Sobre o “Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos” de

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UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE BELAS-ARTES
Sobre o “Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos” de Espanha
e o caso do Museo Nacional de Arte Romano de Mérida
(resultado de um estágio)
Irene Galindo Ortiz
Dissertação
Mestrado em Museologia e Museografia
ANO 2014
1 UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE BELAS-ARTES
Sobre o “Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos” de Espanha
e o caso do Museo Nacional de Arte Romano de Mérida
(resultado de um estágio)
Irene Galindo Ortiz
Dissertação orientada pelo Prof. Doutor Luís Jorge Gonçalves
Mestrado em Museologia e Museografia
ANO 2014
2 RESUMO
O Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos do Estado Espanhol tem um curto percurso
fazendo a comparação com outros similares, fundamentalmente com o Corpo de
Bibliotecários e Arquiveiros do qual se desliga, no entanto as suas modificações de acesso
mudaram muito ao longo dos seus quarenta e um anos de história.
O presente trabalho pretende mostrar as características das provas e exames que permitem
o seu acesso, assim como uma reflexão sobre as consequências destas atuações na
atualidade e o estado do corpo nos nossos dias por falta de orçamento.
Igualmente e como resultado de um período de estágio não remunerado de seis meses de
formação no Museo Nacional de Arte Romano de Mérida insere-se um estudo de caso desta
instituição.
Palavras-Chave:
Facultativo, Conservador, concurso, concurso de méritos, Museo Nacional de Arte
Romano de Mérida.
ABSTRACT
El Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos del Estado Español tiene una corta
trayectoria si se compara con otros similares, fundamentalmente con el de Bibliotecarios y
Archiveros del que se desliga, sin embargo las modificaciones de acceso al mismo han
cambiado mucho a lo largo de sus cuarenta y un años de historia.
El presente trabajo pretende mostrar las características de las pruebas y exámenes que
permiten su acceso, así como una reflexión sobre las consecuencias de dichas actuaciones
en la actualidad y el estado del cuerpo en nuestros días por la falta de presupuesto.
Igualmente y como resultado de un período de prácticas no remuneradas de seis meses de
formación en el Museo Nacional de Arte Romano de Mérida se inserta un estudio de caso
de dicha institución.
Key Words:
Facultativo, Conservador, oposición, concurso de méritos, Museo Nacional de Arte
Romano de Mérida.
3 AGRADECIMENTOS
A elaboração desta dissertação tem suposto para mim um grande trabalho de pesquisa de
informação nas fontes primárias ao ser um tema inédito em Espanha que só tinha sido
tratado tangencialmente. Por isto, tenho em primer lugar que agradecer a Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos que tem acolhido com uma excelente disposição a minha proposta
e facilitado a informação precisa.
De outro lado, este trabalho deve muito a orientação, seguimento e preocupação de todos
os integrantes do Museo Nacional de Arte Romano de Mérida que me acolheram e ensinaram
todo aquilo que podia ser aprendido sobre as atividades feitas numa instituição destas
características e que servirão para as futuras provas práticas do concurso de acesso ao
corpo. Neste sentido, quero destacar a encomiável labor de José María Murciano e Rafael
Sabio na dedicação na minha formação.
Por último, agradecer os meus pais que têm suportado meses de trabalho muito árduos,
sempre me apoiando a prosseguir os meus sonhos.
4 Vuelva usted mañana
(Mariano José de Larra)
5 Introducción
El presente trabajo fin de máster escrito en portugués, aunque he querido dejar
en estas primeras líneas la presencia de mi lengua materna, abarca el tema poco tratado
en España de los concursos de accesos al Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, si bien es verdad que este cuerpo ha sido motivo de estudio desde el punto de
vista histórico y dentro de un contexto de relevancia patrimonial del país. Se ha
resaltado por ello su surgimiento por la necesidad de creación de personal altamente
cualificado que velase por el valioso patrimonio de la nación dejando de lado las
oposiciones que seleccionan a estos profesionales.
De este modo el ámbito de estudio de estas páginas son todas y cada una de las
oposiciones públicas que han sido convocadas a dicho cuerpo. Se trata de un análisis de
sus características, una reflexión sobre sus novedades y crítica al sistema en relación
con las distintas realidades que representa.
El estudio ha sido por lo tanto muy complejo debido de un lado a la casi
inexistente información publicada y de otro al enorme volumen de datos a estudiar
extraídos del Boletín Oficial del Estado, que si bien consultado de forma online facilita
su búsqueda la desorganización del sistema y continua corrección de errores ha
supuesto muchos incovenientes.
Por lo tanto, el método aquí seguido ha partido del análisis de publicaciones en
relación a dicho cuerpo; una recogida de información sobre las convocatorias públicas;
un estudio pormenorizado de las mismas, seguido de una organización y elaboración de
gráficos y estadísticas que permitiesen resumir y extraer los datos más significativos.
Hay que destacar que durante todo el proceso todas las dudas, cuestiones interesantes y
datos a completar fueron pedidos a los propios coservadores constrastando así opiniones
y parecederes.
Además, todo el sistema burocrático y técnico estudiado ha podido ser cotejado
en su parte práctica, con una estancia de formación de seis meses de duración en el
Museo Nacional de Arte Romano de Mérida.
6 Índice
1.História de uma profissão: Conservadores.
Pág. 8
1.1. Monarquia.
1.2. República.
1.3. Ditadura Franquista.
Pág. 9
Pág. 19
Pág. 21
2. Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
Pág. 30
2.1. Primeira etapa: 1973-1984.
2.2. Segunda etapa: 1984-1998.
2.3. Terceira etapa: 1999-2009.
2.4. Quarta etapa: 2010 -2014.
Pág. 31
Pág. 40
Pág. 58
Pág. 69
3. Estágio no Museo Nacional de Arte Romano de Mérida.
Pág. 82
4. Conclusões.
Pág. 101
5. Bibliografia e netgrafia.
Pág. 104
6. Anexos.
Pág. 166
7 Capítulo 1
8 História de uma profissão: Conservadores.
Os Facultativos Conservadores de Museos formam um corpo de funcionários
dentro do sistema administrativo espanhol, o que segundo o Diccionario da Real
Academia de la Lengua Española (DRAE) supõe uma pessoa que desenvolve um cargo
público, normalmente sob um sistema hierárquico. É assim muito mais interessante e
significativa para este trabalho a apreciação da palavra facultativo ao ser descrita pela
mesma academia como especializado ou técnico, acrescentando em relação aos
funcionários que são aquelas pessoas que têm um cargo público para o qual é preciso ter
determinados estudos. Em consequência, os Conservadores de museus devem ser
pessoas qualificadas com um título universitário e que tenham acesso ao corpo através
de umas provas seletivas convocadas pelo Estado por meio dos diversos ministérios.
Contudo, a criação e a história deste corpo são relativamente novas, ao ser
concebido em 1973, estando ligado até então ao corpo de Archiveros y Bibliotecarios, o
qual permite perceber a pouca importância dada às instituições museais nos seus inícios.
Portanto, a primeira etapa do corpo de funcionário, que é objeto deste trabalho,
está enlaçada com as secções anteriormente ditas, mas nas páginas a seguir refletem-se
os acontecimentos mais significativos para entender o estado atual do mesmo. Neste
sentido, é preciso destacar a obra do facultativo Agustín Torreblanca López (2009), da
qual se extraem os dados apresentados.
1.1.Monarquia.
O corpo de arquivadores e bibliotecários surgiu da Ley de Instrucción Pública de
1857, sendo criado efetivamente um ano depois, como consequência do interesse dos
burgueses em gerar um novo sistema que garantisse as propriedades depois dos
processos de desamortização levados a cabo no país. O dito processo supunha a
institucionalização de bens da propriedade da Igreja e das ordens religiosas e pelo
mesmo o surgimento dos primeiros museus de Belas-Artes e Juntas Provinciais de
Monumentos, facto crucial para entender o devir do corpo relativo às instituições
museísticas.
Era necessário, portanto, um pessoal qualificado, de um lado espertos em
paleografia, diplomática e história do direito para corroborar e dar validez aos
documentos antigos, tarefas estas encomendadas ao corpo com função de conservar os
tesouros nacionais. Esta labor desligava-se assim da encarregada aos catedráticos das
9 universidades com um papel mais investigativo desde o plano literário, científico e
histórico. Doutro, os notários tomaram conta da redação dos novos documentos,
surgindo o registo da propriedade para os guardar.
O quadro de empregados dividia-se em três categorias, subdivididas por sua vez
em três escalões, da maior para a menor importância: arquivistas e bibliotecários,
oficiais e ajudantes, sob a supervisão todos eles de dois cargos superiores, os diretores
da Biblioteca Nacional e do Archivo General Central. Deixando, portanto,
completamente, tal e como já se apontou anteriormente, a secção de museus alheia à
organização e direção do corpo devido ao escasso número deles num primeiro
momento.
O modo de acesso a este corpo inicial dista muito do atual. Para se candidatar ao
sistema por teste era necessário possuir o título oficial de arquivador-bibliotecário
outorgado pela Escuela Superior Diplomática localizada em Madrid, facto este que
como é óbvio propiciava que os residentes na capital e os seus arredores fossem sempre
maioritariamente nos concursos. Além disso, era preciso acreditar, ter escrito ou
publicado obras e ter conhecimentos de línguas chamadas sábias (latim, grego, hebraico
ou arameu). A entrada realizava-se sempre na última das categorias, sendo necessário
para ascender um processo de concurso de méritos que valorava unicamente a
antiguidade.
Neste sentido e antes de prosseguir é fundamental para a completa assimilação
do trabalho e para evitar problemas de tradução entre o espanhol e o português, explicar
o significado dado nestas folhas aos termos castelhanos oposición, concurso e concurso
oposición. Assim, o primeiro deles remete, segundo o DRAE, para o: “Procedimiento
selectivo consistente en una o más pruebas en que los aspirantes a un puesto de trabajo
muestran su respectiva competencia, juzgada por un tribunal” e que será a partir de
agora traduzido para o português como concurso, baseado na definição dada pelo
dicionário da Porto Editora: “conjunto de provas organizadas para testar os
conhecimentos, habilidades ou avaliar o aspeto físico dos participantes e para apurar um
ou mais vencedores, que recebem prémios”.
Por outra parte, o conceito espanhol concurso refere-se à: “Competencia entre
quienes aspiran a encargarse de ejecutar una obra o prestar un servicio bajo
determinadas condiciones, a fin de elegir la propuesta que ofrezca mayores ventajas”,
indicando o termo concorrencia como sinónimo. Estabelece-se assim a grande
diferença com o sistema anteriormente exposto, ao não estar composto de provas, senão
10 que é baseado no curriculum e méritos dos concorrentes. No presente trabalho, este
sistema será referido como concurso de méritos para o diferenciar assim do anterior.
Por último, o método de acesso denominado concurso-oposición é uma união de
ambos, assim o processo seletivo tem em conta tanto os méritos de cada concorrente e
as qualificações obtidas nas diversas provas. Este sistema será aqui chamado concursoconcurso de méritos.
Voltando ao tema central, o Estado reservou-se a designar uma de cada três
vagas com a restrição de que só poderia escolher uma pessoa que não possuísse o
demandado, ou seja, que fosse doutor em Letras ou famoso pelo prestígio das suas
investigações, mas sem a titulação específica requerida. Este facto propiciou que desde
a sua origem o corpo estivesse dividido pela formação dos seus integrantes, de um lado
os titulados superiores e do outro os licenciados ou doutores em Letras, ao tempo que o
quadro conformado inicialmente por cento e cinquenta funcionários, pessoal muito
insuficiente se se tem em conta o grande Património que lhe foi encomendado, eram
organizados em duas secções: arquivos e bibliotecas, não existindo a secção de museus.
O Museo de Ciencias de la Universidad Central de Madrid encomendou um único
facultativo de terceira categoria. Este facto permite-nos perceber a pouca importância
dada a isto ao não ter ao seu cargo um facultativo dos cargos superiores e portanto com
mais experiência.
O salário destes funcionários variava em função da sua categoria, dos quarenta
mil reais que recebiam os chefes superiores dos museus a cargo da direção, aos dez mil
reais que ganhavam os de terceira categoria e aos seis mil reais dos recém-ingressados.
Além disso, há que salientar a figura dos chamados aspirantes, ou seja, bolseiros que
sem receber ordenado nenhum realizavam labores próprios do corpo durante um ano
para depois serem valorados positivamente no sistema de ingresso como um mérito.
No ano 1866 decide-se criar um palácio para albergar a biblioteca e museus
estatais cumprindo assim uma das medidas propostas na mesma lei que criou o corpo,
fomentar a educação e a cultura, através das bibliotecas e museus do Estado. Isto
também levou consigo a criação de museus de arqueologia que continham uma secção
etnográfica, já que até então só existiam de belas-artes e de história natural. Esta nova
preocupação pela cultura material histórico-artística doutras épocas levou a criar dentro
do próprio corpo em 1867 a secção de antiquários, o Museo Arqueológico Nacional e
outros tantos em várias capitais de província. Estas novas sedes dependentes também do
corpo não levaram consigo um aumento do pessoal destinado ao mesmo, já que se
11 dispôs que estes centros estariam a cargo dos indivíduos mais aptos para ditas vagas e
os empregados dos museus provinciais que seriam reconvertidos em funcionários.
Deste modo, o corpo no ano 1871, através de um novo regulamento orgânico,
passa a chamar-se Cuerpo Facultativo de Archiveros, bibliotecarios y anticuarios,
possuindo cada um deles uma estrutura e junta independente devido à diversidade da
natureza e de serviços próprios de cada um deles. Neste sentido, é muito interessante
salientar como o termo antiquário apareceu ligado à conceção de museu como armazém
de obras de arte e objetos curiosos, tal e como a uns conhecimentos técnicos que
permitiam a identificação e reconhecimento das peças (Barril, 1999:206). Esta tese de
ideia decimonónica que reflete para o conceito de antiguidade foi refletida na própria
norma ao definir o antiquário como o “conservador y perito en el arte difícil del peritaje
y la clasificación” (Ruiz de Lacanal, 1995:125).
Neste mesmo regulamento estabeleceram-se três vias de ingresso no mesmo. De
um lado os concursos e nomeações realizados pelo governo até essa altura; doutro, os
quadros completos daquelas instituições que passaram a depender do departamento de
Instrucción Pública, antecessor do Ministerio de Cultura. Destacando que no ano 1873
ainda só um museu dependia deles, o Museo Arqueológico Nacional apesar de que um
real decreto de 1867 dispôs que se deviam adaptar igualmente todos os museus
provinciais.
Neste sentido e no que remete para os museus é interessante destacar que se
especifica que se a titulação exigida é a conferida pela Escuela Superior Diplomática,
exclusivamente para o ramo de arquivo, é também possível para os licenciados em
Filosofia e Letras que pudessem provar conhecimentos em bibliografia e arqueologia.
Deste modo, começa-se a vislumbrar uma ideia que impregnou todo o século XIX e XX
a importância concedida aos museus de tipologia arqueológica frente aos outros como
etnológicos ou inclusivamente de belas-artes.
Em 1881 altera-se de novo o regulamento do corpo e embora se seguisse com as
três secções e três categorias divididas a sua vez em três escalões para o pessoal, se
modifica o concernente aos aspirantes que passaram a ser deste modo só quatro, dois na
Biblioteca Nacional, um no Archivo Histórico e outro no Museo Arqueológico Nacional
sendo escolhidos por um concurso de oposição e que lhes permitia em caso de ter
desenvolvido labores durante ao menos um ano, com uma remuneração total de mil
ptas., incorporar-se diretamente ao corpo. Para poder ascender na escala de
12 funcionários, manteve-se o critério da antiguidade tendo em conta os méritos e a
qualidade de trabalho demostrada.
As primeiras provas de acesso livre através do sistema de concurso foram
convocadas no ano 1881, vinte e quatro anos depois da criação do corpo. Esta mudança
do sistema deveu-se a pressão exercida pelos titulados da Escuela Superior de
Diplomática de modo a garantir que o corpo fosse efetivamente facultativo. O sistema,
para o qual era preciso ter um título da citada escola ou de Licenciado em Filosofia e
Letras sempre e quando tivesse passado as cadeiras correspondentes à secção vacante,
estava composto de quatro provas.
A primeira tarefa a realizar numa hora consistia em responder dez perguntas
extraídas aleatoriamente entre cem sobre todas as cadeiras do curso da Escuela Superior
de Diplomática, que como o resto dos inquéritos seriam dados a conhecer um tempo
antes da realização do mesmo, mas o regulamento não especificava este período de
tempo concreto. O segundo exercício tratava de desenvolver uma memória acerca de
um tema escolhido ao acaso entre uma listagem de cem. Para isto o opositor devia estar
encerrado durante vinte e quatro horas. O terceiro consistia na exposição oral de um
sistema de classificação científica e prática aplicada à secção a optar: biblioteca, arquivo
ou museu. O último exercício era a redação de fichas de catalogação de livros,
manuscritos, códices, moedas ou objetos arqueológicos à sorte.
Assim, as vagas eram disponibilizadas atendendo às qualificações obtidas e no
caso de empate tendo em conta as qualificações e prémios obtidos durante o curso, as
publicações e outros títulos académicos.
Como se pode ver a dificuldade do teste era muita, sobretudo no relativo à
segunda prova que devido à impossibilidade de encontrar um lugar onde recluir os
opositores durante vinte e quatro horas que oferecesse a possibilidade de ter acesso à
obras de consulta pelo qual foi eliminada do processo.
Contudo em 1884 uma real ordem aumentava o quadro do corpo até os duzentos
e quinze funcionários ao tempo que se juntavam de novo todos numa só secção,
terminando portanto com a especialização proposta nas provas de acesso e
desaparecendo os chefes de cada uma delas que passam então a chamar-se inspetores do
corpo. Também se modificou o modo de acesso às provas, abrangendo qualquer pessoa
com uma licenciatura da faculdade de Filosofia e Letras mas tendo que passar após a
primeira fase uma outra específica para as cadeiras de paleografia, bibliografia e
13 arqueologia. De não passarem ficariam na categoria de aspirantes e não de ajudantes
como o resto.
Em 1885 aprovou-se um novo regulamento que tem como grande novidade a
modificação do sistema de ingresso que se faria através da resposta a treze perguntas
escolhidas à sorte entre as do questionário, o qual obrigatoriamente devia ser publicado
com antecedência na Gazeta de Madrid (antecedente do atual Boletín Oficial del
Estado).
Em 1887 outro novo regulamento mudou o sistema de acesso ao corpo ao tempo
que elimina a categoria dos aspirantes. Assim o concurso abre-se por primeira vez a
qualquer titulado universitário, além da titulação da Escuela Superior de Diplomática,
consistindo as provas em três tarefas. A primeira, uma prova teórica, tratava-se de
responder a dez perguntas escolhidas à sorte de um questionário em relação à vaga,
optando assim por uma especialidade dentro do processo. A segunda prova, de carácter
prático, também se adaptava às diversas especialidades, assim os arquivistas deviam ler,
traduzir e analisar um diploma; os bibliotecários deviam preencher as fichas de
catalogação de um manuscrito, um incunábulo e um livro moderno; por último, os
museólogos deviam classificar três objetos arqueológicos. O ultimo dos exercícios,
também prático, consistia em traduzir dois textos, um escrito numa língua culta e outro
numa viva, tendo a oportunidade os concorrentes das escolher.
Na ordem de 1891 determina-se que todos os empregados públicos de corpos
facultativos deviam passar ao menos quatro anos em províncias antes de pedir o traslado
à capital com o fim de adquirir assim a experiencia necessária, mas que de facto tratava
de solucionar o problema da falta de interesse destes destinos já que, como se tem dito
com anterioridade, os concorrentes eram da capital ou das suas proximidades. Este facto
supôs que muitos dos funcionários se sentissem atrapados em destinos que não queriam
devido à falta de vagas na capital e quando este sim que era consentido supunha um
abandono dos centros situados na periferia, surgindo assim as vagas mistas nas quais
uma mesma pessoa podia encarregar-se de mais de um centro embora fossem de
secções diferentes.
Um grande momento para o devir posterior do corpo deu-se entre os anos 1893 e
1894 em que se unem definitivamente ao seu controlo todos os arquivos, bibliotecas e
museus pertencentes ao Estado através de vários ministérios. Este aumento de trabalho e
de destinos não supôs, isso sim, outro de vagas mas antes o aumento das chamadas
14 vagas mistas. Deste modo em 1895 existiam vinte e quatro museus dependentes do
corpo.
No ano 1900 elimina-se a Escuela Superior de Diplomática, que até então tinha
oferecido a melhor qualificação e facilidades para entrar no corpo, passando a sua labor
às faculdades de Filosofia e Letras. Desta maneira se unificaram os critérios de
formação para aceder ao mesmo e adaptou-se o questionário ao conteúdo da licenciatura
em Filosofia e Letras. Também os funcionários que de novo ingresso deviam realizar
um estágio formativo de nove meses repartidos por igual entre o Archivo Histórico
Nacional, a Biblioteca Nacional e o Museo Arqueológico Nacional. Ao mesmo tempo
mudou o nome do corpo para Cuerpo Facultativo de Archiveros, Bibliotecarios y
Arqueólogos.
Deste modo produz-se o facto curioso de haver umas provas de acesso adaptadas
às três diferentes secções mas não reconhecidas como tais e um período formativo
posterior de carácter geral que tem o fim de criar profissionais válidos para todas as
vagas, devido às numerosas vagas mistas. Também é muito significativa a mudança de
nome do corpo de antiquários pasando a chamarem-se arqueólogos, o qual remete para
o devir desta ciência ao longo do tempo e nomeadamente para a sua consolidação, na
qual os antiquários tiveram muito a ver no processo da equiparação do seu labor com o
trabalho científico (Ruiz de Lacanal, 1995, 206).
Em 1901 os arquivos, bibliotecas e museus passaram a depender da Dirección
General de Instrucción Pública, ao ter sido criada a nova Dirección de Bellas Artes. Ao
mesmo tempo publicou-se o regulamento dos museus arqueológicos do Estado, no qual
se classificam os museus em três categorias: na primeira o Museo Arqueológico
Nacional; o Museo de Reproducciones Artísticas; o Museo Arqueológico de Tarragona;
na segunda e na terceira os de Barcelona, Granada, Sevilla, Valladolid, Toledo, Cádiz,
Córdoba, León, Burgos, Murcia y Santiago (España, 1901:5).
No ano 1902 produz-se outra grande mudança ao estabelecer que o concurso é o
único modo de entrar no corpo, sem distinção de secções, acedendo sempre na última
das categorias. Era preciso para isto possuir o título de licenciado em Filosofia e Letras
ou, a novidade, em Literatura. Igualmente seguiam sendo válidos os que pertenciam a
extinta Escuela Superior de Diplomática.
O questionário era diferente para cada uma das secções para assim se adaptar às
distintas realidades. A tarefa teórica a desenvolver consistia em responder catorze
perguntas, sendo quatro delas sobre arquivos, outras quatro sobre bibliotecas e igual
15 número sobre museus, uma sobre propriedade intelectual e outra sobre organização
administrativa.
Além disso, suprimiram-se as práticas de nove meses em Madrid, sendo os
vencedores enviados diretamente para as províncias. Este sistema que esteve vigente até
1920 também se generalizou a outros corpos de carácter provincial ou local.
Em 1905 e através de um Real Decreto impôs-se a idade da reforma obrigatória
aos funcionários do corpo em setenta anos, com a possibilidade do Estado fazê-lo cinco
anos antes, para evitar assim a situação que acontecia de que com oitenta anos havia
pessoas a trabalharem nos altos cargos.
Para os que queriam ir para Madrid, estabeleceram-se requisitos especiais
através de um concurso de méritos. Ainda assim o número de pessoal era
completamente insuficiente chegando uma altura em que houveram vinte províncias
com um só funcionário para a realização dos trabalhos. Por isso decide-se nomear
funcionários interinos.
Em 1910 aprovou-se um novo Estatuto de Función Pública que permitiu o
acesso a mulheres aos corpos de funcionários. Será em 1913 quando a primeira delas
passe para o concurso, defendendo o investigador Torreblanca que devido a estes
momentos iniciais e à oposição dos homens funcionários se pensasse em criar, facto que
felizmente não acometeu, um novo corpo para as mulheres de auxiliares, ao entenderem
que não podiam desenvolver os mesmos trabalhos que os homens apesar de terem
passado as mesmas provas e acreditado os mesmos méritos (2009: 105). Contudo, o
corpo de auxiliares foi planeado em 1911 como função subordinada e complementar do
facultativo, carácter que continua em nossos dias, surgiu efetivamente na segunda
república. Esta criação tem de ser entendida dentro do contexto da época em que o
incremento de investigadores, de visitas aos museus e a necessidade de catalogação do
Património Nacional precisava de um maior numero de pessoal.
Ainda assim, e com a consciência das necessidades do corpo, que no ano 1918
tinha trezentos e nove funcionários, para cento e cinquenta e três centros, e em geral do
país aprovou-se o chamado Estatuto Maura que não só reduz o corpo a duzentos e
setenta e cinco membros num momento em que se começavam a desenvolver projetos
de apoio à leitura, abertura de bibliotecas e a cultura em geral. Porém não se chegou a
interromper a convocatória do concurso durante dez anos, tal estava previsto, já que isto
teria ocasionado o fechamento das faculdades de Filosofia e Letras ao não terem
possibilidades os seus estudantes de procurarem empregos.
16 No ano 1920 ofereceram-se pela primeira vez todas as vagas. Assim, modificase o sistema composto por três provas além de uma prévia. Esta era escrita e consistia
numa tradução e análise analógica e sintática com ajuda do dicionário de um texto
latino clássico, escolhido aleatoriamente e outro sem dicionário escrito em latim erudito,
e por último uma tradução para o espanhol de uma língua viva sem ajuda do dicionário.
A primeira prova consistia em responder oralmente durante um máximo de hora
e meia a dez temas escolhidos à sorte, três sobre arquivos, três sobre bibliotecas, três
sobre museus e um sobre propriedade intelectual ou legislação.
A segunda tarefa, de carácter prático, dividia-se em três secções, uma por cada
divisão. Para o arquivo era preciso ler, traduzir e realizar uma análise paleográfica e
diplomática e uma catalogação de um diploma latino da Idade Media. Para bibliotecas
havia que escrever fichas de catalogação de um códice, um incunábulo e um texto
moderno. Nestes dois primeiros casos o concorrente tinha quatro horas embora os
museus tivessem só três ao terem que classificar dois objetos arqueológicos e uma
moeda antiga sem ajuda de material.
O sistema, embora parecido ao anterior, era muito mais complexo o qual
suscitou as queixas por parte dos próprios facultativos. Por isso, só um ano depois
surgiu um novo regulamento que expunha o novo sistema de traslados que se podiam
apresentar à junta encarregada sem prazo fixo, ou seja, em qualquer momento e sem
necessidade de ser convocada vaga nenhuma. Além disso, permitiu aos funcionários de
novo ingresso acederem às vagas na capital, mas ao estarem tão disputadas e devido ao
novo sistema usado para as administrar, a junta sofreu uma avalanche de solicitudes que
demorou anos em voltarem à normalidade.
Em 1922 um novo regulamento mudou o sistema voltando-se ao anterior em que
era preciso convocar a vaga e valorizava a antiguidade e expediente do funcionário.
Além disso, os funcionários deviam realizar umas práticas formativas de dois meses na
Biblioteca Nacional, Archivo Histórico e Museo Arqueológico Nacional sendo depois
enviados aos seus destinos e proibindo a mudança dos mesmos, segundo os interesses
pessoais entre os funcionários. Este facto que pode resultar fútil, reflete uma prática
comum em que os distintos funcionários trocavam os seus destinos para se adaptarem as
suas características familiares já que há que ter em conta que, normalmente e por
motivo das localizações das universidades, estes eram das capitais provinciais e os seus
destinos estavam espalhados por todo o país.
17 Durante a ditadura de 1923 suspenderam-se todos os concursos públicos
convocados, mas nesta etapa é muito significativo que a necessidade do regime de
Primo de Ribera em se sustentar numa base histórica, sobre a unidade da nação
espanhola, haja a promulgação de leis de proteção do Tesoro Artístico Nacional com
um maior valor dado aos museus arqueológicos.
No ano 1924 um real decreto do ministério de Instrucción Pública y Bellas Artes
manifesta que a vigilância dos monumentos está sobre a alçada de dois tipos de
funcionários. De um lado os conserjes, que no início do século anterior tinham um
cargo da administração real, encarregados da elaboração de catálogos, mas também do
aquecimento das salas e de aspetos museográficos; e do outro, os guardas que
substituiam os antigos conservadores, mudando o nome pela confusão criada, ao
existirem os conservadores das comissões provinciais de monumentos e os
conservadores encarregados das coleções reais, que ao passarem a ser públicos,
passaram a ser funcionários, apesar de não realizarem prova alguma ao serem
escolhidos por méritos, e alta significação política, mas também sem ordenado, até esse
momento. Este facto é muito significativo já que ainda na atualidade existe uma grande
confusão entre ambos profissionais, de um lado os conservadores de monumentos e do
outro, os funcionários de museus, devido à dupla estrutura administrativa. (Ruiz de
Lacanal, 1995: 120-122).
Em 1930 a junta facultativa eliminou as diversas categorias e dotou todos os
funcionários da mesma. Esta medida destinada a dar uma maior presença no corpo aos
funcionários ingressados e portanto de igualdade, contrapõe-se com outra que confere
aos diretores dos centros a possibilidade de escolherem, segundo os seus próprios
critérios, os funcionários que ocuparão as vagas vazias, através de concurso de méritos
de mudanças, propiciando assim os favores.
Em 1930 o corpo que contava com um quadro de 269 funcionários foi
reorganizado de novo. Assim, o Cuerpo Facultativo de Archiveros, Bibliotecarios e
Arqueólogos estava encarregado do serviço técnico ou facultativo dos arquivos,
bibliotecas e museus com um escalão único para o seu pessoal, embora aceitasse que
existissem vagas especiais, para as quais era preciso ter uma formação concreta e
aprovar num concurso de méritos específico, só para os funcionários. O corpo passou a
depender do Director General de Bellas Artes, existindo também três altos cargos para
as distintas secções, Biblioteca Nacional, Archivo Nacional e Museo Arqueológico
Nacional cujos diretores eram nomeados pelo Governo sempre dentro dos funcionários
18 do corpo. Para além de manter os critérios dentro do corpo, estabeleceu-se que um
centro passaria a depender do mesmo, não acontecendo a mesma coisa com o seu
quadro original. As mudanças decidiam-se através de concursos de méritos e voltou a
ser necessário um período de práticas obrigatórias.
1.2.
República.
Com a chegada da República, em 1931, um grupo de facultativos pede para se
constituir uma assembleia para debater sobre o futuro do corpo. Assim, com respeito à
forma de ingresso estabelece-se o que seria o concurso com duas partes. A primeira,
com exercícios de latim, francês e outra língua não latina, paleografia e arqueologia
práticas, e a segunda, a resposta a três perguntas extraídas à sorte do questionário sobre
história da Espanha, da literatura e da arte publicado na Gazeta. Os aprovados passariam
a conformar parte do corpo de aspirantes, ganhando uma vaga após de um ano de
formação dividido em dois semestres com conteúdos gerais e específicos dependendo
da secção desejada. Além disso, as vagas foram classificadas em duas categorias: gerais
e especiais, pelas quais entrava-se através de um concurso especial.
Igualmente há que destacar que se constituiu a Asociación Profesional de
Archiveros, Bibliotecarios e Arqueológos com o fim de desenvolver estudos relativos à
profissão e divulgá-los. Dentro desta noção de identificação e promoção social do corpo
expõe-se também a ideia de criar um cartão que os identifique como integrantes e que
lhes permitisse aceder gratuitamente a museus e instituições culturais.
No relativo aos museus pede-se a criação de um centro de informação e
coordenação, estreitar relações com a junta de escavações, procurar uma nova
classificação de museus e a imposição dos inventários fotográficos.
As conclusões desta assembleia serão a base para formar o regulamento de 1932
assim como a Ley del Tesoro Artístico Nacional de 1933, na qual se estabeleceu o valor
histórico-artístico e arqueológico como a base da proteção dos monumentos, segundo a
linha aberta no corpo de mudar o critério da antiguidade pelo arqueológico (Ruiz de
Lacanal, 1995: 126).
O dito regulamento expõe na sua introdução a necessária especialização dos seus
funcionários, uma vez passada a fase de recolha de material deve começar-se uma nova,
destinada à investigação e divulgação social.
A grande novidade e início do que depois seria o corpo de conservadores, foi a
divisão em três secções independentes: arquivos, bibliotecas e museus com a sua
19 também forma independente de acesso para, deste modo, poder adaptar-se a umas
funções amplas.
Igualmente modifica a estrutura interna do corpo estabelecendo a direção
máxima à Dirección General de Bellas Artes, auxiliada por uma Junta Facultativa, e
outorgando as vagas diretivas não só por antiguidade mas também por méritos.
Estabelece também que para aceder ao corpo era preciso ser espanhol, com boa
conduta e possuir o título de arquivista, bibliotecário, arqueólogo, ou de Licenciado em
Filosofia e Letras, pedindo às faculdades para serem formados de maneira adequada.
O concurso constava de duas partes. A primeira, com perguntas sobre atitude,
capacidade e cultura a partir da qual o concorrente era considerado aspirante. Na
segunda, devia superar exercícios práticos, cursos e trabalhos de investigação com
carácter eliminatório.
O sistema devia garantir que nunca ficassem vagas vazias, sendo convocadas
sempre que fosse necessário e no caso de se criar qualquer centro novo, o seu quadro
devia passar as provas para ser considerado parte do corpo. Os funcionários de novo
ingresso deviam permanecer dois anos nas províncias, antes de pedirem traslado para
Madrid.
Deste modo, distingue-se entre funcionários de carácter geral, ingressados antes
desta nova norma, e os especializados, ao terem de escolher o ramo da secção para a
que querem concorrer e, portanto, realizar o seu labor. Devido à especialização deste
último decide-se reservar cerca de 50% das vagas dos museus para ajudar nos seus
objetivos de se criar o corpo de auxiliares.
Apesar das boas intenções expostas só se convocou um concurso segundo este
sistema em 1933, pelo qual no ano 1935 o corpo tinha duzentos e noventa e oito
funcionários, para duzentos e doze centros. Neste mesmo ano reconheceu-se o direito de
consortes, ou seja, da prioridade de pedir vaga na cidade onde o seu cônjuge já
trabalhava.
Durante a guerra civil de 1936 ao 1939 há que destacar que ao corpo não lhe foi
aplicado a chamada Ley de restricciones pela qual os corpos de funcionários deviam
reduzir o seu quadro um 10%. Neste caso devido à exiguidade e carências do mesmo foi
isento de tal redução, já que temos de ter em conta a importante política cultural levada
a cabo durante a República e que o lado republicano se negava a abandonar. Este corpo
teve ainda um trabalho incansável na custódia e salvaguarda do património que lhes
tinha sido responsabilizado.
20 Em 1937 suspenderam-se sine die todos os concursos vacantes, portanto, para
evitar a escassez de pessoal, criaram-se vagas gratuitas para estudantes-auxiliares do
corpo, pelo qual o estudante recebia, após um ano de trabalho, um certificado de
trabalhos auxiliares que seria valorado no futuro como méritos para próximos concursos
de auxiliares.
1.3. Ditadura Franquista.
Depois da guerra, durante o período difícil da pós-guerra, entre 1932 e 1952,
segue-se a linha mais tradicional, anterior à República. O corpo pretende voltar aos
valores passados, optando por ter mais força e prestígio através da incorporação de mais
centros. Passou a depender do Ministerio de Educación Nacional o qual mudou o nome
de Belas-Artes, pelas conotações liberais que tinha. Contudo, a secção de arqueologia
onde se encontravam os museus passou a depender da Dirección General de Bellas
Artes que também era responsável do Tesoro Artístico Nacional e do Consejo Nacional
de Museos.
Em 1939 foi criada a Junta Técnica de Archivos, Bibliotecas y Museos
responsável da formação dos quadros, da carreira administrativa dos seus membros, da
nomeação de diretores, da convocatória de concursos, da direção de publicações e da
concessão de prémios.
Devido à guerra civil, o corpo sofreu muitas mortes e separações forçadas pelo
que foi necessário convocar concurso em 1940 escrevendo-se um novo regulamento.
Assim, além da titulação no ramo de filosofia e letras, em qualquer das três
especialidades, pedia-se para não estar incapacitado, não padecer de enfermidades
contagiosas, ou defeito físico, provar a adesão ao regime e, no caso das mulheres serem
maiores de trinta e cinco anos, terem feito o Servicio Social, obrigatório, e para as
mulheres solteiras, entre os dezassete e os trinta e cinco anos, uns cursos teóricos sobre
como ser uma boa mãe e esposa.
O processo passou assim a ter uma fase previa na qual se pontuavam os
trabalhos de investigação, publicações, prémios e conhecimentos de mais línguas das
exigidas, sendo preciso neste último caso superar provas extraordinárias.
A primeira fase destinada a demostrar a aptitude, capacidade e culturas
necessárias estava composta de seis tarefas. A primeira delas, uma tradução e análise de
um texto latino em prosa, escolhido à sorte, igual para todos, podendo usar o dicionário.
Depois a tradução de dois textos sobre a matéria do questionário, em francês ou italiano,
21 e o outro em inglês ou alemão, especificados na solicitude dos concorrentes, escolhidos
à sorte, iguais para todos e com a possibilidade de consultar o dicionário.
A terceira era a transcrição e tradução de duas fotografias de documentos, um
em letra visigótica ou francesa, e outro em cortesã ou procesal, sem ajuda, porém
podendo consultar os originais.
A quarta era uma catalogação de um livro moderno, um incunábulo e um
manuscrito distinto, para cada opositor mas escolhidos aleatoriamente.
A quinta tratava-se de uma análise de fotografias de dois objetos arqueológicos,
iguais para todos.
O último exercício consistia em responder, oralmente, em quarenta e cinco
minutos a quatro temas, um por cada secção ademais de um de organização e
propriedade intelectual de um questionário em que havia quinze temas para as secções e
cinco para propriedade intelectual.
Quem aprovasse o concurso devia realizar três cursos de formação desenhados
com critérios científicos e profissionais segundo as preferências de cada concorrente e
para o qual recebiam uma bolsa de estudos. Assim na secção de arquivos seguiam-se
cursos de paleografia, diplomática, arquivística, catalogação, instituições e fontes da
História, xilografia e arquivos administrativos sendo o diretor do Archivo Histórico
Nacional o encarregado de os coordenar.
No caso das bibliotecas, o curso baseava-se nas cadeiras de bibliologia, técnica
do livro e da sua evolução histórica, biblioteconomia, bibliografia e práticas de
catalogação e classificação bibliográficas, história da cultura espanhola, literatura geral,
gravuras e encadernação, depósito legal e registo da propriedade intelectual, sendo o
responsável de todos eles o diretor da Biblioteca Nacional.
Por último, na secção de museus, deviam passar nos cursos em métodos de
classificação de pré-história espanhola e cultura hispânica, arqueologia hispano-romana,
arqueologia e arte medieval espanhol, belas-artes em Espanha, desde o Renascimento,
numismática e epigrafia latina e museologia, sendo o responsável o diretor do Museo
Arqueológico Nacional. Esta relação de matérias verifica-se da importância concedida
aos museus arqueológicos, ao ocupar a maior parte dos mesmos, deixando só um deles
as belas-artes e sendo muito interessante a concepção da museologia, o que permite ver
que esta ciência ia sendo aceite e reconhecida no mundo intelectual da época. Neste
contexto é preciso destacar que no ano 1934 se tinham realizado em Madrid uma série
22 de conferências do ICOM, disseminando os seus ideais numa série de jovens, sendo já
assimilada neste concurso seis anos depois (Ruiz de Lacanal, 1995: 126).
Uma vez superados os cursos começava a segunda fase do concurso sobre
exercícios escritos das matérias cursadas. Assim, no caso dos museus, era preciso
realizar uma classificação de três objetos antigos espanhóis e de três obras de arte
espanholas, uma leitura, tradução e explicação de duas inscrições espanholas, uma
antiga e outra medieval e outra de três moedas espanholas, uma antiga e duas
medievais, uma delas cristã e outra árabe. Se estas provas não eram superadas, o
concorrente era desqualificado e se invalidava o curso e os seus resultados anteriores.
Por último e antes de tomar o seu cargo, os aprovados deviam desenvolver um
estágio e visitas de estudo aos principais centros de cada secção. No caso de
funcionários da secção do museu era ainda necessário realizarem um estágio em
escavações arqueológicas.
O total de vagas convocadas era repartido segundo estas proporções: 20%
reservado a cavalheiros mutilados na guerra e pertencentes ao bando franquista; 20%
reservado a oficiais que tivessem ganho o prémio de Medalla de Campaña; 20% para
ex-combatentes com a mesma distinção; 10% para ex-apoiantes da causa Nacional; 10%
para órfãos, por motivos da guerra e só um 20% sem restrição nenhuma.
A estas provas concorreram cento e setenta e cinco pessoas, das quais cento e
treze fizeram-no de modo livre sem se beneficiar do exposto anteriormente. De todos
eles passaram 42 ficando o resto das vagas vazias, pelo qual no ano 1941, no mesmo
mês em que se nomeavam os anteriores concorrentes funcionários, convocaram-se de
novo para cobrir as oito vagas que não tinham sido ocupadas pela dura exigência da
prova e que foram deixados em regulamentos posteriores ao oferecer uma lista de
autores e textos latinos, da qual seriam extraídos para o primeiro exercício, e no caso da
secção de museus unificaram-se todas as provas de classificação, sendo assim mais
simples passarem, embora se reprovasse nalguma delas.
A mudança mais significativa foi aquela do questionário que passou a adaptar-se
ao oferecido no programa da licenciatura em Filosofia e Letras, com quatro grandes
temas: História de Espanha, história da literatura espanhola, história da arte, com quinze
temas cada um e legislação com cinco temas para o primeiro exercício.
Em 1943 um novo regulamento autorizou os eclesiásticos a concorrerem às
provas, com previa autorização do prelado. O concurso seguia conformado de duas
partes, uma de capacidade e outra de especialização, mas agora o estágio era realizado
23 só no fim da mesma, ou seja, pelas pessoas já aprovadas e durante três meses, com o
auxílio de uma bolsa.
Outro aspeto a destacar é que em 1942 se aprovaram as Instrucciones para la
formación y redacción del Inventario General de los Catálogos y Registros, mas a sua
aplicação prática foi complexa e em 1947 por uma ordem ministerial declarava-se a
necessidade de realizar trabalhos urgentes na redação de catálogos sistemáticos e
monográficos. Noutro decreto desse mesmo ano estabeleceu-se também a criação da
Escuela técnica de Archivos, Bibliotecas y Museos, na Universidad de Madrid, onde se
recebia uma formação profissional das três secções, para quem quisesse entrar no corpo.
Durante este tempo incorporaram-se ao corpo vários centros que são hoje
referências nacionais, como o Museo arqueológico de Indias, hoje chamado Museo
Nacional de América, o Museo Romano de Mérida ou o Museu Cerralbo.
Em 1951 um novo regulamento dizia que o número de vagas não se podia
ampliar e o concurso teve então duas fases, ambas eliminatórias. A primeira parte
consistia na realização de três provas, sendo a primeira delas igual para todas a secções,
a tradução com o dicionário de um texto moderno em francês e outro a escolher entre
inglês e alemão. O segundo era transcrever, sem ajuda, dois documentos, um em língua
francesa e outro do século XVI ou XVII, além de um comentário paleográfico e
diplomático para a secção de arquivo. Transcrever e traduzir sem ajuda dois
documentos, uma página de um códice medieval e um documento dos séculos XVI ou
XVII, para a secção de bibliotecas e classificar e comentar dois objetos espanhóis, um
deles uma moeda, pertencentes ao período Antigo e Idade Média e duas obras de arte da
Idade Moderna, para a secção de museus. O terceiro exercício, comum para as três
secções, era uma tradução, com dicionário, de um texto latino em prosa.
A segunda parte constava de dois exercícios, sendo o primeiro deles escrito, e
consistia em dois tópicos iguais para todos os opositores da mesma especialidade
extraídos à sorte com a dificuldade de que o questionário não ia ser publicado
previamente, só conhecido trinta dias antes do começo. Além disso, especifica-se que se
valorizava a originalidade e se penalizaria a memorização e repetição de apontamentos
tomados durante o curso da universidade.
O segundo exercício consistia num texto oral sobre aspetos mais gerais de
matérias de arqueologia e outras afins, como a História e a Literatura. Os temas eram
extraídos à sorte para que os concorrentes tivessem de responder a perguntas sobre as
secções que não concorriam. Igualmente, neste caso, o questionário só era oferecido
24 trinta dias antes do início. Uma vez superado o processo todo, os aprovados deviam
cursar o ensino de especialização na Escuela Técnica de Archivos, Bibliotecas y
Museos.
A consequência da falta de previsão por parte dos concorrentes do questionário
provocou queixas que fizeram com que em 1953 se aprovasse outro regulamento pelo
qual a primeira parte constava de três exercícios para todos os concorrentes. Assim, o
primeiro era a tradução, com dicionário, de um texto latino em prosa e com carácter
voluntário, outro em grego, hebraico ou árabe.
O segundo era um resumo de dois artigos, um em francês e outro em inglês, ou
alemão sem ajuda, e outro de carácter voluntário, que podia fazer-se uma versão em
castelhano dos mesmos textos.
O terceiro era uma transcrição de um documento em letra cortesã ou procesal e
tradução de um documento escrito em letra visigoda ou francesa, sem ajuda, uma
catalogação e classificação de quatro livros modernos, em espanhol, italiano, francês e
português e uma catalogação de quatro objetos ou fotografias de monumentos artísticos.
A segunda fase também consistia em três provas adaptadas a cada uma das
secções. Assim, no caso dos museus primeiro deviam classificar e comentar dois
objetos antigos e duas obras de arte da Idade Moderna. Depois comentar oralmente um
objeto arqueológico escolhido à sorte entre cinquenta escolhidos pelo júri. Por ultimo,
apresentar um programa elaborado, pessoalmente sobre tópicos relativos à arqueologia,
história da arte, numismática, epigrafia, bibliografia, museologia e história e
organização dos museus espanhóis, tendo que defender dois deles perante o júri, um
livremente escolhido e outro por sorteio.
Uma vez terminado o processo, os concorrentes aprovados eram nomeados
funcionários em práticas e destinados durante três meses a províncias a um centro
unipessoal, onde deviam familiarizar-se com a prática. Finalizado o período eram
nomeados funcionários e outorgava-se-lhes a vaga definitiva.
Outra novidade consistiu na formação do júri já que pela primeira vez ficaram
de fora os catedráticos das universidades e conformou-se só com pessoal facultativo do
corpo.
Ainda assim era complexo por motivos económicos ocupar todas as vagas. Por
isso voltou-se à solução de criar um corpo especial de aspirantes de ingresso com
quinze vagas, em 1954, que foi acomodado aos concorrentes que tinham a qualificação
25 necessária para aprovarem as anteriores provas de 1953. O seu ingresso definitivo seria
paulatino, mas tendo de realizar o estágio previsto para os facultativos.
Em 1957 eram trezentos e vinte e oito funcionários que atendiam a duzentos e
quarenta e seis centros espalhados entre as cinquenta e sete capitais e cidades
metropolitanas assim como duas coloniais (Tetúan e Santa Isabel). Entre eles havia
cento e vinte e oito arquivos, noventa e dois bibliotecas e vinte e nove museus dos quais
vinte e quatro eram arqueológicos provinciais, aos que há que somar o Museo
Arqueológico Nacional, Museo de América e tão só três artísticos: Museo de Artes
Decorativas, Museo de Reproducciones Artísticas e Museo Cerralbo.
Ainda assim havia falta de pessoal e as convocatórias de 1957 e 1959, que
seguiam o sistema já descrito, não cobriam as vagas todas. Como consequência, em
1960, convocaram-se de novo provas mas mudando ligeiramente o sistema. Assim a
primeira fase estava composta por três provas. A primeira delas era uma tradução, sem
dicionário, de um texto em francês ou italiano, moderno e em prosa; no entanto a
segunda era uma tradução, com dicionário, de um texto em inglês ou alemão moderno,
também em prosa e a terceira, uma tarefa escrita sobre dois tópicos extraídos à sorte de
um programa de vinte temas que se publicava junto com a convocatória sobre a
legislação e a administração publica espanhola, peritagens, funções dos diversos órgãos
e regime administrativo dos centros.
A segunda fase abrangia as distintas provas específicas segundo as secções.
Assim na secção de museus deviam realizar como no resto cinco tarefas. A primeira
delas, como para as outras secções, consistia em escrever dois temas escolhidos à sorte
entre uma listagem de trinta, publicados junto com a convocatória do concurso, sobre
pré-história, arqueologia, epigrafia, numismática, história da arte, artes industriais,
museologia e administração.
A segunda, a leitura, transcrição e comentário de três inscrições latinas ou árabes
medievais ou modernas, refletindo sobre a sua bibliografia e repertórios para a sua
análise.
A terceira era a classificação raçoada e a redação de fichas de catálogos de três
objetos pré-históricos e antigos, um deles obrigatoriamente uma moeda.
O último era o reconhecimento e comentário de três objetos de arte do século
XV até ao XX de arquitetura, escultura e pintura.
No ano 1961 aprova-se a Ley de derechos políticos y profesionales y de trabajo
de la mujer, que lhe permitia optar por qualquer vaga de cargo público e ser nomeada
26 para postos de responsabilidade. Em 1964 a Ley articulada de funcionários del Estado
que, além de definir um corpo especial como aquele que realizava atividades especiais e
que se regem por disposições especificas, estabelece a forma de ingresso de concurso e
que uma vez superada a prova os concorrentes deviam realizar um estágio num dos
centros com o fim de se aperfeiçoar no seu trabalho. O corpo seguia regendo-se pelo
regulamento de 1932, já que embora fosse dito que outro novo ia ser publicado em seis
meses, isso jamais aconteceu.
Contudo, a falta de pessoal continuava a ser evidente e para evitar o problema
permitiu-se que os arquivistas e bibliotecários optaram a qualquer das duas secções
indistintamente rompendo assim o princípio de especialização do regulamento. Aqui se
podia apreciar como começava a ter uma ideia independente da secção dos museus já
que o trabalho desenvolvido por estes profissionais pouco tinha a ver com as dos outros,
que se podiam intercalar mais facilmente.
Assim em 1964 aprova-se o decreto 4302/1964 sobre as provas exclusivas para
museus, estabelecendo uma nova classificação para os museus servidos pelo corpo. De
um lado os museus com acervos de pré-história, arqueologia e belas-artes, que abrangia
os museus arqueológico-provinciais, o Museo Arqueológico Nacional, Museo
Paleocristiano de Tarragona, Numantino de Soria, Mallorca, Santa Cruz de Toledo e
Balaguer de Vilanova i la Geltrú. De outro, museus com acervos hispano-muçulmanos
com o Museo Nacional de Arte Hispano-Musulmán de Granada e a secção
correspondente do Museo Arqueológico Nacional. Por último aqueles museus cujo
acervo não tinham relação com as outras tipologias: Museo de Reproducciones
artísticas, Museo Nacional de Artes Decorativas, Museo Cerrralbo, Museo de América,
Museo etnológico, Museo de Arte Moderno, Museo de la Administración y a secção
numismática do Museu Arqueológico Nacional.
Como se pode ver esta última categoria é uma gaveta na qual se introduzem
todos aqueles museus que não têm uma referência histórica clara, ao estarem nele
maioritariamente os correspondentes a belas-artes, apesar de que por definição deviam
entrar na primeira categoria, na qual se inserem, nomeadamente, os arqueológicos. É
também interessante ver como no caso do Museo Arqueológico Nacional é
desmembrado nas três categorias, ao não considerar a numismática dentro dos fundos de
arqueologia.
Inicia-se então um concurso muito exigente no qual os concorrentes deviam
apresentar uma memória técnica relacionada com o destino que quisessem e
27 denominou-se estes funcionários de conservadores especializados de museus, clara
referência ao corpo.
Outra novidade foi também que a convocatória de concurso para museus passou
a depender então da Dirección General de Bellas Artes, abrindo a qualquer licenciado,
seja qual for, a faculdade e o acesso às duas primeiras categorias, entanto que para a
terceira era só preciso uma titulação de grau médio, com um ano de prática profissional
nos museus do Estado. Portanto pode ver-se como se despreciavam, mediante este
sistema, os museus da terceira categoria ao considerar que a sua função não é tão
especial ou facultativa se se prefere o termo ao poder ser desenvolvida já não por
licenciados senão por graduados.
Além disso, o concurso tinha agora um carácter individual, um para cada vaga
sendo preciso ter um trabalho inicial no campo da investigação, ao terem que apresentar
no primeiro dia uma listagem de publicações e de relação de idiomas assim como uma
memória sobre museologia compreensiva dos conceitos gerais que possuísse sobre esta
ciência, os projetos sobre os museus, a maneira de conservar e acrescentar o seu acervo,
critérios de restauro, reformas para o edifício e soluções administrativas, atividades de
difusão, bibliografia comentada, plano de trabalho quinquenal e comentário sobre a
legislação. Depois devia defender oralmente os seus méritos assim como o conteúdo da
memória.
A primeira prova consistia em desenvolver, por escrito, dois temas entre um
questionário de trinta sobre museografia, acervo, objetos histórico-arqueológicos e
etnográficos da área em relação com o museu em questão.
A segunda prova tinha um carácter mais técnico, reconhecimento e classificação
de peças do museu.
E a última consistia numa crítica de uma instalação museológica e numa
resolução por escrito de um caso prático, em relação com a lei de defesa do património.
Outro facto a destacar é a Ley 31/1965 sobre retribuciones de funcionarios que
estabelecia que todos iam ter um ordenado base igual, que seria multiplicado por um
coeficiente, segundo a responsabilidade e dificuldade de aceso. Assim, a este corpo se
lhe outorgou um coeficiente multiplicador de um 4,5, o terceiro mais alto dos fixados.
Além disso, tinham direito a receber mais por triénios e complemento familiar, de
maneira que o trabalho do corpo era reconhecido pela administração geral.
Em 1971 considerou-se que a escassez de pessoal tinha terminado pelo que se
proibiu que os funcionários trabalhassem fora da sua especialidade. Além disso,
28 terminam-se com os quadros corporativos, surgem outros orgânicos em que cada vaga
recebe
uma
remuneração
complementar,
de
acordo
com
a
dificuldade
e
responsabilidade.
Concluindo este primeiro capítulo, julgo que é claro que desde a concepção do
pessoal museólogo, chamado primeiro antiquário, depois arqueólogo e por último
conservador, nas instituições públicas espanholas os seus profissionais têm acedido ao
corpo através de diversas formas. No início mediante concursos de méritos e depois
com o fim de fazer do corpo efetivamente facultativo através de concursos muito
exigentes e de variada tipologia. Em todo caso, sempre se tem configurado como provas
teóricas e práticas, destacando no caso dos museus a predominância dada à secção de
arqueologia devido a ser o maior número de instituições deste tipo. Igualmente pode-se
contrastar a ideia de que nesta primeira etapa, ainda ligada ao corpo de arquivos e
bibliotecas, prevalece a ideia de um profissional erudito e sábio, dando grande
importância às línguas denominadas cultas e dentro do aspeto profissional aos méritos
de publicações.
Tudo isto é visível através do mare magnum dos regulamentos, decretos e leis
que afetam desde a criação do corpo de arquivistas e bibliotecários em 1857 até ao ano
1973, em que o novo corpo facultativo de conservadores de museus é criado. Porém
esta situação de indefinição de aceso ao corpo, aos seus centros e trabalhos persistiu tal
e qual veremos no seguinte capítulo.
29 Capítulo 2
30 Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
Primeira etapa: 1973-1984.
A “Ley 7/1973” cria o Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos
expondo, em primeiro lugar, o antecedente do decreto que criou em 1867 dentro do
corpo de arquivistas e bibliotecários a secção dos antiquários, os quais os definiu como
conservadores peritos que passaram a formar parte total do corpo em 1871 incluindo a
sua denominação no nome do mesmo (España: 1973a). Indica assim que a necessidade
de cindir esta secção do corpo deve-se à importância outorgada aos museus nos últimos
tempos, o que se reflete no aumento dos mesmos, dos quinze existentes no momento de
inclusão da secção ao corpo aos 575 que havia. Além disso, expõe a mudança que estas
instituições tem sofrido na sua conceição, passaram de ter um carácter estático como
mero depósito onde se conservam e expõem peças a outras mais dinâmicas e vivas ao
serem um instrumento fundamental para a educação e a investigação como verdadeiros
centros docentes e culturais. Prossegue dizendo que para estes fins é preciso que os
museus estejam científica e didaticamente bem instalados e dirigidos, reconhecendo que
as quarenta e nove vagas existentes eram muito insuficientes. Acrescenta que a esta
penúria numérica há que somar o facto da dupla dependência do corpo.
Por último e trás proclamar a criação do corpo estabelece que o quadro do
mesmo estará conformado por noventa e nove vagas, sendo as cinquenta de novo
ingresso convocadas por concurso num prazo de dois anos, pudendo concorrer qualquer
licenciado universitário ou de escola superior.
Assim, três meses depois através de uma ordem escrita tão só um mês depois do
surgimento do corpo, este será um dos problemas da convocatória de concursos e de
notificações, a demora na publicação dos mesmos, foi publicada a distribuição das
vagas anteriormente sancionadas (España: 1973b) e que pode apreciar-se no anexo I do
presente trabalho. Assim destaca o caso da comunidade de Madrid, à qual se reservam
um 33% das vagas, sendo igualmente as suas instituições as que maior número de
profissionais albergam ao se concederem dez conservadores ao Museo Arqueológico
Nacional, mostrando de novo a sua consideração de nau almirante da cultura do país, o
Museo Nacional del Prado e o Museo Español de Arte Contemporáneo com cinco; o
Museo Nacional de Artes Decorativas, o Museo Nacional de América, o Museo de
Nacional de Etnología e o Museo Nacional del Pueblo Español com dois; e o Museo
Cerralbo, o Museo Nacional de Reproducciones Artísticas, o Museo Romántico; o
31 Museo Sorolla e o Museo Nacional de Teatro com uma. Este estudo de caso mostra
claramente a existência de categorias dentro dos museus administrados pelo Estado ao
igual que a falta de pessoal qualificado ao seu cargo se temos em conta as inúmeras
peças dos seus acervos assim como a necessidade primária da sua catalogação.
Contudo, esta situação de instituições com um só conservador era a mais
frequente já que o 75% dos museus a sofriam. Sendo só um 15% os que tinham dois
pessoas ao seu cargo e com um maior número só os já citados no caso da capital, o que
supõe um 3% com cinco conservadores e um 1% com dez.
Depois da capital do país há que destacar que Andalucía é a segunda
comunidade autónoma que apresenta um maior número de instituições com um 14% do
total de noventa e nove vagas.
Além disso, há que salientar que se reservaram quatro vagas, um 6%, para
suplências e necessidades especiais de controlo e assoreamento do corpo. Esta foi a
única vez que esta previsão foi tida em conta e há que alabar a boa ideia já que era
habitual que vagas ficassem vazias pela promoção dos seus possuidores a cargos de
maior responsabilidade ou a outras instituições, nomeadamente universidades.
Um mês depois publicou-se a relação de conservadores existentes no corpo e
que pelo tanto tinham acedido ao já separado corpo de arquivistas e bibliotecários
(España: 1973c), dados estudados no anexo II. Neste documento registaram-se
cinquenta pessoas, mais uma das indicadas na lei de criação do corpo (España: 1973a),
facto que não se deveu à incorporação doutro conservador no tempo que demorou a
publicação a ser o último ingressado em 1972, o que parece indicar que foi um erro na
listagem inicial. Igualmente, há que somar por adição posterior por correção de errores
mais uma, também tida em conta na formulação de estadísticas aqui apresentadas. Neste
sentido é muito interessante como o remédio ao esquecimento de uma funcionária que
se encontrava em período de excedência voluntária demorou três anos, sendo incoado o
expediente pela própria afetada (España: 1976f).
O quadro inicial do corpo estava composto por vinte e três mulheres e vinte e
sete homens, não sendo portanto um corpo sexista apesar de já se ter citado que o acesso
ao mesmo por parte das mesmas não sempre foi possível, mas no relativo aos cargos
diretivos que não aconteceram até 1961.
Quanto à idade média aproximada dos conservadores neste momento era de
quarenta e nove anos, sendo para as mulheres de cinquenta e três anos e para os homens
de quarenta e cinco anos. Estes dados junto com a média de anos em ativo no corpo,
32 dezasseis em total, vinte e dois para as mulheres e doze para os homens, e com a média
de idade de incorporação ao corpo de arquivistas, bibliotecários e arqueólogos, trinta e
dois em total, sendo muito pouco significativa a deviação entre homens e mulheres,
corroboram a hipótese anterior ao serem as conservadoras quem desempenham o seu
labor com anterioridade.
Assunto importante que se desliga destes dados é o facto de que os primeiros
conservadores do corpo, um 70% tem mais de quarenta anos, eram pessoas em idade
madura com uma grande trajetória profissional e experiência no campo dos museus no
qual tinham desenvolvido o seu labor, embora fosse noutro corpo e com outro nome.
Este aspeto muito positivo tem a contrapartida de serem muito poucos, apenas havia
seis pessoas com menos de trinta anos, o que supõe um 12%, os conservadores jovens já
que como é bem reconhecido são as pessoas nestas franjas de idade as mais ativas e
combativas.
O estudo e confrontação de dados oferecidos neste documento permite-nos
também apreciar que do 30% de conservadores menores de quarenta anos, só um 20%
trabalhavam em Madrid; entanto que do 70% restante de profissionais um 47%
trabalhavam na capital, um 42% em destinos de províncias e um 11% encontravam-se a
data de 1972 em excedência voluntária. Assim, no caso dos mais velhos a diferença
entre pessoas que trabalham na capital e no resto de destinos é escassa, não sendo assim
no caso dos mais jovens sendo a diferencia de um 60%.
Portanto, confirma-se a hipóteses de que os jovens tinham maior dificuldade em
aceder às vagas madrilenas devido ao sistema de concurso de méritos usado que
primava ante todo a antiguidade.
No mês de agosto foi publicado o decreto 2006/1973 (España: 1973d) que regeu
a forma de ingresso ao corpo durante doze anos. Assim, estabeleceu duas maneiras de
acesso, de um lado o concurso de méritos, traslados, só para os já funcionários do corpo
e doutro, o concurso chamado livre, indicando neste caso que quando as vagas
existentes estivessem em Madrid ou pertencessem aos museus nacionais deviam-se
partilhar ao cinquenta por cento entre as duas formas de ingresso. Com isto pretendia-se
corrigir o problema dos traslados de épocas anteriores ao serem os destinos da capital os
mais demandados e de difícil acesso aos novos membros.
No artigo terceiro ratificou-se o já disposto na lei de criação do corpo enquanto a
titulação exigida, indicando que para as práticas obrigatórias profissionais de um ano
33 nos museus nacionais seria admitido todo licenciado ou titulado superior que o
solicitasse.
A convocatória das provas era labor do Ministerio de Educación y Ciencia mas
a proposta da Dirección General de Bellas Artes, sendo este órgão superior o
encarregado também de selecionar o tribunal que julgaria o concurso. Este estava
conformado por cinco membros titulares e igual quantidade de suplentes. O presidente
designado devia ser um membro de número de alguma das Reales Academias, Consejo
Superior de Investigaciones Científicas, Catedráticos de universidade ou facultativos do
corpo que tivessem desenvolvido labores de direção ou assessores de museus, entanto
que três vocais deviam pertencer ao corpo nas suas diversas secções de antiguidade
sendo selecionados pela Dirección General de Bellas Artes prévio informe da Asesoría
Nacional de Museos e o último vocal era nomeado entre pessoas de reconhecido
prestígio com titulação académica superior pelo Consejo Nacional de Educación.
Com esta conformação do júri pretendia-se dar cabida no processo a todas as
subdivisões que intervêm nas instituições, mas há que destacar o facto de que os
catedráticos de universidade possam formar parte do processo depois do logro que
supôs não contar com eles no concurso convocado em 1953 devido à grande
dependência do corpo das universidades e do seu pessoal que era considerado como o
erudito em confrontação com os próprios facultativos (Torreblanca: 2009, 182). Além
disso, há que destacar que trás revisar todas as convocatórias existentes neste primeiro
período este foi o maior impedimento à hora de realizar as provas, já que o tribunal era
mudado em muitas ocasiões devido à possibilidade que lhes confere o artigo sexto deste
decreto de reusar a nomeação em quinze dias, sendo portanto a maior parte das vezes
rastrear o processo todo muito complexo.
O artigo sétimo refere-se à memoria com os mesmos critérios descritos na lei de
criação do corpo, mas concretizando no oitavo que os concorrentes seriam chamados à
apresentação da mesma assim como do seu curriculum com uma antelação mínima de
sessenta dias hábeis, momento em que o tribunal entregaria aos mesmos os
questionários para as provas a seguir.
Com respeito aos seis exercícios que compunham o concurso, pontualizou-se e
modificou-se em parte o seguido na última convocatória, embora o tomasse como
modelo. Assim, após a apresentação numa hora da memória e méritos, a segunda
atividade de três horas de duração consistiu em desenvolver dois temas iguais para
34 todos os opositores e extraídos à sorte de modo escrito entre um questionário de dez
temas de Museologia e cinco sobre legislação.
O terceiro e o quarto exercícios a realizar em quatro horas tinha o mesmo
sistema que o anterior mas no primeiro caso o questionário estava formado por trinta
temas sobre Pré-história e Arqueologia, e no segundo entre quarenta temas sobre
História da Arte e Artes Sumptuárias e Populares.
A quinta e sexta tarefa eram de carácter prático ao ter que reconhecer, classificar
e taxar raçoadamene dez objetos ou lâminas pré-históricas ou arqueológicas, incluído
epigrafia antiga e numismática no primeiro dos casos ou de Belas-Artes e Artes
Sumpturarias e Populares no segundo.
Em definitiva, o sistema conservava do anterior uma fase prévia, mas também
defendida publicamente no primeiro exercício, sobre o curriculum, e portanto formação
e desenvolvimento profissional dos aspirantes assim como uma extensa memória com o
fim de conhecer o seu método de trabalho e ideais concretos sobre a instituição em
questão. A segunda tarefa supunha conhecer e valorar o marco legal em que se
enquadram os museus e as características próprias da ciência na que nascem. Os quatro
exercícios restantes conetavam-se entre si, de tal modo que o terceiro e o quinto, e o
quarto e o sexto tratavam as mesmas temáticas, mas os primeiros desde o plano teórico
e os segundos desde o plano prático.
Igualmente estabeleceu-se que, embora os exercícios fossem de carácter escrito,
estes eram julgados em sessão pública de modo oral, não sendo possível realizar mais
de um por dia. Esta mudança deveu-se ao objetivo de agilizar o processo de correção,
vista a grande afluência doutros anos, assim como tentar fazer do concurso um processo
transparente. Há que lembrar aqui que estes são os concursos no ramo da cultura e em
relação com os museus que mais importância e prestígio concedem aos seus
concorrentes, motivo pelo qual um decreto (España: 1973e) deste mesmo ano confere o
mesmo coeficiente multiplicador a acrescentar ao ordenado básico, quatro e meio que
aos facultativos do corpo que se desligam.
O artigo doze estabeleceu que este sistema podia ser alterado para se adaptar ao
acervo e às características especiais dos museus que assim o requeressem. Este facto
ocasionara, segundo a nossa teoria, o surgimento de categorias de museus, dependendo
do questionário do concurso de ingresso.
35 Além disso, este decreto salientou, no referente ao concurso de méritos, que se
as vagas podiam ficar vazias no caso de que nenhum dos concorrentes reunisse o
demandado.
Por último, embora este decreto derrogasse o anterior de 1965 que classificava
os museus em função de três categorias, o certo é que estas diferenças se observam ao
analisar as distintas convocatórias realizadas segundo o novo sistema.
Assim o primeiro concurso livre foi convocado após outro de méritos (España:
1973f) que permitiu aos já funcionários mudarem de destino e em que das trinta e nove
vagas abertas só se cobriram cinco (Museo Nacional del Prado, Museo del Pueblo
Español, Museo de Málaga, Museo Nacional de Cerámica y de las Artes Suntuarias de
Valencia, e Museo de Zaragoza) (España: 1974b), infelizmente este processo não foi
tão transparente como o concurso livre, não sendo possível estabelecer, ao não serem
publicadas as listagens, o número de concorrentes. Porque as duas vagas para o Museo
Español de Arte Contemporáneo de Madrid ficaram desertas, o qual pôde dever-se à
falta de aspirantes, facto improvável mas que de ser assim desmontaria a teoria de
Torreblanca (2009: 114) sobre o desejo de muitos facultativos de irem trabalhar para a
capital, ou por falta de preparação dos mesmos.
Para ter constância das fases do processo livre, e pondo como exemplo o
primeiro convocado, o primeiro que se fazia era convocar através de uma ordem
(España: 1975a) na qual aparecia o número de vagas e o carácter dos museus, neste caso
dezoito para museos generales, o que quer dizer uma vez vista a listagem, museus
provinciais de carácter arqueológico com uma única exceção de acervo de Belas-Artes.
Com respeito aos requisitos necessários estabelece-se o citado na norma, porém
permite-se concorrer a quem não tenha realizado o ano de práticas profissionais
obrigatórias por ser a primeira convocatória que segue este sistema, obrigando isso sim
a sua realização no caso de serem os ganhadores.
Posteriormente deviam sair as listagens provisionais de admitidos e excluídos
(España: 1975b), concorrendo neste caso cento e trinta e uma pessoas, setenta e cinco
homens e cinquenta e seis mulheres tal e qual mostra o anexo III. Existia além disso a
oportunidade de corrigir os seus erros ou falta de documentação antes da publicação da
relação final.
Posteriormente e em diversas ordens ou resoluções que podiam aparecer
agrupando várias questões o não, eram publicados a configuração do júri (España:
1975c), a data em que seria realizado o sorteio que expunha a ordem a seguir através da
36 escolha à sorte de uma letra do abecedário (España: 1976b), a chamada aos
concorrentes para o primeiro exercício e a publicação das listagens de aprovados
(España: 1976h) e finalmente a nomeação como funcionários (España: 1976k) e outras
correções. Neste primeiro caso, das dezoito vagas convocadas só duas foram ganhas
por mulheres, sendo necessária, além disso, uma correção final para arranjar os erros de
destinos e de cargos a desenvolver (España: 1976l).
Portanto, este processo era largo e de difícil seguimento por parte dos
participantes já que há que ter em conta que o Boletín Oficial del Estado (BOE) só
estava disponível nas câmaras municipais no caso de cidades pequenas e não existia um
calendário preestabelecido que os ajudasse a orientar-se. Além disso, eram muito
frequentes os erros e as correções, sendo às vezes os próprios concorrentes a
reclamarem por existirem muitas gralhas na transcrição, não figurando os seus dados
pessoais corretamente. Depois do estudo das diversas convocatórias, podemos indicar
que todo o processo costumava demorar por volta de dois anos.
Dentro das convocatórias há que distinguir as denominadas de especial
preparación que adaptavam o sistema anteriormente exposto ao acervo e à característica
da instituição em questão, sendo assim um processo mais elitista, o número de
concorrentes era menor e pelo mesmo costumava-se a resolver num ano embora tivesse
os mesmos problemas burocráticos que o explicado anteriormente.
Assim o inquérito destas provas simplesmente indicava na sua convocatória e de
maneira muito geral o tema global do qual depois iam oferecer aos concorrentes o
inquérito específico, mas só dois meses antes do início das mesmas, com o que deviam
preparar a cegas o material de estudo e depois adaptá-lo às exigências. Por este motivo,
às vezes as convocatórias especiais distam pouco daquelas que têm um carácter geral ao
acrescentar só palavras concretas referentes à períodos artísticos (escultura espanhola
dos séculos XIII-XVIII; cultura material do Islão, arte flamenco, arte contemporânea, )
ou históricos (da pré-história à mudança de era, período romano republicano) ou a
diferentes objetos (gravuras, estampas, móveis) ou a diversas zonas geográficas (levante
espanhol), sendo a primeira vez que se especificam “temas sobre los fondos específicos
del museo” no ano 1977 (España: 1977l) após cinco convocatórias de carácter especial;
a primeira vez que se concretizaram as matérias afins precisas para um bom
funcionamento do labor investigativo, tal e qual dispôs a norma geral (España: 1973a),
no concurso do Museo Arqueológico Nacional para a secção de pré-história (España:
1982a) ao indicar que seriam matéria do terceiro exercício a paleontologia e a geologia
37 e sendo numerosos os exemplos posteriores (arqueologia submarina, etnografia,
medalhística); e a primeira vez que aparece a necessária vinculação do museu com o seu
entorno no concurso ao Museo Arqueológico de Sevilla (España: 1983f).
É muito interessante comprovar neste sentido como apesar de terem
desaparecido as classificações por tipos dos museus (España: 1965a) estas podem
apreciar-se nestes casos no relativo às de tipo C abrangendo museus de Belas-Artes
como o Museo Nacional de Escultura de Valladolid (España: 1976c), Artes y
Costumbres Populares de Sevilla (España: 1976d); Museo Nacional de Cerámica y de
las Artes Suntuarias de Valencia (España: 1976e), Museo Hispano-Musulmán (España:
1976j), Museo Nacional del Prado (España: 1977l) (España: 1977n) (España: 1982ab)
(España: 1979ag) (España: 1982w) (España:1983ab), Museo Español de Arte
Contemporáneo (España: 1977m) (España: 1977t) (España: 1979ai) (España: 1983ak),
Museo Sorolla (España: 1977s), Museo Arqueológico Nacional (España: 1978aa)
(España: 1979ad) (España:1982a) (España:1982aa) (España:1983av), Museo Sefardí de
Toledo (España: 1979ah), Museo de América (España: 1979x), Museo Nacional de
Arqueología Submarina (España: 1982r), Museo Nacional Altamira (España:1982s),
Museo de Bellas Artes, Casa de los Tiros y de Arte Contemporáneo de Granada
(España: 1982t), Museo Arqueológico de Valladolid (España: 1983an), Museo Canario
(España: 1983ap), Museo del Pueblo Español (España:1983az), Museo HispanoMusulmán
de
Granada
(España:1983b)
e
Museo
Arqueolígico
de
Sevilla
(España:1983f).
É também significativo que dentro destes concursos os grandes museus como o
Museo Nacional del Prado, Museo de Arte Conemporáneo ou Museo Arqueológico
Nacional diferenciam-se entre as suas secções. No primeiro caso, foram três os
departamentos a concurso: pintura flamenca do século XVII (España: 1977l)
acrescentando cinco anos depois a holandesa do mesmo século (España: 1982ab),
pintura espanhola dos séculos XVI e XVII em dois convocatórias (España, 1982w)
(España: 1983ab) e a especialidade em desenho (España: 1979ag), destacando que se o
número de vagas sempre foi uma, o número de concorrentes, entre dois e oito, era muito
menor em proporção aos de carácter geral, o qual julgamos que é devido ao específico
da temática.
Não aconteceu o mesmo com as vagas para os concursos do Museo Español de
Arte Contemporáneo que receberam mais solicitudes, de dezoito a vinte e oito, o qual
na nossa opinião é devido a que se o carácter é especial, não é tão concreto como no
38 caso anterior ao indicar só o âmbito de escultura (España: 1977m) e pintura (España:
1977t), ou nem sequer como nos anos 1979 (España: 1979ai) e 1983 (España: 1983ak),
destacando no primeiro caso que o concurso é partilhado com o Museo de Bellas Artes
de Sevilla na sua secção de arte contemporânea.
O caso do Museo Arqueológico Nacional é também diferente porque apresenta
as suas duas primeiras convocatórias na secção de antiguidades gregas e culturas afins
ao Egeo e Estrusco-Itálicas (España: 1978aa) e arqueologia egípcia e do Cercano
Oriente (España: 1979ad), dois e um concorrentes respetivamente para uma vaga, no
entanto as três seguintes para o departamento de pré-história (España: 1982a),
arqueologia cristã (España: 1982aa) e numismática (España: 1983av) para uma só vaga
apresentaram-se treze, onze e onze solicitudes respetivamente. Nestes últimos casos há
que salientar que a vaga ficou deserta (España; 1983aj) por não ultrapassar a primeira
prova de curriculum e memória nenhuma dos seus concorrentes, o qual também
aconteceu com a secção de numismática (España: 1981c) cinco anos antes num
concurso de carácter geral (España: 1979m) o que levou a convocar posteriormente com
carácter especifico. Estes factos de deixar vagas vazias de carácter específico no
primeiro dos exercícios desliga que o júri considerou que nenhuma das pessoas tinha a
bagagem necessária ou a formação suficiente para as demandas do trabalho.
Isto supõe na nossa opinião uma classificação encoberta de museus, distinguindo
entre aqueles mais importantes pela categoria dos seus acervos cujos funcionários
realizam um concurso específico e adaptado as suas características frente aos concursos
doutras instituições, nomeadamente museus provinciais de tipo arqueológico. É também
possível apreciar que estes últimos têm quadros mais exíguos que os anteriores e que as
suas vagas ficam vazias nos concursos de méritos para traslados convocados ano trás
ano. Assim, do 68% de vagas a concurso de traslados publicados para províncias só se
cobrem um 16% das mesmas, embora no caso da capital são ocupadas um 33% das
mesmas.
Este sistema planteia, como já se tem dito, a possibilidade de deixar a vaga
vacante no caso de que nenhum dos concorrentes tenha a formação precisa nos
concursos de méritos, não ultrapasse todas as provas, ou não se candidate ninguém.
Nesta primeira etapa este caso aconteceu cinco vezes, no caso do Museo de Arte
Hispano-Musulmán de Granada (España:1980y), convocado de novo após de três anos
(España:1983b); do Museo Arqueológico Nacional na sua secção de numismática
(España: 1981c) e de arqueologia medieval cristã (España: 1983aj), convocados
39 posteriormente através de uma convocatória novamente específica (España:1983av) e
no segundo através de uma geral ao mudar o sistema de ingresso (España 1985j); do
Museo Nacional de Etnología (España: 1981e), convocado novamente trás quatro anos
(España:1985j); do Museo de Bellas Artes, Casa de los Tiros y Arte Contemporáneo de
Granada (España: 1984a) que nunca foi ofertada nos anos sucessivos devido ao
traspasso das competências em matéria de cultura à comunidade de Andalucía no ano
1984.
Em definitiva, esta demora nas ofertas de vagas que ficaram desertas planteia o
problema não só da lentidão do sistema no que respeita a sua resolução mas também na
própria origem do mesmo e dos inconvenientes que isto gera nas instituições, ao ter que
esperar anos para completar o seu quadro.
Por último, indicar que após a aprovação da Constitución Española
(España:1978z) na qual se planteou o sistema autonómico através dos seus estatutos e
posteriormente o traspasso das competências às comunidades autónomas, que no
relativo à cultura se desenvolveu de 1982 até 1984, rapidamente devido a que era o
âmbito necessário para constituir e justificar as raízes de cada uma delas (Mariné: 2001,
79-80), o que adveio em que estas assumiram a gestão dos museus e do seu pessoal,
porém sem especificar nos convénios de traspasso à gestão o marco normativo próprio
que assegurasse o recrutamento unitário e que provocou uma fragmentação entre os
diversos profissionais de museus segundo o seu local de trabalho (Fariña: 2001,91).
Portanto supôs que a maior parte dos museus a cargo do corpo ficaram a cargo
das distintas comunidades e a perda da gestão de instituições que até agora eram
habituais nos diversos concursos como pode ser o Museo Hispano-Musulmán de
Granada ou o Museo Nacional de Cerámica y Artes Sunturarias de Valencia, assim
como os museus provinciais, os mais numerosos no corpo. Ainda assim, os
conservadores que acederam às ditas vagas e ao corpo facultativo estatal seguem
mantendo a sua consideração e estatus.
Segunda etapa: 1984-1998.
A Ley 30/1984 de medidas para la reforma de la función pública (España: 1984,
185) planteou a reforma do regime de funcionários devido, tal e qual nela aparecem, à
grande variedade de normas que o regiam, muita delas obsoletas, e pela construção das
comunidades autónomas com o fim de aproximar a administração aos cidadãos. Para
isso se unificaram os corpos e as escalas internas dos mesmos com o objetivo de
40 possibilitar a dispersão dos seus profissionais. Estabeleceu igualmente no seu artigo
doze que os funcionários transferidos às diversas comunidades autónomas, eram
integrados na sua organização sempre respeitando o corpo, escala de procedência e os
direitos económicos e pessoais.
Além disso, no artigo dezoito estabeleceu-se que a administração pública devia
publicar anualmente e em função das prioridades políticas e económicas a oferta de
empleo pública que possibilitasse conhecer com anterioridade as vagas que iam sair a
concurso de cada corpo. Os dados recolhidos destes documentos têm sido estudados e
agrupados em gráficas no anexo número IV do presente trabalho, destacando que o
corpo de conservadores tem tido um crescimento menor do que aquele que se desliga e
do que aquele de ajudantes, mas há que ter em conta que este último serve aos dois
anteriores.
Por último, ressaltar neste sentido que no artigo vinte e dois se indicou que a
administração tem o dever de permitir o acesso ou o ascenso desde corpos ou escalas
inferiores a outras superiores sempre e quando os concorrentes cumprissem com os
requisitos de titulação exigida e superação de provas. Deste modo o artigo relativo ao
corpo facultativo de conservadores (España: 1985i) estabeleceu que para poder aceder
ao corpo por este sistema era preciso ser licenciado, engenheiro ou arquiteto, e ter uma
antiguidade mínima no corpo de Ayudantes de Archivos, Bibliotecas y Museos de três
anos desenvolvidos na última destas secções. Há que destacar que para entrar a este
corpo de categoria inferior só se precisava a formação de diplomado, engenheiro técnico
ou arquiteto técnico. Além disso, no artigo quarto se expôs que teriam preferência para
cobrir vagas frente aos concorrentes de livre acesso.
Neste sentido o estudo dos dados mostram como desde 1985 até 1998 o número
de vagas recolhidas em ambos documentos é igual, não entanto a partir de então varia
devido a que as chamadas vagas de promoción interna deixam de contar como de novo
ingresso e só aparecem nas convocatórias ministeriais, sendo a deviação refletida no
gráfico do anexo V.
Além disso, dentro do primeiro período citado, a regra exposta não é cumprida
sempre, assim as vagas ofertadas em 1990 são convocadas um ano depois. Esta demora
foi também o motivo pelo qual em 1992 as quatro vagas dispostas na oferta de emprego
pública não foram nem sequer convocadas devido a que no ano seguinte se suspende a
oferta pública ao serem autorizadas só por motivos de crises os concursos relativos à
justiça, sanidade, instituições penitenciárias e educação (España: 1993a). Igualmente, é
41 muito significativa a convocatória de quarenta e quatro vagas no ano 1994 sem serem
estas previamente publicitadas na oferta de emprego pública devido ao seu carácter
especial para pessoal laboral.
Portanto, este segundo capítulo em que se tem dividido a história do corpo no
presente trabalho planteia melhoras no sistema tendo em conta que embora fosse com
pouca antecedência, já que as ofertas de vagas públicas costumavam ser publicadas nos
três primeiros meses do ano, permitiam aos possíveis concorrentes conhecer se esse ano
iam ser convocados os concursos, as vagas existentes e sopesar o tempo disponível, o
esforço e inclusivamente começar a preparar o seu inquérito e estudar. Há que ter em
conta que segundo os testemunhos orais recolhidos e opiniões em foros sobre as
mesmas, o tempo médio para se candidatar por primeira vez a estas provas é de dois
anos.
Um dado desfavorável neste caso é que a partir deste momento deixaram-se de
publicar nas convocatórias de concursos os nomes dos destinos e o número de vagas
para cada um deles. Este facto que pode resultar fútil é importante se temos em conta a
grande dispersão geográfica do país e que também remete para a adequação dos
inquéritos as vagas convocadas, facto este analisado posteriormente neste trabalho.
A verdade é que, após o estudo da escassa bibliografia existente sobre o tema,
existem posturas encontradas. De um lado há quem considera esta lei como o principal
problema e causa dos atuais problemas do corpo. Assim, é considerado que a reforma
supôs para o mesmo a perda da especificidade própria ao ter que regular-se num marco
administrativo mais restringido perdendo as características próprias que muitos anos
tinha custado ganhar (Fariña: 2001,91). Também é criticado por pôr fim a especialidade
dos corpos já que só ficaram reservados os relativos a médicos, advogados e arquitetos e
por estabelecer um sistema retributivo baseado em níveis pessoais que remunera aos
funcionários segundo a função e natureza de trabalho, porém supõe que se se deseja
melhorar economicamente, deve concorrer-se a vagas melhor dotadas, o que leva ao
abandono de vagas de trabalho para as quais são precisos anos de formação e prática
(Torreblanca: 2009, 228-229). Igualmente é criticada pela mudança que supõe no
sistema de ingresso ao corpo, ao eliminar as vagas especializadas por áreas de
conhecimento e acervos (Losada: 2001, 75).
Por outra parte, apreciam nela aspetos positivos como o facto de solucionar o
problema dos quadros orgânicos e o fim definitivo do critério da antiguidade nos
concursos de traslados em favor dos méritos dos concorrentes (Torreblanca: 2009, 228).
42 Começando agora com o estudo individualizado das nove convocatórias gerais
deste segundo capítulo de 1984 até 1998, sendo em 1985 quando se convocou um novo
concurso (España: 1985j) de provas para ingresso no corpo, o primeiro após a lei de
reforma da função pública e que mostra as novas características do mesmo.
Desta maneira pode apreciar-se, tal e como se indica, que das quarenta e uma
vagas, oito delas se reservaram para a promoção interna, porém se se permitisse que
estas vagas passassem ao sistema livre, no caso de não serem cobertas, era preciso ser
funcionário do corpo de ajudantes de arquivos, bibliotecas e museus com uma
antiguidade mínima de três anos na última das secções.
A partir deste momento deixaram-se de publicar as listagens de admitidos e
excluídos para o fazer só destes últimos, motivo pelo qual já não é possível estabelecer
a relação entre o número de vagas, temas e concorrentes que foi feito para a etapa
anterior. Este novo sistema tem o inconivente de que os aspirantes cujo nome não se
encontrava na listagem de excluídos deviam confiar que os seus dados tinham sido
corretamente transcritos e que de facto estavam na listagem dos admitidos a concurso
disposta no quadro de anúncios do Ministerio de Cultura em Madrid ou nas
Delegaciones Provinciales do mesmo. O sistema, para evitar este tipo de inconvenientes
e como de facto, visto as convocatórias anteriores, os erros eram muito comuns,
estabeleceu-se que aqueles que não estivessem nas listagens finais podiam realizar a
prova à espera de uma resolução da sua situação se apresentavam o certificado de ter
pago os direitos a exame.
A convocatória constava de duas partes, uma primeira de quatro exercícios de
carácter eliminatório e uma segunda de um curso de formação e período de práticas. Um
facto interessante é que indicou no artigo seis não só o conteúdo e as características das
provas, mas também as datas das mesmas, deviam ter começado na segunda quinzena
do mês de junho e ter tido finalizadas o dia trinta de setembro. Apesar da melhora que
isto supôs ao terem os concorrentes um período fixado, o calendário não se cumpriu
devido às três modificações que sofreu o tribunal (España: 1985m) (España: 1985n)
(España: 1985r) pela abstenção de alguns dos seus membros, e isto fez com que fosse
resolvida três meses depois do previsto (España: 1986a).
O primeiro dos exercícios consistia no desenvolvimento por um tempo máximo
de três horas e por escrito de um tema, que devia ser lido posteriormente em público.
Este tema era escolhido por parte do concorrente entre duas propostas que fazia o
tribunal dentre quinze temas de carácter geral sobre museologia, legislação e gestão de
43 museus, contidos no anexo um da convocatória, o que permitiu uma melhora muito
significativa respeito às anteriores ao poderem os aspirantes elaborarem os seus temas
de estudo com seis meses de antelação ao início das provas. A tarefa era avaliada com
dez pontos sendo precisos ao menos cinco para passar. No caso dos concorrentes,
devido ao sistema de promoção interno, estavam isentos de realizarem esta prova. É por
isso que a tenor da última convocatória publicada para este corpo (España: 1982g), que
se validou o inquérito desta primeira prova ao concurso de conservador com a terceira
de ajudante, devido à sua dedicação em exclusiva a dez temas sobre museologia mais
orientados à labor técnica e prática destes nos museus.
No inquérito formado por quinze temas pode apreciar-se como se articula de um
lado a base legislativa na qual se desenvolviam os museus ao incorporarem a lei sobre
património histórico-artístico; a Constituição e a competência da administração ou a
legislação relativa aos museus na Espanha. Doutro lado, aspetos relativos aos labores
diários dos centros ao demandar: problemas e soluções do acervo; as tendências atuais
na documentação museística ou critérios de restauro de obras de arte. Também é muito
interessante como dedica três temas à função educativa do museu, um deles para o
público e modos de difusão e outro em relação da instituição com o património cultural
do entorno, facto este que o conectam com outro dedicado ao museu como centro de
investigação. É igualmente significativo que só um deles estivesse relacionado com a
museografia, ficando incluído como um apêndice ao dedicado aos museus e arquitetura
e não por exemplo às exposições temporais ou itinerantes.
A segunda tarefa consistiu numa prova de línguas estrangeiras, o concorrente
devia demostrar o conhecimento de duas línguas mínimo, uma como principal e outra
complementária. A prova para o idioma principal tinha várias partes, de um lado com
carácter obrigatório deviam traduzir um texto profissional proposto pelo tribunal de uma
extensão máxima de quinze folhas em hora e meia com ajuda do dicionário; doutro com
carácter voluntário, deviam ler um texto também de carácter profissional em cinco
minutos e dialogar com o júri na língua correspondente durante dez minutos.
No caso do idioma complementário, era preciso realizar um resumo ou
comentário em castelhano de um texto de carácter profissional de não mais de quinze
folhas com ajuda do dicionário e uma preparação de uma hora.
A prova era avaliada sobre dez pontos na parte obrigatória e com até cinco na
voluntária, mas sendo preciso obter um mínimo de dez para passar à seguinte fase com
44 o que a realização da tarefa voluntária era quase indispensável para se assegurar a
ultrapassar.
Esta prova supõe uma constatação dos méritos que dantes eram alegados no
primeiro dos exercícios (España: 1973a), mas que no caso dos concorrentes por
concurso interno eram eximidos. Esta exceção se deve a validação deste exercício com
o segundo daquelas, no qual se pedia aos seus concorrentes que traduzissem ao
espanhol ao menos quinhentas palavras de um texto em francês ou inglês de tipo
profissional escolhido pelo tribunal em duas horas e com ajuda do dicionário (España:
1982g).
O terceiro exercício consistiu no desenvolvimento por escrito durante um
máximo de cinco horas de dois temas iguais para todos escolhidos ao azar pelo júri em
presencia dos concorrentes, tendo de ser obrigatoriamente um sobre o inquérito de
arqueologia, outro sobre etnologia e outro sobre belas-artes. As tarefas lidas
posteriormente em sessão pública eram pontuadas de zero a dez, sendo necessário um
mínimo de quinze pontos para passar e tendo que obter um mínimo de cinco pontes em
cada uma delas para poder elaborar a meia.
Assim no caso do inquérito de arqueologia após dois temas de carácter
introdutório a esta ciência e no qual se citam especificamente a arqueologia analítica,
arqueometria e arqueologia experimental, o qual conecta com a aparição sobre um da
moeda como documento histórico e outro sobre a epigrafia como fonte histórica. Entre
os relativos às diversas etapas na península e concertados nas distintas zonas
geográficas em que se desenvolvem ou tem maior relevância apareciam o neolítico,
megalítico, pré-romano, cultura orientalizante, ibérica com dois e romana com três.
Com respeito à etnologia tratava temas relativos a aspetos teóricos e das diversas
correntes como o evolucionismo, estruturalismo ou o simbolismo com outros sobre a
família, a ecologia cultural a mitologia popular, as festas ou a viticultura e só um de tipo
prático sobre a metodologia do trabalho de campo.
No relativo à secção de belas-artes o inquérito abrange desde a etapa islâmica
até as trás- vanguardas, destacando a importância dada a Velázquez, quem tem um tema
para si, e a mitologia da arte barroca espanhola.
A comparação entre o inquérito deste exercício e as vagas a concurso, disposta
no anexo VI, revela por um lado que se concede maior importância às belas-artes que ao
resto de secções, nas que se incluem a museologia, a legislação e a gestão de museus,
apesar de ser estas as únicas matérias comuns a todas as instituições. Destaca o caso do
45 Museo Nacional de Ciencia y Tecnología cujo acervo não se vê representado em
nenhum dos temas, e a dos museus de tipo etnológico Museo Nacional de Etnología e o
Museo del Pueblo Español que havendo um 7% das vagas a concurso dispõe de um
22% do inquérito, a isto haveria que acrescentar um 15% doutros de variada tipologia
como são o Museo de América, o Museo de las Peregrinaciones de Santiago, o Museo
Sefardi de Toledo e o Museo Toledo Casa del Greco o que somaria um 22% do total de
instituições.
A quarta tarefa era a elaboração por escrito, e exposição pública depois, durante
um máximo de quatro horas de comentários de lâminas ou objetos, nunca em número
superior a quinze, tendo que reconhecer, classificar, dar referências bibliográficas e uma
taxação raçoada dos mesmos pudendo escolher a metade mais uma da mesma categoria
e dividendo o resto entre as duas restantes.
Deste modo unificaram-se em quatro as provas com respeito ao sistema anterior
(España:1973a), no qual o terceiro e quarto exercício por um lado e o quinto e sexto por
outro eram iguais, o que suponha uma maior dificuldade para os concorrentes e uma
demora no processo de resolução do concurso.
Neste novo sistema melhorou-se também este último aspeto ao indicar a ordem,
baseada num sorteio aleatorio das letras do abecedário, que ia ser seguida assim como o
modo e os tempos para o contacto com os concorrentes, poupando desta forma parte das
antigas resoluções.
Por último, no relativo ao concurso seletivo de um máximo de seis meses de
duração diremos que tratava sobre critérios de gestão económico-administrativa; gestão
de pessoal, instalações museográficas; museologia e legislação. E em definitiva, e tal e
qual diz a convocatória da aprendizagem das técnicas próprias da profissão através de
estágios nos centros museísticos, reforçando deste modo àquelas matérias tratadas no
primeiro dos exercícios desde um lado prático, este curso era qualificado de apto ou
não, pelo qual não afetava a soma de pontos que os concorrentes tinham obtido durante
o processo todo e o sistema usado para a escolha de destinos. No caso de não passar o
mesmo, os concorrentes podiam-se incorporar ao seguinte ficando com a mesma
qualificação final que o último dos novos concorrentes, o que supunha, se temos em
conta a grande demanda, que não ia escolher destino e que nem sequer, e muito
provavelmente, ficaria sem vaga. Os aspirantes que tendo superado todos os requisitos
fiquem sem vaga, serão nomeados funcionários de carreira à espera de uma,
permanecendo à prestação de serviços de carácter temporal. Este facto, apesar de ser
46 muito interessante por possibilitar que as vagas, que devido a excedências ou traslados a
outras instituições ou administrações ficassem vazias pudessem ser rapidamente
ocupadas, embora fosse de maneira temporal, não tem sido usado a tenor dos
documentos revisados em que nem sequer se publica dita listagem.
A seguinte convocatória publicada dois anos depois, (España: 1987c) ofertou
duas vagas, uma para promoção interna e outra livre. Neste sentido abriu-se por
primeira vez a todos os funcionários do corpo B a possibilidade de participar no sistema
de promoção interna sempre que tivessem uma antiguidade de três anos nele. Esta nova
oportunidade de concorrer qualquer funcionário do corpo inferior, rompeu com a regra
disposta na ordem de acesso através de promoção interna (España: 1985i), que
estabeleceu que fosse preciso ser funcionário no corpo de ajudantes e ter desenvolvida
um labor mínimo de três anos na secção de museus.
A novidade resultou que foi qualificado o primeiro dos exercícios relativos à
museologia e gestão de museus como apto ou não apto, o que suporia dar mais
importância à prova de idiomas e, sobretudo ao conhecimento das coleções que à
própria ciência museística. Além, há que citar que dele estavam isentos os concorrentes
por promoção interna que provinham do corpo de ajudantes de arquivos, bibliotecas e
museus. A utilização aqui do tempo verbal condicional não é fútil devido a que não tem
sido possível procurar a resolução desta convocatória, defendendo a teoria de que o bem
nunca chegou a se celebrar ou ficou deserta ao não aparecer no diretório de
profissionais (España: 2014e) nenhum conservador, em serviço ativo ou no histórico,
que tenha acedido ao corpo nesse ano ou no seguinte e estando além disso todos eles
registados nos BOE de nomeação de funcionários e nas suas convocatórias.
Neste sentido é também significativo o modo em que o terceiro dos exercícios
passou a abranger mais um tema, tendo, portanto os concorrentes que escrever nas
mesmas cinco horas, um tema sobre arqueologia, etnologia, belas-artes e eis aqui a
novidade em legislação, que se desligou de museologia e gestão.
Em quanto ao inquérito do primeiro exercício relativo à museologia e gestão há
que destacar que além de dedicar um tema ao conceito de museu, aparecem três
relativos à museografia ao demandarem as correntes internacionais nesta ciência, a
problemática na iluminação e os elementos para a exposição das coleções e a sua
informação complementaria.
No relativo à secção de arqueologia destaca o tema da cerâmica muçulmana, já
que na anterior convocatória este período histórico tinha sido incluído nas belas-artes, o
47 qual demonstra a dificuldade de diferenciar ambas as categorias. Em belas-artes há que
ressaltar temas tão concretos como as igrejas columnarias em Castilla La Mancha no
século XVI; tipologia e mestres de grades espanholas do século XVI ou a mobília
castelhana do século XVII.
Por último, a secção de legislação especifica além da constituição, os estatutos
de autonomias e as competências das mesmas dedica especial atenção à lei de medidas
(España: 1984t) e às suas consequências no plano administrativo da administração,
enquanto um dos quinze temas foi destinado a acordos e tratados internacionais sobre
proteção do património histórico, não fazendo nenhum tipo de referencia às normas e
organismos internacionais.
Em 1987 publicou-se o Reglamento de Museos de Titularidad Estatal y del
Sistema Español de Museos (España: 1987d) vigente até nossos dias com uma ligeira
modificação (España: 1994b) no relativo ao acesso gratuito aos mesmos.
Na introdução à publicação estabeleceu-se a nova lei de património (España:
1985p) que especifica um novo conceito de museu, no qual têm grande importância os
serviços que deve prestar à sociedade, pela demanda naquele momento e princípios de
museologia era preciso contribuir à configuração dos museus nos aspetos materiais e
jurídicos sendo o regulamento o que dotaria a estas instituições dos instrumentos
básicos administrativo, técnico e científico para o seu labor. Para isto, o regulamento ia
fixar as áreas de trabalho e normas básicas a seguir.
O regulamento estabeleceu no seu primeiro artigo a definição de museu como:
Museo son las Instituciones de carácter permanente que adquieren, conservan,
investigan, comunican y exhiben, para fines de estudio, educación y contemplación,
conjuntos y colecciones de valor histórico, artístico, científico y técnico o de cualquier
otra naturaleaza cultural
distinguindo no segundo artigo entre as suas funções seis delas: a conservação,
catalogação, restauro e exibição ordenada das coleções; a investigação no âmbito das
suas coleções ou especialidade; a organização periódica de exposições científicas e
divulgativas acordes com a sua natureza; a elaboração e publicação de catálogos e
monografias do seu acervo; o desenvolvimento de uma atividade didática respeito às
suas coleções; e qualquer outra que pudesse surgir por disposição legal.
O regulamento além de estabelecer o modo de surgimento dos museus estatais, o
seu regime, os tipos de coleções e o seu tratamento administrativo expôs no capítulo VI
48 as áreas básicas que devia ter a instituição além da direção que deve dirigir e coordenar
os trabalhos relativos ao tratamento administrativo e técnico dos fundos; organizar e
administrar a prestação de serviços; adotar medidas necessárias para a segurança;
elaborar e propor o plano anual de atividades e a memoria anual de atividades que dê
conta das mesmas.
A área básica de conservação e investigação tem como funções a identificação,
controlo científico, preservação e tratamento do acervo do museu, tendo portanto que
desenvolver tarefas de elaboração de instrumentos e descrição precisas para o análise
científico; exame técnico e analítico dos programas de preservação, reabilitação e
restauro; a elaboração e execução de programas de investigação no âmbito da
especialidade do museu; e a redação de publicações científicas e divulgativas.
A segunda das áreas básicas, a de difusão, encarrega-se da exibição e montagem
dos fundos com o fim de conseguir o objetivo de comunicação, contemplação e
educação encomendados aos museus.
A terceira das áreas básicas corresponde à administração com funções relativas
ao tratamento administrativo dos fundos, à seguridade destes e à gestão económica e
administrativa da instituição.
Por último destacar no contexto de interesse do presente trabalho a disposição
final que indica que é labor das comunidades autónomas a provisão de vagas de
trabalho dos museus de titularidade estatal que estejam ao seu cargo.
Contudo, considera-se que o documento ficou vazio e que não aprofundaram em
aspetos essenciais que definissem uma atuação mais concreta, sobretudo no relativo à
regulação do pessoal, às dotações orgânicas e à estrutura interna, temas que apesar de
ser tratados pelos conservadores consultados não foram debatidos pelo medo da
administração central a que fossem vistos como uma volta ao sistema centralista após os
traspassos das competências às comunidades (Fariña: 2001, 92).
Igualmente, é considerado que se bem define todas as suas áreas de trabalho e
funções a desenvolver pelos seus profissionais, a norma não dispõe como o fazer não
fazendo nenhum tipo de referência aos recursos precisos para o seu desenvolvimento
(Losada: 2001, 74).
Em 1988 (España: 1988b) convocou-se um novo concurso para quatro vagas,
duas delas para promoção interna, seguindo o esquema do último, mas aumentando na
primeira das provas a dois os temas a desenvolver entre três escolhidos aleatoriamente
sobre museologia e a quatro as horas para fazê-lo. Além disso, alterou a ordem dos
49 exercícios passando a ser o de língua o último, indicando que o idioma principal devia
de ser inglês ou francês, e que seria qualificado de apto ou não apto. Esta mudança
supôs que na eleição de vagas, baseada na pontuação total obtida, escolhessem primeiro
aqueles que tivessem demonstrado um maior conhecimento nas coleções dos museus,
na legislação e na sua aplicação prática. O inquérito para as provas neste caso foram
exatamente iguais nos items de museologia, gestão de museus e legislação que na
anterior convocatória, existindo algumas mudanças nas três categorias restantes embora
pouco significativas, exceptuando a incorporação do tema da arqueologia subaquática
para se adaptar à vaga do Museo Nacional de Arqueologia Subacuática junto com à do
Museo de Altamira mais duas impossíveis de identificar devido a que não se publicaram
os nomes das instituições nem as siglas das províncias, além de não responderem os
afetados à solicitude de informação (España: 1989f).
No ano a seguir (España: 1989c) convocaram-se dez vagas, quatro para
promoção interna, à qual agora podiam concorrer com só dois anos de antiguidade no
corpo de origem, cinco por sistema de acesso livre e uma dependente da comunidade de
Castilla León que presentam o mesmo problema para o seu estudo que a anterior ao só
indicar a província e não a instituição na resolução da convocatória (España: 1990d).
Deste modo, só é possível indicar com certeza que existia uma vaga para o Museo de
Altamira, o Museo Nacional de Arqueología Subaquática e o Museo de León, porém
através dos dados oferecidos pelos próprios conservadores é possível indicar que o resto
foram para o Museo del Pueblo Español, Museo Aqueológico Nacional com duas vagas,
Casa-Museo del Greco de Toledo, Museo Nacional de Escultura de Valladolid e o
Museo América.
Neste caso voltou-se à ordem das provas das convocatórias não levadas a cabo
dois anos antes, incluindo, isso sim, na prova de línguas a possibilidade de optar pelo
alemão como língua principal.
Com respeito ao inquérito, é de novo igual para a primeira prova e o último item
da terceira só que mudando os títulos dos mesmos para museologia no primeiro caso e
para direito no segundo. No caso da secção de arqueologia surpreende a eliminação do
tema da arqueologia subaquática, embora de novo fosse convocada uma vaga para dito
museu, sendo substituído por outro sobre moedas da época dos Reis Católicos.
As provas de 1991 (España: 1991e), que como já se explicou anteriormente,
respondem à oferta de emprego público do ano anterior por uma demora na sua
convocatória, para cinco vagas, uma por promoção interna, tiveram duas grandes
50 novidades. Por um lado, incorporaram de novo uma fase de concurso de méritos
prévios, porém não eliminatória, na qual se valoraram a experiência profissional em
tarefas de catalogação, investigação e difusão de fundos museísticos já fosse como
pessoal contratado ou bolseiro com um máximo de oito pontos; os cursos realizados
sobre Museologia e Museografia oferecidos por organismos oficiais e de reconhecido
prestígio com um máximo de dez pontos; as publicações, conferências, organização de
exposições e participação na elaboração de catálogos até vinte pontos e por último a
antiguidade no caso dos concorrentes por promoção interna até dois pontos.
Por outro lado, outra inovação foi o facto de que o inquérito fosse publicado
antes que a própria convocatória, concretamente com quatro meses de antecedência
(España: 1991c), o que deixava aos por enquanto ainda não concorrentes, por não terem
possibilidade de se candidatar, um maior tempo para a preparação das provas.
Neste caso o número de temas descendeu com respeito ao anterior, passando a
dez os relativos às secções que voltaram a se chamar de museologia e legislação e pelo
mesmo agrupando-os devido a que a temática de novo foi a mesma. E no relativo ao
resto de secções destaca o tema da imaginaria castellana no século XVII para se adaptar
às duas vagas do Museo Nacional de Escultura de Valladolid. O resto de vagas era para
a Dirección de Museos Estatales e, portanto tinha uma função mais gestora, e por
último, duas para o Museo Nacional de Arqueología (España: 1993b).
O ano 1994 foi um caso muito especial dentro da história do acesso de ingresso
ao corpo facultativo de conservadores de museus, já que apesar de não ser ofertada
nenhuma vaga na oferta de emprego público do anterior ou esse ano por motivos de
crise (España: 1993a) (España: 1994b), foram convocadas pelo Ministerio de Cultura
quarenta e quatro vacantes (España: 1994d). Este facto deveu-se à aplicação do exposto
na disposição adicional II da lei de medidas (España: 1984t) no qual se extinguiram
todas as vagas existentes de pessoal não funcionário, chamadas de plazas no
escalafonadas, indicando que se procederia à sua reordenação, agrupação e
classificação integrando-os nos corpos e escalas correspondentes.
Para cumprir com o dito esta convocatória ofertou as vagas, o maior número
convocado até a atualidade, em exclusividade para as pessoas com condição de personal
laboral fijo que com data de 30 de julho de 1988 tivessem estado em ativo no corpo. O
sistema era diferente ao habitual ao ter só duas fases, uma de concurso de méritos e
outra de concurso além de um curso ao cabo de um mês de duração sobre património
histórico, procedimento administrativo e gestão económica, orçamental e de pessoal.
51 Entende-se que este curso descendeu a sua duração dos seis meses requeridos para os
concorrentes de novo ingresso devido à experiência no corpo destes trabalhadores
eventuais.
A primeira fase de alegação de méritos era valorada até quarenta pontos, sem ter
isso carácter eliminatório, pontoando a antiguidade com cinco pontos por ano com um
máximo de vinte e cinco e doutro as provas seletivas superadas para aceder à vacante
anterior até quinze pontos.
A segunda fase, relativa ao concurso propriamente dito, abrangia três exercícios.
O primeiro deles consistiu em desenvolver por escrito um tema entre dois extraídos
aleatoriamente pelo tribunal de um inquérito de vinte temas de tipologia muito variada,
quatro sobre arqueologia, cinco sobre etnologia e onze sobre belas-artes, destacando
neste caso dois temas que nunca tinham aparecido antes: o génio científico de Leonardo
da Vinci e a produção de energia e a utilização dela nos seres vivos.
A segunda tarefa consistiu na elaboração de uma memoria com um mínimo de
cinco folhas e um máximo de quinze sobre os antecedentes e perspectivas da atividade
profissional que tivesse desenvolvido o concorrente, porém relacionando-a com os
conteúdos que apareciam no anexo II. As matérias relacionadas neste anexo destacam
pela sua grande variedade, se bem há questões indispensáveis como o conceito de
museu, os museus e as coleções, a arquitetura de museus, a organização interna, o
tratamento técnico-administrativo, a conservação preventiva, os critérios de restauro, a
seguridade, o público ou os organismos internacionais, todos eles temas já indicados em
convocatórias anteriores. No entanto, destacam temas muito específicos como os
astrolábios como documento histórico; a astronomia, zoologia e botânica no
descobrimento de América; ou o muralismo mexicano, de difícil enquadramento dentro
de uma memoria do tipo que se solicita além da escassa extensão da mesma.
O último exercício relativo às línguas consistiu numa tradução para o castelhano
de um texto, com um máximo de duzentas linhas, de qualquer das línguas oficiais da
Comunidade Económica Europeia (CEE).
Deste modo, é muito interessante comprovar como o maior dos concursos
convocados, ao tenor do número de vagas, foi também a que menos formação pediu aos
seus concorrentes, só vinte temas de estudo sem aplicação prática em comentários ao
dispor só de três provas enquanto que a média das convocatórias anteriores era de
oitenta e cinco e um e aumentara até mais de cem nas seguintes.
52 Outra das vantagens deste concurso foi a facilidade concedida na prova de
línguas ao ter que fazer só uma tradução para a língua materna a partir de qualquer
idioma europeu e não obrigando-os a conhecer o inglês, francês ou alemão, o que
supunha ter que saber uma só língua e não dois como se pediu com anterioridade.
Mas sem dúvida o mais significativo foi que não lhes fosse demandado o
conhecimento da legislação no relativo à Constituição, Património Histórico-Artístico
ou o regulamento de museus de titularidade estatal correspondente anteriormente a uma
secção do terceiro dos exercícios planteados e indispensável para o labor a desenvolver
nas diversas instituições.
Contudo, não foi a convocatória na que um maior número de pessoas acederam
ao corpo devido a que só foram cobertas trinta e oito das vagas, não especificando a
resolução (España: 1995a) o motivo das vacantes do resto ou os destinos concretos dos
seus ganhadores. Há que destacar neste sentido que cada concorrente lutava por
defender a sua própria vaga no local de trabalho habitual, não existindo, portanto
escolha de destinos em função da pontuação obtida. Assim, só se pode afirmar que o
Museo Reina Sofía recebeu cinco conservadores e o Museo del Prado um, e por
dedução devido ao serem os únicos centros destas cidades, quatro vagas para o Museo
Nacional de Escultura de Valladolid e uma para Museo Nacional de Arte Romano de
Mérida. A isto há que somar outros conhecidos por resposta dos seus concorrentes,
assim houve uma vaga para o Museo Arqueológico Nacional, outra para o Instituto de
conservación y restauración de obras de arte e outras duas para o Museo Reina Sofía.
O estudo dos dados permite, além disso, saber que a média de idade de acesso ao
corpo foi nesta convocatória de trinta e quatro anos aproximadamente enquanto que a
média das convocatórias anteriores se estabeleceu em trinta e um, com o que não se
pode dizer que a experiência mínima de oito anos desenvolvendo tarefas no corpo afete
a que estes sejam de maior idade do que o resto.
No ano 1996 (España: 1996d) convocaram-se nove vagas, três por promoção
interna para a qual agora também podiam concorrer funcionários de organismos
internacionais com nacionalidade espanhola, com modificações no sistema geral
seguido até esse momento.
Assim, a primeira prova versava sobre o desenrolamento escrito de dois temas
denominados de carácter general de entre os vinte e um sobre museologia e legislação,
respectivamente, em quatro horas. No caso dos aspirantes por promoção interna
estavam isentos do apartado de museologia com o que dispunham de duas horas para o
53 restante. A redação seria lida posteriormente em sessão pública, indicando por primeira
vez que neste processo seriam valorados os conhecimentos, a formação dos estudantes,
a clareza e ordem das ideias expostas, assim como a sua contribuição pessoal e a
facilidade de expressão. Tudo isto valorado com até dez pontos, vinte no caso dos
aspirantes por promoção interna, sendo necessário terem um mínimo de cinco em cada
uma delas para passar ao seguinte exercício.
Dentro do inquérito de museologia há que destacar a introdução dos temas: a
variedade das coleções nos museus militares e a sua problemática, para se adaptar à
vaga existente no Servicio Histórico Militar; o turismo cultural e os museus; a
participação do voluntariado cultural e associações de amigos de museus ou a projeção
externa dos museus, todos eles nestes últimos casos mostram a importância concedida
ao papel social do museu e ao modo do integrar na vida não só cultural, mas também na
vida quotidiana.
No relativo à legislação apesar de se ampliarem o número de temas, como no
caso da museologia, de quinze a vinte e um, só se pode ressaltar um significativo: a
normativa estatal sobre o mecenato e participação privada em instituições culturais, o
que demonstra uma apertura a novos sistemas de financiamento e ampliação de
recursos.
A segunda tarefa versava sobre uma só língua da União Europeia, e não duas
como desde 1985 eram demandadas, estava dividida em duas partes. Na primeira delas
o concorrente devia traduzir à língua escolhida um texto de carácter profissional
proposto pelo tribunal em hora e meia e com ajuda do dicionário, enquanto que na
segunda devia escrever um resumo em castelhano de um texto proposto pelo tribunal
em uma hora e sem ajuda nenhuma. Nos dois casos os exercícios eram lidos em sessão
pública, na qual o concorrente devia responder algumas perguntas e pontoar o total do
mesmo com dez pontos, sendo precisos a metade para passar.
O terceiro exercício consistiu na exposição oral durante uma hora de três temas
escolhidos aleatoriamente pelo aspirante em presença do júri, correspondendo
obrigatoriamente cada um a uma das três secções previstas: belas-artes com vinte temas,
e etnologia e arqueologia com dezanove. Neste caso há que destacar que com o objetivo
de se adaptarem as vagas do Museo del Pueblo Español, atual Museo del Traje, e da já
citada vaga dependente do Ministerio de Defensa, convocadas além disso uma para a
Subdirección General de Museos Estatales (España: 1998b), se introduziram os temas:
de evolução do uniforme espanhol desde Felipe V até Alfonso XII; o armamento
54 histórico militar espanhol: arma branca e de fogo regulamentarias (Fernando VII a
Alfonso XIII) y artilharia de retrocarga e avancarga (séculos XV ao XIX).
A quarta tarefa a desenvolver em quatro horas era o comentário e classificação
de dez objetos indicando referências bibliográficas e taxação razoada, pudendo
escolherem a metade mais uma de uma mesma categoria. Esta prova era qualificada de
zero a dez em cada uma das suas lâminas, não fazendo média se alguma delas fosse
inferior a três pontos e sendo obrigatório obter um mínimo de cinquenta pontos.
Por último no anexo V da convocatória especificou-se que o período de práticas
obrigatório não seria superior a três meses, descendo pelo tanto à metade com respeito
aos anteriores concursos.
Em 1997 convocaram-se nove vagas, duas delas por promoção interna,
modificando o sistema ligeiramente (España:1997i). Assim o primeiro exercício das
mesmas características e o inquérito desenvolvido na convocatória anterior, destacando
a introdução dos temas da manipulação de obras de arte, o sistema de armazenamento e
embalagem e o colecionismo privado, porém estava agora dividido em duas partes, o
que supunha que cada uma delas era qualificada com até dez pontos, sendo preciso
obter ao menos cinco em cada uma delas.
Além disso, estabeleceu-se uma subdivisão para os concorrentes por sistema de
promoção interna ao diferenciar entre aqueles que provinham do corpo de ajudantes,
que ficavam isentos do apartado de museologia, e o resto que ficavam isentos da secção
de legislação, tendo qualquer deles que obter ao menos dez dos pontos em que era
valorado cada apartado. Há que destacar que em caso de empate nas qualificações finais
dos concorrentes a pontuação obtida neste devia desempatá-los.
No terceiro exercício a novidade foi que o inquérito sob o título de história da
arte, só respondia a esta matéria sendo só quatro os relativos à arqueologia e nenhum os
correspondentes a etnologia. Este facto deve-se a que as vagas a concurso eram cinco
para o Museo Nacional del Prado no turno livre mais uma por promoção interna, e
quatro para o Instituto de História y Cultura Militar de Madrid (España: 1999f).
Assim introduziram-se multitude de temas, há que ter em conta que o inquérito
geral aumentou até os cento e dois temas, cinquenta e oito para esta prova,
nomeadamente em relação com a pintura e os artistas mais representativos da instituição
como Tiziano, Durero, El Greco, Van Dyck, Velázquez, Alonso Cano, Murillo, TIepolo
ou Goya. Apesar de que o segundo destino tinha só uma vaga menos que o anterior, só
se introduziram cinco temas em relação ao seu acervo: evolução do uniforme de
55 infantaria espanhol, armamento militar espanhol, armas brancas e de fogo portáteis
regulamentarias até Alfonso XIII; evolução técnica da artilharia espanhola até 1936;
vexilologia militar e a fortificação espanhola nas Indias no século XVIII. É por tanto, o
inquérito mais adaptado às características das vagas convocado, se bem tem o
inconveniente de obviar aspetos comuns dos outros ramos que intervêm no corpo e que
podem ser úteis se temos em conta a possibilidade de mudança de destino.
O último exercício, mesmo que manteve o seu carácter prático mudou a sua
abrangência ao não indicar o carácter da prova em questão, tão só dizer que versaria
sobre a resolução de um suposto prático em um tempo máximo de quatro horas em
relação com as matérias contidas na totalidade do inquérito. Para isto poderiam utilizar
textos, livros, notas e inclusivamente o material disponível na sala com o que se
valorava realmente a aplicação prática e não a retenção e memorização de conteúdos e
imagens. Posteriormente a tarefa seria lida em sessão pública e durante quinze minutos
o concorrente dialogaria sobre a pertinência da mesma com o júri, tendo que obter ao
menos dez dos vinte pontos de qualificação.
Em 1998 de novo convocou-se um concurso livre para nove vagas, duas delas
para promoção interna (España: 1998r), porém só se beneficiaram da redução de
exercícios os concorrentes provenientes do corpo de ajudantes que estavam isentos do
item de museologia, não assim o resto de funcionários do corpo B tal e qual aconteceu
na convocatória anterior. No caso do inquérito sobre museologia destaca a introdução
dos temas sobre o comércio da arte, feiras e galerias.
A maior novidade foi a inclusão de dois grupos diferenciados nas chamadas
matérias especificas. Deste modo, o primeiro dos exercícios consistiu numa exposição
oral durante uma hora de três temas a selecionar entre os quatro escolhidos
aleatoriamente pelo concorrente perante o júri, com trinta minutos para a sua preparação
e com uma conversa posterior de dez. O primeiro grupo estava dedicado à história da
arte e continha cinquenta e oito temas dedicados nomeadamente ao acervo do Museo
del Prado, mas também introduzindo temas sobre arte contemporâneo no lugar onde
antes estavam os relativos a aspetos militares.
O segundo grupo denominado de ciência e técnica, etnologia e antropologia,
artes decorativas estava formado por sessenta temas, com um 13%, 33% e 27% em cada
uma das secções anteriormente nomeadas. Este facto supôs não só um aumento do
inquérito relativo à arqueologia e etnologia, já presentes nos concursos anteriores, mas
56 também o surgimento das outras matérias sobre tudo no relativo à parte científica e
técnica.
Vista a resolução do concurso (España: 2000i) as vagas eram a Subdirección de
Museos Estatales ganha por promoção interna, três para o Museo Nacional del Prado,
uma para o Museo Cerralbo, uma para a Subdirección General de Promoción de las
Bellas Artes, uma para o Museo de Altamira, uma para o Instituto de Patrimonio
Histórico Español e outra para o Museo Reina Sofía. Pelo tanto pode indicar-se que o
inquérito se adaptasse ao acervo do Museo del Prado, não foi tanto assim no caso do
resto, sobretudo no relativo ao Museo de Altamira devido a que dos vinte temas sobre
arqueologia realmente só um foi sobre paleolítico superior. Além disso, há que destacar
a mudança na ordem dos exercícios mas não na prevalência do primeiro no caso de
empate fiz que neste caso a prova de matérias específicas tivesse mais valor que a geral
como aconteceu no anterior concurso.
Em conclusão esta segunda etapa planteou um sistema de concurso em que as
vagas para concorrência interna, ou seja, como modo de ascender desde o corpo de
ajudantes ao de conservador, podiam e de facto, eram utilizadas para o sistema livre no
caso de ficarem desertas. Assim, pode-se comprovar no anexo número VII como as
vagas adjudicadas por sistema livre são sempre, com a exceção do ano 1988, superiores
às publicadas na convocatória ao passar as internas exemptas a este outro sistema. Neste
sentido destaca o ano 1994 que como já foi dito com anterioridade só ofertou vagas para
pessoal laboral.
Em relação ao inquérito, de carácter geral para todas as instituições e pelo tanto
abrangente de diversos e múltiplos temas que tal e qual podem comprovar-se na gráfica
disposta no anexo número VIII do presente trabalho, concedia mais importância às
belas-artes que ao resto de disciplinas. Este facto é muito significativo ao mostrar uma
mudança nas concepções do corpo, devido a que com anterioridade era sempre
ressaltado o aspecto arqueológico e que se deve ao passo dos museus províncias à
administração das diversas comunidades autónomas.
Igualmente, é possível comprovar que o inquérito relativo à museologia
começou por abranger também gestão e legislação, porém já na segunda das
convocatórias deste período esta ultima se desligou e conformou uma secção própria no
segundo dos exercícios e não no primeiro como até o momento. Contudo, ambas
disciplinas têm um valor semelhante ao ser o seu número de temas praticamente igual,
com a exceção do ano 1989 em que a secção de direito tinha três temas menos. Também
57 há que destacar que se bem no caso da legislação o inquérito, embora tivesse variado no
seu número, sempre representa as mesmas temáticas condensando ou separando-os não
entanto a museologia que presenta algumas modificações ao incluir ou apagar temas
segundo o carácter da instituição ou a importância concedida à museografia.
Com respeito ao resto de secções relativas às matérias em relação aos acervos
sofreram mais modificações, mas como já se tem analisado anteriormente estas
mudanças não sempre respondem à mudança nas vagas ofertadas nas diversas
instituições.
Terceira etapa: 1999-2009.
Em 1999 (España: 1999k) convocaram-se seis vagas para o pessoal de novo
ingresso e três por promoção interna que não poderiam ser acumuladas ao resto em caso
de ficarem vacantes, e de facto não o foram com uma perda de dois vacantes. Esta foi a
maior das características desta terceira e última etapa, a oferta de um número de vagas
maior que as adjudicadas depois, devido a restrições administrativas tal e como pode
ver-se no gráfico disposto no anexo IX. Há que destacar que na oferta de emprego
pública anunciada cada ano no BOE só apareceram as vagas de novo ingresso, ou seja,
de pessoas alheias ao corpo de funcionários.
Além disso, estabeleceu-se por primeira vez a concorrência de pessoas de
nacionalidade não espanhola, sempre e quando não estivessem sancionados
disciplinarmente ou penalmente no país de origem.
O primeiro exercício com uma duração de quatro horas estava composto por
dois fases, em ambas realizava-se uma exposição escrita sobre um tema dos dois
propostos pelo tribunal, no primeiro caso sobre os vinte e um de legislação e no
segundo sobre vinte e três de museologia que posteriormente era lido ante o júri e
valorado de zero a dez pontos sendo eliminados os concorrentes que não superassem os
cinco pontos em cada uma delas. Os concorrentes por promoção interna estavam isentos
da secção de museologia sendo avaliados de zero a vinte e tendo de obter a metade.
A novidade no inquérito de legislação reflete-se na introdução dos temas sobre o
ingresso e promoção profissional e a organização administrativa; a normativa do
Ministério de Defensa em matéria de cultura; e a figura teórica do direito real.
Destacando neste último caso que abrangia não só os tipos, a possessão, a usucapião
mas também o direito de propriedade intelectual.
58 A segunda prova também mudou a sua configuração ao demandar três temas a
desenvolver oralmente em quarenta e cinco minutos, após uma preparação de um guião
em vinte minutos sem nenhum material de ajuda e sem ser possível a sua consulta
posterior. Para as pessoas que concorressem por sistema interno, a prova foi reduzida a
dois temas, que deviam de ser desenvolvidos em trinta minutos depois de um período de
quinze minutos de reflexão. O tribunal valorava cada um dos temas de zero a dez, sendo
preciso obter um mínimo de cinco pontos em cada um deles no primeiro caso, e de zero
a quinze com um mínimo de sete e meio no segundo.
Tendo em conta que as vagas ofertadas iam para o Museo Arqueológico
Nacional ganha por promoção interna, o Museo del Prado, o Museo Reina Sofía, o
Museo Nacional de Artes Decorativas, o Museo de América, o Museo Casa del Greco e
o Museo de Aeronaútica e Astronáutica (España: 2001g), o inquérito de matérias
específicas para esta tarefa conformado por oitenta e seis temas adaptava-se em diversos
graus às instituições. Assim como era habitual o mais e melhor representado era o
Museo del Prado, embora também há que destacar a grande quantidade, vinte, de temas
sobre arqueologia. No caso da arte contemporânea, segue-se o modelo do anterior ao
demandar temas sobre as diversas etapas e outros sobre os artistas mais representativos
como Picasso, Dalí e Miró. O resto de instituições estavam em muito menor medida
presentes, nove temas para artes decorativas, três sobre o âmbito americano, só um tema
para o Greco e igual número em relação com a aeronáutica, dentro de quatro de
temática militar mas nenhum dedicado à astronáutica.
O terceiro e o quarto exercício continuaram com o mesmo sistema anterior.
Além disso, estabeleceu-se uma nova norma para os casos de empate a pontos na
valoração final, desempatando seguindo a seguinte ordem: segunda, quarta e primeira
prova.
Por último, no caso dos concorrentes por promoção interna, existia uma fase de
concurso de méritos valorada até vinte pontos avaliando a antiguidade, o grau pessoal
consolidado, o trabalho desenvolvido e os cursos de formação.
Esta convocatória foi exatamente a mesma na sua configuração e inquérito que a
posterior (España: 2000n) mas com destino muito diferentes (España: 2002h). Assim
das três vagas ofertadas para promoção interna só uma foi adjudicada com destino no
Museo Romántico, as sete por sistema livre foram para o Museo Nacional de Cerámica,
Museo Nacional de Etnología, Museo Reina Sofía, Subdirección General de Promoción
de Bellas Artes, Museo Nacional de Arqueología Submarina de Cartagena,
59 Subdirección General de Patrimonio Histórico-Artístico dependente do Ministerio de
Cultura e o Museu del Ejército.
Um aspeto interessante é que neste mesmo ano o Museo Reina Sofía convocou,
como é habitual nos grandes museus, dois vagas para coordenador de exposições
temporárias para pessoas com a máxima titulação, da mesma forma que o corpo de
conservadores, com um sistema parecido ao indicado com anterioridade ao dispor
tarefas de desenvolvimento escrito e posteriormente lido de quatro temas, uma sobre
uma língua da União Europeia e uma última de carácter prático. No relativo ao
inquérito, com uma quantidade total de cinquenta temas, destaca no item de museologia
a introdução de um tema sobre a coleção permanente de dito museu e igualdade para o
resto também no relativo à legislação. Igualmente, no caso das matérias específicas,
foram divididas em dois grupos, um sobre a história da arte moderna e contemporânea,
panorâmica geral; e por outra parte, a arte do século XX nas coleções do museu,
indicando, neste último caso, artistas concretos e destas correntes em Espanha.
No caso da convocatória de 2001 (España: 2001i) para duas vagas por promoção
interna e cinco por sistema livre, segue-se o sistema anteriormente exposto, porém com
um aumento no inquérito que passou a ter de trinta e seis temas mais com um total de
cento e sessenta e seis. Assim, no apartado de museologia destaca a introdução de um
tema relativo à figura do próprio conservador, a sua evolução, situação atual, perfil de
futuro e o código deontológico que o deve reger; além doutros sobre a Junta Superior
de Museos, as características dos museus de titularidade eclesiástica e também as
características dos museus militares sobre a valoração de bens culturais e critérios para a
sua taxação, tema este último que entronca com outro de tráfico jurídico sobre
transações e câmbios de propriedade na secção de legislação.
Com respeito às matérias específicas, dizer que se conta com mais catorze temas
e vinte e um temas novos entre os quais há que destacar oito de arqueologia, cinco sobre
etnologia, e dois sobre objetos militares. Além disso, existem três casos em que temas
anteriores muito amplos foram divididos em dois menores, sendo um exemplo o tema
sobre a pintura nos Países Baixos nos séculos XV e XVI, a pintura hispano-flamenca
que passou a ser por um lado a pintura nos Países Baixos nos séculos XV e XVI e por
outro a pintura hispano-flamenca ou o tema sobre fotografia e cine no século XX em
Espanha que passou a fotografia em Espanha e por outra parte o cine no século XX em
Espanha.
60 Uma inovação foi no último dos exercícios o planeamento de que se a prova
prática fosse um exercício de catalogação de peças, o tribunal poderia decidir que se
levasse a cabo sem a ajuda do material.
Outra novidade que surge nesta convocatória é no relativo ao curso seletivo
posterior, que aumenta até os seis meses de duração e que foi dividido em dois partes,
planteando-se além disso a possibilidade de realizar a prova na seguinte convocatória
por motivos justificados. Na primeira parte o aspirante devia superar umas provas sobre
casos práticos após os cursos de formação serem impartidos. Depois, era realizado um
estágio nas unidades da Dirección General de Bellas Artes, Bienes Culturales ou
Museos Estatales. Além disso, passou a ser qualificado de zero a cinquenta pontos,
sendo preciso ao menos a metade para ultrapassar todo o processo. No caso de não
aprovar dita prova o concorrente perderá o direito a ser nomeado funcionário e só no
caso de ter superado com o 55% da qualificação máxima o resto de tarefas poderia na
seguinte convocatória, sempre que os exercícios tivessem idêntico conteúdo e
pontuação, ficar isento dos realizar de novo.
O concurso do ano 2002 (España: 2002d) convocou dois vagas de acesso por
promoção interna e cinco pelo sistema livre seguindo exatamente o procedimento da
convocatória anterior no relativo aos exercícios e inquéritos com a exceção de que neste
caso aparecem subdividas as matérias específicas, como acontecia em anteriores
convocatórias, em três secções: Belas-Artes; Arqueologia e Artes Decorativas; e
Antropologia, Património Científico y Técnico y Património Histórico Militar. O nome
destas divisões não é fútil, já que é a primeira vez que aparecem representadas a
tipologia de todas instituições. Este facto, mostra como se considerou que se tinha
desenhado um inquérito para os concursos válidos para todo tipo de instituições já que
neste caso as vagas a concurso eram diferentes: Museo Arqueologico Nacional, Museo
Cerralbo, Museo del Greco, Museo Nacional de Arte Romano de Mérida, Museo
Nacional de Antropología, Museo Nacional de Cerámica e Museo Nacional de
Arqueología Subacuática (España: 2004d), com aquilo que se primava a formação geral
e conhecimento da temática de todos os acervos das diversas instituições frente a uma
especialização.
Outra novidade foi a inclusão de maiores benefícios para os concorrentes por
promoção interna. Estabeleceu-se que no primeiro dos exercícios só desenvolvessem do
inquérito de legislação os temas compreendidos entre o número vinte e três e trinta e
três inclusivamente, relativos à legislação cultural e portanto dando por sabidos os
61 correspondentes aos atos administrativos e administração pública. Este facto podia
provocar que os aspirantes por este sistema não desenvolvessem o mesmo tema do que
aqueles do sistema livre. Além disso, e como já era habitual, os concorrentes
provenientes do corpo de ajudantes da secção de museus estavam isentos da totalidade
da prova no relativo à museologia.
Igualmente neste primeiro exercício desceu a qualificação até aos quinze pontos,
já não eram os dezasseis demandados com anterioridade, para que os aspirantes de
sistema livre que não superassem o total da convocatória ficassem isentos de realizarem
de novo esta tarefa em próximas chamadas.
O concurso do ano 2003 (España: 2003h) ofertou sete vagas livres e duas por
promoção interna que foram resolvidas com os seguintes destinos no primeiro dos
casos, e perdas no segundo, duas vagas para o Museo Nacional de Arte Reina Sofía,
Museo Sefardí de Toledo, Museo Romántico, Museo de Altamira, Museo Nacional de
Teatro e Museo Nacional de Arqueología Subacuática. O sistema que já estava
estabelecido de anteriores convocatórias também ao respeito da promoção interna só
mudou no relativo ao número de temas do inquérito correspondente ao segundo
exercício, aumentando o total do concurso até os cinto e noventa e dois, com oito mais
no caso de Belas-Artes, sete em Arqueologia e Artes Decorativas e onze em
Antropologia, Património Científico e Técnico e Património Histórico-Militar.
Também há que salientar o caso das divisões de temas da convocatória anterior,
assim como o tema do naturalismo barroco em Espanha, Ribera e Zurbarán, enquanto
que neste ano passaram a ser três diferentes o primeiro naturalismo na pintura espanhola
do século XVII; Zurbarán o segundo e Ribera o terceiro ou trabalho de campo em
arqueologia, a arqueologia subaquática que passa ser de um lado o trabalho de campo
em arqueologia e doutro a metodologia da arqueologia subaquática, o Centro Nacional
de Investigaciones Arqueológicas Subacuáticas.
Igualmente destaca, apesar de que não foi adjudicada nenhuma vaga numa
instituição científica, a introdução do tema das coleções do património científico técnico
nos museus espanhóis e outros dos acervos dos museus de ciências naturais em
Espanha.
Em 2004 (España: 2004e) ofertaram-se quatro vagas por promoção interna e
treze livres, reservando por primeira vez uma delas a quem tivesse a condição legal de
deficiente numa valia igual ou superior ao 33%, porém, no caso de não ser outorgada,
voltaria para o sistema livre.
62 Outra novidade deste ano foi que o curso posterior de formação voltou a ser
qualificado de apto ou não apto e por isso não afetava à ordem na escolha dos destinos
por parte dos concorrentes.
Igualmente a introdução do critério em caso de empate, seriam comparadas as
qualificações no segundo, quarto e primeiro exercício por esta ordem. Deste modo,
concede-se mais importância ao conhecimento das matérias específicas e das coleções;
depois, à sua aplicação prática; e por último, à normativa, esquecendo completamente as
línguas.
Com respeito ao inquérito e à sua adequação nas vagas outorgadas, dois das
internas ficaram vacantes, Museo Arqueológico Nacional, Museo Nacional Reina Sofía,
Museo Nacional de Arqueología Subacuática, Museo Nacional del Traje, Museo
Nacional de Artes Decorativas, Subdirección General de Museos Estatales, Museo
Romántico, Subdirección General del Instituto Patrimonio Histórico Español, Museo
Nacional de Cerámica, Museo Sorolla, Museo Casa del Greco, Museo Nacional de
Reproducciones Artísticas e Museo Nacional de Ciencias Naturales (España: 2005j), no
caso de museologia e legislação ficaram exatamente iguais à convocatória anterior e
com modificações mínimas nas restantes secções. É significativo que se introduziram
cinco temas novos sobre artes decorativas como arte e cultura material inca, produções
orientais para a exportação, porcelana de índias ou iconografia religiosa asteca, códices.
No ano 2005 convocaram-se três vagas para promoção interna, doze por sistema
livre das quais uma estava reservada a deficientes (España: 2005f). Estas vagas foram
adjudicadas nas seguintes instituições: Museo Nacional Reina Sofía, Subdirección
General de Museos Estatales uma por sistema livre e outra interno, Museo
Arqueológico Nacional, Museo Nacional del Traje,
Museo Nacional de Artes
Decorativas, Museo de Altamira com duas vagas, Museo Cerrralbo, Museo Casa del
Greco, Museo Nacional de Escultura de Valladolid, Museo Nacional de Teatro, Museo
Nacional de Arte Romano de Mérida e Museo Nacional de Arqueología Subacuática
(España: 2006g).
O inquérito descendeu até ficar em cento e sessenta, trinta e dois menos que na
convocatória anterior, sendo a maior perda em legislação com oito menos devido
nomeadamente às unificações de item anteriores. Isto supôs que no caso dos
concorrentes por promoção interna, a isenção do inquérito de legislação passou do tema
dezoito ao vinte e cinco.
63 No ano 2006 ofertaram-se três vagas por sistema interno e dezanove livres, uma
delas reservada para deficientes através de um sistema completamente igual que aquele
usado na convocatória anterior no relativo aos exercícios e aos inquéritos (España:
2006c)
As vagas adjudicadas por primeira vez nesta etapa foram inferiores ao número
das convocadas para acesso livre, perdendo-se uma ao igual que duas por sistema
interno foram para a Subdirección General del Patrimonio Histórico única interna
outorgada, Museo Arqueológico Nacional, Museo Nacional de Arte Romano, Museo
Nacional Reina Sofía, Museo Romántico, Subdirección General del Instituo del
Patrimonio Histórico Español, Museo Nacional del Traje com duas, Museo Nacional
de Cerámica, Museo Sefardí, Museo Nacional de Ciencias Naturales com duas, Museo
Nacional de Escultura, Museo de Aeronáutica y Astronaútica, Museo Nacional de
Altamira, Museo Nacional de Arqueología Subacuática e mais chamativa de todas
dentro do Centro Superior de Investigacones Científicas a Estación biológica de
Doñana (España: 2007m).
No ano 2007, ofertaram-se três vagas (España: 2007e) para o sistema de
promoção interna e dezassete livres das quais a reservada para pessoas deficientes não
poderia ser acumulada a este último no caso de ficar vazia segundo as novas bases
comuns de acesso à administração pública (España: 2007o), pelo qual realmente se
convocaram dezasseis pelo sistema livre. Embora este novo marco planteasse que
fossem somadas as internas, dizer que este facto nunca foi contemplado para o corpo.
Igualmente há que destacar que tal e qual como pode ver-se no anexo número IX não é
possível apreciar nas resoluções de ditas vagas se realmente foram adjudicadas ao não
estarem indicados estes dados dos concorrentes.
Uma das características desta convocatória foi não plantear a possibilidade de
que os concorrentes que superassem com um mínimo de pontos a primeira prova
ficassem isentos na seguinte convocatória. Deste modo, implantou-se um modelo
igualitário para todos os concorrentes por sistema livre que prejudicava, isso sim,
àqueles que levavam anos no seu intento.
Além disso, foi a primeira vez que se especificou qual seria o tribunal que devia
julgar o curso posterior de formação presidido pelo subdiretor geral de museus estatais,
estando como vogais os professores do próprio curso.
As vagas outorgadas foram o Museo Arqueológico Nacional, Museo Nacional
de Artes Decorativas, Museo de Escultura de Valladolid, Museo Nacional del Traje,
64 Museo Nacional Reina Sofía, Museo Nacional de Antropología, Subdirección General
del Instituto de Patrimonio Histórico Español, Subdirección General de Museos
Estatales, Museo de América, Museo Sorolla, Dirección de actuaciones históricoartísticas sobre bienes muebles y museos, Subdirección General de Patrimonio
Histórico Artístico, dois para o Museo Nacional de Ciencias Naturales e uma para
Museo Nacional de Arqueología Subacuática de Cartagena, Museo del Ejército de
Toledo, Museo Nacional de Arte Romano de Mérida (España: 2008k).
O inquérito com um total de cento e quarenta e seis, tinha descendido catorze
com respeito ao anterior nas matérias específicas que foram agrupadas a partir de agora
em distintas secções. Assim, a primeira passou de chamar-se arqueologia e artes
decorativas a abranger património etnográfico e artes decorativas; no segundo caso, de
denominar-se belas-artes passou para património artístico e científico-técnico; e por
último, antropologia, património científico-técnico e património histórico militar passou
para arqueologia e património histórico militar.
A primeira destas secções com trinta e dois temas incorporou seis novidades, as
mais significativas foram o ciclo vital e festivo no judaísmo, a afararia popular em
Andaluzia, mobiliário e equipamento doméstico pré-industrial em Espanha. Do total
houve quatro referentes ao traje, isto tem relação com a vaga para dito museu e treze
para artes decorativas, também pela inclusão do museu nacional que tem ditas coleções.
É igualmente chamativo que os três temas antropológicos passassem a esta secção,
embora a matéria perdesse o predomínio do título no ano em que o seu museu nacional
adquiriu uma vaga.
Na secção de património artístico e científico-técnico também trinta e dois temas
abrangem nomeadamente a primeira das matérias por terem só dois itens
correspondentes ao segundo.
Por último, a secção de arqueologia e património histórico militar, com trinta e
um temas, estava dedicada com vinte e sete temas à arqueologia e só os quatro restantes
ao militar não incorporaram novidade nenhuma.
A resolução desta convocatória mostra como o número de vagas de acesso livre
ofertadas não foram adjudicadas, ficando vazias três delas sem poder garantir se alguma
delas foi por causa da restrição da vaga para deficientes. Assim as vagas adjudicadas
foram: Museo Arqueológico Nacional, Museo Nacional de Artes Decorativas, Museo
Nacional de Escultura de Valladolid por promoção interna e por turno livre o Museo del
Traje, Museo Reina Sofía, Museo Nacional de Antropología, Subdirección General del
65 Institututo Patrimonio Histórico Español; Subdirección General de Museos Estatales,
Museo de América, Museo Sorolla, Dirección de Actuaciones Histórico-Artísticas sobre
bienes culturales y museos, Subdirección General de Patrimonio Histórico-Artístico,
Museo Nacional de Ciencias Naturales com duas vagas, Museo de Arqueología
Submarina de Cartagena, Museo del Ejército de Toledo e Museo Nacional de Arte
Romano de Mérida (España:2008k).
No ano 2008 convocaram-se dois concursos diferentes, um para pessoal laboral
e outro de livre e promoção interna. O primeiro deles (España: 2008d) convocou três
vagas para o Ministerio de Defensa por sistema de concurso-concurso de méritos entre
o pessoal laboral com tal condição desde o 30 julho de 1988 devido ao efeito da lei de
medidas (España: 1984t), o que supõe que ditas pessoas levavam ao menos vinte anos
ao serviço do Estado, indicando que desta participação estavam excluídos aqueles que
já tinham concorrido a processos de funcionalização em referência aos corpos menores,
evitando assim a possibilidade da promoção interna.
O sistema era muito mais completo do que aquele que se realizou sob a mesma
lei catorze anos antes (España: 1994d). Assim, constava de duas provas, uma teórica e
outra prática. A primeira delas consistia no desenvolvimento num máximo de dois
horas, com uma leitura pública após, de dois temas a escolher entre quatro, um sobre as
matérias comuns e outro sobre as específicas, inquéritos com o mesmo conteúdo que o
que se desenvolveria nas provas gerais a seguir só que mais reduzido em número ao
estar conformado por setenta e quatro temas, setenta e dois menos do que a
convocatória livre desse mesmo ano. Destaca neste sentido que na secção dedicada à
arqueologia e património histórico militar, conformada por quinze temas, só três deles
responderam aspetos militares, entanto que a convocatória livre posterior dispôs quatro,
sendo as vagas, só dois adjudicadas, para dentro do ministério de defesa para o Museo
Naval (España: 2009d) o que mostra a pouca importância dada a este tipo de acervos
nos processos seletivos habituais, aspecto muito chamativo no caso de tratar-se de uma
prova com um carácter especial como esta.
O segundo exercício tinha a vantagem, nunca antes concedida, de poder escolher
um dos três supostos práticos apresentados pelo tribunal em relação com os temas das
matérias específicas. Para a sua realização o concorrente dispunha de dois horas,
embora depois tivesse de expô-lo em sessão pública e dialogar com o júri dez minutos.
Por último, a fase de concurso valorou a antiguidade e as provas seletivas
superadas até trinta pontos, a metade para cada um dos apartados, enquanto que as
66 provas anteriores eram valoradas sobre vinte pontos cada uma delas sendo precisos dez
para passar.
Destacar, como já se tem dito, que estas provas estiveram mais acordes ao
demandado nas convocatórias coetâneas, não dispuseram de nenhuma prova sobre
línguas ou o curso posterior de formação.
Por outro lado, a convocatória livre, com igual sistema e inquérito do que o ano
anterior, ofertou duas vagas para promoção interna e treze livres, uma das quais estava
reservada a deficientes e não poderia ser acumulada (España: 2008g). Neste caso a
novidade foi a apreciação de precisar de que os temas deviam ser escritos e defendidos
em castelhano.
As vagas adjudicadas correspondem no total ao sistema livre, isto demostra
segundo as normas reguladoras que a vaga para deficientes foi outorgada. As
instituições outorgadas foram: Museo Nacional de Escultura, Dirección de Actuaciones
Histórico-Artísticas sobre bienes Muebles y Museos, Subdirección General de Museos
Estatales, Museo Nacional de Arte Romano de Mérida, Museo Nacional de
Antropología, Museo Sefardí de Toledo, Museo Ejército de Toledo, Museo Nacional de
Arqueología Subacuática com duas vagas; Museo de Altamira (España: 2009m).
Para finalizar, o último concurso publicado para o corpo foi em 2009 para quatro
vagas exclusivamente por sistema livre, sendo esta a primeira vez que isto acontece
desde que se planteou a possibilidade da promoção interna (España:2009g).
Nele destaca que se permite publicar nas listagens finais não só os concorrentes
aprovados senão também àqueles que tivessem uma qualificação considerada suficiente
para deste modo cumprir com o requisito disposto na convocatória sobre os
funcionários interinos. Este facto não foi cumprido já que nas listagens de aspirantes
aprovados só aparecem os mesmos quatro concorrentes que ganharam a vaga (España:
2010a).
Além disso, estabeleceu-se que o curso de formação posterior duraria até seis
meses e não seis tal e qual se expressava anteriormente.
Com respeito ao inquérito de cento e quarenta e sete temas, mais um do que na
convocatória anterior e que se introduz na secção de legislação ao dispor o tema sobre a
normativa de propriedade intelectual que tinha sido eliminado nos últimos quatro anos.
No âmbito da museologia introduziram três temas interessantes novos sobre a
gestão de qualidade em instituições museística, modelos e aplicações; a gestão de
67 fundos documentais, arquivos e fundos gráficos em instituições museisticas; e o museu
na nova sociedade da informação e o conhecimento.
O resto de secções ficaram exatamente igual do que os demandados na
convocatória anterior.
A resolução destas vagas no ano 2010 (España: 2010i) supôs as últimas
incorporações ao corpo de conservadores e foram destinadas à Subdirección General de
Protección del Patrimonio Histórico, Museo Sorolla, Casa-Museo Greco e Museo
Sefardí de Toledo.
Em conclusão nesta terceira fase o corpo convocou, tal e como se pode apreciar
no gráfico disposto no anexo XI, cento e trinta e oito vagas a concurso das quais o 78%
eram por acesso livre e o 22% por promoção interna. Destas vagas foram adjudicadas
cento e dezanove, 87% livres e 13% internas, portanto, equivale a uma perda de um
22% de vacantes num período de dez anos. Igualmente há que ressaltar que esta etapa
foi a mais dinâmica por ter convocado concursos todos estes anos, e inclusivamente
dois no caso de 2008 pelo caso especial dantes explicado derivado da lei de medidas.
Com respeito aos inquéritos das provas, agrupados por matérias no gráfico do
anexo X, variam segundo os três modelos usados nesta fase. O mais significativo é
como os itens de museologia e legislação, correspondentes às matérias comuns, têm-se
mantido mais ou menos em equilíbrio, aumentando ou diminuindo segundo o inquérito
em geral.
Por outra parte, as matérias específicas de 1999 a 2001 estavam dispostas todas
juntas sem separação por secções, isto supunha que o azar poderia decidir que os quatro
temas extraídos, dos quais deviam desenvolver-se três, fossem da mesma matéria. De
2002 a 2006 estas matérias específicas separaram-se em três secções: arqueologia e
artes decorativas, com uma maior representação por número de temas, porém pouco
significativa; belas-artes e antropologia; património científico-técnico e património
histórico militar, que foi aquela que menos representação teve. Por último de 2007 a
2009 estas matérias foram novamente reagrupadas mas de maneira diferente, juntando
de um lado património artístico e científico-técnico, e por outro, arqueologia e
património histórico militar e finalmente património etnográfico e artes decorativas
todas elas com um inquérito similar no relativo ao número de temas com a exceção do
ano 2008 pela já citada convocatória para pessoal laboral que planteava maiores
vantagens aos seus concorrentes.
68 Quarta etapa: 2010-2014.
No ano 2009 criou-se a Red de Museos de España, uma estrutura de
coordenação de museus de titularidade e gestão estatal e cooperação entre distintas
administrações públicas com o objetivo de fomentar a excelência das suas instituições
(España: 2009o).
Deste modo a rede conformada pelos museus de titularidade estatal adscritos ao
ministério de cultura e outros ministérios, na qual poderiam incorporar-se os
administrados pelas comunidades autónomas, entes locais e entidades privadas, deviam
adquirir num prazo de dois anos os critérios de qualidade dispostos no artigo três do
mesmo. Ditas normas sobre excelência abrangiam a qualidade dos seus acervos e
projeção internacional; plano museológico, implantação de novas tecnologias e
inovação museográfica; profissionalização do equipo diretivo e dotação mínima para
garantir o funcionamento dos serviços; diversificação do público e acessibilidade
universal e análises dos fundos desde a perspetiva de género.
Segundo o disposto, os vinte e um museus de titularidade estatal, quinze
adscritos no ministério de cultura, três no de defesa, um na da vivenda e dois na ciência
e inovação assim como os treze de titularidade e gestão estatal adscritos quatro deles no
ministério de cultura, dois no de defesa, um no de economia, dois no de fomento e igual
número ao de inovação ao que há que somar os acordos com o Museo ThyssenBornemisza e Lázaro Galdiano, todos eles dispostos no anexo número XII deste
trabalho, deviam cumprir ditos objetivos. É portanto revelador que, em relação aos
quadros dos mesmos, um 44% das instituições aos quais se demanda excelência perdem
pessoal num período de cinco anos; um 34% mantêm o mesmo número e só um 22%
sobem.
As perdas de vagas são sofridas nomeadamente pelos museus nacionais, facto
curioso ao serem os mais representativos da qualidade cultural do país, particularmente
no relativo aos dependentes do ministério de cultura sendo um claro exemplo o caso do
Museo de América que tem perdido cinco dos seus conservadores. Também regista um
descenso importante o Museo del Ejército por ter ficado com a metade de profissionais
nestes anos.
Com respeito aos centros que mantêm o número de conservadores há que
ressaltar que um 22% deles, tendo em conta que o Museo Nacional de Arquitectura y
Urbanismo criado em 2006 não tem sido ainda construído, não tem nem sequer pessoal
facultativo ao seu cargo, deste modo não só incumpre a regra dita com anterioridade de
69 dotação mínima para garantir o funcionamento dos serviços mas também com a relativa
à profissionalização da equipa diretiva ao não constar nenhum conservador como diretor
dos referidos museus, destacando neste caso o Museo Nacional del Teatro e o Museo de
Aeronáutica y Astronáutica. Isto, não quer dizer que os seus diretivos sejam pouco
profissionais mas é chamativo que não pertencem a um corpo criado para dito fim.
Nas subidas, o ministério de cultura é aquele que regista no caso de museus não
nacionais um ascenso de um conservador no total dos centros, porém aquilo que mais
cresce é o Museo Nacional de Ciencia y Tecnología que passou de nenhum a ter três
facultativos seguido do Museo Naval de Madrid que também aumenta de zero a dois.
Em definitiva um 28% dos museus aos que se demandou excelência num prazo
de dois anos, não têm hoje, segundo os dados do último diretório de profissionais
(España: 2014d), conservador nenhum à sua guarda; um 35% entre um e três; um 28%
entre quatro e dez; e um 9% entre quinze e vinte e dois, correspondendo estes últimos
ao Museo Nacional del Prado, Museo Reina Sofía e o Museo Arqueológico Nacional.
Estes dados têm relação com as informações recolhidas no ano 2011 num estudo
intitulado Los profesionales de los museos. Un estudio sobre el sector en España
(Varela et al.: 2012), que registou 1108 questionários válidos entre todos os
profissionais do ramo do país e do qual se extraem as gráficas dispostas no anexo XIII
desta dissertação.
As conclusões do mesmo foram que um 90,7 % dos profissionais trabalham em
museus de titularidade pública, principalmente históricos e artísticos, sendo este últimos
os que têm quadros com as maiores dimensões, enquanto àqueles que trabalham em
museus privados o fazem nos de arte contemporânea e científicos.
Dos museus de titularidade pública, segundo o estudo, um 32,7% dependem da
administração geral do Estado; um 31,4% da administração local; um 26,1% das
comunidades autónomas; e o restante, doutros entes administrativos. Neste caso há que
destacar que de acordo com o diretório web de museus e coleções espanholas existem
na atualidade 1583 museus no país (Ministerio Educación y Cultura: s.d. a)
Neste sentido, segundo o nosso estudo dos dados oferecidos pelas diversas
convocatórias estudadas e o diretório de profissionais, há que destacar que das oitenta e
dois instituições diferentes onde na atualidade os conservadores desenvolvem a sua
labor, cinquenta são museus e isto supõe um 61% do total.
Segundo a categoria dos acervos dos mesmos, um 28% são de belas-artes, um
18% de arqueologia, um 10% de etnografia, um 6% militar, um 4% científico, sendo o
70 34% restante de difícil adscrição por serem nomeadamente museus provinciais. Deles,
são os museus de tipo artístico aqueles que possuem quadros maiores, seguidos dos
arqueológicos, etnográficos, científicos e militares entanto que os de carácter misto
apresentam um menor número devido a que por serem nomeadamente de adscrição
provincial só têm um facultativo.
Dentre todas as instituições há que destacar que o Museo Arqueológico Nacional
é aquele que conta com mais pessoal, vinte e dois conservadores, seguido do Museo
Nacional Reina Sofía com vinte, Museo Nacional del Prado catorze, Museo Nacional
del Traje dez, Museo Nacional de Escultura oito, Museo América e Museo Nacional de
Artes Decorativas sete e o Museo Nacional de Arte Romano seis. Portanto, são os
museus de tipo nacional aqueles que apresentam quadros mais completos, embora
também insuficientes se temos em conta o volume dos seus acervos.
Es vergonzoso que museos de alto talante, como puede ser el arqueológico nuestro,
tengan en sus almacenes material de excavaciones durante décadas sin que haya tenido
la correspondiente proyección exterior, sin que se haya estudiado cientificamente
(Sánchez: 2001, 21).
Além disso, do 61% dos museus em que os facultativos desenvolvem o seu labor
só dependem em exclusividade da administração central o 46%, adscritos a diversos
ministérios, entanto que o 52% foram cedidos às comunidades autónomas e ainda hoje
mantêm ao seu cargo pessoal facultativo. Este facto que deriva da conservação da
categoria profissional supõe que exista uma dicotomia entre os conservadores do estado
e os técnicos das administrações autonómicas, ocupando os primeiros vagas que podem
ser assignadas pelas diversas regiões por concursos com características e dificuldade
menor, entanto que a única forma de acesso de pessoal qualificado aos museus
nacionais é a concorrência aos concursos aqui estudados. Lembremos que este é o
motivo pelo qual o corpo tem a consideração de facultativo.
A investigação dos profissionais na Espanha indica também no relativo a esta
questão que dois tércios dos profissionais têm acedido através de concurso, concurso de
méritos ou concursos públicos às suas vagas sendo assim um mundo com uma grande
competência e uma grande dificuldade de acesso (Varela et al.: 2012, 47). Há que
aclarar que não é este um aspeto que esteja agora em questão, mas sim a adequação das
vagas a concurso, a sua adscrição e o inquérito demandado em ditas provas.
71 Segundo o nosso estudo de todas as convocatórias ao corpo facultativo de
conservadores de museus, podemos indicar que se todos eles têm acedido por concursos
há que diferenciar dentro deles os vinte e oito que o fizeram por concursos de especial
preparação, adaptados às características dos acervos, vinte e três por promoção interna,
com algumas vantagens no referente ao número de temas de estudo, os duzentos e
setenta e seis por concursos gerais e o caso especial de concursos para pessoal laboral
com quarenta e dois pessoas que fizeram umas provas muito reduzidas em comparação
ao resto. Portanto, desde o ano 1973 em que o corpo se desliga dos arquivistas e
bibliotecários têm acedido ao mesmo trezentas e seis pessoas das quais duzentas e
cinquenta e nove estão ainda ativas, mais quatro que ainda provêem da etapa anterior à
criação do mesmo.
Este sistema utilizado pela administração pública com o fim de oferecer um
método de acesso baseado em concursos de concorrência competitiva em que só
ganham vagas os melhores após de provas que mostram a sua valia nos conhecimentos
teóricos e aplicação prática gera, isso sim, posturas encontradas, servam de exemplo
estes comentários:
Potenciar el acceso mediante oposiciones a los museos de la administración al margen
de otras vías de acceso que no garanticen la concurrencia e igualdad (Varela et al.:
2012,90).
La contratación de profesionales en el sector público por sus méritos curriculares
(formación y experiencia) en vez de por oposición, lo que permitiría la movilidad y la
eficiencia de los profesionales y sus administraciones (Varela et al.: 2012,90).
Em definitiva, tal e como será visto posteriormente não existe um acordo entre o
sistema ideal de entrada à carreira de funcionário neste ramo devido a:
La escasa adecuación a las necessidades reales de los centros de los métodos de
formación y selección del personal, o con la también inadecuada organización
estructural de estas instituciones (Losada: 2001, 69).
No referente à idade média dos conservadores em ativo do corpo é de cinquenta
e um anos aproximadamente, sendo os concorrentes de livre acesso mais novos com
quarenta e seis anos seguidos daqueles de promoção interna com cinquenta e dois, o
qual se deve a que acedem ao corpo anos depois ao vir do corpo inferior e ter
desenvolvido nele parte da sua carreira. Por outra parte, os mais velhos com sessenta e
três anos são aqueles que acederam através do sistema de especial preparação, que se
72 extinguiu com a aprovação da lei de medidas ao homogeneizar o sistema de acesso aos
corpos do Estado. A diferença entre estes últimos e os conservadores que passaram
provas especiais pela sua consideração de pessoal laboral é mínima ao estar a sua idade
média nos sessenta e um anos, ao ser o motivo da sua avançada idade igual ao referente
aos dos ascensos desde ajudantes. Disto, desprende-se que a maior percentagem, um
33% dos conservadores em ativo tem uma experiência profissional de ao menos vinte
anos no corpo, um 34% até dez; um 19% até trinta; um 13% até quarenta e só um 1%
entre quarenta e um e quarenta e seis.
Os conservadores mais jovens, nenhum menor de trinta anos, trabalham
nomeadamente nas diversas subdireções adscritas a vários ministérios, o Museo
Nacional Reina Sofía, Museo Nacional del Traje, Museo del Romanticismo todas elas
localizadas em Madrid, portanto mostra como se tem solucionado o problema inicial do
corpo de acesso dos recém-ingressados às vagas da capital ao desenvolverem o seu
labor nela um 75% dos mesmos. Contudo, esta predominância da capital está presente
em todas as franjas etárias devido a que o 43% das instituições ficam nesta cidade,
chegando ao 89% no caso dos conservadores dentre quarenta e quarenta e nove anos
que estão principalmente em subdireções e museus nacionais.
O estudo das escolhas dos seus destinos, por parte dos concorrentes, mostra os
seus dados mais significativos e há que obviar àqueles que pela característica e vagas da
convocatória aparecem tão só uma vez, que o Museo Arqueológico Nacional, Museo
Reina Sofía, Museo Nacional de Escultura o Museo Nacional del Prado e as
subdireções são as mais desejadas.
Contudo, a mudança de destinos é habitual entre os conservadores, que ao
acederem ao corpo escolhem uma vaga em função da sua pontuação e que pode ou não
adaptar-se aos seus interesses, formação e lugar de residência. Desta maneira só um
33% do quadro atual do corpo trabalha hoje no seu primeiro destino. Dentre as
mudanças destaca o caso das subdireções dos diferentes ministérios, cujas funções são a
gestão dos museus de titularidade estatal e assoreamento e coordenação do sistema
espanhol de museus, sendo vinte e cinco os facultativos que se trasladaram lá desde
museus já que desta forma é possível um maior ascenso na escala de funcionários e
supõe maiores retribuições salariais.
Assim, os conservadores pertencentes ao grupo A1, o mais elevado das escalas
da administração do Estado, acedem ao mesmo com um ordenado que se compõe de um
salário base igual para todos os funcionários desta escala ao que há que somar o
73 complemento de destino, nível vinte e quatro inicialmente, o complemento específico
correspondente à vaga ocupada e os triénios trabalhados não sendo possível estabelecer
uma média do ordenado médio do corpo devido ao carácter pessoal dos dados, à grande
diversidade e à opacidade do sistema espanhol. Neste aspeto são surpreendentes os
dados extraídos por um estudo das informações das páginas webs dos museus que
revelam que das cinquenta e uma instituições estudadas, só passam oito, e das
analisadas neste trabalho, só três das sete. Passam a prova o Museo Nacional del Prado,
Museo Nacional Reina Sofía, Museo Nacional de Escultura e não o fazendo Museo
Aqueológico Nacional, Museo Nacional de Arte Romano, Museo Sorolla e o CasaMuseo del Greco que destaca com uma valoração de zero (Fundación Compromiso
Empresarial: 2010, 29-30). Também não chegam ao aprovado o Museo ThyssemBornemisza e o Museo Lázaro Galdiano, instituições adscritas ao ministério de Cultura.
Contudo, é possível concretizar que o ordenado bruto mensal ao ingresso ao
corpo é de 2.125 €, pudendo ver-se o desmembramento no anexo XIV do presente
trabalho.
Contudo, este é um aspecto de especial descontento dentro do corpo segundo as
queixas registadas através das associações de profissionais. Assim a Asociación
Profesional del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos mostra, através de
uma tabela disposta no anexo antes referido dentre as suas reivindicações, o desejo de
melhorar o nível de ingresso até ao nível vinte e seis para assim se equiparar a outros
corpos. No que respeita a este tema são muito interessantes as opiniões recolhidas no
estudo dos profissionais do sector, destacando aqui a seguinte citação:
Debido a la crisis económica, las remuneraciones son cada vez menores mientras que
la reducción de plantilla hace que las responsabilidades sean superiores (Varela et al.:
2012, 83).
É curioso neste contexto como um corpo que recebe o nome de conservadores
de museus não oferece aos profissionais que desenvolvem o seu labor em ditos centros
as melhores recompensas, senão o contrário, posto que não é possível ter um nível
superior ao vinte e seis para os seus técnicos, com a exceção dos cargos diretivos. Além
disso, a partir deste nível os ascensos são denominados através da chamada libre
designación, ou seja, por um método subjetivo e normalmente é uma pessoa de
confiança daquele que nomeia, sistema muito criticado pela opacidade do mesmo
chegando à própria Asociación Profesional del Cuerpo Facultativo de Conservadores
74 de Museos indicando nas suas reivindicações a necessidade de concluir com a
arbitrariedades no momento de convocar e adjudicar vagas (Asociación Profesional del
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos: 2012).
Es muy difícil la movilidad en el sector. Una vez se consigue un puesto de trabajo
resulta difícil el cambio, mas aún por la poca oferta existente, y menos en cargos
directivos. La mayoría de estos se ocupan no en oposición sino como cargo de
confianza política (Varela et al.: 2012, 85).
Los cargos directivos de museos han de ser rotatórios y temporales. Su elección ha de
ser por méritos profesionales y no según critérios subjetivos (Varela et al.: 2012, 89).
Que la dirección de los museos esté ocupada por profesionales que desarrollen su
trabajo en museos, con un perfil de técnicos de museos, y no por catedráticos de
universidad (Varela et al.: 2012, 89).
Disto, advém o interesse dos conservadores de mudar a outras instituições que
lhes permitam uma possibilidade de ascenso, estando estes centros na capital ao serem
direções e subdireções ministeriais e passando deste modo a desenvolverem tarefas
mais destinadas à gestão, não sendo estes temas de gestão de património cultural
demandados nos concursos de acesso. Neste contexto, há que citar que a Asociación
Profesional del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos tem mostrado a sua
preocupação sobre este tema já que reduzir a sua mobilidade restringe as suas escassas
possibilidades de promoção (Asociación Profesional del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos: 2012).
Outros casos significativos que respondem ao mesmo motivo são as vagas
dependentes das administrações autonómicas e inclusivamente locais, sendo muito
chamativo que estas paguem melhor aos seus funcionários que a própria administração
central sendo estas as suas provas de acesso mais complexas e de maior prestígio social.
Estes dados, oferecidos por diversos conservadores em entrevistas pessoais, que como
já se tem indicado pela opacidade do sistema não podem ser mais detalhados devido à
falta de publicação dos orçamentos ministeriais detalhados por secções, tal e qual se
queixa numa entrevista a diretora do Museo Nacional de Escultura (Zurro: 2013) e facto
este que levou o ministério a indicar aos museus a necessidade de comunicação prévia
das entrevistas dadas e que foi qualificada pelos meios de comunicação de censura
prévia (El ministerio manda: 2013).
Neste sentido, há que destacar que a oferta destas vagas é devido a que com o
traspasso das competências culturais as comunidades autónomas não dispunham de
75 pessoal especializado para ditas áreas. Isto supõe reconhecer o carácter facultativo dos
mesmos, como pessoas especializadas na área e de carácter erudito o qual entra em
conflito com os técnicos autonómicos que se sentem menosprezados profissionalmente.
Acabar de una vez por todas con los tratos de desigualdade existentes entre personas
que realizan las mismas funciones reconociéndose el trabajo realizado en los museos
de províncias que pasa por una subida de nível del personal que trabajamos en ellos en
clara desventaja con respecto al resto de compañeros (Varela et al.: 2012, 89).
Sería adecuado que los profesionales que trabajamos en museos locales nos
equiparáramos con los que lo hacen en otras administraciones. Pues el trabajo que se
desarrolla es el mismo (Varela et al.: 2012, 89).
Igualmente há que destacar neste sentido que o estudo dos profissionais de
museus revela que os mesmos consideram que ainda existe um desconhecimento por
parte das pessoas alheias do mundo cultural, do seu papel e que portanto não são
reconhecidos pela sociedade como peritos na matéria.
Conseguir que la población en general valorase y conociese la importância de la
conservación de nuestro património y unido a ello conociese y por tanto valorase el
trabajo que desempeñan los profesionales de los museos (Varela et al.: 2012, 93).
Una información más adecuada dirigida al público en general, sobre la labor de los
profesionales de los museos. Ya que muchos piensan que solo ponemos y quitamos
objetos/cuadros... (Varela et al.: 2012, 93).
Com este fim a Asociación Profesional del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos além da necessidade de reservar as vagas de responsabilidade
nos museus aos facultativos evitando que sejam nomeados outros profissionais,
nomeadamente catedráticos de universidade peritos em matérias específicas mesmo que
não o sejam em museologia ou gestão de património; expõe como fundamental a
definição das tarefas próprias dos conservadores, muito vagas na legislação atual no
referente a criação do corpo e ao regulamento dos museus estatais.
Deste modo, pretende-se erradicar a prática de contratação de empresas externas que
segundo ela realiza trabalhos próprios dos facultativos e portanto os priva das suas
legítimas funções. Igualmente, queixa-se da criação de redes de sociedades estatais
para a realização de atividades próprias dos museus, o que supõe um menor controlo
económico e responsabilidade dos mesmos sobre estes labores. Por último, planteia
favorecer a presença e participação dos conservadores nos foros para fomentar deste
76 modo a sua visibilidade (Asociación Profesional del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos: 2011).
Resume disto tudo é a frase recolhida nas primeiras jornadas de museologia de
Madrid já em 1995: “queremos un museólogo en cada museo, y que sea museólogo no
solo por el hecho de trabajar en el museo, sino porque dispone de una formación previa”
(Asociación Profesional de Museólogos de España:1996, 12)
Por outra parte, no relativo à formação destes profissionais estabelece que no
caso dos museus estatais (Varela et al.: 2012, 62) um 45,2% dos consultados têm uma
licenciatura, um 22,1% possuem um doutorado e um 27,9% maestrias ou pósgraduações. É significativo que no caso do corpo de ajudantes, que julgam num 75%
que realizam trabalhos que excedem às suas competências, um 54,4% sejam licenciados
quando só é demandada uma diplomatura para o acesso ao corpo de ajudantes. Este
facto deve-se a serem as provas a conservador muito complexas e por vezes os seus
concorrentes terminarem por tentar esta categoria inferior após não conseguirem passar
a superior. Neste sentido é muito interessante a estadística recolhida por Manuel Bagues
que mostra que a percentagem de vagas outorgadas por candidatos tem ido decrescendo,
chegando no ano 2009 a um 1%. Além disso, a maior parte dos concorrentes, estudadas
as convocatórias de 2005 a 2009, não conseguem passar os exercícios na primeira
ocasião sendo a média de êxito de só um 1% por candidato nas últimas provas
convocadas (Bagues: 2014).
A formação base é em dois tércios dos casos em geografia e história, dos quais
um 33,7% têm a especialidade em história da arte e um 20,9% em história (Varela et al.:
201, 12). Destes dados desliga-se que a maior parte de conservadores pertencem a dito
ramo sendo favorecidos os inquéritos dos concursos na parte das matérias específicas.
Contudo, as tarefas a desenvolver no dia-a-dia nos diversos museus são muito diversas
devido às diferentes tipologias de instituições e ao maior número de funções que cada
vez adquire. Por isto, é necessária uma formação complementar que é maior no caso dos
conservadores mais jovens, já que entre 2000 a 2005 um 47,3% dos ingressados a tinha
e entre 2008 a 2012 um 45,7%, enquanto que só um 12% do profissional das
instituições com mais de vinte e dois anos no corpo a têm (Varela et al.: 201, 63).
Destas titulações de terceiro grado há que destacar que um 25,9% são de museologia e
museografia, um 13% em património e gestão cultural e um 12,6% em gestão cultural
(Varela et al.: 201, 65).
77 Me he formado como conservadora pero actualmente llevo no solo las tareas propias
de un conservador, sino también las de un administrador, gestor y jefe de personal
(Varela et al.: 2012, 78).
Esta formação complementar é estudada num 95,2% dos casos em Espanha e
num 67,7% na mesma província.
É também muito interessante como os profissionais reconhecem dentro das suas
necessidades a formação em gestão cultural, marketing e comunicação, gestão de
coleções sendo este aspeto o mais demandado pelos profissionais de museus estatais
com um 17,5% (Varela et al.: 2012, 73) o qual remete na nossa opinião para as
características do próprio sistema de acesso e ao carácter geral dos temas das matérias
específicas, muito longe como já se tem analisado de certo tipo de instituições. Além
disso, os centros menores ao terem menos pessoal precisam que este seja mais versátil,
recebendo formação complementar em marketing e comunicação, gestão cultural,
educação e difusão. Em geral, as queixas são por contar com uma formação específica
básica deficiente ou carecer de aspetos complementares à função tradicional do museu
(Varela et al.: 2012, 73).
Tomarse más en serio la formación continuada, pues la sociedad avanza a niveles
extraordinários y no podemos quedarnos anclados en el passado, hay que evolucionar
(Varela et al.: 2012, 91).
Que fuese norma de cumplimiento obligado acudir en plazos determinados a procesos
de formación contínua y que estos se desarrollen/compensen en horário laboral. En la
actualidad muchos mejoramos nuestra capacitación por cuenta propia (idiomas,
nuevas tecnologías, asistencias a congresos, seminários, etc.) asumimos el coste
económico y personal de esa tarea y no solemos tener compensación en el diario
laboral (Varela et al.: 2012, 91).
Estes aspetos de novas funções tanto dos museus como das outras instituições,
como já se tem dito, são desenvolvidos pelos facultativos e o seu labor não tem reflexo
nos inquéritos de acesso ao corpo tal e como reflexa o seguinte comentário.
En los últimos 5 o 6 años se ha producido una fuerte demanda en el ambito de la
comunicación y el marketing por parte de los órganos directivos de los musos, sin que
el temario de acceso a mi cuerpo exija con la suficiente profundidad estas competencias
(Varela et al.: 2012, 78).
Em definitiva, são muitos os aspetos a melhorar como pode comprovar-se
segundo as opiniões dos próprios profissionais do sistema. No entanto o momento atual
de crise parece ter empiorado ainda mais as coisas, assim desde o ano 2009 não são
78 convocadas vagas para acesso ao corpo e, como já foi referido com anterioridade,
perdeu dezasseis conservadores neste período.
Este ano têm-se ofertado sete vagas exclusivamente para promoção interna
(España: 2014a), que ainda não têm sido convocadas pelo ministério e portanto não
podendo estabelecer se existiram mudanças ou não com respeito ao sistema geral de
cinco anos antes, mas que suporá um aumento de conservadores mas não nos
profissionais que trabalham nos museus ao descer o número de ajudantes.
Além disso, esta falta de pessoal qualificado não só facultativo remete para uma
deficiente gestão das instituições por motivos económicos, sendo neste sentido muito
significativo que as queixas não cheguem a conhecimento da população geral. Assim,
são muito interessantes as notícias que nos últimos tempos foram publicadas sobre a
perda de obras no Museo Nacional del Prado, e os problemas para abrir o novo Museo
Arqueológico Nacional por falta de vigilantes.
Dotación presupuestaria, puesto que muchas de las actividades tanto de cara a la
colección como al público no pueden sustentarse sin remuneración. No es posible la
mejora de las condiciones de conservación del edifício y de sus contenedores, la
restauración de piezas, la actualizacion de la museografía ni la oferta de exposiciones y
actividades de calidad para atraer nuevos públicos (Varela et al.: 2012, 93).
El volumen total de las coleciones estatales es imposible de precisar actualmente, ya
que la mayor parte de los muesos nunca han podido completar los registros, y menos
aún la catalogación de todos sus fondos, cuyo número y ritmo de entrada generalmente
superan la capacidade de las exíguas plantillas y médios técnicos de los centros
(Losada: 2001, 73).
Portanto, à escassez de pessoal há que somar a falta de meios económicos, o que
planteia o dilema de se todos os museus devem ter as mesmas instalações ou se pelo
contrário deve tender-se à centralidade e partilha de recurso,s o que suporia a
categorização de museus e ainda uma maior predominância dos centros da capital.
Serva de exemplo desta dicotomia as seguintes citações:
Sería absurdo dotar de laboratórios complejos a todos y cada uno de los museos del
país, pero si se dota adecuadamente de material y de personal a un museo central, a un
gran museo [...] (Pérez: 2001, 22).
Creo que debe mejorar la gestión, optimizar los recursos atendimento a las necesidades
de cada instiución por parte de las direciones generales correspondientes y no
favorecer unas instituciones en detrimento de otras (Varela et al.: 2012, 93).
79 Em conclusão os museus têm-se convertido num símbolo não só da cidade onde
se localizam como polos de atração turística mas também num reflexo, no caso
estudado aqui pelo seu carácter nacional, da vida cultural do país. Deste modo, e como
já avançou há mais de dez anos o ex-diretor do Museo Nacional del Prado, membro do
Comité Internacional de História da Arte e da Hispanic Society of New York:
No se puede, de ninguna manera, por decisión política, por presión económica, por
presión social, improvisar personal para los museos. Los museos exigen una
dedicación completa y una formación rigurosa que se obtiene exclusivamente en el
propio centro en el propio contacto con la obra (Pérez: 2001, 26).
Esta ideia de museu como centro de formação, totalmente oposta a como se
encontra na atualidade já que o sistema de oposições deixa os concorrentes à carga total
da sua formação baseada nos temas dos inquéritos (Bagués: 2007, 25), é defendida
igualmente pelo mesmo investigador nos seguintes termos:
Los grandes museos se contituyan [...] como si fuesen universidades; espacios de
educación, de formación continuada, donde los directores funcionen como catedráticos
donde exista el acceso de jóvenes que se vayan formando y selecionando dentro del
mismo museo. La idea de que hubiese becarios, jóvenes assistentes que pudiesen iniciar
su carrera y desarrollarla, y los que verdaderamente tuviesen capacidad integrarse en
el museo, seria quizás la verdadera formula para que el museo adquiriese una
dimensión como entidade y como centro intelectual, como centro de investigación
(Pérez: 2001, 27).
Ou a proposta para as bibliotecas da também facultativa do seu corpo María
Luisa Conde:
¿Sería imposible en la actualidad llegar a diseñar un modelo universitário en el que
durante un período de dos o tres años, los licenciados recibieran la formacion teórica
simultaneada con una actividad diaria en los archivos, de la misma forma que se
relizan los MIR en los hospitales? (Conde: 2008, 30).
80 Capítulo 3
81 Estágio no Museo Nacional de Arte Romano de Mérida.
O Museo Nacional de Arte Romano (MNAR) da cidade de Mérida surge trás
uma série de avatares que nas linhas seguintes serão sintetizados brevemente. Esta
explicação pretende pôr de manifesto as diferentes etapas da instituição para
compreender a sua configuração e problemática atual, assim como conceder a
importância merecida às personalidades que o fizeram possível.
A cidade de Mérida, Emerita Augusta, foi fundada no ano 25 a.C. pelo
imperador romano Augusto com o fim de destinar cá os soldados eméritos que tinham
lutado nas guerras cântabras nas legiões V Aluaudae e X Gemina, combate que
possibilitou a conquista do último reduto na península ao tempo que impôs um tempo
de paz. A urbe destacou durante esta etapa histórica por ser a capital da Lusitânia e um
importante centro não só político mas também cultural, económico, militar e jurídico.
Com a desmembração do império romano manteve a sua importância como capital da
dioceses hispaniarum e posteriormente como capital do reino visigodo.
Embora a cidade decaísse com a chegada dos muçulmanos e com a perda da
mitra papal e da mesma forma com a perda da possibilidade de ter uma catedral, que foi
levada a Santiago de Compostela, as lembranças de tempos gloriosos passados sempre
estiveram presentes.
Assim, o geógrafo muçulmano Al-isidri fala de Mérida como: “En ella hay
construcciones cuyos restos atestiguan, por parte de quienes lo hicieron su edificación,
grandeza, poder, gloria, ilustración y próspero reinado” (Álvarez e Mateos: 2010, 55)
Igualmente, o enciclopédico Elio Antonio Nebrija, que também foi arquiteto,
censor da Biblia Políglota e autor da primeira Gramática Castellana, escreveu ao seu
passo pela cidade: Aquí donde está ahora Mérida estuvo en otro tiempo la famosa
Emerita que dio Augsto en premio a sus soldados para que la poblaran (Álvarez e
Mateos: 2010, 49).
A cidade que começou um período de decadência levando-a de uma das capitais
de um basto império a uma simples vila, retoma no renascimento o gosto pela arte
clássica, tendo em conta um enorme interesse nas ruínas e achados arqueológicos. Isto
traz consigo a formação de coleções particulares por parte de nobres, destacando neste
sentido o Moreno de Vargas, o Señor Don Tello y Sierra Brava, o no caso mais
conhecido o Conde de los Corvos que edificou o seu palácio sobre o templo romano
82 denominado de Diana, mas que estaria dedicado ao culto imperial. Outras reutilizações
famosas são as realizadas na Basílica de Santa Eulalia, mártir de época romana que foi
queimada, que usa peças do Antigo templo de Marte e no seu monumento chamado
obelisco para o que se reutilizaram três aras cilíndricas romanas como base da sua
figura.
Para evitar estes problemas de destruição das ruínas com o fim de aproveitar o
seu material para novas construções, a Câmara Municipal promulgou em 1676 umas
ordenanças municipais que, apesar de não terem tido muito sucesso, denotam a
preocupação pelo estado e conservação dos achados arqueológicos.
Esta inquietude pela diáspora de obras continuou no século XVIII, momento em
que o médico da localidade, o doutor Forner y Segarra, junto com o padre Domingo de
Nuestra Señora começaram a juntar-se, por primeira vez com uma intenção
museológica, peças romanas e visigodas no convento-hospital de Jesús, nomeadamente
na sua horta, motivo pelo qual o primeiro antecedente do atual museu é conhecido como
o Jardín de Antiguidades chegando inclusivamente a dispor algumas das obras
incrustadas nas paredes para uma melhor visualização (Álvarez e Mateos: 2010, 69).
Infelizmente, com o passo do tempo a coleção desfez-se e parte das obras se perderam.
Neste século, há também que destacar o Luis Jose Velázquez Velasco, o
comissionado enviado pela Real Academia de la Historia com o fim de recopilar a
informação que permitisse fazer uma história de sucessos antigos do país. Deste modo,
além do tal objetivo, comprou várias peças numismáticas que levou Madrid para a sua
instituição, tentou adquirir esculturas e escavou até a metade o solar do teatro, facto
pelo qual é considerado o primeiro escavador oficial da cidade (Álvarez e Mateos:
2010, 72).
Entretanto, outros viageiros visitaram a cidade, deixando-nos desenhos como no
caso de Laborde ou apontes tais como o conde Campomanes ou Antonio Ponz quem
regista:
Una de las cosas que más me han admirado de cuantas he visto son los monumentos de
la grandeza romana que a pesar de los años, la ignorancia, del actual desprecio
permanecen en Mérida” (Álvarez e Mateos: 2010, 77).
Este último testemunho remete para o estado de achado emeritense, e ao parecer
a queixa teve efeito, já que em 1783 se criou uma missão arqueológica com o fim de
documentar as ruínas e escavar o teatro presidido por Manuel de Villena.
83 Estas peças extraídas assim como outras anteriores iam-se juntando no
Conventual a partir de 1724 para que desta maneira com um fim decorativo mostrassem
a grandeza e a antiguidade da cidade (Álvarez e Mateos: 2010, 78). Neste momento há
que destacar sobretudo a rivalidade existente com Badajoz, quem defendia que as peças
emeritenses deviam custodiar-se ao da mesma forma que o resto dos achados da
província no Museo Arqueológico Provincial existentes naquela cidade.
Contudo, não será até 1836 quando surja o museu a instâncias do erudito local
Ivo de la Cortina e dois anos mais tarde, quando o Estado for consciente da importância
do lugar como centro arqueológico, criar-se-á efetivamente através de uma Real Orden
no dia 26 de março de 1838 sendo posteriormente o dia 10 de junho cedido o
desamortizado convento de Santa Clara para este fim. A igreja de estilo barroco
clássico espanhol teve, após o processo desamortizador, vários usos: armazém de
farinha, escola e, neste momento, auditório de teatro da Nueva Sociedad Artística
Emeritense. Deste modo, o museu deveu partilhar o espaço, contando só com um
escritório, um arquivo para subcomissão de monumentos e a estância do coro baixo
(Barrero e Sabio: 2012, 14).
Nestes anos também há que destacar a criação da Comisión de Monumentos
Históricos y Artísticos de Badajoz através do Real Decreto de 13 de junho de 1844 que
estava sob o controlo da Real Academia de la Historia e após devido à importância dos
achados emeritenses criou-se uma subcomissão na cidade em 1866 mas pouco efetiva
pela falta de meios. Entretanto continuou a dispersão e espólio de obras, que
desembocou que em 1868 o diretor do Museo Arqueológico Nacional escrevesse uma
queixa ao governo civil e nomeadamente, é muito interessante o comentário de Pedro
Maria Plano, diretor da subcomissão de Mérida e conhecedor das práticas de vários
membros da junta que vendiam objetos a antiquários: (Em referencia ao Museo
Arqueológico de Mérida) “á unas cuantas piedras que nadie a querido llevarse”
(Álvarez e Mateos: 2010, 82).
A situação portanto não melhorava e trás várias queixas por parte de
investigadores, a academia mandou o Padre Fita em junho de 1894 quem constatou os
poucos meios existentes, porém os interessantes achados.
Uma data a destacar é o ano 1907, no qual chega a Extremadura José Ramón
Mélida, catedrático da Universidad Central e diretor do Museo Arqueológico Nacional,
com o objetivo de escrever os livros correspondentes ao Catálogo Monumental de
España das duas províncias da comunidade, Cáceres e Badajoz, segundo a Real Orden
84 do Ministerio de Instrucción Pública do dia 18 de abril de 1900. No seu contacto com
os eruditos locais conhece Maximiliano Macias com quem trabalhará, após de batalhar
para conseguir os fundos precisos na escavação do teatro. As peças extraídas nesta
intervenção passaram para o museu, destacando a escultura de Ceres.
Devido à importância do achado emeritense em 1912 o Estado classifica de
Monumento Nacional de las ruinas de Mérida através da Real Orden de 12 de
Dezembro.
As campanhas arqueológicas continuaram e em 1915 começou-se a escavar o
anfiteatro e em 1919 o circo. Uma vez registados os grandes monumentos da cidade
romana iniciou-se um novo processo de arqueologia urbana, destacando a intervenção
realizada no solar onde se ia construir a praça de touradas.
Além disso, entre os anos 1929 e 1930 Mélida e Macías remodelaram o antigo
Museo Arqueológico de Mérida. Para este fim contavam com a experiência do primeiro
deles no Museo de Reproducciones Artísticas e no Museo Arqueológico Nacional de
Madrid e do conhecimento das peças do segundo deles. Assim, após reparar as cobertas
e pintar uma facha vermelho sangue na parte inferior dos muros para que as obras
marmóreas e brancas ressaltassem mais, optou-se por agrupá-las atendendo à sua
procedência, e dispondo as grandes esculturas sobre pedestais pretos nos quais se
escreveu o nome da figura representada, alternando-as com bustos sobre peanhas ou
pedestais metálicos (Nogales e Álvarez: 1995). Apesar do êxito da montagem já se via
insuficiente o espaço e em 1931 o presidente da Câmara Municipal, Andrés Nieto
Carmona, reclamou a construção de um grande museu e de um centro de estudos
romanos.
Com a morte destas duas grandes personalidades no ano 1933 e 1934
respetivamente, Antonio Floriano encarregou-se dos trabalhos de escavação e foi quem
escavou na aula sacra do teatro a cabeça de Augusto, a obra mais relevante do atual
museu.
Outra data importante para o devir do museu que afeta a sua configuração atual é
o dia 11 de maio de 1939, momento em que se encarrega a tutela e organização do
Museo Arqueológico de Mérida ao Cuerpo Facultativo de Archivos, Bibliotecarios y
Arqueólogos.
Os primeiros diretores da instituição tiveram escassa repercussão devido aos
seus curtos mandatos.
Assim o primeiro deles, García Gil, exerceu o poder em
interinidade e sendo apoderado do serviço de defensa do património histórico-artístico,
85 até que em 1942 o substitui o primeiro funcionário do corpo facultativo, Jesús
Bermúdez. Em 1943 passaram três diretores pelo museu, de novo García Gil, Ana
Liáñez e José Álvarez Saez de Buruaga quem a pesar dos dois anos que exerceu Gil
Farres entre 1944 e 1945, foi e será o grande diretor e impulsor do atual museu no seu
labor que desenvolveu até 1985 (Álvarez e Mateos: 2010, 135) apesar de que no início
não quisesse a vaga (Álvarez: 2006, 185) mas o destino quis que cá conhecesse a sua
mulher e se apaixonasse dela e da história e obras da cidade.
As peças que já atingiam o número de três mil ficavam presas no escasso espaço
disponível no convento, surgindo já nesses anos a necessidade de construir outra sede
pensando também no desamortizado convento de Santo Domingo que não chegou a
concretizar-se. Por este motivo habilitaram-se barracões para albergar as obras no
recinto da Alcazaba, alcáçova de tempos muçulmanos.
A coleção continuava a crescer em número de peças e o espaço expositivo a
ficar enchido. Portanto, a necessidade de criar uma nova sede era urgente ao mesmo
tempo que imprescindível para poder dotar de dignidade as obras expostas.
José
Álvarez Sáenz de Buruaga, conservador-diretor da instituição e único trabalhador da
mesma, junto com um zelador, fixou como objetivo a criação de um novo espaço
museístico que acolhesse as peças de grande valor existentes. Infelizmente, este fim
quedava ainda muito longe e por enquanto se realizaram outros labores também de vital
importância. Assim, adquiriram-se os terrenos em que se situavam os grandes
descobrimentos na cidade (teatro, circo...) e outros como el palacio del Conde de los
Corbos. Além disso, cedeu-se ao museu a capacidade de gestor único da jazida;
incorporaram-se mais livros à biblioteca; melhoraram-se as condições da visita ao
mesmo tempo que se ofereceu informação pormenorizada das obras; continuou-se com
os labores de escavação; restauraram-se peças ao cargo da Dirección General de Bellas
Artes e consolidaram-se monumentos como o segundo corpo cénico do teatro, por parte
do arquiteto José Menéndez-Pidal e a sua equipa. Tudo isto geriu um grande número de
peças novas que devido à falta de espaço continuaram a ser armazenadas em barracões
na Alcazaba da cidade que chegou a ser usada como espaço expositivo a tenor de
fotografias custodiadas no arquivo do museu e que se publicaram no livro
comemorativo aos 25 anos da nova sede (Barrero e Sabio: 2012, 17).
Neste contexto José Álvarez Sáenz de Buruaga era consciente da importância de
dar a conhecer os novos descobrimentos, assim como alentar a investigadores ao seu
86 estudo, para o qual se criam acordos de colaboração com distintas universidades
espanholas e se recebem com agrado aos estrangeiros interessados.
Outro facto a destacar é a criação do Patronato de la Ciudad Monumental
Histórico-Artística y Arqueológica de Mérida por Decreto de 31 de janeiro de 1963, que
devia administrar a abertura dos monumentos mais importantes, pô-los em valor e
melhorar a sua relação com os visitantes. A composição desta instituição esteve
estabelecida pelo regulamento aprovado na Orden ministerial de 19 abril de 1969 e
reorganizada pelo decreto de 18 março de 1971, ficando constituída pelo Estado através
do Ministerio de Educación y Ciencia, o município, a Diputación Provincial de Badajoz
e pessoas de reconhecido prestígio. (Álvarez e Mateos: 2010, 144).
No dia 7 de julho de 1975, ano do bimilenário da criação da cidade de Mérida
pelos romanos, anuncia-se através de um “Decreto Ley” a criação de um novo museu
nacional em Mérida, já que a importância das suas coleções transcendia ao âmbito local
e regional e permitia, além disso, mostrar um dos grandes processos de configuração da
península ibérica: a romanização. A denominação da instituição como Museo Nacional
de Arte Romano de Mérida foi, segundo o atual diretor, pouco acertada para quem está a
favor do Museo Nacional Romano ao entender que se trata de um centro exponente, de
vários aspetos da civilização romana num lugar concreto e não em exclusividade dos
artísticos (Álvarez: 1987, 285) e que se acrescenta nos nossos dias com a abertura futura
do novo museu visigodo que é uma sede do mesmo.
Surgiu desta maneira a controvérsia do seu emprazamento já que desde um
princípio teve de obviar-se a restauração da igreja de Santa Clara devido à falta de
espaço.
Uma das ideias para a nova ubicação foi o antigo convento santiaguista, embora
trás a realização de um projeto se descobrisse que era um espaço insuficiente para este
fim pelo que finalmente foi dedicado à sede da presidência da comunidade autónoma de
Extremadura (Álvarez: 2006, 191).
Retoma-se então a ideia primigénia de Sáenz de Buruaga, o denominado solar
de las Torres, que em palavras da própria personagem: “era preciso que el museo
buscará al público” (Álvarez: 2006, 188) facto que possibilitava este lugar ao situar-se
junto às grandes escavações do teatro e do anfiteatro.
Deste modo, o solar foi adquirido, com a exceção de um prédio de vivendas
anexo, em 1976 pela comisaría general de excavaciones arqueológicas começando de
imediato as escavações com dito fim. Uma vez concluídas estas atividades a Dirección
87 General de Bellas Artes em 1979 concede o projeto ao arquiteto Rafael Moneo Vallés
quem criará uma obra cume na sua carreira e um referente para a cidade. Para este fim
obterá a ajuda dos seus colaboradores: os engenheiros de caminhos Jesús Jiménez e
Alfonso García del Pozuelo e os aparelhadores Francisco González Peiró e Rafael
Luque (VV.AA.: 2008, 83).
Entretanto em 1978 vota-se e estabelece-se a Constituição espanhola que previu
um Estado de autonomias que no caso Extremeño foi estabelecido cinco anos depois
através de um Estatuto de Autonomia que no artículo número 5 dispôs a capitalidade da
região em Mérida, o que supôs uma expansão da cidade ao ter que albergar todos os
órgãos de governo. Neste sentido a influência da arquitetura e ideais do museu que
estavam a construir-se será muito visível noutras obras da cidade também criadas por
arquitetos de grande prestígio, é o caso da ponte de Santiago Calatrava (1992), a
Escuela de Administración Pública de de Sáen de Oiza (1992), o prédio para as novas
concelheiras de Navarro Baldeweg (1994), ou a Biblioteca Pública Jesús Delgado
Valhondo de Arraz (1997) (González: 2010, 80).
Neste mesmo ano, 1983, produz-se a primeira reunião na casa da cultura de
Mérida a petição do diretor do museu daquela altura, José Álvarez Saéz de Buruaga,
com o fim de criar uma associação de amigos do museu, a qual foi fundada e aprovada
nos seus estatutos o dia 20 de julho de 1983.
Em 1984 com o traspasso efetivo das competências em matéria de património às
comunidades autónomas, a gestão do conjunto arqueológico monumental passou do
museu à Consejería de Cultura y Património da Junta de Extremadura y ao Patronato
de la Ciudad Monumental. Este facto, supõe que a jazida, fonte principal de ingresso de
peças do museu, fosse a partir desse momento e até agora administrada por uma
entidade local dependente de outra regional, enquanto o museu depende da sua
consideração nacional do Ministerio de Cultura. Esta dicotomia traduz-se em problemas
de gestão e de organização como veremos mais à frente.
O museu foi inaugurado no dia 19 de setembro de 1986, depois do traslado e
montagem de peças durante dois anos numas condições precárias a tenor das fotografias
existentes do processo no arquivo fotográfico do mesmo, com a presença dos reis da
Espanha, o presidente da república italiana e o ministro de Educación y Ciencia, Javier
Solana. Nesta celebração reconheceu-se o papel fundamental de José Álvarez Sáenz de
Buruaga, quem devido à sua avançada idade teve de reformar-se um ano antes de ver
88 cumprido o seu sonho e deixar a direção ao seu filho, atual diretor do museu, José María
Álvarez Martínez. Contudo, e em palavras do seu próprio filho:
Álvarez Saénz de Buruaga perteneció a esa generación de funcionários del Cuerpo
Facultativo de Archiveros, Bibliotecarios y Arqueólogos que llevaron una andadura
erizada de dificultades y que supieron suplir con su ímprobo trabajo las carencias del
momento, lo que les confirió un alto prestigio profesional. Muchos como él se prodrían
citar en la larga nómina que honra a este prestiogioso cuerpo. (Álvarez, 2006:193)
Após a posta em funcionamento do museu há ainda que citar datas muito
significativas para o devir da cidade e que refletem a sua importância na instituição. De
um lado em 1993 Mérida é classificada de Património da Humanidade. Em 1996 surge
o novo Consorcio de la Ciudad Monumental Histórico-Artística e Arqueológica de
Mérida que substitui ao antigo patronato e que está integrado pela Junta de Extremadura
através da Consejería de Cultura y Patrimonio, a Câmara Municipal de Mérida e
Diputación de Badajoz; em 1997 surge o projeto Alba Plata cujo fim é a revalorização
da rede romana e que leva consigo não só a restituição da mesma senão a abertura de
centros de interpretação; em 1999 promulga-se a Ley de Patrimonio Histórico Artístico
de Extremadura; em 2000 a Câmara Municipal aprova o Plan General de Ordenación
Urbana que estabelece os distintos níveis de proteção segundo as zonas da cidade; em
2001 surge o Instituto de Arqueologia de Mérida, centro de investigação dependente do
Consejo Superior de Investigaciones Científicas, a Junta de Extremadura e o consórcio;
em 2004 cria-se o programa Mecenas com o fim de financiar as campanhas
arqueológicas feitas na cidade.
Concluindo aqui o apartado correspondente à história da instituição e que a
configura como um grande museu nacional que surge do apoio da comunidade e de
vários eruditos, que tem uma estreita relação com o consórcio da cidade monumental
que rege o jaiza e com outras instituições investigativas como o Instituto de
Arqueologia e a Fundación de Estudios Romanos, passaremos agora a descrever as
caraterísticas físicas do museu no relativo à sua arquitetura, que lhe valeu em 1994 ao
seu criador o premio Manuel de la Dehesa ao melhor edifício da década 1983-1993, e a
disposição das suas coleções e acervo na sede atual.
O Museo Nacional de Arte Romano está condicionado desde os seus inícios pela
sua ubicação. Após a escavação do solar de las Torres e o conseguinte descobrimento
de uma zona extramuros com restos de arquitetura doméstica, traçado de calçada, tramo
89 do aqueduto de San Lázaro e inclusivamente uma necrópoles, surge um desnível de até
oito metros com respeito à rua. Este primeiro problema solevantou-se em primeira
instância pelo arquiteto municipal Eduardo Barceló mediante uma série de muros de
contenção à espera de que a construção do próprio edifício contra-arrestasse ditos
empuxes. Contudo, em 1978 a morte de José Menéndez Pidal supôs a paralisação dos
trabalhos e devido à urgência da obra concedeu-se a sua criação sem concurso algum a
Rafael Moneo em 1979. O arquiteto foi escolhido pelo seu bom fazer no edifício
Bankinter, realizado junto a Ramón Vescós Domínguez, no qual assume o palácio
decimonónico do Marques de Mudela sem deixar por isto de realizar una obra moderna.
Este era o sistema que se pretendeu para o novo museu, o dito em palavras do seu
próprio criador:
Estoy convencido de que la arquitectura puede servirse de los instrumentos de la
modernidad sin abandonar el respeto y la conversación con el pasado. La historia es un
vehículo fundamental para la investigación de la arquitectura y para el establecimiento
de propuestas teóricas.
A mi juicio el Museo de Arte Romano de Mérida conecta con el pasado y se refiere a la
arquitectura histórica tanto como a la contemporánea y por ello suscitó tanto interés.
(estrato de entrevista concedida pelo arquiteto a Rádio Televisão Española) (Martín,
Juan Manuel: 2002)
Esta obra supôs para o arquiteto o fim de uma primeira etapa para dar passo a
uma segunda de grandes concursos e projetos a escala internacional, já que nela afiança
uma série de conceitos que serão característicos no resto das suas obras, apesar de que
esta é sem dúvida uma das mais “clássicas”. Este classicismo deve entender-se como a
dívida que o edifício possui com a cidade e mais concretamente com o mundo romano
que dois mil anos antes havia convertido essas terras num dos pontos mais importantes
da Península Ibérica. Esta herança romana também pode observar-se em Moneo, já que
entre 1963 e 1965 completa a sua formação como pensionado da academia espanhola na
cidade de Roma (De la Barrera: 1988, 119). Se calhar por isto o arquiteto é consciente
de que o edifício não pode, nem deve romper com esta tradição e planteia dois objetivos
fundamentais: conservação in situ dos restos arqueológicos do solar e a comunicação do
museu com o teatro e o anfiteatro. Tudo isto respeitando o anteprojeto museístico de
José Álvarez e Sáenz de Buruaga que propunha um guião claro e acessível que tratasse
grandes temas de interesse geral através de um espaço dinâmico e versátil que pudesse
adaptar-se aos novos materiais escavados na cidade, com o fim último de aproximar a
arqueologia ao visitante (Nogales: 1995, 97). Além disso, este anteprojeto que reflete a
90 personalidade do seu criador e o labor da sua vida, foi acrescentado com ideais dos
conservadores da instituição.
Para esta “romanização do edifício” Moneo utiliza três elementos: o uso do
betão armado, o tijolo e uma série de contrafortes.
O betão armado, herdeiro do opus caementicium romano, confere ao edifício na
sua combinação com o tijolo uma grande robustez ao mesmo tempo que uma solução
estética. O tijolo destaca por estar cozido a 900° ao modo romano e não a 1100°
utilizados na atualidade. Até a chegada do imperador Tiberio os tijolos eram secados ao
sol; porém a partir deste momento opta-se por uma cocção que proporcione ao material
uma maior consistência e portanto maior perdurabilidade. Contudo, tem-se demostrado
que o uso do material cru não chegou a desaparecer já que as suas medidas têm sido
legadas aos tijolos atuais. Nesta obra esta assimilação é claramente visível ao possuir
ditos elementos 0,14 m. de longitude e 0,28 m. de cumprimento. (De la Barrera: 1988,
121). Esta mudança, segundo o investigador Javier Frechilla, pôde ter como objetivo a
diferenciação do original, normalmente de mármore, da cópia realizada nas restaurações
dos anos 30 em tijolo (1986, 54). A hipótese mais aceitada foi que a obra não dissonasse
com os edifícios desta época em cujo contexto estava inserida. No entanto esta decisão
foi muito criticada na altura já que se pensava que poderia repercutir na conservação da
obra chegando a perguntar-se:
¿Quién reparará entonces en detalles tan poco significativos como el mantenimiento y
fractura de muchísimos ladrillos de la obra por el único motivo de haber sido poco
cocido por razones estéticas? (Frechilla: 1986, 55).
A verdade é que este problema existe e é possível ver já na parte exterior do
edifício como os tijolos se desfazem devido aos fortes contrastes de temperatura da
região, não sendo um problema que afete à estrutura básica do mesmo mas que confere
ao prédio uma imagem um bocado descuidada. Além disso, no interior podem ver-se
estes problemas de conservação, mais acentuados nalguns casos por filtrações de água.
Ao exterior na fachada sul, rua José Ramón Mélida, destaca o uso de
contrafortes que nos indicam antes de entrar na obra o seu legado romano, com
correspondências com a fachada da Magna Aula do Palacio de Tréveris ou os muros
aurelianos de Nash (De la Barrera: 1988, 121) e mais facilmente com o acueducto de
los Milagros da cidade (VV.AA.: 2008, 82). Esta disposição na sua entrada principal
confere um aspeto de fortaleza a modo de proteção das valiosas coleções que possui à
91 vez que rompe a monotonia e cria um jogo de matizes. Nestes espaços “rotos” situam-se
enormes cristaleiras para a iluminação do interior que criam para o interior interessantes
jogos de luzes e sombras. Isto planteia o inconveniente de dar muito calor ao mesmo
devido às altas temperaturas que se atingem no verão, e pelo mesmo supõe um alto
investimento em refrigeração do espaço.
A entrada conforma-se mediante um dintel de mármore no qual pode ler-se a
palavra mvseo em clara referência ao mundo romano pelo uso da grafia latina, e sobre
este um nicho com uma réplica da escultura feminina que é interpretada como mulher
da casa imperial. A porta de duas folhas, realizada em bronze, possui uma série de baixo
relevos com as plantas de monumentos significativos da cidade e também do próprio
edifício.
A fachada nascente, pela sua parte, possui um carácter mais doméstico ao ser a
zona dedicada às funções administrativas. Nela podem estabelecer-se relações com o
antigo átrio do Sessorium de Roma que posseia cinco entradas arqueadas rematadas por
arquilhos de descarga (De la Barrera: 1988, 122). Esta possui uma série de vãos
retangulares coronados por um remate em zig-zag dos lucernários.
A fachada meridional apresenta arcos de meia volta na zona inferior e os pisos
superiores possuem vãos rectangulares com janelas com portadas interiores.
Por último, a fachada setentrional, de extrema simplicidade, acentua os vãos de
mais de meia circunferência embora realmente nela destaca o desnível que se produz
pelas obras de escavação anteriormente citadas.
Focando-nos a partir de agora no seu interior, o esquema geral da obra apresenta
uma divisão em dois corpos, separados pela calçada romana e conetados por uma
passarela.
O primeiro dos corpos chamado por Moneo o museo-archivo (VV.AA: 2008,
79), está conformado por uma nave principal na qual se unem cruxías paralelas e
perpendiculares; e no segundo dispõem-se as estâncias necessárias para a administração,
assim como um ateliê de restauração, uma biblioteca e um auditório.
A nave principal, símbolo do museu e imagem mais conhecida do mesmo,
situada no primeiro corpo, destaca pela sua grande monumentalidade e amplitude à vez
que as suas paredes combinam o tijolo de acabado rugoso com o polimento do mármore
branco, sendo este o seu único aspeto decorativo, e chegou a descrever-se como vasto
interno vacío (VV.AA: 1987, 8) ou também como: “la construcción está concebida
92 como una unidad y las piezas arqueológicas son una mera decoración de la arquitectura
y no el motivo que justifica la existencia de esta” chegando inclusivamente a tachar o
edifício como “narcisismo arquitectónico” e sentenciando “un museo que nos parece
aberrante” (Frechilla e Valdés: 1986, 55). Estas afirmações descabeladas nos nossos
dias devem entender-se dentro da grande expectação que esta obra causou no seu tempo
e deve ter-se em conta que embora na atualidade a obra não suponha um elemento
rompedor, sim o foi na altura. Deste modo o fim real da combinação antes citada é
salientar as verdadeiras protagonistas do espaço: as obras, tendo em conta que o
conjunto é inseparável do seu próprio conteúdo.
Outra crítica muito generalizada foi a excessiva altura das naves já que os nove
arcos que sustentam a abóbeda que conformam a nave principal tomaram as medidas do
Arco de Trajano da cidade e novamente viu-se nesta estrutura uma obra grandiloquente
que empequenecia o seu conteúdo (Álvarez: 1987, 287) em lugar da investigação da
qual Moneo era partidário, consistente em estudar a cidade e enlaçá-la naturalmente
com o seu passado. Esta ideia deve enquadrar-se na influência que nos anos 80 sofreu o
arquiteto por parte do movimento da Tendenza italiana, que deriva das propostas do
livro L’architettura della cittá (1966) de Aldo Rosi quem critica a incoerência do
funcionalismo moderno e valora a relação entre tipologia arquitectónica-monumentopassado da cidade (Urrutia: 1997, 543); a realização da arquitetura condicionada pelo
lugar, fixando uma escrupulosa racionalidade até conseguir uma essencialidade
monumental intemporal. Deste modo e em palavras do próprio criador opta-se por um
“sistema constructivo casi literalmente romano” sendo o resultado “como si de repente
el museo pudiese ofrecer la visión sintética de lo que habían sido estas tierras durante
2000 años” (estratos da entrevista concedida a RTVE, Martín: 2002).
Outra relação interessante que cabe mencionar em quanto à distribuição deste
espaço é a tentativa que o próprio arquiteto realizou entre 1964 e 1967 na fábrica de
Diestre, há que recordar que este estruturalismo não é novo e já Auguste Perret o tem
usado na fábrica de confeção Esders de París (1919), na qual mediante o betão joga com
os ritmos dos arcos no espaço principal e com os níveis retilíneos cruzados nos espaços
laterais. A estrutura revestida em tijolo com carácter colossal deriva de Kahn em Dacca
(Urrutia: 1997. 645).
Retomando a descrição da obra é interessante destacar que os muros seguram
um sistema de ferros colocados de forma paralela iluminados desde os lucernários da
93 coberta que permitem uma luz natural em cascada. Assim a iluminação planteia-se
através de paramentos verticais, portanto controlada à vez que matizada pelos muros
diafragma que conformam a nave e complementada pela luz indireta da fachada norte.
Por outra parte, esta grande nave principal através de uma série de corredores e
passarelas compartimenta-se em altura, e à sua vez provoca novas visões da mesma
porque são as peças de maior valor já que as secundárias se expõem nos corredores e
maioritariamente em vitrinas que também foram desenhadas por Moneo ao igual que os
pedestais e as cadeiras. Neste sentido é interessante destacar que o desenho exclusivo do
arquiteto é original, simples e agradável (Álvarez: 1987, 297) não assim tão prático,
apesar de ser outra das características citadas pelo atual diretor, já que devido ao peso
das vitrinas são precisas duas pessoas para as abrirem e dois ganchos de metal para
assegurá-las antes de poder entrar nelas. Contudo, o maior inconveniente e como o
próprio diretor já citou é a falta de climatização das mesmas e o facto de não serem
estancas, o que provoca por exemplo que as peças de metal tenham de ser limpas cada
certo tempo para evitar a corrosão. É muito curioso, que a única das vitrinas estancas do
museu albergue a única peça não original do mesmo, a réplica do Disco de Teodósio do
Museo Arqueológico Nacional mas que foi achado em Almendralejo, facto que se deve
a ingressar a peça posteriormente e ter que desenhar uma vitrina ad hoc.
Os acessos a estas naves perpendiculares estão coronados por segmentos de
círculo sobremontados por vãos, este mesmo sistema repete-se na cripta.
A cripta, devido à aparição durante a escavação de numerosos vestígios
romanos, teve de modificar a situação dos pilares para deste modo cumprir um dos
objetivos marcados: a conservação in situ. Esta ideia de preservar as ruínas teve muita
repercussão na cidade sendo também seguida noutros edifícios como a biblioteca
pública Jesús Delgado Valhondo de Luis Arranz Algueró ou o Palacio de congresos de
Fuensanta Nieto y Enrique Sobejano, evitando assim a problemática de construir novos
prédios na zona antiga por medo a que durante a escavação surgissem achados
arqueológicos.
Este lugar concebe-se como um ambulacrum que permite aos visitantes
passearem num ambiente intimista entre mausoléus, peristilos, pátios porticados... A
iluminação, ventilação e acesso seguem o modelo dos antigos criptopórticos (De la
Barrera: 1988, 124) num intento de oferecer um espaço aberto definido por muros entre
os que se dispõem numerosos arcos que suportam a estrutura da nave principal do
museu. Neste caso, a crítica a esta cripta que partiu da própria instituição é a pouca luz
94 da maioria dos arcos já que uns arcos mais amplos tivessem propiciado uma melhor
contemplação das ruínas que às vezes não resultam perceptíveis (Álvarez: 1987, 292).
Além disso, no âmbito museístico há que destacar que a cripta forma parte do percurso
ao museu, existe uma falta de informação sobre a mesma que possibilita às pessoas
perceberem não só o que lá está mas também aspetos da arqueologia, fonte de ingresso
das obras vistas no museu. Certamente e como o seu diretor adverte é um museu
“unicum en matéria museologica” (Álvarez: 1999, 98), e esta é uma das características
que o faz único, no entanto neste sentido perde-se a possibilidade de musealizar o
espaço não só no relativo às ruínas de casas que são minimamente explicadas, mas
também no relativo a todo o processo arqueológico. É portanto um marco incomparável
para mostrar dentro de um museu destas características a ciência arqueológica e
dignificar os arqueólogos e conservadores do museu que se encarregam de transformar
a informação e oferecê-la ao público.
É interessante destacar que a altura do tramo da condução hidráulica do
aqueduto de San Lázaro dispõe de um túnel que comunica o museu com o anfiteatro já
que se pretendia oferecer ao visitante um modo de se abstrair do mundo atual e ter uma
experiência completa ao poder contemplar as ruínas do teatro e o anfiteatro e as peças,
nomeadamente a escultura imperial, em relação direta. Esta ideia embora seja muito
interessante não é concretizável ao depender dos citados lugares de administrações
diferentes, assim de um lado o museu depende do Ministerio de Cultura, no entanto os
monumentos da cidade estão regidos pelo consórcio da cidade, não existindo a
possibilidade de obter uma entrada conjunta para todos eles apesar da sua proximidade e
relação.
Por último, a respeito do bloque administrativo de duas alturas, possui no lado
esquerdo da sua primeira planta a direção, secretaria e escritórios dos conservadores e
um auditório com aforo para cento e quarenta pessoas. Neste sentido há que destacar
que estes espaços têm ficado obsoletos, nomeadamente no referente ao auditório que foi
também desenhado pelo arquiteto Moneo com um sistema de bancadas pouco
confortáveis. No lado direito ficam a associação de amigos do museu e a fundação de
estudos romanos, a enfermaria, o departamento de fotografia e documentação, o
escritório de uma conservadora e o departamento e laboratórios de restauração. Estes
departamentos também têm sentido o passo do tempo e por isso este ano começara a
remodelação dos mesmos com o fim de adaptá-los às novas necessidades.
95 No segundo andar dispõem-se mais escritórios de conservadores, num caso
partilhado por dois deles pela falta de espaço que se solucionara com a remodelação
antes dita e que acondicionara a zona direita, que ficou sem construir com estes fins.
Destaca nesta zona a biblioteca por possuir o maior número de exemplares de tema
romano do país. O mobiliário desta estância, também desenho de Moneo, é simples e
funcional ao mesmo tempo que estabelece através da disposição de estantes o perímetro
da sala.
Desde meados do século XX a arquitetura de museus tem tido uma grande
importância e repercussão no devir desta ciência já que neste tempo esta tipologia
oferecia uma grande liberdade aos seus criadores, tendo como exemplo o Museo
Guggenheim de Bilbao. Neste contexto não se pode esquecer que o Museo Nacional de
Arte Romano de Mérida é um hito no panorama espanhol à vez que para o seu criador, o
arquiteto Rafael Moneo Vallés, a obra que junto com o edifício Bankinter o leva à fama
e lhe abre as portas a obras internacionais concedendo-lhe prémios tão significativos
como o prémio Pritzker em 1996 e um ano depois de ser nomeado académico numerário
da Real Academia de San Fernando de Madrid.
Na anterior exposição citaram-se os logros do edifício; contudo, não podem
obviar-se uma série de problemas funcionais, bem identificados pelos próprios
conservadores: “Los servicios que el M.N.A.R. pone a diposición de los visitantes han
estado siempre encorsetados por dos cuestiones: la disponibilidad económica y
administrativa y la carencia espacial” (Nogales: 1995, 99)
Começando pelos problemas de armazenagem e de climatização, há que destacar
que o museu não possui uma sala acondicionada para guardar objetos de materiais
alteráveis ou um estudo que permita a investigação de grandes peças de mármore. Este
facto deve-se a que o projeto inicial de Moneo não previu a disposição de armazéns ao
considerar que todo o acervo ia ser exposto, deixando as naves transversais da direita
como um verdadeiro armazém visitável, chegando inclusivamente ao dispor peças nos
seus desenhos (Nova e Sabio: 2012, 24).
Como é lógico a ideia resultou ser descabelada já que um museu arqueológico
com jazida como este deve ser concebido como um ente vivo (Nogales: 1995, 96) ao
receber frequentemente e em grande número novas peças dos diferentes achados, além
de que não todas as peças são de interesse ou têm relevância dentro do percurso
museístico. Deste modo, optou-se como já se tem dito por uma exposição mais didática
96 esquecendo a ideia que infelizmente por tantas vezes se repete nos museus
arqueológicos feitos por e para especialistas.
Assim, as peças de grande formato são guardadas no chamado almacén de
piezas grandes situado na cripta e visível desde o exterior, o qual supõe um problema de
seguridade mas, como é lógico, está protegido com medidas eletrónicas e câmaras de
vídeo vigilância. Nele as obras dispõem-se em prateleiras feitas para tal fim, que
devido à necessidade de espaço estão a ser subdivididas em subalturas para albergarem
mais obras, e no caso de peças de grande formato, sobre estruturas de madeira que
possibilitam o seu deslocamento a máquina. Contudo, é muito ainda o trabalho de
catalogação que esta por fazer aqui já que durante muitos anos as peças entravam em tal
quantidade que não existia tempo nem pessoal para as catalogar. Por isto, esta é uma das
prioridades do museu na atualidade, acabar de catalogar o seu basto acervo e redistribuilas nos seus lugares com o fim de que estejam disponíveis aos investigadores.
Na cripta, fora do espaço do armazém e do percurso museológico também se
guardam outras peças de grande formato como lápidas, molhinhos, potes e
nomeadamente mosaicos.
Uma das necessidades do museu neste sentido e que adveio da primeira decisão
exposta com anterioridade de não fazer armazéns e finalmente dispô-los em lugares
disponíveis é o facto de que o armazém não dispõe de elevador ou monta-cargas para
subir as peças de grande formato desde a cripta até à zona de exposição permanente ou
aos ateliês de restauração. Isto dificulta muito os labores quotidianos no museu ao
mesmo tempo que supõe um perigo adicionado no transporte de peças ao usar no caso
de peças de pouco peso a plataforma de pessoas deficientes para as elevar até a subcave
e através das rampas até a nave principal ou no caso de peças de grande volume e peso
dispô-las em carros e sacá-las pela porta do armazém ao exterior, contornar o prédio e
entrá-las pela porta principal usando de novo o sistema de rampas. Este problema
incrementa-se se o destino da peça é um dos andares superiores já que o elevador
disponível e o único existente tanto para visitantes, trabalhadores e peças grandes é de
pequenas dimensões.
Neste sentido, uma das tarefas que eu desenvolvi durante o meu estágio foi
catalogar as peças existentes num caixote de madeira que num origem estavam
dispostas sobre uma das prateleiras do armazém de peças de grande formato e que
depois passaram pelas características das peças ao armazém de peças pequenas. Estas
caixas guardavam obras de origem desconhecida ou com poucos dados que por motivos
97 de tempo nunca foram catalogadas nem sequer inventariadas. Assim, a minha labor foi
limpar com uma escova as peças, classificá-las por materiais, designar-lhes um número
de inventário em relação a um novo número de expediente criado que conta a história
das peças, catalogá-las através do sistema de gestão museológica DOMUS e dispô-las
nos lugares que lhes correspondiam segundo a sua matéria e tipologia.
Foi um trabalho muito laborioso já que o lote estava formado por 318 peças de
variada tipologia, nomeadamente fragmentos cerâmicos, mas também vidros, ossos,
ferros, bronzes, pedras e conchas. Trás a classificação por matérias e a necessidade de
escrever o número de inventário, consultei os distintos manuais museológicos e falei
com especialistas para poder desenvolver o meu trabalho adequadamente. Para a
catalogação das mesmas foi imprescindível ler livros especializados sobre as diversas
tipologias, nomeadamente no relativo a Terra Sigillata pela sua complicada tipologia, e
receber indicações sobre o sistema informático DOMUS e a sua utilização. Neste
sentido, tem sido muito útil poder conhecer este programa fundamental para a gestão
dos museus nacionais e que está a implantar-se noutros museus dependentes da
administração mas com gestão autonómica e inclusivamente privados. Se bem a ideia
do mesmo, é criar uma plataforma de catalogação válida para todas as instituições que
possibilite a generalização do sistema com o fim de partilhar informação entre elas e os
investigadores ao estar disponível na rede, tenho de dizer que é um sistema muito
complexo enquanto a sua utilização por ser pouco intuitivo e ter muitos interfaces.
Além disso, se pretendia ser um sistema mais dinâmico que permitisse que os novos
dados fossem partilhados rapidamente com a comunidade científica, tem muitas
deficiências, como só estar disponível em computadores e portanto no caso do museu de
Mérida, que não dispõe de rede nos seus armazéns, passa a convertir-se na realização de
um trabalho duplo por ter que fazer as fichas à mão e depois traspassá-las ao
computador.
Posteriormente, e segundo os conselhos dos conservadores preparei as peças
para o seu traslado aos armazéns e por último elaborei o informe que reflete todo o
trabalho realizado e que foi incorporado ao arquivo do museu.
Contudo, este labor foi muito interessante no sentido de aprender a conhecer as
coleções base para o trabalho do museólogo e do conservador e as tarefas de
inventariação e catalogação indispensáveis para o resto de trabalhos realizados no
museu. Considero portanto que tenho adquirido um sistema de trabalho baseado na
98 realidade de um museu estatal e adaptado a uma das possíveis provas práticas de acesso
ao corpo de conservadores do Estado.
Igualmente, outro dos meus labores, em continuação com a começada por outro
estagiário anterior, foi fazer uma revisão dos mosaicos já que devido à sua importância
são muito visitados pelos investigadores. Assim, partindo das fichas de inventário, de
catalogação e da bibliografia própria deles, elaborei um mapa com a disposição dos
mesmos na cripta, as placas que os compunham e tirei fotografias descritivas do seu
estado. Com isto, elaborei uma base de dados exclusiva para eles na qual aparece
detalhado o seu número de inventário, nalguns casos novo ao não dispor do mesmo,
descrição, medidas, elementos, lugar específico do seu emprazamento e fotografia.
Além disso, toda esta informação foi traspassada ao sistema DOMUS.
Com respeito ao outro armazém chamado almacén de piezas pequeñas situa-se
entre a sala de exposição temporária e a primeira sala de exposição permanente
aproveitando parte do vazio das escadas por ser o espaço mais estável termicamente.
Aqui as peças distribuem-se em duas salas dentro de prateleiras com gavetas especiais
para a sua conservação. Na sala interna mais pequena e com o teto em talude ao
aproveitar o citado oco das escadas estão os materiais mais instáveis, ou seja os metais.
Também há que citar o armazém existente na atual sede do museu visigodo onde
se encontram peças visigodas mas não todas elas. Todo o acervo passara junto com os
laboratórios dos restauradores ao novo prédio que albergara a nova sede visigoda para
assim estar em melhores condições com os cuidados e controlos precisos para a sua
ótima conservação.
Outro dos problemas de má planificação inicial do museu foi a cafetaria do
mesmo que não funciona apesar de existir devido a que as más condições estruturais
desaconselham o seu uso. Isto é, que o facto de não ter acesso desde o exterior mas só
desde a sala de exposição permanente faz com que seja pouco rentável ao tempo que a
sua pequena estrutura impede dar um serviço de qualidade.
Portanto do meu labor no departamento de documentação aprendi a tarefa
fundamental de catalogar peças, a importância de seguir um modo de trabalho
sistemático que permite não esquecer os inúmeros detalhes que este tipo de trabalhos
demanda.
No relativo ao departamento de Difusión, Educación y Acción Didáctica é o que
mais tem notado a crise nestes anos por ser um departamento que depende de uma
conservadora na sua gestão, desenvolve a sua labor com pessoal contratado ao exterior
99 ou através de empresas que concorrem aos concursos públicos que oferta o ministério.
Assim, um labor fundamental para qualquer museu, o contato com o seu público e a
elaboração de atividades que permitam uma melhor compreensão das suas obras e do
processo de romanização da península ibérica que representam o devir de fatores
económicos e políticos. É verdade que o labor do departamento nunca tem deixado de
existir, mas tem descendido o número de serviços ofertados por causa da falta de
pessoal.
Dentro deste departamento colaborei junto com uma bolseira da Fundación de
Estudios Romanos na gestão de visitantes, comunicação com o jornalismo e outros
entes institucionais percebendo assim a importância da relação com o entorno e com o
público alvo do mesmo, neste caso escolares e grupos de reformados.
Por outro lado, da minha participação na investigação das fotografias antigas em
placas de vidros no Departamento de Investigación compreendi a importância do estudo
dos documentos gráficos e o labor propriamente investigativo dos conservadores,
sempre com o fim da sua partilha com a comunidade.
Indicar também que durante os seis meses de estágios foram organizadas duas
exposições temporais que la tierra te sea ligera e outra futura sobre ourivesaria, ambas
com materiais procedentes do consórcio da cidade. Deste modo, pude observar a
recepção de peças, o tratamento e montagem das mesmas por parte dos especialistas, a
instalação museográfica e a elaboração de catálogos e atividades sobre a temática.
Por último e em relação ao quadro do museu há que destacar que este se compõe
de seis conservadores, um deles o diretor, ao que há que somar outra conservadora que
na atualidade se encontra em excedência para desempenhar o cargo de Consejera de
Educación da região e uma vaga vazia pelo traslado a outra instituição. Neste sentido é
interessante como o MNAR propôs um sistema em que ao frente de cada uma das
coleções (arquitetura, escultura, pintura e mosaicos, epigrafia, numismática, vidro e
artes menores e cerâmica) estivesse um facultativo (Álvarez: 1987, 307), porém a falta
de concursos de acesso e de uma bolsa de interinidade tem afetado a instituição que não
pode suprir nenhuma das duas vagas funcionando neste momento com um 25% menos
do seu pessoal qualificado.
100 Conclusões.
Como extremeña tenho tido sempre presente a riqueza histórica e cultural da
minha terra. Por isso, após de culminar o meu curso na universidade decidi-me pelo
estudo no mestrado de museologia e museografia, na FBAUL por ser consciente da
necessidade de unir os dois países tão próximos e de culturas semelhantes, que devem
desenvolver projectos em conjunto. É objectivo trabalhar na gestão do património
cultural. Precisava ainda entender os modelos de gestão, quer em Espanha, quer em
Portugal.
Como a qualquer pessoa nascida em Extremadura levo as características da
minha terra, que me tem marcado a minha vida: a natureza, a tranquilidade e o sossego
da sua vida, a história e a arte. Neste último sentido, Mérida é a referência de todos nós,
nomeadamente, no âmbito museístico, ao ter o Museo Nacional de Arte Romano
(MNAR) que é paradigma em todo o país e no estrangeiro. Por isto, eu escolhi realizar
um estágio de seis meses no MNAR, cujos trâmites do protocolo demoraram outros seis
meses para ser assinado. Isso permitiu-me poder conhecer em primeira mão a realidade
de uma grande instituição, provar as minhas competências e me preparar para o
concurso nacional ao qual concorrerei assim que for aberto.
Dentro deste período de seis meses formativos eu trabalhei em três dos
departamentos do mesmo:
1. Documentação;
2.
Investigação;
3. Divulgação.
No que se refere ao departamento de Restauro não foi possível por não possuir a
titulação necessária.
No departamento de Documentação, aprendi as bases do sistema no qual se
sustenta o resto de atividades de um museu ao consultar os livros de registo, de
movimento de peças e ao catalogar peças de distinta índole.
No departamento de Investigação colaborei no projeto de catalogação de placas
de vidro e acetato de grande formato do arquivo do museu que vão ser restauradas e
publicadas.
No departamento de Difusão, trabalhei na gestão da comunicação do museu e na
atenção aos públicos.
101 Em resumo estou muito contente com a minha decisão, já que de um lado
através do mestrado adquiri os conhecimentos teóricos sobre a ciência da museologia,
entanto que do outro, através do estágio tenho tido a oportunidade de os levar à prática e
os adaptar a realidade espanhola. Estou por tanto convencida de ter encontrado a minha
vocação.
Este
trabalho
tem
suposto
para
mim
a
oportunidade
de
conhecer
pormenorizadamente as funções do corpo facultativo de conservadores do estado
espanhol, os prós e os contras do investimento, neste tipo de concursos, e as suas
dificuldades. Também a grande motivação para prosseguir com a ideia de concorrer,
num futuro a estas provas, dada a experiência tida no Museo Nacional de Arte Romano,
onde foi possível comprovar a realidade do trabalho do conservador, de primeira mão.
Em definitivo o Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos nasceu pela
necessidade das próprias instituições que deferiam, em muito, das suas funções e
características dos arquivos e bibliotecas. Para isso criou-se um corpo facultativo, ou
seja, uma prova especial para o seu aceso. Se bem que no início as instituições museais
nacionais tenham sido em grande número, a mudança das competências culturais, a
passagem para as distintas comunidades autónomas, fizeram com que estas se tenham
reduzido até às trinta na atualidade, embora no diretório de profissionais apareçam
cinquenta devido às etapas anteriores.
A trabalho dos conservadores não é, portanto, só desenvolvido em museus
nacionais, ou adscritos aos diversos ministérios, mas também em museus autonómicos,
locais e outros centros com um carácter mais de gestão e administração do património
estatal.
O processo seletivo de aceso ao corpo mudou ao longo do tempo. Num primeiro
momento eram realizadas provas distinguindo entre museus generalistas e os
especializados, adaptadas às características dos seus acervos, posteriormente, com a
aprovação de uma nova lei para a função pública, todas as instituições tiveram as
mesmas provas.
Contudo o mais significativo, apesar dos quarenta e um anos do Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, é o sistema de acesso que quase não tem
mudado. As matérias abordadas são sobre legislação, questões museológicas e, nas
provas previas, a apresentação do curriculum para analisar a trajectória profissional.
Porém, este facto que não supõe de modo algum uma redução do nível dos
conservadores tal e qual tem sido analisado anteriormente, não tem o seu reflexo no
102 inquérito das provas ao se tratar de legislação, museologia e de matérias especificas,
maioritariamente questões artísticas, assim como arqueológicas, etnográficas e em
número muito escasso científicas, biológicas ou militares, o que favorece os formados
em história.
Outra mudança a ter em conta é no que respeita às línguas, que chegaram a ser
duas. É interessante neste sentido que o concorrente possa apresentar qualquer idioma
da União Europeia quando o lógico seria o inglês, indispensável se o que se pretende,
com a mudança anteriormente dita, o funcionário que possa desempenhar qualquer
trabalho em qualquer instituição.
Em definitiva o concurso de acesso ao corpo é muito duro sendo necessários ao
menos dois anos para a sua correta preparação e concorrência. Mas o problema é que
nos últimos anos não tem havido concursos, apesar de nos últimos cinco anos se terem
reformado vinte e oito conservadores. Neste sentido há que destacar que isto não quer
dizer que nestes anos estas instituições não tenham incorporado ninguém no seu quadro.
Portanto, apresentar-se a este concurso supõe, para o concorrente ter que se
dedicar em exclusividade a sua preparação, deixando desta maneira de ter ingressos e
gastando dinheiro em academias ou preparadores pessoais, assim como em visitas a
museus e simpósios para estar a par do panorama nacional e internacional. Além da
escassa taxa de êxito há que somar a “inutilidade” das matérias a estudar, ou seja, este
tipo de conhecimentos tão específicos são dificilmente válidos em outras áreas e
inclusivamente dentro do património devido a diversidade de características das
instituições, sendo assim muito específico fora do ramo e pouco específico dentro do
mesmo.
Uma reflexão final após o estudo e analises tudo: será que os museus nacionais e
dependentes da administração central espanhola, naus almirantes da cultura do país,
podem sobreviver neste estado de penúria de quadros técnicos por muito mais tempo e
cumprir as funções que lhes estão encomendadas? Será que o sistema de acesso usado é
adequado tendo em conta a diversas realidades de centros? Deve se optar por concursos
adaptados às características dos centros, como antigamente ou criar vagas de especiais?
Ou pelo contrario, deve-se manter o carácter geral das provas que coloca o problema de
inadequação da formação previa com o trabalho a desenvolver, assim como a
necessidade de formar aos conservadores nas matérias especificas próprias de cada
instituição?
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España (1975b). RESOLUCIÓN de la Dirección de Personal por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos en la oposición de ingreso en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, convocada por Resolución de 13 de junio de
1975. B.O.E. nº 246. [Consult. 2014‑05‑03] Disponível em <URL:
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España (1975c). ORDEN de 17 de noviembre de 1975 por la que se nombra al Tribunal
calificador que ha de juzgar las pruebas selectivas para ingreso en el Cuerpo
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España (1976a). ORDEN de 6 de diciembre de 1975 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para proveer
las plazas de los Museos que se mencionan. B.O.E. nº 5. [Consult. 2014‑05‑04]
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España (1976b). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones a ingreso en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos por la que se determina el orden de actuación
de los opositores y se anuncia el primer ejercicio de la oposición. B.O.E. nº 60.
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España (1976c). ORDEN de 24 de febrero de 1976 por la que se convocan dos plazas de
Conservadores en el Museo Nacional de Escultura de Valladolid vacantes en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 83. [Consult. 2014‑05‑05]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1976/04/06/pdfs/A0689606899.pdf>
España (1976d). ORDEN de 24 de febrero de 1976 por la que se convoca una plaza de
Conservador en el Museo de Artes y Costumbres Populares de Sevilla vacante en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 85. [Consult. 2014‑05‑05]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1976/04/08/pdfs/A0707407076.pdf>
España (1976e). ORDEN de 24 de febrero de 1976 por la que se convoca oposición para cubrir
una plaza de Conservador en el Museo Nacional de Cerámica y de las Artes Suntuarias
de Valencia, vacantes en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº
85. [Consult. 2014‑05‑07] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/04/08/pdfs/A07076-07079.pdf>
España (1976f). ORDEN de 10 de marzo de 1976 por la que se dispone la inclusión de doña
Trinidad Taracera del Piñal en la relación del Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos. B.O.E. nº 138. [Consult. 2014‑05‑07] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/06/09/pdfs/A11193-11193.pdf>
España (1976g). RESOLUCIÓN de la Dirección General de Personal por la que se resuelve el
concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, convocado por Orden de 6 de diciembre de 1975 para proveer diversas plazas
en Museos. B.O.E.nº 170. [Consult. 2014‑05‑07] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/07/16/pdfs/A13873-13873.pdf>
España (1976h). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos por la que se hace pública la relación de los señores
opositores aprobados. B.O.E. nº 204. [Consult. 2014‑05‑07] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/08/25/pdfs/A16594-16594.pdf>
España (1976i). CORRECCIÓN de erratas de la Resolución de la Dirección General de
Personal por la que se resuelve el concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo
108 Facultativo de Conservadores de Museos, convocado por Orden de 6 de diciembre de
1975 para proveer diversas plazas en Museos. B.O.E. nº 209. [Consult. 2014‑05‑08]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1976/08/31/pdfs/A1699816998.pdf>
España (1976j). ORDEN de 6 de octubre por la que se convoca oposición para cubrir una plaza
de Conservador en el Museo Nacional Hispano-Musulmán de Granada. B.O.E. nº 269.
[Consult. 2014‑05‑08] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/11/09/pdfs/A22115-22118.pdf>
España (1976k). ORDEN de 21 de octubre de 1976 por la que se resuelve el expediente de
oposición a ingreso al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 277.
[Consult. 2014‑05‑08] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/11/18/pdfs/A22929-22930.pdf>
España (1976l). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 21 de octubre de 1976 por la que se
resuelve el expediente de oposición a ingreso al Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos. B.O.E. nº 289. [Consult. 2014‑05‑08] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1976/12/02/pdfs/A24008-24008.pdf>
España (1976m). ORDEN de 16 de noviembre de 1976 por la que se rectifica la de 21 de
octubre de 1976, que aprobó el expediente de la oposición a ingreso en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 306. [Consult. 2014‑05‑08]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1976/12/22/pdfs/A2547725477.pdf>
España (1976n). ORDEN de 2 de diciembre de 1976 por la que se nombra Comisario Nacional
de Museos y Extensión Cultural de la Dirección General del Patrimonio Artístico y
Cultural a don Felipe Vicente Garin Lombart, A46FC38, funcionario del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 313. [Consult. 2014‑05‑08]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1976/12/30/pdfs/A2595025950.pdf>
España (1977a). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo Nacional de
Cerámica y Artes Suntuarias de Valencia por la que se anuncia la fecha en que se
efectuará el sorteo para la actuación y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 2.
[Consult. 2014‑05‑08] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/01/03/pdfs/A00048-00048.pdf>
España (1977b). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos (plaza vacante en el Museo Nacional de Cerámica y Artes
Suntuarias de Valencia) por la que se hace público el resultado del sorteo público para
determinar el orden de actuación de los opositores. B.O.E. nº 40. [Consult. 2014‑05‑08]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1977/02/16/pdfs/A0374703747.pdf>
España (1977c). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo de Artes y
Costumbres Populares de Sevilla por la que se anuncia la fecha en que se efectuará el
sorteo para la actuación y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 43. [Consult.
2014‑05‑08] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/02/19/pdfs/A04155-04155.pdf>
España (1977d). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos (dos plazas vacantes en el Museo Nacional de Escultura de
Valladolid) por la que se hace público para determinar el orden de actuación de los
opositores. B.O.E. nº 53. [Consult. 2014‑05‑08] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/03/03/pdfs/A05060-05060.pdf>
España (1977e). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos (plaza vacante en el Museo de Artes y Costumbres Populares
109 de Sevilla) por la que se hace público el resultado del sorteo público para determinar el
orden de actuación de los opositores. B.O.E. nº 97. [Consult. 2014‑05‑08] Disponível
em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1977/04/23/pdfs/A08839-08839.pdf>
España (1977f). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos (una plaza vacante en el Museo de Artes y Costumbres
Populares de Sevilla) por la que traslada la fecha del primer ejercicio de dicha
oposición. B.O.E. nº 109. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/05/07/pdfs/A10028-10028.pdf>
España (1977g). RESOLUCIÓN de la Dirección General del Patrimonio Artístico y Cultural
por la que se regula el cumplimiento de lo establecido en el artículo tercero del
Decreto 2006/1973, de 26 de julio, sobre prácticas profesionales en los museo del
Estado o donde tenga determinado la Dirección General de Bellas Artes, hoy
Patrimonio Artístico y Cultural. B.O.E. nº 125. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1977/05/26/pdfs/A11629-11629.pdf>
España (1977h). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo Nacional
Hispano Musulmán de Granada, por la que se convoca a los opositores. B.O.E. nº 127.
[Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/05/28/pdfs/A11830-11830.pdf>
España (1977i). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo Nacional de
Cerámica y de las Artes Suntuarias de Valencia por la que se hace público el resultado
de la misma. B.O.E. nº 161. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/07/07/pdfs/A15254-15254.pdf>
España (1977j). RESOLUCIÓN del Tribunal de la oposició en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir dos plaza de Conservadores en el Museo
Nacional de Escultura de Valladolid por la que se hace público la relación de
aspirantes aprobados. B.O.E. nº 161. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/07/07/pdfs/A15254-15255.pdf>
España (1977k). ORDEN de 28 de abril de 1977 por la que se convoca oposición para proveer
cuatro plazas vacantes en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
nº 164. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/07/11/pdfs/A15551-15554.pdf>
España (1977l). ORDEN de 25 de mayo de 1977 por la que se convoca oposición para cubrir
una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo del Prado
(Sección de Pintura Flamenca del siglo XVII). B.O.E. nº 164. [Consult. 2014‑05‑09]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1977/07/11/pdfs/A1555415557.pdf>
España (1977m). ORDEN de 25 de mayo de 1977 por la que se convoca oposición a una plaza
de Conservador en el Museo Español de Arte Contemporáneo – Sección de Esculturaperteneciente a Museos de especial preparación, del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 164. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
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España (1977n). ORDEN de 25 de mayo de 1977 por la que se convoca al Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos –una plaza- sección de Pintura Española de los siglos
XVI y XVII, del Museo del Prado. B.O.E. nº 164. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1977/07/11/pdfs/A15560-15562.pdf>
España (1977o). ORDEN de 7 de junio de 1977 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para proveer
las plazas de los museos que se indican. B.O.E. nº 182. [Consult. 2014‑05‑09]
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110 España (1977p). ORDEN de 21 de junio de 1977 por la que se aprueba el expediente de la
oposición a ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir
una plaza en el Museo Arqueológico Nacional de Cerámica y de las Artes Suntuarias
de Valencia y se hace el nombramiento de doña María Paz Soler Ferrer. B.O.E. nº 190.
[Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
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España (1977q). ORDEN de 21 de junio de 1977 por la que se aprueba el expediente de la
oposición a ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir
dos plazas en el Museo Nacional de Escultura de Valladolid y se nombra a don Luis
Luna Moreno y doña Eloísa García García. B.O.E. nº 190. [Consult. 2014‑05‑09]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1977/08/10/pdfs/A1785817858.pdf>
España (1977r). RESOLUCIÓN del Tribunal de las oposiciones en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo de Artes y
Costumbres Populares de Sevilla por la que se hace público el resultado del mismo.
B.O.E. nº 201. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/08/23/pdfs/A18873-18873.pdf>
España (1977s). ORDEN de 2 de julio de 1977 por la que se convoca oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir dos plazas en el Museo Sorolla
de Madrid. B.O.E. nº 202. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1977/08/24/pdfs/A18920-18922.pdf>
España (1977t). ORDEN de 25 de mayo de 1977 por la que se convoca oposición para cubrir
una plaza de Conservador en el Museo Español de Arte Contemporáneo –Sección
Pintura- del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 216. [Consult.
2014‑05‑09] Disponível em <URL:
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España (1977u). ORDEN de 25 de mayo de 1977 por la que se convoca oposición para cubrir
una plaza de Conservador en el Museo Español de Arte Contemporáneo, Sección de
Pintura, del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 223. [Consult.
2014‑05‑09] Disponível em <URL:
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España (1977w). CORRECCIÓN de errores de la Orden 25 de mayo de 1977 por la que se
convoca oposición para cubrir una plaza de Conservador en el Museo Español de Arte
Contemporáneo (Sección Pintura) del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos. B.O.E. nº 252. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
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España (1977x). ORDEN de 6 de octubre de 1977 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos a la oposición para cubrir una plaza del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo del Prado (Sección de Pintura
Flamenca del siglo XVII) B.O.E. nº 274. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:>
España (1977y). ORDEN de 17 de octubre de 1977 por la que se nombra funcionario del
Cuerpo Facultativo de Conservadores de a don Antonio Fernández Puertas. B.O.E. nº
301. [Consult. 2014‑05‑09] Disponível em <URL:
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España (1978a). RESOLUCIÓN de la Subsecretaría de Cultura por la que se eleva a definitiva
la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición
para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos – Sección
de Pintura Flamenca del siglo XVII- en el Museo del Prado. B.O.E. nº 15. [Consult.
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España (1978aa). RESOLUCIÓN de la Subsecretaría de Cultura por la que se convocan
oposiciones para cubrir una plaza vacante en el Cuerpo Facultativo de Conservadores
111 de Museos, en el museo Arqueológico Nacional Sección de Antigüedades Griegas y
Culturas afines del Egeo y Etrusco-Itálicas. B.O.E. nº 20. [Consult. 2014‑05‑10]
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España (1978ab). ORDEN de 29 de noviembre de 1977 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo
Español de Arte Contemporáneo (Sección Escultura) B.O.E. nº 25. [Consult.
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España (1978ac). ORDEN de 26 de noviembre de 1977 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo
Sorolla de Madrid. B.O.E. nº 26. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
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España (1978ad). ORDEN de 26 de noviembre de 1977 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo del
Prado (Sección de Pintura Española de los siglos XVI y XVII). B.O.E. nº 27. [Consult.
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España (1978af). ORDEN de 28 de noviembre de 1977 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir cuatro plazas adscritas a Museos Generales en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 27. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/02/01/pdfs/A02410-02410.pdf>
España (1978ag). ORDEN de 29 de noviembre de 1977 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo
Español de Arte Contemporáneo (Sección Pintura). B.O.E. nº 27. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/02/01/pdfs/A0241102411.pdf>
España (1978ah). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 29 de noviembre de 1977 por la
que se hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la
práctica de la oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo Español de Arte Contemporáneo (Sección
escultura). B.O.E. nº 35. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/02/10/pdfs/A03353-03353.pdf>
España (1978ai). CORRECCIÓN de erratas de la Orden de 28 de noviembre de 1977 por la que
se hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de
la oposición para cubrir cuatro plazas adscritas a Museos Generales, en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 37. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/02/13/pdfs/A0352703527.pdf>
España (1978aj). ORDEN de 1 de marzo de 1978 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos en el Museo Español de Arte Contemporáneo (Sección
Escultura). B.O.E. nº 80. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/04/pdfs/A07632-07632.pdf>
España (1978ak). ORDEN de 20 de enero de 1978 por la que designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo del Prado (Sección de Pintura Flamenca del
112 siglo XVII). B.O.E. nº 81. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/05/pdfs/A07741-07741.pdf>
España (1978al). ORDEN de 23 de febrero de 1978 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos a la práctica de los ejercicios de la oposición para
cubrir cuatro plazas adscritas a Museos generales del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 81. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/05/pdfs/A07742-07742.pdf>
España (1978am). ORDEN de 28 de febrero de 1978 por la que se designa el Tribunal que ha
de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir cuatro plazas adscritas a Museos
generales, en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 81.
[Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/05/pdfs/A07742-07742.pdf>
España (1978an). ORDEN de 1 de marzo de 1978 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos a la práctica de la oposición para cubrir una plaza
del Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo de Arte Contemporáneo
(Sección de Escultura). B.O.E. nº 82. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/06/pdfs/A07925-07925.pdf>
España (1978ao). ORDEN de 20 de febrero de 1978 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos en el Museo Sorolla de Madrid. B.O.E. nº 84. [Consult.
2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/08/pdfs/A08122-08122.pdf>
España (1978ap). ORDEN de 20 de febrero de 1978 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo del Prado (Sección Pintura Española de los
siglos XVI y XVII). B.O.E. nº 84. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/08/pdfs/A08123-08123.pdf>
España (1978aq). ORDEN de 20 de febrero de 1978 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos a la práctica de la oposición para cubrir una plaza
en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo del Prado (Sección
Pintura Española de los siglos XVI y XVII). B.O.E. nº 84. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/08/pdfs/A0812308123.pdf>
España (1978ar). ORDEN de 20 de febrero de 1978 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos a la práctica de la oposición para cubrir una plaza
del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo Sorolla de Madrid.
B.O.E. nº 93. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/19/pdfs/A09043-09043.pdf>
España (1978as). CORRECCIÓN de erratas de la Orden de 20 de febrero de 1978 por la que se
eleva a definitiva la lista provisional de aspirantes admitidos a la práctica de la
oposición para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, en el Museo del Prado (Sección de Pintura Española de los siglos XVI y XVII).
B.O.E. nº 93. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/19/pdfs/A09043-09044.pdf>
España (1978b). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 1 de marzo de 1978 por la que se
designa el Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo Español de
Arte Contemporáneo (Sección de Escultura). B.O.E. nº 96. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/04/22/pdfs/A0943109431.pdf>
España (1978ba). CORRECCIÓN de erratas de la Orden de 23 de febrero de 1978 por la que se
eleva a definitiva la lista provisional de aspirantes admitidos a la práctica de la
113 oposición para cubrir cuatro plazas adscritas a Museos Generales en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 105. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/05/03/pdfs/A1032710327.pdf>
España (1978c). ORDEN de 17 de febrero de 1978 por la que se anula la e 28 de febrero de
1978 y se designa el Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para
proveer cuatro plazas vacantes en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
B.O.E. nº 113. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/05/12/pdfs/A11363-11363.pdf>
España (1978d). ORDEN de 30 de marzo de 1978 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos a la práctica de la oposición especial para cubrir una plaza del
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Arqueológico Nacional
(Sección de Antigüedades Griegas y Culturas Afines del Egeo y Etrusco Itálicas).
B.O.E.nº 126. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/05/27/pdfs/A12315-12316.pdf>
España (1978e). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 20 de enero de 1978 por la que se
designa al Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo del Prado
(Sección de Pintura Flamenca de los siglos XVII). B.O.E. nº 128. ). B.O.E nº 129.
[Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/05/30/pdfs/A12494-12494.pdf>
España (1978f). RESOLUCIÓN de la Subsecretaría de Cultura por la que se eleva a definitiva
la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a las pruebas selectivas para
cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo
Español de Arte Contemporáneo (Sección de Pintura). B.O.E. nº 128. [Consult.
2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/05/30/pdfs/A12494-12494.pdf>
España (1978g). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 1 de marzo de 1978 por la que se
designa al Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Español de
Arte Contemporáneo (Sección de Escultura). B.O.E. nº 129. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/05/31/pdfs/A1258012580.pdf>
España (1978h). ORDEN de 24 de abril de 1978 por la que se resuelve el concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir
las plazas de los Museos que de indican. B.O.E. nº 131. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/02/pdfs/A1273812739.pdf>
España (1978i). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 1 de marzo de 1978 por la que se
designa al Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Español de
Arte Contemporáneo (Sección de Escultura). B.O.E. nº 143. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/16/pdfs/A1423314233.pdf>
España (1978j). ORDEN de 24 de abril de 1978 por la que se anula la de 20 de febrero de 1978
y se designa el Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Sorolla de
Madrid. B.O.E. nº 144. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/17/pdfs/A14329-14330.pdf>
España (1978k). RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de los ejercicios de la oposición para
cubrir cuatro plazas vacantes en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos
por la que se fija la fecha del sorteo para determinar el orden de actuación de los
señores opositores y en el que entregarán los cuestionarios de los ejercicios segundo,
114 tercero y cuarto. B.O.E. nº 144. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/17/pdfs/A14330-14330.pdf>
España (1978l). ORDEN de 24 de abril de 1978 por la que se anula la de 20 de febrero de 1978
y se designa el Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo del Prado
(Sección de Pintura Española de los siglos XVI y XVII). B.O.E. nº 145. [Consult.
2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/19/pdfs/A14418-14418.pdf>
España (1978m). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 1 de marzo de 1978 por la que se
designa al Tribunal que ha de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo Español de
Arte Contemporáneo (Sección de Escultura). B.O.E. nº 147. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/21/pdfs/A1472814729.pdf>
España (1978n). RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de los ejercicios de la oposición para
cubrir una plaza vacante del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el
Museo Español de Arte Contemporáneo – Sección de Escultura- por la que se fija la
fecha del acto del sorteo de los señores opositores, en el que entregarán los
cuestionarios de los ejercicios 2º, 3º y 4º. B.O.E. nº 155. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/06/30/pdfs/A1560715608.pdf>
España (1978o). ORDEN de 14 de junio de 1978 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos en el Museo Español de Arte Contemporáneo (Sección de
Pintura). B.O.E. nº 159. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/07/05/pdfs/A15995-15996.pdf>
España (1978p). ORDEN de 30 de junio de 1978 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos a las pruebas selectivas para cubrir una plaza en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Arqueológico Nacional
(Sección de Antigüedades Griegas y Culturas Afines del Egeo y Etrusco Itálicas).
B.O.E. nº 174. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/07/22/pdfs/A17385-17385.pdf>
España (1978q). ORDEN de 30 de junio de 1978 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de
Antigüedades Griegas y Culturas Afines del Egeo y Etrusco Itálicas). B.O.E. nº 176.
[Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/07/25/pdfs/A17552-17552.pdf>
España (1978r). ORDEN de 14 de junio de 1978 por la que se establece la plantilla del cuerpo
facultativo de conservadores de museos. B.O.E. nº 186. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: http://www.boe.es/boe/dias/1978/08/05/pdfs/A1844818448.pdf>
España (1978s). RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de los ejercicios de la oposición para
cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo
Sorolla, de Madrid. B.O.E. nº 190. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/08/10/pdfs/A18808-18808.pdf>
España (1978t). ORDEN de 13 de julio de 1978 por la que se deroga parcialmente la Orden de
24 de abril de 1978 que resolvió el concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 199. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/08/21/pdfs/A1952919529.pdf>
115 España (1978u). RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de las pruebas de la oposición para
cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo
del Prado (Sección de Pintura Flamenca del siglo XVII) por la que se convoca a los
señores opositores para que realicen su presentación. B.O.E. nº 250. [Consult.
2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/10/19/pdfs/A24148-24148.pdf>
España (1978v). RESOLUCIÓN del Tribunal de oposiciones al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo Arqueológico
Nacional de Madrid (Sección de Antigüedades Griegas y Culturas afines del Egeo y
Etrusco-Itálicas) por la que se anuncia la fecha en que se efectuará el sorteo para la
actuación y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 250. [Consult. 2014‑05‑10]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1978/10/19/pdfs/A2414824148.pdf>
España (1978w). RESOLUCIÓN de la Subsecretaria por la que se hace pública la lista de
aprobados para cubrir cuatro plazas vacantes en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 298. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/12/14/pdfs/A28161-28161.pdf>
España (1978x). RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de los ejercicios de la oposición para
cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo
Español de Arte Contemporáneo (Sección de Pintura) por la que se fija fecha para el
acto del sorteo para determinar el orden de actuación de los señores opositores. B.O.E.
nº 299. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/12/15/pdfs/A28252-28252.pdf>
España (1978y). RESOLUCIÓN del Tribunal de oposiciones al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo Arqueológico
Nacional de Madrid, Sección de Antigüedades Griegas y Culturas Afines del Egeo y
Etrusco Itálicas, por la que se hace público el resultado del sorteo para determinar el
orden de actuación de los opositores y se señala la fecha del primer ejercicio de la
misma. B.O.E. nº 299. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/12/15/pdfs/A28252-28252.pdf>
España (1978z).CONSTITUCIÓN. B.O.E. nº 311. [Consult. 2014‑05‑10] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1978/12/29/pdfs/A29313-29424.pdf>
España (1979a) ORDEN de 26 de octubre de 1978 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir cuatro plazas vacantes en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos y se nombra Conservadores de Museos a los opositores que
han superado la selección. B.O.E. nº 16. . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/01/18/pdfs/A01421-01421.pdf>
España (1979aa) ORDEN de 27 de octubre de 1978 por la que se nombra funcionario del
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, con destino en el Museo Español de
Arte Contemporáneo (Sección Escultura), a don Álvaro Martínez-Novillo González.
B.O.E.nº 17. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/01/19/pdfs/A01481-01481.pdf >
España (1979ab) ORDEN de 30 de noviembre de 1978 por la que se convoca concurso de
traslado entre los funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
B.O.E. nº 18. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/01/20/pdfs/A01603-01603.pdf >
España (1979ac) RESOLUCIÓN de la Subsecretaría de Cultura por la que se hace públio el
nombre del aspirante para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos en el Museo Sorolla de Madrid. B.O.E. nº 38. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/02/13/pdfs/A0376903769.pdf>
116 España (1979ad) ORDEN de 12 de enero de 1979 por la que se convoca oposición para cubrir
una plaza de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de
Arqueología Egipcia y del Cercano Oriente) perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 48. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/02/24/pdfs/A04978-04980.pdf >
España (1979af) ORDEN de 22 de febrero de 1979 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos,
en el Museo Sorolla de Madrid, y se nombra Conservador del Museo al opositor
aprobado. B.O.E. nº 63. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/03/14/pdfs/A06382-06382.pdf>
España (1979ag) ORDEN de 26 de febrero de 1979 por la que se convoca oposición especial
para cubrir una vacante de Conservador de Dibujos del Museo del Prado de Madrid,
perteneciente Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 79. [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/04/02/pdfs/A07846-07849.pdf >
España (1979ah) ORDEN de 26 de febrero de 1979 por la que se convoca oposición especial
para cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo Sefardí de Toledo,
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 81.
[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/04/04/pdfs/A08016-08019.pdf>
España (1979ai) ORDEN de 26 de febrero de 1979 por la que se convoca oposición para cubrir
cinco plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en turnos libre y
restringido en el Museo Español de Arte Contemporáneo de Madrid y en el Museo de
Bellas Artes de Sevilla (Sección Arte Contemporáneo). B.O.E. nº 84. [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/04/07/pdfs/A08325-08327.pdf>
España (1979aj) CORRECCIÓN de errores de 26 de febrero de 1979 por la que se convoca
oposición especial para cubrir una vacante de Conservador de dibujos del Museo del
Prado de Madrid, perteneciente Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
B.O.E. nº 92. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/04/17/pdfs/A08836-08836.pdf>
España (1979ak) RESOLUCIÓN de la Subsecretaría de Cultura por la que se hace público el
nombramiento del aspirante aprobado para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos, en el Museo Arqueológico Nacional, Sección de
Antigüedades Griegas y Culturas afines del Egeo y Etruscas. B.O.E. nº 96. [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/04/21/pdfs/A09144-09144.pdf>
España (1979al) RESOLUCIÓN de la Subsecretaría por la que se hace público el nombre y
puntuación de la aspirante aprobada en las pruebas selectivas para ingreso en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos – Sección de Pinutra- del Museo
Español de Arte Contemporáneo. B.O.E. nº 158. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/03/pdfs/A15171-15171.pdf>
España (1979am) ORDEN de 26 de junio de 1979 por la que se regula la composición y
funcionamiento de la Junta Superior de Excavaciones y Exploraciones Arqueológicas.
B.O.E. nº 161. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/06/pdfs/A15432-15433.pdf>
España (1979an) ORDEN de 16 de mayo de 1979 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición especial para cubrir
una plaza vacante de Conservador en el Museo Sefardí de Toledo, perteneciente al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 162. [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/07/pdfs/A15639-15639.pdf>
117 España (1979b) ORDEN de 11 de mayo de 1979 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una vacante de Conservador de
Dibujos del Museo del Prado de Madrid pertenecientes al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 162. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/07/pdfs/A15638-15639.pdf>
España (1979c) ORDEN de 18 de mayo de 1979 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos a las pruebas selectivas para cubrir cinco plazas en
el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en turno libre y restringido, en el
Museo Español de Arte Contemporáneo de Madrid y en el Museo de Bellas Artes de
Sevilla (Sección de Arte Contemporáneo). B.O.E. nº 163. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/09/pdfs/A1574015741.pdf>
España (1979d) ORDEN de 26 de mayo de 1979 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de
Arqueología Egipcia y del Cercano Oriente), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 163. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/09/pdfs/A15741-15741.pdf >
España (1979e) ORDEN de 7 de julio de 1979 por la que se regula la composición y
funcionamiento de la Junta Superior de Museos. B.O.E. nº 169. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/07/16/pdfs/A1638416385.pdf>
España (1979f). ORDEN de 12 de julio de 1979 por la que se establece la plantilla del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 173. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: http://www.boe.es/boe/dias/1979/07/20/pdfs/A17000-17000.pdf
>
España (1979g) CORRECCIÓN de errores de la Orden de 18 de mayo de 1979 por la que se
hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a las pruebas
selectivas para cubrir cinco plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, en turnos libre y restringido, en el Museo Español de Arte Contemporáneo de
Madrid y en el Museo de Bellas Artes de Sevilla (Sección de Arte Contemporáneo).
B.O.E. nº 188. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/08/07/pdfs/A18541-18541.pdf>
España (1979h) ORDEN de 27 de junio de 1979 por la que se aprueba el expediente del
concurso de traslados entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos. B.O.E nº 197. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/08/17/pdfs/A19298-19298.pdf>
España (1979i) ORDEN de 26 de julio de 1979 por la que eleva a definitiva la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición para cubrir una vacante de
Conservador de Dibujos del museo del Prado de Madrid, perteneciente al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 208. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/08/30/pdfs/A2035920359.pdf>
España (1979j) ORDEN de 27 de julio de 1979 por la que eleva a definitiva la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición para cubrir cinco plazas en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Español de Arte
Contemporáneo de Madrid y en el Museo de Bellas Artes de Sevilla (Sección de Arte
Contemporáneo). B.O.E, nº 208. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/08/30/pdfs/A20359-20360.pdf>
España (1979k) ORDEN de 28 de julio de 1979 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición especial para cubrir una plaza de Conservador de
Dibujos en el Museo del Prado de Madrid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
118 Conservadores de Museos. B.O.E. nº 211. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/03/pdfs/A20591-20591.pdf>
España (1979l) ORDEN de 28 de julio de 1979 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición especial para cubrir cinco plazas en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, turnos libre y restringido, en el Museo
Español de Arte Contemporáneo de Madrid y en el Museo de Bellas Artes de Sevilla
(Sección de Arte Contemporáneo). B.O.E. nº 211. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/03/pdfs/A20591-20591.pdf >
España (1979m) ORDEN de 9 de julio de 1979 por la que convoca oposición libre y restringida
para cubrir 10 plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en las
diferentes especialidades y categorías de Museos. B.O.E. nº 212. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/04/pdfs/A2066620666.pdf>
España (1979n) CORRECCIÓN de erratas de la Orden de 27 julio por la que se eleva a
definitiva la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición para
cubrir cinco plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo
Español de Arte Contemporáneo de Madrid y en el Museo de Bellas Artes de Sevilla
(Sección de Arte Contemporáneo) B.O.E. nº 212. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/04/pdfs/A20666-20666.pdf>
España (1979o) ORDEN de 23 de julio de 1979 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el Museo
Arqueológico Nacional (Sección de Arqueología Egipcia y del Cercano Oriente)
perteneciente al Cuerpo Facultativo Conservadores de Museos, en las diferentes
especialidades y categorías de Museos. B.O.E. nº 218. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/11/pdfs/A2122421224.pdf>
España (1979p) RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de los ejercicios para cubrir cinco
plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, Museo Español de Arte
Contemporáneo de Madrid y Museo de Bellas Artes de Sevilla (Sección de Arte
Contemporáneo) por la que se fija día, lugar y hora para la presentación de los
opositores. B.O.E. nº 225. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/19/pdfs/A21894-21894.pdf >
España (1979q) CORRECCIÓN de errores de la Orden de 9 julio de 1979 por la que se
convoca oposición, libre y restringida para cubrir 10 plazas en el Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos, en las diferentes especialidades y categorías de Museos.
B.O.E. nº 229. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/24/pdfs/A22258-22259.pdf >
España (1979r) RESOLUCIÓN del Tribunal de la oposición para cubrir cinco plazas en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, Museo Español de Arte
Contemporáneo de Madrid y Museo de Bellas Artes de Sevilla, por la que anula la de 7
e septiembre de 1979 y se fija nuevamente día, lugar y hora para la presentación de los
opositores. B.O.E. nº 229. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/09/24/pdfs/A22259-22259.pdf>
España (1979s) ORDEN de 26 de septiembre de 1979 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes y excluidos a la práctica de la oposición para cubrir una
plaza de Conservador en el Museo Sefardí de Toledo, perteneciente al Cuerpo
Facultativo Conservadores de Museos. B.O.E. nº 265. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1979/11/05/pdfs/A25681-2568.pdf>
España (1979t) ORDEN de 4 de septiembre de 1979 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo Conservadores de Museos en
el Museo Español de Arte Contemporáneo (Sección de Pintura) y se nombra
funcionario de dicho Cuerpo al opositor aprobado. B.O.E. nº 266. [Consult.
119 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/11/08/pdfs/A25938-25938.pdf>
España (1979u) RESOLUCIÓN del Tribunal de la oposición especial para cubrir una plaza de
Conservador de Dibujos en el Museo del Prado, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, por la que se convoca a los señores opositores para entrega
de la Memoria, sorteo que determine su orden de actuación y entrega de los temarios
de los ejercicios. B.O.E. nº 270. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/11/10/pdfs/A26086-26086.pdf>
España (1979w) ORDEN de 11 de octubre de 1979 por la que se pública la lista provisional de
aspirantes admitidos y excluidos para cubrir diez plazas en el Cuerpo Facultativo
Conservadores de Museos en las diferentes especialidades y categorías de Museos.
B.O.E. nº 284. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/11/27/pdfs/A27358-27359.pdf >
España (1979x) ORDEN de 25 de octubre de 1979 por la que se convoca oposición, en turnos
libre y restringido, para cubrir dos plazas del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, vacantes en el Museo de América de Madrid. B.O.E. nº 298. [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/12/13/pdfs/A28608-28610.pdf >
España (1979y) RESOLUCIÓN del Tribunal calificador de la oposición para cubrir una plaza
en el Cuerpo Facultativo Conservadores de Museos, vacantes en el Museo
Arqueológico Nacional de Madrid (Sección de Arqueología Egipcia y del Cercano
Oriente), por la que se convoca a los opositores para el acto de entrega de la Memoria
y en el que se le facilitarán los temarios de los ejercicios de la oposición. B.O.E. nº
300[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/12/15/pdfs/A28816-28816.pdf >
España (1979z) CORRECCIÓN de errores de la Orden de 11 de octubre de 1979 por la que se
hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir 10
plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en las diferentes
especialidades y categorías. B.O.E. nº 305[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1979/12/21/pdfs/A29285-29285.pdf >
España (1980a). ORDEN de 17 de diciembre de 1979 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir 10 plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en las
diferentes especialidades y categorías de museos. B.O.E. nº 18. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/018/A01527.tif>
España (1980aa). RESOLUCIÓN del Tribunal de oposición al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo Arqueológico
Nacional de Madrid (Sección de Arqueología Egipcia y del Cercano Oriente) por la
que se hace pública la fecha del comienzo del primer ejercicio de la misma. B.O.E. nº
39 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/039/A03544.tif >
España (1980ab) RESOLUCIÓN de la Subsecretaria por la que se hacen públicos los nombres
de los opositores aprobados con la puntuación que han obtenido en la oposición para
cubrir cinco plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo
Español de Arte Contemporáneo de Madrid y en el de Bellas Artes de Sevilla (Sección
de Arte Contemporáneo). B.O.E. nº 63. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/063/A05730.tif>
España (1980ac) ORDEN de 21 de enero de 1980 por la que se hace pública la lista provisional
de los aspirantes admitidos a la oposición para cubrir dos plazas en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo de América, de Madrid. B.O.E.
nº 66. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/buscar/doc.php?id=BOE-A-1980-5887 >
120 España (1980ad) ORDEN de 31 de enero de 1980 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos en el Museo Nacional de Etnología. B.O.E. nº 66. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/066/A06024.tif>
España (1980ae) ORDEN de 31 de enero de 1980 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios para cubrir plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos en el Museo Hispano-Musulmán de Granada. B.O.E nº 66. [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/066/A06024.tif>
España (1980af) ORDEN de 31 de enero de 1980 por la que se nombra al Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios para cubrir plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos en el Museo de de Palencia, Zamora y Arqueológico de Córdoba. B.O.E. nº 67.
[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/067/A06132.tif >
España (1980ag) ORDEN de 31 de enero de 1980 por la que se nombra al Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios para cubrir plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos en el Museo del Prado (Sección de Pintura Francesa, Alemana e Inglesa de los
Siglos XVI al XVIII y Sección de Pintura italiana de los Siglos XVI al XVIII). B.O.E. nº
67. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/067/A06133.tif>
España (1980b) ORDEN de 31 de enero de 1980 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios para cubrir plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos en el Museo en el Museo de Santa Cruz de Toledo y de Bellas Artes de
Córdoba. B.O.E. nº 67. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/067/A06133.tif>
España (1980c) ORDEN de 25 de marzo de 1980 sobre inspección de los yacimientos
arqueológicos. B.O.E. nº 81. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1980/04/03/pdfs/A07333-07333.pdf >
España (1980d) ORDEN de 11 de marzo de 1980 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para la
provisión de plazas vacantes. B.O.E. nº 90. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/090/A08017.tif>
España (1980e) CORRECCIÓN de errores de la Orden de 9 de julio de 1979 por la que se
convoca oposición libre y restringida para cubrir diez plazas en el Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos en las diferentes especialidades y categorías de Museos..
B.O.E. nº 109 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1980/05/06/pdfs/A09749-09749.pdf>
España (1980f) RESOLUCIÓN del Tribunal de la oposición al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos para cubrir una plaza en el Museo de Arte HispanoMusulmán de Granada, por la que se convoca a los opositores para su presentación.
B.O.E.nº 113. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/113/A10134.tif>
España (1980g) ORDEN de 31 de marzo de 1980 por la que se aprueba el expediente para
cubrir plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo
Español de Arte Contemporáneo de Madrid y en el Museo de Bellas Artes de Sevilla
(Sección Arte Contemporáneo) y se nombra funcionarios a los opositores aprobados .
B.O.E.nº 113. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/113/A10124.tif >
España (1980h) RESOLUCIÓN de 28 de abril de 1980, del Tribunal de la oposición para
cubrir plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos del Museo de
Palencia, Zamora y Arqueológico de Córdoba, por la que se cita a los señores
121 opositores. B.O.E. nº 116. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/116/A10431.tif>
España (1980i) ORDEN de 5 de abril de 1980 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición para cubrir dos plazas
en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo de América de
Madrid. B.O.E. nº 117. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/117/A10506.tif>
España (1980j) ORDEN de 22 de abril de 1980 por la que se nombra al Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir dos plazas en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo de América de Madrid. B.O.E. nº 132.
[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/buscar/doc.php?id=BOE-A-1980-11308>
España (1980k) ORDEN de 6 de mayo de 1980 por la que se designa el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios de la oposición para ingreso en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, perteneciente al Museo Arqueológico Nacional, sección
Numismática. B.O.E. nº132 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/132/A12155.tif>
España (1980l) RESOLUCIÓN de 31 de mayo de 1980, del Tribunal de la oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir dos plazas en el Museo de Santa
Cruz de Toledo y Bellas Artes de Córdoba, por la que se convoca a los opositores para
su presentación. B.O.E. nº 138 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/138/A12658.tif>
España (1980m) RESOLUCIÓN de 24 de abril de 1980 de la Dirección General de Servicios
por la que se hace público el nombre de la opositora aprobada para cubrir una plaza
en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, Museo Arqueológico Nacional
(Sección de Arqueología Egipcia y del Cercano Oriente). B.O.E. nº 143 . [Consult.
2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/143/A13307.tif>
España (1980n) RESOLUCIÓN de 3 de junio 1980, del Tribunal de la oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir dos plazas, turno libre y
restringido, vacantes en el Museo de América, de Madrid, por la que se anuncia la
fecha en que se efectuará el sorteo y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 143 .
[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/143/A13307.tif>
España (1980o) CORRECCIÓN de erratas de la Resolución 24 de abril de 1980, de la
Dirección General de Servicios por la que se hace público el nombre de la opositora
aprobada para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, Museo Arqueológico Nacional (Sección de Arqueología Egipcia y del Cercano
Oriente). B.O.E. nº 149 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1980/06/21/pdfs/A14063-14063.pdf >
España (1980p) RESOLUCIÓN de 4 julio de 1980, del Tribunal de oposiciones al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir dos plazas vacantes, turnos libre
y restringido, en el Museo de América, de Madrid, por la que se hace público el
resultado del sorteo público para determinar el orden de actuación de opositores.
B.O.E. nº 170. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/buscar/doc.php?id=BOE-A-1980-15339>
España (1980q RESOLUCIÓN de 17 de junio de 1980 del Tribunal de la oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museo, para cubrir dos plazas en en el Museo del
Prado (Sección de Pintura Francesa, Alemana e Inglesa de los Siglos XVI al XVIII y
Sección de Pintura italiana de los Siglos XVI al XVIII), por la que se convoca a los
opositores para efectuar su presentación. B.O.E. nº 181. [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/buscar/doc.php?id=BOE-A-1980-16223 >
122 España (1980r) RESOLUCIÓN de 16 de septiembre de 1980, del Tribunal de la oposición al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir una plaza vacante en el
Museo Arqueológico Nacional, de Madrid, Sección de Numismática, por la que se
anuncia la fecha en que se efectuará el sorteo y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº
230. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/230/A21312.tif >
España (1980s) RESOLUCIÓN de 19 de septiembre de 1980, del Tribunal que ha de juzgar los
ejercicios de la oposición al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para
cubrir una plaza en el Museo Nacional de Etnología de Madrid, por la que se convoca
a los opositores para entrega de la Memoria, recepción de los temarios, sorteo para
determinar el orden de actuación de los mismos y práctica del primer ejercicio. Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 238 . [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/238/A22001.tif>
España (1980t) RESOLUCIÓN de 7 de octubre de 1980, de la Subsecretaria, por la que se
hacen públicos los nombres de los aspirantes aprobados para cubrir dos plazas en
turno libre y restringido en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el
Museo de América, de Madrid. B.O.E. nº 258. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/258/A23931.tif >
España (1980u) RESOLUCIÓN de 1 de septiembre de 1980, de la Subsecretaria, por la que se
hacen públicos los nombres de los aprobados en la oposición al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, correspondiente a los de Palencia, Zamora y Arqueológico
de Córdoba. B.O.E. nº 258 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/258/A23930.tif >
España (1980v) CORRECCIÓN de errores de la Resolución de 30 de septiembre de 1980, de la
Subsecretaría, por la que se hacen públicos los nombres de los aprobados en la
oposición al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos correspondiente a los de
Palencia, Zamora y Arqueológico de Córdoba. B.O.E. nº 270 . [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1980/11/10/pdfs/A25061-25061.pdf >
España (1980w) ORDEN de 29 de octubre por la que se aprueba el expediente de la oposición
para cubrir dos plazas, en turnos libre y restringido, en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos vacantes en el Museo de América de Madrid. B.O.E. nº 287 .
[Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/287/A26479.tif >
España (1980x). ORDEN de 19 de noviembre de 1980 por la que se aprueba el expediente de la
oposición especial para cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo Sefardía
de Toledo, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº
294 . [Consult. 2014‑05‑11] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/294/A27128.tif >
España (1980y). ORDEN de 12 de noviembre de 1980 por la que se declara desierta la
oposición para cubrir una plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos
para el Museo Hispano-Musulmán de Granada. B.O.E. nº 294 . [Consult. 2014‑05‑11]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/294/A27128.tif >
España (1980z). RESOLUCIÓN de 14 de noviembre de 1980, de la Subsecretaria, por la que se
hacen públicos los nombres de los opositores aprobados en la oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos correspondientes a los Museos de Santa Cruz
de Toledo y Bellas Artes de Córdoba. B.O.E. nº 304. [Consult. 2014‑05‑11] Disponível
em <URL: https://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1980/304/A28028.tif >
España (1981a). ORDEN de 23 de diciembre de 1960 por la que se deroga parcialmente la
resolución de 22 de enero de 1980 y la Orden de 1980, relativas al expediente de la
oposición para cubrir cinco plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, y se modifica la relación de opositores. B.O.E nº 23. [Consult. 2014‑05‑13]
123 Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1981/01/27/pdfs/A0189301893.pdf>
España (1981b). RESOLUCIÓN de 16 de diciembre de 1980, de la Subsecretaria por la que se
hace público el nombramiento del opositor aprobado en la oposición para cubrir
plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, correspondiente a las
vacantes del Museo Nacional del Prado (Sección de Pintura francesa, alemana e
inglesa de los siglos XVI al XVIII y Sección de Pintura italiana de los siglos XVI y
XVIII) B.O.E. nº 43. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
w.boe.es/boe/dias/1981/02/19/pdfs/A03796-03796.pdf >
España (1981c). ORDEN de 4 de febrero de 1981 por la que se declara desierta la oposición
para proveer la plaza de Conservador, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de
Numismática). B.O.E. nº 57. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/03/07/pdfs/A05125-05126.pdf>
España (1981d). ORDEN de 1 de febrero de 1981 por la que se nombra funcionario del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos a don Juan Antonio Aguirre García. B.O.E.
nº 59. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/03/10/pdfs/A05291-05291.pdf>
España (1981e). ORDEN de 9 de febrero de 1981 por la que se declara desierta la oposición
para proveer la plaza de Conservador, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, en el Museo Nacional de Etnología. B.O.E. nº 59. [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/03/10/pdfs/A05304-05304.pdf >
España (1981f). RESOLUCIÓN de 6 de febrero de 1981 de la Subsecretaria, por la que se
aprueba el expediente de concurso de méritos entre los funcionarios del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 69. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/03/21/pdfs/A06161-06161.pdf >
España (1981g). ORDEN de 16 de marzo de 1981 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para la
provisión de plazas vacantes. B.O.E. nº 100. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1981/04/27/pdfs/A08924-08924.pdf >
España (1981h). ORDEN de 31 de marzo de 1981 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir dos plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos correspondientes a las vacantes en el Museo Nacional del Prado, Sección de
Puntura francesa, alemana e inglesa de los siglos XVI al XVIII y Sección de Pintura
italiana de los siglos XVI al XVIII y se nombra Conservador al opositor aprobado.
B.O.E. nº 112. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/05/11/pdfs/A10066-10066.pdf>
España (1981i). ORDEN de 14 de mayo de 1981, por la que se modifica la plantilla del cuerpo
de conservadores de museos. B.O.E. nº 167. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1981/07/14/pdfs/A16064-16064.pdf>
España (1981j). ORDEN de 27 de mayo de 1981 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir la
vacante de Conservador-Director del Museo Arqueológico Nacional. B.O.E. nº.174.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/07/22/pdfs/A16659-16659.pdf>
España (1981k). ORDEN de 6 de octubre de 1981 por la que se aprueba el expediente del
concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos para cubrir plazas vacantes . B.O.E. nº 260. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível
em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/10/30/pdfs/A25457-25457.pdf >
124 España (1981l). ORDEN de 19 de octubre de 1981 por la que se aprueba el expediente del
concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos y se nombra Director del museo Arqueológico Nacional a don Eduardo Ripoll
Perelló. B.O.E. nº 261. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1981/10/31/pdfs/A25553-25554.pdf>
España (1982a). ORDEN de 26 de noviembre de 1981 por la que se convoca oposición para
cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección
de Prehistoria) perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
B.O.E. nº 24. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/01/28/pdfs/A02168-02171.pdf>
España (1982aa). ORDEN de 26 de noviembre de 1981 por la que se convoca oposición para
cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección
de Arqueología Medieval Cristiana de España) perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 27. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/02/01/pdfs/A02439-02441.pdf >
España (1982ab). ORDEN de 26 de noviembre de 1981 por la que se convoca oposición para
cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo del Prado (Sección de Pintura
Flamenca y Holandesa del siglo XVII), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos,. B.O.E. nº 33. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/02/08/pdfs/A03114-03116.pdf>
España (1982b). ORDEN de 11 de marzo de 1982 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una plaza de Conservador en el Museo
Arqueológico Nacional (Sección de Arqueología Medieval y Cristiana de España).
B.O.E. nº 91. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/04/16/pdfs/A09733-09733.pdf>
España (1982c). ORDEN de 11 de marzo de 1982 por la que se hace pública la lista provisional
de admitidos y excluidos para cubrir una plaza de conservador en el Museo
Arqueológico Nacional (Sección de Prehistoria). B.O.E. nº 91. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/04/16/pdfs/A0973309733.pdf>
España (1982d). ORDEN de 16 de febrero de 1982, por la que se convoca concurso de méritos
entre Funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para la
provisión de diversas plazas vacantes. B.O.E. nº 95. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível
em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/04/21/pdfs/A10110-10110.pdf>
España (1982e). ORDEN de 30 de marzo de 1982 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para cubrir una plaza
vacante de Conservador en el Museo del Prado (Sección de Pintura Flamenca y
Holandesa del siglo XVII), perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos,. B.O.E. nº 97 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/04/23/pdfs/A10392-10392.pdf>
España (1982f). RESOLUCIÓN de 16 de abril de 1982, de la Secretaria General Técnica, por
la que se dispone la publicación de determinados convenios entre la Administración del
Estado y la Generalidad de Cataluña. B.O.E. nº 100 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível
em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/04/27/pdfs/A10636-10639.pdf>
España (1982g). ORDEN de 26 de marzo de 1982 por la que se convocan pruebas selectivas, en
turnos libre y restringido, para cubrir plazas vacantes en el cuerpo de Ayudantes de
Archivos, Bibliotecas y Museos. B.O.E nº 100. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/04/27/pdfs/A10649-10652.pdf>
España (1982h). ORDEN de 6 de mayo de 1982 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de opositores admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de
Arqueología Medieval y Cristiana de España), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
125 Conservadores de Museos. B.O.E. nº 125. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/05/26/pdfs/A13870-13871.pdf>
España (1982i). ORDEN de 6 de mayo de 1982 por la que se eleva a definitiva la lista
provisional de opositores admitidos y excluidos a la práctica de la oposición para
cubrir una plaza de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de
Prehistoria), perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
nº 125 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/05/26/pdfs/A13870-13871.pdf >
España (1982j). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 6 de mayo de 1982 por la que se
eleva a definitiva la lista provisional de opositores admitidos y excluidos a la práctica
de la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el Museo Arqueológico
Nacional (Sección de Prehistoria), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos,. B.O.E. nº
145. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/06/18/pdfs/A16650-16650.pdf >
España (1982k). ORDEN de 9 de junio de 1982 por la que se nombra el Tribunal de la
oposición para cubrir plaza de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional
(Sección de Arqueología Medieval Cristiana de España), perteneciente al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 153 . [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/06/28/pdfs/A1773217732.pdf>
España (1982l). ORDEN de 9 de junio de 1982 por la que se nombra el Tribunal de la
oposición para cubrir una vacante de Conservador en el Museo del Prado (Sección de
Pintura Flamenca y Holandesa del siglo XVII), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 153 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/06/28/pdfs/A17732-17732.pdf>
España (1982m). ORDEN de 22 de junio de 1982 por la que se nombra el Tribunal que ha de
juzgar la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el museo Arqueológico
Nacional (Sección de Prehistoria) perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 184 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/08/03/pdfs/A21024-21024.pdf>
España (1982n). ORDEN de 25 de junio de 1982 por la que se convocan pruebas selectivas
para cubrir tres plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para los
Museos, para los Museos de Ávila, Cáceres y Murcia. B.O.E. nº 207. [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/08/30/pdfs/A23354-23356.pdf>
España (1982o). ORDEN de 14 de julio de 1982 por la que se designa el Tribunal que ha de
calificar el concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 221 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/09/15/pdfs/A24917-24917.pdf>
España (1982p). ORDEN de 22 de julio de 1982, por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para proveer
las plazas vacantes en Madrid en los Museos de América y del Pueblo Español.
B.O.E.nº 221 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/09/15/pdfs/A24918-24919.pdf >
España (1982q). RESOLUCIÓN de 20 de agosto de 1982, del Tribunal de la oposición al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el
Museo Arqueológico Nacional de Madrid, Sección de Prehistoria por la que ese
anuncia la fecha en que se efectuará el sorteo para la actuación y práctica del primer
ejercicio. B.O.E. nº 239. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/10/06/pdfs/A27557-27557.pdf >
126 España (1982r). ORDEN de 22 de septiembre de 1982 por la que se convoca oposición para
cubrir una plaza de Conservador en el Museo y Centro Nacional de Investigaciones
Arqueológicas Submarinas, de Cartagena (Murcia), perteneciente al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 256 . [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/10/25/pdfs/A2945129453.pdf>
España (1982s). ORDEN de 22 de septiembre de 1982 por la que se convoca oposición para
cubrir una plaza de Conservador en el Museo y Centro de Investigación de Altamira de
Santillana del Mar (Cantabria), perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos. B.O.E. nº 256. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/10/25/pdfs/A29453-29455.pdf >
España (1982t). ORDEN de 5 de octubre por la que se convoca oposición para cubrir una plaza
de Conservador en el Museo de Bellas Artes, Casa de los Tiros, Arte Contemporáneo.
B.O.E. nº 266. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
http://www.boe.es/boe/dias/1982/11/05/pdfs/A30458-30460.pdf>
España (1982u). RESOLUCIÓN de 7 de octubre de 1982, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir tres
plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos de Ávila, Cáceres y
Murcia. B.O.E. nº 272. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/11/12/pdfs/A31029-31029.pdf >
España (1982v). RESOLUCIÓN de 4 de noviembre de 1982 del Tribunal de la oposición para
cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo
Arqueológico Nacional (Sección de Arqueología Medieval Cristiana) por la que se
convoca a los opositores para el acto de presentación. B.O.E. nº 275. [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/11/16/pdfs/A31364-31364.pdf >
España (1982w). ORDEN de 26 de octubre de 1982 por la que se convoca oposición para
cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo del Prado (Sección de Pintura
Española de los siglo XVI y XVII), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos,. B.O.E. nº 284. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/11/26/pdfs/A32551-32553.pdf>
España (1982x). ORDEN de 23 de noviembre de 1982 por la que se aprueba el expediente del
concurso de méritos y se nombra funcionarios del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 295 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/12/09/pdfs/A33872-33872.pdf>
España (1982y). RESOLUCIÓN de 1 de diciembre de 1982, de la Subsecretaria, por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir tres
plazas en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para los museos de Ávila,
Cáceres y Murcia. B.O.E. nº 302. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1982/12/17/pdfs/A34767-34767.pdf>
España (1982z). ORDEN de 1o de diciembre de 1982 por la que se nombra el Tribunal que ha
de calificar el concurso de méritos convocado entre funcionarios del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir plazas vacantes en Madrid en los
Museos de América y del Pueblo Español. B.O.E. nº 310 . [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1982/12/27/pdfs/A3547535475.pdf>
España (1983a). ORDEN de 29 de diciembre de 1982 por la que se ratifica el nombramiento de
funcionario del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos de Don Luis Alonso
Fernández. B.O.E. nº 10. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/01/12/pdfs/A00751-00751.pdf >
España (1983aa). ORDEN de 14 de enero de 1983 por la que se deja sin efecto el
nombramiento de don Juan Antonio Aguirre García como funcionario del Cuerpo
127 Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 25 . [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/01/29/pdfs/A0245402454.pdf>
España (1983ab). ORDEN de 14 de enero de 1983 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición para cubrir una plaza
vacante de Conservador en el Museo del Prado (Sección de Pintura Española de los
siglos XVI y XVII), del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 26.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/01/31/pdfs/A02547-02547.pdf>
España (1983ac). ORDEN de 2 febrero de 1983 por la que se hace pública la lista provisional
de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una plaza de Conservador en el Museo
de Bellas Artes, Casa de los Tiros y Arte Contemporáneo de Granada, perteneciente al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 45. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/02/22/pdfs/A0501805019.pdf>
España (1983ad). RESOLUCIÓN de 31 de enero de 1983 de la Subsecretaría por la que se hace
pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una plaza de
Conservador en el Museo y Centro Nacional de Investigaciones Arqueológicas
Submarinas de Cartagena (Murcia), perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 45. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/02/22/pdfs/A05019-05019.pdf>
España (1983ae). RESOLUCIÓN de 2 de febrero de 1983 de la Subsecretaría por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una
plaza de Conservador en el Museo y Centro de Investigaciones de Altamira
(Cantabria), perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
nº 45. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/02/22/pdfs/A05019-05019.pdf>
España (1983af). ORDEN de 4 de febrero de 1983 por la que se aprueba el expediente del
concurso de méritos para proveer plazas vacantes en Madrid, en los Museos de
América y del Pueblo Español, pertenecientes al Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos y se nombra Conservador-Director del Museo de América. B.O.E. nº 47.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/02/24/pdfs/A05346-05346.pdf >
España (1983ag). ORDEN de 23 de febrero de 1983 por la que se hace pública la lista
definitiva de aspirantes admitidos y excluidos a las pruebas selectivas para cubrir una
vacante de Conservador en el Museo del Prado (Sección de Pintura Española de los
siglos XVI y XVII), perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
B.O.E. nº 64 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/03/16/pdfs/A07663-07663.pdf >
España (1983ah). RESOLUCIÓN de 23 de febrero de 1983 de la Subsecretaria, por la que se
hace público el nombre del aspirante aprobado para cubrir una plaza de Conservador
en el Museo del Prado (Sección de Pintura Flamenca y Holandesa del siglo XVII),
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 64 .
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/03/16/pdfs/A07663-07663.pdf >
España (1983ai). ORDEN de 14 de marzo de 1983 por la que se nombra el Tribunal, titular y
suplente, que ha de juzgar la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el
Museo y Centro Nacional de Investigaciones Submarinas de Cartagena (Murcia),
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 66.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/03/18/pdfs/A07962-07962.pdf>
España (1983aj). ORDEN de 14 de marzo de 1983 por la que se declara la oposición para
proveer la plaza de Conservador, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
128 Conservadores de Museos, vacante en el Museo Arqueológico Nacional, Sección de
Arqueología Medieval Cristiana. B.O.E. nº 86. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/04/11/pdfs/A09802-09802.pdf>
España (1983ak). ORDEN de 3 de marzo de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de especial preparación del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, vacante en el Museo Español de Arte Contemporáneo. B.O.E. nº 89 . [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/04/14/pdfs/A10254-10256.pdf>
España (1983al). ORDEN de 16 de marzo de 1983 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir una plaza de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional
(Sección de Prehistoria), perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, y se nombra funcionario a la opositora aprobada. B.O.E. nº 92 . [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
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España (1983am). ORDEN de 16 de marzo de 1983 por la que se nombra el Tribunal, titular y
suplente, que ha de juzgar la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el
Museo y Centro de Investigación de Altamira, de Santillana del Mar (Cantabria)
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 97.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/04/23/pdfs/A11405-11405.pdf >
España (1983an). ORDEN de 25 de marzo de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de especial preparación, vacante en el Museo Arqueológico de
Valladolid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
nº 103. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/04/30/pdfs/A12065-12067.pdf >
España (1983ao). ORDEN de 23 de marzo de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir las plazas vacantes de Conservador en el Museo de Ciudad Real y en el Museo
de Jaén, pertenecientes al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº
105. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/05/03/pdfs/A12278-12280.pdf >
España (1983ap). ORDEN de 23 de marzo de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de especial preparación, vacante en el Museo Cario de las Palmas,
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 109.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
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España (1983aq). RESOLUCIÓN de 3 de mayo de 1983, del Tribunal de oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir una plaza vacante en el Museo y
Centro Nacional de Investigaciones Submarinas de Cartagena (Murcia), por la que se
anuncia la fecha en que se efectuará el sorteo para la actuación y práctica del primer
ejercicio. B.O.E. nº 121 . [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
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España (1983ar). RESOLUCIÓN de 16 de mayo de 1983 del Tribunal de oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir tres plazas vacantes en los
Museos de Ávila, Cáceres y Murcia, por la que se anuncia la fecha en que efectuarán el
sorteo para la actuación y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 126. [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
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España (1983as). ORDEN de 19 de mayo de 1983 por la que se nombra el Tribunal que ha de
juzgar la oposición para cubrir una plaza de Conservador, en el Museo de Bellas Artes,
Casa de los Tiros y Arte Contemporáneo de Granada, perteneciente al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 150. [Consult. 2014‑05‑13]
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129 https://www.boe.es/boe/dias/1983/06/24/pdfs/A17751-17751.pdf >
España (1983at). RESOLUCIÓN de 15 de junio de 1983 de la Subsecretaria, por la que se hace
pública la lista provisional de aspirantes admitidos para cubrir dos plazas de
Conservadores de Museos, una en el Museo de Jaén y otra en el Museo de Ciudad Real,
pertenecientes al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 151.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
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España (1983au). ORDEN de 10 de mayo de 1983 por la que se crea el Museo monográfico de
Castro de Viladonga en Castro del Rey (Lugo). B.O.E. nº 154. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/06/29/pdfs/A1821118211.pdf>
España (1983av). ORDEN de 3 de junio de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de especial preparación del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos, vacante en el Museo Arqueológico Nacional (Sección Numismática). B.O.E. nº
156. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/07/01/pdfs/A18420-18422.pdf>
España (1983aw). RESOLUCIÓN de 26 de mayo de 1983 de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una
plaza en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo Español de
Arte Contemporáneo. B.O.E. nº 156. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/07/01/pdfs/A18422-18422.pdf >
España (1983ax). RESOLUCIÓN de 10 de junio de 1983, del Tribunal de oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir una plaza vacante en el Museo y
Centro de Investigación de Altamira de Santillana del Mar (Cantabria), por la que se
anuncia la fecha en que se efectuarán el sorteo para la actuación y práctica del primer
ejercicio. B.O.E. nº 165. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/07/12/pdfs/A19468-19468.pdf >
España (1983ay). ORDEN de 17 de junio de 1983, de la Subsecretaria, por la que se hace
pública la lista provisional de aspirantes admitidos para cubrir una plaza vacante en el
museo Arqueológico de Valladolid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 166. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/07/13/pdfs/A19566-19566.pdf >
España (1983az). ORDEN de 13 de julio de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de Conservador vacante en el Museo del Pueblo Español de Madrid,
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 196.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/17/pdfs/A22607-22609.pdf>
España (1983b). ORDEN de 20 de julio de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de Conservador vacante en el Museo Nacional de Arte HispanoMusulmán de Granada, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos. B.O.E. nº 196. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/17/pdfs/A22609-22611.pdf>
España (1983ba). RESOLUCIÓN de 19 de julio de 1983 del Tribunal de oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo de
Bellas Artes, Casa de los Tiros y Arte Contemporáneo de Granada, por la que se
anuncia la fecha en que se cita a los opositores para hacer su presentación, entrega de
temas y sorteo público para la actuación y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 199.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/20/pdfs/A22910-22910.pdf>
España (1983bb). ORDEN de 20 de julio de 1983 por la que se nombra el Tribunal titular y
suplemente que ha de juzgar la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el
Museo Español de Arte Contemporáneo perteneciente al Cuerpo Facultativo de
130 Conservadores de Museos. B.O.E. nº 200. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/22/pdfs/A23002-23002.pdf>
España (1983c). RESOLUCIÓN de 6 de julio de 1983, de la Subsecretaría, por la que se hace
pública la lista provisional de aspirantes admitidos para cubrir una plaza de especial
preparación vacante en el Museo Canario de Las Palmas, perteneciente al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 201. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/23/pdfs/A2310223103.pdf>
España (1983d). RESOLUCIÓN de 23 de julio de 1983, de la Subsecretaría, por la que se hace
pública la lista definitiva de aspirantes admitidos para cubrir dos plazas de
Conservadores de Museos, una en el museo de Jaén y otra en el museo de Ciudad Real,
pertenecientes al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 201.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/23/pdfs/A23102-23103.pdf>
España (1983e). RESOLUCIÓN de 19 de julio de 1983, de la Subsecretaría, por la que se hace
pública la lista definitiva de aspirantes admitidos para cubrir una plaza del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos, en el Museo Español de Arte
Contemporáneo. B.O.E. nº 201. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/23/pdfs/A23102-23103.pdf>
España (1983f). ORDEN de 20 de julio de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza de Conservador vacante en el Museo Arqueológico de Sevilla,
perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 202.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/24/pdfs/A23210-23212.pdf >
España (1983g). ORDEN de 11 de julio de 1983 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para una plaza
vacante de Conservador en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de Arqueología
Medieval Cristiana de España). B.O.E. nº 205. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/08/27/pdfs/A23587-23587.pdf>
España (1983h). RESOLUCIÓN de 3 de agosto de 1983 de la Subsecretaría, por la que se hace
pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una plaza
vacante en el Museo Arqueológico de Valladolid, perteneciente al Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 218. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/09/12/pdfs/A25016-25016.pdf>
España (1983i). ORDEN de 12 de agosto de 1983 por la que se convoca oposición libre para
cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo Nacional de Ciencias Naturales.
B.O.E. nº 236. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
http://www.boe.es/boe/dias/1983/10/03/pdfs/A26850-26852.pdf>
España (1983j). RESOLUCIÓN de 31 de agosto de 1983, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos para cubrir una plaza de
especial preparación del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, vacante en
el museo Arqueológico Nacional (Sección de Numismática). B.O.E. nº 240. [Consult.
2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/10/07/pdfs/A27259-27259.pdf>
España (1983k). RESOLUCIÓN de 12 de septiembre de 1983, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos para cubrir una plaza de
especial preparación vacante en el Museo Canario de Las Palmas, perteneciente al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 240. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/10/07/pdfs/A2726027260.pdf>
España (1983l). RESOLUCIÓN de 14 de septiembre de 1983, del Tribunal de la oposición al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el
131 Museo de Bellas Artes, Casa de los Tiros y Arte Contemporáneo de Granada, por la
que se anuncia la fecha para la celebración del primer ejercicio. B.O.E. nº 241.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/10/08/pdfs/A27430-27430.pdf>
España (1983m). ORDEN de 27 de septiembre de 1983 por la que se hace pública la lista
provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición convocada para cubrir
una plaza de Conservador, vacante en el Museo del Pueblo Español de Madrid. B.O.E.
nº 242. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/10/10/pdfs/A27516-27517.pdf >
España (1983n). RESOLUCIÓN de 30 de agosto de 1983, de la Subsecretaría, por la que se por
la que se rectifican los errores de la lista definitiva de aspirantes admitidos a la
oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos,
del Museo Español de Arte Contemporáneo, convocada por Orden de 3 de marzo de
1983. B.O.E. nº 242. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/10/10/pdfs/A27516-27517.pdf >
España (1983o). ORDEN de 22 de septiembre de 1983 por la que se nombra el Tribunal que ha
de juzgar los ejercicios de la oposición para cubrir una plaza de Conservador en el
Museo Arqueológico de Valladolid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 250. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/10/19/pdfs/A28278-28279.pdf>
España (1983p). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 12 de agosto de 1983 por la que se
convoca oposición para cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo
Nacional de Ciencias Naturales. B.O.E. nº 250. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em
<URL: http://www.boe.es/boe/dias/1983/10/19/pdfs/A28279-28279.pdf>
España (1983q). ORDEN de 14 de octubre de 1983 por la que se nombra el Tribunal que ha de
juzgar los ejercicios del concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante de Conservador en el
Museo Arqueológico Nacional (Sección de Arqueología Medieval Cristiana de
España). B.O.E. nº 261. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/11/01/pdfs/A29611-29611.pdf>
España (1983r). RESOLUCIÓN de 20 de octubre de 1983, de la Subsecretaría, por la que se
hace público los nombres de los aspirantes aprobados para cubrir tres plazas en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para los Museos de Ávila, Cáceres y
Murcia. B.O.E. nº 278. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/11/21/pdfs/A31520-31520.pdf >
España (1983s). RESOLUCIÓN de 6 de noviembre de 1983, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una
plaza de Conservador vacante en el Museo Nacional de Arte Hispano-Musulmán de
Granada, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº
293. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/08/pdfs/A33204-33204.pdf>
España (1983t). ORDEN de 2 de noviembre de 1983 por la que se nombra el Tribunal de la
oposición que ha de juzgar las pruebas selectivas para cubrir una plaza vacante de
Conservador en el Museo del Pueblo Español. B.O.E. nº 295. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/10/pdfs/A3331633316.pdf>
España (1983u). RESOLUCIÓN de 15 de noviembre de 1983, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos para cubrir una
plaza de especial de preparación del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos,
vacante en el Museo Arqueológico Nacional (Sección de Numismática). B.O.E. nº 295.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/10/pdfs/A33316-33316.pdf>
132 España (1983v). RESOLUCIÓN de 1 de diciembre de 1983, del Tribunal de la oposición al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para cubrir una plaza vacante en el
Museo Arqueológico de Valladolid, por la que se anuncia la fecha en que se efectuará
la presentación de los opositores y el sorteo del orden de actuación. B.O.E. nº 299.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/15/pdfs/A33730-33730.pdf>
España (1983w). ORDEN de 28 de noviembre de 1983 por la que se aprueba el expediente de
la oposición para cubrir una plaza vacante del Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos en el Museo Nacional de Arqueología Marítima y Centro Nacional de
Investigaciones Arqueológicas Submarinas e Cartagena (Murcia) y se nombra
funcionaria a la opositora aprobada. B.O.E. nº 304. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível
em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/21/pdfs/A34200-34200.pdf>
España (1983x). ORDEN de 16 de noviembre de 1983 por la que se nombra el Tribunal que ha
de juzgar las pruebas selectivas de la oposición para cubrir una plaza de Conservador
vacante en el Museo Arqueológico Nacional, Sección de Numismática, perteneciente al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 307. [Consult. 2014‑05‑13]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/24/pdfs/A3449434494.pdf>
España (1983y). RESOLUCIÓN de 15 de noviembre de 1983 de la Subsecretaria, por la que se
hace pública la lista provisional de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición
convocada para cubrir una plaza de Conservador vacante en el Museo Nacional de
Ciencias Naturales. B.O.E. nº 309. [Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/27/pdfs/A34628-34628.pdf>
España (1983z). RESOLUCIÓN de 15 de diciembre de 1983, del Tribunal de la oposición al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir dos plazas, en turno libre
vacantes en los museos de Ciudad Real y Jaén por lo que se anuncia la fecha en que se
efectuará el sorteo para la actuación y práctica del primer ejercicio. B.O.E. nº 309.
[Consult. 2014‑05‑13] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1983/12/27/pdfs/A34628-34628.pdf>
España (1984a). ORDEN de 23 de diciembre de 1983 por la que se declara desierta la
oposición para proveer la plaza de Conservador, perteneciente al Cuerpo Facultativo
de Conservadores de Museos, vacante en el Museo de Bellas Artes, Casa de los Tiros y
Arte Contemporáneo de Granada. B.O.E. nº 13. [Consult. 2014-05-14] Disponível em
<https:// https://www.boe.es/boe/dias/1984/01/16/pdfs/A01110-01110.pdf >
España (1984aa). RESOLUCIÓN de 21 de diciembre de 1983, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición
convocada a cubrir una plaza de Conservador, vacante en el Museo Arqueológico de
Sevilla. B.O.E. nº 14. [Consult. 2014-05-14] Disponível em
<http://www.boe.es/boe/dias/1984/01/17/pdfs/A01205-01205.pdf>
España (1984ab). ORDEN de 16 de diciembre de 1983 por la que se aprueba el expediente de
la oposición para cubrir tres plazas vacantes del Cuerpo Facultativo de Conservadores
de Museos, en los Museos de Ávila, Cáceres y Murcia, y se nombra funcionarios a los
opositores aprobados. B.O.E. nº 20. [Consult. 2014-05-14] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1984/01/24/pdfs/A01860-01860.pdf >
España (1984ac). RESOLUCIÓN de 23 de enero de 1984 del Tribunal de la oposición libre
para cubrir una plaza de Conservador vacante en el Museo del Puebla Español de
Madrid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº.
28 [Consult. 2014-05-14] Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1984/02/02/pdfs/A02731-02731.pdf>
España (1984ad). CORRECCIÓN de errores de la Resolución de 21-12-1983 de la
Subsecretaría, por la que se hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y
excluidos a la oposición convocada para cubrir una plaza de Conservador vacante en
133 el Museo Arqueológico de Sevilla. B.O.E. nº 31. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
<URL: http://www.boe.es/boe/dias/1984/02/06/pdfs/A03023-03023.pdf>
España (1984ae). ORDEN de 21 de diciembre de 1983 por la que se nombra el Tribunal que
habrá de juzgar los ejercicios de la oposición libre para cubrir una plaza de
Conservador vacante en el Museo Arqueológico de Sevilla, perteneciente al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº34. [Consult. 2014‑05‑14]
Disponível em <URL:
https://www.boe.es/boe/dias/1984/02/09/pdfs/A03422-03422.pdf >
España (1984af). ORDEN de 17 de enero de 1984 por la que se aprueba el expediente del
concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos para cubrir una plaza vacante del Conservador en el Museo Arqueológico
Nacional (Sección de Arqueología Medieval Cristiana de España). B.O.E. nº34.
[Consult. 2014-05-14] Disponível em <URL:
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España (1984ag). RESOLUCIÓN de 14 de enero de 1984, de la Subsecretaría, por la que se
hace pública la lista definitiva de aspirantes admitidos y excluidos a la oposición
convocada para cubrir una plaza de Conservador, vacante en el Museo Nacional de
Ciencias Naturales. B.O.E. nº 34. [Consult. 2014-05-14] Disponível em <URL:
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España (1984b). RESOLUCIÓN de 20 de enero de 1984, del Tribunal de la oposición para
cubrir una plaza de conservador en el Museo Español de Arte Contemporáneo, por la
que se fija lugar, día y hora para el comienzo de los ejercicios. B.O.E. nº 37. [Consult.
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España (1984c). CORRECCIÓN de errores de la Orden de 18 de diciembre de 1983 por la que
se aprueba el expediente de la oposición para cubrir tres plazas vacantes del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos de Ávila, Cáceres y Murcia y se nombra
funcionarios a los opositores aprobados. B.O.E. nº 39. [Consult. 2014-05-14]
Disponível em <URL: https://www.boe.es/boe/dias/1984/02/15/pdfs/A0402704027.pdf>
España (1984d). RESOLUCIÓN de 13 de febrero de 1984 del Tribunal de la oposición para
cubrir una plaza vacante de conservador existente en el Museo Nacional de Ciencias
Naturales por la que se anuncia la fecha de presentación de los opositores y práctica
del primer ejercicio. B.O.E. nº 46. Consult. 2014-05-14] Disponível em <URL:
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España (1984e). ORDEN de 20 de enero de 1984 por la que se convoca concurso de méritos
entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, para la
provisión de plazas vacantes en el Museo Español de Arte Contemporáneo de Madrid,
Museo provincial de Albacete y Museo de Bellas Artes, Casa de los Tiros y Arte
Contemporáneo de Granada. B.O.E. nº 60. [Consult. 2014-05-14] Disponível em
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España (1984f). ORDEN de 23 de febrero de 1984 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir una plaza del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos
en el Museo y Centro de Investigaciones de Altamira, en Santillana del Mar
(Cantabria), y se nombra funcionario al opositor aprobado. B.O.E. nº 64. [Consult.
2014-05-14] Disponível em <URL:
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España (1984g). RESOLUCIÓN de 5 de Marzo de 1984,del Tribunal de la oposición al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir una plaza de especial
preparación, vacante en el Museo canario de Las Palmas, por la se convoca a los
señores opositores. B.O.E. nº 65. [Consult. 2014-05-14] Disponível em <URL:
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España (1984h). ORDEN de 7 de marzo de 1984 por la que se nombra el Tribunal que ha de
juzgar el concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de
134 Conservadores de Museos para cubrir dos plazas vacantes en el Museo Nacional de
Artes Decorativas y en el Museo Nacional del Pueblo Español de Madrid. B.O.E. nº 66.
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público el nombre del opositor aprobado para cubrir una plaza vacante de
Conservador en el Museo Nacional de Ciencias Naturales. B.O.E. nº 114. [Consult.
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España (1984j). ORDEN de 24 de mayo de 1984 por la que se aprueba el expediente del
concurso de méritos entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de
Museos para cubrir las plazas vacantes de Director en los Museos del Pueblo Español
y subdirector en el Museo Nacional de Artes Decorativas. B.O.E. nº 145. [Consult.
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España (1984k). RESOLUCIÓN de 24 de mayo de 1984 de la Subsecretaría, por la que se hace
público el nombre del opositor aprobado para cubrir una plaza de especial
preparación, vacante en el Museo Arqueológico de Valladolid, perteneciente al
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos B.O.E. nº 151. [Consult. 2014‑05‑14]
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España (1984l). ORDEN de 13 de junio de 1984 por la que se aprueba el expediente de la
oposición para cubrir una plaza en turno libre de Conservador, vacante en el Museo
Nacional de Ciencias Naturales de Madrid, y se nombra funcionario al opositor
aprobado. B.O.E. nº 152. Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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aprueba el expediente del concurso de méritos entre funcionarios de l Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir las plazas de Director en el
Museo del Pueblo Español de Madrid y Subdirector en el Museo Nacional de Artes
Decorativas. B.O.E. nº 153. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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públicos los nombres de los opositores aprobados para cubrir dos plazas vacantes en el
Museo de Jaén y en el Museo de Ciudad Real, pertenecientes al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº161 . [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1984o). RESOLUCIÓN de19 de junio de 1984 de la Subsecretaría, por la que se hace
público el nombre del opositor aprobado para cubrir una plaza vacante en el Museo
Español de Arte Contemporáneo de Madrid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº161 . [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1984p). RESOLUCIÓN de 28 de junio de 1984 del Tribunal de oposiciones al Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante perteneciente
al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos en el Museo Nacional de Arte
Hispano-Musulmán de Granada, por la que se anuncia la fecha en que se efectuará la
presentación de los opositores y el sorteo del orden de actuación. B.O.E. nº 167.
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Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir una plaza vacante en el Museo
Arqueológico de Sevilla, por la que se anuncia la fecha en que se efectuará la
presentación de los opositores y el sorteo del orden de actuación. B.O.E. nº 167.
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público el nombre del opositor aprobado para cubrir una plaza vacante de
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oposición para cubrir una plaza de especial preparación vacante en el Museo
Arqueológico de Valladolid, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de
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oposición para cubrir dos plazas vacantes en los Museos de Jaén y Ciudad Real,
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oposición para cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo del Pueblo
Español de Madrid l, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos
y se nombra funcionario al opositor aprobado. B.O.E. nº 226 . [Consult. 2014‑05‑14]
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la oposición para cubrir una plaza vacante de Conservador en el Museo de Arte
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convocado para cubrir una plaza vacante en el Museo de Arte Contemporáneo de
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entre funcionarios del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos para cubrir
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hace público el nombre del opositor aprobado, junto con la puntuación que ha obtenido
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Administración Pública por la que se nombra funcionaria de carrera del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos a doña Carmen Alfaro Asins. B.O.E.nº 76.
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España (1985j). RESOLUCIÓN de 9 de Abril de 1985, de la Secretaría de Estado para la
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España (1985k). RESOLUCIÓN de 30 de Abril de 1985, de la Dirección General de Servicios,
por la que se hace público el nombre del opositor aprobado en la oposición convocada
para cubrir una plaza vacante de Conservador del museo Hispano Musulmán de
137 Granada, perteneciente al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº
125 . [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1985l). RESOLUCIÓN de 31 de mayo de 1985, de la Subsecretaría, por la que se hace
pública la relación de opositores excluidos y se anuncia la fecha, hora y lugar de
celebración del primer ejercicio de las pruebas selectivas para ingreso en el Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos del Ministerio de Cultura. B.O.E. nº 137.
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convocaba concurso de traslados para cubrir vacantes del Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos.B.O.E. nº 28. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1986e). ORDEN de 20 de febrero de 1986 por la que se nombra a don Francisco
Fariña Busto miembro de la Comisión Evaluadora del concurso de traslados para
cubrir plazas vacantes del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.B.O.E. nº
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España (1986f). RESOLUCIÓN de 3 de marzo de 1986, de la Subsecretaría , por la que se
resuelve el concurso de traslados del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos,
convocado por Orden de 13 de enero de 1986 (“Boletin Oficial del Estado” del
17).B.O.E. nº71 . [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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Administración Pública , por la que se nombra funcionarios de carrera del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos.B.O.E. nº 101 . [Consult. 2014‑05‑14]
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España (1986h). ORDEN de 29 de octubre de 1986, por la que se dispone el cese del
funcionario del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos don Eduardo Ripoll
Perelló, como Director del Museo Arqueológico Nacional.B.O.E. nº 261. [Consult.
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España (1987a). RESOLUCIÓN de 1 de diciembre de 1986, de la Secretaría de Estado para la
Administración Pública, por la que se integra en el Cuerpo Facultativo de
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propia, de doña Estrella de Diego Otero como Subdirectora general-Directora de los
Museos Estatales.B.O.E. nº 52. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1991b). ORDEN de 25 de abril de 1991 por la que se nombra a don Andrés Carretero
Pérez Director de los Museos estatales. B.O.E. nº 115. [Consult. 2014‑05‑14]
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España (1991c). ORDEN de 1 de agosto de 1991 por la que se aprueba el temario que ha de
regir las pruebas selectivas de acceso al Cuerpo de Conservadores de Museos del
Ministerio de Cultura. B.O.E. nº 200. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1991d). CORRECCIÓN de erratas de la Orden de 1 de agosto de 1991 por la que se
aprueba el temario que ha de regir las pruebas selectivas de acceso al Cuerpo de
Conservadores de Museos del Ministerio de Cultura. B.O.E. nº 209. [Consult.
2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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para ingreso en el Cuerpo de Conservadores de Museos en el Ministerio de Cultura.
B.O.E. nº 267. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em <URL:
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España (1992a).ORDEN de 23 de diciembre de 1991 por la que se nombra miembro del
Tribunal que ha de juzgar las pruebas selectivas para ingreso en el Cuerpo de
Conservadores de Museos. B.O.E. nº 7. [Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
<URL:https https://www.boe.es/boe/dias/1992/01/08/pdfs/A00414-00414.pdf>
España (1992b). RESOLUCIÓN de 23 de diciembre de 1991, de la Subsecretaría, por la que se
publican las listas provisionales de opositores excluidos, se aprueba la de admitidos y
se citan a los señores opositores a la primera fase de las pruebas de acceso al cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 7. [Consult. 2014‑05‑14]
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España (1994f).RESOLUCIÓN de 5 de septiembre de 1994, de la Subsecretaría, por la que se
aprueba la lista de aspirantes admitidos y excluidos, se publica la lista de excluidos y
se anuncia la fecha, hora y lugar de celebración del primer ejercicio de las pruebas
selectivas para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos por el
142 turno de plazas afectadas por el artículo 15 de la Ley de Medidas. B.O.E. nº 227.
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del puesto convocado a libre designación por Orden de 19 de septiembre de
1995.B.O.E. nº 14.[Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
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puesto convocado a libre designación por Orden de 15 de noviembre de 1995.B.O.E. nº
27.[Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
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empleo público para 1996. B.O.E. nº 30.[Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
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acceso al Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 103.[Consult.
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por la que se dispone el cese de don Luis Luna Moreno como Director del Museo
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España (1996f).RESOLUCIÓN de 19 de junio de 1996, de la Subsecretaría, por la que se
publica la lista provisional de aspirantes excluidos, se aprueba la de admitidos y se cita
a la realización del primer ejercicio de las pruebas selectivas para ingreso en el
143 Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 169.[Consult. 2014‑05‑14]
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para proveer dos puestos de trabajo por el sistema de libre designación. B.O.E. nº
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Subsecretaría, por la que se publica la lista provisional de aspirantes excluidos, se
aprueba la de admitidos y se cita a la realización del primer ejercicio de las pruebas
selectivas para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
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España (1996i).ORDEN de 12 de septiembre de 1996 por la que se hace pública la
adjudicación de puestos convocados, a libre designación, por Orden de 24 de junio de
1996. B.O.E. nº 257.[Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
<URL:https://www.boe.es/boe/dias/1996/10/24/pdfs/A31922-31922.pdf>
España (1996j).ORDEN de 22 de octubre de 1996 por la que se nombran miembros del
Tribunal calificador y se anuncia el lugar de celebración del primer ejercicio de las
pruebas selectivas para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos.
B.O.E. nº 275.[Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
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España (1996k).ORDEN de 4 de noviembre de 1996 por la que se hace pública la adjudicación
de un puesto convocado, a libre designación, por Orden de 10 de septiembre de 1996.
B.O.E. nº 282.[Consult. 2014‑05‑14] Disponível em
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España (1996l).ORDEN de 21 de noviembre de 1996 por la que se nombra a don Juan Carlos
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por la que se hace pública la adjudicación del puesto de trabajo convocado, por el
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145 España (1998h).RESOLUCIÓN de 17 de febrero de 1998, de la Subsecretaría, por la que se
publica la lista provisional de aspirantes excluidos, se aprueba la de admitidos y se cita
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por la que se dispone el cese de doña María Paz Soler Ferrer como Directora del
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por la que se anuncia convocatoria pública para cubrir puesto de trabajo por el
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se dispone el cese de doña María Paz Soler Ferrer como Directora del Museo Nacional
de Cerámica y de las Artes Suntuarias «González Martí», de Valencia. B.O.E. nº
104.[Consult. 2014‑05‑17] Disponível em
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por la que se hace pública la adjudicación del puesto de trabajo convocado, por el
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por la que se anuncia convocatoria pública para cubrir puesto de trabajo por el
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por la que se hace pública la adjudicación del puesto de trabajo convocado, por el
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hacen públicas las relaciones de aspirantes que han superado la fase de oposición de
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por la que se hace pública la adjudicación del puesto de trabajo convocado, por el
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para ingreso en el Cuerpo de Ayudantes de Archivos, Bibliotecas y Museos. B.O.E. nº
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para la cobertura de dos plazas de Coordinador de Exposiciones Temporales del
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) pertenecientes a su plantilla
laboral, personal fuera de convenio. B.O.E. nº 9.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000c).RESOLUCIÓN de 2 de febrero de 2000, de la Subsecretaría, por la que se
publica la lista provisional de aspirantes excluidos, se aprueba la de admitidos y se cita
a la realización del primer ejercicio de las pruebas selectivas para ingreso en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 42.[Consult. 2014‑05‑19]
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España (2000d).RESOLUCIÓN de 17 de marzo de 2000, de la Subsecretaría, por la que se
aprueban las listas definitivas de aspirantes admitidos y excluidos a las pruebas
selectivas para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
nº 85.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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pública para proveer un puesto de trabajo por el sistema de libre designación. B.O.E.
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España (2000f).RESOLUCIÓN de 14 de junio de 2000, de la Secretaría de Estado de Cultura,
por la que se dispone el cese de doña Marina Chinchilla Gómez como Directora del
Museo Arqueológico Nacional. B.O.E. nº 157.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000g).ORDEN de 28 de junio de 2000 por la que se aprueban las listas definitivas de
aspirantes admitidos y excluidos, se nombra a los miembros del Tribunal calificador y
se anuncia la fecha, hora y lugar de celebración del primer ejercicio de las pruebas
selectivas para la cobertura de dos plazas de Coordinador de Exposiciones Temporales
del Museo Nacional Centro de Arte "Reina Sofía", pertenecientes a su plantilla laboral,
personal fuera de Convenio. B.O.E. nº 191.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000h).RESOLUCIÓN de 11 de julio de 2000, de la Secretaría de Estado de Cultura,
por la que se dispone el cese de doña Pilar Navascués Belloch, como Directora del
Museo Cerralbo. B.O.E. nº 194. [Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000i).RESOLUCIÓN de 3 de agosto de 2000, de la Secretaría de Estado para la
Administración Pública, por la que se nombran funcionarios de carrera del Cuerpo
Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 212[Consult. 2014‑05‑19]
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España (2000j).CORRECCIÓN de erratas de la Resolución de 3 de agosto de 2000, de la
Secretaría de Estado para la Administración Pública, por la que se nombran
funcionarios de carrera del Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E.
nº 216.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000k).ORDEN 432/38403/2000, de 7 de septiembre, por la que se adjudica un puesto
de trabajo de libre designación. B.O.E. nº 223.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
<URL:https://www.boe.es/boe/dias/2000/09/16/pdfs/A31879-31879.pdf>
148 España (2000l).RESOLUCIÓN de 14 de septiembre de 2000, de la Secretaría de Estado de
Cultura, por la que se hace pública la adjudicación de un puesto de trabajo convocado
a libre designación por Resolución de 6 de julio de 2000. B.O.E. nº 234.[Consult.
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España (2000m).de 16 de septiembre de 2000, de la Secretaría de Estado de Cultura, por la que
se efectúa convocatoria para proveer un puesto de trabajo de libre designación. B.O.E.
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España (2000n).ORDEN de 20 de octubre de 2000 por la que se convocan pruebas selectivas
para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº
271.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000o).RESOLUCIÓN de 31 de octubre de 2000, de la Secretaría de Estado de
Cultura, por la que se hace pública la relación de aspirantes que han superado la fase
de oposición de las pruebas selectivas para ingreso en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos, convocadas por Orden de 3 de diciembre de 1999. B.O.E. nº
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España (2000p).RESOLUCIÓN de 13 de noviembre de 2000, de la Secretaría de Estado de
Cultura, por la que se hace pública la adjudicación del puesto de trabajo convocado,
por el sistema de libre designación, por Resolución de 16 de septiembre de 2000.
B.O.E. nº 301.[Consult. 2014‑05‑19] Disponível em
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España (2000q).RESOLUCIÓN de 28 de noviembre de 2000, de la Secretaría de Estado de
Cultura, por la que se hace pública la adjudicación de varios puestos de trabajo
convocados a libre designación por Resolución de 6 de septiembre de 2000. B.O.E. nº
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152 ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos. B.O.E. nº 168.[Consult.
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provisional de excluidos, se aprueba la de admitidos y se cita a la realización del
primer ejercicio de las pruebas selectivas para el ingreso en el Cuerpo Facultativo de
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Cuerpo General Administrativo de la Administración General del Estado y Cuerpo
General Auxiliar de la Administración del Estado, mediante el sistema de concursooposición, en el marco de la reducción de la temporalidad en el empleo público, en el
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de aspirantes que han superado la fase de oposición de las pruebas selectivas para
ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, convocadas por Orden
CUL/1248/2007, de 25 de abril. B.O.E. nº 10.[Consult. 2014‑05‑23] Disponível em
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aspirantes admitidos, se publica la relación de aspirantes excluidos, y se anuncia la
fecha, hora y lugar de celebración del primer ejercicio de la fase de oposición de las
pruebas selectivas para ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos,
por el turno de plazas afectadas por el artículo 15 de la Ley de Medidas. B.O.E. nº
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selectivas para ingreso por el sistema general de acceso libre y acceso por el sistema
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selectivas para ingreso, por el sistema general de acceso libre y acceso por el sistema
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provisional de excluidos, se aprueba la de admitidos y se cita a la realización del
primer ejercicio de las pruebas selectivas para el ingreso por el sistema general de
acceso libre y acceso por el sistema de promoción interna, en el Cuerpo Facultativo de
Conservadores de Museos convocadas por Orden CUL/1151/2008, de 14 de abril.
B.O.E. nº 159.[Consult. 2014‑05‑23] Disponível em
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relación de aspirantes que han superado las pruebas selectivas para ingreso en el
Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, convocadas por Orden
CUL/561/2008, de 13 de febrero.B.O.E. nº 299.[Consult. 2014‑05‑23] Disponível em
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de aspirantes que han superado la fase de oposición de las pruebas selectivas para
ingreso en el Cuerpo Facultativo de Conservadores de Museos, convocadas por Orden
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específico de méritos para la provisión de puestos de trabajo en el Ministerio de
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selectivas para ingreso por el sistema general de acceso libre y acceso por el sistema
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165 Anexo I. 166 Anexo II. 167 168 Anexo III. Anexo IV. 169 170 171 Almería Cáceres Ávila Logroño Badajoz Ourense Ciudad Real Ciudad Real Cuenca Valladolid Gerona (arqueológico) Granada Guadalajara Huesca Arqueológico Nacional (numismática) M.N. Etnología Hispano-­‐musulmán M.N. Prado (pintura flamenca e alemana) (pintura italiana) Santa Cruz de Toledo Ávila Ciudad Real Cáceres Jaén Murcia Ibiza Lérida Lugo Palencia Salamanca Segovia Sevilla Bellas Artes Soria Zamora 172 junto a Museo
de Bellas Artes
de Sevilla
(secção arte
contemporáne
a) 173 174 175 Anexo IV. 176 Anexo V. 177 Anexo VI 178 Anexo VII 179 Anexo VIII Anexo IX Anexo X 180 Anexo XI 181 Anexo XII Museus Nacionais de titularidade estatal. Museus adscritos ao Ministerio de Cultura. Museus adscritos ao Ministerio de Defensa. Museus adscritos ao Ministerio de Vivienda. Museus adscritos ao Ministerio de Ciencia e Innovación. Museo de Aeronáutica y Astronáutica.  Museo Nacional de Arquitectura y Urbanismo.  Museo Nacional de Ciencia y Tecnología. Museo Nacional de Ciencias Naturales.  Número de conservadores 2009 2014 Diferencia 16 15 -­‐1 21 20 -­‐1 1 0 -­‐1 4 3 -­‐1 6 6 = 6 4 -­‐2 21 22 +1 10 5 -­‐5 12 10 -­‐2 6 5 -­‐1 9 7 -­‐2 4 2 -­‐2 3 3 = 5 3 -­‐2 8 8 = 8 0 4 2 -­‐4 +2 1 0 -­‐1 0 0 = 0 3 +3 4 3 -­‐1 Muse
us de titular
idade e gestã
o estata
l ou perte
ncent
es ao sector públic
o estata
l, adscri
tos ao Minist
erio de Cultur
a e a outro
s depar
tamen
tos minist
eriais. Museus adscritos ao Ministerio Museo Nacional del Prado. Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía. Museo Nacional del Teatro. Museo Nacional y Centro de Investigación de Altamira. Museo Nacional de Arte Romano. Museo Nacional de Arqueología Subacuática. Museo Arqueológico Nacional. Museo de América. Museo del Traje, Centro de Investigación del Patrimonio Etnológico. Museo Nacional de Antropología. Museo Nacional de Artes Decorativas. Museo Nacional de Cerámica y de las Artes Suntuarias <González Martí>. Museo Sefardí. Museo Nacional del Romanticismo. Museo Nacional de Escultura. Museo del Ejército. Museo Naval. Museo del Greco. 1 2 +1 182 de Cultura. Museus pertencentes ao sector público estatal com participação do Ministerio de Cultura nos seus órgãos de governo. Total Museus adscritos ao Ministerio de Defensa. Museus adscritos ao Ministerio de Economía y Hacienda. Museus adscritos ao Ministerio de Fomento. Museo Casa de  Cervantes. 0 1 +1 Museo Cerralbo. 3 4 +1 Museo Sorolla. 2 3 +1 0 0 = 1 1 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = 152 136 16 Museo Thyssen-­‐
Bornemisza. Museo Lázaro Galdiano. Museus periféricos Militares do Exercito de Terra. Museus filiais do Museo Naval. Museo Casa de la Moneda. Museo del Ferrocarril de Madrid-­‐Delicias. Museo del Ferrocarril de Vilanova i la Gestrú. Real Jardín Botánico. Museus adscritos ao Ministerio Museo Geominero. de Ciencia e Innovación. 32 instituições (sem os privados) 183 184 185 Anexo XIII. (Varela et Al.: 2012, 29) 186 (Varela et Al.: 2012, 31) (Varela et Al.: 2012, 32) 187 (Varela et Al.: 2012, 34) 188 Anexo XIV. 189 190 191 192 193 194 195 196 197 Ordenado Base
Nível 24 (inicial)
Complemento
de destino
Nível 26 (máximo
nos museus)
1.109,05 €
582,92 €
698,20 €
Ordenado de
um recém
ingressado ao
Nível 27
795,85 €
corpo 2.125 €
Nível 28
832,40 €
brutos
Complemento específico
433,50€
mensais.
Triénio
42,65 €
Tabela elaborada segundo os dados oferecidos por Federación de Servicios Públicos de UGT
de 2014.
Fonte: Asociación Profesional del Cuerpo Facultativo de conservadores de Museos (2011) 198 
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