2Reis

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2 REIS
Introdução
Esboço
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
INTRODUÇÃO
Título. Os livros atualmente conhecidos como I e II Reis foram
assim intitulados por causa do seu conteúdo. Na Septuaginta (a versão
grega do V.T.), o original dos Reis Hebreus é considerado como uma
continuação do material contido no livro de Samuel. Está dividido em
duas partes e é intitulado Terceiro e Quarto Reinos. Jerônimo, embora
retendo esta divisão na sua Vulgata, chamou as duas partes de,
simplesmente, O Livro dos Reis.
Os dois livros formam obviamente um todo, cobrindo a história de
Israel, desde a monarquia do período de Salomão até a dissolução da
nação sob o reinado de Zedequias. Trata da sorte da nação de Israel sob a
aliança com o Senhor, destacando os pecados dos reis que violaram a
aliança e deram lugar à deportação de Israel e Judá.
Data e Autoria. II Reis termina com a soltura de Joaquim de sua
prisão de trinta e sete anos - cerca de 562/561 A.C. O livro não poderia
ter sido completado antes dessa data, nem muito depois de 536 A.C., o
ano do retorno da Babilônia, uma vez que nada fala sobre esse
acontecimento. Considerando que este livro é uma unidade e não o
produto de diversos autores em datas sucessivas, deve ser datado do
período de cerca de 562-536 A.C.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
2
Uma vez que a soltura de Joaquim só teria significado para os
judeus em cativeiro na Babilônia, podemos concluir que I e II Reis foram
escritos por algum judeu cativo vivendo na região da Babilônia.
Fontes. O autor declara explicitamente que obteve o seu material
de: 1) Atos de Salomão (I Reis 11: 41). 2) Crônicas dos reis de Judá (por
exemplo, I Reis 14:29), e crônicas dos reis de Israel (por exemplo, I Reis
14:19). As fontes da história dos reis de Judá nunca estão misturadas
com as da história dos reis de Israel. Portanto, sabemos que cada um dos
acima citados eram documentos separados e distintos. As citações dessas
obras mostram que continham muito mais material do que está contido
em Reis.
Citam-se autores específicos das fontes de primeira mão nos paralelos
entre I e II Crônicas: Natã, o profeta, Aias, o silonita e Ido (II Cr. 9:29) ;
Semaías, o profeta e Ido, o vidente (II Cr. 12:15); Ido, o profeta (II Cr. 13:22);
Isaías, o profeta (II Cr. 26:22; 32:32); Jeú (I Reis 16:1). Sendo as fontes,
portanto, material considerado estritamente profético, não simples anais,
temos aqui um registro sem rodeios dos feitos dos reis. Nenhum secretário real
teria tido a coragem de publicar tais fatos incriminadores sobre Davi ou
Jeroboão I, conforme apresentados aqui.
Alvo e Propósito. Embora a preocupação principal do autor fosse a
monarquia davídica, trata primeiro de um assunto de interesse
secundário – o reino de Israel. Então retorna à narrativa da monarquia
davídica. Embora o povo conhecesse as fontes proféticas dessa história,
elas eram demasiado numerosas, volumosas e embaraçadas para
revelarem rapidamente a vontade de Deus ao povo; por isso foi escrito o
livro dos Reis.
Usando trechos extraídos de diversas fontes, o autor desenvolve a
história da nação eleita em relação à aliança de Jeová (Êx. 19:3-6). Não
devia haver outro deus além do Senhor (Êx. 20:2-6). A idolatria e a
adoração de imagens foram consideradas nesses livros como o pior de
todos os pecados, os quais, continuados e repetidos, provocaram a
deportação de Israel. A linguagem desses livros pode-se dizer que é
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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"deuteronômica" porque Deuteronômio fala de maneira muito
semelhante contra os mesmos pecados condenados em I e II Reis. O
autor de Reis apresenta a história de Israel e Judá aos cativos, para lhes
ensinar que o único caminho para a liberdade é arrepender-se da
idolatria, voltar para Deus, guardar a aliança e confiar nas promessas
divinas. Procura despertar neles uma convicção da verdade deste ensino
e fortalecê-los nesta convicção.
Quanto à aliança, os profetas foram mensageiros divinos que
lembravam ao povo as suas provisões referente a mesma, e Seus
instrumentos para superintenderem o cumprimento dela. Era sua missão
procurar, por meio de advertências, ameaças e promessas, que o povo se
mantivesse apegado à ela (cons. Jr. 7:13; 11:1-8). Nestes livros, os reis são
declarados bons ou maus conforme se apegavam ou se afastavam da
aliança.
Antecedentes Históricos. Os israelitas foram o primeiro povo da
antiguidade a desenvolver uma verdadeira historiografia. Outras nações,
tais como a Assíria, a Babilônia e o Egito, compunham anais, mas
somente os heteus entre as nações gentias tentaram registrar sua história.
No tempo de Davi o poder do Egito já decrescera e a Assíria trilha
se enfraquecido; portanto, em ambas as fronteiras de Israel, havia nações
impotentes. Contudo, a Assíria logo despertou sob o reinado de TiglatePileser III (também chamado Pul, II Reis 15:19; 745-727 A.C). Em 721
A.C. a Samaria caiu sob o ataque de Salmaneser e Sargão. Mais tarde,
sob a liderança de Senaqueribe, a Assíria invadiu Judá e tomou muitas
cidades, mas não conseguiu tomar Jerusalém por causa da ameaça do
Egito na retaguarda. Esaradom e Assurbanipal estenderam a hegemonia
da Assíria até o Egito.
No tempo de Josias, Faraó Neco subiu para ajudar a Assíria contra a
Babilônia e Carquemis, mas os dois aliados foram derrotados. Logo
após, o vitorioso Nabucodonosor invadiu a Palestina e no seu terceiro
ataque contra Jerusalém, saqueou e destruiu a cidade, levando o povo
para o último cativeiro (586 A.C.).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
4
Cronologia. O leitor deve consultar as seguintes publicações sobre
a cronologia do período de I e II Reis: BASOR, 100 (Dez. 1945); 130
(Abril, 1953); 141 (Fev. 1956); 143 (Out. 1956); E.R. Thiele, The
Mysterious Numbers of the Hebrew Kings (Chicago, 1951); E.R. Thiele,
"The Question of Co-regencies Among the Hebrew Kings", A Stubborn
Faith, ed. E.C. Hobbs (Dallas, 1957).
ESBOÇO
I. Fim do Ministério de Elias até Jeú – 1:2 – 9:10.
1. Fim do ministério de Elias até sua transladação. 1:2 – 2:11.
2. Apresentação de Eliseu. 2:12-25.
3. Expedição de Jorão contra Moabe. 3:1-27.
4. Ministério profético de Eliseu. 4:1 - 8:15.
5. Reinados de Jorão e Acazias em Judá. 8:16-29.
6. Jeú, rei de Israel. 9:1-10.
II. Desde Jeú até a destruição de Israel. 9:11 - 17:41.
1. O reinado de Jeú. 9:11 - 10:36.
2. Atalia de Judá. 11:1-20.
3. Judá sob o governo de Joás. 11: 21 - 12: 1.
4. Israel sob o governo de Jeoacaz e Joás. 13:1-25.
5. Judá sob o governo de Amazias e Azarias. 14:1-22.
6. Reinado de Jeroboão II sobre Israel. 14:23-29.
7. Reinado de Azarias sobre Judá. 15:1-7.
8. Reinados de Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías e Peca
em Israel. 15: 8-31.
9. Judá sob o governo de Jotão e Acaz. 15:32 - 16:20.
10. Destruição e cativeiro de Israel. 17:1-41.
III. O reino de Judá até a destruição final da nação de Israel.
18:1 – 25:30.
A. O reino sob o governo de Ezequias. 18:1 - 20:21.
1 . Reformas de Ezequias. 18:1-1 2.
2. Livramento das duas invasões de Senaqueribe. 18:13 - 19:37.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
3. A doença e a restauração de Ezequias. 20:1-11.
4. A embaixada de Merodaque-Baladã. 20:12-19.
5. A morte de Ezequias. 20:20, 21.
B. Os reinos de Manassés e Amom. 21:1-26.
1. A iniqüidade e morte de Manassés. 21:1-18.
2. Os pecados e a morte de Amom. 21:19-26.
C. Reforma em Judá e Israel sob o governo de Josias.
22 :1 – 23:30.
D. Os últimos dias de Judá. 23:31 - 25:26.
1. Reinado e deportação de Jeoacaz. 23:31-34.
2. O reinado de Jeoaquim e a invasão de Nabucodonosor.
23:3.4 – 24: 7.
3. O reinado de Joaquim e seu cativeiro. 24: 8-16.
4. Reinado de Zedequias. 24:17-20.
5. Cerco e queda de Jerusalém. 25:1-21.
6. Gedalias, o governador fantoche. 25:22-26.
E. Epílogo. A soltura de Joaquim. 25:27-30.
5
I. Fim do Ministério de Elias até Jeú – 1:1 – 9:10.
2 Reis 1
1:1. Revoltou-se Moabe. Este versículo ficaria melhor em I Reis
22:51-53, dando uma conclusão à passagem. Era muito comum que, com
a morte de um monarca reinante, houvesse uma revolta. Mesa, o rei de
Moabe, conforme descobertas arqueológicas, deixou uma inscrição
(conhecida por Pedra Moabita), descrevendo sua revolta triunfante
contra Acabe por causa da "opressão" do rei israelita sobre Moabe.
1) Fim do Ministério de Elias até Sua Trasladação. 1:1 - 2:11.
Esta seção, que inclui a narrativa da tentativa do Rei Acazias de
prender Elias e a morte do rei, ensina diversas lições importantes. Mostra
que é fatal abandonar a Deus, que é necessário honrar o seu profeta e que
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
6
o poder e proteção só se encontram na obediência à palavra profética
dada por Deus.
2. Acazias . . . adoeceu. A doença de Acazias foi provocada por
uma queda da janela de um quarto no segundo andar. Ide, e consultai a
Baal-Zebube. De acordo com as tabuinhas cuneiformes do alfabeto
ugarita, este nome deve ser soletrado Baal-Zebul. Possivelmente a
soletração foi modificada por algum copista para tornar o nome ridículo.
O primeiro significa Baal da mosca. O outro, Baal da habitação, isto é,
o deus da vida cananita, a principal divindade cananita. Acazias tentou
sincretizar o culto a Baal com o culto a Jeová. Elias prova aqui que Baal
não tem poder. Acabe, por seu lado, violara a aliança introduzindo o
culto a Baal, substituindo a adoração ao Senhor pela idolatria. O pedido
que Acazias fez de buscar um oráculo foi um desafio ao Deus de Israel.
Se sararei desta doença. Uma doença prolongada resultante da queda
despertara a preocupação do rei, levando-o a procurar um oráculo.
3. O anjo do Senhor disse. Gênesis 22:15, 16 faz do "anjo do
Senhor" e do Senhor a mesma pessoa. Deus aceitou o desafio. Não há
Deus em Israel. A idolatria do povo excluíra Deus dos seus corações.
4b. Sem falta morrerás. Um oráculo adverso indicava que pecado
público e afastamento deliberado de Deus deviam terminar com a morte.
4c. Elias partiu. Elias foi ao encontro dos mensageiros do rei.
5. E os mensageiros voltaram para o rei. Os mensageiros, tendo
se encontrado com Elias e recebido a sua mensagem, imediatamente
retornaram para o rei, isto é, para Acazias – para Samaria. A idolatria
tinha de tal forma obscurecido seus corações que não reconheceram a
intervenção divina através de Elias.
6. Um homem nos subiu ao encontro. Os mensageiros fielmente
repetiram as palavras de Elias a Acazias.
7. Qual era a aparência do homem? Não tendo se esquecido das
aventuras de Acabe com Elias, Acazias conjeturou que Elias estava
agindo novamente.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
7
8. É Elias, o tesbita. A descrição de Elias confirmou suas
conjecturas. As vestes de Elias eram características dos pregadores do
arrependimento. Um ministério de arrependimento era oportuníssima
naquele período de apostasia em Israel (cons. Mc. 1:6, 7).
9. Então lhe enviou o rei. A segunda fase desta luta entre o Senhor
e Baal começou então. Acazias pretendia castigar Elias pelo insulto.
Homem de Deus... Desce. A maneira de tratar era desrespeitosa. O
soldado não compreendia que o tratamento desonrava a aliança porque
desonrava o profeta de Deus.
10. Elias ... respondeu. O desacato do capitão teria de resultar em
morte. É com muita freqüência que o "mundo" trata os servos de Deus
do mesmo modo. O pecado e o mundo cegam os olhos dos homens.
Fogo desceu do céu, e o consumiu. O Senhor Deus confirmou a palavra
de Elias e comprovou-se vitorioso no conflito.
11. Outro capitão de cinqüenta. Na segunda tentativa de apanhar
Elias, o rei aumentou o seu pecado acrescentando a palavra depressa.
12. Veja o versículo 10. O pecado ainda não tinha dominado essa
gente.
13, 14. Indo ele, pôs-se de joelhos. O terceiro capitão, percebendo
ou não o significado dos acontecimentos, convenceu-se da posição e
poder profético de Elias e o tratou com o devido respeito. Ele disse, com
efeito, "eu sou apenas o servo do rei, cumprindo o meu dever; por isso,
por favor, conceda-me a honra de vir comigo à presença do rei".
15. O anjo . . . disse a Elias. O poder do rei era vão. Elias não
devia temer Acazias, pois o Senhor defenderia o Seu profeta.
16. E disse a este. Elias repetiu a primeira mensagem já transmitida
aos mensageiros.
17. Assim, pois, morreu. A palavra de Deus nunca é enunciada em
vão (veja E.R. Thiele, Mysterious Numbers of the Hebrew Kings, pág.
61). Jorão . . . começou a reinar no seu lugar . . . porquanto Acazias
não tinha filho. Um irmão (cons. 8:16) de Acazias subiu ao trono (cons.
3:1; 1 Reis 22: 51). O reinado de Acazias, de pouco mais de um ano, foi
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
8
curto demais mais para que ele gerasse um herdeiro. No ano segundo
de Jeorão. Jorão de Israel veio a ser rei no décimo oitavo ano de Josafá
e no segundo ano de Jeorão, reis de Judá. Nessa ocasião havia uma coregência em Judá (cons. 3:1. Veja Introdução, Cronologia).
2 Reis 2
A Trasladação de Elias. 2:1-11. Veja o parágrafo acima, no Fim do
Ministério de Elias, etc.
1. Em relação ao período em que se deu este acontecimento, veja I
Reis 22:51; II Reis 3:1; 1:17. A trasladação de Elias obviamente ocorreu
depois da morte de Acazias. Um redemoinho. Inserção retrospectiva.
Nessa ocasião só se sabia da possibilidade da trasladação de Elias (2:3,
5). Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu. O hebraico diz
desceu. Gilgal fica acima de Betel e está em Efraim perto de Siló, a
moderna Jiljilyeh. Em Amós 4:4 e Os. 4:15 ela foi citada junto com
Betel, como centro de falsa adoração a Deus.
2. Fica-te aqui. Apesar da exortação, Eliseu declarou que ele iria
com Elias, que ia agora voltar as três escolas de profetas para fortalecêlas contra a invasão do culto a Baal. A existência dessas escolas indica
que os profetas estavam organizados em uma espécie de associação.
Agora Elias começou a testar- a vocação pessoal de Eliseu para o ofício
de profeta.
3. Os discípulos dos profetas que estavam em Betel. Estudantes e
seguidores dos profetas de Deus, exercendo ministério sob a supervisão
deles. Sabes ... ? Deus revelara a Elias que logo teria de partir. E Elias
transmitira a revelação a fim de preparar Eliseu e os discípulos dos
profetas para a sua partida. Tomará o teu senhor, elevando-o por sobre
a tua cabeça. Eliseu ia perder seu mestre e líder. Calai-vos. Isto é,
"submetam-se à vontade de Deus e não aumentem meu fardo de
tristeza". Não devemos tentar reter aqueles que Deus chama, mas
regozijarmo-nos com a entrada deles na Sua presença.
4. Veja versículo 2 com a mesma pergunta e resposta.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
9
5. Jericó. Veja versículos 1-3. A esta altura parece que Deus tinha o
propósito definido de apresentar Eliseu como sucessor de Elias (cons.
v.3), qualificado para liderar a oposição à falsa adoração e deter sua
expansão entre o povo.
6. Cons. versículos 2,4. A constância de Eliseu tomou« evidente.
Veja o versículo 9 abaixo sobre o que deveria estar se passando em sua
mente.
7. Cinqüenta homens . . , pararam a certa distância. Um grupo
dos discípulos dos profetas seguia os dois e observava o que acontecia
junto ao Jordão, provavelmente de uma ribanceira acima deles.
8. Elias tomou o seu manto. A vocação de Eliseu (I Reis 19:19)
fez do manto de Elias um símbolo do ofício profético; aqui ele foi um
símbolo do poder de Deus (cons. a vara de Moisés, Êx. 17:9).
9. Pede-me o que queres que eu te faça. Elias abriu a porta da
sucessão profética. Porção dobrada. Comparando com Dt. 21:17 indica
que Eliseu pedia para ser o herdeiro - o sucessor. Veja Hb. 3:5, 6 com
referência ao treinamento na "filiação" para qualificação, a fim de
desempenhar um ofício em questão.
10. Dura coisa. O favor pedido não pertencia a Elias conceder. Se
me vires quando for tomado de ti. O sinal pelo qual Eliseu saberia que
seu pedido fora atendido. Se Eliseu tivesse a coragem de presenciar a
trasladação de Elias, e a compreensão espiritual para entender o
significado da partida do homem mau velho, seria o sucessor.
11. Indo eles andando. Enquanto andavam do outro lado do
Jordão. O redemoinho (tempestade, se'arâ, com nuvens negras e
relâmpagos) e o carro de fogo com cavalos de fogo eram símbolos do
poder de Jeová na batalha (cons. Is. 31:1; 34:8, 9; Êx. 14:9, 17; I Reis
10:29; Sl. 104:3, 4). Elias subiu na tempestade para a presença do
Senhor, não no corro. Veja também Ml. 4:5, 6; Mt. 11:14.
7) Apresentação de Eliseu. 2:12-25.
Eliseu foi apresentado como o profeta de Deus nomeado para
substituir Elias. Seu ministério foi o do ensino, planejado para mostrar a
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
10
praticabilidade de se seguir ao Senhor e demonstrar que Baal não poderia
atender às necessidades do povo.
12. O que vendo Eliseu. Esta foi a evidência de que Eliseu fora
escolhido. Meu pai. Eliseu falou assim na qualidade de sucessor de
Elias. Carros de Israel, e seus cavaleiros. O carro era a mais poderosa
arma conhecida, símbolo do supremo poder de Deus. Eliseu estava
falando de Elias como o instrumento profético pelo qual o poder de Deus
operava em benefício da verdade em Israel. Pois a defesa de Israel estava
só no Senhor, e sua idolatria era uma rejeição da sua defesa. Este poder
divino poderia ajudar o povo a guardar a aliança. E nunca mais o viu.
Elias desapareceu completamente. Tomando as suas vestes, rasgou-as.
Assim Eliseu expressou sua sincera tristeza pela partida de Elias.
13. Então levantou o manto. O manto que caíra seria uma
confirmação a mais da sucessão de Eliseu (veja v. 15).
14. Onde está o Senhor, Deus de Elias? Veja Jr. 2: 6-8 com a
mesma pergunta, que o povo deixou de fazer pela fé. Eliseu não estava
sendo impertinente; estava na realidade orando: "Aqui está a
oportunidade de exibires teu grande poder em teu obediente servo".
15. Vendo-os, pois, os discípulos dos profetas. Ainda observando,
eles viram Eliseu usando o manto. O espírito de Elias repousa sobre
Eliseu. Eliseu recebera os mesmos dons que Elias possuíra, como prova
de que fora ungido para o ofício do profeta.
16-18. Deixa-os ir em procura do teu senhor. Os discípulos dos
profetas não compreenderam que a partida de Elias fora permanente. Sua
insistência em enviar grupos de busca provocaram consentimento
relutante. Quando sua busca comprovou-se infrutífera, tiveram de aceitar
o fato de que Eliseu era agora o profeta do Senhor.
19. Os homens da cidade disseram . . . as águas são más. A
agradável localização de Jericó era profundamente prejudicada pela água
insalubre. Traduza: . . . mas as águas são más – e a terra – causando
aborto. Achavam que a água má, que bebiam, era responsável pelos
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
11
abortos. A fonte principal junto à antiga localização de Jericó é doce e
pura, enquanto que as outras são salobros.
20. Trazei-me um prato novo. A obra de Deus tem de ser
realizada através de vasos novos não contaminados. Ponde nele sal. O sal
limpa e preserva. Aqui ele é um símbolo do poder purificador e
preservador de Deus.
21. Tornei saudáveis a estas águas. O sinal e símbolo da cura foi o
sal lançado nelas.
22. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas até ao dia de hoje.
Deus procurou testificar do Seu poder de curar do pecado e preservar
pela fé. A purificação foi permanente; as águas desta fonte permanecem
boas até o dia de hoje (veja v. 19). Do mesmo modo a obra da graça de
Deus em nós é permanente, nosso único fundamento certo para
edificação de vidas puras.
23. Subiu dali a Betel. A primeira visita "oficial" de Eliseu, como
sucessor de Elias, foi a Betel (cons. vs. 2, 3), o centro da adoração dos
bezerros de Jeroboão (I Reis 12:29). Rapazinhos. Antes, homens jovens
(nearim qetannim, pl.), não crianças irresponsáveis. Tanto Salomão (I
Reis 3:7) como Jeremias (Jr. 1:6, 7) foram chamados na'ar (sing.). Esses
jovens eram moralmente responsáveis. Sobe, calvo. Fizeram eco às
palavras dos discípulos dos profetas a Eliseu: "O Senhor levará (para
cima) o teu mestre" (vs. 3,5). Suas palavras tinham o seguinte
significado: "Suba, para que possamos nos ver livres de você (e
possamos continuar imperturbados pelos nossos maus caminhos)!" Uma
cabeça calva ou rapada era sinal de lepra e indicava desgraça (Is. 3:17).
Embora Eliseu provavelmente não fosse calvo ainda, o epíteto mostra
que os jovens o consideravam um "pária", como um leproso.
Desprezavam o profeta de Deus.
24. E os amaldiçoou, em nome do Senhor. Sua zombaria
desonrava a Deus. Por isso a promessa de julgamento divino. Eles
violaram a aliança divina ridicularizando seu superintendente. Duas
ursas . . . despedaçaram quarenta e dois. Violação da aliança produz
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
12
castigo. O tamanho do grupo dá a impressão de que a zombaria foi préarranjada.
25. Depois de completar seus negócios com os discípulos dos
profetas, foi ele para o monte Carmelo, em busca de quietude e
descanso a fim de se preparar para o trabalho que estava à frente. Voltou
pua Samaria. Eliseu voltou à cena de seus futuros e significativos
trabalhos em benefício de Israel.
2 Reis 3
2) A Expedição de Jorão Contra Moabe. 3:1-27. A campanha de
Jorão contra Moabe demonstra como Deus abomina completamente a
religião pagã. O resultado foi uma lição objetiva para Israel, mostrandolhe por que ela devia abandonar a idolatria. Não obstante, ela não o fez.
1. Jorão . . , começou a reinar . . . no décimo oitavo ano de
Josafá. Veja 3:1; 1:17 com referência à data dupla de sua ascensão. Isto
indica uma co-regência de Josafá e Jorão em Judá (veja Thiele, op. cit.,
pág. 61 e segs.).
2. Fez o que era mau, etc. Jorão não pecou como Acabe; mas
violou a aliança, pois aderiu aos pecados de Jeroboão (v. 3). Com relação
à vida ímpia de Jeroboão, veja I Reis 12:26-3 3; 13: 33; II Reis 10:29.
4. Mesa, rei dos moabitas. A Pedra Moabita descreve a duração da
sujeição de Moabe a Israel (veja ANET, "Moabite Stone"). Pagava o seu
tributo indica o estado de sujeição. Criador de gado. Moabe criava muito
gado ovino. O número dos carneiros mencionados indica o tributo anual.
5. Revoltou-se. Mesa achou que Israel estava bastante enfraquecida,
depois da morte de Acabe, para Moabe tentar obter sua liberdade. Veja II
Crônicas 20 com referência a uma anterior invasão moabita em Judá,
quando os moabitas foram destruídos, e Moabe ficou enfraquecida
demais para repelir a aliança.
6. Jorão ... fez revista de todo o Israel. A rebelião de Mesa
consistia em recusar-se a pagar o tributo. Jorão, portanto, convocou suas
tropas para cobrá-lo.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
13
7. Mandou dizer a Josafá. O fato de Jorão ter procurado uma
aliança com Josafá indica que ele precisava atravessar o território de
Judá a fim de avançar contra Moabe. Isto, por outro lado, indica que
Mesa tinha fortalecido sua fronteira ao norte. Se Jorão obtivesse o apoio
de Josafá, também teria a ajuda de Edom, que se encontrava sob o
governo de Judá nessa ocasião. Josafá esqueceu-se que as alianças com
aqueles que pecam contra o Senhor são proibidas aos crentes.
8. A rota escolhida por Josafá passava pela praia ocidental do Mar
Morto e contornava seus limites ao sul.
9. Após sete dias de marcha. Tendo deixado Jerusalém e tendo se
encontrado com Edom, a quem se uniu no caminho, andaram vagando à
procura de Mesa, até que finalmente ficaram sem água.
10. A impiedade de Jorão levou-o a acusar Deus pelo desastre que
enfrentavam.
11, 12. Algum profeta do Senhor. Josafá rejeitou a opinião de
Jorão. Aqui está Eliseu. Parece que Jorão não sabia da presença de
Eliseu. Está com ele a palavra do Senhor. Eliseu tinha reputação. Um
aperto calamitoso forçou-os agora a consultá-lo.
13,14. Vai aos profetas de teu pai. Veja os versículos 2, 3. Eliseu
rejeitou toda apelação para o seu ofício que tivesse o sabor de crença
pagã na magia. Não. Veja comentário sobre o versículo 10 acima. Se não
fosse pela presença de Josafá, Eliseu não teria respondido a tal
impiedade. Um encontro como líder da idolatria do norte era
exasperante.
15. Trazei-me um tangedor. Para que tocasse hinos a fim de que
ele pudesse se colocar em um estado de espírito apropriado para ouvir a
palavra do Senhor. O poder de Deus. Deus respondeu profetizando o
sucesso da campanha. Ele o permitiria para mostrar a Seu povo o aspecto
abominável dos cultos pagãos.
16. Fazei neste vale covas e covas. Era o vale de Zerede,
atualmente Wadi el Hesa, fronteira meridional de Moabe.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
14
17. Não. . . vereis chuva; todavia este vale se encherá. Água da
chuva vindo das montanhas acima encheria as covas. O milagre estava
na escolha do momento oportuno.
18. Entregará Moabe. Confirmação de que era operação de Jeová.
19. Ferireis todas as cidades fortificadas. A destruição seria completa.
20. Ao apresentar-se a oferta de mar. A água, chegando no
momento da oferta de amor no Templo, falava do amor de Deus e,
assim, mostrava com antecedência a conclusão da expedição. Pelo
caminho de Edom. Veja o versículo 17.
21. Os moabitas . . . postos nas fronteiras. Moabe convocou suas
tropas para enfrentar a invasão.
22, 23. De madrugada. Na mesma manhã em que a água apareceu.
Vermelhas como sangue. Devido ao seu aspecto barrento e sob os raios
do sol. Os moabitas, ansiosos pelos despojos, concluíram que seus
inimigos tinham matado uns aos outros.
24. Chegando eles ao arraial . . . os israelitas se levantaram. Os
israelitas surpreenderam os atacantes surgindo de um acampamento
aparentemente vazio. Entraram. A predição de sua conquista começou a
se cumprir.
25. Arrasaram as cidades. Tal destruição representava a política
militar costumeira daquele tempo, atualmente chamada de tática da terra
arrasada. Quir-Haresete. A única cidade que não foi tomada, a atual el
Kerak. Estando situada num ponto destacado ao fim de um desfiladeiro
estreito, resistiu aos ataques com atiradores postados sobre as elevações
à volta.
26. Com grande coragem Mesa pessoalmente liderou uma surtida
de setecentos espadachins; esta tentativa, contudo, não teve efeito.
Contra o rei de Edom. Mesa evidentemente esperava que fosse um elo
fraco ou soldado menos zeloso que os outros.
27. Tomou a seu filho primogênito. O rei de Moabe procurou
desesperadamente induzir o seu deus a lhe conceder a vitória. Para os
povos pagãos, a adversidade era anal de que seu deus estava zangado. O
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
15
sacrifício do primogênito não era preço grande demais para se pagar pelo
favor de um deus. Sobre o muro. À vista de Israel para que Israel
temesse a Camos, o deus moabita, e conseqüentemente se retirasse.
Grande indignação em Israel, E.R.C. (não contra como na E.R.A.). A
preposição hebraica ‘al indica aqui que Judá e Israel se indignaram por
causa deste ato abominável (cons. Lv. 18:21; 20:3). . . . se retiraram . . . e
voltaram. Israel, Judá e Moabe encerraram o incidente e voltaram para
suas terras, profundamente chocados em sua sensibilidade moral. Parece
que o autor faz a pergunta: Se Israel ficou tão profundamente abalada
neste caso, por que não se impressionava o suficiente para abandonar a
sua própria idolatria? Mas a idolatria continuou em Israel e Judá.
9) O Ministério Profético de Eliseu. 4:1 – 8:15.
O ministério profético de Eliseu tinha a intenção de mostrar que não
há necessidade pessoal ou nacional que Deus não possa suprir, que todos
os acontecimentos são controlados por Ele e que Ele cuida do Seu povo.
2 Reis 4
a) Eliseu e a Viúva Endividada. 4:1-7.
1. Certa mulher, das mulheres. A presença de homens casados
entre os discípulos dos profetas indica que os profetas não eram monges.
Ele temia ao Senhor. Fora um servo de Deus fiel. É chegado o credor.
O fato de filhos serem algumas vezes exigidos em pagamento de dívidas
encontra-se freqüentemente registrado nos registros cuneiformes.
2. Não tem nada . . . senão uma botija de azeite. Eliseu ia revelar
à mulher o Deus vivo e caridoso. O azeite era azeite de olivas.
3. Vai, pede emprestadas vasilhas. Para a abundante provisão que
estava para ser efetuada.
4. Fecha a porta . . . deita o teu azeite. Para excluir a interrupção
durante o processo, o qual devia ser feito na presença de Deus.
6. E o azeite parou. A provisão divina atende exatamente a nossa
capacidade e necessidade.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
16
7. Fez saber ao homem de Deus. Pediu instruções adicionais.
Vende . . . e paga a tua dívida. A dívida agora podia ser paga sem a
perda dos filhos. O resto. Para o sustento deles até que os rapazes
encontrassem trabalho.
b) Eliseu e a Sunamita. 4:8-37.
8. Suném. Atualmente Solem, perto de Jezreel. Todas as vezes que
passava. A mulher observava Eliseu em suas freqüentes viagens.
9. Santo homem. Um verdadeiro homem de Deus, não apenas
nominal.
10. Façamos-lhe ... um pequeno quarto. Um quarto ao abrigo das
intempéries em cima no terraço da casa, mobiliado de acordo com as
suas necessidades.
12. Geazi. Tentando retribuir à mulher a sua hospitalidade, Eliseu
usou Geazi a fim de não constrangê-la.
13. Habito no meio do meu povo. Ela explicou que sua vida era
agradável e sem problemas. Ela não lhes dispensara sua hospitalidade à
espera de retribuição.
14. Que se há de fazer por ela? Afastando-se a mulher, Eliseu
indagou a Geazi. Ela não tem filho, e seu marido é velho. Ela desejava
um filho, mas seu marido era velho demais para satisfazer seu anseio.
16. Abraçarás um filho. Chamaram a mulher de volta e
prometeram-lhe um filho. Não, meu senhor. Era o grito de um coração
cansado de esperar. Tal coisa ela não se atrevia a esperar. Seu protesto
queria dizer: "Não caçoe de mim!"
17. Deu à luz um filho. Só Deus pode reanimar e dar vida. Tais
bênçãos Ele garante àqueles que guardam a Sua aliança.
18. O menino, saiu certo dia a ter com seu pai. O incidente
seguinte ocorreu durante a colheita, o período mais quente do ano.
19. Minha cabeça. Provavelmente estava com insolação.
20. E o levou a sua mãe . . . e morreu. O Senhor estava para
demonstrar novamente a impotência de Baal.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
17
21. E o deitou sobre a cama do homem de Deus. Ela confiou à
custódia de Eliseu, o único que poderia ajudá-la nesta situação
angustiosa.
22. Chamou a seu marido. Ela pediu a seu marido a ajuda de um
moço e uma jumenta, provavelmente porque só tinham dois jumentos e
ambos estavam ocupados.
23. Por que vais a ele hoje? Não havia nenhum motivo religioso
que desse lugar à visita. Não faz mal. Em hebraico, paz. Ela
simplesmente insistiu com ele a que não se preocupasse. O profeta de
Deus era seu único ajudador.
25. Eis aí a sunamita. Eliseu a viu quando ela se aproximou do
monte Carmelo.
26. Instruiu a Geazi a que fosse verificar qual era o problema. Mas
ela ignorou o servo, preferindo falar com Eliseu mesmo.
27. Abraçou-lhe os pés. Sua angústia já não podia mais ser contida.
Deixa-a. "Deixe que ela se refaça e me conte o que há". O Senhor mo
encobriu, Eliseu não sabia da morte da criança. Em algumas ocasiões,
Deus preparou o seu profeta de antemão, mas nem sempre.
28. Não me enganes. "Eu não lhe pedi um filho. Se recebi um filho
apenas para vê-lo morrer, seria melhor que eu nunca o tivesse".
29. Cinge os teus lombos. Eliseu fez de Geazi seu representante.
Colocar o bordão, um símbolo do poder de Deus, sobre a cabeça da
criança era deter a morte que se aproximava. Eliseu pensava que a
criança ainda não estivesse morta.
30. Não te deixarei. Era como se dissesse: "Isto não basta". E a
seguiu. Eliseu percebeu que o caso era sério.
31. Porém não houve nele voz nem sinal de vida. Eliseu não tinha
autoridade de transferir para outro o poder que Deus lhe dera. Por isso
Geazi nada pôde fazer. Eliseu fora apressado em instruir o seu servo.
32. Tendo o profeta chegado . . . eis que o menino estava morto.
Agora Eliseu compreendia inteiramente a angústia da mulher.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
18
33. Fechou a porta. Seguindo o exemplo de Elias, seu "mestre",
Eliseu buscou a quietude para orar a Deus. Orou. Pediu ao Senhor que
restaurasse a vida do menino.
34. A carne ... aqueceu. As atitudes precedentes eram símbolo
daquilo que se desejava, e constituíram uma extensão da oração do
profeta, que agora passou a ser respondida.
35. Andou. Eliseu, grandemente emocionado, esperou a resposta
divina.
36. Chama a sunamita. O Senhor ia demonstrar a Sua graça e a
Sua misericórdia (cons. Sl. 4:3 ; 25:10). Deus retribui aos crentes a fé e a
confiança mas pune os idólatras e acaba com suas vidas.
c) Eliseu e as Abóboras Venenosas. 4:38-41.
38. Voltou . . . para Gilgal. Em uma de suas pequenas excursões.
Põe a panela grande ao lume, e faze um cozinhado. À hora da
refeição, Eliseu aproveitou o tempo, enquanto aguardavam, para ensinar
aos discípulos dos profetas que aquele que vive na presença de Deus não
precisa se preocupar com falta de coisa alguma.
39. Apanhar ervas. Ou "verduras". Trepadora silvestre . . .
colocíntidas. Pepinos bravos, abóboras ovais com gosto amargo que,
produziam cólicas e violenta diarréia. O jovem confundiu-as com a
variedade comestível (cons. Nm. 11:5).
40. Morte na panela. O conhecido gosto amargo advertiu-os.
41. Trazei farinha. Ele a deitou na panela. Jogando na panela
aumento comum e sadio, Eliseu demonstrou o poder de Deus para
remover o mal. Pela fé o Senhor pode remover o mal que há em nós.
d) Eliseu e a Multiplicação de Pães. 4:42-44.
42. Um homem de Baal-Salisa. Ou Bete-Salisa, "Casa dos Três
Vales" (I Sm. 9:4), perto de Gilgal. O presente era para suprir a
necessidade dos profetas. Primícias. Veja Nm. 18:13; Dt. 18:4. Na falta
de sacerdotes e levitas em Israel, ele guardava o espírito da ordenança.
Os profetas podiam ser considerados os "sacerdotes e levitas" de Israel.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
19
43. Dá-o ao povo. O profeta reconheceu e aceitou o alimento como
provisão de Deus para o povo, mais do que para si mesmo e seu servo.
Comerão, e sobejará. Seria o suficiente e ainda sobraria. Assim o
Senhor demonstrou que o Seu poder e provisão sempre serão suficientes
e chegam até a ultrapassar nossas necessidades, assegurando-nos que não
precisamos desanimar na oposição ao mal.
2 Reis 5
e) A Conversão de Naamã. 5:1-27.
1. Naamã, comandante do exército. Agora começava a fase
pública do ministério de Eliseu. A posição de Naamã realçava a
importância do acontecimento. Leproso. Na Síria, a lepra apenas
incapacitava a pessoa de realizar suas obrigações; Naamã, estando
leproso, já não podia mais obter vitórias para a Síria, o que causava
sérias preocupações.
2. Da terra de Israel levaram cativa uma menina. Uma nota da
providência divina.
3, 4. Oxalá o meu senhor estivesse diante do profeta. Seu
pensamento se traduzia assim: Em Israel há um Deus vivo que pode
curar. Foi Naamã e disse ao seu senhor. Suas palavras foram transmitidas
ao rei.
5, 6. Enviarei. O rei prontamente enviou-o ao rei de Israel, porque
acreditava que este poderia obter tudo o que quisesse do "seu" profeta. A
mensagem foi ter à pessoa errada, pois o Senhor queria que a cura fosse
uma questão pública. Ao que parece havia uma trégua entre Síria e
Israel.
8. Saberá que há profeta em Israel. Isto é, "não tema que possa
haver guerra por causa de sua incapacidade de curar Naamã. Deus TodoPoderoso libertará Naamã". Quando temos medo, devemos nos lembrar
que "estou convosco todos os dias" (Mt. 28:20).
9,10. Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te ...
no Jordão. Eliseu permaneceu dentro de casa para enfatizar a Naamã
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
20
que nem a riqueza (v. 5), nem a posição (v. 1) podiam comprar a cura. O
banho no Jordão enfatizava o poder de Deus para curar.
11,12. Naamã quase perdeu a bênção por causa do orgulho.
Humildade e fé produzem libertação a todos (Mt. 18:3).
13. Quanto mau. Se não obedecermos a Deus nas pequeninas
coisas, como podemos esperar que nos abençoe com as grandes?
14. E ficou limpo. A cura foi obtida através da obediência, no
sétimo mergulho.
15. Eis que agora reconheço. Naamã ficou sabendo que havia um
Deus em Israel, obedecendo as Suas ordens. Ficou assim persuadido que
Jeová era o único Deus e seu único Senhor (v. 17).
16. Não o aceitarei. O Senhor não quer pagamento mas obediência
e amor das almas redimidas.
17. Terra. Naamã queria a terra como lembrança de sua "bênção".
18,19. Nisto perdoe . . . a teu servo. Não se devia pensar que
Naamã estivesse adorando o deus (Hadade) – Rimom. Vai em paz.
Naamã demonstrou que tinha uma consciência sensível e não queria dar
a impressão de que estivesse adorando ídolos. Ele recebeu a garantia de
que Deus compreendia o seu coração. Contudo, devemos ficar alertas à
constante exposição em ambientes que nos enfraquecem para que não
sobreestimemos nosso poder de resistência.
20, 21. Geazi . . . disse, isto é, pensou em seu coração. Vai tudo
bem? A pressa de Geazi levou Naamã a pensar que algo de mais tivesse
acontecido a Eliseu.
22-24. Meu senhor. Geazi estava cego ao fato do que grande
prejuízo poderia ser causado ao testemunho do Senhor através de sua
ambição. Dá-lhes. Geazi tomou alguma coisa "desse sírio" e escondeu
seus ganhos injustos.
25-27. Teu servo não foi à parte alguma. Geazi mentiu para
esconder o seu pecado. Era isto ocasião? "Este é o pior momento
possível para se receber ouro. . . ". Geazi esperava, através do presente
de Naamã, comprar as coisas enumeradas. Se pegará a ti. "Se você
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
21
comprar essas coisas, há de comprar também a lepra de Naamã". Naamã
se tomara um israelita, mas Geazi um pagão através do seu pecado (cons.
Mt. 6:31-34). A conversão de Naamã servia para mostrar aos israelitas
como é fácil ao Senhor mudar os corações dos adversários deles e
conseqüentemente transformá-los em adoradores de Jeová, irmãos dos
próprios judeus.
1 Reis 6
f) Recuperando o Machado Emprestado. 6:1-7.
1. O lugar em que habitamos . . . é estreito demais. Devido ao
aumento do número de crentes, surgiu a necessidade de recintos maiores.
O ministério de Eliseu estava dando frutos. Nossas boas obras deveriam
levar outros para a comunhão dos santos.
3. Serve-te de ires com os teus servos. Expressaram um sincero
desejo da presença de Eliseu.
5. Era emprestado. Isto reflete sua maneira simples de viver e sua
pobreza.
6, 7. Fez flutuar o ferro. Os que são fiéis a Deus experimentam a
libertação em coisas aparentemente insignificantes. Às vezes o
livramento vem por meio de intervenção extraordinária, conforme
veremos no incidente seguinte.
g) O Conquistador Frustrado. 6:8-23. O fato de Deus poder lidar
com os sírios com tanta facilidade devia ensinar a Israel que o Senhor
podia protegê-los e também ajudá-los a controlar seu pecado.
8. O rei da Síria fez guerra a Israel. Traduza: Estando o rei da
Síria em guerra com Israel. Havia guerra entre Israel e Síria (ver 5:5, 6).
Meu acampamento. Antes, devemos supor que seja: "faremos uma
emboscada". Teodósio traduz: escondam-se.
9. Os sírios estão descendo para ali. Os sírios tinham armado uma
emboscada. "O hebraico em estão descendo é inexplicável. O contexto
exige um significado como "escondidos".
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
22
10. Assim se salvou. O rei de Israel salvou-se diversas vezes por
causa da advertência de Eliseu.
11. Não me fareis? "Um de vocês está revelando meus planos a
Israel". Como poderiam ter sido descobertos?
12. Eliseu . . . faz saber . . . as palavras que falas na tua câmara
de dormir. O Senhor contava a Eliseu. E os sírios souberam por
intermédio de seus próprios espias que Eliseu tinha esta excepcional
capacidade de prever o futuro.
13. Para que eu mande prendê-lo. O rei da Síria, desejando acabar
com o trabalho de Eliseu, foi até Dotã (v. 14) para pegá-lo.
15. Que faremos? A vista vê as aparências e os temores; enquanto
que a fé (v. 16) vê a Deus, e a alma fica em paz.
17. O monte estava cheio de cavalos e carros de fogo. A proteção
poderosa de Deus estava evidente (cons. Sl. 34:7).
18. Fere . . . de cegueira, isto é, falta de capacidade de reconhecer.
Eliseu e seu servo desceram contra ele, isto é, ao encontro do exército
sírio. O Senhor deixou o exército sírio impotente, para mostrar a todos
que qualquer pessoa protegida por Ele não pode ser tomada (veja
comentário sobre o v. 7 acima).
19,20. Guiar-vos-ei ao homem que buscais. As palavras de Elias
dão a entender uma pergunta da parte dos sírios: "Onde está Eliseu?"
Mas sua resposta: Não é este o caminho, nem esta a cidade, foi para
poupar Dotã e levar os sírios à Samaria, onde ele restaurou sua
capacidade de reconhecimento. Eliseu queria confundir futuros ataques.
21. Feri-los-ei? O rei de Israel, reconhecendo que as circunstâncias
eram fora do comum, não ordenou a costumeira execução dos
prisioneiros de guerra (Dt. 20:13). Na verdade, eram prisioneiros do
Senhor. "Este não é na realidade um caso de guerra", respondeu Eliseu,
com efeito.
22. E tornem a seu senhor. A Síria devia ficar sabendo que nada
podia fazer a Israel, cujo guardião era Deus.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
23
23. Não houve mais investidas. As incursões sírias cessaram por
algum tempo.
h) O Cerco Inútil de Ben-Hadade em Samaria. 6:24 - 7:20. Este
era o Ben-Hadade de I Reis 20 e de II Reis 8:7, identificado como BenHadade I. Não foram dois reis ao mesmo tempo, como alguns mestres
têm defendido. Sua inscrição na Estela dedicada ao deus Melcarte tem
sido de maneira fidedigna datada de cerca de 850 A.C. (BASOR, 87,
pág. 23 e segs.; 90, pág. 30 e segs.). Portanto seu reinado estendeu-se
desde antes do ano trigésimo sexto de Asa (873/872 A.C.; II Cr. 15:19)
até um pouco antes de 841 A.C., quando Salmaneser, conforme consta,
atacou Hazael de Damasco. Um reinado mínimo de trinta e dou anos e
possivelmente mau de quarenta não é improvável, quando consideramos
que Asa e Joás reinaram cada um quarenta anos, Uzias cinqüenta e dois,
e Manassés cinqüenta e cinco anos.
24. Ben-Hadade . . . sitiou a Samaria. Veja comentário sobre 6:7.
A fome (cons. Lv. 26: 26.29 ; Dt. 28:15-53) e o cerco foram planejados
para punir o povo por violar a aliança (cons. I Reis 11:38 quanto às
exigências normais da aliança). Este foi pelo menos o segundo cerco de
Ben-Hadade em Samaria (veja I Reis 20).
25. Cabeça dum jumento. O cerco elevou os preços até mesmo de
aumento considerado imundo. Esterco de pombas. Se eles estivessem
comendo esterco de aves, provavelmente não seria só de pombos,
portanto, o significado é, grão miúdo. Os árabes chamam uma certa
planta (herba alcoli) de "esterco de pombo". O cabo, E.R.C. (qab) era
uma medida.
27. Donde te acudirei eu? "Os armazéns estão vazios. Se Jeová
não lhe ajudar, de onde poderei eu ajudá-lo?"
28. Dá teu filho. A idolatria desceu a um nível tão baixo que
chegaram a pedir ao rei que mandasse executar um contrato
canibalístico.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
24
30. Rasgou as suas vestes . . . pano de saco. Já que usava pano de
saco sob as roupas, como símbolo de arrependimento, ele pensou que
Eliseu acabaria com o sofrimento do povo, cuja continuação lhe fora tão
revoltantemente revelada.
31. Se a cabeça de Eliseu . . . lhe ficar hoje sobre os ombros.
Enfurecido pelo crime da mulher, ele fez voto de vingança contra Eliseu
por tê-lo enganado, conforme ele supunha (cons. 6:21, 22).
32. O filho do homicida. Um epíteto. Possivelmente fala de Jeú, o
pai do rei. Mas, mau provavelmente indica que a atitude de Jorão era de
homicídio sem arrependimento.
33. Disse o rei. O rei, tendo mudado de pensamento (cons. v. 31),
surpreendeu o mensageiro reconhecendo que este mal vinha do Senhor.
Que mais, pois, esperada eu? "O fim está próximo. Não há
esperanças?" O rei tomara a atitude certa pala Deus poder libertar,
atitude esta que nós também devemos tomar.
2 Reis 7
7:1. Ouvi a palavra do Senhor. Diante do arrependimento do rei
(6:33), Eliseu deu pronta resposta de que no dia seguinte haveria
libertação, com abundância de alimento a preços baixos.
2. Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu. O capitão (lit.,
terceiro oficial. Veja Thiele, Mysterious Numbers, pág. 114. Cons. v. 11)
expressou sua incredulidade e zombou de tal possibilidade.
3. Quatro homens leprosos. Ninguém mais lhes trazia alimento.
4. Demos conosco no arraial dos sírios. Tinham de enfrentar a
morte, ou morrendo de fome ou pelas mãos dos sírios, mas nada urro
chance de que ela não fosse ao certa neste último caso.
5. Eis que não havia lá ninguém. Deus usou o raciocínio
especulativo de quatro párias desprezados para revelar o livramento de
Samaria.
6. Fizer ouvir no arraial dos sírios ruído de carros. Deus usou
um som produzido de maneira desconhecida para enganar e amedrontar
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
25
os sitiadores. Talvez fosse o vento passando pelos desfiladeiros entre as
montanhas. Heteus. . . musrianos. Não egípcios, como está na E.R.C, e
E.R.A. Musri fica na Síria (I Reis 10:28). Salmaneser III cita Musri entre
os seus adversários em Qarqar em 853A.C. (veja ANET, Salmaneser, 11.
78.102, nota sobre Musru). Os heteus, na qualidade de gente
mercenárias, eram comuns e estavam à disposição, embora o seu império
já tivesse desaparecido. Mercenários egípcios não eram comuns nem
estavam à disposição.
8. Chegando, pois, aqueles leprosos. Naturalmente seu primeiro
pensamento foi o de satisfazer sua fome.
9. Não fazemos bem. Se eles se demorassem até de manhã, seriam
culpados de não se preocuparem com os sitiados.
10. Não havia ninguém. Primeiro contaram o essencial – que os
soldados tinham fugido. Depois falaram das provisões nas tendas, o que
foi tudo imediatamente transmitido ao rei.
11, 12. Agora eu vos direi. O rei, tão depressa se esquecendo da
promessa de Eliseu, suspeitou de um golpe a fim de que Samaria abrisse
os portões para sua destruição.
13.Tomem-se. "Não sejamos apressados; vamos descobrir o que
aconteceu. De qualquer modo, a morte nos aguarda dentro ou fora; e, em
caso contrário, o livramento virá rapidamente".
15. Foram após eles até ao Jordão. E descobriram as evidências
conclusivas da fuga dos sírios.
16. Um alqueire . . . por um siclo. A previsão de Elias quanto à
fartura tinha se cumprido.
17. Dera o rei a guarda ao "terceiro oficial" para que mantivesse a
ordem junto a porta – o lugar do mercado. Tal funcionário era
freqüentemente necessário. O povo o atropelou. Esse zombador foi
pisado até morrer pelos pés do povo faminto lutando desesperadamente
para alcançar o aumento.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
26
18-20. A previsão de Eliseu quanto ao aumento e o oficial incrédulo
torna a ser mencionada. Seu cumprimento foi perfeitamente natural,
perfeitamente inevitável.
2 Reis 8
i) O Interesse do Rei por Eliseu. 8:1-16. Apesar do grande
interesse que o rei revelou ter por Eliseu, demonstrado por este incidente,
ainda assim não abandonou os seus pecados; pois o parágrafo seguinte
(vs. 7-15) indica que o juízo estava para vir.
1. Falou Eliseu, serve de introdução ao que se segue. O momento
exato do incidente é indeterminado. Levanta-te. A advertência de Eliseu
foi mais um testemunho do cuidado de Deus por aqueles que nEle
confiam. Evidentemente a mulher agora já enviuvara, pois Eliseu havia
solicitado que ela partisse e foi ela que "clamou" pela restauração de suas
propriedades quando retomou.
3. Quando a mulher retornou, encontrou outras pessoas morando
em suas propriedades.
4. Conta-me. O rei queria conhecer os atos menos notórios da vida
de Eliseu.
5. A mulher entrou – pela providência divina.
6. Faze restituir-lhe. O rei ficou impressionado com a história da
ressurreição do seu filho. Ele lhe deu mais do que ela pediu. Este rei
poderia ter sido Acazias ou Jorão, ambos reis que "fizeram o que era
mau" (I Reis 22: 51, 52; II Reis 3:1, 2).
j) Hazael Usurpa o Trono de Ben-Hadade. 8:7-15.
7. O homem de Deus é chegado aqui. Eliseu era bem conhecido
na Síria. A predição de I Reis 19:15 aguardava até agora para a sua
realização. A mudança de reis na Síria fora de menos importância para
Elias do que a destruição do Baalismo, contra o qual ele agiu
imediatamente. Agora, a visita de Eliseu aponta para o juízo por vir
sobre Israel, por intermédio de Hazael, porque ela persistia em seu
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
27
caminho pecaminoso (veja I Reis 19: 17; II Reis 8:12). A subida de
Hazael ao trono foi narrada para completar o quadro.
9. Quarenta camelos carregados indicam um presente costumeiro
feito pelos povos pagãos aos seus deuses quando desejavam receber um
oráculo.
10. Certamente sararás. Traduza: "Vá e lhe diga (como você
pretende fazer): ‘Certamente sararás’; contudo, o Senhor me revelou que
ele certamente morrerá (por sua mão)".
11. (Hazael) ficou embaraçado. Conhecendo o coração de Hazael,
Eliseu fitou-o com seriedade até que os pensamentos do sírio foram
revelados através de seu acanhamento. E chorou o homem de Deus. Ele
previu que crueldades Hazael descarregaria sobre Israel (II Reis 10: 32;
13:3, 4, 22) apesar de seus protestos de humildade - "este cão" e sua
negativa - "não pense que eu quero ser rei" (8:13) - tão prontamente
apresentados. Eliseu só repetiu o fato de que Hazael seria rei.
15. Estendeu sobre o rosto do rei. Hazael sufocou o rei para que a
morte parecesse natural. Depois usurpou o trono e assim cumpriu as
palavras de Eliseu e sua própria ambição. Salmaneser III (860-825A.C.),
da Assíria, diz dele: "Hazael, filho de ninguém, apossou-se do trono"
(Davi D. Luckenbul, Ancient Records of Assyria and Babylonia, Vol. I,
Sec. 681). Em outras palavras, Hazael não era de linhagem real.
10) Reinados de Jeorão e Acazias em Judá. 8:16-29. A breve
história de Jeorão e Acazias está incluída para mostrar como o culto a
Baal e os pecados conseqüentes entraram em Judá.
16. No ano quinto . . . começou a reinar Jeorão, filho de Josafá
(cons. II Reis 3:1). Jeorão começou uma co-regência com seu pai (veja
Thiele, op. cit., págs. 54, 65).
18. Porque a filha deste (Acabe) era sua mulher. Ela foi a fonte
dos pecados de Jeorão. Atalia introduziu o culto a Baal em Judá, o que
acelerou a derrocada da nação e foi o fator principal de sua ruína (II Cr.
21: 5-7).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
28
19, 20. Porém o Senhor não quis destruir . . . Nos dias de Jeorão.
Embora Judá mergulhasse profundamente no pecado, nem a dinastia
nem o reino veriam o seu fim tão logo. Contudo, Judá pagaria caro com
a perda de principados antes submissos, tais como Edom (vs. 20-22a) e
Libna (v. 22b).
21. Zair. Provavelmente deve ser lido Seir. Isto é, Edom. (Veja v.
21 com referência à região da campanha para apoiar a tradução de Seir).
22b. Libna, que ficava perto da Filístia, foi possivelmente incitada
pelos filisteus (cons. II Cr. 21:16). O pecado provoca perdas incalculáveis.
25. Começou a reinar Amazias. Em 842 A.C. (veja Thiele, op.
cit., págs. 63, 64).
26, 27. Sua mãe chamava-se Atalia. Ele andou no caminho . . .
de Acabe. Atalia passou os pecados de Acabe para Acazias. "As más
companhias corrompem os bons costumes". Ela era a bisneta
(descendente), não filha de Onri; um tributo a Onri. Em II Crônicas 21 o
nome de Acazias é Jeoacaz, mas é o mesmo nome. Acaz é a parte verbal
do nome, ao qual foi colocado como prefixo o nome divino Jah, que se
pronuncia Jeo e ias é uma terminação. A ascensão de Acazias marcou
um momento crítico em Judá, do qual ela nunca mais se recuperou.
28. Foi com Jorão. Eis aí a causa imediata que provocou a morte
de Acazias (cons. 9:16), a qual veio como um juízo sobre a "casa de
Acabe".
2 Reis 9
11) Jeú Feito Rei em Israel. 9:1-10.
1. Eliseu chamou um dos discípulos dos profetas. A taça da
iniqüidade da casa de Acabe estava agora transbordando e o juízo de I
Reis 21:21-24 estava para ser realizado. Os próximos acontecimentos
ocorreram durante a convalescença de Jorão. Ramote-Gileade. Jorão e
Acazias juntaram-se numa tentativa de tomar esse lugar da Síria. Sua
tentativa provocou a necessária força militar e disposição de personagens
dentro do devido ambiente para a realização dos propósitos divinos.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
29
3. Assim diz o Senhor: Ungi-te rei. Jeú foi a segunda das duas
agências – os profetas Elias e Eliseu sendo a primeira – através das quais
o Senhor procurou tornar conhecida a Sua vontade. Se a primeira e
benigna administração do castigo não fosse levada em consideração, a
segunda administração do juízo se seguiria.
5. Eis que os capitães do exército estavam assentados. A
referência feita á "casa" (v. 6) indica que Ramote-Gileade fora tomada.
Perguntou-lhe Jeú. Jeú falava como porta-voz, indicando que era o
chefe. Jeú, ao que parece, era grandemente estimado pelos outros,
provavelmente porque se distinguira na tomada de Ramote, quando
Jorão se ausentou do cenário para se recuperar de ferimentos.
6. Derramou-lhe o azeite. Significava escolha divina para o
reinado ou para serviço especial do Senhor. Jeú foi escolhido para os
dois cargos com um simples propósito (veja vs. 6, 7).
7. Ferirás a caso de Acabe. A missão dada incluía toda a casa (v.
8).
9. Como à casa de Jeroboão . . . e como à casa de Baasa. Veja I
Reis 15:29; 16:11, 10. Fugiu. Uma atitude preditiva da rapidez e da
monstruosidade da destruição que se seguiria.
C. Desde Jeú até a Destruição de Israel. 9:11 - 17:41.
Ameaçando a idolatria de destruir todas as boas influências
restantes em Israel e invadir Judá para destruir toda a nação, a casa de
Acabe foi assinalada para extinção.
1) O Reinado de Jeú. 9:11 - 10:36. De conformidade com os
princípios divinos referentes ao julgamento do pecado, conforme
apresentados em Deuteronômio, Jeú tornou-se o executante da ira de
Deus contra os principais pecadores em Israel - Acabe e seus perversos
descendentes.
11. Vai tudo bem? A pergunta relacionava-se com as condições em
Israel. Este louco. O epíteto transmite a impressão que deixou seu
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
30
comportamento. Bem conheceis. Jeú deu a entender que tinham enviado
o profeta discípulo 'tendo em vista propor-lhe que liderasse uma tentativa
de revolta". A resposta deles: "agora faze-no-lo saber", revela sua
honestidade. Então Jeú revelou-lhes a história.
13. Traduza: Tomando cada homem o seu manto e estendendo-o
sobre o caminho até os degraus, tocaram. . . Eles estenderam um tapete
improvisado para sua coroação imediata.
14.Tinha, porém, Jorão cercado. Depois que Jorão tomou Ramote,
os sírios o atacaram ali e o feriram em batalha. Cercado a RamoteGileade. Como um posto avançado contra as incursões de Hazael.
15. Ninguém saia – para divulgar os planos a Jorão.
17. O Atalia . . . disse: Vejo uma tropa. A falta de preparo de
Jorão facilitou a rápida execução do juízo (cons. v. 10; fugiu).
18. Passe para trás de mim. Jeú reteve os dois mensageiros para
evitar qualquer "escape" da parte de Jorão. A ação foi transmitida a
Jorão.
20. O guiar do carro parece como o de Jeú. . . porque guia
furiosamente. O guiar do carro parecia estar na velocidade furiosa
comum a Jeú. Jorão agora temia a situação em Gileade.
21. Aparelha. Para estar preparado diante de possíveis más
notícias.
22. Há paz? Isto é, a campanha de Gileade teve sucesso? Que paz .
. . ? Jeú fez um jogo com a palavra paz, fazendo Jorão lembrar que não
havia "paz" para aqueles que participavam dos pecados de idolatria e
feitiçaria de Jezabel (cons. Êx. 22:18; Dt. 18:10). Jeú condenou Jezabel
como a inauguradora e patrona da idolatria de Israel.
23. Traição. Jorão não percebeu o juízo divino.
24. Entre as espáduas. Jeú derrubou Jorão quando este se voltou
para fugir.
25. No campo da herdade de Nabote. A sentença fora que ele
sofreria morte por juízo. E o cumprimento da predição teve lugar
justamente perto da vinha de Nabote (cons. vs. 21, 23, 25). Este
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
31
incidente destaca-se para mostrar o poder do Senhor para usar nossos
atos no cumprimento de Sua vontade. Portanto, mostra, também, que Ele
poderia ter destruído a nação de Israel, muito embora eles pensassem que
isto não era provável.
27. À vista disso, Acazias. Acazias previu o destino que o
aguardava, sendo ele descendente de Acabe (cons. I Reis 21:21). Feri
também a este . . . à subida de Gur. Jeú deu ordens ao seus homens
para perseguirem Acazias, enquanto ele mesmo partiu para Jezreel atrás
de Jezabel. Ele calculou que os homens o alcançariam na passagem de
Gur, perto de Ibleã.
30. Jezabel o soube; então se pintou. Jezabel sabia qual o
propósito de sua vinda.
31. Teve paz Zinri .. . ? "Você, Zinri! Você, regicida!" Ela pensou
impedir Jeú, fazendo-o lembrar do rápido destronamento e morte de
Zinri.
32. Quem é comigo? Jeú convocou os observadores a tomarem
partido na questão Eunucos. Estes provavelmente deram um sinal a Jeú
como seus aliados.
33. Lançaram-na abaixo . . . e Jeú a atropelou, isto é, os cavalos
do seu carro.
34. Sepultai-a. Depois de comer, ele finalmente se lembrou que
Jezabel era princesa.
36. No campo de Jezreel os cães comerão a carne de Jezabel. De
maneira tão singular e por esquecimento de Jeú cumpriu-se a profecia do
Senhor relativamente a Jezabel.
37. Já não dirão. Jezabel não teria sepultura, mas seria considerada
lixo.
2 Reis 10
10:1. Setenta filhos de Acabe. Cons. os versículos 2, 3. Inclui-se
aqui todos os descendentes do sexo masculino. Jeú pretendia eliminar
toda a casa de Acabe. Ele estava agora começando a executar o juízo
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
32
sobre Israel como nação. Para Israel perder esta família seria perder toda
a linhagem de um de seus mais capazes reis. Contudo, o que Jeú fez,
matando essas pessoas e os adoradores de Baal, foi condenado por
Oséias (1:4), pois Jeú agiu cem espírito de sanguinário, cheio de cobiça e
ambição. 3. Escolhei . . . ponde-o sobre o trono de seu pai, e pelejar. Jeú
propôs resolver a questão por meio de urna luta de gladiadores (cons. II
Sm. 2:11-17), maneira comum de resolver disputas no antigo Oriente
Próximo. A culpa e o medo geralmente agiam a favor do vencedor.
5. Teus servos somos. O medo despertou rápida aquiescência.
Embora favorecessem o antigo regime (v. 4), renunciaram qualquer
tentativa de revolta.
6. As cabeças dos . . . filhos de vosso senhor. Os anciãos foram
convocados a executar o juízo sobre o pecado.
7. Setenta pessoas. Especificamente, as que foram exigidas (cons. I
Reis 21:21, 22).
8. Trouxeram . . . Ponde-as. O pedido de Jeú foi atendido.
9. Vós estais sem culpa, por isso podeis julgar. Ele quis dar a
impressão de que nada tinha a ver com o massacre, alegando que,
embora os setenta tivessem morrido por ordem sua, isto aconteceu por
causa da sentença da profecia de Elias.
12. Foi a Samaria. Depois que toda a oposição ativa cessou.
13. Quem sois vós? Cons. II Cr. 22:8. Eram primos dos filhos de
Acazias. Nada sabiam sobre a revolução.
14. Apanhai-os vivos. Para eliminá-los também. E os trataram. Jeú
os eliminou para evitar que liderassem uma contra-revolução.
15. A subida de Jonadabe para o carro de Jeú significou que ele
aceitou Jeú como servo de Jeová, já que era adversário de Acabe. No
papel de adversário de Acabe, liderou a comunidade religiosa no culto a
Jeová. Jeú usou-o para sancionar suas ações em Samaria. Josefo fiz que
Jonadabe elogiou a atitude de Jeú.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
33
18. Jeú, porém, muito o servirá (a Baal). Jeú aquietou as suspeitas
do povo dizendo que pretenda adorar a Baal. Esta atitude, que foi de
falsidade, comprova a sua sede de sangue.
19-22. Chamai-me agora todos os profetas de Baal . . . Porém
Jeú fazia isto com astúcia. Jeú planejou uma armadilha. As roupas (v.
22) tornariam mais fácil identificar os sacerdotes de Baal. Reunindo-os
nos limites do pátio externo do Templo (v. 21), ficou mais fácil efetuar
sua morte.
23. Examinai. Só os sacerdotes de Baal deviam ser condenados à
morte. Jeú pretendia quebrar o poder da dinastia de Acabe removendo
completamente esses adeptos e esperava ao mesmo tempo obter o apoio
daqueles que eram leais ao Deus de Israel, assegurando-se assim de sua
posição.
25. Traduza: Acabando de completar os preparativos para o
sacrifício, Jeú disse ... Jeú trio participou do sacrifício. Se o fizesse seria
fatal a sua tentativa de ganhar o favor dos israelitas fiéis. Entrai. Só a
execução dos sacerdotes de Baal teria servido adequadamente às
exigências da justiça e santidade de Deus.
27, 28. Derrubaram. Jeú destruiu o centro da adoração para acabar
com o culto.
29, 30. Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de
Jeroboão. Jeroboão "transgrediu a aliança" levando o povo de Israel a
adorar os bezerros de Betel e Dã. Jeú continuou praticando este pecado.
Por causa deste ato de Jeú, Israel foi para o cativeiro. Assim Jeú destruiu
o valor do seu trabalho. Sua dinastia foi militar, não religiosa.
32. Começou o Senhor a diminuir os termos de Israel. Em Jeú
Israel teve sua última oportunidade. Sua deficiência foi que as reformas
de Jeú terminaram com o reavivamento dos "pecados de Jeroboão". A
"diminuição dos termos" começou com a perda do território tornado por
Hazael (v. 33).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
34
2 Reis 11
2) Atalia de Judá. 11:1-20. O pecado de Atalia resultou em sua
morte, mas Deus preservou a linhagem da casa de Davi, de
conformidade com II Sm. 7:28, 29.
1. Vendo Atalia . . . que seu filho era morto. Cons. II Cr. 22:1012. Como muitos outros usurpadores orientais, ela tentou eliminar todo e
qualquer reivindicador do trono.
2. Jeoseba. Meia irmã de Acazias (II Cr. 22:11), esposa de Joiada.
Ama. De leite; Joás era lactante ainda.
4. No sétimo ano. Veja II Cr. 23:1 e segs. com referência à reunião
da aliança dos quinhentos guardas pessoais e levitas com Joiada, no caso
de Joás, provavelmente em uma das três festas anuais.
5-8. Estes versículos descrevem os grupos dos guardas pessoais do
rei, preparados por Joiada, para levar Joás do Templo ao trono. Um terço
daqueles que entrariam em serviço no sábado seria dividido em três
partes: uma parte. ficaria de guarda na casa do rei – o palácio; outra parte
guardaria a saída do palácio – o portão Sur; e a terceira guardaria a
entrada e a porta da casa do rei. Os outros dois terços que teriam folga no
sábado teriam de guardar o Templo e Joás em fileiras cerradas e matar
qualquer um que tentasse "furar" as fileiras.
10. O sacerdote entregou aos capitães. .. as lanças e os escudos.
Joiada armou os soldados no dia designado para colocar Joás no trono.
11,12. Joás foi coroado pelo representante do Senhor (o sacerdote).
Testemunho. No mínimo, o Decálogo (Êx. 25:21; 16:34). Cons. Dt.
17:19. A presença da multidão indica que a coroação aconteceu em um
dia de festa. O povo deu a sua aprovação batendo palmas.
13. Ouvindo Atalia. Barulho como esse não ocorre normalmente
quando da troca da guarda do palácio ou por causa de uma procissão
sacerdotal. Bastou Atalia ver Joás de pé no lugar do rei ('al ha'amod)
para compreender a intenção do ajuntamento. Veja II Cr. 23:13; Ez.
46:2; (cons. II Cr. 6:13 com referência ao conceito do lugar reservado
para o rei). Seu grito de Traição! (v. 14) indica a presença de sua própria
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
35
guarda pessoal, à qual ela agora ordenava que pegasse o menino Joás e
seus partidários.
15. Fazei-a sair. Joiada agiu primeiro ordenando que ela fosse
executada. Apertada entre as fileiras, foi conduzida para fora e executada
no portão do palácio que dava entrada aos cavalos. A fidelidade de
Joiada evitou que a política de conveniência de Josafá resultasse na
extinção da linhagem de Davi. Contudo, a atitude do sacerdote apenas
protelou a derrocada final de Judá.
17. Joiada fez aliança . . . A aliança do Monte Sinai, violada pelos
pecados de Atalia, Acazias e Jeorão. Joás aceitou este 'testemunho" pelo
qual governaria como vice-rei de Deus, secundado pelo povo. Esta é a
aliança. A destruição da casa de Baal (v. 18), em Jerusalém, que
necessariamente seguiu-se à renovação da aliança, aconteceu depois que
Joás foi posto no trono (v. 19). A ordem é lógica, pois o versículo 18
segue-se ao versículo 19 em tempo, enquanto os versículos 19, 20
referem-se a acontecimentos sob o regime de Joás.
18. O sacerdote pôs guardas. Joiada instalou os turnos dos
sacerdotes (cons. I Cr. 25; II Cr. 23: 18).
3) Judá sob o governo de Joás. 11:21 - 12:21.
Aqui se dá ênfase à renovação da aliança sob o governo de Joás,
que exigiu a limpeza do Templo e sua restauração para o culto a Jeová.
As calamidades que lhe sobrevieram refletem o princípio de Gl. 5:17.
2 Reis 12
12:1. Esta seção poderia começar com 11:21 de acordo com a
fórmula normal usada em relação à vida e reinado de um rei. Começou
Joás a reinar. Quanto ao período deste acontecimento veja Thiele,
Mysterious Numbers, pág. 66.
2. Fez Joás o que era reto . . . todos os dias em que o sacerdote
Joiada o dirigia. Joás andou cem o Senhor enquanto Joiada viveu (II Cr.
24:17-25). Ele tinha falta de convicção pessoal da verdade.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
36
3. Os altos. Veja I Reis 22:43; II Reis 12:3; 14:4; 15:4; II Cr. 15:17;
20:33. Não lugares altos para a idolatria, mas centros ilegais de adoração
jeovista. Observe I Reis 3:2. Só dois reis de Judá, Ezequias (II Reis 18:4)
e Josias (23: 8) retiraram os altos. Um dos maus efeitos deste culto sobre
os altos era que dividia a visão espiritual de Judá; e assim contribuía
materialmente para a queda da nação.
4. Disse Joás aos sacerdotes. Como estágio final da renovação da
aliança com Jeová, foi necessário consertar aquelas partes do Templo
que tinham caído em um estado de dilapidação durante o reinado de
Atalia (cons. II Cr. 24:6, 7). Dois tipos de ofertas são citados: 1)
pagamento em cumprimento de um voto (Lv. 27:2), a quantia estipulada
pelo sacerdote, uma avaliação de pessoas (Lv. 27: 8) para o sustento do
Templo; e 2) todo o dinheiro que cada um trouxer voluntariamente
(II Reis 12:4b) – uma oferta voluntária a Jeová. Traduza: Toda o
dinheiro referente a questões dedicatórias, que for trazido . . . as peças
de prata (não moedas) usadas em transação comercial, a prata do
imposto pessoal... Joás simplesmente pediu que os fundos do templo
fossem usados para o Templo. Todo o dinheiro. Lâminas de prata de
peso definido usadas em transações comerciais. Dinheiro cunhado não
havia até o período do Êxodo.
6. No ano vinte e três... ainda não tinham reparado. As
instruções não foram seguidas, possivelmente por causa da renda total do
templo ser insuficiente para o sustento dos levitas. A idolatria anterior
sob o governo de Atalia desencorajara as contribuições do povo.
7. Não recebais mais dinheiro. Joás ordenou que parassem de
receber dinheiro dos fiéis.
8. Consentiram os sacerdotes. Devido a questões práticas, novos
arranjos foram projetados para angariar fundos para o conserto, em cujo
processo os sacerdotes foram excluídos.
9. Joiada tomou uma caixa. II Crônicas 24:8 diz "do lado de fora,
à porta"; aqui se diz ao pé do altar. Talvez a caixa estivesse primeiro ao
lado do altar, e mais tarde fora das portas para acesso mais fácil.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
37
10. O escrivão do rei subia com um sumo sacerdote. A obra
estava sob a orientação do rei em cooperação com o sumo sacerdote
(cons. v. 8).
13. Não se faziam . . . taças de prata. II Crônicas 24:14 declara o
que se fez com o que sobrou dos reparos. Não há nenhuma contradição
aqui.
16. O dinheiro de oferta pela culpa (cons. Nm. 5:8, 9; Lv. 5:16).
Sendo o "preço do pecado" não podia ser introduzido no Templo.
17. Então subiu Hazael, rei da Síria. Quanto ao pecado de Joás, o
causador da invasão, veja II Cr. 24:15-22. A cobrança do resgate deve
ser considerada como juízo sobre Joás e Judá por causa dos seus pecados
(veja II Cr. 24:18b).
20. Os seus servos, conspiraram. Joás morreu porque mandou
matar Zacarias, o neto de Joiada (II Cr. 24:25).
21. Jozabade. "Zabade" em II Cr. 24:26 foi escrito por engano em
lugar de Zacar, contração de Jozacar.
2 Reis 13
4) Israel sob os governos de Jeoacaz e Jeoás.
13:1-25. Esta seção demonstra quão insidiosamente o pecado se
entrincheira e se espalha apesar dos repetidos esforços para sua
erradicação.
1. No ano vinte e três de Joás. A data não é do ano da ascensão,
reduzindo este ano vinte e três para o verdadeiro vinte e dois, o primeiro
ano de Jeoacaz, sendo o décimo sétimo ano deste rei equivalente ao
trigésimo oitavo de Joás (21+17 = 38; veja Thiele, op. cit., pág. 37, 38,
quadro, oposto pág. 74).
2. Andou nos pecados de Jeroboão. A aliança divina continuou
quebrada sob este rei (veja também 10:29).
3. O Senhor, o qual os entregou nas mãos de Hazael, rei da Síria
– por causa dos pecados enumerados no versículo 2 acima. Quanto à
perda do território a leste do Jordão, veja II Reis 10:32. Estas novas
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
38
perdas foram agora no território a oeste do Jordão, portanto uma
extensão dos castigos anteriores. Durante vários anos Hazael esteve
ocupado com as incursões de Salmaneser III, ruas depois da morte desse
monarca, ficou livre para mudar suas atividades opressoras contra Israel.
Todos aqueles dias, isto é, os dias de Jeoacaz (cons. vv. 22, 25).
4. Jeoacaz fez súplicas diante do Senhor. A extrema dificuldade
enfrentada por Jeoacaz (v. 7) forçou-o a buscar o Senhor, que enviou
livramento por amor do povo oprimido.
5. O Senhor deu um salvador a Israel. Ele veio depois que
Jeoacaz morreu (veja v. 22 abaixo).
6. O povo continuou praticando os pecados... de Jeroboão,
prosseguindo portanto na violação da aliança. O "arrependimento" de
Jeoacaz foi só mental; ele não retornou à aliança.
7. Não se deixaram. Veja o versículo 4.
10. Começou Jeoás, filho de Jeoacaz, a reinar. Isto foi em 798 A.C.
(veja Thiele, op. cit., pág. 67).
11. Fez o que era mau. Embora o Baalismo estivesse erradicado,
não havia, contudo, um verdadeiro retorno ao Senhor da parte de Israel
sob o governo de Jeoás, pois os bezerros de Dã e Betel ainda eram
adorados. Os "pecados de Jeroboão" já tinham permanentemente se
aninhado nos corações do povo.
14. Estando Eliseu padecendo da enfermidade. Este incidente foi
narrado aqui, junto com os versículos 22-25 abaixo, por causa da
exigência do esboço relacionado com o assunto. Este foi pelo menos o
quadragésimo quinto ano depois da ascensão de Jeú (cons. 10:36; 13:1).
A doença de Eliseu era bastante séria para provocar uma visita de Jeoás
de Israel (13:14.19 encaixam no período de 13:10-13). Carros de Israel.
Jeoás queria dizer: "Quando tu partires, de onde virá a sabedoria e o
livramento?"
15. Toma um arco e flechas. Os meios da vitória e o método de
demonstração para Jeoás.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
39
17. Ferirás é uma promessa específica de livramento efetuado pelo
Senhor em cumprimento da promessa do versículo 4.
18. Toma as flechas. Compare as últimas cláusulas dos versículos
17 e 19. Jeoás não tinha fé nem zelo incansável para perseverar
confiando no Senhor a fim de consumir os sírios. Ele foi instruído (v.
18) a atirar as flechas contra a terra. Isto é, "ponha seus inimigos no pó".
19. Cinco ou seis vezes. Até que fossem subjugados.
20. Morreu Eliseu. As palavras formam urna transição para o
próximo acontecimento.
21. Reviveu . . . e se levantou. O homem morto foi restaurado à
vida porque o Senhor operou um milagre confirmando Sia promessa de
livramento a Jeoás.
22. As palavras, Hazael . . . oprimiu a Israel retomam o tema do
versículo 3.
23. O Senhor teve misericórdia retoma o tema de 4a. Embora
Hazael tivesse quase arruinado Israel, o Senhor ainda não permitiu a
destruição da nação, por causa de Sua aliança com Abraão.
24. Morreu Hazael. Um primeiro passo na libertação prometida.
25. Retomou as cidades. Elas ficavam a leste do Jordão (cons.
10:32, 33). Essas cidades foram tomadas por Hazael, que deixou apenas
o lado oeste do Jordão para Jeoacaz. Três vezes. Cons. v. 19.
2 Reis 14
5) Judá sob o governo de Amazias e Azarias. 14:1-22.
O registro da vida de Amazias conta a história de como um coração
arrogante e orgulhoso é humilhado, e como o Senhor julga o pecado do
orgulho arrogante.
1. No segundo ano de Jeoás . . . começou a reinar Amazias . . .
rei de Judá. Isto foi em 797/796 A.C. (Veja comentário sobre 13:1 com
referência à cronologia do período, e Thiele, Mysterious Numbers, pág.
68 e segs.).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
40
3. Fez ele o que era reto . . . ainda que não como seu pai Davi
(pai = antepassado). Quanto à narrativa de como Amadas falhou em
seguir a Davi, veja II Cr. 25:14 e segs. Mais tarde começou a adorar
deuses edomitas que trouxe de sua campanha em Edom. Andou nos
passos de seu pai Joás (3c).
5, 6. Matou os seus servos. Amazias não seguiu o costume oriental
de matar os conspiradores e seus filhos; ele só matou os conspiradores,
de conformidade com Dt. 24:16. Observação: A citação da lei de Moisés
é uma evidência de que o Deuteronômio não é uma obra posterior, como
defende a alta crítica.
7. E tomou a Sela na guerra. Sela é a antiga Petra. Ele também
levou seus deuses para Jerusalém e os adorou (cons. II Cr. 25:14 e segs.).
É a descrição de um ato de guerra sem provocação contra Edom,
mostrando a arrogância e a crueldade de Amazias. Era mais um passo
que Judá dava na ladeira de sua destruição final.
8, 9. Amazias enviou mensageiros. Sua arrogância o levou a se
meter em encrencas com Israel, por causa dos seus deuses edomitas. No
entusiasmo da vitória sobre Petra, Amadas desafiou Jeoás de Israel para
uma guerra: Vem, meçamos armas. Josefo (Antiq. lx. 9. 2) diz que
Amazias exigia submissão, ou o resultado seria a guerra (veja também II
Cr. 25:13). O cardo . . . mandou dizer ao cedro. Jeoás era o cedro;
Amazias era o cardo. O desafio de Amazias era presunçoso e arrogante.
Jeoás tinha derrotado a Síria e a tinha julgado. Os versículos 11-14
descrevem a derrota de Judá, a parcial destruição de Jerusalém, e a
tomada de reféns – tudo porque Amazias adorava deuses edomitas (II Cr.
25:20). O próprio Amadas foi levado prisioneiro (II Reis 14:13), pois
rejeitou o conselho de arrependimento do profeta (II Cr. 25:15, 16).
17-20. Amazias. .. viveu quinze anos depois . . . de Jeoás. Veja
Thiele, Mysterious Numbers, págs. 68-72. Jeroboão II teve uma coregência de doze anos com Jeoás (cons. 14:23; 15:1); Azarias teve uma
co-regência de vinte e quatro anos com Amadas (cons. 15:1, 8; 14:23).
Azarias subiu ao trono, então, no quinto ano de Amadas, provavelmente
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
41
porque o povo estava insatisfeito com a expedição injustificada de
Amazias contra Israel e o seu resultado (veja cap. 19). Amazias fugiu
para Laquis, uma antiga cidade real, uma fortaleza que oferecia refúgio,
para escapar aos conspiradores. Situada perto da fronteira meridional de
Judá, oferecia rápido meio de escape para outros países e possível
segurança. E o mataram ali. Possivelmente o povo de Laquis não
ajudou o rei a se defender.
21. O povo de Judá tomou a Uzias. Veja os versículos 13, 19;
cons. II Cr. 26:1, 2. A semelhança destas passagens em Reis e Crônicas,
quando comparadas com II Reis 15:1-7, indicam que Uzias punha mais
ênfase na conquista do que em livrar Judá dos lugares altos divisivos
(cons. II Cr. 26: 11 e segs.). Azarias significa (Aquele cujo) auxílio é
Jah. Seu outro nome, Uzias, significa "Minha força é Jah".
22. Ente. O acontecimento é importante; veja 15:1-7.
6) Reino de Jeroboão II sobre Israel. 14:23-29. Esta narrativa do
minado de Jeroboão II mostra: 1) como Jeroboão violou a aliança (pois
só o relacionamento do rei com a aliança era importante); e 2) como a
promessa de Jeová a Jeoás (cons. 13: 17) foi cumprida.
23. Décimo quinto ano de Amazias. Amazias e Uzias reinaram na
mesma época; por isso a ascensão de Jeroboão ao trono foi computada
em termos de primada de ordem para o rei de Judá (veja vs. 17-20).
24. Fez o que era mau. Jeroboão continuou violando a aliança, e
adorando os bezerros de Dã e Betel (cons. 10:29).
25. Hamate. Não a cidade mas a região (veja I Reis 8:65; Amós
6:2, 14; cons. II Reis 23:33; 25:21). Jeroboão II foi um hábil
administrador e general. lonas. Uma profecia eventual sobre o profeta
Jonas, que não está contida no Livro de Jonas, mas revelando o período
em que viveu o profeta - 780 A.C. 26. Porque viu o Senhor. Cons. 13:23.
Dá-se o testemunho da fidelidade de Deus que pode voltar os corações
dos homens para Ele.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
42
2 Reis 15
7) Reinado de Azarias sobre Judá. 15:1-7.
A importância do reinado de Uzias jaz no seu fracasso de eliminar
os cultos nos lugares altos, que dividiam a unidade religiosa do povo,
contrariando Dt. 12:1-5 , 14; 16:16.
1. No ano vinte e sete de Jeroboão. Veja comentário sobre 14:17.
3. Fez o que era reto. Ele imitou o começo da vida de seu pai
Amazias.
5. O Senhor feriu ao rei. Uzias intrometeu-se no trabalho do
sacerdote (II Cr. 26:17 e segs.), e por isso foi ferido de lepra (cons. Nm.
12:10; Dt. 24: 8, 9; II Sm. 3 : 29; II Reis 5:27). A falta de visão espiritual
de Azarias, revelada na permissão da continuação dos lugares altos,
contribuiu para que tentasse controlar o sacerdócio (cons. II Cr.
26:16,17).
8) Reinados de Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías e Peca em
Israel. 15:8-31.
A falta de informação sobre as atividades destes homens é
intencional, para mostrar como o seu desprezo pela aliança apressou a
queda de Samaria, agora em sua final desintegração.
8. No ano trinta e oito de Azarias. Veja comentário sobre 14:17 e
segs. Zacarias continuou violando a aliança através da manutenção dos
bezerros de Dã e Betel, cujo culto idólatra dividiu a nação.
10.Diante do povo. Zacarias foi publicamente assassinado. Falta de
vingança da parte do povo indica que todos já estavam profundamente
mergulhados em seus pecados.
12. Esta foi a palavra. Zacarias era o quarto descendente de Jeú, o
último desta linhagem a manter o trono (cons. 10:30).
13. Salum . . . começou a reinar. A rápida sucessão de
assassinatos ilustra amplamente a condição deplorável do reino.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
43
14. Menaém . . . feriu . . . Salum. Manaém, o comandante em
chefe, segundo Josefo (Antiq. ix. 11. l), estando aquartelado em Tirza,
ouviu sobre o assassinato, marchou contra Salum, derrotou-o e matou-o
e depois ele mesmo tomou o trono. A atitude de Manaém baseava-se no
fato do reino israelita ser uma monarquia militar, Salum ser um
usurpador e, tendo a linhagem de Jeú acabado, o trono poderia passar
para o comandante-em-chefe do exército.
16. Menaém feriu a Tifsa. Não a Tifsa (Thapsacus) sobre o
Eufrates, mas a que fica perto de Tirza; na primeira a Assíria teria
impedido qualquer coisa nesse sentido. Ali surgiu uma recusa de
reconhecê-lo como rei e seus feitos ferozes tinham a intenção de advertir
e desmoralizar seus oponentes. Não restava nenhuma vitalidade
espiritual para se lhe opor.
17. Desde o ano trinta e nove. Zacarias subiu ao trono no
trigésimo oitavo ano de Uzias, e os reinados dos dois reis, Zacarias e
Salum, passaram para o seu trigésimo nono ano.
18. Fez o que era mau. Veja comentário sobre versículo 8.
19. Pul, rei da Assíria. Este é Tiglate-Pileser III, que tinha um
outro nome, a saber, Pul (Pulu da Assíria, inscrições. Veja JNES, Julho,
1944, págs. 137-188. Veja também Thiele, Mysterious Numbers, págs.
76, 77). Esta primeira referência bíblica aos assírios revela que a Assíria
estava a caminho do seu império. A Assíria se transformou no grande
poder do Oriente Próximo. O império caiu em cerca de 611 A.C. TiglatePileser diz : "O terror se apossou dele (Menaém), fugiu como um pássaro
solitário e se me sujeitou. Eu o levei de volta ao seu lugar e . . . prata . . .
recebi . . . seu tributo" (Luckenbill, Anc. Rec., Vol. 1, parágrafo 815).
Menaém fugiu; mas foi capturado, estabelecido como fantoche e forçado
a pagar tributo – mil talentos de prata. A data é aproximadamente em
743 A.C. (veja Thiele, op. cit., pág. 98).
23. No ano cinqüenta de Azarias . . . começou a reinar Pecaías.
O reino de dois anos de Pecaías coincidiu com os dois últimos anos de
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
44
Azarias, sobrepondo-se ao seu qüinquagésimo ano (veja Thiele, op. cit.,
págs. 73, 74).
24. Fez o que era mau. Cons. comentário sobre o versículo 8. O
mal foi ele seguir os pecados de Jeroboão.
25. Peca . . . conspirou. Peca era um auxiliar de Pecaías, um
capitão de cinqüenta homens da guarda pessoal do rei. O fato da guarda
pessoal, em lugar de proteger o rei, ajudar Peca a matá-lo, mostra como
os laços da disciplina, ordem, fidelidade e obediência tinham se
dissolvido. "Porque o Senhor tinha uma contenda com os habitantes da
terra" (Os. 4:1 , 2).
27. No ano cinqüenta e dois. Peca tomou o trono de Israel no
último ano de Uzias. A correlação de todas as referências a Pecaías,
Uzias, Jotão, Acaz e Oséias revelam o fato espantoso que Peca usurpou
os anos de Menaém e Pecaías (veja Thiele, op. cit., págs. 102 e segs.;
também págs. 133, 134).
28. Fez o que era mau. Veja comentário sobre o versículo 8. Peca
perpetuou os pecados de Jeroboão, violando a aliança. Parece que o
cativeiro sob Tiglate-Pileser foi o juízo sobre os pecados de Peca.
29. Nos dias de Peca ... veio Tiglate-Pileser. Estas atividades
ocorreram antes de 732 A.C., quando Tiglate, como constatamos dos
dados de Eponym Chronicle, colocou Oséias no trono de Israel. Esta
deportação tomou-se o começo do fim de Israel, profetizada por uma
longa linha de profetas. Tiglate-Pileser III (745-727 A.C.) fizera de
Menaém um vassalo (veja Luckenbill, Anc. Rec., Vol. I, parágrafo 816).
Tomou . . . e levou. A primeira das duas deportações de Israel, a
segunda sendo de Salmaneser V em 723/722. Isto aconteceu em
cumprimento de Dt. 28:36. Ijom. Em Naftali. Veja I Reis 15:20. AbelBete-Maaca. Veja II Sm. 20:14,18. Janoa. Também em Naftali,
provavelmente perto da primara das duas. Quedes. A noroeste do lago
Hulé. Hazor foi escavada por Yigael Yadin (veja BA, XIX, n.º 1, Fev.,
1956; XX, n.º 2, Maio, 1957; XXI, n.º 2, Maio, 1958; XXII, n.º 1, Fev.,
1959).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
45
30. Oséias ... conspirou contra Peca. Tiglate-Pileser diz:
"Coloquei Ausi (Oséias) sobre eles como rei". O que aconteceu foi que
Oséias precisou que Tiglate aprovasse a usurpação do trono já efetuada.
9) Judá sob o governo de Jotão e Acaz. 15:32 - 16:20.
32. No segundo ano de Peca. Cons. 15:5 ; II Cr. 27:1-9. Jotão teve
uma co-regência com Uzias, 751/750 a 740/739, e quatro anos de coregência com Acaz, 736/735 - 732/731 A.C. (cons. Thiele, Mysterious
Numbers, págs. 116 e segs.). Na realidade começou a reinar no segundo
ano do reinado de Menaém (II Reis 15:17).
33. Dezesseis anos. Veja comentário sobre o versículo 37.
34. Em tudo procedeu segundo fizera seu pai Uzias, exceto que não
entrou no santuário (II Cr. 26:16), isto é, não usurpou as funções do
sacerdócio.
35. Os altos. Jotão permitiu que os altos divisivos continuassem
existindo (veja comentário sobre 12:3). Ele edificou a porta de arma
(alta, E.R.C.). Cons. Ez. 9:2 sobre o lado norte do Templo. Ele a
reconstruiu. O versículo fala dos altos e da porta de cima ou mais alta,
de cuja justaposição de palavras conclui-se que Jotão construiu a porta
para atrair o povo ao Templo a fira de que oferecesse seus sacrifícios ali.
37. Naqueles dias. Nos dias de Jotão. Rezim . . . Peca. A Síria e
Israel estavam agora procurando forçar Jotão no campo pró-Assíria
(cons. Thiele, op. cit., pág. 117). Acaz foi colocado no trono e Jotão só
reinou dezesseis anos (15 : 53) devido ao ressentimento popular de sua
(de Jotão) política anti-Assíria. Veja também comentário sobre o
versículo 32.
2 Reis 16
16:1. No ano dezessete. Veja comentário sobre 15:32.
2, 3. Acaz . . . andou no caminho dos reis de Israel (cons. II Cr.
28:1-4, esp. 3, 4). Acaz violou a aliança do Senhor. Ele viveu como
viviam os reis de Israel, e fez imagens de Baal para adorar (cons. Êx. 20:
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
46
3). Queimou a seu filho como sacrifício. Números 31:23 indica que isto
significa queimar literalmente. Ele ofereceu seu filho como sacrifício
queimado a Baal(II Cr. 28:3). Este foi um dos pecados pelos quais Israel
foi deportada (veja comentário sobre 17:17).
5. Então . . . Rezim . . . com Peca. Veja comentário sobre verso 37.
Agora os povos da Síria e Canaã estavam resistindo ao avanço da
Assíria, e isto foi uma tentativa de forçar Acaz a se juntar ao movimento.
Assim o Senhor usou circunstâncias para castigar Acaz, colocando essas
forças contra ele por causa dos seus pecados. Quanto ao livramento
oferecido pelo Senhor, veja Isaías 7. Acaz foi derrotado por Peca,
entretanto, porque não tinha fé (Is. 7: 4, 9b,11,12), e muitos dentre o seu
povo foram levados cativos (II Cr. 28: 5.8).
6. Rezim . . . restituiu Elate à Síria, tornando-a de Judá. Mais
outro castigo para Judá por causa dos seus pecados.
7. Acaz enviou. Cons. Is. 7:17. A Assíria acabou despojando a terra
mesmo tendo sido feito este apelo. Quando a Síria caiu, Judá perdeu seu
pára-choque contra a invasão da Assíria. Teu servo. O preço da ajuda da
Assíria foi a vassalagem.
8. Tomou Acaz a prata e o ouro. Ele não deu ouvidos à promessa
de Isaías. Ele não cria!
9. O rei da Assíria . . . subiu contra Damasco. Tiglate tomou
Damasco, mas também afligiu Acaz. II Crônicas 28:20 diz : "porém o
pôs em aperto".
10. Então o rei Acaz . . . vendo ali um altar (em Damasco). Acaz
foi expressar seus votos de obediência a Tiglate por causa de seus
contínuos favores, ruas o altar se transformou em mais um pecado que o
afastou de Deus.
11. Observe a apostasia de Urias, o sumo sacerdote, o qual
transgrediu a aliança por meio de suas atitudes.
12. O rei, viu o altar . . . e nele sacrificou. Acaz encontrou o altar
pronto (cons. v. 10) – o altar original salomônico foi empurrado para o
lado norte - e sobre ele sacrificou.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
47
15. Minha deliberação posterior, isto é, "mais tarde eu resolvo o
que fazer com ele". O altar salomônico não agradou a Acaz depois que
viu o altar de Damasco. Pecou contra o Senhor removendo o altar que
fora feito segundo as instruções do Senhor e ali colocado segundo Sua
orientação. Os instrumentos determinados por Deus não devem ser
alterados.
17,18. Acaz depredou mais ainda o mobiliário do templo,
arrancando-lhe valiosa ornamentação por temer (não por causa de, em
benefício de) o rei da Assíria. Ele se resguardou de excitar a cupidez de
Tiglate-Pileser, caso este viesse a Jerusalém.
2 Reis 17
10) Destruição e Cativeiro de Israel. 17:1-41.
1. No ano duodécimo. Veja comentário sobre 16:1-4; 15:27-31 .
2. Não como os reis de Israel que foram antes dele. Crônicas
silencia quanto à diferença. Isto foi apenas em relação ao seu "andar";
ele perpetuou os pecados de Jeroboão.
3.Contra ele subiu Salmaneser. Veja 15:30. Tiglate-Pileser III
morreu em 727 A.C. Oséias veio a ser vassalo de Salmaneser. Tinha de
pagar tributo anualmente. Em cerca do seu ano sexto, Oséias tentou a
independência. Conspirou contra Salmaneser aliando-se com Sô do Egito
e deixou de pagar o tributo. Assim, naturalmente, Israel foi atacada e o
resultado foi a sua queda.
5. O rei da Assíria . . . subiu a Samaria e a sitiou por três anos.
O tempo aqui é inclusivo; partes de anos são considerados como anos
completos (cons. 18:9, 10 para verificar o tempo exato).
6. O rei da Assíria tomou a Samaria. Para comprovar que este era
Salmaneser V e não Sargão II, veja J.P. Fure, Archeology and Bible
History, págs. 199, 200. Transportou a Israel para a Assíria. Não a
Assíria propriamente dita, mas para o seu império. Em Hala, junto a
Habor. Cons. I Cr. 5:26. O Habor é o rio Khabur, que desemboca no
Eufrates. Gozã é a atual Tell Halaf (Assiriano, Guzanu). Cidades dos
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
48
medos. A região a nordeste de Nínive. (Veja National Geography
Magazine, mapa: "Bible lands and the Cradle of Western Civilizations".)
Transportar os povos era então a norma aceita para controle de nações
sujeitas.
7. Tal sucedeu porque os filhos de Israel. A conclusão está em
17:18: Pelo que o Senhor. Os versículos 8-12 contêm uma lista de
pecados – especificações para o juízo. Que os fizera subir da terra do
Egito. O povo de Israel pecou contra o seu Salvador. Os israelitas foram
ingratos, miseráveis, transgressores e rebeldes.
8. Andaram nos estatutos das nações . . . e nos costumes
estabelecidos pelos reis de Israel. Seus pecados se encaixam em duas
categorias - as idolatrias dos cananeus e a adoração dos bezerros de ouro.
9. Fizeram contra o Senhor seu Deus o que não era reto. Por
meio de caminhos e feitos idólatras, negaram ao Senhor, de modo que
Ele já não podia mais ser visto ou reconhecido. Desde as atalaias.
Nenhum lugar escapou desta idolatria. Imagens e estátuas de Astarte
foram colocadas debaixo de todas as árvores frondosas (v. 10), e o
incenso era queimado em seus cultos diante delas (v. 11), como faziam
os pagãos.
12. Ídolos feitos de madeira, pedra, metal ou barro (Dt. 29:17).
Serviram, isto é, adoraram.
13. O Senhor advertiu por intermédio de . . . Os versículos 13-17
recapitulam o procedimento do Senhor com Israel. O escritor mostra
como Deus, em Sua fidelidade, suplementou as proibições da Lei com
advertências diretas dos profetas, exortando o povo de Israel a se afastar
de sua idolatria. Observe que em 17:13 Judá também está incluída na
narrativa, pois isto se escreveu sobre a queda de Judá. Contudo não
quiseram ouvir, seguindo o exemplo dos seus pais.
14. Não creram. É o ato proposital dos corações rebeldes, a cerviz dura.
15. E se tornaram vãos. "Toda a sua vida era um alvo sem valor".
16. Desprezaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e
fizeram para si imagens de fundição, dois bezerros; fizeram um
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
49
poste-ídolo (não um bosque; a deusa Astarote), e adoraram todo o
exército do céu. Os instrumentos e objetos dos cultos – ídolos e
divindades estelares da Assíria – são enumerados, todos estritamente
proibidos em Dt. 4:14-19.
17. Queimaram a seus filhos e a suas filhas. O holocausto de
crianças é proibido em Dt. 18:10,11, como também toda forma de
adivinhações.
18. Pelo que o Senhor ... os afastou da sua presença. A ira de
Deus foi provocada, e ele os castigou através da deportação; Judá ficou
sozinha. O fato de que esses pecados violaram a aliança é o único motivo
para sua deportação.
19-23. Estes versículos descrevem a total rejeição de Israel e,
embora Judá fosse deixada, ela também era infiel. O versículo 19 insinua
que ele iria partilhar do destino de Israel.
20. O Senhor rejeitou a toda a descendência de Israel. Deus os
entregou ao juízo porque Israel in toto transgrediu a aliança. Portanto,
isto foi escrito depois da queda de Judá.
21. Ele rasgou a Israel da casa de Davi. O Senhor não pretendia
que a divisão nacional resultasse em pecado tal como está descrito aqui
(cons. I Reis 11:37 e segs.).
22,23. O pensamento é: "Embora eu tenha separado os dois povos,
Jeroboão induziu o povo a pecar, e o povo consentiu em ser levado pela
estrada do pecado abaixo até a final destruição ".
Os versículos 24-41 contam a transplantação dos povos de vários
países para a terra de Israel.
24. O rei da Assíria trouxe. Salmaneser morreu durante ou logo
após o cerco de Samaria, e Sargão II (722-705) deve ter sido aquele que
repovoou a terra depois da deportação de Israel. Esdras 4: 2 indica que
houve uma transplantação posterior sob Esaradom (681-668). Se esta
primeira também foi sob Esaradom, então a terra deve ter permanecido
despovoada pelo menos quarenta e um anos. Repovoá-la logo após a
queda de Samaria seria efetuar um programa sensato de produção para os
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
50
cofres públicos. Gente de ... Cuta. Josefo os identifica como os
cosseanos que viviam a nordeste de Susã (Antiq. ix. 14. 3; x. 8. 7). Ava.
A "Iva" de 18:34; 19:13, entre o Anã e o Habor no Eufrates. Hamate.
Uma cidade da Síria, sobre o Orontes. Sefarvaim. Sifar no Eufrates,
acima da Babilônia. Samaria. Primeira aplicação deste nome à terra de
Israel.
25. Mandou o Senhor . . . leões. O período de tempo entre a
deportação e a chegada dos colonos deu tempo para a multiplicação dos
leões, e Deus usou suas incursões naturais para humilhar o povo.
26. As gentes ... não sabem a maneira de servir o Deus da terra;
por isso enviou ele leões para o meio delas. Uma análise supersticiosa
da parte dessa gente, ruas verdadeira. Foi a base para o seu pedido que
enviasse sacerdotes salvadores.
27. Seu pedido implícito no versículo 26 foi atendido.
28. Um dos sacerdotes que haviam trazido de Samaria foi
enviado de volta. Ele voltou a Betel, sede da adoração dos bezerros de
Jeroboão, e ensinou ao povo "como" devia temer ao Senhor.
29-32. O resultado foi uma mistura de religião pagã e adoração a
Jeová, que era pior que o paganismo completo.
33. Temiam o Senhor. Um "temor" impuro, uma vez que serviam
aos seus próprios deuses, como os israelitas anteriormente.
Os versículos 34-41 apresentam uma análise das atitudes do povo
em relação às ordens do Senhor. O versículo 34 indica que as práticas
religiosas mistas continuaram até o dia em que se escreveu o livro dos
Reis. Os versículos 35-39 constituem urna longa citação emendando Êx.
20:5, 7; 22:1; 6:6; 20:23; Dt. 4:34; 5:15; 13:5; 28:14, etc. Aqui o Senhor
torna a apontar para Suas obras entre eles, delineando a horrível
hediondez de seus pecados.
37. Que ele vos escreveu. Esta é uma referência explícita ao fato de
que Êxodo e Deuteronômio foram escritos por Moisés e não poderiam
ter sido compostos em data posterior. Se esses livros fossem escritos em
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
51
data posterior, como os críticos defendem, como poderia Deus ter
deportado o Seu povo por pecar contra Seus mandamentos e estatutos?
40. Eles não deram ouvidos. Eles inclui tanto os israelitas como os
colonos. Continuaram em seus antigos pecados.
41. Este versículo é um resumo dos acontecimentos até o período
em que foi escrito o registro que foi usado como fonte de informações
pelo autor.
III. O Reino de Judá até a Destruição Final da Nação de Israel.
18:1 - 25:30.
A. O Reino sob o governo de Ezequias. 18:1 – 20:21.
2 Reis 18
1) As Reformas de Ezequias. 18:1-12. Ezequias é o exemplo do
Senhor de um rei justo que confiou nEle. No período da queda de Israel e
na hora mais negra da nação, ele foi dado ao povo por Deus para
mostrar-lhe seu verdadeiro destino e caráter, e demonstrar que os
caminhos divinos são os da bondade e da verdade insuspeitas na
manutenção de Sua aliança e testemunho. Durante a primeira campanha
de Senaqueribe, em 701 A.C., Ezequias confiou em aliados; na segunda
campanha, cerca de 688 A.C., ele dependeu do Senhor. O rei de Judá
estava crescendo na fé e na confiança em Deus.
1. No terceiro ano de Oséias. Esta é a última coordenação no livro
de Reis acerca dos reinados de Judá com os reinados de Israel. Outras
informações históricas ajudam a estabelecer a devida seqüência
cronológica daqui para frente.
2. Reinou vinte e nove anos. Ezequias reinou vinte e nove anos.
Além disso, teve uma co-regência com Acás, conforme se deduz do que
vem a seguir. Nabucodonosor Il destruiu Jerusalém em 19 de julho de
586 A.C. (BASOR, 143, págs. 46, 47). Os reinados de Manassés (55
anos), Amom (2 anos), Josias (31 anos), Jeoacaz (3 meses), Jeoaquim
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
52
(11 anos), Joaquim (3 meses) e Zedequias (11 anos) dão um total de 1lo
anos. Acrescentando 110 a 586 A.C., temos 696 A.C., que seria a data da
ascensão de Manassés, Isto, entretanto, não dá lugar aos quinze anos
adicionais de Zedequias depois de 701 A.C. (veja comentário sobre o
cap. 20). O intervalo de cinco anos (701-696) deduzidos dos quinze
deixa dez anos inexplicados. Talvez fossem um período de co-regência
com Manassés. (Veja abaixo comentário sobre cada um dos reis citados
acima.) Contudo, a ascensão de Ezequias está colocada em 715 A.C.
Mas diz-se que ele já reinava no quarto e sexto ano de Oséias, o que
indica que ele teve uma co-regência com Acaz de no mínimo doze anos
(veja comentário sobre 18:13). Acaz tinha vinte e um anos de idade
quando subiu ao trono (II Reis 16:2) e reinou dezesseis anos. Portanto
devia ter trinta e seis em 715 A.C. No terceiro ano de Oséias, Ezequias
subiu ao trono (veja comentário sobre 18:1), que teria sido em 729/728
(computação inclusiva). Acaz teria, então, vinte e três anos de idade e
Ezequias teria doze, o que daria a Acaz onze anos quando Ezequias
nasceu, e isto é muito pouco. Fica claro que a idade de vinte com a qual
se diz que Acaz subiu ao trono, realmente foi a sua idade no começo de
sua co-regência com Jotão. A declaração de que ele reinou dezesseis
anos deve se referir ao período de seu reinado independente (veja Thiele,
op. cit., pág. 133). De acordo com esta computação ele morreu com
quarenta anos. E ele devia ter apenas quinze anos quando seu filho
Ezequias nasceu. Tal paternidade precoce trio era fora do comum nas
terras do Oriente Médio.
3. Fez ele o que era reto. A vida de Ezequias está sendo avaliada
em relação ao seu comportamento para com a aliança de Jeová; ele a
cumpriu.
4. Removeu os altos. Veja a narrativa completa em II Cr. 29.31.
Em II Reis 18:22 eram lugares de culto – adoração que dividiu o culto a
Jeová (veja comentário sobre 12:3). Ezequias e Josias são citados como
sendo "segundo Davi" porque não toleraram tal tipo de adoração. Fez em
pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera. O mais característico
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
53
objeto se transformara em motivo de idolatria e por isso foi destruído por
Ezequias apesar de sua origem e veneração.
5. Depois dele não houve seu semelhante em confiança e
obediência a Jeová, pois (v. 6) não deixou de servi-lo.
7. Foi o Senhor com ele indica que Deus favorece aquele que é
obediente. Rebelou-se contra o rei da Assíria. Ezequias inverteu a
política de Acaz de submissão à Assíria.
8. Feriu ele os filisteus. Evidência de que o Senhor estava com ele.
9-12. Estes versículos apresentam uma recapitulação da queda de
Israel, inserida nos anais de Judá, de acordo com,o padrão sincrônico do
autor. Embora o incidente registrado viesse antes da primeira invado de
Senaqueribe, foi mencionado aqui para fazer o povo lembrar do que
pode causar a rebeldia contra o Senhor.
2) Livramento das Duas Invasões de Senaqueribe. 18:13 – 19:37.
a) A Primeira Invasão de Judá por Senaqueribe. 18:13-16.
a) A Primeira Invasão de Judá por Senaqueribe. 18:13-16. Quanto à
cronologia veja o versículo 1. Senaqueribe era finto de Sargão II, e
reinou de 705-681 A.C. Os versículos 13-16 resumem sua primeira
campanha em Judá, em 701 A.C. (17 e segs. Referem-se a uma
campanha posterior, cerca de 688). Embora Ezequias contrariasse a
política de Acaz de sujeição à Assíria, Judá foi obrigada a se submeter
porque foi abandonada por seus afiados (Luckenbill, Anc. Rec., II;
parágrafo 240; cons. II Reis 18:14). Ezequias acumulava o tributo
dilapidando o Templo (vv. 15, 16). O fato de Senaqueribe receber os
tributos em Nínive (Luckenbill, ibid.), indica que Ezequias lhe pagava na
condição dos assírios saírem da Judéia.
b) A Segunda Campanha. 18:17-25.
O ponto alto desta narrativa é que o Senhor provê o livramento em
resposta à verdadeira fé. A ocasião da segunda campanha, que se deu
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
54
treze a quatorze anos depois dos acontecimentos dos versículos 13-16,
fica determinada pela data do reinado de Tiraca, rei da Etiópia (19:9).
Um artigo de BASOR (130, págs. 8, 9) indica que Tiraca não foi coregente até 690/689 A.C. Uma vez que seu nascimento se deu em
711/710 A.C., teria sido impossível que liderasse as forças egípcias em
701 cem a idade de nove anos.
17. Tartã. Marechal de campo. Rabe-Saris. Chefe dos eunucos,
isto é, dos servos do palácio, geralmente eunucos. Rabsaqué. Mordomomor. Aqueduto do açude superior. Estendiam desde Giom (II Cr.
32:30; 1 Reis 1:33) até ao campo das lavadeiras – lavandeiro.
18. Tendo eles chamado o rei. A delegação queria falar com
Ezequias. Mas ele, guardando o protocolo, enviou oficiais de acordo com
a categoria deles. Os versículos 19-25 constituem uma mensagem de
afronta pagã a Jeová.
19. Assim diz o sumo rei. Assim intitulado porque governava sobre
outros reis. Que confiança. Confiança aqui significa "coisa para se
depender". Sua pergunta expressa sua admiração à vista das conquistas
do poder assírio.
20. Vãs palavras. "Conversa mole". Em quem, pois, agora, confias.
Rabsaqué supunha que esse quem era o Egito (v. 21). Evidentemente
Senaqueribe supunha que Ezequias tivesse feito uma aliança com Faraó
(cons. v. 22; 19:1 e segs.). Contudo, os filisteus de Ecrom perderiam a
ajuda de Tiraca (Luckenbill, Anc. Rec., loc. cit.).
22. Cujos altos e altares Ezequias removeu. Esses assírios
interpretaram a limpeza que Ezequias fez dos ídolos na terra como
sacrilégio e não obediência. Ele tinha agido em oposição direta às
práticas e crenças pagãs. Senaqueribe queria voltar a atenção da
população para si mesmo e assim enfraquecer as defesas de Ezequias.
23. Empenha-te deveria ser faça uma troca. Observe a insinuação
sarcástica que Ezequias nem sequer tinha esse número de cavaleiros.
Ezequias, entretanto, tinha escolhido outro meio de defesa.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
55
24. Como, pois, se não podes. "Tu não podes, portanto, opor-te ao
menor dos capitães de Senaqueribe".
25. Acaso subi eu agora sem o Senhor? "O Senhor me enviou
para destruir a terra". Só para castigar a terra, entretanto, como os
acontecimentos revelaram. É verdade que Deus usa nações estrangeiras
para castigar o Seu povo (veja 19:25).
c) A Tentativa dos Embaixadores de Persuadir o Povo. 18:26-37.
26. Fales em aramaico (E.R.C., siríaco). Para evitar piores efeitos
sobre o povo, os oficiais de Judá pediram que o restante das
conversações fosse feita em língua aramaica, que rapidamente estava se
tornando a língua comercial do mundo antigo. Já era a língua
diplomática, mas ainda não era conhecida pelo povo de um modo geral.
27. Antes aos homens, que estão sentados sobre as muralhas.
Defensores de Ezequias. Para que comam. "Recusando-se à rendição
você sujeitará seu povo a uma terrível fome devido a longo cerco".
28. Em judaico, isto é, em hebraico. Dirigiu seu longo apelo à
população.
29, 30. Não vos engane. A exortação de Ezequias para que
confiassem no Senhor, ele disse, levá-los-á por um mau caminho, pois
nem Ezequias nem Jeová poderia livrá-los.
31. Fazei as pazes comigo, ou, "submetam-se"; pois ele diz: ande
para mim. Comei. Uma promessa temporária. Eles seriam transportados
para uma terra 'melhor".
32. Para que vivais. "Vocês só podem viver através da rendição e
deportação". Senaqueribe esperava confiante que eles se rendessem, e
isto comprovaria o poder assírio.
Os versículos 33-35 mostram como os assírios interpretaram mal o
poder e o propósito de suas conquistas anteriores. Rabsaqué era
ignorante do fato que o Senhor geralmente seleciona certas nações para
sujeição e outras para livramento.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
56
34. Hamate. Veja comentário sobre 17:24. Arpade. A atual Tell
Erfad, 20,9kms a norte de Alepo. Hena e Iva ficavam na área
compreendida ao norte do Eufrates, a leste de Hamate. Com relação aos
outros nomes veja comentário sobre 17:24 e segs.
35. Quais são, dentre todos os deuses desses países. Veja
comentário sobre versículo 33.
36. Calou-se, porém, o povo. Veja Is. 36:21. Tanto o povo como
os ministros de Ezequias recusaram-se a responder. Ezequias pretendia
que Deus respondesse.
37. Vestes rasgadas. Em sinal de tristeza pelas blasfêmias contra
Jeová.
2 Reis 19
d) O Apelo que Ezequias fez ao Senhor 19:1-19.
1. Tendo o rei Ezequiel ouvido isto . . . cobriu-se de pano de saco.
Um sinal de penitência. Ezequias considerava a invasão como um
castigo. Orei orou e também buscou a resposta divina com o profeta
Isaías. Ele tinha aprendido a confiar no Senhor inteiramente. Ele tinha
abandonado a prática de buscar alianças com o mundo. Só Deus devia
liderar e livrar. Veja 3 abaixo.
3. Dia de angústia, de disciplina e de opróbrio (não blasfêmia
como está na E.R.C.). A angústia do povo era o castigo da invasão pelos
seus inimigos. Filhos. O povo estava em grande perigo, mas seus frágeis
esforços para efetuar o livramento poderiam destruir a todos.
4. Porventura. Ezequias expressava esperanças em que o Senhor
pudesse notar a blasfêmia.
6. Não temas. Isaías falou primeiro para afastar o temor,
declarando que, tal como Senaqueribe fizera Ezequias temer, uma
mensagem vinda de sua capital também o faria temer.
7. Assim como ele pretendia derrubar Jerusalém, ele mesmo cairia
em sua própria terra (veja v. 37).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
57
8-13. Voltou, pois, Rabsaqué. Ele se retirou porque Jerusalém
estava fortemente defendida. Laquis. Uma escultura escavada em Nínive
mostra Senaqueribe assentado diante de Laquis, recebendo seu tributo.
9. O rei ouviu. Senaqueribe ouviu do avanço de Tiraca, rei do E#to
(veja BASOR, 130 págs. 8 e segs.). Veja comentário sobre 18:17. Isto
aconteceu depois de 688, ao fim do reinado de Ezequias. Enviar
mensageiros. Senaqueribe procurou subjugar Ezequias pelo medo e
assim vencer Jerusalém sem lutar.
10. Não te engane o teu Deus. Senaqueribe atribuía agora o
"engano" ao Senhor. Nisto ele atingiu o apogeu da blasfêmia e selou seu
destino (cons. v. 7).
11. Já tens ouvido. "Tome nota de minhas conquistas anteriores"
(cons. 18:34). Nenhuma dessas cidades foi mencionada nas três
primeiras campanhas. Se este ataque ocorreu depois da captura dessas
cidades, Senaqueribe não teria deixado de mencioná-las. Portanto isto
deve se referir a uma campanha posterior não registrada (veja
Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 29). As cidades que não foram
anteriormente mencionadas são: Gozã – a Gazanu assíria, moderna Tell
Hallaf, sobre o Habor, a leste de Harã, que data de antes do quinto
milênio A.C.; Harã – a antiga Harã sobre o rio Balique; Rezefe – a
Rasapa assíria, provavelmente a atual Rusafá, ou Risafe, a nordeste de
Palmira; Éden – a Bit-Adini das inscrições assírias, um pequeno reino
atravessando o Eufrates, a oeste do rio Balique; Telassar –
provavelmente na mesma região.
13. O rei da cidade poderia ser o rei de Lair, uma vez que esta
cidade é atualmente conhecida como a cidade assíria de Lahiru (veja
BASOR, 141, pág. 25; Luckenbill, Anc. Records, Vol II, parágrafo 252.
Cons. II Reis 18:34). Senaqueribe faz uma lista de mais cidades, etc.,
para aumentar o efeito da mensagem.
14. Tendo Ezequias recebido a carta ... leu-a. O significado deste
incidente jaz no que Ezequias fez com a mensagem. Estendeu-a perante
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
58
o Senhor. Passou a carta para o Senhor, por assim dizer, deixando que
Ele punisse a blasfêmia contida nela.
16. As palavras, Inclina . . . o teu ouvido . .. abre ... os teus olhos
expressa o mais ansioso apelo ao auxílio e sua mais específica atenção.
Deus é glorificado quando nos lançamos assim tão completamente sobre
o Seu poder e misericórdia.
17,18. Verdade é. Ezequias admitia a verdade das reivindicações
de Senaqueribe (vs. 12, 13). Ao mesmo tempo ele reconhecia que os
assírios tiveram sucesso não porque os deuses de madeira e pedra fossem
incapazes, mas porque o Senhor estivera operando na história humana.
e) O Livramento de Jerusalém. 19:20-37.
20. Assim diz o Senhor, o Deus. A resposta veio rapidamente,
provavelmente por meio de Eliaquim ou Sebna (v. 2). A primeira parte
da resposta (vv. 21-28) era dirigida a Senaqueribe.
21. A virgem, filha. Isto é, Jerusalém ainda permanece
inconquistada e inconquistável para Senaqueribe. . . . te despreza. Isaías,
antecipando o livramento da cidade, apresenta as ameaças jactanciosas
de Senaqueribe como desprezíveis e ridículas. "Ela meneia com a cabeça
diante de teu vulto que se afasta em vergonha e frustração". Senaqueribe
estava para perder todo o sem exército.
22. A quem afrontaste? A loucura de Senaqueribe consistia em ter
injuriado o Senhor.
23. Com a multidão dos meus carros. Senaqueribe se jactam de
poder terreno passageiro. Subi. Tempo perfeito. O Senhor revela o
pensamento de Senaqueribe que achava que era invencível e que não
poderia ser desviado seu propósito. Líbano é Judá, seu cume é
Jerusalém, seus cedros são os príncipes de Judá, e suas pousadas com
seu pomar são os palácios do Monte Sião (cons. Jr. 22:6,7,23; Ez. 17:3).
24. Em mesmo cavei, etc., continua a mesma idéia em outra figura.
25. Acaso não o ouviste. Agora o Senhor Deus fala dos seus
próprios feitos e mostra que Senaqueribe é um ladrão que se apossou dos
feitos de outrem, e que ele certamente será punido. E eu quis que tu.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
59
Senaqueribe não passava de um instrumento e devia temer para não cair
como outros arrogantes pecadores já tinham caído.
26. Por isso os seus moradores, debilitados. Não porque seus
deuses fossem mais fracos que os da Assíria, mas porque o Senhor
concedera poder a Senaqueribe para realização de Seus próprios
propósitos. O capim dos telhados murcha por falta de terra. O cereal
queimado antes de amadurecer é o cereal que tende a apodrecer antes
de germinar. Essas comparações ilustram e confirmam o fracasso de
Senaqueribe.
27. Mas eu conheço o teu assentar. Deus conhece o coração de um
homem e seus pensamentos determinantes (Sl. 139:1-4). Furor. Ódio
violento; animosidade positiva (cons. vs. 23, 24). Aqui ele forma a base
para a vingança de Jeová.
28. Porei o meu anzol no teu nariz. Senaqueribe seria certamente
afastado dos seus propósitos, assim como levara seus prisioneiros. A
segunda seção da resposta do Senhor a Senaqueribe é endereçada a
Ezequias (vs. 29.31).
29. Isto te será por sinal. A descrição do ciclo de três anos de
colheitas indica que Isaías estava profetizando em um ano sabático, o
que significa que no próximo ano não haveria colheita. O sinal seria que
aquilo que a terra produzisse após o ano sabático ficaria para eles. Isto é,
os exércitos de Senaqueribe não estariam por perto para despojá-los. O
produto ficaria para os judeus colherem. Veja Levítico 25.
30. O que escapou. . . dará fruto. Jerusalém escaparia à destruição.
E a população que restasse da invasão aumentaria grandemente.
31. O zelo do Senhor. Cons. Zc. 4:6b. Através do profeta Isaías,
Deus predisse o colapso do cerco de Senaqueribe.
32. Não entrará nesta cidade. As invencíveis táticas do cerco dos
assírios não seriam usadas contra Jerusalém. O Senhor levaria o rei da
Assíria de volta pelo caminho no qual viera, vazio e derrotado.
34. Por amor de mim; isto é, para refutar a jactância de
Senaqueribe. Por amor de meu servo Davi. Para que a casa de Davi
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
60
pudesse perdurar por um período de tempo mais longo como testemunho
da promessa explícita de Deus a Davi.
35. Naquela mesma noite ... o anjo do Senhor . . . feriu. . . os
assírios. Compare com o versículo 7. Heródoto registra uma tradição
egípcia que talvez descreva os meios físicos usados por Deus para
destruir o exército de Senaqueribe: "Os ratos comeram os tremedores".
Presumivelmente os ratos chegaram trazendo a peste bubônica. A praga,
incubada nos soldados, chegou ao seu ponto crítico naquela noite quando
foi prometida a libertação da cidade, matando-os durante o sono. Deus
ordena acontecimentos que coincidam com a Sua vontade. Isto
aconteceu depois que Rabsaqué afastou-se de Jerusalém e encontrou-se
com Senaqueribe em Libna.
36. Senaqueribe . . . se foi; voltou. Fugiu de Nínive por causa de
possível ação do Egito. Ficou em Nínive indica que não se ocupou mais
de campanhas ao oeste (cons. Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág.
17).
37. Seus filhos, o feriram. Senaqueribe morreu como resultado de
uma intriga no palácio (cons. v. 7). Esar-Hadom (681-668 A.C.) declara
(Luckenbill, Anc. Rec., Vol. II, parágrafos 501, 592) que seus mulos
mataram Senaqueribe em uma conspiração para tomarem o trono.
Assurbanipal (688-626 A.C.) declara (ibid., Vol. II, parágrafo 795) que
ele matou aqueles que mataram Senaqueribe, seu avó.
2 Reis 20
3) A Enfermidade de Ezequias e seu Restabelecimento. 20:1-11.
1. Naqueles dias. Os dias das primeiras invasões de Senaqueribe.
Comparando-se a ordem de 18:1 – 20:19 com Is. 36:1 – 40:1 vemos que
o registro de Isaías veio a ser a fonte desta narrativa. Está evidente que as
duas narrativas tinham propósitos diferentes. Em Isaías o propósito foi
mostrar que apenas o Senhor pode confortar o Seu povo; em Reis foi
para mostrar que os reis judeus que seguissem a política de Ezequias
buscando alianças com o mundo apressariam a queda de Judá. Assim diz
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
61
o Senhor. Acontecimentos subseqüentes mostram que a sentença de
morte foi condicional.
2. Virou Ezequias o rosto para a parede. Ezequias ficou a sós
com Deus.
3. Andei diante de ti com fidelidade. Ezequias pediu mais dias de
vida, tal como está prometido para aqueles que andam com justiça (Pv.
10:27). Considerando que suas ações foram feitas em obediência às
ordens divinas, por que, então, ele teria de morrer? Compare com o
testemunho de Ezequias em Is. 38:10-20. Ezequias queria mas tempo
para estabelecer suas reformas morais mais firmemente entre o povo.
4. Parte central da cidade (E.R.C., pátio). A área do palácio, o
Monte Sião. O Senhor respondeu rapidamente.
5. Ouvi a tua oração. Ele prometeu a cura. Em Is. 38:17,18 temos
a impressão de que houve algum motivo para Ezequias ser castigado,
muito provavelmente por causa de sua falta de fé quando da primeira
invasão de Senaqueribe, ocasião em que Ezequias fez aliança com os
árabes (Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 33). A esta altura ele
não era um exemplo notável de alguém que confiava e obedecia a Deus.
6. Acrescentarei. Deus propôs que Ezequias ainda desse provas de
verdadeira fé. As palavras, . . . te livrarei, a ti e a esta cidade, colocam
a enfermidade durante a primeira invasão por Senaqueribe. E defenderá.
Veja 19:34, 35.
7. Tomai uma pasta de figos. Os antigos criam que cataplasma de
figos curava feridas. A enfermidade exata de Ezequias, não sabemos
qual foi. Talvez a úlcera fosse sintomática. Deus na sua graça concedeu
ao rei um sinal de que certamente seria curado.
8. Qual será o sinal. Para ter a seqüência natural dos
acontecimentos ler os versículos nesta ordem: - 6, 8, 11, 7. Ezequias
queria um testemunho externo para alívio de sua ansiedade e
fortalecimento de sua fé. Terceiro dia. Seu restabelecimento seria rápido.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
62
9. Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou os retrocederá?
Ezequias escolheu o retrocesso corno a prova mais forte e mais positiva
da promessa do Senhor.
4) Os Embaixadores de Merodaque-Baladã. 20:12-19.
12. Merodaque-Baladã (Marduk-Apalidin) foi rei da Babilônia
duas vezes (722-710, 703-702). Foi destronado pela primeira vez por
Sargão em cerca de 710 A.C., mais tarde retomou o trono. A segunda
vez ele foi derrotado e destronado por Senaqueribe, junto com o seu
aliado Elã (veja Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 24) em sua
primeira campanha, 703 A.C. A embaixada de 20:12 veio no décimo
quarto (uma vez que quinze anos foram acrescentados) ano do reinado de
Ezequias, durante o decorrer da primeira invasão de Senaqueribe (vila
comentário sobre v. 6). Merodaque quis fazer de Ezequias seu aliado
(veja Josefo Antiq. x. 2. 2). Ezequias não tinha abandonado ainda seu
hábito de fazer alianças. Ele o faria, contudo, antes da invasão e
comprovaria ser um verdadeiro homem de fé. A embaixada de
Merodaque provavelmente veio em 700A.C.
13. Ezequias se agradou ... e lhes mostrou toda a casa do seu
tesouro. Traduza o se agradou como deu boas vindas. Josefo (Antiq. x.
2. 2) indica que Ezequias mostrou seus tesouros para provar que era um
aliado capaz. Evidentemente o tributo que prestou a Senaqueribe era 701
ainda não exaurira demais as suas reservas.
14. Então Isaías . .. lhe disse. Isaías, que compreendeu o motivo
oculto da embaixada, chamou a atenção de Ezequias e o advertiu das
conseqüências. Compare com II Cr. 32:31.
17, 18. O que entesouraram teus pais até o dia de hoje, será
levado. A vaidade de Ezequias era um exemplo da vaidade e
incredulidade que provocaria a queda de Judá. Ezequias deixou de lado a
fé no Senhor dos exércitos e confiou em seus próprios meios (II Cr.
32:25).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
63
19. Então disse Ezequias . . . Boa é a palavra . . . Haverá paz e
segurança em teus dias. Isto não foi uma confissão de pecado. Foi uma
expressão da política que só via "a paz atual", uma atitude sem visão que
não se preocupa com aqueles sobre os quais a catástrofe recairá. Por isso
a única coisa que Isaías fez foi virar-se para Jeová e exclamar: "Conforta
tu, conforta tu o meu povo" (Is. 40:1). Só depois da destruição predita
viria o fim do pecado e apostasia de Israel, e só então haveria paz
duradoura.
5) A Morte de Ezequias. 20:20, 21.
20. Aqui se faz um resumo das atividades construtoras de Ezequias
(cons. II Cr. 32: 27.30).
21. Dominou Ezequias com seus pais. Os atos importantes de
Ezequias foram contados. Agora temos de nos voltar para a próxima
figura que é um exemplo da vaidade e do orgulho que promoveram a
queda de Judá.
2 Reis 21
B. Os Reinados de Manassés e Amom. 21:1-26.
J) A Iniqüidade e Morte de Manassés. 21:1-18.
1. Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a
reinar. Veja comentário sobre 18:1.3. Manassés teve uma co-regência
de dez anos com Ezequias (cons. Thiele, Mysterious Numbers, pág. 155).
2. Fez ele o que era mau. Manassés, segundo os maus reis de
Israel, violou a aliança.
3a. Tornou a edificar os altos e construiu altares para Baal.
3b-5. Reintroduziu o culto assírio-caldeu às estrelas e levantou
altares para todo o exército dos céus nos átrios do Templo.
6. Chegou a oferecer seu filho como holocausto, e adivinhava e
tratava com médiuns e feiticeiros, tudo fazendo como se pretendesse
provocar à ira o Senhor.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
64
7. Poste-ídolo. Antes, imagem de Astarte, deusa feminina
sanguinária. Este ato foi o principal pecado através do qual Manassés
repudiou e violou a afiança como Senhor.
9. Pior do que as nações. Ele adorou mais deuses do que os
cananeus pagãos.
b) Enunciação do Destino Final de Jerusalém. 21:10-16.
11,12. Visto que Manassés . . . cometeu estas abominações. Os
deliberados pecados de Manassés destruiriam a nação e a levariam ao
cativeiro. . . . lhe tinirão .. . os ouvidos. A notícia da devastação de
Judá, como uma nota musical desarmoniosa, irritaria e faria tremer a
todos que a ouvissem.
13. Estenderei. A justiça de Deus examinara Samaria e exigira sua
queda.
16. Manassés derramou ... sangue inocente – o dos profetas de
Deus. Isto tornou sua deportação inevitável (II Cr. 33:11).
c) A Morte de Manassés. 21:17, 18.
18. Foi sepultado no jardim . . . de Uzá. Porque não foi
considerado digno de ser sepultado com os reis.
2) Os Pecados e a Morte de Amom. 21:19-26.
19. Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou a
reinar. Veja 18:1-3.
20. Fez o que era mau perante o Senhor. Violou a aliança,
seguindo a seu pai (v. 21).
22. Abandonou ele o Senhor. Por isso Jeová o abandonou também;
e a morte foi o resultado.
23. Os servos do rei Amom . . . o mataram. Oficiais da corte
conspiraram contra ele, conspiração essa que morreu no início, pois o
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
65
povo da terra feriu a todos (v. 24) e constituiu a Josias . . . rei. Assim
Josias poderia não ter sido co-regente; veja comentário sobre 18:1-3.
C. A Reforma em Judá e Israel sob o Governo de Josias.
22:1 – 23:30.
A descoberta do livro da Lei estimulou grandes reformas de
natureza temporária. Não houve tempo suficiente para a reforma de
Josias desarraigar o pecado há tanto entronizado.
2 Reis 22
1. Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar.
Josias era jovem demais para uma co-regência (veja Thiele, op. cit., pág.
154).
2. Fez ele o que era reto. Ele cumpriu a aliança com o Senhor. O
motivo foi apresentado em II Cr. 34:3: ele buscou o Senhor em seu
oitavo ano, e recebeu orientação no décimo oitavo.
3. No décimo oitavo ano do seu reinado. Cons. II Cr. 34:8. Os
negócios desse ano referem-se à restauração do relacionamento
convencional de Judá com o Senhor. A justaposição destes versículos
com o versículo 2 indica que isto foi o resultado de Josias ter buscado a
Deus.
4. Conte o dinheiro. O primeiro passo na restauração do
relacionamento convencional entre Judá e Deus foi angariar dinheiro
para reparar o Templo (cons. II Cr. 34:9).
8. Então disse . . . Hilquias . . . Achei o Livro da Lei. A Tora, os
cinco livros de Moisés (cons. Dt. 31:24-26).
10. ... me entregou um livro. Safã ocupou-se primeiro do assunto
mais importante. O que ele leu (v. 8) e o que ele leu ao rei (v. 10) foi sem
dúvida a mesma coisa; tanto ele como Hilquias deviam estar desejando
reformas mais completas.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
66
11. Tendo o rei ouvido . . . rasgou as suas vestes. Possivelmente a
porção lida foi Lv. 26, ou Dt. 28:15 e segs. O Senhor combinou várias
circunstâncias para colocar o coração de Josias na direção da reforma.
13. Consultai o Senhor. "Vão descobrir se esse juízo iminente
pode ser impedido".
14. Hulda. A mais próxima fonte de resposta de Jeová.
16,17. Eis que trarei males ... visto que me deixaram, e queimaram
incenso a outros deuses. Eles transgrediram a aliança concedendo
adoração a outros deuses. A ira de Deus não se apagaria, mas sobreviria
a Judá em ocasião posterior.
20. Os teus olhos não verão todo o mal que virá. Por causa de
suas boas obras (v. 19). O segundo passo na restauração da aliança
convencional entre Judá e Deus foi a renovação da aliança (23:1-3).
2 Reis 23
23:1. Os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele. Os
líderes espirituais tinham de participar.
2. Desde o menor até ao maior. Todas as classes sociais tinham de
participar da restauração do relacionamento convencional. Leu diante
deles todas as palavras do livro da aliança. Veja Dt. 31:24-26. Josias leu
a aliança do Senhor. Cons. Js. 23:6; 24:22-25.
3. O rei . . . fez aliança ante o Senhor ... e todo o povo anuiu a
esta aliança. Todos participaram na restauração. O terceiro passo foi
erradicar a idolatria em Judá (vs. 4 .20).
4. Que tirassem do templo. Josias retirou os ídolos imundos e os
mandou queimar (cons. Dt. 7:25; 12:3). O Templo de Deus é só dEle.
5. Destituiu os sacerdotes idólatras. "Funcionários sacerdotais" que
induziam o povo à idolatria também foram destituídos para que os levitas
pudessem ser restaurados. Planetas. Adoração do Zodíaco.
6. Poste-ídolo. Imagem de Astarte. Esses objetos indicam o alcance
da idolatria de Judá.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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8. A todos os sacerdotes trouxe ... desde Geba até Berseba e os
afastou dos lugares altos. Isto é, acabou com o culto divisivo por toda
Judá e Benjamim.
9. Comiam pães asmos. O culto divisivo impedia que
participassem do trabalho levítico mas não os privava do sustento. 10.
Profanou a Tofete. Queimando ali ossos humanos (cons. vs. 16-18).
11. Tirou os cavalos. Acabou com a adoração do sol.
12. Os altares que estavam sobre a sala de Acaz. Usados para o
culto astral.
13,14. Monte da Destruição. Sobre o Monte das Oliveiras. Em
relação á origem do nome, veja I Reis 11:7. O rei Josias, também acabou
com a idolatria em Israel.
15. O altar que estava em Betel. Ele arrancou a fonte principal da
idolatria através da qual Israel tinha transgredido a aliança (cons. I Reis
12:28; 13:1; Amós 3:14; 6:10, 13; Jr. 48:13).
16. Profanou. Queimando sobre ele ossos humanos profanou-o
para o uso, diante dos olhos dos idólatras.
17. Que monumento é este que vejo? Esta é a ligação entre Josias
e I Reis 13:2.
19,20. Josias .. . matou os sumo sacerdotes, em holocausto à lei
mosaica que proibia a idolatria. A seguir o rei substituiu o pecado pela
adoração positiva de Jeová (vs. 21-23). Ele liderou o Seu povo na
celebração da Páscoa, o lembrete central da aliança (cons. II Cr. 35:119).
22. As palavras, tal páscoa, indicam as circunstâncias e o rigor da
celebração ultrapassando à do tempo de Ezequias.
24. Josias estendeu suas reformas a todas as casas, para cumprir as
palavras da lei. Lares puros formam a base de uma sociedade pura.
25. Antes dele não houve rei. Ele executou a Lei com mais
exatidão e mais fielmente do que os outros reformadores.
26. Mas as boas obras de Josias não podiam libertar Judá (cons. II
Reis 22:16.20).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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27. Removerei confirma a predição de II Reis 20:17 e acrescentalhe algo. A remoção do nome de Deus foi a garantia da queda de
Jerusalém.
29. Subiu Faraó-Neco (609-594) ... contra (antes, ao), o rei da
Assíria . . . para ajudá-lo contra Nabopolassar, rei da Babilônia (veja
BASOR, 143, pág. 25; D.J. Wiseman, Chronicles of Chaldean Kings,
pág. 19). Em Megido. Uma das rotas normais para a Síria. A Babilônia
não foi impedida, porque os esforços de Josias enfraqueceram Neco e
assim facilitaram o cumprimento de II Reis 20:17.
D. Os Últimos Dias de Judá. 23:31 - 25:30.
1) O Reinado e a Deportação de Jeoacaz. 23:31-34. Veja 18:1-3
quanto à cronologia. O fato de ter sido constituído rei pelo povo dá lugar
à possibilidade de uma co-regência (cons. Jr. 22:11).
32. Fez ele o que era mau. Transgrediu a aliança.
33. Neco o mandou prender em Ribla, para onde ele foi
convocado com esse propósito (Josefo Antiq. x. 5. 2).
2) O Reinado de Jeoaquim e a Invasão de Nabucodonosor.
23:24 - 24:7.
34. Neco . . . constituiu rei a Eliaquim por direito de conquista,
tendo matado Josias.
35. Jeoaquim pagou tributo a Neco a fim de continuar sendo rei.
37. Fez ele o que era mau. Veja comentário sobre o versículo 32.
2 Reis 24
24:1. Subiu Nabucodonosor em 604 A.C., convocando os reis da
terra de Hattu (Palestina-Síria) a lhe pagarem tributo (veja Wiseman, op.
cit., pág. 28; BASOR, 143, págs. 24, 25). O nome deveria ser escrito
Nabucodonosor. Jeoaquim .. . E ele, por três anos, ficou seu servo.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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Isto é, até 601, quando se rebelou, submetendo-se ao partido pró-Egito,
mas obedecendo e pagando o tributo quando Nabucodonosor entrou na
terra no mesmo ano.
2. Enviou o Senhor . . . bandos. Bandos de árabes e outros, que
expressaram seu ódio contra Nabucodonosor em Jeoaquim, para destruir
Judá, isto é, para contribuir para a sua queda (cons. 20:17; 23:27;
Wiseman, op. cit., pág. 32).
3, 4. Esses bandos agiram por mandado do Senhor . . . por causa
de todos os pecados cometidos por Manassés (20:17) e por causa do
sangue inocente que ele derramou (21:16).
5. Quanto aos mais atos. Cons. II Cr. 36:8a. Veja Introdução,
Fontes. Cons. Jr. 22:19 quanto ao seu ignominioso fim.
7. O rei do Egito nunca mais saiu da sua terra. Nabucodonosor
controlava agora as antigas possessões do Egito na Palestina e Síria, até
o Wadi Arish, o Ribeiro que limitava o Egito.
3) Reinado e Cativeiro de Joaquim. 24:8-16.
8. Tinha Joaquim dezoito anos de idade . . . e reinou três meses
(e dez dias; cons. II Cr. 36:9a). Veja 18:1-3. Nenhuma co-regência está
envolvida (veja Thiele, Mysterious Numbers, pág. 154).
10. Naquele tempo. Cons. II Cr. 36:10, "na primavera do ano", isto
é, em Tishri (Set, . Out. Veja BASOR, 143, págs. 24, 25). Subiram os
servos de Nabucodonosor. Ele convocou o seu exército em Kislev
(Dez.), 598 A.C., depois da morte de Jeoaquim. E tomou Jerusalém em
15/16 de março de 597 A.C. (Wiseman, op. cit., pág. 33), quando
Joaquim já era rei.
12. Então subiu Joaquim. Ele esperava manter seu reinado
mediante a rendição. E o rei . . . o levou cativo para deportá-lo, pois
estava demasiadamente contaminado pela influência egípcia para que
fosse um bom vassalo. Oitavo ano do seu reinado. Nisã, dia 10 (22 de
abril), 597 A.C. (Thiele, op. cit., pág. 163).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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15. Transferiu também a Joaquim para a Babilônia. Cartões de
racionamento da Babilônia para Joaquim e seus cinco filhos foram
encontrados (veja BA, Dez., 1942, págs. 49-55).
16. Todos os homens valentes . . . destros na guerra.
Características específicas daqueles relacionados no versículo 14.
4) Reinado de Zedequias. 24:17-20.
17. Estabeleceu rei . . . Matanias. Um tio de Joaquim (cons. Jr.
22:30). Mateus registra a linhagem legal através de Jeoaquim; Lucas
traça a sua verdadeira linhagem através de Natã e Maria. A predição de
Jeremias foi cumprida. Contudo, Joaquim ainda era considerado rei de
Judá (II Reis 25:27). Zedequias. Um terceiro filho de Josias, tio de
Joaquim, irmão de Jeoacaz (23:31). Observe que Jr. 52:1-34 (com
exceção de II Reis 25:22-26) e II Reis 24:18 - 25: 30 (com exceção de Jr.
52:28-30) revelam a mesma fonte.
19. Fez de o que era mau. Ele transgrediu a aliança.
20. Por causa da ira do Senhor. Os pecados de Judá alcançaram o
clímax sob o reinado de Zedequias e provocaram sua queda sob um juízo
previamente pronunciado (20:17; 23:27).
2 Reis 25
5) Cerco e Queda de Jerusalém. 25:1-21.
1, 2. Em o nono ano . . . aos dez dias do décimo mês. 15 de
janeiro de 588 A.C. (BASOR, 143, pág. 23). Veio contra Jerusalém.
Zedequias quebrou seu voto de vassalagem. Até ao undécimo ano. O
cerco durou um ano, cinco meses e vinte e nove dias (cons. Jr. 37:5, 11
com um intervalo no sítio devido a uma campanha contra o Egito;
Wiseman, op. cit., pág. 30).
3, 4. Aos nove dias. O povo estava enfraquecido por causa da fome
e a cidade caiu. A cidade foi arrombada. A 19 de julho de 586 A.C. 6.
Então o tomaram preso (a Zedequias) e o levaram a Ribla. (Veja Jr.
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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39:2-5 para provas de que os generais de Nabucodonosor tomaram
Jerusalém.) Zedequias foi julgado como rebelde.
7. Aos filhos . . . mataram. Para acabar com sua dinastia intratável.
E a ele lhe vazaram os olhos porque ele não fez a vontade do Senhor.
Os versículos 8-17 registram a destruição de Jerusalém.
8. No . . . quinto mês, isto é, quatro semanas depois do
arrombamento. Ano décimo nono. Não deve ser confundido com o ano
décimo oitavo, mas realmente o décimo nono ano de Nabucodonosor (de
acordo com BASOR, 143, pág. 26, foi em 15 de agosto de 586 A.C.;
cons. Thiele, op. cit., pág, 164). Nebuzaradã (o chefe dos carrascos) . . .
queimou a cada do Senhor e a casa do rei . . . Todo o exército . . .
derrubou os muros. A destruição de Jerusalém como fortaleza de
resistência cumpriu as profecias de 20:17; 23:27. Os babilônios não
perderam tempo em liquidar os líderes da resistência.
18-21. Levou também o chefe da guarda a Seraías, um
antepassado de Esdras (Ed. 7:1) e a Sofonias, provavelmente o filho de
Maaséias (II Reis 23:4; cons. Jr. 21:7; 24; 25; 29) e aos três guardas,
um de cada porta do templo, oficiais do exército, e . . . a um oficial . . .
comandante das tropas de guerra, e a cinco homens, oficiais de alta
patente, e a sessenta homens, líderes na revolta. Todos foram levados ao
rei Nabucodonosor, em Ribla. As palavras feriu e matou indicam o poder
e o vigor com o qual Nabucodonosor acabou com a nação.
6) Gedalias, o Governador Fantoche. 25:22-26.
22. Quanto ao povo que ficam na terra . . . nomeou governador .
. . a Gedalias. Gedalias era um amigo de Jeremias (39:14); ele era
portanto, pró-Babilônia e por isso foi feito governador.
23. Capitães dos exércitos. Ou, dos campos (cons. Jr. 52:7).
Gedalias, seguindo as palavras do Senhor, aconselhou a cooperação com
a Assíria (II Reis 25:24).
2 Reis (Comentário Bíblico Moody)
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25. Porém . . . Ismael. Gedalias, recusando-se a crer na advertência
que lhe fora feita em relação a ele (Jr. 40:14), perdeu sua vida (Jr. 41:2).
Sendo Ismael de sangue real, pensou que poderia governar.
26. Então se levantou todo o povo ... e foram para o Egito. Estes
eram do partido pró-Egito, o partido que ajudou na derrota de Judá.
E. Epílogo. O Livramento de Joaquim. 25:27-30.
27. No trigésimo sétimo ano. No trigésimo sétimo ano do seu
cativeiro, mas no vigésimo sétimo dia do décimo segundo mês da
ascensão de Evil-Merodaque. Se este fosse o trigésimo sétimo ano de
Joaquim somente, o ano da ascensão de Evil-Merodaque não teria sido
mencionado. De acordo com Thiele (op. cit., pág. 165), foi em 21 de
março de 561 A.C. Libertou do cárcere. Cons. Gn. 40:13. Joaquim
estivera aprisionado depois de sua deportação, e Evil-Merodaque o soltou.
28, 29. E lhe deu lugar de mais honra . . . mudou-lhe as vestes.
Sua mudança foi permanente. Passou a comer pão na sua presença todos
os dias da sua vida. Por causa do tratamento dispensado a Joaquim, havia
esperança para a restauração da nação em sua própria terra.
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