DISCURSOS LEIDOS A N T E LA REAL A C A D E M I A EN EXCMO. SR. EL LA D. DIA RECEPCION P E D R O 10 ESPAÑOLA PUBLICA D E DE ABRIL D E M A D R A Z O 1881 MADRID IMPRENTA Y FUNDICION DE M. ITrlFRESOR OE CAMARA DS S> M> Isabel U Catfilics, 23 1881 TELLO DISCURSO DEL EXCMO. SR. D. PEDRO DE MADRAZO SEÑORES ACADÉMICOS: B i e n necesito de vuestra i n d u l g e n c i a c u a n d o l l a m a d o h a c e siete años al alto honor de ocupar entre u n a silla, v e n g o á esta preclara a s a m b l e a vosotros al cabo de tan largo t i e m p o , cansado, viejo, lleno de rubor y con las m a n o s v a c í a s ; sólo alentado por la i n c o m p a r a b l e b e nignidad c o n q u e a ú n os dignáis recibir á quien tan rezagado llega á vuestra casa. P o r tan señalada m u e s t r a d e simpatía os doy las m á s cordiales gracias, al m i s m o t i e m p o q u e os expreso m i respetuoso reconocimiento por la elección inmerecida q u e de mí hicisteis para r e e m p l a z a r al inolvidable D o n A n t o n i o M a r í a S e g o v i a , el discreto Estudiante, regocijo de T a l í a y de E r a t o , émulo de H o r a c i o y de P e r s i o , cult i v a d o r de la sátira elegante y a t i l d a d a . M a s al dirigiros m i salutación a f e c t u o s a y prepararm e á recibir vuestra bienvenida, m e asalta el recelo de si esperareis de m í algo q u e corresponda á u n a e x p e c t a ción tan prolongada, p o r q u e tengo q u e e m p e z a r c o n f e sando q u e sólo por algunos m o m e n t o s ocuparé v u e s t r a benévola atención. A s í debe ser o b s e r v a d a la regla paradójica q u e la experiencia sugiere; pues si ei q u e a p r e m i a d o por la falta d e t i e m p o suele escribir d e m a s i a d o largo, razón es q u e quien se t o m ó años enteros para perf-JÍ ) 6 j e ñ a r un m e r o discurso, lo e s c r i b a m u y b r e v e . A de esta m a n e r a m e obrar m u e v e por otro l a d o el d e s e o de no seros enojoso e n t r e t e n i é n d o o s m á s de lo p r e c i s o . oportuna amonestación, que poco suerte de r e c i b i r en l u g a r s a g r a d o , Una t i e m p o liá t u v e la y q u e se fijó en m i m e n t e p a r a c o n f i r m a r m e en el propósito de n o despei'dic i a r en r a z o n a m i e n t o s inútiles l o s años postreros de la v i d a , m e s u m i n i s t r a p a r a este a c t o un t e m a e n t e r a m e n te a d e c u a d o á m i d e s e o de no ser prolijo. H a l l á b a m e en l a iglesia de M o n d r a g o n a d m i r a n d o !a h e r m o s a t r a z a de un p ù l p i t o del siglo x v , ú n i c a j o y a artística de a q u e l humilde templo, y m o v i d o de n a t u r a l c u r i o s i d a d , no h a b i e n d o en l a solitaria c a s a de D i o s test i g o s i m p o r t u n o s , m e d e t e r m i n é á subir l a escalerilla q u e c o n d u c e á la s a n t a c á t e d r a . A I a p o y a r m e en el p a s a m a no d e p r i m o r o s a l a b o r , t o q u é u n o s a b u l t a d o s c a r a c t é r e s g ó t i c o s q u e se d e s t a c a b a n sobre un f o n d o de m e n u d a y d e l i c a d a t a l l a . F o r m a b a n a q u e l l o s c a r a c t é r e s esta p r e c i o s a l e y e n d a : aviso y s e n t e n c i a á l a p a r , d i g n a de A q u e l q u e inspiró á S a l o m o n el libro de los Proverbios: DIGA POCO Y B U E N O . — E s c u l p i ó s e este c o n s e j o , q u e d e b e r í a estar r e p e t i d o en t o d o s los p ú l p i t o s del o r b e cristiano, p a r a regla de los p r e d i c a d o r e s ; y o lo a p l i c a r í a á t o d a s l a s c á t e d r a s de letras d i v i n a s y h u m a n a s y á u n á las tri- b u n a s . P o r de pronto, ¡ojalá m e f u e r a d a d o observarlo al dirigiros m i v o z ! p o r q u e creo q u e g a n a r í a m o s m u c h o todos en considerarlo c o m o p r e c e p t o , d a d a s las c o n d i c i o nes d e l a v i d a m o d e r n a . Y o c u r r e d e s d e l u e g o u n a o b s e r v a c i ó n a c e r c a de t a n p r e c i o s a m á x i m a : d e c i r p o c o e s m u y f á c i l ; p e r o no lo es t a n t o d e c i r c o s a s b u e n a s . M a s el q u e de c o s a s b u e n a s se h a l l e d e s p r o v i s t o ¿deberá por esto no h a b l a r poco? ¡ D i o s nos libre del q u e por no s a b e r d e c i r p o c o y b u e n o , se 7 crea autorizado á decir m u c h o y m a l o ! E s t o se usa sin e m b a r g o : largos discursos sin sustancia son en todas partes azote de los oidos y estímulo á los a t a q u e s d e n e r vios: j u s t o castigo de nuestra sociedad m o d e r n a , q u e todo género de estilos autoriza, á excepción del más i n ofensivo de t o d o s , — e l de los C a r t u j o s . D e mí sé decir, q u e prefiero á la parlería insustancial de un R o s e l y ó de c u a l q u i e r a de los personajes q u e sacó á relucir D . Al- berto L i s t a en el Imperio de la estupidez, el l a c o n i s m o de aquel italiano: « Don Sempronio, medico locale, iwm che parlava sempre poco e male;« E s t e lacónico desgraciado podrá parecer m á s ó menos grotesto, pero al c a b o es inofensivo; al paso q u e aquel palabrero estúpido es peligroso, p o r q u e « L a a u g u s t a N e c e d a d l e dió e l t a l e n t o de proferir períodos sonoros sin a l m a ni s e n t i d o . J a m á s p u d o f e l i z c a s u a l i d a d f o r m a r un n e c i o m á s s e m e j a n t e á un s a b i o . » U n gran moralista, cultivador d e nuestra hermosa lengua en las altas regiones de la moral y de la mística, y autoridad en ella, escribe este precioso diálogo entre la parlería y el discreto callar: " L a parlería dice: no es " p e c a d o h a b l a r m u c h o , si se h a b l a bien: así c o m o no " d e j a de serlo hablar m a l , a u n q u e se h a b l e poco. Y el " d i s c r e t o callar responde: v e r d a d es lo q u e dices; pero " m u c h a s v e c e s queriendo el h o m b r e h a b l a r m u c h a s cor s a s buenas, acaesce q u e la plática q u e c o m e n z ó bien, " a c a b a m a l . P o r lo cual d i j o el sabio, q u e en el m u c h o " h a b l a r no podía faltar p e c a d o . Y si por ventura en la " l a r g a plática h u y e s de p a l a b r a s dañosas, no podrás qui•"zás huir de las ociosas, de las q u e has de dar cuenta en •"el d i a del juicio.-'' A h o r a bien, ¿no os p a r e c e , S e ñ o r e s A c a d é m i c o s , q u e así c o m o h a y u n a parlería m o r a l m e n t e p e c a m i n o s a , h a y t a m b i é n u n a parlería literaria vituperable?. E l que mientras h a b l a ó escribe, ansioso de decir todo lo q u e se le ocurre, y olvidado de q u e al v e r d a d e r o sabio debe s e r virle su c a u d a l de p l a z a fuerte, h a c e del c a m p o de su discurso c a m p o de batalla, prodiga especies y p a l a b r a s sin plan ni concierto, h a c i n a e s c o m b r o s de erudición a j e na y m á q u i n a s d e dialéctica inoportunas, no p o c o se asem e j a á aquellos q u e , en su a d m i r a b l e libro de la d i s c i plina de los m o n j e s , describe H u g o de S a n V í c t o r en- tregados al apetito de la g u l a y á la d e s t e m p l a n z a de su á n i m o . P e r m i t i d m e q u e os los presente m acción, como se dice hoy, trasladados á u n a de las p á g i n a s de la inimit a b l e Guía de pecadores. " C o n d e s a s o s e g a d a i n q u i e t u d de " m i e m b r o s (escribe el inmortal autor de esta Gtiía, para •"nosotros el m á s acendrado de los tres f a m o s o s Luises de "oro), m e n e a n la c a b e z a , a r r e m a n g a n los brazos, l e v a n t a n " l a s m a n o s en alto, c o m o si h u b i e s e n ellos solos de t r a " g a r s e t o d a l a m e s a . A s í verás en ellos unos acometimien" t o s y m e n e o s q u e , no sin gran f e a l d a d , están descu" b r i e n d o la agonía y h a m b r e del c o m e r . A s e n t a d o s en un " m e s m o lugar, con los ojos y las m a n o s lo andan todo: en " u n m e s m o t i e m p o piden el vino, parten el pan, revuel•"ven los platos; y , c o m o el capitan q u e quiere c o m b a t i r " u n a f o r t a l e z a , así ellos están c o m o d u d a n d o por qué " p a r t e a c o m e t e r á n este c o m b a t e , p o r q u e por todas quer" r i a n entrar. C o n v i e n e en la c o m i d a mirar lo q u e se co" m e , y la m a n e r a del comer; y a u n q u e en todo t i e m p o 9 " s e a necesario llegarse á la mesa con esta preparación, "mucho más cuando hay hambre, y aun mucho más " c u a n d o l a d e l i c a d e z a y p r e c i o d e los m a n j a r e s d e s p i e r " t a el a p e t i t o , p o r q u e en e s t e caso son m a y o r e s los i n "centivos. M i r e p u e s el h o m b r e c o n a t e n c i ó n , en e s t e " t i e m p o , no le h a g a c r e e r l a g u l a q u e t i e n e h a m b r e p a "ra comer mesa y manteles." P u e s e s t e g l o t o n q u e nos p i n t a n el j u i c i o s o Victorino d e l siglo XII y el s a b i o d o m i n i c o d e l x v i , q u e t o d o él e n t e r o q u i e r e e s t a r c o m i e n d o , n o sólo c o n l a b o c a , t a m b i é n c o n el c o r a z o n , sino c o n el e n t e n d i m i e n t o y c o n l a m e m o r i a , es ni m á s ni m e n o s q u e el retrato d e t o d o e s critor ú o r a d o r i n t e m p e r a n t e , q u e a s p i r a i n o p o r t u n a m e n t e á decir d e u n a s e n t a d a c u a n t o h a v i s t o , discurrido, leido, a p r e n d i d o y s o ñ a d o en t o d a s u v i d a . P a r a d a r á u n a u d i t o r i o los e s p l é n d i d o s b a n q u e t e s d e l i t e r a t u r a y o r a t o r i a d e l o s t i e m p o s a n t i g u o s , se n e c e s i t a ser u n M a s sillon ó u n B o u r d a l o u e , u n F o x ó u n M i r a b e a u , u n M a r tínez de la Rosa, un D . Joaquin María L ó p e z ó un D o n o s o C o r t é s . A f o r t u n a d a m e n t e c o n t a i s en v u e s t r o seno o r a d o r e s q u e c o n a q u e l l o s sostienen el p a r a l e l o : n o los n o m b r o p o r n o incurrir en n o t a d e l i s o n j e r o . L o s q u e n o alcancen esa talla excepcional, conténtense con estudiar b i e n lo q u e h a n d e d e c i r , sin a r r o j a r s e á i m p r o v i s a c i o n e s e s c a b r o s a s , y c o n e x p r i m i r l o en p o c a s p a l a b r a s : q u e p a r a cualquier auditorio ilustrado y de m e d i a n o gusto, cuatro gotas de buena esencia valen más que un chaparrón de a g u a de olor deslavazada. A l g u n o d e nuestros buenos p o e t a s a n t i g u o s , no r e c u e r d o q u i é n , nos h a p r e s e n t a d o , c o m o a p ó l o g o a p l i c a b l e á m i tésis, l a s o b r i e d a d d e l j i l g u e r i l l o del j a r d i n , q u e , á u n p o s a n d o libre y sin t r a b a s en el b o r d e d e l t a z ó n m a r m ó r e o , d o n d e r e b o s a el cristalina, agua IO Gorgeando alegremente, se a n u n c i a d i c h o s o y rico sin m á s a g u a d e l a f u e n t e q u e ia q u e l l e v a e n e l p i c o . ¡Cuántos, en c a m b i o , no aspiran con su oratoria á agotar t o d o el c a u d a l de Agaríipe y d e H i p o c r e n e ! N o tengo el atrevimiento de venir á hacer la a p o l o g í a del l a c o n i s m o á una a s a m b l e a instituida para conserv a r la g a l a de la rica, bella y m a j e s t u o s a h a b l a castellan a . S é q u e no h a y donosura con indigencia, ni verdadera belleza con tisis, y q u e la prez d e u n i d i o m a no está solo en la estricta e c o n o m í a de los vocablos, sino en la flexibilidad g r a m a t i c a l d e su contextura, en la a b u n d a n - cia d e sus geniales recursos y giros, en la armonía de sus voces, en todo lo q u e constituye su a d e c u a d o ornato. — ' L a fábrica arquitectónica no es bella sólo por corresponder con p e r f e c t a s i m p l i c i d a d al uso á q u e se la d e s tina; la m u j e r m á s h e r m o s a , no lo será t a m p o c o si nos l a figuramos reducida á las m e r a s dotes de su organismo sexual; la flor m á s l o z a n a será un objeto indiferente si la c o n s i d e r a m o s sólo en lo q u e el botánico l l a m a sus partes esenciales, su pistilo, sus estambres, sus anteras. Suprim a m o s m e n t a l m e n t e en el P a r t e n o n de A t e n a s la e l e g a n t e decoración de c o l u m n a s , friso y frontones; en la V é n u s de M i l o la morbidez del torso, la p l a c i d e z y g r a c i a del s e m b i a n t e , el undoso cabello q u e le sirve c o m o de nimbo, la m a j e s t a d del cuello, el noble continente, ia distinción de la postura; s u p r i m a m o s , por último, en la rosa ó en la c a m e l i a la corona de pétalos que la h a c e d i g n a de ser preferida á los más costosos aderezos para adornar la c a beza ó el seno de una V é n u s viviente: y obtendremos en aquel sólido rectangular de lisas paredes, en a q u e - Il Ila mujer austera, rígida y tonaurada, en esta flor r e d u cida á un f e o boton amarillento, la fiel aunque infeliz i m á g e n de una lengua expoliada en aras del laconismo. A d m i r o á los lacedemonios c u a n d o intimándoles Jerges que le entreguen las armas, le contestan: Ven por ellas. A d m i r o aquel no rotundo y seco que los magistrados de E s p a r t a dan por respuesta á F i l i p o el M a c e d ó n al p r e guntarles éste si se avienen á recibirle en su ciudad. M e causa asombro que la noticia enviada al E s t a d o vencedor para comunicar un acontecimiento tan grande c o m o la victoria de P l a t e a , no contuviese más que estas dos palabras: persas humillados. Y concibo sin violencia que se a p l a u d a , en la cuerda de lo chistoso, lo que refiere P a s s e r a i de dos amigos que, desafiados á quién sería más lacónico con l a p l u m a , se dirigieron estas dos e p í s tolas, escribiendo el uno: eo rus, m e voy al campo, y contestando el otro: i, vete. P e r o semejante estilo, b u e no para comunicaciones telegráficas, no será nunca f o r mal literatura. L a claridad, la gracia se hermanan de grado con l a concision; m a s son incompatibles con el laconismo. N o defiendo, pues, el laconismo, afectación tan vituperable como la intemperancia parlera, y que, extremado según el sistema de algunos ideógrafos, a c a baría por hacernos rivalizar en el lenguaje con los pájaros y los perros; abogo, sí, por la concision clara y e l e gante, por el estilo literario que coiTesponde con el estilo de Dios y de la naturaleza, y del genio en sus más risueñas c r e a c i o n e s , — c o n las líneas de la mujer hermosa y sin afeites, de l a flor recien abierta en la m a c e t a , del Partenon no vilipendiado por el T u r c o , — y estimo esa concision noble y bella c o m o cualidad que en nuestros actuales tiempos sería un verdadero don del cielo. D e m u y antiguo, la concision, que consiste en no 12 e m p l e a r en el discurso, oral ó escrito, m á s p a l a b r a s q u e las precisas para expresar en toda su plenitud y con claridad y elegancia los pensamientos, viene m u n d o latino dote tan siendo en el preciada cuanto poco común. T á c i t o la poseyó en grado eminente: S é n e c a , a u n q u e aspiró á ser conciso, explicándose en sentencias breves, es sin e m b a r g o e j e m p l o d e estilo difuso, p o r q u e deslió en m u c h a s de ellas u n a m i s m a idea. E n los albores del Renacimiento, la lengua española literaria p u e d e decirse q u e casi era p e r f e c t a por su sobriedad y nervio: esto tien e de particular el h a b l a castellana, q u e es tal s u y o , q u e sólo h a c i e n d o v i o l e n c i a á su genio nativo se la trueca en c u l t e r a n a ó en c o n c e p t u o s a y palabrera. E n el fecund o siglo de Isabel la C a t ó l i c a , de los L e b r i j a s , M e n d o zas y P u l g a r e s , de A l o n s o de P a l e n c i a y Juan del E n cina,. de G o n z a l o de A y o r a y Jorge M a n r i q u e , de P e r e z de O l i v a , de P'ernandez de O v i e d o y de tántos otros ingenios c o m o e n u m e r a L u c i o M a r i n e o S i c u l o en el d i s curso q u e dirigió al E m p e r a d o r C á r l o s V sobre los l i t e ratos españoles, f o r m a d o s , d i g á m o s l o así, á influjo del generoso y v e h e m e n t e deseo de a q u e l l a inmortal princesa; la lengua castellana d a b a y a tales m u e s t r a s de gentil virtualidad, q u e casi p u e d e perdonarse el e x a g e r a d o e n tusiasmo c o n q u e A n t o n i o de L e b r i j a escribía estas p a labras al dedicar su g r a m á t i c a á la reina: está ya mies— tra Imgua tanto en la cumbre,^^quemás se puede temer el descendimiento qne esperar la subida. E n sencillez y nervio, r e a l m e n t e , p o c o tenia y a entonces que envidiar á ningún i d i o m a neo-latino, el i d i o m a en q u e el c a n ó n i g o A l o n s o O r t i z t r a z a b a este c u a d r o de E s p a ñ a , tal c o m o la e n contró á su a d v e n i m i e n t o al trono a q u e l l a gran m u j e r : "••^Recebistes de la m a n o del m u í alto D i o s el ceptro real " e n t i e m p o s tan turbados, c u a n d o con peligrosas tem- 13 " p e s t a d e s t o d a E s p a ñ a se subvertía, c u a n d o m a s el ar" d o r d e las guerras civiles era e n c e n d i d o , c u a n d o y a los " d e r e c h o s de la república acostados iban en total p e r d i " c i o n . N o h a b i a y a l u g a r su reparo. N o h a b i a quien sin •"peligro de su v i d a sus propios bienes é sin miedo pose" y e s e ; t o d o s estaban los estados en aflicción, é con j u s t o " t e m o r en las c i b d a d e s recogidos; los escondrijos de los " c a m p o s con ladronicios m a n a b a n sangre. N o se aceca" l a b a n las a r m a s de los nuestros para la defensa de los " l í m i t e s cristianos, m a s para q u e las entrañas de nues" t r a patria nuestro cruel fierro penetrase " q u i é n eran seguros los c a m i n o s públicos? A P u e s ¿á pocos por " c i e r t o : de los aradros se l l e v a b a n sin defensa las y u n t a s "de los b u e y e s : las c i b d a d e s é villas por los m a y o r e s " o c u p a d a s ¿quién las podrá contar? Y a la m a g e s t a d ve- " n e r a b l e de las l e y e s h a b i a cubierto su h a z ; y a la fe del " r e i n o era c a i d a . " — Y ¿se perdió p o r ventura esta hermosa concision, aflojó este nervio de la prosa castellana en el l l a m a d o siglo de oro, p o r q u e B o s c a n y G a r c i l a s o , y otros imitadores del atildado y g r e c i z a n t e estilo italiano p s e u d o - c l á s i c o , revistiesen nuestra m u s a de galas e x ó t i c a s y no siempre a d a p t a b l e s , á su índole nativa? L o s g r a n d e s prosadores del siglo de F e l i p e II, D . D i e g o H u r t a d o de M e n d o z a , L u i s de M á r m o l , C e r v a n t e s , G o n zalo de Illescas, F r . L u i s de L e o n , S a n Juan de la C r u z , S a n t a T e r e s a d e Jesus, M a l ó n de C h a i d e , F r . L u i s d e G r a n a d a , F r . H e r n a n d o de Z á r a t e , ¿no son modelos admirables d e naturalidad, tersura, claridad y e l e g a n c i a , á pesar del c u l t e r a n i s m o q u e desvió de su t e n d e n c i a genial la f a n t a s í a d e nuestros poetas en aquella m i s m a centuria? B i e n sé q u e no todos los escritores d e b e n e m p l e a r el m i s m o estilo, ni siempre un estilo c a d a escritor: todo autor, c u a n d o con ingenuidad escribe lo que siente, sin 14 proponerse i m i t a r á n a d i e , reviste un estilo propio, y seg ú n el asunto ó m a t e r i a q u e trata, así suele m u d a r de estilo. M a l podrá censurarse lo que sólo m e r e c e a d m i r a ción y elogio, v e r b i g r a c i a , q u e S a n Juan de la C r u z , con su inimitable l o c u c i o n , á pesar d e la nebulosidad de la filosofía mística, nos arranque de la cárcel del m u n d o f e n o m e n a l y sensible para anegarnos 'en los piélagos de l u z de lo absoluto y d e lo infinito en q u e se resuelve su Noche osctira; q u e S a n t a T e r e s a , con su estilo e x c e p c i o nal, a u n q u e c o n m é n o s abstracción de lo objetivo q u e a q u e l i n c o m p a r a b l e místico, nos c o m u n i q u e en sus radas, en sus Conceptos de amor divino y en las ciones del alma á Dios, Mo- Exclama- las i n e f a b l e s dulzuras d e sus éx- tasis y arrobamientos; q u e F r . L u i s de L e o n , áun haciéndonos oír resonancias del m u n d o p a g a n o , c u y a bel l e z a inscientemente le c a u t i v a , por m e d i o de un estilo m á s claro aún si se quiere, pero m á s florido, nos e l e v e e n sus c o m e n t o s sobre el Libro de los cantares á la región ideal de los regalados amores de C r i s t o y su Iglesia. Alm a s q u e , c o m o l a s de estos, se e x h a l a n en deliquios de a m o r divino, no pueden ser n u n c a concisas en la expresión de sus afectos, p o r q u e sus i d e a l e s , c o m o decimos h o y , son infinitos, c o m o D i o s q u e se los descubre. D e s de el m o m e n t o en q u e se d e j a n arrebatar del estro, ó mejor dicho, de la inspiración sobrenatural q u e las enciende y volatiliza, su l e n g u a j e , sus c o n c e p t o s son c o m o briosos corceles que no consienten freno: sus períodos, sí, son más cortos, c o m o de p e r s o n a a g i t a d a que-necesit a aspirar con m á s f r e c u e n c i a q u e la ordinaria; pero á t o d a s c u a d r a el j u i c i o q u e el esclarecido agustino, con d i s c u l p a b l e e n t u s i a s m o , h a c í a de la prosa de S a n t a T e resa: única á quien por cierto no era siempre aplicable: " e n la f o r m a del decir, en la p u r e z a y f a c i l i d a d del esti- 15 " l o y en la g r a c i a y b u e n a c o m p o s t u r a d e las p a l a b r a s , " y en u n a elegancia d e s a f e i t a d a , q u e deleita en e x t r e m o , " n o h a y en nuestra l e n g u a escritura q u e se le i g u a l e . " C o m o m o d e l o p u e d e n presentarse estos escritores á las m o d e r n a s letras españolas. U n a sola excepción h a g o , y es respecto de la inspirada m o n j a avilesa. S i a l g u n a v e z cediera y o á la v e l e i d a d d e erigirme en preceptista, n o a c o n s e j a r í a j a m a s q u e se la i m i t a s e . H a y ingenios c u y o v u e l o es m u y peligroso seguir, y S a n t a T e r e s a es uno de ellos. C o n s i d e r a d a esta grande escritora como artista de la palabra, ni en sus obras d e t e o l o g í a m í s t i c a , ni en sus cartas, se sujetó nunca á lo q u e l l a m a m o s reglas del buen decir. E s c r i b i ó d e pura inspiración, más es, con gran desaliño, y a c o n t e c e con ella lo q u e con el G r e c o , con V e l a z q u e z y con G o y a , mirados como a r t i s tas e x c e p c i o n a l e s de la línea y del color, q u e se burlaron de t o d a regla al e j e c u t a r sus inimitables lienzos: razón por la c u a l , y a u n q u e suene á p a r a d o j a , sostenía con fund a m e n t o el T e ó t o c ó p u l i , con gran a s o m b r o y escándalo del preceptista F r a n c i s c o P a c h e c o , q u e la pintura no es a r t e . M e adhiero resueltamente á esa p a r a d o j a desde el m o m e n t o en q u e se define el arte de la pintura, regla segura é indefectible para f o r m a r ó criar pintores, á la m a n e r a q u e , siguiendo las reglas y prácticas de la horticultura, se crian los melones y los c a l a b a c i n e s . S a n t a T e r e s a fué acaso la única q u e en la esfera d e la literatura logró el privilegio de escribir sin haber aprendido el arte de escribir: así q u e sus locuciones, sus giros, su g r a m á t i c a , se h a c e n insoportables al crítico ó retórico que b u s c a en ellos solamente á la escritora. E s preciso ser francos y prescindir de todo falso entusias- m o : los escritos de la gran D o c t o r a se le c a e n de l a s m a n o s á todo el q u e los registra sin m á s deseo q u e el de i6 proporcionarse en ellos el esparcimiento y solaz que se buscan en la historia ó la n o v e l a , y a q u e no los c u r i o see c o m o m o n u m e n t o del h a b l a v u l g a r del castellano v i e j o en el siglo x v i . D e c i a m u y bien el m a l o g r a d o G o n zález P e d r o s o : " n o h a y literato, meramente literato, " q u e s e a c a p a z de leer á S a n t a T e r e s a , no dos años se" g u i d o s , pero ni siquiera dos dias. L o s únicos q u e p u e " d e n saborear las bellezas de sus escritos, son las perso" ñ a s en quienes v i v e el sentimiento religioso. B a j o el as" p e c t o artístico, ¿ c ó m o h a de c o m p r e n d e r las magnifi/ ' c e n c i a s , c ó m o h a d e avasallarse á los encantos del esi t i l o de la S a n t a quien no sea sensible á las perfecciones " d e su a l m a angelical, ni se g o c e en la pura a t m ó s f e r a " p o r donde v o l a b a su e l e v a d o entendimiento? ¿ C a l c u l ó " e l l a en t o d a su v i d a una sola c o m b i n a c i ó n de dos p a l a " b r a s para hacer efecto?" E s t a acertadísima reflexión d e un h o m b r e q u e había n a c i d o para c o m p r e n d e r , c o m o pocos, el estilo de la s a n t a escritora, se b a s a en u n a gran v e r d a d , q u e él q u i z á no tuvo presente, y q u e h a b í a c o n signado el célebre A l e j a n d r o M a n z o n i en su precioso y p o c o cursado libro de la Moral católica, diciendo q u e la f e , p a r a nosotros los cristianos, es e l e m e n t o psicológico del j u i c i o . E l q u e no t e n g a f e , a b s t é n g a s e , no y a de imitar, p e r o ni de leer á S a n t a T e r e s a de Jesus, y no siga la corriente d e los q u e , sólo por m o d a ó por lograr p l a z a de pensadores profundos, al oír pronunciar el n o m b r e de la S a n t a , " e n a r c a n h i p ó c r i t a m e n t e las c e j a s é inflan los carrillos, p a r e c i d o s á aquellos s a l v a j e s q u e , c u a n d o les preg u n t a n por su D i o s , e x c l a m a n ¡oh!, sin saber decir otra cosa.-" A excepción, p u e s , d e S a n t a T e r e s a , todos los escritores del siglo de F e l i p e II son b u e n o s m o d e l o s . P e r o se dirá: p o c o curso logra h o y su l e n g u a j e mis- 17 tico: y ¿son ellos a c a s o tan dignos de i m i t a c i ó n en el l e n g u a j e usual y corriente, para q u e á su n o r m a p e r e m o s nuestras obras literarias, políticas, atem- científicas, religiosas, morales y artísticas: nuestros discursos, nuestros tratados, nuestra novela? P u e s si lo son, porque c u a n d o esos escritores del siglo x v i b a j a n del carro de E l i a s á la c o m ú n m o r a d a de los hombres, su estilo es encantador por su claridad y sencillez, por su v i v e z a y color, por su persuasion y su nervio. C o m o p r u e b a , dese n g a r c e m o s unas cuantas margaritas del a b u n d a n t e c o llar con q u e ellos ataviaron la g a r g a n t a de la noble y sesuda E s p a ñ a de aquel t i e m p o . ^^La caridad, dice S a n Juan d e la C r u z en sus Avi— "sos y sentencias espirituales, es á m a n e r a de u n a excelen- " t e t o g a colorada, q u e no sólo da gracia, hermosura y " v i g o r á lo blanco de la f e y verde de la esperanza, sino " á t o d a s las virtudes; porque sin caridad, ninguna virtud " e s graciosa delante de D i o s . " — " E l que obra según ra" z o n , es s e m e j a n t e al que usa de a l i m e n t o sustancial y " f u e i i e ; m a s el q u e procura en las obras dar satisfacción " a l gusto d e su v o l u n t a d , será parecido al q u e se a l i - " m e n t a de frutos m a l sazonados y t é n u e s . " — " A l m a sin " m a e s t r o es c o m o el carbon "que encendido que está a n t e s se irá enfriando q u e solo, encendiendo,"—"El " q u e sólo se quiere estar, sin arrimo de maestro y guia, " s e r á c o m o el árbol que está solo y sin dueño en el c a m " p o , que por m á s fruta que tenga, los viadores se la co" g e r á n , y no llegará á s a z ó n . " — T r e s c i e n t a s sesenta y c i n c o de estas preciosas sentencias, dignas todas de figurar en el sagrado libro del E c l e s i a s t e s , f o r m u l a S a n Juan de la C r u z con el sencillo y claro estilo q u e a q u í v e i s . M a l ó n de C h a i d e no le v a en z a g a en claridad, y áun le e x c e d e en arranque, c u a n d o del género p r e c e p t i - i8 v o ó del doctrinal, sea ascético ó místico, desciende al narrativo y de costumbres, en el cual no h a y quien le supere. H a b l a n d o del m a g n a t e altanero q u e se cree cristiano perfecto sólo por g u a r d a r ciertas f o r m a s , sin atender á la esencia de las prácticas religiosas, le retrata en su Conversion de la Magdalena con estas robustas pin- celadas: " L l e g a el otro desuella-caras, h o m i c i d a , roba- " d o r de los pobres, con mil p e c a d o s mortales que el me" n o r dellos escandaliza el aire; dice q u e se quiere c o n " f e s a r y q u e viene de priesa, que no se p u e d e detener; " e s menester que se despidan los q u e há un m e s q u e n o " h a l l a n v e z para confesarse, p o r q u e l l e g a el señor don " F u l a n o . V e r e i s la priesa del tejer de ios p a j e s por los " c o n f e s i o n a r i o s en b u s c a del padre m a e s t r o Z u t a n o , el " i r y venir de los recados; el m e n u d e a r de las e m b a j a " d a s ; el ir en persona el prior ó el g u a r d i a n q u e se d e s " e m b a r a c e y lo d e j e todo, a u n q u e esté á m e d i a c o n f e •"sion, q u e otro día l a a c a b a r á , y sino, q u e '^no i m p o r t a , " q u e está esperando el señor don F u l a n o . " V e r e i s al " c o n f e s o r echar gente m e n u d a a b a j o , levantarse y salir " d e l confesionario m á s h i n c h a d o q u e algún p r i v a d o nc" c i o , q u e apenas c a b e por la iglesia y el claustro se l e " h a c e a n g o s t o . E n tanto vuestro penitente se está p a - " s e a n d o , r e n e g a n d o del confesor y de su t a r d a n z a . A l " f i n sale el padre maestro á a c o m p a ñ a r á su penitente, " l l é v a l e á la celda p o r q u e son p e c a d o s de c á m a r a los que " t r a e , l l e g a el p a j e d e s c a p e r u z a d o y pone la a l m o h a d a "de terciopelo, "rodilla, p o r q u e no se l a s t i m e . c o m o ballestero, H i n c a la persígnase á m e d i a una vuelta, " q u e ni sabréis si h a c e c r u z ó g a r a b a t o , y c o m i e n z a á " d a r de dedo y á descargar p e c a d o s , q u e h a c e t e m b l a r " l a s paredes de la celda con ellos; y si el confesor se los " a f e a , sale con mil bachillerías, y dice " q u e un h o m b r e ly " d e sus prendas no h a de vivir como v i v e el f r a i l e , " y " p a r é c e l e q u e todo le está bien. A l fin, sálese tan seco " y tan sin j u g o c o m o entró, y el desventurado m u y con" t e n t o , c o m o si D i o s tuviese c u e n t a con q u e desciende " d e los g o d o s . " M á s claro aparece aún, porque en v e z de pintoresco y valiente c o m o el de M a l ó n de C h a i d e , es sencillo y llano c o m o el de S a n t a T e r e s a , el estilo de F r . H e r n a n d o de Z á r a t e en su Paciencia cristiana-, el cual, a u n q u e escritor místico, al desarrollar l e n t a m e n t e y h a s t a donde p u e d e sus ideas, desciende al nivel de las inteligencias más humildes, y explica con las palabras m á s en uso la eficacia de los t r a b a j o s que D i o s e n v í a á las criaturas. " C o n razón . " ( d i c e en el discurso primero de su libro 1) es c o m p a r a d a " l a p a c i e n c i a al p a n respecto d e los d e m á s m a n j a r e s q u e " s u s t e n t a n el cuerpo; porque así c o m o ellos por sí son " b u e n o s , pero no h a c e n bien el sustento del h o m b r e sin " p a n , de m a n e r a q u e para q u e sustente la fruta es nece" s a r i o pan y fruta; y para que la verdura, pan y v e r d u " r a ; y para que la carne, pan y carne, y así los d e m á s " m a n j a r e s ; así las virtudes, a u n q u e de sí son b u e n a s y " s u s t e n t a n el a l m a , pero su pan es la paciencia, que " p a r a ser t e m p l a d o es menester t e m p l a n z a y paciencia; " p a r a ser justo, j u s t i c i a y paciencia; y así en las d e m á s " v i r t u d e s . " V e d qué bella recapitulación h a c e de l o s h e r mosos frutos de esta m i s m a virtud, á v u e l t a de a l g u n a q u e otra expresión demasiado pedestre, en su discurso octavo: " E l l a (escribe) prueba la caridad, descubre la " p r u d e n c i a , h a c e al h o m b r e t e m p l a d o y obediente, en" s e ñ a la h u m i l d a d , g u a r d a la p a z , h u m i l l a , purifica, " a f i n a y fortalece el corazon y a l m a del que es a t r i b u l a " d o ; gobierna el seso, rige la disciplina, a c o c e a las t e n ''taciones, despide los escándalos, rige la carne, g u a r d a 20 " e l espíritu, a y u d a al amor, a n i m a á la penitencia, or- " d e n a y señala la confesion, perfecciona el martirio, en" c a m i n a las obras para p o d e r i m i t a r la v i d a de C r i s t o " m i e n t r a s c a m i n a m o s por su c a m i n o . " Y m á s a d e l a n t e , en otro discurso, v o l v i e n d o sobre la eficacia de los m a l e s que nos envía D i o s para nuestra e n m i e n d a , dice lo siguiente: " L o q u e no p u e d e a c a b a r contigo un sermón '•'del m e j o r predicador del m u n d o , a c a b a u n a enferme" d a d y un t r a b a j o , una v i u d e z , la muerte de un hijo, ó " c u a l q u i e r a otro s e m e j a n t e ; entonces parecen las cosas " d e otra color, allí se m u d a n los p e n s a m i e n t o s y se tem" p l a n los deseos, allí se c o m i e n z a n á descolgar las tapi" c e r í a s , se m o d e r a n las c o m i d a s , y los vestidos son m á s "honestos; entonces se a b a j a la v o z , se cierran las ven- " t a n a s y se a c a b a n las locas conversaciones, y se dicen " s e n t e n c i a s graves; entonces se c o m i e n z a la v e r d a d e r a "filosofía, se e s t i m a todo lo m u n d a n o en lo q u e es; e n " t o n c e s se piensa cuán b r e v e es esta v i d a , c u á n m u d a b l e " s u gloria, c u á n engañosos sus c o n t e n t o s . " ¡ Q u é h e r m o so troquel para u n a b a l a d a filosófica del género de T i e c k ó de Kcerner! D e c h a d o s mil d e elegante sencillez y d e estilo aun m á s terso, si c a b e , conú&ne La perfecta casada át F r . L u i s de L e ó n : " A la b u e n a m u j e r (sirva este solo párrafo de " e j e m p l o ) su f a m i l i a la reverencia y sus hijos la a m a n , " y su marido la adora, y los vecinos la bendicen, y los " p r e s e n t e s y los venideros la a l a b a n y e n s a l z a n . Y á la " v e r d a d , si h a y d e b a j o de la luna cosa que m e r e z c a ser " e s t i m a d a y p r e c i a d a , es la m u j e r b u e n a ; y en c o m p a r a " c i o n della el sol m i s m o no luce, y son oscuras las e s " t r e l l a s , y no sé y o j o y a de valor ni de loor q u e ansí l e " v a n t e y h e r m o s e e con claridad y resplandor á los h o m " b r e s , c o m o es aquel tesoro de inmortales bienes de ho- 21 " n e s t i d a d , de d u l z u r a , d e fé, d e v e r d a d , de a m o r , de " p i e d a d y regalo, de g o z o y de p a z , q u e encierra y con- t i e n e en sí u n a b u e n a m u j e r cuando se la da por c o m " p a ñ e r a su b u e n a d i c h a . " E l m i s m o C e r v a n t e s , con haber producido el m á s inimitable esfuerzo del h u m a n o ingenio, " e l libro asombroso q u e viene siendo durante " m á s de dos siglos l a admiración del m u n d o , la envidia " d e las naciones extranjeras, el recreo del v u l g o , la m e " d i c i n a de los m a l h u m o r a d o s , y el repertorio inmenso " d e t o d a s las g r a c i a s de la c o n v e r s a c i ó n , " no acertó á e n a l t e c e r á la b e n d e c i d a c o m p a ñ e r a del h o m b r e , regenerada por el cristianismo, con las frases de sentimiento y exquisito d e l i c a d e z a no a f e c t a d a q u e f o r m ó para retratarla el prosador-poeta y místico agustino. ¡ H e r m o s a l e n g u a castellana la del siglo x v i ! E n él sí q u e se c u m p l í a el d i c h o , hai-to a n t i c i p a d o , de A n t o n i o de L e b r i j a , de hallarse nuestra lengua tanto en la cumbre, que más 'Se podia temer el descendimiento que esperar la Siíbida. S i en esa altura se hubiese mantenido, no hubiera sido necesario que, dos siglos m á s adelante, L u z a n , D o n Juan de Iriarte, S a l a f r a n c a , M o n t i a n o y los Moratines, los preceptistas de la A c a d e m i a E s p a ñ o l a y del Diario de los literatos, e m p l e a s e n inauditos esfuerzos p r o m o v i e n do su restauración. T a n t o , en efecto, se degradó, en m a nos de la secta culterana primero, y despues b a j o el y u g o de la f u n e s t a m o d a conceptista, que en el siglo x v i i los ingenios de más alto linaje pagaron copioso tributo á sus ridículos extravíos. A f o r t u n a d a m e n t e , no todos los escritores del t i e m p o de F e l i p e I V se contagiaron del m a l g u s t o introducido por los q u e podríamos l l a m a r p r e m a turos C h u r r i g u e r a s d e las letras. E n el género histórico, p r i n c i p a l m e n t e , h u b o g u a r d i a n e s celosos del decoro de la a n t i g u a prosa del siglo de F r . L u i s de L e o n . M e l o , 22 M o n e a d a , Solís ñguran al frente de u n a reducida falange de escritores s a l v a d o s del c o m ú n n a u f r a g i o . E l l o s poseen el envidiable arte d e decir m u c h o bueno en p o c a s p a l a bras. T r a t a n d o M e l o en su Guerra de Cataluña el delicado t e m a político de- la p r u d e n c i a con que debe obrar un rey sobre acudir ó no personalmente á sofocar la rebelión de c u a l q u i e r a de sus estados, t e m a q u e , sometido hoy á la deliberación de un Cuerpo deliberante, país gobernado c o n s t i t u c i o n a l m e n t e , en c u a l q u i e r daría de sí para nueve discursos de á n u e v e c o l u m n a s de periódico de letra microscópica, consigna esta m e m o r a b l e sentencia: " L o s políticos disputan si conviene al príncipe a p a r t a r •"se de la c a b e z a de su d o m i n i o para acudir al r e m e d i o " d e otro m i e m b r o : son diversos los pareceres, c o m o lo " h a n sido las causas: y o pienso que el n e g o c i o consiste " e n entenderse bien el estado del príncipe, j u z g a n d o q u e " e l pacífico p u e d e , sin daño, acudir á c u a l q u i e r parte " d o n d e lo pida la ocasion; m a s q u e no lo d e b e hacer así " e l q u e gobernase un i m p e r i o turbulento, porque enton" c e s el g r a n d e riesgo, a u n contingente, d e s c u e n t a la con"veniencia." D . F r a n c i s c o de M o n e a d a , no ménos político ni m é nos acertado que el historiador lisbonés, escribiendo en a n á l o g a i n a t e r i a sobre u n a bárbara violacion del derecho de g e n t e s c o m e t i d a por los griegos i m p e r i a l e s contra los e m b a j a d o r e s de nuestro ejército en la ciudad de R o d e s to, trae en su Expedición de catalanes y aragoneses, por vía de contraste, este recuerdo de lo a c a e c i d o entre C á r l o s V y F r a n c i s c o I de F r a n c i a . '^Dignas de a l a b a n z a son las " f i n e z a s c u a n d o h a y s e g u r i d a d en la fe y p a l a b r a del " p r i n c i p e e n e m i g o ; pero c u a n d o está dudosa, p o r y e r " r o tengo el aventurarse. N u e s t r o rey el e m p e r a d o r Cár- 23 " l o s V pasó por P a r í s y se puso en las m a n o s de su ma" y o r émulo: f u é su confianza tan a l a b a d a como la f e " d e F r a n c i s c o ; pero si la reina L e o n o r n o avisara á C á r •"los, su hermano, de lo q u e se platicaba, fuera la c o n " f i a n z a j u z g a d a por temeridad y la fe por engaño; con " q u e claramente se muestra q u e a l a b a m o s ó v i t u p e r a m o s ''por los sucesos, no por la r a z ó n . " L a s m á x i m a s p o l í t i cas más p r o f u n d a s tienen el aire de estas: tan sencillas son, q u e cualquier aprendiz de diplomático se cree con tijera c a p a z de cortar otras tan buenas, ó m e j o r e s . A m b o s historiadores, M o n e a d a y M e l ó , i n c o m p a r a bles en el estilo sentencioso, a u n q u e en él descubran algo de la estudiada concision de Salustio, sirvieron de n o r m a en nuestros dias al preclaro autor de la del levantamiento general y fevohtcion de España, m e n t e en su t o m o I, q u e desde su aparición Historia especialalcanzó j u s t a celebridad; y a m b o s sobresalen t a m b i é n en describir c o n ' b r e v e d a d elegante, digna de T i t o - L i v i o , los sucesos q u e r e c l a m a n un estilo narrativo claro y p i n t o r e s c o . — " D i s p u e s t a s así las cosas d e u n a y otra parte ( e s "cribe M e l ó narrando los aprestos del ejército castella" n o para la t o m a d e M o n j u i c h ) , a m a n e c i ó el d i a sába" d o 26 de E n e r o del n u e v o año de 4 1 , mostrándose se" r e n o el cielo y claro el sol, q u i z á por dar e j e m p l o de " q u i e t u d y ' m a n s e d u m b r e al furor de los h o m b r e s . A la " s e ñ a de un clarín c o m e n z ó á moverse todo el ejército " e n a q u e l l a f o r m a que se habia ordenado por sus cabos; " a s í tendido por t o d a la c a m p a ñ a , representaba á l o s ' " o j o s tan h e r m o s a visión, c u a n t o l a m e n t a b l e al discur" s o . T r e m o l a b a n los p l u m a j e s y t a f e t a n e s vistosamente, " r e l u c í a n con -reflejos los petos en los escuadrones, oían" s e m o v e r las tropas de los c a b a l l o s con destemplado " r u m o r de las corazas; los carros y b a g a j e s de la artille- 24 "ría, ordenados en hileras á s e m e j a n z a de calles, figura- •"ban u n a c a m i n a n t e c i u d a d populosa; las c a j a s , los p i f í a n o s , t r o m p e t a s y clarines despedían todo el t e m o r d e " l o s bisoños, dándole á c a d a uno n u e v o s bríos y alientos; " e l orden y reposo del m o v i m i e n t o del ejército asegura" b a el buen suceso de su empresa; el coraje d e los soli d a d o s prometía una gran victoria." C o n no ménos nervio y color, concision y e l e g a n c i a , m a n e j a el estilo narrativo D . A n t o n i o Historia de la conquista de Méjico. de Solís en su Habla, ' verbigracia, del reconocimiento del v o l c a n de P o p o c a t e p e c , q u e practicó el arrojado D i e g o de O r d a z , y escribe: " A c o m p a ñ á " r o n l e en esta facción dos soldados de su c o m p a ñ í a y al" g u n o s indios principales, q u e ofrecieron llegar con él " h a s t a las ermitas, lastimándose m u c h o de q u e " s e r testigos de su m u e r t e . E s el m o n t e m u y iban á delicioso " e n su principio: h e r m o s é a n l e p o r todas partes f r o n d o " s a s arboledas, que subiendo largo trecho con la cuesta, " s u a v i z a n el c a m i n o con su a m e n i d a d , y al p a r e c e r , con " e n g a ñ o s o divertimiento llevan al peligro p o r el d e l e y t e . " V a s e despues esterilizando la tierra, parte con la nieve " q u e dura todo el a ñ o en los parajes q u e desainpara el " s o l ó perdona el f u e g o , y parte con la ceniza q u e b l a n " q u e a t a m b i é n desde léjos con la oposicion del humo. " Q u e d á r o n s e los indios en la estancia de las ermitas, y " p a r t i ó D i e g o de O r d a z con sus dos soldados t r e p a n d o " p o r los riscos, y poniendo m u c h a s v e c e s los pies d o n " d e estuvieron las m a n o s : pero c u a n d o llegaron á p o c a " d i s t a n c i a de la c u m b r e , sintieron que se m o v i a la t i e r " r a con violentos y repetidos b a y b e n e s , y percibieron los " b r a m i d o s horribles del v o l c a n , q u e á breve rato disparó " c o n m a y o r estruendo g r a n c a n t i d a d de f u e g o envuelto " e n h u m o y ceniza: y a u n q u e subió derecho sin calen- 25 " t a r lo transversal del ayre, se dilatò despnes en Io alto, " y volvió sobre los tres u n a lluvia de c e n i z a tan espesa " y tan encendida, que necesitaron de b u s c a r su defensa " e n el c ó n c a v o de u n a peña, donde faltó el aliento á los " e s p a ñ o l e s y quisieron volverse; pero D i e g o de O r d a z " v i e n d o q u e c e s a b a el terremoto, que se m i t i g a b a el es" t r u e n d o y salía menos denso el h u m o , los a n i m ó con " a d e l a n t a r s e , y llegó intrépidamente á la b o c a del v o l t e a n , en c u y o fondo observó u n a gran m a s a de f u e g o , " q u e al parecer hervía como m a t e r i a líquida y resplan" d e c i e n t e ; y reparó en el t a m a ñ o d e la b o c a q u e o c u p a " b a casi t o d a la c u m b r e , y tendría c o m o un cuarto de " l e g u a su c i r c u n f e r e n c i a . " Q u i s i e r a investigar las c a u s a s por c u y a virtud estos tres historiadores y algunos otros prosistas, m u y contados, e m a n c i p á n d o s e de la ley de general depravación q u e i m p e r a b a en el gusto literario de su siglo, d e m o s traron, según se dice h o y , u n a personalidad tan acentuada y vigorosa c o m o m a n t e n e d o r e s de la p u r e z a de nuestra h e r m o s a lengua del siglo x v i : p o r q u e v e r d a d e r a m e n t e c a u s a maravilla el considerar c ó m o h a b i e n d o venido á tanta perdición el bello estilo, no sólo en nuestra E s p a ña por la m a n í a del conceptismo, sino en t o d o el orbe civ i l i z a d o — e n Italia por la escuela de M a r i n i y los aficionados á los concetti, en F r a n c i a por el influjo de la plé- yade de la córte d e L u i s X I I I y de las preciosas de l a chambre bleue del h o t e l de R a m b o u i l l e t , e n Inglaterra por la secta de L i l l y y de los eiifuistas de la córte de l a r e i n a I s a b e l , — p u d i e r o n ellos conservarse i n c ó l u m e s en tan universal c o n t a g i o . S i existe afinidad entre las letras y las artes, por ser u n a s y otras m e d i o s d e expresión del s e n t i m i e n t o estético, en v e r d a d no se c o m p r e n d e el naturalismo literario de M e l o , de M o n e a d a y d e Solís, ni el 26 naturalismo artistico de V e l a z q u e z , R i b e r a y Z u r b a r á n , en un siglo tan artificioso y e n m a s c a r a d o como nuestro s i g l o x v n , c u a n d o el concepto de la belleza se oscureció has- ta el punto d e p a r e c e r s u b l i m e y exquisito u n l e n g u a j e en q u e el parérgon d e g e n e r a b a en derroche y la construcción en contorsiones; noble u n a a r q u i t e c t u r a dislocada en sus m i e m b r o s decorativos y c u a j a d a d e g a r a m b a i n a s ; y eleg a n t e u n a i n d u m e n t a r i a que, con el g u a r d a i n f a n t e , la cotilla, el c a b e l l o e n g o m a d o y la cai'a e m p l a s t a d a de albay a l d e y arrebol, hacía de la m u j e r u n a ridicula m u ñ e c a . S i el gusto literario de G r a d a n , G ó n g o r a , Q u e v e d o , C a l derón y d e m á s ingenios de la córte de F e l i p e I V y C á r los II, por e f e c t o de esa h e r m a n d a d estética, h a de guardar correspondencia con la escuela artística q u e p r o p a g a n en E s p a ñ a los secuaces d e B o r r o m i n o y del P . G u a r i n i , los C r e s c e n d o s , C a n o s , Herreras, B a r n u e v o s y R i z i s , precursores de ios D o n o s o s , T o m é s y C h u r r i g u e r a s , no tiene más e x p l i c a c i ó n en ia esfera de las letras la figura de un escritor sencillo, claro y elegante, entre la multitud de los conceptistas, q u e la figura de un pintor en el estadio del a r t e — V e l a z q u e z , por naturalista ejemplo—entre la m u c h e d u m b r e de los q u e l l a m a m o s manieristas ó barrocos. N o es h o y m i propósito investigar la razón de tan singular f e n ó m e n o ; p e r o q u e éste resalte c o n toda evidenc i a , c o n d u c e al objeto d e m i discurso. C o m p a r e m o s , d e s d e el punto de vista de la p u r e z a y clarídad, la prosa d e D . F r a n c i s c o - M a n u e l de M e l o con la de D . F r a n c i s c o de Q u e v e d o y V i l l e g a s , considerado c o m o historiador, y resultará que, á pesar de llevar con j u s t i c i a el inmortal a u t ó r de la Política de Dios y gobierno de Cristo el calificativo áe primer ingenio español despues de Cervantes, le es M e l o m u y superior en el estilo.—"Yo " p r e t e n d o , dice éste, escribir los casos m e m o r a b l e s q u e 27 " e n nuestros dias h a n sucedido en E s p a ñ a en la provin" c i a de C a t a l u ñ a , c u y o s movimientos alteraron todo el •"orden d e la república, á vista d é l o s cuales estuvo pen" d i e n t e la atención política de todos los príncipes y gen" t e s de E u r o p a . G r a n d í s i m a es la m a t e r i a , y a u n q u e la •"pluma, inferior n o t a b l e m e n t e á las cosas q u e ofrece es" c r i b i r , p o d i a en a l g u n a m a n e r a h a c e r l a s menores, ellas " s o n de t a l calidad, q u e por ningún accidente dejarán d e " s e r v i r á la e n s e ñ a n z a d e reyes, ministros y v a s a l l o s . " D e s o b l i g a d o y libre de toda afición ó violencia, pongo " l o s h o m b r e s al peso de tan grande historia. H a b l o (di" c h o s a m e n t e ) de príncipes á quienes no d e b o lisonjear ó •"aborrecer, y de naciones q u e no conozco por b u e n a s ó " m a l a s obras, c o n certísimas noticias de los sucesos, por" q u e en m u c h o s tuvo parte m i vista, y en todos mis ob"servaciones, no solo c o m o inclinación, m a s c o m o p r e •"cepto. C a s t e l l a n o s , franceses, c a t a l a n e s , naciones, m i "nistros, repúblicas, príncipes y reyes d e quienes h e de " t r a t a r , ni m e h a l l o deudor á los unos, ni espero m e de" b a n los otros: l a v e r d a d es l a q u e dicta, y o quien escri" b e ; s u y a s son las razones, m í a s las letras, por esto n o " s o y digno de acusación ni de a l a b a n z a : sii-va esta r e l i " g i o s a igualdad ( j a m a s alterada en mis escritos) al des" a g r a v i o ó desobligacion de los q u e llegaren á leerme "quejosos ó agradecidos." P u e s o i g a m o s ahora á Q u e v e d o en sus Grandes anales de quince dias: " Y o escribo en el fin de. u n a v i d a y en el " p r i n c i p i o de otra: de un m o n a r c a qvie a c a b ó de ser rey " a n t e s de e m p e z a r á reinar, y d e otro que e m p e z ó " r e i n a r antes de ser r e y ; aquél' tan santo, á tan g r a n d e , " q u e mereció tener por hijo á éste q u e , pervertido el de" r e c h o de la sucesión (antes, si es lícito decir, mejorado), " e s nieto q u e se introduce en padre d e sus abuelos. E s - 28 " t e , tan f o r m i d a b l e en los u m b r a l e s de la v i d a , que en •"pocas horas d e rigor, justicia y prisiones, h a desquita" d o m u c h o s años de c l e m e n c i a y benignidad no conve" n i e n t e de su p a d r e , si bien c u a n d o e m p e z ó á reinar si" g u i ó este propio c a m i n o , a u n q u e m a s despacio. M i ina t e n t o es poner delante de los ojos á todos, c u á n t o r e y " y cuán g r a n d e c a b e en d i e z y siete años, y c u á n t a ruina " e n d o c e horas, y c u á n t a s maravillas en q u i n c e dias, y " c u á n t o seso se a d e l a n t a á la primera flor de ia e d a d , " n o sin v e r g ü e n z a del postrer c a b e l l o . — N i pondero ni " d i s i m u l o las acciones; y porque pretendo informar los " o i d o s , no regalarlos ni ofenderlos, d e j o á las malicias " d e m i silencio r e m i t i d a s las c o n j e t u r a s del estado que " t u v o E s p a ñ a c u a n d o la m u e r t e , con a d v e r t e n c i a lasti- " m o s a , hizo fábrica de tan grandes r e i n o s . " A p u n t a y a el estilo a f e c t a d o , c o n c e p t u o s o y confuso en la Adverten- cia al que leyere, es decir, q u e desde el vestíbulo se e c h a d e ver la c o m p l i c a c i ó n y desorden interior del edificio; penetremos dentro, y v e r e m o s a u m e n t a r el a l a m b i c a - miento y la oscuridad q u e dominan en t o d a la historia. B a s t a n c o m o m u e s t r a los siguientes párrafos: "Espiró "(el r e y D . F e l i p e III), c o m o h e m o s d i c h o , á las n u e v e •"y m e d i a de la m a ñ a n a , miércoles de la s e m a n a de L á " z a r o . C o n s i d e r a b l e s son á t o d o buen juicio, en las a c " c i o n e s de D i o s , h a s t a los motivos de las s o m b r a s , q u e " c o m o circunstancias d e su providencia, quieren adver"tencia ponderada" " L o s q u e no le lloraron se a c u - " s a b a n de facinerosos; c o n l a alegría a n d a b a la república " r e v u e l t a : unos e m p e z a b a n por los fines de los otros, y los " a c u s a d o r e s prevenían inquietud y v e n g a n z a á los nueva"mente dichosos" " T ú v o s e por cierto q u e el c o n d e de " O l i v a r e s , viendo á S u M a j e s t a d y a tan al c a b o , y vien" d o al d u q u e de U c e d a q u e le a c o m p a ñ a b a de suerte en 29 " l a c a m a , q u e sólo le estorbaba el espirar, y a n t e s pare" c í a q u e le r e m e d a b a la muerte con su presencia, q u e " s e la a n i m a b a , le habló estas razones, e t c . " " E l du- " q u e , c o n m a ñ a t e m e r o s a , puso á S u M a j e s t a d en las m a " n o s una lista de los presos y desterrados, diciéndole q u e "era tiempo de perdonar" " m a s l u e g o que (al d u q u e "cardenal) lo vió excluido de la gracia, se arrojó á valer" s e d é l a determinación perezosa, escribiendo al cardenal " s e viniese á toda diligencia. Valióse para esto de la r e •"solucion del d u q u e de O s u n a , á t i e m p o q u e el c o n s e j o " f u é delito, l a diligencia b u r l a d a , y la asistencia p e l i " g r o s a . Y tuviera e f e c t o la v e n i d a , si S u M a j e s t a d que " h o y reina, no se hiciera ejecutor de l a v o l u n t a d de su " p a d r e , c o s a que con u n a acción le mostró próvido, r e " s u e l t o y obediente. C o n lo cual el d u q u e cardenal p a " d e c i ó el í m p e t u de buenos deseos m a l ordenados, y el " d u q u e d e O s u n a los desabrimientos de fineza menos " b i e n a d v e r t i d a que arrojada, y el d u q u e de U c e d a p e " n i t e n c i a de pereza tan confiada y de confianza tan des" e n t e n d i d a de otro t i e m p o y de otra f o r t u n a . " ¿Qué hubiera sido del nombre de Q u e v e d o , si á vueltas de este insoportable barroquismo literario, no hubiese d e r r a m a d o en sus escritos á m a n o s llenas sus sales y las demás galas legítimas de su privilegiado ordenar y c o m e n t a r sus obras un ingenio? AI eruditísimo escritor moderno, q u e es al propio t i e m p o u n a d e las m á s afianz a d a s glorias de esta R e a l A c a d e m i a , pronunció h a c e v e i n t i o c h o años con gran precisión y c l a r i d a d el siguiente j u i c i o imparcial acerca de su estilo: " D e s l ú s t r a n l é , en "discursos q u e lo r e c h a z a n , exceso de a g u d e z a , de sen" t e n c i a s y d e equívocos; ornatos supérfluos y a m b i c i o - " s o s ; a b u s o d e p a l a b r a s de varios sentidos y forzadas " a l u s i o n e s ; m e z c l a d e v o c e s altas y nobles c o n otras ba- 30 " j a s y aún s o e c e s ; d e s c o m p a s a d o s é inarmónicos p e r í o - " d o s , construidos a l g u n a v e z absurdamente; aspereza y " a f e c t a c i ó n . B a r a j a el escritor i m á g e n e s y pensamientos; " p r é n d a s e de u n a i d e a , y no acierta á dejar de ponde" r a r l a y encarecerla h a s t a q u e la saca d e quicio. Exa- " g e r a d o é hiperbólico, suele desvirtuar el f u e g o , valentía " y v e r d a d con q u e retrata, r e c a r g a n d o las figuras de ha" r a p o s y colorines, y convirtiendo los cuadros en carica" t u r a s , b a m b o c h e s y m o j i g a n g a s . E n v a n o es pedirle so" b r i e d a d y t e m p l a n z a : su genio inflexible é i m p e t u o s o "arrástrale siempre á los e x t r e m o s E s t o s vicios, " r e f e r e n c i a á cosas desconocidas de a q u e l t i e m p o , la las " c a v i l a c i o n e s metafísicas, la oscuridad d e q u e se rodea, " u n diluvio de metáforas y algunos dejos de gongorismo, " s u e l e n hacer p e s a d a , intrincada y enfadosa la lectura " d e l escritor, despues de C e r v a n t e s , el m á s ingenioso d e " t o d o s los e s p a ñ o l e s . " E n t i e n d o q u e el estilo a f e c t a d o , difuso, confuso é hiperbólico de Q u e v e d o , es hijo de una situación del e s píritu en q u e el a u t o r atiende m á s á g r a n j e a r s e el aplauso de u n a sociedad de g u s t o pervertido, q u e á expresar i n g è n u a m e n t e sus ideas; y m e f u n d o en q u e en los mism o s escritos m á s deslustrados por estos defectos, cuando su á n i m o se muestra poseído de la v e n e r a n d a m a j e s t a d de la religión ó d é l a m o r a l , é inaccesible á los frivolos caprichos de la m o d a literaria, ó c u a n d o le e m b a r g a l a i m presión de" u n a escena trágica y s o l e m n e , se expresa m u y d e otra m a n e r a , y s a b e entonces encontrar el c a m i n o recto al corazon del lector, presentándole sus cuadros sin artificiosos oropeles. O i g á m o s l e describir el suplicio de D o n R o d r i g o C a l d e r ó n . — " J u e v e s á 1 3 de O c t u b r e d e 1 6 2 1 , " s a l i ó d e su casa con sesenta a l g u a c i l e s de córte, prego" n e r o s y c a m p a n i l l a s , y los Cristos de los ajusticiados. 31 •"atado en u n a muía, con un c a p u z y u n a c a p e r u z a de " b a y e t a , cuello escarolado, el cabello largo, el C r i s t o en " l a s m a n o s , los ojos en el Cristo. E l pregón le dió la vi" d a y le ordenó la muerte; porque como la gente estaba " a z o r a d a con los delitos tan enormes c o m o se h a b i a n " c r e i d o , y oyeron el pregón (que decía le quitaban la " v i d a porque mató á otro alevosamente, y por otra muerte, y "por otros delitos contenidos en su sentencia), momentánea- " mente arrebató los corazones de todos, y de la v e n g a n " z a los trujo á piedad encarecida, con tantas d e m o s t r a •"ciones, que las lágrimas y los ruegos públicos a c h a c a " b a n á la justicia m o d e r a d a nombre de tiranía. A d m i " r a r o n todos el valor y entereza s u y a , y cada movimiento " q u e hizo le contaron por h a z a ñ a , porque murió no s o " l o con brío, sino con g a l a , y (si se p u e d e decir) con desp r e c i o . Y p u d o tener v a n i d a d de la burla que hizo á " m u c h o s prevenidos para vengarse tanto en su flaquc- " z a c o m o en su a f r e n t a . N o apartó la cristiandad de la " b i z a r r í a , ni la h u m i l d a d de la entereza. ¡ O h secretos " d e Dios! q u e hasta la p l a z a se desquitó de su soberbia; " p u e s quien siempre la d e s p e j a b a para la m u e r t e de un " t o r o , aquel dia la llenó de gente para q u e viese la suya! " A c o m p a ñ á b a n l e los religiosos, y a p e n a s el v e r d u g o le " a y u d ó á morir. N o tuvo el cadalso l u t o ninguno; antes " h a b i e n d o cubierto la silla, vino orden q u e se quitase. " V i e n d o algunos tan robusta valentía donde n u n c a la "presumieron, decían q u e como h a b í a endurecido el áni" m o en c r u e l d a d e s y con delitos q u e tenían p r e v e n i d o s " m a y o r e s tormentos, no extrañó la m u e r t e . O t r o s q u e " s e l l e g a b a n , si no más á la p i e d a d , á la razón, dijeron " q u e c o m o él esperaba por su condicion, por su v i d a , por " s u s delitos, el castigo a n t i c i p a d o en la violencia del " p u e b l o , y halló l á g r i m a s y ruegos y a c l a m a c i ó n gene- 3« " r a l , se alentó con esfuerzo generoso y a g r a d e c i d o . Y " c o n c u e r d a c o n lo q u e él dijo á sus confesores c u a n d o " s a l i ó para ponerse en la m u í a , donde confesó q u e se " s e n t í a m u y flaco de cuerpo y a l m a , y luego oyendo la " g e n t e , dijo: ¿ E s t a es la afrenta? E s t o es triunfo y g l o " r i a . — ^ E s t u v o d e g o l l a d o todo el día en el cadalso, donde " t o d a s las órdenes le fueron á decir responsos. C o n v i d ó " e l c o n d e de L u n a caballeros para su entierro, y al ano" c h e c e r estaban m u c h o s l l a m a d o s y otros inducidos de " l a misericordia. D e s n u d ó el v e r d u g o el cuerpo de D o n " R o d r i g o en el t a b l a d o , pusiéronle en el a t a ú d de los " a h o r c a d o s , dióse órden q u e nadie le a c o m p a ñ a s e ; y así " s i n cubierta el a t a ú d , le llevaron con u n a luz al C á r " m e n D e s c a l z o los a l g u a c i l e s , donde h a l l a n d o un t ú m u " l o , le derribaron y pusieron el cuerpo en el suelo; q u e " p a r a su c a s t i g o atrepelló la fortuna la inmunidad ecle"siástica L o s c a r m e l i t a s D e s c a l z o s lo enterraron en " s u claustro, y allí descansa quien m u r i ó (como dijeron) " p o r l o q u e los j u e c e s callaron, pues con las p a l a b r a s " q u e lo disimulan en la sentencia, le acusan en el h e c h o . " N o m é n o s claro y nervioso es el estilo q u e emplea al referir el asesinato de V i l l a m e d i a n a . — " H a b i é n d o l e el " c o n f e s o r de D . B a l t a s a r de Z ú ñ i g a , c o m o intérprete " d e l ángel de g u a r d a del c o n d e de V i l l a m e d i a n a , D . Juan " d e T á r s i s , advertídole de q u e mirase por sí, que tenía " p e l i g r o su v i d a , le respondió la o b s t i n a c i ó n del c o n d e " q u e sonaban las razones m á s á estafa q u e á a d v e r t i " m i e n t o : con lo c u a l el religioso se v o l v i ó sentido m á s " d e su confianza q u e de su desenvoltura, pues sólo v e " n i a á g r a n g e a r prevención para su a l m a y recato para " s u v i d a . E l conde, gozoso de haber l o g r a d o u n a mali- " c i a en el religioso, se divirtió de suerte q u e , habiéndo" s e p a s e a d o t o d o el d í a en su c o c h e y viniendo al a n o - 33 " c h e c e r c o n D . L u i s de H a r o , h e r m a n o del m a r q u é s del " C a r p i ó , á la m a n o i z q u i e r d a en la testera descubierto " e l estribo, antes de l l e g a r á su c a s a , en la calle M a " y o r , salió un h o m b r e del portal de los Pellejeros, mana d o parar el c o c h e , llegóse al conde, y reconocido, le " d i ó tal herida q u e le partió el corazon. E l conde ani- " m o s a m e n t e , asistiendo antes á la v e n g a n z a ala " p i e d a d , y diciendo esto es hecho, que e m p e z a n d o á sacar la. " e s p a d a y quitando el estribo, se arrojó en la calle, don" d e espiró l u e g o entre la fiereza deste a d e m a n y las p o i c a s palabras r e f e r i d a s . — C o r r i ó el arroyo toda su s a n " g r e , y luego a r r e b a t a d a m e n t e fué llevado al portal de " s u casa, donde concurrió toda la corte á ver la herida, " q u e c u a n d o á pocos dió compasion, á m u c h o s fué e s " p a n t o s a : auto q u e la c o n j e t u r a atribuía sin violencia á " i n s t r u m e n t o , n o á brazo. S u f a m i l i a estaba atónita, el " p u e b l o suspenso; y con verle sin v i d a y en el a l m a p o i c a s señas de r e m e d i o , d e s p e d i d a sin diligencia exterior " s u y a ni d e la Iglesia, t u v o su fin más a p l a u s o que mi"sericordia. ¡ T a n t o valieron los distraimientos de su plu" m a , las m a l i c i a s de su l e n g u a ; pues vivió de m a n e r a " q u e los q u e a g u a r d a b a n su fin (si más a c o m p a ñ a d o , mé" n o s honroso) tuvieron por bien intencionado el cu- "chillo." L o s q u e p o r justificarlo t o d o en este popular escritor quieren d i s c u l p a r el enrevesado estilo de su prosa, su- ponen q u e m u c h o s de los lunares de sus obras d i m a n a n de las descuidadas y m a l a s impresiones, y de las c o n f u s a s e n m i e n d a s de los originales; pero y a el d i s t i n g u i d o a c a d é m i c o c u y a autoridad h e citado puso en esta m a t e r i a la v e r d a d en su punto, probando q u e si bien en a l g u n a s ocasiones las e r r a t a s y desatinos, y el monstruoso laberinto en q u e se perdían los discursos del escritor, 3 34 eran resultado de las licencias q u e con él se t o m a b a n los libreros editores, r e m o z á n d o l o á su antojo c a d a v e z q u e de él h a c i a n u n a n u e v a impresión, el estilo d e Q u e v e d o es sin e m b a r g o e n m a r a ñ a d o y oscuro, lleno de violentas g e n i a l i d a d e s retóricas y g r a m a t i c a l e s ; q u e hacen sudar estas g e n i a l i d a d e s y a g u d e z a s s u y a s ; y que sobre todo su l e n g u a j e es tan idiòtico y exquisito, q u e á v e c e s para sólo entenderlo pone á p r u e b a á los talentos m á s e j e r citados en el estudio de nuestro riquísimo idioma. M u c h o d e b e n los estudiosos al c o n c i e n z u d o esmero con q u e el m e n c i o n a d o colector y c o m e n t a d o r p u r g ó su edición, d e s g r a c i a d a m e n t e incompleta, de las irreverentes d e m a sías de los reimpresores: m e i x e d á tan noble diligencia, y a en los Sueños no v e m o s l l a m a r á los entremetidos solapas d e la a m b i c i ó n , sino lapas de la a m b i c i ó n y pulpos de la prosperidad: y a t a m p o c o l e e m o s en la Visita de los Chistes aquello de q u e t o d a la librería d e los letrados e s p a ñ o l e s era un Fuero Juzgo, con su mujer y su cuerno, sino un F u e r o J u z g o con su magiier y su cuerdo, partículas de nuestro l e n g u a j e a n t i g u o ; y a no nos ofenden estas y otras mil estupideces semejantes. M a s y o , por mi parte, m e atrevo á insinuaros la conveniencia de que meditéis a c e r c a de la c a u s a q u e p u d o h a c e r de u n solo h o m b r e dos escritores entre sí tan d i s tintos, c o m o d e m u e s t r a n serlo el Q u e v e d o f o r m a l y s è rio y el Q u e v e d o satírico y chistoso: el f o r m i d a b l e atleta que en el terreno de las ciencias s a g r a d a s , morales y políticas, l u c h a contra la superstición y la heregía, contra la corrupción y el m a q u i a v e l i s m o ; q u e en el c a m p o de las letras, a c o m p a ñ a d o de V i c e n t e Mariner, Justo L i p sio, P e d r o de V a l e n c i a , L o p e y Jáuregui, p u g n a por la regeneración de los estudios del siglo de oro, defiende la entereza y lustre de la h e r m o s a l e n g u a de C e r v a n t e s y 35 desconcierta la a u d a c i a del c u l t e r a n i s m o italiano, remed a d o en el consistorio de los escritores cordobeses, p r e sentando á la j u v e n t u d como modelos la g r a v e d a d y magnificencia de F r . L u i s de L e o n , del bachiller F r a n c i s c o de la T o r r e y del maestro F r a n c i s c o S á n c h e z de las Brozas; y el Q u e v e d o q u e , p a g a n d o tributo al pésimo g u s t o de su época, incide en sus obras satírico-morales y f e s t i v a s en la falta de naturalidad, es decir, en aquello m i s m o q u e condena, y m a n t e n i é n d o s e en el fondo émulo d e Juvenal y de L u c i a n o , reviste u n a f o r m a v i c i a d a por los m á s atrevidos alardes de la fantasía. P r o b l e m a no menos interesante, a u n q u e de solucion á mi ver menos àrdua, ofrece á vuestra consideración el f e n ó m e n o de ser de estos dos Q u e v e d o s el más popular, el de estilo más a m p u l o s o , a m a n e r a d o é inextricable. ¿ H a y en nuestra r a z a a l g o q u e nos incline al c o n c e p t i s m o literario y artístico? A s í lo sospecho cuando, desde l o s principios del siglo x i v , v e o á d o n j u á n M a n u e l escribir en su Conde Lucanor, q u e el h o m b r e q u e entonces se p r e c i a b a de sotil et de buen eniendiiniento, de la sabidoria foblar tenia por mengua de las cosas llana é declaradamente; y c u a n d o por otro l a d o observo c o n c u á n t a t e n a c i d a d se incrustan en nosotros las f o r m a s más opuestas á todo lo q u e es n a t u r a l , regular sencillo. D e tal suerte se nos a p e g a n , q u e h e m o s venido durante largas épocas v e n e rando c o m o modelos estupendos en artes y en letras, no y a sólo el churriguerismo y las g e r u n d i a d a s de m u c h o s escritores y artistas de v e r d a d e r o genio e x t r a v i a d o s por el m a l gusto, sino las m i s m a s nebulosas é intrincadas insulseces de pobres versificadores desprovistos de todo n u m e n . Vosotros, finalmente, sabréis declarar h a s t a qué pun- to las r e l a j a d a s costumbres del siglo x v i i pudieron sofocar, casi desde la niñez, en el corazon d e uno de n ú e s - 36 tros más grandes poetas, c u a l fué Q u e v e d o , la flor divina del a m o r casto, que es la que inspira y e m b a l s a m a las producciones j u v e n i l e s , despojando á las s u y a s de a q u e l l a ternura á la c u a l a c o m p a ñ a n siempre m a n o s la sencillez y la persuasión. dadas de A l considerar yo c ó m o los m á s dulces sentimientos se echan de ménos en aquellas m i s m a s obras del gran político y moralista, del " g r a n soñador satírico, reformador con m á s c a r a de m a " l e a n t e y apóstol disfrazado de p i c a r o , " m e persuado de q u e á sus intentos generosos f a l t a r o n l o s m e d i o s a d e c u a d o s q u e su r e l a j a d a j u v e n t u d había g a s t a d o y c o n s u m i d o , y d e q u e su reflexivo a n h e l o del b i e n careció d e s d e m u y t e m p r a n o del espontáneo beneficio d e las lágrimas. D e tal m a n e r a el estilo descubre al h o m b r e , q u e en las mism a s obras de su j u v e n t u d , cuales son la Política de Dios y gobierno de Cristo, la novela del Buscón, y otras de igual índole, á v u e l t a s de u n a e j e m p l a r sencillez narrativa, de un tono sentencioso digno de S é n e c a , y de u n a lozanía libre de a f e c t a c i ó n , se descubre u n a falta de sensibilidad q u e trae á la m e n t e la i m á g e n de un vergel de c u y o s arbustos, m a l t r a t a d o s por u n viento i m p e t u o s o , se desprendió la g a l a n a vestidura de la p r i m a v e r a . E n la m á g i c a región de los afectos, que b r o t a b a n del c o r a z o n d e nuestros místicos del siglo xvi c o m o torrent e copioso de luz y v i d a , Q u e v e d o no e x c e d e n u n c a de los límites de u n a cristiana conmiseración, la cual en sus escritos, más q u e á virtud del a l m a , suena á razón de E s t a d o . R e c o r d a d aquella a l e g a c i ó n en f a v o r de los a g r i cultores a g o b i a d o s con d e s c o m e d i d o s tributos. " S i á i n " t e r c e s i o n de la g u l a h a y m e s e s v e d a d o s para q u e los " c a z a d o r e s no a c a b e n la c a z a m a t a n d o los padres para " l a s crias, h a y a meses v e d a d o s , c u a n d o no años, á i n "tercesion de la justicia y misericordia, para los cazado- 37 " r e s de pobres, p o r q u e la cria de labradores no p e r e z c a . " Y a q u e l aviso q u e con noble independencia dirige al jov e n rey D . F e l i p e Í V , entre otros mil y mil de igual índole de q u e está s e m b r a d o su a d m i r a b l e Gobierno de Cristo-. " Q u i e n os dice, Señor, q u e desperdicieis en la " p e r s e c u c i ó n de las fieras las horas que piden á gritos los " a f l i g i d o s , ese m á s quiere cazaros á v o s q u e no que vos "cacéis," Y aquel precioso aforismo económico-moral: " S e ñ o r , de todos los c a u d a l e s q u e c o m p o n e n la r i q u e z a " d e los príncipes, sólo el de los vasallos es m a n a n t i a l y " p e r p e t u o : quien los a c a b a , antes a g o t a el c a u d a l del " S e ñ o r que le j u n t a . E l E s p í r i t u S a n t o dice " q u e la r i " q u e z a del rey está en la multitud del p u e b l o . " N o es " p u e b l o , m u y poderoso S e ñ o r , el q u e y a c e en r e m a t a d a " p o b r e z a : es carga, es peligro, es a m e n a z a ; porque la " m u l t i t u d h a m b r i e n t a ni sabe t e m e r , ni tiene qué; y " a q u e l que les q u i t a c u a n t o adquirieron de oro y plata y " h a c i e n d a , les d e j a la v o z para el grito, los ojos para el " l l a n t o , el p u ñ a l y las a r m a s . " N o p u e d e n pedirse á un político moralista m á x i m a s expresadas con m a y o r c l a r i d a d , ni con m a y o r concision y energía; pero á estos confines se reduce t o d a la sensibilidad del autor, m u d o p a r a otros a f e c t o s m á s tiernos; de tal m a n e r a que Quevedo, falto hasta cierto pünto de corazon y sobrado de e n t e n d i m i e n t o , es c o m p a r a b l e á u n m a j e s t u o s o b u q u e de v a por q u e n a v e g a con u n a sola r u e d a . D e los e j e m p l o s de dicción ó locucion clara y s e n c i lla, y al propio t i e m p o bella y áun sublime, q u e p u e d e n recogerse con solo abrir por c u a l q u i e r p á g i n a los libros de nuestros buenos hablistas, n a t u r a l m e n t e se desprende q u e la h e r m o s a lengua de S a n t a T e r e s a y F r . L u i s de L e o n , de F r . L u i s de G r a n a d a , de C e r v a n t e s , M e l o y M o n e a d a , se presta a d m i r a b l e m e n t e á decir m u c h o bue- no, es decir, m u c h o m u y claro y"elegante, en p o c a s palabras, s e a cual fuere la m a t e r i a del discurso. A h o r a bien, si el l e n g u a j e conciso y d i á f a n o , q u e l e j o s de ser i n c o m p a t i b l e con la belleza, la realza, ofrece la v e n t a j a de no molestar al lector ó al o y e n t e con inútiles perífrasis, amplificaciones y repeticiones, ¿no os parece q u e h a de ser t a m b i é n el m á s a d e c u a d o á nuestra s o c i e d a d m o d e r n a , tan ansiosa de f ó r m u l a s breves por e f e c t o de las infinitas n e c e s i d a d e s q u e la ciencia h a creado? I-Ioy que l l e v a m o s á e s c a p e la peregrinación de la vida, porque los preciosos scci'etos a r r a n c a d o s á la m a teria h a n extendido á toda la s o b r e h a z de la tierra la ac-cion y el imperio del h o m b r e , ántes tan r e d u c i d o en lo físico c u a n t o d i l a t a d o en las esferas de lo intelectual y moral; h o y q u e no h a y y a quien d i g a , s u s p i r a n d o con el poeta-filósofo: ¡ F e l i z el que n u n c a ha v i s t o m á s r i o q u e el d e s u p a t r i a , y duerme anciano á la sombra do p e q u e m i e l o j u g a b a ] ¿qué h a b r á q u e justifique en nuestras a s a m b l e a s , en nuestro foro, en nuestra prensa, en nuestro trato cotidiano, el u s o de un estilo difuso, pródigo y r e d u n d a n t e , casi diría congestivo, q u e si p u e d e ser tolerable c o m o b e n e f i - cioso narcótico en los corros d e s o c u p a d o s de los q u e se j u n t a n al sol á matar el tiempo en los pueblos a d o r m e c i dos en la p e n u m b r a d e u n a civilización t r a s n o c h a d a , es d e t o d o punto i n a c e p t a b l e entre gentes q u e v i v e n la v i d a a f a n o s a del siglo del vapor, del telégrafo y del fonógrafo? D e b o a q u í consignar u n a p r o t e s t a , y es, q u e no se entiend a q u e por encarecer y o las e x c e l e n c i a s del estilo conciso c o m o el m á s a d e c u a d o á la expresión del p e n s a m i e n t o en la v i d a m o d e r n a , e n v u e l v o en el elogio del instrumento 39 la apología del objeto á que h a de adaptarse, es decir, del conjunto de ideas q u e constituye lo q u e h o y l l a m a m o s civilización, y que no es q u i z á sino m e r a cultura. Acaso, si m e fuera d a d o elegir, preferiría y o á la vertiginosa baraúnda de la existencia m o d e r n a , tal c o m o se c o n s u m e en las grandes poblaciones; á esta v i d a intelectual desmig a j a d a entre los cien mil objetos fascinadores de las nuev a s artes industríales reunidas en inmensurables palacios d e cristal, hierro, bronce, l a v a y porcelana, la tranquila existencia de los m o n j e s benedictinos de C l u n y ó de S a h a g u n (en sus dias bonancibles, se entiende), ó los q u e a m b i c i o n ó para sí el sublime y conciso F r . L u i s de L e o n c u a n d o c a n t a b a su f a m o s a lira: ¡ Q u é tlescansacla v i d a la del que h u y e el m u n d a n a l ruido y sigue la escondida senda por donde han ido l o s p o c o s s a b i o s q u e en e l m u n d o h a n s i d o l A la hora en q u e el invierno de la v i d a e m p i e z a á b l a n q u e a r el cabello, n a d a es m á s dulce que m e d i t a r en reposo: quien logró sustraerse á la turbulenta orgía q u e h a c e arder l a frente, atruena los oidos y destroza el c o razon con mortales palpitaciones, considera c o m o un bien inmenso el descanso en la solitaria y fresca a l a m e da, donde sólo o y e el m u r m u l l o de l a fuente ó el z u m bido del insecto p a s a j e r o . A p a r t e d e esta inclinación, consentànea con mis años, m i j u i c i o d e s a p a s i o n a d o sobre los t i e m p o s pasados y presentes es el m i s m o q u e formuló Silvio Pellico: Io n o n p o s s o a d o r a r l ' e t à l o n t a n e m à nè p e r t a n t o a d o r a r s o l a m i a , che troppo da vicin v e g g o profane opre d'assai maligna e vii genia. 40 Q u e no se m e a r g u y a c o n la a c e n d r a d a fé de los siglos m e d i o s , ni con el prodigioso v u e l o q u e a l c a n z a la razón h u m a n a en el siglo presente: todos los t i e m p o s nos ofrecen gloriosos timbres deslustrados con g r a n d e s ignomi- nias. T u v o el m u n d o m o r a l su a p o p l e g í a en el fanatism o religioso, y en la incredulidad m o d e r n a tiene su tisis. T r i s t e cosa es, en v e r d a d , q u e el h o m b r e , s e m e j a n te al péndulo en sus oscilaciones, p a s e sin descanso d e u n extremo á otro del espacio q u e recorre, h u y e n d o del centro y medio á q u e le l l a m a su natural P e r o h a y q_ue t o m a r los t i e m p o s c o m o gravitación. son; cúponos en suerte u n a v i d a a z o r a d a , presurosa, intranquila, y el estilo asiático, a m p u l o s o , h i p o s o y r e d u n d a n t e , es h o y un v e r d a d e r o anacronismo; c o m o son a n a c r o n i s m o s a m b u lantes esos privilegiados rentistas del s u d o r a j e n o , reserva de cierto grande ejército que y o m e sé, los cuales, mientras los verdaderos h o m b r e s de su siglo, acosados por el ànsia de saber y s i e m p r e a l c a n z a d o s de t i e m p o , bullen dia y noche en las escuelas públicas, en las bibliotecas y ateneos; u s u r p a n en l a s calles y p l a z a s á los agentes d e policía el derecho de vivir c o m o a u t ó m a t a s , ó se acecinan al h u m o del cigarro en los cafés, olvidando el d e testado hogar doméstico: ese santo h o g a r , donde en d i a s q u e para siempre h u y e r o n , y q u e aún nos es dado r e c o r dar con lágrimas, a c o m p a ñ a n d o al p a d r e y á la m a d r e a n c i a n o s , se e s t r e c h a b a n los d u l c e s l a z o s del a m o r de la familia. A n a c r o n i s m o es t o d o escrito de l e t r a d o q u e deslíe u n g r a n o de s u s t a n c i a en c i n c u e n t a pliegos de indigesta prosa; y todo i n f o r m e en estrados que, en tres horas de m a l l l a m a d a elocuencia forense, entre gritos, g e s t i c u l a ciones, m a n o t a d a s , s o f o c a c i o n , bufidos y sudores, sólo lleva al oído del j u e z , si no está d o r m i d o , a l g u n a l e v i s i - 41 m a i d e a sobre la cuestión del pleito, como rollizo pencil q u e , exprimido, a p e n a s da una gota de z u m o . Anacro- nismo es todo discurso parlamentario q u e pudiendo p r o nunciarse en d i e z minutos, o c u p a una sesión entera, c u a n d o no dos; anacronismo el uso de las rancias fórmulas curiales con que, para acreditar, verbigracia, á D . F u lano de a p o d e r a d o de D . P e r e n g a n o , se construye u n a c o m p l i c a d a m á q u i n a de p a p e l y tinta digna de con el f a m o s o Hay Transparente rivalizar de la catedral d e T o l e d o . t a m b i é n anacronismo, y a n a c r o n i s m o criminal punible, porque constituye estafa, en e m b a d u r n a r y cua- trocientas ó quinientas cuartillas de original para d e s cribir un a j i m e z árabe, donde se fantasea que pudo berse a s o m a d o la h e r m o s a e s c l a v a ha- d u e ñ a del albedrío del buen c a l i f a A b d e r r a h m a n III, s a c a n d o á la colada con tan fútil pretexto la historia de. la arquitectura desde el principio del m u n d o , y p a s a n d o luego á la historia de la esclavitud en O r i e n t e y O c c i d e n t e , para extraerle del bolsillo al editor, que p a g a por entregas, y en último res u l t a d o al público i n o c e n t e , q u e recibe g a t o por liebre, la m o n e d a que calculó el p s e u d o - a r q u e ó l o g o necesitar para u n a excursioncita á B i a r r i t z en el próximo A n a c r o n i s m o es en un h o m b r e t o d a verano. conversación q u e p a s e de cinco segundos sobre el t e m a consabido d e la salud ó del t i e m p o , del teatro R e a l ó de la m o d a ; y no menos anacrónica la terrible c o s t u m b r e de los h a bladores reincidentes, q u e al que está más de prisa le c a z a n al v u e l o para espetarle de cien m o d o s , esto es, repitiendo cien v e c e s las m i s m a s insustanciaiidades, sus i d e a s políticas, ó aquellas cosas q u e t o d o el m u n d o sabe y q u e n a d a le importaría ignorar. E s t o s parleros, r e p e tidores y f u n e s t o s , tienen su figura en esas c a l m o s a s reatas de seis ó siete m u l o s c a r g a d o s de p a j a , t o d o s i g u a - 42 les, q u e suelen en las encrucijadas cortar el paso al infeliz que v a g a n a n d o m i n u t o s para echar u n a carta al correo al caer la hora de cerrarse el b u z ó n . L a s reatas, y los ensartadores de frases de r e a t a , sólo d e b e n ser tolerados en los p u e b l o s d o n d e se v i v e m u y d e s p a c i o : donde para afeitarse los d o m i n g o s se m a d r u g a , donde se h a c e n visitas durante las cuales se v e crecer á los niños de la casa, y donde h a y linfáticos j u g a d o r e s , rivales en p a c i e n cia d e los santones y estilitas, q u e pasan el dia entero de codos sobre la m e s a de tresillo. T i e m p o es y a de poner t é r m i n o á m i discurso, no v a y a y o á caer en el m i s m o d e f e c t o q u e censuro: q u e lo m u c h o en esta clase de o f r e n d a s sólo se recibe bien cuando es m u y b u e n o , y l o p o c o siempre p l a c e . D i r é c o n el f a m o s o arcipreste de H i t a : Q u i e r o v o s abreviar esta p r e d i c a c i ó n , ca siempre m e pagué de pequeño sermón, et de p e q u e ñ a dueña, et de breve r a z ó n , c a lo p o c o e b i e n d i c h o a f i n c a e l c o r a z o n . C o m o oportuno eco de estos expresivos versos, s u e n a ahora en mis oidos el s a l u d a b l e consejo, dictado por u n h o m b r e d e talento para q u e f u e s e esculpido en a q u e l inerte p a s a m a n o de l a escalerilla del pulpito de M o n d r a g o n , q u e recordé al principiar: Diga poco y bueno. C r e o h a b e r c u m p l i d o el primer m a n d a t o de los d o s q u e este aviso c o m p r e n d e , diciendo poco; el segundo, de d e c i r cosas b u e n a s , no era para m i tan h a c e d e r o . P e r o h e salido del c o m p r o m i s o presentándoos un rico muestrario de cosas a j e n a s excelentes; y el respeto á v u e s t r a ciencia y a u t o r i d a d , señores A c a d é m i c o s , m e h a servido d e freno p a r a no seguir la m a l a c o s t u m b r e , q u e h e vituperad o , de sustituir á lo b u e n o lo prolijo y enfadoso. HE DICHO, CONTESTACION DEL EXCMO. S R . M A R Q U É S DE MOLINS SEÑOR ACADÉMICO: N u e s t r a a n t i g u a a m i s t a d , q u e es para m í c o m o u n a naturaleza, y el encargo del S r . D i r e c t o r , q u e es a s i m i s m o c o m o una l e y , echan sobre mis f u e r z a s , débiles siempre, ahora debilitadas por los años y atrofiadas por el largo desuso, peso tan g r a n d e , que estoy cierto que m e ha de abrumar, con descrédito mio, daño vuestro y lástima de quien en s e m e j a n t e trance m e h a puesto. E s siempre difícil, c u a n t o grato, el dar en este sitio la b i e n v e n i d a á un nuevo A c a d é m i c o , p o r q u e si de él se dice m u c h o , pasa uno p l a z a de lisonjero, y si poco, d e j a sin e x p l i c a c i ó n d e b i d a el l l a m a m i e n t o y elección d e t o dos: y en lo q u e se refiere á la tésis, si se toca l i g e r a m e n t e , p a r e c e c o m o q u e se desestima; y si con p r o l i j i d a d , resulta c o m o si se acusase el discurso anterior de erróneo, ó al ménos de i n c o m p l e t o . P u e s á estos inconvenientes, señores, se allegan en el caso presente otros especiales: nuestro nuevo c o m p a ñero h a tenido siete años de plazo, no por supuesto de estudiar el t e m a de su discurso, sino de v a g a r aguardando q u e sobreviniese un m o m e n t o favorable ó una circunstancia inspiradora. Y o , por el contrario, d e b o e m p l e a r pocos dias para abrirle las puertas d e esta A c a d e m i a y los brazos de sus 46 compañeros; y sin a g u a r d a r á leer en l u g a r religioso y en la c á t e d r a santa el inspirador precepto, tengo en lo p o sible q u e guardarlo, a p e r c i b i d o c o m o estoy á decir poco, y obligado a d e m a s á decir presto, y a q u e ni p u e d o decir bueno, ni e m p l e a r a q u í sin nota de descortés y de i n s u bordinado el estilo de cartujo. M e limitaré, p u e s , esquivando el d e b a t e , á hacer alg u n a s observaciones sobre el estilo en general, á indicar c o n t e m o r , y áun con pena, algunos puntos en que difiero de las apreciaciones de nuestro n u e v o c o m p a ñ e r o , y á recordar al público los títulos q u e tiene p a r a o'cupar el puesto á q u e es l l a m a d o y los servicios que en él p u e d e prestar á la A c a d e m i a . L a primera dificultad q u e m e asalta es la d u d a d é l o que se entiende por estilo: no en el diccionario de nues- tra l e n g u a ó en las a u l a s de retórica, sino en el concepto y en el uso v u l g a r . E l estilo, dice u n o , es para la i d e a c o m o el vestido para la persona, q u e t o d a la envuelve," l a a d o r n a , y áun en ocasiones la distingue y c o n d e c o r a . M é n o s alta m e t á f o r a , a u n q u e t o m a d a t a m b i é n de la i n d u m e n t a r i a , u s a b a el insigne p o e t a D . A l b e r t o L i s t a , á quien el S r . M a d r a z o ha c i t a d o c o n merecido elogio. M u c h a s v e c e s h a b l á n d o n o s de la duración y popularidad d e las obras literarias, nos d e c i a q u e todo ello consistía en el cosido (esto entiendo y o q u e q u e r í a decir el estilo). L o s preceptos de H o r a c i o , a ñ a d í a , ni son n u e v o s , ni eran ignorados c u a n d o escribió la carta á los Pisones: si d u ran á través de los siglos y se t r a d u c e n en todos los idiom a s , consiste tn el cosido literarias! ¡Lacostura en las obras M i maestro n o p r e v e í a q u e h a b i a de l l e - gar el t i e m p o de la costura á máquina (perdónese el barl;arismo) y de los escritos á destajo. 47 El estilo es el hombre, h a dicho un pensador francés; y y o lo c r e y e r a de b u e n grado, si no constase que h a y grandes personajes q u e no h a n escrito u n a sola línea; alguno q u e h a llenado el m u n d o y la historia con sus hec h o s sin q u e de él se c u e n t e q u e compusiese ó dijese discursos, y áun no faltan héroes que no supiesen firmar. S ó c r a t e s no escribió o b r a a l g u n a , puesto q u e h o y es cosa d e m o s t r a d a q u e no le pertenecen u n f r a g m e n t o de himno y u n a fabulilla que se le atribuyeron, y q u e por cierto valen bien p o c o . S a b i d o es ficultad, q u e C a r i o M a g n o escribía con gran di- y q u e c o m e n z ó á aprender g r a m á t i c a con P e - dro P i s a n o á los treinta y dos años de su e d a d . Y para referirnos á sujeto m á s h u m i l d e y á época m á s reciente, se m e permitirá referir q u e el célebre almirante B a r c e l ó h a b i a aprendido m e r a m e n t e á copiar ó i m i t a r las letras d e su n o m b r e , y c u a n d o firmaba contab a los caracteres q u e h a b i a trazado con la p l u m a . " N e l o ' ' (Manuel) N e l o , decia á su hijo a l g u n a s v e c e s : " c u e n t a si f a l t a a l g u n a ; " y c o n t o d o esto no h a b r á quien p o n g a en d u d a q u e S ó c r a t e s y C a r i o M a g n o , y á u n B a r c e l ó , eran imíy hombres. El estilo, pues, no es el hombre; pero según nuestro n u e v o c o m p a ñ e r o , el estilo descubre al hombre, y ni áun con esto estoy de t o d o en t o d o c o n f o r m e . M u c h o h a de sutilizar quien á través d e las sentencias ó concisas ó desleídas de L u c i o A n e o S é n e c a , soberbio y sombrío estoico, d e s c u b r a al cortesano lleno d e vicios, encubridor y apologista d e h o r r e n d o s c r í m e n e s . ¿Quién leerá las morales f á b u l a s de L a f o n t a i n e , q u e no deduzca razonablemente Eginhardo. q u e era el a u t o r h o m b r e m u y listo (como ahora se dice), esto es, de a g u d í s i m o ingenio, de observación sostenida y a s i d u a y de moral irreprensible? P u e s en lo de listo b a s t a referir el siguiente pasage: p r e g u n t a b a n en u n a ocasion á la d u q u e s a de B o u i l l o n si se iba sola á su casa de c a m p o , y la d u q u e s a c o n t e s t a b a : " s í , m e v o y s o l a , no m e llevo m á s q u e mis tres a n i m a l e s domésticos, m i perrillo, mi m o n o y m i fa~ hulero" ( L a f o n t a i n e ) . Fablier, fabulero le l l a m a b a n , c o m o se l l a m a albaricoquero, m e l o c o t o n e r o , suponiendo que p r o d u c í a natural y e s p o n t á n e a m e n t e sus a d m i r a b l e s fáb u l a s c o m o el frutal la f r u t a . E n c u a n t o á la p e r s p i c a c i a de su observación, record a r e m o s otra a v e n t u r a : R e u n í a n s e , en a q u e l l a época en casa de C h a p e l l e , rué du Vieux Colombier claros ingenios, R a c i n e , los m á s pre- Moliere, Boileau, Lebrun y otros, y c o n ellos L a f o n t a i n e : d i s p u t a b a este con M o lière sobre la i n c o n v e n i e n c i a é inverosimilitud de los apartes en el d i á l o g o de las c o m e d i a s . " ¿ C ó m o es posible, d e c i a , h a b l a r tan alto q u e lo oiga t o d o el público, y q u e no lo e n t i e n d a ni lo note siquiera el interlocutor q u e está al l a d o ? " T o m ó B o i l e a u la defensa de los apartes, y c o m o se extendiese m u c h o en su r a z o n a m i e n t o y observase q u e L a f o n t a i n e h a b i a caído en u n a de a q u e llas distracciones á q u e e s t a b a sujeto y q u e se h a b í a n h e c h o y a célebres, m u d ó de asunto en su discurso y c o m e n z ó á decir t o d o género d e i m p r o p e r i o s al abstraído f a b u l i s t a . T a l e s cosas dijo, que soltaron la c a r c a j a d a los circunstantes, y á su estrépito, despertando (por decirlo así) L a f o n t a i n e , preguntó: "¿qué ha dicho, qué h a d i c h o Mr, Despreux?"—Nada, contestó B o i l e a u , he probado á estos a m i g o s la verosimilitud de los a p a r t e s . P u e s en c u a n t o á m o r a l i d a d , no h a y q u e decir sino q u e la cortesana N i n o n se atrevía m u c h a s v e c e s á predi- 49 carsela, y por cierto que sus b u e n o s consejos n o eran esc u c h a d o s , y m u c h o ménos seguidos. E s t a contradicción entre el estilo del escrito y la cond u c t a del escritor, no es m é n o s cierta en los tiempos modernos q u e en los antiguos, ni se nota ménos en E s p a ñ a q u e en el extranjero. Q u e v e d o , á quien tan s e v e r a m e n t e h a j u z g a d o el nuev o A c a d é m i c o , y á q u i e n el público tiene por el más festivo, alegre y d e s e n v u e l t o de nuestros ingenios, j u z g á n dole q u i z á sólo por los versos que se publicaron d e s p u e s de su muerte, y tal v e z contra la intención con q u e f u e ron escritos, decia de sí m i s m o : Y o soy aquel mortal que por su llanto, m á s c o n o c i d o f u é q u e p o r su n o m b r e ni p o r su d u l c e c a n t o . N o s lo pintamos siempre entre cortesanas y rufianes, en alegres bailes y p o c o decentes lugares c u a n d o pa- só en la córte, en los e m p l e o s dificilísimos, en las cárceles la m a y o r parte de su vida; lo creemos d e d i c a d o á reg o c i j o s y placeres y no lo v e m o s en la prisión d e S a n M á r c o s d e L e o n aherrojado, c a l u m n i a d o , e n f e r m o , h e rido, curándose él m i s m o sus llagas porque s e g ú n él escribe, j u g a n d o aún entonces c o n la lengua en q u e era tan maestro: " A m u c h o s h e visto c o n d e n a d o s á morir, pero á ninguno á morirse.^^ Larra, si no su imitador, su reproducción v i v a en nuestros dias; F í g a r o , q u e á tantos d i a r i a m e n t e hacia reír, v i v í a a t o r m e n t a d o de p e r p è t u a melancolía El m i s m o día último de su v i d a , c u a n d o a m i s t o s a m e n t e discurría sobre el plan y l a e j e c u c i ó n de un d r a m a de q u e era protagonista el m i s m o Q u e v e d o , m e d i t a b a y a en su interior el desastroso desenlace del d r a m a de su v i d a . 4 50 A u n lo e s t o y v i e n d o era una tarde de F e b r e r o d e 1 8 3 7 : nos h a l l á b a m o s en l a s a l t u r a s del R e t i r o , tonces no frecuentadas c o m o ahora por elegante c u r s o y l u j o s o s trenes, sino encon- s o l i t a r i a s y en a q u e l sitio c a s i i n c u l t a s ; d e s d e él se v e i a el p a n o r a m a d e M a d r i d , a ú n r e a l z a d o por i n n u m e r a b l e s torres y c ú p u l a s q u e l a p i q u e t a h a d e r r i b a d o , y q u e e n t o n c e s se d e s t a c a b a n p o r o s c u r o s o b r e el sol p o n i e n t e naranjas, la de la Victoria, U n a d e esas media- donde h o y está la calle de E s p o z y M i n a , era á l a s a z ó n a c o m e t i d a ; d e s c u b r í a m o s c o m o en v i s i o n f a n t á s t i c a , t r e p a r c o m o p o r el aire los obreros, r e d o b l a r los g o l p e s y tirar d e l a s m a r o m a s p a r a d e r r u m b a r l a c r u z q u e c o r o n a b a el edificio r a se p a r ó lo miró tristemente el l e j a n o y Larespectácu- y s e ñ a l a n d o c o n la m a n o p r e g u n t ó : ¿ Q u é dejan esos h o m b r e s al q u e q u i e r e salirse del m u n d o , n o h a b i e n d o c l a u s t r o s ? . . . . ¿las pistolas? P o c a s h o r a s d e s p u e s , en l a c a l l e d e S a n t a C l a r a u n p i s t o l e t a z o b o r r a b a del libro d e los v i v i e n t e s a l f e s t i v o escritor, q u e h a b i a h e c h o a q u e l l a m i s m a s e m a n a re ir á l a s o c i e d a d c u l t a d e M a d r i d : y p o r u n a e s p e c i e d e c o i n c i d e n c i a f a t a l , su c a b e z a e n s a n g r e n t a d a , y s u f a z á u n r i s u e ñ a , v i n i e r o n á d e s c a n s a r en l o s ' t o m o s d e Q u e v e d o q u e se h a l l a b a n b a j o el v e l a d o r donde escribía. E j e m p l o contrario nos o f r e c e otro i n s i g n e escritor y p o e t a i g u a l m e n t e c o n t e m p o r á n e o : ÜQró en inimitables e l e g í a s l a m u e r t e del j ó v e n D u q u e d e F e r n a n d i n a , d e l a malograda R e i n a Isabel de B r a g a n z a y de la D u q u e s a de Frias; p i n t ó e n e s t r o f a s , d i g n a s d e T i r t e o , el D o s de Mayo.' S i a p a r e c i ó en el t e a t r o , f u é c o n los l a s t i m e r o s a c e n t o s d e O s c a r y M a l v i n a , y en fin, d e si m i s m o d i j o q u e e r a 51 ...,el mortal á quien del h a d o el ceño á infortunios sin término condena, s o b r e su c u e l l o m í s e r o c a r g a n d o d e u n o en o t r o e s l a b ó n l a r g a c a d e n a . Y así y todo, sus chistes, sus a g u d e z a s , sus réplicas saladas, y e n ocasiones m o r d a c e s , su conversación siempre j o v i a l y á v e c e s sobrado picante, fueron su principal adorno, su irresistible atractivo, y no sólo testimonio d e lo a g u d o d e su ingénio, sino demostración de q u e n o es s i e m p r e cierta la sentencia del preceptista latino Si vis m Jim dolmidum es primum ipsi tiin. P e r o , á qué b u s c a r e j e m p l o s cuando t e n e m o s uno más cerca en el predecesor m i s m o del nuevo A c a d é m i c o , en D . A n t o n i o M a r í a S e g o v i a : el c u a l , como dice m u y bien su ilustre sucesor, era el discreto Estudiante, regocijo d e T a l í a y de E r a t o , émulo de H o r a c i o y de P e r s i o , c u l t i v a d o r de l a sátira elegante y atildada; pero en el cual h a c i a perpètuo contraste la flaqueza del cuerpo y la r o b u s t e z del espíritu, lo sombrío y triste del carácter y lo r e g o c i j a d o del estilo. T e n i a S e g o v i a a d e m á s prendas especialísimas, q u e y o a q u í y en la ocasion presente no puedo ménos de c o n m e m o r a r . F i l ó l o g o distinguidísimo, m a n e j a b a c o m o p o c o s la lengua c u y a p u r e z a y esplendor nos está e n c o m e n d a d a ; poseía a d e m á s , c o m o si le f u e r a n naturales, el i d i o m a d e Molière y el d e S h a k e s p e a r e ; no ignoraba el de S c h i l l e r , tanto, q u e r e m e d a n d o sus modism o s y c o m p l i c a d a hipérbaton, escribió uno d e sus m á s graciosos opúsculos: g r a m á t i c o c o n c i e n z u d o y filosófico, t r a b a j ó con asiduidad y éxito en los tratados q u e la A c a d e m i a p u b l i c a , tanto q u e casi es s u y a la primera edición 52 del E p í t o m e . E l diccionario v u l g a r , el d e sinónimos, el d e autoridades, el de etimologías, le contaron c o m o c o laborador diligentísimo; y su a c t i v i d a d y celo le valieron el n o m b r a m i e n t o de S e c r e t a r i o , á q u e él con su a g u d e z a genial y c o n ironía valerosa a ñ a d í a sonriendo el dictado de perpètuo, c u a n d o y a se estaba disponiendo para b a j a r cristianamente al sepulcro. E m p l e o este de S e c r e t a r i o el más difícil y laborioso de nuestra c o m p a ñ í a , y que S e g o v i a d e s e m p e ñ ó d e m o d o d i g n o del sucesor de los M a r t í n e z d e la R o s a , G a l l e g o s y B r e t ó n ; tanto, q u e para darle continuador q u e le a v e n t a j a s e , nos fué preciso a d quirirlo á costa de sacrificar, ó por l o menos d e s e c u e s trar á uno de los más preclaros d r a m á t i c o s , príncipe de nuestros trágicos c o n t e m p o r á n e o s . A l daros, señor A c a d é m i c o , la silla q u e él d e j ó v a c a n te, sabía la A c a d e m i a v u e s t r a laboriosidad acreditada; sabía q u e la cultura y e l e g a n c i a d e vuestros escritos en prosa y verso os h a c i a n d i g n o sucesor de a q u e l laborioso y correcto predecesor. C o n t a b a a d e m a s con q u e si S e g o v i a , aficionado eruditísimo al noble arte de la M ú s i c a , nos prestó auxilio en las definiciones de su t e c n i c i s m o , el nuevo nombrado, aún en m á s extenso campo, podría contribuir á sus t r a b a j o s , perito c o m o es en c u a n t o c o n cierne á la teoría d e la A r q u i t e c t u r a , de la P i n t u r a y E s cultura, s e g ú n a b u n d a n t e m e n t e h a a c r e d i t a d o en sus escritos sobre Los Monumentos arquitectónicos de España y en el Museo Español de Antigüedades, entre c u y a s m o n o g r a - fías, con ser m u c h a s y todas ricas de d a t o s , e x a c t a s en las noticias y elegantes en el decir, todavía se distinguen las q u e se refieren á la Universidad Complutense, Coronas de Guarrazar, de Leyre, blo de San Miguel al Monasterio in excelsis, ña flamenca del Apocalipsi. y sobre t o d o á La Coleccion al á las retaTapice- preciosa la de e s - 53 tos paños de córte, única en E u r o p a , j o y a y adorno inestimable del p a l a c i o de nuestros reyes. P o r otra parte, la descripción de C ó r d o b a , S e v i l l a y C á d i z en la obra de Recuerdos y bellezas de España, Las Joyas del Arte en paña y los Catálogos razonados de nuestro Museo de Es- Pintu- ras, son libros que, si han contribuido al buen nombre de su autor, h a n cooperado t o d a v í a más á extender el conocimiento y f a m a de nuestras riquezas artísticas; las cuales, m e r c e d á la Coleccion litogràfica del p a d r e de nuestro A c a d é m i c o , al celo y v i d a artística de su fami-lia t o d a , y á los escritos del electo, son hoy más a p r e ciados dentro y f u e r a de nuestro país, a t r a y e n d o á E s paña número considerable y productivo de copiantes y de viajeros. E s t a s obras y otras m u c h a s q u e h a logrado r e m a t a r su incansable y erudita laboriosidad, están p e r f u m a d a s de un a r o m a religioso q u e las caracteriza, exentas d e todo espíritu político, llenas de crítica histórica y artística, a b u n d a n t e s en un sentimiento estético q u e M a d r a z o , por decirlo así, m a m ó en la c u n a y bebió á placer en la casa paterna. F u é ésta durante m u c h o s años c o m o un vivero d e literatos y artistas q u e crecían allí en a t m ó s f e r a a d e c u a d a , al abrigo de los h u r a c a n e s políticos, y q u e t r a s plantados l u e g o h a n d a d o a b u n d a n t e fruto áun en l e j a nas tierras. D e allí salieron pintores para las galerías de V e r s a l l e s , arquitectos para la catedral de L e o n , m ú s i cos para el conservatorio de París; allí pintó B o n n a t , allí creció F'ortuny. A l l í el conocimiento y gusto d e las artes, su tecnología y su historia se respiraban, por decirlo así. M a d r a z o aprendía todo esto c o m o aprende las cosas del m a r quien n a c e e n la costa, ó las ceremonias s a g r a d a s quien se e d u c a en el santuario. D í g o l o , no por rebajar el mérito de nuestro n u e v o c o m p a ñ e r o , sino para disculpar 54 más adelante faltas de otros con d e m a s i a d a s e v e r i d a d juzgadas. P e r o así c o m o no se f o r m a el marino por m u c h o pasear e n el m u e l l e , ni el sacerdote á f u e r z a d e a y u d a r á m i s a , no se hubiera f o r m a d o el d i g n o a c a d é m i c o de h o y por solas las v e n t a j o s a s circunstancias q u e halló en su casa; f u é preciso u n a disposición a d e c u a d a , un estudio bien dirigido, u n a aplicación perseverante, proveer su m e m o r i a de a b u n d a n t e y s a n a doctrina, dirigir su i n t e ligencia á sérios estudios, ejercitar su i m a g i n a c i ó n con el e j e m p l o y con la práctica; y h e a q u í t o d o lo q u e h a l l ó con justicia, y áun con a p l a u s o , en la sociedad q u e á la sazón brillaba en M a d r i d y q u e h a descrito c o n tanta verdad c o m o donaire u n c o m p a ñ e r o nuestro, y a por des- gracia septuagenario. L a s universidades d e T o l e d o y V a l l a d o l i d , donde cursó el derecho y no participó de las a s o n a d a s , ni á u n se aficionó á la política; el L i c e o en q u e sus inelopeyas ó poesías leídas al c o m p á s de la m ú s i c a , l e g a n a r o n el aplauso, Artista, sobre todo de m a n o s bellas; el periódico El en q u e brilló entre los c a m p e o n e s del fondo y d e la f o r m a r o m á n t i c a , fueron el teatro donde p r i m e r o se dió á conocer. ¿ E r a n este teatro y este m é t o d o de v i d a intelectual i n t r í n s e c a m e n t e b u e n o s ó malos? N i es este sitio d e analizarlo, ni q u i z á fuera y o j u e z i m p a r c i a l en el d e b a t e . A todas luces cierto es q u e del m a l ó del bien n o t e n e m o s nosotros responsabilidad ni mérito a l g u n o . N o se j a c t e n los a c t u a l e s escritores de su d e c a n t a d o naturalismo, c o m o no h a r á n bien de presumir por la rob u s t e z de su salud: obra es esta del t i e m p o . A nosotros nos tocó ver los estragos del cólera y los dislates del r o manticismo en c a m b i o t a m b i é n f u i m o s entonces tes- 55 tigos de la heroica abnegación de nuestras madres, de los milagros q u e la caridad obró en medio de la c o m ú n d e solación; y p u d i m o s , p a s a d o el peligro, gozar de los cantos d e E s p r o n c e d a y d e las a d m i r a b l e s escenas de Don Alvaro y de los Amantes de Teruel. to del negro capuz traordinarias P a s ó de m o d a el Btd- c o m o el t i e m p o de las G a c e t a s ex- N o creáis q u e h a d e ser eterna la v i d a del Assomoir y de las literaturas en c o m a n d i t a . N a d i e p u e d e vivir exento de la influencia d e l a époc a en q u e n a c e ; en algo h a d e participar de sus inconvenientes, así c o m o g o z a r á de sus v e n t a j a s ; pero todo se m u d a al fin y pasa y se a c a b a . L o r a z o n a b l e , lo m e r i - torio es, por tanto, evitar el contagio de lo m a l o y c u l tivar y asimilarse aquello q u e es eterno en moral c o m o en literatura, a l i m e n t a n d o con ello su a l m a p o r q u e es inmortal, y sus escritos para q u e lo s e a n . H e aquí, señores, lo q u e M a d r a z o h a procurado en el fondo con inquebrantable tesón, y l o q u e en m i entender h a conseguido en la f o r m a con honra y con éxito. D i c e m o d e s t a m e n t e q u e viene con las m a n o s v a c í a s , y sin e m b a r g o , pocqs p u e d e n traer tanto y tan vario c a u dal d e escritos. E n todos ellos h a p r o c u r a d o reducir á práctica la teoría q u e p o c o h á tan d i s c r e t a m e n t e sustent a b a : su estilo es conciso, p e r o claro; fácil, pero e l e g a n te; breve, pero sin desdeñar la mención de sucesos q u e e x c i t e n la c u r i o s i d a d del lector é ilustren el asunto d e q u e trata; puro, castizo en fin, pero sin rehuir ni t e m e r por nueva ó d e s u s a d a la p a l a b r a técnica q u e define ó dist i n g u e el objeto y enriquece el i d i o m a . S i a l g u n o m e exigiese pruebas de este j u i c i o , no m e i m p o n d r í a t r a b a j o grande, y sin rebuscar en los escritos en prosa de nuestro c o m p a ñ e r o , me bastaría citar al acaso el primero q u e se presentara, verbigracia, en la concien- 56 zuda y detallada descripción de Sevilla'^', la q u e se refiere á La Torre de D. Fadrique, q u e dice; " E s t a h e r m o s a y gallarda torre, d e r o b u s t a arquitec" t u r a románica en su cuerpo inferior, escondido á las m i t r a d a s del p r o f a n o v u l g o por los t a p i a l e s del convento de "vSanta C l a r a , en q u e está e n c l a v a d a , y a d o r n a d a c o n ven" t a n a s de estilo sarraceno y de ojival angrelado en sus dos " c u e r p o s superiores, q u é sobre todas las construcciones " d e l contorno g a l l a r d e a , f u é lujosa v i v i e n d a de a q u e l " p r í n c i p e tan predilecto de su m a d r e la R e i n a D o ñ a B e a " t r i z , s e g ú n lo d e c l a r a la inscripción p u e s t a e n c i m a de la " m a c i z a c i m b r a l a b o r e a d a de su p u e r t a . " P e r o no es este el solo recuerdo a d h e r i d o á tan g a " l a n o m o n u m e n t o . E l convento á q u e pertenece f u é r e " f u g i o de las d o s nobles h e r m a n a s D o ñ a M a r í a y D o ñ a " A l d o n z a C o r o n e l contra la d e s e n f r e n a d a lascivia del r e y " D . P e d r o , m e j o r burlada por la heroica castidad d e la " p r i m e r a q u e por la equívoca c o n d u c t a d e la s e g u n d a . " C u é n t a s e d e D o n a M a r í a , q u e d e s p u e s de e s c a r n e c i d a " e n su g e n e r o s o a m o r c o n y u g a l p o r el tirano, que, p r o " m e t i é n d o l a el perdón d e su m a r i d o D . Juan de la C e r " d a , le h i z o s e c r e t a m e n t e m a t a r en su prisión de l a t o r " r e del O r o , no estimándose segura en la ermita d e S a n " B l a s de la p a r r o q u i a d e Omnium Sanctorum, donde " s e h a b i a retirado á llorar su v i u d e z , profesó en el c o n " v e n t o de S a n t a C l a r a , y q u e allí, requerida d e n u e v o " p o r el osado rey, h a b i e n d o e m p l e a d o en v a n o i n g e n i o " s o s ardides, f a v o r e c i d o s á v e c e s por la asistencia divina, " p a r a sustraerse á sus insidias" " f a m a que, m a n d a d a E n n o t a dice q u e " e s sacar por f u e r z a del convento en " q u e v i v í a r e f u g i a d a , se encerró en un h u e c o q u e h i z o (*' Recuerdos y bellezas de E s p a ñ a . 57 " e s c a v a r en su huerta, sobre el cual brotaron m i l a g r o s a m e n t e las flores p a r a d e s m e n t i r l a tierra r e m o v i d a . C o n •"cluye, p u e s , el narrador q u e D o ñ a M a r í a C o r o n e l , para " s u s t r a e r s e á las insidias de D . P e d r o , c o n s u m ó a q u e l " a c t o de heroísmo de abrasarse el cuerpo con aceite hir" v i e n d o , destruyendo la belleza á su castidad tan enojosa. " A t e s t i g u a n esta tradición las m a n c h a s q u e dice Z ú " ñ i g a se conservan en el cutis de su cuerpo, el c u a l dura " i n c o r r u p t o en el m o n a s t e r i o de S a n t a Inés, fundación " d e la d i g n a m a t r o n a , y q u e se expone al público todos " l o s años el 2 de D i c i e m b r e . " M e pesa no poder citar, entre otras, la descripción del cuadro de R a f a e l la Perla, en que se dilucidan p u n - tos importantísimos de crítica y áun de historia. A l l í se adquieren p r u e b a s d e là r a z ó n con q u e a l g u n o de n u e s tros ilustres c o m p a ñ e r o s ha v i n d i c a d o la política extran- jera de nuestros ú l t i m o s m o n a r c a s de la casa d e A u s t r i a , acreditando q u e su e m b a j a d o r en Inglaterra, D . A l o n so de C á r d e n a s , lejos de ser reaccionario (como a h o r a se dice), f u é parcial en favor del P a r l a m e n t o y de la democracia inglesa en su l u c h a c o n C á r l o s I. E n la t e s t a m e n t a r í a de aquel infortunado R e y se adquirió el precioso c u a d r o , y tantos más c u a n t o s bastaron á llenar seis galeras. S i hoy se nos e c h a en cara q u e dej a m o s salir de E s p a ñ a riquezas artísticas, consolémonos con q u e adornan nuestro M u s e o otras m á s preciosas v e n i d a s de los países m i s m o s q u e h o y en este punto nos e x p l o t a n y nos e s c a r n e c e n . E n biográfica h a y allí testimonio de la i m p a r c i a l i d a d con q u e nuestro gran Velazquez, cabeza y modelo los naturalistas, j u z g a el mérito del idealista R a f a e l . El Sr. Cánovas. de 58 E n crítica, en fin, se d e m u e s t r a documentalmente la l e g i t i m i d a d del origen de a q u e l p r e c i o s o c u a d r o . P u e s m á s a ú n podría decirse de la descripción l l a m a d o de las Meninas, del que no parece, al leerla, sino q u e asiste uno al taller d e V e l a z q u e z en c o m p a ñ í a de la familia de Felipe I V . Pero no necesita de s e m e j a n t e s pruebas del estilo del S r . de M a d r a z o quien h a y a oido a q u í su discurso: p o r lo m i s m o tengo por u n a d e s g r a c i a , en este desaliñado mío, el haber de presentar algún ligero reparo en defensa de d o s escritores de los m á s grandes q u e c u e n t a el habla castellana, Santa T e r e s a y Q u e v e d o . D í c e s e de los escritos de la gran D o c t o r a , que "se •"caen de la m a n o á todo el q u e los registra sin m á s de" s e o q u e el d e proporcionarse e s p a r c i m i e n t o y solaz •" Y o d e m í sé decir q u e en m u c h a s ocasiones leo sus obras históricas, y áun a l g u n a s d o c t r i n a l e s , con singular placer. ¡ Q u é sencillez, qué elegante v e r d a d en el libro d e su v i d a , s i n g u l a r m e n t e en los primeros capítulos! V e d c o n qué tierna naturalidad t e r m i n a el primero d i c i e n d o sin a f e c t a c i ó n ni r e m i l g o q u e q u e d ó h u é r f a n a y q u e era b e l l a . " A c u é r d o m e q u e c u a n d o murió m i m a d r e q u e d é y o " d e edad de d o c e años, p o c o ménos; como y o comencé " á entender lo que h a b i a perdido, afligida, f u í m e á u n a " i m á g e n de N u e s t r a S e ñ o r a y supliquela fuese m i ma— "dre, con muchas lágrimas. P a r é c e m e q u e , a u n q u e se " h i z o con s i m p l e z a , q u e m e h a valido; p o r q u e conoci- " d a m e n t e h e h a l l a d o á esta V i r g e n S o b e r a n a en cuanto "me he e n c o m e n d a d o á ella, y en fin m e h a t o r n a d o " á sí. " P u e s p a s a n d o d e esta e d a d , q u e c o m e n c é á " e n t e n d e r las g r a c i a s de n a t u r a l e z a q u e el S e ñ o r m e h a - 59 " b i a d a d o , q u e según decían eran m u c h a s , c u a n d o p o r " e l l a s le h a b í a de dar gracias, de todas m e c o m e n c é á " a y u d a r para o f e n d e r l e " Y luego en el cápítulo siguiente; "Era (mi madre) aficionada á libros de caballerías; " y no tan m a l t o m a b a este p a s a t i e m p o c o m o y o le tomé " p a r a m í ; p o r q u e no perdía su labor para leer en ellos; " y por v e n t u r a lo hacía para no pensar en grandes tra- " b a j o s q u e tenía, y ocupar á sus hijos, q u e no a n d u v i e " s e n en otras cosas perdidos. D e esto le p e s a b a tanto á " m i padre, q u e se h a b i a de tener aviso á q u e no lo viese. " Y o comencé á q u e d a r m e en c o s t u m b r e de leerlos, y " a q u e l l a p e q u e ñ a falta, q u e en ella v i , m e c o m e n z ó á en" f r i a r los deseos y c o m e n z a r á faltar en lo d e m á s , y p a " r e c í a m e no era m a l o , con gastar m u c h a s horas del d í a " y d e l a n o c h e en tan v a n o ejercicio, a u n q u e á e s c o n d í i d a s d e m i padre. E r a tan en e x t r e m o lo q u e en esto " m e e m b e b í a , q u e si no tenía libro nuevo, no m e parece " t e n í a c o n t e n t o . C o m e n c é á traer g a l a s , e t c . " ¿ C a b e un c u a d r o d e interior m á s hábil y n a t u r a l m e n t e pintado: un retrato m á s i n g è n u a m e n t e b o s q u e jado? N o es m é n o s realista, c o m o a h o r a se dice, el estilo del libro de Las Fundaciones, y a u n q u e t o d o él p u d i e r a citarse c o m o m o d e l o de n a t u r a l i d a d y sencillez en la narración, basta la siguiente muestra. " P u e s u n a v í s p e r a d e T o d o s S a n t o s , el año q u e que" d a dicho, á m e d i o dia, l l e g a m o s á la c i u d a d de S a l a " m a n c a . " T u v o allí la S a n t a , m á s q u e en otras c i u d a des, gran dificultad para alojarse: al cabo lo hizo en u n a c a s a recien d e s o c u p a d a por e s t u d i a n t e s q u e la h a b i taban. " O t r o d i a por la m a ñ a n a f c o n t i n ú a S a n t a T e r e s a ) 6o " s e d i j o la primera m i s a . Q u e d a m o s la noche de T o d o s " S a n t o s m i c o m p a ñ e r a y y o solas. Y o os digo, herma- " n a s , que c u a n d o se m e a c u e r d a el miedo d e m i c o m " p a ñ e r a , q u e era M a r í a del S a c r a m e n t o , u n a m o n j a de " m á s edad q u e y o , harto sierva de D i o s , q u e m e da " g a n a d e reír. L a casa era m u y grande y d i s b a r a t a d a y " c o n m u c h o s desvanes, y á m i c o m p a ñ e r a no h a b i a n d e " q u i t á r s e l e del p e n s a m i e n t o los estudiantes, parecién- " d o l e q u e c o m o se h a b i a n e n o j a d o tanto de q u e salie" r o n de la casa, q u e a l g u n o se h a b i a escondido en ella: " e l l o s lo p u d i e r a n m u y bien h a c e r según h a b i a donde. " C e r r á m o n o s en u n a pieza donde e s t a b a p a j a , q u e era " l o primero q u e y o p r e v e í a p a r a f u n d a r la casa; porque " t e n i é n d o l o no nos f a l t a b a c a m a : en ella d o r m i m o s esa " n o c h e con u n a s d o s m a n t a s q u e " C o m o mi nos prestaron c o m p a ñ e r a se v i ó c e r r a d a en a q u e l l a " p i e z a , p a r e c e se sosegó algo c u a n t o á los estudiantes, "aunque no h a c i a sino mirar á u n a parte y á otra, t o - " d a v i a con temores " Y o l a dije ¿qué m i r a b a , pues allí no podia entrar " n a d i e ? D í j o m e : — M a d r e , estoy p e n s a n d o , si ahora m e " m u r i e s e y o a q u í ¿qué h a b í a d e s de h a c e r ? . . . . E l doblar " d e las c a m p a n a s a y u d a b a (al temor), q u e c o m o h e di— " c h o era n o c h e de l a s A n i m a s . Y o la dije (á m i c o m - " p a ñ e r a ) : h e r m a n a , de q u e eso sea, pensaré lo q u e h e de "hacer: a h o r a d é j e m e dormir. C o m o h a b í a m o s tenido " d o s n o c h e s m a l a s , presto quitó el sueño los m i e d o s . " ¿ C a b e m á s v e r d a d en los retratos, el estilo, m á s sencillez en m á s m o v i m i e n t o y n a t u r a l i d a d en el cuadro? P u e s si á la concision y c l a r i d a d se atiende, q u e los a v i s o s d e la insigne avilesa á sus m o n j a s pienso igua- lan á los q u e c o n justicia h a copiado de su c o m p a ñ e r o S a n J u a n de la C r u z el S r . M a d r a z o : y áun presumo q u e 6i no estarían m a l si se escribiesen fuera de los cláustros. " L a tierra q u e no es l a b r a d a llevará abrojos y espi- onas, a u n q u e sea fértil: ansí el entendimiento del h o m b r e . — - " E n t r e muchos, siempre h a b l a r p o c o . — " N u n c a porfiar m u c h o , en especial en cosas en q u e " v a poco. — " H a b l a r á todos con alegría m o d e r a d a . — " D e ninguna cosa hacer burla. — " N u n c a encarecer m u c h o las cosas, sino con mode" r a c i o n decir lo q u e se siente. — " J a m a s de nadie oigas ni digas m a l sino de tí mes" m a , y cuando h o l g a r e s de esto, vas bien aprovechada. — " J a m a s h a g a s cosa q u e no p u e d a s hacer delante de "todos. — " E n cosa que no le v a ni le v i e n e , no sea curiosa " e n h a b l a r l a ni p r e g u n t a r l a . — " M i r a d bien q u á n presto se m u d a n las personas, y " q u á n p o c o h a y q u e fiar d e ellas, y ansí asirse bien de " D i o s q u e no se m u d a . — " A c u é r d a t e q u e no tienes más q u e u n a a l m a , ni h a s " d e morir más de u n a v e z , ni tienes m á s d e una v i d a " b r e v e , y esa q u e es particular: ni h a y más q u e u n a glo" r i a , esa eterna, y darás de m a n o á m u c h a s c o s a s . " L o confieso, señores, i n g è n u a m e n t e : y o no alcanzo á c o m p r e n d e r ni desear m á s profimdidad en el pensamiento, m á s claridad en el l e n g u a j e , m a y o r sencillez y c o n cision en el estilo, y áun presumo que esto se le a l c a n c e á c u a l q u i e r a , a ú n sin aspirar á plaza de pensador profun- do. D e m í se decir q u e poseo (precioso l e g a d o d e m i madre) una carta a u t ó g r a f a de la santa: su letra es clara y g a l l a r d a c o m o su ingenio; sus líneas son rectas com o f u é su v o l u n t a d ; su l e n g u a j e c a s t i z o y franco c o m o su carácter, y el asunto de q u e trata, con ser f a m i l i a r , 62 descubre m a l g r a d o de quien escribe flores de modestia, de ingenio y d e virtud, c o m o a q u e l l a s [protococus nivalis) singulares q u e n a c e n en los m á s enhiestos m o n t e s y t i fien de rojo la nieve i n m a c u l a d a , y q u e sólo conoce quien se r e m o n t a á las c u m b r e s d e la h u m i l d a d . E s a carta q u e á m e n u d o leo es para m í s i e m p r e motivo de enseñanza, y á u n á v e c e s (no h a y p a r a qué callarlo) de consuelo. N o entiendo tan f á c i l m e n t e , es v e r d a d , el libro de Las moradas, el de Los conceptos del amor divino y el d e Las exclamaciones-, pei'o no m e aflijo ni lo a t r i b u y o á falta de c l a r i d a d del escrito, sino á falta de disposición en m í . Y o q u e no entiendo los libros de A r a g o y de H e r t s c h e l q u e tratan de astronomía ¿por qué h e de ser v e r s a d o en estotros q u e se r e m o n t a n á m a y o r e s alturas? C o n t r a d i c e n esta opinion m i a , primero el fallo de P e droso, v a r ó n piadoso y sabio, q u e en v e r d a d habia nacido para comprender como pocos el estilo de la santa escritora; y l u e g o el de m i n u e v o c o m p a ñ e r o , á quien estimo en lo m u c h o q u e vale; pero m e consuelo con el d i c t á m e n de F r . L u i s de L e o n , q u e a n t e s h a b é i s oido, y con el del m i s m o S r . M a d r a z o , q u e en su m a g n í f i c a obra sobre Sev i l l a dice qvít sobretodo, fué. aquella citidaden da con la presencia de la INCOMPARABLE Santa Jesus 1 5 7 5 honraTeresa de y esto de i n c o m p a r a b l e no p o d i a c i e r t a m e n t e referirse á la g e n t i l e z a del cuerpo, d a d o que la pobre h a b i a y a c u m p l i d o sesenta años y estaba a g o b i a d a de enfermedades. A l g o h a b i a prometido decir de Q u e v e d o , y p e n s a b a cumplirlo; pero el t i e m p o a p r e m i a , y l a sentencia de diga poco s u e n a en m i s oidos: someteré, pues, b r e v í s i m a mente á m i n u e v o c o m p a ñ e r o dos observaciones, las cuales, sin contradecir su j u i c i o sobre el autor de los Anales de quince dias, libran de m u c h a responsabilidad al que 63 es sin d u d a el primer ingénio español despues de Cervantes. D o s son las principales acusaciones q u e se le h a c e n : l a primera, la sobrada desenvoltura y p o c a d e c e n c i a de sus poesías j o c o s a s y satíricas; y s e g u n d a , su estilo afectado, difuso, confuso é hiperbólico en todos sus escritos. E s cosa s a b i d a , en c u a n t o á lo primero, pero convien e repetirla para q u e no se olvide, q u e aquellas g r a c i o sísimas a u n q u e p o c o decentes c o m p o s i c i o n e s , frutos de su j u v e n t u d , no fueron por él p u b l i c a d a s : coleccionólas d e s p u e s de su m u e r t e u n su sobrino mostrando q u e y a en a q u e l l o s t i e m p o s no f a l t a b a n g e n t e s m á s e x p l o t a doras d e la f a m a literaria d e g r a n d e s ingénios, q u e c u i dadosas de su reputación m o r a l . P u b l i c ó Q u e v e d o , c o m o a n t e s h a b é i s oído, las obras de F r . L u i s de L e o n , y las del B a c h i l l e r F r a n c i s c o de L a t o r r e , harto diversas en g u s t o y en m o r a l d e sus j á c a r a s y romances, de q u e otro, despues d e sus dias, f u é editor. P u e s en c u a n t o al l e n g u a j e , n a d a t e n g o q u e añadir á lo q u e ha a s e n t a d o el S r . M a d r a z o : " e s , en efecto, hijo " d e l espíritu, en q u e el autor atiende m á s -á granjearse " e l a p l a u s o de la sociedad c o n t e m p o r á n e a , q u e á expre" s a r i n g e n u a m e n t e sus i d e a s . " T o d o ello (permítaseme decirlo) es, así c o m o los largos r o m a n c e s descriptivos d e C a l d e r ó n , c o m o los c a n t o s de E s p r o n c e d a en versos q u e v a n creciendo en p i r á m i d e , c o m o la m ú s i c a m i s m a c o n q u e el n u e v o a c o m p a ñ ó sus melopeyas dominante Académico t o d o es l i s o n j a á la moda F e l i z a q u e l q u e no p a g a á s e m e j a n t e t i - ranía más tributo que algunos equívocos, si son decentes, ó unos inocentes arpegios del piano, g u a r d a n d o en su alm a la f e de sus padres, y en su corazon el afecto á su patria y á sus a m i g o s . H e n o m b r a d o , sin tener de ello propósito deliberado, 64 las inelopeyas, y de ello m e felicito, p o r q u e las t a l e s c o m posiciones, sobre ser u n a especialidad del S r . de M a - drazo, son, en el caso presente, un testimonio del e s p í ritu literariamente liberal de esta A c a d e m i a . S e la a c u s a c o m o á otras a n á l o g a s , de ser d e m a s i a d o a p e g a d a á la rutina d e los preceptistas y á las f o r m a s clásicas; de no g u s t a r sino del estilo v i e j o , y de no reclutar sino h o m bres a n c i a n o s . Hace años q u e d a b a y o a q u í m i s m o la b i e n v e n i d a al popular inventor de las Doloras, c o m o h o y m e c a b e la suerte de s a l u d a r al inventor ó al restaurador de las Melopeyas; h a c e pocos dias a b r a z á b a i s al j o v e n q u e , en el albor de sus p o c o s años, h a recorrido, m e j o r d i c h o , h a trasladado á su prodigiosa m e m o r i a los a r c h i vos y las bibliotecas de E u r o p a , dilucidando con p a s m o sa crítica los p r o b l e m a s m á s difíciles de la historia e c l e siástica, de la t e o l o g í a mística, d e la literatura y de filosofía; la y h o y tendeis los brazos al crítico del arte; que h á m á s d e cuarenta años l l e v a al conocimiento del m u n d o inteligente la r a z o n a d a a d m i r a c i ó n de nuestras j o y a s , ántes p o c o apreciadas. S e e n g a ñ a n , p u e s , a s i m i s m o los q u e p o r a h í p r o p a l a n q u e n o h a y a q u í sillas m á s q u e para los h o m b r e s a c l a m a d o s prèvia y estrepitosamente por el público; q u e no c o r o n a m o s á m á s prosistas q u e á los oradores p a r l a m e n t a r i o s , ni á m á s poetas que á los autores dramáticos, c o m o si fuese otra c o s a que un donaire aquel d i c h o de q u e en E s p a ñ a , para llegar á la inm o r t a l i d a d , es forzoso p a s a r por la calle del P r í n c i p e , y q u e n o s u e n a el clarín de la f a m a sino t o c a d o en la t r i b u n a del P a r l a m e n t o . N o : a q u í tienen asiento el a n c i a n o c o m o el j o v e n , el orador q u e c o n m u e v e c o m o el erudito q u e iiivestiga, el d r a m á t i c o q u e e n t u s i a s m a y el naturalista q u e observa, el poeta q u e s i g u e el horaciano sendero y el q u e empren- 65 de felizmente uno nuevo, ó el que v u e l v e á abrir el q u e , sin c a u s a b a s t a n t e , estaba a b a n d o n a d o . A q u í se sentó el autor de Edipo, al l a d o del de Do- ña Mencia; en la silla del erudito Navarrete, q u e pasó su v i d a en los archivos, se sienta el insigne orador q u e h a c e llegar allende el Pirineo los ecos de la tribuna parlamentaria; heredero es, en fin, del preceptista L u z a n , el i n ventor de las Doloras. ¿Pero son v e r d a d e r a m e n t e u n a innovación las melo- peyas? ¿O son la rehabilitación d e los cantos de los t r o vadores, con las m e j o r a s q u e el estado social ha traído á nuestras costumbres? N o v i a j a ahora el poeta á c a m p o traviés por trochas y v e r e d a s , la e s p a d a en el cinto y el bandolín á la espalda, sino q u e llega en c o c h e y a c o m p a ñ a n sus versos en el p i a n o d e ' E r a r d : no pide hospitalidad á a l g ú n enhiesto castillo ó á algún repuesto monasterio, m a l recibido de a l g ú n abad mitrado; sino q u e h u e l l a a l f o m b r a d o s s a l o n e s , y p e n e t r a e n p e r f u m a d o s gabinetes, y le h a c e n el son con melodías de M e l d c n s o n las torneadas m a n o s de gentil señora. P e r o á pesar de esto, y de no ser la letra de las melopeyas, c o m o las d e R a i m u n d o L u l l y A u s í a s M a r c h , R a m o n V i d a l de B e s a l ú , el c o m e n d a d o r R o c a berti y otros, escrita en catalan, en valenciano ó l e m o sin, conserva mil analogías c o n las antiguas trovas: lo dulce y tierno de sus asuntos, en general amatorios; su estilo y su versificación, q u e participan de la v a g u e d a d m i s m a de la m ú s i c a á que v a n u n i d a s , y que inspiran no sé qué íntimo sentimiento de grata m e l a n c o l í a , las harían d i g n a s de recibir la flor inisteriosa de las m a n o s de C l e m e n c i a Isaura. E n c a m b i o no se h a arrojado n u n c a , q u e y o sepa, nuestro c o m p a ñ e r o , c o m o los antiguos trovadores, á z a 3 66 herir á m a g n a t e a l g u n o en personales sátiras, ó á sonroj a r á honestas espectadoras c o n tan libres c o m p o s i c i o n e s c o m o las de G i l l e r m o de B e r g a d a n . C o m o los trovadores, t a m b i é n h a c u l t i v a d o la b a l a d a , siempre m e l a n c ó l i c a , á v e c e s religiosa, y con carácter tan personal y estilo tan propio del autor, q u e j u z g o d e m i deber daros de ello m u e s t r a , para q u e lo conozcáis c o m pletamente. VOTO Á LA VIRGEN DE LA BARQUEKA. Vírgeij de la B a r q u e r a , Virgen bendita, romeros tus devotos v a n á tu e r m i t a ; todos lisiados de sus enfermedades ó sus pecados. E l que curado vuelve, c o n fe sincera t e o f r e c e s u s ex-votos de blanca cera: y para ejemplo, muleta, pierna ó brazo c u e l g a en tu t e m p l o . Virgen de la Barquera, si til m e a m p a r a s , u n corazon de oro pondré en tus aras; q u e e s tal su h e r i d a , que la sangre que mana funde mi vida. Virgen inmaculada d e la B a r q u e r a , 67 n o está e n m i p o b r e c u e r p o mi cuita fiera; no, madre mia, ni e s de p a s i ó n l i v i a n a mi herida impía. D o s hijas que te invocan, dos inocentes, de lejos á estas playas traigo dolientes: o y e d e un p a d r e la o r a c i o n f e r v o r o s a : ¡Sánalas, madre! N i sólo es este género de poesía en el que h a brillado el n u e v o A c a d é m i c o : con el m o d e s t o título de " B r i n d i s á sus a m i g o s y antiguos c o m p a ñ e r o s del S e m i n a r i o de N o bles, " les h a dirigido uno y otro año bellísimas epístolas morales, q u e por su doctrina y por su dicción m e r e c e rían inscribirse, y m á s aún practicarse, en seminarios de j ó v e n e s y áun en palacios de m a g n a t e s . E n Las Cuatro Navidades, Africa, en El Belen y en El Romancero de obras d e q u e m e c u p o la honra el ser editor, lucen sus composiciones, al par q u e las de nuestros primeros ingenios, y alguna de ellas ha merecido la h o n r a de ser traduc i d a en verso á la lengua de S c h i l l e r (cosa rara en E s paña). S u s l e y e n d a s , sus o d a s , sus fantasías, i m p r e s a s casi todas, y q u e c o l e c c i o n a d a s c o m o ellas m e r e c e n y y o d e seo, llenarían un bello v o l ú m e n , le acreditan de poeta correcto, dulce, sentencioso y s i n c e r a m e n t e cristiano, así c o m o sus m o n o g r a f í a s le califican de prosista erudito, c o n c i e n z u d o y elegante, al par q u e de hábil y perito crítico en la estética de las artes del d i b u j o . L a A c a d e m i a , por t a n t o , obró j u s t a y cuerdamente 68 l l a m á n d o l e á l a b r a r el c a m p o q u e en su dia cultivaron Interian de A y a l a , B a i l s , Jovellanos, M u s s o y G a l l e g o . E n t r e t a n t o , la bella y grandiosa l e n g u a q u e ellos h a blaron cede á dos corrientes opuestas entre sí, pero a m b a s interesables y violentas: el editor q u e p a g a por cuartillas, y el telegrafista q u e cobra por p a l a b r a s . P o r explotar al uno se c o n s t r u y e n los períodos hinchados llenos de adjetivos, y los escritos d i f u s o s e n m a r a ñ a d o s de e p i s o dios. P o r sisar al otro se m u t i l a la l e n g u a y se sacrifica l a claridad, viniéndose á hablar en C a s t i l l a c o m o en la Manigua. R e m e d i o á estos m a l e s h e p r o c u r a d o a p u n t a r en m i casi i m p r o v i s a d o discurso. P u r i f i q u e c a d a c u a l su estilo en las tres f u e n t e s de q u e p r o c e d e , la propia í n d o l e , la sociedad q u e f r e c u e n t a , y el asunto de q u e trata: a y ú d e s e p a r a ello d e los b u e nos m o d e l o s (entre los cuales y o m e obstino en contar á la i n c o m p a r a b l e S a n t a T e r e s a y al gran soñador s a t í r i c o Q u e v e d o ) ; i m i t e sobre t o d o el c o n c i e n z u d o estudio, el noble p e n s a m i e n t o , la aspiración h i d a l g a y el constante t r a b a j o del n u e v o A c a d é m i c o que v a á recibir h o y l a tercera m e d a l l a , a q u e l l a q u e l l e v ó al p e c h o uno de los más castizos y discretos h a b l i s t a s c o n t e m p o r á n e o s y otro de los m á s laboriosos individuos de n u e s t r a A c a d e m i a . E s t a d a así m u e s t r a al recien v e n i d o d e c ó m o e s t i m a y p r e m i a su p a s a d o , y de c u á n t o espera y confía en su porvenir. S e a este, señor A c a d é m i c o , tan d i l a t a d o y lisonjero c o m o d e s e a m i a m i s t a d . O s c o n o c í allá c u a n d o , aún j ó v e n , a b a n d o n á b a i s los h e r e d a d o s pinceles y servíais de m o d e l o á un b e l l o cuadro, en el c u a l , siendo M a d r a z o el retratado y M a d r a z o el retratista, parece q u e s e a V a n d y c k el uno y el otro; allí oí por primera v e z vuestras 69 melopeyas; tuve despues el g u s t o de coronar vuestras l e y e n d a s románticas en el L i c e o ; más adelante m e c u p o el honor de aconsejar á la R e i n a la creación d e la p l a z a en q u e os v a i s á sentar y la a c u ñ a c i ó n de la m e d a l l a q u e vais á recibir; m u c h o tiempo, m u c h o s sucesos han pasado d e s d e e n t o n c e s a c á ; otro soberano reina, otro es el g u s t o literario d o m i n a n t e , otra la tendencia social pero v u e s t r a aplicación y mi afecto son los m i s m o s la nieve q u e h a caido abundante en las montañas h a lleg a d o á mi c a b e z a ; pero el hielo no h a penetrado en m i corazon. HE MADRID, 27 d e M a r z o d e 1 8 8 1 . DICHO.