pdf Sin poética hay poetas : Sobre la teoría de la égloga en el Siglo

Anuncio
Sin poética hay poetas.
Sobre la teoría de la égloga
en el Siglo de Oro
por Aurora EGIDO
(Universidad de Zaragoza)
. . . 6¿n RheXósUca ay n.kQXónÁ,coo; y ò<Ln
Poètica ay poztaò- o¿n aAtc Lógica ay
¿óg¿coo nata/iatcò; qa{z) OL hombun tizne oJL u¿o natuAal dz ¿a Kazón, zl qaa¿
z¿> ¿a &uzn£z da toda¿> zòtaò COÒOÒ .
(LÓpZz Plnoíano, Philosophia Antigua
Poética, i n , p . 22*)
En p r i n c i p i o , l a é g l o g a c a r e c í a de a r t e , s i
por
é s t e entendemos l a s r e g l a s que p r e s t a l a p o é t i c a . Su c ó digo era r e t ó r i c o y sus leyes l a confinaban al t e r r e n o
b a j o d e l t e r c e r e s t i l o . La h i s t o r i a c o n f i r m a , s i n embarg o , su v e r s a t i l i d a d y p r o t e í s m o para a p a r e c e r en l o s más
v a r i a d o s g é n e r o s , i n c l u i d o s a q u e l l o s que f u e r o n de i n v e n c i ó n r e n a c e n t i s t a , como l a p r o s a n o v e l e s c a y l a t r a g i c o media p a s t o r i l e s . Por l o mismo, adapto su m a t e r i a en t o dos l o s n i v e l e s d e l d e c o r o e s t i l í s t i c o y de l a j e r a r q u í a
s o c i a l , a b a r c a n d o d e s d e l a voz y e l p o r t e d e l p a s t o r
c a z u r r o o bobo h a s t a e l p a s t o r c o r t e s a n o o f i l o s ó f i c o de
EGIDO, Aurora. "Sin poética hay poetas". Sobre la teoría de la égloga en el Siglo de
Oro. En Critictfn (loulouse), 30, 1985, pp. ^5-77.
44
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
escuela. No falto además en su amplia trayectoria un disfraz "a lo divino" que permitió contrahacer bajo las especies del pastor bonus la bucólica virgiliana. La riqueza de la égloga se extendió, en fin, a las maneras y visajes cortesanos, se impuso en la fiesta y trascendió a las
artes plásticas y a la pintura del escenario satírico que
Serlio diseño, bajo los dictados de Vitruvio, con los caracteres de la bucólica clásica adaptada a los telares
del teatro. La difusión de Virgilio a través de la musica es, por otro lado, un aspecto más de su fructífera
vigencia en los siglos áureos (1).
(1) Para la pastoril española, véanse los estudios, fundamentales de
Juan Bautista Avalle-Arce, La novela pastoril
española, Madrid, Istmo, 1975 ; J.P.W. Crawford, Spanish Pastoral Drama before Lope de
Vega, Fhiladelphia, 1937; Francisco López Estrada, Los libros de
pastores en la Literatura
española* La órbita previa,
Madrid, Gredos,
197M-, especialmente pp. 424-H77; y Marcial José Bayo, Virgilio
y la
pastoral española del Renacimiento
(1480-1550), Madrid, Gredos, 1970.
Para la divinización de lo pastoril, Bruce W. Wardropper, Historia
de la poesia lírica
a lo divino en la Cristianidad
Occidental,
Madrid,
Revista de Occidente, 1958. De pasada, entra en el tema de la pastoril en la fiesta cortesana George Irving Dale, Gomes and Social Pastimes in the Spanish Drama of the Golden Age, en HR, 3, 1940, pp.
219-241. Mas a nuestro propósito, S.P. Cravens, Feliciano
de Silva
y los antecedentes
de la novela pastoril
en sus libros de
caballerías, Chapel Hill, Estudios de Hispanófila, 1976, p. 39ss. De la
mascara pastoril en los retratos y su vertiente mitológica tratan
Emilio Orozco, KL teatro y la teatralidad
del Barroco,
Barcelona,
Planeta, 1966, p. 106 y 277ss., y Julián Gallego, Visión y símbolos
en la pintura española del Siglo de Oro, Madrid, 1972, pp. 63-6H,
255-256, con referencia a la pastoril navideña en la pintura. Para
el triple escenario de Serlio, utilizado en la tragicomedia con fines no sólo escénicos, sino retóricos y estilísticos, véanse Ricardo Bruscagli, G.B. Oiraldi^ cómico, satirico,
trágico,
en TI teatro
italiano
del Riñascimento, a cura di Maristella di Panizza, Milano,
Edizione da Comunitá, 1980, p. 261ss; y A. Favio, ibíd., p. 381. El
escenario satírico, plenamente bucólico, puede verse en Daniel Bárbaro, La Pratica delia Prespectiva,
Venècia, 1568, p. 158. Lo pastoril apoyo la maquinaria escénica teatral en las comedias de Lope
(véase Mia Gerhardt, Essai d'analyse
littéraire
de la pastorale
dans
les littératures
italiennes,
espagnoles et françaises,
Hes Publishers,
Utrecht, 1975, p. 159). Para la rica proliferación de la égloga en
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
45
P e r o a q u í no vamos a o c u p a r n o s d e l a t r a y e c t o r i a
l i t e r a r i a o a r t í s t i c a de l a é g l o g a , s i n o de s u s a s p e c t o s
t e ó r i c o s , a s a b i e n d a s d e q u e , como s e ñ a l a b a A n t o n i o V i l a ^
n o v a , " e s un h e c h o i r r e c u s a b l e q u e t o d a s l a s i n n o v a c i o n e s
e s t é t i c a s que a r r a i g a n en l a l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a de l o s
s i g l o s XVI y XVII s e d e s a r r o l l a n con a b s o l u t a i n d e p e n d e n c i a de l a s t e o r i z a c i o n e s de l o s p r e c e p t i s t a s " ( 2 ) . É s t a s ,
a d e m á s , l l e g a n muy t a r d e , c u a n d o l a é g l o g a h a d a d o s u s
m e j o r e s f r u t o s y e s t á a p u n t o de e x t i n g u i r s e en a l g u n o s
géneros.
La p o é t i c a d e l a é g l o g a en E s p a ñ a
s i n o p o b r e . Aun a s í p u e d e n r a s t r e a r s e e n
tos diversos algunas opiniones previas a
c i ó n e n l a p r e c e p t i v a . Aquí no s e d e s a t ó
no s ó l o e s t a r d í a
prólogos y texsu s i s t e m a t i z a una p o l é m i c a e n -
l o s d i s t i n t o s g é n e r o s , véase W. Leonard Grant, Neo-Latin
Literature
and the Pastoral> The U n i v e r s i t y of North Carolina P r e s s , 1965. Sobre l a transmisión musical de l o p a s t o r i l y su función e s c o l a r ,
Alberto Blecua, Virgilio
en España en los siglos XVI y XVII, en Actes del Vi Simposi de la Secció Catalana de la Societat
Espanyola
d'Estudis
clàssics
(Barcelona, 11-13 de f e b r e r d e l 1981), Barcelona,
1983, p p . 61-77; también J e s s i e Anne Owens, Músic in the Early
Ferrarese Pastoral
: A Study of Beccari1$
"II sacrificio",
en II
teatro
italiano...;
c i t . , p . 583ss. Una idea de l o s v a l o r e s que l a égloga
p r e s e n t a en l a f i e s t a c o r t e s a n a puede verse en l a Questión de amor
(1508-1512), obra anónima publicada en 1513 y que r e c r e a l a vida de
l a c o r t e n a p o l i t a n a (véase e l t e x t o de Menéndez Pelayo, Orígenes de
la novelas I I , NBAE, Madrid, 1931, y, más l e j o s , l a nota 2 9 ) . Un muy
r e c i e n t e t r a b a j o de Donald McGrady ha llamado la atención sobre l a
p r e s e n c i a de enigmas, desde V i r g i l i o , en l a é g l o g a . Lope i n c l u y e uno
de t i p o e r ó t i c o en La Arcadia. Pero también l o s hay en o t r a s novelas
p a s t o r i l e s . Véase su a r t í c u l o ¿Iotas sobre el enigma erótico,
con especial referencia
a los "Cuarenta enigmas en lengua castellana",
en
Criticón,
27, 1984, p p . 71-108. Covarrubias en su Tesoro muestra
un amplísimo muestreo de pastor y sus derivados y t i e n e en cuenta l o s
s i g n i f i c a d o s r e l i g i o s o s ( p r e l a d o , pastor sumo o Sumo P o n t í f i c e , Buen
P a s t o r , e t c . ) . Conviene t e n e r en cuenta que para é l pastoral y p a s t o r i l son l o mismo, pero l a primera voz se r e f i e r e especialmente a
l o s p r e l a d o s e c l e s i á s t i c o s . En l a d e f i n i c i ó n de égloga, sigue curiosamente l o s comentarios de Herrera a G a r c i l a s o .
(2) Antonio Vilanova, " P r e c e p t i s t a s de i o s s i g l o s XVI y XVII", en
Historia
General de las Literaturas
Hispánicas,
Barcelona,1968, v o l .
I I I , p . 559.
46
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
tre antiguos y modernos comparable a la que surgió en Italia en torno a It paòtok Fldo de Guarini en los últimos
quince años del siglo XVI y que dejaría su huella en la
posterior diatriba francesa en torno a le Cid (1636) de
Corneille ( 3 ) . Aun así, cabe decir que desde los comentarios de Herrera a las labZaA de Cáscales o a Saavedra Fajardo, los preceptistas españoles se hicieron eco o plantearon la discusión en torno al tema en términos parejos
a los del debate italiano. Por otro lado, la práctica literaria impuso una poética empírica, que los autores
aceptaron o desarrollaron con la libertad que presta el
uso de lo implícito frente a la inexistente autoridad
de normas establecidas. El hecho de que la tradición consintiese en el tratamiento narrativo e ínterlocutivo de
la égloga favoreció su diversidad genérica y facilitó la
mezcla de estilos, como veremos.
Juan Luis Vives, al prologar su traducción de las
Ge.áig¿ca¿ de Virgilio, sintetizó los problemas que el asunto acarreaba desde la Edad Media confirmando el carácter
retórico de los mismos. Además de historiar la égloga
hasta Poliziano y enumerar sus comentaristas cristianos
y paganos, alude a su carácter alegórico, a su impresión
de obra juvenil, de canto utópico de la naturaleza feliz,
degustada por ciudadanos eméritos, y maestra de vida. Deduce de ella una doble finalidad de placer y provecho y,
al recoger la tradición de la rota Vergili medieval, Vives no hace sino elevar al estilo sublime propio de la
Envida los terrenos humildes y medios de las &icü£¿ca¿ y
las Gcóiglcaò, suscitando la dignificación, seriedad y altura de lo pastoril por encima de su sencilla impostación
retórica. Vives era además consciente del uso escolar
frecuente de las tiucóLLcab y hasta señala, como cosa sabida , que en todos los tiempos se han sacado las suertes
con versos de Virgilio (4).
(3) Bernard Keinberg, A Histovy of Literary
CvCticísm %n the
Italian
Renaissance,
The University of Chicago Press, 1963, 2 vol., p. ll03ss.
en particular.
(V) Juan Luis Vives, "Introducción a las Geórgicas de Virgilio", en
Antolog-va de humanistas españoles,ed. de Ana M. Arancón, Madrid, Ed.
Nacional, 1980, pp. 393-408. Para las suertes, p. 395. Sigue los co-
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
47
T o d a s l a s r e t ó r i c a s c o n f i n a b a n l a é g l o g a a un b a j o
l u g a r e s t i l í s t i c o y s o c i a l , pues la rueda v i r g i l i a n a hab í a i m p u e s t o e s e d o b l e d e s t i n o en s u s a n i l l o s a l a s d i v i s i o n e s e l o c u t i v a s f o r m u l a d a s e n l a Rh<¿£oK¿ca ad HoA<¿nnuim{5) .
El d e t e r m i n i s m e q u e s e d e d u c í a d e t a l e s p r o p u e s t a s s u s c i t o ya e n J u a n d e l E n c i n a u n a s u e r t e d e r e b e l d í a p u e s ,
aun t r a t a n d o de a c o m o d a r s e a l a t r a d i c i ó n r e t ó r i c a , p r o c u r ó d i g n i f i c a r y e l e v a r l o p a s t o r i l por encima de l a e s t i m a c i ó n c o m ú n . La l e c t u r a a l e g ó r i c a q u e , s u p e r p u e s t a a
la l i t e r a l , se asignaba a la égloga desde los comentarios
d e S e r v i o a l a s tiucóLLcaò d e V i r g i l i o , f a v o r e c í a e s a p o s i b i l i d a d d e a s c e n s o . Cabe r e s a l t a r e n e s e s e n t i d o como e l
p a s t o r bobo d e l t e a t r o p r e l o p e s c o e v o l u c i o n a de l a comic i d a d p r i m a r i a de l a s p i e z a s n a v i d e ñ a s h a s t a s e r v i r de
s o p o r t e d o c t r i n a l t e o l ó g i c o y m e t a m o r f o s e a r s e en a u t o r i d a d s a g r a d a , como o c u r r e en l a s p i e z a s d e E n c i n a o P e d r o
M a n u e l d e U r r e a ( 6 ) . La p r i m e r a i m i t a c i ó n c a s t e l l a n a d e
comentarios a V i r g i l i o de Donato, Servio y Probo V a l e r i a n o , que s i r vieron de base r e t ó r i c a para l a égloga en e l Renacimiento. También
hace mención de Teócríto y confirma l a n a t u r a l e z a como "maestra de
l a vida" ( p . 405). Admirar lo campestre es e n t e n d e r que la aparente
s e n c i l l e z de Catón, Varrón, Columela y Paladio sobre e l campo encer r a b a " s e r i e d a d y e l e v a c i ó n " ( p . 407).
(5) Edmond F a r a l , Les arts poètiques
du Xile et du XUIe
siècle,
P a r i s , 1958, cap. I I I , p . 8 6 s s . Así l o formula Jean de Garlande :
"ítem sunt t r e s s t y l i secundum t r e s s t a t u s hominum : p a s t o r a l i v i t a e
convenit s t y l u s h u m i l i s , a g r i c o l i s m e d i o c r i s , g r a v i s g r a v i b u s p e r s o n i s quae praesunt p a s t o r i b u s e t a g r i c o l i s " , r e f e r i d o s respectivament e a l a s Bucólicas,
l a s Geórgicas y la Eneida, como se s a b e . Este
sistema a f e c t ó a l a l i t e r a t u r a vulgar y l a t i n a h a s t a e l s i g l o XVII.
Para l a t r a d i c i ó n c l a s i c a e h i s p a n a , E. Lausberg, Manual de
retórica
literaria,,
Madrid, Gredos, 1966, voz humilis, y José Rico Verdú, La
retórica
española de los siglos XVI y XVII, Madrid, C . S . I . C , 1973,
quien alude a l a s r e t ó r i c a s de García Matamoros, Andrés Sempere,etc .,
en r e l a c i ó n con l a rueda v i r g i l i a n a . Una c l a r a s í n t e s i s d e l problema,
en Francisco López Estrada, Introducción
a la literatura
medieval
española, Madrid, Gredos, 1979, p . 184ss. A l a s c o n t r a d i c c i o n e s que se
deducen de l a mezcla d e l a l t o y najo e s t i l o hace r e f e r e n c i a R . J .
Andrews, Prometheus in Search of Prestige,
U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a
Publ. i n Modern Philology, 1969, p . 30.
(6) John Brotherton, The "pastor-bobo"
in the Spanish
Theatre
Before
48
Aurora EGÍDO
Criticón, 30, 1985
las églogas de Virgilio, las CopíaA cíe ticngo RavaZgo, había
impuesto además, con anterioridad a Encina, una utilización política que más tarde perseguiría también Francisco de Madrid, mezclando en la alegoría fines religiosos
y pacifistas (7). La inserción de factores épicos en el
The Time of Lope de Vega, London, Támesis, 1975, p. 196ss. Y particularmente Miguel Ángel Pérez Priego, El teatro de Diego Sánchez de
Badajos, Caceres, 1982, p. 102ss., y p. 187 para el pastor didáctico
y moralizador. La dependencia de urrea respecto a Encina ya fue destacada por don Marcelino Menéndez Pelayo en sus Orígenes de la novela, III, Madrid, NBAE, 1910, p. CLXI. Véase la ed. de Eugenio Asensio,
Pedro Manuel de Urrea, Églogas dramáticas y poesías
desconocidas,
Madrid, 1950, p. XXXV, donde apunta la herencia de Virgilio y el
uso de la lengua villanesca por exigencias retóricas. En la Égloga
sobre el nascimiento
de Muestro Salvador Jesu Christo (p. 65ss.)
aparece la imagen de David pastor, una de tantas conversiones de pastores en autoridades sagradas o pastores sabios, como los de Lucas
Fernández y Gil Vicente. El conflicto social del tema pastoril se
vislumbra en las especiales relaciones de la pastorela (decoro de
la dama y el pastor). Véase Ramón Menéndez Pidal, Romancero
Hispánico.
Teoría e Historia,
Madrid, Espasa-Calpe, 1968, II, p. 136ss.
<7) Véase Alberto Blecua, "La Égloga" de Francisco de Madrid en un
manuscrito del siglo XVI, en Serta Philologica
F. lázaro
Carreter,
Madrid, Cátedra, 1983, pp. 39-66. Para el tema en Encina, véase Juan
Carlos Temprano, Móviles y metas en la poesía pastoril
de Juan del
Encina, Universidad de Oviedo, 1975, cap. V, p. 123ss. Charlotte
Stern, The "Coplas de Mingo Revulgo" and the Early Spanish Drama, en
HRy 1976, 44, pp. 311-322, ya destaco' que las Coplas sirvieron de
modelo retórico
posterior.
Hernando del Pulgar las consignó como
obra bucólica y así aparece adjetivado en el ms. de la B.N. de las
Coplas. Éstas recogen la tradición de las Églogas 1 y III de Virgilio, que luego tomarán las poesías del Cancionero musical de Palacio
y el teatro de Encina y Lucas Fernández. La vertiente de propaganda
personal y política fue seguida por Fernán López de Yanguas, Diego
de Avila y otros. El artículo de Stern ofrece numerosos datos sobre
la alabanza de aldea en la poesía española de cancionero, no exenta
de quejas de pastores. El pastor sirve de nexo entre el momento litúrgico y el del público en numerosas obras navideñas, como el Aucto
nuevo del santo nacimiento de Christo Nuestro Señor> ed. de Ronald
E- Surtz, Valencia, Chapel Hill, 1981, p. 14. Sobre la inserción de
la épica en la égloga, Joseph E. Gillet, Propalladia
and other Works
of Bartolomé de Torres Náharroy University of Pennsylvania, 1961,
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
49
marco b u c ó l i c o i n t e n s i f i c ó s u s p o s i b i l i d a d e s a s c e n s i o n a l e s en l a e s c a l a e s t a m e n t a l d e l d e c o r o . Los n u e v o s d e s t i n o s de l a é g l o g a l a e l e v a b a n p o r e n c i m a de s u s o r í g e nes r e t ó r i c o s ; pero e l e s t i l o humilis p l a g a r á l a s c o n f e s i o n e s d e l o s p r ó l o g o s d u r a n t e más d e un s i g l o , como c o n f i r m a , pongo por c a s o , l a c a r t a - d e d i c a t o r i a de L u i s G a l v e z d e M o n t a l v o e n B¿ paòtot d& fXJUda ( 8 ) .
J u a n d e l E n c i n a , en s u s d o s d e d i c a t o r i a s a l o s
R e y e s C a t ó l i c o s y a l P r í n c i p e , c o n s i g u e e n s a l z a r l a huma 1 d a d d e s u o r i g i n a l t r a n s l a c i ó n d e l a s Bucòticaò
virgilianas
p r e c i s a m e n t e por l a a l t a d i g n i d a d de sus d e s t i n a t a r i o s .
Pero también porque l a a l e g o r í a p e r m i t e "debaxo de a q u e l l a
corteza y rústica simplicidad" colocar altas sentencias.
La t r a d i c i ó n a f i r m a b a a d e m á s t o d a l a g e n e a l o g í a b í b l i c a
de l o s p a s t o r e s que f u e r o n p a t r i a r c a s , p r o f e t a s y r e y e s ,
d e s d e Abel a David y, p o r s i f u e r a p o c o , e l c a t á l o g o de
r ú s t i c o s v a r o n e s que además f u e r o n c a p i t a n e s f o r t í s i m o s ,
como l e a s e g u r a b a C a t ó n e l C e n s o r i o ( 9 ) . Los p r o f e s i o n a -
v o l . IV, p . 449, quien s e ñ a l a ; e n t r e o t r a s , p i e z a s de Martín de Herrer a , Égloga de unos pastores (1510-1511), e l B a c h i l l e r de l a P r a d i l l a ,
Égloga vedi (1514), y d e l propio Torres Naharro.
(8) En l a e d . de Marcelino Menéndez Pelayo, Orígenes de la novela,
II,
Madrid, NBAE, 1907, p . 399; y lo mismo en l a d e d i c a t o r i a en verso
1
("Dejarás l a g r a v e d a d . , / ) y en e l soneto f i n a l ( p . 399 y 483). El
prólogo l l e v a b a además —por t r a d i c i ó n — l a t ó p i c a de l a humildad.
Por o t r o l a d o , e s t á l a d i g n i f i c a c i ó n e t i c a de lo campestre, aunque
—como señaló Fray Antonio de Guevara en e l Menosprecio de corte y
alabanza de aldea, Madrid, Espasa-Calpe, 1967, p p . 4 1 - 4 2 ~ "En e l
estado de p a s t o r e s Abel fue bueno y Abimelec fue malo". Los prólogos
l a t i n o s de Catón, Varrón y Columela en torno a l a e x a l t a c i ó n de l a
a g r i c u l t u r a iban por ese d e r r o t e r o cercano a l de l a vida b u c ó l i c a y
su p e r f e c c i ó n moral (y económica) f r e n t e a l a vida ciudadana y apuntando a l a s Geórgicas v i r g i l i a n a s (véase Tore Janson, Latin Prose
Prefaces.
Studies in Literary Conventionsy
Almqvist & W i k s e l l , Stokholm,
Gòteborg, Uppsala, 1964, p . 8 3 s s . ) . El camino del "beatus i l l e " e s t a ba a b i e r t o a t a l e s consideraciones para toda la b u c ó l i c a española y
no creo valga l a pena i n s i s t i r en e l l o . Una anónima Comedia
pastoril
española
( s . XVI, [1570 o 1580], e d . y e s t u d i o de José Ignacio Uzquiza González, Càceres, 1982, p . 22) da muestras de esos e c o s , tomados de Guevara y de l a Diana de Montemayor.
(9) Véase Juan del Encina, Obras Completas,
I , e d . , i n t r o d u c c i ó n y no-
50
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
les célebres del pastoreo y la fama de los autores que
tocaron los temas rústicos mejoraban así la calidad de
la traducción de sus églogas y del propio Juan del Encina que se autoinstalaba con ellas en el panteó'n clásico.
Por otra parte, la consabida cristianización medieval
de Virgilio-profeta, Encina la trasladaba al mesianismo
que en la tgtoga IV aplicaba al príncipe don Juan un destino redentorista como salvador de España. Convertido el
poeta en profeta de su propio tiempo, dirá por tanto :
tàtòoò de. SlcítLa,
d<¿x.<¿moo paòtoK&ò,
aícemoò IOÁ veZcu* da WJU&IQ dzzÁA,
nazán noò combada OUZK dz <UCA<L\)ÁA
mutQJúoo
mío altoò
de COÒOÒ mayoKQA. (10)
tas de Ana María Rambaldo, pp. 218-231 (la cita en p. 228). Encina
cree, con Donato, que el orden virgiliano : Bucólicasy
Geórgicas,
Eneida sigue la orden de los mortalesnque primero fueron pastores,
luego agricultores y después guerreros. Servio y Macrobio le sirven
para la base retórica. Véase el prólogo de Rambaldo, pp. X1X-XX. El
fundamento de estas dedicatorias, como del Prohemio al Arte de poesva
castellana,
es retorico. Conviene tener en cuenta que el proceso de
nacionalización a que somete Encina la égloga no era extraño al género. Virgilio romanizó el idilio del poeta siracusano en un proceso
de imitación que atendía a la contaminación imitatoria. Sobre la originalidad de la imitatio virgiliana, véase Andrée Thill, "Alter ab
Illo".
fíecherches
sur l1 imitativa
dans la poésie personnelle
à Vapoque auguetéennes
Paris, Les Belles Lettres, 1979, p. 39ss. También
se refiere en p. 53 a.la poética del género.
(10) Juan del Encina, ibíd., p. 229 y pp. 270-271; para la égloga IV,
James A, Anderson, Encina and Virgil (Valencia, University, Mississipi Romance Monographs, Inc. 8, 1974), dice que las traducciones de Encina estaban destinadas en parte a gente que no podía leer a Virgilio en latín, aunque también tiene en cuenta a los buenos conocedores de Virgilio y de la poesía española. Claro que también se da la
vertiente fiel al estilo humilis en las églogas de Lucas Fernández
y en las de Gil Vicente. Éste demuestra en el Auto de la
visitación,
en el Auto pastoril
castellano
y en el Auto de los Reyes Magos cómo
la égloga estaba al servicio de la casa real portuguesa.
El vaquero
Gil Vicente o los pastores contemplativos o navideños servían de pasatiempo cortesano (véase Gil Vicente, Obras dramáticas
castellanas,
ed. de Dámaso Alonso, Madrid, Espasa-Calpe, 1968). Para la égloga
como divertimiento cortesano, W. Leonard Grant, ob. cit., en nota 1,
p. 343ss.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
51
Cantando en " e s t i l o n o t a b l e a n o t a b l e s " y e l o g i a n d o e l
r e i n a d o de l o s Reyes C a t ó l i c o s , a s e g u r a b a l a d i g n i d a d de
l a é g l o g a y l a confirmaba c a p a z , por v i a a l e g ó r i c a , de
e q u i p a r a r s e a l a s u b l i m i d a d é p i c a . Y e l l o t a n t o en su
p o e s í a como en su t e a t r o , pues l a c l a s i f i c a c i ó n e s t i l í s t i c a de l a é g l o g a es i n d e p e n d i e n t e de l a s t r e s formas
en que además p o d í a v e r t e r s e : n a r r a t i v a , d r a m á t i c a o
m i x t a . T r i p l e v e r t i e n t e que a s e g u r a b a s u p r o t e í s m o g e n é rico .
La marca a l e g ó r i c a , cuya t r a d i c i ó n también puede
p e r s e g u i r s e en l a é g l o g a i t a l i a n a de f i n a l e s d e l XV
( p i e n s o en Antonio G e r a l d i n o ) , a f i r m ó su v e r s a t i l i d a d
e s t i l í s t i c a y t e m á t i c a y su c a p a c i d a d de a d a p t a r s e a l o s
d i s t i n t o s g é n e r o s y e s t i l o s (11) . T r a s l a t r a d u c c i ó n e n c i n i a n a , V i r g i l i o s e adueña de l a s a u l a s de r e t ó r i c a y
g r a m á t i c a y o c a s i o n a l m e n t e de l o s p u l p i t o s , p e r o e l campo de l a s t r a d u c c i o n e s queda yermo con l a p r e s e n c i a de
G a r c i l a s o q u e , según A l b e r t o B l e c u a , impide con s u s m o l d e s e l s e g u i m i e n t o v i r g i l i a n o p a r a i m p o n e r s e é l como mod e l o . Hasta l a década de 1570-1580 no s e o f r e c e un p a n o rama r i c o en t r a d u c c i o n e s de l a s ÏÏucóL·LcaA. E s t a s a p a r e c e r á n t a n t o en p r o s a como en v e r s o o en ambos a l a v e z ,
según c o n v e n í a a l a t e o r í a a r i s t o t é l i c a más a c e p t a d a de
l a i m i t a c i ó n . La p o e s í a en p r o s a de l a n o v e l a p a s t o r i l
f a v o r e c í a t a l e q u i d a d y l a i m p u l s a b a . Pero además l a
p r o p i a f u n c i ó n d i d á c t i c a d e s d e N e b r i j a , con s u s é c p h r a ses de V i r g i l i o en p r o s a a l a l c a n c e de l o s n i ñ o s . La v i da h u m a n í s t i c a de l a é g l o g a s e a l z a b a a s í por encima de
l a t e o r í a de l o s g é n e r o s y a s e n t a b a su p e r v i v e n c i a s o b r e
b a s e s r e t ó r i c a s (12) . El t é r m i n o mismo de
égloga se
(11) El Carmen bucolicum
(Roma, 1485) de Antonio Geraldino, tan
v i n c u l a d o , por l a d e d i c a t o r i a a l a r z o b i s p o don Alfonso, a l a vida
zaragozana de su a u t o r , es un buen ejemplo de e l l o . Las h u e l l a s de
l a Eneida y de l a s Geórgicas muestran l a temprana impregnación de
e s t i l o s impropios de l a égloga, a s í como l a c r i s t i a n i z a c i ó n y e l
e l o g i o a l a monarquía de l o s Reyes C a t ó l i c o s como o c u r r e con Encina
(véase Marcial José Bayo# o b . c i t . , p . 1 7 s s . ) . La r e a c c i ó n c o n t r a
e l alegorismo de l a égloga se ve en Juan de l a Cueva (Marcelino Menéndez Pelayo, Bibliografía
hispano-latina
clásica¿
v o l . IX, Madrid,
1942, p . 121).
(12) Para l a s t r a d u c c i o n e s de V i r g i l i o , Marcelino Menéndez Pelayo,
52
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
fue ensanchando c o n s i d e r a b l e m e n t e y s e h i z o t a n t o s i n ó n i mo de comedia, f a r s a y a u t o (en Lucas F e r n á n d e z , por ejemp l o ) como de n o v e l a p a s t o r i l ( 1 3 ) . La i n v e n c i ó n g a r c i l a s i s t a de l a é g l o g a v e r t i d a en e l molde e n d e c a s i l á b i c o
a b r i ó l o s caminos de l a nueva p o e s í a d i g n i f i c a n d o l a mat e r i a b u c ó l i c a y p r e s t a n d o una f i l o g r a f í a y una v i s i ó n
d e l hombre y de l a n a t u r a l e z a completamente n u e v a s . S e r í a n p r e c i s a m e n t e l o s c o m e n t a r i o s a G a r c i l a s o l o s que
a p o r t a r í a n un s u s t a n c i o s o avance a l a t e o r í a de l a é g l o g a , a p u n t a n d o e l camino de l a s p o é t i c a s p o s t e r i o r e s .
Pero a n t e s de a n a l i z a r e s e a s p e c t o , c o n v i e n e t e n e r
en c u e n t a que l a t r a y e c t o r i a p r o s í s t i c a de l a m a t e r i a p a s t o r i l a n t e s de i n d e p e n d i z a r s e s u r g e como rama de l a l l a mada n o v e l a de c a b a l l e r í a s . Y en e s e p r e - n a c i m i e n t o novel í s t i c o ya l l e v a l a s h u e l l a s r e t ó r i c a s e s t i l í s t i c a s a que
ibíd., Marcial José Bayo, ob. c i t . y Alberto Blecua, a r t . c i t . en
nota 1. Además Theodore S. Beardsley, J r v Hispano-Classical
Tvanslations Printed Between 1482 and 2699, Duquesne University Press, P i t t s but-g, Pennsylvania, 1970» quien muestra el silencio de traducciones
de Teócrito —a excepción de Villegas— frente a las 32 de Virgilio»
entre traducciones totales o parciales y versiones como las de Encina (p. 109). La cristianización de Virgilio le favorecía frente a
Teócrito (p. 120).
(i3) Juan Fernández de Idiáquez, en su traducción de las Églogas de
Virgilio, Barcelona, Pedro Malo, 1574 (B.N., R/8852) hace a Virgilio
deudor de Teócrito. Al principio de la Égloga II y de las otras que
siguen, recoge la usual interpretación en prosa de lo que los autores han opinado respecto a quién se esconde debajo de cada nombre.
Téngase en cuenta que las propias Bucólicas de Virgilio contenían
su propia ars poética implícita, como ha señalado Michael C.J. Putnam, Virgil's Pastoral Art Studies in the "Eclogues", Princeton y
University Press, 1970, p . 15. Véase Lucas Fernández, Farsas y églogas, ed. de María Josefa Canellada, Madrid, Castalia, 1976, p . 27ss.,
y 81, 104, 133 y 165, para los t í t u l o s , con un fino^estudio de la
lengua r ú s t i c a . En este caso, cabe recordar que la Égloga de las
grandes lluvias recoge el enfrentamiento del poeta con Juan del Encina. Canellada recoge la l i s t a de gastos para representar, en el
Corpus de 1501, la Comedia de Bras Gil y Berenguela ( i b í d . , p . 12).
En otras catedrales españolas la égloga rustica alimentó festejos
populares del Corpus, fomentando esa faceta popular del género.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
53
n o s v e n i m o s r e f i r i e n d o . L a s o b r a s cié F e l i c i a n o d e S i l v a
c o n f i r m a n a l p a s t o r en s u a m b i e n t e y con s u s r e c u r s o s
c ó m i c o s en m e d i o d e u n a n a t u r a l e z a i d í l i c a c a r g a d a d e
l i r i s m o y m u s i c a . E s a misma r u s t i c i d a d s e a l z a c o n e l
i d e a l d e l p l a t o n i s m o a m o r o s o e n e l Amadeo de Gtec¿a ( 1 5 3 0 )
y s e c a r g a de r e f i n a m i e n t o s c o r t e s a n o s en l a c u a r t a p a r t e d e l flonÁAZt dz Híquna ( 1 5 5 1 ) . Es p o s i b l e q u e , como a s e -
g u r a Sydney P . Cravens,
Silva se inspirase
— a l margen
de l o s t e x t o s l i t e r a r i o s — en e l b u c o l i s m o o c a s i o n a l de
l a s bodas d e l f u t u r o F e l i p e I I y en l a s de su hermana
María, en l a s que e l d i s f r a z p a s t o r i l quedaba d i g n i f i c a d o
h a s t a e l máximo por s u s r e a l e s u s u a r i o s , con l o c u a l e n tramos en l a r i c a c o l i s i ó n d e l a r t e p a s t o r i l con l a p r o p i a v i d a c o r t e s a n a . La mezcla de p e r s o n a j e s de d i s t i n t a s
c a t e g o r í a s s o c i a l e s rompía una vez más con e l e s q u e m a t i s mo r e t ó r i c o t r a d i c i o n a l y a s e g u r a b a l o s a l t o s v u e l o s que
e l neoplatonismo impondría a l a s novelas p a s t o r i l e s a
p a r t i r de l a V¿ana ( 1 4 ) . I d é n t i c o t r a v e s t i m o a p a r e c e en
Menóta e Ateca de Bernardim R i v e i r o y en l a Com&Ua do \JÁA\)0
de Gil V i c e n t e , donde l a p a l a b r a de s u s p a s t o r e s d e l a t a
su o r i g e n n o b l e y l a s o s p e c h a de que su c a n t o e s "cousa
t r i s t e e mais que de p a s t o r " ( 1 5 ) . La comedia b a r r o c a ,
como confirma a l a s c l a r a s Et vQAgonzo*o en potado de T i r s o
de Molina, r e c r e a r á numerosas v e c e s e s a f i g u r a d e l n o b l e
d i s f r a z a d o de p e l l i c o ,
Las m i s c e l á n e a s r e n a c e n t i s t a s o f r e c e n en s u s s e l vas e s c e n a s y c o l o q u i o s p a s t o r i l e s que como l o s de T o r quemada a b r e n caminos a l e l o g i o de l a v i d a c a m p e s t r e en
su d o b l e v e r t i e n t e de b e l l e z a y bondad. Pero s u s argumen-
(14) S . P . Cravens, o b . c i t . , p . 39 y 7 5 s s . F e l i c i a n o de S i l v a i d e n t i fico' a l p a s t o r con e l poeta y con e l músico g r a c i a s a G a r c i l a s o y a
Sannazaro. Sobre l a p o e s í a que i n s e r t a en su o b r a , véanse l a s p . 91,
110-112. Cervantes ofrece en su comedia La casa de los celos y selvas de Ardenia una c u r i o s a fusión de l o c a b e l l e r e s c o , en l a l í n e a
de Boiardo, con l o p a s t o r i l , en sus dos v e r t i e n t e s i d e a l i z a d a y r ú s t i c a , como ha señalado Jean Canavaggio, Cervantes dramaturge. Un
théàtre à naitre,
P a r i s , P . U . F . , 1977, p . 103ss.
(15) Eugenio Asensio, Bernardim Bibeiro a la luz de un manuscrito
nuevo, en Estudios Portugueses,
P a r i s , 1974, p p . 199-224, y d e l mismo,
Bernardim Ribeiro y los problemas de "Menina e Moca", en Arquivos do
Centro Cultural Portuguès,
X I I I , S e p a r a t a , p . 60.
54
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
t o s c a n t a n e s a s e x c e l e n c i a s con e l ejemplo t ó p i c o de l o s
r e y e s , e m p e r a d o r e s , p r í n c i p e s y o b i s p o s que han o f i c i a d o
de p a s t o r e s y han p r e s t a d o a l t í s i m a d i g n i d a d a l o f i c i o .
Las s e r i e s v i e n e n j u s t i f i c a d a s por l a u s u a l v e r t i e n t e
b í b l i c a y c l á s i c a en l a que I s a a c y l o s h i j o s de Jacob
caminan a l l a d o de Romulo y Remo, P a r i s y Giges o e l
mismo V i r i a t o , s i n que f a l t e l a e s p e c i e d e l p a s t o r f i l ó sofo p a r a d a r p r e s t i g i o a l e j e r c i c i o d e l p a s t o r e o ( 1 6 ) .
Pero e s Juan Pére2 de Moya en su YÁJLO^O^JJI aQ.CA<¿£a q u i e n
e n c a r n a l a i d e n t i f i c a c i ó n más a l t a d e l p a s t o r con e l p o e t a a l d i b u j a r a Apolo como guardián de l o s ganados de Admeto, l o que l o c o n v e r t í a además en r e y de g e n t e s o p a s t o r de pueblos^. Sus a r g u m e n t o s , b a s a d o s en l a a u t o r i d a d
de l a s E£óno¿og¿ao de San I s i d o r o , l e l l e v a n a que l a cons a g r a c i ó n a Apolo de l o s v e r s o s h e r o i c o s s e s i t ú e en e l
marco t e m p o r a l de su d e d i c a c i ó n b u c ó l i c a . La é p i c a s e
s u p e d i t a b a a s í , por e l s e n t i d o a l e g ó r i c o y a n a g ó g i c o de
l a f á b u l a , a l o s á m b i t o s de l a é g l o g a , cada vez más a l e j a d o s de su humilde p r o c e d e n c i a r e t ó r i c a ( 1 7 ) .
Las novelas
p a s t o r i l e s confirman plenamente e s a
i r r e s i s t i b l e a s c e n s i ó n d e l p a s t o r t r a n s f o r m a d o en p o e t a
y f i l ó s o f o , g r a c i a s p r e c i s a m e n t e a l o s e f e c t o s de l a e s c u e l a de amor que c o n v i e r t e n a l p a s t o r r u s t i c o en e l c o n t e m p l a t i v o más avezado en e l n e o p l a t o n i s m o a l uso ( 1 8 ) .
P e r o , a n t e s de e n t r a r en l a s r e g i o n e s de l a Vixx.no. y s u s
t e r r i t o r i o s a f i n e s , c o n v i e n e t e n e r en c u e n t a l a p o é t i c a
i m p l í c i t a en l a s t r a d u c c i o n e s de l a ÑidodLa. de S a n n a z a r o .
É s t a s c o n f i r m a n , c u r i o s a m e n t e , en l a p e r s o n a de s u s t r a d u c t o r e s —como o c u r r e con G a r c i l a s o — f l a f i g u r a d e l
g u e r r e r o que e n s a y a en s u s o c i o s l a d i v e r s i ó n de lo p a s t o r i l . Con Jerónimo de Urrea s e i n i c i a l a s e r i e combina-
d o ) Antonio de Torquemada, Colloquios satíricos (Marcelino Menéndez
Pelayo, Orígenes de la novela, I I , Madrid, NBAE, 1907, pp. 510-521).
El coloquio séptimo incluye una historia de amor del pastor Torcato
con una pastora llamada Belisa. Véase, más abajo, la nota 30.
(17) Juan Pérez de Moya, Filosofía secreta, Barcelona, Ed. Glosa,1977,
2 vols.; I, p . 217ss. y 233ss.
(18) Desde esa perspectiva se pueden explicar los discursos académicos de La Galatea, pongo por caso. Véase mi artículo en prensa : Topografía y cronografía en "la Galatea", en Lecciones cervantinas, 2arago ,za, C.A.Z,A.R.
TEORIA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
55
t o r i a d e l h e r o í s m o é p i c o c o n e l b u c ó l i c o , y e l l o no s o l o en e l e j e r c i c i o v i t a l , s i n o e n l o s p l a n t e a m i e n t o s l i t e r a r i o s ( 1 9 ) . Uno d e l o s t r a d u c t o r e s d e S a n n a z a r o , B l a s co de G a r a y , r e f r e n d a l a t r a d i c i o n a l c o n s i d e r a c i ó n de l o
p a s t o r i l como g é n e r o m e n o r y o c u p a c i ó n o c i o s a ; p e r o , a l
r e a c c i o n a r c o n t r a l o s medio l e t r a d u l o s que a c h a c a s e n
e n l a t r a s l a c i ó n e n p r o s a m u c h o s e p í t e t o s más p r o p i o s
d e l v e r s o , s e d e f i e n d e de s u s a t a q u e s a c o g i e n d o su l i b r o
a l p a d r i n a z g o m o r a l d e un a l t o c a r g o d e l a c o r t e y p a r t i e n d o de l a b a s e de que l o que e l l e c t o r t i e n e e n t r e
manos e s p o e s í a p r o p i a m e n t e d i c h a ( 2 0 ) . La v e r s i ó n d e S e d e ñ o d e l a A/iccuUa, a l d e s t a c a r e l g o c e d e l o s á r b o l e s e s p a c i o s o s d e l monte f r e n t e a l compuesto j a r d í n , o a l e n c a r e c e r l a b e l l e z a y l i b e r t a d d e l p á j a r o e n l a rama f r e n t e
a l que e s t á e n j a u l a d o , no h a c e s i n o a s e g u r a r l a d i g n i d a d
y s u p e r i o r i d a d d e l o r u s t i c o f r e n t e a l o c o r t e s a n o . La
c a n c i ó n t o s c a , e s c r i t a en l a c o r t e z a de l a s h a y a s , f r e n t e
a " l o s s e n t i d o s v e r s o s en l a s b r u ñ i d a s p l a n a s d e l d o r a d o
l i b r o " , a p a r e c í a como un e n c a r e c i m i e n t o c l a r í s i m o , l a
c o n f i r m a c i ó n d e q u e l a s é g l o g a s r ú s t i c a s y l a zampona d e
Coridón l l e v a b a n e l s e l l o de l a Arcadia c l á s i c a , l a aut o r i d a d d e V i r g i l i o y l a d e l ya c l á s i c o S a n n a z a r o , l o q u e
venía
a s i g n i f i c a r que su humildad e r a s ó l o a p a r e n t e ( 2 1 ) .
El c a r á c t e r a l e g ó r i c o de l a é g l o g a p e r m i t i ó b a j o
e l d i s f r a z p a s t o r i l e l e j e r c i c i o de una c u i d a d a p r o s a
(19) Rogelio Reyes Cano, La "Arcadia" de Sannazaro en España, S e v i l l a ,
1973, p . 3 9 s s . La Arcadia se t r a d u j o c u a t r o veces a l c a s t e l l a n o . La
primera vez en Toledo, en 1547.
(20) R. Reyes, i b í d . , p p . 59-60. Véase A. Egido, Las fronteras
de la
poesía en prosa en el Siglo de Oro, en Edad de 0roy I I I , Universidad
Autónoma de Madrid, 1984, p p , 6 7 - 9 5 .
(21) R. Reyes, i b í d , , p . 173. Un e s t u d i o r e c i e n t e de William J . Kennedy, Jacopo Sannazaro and the Uses of Pastoral
( U n i v e r s i t y Press of
New England, Hanover y London, 1983, p . 1 ) , s e ñ a l a que l a e l e c c i ó n
de l o p a s t o r i l por p a r t e de Sannazaro se j u s t i f i c a por t r a t a r s e de
una forma h í b r i d a que l e p e r m i t í a e l uso d e l monólogo, e l d i á l o g o ,
l a n a r r a c i ó n , l a r e f l e x i ó n f i l o s ó f i c a , e l comentario s a t í r i c o y l a
i n t e g r a c i ó n de e s t i l o s y géneros v a r i a d o s . El Renacimiento f a v o r e c i ó e l a r t e c o m b i n a t o r i o . Sobre l a mezcla de p o e s í a y p r o s a , p . 103
(según é l , s i r v e n a p ú b l i c o s d i s t i n t o s ) .
56
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
p o é t i c a y de un v e r s o q u e n i p o r e l v o c a b u l a r i o n i p o r
e l m e t r o p o d í a t i l d a r s e d e h u m i l d e . Los casos de amor
de l a VÁJOWOL i b a n " d i s f r a z a d o s debaxo de nombres y e s t i l o
p a s t o r i l " (22), como e l p r o p i o Montemayor c o n f i r m a . Y
t o d a s l a s n o v e l a s p a s t o r i l e s i m p o s t a r o n su e s t i l o h a s t a
l o s mas a l t o s v u e l o s q u e l a é g l o g a g a r c i l a s i s t a h a b í a
marcado, ampliando l a v a r i e d a d de e s t i l o s y g é n e r o s imp u e s t a por e l modelo, aunque f u e r a a r a t o s e n c u b i e r t a
con t ó p i c o s de humildad, como l a Fortuna de amoK de Antonio
de L o f r a s o (23) .
La g e o g r a f í a y e l tiempo e s t a b a n a c t u a l i z a d o s y
e s p a ñ o l i z a d o s , p e r o e l i d e a l i s m o a p a r e c í a s i e m p r e en
mayor o menor g r a d o . Cuando C e r v a n t e s p r o l o g a La GaJUxZda,
la d e s i g n a como é g l o g a , aun a s a b i e n d a s de que é l ha i n t r o d u c i d o en l a m a t e r i a i n n o v a c i o n e s de p e s o . Es c u r i o so cómo p r a c t i c a l a humildad a p a r e n t e a l a s e g u r a r que l a
poesía es e j e r c i c i o p r i m e r i z o para e n t r e n a r s e así, cara
(22) Jorge de Montemayor, Los siete libros de la Diana, Madrid, Espasa-Calpe, 1967, p . 7, con la cuidada introducción de Francisco
López Estrada que recoge aspectos básicos del problema teórico que
tratamos. Además de la bibliografía citada, véase el estudio i n t r o ductorio de Amadeu Solé-Leris, The Spanish Pastoral Novel* Boston,
Twayne, 1980- E.C. Riley, Teoría de la novela en Cervantes (Madrid,
1971, p . 215), llamo* la atención sobre la teorización retórica de
los prólogos de las novelas de Montemayor, González de Bobadilla y
López de Enciso, en la línea de Sannazaro. Todos justificaban la incursión en e s t i l o s más a l t o s que el humilde.
(23) Gaspar Gil Polo, Primera parte de Diana enamorada, Madrid, Espasa-Calpe, 1962, p. 10, ed. de Rafael Ferreres. En la "Epístola a los
lectores" el autor destaca la variedad métrica y de materia de su
obra, abundando en e l decoro de sus personajes y en la utilidad de
sus "fictiones imaginadas". En cuanto a Los diez libros de fortuna
d'amor compuestos por Antonio de lo Frasso (Barcelona, Pedro Malo,
1573), se deshace en tópicos de humildad en prólogo y dedicatoria,
incidiendo en el "baxo e s t i l o " de su obra. Claro que el autor sardo
disculpaba mejor así su e s t i l o castellano. Al final incluye el d i s curso de su vida en una Égloga entre Frexano y Claridoro (p. 211ss.),
en verso. Bernardo de Balbuena, Siglo de Oro, en las Selvas de Erífile (Madrid, Alonso Pérez, 1608; B.N. R/2831, p. 9 ) , t i t u l a de "églogas" cada uno de los capítulos en prosa y verso. También sigue en la
dedicatoria el tópico de que este género es producto de su juventud.
TEORÍA- DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
57
a l f u t u r o , e n " e m p r e s a s más a l t a s " . P e r o é l s a b e h a s t a q u é p u n t o s e e l e v ó V i r g i l i o en e l e s t i l o d e s u s é g l o g a s y c o n é l
j u s t i f i c a l a ascensión a l t e r r e n o f i l o s ó f i c o que sus p a s t o r e s
e j e r c e n más a l l á d e l a " a c o s t u m b r a d a l l a n e z a " ( 2 4 ) . D e l a s c o n t r a d i c c i o n e s e s t i l í s t i c a s y s o c i a l e s que e l c o n f l i c t o r e a l i d e a l d e l a p a s t o r i l c o n l l e v a d i o b u e n a c u e n t a C e r v a n t e s en e l
Coloquio de ¿Oò pWioò y e n e l Qu¿jote, como e s b i e n c o n o c i d o í 2 5 ) .
La r u s t i c i d a d d e l o s p a s t o r e s d e La GaZate/i e r a m e r a a p a r i e n c i a y s e b a s a b a e n un a c e p t a d o c o n v e n c i o n a l i s m o l i t e r a r i o q u e e s t a b a l e j o s d e c u a l q u i e r v e r o s i m i l i t u d q u e no
i m p l i c a s e e l s u s t r a t o n e o p l a t ó n i c o en e l q u e l a o b r a s e
s u s t e n t a b a , y aunque C e r v a n t e s i n t r o d u j o v a r i a c i o n e s s u s t a n c i a l e s respecto a sus predecesores avanzó c o n s i d e r a b l e m e n t e en e l d e s a r r o l l o d e l p a s t o r - p o e t a , m u s i c o y f i l ó s o f o , s a l i d o de l a s a u l a s , que l u e g o a p r o v e c h a r í a l a p r o s a
académica d e l s i g l o XVII.
La Attcadía. d e L o p e p o d í a c o n t e n e r a s í e l p e s o e r u d i to de l a s o f f i c c i n a e de T e x t o r , T i t e l m a n s o C a s t r i o t a y
o f r e c e r a d e m á s t o d a l a v a r i a d a gama q u e l a m a t e r i a p a s t o r i l supone con l a i n s e r c i ó n d e l c a n t o amebeo, l a e p í s t o l a , l a n a r r a c i ó n , l a d e s c r i p c i ó n , e l drama y l a e l e g í a
f ú n e b r e , a l a b r i g o , como e n l a c o m e d i a La paótosiaZ do, Jacinto,
de l a t r a d i c i ó n s e c u l a r que v i n c u l a b a e s t e c i c l o a l a
(24) Conocidas son l a s p a l a b r a s de Cervantes en La Calatea,
ed. de
Juan B a u t i s t a Avalle-Arce, Madrid, 1961, pp. 5-9 :"La ocupación de
e s c r e b i r églogas en e s t e tiempo que, en g e n e r a l , anda tan d e s f a v o r e c i d a . , . " (p, 5 y n o t a ) . Véanse también p , 6 y 8; sobre l o p a s t o r i l en
C e r v a n t e s , Juan B a u t i s t a Avalle-Arce, La novela pastoril
, cap.
V I I I , y Américo C a s t r o , SI pensamiento de Cervantes,
Barcelona-Madrid,
Noguera, 1972, p . 179ss.
(25) Miguel de Cervantes, "Novela y coloquio que pasó e n t r e Cipión y
Berganza1', Novelas Ejemplares II, ed. de Harry S i e b e r , Madrid, Cátedra,
1982, p . 2 9 9 s s . ; y Avalle-Arce, La novela pastoril,
p . 254 y n o t a .
Berganza c u e s t i o n a l a verdad de l a s h i s t o r i a s p a s t o r i l e s que había
"oído l e e r " , con r e f e r e n c i a a l Pastor de FÍlida de Luis Gálvez de
Montalvo y o t r o s momentos de l a Diana, c o n t r a s t a n d o esos c a n t o s con
e l "Cata e l lobo do va J u a n i c a " de sus amos, con t e j u e l a s y g r u ñ i d o s ,
m i e n t r a s s e espulgaban. Desmitificación de nombres y e s t i l o s de unos
l i b r o s con "cosas soñadas y bien e s c r i t a s para e n t r e t e n i m i e n t o de l o s
o c i o s o s y no verdad alguna" ( p . 309). E.C. R i l e y , Teoría de la novela
en Cervantes,
Madrid, Taurus, 1971, pp. 3 0 - 3 1 , 61 y 136-137 pássim.
58
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
tradición pastoril de la casa de Alba (26). Los pastores
se escolarizaron definitivamente en la Áccodemiú. dtgLL AticadL
a finales del siglo XVII en Roma , prestando sus visajes
al ceremonial y la máscara académicas, pero, como ha señalado W.F. King, también las academias españolas demuestran la socialización de la égloga. Las obras de Gaspar
Mercader, Gabriel de Corral o Ana Abarca de Bolea llevan
al pastor a la academia, confirmando la verdadera marca
de las disputas y juegos que los pastores habían ejercido previamente desde la Viana (27).
126) Lope de Vega, La Arcadia, ed, de Edwin S. Morby, Madrid, Castalia, 1975. Morby destaca los afanes de exactitud histórica de Lope
y sintetiza la amplia muestra de polianteas que socorren su obra.
La princeps (1598) lo subraya en el título, Arcadias prosas y versos,
señalando una mixtura que luego se ve en la confrontación Naturaleza/Arte y en la mezcla estilística. Pues en el prologo dice ser poeta
pobre y la materia, elevada ("Estos rústicos pensamientos, aunque
conocidos de ocasiones altas..-"). Son los suyos pastores que se
suben a cortesanos y filósofos y el soneto de.Marcela a Lope apunta:
"Bien hablaban entonces los pastores,/porque eran en extremo cortesanos" (ibíd., pp. 56-58). Véase Rafael Osuna, "La Arcadia" de Lope
de Vega : Génesis¿ estructura
y originalidad,
Madrid, Anejos del
BRAE, XXVI, Madrid, 1973, nota 31; y p. 191ss., sobre el uso de la
erudición en la pastoril; y p. ^3ss. , 239ss. , para la mezcla de formas y estilos de esta epitome que también contiene academias. Conviene recordar el tono paródico del tratamiento pastoril de Lope en
su comedia La Arcadia (circa,
1615, según M. Gerhardt, ob. cit., p.
158). Quevedo también se rió" de los pastores en una premá'tica y en
el Buscón, sobre todo de los que encubrían lamentos autobiográficos
bajo ese disfraz. En este sentido cabe recordar la boga del romancero pastoril, iniciado por Timoneda y cristalizado con Lope de Vega
Y Liñán en las Flores de 1589-1592, como señaló R. Menéndez Pidal»
Romancero Hispánico,
vol. II, p. 136ss.
(27) w.F. King, Prosa novelística
y academias literarias
en el
siglo
XVII, Madrid, Anejos de la RAE, X, 1963, pp. 16-17 y ll3ss. Cree,
con Avalle, que se trata de un proceso de "socialización" del tema.
El prado de Valencia de Gaspar Mercader (Valencia, 1600) está vinculada a la academia de los Nocturnos, y la Cintia de Aranjuez, de Gabriel de Corral (Madrid, 1629), a la academia madrileña de Francisco de Mendoza (aunque esta ditima desmitifica como ficticia la Arcadia de Sannazaro). En cuanto a la Vigilia
y octavario de San Juan
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
59
Las n o v e l a s p a s t o r i l e s s e d e s a r r o l l a n y c r e c e n
a l margen d e l a p o é t i c a a r i s t o t é l i c a y su i n v e n c i ó n s e
a s i e n t a en l a m o v i l i d a d d e l a é g l o g a q u e l e s p e r m i t e e n
c a d a una de e l l a s e l u s o d e l a p r o s a y d e l v e r s o , o l a
i n c l u s i ó n de n a r r a c i o n e s , d e s c r i p c i o n e s , c a r t a s y d i á l o g o s d r a m á t i c o s . C e r v a n t e s e s e l q u e más a d e l a n t a e n e l
uso r e t ó r i c o , imprimiendo innovaciones que abren e l camino d e l a n o v e l a m o d e r n a , p e r o e n v a n o b u s c a r e m o s e n e l l a s
l a p l a s m a c i ó n d e u n a s r e g l a s q u e no s e a n l a s i m p l í c i t a s .
La Viana e s e l m o d e l o y e n s u a c e p t a c i ó n o r e c h a z o s e b a san l a s n o v e l a s p o s t e r i o r e s . Todas e l l a s confirman, s i n
embargo, l a i n t e n s i f i c a c i ó n de l o s problemas e s t i l í s t i c o s r e t ó r i c o s ya a p u n t a d o s y l a v e r t i e n t e a l e g ó r i c a d e l
d i s f r a z p a s t o r i l . C e r v a n t e s conoce l a p r e c e p t i v a a r i s t o t é l i c a c u a n d o ya h a e s c r i t o La Gaíatza,
p e r o en l o s coment a r i o s de H e r r e r a a G a r c i l a s o p e r f i l a l o que e s una p o é t i c a de l a égloga y a d e l a n t a lo que l u e g o , a l a v i s t a de
l a F¿t060Ú¿a Antigua Poética d e L ó p e z P i n c i a n o e n 1 5 9 6 , l e
p e r m i t i ó una mayor c l a r i d a d y j u i c i o c r í t i c o s o b r e l o p a s t o r i l , en é p o c a s p o s t e r i o r e s ( 2 8 ) .
La p o e s í a p a s t o r i l d e e s t a s o b r a s , o l a q u e s u r g e
d e forma i n d e p e n d i e n t e en l a l í r i c a r e n a c e n t i s t a b a j o
l o s d i c t a d o s de G a r c i l a s o , remontó sobradamente su v u e l o h a s t a a l t u r a s r e t ó r i c a s q u e , a l e m p a r e j a r l a con l a
é p i c a , a s e g u r a b a n l a s f u t u r a s i n n o v a c i o n e s que Gongora
i m p r i m i r í a a l a b u c ó l i c a e n s u s p o e m a s m a y o r e s . Aun a s í
c a b e r e c o r d a r q u e l a é g l o g a en v e r s o , d e forma a i s l a d a ,
no e s t a n f r e c u e n t e e n E s p a ñ a como en I t a l i a , s i b i e n
Bautista de dofïa Ana Abarca (Zaragoza, 1679), aparece v i n c u l a d a i n directamente a l grupo oscense de Lastanosa y a l a s academias a r a g o n e s a s . La p r o p i a monja s e v i s t e de p a s t o r a Anarda en l a o b r a .
(28) E.C. R i l e y , Teoría de la novela, c i t . , p . 30 y 6 1 , asegura que
Cervantes conoció l a p r e c e p t i v a n e o a r i s t o t é l i c a despuésde La Galatea. Aun a s í l a propia evolución d e l género l e l l e v a b a a p l a n t e a m i e n t o s muy cercanos a l o s de l a Poética de A r i s t ó t e l e s . Eran i d e a s que
s e f i l t r a b a n por l a p r o p i a v í a c r e a t i v a y a m b i e n t a l , a l margen de
l a s p r e c e p t i v a s . Como e l propio Riley afirma, l a l i t e r a t u r a p a s t o r i l
r e n a c e n t i s t a c o n t r i b u y ó a l d e s a r r o l l o de l a a u t o c o n c i e n c i a l i t e r a ria.
60
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
pueden citarse los ejemplos de Montemayor, Herrera, Francisco de la Torre y Lope de Vega, entre otros (29).
A la "sublimidad" de la égloga contribuyó poderosamente la literatura a lo divino (30). En esta riquísima vertiente de la que apenas podemos trazar un esbozo
pesan razones de moral y provecho, y no solo de deleite,
como en las novelas pastoriles o en la tradición lírica.
Los denuestos en este sentido de Malón de Chaide contra
los efectos de las V¿ana6, Garcilascsy Boscanes confirman
que el aprovechamiento eclesiástico de lo pastoril iba
por otros derroteros (31). Marcel Bataillon dibujo' la
(29) Mia Gerhardlt, ob. cit., p. 168. Claro que ello no quita para
que la égloga aparezca insertada en la novela pastoril. La autora
supone que el ejemplo magistral de Garcilaso debió desalentar a algunos posibles seguidores. Inés Macdonald, La "Égloga XI" de
Garcilaso, en Elias Rivers, (ed.) La poesia de Garcilaso (Barcelona, Ariel,
1974), apunta la presencia del estilo alto, épico, en el elogio al
duque de Albav Véase ademas Inés Azar, Discurso retórico
y mundo pastoral en la "Égloga segunda" de Garcilaso,
Amsterdam, 1981, donde
replantea la debatida teatralidad de la égloga, negándola. Otra perspectiva es la de Pamela Waley, Garcilaso's
Second Eclogue is a Play>
en MLR, 72, july 1977, pp. 585-596. La polémica parte de los Comentarios de Herrera. Conviene recordar, como lo hace Waley, la particular égloga pastoril incluida en la anónima Question de amor de dos
enamorados, 1512 (B.N. US02, 11143), f. XVIIIss. (Véase supra la nota 1). La pieza escenifica lo que Flamiano y otros caballeros han
"vivido" en la novela previamente. Hay acotaciones en prosa, villancicos y al final se prolonga con una mascarada. Esta cortesanía retrata lo que muchas novelas pastoriles y La selva sin amor de Lope
confirman del papel social festivo del género.
(30) Glen R. Gale, en su edición crítica de Sebastián de Córdoba,
Garcilaso a lo divino,
intr., texto y notas, Madrid, Castalia, 1971,
analiza el proceso de los contrafacta y la huella de Sebastián de Córdoba en la cristianización de la égloga renacentista. El intento didáctico se plasma en sus églogas a lo divino. Lo fundamental es su visión negativa, desde el punto de vista moral, de la poesía de Boscán
y Garcilaso, "dañosa, sobre todo, para los mancebos y mujeres sin
esperiencia", según dice en la dedicatoria (p. 83). El nivel alegórico de las églogas queda explicado en la II por un argumento en prosa
(p. 170).
(31) Malón de Chaide, La conversión
de la Magdalena,
Madrid, Espasa-
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
61
c r i s t i a n i z a c i ó n h u m a n í s t i c a de V i r g i l i o y e l p a p e l que
e l erasmismo j u g o , a t r a v é s de V i v e s , Maldonado y o t r o s ,
en e l a s e n t a m i e n t o d e l nuevo b u c o l i s m o s u r g i d o con l a
Diana* Los e r a s m i s t a s p r e p a r a r o n además l a i m p r o n t a de l a
p o é t i c a a r i s t o t é l i c a con su búsqueda de l a m o r a l i d a d y
l a r a c i o n a l i d a d . El apoyo que d i s p e n s a r o n a l g é n e r o p a s t o r i l y a l a n o v e l a b i z a n t i n a , f r e n t e a l a n o v e l a de c a b a l l e r í a s , les hacía volver las espaldas a la inverosimil i t u d y a l r e a l i s m o c r u d o , abogando por un n a t u r a l i s m o
que d e s c u b r e l a bondad d e l hombre en c o n t a c t o con l a n a t u r a l e z a ( 3 2 ) . P e r o hay más; l a t r a d i c i o n a l f i g u r a d e l
pastor c r i s t i a n i z a d o permitía la s á t i r a r e l i g i o s a y e l
a t a q u e a l a r e l i g i ó n h u e r a . En e s a l í n e a han de s i t u a r s e
o b r a s como e l Paòtofi. Bonuò de Juan Maldonado ( B u r g o s , 1 5 3 1 ) ,
que b a j o l a p a r á b o l a e v a n g é l i c a p a s t o r i l s a t i r i z a , p o r
un l a d o , l a s l a c r a s de l a I g l e s i a y d i b u j a , p o r o t r o , un
e s p e j o d e l p r e l a d o a u t é n t i c o , d e l v e r d a d e r o p a s t o r , en
l a l í n e a marcada p o r Erasmo ( 3 3 ) .
Calpe, 1959, ed. del P. Félix García, a la zaga de De los nombres de
Cristo de Fray Luis, arremete contra esa Diana escondida en la f a l triquera de la doncellita que no va así a recogerse para pensar en
Dios ( I , pp. 25-26), Al hablar de Dios como alma del mundo c i t a r á a
Virgilio (p. 88). Sobre el Cantar de los Cantares, véase I, p. 27,
51 y 72.
(32) Marcel Bataillon, Erasmo y España, México, FCE, 1979, p. 15
(sobre Virgilio en la enseñanza humorística), pp. 651-652 (sobre los
citados Colloquios de Torquemada y el Tratado llamado el Desseoso,
vestigio primitivo del ideal p a s t o r i l ) , p. 762 (sobre Fray Luis) y
pp. 770-771 (sobre Aristóteles y el género p a s t o r i l ) . Téngase en
cuenta, por otro lado, que en los Opúsculos juveniles Erasmo había
trazado en el Plan de Estudios su consideración sobre las églogas,
dibujándolas como reflejo de la primera Edad de Oro, paradigma de
sencillez. En e l l a s , "las pasiones no tienen complejidad alguna;
deléitanse con cantarcillos y refranes sentenciosos; y creen en hechizos y agüeros" (Obras escogidas¿ Madrid, Aguilar, 1964, p. 456).
(33) M. Bataillon, i b í d . , p. 647, apunta en los Eremitae de Maldonado el gusto p a s t o r i l de tipo petrarquista que luego surgirá con la
Diana. He tenido acceso al único ejemplar existente del Pastor Bonus
(Burgos, 1531) de la Biblioteca Universitaria de Zaragoza. Una s í n t e sis de las propuestas reformistas del libro hace Eugenio Asensio en
el libro en col. con Juan Alcina Rovira, "Paraenesis ad
litteras".
62
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
En l a v e r t i e n t e a g u s t i n i a n a d e l s p o l i a r e A e g i p t i o s , l a I g l e s i a c o n t r a h i z o tempranamente l a égloga
—como a p u n t o W a r d r o p p e r — y a q u e é s t a p r e s e n t a b a m u l t i tud de a f i n i d a d e s e n t r e l o pagano y lo c r i s t i a n o . Desde
el pastor del teatro l i t ú r g i c o
y l o s c o n t r a f a c t a de Garc i l a s o de S e b a s t i á n de Córdoba cabe t o d a una s e r i e de
a d a p t a c i o n e s que s e p l a s m a r í a n en c a n c i o n e s y v i l l a n e s c a s ,
comedias y n o v e l a s p a s t o r i l e s a lo d i v i n o , que a d a p t a r í a n
e l e s t i l o profano a l o s cánones r e l i g i o s o s , aunque a v e c e s asomen c r í t i c a s q u e d e n u n c i a n l a p e l i g r o s a a d a p t a c i ó n
r e l i g i o s a d e l o p a s t o r i l ( 3 4 ) , En e s t e s e n t i d o , cabe d e s t a c a r l a i m p o r t a n c i a d e l CantaA de toó Cantonea d e S a l o m ó n ,
d e s d e e l GaAcLLooO a ¿o dív-íno a San J u a n d e l a C r u z , q u i e n
h i z o de l a f u e n t e b í b l i c a a s u n t o de " p o e s í a m í s t i c a d i v i n a " ( 3 5 ) , En e s e p r o c e s o , l a é g l o g a no s ó l o s e s u b l i m a b a
en e l a s p e c t o r e t o r i c o o s o c i a l q u e hemos v i s t o en l a l i t e r a t u r a p r o f a n a , s i n o q u e q u e d a b a t r a s c e n d e n t a l i z a d a en
su s e n t i d o anagógico.
Juan Maldonado y el humanismo español en tiempos de Carlos
V, Mad r i d , Fundación U n i v e r s i t a r i a Española, 1980 ; "La parábola evangél i c a del buen p a s t o r y d e l p a s t o r mercenario l e s i r v e de h i l o conductor y u n i f i c a d o r de l a s p a r t e s sucesivas.'Bonum e t malum pastorem
conamur e x p r i m e r e ' " ( p . 3 5 ) . Sobre l a a l e g o r í a d e l p a s t o r , del p a s t o r
a p ó s t o l y de C r i s t o , p a s t o r bonus, véase Migne, Patrología
latina3
CCXIX, Index II, De
allegoriis.
(34) B. Wardropper, ob. c i t , , p . 2 9 s s . , señala en nota l a r i c a t r a d i ción recogida en l a Patrología
latina,
XIX, pp. 533-773 de Migne s o bre l a obra de Sedulio y de F a l t o n i a Proba, c r i s t i a n i z a c i ó n de V i r g i l i o que no gustaba a San Jerónimo. Sobre e l tema, H. Jeanmaire, Le
messianisme de Virgile,
P a r i s , L i b r . Philosophique. J . Vrin, 1930. En
l a l í r i c a , fray Ambrosio de Montesinos, G a r c i l a s o , fray Luis, San Juan,
Francisco Guerrero, Soto de Rojas y la poesía t r a d i c i o n a l muestran l a
fecundidad de l a p a s t o r i l a l o d i v i n o . Góngora (como un s i g l o después
e l Padre I s l a ) s e b u r l a r á de e s t a s contrahechuras ( p . 323). Juan Baut i s t a Avalle-Arce {La novela pastoril,
p , 265ss.) apunta en cambio
que " e l racionalismo de l o s humanistas l e s hace ver con d e s a f e c t o un
género, como e l p a s t o r i l , que de intención se deshace de toda t r a b a
a c t u a l i z a d o r a " . La censura se c e n t r a a s í en l a f a l t a de verismo.
(35) Véanse B. Wardropper, ob. c i t , , p . 6 5 s s . , y l a i n t r o d u c c i ó n c i t .
de Glen R. Gale a Sebastián de Córdoba, p . 1 2 s s . ; y antes, Dámaso Alons o , La poesía de San Juan de la Cruz (desde esta ladera),
Madrid,
19if2f pp. 113-122.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
63
F r a y L u i s d e León o c u p a un l u g a r r e l e v a n t e en e l
p r o c e s o . T r a s l a s h u e l l a s d e l a Exposición
doZ Cantan, d e
A r i a s Montano, acomete e l c o m e n t a r i o y v e r s i ó n d e l t e x t o
b í b l i c o c o n t o d a s l a s c a u t e l a s , a u n q u e é s t a s no l e e x i m i e r a n , como s a b e m o s , d e l o s c o n o c i d o s p r o b l e m a s ( 3 6 ) . Su
mayor d e s a f í o c o n s i s t i ó p r e c i s a m e n t e en l a l a b o r f i l o l ó g i c a que l e l l e v ó a i n t e r p r e t a r e l s e n t i d o l i t e r a l d e l
CantaSi d& Zoo CantaAeA, o b r a q u e c o n s i d e r ó como é g l o g a p a s t o r i l en v e r s o en l a que Salomón y s u e s p o s a — c o n v e r t i d o s
en p a s t o r y p a s t o r a — d e c í a n s u s a m o r e s . Que l u e g o a n a l i z a s e b a j o l o s a m o r o s o s r e q u i e b r o s e l amor con q u e e l E s p í r i t u S a n t o e x p l i c a b a l a E n c a r n a c i ó n d e C r i s t o y e l amor
a s u I g l e s i a , no l e l i b r a b a d e l e r o t i s m o i m p u e s t o p o r l a
l e c t u r a l i t e r a l d e l t e x t o b í b l i c o . F r a y L u i s no s ó l o f i jo' e l g é n e r o p a s t o r i l d e la- o b r a , s i n o q u e a d v i r t i ó a l
l e c t o r —como h i c i e r o n l o s t r a d u c t o r e s d e l a AAcacLüi— d e
l a s n o v e d a d e s q u e l a l e n g u a d e l poema a c a r r e a b a . T a m b i é n
é l p r e t e n d i ó por encima de e l l o a s e n t a r l a " c o r t e s a n í a "
e s t i l í s t i c a y l a d i g n i d a d d e l r e y q u e h a b l a b a con l e n g u a j e d e p a s t o r e s ( 3 7 ) . La Exposición
no t e m e a c u d i r a l o s
p o e t a s p a r a e x p l i c a r l o s s í n t o m a s de l a enfermedad amoros a , aunque l u e g o j u s t i f i q u e con San L u c a s l a p a r á b o l a de
l a o v e j a p e r d i d a y o t r o s l u g a r e s d e l poema ( 3 8 ) . Lo p a s -
(36) Véase a l r e s p e c t ó l a e d i c i ó n d e l P. F é l i x G a r c í a , Obras
nas de Fray Luis de León, I3 Madrid, BAC, 1957 , p p . 47-210.
Castella-
(37) I b í d . , p . 59. El prólogo ( p . 7 0 s s . ) a l a Exposición
s i t u a l a canción como "enamorado razonamiento e n t r e d o s , p a s t o r y p a s t o r a " y d e c l a r a l a idoneidad d e l género para e x p r e s a r l a m a t e r i a amorosa. Aunque a c l a r a : "debajo de amorosos r e q u i e b r o s , e x p l i c a e l E s p í r i t u Sant o l a Encarnación de C r i s t o y e l e n t r a ñ a b l e amor que siempre tuvo a su
I g l e s i a " . Pero l o fundamental es e l p l a n t e a m i e n t o e s t i l í s t i c o y genér i c o : "en su primer origen se e s c r i b i ó en m e t r o , y es todo é l una
égloga p a s t o r i l , donde con p a l a b r a s y l e n g u a j e de p a s t o r e s , hablan
Salomon y su Esposa y algunas veces sus companeros, como s i todos fuesen gentes de a l d e a " . El f i n a l recoge e l e s t i l o en"razones c o r t a d a s
y d e s c o n c e r t a d a s " que s ó l o l i g a e l c o n c i e r t o d e l h i l o p e r s o n a l . El
t e x t o hebreo ( t a n t o s c o en su v e r s i ó n romance) " e r a todo e l bien hab l a r y toda l a c o r t e s a n í a de aquel tiempo e n t r e a q u e l l a g e n t e " . Véase
también p . 77, donde i n s i s t e en e l c a r á c t e r de é g l o g a . De nuevo apar e c e l a enfermedad de amor en l a p . 153.
(38) I b í d . , p . 77, 82, 86, 10M- y 128-129.
64
Aurora EGíDO
Criticón, 30, 1985
toril aflora constantemente en sus interpretaciones y se
muestra excelente conocedor de la tradición de la égloga
al trazar la filografía del CantaA y su decoro. El mismo
desconcierto estilístico queda explicado "porque estos
libros donde se tratan pasiones de amor o otras tales
llevan sus razonamientos o las ligaduras de ellos en el
hilo de los afectos, y no en el concierto de las palabras" (39). La rusticidad es sólo aparente, porque el
pastor-rey ha aprendido bien la elocuencia en las escuelas de amor del jardín cerrado (40). En Pe loó nombUOA de
CnÀAto, aprovecherá hasta el máximo la localización pastoril a orillas del Tormes y situará su cronographia en la
estación del amor (41). El impulso al cántico se deduce
precisamente de la situación buco'lica de la obra. Fray
Luis, que había traducido las EgtoQdò de Virgilio y los
primeros libros de las GdÓKglcOÁ, aprovecha el modelo de
la novela pastoril, sobre todo en la confluencia de los
terrenos de la poesía en prosa. Su perspectiva religiosa
no le impide seguir, sin embargo, a Horacio y a Teócrito.
El pastor se configura fundamentalmente en la tradición
del Antiguo y del Nuzvo Tzòtam&nto,
y las maravillas de la
vida pastoril se justifican, con los doce patriarcas, pero también con que "no ay poeta [...]
que no la alabe y
cante" y sobre todo Virgilio, al que no necesita nombrar
para destacar la elegancia de sus versos. Fray Luis entendía que el amor era connatural a la voz del pastor y
así lo asequra por la tradición latina y por el propio
Espíritu Santo que en los Canta/LZ6 tomo dos personas de
pastores para, "por sus figuras dellos y por su boca, hazer representación del increíble amor que nos tiene" (42).
(39) Ibíd., p. 111.
(i*0) Ibíd., p. 130. Véanse además las traducciones de las Églogas de
Virgilio en II, p, 835ss.; la paráfrasis de la Geórgica I, en 879ss,;
y Víctor García de la Concha, Fray Luis de León : "Exposición del Cantar de los Cantares"^ en Academia Literaria
Renacentista
I. Fray Luis
de León, Salamanca, 1981, pp. 171-172.
(41) Sigo la ed. de Cristóbal Cuevas, Fray Luis de León, De los nombres de Cristo, Madrid, Cátedra, 1982. Téngase en cuenta el estudio
de Julio Caro Baroja, La estación
del amor (Fiestas populares de mayo
a San Juan), Madrid, Taurus, 1979, para la localización temporal de
la obra.
(42) Marcello habla : nmas yo, como los páxaros, en viendo lo verde,
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
65
Al agustino no se le escapaba la inverosimilitud que se
deducía de las finezas amorosas en boca de toscos y rústicos; por ello Marcello explicará que "la fineza del
sentir es del campo y de la soledad" y que nadie mejor
que los pastores para el decir amoroso (43). La perspectiva era, como vemos, plenamente literaria.
Los aspectos morales de la confrontación corte/aldea le llevan a la oposición de lo lascivo y artificioso
de una con lo sencillo y puro de la otra, de forma que
Fray Luis entrevio teóricamente todos los problemas implícitos en lo pastoril de la confrontación de la Naturaleza
con el Arte. Asentó la superioridad de los pastores para
el amor y la armonía, así como para su capacidad de gobernarse comunitariamente sin reglas generales, "sino en
cada tiempo y en cada occasion ordena su govierno conforme al caso particular del que rige". Cabe así destacar la
utopía luisiana de un gobierno sin leyes ni ministros,
sólo sometido a las bondades del maestro-pastor que cuida
de su grey, la cura, la castiga y le hace música (44). En
Cristo ejemplifica Fray Luis la Arcadia y el Edén paradisiacos, fundiendo el pastor divino con el bucólico, y
asigna a su programa y a sus pastos espirituales una extensa simbologia religiosa (45).
La exegesis de fray Luis en los NomblZò y en el CantúJi dista mucho del alegorismo que imprimió Cipriano de
la Huerga, para sustraer del poema todos los resortes de
la literalidad hebrea. En las Ex.p¿anaLtLonZA buscara la verosimilitud aristotélica con particular cuidado del decoro
e impondrá' en la base dialogística del original una alta
desseo cantar o hablar" (ed. cit., p. 150). Véase la introducción de
Cristóbal Cuevas, p. 41, 95ss. y 101. La glosa de Pastor* en p. 220ss.
(43) Sobra la verosimilitud, ver pp. 222-223. La incongruencia entre
la calidad del pastor y su lenguaje se explica desde el argumento
de la superioridad moral del campo frente a la ciudad, y por considerar que la naturaleza es "una como escuela de amor puro y verdadero".
(44) Ibíd., p. 224.
(45) Ibíd., p. 230.
66
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
tensión dramática que también tienen los HottÒK&b (46).
Consiguió así un equilibrio que no alcanzaron siempre las
novelas pastoriles, como corroboran las censuras que Lope, Tirso, Agustín de Salazar y otros moldearon posteriormente sobre la égloga, sin contar con que el agotamiento del género lo hizo blanco de ataques en la sátira
quevedesca y en el romancero (47).
San Juan de la Cruz contribuyó a dar un sesgo místico a la égloga en su CdnCíco EópÁAÁAiat. Los comentarios
que añadió parten, desde el prólogo, del sentido alegórico del Cantan, asignando a pastores, majadas y otero,simbolismos correspondientes a deseos, afectos, jerarquías
y altezas divinas del alma. Pero no sólo su exegesis se
ve afectada sino su propio Cántico, que fray Jerónimo de
San José interpretaría también como égloga (48).
Fray Juan de los Ángeles muestra una amplia teorización en su ConòideAottonum SplnAMiaJUim SupeA ÍÁhnxm Cantlcc
CantLcowm Satomoniò (Madrid, 1607). En primer lugar, tratará de seguir a fray Luis en el simbolismo, asentando que
no hay en su libro palabra que no tenga significación mis*
tica y entenderá que el estilo del Cantan, es vario, pasando del epitalámíco al geórgico y al bucólico.
En cuanto Introduce, tòtoò doò amantcò zn ttiajz y
¿onma dt paóton y paòtona, y ganado*, he dice butótico, uto £ò paàtonJJL, y toda la obnxi ¿& Uümaná. bucoteca, o égloga., como £aó de IdóoúXo y VÁAQiLLo.En
(46) Víctor García de la Concha, art. cit., p. 191.
(47) Avalle-Arce, La novela pastoril_, p. 265ss. También hay que contar con la existencia de novelas pastoriles a lo divino, como las de
fray Bartolomé Ponce, Lope, etc.
(48) Vida y obras completas de San Juan de la Cruz% ed. de Crisógono
de Jesús et. al» , Madrid, BAC, 1972, p. 693ss. y 713. Y para los
problemas textuales, San Juan de la Cruz, Cántico Espiritual,
ed.
de Eulogio Pacho, Madrid, Fundación Universitaria, 1981, p. 628ss.
El comentario de la estrofa 2a homologa a los pastores con los mismos ángeles. El proceso ascencional del pastor es así evidente. Véase Fray Jerónimo de San José, Historia del venerable fray Juan de
la Cruz, Madrid, 1641, p. 277.
TEORIA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
67
cuanto ¿nüLoducz a QnÁMto t¿ a la IgloMla hablando,
dahajo de tmtd^oKaò, dz vlmb y cxmpoò, e* gzóiglco
y da labKadon.<¿¿ * ( 49)
Afirma d e l Cawta/i e l " e s t i l o p o é t i c o , y en v e r s o l í r i c o ,
y en forma de r e p r e s e n t a c i ó n o c o l o q u i o " . Acomodándose
a l e s t i l o d r a m á t i c o y a l p o é t i c o , e l Canta/L c o n f i r m a b a su
c a r á c t e r m i x t o . La a d e c u a c i ó n p a r a l a e x p r e s i ó n d e l amor
de l o p a s t o r i l e s o t r o de l o s p u n t o s t r a t a d o s p o r F r a y
Juan de l o s Angeles q u i e n d e s a r r o l l a además l a i d e n t i f i c a c i ó n que e l EvangeLLo de San Joan (XX) h a c e de C r i s t o como
P a s t o r Bonus, d e r r o t e r o é s t e que t i ñ e una a m p l í s i m a p r o d u c c i ó n de l i t e r a t u r a r e l i g i o s a que s e a l e j a de n u e s t r o s
modestos p r o p ó s i t o s ( 5 0 ) .
C e n t r á n d o n o s ya en l a p o é t i c a p r o p i a m e n t e d i c h a ,
l o s comentarios d e l Brócense apenas s i apuntan d e t a l l e s
m e n o r e s , como e l c a n t o amebeo, s o b r e e l c a r á c t e r de l a
é g l o g a ( 5 1 ) . H e r r e r a , s i n embargo, h a c e un d e t e n i d o h i s torial
encaminado a a s e g u r a r su a n t i g ü e d a d y d i g n i d a d .
Minturno g u í a s u s p a s o s i n i c i a l e s y Donato e n d e r e z a s u s
c l a s i f i c a c i o n e s . C e n t r a l a é g l o g a en l a m a t e r i a amorosa,
l a l o c a l i z a en l a Edad d e Oro y a s i e n t a s u d i c c i ó n s i m p l e ,
p e r o e l e g a n t e , con " l a r u s t i q u e z a de l a a l d e a ; p e r o no
s i n g r a c i a , n i con p r o f u n d a i g n o r a n c i a y v e j e z p o r q u e s e
t i e m p l a su r u s t i c i d a d con l a p u r e z a de l a s v o c e s p r o p i a s
a l e s t i l o " . El p r e s t i g i o de V i r g i l i o y G a r c i l a s o , de T e ó c r i t o y Mosco, a v a l a n su c a l i d a d . Es i n t e r e s a n t e r e c a l a r
en su v i s i ó n de l a p a s t o r i l t e o c r i t e a que é l c o n s i d e r a s u -
(i+9) Obras místicas del M.R.P. Fray Juan de los Angeles, Segunda Part e , ed. del P. Fray Jaime Sala y Fray Gregorio Fuentes, Madrid, NBAE,
1917, p. 2*K
(50) I b í d . , p. 181ss. La sermonística primero, las comedias de sant o s , los numerosos autos sacramentales (de Lope, de Calderón) y hasta obras de cautiverio como La gran sultana doña Catalina de Oviedo
de Cervantes recogen la afable imagen de Cristo-Pastor o glosan el
tema de la oveja perdida o de los apóstoles-pastores. Véanse, por e j . ,
Obras completas del B. Maestro Juan de Ávila, vol. I I , ed. c r í t i c a
de Luis Sala Balust, Madrid, BAC, 1953, p. 260 y 298, con el tema
de la oveja perdida, para el domingo III después de Pentecostés.
(51) Gavcilaso de la Vega y sus comentarios* Obras completas del poeta, ed. de Antonio Gallego Morell, Universidad de Granada, 1966, p276.
68
Aurora EG1DO
Criticón, 30, 1985
perada en parte por Virgilio (52). Con las Po£tíca6 de
Escalígero va trazando una historia que no olvida a Petrarca y a Boccaccio , a Sannazaro y Vida, para terminar
el panteón ilustre con el "Príncipe" de las églogas en
España, Garcilaso de la Vega, entendiendo que el toledano ha sabido conferir a la égloga la variedad estilística que le es propia y ello con la "sencillez y blandura
y propiedad de lengua que se ve en ésta. La cual se compone de odas, elegías y otras partes líricas y cosas de
tragedia y es felicemente imitada de las de Virgilio (53).
Herrera , al igual que los exégetas del CantaK da toó Canta*e¿, va más allá de la consignada dignificación estilística de la égloga para recabar su mezcla genérica y plantear asi asuntos concernientes a la poética. El alegorismo va implícito en su interpretación de los personajes,
como la tradición pedía.
La primera poética española, la de López Pinciano,
no avanza demasiado en el terreno trazado al considerar
la égloga dentro de las seis especies menores de la Po&tcCXL. Asegura que no puede compararse con la tragedia, la
comedia o la épica que hacen "libro justo", sino con
"obrillas" como la sátira, el mimo o la elegía (54), Claro que a continuación, y a cambio de no ser "grandes",
las califica de "insignes". En síntesis, esta poesía es
para Pinciano imitación de gente rustica, ejercitando
un oficio que les capacita para el canto de la égloga,
cuyo estilo es humilde, como sus metáforas, aunque éstas
(52) Ibid-, p. 454ss. La cita, en p. 456.
(53) Ibíd., p. 457.
(54) López Pinciano» Philosophia
Antigua Poética* ed. de Alfredo
Carballo Picazo, Madrid, 1973, vol. III, pp* 231-232. Poco es lo que
sobre la égloga se había dicho anteriormente en El arte poética en
romance castellano
compuesta por Miguel Sánchez de Lima, Madrid, 1580
(B.N. R/1858), quien identifica arte con preceptos (f. 5b) y cit3,
como ejemplo para una "maraña" métrica, una égloga» Lo más interesante es que con ésta engarza la breve Historia de los amores entre Celidonio y la pastora Laurina (f. 67ss.), en abreviado verso, donde
glosa el tema sanjuanista del pastorcillo muerto de amores con notables semejanzas con el místico respecto al pastor penado y que se
desmaya.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
69
son de mayor a menor, diferentes, según se apliquen a
boyerizos, ovejeros o cabreros. La nobleza del pastor
boyerizo queda así destacada por encima de la de cualquier otro personaje rústico (55). Cabe añadir además
su elogio de la agricultura. En materia métrica, le asigna los tercetos y también las octavas, sin menoscabo de
las redondillas, "que ay —dice Fadrique— una bucólica
en ellas hecha muy ilustre, y anda en nombre de Mingo
Rebulgo"(56). La cita no me parece vana y expresa no sólo la voluntad de destacar Pinciano una peculiar forma
de la égloga española frente a la Arcadia, que a ratos
cuestiona, sino la de confrontar los variados extremos
métricos entre los que circulaba. Por otro lado, y esto
me parece fundamental, Pinciano, al hablar en su dltima
epístola del teatro y los actores, hace salir por entre
cortinas uno "con hábito de pastor, el zamarro con listas doradas, y una caperuça muy galana, y un cuello muy
grande con la lechuguilla muy tiessa, que devía tener
una libra de almidón" (57). Porque aquí se demuestran
concordancias palpitantes con la citada polémica italiana en torno a 11 paòtoK F¿do, ya que Pinciano se cuestiona :"¿ qué tiene que ver un pastor con tragedia ?*' , a lo
que Fadrique apostilla que los pastores también llevaron
a Sinón ante el rey Príamo "en la acción harto grave,
que fué épica" (58). Hasta aquí hemos llegado. La égloga,
palmariamente, se alzaba desde sus bajos orígenes a los
terrenos de la épica y de la tragedia contra toda puridad aristotélica. Y en cuanto a las minucias del disfraz
del actor, su inadecuación o su inverosimilitud, Pinciano
considera esencial el ornato, el movimiento, el vulto y
el gesto, porque son los que dan vida al poema. Expira
con ello el oficio del poeta y empieza el del actor (59).
(55) Ibid., p.' 244.
(56) Ibid., vol. I, pp. 160-161. Se apoya en los Officios de Cicerón
para alabar las letras, las armas, la agricultura y la mercancía. Coloca la agricultura en el lugar más antiguo, apoyando así su prestigio. Para la métrica de la Bucólica y la cita, vol. II, pp. 291-292.
(57) Ibid., vol. III, p. 274.
(58) Ibid., III, pp. 274-275.
(59) Ibid., vol. I, pp. 281-285 y 287. Creo que Sanford Shepard (El
70
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
Pinciano atiende así a los aspectos dramáticos y
h a s t a t é c n i c o s de l a é g l o g a r e p r e s e n t a d a y l a e n s a l z a
c u a n t o puede; pero no puede e v i t a r c o n s i d e r a r l a como modo e x t r a v a g a n t e que cambia d e l g é n e r o n a r r a t i v o a l a c t i vo y a l común. La é g l o g a s e d i s t a n c i a a s í de l a comedia,
l a t r a g e d i a y l a é p i c a , que g u a r d a n s i e m p r e un modo de
i m i t a r . La é g l o g a , l e j o s de g u a r d a r o r d e n , basaba sus
e x t r a v a g a n c i a s en su p o s i b i l i d a d de cambiar de modo i m i t a t o r i o . Estamos a s í a l a s p u e r t a s de l a c o n s a g r a c i ó n de
l o s g é n e r o s mixtos que conformarán l a r e n o v a d o r a p o é t i ca b a r r o c a ; pero l a t r a d i c i ó n o b l i g a b a a l c o m e n t a r i s t a
a t e r m i n a r su d i s c u r s o s i t u a n d o l a é g l o g a f u e r a de. l o s
poemas p r i n c i p a l e s , j u n t o a l a s a t í r i c a , l a l í r i c a , e l
mimo, e l apólogo y e l epigrama ( 6 0 ) .
Luis Alfonso de C a r b a l l o en e l OUnz tíe Apo¿0, y
s i g u i e n d o e l modelo de V i r g i l i o , d i c e que " l a Égloga es
una compostura común de l a p o e s í a e x a g e m á t i c a y m i s t a y
d r a g m á t i c a : porque u n a s v e z e s s e haze i n t r o d u z i e n d o p e r sonas que h a b l e n , o t r a s vezes h a b l a e l mismo p o e t a " . El
a l e g o r i s m o queda también e x p r e s a d o , pero C a r b a l l o ve b a jo e l s i l v e s t r e manto c o s a s a l t í s i m a s , como l a s u p u e s t a
p r o f e c í a de l a venida de C r i s t o que s e a s i g n a b a a V i r g i l i o . Aconseja d i s c u r s o s p a r a é g l o g a s , y o t r a s m a t e r i a s
g r a v e s , y también l a rima encadenada { 6 1 ) . Los d e t a l l e s
d e l maestro a s t u r i a n o s o b r e l a é g l o g a no son muchos, p e ro afirman su d i v e r s i d a d g e n é r i c a y e s t i l í s t i c a , e n s a l zándola a l e q u i p a r a r l a con m a t e r i a s g r a v e s ( 6 2 ) .
Pinciano y las teorías literarias
del Siglo de 0roy Madrid, Gredos,
1970, pp. 136-14-1) desestima en exceso la aportación de Pinciano a
la teoría de los géneros menores. El ser él el primero le obligaba
a cubrir un vacío en el que no siempre era fácil romper con la t r a dición establecida. Véanse Vilanova, ob. c i t . , pp. 609-614 y R. Clements, Lopes Pinciano's "Philosophia Antigua Poética and the Spanish
Contribution to Benaissance Literary Theory, en HR, 1955, pp.48-55.
A juicio de E.C.Riley {The Dramàtic Theories of don Jusepe Antonio
González de Salas3 en HR, XIX, 1951, p . 203), la poética de Aristóteles apenas se deja t r a s l u c i r en Herrera con anterioridad al Pinciano.
(60) Ed. cit., vol. I, pp. 286-287.
(61) Luis Alfonso de Carballo, Cisne de Apolo,
ed. de Alberto Porqueras Mayo, Madrid, C.S.I.C,,1958,vol.II,p.l03;para la cita, p. 104.
(62) Ibíd.,p.l03 y 128;y véase su teoría del coloquio en II,pp.33-34.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
71
C á s c a l e s , que defendió 7 a V i r g i l i o en s u s CoAtaò
ú¿to£Óg<ÍC(Ui (63) , también s e ocupo de l a b u c ó l i c a , aunque
en t é r m i n o s poco o g i n a l e s , muy p a r e c i d o s a l o s de P i n c i a n o , como ha s e ñ a l a d o G a r c í a B e r r i o ( 6 4 ) , y s i n l a s m a t i zaciones
que Carballo
añadió s o b r e l a forma d r a m á t i c a ,
e x e g e m á t i c a y m i x t a . Creo que l a c o n s i d e r a c i ó n é p i c a de
l a é g l o g a , en l a l í n e a de M i n t u r n o , que C á s c a l e s e x p r e s a , e s un d a t o más a f a v o r de l a v a l o r a c i ó n y p r e s t i g i o
que e l tiempo l e h a b í a i d o c o n c e d i e n d o . Que a p a r e z c a en
un a r i s t o t é l i c o como e l p r e c e p t i s t a m u r c i a n o aun apoya
mas e l a r g u m e n t o .
Por o t r a p a r t e , González de S a l a s , aunque p r e o c u pado por e l g é n e r o s u b l i m e en su NUeva ¿dea dt Zo. £n.ag<¿.d¿a an¿LQUCL ( 6 5 ) , hace unas o b s e r v a c i o n e s i n t e r e s a n t e s al d i s t i n g u i r e n t r e poema n a r r a t i v o y d r a m á t i c o en l a é p i c a que
c o n v i e n e t e n e r en c u e n t a a l a h o r a de v a l o r a r ambos en
l a s é g l o g a s . La epopeya y l a t r a g e d i a s e homologan y d i ce que hubo p a r t e s de l a ICcada y de l a QdÁAQji que s e r e p r e s e n t a r o n en e l t e a t r o . E s t e a s p e c t o de l a i n t e r l o c u c i ó n
de p e r s o n a s a f e c t a , como sabemos, a l a misma e s e n c i a de
l a é g l o g a y a su c o n f i g u r a c i ó n t e a t r a l o p a r a t e a t r a l .
Como se ha s e ñ a l a d o r e c i e n t e m e n t e ,
l a t e o r í a de
(63) Francisco Cáscales, Cartas Filológicas,
Madrid, Clásicos Castellanos , ed. de Justo García Soriano» Madrid, 1961, I I , p . 23; véase
p . 192ss. para la curiosa conjunción de las viñas virgilianas con
los viñedos murcianos.
<6*+) Introducción a la Poética clasicista
: Cáscales, Barcelona, Planeta, 1975, p . 292 pássím. Antonio Vilanova, oh. c i t . , p . 627 ya destacó en Cáscales la inclusión de la égloga, la s á t i r a y la elegía
en el apartado de épicas menores. Lo más curioso es que también incluye las novelas pastoriles en la "épica".
(65) Jusepe Antonio Goncález de Salas, Nueva idea de la tragedia antigua, Madrid, 1633 (B.N.T. 1521), p . 198. Lo mismo dice en la Ilustración al libro de Poética de Aristóteles
Estagirita ( s . e . , s . a . )
(B.N. 3/60795), pp. 198-199. Y añade aquí, a propósito de la mezcla
de géneros en una obra, que Phocio "a la Historia de Heliodoro la
llamó Dramática". A propósito de la división de la poesía, Cristóbal
Suárez de Figueroa, en El Passagero, Advertencias utilissimas
de la
vida humana^ Madrid, 1617, p . 72, concibe la poesía mélica como modo
mixto que narra e imita, introduciendo al que habla, asunto básico
para la teoría de la égloga.
72
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
l a égloga t i ñ d l a polémica en torno a l a s Sol&dadzA que
Antonio de l a s I n f a n t a s d e f e n d i e r a como t a l "égloga cuya
n a t u r a l e z a i n t r o d u c e v a r i o s p e r s o n a j e s " . Las acusaciones
a Gongora iban plagadas d e l pecar por l a mezcla de e s t i los y de g é n e r o s . Cabe r e c o r d a r que también la novela
p a s t o r i l se puso en c o t e j o con l a obra de Gongora y que
Salazar Mardones i l u s t r o y defendió l a l a r g a n a r r a c i ó n
de l a "Fábula de PÍramo y Tisbe" con e l ejemplo de l a
VÁjma de Montemayor y con l a ILíada. Pero e s t o cae ya dent r o de l amplio concepto de l a t e o r í a de l a i m i t a c i ó n a r i s t o t é l i c a ( 6 6 ) . El impulso de Gongora se c l a r i f i c a a l a
luz de l a s e d i c i o n e s c a s t e l l a n a s de V i r g i l i o que r e v a l o r í z a n l a égloga a l c o l o c a r l a p a r e j a con l a s obras mayores.
La t r a d u c c i ó n de C r i s t ó b a l de Mesa es un buen ejemplo,
en e l que además vemos cómo l a d e d i c a t o r i a a l Marqués
de Priego ("Oye l a p a s t o r i l s i l v e s t r e amena") c o n t r a s t a ,
al i g u a l que l a de l a s SolzdadeA de Gongora, l a égloga
con l a é p i c a , pero para que l a segunda dejase paso a l a
primera {67) .
(66) Tomo la cita de la "Carta de don Antonio de las Infantas y Mendoza respondiendo a la que escribió a don Luis de Gongora en razón
de las Soledades*1de Ana Martínez Arancón, ha batalla en torno a Gongora, Barcelona, Bosch, 1978 (para la cita, p. 48, y p. 271, para
Salazar Mardones). También Lope acusó a Gongora de mezclar estilos
(ibíd., p. 54ss.). Andrés de Almansa y Mendoza también discute sobre
la colisión lírica-heroica en las Soledades, para concebirla como s i l va de indeterminada materia, que pide la lírica (ibíd,, pp. 31-33).
José Rico Verdu, Sobre algunos problemas planteados por la teoria de
los géneros literarios del Renacimiento, en Edad de Oro II, Universidad Autónoma de Madrid, 1983, pp.. 157-178, al tratar de los géneros
menores, se fija en la inclusión de la égloga por parte de Scalígero
y Carvallo dentro del diálogo dramático. Hace hincapié en cómo Pinciano e l é v a l a bucólica y en cómo Gongora afirmó el sentido lírico y el
lenguaje heroico de su obra. Sobre el panorama trazado, poco añade,
salvo la inclusión del mismo Gongora en el género pastoril, lo que
Diego Saavedra Fajardo incluye sobre el tema en la República Literaria,
Madrid, 1956, p. 30, 39-40 y 69.
(67) Las Églogas, y Geórgicas de Virgilio, y Rimas y el Pompeyo tragedia, Madrid, Juan de la Cuesta, 1618. Véase la aprobación generalizada del "elegante estilo" de todo el libro hecha por Luis Tribaldos,
así como la mezcla de estilos que su conjunto significa. La flauta
rustica puede a la clara trompa de alto estilo épico. Nótese la dispo-
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SÍGLO DE ORO
73
R e c a p i t u l a n d o , podemos a f i r m a r l a p o b r e z a d e n u e s t r a p r e c e p t i v a en t o r n o a l t e m a y s u t a r d í a i n c o r p o r a c i ó n ,
como o c u r r e en l o s o t r o s g é n e r o s , a l a p o é t i c a . P e r o l o s
planteamientos r e t ó r i c o s y los propiamente poéticos, i n i c i a d o s por Herrera y seguidos por P i n c i a n o , confirman, a
cambio, i d é n t i c a s c o n s i d e r a c i o n e s que en l a s p o é t i c a s i t a lianas : la verosimilitud, la imperfección y el bajo e s t i l o en l a r u e d a v i r g i l i a n a , l a c o n s i d e r a c i ó n d e g é n e r o m e n o r ,
l a s r e f e r e n c i a s a l m e t r o y s u i n c l u s i ó n como g é n e r o m i x t o .
Al l a d o , o t r o s p l a n t e a m i e n t o s q u e d a n e s b o z a d o s , como e l d e
su u t i l i d a d o p l a c e r , p l a s m a d o s , s o b r e t o d o , en l a v e r t i e n t e a l o d i v i n o . En c u a n t o a l a u d i t o r i o q u e i m p o n e s u s g u s t o s en It paòtox. FÁJÍO o e n l a c o m e d i a n u e v a d e L o p e , a q u í
a p e n a s a p a r e c e en l a m a t i z a c i ó n t e ó r i c a . C l a r o q u e s i e l
aparato
teórico
sobre
la égloga
española
no p u e d e c o m p a r a r s e con e l d e s a t a d o por D e n o r e s , G i u l i o Del Bene, G u a r i n i
o T a s s o , l a p r á c t i c a l i t e r a r i a de lo p a s t o r i l , de t a n l a r ga a n d a d u r a en E s p a ñ a , confirmo' e s o s s u p u e s t o s con l a s mej o r e s r e g l a s que son l a s que da e l u s o . La i n m u t a b i l i d a d
de l o s g r a n d e s g é n e r o s a r i s t o t é l i c o s q u e d a b a d e s c a l i f i c a da por l a p r o l i f e r a c i ó n de l o s g é n e r o s m e n o r e s , c o n v e r t i dos en o t r o s "mi.notauros de P a s i f e " como l a é g l o g a . Sin
n e c e s i d a d de p o l é m i c a s e n t r e a n t i g u o s y m o d e r n o s , l o s a u t o r e s e s p a ñ o l e s h a b í a n t r i u n f a d o en e l e j e r c i c i o d e l a r t e .
Las r e t ó r i c a s l a t i n a s o en romance a y u d a r o n a l p r o c e s o de
a f i a n z a c i o n . d e l a mezcla de e s t i l o s y de g é n e r o s m i x t o s .
Cabe r e c o r d a r a e s t e r e s p e c t o l a RetO>u.ca £e££o¿áo£¿ca de f r a y
Luis de Granada (68) . Cuando l a s p o é t i c a s a p a r e c e n , l a é g l o -
s i c i ó n {Bucólicas,
Geórgicas, Eneida) en Las obras de Publio
Virgilio
Marón, traduzido
en prosa Castellana
por Diego López, V a l l a d o l i d , F r a n c i s c o Fernández, 1600 (B.N. R/3314), con extensísimos comentarios en
p r o s a . Otro, t a n t o ocurre con l a c u r i o s a t r a d u c c i ó n d e l Licenciado
Abdías Joseph , Obras de Publio Virgilio
Marón concordado.
En latin
artificial,
en latin natural,
en lengua Castellana,
de prossa, y verso, y en notas latinas,
Madrid, Domingo García Morras, 1660 (B.N.
R/16031), quien u t i l i z a l a traducción de Fray Luis que supera — s e gún Abdías-* a l o r i g i n a l l a t i n o . Fundamental, como indicábamos, e s
e l d i s t i n t o uso de l a prosa o d e l v e r s o , o de ambos, en l a s t r a d u c c i o n e s , para entender l a pervivencia de l a égloga en l o s d i s t i n t o s
géneros.
(68) Fray Luis de Granada, Obras, ed. de José Joaquín de Mora, Madrid,
74
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
ga va h e r i d a de m u e r t e a su j u b i l a c i ó n académica o a l a
v e r t i e n t e p a r ó d i c a , aunque permanezca l a t e n t e en l a comed i a p a l a c i e g a . Las b u r l a s m o s t r a b a n su a g o t a m i e n t o y l a
v e r t i e n t e a c a d e m i c i s t a y c o r t e s a n a su consagración
intel e c t u a l y s o c i a l , p e r o también su a m a n e r a m i e n t o . E¿ pnodo
dt MOJULYÍQJJJL (1600) de Gaspar Mercader s e o f r e c e como l i b r o
c u r i o s o y con e l e g a n t e y s u b i d o e s t i l o ( 6 9 ) . La óeJLva ò<tn
amoK de Lope i n a u g u r a l a é g l o g a m a j e s t u o s a , mero p r e t e x t o
p a r a e l c a n t o , l a m ú s i c a , e l b a i l e y l a s p e r s p e c t i v a s de
l a m a q u i n a r i a de Cosme L o t t i . Como d e c í a e l p r o p i o Lope :
" l o menos que en e l l a hubo f u e r o n mis v e r s o s " ( 7 0 ) .
El j u e g o r e t o r i c o h a b í a p e r m i t i d o a l a é g l o g a l a
p o s i b i l i d a d de un a s c e n s o cada vez mayor y más r i c o . Los
a n i l l o s de l a r u e d a v i r g i l i a n a d e s p l a z a b a n a s í l a b u c ó l i ca a l a s a l t u r a s de l a é p i c a . Y s i n n e c e s i d a d de p r e c e p t o s , o mejor, c o n t r a e l l o s , l a égloga aprovechaba su c a r á c t e r mixto p a r a n u t r i r e l t e a t r o , l a p o e s í a l í r i c a , l a
1849, Los seis libros de la retorica
eclesiástica
o de la manera de
predicary
Madrid, 1849, p . 6 0 3 s s . ; véase p . 6 0 9 s s . , para l a materia
que corresponde a cada
estilo.
(69) Gaspar de Mercader, El prado de Valencia,Valencia,
Pedro P a t r i c i o
Mey, 1600 (B.N. R/1182). Véase l a aprobación de Pedro Juan Asensio.
El e s t i l o es complejo, l l e n o de h i p é r b a t o s , períodos l a r g o s y ornato
a r t i f i c i o s o . Y en cuanto a l o p a s t o r i l , encubrimiento de e n t r a d a s y
f i e s t a s c o r t e s a n a s , o r i l l a s d e l T u r i a . El propio a u t o r s e r e t r a t a como
t a l en l a o b r a , haciéndose juez de una j u s t a ; y h a s t a incluye varios
poemas de Guillen de C a s t r o , A r t i e d a , Carlos Boyl, j u n t o con premios,
carteles, etc.
(70) Lope de Vega, La selva sin amor, en Colección escogida de obras no
dramáticas de Fray Lope F é l i x de Vega Carpió, e d . de Cayetano R o s e l l ,
Madrid, 1856, p . 300ss. Se s u b t i t u l a : "Égloga pastoril,
que s e canto''
a su Majestad, que Dios guarde en f i e s t a s de su s a l u d " . Léase l a d e d i c a t o r i a a l Almirante de C a s t i l l a para l a c i t a y l o s pormenores de l a
puesta en escena q u e , con su magnificencia, r e f l e j a l a Casa de Campo,
e l p a l a c i o y e l Soto de Manzanares. Lope percibe l a incongruencia de
que l o s d i o s e s aparezcan en l a égloga ( e l l o " r e q u e r í a más d i s c u r s o que
l a é g l o g a " ) . En e l prologo en prosa a n a l i z a e l género y e l c a r á c t e r
a l e g ó r i c o , mostrando su a l t u r a a l i n d i c a r que debajo de e s t i l o p a s t o r i l hubo personas i l u s t r e s , emperadores, e t c . desde V i r g i l i o ( p . 306).
Lope ofrece una r i q u í s i m a variedad de églogas, i n c l u s o u t i l i z á n d o l a s
p a r a l a e l e g í a , como l a que dedicó a Paravicino ( p . 3 3 1 ) .
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
75
m i s c e l á n e a , l a p r o s a n o v e l e s c a y e l ancho campo de l a l i t e r a t u r a a s c é t i c a y m í s t i c a . Las marcas c l á s i c a s de l a é g l o ga f a c i l i t a b a n su i n s e r c i ó n en l a l í r i c a , en l a n a r r a t i v a
y en e l drama, ya f u e s e en e l e j e r c i c i o meramente d i a l o g a l , i n t e r l o c u t i v o , de su forma o en l a p r á c t i c a e s c é n i c a .
Conviene r e c o r d a r que a n t e s de que en España s e
a l z a s e voz a l g u n a s o b r e l a r u p t u r a de l o s g é n e r o s t r a d i c i o n a l e s , Luis V i v e s , en Vz KaXlonz diczndi, h a b í a a l z a d o l a
suya c o n t r a l o s p r e c e p t o s que r i g e n l a s r e t o r i c a s y l a s
p o é t i c a s , apoyándose en e l uso y en l a o b s e r v a c i ó n d i r e c t a de l a s o b r a s de su t i e m p o . Y a s í d i r í a :
Tampoco puede òOòtznzAòZ la antigua división dzt
<u>tULo en òubllmz, mzdlo o ínfimo, como 6l 02 tuatoAa
dz hacQJi alguna dívlòlon de I00 ciudadanos medíante
zl cznòo. LOÓ vlstfudzò dzJL ZbtlLo òon muy va/Uadaò :
una* dzpzndzn de la zlzcclón de laò palabKOò, OVIOÒ
dzl contzxto y dzl númztio, oViaò de laò faiguAaò y òche.ma&, OXAOÒ de la ¿uetza y agudeza de La aAgumznXación,
o&ux¿> dz la gfiavQÁad dz la òzntzncla : pon. conòiguizntzt no puzdzn ÒZJI ViZà loó gznzKQ* dz ZàtÀJLo, òlno lniinlXoà, pu<u bajo cada uno dz ZÒÏOÒ KZàpzcto* puzdzn
azñalaMZ mío dz &1Z0 manutioA dz zòcAlblA. y zòtoò
In^lnltoó Zòtlloò ÁJfctznmzdíQo conviene eòtudlanloò y
claòlilcaAloò poKQuz kay muckoó colonia IntznmzdLloò cntjiz zl blanco y zl nzguo... ( 71)
Los
desgajados
midad a l a
la poética
g é n e r o s m e n o r e s , c o n s i d e r a d o s como f r a g m e n t o s
de una u n i d a d s u p e r i o r , m u e s t r a n una mayor p r o x i r e t ó r i c a que l o s g é n e r o s m a y o r e s , más a f i n e s a
( 7 2 ) . "Los t i e m p o s mudan l a s c o s a s y p e r f i c i o n a r
(71) Tomo l a c i t a de l a t r a d u c c i ó n de Marcelino Menéndez Pelayo,
Historia
de las ideas estéticas
en Españay Madrid, C . S . I . C , 1974,
v o l . I , p . 6 3 1 . Vives también se opone a l a d i s t i n c i ó n e n t r e poesía
y prosa y c r e e que Platón es p o e t a , aunque en p r o s a . Menéndez Pelayo
hace h i n c a p i é en l o s ataques de Vives contra l a r e t ó r i c a t r a d i c i o n a l .
Éste consideraba l a r e t ó r i c a como una d e r i v a c i ó n de l o s e s t u d i o s f i l o sóficos .
(72) E. Lausberg, Manual de retorica
literaria,
Madrid, Gredos, 1967,
v o l . I I , p . 510, s e ñ a l a l a c o i n c i d e n c i a de l o s géneros menores con l o s
p r a e x e r c i t a m e n t a y apunta su proximidad a l a r e t o r i c a , f r e n t e a l o s
76
Aurora EGIDO
Criticón, 30, 1985
l a s a r t e s " , como d e c í a C e r v a n t e s en Et ftifalàn dlchoòO. Antes
que l a comedia nueva, l a é g l o g a , en s u s r i c a s y m ú l t i p l e s
v a r i a n t e s , mostró s u s c a p a c i d a d e s p a r a d e s a r r o l l a r s e a l
margen de l a Poética de A r i s t ó t e l e s .
•
EGIDO, Aurora. "Sin poética hay poetas"» Sobre la teoría de la égloga en el Siglo de
Oro. En Criticón (Toulouse), 30, 1985, pp. ^3- 77.
Resumen. El título de la ponencia viene a cuento, en su primera parte, de una frase
de López Pinciano, sacada de su Philosophía Antigua, en la que defiende que la poesía,
como la retórica y otras artes, puede surgir al margen de las reglas marcadas por el
Arte. Y así se cumple fielmente en el campo teórico y en la práctica de la églgoa,
cuya preceptiva implícita se desarrolla mucho antes de la tardía incorporación de España a las poéticas renacentistas propiamente dichas. Se trata, en fin, de explicar
la trayectoria de tales formulaciones empíricas; y para ello, se rastrean las opiniones vertidas al respecto en los prólogos y en los textos —teatrales, poéticos, misceláneos, e t c * — de la literatura áurea, asi como en las primeras traducciones de Virgilio y Sannazaro al castellano, buscando los hilos conductores que permitan una valoración conjunta de la estimación de la égloga en su vertiente religiosa y profana.
Mas allá de los marcos estilísticos y genéricos, la égloga mostró su polimorfismo y su capacidad de cambio, ajustándose a las leyes marcadas por el uso y
despreciando el confinamiento que, como género menor y de condición fragmentaria, le
asignaban la retórica y la poética clásicas.
Résuaé. La poésie, comme la rhétorique et d'autres arts, peut — s i l Y on en croit la
phrase de López Pinciano qui sert de titre à cette coamunication— surgir en dehors
des regles fixées par l T Art. C'est ce que montre, sur le plan théorique et sur le plan
pratique, le cas de l f églogue,dont les normes implícites prennent corps bien avant la
tardive adhesión de TEspagne aux arts poètiques de la Renaissance proprement dits.
Pour retracer I'histoíre de ees formules empiriques, on a recherché les
jugements émis dans les prologues et dans les textes (théatre, poésie, miscellanées,
etc.) du Siècle d'Or, ainsi que dans les premieres traductions en castillan de Virgile et de Sannazaro. Ont été ainsi dégagées les lignes directrices permettant d T avoir
une vue d'ensemble de l'églogue, qu'elle soit religieuse ou qu'elle soit profane.
géneros poéticos mayores, "obras poéticas (opera) basadas en si mismas".
TEORÍA DÉ LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO
77
L'églogue apparaít alors,par-dela le cadre des styles ou des genres, comme dotée dfun polyroorphisme certain, cette faculté d'adaptation aux exigences de l'usage la faisant sortir du role mineur et fragmentaire que lúi assignaient la rhétorique
et la poétique clàssiques.
Simary. Poetry, as rethoric and other arts, tnay, according to the words of López
Pinciano which entitle this article, appear independently from the rules established
by Art. This is obvious in the case of eclogue both from a theoretical and a practical point of view : this is due to the fact that implícit rules of eclogue take shape long before the late adoption by Spain of the poetical arts of the Renaissance.
In order to trace again the history of empiric formula, an analysis of
various approaches and views present in prologues and textes (theatre, poetry, miscellanea) of the Golden Age as well as in the first castilian translations of Virgile and
Sannazaro has been carried out. On the basis of this work, a general outlook of religious and profane eclogue is proposed.
The eclogue then appears, outside the tradítional classificatíon of literary styles and genres, as endowed with a definite polymorphic quality, since, through
such a capacity to meet the changing requirements of usage, it moves far beyond the
boundaíres of the winor part in which it had been confined by classical rhetoric and
poetry.
Palabras clave : Poética renacentista y barroca, ffgloga. Género pastoril.
Descargar