N Ú M E R O 3 6 8 0 VIERNES 11 DE OCTUBRE DE , DIEZ PARTE

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VIERNES 11 DE OCTUBRE DE 1844.
N Ú M ER O 3680
PARTE OFICIAL.
S S . MM. la R e i n a D o ñ a Isa b e l I I y su a u g u s ta M adre,
y S. A. R . la S e r m a . S e ñ o r a I n f a n t a D o ñ a M aría L u isa
F e r n a n d a , c o n t i n ú a n e n esta c o r t e s in n o v e d a d e n su i m ­
p o r t a n t e sa ludL
DISCURSO
PRONUNCIADO
POR
S.
M. LA REIN A DONA ISABEL
A PERTURA DE LAS CORTES E L DIA
10
II EN
LA
DE OCTUBRE DE
SOLEMNE
104 4 .
S re s. S e n a d o r e s y D i p u t a d o s : No podia c e l e b r a r m e jo r
m i c u m p le a ñ o s q u e c o n g r e g a n d o p a ra este fausto (lia las
C o rte s del r e i n o , y ro d e á n d o m e de los elegidos de la
nación.
D e b o t a m b i é n c o n g r a t u l a r m e p o r las b e n é v o la s d is p o ­
sic io n es q u e c o n t i n ú a n m a n if e s t á n d o m e las P o t e n c i a s a l i a ­
das d a m i g a s , e n t r e las cu a le s la s u b lim e P u e r t a m e lia d i ­
r i g i d o u n a f e li c it a c ió n p o r m e d io de u n e n v ia d o e x t r a o r d i ­
n a r i o , q u e lia sido r e c ib i d o e n estos re in o s cual c u m p le á
los a n t ig u o s v ín c u lo s q u e subsisten e n t r e a m b o s Estados.
S o lo lia o c u r r i d o u n c o n flic to g r a v e q u e p u d o t u r b a r la
paz q u e t a n t o deseo c o n s e r v a r c o n el i m p e r io de M a rru e ­
c o s ; p e ro c r e y e n d o c o m p r o m e t i d o el h o n o r n a c i o n a l , a n t e
el c u a l d e b e n c a ll a r todas las d em as c o n s i d e r a c i o n e s , hizo
m i G o b i e r n o la r e c l a m a c i ó n c o n v e n i e n t e , y se dispuso á
s u s t e n t a r l a , si h u b ie s e sid o m e n e s t e r , p o r la vía de las
a rm a s. E n c u y a o ca s ió n r e c i b í u n nu e vo te s t i m o n io de
a m is t a d p o r p a rte de m is augustos alia dos S. M. el R e y de
los fra n ce s es y S . M. la R e i n a de la G r a n B r e t a ñ a é I r l a n ­
da. L o o v o t r o S o b e r a n o m e o f r e c ie r o n sus b uen os oficios,
q u e a c e p t é 011 los té r m i n o s c o n v e n ie n t e s ; y c o m p lic ad o s
luego los sucesos hasta el p u n t o de e sta lla r la g u e r r a e n t r e
e 1 im p e rio m a r r o q u í y la F r a n c i a ( g u e r r a t e rm in a d a c o n
t a n t a c e le rid a d v g lo ria p o r esta P o t e n c ia ) , c o n t in u ó el
G o b i e r n o b r i t á n i c o i n t e r p o n i e n d o c o n la m a y o r eficacia su
pod eroso i n f l u jo , á fin de q ue se a rr e g la s e n n u e stra s desa­
v e n e n c ia s c o n a q u e l im p e rio . Asi se ha con seg uido feliz­
m e n t e ; hallánd ose ya c o n v e n id a s las bases de un tra ta d o
e n c u v a v i r t u d o b t e n d r á E sp añ a la s a tis fa c c ió n (pie de j u s ­
t i c i a se le debe. Mis S e c r e t a r i o s del D e s p a ch o os p r e s e n t a ­
r á n d ic h o c o n v e n i o , en c u a n t o se h a lle r a t if ic a d o e n el m o ­
d o y fo rm a c o n v e n ie n t e .
T a m b i é n os p r e s e n t a r á n , y e n las p r i m e r a s sesiones, el
p r o y e c t o de r e f o r m a c o n s t i t u c i o n a l ; p u n t o e se n cia lísim o
q u e in d ic ó ya m i G o b i e r n o desde la c o n v o c a t o r i a m i s m a , y
cu v a g r a v e d ad n o puede o c u l ta r s e á v u e stra ilu s t r a c ió n y
p a t r io t is m o . D e él m e p r o m e to q u e os d ed iq u é is c o n celo á
o b r a t a n i m p o r t a n t e ; pu es la m e n o r d il a c ió n po d ría a c a r ­
r e a r p e rju ic io s i n c a lc u l a b l e s , f r u s t r a n d o las esp eranzas de
l a n a c i ó n , q u e a n h e l a v e r c e r r a d o c u a n t o a n te s el c a m p o
de las dis cu siones p o l í t i c a s , y afianzadas p a r a ' lo v e n id e ro
las i n s ti t u c i o n e s q u e h a n de re g irla.
A fui de d arles m a y o r robu stez y f i r m e z a , se h ac e n e c e ­
s a rio v u r g e n te d o ta r á ia n a c i ó n de leyes o r g á n i c a s q u e es­
t e n e n c o n s o n a n c i a c o n la C o n s t i t u c ió n y f a c il it e n su a c ­
c ió n y m o v i m i e n t o . P o r lo tan to esp ero q u e e o n t r i b u r e i s ,
de a c u e rd o c o n m i G o b i e r n o , á r e p a r a r u n a falta de q u e
h á ya m u ch o s a ño s se está la n a c i ó n l a m e n t a n d o .
S i se c on sigu e e n b r e v e tie m p o r e f o r m a r la C o n s t i t u ­
c i ó n y p l a n t e a r las leyes o r g á n i c a s , q u e son c o m o su c o m ­
p l e m e n t o , vuestra a t e n c ió n po d rá e m p le arse c o n m as espa­
c io y desahogo e n el e x a m e n de las m e jo r a s a d m i n i s t r a t i v a s
y e c o n ó m i c a s , q u e t a n t o in flu jo h a n de te n e r e n la riq ueza
y p ro s p e rid a d de los pueblos.
C e lo sa , á la p a r q u e v o s o t r o s , de q u e se c o n sig a este
i m p o r t a n t í s i m o o b je to ', he m a n d a d o á m is S e c r e t a r i o s del
D e s p a c h o q u e os p re s e n t e n var ios pro y e cto s de ley s obre
m a t e r i a s de a d m i n i s t r a c i ó n .
P o r lo q u e respecta á la H a c ie n d a , el p r i m e r paso p a ­
r a e sta b le c e r e n ella o r d e n y c o n c i e r t o h a sido el de des­
e m b a r a z a r las c o n t r i b u c io n e s y r e n t a s p ú b lic a s de los e m ­
p e ñ o s c o n t r a i d o s d u r a n t e m i m e n o r e dad , p o r los a p u ­
ro s q u e ha o ca s io n a d o la g u e rra c iv i l y p o r o tra s c ir c u n s ­
t a n c ia s l a m e n ta b le s. R e u n id o s los pro d u c to s de las re n t a s
y c o n t r i b u c io n e s , será m e n o s d ifíc il a p lic a rlo s á las n e c e ­
sid ades m a s p e r e n t o r i a s , e n t a n t o q u e se p r o c u r a e s t a b le ­
c e r el pos ble e q u i l ib r io e n t r e ios in greso s y ios g a s to s, m e ­
j o r a n d o p o r u n a p a r t e el s is te m a t r i b u t a r i o , y h a c ie n d o
p o r o t r a las o p o rtu n a s e co n o m ía s . E ste es el m e jo r m e d io
de q u e se re stab le zca n a t u r a l m e n t e el c r é d i t o ; á cuyo fin­
es in d is p e n s a b le t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n la suerte de los
acreedo res del E s t a d o , t a n t o n a c io n a le s c o m o e x t ra n g e ro s .
E l ó rd e n e n la H a cie n d a y la b u e n a fe del G o b i e r n o Íes
o f r e c e r á n la m e jo r g a r a n t ía .
T e n g o la m a s v iv a s a tis fa cc ió n e n a n u n c ia r o s q u e el
e j é r c i t o , después de u n a g u e r r a c iv i l de siete añ o s y de las
v ic isitu d e s p o lític a s e n q u e siem p re se r e l a ja n los v ín c u lo s
de la o b e d i e n c ia , o fre c e e n la actu a lid a d •un estado a d m i ­
r a b l e de d is cip lin a . L a p a r t e de i n s tr u c c i ó n h a re c ib i d o ias
m e jo r a s que dos a d e la n t a m ie n t o s e n el a r t e m i l i t a r r e c la ­
m a b a n ; y ad em as he e n v ia d o á países e x t r a n g e r o s co m isio ­
nes de ios cuerpo s fa c u lt a tiv o s , para q u e pueda luego a p li­
c a rse al e jé r c it o e sp año l c u a n t o se e stim e útil y ad ecuado.
C o n el fin de a l iv i a r el presupu esto , se lia n h e c h o todas
las e c o n o m ía s c o m p a t ib le s c o n la segurid ad del E sta d o y
c o n ei b i e n e s t a r de ios q ue d e r r a m a r o n su sa n g r e e n de­
fensa del T r o n o y de las leyes. E n c u a n t o se robu stezca la
a c c i ó n de e s t a s , por m e d io del a rr eg lo de la a d m i n i s t r a c i ó n
y del v ig o r de la auto rid ad c i v i l , se pod rá d is m i n u ir s in
p e lig ro la fuerza del e jé r c i t o ; c on sig u ien d o á la p a r la v e n ­
taja de r e s t it u ir á sus ho g ares m u ch o s brazo s útiles y de
a l i g e r a r el peso de las c o n trib u c io n e s .
E n i n c d i o de los apuros del E r a r i o lie fijado m i p a r ­
t i c u l a r a t e n c ió n e n la M a rin a , r e c u e rd o de ta n ta s glo rias y
o b je t o de no m en ores esp eranzas. L a s itu a ció n de ia P e ­
n ín su la, y los r eos t e rrit o rio s q u e a u n pos ie E s p a ñ a en ias
v a ria s partes del m u n d o , e x i g e n lia j o todos c o n c e p to s la
c r e a c i ó n de una m a r i n a po d ero sa; y c om o esta tien e q u e
ser o b r a del tiem p o v de un p ian seguido c o n p e rs e v e ­
r a n c i a , m i G o b i e r n o os m a n if e s t a r á las disposiciones q u e ya
ha to m ad o , e n c a m i n a d a s á este fin, hab ie nd o ac u d id o des­
de lu e g o , por los únicos m edios q u e estab an á su a lc a n c e ,
á r e p a r a r e n lo posib le ta n l a m e n t a b l e falta.
T a m b i é n e x ig e tiem p o la re fo r m a fu n d a m e n t a l de la
a d m i n i s t r a c i ó n de ju s t i c i a , á la cu al debe s e r v ir de c i m i e n ­
to la c o n c lu s ió n de ios nuevos cód igo s, q u e se h a l l a n m u y
a d e l a n t a d o s ; e n ta n to q u e m i G o b i e r n o d ie ta a lg u n a s p r o ­
v id e n c ias útiles p a r a a l l a n a r ia sen da á la ap e te cid a r e ­
fo rm a.
D e esta suerte se va e sta b le cie n d o r e g u l a r i d a d y c o n ­
c ie rt o e n los v arios r a m o s de la a d m i n i s t r a c i ó n ; y a u n
c u a n d o haya que v e n c e r no pocos o b s t á c u l o s , m u c h o se p o ­
d rá a d id a n tar e n la o b r a c o m e n z a d a , c o n t a n d o c o n el a u x i ­
lio de ia d iv i n a P r o v i d e n c i a , c o n vuestra leal c o o p e r a c ió n
y ayuda , y c o n t r i b u y e n d o ai m i s m o p ro p ó sito la fa v o r a b le
d isp o sició n de los pueblos q u e , cansad o s de a l t e r a c i o n e s y
tra sto rno s, d esean c on a n s ia d is f r u ta r de t r a n q u ilid a d y so­
siego b a jo el i m p e r io de las leyes y á la s o m b r a t u t e l a r dei
Trono.
MINISTERIO DE HARINA • COMERCIO Y GOBERNACION
D E U LTR A M A R.
E l gobernador capitán general de la isla de Cuba participa
en 51 de Agosto último , que en toda ella se gozaba de tranqui­
lidad , sin haber ocurrido suceso alguno que en lo mas mínimo la
hubiere alterado.
H ab ié n d o se ap u ra d o los e je m p la re s de n u e stro n ú m e ­
r o 3 f)6 7 , en qu e se. p u blicó el R e a l d e c r e t o de 27 de S e t i e m ­
b re ú l t i m o sobre re fo r m a s e n los estudios de bellas artes,
lo r e p r o d u c im o s hoy p ara q u e á poco p re c io lo p u e d a n a d ­
q u i r i r los (pie lo necesiten.
MINISTERIO DE LA GOBERNACION DE LA PENINSULA.
Sección de instrucción pública, =
Negociado núm.
3.
Sonora: Tiempo Iiacc ya que se reclama por todos los aman­
tes de las bellas artes una reforma radical en su enseñanza, á fin
de elevarla á la altura que tiene en otras naciones europeas, dán­
dole la extensión (pie necesita para formar eminentes profesores.
Cierto es que la Jleal Academia de San Fernando ha desplegado
siempre el mas laudable celo en favor de esta enseñanza; pero
escasa de medios, no ha podido menos de darla incompleta, y si
bien ha producido gran número de distinguidos discípulos, la
mayor parte han tenido que perfeccionarse con estudios particu­
lares, debiendo los conocimientos que los adornan á viajes y sa­
crificios hechos con pérdida de tiempo y de intereses. Estos co­
nocimientos no todos los pueden adquirir de semejante modo, y
al Gobierno tjea proporcionarlos, á tin de allanar la senda por
donde tantos felices ingenios como produce España para las ar­
tes puedan seguir las huellas de los eminentes artistas que han
,
DIEZ
cu a rtos
.
ilustrado nuestro suelo. Los apuros actuales del erario no permi­
ten .i la verdad plantear esta reforma con toda la extensión qui
su importancia requiere; pero sin mucho aumento en el p re s u ­
puesto se puede dar un gran paso y hacer mejoras de conside­
ración , preparándose el terreno para llevar la obra completa­
mente á cabo en tiempos mas felices.
E l estudio de la arquitectura sobre todo exige una especia
atención, por cuanto esta a rte , la prim era, la mas necesaria
aquella en que la ignorancia puede acarrear mas lastimosos re­
sultados, es acaso la que tiene menos perfecta ens«fi uiza ; y par¿
establecerla cual conviene es preciso, no solo ampliarla teúrin
y prácticamente, sino también sujetaría á todas las lórmalidade
de una verdadera carrera cicntíiica.
Para conseguir este útil objeto del mo lo inas acertado no si
ha perdonado medio alguno de ilustración. Se ha consultado á 1.
Academia, como la corporación mas autorizóla al efecto v 1,
(fue naturalmente debia ser llamada á dar su parecer en e/asn o
to ; y tomando su trabajo por base, aprovecha ias también las iu
ccs de personas inteligentes, se ha formado el adjunto provee
to de decreto que tengo el honor de presenta]* á la anroUmioi
de V. M.
1
Madrid 2 5 de Setiembre de 1 8 4 ---Señora.— A L. II P d
V. M .= P ed ro José Pidal.
DECRETO.
En vista de las razones que me ha hecho
tro de la Gobernación de la Península sobre
¡orar los estudios ^de bellas artes de la R *al
Fernando, he venido cu decretar el siguiente
para las mismas:
presentes ei Minis
la necesidad de nir
Academia de Sa
plan de enseñanz
C A PITU LO PR IM E R O .
De la enseñanza de las bellas artes.
Art. 1? La enseñanza de la pintura constará de las partes si
guien Les:
I.’ Aritmética y geometría propias del dibujante.
2? Dibujo de íigura y paisaje en toda su extensión.
o. Dibujo de adorno y proporciones de los ordenes de ar
qu i Lectura.
4 o. Perspectiva lineal y aérea,
ñ? Anatomía aplicada.
G? Simetría y proporción del cuerpo humano.
í°. Eslu do del antiguo y del natural.
G? Estudio de paños.
9? Colorido.
10.
Composición.
I I . Tem ía del arte, comparación y análisis de las diferente
escuelas..
1 ± Historia general de las bellas artes, mitología, usos, tra
jes y costumbres de los pueblos.
A rt. 2? L a enseñanza de la escultura abrazará lo siguiente
1*
Aritmética y geometría propias del dib ujan te.
2? Dibujo de íigura y adorno en toda su extensión.
5? Perspectiva lineal y aérea.
4? Anatomía aplicada.
5? Simetría y proporciones del cuerpo humano.
G? Estudio del antiguo y del natural.
7? Estudio de paños.
G? Composición.
9? l e o n a del arte, comparación y análisis de las diferente
escuelas.
10.
Historia g en eral de las bellas a rte s, mitología, u so s, tra
jes y costumbres de ios pueblos.
Ai t. o? Para el grabado, en dulce se exigirán como estudio
prepara torios y auxiliares los mismos que para la pintura nast;
el del antiguo y natural inclusive.
A rt. 4°. ' Para el grabado en hueco se exigirán también los mis­
mos estudios que para la escultura hasta el dei antiguo v natu­
ral inclusive.
Art. 5? E l estudio de la pintura, escultura y grabado no esl;
sujeto a tiempo determinado; cuidando únicamente'los profeso re
de no permitir el pase de una materia á otra sin que el alumm
este bien instruido en las que preceden.
A rt. G? La enseñanza de la arquitectura se dividirá en estu­
dios preparatorios y estudios especiales.
Art. 7? Los estudios preparatorios se harán fuera de la escuela
y comprende; án :
1?
Aritmética.
2? Algebra.
5? Geometría. - .
4? Trigonometría rectilínea.
.
*
5? Geometría práctica.
G? Aplicación del álgebra á la geometría,
i? Secciones cónicas.
,
0° Elementos de lisica y química general.
Estos estudios se acreditará», pira ser admitido en ln esenel
(•special, con certificaciones ganadas en cursos públicos.
9? Principios de dibujo natural, paisaje y adornó.
Este estudio se a .mitirá co» ceiiificach.B dé haber sido he­
cho en las escuelas de la Academia. También valdrá el tstudh
fccchft <m fas Academias provinciales 6 con profesor particular;
pero ;'íg estos casos se sujetará el alumno á un examen antes de
«er admitido.
Art. 8? Se exigirá ademas el idioma francés, la geografía y la
mineralogía, cuyos estudios se acreditarán antes de recibirse el
título de arquitecto, pudiéndolos liacer el discípulo del modo
que le sea mas cómodo en los anos cjue dure su enseñanza.
Art. 9? Los estudios especiales se harán en la escuela misma
de arquitectura, necesitándose para ser admitido en ella haber
cumplido la edad de 15 años.
Art. 10. Esta enseñanza durará cinco años en la forma si­
guiente:
Primer año.
Cálculo diferencial e integral y aplicaciones de las matemá­
ticas á los usos de la arquitectura.
Geometría descriptiva.
Principios de delincación y lavado.
Segundo año,
Mecánica racional y aplicada á la construcción y á las má­
quinas en general.
Aplicaciones de la geometría descriptiva á las sombras, pers­
pectivas, corte de piedras y maderas.
Delincación de los órdenes de arquitectura, y copia de de­
talles de ediíicios antiguos y modernos.
Tercer año.
Historia general de las bellas artes.
Teoría general de la construcción, conocimiento y análisis de
ios materiales.
Dibujo de arquitectura, copia de edificios antiguos y mo­
dernos.
Cuarto año.
Arquitectura civil e hidráulica.
Teorías generales del arte y de la decoración.
Prácliea de la construcción.
Co|da de edificios antiguos y modernos.
Análisis de el Jos V composición.
Quinto- año.
Composición.
Arquitectura legal.
Práctica del arto.
Art. 11. Los alumnos se ejercitarán constantemente en el dibujo y delincación durante lodo el tiempo que dure su carrera.
Art. 12. La enseñanza de la pintura, grabado y escultura
será gratuita. La de la arquitectura, como forman Jo carrera pa­
ra cuyo ejercicio se necesita un titulo, estará sujeta al pago de
matriculas y de dicho título, oí cual se expedirá por el ministe­
rio de la Gobernación de la Península en virtud de certificación
dada por la Academia de San Fernando.
CAPITULO II.
De los profesores.
A rt 13. Los profesores serán de seis clases:
15 Profesores de dibujo.
35 Profesores de las enseñanzas comunes í varias bellas artes.
35 Profesores especiales de pintura.
4f Profesores especiales de escultura.
55 Profesores especiales de grabado.
65 Profesores especiales de arquitectura.
Art. 14. L)s profesores de dibujo serán:
Cuatro directores de dibujo de ligura con el sueldo de 69 rs.
eada uno.
Dos profesores de dibujo lineal y adorno con 39 rs*.
Un teniente director con 50.
Siete ayudantes con 30 rs. cada uno.
Dos correctoras para la escuela de niñas con 1500 reales ca­
da una.
Art. 15. Los profesores comunes á varias artes á la vez
serán:
Un profesor de anatomía artfsea con 60 rs.
Uno id. de perspectiva con 63 rs.
Otro id. de teoría de las artes con 93 rs.
Otro id. de historia general de las bellas artes, mitología,
tis o s , trajes y costumbres de los pueblos coa 93 rs.
FOLLETIN.
LA CASA DEL DIABUX
(Continuación.)
Sin embargo, algunos dias después principiaron de nuevo los
robos, y muchas piezas fueron visitadas á la vez por lo» ladrones
clandestinos. Sir Wiliiam perdió , no solo nuevas carteras, sino
también el cofrecilo de joyas que iba á regalar á su novia. Ma­
dama de Mauverney no volvió á encontrar mas ninguna de sus
magmneas cachemiras, y su esposo tuvo bien pronto (jue librar
numerosas letras contra su banquero de Londres. Li justicia to­
mó conocimiento de esto, y todos ios agentes del sherif salieron
en persecución, cercaron la linca, custodiáronla de noche v de
dia, se mudó de servidumbre; mas con todas esas medidas nada
pudo lograrse.
Una circunstancia singular obligó á Mr. Mauverney á insistir
en su resolución de permanecer en el castillo comedio de sus
misteriosas depredaciones. El aposento de su hija habia sido en­
teramente respetado por los ladrones. Ana ignoraba cuanto esta­
ba pasando en las otras viviendas deí castillo.
Una noche hablaba miss Mauverney con sn doncella, y la
explicaba el disgusto de que estaba poseída. El tiempo habia
estado nebuloso, y una nieve espesa cubría la tierra. La joven
volvió á su asunto predilecto, y dijo;
tQnc hombre tan vil es ese Mr. W iliiam i ¿no es verdad,
Margarita? No puede-'decirse que sea ruin, y con todo no puedo
resolverme a quererle: me parece que un enamorado debe'ser
gala», obsequioso: pues ¿Jo creerás? Hoy he hablado dos ó tres
veces muy alto para que me oyese: ¡Dios mioí se hizo sordo, no
me hizo caso...... Sabiendo que me gustan tanto las violetas, ni
»k|H3era ha tenido la atención [Guaulo- daría yo por un ramo
de violetas! Que, ¿os reís, Margarita? Os digo que daría mi
collar de perlas por una violeta.
pr-Eso sería pagar demasiado caro un capricho.
Art. 16, Los profesores especiales ele pintura serán:
Un director y profesor de colorido y composición con 158 rs.
Un profesor para el dibujo del antiguo, maniquí y ropajes
con 33 rs.
Otro id. para el dibujo del natural con 93 rs.
Otro id. de paisaje, con obligación de enseñar en el campo
cuando fuere necesario, con 93 rs.
Art. 17. Los profesores especiales de escultura serán:
Un director y profesor de composición con 159 rs*
Otro id. para el modelado por el antiguo, maniquí y ropajes
con 99 rs.
Otro id. para el modelado por el natural con 99 r&
Art. 18. Los profesores especiales de grabado serán;
Un profesor para el grabado en dulce con 69 rs.
Otro id. de grabado en hueco con 63 rs.
Art. 19. Los profesores especiales de la carrera de arquitec­
tura serán:
Un director y profesor de composición con 153 rs.
Un profesor de cálculo diferencial e integral y aplicaciones
de las matemáticas á los usos de la arquitectura con 109
Otro id. de mecánica con 129 rs.
Otro id. de geometría descriptiva y sus aplicaciones con
123 rs.
Otro id. de teoría general de la construcción, análisis de
materiales y principios de arquitectura civil e hidráulica con
429 rs.
Otro id. de teorías generales del arte, de la decoración y
ornato, copia y análisis de los ediíicios con 129 rs.
Otro id. de arquitectura legal y práctica de la construcción
con 129 rs.
Tres ayudantes con 63 rs. cada uno.
Art. 20. Los profesores no alternaran entre si para las varías
enseñanzas, sino qt?e ca la uno tendrá su asignatura especial, en
la que continuará constantemente, á no ser en casos de ausencia
ó enfermedad, en que podrán sustituirse unos a otros.
Art. 21. Los profesores de arquitectura, excepto los de cál­
culos y mecánicas, ademas de su enseñanza teórica especial, al­
ternarán por sernana's en la asistencia á los ejercicios de delinca­
ción y lavado, á íin de dirigirlos y corregir las íaitas que en
ellos notaren.
Art. 22. Todos los profesores de las arles serán nombrado*
por el Gobierno á propuesta de la Academia. La gracia de los
honores y graduación de director no dará opcion alguna a las
plazas de la enseñanza, conservándose solo los derechos adqui­
ridos.
C A P I T U L O III.
Duración del curso.
Art. 25. Las enseñanzas de las herías artes podrán ser de
dia y de noche, distribuyéndolas del modo que parezca mas con­
veniente.
Art. 24. En arquitectura habrá precisamente cada dia cinco
horas de clase, distribuí ¡as convenientemente entre los estudios
teóricos y la delincación.
Art. 25. Los cursos durarán ocho meses, excepto los de no­
che, que solo durarán seis.
Arl. 26. Habrá ejercicios y exámenes mensuales, presididos
por los respectivos profesores, y presenciados por todos los aca­
démicos que gusten asistir.
Los alumnos sufrirán al Bu de cada año un examen de los
tratados que hubieren estudiado , y no podrán continuar al si­
guiente sin la aprobación de la junta inspectora, repartiéndose
premios á los mas sobresalientes.
CAPITULO IV.
Medios materiales de enseñanza.
Art. 27. Para facilitar el estudio de las artes habrá:
i? Una colección completa de dibujos de todas clases para la
figura y paisaje.
2? Otra colección de trajes délos principales pueblos que han
figurado en el mundo, corno también de los cortinajes y colga­
duras de que sí; hace con frecuencia uso en las composiciones
históricas.
5? Modelos de edificios en su totalidad y en sus diferentes
parles, y de todo cuanto pueda conducir á conocer el mecanismo
de su construcción.
4? Ejemplares mineralógicos de las varías materias que se
empican en las obras de arquitectura, y también de maderas y
trozos de construcción de los ediíicios antiguos y modernos.
Art. 28. En la sala del natura! habrá siempre, cuando menos,
tres modelos en las tres diferentes edades del hombre.
Art. 23. Los directores tenAán á su disposición, para servirá
la e n se ñ a n z a , las salas de la Academia , y las colecciones de cua­
dros, grabados y escultura.
CAPITULO V.
*
Administración de la escuela de bellas artes.
Art. 50. Los directores de pintura , escultura y arquitectura
tendrán la inspección general d e ja enseñanza en sus respectivos
ramos, asistiendo á todas las auías pira dirigir los trabajos , cor­
regir las faltas y observar los progresos de los discípulos.
Art. 51. Cada uno de estos tres directores hará por turno de
director general de todos los estudios de ludias artes, por lo cual
disfrutara mientras dure este encargo de una gratificación de
39 rs. anuales.
Art. 32. Estos tres directores reunidos formaran una junta
facultativa para proponer las mejoras de que sea susceptible la
enseñanza y las medidas relativas a l¿fi disciplina y régimen in­
terior de la escuela.
Art. 53. Se nombrará lina junta inspectora de los estudios,
compuesta del viceprotector de la academia, del director general
de la enseñanza, dos académicos de honor, otros tanteas de méri­
to V el secretario.
Art. 54. La academia formará los reglamentos particulares
para el orden de la enseñanza y el e x a c to cumplimiento de estas
disposiciones en todas sus parles.
Art. 55. El nuevo plan de enseñanza creado por este decreto
deberá quedar establecido en lodas sus jjurtes para Octubre de
1815, proponiendo la Academia de San Fernando al Gobierno
cuanto crea con lucen te al eíccto.
Dado en Palacio á 25 de Setiembre de 1844—Está rubrica­
do de la Real mano—El Ministro de la Gobernación de la Pe­
nínsula, Pedro José Pida!»
PARTE NO OFICIAL.
.
NOTICIASEXTRANGERAS
FRANCIA.
Paris 5 de Octubre.
Fondos públicos. Cinco por 100, 118-55.
Tres id., 81-90.
Acciones del Banco, 5070.
España : Deuda activa , 52.
Pasiva , 5 7/8.
Tres por 100, 55 í/2 .
El Kev, la Reina, SS.AA.Rll. la Princesa Adelaida y e! du­
que de Montpensier, han salido á las ocho y media de este dia
para Eu. ( Debuts.)
Con motivo del viaje del Rey á Inglaterra corre un rumor al
que muy pocas personas dan crédito, pero que no es- invenid- :
mil. Se asegura que S. M. ha conferido por medio de un decreto
a1 Duque de Nentours los poderes de lugarteniente durante su
ausencia, aunque con la circunstancia de que S. A. R. no ejer­
cerá sus funciones sino en el caso de ocurrir circunstancias ex­
traordinarias. ( Revista de Paris.y
La Reina de Inglaterra ha debido embarcarse en Dunclee el
1? de este mes para regresar á W inisor, debiendo desembarcar
en Wolwieh. (Deba!si)
Escriben de Berlín en 27 de Setiembre;
El ma ríes último ha dado S. M. una comida á la cual asis­
tieron los grandes dignatarios eclesiásticos de los diferentes culto*
cristianos y el gran rabino de Berlín, el Dr. Oeltinger.
Pv>r espacio de muchos dias se renovaron estos robos miste­
—Capricho ó no capricho, eso ha de cosiurle á Mr. Dorsett
riosos. Ana fue perdiendo paco á poco el lazo de cinta con que
mas de lo que se piensa.
Diciendo estas palabras , la linda señorita reclinó la cabeza anudaba su cabello, sus guantes perfumado* que se había pues­
en la almohada y se durmió, al puso que Margarita preparaba to, un pañuelo de oianbatista , un espojito donde se habia estado
el moka que debia servir para espantar el sueno. La vigilante mirando ante» de acostarse y otros objetos, que por cierto no de­
guardiana tomó muchas tazas de el; mas después de haber lu­ bían parecer preciosos á nadie. Ella se guardó bien de confiar ni
chado contra un sueño invencible, dejó caer la cabeza sobre el aun á su nía vire lo que aquella mañana le estaba pasando. Su
imaginación le brindaba un placer secreto en este misterio , que
pecho , y se quedó dormida.
Cuando miss Mauverney despertó, lo primero que vio ai lado nada tenia por otro lado que pudiese alarmarla. Ana estaba
de su cama sobre el velador de laca fue un ramillete de viole­ siempre ignorante de lo que pasaba en las (lernas habitaciones,
y como una verdadera hija de la ludia se abandonaba sin re­
tas muy lozanas en un vaso de cristal.
—¡Dios mió, dijo, venid acá, mi querida Margarita, que serva á esa curiosidad romancesca, en que el corazón se intere­
quiero daros un abrazo: ¿adonde habéis ido á coger esas llores saba ya de algún modo.
tau liadas ?
Por la noche volvía á su habitación antes de la hora que te­
Margarita admirada protestó en vano contra la expresiva nia de costumbre, y ya no prestalxi mas (pie una atención dis­
atención de que era objeto.
traída á la conversación de su a a ligua compañera , y su sueño
—Tomad mi collar; es vuestro, querida mia : yo lo habia estaba turbado con continuas visiones.
prometido á quien me presentase este regalo.
Habia ocho dias que duraban estos singulares robos, cuando
Miss Mauverney buscó con la vista el collar de perlas; pero á media noche*, dando el reloj las dos, despertó Ana sobresaltada,
no estaba sobre el velador. ¿Que se habia hecho de el.' puer­ creyendo haber oído ruido en la alcoba. Registró alrededor suyo;
ta habia quedado perfectamente cerrada; no era posible sospe­ una lamparilla ardía sobre la mesa de mármol , y la buena
char (le la fidelidad de Margarita, que tenia dadas pruebas in­ Margarita dormía. Ana creyó que estaba soñando, y volvio a
contestables de ella.
acostarse.
Este misterio era de tal naturaleza que no podia menos de
La noche siguiente, á la misma hora, el mismo ruido desper­
preocupar vivamente á una joven inexperta y de imaginación tó á la inquieta joven, ahríó los ojos y dio un grito de espanto...#
ardiente: ella estalla bi.*n cierta de que habia dejado el collar so­ Acababa de ver á la claridad de la lamparilla á un jóven ves­
bre el velador: se acordaba del lugar donde lo habia puesto , y tido elegantemente, de cuerpo hermoso y marcial, de pie delante
la promesa que había hecho de dárselo á quien le trajese las de la chimenea.
violetas. Lus dores alli estaban, y el collar no parecía.... Ana hi­
Los rayos de luz iluminaban sus cabellos negros y brillantes
zo aceptar otro á Margarita, y se vistió muy pensativa.
como el azabache. Inclinado sobre el vaso de cristal donde miss
Aquel dia recibió á Dorsett con mas frialdad que nunca, Ana habia conservado el misterioso ramillete arreglaba nuevas
aunque al parecer no lo conoció nuestro oficial de marina. El violetas en el agua cristalina; después cogió las flores medio mar­
fuego que ardía en la chimenea de Ana habia comunicado á su chitas, se las metió en el seno, y volvió la cabeza hacia la alcoba:
alcoba un calor vehemente. Quitóse la joven el pañuelo de blon­ a este movimiento cerró la jóven los ojos: cuando d e s p u é s de
da que tenia al cuello y que cubría su blanca espalda, y lo ar­ un momento de angustia se atrevió á volver á abrirlos ya ha­
rojó sobre un sillón cercano á su cama, y por la mañana cuan­ bia desaparecido el extrangero. Margarita dormía profundamente.
do despertó va otra mano invisible se lo habia llevado. Miss
Miss Mauverney, apoyado el codo sobre la almohada, y sos­
Mauv erney sola lo conoció, y no dijo nada á Margarita. Todo lo ¡ tenida la cabeza con la mano, lija la vista en aquel lugar que
domas de su prendido se hallaba todavía en donde se habia puesto. | acababa de dejar ti jóven desconocido, permaneció hasta por R
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