Untitled - Biblioteca Virtual de Andalucía

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LECCIONES
DE
MORAL
CRISTIANA.
REDACTADAS
por
D J. Herrera Dávilay D. A.
Ahear.
SEVILLA.
Con licencia. Imprenta <k D. Mariano CAÍIO.
1827.
Esta obra está bajo la protección de las leyes,
para los efectos de propiedad.
Su ediccion lleva la
contraseña conveniente ¡para usar en s» día del
derecho que competa á los editores.
INTRODUCCION.
fc^i es v e r d a d q u e e n t r e l a s v a r i a s
c i e n c i a s q u e p e r f e c c i o n a n la n a t u r a l e z a
d e l h o m b r e , la m o r a l h a sido e n t o d o s
t i e m p o s l a q u e p o r su i m p o r t a n c i a y
t r a s c e n d e n t a l i n f l u j o , h a fijado c o n p r e f e r e n c i a la a t e n c i ó n d e l o s s a b i o s ; n o e s
inenoscierto, que ninguna ha sufrido alt e r a c i o n e s m a s f u n e s t a s , t o d a la v e z q u e
sus preceptores, desconociendo ó separ á n d o s e d e la s e n d a t r a z a d a p o r l a l e y
n a t u r a l , é i l u m i n a d a p o r la r e v e l a c i ó n ,
se h a n a b a n d o n a d o á los estravios d e la
o p i n i o n y del capricho. Mezcla c o n f u s a
de verdades y de errores; ignorancia, ines a c t i t u d ó falsa aplicación d e los p r i n c i pios mas sencillos; dudas , problemas e
i n c e r t i d u m b r e s e n las r e g l a s i n v a r i a b l e s
d e lo justo y d e lo h o n e s t o ; he a q u í
lo q u e ofrecen los s u b l i m e s tratados d e
m o r a l d i c t a d o s p o r l a filosofía, c u a n d o
n o han sido rectificados sus preceptos p o r
el m a g i s t e r i o i n f a l i b l e d e la r e l i g i o n .
Digámoslo de u n a v e z i s d l o e l E v a n gelio d e J e s u c r i s t o podía d a r , y d i o con
efecto, á la ciencia i m p o r t a n t í s i m a d e los
o f i c i o s h u m a n o s la c l a r i d a d , l a c e r t e z a , l a
sanción q u e d e b í a n t e n e r las l e y e s c o n s e r v a d o r a s d e la felicidad i n d i v i d u a l y
c o m ú n d e los h o m b r e s . T a l - 3 3 el altísim a O b j e t o d e la m o r a l : y c o m o á sola l a
religion cristiana ha sido d a d o fijar nuestra verdadera v e n t u r a , no e s e x t r a ñ o q u e
sola s u m o r a l p u r í s i m a e n s e ñ e l o s m e d i o s
d e Conseguirla.
E s t e es el m a n j a r s a l u d a b l e y delic i o s o c o n q u e b r i n d a m o s á la J u v f e n t u d
E s p a ñ o l a , e n l a s Lecciones q u e a h o r a p u b l i c a m o s , a c o m o d a d a s p o r su s e n c i l l e z á
a q u e l l a p r i m e r a e d a d , e n q u e lio p r e v e n i d a l a razón p o r los sofismas d e las p a siones, son mas p r o f u n d a s y d u r a d e r a s
las impresiones d é l a instrucción religiosa.
N o e s t a n s u c i n t a sin e m b a r g o la c o n t e n i d a e n n u e s t r a s Lecciones,
q u e no pued a n los i n d i v i d u o s t o d o s d e la S o c i e d a d
a p r e n d e r en ellas las reglas ciertas d e su
v i d a p r i v a d a y p ú b l i c a , las relaciones
q u e cada u n o d e nosotros tiene con Dios,
consigo m i s m o , y con los demás h o m b r e s , las obligaciones d e la v i d a social
y d o m é s t i c a , y el m o d o d e c u m p l i r l a s .
Si t a l f u e r e e l j u i c i o q u e l o s p a d r e s
d e familia f o r m a r e n d e este tratadito., al
concluir su lectura, quedarán sobradam e n t e r e m u n e r a d a s las t a r e a s d e l o s e d i tores.
LECCIONES
DE
MORAL
CRISTIANA.
LECCION
Moral
I.
cristiana.
.
Pregunta.
¿ v ^ f u e es Moral C r i s t i a n a ?
Respuesta.
L a ciencia que dirige las a c ciones propias del hombre según la Religion
de Jesucristo.
P. i Cuál es el oficio de la M o r a l Cristiana ?
R . ' Mostrar al hombre la conformidad de
sus acciones con la ley , y precaver ó c o r r e g i r el desorden de ellas.
P . i E s c o n f o r m e esta ciencia con los sentimientos y a f e c t o s del h o m b r e ?
R . C o n f o r m e es en todo con lo que le
c o n v i e n e , mas n o siempre con lo que desea.
P . ¿ P o r q u é es conforme en todo con lo
10
LECCIONES DE
q u e le conviene al hombre ?
R . Porque todas sus regías y máximas se
encaminan á hacerle bienaventurado.
P. ¿ Por q u é no es siempre conforme con
lo que desea ?
R . Porque nuestra naturaleza, viciada p o r
el pecado o r i g i n a l , se inclina al q u e b r a n t a miento de la ley.
P.
¿Es contraria esta ciencia á la razón ?
R . N o : antes bien es conforme á los í n timos sentimientos del h o m b r e , inspirados por
la ley n a t u r a l .
P. ¿ Q u é aprendemos por medio de esta
ciencia ?
R . El camino de ser felices e n esta vida
presente, y en la v e n i d e r a .
P . i Q u é hace al hombre feliz en la vida
venidera?
R . L a perpetua poseston de Dios.
P . ¿ Q u é le hace felizen la vida presente?
R . JLo que le hace d i g n o de poseer á D i o s .
P . ? Q u é le hace d i g n o e n esta vida d e
poseer á Dios en la venidera?
R . El cumplimiento de sus obligaciones
según los vínculos que ie unen con D i o s ,
consigo m i s m o , y con los demás hombres.
MORAL
CRISTIANA.
LECCION
1I
II.
Hombre.
P.
¿ C ^ u é es el h o m b r e ?
R . C r i a t u r a racional compuesta de c u e r p o y alma , hecha á imagen y semejanza d e
Dios.
P . ¿ Para q u é crió Dios ai h o m b r e ?
R . Para que le conozca y le ame.
P . i Cómo d e b e conocer el hombre á Dios?
R . C o n u n conocimiento acompañado d e
g r a t i t u d y de a l a b a n z a , por los beneficios sin
n ú m e r o q u e de él recibe.
P.
¿Cómo debe a m a r á D i o s ?
R . Sobre todas las c o s a s , con todo el c o r a r o n , c o n toda el a l m a , y con todas sus
fuerzas.
P. Q u é es el c u e r p o del h o m b r e ?
R . U n a maravillosa m á q u i n a en q u e se
muestra la infinita sabiduría y O m n i p o t e n c i a
del C r i a d o r .
P.
¿ Q u é es el a l m a ?
R . U n espíritu i n m o r t a l , q u e dá vida al
c u e r p o , d o t a d o de entendimiento, para c o n o cer y d i s c u r r i r , y de v o l u n t a d para querer
y elegir libremente.
P . £ Hizo Dios libre al hombre?
10
LECCIONES
DE
R . S i : dejóle e n la mano de su c o n s e j o ,
añadiéndole sus m a n d a m i e n t o s , para q u e m e rezca g u a r d á n d o l o s .
P . ¿ Q u é uso hace ei alma de los sentidos
corporales ?
R . Sírvese d e ellos para percibir y c o nocer los demás cuerpos , y para precaver d e
t o d o riesgo exterior la vida del hombre.
P . ¿ Q u é es el hombre en el m u n d o ¿
R . Señor de las demás criaturas v i s i bles , con c u y o buen uso debe servir al C r i a dor.
P . g C ó m o crió Dios al hombre ?
R.
Inocente.
P.
¿Se conserva en este e s t a d o ?
R . N o : Ib perdió por la inobediencia d e
A d á n , en quien pecamos todos s u s d e s c e n dientes.
P . ¿ S e ha reparado este d a ñ o del hombre?
R . S i : le reparó el hijo de Dios h e c h o
h o m b r e , redimiéndonos con su propia s a n g r e .
P . ¿ Q u e estrago causo el pecado o r i g i n a l
e n el hombre ?
R . Robándole la rectitud d e l c o r a z o n , le
dejó inclinado al amor de las criaturas.
P . ¿ Q u i é n repara este d a ñ o ?
R . L a g r a c i a de Dios por J e s u c r i s t o .
P . ¿ Perdió ei hombre por el pecado el d e seo de ser feliz ?
R . N o i mas sin el auxilio de D i o s n o -
MORAL
CRISTIANA.
1I
acertarla con los medios de su verdadera f e l i cidad , ni llegaría á obtenerla.
P.
¿Está en esta vida la b i e n a v e n t u r a n za del hombre ?
R.
N o ; ni puede hacerle feliz t o d o e l
m u n d o , aun c u a n d o Uegace á poseerle.
P.
¿Porqué?
R . Porque en esta vida no l ega e l c o r a zon á estar tranquilo y exento d e deseos; sin
l o cual no puede ser bienaventurado.
P. ¿ P o r q u é no llega el hombre á estar
t r a n q u i l o en esta vida y sin deseos ?
R . Porque nos hizo Dios para sí, y está i n q u i e t o nuestro corazon hasta quedescanse en é l .
P . i Por q u é siendo felices los animales
irracionales en la vida p r e s e n t e , n o lo es el
hombre mientras vive en este m u n d o ?
R . P o r q u e los irracionales viven por lo
presente y para lo p r e s e n t e ; y el hombre es
c r i a d o para la vida venidera.
P. ¿ E n q u é se diferencia la vida v e n i d e ra de la presente ?
R.
i . E n q u e la venidera n o tiene fin, y
la presente tiene fin. 2. E n q u e l a venidera es
premio de la v i r t u d , y la presente es p r u e ba de la v i r t u d . 3. E n q u e de los bienes de
la vida presente participan b u e n o s y malos,
m a s en los bienes de» la vida venidera solo
tienen parte los buenos.
10
LECCIONES
DE
P . ¿ C a b e a l g u n a felicidad en la vida p r e sente?
R . S í : la g u a r d a de los mandamientos de
Dios, q u e nos hace merecedores de la vida
eterna.
LECCION III.
Vida
Humana
P. ¿
ué es vida h u m a n a ?
R . E l espacio de tiempo q u e concede D i o s
al hombre» en este m u n d o , para q u e merezca
la vida e t e r n a .
P . ¿ Q u é le d á D i o s ai hombre m i e n t r a s
vive ?
R . N ú m e r o de dias , y postestad s ó b r e l a s
cosas q u e están en l a t i e r r a .
P.
¿Con q u é fin ?
R . P a r a q u e alabe su santo n o m b r e , y le
d é gloria por s u s m a r a v i l l a s , y p u b l i q u e la
grandeza d e sus obras.
P.
¿A q u é se r e d u c e n u e s t r a vida ?
R . A vanidad y aflicción.
P.
¿Por q u é es vanidad ?
R . P o r q u e pasa c o m o n a v e q u e corre p o r
el m a r , ó a v e que v u e l a , ó saeta q u e c o r t a
el aire sin d e j a r rastro de su c a m i n o . :
P . ¿ Por q u é es aflicción ?
MORAL
CRISTIANA.
1
I
R.
P o r q u e ni a u n los altos y ricos c a r e c e n de adversidad, y n o hay en ella a l e g r í a
d u r a d e r a y sólida.
. P. ¿ C u á n t o d u r a la vida h u m a n a ?
R . E l n ú m e r o d e los d i a s del h o m b r e ,
c u a n d o m u c h o , son c i e n a ñ o s : los más a n cianos suelen no pasar d e los o c h e n t a : para
los m u y contados q u e viven m a s , n o e s la v i d a sino t r a b a j o y dolor.
P. i Q u e le parece al m u y a n c i a n o su l a r g a vida ?
R . U n vaporcillo q u e se l e v a n t ó sobre l a
tier ra y y l u e g o se disipó.
P . ¿ Sabemos c u á n t o ha d e d u r a r muestra
vida ?
. J .
R . P a r a todos es incierta su d u r a c i ó n .
P . ¿Qué es la mas larga v i d a , respecto de
la eternidad?
R . ' Incomparablemente menos q u e u n a g o t a de a g u a respecto del mar y de todos ios
rios.
P , ¿ Q u é tiempo p u e d e decir el hombre
q u e vive ?
R . U n solo instante.
P.
¿Porque?
R . P o r q u e á c a d a m o m e n t o podemos mor i r , sin poder prometernos la vida e n el s i guiente.
P . ¿ Q u é viene á ser la vida h u m a n a ?
R . U n a c a r r e r a a b i e r t a hacia la muerte,
10
LECCIONES
DE
u n a c o n t i n u a lucha contra las pasiones p r o pias y agenas, u n a arriesgada peregrinación
hacia la eternidad por entre sobresaltos y p e ligros.
P.
¿Es mas d i g n a d e desearse la v i d a
l a r g a q u e l a breve ?
R . C u a l q u i e r a d e las dos es d i g n a d e l
h o m b r e , si la emplea bien.
P. ¿ Cuál es el buen empleo de la v i d a ?
R . La-virtud.
,
P . ¿ C o m o se encaminan bien los p a s o s
d e la v i d a .
R . L a prudencia a n u n c i a los buenos s u cesos de ella, el c o n s e j o los asegura, la s a b i d u r í a los hospeda, la discreción los conserva,
P. ¿ E n q u e debe ocuparse ei hombre
mientras vive ?
R.
E n atesorar buenas obras.
P. ¿Porqué?
?
R . P o r q u e este es el tesoro d u r a b l e , q u e
hace rico al hombre en la eternidad.
P.
¿Tiene la vida bienes y males c o m u nes á todos los hombres ?
R . S í : bienes y males d e l ánimo y del
cuerpo.
P.
¿Son mas apreciables los bienes c o m u nes á todos los hombres, q u e los particulares?
R . S i : a u n q u e nuestra ignorancia ó n u e s tras pasiones hacen que los apreciemos m e n o s .
P. Poned algún ejemplo.
MORALCRISTIANA.1I
R . M a s amable es la salud , c o m ú n á t o das las ciases de la sociedad , q u e la d i v e r sion y el placer y el regalo q u e d i s f r u t a n p o cos. M a s estimable es el hambre con que c o m e el j o r n a l e r o el pan q u e g a n a con su s u d o r , q u e los manjares delicados q u e despide
d e su mesa el rico inapetente.
,;
P . ¿ H a y a l g ú n hombre exento de los m a les c o m u n e s de la vida presente ?
R.
No.
P . i Q u i e n a u m e n t a los males d e la vida?
R . El desorden de nuestras pasiones.
P . Q u é utilidad traen las a m a r g u r a s de
la vida presente.
R . Despegarnos del amor de ella y d e s pertar e n nosotros deseo de la vida b i e n a v e n turada.
P . ¿Cuál es el hombre dichoso e n esta
vida?
R . E l q u e se conserva sin mancilla en la
adversidad y en la prosperidad.
P . ¿ C o m o se llega á la vida inmaculada?
R . P o n i e n d o paz y termino á los deseo®
temporales.
P . ¿Cómo debe vivir el hombre?
R . D e suerte que en cualquier momento
pueda dar razón de su vida, á Dios y á los
hombres.
10
LECCIONES DE
L E C C I O N IV.
Conciencia.
P . i ( ^ u é es conciencia?
R . E i íntimo testimonio del alma q u e
aprueba ó desaprueba nuestros a f e c t o s , d e seos , palabras y obras.
P . ¿ C u á l es la g u i a de la conciencia?
R . L a ley de Dios.
P . ¿ C u á l es la norma d e la conciencia?
R . La virtud.
P . ¿ E s sospechoso el dictamen de la c o n ciencia ?
R . N o , c u a n d o la conciencia es r e c t a ;
p o r q u e entonces no examina nuestra c o n d u c ta á placer de las pasiones, sino c o m p a r a n d o l a c o a la ley.
P . ¿ C a b e error en la c o n c i e n c i a ?
R.
Si.
P.
¿De d o n d e puede nacer el error de la
conciencia?
R . D e la ignorancia de la ley, de c e g u e d a d
<de a l g ú n efecto d e s o r d e n a d o , ó de e q u i v o cación inculpable.
P. ¿Cuando hay culpa en el e r r o r de la
conciencia?
R . C u a n d o proviene de i g n o r a n c i a de lo
MORAL CRISTIANA.
17
f u e debemos s a b e r , ó del desenfreno de a l g u n a pasión que debemos reprimir.
P. ¿ D e q u é errores debemos preservar la
conciencia?
R . De los nocivos á la rectitud-de nues«
iras acciones.
P . ¿ P o r qué?
R . Porque de c u a l q u i e r a de estos errores
se sigue el q u e b r a n t a m i e n t o de la ley.
P. ¿ C o t r i b u y e la conciencia á la d i g n i d a d del hombre?
- R . S i : porque le hace j u e z de la misma
c o n d u c t a s u y a , q u e ha de ser residenciada
por D i o s .
; P . ¿A q u e obliga al hombre la d i g n i d a d
á que le exalta este juicio?
R.
A i m i t a r , respecto de su c o n d u c t a , la
r e c t i t u d del juicio de Dios.
P . ¿ C ó m o imita la conciencia esta rectitud ?
R.
i . Dejándose g u i a r de la ley n a t u r a l ,
q u e n o es c o n t r a r i a á l a verdad , ni complic a d a , ni o b s c u r a , ni necesita de comentarios
pata ser entendida, 2. A r m á n d o s e contra la
ignorancia, y contra las pasiones que d e r r a man tinieblas en' el entendimiento, y debilitan
los buenos afectos del corazon.
P. i C u á l es el e n g a ñ o mas temible de ia
conciencia ?
2
jg
LfcCiciOTTF.S IME
R . E l q u e nos presenta la mentira combr
v e r d a d , y el vicio como v i r t u d .
P» ¿Por q u é ?
R . P o r q u e tienen difícil c u r a los males
$ u e se cometen socolor del bien.
P . ¿Son perniciosas á la sociedad esta
clase de conciencias?
R . S i : porque de ellas han nacido o r d i n a r i a m e n t e las guerras del fanatismo, q u e h a n
t r a s t o r n a d o y aun asolado reinos enteros.
p . ¿Cómo se precave este estrago?
R . P r o m o v i e n d o los padres de familia y
l o s demás superiores la sólida y piadosa i n s t r u c c i ó n de sus hijos y subditos.
P . ¿Por q u é se cree s e g u r a la c o n c i e n c i a
delR . malo?
P o r q u e cree q u e no se d e s c u b r i r á ' s u
desórden.
P . ¿Cómo se cura este engaño?
R . Creyendo que los mas escondidos s e nos d e la conciencia están patentes á los ojos
del Supremo J u e z , y lo han d e estar á la faz
del m u n d o en el ú l t i m o j u i c i o .
P . ¿A quien habla con f r u t o lo c o n c i e n cia '
R . A l que examina sus obras c o m p a r á n dolas con la l e y , y desea proceder en t o d o
c o n rectitud, sin dar oidos á sus pasiones.
P . ¿Por qué?
R . P o r q u e este es j u e z imparcial de s i
MORAL CRISTIANA.
|9
m i s m o , q u e se a v e r g ü e n z a y se a r r e p i e n t e s i
a l g u n a vez o b r a m a l , y p r e c a v e ios e s t r a g o s
del remordimiento.
LECCION
Guarda
del
y.
coraxon.
P , i v ^ u é e n t e n d e m o s por c o r a z o n ?
R . E l o r i g e n y el d e p ó s i t o de n u e s t r o s
afectos y deseos.
P . ¿ Q u e es g u a r d a r el corazon?
R.
P r e s e r v a r n o s d e t o d o a f e c t o y deseo
desordenado.
P.
D e b e m o s g u a r d a r el c o r a z o n ?
R . S i : c o n s u m a d i l i g e n c i a , por q u e sin
esto n a d i e es v i r t u o s o .
P . C ó m o se c o n s i g u e la g u a r d a del c o razon?
R . Precaviendole de todo peligro, y g u a r neciéndole del temor de Dios.
P . Q u é d e b e hacerse p a r a p u r i f i c a r e l
corazon?
R.
L o q u e h a c e el p l a t e r o p a r a a p u r a r la
p l a t a , q u e es q u i t a r l e la e s c o r i a .
P.
¿Cuál es la escoria d e l corazon?
R . T o d o lo q u e n o e s j u s t o y honesto.
P . ¿Es d i f í c i l c o n s e r v a r el c o r a z o n p u r o
l i n la g u a r d a d e los sentidos?
10
LECCIONES DE
R . T a n difícil, como el q u e no a r d a l a
ropa del q u e mete ascua en su seno.
P. ( P u e d e conservarse p u r o el corazon
sin r e f r e n a r los deseos?
R.
No.
P . ( C ó m o se r e f r e n a n los deseos ?
R . Ciñen dolos á los limites de la ley.
P.
? Q u é d a ñ o causa el deseo d e s o r d e nado ?
R . Precipitarnos en obras malas.
P . ¿ C u á l es el f r e n o de los deseos t e r r e nos ?
R . L a viva fe d e la vida f u t u r a .
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e con esta l u z ve el hombre q u e
n o puede ser a q u i b i e n a v e n t u r a d o , a u n c u a n d o llegase á poseer todo ei m u n d o .
P.
¿Cuál es el hombre mas distante d e la
prosperidad temporal ?
R . El q u e t o d o lo desea.
P . ; Por q u é
R . Porque no le contenta lo q u e posee,
y le atormenta lo que no posee.
P. ¿ Cómo se h u m i l l a r á el q u e n o p o n e
término á sus deseos?
R . Comparándose con los q u e viven c o n tentos con menos de lo q u e él t i e n e .
P. ¿Debemos seguir todos los deseos b u e nos?
MORALCRISTIANA.1I
R. Si: mas dando lugar á que los dirija la prudencia.
P, ¿En qué se conoce el corazon sabio?
. R. En la cautela de su custodia, en el
freno de ios sentidos y de los deseos, en la
templanza de los afectos y en la practica de
buenas obras.
P. ¿Hay algún daño especial de que d e bamos guardar el corazon?
R. Si.
P. ¿Cuál es?
R. La dureza, 6 falta de compasion de los
males ágenos.
P. ¿Por qué?
, R. Porque el corazon duro !o pasará mal
en el fin de la vida, y no será oido cuando
implore la Divina misericordia.
LECCION VI.
Virtud,
R. Hay virtud habitual y virtud actual.
P. ¿Qué es virtud habitual?
R. Es una disposición permanenteque nos
prepara y nos inclina á las obras buenas.
P. ¿Qué es virtud actual?
22
LECCIONES t ) t
R . L a c o n f o r m i d a d de las obras h u m a *
ñas con la ley.
P . Estamos obligados á ser virtuosos?
R . S i ; e n cualquier e s t a d o , y en t o d o
tiempo.
P . ¿A q u é es comparable la práctica d e
la virtud?
R . A una senda estrecha cubierta de a b r o jos.
P.
¿Porqué?
R , P o r q u e la v i r t u d ciñe las pasiones á
m u y estrechos limites, y lastima el amor
propio para vencerle.
, P, ¿Es útil la práctica de ia v i r t u d ?
R . Si: porque la costumbre de ella la
hace mas suave y amable.
P . ¿Disminuye la v i r t u d los trabajos d e
la vida presente?
R . S i : porque muchos de ellos nacen del
desorden de nuestras pasiones.
P. ¿Qué es la v i r t u d para los trabajos
inevitables?
R . M a n a n t i a l de merecimientos.
P . ¿Cuál es 1a virtud sólida?
R . La que se f u n d a en h u m i l d a d .
P . ¿Qué es la soberbia para la v i r t u d ?
R . L o que la ponzoña para u n c u e r p o
sano.
P. ¿Puede obstentar el virtuoso sus b u e nas obras?
MORAL
CRISTIANA.
1
I
R . P u e d e , p a r a d a r el e j e m p l o , mas n o
d e j a n d o de ser humilde.
P . i Por q u é ?
R . P o r q u e el virtuoso que pierde la h u m i l d a d , ó es m a i o ó está cerca de serlo.
P . ¿Cuál es el v e r d a d e r o virtuoso?
R . E l que p r o c u r a serlo y n o p a r e c e r l o .
P . D e b e desearse la honra que nace d a
la v i r t u d ?
R . Y procurarse también; mas no por v a n a g l o r i a , sino porque honrar la v i r t u d es
acto de justicia.
P. ¿Merece la v i r t u d el aprecio d e l o s
hombres?
R . N o hay estado ó c o n d k i o n de la. v i da en q u e n o sea d i g n o de estimación el v i r tuoso.
P. ¿Qué debe pensar de sí el virtuoso?
R . Q u e en ei bien que hace, apenas c u m ple, y que le falta mucho para ser p e r f e c t o .
P . ¿Cuál es el f r u t o de la virtud.?
R . La paz interior del ánimo.
P . ¿En q u é muestra el hombre q u e es v i r t u oRs.o ' E n ser justo para todos, y severo para
si.
P Cuales son las v i r t u d e s q u e afianzan
las buenas costumbres?
R . Exacta probi bad, y compasiva benignidad.
10 LECCIONES DE
P.
¿Porqué?
R . P o r q u e la probidad nos aparta d e t o d o
lo m a l o : y la benignidad compasiva nos e s t i mula al efectivo socorro y consuelo de n u e s tros prógimos.
P. f Q u é seria uua sociedad de virtuosos?
R . U n remedo de la b i e n a v e n t u r a n z a
e t e r n a , c u a n t o cabe entre miserables.
L E C C I O N VJI.
Hipocresía,
P. j
u é es hipocresía?
R . F i n g i m i e n t o de v i r t u d .
P . ¿De d ó n d e nace la hipocresía?
R . D e corazon doblado y falaz.
P . ¿De q u é es usurpador el hipócrita?
R . D e la estimación que desmerece.
P . ¿Disminuye su maldad el hipócrita?
R . N o : antes la agrava con h doblez.
P. ¿Está tranquila la conciencia del h i p ó crita?
R . N o : antes bien es destrozada con
crueles remordimientos.
P ¿ Q u é daño causa el hipócrita al v i r tuoso?
R . Exponer su v i r t u d á indebidas s o s pechas.
MORAL
CRISTIANA.
1
I
- P . i J u z g a prudentemente el q u e tiene por
hipócritas á los virtuosos?
R . N o : porque de nadie puede s o s p e c h a r se malsín fundamento.
P . ¿ E s d u r a b l e el disimulo del hipócrita?
R . N o : porque la doblez no puede c u brir el desorden de todas las obras h u m a n a s .
LECCION. VIH.
Virtudes
Teológicas.
P . ¿ C u á l e s son las virtudes teológicas?
R . La fé , la esperanza y la c a r i d a d .
P . ¿ Por q u é se llaman teológicas ?
R . Porque inmediatamente se encaminan á
D i o s : la fé creyendo en é l , la esperanza esper a n d o en é l , y la caridad amandole.
P.
¿Influyen estas virtudes en la rectitud
d e nuestra vida ?
R . S i : y t a n t o , q u e son el cimiento d e
la moral cristiana.
P. ¿ C u á l de estas tres Virtúdeses mas necesaria para la salvación ?
R . T o d a s tres lo son igualmente : p o r q u e
cualquiera de ellas que falte al hombre , c a e
todo el edificio de su santificación.
P. i Cuál de ellas es mas escelente ?
R . L a caridad: porque sin t i l a ni la fé* n í
L P C r i O N F S T>E
U esperanza , ni otra v i r t u d n i n g u n a tlehett
v i d a , ni son f r u c t u o s a s para la vida eterna. T
. P. ¿ C u á l de estas tres virtudes es m a s
duradera ?
R . La caridad : porque fenecidas la fé%
y la esperanza, permanece la c a r i d a d e t e r n a *
mente.
L E C C I O N IX.
Fe.
R . C u m p l i d o y firme asenso del á n i m o I
las verdades reveladas por Dios.
P . ¿ S o n superiores á la razón Jas v e r d a des reveladas por D i o s ?
R . S i : mas no contrarias á e l l a , ni á l o
q u e percibimos por los sentidos.
P. ¿ Q u e debe hacer el hombre á la p r e sencia de las verdades r e v e l a d a s ?
R . H u m i l l a r su razón , a d o r a r á D i o s , y
darle g r a c i a s porque se ha d i g n a d o r e v e l a r nos misterios dignos de su infinita s a b i d u r í a .
P . ¿ Q u é lograría el q u e intentase s o n dear las v e r d a d e s reveladas por Dios ?
R . Ser o p r i m i d o por la magestad de su
gloria , y c o n f u n d i d o .
P» ¿ A q u é es comparable el que con, su
M Ó R A I CRTSTTA^A.
2?
énténcfí miento. limitado quisiere comprender
todo lo que hay e n el Espíritu de D i o s ?
R . E s imcomparablemente m a y o r s u t e m e r i d a d , q u e la del q ue aspirase á meter toda el
a g u a del mar en la concha de u n a ostra.
P.
¿De dónde nace la incredulidad ?
R . D e soberbia.
P . ¿ Los q u e pretenden sondeár todos los
arcanos de i a f é , penetran todas las verdades
naturales ?
R . N o : y sin e m b a r g o no las n i e g a n . N o
sabe el i n c r é d u l o , por ejemplo , como crece
el oro en la mina y el t r i g o en el campo;
y apesar de esta i g n o r a n c i a , no osa negar el
crecimiento del oró y del trigo.
P . ¿ Es g r a n mal la i n c r e d u l i d a d ?
R . S í : porque sin la fé nadie se salva.
P . ¿ D e qué debe huir el verdadero fiel?
R . D e la nimia credulidad y de la superstición.
P . ¿ Q u é es nimia credulidad ?
R . Creer como verdades de fe las que no
l o son , ó las opiniones de los hombres.
P . i Es maio contribuir á la agena c r e d u lidad ?
R . Sobre ser este un sacrilego abuso d e
la sinceridad de los fieles, es hacer á D i o s
unaP . atroz
a.
¿ Q ui né j uesr isuperstición
?
R.
Mezcla de practicas malas ó superfiuas
10
LECCIONES
DE
•en el ejercicio de las virtudes ó en los r i t o s
de la Religion.
P . ¿ Q u é es la superstición para la R e l i gion ?
R . L o q u e el cieno para el a g u a c r i s t a l i na , ó la ponzoña para una bebida saludable.
P . ¿Cuál es la vida de la f é ?
R . La c a r i d a d .
P . ¿ Q u é es la fé sin obras ?
R . U n cadaver sin alma.
P . ¿ Es mala la fé sin o b r a s ?
R . N o : pero es inútil para l a vida e t e r n a .
LECCION
X.
Esperanza.
P. ¿
es esperanza ?
R . V i r t u d que nos alienta á esperar en
D i o s , y á prometernos de su bondad q u e nos
hará bienaventurados en la vida f u t u r a .
P. ¿ Q u é efectos p r o d u c e en nosotros la
esperanza?
R . U n e la tierra con el cielo, enlaza n u e s tra f r a g i l i d a d con la gloria de Dios , nos e s fuerza para la vittud , nos a b r o q u e l a c o n t r a
la t e n t a c i ó n , nos facilita la victoria contra el
t e n t a d o r , y nos precave del desaliento en q u e
MOT? AL
CRISTIANA.
29
pudiera sumirnos el grandioso espectáculo d e
la perfección cristiana.
P.
¿ E s t a m o s obligadosá esperar en Dios?
R . Sí : porque sin esperanza f u e r a i n f r u c tuosa la o r a c i o n , y la practica de las d e m á s
virtudes.
P. ¿ Q u i é n q u e b r a n t a este precepto?
R.
E l que desconfia de D i o s , y el q u e
presume de si m i s m o , ó confia t e m e r a r i a m e n te en Dios.
P. ¿ C u á l es el tiempo de la esperanza
cristiana?
R . Toda la vida del h o m b r e : n u n c a e$
tarde para el que espera e n Dios; mas á g r a n
riesgo se expone el que t a r d e .
P . ¿ Cuál es la vida de la esperanza?
R . La c a r i d a d .
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e el q u e espera en Dios y no le
a m a , es semejante al q u e pide mercedes al
q u e abofetea.
LECCION
XI.
Presunción.
P . ¿ V c ^ u é es presunción ?
R . Confianza temeraria del hombre e n
m i s m o , ó en la misericordia de Dios.
sí
10
LECCIONES DE
P . i C u á l es el f r u t o de la confianza d e l
h o m b r e en sí mismo ?
R . Eí no temer los riesgos de la v i r t u d ,
hasta el extremo de arrojarse á e i l o s , q n o
^vitarlos.
P.
¿ C u á l es la raíz de esta temeraria c o n fianza?
R.
L a soberbia.
P . ¿ C u á l es su efecto ?
R . La c a i d a : porque el que ama el p e l i g r o , perece en él.
P. ¿ Cuál es el f r u t o d é l a confianza t e m e raria en la misericordia de Dios?
R . L a prolongación de las costumbres v i ciosas, y la dilación de la penitencia.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e retrae al malo de la e n m i e n d a , b o r r a n d o de su ánimo el s a l u d a b l e t e m o r del d i v i n o j u i c i o .
P. i Cómo se c u r a la confianza del h o m bre en sí mismo?
R . Con el convencimiento humilde de l a
propia flaqueza y miseria,
P. ¿ Cómo se c u r a la presuntuosa confianza en Dios ?
R . C o n s i d e r a n d o : t . Q u e puede usar D i o s
con nosotros de su infinita j u s t i c i a : 2. Q u e
ofende á Dios la esperanza q u e no va a c o m pañada d é l a p e n i t e n c i a : 3. Q u e no está e n
MOR At. CRISTIANA.
31
n u e s t r a m a ñ o , sino e n ia d e D i o s , el a í a r g a i
Ja v i d a u n solo m o m e n t o .
L E C C I O N XII.
Ocasión.
P . ¿ v ^ / u é nos inspira la desconfianza de
nosotros mismos?
R . L a f u g a de las o c a s i o n e s .
P . ¿ Q u é es ocasion ?
R.
Cualquiera circunstancia exterior p e ligrosa q u e p u e d e i n d u c i r n o s á lo malo.
P . ¿ P o r q u é debemos h u i r d e las o c a s i o nes?
R . P o r q u e este es el m a s s e g u r o m e d i o
p a r a n o p e l i g r a r en ellas.
P . ¿ A q u é se e x p o n e el q u e n o se a p a r ta d e las ocasiones ?
R . A lo q u e la a v e c i l l a q u e se m e t e e n
el lazo.
P.
Por q u é ?
R.
Porque en t a n t o somos b u e n o s , en
c u a n t o n o tenemos ocasion de ser malos.
P.
¿ C ó m o debemos proceder e n el t r a t o
h u m a n o , y e n o t r a s ocasiones peligrosas d e
que no podemos h u i r i
R . V i v i e n d o siempre a r m a d o s del t e m o r
10
LECCIONES
DE
de Dios, de la oracion, y de la vigilancia cris-»
tiana
L E C C I O N XIII.
Desesperación.
P. ¿
ué es desesperación?
R . Desconfianza de la divina m i s e r i c o r dia.
P . ¿ A quién injuria la desesperación?
- R . Á la infinita bondad de Dios y á su
omnipotencia.
. P . ¿ Por qué?
R . Porque supone á Dios falto de p o d e r
para perdonar , ó de voluntad de p e r d o n a r .
P . ¿ Q u é estragos causa la desesperación *
R . Arrojarse el h o m b r e a toda suerte d e
crímenes.
P, ¿Porqué?
R . P o r q u e el q u e desconfía de ser p e r d o n a d o por D i o s , consiente en ser d e s v e n t u r a d o para siempre: y esta persuasion le incita
á q u e dé aqui soltura á sus pasiones.
P . ¿ E s nociva la desesperacióná la s o c i e dad?
R . U n a sociedad de desesperados, seria
u n a selva de fieras.
MORAL
CRISTIANA.
17
.
P.* ¿ C u á l e s e l r e m e d i o d e h desesperación?
R . La viva f é de la infinita misericordia
de D i o s , y la esperanza en J e s u c r i s t o .
P . ¿ Por qué ?
R . P o r q u e ia obra mas señalada de la
D i v i n a misericordia para con los hombres , es
habérsenos d a d o Jesucristo por a b o g a d o y
{nedianero*
LECCION
XIV.
Caridad.
P . ¿ ( ^ u é es caridad ?
R . El amor de Dios y del prógimo.
P . ¿Debemos a m a r á Dios ?
R . S i : de todo c o r a z o n , con toda el a l ma , y con todas las fuerzas.
P. f Q u e q u i e r e decir e s t o ?
R . Q u e todo c u a n t o hay en nosotros,
dc-b" mostrar que amamos á D i o s sobre t o das las cosas.
P. i E n q n é muestra el hombre el amor
de Dios ?
R. En la g u a r d a de sus preceptos.
P. ¿ P o r q u é debemos amar á Dios sobretedas las cosas?
R . P o r q u e merece este a m o r , y porque",
él nos amó p r i m e r o .
3
34
LECCTOKES DE
P . a E n q u é consiste la excelencia de la c a ridad sobre las virtudes ?
R . E n q u e es raiz y vida de todas ellas,
y n i n g u n a de ellas es f r u c t u o s a y meritoria
sin la c a r i d a d .
P . ¿ Q u é efectos produce en el alma la
caridad ?
R . La inspira vida sobrenatural, y a c t i v i dad para la práctica de las virtudes.
P.
¿ E n q u é se conoce el que tiene c a ridad ?
R . E n q u e es paciente , b e n i g n o , p r u d e n t e , humilde , amador de la v e r d a d , y a b o r r e cedor de la i n i q u i d a d .
P . ¿ C u á l e s son los frutos del amor de
Dios
R . ? La adoracion y la perpetua g r a t i t u d .
P . ¿Cómo debemos adorar á Dios ?
R . C o n el corazon p u r o , en espíritu y v e r dad.
P . ¿ Q u é culto debemos á Dios ?
R . El que nos enseña la santa religion.
P . ¿ C o n q u é disposición debemos dar á
D i o s este culto ?
R . C o n corazon contrito y humillado.
P . ¿ Por q u é debemos á Dios perpetua
gratitud ?
R . Porque recibimos d e él c o n t i n u o s é
imponderables beneficios.
MORAL
CRISTIANA.
1
I
P . j E n q u é mostramos á Dios n u e s t r a
gratitud ?
R . Reconociéndonos deudores d e s ú s d o nes , y usando de elios según los fines de s u
infinita beneficencia.
P. ¿ Son temibles á la sociedad los que son
ingratos á Dios
R. S i : porque quien desconoce los dones
de Dios hasta el extremo de serle i n g r a t o ,
m a s fácilmente desconocerá ios beneficios de
los hombres.
LECCION
XV.
Temor de Dios.
P.
X d ué es temor de Dios ?
R . U n afecto reverencial hacia Dios c o mo justicia eterna por la consideración de sus
juicios.
P . i Debémos temer á D i o s ?
R . S i : porque tenemos p e c a d o s , y son
inescrutables sus juicios.
P. ¿ Q u é quiere decir q u e es Dios j u s t i cia eterna ?
R. Q u e es la misma rectitud inmutable é
invariableP . ¿ Q u é q u i e r e decir que son i n e s c r u t a bles sus juicios ?
36
LECCIONES
DE
R . Q u e no podemos sondear lo que s o mos en su acatamiento , si dignos de odio 6
de amor.
P. i Q u é efectos produce este t e m o r ?
R . N o s arredra del pecado , y nos p r e para para ser virtuosos, abriéndonos la p u e r ta del amor.
P . ¿ Q u é afectos , despierta en el ánimo ?
R . Deseo de inquirir la voluntad de Dios
y de c u m p l i r l a : fidelidad á su l e y ; y amor á
l a penitencia.
P. ¿ P u é d e tenerse nadie por libre d e t e mer á Dios?
R . N o : porque Dios no es aceptador
de p e r s o n a s ; y para dar premio ó castigo en
s u j u i c i o , solo atiende al mérito ó d e m é r i t o .
LECCION
Amor de sí
XVI.
mismo.
•p. ¿ D e b e el hombre amarse á sí m i s mo?
R . S i : porque su amor es medida y m o delo del amor del prógimo.
P . ¿ E n q u é debe el hombre f u n d a r e l
a m o r de sí mismo ?
R . E n el amor de D i o s , amandose por é l
y e n orden á él.
MORAL
CRISTIANA.
1
I
P.
g C i b e en el hombre amor d e s o r d e n a d o
de sí mismo }
R . Si : y ese es el q u e llamamos amoc
propio.
P. ¿ E n q u é c o n s i s t e d desorden del amoc
de sí mismo ?
R.
E n que el hombre , a m a n d o s e m a s q u e
á D i o s , lo pospone todo á su privado i n t e r é s , y á la satisfacción y cumplimiento de s u s
deseos.
P,
¿Es g r a n desorden el del amor propio?
R . E l mayor de todos los del hombre , y
raíz de todos sus vicios
P. ; Por q u é ?
R . P o r q u e hace q u e obre el h o m b r e , n o
por amor de la virtud , sino por cálculo d e
lo q u e conviene á s u interés temporal.
P . ¿ Q u é malescausa ei amor propio ?
R . Es f u e n t e inagotable de todos los m a les morales privados y públicos.
P . ¿ Por q u é ?
R.
Porque es injusto para con ei p r ó g i m o , e n siendo contrarios los intereses a g e nos á los suyos,
P. ¿ Cómo se precave el estrago del a m o r
propio ?
R . N o y e n d o el hombre en pos de sus
deseos, y apartandose de su propia v o l u n t a d .
10
LECCIONES
DE
LECCION XVII.
Conocimiento
de sí
mismo.
P. g P a r a vencer el amor propio, debe
el hombre estudiarse á sí mismo?
R. Si: porque mal puede vencerse enemigo que no se conoce.
P. ¿ Qué logra el que se estudia á sí mismo ?
R. Conocer sus afectos, sus inclinaciones y sus hábitos.
P. ¿ Cual es e! fruto del propio conocimiento respecto de nosotras?
R. No pensar el hombre de sí contra la
verdad , abrir la puerta á la humildad , hacer suave la corrcccion de sus defectos, y
allanar el camino para conocer á Dios de un
modo fructuoso.
P. ¿ Qué utilidad nos trae el propio conocimiento respecto de la sociedad ?
R. Habilitarnos para el conocimiento y el
trato con los otros hombres.
P. j Por qué ?
R. Porque como nadie está exento de faltas , y equivocaciones, por las nuestras podemos rastrear las de los demás, y precavernos de ellas.
MORAL
C R I S T I A N A .1I
P. ¿Qué le enseña al hombre el propio
conocimiento?
R. Que está sumido en miserias, cercado de peligro?, expuesto á cometer defectos, y
necesitado del auxilio de Dios.
P. ¿De qué males nos precave el propio
conocimiento?
R. De! orgullo, del enojo contra el prógúno, del remordimiento y de la afrenta.
LECCION
Interés
XVIII.
personal.
P. ¿
ué es interés persona!?
R. El deseo de la propia felicidad ó utilidad , excitado por una necesidad verdadera
¿supuesta.
P. ¿ Es recto este deseo?
R. A veces lo es, y á veces no.
P. ¿Cuándo no es recto?
R. Cuando se opone á la felicidad ó utilidad de los prógimos; esto es, cuando por él
hacemos cosas de que se les signe daño ó perjuicio.
P. i Por qué no es recto en tal caso?
R. Porque ofende al amor del prógimo,
que es desearle bien y procurársele.
.
P. ¿Cuándo es recto?
,
10
LECCIONES DE
- R . C u a n d o deseando nuestra honesta u t i l i d a d , deseamos j u m a m e n t e la del prógimo,
•6 la nuestra, sin detrimento suyo.
P.
Poned un ejemplo del interés personal recto, y no recto.
;
R¿ Es recto el interés personal de u n
hombre benéfico, que aspira á ser amado por
su enemigo, á quien estiende su beneficencia.
N o es recto el interés personal del a v a r o , q u e
aspira á a c u m u l a r riquezas sin provecho, ó
acaso con perjuicio del prógimo.
P. ; E s loable el que sacrifica su interés
p e r s o n a l , 6 procura vencerle?
R. S i : c u a n d o es vicioso; ó c u a n d o no
siéndolo, se abandona por ejercer a l g u n a virtud , ó se pospone ú otro bien mas honesto.
E s loable, por ejemplo , el q u e expende p a r te de sus bienes en sacar de la cárcel á u n
d e u d o r ; porque sacrifica el d i n e r o , y acaso
también el apego ai d i n e r o , en obsequio de
la caridad.
P. ¿ Q u é le prescribe al hombre su v e r d a dero interés personal?
R . Q u e sea virtuoso.
P.
¿Por q u é r
R , Porque sin v i r t u d nadie es feliz en esta vida,
P. i C u á n d o procede el hombre sin i n t e rés personal vicioso r
R . C u a n d o obra'-por amor de la .virtud.
MORAL
CRISTIANA.
1 I
P . ¿Pues q u é , no puede desearse el p r e mio de la virtud?
R . S í : mas el q u e obra por amor de la v i r t u d , lejos de desentenderse del galardón de
ella, está cierto de que le será dado.
P ¿ Es lícito estimular en el hombre el
interés personal para moverle á q u e o b r e
bien?
R . S í : c u a n d o el interés personal es r e c to y virtuoso. Puede excitarse á u n rico á q u e
haga limosna para dar buen ejemplo $ mas no
p a r a q u e de ejio le resulte v a n a g l o r i a .
LECCION
Amor del
XIX.
prógimo
P. ¿
e b é m o s a m a r al prógimo?
R , S í , como á nosotros mismos.
P. ¿Porqué?
R . P o r q u e es precepto del S a l v a d o r , y
con que él se c u m p l a , basta, pues en éi están
ios demás incluidos.
P. ¿Quiénes son nuestros prógimos?
R . T o d o s los hombres, sin excepción n i n guna.
P. ¿ Q u é amor debemos á nuestros p r ó gimos?
R . Amor de corazon y de obra.
10
LECCIONES DE
P . ¿Qué es amor de corazon?
R . Prontitud de la voluntad para h a c e r les todo el bien que pudiéremos.
P. ¿ Q u é es amor de obra?
R . La beneficencia efectiva hasta d o n d e
Alcancen nuestras facultades.
P . ¿Es suave el amor del prógimo?
R . Lo es tanto, que basta á suavizar las
a m a r g u r a s de la vida h u m a n a .
P. ¿Cómo se echa de ver esta s u a v i d a d
del amor del prógimo?
R . Comparándola con los sinsabores y el
torcedor que trae consigo su odio.
P . ¿Qué debemos al prógimo atribulado?
R . Companion, y solicitud por c o n t r i b u i r
á su alivio.
P. ¿Cómo nos prestaremos fácilmente a l
alivio de los trabajos ágenos?
R. Considerándonos en el lugar del a t r i bulado.
P . ¿Contribuye á esta consideración el
convencimiento de nuestras propias n e c e s i dades?
R . S i : porque el deseo de que sean a l i viadas las nuestras, nos muestra la justicia
con que reclama el alivio de las suyas el
prógimo.
P. El q u e mira con indiferencia los m a les ágenos ¿ que es?
MORAL
CRISTIANA.
1
I
R . U n miembro muerto para la caridad,
y podrido para la sociedad.
P. ¿Por q u é es muerto p a r a l a caridad?
R . Porque no tiene la vida de ella el q u e
cierra sus entrañas al prógimo necesitado.
P. ¿Porque es podrido para la sociedad?
R . Porque es peste pública la dureza d e l
q u e no es compasivo.
P. ¿En qué debemos a y u d a r á nuestro
prógimo?
R . E n lo que él es débil, y nosotros fuertes.
P . ¿ Por qué?
R . Porque el hermano, a y u d a d o del h e r m a n o , es como un castillo.
P. ¿ A m a á Dios el que no ama á su p r ó gimo?
R . N o : porque quien no ama á su h e r m a n o q u e vé ¿ cómo puede amar á Dios, a l
cual no vé? Y este mandamiento tenemos d e
Dios: q u e el que ama á Dios, ame también
á su hermano.
P. j Es amor del prógimo la tolerancia d e
sus defectos?
R. S i : i . P o r q u e esta es una de las pruebas del a m o r . 2. P o r q u e este es u n o de los
alicientes de su e n m i e n d a .
P. ¿En q u é campea mas el amor de los
prógimos.
R . E n el m u t u o fomento del amor de
Dios.
44
i.T-cnoyps
t>f.
P . ¿Cómo se evita el enojo contra el prógimo por sus defectos?
R . Con la memoria de los que nos sufre
Dios á nosotros. *
L E C C I O N XX.
A)no?'
de los
enemigos.
P . g C ^ u i é n es nuestro enemigo?
R . El que nos procura ó desea daño.
P . ¿Qué debemos al enemigo?
R . Amor, y todos los oficios de amor co-s
muñes á los demás hombres.
P. Pues qué, ¿son también prógímos n u e s tros losenemigos?
R. S í , porque son hermanos nuestros , h i jos, como nosotros, del Padre celcstiai.
P. ¿Debemos al enemigo los mismos o f i cios que al amigo?
R . Los mismos, aunque con la discreción,
que exijen la prudencia y el órden de la c a ridad.
P . ¿Hay medio entre la amistad y la e n e mistad?
R . S i : el amor general q u e debemos á
todos nuestros prógimos.
P . Esplicad mas esto.
R . Estamos obligados á no ser enemigos
MORAL
CRISTIANA.
1I
d e nadie: mas no lo estamos á tener amistad
con todos los hombres, porque no nos e s t r e cha á tanto la cararidad: por donde,sin ser enemigos de nadie, ni amigos de todos, debemos
amarlos á todos.
P. ¿Falta á la caridad el que no se fia
dei enemigo
R . N o : porque la caridad es p r u d e n t e , y
no desconoce que el enemigo tiene miel en
los labios, y asechanzas en el c o r a z o n ; lagrimas en los ojos, y sangre en el deseo.
P. ¿ Podemos a l e g r a m o s del daño de n u e s t r o enemigo?
R . N o : a u n q u e si de su mal sacase Dios
bien para nosotros, debemos dar gracias á su
Providencia.
P. ¿Podemos reclamar el d a ñ o q u e nos
hubiere hecho el enemigo?
R . S i : porque la reparación del d a ñ o , no
escluye el perdón de la i n j u r i a .
P . ¿Debemos procurar la conversion d e
nuestro enemigo?
R . S i : por medios prudentes.
P . Mostrad alguno.
R . Sí tu enemigo tubiese h a m b r e , dale
de c o m e r : si tubiese s e d , dale de b e b e r : estas son brasas que encienden el amor y le
avivan.
P ¿ Debemos orar por nuestro enemigo ?
R . S i , pidiendo para él bienes e s p i r i t u a -
10
LECCIONES DE
les, y los temporales con sumisión á la v o l u n tad de Dios.
P . ¿Debemos perdonar al enemigo ?
R . Si, por Dios, y para q u e Dios nos p e r done nuestras ofensas.
P . ¿Ks glorioso perdonar al enemigo ?
R . Por este solo hecho somos hijos de
nuestro Padre celestial, que hace salir el sol
sobre buenos y malos, y envía la lluvia sob r e j u s t ó s e injustos.
P. ?Se deshonra el q u e pide perdón de su
ofensa ?
R . La deshonra está en la ofensa: la honra en pedir perdón de ella.
P.
Es a n t i g u o en la moral de los hombres,
el amor de los enemigos ?
R . Este amor generoso de los enemigos es
f r u t o de la religion cristiana.
P . ¿Pues no fueron antes conocidas y
practicadas las virtudes benéficas, y c e l e b r a d o el perdón de las injurias?
R
S i : mas antes de nuestro Salvador, e n
n i n g u n a escuela del m u n d o resonó el sublime
p r e c e p t o : Amad á vuestros enemigos , h a ced bien á los q u e os aborrecen, y r o g a d por
los q u e os persiguen y calumnian.
MORAL CRISTIANA.
LECCION
1I
XXI.
Venganza.
P.
i C ^ u é es v e n g a n z a '
R . Volver al prógimo mal por mal.
P . ¿ Es lícita alguna vez al hombre la
venganza
R . N u n c a lo es.
P.
¿Porqué?
R . Porque la venganza se la reservó Dios,
y no dá parte en ella á ios hombres.
P . Agravia á Dios el vengantivo 5
R . Si: porque le usurpa el oficiode supremo juez.
P. ¿Pues no hay en la sociedad vindicta pública de los crímenes?
R . S i : mas esa no es venganza de h o m b r e s , sino castigo de las l e y e s , que según el
orden de Dios, conservan la paz del Estado y
la seguridad de sus miembros.
P . .Es venganza la reclamación del p e r juicio causado por el ofensor ?
R . ¿ N o : porque recobrar lo perdido es a c to de justicia, que no vulnera la caridad.
P.
Honra al ofendido el perdón de ia
ofensa?
R . S i : porque este olvido es una victo-»
4$
LECCIONFS DE
ría que consigue el hombre de de sí mismo, y
u n o de los actos heroicos del amor del p r ó gimo.
P . ¿A q u é se espone el v e n g a d o r d e lo»
agravios ágenos?'
R . A que tome Dios v e n g a n z a de l o s
suyos.
P. ¿ Por q u é ?
R . Porque la venganza propia, provoca la
Venganza de Dios.
LECCION.
XXII.
Misericordia.
P« ¿ V ^ u é es misericordia?
R . Compasion de la agena miseria.
P . ¿De donde procede la misericordia?
R . D e l amor del prógimo.
P . ¿Para cumplir con la misericordia, b a s ta q u e compadezcamos al miserable?
R . N o : debemos ademas contribuir c o n
obras á su alivio.
P . ¿ Por q u é ?
R . Porque la misericordia sin obras no
es c a r i d a d .
P . ¿Quien es el objeto d é l a misericordia?
R . T o d o hombre necesitado ó atribulado.
R.
A cuántas clases se reducen todas las
MORAL CRISTIANA.
1I
necesidades ó tribulaciones del h o m b r e ?
R.- A d o s : á las del a i m a , y á las d e l
cuerpo.
P . ¿Cuáles son las necesidades del alma?
R . L a ignorancia , el e r r o r , el exceso d e
los a f e c t o s , el extravio de las pasiones y t o dos los defectos contrarios á la v i r t u d .
P.
¿Cómo se socorren estas necesidades?
R . Con la e n s e ñ a n z a , con el consejo y
c o n la c o r r e c c i ó n .
- P.
¿Cuáles son las necesidades del cuerpo?
R . El h a m b r e , la desnudez y la falta
de Jas cosas necesarias para la vida.
í P.
¿Cómo se socorren estas necesidades?
R . Con el desprendimiento y dádiva e f e c t i v a de ios bienes sobrantes.
P.
¿Cuáles son las tribulaciones del alma?
R . L a t r i s t e z a , el p e s a r , la a f r e n t a y los
extragos q u e causa la c a l u m n i a y la i n j u s t a
persecución.
P.
¿Qué remedios aplica á esta t r i b u l a ción la misericordia ?
R . La variedad de consuelos q u e inspira
la p r u d e n c i a , g u i a d a por la c a r i d a d .
P.
¿Cuáles son las tribulaciones del c u e r po?
R. El dolor , la e n f e r m e d a d , la privación
d e la l i b e r t a d , ó de la sociedad.
P . ¿Cómo se alivian estas t r i b u l a c i o n e s ?
R . Con la c o m p a ñ í a , con ia asistencia,
4
10
LECCIONES
DE
con el servicio efectivo; y templando con c o n suelos sólidos, la a m a r g u r a que causan en el
á n i m o las penalidades del cuerpo.
P . ¿ S o n también objeto de misericordia
los poderosos y los ricos?
R . L o son , si en algo f u e r e n míseros o
atribulados.
P . Poned a l g ú n ejemplo.
R . P u e d e u n rico ó poderoso estar e n f e r m o , ó preso, ó ser perseguido ó c a l u m n i a d o , ó perder su m u g e r , ó sus h i j o s , ó ser
despojado de su d e s t i n o , ó esperimentac a l g u n o de los innumerables reveses e n q u e es
t a n f e c u n d a la vida h u m a n a . E n estos casos
es objeto d é l a a g e n a m i s e r i c o r d i a , y a c r e e d o r á los f r u t o s de ella.
P. ¿Agrada á Dios la misericordia?
R . t a n t o le a g r a d a , q u e hará especial me moria de ella en su juicio, para premiar al misericordioso.
P . ¿ D e s a g r a d a á Dios la falta de misericordia 3
R . T a n t o le d e s a g r a d a , q u e e x p r e s a m e n te dirá en su juicio, q u e castiga por ella a l
que hubiese sido c r u e l con su p r ó g i m o .
MORAL CRISTIANA.
1 I
LECCION XXIII.
Tolerancia.
¿ V ^ u é es t o l e r a n c i a ?
R . La condescendencia q u e usamos con
los que y e r r a n , ó tienen diversas costumbres
U opinjones que nosotros.
P. ¿ N o s obliga la tolerancia á a b r a z a r los
errores, ó las diversas opiniones de ios otros ?
R , N o : sino á prescindir de t-»do lo q u e
pudiera entibiar el amor que les dgbemos c o m o á prógimos,
P.
¿Es útil esta i n d u l g e n c i a á la sociedad?
R . N a d a hace á los hombres mas insociab l e s , q u e el ser intolerantes cpn los que no
opinan como ellos.
- .,.'
P . ¿ E s útil al i n d u l g e n t e ?
T
R . S i : porque le concilia el amor,de loa
demás.
...""" \
P.
¿Es útil á la persona con quien-se usa?
R . S i : porque la blandura abre la puerta
á la persuasion y la hace f r u c t u o s a .
10 LECCIONES DE
LECCION
XXIV.
Indulgencia.
p . gCÜÍJué entendemos a q u í por i n d u l gencia?
P. La propensión del ánimo á d i s i m u l a r
los defectos y debilidades agenas qtíe nos i n comodan .
P. ¿ E n q u é se f u n d a la i n d u l g e n c i a ?
R . E n la solicitud con q u e exijimos d e
l o s demás el disimulo de nuestras faltas.
P . ¿ D e dónde nace la i n d u l g e n c i a ?
R . D e la caridad, que nos manda que a m e mos al p r ó g i m o tal cual es.
P.Halla obstáculos inculpables la i n d u l g e n c i a en algunos hombres ?
J l . , S i : la imaginación v i v a , y el caracíer ó 'temperamento fogoso y colérico.
P.
¿Por q u e ?
R . P o r q u e esta disposición del ánimo, e n
eí primer ímpetu se subleva sin deliberación
contra todo lo q u e se la resiste.
P . ¿ D é be n vencerse estos obstáculos ?
R . S i : con la r e f l e x i o n , con la c o r d u r a
y con la paciencia.
P.
¿Estámos obligados á ser indulgentes?
MORAL
CRISTIANA.
1
I
R . Si í c o m o lo estamos á ser misericordiosos.
P. ¿ Q u é seria la vida h u m a n a , sino f u e ran los hombres indulgentes?
R . P e r p e t u a a m a r g u r a y discordia.
LECCION XXV.
Complacencia.
P . ¿ C ^ u é es complacencia?
R . Deseo de a g r a d a r á otros.
P . ¿ C u á l es el efecto de la complacencia?
R . L a condescendencia.
P . ¿ E s b u e n o el deseo de a g r a d a r á otros?
R . S i : c u a n d o nace de la c a r i d a d .
P . ¿ E s malo a l g u n a v e z ?
R . S i : c u a n d o por a g r a d a r á los hombres,
desagradamos á Dios.
P.
¿Qué se g a n a con la prudente c o m placencia ?
R . V e n c e r el hombre su propia v o l u n t a d ;
conservar y f o m e n t a r l a p a z ; mostrar amor
al p r ó g i m o , y darle ejemplo de m a n s e d u m bre.
P. ¿ Q u é vicio se opone á la c o m p l a c e n cia?
R . L a imprudente t e n a c i d a d e n el p í o pió parecer ó propósito.
10
LECCIONES DE
P . i Q u é es para la sociedad doínéstica f
política el que no tiene condescendencia?
R . U n miembro insufrible.
P . ¿ Por q u é r
R . P o r q u e no suele ser a m a d o el q u e se
expone á perder el amor: y se expone á p e r derle, el que aspira á q u e h a g a n todos su v o luntad.
LECCION
XXVI.
Corrcccion.
P. ¿
ómos obligados á corregir al p r ó gimo?
R . S i : porque á c a d a u n o de nosotros ha
e n c a r g a d o Dios el bien de nuestros hermanos.
P.
¿Qué es la corrección para el q u e
yerra ?
R . L o que la sofrenada para el caballo
avieso.
P. i C u á l debe ser el alma d e la c o r r e c ción ?
R . La c a r i d a d ; esto e s , el deseo del b i e n
del corregido.
P.
, D é b e preceder la corrección del p r ó g i m o á la amenaza ?
R . S i : para q u e vea amor en el q u e le
MORAL CRISTIANA.
1
I
c o r r i g e , y se aproveche de l a b l a n d u r a , si
es dócil
P . ¿Cuándo y cómo debe hacerse la c o r rección' 1
R
E n tiempo oportuno y con p r u d e n c i a .
P . .Cabe aspereza en la corrección?
R . Solo c u a n d o asi lo exije la c a r i d a d .
P.
Q u é es la aspereza imprudente de la
corrección'
R. Desahogo de la ira, que f r u s t r a ó i n u t i liza su f r u t o .
P. ¿Qué merece la corrección?
R . Ser a m a d a .
P . ¿Por qué?
R . P o r q u e el que ama 1¿ corrección , ó
desea ser sabio, ó ya lo e s : pues aun el s a bio escucha los consejos de que no tiene n e cesidad.
P . ¿Qué bien se hace á sí misma el q u e
cede á la c o r r e c c i ó n ;
R . Se facilita la entrada en ei camino de
la v i r t u d .
P. ¿Quién cede fácilmente á la c o r r e c ción?
R . E l que se reconoce defectuoso, y desea su enm ienda.
P. , Q u é frutos produce la corrección?
R . T r a n s f o r m a r al vicioso en virtuoso, al
necio en sabio y al loco en c u e r d o .
10
LECCIONES DE
P. ¿ Q u é debe ver el corregido en la re*
preension de su defecto?
R . El amor del que le corrige.
P . ¿ Q u é debe hacer el q u e vé males q u e
no puede enmendar?
R . Detestarlos en su corazon, y dolerse
del q u e los comete.
LECCION
XXVII.
Beneficencia.
P. g
u e es beneficencia?
R . Propensión del ánimo á hacer bien á
otros.
P. ¿De dónde nace la beneficencia ?
R . D e l amor del prógimo.
P . ¿En q u é se diferencia el benéfico d e l
misericordioso?
R. E n que el misericordioso hace bien al
miserable, y ei benéfico hace bien á veces ai
q u e no lo es.
P. ¿A q u é se expone el que no es b e n é fico?
R . A no ser misericordioso.
P . ¿ P o r qué ?
R . Porque el q u e no es propenso á hacer
bien, está expuesto á mirar con indiferencia
la miseria del prógimo.
MORAL
CRISTIANA.
1I
P. j E s interesada la beneficencia ?
R . N o : porque dejaría de ser v i r t u d si
atendiese solo al provecho del bienhechor.
P . ¿ Excluye la beneficencia el deseo de
Ja g r a t i t u d ?
R . N o : porque la g r a t i t u d es debida a l
b i e n h e c h o r , y el deseo de ella es recto y h o *
nesto.
P . i Debemos ser benéficos para con los
ingratos ?
R . G r a n t e n t a c i o n e s para un hombre b e néfico verse correspondido con i n g r a t i t u d .
M a s Dios lo es de nosotros, y á pesar d e
nuestra i n g r a t i t u d , no desiste de hacernos
bien.
P . ¿ Debe pender la beneficencia del a g r a decimiento ?
R . N o : el benéfico debe serlo por imitar
á D i o s , y por amor d é l a v i r t u d . P u e d e d e sear el agradecimiento : mas no hacer q u e de
él dependa su beneficencia.
LECCION
XXVIII.
Limosna.
R.
P.
Socorro del pobre.
¿Con q u é fin debe hacerse la limosna?
10
L E C C I O N E S DE
R . Con el de socorrer al necesitado, por
Dios.
P . ¿ A q u é virtudes pertenece la limosna?
R . A la caridad y á la justicia.
P.
¿Por q u é pertenece á la caridad ?
R . P o r q u é de ella resulta beneficio del
prógimo.
P . ¿ Por q u é pertenece á la justicia ?
R . P o r q u e es deuda del sobrado para con
el necesitado.
P. ¿ Es injusticia dejar de socorrer al p o bre pudiendo ?
R. S i : porque es d e f r a u d a r l e de lo q u e
la Providencia ha hecho suyo.
P. ¿ Es c r u e l d a d dejar de socorrer ai n e cesitado ?
R . S i : porque es esponerle á que perezca.
P . ¿ P u é d e diferirse la limosna?
R . Si: c u a n d o la necesidad no ex i je p r o n to socorro.
P . ¿ C o m o debe darse la limosna ?
R . Con alegría que consuele al pobre ; y
con agradecimiento á Dios, que ha hecho al
limosnero instrumento de su Providencia.
P . ¿ A quién hace bien el limosnero ?
R . A sí mismo y al necesitado.
P . ¿ Q u é d a ñ o hace á la limosna la a s pereza , ó el desagrado del que la d a ?
R . A v i n a g r a su d u l z u r a , disminuye s u
m é r i t o , y entristece y ofende al necesitado.
MOftAL CRISTIANA.
$9
P. ¿ Q u é merece la l i m o s n a ? ,
R.
El socorro de Dios.
P . ¿ Ks premiada en esta vida ?
R . S i : con el consuelo que t r a e consiga
la beneficencia , con la g r a t i t u d del pobre s o corrido , y con la bendición de los justos,
P. ¿ Cuál es la medida de la limosna ?
R . Q u e socorra c a d a c u a l la agena n e c e sidad según pudiere.
P. ¿ Es prudencia d a r mas de lo q u e se
puede?
R . N o : porque la caridad á nadie obliga
á quedar en indigencia para aliviar á otro.
P. ¿ Merece mas el q u e de lo mucho , d á
m u c h o , que el que de lo poco dá poco ?
R . Sea mucho ó poco lo que se diere al
p o b r e , merece mas el que lo dá con mayor
caridad'
- P . ; Por q u é 3
R . Porque Dios no mira á la grandeza ó
pequefíez de la limosna , sino á la grandeza ó
pequefíez de la caridad.
P.
¿Qué le acontecerá al que d á c o r t a s limosnas sobrándole mucho ?
R . Lo q u e al escaso s e m b r a d o r , q u e s i e ga poca mies.
P.
; Q u e hará el que vé necesidades q u e
n o puede socorrer ?
R . D a r ál pobre el corazon, con la c o m pasión de su i n d i g e n c i a .
1 08
LECCIONES
DE
P . % D e b e ser secreta la limosna?
R . Si , en c u a n t o esto sea posible.
P . ¿ Por qué?
R . Por evitar en el limosnero el riesgo
d e la v a n a g l o r i a , y en el pobre la h u m i l l a ción real, ó imaginaria de, la publicidad de
su i n d i g e n c i a .
P.
¿ P u e d e darse publicidad á la limosna?
R . Si : y á veces se debe, c u a n d o convien e q u e conste la limosna para ejemplo de
otros.
P. ¿ Q u é debe hacer en este caso el l i mosnero ?
R . Socorrer al pobre en p ú b l i c o , y d i r i g i r á Dios en su corazon aquella buena o b r a .
P . ¿ Es limosna dar por via de préstamo?
R . Si , porque el préstamo es socorro d e
la necesidad del prógimo.
P . ¿ Q u é condicion debe tener el p r é s t a mo para ser limosna?
R . Q u e el que p r e s t a , no atienda á su
propia n e c e s i d a d , sino al socorro de la n e cesidad a g e n a .
P. i C u á n d o atiende el q u e presta , á su
propia utilidad ?
R . C u a n d o cobra mas de lo que prestó.
P . ¿ Por q u é deja entonces de ser limosna
el préstamo ?
R . Porque se exije precio por é l , c o m o
por las demás cosas q u e se venden.
MORAL CRTSTÍANA.
61
P. ¿ C u á l es la regla cristiana d é l o s préstamos ?
R . D a r p r e s t a d o , no llevando nada por
ello.
P . ¿ Débe tomar en c u e n t a el q u e presta,
la villanía y la i n g r a t i t u d de algunos d e u dores ?c
RL - S i , porque asi lo exije la p r u d e n c i a ;
mas no para convertir en g r a n g e r í a propia
el ejercicio de la c a r i d a d .
P. ¿ Q u é debe considerar el q u e por ser
dadivoso para con los necesitados, es víctima
del dolo y de la astucia a g e n a ?
R . Q u e siempre gana el q u e impelido d e
caridad, pierde el dinero, por e n g a ñ o del a m i g o , Ó del prógimo.
P. ¿ Por q u e ?
R . P o r q u e con la práctica de la m i s e r i cordia pone su tesoro en las manos de D i o s ,
cuya recompensa es s e g u r a .
LECCION
XXIX.
Amistad.
P . ¿ C ^ u i é n es amigo de o t r o ?
R . El que intimándose con él en el t r a to social, muestra con obras que desea el bien
de él, como el suyo propio.
1
08
LECCIONES
DE
P . I Q u é es el a m i g o fiel ?
R . U n c ú m u l o de bienes; quien le h a l l a ,
posee un tesoro.
P.
¿Qué debe buscarse en el a m i g o ?
R.
Virtud.
P. ¿Porqué?
, ;;
R.
i . P o r q u e sin v i r t u d es arriesgado e l
c o n s e j o , é insubsistente la confianza, ¡r ¡2. P o r q u e el a m i g o falto de v i r t u d , mas fácilmente
emponzoña, q u e el q u e no lo és. 3. Porque d e
la amistad sin virtud , no está lejos la ¿deslealtad y la perfidia.
P . ¿ C u á l es la mas segura a m i s t a d ?
R . L a que está exenta de pasiones.
P.
¿Porqué?
R . Porque no es d u r a b l e la amistad sin
s i n c e r i d a d , y no hay sinceridad en amigo que
l o és por su propio interés.
P . í Q u é es amistad falsa ?
R . L a q u e no atiende al bien del amigo»
P . ¿ Q u é amistad es d a ñ o s a ?
R . L a q u e e n c u b r e odio.
P . ¿ Cuál es la finura de la amistad?
R . P o n e r á riesgo el bien propio por el
del amigo.
P . ¿ Q u i é n se llama amigo de la mesa ?
R . El que d i s f r u t a al amigo en la a b u n dancia , y le abandona en la necesidad.
P . ¿ E s sospechoso el amigo del rico ?
R . L o e s , mientras no f u e r e probado.
MORAL CRISTIANA.
I
19
P. ¿ C ó m o se p r u e b a el amigo del r i c o ?
R . E n obras de que no le resulta u t i l i d a d
ni esperanza de ella.
P.
?Por qué s u d e tener muchos a m i g o s e l
que está en prosperidad í
R . Poi que son mas los q u e buscan su p r o pio interés q u e ei age no.
P . ¿ Q u é amistad débe precaverse?
R . L a del q u e es a m i g o s e g ú n ei t i e m p o .
P.
¿Por q u é ?
R . P o r q u e este se separa del amigo c u a n d o le f u e r a mas ú t i l , que es en la a d v e r s i d a d .
P. ¿ Cómo se portará con s u amigo el q u e
siendo a b a n d o n a d o de él en la a d v e r s i d a d ,
mejora de s u e r t e ?
R . Debe admitirle al amor de p r ó g i m o ,
mas no á la amistad.
P . ¿ Por qué ?
R.
P o r q u e el a m o r e s deuda q u e tenemos
para con todos ; la amistad no la debemos á
t o d o s ; no estamos obligados á admitir á nadie
por amigo sin p r u e b a s ; m u c h o menos al q u e
las dió contrárias.
P . ¿ C á b e amistad entre buenos y m a l o s ?
R . N o : porque la amistad sin c o n f o r m i dad en la v i r t u d , no es verdadera ni d u r a ble.
P. ¿Conviene c o n s e r v a r l a amistad a n tigua ?
R . S i : porque es la mas probada.
108LECCIONES
DE
P . ¿ P o d e m o s admitir amigos nuevos ?
R . S i : mas el a m i g o n u e v o es comS el : v i n o n u e v o ; c u a n t o mas añejo , mas g e n e r o s o
e s y suave.
P.
¿Por q u é cosas se pierde la amistad ?
R . Por el denuesto , por el imperio , por
la soberbia , por revelación de s e c r e t o , y por
deslealtad.
P . ¿Es duráble la amistad sin t o l e r a n c i a ?
R . N o : porque todos somos defectuosos}
y el que hoy t o l e r a , mañana es tolerado.
L E C C I O N XXX.
Envidia
R.
Tristeza del bien ageno.
P . ¡ E s compatible la envidia con e! amor
del prógimo ?
R . N o : porque el q u e ama al p r ó g i m o ,
desea su bien , y el que le envidia , le desea
mal.
P . ¿ A quién d a ñ a la envidia ?
R . Al envidioso.
P . i Por qué ?
R . Porque en solo él hace extrago la a m a r g u r a y el despecho que t r a e consigo.
MORAL CRISTIANA.
I
19
I V i Q u é estrago causa ía e n v i d i a en e |
M. Es podredumbre de sus huesos, tor-n
cedor de su ánimo, alquimia diabólica q u e
convierte en adversidad propia, la agena prosperidad,
P. ¿ Tiene la envidia a l g u n a s muestras
exteriores?
R . N o siempre: mas á a l g u n o s les apaga
el color del rostro, les hace a n d a r cabizbajos,
mustios, sombríos, sin hallar cosa q u e les d é
contento, como s i solo hubiesen nacido para
v i v i r en perpetua angustia.
P. ¿ E s cosa extraña que se deje el h o m bre apoderar de la envidia ?
. P. Si: porque ios otros vicios alhagan y
a t r a e n con el cebo de a l g ú n contentamiento;
mas la envidia, sobre n o darle, e n g e n d r a í n timo p e s a r , y asquerosa p o d r e y desabrimiento.
: P „ ¿ Q u é males pueden nacer de la e n v i dia)
R . Todos: p o r q u e á todos los crímenes
está i expuesto el q u e dá entrada e n su á n i ijnp a l dolor del bien de su prógimo.
. P. ¿Se han vipto en la sociedad a l g u n o s
efectos funestos de la envidia?
; R . Innumerables. Por envidia del diablo
entró la muerte en el mundo: por envidia
mató Cain á su hermano A b e l : por envidia
afligió Esau á J a c ó b : por envidia vendieron.
1
08
LECCIONES DE
á J o s é sus h e r m a n o s : por envidia de los f a riseos, escribas y sacerdotes de la s i n a g o g a
f u e e n t r e g a d o á la m u e r t e nuestro S a l v a d o r .
P . ¿ Q u é p r u e b a la envidia ?
R . El mayor mérito, ó la superioridad d e l
e n v i d i a d o e n a l g u n a linea, respecto del e n v i dioso.
P.
; D e que es prueba la envidia ?
R . D e r u i n d a d y vileza de ánimo.
P.
¿Pues no suele verse también en p e r sonas altas?
R . S i : mas eso p r u e b a q u e también h a y
almas bajas en personas altas.
P.
¿Puede ser envidiada la p r o s p e r i d a d
del malo?
R . N o : porque él y su v e n t u r a d e s a p a recen como la tempestad q u e pasa.
P . ¿ Es licita a l g u n a vez la tristeza de l a
a g e n a prosperidad ?
R . S i ; c u a n d o nos duele que prospere e l
snalo.
P.
¿Por qué ?
R.
Porque este pesar, nacido de c a r i d a d ,
y apoyado en justicia, n o se d i r i g e á la p e r sona del m a l o , sino al mal uso q u e hace d e
su prosperidad.
P.
¿ Q u é siente pues en tal caso el bueuo?
R . Q u e pudiendo el malo aprovecharse
d e aquella v e n t u r a , u s a n d o bien de ella, se
d a ñ e á sí mismo y d a ñ e á otros u s a n d o mal.
MORALCRISTIANA.I19
P.
¿Este dolor puéde llamarse envidia?
R . N o ; porque es pesar y amor j u n t o , p o t
que no destruye ni disminuye la caridad f r a ternal, y porque es prueba cierta del amor del
prógimo, dolemos del abuso q u e hace d e
sus bienes.
LECCION
Buen
XXXI
ejemplo
P. ¿ ertenéce el buen ejemplo a l amor
del prógimo.
R . S i : porque con él le estimulamos a i
bien.
P . t Q u i é n dá buen ejemplo?
R.
El virtuoso.
V. ¿Puede d a r l e e l q u e no l o e s ?
R . S i : mas no entodo, ni siempre.
P . ¿ P o r qué ?
R . Porque no es d u r a b l e n i general ía ficción de la virtud.
P. ¿ Por q u é es útil el b u e n ejemplo'
R . P o r q u e los hombres son imitadores^ y
les aprovecha, mas q u e la exortacion, el m o delo que les ofrecen las buenas obras.
P. ¿ S e debe mas el buen ejemplo á los
extraños q u e á los domésticos?
R . A todos igualmente.
1
08
LECCIONES
DE
P . ¿ E s fácil d a r l e á unos y otros?
R . Difícil e s : mas el hombre bueno debe
serlo en su casa y f u e r a de eila, y en todos
los momentos de su vida.
P . ¿ Q u é males causa el que dá mal e j e m plo?
R . Servir de tropiezo para q u e c a i g a n
otros.
P. ¿Debémos abstenernos de cosas lícitas
por no dar mal ejemplo?
R . N o siempre.
P
¿Qué reglas deben seguirse en esto?
R . D o s : i . Las obras buenas á q u e s o mos obligados, no debemos omitirlas por t e inor de q u e a l g u n o las convierta en ocasion
de escándalo.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e ese escándalo no lo causa el
q u e hace la obra b u e n a , sino la malicia d e l
prógimo.
P . ¿Cuál es la otra regla?
R . 2. Las obras lícitas, q u e n o son n e c e sarias, deben omitirse, si de ellas ha de r e s u l t a r escándalo.
P . ¿ Por q u é ?
R.
P o r q u e la caridad exije q u e evitemos
l a c a i d a del prógimo, siempre q u e podamos,
sin faltar nosotros á la ley.
MORAL CRISTIANA.
LECCION
I 19
XXXII.
Prudencia.
p
Q u é es p r u d e n c i a ?
R . Luz del ánimo q u e designa el modo
como deben practicarse las demás v i r t u d e s .
P.
¿Por q u é ?
R . P o r q u e la prudencia es para el a l m a
lo que los ojos para la vista.
P. ; Es mas excelente la p r u d e n c i a q u e
las otras virtudes morales?
R
S i : c u a n t o lo son los ojos respecto d e
los demás sentidos.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e el p r u d e n t e por los principios
rastrea los fines, se a p a r t a para no ser d e r r i b a d o en la a d v e r s i d a d , n i corrompido e n
la prosperidad.
P. ¿ C u á l es el oficio de la prudencia?
R . Sazonar la práctica de las otras v i r t u des.
P.
¿En q u é se conoce la prudencia?
R E n el consejo y en las o b r a s .
P. C u á l es t i f r u t o de la p r u d e n c i a .
R . La s e g u r i d a d : porque el p r u d e n t e e n tiende su camino.
P.
:De que nos preserva la prudencia?
1 08
LECCIONES DE
R . D e l camino que parece recto, y su r e m a t e es la muerte.
P. ¿Hasta qué p u n t o debe llebarse la pro*
dencia en la propia conducta?
R . H t s t a precavernos de todo lo malo.
P . ¿Qué son las demás virtudes sin la
prudencia?
R . Eslabones de oro sin u n i o n , y p e d r e ría sin en gaste.
P. ¿ C u á l es la p r e n d a propia de la pru-*
dencia ?
R . El buen consejo.
P . ¿Qué auxilios necesita la prudencia?
R . M e m o r i a de las cosas p a s a d a s , c o n o cimiento de las presentes, y prevision e n
lo por venir.
P. ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e el recuerdo de lo p a s a d o
avisa para no errar en lo presente, y la b u e n a
dirección en lo presente, asegura el b u e n
suceso en lo venidero.
P . ¿Cómo se conserva la prudencia?
R . G u a r d á n d o s e el hombre á s í , y g u a r dándose de sí.
P. ¿Qué quiere decir eso?
R . Q u e debe precaverse d e los e n g a ñ o s
y asechanzas de otros, y de sus propias i n c l i naciones, tratándose c o n desconfianza c o m o
á enemigo.
MORAL CRISTIANA.
I
19
P . ¿ Es necesaria la p r u d e n c i a para la s o ciedad?
R . S i : porque sin ella no se g o b i e r n a n
bien las cosas h u m a n a s en la vida civil y d o méstica.
P. ¿Es mas útil la prudencia que la c i e n cia?
R . U n a y otra son útiles: mas la p r u d e n cia aplica la doctrina al c i e r t o de nuestras
acciones.
P. ¿Se aprovecha el p r u d e n t e de los y e r ros de otros?
R . Si; y de los propios t a m b i é n , para n o
volver por a q u e l camino.
P . ¿ E s mejor e s c a r m e n t a r en cabeza a g e n a , q u e en la propia?
R . Si: porque eso prueba que hemos estado mas lejos de errar que otros hombres.
P . ¿ Q u i é n es imprudente?
R . El que no sabe lo q u e necesita para
acertar e n su c o n d u c t a , n i toma consejo d e
guien puede dársele.
P . ¿Por q u é ?
R . P o r q u e este tal procede como ciego, y
está expuesto á errar en todo.
P. ¿Cuál es el f r u t o de la imprudencia?
R . E i yerro, 6 la i n c e r t i d u m b r e .
P . Por qué?
R P o r q u e el i m p r u d e n t e , ó no acierta el
camino, ó no está seguro.
72
lecciones
BE
P . ¿ E n q u é se diferencia el prudente del
imprudente?
R . F n que el prudente, r e c t l a n d o , se d e s via del m a l : mas el imprudente pasa adelante
confiando en si mismo.
P . ¿Que diferencia hay entre el p r u d e n t e ,
el loco y el necio?
R . Q u e el p r u d e n t e escarmienta con el
d a ñ o a g e n o , e i loco con el propio, y el necio
ni con el propio, ni con el ageno.
L E C C I O N XXXIII.
Consejo.
P . ; ( _ > ó m o tiene parte el p r ó g i m o e n l a
a g e n a prudencia?
R . Por medio del consejo.
P.
¿Qué es consejo ?
R . D i l i g e n t e examen y consulta d e í o qutf
mas c o n v i e n e , para alcanzar el mejor fin e n
nuestras obras.
P. ¿Cuáles son las propiedades del c o n sejo 5
, 3
R . Es luz de lo que se d u d a , maestro de
lo que se hace, precaución d é l o s r i e s g o s , a l i vio de los trabajos, medianero de la paz, f o mento del acierto, suplemento de la sabiduría.
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P.
¿ C u á l e s son los oficios del consejo?
R.
i . Investigar si h s y a l g ú n medio hon e s t o q u e nos lleve al buen fin: 2. Caso dé
haberle , examinar cual e s : 3. E l e g i d o el m e d i o , resolver como hemos de usar bien de él,
y ponerle por obra.
P. ¿ Débe preferir el consejo lo honesto,
á lo útil ?
R . S i : porque á nadie le es verdadera-*
m e n t e útil lo q u e no es honesto.
P.
-Cuál es la última obra del c o n s e j o ?
R . El juicio.
P . ¿ Q u é hace el j u i c i o ?
R . Examinar si h s y e n g a ñ o en la e l e c ción del mejor m e d i o ; esto es, si é s el mas
honesto y útil.
P . ¿ C u á l e s el f r u t o del consejo?
R . Poner al i m p r u d e n t e al nivel del p r u dente , y al ignorante al nivel del sabio.
P . ¿ C u á l es el primer g r a d o de prudencia?
R . Saber aconsejar á otros.
P . ¿ C u á l es el s e g u n d o ?
'
*
' R . Tener docilidad para tomar consejó.
P.
¿Cómo suplirá el mozo la falta d e ejr—
periencia ?
R . C o n el consejo p r u d e n t e .
P. . Q u i e n tiene en el consejo mas á su
favor la probabilidad del a c i e r t o ?
R . Los a n c i a n o s , si son virtuosos.
P. ¿Por qué?
74
LECCIONES
DE
R . P o r q n e la experiencia y el seso d e l o s
a ñ o s , es por l o c o m ú n mas á propósito p a r a el g o b i e r n o y d i r e c c i ó n de otros.
P. ¿ Q u é es p a r a el c o n s e j o la e x p e r i e n cia sin p r u d e n c i a ?
R . T o r r e edificada sobre a r e n a .
P.
¿ Q u é consejo es sospechoso?
R . E l del que ha d a d o p r u e b a s d e p r o pio interés, de doblez, ó de envidia.
P . ¿ E l q u e aconseja á o t r o , está libre d e
pedir c o n s e j o '
R . N o : p o r q u e nadie es c u m p l i d o en p r u dencia y sabiduría.
LECCION
XXXIV.
Justicia,
es j u s t i c i a ?
R . V i r t u d q u e conserva á c a d a u n o s u
d e r e c h o , d á n d o l e lo q u e es s u y o .
P.
¿ E n q u é se d i f e r e n c i a la justicia l e g a l de la m o r a l ?
R . E n q u e la legal es o r d e n a d a por la a u t o r i d a d para g o b i e r n o de ios p u e b l o s ; y l a
m o r a l es o r d e n a d a por la recta razón p a r a
q u e e n nada se d e f r a u d e n , ó p e r j u d i q u e n , las
personas particulares.
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P.
¿ P u e d e tener e f e c t o la justicia legal
$in la m o r a l ?
R . N o : porque sin la cooperacion de !a
r e c t i t u d de los hombres, no surtirán b u e n efecto las leyes.
P.
¿En q u é convienen la justicia legal
y la moral ?
R . E n que la legal es práctica de los preceptos de la moral.
P. ¿ E s necesaria la justicia moral á la sociedad ?
R . Sin j u s t i c i a , ó n o h u b i e r a sociedad, ó
f u e r a u n a d u a r de delincuentes.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e el que no desee dar á c a d a u n o
lo q u e es s u y o , está dispuesto á cometer t o d a
suerte de crímenes.
P . ¿ C u á l es la base de la justicia ?
R . N o hacer yo jamas á o t r o lo q u e n o
q u i e r o q u e m e haga él á mí.
P . ¿ Es g r a n d e la excelencia de la justicia?
R . L o es t a n t o , que si f u é r a m o s todo»
j u s t o s , n o tendríamos necesidad de la f o r t a leza: y de la fortaleza no podemos aprovecharnos f a l t á n d o n o s la justicia.
P. ¿ Q u i é n conoce y aprecia el tesoro de
la Rjusticia?
. E l q u e la g u a r d a .
P . ¿Cábe e n la justicia acepción de p e r sonas ?
1
08
LECCIONES DE
R . N o : porque á ella toca igualar l o s
grandes con los p e q u e ñ o s , no reconociendo
sino la v e r d a d y el derecho de cada uno.
P . ¿ C u á l es la corrupción de la justicia?
R . L a avaricia y la ambición.
P.
¿Porqué?
R . P o r q u e el o r g u l l o enflaquece el ánimo,
y las dádivas q u e b r a n t a n peñas.
LECCION
XXXV.
Justo.
P - j ^ ^ u i é n es justo ?
- R . El q u e Vive según la ley.
P . ¿ Q u é bienes trae la vida j u s t a ?
R . Hacer al hombre g r a t o á Dios, y útil
á la sociedad.
P . ¿ E s g r a n d e la felicidad del justo?
R . L a m a y o r q u e cabe en la tierra.
P . ¿ Por q u é ?
R
P o r q u e el justo procede en todo c o n f i a d a m e n t e : al dormirse no t e m e : es apacible
su s u e ñ o : de nada se espanta, porque c u e n t a
con la D i v i n a protección.
P. ¿Hay cosa en el m u n d o q u e p u e d a
dañar al j u s t o ?
R . N a d a puede causar v e r d a d e r o d a ñ o
al que obra bien.
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P . ¿ P u e s no hay justos c a l u m n i a o s y p e r seguidos ?
R . S i : mas para ellos la c a l u m n i a y l a
persecución, son hornillas e n q u e se acrisola
SU v i r t u d .
P.
¿ Q u é debe pensar de sí el j u s t o a t r i bulado?
R . Q u e la tribulación es castigo de sus
d e f e c t o s , crisol de su p e n i t e n c i a , y c a u d a i
q u e le d4 Dios para q u e compre el cielo.
P . ¿ D e q u é está s e g u r o el justo ?"
R . D e no ser a b a n d o n a d o por D i o s .
P . ¿ C u á l es la g u i a del justo ?
R . L a sencillez.
P . ¿ Q u é es sencillez?
R . R e c t i t u d de intención sin d o l o ni e n gaño.
P . ¿ C u á l es el f r u t o de la sencillez ?
R* El gozo.
P . ¿ Q u é es lo q u e c o n s e r v a al j u s t o en l a
justicia ?
R . La humildad.
P . ¿ Cómo debe pensar de sí el justo?
R . Q u e nada hiciera demás si l o fuese,
y que es defectuoso.
P. j P u e d e tenerse el hombre por justo?
R.
N o : porqué deja de serlo, si n o es h u milde.
P. ¿ Sería justo el q u e dijese q u e n o t i e ne pecado r
1
08
LECCIONES DE
R . N o sería justo , sino e n g a ñ a d o r de s£
mismo.
P . i P u e d e desconocer el justo la r e c t i t u d
de sus obras ó de su intención ?
R . N o : porque esto f u e r a hacer t r a i c i ó n
á su propio convencimiento.
P . ¿ Se opone este conocimiento á la h u mildad ?
R . N o : porque la humildad no es e n e m i ga de la v e r d a d , sino de la soberbia.
LECCION
XXXVI.
Fortaleza»
P.
ué es fortaleza?
R . Aliento del ánimo para s u f r i r la a d versidad , y resistir á los obstáculos q u e se
oponen á la práctica de la v i r t u d .
P. i Cuáles son ios mayores obstáculos d e
la v i r t u d ?
R . N u e s t r a s pasiones.
P . ¿ Por qué es virtud la fortaleza ?
R . P o r q u e lucha contra los afectos d e s o r d e n a d o s , y no h u y e de ios casos adversos
c u a n d o es justo sufrirlos.
P . ¿ Q u é es la fortaleza respecto de las p a siones ?
R . L o que el m u r o d e u n alcazar respecto
MOÍUt
CRISTIANA.
d e los t i r o s del sitiador.
P. ¿ Es mejor ia f o r t a l e z a del a l m a , q u e
2a del c u e r p o ?
R . S i : c u a n t o es mas excelente el a l m a
q u e el c u e r p o .
P . ( D e d ó n d e nace el a l i e n t o de la f o r taleza r
R.
Del sólido a m o r d e la v i r t u d .
P . ¿ C u á l es la m a y o r v i c t o r i a de la f o r taleza ?
R . L a q u e alcanza el h o m b r e d e sí m i s mo.
P.
¿Por q u é ?
R.
P o r q u e para vencerse á sí mismo, t i e n e q u e t r i u n f a r de sus e n e m i g o s domésticos,
q u e son los mas temibles.
P. i Por q u é son mas difíciles d e v e n c e r
l o s e n e m i g o s domésticos?
R.
i . P o r q u e a c o m e t e n a l h a g a n d o el a m o r
p r o p i o : 2. P o r q u e hacen la g u e r r a con c a p a
d e a m i g o s : 3. P o r q u e n o podemos s e p a r a r n o s
d e ellos.
P.
P o n e d u n e j e m p l o d e la excelencia
de esta victoria.
R. M a y o r gloria f u e para David vencerse á sí mismo n o d a n d o lg m u e r t e á su e n e m i g o S a l u d c u a n d o le h u b o á las m a n o s , q u e
Vencer al g i g a n t e G o l i a t .
P. ; Es c o b a r d í a c e d e r á ios e n e m i g o s d é
U virtud i
30
LECCIONES DE
R . L a m a y o r en q u e p u e d e c a e r e l h o m b r e , y la m as a g e n a d e su nobleza y g e n e rosidad.
;
P.
¿ C ó m o se p r u e b a y afina la fortaleza ?
R.
P o r m e d i o de ia a d v e r s i d a d .
P.
¿ E n q u é se d i f e r e n c i a la f o r t a l e z a d e
la o s a d í a ?
R . E n q u e p u e d e haber a u d a c i a , sin p r u d e n c i a , en c u y o caso d e g e n e r a en t e m e r i d a d : y
la f o r t a l e z a siempre vá a c o m p a ñ a d a d é l a pru-*dencia.
P . ¿ P o r q u é es t e m e r a r i a la o s a d í a i m prudente ?
R . P o r q u e se e x p o n e i n ú t i l m e n t e á r i e s gos q u e p u e d e n evitarse.
LECCION XXXVII.
Grandeza
de
Alma.
P . ¿ ( ^ u é e n t e n d e m o s por g r a n d e z a d e
flma ?
R . A l i e n t o v i r t u o s o p a r a empresas a r d u a s ,
P.
¿ C u a l é s el oficio de esta g r a n d e z a ?
R.
E m p r e n d e r actos d e v i r t u d n o c o m u n e s , y superar l o s ' o b s t á c u l o s e x t r a o r d i n a rios que suelen a r r e d r a r á los j u s t o s , q u e
n o han l l e g a d o á este g r a d o de f o r t a l e z a .
P . ¿ E n q u é se f u n d a la g r a n d e z a del alma?
MORAL
CRISTIANA.
129
R . E n el conocimiento de la propia d i g nidad j en p r o f u n d a humildad , y en una f i r me confianza en el auxilio de Dios.
P. i C u a l es la virtud auxiliar de la g r a n deza de a l m a ?
R.
La paciencia.
P . i Por q u é ?
R . Porque no tiene alma g r a n d e el q u e
para vencer ios extraordinarios obstáculos d e
las obras g r a n d i o s a s , no supera los d e n u e s tos, los improperios , las calumnias y los d e mas frutos de la malignidad , que t u r b a n y
retraen la virtud de l«»s débiles.
P. ¿ C o m o muestra grandeza de alma el
que tiene enemigos <
R.
Perdonándoles todas sus i n j u r i a s , sin
excepción de las mas villanas y atroces.
P . ? Cabe interés en las almas grandes ?
. R . N o solo no cabe , mas es propio d e
ellas el despego y el desprecio de todo i n t e rés terreno.
P. ¿ Por que ?
R. Porque las almas grandes llegan al
heroísmo de las empresas á r d u a s , y al v e n cimiento de los obstáculos extraordinarios,
por puro y acrisolado amor á la virtud.
P ¿ E l alma g r a n d e teme los pareceres de
los hombres ?
R . N i ios t e m e , ni por ellos desiste d e
6
92 LECCIONES
BE
hacer ó padecer lo que le inspira el heroico
amor de la v i r t u d .
LECCION
Temor
XXXVIII.
humano.
compatible la fortaleza con el
temor h u m a n o ?
R . Solo lo es c u a n d o este temor nos p r e cave de acciones injustas.
P . ¿ C u a n d o es malo el temor h u m a n o ?
R . C u a n d o por no desagradar á los h o m b r e s , abandonamos la ley.
P . ¿ Por qué ?
R . P o r q u e este temor h u m a n o es i n c o m patible con el temor de Dios.
P. ¿ E n q u é consiste la incompatibilidad
d e estos dos temores?
R . E n q u e el temor h u m a n o atiende solo
al juicio de los hombres: y el temor de D i o s
atiende solo al j u i c i o de D i o s .
P . ¿ A que se expone el q u e no vence este
temor ?
R . Q u i e n al hombre teme , pronto caerá.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e la debilidad del ánimo, de donde nace este temor , tiene al hombre e n c o n t i n u o riesgo de caer en defectos.
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P . ¿ Cual es el remedio d d temor h u m a n o ?
R . La virtud de la fortaleza.
P.
¿Porqué?
R . Porque el varón fuerte es como torre
guarnecida por los mandamientos de Dios.
P. ¿ E s lo mismo el temor humano que
la timidez •
R. N o : mas la timidez está expuesta á
degenerar en temor humano.
P . ¿ Por q u é ?
R. Porque el tímido es como una caña
delgada, que no puede resistir el embate del
viento,
LECCION
XXXIX.
Fuerza.
P . ¿ E s lo mismo fuerza que fortaleza?
R . N o : porque la fortaleza es v i r t u d : y
la fuerza es el ejercicio del p o d e r , en que
cabe abuso.
P. ¿ Q u é uso debe hacerse de la fuerza ?
R. Ei autorizado por ia ley.
P. ¿ Puede convertirle la fuerza en ley ?
R. N o : porque la fuerza sin ley es i n justicia.
P» ¿ Por qué es injusticia ?
84-
LECCIONES
BE
R . P o r q u e la fuerza sin ley , se emplea
en oprimir á los débiles.
P , ¿ Q u é recibe la fuerza , d e la ley ?
R . Suavidad para ser a m a d a ,
P . ¿ Q u é recibe l a , ley de la f u e r z a ?
R . "Vigor para ser cumplida»
P . ¿ Es ütil á la sociedad la u n i o n de la
ley con la f u e r z a ?
R . S i : porque esta u n i o n e n f r e n a á los
malos para q u e no h a g a n d a ñ o , ni turben la
paz pública.
P. ¿ Es útil á los malos esta union ?
R . S i : porque inspirándoles t e m o r , los
a r r e d r a de los crímenes de q u e no se c o n t u vieran por amor de la v i r t u d .
P . ¿ Es útil á los buenos ?
R . S i : porque los precave del asalto de
los m a l o s , y les inspira s e g u r i d a d .
P. ¿ Q u é debe prometerse el que usa de la
f u e r z a sin el f r e n o de la ley ?
R . U n juicio d u r í s i m o .
P . ¿ Por qué ?
R . P o r q u e Dios es protector de los d é b i les o p r i m i d o s : y para su infinito poder son
flacos los fuertes.
P. ¿ Para ser comedido el f u e r t e , como
debe pensar de sí ?
R . Q u e es hombre mortal como los d é b i les , y que tiene sobre sí otro mas f u e r t e , cuy o juicio le a g u a r d a .
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P . i Como debe pensar de Dios ?
R . Q u e solo Dios tiene el sumo poder , y
que nadie puede resistirle.
P . i C o m o honra á Dios el f u e r t e ?
R . Reconociendo que solo su poder es
g r a n d e .y d i g n o de ser a c a t a d o , sobre toda
f u e r z a y potestad terrena.
P . s Q u é seria el fuerte sin los débiles?
R . U n hombre miserable.
P . i Por qué ?
R . P o r q u e como nadie es f u e r t e en todo,
carecería de los auxilios q u e recibe su debilidad de los mismos débiles.
P. i Q u é f r u t o debe sacar de esta v e r d a d
el f u e r t e ?
R . Respetar á los d é b i l e s , considerarse
dependiente d e s u a u x i l o , y prestarles el suyo.
P. i C o n t r a quien debe emplear su f u e r z a
el poderoso?
R . C o n t r a los perversos.
P. ¿ Por qué ?
R . P o r q u e contra ellos emplean la s u y a
las leyes.
P . ¿ D e q u é debe g u a r d a r s e e! f u e r t e ?
R . D e seguir sus deseos desordenados.
P . ¿ A qué se expone el poder dei soberbio ?
R . A causar su confusion y r u i n a .
P . i Q u é debe hacer el que es buscado por
u n poderoso ?
L E f C I O V F S BE
R . Escudarse c u a n t o p u e d a , sin faltar á
la «umision ni á la cortesanía.
P . ¿ Por q u é ?
R
Porque al pequeño no le c o n v i e n e
mostrar ansia del favor del g r a n d e j y si le
n e c e s i t a r e , le llamará mas,
P. ¿ Cómo debe hablar el d é b i l al p o d e roso ?
R . C o m o m e n o r , y n u n c a como i g u a l .
P . i Por qué ?
R . Porque es delicado el poder , y rara
vez sufre la igualdad del t r a t o , si él no la
procura.
P. ? Debe velar el poderoso y f u e r t e contra la ira ?
R. Sí í porque á la manera q u e arde m a s
el f u p g o , si no se ataja , á proportion de la
leña que h^y en el bosque ; asi crece la ira
con el poder y la f u e r z a , si no se r e p r i m e .
LECCION
XL.
Templanza.
R.
ta con
P.
R.
Moderación del animo q u e se c o n t e n lo j u s t o , y se desvia de extremos.
¿ C u a l es la escuela de la templanza?
L a tribulación.
MORAL
P.
CRISTIANA.
I
19
¿ E n q u e se muestra el ánimo t e m -
plado ?
R . E n el c o m e r , beber y vestir ; y en el
concierto de todos los pasos de la vida p r i vada y pública.
P.
¿ Por q u é ?
R . Porque de la templanza de ánimo n a ce la sobriedad, la modestia , la c o n t i n e n c i a ,
l a f u g a de los p e l i g r o s , el f r e n o d s los p l a ceres , la tolerancia en los casos adversos.
P . ¿ Q u é bienes causa la t e m p l a n z a ?
R . Preservarnos de los funestos efectos
de las pasiones.
P. ¿ Es útil la templanza á las f a m i l i a s ?
R . S i : porque las precave de los estragos
d e la p r o d i g a l i d a d , y de todo exceso que p u diera al cabo hacerlas miserables.
P . ¿ Es útil á la sociedad ?
R . S i : la sobriedad de los individuos del
E s t a d o , es f u e n t e de la prosperidad p u b l i c a .
LECCION
XLI.
Sobriedad.
p.
R.
P.
R.
¿ V ^ u é es sobriedad ?
T e m p l a n z a en la comida y b e b ' d a .
¡ D e q u é vicios precave la sobriedad ?
De la crápula ó desmedido h e n c h í -
92
LECCIONES
BE
miento de m a n j a r e s , y de ía embriaguez,
P. ¿ Q u é bienes causa ?
R . T r a n q u i l i d a d del ánimo , disposición
y aptitud para ei honesto t r a b a j o , y e x e n ción de grandes tentaciones y peligros.
P. ¿ Por q u é causa es t r a n q u i l i d a d def
ánimo ?
R . P o r q u e el sobrio usa de la comida y
bebida según el orden de Dios.
P. á Por q u é da aptitud para el honesto
trabajo ?
R . Porque conserva el c u e r p o s a n o , y la
razón expedirá.
P. ¿ D e q u é tentaciones y peligros p r e serva la sobriedad ?
R. D e la q u e traen consigo la h a r t u r a y
la embriaguez.
P . ¿ E s útil la sobriedad á las f a m i l i a s ?
R . S i : porque fomenta en ellas las demás
v i r t u d e s , y las precave de la miseria.
P . i Es útil á la sociedad ?
R . S i : porque deja á los ricos bienes so-*
brantes con que socorrer á los pobres.
MORAL CRISTIANA.
I 19
LECCION XLIL
Gula.
P.
i
es g u l a ?
R . A p e t i t o desordenado d e comida y b e bida.
P. ¿ C o m o debe usarse de la comida y bebida ?
R . C o m o de u n medio necesario para c o n s e r v a r la vida y la salud.
P . ¡i Es g r a n d e el desorden d e la g u l a ?
R . E s tal q u e merece ser c o m p a r a d o á l a
idolatría,
P,
{ Por q u é ?
R . P o r q u e el q u e c o m e y bebe sin necesidad , por p u r o deleite , basta hartarse ó p e r der el UÍO de la r a z ó n , mira al vientre c o rjio á u n a deidad á la c u a l sacrifica la v i r tud de la templanza , el ejercicio del libre a l v e d r í o , la hacienda , la s a l u d y la vida.
P. , E n q u é se muestra el desróden d e la
gula ?
R . E n que convierte en v e n e n o los m a n jares dados por Dios para s u s t e n t o del h o m bre.
P.
¿Qué d a ñ a causa la g u l a á la h a cienda ?
90
• LECCIONES
DE
R . El desperdicio de ella en cosas no n e cesarias.
P. ¿ Q u é d a ñ o causa á la vida ?
R . L a m u e r t e : porque de mucho comer
murieron m u c h o s , al paso que á oíros a l a r g a
la vida la sobriedad.
P.
¿Pueden celebrarse convites ?
R . S i : con tal que en ellos se ejercite ó
se fomente la caridad , y no se falte a la s o briedad.
p.
¿ Q u é reglas debe observar el q u e d a
a l g ú n banquete?
R . Las que prescribe la p r u d e n c i a en el
t r a t o s o c i a l , con consideración de la h o n e s tidad del fin , y del decoro del huesped y d e
los convidados.
P . ¿ Q u é debemos hacer al sentarnos á la
mesa ?
R . D a r gracias á la Providencia que nos
p r o v e e de alimento.
P . ¿ D e q u é debe g u a r d a r s e el c o n v i d a d o
á mesa a g e n a ?
R . D e ser el primero en elegir asiento yen a l a r g a r la mano.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r n o esponerse á ser postergado á
otros.
P . ¿ Q u é debe hacer d u r a n t e el convite?
R . Ser parco , y dejar de comer antes q u e
los otros.
MORAL
CRíSTÍANA.
91
P . ¿ É s b u e n o acostumbrarse á mesa agena?
R . N o : porque ia mesa a g e n a , f u e r a d e
h n e c e s i d a d , trae consigo sujeción p e l i g r o s a , y a r r e d r a al hombre de q u e se sustente
del propio trabajo.
LECCION. XLIIÍ.
Embriaguez»
P.
¿ C ^ u é es embriaguez ?
R . V o l u n t a r i a privación del uso de la r a zón , por el abuso del vino ó de licores.
P. ¿ Q u é estragos causa la e m b r i a g u e z ?
R.
i . R e d u c e al hombre á 1a c o n d i c i o n
de las bestias. 2. Destierra el secreto de la
sociedad. 3. Abre la puerta á toda especie d e
crímenes. 4. I n d u c e a f r e n t a , y expone al hombre á la befa y al escarnio de sus semejantes.
P. ¿ L a e m b r i a g u e z es perjudicial á las
familias1
R . S i : porque el operario d a d o al v i n o ,
jamas p r o s p e r a ; i n t r o d u c e ia discordia en su
c a s a ; tiene afligida á su m u g e r , y h a m b r i e n tos á sus hijos.
P. ¿ É s perjudicial á la sociedad ?
R . S i : porque quita á los miembros d e l
E s t a d o la seguridad que les dan las leyes.
P . ¿ É s lícito irritar a l embriagado?
92
LECCIONES
BE
R . N o : porque es u n a fiera sin c o n o c i miento ni libertad.
P . i E s lícito escarnecer al e m b r i a g a d o ?
R . N o : porque es contra la caridad y el
amor de la ley, hacer burla del q u e d e l i n q u e .
P. ¿ Q u é afectos debe excitar en nosotros
la embriaguez del prógimo ?
R . Horror á la fealdad de este vicio, y
com pasión del que se entrega á él.
P. ; S e p u e d e incitar ai que se e m b r i a g a ,
á que beba vino ó licores r
R . N o : á n o ser con p r u d e n t e medida.
P . ¿Cuál es esta p r u d e n t e medida en el uso
del vino ?
R. Usar de él como de las m e d i c i n a s ; t o m a n d o la cantidad necesaria para conservar
la s a l u d .
P . ¿ T i e n e otra utilidad el v i n o ?
R . S i : conservar la templada alegría d e
la f r a t e r n i d a d y concordia.
P . ¿ Cáusa este efecto el exceso en el vino?
R . N o : antes bien es ocasion de d i s c o r d i a s , destempla la alegría d o m é s t i c a , y oca.siona despecho y desastres.
m o r a l
cristiana.
LECCION
93
XLIV.
Mundo.
¿ C ^ u é entendemos a q u í por m u n d o ?
R.
El c o n j u n t o de bienes terrenos.
P . ¿ Q u é es el c o n j u n t o de bienes terrenos?
R . U n amasijo de vanidad.
V. ¿ C u á l es el tesoro del m u n d o ?
R . T o d o lo que hay en el m u n d o , es c o n cupiscencia de carne , concupiscencia de ojos
y soberbia de v i d a .
P* ¿ Q u é es l a s a b i d u r í a del m u n d o ?
R . N e c e d a d y locura.
P.
¿Porqué?
R , P o r q u e el m u n d o desconoce la prudencia , q u e dá á c a d a cosa su v a l o r ; y el t e mor de Dios , que es el principio de la s a biduría.
P. ¿ Cuál es el espíritu del m u n d o ?
, R . Desorden moral , odio á la virtud , y
fomento de todo lo malo.
P. ¿ E n q u é se ocupa el m u n d o ?
R . E n hacer g u e r r a al espiritu de D i o s .
P . ¿ Podémos amar al m u n d o ?
R . N o : porque el amor del m u n d o es i n compatible con la c a r i d a d de Dios.
LECCIONES DE
P . ¿ A q u é es c o m p a r a b l e el q u e a m a a l
inundo ?
R . A l que abraza una sombra , ó u n a c o l u m n a de h u m o .
P.
; Por q u é ?
R . P o r q u e el m u n d o p a s a , y deja b u r l a d o al que pone su amor en é l .
P.
¿Es fiel el m u n d o en sus promesas ?
R . N o es sino infiel y e n g a ñ a d o r .
P.
i Porqué?
R . P o r q u e promete f e l i c i d a d , y dá e s casez , miseria y r e m o r d i m i e n t o .
P.
¿Pues no es feliz el que posee en e s te m u n d o a b u n d a n c i a de bienes?
R . Es f e l i z , si usa bien de e l l o s : infeliz
si usa mal.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e la felicidad d i g n a del hombre
en esta vida, no consiste en poseer bienes t e r r e n o s ; sino en usar bien de ellos por medio
de la v i r t u d .
P . ; Aprecia el m u n d o la v i r t u d ?
R . N o : antes bien la detesta.
P . ; Por qué ?
R . P o r q u e la mira como fiscal de sus l e yes y de sus amores.
P. ¿Debe dolerse el virtuoso de q u e le
aborrezcan ó h a g a n burla de él los que sig u e n al m u n d o ?
MORAL
CRISTIANA.
I
19
R . N o : antes bien debe consolarse y alegrarse por ello.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e le cabe la misma suerte q u e a l
S a l v a d o r , que también f u e aborrecido del
mundo.
P. j Por q u é ama el m u n d o á los q u e se
g o b i e r n a n por sus máximas?
R . Porque estos son del m u n d o , y hablan
con é l , y el i e n g u a g e de él , y él los oye.
P. i Estamos obligados á a b a n d o n a r el
mundo?
R . N o : mas solo á no dejarnos c o n t a m i n a r de él.
LECCION
Concupiscencia
XLV.
de carne.
P- 2 C Ü ^ u é es concupiscencia de c a r n e ?
R . El deseo de los deleites carnales.
P. ¿ Cuáles son las obras de la c a r n e ?
R . Las q u e sugiere el desenfreno de las
pasiones.
P . % E n q u é se diferencian de ellas las del
espíritu >
R . E n que las del espíritu n a c e n del amor
d e Dios y del prógimo.
1
08
LECCIONES DE
P. ¿ Q u é inspira la carne, no e n f r e n a d a
con el temor de Dios?
R . D e s e o s , palabras y obras contrarias á
la honestidad.
P . ¿ C o m o refrena á la c a r n e el temor d e
Dios ?
R . Con la f é viva d e su j u i c i o , y de la
privación de su reino.
P. c P o r q u é ?
R . P o r q u e la vida carnal es indigna d e
la vida e t e r n a .
P . ¿ C u á l es el antidoto de la vida de la
carne ?
R.
L a vida del espíritu.
P- ¿ Q u é e s vida del espíritu?
R . L a perpétua negación á todo lo q u e
nos inspira nuestro amor p r o p i o .
P. ¿ A quien daña el que v i v e según la
carne ?
R . A sí mismo con la corrupción de sus
costumbres, y al prógimo con su mal ejemplo.
P. ¿ Es nocivo este desorden á la s o c i e dad?
R . S í : p o r q u e contribuye á la ruina d e
la moral pública , rompe los diques del p u dor , y abre la puerta al desprecio !kde todas
las leyes.
P. ¿ Como se precave este vicio en el trato h u m a n o ?
MORAL
CRISTIANA.
129
R . T r a t á n d o n o s unos á otros con respeto,
con decoro y con p r u d e n t e temor.
P . ¡ Q u é debe hacerse con los despreciadores de la honestidad ?
R . H u i r de ellos como de las vívoras.
P. ¿ Por d ó n d e se rastrea el desprecio d e
la honestidad l
R . Por las palabras contrarias á ella.
P . ¿ Q u é son las palabras menos honestas?
R . P a n a l q u e parece destilar m i e l , y es
a m a r g o como el a j e n j o
P. ¿ Q u é hace el q u e les da oidos ?
R . T r a g a r veneno q u e le robe la vida del
espíritu.
LECCION
Concupiscencia
XLVI.
de ojos.
P. ¿ C i ^ u é es concupiscencia de ojos?
R . El deseo a g e n o , y el ansia d e s o r d e n a da de riquezas.
P . Por q y é es malo el desorden de este
deseo ?
R . Porque n i n g ú n desorden es b u e n o ; y
porque este deseo nace del amor de los bienes
terrenos, que siempre es injusto.
P . ¿ A q u é compara la piedad al avaro?
R . Al q u e adora ídolos.
7
1
08
LECCIONES D E
P . i Por qué ?
R , P o r q u e poniendo su felicidad en a c u mular tesoros , lo sacrifica todo á su interés.
P. ¿ C u á n d o llega el a v a r o á satisfacer sil
deseo ?
R . N u n c a : porque no le llenan el c o r a zon los tesoros que a d q u i e r e ; antes bien á
proporcion que los a u m e n t a , crece e n é l , e l
ansia de a d q u i r i r mas.
P . ¿ Pues no hay avaros ricos?
R . N i n g ú n a v a r o es rico: porque tanto le
falta lo que tiene , como lo q u e desea.
P . ¿ Cómo puede faltarle lo q u e t i e n e ?
R . P o r q u e el deseo de l o q u e no tiene, n o
le deja apreciar ni poseer en paz lo q u e t i e n e ; y así es para él lo mismo q u e si n o lo t u viera.
P . ¿Trae otros riesgos morales la avaricia?
R . M u c h o s cayeron por el o r o , y t r o p e z a r o n al ir tras él.
P . ¿ Q u é es el a v a r o para la sociedad ?
R . M i e m b r o i n ú t i l , sospechoso y n o c i v o .
P . ¿ Por q u é es inútil ?
R . P o r q u e solo atiende á su privado i n terés.
P . ¿ P o r q u é es sospechoso ?
R . P o r q u e el avaro hasta su alma t i e n e
venal.
P . ¿ P o r q u é es n o c i v o ?
R . P o r q u e quien para sí mismo es m a l o ,
MORAL
CRISTIANA.
I
19
¿ p a r a q u é otro será b u e n o ?
P . ¿ Q u é daños causa la avaricia á la s o ciedad ?
R . H a c e crueles á los padres para con los
h i j o s : e n g e n d r a entre deudos i r a , r e s e n t i miento y escándalo : siembra discordia entre
a m i g o s : despierta pleitos y rencillas entre v e cinos : promueve g u e r r a s i n j u s t a s : hincha d e
corsarios los m a r e s , de salteadores los c a m i n o s , las c i u d a d e s de v e n a l i d a d , de falsía y
perjurio.
P. ¿ C ó m o puede v o l v e r e n sí el avaro , y
salir de su p r e c i p i c i o ?
R . C o n s i d e r á n d o l o i. Q u e nació p o b r e
y d e s n u d o , y que pobre y d e s n u d o se ha d e
hallar en la m u e r t e : lo 2. Q u e los bienes q u e
ha adquirido y los que pueda a d q u i r i r , ó le
han de a b a n d o n a r á él en v i d a , ó él á ellos
a l salir de e l l a : lo 3. Q u e este despojo cierto
de todo c u a n t o tiene, puede llegar de u n m o mento á o t r o : lo 4. Q u e los bienes dignos d e
ser deseados por el h o m b r e , son los que le
prepara D i o s e n la vida f u t u r a .
P. ¿ E n q u é se diferencia la codicia de la
economía ?
R . E n que el a v a r o a c u m u l a á todo t r a n ce los bienes que no p o s e e , y cercena y e m bolsa lo q u e exije el decoro de su e s t a d o , y
a u n lo que le pide la naturaleza para su sustento: mas el económico, sin aspirar á los bienes
1 08
LECCIONES DE
que no p o s e e , expende con p r u d e n c i a y m e dida los q u e posee.
LECCION
XLVII,
Soberbia de vida,
P. i
é es soberbia de vida ?
R . £1 ansia de ser mas que o t r o s , y de
dominar á otros.
P. ¿ D e d ó n d e nace esta ansia ?
R . D e sublevarse el ánimo c o n t r a la ley,
y contra el orden establecido por la D i v i n a
Providencia.
P. ¿ Q u é daños causa la s o b e r b i a ?
R . Q u e b r a n t a m i e n t o de la l e y , y d e s o r den en la sociedad.
P . ¿ Por q u é ocasiona q u e b r a n t a m i e n t o
de la ley ?
R . Porque la soberbia es raiz de todo pecado : y porque para declinar el hombre d e
la l e y , se ensalza contra el autor de ella.
P. ¿ P u e d e haber quebrantamiento de la
ley sin soberbia ?
RNo.
P. i Por q u é ?
R . P o r q u e la soberbia es como u n vaso
d o n d e se reciben los otros pecados ; c i m i e n to sobre q u e se s o s t i e n e n ; metal en q u e se
MORAL CRISTIANA.
I
19
e n g a s t a n ; f r a g u a donde se f o r j a n ; t r o n c o d e
donde nacen.
P. ¿ Por q u é ocasiona la soberbia d e s o r den en la sociedad ?
R. Porque el soberbia trastorna la a r monía q u e ponen las leyes entre los m i e m bros del Estado.
P.
¿ Logra el soberbio l a estimación y la
admiración a g e n a ?
R . N o : porque la soberbia a g e n a , de t o dos es odiada y abominable.
P. ¿ C u á l es el mayor rival del s o b e r bio ?
R . Los demás soberbios..
P . i Por q u é ?
R . Porque con la soberbia va u n i d a la
envidia de la a g e n a gloria ó alabanza.
P. ¿ Por q u é n o e n v i d i a e l h u m i l d e al s o berbio ?
R . P o r q u e el humilde desprecia la vana
gloria á que el soberbio aspira.
P. ; C u á l es el castigo del soberbio?
R.
La humillación : a s i como el premio
del h u m i l d e la e x a l t a c i ó n .
P.
i Debe preferirse la humillación á la
soberbia ?
R. S i : como la medicina debe preferirse
Á la e n f e r m e d a d ; y mas vale ser humillado con
los mansos, q u e partir despojos con los s o berbios.
1 08
LECCIONES
DE
P . J T i e n e derecho para engreírse el rico,
el n o b l e , el s a b i o , ó el q u e en cualquiera l í n e a es superior á otros ?
R . N o : porque las dotes de la naturaleza
y las demás calidades que nos anteponen á
los demás, deben hacernos agradecidos á D i o s ,
y por lo mismo h u m i l d e s ; porque sin h u m i l d a d no es %'erdadera la g r a t i t u d .
P . ¿ C u á l es el remedio de la soberbia?
R . La humildad.
P . ¿ Q u é es humildad }
R . Desprecio que hace el hombre de sí
m i s m o , nacido del propio conocimiento,
P . ¿ N o s es necesaria la humildad ?
R . S i : porque sin ella están como e n falso las d e m á s virtudes.
LECCION XLVIH.
Patria.
P.
¿
es patria ?
R . E l Estado ó sociedad política donde
nacemos.
P . ¿ Q u é Estado ó c u e r p o social merece el
nombre d e patria ?
R . A q u e l , cuyos m i e m b r o s , b a j o la salvag u a r d i a de la l e y , gozan d e sus derechos l e gítimos.
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P. i Q u é debemos á la patria ?
R . A m o r y s e r v i c i o , q u e cooperen á s u
prosperidad.
P . ¿ Por qué ?
R . P o r q u e el bien q u e hacemos á la p a t r i a ,
r e d u n d a en beneficio de todos sus individuos:
á la manera que del alimento y d e la c o n s e r vación del c u e r p o h u m a n o , participan todds
s u s miembros.
P . ¿ D e b e anteponer el hombre la prosperidad de su patria á la s u y a propia ?
R . S i : á la manera q u e por conservar la
salud del cuerpo , nos privamos de ciertos
manjares, gratos al paladar, que nos son n o c i vos.
P . ¿ P u e d e n entibiar el amor de la p a t r i a
los agravios y odios particulares entre c i u dadanos?
R . N o : porque no es bien q u e u n d a ñ o
p a r t i c u l a r , se v e n g u e y se estrelle e n el bien
común.
P. i Es malo vender ó destruir con e n g a s o la p a t r i a ?
R . Es la mas vil traición q u e p u e d e c o m e '
ter el hombre e n la sociedad.
1 08
LECCIONES DE
LECCION XLIX.
Sociedad,
P
w
ué es sociedad ?
R . U n i o n de muchas personas sujetas á
u n a s mismas leyes.
P.
¿ Q u é es vida social ?
R . La q u e viven los hombres u n i d o s por
una voluntad c o m ú n ; formando un cuerpo
moral para la utilidad de c a d a u n o d e sus
miembros,
P . ¿ Es útil la vida social ?
R . S i ; porque en ella e n c u e n t r a n los hombres m u t u o socorro de sus n e c e s i d a d e s , y
m u t u o remedio ó alivio de sus males.
P. ¿ Q u é relación m u t u a tienen los miembros de la sociedad ?
R . La que basta para q u e se a y u d e n u n o s
á otros.
P . ¿ D e b e n ayudarse m u t u a m e n t e los i n d i v i d u o s de la s o c i e d a d ?
R . S i : á semejanza de lo q u e hacen 1c»
miembros en orden al cuerpo.
P. ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e todos necesitan del auxilio de
los demás para la conservación y la prosperidad privada y pública.
MORAL CRISTIANA.
I
19
P. ¿Caben diversos respetos eti los miembros de la sociedad ?
R . S i : los que nacen del d e u d o , de la
amistad, d e la superioridad, de la sugecion,
de la r i q u e z a , d e la pobreza, de la ciencia,
de la ignorancia.
P. ¿E]stos diversos respetos impiden la
concordia general d e la sociedad ?
R . Lejos de i m p e d i r l a , c o n t r i b u y e n á su
fomento.
P.
Por q u é ?
R . P o r q u e promueven el m u t u o a u x i l i o
de los miembros de la sociedad, en la parte
que unos necesitan de otros.
P. ¿ Cuáles son los miembros útiles á la
sociedad?
R . Las personas virtuosas.
P . ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e por un solo v i r u o s o , será p o blada la p a t r i a : mas por u n a t r i b u d e malos
Será desolada.
P. ¿Qué virtudes deben á la sociedad los
miembros de ella?
R. H u m a n i d a d , generosidad, c o r t e s a n í a ,
tolerancia , condescendencia , y t o d o c u a n t o
contribuye á fomentar el honesto a m o r , y la
paz y prosperidad pública.
P. ¿Cómo debemos portarnos c o n los d e mas individuos de ia sociedad ?
lOfi
LECCIONES I>F.
R , C o m o deseamos que se porten ellos
con nosotros.
P . ¿ E n q u é debe ocuparse el q u e vive e n
sociedad?
R . E n a m a r , servir y hacer bien á los d e mas individuos de ella.
P . ¿ Por que ?
R . P o r q u e el verdadero i n t e r é s del h o m bre social es ser benéfico.
P . ¿Que son para la sociedad las pasiones violentas?
R . Lo q u e el cáncer en el c u e r p o h u m a n o , q u e si no se a t a j a , le devora.
P . i Q u i é n se hace d a ñ o á sí mismo en la
sociedad?
R . El mentiroso, el injusto y el b u r l a d o r .
P . ¿ H a n desaparecido con la civilización
los vicios de las sociedades políticas?
R . M u c h o s s í , pero q u e d a n a l g u n o s .
P.
¿Cuáles son ?
R . L a rivalidad y los odios nacionales,
y el espíritu de g u e r r a y de t u r b u l e n c i a , q u e
a u n en el seno de la paz arma las naciones,
ó para vencer y sojuzgar á otras, ó para p r e caverse de sus acometidas.
P . ; C ó m o se ataja ría este cáncer ?
R . Dedicándose los pueblos y sus i n d i viduos á promover las artes y ciencias, á c o g e r los frutos del honesto trabajo, á e n m e n dar sus propios d e f e c t o s , y mirando la a g e -
MORAL CRISTIANA.
I
19
na prosperidad con la honrosa emulación q u e
sirve de estímulo á la v i r t u d .
LECCION
L.
Ley.
P.
¿ t > ó m o se conserva el órden y l a
justicia en la sociedad política?
R . Por medio de las leyes.
P . ¿ Q u é es ley ?
R . R e g l a establecida para dirigir las a c ciones del h o m b r e , y precaver ó c o r r e g i r su
extravio.
P . ¿ C u á l es el objeto de la l e y ?
R . Proteger las personas y los bienes, y
m a n t e n e n e r la tranquilidad y el órden público.
P . ¿ C u á l debe ser la ley ?
R . J u s t a , y ordenada al bien general de
la s o c i e d a d .
P . (i Para q u i é n sirve la ley ?
R . P a r a el malo c u y o f r e n o e s : porque
al justo le g u i a t n sus obras el amor de la
virtud.
P.
¿Dében iodos obedecer á las leyes ? ^
R . S i : porque las leyes atienden á la e q u i dad y al bien p ú b l i c o , á q u e deben cooperar
todos los miembros del E s t a d o .
1 08
LECCIONES
DE
P . i É s servidumbre la sugecion á las
leyes ?
R . N o t antes bien es medio de e n c a m i n a r la libertad pribada, á l a felicidad p ú blica.
P. ¿Por q u é ?
R . P o r q u e si no hubiera leyes» vivirían
sin f r e n o los malo?; de lo cual resultaría f a l ta de seguridad de los bienes y de las personas; esto es, u n general trastorno de la sociedad.
P . ¿ N ó pudieran convenirse los h o m bres á vivir en sociedad sin dañarse unos á
otros?
R . Si: mas no lo c u m p l i r í a n .
P. ¿ Por q u e ?
R , P o r q u e está t a n i n c l i n a d a al mal la
n a t u r a l e z a , v i c i a d a por el pecado del primee
hombre, q u e es i m a g i n a r i o u n c u e r p o p o l í t i tico sin miembros viciosos nocivos al o r d e n
público, c u y o f r e n o son las leyes.
LECCION
Trato
P.
R.
bres.
LI.
iiumario.
I ^ ^ u é es t r a t o humano?
La m u t u a comunicación d e los hom-
MORAL
CRISTIANA.
I
1 9
P. ¿ C u á l es el f r u t o del t r a t o h u m a n o ?
R . La d u r a c i ó n del estado social del
hombre.
P. ¿ P a r a q u é es necesario?
R . Para conservar la concordia en la s o ciedad, y para auxiliarse m u t u a m e n t e sus
miembros.
P . i Q u é debe haber en el trato h u m a n o ?
R . Sinceridad y f r a n q u e z a .
P . ¿ Por q u é sinceridad ?
R . Porque sin ella f u e r a la sociedad m a nantial de desconfianzas y rezelos.
P.
¿Por q u é franqueza ?
R . P o r q u e la falta de ella haría odiosa
la c o m u n i c a c i ó n , y a u n la cerraría de todo
punto.
P.
¿De q u é debe ir acompañada la s i n ceridad ?
R . D e prudencia.
P. ¿ D e q u é debe ir acompañada la f r a n q ueza ?
R . D e modestia y comedimiento.
P. ¿Conviene la sagacidad en el t r r t o
humano ?
R. S i : c u a n d o no nace de juicio t e m e rario, ni de i n f u n d a d a sospecha.
P. í F á l t a el q u e siendo sagaz sin p r u d e n c i a , acierta en sus sospechas y juicios?
R . Si: porque hay sagacidad c e r t e r a , que
es injusta.
1
08
P.
bres?
R.
LECCIONES
DE
¿ D e b é m o s desconfiar de todos los h o m N o : porque f u e r a esto a g r a v i a r a los
virtuosos.
P.
¿ D e b e m o s fiarnos de todos los h o m -
bres?
R . N o : i . P o r q u e el creer de ligero , es
p r u e b a de corazon l i v i a n o : 2. P o r q u e la e x cesiva confianza nos e x p o n d r í a á ser presa d e
lasPpasiones
de a l gjuunzog.a r m a l . d e todos los
. ¿ Podemos
hombres?
R . N o : porque solo Dios es juez u n i v e r sal ; y á nosotros no nos es d a d o e s c u d r i ñ a r
los corazones.
P . ¿ C ó m o procederemos con s e g u r i d a d en
e l t r a t o de ios hombres ?
R.
A t e n d i e n d o á sus obras.
P . ¿ Q u é d e b e buscarse e n el t r a t o h u mano?
R . Consejo , y no lisonja.
P . ¿ És loable huir del t r a t o h u m a n o ?
R . Evitar los peligros de él, es v i r t u d : la
r e g l a de esta f u g a , es la p r u d e n c i a .
P . , C u á l e s son los peligros del t r a t o h u mano ?
R . La i r a , la i m p a c i e n c i a , l a d e s c o m postura , la afectación y la melancolía.
MORAL CRISTIANA.
I
19
Or
LECCION
LIL
Compañía.
P . % P o d e m o s tratar y acompañarnos
con todos los hombres ?
R . N o : mas solo con aquellos cuya c o m pañía siempre nos a p r o v e c h e , y n u n c a nos
dañe.
P . De qué compañía debemos h u i r ?
R . D e la del malo.
P.
¿Porqué?
R . P o r q u e el q u e tocare la p e z , quedará
manchado.
P . ¿ Por qué mancha la compañía del m a lo?
R . Porque el malo pervierte al que se
acompaña con él.
P . ¿ D e donde nace ese peligro?
R . De que la compañía causa semejanza
en las costumbres. D e c u y a experiencia n a c i ó
el proverbio: D i m e con quien a n d a s , y te d i r é quien eres.
P. i Q u é gana el que huye de malos ?
R. Q u e huya de él la maldad.
P . ¿ Q u é gana el que no sigue al malo?
R . N o ser despeñado con éi.
P . ¿ H a y otras compañías peligrosas ?
H2
LECCIONES DE .
R . S i : la del que descubre secretos , y n o
trata con s i n c e r i d a d , ó habla sin reflexion.
P. ¿ Por qué ?
R . Porque el que tiene estos defectos, f á cilmente compromete la agena conciencia ó
segundad.
P. i Conviene huir la compañía del a m b i cioso y del avaro?
R . S i : porque solo te conservarán c o n s i go, mientras saquen provecho de tí.
LECCION
LUI.
Visitas,
.
p . ¿ E s útil visitar á los prógimos?
R . Si : porque las visitas son testimonio
del mutuo amor, y muestran deseo de conservarle.
P . ¿ Son buenas las visitas?
R
N o t o d a s : sino las que se hacen con
fines honestos.
P . ¿ Cuáles son las visitas menos sospechosas ?
R . Las que se hacen al pobre, ai desvalido, al que tiene necesidad de nuestro auxilio
ó consuelo.
P. i Por q u é ?
R . Porque en estas no tiene parte el i n -
MORAL
CRISTIANA.
129
terés d e l que visita , sino ei bien del visitado.
P. ¿ Podemos visitar á los poderosos y á
los ricos ?
R . S i : porque como á prógimos debemos
darles muestras de q u e los amamos.
P . ¿ C u a n d o son menos sospechosas estas
visitas ?
R.
C u a n d o en a l g o les somos útiles.
P . ¿ Y podemos visitarlos c u a n d o nos son
ellos útiles á nosotros?
R . T a m b i é n : con tal q u e n o se mezcle
ambición ó a v a r i c i a , ó a l g ú n otro a f e c t o v i cioso.
P. ¿ E s mejor visitar al a t r i b u l a d o q u e al
próspero ?
R . S i : porque la a g e n a tribulación es desengaño y escuela de v i r t u d : y la a g e n a
prosperidad es ocasion d e l i s o n j a , ó d e s p e r t a dor de la e n v i d i a .
LECCION
LIV.
Diversiones.
P. i V ^ J u é es diversion ?
R . Recreación del ánimo para distraerse
y descansar de ocupaciones serias.
P. ¿Es lícita la d i v e r s i o n ?
8
1
08
LECCIONES DE
R . S i : con t a i q u e sea honesta^ y se c o n tenga en sus justos límites.
P.
¿Qué diversion es honesta?
R . La q u e excluye t o d o lo q u e es c o n trario á la virtud.
P.
¿ Q u é diversion se contiene en sus j u s - ^
tos límites?
R . La que no pasa á ser ocupacion.
P . J Q u é daños causa la diversion c u a n do en ella se ocupa la vida ?
R . Hace al hombre dañoso á sí m i s m o , é
inútil á la sociedad.
P. ¿ Porque hace al hombre dañoso á sí
mismo ?
R . Porque le convierte en disipador del
t i e m p o , cuya p é r d i d a trae daños irreparables.
P.
«Por q u é le hace inútil á la sociedad ?
R . P o r q u e la priva de los bienes que p u diera proporcionarle su honesta ocupacion.
P.
¿Es escusable el q u e se divierte d a ñ a n d o al prógimo ?
R . N o : antes es detestable á los ojos d e
la razón y de la religion.
P . ¿ Por q u é ?
R . Porque es contrario á todas las leyes,
y r e p u g n a n t e á la misma n a t u r a l e z a , s o l a z a r se u n hombre afligiendo á o t r o .
P.
¿Es peor hacer d a ñ o á o t r o por diversion , que por v e n g a n z a ?
R . U n o y otro es m a l o ; mas el v e n g a d -
MORAL
CRISTIANA.
I
19
v o tiene a l g u n a aparente escusa en el a g r a v i o
ageno : el q u e hace d a ñ o por d i v e r t i r s e , n o
puede a l e g a r otro incentivo q u e su c r u e l d a d .
P. ¿ Q u e diversiones son las menos arriesgadas ?
R . Las q u e c o n t r i b u y e n al a u m e n t o de
la fuerza física y de la r o b u s t e z , y h a b i l i t a n
al hombre para q u e v u e l v a ai t r a b a j o con
mayor afición.
P.
;Son lícitas las diversiones e n q u e se
atraviesa d i n e r o ?
R . S i : con tal q u e sea leve la c a n t i d a d
que puede ganarse ó p e r d e r s e , y n o sea por
ellas d e f r a u d a d o el socorro de las n e c e s i d a des domésticas , ni el de los pobres.
P.
¿Debe evitarse el j u e g o ?
R . C o n v e n d r í a q u e se redujesen ios j u e gos á pura diversion sin interés.
P.
¿Por q u é ?
R . P o r q u e asi se e v i t a r í a n m u c h o s m a les.
P.
¿ Q u é males trae.el j u e g o i n t e r e s a d o ?
R. Entristecer al que p i e r d e , f o m e n t a r la
codicia , estimular la ira , la envidia y o t r a s
pasiones, que a u n no siendo i r r i t a d a s , son temibles.
P. ¿ E l q u e no quiere j u g a r si n o se a t r a viesa dinero , q u é da á entender ?
. R . Que desea g a d a r d i n e r o ' ; pdrque e n
el j u e g o nadie se propone perder.
3 16
LECCIONES DE
P,
¿ E s p e r j u d i c i a l a la sociedad el j u e g o
interesado ?
R . S i : p o r q u e por él se h a n d i s i p a d o p i n g ü e s h a c i e n d a s , se han i n u t i l i z a d o m u c h a s
f a m i l i a s , y se h a n c o m e t i d o a t r o c e s c r í m e n e s .
LECCION
LV.
Duelo.
P . i \ c * ¿ u é es d u e l o ?
R.
L u c h a d e persona á p e r s o n a , p r o v o c a d a par u n o d e los c o m b a t i e n t e s con el fin
d e r e p a r a r el h o n o r o f e n d i d o , ó d e t o m a r s a t i s f a c c i ó n de a l g ú n a g r a v i o .
P . ¿ E l d u e l o es c o n f o r m e á la c a r i d a d ?
R . N o : p o r q u e se p r o v o c a y se a c e p t a c o n ,
riesgo d e recibir d a ñ o g r a v e , ó d e c a u s a r l e
al p r ó g i m o .
P.
. E s c o n f o r m e á la j u s t i c i a ?
R . N o , p o r q u e £s a b r o g a r s e u n p a r t i c u lar , la v i n d i c t a ó s a t i s f a c c i ó n q u e c o m p e t e á
la ley y á la a u t o r i d a d pública.
P.
. Es c o n f o r m e á la h u m i l d a d ?
R . N o : p o r q u e el i m p u l s o d e l á n i m o á
la v e n g a n z a , n a c e de s o b e r b i a .
P.
, P r t f e b a valor el desafio ?
R.
que n o p u e d e s u f r i r u n a g r a v i o ,
es mas c o b a r d e q u e el q u e h u y e e n l a g u e r r a .
MORAL
CRISTIANA.
I
19
P . ¡ P r u e b a la r a z ó n d e l q u e v e n c e ?
R . Asi c o m e n z ó á c r e e r s e e n los siglos
bárbaros e n q u e por a b u s o d e la r e l i g i o n , se
reputaba esta v i c t o r i a por u n j u i c i o del c i e l o , i g u a l m e n t e q u e el é x i t o d e o t r a s p r á c t i c a s
supersticiosas.
P. ¿ P u e s n o f u é u s a d o el d u e l o e n t r e los
c é l e b r e s g u e r r e r o s d e la g e n t i l i d a d ?
R.
Los nobles y los m i l i t a r e s g e n t i l e s , n o
p r e t e n d i e r o n j a m a s l a v a r las p r o p i a s injurias»
c o n s a n g r e de sus c o n c i u d a d a n o s .
P.
i L u e g o los i n v e n t o r e s d e l d u e l o f u e r o n los c r i s t i a n o s ?
. R , S i : m a s c o n d o l o r d e la r e l i g i o n se
a p o d e r ó d e los nobles y d e los militares este
a b o r t o d e la s u p e r s t i c i ó n y d e la i g n o r a n c i a .
P.
¿ E n los d u é l o s d e a h o r a h a y s u p e r s t i c i ó n c o m o e n los a n t i g u o s ?
R . N o : mas ha q u e d a d o í n t e g r a e n ellos
la ira y la v e n g a n z a , d o r a d a c o n el n o m b r e
de honor.
P.
¿ P o r q u é d e c i s dorada con el nombre
de honor ?
R . P o r q u e el q u e desafia á o t r o , t i e n e
e q u i v o c a d a m e n t e por r e p a r a c i ó n d e su h o n o r
la v e n g a n z a personal d e u n a g r a v i o , e n c u y o d i s i m u l o y p e r d ó n consiste la v e r d a d e r a
honra.
P . ¿ C ó m o s e r e c o b r a el h o n o r p e r d i d o
pOr la i n j u r i a ?
1
08
LECCIONES
DE
R , P e r d o n a n d o al i n j u r i a d o r , y v i n d i c a n do la inocencia por medios legales.
P . ¿ Q u é prueba el que desafia á o t r o ?
R . Q u e no tiene fortaleza para s u f r i r u n
a g r a v i o , ni nobleza y generosidad para perdonarle.
P . ¿ Q u é prueba el que siendo i n j u r i a d o ,
n o desafia á su i n j u r i a d o r ?
R . Q u e tiene el verdadero v a l o r , q u e es
el q u e inspira la virtud.
P . ¿ Q u é afectos concurren en el que d e safia á otro?
R . Flaqueza y crueldad.
P . ¿ D e dónde nace la aceptación del d e safio?
R . D e temor h u m a n o , f u n d a d o en la e q u i vocada idea de hon^r.
P . ¿Hay infamia en no e x i j i r , ó no a c e p tar la satisfacción de u n a g r a v i o por medio
del duelo?
R . La verdadera infamia del hombre de
honor está en abandonar l a p r o v i d a d , y en
n o respetar la ley del amor del p r ó g i m o , q u e
prescribe el disimulo y el perdón de la ofensa.
P . ¿ N ó puede lavarse con sangre el p r o pio deshonor ?
R . I m a g i n a r i o es el honor que solo p u e de lavarse con sangre.
P . ¿ C ó m o procederá en las injurias p e r sonales el noble y el militar ilustrado y vir-
MORAL CRISTIANA.
I 19
t u o s o , v i é n d o l a falsa idea que tiene el m u n do del desafio?
R . Gobernándose por los principios y r e glas de la v i r t u d , y no por preocupaciones
de hombres.
P.
¿Ei desafio es c o n t r a r i o al bien p ú b l i co?
R . S i : porque t u r b a la paz de la s o c i e dad , introduce la h o r f a n d a d en las familias,
y pone la seguridad y la vida de personas g e nerosas en manos de la privada v e n g a n z a .
LECCION
LVI.
Lino.
P . % C ^ u é es l u j o ?
R . Exceso en los gastos f u e r a de la necesidad.
P . ¿ Q u i é n inventó el l u j o ?
R . L a soberbia,
P.
¿Porqué?
R . P o r q u e 1a humildad es s ó b r i a , y se
contenta con lo necesario.
P.. ¿Qué efectos produce el l u j o ?
R . Separa al horabre de la sencillez, dis^
trae los bienes sobrantes , q u e son de los p o bres, y es ocasion de u n a preferencia que n o
está en el o r d e n social.
1
08
LECCIONES DE
P . ¿ Q u é riesgos trae el l u j o para la s o ciedad ?
R . Incita á sus individuos á q u e salgan
d e la propia e s f e r a , abre la puerta á necesidades i m a g i n a r i a s , roba el contento á las c l a ses ínfimas , fomenta la envidia del mayor l u cimiento, y expone á grandes estragos la h o ^
nestidad, ¡la probidad y la justicia.
P.
¿ É s l u j o toda pompa ?
R . N o : hay pompa q u e es necesaria á
a l g u n a s clases altas d e la sociedad , y esa n o
pertenece á los gastos superfluos.
P . ¿ Q u é condiciones debe tener la p o m pa ?
R . Q u e sea p r u d e n t e , y no p r o c u r a d a
con ruina ni perjuicio del p r ó g i m o .
P . ¿ T r a e el l u j o a l g ú n bien á la sociedad?
R . L o trae siempre q u e fomente la a g r i c u l t u r a y las artes útiles, á la masa general
del p u e b l o .
P . ¿ N o sirve de fomento á a l g u n o s a r tistas ?
R . S i : promueve la industria de a l g u n a s
a r t e s , y en esa parte c o n t r i b u y e al sustento de
algunos t r a b a j a d o r e s : mas al mismo tiempo
priva de brazos al cultivo de las t i e r r a s , y
á los otros ejercicios, c u y a utilidad es mas
trascendental á t o d o e l E s t a d o .
P.
¿Esta utilidad parcial d e los artistas
MORAL
CRISTIANA.
I
19
justifica en el lujoso la superfluidad de sus
gastos ?
R . N o : porque la p r u d e n t e moderación,
y el buen uso d e los b i e n e s , es ley i n v a r i a ble.
P. ¿ Q u é reglas deben seguirse para r d
!
errar en el l u j o ?
R . N o excederse de lo q u e exije el decor o del propio e s t a d o : y no perder de vista las
necesidades a g e n a s , á c u y o s o c o r r o destina
l a Providencia los bienes sobrantes.
LECCION
LVII.
Padres.
V.
\o¿ u é debe el p a d r e al hijo?
R . Amor p a t e r n a l , m a n t e n i m i e n t o , e d u cación y corrección.
P. ¿ É s necesario m a n d a r á los padres q u e
amen á sus hijos ?
R . N o : este amor le g r a v a en su ánimo
la misma naturaleza.
P. ¿ C á b e desorden en este amor ?
R . S i : muchas veces le desordena ó la tern u r a , ó el excesivo r i g o r .
P. ¿ Q u é bien se p r o c u r a el padre q u e ama
debidamente á sus hijos ?
122
-LECCIONES
DE
R . U n p u r o y c o n t i n u o placer , y u n s ó lido apoyo para su a n c i a n i d í d .
P. ¿ P u e d e p e r j u d i c a r a l hijo el amor i n discreto del padre ?
R . Si: porque puede cegarle hasta el p u n to de no ver los defectos del h i j o , ó de e n e r varle para q u e no los c o r r i j a .
P. ¿ Ama al hijo, el p a d r e q u e n o c o r r i g e
sus defectos ?
R . El qne escusa la v a r a , q u i e r e mal á
su hijo : mas el q u e le corrige , le a m a .
P. ( Por q u é ?
R . Porque-la p r u d e n t e corrección es s a lud y vida del corregido.
P. i Es b u e n o doblar la v o l u n t a d de los
hijos desde la niñez ?
R . S i : porque es saludable ai niño, c u a n d o aun n o c o n o c e los riesgos de la vida , ser
g u i a d o por quien desea su bien.
P.
¿A q u é expone al h i j a el padre q u e le
deja á su voluntad ?
R . A que le afrente con sus yerros.
P.
¿ Q u é puede prometerse del hijo c o r r e gido?
^ R . Q u e sea su g o z o , y r e c r e o , y las d e l i cias de su alma.
P. ¿ Cuál es la mejor educación moral de
los hijos 5
R . La q u e reciben de sus padres.
P . ¿ Por q u é ?
MORAL CRISTIANA.I19
R . Porque la t e r n u r a d e l amor p a t e r n a l
es á propósito para inspirar amor á la v i r t u d .
P. i C u á l e s la principal lección de l o s p a dres para con los hijos?
R . El buen ejemplo.
P.
¿Por q u é ?
R . Porque el niño se e d u c a , y se f o r m a
mejor por la imitación de lo que v é , q u e p o r
la práctica de lo que oye.
P. i D e d ó n d e nace esto ?
R . D e q u e en la tierna edad en q u e n o
está aun expedito el uso de la razón , no se
halla el niño en estado de rebatir con la r e flexion el impulso del mal ejemplo, ni de p o s poner lo malo q u e vé, á lo b u e n o q u e oye.
P . ( Q u é e f e c t o s c a u s a el buen ejemplo d e
los padres?
R.
T. Q u e el hijo una á la idea d e sus p a dres , ia idea de la virtud : de lo c u a l no distil m u c h o ia union del amor de la v i r t u d al
amor de ios padres inspirado pq* la n a t u r a l e z a . 2. Q u e del buen ejemplo r e c i b e mayor
eficacia la persuasion y la c o r r e c c i ó n ; pues
m u e s t r a el padre q u e desea 2I hijo la f e l i c i dad q u e se procura á sí mismo, por medio de
la rectitud de sus costumbres.
P.
¿A q u é debe reducirse la d o c t r i n a del
padre para con los h i j o s ?
R . A q u e teman y a m e n á D i o s .
1 08
LECCIONES DE
LECCION LVIII.
H¡jos.
P . i V ^ u é d e b e el hijo á sus padres?
R . A m o r filial, r e s p e t o , obediencia y o b sequio como á señores.
P . ¿ C a b e desamor del h i j o para con los
padres?
R . N o cupiera , si recordase que á ellos
debe el s e r , y el a l i m e n t o , y los t r a b a j o s , y
la solicitud de su c r i a n z a , c u a n d o no p o d i a
a u n conocer estos beneficios.
P . ¿ P u é d e resistirse el hijo á la v i g i l a n cia y severidad de sus padres ?
R . N o : antes bien debe agradecersela, como preservativo y correctivo de su perdición.
P . ¿ Q u é es para los padres el buen h i j o ?
R . Su gozo y su esperanza.
P . ¿ Por q u é es su gozo ?
R . P o r q u e nada consuela t a n t o á l o s b u e nos padres, c o m o la virtud del hijo.
P . ¿ P o r q u é es su esperanza ?
R . Porque del buen hijo se prometen p a j a la v e j e z , los consuelos q u e e s i j e n los t r a bajos y necesidades d e aquella e d a d .
P. ¿ Q u é g a n a el hijo q u e honra á sus p a dres?
MORAL CRISTIANA.
I
19
R . Q u e D i o s le b e n d i g a y p r o s p e r e , y le
honren á él sus hijos.
P. ¿ Q u é es p a r a los hijos la bendición
del p a d r e ?
R . Medio para alcanzar la bendición d e
D i o s , y la ventura de su prosperidad.
P . ¿ Q u é hijo merece el nombre de necio?
R . El q u e se mofa de la amonestación d e
sus padres.
P. ¿ Por q u é ?
R . P o r q u e cierra la puerta á la e n m i e n da de sus defectos.
P. ¿ Q u é es el hijo q u e exaspera ó d e s a m para á sus padres ?
F . I n f a m e ante los h o m b r e s , y maldito
de Dios.
P . i Q u é es el hijo mal criado ?
R . V e r d u g o de sus padres , a f r e n t a d e su
f a m i l i a , y peste de la sociedad.
P. ¿ A q u é está obligado el hijo de pa¡dres ilustres ?
R . A imitar á sus mayores en los hechos
virtuosos.
P. ¿ D e q u é debe g u a r d a r s e el hijo de p a dres ilustres?
R. D e l veneno de la n o b l e z a , q u e es el
orgullo.
?
P. ¿ A q u é debe aspirar el hijo de padres
ilustres?
.i
12«
LECCIONES DE
R . A n o m a n c h a r c o n v i c i o s , la c l a r i d a d
d e su l i n a g e .
P. ¿ A q u é debe acostumbrarse ?
R . A la modestia , y á la beneficencia.
LECCION
LIX.
Amos.
P . ¿ \ ¡ ^ ¿ u é entendemos por a m o ?
R . El superior ó cabeza de u n a f a m i l i a .
P . ¿ Q u e d e b e el a m o á su c r i a d o ?
R.
É l c u m p l i m i e n t o de su c o n v e n i o , y
todos los oficios d e la c a r i d a d d o m é s t i c a .
P.
¿ C u á l es la p r e n d a p r i n c i p a l del a m o ?
R . L a v i g i l a n c i a con solicitud.
P.
¿Por qué?
R . P o r q u e a t a j a el desorden i n t e r i o r de s u
f a m i l i a , ó le precave.
P.
; A c u a l d e los criados a g r a d a la v i g i lancia del a m o ?
R . A l b u e n o q u e n o la necesita.
P. ¿ A cual incomoda?
R . Al m a l o á quien a p r o v e c h a .
P . ¿ Q u é hace el amo q u e n o a t a j a los v i cios de sus d o m é s t i c o s ?
R.
Lo que el c i r u j a n o q u e deja correr el
cáncer.
MORAL CRISTIANA.
I
19
P. i Hasta q u é p u n t o debe e d u c a r e h a m o
í sus criados?
R . Lo q u e baste para instruirlos en las
verdades esenciales de la r e l i g i o n , y e n c a m i narlos por la v i r t u d .
P. ¿ A q u é debe aspirar ei amo ?
R . A ser servido por a m o r .
P . ¿ Cómo debe tratar al c r i a d o b u e n o ?
R . Como á h e r m a n o .
P . ¿ C ó m o al flojo ?
R . Proporcionándole honesta o c u p a c i o n .
P . ¿ C ó m o al malo ?
R . A d o p t a n d o medidas para hacerle b u e no.
P. ; C ó m o al i n c o r r e g i b l e ?
R . Apartándole, para q u e no contamine á
la familia con su mal ejemplo.
P. i F a l t a el amo que sospecha mal de sus
domésticos ?
R . La sospecha f u n d a d a en a m o r , no es
defectuosa ; si se dirige á procurar la enmienda agena , es loable.
P. ¿ H a y inconveniente en q u e dé m u e s tras el amo de preferencia en el amor ?
R. Si : el dar ocasion á q u e se t u r b e la
paz doméstica.
P. ¿ P u e d e el amo mostrar mas afecto al
mejor criado ?
R . S i : mas solo lo que baste á excitar en
los demás i m i t a c i ó n , y no envidia.
128
LECCIONES DE
P. ¿Por qué?
;
R . P o r q u e la e n v i d i a , d o n d e q u i e r a q u e
h a l l e c a b i d a , es i n c e n t i v o d e g r a n d e s males.
P . i D e q u é vicios debe g u a r d a r s e el amo?
R . D e i n j u s t i c i a , d e d u r e z a , y de desprecio.
P.
¿ Q u é debe p r o c u r a r el a m o e n el t r a t o
c o n los c r i a d o s ?
R . M o d e r a r e n sí con la h u m a n i d a d y
b l a n d u r a la s u p e r i o r i d a d , y d i s m i n u i r e n ellos
la r e p u g n a n c i a ¿ la s u j e c i ó n .
LECCION
LX.
Criados.
P.
amo ?
R.
P.
amo ?
R.
vicios
p.
R.
amo.
P.
R.
¿C^ué
es
^ s p e " 0 <k
su
U n menesteroso q u e a l q u i l a s u servicio.
¿ A q u e está o b l i g a d o respecto d e s u
A prestarle fidelidad y los b u e n o s s e r á q u e se obligó.
¿ C u á l es el c r i a d o fiel ?
E l q u e t o m a p a r t e e n el b i e n d e s u
; E s provechosa al c r i a d o su
fidelidad?
S Í : p o r q u e le g r a n g e a el a p r e c i o y la
MORAL
CRISTIANA.
129
confianza del a m o , y le pone al i g u a l de s u s
deudos.
P. ¿ D e q u é defectos debe g u a r d a r s e el
criado respecto del amo ?
R . D e mentira, de d e s i d i a , de deslealtad
y de i n g r a t i t u d .
LECCION
LXI,
Maestros,
P. ;
e q u é es d e u d o r el maestro á los
discípulos ?
R . D e i n s t r u c c i ó n , y de buen ejemplo.
P.
¿Cuánto t i e m p o d e b e d e d i c a r e l maestro
á la enseñanza ?
R . El que se le prescribió por contrato.
P. i A q u é debe aspirar el maestro ?
R . A q u e sea t a n docto como él su discípulo.
P . ; F a l t a el maestro q u e o c u l t a á los discípulos parte de lo que sabe ?
R . Si lo reserva para mejor t i e m p o , es
loable; mas si lo oculta por a l g ú n a f e c t o siniestro, esrepreensible.
P. ¿ C ó m o debe disponer sus lecciones el
maestro?
R . De suerte que n o se desentienda de la
piedad.
P.
¿Por q u é ?
R . Porque la piedad para todo es ú t i l : y
9
I N D I C E .
Leteiones.
Paginas.
Introduction.
I. Moral Cristiana
II.
Hombre
III. Vida Humana
IV.
Conciencia
V.; ¡Guarda del Corazon
VI.
Virtud
VII.
Hipocresía............
VIII.
Virtudes Teológicas
IX. Fé
,
X.
XI.
XII.
XIII.
,
XIV.
XV.
XVI.
XVII.
XVIII.
XIX.
XX.
XXI.
XXII.
XXIII.
7
9
12
16
19
21
24
25
2$
Esperanza.....
28
Presunción
Ocasion
3*
Desesperación
32
Caridad.....
Temor de Dios
Amor de sí mismo
Conocimiento de si mismo...
Interés Personal
Amor del prógimo
Amor de los enemigos...
Venganza
33
35
36
38
39
41
44
47
Misericordia
Tolerancia
,
48
5*
XXIV.
Indulgencia
S^
XXV.
Complacencia
••» 53
XXVI.
Corrección
54
XXVII.
Beneficencia
XXVIII.
Limosna
1
57
6 t
XXIX.
Amistad
<
<
XXX.
Envidia
.....X......
^4
ó
XXXI.
Buen ejemplo
7
6
XXXII.
Prudencia
9
XXXIII.
Consejo
7*
XXXIV.
Justicia
74
XXXV.
Justo
7¡>
XXXVI.
Fortaleza
78
XXXVI l. Grandeza de Alma
8o
83
XXXV11I.
Temor humano
8
X X X I X . Fuerza
3
86
XL.
Templanza
8
XLI.
Sobriedad
7
8
XLIÍ.
Gula
9
XLI II. Embriaguez
91
XLIV.
Mundo
93
XLV.
Concupiscencia de carne ....
95
XLVI.
Concupiscencia de ojos
97
100
XLVII.
Soberbia de vida
102
XLV1II.
Patria
XLIX.
Sociedad
„
v 104
IO
L.
ley
'7
108
LI.
Trato Humano
111
L1I.
Compañía
113
LUI.
Visitas
LIV.
Diversiones
••
tc.ec.
IV.
XVI.
¿VII.
tVIll.
IIX.
LX.
LXI.
LXII.
Duelo
Lujo,
Padres
Hijos
Amos
Criados
Maestros
Discípulos,
ADVERTENCIA.
Los objetos de que tratarán los cuadernos ofreeuios a la Juventud Española en los diversos
anuncios pubitcos, y que saldrán indistintamente, son: —
Agricultura.
Economía Política.
Filosofía.
Algebra,
Fínica.
•
Apljeatlaála Geo- Geografía Universal.
metria y precedidade
de España.
las Secciones Cónicas
Antigua y SaAnatomía.
grada.
A n t i g ü e d a d e s J u . i á i c a s . Geometría Elemental.
Griegas.
Gramática Castellana.
Romanas.
Latina
Aritmética,
-de otros idiomas.
Arquitectura.
Heráldica.
Agrimensura.
Historia de España.
Biografía Antigua.
Antigua.
Moderna.
de Grecia.
-— Española.
Üoniana.
Botánica.
Rajo imperio.
Cálculos Diferencial é
Moderna basta
Integral.
nuestros dias.
Conocimientos genera- Industria Rural y Ecoles y ó r d m de ellos,
nómica.
ó idea rápida de to- Lógica.
das las ciencias, ar- Mecánica.
tes y oficio»
Medicina.
Cronología,
Mmeralósfia.
Astronomía.
Mitología.
Moral.
Poesía.
Química
Música, ;
"Retórica y Poética.
fcavtgac on.
Tranco v Co-nercio.
Obligaciones con Sos Pa- Trigonometría.
. (ires.
Uso de ios Globos.
Pintura ai oleo y ¿t Zoología.
perspectiva.
Otras ciencias y artes
Los iilutos que Ilavan esta misma letra , indicrin que las lecciones de acuella materia, se kan pu~
blicado ya.
Los que faltan saldrán á luz por ei mismo orden , y con la misma extension y gusto que el
presente cuaderno.
Ei numero en blanco <le la portada, «ervirá para
colocar el que le corresponda porelónifn <U: cono»
cimientos, puolcada que sea toda la cot-ccion.
Como no perdonaremos gasio para ^ue la unprt-Mon sea lucida, advertimos que sobrecargaremos el corto valor que exijan la< láimuas, que
sea necesario unir á los cuadernos
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