lipídios (X ± D.P ) * 11,99 ± 0,07 51,66 ± 1,87 7,84 ± 0,02 7,06 ± 0,11 *médias ( X ) e desvios padrões (D.P) A porcentagem de proteínas da biomassa da microlga foi utilizada para calcular a quantidade de biomassa necessária para obter as suspensões de cada experimento estudado. Os valores encontrados de composição centesimal foram semelhantes aos encontrados por MORAIS et al., 2009. A Tabela 3 apresenta a matriz do planejamento fatorial com as variáveis reais e codificadas, correspondentes aos valores máximos alcançados em cada experimento para o grau de hidrólise. Tabela 3. Matriz do planejamento fatorial 23 e a resposta grau de hidrólise. Valores codificados GH Exp. CE CS t (%) (U.mL-1) (%) (min) 1 -1 -1 -1 55,7 2 +1 -1 -1 60,2 3 -1 +1 -1 35,8 4 +1 +1 -1 37 5 -1 -1 +1 62,9 6 +1 -1 +1 66,7 7 -1 +1 +1 39,9 8 +1 +1 +1 43,7 9 0 0 0 54,7 10 0 0 0 54,3 11 0 0 0 55,2 Exp. = experimento, CE = concentração de enzima, CS = concentração de substrato, t = tempo de reação, GH = grau de hidrólise. O GH apresentou uma variação de 35,8 % a 66,7 % dentre os experimentos estudados. Sendo que o maior GH (66,7 %) foi alcançado no experimento 6 em 4 h de reação, correspondendo ao sistema reacional composto por 10 U.mL-1 de enzima e 5 % de substrato. Schmidt e Salas-Mellado (2009) estudando a influência da ação da enzima comercial Alcalase 2.4L de Bacillus lichenformis no GH das proteínas do peito de frango, obtiveram uma variação de 20,93 % a 57,42 %. Os dados obtidos no planejamento experimental foram tratados com seus valores codificados. A resposta grau de hidrólise foi tratada a 95% de confiança. Calculou-se o coeficiente de regressão para a resposta, permitido a obtenção um modelo codificado linear de primeira ordem, conforme a Equação (1), que descreve a resposta, em função das variáveis independentes. Grau de Hidrólise = 51,56 + 1,53CE – 11,25CS + 2,93T (1) A Tabela 4 refere-se à analise de variância para resposta grau de hidrólise Tabela 4. Análise de variância para a avaliação da significância estatística do modelo para a resposta grau de hidrólise Fonte de Variação SQ GL MQ F cal Regressão 1100,49 3 366,83 57,2 Resíduo 44,91 7 6,42 44,51 5 Falta de ajuste 0,41 2 Erro puro 1145,406 10 Total R= 0,96079; F(0,95; 3,7) = 4,35 Verifica-se na Tabela 4 que o coeficiente de correlação obtido para o grau de hidrólise foi de 0,96079 e o F calculado foi 13,71 vezes maior que o valor tabelado, portanto tornando o modelo preditivo e significativo possibilitando a construção da Figura 1. (A) (B) (C) Figura 1. Superfícies de resposta para o grau de hidrólise (a), (b) e (c). Na figura 1(a), observa-se que se atingem valores em torno de 63% de grau de hidrólise quando o sistema é composto pela menor concentração de enzima (5 U.ml-1) e menor concentração de substrato (5%). Observa-se na figura 1(b) que quando o sistema é composto pela maior concentração de enzima (10 U.mL-1) e maior tempo (240min), podendo-se atingir resultados em torno de 54%. Já na figura 1(c), o grau de hidrólise pode atingir valores superiores a 65% quando o sistema composto pela menor concentração de substrato (5%1) e maior tempo de reação (240min). Ao analisarmos os resultados, pode-se observar que, para a resposta grau de hidrólise, quando o sistema é composto pela menor concentração de substrato e maior tempo de reação, obtêm-se melhores resultados. A Figura 2 apresenta os efeitos obtidos das variáveis estudadas no grau de hidrólise das proteínas da biomassa de Spirulina LEB 18, utilizando a enzima Protemax 580L. 50 Grau de Hidrólise (%) 40 30 20 10 0 -10 -20 Média CE* CS* t* CExCS CExt CSxt *p<0,05 Figura 2. Efeitos principais e de interação da concentração de enzima (CE), concentração de Substrato (CS) e tempo (min) sobre o Grau de Hidrólise. Na figura 2 pode-se observar que todas as variáveis estudadas apresentam efeitos significativos sobre a resposta. Pode-se observar que o aumento da concentração de enzima de 5U.mL-1 para 10 U.mL-1, bem como o aumento do tempo de reação de 60 min para 240 min, influenciaram positivamente a resposta, aumentando-a em cerca de 3,05% e 5,85%, respectivamente. No entanto, a concentração de substrato apresentou um efeito contrário, diminuindo a resposta em 22,50%. Já as interações entre as variáveis não apresentaram efeito significativo sobre a resposta grau de hidrólise. Schmidt e Salas-Mellado (2009) estudando o grau de hidrólise nas proteínas de carne de frango verificaram um efeito negativo para a concentração de substrato, ocorrendo comportamento semelhante no estudo de Centenaro (2008) que estudaram a GH das proteínas de pescado. O presente estudo, mostrou que quando aumentouse a concentração de substrato esta gerou um efeito inibidor na hidrólise das proteínas. Este tipo de inibição causada pela elevada concentração de substrato, conforme Whitaker (1994), citado por Tardioli (2003), comporta-se como uma competição acompetitiva, pois uma segunda molécula de substrato se liga a um local próximo ao sítio ativo da enzima, reduzindo a velocidade inicial de reação, impedindo que a primeira molécula se ligue corretamente ao sítio ativo ou que ela seja transformada em produto. CONCLUSÕES A enzima comercial Protemax 580L apresentou atividade enzimática sobre a biomassa da microalga Spirulina, obtendo-se hidrolisados protéicos com diferentes graus de hidrólise. O grau de hidrólise variou de 35,8 % a 66,7 % dentre os experimentos estudados, sendo o maior GH alcançado no experimento 6 em 4h de reação, correspondendo ao sistema reacional composto por 10 U.mL-1 de enzima e 5 % de substrato. A análise estatística dos resultados mostrou que as variáveis, concentração de enzima, concentração de substrato e tempo de reação obtiveram efeito significativo sobre a resposta grau de hidrólise, sendo que o aumento da concentração de substrato diminui o grau de hidrólise em 22,50%. REFERÊNCIAS Adler-Nissen, J. (1986), Enzyme hydrolysis of food proteins. Elsevier Applied Science Publishers, England., 427p. Agboola, S., NG, D. and MILLS, D. (2005), Characterization and functional properties of Australian rice protein isolates. Journal of Cereal Science, Vol. 41(3), pp. 283-290. AOAC - Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analysis of AOAC international. 17th ed, Washington, D. C., 2000. Bernardi, C. R. (2000), Preparo de hidrolisados protéicos e análise de aminoácidos por duas metodologias. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Centenaro, G. S e Mellado, M. S. 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