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apostila armadilhas inseto ent geral 2019

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Apostila: Modelos de Armadilhas para Captura
de Insetos
Turma de Entomologia/2019
Disciplina: Entomologia Geral
Docente: Dr. José Albertino Rafael & Colegiado
Manaus-2019
INTRODUÇÃO
A captura de insetos pode ser realizada através de armadilhas que se adequam melhor a
um determinado grupo taxonômico. Embora não existam armadilhas perfeitas, cada
qual tem suas vantagens e desvantagens em relação a um modelo alternativo, ficando a
critério do pesquisador à escolha pela técnica mais adequada (Rafael et al. 2012).
Para que a captura da armadilha seja otimizada é necessário que os métodos de
amostragem sejam padronizados. Existem condições de tempo, por exemplo, que
modificam drasticamente o sucesso das capturas. É recomendado que as capturas de
insetos noturnos sejam realizadas em época de lua nova para otimizar a eficiência da
armadilha, bem como sejam evitados, sempre que possível, ventos forte e chuvas
intensas no mesmo evento de captura (Camargo e Matsumura 2000). A eficiência da
amostragem será influenciada fortemente pelo método utilizado para o grupo
taxonômico escolhido, associado aos fatores climáticos e de tempo que devem ser
considerados pelo pesquisador (Camargo et al. 2015).
ARMADILHAS LUMINOSAS
As armadilhas luminosas são utilizadas para coletas de diversos insetos noturnos. Os
insetos reagem diferentemente à ação da luz, os atraídos pela luz são chamados de
fototrópicos positivos e os repelidos pela luz são designados como fototrópicos
negativos (Carmargo e Cavalcanti 1999). As armadilhas luminosas são consideradas
dispositivos para a atração e captura de inseto nas formas aladas e que apresentam
fototropismo positivo, são coletados insetos de atividade noturna e são atraídos pela luz
entre as 18:00 e 05:00h. Existem vários modelos de armadilhas luminosas utilizadas em
coletas de insetos. A lâmpada deve ser de luz negra, fluorescentes ou incandescentes.
Essas fontes artificiais de luz podem ser incluídas na categoria das coletas ativas ou
passivas.
LENÇOL ILUMINADO:
É um tecido branco (lençol) esticado entre dois suportes iluminada por uma fonte de luz
(Fig. 1). O coletor permanece ao lado da superfície iluminada, capturando o grupo de
interesse (Almeida et al. 2012), sendo assim, é considerado um método de coleta ativa
(Fig. 1). Uma das principais vantagens desse tipo de armadilha é a possibilidade de
manter os espécimes coletados em excelentes condições. E uma das principais
desvantagens é de exigir a permanência do coletor junto à armadilha durante muito
tempo.
PENSILVÂNIA OU LUIZ DE QUEIROZ:
A armadilha Pensilvânia (Fig. 3) consiste em um funil acoplado a um tubo inserido em
um recipiente com álcool ou água com sabão (Camargo e Cavalcanti 1999). Quando a
armadilha possui um funil embaixo é considerado uma adaptação e é conhecido como
armadilha “Luiz de Queiroz” (Silveira Neto e Silveira 1969). O inseto é atraído pela luz
e choca-se com as aletas e cai no frasco coletor. É considerado uma armadilha de coleta
passiva, não sendo necessário a permanecia do coletor ao lado da armadilha (Almeida et
al. 2012).
Vantagens das armadilhas luminosas: Uma boa quantidade de insetos voa na direção
da armadilha, atraídos pela luz, então não precisa sair procurando; 2. Não contamina o
ambiente; fácil de limpar e instalar.
Desvantagens: Você depende muito da iluminação do ambiente, então em noites de lua
nova e minguante pega mais bichos, em lua cheia pega menos; 2. Não pega os insetos
com fototropismo negativo.
Figura 1. Lençol entomológico, armadilha luminosa de pano.
Figura 2. Armadilha Pensilvânia.
ARMADILHA LUMINOSA CDC (CENTER ON DISEASE CONTROL):
A armadilha luminosa consiste em três partes: uma fonte de luz, que fica no topo da
armadilha, constituída por uma luz tubular de alta intensidade; o capturador, constituída
por um tubo de acrílico, que fica abaixo da luz, com turbinas internas que geram pressão
negativa, sugando os insetos para dentro da armadilha, além disso, o capturador possui
uma grade grade que serve como um filtro que impede insetos maiores de entrar na
armadilha; e uma rede/câmara coletora, que fica abaixo do capturador, onde ficarão os
insetos presos, essa parte é removível, a rede é desacoplada do capturador. A
alimentação deste equipamento pode ser feito por bateria ou pilhas D.
Figura 3. CDC armada em galho de árvore na floresta, com luz ultravioleta e frasco
coletor. Fonte: Autor. 2. Exemplo dos componentes que fazem parte da armadilha,
capturador com luz, prato protetor e câmara coletora. 3. Exemplo de como fica a
armadilha montada, com todas as peças encaixadas na armadilha. Fonte: LOG nature.
A captura de espécimes por esta armadilha se dá pela atração luminosa, luzes de
diversas cores podem ser usados para esta armadilha. Alguns grupos de insetos alados
durante o vôo sentem-se atraídos pela luz e ao chegar próximo da lâmpada são atraídos
pela turbina para dentro do capturador, dentro do coletor pode haver um frasco com
álcool ou o que se chama de gaiola, que é um cubo feito do tecido Voal, garantindo que
os insetos presos não sejam danificados. Os grupos que caem nessa armadilhas são
muito específicos e bastante estudados na entomologia médica, o pesquisador deve
conhecer bem o grupo que deseja coletar para saber qual tipo de luz deve usar e a altura
que o capturador deve estar.
Vantagens: A armadilha é extremamente fácil de montar e transportar, tem um custo
relativamente acessível, em torno de 500,00 a 800,00 reais. É uma armadilha muito
específica, auxiliando na triagem e evitando matar animais desnecessariamente.
Desvantagens: Por ser uma armadilha muito específica, não captura animais maiores do
que o espaço da grade de filtro. Caso a pilha ou a bateria não funcionarem
adequadamente, os insetos podem escapar, causando perda para o pesquisador. O
material da armadilha é um pouco frágil, caso não seja transportado adequadamente,
pode haver perda de funcionamento. O equipamento não é a prova d‟água.
Adaptações: Originalmente a CDC consiste em uma fonte de luz, o capturador e a
câmara coletora, esse método exige, para retirada dos insetos do interior da câmara, um
sugador. No entanto, existem duas adaptações mais comuns da CDC.
Figura 4. A. Armadilha original. B. Adaptação da CDC com frasco coletor. C.
Adaptação com frasco coletor e tubo PVC para proteção contra a chuva. Fonte:
GOMES (1985).
A primeira é a substituição da câmara por um frasco com álcool, eliminando a
necessidade de um sugador. A segunda, foi o acréscimo de um tubo de pvc por cima da
estrutura do frasco, protegendo completamente a armadilha da chuva, deixando exposto
somente a luz. Muitas vezes, na ausência de recursos, pesquisadores usam uma tela de
plástico por cima do tecido, para proteger a armadilha e funciona da mesma forma.
Figura 5. Armadilha CDC armada adaptada com uma sacola plástica protetora contra a
chuva. Fonte: Autor. 2. Armadilha adaptada com caixa de som. Fonte: ASSIS (2012).
Outras adaptações também visam a obtenção de grupos mais específicos ainda, como no
caso da CDC adaptada com som, em que a luz é retirada e no seu lugar é inserido uma
caixa de som com a vocalização da presa do inseto que espera-se capturar, é uma
adaptação extremamente específica e cada vez mais utilizada.
PENSILVÂNIA/PENNSYLVANIA (PENSILVANIA):
A Pensilvânia consiste em quatro aletas de 50,8 cm de comprimento e 13,9 cm de
largura e um funil de 30,48 cm de diâmetro (FROST, 1957). Essa armadilha usa luz
como atração para diversos grupos de insetos, sendo que o recomendado é a coleta em
noites mais escuras para aumentar a eficiência da coleta, abaixo da armadilha é
colocado algum recipiente para interceptar os insetos. Para conservação pode ser usado
tanto álcool quanto água com detergente e sal (para quebrar a tensão superficial da
água). Sendo considerada uma armadilha de atração (luminosidade) e interceptação
(aletas) (OLIVEIRA, 2017). A armadilha é desmontada sendo que são dividas na parte
metálica, a lâmpada e os aparatos para o seu funcionamento e uma bateria usada para
alimentar a lâmpada durante a noite. Deve-se evitar o contato direto da parte metálica e
lâmpada com o recipiente coletor, além disso a armadilha tem que ser alçada com uma
corda.
Figura 6. Armadilha Pensilvânia montada a nível do solo, fonte: arquivo pessoal.
Os insetos são atraídos pela luz e se chocam diretamente contra as aletas, caindo assim
diretamente no recipiente abaixo da armadilha.
Vantagens: A vantagem da Pensilvânia em relação ao lençol é que ela pode ser deixada
em campo sem a presença do coletor (EPHEMEROPTERA DO BRASIL, 2019).
Desvantagens: Por ser de metal e dependendo da quantidade de armadilhas a serem
montadas, o transporte em campo é dispendioso. Como a peças devem estar separadas
(principalmente a lâmpada para evitar que quebre), o transporte dela para o local de
coleta exige um grande número de pessoas, outro ponto importante é a limitação quanto
à bateria, já que são pesadas e dependendo do trajeto a ser percorrido aumenta a
dificuldade do trabalho. Outra desvantagem quanto a coleta, já que ela captura apenas
insetos fototrópicos positivos e caso não haja sensor é necessário que ela seja ligada e
desligada manualmente a cada noite para evitar o uso demasiado da bateria.
Adaptações: As principais adaptações desse tipo de armadilha estão relacionadas à
lâmpada usada, pois dependendo do comprimento de onda podem ser capturados grupos
específicos como o caso de lâmpadas florescentes ou UV. Armadilha com um funil de
19 cm de largura na boca onde foi preso um pote coletor de 150 ml, a tampa foi presa a
boca do funil, a parte superior foi usado um prato com linhas laterais usadas para
prender a parte inferior e no centro foi presa uma lanterna com 10 luzes de LED com
foco direcionado para o frasco na parte inferior (OLIVEIRA et al., 2015).
Figura 7. Imagem do coletor montado com a lanterna, fonte: OLIVEIRA, et al., 2015.
ARMADILHAS SUSPENSAS
ARMADILHA SUSPENSA (SUSPENDABLE MALAISE TRAP):
Desenvolvida e adaptada para superar as dificuldades em realizar coletas no dossel da
floresta. É considerada uma modificação da armadilha Malaise modificada, leve e
prática de ser montada, foi descrita por Rafael e Gorayeb (1982) para coletar insetos em
diferentes alturas (Rafael, 2002). Tem a forma de uma pirâmide com cerca de 1,8 m de
base, um cone de captura, um septo no topo (Fig.4). São utilizadas para captura insetos
diurnos (Almeida et al. 2012). Foi desenvolvida para ser içada por uma corda para
coletar insetos a qualquer altura na floresta, desde 1 m a níveis mais altos, sempre
utilizando um galho alto como suporte na sua instalação (Rafael, 2002; Almeida et al.
2012).
Vantagens: 1. Pega fauna de dossel, que é dificilmente capturada de outra forma. 2.
Não precisa ter a presença do coletor próximo a armadilha, podendo coletar diversos
insetos de dossel por um longo período no campo.
Desvantagens: 1. Vai pegar em geral insetos que sejam bons voadores e que se
desloquem ativamente entre as copas; 2. Acabam não pegando insetos que ficam mais
estáticos nas copas ou que não tenham alta capacidade de voo. 3. Difícil de ser
instalada.
Figura 8. Armadilha suspensa (suspendable Malaise trap).
ARMADILHA MCPHAIL:
A armadilha McPhail foi projetada com finalidade para fazer o monitoramento de
moscas-das-frutas, especificamente do gênero Anastrepha (Tephritidae: Diptera),
importante praga da fruticultura, que consiste em colocar algo simular a algum atrativo
alimentar e que esteja líquido, fazendo com que os insetos sejam “enganados” e fiquem
presos na armadilha submersos no produto (Davi, 2018).
As armadilhas de McPhail são recipientes normalmente em forma de “pera” com uma
abertura no fundo para permitir a entrada dos insetos (Figura 1), no qual é necessário a
utilização de atrativos alimentares como iscas para captura-los, normalmente utilizando
suco de frutas ou produtos sintéticos como as proteínas hidrolisadas diluída em água.
Para armar devem ser posicionada suspensa com altura suficiente para que animais
como mamíferos não alcancem, e não colocar diretamente expostas ao sol, de
preferencia de baixo de árvores ou em lugares que fazem sombra.
Vantagens: Uma das grandes vantagens da armadilha McPhail é a seletividade, pois
dependendo do atrativo alimentar utilizado pode capturar um inseto especifico, ou seja,
é direcionada e com a vantagem de não precisar de uma triagem cansativa, e pode ser
adaptada com garrafas PETs tendo um baixo custo.
Desvantagens: É uma armadilha no qual o inseto pode estragar rápido, pois como é
utilizado apenas o produto atrativo que não irá possuir a função de conservar e se não
for coletado em poucos dias, os insetos começarão a entrar no processo de
decomposição, então por mais que seja uma coleta passiva, é necessário cuidado e
presença constante; e como é uma armadilha pequena, são necessários vários
exemplares.
Adaptações: Podem ser adaptadas com garrafas PETs, no qual serão feitos três buracos
de 2x2 cm no meio da garrafa em seu contorno com distâncias equivalentes e colocando
o atrativo, criando assim armadilhas de baixo custo (Figura 2).
Fonte: Revistagloborural.globo.br
Fonte: Silva, A. B. 2019
Figura 9. Armadilha McPhail.
Figura 10. Armadilha McPhail
adaptada com garrafa PET.
PENICO AMARELO:
A armadilha de penico amarelo foi uma adaptação realizada a partir do Prato amarelo
para atrair, através de cor, insetos em diferentes estratos como sub-bosque e dossel.
Consiste em penicos da cor amarela com mistura de água e glicerina (para quebrar a
tensão superficial da água) dispostos e suspensos em diferentes alturas. É vantajoso pois
decorrente da cor, atrai insetos específicos, além de explorar a fauna de diferentes
estratos. A especificidade também pode ser um fator de desvantagem, pois não coleta
com diversidade. Deve ter uma manutenção constante, podendo transbordar em caso de
chuvas constantes.
Figura 11. Penico amarelo.
MALAISE GRANDE (MALAISE GRESSITT-GRESSITT):
Foi descrita por René Malaise, estudioso himenopterólogo em 1937, e consiste
basicamente em armadilhas em configuração de tenda. Em 1962 a armadilha foi
adaptada por Gressitt & Gressitt (dando origem ao nome alternativo que a armadilha
possui) para conter seis metros com dois potes coletores, um em cada ponto cardial
referente à nascente e poente solar. É uma armadilha de interceptação de voo, às vezes
pode ter um „telhado‟ de cor mais clara para que a condução do inseto em direção ao
frasco coletor seja mais eficaz. Deste modo, o inseto tem o voo interrompido no
momento em que bate na rede central da armadilha. Maioritariamente, esses têm
tendência a subir. O frasco coletor contém álcool e possui coloração branca, refletindo
mais intensamente a luz solar, o que atrai os insetos com fototropismo positivo, ou seja,
os que são atraídos pela luminosidade, que caem no álcool e são conservados por
determinado período de tempo, sendo necessário fazer a manutenção periodicamente
para a retirada dos insetos coletados (dez em dez dias, 15 em 15 dias, etc). A vantagem
dessa armadilha é que captura muitos insetos voadores como Hymenoptera e Diptera,
podendo eventualmente cair outras ordens dependendo da localidade em que estiver
montada. Possui a desvantagens de coletar insetos seletivamente. Insetos que batem no
obstáculo e fecham as asas dificilmente serão achados nos frascos. (Rafael, 2002).
Figura 12. Malaise grande (malaise Gressitt-Gressitt).
MALAISE PEQUENA:
A armadilha Malaise possui esse nome em homenagem ao himenopterólogo sueco René
Malaise (Malaise 1937). Essa armadilha é do tipo interceptação de vôo e é uma das
mais utilizadas para coletas de insetos no mundo. Essa técnica de coleta é extremamente
eficiente para coletar insetos que apresentam o comportamento de subir quando
encontram um obstáculo vertical (Rafael 2002). A descrição dessa armadilha é a
seguinte: Consiste de uma tenda aberta com um septo no meio, de preferência de cor
escura para dificultar a detecção dos insetos; uma cobertura inclinada, de cor clara para
os insetos com fototropismos positivo a luz sejam direcionados ao frasco coletor; assim
como o a cobertura inclinada este deve ser total ou parcialmente transparente, situado na
parte mais alta, contendo no seu interior fixadores como álcool 70% ou gás mortífero,
este último para coleta seco. Essa armadilha deve ser confeccionada com tecido fino e
leve para melhor condução da mesma em campo, com amarradouros reforçados nas
extremidades.
Vantagens: Esse tipo de armadilha é de fácil manuseio e deve ser montada através de
cordas que partem das extremidades do tecido e podem ser amarradas em estacas,
galhos, troncos ou raízes da vegetação no local de coleta. De acordo com o objetivo de
estudo essa armadilha pode ficar em campo por tempo indeterminado, sendo uma
grande vantagem para coleta de inúmeros insetos de hábitos diferentes.
Desvantagens: essa armadilha é seletiva. Insetos de vôo fraco, insetos que vivem no
solo ou os que fecham as asas ao encontrar um obstáculo e caem dificilmente são
coletados.
Funcionamento: O maior eixo da armadilha (aquele do pano interceptador dos insetos)
colocado paralelo ao sentido Norte-Sul, com o frasco-coletor voltado para o Norte e o
eixo maior (pano interceptador) perpendicular ao caminho (picada) existente na mata.
Para aumentar a eficiência da coleta de insetos recomenda-se montar a armadilha
transversalmente a caminhos naturais (sobre riachos) ou artificiais (picadas, estradas)
onde os insetos com vôos mais fortes preferem voar com maior facilidade. Em áreas
abertas montar preferencialmente em sentido transversal ao do vento. Em áreas
fechadas, de floresta, orientar o frasco coletor no sentido de maior luminosidade.
Figura 13. Exemplar de uma Malaise pequena (Tradicional) instalada na Reserva
Florestal Adalpho Ducke, Manaus, Amazonas, Brasil.
EXTRATOR DE WINKLER (WINKLER EXTRACTOR):
O extrator de Winkler é similar à rede entomológica, porém é feito com um tecido mais
resistente e o cabo curto, sendo uma rede que suporta até 500 gramas de serapilheira ou
solo, com as seguintes dimensões: possui dois anéis, cada um com um cabo,
posicionados 90º entre si; os anéis ficam 30 cm distantes um do outro; no segundo anel
fica uma peneira de 5-6 mm; o fundo pode ser aberto ou amarrável com um frasco com
álcool no fundo para coletar os insetos (ALEMIDA et al., 2012).
Figura 14. Coleta de material Serrapilheira/solo, fonte: arquivo pessoal. 2 – Extrator de
Winkler montado, fonte: BARREIROS et al., 2005.
Após a coleta do material, este é peneirado e o material depositado no fundo da peneira
é colocado nos extratores (REDEBIA, 2019). O período de permanência do material
pode variar de acordo com o grupo alvo a ser coletado, sendo que deve ficar no mínimo
24 horas.
Vantagens: Uma das vantagens desse método em comparação com o Funil de Berlese é
que ele não precisa de energia elétrica, sem falar da facilidade de transporte em campo
(FREITAS et al., 2006). A coleta do material pode ser feita em campo e o material pode
ser colocado no extrator em laboratório, o que evita transporte desnecessário do extrator
em campo. A desvantagem da triagem manual em relação ao extrator é o tempo
necessário para a triagem (BARREIROS et al., 2005).
Desvantagens: Essa metodologia é direcionada exclusivamente aos insetos de solo.
Existe uma certa limitação, devido ao fato de que ele suporta apenas uma determinada
quantidade de material. Uma desvantagem em usar extratores maiores é o fato de
exigirem uma quantidade maior de material dificultando o transporte em campo, além
disso o extrator não deve ficar exposto ao sol, pois os insetos podem morrer, e ao vento
(FREITAS et al., 2006). A coleta do material a ser usado apresenta riscos, pois podem
haver cobras, aranhas, escorpiões e etc. em meio ao folhiço.
Adaptações: Adaptação para coleta de mirmecofauna de solo em cultivo orgânico de
café, as dimensões são menores que o Winkler comum, sendo considerado um “miniWinkler” (SPOLIDORO, 2009).
Figura 15. (a) reconstituição da peneira para serapilheira, (b) dimensões externas da
“mini-Winkler” e (c) reconstituição interna da “mini-Winkler”, fonte: SPOLIDORO,
2009.
O Extrator Mini-Winkler possui um saco em forma de losango, geralmente branco ou
azul, com um pote coletor com álcool na parte inferior (IEF, 2011).
Figura 16. (a) Processamento do folhiço peneirado, (b) saco de malha perfurada (4 mm),
(c) Extrator mini-Winkler. Fonte: IEF, 2011.
BERLESE:
O Berlese ou Funil de Berlese é uma armadilha para captura de fauna de amostras de
solo e/ou folhiço (serapilheira). Para não perder a umidade, as amostras devem ser
coletadas e levadas ao laboratório em sacos plásticos. A armadilha é composta por um
cone ou funil de metal (ou de outro material), com o maior diâmetro voltado para cima
e, uma tela de malha fina no fundo (menor diâmetro do cone). Acima do funil é
colocada uma fonte de calor (luz fraca de 25 ou 40 watts) e abaixo dele um frasco
coletor com álcool (Almeida et al. 2012) (Figura 1-A).
O princípio da armadilha é o aquecimento do substrato coletado (amostras de solo e/ou
serapilheira) para que a fauna se desloque até cair no frasco coletor. Neste sentido, a
amostra é colocada no fundo do funil (sobre a tela de malha fina) e a lâmpada que foi
posta acima provoca o aquecimento e perda de umidade da amostra, de modo que os
insetos se movem para baixo, para fugir do calor e perda de umidade, passando através
da tela e caindo então no frasco coletor. É importante ficar atento para que a amostra
não resseque rápido demais, porque há invertebrados que se movem lentamente e
possuem corpo muito frágil, que podem morrer antes mesmo de cair no frasco coletor,
como exemplo os Protura (Almeida et al. 2012). Neste sentido, sugere-se que o
aquecimento da lâmpada seja gradualmente regulado de modo que inicie com uma
temperatura mais baixa e aumente aos poucos.
A
B
C
Figura 17. Berlese ou Funil de Berlese. A) Funil de Berlese. Imagem: Almeida et al.
2012; B) Funil de Berlese-Tullgreen. C) Bateria de Funis de Berlese-Tullgreen.
Imagem: Rodrigues et al. 2008.
VANTAGENS: A vantagem de utilizar essa armadilha é a especificidade para a coleta
de fauna de solo, e a facilidade de realizar a extração em laboratório sem o
inconveniente de levar o material ao campo. Além disso é necessário pouca mão-deobra já que os invertebrados saem da amostra de solo ou serapilheira espontaneamente
(Rodrigues et al. 2008; Almeida et al. 2012).
DESVANTAGENS: As desvantagens estão relacionadas ao seu princípio de extração,
já que alguns invertebrados de pouca mobilidade podem não ser capazes de deixar a
amostra antes que ela seja totalmente desidratada (Rodrigues et al. 2008).
ADAPTAÇÕES: Uma adaptação do Funil de Berlese é o Funil de Berlese-Tullgreen,
em que, na maior abertura do funil é encaixado outro que serve para direcionar o calor e
a luz para a serapilheira (Figura 13-B). Outra adaptação é a bateria de Funis de BerleseTulgreen em que várias unidades de Funis são postas em série para a extração dos
espécimes (Rodrigues et al. 2008) (Figura 13-C).
ARAPUCA:
É uma armadilha do tipo atrativa constituída de um saco tubular de malha fina (voal ou
filó), com a abertura superior fechada e aberta na parte inferior. No fundo da armadilha
fica acoplado um disco que sustenta a isca e, entre o saco tubular e o disco inferior há
um espaço por onde as borboletas entram (Almeida et al. 2012) (Figura 14-B). No
modelo do japonês (tem esse nome porque foi adaptada por um japonês para coletar
exemplares íntegros para a venda), a armadilha constitui-se do mesmo princípio de
atração, no entanto, além de ser menor que o modelo comum, as borboletas não entram
na armadilha, uma vez que somente há uma abertura superior para a entrada e retirada
da isca (Figura 14-A). Como isca, podem ser utilizadas diversas frutas fermentadas,
principalmente banana amassada com caldo de cana (Almeida et al. 2012).
A armadilha é dependurada em uma estrutura elevada como os galhos das árvores. No
modelo comum as borboletas, atraídas pela isca, entram pelo espaço inferior e ficam
presas pois tendem a subir. Posteriormente podem ser coletadas manualmente (Almeida
et al. 2012) (Figura 14-B). No modelo do japonês, as borboletas, atraídas pela isca
ficam pousadas na parte externa da armadilha, inserem a espirotromba na isca, através
da malha da armadilha (Figura 14-A).
A
B
Figura 18. Arapuca ou armadilha para borboletas. A) Arapuca do japonês; B)
Comparação entre as arapucas VSR e japonês. Fotos: Nascimento, A.C. e Marinho, L.S.
2019.
VANTAGENS: As vantagens de utilizar a armadilha para borboletas é a possibilidade
de coletar os insetos vivos, a facilidade de transporte e instalação em campo (uma vez
que são armadilhas leves) e a variedade de iscas que podem ser utilizadas. Comparando
as duas armadilhas, é notável ainda mais essa vantagem na armadilha do japonês, uma
vez que o coletor pode escolher somente os espécimes de seu interesse sem capturar os
demais espécimes.
DESVANTAGENS: Devido utilizar iscas fermentadas (rica em açúcar) diversos outros
organismos são atraídos para as armadilhas, neste sentido, há necessidade de fazer o
monitoramento delas, uma vez que formigas, por exemplo, podem se alimentar das
borboletas, deteriorando os exemplares. Outra desvantagem é que, devido não possuir
uma cobertura, a chuva pode fazer transbordar o recipiente com a isca e diminuir a
efetividade da armadilha.
ADAPTAÇÕES: Alguns modelos de arapucas comuns possuem uma abertura na
lateral que facilita a retirada das borboletas. Além disso, outra adaptação interessante é a
inclusão de uma cobertura acima da armadilha, para minimizar o transbordamento do
recipiente que contém a isca, em caso de chuva.
NINHO ARMADILHA:
Um marco inicial para os estudos com ninhos-armadilhas (Figura 22) foi o estudo
realizado por Krombein (1967) na América do Norte. A metodologia de amostragem
com ninhos-armadilhas permite a obtenção de informações sobre a diversidade e
abundância de espécies nidificantes em cavidades preexistentes, assim como sobre a
biologia das espécies, materiais de construção utilizados, arquitetura dos ninhos,
recursos fornecidos para as larvas e biologia das espécies parasitas (Garfalo 2000).
Vantagens: A amostragem com ninhos-armadilha além de ser um método relativamente
simples de levantar a diversidade de espécies nidificantes em cavidades preexistentes,
amostra somente as espécies que nidificam na área evitando as espécies que estejam
apenas transitando no local de estudo (Tscharntke et al. 1998). A metodologia dos
ninhos-armadilha também permite réplicas (espaciais e temporais) padronizadas da
amostragem, através da exposição de igual número e tipos de ninhos-armadilha,
evitando diferenças provenientes de diferentes esforços amostrais realizados por
diferentes coletores utilizando rede entomológica (Tscharntke et al. 1998).
Desvantagens: Essa técnica é seletiva. Além disso, ela demanda uma grande quantidade
de ninhos armadilhas para que consiga fazer uma boa amostragem das abelhas que
nidificam em cavidades.
Funcionamento: você pode utilizar inúmeros materiais para a confecção dessas
armadilhas. Tubos pvc, bambu, e madeira perfurada podem ser utilizadas. Os ninhos
devem ser distribuídos no ambiente onde você pretender fazer a sua amostragem.
Figura 19. Exemplo de ninho-armadilha para coleta de abelhas solitárias, instalada na
reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, Brasil.
GUARDA-CHUVA ENTOMOLÓGICO:
O guarda chuva entomológico,é confeccionado com tecido resistente (morim branco) e
reforços triangulares em cada um dos cantos para encaixe de duas hastes de madeira
intercruzadas para dá sustentação á estrutura. Deve se colocar o guarda-chuva sob uma
árvore ou arbusto e com o auxílio de uma vara de madeira bater fortemente nos ramos
ou folhas, fazendo com que os insetos caiam sobre o guarda chuva, onde são capturados
mais facilmente com o uso de um copo coletor, pincel umedecido, pinça ou aspirador
(Almeida et al., 1998; Schauff, 1986; Sarmiento-Monroy, 2003).
É uma armadilha indicada para a captura de insetos pequenos, que sejam ápteros ou
alados, mas que possuem pouca mobilidade.
Figura 20. Armadilha Guarda-chuva entomológico, com as haste de madeira cruzada
que dá sustentação. 2. Guarda-chuva entomológico, junto com o bastão usado para bater
nos arbustos, o frasco coletor e a pinça.
Vantagens: É uma armadilha fácil de ser confeccionada, com um método de uso muito
simples.
Desvantagens: O esforço de coleta sempre vai precisar de uma pessoa a mais, pelo
simples fato de que um vai precisar bater nos arbustos e o outro já esta esperando para
coletar os insetos que ali cairem não ter perdar do individuo.
ARMADILHA DE JANELA:
É uma armadilha que consiste em um septo, o mais transparente possível, de vidro, de
folha de acetato ou tela de malha fina, esticada de preferência transversalmente a uma
trilha, sobre riacho ou qualquer outro tipo de hábitat. Na parte inferior do septo, colocase uma calha (do tipo para coleta de água de chuva) ou várias bandejas plásticas ou de
alumínio que funcionem como frasco coletor. Nesses recipientes, deve haver algum
líquido fixador, como o etileno glicol a 10%. Os insetos chocam-se com o obstáculo
transparente ou camuflado no ambiente e caem no recipiente coletor colocado abaixo. É
um tipo de armadilha muito eficiente para besouros, em particular histerídeos,
escarabeídeos e outros (Almeida et al.,1998).
É uma armadilha de interceptação de voo que vai capturar os insetos que caem ao
encontrar um obstáculo.
Figura 21. Armadilha de janela com frasco coletor na parte de baixo.
Vantagens: Fácil de ser montada em campo, assim como é fácil o seu transporte.
Desvantagens: É uma armadilha específica para pegar os insetos que não tem o voo
alto.
CATAÇÃO:
É um método ativo, exigindo a presença do coletor. Este é o método mais simples de
realizar a coleta de insetos, para coleta manual utilizamos facões para abrir troncos,
colocamos serapilheira numa bandeja para retirar os insetos, usamos pinças e pincéis
para retirar os insetos maiores pousados em troncos.
Podem ser utilizadas pinças para insetos nocivos e pincéis com uma pouco de álcool
para grupos menores, como por exemplo, Psocoptera e Embioptera em troncos.
Vantagens: Podem ser coletados insetos variados, de pequeno a grande tamanho, custo
benefício.
Desvantagens: Há perigo de encontrar animais peçonhentos, podendo levar o coletor a
mordidas, picadas, ferroadas e até substâncias que causem alergia; não se consegue uma
ampla quantidade de insetos, como através de uma armadilha.
Figura 22. Exemplo de catação (coleta manual com pinça).
CHEIRO
É um método passivo, não exige a presença do coletor. Para confeccionar a armadilha é
utilizado uma garrafa plástica tipo PET de 2 litros, acoplando três gargalos de garrafas
plásticas de 600 ml. Uma camada de areia e cola é colocada no interior de cada gargalo,
com a finalidade de facilitar o acesso das abelhas. Internamente, a armadilha contêm um
pedaço de algodão impregnado com uma das essências aromáticas. O algodão é
amarrado na porta de um barbante e a outra ponta do barbante é amarrado na tampa da
garrafa.
Funcionamento: Atrair abelhas por meio de essências.
Vantagens: Custo benefício.
Desvantagens: Método específico.
Figura 23. Armadilha de cheiro garrafa plástica tipo PET de 2 litros.
PRATO AMARELO (PAN TRAP):
É uma armadilha simples que consiste em coletar insetos atraídos por cores. A cor
amarela é atrativa principalmente para dípteros como Sciaridae e Muscidae. Como fica
no solo, também pode ser coletado insetos de solo como Collembola e representantes de
Formicidae, mas também outras ordens como Psocoptera e Hemiptera. O prato pode ser
com o fundo maior para evitar o vazamento do líquido que o preenche (geralmente água
e glicerina para quebrar a tensão superficial). A vantagem desta armadilha é que pode
ser bem seletiva, mas em contrapartida deve ser feita a manutenção diariamente, pois a
água rapidamente apresenta grãos de areia e folhas, podendo ainda correr o risco de
transbordar em casos de chuvas mais fortes.
Figura 24. Prato amarelo (Pan trap).
ARMADILHA DE QUEDA (PITFALL TRAPS):
Pitfall ou armadilhas de queda são armadilhas simples de interceptação de trajeto,
compostas por um recipiente enterrado até o nível do solo que pode ter ou não liquido
fixador (dependendo do intuito da captura). Ele tem tamanhos variados que
acompanham as proporções do que se deseja capturar. Geralmente recobertas por uma
proteção para evitar o acumulo de matéria orgânica desnecessária. Pode ter guias para
otimizar e maximizar a captura por condução dos organismos interceptados
(GREENSLADE 1964).
É uma armadilha de interceptação de trajeto terrestre que funciona como um alçapão.
Os animais são surpreendidos por um desnível que fica rente ao solo pra melhor
disfarce. Os tamanhos acompanham as proporções dos animais que se deseja capturar. É
uma metodologia utilizada para invertebrados e vertebrados (RIBEIRO et al. 2009).
Figura 25. A - Pitfall trap, confeccionada com copos de plástico. B – Esquema de Pitfall
trap com cobertura e funil para impedir a fuga de organismos mais ativos (fonte:
deshasil.wixsite.com/independentlabs).
Figura 26. Pitfall trap com tonel plástico (foto por: Samuel Brito).
VANTAGENS: É uma alternativa excelente para trabalhar com fauna de solo que não
dependa de coleta ativa. Facilmente adaptável para a captura de animais de diferentes
tamanhos, que serve para trabalhos com vertebrados e invertebrados. Eficiente e de
baixo custo (dependendo do material do recipiente, tamanho e quantidade), com a
facilidade de poder ser usados em diferentes tipos de estudos (biogeográficos por
exemplo, por se tratar de uma interceptação e não uma atração).
DESVANTAGENS: captura uma abrangente escala de organismos, o que pode
dificultar a triagem. Por ficar exposta ao ambiente, é necessário manutenção ou
recolhimento e reposição continua, uma vez que o liquido fixador evapora mais
rapidamente. Caso ocorram chuvas torrenciais a eficiência da armadilha pode ser
comprometida.
ADAPTAÇÕES: Pitfall modificado para captura de besouros rola-bosta, isca
pendurada no centro da armadilha com fezes para atração dos organismos. Cerco de
arame farpado para evitar predação dos besouros por pequenos mamíferos e aves e
diminuir os danos a armadilha causados por predadores (KOLLER et al. 2017).
Figura 27. Pitfall modificado para captura de besouros rola-bosta.
ARMADILHA DE EMERGÊNCIA (EMERGENCE TRAPS):
É uma armadilha leve e desmontável construída a partir de duas metades principais. A
metade inferior é composta de uma armação metálica que sustenta uma rede de tecido
semitransparente de filó ou náilon com ganchos plásticos, isso forma uma estrutura
piramidal com tamanho variado, geralmente contendo-se em 1 m2 de área na base por 1
m de altura. Essa estrutura inferior, semelhante a uma barraca é conectada a uma
metade superior feita com um frasco plástico, o ápice da barraca tem uma abertura que
desemboca no pote que fica seguro na armação de metal coletando os adultos que
emergirem naquela área contida pela armadilha (ALENCAR 2007).
A captura de espécimes nessa armadilha funciona isolando a área de emergência das
pupas ou juvenis (geralmente pupas) de um ambiente especifico (para que a armadilha
tenha maior eficiência, o pesquisar necessita de muito conhecimento a respeito do grupo
para aloca-la em um terreno favorável). A confinação da área de emergência guia os
adultos recém-emergidos a voar na direção de um frasco coletor com líquido fixador.
Figura 28. Armadilha de emergência armada em área aberta sobre serrapilheira. 2 –
Armadilha de emergência. 3 – Frasco coletor. 4 – Estrutura de metal para sustentação da
armadilha.
Vantagens: É uma armadilha de funcionamento simples. Possibilita trabalhos com
fauna de invertebrados que empupam no solo. Dependendo de sua adaptação, a
amplitude de captura aumenta bastante restringindo o material coletado e minimizando
a triagem. Possibilita a captura de adultos recém-emergidos para estudos morfológicos.
Desvantagens: utilização muito específica. Dependendo da versão e adaptação a
armadilha fica extremamente exposta e pode ser danificada (versão de solo em regiões
com passagens de grandes grupos de animais pode ser pisoteada, e outras adaptações
podem ser atacadas por formigas cortadeiras). Caso seja montada em um local
inapropriado, pode resultar em ausência de coleta, dependendo do conhecimento do
pesquisador para escolha do local apropriado.
Adaptações: Emergência em forma de envelope para captura de hymenopteros
parasitóides em folhas de Hevea brasiliensis (SANTOS 2008).
Figura 29. Folhas de Hevea brasiliensis envelopadas em campo (Crédito da foto:
Rodrigo Souza Santos). Figura 3. Armadilha tipo “envelope”, confeccionada com tecido
“voil”, plástico e velcro (Crédito da foto: Rodrigo Souza Santos).
Emergência do tipo “Caixa”, uma caixa de madeira com ventilação (figura a. coolers),
com tubos coletores ao redor (figura b), e fundo falso para colocação do material de
onde os adultos iram emergir (SANTOS 2009).
Figura 30. A – aspectos gerais da armadilha, ventilação por coolers na lateral. B –
Tubos coletores na parte superior da caixa. C – material (folhas) dentro da caixa.
Emergência do tipo “garrafa” funciona como uma Incubadora. Confeccionada em uma
garrafa PET dividida ao meio para colocar a matéria orgânica onde estão os imaturos
(geralmente não visíveis a olho nu) com tubos de ensaio acoplados na tampa para
coletar os adultos emergidos.
Figura 31. A – garrafa PET dividida. B – Conjunto completo da armadilha. C –
Adaptação da tampa para direcionar os adultos. D – Material para incubar. E – conjunto
tampa-tubo de ensaio para coleta.
ARMADILHA TOMAHAWK
São armadilhas dobráveis, feitas em grades de arame galvanizadas, contendo uma placa
ao centro, que segura uma alça de arame que segura a grade que controla a abertura da
armadilha. Próximo ao fim da placa, insere-se a isca, de forma que o animal só possa ter
acesso entrando na armadilha.
Figura 32. Armadilha Tomahawk armada em solo com uma isca de fruta em seu
interior. 2. Vista interior da armadilha. Fonte: Autor.
No interior contém uma placa, onde o bicho vai pisar, na tentativa de ingerir o alimento
contido dentro, e irá soltar a alça que sustenta a armadilha aberta, fechando-a assim, de
modo que o animal preso não conseguirá sair. Essa armadilha é utilizada na captura de
pequenos mamíferos, ou répteis, dentre outros, para observação dos insetos e outros
parasitas que habitem neles. Para coletar o grupo desejado, o pesquisador deve saber
qual isca usar, assim como o tamanho da armadilha.
Vantagens: Por ser uma armadilha dobrável, pode ser transportada facilmente em
grandes quantidades. Armadilha de baixo custo, o preço varia entre 40,00 a 300,00
reais, dependendo do tamanho que se procura. É uma armadilha fácil de montar e
posicionar. Pode coletar inúmeros grupos de pequeno porte, como roedores. Além disso,
a armadilha pode ser instalada em qualquer lugar, no chão, em galhos e troncos, a
depender do comportamento do animal que almejado.
Desvantagens: As vezes o animal consegue ter acesso ao alimento sem entrar na
armadilha ou consegue fugir forçando a saída, frustrando a coleta. Necessita constante
monitoramento, pois caso o animal seja pego, a retirada deve ser a mais imediata o
possível, pois os mesmos liberam hormônios sob estresse e podem afugentar outros
exemplares, além disso corre o risco de ser predado antes de o pesquisador coletá-lo. Só
suporta um indivíduo por vez.
Adaptações: A armadilha Tomahalk possui diversas adaptações em relação ao seu
tamanho. Quanto maior a armadilha, maior o animal, o mesmo vale para a armadilha
menor.
Figura 33. Informações sobre as diversas adaptações de tamanho da armadilha com
suas respectivas dimensões e valores. Fonte: Equipos Fauna.
ASPIRADOR ENTOMOLÓGICO
Esse método de coleta é utilizado para capturar pequenos e delicados insetos que vivem
na vegetação, pousados em substratos, como no tecido da barraca de Shannon, e
também para aqueles que pousam em um determinado local por terem sido atraídos por
uma isca. Dentre os insetos capturados, estão moscas brancas, pulgões, mosquitos e
outros. O aspirador entomológico é constituído por um frasco ou tubo de ensaio com
uma abertura superior, onde se encaixa uma tampa de borracha. A tampa possui dois
orifícios por onde saem duas mangueiras plásticas, em uma delas é feita a sucção pela
boca enquanto que a outra é usada para capturar o inseto. A extremidade da mangueira
em que é feita a sucção é revestida por uma malha fina para impedir a chegada do inseto
até a boca do coletor (Figura 17).
Figura 34. Modelo de capturador entomológico. Foto: Charles Oliveira.
Consiste em aspirar o espécime para um frasco com o auxílio de sucção bucal.
Vantagens: Sua confecção é simples, de baixo custo e pode ainda ser utilizado por um
tempo relativamente longo. Ademais, pode ser facilmente transportado no campo,
devido ao seu tamanho e peso.
Desvantagens: É um método de coleta bastante seletivo, não pode ser utilizado em
locais molhados, matéria orgânica em decomposição ou ambientes com poeira. O uso
intensivo do aparelho pode trazer alergia ou doença respiratória, devido a passagem,
(através da malha fina) de pequenas partículas do ambiente e/ou cerdas e escamas dos
insetos capturados
Adaptações: O aspirador manual elétrico (Figura 18) foi desenvolvido para a mesma
finalidade, no entanto, essa versão automática é mais eficiente em locais onde a
densidade de insetos é elevada. É um instrumento de fácil manuseio e alimentado por
uma bateria de seis volts.
Figura 35. Aspirador manual elétrico desmontado. Foto: CEVS.
RAPICHÉ OU REDE EM D
Esse método é utilizado em coletas aquáticas, onde há cursos d´agua raso e pode coletar
tanto insetos imaturos como adultos. O rapiché (Figura 19) consiste em uma estrutura
de ferro ou alumínio, onde é costurada uma tela resistente que permite a passagem da
agua e é acoplada a um cabo. Pode-se utilizar também um coador de náilon ou metal
acoplada a um cabo de madeira longo (Oliveira and Pes 2014, Almeida et al. 2012).
Seu uso é semelhante ao de uma rede entomológica só que neste caso, ocorre a
varredura no substrato de ambientes aquáticos.
Vantagens: Coleta insetos adultos e larvas, é de fácil manuseio e possui baixo custo de
manutenção.
Desvantagens: É um método de coleta bastante seletivo e exige um esforço de coleta
maior quando se pretende fazer estudos ecológicos na área escolhida.
Figura 36. Rapiché utilizado para coleta de insetos aquáticos. Foto: Jessica Almeida.
Adaptações: Cabette e Castro 2014 propuseram uma adaptação no rapiché para coleta
de insetos aquáticos em ambientes de cachoeira (Figura 20). O rapiché apresenta aro em
forma de D (21,5 x 19,5 cm, Figura 20D), com o lado reto com uma aba fixada na borda
em ângulo de 45º (19 cm, 20B), para permitir melhor ajuste do coador no paredão e
direcionar a água para o interior do puçá. E em toda a volta do aro há uma ranhura
mediana (0,8 cm de largura x 0,2cm de profundidade) em baixo relevo (Figura 20B),
para receber o punho com cordão da rede. O aro é ligado a um cabo de 27 cm, fixado
com rebites (Figura 20A). As redes recambiáveis são confeccionadas em tela de nylon
(malha de 0,5 mm, Figura 20C) com punho em tecido de algodão maleável, por onde
passa um cordão para ajuste com presilhas de plástico de pressão interna (Figura 20C).
As redes tem apenas uma pequena sobra de largura em relação à circunferência do aro e
são recambiáveis.
Figura 37. A - D. Coletor para insetos aquáticos em paredões de cachoeiras. Cabo (A),
aro com detalhe de aba e ranhura (B), rede com detalhe da tela e presilha (C) e coletor
completo (D).
REDE DE VARREDURA:
A varredura tem a função de coletar insetos muito pequenos, normalmente os que vivem
sobre a vegetação rasteira, é passado na vegetação ou próximo de forma rasteira e
normalmente com movimentos formando um “8” (oito) para manter preso os insetos
dento do puçá. Existe o método de varredura limpa consiste em passar o puçá ao ar
livre, sem ser na vegetação, e “limpa” por que não virão folhas ou gravetos.
É basicamente uma rede entomológica ou puçá com um tecido mais resistente como
saco de pano, e a armação de metal é mais reforçada, já que será passado tocando na
vegetação para não correr o risco de rasgar (Figura 3).
Vantagens: A grande vantagem é a possibilidade de coletar insetos muito pequenos,
normalmente os que não são visto a olho nú. Sendo que os insetos menos conhecidos
são justamente estes pequenos.
Desvantagens: Dependendo do local onde for feito a varredura pode vir muitas folhas e
gravetos da vegetação dificultando a coleta, no entanto se isto acontecer pode se
convertido através de uma técnica que consiste em deixar presos os insetos no puçá e
virá a boca do puçá para baixo, nisto os insetos irão subir e os folhiços irão descer, após
isto só abrir o puçá rapidamente e deixar as folhas cair.
Adaptações: Podem ser feitas praticamente com qualquer tecido maleável e resistente,
Fonte: www.consulpesq.com.br
mas sempre branco de preferência.
Figura 38. Rede de varredura.
ARMADILHA ADESIVA:
Esta armadilha consiste em um painel de vidro tranparente onde é passada uma
substância espessa que funcionará como “cola”, como óleo automotivo (Figura ?. 2),
por exemplo. Logo abaixo do painel fica fixado uma calha, que serve para aparar os
insetos que caem com excesso da substância que pode escorrer.
Alguns modelos
prontos de armadilhas adesivas são comercializados no mercado nacional e geralmente
no tamanho padrão 12 x 7 cm (Almeida et al; 2012).
O seu funcionamento pode ser tanto através da interseptação de vôo dos insetos, como
por atração por cor ou feromônios utilizados como isca. O inseto atraido ou que for
interceptado irá colar na superficie da armadilha.
1
2
Figura 39. 1- Instalação de armadilha Adesiva; 2- Aplicação de óleo automotivo no
painel da armadilha.
VANTAGENS: Armadilhas adesivas são fáceis de instalar. E, quando combinadas com
iscas, se tornam mais seletivas para determinados grupos de insetos.
DESVANTAGENS: Esse tipo de armadilha pode sofrer interferências da chuva ou
poeira do campo. Dependendo do modelo utilizado o seu tempo de permanência em
campo que de outras armadilhas, já que não possui substância para conservação o risco
de insetos capturados apodrecerem é maior.
ADAPTAÇÕES: Alguns tipos de armadilhas adesivas também combinam cores como
atrativo. A mais comum é a amarela, utilizada para monitorar insetos praga em
pomares. Pode ser acrescestando feromônios tornando a armadilha mais seletiva.
ARMADILHA DE SHANNON:
Figura 40. Armadilha de Shannon.
HISTÓRICO: Foi criada em 1939 por Shannon, a principio com o objetivo de capturar
insetos hematófagos (Almeida et al; 2012).
DESCRIÇÃO: Também conhecida como barraca de Shannon, feita com tecido branco
essa armadilha consiste em uma “tenda” principal e duas laterais (Figura ?). Deve ser
instalada a aproximadamente 20 a 30 cm do solo. Dentro da tenda é colocado uma isca
que, servirá como atrativo para o grupo de isetos a ser coletado.
FUNCIONAMENTO: Os insetos irão localizar o alimento, ao entrarem na tenda eles
voarão para cima e ficarão presos, em seguida a coleta é feita manualtente ou com o
auxilio de uma pinça.
VANTAGENS: É uma armadilha leve e fácil de trnasportar, também é de fácil
instalação. A isca para atração pode ser alterada de acordo com a necessidade de coleta.
DESVANTAGENS: É necessario cuidado ao entrar e sair da tenda, pois nesse
momento alguns isetos que já estão presos na armadilha podem escapar. Como toda
armadilha luminosa (caso seja usado luz como atração), seu uso está limitado a locais
que possuem uma fonte de energia, porém esse problema pode ser solucionado com uso
de baterias.
ADAPTAÇÕES: O adaptações no tipo de isca podem ser feitas dependendo do grupo
de insetos alvo. Geralmente os proprios coletores são utilizados isca humana na captura
de fêmeas de mosquitos por exemplo, ou animais como cavalos, bois ou outro animais
domésticos, para atrair borrachudos, mosquistos e outro isetos hematófagos (Almeida et
al; 2012). Uma fonte luminosa também é muito utilizada para atrair isetos noturnos.
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