Año IK - Náin. 411 10 de iDiio de 1937 que se publicará en tanto no podamos resolver las dificul' tades que hoy nos resultan insolubles. EN ESTE NÚMERO: 14 E E . 1976 16 páginas de la obra Letras españolad. 16 páginas de la obra A r t e y c o s t u m b r e s de los pieles rojas. Y en las páginas de la cubierta, El pájaro q u e n o incuba s u s h u e v o s ni cría a sus hilos. SO cts. EL P Á J A R O Q U E N O I N C U 5 A SUS H U E V O S N I CRlA A SUS HIJOS cuco es uno de los pájaros más coELnocidos, siquiera sea por la vieja costumbre de co ocarlos en los relojes de pared para dar las horas, pero sólo de nombre, pudiendo asegurarse que únicamente un reducido número de personas sabe algo de las costumbres de esta tímida y retraída avecilla, que procura vivir alejada, no sólo del hombre, sino de la mayoría de los seres que pueblan el mundo, con exclusión de ciertas especies de aves. Cada macho tiene sus dominios en una extensión más o menos grande de bosque y se considera dueño de él. Si otro cuclillo macho se aventura a penetrar en los límites de su jurisdicción, el dueño y señor lo acomete furiosamente y lo expulsa. No quiere competencias y, menos aún, tener que compartir con otro el producto de sus cacerías. En cambio toera la presencia de otras aves que no le hacen sombra. Y en la época del apareamiento, cuando una hembra va a visitarlo, ni que decir tiene que la recibe con todos los honores y acepta del mejor grado su compañía. Pero la unión dura poco. El afecto es momentáneo. Los cucos no dan ciertamente un ejemplo de fidelidad. Tras unos amores fugaces, que tienen todo el carácter de una aventura o una calaverada, la hembra se aleja de los dominios del macho, del que no vuelve a acordarse, y se dirige a los suyos, que también los tiene, y sólo se preocupa ya de su puesta. El macho, que también es voluble y olvidadizo, no parece inquietarse lo más mínimo por la huida de su amada y en seguida se entrega al trabajo de atraerse a otra llamándola con su característico «cu-cú», que empieza a oírse en primavera y alegra el bosque hasta fines de julio. La segunda hembra no tarda en llegar. En la especie de los cucos, el sexo débil es mucho más abundante que el fuerte, tanto que por cada macho hay diez hembras. La segunda amada se conduce con la misma frivolidad que la primera. Como si temiera que la aventura pudiera tener complicaciones sentimentales, como para evitar que el macho pueda apoderarse de su corazón, huye de él tras la breve entrevista, regresa a sus dominios y ya sólo se preocupa, como su antecesora, de la puesta. Este será el proceder de todas las hembras que acudan a los reductos del macho durante la época en que la naturaleza las invita al amor. Lo aue ocurre después del apareamiento es lo más interesante de la vida y costumbres del cuco. El macho no vuelve a saber nada más de la madre de sus futuros hijos, cosa que le tiene sin cuidado, y la hembra tampoco se muestra inclinada a grandes sacrificios por los que han de ser sus hijuelos. Pone los huevos en el suelo, sin preocuparse de hacer hoyo ni nido ninguno, y después los coloca en los nidos de otras aves para que se los incuben. Al poner el primer huevo elige un lugar próximo al nido donde piensa depositarlo. Una exploración previa le ha permitido conocer el emplazamiento de varios nidos y si están vacíos o se ha verificado ya en ellos la puesta. Esto es más importante de lo que parece, pues la hembra del cuclillo no deposita nunca un huevo en un nido donde no haya comenzado la incubación. Así tiene la seguridad de que ya se ha verificado la puesta y puede realizar un cambio sin que la dueña del nido lo advierta. Puesto el huevo por el cuco hembra, lo coge con su zarpa y vuela hasta el nido donde se propone depositarlo. Si en el nido no está la dueña, cambia^ su huevo por otro de la puesta, devora éste sin dejar de él el menor rastro, y aquí no ha pasado nada. Pero, generalmente, 897 LETRñS E S P ñ Ñ O L ñ S / Arcadia (1598). i P a i í o r í í d i Pastoriles. o) j N o v e l a s o D e b) " A c c i ó n c) H i s t o r i a d) Ascética e n Triunfo (1632). ( 1 6 1 2 y l (1618). 1626). La hermosura de Angélica ( 1 6 0 2 ) . La Jerusalem conquistada ( 1 6 0 9 ) . La Dragontea ( 1 5 9 8 ) . Corona trágica (,1627). Isidro ( 1 5 9 9 ) . La mañana de San Juan y la Tapada ( d e s c r i p t i v a s ) ( 1 6 2 4 ) . n a - rrativas N a r r a t i v a (1621-24). de la fe en los reinos det Japón Soliloquios P r o p i a m e n t e e) (1604). Novelas a Marcia Leonarda La Dorotea p r o s a " (1612). El peregrino en su patria aventuras Cortas w B f Z é » M i t o l ó g i c a s Circe ( 1 6 2 4 ) , Andrómeda Filomena ( 1 6 2 1 ) . Burlesca Gaiomaqtiia (1621) (1634). , Isagoge a los estudios de la Com[ pañia ( 1 6 2 9 ) . } Arte nuevo de hacer comedias Didácticas (1609). Laurel de Apolo A u t o b i o g r á f i c a : P r o f a n a . rilís", O t r a s / ) É g l o g a s : I poesías l í - Rimas Í otras " C l a u d i o " , sonetos humanas (1602), r i m a s canciones. Triunfos y a " A m a - " F i l i s " . R o m a n c e s , ricas Lírica. a a (1630), letrillas, y Rimas otras sacras canciones, rimas. (1614) y divinos (1625). ClaaUioactón de las obras no dram&ticas de Lope de'i.Veía, con las lechas de publicación. ( J u a n Hurtado y Ángel González Palencia, Hisloria de la Literatura empatióla, Madrid, 1932 ) "Nunca pensé que el novelar entrara e n m i pensamiento", confiesa el propio Lope de V e g a en el prólogo de las cuatro novelitas que compuso p a r a c o m p l a c e r a la s e ñ o r a M a r c i a L e o n a r d a , e s t o e s : a l a s e d u c t o r a M a r t a de N e v a r e s , y , e n e f e c t o , n o e s é s t e el c a p í t u l o de su v a s t í s i m a p r o d u c c i ó n que mejor representa el g e n i o lopesco. A d e m á s , si, por u n a parte, e n esas c u a t r o n o v e l a s c o r t a s d e g u s t o c e r v a n t i n o — L a s fortunas dichado por la honra. La más prudente venganza y Guzmán de Diana, El el Bravo—, des- que- d ó L o p e b a s t a n t e por debajo d e l m o d e l o , n o e s m e n o s cierto, p o r otra parte, U. E.-60Í 898 LORENZO CONDE q u e s e l i g ó d e m a s i a d o a la t r a d i c i ó n d e la n o v e l a i d e a l i s t a , y n o p r o d u j o p o r ello, de interés, m á s que u n par de obras del sobado ambiente pastoril y otra del n o m e n o s sobado de las a v e n t u r a s de t i p o bizantino. C o m o novelista, pues, n o alcanza Lope de V e g a a figurar entre los creadores del moderno género narrativo. L a Arcadia (1598), una de s u s primeras obras, tocada de los c o n v e n c i o - n a l i s m o s d e l g é n e r o pastoril, narra l o s a m o r e s d e l D u q u e de Alba, o c u l t o j t r a s e l n o m b r e d e Anfriso, Belardo. al cual s i g u e el p r o p i o autor bajo el n o m b r e de ; L o s versos que tiene intercalados, de m u y delicado sentimiento, \ son bastante m e j o r e s q u e la prosa, recargada de e r u d i c i ó n científica, m á s p r o p i a d e u n a o b r a d i d á c t i c a q u e d e u n a n o v e l a p a s t o r i l . L o s Pastores Belén de ( 1 6 1 2 ) o f r e c e n la n o v e d a d d e s e r u n a n o v e l a d e a m b i e n t e p a s t o r i l c o n a r g u m e n t o s a g r a d o , y a q u e p o r b o c a d e l o s p a s t o r e s c u e n t a L o p e la v i d a d e la V i r g e n d e s d e s u n a c i m i e n t o h a s t a la h u i d a a E g i p t o , m o t i v o p o r e l q u e l e d i ó e l s u b t í t u l o d e " p r o s a s y v e r s o s d i v i n o s " . El peregrino tria en su pa- ( 1 6 0 4 ) , c o m p u e s t a s e g ú n l o s c á n o n e s d e la n o v e l a b i z a n t i n a , r e c o g e l a s a v e n t u r a s d e d i v e r s a s p a r e j a s d e e n a m o r a d o s , p r i n c i p a l m e n t e l a s d e l caballero Panfilo de Lujan y su amada Nise, que pasan por m u l t i t u d de peripecias por mar y por tierra, hasta que acaban t o d o s e l l o s casándose felizmente en T o l e d o . A v u e l t a de p á g i n a s p e s a d a s y aburridas, tiene esta novela a l g u nos e p i s o d i o s interesantes, llenos de poético colorido, y ofrece el interés de tener intercalados los cuatro primeros autos que compuso Lope. N o obstante, todas estas novelas pecan, en conjunto, de borrosas y deslavazadas, n o s ó l o p o r l o t r i l l a d o d e l t e m a , s i n o p r i n c i p a l m e n t e p o r la e n d e b l e z d e l a prosa, que decae v i s i b l e m e n t e en gracia y energía cuando se la compara c o n la f l u i d e z d e l v e r s o d e c u a l q u i e r a d e s u s p o e m a s n a r r a t i v o s , c o n t o d o y n o ser e l l o s de l o mejor d e su maestría de poeta. S ó l o u n a o b r a p u e d e e x c e p t u a r s e d e e s t a e v i d e n t e i n f e r i o r i d a d d e la p r o s a d e L o p e : La Dorotea ( 1 6 3 2 ) , y , a u n a s í , n o t a n t o p o r la m a y o r d u c t i - l i d a d d e l e s t i l o c o m o p o r la f u e r z a d r a m á t i c a d e la a c c i ó n y d e l o s p e r s o najes, que, c o m o e n l o m e j o r del teatro l o p e s c o , p r o c e d e n d e la v i v a realidad. Clasificada por su autor c o n el t í t u l o de "acción e n prosa", v i e n e a ser L a Dorotea una c r e a c i ó n híbrida d e drama y de novela, c o m o la Celestina, que junta a la v e z l o s ú l t i m o s d e s t e l l o s d e l R e n a c i m i e n t o c o n l o s p r i m e r o s del barroquismo del teatro nacional. Para L o p e f u é ésta una de las obras más queridas, sin duda por el valor de evocación autobiográfica que entraña. Escrita en su primera juventud y publicada, c o n atinados retoques, pocos a ñ o s a n t e s d e m o r i r , c o n s t i t u y e La Dorotea u n r e f l e j o d e la v i d a d e s o r d e - nada que llevó L o p e en s u s mocedades, entre amores y desdenes, arrebatos y depresiones, ilusiones y bellaquerías, e m b u s t e s y verdades..., todo entret e j i d o c o n cierta arbitrariedad que n o deja v e r claro dónde acaba la historia ni d ó n d e c o m i e n z a la fantasía. D e s d e l u e g o , lo que n o ofrece duda e s que LETRñS 899 ESPñÑOLñS este drama irrepresentable recoge e n líneas generales l o s incidentes de l o s a m o r e s q u e t u v o L o p e c o n la b e l l a E l e n a O s o r i o , d e m o d o q u e la m a y o r p a r t e d e l o s p e r s o n a j e s d e la o b r a c o r r e s p o n d e n a l o s d e l a r e a l i d a d . A s i , Dorotea e s la p r o p i a Fernando Bela es Lope don don es Perrenot de Granvela, etc. E l t i p o d e Gerarda, jor Elena, de V e g a , perfilados uno de los me- d e la obra, es de tradición celestinesca, con sus puntas y ribetes de alcahueta, entre beata y hechicera, a m i g a de hablar con sentencias y refranes mientras busca calculadamente el lucro que pueda sacar de los dos jóvenes amantes—Dorotea y don Bela—para v e n i r a a c a b a r al f i n d e s u e r t e inesperadamente los vestigios presenta La trágica. q u e de la Dorotea Otro de Celestina e s la forma externa, reducida a una convencional d i v i s i ó n de a c t o s y e s c e n a s para q u e l o s p e r s o n a j e s h a b l e n e n e s tilo directo, sin descripción ni narración alguna que ligue entre sí las diversas p o r c i o n e s del diálogo. %/íitdax dum Veg*irrumpit Scaraíeus tn hartos, í'ra¿r antis per^t 'VIUHS odorc "Rofét, Si a l g ú n d e f e c t o se le ha de achacar, e s la l e n t i t u d c o n q u e s e d e s arrolla la a c c i ó n y la pedantesca erudición que salpica el diálogo. H e a q u í la p r i m e r a e s c e n a d e l s e g u n d o a c t o d e La Dorotea, q u e Gerarda alcahuetea ante Qr&bado alegórico que ÜKura on lá primera edición de «La Dorotea* (Madrid, 1632) y sirve de emblema de la lucha que tuvo que mantener Lope de Vega con sus detractores. El rosal representa al poeta y el escarabajo a sus enemisos. Dice la leyenda latina en lo alio: «Mata con su aroman, y en los vfrsos del pie: «Cuando e] escarabajo irrumpió audaz en los huertos de Vega, pereció vencido por el períume de la fratíante rosai. en l a don Bela y su criado Laurencio prepa- r a n d o la p r i m e r a e n t r e v i s t a c o n D o r o t e a : B E I — N o digo yo lo prometido, pero todo el oro que el sol engendra en las dos Indias me parece poco, y aunque se añadieran los diamantes de la China, las perlas del mar del Sur y los rubíes de Zeylán; y a ti, discreta Gerarda, a cuyo entendimiento se deve esta vitoria, quiero servir por aora con estos escudos. GEB El cíelo te dé la vida que tus liberales manos merecen. N o sé qué se dizen de los indianos, o tú eres excepción de la generalidad con que se habla en ellos, o por algún miserable quedaron con mal nombre, como los calabreses nobles; porque se dize que aquella tierra fué la patria del hombre más infame. BEL.—Laurencio,.. LA.—Señor... 900 LORENZO CONDE B E L , — D a l e a G e r a r d a aquella tembladera de plata para que haga chocolate, y u n a d e las d o s c a x a s . I'A. (aparte).—iQué p r e s t o d e x a r á n en c u e r o s a m i a m o e s t a s b e l l a c a s ! ¿ M a s q u e b o l v e m o s a las I n d i a s e n c a l c a s y e n j u b ó n c o m o el h i j o p r ó d i g o ? T o m e , m a d r e . G E R . — L a t e m b l a d e r a t o m o , l a s caxas g u a r d a ; q u e el c h o c o l a t e q u e y o b e b o , p o r acá se h a z e en S a n m a r t í n y en C o c a . L A . — C o c a y M o n a son d o s l u g a r e s q u e c a e n j u n t o s c o m o M a n g a n a r e s y la M e m brilla. G E E — ¡ Q u é d e l g a d a es e s t a t e m b l a d e r a ! B E L — N o se r e p a r a e n el p e s o , s i n o e n l a c a p a c i d a d . G E R — N i n g u n a cosa de p l a t a p e r d i ó p o r el p e s o . B E L . — A s s í es v e r d a d ; p e r o p o n la v o l u n t a d d e n t r o , y s e r á p e s a d a . G E R — D á r s e l a quiero a Dorotea. B E L . — N o , p o r D i o s , G e r a r d a ; q u e es d e s t r u i r m e . ¡ O l a , L a u r e n c i o ! . . . LA—Señor... B E L — D a m e a q u e l b ú c a r o d o r a d o , q u e t i e n e el C u p i d o t i r a n d o al dios m a r i n o . L A . (aparte).—¿No lo d i g o y o ? M e q u e m e n si n o a n d a n los c o n j u r o s . G E R . (aparte).—Este picaro m u r m u r a ; menester he contentarle. L A — E s t e es e l b ú c a r o . B E L . — T o m a y d a l e a D o r o t e a ; q u e si p o n e en él los r u b í e s de la b o c a , le b o l v e r á d i a m a n t e , d i g n o de la a m b r o s í a de los d i o s e s ; y si q u i e r e s a l e g o r i z a r l e e s t a s f i g u r a s , di q u e el C u p i d o es ella y y o el d i o s m a r i n o , p u e s v i n e p o r la m a r a q u e m e t i r a s s e las flechas de sus o j o s . G E R . — i Q u é discreción, qué gracia, qué aplicación tan linda! ¡ O entendimiento, d u l c e p a r t e del a l m a ! M o r i r á s e p o r ti D o r o t e a , q u e e s t á d e s v a n e c i d a de d i s c r e t a , y n o a y r e g a l o s q u e la e n a m o r e n c o m o c o n c e t o s , ni t e s o r o s q u e la o b l i g u e n c o m o e s t a s aplicaciones. ¿Qué dizen estas letras? B E L . — O m n i a víncit amor, q u e es u n h e m i s t i c h i o de u n p o e t a l a t i n o . G E B . — ¡ J e s ú s , d o n B e l a ! C o n c e r t a d o s e s t á i s l o s d o s ; q u e es m u e r t a p o r h e m i s t i chios. L A , — D e v e n de s e r en o r o . (Aparte.) ¡O taimada vieja! ( J E B . — S i t ú t i e n e s a l g o dc p o e t a , g a n a r á s l e el a l m a ; p o r q u e c o m o las m u g e r e s son d e s v a n e c i d a s p o r q u e las alaben, e s t o h a z e n los v e r s o s con t a n t a b i z a r r í a , q u e las b u e l v e n l o c a s . B E L . — Y o le d i r é t a l e s h i p é r b o l e s y e n e r g í a s , q u e n o m e i g u a l e n q u a n t o s a g o r a escriven en España. G E R . — A c a b ó s e : si ella t e oye esso de h i p é r b o l e s y e n e r g í a s , c o m o suele un n i ñ o ir los b r a c o s a b i e r t o s a q u i e n le r e g a l a , se i r á a los t u y o s ; q u e en o y e n d o un v o c a b l o e s q u i s i t o , le e s c r i v e e n u n l i b r i l l o d e m e m o r i a , y q u e v e n g a o n o v e n g a , le e n c a x a en q u a n t o h a b l a . ¿ C ó m o d i x i s t e e s s a s d o s v o z e s ? BEL.—Hipérboles y energías. G K R . — P a r e c e n f r u t a s de las I n d i a s , c o m o p l á t a n o s y a g u a c a t e s . A o r a bien, v o y a d a r l e e s t e b ú c a r o , y a c o m p r a r l e d e s t o s e s c u d o s a l g u n a s t o c a s ; q u e c o m o la m o g a es v i r t u o s a y su m a d r e m i s e r a b l e , á n d a s e t o d o el a ñ o e n c a b e l l o , ¡ y q u é c a b e l l o ! Q u a n d o le peina y t i e n d e , p a r e c e u n a M a d a l e n a en el d e s i e r t o ; a p e n a s le p u e d o c o g e r con entrambas manos. B E L . — N o , G e r a r d a , esso n o ; g u a r d a t u s e s c u d o s , y l l é v a l e e s t o s d o b l o n e s p a r a q u e ella los c o m p r e . G E R . — ¡ O g e n e r o s o c a v a l l e r o ! ¡ O h i d a l g o p e c h o ! D a m e e s s a s m a n o s ; q u e t e las quiero comer a besos. LETRñS ESPñÑOLñS 901 L A . (aparte).—Como esso le avéis de c o m e r t ú y la donzella. ¡ A y t a n g r a n d e invención como la d e s t a h e c h i z e r a l G E E . — C o m p r a r é l e de caminos m e d i a s y gapatos. ¿Capatos dixe? Capatillos, y aún n o es b a s t a n t e d i m i n u t i v o . Si la viesses..., n o tiene t r e s p u n t o s de pie, con s e r la p a n t o r r i l l a b i z a r r a c o s a ; y e s t o efectivo, efectivo, q u e n o c o m p r a d o . L A . (aparte).—Los diablos t i e n e en el c u e r p o e s t a h e c h i z e r a . ¿ M a s q u e le da más oro? B E L . — N o c o m p r e s las medias, G e r a r d a ; q u e yo se las e m b i a r é oy, con passaman o s y tabí p a r a un m a n t e o . Ü E K . — P u e s si v a s a la p u e r t a de Guadalajara... L A . (aparte).—Mala j a r a te passe. G E R . — N o se t e olvide la p o b r e v i e j a ; q u e t r a i g o e s t e mongil m á s h e c h o andrajos q u e el sayo del hijo pródigo. L A . Caparte.).—Esse s e r á m i a m o . B E L . — Y o te sacaré mongil y manto. G E R . — ¿ M a s q u e se t e olvida algún m a n t e o de frisa o de palmilla? Allí los hallarás c o l g a d o s ; no es m e n e s t e r a g u a r d a r la lista de los s a s t r e s : " d a c a para el a n g e o " , " n o ay h a r t a s e d a " , y o t r a s i m p e r t i n e n c i a s y sacaliñas. B E L . — ¿ D e q u é color eres, amiga? G E R . — D e todas, p r í n c i p e ; q u e quando e r a moga, m e inclinaba a v e r d e ; p o r q u e quien se viste de verde, a su rostro se atreve: p e r o ya, ¡mal p e c a d o ! , no ay color p a r a mí como el abrigo, y m á s q u a n d o v e o q u e se a d e r e z a n los tejados, que es la m a y o r señal del invierno. Y e s p a n t ó m e de los p o e t a s , q u e quando le pintan, diziendo que ya b r a m a n los ayres, las fuentes se quexan, las aves hazen defensa a los futuros yelos, n o ayan d i c h o : " Y a se a d e r e z a n los t e j a d o s y se limpian los b r a s e r o s " . L A (aparte).—\0 vieja f u t u r a ! ¡ Q u é de p a r o l a m e t e ! B E L . — T e n d r á s m a n t e o , Gerarda, q u e será el t e j a d o de t u i n v i e r n o . G E R . — D i o s t e c u b r a de su gracia, y t e a b r i g u e de su gloria. L A (aparte).—Deve de a c a b a r el s e r m ó n . G E R — E n los ojos t e veo que m e le h a s de d a r guarnecido... L A (aparte).—¡Y pedíale de frisa! G E R . — Q u e , a u n q u e vieja, n o m e pesa de q u e m e digan q u e llevo b u e n o s baxos, que dan a u t o r i d a d a la p e r s o n a y b u e n a opinión a la limpieza. U n p o e t a d i x o q u e los pages y lacayos e r a n los b a x o s de los s e ñ o r e s , que, si v a n mal p u e s t o s , le d e s a u t o r i z a n . No ay galán con m a l pie y p i e r n a ; no ay casa firme sin buen c i m i e n t o ; el lodo r e s p e t a las cosas nuevas, y no se pega t a n t o . F i n a l m e n t e , de t r e s j o r n a d a s q u e tiene la m u g e r , conviene a s a b e r : la cara, la cintura y la planta, los b a x o s son el a c t o t e r c e r o . L a m a y o r g r a c i a en ellas y en los h o m b r e s es el a n d a r b i e n : quien n o e s t á bien caVsado, ha de a n d a r mal p o r fuerja, y apenas se h a m i r a d o la c a r a del q u e passa, q u a n d o los ojos baxan a r e g i s t r a r los p í e s ; y si n o van tales, no a y pavón t a n lindo que no deshaga la rueda. Q u é d a t e con D i o s , y a l a t a r d e p o d r á s v e r a D o r o t e a , que ya está levantada. (Américo Castro, La Dorotea, en la Biblioteca Renacimiento, Madrid, 1913.) E n e l c a m p o d e la p o e s í a n a r r a t i v a s e m u e s t r a m á s u f a n o y s e g u r o q u e e n la p r o s a e l i n g e n i o d e L o p e d e V e g a , p r e c i s a m e n t e p o r s e r a q u í e l v e r s o el m e d i o de e x p r e s i ó n , el cual él dominaba de manera magistral. E l primer p o e m a q u e a b r e la s e r i e e s l a Dragontea (1598), epopeya en diez cantos, que n a r r a l a ú l t i m a a v e n t u r a d e l c o r s a r i o i n g l é s F r a n c i s c o D r a k e , l l a m a d o "el LORENZO 902 • CONDE Dragón", cuando salió, junto c o n l o s H a w k i n s , a atacar los g a l e o n e s españoles que venían cargados de riquezas de las Indias (1595). A pesar de t e n e r p o r a s u n t o u n e p i s o d i o c o n t e m p o r á n e o , le s u p o dar L o p e t o d o s l o s alicientes poéticos de un tema clásico, incluso con personajes alegóricos, y en c o n j u n t o v i n o a sacar u n poema de gran valor poético, HERMOSVRA D E A N G É L I C A , en el que refleja, además, el sentir nacional español terra. Con Otras diuerfasRtmas. Al año siguiente de pu- b l i c a d a la Dragontea, De Lope de Vega Carpió. e s t a m p a e l Isidro A don luán de Arguijo, Vcinliquatro de Seuilla. frente a las provocaciones de Ingla- d i ó a la (1599), poe- ma hagiográfico e n diez cantos, sobre la v i d a del S a n t o labrador, p a t r ó n de Madrid. Aunque tiene algunos pasajes algo pesados en su larga ext e n s i ó n — unos diez m i l vers o s — , n o le faltan otros sumamente sobre todo cuando adquiere mayor fluidos, vigor el e l e m e n t o popular e n que se inspira el poeta. P o r esta m i s ma tendencia a lo popular, el poema no está escrito e n las tradicionales EN M A D R I D , octavas sino en graciosas que se aproximan reales, quintillas, con fre- c u e n c i a a la f o r m a d e l r o m a n cero. En la emprenta de Pedro Madrigal, E n contraste con el éxito Año. que, a pesar de s u s defectos, \ 6 0 1. obtuvo P o r t a d a de «La h e r m o s u r a de Anuélica», de Lope de Vega, según la edloión de Madrid de 1602. e l Isidro, aparece la poca aceptación alcanzada por l o s d o s p o e m a s q u e c o m p u s o a la m a n e r a d e l o s i t a l i a n o s : La de Angélica ellos, compuesto tamente otra ( 1 6 0 2 ) y La Jerusalén el ocasión raptada por imaginación, durante Orlando Barahona Cerdano y sacó la furioso de y un conquistada expedición de Sotp. Ariosto, Al rescatada poema de de la como narrar hermosura (1609). E n el primero de Invencible, ya lo las aventuras por Medoro, desmesurada se imita había le de fué extensión, direc- imitado en Angélica, a Lope muy la apro- LETRAS ESPAÑOLAS 903 x i m a d o a l a n o v e l a b i z a n t i n a , p o r e l e s t i l o d e l Persiles La Jerusalén libertada, cervantino. e n v e i n t e c a n t o s , i m i t ó l a Gerusalemme liberata En de Torcuato Tasso, pero quedó igualmente por debajo del modelo, sin conseguir mejor fortuna con el recurso de españolizar el tema, de suyo extranj e r o . T r a t a , e n e f e c t o , d e la t e r c e r a cruzada, e m p r e n d i d a bajo la d i r e c c i ó n de R i c a r d o Corazón de L e ó n para recuperar a J e r u s a l é n , q u e había v u e l t o a caer e n poder de los turcos. E l s e n t i m i e n t o patriótico de L o p e de V e g a , saltando gallardamente por encima de la historia, hace figurar e n la cruzada a A l f o n s o V I I I de Castilla, rodeado de numerosos caballeros castellanos, y convierte a Palestina en un palenque del ponderado heroísmo español. Así, entre retos y heroicidades, cautiverios y rescates, intrigas de amor y d e c e l o s , l a Jerusalén de L o p e t i e n e m á s d e libro d e caballerías que d e narra- c i ó n épica, y, p o r m á s q u e recurra e n o c a s i o n e s a la m á q u i n a de lo maravilloso, n o deja de ser e n el f o n d o u n a crónica poética de las glorias nacionales. E l m i s m o canto final sobre l o s amores del r e y A l f o n s o c o n la judía de T o l e d o , añadido cuando y a estaba totalmente agotada la gesta histórica d e la c r u z a d a , n o e s m á s q u e u n a r e g r e s i ó n d e l t e m a a l a i d e a i n i c i a l p a triótica. La m i s m a idea patriótica, aunque vista desde punto diferente, a r e a p a r e c e r e n e l p o e m a d e l a Corona trágica vuelve (1627), engarzada igual- mente con un tema de historia extranjera. Las luchas, en efecto, entre los c a t ó l i c o s y l o s p r o t e s t a n t e s de I n g l a t e r r a , c o n el a c i a g o d e s t i n o de la reina de Escocia María Estuardo, hallaron eco en este poema del gran Lope, quien tomó de ello ocasión para enardecer el sentimiento antirreformista que c o n s t i t u í a u n o d e l o s p u n t a l e s d e la v i d a n a c i o n a l e s p a ñ o l a . N o o b s t a n t e , l e f a l t ó a L o p e v e r d a d e r o a l i e n t o é p i c o p a r a c o n v e r t i r l a Corona la s u p r e m a e p o p e y a d e l c a t o l i c i s m o trágica en español. E l t e m a m i t o l ó g i c o , s i e m p r e s e d u c t o r p a r a l o s p o e t a s q u e v i v í a n d e la savia del Renacimiento, na ( 1 6 2 1 ) , La Andrómeda aparece en tres ( 1 6 2 1 ) y L a Circe poemas lopescos: La Filome- (1624), aunque n i n g u n o de ellos c o n s i g u e e l e v a r u n á p i c e e l v a l o r é p i c o d e l F é n i x d e l o s I n g e n i o s . La mena Filo- está d i v i d i d a e n d o s p a r t e s : e n la primera, c o m p u e s t a e n o c t a v a s rea- les, narra la t r á g i c a fábula d e P r o g n e y F i l o m e n a , y e n la s e g u n d a , com- puesta en silva, aprovecha para e l p o e t a la o c a s i ó n d e l a s m e t a m o r f o s i s c o n v e r t i r s e a sí m i s m o e n r u i s e ñ o r y al f a m o s o T o r r e s R á m i l a e n t o r d o , y f i n g i r d e e s t e m o d o l a f á b u l a d e l Tordo y Filomena, en que Lope l o s a t a q u e s d e s u s e n e m i g o s . J u n t o c o n e s t e p o e h i a p u b l i c ó La rechaza Andrómeda, c a n t o c o r t o s o b r e la f á b u l a d e P e r s e o , T i n e o y A n d r ó m e d a , y t r e s años d e s p u é s dio a l a e s t a m p a , b a j o l o s a u s p i c i o s d e l c o n d e - d u q u e d e O l i v a r e s , La Circe, poema en unos tres mil versos, que repite, ampliándolo con m u y p o c a f o r t u n a , e l r e l a t o q u e h a c e l a Odisea Circe. d e l v i a j e d e U l i s e s a la i s l a d e 904 LORENZO CONDE Bastante m á s interesante que todos estos cantos épicos—que, si bien s o n frutos g e n u i n o s de la exuberante fantasía poética del F é n i x de l o s I n g e n i o s , n o t o d o s i n t e r e s a n p o r i g u a l — e s e l c é l e b r e p o e m a b u r l e s c o d e La maquia Gato- (1634), que publicó, c o m o otros libros de versos, con el seudónimo de T o m é de B u r g u i l l o s . D i v i d i d a e n s i e t e silvas, trata d e l o s a m o r e s que p o r la g a t a Z a p a q u i l d a s i e n t e n l o s g a t o s M i c i f u z y M a r r a m a q u i z , c o n l a s c o n s i g u i e n t e s r i v a l i d a d e s y p e l e a s e n t r e t o d a la c o h o r t e g a t u n a . E n e l f o n d o , este juguete épico es una parodia de los poemas épicos italianos, y por tanto n o faltan las arrogancias bélicas en l o s héroes felinos ni l o s e l e m e n t o s clás i c o s e n la a c c i ó n , c o m o la p e r s o n i f i c a c i ó n d e la F a m a y la i n t e r v e n c i ó n d e un m a g o y un astrólogo. A pesar del poco aprecio que de este poemita han hecho algunos críticos, puede ponerse entre lo mejor que compuso Lope e n el g é n e r o narrativo, c o n t a n t a d e l i c a d e z a d e s e n t i m i e n t o s c o m o si s e trat a s e d e l o s m á s s u b l i m e s a m o r e s d e A n g é l i c a y Roldan. E n el g é n e r o d i d á c t i c o dejó t a m b i é n L o p e a l g u n o s p o e m a s de relevante i n t e r é s p a r a e l c o n o c i m i e n t o d e l a é p o c a . A p a r t e l a Isagoge dios de la Compañía de Jesús a los reales la a p e r t u r a d e l c o l e g i o , s e c i t a n d e é l c o n s t a n t e m e n t e e l Arte comedias ( 1 6 0 9 ) y El laurel estu- (1629), c o m p u e s t a , e n silvas, para s o l e m n i z a r de Apolo ( 1 6 3 0 ) . E s t e Laurel, nuevo de hacer compuesto tam- bién e n silvas, n o e s m á s que u n a sarta de e l o g i o s e n honor de l o s poetas d e a q u e l tiemjDo, p o r e l e s t i l o d e l Viaje del Parnaso de Cervantes. E n t r e l o s poetas q u e cita—sobre u n o s trescientos—, se llevan naturalmente la mejor parte los a m i g o s y admiradores de L o p e — E s p i n e l , Arguijo, Jáuregui, Par a v i c i n o , e t c . — , al p a s o q u e o t r o s d e p o s i t i v o m é r i t o , c o m o G i l P o l o y S a n J u a n d e C r u z , n i s e «citan s i q u i e r a o q u e d a n , c o m o C e r v a n t e s , e n u n p l a n o de fría apreciación. En c u a n t o a l Arte Academia nuevo de hacer comedias, de Madrid, constituye una verdadera poemita preceptiva d e d i c a d o a la del arte dra- m á t i c o de L o p e de V e g a y, por tanto, de t o d o el teatro español. B r e v e de extensión—389 versos—e irregular de estructura, dividido e n estancias libres s i n m á s rima que el pareado final de cada estancia, resulta u n tanto o b s c u r o este tratado p o r la f o r m a c o n t r a d i c t o r i a c o n q u e v a e x p o n i e n d o Lope sus gustos y teorías dramáticas. Fluctúa, en efecto, entre el espíritu a c a d é m i c o de l a s n o r m a s a p r e n d i d a s e n l o s libros y la t e n d e n c i a a m a n t e n e r s u s propias i n n o v a c i o n e s , que, si bien n o alcanzaban la aprobación d e l o s d o c t o s , t e n í a n , e n c a m b i o , la v i r t u d de arrancar c l a m o r o s o s a p l a u s o s al p ú blico. E s evidente, pues, que por educación comprendía y apreciaba Lope el valor de l o s p r e c e p t o s c l á s i c o s ; m a s , por el i n t e r é s que tenía e n conservar el f a v o r d e l p ú b l i c o , c o n d e s c e n d í a f á c i l m e n t e a darle gusto, y no sentía por tanto n i n g ú n e s c r ú p u l o e n llamar bárbaro o n e c i o al v u l g o , ni m u c h o m e n o s e n l l a m á r s e l o a sí m i s m o . V é a s e c o n cuánta gracia se expresa en este p o e m i t a sobre el arte de LETRAS 905 ESPAÑOLAS hacer comedias al reconocer la dualidad de criterio en que se e n c u e n t r a : Mas porque, en fin, hallé que las c o [medias estaban en España en aquel tiempo, no como sus primeros inventores pensaron que en el mundo se escribieran, mas como las trataron muchos bárbaros, que enseñaron el vulgo a sus rudezas; y así se introdujeron de tal modo, que quien con arte ahora las escribe, muere sin fama y galardón; que puede entre los que carecen de su lumbre, más que razón y fuerza, la costumbre. Verdad es que y o he escrito algunas [veces siguiendo el arte que conocen p o c o s ; (Obras no dramáticas de Frey Lope FiHx de Vega Carpió, mas luego que salir por otra parte veo l o s monstros de apariencias llenos, adonde acude el vulgo y las mujeres, que este triste ejercicio canonizan, a aquel hábito bárbaro me v u e l v o ; y, cuando he de escribir una comedia, encierro los preceptos con seis l l a v e s ; saco a T e r e n c i o y Plauto de mi estudio, para que no me den v o c e s ; que suele dar gritos la verdad en libros m u d o s ; y escribo por el arte que inventaron l o s que el vulgar aplauso pretendieron; porque, como las paga el vulgo, es justo hablarle en necio para darle gusto. en la Biblioteca de Autores Españoles, t. X X X V I I I . ) Capítulo m u y importante en el conjunto de su obra es el de la lírica, en la que ocupa el F é n i x de los I n g e n i o s uno de los puestos más relevantes del Parnaso español, por más que en este aspecto haya permanecido casi d e s c o n o c i d o durante m u c h o tiempo, a causa de lo g i g a n t e s c o de su obra dramática. Como en todo lo genuinamente propio del "Monstruo de naturaleza", en la lírica también se movió Lope en la compleja alternativa de dos t e n d e n c i a s : la de los metros y g u s t o s tradicionales, y la de las formas resueltamente italianistas. Su ideal en este punto hubiera sido seguramente encajar el pensamiento español en la vestidura italiana, como medio i n g e n i o s o de harmonizar las dos e s c u e l a s ; pero, ya que el intento era demasiado audaz para realizarlo con holgura, escribió indistintamente en metros españ o l e s y en metros italianos, y en ambas escuelas produjo obras en verdad notables. E n lo que no transigió nunca Lope fué en acatar la moda del culteranismo, de tal manera, que por ello hubo de mantener vivas polémicas con Góngora, en las que alternaron las más graciosas parodias gongorinas con los más v i o l e n t o s ataques personales. N o fué tampoco conceptista, pero t i e n e tanta facilidad para presentar con vistosidad y sutileza los pensamientos, que podría creérsele con frecuencia tocado del v i r t u o s i s m o conceptista. A la manera italiana compuso sonetos, é g l o g a s , epístolas, odas, canciones y elegías, sobre infinita variedad de temas, aunque predominando los amorosos, a través de los cuales nos ha dejado un encendido testimonio de sus inquietudes de poeta y de sus deliquios de amor con las mujeres que llenaron su vida. E n cada uno de estos grupos de poemas tiene obras verdaderamente notables. Así, entre las odas cabe recordar la que empieza "¡ Oh libertad preciosa", inspirada en la austera doctrina horaciana del Beatus Ule, 906 LORENZO CONDE j que L o p e gusta d e repetir e n casi t o d a s s u s obras; entre las e l e g í a s se recuerdan las dedicadas a s u s hijos Lope F é l i x y Carlos F é l i x ; entre las epístolas, las dirigidas a d o n Gaspar de Barrionuevo y a don Francisco de Herrera Maldonado; sin amor, Claudio entre las églogas s o n dignas de mención la Selva d i v i d i d a e n e s c e n a s a m o d o d e p i e z a d r a m á t i c a ; la d e d i c a d a Conde, A en que hace un resumen de su vida y se vanagloria de su fecundidad y originalidad dramáticas, diciendo a propósito de sus comedias, "pues m á s de ciento e n horas veinticuatro — pasaron de las musas al t e a t r o " ; la t i t u l a d a Amarilis M a r t a d e N e v a r e s , y l a Filis (1632), en que recuerda sus amores con ( 1 6 3 5 ) , la ú l t i m a o b r a q u e c o m p u s o , para lamentar, bajo forma a l e g ó r i c a , e l rapto de s u hija A n t o n i a Clara. Entre los sonetos, que se hallan diseminados por lo vasto de su prod u c c i ó n p o é t i c a — i n c l u s o la d r a m á t i c a , p u e s rara e s la c o m e d i a q u é n o t i e n e algún soneto—, se leen algunos ejemplares notabilísimos, que pregonan su f e c u n d a inspiración lírica, su genial v i s i ó n de la plástica p o é t i c a y su indiscutible maestría en dominar esta difícil combinación estrófica. Trató en s o n e t o t o d a la v a r i e d a d d e t e m a s q u e c a b e n e n la p o e s í a — a m o r o s o s , h i s t ó ricos, mitológicos, religiosos, satíricos, festivos, e t c . — ; pero l o s amorosos tienen más vibrante emoción, y a que, como efusión de los propios sentim i e n t o s d e l p o e t a , s u p e r a n c o n m u c h o e l c o n v e n c i o n a l p l a t o n i s m o d e la imitación petrarquista. T a l e s son, por ejemplo, los diversos dedicados a Lucinda y el siguiente, que d e f i n e lo que e s a m o r : Desmayarse, atreverse, estar furioso, áspero, tierno, liberal, esquivo, alentado, mortal, difunto, vivo, leal, traidor, cobarde y animoso; no hallar fuera del bien centro y reposo, mostrarse alegre, triste, humilde, altivo, enojado, valiente, fugitivo, satisfecho, ofendido, receloso; huir el rostro al claro desengaño, beber veneno por licor suave, olvidar el provecho, amar el daño; creer que un cielo en un infierno cabe, dar la vida y el alma a un desengaño, esto es amor; quien lo probó lo sabe. (Ohras no dramáticas de Frey Lope Fílix de Vega Carpió, cn l a BiHioteca de Autores Españoles, t. X X X V I I I . ) T a n t o o m á s i n t e r e s a n t e s que todas e s t a s c o m p o s i c i o n e s de e s c u e l a italiana son los romances, glosas, villancicos y letrillas que se encuentran i g u a l m e n t e d i s e m i n a d o s p o r t o d a s u obra. E s t a s c o m p o s i c i o n e s , p o r l o q u e tienen de esencia nacional, están construidas c o n elementos populares, sing u l a r m e n t e l a s i n t e r c a l a d a s e n l a s c o m e d i a s para a c o m p a ñ a r e l c a n t o y e l b a i l e , d e t a l m a n e r a , q u e e s d i f í c i l d i s c e r n i r e n m u c h a s c a n c i o n e s qué c o - 907 LETRAS ESPAÑOLAS R I M A S H V M A N AS Y D I VIMAS. D E L LICENCIADO T O M E D E BVRGVILLOS, NO SACADAS DE B L l BIOT E C A N l N GV H A, {que tn Cajieihnofellamn Librerta)Jino¿tpaptl*f deamigot y borradores ¡uyoí, AL E X C E L E N T I S S I M O S E Ñ O R D V CLV E SeíTa, Gran Almirante de Ñapóles. /»0i? V RUT. LOPE FELIZ DE VEGA dií Auito dt /an luán. DE CARPIÓ Conpriuihgh. En Madrid cn ia Imprenta de! Reyno, Año ' <íf 4, A tofia d« Alonfo Ptnz.^ Librero deJu Mc¿tjhid, Foitadd dal libro de < B i m a 9 bomanás y divinas», de Lope de V e g a , bajo el pseudónimo <Ie «Licenciado Tomt d* BntguDlM», con el escudo de armas del DuQue de Sena, segim la edición de Madrid de 1634., LORENZO 908 CONDE r r e s p o n d e a la i n v e n t i v a d e L o p e y q u é a l a m u s a p o p u l a r . E n t r e l o s r o m a n ces tiene ejemplares realmente notables en temas históricos, moriscos y amorosos, m u c h o s de los cuales interesan tanto por su donosa factura c o m o por las notas biográficas que encierran cantando a Filis, a Amarilis y a Belisa. M u c h o s se han h e c h o ya j u s t a m e n t e f a m o s o s , c o m o los que e m p i e z a n "Pobre barquilla mía" y "A m i s soledades voy", de p r o f u n d o s e n t i d o reflexiv o ; l o s d e " M i r a , Z a i d a , q u e t e a v i s o " y " S a l e la e s t r e l l a d e V e n u s " , a s u n t o m o r i s c o ; el de " H o r t e l a n o era B e l a r d o " , que r e c u e r d a s u s de amores c o n B e l i s a ( I s a b e l d e A l d e r e t e ) ; e l d e "¡ A y s o l e d a d e s t r i s t e s ! . . . " , d e d i c a d o a l a m u e r t e d e la i d o l a t r a d a A m a r i l i s ( M a r t a d e N e v a r e s ) ; e l d e "Triste sale el cabaleiro", c o m p u e s t o a imitación de los caballerescos, en g a l l e g o y castellano, etc. A l g u n o s de e s t o s r o m a n c e s se hallan intercalados en La rotea, Do- c o m o el s i g u i e n t e de " P o b r e barquilla mía", que e s el m o d e l o de l o s v a r i o s que c o m p u s o sobre la m i s m a i d e a : P o b r e b a r q u i l l a mía, entre peñascos rota, sin velas desvelada, y e n t r e l a s olas s o l a : ¿Adonde vas perdida? ¿ A d o n d e , di, t e e n g o l f a s ? Q u e n o ay d e s e o s c u e r d o s con e s p e r a n g a s locas. C o m o las a l t a s n a v e s , te apartas animosa de la v e z i n a t i e r r a , y al fiero m a r t e a r r o j a s . I g u a l en las f o r t u n a s , m a y o r en las c o n g o x a s , p e q u e ñ o en l a s defensas, i n c i t a s a las ondas, a d v i e r t e que te llevan a d a r e n t r e las r o c a s de la s o b e r v i a e m b i d i a , n a u f r a g i o de las h o n r a s . Q u a n d o p o r las r i b e r a s a n d a v a s c o s t a a costa, n u n c a del m a r t e m i s t e las ¡ras p r o c e l o s a s . Segura navegavas; q u e p o r la t i e r a p r o p i a n u n c a el p e l i g r o es m u c h o a d o n d e el a g u a es poca. V e r d a d es q u e en la p a t r i a n o es la v i r t u d dichosa, ni se e s t i m ó la p e r l a h a s t a d e x a r la concha. D i r á s que m u c h a s b a r c a s con el favor en popa, saliendo desdichadas, bolvieron venturosas. N o m i r e s los e x e m p l o s de las que v a n y t o r n a n ; que a m u c h a s ha p e r d i d o la d i c h a de l a s o t r a s . P a r a los a l t o s m a r e s n o llevas c a u t e l o s a , n i velas de m e n t i r a s , ni r e m o s de l i s o n j a s . ¿Quién te engañó, barquilla? b u e l v e , b u e l v e la proa, que p r e s u m i r de n a v e fortunas ocasiona. ¿ Q u é j a r c i a s te e n t r e t e x e n ? ¿ Q u é ricas vanderolas " agote son del v i e n t o y de las a g u a s s o m b r a ? ¿ E n qué gabia d e s c u b r e s , del á r b o l a l t a copa, la t i e r r a en p e r s p e c t i u a del m a r i n c u l t a s o r l a s ? ¿ E n qué z e l a j e s fundas que es bien echar la sonda, q u a n d o , p e r d i d o el r u m b o , e r r a s t e la d e r r o t a ? Si t e s e p u l t a a r e n a , ¿ q u é sirve fama h e r o i c a ? Que nunca desdichados sus p e n s a m i e n t o s l o g r a n . ¿ Q u é i m p o r t a que t e ciñan ramas verdes o rojas, LETRHS que en s e l v a s de c o r a l e s s a l a d o césped b r o t a ? L a u r e l e s de la o r i l l a solamente coronan n a v i o s de a l t o b o r d e que j a r c i a s de o r o a d o r n a n . N o q u i e r a s que y o sea por tu sobervia pompa F a e t o n t e de b a r q u e r o s , q u e los l a u r e l e s lloran. P a s s a r o n ya los t i e m p o s , quando lamiendo rosas el céfiro b u l l í a y suspirava aromas. Ya fieros uracanes t a n a r r o g a n t e s soplan, que, s a l p i c a n d o e s t r e l l a s , del sol la f r e n t e m o j a n . Ya los valientes rayos de la v u l c a n a forja, en v e z d e t o r r e s a l t a s , abrasan pobres chozas. Contenta con tus redes, a la p l a y a a r e n o s a mojado me sacavas; P e r o vivo, ¿ q u é i m p o r t a ? Q u a n d o de r o x o n á c a r se a f e i t a v a la a u r o r a , más pezes te llenavan que ella l l o r a v a aljófar. Al b e l l o sol q u e a d o r o , 909 ESPAÑOLAS e n x u t a y a la r o p a , nos dava una cavaña la c a m a de s u s h o j a s . E s p o s o m e llamava, y o la l l a m a v a esposa, p a r á n d o s e de e m b i d i a la c e l e s t i a l a n t o r c h a . Sin p l e i t o , sin d i s g u s t o , la m u e r t e n o s d i v o r c i a : ¡ A y d e la p o b r e b a r c a que en l á g r i m a s se a h o g a ! Q u e d a d s o b r e la a r e n a , inútiles escotas; ' | que n o h a m e n e s t e r v e l a s q u i e n a su b i e n n o t o r n a . Si c o n e t e r n a s p l a n t a s las fixas luzes d o r a s , ¡o dueño de mi barca! y e n dulze p a z r e p o s a s , m e r e z c a q u e le pidas al b i e n q u e e t e r n o gozas, que a d o n d e e s t á s m e lleve más pura y más hermosa. M i h o n e s t o a m o r te o b l i g u e ; que n o es d i g n a v i t o r i a para quexas humanas ser las deidades sordas. Mas ¡ay que no me escuchas! P e r o la v i d a es c o r t a : Viviendo, todo falta; " muriendo, todo sobra. (Américo Castro, La Dorotea, e u l a Biblioteca Renacimiento, | | \ Madrid, 1913.) T e m a tratado m u y insistentemente por Lope es el religioso, e n el que p u s o t o d a la d e v o c i ó n y ternura de s u alma. Sobre t o d o , c u a n d o e n l o s m o m e n t o s críticos d e su atormentada vida d e amante sentía el peso d e l barro h u m a n o de s u s lozanías, elevaba a r d i e n t e m e n t e el alma a D i o s , c o n tanto a p a s i o n a m i e n t o c o m o a m a b a a la m u j e r , y d e l n u e v o d e l i q u i o a m o r o s o s a l í a n esos sonetos y romances que sitúan a Lope entre los mejores poetas ascéticos y místicos. Estas composiciones religiosas se hallan principalmente reunidas, j u n t o c o n otras de tema profano, e n los v o l ú m e n e s titulados sacras divinos (1614), con multitud de sonetos, canciones y romances; (1625), poema en cinco cantos, en que hace una exposición del cato- l i c i s m o c o n " a l a r d e d e h i s t o r i a s s a c r a s y m o r a l e s " , y l a s Rimas divinas Rimas Triunfos humanas y (1634), publicadas c o n el pseudónimo de "licenciado T o m é de Bur- guillos". T o m a n d o e n conjunto toda la producción no dramática de Lope de 910 LORENZO CONDE V e g a , c o n la b r i l l a n t e v a r i e d a d d e m a t i c e s q u e d a n l a s n o v e l a s , l o s p o e m a s é p i c o s , l o s t r a t a d o s d i d á c t i c o s , l a s p o e s í a s a la i t a l i a n a y l a s r i m a s a divino, no llega t o d o ello ni con m u c h o a pesar lo que literariamente su extensísima producción dramática. Poeta lo pesa f e c u n d o e n la c a p t a c i ó n de t e m a s d r a m á t i c o s y a r t í f i c e h a b i l í s i m o e n e l s e c r e t o d e r e d u c i r l o s al m a r c o d e la e s c e n a , p r o d u j o L o p e d e V e g a t a n t a s c o m e d i a s , q u e s e c o m p r e n d e p e r f e c t a m e n t e e l a s o m b r o d e C e r v a n t e s al l l a m a r l e " m o n s t r u o d e n a t u r a l e z a " . En e f e c t o : si a b r u m a y c o n f u n d e el n ú m e r o de 470 a que alcanzan p r ó x i m a m e n t e l a s o b r a s d r a m á t i c a s q u e d e é l s e c o n o c e n , l l e g a la i m a g i n a c i ó n a l o f a b u l o s o c u a n d o s e p i e n s a q u e s o n n a d a m e n o s q u e 1.800 l a s q u e se calcula que l l e g ó a escribir. N o todas, empero, de las cuatrocientas y pico conocidas están en m i s m o p l a n o de interés, y a que u n a s s o n t o d a v í a d u d o s a s y o t r a s el afeadas por los s i n i e s t r o s que f á c i l m e n t e cobraban a través de las r e p r e s e n t a c i o n e s y de las e d i c i o n e s p o c o escrupulosas. Y a h e m o s h e c h o notar que los que solían preparar las e d i c i o n e s de las c o m e d i a s " f a m o s a s " eran l o s m i s m o s "autores de c o m e d i a s " , s i n i n t e r v e n c i ó n del v e r d a d e r o creador, y así se da el c a s o de que las obras del F é n i x de los I n g e n i o s c o m e n z a r o n a editarse por m a n o ajena. D e los v e i n t i c i n c o v o l ú m e n e s — o "partes", c o m o e n t o n c e s se llamab a n — q u e c o m p o n e n la c o l e c c i ó n g e n u i n a d e s u s c o m e d i a s , s ó l o e s t á n e d i t a d a s p o r e l p r o p i o L o p e l o s q u e v a n d e l n o v e n o al v i g é s i m o ( 1 6 1 7 - 1 6 2 5 ) ; l o s o c h o a n t e r i o r e s (1605-1617) son obra de los "autores" de las c o m p a ñ í a s , y los cinco posteriores (1634-1647), de su y e r n o L u i s de U s á t e g u i . Conócense, además, multitud de ediciones en pliegos sueltos, que son precisamente las más perjudicadas por inconvenientes retoques, adiciones y supresiones. "La m á x i m a i m p o r t a n c i a dramática de L o p e de V e g a — e s c r i b e m e n t e Á n g e l Valbuena—está en haber fijado todos los e l e m e n t o s atinadateatrales d e t i p o n a c i o n a l y p o p u l a r e n la f ó r m u l a l o g r a d a d e s u c o m e d i a , e n h a b e r c r e a d o la e s c e n a n a c i o n a l e s p a ñ o l a . medieval hispano S u e s p í r i t u abrazaba t o d o el (historia, leyenda), suficientemente v i v o en el pasado público q u e t e n í a g r a b a d a e n s u m e m o r i a la h u e l l a l u m i n o s a d e l r o m a n c e r o . Lope s a b e d a r a c c i ó n , m o v i m i e n t o , i n t e r é s d e a c t u a l i d a d a t o d a la t r a d i c i ó n h e roica. L o s r e y e s de Castilla con sus s u c e s o s narrados por las crónicas, y las d e l i c i o s a s l e y e n d a s , g u a r d a d a s c o m o e n el c o f r e d e u n orfebre, e n el m a r c o de una cancioncilla o un romance. P u e b l o , c o m o c o l e c t i v i d a d ; democracia n a c i o n a l ; n o b l e z a d o m e ñ a d a , a n t e el d i g n o a d e m á n d e l o s m o n a r c a s que j u s t i f i c a b a n la a r r o g a n t e d i g n i d a d d e l o s v i l l a n o s . L a f u e r z a d e t o d a la r a z a v i b r a n d o c o m o p r o t a g o n i s t a d e l d r a m a n a c i o n a l . E l a l m a d e la a l d e a , con el encanto de sus tradiciones, sus fiestas y sus s u p e r s t i c i o n e s y fanatismos, t r i u n f a n d o d e la c i u d a d y la c o r t e . L a r e l i g i o s i d a d a c t i v a , d e contrastes, sangrienta y retorcida, como un nuevo carácter nacional. Con todas sus conc e s i o n e s y e x c l u s i v i s m o s ; s u s i m p a t í a al á r a b e , y e l o d i o r e c o n c e n t r a d o a l LETRHS 911 ESPHÑOLHS j u d í o ; su i n t o l e r a n c i a a b s o l u t a " e n c o s a s d e fe", y " m á s e n la e x t i r p a c i ó n de l o s h e r e j e s " . Época m i l i t a n t e ; d e p a t r i o t i s m o , d e l u c h a , de amor, d e a v e n t u r a , de r e l i g i o s i d a d b é l i c a ; c o n el s o l o o a s i s d e r e p o s o , de la c a n c i ó n d e la s i e s t a d e l o s a l d e a n o s t u m b a d o s a l s o l e n l a s e r a s . E l t i p o d e " c o m e dia" f i j a d o p o r L o p e e s u n e x t e n s o c a m p o d e la v i d a h u m a n a c o n t o n o s nac i o n a l e s y p o p u l a r e s . S u s t r e s j o r n a d a s y la v a r i e d a d d e e s c e n a s c o r r e s p o n den a una acción com- pleja, llena de elementos heterogéneos, y pasiones caracteres diversas, y a u n v a r i a s i n t r i g a s a la vez. La unidad, cuando e x i s t e , d e r i v a d e la n a turaleza del argumento, y n o de una reflexión de arte. La leyenda o historia d e p o d e r o s o relieve sabe excluir todo lo accesorio; Lope llega a esta s i m p l i f i c a c i ó n c o n la i n c o n s c i e n c i a d e u n dramaturgo de alma colec- tiva. "Su certero teatral instinto le evita las dis- gresiones superfinas. D e esta manera llega a ser sobrio. L o más difícil es que se destaque un protagonista. Hay muchos personajes, y es m u y diFrey Lope Félix de Vega Carpió, según pintura de Luis Tristán. (Museo del Ermitage, LT,ningrado.J fícil que u n o solo se lleve nuestra atención. Lo- pe, cuando n o n o s d e j a e n la b r u m a de un conjunto de figuras dudo- sas, s a b e d a r a c a d a p e r s o n a j e s u s d e r e c h o s . N a d a f á c i l e s p e n s a r e n u n s o l o p e r s o n a j e , c o m o t i p o c a p i t a l d e la " c o m e d i a " . ¿ C u á l e s l a f i g u r a d e Peribáñez? d e r e c h o C a s i l d a o e l C o m e n d a d o r ? ¿ Q u i é n d e s t a c a e n El mejor rey o Fuente primordial ¿ E l a l d e a n o q u e da n o m b r e a la obra? ¿ N o t i e n e n el m i s m o Ovejuna? ¿ C u á l d e l o s d o s h e r m a n o s d e Las alcalde, flores de el Don Juan t i e n e m á s r e l i e v e ? S o n p o c o s l o s c a s o s d e e x c e p c i ó n , c o m o e l L e o n i d o d e La fianza satisfecha. E n general, su comedia n o es "de protagonista"; n o es u n a s o l a f i g u r a e l e j e d e l d r a m a , c o m o D o n J u a n T e n o r i o , S e g i s m u n d o o 912 LORENZO CONDE García del Castañar. N o h a y que olvidar e n Lope el e x t e n s o m u n d o novel e s c o q u e se d e s a r r o l l ó al l a d o d e l m u n d o h e r o i c o . L o q u e s i r v e n a L o p e l o s cuentos del Renacimiento italiano, de u n Bandello, por ejemplo, o las fantasías o c o m b i n a c i o n e s libres de t e m a s de n o v e l í s t i c a y de folklore al lado de las crónicas y los romances. También atraen las costumbres contemporáneas, los lances de capa y espada. Pero, en lo que puede haber de costumbrismo, e s m á s la s i t u a c i ó n q u e la a c t u a c i ó n . C o m o h a e x p r e s a d o c o n p r e c i s i ó n A m é r i c o Castro, "lo q u e e s estático e n L o p e , pertenece a la realidad; l o d i n á m i c o , al m u n d o de la ilusión". E n e f e c t o , t o d o lo q u e e s r i g u r o s a m e n t e exacto de alusiones a calles o a edificios, a fiestas de determinadas poblac i o n e s , a la i n d u m e n t a r i a y el m o d o de v i d a d o m é s t i c a , c o n t r a s t a c o n la aventura fantástica realizada por las personas que se m u e v e n en ese a m biente de verdad. Hasta en las comedias de santos y de tramoya se tiende, e n l o s m o m e n t o s p u r a m e n t e p l á s t i c o s , a dar la i m p r e s i ó n de r e a l i d a d ; aquí lo q u e e n la i c o n o g r a f í a , p o r e j e m p l o , p o d í a estar p r e s e n t e a l o s o j o s d e l p ú b l i c o . E s m u y c o r r i e n t e e x i g i r e n l a s a c o t a c i o n e s q u e s e s u p e d i t e "la a p a r i e n c i a " a la p l á s t i c a de la é p o c a ; d e t a l l e q u e c o n t i n ú a , q u i z á a ú n m á s c o n s t a n t e m e n t e , e n e l c i c l o d e C a l d e r ó n . C u a n d o e n l a c o m e d i a El africano divino va a a p a r e c e r e l s a n t o a q u e s e r e f i e r e l a o b r a , a c o t a e l a u t o r : " D e s - c ú b r e s e S a n A g u s t í n , v e s t i d o de o b i s p o , c o n s u c a y a d o y la i g l e s i a e n la m a n o , como le pintan". E i g u a l m e n t e e n El vaso de elección: "Abre una p u e r t a y p a r e c e la M a g d a l e n a sobre u n a piedra, y otra p o r cabecera, y u n C r i s t o e n l a s m a n o s , y e l c a b e l l o t e n d i d o s o b r e e l r o s t r o , como la Importaba a Lope impresionar a su público, hacerse fácilmente comprensi- pintan". ble a l o s oyentes. D e aquí que el anacronismo sea corriente, que t o d o se vea a la manera española contemporánea, c o n ojos españoles, c o m o en este detal l e d e la c o m e d i a San Nicolás de Tolentino: a l á n g e l d e m i g u a r d a — a r m a d o al traje "Me pareció que en visión—vía español—suelto — v e n t a j a a l o s d e A b s a l ó n ) — c o n una cruz el cabello (que hacía de diamantes—en lugar de mo- rrión". "Lope interpreta, de acuerdo c o n esta colaboración espiritual con el público, todos los sentimientos y temas populares. El elemento maravilloso s u e l e ser de a p a r i c i o n e s , de a g ü e r o s c o n f o r m e a la c r e e n c i a p o p u l a r e n l o s p r e s t i g i o s d e las grandes catástrofes; de s e n t i m i e n t o s del folklore de la raza, q u e e n c i r c u n s t a n c i a s s e m e j a n t e s h a n v u e l t o a sobrenadar e n la liter a t u r a . A s í , e n El vaso de elección San Pablo, Saulo v e pasar su propio e n t i e r r o , c o m o d e s p u é s e n e l r o m a n t i c i s m o El estudiante El rey don Pedro en Madrid de Salamanca; en a p a r e c e e n l o s t r e s a c t o s la s o m b r a de u n clé- rigo muerto por el monarca, con maravilloso ambiente de misterio e n el acto primero, en que huye montando u n caballo muerto del rey, y en el segundo, en que, desafiada, lucha con é l ; escenas de sombras y augurios ocurren en El duque de Viseo, El caballero de Olmedo y Las paces de los reyes (aquí el nido no está sólo y se entabla una lucha más o menos larga, en la que siempre triunfa la acometividad del cuco, que aleja momentáneamente a la buena madre y realiza el cambio rápidamente, de modo que cuando vuelve la dueña del nido, no advierte nada anormal y vuelve a incubar sus huevos. Pasan unos días, el cuco hembra pone su segundo huevo y lo deposita en un nuevo nido, nunca en el mismo en aue depositó el anterior, y así va distribuyendo su puesta, huevo a huevo, en diversos nidos que no pierde de vista porque su misión no ha terminado aún. Como la incubación del cuclillo dura sólo once días, éstos salen del huevo antes que las otras crías. Entonces, la astuta madre, asalta el nido donde ha nacido su hijuelo y arroja y destruye cuantos huevos quedan en él. De este modo, todo el alimento que la madre engañada lleve al nido será 3ara la cría que toma por suya sin serlo. El cuclillo es muy voraz y únicamente estando solo puede comer lo suficiente para desarrollarse. A los diecinueve días abandona el nido y se lanza por su cuenta y riesgo a la dura lucha por la existencia. Sólo en el caso de que muera el cuco hembra puede verse el joven cuclillo mezclado con sus compañeros de incubación, pero entonces es él mismo el que se libra de la enojosa competencia apoderándose de la comida que la solícita madre lleva para todos, con lo que las demás crías mueren de hambre. Y si esto no es suficiente, las arroja del nido. El cuco no confía su puesta a una especie cualquiera de aves, sino a aquellas cuyos huevos se parecen a los suyos. No teniendo esta precaución, podría ocurrir que la dueña del nido descubriera el ardid y destruyera el huevo no puesto por ella. Es más: cada cuco hembra acostumbra depositar sus huevos en los nidos de una sola especie y siempre en la misma zona de bosque, a la que regresa todos los años, como quien vuelve a su patria, después de la emigración invernal. Se conocen diversas hipótesis para explicar esta costumbre del cuclillo de no empollar sus huevos. La más verosímil es la que supone que estas aves se alimentaban en la antigüedad de las larvas que vivían en la piel de los grandes mamíferos, lo que las obligaba a seguir a éstos en sus correrías y continuas emigraciones. Como no tenían tiempo para establecerse en ninguna parte, el instinto les dictó esta solución al problema de ia incubación. Hoy aquéllos grandes mamíferos ya no existen, y el cuco, aunque se ha visto precisado a cambiar de alimento, sigue fiel a la cómoda costumbre de endosar a ofras aves más pacíenfes el trabajo de incubar sus huevos. También el macho regresa anualmente al mismo bosque, e incluso a la misma zona de bosque, después de la emigración, durante la cual abandona las regiones europeas y asiáticas donde habita para trasladarse al sur, llegando hasta el archipiélago de la Sonda y sudoeste de África. Aunque el bosque es su principal habitación, se le encuentra también en otros parajes, pero, habite donde habite, es extraordinariamente útil para la agricultura, debido a la gran cantidad de gusanos que devora. Tal es el número de larvas de insectos que consume para alimentarse, que, al disecarse un ejemplar, es frecuente encontrar su estómago forrado por una especie de fieltro constituido por los pelillos de las orugas. En el suelo, el cuclillo se mueve con torpeza. En cambio, se muestra extraordinariamente ágil para saltar de rama en rama y para trepar por ellas. La misma agilidad y seguridad demuestra en su raudo vuelo, semejante al del halcón. Unas setenta son las especies de aves a las que los cuclillos confían sus huevos, hallándose entre ellas las aguzanieves, los hortelanos, las currucas, etcétera. El hecho de que cada madre confíe sus huevos a una sola especie, se supone debido a que el cuclil o hembra acude, guiada por el instinto, a las mismas aves que la incubaron a ella. Se conocen veintidós especies de cucos. Todas ellas habitan en el hemisferio oriental y tienen las alas y la cola largas —aquéllas puntiagudas y ésta redondeada—. El pico es fino, un poco curvado y de longitud igual a la de la cabeza. Los colores de su plumaje son poco vivos. El cuclillo común tiene el dorso ceniciento, el vientre y las piernas blanquecinos con líneas pardas y algunas manchas blancas sobre la cola. Su glotonería es tal, que algunos creen ver en ella la explicación de que la madre no pueda criar a sus hijuelos, ya que le sería materialmente imposible dar a cada uno de ellos la comida que ne- i cesitan para desarrollarse una vez han salido del huevo. Eso explicaría también el hecho de que no coloque nunca más de un huevo en un mismo nido y que arroje de ellos a los compañeros de incubación para que todo el alimento que los padres adoptivos lleven al nido sea para el cuco recién llegado a la vida. Pero la hipótesis más aceptada es la que hemos apuntado anteriormente. En algunos países se caza el cuclillo para aprovechar su carne. En España se le deja tranquilo por considerársele útil a la agricultura. EDICIONES HYMSA DIPUTACIÓN, TELÉFONO 211 13022 BARCELONA B i b l i o t e c a d e l Cuadernos publicados de la Historia de P u e b l o sociales Núm. • » » 1 Espartaco. 2 . — G u i l l e r m o Tell. 3 Hemensas, comuneros y germanias. 4 . — C a í d a del f e u d a l i s m o y de l a n o b l e z a . Núm. » » » 5.—La 6.—La 7.—El 8.—El t o m a de la Convención. Terror. Directorio. FRANCESA Bastilla. N ú m . 9 . — A b o l i c i ó n de la e s c l a v i t u d negros. » 1 0 . — L a C o m m u n e de P a r í s . de los LA GRAN REVOLUCIÓN RUSA Núm. » » » » » 1 1 . — L a R u s i a del p a s a d o . 1 2 . — E l d e s p e r t a r de u n p u e b l o o p r i m i d o . 1 3 . — E n el u m b r a l de la n u e v a e r a . 1 4 . — H a c i a el g o b i e r n o del p u e b l o . 1 5 . — E l n a c i m i e n t o de la U . R . S. S. I G . — E s t a b i l i z a c i ó n del n u e v o r é g i m e n . N ú m . 1 7 . — L u c h a s sociales Europa. t 18.-—Luchas sociales América. de la postguerra. de la postguerra. S i g u e n a e s t o s c u a d e r n o s los q u e la historia de componen LA REVOLUCIÓN ESPAÑOLA P r e c i o d e c a d a c u a d e r n o : 40 c é n t i m o s . TAPAS E NT E L A PARA ENCUA- D E R N A R LAS SIGUIENTES OBRAS: Ptas. España histórica T r a t a d o p o p u l a r de m e d i c i n a Geografía g r á f i c a de E s p a ñ a Enciclopedia Columbus V i d a s de h o m b r e s Ilustres Ciencias físicas N o v e l a Ediciones obra ias revoluciones LA REVOLUCIÓN L a 3'— 3'— 4'— 3'50 3'— 3'— A v e n t u r a económicas de las mejores detectivescas P r e c i o del v o l u m e n : 90 novelas céntimos N ú m . 1 1 2 . — E l m i s t e r i o del t r e n , p o r H e r b e r t Adams. » 1 1 3 . — E l s e c r e t o de V l c k y V a n , p o r Carolina Wells. 1 1 4 — E l tuerto, p o r George W . Ogden. 115.—Tras la a l a m b r a d a , por L u k e Alian. 116.—Crimen en Kenslngton Gore, p o r M a r t í n Porlock. 1 1 7 . — E l t i g r e del T l b e t , p o r Gerald Burrard. 118.—El lecho vacío, p o r H e r b e r t A d a m s . 1 1 9 . — L a J o y a de l a s s i e t e e s t r e l l a s , p o r B r a m Stoker. 120.—El rodeo trágico, por G r a n t Taylor. 1 2 1 . — E l f a n t a s m a , p o r Pliilip M a c d o n a l d . 1 2 2 . — E l c o l l a r de s a n g r e , p o r Noel Vindry. 123.—El Jarrón amarillo, por J o h n P. Marquand. 124.—Asesinato en cuatro grados, por J. S. F l e t c h e r . 1 2 5 . — L a fiera e n a c e c h o , p o r V a l e n t í n Williams. 1 2 6 . — E l desfiladero b r u m o s o , p o r E r nest Haycox. 1 2 7 . — P i s o de s o l t e r o , p o r R . A . S. W a l ling. 128.—El cuchillo, por H e r b e r t A d a m s . 129—Bessle la R o j a (agotado). 130—Hlgglns contra Prlnce, por G. l ' r e e m a n Greeg. 1 3 1 . — L a p i s t a del g o r r i ó n , p o r D a r w i n L. Teilliet. 1 3 2 . — L o s p e r r o s de l a d i s c o r d i a , p o r Gh. Ballew. 1 3 3 . — L a s diez p e r l a s n e g r a s , p o r C. F r e e m a n Greeg. 1 3 4 . — L a m u j e r m á s h e r m o s a de P e k í n , por E. Foertsch. 135.—Niebla, p o r Valentín Williams. 1 3 6 . — L a e s t a t u a del Indio, p o r C a r o l y n Wells. 1 3 7 . — L a n o c h e del 12 a l 1 3 , p o r S. A. Steeman. 1 3 8 . — E n l a s g a r r a s del h a m p a , p o r P o r t land Paddy. Biblioteca "Sexton Blal(e" Episodios narrados por afamados U n volumen mensual. escritores. P r e c i o d e c a d a e j e m p l a r : 60 c é n t i m o s .