Sob re vivie nte s M uje re s afe ctadas por l a viol e ncia arm ada Prol ogo Ace rca de 'Sob re vivie nte s' Cada día, m ilpe rsonas m ue re n por arm as de fue go m ie ntras q ue m uch as m ás son h e ridas grave m e nte . Sin e m b argo l a ol a gl ob alde viol e ncia arm ada afe cta a l os h om b re s y a l as m uje re s de m ane ra dife re nte . Los h om b re s re pre se ntan l a apl astante m ayoría de víctim as dire ctas e igual m e nte son particul arm e nte re sponsab l e s de l a viol e ncia arm ada;l as m uje re s sufre n de sproporcionadam e nte ya q ue rara ve z com pran, son due ñas o util iz an arm as de fue go. Cada año m ás de 30 000 m uje re s y niñas m ue re n víctim as de l as arm as de fue go y m il l one s vie ne n traum atiz adas, intim idadas, e scl aviz adas, se cue stradas y viol adas a punta de pistol a. En “Sob re vivie nte s” l as m uje re s narran sus e xpe rie ncias con viol e ncia arm ada, e n sus propias pal ab ras. Estas e xpe rie ncias varían de l a tortura e n Am érica Ce ntrala l a viol e ncia dom éstica e n Europa;de un fue go cruz ado e n Asia all l orar por l a pérdida de un h ijo e n l as Am éricas. En ocasione s e spe l uz nante s y al e ntadoras, l as die cise is h istorias pintan un cuadro sob re e lim pacto q ue l as arm as tie ne n e n l as vidas de m uje re s. La m ayoría de l as h istorias tie ne n l ugar e n e lh ogar. A dife re ncia de l os h om b re s l as m uje re s tie nde n topar con l a viol e ncia m ás e n casa q ue e n l ugare s púb l icos. M uch as de l as h istorias sub rayan e lh e ch o q ue l as m uje re s son particul arm e nte vul ne rab l e s al a viol e ncia se xualy a l a intim idación a punta de pistol a, tácticas q ue h oy e n día son util iz adas con fine s pol íticos y m il itare s durante confl ictos arm ados. Incl uso cuando l as m uje re s no son e lb l anco dire cto de l a viol e ncia arm ada, son e l l as y sus niños q uie ne s de b e n h ace r fre nte a sus im pactos socioe conóm icos y e m ocional e s;l a pob re z a aún m ás dura cuando sus parie nte s h om b re s son h e ridos o m ue rtos. En varias de e stas h istorias son l as m uje re s q ue de b e n juntar l os pl atos rotos y vol ve r a pe gar l as pie z as de una socie dad de stroz ada por l a viol e ncia arm ada. Por e ncim a de todo, e stas h istorias de m ue stran q ue l as m uje re s no son sim pl e m e nte víctim as pasivas de viol e ncia arm ada;e l l as son ante s y sob re todo sob re vivie nte s. El l as tam b ién son guardianas, h ace doras de paz y age nte s de cam b io. Esta com pil ación contie ne sól o al gunos de l os te stim onios q ue h an sido aportados a l a Re d de M uje re s de IANSA. M uch os otros e stán disponib l e s e n e lportalde M uje re s (w w w .iansa.org/m uje re s). Las col ab oradoras h an sido m uy val ie nte s no sól o alsob re vivir a e stas e xpe rie ncias sino tam b ién alcontarl as y re vivirl as e n vista de e ste proye cto. La ide ntidad de al gunas col ab oradoras no h a podido se r re ve l ada ya q ue e stas aún sufre n de ltraum a y/o sigue n e n pe l igro. Estas h istorias sub rayan q ue l as sol ucione s e fe ctivas a l a crisis m undialde arm as ne ce sitan un nue vo e nfoq ue m ás se nsib l e al as cue stione s de géne ro. Nos de b e m os de sarrol l ar pol íticas q ue re fl e je n l as dife re nte s m ane ras e n l as cual es l as m uje re s y l os h om b re s son afe ctados y re accionan a l as arm as. D e b e m os ase gurarnos q ue l as m uje re s se an parte inte gral e n e lde sarrol l o de pol íticas y prácticas e n cue stione s de arm as l ige ras - l o q ue incl uye re form as y apl icación de l e ye s nacional e s e n m ate ria de arm as;l a re sol ución de confl ictos;l a consol idación de paz y e lde sarrol l o. La Re d de M uje re s invita a l as l e ctoras y l e ctore s a ayudarnos a h ace r de e stos ob je tivos una re al idad. Re b e cca Pe te rs D ire ctora de L 2006 África Tratando de re construir una vida K avira Z aw adi, Re púb l ica D e m ocrática de lCongo D urante una noch e de m ayo de 2004 m i e sposo y yo dorm íam os e n casa cuando de re pe nte oím os a ge nte l l am ar a l a pue rta, pidie ndo q ue l es ab riéram os. Eran casi l as tre s de l a m añana. Cre ye ndo q ue se tratab a de un ataq ue nos ne gam os a ab rir l a pue rta. Era e sa época h ab ía m uch a inse guridad e n nue stro país. Alcab o de 10 m inutos l os pistol e ros forz aron nue stra frágilpue rta. Entraron a nue stro dorm itorio y nos orde naron no gritar o e nce nde r l al uz . La única l uz q ue h ab ía e ra l a de sus l inte rnas, pe ro yo pude distinguir q ue e ran 6 h om b re s con uniform e s m il itare s q ue l l e vab an arm as. Los h om b re s l e dije ron a m i e sposo q ue si no l es dab a dine ro m e ib an a viol ar y l ue go l o ib an a m atar. Por te m or, m i e sposo l e s dio todo e ldine ro q ue h ab ía e n casa, al re de dor de 300 dól are s, q ue h ab íam os e stado ah orrando para com prar un te rre no. Eldine ro no fue suficie nte para satisface rl os. Uno de el l os de cidió viol arm e de spués h ab e r atado a m i e sposo. Cuando yo e m pe cé a gritar, e lcom e nz ó a disparar alaire para e vitar q ue al guno de nue stros ve cinos vinie ra a re scatarnos. Em pe cé a m orde r duro alpistol e ro q ue m e q ue ría viol ar. M ol e sto por m i re acción m e disparó 4 b al as e n e l pe ch o y una e n e lb raz o. M e die ron por m ue rta de spués h ab e r visto m i cue rpo fl ácido e n e lsue l o. Los h om b re s sal ie ron rápido de nue stra casa, pe ro no sin ante s dispararl e enl a rodil l a a m i e sposo, m ie ntras otros disparab an alaire . En e lh ospitalde scub rie ron q ue uno de m is tub os ute rinos h ab ía sido dañado y q ue m e l o te ndrían q ue atar. La h e rida e n m i b raz o y l as cicatrice s e n m i cue rpo m e h icie ron re pudiab l e ante l os ojos de m i e sposo. D ijo q ue m e h ab ía conve rtido e n una e sposa incapacitada ya q ue no podía h ace r l os q ue h ace re s de h ogar ni te ne r h ijos. Re pudiada por m i e sposo, b ajo e lte ch o de m i anciana m adre sin ninguna m ane ra de pode r ganarm e l a vida, m i único consue l o e s una organiz ación no gub e rnam e ntall l am ada CRED D q ue proporciona asiste ncia l e gala víctim as de viol e ncia se xual . Elpe rsonalm e e stá ayudando a tratar de conve nce r a m i e sposo para q ue m e ace pte de nue vo e n nue stra casa. Asia Vivir e n un m ie do constante Gita K .C., Ne pal H oy e n día soy m inusvál ida. No m e pue do de spl az ar sin asiste ncia. Cada ve z q ue ve o e ll ugar donde l as fue rz as de se guridad m e dispararon sie nto m ie do. No te ngo e lcoraje de ve r e se l ugar de nue vo. Tam b ién sie nto te m or cada ve z q ue ve o uniform e s m il itare s y arm as, cuando ando por l a cal l e o e n otras parte s. Vivo constante m e nte ate m oriz ada de l as arm as y l a viol e ncia. Cuando todo ocurrió yo e ra una e studiante de 18 años. Era e lprim e ro de fe b re ro de l2005 y e lre y h ab ía de spojado a l os partidos pol íticos de cual q uie r pode r e je cutivo. Los l íde re s pol íticos fue ron de te nidos te m prano por l a m añana. Al gunos e studiante s de Pok h ara ib an l l e gando para participar e n una m anife stación. En un inte nto por apaciguar l a situación, l as fue rz as de se guridad se introduje ron e n l a ciudad unive rsitaria de Prith b inarayan y e m pe z aron a util iz ar gase s l acrim óge nos. Cuando yo l l e gué a l a ciudad unive rsitaria l os gase s l acrim óge nos se h ab ían fil trado por todos l ados. Al gunos e studiante s se h ab ían re fugiado e n un sal ón y e stab an se ntados cuando de pronto se ntí una b al a pe ne trar e n m i pie rna iz q uie rda. Entonce s, pe rdí e l conocim ie nto. Cuando m e de spe rté e stab a e n e lh ospital .M e h ab ían pue sto una pl aca de ace ro e n l a pie rna para re m pl az ar e lh ue so q ue h ab ía sido com pl e tam e nte de struido por e lim pacto de b al a. Ya no podía pre se ntar m is e xám e ne s ya q ue no podría acordarm e de l as cosas com o l o h acía ante s. En Ne pale le stado util iz a arm as sin justificación y m uch a ge nte sufre h e ridas. Los M aoístas tam b ién usan arm as sin justificación al guna. El l os m atan ge nte por sim pl e m e nte dife re ncias ide ol ógicas. Re cie nte m e nte m e h e invol ucrado con e lm ovim ie nto de m ocrático y e sta ve z l a vol untad de l a ge nte h a pre val e cido. Elpode r de l a ge nte pue de m ás q ue e l pode r de l as arm as. Pe ro ah ora, m i fam il ia e sta pre ocupada por m i futuro. El l os te m e n q ue yo no pue da l l e var una vida norm ala causa de m i h e rida y m i constante m ie do. ¿Q uie n q ue rrá casarse conm igo?¿Q uie n m e ace ptará e n e stas condicione s? Una sol a b al a b astó para h ace r añicos m is sue ños de e studios unive rsitarios y de una vida norm al . Las Am éricas D ol or inconm e nsurab l e K are n Vanscoy, Canadá El24 se ptie m b re 19 9 6, un ch ico de 17 años disparó a l a cab e z a de Jasm ine , m i b e l l a h ija de 14 años (foto a de re ch a);e lse h ab ía procurado e lre vol ve r se m iautom ático de l a col e cción de arm as y m unicione s de su padrastro q uie n no l as guardado b ajo l l ave . No se cuálde l os re cue rdos de e ve nto se a pe or. ¿Se ría e lde lul tim o adiós a m i unica h ija q ue yacía e n su cam a de h ospitalcon su cara m arcada por m ore tone s y su cab e z a ve ndada? La b al al e de stroz ó e lcráne o e h iz o e xpl otar su ce re b ro cuando pe ne tró e n su cab e z a. D e una m ane ra m i h ija ya se h ab ía ido. La re spiración e n su pe ch o no e ra m ás q ue un m ovim ie nto m e cánicam e nte asistido. ¿O se ría e lpe or m om e nto re gre sar a casa por prim e ra ve z de sde su m ue rte ?Las pare de s y e lsue l o cub ie rtos de sangre , y de re stos orgánicos y de su ce re b ro e n e stado de de scom posición. La putre facción;pare cía l a e sce na de una pe l ícul a de h orror. Nadie nos h ab ia dich o q ue te ndríam os q ue l im piarl o todo. Y q ué de l as im áge ne s de Jordan, m i h ijo autista, de scrib ie ndo l a sangre e scurrir de l as ore jas de m i h ija y m ie ntras tom ab a un cuch il l o apuntándol oe im itando alase sino gritando: “¡Te voy a m atar!”. Cre o q ue de te ne r q ue e scoge r, e ste úl tim o re cue rdo e s e lpe or ya q ue m i h ijo Jordan continua sufrie ndo inm e nsam e nte de b ido altraum a de h ab e r pre se nciado e lase sinato de su h e rm ana, su am iga y su guardiana. Elve rdade ro im pacto de l a viol e ncia arm ada e s inconm e nsurab l e . M i fam il ia no sól o h a te nido q ue afrontar l a m ue rte de una h ija;igual m e nte h e m os sufrido de sajuste s m e ntal e s y e m ocional e s, h e m os pe rdidos nue stra casa y m uch o, m uch o m ás. La m ue rte de Jasm ine no nos h a afe ctado sol am e nte a nosotros. Este acto de viol e ncia h a te nido conse cue ncias ne gativas sob re sus am igos, sus m ae stros, l a com unidad y sob re todos aq ue l l os q uie ne s l a conocían. La viol e ncia arm ada nos afe cta a todos. D e b e m os l uch ar para cre ar una cul tura de se guridad y paz . La viol e ncia arm ada se pue de e vitar. Las Am éricas Una sol a b al a M arta Canil l as, Arge ntina M i nom b re e s M arta El sa Gh igl ia de Canil l as, pe ro de sde e l12 de Jul io de 2002, soy sim pl e m e nte ‘l a m am a de Juan M anue l ’. D e costum b re nos re fe ríam os a nosotros com o ‘Los cinq uito’. Vivíam os e n pl e na CapitalFe de ralde l a Re púb l ica Arge ntina, e n Núñe z , un tranq uil o b arrio e n una z ona re side ncial , de casas grande s y jardine s fl oridos, donde l os ve cinos se conoce n de antaño. Ese día h ab ía transcurrido norm alpara toda l a fam il ia. Era vie rne s y se ace rcab a l a h ora de l a ce na. M i e sposo, a q uie n h ab ían ope rado de lcoraz ón un tie m po atrás, ya e stab a e n l a casa m ie ntras yo pre parab a l a com ida. D e re pe nte sonó e lte l éfono. Ate ndí y e scuch é a Juan M anue l , e lse gundo de m is 3 h ijos, q ue m e de cía: "M am i junta todo e ldine ro q ue h aya e n casa yl l éval o al a pue rta principal , q ue yo paso a b uscarl o con e lauto." Com o pe nsé q ue h ab ía h e ch o al guna com pra o q ue ne ce sitab a cam b io, l e pre gunté, "¿D écim e Juanch o;cuanto dine ro ne ce sitas?" A l o q ue re spondió, "¡Es e nse rio m am ita, todo e lq ue h aya!" Fue l a úl tim a ve z q ue e scuch é su voz , fue e lúl tim o ‘m am ita’ q ue m e re gal ó. Los se cue stradore s l o h ab ían inte rce ptado a pocas cuadras de casa y l o ob l igaron a l l am arnos por e lce l ul ar. Casi alinstante l l e gó su auto, con ély 3 de l incue nte s ade ntro. Juntam os todo e ldine ro q ue h ab ía e n l a casa, y al m ism o tie m po q ue l l e gab an, m i e sposo sal ió para dárse l os. En e linte nto de se spe rado por ve r a nue stro h ijo, a q uie n l l e vab an e n e lasie nto de atrás, m i e sposo se asom ó por una de l as ve ntanil l as y uno de l os de l incue nte s l o gol pe ó y l e rom pió l os ante ojos. Sim ul táne am e nte arrancaron y se fue ron. A pocas cuadras de nue stra casa, de jaron q ue Juan M anue lse b ajara de lauto y q ue corrie ra h acía l a añorada l ib e rtad, pe ro m otivos ni porq ue , l e pe garon un tiro por l a e spal da y l o m ataron. Es difícile nte nde rl o. Juan M anue ll e s dio todo l o q ue te nía: al h ajas, dine ro, auto. Pe ro l a codicia fue m ayor. Tam b ién se q ue daron con su pre ciosa vida. El‘Se cue stro se guido de m ue rte ’, com o se de nom inó e lase sinato de nue stro h ijo, fue e l prim e ro e n tie m pos de de m ocracia e n l a Arge ntina. Un caso e m b l e m ático h iz o e co e n todo e lpaís. Uno de sus ase sinos fue juz gado h ace 20 m e se s y e l re sul tado de ljuicio fue conde natorio y e je m pl ar, pe ro aún no se h a dictado una se nte ncia firm e . Los otros 2 aún e spe ran e ljuicio. Lam e ntab l e m e nte , e lase sinato de Juan M anue lno fue e lúnico ni e lúl tim o. La corrupción, l a com pl icidad y e lm alde se m pe ño de al gunos funcionarios, h ace n q ue l a de l incue ncia re ine . H ay m uch ísim a ge nte con arm as y l as usan, com o e n e l caso de m i h ijo, sim pl e m e nte com o e je rcicio de su pode r. No pre te ndo q ue sus ase sinos com pre ndan q ue de struye ron una vida pre ciosa. Se ría ab surdo q ue pudie se n apre ciar sus val ore s. Pe ro b astó una sol a b al a para rob arl e l a vida y l os sue ños. Una sol a b al a para q ue b rarnos l a vida y l os sue ños a l os q ue l o am am os. Una sol a b al a para de struir a ‘l os cinq uitos.’ Una sol a b al a para aniq uil ar l a il usión de ve r a l os nie tos e n l os q ue nos prol ongaríam os. Europa Vivir a punto de una pistol a Ve sna, M ace donia M i e sposo m e pe gó por prim e ra ve z poco tie m po de spués de nue stro m atrim onio. Yo cre ía q ue e ra norm al . D e spués, sus agre sione s ve rb al e s y físicas se vol vie ron todavía m ás fre cue nte s. D urante l os úl tim os 12 años de m atrim onio, m i e sposo m e acosab a todos l os días y nos pe gab a a m is h ijos y a m í. En varias ocasione s m e sacó de l a casa a punta de pistol a. No te nia a donde ir y no m e atre vía a de jar m i casa. M is padre s no m e podían ayudar así q ue e ntonce s de b ía soportar l a viol e ncia. M i e sposo rara ve z te nía e ldine ro para m ante ne rnos, sin e m b argo cada m e s l ograb a cam b iar l a pistol a. Acostum b rab a vol ve r b orrach o a casa;se se ntab a e n l a m e sa y sacab a a “su b e b é”, com o sol ía re fe rirse a l as pistol as q ue ob te nía de l“Vie jo Baz ar” (e lm e rcado e n Sk opje ). Las acariciab a y l as ab raz ab a com o si fue se n l o m ás im portante e n su vida. Sol ía de cirl e a su pistol a: “Lo e re s todo para m i, e n l os b ue nos y e n l os m al os m om e ntos. Contigo m e de sh aré de Ve sna, l a h aré pe daz os”. Lo único q ue m e de cían cuando l os l l am ab a para pe dir ayuda e ra: “No pe l e e n de l ante de l os niños, no e s b ue no para e l l os”. D e spués de 18 años de m atrim onio, 12 de l os cual es e stuvie ron l l e nos de viol e ncia diaria, l ogré e scapar junto a m i h ija m e nor. Ah ora vivim os e n un re fugio. En una ocasión e n su e b rie dad nos disparó a m i h ijo y a m í. Aún te ngo l as cicatrice s de lb al az o y m i h ijo continúa re cib ie ndo ayuda psiq uiátrica. Estoy m ás de ce pcionada con l a pol icía q ue se q ue do cruz ada de b raz os sab ie ndo q ue e n m i casa éram os víctim as de l a viol e ncia arm ada y q ue m i e sposo se e ncontrab a e n pose sión de un arm a il e gal . Estos te stim onios son una se l e cción de l os te xtos q ue original m e nte fue ron pub l icados e n l a ve rsión ingl e sa de 'Sob re vivie nte s.' Sub rayan com o l as m uje re s a través de lm undo son afe ctadas por l a viol e ncia arm ada. AGRAD ECIM IENTO S Ante todo q uisiéram os agrade ce r a l as m uje re s q ue contrib uye ron sus h istorias para e sta pub l icación. Agrade ce m os a l os m ie m b ros de l a Re d de M uje re s q uie ne s nos ayudaron a re unir e stas h istorias e im áge ne s. Q uisiéram os agrade ce r tam b ién a Francinia Protti- Al vare z , a Ve rónica Grim al di de H inojosa y a César M arín por su ayuda e n l a traducción de e stos te stim onios. Pone r fin a l a viol e ncia contra l as m uje re s e n e lh ogar, e n l a cal l e yenel cam po de b atal l a; Invol ucrar com pl e tam e nte a l as m uje re s e n l os proce sos de paz , l a construcción de paz y e lde sarm e ; Ase gurarse q ue l as pol íticas sob re l as arm as de fue go re spondan a l os inte re se s de l as m uje re s; Re ducir l os gastos m il itare s; Rom pe r e lvíncul o e ntre viol e ncia y m ascul inidad; Pre ve nir l a viol e ncia arm ada e n e lm undo. Juntas/os producim os m ate rial e s de inform ación, prom ove m os nue vas pol íticas, trab ajam os con l a socie dad civil ,l os gob ie rnos y l as organiz acione s inte rnacional e s. Nue stro Bol e tín trim e stral , ,e n ingl e s, e spañoly francés, contie ne pe rfil e s de nue stros m ie m b ros, artícul os sob re m uje re s, géne ro y arm as, y una l ista de noticias, re cursos y e ve ntos.