Francisco Y n d u r á i n GRACIAN, UN ESTILO A L estudiar u n autor, sea en su estilo, sea en s u s t e m a s o en cualquier otro aspecto, p a r e c e conveniente situarlo e n contraste c o n s u a m b i e n t e y posibles p r e c e d e n t e s . Y esto no tanto por la determinación d e influencias, p u e s éstas son casi siempre electivas, c o m o por buscar y hallar calidades diferenciales individuales. Sin e m b a r g o , e n estas notas no se va a prestar atención a p e n a s a las vinculaciones d e G r a c i á n con el Barroco, p o r q u e u n o t e m e siempre a La multivocidad del término, ni con otras categorías d e m e n o s radio, como el Conceptismo. Sencillamente, se trata d e registrar e interpretar algunas d e las peculiaridades estilísticas d e l jesuita aragonés en cuanto í n d i c e d e u n a mentalidad. E n cualquier caso, n o p o d e m o s olvidar q u e n u e s tro autor, en quien concurren el creador y el teorizante d e la expresión literaria, se formó e n u n m e d i o m u y caracterizado p o r su n e o a r i s totelismo en lo preceptivo, como se h a visto confirmado por el P . Batllori en los estudios, «La p r e p a r a c i ó n d e Gracián, escritor, 16011635»; Gracián y la retórica barroca en E s p a ñ a » , y «La barroquización d e la Ratio studiorum en las o b r a s y en la m e n t e d e G r a c i á n » (Recogidos los tres, posteriormente, en el t o m o , Gracián y el Barroco, R o m a , 1958). D e s d e m u c h o tiempo atrás nos h a b í a t e n t a d o la i d e a d e buscar en el sistema de e n s e ñ a n z a jesuita, en sus progymnasmata y exercitaciones, u n a d e las raíces del estilo gracianesco y a u n del conceptismo hispano. A h o r a , gracias al P . Batllori, s a b e m o s con precisión q u e esa ratio studiorum d e s d e el curso 1598-99 está dentro d e la corriente retórica aristotélica, como lo está la Agudeza y Arte de Ingenio. Por otra p a r t e y p a r a u n a m á s extensa ilustración del problema, del aristotelismo e n el Barroco e u r o p e o , p u e d e verse el amplio estudio d e Guido Morpurgo T a g l i a b u e , «Retórica e Barocco», e n , A t t i del III Congresso di Studi Umanistici (Fratelli Bocca, ed., R o m a , 163 F. YNDURAIN 1955, p á g s . 119-195). En los estudios citados q u e d a n s u p e r a d o s y s u b s u m i d o s en lo valioso otros anteriores, como el d e Croce, «I trattatisti italiani del Conceptismo e Baltasar Gracián», d o n d e r e h a c e y ajusta anteriores apreciaciones sobre la materia (Véase en, Problemi di Estética, Saggi filosofici, I, Bari, 1940). En las líneas q u e siguen, se h a n tenido en cuenta los estudios citados, a u n q u e sólo como referencia r e m o t a y n o siempre con asentimiento. T a m b i é n dejó d e lado el relacionar nuestro escritor y el C o n c e p tismo hispano con la e x t e n d i d a mutación d e gusto literario q u e se h a o p e r a d o e n E u r o p a al filo del seiscientos; m e refiero a¡ la sustitución d e la anterior ejemplaridad d e la prosa, ciceroniana con su amplia a n d a d u r a , por la m á s breve y cortada d e Séneca y Tácito, al igual q u e sucedió con los P a d r e s d e la Iglesia, en el relevo d e Lactancio por Tertuliano. El f e n ó m e n o p u e d e seguirse, por ejemplo en Gilbert H i g e t , The classical tradition. Greek and Roman influences on Western Literature. D e la autoridad incontestada del estilo ciceroniano e n el Renacimiento, se h a venido a buscar m o d e l o en los Tratados morales d e S é n e c a y en las Historias, d e T á c i t o . Dentro d e estas t e n d e n c i a s , generalizadas, se m a r c a r o n dos corrientes: la del «período suelto» —como en nuestro Solís— en q u e las oraciones, breves, v a n ligadas por conexiones ligeras, c o m o al acaso y sin cuidado por la simetría, y el «período cortado», sin enlaces gramaticales, q u e el lector h a d e suplir, con u n a a p r e t a d a ligazón conceptual, frecuentes antítesis y juegos d e palabras. A q u í n o s e n c o n t r a r e m o s con Gracián. P e r o es el caso q u e n o sólo en el á r e a r o m a n c e , m á s conocida y familiar d e los nuestros sino en otras lenguas, como la inglesa, se d a t a m b i é n el mismo f e n ó m e n o . T e n g o presentes, «Senecan Style in t h e sevententh Century», d e G . Williamson (Phil. Quarterly, vol. X V , o c t . , 1952, n. ° 4, p á g s . 321-351), y «The Baroque Style in Prose», por Morris W . Croll (en Studies in English Philology, A Miscellany in H o n o r of F . Klaeber, Minneapolis, 1929), A partir d e 1610 está vigente el anticiceronianismo en el estilo literario inglés: Polonius, por ejemplo, sigue la m o d a c u a n d o dice, «brevity is t h e soul of wit», q u e Gracián hubiera suscrito. Contra este fondo cultural, retórico y literario, t e n i é n d o l o a la vista, s e h a elabor a d o la interpretación q u e sigue. P a r a cuyo a p a r a t o d o c u m e n t a l se ha acudido a l Gracián d e los Tratados, especialmente al Oráculo manual, m e n o s a, El Criticón y n o se h a n tenido en c u e n t a El Comulgatorio ni sus cartas y otros escritos. 164 GRACIAN, Ritmo UN ESTILO binario. L a lectura d e Gracián n o s deja, la impresión d e q u e su p r o s a s e m u e v e en estructuras binarias, variando el tipo d e e n l a c e d e a m b o s miembros, pero con u n a insistencia a b r u m a d o r a d e aquellas entidades dobles. (Luego, al contrastar esa impresión en un e x a m e n m á s d e t e n i d o , el resultado es q u e , en efecto, la i n m e n s a mayoría de las frases gracianescas se articulan en un ritmo dual, o b i m e m b r e : y ese e x a m e n arroja resultados estadísticos r e a l m e n t e impresionantes). N o h e d e o c u p a r m e en tratar d e ver h a s t a q u é p u n t o ese juego tiene a n t e c e d e n t e s senequistas o ciceronianos, p u e s en a m b o s estilos s e encuentra, el e s q u e m a binario. Ni m e e s posible entrar a q u í en el recuento d e las articulaciones sintácticas d e nuestro idioma, q u e respond e n a otras t a n t a s articulacione m e n t a l e s d e tipo b i m e m b r e . Este exam e n d e estructuras sintácticas n o p o d r í a hacerse sin tener a la vista el e n o r m e arrastre d e siglos d e cultura q u e h a venido o r d e n a n d o sus ideas en grupos dobles, contrastados m u c h a s veces. Bertrand Russell (History of Western Philosophy) h a observado q u e el m u n d o m e d i e val se caracteriza, en contraste con el de la antigüedad, por varios rígidos d u a l i s m o s : clérigos/legos, l a t i n o s / g e r m a n o s , reino d e D i o s / reino del m u n d o , espíritu/carne, a l m a / c u e r p o ; y éstos sin contar los q u e p r o c e d e n del p e n s a m i e n t o clásico: i d e a / o b j e t o , r a z ó n / s e n s a c i ó n , etcétera. El filósofo americano D e w e y ha d e d i c a d o u n a b u e n a p a r t e d e s u obra a d e s m o n t a r lo q u e h a y d e simplificaciones mentales e n t a n t a s parejas c o n c e p t u a l e s como a p a r e c e n en el p e n s a r tradicional. H a y a q u í u n p r o b l e m a d e tan amplias conexiones, q u e d e s b o r d a nuestro c a m p o d e interés. P e r o n o p o d e m o s m e n o s d e señalar la reit e r a d a presencia en la p r o s a d e G r a c i á n —en sus hábitos m e n t a l e s d e este enfoque d u a l : u n a y otra vez n o s encontramos con lo b u e n o y lo malo, lo material y lo formal, la v e r d a d y la mentira, el sí y el n o , el ser y el parecer, lo útil y lo dulce, la a l a b a n z a y el vituperio... Especialmente en los T r a t a d o s y m á s a ú n en esa quinta esencia d e éstos q u e es el Oráculo manual, nos hallamos con fórmulas estilísticas b i m e m b r e s tan repetidas, q u e si su ingenio siempre alerta n o las aguzara, llegarían a causar enfado. Tal estructura suele ir reforz a d a por un riguroso paralelismo en p a l a b r a s y funciones d e éstas, por el eco d e asonancias y similicadencias, a m a n e r a d e memoriálín y p a r a efectos d e m á s segura y d u r a d e r a impresión. Así, «Pagarse m á s d e intensiones, q u e d e extensiones»; «La infelicidad es d e or- 165 F. YNDURAIN dinario crimen d e n e c e d a d » ; «Compite la detención del r e c a t a d o con l a atención del a d v e r t i d o » ; «altérnese la calidez d e la serpiente con l a c a n d i d e z d e la paloma», repetido en «La calidez d e Pitón contra la c a n d i d e z d e los p e n e t r a n t e s rayos d e Apolo», a u n q u e con distinto sentido en «candidez». E n períodos d e m á s compleja organización, t a m b i é n se articulan sus miembros por parejas. Valga por m u c h o s este e j e m p l o : «Sea, p u e s , t a n señor de sí y t a n grande, q u e ni en lo próspero ni en lo adverso, p u e d a alguno censurarle p e r t u r b a d o , si admirarle superior». D o n d e h a y u n a estructura general b i m e n b r e articulada, en la p o n d e ración «tan»... «que», y luego c a d a m i e m b r o se subdivide, a su vez, e n otras parejas n e t a m e n t e c o n t r a p e a d a s . D e las varias m a n e r a s d e conexión entre los miembros d e estas construcciones, p a r e c e la m á s u s a d a , la antitética. Es la antítesis proc e d i m i e n t o favorito en el llamado «estilo d e ideas». Según Bally, (Linguistique générale et linguistique française) la antítesis n o es sino consecuencia y sistematización d e la t e n d e n c i a d e nuestra m e n t e , q u e n o s lleva a oponer las nociones. Si la lengua n o tiene u n a disposición t a n e s q u e m a t i z a d a en estructura y léxico, el escritor tiene q u e forzar l o s recursos, si no inventar otros dentro del sistema. En Gracián hay, e n efecto, u n a constante voluntad d e forma q u e tiende a montar la expresión dentro d e ese artificio. P o r otra parte, Aristótoles h a b í a advertido la excelencia d e la forma antitética. Al tratar del período ( R e t ó r i c a , III, VIII) distingue entre el q u e consta simplemente d e partes y el q u e las ofrece en oposición entre s í : este s e g u n d o se llama «antítesis» y sus partes, «antíteta», y p u e d e llevar u n a tercera q u e l a s r e s u m a : «El uno h a conseguido gloria, el otro, r i q u e z a : a m b o s con mi a y u d a » . E n s u opinión son m á s aceptos esta clase d e períodos porq u e «no sólo a p a r e c e n las partes mejor contrastadas, sino p o r q u e llev a n consigo una cierta apariencia d e aquella especie d e e n t i m e m a q u e lleva a la imposibilidad». Y en otra ocasión p r o p o n e el embellecimiento d e u n p e n s a m i e n t o , precisamente por el enunciado en forma d e antítesis: es el tan repetido ejemplo d e , «Se d e b e morir cuando no se h a p e c a d o » , ni bello ni a g u d o , perfeccionado en, «Digno es d e morir quien n o es digno d e morir». H o y p e n s a m o s q u e d o s expresiones d e u n m i s m o pensamiento son dos cosas distintas y n o a c e p t a m o s el ornato c o m o algo m e r a m e n t e adventicio. El caso es q u e Gracián p a r e c e tener e n c u e n t a las i d e a s aristotélicas si nos a t e n e m o s a la profusión con q u e m a n e j a la antítesis, como p u e d e verse en algunas muestras. La oposición seguida d e r e s u m e n : «Hase d e hablar lo b u e n o y obrar lo m u y h o n r o s o ; la u n a es perfección d e la cabeza, la otra, del corazón, y 166 GRACIAN, UN ESTILO e n t r a m b a s n a c e n d e la superioridad d e l ánimo». Mucho m á s frecuente e s el movimiento inverso: e n u n c i a d o general, bifurcado en disyuntiva «Todo vencimiento es odioso, y del d u e ñ o , o necio o fatal»; «Sin entendimiento n o s e p u d e vivir, o propio o prestado», [La F a m a ] . . . «anda siempre por extremos, o monstruos o prodigios d e admiración». Y tal vez se o r d e n a la simetría en un despliegue reflejo, como en esta caracterización del « H o m b r e juicioso y n o t a n t e » ; «Señoréase él d e los objetos, no los objetos d e él», en q u e si t o m a m o s «no» como eje d e simetría, cada m i e m b r o se repite en orden rigurosamente inverso, como visto por reflexión. El ritmo binario se combina con m á s r e d o m a d o artificio en la figura del quiasmo, (genialmente interpretada por mi maestro, D . Francisco M a l d o n a d o , «Lo fictivo y lo antifictivo e n el p e n s a m i e n t o d e S. Ignacio d e Loyola»): « H á n s e d e procurar los m e d i o s h u m a n o s , como si no hubiese divinos, y los divinos, como si n o hubiese h u m a nos», q u e repite, referido a el G r a n Capitán, d e quien escribe, «Port á b a s e en el palacio como si n u n c a hubiese cursado las c a m p a ñ a s , y en c a m p a ñ a , como si n u n c a hubiera cortejado», o m á s sencillamente e n u n c i a d o : « L a s c o s a s q u e se h a n d e hacer no se h a n d e decir, y las q u e se h a n d e decir, no se h a n d e hacer». C u a n d o el período consta d e m á s miembros, no es raro q u e esa multiplicidad se s o m e t a a u n ritmo dual, como en esta e n u m e r a c i ó n , caracterizadora del « H o m b r e n o t a n t e » : «Nota acre, concibe sutil, infiere juicioso, todo lo descubre, advierte, alcanza, y c o m p r e n d e » . Claramente se ve que h a y u n a d o b l e articulación sintáctica, la d e la serie, «nota acre... » y la s e g u n d a , «todo lo d e s c u b r e . . . ». C u a n d o los miembros d e e n u m e r a c i o n e s s o n múltiples, suelen ir dispuestos en u n a oposición d e dos conceptos. Así e n , [la afición], «no sólo s u p o n e las p r e n d a s , sino q u e las p o n e , como el valor, la entereza, la sabiduría, hasta la discreción... N a c e d e ordinario d e la c o r r e s p o n d e n c i a material en genio, nación, parentesco, patria y emp l e o ; la formal es m á s sublime e n p r e n d a s , obligaciones, reputacion e s méritos». (Oráculo, 112). Primer período, oposición e n t r e «supone» y « p o n e » ; segundo, entre «material» y «formal». O t r a s enumeraciones se cierran con u n planteamiento b i m e m b r e tan ajustado e n paralelismo antitético como é s t e : « E r a m á x i m o el señorío q u e ostentaba en los casos m á s d e s e s p e r a d o s , la imperturbabilidad con q u e discurría, el despejo con q u e ejecutaba, el desahogo con q u e procedía, la prontitud con q u e a c e r t a b a : d o n d e otros encogían los hombros, él d e s p l e g a b a las manos». P a r e c e como si habién167 F. YNDURAIN dose a b a n d o n a d o a la laxitud enumerativa multiple, su m e n t e n e c e sitase del ceñido r e s u m e n antitético. Esta estricta disposición d e la prosa gracianesca se c o m p a d e c e m u y bien con el carácter gnómico y sentencioso d e sus escritos. P u e s habla a la inteligencia y p a r a fines prácticos, p a r a formar y aleccionar en el m o d e l o del H é r o e , la expresión a c u ñ a d a en tan riguroso troquel, resulta u n vehículo seguro, sin d u d a . D e lo q u e ya no estamos tan seguros es d e q u e ese único registro p u e d a llegar a t a n t o s matices como la observación d e la vida y del h o m b r e nos ofrecen. P e r o Gracián es escritor d e u n a sola cuerda, y en su juego, insuperado. T o d a v í a , y con ocasión d e ver otras peculiaridades d e s u estilo, h a b r á d e encontrarse n u e v a muestra d e ese módulo dual q u e p e r m a n e n t e m e n t e lo regula. El P . Batllori S. J., a quien tanto d e b e n los estudios gracianistas, h a escrito q u e «las alternancias informan t o d a la concepción filosófica d e Gracián. T a l vez proyectara en su o b r a literaria el proceso alternante d e su misma vida interior y d e s u vida religiosa». («La vida alternante d e B. G. e n la C o m p a ñ í a d e Jesús», Archivum Historícum Societatis Jesu, v o l u m e n XVIII, 1949), y h a visto en Critilo y A n d r e n i o , «las d o s proyecciones racionalizadas d e s u espíritu... t a n insensible al m u n d o exterior» (ibid. ) . Efectivamente, Gracián n o tuvo atención p a r a el m u n d o exterior —luego lo v e r e m o s d e s d e otro ángulo— y s u obra es p u r a construcción mental, q u e h a reducido el caos d e las apariencias y a u n el d e la vida interior a e s e e s q u e m a dual d e conceptos y expresiones- H e a q u í u n límite d e nuestro escritor y ya se s a b e q u e a las p e r s o n a s como a las cosas, son l o s límites los q u e n o s definen, tanto como los contenidos. Y , sin e m b a r g o , Gracián, n o desconocía otras cualidades d e l e s tilo, ni le eran extraños otros valores expresivos, a u n q u e n o los prodigara, atento a su intención ejemplificadora. El fino gusto d e A l fonso R e y e s r e c o m e n d ó h a c e m u c h o s a ñ o s el último capítulo d e El Discreto, «Culta repartición d e la vida d e u n discreto», c o m o u n a d e las p á g i n a s m á s bellas d e n u e s t r o gran Siglo. Lo es, ciertam e n t e , y t a m b i é n u n a p r u e b a d e c ó m o Gracián sabía escribir c o n flexibilidad. T a l vez s e a este t r a t a d o el d e m á s refinada composición. E n el c a p . III, « H o m b r e d e espera», se nos ofrece u n pasaje d e jugoso expresionismo: la idea d e calma, d e l sosiego q u e convienen al q u e espera, se desarrolla e n u n a alegoría. P e r o n o e s sólo m e d i a n t e la r e presentación sensible d e la i d e a abstracta c o m o se n o s c o m u n i c a esta i d e a : por m o d o m á s sutil se n o s sugiere y p r e s e n t a intuitivam e n t e . V e a m o s : «En un carro y en u n trono, fabricado éste d e c o n 168 GRACIAN, UN ESTILO chas d e tortugas, arrastrado aquél d e rémoras, iba c a m i n a n d o la Esp e r a por los espaciosos c a m p o s del T i e m p o al palacio d e la O c a sión». Sí, m u c h o m á s eficaces q u e las figuras d e tortugas y r é m o r a s (la primera por d e m a s i a d o trivial; por libresca, lejos d e nuestra e x p e riencia, la segunda) es esa sofrenada andadura, d e l período, q u e s e alarga lento en la r a m a d e la protasis, s a b i a m e n t e r e t a r d a d a por la estructura sintáctica (tres p a u s a s y d o s mostraciones anafóricas d e otros tantos pronombres), p a r a d e s c e n d e r majestuoso en la apódosis, d o n d e encontramos un copioso n ú m e r o d e sílabas largas, d e las m á s largas q u e h a y a en español. (Navarro T o m á s , Manual de pronunciación española). Y todavía m á s . El texto s i g u e : «Procedía con majestuosa pausa, c o m o t a n h e c h u r a d e la madurez, sin j a m á s apresurarse ni a p a s i o n a r s e ; r e c o s t a d a e n d o s cojines q u e le p r e s e n t ó l a N o c h e , sibilas m u d a s del mejor consejo en el mayor sosiego»... D e s p u é s d e los tres diptongos q u e figuran en las cuatro primeras p a l a b r a s , las larguísimas voces, «apasionarse» y «apresurarse», las frecuentes p a u s a s q u e el régimen sintático exige, haciendo q u e se sostenga la expresividad fónica d e lentitud, la última frase es un bello ejemplo d e aliteración d e sibilantes, casi o n o m a t o p e y a , q u e a d o r m e c e y sugiere intuitivamente el sosiego del s u e ñ o . Gracián aquí n o h a sido indigno del garcilasiano, «En el silencio sólo se e s c u c h a b a / u n susurro d e a b e jas q u e s o n a b a » , r e c u e r d o del virgiliano: «Saepe levi s o m n u m suadebit inire susurro» (egl. 1. , 55). P e r o este caso e s u n caso extrem o y excepcional e n la p r o s a d e nuestro autor. No iban por ahí las preferencias del gran conceptista. a Régimen sintático. Se h a dicho q u e el estilo d e Gracián es nervioso, m u s c u l a d o . E n estas definiciones del estilo, t o m a d a s metafóricamente d e la a n a t o m í a quiere indicarse q u e su p r o s a está, hasta d o n d e e s posible, libre d e e l e m e n t o s inertes o pasivos y que, por el contrario, t i e n e u n a a r m a z ó n activa d e u n i d a d e s p l e n a s d e sentido. E n efecto, h a y en nuestra lengua — n o sólo en la nuestra, claro— palabras q u e p o r su carga significativa serían lo q u e músculos y nervios en u n org a n i s m o ; al p a s o q u e otras, desprovistas d e u n conspicuo contenido significativo, serían como a d i p o s i d a d e s o excrecencias, simples articulaciones otras, y vacías d e contenido nocional. La m á x i m a musculatura lingüística reside e n n o m b r e s y verbos, q u e c o m portan siempre u n significado. M e n o s activos son los a d j u n t o s : adje169 F. YNDURAIN t i v o s y adverbios. E n fin, las partículas d e relación —preposiciones y conjunciones— desprovistas o d e s p o j a d a s d e significación p r o p i a y d e s t i n a d a s sólo a indicar el engarce d e las relaciones, son la p a r t e inerte, u n peso muerto hasta cierto p u n t o : serían como las insercio­ n e s d e músculos y nervios, las articulaciones, imprescindibles, por lo d e m á s . (No se olvide q u e en la terminología gramatical del siglo XVII, «artículo» valía p a r a estas p a l a b r a s d e relación). Y todavía, en lugar especial, q u e d a n los pronombres, cuya función significante no a p u n t a a nociones objetivas, sino a otras palabras dentro del c a m p o d e la expresión, o como a d e m a n e s mostrativos en un contexto social. P u e s bien, en la economía del estilo gracianesco p r e d o m i n a n fran­ c a m e n t e las p a l a b r a s llenas, n o m b r e s y verbos y se eliminan siempre q u e es posible en el sistema los vocablos baldíos. Así n o s explicamos mejor la repetida utilización d e la figura llamada zeugma q u e con­ siste en s o b r e e n t e n d e r u n a p a l a b r a c u a n d o h a de repetirse en cons­ trucciones sucesivas: «No t o d a s las v e r d a d e s se p u e d e n d e c i r : u n a s p o r q u e m e importan a mí, otras p o r q u e a otro», «Todo lo favorable, obrarlo por s í ; lo odioso, por terceros». L a dificultad b u s c a d a por este recurso d e concisión, q u e , a d e m á s , vuelve la atención del lector hacia atrás — m á s tarde v e r e m o s otro aspecto d e este artificio— p a r a suplir el verbo s o b r e e n t e n d i d o , p u e d e ser mayor, como c u a n d o n o e s e x a c t a m e n t e la misma p a l a b r a la q u e h a d e suplirse, sino otra d e su misma raíz. Así en «A la salida d e Francia por la Picardía, u n h o m b r e , q u e lo era y mucho», d o n d e sólo s a b i e n d o q u e p a r a Gracián «picaro», es tanto como «natural d e Picardía», p o d e m o s llenar d e contenido ese p r o n o m b r e u s a d o predicativamente, «lo». V e r d a d es q u e esta figura no es, ni m u c h o m e n o s , patrimonio exclusivo d e Gra­ c i á n , ni siquiera d e los conceptistas: es u n juego d e ingenio m u y en favor dentro d e la literatura del XVII. U n rasgo típico es la supresión del verbo en construcciones nomi­ n a l e s predicativas. « h o m b r e sin noticias, m u n d o a o s c u r a s » ; «Ciencia sin seso, locura doble», o, por n o citar m á s , el s a b i d í s i m o : «Lo b u e n o , si breve, dos veces b u e n o » . En todos ellos se h a suprimido, por obvio el verbo «ser». En otros casos, la p a u s a q u e s e p a r a y ar­ ticula los d o s miembros m a r c a n d o la suplencia verbal, vale t a m b i é n p a r a otros verbos, como e n : «A linces d e discurso, xibias d e inte­ rioridad». Y a H e r m a n n Paul (lo citó a través d e Vossler e n su Filosofía del lenguaje) había n o t a d o q u e las m á s diversas significaciones m e n t a l e s p u e d e n estar en esta estructura gramatical: «traduttore, tra<littore»; «Ehestand, W e h e s t a n d » ; «Bon capitaine, b o n s o l d a t » ; n o sólo la predicativa. Por supuesto, esta estructura tiene m u c h o d e p o 170 GRACIAN, UN ESTILO p u l a r , pues se la encuentra habitualmente en refranes: «abril, aguas mil». L a aposición nominal presenta algunos ejemplos notables. M e fijo sólo en aquellos q u e no s u p o n e n régimen, ni función explicativa, sino calificativa, t a l e s : «perfecciones soles»; «perfecciones l u c e s » ; «atributo r e y » ; «realce r e y » ; «mujeres tijeretas» (éste el m á s complicado, por la alusión al cuento d e la esposa e m p e c i n a d a en su «tijeretas h a n d e ser»). El sintagma es enérgico en su estrecha concisión, y m e n o s usual que las aposiciones nominales explicativas, o epexegéticas. El s e g u n d o sustantivo, bien se advierte, funciona como adjunto adjetivado, lo cual es m u c h o más violento q u e c u a n d o el sustantivo se toma como adjetivo e n función predicativa: «es u n sol», «es u n rey», d o n d e el artículo «un» facilita el p a s o del ser a la cualidad. Lo q u e no p a r e c e tan claro es la fortuna d e a q u e l tipo d e aposiciones, d e l i b e r a d a m e n t e violentas y m á s llamativas q u e felices. Si recordamos q u e m u c h o s n o m b r e s no son sino la cristalización d e adjetivos —y así h a n nacido m u c h o s n o m b r e s en español— p o d e m o s interpretar ese uso gracianesco c o m o u n a abreviatura metafórica, al pasar d e la cualidad a la esencia. Juego de tensiones y suspensión. E n el movimiento del discurso hay, n o r m a l m e n t e , u n juego d e tenciones q u e lleva nuestra atención ligada al desarrollo del sentido. Lo m á s frecuente es q u e la tensión sea d e signo progresivo, hacia a d e l a n t e ; y n o lo es tanto la tensión regresiva, q u e nos obliga a orientar la atención hacia atrás. La ligazón sintáctica entre los m i e m b r o s del discurso p u e d e reforzar el efecto tensivo, en u n a u otra dirección, al vincular el desenvolviminto del sentido con p a l a b r a s d e relación q u e piden necesariamente u n correlato. E n Gracián pululan las estructuras sintácticas del t i p o : «tan... q u e » ; «tanto... q u e » ; «no... s i n o » ; «sí... p e r o n o » ; antes d e . . . q u e d e » ; «si e n . . . mayor e n » . P o n deración, comparación, antítesis, arrastran a c e l e r a d a m e n t e la curiosidad tras la segunda p a r t e q u e necesita el sentido p a r a completarse. C u a n d o h a y a u n a enumeración, el punto d e m á x i m a aceleración tensiva, q u e coincide con el penúltimo miembro y q u e la entonación s u b r a y a con semianticadencia, Gracián suele emplear un «hasta», q u e intensifica aquel movimiento. Otro recurso para refuerzo d e la tensión progresiva p u e d e ser el d a r en la protasis un e n u n c i a d o paradójico, con lo q u e se h a c e m á s 171 F. YNDURAIN acuciante la tensión q u e gravita hacia la apódosis, en busca d e lac explicación del a p a r e n t e a b s u r d o . V é a n s e d o s e j e m p l o s : «Vale m á s pelear con gente d e bien, q u e triunfar con gente d e mal», y «Más es la m i t a d q u e el t o d o , p o r q u e u n a mitad en alarde y otra e n e m p e ñ a m á s es q u e u n todo declarado». L a deixis catafórica, no sólo mediante p r o n o m b r e s —sería d e m a s i a d o vulgar— o p e r a a g u d a m e n t e p a r a crear el climax d e la, tensión e x p e c t a n t e : «Sabiduría conversable valióles m á s a algunos q u e t o d a s las siete, con ser tan liberales». Y c o m a y a h e m o s visto antes, es característico u n enunciado general resuelto en disyunción, precedida ésta d e catáfora: «El peligro d e d a r e n u n o d e dos escollos: o d e lisonja o de vituperio»; «No sirve el individuarse sino d e nota, con u n a impertinente especialidad q u e conm u e v e alternativamente, en unos d e risa, en otros d e enfado». L a mostración anticipada, c o m o la regresión q u e s u p o n e el zeugma, según se h a visto, o los correlatos sintácticos d e a p r e t a d a e inevitable secuencia, no son sino otras t a n t a s manifestaciones d e u n refinado gusto por un rejuego d e fuerzas q u e dinamizan la frase, a u n la m á s b r e v e . Por otra parte, Gracián q u e ha dicho las excelencias d e las «suspensiones», m a n e j a t a m b i é n el recurso d e disponer las r a m a s d e entonación con m a r c a d o desequilibrio, d e d o n d e s e sigue por el s u s p e n s o del e n u n c i a d o u n m a y o r dinamismo en el movimient o d e la frase. Así e n r a m a s iniciales m á s b r e v e s : «Es la simpatía || u n o d e los prodigios sellados d e la naturaleza», o, «Es la pasión || e n e m i ga d e c l a r a d a d e la cordura», o, «Si es posible || p r e v e n g a la p r u d e n t e reflexión d e la vulgaridad del ímpetu». F r e n t e a éstas, el movimiento contrario, «a, majore», como e n : «El primer p a s o del saber || e s saberse», o, «El m á s p o d e r o s o hechizo p a r a ser a m a d o || es a m a r » , (Advertido por T . Navarro T o m á s , Manual de entonación española. ) Tal v e z invierte el orden e n u m e r a t i v o p a r a intensificar la tensión, c o m o e n este caso, con suspenso i n i c i a l : «Es el oído | la p u e r t a segunda d e la verdad y principal d e la mentira». Y otra vez h e m o s d e volver a los e n u n c i a d o s generales, seguidos d e u n a secuencia disy u n t i v a : «Merescen éstos [los p r u d e n t e s ] la asistencia al gobernalle, o p a r a exercicio o p a r a consejo»; « N u n c a hablar d e s í : o s e h a d e alabar, q u e es d e s v a n e c i m i e n t o ; o se h a d e vituperar, q u e es p o quedad». R e c o r d e m o s todavía la m a r c a d a suspensión a q u e obligan construcciones tipo, «A linces d e discurso, xibias d e interioridad». E n t o d a s estas peculiaridades del estilo gracianesco, y en su insistente uso, se d e n u n c i a u n a intención d e fundir el énfasis con la concisión, puestos a m b o s al servicio d e u n a prosa sentenciosa cuya fina172 GRACIAN, UN ESTILO l i d a d es tanto la belleza en el troquelado, c o m o la voluntad d e alert a r la atención y dejar u n a huella lo m á s m a r c a d a . Si observamos otros rasgos d e esa prosa, p o d r e m o s espigar nuevos recursos q u e conspiran a fines similares. T a l s u c e d e con el reiterado e m p l e o d e l a conjunción «que», utilizada intensivamente en u n a conexión ambivalente, d e causalidad y d e consecuencia. El Oráculo manual proporciona el m á s d e n s o ejemplario: «La n e c e d a d entra d e rondón, q u e todos los necios son audaces», «Fueron dignos algunos d e mejor siglo, q u e todo lo b u e n o triunfa siempre», y en el Criticón, «Pareció ir sobrepujando el riesgo, q u e a los grandes h o m b r e s los mismos peligros les respetan». El enunciado d e v e r d a d e s o principios d e validez general, e m b e b i d o en u n sentido hortatorio, suele e n c o m e n d a r se al infinitivo, con esa doble significación c o n g r u e n t e : «Tener b u e n o s repentes», «Templar la imaginación», «No entrar con sobrada, espectación», «Pagarse m á s d e intensiones q u e d e extensiones», «Conocer los afortunados p a r a la elección, y los desdichados p a r a la fuga». «No p e r e c e r d e d e s d i c h a ajena»... y tantos más, q u e adoctrinan y exhortan d e s d e las páginas d e l Oráculo. La formulación d e principios y la b u s c a d e cualidades eminentes p a r a delinear arquetipos h u m a n o s d e conducta, tal como se propuso Gracián en los T r a t a d o s , lleva aparejada u n variado repertorio d e expresiones d e naturaleza abstracta. Y a se h a n o t a d o el frecuente uso del infinitivo y a la misma intención se d e b e n las n u m e r o s a s abstracciones alegóricas, Necesidad, Ocasión, V e r d a d , estén o n o personificadas. Súmense los adjetivos sustantivados, m e d i a n t e « l o » : «lo favorable», «lo odioso», «lo deleitable», «lo glorioso»; bien por el artículo, generalizador, «el», en sintagmas c o m o : «el atento», «el discreto», «el puntuoso», «el satisfecho», en los cuales se h a efectuado u n a condensación de esencia y cualidad, fijando la idea fluctuante d e ésta en la existencialidad del n o m b r e sustantivo. L a máxima extensión nominal se obtiene por la sustantivación d e adjetivos: «los heroicos», «los sabios». De paso, advertiremos q u e Gracián está m á s a t e n t o para «el discreto», q u e p a r a «la discreción», puesto q u e especula m e n o s con las cualidades en abstracto q u e presentes y actuantes e n el h o m b r e . Ello no impide q u e e n c o n t r e m o s abstractos d e cualid a d , d e c u ñ o original, tales, «la comunicabilidad», «la estudiosidad», «raridad», «la incomprensibilidad», en q u e también el adjetivo h a cristalizado en sustantivo. N o p a r e c e a v e n t u r a d o afirmar q u e e n léxic o del jesuita d o m i n a n los términos abstractos en diverso grado d e abstracción. 173 GRACIAN, Formación de UN ESTILO palabras. Creo q u e es u n c a m p o m u y fecundo p a r a el análisis del estilo d e un escritor el d e sus formaciones d e p a l a b r a s m e d i a n t e los recursos q u e p o n e a su alcance el sistema d e la lengua. La derivación, formación y composición son fuente a b u n d a n t e en nuestro idioma, tal vez m á s q u e en otras lenguas r o m a n c e s como el francés, d e carácter m á s léxico q u e morfológico. Gracián crea por sufijación y preficación palabras q u e , hasta d o n d e se m e alcanza, s o n n u e v a s , si no absolutamente, al m e n o s con sentido n u e v o . D e la desinencia d e participio de presente latino, generalmente desc a e c i d a en español del sentido originario, nuestro autor h a c e u s o repristinando su contenido s e m á n t i c o : « h o m b r e notante», «obligación a p r e t a n t e » , p o r n o citar m á s , d e evidente significado activo. La intensificación del prefijo « - r e » , a p a r e c e en «reagudo», «reconsejo», «revista» (en oposición a «vista»), «revulgo», «repasión». F i n a l m e n t e o p o n e d o s matices d e valor en la p r o p u e s t a d e un h o m b r e , «no hazañero, sino hazañoso», d e los cuales el primero s u p o n e u n a nota p e yorativa, como s u c e d e en «hazañería» y «figurería» . E n otra ocasión arriesga un n u e v o verbo en la nutrida familia d e los en «-izar», a u n q u e con r e s e r v a s : «no brilla tan ufano el casi eterno d i a m a n t e . . . c o m o s ó liza, (si así p u e d e decirse un hacer d e sol) u n augusto corazón». El neologismo n o ha p r o s p e r a d o . Como r e s u m e n d e esta corta e n u m e r a ción d e formaciones verbales, q u e habría d e ampliarse y contrastarse m á s , h e d e insistir en cómo t a m b i é n a q u í se observa la voluntad d e intensión gracianesca y su propósito d e hallar el «verbo no h i n c h a d o , q u e signifique, no q u e r e s u e n e » : Los elementos formativos d e las p a l a b r a s aducidas llevan todos su carga significativa precisa y d i s tinta. 2 Latinismos. Confieso q u e no es tan copiosa la lista d e latinismos léxicos en la prosa d e Gracián como h a b í a supuesto. Si «tal vez conviene la oscuridad p a r a no ser vulgar», según nos dice, y e n t i e n d e q u e «las cosas, p a r a q u e se estimen, h a n d e costar», tal vez el u s o d e latinismos venga estimulado por el d e s e o d e huir d e lo en e x c e s o 1 S o b r e «figura» o p u e s t o a «persona», vide, Gracians Lebenslhre, de Werner K r a u s , y la tesis de K l a u s H e g e r , q u e va a ser p u b l i c a d a p o r la I n s t i t u c i ó n . 174 F. YNDURAIN p a t e n t e , como d e apelar por trasparencia a la cultura clásica d e s u s lectores. Así t e n e m o s el verbo «proceder», devuelto a s u primer sentido, «avanzar», o el adjetivo «genial», en «más se pierde e n u n d í a genial q u e se ganó en toda la seriedad», o en «pies cursores». A n t e s h e m o s visto «calidez» y «candidez». Más a r c a n o es, «por decir una gracia os dirán u n convicio», q u e se aclara hasta cierto p u n t o p o r la mención inmediata d e Cicerón, en quien «convicium» vale por «ultraje». Lo q u e n o a b u n d a es el latinismo evocador d e algún bello y famoso pasaje literario d e los clásicos frecuentados, a la m a n e r a d e los p o e t a s renacentistas, o d e la prosa poética d e l X V I . El ejemplo q u e d o y e s m á s bien e x c e p c i o n a l : «Y m u c h o s q u e h a b í a n n a v e g a d o c o n próspero viento d e la fama y la fortuna, h a b i e n d o c o o m e n z a d o bien, a c a b a r o n mal, estrellándose en el vil acroceraunio d e algún vicio» (Criticón). Fácilmente nos resuena aquí el, «Infames scopulos Acroceraunia» d e la sabida o d a horaciana, «Sic t e diva potens Cipri» (libro, I, 3), convertido el n o m b r e propio en apelativo. (Véase el estudio d e Leo Spiazer sobre este cambio en R F E , X V I I , p . 173). Finalmente registraré u n a construcción m a r c a d a m e n t e latinizante en el uso d e adjetivos con función predicativa: en los ejemplos cit a d o s con otros fines, «nota acre, concibe sutil, infiere juicioso», y «sea, p u e s , tan señor d e sí... q u e ni... p u e d a alguno censurarle perturb a d o , si admirarle superior». E n el primer caso c a d a adjetivo se predic a simultáneamente como tal y como adverbio. En los dos, la estructura sintática n o s d e p a r a u n a muestra m á s d e intensión expresiva, n o infrecuente en escritores c o n t e m p o r á n e o s d e Gracián, Q u e v e d o singularmente. Juegos de palabras. Gracián tuvo u n atento oído para las palabras y n o suele dejar ocasión sin extraer d e sus sonidos el posible efecto d e u n equívoco o d e u n a paronomasia. Sobre esto h a escrito en la Agudeza, bajo la rúbrica, «De la agudeza nominal», d e la q u e dice, «esta especie d e conc e p t o suele ser fecundo origen d e las otras [agudezas] p o r q u e si bien se advierte, todas se socorren d e las voces y d e su significación». Al relacionar por tales medios d o s palabras, se tienen m u y p r e s e n t e s las posibilidades en el c a m p o asociativo tanto d e los conceptos (significados), como d e los sonidos (significantes), es decir «las voces». D e la agudeza por paronomasia n o tiene m u c h a e s t i m a : «esta especie d e 175 GRACIAN, UN ESTILO c o n c e p t o es t e n i d a por la popular d e las a g u d e z a s y en q u e todos se r o z a n a n t e s por lo fácil que por lo sutil» y cita la censura d e Bartolomé L e o n a r d o d e Argensola, «que el jugar d e l vocablo es triste seta». ¿ P e r o está libre realmente Gracián d e la c e n s u r a ? Creemos q u e n o , si bien le exculpen, y no siempre, la valentía d e la invención o el usar d e tal recurso como u n medio m á s d e llamar la atención y fijarla m á s con el eco sonoro a fin d e q u e se patentice más el juego conceptual s u b y a c e n t e . N o pocas veces todo se r e d u c e a «flatus vocis» y a ingeniosidad retorcida. Los tratadistas definen la p a r o n o m a s i a como «semejanza d e sonid o entre dos voces, cuyo sentido p u e d e ser y lo es d e h e c h o , distinto». E n rigor la paronomasia tolera diferencia fónica sólo en la sílaba a c e n t u a d a d e a m b a s p a l a b r a s ; pero no h a y inconveniente en incluir, d e n t r o d e los parónimos, palabras d e semejanza m e n o s rigurosa. Cualquier lector d e Gracián, por s o m e r o q u e sea, tiene el recuerdo d e estos artificios y n o vale la p e n a ejemplificarlos. El peligro del asociacionismo sonoro, a p a r t e d e s u d u d o s o b u e n gusto, está en la proclividad hacia la expresión forzada, h u e r a y hasta a b s u r d a : el escritor q u e se deja llevar por ese juego —y Gracián no siempre s u p o resistir— dirá tal vez lo q u e no quiere decir. C o m o ejemplo negativo, nótese la cantradicción a q u e le h a llevado u n a p a r o n o m a s i a : al describirnos la E s p e r a (Discreto), se nos p i n t a d o t a d a d e «nariz grande, p r u d e n t e d e s a h o g o d e los a r r e b a t a m i e n t o s d e la irascible y d e las l l a m a r a d a s d e la concupiscible». P e r o en otro lugar (Criticón) u n a nariz g r a n d e es indicio d e m e n t i r o s o : «toda gran t r o m p a siempre fué p a r a m í señal d e g r a n d e t r a m p a » . E s posible q u e dentro d e las ideas sobre fisiognóm i c a d e l jesuíta q u e p a n estas d o s interpretaciones d e la nariz grand e , a u n q u e n o p a r e c e n compatibles. El autor está en libertad, claro es, d e buscarles las aplicaciones q u e se le antojen, pero s o s p e c h a m o s q u e la homofonía «trompa-trampa» h a ahorrado el ejercicio del p e n samiento, no d e o t r a m a n e r a q u e las exigencias d e la rima h a c e n decir, en el verso, lo q u e n o s e quisiera (y, por supuesto, t a m b i é n p u e d e n d a r hallazgos positivos). O t r a de las agudezas con q u e Gracián esmalta s u prosa es el equívoco, recurso p o r el q u e se a p u n t a con u n a sola p a l a b r a a dos significados, q u e concurren accidentalmente en el mismo vocablo. E n ese «significar a d o s luces», s e g ú n n u e s t r o autor, p o d e m o s docum e n t a r u n a vez m á s u n p r o c e d i m i e n t o intensivo d e la expresión, al extraer d e ésta el sentido, digamos, normal y otro, generalmente m e tafórico. Así en, «Es enfadoso el p u n t u o s o . . . El vestido d e la n e c e d a d se cose d e estos puntos» (Oráculo). Nótese cómo d e s d e 176 F. YNDURAIN «punto» se mientan las d o s significaciones, «punto, d e costura» y «punto, cualidad moral», d e c u y a conjunción h a b r o t a d o por d i s e minación e l resto d e l a alegoría, «el vestido d e la n e c e d a d » . P e r o d e l manejo d e las m e t á f o r a s se h a d e tratar m á s a d e l a n t e . O t r a m u e s tra d e equívoco, «Estas hojas d e Q u e v e d o , son c o m o las d e l t a b a c o , d e m á s vicio q u e p r o v e c h o , m á s p a r a reir q u e p a r a aprovechar», rev e l a q u e l a disemía del vocablo «hojas», al ser desarrollada en la traslación metafórica d e «hojas d e t a b a c o » , no h a sido aplicada con t o d a p r o p i e d a d , p u e s no se s a b e q u e esa s o l a n á c e a p r o d u z c a l o s efectos d e r i s a que se atribuyen, correctamente, a las páginas q u e v e d e s c a s . R e s p e c t o del equívoco «hojas», en su vertiente metafórica, Curtius h a señalado sus a n t e c e d e n t e s , como muestra d e metáfora cultural r e m o z a d a por nuestro escritor, en opinión del g e r m a n o . (Literatura europea y Edad Media Latina). El equívoco, tan obvio, lo encontram o s con frecuencia en la é p o c a . El P . Batllori piensa q u e el pasaje del Oráculo, «Vánse m u c h o s por... las ojas d e u n a c a n s a d a verbosid a d , s i n topar con la sustancia del caso», ( e s p e r á b a m o s , «frutos» m á s bien q u e «sustancia») p u e d a p r o c e d e r d e las advertencias del P . Vítelleschi a l o s Provinciales y P a d r e s d e la C o m p a ñ í a , sobre n o usar « f r a s e s poéticas y con m u y poco fruto». « V i d a a l t e r n a n t e . . . », p . 34, n. 93. P e r o en materia d e procedencias no es fácil decidirse con s e g u r i d a d : en t o d o caso el P . Vitelleschi t a m b i é n conocía la recibida metáfora. El mismo Curtius d o c u m e n t a en Gracián el e m p l e o d e n o m b r e s sirviéndose d e la motivación etimológica como forma d e p e n s a m i e n t o . L o s n o m b r e s d e Critilo, A n d r e n i o , Hipocrinda, Falsirena, A r t e m i a . . . v a n con la carga significativa d e s u s étimos, lo cual se declara palad i n a m e n t e en el d e «Egenio», del q u e dice nuestro autor, «este era su n o m b r e , y a definición». N o n o s interesa q u e Gracián identificase el sentido etimológico con el m á s auténtico, i d e a largo t i e m p o a c e p t a d a , sino advertir todavía la constante b u s c a de sentido e n las voces, manifiesta a q u í a l d o t a r a n o m b r e s propios d e la connotación propia d e los apelativos, recurriendo a la motivación e t i m o l ó g i c a . E n algún m o d o p a r e c e seguir la teoría d e q u e « n o m i n a sunt consequentia rer u m » , no p r e c i s a m e n t e con la sugestiva interpretación de D a n t e en su Vita Nuova. 3 2 M e complace coincidir con Leo S p i t s e n , «Betlengabor — U n e e r r e u r d e G r a c i á n ? » . R F E , X V I I , p . 130. 177 12 F. Grafía y YNDURAIN sentido. Y a s e s a b e q u e en nuestra m e m o r i a el lenguaje es, p r i m a r i a m e n t e , un caudal d e i m á g e n e s auditivas asociadas con sus significados. Ello n o obsta p a r a q u e esa imagen acústica vaya asociada con otra visual, c u a n d o registramos la grafía correspondiente. El hábito intenso d e lectura n o s familiariza a d e m á s d e con la i m a g e n acústica, con la visual. Gracián h a acudido t a m b i é n a las posibilidades d e significación s u geridas p o r las formas gráficas d e las palabras, no diré q u e con frecuencia, a u n q u e sí e n algunos curiosos p a s a j e s : «Aquellas tres a l a s d e las tres eles, luego, lejos y largo», si n o m e equivoco, encierra a d e m á s d e la paronomasia «alasi/eles» y el sugeridor efecto e x p r e sionista d e tanta ele, como r u m o r d e vuelo, u n a visualización d e la letra ele, manuscrita, n o impresa, así, f, q u e p a r e c e representar, e s quematizada, la figura d e un ala. Si h e p e c a d o d e sutil, es p o r q u e el mismo Gracián d a u n a pista en el retorcido j u e g o ; «un Rui Díaz atild a d o » , q u e R o m e r a Navarro interpreta en virtud d e la grafía, R u i , d o n d e la tilde d e la «i», es la sigla habitual d e la nasal, «n» (o «m»). El m i s m o chiste (?) se repite m á s claro e n , «a u n cierto R u i le e c h ó un malicioso u n a tilde y bastó p a r a q u e rodase» (ambos pasajes e n el El Criticón). ¿Será necesario explicar el p a s o d e Rui, el h é r o e por antonomasia, Rui Díaz d e Vivar, a «ruin»?. E n o t r a ocasión e s la letra pitagórica, la Y , c u y a forma gráfica le sugiere, «aquel t a n sabio bivio». O c u a n d o n o s dice d e u n b o r r a c h a q u e e s t a b a «hecho equis», llevándonos la representación, gráfica d e la letra, X , a la imagen d e la oblicuidad en estación y a n d a r del b e o d o . El «hallazgo» p u e d e no ser d e Gracián, y a q u e encuentro la frase «está h e c h o u n a equis», con el mismo sentido e n Correas, Vocabulario de refranes, etc. (en la p a r t e d e Frases, s. v. «Está»). Refranes y frases hechas. H a c e bastantes años, al tratar del estilo d e Q u e v e d o en Los Sueños, (Col. Ebro, 1ª ed., Zaragoza, 1943) obesrvé u n a m a n e r a d e a g u d e z a q u e consistía e n q u e el autor «no se deja llevar p o r la frase hecha» o usa d e «modismos y refranes, r e p e n s a d o s y r e c r e a d o s agud a m e n t e » . D e s p u é s insistí en esta postura r e s p e c t o d e esos e l e m e n t o s coloquiales en la lengua literaria d e l S. X V I I , extendiendo m i s o b 4 3 178 P a r e c i d a s o b s e r v a c i o n e s e n J. M. Blecua, A F A , B, I , 1945, p á g s . 7 y s s . GRACIAN, UN ESTILO servaciones a otros escritores, G r a c i á n entre ellos (Vid. Archivo de Filosofía Aragonesa, VII, 1955, p á g s . 103-130). El caso d e n u e s t r o jesuíta es m á s complejo. Por u n lado, siguiendo s e g ú n creo a Q u e v e d o , r e h a c e , d e s m o n t a o contradice el refrán o la frase h e c h a . Y t a m p o c o desconoce el tópico satírico del h o m b r e q u e n o s a b e h a b l a r sin bordoncillos. A ñ á d a s e a los ejemplos citados en mi estudio, «Achaq u e d e señores es hablar con el b o r d ó n del ¿digo a l g o ? y a q u e l ' ¿ e h ? ' q u e aporrea a, los q u e escuchan» (Oráculo, C X L I ) ; y en El Discreto, «Contra la figurería. Satiricon... afectan el tonillo, i n v e n t a n i d i o m a s y u s a n graciosísimos b o r d o n e s » . E n cuanto al uso d e o al a p o y o en refranes, h e d e prevenir c o n tra u n a impresión no m u y exacta, d e d u c i d a d e las estadísticas d e R o m e r a Navarro. E n su edición crítica y c o m e n t a d a d e l Oráculo (Madrid, 1954), nos d e n u n c i a h a s t a ciento s e t e n t a y dos refranes. Al r e visar c a d a c a s o , e n c u e n t r o q u e literales sólo h a y c i n c o ; cultificados, d o s ; aludidos, d o c e : el resto, 153, n o son sino r e m o t a s r e l a c i o n e s c u a n d o n o coincidencia en e n u n c i a d o s m u y generales. E n último término h a d e recordarse q u e Gracián, a u n s i g u i e n d o por m o d a y gustos u n a línea antipopularista, no dejó d e percibir la gracia de los refranes y a u n del h a b l a coloquial, s o b r e los q u e s e a p o y a m u c h a s v e c e s p a r a sus juegos d e expresión. L o q u e t i e n e n esos coloquialismos d e valor ambiental, no le interesaba. Aragonesismos. A u n q u e R o m e r a Navarro registra u n a d o c e n a d e lo q u e llama a r a gonesismos en El Criticón (v. III, 456) y p a r e c e q u e h a y a algunos m á s en la obra d e Gracián, creo q u e s e desvirtúa el registro d e tales v o ces si no se atiende a cómo están e m p l e a d a s en los textos. D e s d e luego, s i n n i n g u n a intención evocadora d e a m b i e n t e regional, c o n lo q u e los tales aragonesismos n o lo son p l e n a m e n t e . Sin h a b e r m e d e tenido a espigar p a l a b r a s d e p r o c e d e n c i a aragonesa, v e a m o s c ó m o figura u n a no registrada por R o m e r a , y es «cabeço», q u e p r e c i s a m e n t e se encuentra en El Criticón: «veían b l a n q u e a r algunos d e aquellos cabeços, q u a n d o otros m u y p e l a d o s , cayéndoseles los dientes d e los riscos» (op. eft., III, 21). E s t a m o s en el p a s o d e los A l p e s , a c u y a s c i m a s m a l l e s podía convenir el n o m b r e d e «cabeços», ni era d e l c a s o la evocación local t a m p o c o . P e r o ¿ c u á n d o se h a interesado G r a c i á n p o r u n a nota realista d e e s t e c a r á c t e r ? N o conozco ningún «aragone179 F. YNDURAIN sismo» en nuestro autor, q u e esté u s a d o con esa intención evocativa. Entonces se trata d e reminiscencias, involuntarias p r o b a b l e m e n t e , d e su h a b l a regional, en las q u e n o es seguro percibiera la oposición e n t r e regionalismo y lengua común, sin la cual n o h a y valor regionalista. Otra cosa es q u e hoy, nosotros, señalemos usos provinciales e n la obra de Gracián. El sentimiento provincial d e lo aragonés está claro ya en el siglo XVI, por ejemplo en Jaime d e G ü e t e , q u e escribe en la introducción a su comedia Tesorirm, «pero si p o r ser su natural lengua aragonesa, no fuere por m u y cendrados términos» (Teatro español del siglo XVI, t. I, Bilb. madrileños, p . 82). Desde entonces, por lo menos, los escritores aragoneses procuraron perder sus regionalismos. P o r otra p a r t e , entre las hablas jergales que encontramos en la literatura del Siglo d e O r o , —sayagués, negros, vizcaínos, portugueses, gitanos— n o hay, q u e yo s e p a , muestra d e aragonesismos. Las metáforas. Este tropo p u e d e ayudar a p e n e t r a r en el proceso y e n el result a d o creativo d e los escritores, d e n u n c i a n d o esferas d e interés q u e explican las preferencias en el c a m p o p asociacionista como ya hizo Sperber (Einführung ín dic Bedeutungslehre», Leipzig. 1930) d e s d e u n p u n t o d e vista p s i c a n a l í t i c o ; o r e u n i e n d o las cualidades metafóricas t a m b i é n por grupos d e asociaciones predominantes, a la m a n e r a d e Mark Schorer, d e quien tengo a la vista un estudio e n q u e sigue la detección d e lo q u e Scott Buchanan, llamó «analogical matrix» d e l a s metáforas («Fiction a n d t h e analogical matrix», Kenyon Revue, aut. 1949). P e r o no m e interesan estos m é t o d o s d e clasificación y exegesis del material metafórico, ahora al m e n o s . Buscaré e n otro sentido las cualidades q u e m e p a r e c e n características d e Gracián y, p o r otra parte, más en consonancia con sus ideas acerca d e la metáfora y, sobre todo, con su voluntad d e expresión, p a r a intentar determ i n a r u n a t e n d e n c i a . Me p a r e c e ociosa, y en general, mal enfocada la oposición culteranismo/conceptismo tal como la plantean el m a e s tro M e n é n d e z Pelayo (en su Historia de las ideas estéticas), o el m u y erudito Arturo Farinelli («Gracián y la literatura d e corte en Alem a n i a » , m u c h o m á s q u e u n a recensión del libro d e Borinski). Si a q u e llas dos m a n e r a s se ejemplifican en G ó n g o r a y Gracián, n a d a m e n o s a d e c u a d o , ya que s e trata d e dos intenciones artísticas totalmente diversas. (Y n o tengo tiempo d e entrar en lo m u c h o que d e c o n c e p - 180 GRACIAN, UN ESTILO tista h a y en Góngora, o la incidencia e n a m b o s manierismos q u e hallamos a lo largo d e la o b r a d e Quevedo). Creo q u e Croce vio m e jor el fenómeno al referirlo a la teoría aristotélica d e la metáfora, como h a h e c h o , p a r a el Barroco, Morpurgo Tagliabue, en los estudios arriba citados. E n efecto, en el c a p . IX d e la Retórica s e n o s dice q u e el a p r e n d e r es cosa dulcísima y q u e a ello tiende con m á x i m a eficacia la metáfora, la cual proporciona e n s e ñ a n z a y conocimiento, al p o n e r d e manifiesto la relación q u e h a y entre cosas distintas. Es u n a idea repetida en t o d o s los tratadistas del seiscientos. L a metáfora enseña y d e l e i t a ; d e ahí q u e si a c u m u l a m o s y complicamos las metáforas, h a b r e m o s intensificado y a u m e n t a d o deleite y enseñanza. Es u n a interpretación m á s bien intelectualista del tropo, insistiendo en lo q u e tiene d e grato superar la dificultad que la traslación n o s ofrece, por el placer d e a p r e n d e r (mazesin kai gnosin dia t o u genous). E n otro pasaje d e la Retórica se aconseja t o m a r las metáforas: d e las cosas m á s nobles, como los poetas, q u e llaman a la Aurora, «rododactylos». Este ennoblecimiento vale m u y b i e n p a r a la m a n e r a gongorina d e embellecer la realidad, trasmutándola en otra realidad m á s «noble», pero siempre d e n t r o d e un repertorio d e realidades perceptibles por los s e n t i d o s : G ó n g o r a es, en este sentido, u n maravilloso p o e t a «realista», d e u n a realidad selecta. P e r o nuestro Gracián, c o m o a n t e s se h a dicho, repitiendo al P . Batllori, no tuvo atención p a r a el m u n d o exterior, n o le interesaba. Sus relaciones metafóricas no son entre u n a cosa vulgar (en el sentir d e la época, apoética), como «cecina» y otra m á s noble (en la misma estimativa, «poética»), «purpúr e o s hilos... d e grana fina». Esto a Gracián le trae sin cuidado (y conste q u e no p o n e m o s la calidad poética gongorina en estos «ennoblecimienos»). Con t o d a su admiración hacia el cordobés, le censura p o r q u e le faltó «la moral e n s e ñ a n z a d e la heroica composición, los a s u n t o s graves» (Criticón, I). Y n o e s q u e Gracián r i n d a culto a la vieja idea d e «juntar lo útil con lo d u l c e . . . gran método» (Agudeza, XLIII), o d e «hermanar la utilidad con la dulzura» (Criticón, I) por reverencia al p r e c e p t o h o r a c i a n o . Lo q u e s u c e d e es q u e su atención está volcada del lado d e la aplicación moral lato sensu y en la ejemplificación d e valores morales. El lujo d e imágenes) q u e surge del verso gongorino llevaba otra intención, y suponía otra sensibilidad. P o r eso los q u e afirman al observar las metáfora® y alegorías gracianescas q u e revelan u n a visualización d e lo no sensible, sospecho q u e n o h a n d a d o con la v e r d a d e r a m e t a d e sus traslaciones metafóricas. A l g u n o s e j e m p l o s : en el m u y citado pasaje d e El Criticón (III, VIII) d o n d e a p a r e c e V e n u s como «una bellísima h e m b r a , convirtiendo en 181 F. YNDURAIN a z a r con m a n o s d e jazmín cuanto tocaba», si no se lee con c u i d a d o , n o s q u e d a m o s con la metáfora embellecedora q u e h a c e d e las m a n o s «jazmín», y d e lo que toca, «azahar», símbolo sensorial d e i n d u d a b l e sentido erótico- Sin embargo, n o d e b e pasarse por alto q u e «azar» —escrito así— es un equívoco b u s c a d o a d r e d e p a r a que signifique s i m u l t á n e a m e n t e lo sensual n o m e n o s q u e lo moral, «azahar» m á s e l «azar» q u e , p a r a el moralista, lleva siempre la rendición amorosa. Q u e Gracián p e n s a b a más, si n o preferentemente en este p l a n o moral, n o s lo indica la continuación d e l t e x t o : «Teníalas [las m a n o s ] d e n i e v e . . . tanto, q u e en t o c a n d o al mayor h o m b r e . . . le convertía e n estatua, d e pórfido o d e mármol frío... », y luego h a b l a d e u n a d e las víctimas d e V e n u s , d e «aquél príncipe, q u e tiene asido con m a n o d e nieve y garra d e neblí». Sin d u d a m u y bellas e x p r e s i o n e s ; la últim a , felicísima como sugestión predatoria hasta en los s o n i d o s ; p e r o ¿no h a y en todo el texto u n apuntar a valores d e orden no sensible? P o r q u e , a d e m á s , «azar», equívoco, «nieve», «neblí» n o están prop u e s t o s p a r a q u e nos gocemos en s u s bellas cualidades sensibles intuitivamente, sino p a r a extraer d e ellos u n a aplicación moral. R e c u é r d e s e el gozo d e sensaciones q u e h a y en la caza d e cetrería d e la Soledad s e g u n d a : nuestro neblí no tiene allí cabida. ¿ C ó m o establecer un p a r a n g ó n entre dos intenciones artísticas tan dispares? G r a c i á n eleva, por decirlo así, la esfera sensorial a la espiritual, como medio d e ilustración, d e enseñanza. La dificultad, t a m b i é n h e m o s visto q u e era d e su gusto, y la busca en la m o d e s t a adivinación metafórica, con lo q u e sigue igualmente u n consejo d e Aristóteles, q u e rechaza lo dem a s i a d o manifiesto, por vulgar, y n o sé si t a m b i é n d e San Agustín, partidario d e las figuras tropológicas, p o r q u e «figuratis velut amictibus o b t e g u n t u r ut sensum pie quaerentis exerceat et n e n u d a ac p r o m p t a vilescant...; ut quasi subtractata desiderentur ardentius et inveniantur d e s i d e r a t a jocundius». Posición q u e no se a d u c e como p r e c e d e n t e d e G r a c i á n , sino como m u y clara explicación del resorte psicológico al q u e se fiaba e n b u e n a p a r t e el efecto y la esencia del arte literario. Y no olvidemos q u e en análisis anteriores h e m o s llegado a la misma raíz d e dificultar y celar la expresión como incentivo, q u e tiene su p r e m i o en el hallazgo con fatiga. N o se piense q u e los ejemplos d e metáforas aducidos a n t e s , h a n s i d o rebuscados con u n propósito p r e c o n c e b i d o . H a n venido, entre otros, p a r a explicar lo observado r e i t e r a d a m e n t e . U n o d e los m á s acreditados gracianistas, R o m e r a Navarro, dejó escrito q u e Gracián a c u d i ó a los m á s peregrinos rincones d e la naturaleza para dar c u e r p o 5 4 182 C o v a r r u b i a s , «unos d i c e n q u e vale t a n t o como V e n u s . . . ». GRACIAN, UN ESTILO sensible a sus i d e a c i o n e s : la lista d e seres y cosas, r e a l m e n t e a b r u m a . Si observamos m a s d e cerca, esa naturaleza ya n o e s i n g e n u a m e n t e sensible, sino libresca, y c a r g a d a d e aplicaciones morales. El oro, m e táfora trivial p o r cabello femenino rubio, será e n Gracián ejemplo d e c ó m o «lo q u e m u c h o vale, m u c h o cuesta, q u e a u n el m á s precioso d e los metales e s el m á s t a r d o y el m á s grave» (Oráculo), según lo q u e se sabía d e su p u n t o d e fusión y peso respectivamente. D e la apacibilidad se dice q u e e s «garavato d e corazones», con lo q u e n o t a n t o s e nos invita a r e p r e s e n t a r n o s el gancho, como a p e n s a r e n su cualidad aprehensiva. El bestiario d e la obra gracianesca, s e a n animales r e a l e s o fantásticos, es t a m b i é n u n b u e n ejemplo d e solicitación hacia su sentido simbólico, siempre d e orden m o r a l : «El león d e un p o d e r o s o , el tigre d e un matador, el lobo d e un ricazo, la vulpeja d e u n fingido, la víbora d e u n a r a m e r a . . . » (Criticón, I, VI) n o están «vistos», sino e n t e n d i d o s como ejemplos d e caracterizaciones morales. Y lo mismo h a c e n «los linces d e discurso», (das xibias d e interioridad», los «camaleones d e la popularidad», o «fénix», «cisnes», «águilas». E n ningún caso h a y u n a vivencia directa, experiencia sensible transformada, sino saber libresco. C o m o en otro reino d e la naturaleza, «el v e n e n o d e la pasión» o «la hierba d e la envidia», q u e a p r o v e c h a la trilladísima expresión «herbolado», igual a «envenenado». E n la obra m a g n a d e Gracián, en la vasta alegoría d e El Criticón, se n o s lleva en viaje «por la hermosa naturaleza y la primorosa a r t e a la útil moralidad» («Al q u e leyere»), p e r o s e trata d e u n a Naturaleza simbólica, d e l i b e r a d a m e n t e tal. Su prosa está pidiendo la figuración d e e m b l e m a s y empresas como c o m p l e m e n t o , n o nos traslada al aire libre. Extraño e s q u e n o h a y a escrito un libro d e e m b l e m a s , siguiendo u n a m o d a tan extendida y válida en su t i e m p o . Y a h a dejado n o t a d e q u e «los e m b l e m a s , jeroglíficos, apólogos, e m p r e s a s son la pedrería preciosa al oro fino del discurrir» (Agudeza, LVIII). T a l vez su amor a la letra, s u regusto e n la expresión escrita y su arte e n ellas le fueron bastantes y no quiso condescender a utilizar m e d i o s auxiliares. Ni los necesitó. Adviértase, ahora, en los sintagmas nominales arriba citados, d e l tipo, «linces d e discurso» o «el león d e u n poderoso», la c o n c e n t r a d a expresión metafórica, q u e requeriría m á s detenido e x a m e n . C o m p á r e n s e , e n t o d o caso, con los ejemplos q u e t r a e Alf L o m b a r d e n su excelente libro. Les constructions nominales dans le français moderne (Uppsala, 1930), singularmente con el m o d e l o , «la fleur d e sa bouche» (páginas 167 y ss. ). H e d e limitar este e x a m e n a u n a s p o c a s observaciones m á s , y sea p a r a terminar el capítulo d e las metáforas gramaticales. E n la obra 183 F. YNDURAIN citada d e Curtius s e estudia el e m p l e o metafórico d e términos gramaticales y retóricos, a partir d e los medios escolares en la tardía Antig ü e d a d y E d a d Media, hasta nuestro siglo XVII, e n que se a d u c e u n ejemplo d e Gracián, quien llama a u n d e s m a y o , «eclipse del a l m a , paréntesis d e mi vida». A ñ á d a s e , siquiera, a este capítulo d e manierism o s : «diptongo es u n marido con melindres, y la mujer, con calzones» (Criticón), repetido en la misma o b r a : «diptongo d e vida y muerte», y «Qué diptongo d e casa es ésta», A la vista d e las tendencias q u e a c a b a m o s d e resumir en la metáfora gracianesca y d e su orientación, h a y q u e insistir en su carácter d o m i n a n t e , q u e es el intelectual, a la m a n e r a racionalista q u e s e ñ a l ó Aristóteles c o m o premio del hallazgo d e u n a relación. Y Gracián, parte por principios, parte por referencias personales —resultado d e s u gusto, c a p a c i d a d e s e intenciones—, sitúa y busca el máximo valor del metaforizar e n ese juego. N o otra cosa quiere decir con la definición d e la « a g u d e z a » : «Consiste este artificio conceptuoso en u n a primorosa concordancia, en u n a armónica correlación entre d o s o tres cognoscibles extremos, e x p r e s a d a en u n acto d e l entendimiento». O en la definición del «concepto» — n o la única—, q u e es «un acto d e l entendimiento q u e exprime la correspondencia q u e se halla entre los objetos». Sin volver todavía s o b r e las relaciones binarias a q u í predicadas, m e limito a recoger la reiteración d e la operación intelectiva en a g u d e z a y concepto, q u e n o s completa, sin d u d a , lo q u e G r a c i á n veía en la, metáfora t a m b i é n . Q u e d a como residuo irreductible a la esfera del entendimiento, u n algo irracional, la «primorosa concordancia», como valor de orden estético. Según h a r e c o r d a d o Croce, el ingenio, facultad g e n e r a d o r a d e la agudeza, «no se contenta con la sola verdad —es decir, con las relaciones aprehensibles por el entendimiento—, sino q u e aspira a la hermosura» (Agudeza, II), q u e , p a r a Gracián, es un término analóg i c o : «Lo q u e es p a r a los ojos la h e r m o s u r a y p a r a los oídos la consonancia, eso es p a r a el entendimiento el concepto». N o estamos conformes con Croce c u a n d o escribe q u e p a r a Gracián la belleza era, como p a r a sus coetáneos, lo a g r a d a b l e visible, p u e s está claro, p o r lo m e n o s , s u reconocimiento d e u n a g r a d a b l e audible. S e g u r a m e n t e el jesuita r e c o r d a b a a q u í la definición d e lo bello en Santo T o m á s , «id q u o d visum placet», o, m á s e x a c t a m e n t e , «sólo la vista y el oído, entre t o d o s los sentidos, tienen relación con lo bello, p o r q u e estos d o s sentidos son maxime cognoscitivi» (Summa Theol., I—II, q. 27, a. 1, a d . 3), m e n o s citados tal vez q u e la famosa definición d e lo bello, «Ad pulchritudinem tria requiruntur... » (ibid,, I, q. 39, a. 8). 184 GRACIAN, UN ESTILO H a y , pues, junto a la satisfacción intelectual e n la c a p t u r a d e l a s relaciones conceptuales algo m á s , a la m a n e r a del placer q u e n a c e d e lo hermoso sensible. A n t e s h a b í a tropezado nuestro autor con las fronteras entre lo q u e p e r t e n e c e al entendimiento y s u s relaciones, d e ­ finible y clasificable, frente a algo q u e n o supo analizar: Croce p o ­ día h a b e r ampliado s u cita, r e p r o d u c i e n d o o t r a frase previa referida a la b e l l e z a : «Déjase percibir, n o definir». H e n o s a q u í a n t e el «no sé qué», abierto a u n a terra incognita d e valores estéticos. (Véase, V . Jankéléviteh, Le je-ne-sais-quoi et le presque-rien, París, 1957. En este mismo volumen, se publica u n capítulo). Volviendo d e n u e v o a la cualidad d e la metáfora en Gracián, tengo q u e aclarar cuanto se ha dicho d e su intelectualismo, como opuesto a lo intuitivo. O p o n g o , siguiendo a Wilbur Marshall U r b a n (Lenguaje y realidad) d o s m o d o s operandi d e otros t a n t o s tipos d e metáforas. L l a m a r e m o s metáfora intuitiva a aquella q u e nos invita a u n a recreación imaginativa d e experiencias sensibles, c o m o en el verso d e Robert Herrick, « G a t h e r y e rosebuds while ye may» — q u e n o es sino u n a d e tantas imitaciones del «Collige, virgo, rosas», d e Ausonio—, d o n d e los «capullos» evocan la frescura, la gracia, loza­ nía y encanto percibidos e n u n a experiencia sensible, convertidas e n imagen d e la juventud. N o d e otra m a n e r a funciona la metafórización del mejor Góngora. Lo q u e se niega a la metáfora gracianesca es la c a p a c i d a d d e trasmutar intuiciones primarias, d e la sensibilidad exter­ na, en intuiciones secundarias, en imágenes d e sensibilidad interior. C o m o creo haber mostrado, la naturaleza está entendida y n o perci­ bida, y las trasmutaciones p a r t e n d e conceptos —representaciones mentales— a otros conceptos, generalmente d e orden moral. C u a n d o , al leerle, nuestra imaginación p u d i e r a derivar hacia u n a sugestión d e tipo sensible, el autor corrije la p r e s u n t a frivolidad y n o s lleva al plano didáctico. R e c u é r d e s e el caso, típico, d e las m a n o s d e V e n u s . D o n d e no haya aplicación moral ocurre lo q u e «en los cultos y afec­ t a d o s escritores... cuyas o b r a s son tramoya, frases sin concepto, hojas sin fruto». (Debe leerse a h o r a el p e n e t r a n t e estudio d e D . Francisco Maldonado d e G u e v a r a , «Del " i n g e n i u m " d e Cervantes al d e G r a ­ cián», Anales cermantinos, V I , 1958, p a r a u n a interpretación d e l Arte d e Ingenio como categoría d e la Imaginación y del juicio gustatorio gracianesco, como precursor del Geschmackurtel kantiano. Espero q u e s e entienda mi análisis sobre estos puntos, d e n t r o del conjunto d e este trabajo). * * * 185 F. YNDURAIN E n estai exploración d e la prosa gracianesca se h a i n t e n t a d o p o n e r en relación, hasta d o n d e ha sido posible, u n a s formas d e e x p r e sión con unas formas d e pensar, sin forzar, creemos, las inferencias. U n escueto análisis formal n o s h u b i e r a d e j a d o fuera del h o m b r e interior, bien q u e t a m p o c o diputemos nuestro análisis por suficiente p a r a una; comprensión íntegra del autor. Q u e d a , d e s p u é s de ver las operaciones del idear en Gracián reflejadas en su estilo, la delicada cuestión d e la estimativa d e las ideas, si n o q u e r e m o s q u e se nos esc a p e algo tan importante. Con el mismo juego d e recursos estilísticos d e Gracián, p u e d e n decirse n e c e d a d e s o genialidades, y t o d a la g a m a intermedia. C u a n d o se h a repetido la celebrada frase d e Buffon en su Discours sur le style, con otro alcance d e l q u e fué formulada, tal vez s e ha exagerado, p u e s el estilo no e s «todo» el h o m b r e . C o m o h a obs e r v a d o Aldous Huxley, también la recíproca es parcialmente c i e r t a : el h o m b r e es el estilo. Por t e n e r cierto d o n p a r a escribir d e cierto mod o , nos convertimos hasta cierto p u n t o en nuestro m o d o d e escribir. ¿ H a s t a d ó n d e Gracián conformó s u m e n t e a los m o l d e s expresivos q u e h e m o s ido a n o t a n d o ? La rígida formulación antitética, tan r e p e tida, s u p o n e d e hecho u n a simplificación d e oposiciones en las q u e tertium non datur. Al lado d e los e s q u e m a s duales, afirmaciones frente a negaciones absolutas y extremas, n o q u e d a lugar p a r a matices d e p e n s a m i e n t o , ni p a r a la d u d a , el «tal vez», la atenuación restrictiva, la concesión, e via dicendo. Cerrado al m u n d o d e la sensación, d e l a fantasía, d e las pasiones y emociones, se limita a generalizaciones y fórmulas abstractas u n tanto dogmáticas en su enunciado. La tend e n c i a a la abstracción p a r e c e ser propia d e t e m p e r a m e n t o s introvertidos, si h e m o s d e creer a Jung, lo q u e , d e s d e luego, no deja d e cuad r a r a nuestro escritor. La estrategia d e conducta q u e p r o p o n e para la formación del d e c h a d o heroico, en sus varias excelencias, se nos antoja bastante alejada d e la realidad, como d e quien ha limitado el c a m p o d e la observación y tiene m á s interés en acuñar frases q u e e n registar la multiforme variedad d e la vida h u m a n a . Por eso c u a n d o n o s p r o p o n e d e c h a d o s individuales, d e personas históricas o míticas, son éstas tipificaciones d e carácter, singularizadas por u n a virtud o u n vicio, algo así como medallas, fijadas en u n escorzo para la posteridad. Y n o se v e a en esto censura, ni elogio, sino, sencillamente, u n intento definitorio. Por s u dominio razonable d e las pasiones, si las registra e s d e s d e un p u n t o d e vista irónico, p a r a no dejare llevar d e ellas sino p a r a usar d e la fuerza q u e tienen, como aconseja en el «Arte d e a p a s i o n a r s e : «Si es posible prevenga la p r u d e n t e reflexión la vulgaridad del í m p e t u . El primer paso d e l apasionarse es advertir q u e se 186 GRACIAN, UN ESTILO a p a s i o n a . . . G r a n p r u e b a d e juicio conservarse cuerdo en los trances de locura». Por d o n d e se n o s lleva al supremo valor p a r a G r a c i á n , a la sindéresis, a la gran sindéresis. T a m b i é n nos p r e g u n t a m o s a q u é conduce t o d a la ejemplaridad del h o m b r e gracianesco, con q u é fines está p e n s a d o . N o s referimos a los fines inmediatos, sociales, n o a los trascendentales, q u e m á s bien se d a n por sobreentendidos y sólo raras veces se p r o p o n e n . Si h e m o s d e juzgar por su inhabilidad como ser social, los desajustes y tropiezos q u e tuvo en su propia vida, el propio Gracián sería la p r i m e r a p r u e b a d e lo insuficiente q u e resultaba su teoría. Claro es q u e n o e s lo mismo e n t e n d e r y explicar q u e o b r a r ; p e r o a la vista d e c ó m o vivió y d e lo q u e h a escrito, se nos i m p o n e la hipótesis d e q u e Gracián fué m á s q u e n a d a un escritor, un a p a s i o n a d o d e la frase bien cortada, d e tal m a n e r a q u e , con u n sentido del a r t e m u y m o d e r n o —creo q u e n o e n u n c i a d o claramente hasta Schiller— se d e d i c ó a convertir los p r o b l e m a s en expresión, con u n d e s p e g o irónico salvador, al ponerse en cobro como c o n t e m p l a d o r distante, satisfecho con el goce d e la o b r a bien acabada. P a r e c e como si Gracián hubiera s u p e d i t a d o lo moral y lo racional a lo artístico, dentro, claro es, d e lo q u e él tenía por arte, y <arte d e la p a l a b r a precisamente. En lo moral, no n o s e x t r a ñ a q u e S c h o p e n h a u e r le admirase y lo frecuentara, ni la sospecha d e su influjo en Nietzsche, no p r o b a d o , a u n q u e s e h a n e x t r e m a d o las hipótesis, incluso m á s allá d e lo plausible. (Véase, Baltasar Gracián, Pages caractéristiques, en el estudio crítico d e A . R o u v e y r e , p a g . 69 y ss. ). Creo, con Jankélévitch (y nuestro «Azorín» en s u descubrimiento del «Nietzsche español») q u e «l'homme gracianesque... c'est u n discreto mais n o n u n charitable» (L'ironie ou la bonne conscience, P a r i s , 1950). C ó m o hizo compatible la d u r e z a d e m u c h o s d e los consejos y máximas, d e sus escritos con el sentimiento y el ejercicio d e la caridad, es cuestión q u e n o h e d e rozar siquiera, a u n q u e m e p a r e c e m u y digna de ser tratada. E n cuanto al ejercicio d e la razón y d e la observación, n o estoy seguro d e q u e no h a y a sufrido el espejismo d e la falacia retórica, si e n t e n d e m o s por tal el excesivo a p e g o a d e t e r m i n a d a s formulacion e s d e la expresión, como h e m o s visto, las cuales n o son, en todo caso sino los cauces por q u e h a hecho discurrir su p e n s a m i e n t o . T a n t a simetría no d e j a d e ser sospechosa. Si se tiene en c u e n t a lo q u e se p e n s a b a fuera d e E s p a ñ a , y cómo se p e n s a b a por aquellos días. Gracián nos resulta u n t a n t o defasado en cuanto a observación 187 F. YNDURAIN d e la relidad y d e la forma d e reflejarla el p e n s a m i e n t o . Bacon n o s d a u n a curiosa observación sobre el m o d o «magistral» d e escribir los libros d e ciencia, q u e , sin violencia, p u e d e a c o m o d a r s e al estilo d e nuestro a u t o r : «For as knowledge are n o w delivered, there is a con­ tract of error b e t w e e n the deliverer a n d t h e r e c e i v e r : for he t h a t delivereth knowledge, desireth to deliver it in such a form as m a y b e best believed, a n d not as m a y b e best e x a m i n e d ; and h e that receiveth k n o w l e d g e , desireth rather p r e s e n t satisfaction t h a n exspectant i n q u i r y ; a n d so rather not to d o u b t t h a n not to e r r : glory m a k i n g the autor not to lay o p e n his w e a k n e s s , a n d sloth m a k i n g t h e disciple not to k n o w his strength» (Advancement of Learning, Book, I). El case es q u e el avisado filósofo t a m b i é n está incurso e n el módulo d e l a s estructuras d e simetría antitética, siguiendo la corriente d e su t i e m p o . Universidad 188 de Zaragoza.