el truhán y sus apodos - Aleph Ciencias Sociales

Anuncio
EL TRUHÁN Y SUS APODOS
...apode el truhán, juegue de manos
y voltee el histrión, rebuzne el picaro,
imite el canto de los pájaros y los d i versos gestos y acciones de los animales y los hombres el h o m b r e bajo que
se hubiere dado a ello, y no lo quiera
hacer el h o m b r e p r i n c i p a l , a quien
ninguna habilidad déstas le puede dar
crédito, n i n o m b r e honroso.
C E R V A N T E S , E l coloquio de los perros
L o s m a l a b a r i s m o s verbales de l a Crónica burlesca de d o n F r a n cés h a n sido p a r a n g o n a d o s m o d e r n a m e n t e c o n los j u e g o s conceptistas de Q u e v e d o y otros escritores del B a r r o c o . L o s apuntes
q u e siguen r e p r e s e n t a n u n a investigación de las raíces históricas
de estos p a r a l e l o s . U n f r a g m e n t o de l a Elocuencia española en arte,
de J i m é n e z P a t ó n , ofrece u n a excelente vía de acceso a los p r o b l e m a s q u e m e p r o p o n g o e x a m i n a r . M e refiero a las consideraciones en q u e e n t r a al e x p l i c a r , m u y poco después de h a b e r dado
c o m i e n z o a l capítulo sobre el t r o p o metáfora, p o r qué i n t e g r a en
él el e x a m e n de l a catacresis:
1
Hasta ahora todos hacían distinto tropo la catacresis, no debiendo
hacerlo porque llanamente es metáfora, como consta del mismo C i cerón en el libro tercero de su Orador, donde dice que si l a metáfora
fuere dura se dirá catacresis [...] E n castellano parecerá que usaVéase, por ejemplo, lo dicho por D I A N A P A M P en su Introducción a D O N
FRANCÉS DE Z Ú Ñ I G A , Crónica burlesca del emperador Carlos V, Crítica, Barcelona,
1981, p. 54. Las citas ulteriores del texto de don Francés remiten a esta edición.
1
724
M O N I Q U E
NRFH, X X X I V
JOLY
m o s de este t r o p o , y es p o c o m e n o s u s a d o q u e el r e c t o q u e l l a m a m o s m e t á f o r a , p o r q u e l o es, a u n q u e b a s t a r d o . E n este t r o p o están
t o d a s las l o c u c i o n e s q u e d e c i m o s a p o d o s , d e los cuales p o d r á n v e r
e j e m p l o s bastantes e n l a Floresta española y e n l o q u e se refiere de
dichos de t r u h a n e s , c o m o v i e n d o u n o a u n c a r d e n a l pequeñito, " é s t e
— d i j o — n o es c a r d e n a l , sino b u r u j ó n " , l l a m a r a los estribos de las
m u r a l l a s bestiones, y f i n a l m e n t e otros m u c h o s que no corra m u y
a c o m o d a d a m e n t e el símil es catacresis, q u e c o m o he a d v e r t i d o n o
es o t r a cosa sino m e t á f o r a d u r a o b a s t a r d a , q u e p o r eso los l a t i n o s
la llamaron abusión .
2
Es, según v e r e m o s , de g r a n interés l a sugerencia de que e n t r a n todos los apodos en l a categoría de las metáforas " d u r a s "
o " b a s t a r d a s " , que suponen que " n o c o r r a m u y acomodadamente
el s í m i l " . Pero d e j a n d o esto de m o m e n t o a p a r t e , destacaré l a i m p o r t a n c i a de las referencias de c o n j u n t o q u e en seguida se h a c e n ,
a p r o p ó s i t o de los apodos, a l a f a m o s a recopilación de M e l c h o r
de S a n t a C r u z , y también el interés de l a transición que establece
u n a c o n e x i ó n e n t r e los apodos y los ' ' d i c h o s de t r u h a n e s ' ' . C o m o
t a l vez r e c u e r d a el l e c t o r , dos capítulos de l a Floresta se t i t u l a n en
efecto r e s p e c t i v a m e n t e " D e a p o d o s " y " D e t r u h a n e s " ; o t r o capítulo se d e d i c a , p o r o t r a p a r t e , a los apodos " d e algunos pueblos
de España y de otras n a c i o n e s " . N o q u i e r o d e c i r con esto que
las alusiones de J i m é n e z Patón n o se r e f i e r a n más que a estos tres
capítulos; basta, p a r a convencerse de lo c o n t r a r i o , observar que
el chiste c i t a d o p o r él a título de e j e m p l o n o está sacado de n i n g u n o de ellos, sino de " D e c a r d e n a l e s " . Pero i n c l u s o t e n i e n d o e n
c u e n t a algo q u e está m a n i f i e s t a m e n t e conectado c o n el p r o b l e m a
global de los criterios de selección y clasificación seguidos por Santa
C r u z , p u e d e darse p o r seguro q u e al m e n c i o n a r e x p r e s a m e n t e ,
e n f o r m a genérica, los apodos y los dichos de truhanes está pensando
J i m é n e z Patón e n p a r t i c u l a r e n los q u e recogen las secciones así
t i t u l a d a s . Hipótesis q u e , n o o b s t a n t e , n o a c l a r a el p o r q u é de l a
relación q u e n o m e n o s m a n i f i e s t a m e n t e existe a sus ojos entre las
anécdotas y los chistes de estos dos capítulos.
3
4
Si nos fijamos, e n efecto, e n los v e i n t i c i n c o q u e recoge el capítulo " D e a p o d o s " , v e m o s q u e sólo dos de ellos se a t r i b u y e n a
E. CASAS, La retórica en España, E d i t o r a N a c i o n a l , M a d r i d , 1 9 8 0 , p p .
2 5 9 - 2 6 0 . H e modernizado la ortografía de los textos citados en el presente
trabajo.
Floresta, I I , v ( " D e t r u h a n e s " ) ; V I I , I I ( " D e apodos"); I X , v i ( " D e apodos de algunos pueblos de España y de otras naciones"). L a edición que se
cita aquí es la de la Sociedad de Bibliófilos Españoles, M a d r i d , 1 9 5 3 .
Ibid., I , I I , 1 5 ; p. 2 1 .
2
3
4
NRFH, X X X I V
EL
T R U H Á N
Y SUS
APODOS
725
u n truhán (en este caso, el famoso d o n Francés). L o s ocho p r i m e ros se a t r i b u y e n a A l o n s o C a r r i l l o ; seis más son de A l o n s o de A g u i j a r ; c u a t r o , de u n " c a n ó n i g o de l a santa I g l e s i a de T o l e d o que
se l l a m a b a D i e g o L ó p e z de A y a l a " , atribuyéndose p o r fin la p a t e r n i d a d d e l penúltimo d i c h o de esta b r e v e antología a d o n D i e g o
de M e n d o z a , conde de M é l i t o . E n tres de los c u a t r o casos en que
n o se especifica el n o m b r e de apodador , se i n d i c a que éste es " u n
c a b a l l e r o ' ' o " u n caballero de este r e i n o " . Sólo e n u n caso — q u e
c o r r e s p o n d e al caso p e r f e c t a m e n t e c o d i f i c a d o , según v e r e m o s , de
e m p l e o de apodo p a r a mofarse de l a l i b r e a de u n j u s t a d o r — i g n o r a m o s quién es el a u t o r d e l d i c h o satírico . A u n q u e los apodos
de p u e b l o s y naciones n o t i e n e n , según también v e r e m o s , las m i s m a s p a r t i c u l a r i d a d e s que los que están i n s p i r a d o s p o r l a traza de
u n a p e r s o n a o p o r l a f o r m a de u n o b j e t o , el e x a m e n de los once
q u e recoge l a Floresta podría l l e v a r a u n a conclusión s i m i l a r : tres
de ellos se a s i g n a n al y a m e n c i o n a d o A l o n s o C a r r i l l o , en dos casos es l a apodadora l a m i s m a r e i n a I s a b e l , y d o n Francés también
aparece allí c i t a d o dos veces, c o n dichos sobre M e d i n a del C a m po y sobre Segovia. L a razón p o r l a q u e h a b l a J i m é n e z Patón de
los dichos de truhanes, luego de haberse r e f e r i d o a los apodos q u e ,
según acabamos de v e r , c o r r e s p o n d e n en su g r a n m a y o r í a a d i chos de personas d i s t i n g u i d a s e i n c l u s o ilustrísimas, n o puede est r i b a r , p o r lo t a n t o , más q u e en las p a r t i c u l a r i d a d e s de los chistes
así designados.
5
6
L a t e n d e n c i a a i g u a l a r a nobles y a b u f o n e s , p o r p o c o que se
t o q u e el t e m a de los apodos, que se o b s e r v a según acabo de m o s t r a r a n i v e l teórico en el t e x t o de J i m é n e z P a t ó n , también se m a n i f i e s t a e n él a n i v e l m u y práctico de l a versión a l i g e r a d a que éste
nos d a de u n chiste de l a Floresta. C o m o difícilmente será p o r o b r a
de u n a m e r a c o i n c i d e n c i a que el m i s m o chiste y a esté r e l a c i o n a d o
c o n u n i n t e n t o de clasificación retórica de los apodos e n l a Philosophia antigua poética, ofrezco a continuación l a versión m u c h o más
c o n f o r m e a l o r i g i n a l de L ó p e z P i n c i a n o , p a r a q u e se a p r e c i e n las
divergencias:
T o m o esta palabra, que en el Diccionario de Autoridades no está apoyada
con la a u t o r i d a d de ningún autor conocido, de J . H U A R T E D E SAN J U A N , Examen de ingenios para las ciencias, ed. Rodrigo Sanz, I m p r . L a Rafa, M a d r i d , 1930.
t. 2, p p . 202-203.
" S a l i ó en unas justas u n caballero vestido de luto y por la ropa sembrados unos huesos de muertos. A uno que apodó que parecían majaderos,
respondió u n criado del caballero: ' S i lo fueran, vos estuviérades allí'
Floresta, V I I , I I , 25; p. 2 1 .
5
6
726
M O N I Q U E
NRFH,
JOLY
XXXIV
Y del disímil, como lo dijo don Diego de Mendoza de u n C a r denal Legado al Emperador, el cual Cardenal era m u y pequeño y
m u y gordo, y dijo don Diego: " q u e más parecía chichón que card e n a l " . Y deste disímil y del símil, jugando del equívoco, se harán
m i l formas de mover a risa, y, especialmente, en castellano, porque
abunda de más equívocos que otra nación, así como el griego de
metafóricos; en el símil se pueden poner todos los que decimos apodos, los cuales por tomarse de muchas partes, son también innúmeros [ . . . ] .
7
Es cierto q u e p u e d e n subsistir d u d a s acerca de si l a versión
a l i g e r a d a del chiste sólo está d e s t i n a d a a i l u s t r a r , en l a intención
de J i m é n e z P a t ó n , las consideraciones acerca de los " d i c h o s de
t r u h a n e s " , o si se e x t i e n d e l a ilustración a lo que antes q u e d ó d i c h o de los apodos. T o d o depende de c ó m o se i n t e r p r e t e l a c o o r d i n a c i ó n que se establece m e d i a n t e e m p l e o de l a conjunción y, entre
l a sentencia q u e se refiere a los apodos y l a que se refiere a los
d i c h o s de t r u h a n e s , p u d i e n d o leerse ésta c o m o m e r o inciso ( e n
c u y o caso es preciso p o n e r l a e n t r e c o m a s ) . E n l a m e d i d a en q u e
el o r d e n seguido p o r J i m é n e z Patón parece r e p r o d u c i r c o n g r a n
f i d e l i d a d el o r d e n e n q u e se le p r e s e n t a n sus ideas, l a e s t r u c t u r a
de l a oración c o m p l e j a i n c l i n a a d a r p o r más lógica l a segunda
hipótesis. L o que d a a e n t e n d e r esta transición es que existen p u n tos de contacto e n t r e los chistes a t r i b u i d o s en su m a y o r p a r t e a
g r a n d e s señores y los dichos de los b u f o n e s ; y esto, que l a t r a n s i c i ó n d a a e n t e n d e r a n i v e l teórico, está i l u s t r a d o al n i v e l práctico
d e l chiste sobre el c a r d e n a l b u r u j ó n (o c h i c h ó n ) p o r l a omisión
de t o d a localización c o n c r e t a d e l chiste y p o r el o l v i d o r e v e l a d o r
d e l n o m b r e prestigioso de su a u t o r .
8
Si nos t r a s l a d a m o s a h o r a a l a é p o c a a l a q u e r e m i t e n los chistes de l a Floresta, v e r e m o s q u e los p r i m e r o s textos en q u e apodar
significa ' 'usar de u n a c o m p a r a c i ó n festiva a propósito de u n a perE d . A . Carballo Picazo, 2 e d . , C . S . I . C . , M a d r i d , 1973, t . 3, p. 49.
E l comienzo del fragmento, ligeramente incoherente tal como aparece aquí c i tado, ha de leerse a la l u z de lo dicho por Fadrique más arriba: " D e los conjugatos se tomará aquello de O v i d i o " .
L o excepcional no es aquí el cambio de atribución: M . C H E V A L I E R ha
l l a m a d o la atención sobre el hecho de que el chiste atribuido en u n lugar a
u n bufón se pone, en otro, en boca de u n caballero. Véase Cuentecüios tradicionales en la España del Siglo de Oro, Gredos, M a d r i d , 1975, p. 32, n . 38. Y o mism a cito más adelante el caso de u n chiste de d o n Francés atribuido por Espinel
a M a r c o s de Obregón. Pero el proceso que desemboca en estas substituciones
suele escapar a nuestra atención. L o peculiar del texto de Jiménez Patón es
que ofrece j u n t a m e n t e el modelo teórico y su aplicación.
7
8
a
NRFH,
XXXIV
EL
T R U H Á N
727
Y SUS APODOS
sona" confirman que, por lo menos en cierta época, constituyeron los apodos un terreno igualmente cultivado por los nobles y
por los bufones. Aunque la fecha en que se publica la versión española del Cortesano es ligeramente posterior a los años en que fue
redactada, según hoy se sabe, la Crónica de don Francés , ésta no
se examinará aquí más que en segundo lugar. Además de ser en
efecto anterior a la Crónica el texto del original italiano vertido al
castellano por Boscán, es mucha la luz que proyecta sobre costumbres festivas comunes, según parece, dentro de los círculos
aristocráticos de muchos países de la Europa renacentista y cuya
huella se advierte claramente en el texto paródico de don Francés. Las comparaciones de tipo prearcimboldesco, que hoy nos
parecen un rasgo distintivo del bufón de Carlos V , se describen
en efecto en el famoso tratado de Castiglione por boca de Bernardo Bibiena, con palabras que muestran que los demás contertulios están perfectamente familiarizados con ellas:
9
Las comparaciones t a m b i é n y apodaduras hartas veces tienen
gracia y hacen reír, como lo que escribió nuestro Pistoya al Serafín:
T ó r n a m e a enviar el maletón que te parece; porque, si bien os acord á i s , Serafín tenía propio talle de maleta. H a y asimismo algunos
que huelgan de apodar hombres y mujeres, a caballos, a perros, a
aves, a casas, a carros y a semejantes disparates, lo cual algunas
veces parece bien, otras es u n a m u y gran frialdad
[...]10.
Boscán también reconoce allí algo que le es familiar; por eso, en
lugar de limitarse a traducir literalmente comparazioni y comparar,
acude a soluciones que revelan que si el sustantivo apodo no es,
al parecer, de uso corriente todavía hacia 1530, un castellanohablante de la época identifica con facilidad los juegos verbales descritos por Castiglione y se da cuenta de que corresponden a lo
que él designa con empleos o con derivados del verbo apodar .
11
Véase a este propósito la Introducción de D . P A M P , p. 62.
J . BOSCÁN, LOS quatro libros del Cortesano compuestos en italiano por el conde
Balthasar Castellón y agora nuevamente traduzidos en lengua castellana, ed. M . M e néndez y Pelayo, C . S . I . C . , M a d r i d , 1942, p. 187.
C o m o podrá apreciar el lector confrontando el fragmento que se acaba de citar con el texto o r i g i n a l : " M a ridesi ancora spesso delle comparazioni,
come scrisse i l nostro Pistoia a Serafino: ' R i m a n d a i l valigion che t'assirmg l i a ' , che, se ben v i ricordate, Serafino s'assimigliava molto ad u n a valigia.
Sono ancora alcuni che si dilettano d i comparar o m i n i e donne a cavalli, a
cani, ad uccelli e spesso a casse, a scanni, a c a r r i , a candeglieri; i l che talor
ha grazia, talor é f r e d d i s s m o . . . " , B . C A S T I G L I O N E . Opere..., ed. C. Cordié,
M i l l a n - N a p o l i , 1960, p. 169.
9
1 0
1 1
728
M O N I Q U E
JOLY
NRFH, XXXIV
T a m b i é n se observa q u e si los ejemplos de c o m p a r a c i o n e s entre
seres h u m a n o s y a n i m a l e s son e x a c t a m e n t e los m i s m o s e n ambos
textos, se h a r e d u c i d o en l a versión castellana el n ú m e r o de objetos
presentados c o m o posibles términos de c o m p a r a c i ó n ; las reservas
ante los excesos ocasionados p o r l a invención de símiles " q u e n o
c o r r a n m u y a c o m o d a d a m e n t e " , según decía J i m é n e z P a t ó n , son,
pues, más fuertes e n esta versión que en u n o r i g i n a l en q u e sólo
se a d v i e r t e q u e p o r caer estas c o m p a r a c i o n e s b i e n unas veces, y
otras m a l , h a de considerarse al hacerse uso de ellas " e l l u g a r ,
el t i e m p o , las p e r s o n a s " . A f l o r a esta antipatía de Boscán en l a
frase en q u e las apodaduras se c a l i f i c a n de disparates.
L a a c t i t u d de d o n Francés se sitúa, c o m o era de s u p o n e r , en
el o t r o e x t r e m o , de adhesión y n o de rechazo ante las p o s i b i l i d a des abiertas p o r las c o m p a r a c i o n e s más descabelladas. E l m i s m o
d a a e n t e n d e r , c o n empleos ocasionales del v e r b o apodar, q u e t i e ne c o n c i e n c i a de ejercitarse en u n t e r r e n o e n q u e i n d u d a b l e m e n te era u n e x p e r t o , p e r o q u e estaba p o r o t r a p a r t e p e r f e c t a m e n t e
c o d i f i c a d o . L o q u e , a l p a r e c e r , es p r o p i o de él es el uso m a s i v o
de los apodos, a m o d o de c o n t r a p u n t o d e m o l e d o r , e n u n a " c r ó n i c a " que se c o n v i e r t e a veces en u n centón o e n u n a letanía de
c o m p a r a c i o n e s festivas:
12
de Toledo [...] al mariscal Fernán Díaz de Ribadeneira, que parecía zamarro viejo de Blas Caballero, canónigo de Toledo; de A v i l a ,
a don Pedro de A v i l a , que parecía alcotán nuevo o seis maravedís
de trementina colada, y Diego Rodríguez de A v i l a , que parecía rana pisada, o cucarro del alcornoque; de Valladolid el comendador
Santisteban, parlador in magna canútate, parecía mortero de barro
por cocer, y a J u a n Rodríguez de Baeza, que parecía contador y
secretario del adelantado de Canaria (que Dios haya), o acémila de
embajador de Florencia [ . . . ] .
13
P e r o i n c l u s o c u a n d o se vale de este m o d o de los apodos, c o n Véanse tres muestras de uso de apodar en don Francés, a cuyo propósito se observará que, cuando está mencionado el apodo, el verbo no se emplea
seguido de l a preposición a, como en Boscán, n i del adverbio como (caso ilustrado por el p r i m e r ejemplo citado en el Dice. Aut., s.v. Apodar), sino de u n a
construcción c o m p l e m e n t a r i a con parecer que corresponde a la que encontramos en la Floresta: (a) " E s t a doña María fue apodada por el ilustrísimo coronista que parecía muía de los atabales de G u a d a l u p e " ; (b) " E s t o s caballeros
que iban con el conde, de E x t r e m a d u r a , el autor no los osó apodar, porque
fue i n f o r m a d o que daban espaldarazos que quitaban la h a b l a " ; (c) " c o m o don
García de C ó r d o b a , que por servicio deste Emperador salió u n día de San J u a n
vestido de azul, y apodado (sic) por este coronista que parecía palomo cocido
untado con c a r d e n i l l o " , ed. c i t . , respectivamente p p . 115, 123 y 130.
Ibid., p p . 95-96.
1 2
13
NRFH, X X X I V
EL T R U H Á N
729
Y SUS APODOS
virtiéndoles en i n s t r u m e n t o s básicos de su p a r o d i a , p o d e m o s p r e g u n t a r n o s hasta d ó n d e se extiende el m a r g e n de c r e a t i v i d a d del
famoso b u f ó n . V e m o s en efecto que el m i s m o p a p e l de c o n t r a p u n t o d e m o l e d o r que en el c o n t e x t o b u r l e s c a m e n t e solemne de
su crónica asigna éste a los apodos era el que c o r r i e n t e m e n t e se
les a s i g n a b a en el c o n t e x t o r e a l m e n t e solemne de las j u s t a s . Se
c o m p r e n d e que estos m o m e n t o s de excepcional atención a l a p r e sencia física de los j u s t a d o r e s y a sus libreas c r e a r a n condiciones
que también e r a n excepcionales p a r a los q u e , c o m o los buenos
apodadores, estaban acostumbrados a fijarse sintéticamente en las
p a r t i c u l a r i d a d e s físicas y e n l a i n d u m e n t a r i a de quienes t o m a b a n
p o r b l a n c o de su puntería. Está c l a r o , a d e m á s , que el contraste
e n t r e l a s o l e m n i d a d de l a fiesta y l o burlesco de los c o m e n t a r i o s
n o p o d í a ser sino m u y d e l gusto de cortes en que sabemos que
estos efectos de c o n t r a s t e se c u l t i v a r o n , a u n q u e en m o m e n t o s y
en c o n d i c i o n e s r i g u r o s a m e n t e acotados, p a r a s e r v i r de a l i v i o al
peso a g o b i a n t e de l a e t i q u e t a y a l a severidad de las n o r m a s que
regían l a t o t a l i d a d de l a v i d a social. N o insisto en algo que m e
parece h o y c o m ú n m e n t e a d m i t i d o , y t a m p o c o m e parece útil r e p r o d u c i r aquí u n a d o c u m e n t a c i ó n a l a que está d e d i c a d a u n a pág i n a de l a introducción de D i a n e P a m p . Destacaré, e n c a m b i o ,
que en este c o n t e x t o específico a d q u i e r e n los apodos el v a l o r de
a n t i m o t e s caballerescos; es posible q u e el uso t a n ostensible de los
apodos en u n a c r ó n i c a q u e e n r e a l i d a d es u n a a n t i c r ó n i c a esté
d i r e c t a m e n t e i n f l u i d o p o r estos usos a n t e r i o r e s . S o n p o r l o t a n t o
v a r i o s los i n d i c i o s q u e l l e v a n a l a conclusión de q u e l a h u e l l a de
actitudes festivas o lúdicas p r o p i a m e n t e cortesanas es reconocible
a cada paso e n d o n Francés, a u n q u e es c i e r t o q u e su expresión
alcanza e n él u n n i v e l paroxístico o exacerbado q u e n o r m a l m e n t e
p u e d e pensarse q u e n o a l c a n z a b a .
1 4
15
Y a q u e m e i n t e r e s a b a destacar el interés de l a relación que
cabe establecer e n t r e los c o m e n t a r i o s de C a s t i g l i o n e y los apodos
al estilo de d o n Francés, n o he t o m a d o en consideración en lo que
precede l a t o t a l i d a d d e l c a m p o a b a r c a d o p o r los a p o d a d o r e s . Su
a c t i v i d a d e n r e a l i d a d rebasaba el m e r o t r a z o de ingeniosos p a r a lelos entre seres h u m a n o s y a n i m a l e s u objetos; era prácticamente u n i v e r s a l , según d a n a e n t e n d e r unas m u e s t r a s sacadas de l a
Floresta, gracias a las cuales vemos q u e p o d í a n apodarse unas t i najas o u n a cena:
Véanse los ejemplos citados en la p. 45.
Según advirtió María Rosa L i d a y según confirma D . PAMP en su I n troducción, p p . 51-53.
1 4
1 5
730
NRFH, XXXIV
M O N I Q U E JOLY
P a s a n d o l a R e i n a p o r u n l u g a r , v i o e n u n a calle m u c h a s t i n a j a s
vacías, m e d i o trastornadas. Preguntó a A l o n s o C a r r i l l o qué parec í a n . R e s p o n d i ó : " F r a i l e s q u e están e n gloria Patri '.
D o n D i e g o de M e n d o z a , C o n d e de M é l i t o , tenía huéspedes u n a
n o c h e , y fue m u y c o r t a l a cena. R e p r e n d i ó a su M a e s t r e s a l a , d i ciendo: " P o n c e , esta cena era b u e n a p a r a espada, p o r q u e j u n t a presto
l a p u n t a c o n el p o m o " .
- *
1 6
L o s apodos sobre pueblos y naciones m e r e c e n en l a Floresta
u n capítulo a p a r t e , y este t r a t a m i e n t o , c o m o v a m o s a v e r , está
p l e n a m e n t e j u s t i f i c a d o , Sólo algunos de ellos t i e n e n en efecto el
m i s m o carácter chistoso q u e los que están r e p e r t o r i a d o s en " D e
a p o d o s " . Observaré de paso que v a r i o s de los que t i e n e n este carácter son en c i e r t o sentido divisas al revés o a n t i l e m a s , exactam e n t e c o m o h e m o s visto que e r a n a n t i m o t e s caballerescos los
apodos i n s p i r a d o s p o r las libreas de los justadores» H e aquí dos
e j e m p l o s , el segundo de los cuales r e s u l t a el más elocuente de los
q u e se p u e d e n a d u c i r , p o r p r o p o n e r s e en él u n a etimología festiv a d e l n o m b r e de l a c i u d a d a c u y o propósito se c i t a :
D e Sevilla d i j o A l o n s o C a r r i l l o q u e parecía a los t r a b a j o s de A j e d r e z , t a n t o p r i e t o s c o m o b l a n c o s , p o r los m u c h o s esclavos q u e h a y
en aquella c i u d a d .
E n l a v i l l a de S i m a n c a s está esta l e t r a :
P o r l i b r a r s e de p a g a n o s
las siete d o n c e l l a s m a n c a s ,
se c o r t a r o n sendas m a n o s ,
y las t i e n e n los c r i s t i a n o s ,
p o r sus a r m a s , e n S i m a n c a s .
1 7
Q u e d a de este m o d o c o n f i r m a d o que ios apodos e r a n c o n frecuencia a p r o v e c h a d o s con fines p a r ó d i c o s , invirtiéndose c o n su e m pleo los dichos agudos, sentenciosos o m e m o r a b l e s con que
p r o c u r a b a n los i n d i v i d u o s o las ciudades d i s t i n g u i r s e y señalar sus
méritos o sus p r o p i a s excelencias. P e r o otros apodos que
figuran
en el m i s m o capítulo y a n o t i e n e n el m i s m o aspecto festivo y , lej o s de r e p r e s e n t a r u n a especie de l e m a b u r l e s c o , r e p r o d u c e n con
t a n t a fidelidad l a e s t r u c t u r a de los lemas t r a d i c i o n a l e s que p a r e cen destinados a servirles de s u s t i t u t o s . Esto es lo que o c u r r e en
p a r t i c u l a r c o n el p r i m e r o de los dos dichos a t r i b u i d o s , al c o n f i e n -
16
17
Floresta, V I I , n , 3; p. 193 y 24, p. 197.
Ibid., I X , v i , 5; p. 252 y 8, p. 253.
*
-
NRFH, XXXIV
EL T R U H Á N
731
Y SUS APODOS
zo del capítulo, a la reina Isabel. Éste se inicia, en efecto, con dos
dichos de la Reina Católica, ambos sobre Toledo:
De Toledo, decía la Reina doña Isabel, cuando en su presencia
alababan otra ciudad: "Si tan grande, no tan fuerte; si tan fuerte,
no tan grande".
Alabando el ingenio y habilidad que tenían los desta ciudad,
con ser como era de más claro juicio que floreció en su tiempo, decía: "Nunca me hallo necia, sino cuando estoy en Toledo" .
18
El segundo de estos dos dichos ha tenido una fortuna singular
y ha sido citado y recordado hasta la saciedad. En ningún lugar,
en cambio, se recuerda —que yo sepa— que en la Floresta aparece clasificado como apodo. No es difícil dar con la razón de esta
clasificación, puesto que a propósito de varios de los dichos sobre
pueblos o ciudades está claramente señalado que éstos se alaban
o se denigran en comparación con otros. Está esto elocuentemente ilustrado, no sólo por la primera de las dos sentencias de Isabel la
Católica sobre Toledo, presentada como réplica a los que "en su
presencia alababan otra ciudad", sino por un poema de Juan de
Mena sobre Granada, citado por Melchor de Santa Cruz inmediatamente después de los dos dichos de Isabel la Católica:
Granada, quien l a supiese
bien comparar, pues que cabe,
creo que si no se viese,
que decir no se pudiese
quien bien la vido lo sabe.
Si basta comparación,
Santa Fe es el T e n e n ó n ,
y la vega, la Simoya;
la ciudad es como Troya,
y el Alhambra el Ilion [...j .
19
Se observará, por fin, que el último apodo que recoge este capítulo es una de las conocidas y tan repetidas sentencias sobre los méritos y los vicios respectivos de las grandes potencias de la época:
Cuando el Cardenal Saviatis vino a España por legado, hallándose en las bodas del Emperador Carlos Quinto, en Sevilla, estando en buena conversación, dijo que Francia le olía a soberbia; y
18
19
Ibid., I X , v i , 1 y 2; p. 2 5 1 .
Ibíd., I X , v i , 3; p . 2 5 1 .
732
M O N I Q U E
NRFH, XXXIV
JOLY
E s p a ñ a , a m a l i c i a ; y I t a l i a , a sabios; y I n g l a t e r r a , a v a n o s ; y P o r t u gal, a locos .
20
L o que a distancia puede resultarnos desconcertante es q u e el m o delo teórico propuesto p o r Jiménez Patón, perfectamente adecuado
si l i m i t a m o s n u e s t r o e x a m e n a los dichos recogidos en " D e apod o s " , es t o t a l m e n t e i n a d e c u a d o si lo q u e r e m o s e x t e n d e r , sin distinción, a todos los apodos d e l capítulo V I de l a n o v e n a p a r t e .
L a d i f i c u l t a d se resuelve si se a d m i t e q u e c o m o el mote, c o n el que
tiene manifiestas afinidades, tiene el apodo dos vertientes, u n a satírica y o t r a que n o lo es , distinguiéndose el a p o d o que n o es
p u n z a n t e n i m o r d a z p o r el uso de a l g u n a c o m p a r a c i ó n que n o
siempre supone l a presencia explícita de u n símil.
N o se resuelve t a n fácilmente o t r o p r o b l e m a , que es el de saber si el c u l t i v o de los apodos en sus dos v e r t i e n t e s , atestiguado
por l a Floresta p o r l o que se refiere a los r e i n a d o s de Isabel l a C a tólica y C a r l o s V , es algo q u e sufre o n o e v o l u c i ó n e n l a España
de los Felipes. L o que lleva a p l a n t e a r l o es, al o t r o e x t r e m o de
la t r a y e c t o r i a que aquí se examinará, el t r a t a m i e n t o reservado a
los apodos p o r G r a c i á n . E s t a m o s , c o n este t r a t a m i e n t o , m u y lejos del de l a Elocuencia española en arte. L o p r i m e r o que destaca G r a cián es el carácter de " s u t i l e z a s p r o n t a s " de los á p o d o s .
T a m b i é n destaca su parentesco con las " s e m e j a n z a s c o n c e p t u o s a s " , parentesco que en l a p r i m e r a versión de Agudeza y arte de ingenio estaba puesto de relieve, y a que el discurso sobre los apodos
venía en ella a continuación de los dedicados a los conceptos p o r
semejanza y p o r desemejanza, c o n f o r m e al o r d e n que y a e n c o n t r a m o s en l a Philosophia antigua poética de L ó p e z P i n c i a n o . E n t r e
los n u m e r o s o s ejemplos citados p o r G r a c i á n , observamos p o r fin
que f i g u r a u n a p o d o de c i u d a d . Pero f u e r a de este i n d i c i o de
21
22
2 3
Ibid., I X , v i , 1 1 ; p. 253.
M e permito r e m i t i r , por lo que se refiere al mote, a m i trabajo sobre
la b u r l a , La bourle et son interprétation. Espagne, xvi -xvii
siècles, Lille-Toulouse,
1982, p p . 231-236. T a n discreto cortesano como era d o n L u i s Zapata destaca
mediante uso de u n a correlación el parentesco existente entre los motes y las
apodaduras: " L o s gordos se hacen terrero de graciosos y fisgantes, y son de d i chos, de motes y de a p o d a d u r a s " , Memorial Histórico Español, I m p r . Nacional,
M a d r i d , 1859, t . 9, p. 65.
" S o n comúnmente los apodos unas sutilezas prontas, breves relámpagos del ingenio que en u n a palabra encierran m u c h a alma de concepto", Agudeza y arte de ingenio, Discurso X L V I I I , en B . G R A C I Á N , Obras completas, ed. A .
del H o y o , A g u i l a r , M a d r i d , 1967, p. 447.
" D e la gran ciudad de O r m u z se dijo, que 'si el m u n d o es u n anillo,
ella es la piedra p r e c i o s a " ' , Ibid., p. 449.
20
2 1
e
2 2
2 3
e
NRFH,
XXXIV
EL
T R U H Á N
Y SUS
APODOS
733
c i e r t a p e r m a n e n c i a , parece h a b e r notables divergencias entre lo
q u e Gracián entiende p o r apodo y lo que M e l c h o r de Santa C r u z
d e s i g n a b a con l a m i s m a p a l a b r a . Esto se a d v i e r t e , a n i v e l m u y
c o n c r e t o , c o n f r o n t a n d o l a a c t i t u d de Gracián frente a los apodos
de l a Floresta con l a del P i n c i a n o y de J i m é n e z Patón. H e m o s v i s to q u e el chiste c i t a d o p o r ellos p a r a i l u s t r a r los c o m e n t a r i o s más
o m e n o s extensos que d e d i c a n r e s p e c t i v a m e n t e a los apodos n o
pertenece al capítulo t i t u l a d o " D e a p o d o s " de l a Floresta] ambos
preceptistas lo i d e n t i f i c a n sin e m b a r g o c o m o t a l , o b v i a m e n t e p o r q u e e n t r a sin d i f i c u l t a d en l a categoría de las metáforas duras o
bastardas a que p o r o t r a p a r t e se refiere J i m é n e z Patón. N o puede
decirse lo m i s m o del único d i c h o de l a Floresta que figura en l a
l i s t a r e l a t i v a m e n t e copiosa de ejemplos presentados p o r Gracián
en el discurso en que t r a t a " D e l a agudeza e n a p o d o s " . Esta se
i n i c i a e n efecto con u n dicho famoso d e l G r a n Capitán, citado p o r
S a n t a C r u z en De capitanes y soldados:
D e s t a suerte el G r a n C a p i t á n , e m i n e n t e e n este género de d o n o s a p r o n t i t u d , a u n c a b a l l e r o q u e a m a n e c i ó m u y a r m a d o e n su
c a b a l l o , después de u n a t a n s a n g r i e n t a b a t a l l a c u a n g l o r i o s a V i t o r i a , d u d a n d o los c i r c u n s t a n t e s q u i é n e r a , y altercándolo, d i j o : " S a n
T e l m o , señores, S a n T e l m o " .
2 4
N a d a , aquí, r e c u e r d a lo que en l a terminología de Santa C r u z ,
l u m i n o s a todavía p a r a los preceptistas de comienzos d e l siglo
X V I I , se designaba con l a p a l a b r a apodo. Esta censura de lo m i s m o q u e J i m é n e z Patón c o n s i d e r a b a c o m o p r o p i o de los apodos
es p a t e n t e en t o d o el discurso gracianesco , siendo reveladora l a
emisión de t o d a referencia u l t e r i o r a los apodos de l a Floresta, en
u n a u t o r que t a n excelente c o n o c i m i e n t o tiene de l a recopilación
de S a n t a C r u z y que t a n t o gusta de c i t a r l a . T a m p o c o tiene n a d a
25
Ibid., p. 447. Véase Floresta, I I , m , 3; p. 67.
T a l vez hayan de exceptuarse dos dichos de R u f o , explícitamente clasificados por G R A C I Á N en la categoría de los "apodos satíricos": " ( . . . ) a otro
que tenía muchos nombres y renombres [llamó R u f o ] don Ledanía; a u n hablador m u y necio, cascabel de p l o m o " , Agudeza, p. 450. Se observará, sin embargo, que l a sequedad misma de Gracián al presentar estos "apodos satíricos"
es antiefectista y se opone al relieve que tiene su presentación en otros autores,
y que sin d u d a está en armonía con el virtuosismo propio de estos chistes. Es
útil, a este propósito una confrontación entre el "cascabel de p l o m o " de R u fo, que nos presenta Gracián, y u n "cascabel de p l a t a " de don Francés recordado por Luis Zapata: " D . Francés, u n hombre m u y gracioso, vecino de Béjar,
viendo a u n caballero m u y chico, a r m a d o , se llegó a él y le dijo: beso las m a nos m i l veces al cascabel plateado'' (cit. por D . P A M P , op. cit., p. 45).
2 4
2 5
734
M O N I Q U E
JOLY
NRFH, XXXIV
q u e v e r el e m p l e o de apodar q u e hace Gracián e n el m i s m o d i s c u r so c o n el que hacían M e l c h o r de S a n t a C r u z o d o n Francés; el
m e r o hecho de q u e p u e d a d e c i r que l a r e i n a Isabel apodó a l a h e r m o s u r a " c a r t a de r e c o m e n d a c i ó n , y a l a a l m o h a d a , u n a sibila m u d a " , m u e s t r a q u e l a idea de d i c h o satírico se h a e s f u m a d o ,
p a s a n d o a l p r i m e r p l a n o l a a g u d e z a d e l concepto p o r s e m e j a n z a ,
c o m o en u n a é p o c a a n t e r i o r ocurría y a , pero únicamente e n el
caso c o n c r e t o de apodos sobre ciudades y naciones.
2 6
H e señalado más a r r i b a q u e las c o m p a r a c i o n e s q u e he l l a m a d o p r e a r c i m b o l d e s c a s p a r e c e n h a b e r sido e n j u i c i a d a s c o n más r e ticencias p o r Boscán q u e p o r su m o d e l o i t a l i a n o . P o r v a l i o s o q u e
sea este t e s t i m o n i o t e m p r a n o de recelo ante posibles " d i s p a r a t e s " ,
n o creo que se p u e d a c o m p a r a r c o n l a censura r a d i c a l de G r a cián, cuyos apodos se h a n e x p u r g a d o de l a " b a s t a r d í a " q u e e n
u n m o m e n t o les llegó a c a r a c t e r i z a r . U n c a m b i o t a n p r o f u n d o ,
y q u e atañe al s i g n i f i c a d o m i s m o de p a l a b r a s c u y o s i g n i f i c a n t e n o
h a c a m b i a d o , supone algo más q u e u n a reacción p e r s o n a l y p o s i b l e m e n t e esté r e l a c i o n a d o c o n l a pérdida de p r e s t i g i o q u e sufren
u n o s j u e g o s q u e , según h e m o s v i s t o , f u e r o n f e r v o r o s a m e n t e c u l t i v a d o s p o r e m i n e n t e s figuras de los reinados a n t e r i o r e s . N o sign i f i c a esto que los c a p r i c h o s al estilo de A r c i m b o l d o h a y a n d e j a d o
de apreciarse y de s e r v i r de m o d e l o en las fiestas cortesanas. L a s
m e m o r i a s de d o n D i e g o D u q u e de E s t r a d a nos b r i n d a n u n excel e n t e e j e m p l o de l a fascinación q u e siguen e j e r c i e n d o h a c i a
16 1 5 . P e r o p a r e c e n haberse desplazado los t e r r e n o s en q u e p a rece n o r m a l que p u e d a explayarse este gusto p o r lo i r r a c i o n a l . N o
cabe d u d a de q u e e n l a pérdida de p r e s t i g i o de u n a a c t i v i d a d lúd i c a u n t i e m p o floreciente e n t r e los cortesanos i n f l u y e r o n las p o sibles confusiones que c o n m o t i v o d e l uso de los apodos h e m o s
v i s t o q u e se c r e a b a n entre l o q u e p r o p i a m e n t e podía d e c i r u n a r i s tócrata o u n eclesiástico y lo q u e se c o n s i d e r a b a c o m o p r o p i o de
los b u f o n e s .
27
L a s etapas p o r m e d i o de las cuales se l l e g a en los a m b i e n t e s
cortesanos a esta situación de desprestigio de los apodos son difíciles de r a s t r e a r . E l p r i m e r e j e m p l o q u e i l u s t r a e n el Diccionario
de Autoridades el s i g n i f i c a d o d e l v e r b o apodar r e c u e r d a i r r e s i s t i b l e m e n t e los apodos de d o n Francés ( " E l v i r a P o r t o c a r r e r o salió de
Agudeza, p. 449.
" E n t r é yo a dar la embajada y, después de haber descrito las penas y
llantos de O r f e o , formé su cuerpo de u n a p r i m a v e r a , dando atributos a sus
m i e m b r o s de hortaliza y legumbres (•••)", Comentarios del desengaño de si mismo,
ed. H . Ettinghausen, M a d r i d , 1983, p. 196. L a relación con A r c i m b o l d o está
señalada en u n a nota de Ettinghausen.
26
2 7
NRFH,
XXXIV
EL T R U H Á N
735
Y SUS APODOS
blanco, que la apodó Pajaren como escarabajo en leche"). Está
sacado de un libro que está escrito a fines del siglo X V I , aunque,
por motivos que desconozco, quiere su autor que pase por
anterior . ¿Tendría este autor el suficiente dominio de un estilo
ligeramente arcaizante como para que podamos pensar que está
explícitamente parodiando los apodos cortesanos de comienzos de
siglo, o habrá de interpretarse el dicho como mera muestra involuntaria de adhesión a unas modas pretéritas, o como huella esporádica de las mismas?
Otro problema delicado es el de la relación que puede haber
entre el progresivo desuso en que caen los apodos al estilo de don
Francés en los ambientes cortesanos y el auge de su cultivo entre
los estudiantes. El uso de los apodos tales como aparecen definidos por J i m é n e z Patón forma en efecto parte de la batería de recursos chistosos a la que acuden, a comienzos del siglo X V I I , los
estudiantes deseosos de poner en aprieto a cualquier contendiente ocasional y en particular a los novatos. El autor de la segunda
parte apócrifa del Guzmán nos ha dejado un excelente testimonio
de un aspecto de los ritos estudiantiles menos conocido hoy que
el famoso y repugnante "bautizo" descrito por Que vedo .
Cuando el Guzmán de M a r t í llega a Alcalá con la intención de
proseguir allí sus estudios, está vestido, según él mismo declara,
"como un maltrapillo sucio y ahumado". Sus compañeros, asombrados de oírle palabras que no conciertan con este traje, se vengan de la sorpresa que les ha dado covirtiéndole en blanco de sus
apodos:
28
29
e m p e z a r o n a h a c e r m e a p o d o s , y n o e r a m u y difícil e l a c e r t a r algo
en esto, p o r q u e y o estaba t a l q u e t o d o m e c u a d r a b a . P a r e c í a m i n i s t r o de los fuelles de V u l c a n o , el Faetón t o s t a d o , b a r r e d e r o de h o r n o , l a v a d o r de c u b a s , v i n d i m i a d o r de t o d o el a ñ o , d a n z a n t e s i n
cascabeles y t o d o c u a n t o q u e r í a n q u e pareciese p a r e c í a .
30
Doce años después, esta pintoresca sarta de dichos festivamente
N o tengo más información acerca de este texto que l a que trae el catálogo de l a Biblioteca Nacional de París.
Podían los apodos acompañar o preceder al rito b a u t i s m a l , según da
a entender el comentario de u n o de los estudiantes que luego interviene en
el " b a u t i z o " de Pablos: " P o r resucitar está este Lázaro, según h i e d e " . Suárez de Figueroa también se refiere a " c i e r t o gargajeo" luego de haber hablado
de los apodos y contraapodos con que se inicia su experiencia en Alcalá (cf.
injrd).
MATEO LUJAN, Guzmán de Alfarache, 2a, I I , 5, en VALBUENA, La novela
picaresca española. M . A g u i l a r , M a d r i d , 1946, p p . 627-628.
2 8
2 9
3 0
736
M O N I Q U E
NRFH, X X X I V
JOLY
insultantes está r e p r o d u c i d a t e x t u a l m e n t e p o r u n gramático p r e o c u p a d o p o r l a enseñanza d e l castellano e n F r a n c i a . N o carece
este detalle de interés, puesto q u e si A m b r o s i o de Salazar sigue,
al a m e n i z a r sus diálogos escolares c o n m u e s t r a s de altercaciones
r i t u a l e s , el e j e m p l o de autores q u e h a n d e s a r r o l l a d o c o n m u c h o
v i r t u o s i s m o este aspecto de l a didáctica p o s t e r a s m i a n a , parece ser
el p r i m e r o q u e p a r a este fin acude a los apodos e s t u d i a n t i l e s .
T a m b i é n se refiere a esta faceta de las c o s t u m b r e s e s t u d i a n t i les Suárez de F i g u e r o a , a p o r t a n d o de este m o d o u n a c o n f i r m a ción a l o que decía Martí, a u n q u e s i n darnos p o r su parte n i n g u n a
m u e s t r a de los apodos y contraapodos m e n c i o n a d o s a propósito de
su l l e g a d a a Alcalá:
3 1
32
C o n todo, no me pude librar de algunas matracas; mas habíame
en ellas como valiente campeón. D e correrme no había que tratar,
n i de que por ningún caso me faltasen apodos y contraapodos .
33
E l carácter m u y i n c o m p l e t o de m i d o c u m e n t a c i ó n n o m e p e r m i t e a v e n t u r a r más que hipótesis acerca de si este c o m p o r t a m i e n t o
l ú d i c o está a r r a i g a d o de a n t i g u o e n t r e los e s t u d i a n t e s , o si a d o p t a n ellos los apodos c u a n d o su uso c o m i e n z a a d e c l i n a r entre los
cortesanos; p e r o l a observación de o t r o s hechos culturales m e l l e varía a pensar q u e es más a c e r t a d a l a s e g u n d a hipótesis, y q u e
la extensión a los claustros u n i v e r s i t a r i o s de actitudes que antes
f u e r o n p r o p i a m e n t e aristocráticas, pero q u e en los ambientes cortesanos están cayendo e n desuso, f o r m a p a r t e e n cierto sentido
de su decadencia.
I n c l u s o s i g u i e n d o en pie esta incógnita, creo q u e l a doble p r o cedencia de los apodos, cortesana p o r u n l a d o y p o r o t r o escolar,
es de g r a n interés p a r a l a c o m p r e n s i ó n de v a r i o s fenómenos l i t e r a r i o s . H a de citarse entre los p r i m e r o s l a caracterización de J u s t i n a , p r e s e n t a d a desde el c o m i e n z o de l a o b r a e n q u e n a r r a su
" Y es verdad que el trabajo perpetuo es poderoso para vencer n a t u r a les m u y revesados, yo era de los que floreaban los naipes con pandillas, y rape
el diablo lo que hacía a derechas: y con todo eso yo parecía u n ministro de
los fuelles de V u l c a n o , el Faetón, tostado como barredero de horno y rodilla
de lavar loza, v e n d i m i a d o r de todo el año, danzante en mascarada y sin cascab e l e s " , A M B R O S I O DE S A L A Z A R , Espexo general de la gramática en diálogos, R o u e n ,
3 1
1614,
pp. 4 8 9 - 4 9 0 .
Estoy pensando, al decir esto, en las pullas que adornan los Pleasant and
Delightfull Dialogues de J . M i n s h e u , cuya versión castellana encontrará el lector
3 2
en F O U L C H É - D E L B O S C , " D i á l o g o s de a n t a ñ o " , RHi,
3 3
45 (1919).
C R I S T Ó B A L SUÁREZ DE F I G U E R O A , El Pasajero, A l i v i o I I I , ed. F. R o d r í -
guez M a r í n , R e n a c i m i e n t o , M a d r i d , 1 9 1 3 , p . 1 0 2 .
NRFH, X X X I V
EL T R U H Á N
737
Y SUS APODOS
v i d a c o m o " ú n i c a en d a r a p o d o s " . E l detalle sólo se aprecia
p l e n a m e n t e teniendo presente que l a confrontación de J u s t i n a con
e s t u d i a n t e s o m e d i o estudiantes h a m p o n e s es, j u n t o con l a i m p u r e z a de sus orígenes, el rasgo v i t a l más estable de l a p i c a r a , señalándose así c l a r a m e n t e l a d o b l e filiación de u n a o b r a q u e t a n t o ,
o m á s , t i e n e q u e v e r c o n l a tradición festiva escolar q u e c o n l a
picaresca a l e m a n i a n a ; a u n q u e también puede pensarse que l a excelencia de J u s t i n a en el t e r r e n o de los apodos es, e n p a r t e al m e nos, u n a réplica paródica al " m u y b u e n estudiante l a t i n o , retórico
y g r i e g o " engendrado p o r Alemán.
N o e n c o n t r a m o s , e n efecto, alusión a l g u n a al uso de los apodos estudiantiles e n el Guzmán, a pesar de l a p r o l o n g a d a estancia
d e l p r o t a g o n i s t a e n Alcalá. T a l a c t i t u d , q u e c o n t r a s t a c o n l a de
autores c o m o M a r t í , Suárez de F i g u e r o a , L ó p e z de U b e d a y
— s e g ú n v a m o s a v e r — V i c e n t e E s p i n e l , corresponde a u n claro
rechazo p a r a l a caracterización d e l p i c a r o de t o d a l a v e r t i e n t e disparatada d e l a tradición chistosa. G u z m á n n i s i q u i e r a llega a decir
apodos c u a n d o sirve en R o m a de truhán a l c a r d e n a l y , luego, a l
e m b a j a d o r de F r a n c i a . Es más r a d i c a l aún este rechazo q u e el
de C e r v a n t e s , q u i e n a pesar de l a prevención m a n i f i e s t a q u e le
i n s p i r a n las chocarrerías, pullas, fisgas y matracas sella l a c a r a c t e r i z a c i ó n v e r b a l de V i d r i e r a , antes q u e comience el j u e g o de p r e g u n tas y respuestas que luego tiene l u g a r e n las calles de S a l a m a n c a ,
atribuyéndole u n d i c h o que h a de leerse, a m i m o d o de v e r , c o m o
u n a p o d o d e l L i c e n c i a d o a p l i c a d o a su p r o p i a p e r s o n a .
3 4
35
36
" J u s t i n a fue m u j e r de raro ingenio, feliz m e m o r i a , amorosa y risueña, de b u e n cuerpo, pelinegra, nariz aguileña y color moreno. D e conversación suave, única en dar apodos ( . . . ) " . Así comienza el " P r ó l o g o sumario de
ambos los tomos de La picara Justina",
cito de l a edición de A . Rey Hazas,
E d i t o r a Nacional, M a d r i d , 1977, t . 1, p . 8 1 .
3 4
3 5
E n C A S T I L L O S O L Ó R Z A N O , en c a m b i o , u n caballero que quiere que u n
grupo de viajeros le lleve consigo a la C o r t e , y que con esta intención adopta
provisionalmente la máscara de " l o c o g r a c i o s o " , ameniza en seguida la p r i mera cena que t o m a en su compañía diciendo apodos: " C e n a r o n gustosamente
porque en toda l a cena no cesó d o n Pedro de decir donaires y apodos a los
circunstantes, con que los tuvo m u y e n t r e t e n i d o s " , La Garduña de Sevilla y el
anzuelo de las bolsas, Espasa-Calpe, M a d r i d , 1972, p . 164.
" — ¿ Q u é me queréis, muchachos, porfiados como moscas, sucios corno chinches, atrevidos como pulgas? ¿Soy y o , por ventura, el monte Testad l o de R o m a , para que me tiréis tantos tiestos y tejas?", CERVANTES, Novelas
ejemplares, ed. J . B . Avalle-Arce, Castalia, M a d r i d , 1982, t . 2, p. 119. U n ejemplo de d o n FRANCÉS muestra que los bufones podían en efecto tomarse como
blanco de su p r o p i a puntería: " Y luego este coronista don Francés fue a r m a do, y con él el arzobispo de B a r i y otros muchos caballeros (...) (Este don F r a n cés parecía, a r m a d o , hombrecico del reloj de San Martín de Valdeiglesias, y
3 6
738
M O N I Q U E
NRFH, XXXIV
JOLY
Pero v o l v i e n d o a los autores c u y o uso de los apodos n o p u e d e
d a r l u g a r a dudas o a discusiones, en l a m e d i d a en q u e está señal a d o p o r ellos m i s m o s , m e p r o p o n g o e x a m i n a r a h o r a el caso a l t a m e n t e s i g n i f i c a t i v o de u n d i c h o de d o n Francés que c a m b i a , en
p a r t e al m e n o s , de sentido al estar c i t a d o en l a Vida de Marcos de
Obregón. Débese este c a m b i o de sentido n o a u n a alteración d e l
chiste, que está r e p r o d u c i d o t e x t u a l m e n t e , sino al c o n t e x t o en que
aparece c i t a d o y a c u y o propósito se a p l i c a . H a y e n efecto u n m o m e n t o de l a v i d a de M a r c o s e n q u e éste llega, tras largas y cultas
discusiones con u n o i d o r en c u y a compañía viaja, a u n a v e n t a atend i d a p o r u n a v e n t e r a q u e el m o z o de muías les h a p r e s e n t a d o de
a n t e m a n o c o m o " m u y h e r m o s a y a s e a d a " (es preciso señalar que
el n a r r a d o r i n d i c a que esta v e n t e r a e r a c o n o c i d a d e l m o z o de m u las " m á s de lo q u e f u e r a r a z ó n " ) . A l e n t r a r , d e s c u b r e n los dos
v i a j e r o s a l a huéspeda, q u e es en r e a l i d a d " m u y b o q u i f r u n c i d a "
y q u e , p o r e n c i m a de u n v e s t i d o c o l o r a d o o s c u r o , l l e v a " u n a r o pa de l i e n z o b l a n c o l l e n a de p i c a d u r a s " . C o m i e n z a entonces el
siguiente d i á l o g o , e n q u e M a r c o s y su c o m p a ñ e r o se v e n g a n de
la d e c e p c i ó n q u e se h a n l l e v a d o :
p r e g u n t ó m e el m o z o de m u í a s : ' ¿ Q u é le parece a v u e s a m e r c e d ? "
Y o le r e s p o n d í : " P a r é c e m e a s a d u r a c o n r e d a ñ o " . Y d i j o e l o i d o r :
" E s t á v e s t i d a de v i r g e n y m á r t i r " . " B i e n dice v u e s a m e r c e d — d i j e
y o — ; m a s está l a c a s t i d a d p o r de f u e r a y l o mártir p o r de d e n t r o ,
y c o m o h a y m u c h a s m a t a s p o r a q u í , está m u y r o t a l a c a s t i d a d " .
" C a d a uno habla como quien es", dijo la ventera.
V o l v í l a h o j a , p o r q u e l a v i c o r r i d a d e l a p o d o y el m o z o de m u las e n o j a d o [ . . . ] .
4
3 7
E l p r i m e r o de los dos apodos -—puesto que a cada i n t e r l o c u t o r
c u l t o le t o c a d e c i r el s u y o — está sacado de l a Floresta, d o n d e es
u n o de los c o m e n t a r i o s de d o n Francés i n s p i r a d o s p o r las l i b r e a s
de los j u s t a d o r e s :
L a l i b r e a deste j u e g o de cañas e r a de t e r c i o p e l o l e o n a d o , y e n c i m a
tafetán b l a n c o , m u y a c u c h i l l a d o . P r e g u n t ó el E m p e r a d o r a d o n F r a n cés: " ¿ Q u é te parece de a q u e l l a l i b r e a ? " R e s p o n d i ó : " A s a d u r a c o n
redaño" .
3 8
el arzobispo de B a r i , anguila recién sacada del río, o de rocín con desmayos)"
ed. c i t . , p. 83.
Vida del escudero Marcos de Obregón, I I I , 15, ed. M . Soledad Carrasco U r g o i t i , Castalia, M a d r i d , 1972, t . 2, p p . 216-217.
Floresta, I I , v , 4; p. 74.
37
3 8
NRFH, XXXIV
EL T R U H Á N
739
Y SUS APODOS
C o m o he d i c h o , es s i g n i f i c a t i v o el salto que se d a de los a m b i e n tes cortesanos en q u e se i n v e n t a n libreas p a r a los juegos de cañas
al de u n a v e n t a c u y a dueña está c o n m u c h a insistencia p r e s e n t a d a de u n a m a n e r a d e g r a d a d a , d e s e m p e ñ a n d o a su propósito el
contraste de colores y el detalle de las " p i c a d u r a s " o t r o p a p e l que
el " t e r c i o p e l o l e o n a d o " y el "tafetán b l a n c o , m u y a c u c h i l l a d o "
a los q u e h a n s u s t i t u i d o . E l salto, además, se da de u n c o n t e x t o
— e l d e l j u e g o de c a ñ a s — , en que f o r m a b a p a r t e del r i t o festivo
q u e se h i c i e r a n c o m e n t a r i o s chistosos sobre las libreas de los j u gadores, a o t r o , el de l a v e n t a , en q u e también son rituales los
i n t e r c a m b i o s festivos, c o n l a l i g e r a restricción de que lo r i t u a l , al
l l e g a r a u n a v e n t a , era d e c i r y oír pullas, y n o apodos. E n el episod i o del Marcos de 0bregón q u e estoy e x a m i n a n d o , el i n t e r c a m b i o
de pullas tiene l u g a r c u a n d o t e r m i n a el diálogo entre los dos v i a j e r o s y l a v e n t e r a , y se d e j a p a r a dos personajes subalternos (el
m o z o de muías y u n " m u c h a c h o f r a i l e s c o " q u e sirve de gracioso
d u r a n t e el v i a j e , según he m o s t r a d o en o t r o l u g a r ) . V e m o s de
este m o d o q u e , a pesar de l a degradación r e v e l a d o r a d e l c o n t e x t o
e n que se l l e g a n a d e c i r los apodos, éstos se reservan p a r a los p e r sonajes c u l t o s , ingeniosos y q u e c o n s e r v a n el r e c u e r d o de su est a n c i a en Alcalá o S a l a m a n c a .
H e d e j a d o p a r a el final a Q u e v e d o , c u y o n o m b r e es el p r i m e r o q u e suele citarse a propósito de las comparaciones festivas de
d o n Francés. D a d a l a i m p o r t a n c i a q u e tiene e n su caso el m o d e l o
retórico de los apodos, m e pareció q u e aquí n o era útil a c u m u l a r
e j e m p l o s , pero q u e en c a m b i o valía l a pena d a r el l a r g o rodeo que
se h a d a d o en las páginas q u e preceden p a r a m o s t r a r q u e u n r e curso que c o n t a n t a p r o l i j i d a d u t i l i z a en sus obras satírico-festivas
le pertenece p o r ser, c o m o él m i s m o , escolar y cortesano. M e l i mitaré a añadir q u e n o parece f o r t u i t o q u e , según señala el Diccionario de Autoridades, le debamos el neologismo apodadero, empleado
p o r él en el Libro de todas las cosas a propósito de los h o m b r e s de
m u c h a n a r i z , detalle q u e p u e d e s u g e r i r u n a n u e v a interpretación
e i n c i t a r a u n a n u e v a l e c t u r a de u n c o n o c i d o soneto.
D i r é e n fin, p a r a t e r m i n a r , q u e c o m o los recursos q u e p u e d e n
s e r v i r p a r a l a c a r i c a t u r a v e r b a l n o son i n f i n i t o s , se h a h a b l a d o a
veces de d o n Francés y de Q u e v e d o c o m o de lejanos m o d e l o s d e l
V a l l e - I n c l á n de los esperpentos. C r e o q u e frente a este p r o b l e m a
p u e d e n adoptarse dos a c t i t u d e s : l a de q u i e n está más a t e n t o a l a
p e r m a n e n c i a de ciertas actitudes " d e s h u m a n i z a d o r a s " q u e al c o n t e x t o histórico c o n c r e t o en q u e n a c e n , se d e s a r r o l l a n y m u e r e n
3 9
3 9
Véase m i trabajo La bourle et son interprétation..., p p . 464-466.
740
M O N I Q U E
NRFH, XXXIV
JOLY
f o r m a s y expresiones i n c o n f u n d i b l e s de esta deshumanización y
la de los q u e o p t a n p o r l a solución c o n t r a r i a . I n d a g a n d o e n las
raíces q u e el esperpento tiene en l a c a r i c a t u r a d e l siglo X I X , I r i s
Z a v a l a h a i l u s t r a d o excelentemente l a segunda de estas dos a c t i tudes p o r lo que se refiere a V a l l e . C o n d i f e r e n t e m é t o d o , ésta
es también l a línea que aquí he p r o c u r a d o seguir.
4 0
MONIQUE JOLY
Université de L i l l e I I I
E n dos artículos recogidos en El texto en la historia, Nuestra C u l t u r a , M a d r i d , 1981 ( " D e l esperpento" y " N o t a s sobre la caricatura política y el esperp e n t o " , p p . 111-117 y 119-129).
4 0
Descargar