título xxiii - Antorcha.net

Anuncio
TÍTULO X X I H —De.
la
venta.
P. ¿Qué es v e n t a ?
R. L a v e n t a es u n c o n t r a t o p o r e l c u a l u n o d e l o s c o n t r a t a n t e s oblígase á e n t r e g a r á o t r o u n a cosa, y e l o t r o a p a g a r l a .
P r o d u c e d o s a c c i o n e s d i r e c t a s : la u n a l l a m a d a venditi
ó ex vendito, c e d i d a a l v e n d e d o r , y l a o t r a l l a m a d a empti ó ex
empto,
dada al comprador.
P. ¿Cuándo q u e d a p e r f e c t o este c o n t r a t o ?
R. Q u e d a p e r f e c t o d e s d e q u e so h a c o n v e n i d o e n l a cosa y
o! p r e c i o , a u n q u e l a cosa n o se h a y a e n t r e g a d o n i e l p r e c i o
satisfecho.
C o n t o d o , después d e . J u s t i n i a n o , c u a n d o se contrató c o n i n tención de r e d a c t a r después u n a e s c r i t u r a de v e n t a , e l c o n t r a t o n o está p e r f e c t o h a s t a q u e aquélla se l i a e x t e n d i d o d e b i d a m e n t e . H a s t a e n t o n c e s , l a v e n t a n o e x i s t e a ú n : cada u n o p u e d e c a m b i a r d e intención y d e s d e c i r s e i m p u n e m e n t e .
P . ¿Quid juris
c u a n d o se h a n d a d o a r r a s ?
R. E n e l a n t i g u o d e r e c h o , las a r r a s e r a n sólo u n a seúal y
u n m e d i o de p r o b a r u n c o n t r a t o y a f o r m a d o
[argumentum
einptionis
venditioiiis;
G a y o , I H , § 1 3 9 ) ; y u n o d e los c o n t r a -
íantes n o podía, a u n r e n u n c i a n d o á l a s a r r a s ó á s u v a l o r , r e t r a c t a r s e d e l a v e n t a e n q u e había c o n s e n t i d o .
Según u n a constitución d e J u s t i n i a n o , l a s a r r a s t o m a r o n e l
carácter d e u n a m u l t a ; d e s u e r t e q u e c a d a p a r t e se p u e d e r e t r a c t a r : el c o m p r a d o r p e r d i e t i d o las a r r a s , y el v e n d e d o r v o l v i e n d o e l d o b l e (1 ¡.
P. ¿Puédese d e j a r , en u n a v e n t a , e l p r e c i o a l a r b i t r a j e d e
u n tercero?
fi. Sí, señor. E l p r e c i o d e b e s e r c i e r t o , e n e l s e n t i d o d e q u e
la c o n v e n c i ó n n o sería o b l i g a t o r i a si u n a de l a s p a r t e s f u e r a
l i b r e p a r a d e t e r m i n a r a r b i t r a r i a m e n t e lo q u e debía p a g a r ó
r e c i b i r . Mas la obligación n o e x i s t e m e n o s c u a n d o se d e j a q u e
señale e l p r e c i o u n t e r c e r o ; e n t o n c e s es sólo c o n d i c i o n a l : la
v e n t a será p e r f e c t a si ei t e r c e r o hace i a estimación, y n u l a , si
n o p u e d e ó no q u i e r e h a c e r l a . T a l e r a e l p a r e c e r d e los P r o culeyanos, adoptado por Justiniano.
P. ¿En qué d e b e c o n s i s t i r e l p r e c i o ?
I I . E l p r e c i o d e b e c o n s i s t i r e n m o n e d a . C u a n d o se d a u n a
cosa p o r o t r a , no h a y v e n t a , s i n o p e r m u t a .
P. ¿.Ha s i d o c o n t r o v e r t i d o este p u n t o ?
R. Sí, señor: h a s i d o o b j e t o de l a r g a s d i s c u s i o n e s e n t r e los
S a b i n i a n o s y los P r o c u l e y a n o s ; p e r o l a opinión d e l o s últimos
h a p r e v a l e c i d o . Próculo hacía v a l e r p r i n c i p a l m e n t e i a c o n s i d e ración d e q u e , c u a n d o se d a u n a cosa p o r o t r a , n o se sabe
cuál es la q u e f o r m a el p r e c i o d e l a r e s t a n t e , y , p o r c o n s i g u i e n t e , cuál es el c o m p r a d o r y cuál e l v e n d e d o r . I m p o r t a ,
c o n t o d o , d i s t i n g u i r l o s , p o n j u e sus o b l i g a c i o n e s n o son l a s
m i s m a s . E l c o m p r a d o r debe hacer al vendedor p r o p i e t a r i o d e l
p r e c i o ; m a s e l v e n d e d o r no está p r e c i s a m e n t e o b l i g a d o á t r a n s f e r i r l a p r o p i e d a d d e l a cosa v e n d i d a a l c o m p r a d o r ; d e b o e n t r e g a r l a c u a n d o ha i ' e c i b i d o s u p r e c i o , y si es s u p r o ] ) i e t a r i o ,
e s t a e n t r e g a t r a n s f i e r e la p r o p i e d a d a l c o m p r a d o r ; p e r o si n o
l o es, s u obligación c o n s i s t e s o l a m e n t e e n h a c e r (|ue t e n g a l a
cosa e l c o m p r a d o r (2) [ut hahere liceat. L . 3 0 , § 1, f i . de act.
{!)
Sigo la explicación de M . Ducaurroy, núm. 1.036. V i n n i o y Pothier interpret a n de u n modo diferente la constitución de J u s t i n i a n o . Distinguiendo dos especies
de arras, de las que una serviría para i n d i c a r una venta perfecta, mientras que l a
otra seria una especie de pena contra el que rehusaría concluir una venta aún imperfecta, es decir, una venta que debiendo reducirse áescrítura no ioliabíasídoaón, estos comentadores no permiten desobligarse, perdiendo las arras ó su valor, más que
en el segundo caso. Mas esta interpretación no puede acomodarse con nuestro texto,
donde Justiniano declara que lo que dice de las arras se aplique á todas las ventas
indistintamente (sive ímcriptis aive sine scriptis cclehrata, pr.)
(2) E n hacer \¡Í prestación. (Y. la nota 4 del t i t . X I I I , i i b . I I I . ) — S i l a venta hab l a ocasionado la obligación de transferir la propiedad (daré), los fondos p r o v i n -
emp.), es d e c i r , e n hacérsela p o s e e r s i n turbación y e n g a r a n t i r l a de t o d a e v i c c i ó n ( 1 ) .
P. La p r o p i e d a d d e la cosa v e n d i d a p o r s u v e r d a d e r o d u e ño, ¿no se t r a n s f i e r e , p o r t a u t o , a l c o m p r a d o r p o r e l solo efecto de l a v e n t a ?
U . N o , señor: es m e n e s t e r , a u n q u e b a y a s i d o e n t r e g a d a ,
q u e e l c o m | ) r a d o r h a y a p a g a d o el p r e c i o , ó d a d o u n a s a t i s f a c ción c u a l q u i e r a a l v e n d e d o r . ( V . I i b . I I , tít. I.) La posesión es
ia q u e c o n d u c e á l a p r o p i e d a d ; l a v e n t a p e r m i t o sólo e x i g i r
q u e se nos p o n g a e n posesión (2).
P. ¿Quién r e s p o n d o d e los p e l i g r o s d e la cosa v e n d i d a ?
R. R e s p o n d e el c o m p r a d o r d e s d e e l m o m e n t o e n q u e l a v e n t a es pei-fecta, a u n c u a n d o , n o h a b i e n d o s i d o p u e s t o e n p o s e sión, no es todavía p r o p i e t a r i o . Soportará, p u e s , t o d o s los d e t e r i o r o s o c u r r i d o s p o r caso f o r t u i t o , así c o m o se a p r o v e c h a r á d e
los a l u v i o n e s ó d e o t r o s a u m e n t o s s e m e j a n t e s . S i la cosa l l e g a
á p e r e c e r , p e r e c e p a r a él, y está o b l i g a d o á e n t r e g a r e l p r e c i o , a u n q u e no h a y a r e c i b i d o la cosa (3).
P. L o q u e se acaba d e d e c i r , ¿se a p l i c a e x c l u s i v a m e n t e a l
caso e n q u e la cosa p e r e c e p o r caso f o r t u i t o ?
R. Sí, señor, p o r q u e el v e n d e d o r está o b l i g a d o á p r o c u r a r
l a c on s e r v a c i ó n de la cosa, y e m p l e a r c o n este pro pó s i t o t o d o s los c u i d a d o s d e u n b u e n p a d r e de f a m i l i a . R e s p o n d e r ,
p u e s , d e ia pérdida ó d e los d e t e r i o r o s o c u r r i d o s p o r s u c u l p a ;
ciales no h u b i e r a n podido ser por el antiguo derecho objeto de u n a venta. No ocasionando más que la obligación de hacer poseer, era de derecho de gentes y a p l i cábase aun intcrnon cíves á toda clase de objetos.
(1) Por el contrario, en la p e r m u t a cada parte debe t r a n s f e r i r la propiedad a l
otro. L a permuta difiere, por o t r a parte, de la venta en muchas cosas; no es más
que u n pacto nudo mientras una de las partes no ha ejecutado por la suya l a convención; sólo entonces la p e r m u t a se convierte en u n contrato innominado. Obsérvese que el que ha entregado su cosa no puede pedir que el otro entregue l a que h a
prometido; puede sólo pedir l a que le ha dado por la comliction, ó daños y perjuicios
por la acción prcescripHs verbis.
(2) Resulta, pues, que si la cosa es vendida á u n segundo comprador y le ha sido
entregada, éste es el que se convierte en propietario de eila. Mas el vendedor que
so puso así en l a i m p o s i b i l i d a d de entregar la cosa al p r i m e r comprador, será condenado á pagarle los daños é intereses.
(3) E n efecto, la pérdida de l a cosa vendida destruye la obligación de entregarla, por ser imposible su c u m p l i m i e n t o ; pero no influye nada sobre la obligación de
pagar el precio: esta obligación no queda sin objeto, porque el precio no puede perecer, porque no consiste en u n cuerpo determinado, sino en u n valor numérico.
Así, como nota Pothier, venta, núm. 408, la regla res pertt domino no es exacta
cuando se opone el propietario deudor de l a cosa a l acreedor que tiene una acción
p a r a hacérsela entregar; en este caso, ia cosa perece para e l acreedor más bien que
liara el propietario que queda l i b r e . i,V. I i b . I I I , tít. X I V . )
r e s p o n d e r tanil)iún do l o s o c u r r i d o s p o r caso f o r t u i l o , si h.djía
l o m a d o s o b r e s i l o s riesgos ( S Í cuslodiam
susceperit),
ó si b a hía d e m o r a d o l a e n t r e g a . Por lo d e m á s , a u n en e l caso de q u e
( j i i e d a r a e x e n t o de, t o d a r e s p o n s a l h l i d a d , el v e n d e d o r q u e c o n tinúa s i e n d o p r o p i e t a r i o hasta la e n t r e g a , d e b o c e d e r a l e o n i |)rador t o d a s las a c c i o n e s q u e podría t e n e r s o b r e l a cosa ó
p o r causa d e e l l a , c o m o l a r e i v i n d i c a c i ó n , la condición f u r t i v a , l a s a c c i o n e s furti
y daiuiii
injui'in',
que compelían, la
p r i m e r a c o n t r a e l l a d i ó n , y l a s e g u n d a c o n t r a los a u t o r e s d e
c i e r t o s d a n o s . ( V . I i b . I V , títs. I y I V . )
P. ¿Puede h a c e r s e l a v e n t a c o n d i c i o n a i m o n t e ?
R. Sí, señor: p o r e j e m p l o , se p u e d e c o n v e n i r e n q u e n o
haltrá v e n t a l i a s l a q u e la cosa c o n v e n g a a i c o m p r a d o r e n u n
p l a z o d e t e r m i n a d o (1). La v e n t a n o es p e r f e c t a , n i c o r r e e l
c o m p r a d o r los r i e s g o s de l a cosa b a s t a e l c u m p l i m i e n t o d e l a
condición.
P.' ¿No se añaden á l a v e n t a f r e e u e n t e m o n t c c i e r t o s p a c t o s ?
R. Sí, señor (V. I i b . I I , tít. I I I , y l i b . I I I , t i l . X X Í I ) : t a l e s
son los p a c t o s l l a m a d o s in diem addictio,
lex commissoria,
etc.
E l in diem addictio
es u n a c o n v e n c i ó n p o r l a c u a l e l v e n d e d o r
se r e s e r v a l a f a c u l t a d d e a n u l a r la v e n t a s i e n u n p l a z o d e t e r m i n a d o h a l l a ocasión d e u n t r a t o más v e n t a j o s o p a r a él. P o r
la Icx commissoria
se c o n v i e n e q u e e l v e n d e d o r podrá h a c e r
c o n s i d e r a r la v e n t a c o m o n o r e a l i z a d a , s i n o se h a p a g a d o el
p r e c i o en t a l época ( 2 ) . E n estos dos casos, la v e n t a es p u r a y
s i m p l e ; su resolución es lo c o n d i c i o n a l .
P. ¿Qué cosas p u e d e n ser o b j e t o do u n a v e n t a ?
R. T o d a s las cosas C|ue están en el c o m e r c i o , p e r t e n e z c a n ó
n o a l v e n d e d o r (3), p u e d e n ser o b j e t o d e u n a v e n t a . Se p u e d e
v e n d e r u n a co.sa f u t u r a y también u n a e s p e r a n z a , c o m o l a
pesca q u e se c o n s i g a .
P. ¿Es s i e n q i r e n u l a la v e n t a d e u n a cosa q u e n o está e n e l
c o m e r c i o , por e j e m p l o , de u n h o m b r e l i b r e , de u n l u g a r s a grado?
R. N o es e n t e r a m e n t e n u l a s i n o c u a n d o e l c o m p r a d o r sabía
(1) Jiitra certnm Umpm, § 4. Ep preciso que este tiempo sea limitado; de otra
manera la ejecución de la convención dependería absolutamente de l a voluntad del
comprador y no habría obligación.
(2) Sin esta convención el vendedor no podría nunca rehusar la entrega de la
cosa al comprador que en cualquier tiempo ofreciese su precio. (L. 8, C. de oont.
imp.)
(3) L a venta de una cesa de otro es válida entre los contratantes. Sígue-se de
aquí que el comprador que fuese desposeído podría hacerse indemnizar por el vendedor. Mas esta venta no excluye el derecho del verdadero propietario, que puede
reivindicar la cosa sobre el comprador si no ha sido objeto de la usucapión.
q u e ]a cusa e s t a b a f u e r a d e l c o m e r c i o . ( L . 7 0 , ff. de evict.)
De
lo c o n t r a r i o la v e n t a es válida e n el s e n t i d o d e q u e e l c o m p r a d o r t i e n e c o n t r a e l v e n d e d o r l a acción e.r, emplo,
no para h a c e r s e e n t r e g a r l a cosa, s i n o p a r a o b t e n e r u n a indemnización
e q u i v a l e n t e a s u interés e n t e n e r l a cosa.
Descargar