7. Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el

Anuncio
MARCO Y TESELAS PARA UNA HISTORIA DE LAS
LETRAS OSCENSES EN EL SIGLO XIX (1833-1900)
J U A N CARLOS ARA TORRALBA
Universidad d e Zaragoza
Esto d e las letras locales siempre m e h a p a r e c i d o q u e tiene m u c h o , e n
su aspecto formal, d e recursividad d e estructuras q u e se incrustan e n niveles inferiores d e análisis hasta el infinito sin cambiar u n ápice su formulación superior o superficial, más evidente. Circunstancia q u e h a equivalido,
e n la historiografía literaria, a u n m e r o b a n d e r e o topográfico d e sucursales. T a m b i é n , estirando la metáfora, las letras locales evidencian participar
d e u n p r i n c i p i o q u e los viejos g r a m á t i c o s h i s t ó r i c o s d e n o m i n a r í a n «de
campana»; principio q u e h a d e e n t e n d e r s e e n la grosera acepción d e q u e
los ecos d e u n d e t e r m i n a d o f e n ó m e n o llegan debilitados, tenues y tardíos
a los espacios m á s alejados, geográficamente h a b l a n d o , d e s d e el lugar e n
q u e se h a p r o d u c i d o la circunstancia histórica inicial.
Tales r e f l e x i o n e s p r e l i m i n a r e s , q u e m á s b i e n p a r e c e n n a c i d a s d e u n
curso d e sintaxis e l e m e n t a l o d e la fácil aplicación d e lo q u e a m e d i a d o s
del siglo p a s a d o se c o n o c í a c o m o transiciones lingüísticas, t r a d u c e n dos
peticiones d e p r i n c i p i o — m á s q u e criterios p r o p e d é u t i c o s — q u e , d e u n a
m a n e r a m á s o m e n o s intuitiva, suelen i n f o r m a r los asedios al e s t u d i o d e
las literaturas regionales, provinciales o locales. A saber, el c o n c e p t o sinc r ó n i c o d e i n f e r i o r i d a d — h i p o t a x i s — e n r e l a c i ó n c o n p r o c e s o s superiores, y, el más fecundo, d e periferia — e p i f e n ó m e n o — frente al c e n t r o fértil
e irradiador.
A h o r a bien, sucede q u e la mayoría de los añejos estudios locales, carentes d e r e f l e x i ó n p r e v i a o d e la m á s m í n i m a a l t u r a e s p e c u l a t i v a , s o l í a n
manifestar estos m o d o s d e actuación y d e análisis p o r la m a c h a c o n e r í a en
intentar p r o b a r lo contrario. O lo q u e es lo mismo, más atentos al aplauso
del público l u g a r e ñ o o provincial, elevaban a categorías superiores objetos
culturales reiterativos, r e c u r r e n t e s , y al m i s m o t i e m p o construían su edificio e r u d i t o s e ñ a l a n d o hitos capitales y d o t á n d o l o s d e u n talante c e n t r a l ,
i r r a d i a d o r . De esta m a n e r a n o h a c í a n sino ratificar el sistema j e r á r q u i c o
153
Juan Carlos Ara Torralba
p u e s t o q u e se relegaban a lugares marginales otras localidades, provincias
y r e g i o n e s , g e n e r a l m e n t e m e n o s d e s a r r o l l a d a s . En ocasiones, c o n a l a r d e
de i n u s i t a d o i r r e d e n t i s m o , d e s c e n t r a b a n el f e n ó m e n o y d e s p o j a b a n a las
metrópolis sojuzgadoras d e t o d o p r o t a g o n i s m o e n él .
1
Estos m o d o s d e análisis, p r o p i o s d e u n a s prácticas eruditas d e c i m o n ó nicas, p r o p i c i a r o n u n p r o g r e s i v o d e s d é n , e n los c í r c u l o s u n i v e r s i t a r i o s ,
hacia el estudio d e estos asuntos s i n c r ó n i c a m e n t e inferiores y diacrónicam e n t e periféricos. Sólo la progresiva autonomización d e las u n i v e r s i d a d e s
— t r a z a d o l a m e n t a b l e q u e , e n ocasiones, desnaturaliza el p r o p i o ser universitario—, acaecida e n los tres últimos lustros, h a provocado el acercamiento d e m u c h o s d e sus investigadores a las instituciones provinciales, particip a n d o e n sus objetivos.
Aragón, p o r supuesto, n o es ajeno a estos avatares, y la b u e n a relación
e n t r e la Institución « F e r n a n d o el Católico» y la Universidad d e Zaragoza
es b i e n c o n o c i d a . Sin e m b a r g o , e n n u e s t r o caso p o d e m o s c o n g r a t u l a r n o s
de q u e esta Institución es d e las pocas, si n o la única en el á m b i t o nacional,
q u e h a a c o g i d o e n su s e n o r e u n i o n e s y c o n g r e s o s q u e h a n l o g r a d o abordar c r í t i c a m e n t e el f e n ó m e n o localista y r e g i o n a l e n su faceta d e historia
literaria. Es d e justicia señalar q u e m u c h o d e b e este trabajo a los excelentes resultados d e esas j o r n a d a s científicas q u e tanto h a n ayudado a la comp r e n s i ó n cabal, p o r reflexiva, d e las letras locales .
2
Y es q u e p r e c i s a m e n t e lo local a p a r e c e , tal c o m o lo e n t e n d e m o s nosotros y c o m o los resultados literarios evidencian, a finales del siglo XVIII y,
s e ñ a l a d a m e n t e , e n el XIX. Sólo tiene s e n t i d o d e n t r o d e u n c a n o n m o d e r -
1
N o propiamente nacida en el ámbito erudito, pero tanto da y monta, la «Asociación
Descentralizadora Literaria y Artística», fundada e n 1890, resulta b u e n a muestra d e la progresiva t e n s i ó n c e n t r o / p e r i f e r i a q u e se detecta e n las letras españolas durante el siglo XIX
(Vid. «Bases de la Asociación Descentralizadora Literaria y Artística», El Magisterio Zamorano,
18 de j u n i o de 1890, pp. 3-4).
2
C o m o ejemplo basten los sucesivos Cursos -y sus respectivas Actas- acerca de Lengua y
Literatura en A r a g ó n — q u e n o aragonesas—, a u s p i c i a d o s p o r la Institución « F e r n a n d o el
Católico», y el más reciente y señalado, por su carácter explícita e implícitamente crítico, de
Literaturas regionales en España. Historia y crítica, Zaragoza, Institución «Fernando el Católico»,
1994. En este último libro, José-Carlos MAINER («Literatura regional y Literaturas regionales»,
y «La invención de la Literatura española», ibidem, pp. 7-19 y 23-45, respectivamente) plantea
las preguntas y aventura muchas de las respuestas que habrían de seguir, c o m o reflexión previa e ineludible, todos los estudios e n torno a las letras locales. Estos artículos, que n o eluden,
c o m o debe ser, la propia reflexión acerca del marco superior, la literatura nacional, resumen y
amplían c o n s i d e r a c i o n e s rumiadas por José-Carlos MAINER d e s d e t i e m p o atrás, y reflejadas,
entre otros lugares, e n «La historia literaria en Aragón (situación, problemas sugerenciales)»,
Estado actual de los estudios sobre Aragón (I Jornadas, Teruel, 1978), 2 vols., Zaragoza, 1979, t o m o II,
pp. 979-1.004; «Casi un siglo de letras provincianas (1833-1920)», Las Nuevas Letras, 1 (1985),
pp. 9-22; y «Costumbrismo, regionalismo, provincianismo e n las letras europeas y españolas
d e l s i g l o XIX», Congreso de Literatura (hacia la Literatura vasca). II Congreso Mundial Vasco,
Madrid, Castalia, 1988, pp. 193-210.
154
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX
(1833-1900)
n o , el enciclopédico, p o r el q u e el c o n o c i m i e n t o se constituye en u n a acumulación crítica de saberes históricos j e r a r q u i z a d o s en d e t e r m i n a d a s
entradas. En esta logoarquia m o d e r n a , a saber, en la fundación d e niveles
d e c o n o c i m i e n t o e n los q u e van encajando los supuestos datos positivos d e
forma o r d e n a d a y codificada y según, lo q u e es m u y i m p o r t a n t e , i n d i q u e
el p r o g r e s o o a v a n c e e n la m a t e r i a m e d i a n t e la f o r m u l a c i ó n d e n u e v o s
i n t e r p r e t a n t e s q u e traduzcan la huella huidiza del significante superior, en
esta l o g o a r q u i a , r e p i t o , c a b e lo local c o m o e n t r a d a inferior y m a r g i n a l ,
m e r a m e n t e ilustrativa o curiosa, d e la matriz simbólica d e lo nacional. Significante, principio éste superior e n la j e r a r q u í a y c o n c e p t o , a su vez, lógica y c l a r a m e n t e d e c i m o n ó n i c o . N o hay letras locales, o literatura e n tal o
cual lugar, r e g i ó n y c o m a r c a sin la existencia previa d e u n p r o y e c t o encic l o p é d i c o y patriótico nacional, en el q u e la c o n s i d e r a c i ó n d e lo literario
c o m o e m p r e s a p a t r i m o n i a l , p r o p i a y f u n d a d a e n el continuum histórico e
incuestionable d e u n a realidad, l e n g u a y paisaje c o m u n e s se erige e n centro d e las mismas r e d e s enciclopédicas d e c o n o c i m i e n t o .
Estas formas d e p e n s a m i e n t o , enciclopédicas, racionales y codificadoras hasta el más i n g e n u o optimismo maquinista y pragmático, n a c e n , claro
es, e n el XVIII ilustrado. R e p a r e n e n q u e e n los siglos a n t e r i o r e s , y ciñénd o n o s estrictamente a lo literario, el c a n o n artístico n o reconocía, c o m o si
fuera u n o r d e n a d o r q u e n o p u e d e leer u n p r o g r a m a p o r n o estar adecuad o a ese sistema, lo local c o m o h e c h o diferenciador, ni c o m o h e c h o siquiera. Se p u e d e hablar d e escuela aragonesa d e poesía, o d e academias valencianas b a r r o c a s — e t i q u e t a s d e c i m o n ó n i c a s , p o r c i e r t o — , hasta d e cierto
cronotopo e n éste o a q u e l a u t o r , p e r o j a m á s e n los o b j e t o s literarios q u e
p r o d u j e r o n los a u t o r e s lo local tenía r e n d i m i e n t o relevante, puesto q u e el
c a n o n simbólico universal y s u p e r i o r n o a d m i t í a la f o r m u l a c i ó n d e entradas d e este tipo. Hay q u e e s p e r a r a los b e n e m é r i t o s ilustrados e s p a ñ o l e s
p a r a q u e , d i s e ñ a d o el n u e v o sistema d e m o d o d e p r o d u c c i ó n d e conocimientos, se d e s c u b r a lo local y p a r a q u e este d e s c u b r i m i e n t o lucre resultad o s e n la m i s m a c o n s t i t u c i ó n del o b j e t o artístico e n c u a n t o o b j e t o y e n
c u a n t o artefacto. La p r e n s a , con su c o t i d i a n i d a d u r b a n í c o l a y b u r g u e s a ,
los viajeros ilustrados y, sobre todo, la labor d e las Sociedades Económicas
d e Amigos del País, t o p a n , se inventan u n a n a c i ó n codificada e n países o
comarcas sobre las q u e actuar c o m o c e n t r o d e progreso. Es éste el t i e m p o
d e u n o s i n f o r m e s y m e m o r i a s locales q u e a p a r e n t e m e n t e se n o s a n t o j a n
c o m o iliterarios p e r o q u e tanto influirán en u n m o d o r o m á n t i c o d e ver las
cosas s a n c i o n a d o , e n su v e r t i e n t e p i n t o r e s c a y localista, p o r la división
administrativa d e España e n provincias a m é n d e , n o lo olvidemos, en partidos judiciales y distritos electorales.
D e j a n d o a u n l a d o el nivel s u p e r i o r d e análisis d e las letras locales es
h o r a d e acercarse al v e r d a d e r o objeto d e esta investigación, el b o s q u e j o
d e u n m a r c o válido p a r a la inserción y c o m p r e n s i ó n cabal d e las escasas
teselas q u e h e m o s h e r e d a d o d e las letras oscenses en el siglo p a s a d o , con
la circunstancia agravante, p a r a n u e s t r o s intereses, d e q u e H u e s c a carece
d e d o s d e los p r i n c i p i o s q u e L a n s o n , e n su ensayo a c e r c a d e la h i s t o r i a
155
Juan Carlos Ara Torralba
d e las letras provinciales, i n d i c a b a c o m o necesarios p a r a el c u m p l i m i e n t o d e la t a r e a ; a saber, el r e p e r t o r i o d e los a u t o r e s m e n o r e s d e a l c a n c e
local y el d e la p r o d u c c i ó n editorial del m i s m o á m b i t o . C o n estas ausencias, c o n la inexistencia d e cimientos positivos, p u e d e p a r e c e r hasta ridíc u l o p r o p o n e r u n análisis d e nivel s u p e r i o r e n t o r n o a la l i t e r a t u r a e n
H u e s c a . P o r ello, al m e n o s , esta investigación s u b s a n a r á a l g u n a s d e las
fisuras.
En este s e n t i d o , c u a n d o H u e s c a a m a n e c e c o m o provincia y la c i u d a d
d e L a s t a n o s a c o m o capital d e ella, e n 1833, a p e n a s t e n e m o s d a t o s q u e
a n u l e n la hipótesis d e u n a ciudad y u n a s comarcas ciertamente levíticas en
las q u e muy p o c o h a b í a n avanzado las reformas y p e n s a m i e n t o ilustrados,
a d e s p e c h o del n a c i m i e n t o accidental d e a l g u n a s d e sus figuras e n suelo
altoaragonés, c o m o el c o n d e d e A r a n d a o los Azara.
Es más q u e posible q u e el liberalismo altoaragonés fuera calando lentam e n t e tras las acciones guerrilleras d e la c o n t i e n d a d e 1808 a 1814 a través
del e s t a m e n t o militar, quizá p o r el ejemplo y acción d e los P e r e n a y Ricafort, a m é n d e los ecos d e la l a b o r i l u s t r a d a del o b i s p o liberal Miguel d e
S a n t a n d e r . Las algaradas estudiantiles del trienio constitucional —disturbios del 2 d e diciembre d e 1820— en u n a Universidad bastante afrancesad a y la débil noticia d e la existencia d e alguna q u e otra «Tertulia patriótica» o s c e n s e propiciarían el proceso d e transición del a n t i g u o r é g i m e n al
n u e v o b u r g u é s , elevando a d e t e r m i n a d o s liberales a núcleos tradicionales
d e p o d e r tales q u e el A y u n t a m i e n t o o la Universidad. Sea c o m o fuere, la
división provincial trajo consigo, a fuerza d e d e c r e t o s , los p r i m e r o s establecimientos d e la m o d e r n a administración civil liberal (Jefatura Política,
J u z g a d o s d e P r i m e r a Instancia...), y e n t r e ellos, la tardía y e n cierto m o d o
artificial i m p l a n t a c i ó n en la capital d e la Sociedad E c o n ó m i c a d e Amigos
del País d e H u e s c a , el 8 d e j u n i o d e 1834. Ese m i s m o a ñ o ve la luz el prim e r n ú m e r o del Boletín Oficial de la Provincia, p i o n e r o d e la prensa oscense
y d e l i m i t a d o r del espacio provincial c o m o algo p r o p i o y d e interés individual y social.
3
4
5
6
3
Vid. Exhortaciones a la Virtud que el Ilmo. Sr. ...Obispo auxiliar de Zaragoza, hacía a los fieles desde el día de la Capitulación de la ciudad. Firmada en 20 de Febrero de 1809. Reimpresas con las
licendas necesarias, Huesca, Imprenta de los Herederos de Mariano Larumbe, s. f. [pero 1 8 2 2 ] .
4
Manifiesto de los comandantes de la Milicia Nacional de Huesca, Huesca, Imprenta d e la
V i u d a d e M a r i a n o d e L a r u m b e , 1 8 2 0 . A c e r c a d e é s t e y o t r o s s u c e s o s , véase la e s f o r z a d a
monografía d e Laura ALÍNS RAMI, La Universidad de Huesca en el siglo XIX, H u e s c a , IEA, 1 9 9 1
[ed. en microfichas de la Tesis doctoral h o m ó n i m a ] .
5
Ricardo DEL ARCO, La imprenta en Huesca. Apuntes para su historia, Huesca, IEA, 1 9 8 4 ,
p. 65 [edición facsímil del original de la Revista de Archivos, Bibliotecas y Museos, 1 9 1 1 ] .
6
C o m o la q u e se c r e ó e n d e r r e d o r d e Pascual N o g a r o l , e n 1 8 2 1 , p r e c e d e n t e d e la
republicana de Ugarte, ésta ya de 1 8 4 1 (Alberto GIL NOVALES, «Huesca decimonónica. 1 8 0 8 1 8 7 4 » , e n Carlos LALIENA ( c o o r d . ) , Huesca. Historia de una ciudad, H u e s c a , A y u n t a m i e n t o ,
1 9 9 0 , pp. 3 4 2 y 3 4 8 , respectivamente).
156
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX (1833-1900)
D e n t r o d e este foco i r r a d i a d o r d e liberalismo — a c e n d r a d o paulatinam e n t e p o r el m e r o d e o d e n u m e r o s a s facciones carlistas—, y señaladamente e n su derivación hacia la r e d e n c i ó n d e lo local d e n t r o d e u n proyecto
p a t r i ó t i c o d e m a y o r c a l a d o , o b t u v o u n p a p e l r e l e v a n t e y a u n decisivo la
acción b e l i g e r a n t e y cívica d e la milicia n a c i o n a l , así c o m o la d e sus herm a n a s las milicias provinciales y locales. Ufanos e n sus u n i f o r m e s y enseñas, d o n d e el distintivo local ya r e n d í a u n valor intrínseco, los milicianos
c o m e n z a r o n a organizar bailes y funciones benéficas p a r a sufragar sus gastos, insuflando vida a la vieja casa d e comedias d e la plaza d e Santo Doming o — p r o p i e d a d d e u n p a r t i c u l a r , F a u s t i n o P é r e z — e i m p l i c a n d o a la
j u v e n t u d oscense con ínfulas literarias e n el proyecto nacional y local.
N o extraña, p o r lo tanto, q u e fuera el c o m a n d a n t e d e la Milicia, T o m á s
Villanova, el factótum y p r e s i d e n t e d e la p r i m e r a institución d e fuste dentro d e las letras oscenses del siglo XIX, el Liceo Artístico y Literario . Estab l e c i m i e n t o q u e a su vez ejerce d e m a r c o institucional p a r a e n t e n d e r el
n a c i m i e n t o d e ellas y p a r a colocar las p r i m e r a s teselas d e n u e s t r o particular m o s a i c o . A n t e s d e su f u n d a c i ó n efectiva se h a b í a p r o d u c i d o u n a circ u n s t a n c i a c r u c i a l p a r a el e n t e n d i m i e n t o , e n p a r t e , d e l R o m a n t i c i s m o
español y, e n t o d o , del inicio d e las letras locales españolas: la desamortización.
7
Tal vez n o se le haya d a d o todavía excesiva t r a s c e n d e n c i a , e n p u n t o a
historia literaria, a este f e n ó m e n o tan i m p o r t a n t e . Sociológicamente hablando, la d e s a m o r t i z a c i ó n a p u n t a l a la existencia d e u n a s oligarquías locales
e n r i q u e c i d a s c o n la c o m p r a indiscriminada d e bienes, y d e u n o s aparatos
a d m i n i s t r a t i v o s q u e p r o v o c a n la n e c e s i d a d d e la p r e s e n c i a d e u n b u e n
n ú m e r o d e abogados, administradores y escribanos. En su aspecto más cultural, la d e s a m o r t i z a c i ó n d e s c u b r e u n p a t r i m o n i o artístico n a c i o n a l —y
local, p o r e n d e — a b a n d o n a d o o s e m i d e r r u i d o , a los ojos d e los j ó v e n e s
r o m á n t i c o s . En p r i m e r a instancia, se e j e c u t a n oficios e i n f o r m e s p o r los
q u e se describen t é c n i c a m e n t e los edificios q u e d e b e n ser subastados; e n
segunda, estos informes p u e d e n dar p á b u l o a novelas, poesías o piezas teatrales d e í n d o l e arqueologista o ruinista. C o m o v e r e m o s , M o n t e a r a g ó n o
Loarre pasarán e n pocos años del informe pericial a las tablas del teatrillo
7
U n exhaustivo ensayo acerca del Liceo Artístico y Literario d e Huesca ( 1 8 4 0 - 1 8 4 5 ) ,
del que es autor el que suscribe estas líneas, está apareciendo, por entregas, e n la revista La
Campana de Huesca, a partir de su n ú m e r o 2 2 . Allí el lector más curioso podrá encontrar detalles de esta institución, hasta ahora prácticamente desconocida, además de notas biográficas
d e los principales socios liceístas, m u c h o s d e los cuales son m e n c i o n a d o s e n este trabajo.
Estos individuos conformaron el n ú c l e o de la sucursal oscense del Romanticismo, que aquí
p e r g e ñ o e n gruesos trazos. Alberto GIL NOVALES (art. cit., p. 3 4 9 ) ya anotó d e pasada la existencia de este Liceo oscense, así c o m o José Ángel SÁNCHEZ e n «Actividad artística zaragozana
a través d e la prensa: s e g u n d a serie del semanario La Aurora», e n Metodología de la investigación sobre fuentes aragonesas (Actas de las IV Jornadas), Zaragoza, ICE, 1 9 8 9 , p. 5 0 1 . Este m i s m o
investigador acaba de publicar un lúcido acercamiento al Liceo oscense, «En torno a los liceos
artísticos y literarios (apuntes sobre el caso d e Huesca entre 1 8 3 9 y 1 8 4 3 ) » , Flumen, 2 ( 1 9 9 7 ) ,
pp.
139-169.
157
Juan Carlos Ara Torralba
del Liceo oscense. Los cimientos para la construcción d e la mitología legendaria local y su continuum histórico estaban listos a la altura d e 1840.
P e r o t o d a v í a hay u n a c i r c u n s t a n c i a m á s c o t i d i a n a y a p a r e n t e m e n t e
insustancial q u e revela la relación e n t r e la desamortización y el R o m a n t i cismo local e historicista , y es el h e c h o d e q u e la mayoría d e los edificios
del casco u r b a n o oscense enajenados fueron aprovechados para establecer
e n ellos las oficinas d e la a d m i n i s t r a c i ó n civil. C o m o si f u e r a u n a m á s ,
p e r o estrictamente cultural, el Liceo Artístico y Literario oscense también
se instaló e n u n o d e estos edificios, e n c o n c r e t o e n el antiguo convento d e
la C o m p a ñ í a jesuita.
8
Similar p r o c e s o se vive e n la m a y o r í a d e las p r i n c i p a l e s l o c a l i d a d e s
españolas, e s p e c i a l m e n t e e n las capitales d e provincia. La fiebre liceísta,
patriótica, liberal y civil, se e x t i e n d e p o r la geografía española, instituyéndose u n a sana c o m p e t e n c i a e n t r e los diferentes establecimientos p o r conseguir mayores logros e intentar acercarse a los progresos del q u e actúa d e
c e n t r o d e i m i t a c i ó n , el Liceo m a d r i l e ñ o . U n Liceo, p o r c i e r t o , u b i c a d o
d e s d e 1838 e n el p a l a c i o d e los V i l l a h e r m o s a , y p o r d o n d e p a s a r o n los
m i e m b r o s más destacados d e la q u e p o d r í a m o s llamar sucursal r o m á n t i c a
altoaragonesa, esto es, los Valentín C a r d e r e r a , M a r i a n o T o r r e n t e , Dolores C a b r e r a y Alejandro Oliván .
9
11
10
12
Para hacerse u n a idea d e q u e el c a m b i o del viejo al n u e v o r é g i m e n era
u n p r o c e s o m u y c o n s u m a d o a c o m i e n z o s d e la d é c a d a d e los c u a r e n t a
8
O m i t o , por redundante, la bibliografía generada e n torno al Romanticismo e n Aragón, pues ya da buena cuenta de ella José Luis CALVO CARILLA en su contribución a estas mismas Actas, «El Romanticismo en Aragón (realidades literarias e idealismos tardíos)».
9
Sólo c o m o ensayo de aproximación, véase el estudio de José María ASPIROZ PASCUAL,
Valentín Carderera, pintor, Huesca, IEA, 1981, p u e s r e c i e n t e m e n t e ha aparecido el e x c e l e n t e
ensayo d e Manuel GARCÍA GUATAS, «Carderera, u n e j e m p l o d e artista y erudito romántico»,
Artigrama, II (1994-1995), pp. 425-450.
1 0
C o m o p o c o o nada se ha investigado acerca del, entre otras muchas cosas, traductor
del Gómez Arias de Telesforo de Trueba, todavía resulta útil la vieja nota de V . ALVAREZ, «Aragoneses ilustres. D. Mariano Torrente», La Campana de Huesca, 2 (7 de mayo de 1893), pp. 6-8.
1 1
D e la tamaritana Dolores Cabrera y Heredia preparo u n estudio que restituya a u n
lugar más d i g n o a la autora del correcto poemario de la sisterhood romántica española Las violetas (1850). El historiador y genealogista Ernesto FERNÁNDEZ-XESTA Y VÁZQUEZ tiene a p u n t o
de publicar u n estudio sobre el linaje de los Cabrera titulado «Los Cabrera de Bielsa y Tamarite de Litera (un linaje infanzón aragonés n o recogido e n los elencos)» que, sin duda, arrojará nuevas luces e n torno a una poetisa que dejó muestras d e su b u e n hacer e n revistas de
alcance y también e n diarios zaragozanos de la época.
1 2
Sobre Alejandro Oliván, resulta muy útil el repaso bibliográfico —al que se suma un
completo cuadro biográfico— de José María PISA, «Alejandro Oliván Borruel e n el CC aniversario d e su n a c i m i e n t o » , La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 13 (29 d e f e b r e r o d e
1996), pp. 4-10. En fechas cercanas ha aparecido el estudio de Guillermo VICENTE Y HERRERO,
Alejandro Oliván y Borruel. Vida y obra de un ilustrado altoaragonés, Huesca, Escuela Universitaria
de Estudios Empresariales, 1997.
158
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX (1833-1900)
— a ñ o s d e euforia p r o g r e s i s t a y e s p a r t e r i s t a tras el t r i u n f o del a b r a z o d e
V e r g a r a (31-VIII-1839)—, y d e q u e el c a m b i o d e i n q u i l i n o s d e l edificio
jesuita n o se limitaba a su aspecto n o m i n a l , m e r e c e la p e n a e c h a r u n vistazo al e s t r a t o sociológico al q u e p e r t e n e c í a n los m i e m b r o s d e la p r i m e r a
J u n t a Directiva del Liceo oscense.
Así, T o m á s Villanova, el presidente, n a c i d o e n 1801 y m i e m b r o d e u n a
familia d e r e c u r s o s e c o n ó m i c o s h o l g a d o s , e r a a b o g a d o — s u h e r m a n o
Nicasio M a n u e l e r a n o t a r i o — y c o m a n d a n t e d e la Milicia N a c i o n a l . En
1844 sería n o m b r a d o J u e z d e P r i m e r a Instancia del p a r t i d o d e la capital.
Estaba casado con Vicenta P e r e n a , d e 30 años, sobrina del afamado militar
d e la G u e r r a d e la I n d e p e n d e n c i a , Felipe P e r e n a , y h e r m a n a d e
P e d r o P e r e n a , vicepresidente del Liceo, n a c i d o e n 1785, militar y miliciano nacional y Maestro p o r la Universidad Sertoriana.
P o r su p a r t e , Blas María Naya, consiliario, h a b í a n a c i d o e n H u e s c a e n
1800. Era hijo d e Alejandro Naya Ferrer y Tudela, b a r ó n d e Alcalá, y estaba
casado con Josefa Azara. Este rico terrateniente ejercía de p r o h o m b r e liberal,
ideología h e r e d a d a a través de la línea paterna y p o r la unión con los Azara.
Faustino Español, t a m b i é n consiliario, era u n zaragozano n a c i d o e n la
capital a r a g o n e s a el 29 d e j u l i o d e 1795. A b o g a d o , h a b í a sido profesor d e
Matemáticas e n la Sociedad E c o n ó m i c a d e Amigos del País, d e Zaragoza,
antes d e ser socio y d o c e n t e d e la d e H u e s c a d e s d e marzo d e 1838. Recaló
e n Huesca al casarse con la oscense J u l i a n a Mirón.
Ambrosio Voto Nasarre, secretario del Liceo, también nació en Zaragoza, e x a c t a m e n t e e n 1808. Rico p r o p i e t a r i o y a d m i n i s t r a d o r d e fincas muy
activo d u r a n t e el p e r i o d o d e s a m o r t i z a d o r , se instaló e n H u e s c a tras contraer m a t r i m o n i o con Gregoria Larruga, tía d e
M a r i a n o d e Lasala y Larruga, secretario asimismo, q u e nació en Huesca e n 1817. Hijo del c e r e r o y confitero P e d r o Lasala, estaba e m p a r e n t a d o
c o n los Villanova p u e s T e r e s a , la h e r m a n a d e T o m á s , h a b í a c o n t r a í d o
m a t r i m o n i o c o n el h e r m a n o d e su p a d r e , M a r i a n o . M a r i a n o d e Lasala y
L a r r u g a e r a a b o g a d o e í n t i m o a m i g o d e B a r t o l o m é Martínez H e r r e r o , el
liceísta más n o t a b l e . F u e m i e m b r o d e la S o c i e d a d E c o n ó m i c a d e Amigos
del País d e H u e s c a desde 1840 y Secretario d e la misma d e s d e 1842.
Nicolás Pedros, depositario del Liceo, nació e n Huesca e n 1800; ejerció
d e a b o g a d o y a d m i n i s t r a d o r d e fincas, tal q u e el c i t a d o A m b r o s i o V o t o
Nasarre.
Mariano Castanera, contador, nacido en H u e s c a e n 1802, se había casad o con M a n u e l a L a r u m b e , hija d e M a r i a n o L a r u m b e , impresor, d e q u i e n
h e r e d ó la i m p r e n t a y tipografía. C a s t a n e r a fue el e n c a r g a d o d e e d i t a r el
Boletín Oficial de la Provincia d u r a n t e varias décadas.
Por último, e n la p r i m e r a J u n t a del Liceo oscense figuraba c o m o bibliotecario P e d r o M a r í a E s c u d e r o . N a t u r a l d e la villa d e Azara, d o n d e h a b í a
venido al m u n d o e n 1807, ejercía d e profesor e n la Universidad Sertoriana.
159
Juan Carlos Ara Torralba
P o r lo e x p u e s t o , q u e d a más q u e manifiesto el a b o l e n g o liberal d e los
p r i m e r o s m i e m b r o s d e la J u n t a d e l L i c e o , e s t a b l e c i m i e n t o r e g i d o p o r
abogados, militares, a d m i n i s t r a d o r e s d e fincas o p r o p i e t a r i o s medios. N o
e r a ilógico q u e esta H u e s c a liberal d e 7.616 h a b i t a n t e s e n 1838 se viera
r e p r e s e n t a d a e n los p r o h o m b r e s arriba m e n c i o n a d o s ; m á x i m e c u a n d o las
m e d i d a s administrativas progresistas d e los sucesivos Jefes Políticos d e la
Provincia, c o m o las decretadas p o r Valdés, Ugarte y Eugenio de Ochoa, propiciaron el asociacionismo civil y elflorecefomentando d e las letras locales. De
esta m a n e r a , y muy apoyada p o r el Liceo, n a c i ó la p r i m e r a asociación d e
c o m e r c i a n t e s d e Huesca, e n d i c i e m b r e d e 1842, fruto d e u n i r r e f r e n a b l e
«impulso patriótico» q u e p r o v o c ó q u e los b u r g u e s e s oscenses se manifestaran p o r sus calles a c o m p a ñ a d o s , c ó m o n o , p o r la Milicia Nacional y sus
bandas encarnadas .
13
U n a d e las secciones d e este Liceo i n a u g u r a d o el 21 d e abril d e 1840
q u e m á s actividad e v i d e n c i ó fue la d e a r q u e o l o g í a y m o n u m e n t o s ; circ u n s t a n c i a q u e e n n a d a s o r p r e n d e a t e n o r d e lo i n d i c a d o c o n a n t e r i o r i d a d e n r e f e r e n c i a a la t r a s c e n d e n c i a d e los p r o c e s o s d e s a m o r t i z a d o r e s .
Esta sección fue el g e r m e n d e la C o m i s i ó n Provincial d e M o n u m e n t o s ,
c r e a d a e n 1844 al socaire, u n a vez m á s , d e la legislación v i g e n t e . C o m o
n o p o d í a ser d e o t r a m a n e r a , el a u t o r l i t e r a r i o d e m á s fuste d e n t r o d e l
L i c e o , B a r t o l o m é M a r t í n e z H e r r e r o , f o r m a b a p a r t e d e esa s e c c i ó n d e
a r q u e o l o g í a y m o n u m e n t o s . M a r t í n e z , a m p a r a d o e n las e n s o ñ a c i o n e s
a r q u e o l ó g i c a s t a n t o c o m o e n el s e g u r o a p l a u s o d e u n p ú b l i c o l u g a r e ñ o
á v i d o , p o r p r i m e r a vez, d e d i v e r t i m e n t o s l i t e r a r i o s d e c o l o r e h i s t o r i a
locales, escribirá u n o d e los mejores d r a m a s r o m á n t i c o s aragoneses, Doña
María de Lastanosa, a imitación d e los m o d e l o s m a d r i l e ñ o s y d e los zaragozanos (Huici, P r í n c i p e . . . ) .
A n t e s y d e s p u é s d e l e s t r e n o d e esta o b r a p i o n e r a d e las letras locales
oscenses —dejamos a u n lado la accidental escritura, en ese a ñ o de 1840, de
la novelita romántica d e tema legendario Guati y Zalema, escrita por J. P. L.,
u n hasta a h o r a incógnito a u t o r n a c i d o e n Argavieso y e n n a d a ligado con
la capital y su Liceo —, el burgués Liceo mostró ufano su recién estrenado
o r g u l l o l u g a r e ñ o e n t o d a ocasión q u e le vino propicia. Así, e n el p r i m e r
texto q u e noticia la aparición del Liceo Artístico y Literario, escrito p o r M.
d e L. y L. [Mariano d e Lasala y L a r r u g a ] , el secretario de la institución anim a b a con frases y términos h e n c h i d o s d e entusiasmo a «la j u v e n t u d oscense» q u e es «amante siempre d e sus glorias» . Tal fue la actividad e n p r o d e
la mejora cultural d e la localidad, q u e los zaragozanos del Liceo de la capi14
15
1 3
V. V. [Vicente VENTURA SOLANA], «Remitido», Eco de Aragón ( 1 8 de diciembre de 1 8 4 2 ) .
1 4
Fermín Gil Encabo está preparando la edición de esta bella leyenda romántica para
la colección «Larumbe» del Instituto de Estudios Altoaragoneses.
1 5
Carta r e m i t i d a d e s d e H u e s c a el 2 7 d e abril y r e p r o d u c i d a e n el n ú m e r o 1 d e la
segunda serie de La Aurora (3 de mayo de 1 8 4 0 ) .
160
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX (1833-1900)
tal aragonesa y del p e r i ó d i c o La Aurora m o s t r a r o n e n más d e u n a ocasión
su interés p o r c ó m o los oscenses se p r e o c u p a b a n p o r la conservación d e
sus «glorias» artísticas y c ó m o las fomentaban e n patriótico afán.
Sin d e s m e r e c e r las composiciones románticas y patrióticas del pertusan o liceísta Félix d e A n t o n i o — q u i e n estrenó el d r a m a Urrea o La Unión e n
el Liceo oscense el 7 d e m a r z o d e 1841—, o los balbuceos líricos d e Marian o d e Lasala, P e d r o María Escudero o Mauricio María Martínez, los miemb r o s m á s j ó v e n e s d e l Liceo oscense — n o t e n í a n i n g u n o d e ellos m á s d e
veinticuatro años e n 1840—, es sin d u d a la p r o d u c c i ó n literaria d e Bartol o m é Martínez H e r r e r o la q u e pasa p o r e m b l e m á t i c a tesela e n este m a r c o
institucional r o m á n t i c o del inicio d e las letras locales oscenses.
B a r t o l o m é Martínez H e r r e r o h a b í a n a c i d o e n H u e s c a el 24 d e agosto
d e 1816. P r i m o g é n i t o del escribano B e r n a r d o Martínez, estudió e n la Universidad S e r t o r i a n a j u r i s p r u d e n c i a h a s t a licenciarse c o m o a b o g a d o . En
u n a c i u d a d d o n d e la actividad literaria l a n g u i d e c í a e n los r i n c o n e s oscur o s d e la l i b r e r í a d e R o m u a l d o N a v a r r o , el i n q u i e t o y j o v e n B a r t o l o m é
a p a r e c e r á c o m o p u n t o d e suscripción oscense, d e s d e 1839, d e las principales e m p r e s a s y revistas literarias r o m á n t i c a s del p e r i o d o . I m p u l s o r del
Liceo y secretario d e varias asociaciones profesionales nacidas p o r e n t o n ces al a m p a r o del p r o g r e s o civil y b u r g u é s , B a r t o l o m é Martínez ideó temp r a n a m e n t e la e s c r i t u r a d e Doña María de Lastanosa, feliz c o n t r i b u c i ó n
oscense al d r a m a histórico nacional y p i o n e r a composición d e t e m a local .
Al parecer, ya e n el v e r a n o d e 1840 estaba t e r m i n a d a la o b r a , p e r o n o se
estrenaría hasta la n o c h e del d o m i n g o 8 d e n o v i e m b r e . El éxito fue absol u t o , y P. M. d e E. [ P e d r o M a r í a d e E s c u d e r o ] glosó el feliz suceso incid i e n d o e n el lustre q u e d a b a la o b r a al « r e n o m b r e glorioso e n los fastos
d e la historia» d e H u e s c a . E n p a r e c i d o s t é r m i n o s , p e r o referidos a Arag ó n , p u e s d e la o b r a d e M a r t í n e z h a b l a b a u n z a r a g o z a n o , t r a t ó a Doña
María de Lastanosa V. [Vicente Vallespín] c u a n d o e x p r e s a b a q u e lo q u e
más resaltaba e n el d r a m a era el «conocimiento del carácter aragonés, y su
a p e g o y decisión a los fueros y libertades». T e r m i n a b a Vallespín la r e s e ñ a
a p o s t i l l a n d o q u e M a r t í n e z h a c í a «ver q u e la í n c l i t a c i u d a d d e H u e s c a ,
famosa e n o t r o t i e m p o p o r las armas, tiene hijos capaces d e hacerla también famosa p o r las letras» .
16
17
18
19
Las poesías d e d i c a d a s al a u t o r tras el e s t r e n o , ofrecidas p o r j ó v e n e s
liceístas o s c e n s e s , t a m b i é n son p r e c i o s o d o c u m e n t o d e c ó m o n a c í a n y
16
En la actualidad estoy preparando u n a edición de esta pieza dramática, a la que se
unirá la de Don Gonzalo de Sobrarbe, cotejada la versión impresa c o n la manuscrita.
17
Cf. «Liceo de Huesca», La Aurora, 10 (5 de julio de 1840).
18
P. M. d e E. [ P e d r o María DE E S C U D E R O ] , « L i c e o Artístico y Literario d e H u e s c a .
Remitido», La Aurora, 30 (22 de noviembre de 1840).
1 9
V. [Vicente VALLESPÍN], «Doña María de Lastanosa. Drama original en cuatro cuadros, por
D o n Bartolomé Martínez», La Aurora, 30 (22 de noviembre de 1840).
161
Juan Carlos Ara Torralba
se a p l a u d í a n las l e t r a s l o c a l e s . Así, M a r i a n o d e Lasala e n f a t i z a d e q u é
m a n e r a «las g l o r i a s d e A r a g ó n » e n t u s i a s m a r o n al a u t o r y c ó m o «el
o s c e n s e Liceo» le a c l a m a . J u l i á n P é r e z y M u r o a f i r m a b a , p o r su p a r t e ,
q u e «la c i u d a d s o b e r a n a » vuelve p o r sus a n t i g u o s fueros al ser c a n t a d a s
«las g l o r i a s olvidadas» p o r el r a p s o d a local. P a l a b r a s y t o n o r e i t e r a d o s
e n el s o n e t o d e M a n u e l Garcés. P o r ú l t i m o , Félix d e A n t o n i o s e ñ a l a b a a
M a r t í n e z H e r r e r o c o m o el p i o n e r o q u e a b r e el verdadero c a m i n o a los
demás .
20
B a r t o l o m é M a r t í n e z c o n t i n u ó esta l í n e a a r q u e o l ó g i c o - l e g e n d a r i a c o n
su poesía «Al castillo d e Loarre» a p a r e c i d a e n el n ú m e r o 48 (28-III-1841)
d e La Aurora, e n la escrita c o n ocasión del éxito del e s t r e n o d e Urrea o la
Unión, d e su a m i g o el liceísta Félix d e A n t o n i o , y , p o r ú l t i m o , e n las
monumental-pintorescas tituladas «El Monasterio d e San J u a n d e la P e ñ a » y
« A í n s a » . T a m b i é n M a r t í n e z cultivó el s u b g é n e r o c o s t u m b r i s t a c o n la
c o m p o s i c i ó n e n verso titulada «Costumbres zaragozanas. El p a s e o » , prec e d e n t e d e la c o m e d i a La Verbena, e s t r e n a d a e n el Liceo el 30 d e noviemb r e d e 1841 y p u b l i c a d a a p r i n c i p i o s d e l a ñ o s i g u i e n t e . A m é n d e o t r a s
poesías d e m e n o r relevancia, el fervor patriótico, liberal, ilustrado y localista lo m o s t r a r á B a r t o l o m é Martínez e n la o d a d e d i c a d a a M a r i a n o Ricafort, h é r o e d e la I n d e p e n d e n c i a . De esta poesía e n t r e s a c a m o s los pasajes
d e orgullo local más subido:
2 1
22
23
24
Esta ciudad reunida
te tributa el parabién;
mira tu patria querida,
todos te ofrecen su vida,
mil corazones también.
Hoy no pueden espresar [sic]
tus paisanos lo que sienten;
de su grato palpitar
jamás lo puedes dudar.
Siendo de Huesca, no mienten .
25
20
Estas p o e s í a s se p u b l i c a r o n , e n p r i m e r lugar, e n el n ú m . 32 d e La Aurora (6 d e
diciembre de 1840), y c o n posterioridad, e n las páginas 79 y 80 de la edición e n libro del drama: Doña María de Lastanosa. Drama en cuatro actos, original, y en verso por D. Bartolomé Martínez.
Dedicado al Liceo artístico y literario de Huesca, Barcelona, Imprenta de D . J. M. Grau, 1845.
2 1
Junto a las de Julián Pérez y Muro, Pedro María Escudero, Mauricio María Martínez
y Mariano de Lasala y Larruga, se lee e n el n ú m . 54 (18 de abril de 1841) de La Aurora.
2 2
Eco de Aragón (30 d e j u n i o de 1841).
2 3
Eco de Aragón (19 d e diciembre de 1841).
2 4
Eco de Aragón (29 de j u n i o de 1841).
2 5
Bartolomé MARTÍNEZ, «A mi paisano el Excmo. Sr. D . Mariano Ricafort. Composición
leída a S. E. e n el Liceo Artístico y Literario de Huesca, la n o c h e del 24 de Febrero de 1842»,
Eco de Aragón (2 de marzo de 1842).
162
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX
(1833-1900)
26
D e s a p a r e c i d o el Liceo e n 1845 , B a r t o l o m é Martínez siguió trabajand o p a r a la Comisión Provincial d e M o n u m e n t o s Artísticos hasta q u e marc h ó a Zaragoza e n 1854, ya t e m p l a d o , y m u c h o , su fervor liberal juvenil.
En ese m i s m o a ñ o p u b l i c ó La Corte de María, y n u e v e a ñ o s d e s p u é s retorn ó a los t e m a s l e g e n d a r i o s c o n el d r a m a Don Gonzalo de Sobrarbe. Culmin ó su c a r r e r a literaria c o n la o b r a q u e m á s fama le daría, el e s t u d i o histórico, e n dos t o m o s , t i t u l a d o Sobrarbe y Aragón (1866-1868). M o r i r í a e n
Zaragoza e n 1874.
El Liceo Artístico y Literario, fundacional m a r c o p a r a las letras locales
oscenses, t e r m i n ó c u a n d o los primeras euforias románticas remitieron tras
la r e b e l i ó n c o n t r a E s p a r t e r o d e 1843 y las d i s e n s i o n e s — l o c a l e s , c ó m o
n o — e n t r e H u e s c a y Barbastro en t o r n o a la capitalidad llegaron a situaciones d e e x t r e m a violencia dialéctica. Faltos d e p r e n s a p e r i ó d i c a n o oficial, dividido el n ú c l e o liceísta, a c o m o d a d o s m u c h o s d e aquellos j ó v e n e s
entusiastas de tres años antes (Villanova es n o m b r a d o J u e z d e Primera Instancia e n 1844; B a r t o l o m é Martínez logra fama d e a b o g a d o ; P e d r o María
E s c u d e r o g a n a e n p r o p i e d a d su plaza e n la Universidad; A n t o n i o Naya y
Azara, hijo d e Blas María y u n o de los liceístas más jóvenes, acabaría en las
filas d e la U n i ó n L i b e r a l m á s m o r i g e r a d a ; V i c e n t e V e n t u r a , el l u c h a d o r
progresista q u e m a n t u v o polémicas con el v e t e r a n o Faustino Español p o r
su tibieza política, t e r m i n a r í a a b r a z a n d o , m u c h o s a ñ o s d e s p u é s , las transacciones canovistas...), y p e r d i d a la esperanza d e q u e el Estado amparase
la iniciativa civil liceísta m e d i a n t e la d o n a c i ó n definitiva d e los locales del
c o n v e n t o d e los jesuitas, el e s t a b l e c i m i e n t o literario oscense l a n g u i d e c i ó
hasta su m u e r t e , e n 1845. Este a ñ o , a d e m á s , H u e s c a ve c ó m o se c i e r r a n
p a r a s i e m p r e las p u e r t a s d e la U n i v e r s i d a d S e r t o r i a n a y d e la S o c i e d a d
Económica de Amigos del País, y en su lugar a b r e n las del Establecimiento
d e S e g u n d a E n s e ñ a n z a , institución m e n o s e n d o g á m i c a y localista q u e la
Universidad. C o n a n t e r i o r i d a d lo h a b í a h e c h o la Escuela d e Magisterio,
creada en 1842 .
27
La ausencia d e editores con iniciativa — M a r i a n o Castanera se a p r o p i a
d e la i m p r e n t a d e la viuda d e L a r u m b e , p e r o sólo la utiliza p a r a trabajos
administrativos d e e n c a r g o , c o m o la edición del Boletín Oficial de la Provincia—, d e librerías d e alcance —la única existente e n Huesca es p o r e n t o n ces la d e R o m u a l d o N a v a r r o , p e r o q u i e n q u e r í a suscribirse a e n t r e g a s o
revistas literarias d e b í a acudir al o m n i c o r r e s p o n s a l e i n q u i e t o B a r t o l o m é
26
Sabemos que a principios de 1846 ya no existía la institución. La última noticia de su
existencia la e x t r a e m o s del o p ú s c u l o Ceremonia fúnebre de la traslación a la Yglesia Colegial de
S. Pedro el Viejo verificada en Huesca el día 29 de Junio de 1845, de los reales despojos sacados de
Mont-Aragón. Dala a la luz la Comisión de Monumentos históricos y artísticos de la Provincia, Huesca, Imprenta de la V. de Larumbe, 1845, celebración e n la que participó el Liceo oscense.
2 7
Acerca de los avatares de esta institución e n el siglo pasado, vid. José María NASARRE
LÓPEZ, La Escuela Normal de Maestros de Huesca en el siglo XIX, Huesca, Escuela Universitaria de
Magisterio, 1992.
163
Juan Carlos Ara Torralba
M a r t í n e z — y , sobre t o d o , d e p r e n s a p e r i ó d i c a local, vehículo indispensable p a r a las letras lugareñas, propicia o t r o aspecto típico d e las letras locales d e cualquier provincia: la discontinuidad. En efecto, e n t r e 1845 y 1854,
c o i n c i d i e n d o c o n épocas d e lacerante m o d e r a n t i s m o y fuerte censura p r e via, las letras oscenses n o d a n fruto a l g u n o d e interés. Sólo c o n la llegada
del b i e n i o progresista, e n 1854, h u b o u n cierto, a u n q u e débil y pasajero,
r e p u n t e e n las letras locales. E n los escasos n ú m e r o s d e El Eco de los Libres,
revista d e m ó c r a t a d i r i g i d a p o r el r e p u b l i c a n o o s c e n s e F r a n c i s c o G a r c í a
L ó p e z , se d e t e c t a n algunas poesías d e l funcionario J o a q u í n María C a n o ,
p e r o será e n la sucesora d e esta revista, e n La Campana de Huesca — l u e g o
abreviada e n La Campana— d o n d e se r e t o m a r á la romántica, l e g e n d a r i a y
tópica historia local a u n q u e d e u n a m a n e r a i m p o r t a d a , p u e s e n el folletín
del p e r i ó d i c o se e n t r e g a r á la novela h o m ó n i m a d e Cánovas d e l Castillo,
e n su p r i m e r a versión, n o corregida todavía p o r el m a l a g u e ñ o .
28
29
Tal inexistencia d e m a r c o institucional, sin e m b a r g o , propicia d e n u e vo la d i s c o n t i n u i d a d y atonía d e las letras oscenses e n los años subsiguientes al b i e n i o progresista. Es e n t o n c e s c u a n d o , al calor del romanticismo d e
g u a r d a r r o p í a al estilo d e Cánovas, el ú n i c o n ú c l e o ilustrado d e la ciudad,
el f o r m a d o p o r los catedráticos d e l Instituto, c o m i e n z a a r e n a c e r la imag e n m o n u m e n t a l y pintoresca d e la c i u d a d y provincia. E n esta tarea destacan R a m ó n Sans y Rives, Carlos Soler y A r q u é s y , sobre t o d o , Cosme Blasco y Val. El l e r i d a n o R a m ó n Sans y Rives, profesor d e l Establecimiento d e
S e g u n d a E n s e ñ a n z a d e Huesca, había d a d o a la i m p r e n t a del Eco de Aragón
(28-IX-1864) su p o e m a «La C a m p a n a d e H u e s c a » , composición elegantem e n t e r e p r o d u c i d a p o r su c o m p a ñ e r o d e t a r e a s d o c e n t e s C a r l o s S o l e r
Arqués e n su o b r a Huesca monumental (1864) . Soler, también catalán, editaría al cabo d e los años el curioso libro d e impresiones viajeras y pintorescas De Madrid a Panticosa (1878).
30
31
F u e esta u n a floración d e p r o f e s o r a d o i n q u i e t o q u e llega a H u e s c a a
principios d e la d é c a d a d e los sesenta y q u e coincide c o n el r e n a c i m i e n t o
d e las i m p r e n t a s locales (Lucas P o l o , M a r i a n o C a s t a n e r a , J a c o b o M a r í a
P é r e z , A n t o n i n o A r i z ó n , J o s é Iglesias...) y la p r i m e r a e d a d d e o r o d e la
p r e n s a local e n H u e s c a (El Alto Aragón, Revista de Primera Enseñanza, El
28
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Letras oscenses. La bonhomie republicana d e Francisco García López ( 1 8 2 4 - 1 8 7 8 ) . E x h u m a n d o el merecido recuerdo d e u n o d e los oscenses más
destacados del siglo XIX», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 2 1 (septiembre-octubre
de 1 9 9 6 ) , pp. 2 1 - 2 5 .
2 9
Cf. J u a n Carlos ARA TORRALBA, «Acerca d e la e d i c i ó n e n folletín d e La Campana de
Huesca d e Cánovas del Castillo e n el periódico h o m ó n i m o oscense», La Campana de Huesca.
Revista de Cultura, 9 ( 2 6 d e e n e r o de 1 9 9 6 ) , p p . 1 1 - 1 3 .
3 0
Recojo la noticia d e la p. 1 . 2 9 6 del estudio d e Fermín GIL ENCABO, El costumbrismo literario aragonés, Huesca, Ediciones del Fénice, 1 9 9 1 [edición e n microfichas].
31
Carlos SOLER Y ARQUÉS, Huesca monumental, Huesca, La Val d e Onsera, 1 9 9 6 , p. 1 0 7
[reedición d e la original d e 1 8 6 4 , Huesca, Imprenta y Librería de Jacobo María Pérez].
164
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX (1833-1900)
32
Oscense...) . E n t r e los p r o f e s o r e s s e ñ a l a d o s , a los q u e h a y q u e a ñ a d i r el
t a m b i é n catalán Luis Vidal y D o m i n g o y el z a r a g o z a n o C á n d i d o D o m i n g o
y Ginés, cabe destacar al g r a f ó m a n o y e r u d i t o C o s m e Blasco y Val. Blasco,
q u e pasaría p o r ser el p r i m e r e r u d i t o local interesado p o r lo oscense p e r o
lastrado p o r la típica práctica historiográfica d e l m o m e n t o consistente e n
troquelar la historia e n efemérides y «personajes ilustres» fue, c o n m u c h o ,
q u i e n m á s a n i m ó las i m p r e n t a s o s c e n s e s e n la d é c a d a d e los s e s e n t a y
principios d e los setenta. La mayoría d e sus obras se p u b l i c ó p o r entregas
en los folletines d e los diarios locales. D e n t r o d e la p r o d u c c i ó n oscense d e
Blasco sobresalen el aleccionador y h e r e d e r o del Juanito, Las tardes de abril
(Huesca, I m p r e n t a d e J a c o b o María Pérez, 1865), la novelita s e n t i m e n t a l
Magdalena ( H u e s c a , I m p r e n t a d e J a c o b o María Pérez, 1866), s u b t i t u l a d a
Novela de costumbres y d e d i c a d a p r e c i s a m e n t e a Carlos Soler y A r q u é s , la
Huesca biográfica. Galería de hombres notables ( H u e s c a , I m p r e n t a d e J a c o b o
María Pérez, 1870), u n a Historia biográfica de las ciudades, villas y pueblos de
la provincia de Huesca (Huesca, I m p r e n t a d e J a c o b o María Pérez, 1871), el
edificante El amigo de los caminantes ( H u e s c a , I m p r e n t a d e J a c o b o M a r í a
Pérez, 1874) y, e s p e c i a l m e n t e , la p r i m e r a versión d e la o b r a costumbrista
Aragón. Artículos humorísticos de costumbres del país ( H u e s c a , I m p r e n t a d e
A n t o n i n o Arizón, 1868), q u e fue a p a r e c i e n d o p o r entregas desde el n ú m e r o 25 d e El Oscense (29-IX-1868), y q u e d e m u e s t r a q u e p o r e n t o n c e s Cosme
Blasco todavía n o utilizaba el s e u d ó n i m o q u e le haría célebre, Crispin Botana, sino el más cáustico y explícito d e Crispin Batanero.
Es e n esta sazón c u a n d o a m a n e c e a la vida literaria u n a nueva generación d e j ó v e n e s a l t o a r a g o n e s e s q u e d e s d e su c a p i t a l y c o n el cobijo d e l
claustro d e profesores d e l Instituto y d e la Escuela d e Magisterio i n t e n t a n
a u p a r las letras locales a u n lugar más d i g n o . Es el m o m e n t o e n el q u e el
a m b i e n t e d e l I n s t i t u t o a m p a r a a u n o s b i s o ñ o s L a í n , Gasós, Galicia, Salillas y Costa, q u i e n e s , j u n t o a otros jóvenes, el 6 d e e n e r o d e 1866 d e c i d e n
fundar el A t e n e o o s c e n s e . Institución ésta e n sus inicios m e n o s recreativa q u e su a n t e c e s o r L i c e o p e r o , p o r c o n t r a , m á s d a d a a floralismos d e
33
32
El estudio más exhaustivo y citado acerca d e la prensa o s c e n s e e s el d e Ricardo DEL
ARCO, «La prensa periódica e n la provincia d e Huesca», Argensola, 1 1 ( 1 9 5 2 ) , pp. 1 9 7 - 2 3 6 , del
q u e se sirvieron los posteriores d e Jesús GARCÍA MATEO, «Historia del p e r i o d i s m o oscense»,
Argensola, 1 8 ( 1 9 5 9 ) , p p . 2 8 1 - 2 9 6 , y d e Eloy FERNÁNDEZ CLEMENTE y Carlos FORCADELL, Historia
de la prensa aragonesa, Zaragoza, Guara, 1 9 7 9 . Sin embargo, el estudio d e D E L ARCO c o n t i e n e
numerosas imprecisiones, por lo q u e resulta más fiable, aunque m e n o s prolijo y limitado a la
prensa d e la capital, el p i o n e r o d e Gregorio GOTA HERNÁNDEZ, Huesca. Apuntes para su historia, Huesca, Imprenta d e la Viuda e Hijos d e Alcántara, 1 8 9 1 , u n o d e cuyos capítulos es la
Breve reseña de los periódicos publicados en Huesca.
3 3
En esta g e n e r a c i ó n debería ser incluido también u n p e r e g r i n o escritor y aventurero oscense nacido e n la capital e n 1 8 5 4 . Éste fue Jorge Navarro y Almansa, d e cuyas peripecias n o s habla el m a l a g u e ñ o R a m ó n A. URBANO CARRERE e n la Biografía de los miembros que
componen la Junta Poética Malacitana, Málaga, Imp. de R a m ó n Giral e Hijo, s. f. [pero 1 8 8 6 ] ,
pp.
57-58.
165
Juan Carlos Ara Torralba
m e s a camilla y salón b u r g u é s . J o a q u í n Costa vive e n t o n c e s su e f í m e r a y
juvenil e t a p a literaria, en la q u e d a a la p r e n s a sus adolescentes, r o m á n t i cos y fantástico-legendarios c u e n t o s «Un día d e N a v i d a d » , «Una n o c h e
e n M o n t e a r a g ó n » y «Un veinticinco d e n o v i e m b r e » . Tras el r e t o r n o d e
su viaje a la e x p o s i c i ó n d e P a r í s , C o s t a a p e n a s volverá a cultivar estos
entusiasmos y, sin e m b a r g o , sí fijará sus ojos e n otras tareas, d e suyo tamb i é n m u y r o m á n t i c a s , d e r e c o p i l a c i ó n d e l i t e r a t u r a oral p o p u l a r , t a r e a
muy e n c o n s o n a n c i a con la m o d a d e los «cantares» . Por su p a r t e , el fragatino C á n d i d o Galicia h a b í a p u b l i c a d o e n el folletín d e El Alto Aragón, y
e n 1868, su n o v e l a María-, P e d r o L a í n S o r r o s a l — a b u e l o d e P e d r o L a í n
E n t r a l g o — d e d i c a r í a sus ocios a la política c o n el paso d e los a ñ o s ; Salillas a ú n t a r d a r í a algún t i e m p o e n decidirse a escribir su d r a m a histórico
Las dos ideas ( 1 8 8 4 ) ; A n t o n i o Gasós Espluga d a r í a a la i m p r e n t a el p o e m a r i o Flores y espinas ( H u e s c a , I m p r e n t a d e M a r i a n o C a s t a n e r a , 1 8 7 7 ) ,
libro d e t o n o c a m p o a m o r i n o , p e r o e n el q u e t a m b i é n t e n í a n cabida destellos d e a m o r y orgullo locales .
34
35
36
37
38
39
40
El Ateneo, desde su fundación, tuvo c o m o órgano periodístico semioficial
La Revista de Primera Enseñanza, p e r o d e s d e 1868 c o n t ó con u n o p r o p i o , El
Oscense, h e r m a n a d o con su p a r i e n t e y e n cierto m o d o rival El Barbastrense,
periódico éste dirigido p o r Arturo Zancada y Conchillos, quien con los años
e m p r e n d e r í a los proyectos de La Ilustración Militar y d e La Ilustración Nacional.
Tanto El Oscense c o m o el Ateneo murieron c u a n d o los primeros gritos de «La
Gloriosa» se e s c u c h a r o n e n Huesca. El p e r i ó d i c o d e s a p a r e c e , y el ala más
conservadora del Ateneo, c o m p u e s t a p o r el carlista y p a d r e d e Silvio Kossti,
Francisco Bescós, más Francisco Arnal y Joaquín Buisán, entre otros, lo refunda, dotándolo de nuevo reglamento, precisamente el 22 de octubre de 1868 .
41
3 4
El Alto Aragón (12 de diciembre de 1865).
3 5
El Alto Aragón (17 de abril de 1866). Acerca de los años oscenses de Costa y, e n particular, de esta narración, vid. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Joaquín Costa y su 'Una n o c h e e n
Monte-Aragón' (1866)», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 4-5 (22 de diciembre de
1995), pp. 26-28, muy ampliado e n «Pesquisas sobre la actividad del joven Costa e n Huesca»,
Anales de la Fundación <Joaquín Costa», 14 (1997), pp. 5-52. Aquí doy la noticia de u n efímero
Centro Literario instalado e n 1867.
3 6
37
El Alto Aragón (26 de abril de 1866).
Cf. el primer capítulo d e mi estudio «Del folklore a la acción política. Tres calas e n
el p e n s a m i e n t o n a c i o n a l d e J o a q u í n Costa a través d e sus c o r r e s p o n s a l e s (A. M a c h a d o ,
R. Salillas, P. D o r a d o ) » , e n Anales de la Fundación Joaquín Costa. 150 aniversario, H u e s c a ,
IEA/Fundación «Joaquín Costa», 1996, pp. 7-208.
3 8
El Oscense (1868) tenía una sección enteramente dedicada a los «Cantares».
3 9
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Literatura. Rafael Salillas, literato», 4 Esquinas. Revista de Huesca, 93 (noviembre de 1995), pp. 20-21.
4 0
U n a primera aproximación a A n t o n i o Gasós la doy e n mi artículo «'A las ruinas de
Monte-Aragón', de Antonio Gasós Espluga (1876)», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 6
(5 de e n e r o de 1996), p p . 6-7, ahora ampliado e n «Flores y espinas (1877), de A n t o n i o Gasós
Espluga (1850-1931). Edición y estudio», Alazet. Revista de Filología, 9 (1997), en prensa.
4 1
166
Reglamento del Ateneo Oscense. 1868, Huesca, Imprenta de Mariano Castanera, 1869.
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX
(1833-1900)
T i e m p o s f u e r o n , los d e l s e x e n i o r e v o l u c i o n a r i o , m á s p r o p i c i o s p a r a
leer, u n o s los ensayos u l t r a m o n t a n o s d e L e ó n A b a d í a s , y o t r o s los p o e mas, trazos e n verso d e las novelas d e W e n c e s l a o Ayzguals, d e l b a r b a s t r e n s e L u i s B l a n c , El Cantor del pueblo. L a e f e r v e s c e n c i a p o l í t i c a d e l
m o m e n t o n o dejó lugar a p e n a s p a r a los ocios literarios y, p o r c o n t r a , sí
a n u n c i ó lo q u e i b a a ser n o r m a e n los a ñ o s d e l ú l t i m o t e r c i o d e l siglo
XIX, la institucionalización d e los escasos d i v i d e n d o s culturales e n t o r n o
a casinos y p e r i ó d i c o s políticos. Así, y a i m i t a c i ó n z a r a g o z a n a , se inicia
la R e s t a u r a c i ó n e n H u e s c a c o n la f u n d a c i ó n del Casino S e r t o r i a n o — d e
talante conservador, y cuyas sesiones se c e l e b r a b a n e n los salones d e u n
a n t i g u o liceísta, A n t o n i o Naya y Azara, b a r ó n d e Alcalá— a la q u e siguier o n las d e l C a s i n o D e m o c r á t i c o P r o g r e s i s t a y d e El Diario de Huesca,
v e h í c u l o e n el q u e m e n u d e a r o n las firmas d e a u t o r e s locales, tales q u e
las d e Gasós, Susana Lacasa o u n b i s o ñ o Luis M a r í a L ó p e z A l l u é . Asim i s m o , los e l e m e n t o s m á s r e a c c i o n a r i o s p r o n t o se a u p a r o n a la fiebre
socialcatólica c o n la c r e a c i ó n d e l p r i m e r C í r c u l o C a t ó l i c o d e O b r e r o s
a r a g o n é s , e n 1878, bajo la p r e s i d e n c i a d e su f u n d a d o r L e ó n A b a d í a s y
Santolaria .
42
43
44
Esta Huesca, ya con ferrocarril desde 1866 y tan parecida a la Orbajosa
galdosiana — e n palabras d e Queral—, vio c ó m o f e c u n d ó e n su seno cierta
l i t e r a t u r a clerical y m o r a l i z a n t e d e la m a n o d e L e ó n A b a d í a s Santolaria,
Serafín Casas y Abad y, señaladamente, d e P e d r o Claver y B u e n o , Félix Bescós y Mavilla, Valero Palacín, Victorián A r a g ó n y Lasierra y J o s é Banzo y
Lizana. León Abadías, combatiente e n la última g u e r r a carlista en el b a n d o
u l t r a m o n t a n o , h u b o d e m a r c h a r a C ó r d o b a , c i u d a d e n la q u e i m p r i m i r í a
sus moralizantes Cuadros al fresco (Huesca, I m p r e n t a d e la Viuda e Hijos d e
Mariano Castanera, 1888) . Los ensayos dominicales de Serafín Casas, teñidos d e u n vago catolicismo social, a p e n a s t i e n e n interés, salvo el a r q u e o lógico; e n c a m b i o , al m é d i c o o s c e n s e le c u p o el h o n o r d e iniciar e n su
capital natal la m o d a d e las guías locales; p r i m e r o d e la m a n o d e u n típico
e n c a r g o profesional, q u e fructificó e n Huesca, su topografía médica o reseña
demográfico-sanitaria seguida de un reseumen histórico-descriptivo
(Huesca,
I m p r e n t a d e José Iglesias, 1883), y después, visto el éxito d e la parte m o n u m e n t a l y pintoresca, c o n u n a guía e n su r e c t o s e n t i d o , la Guía de Huesca,
45
42
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Quién fue e n verdad Susana Lacasa y c ó m o Joaquín
Costa n o p u d o jamás firmar p o e m a s c o n ese nombre», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 10 (2 de febrero de 1996), pp. 13-15.
4 3
Las poesías juveniles de Luis López Allué son accesibles al público gracias a la recopilación de Ana María RAMÍREZ DE ARELLANO ( e d . ) , Luis López Allué, Obra Poética (1879-1928),
Huesca, La Val de Onsera, 1994.
4 4
En torno al pintor y literato oscense, vid. Fernando ALVIRA BANZO, Aproximación a la
biografía de León Abadías, Huesca, Diputación Provincial, 1995.
4 5
Acerca de este libro, vid. Fernando ALVIRA BANZO, «Los Cuadros al fresco de L e ó n Abadías», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 1 (agosto de 1995), pp. 22-24.
167
Juan Carlos Ara Torralba
46
Civil, Judicial, Militar y Eclesiástica (Huesca, Librería Oscense, 1 8 8 6 ) . De
P e d r o Claver y B u e n o , p e r t e n e c i e n t e a u n a d e las familias d e mayor abo­
lengo e n la localidad, destacan su interés p o r las viejas leyendas y sus cum­
plidas prosas d o n d e lo local se a r r o p a en u n vago sentimentalismo e n oca­
siones u n t a n t o forzado y cursi. Estos c a r a c t e r e s manifiestan sus Primeros
ensayos literarios, a p a d r i n a d o s p o r A n t o n i o d e T r u e b a (Bilbao, I m p r e n t a d e
Cristóbal Pérez, 1881), Aragón cristiano y caballeresco (Huesca, I m p r e n t a d e
J a c o b o M. Pérez, 1889), Hojas de mi álbum ( H u e s c a , I m p r e n t a d e J a c o b o
María Pérez, 1890) y Glorias de Aragón (Zaragoza, Tipografía d e N . Fran­
cés, 1896).
Al m a r g e n d e estos escritores del integrismo oscense, e n 1883 se fundó
en Huesca u n nuevo Liceo Artístico y Literario , reiterado i n t e n t o de
r e c u p e r a r la vieja institución d e 1840, p e r o q u e e n la práctica se limitó a
r e p r e s e n t a r funciones teatrales d e socios aficionados en el flamante teatro
Principal, a q u e l q u e se h a b í a i n a u g u r a d o e n 1846 con El hombre de mundo
d e V e n t u r a d e la Vega . Este establecimiento c o n t ó con periódico p r o p i o ,
h o m ó n i m o y d e corta vida. Huesca p r e s u m í a p o r entonces —principios d e
la década d e los ochenta— de varios periódicos diarios y de cuatro librerías,
f u n d a m e n t o más q u e suficiente p a r a el desarrollo d e los prototípicos sub­
g é n e r o s d e la literatura d e la Restauración, y e n especial el d e mejor acogi­
da popular, el joco-festivo.
47
48
En este p a r á m e t r o , auspiciado p o r la inevitable p r e n s a satírica (El hue­
la, d o n d e se i n i c i ó Luis L ó p e z A l l u é , El Mosquito Oscense...), se sitúa el
curioso e c o oscense d e la o b r a colectiva dirigida p o r el a r a g o n é s Eusebio
Blasco Madrid por dentro y por fuera ( 1 8 7 3 ) . Y es q u e e n 1884 Luis L ó p e z
Allué e s t r e n ó su s a i n e t e d e c o s t u m b r e s o s c e n s e s Huesca por dentro, y e n
1887 el c o n f i t e r o m a s ó n B e r n a b é M o r e r a P a b l o su p o e m a r i o Huesca por
fuera, r e c i e n t e m e n t e r e e d i t a d o . Por entonces, y al calor d e la más impor49
46
De Serafín Casas m e o c u p o e n la introducción biográfica a la reedición de la Guía de
Huesca, Huesca, La Val de Onsera, 1996. Con anterioridad, había esbozado la relativa impor­
tancia de la labor de Casas en el artículo «Literatura. U n libro, un recuerdo y un m o d e l o : la
olvidada Guía de Huesca (1886) d e Serafín Casas y Abad», 4 Esquinas. Revista de Huesca, 88
(junio de 1995), pp. 52-53.
4 7
Vid. Gregorio GOTA HERNÁNDEZ, «Notas oscenses. El teatro e n Huesca. El Liceo Artís­
tico y Literario», El Diario de Huesca (13 de mayo de 1933).
4 8
Acerca d e la cartelera teatral o s c e n s e d e la Restauración, véase el artículo de M. J.
MENDOZA y M. J. O T Í N , «El Diario de Huesca y la vida cultural oscense en el último cuarto de
siglo (1875-1900)», Alazet. Revista de Filología, 6 (1994), pp. 35-82.
4 9
J u a n Carlos ARA TORRALBA ( e d . ) , A l f r e d o G ó m e z Pérez [ s e u d ó n i m o d e B e r n a b é
Morera P a b l o ] , Huesca por fuera. Colección de poesías, Huesca, La Val d e Onsera, 1996. En la
introducción a esta e d i c i ó n amplío las notas bosquejadas e n «Literatura. Reivindicación de
B e r n a b é Morera, autor d e Huesca por fuera (1887) y p i o n e r o del v e l o c i p e d i s m o nacional»,
4 Esquinas. Revista de Huesca, 92 (octubre de 1995), pp. 24-25, y e n «'Mont-Aragón', de Berna­
bé Morera Pablo (1886)», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 7 (12 de e n e r o de 1996),
pp. 16-17.
168
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX
(1833-1900)
tante e m p r e s a literaria n a c i d a d e la p r e n s a diaria, Los Lunes de «La Brújula» (1886), y bajo la b a t u t a d e Pascual Q u e r a l y Formigales, escribirán sus
p o e m a s d e circunstancias el t u r o l e n s e J o a q u í n A d á n B e r n e d y el altoarag o n é s L u c i a n o Labastida Olivan . El p r i m e r o los r e c o g e r á e n Retazos Literarios ( 1 8 8 7 ) , y e l s e g u n d o e n el c a m p o a m o r i n o Ayes y sonrisas ( 1 8 8 7 ) .
A d á n , q u i e n g a n a r í a fama c o m o a u t o r d e j u g u e t e s cómicos y apropósitos
d e escasos vuelos, n o s l e g a r í a u n a d e las p r i m e r a s n o v e l a s s u b t i t u l a d a s
c o m o aragonesa, Mosén Quitolis (1894).
50
P e r o estos t i e m p o s d e la Restauración, d e d e r r i b o s indiscriminados d e
edificios e n p r o d e la higiene pública , d e alineamiento d e calles y d e u n a
perplejidad y orgullo p o r el progreso sólo d e t e n i d o s p o r las usuales epidemias coléricas, habilitaron la aparición d e n u m e r o s a s firmas d e escritores
locales q u e t e n í a n e n la p r e n s a su v e h í c u l o c o t i d i a n o y e f í m e r o . Así, los
años o c h e n t a d e la pasada c e n t u r i a ven n a c e r a la tinta p e r i ó d i c a a Ángel
Q u i n t a n a Lafita, q u i e n acabaría sus días d i r i g i e n d o El Diario de Santander,
al zaragozano R o b e r t o B u e n o , q u i e n lucró u n a celebridad exigua a través
d e las «Frioleras», impresiones jocoserias y satíricas aparecidas e n La Crónica; o a las soflamas e p i g r a m á t i c a s d e Pascual Q u e r a l y F o r m i g a l e s e n el
anticamista La Brújula. Q u e r a l había colgado hacía t i e m p o sus inquietudes
federales y republicanas d e El Clamor del Pirineo Central (1879), y morigerad o su ideología hacia u n constitucionalismo administrativo, tal q u e el q u e
hacía gala el ribagorzano Jacinto R o m e o Belloc — h e r m a n o del p o e t a Bern a b é , a u t o r d e Las fuentes de la poesía ( 1 8 8 8 ) — e n sus c o l u m n a s d e La
Crónica y e s p e c i a l m e n t e e n las «Cartas administrativas», regeneracionistas
a n t e s d e l r e g e n e r a c i o n i s m o . P o r ú l t i m o , t a m b i é n m e n u d e r a r o n p o r los
periódicos oscenses d e la década, Félix Sarrablo Bagüeste, Magdalena Santiago F u e n t e s y C o r o n a d o Satué, q u i e n e s m a n t e n í a n viva la llama ilustrad a d e ese e n t r a ñ a b l e y viejo Magisterio nacional t a n interesado p o r la parva vida cultural d e los lugares, y a cuya labor sorda tanto debió la vertebración española e n t r e 1850 y 1936.
51
52
53
C o n t o d o , los a ñ o s o c h e n t a del siglo p a s a d o , e n t r e kermesse y kermesse y
e n t r e baile d e máscara d e antruejo o salón recreativo juvenil más o m e n o s
50
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «El escritor Luciano Labastida Olivan ( 1 8 6 3 - 1 9 2 6 ) » ,
La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 1 7 ( 2 8 d e marzo d e 1 9 9 6 ) , pp. 8 - 1 1 .
5 1
Eran tantas las actuaciones urbanísticas d e derribo que n o faltó la socarronería zumb o n a e n forma d e relatos situados entre el costumbrismo y el seudofuturismo (cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Literatura. H u e s c a futura y Huesca pretérita. A propósito d e los planes
urbanísticos d e hoy a través d e u n texto premonitorio de 1 8 8 6 » , 4 Esquinas. Revista de Huesca,
91
(septiembre d e 1 9 9 5 ) , p p . 2 6 - 2 7 ) .
5 2
Cf. M.ª Luisa ARNAL y M.ª Á n g e l e s NAVAL, «Lengua y literatura d e u n o s p o e m a s e n
ribagorzano ( 1 8 6 1 - 1 8 8 8 ) » , Archivo de Filología Aragonesa, XLII-XLIII ( 1 9 8 9 ) , pp. 8 3 - 1 3 0 .
5 3
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Letras oscenses. Magdalena Santiago-Fuentes ( 1 8 7 3 1 9 2 2 ) , datos para la biografía de una mujer dedicada a la literatura y al magisterio», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 2 0 (mayo-junio d e 1 9 9 6 ) , pp. 1 8 - 2 1 . Sobre Sarrablo y otros
169
Juan Carlos Ara Torralba
m a r g i n a l , d o n d e se r e u n í a lo más g r a n a d o d e los vástagos d e la p e q u e ñ a
burguesía d e la localidad, ven n a c e r a q u i e n debía, p o r formación y trayectoria, h a b e r p a s a d o a la p o s t e r i d a d c o m o el p r i m e r m i e m b r o oscense d e
esa raza d e eruditos locales q u e e n las últimas d é c a d a s del XIX y p r i m e r a s
del XX se e m p e ñ a r o n en poblar el m e r c a d o editorial d e , e n algunos casos,
b e n e m é r i t a s m o n o g r a f í a s d e e f e m é r i d e s , historias d e la i m p r e n t a , glosas
curiosas d e historia menuda, o galerías d e h o m b r e s notables. Éste fue Gregorio G o t a H e r n á n d e z , q u i e n , tras los p r i m e r o s escarceos e n la p r e n s a , se
decidió a publicar u n muy i g n o r a d o o p ú s c u l o , Huesca. Apuntes para su historia (Huesca, I m p r e n t a d e la Viuda e Hijos d e Alcántara, 1891), librito e n
el q u e trazaba la trayectoria del p e r i o d i s m o oscense hasta la fecha, al q u e
s i g u i e r o n n u m e r o s a s c o l a b o r a c i o n e s e n la p r e n s a d e t e m a h i s t ó r i c o y,
c ó m o n o , u n a s efemérides q u e a p a r e c i e r o n p o r entregas e n La Crónica de
Huesca. El título d e estas efemérides, q u e e r a n «Alto-aragonesas» y n o sólo
oscenses, revela la i n t e n c i ó n provincial, i n t e g r a d o r a d e s d e la capital, q u e
evidenció el principal proyecto salido del m a g í n d e Gota, la fundación d e
la revista a l t o a r a g o n e s a más i m p o r t a n t e del siglo p a s a d o , La Campana de
Huesca (1893-1895). Allí consiguió Gota, n o sin gran esfuerzo, concitar las
colaboraciones d e las aisladas plumas d e la mayoría d e los escritores y polígrafos altoaragoneses del m o m e n t o , incluido J o a q u í n Costa .
54
55
La misma atonía q u e Gota p r e t e n d i ó combatir con sus empresas, aquella q u e e n o t r o lugar h e m o s d e n o m i n a d o pax camista , t e r m i n ó p o r malbar a t a r lo q u e b i e n p o d r í a h a b e r c o n s t i t u i d o u n m a r c o e n el q u e las letras
locales h u b i e r a n e x t e n d i d o sus p e c u l i a r e s esencias a c o m p a s a d a s c o n las
56
maestros del periodo, véase también mi artículo «La é p o c a dorada del Magisterio oscense.
D o s ilustrados maestros y escritores altoaragoneses de entre siglos, Félix Sarrablo Bagüeste y
O r e n c i o Pacareo Lasauca (y unas notas marginales acerca d e Marcelino López Ornat, Joaquín Gil Acín y Félix Bielsa Jordán)», Flumen, 3 (1998), pp. 73-89.
54
H e ido perfilando progresivamente la obra y figura de Gregorio Gota Hernández e n
sucesivos artículos; u n o , el más e x t e n s o y detallado, «Sinfonías legendarias e n t o n o m e n o r :
La Campana de Huesca (1893-1895), glorias y miserias d e la primera y postergada revista ilustrada de la provincia», Alazet. Revista de Filología, 7 (1995), pp. 9-55; y otros más breves, d o n d e
se añaden anécdotas más menudas: «'Ayer y hoy' y 'El horóscopo', dos narraciones de historia oscense de Gregorio Gota Hernández (1894)», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 8
(19 de e n e r o de 1996), p p . 13-15; «Las 'Efemérides Alto-aragonesas' de Gregorio Gota Hernández», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 14 (7 de marzo de 1996), pp. 22-23; «Las
'Efemérides Alto-Aragonesas' d e Gregorio Gota Hernández. Gota, factótum de la fundación
de la Cruz Roja oscense», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 19 (11 de abril de 1996),
p p . 11-13; y «Letras oscenses. Las 'Efemérides Alto-Aragonesas' de Gregorio Gota Hernández», La Campana de Huesca. Revista de Cultura, 21 (septiembre-octubre de 1996), p p . 26-28.
En m e s e s sucesivos terminará la r e e d i c i ó n d e las «Efemérides» d e Gota e n La Campana de
Huesca hasta c o m p l e t a r el ciclo anual. A s i m i s m o , ha visto la luz r e c i e n t e m e n t e la e d i c i ó n ,
preparada p o r q u i e n esto suscribe, de las Notas oscenses (Primera Serie), H u e s c a , La Val d e
Onsera, 1997.
5 5
5 6
170
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Sinfonías...», cit.
Ibidem.
Marco y teselas para una historia de las letras oscenses en el siglo XIX (1833-1900)
m o d a s del m o m e n t o . Faltó, p o r ello, u n a Huesca Moderna q u e e q u i p a r a r a
la vida cultural d e la c i u d a d y provincia con otras q u e m o s t r a b a n orgullosas sus nuevas avenidas, industrias o casinos. Muy al contrario, Gota d e b i ó
d e a b a n d o n a r su c i u d a d natal con el c a m b i o d e siglo, y sólo e n su vejez, y
d e s d e M a d r i d , p u d o enviar u n a s nostálgicas escuetas y p e r i ó d i c a s «notas
oscenses» a El Diario de Huesca, mientras q u e B e r n a b é M o r e r a p a g ó su convicción r e p u b l i c a n a y m a s o n a c o n el exilio a B u e n o s Aires, c o s m o p o l i t a
capital d o n d e dirigió d u r a n t e años la revista del Círculo d e Aragón, e n la
q u e también a b u n d ó e n composiciones intrascendentes d e i n d u d a b l e nostalgia local. Por su parte, Pascual Q u e r a l apenas p u d o saborear el éxito d e
su novela, La ley del embudo (1897), libro q u e d e n u n c i a b a d e m a n e r a notable las miserias caciquiles d e Huesca, p u e s m u r i ó a los c i n c o meses d e la
publicación .
57
Desaparecidos, cada u n o a su m a n e r a , Queral, M o r e r a y Gota, los últimos
a ñ o s d e l siglo XIX los o c u p a n el n a c i m i e n t o d e la A c a d e m i a S e r t o r i a n a
oscense (1897-1900) , con Félix Lafuente, Luciano Labastida, Matías Chías
y R a m ó n Mayor, e n t r e o t r o s , y la d e la A c a d e m i a C i e n t í f i c o L i t e r a r i a
( f u n d a d a el 6 d e f e b r e r o d e 1 8 9 9 ) , cuya alma mater, C r i s t i n o Gasós
— h i j o d e A n t o n i o — y u n o d e sus p r i n c i p a l e s socios, J o s é M a r í a L l a n a s
Aguilaniedo, alcanzarían cierta fama en el siglo q u e llegaba. El p r i m e r o d e
los citados, j u n t o a u n hijo d e Ayerbe q u e ya h a b í a a p u n t a d o a l g ú n q u e
o t r o destello e n la p r e n s a local oscense a través d e c u e n t o s d e talante cost u m b r i s t a b a t u r r e r o , Vicente Castro Les, d a n la m a n o al a c o n t e c i m i e n t o
d e las letras oscenses más i m p o r t a n t e q u e cierra el siglo, la publicación d e
la novela «regional» Capuletos y Montescos, d e Luis López Allué, e x c e l e n t e
fin d e trayecto p a r a t o d o u n siglo d e letras locales oscenses y m o d e l o literario q u e seguirán éstas, en b u e n a medida, d u r a n t e las dos primeras décadas d e nuestra centuria.
58
Hasta aquí h e m o s trazado lo q u e n o es, d e suyo, sino u n bosquejo d e lo
q u e con el t i e m p o e s p e r a m o s sea u n mosaico exhaustivo d e las letras altoa r a g o n e s a s d e l siglo XIX. Y es q u e , c o m o h a b r á n p o d i d o a d v e r t i r , estas
l í n e a s se h a n l i m i t a d o a la c a p i t a l d e la p r o v i n c i a , d e j a n d o a u n l a d o ,
voluntariamente, p e r o sin atisbos d e malicia cabileño-cantonal, a otras localid a d e s y comarcas. N a d a m á s lejos d e n u e s t r a i n t e n c i ó n , p u e s si b i e n u n a
r á p i d a ojeada a los avatares literarios del resto d e la provincia a c e n t u a r í a
a ú n m á s el c a r á c t e r p r e c a r i o y d i s c o n t i n u o d e lo local c o n f o r m e m a y o r
fuera la hipotaxia-periferia r e c u r r e n t e y m e n o r la i m p o r t a n c i a e c o n ó m i c a
y social d e la localidad —se llega a los escritores aislados, a los c o n j u n t o s
unicelulares—, n o dejaría este repaso d e arrojar a l g u n a q u e otra tesela d e
57
Cf. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Introducción» a Pascual Queral y Formigales, La ley
del embudo, Huesca, IEA, Colección «Larumbe», núm. 7, 1994.
5 8
Vid. Juan Carlos ARA TORRALBA, «Literatura. La 'Academia Sertoriana' oscense (18971900)», 4 Esquinas. Revista de Huesca, 94 (diciembre de 1995), p. 24.
171
Juan Carlos Ara Torralba
b a s t a n t e i n t e r é s , c o m o las d e l b o l t a ñ é s P u i c e r c u s , los A r a u s y Quintilla
j a c e t a n o s , la t a m a r i t a n a Dolores C a b r e r a , el fragatino C á n d i d o Galicia, o
las piezas q u e constituyen la o b r a d e los b a r b a s t r e n s e s P a n c r a c i o Lafita,
M a r i a n o C a s a s n o v a s , Luis B l a n c o C o n r a d o S o l s o n a y Baselga, e n t r e
m u c h a s otras. En fin, u n a tarea p o r hacer.
172
Descargar