DENOTACIÓN Y CONNOTACIÓN MARÍA ANTONIA ALVAREZ CALLEJA U n i v e r s i d a d N a c i o n a l de E d u c a c i ó n a Distancia, M a d r i d Si l l a m a m o s d e n o t a c i ó n de u n t é r m i n o a su definición objetiva, valedera p a r a todos los h a b l a n t e s , c o n n o t a c i ó n es el conjunto de valores subjetivos uni­ dos a este m i s m o t é r m i n o y variables según los h a b l a n t e s . La c o n n o t a c i ó n es u n o de los aspectos q u e h a de tener m u y en cuenta el traductor, pues a ñ a d e a esa definición objetiva de u n t é r m i n o valores a los q u e de a l g u n a forma p o d e ­ mos definir c o m o c o m p l e m e n t a r i o s , emotivos q u e nutren la significación de­ notativa del t é r m i n o y forman parte integrante de la realidad n o lingüística a la que remite el signo q u e la denota. Todos los textos tienen c o n n o t a c i o n e s , que p a r a N e w m a r k (1988, p. 16) son esas ideas y sentimientos q u e sugieren las p a l a b r a s léxicas, p o r ejemplo «correr» p u e d e sugerir prisa, y «sofá» p u e d e sugerir confort. A u n q u e en los tex­ tos n o literarios las d e n o t a c i o n e s de la p a l a b r a n o r m a l m e n t e vienen antes que sus c o n n o t a c i o n e s , siempre se e n c u e n t r a n ciertos c o m p o n e n t e s que se derivan de las cualidades personales o de la vida privada del escritor, p r i n c i p a l m e n t e en u n texto literario, en el q u e h a y que d a r preferencia a sus c o n n o t a c i o n e s , ya que si tiene c a l i d a d suele h a b e r implícitos algunos c o m e n t a r i o s sobre la socie­ dad, alegorías, metáforas, etcétera. Desde el p u n t o de vista del traductor, las c o n n o t a c i o n e s son las principales distinciones teóricas básicas que existen entre u n texto literario y otro n o litera­ rio: c u a n t o m a y o r c a n t i d a d de recursos de la lengua (polisemia, juego de pala­ bras, efectos de sonido, métrica o ritmo) se usen en u n texto, m á s difícil será su traducción, p e r o t a m b i é n m á s merece la p e n a realizarla. Para Bloomfield (1933, p . 152), las c o n n o t a c i o n e s son los valores s u p l e m e n ­ tarios de las p a l a b r a s , la extensión del significado. H a y tantas variedades de c o n n o t a c i o n e s q u e son i n n u m e r a b l e s e imposibles de definir, n o s i e n d o m u ­ chas veces posible distinguirlas c l a r a m e n t e de la significación denotativa. II ENCUENTROS COMPLUTENSES. M.ª Antonia ALVAREZ CALLEJA. Denotación y connotación En el caso de términos científicos, es p r o b a b l e que m a n t e n g a n las significa­ ciones p u r a s , a u n q u e en ocasiones n o se consigue. Incluso entre los n ú m e r o s tenemos, p o r ejemplo, el n ú m e r o 13, con u n a fuerte c o n n o t a c i ó n p a r a m u c h a s personas: hay u n a gran variedad de valores connotativos —vulgar, familiar, irónico, infantil, del argot— que tienen en c o m ú n a ñ a d i r a la definición objeti­ va del t é r m i n o valores q u e colorean ciertos sentimientos. Si decimos «mi padre», a ñ a d i m o s u n a relación de parentesco; « p a p á » tiene u n a c o n n o t a c i ó n infantil, y «mi viejo» tiene algo más, que es lo q u e v e r d a d e r a m e n t e se designa p o r la noción de c o n n o t a c i ó n . La c o n n o t a c i ó n de un término, c o m o h e m o s dicho, es su c o m p r e n s i ó n sub­ jetiva, m á s a m p l i a q u e la objetiva, y que nos permite conocer ciertos elementos c o m p l e m e n t a r i o s a la denotación, p r i n c i p a l m e n t e de tipo afectivo o emotivo. La denotación indica la c o r r e s p o n d e n c i a entre los dos p l a n o s de la lengua, la expresión y el c o n t e n i d o , y la c o n n o t a c i ó n está formada p o r las cualidades abstractas — m u c h o más difíciles de traducir—. que son el conjunto de condi­ ciones q u e a y u d a n a su definición, los valores que se a ñ a d e n a la significación y que tienen el p o d e r de producir reacciones emocionales extralingüísticas. Las asociacioes que rodean a algunas p a l a b r a s a d q u i e r e n en ocasiones tal fuerza que evitamos su uso; es lo que l l a m a m o s tabús. Según Taber y N i d a (1974, p. 91), el significado negativo que p u e d a tener el tabú n o va dirigido con­ tra el referente, sino contra la p a l a b r a , ya que p o d e m o s u s a r términos cient­ íficos que se refieren a lo m i s m o y son perfectamente aceptables. Pero el prejui­ cio h a c i a esas p a l a b r a s es tan g r a n d e , que a u n q u e todo el m u n d o las conozca, u n a persona bien e d u c a d a se resiste a usarlas, e incluso m u c h o s autores de dic­ cionarios r e h u s a n imprimirlas. N o obstante, t a m b i é n hay tabúes positivos, asociados con sentimientos de m i e d o o respeto: ciertas p a l a b r a s ( n o r m a l m e n t e los n o m b r e s de seres podero­ sos sólo p u e d e n p r o n u n c i a r s e con devoción, c o m o p o r ejemplo «Yavé», «Dios» o «Jesús». H a y otras p a l a b r a s que p r o d u c e n sentimientos m e n o s intensos, pero tienen sin e m b a r g o , fuerza suficiente p a r a que h a y a n de ser sustituidas por eufemis­ mos c o m o «lavabo, cuarto de b a ñ o » y n u m e r o s o s términos coloquiales e infan­ tiles p a r a la p a l a b r a «retrete». Ya se h a expuesto a m p l i a m e n t e en estas Jorna­ das de Traducción este tema, p o r lo q u e n o voy a e x t e n d e r m e m á s ; sólo citar brevemente un ejemplo: todo el complejo conjunto de eufemismos alrededor de «muerte» y «entierro», contienen un fuerte ingrediente de miedo. Los lexem a s están caracterizados p o r la idea de movimiento. H a y variantes de tipo diafásico o estilístico (retórico/no retórico), de tipo diastrático (vulgar/no vul­ gar), (oficial/no oficial), sin que a p a r e z c a n i n g u n a referencia de tipo diatópico o geográfico. El verbo m á s e m p l e a d o es «irse», que puede u n i r matices c o n n o ­ tativos de tipo afectivo, «se nos fue», o «nos dejó», «nos a b a n d o n ó » , «desapare­ ció», «se m a r c h ó (para siempre), (de entre los vivos), (del m u n d o de los vivos)», «ya hizo el (gran) viaje (sin retorno)». Para c o m p r e n d e r la naturaleza del significado connotativo, es i m p o r t a n t e II ENCUENTROS COMPLUTENSES. M.ª Antonia ALVAREZ CALLEJA. Denotación y connotación que el traductor tenga en cuenta tres elementos, según Taber y N i d a (1974, P-92): 1. Asociación con los hablantes. C u a n d o las p a l a b r a s se asocian con u n a clase particular de hablantes, casi inevitablemente adquieren, p o r esta asocia­ ción, un significado connotativo estrechamente relacionado con nuestra acti­ tud hacia esos h a b l a n t e s : las p a l a b r a s que u s a n los niños, o que utilizamos para dirigirnos a ellos, a d q u i e r e n u n a c o n n o t a c i ó n de pertenecer al lenguaje infantil, y ya n o son m u y a p r o p i a d a s p a r a q u e las use el adulto; lo m i s m o ocu­ rre con ciertas p a l a b r a s q u e se asocian a u n a s clases sociales específicas. Por otro lado, las personas cultas utilizan n o r m a l m e n t e u n lenguaje e s t á n d a r (que en algunos casos p u e d e convertirse en pedantería), mientras que las m e n o s cul­ tas tienden a utilizar p a l a b r a s , formas gramaticales y u n a p r o n u n c i a c i ó n infe­ rior al nivel n o r m a l . R e l a c i o n a d a s con las diferencias en los niveles educacionales están las con­ notaciones derivadas del uso técnico: que suelen ofrecer pocas dificultades para el t r a d u c t o r si está familiarizado con ese c a m p o específico, c o m o ocurre por ejemplo, en el caso de los lingüistas, h a b l a n de los fonemas o grafemas de u n a lengua, en vez de sonidos o letras. A d e m á s , la forma en q u e las p e r s o n a s e m p l e a n tales términos se convierte en u n a marca de su h a b i l i d a d técnica, de tal m a n e r a que los tests o p r u e b a s de vocabularios suelen usarse p a r a determi­ n a r el grado de experiencia y competencia. H a y igualmente regionalismos, c o m o el h a b l a de los m o n t a ñ e s e s , y algunas p a l a b r a s a d q u i e r e n c o n n o t a c i o n e s especiales p o r su asociación con los miem­ bros del otro sexo, c o n s i d e r á n d o s e lenguaje femenino o m a s c u l i n o : p o r ejem­ plo, las expresiones relativas al c a m p o semántico de la risa, tienen d e l i m i t a d o su uso: laughter (neutro), to crakle (personas mayores de a m b o s sexos), ta gigg'ie (niños o jovencitas), to roar with laughter (sexo masculino), to titter (sexo femeni­ no): si o í m o s decir: What a darling kittenl. seguro q u e lo h a p r o n u n c i a d o u n a mujer, y la expresión: to sai! out of the room, se refiere a u n a d a m a , con falda lar­ ga y a m p l i a (de ahí la metáfora de la vela del barco), que sale m a j e s t u o s a m e n t e de ¡a habitación. 2. Circunstancias de uso. H a y p a l a b r a s que u s a d a s p o r las m i s m a s perso­ nas, en circunstancias diferentes, a d q u i e r e n c o n n o t a c i o n e s distintas: c u a n d o se usa damn en la iglesia, tienen diferentes c o n n o t a c i o n e s q u e si se usa en un lugar público de reunión, o la p a l a b r a hysterical, si se usa en un contexto médi­ co, she's hysterical. significa sufre un a t a q u e de histeria, pero si se usa en el teatro, quiere decir m u y divertida. Y la palabra fue tiene c o n n o t a c i o n e s m u y diferentes en Thefireman put out thefire y en / p u t out thefire. closed the windows and went to bed. Asimismo, h a y ciertas expresiones q u e se asocian con c a m p o s semáticos particulares, c o m o , p o r ejemplo, las subastas, los mercados, la justicia o las reu­ niones académicas, p o r q u e todos los h a b l a n t e s tienden a a d o p t a r diversos esti­ los de lenguaje, c a d a u n o de ellos con sus c o n n o t a c i o n e s distintivas especiales. Y también el e n t o r n o natural p r o d u c e c o n n o t a c i o n e s en las p a l a b r a s : en la j u n - II ENCUENTROS COMPLUTENSES. M.ª Antonia ALVAREZ CALLEJA. Denotación y connotación gla africana, el azul es el color favorito, y p o r su asociación con el cielo y la luz solar, tiene ciertas c o n n o t a c i o n e s favorables c o m o «vida», « b e n d i c i ó n » , etc.; en el desierto, el color favorito es el verde, y p o r su asociación con la vegetación, el agua, etc., lleva t a m b i é n esas m i s m a s c o n n o t a c i o n e s positivas, q u e lógica­ m e n t e suelen reflejarse en el texto. 3. Marco lingüístico. Las p a l a b r a s que tienden a figurar yuxtapuestas, o que co-ocurren con otras p a l a b r a s , a d q u i e r e n de ellas varias c o n n o t a c i o n e s . Para m u c h a s p e r s o n a s green p r o b a b l e m e n t e sufre p o r su colocación en green with envy, a green worker o green fruit. En estas asociaciones habituales, green, sin d u d a , t o m a algunos elementos desfavorables de significado emotivo. Otro aspecto del m a r c o lingüístico es la d i m e n s i ó n temporal, d o n d e las categorías son: c o n t e m p o r á n e a s frente a históricas (o arcaicas u obsoletas), p o r u n lado, y u l t r a m o d e r n a s (o neologismos), p o r otro. La reacción e m o c i o n a l d e p e n d e r á de c ó m o sean nuestros sentimientos sobre el p a s a d o , el presente y el futuro. T a m b i é n esa d i m e n s i ó n especializada p u e d e calificarse c o m o m a r c o literario, en la q u e frases c o m o Mary's little lamb se asocian inevitablemente con las o b r a s literarias en las q u e aparecen. En u n contexto más restringido, la frase thus said the Lord n o es exactamente equivalente a the Lord says, sino q u e lleva las c o n n o t a c i o n e s del lenguaje de su época y de las e n t o n a c i o n e s eclesiásticas. Y once upon a time ya n o tiene exactamente su significado literal, sino q u e quie­ re decir que lo que viene a c o n t i n u a c i ó n n u n c a ocurrió, sino q u e es u n cuento («érase u n a vez...»). H a y expresiones fijas rituales que n o varían y tienen u n significado restric­ tivo, p u d i e n d o entenderse en su contexto social, p o r ejemplo: How doyou do?, I begyour pardon, Don't mention it. Y t a m b i é n fórmulas establecidas c o m o Can I help you? que suele p r o n u n c i a r l a s el d e p e n d i e n t e , dirigiéndose al cliente en la tienda, y equivaldría en español a «¿Qué desea?». T a m b i é n tiene que tener en c u e n t a el traductor los niveles de uso, ya que en la mayoría de las lenguas, incluso en las m á s primitivas, existen u n o s contras­ tes que d a n lugar a lo que l l a m a m n o s niveles de la lengua. Taber y N i d a (1974, p. 94) los dividen en lenguaje técnico, formal, informal, casual e íntimo. Incluso en las lenguas primitivas e n c o n t r a m o s el lenguaje técnico de los médicos, el len­ guaje formal del presidente dirigiéndose a u n a asamblea, la conversación informal a l r e d e d o r del fuego, la e s p o n t á n e a entre amigos y el lenguaje íntimo del h o g a r y la familia. Las diferencias entre estos niveles son claras en c u a n t o a p r o n u n c i a c i ó n , formas gramaticales y selección del vocabulario. Estos niveles, a su vez, contribuyen a las c o n n o t a c i o n e s , ya q u e resultan de la interacción de los tres factores antes m e n c i o n a d o s : los h a b l a n t e s , las circunstancias y el mar­ co lingüístico. Por ejemplo, n o es lo m i s m o decir father, q u e the oíd man o dad. Entre este tipo de lenguaje, quizá lo que ofrezca mayores dificultades sea la metáfora, N e w m a r k (1988, p. 104) afirma que todas las p a l a b r a s polisémicas y la mayoría de los verbos preposicionales ingleses son metafóricos en potencia. La metáfora suele mostrar u n a semejanza, u n área s e m á n t i c a c o m ú n entre dos cosas similares —la imagen y el objeto— y la dificultad de interpretarla y II ENCUENTROS COMPLUTENSES. M.ª Antonia ALVAREZ CALLEJA. Denotación y connotación traducirla consistirá en decidir el espacio c o m ú n entre a m b a s y después deter­ m i n a r si ese área es positiva o negativa. En c u a l q u i e r caso, hay que tratar d e b u s c a r el sentido que encierran, con­ t r a s t a n d o el significado p r i m a r i o de la p a l a b r a con los contextos lingüístico, situacional y cultural. En principio, a m e n o s q u e sirva la traducción literal, hay que valorar las elecciones que ofrece el sentido o la imagen, o la c o m b i n a c i ó n de a m b o s , d e p e n d i e n d o siempre de los factores contextúales, o al m e n o s de la i m p o r t a n c i a de la metáfora dentro del texto. De ahí la dificultad de la traduc­ ción de este tipo de lenguaje, q u e demuestra la c a p a c i d a d y calidad del b u e n traductor y q u e nos reitera en la convicción de que n o d e b a traducirse m á s q u e a la lengua m a t e r n a . REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Newmark. Peter: A Textbook on Translation, Londres: Prentice Hall. 1988. Bloomfield, L.: Language, Nueva York: Holt. 1933. Taber. Ch. R.. y Nida. E. A.: The Theory and Practice of Translation, Leiden: L. J. Brill. IV/4. II ENCUENTROS COMPLUTENSES. M.ª Antonia ALVAREZ CALLEJA. Denotación y connotación II ENCUENTROS COMPLUTENSES. M.ª Antonia ALVAREZ CALLEJA. Denotación y connotación