AREA III S^T a /V/V&tK Piotve.€J\ ler. Semestre A E r/\JC m * ?n A ^ÍO Preparatoria Núm. 15 LITERATURA I. K Coordinadoras: Celina Leal de Rodríguez. Diana A. Guerra de Muzza. P a t r i c i a I . Barranco de González Socorro Imelda Balderas Puente. 'léC3 T H s°i * u ^ nA L •fc- INDICE L DE CONTENIDO. PAG. INTRODUCCION. I PRINCIPIOS GENERALES DE LITERATURA. 1 Objeto de l a l i t e r a t u r a . Carácter de l a l i t e r a t u r a hasta mediados del s i g l o X V I I I . Concepto de la autonomía de la l i t e r a t u r a . Concepción del romanticismo acerca de l a poesía y el a r t e en g e n e r a l . El a r t e por el a r t e . La evasión con r e l a c i ó n a l a l i t e r a t u r a . L i t e r a t u r a y conocimiento. Concepto de l i t e r a t u r a comprometida. El compromiso l i t e r a r i o según S a r t r e . Di f e rencia e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y l i t e r a " t u r a d i r i g i d a . D e f i n i c i o n e s de: t e o r í a , c r í t i ca e h i s t o r i a l i t e r a r i a . D e l i m i t a c i ó n de l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , comparada y n a c i o n a l . C u e s tionario. Lectura: Wilde. II "El Príncipe F e l i z " , cuento de Oscar LOS GENEROS LITERARIOS. Teorías respecto a l o s géneros l i t e r a r i o s . Ori_ gen y c a r a c t e r í s t i c a s de: l a poesía é p i c a , la~~ epopeya, e l poema é p i c o , el cantar de gesta, los poemas b u r l e s c o s . Surgimiento del l i r i s m o ; poemas l í r i c o s p r i n c i p a l e s : l a oda, la canción, l a e l e g í a , el e p i t a l a m i o , el himno. Poesía dra^ m á t i c a , o r i g e n y c a r a c t e r í s t i c a s ; formas p r i n ~ c i p a l e s . Concepto de l o t r á g i c o . Origen de l a t r a g e d i a ; los grandes t r á g i c o s g r i e g o s . D i f e rencia e n t r e t r a g e d i a y coinedia. El drama, cla^ s i f i c a c i ó n y c a r a c t e r í s t i c a s . Elementos c l á s i cos que se consideran en l a obra t e a t r a l . La novela y c a r a c t e r í s t i c a s . C u e s t i o n a r i o . FONDO UNIVERSITARIO b TttJ 25 Lecturas: "Navidad en Ganimedes", cuento de Isaac Asimov; "El r e t a b l o de l a s m a r a v i l l a s " , entremés de Cervantes y dos poemas: "El alba t r o s " de Carlos Baudelaire y "Lo único e t e r no" de Guillermo B l e s t Gana. III INDICE UNIDADES. PAG. COMO COMENTAR UN TEXTO LITERARIO. UNIDAD XII. Generalidades. El método y sus f a s e s . I n s t r u c ciones para l a p r á c t i c a del comentario. Redac c i ó n del e j e r c i c i o . Algunas notas acerca del e s t i l o . Cuestionario. UNIDAD XIII. UNIDAD XIV. Lectura: Del gado. UNIDAD XV. "La Chachalaca", cuento de Rafael DE VII XI XV XIX REFERENCIA BIBLIOGRAFICA. NOTA: libros d e T â r e ' f " l0CalÍ2an en loS °tros INTRODUCCION. La i n t e n c i ó n de este l i b r o es: i n i c i a r a los e s t u d i a n tes de p r e p a r a t o r i a en los diversos aspectos que i n t e g r a n el fenómeno l i t e r a r i o , en una forma a c c e s i b l e a todos. Trataremos de responder preguntas básicas, t a l e s como: ¿qué es l a l i t e r a t u r a ? ; ¿cómo se c l a s i f i c a ? ; ¿qué hacer para comprenderla mejor? A modo de breve i n t r o d u c c i ó n diremos que l a l i t e r a t u r a , como a c t i v i d a d creadora, c o n s t i t u y e un a r t e ; el m a t e r i a l del que se vale es la p a l a b r a , es conveniente recordar que la p a l a b r a , como la T i e r r a , l a sociedad, el cuerpo humano, puede ser estudiada desde d i f e r e n t e s puntos de v i s t a ya que es m ú l t i p l e , a r t i c u l a d a y cambiante como todo l o que vi^ ve. Para c o n c l u i r , p o r el momento, sólo expresaremos l o s i g u i e n t e : para vislumbrar la importancia de l a l i t e r a t u r a , basta con saber que su esencia está impregnada de herencia c u l t u r a l ; de todo l o que el hombre ha s i d o , es y , t a l vez, será. l e r . SEMESTRE. AREA III. UNIDAD XII. PRINCIPIOS GENERALES DE LITERATURA. INTRODUCCION: Creemos que el aprendizaje de l a l i t e r a t u r a no debe ser en l o a b s o l u t o , e l estudio de una s e r i e de nombres de autores y las obras que han e s c r i t o con algunas r e f e r e n c i a s a la épo ca o a s i t u a c i o n e s que i n f l u y e r o n en su c r e a c i ó n ; ni tampoco la l e c t u r a de resúmenes arguméntales más o menos bien hechos. Para captar realmente l o que nos ofrece l a l i t e r a t u r a de bernos conocer primero las t e o r í a s que se han elaborado en t o r no a e l l a , sus bases y d i f e r e n c i a c i o n e s ; y después s u m e r g i r nos de l l e n o en su sustancia en Ta única forma p o s i b l e : leyen do. ~ OBJETIVOS: 1.- Mencionar cuál es el o b j e t o de l a literatura. 2.- Enunciar el c a r á c t e r que se a t r i b u í a a la l i t e r a t u r a has ta mediados del s i g l o X V I I I . 3.- D e f i n i r el concepto de l a autonomía de l a 4.- Mencionar l a concepción de Karl P h i l i p M o r i t z sobre l a obra de a r t e . 5.- E x p l i c a r l a v i s i ó n del romanticismo acerca de l a poesía y el a r t e en g e n e r a l . 6.- Establecer en qué c o n s i s t e l a t e o r í a del a r t e por e l a r t e y s i t u a r l a en el tiempo. literatura. 7.- Determinar en qué c o n s i s t e l a evasión, t a n t o en el crea^ dor l i t e r a r i o como en el l e c t o r , y e x p l i c a r sus formas. 8.- D e f i n i r l a r e l a c i ó n e n t r e l i t e r a t u r a y conocimiento. 9.- E x p l i c a r qué RITMO DE TRABAJO: 1er. día.- Objetivos. 2o. d í a . - A c t i v i d a d 1. 3er. d í a . - A c t i v i d a d 2. 4o. d í a . - Repaso t o t a l representa l a l i t e r a t u r a para el hombre. 10.- Enunciar e l concepto de l i t e r a t u r a comprometida. 1 1 . - E x p l i c a r brevemente l a concepción de l a l i t e r a t u r a , gún Jean Paul S a r t r e y sus puntos d i s c u t i b l e s . se- 1 2 . - Establecer l a d i f e r e n c i a e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y literatura dirigida. 13.- Mencionar en qué c o n s i s t e n : l a t e o r í a , c r í t i c a e h i s t o r i a l i t e r a r i a s y su r e l a c i ó n r e c í p r o c a . 14.- D e f i n i r a qué se llama l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , comparada y nacional . PROCEDIMIENTO: Lee atentamente el m a t e r i a l de e s t u d i o que incluímos a c o n t i n u a c i ó n y resuelve los o b j e t i v o s . ACTIVIDADES: 1.- Lee: "El p r í n c i p e f e l i z " de Oscar Wilde ( l o encontrarás en t u l i b r o después del c u e s t i o n a r i o ) y elabora por esc r i t o , una s í n t e s i s personal sobre su contenido. No copies párrafos únicamente; t r a t a de comprender en r e a l i dad y hazlo con tus propias palabras. 2.- Contesta las preguntas del c u e s t i o n a r i o que corresponde a este c a p í t u l o , es t u a u t o e v a l u a c i ó n . Requisito para presentar l a evaluación es la entrega de estas dos a c t i v i d a d e s , debidamente r e a l i z a d a s . I PRINCIPIOS GENERALES OE LITERATURA. En Tos últimos años se han r e a l i z a d o v i s i b l e s progresos en el campo de la l i t e r a t u r a . Pero ¿para quiénes y por qué se escribe? I n i c i a l m e n t e podemos d e c i r que la l i t e r a t u r a es tá e s c r i t a para aquellos que desean enterarse de lo que es ~~ capaz de crear el ser humano en el ámbito i n t e l e c t u a l ; para conocer y v a l o r a r l o que se ha e s c r i t o y aprovechar l o que se ha v i v i d o a través de e l l a . La l i t e r a t u r a como conjunto de e s c r i t o s , en prosa o - verso, t i e n e ante todo un c a r á c t e r c r e a t i v o , a r t í s t i c o . Def i n i r l a es realmente d i f í c i l , pero podemos d e c i r que r e p r e senta un conocer, un s e r i o saber, y a l a vez, algo a l e g r e , un organismo v i v o , que se puede tomar interesada o d e s i n t e r e sadamente; que puede ser empleada como vehículo de i n f o r m a - " ción o s u s t i t u t o de e x p e r i e n c i a s , y , al mismo tiempo, como gozosa contemplación, como algo no a d q u i s i t i v o , como expe- r i e n c i a en s í misma. Los s e n t i m i e n t o s , l a imaginación y l a f a n t a s í a forman parte de l a naturaleza de la l i t e r a t u r a contenida en los tex tos. Estos i n t e g r a n un conjunto de elementos s o l i d a r i o s con la r e a l i d a d s o c i a l en l a cual l a obra l i t e r a r i a nace y a l a que representa a t r a v é s de acontecimientos, temas, p e r s o n a j e s , ideas y escenarios de una época determinada. De acuerdo con todo l o a n t e r i o r , l a f u n c i ó n esencial de la l i t e r a t u r a s e r í a : ser f i e l a s í misma, a su n a t u r a l e z a , y también a ser comunicadora de e x p e r i e n c i a s , de saberes de ideologías. Ahondando en estas r e f l e x i o n e s , aclararemos conceptos. La l i t e r a t u r a , como l a s demás c i e n c i a s del e s p í r i t u , t i e n e como o b j e t o el mundo creado por el hombre en el t r a n s curso de los s i g l o s , campo enorme, pues abarca todos los dominios de l a m ú l t i p l e a c t i v i d a d humana; de esto podemos dedu c i r f á c i l m e n t e su importancia y su v a l o r . Sin embargo, las opiniones en cuanto a las funciones de l a l i t e r a t u r a son con trovertidas. Hasta mediados del s i g l o X V I I I » se l e a t r i b u y e , casi s i n excepción, una f i n a l i d a d hedonista* o pedagogo c o - m o r a l i s t a * Aunque en algunas ocasiones se externaba el concepto de la autonomía de l a l i t e r a t u r a , por ejemplo por medio de poesía o r i g i n a l , r i c a en b e l l o s e f e c t o s sonoros, en r i t m o s nuevos y completamente ajena a motivaciones morales. S i g l o s más t a r d e se transforma l a a c t i v i d a d poética en verda dera r e l i q i ó n del a r t e , al consagrarla a l a creación del poe ma y a su perfeccionamiento f o r m a l , excluyéndose toda i n t e n ción u t i l i t a r i a . La conciencia de l a autonomía de l a l i t e r a t u r a , y del a r t e en g e n e r a l , a d q u i r i ó fuerza y se fundamentó a p a r t i r de l a segunda mitad del s i g l o X V I I I . Karl P h i l i p M o r i t z , en su obra: Sobie. la XmUacÁón plástica da lo bello t a f i r m a que l a obra de a r t e es un microcosmos, un todo o r g á n i c o , complet o y p e r f e c t o en s í mismo, y que es b e l l o precisamente p o r q u e r o t i e n e necesidad de ser ú t i l . El general bre l o mas de romanticismo, al considerar l a poesía y el a r t e en como un conocimiento ú n i c o , capaz de r e v e l a r al homi n f i n i t o , los m i s t e r i o s de l o sobrenatural y los e n i ^ l a v i d a , l e da a éste una j u s t i f i c a c i ó n t o t a l . El a r t e por e l a r t e , como movimiento e s t é t i c o , como escuela l i t e r a r i a h i s t ó r i c a m e n t e situada y determinada, es un fenómeno c a r a c t e r í s t i c o del s i g l o XIX. Su m é r i t o c o n s i s t e en creer en l a autonomía de l a l i t e r a t u r a y en d i f u n d i r el p r i n c i p i o de que l a l i t e r a t u r a debe r e a l i z a r ante todo v a l o res e s t é t i c o s . La negativa a i d e n t i f i c a r l o b e l l o con l o ú t i l se r e l a ciona con una a c t i t u d i n t e l e c t u a l muy importante: una f u e r t e h o s t i l i d a d f r e n t e al progreso de l a c i e n c i a y de l a t é c m ca como {{andamawtoó excZuA¿vo& de. la pe.iúe,cX¿bll¿dad humana. Las conquistas de l a c i e n c i a y de l a t é c n i c a , la c r e c i e n t e i n d u s t r i a l i z a c i ó n y las riquezas derivadas de e l l a s provocan en las m u l t i t u d e s una e u f o r i a que conduce al menosprecio y al o l v i d o de todos los valores que no se i n t e g r a n en el mito del progreso. En nombre de los valores o l v i d a d o s , sobre t o do los e s t é t i c o s , y en nombre de l a e s p i r i t u a l i d a d misma del hombre, l o s | p a r t i d a r i o s del a r t e por e l a r t e proclaman su repulsa f r e n t e a los u t i l i t a r i s t a s . Entre o t r a s f i n a l i d a d e s , con frecuencia se l e asigna a l a l i t e r a t u r a la de l a evasión, que s i g n i f i c a , en términos generales, l a fuga del yo ante determinadas condiciones y - c i r c u n s t a n c i a s de la vida y del mundo, y que implica la búsqueda y la construcción de un mundo nuevo, i m a g i n a r i o , d i f e rente de aquél del cual se huye, y que funciona como sedante, como compensación i d e a l , como un medio de r e a l i z a c i ó n de sue ños y a s p i r a c i o n e s . La evasión como fenómeno l i t e r a r i o , puede comprobarse t a n t o en el e s c r i t o r como en el l e c t o r . Los dos p r i n c i p a l e s motivos de la evasión en el plano del creador l i t e r a r i o son: a) C o n f l i c t o con l a sociedad: el e s c r i t o r s i e n t e l a medio c r i d a d , l a v i l e z a y l a i n j u s t i c i a de l a sociedad que l o rodea y , en a c t i t u d de amargura y desprecio huye de esa sociedad y se r e f u g i a en l a l i t e r a t u r a . b) Problemas y sentimientos íntimos que t o r t u r a n l a mente del e s c r i t o r , de los que éste huye por e. camino de la evasión. El t e d i o , e l s e n t i m i e n t o de abandono y de soledad, l a angustia de un d e s t i n o f r u s t r a d o , c o n s t i t u y e n o t r o s tantos motivos para a b r i r la puerta de l a evasión. La evasión del e s c r i t o r puede r e a l i z a r s e , en el plano de la creación l i t e r a r i a , de d i f e r e n t e s modos: I ) Transformando l a l i t e r a t u r a eil, a u t é n t i c a r e l i g i ó n , en a c t i v i d a d t i r á n i c a m e n t e absorbente» por l a que el a r t i s t a o l v i d a el mundo y l a v i d a . 2> Evasión en el tiempo, buscando en épocas remotas l a b e l l e z a , l a grandiosidad y el encanto que e l presente es incapaz de o f r e c e r . 3) Evasión en el espacio, que se m a n i f i e s t a en el gusto por l o s p a i s a j e s , l a s f i g u r a s y las costumbres e x ó t i cas En el t e r r e n o de l a evasión en el espacio ocupa l u g a r fundamental el tema del v i a j e . Enclaustrado por el a b u r r i m i e n t o , cansado y herido en cuerpo y alma, eí e s c r i t o r anhela l a aventura. Al término del v i a j e se extiende un país m a g n i f i c o , un paraíso moldeado por el ensueño del a u t o r . 4) La i n f a n c i a c o n s t i t u y e un t e r r e n o p r i v i l e g i a d o para l a evasión l i t e r a r i a . Ar.te l a s d e s i l u s i o n e s y oerrum bamlentos de l a edad a d u l t a , e l e s c r i t o r , evoca sonadoramente el tiempo perdido de l a i n f a n c i a , paraíso l e j a n o donde v i v e n l a pureza, l a i n o c e n c i a , la promesa y los mitos f a s c i n a n t e s . 5) La creación de personajes es o t r o procedimiento usado con f r e c u e n c i a por e l e s c r i t o r , sobre todo por e l nov e l i s t a , para e v a d i r s e . El personaje, plasmado según los más secretos deseos y designios del a r t i s t a , p r e senta las cualidades y v i v e las aventuras que el e s c r i t o r ha deseado para s i i n ú t i l m e n t e . 6) El ensueño, los paraísos a r t i f i c i a l e s provocados por ' las drogas y el a l c o h o l , l a o r g í a , e t c . , representan o t r o s procesos de evasión con amplia proyección en la 1iteratura. El fenónemo de l a evasión l i t e r a r i a se presenta también en e l l e c t o r . Este l l e g a a l a e v a s i ó n , en forma semejante al e s c r i t o r , a través del a b u r r i m i e n t o , de l a f r u s t r a c i ó n y de l a tendencia a soñar i l u s o r i a s f e l i c i d a d e s y aventuras y a c r e e r en ese ensueño. La l e c t u r a r e s u l t a ser entonces e x c i t a n t e de un sentimentalismo ansioso de quimeras*, forma i l u s o r i a de compensar f r u s t r a c i o n e s de l a propia e x i s t e n c i a . Hay o t r a t e o r í a que i d e n t i f i c a l a l i t e r a t u r a con el cono c i m i e n t o . Respecto a e l l a se puede a f i r m a r que l a creación l i t e r a r i a no es f i l o s o f í a d i s f r a z a d a , ni el conocimiento que se t r a n s m i t e por e l l a está esencialmente c o n s t i t u i d o por p n n cipios c i e n t í f i c o s . No o b s t a n t e , l a r u p t u r a t o t a l e n t r e l i t e r a t u r a y conocimiento r e p r e s e n t a r í a una m u t i l a c i ó n i n a c e p t a ble del fenómeno l i t e r a r i o , pues, como d i j i m o s a n t e s , toda obra l i t e r a r i a a u t é n t i c a traduce una experiencia humana y d i ce algo acerca del hombre y del mundo. A t r a v é s de todos los tiempos l a l i t e r a t u r a ha sido e l más fecundo instrumento de a n á l i s i s y comprensión del hombre y de sus r e l a c i o n e s con e l mundo. S ó f o c l e s , Shakespeare, Cervantes, Dostoyevski, Kafka, representan nuevos modos de comprender a l hombre y l a v i d a , y revelan verdades humanas que antes se desconocían o apenas eran p r e s e n t i d a s . En nuestro tiempo se habla mucho de l i t e r a t u r a comprome t i d a y de compromiso l i t e r a r i o . Estas d o c t r i n a s surgen a par t i r de l a segunda guerra mundial y de los años s i g u i e n t e s . En esencia este compromiso s i g n i f i c a preocupación por l o que sucede en el mundo y una manifestación palpable de esa preocu pación. Jean Paul S a r t r e expone esta concepción de l a l i t e r a t u ra en su ensayo mundialmente c é l e b r e , "¿Qué es l a l i t e r a t u - ra?" La r e f l e x i ó n s a r t r i a n a sobre l a naturaleza y l a f i n a l i dad de l a l i t e r a t u r a comprende t r e s preguntas y t r e s respuestas sobre aspectos diversos, íntimamente complementarios, de l a a c t i v i d a d l i t e r a r i a , ya mencionados con a n t e r i o r i d a d : ¿qué es e s c r i b i r ? ; ¿por qué e s c r i b i r ? ; ¿para quién e s c r i b i r ? A c o n t i n u a c i ó n se expondrá, muy brevemente, l a d o c t r i n a de S a r t r e . A. ¿Qué es e s c r i b i r ? Para S a r t r e hablar es obrar»la r e a l i d a d sufre una modif i c a c i ó n tan pronto como l a palabra l a descubre y l a hace per^ der su inocencia y por esto para él l a r e v e l a c i ó n causada por el narrador i m p l i c a l a transformación de l o revelado y compro mete en esta empresa l a r e s p o n s a b i l i d a d de los o t r o s . Sin em barqo, para S a r t r e no es e s c r i t o r e l que dice c i e r t a s cosas, sino el que e l i g i ó d e c i r l a s de c i e r t o modo; con conciencia de su f i n a l i d a d . B. ¿Por qué e s c r i b i r ? S a r t r e examina y condena o t r a s respuestas dadas t r a d i c i o nalmente a esta pregunta - l a l i t e r a t u r a como evasión, l a l i t e r a t u r a como conocimiento e s p e c í f i c o - y formula una nueva e x p l i c a c i ó n : el hombre t i e n e l a conciencia de ser revelador de las cosas y , por l o t a n t o , toda obra l i t e r a r i a se presenta como una llamada, comprometiendo l a l i b e r t a d y l a generosidad del l e c t o r en el proceso de su r e v e l a c i ó n . C. ¿Para quién e s c r i b i r ? Seqún S a r t r e el e s c r i t o r se d i r i g e a l a l i b e r t a d de sus l e c t o r e s . Además no a un l e c t o r i d e a l , sino a uno concreto y contemporáneo. Estas ideas de S a r t r e t i e n e n v a r i o s puntos d i s c u t i b l e s : iqnora deliberadamente los valores propios del fenomeno l i t e r a r i o y confunde su contenido con el de una obra p o l í t i c a , so c i o l ó g i c a , p a n f l e t a r i a ; h i s t o r i z a la actividad l i t e r a r i a y , al h a c e r l o , niega al l e c t o r la p o s i b i l i d a d de r e c o n s t r u i r los conceptos n e c e s a r i o s , por medio de l a c u l t u r a para poder l e e r y comprender obras de épocas muy d i v e r s a s . Recordemos que l a l i t e r a t u r a a u t é n t i c a no es el r e s u l t a d o de los valores de una época únicamente. Establecido l o a n t e r i o r , es conveniente d e c i r también que hay que d i s t i n g u i r e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y l i t e r a tura d i r i g i d a . En l a l i t e r a t u r a comprometida, l a defensa de determinados valores p o l í t i c o s y s o c i a l e s n a c e d e una d e c i En l a l i t e r a t u r a d i r i g i d a , los valo sión l i b r e del e s c r i t o r . res que deben ser defendidos y exaltados y los o b j e t i v o s que han de alcanzarse son impuestos por un poder ajeno al e s c r i t o r , casi siempre por un poder p o l í t i c o , con l a c o n s i g u i e n t e l i m i t a c i ó n e i n c l u s o en algunos casos l i q u i d a c i ó n de l a n b e r tad del a r t i s t a . Como o t r o tema básico para i n i c i a r s e en el conocimiento de l a l i t e r a t u r a está la d i s t i n c i ó n e n t r e l o que es la t e o r í a , l a c r í t i c a y la h i s t o r i a l i t e r a r i a s . La t e o r í a l i t e r a r i a la podríamos d e f i n i r como l a p o s i b i l i d a d del e s t u d i o s i s t e m á t i c o e integrado de la l i t e r a t u r a ; en forma más concreta diríamos que es el estudio de los p r i n c i p i o s de la l i t e r a t u r a , de sus c a t e g o r í a s , c r i t e r i o s , e t c . La h i s t o r i a de la l i t e r a t u r a contempla el fenómeno l i t e r a r i o como una s e r i e de obras y autores dispuestos en orden cronológico y como partes i n t e g r a n t e s del proceso h i s t ó r i c o . En cuanto a la c r í t i c a l i t e r a r i a podríamos d e c i r que es el e s t u d i o de obras concretas de a r t e con el f i n de a n a l i z a r su c a l i d a d . Naturalmente es f á c i l a d v e r t i r que estas t r e s formas de e s t u d i a r l a l i t e r a t u r a se presuponen y enlazan mutuamente de una manera muy e s t r e c h a . No se puede concebir la t e o r í a l i t e r a r i a s i n la c r í t i c a o s i n la h i s t o r i a , ni la h i s t o r i a s i n la teoría y la c r í t i c a . Ninguna obra puede ser analizada s i n re c u r r i r a p r i n c i p i o s generales, ni tampoco s i se ignoran las relaciones h i s t ó r i c a s , pues sencillamente no s e r í a posible ni s i q u i e r a saber qué obra es o r i g i n a l y cuál derivada y s o l a mente se l o g r a r í a hacer conjeturas poco p r e c i s a s . El d i v o r cio e n t r e la c r í t i c a , l a h i s t o r i a y la t e o r í a l i t e r a r i a i r í a en p e r j u i c i o de todas y cada una de e l l a s . Como punto f i n a l estableceremos las d i f e r e n c i a s que se observan e n t r e l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , l i t e r a t u r a comparada y l i t e r a t u r a nacional. L i t e r a t u r a u n i v e r s a l es un término al que se le han dado d i f e r e n t e s acepciones: una de e l l a s , la más conocida y u t i l i ^ zada, como sinónimo de l i t e r a t u r a "general" o " m u n d i a l " ; o t r a como el i d e a l según el c u a l , en una época determinada, todas las l i t e r a t u r a s se c o n v e r t i r á n en una s o l a , el ideal de "!a fu_ sión de todas las l i t e r a t u r a s en una gran s í n t e s i s en que cada nación desempeñaría un papel en e l c o n c i e r t o u n i v e r s a l ; una t e r c e r a la considera el gran tesoro de los c l á s i c o s como Homero, Dante, Cervantes, Shakespeare y Goethe, cuya fama se ha extendido Dor todo el mundo y perdura l a r g o tiempo, o sea como un sinónimo de "obras maestras". La comparación formal e n t r e l i t e r a t u r a s , -o e n t r e movimientos, f i g u r a s y obras- en busca de sus relaciones r e c í p r o cas, es el o b j e t o de l a l i t e r a t u r a comparada. La l i t e r a t u r a nacional obviamente es el conjunto de - creaciones de uri conglomerado humano en p a r t i c u l a r . Al e s t u d i a r las d i s t i n t a s c o n t r i b u c i o n e s de las naciones al proceso l i t e r a r i o g e n e r a l , se deben hacer a un lado los sentimientos n a c i o n a l i s t a s y las t e o r í a s r a c i s t a s . Todo a n á l i s i s o b j e t i v o tendrá que d i s t i n g u i r entre l a s cuestiones relacionadas con l a ascendencia r a c i a l de los e s c r i t o r e s y con las s o c i o l ó g i cas de procedencia y ambiente, por una parte y por o t r a , las r e l a t i v a s a l a i n f l u e n c i a r e a l del p a i s a j e y a la t r a d i c i ó n y modas l i t e r a r i a s . Los problemas con l a nacionalidad se c o m p l i c a n más, s i se va a d e c i d i r s i l a s l i t e r a t u r a s e s c r i t a s ^ e n una misma lengua son l i t e r a t u r a s nacionales d i s t i n t a s , ¿qué es l o que las d e f i n e ? ; ¿la independencia p o l í t i c a ? ; ¿la con- c i e n c i a n a c i o n a l ? ; ¿la de los propios autores?; ¿el empleo de asuntos nacionales y de " c o l o r l o c a l " ? ; ¿o es la a p a r i c i ó n de un neto e s t i l o l i t e r a r i o nacional? Cuando se haya d e c i d i d o e s t o , se podrá a n a l i z a r el modo preciso en que cada l i t e r a t u r a nacional ingresa en l a t r a d i c i ó n , s i n que las h i s t o r i a s de l i t e r a t u r a nacional sean s i m plemente categorías g e o g r á f i c a s . Lo que es muy importante r e c o r d a r , en este aspecto, es que l a l i t e r a t u r a u n i v e r s a l y las nacionales se presuponen mu tuamente y que el poder d e s c r i b i r la a p o r t a c i ó n precisa de ca da una s i g n i f i c a r í a conocer mejor el conjunto del amplio mundo de l a 1 i t e r a t u r a . CUESTIONARIO. 1.- ¿Cuál es el o b j e t o de l a literatura? 2.- ¿Qué c a r á c t e r se a t r i b u í a a la l i t e r a t u r a hasta mediados del s i g l o X V I I I ? 3.- ¿En qué época toma fuerza l a conciencia de la autonomía de l a l i t e r a t u r a ? 4.- ¿Qué afirma Karl P h i l i p M o r i t z , en su obra: Scb/ie ta -ÓÍR taitón plástica cíe lo 6e¿&,\ de la obra de arte? 5.- ¿Cómo consideraba el romanticismo a l a poesía y el en general? 6.- ¿En qué s i g l o se s i t ú a el a r t e por el a r t e , corno movi- miento e s t é t i c o ? 7.- ¿Cuál es el m é r i t o de esta t e o r í a ? 8.- ¿Con qué a c t i t u d i n t e l e c t u a l se r e l a c i o n a l a negativa a i d e n t i f i c a r l o belfo con l o ú t i l ? 9.- ¿Qué es la evasión? arte 10.- ¿Cuáles son los p r i n c i p a l e s motivos de l a evasión en el plano del creador l i t e r a r i o ? 11.- ¿De qué modos puede r e a l i z a r s e la evasión del en el plano de l a creación l i t e r a r i a ? 12.- ¿Cómo se presenta la evasión l i t e r a r i a en el escritor, lector? 13.- ¿Qué se puede a f i r m a r respecto a la t e o r í a que i d e n t i f i ca l a l i t e r a t u r a con el conocimiento? 14.- ¿Qué representa la l i t e r a t u r a para e l hombre? 15.- ¿A- qué se r e f i e r e el compromiso literario? 1 6 . - ¿Cuándo aparece el concepto de l i t e r a t u r a comprometida? 1 7 . - ¿Cómo se podría e x p l i c a r , brevemente, l a concepción de l a l i t e r a t u r a según Sartre? 1 8 . - ¿En qué ensayo de Jean Paul S a r t r e , se da esta concep- ción? 1 9 . - ¿Cuáles son los puntos d i s c u t i b l e s de l a t e o r í a na sobre la l i t e r a t u r a ? sartria- 2 0 . - ¿Qué d i f e r e n c i a hay e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y ratura dirigida? 2 1 . - ¿Qué es l a t e o r í a lite literaria? 2 2 . - ¿En qué c o n s i s t e l a c r í t i c a literaria? 2 3 . - ¿Qué contempla l a h i s t o r i a de la literatura? "EL PRINCIPE FELIZ. 2 4 . - ¿Existe una separación t o t a l e n t r e t e o r í a , c r í t i c a e historia literaria? 2 5 . - ¿Cómo se ha concebido el término: literatura universal? 2 6 . - ¿Qué o b j e t o t i e n e l a l i t e r a t u r a comparada? 2 7 . - ¿Qué es la l i t e r a t u r a nacional? Oscar Wilde. Dominando la ciudad, sobre una a l t a columna, elevábase la estatua del P r i n c i p e F e l i z . Era toda dorada, c u b i e r t a de tenues hojas de oro f i n o ; tenía por ojos dos b r i l l a n t e s z a f i r o s , y un gran rubí r o j o centelleaba en el puño de su espada. Todo esto l e hacía ser muy admirado. y iiu —Es tan hermoso como una veleta —observaba uno de los concejales de l a ciudad, que deseaba granjearse una reputación de hombre de gustos a r t í s t i c o s — ; sólo que no es tan ú t i l - —añadía, temiendo l e tomasen por hombre poco p r á c t i c o , l o que realmente no era. —¿Por qué no eres como el Príncipe Feliz? —preguntaba una madre sentimental a su h i j i t o , que l l o r a b a pidiendo la l u na — . Al Príncipe F e l i z nunca se l e ocurre l l o r a r por nada. —Me alegro de que haya alguien en el mundo completament e f e l i z —murmuraba un desengañado, contemplando l a maravillosa estatua. —Tiene todo el aspecto de un ángel —decían los niños del Hospicio al s a l i r de la C a t e d r a l , con sus b r i l l a n t e s c a pas e s c a r l a t a y sus l i m p i o s d e l a n t a l e s blancos. —¿En qué lo conocéis? — r e p l i c a b a el profesor de materna t i c a s —. Nunca v i s t e i s ninguno. — ¡Oh, los hemos v i s t o en sueñosl —contestaban los n i ños; y el profesor de matemáticas f r u n c í a el e n t r e c e j o y toma ba un a i r e severo, pues no podía aprobar que los niños soña-~ sen. Una noche voló sobre l a ciudad una pequeña g o l o n d r i n a . Seis semanas a n t e s , sus amigas habían p a r t i d o para E g i p t o ; pe ro e l l a se quedó a t r á s , pues estaba enamorada del más hermoso de los juncos. Lo encontró al comienzo de la primavera, mientras revoloteaba sobre el r í o en pos de una gran mariposa ama n l i a ; y su t a l l e e s b e l t o l a sedujo de t a l modo, que se d e t u " vo para h a b l a r l e . -< • ";vV: ' —¿Donde me hospedaré? —se preguntó—. Espero que h a brán hecho preparativos para r e c i b i r m e . • —¿Te amaré? — d i j o l a g o l o n d r i n a , que gustaba de no andar con rodeos. Y el junco l e hizo una gran r e v e r e n c i a . Entonces l a golondrina jugueteó a su a l r e d e d o r , razando el agua con las alas y trazando en el 1 a surcos de p l a t a . Era su modo de hacer l a c o r t e ; y a s í pasó todo e l verano. —Es una constancia r i d i c u l a —gorjeaban l a s o t r a s gol o n d r i n a s — ; no t i e n e un céntimo y , en cambio, demasiada fa^ milia. Y, e f e c t i v a m e n t e , todo el r í o estaba c u b i e r t o de juncos. Cuando l l e g ó el otoño, todas emprendieron el v u e l o . Entonces l a golondrina se s i n t i ó muy s o l a , y empezó a cansarse de su amante. --• —No t i e n e conversación —se decía — , y temo sea bastan t e t o r n a d i z o , pues siempre está coqueteando con l a b r i s a . Y realmente, siempre que c o r r í a b r í ^ a ^ e l j u n c § . m u l £ l ->pl icaba sus más graciosas c f t p e s í a s . ^ —Es demasiado sedentario -^-continuaba diciéndose Ta go l o n d r i n a — ; y a mi me gusta v i a j a r . Por t a n t o , quien me quie ra debe amar también los v i a j e s . Entonces vió la estatua sobre su a l t a columna. —Voy a guarecerme a l l í y bien aireado. —se d i j o — . El lugar es bonito A s í , fué a posarse justamente entre los pies del pe F e l i z . Prínci- —Tengo una alcoba dorada — s e d i j o dulcemente, mirando a su a l r e d e d o r . Y se dispuso a d o r m i r . Pero no había acabado de esconder l a cabeza bajo el a l a , cuando l e cayó encima una gran gota de agua. — i Qué cosa tan rara', —exclamó—. No hay una nube en todo el c i e l o , las e s t r e l l a s están c l a r a s y b r i l l a n t e s y , s i n embargo, l l u e v e . Realmente, este clima del norte de Europa es espantoso. Al junco l e gustaba l a l l u v i a ; pero era puro egoí:s mo. Entonces, cayó o t r a gota. —¿Para qué s i r v e una estatua s i no resguarda de la via? — d i j o — . Voy a buscar una buena chimenea. llu- Y d e c i d i ó l l e v a r su vuelo a o t r a p a r t e . —¿Quieres seguirme? — l e preguntó por f i n . Pero e l jun co sacudió l a cabeza; t a l apego t e n í a a su hogar. Pero, antes de que abriese las a l a s , cayó una t e r c e r a gota; y mirando hacia a r r i b a , v i ó . . . IAh, l o que v i ó i — iHas estado jugando conmigo1, —exclamó l a golondrina Me voy a l a s pirámides. ¡Adiós'. Los ojos del Príncipe F e l i z estaban l l e n o s de l á g r i m a s , y lágrimas c o r r í a n por sus doradas m e j i l l a s . Tan b e l l o era su r o s t r o , a l a luz de la l u n a , que l a golondrina se s i n t i ó l l e na de compasión. Y levantó v u e l o . Durante todo el día estuvo volando y , al anochecer, gó a l a ciudad. lie —¿Quién sois? —preguntó. —Soy el Príncipe F e l i z . - —Entonces, ¿por qué l l o r á i s ? Casi me habéis empapado. —Cuando estaba en vida y t e n í a un corazón de hombre —contestó l a estatua — , yo no sabía l o que eran l a s l á g r i mas, pues v i v í a en el Palacio de l a Despreocupación 9 donde - i no se permite l a entrada al d o l o r . Durante e l día jugaba con mis compañeros en el j a r d í n , y por l a noche bailaba en el gran s a l ó n . Alrededor del j a r d í n se elevaba un a l t í s i m o muro; pero jamás sentí c u r i o s i d a d por conocer l o que había t r a s é l ; tan hermoso era cuanto me rodeaba. Mis cortesanos me llamaban el P r í n c i p e F e l i z , y f e l i z era en verdad, s i el placer es l a d i c h a . Así v i v í , y así m o r í . Y ahora que estoy muerto, me han subido tan a l t o , que puedo ver todas las fealdades y toda l a m i s e r i a de mi ciudad y aunque mi corazón sea de plomo, no ten go más remedio que l l o r a r . — iCómo 1 ¿No es de oro de ley? — d i j o para s í l a golond r i n a . (Era demasiado bien educada para hacer en voz a l t a observaciones sobre l a g e n t e ) . — A l l á abajo —continuó l a estatua con su voz queda y mu s i c a l — , a l l á a b a j o , en una c a l l e j u e l a , hay una casuca misera b l e . Una de las ventanas está a b i e r t a , y a t r a v é s de e l l a veo a una mujer sentada ante una mesa. Su r o s t r o está demacrado y m a r c h i t o , y sus manos, ásperas y r o j i z a s , están l l e n a s de pin chazos, pues es c o s t u r e r a . Borda pasionarias en un t r a j e de seda que debe l u c i r en el próximo b a i l e del Palacio l a más b e l l a de las damas de l a r e i n a . Sobre una cama, en un rincón del aposento, yace su h i j i t o enfermo. Tiene f i e b r e , y pide n a r a n j a s . Su madre sólo puede d a r l e agua del r í o ; así que el niño l l o r a . Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a , ¿querrías l l e v a r l e el rubí del puño de mi espada? Mis pies están clava dos a e s t e pedestal y no puedo moverme. —Me esperan en Egipto —respondió l a golondrina — . Mis amigas revolotean sobre el N i ! o y charlan con los grandes lo t o s . Pronto i r á n a dormir a la tumba del Gran Rey. A l l í esta el Rey, en su pintado ataúd, envuelto en l i e n z o a m a r i l l o , y embalsamado con especias. Alrededor del c u e l l o t i e n e una cade na de jade verde p á l i d o , y sus manos .son como hojas secas. —Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el P r í n c i pe—, ¿no t e quedarás conmigo una noche, y serás mi mensajera? i El niño t i e n e tanta sed, y l a madre está tan t r i s t e ' . —No creo que me gusten los niños —contestó l a gOlondri_ na — . El verano pasado, cuando v i v í a a o r i l l a s del r í o , habí? dos muchachos mal educados, los h i j o s del m o l i n e r o , que no ce saban de t i r a r m e p i e d r a s . ¡Claro que no me atinaban nunca! Nosotras, las g o l o n d r i n a s , volamos demasiado b i e n ; y , además, yo soy de una f a m i l i a célebre por su l i g e r e z a ; pero, de todos modos, era una f a l t a de r e s p e t o . Mas l a mirada del Príncipe F e l i z era tan t r i s t e , que la golondrina se conmovió. —Hace mucho f r í o aquí — d i j o — ; pero me quedaré una noche con vos, y seré vuestra mensajera. —Gracias, g o l o n d r i n i t a — d i j o el Príncipe. Entonces l a golondrina arrancó el gran rubí de l a espada del P r í n c i p e , y con él en el pico remontó su vuelo por encima de los t e j a d o s . Pasó j u n t o a l a t o r r e de l a C a t e d r a l , que t e nía ángeles esculpidos en mármol blanco. Pasó j u n t o al Palac i o , donde se oía música de danza. Una preciosa muchacha s a l i ó al balcón con su novio. — ¡Qué hermosas son las e s t r e l l a s — d i j o él — , y cuan ma r a v i l l o s o es el poder del amor! ~ —Espero que mi t r a j e esté l i s t o para el b a i l e de gala — r e p l i c ó e l l a — . He mandado bordar en él p a s i o n a r i a s . Pero ¡las costureras son tan holgazanas! Pasó sobre el r í o y vió las l i n t e r n a s colgadas de los mástiles de los navios. Pasó sobre la J u d e r í a , y vió a los viejos mercaderes urdiendo negocios y pesando monedas en balanzas de cobre. Al f i n l l e g ó a l a pobre casuca y m i r ó . El niño se agitaba f e b r i l m e n t e en su cama, y l a madre se había dormido de cansancio. Entonces, l a golondrina s a l t ó al cuarto y depositó e l gran rubí encima de la mesa, j u n t o al dedal de —¿Teneís algunos encargos que darme para Egipto? —le g r i t ó — Voy a p a r t i r . l a c o s t u r a . Luego revoloteó dulcemente alrededor de l a cama, abanicando con sus alas l a f r e n t e del n i ñ o . —Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a pe—, ¿no te quedarás conmigo o t r a noche? — iQué fresco tan agradable', — d i j o el n i ñ o — . Debo de e s t a r mejor Y cayó en un d e l i c i o s o sueño. Entonces l a golondrina v o l v i ó hacia el Príncipe F e l i z , y l e contó l o que había hecho. —Es c u r i o s o —añadió — , pero ahora casi tengo c a l o r ; y , s i n embargo, hace mucho f r í o . —Es porque has hecho una buena acción —respondió el Príncipe. , Y l a golondrina comenzó a r e f l e x i o n a r , y se durmió. Siempre que r e f l e x i o n a b a se dormía. — d i j o el Prínci- —Me esperan en Egipto —contestó la golondrina — . Mañana, mis amigas volarán hacia la segunda c a t a r a t a . Entre las cañas duerme a l l í el hipopótamo, y sobre un gran trono de gra n i t o se yergue el dios Memnón. Toda la noche pasa acechando las e s t r e l l a s , y cuando b r i l l a l a e s t r e l l a m a t u t i n a , lanza un g r i t o de a l e g r í a , y queda s i l e n c i o s o . A mediodía, los leones f u l vos baj an a beber a l a o r i l l a del río.. Tienen ojos como b e r i l o s verdes y sus rugidos son más sonoros que los rugidos de la c a t a r a t a . - - Al rayar el a l b a , voló hacia el r í o a tomar un baño. — iQué e x t r a o r d i n a r i o fenómenoexclamó e l profesor; de o r n i t o l o g í a j " que pasaba por e l puente—, i'tiaa g o l o n d r í a # l n invierno! Y e s c r i b i ó sobre e l l o una l a r g u í s i m a c a r t a al p e r i ó d i c o de l a l o c a l i d a d . Todo el mundo habló de e l l a . (¡Contenía tan tas palabras que no se entendían'.). —Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el P r í n c i pe—, a l l á abajo, a l o t r o lado de la ciudad, veo'a un joven en un desván. Está i n c l i n a d o sobre una mesa c u b i e r t a de papel e s , y en un vaso, a su l a d o , se marchita un ramo de v i o l e t a s . Sus cabellos son castaños y r i z a d o s , y sus labios rojos como granos de granada, y sus ojos anchos y soñadores. Se esfuerza en acabar una obra para el d i r e c t o r del t e a t r o ; pero t i e n e de masiado f r í o para seguir e s c r i b i e n d o . No hay fuego en la c h i menea, y el hambre l e ha extenuado. —Me quedaré o t r a noche con vos — d i j o l a g o l o n d r i n a , que realmente tenía buen corazón — . ¿Hay que l l e v a r l e o t r o rubí? —Esta noche p a r t i r é para Egipto —decíase l a golondrina y , a esta i d e a , sentíase muy c o n t e n t a . — iAyI no tengo más rubíes — d i j o el Príncipe — . Mis ojos es lo único que me queda. Son dos rarísimos z a f i r o s , t r a í d o s de la India hace mil años. Arranca uno de e l l o s y l l é v a s e l o . Lo venderá a un j o y e r o , y comprará pan y l e ñ a , y acabará su obra. V i s i t ó todos los monumentos p ú b l i c o s , y descansó l a r g o r a t o en el campanario de l a i g l e s i a . Los gorriones susurraban a su paso, y se decían unos a o t r o s "¡Qué e x t r a n j e r a tan dis t i n g u i d a " , cosa que l a llenaba de a l e g r í a . —Querido p r í n c i p e — d i j o la golondrina — , yo no puedo hacer eso. Al s a l i r l a l u n a , v o l v i ó hacia el Príncipe Feliz. Y se echó a 1 l o r a r . —Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el pe—, haz l o que t e pido. Prínci- Entonces l a golondrina arrancó uno de l o s ojos del P r í n c i p e , y echó a v o l a r con él hacia el desván del e s t u d i a n t e . No era d i f í c i l e n t r a r en é l , pues había un agujero en el t e cho, que aprovechó l a golondrina para e n t r a r como una f l e c h a . Tenía el joven l a cabeza hundida e n t r e las manos; así que no oyó el rumor de las a l a s . Cuando, al f i n , levantó los o j o s , v i o el hermoso z a f i r o encima de las v i o l e t a s m a r c h i t a s . —Empiezo a ser estimado —exclamó—. Esto debe provenir de algún r i c o admirador. Ya puedo acabar mi obra. Y parecía completamente dichoso. Al día s i g u i e n t e l a golondrina voló hacia el p u e r t o . Se posó sobre el m á s t i l de un gran n a v i o , y se entretuvo mirando a los marineros, que subían con cuerdas unas enormes cajas de l a c a l a . — ¡Me voy a Egipto', —les g r i t ó l a g o l o n d r i n a . Pero nadie l e hacía caso. Al s a l i r l a l u n a , v o l v i ó hacia el Príncipe —Vengo a deciros adiós ^ l e Feliz. l l e v a algún dinero a casa, y por eso l l o r a . No l l e v a zapatos ni medias, y su cabecita va s i n nada. Arranca mi o t r o o j o y dáselo, y su padre no l e pegará. - P a s a r é o t r a noche con vos - d i j o la g o l o n d r i n a - ; pero no puedo arrancaros el o t r o o j o . Os quedaríais ciego del todo . - G o l o n d r i n a , g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a - d i j o el pe—, haz l o que t e p i d o . Entonces l a golondrina arrancó el o t r o ojo del n P Sánd0Se desí z óla9 joya f C °en ° deslizo sus manos. SObre 2 0 de Cr Sta1 t a n rc onr rri óH ^hacia f / r 0su casa, r- i'e n d o . b o n i t e1 °: Prínci- Príncipe de la n i ñ a ' ! ' -exclamó ^ Entonces l a golondrina v o l v i ó hacia el niña. Y Príncipe. —Ahora que e s t á i s ciego — d i j o — , me quedaré a vuestro lado para siempre. —No, g o l o n d r i n i t a — d i j o el pobre Príncipe — ; t i e n e s que i r t e a E g i p t o . dijo. —Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el pe—, ¿no t e quedarás conmigo o t r a noche? Prínci- —Es i n v i e r n o —contestó la golondrina — , y pronto l l e g a ra l a nieve helada. En E g i p t o , el sol c a l i e n t e sobre las p a l meras verdes, y l o s c o c o d r i l o s , echados entre el fango, miran indolentemente en torno suyo. Mis compañeras construyen sus nidos en el templo de Baalbek, y las palomas rosadas y b l a n cas, las siguen con los o j o s y se a r r u l l a n e n t r e sí.Querido P r í n c i p e , tengo que d e j a r o s ; pero nunca os o l v i d a r é ; y la pró_ xima primavera os t r a e r é de a l l í dos piedras b e l l í s i m a s para reemplazar las que d i s t e i s . El rubí será más r o j o que una r o sa r o j a , y el z a f i r o tan azul como el gran mar. — A l l á abajo, en la plaza — d i j o el Príncipe F e l i z — , hay una niña que vende c e r i l l a s . Se l e han caído las c e r i l l a s en el barro y se han echado a perder. Su padre l e pegará s i no - —Me quedaré a vuestro lado para siempre — r e p i t i ó l a go l o n d r i n a . Y se durmió e n t r e los pies del P r í n c i p e . Al día s i g u i e n t e , se posó sobre el hombro del y le contó lo que había v i s t o en países e x t r a ñ o s . Príncipe, Le habló de los i b i s r o j o s , que se colocan en largas f i las a o r i l l a s del N i l o y pescan con sus picos peces dorados; de l a Esfinge, tan v i e j a como e l mundo, que vive en el d e s i e r to y lo sabe t o d o ; de los mercaderes que caminan lentamente ~ junto a sus camellos y l l e v a n en l a mano r o s a r i o s de ámbar; del Rey de 1 as Montañas de l a Luna, que es negro como el ébano y adora un gran c r i s t a l ; de l a gran serpiente verde, que duerme en una palmera y a l a que v e i n t e sacerdotes se e n c a r gan de a l i m e n t a r con pasteles de m i e l ; y de los pigmeos que navegan sobre un gran lago en anchas hojas l i s a s y están siem pre en guerra con las mariposas. ~ —Querida g o l o n d r i n i t a — d i j o el Príncipe — , me^cuentas cosas m a r a v i l l o s a s , pero más m a r a v i l l o s o es todavía l o que sufren los hombres. No hay m i s t e r i o tan grande como l a m i s e r i a . Vuela por mi ciudad, g o l o n d r i n i t a , y cuéntame l o que veas. ba las migajas a l a puerta del panadero, cuando éste no la veía, e intentaba c a l e n t a r s e batiendo las a l a s . Entonces l a golondrina voló por l a gran ciudad, y viÓ a los r i c o s que se regocijaban en sus palacios soberbios, mientras los mendigos estaban sentados a sus puertas. Voló por l a s c a l l e j u e l a s sombrías y vio ios r o s t r o s pálidos de los niños que mueren de hambre, mientras miran con i n d i f e r e n l c i a las c a l l e s negras. Bajo los arcos de un puente había dos I c h i q u i l l o s acostados, uno en brazos del o t r o para darse c a l o r ! — ¡ A d i ó s , querido P r í n c i p e ! —murmuró—. ¿Me p e r m i t í s que os bese l a mano? — iQué hambre tenemos', —decían. — ¡Largo de ahí', —les g r i t ó un g u a r d i a ; y t u v i e r o n que a l e j a r s e bajo l a l l u v i a . Entonces l a golondrina v o l v i ó hacia el P r í n c i p e , y l e contó l o que había v i s t o . —Estoy c u b i e r t o de oro f i n o — d i j o el Príncipe — ; despréndelo hoja a h o j a , y dáselo a mis pobres. Los hombres creen siempre que el oro puede d a r l e s l a d i c h a . Hoja a hoja arrancó l a golondrina el oro f i n o , hasta que el Príncipe F e l i z no tuvo ya ni b r i l l o ni b e l l e z a . Hoja a hoja d i s t r i b u y ó el oro f i n o e n t r e los pobres; y los r o s t r o s de los niños se pusieron sonrosados, y los niños r i e r o n y jugaron por las c a l l e s . — ¡Ya tenemos pan', —gritaban. Entonces vino l a n i e v e , y después de la nieve el h i e l o . Las c a l l e s parecían de p l a t a , de t a l modo b r i l l a b a n . Caramba nos, l a r g o s como puñales, colgaban de los aleros de las casas. Todo el mundo se cubría con p i e l e s , y los niños l l e v a ban gorros encarnados y patinaban sobre el h i e l o . La pobre golondrina tenía f r í o , cada vez más f r í o , pero no quería abandonar al P r í n c i p e ; l e amaba demasiado. Picotea Pero, al f i n , comprendió que iba a m o r i r . Tuvo aún f u e r za para v o l a r hasta el hombro del P r í n c i p e . —Me alegro de que al f i n te vayas a E g i p t o , g o l o n d r i n i ta — d i j o el Príncipe — . Demasiado tiempo has estado aquí. Pe ro bésame en los l a b i o s , porque te quiero mucho. —No es a Egipto adonde voy —contestó la g o l o n d r i n a — . Voy a casa de l a Muerte. La Muerte es hermana del Sueño, ¿ver dad? Y besó al Príncipe F e l i z en los l a b i o s , y cayó muerta a sus p i e s . En el mismo i n s t a n t e resonó un s i n g u l a r c r u j i d o en el i n t e r i o r de l a e s t a t u a , como s i algo se hubiese r o t o en e l l a . El caso es que el corazón de plomo se había p a r t i d o en dos. Indudablemente hacía un f r í o t e r r i b l e . A la mañana s i g u i e n t e paseaba el a l c a l d e por l a plaza, con los concejales de l a ciudad. Al pasar al lado de l a columna, levantó los ojos hacia ~ la e s t a t u a . — ¡Caramba — d i j o — , qué aspecto tan desarrapado t i e n e el Príncipe F e l i z ! — ¡Completamente desarrapado! — r e p i t i e r o n los concejal e s , que eran siempre de la o p i n i ó n del a l c a l d e ; y subieron todos para examinarlo. —El rubí de la espada se ha caído, los ojos desaparecie ron, y ya no es dorado — d i j o el a l c a l d e — . En una palabra:"" un pordiosero. — i ü n pordiosero' — h i c i e r o n eco los c o n c e j a l e s . —Y a sus pies hay un pájaro muerto — p r o s i g u i ó el Alcalde — . Será preciso promulgar un bando prohibiendo a los pájaros que vengan a m o r i r a q u í . ler. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD X I I I . LOS GENEROS LITERARIOS. Y el s e c r e t a r i o del Ayuntamiento tomó nota de l a idea. I Mandaron, pues, d e r r i b a r l a estatua del Príncipe F e l i z . —Como ya no es b e l l o , para nada s i r v e — d i j o el sor de e s t é t i c a de l a U n i v e r s i d a d . profe Entonces fundieron l a e s t a t u a , y el Alcalde reunió el Municipio para d e c i d i r qué harían con el metal. —Podemos —propuso— ejemplo. hacer o t r a e s t a t u a . La mía, por —0 l a mía — d i j o cada uno de los c o n c e j a l e s . INTRODUCCION: El e s c r i t o r t i e n e ante sí variadas formas que dar a su i n s p i r a c i ó n , ¿qué d i f e r e n c i a y c a r a c t e r i z a a cada una de e s tas formas?; ¿qué es l o p r i n c i p a l en una obra n a r r a t i v a , en una pieza t e a t r a l o en un poema? En esta unidad daremos, a grandes rasgos, respuesta a es tas preguntas. OBJETIVOS: Y empezaron a d i s p u t a r . La última vez que oí hablar de e l l o s seguían disputando. 1.- E x p l i c a r qué representa cada género l i t e r a r i o y qué o f r e ce. — iQué cosa más r a r a ! — d i j o el encargado de l a f u n d i c i ó n — . Este corazón de plomo no quiere f u n d i r s e ; habrá que t i r a r l o a 1 a basura . 2.- Establecer por qué los géneros l i t e r a r i o s no se pueden considerar como entidades cerradas e incomunicables entre sí. Y l o a r r o j a r o n al basurero en que yacía l a golondrina muerta. 3.- Enunciar cómo surge la poesía épica y qué expresa. 4.- Determinar en qué se basa toda epopeya, las condiciones que r e q u i e r e , qué esquema s i g u e ; sus d i f e r e n c i a s con el poema é p i c o . Y el ángel l e t r a j o el corazón de plomo y el pájaro mué 5.- E x p l i c a r cómo es el cantar de gesta y por qué se l e llama así. —Has elegido bien — d i j o Dios — , pues en mi j a r d í n del Paraíso esta a v e c i l l a cantará eternamente, y en mi ciudad de oro el Príncipe F e l i z me l o a r á . 6.- Enunciar qué c a r a c t e r i z a a los poemas b u r l e s c o s . 7.- Determinar cómo nace el l i r i s m o , cuáles son los poemas l í r i c o s p r i n c i p a l e s , sus c a r a c t e r í s t i c a s y t i p o s . —Tráeme las dos cosas más preciosas de l a ciudad —di^ j o Dios a uno de sus ángeles. to. — i ü n pordiosero' — h i c i e r o n eco los c o n c e j a l e s . —Y a sus pies hay un pájaro muerto — p r o s i g u i ó el Alcalde — . Será preciso promulgar un bando prohibiendo a los pájaros que vengan a m o r i r a q u í . ler. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD X I I I . LOS GENEROS LITERARIOS. Y el s e c r e t a r i o del Ayuntamiento tomó nota de l a idea. I Mandaron, pues, d e r r i b a r l a estatua del Príncipe F e l i z . —Como ya no es b e l l o , para nada s i r v e — d i j o el sor de e s t é t i c a de l a U n i v e r s i d a d . profe Entonces fundieron l a e s t a t u a , y el Alcalde reunió el Municipio para d e c i d i r qué harían con el metal. —Podemos —propuso— ejemplo. hacer o t r a e s t a t u a . La mía, por —0 l a mía — d i j o cada uno de los c o n c e j a l e s . INTRODUCCION: El e s c r i t o r t i e n e ante sí variadas formas que dar a su i n s p i r a c i ó n , ¿qué d i f e r e n c i a y c a r a c t e r i z a a cada una de e s tas formas?; ¿qué es l o p r i n c i p a l en una obra n a r r a t i v a , en una pieza t e a t r a l o en un poema? En esta unidad daremos, a grandes rasgos, respuesta a es tas preguntas. OBJETIVOS: Y empezaron a d i s p u t a r . La última vez que oí hablar de e l l o s seguían disputando. 1.- E x p l i c a r qué representa cada género l i t e r a r i o y qué o f r e ce. — iQué cosa más r a r a ! — d i j o el encargado de l a f u n d i c i ó n — . Este corazón de plomo no quiere f u n d i r s e ; habrá que t i r a r l o a 1 a basura . 2.- Establecer por qué los géneros l i t e r a r i o s no se pueden considerar como entidades cerradas e incomunicables entre sí. Y l o a r r o j a r o n al basurero en que yacía l a golondrina muerta. 3.- Enunciar cómo surge la poesía épica y qué expresa. 4.- Determinar en qué se basa toda epopeya, las condiciones que r e q u i e r e , qué esquema s i g u e ; sus d i f e r e n c i a s con el poema é p i c o . Y el ángel l e t r a j o el corazón de plomo y el pájaro mué 5.- E x p l i c a r cómo es el cantar de gesta y por qué se l e llama así. —Has elegido bien — d i j o Dios — , pues en mi j a r d í n del Paraíso esta a v e c i l l a cantará eternamente, y en mi ciudad de oro el Príncipe F e l i z me l o a r á . 6.- Enunciar qué c a r a c t e r i z a a los poemas b u r l e s c o s . 7.- Determinar cómo nace el l i r i s m o , cuáles son los poemas l í r i c o s p r i n c i p a l e s , sus c a r a c t e r í s t i c a s y t i p o s . —Tráeme las dos cosas más preciosas de l a ciudad —di^ j o Dios a uno de sus ángeles. to. 8.- 9.- D e f i n i r cómo se l e llama a l a poesía dramática y por qué; mencionar qué forma de expresión emplea; cómo se o r i g i n ó ; cuáles son sus c a r a c t e r í s t i c a s y formas p r i n ci pales. D e f i n i r qué es l o t r á g i c o , e s t a b l e c e r en qué se o r i g i na l a t r a g e d i a ; mencionar quiénes son l o s más grandes trágicos griegos. tes. 2.- Lee los dos poemas, r e f l e x i o n a sobre e l l o s y , por e s c r i t o , describe qué expresa cada uno. 3.- Contesta el c u e s t i o n a r i o que corresponde a este c a p í t u l o , es t u autoevaluación. 1 0 . - Determinar en qué se d i f e r e n c i a l a t r a g e d i a de l a comed i a ; d e f i n i r cómo es l a a l t a comedia. Cumple estas a c t i v i d a d e s de l a mejor manera p o s i b l e , pues son el r e q u i s i t o para poder presentar la evaluación. 1 1 . - Enunciar qué es l a dramática y qué elemento t r á g i c o el i mi na. RITMO DE TRABAJO: 1 2 . - Mencionar qué s i g n i f i c a drama, qué t i p o de obra es y cómo se c l a s i f i c a . ler. día.- Objetivos. 1 3 . - Establecer qué elementos c l á s i c o s se consideran en l a obra t e a t r a l y en qué c o n s i s t e n . Determinar cómo y cuándo se rompen las unidades c l á s i c a s . 2o. d í a . - Actividades 1 y 2. 3er. d í a . - Cuestionario. 1 4 . - E x p l i c a r cómo se d i v i d e el drama. 4o. d í a . - Repaso general. 1 5 . - Mencionar cómo era considerada l a novela, qué c a r a c t e r í s t i c a s t i e n e ; cómo se c l a s i f i c a y en qué c o n s i s t e cada t i p o . PROCEDIMIENTO: Consulta e l m a t e r i a l a d i c i o n a l (capítulo II). ACTIVIDADES: 1.- Lee detenidamente el r e l a t o de Isaac Asimov: "Navidad en Ganimedes" y elabora una s í n t e s i s personal sobre su c o n t e n i d o . Recuerda: no copies párrafos solamente, trat a de comprender en r e a l i d a d y hazlo con tus propias p a l a b r a s . Además ubícalo dentro de los géneros l i t e r a r i o s y señala sus c a r a c t e r í s t i c a s y rasgos sobresalien II LOS GENEROS LITERARIOS. Desde l a antigüedad hasta nuestros d í a s , el concepto de género l i t e r a r i o ha s u f r i d o muchas variaciones h i s t ó r i c a s y sigue siendo uno de los más arduos problemas de la t e o r í a l i teraria. ¿Existen o no los géneros l i t e r a r i o s ? Si e x i s t e n , ¿cómo debe ser concebida su e x i s t e n c i a ? y ¿cuál es su f u n - ción y su valor? La poética de A r i s t ó t e l e s c o n s t i t u y e la primera r e f l e - xión honda sobre la e x i s t e n c i a y la c a r a c t e r i z a c i ó n de los ge ñeros l i t e r a r i o s , y todavía es hoy uno de los t e x t o s fundamen t a l e s sobre esta m a t e r i a . Cada género l i t e r a r i o representa un dominio p a r t i c u l a r de la experiencia humana, ofreciendo una perspectiva deten,tinada sobre el mundo y sobre el hombre. La t r a g e d i a y la come di a, por ejemplo, se ocupan de temas muy divergentes dentro de l a e x i s t e n c i a humana. Por o t r o lado, cada género represen ta al hombre y al mundo a través de una técnica y una e s t i l í s " t i c a * p r o p i a s . Sin embargo, esto no s i g n i f i c a que los g é n e ros deban ser comprendidos como entidades cerradas e incornuni cables e n t r e s í . La r e a l i d a d concreta de l a l i t e r a t u r a c o m prueba que, en la misma obra, pueden c o n f l u i r diversos g é n e ros l i t e r a r i o s , aunque predomine uno de e l l o s . Por l o tanto los elementos que fundamentan el género l i t e r a r i o t i e n e n reía ción d i r e c t a tanto con l a forma i n t e r n a ( v i s i ó n del mundo, to no, f i n a l i d a d ) como con la forma externa ( e s t r u c t u r a y e s t f - lo). El primer choque del hombre con l a naturaleza produce l a poesía é p i c a . El hombre ve; comprueba objetivamente que hay una r e a l i d a d fuera de é l . .Observa esa r e a l i d a d , la admira y le canta, se somete a e l l a . El mundo que l o rodea es más poderoso que su persona; el hombre se s i e n t e pequeño, adora el sol y la l u n a ; cada fenómeno de l a naturaleza es o r i g e n de un prodigio. El mundo se puebla de dioses, semidioses, héroes. Lo m a r a v i l l o s o y eterno predomina en sus observaciones. Además el hombre no t i e n e personalidad s u f i c i e n t e para e m a n c i parse de l o s sentimientos de l a masa. Sentirá como parte de un c o n j u n t o , como voz de una muchedumbre: su obra sera, por c o n s i g u i e n t e , expresión de un pueblo, de una raza. Tales son algunas de l a s c a r a c t e r í s t i c a s que se reúnen en l a epopeya. Por eso toda epopeya t i e n e l o s rasgos a n t e riores (Epopeyas son: La ¿Uada y La odCt>e.a de Homero; La divina comedía de Dante; La znoÁda de V i r g i l i o ; La Awucana de Alonso de E r c i l l a ) . Otros caracteres son: toda epopeya se basa en un i n t e r é s n a c i o n a l , r a d i c a l o u n i v e r s a ! . En e l l a i n t e r v i e n e lo m a r a v i l l o s o ; además requiere c i e r t a s condiciones como las s i g u i e n t e s : unidad de a c c i ó n , a f i n de que no se desvie el tema p r i n c i p a l de l a o b r a ; variedad en l o s episodios, a f i n de no p e r m i t i r que 1 a monotonía se apode re de l a s páginas de l a obra. Los episodios deben ser di ver sos, s i n perder l a unidad; v e r o s i m i l i t u d para que los hechos sean concebibles, dentro de l a atmósfera de l a obra, ésta es una semejanza a l a r e a l i d a d muy r e l a t i v a , l i m i t a d a por l o ma r a v i l l o s o , que es rasgo esencial de l a epopeya; amenidad en el r e l a t o , pues toda obra s i n amenidad pasa automáticamente al o l v i d o . De acuerdo a l a preceptiva l i t e r a r i a el esquema o esque l e t o de una epopeya consta de: invocación, d e s a r r o l l o , episodios y desenlace y debe estar d i v i d i d a en cantos, cada uno de l o s cuales t i e n e su propia unidad. Lo esencial es que e x i s t a un plan y un d e s a r r o l l o bien e s t r u c t u r a d o . El poema épico c o n s t i t u y e una variedad menor dentro del mismo género. Su i n t e r é s es más c i r c u n s c r i t o , más modesto. Lo m a r a v i l l o s o actúa en menor escala. Más apegado a l a h i s t o r i a y con menor imaginación l i t e r a r i a , aunque dando mayor importancia espontánea s lo maravi l i o s o , es el cantar de gesta. Se llama así porque se r e f i e re a l a s tareas cumplidas, hazañas realizadas y , muy a menudo, al nacimiento de un pueblo o nación. En los cantares de gesta se organiza además, el idioma de las nuevas naciones (U' cantal del míe cid es l a gesta de la lengua c a s t e l l a n a ). Los poemas burlescos se parecen a la epopeya en todo, excepto en l a grandiosidad del tema (La maquea de V i l l a v i - c i o s a ; La gatomaquia de Lope de Vega La batiaccmiomaqiUa de Homero). Los poemas d e s c r i p t i v o s , por su acento o b j e t i v o , pertene cen también al género épico. Cuando el hombre, después de pasear su mirada sobre el mundo e x t e r i o r y de comparar todo cuanto ve en é l , establece la r e l a c i ó n entre sí y el mundo circundante, asoma el l i r i s m o , ya que el r e f l e j o del mundo en sí mismo l e da vida. Los poemas l í r i c o s p r i n c i p a l e s son: la oda, la canción, el e p i t a l a mio, la elegía y el himno. La oda, en general, expresa ntusiasmo y , por t a n t o , está íntimamente vinculada a factores o b j e t i v o s . Píndaro com puso odas briosas para cantar a los vencedores de los juegos olímpicos. La oda heroica es v i r i l y b e l i c o s a . Pero l a oda es también f i l o s ó f i c a o moral, cuando exalta v i r t u d e s de esta clase. La oda f e s t i v a o anacreóntica contrasta con l a oda f i l o s ó f i c a . La oda r e l i g i o s a exalta sentimientos de esa índole; es majestuosa y elevada. (Un modelo de e l l a es: "A la a s c e n ción" de Fray Luis de León). La oda c i v i l o c í v i c a es la más usada hcy. (En c a s t e l l a n o es célebre la de Manuel José Quintana: "A la imprenta". En los Estados Unidos, Walt Whitman, maneja como nadie la oda c í v i c a , cantando al t r a b a j o , a la d u s t r i a y aun al amor). La canción es una composición l í r i c a de contenido y f o r ma d i v e r s o s , equivalente por muchos conceptos a l a oda, pero generalmente es breve. Entre los alemanes, la canción toma el nombre de l i e d : composición breve, dulce, melodiosa, erótica . El epitalamio es la canción de los desposorios, el himno de boda. Se c a r a c t e r i z a por la d u l z u r a , elevación, galantería y no muci'.a trascendencia. (Entre los epitalamios mo-- demos v a l d r í a la pena recordar l o s que Ñervo y Chocano e s c r i b i e r o n para l a s bodas del rey Alfonso X I I I de España). La e l e g í a es una composición l í r i c a melancólica en l a que se canta la pérdida de a l g o . E l l a s i r v e para l l o r a r las ausencias y l a muerte. (Es muy conocida a q u e l l a elegía que bajo el nombre de "Coplas a l a muerte de mi padre, el maest r e don Rodrigo", e s c r i b i ó Jorge Manrique en el s i g l o XV). En l a poesía indígena americana abunda el tono e l e g i a c o . El himno o alabanza, de elevado tono, es muy frecuente en l a l i t e r a t u r a r e l i g i o s a , mezcla de elementos épicos y h ricos. El nuevo l i r i s m o se d i s t i n g u e por o t r a s notas y caracter í s t i c a s , pero s e r í a absurdo renunciar a las enseñanzas del pasado: al lanzarse a nuevas c o n q u i s t a s , el pasado es l a - f u e n t e , l a base sobre la que pueden crearse nuevas formas es téticas. Para d i f e r e n c i a r l a epopeya del drama, Goethe y S c h i l l e r d i j e r o n que aquella era "absolutamente pasada" y éste "absolutamente p r e s e n t e . " La poesía dramática es una mezcla inse c a r a b l e de elementos o b j e t i v o s y s u b j e t i v o s ; por eso se le llama género m i x t o . Su forma de expresión p r e d i l e c t a es el diáloqo Aunque la f i c c i ó n dramática aparenta que el poe,a se elimina de l a o b r a , en r e a l i d a d él está t a n t o o más vigen t e que cuando su presencia f í s i c a se hace o s t e n s i b l e . La poesía dramática es contemporánea de l a l í r i c a . Cuando el hombre empezó a r e n d i r c u l t o a l a d i v i n i d a d , usaba el canto c o l e c t i v o , al cual se mezclaron música y danza, de l o que na ce el verso. La danza es un espectáculo c o r e o g r á f i c o , es de c i r el p r i n c i p i o de l a mímica, o sea del t e a t r o y el canto c o l e c t i v o , con la combinación de s o l i s t a s y c o r o s , i n i c i o el d i á l o g o , forma fundamental de Id poesía dramatica. De ahí que en todos los pueblos, la poesía dramática y el t e a t r o aparezcan fundidos con l a l i t u r g i a . La r e l i g i ó n los u t i l i z a oara sus propios f i n e s , por medio del t e a t r o asienta su presencia en la f a n t a s í a y en el corazón de los f i e l e s . La poesía dramática se c a r a c t e r i z a por l a tendencia a ex presar los sentimientos c o l e c t i v o s que l a animan y además por manejar las pasiones de los o t r o s y las suyas p r o p i a s . La poesía dramática t i e n e t r e s formas p r i n c i p a l e s : tragedia, drama y comedia. La primera y l a t e r c e r a son sus maneras elá^ s i c a s , l a segunda es p o s t e r i o r . Lo t r á g i c o es una lucha cont r a l a f a t a l i d a d , " c o n t r a el d e s t i n o " . La t r a g e d i a , o " f e s t i vidad del macho c a b r í o " , t i e n e su o r i g e n en las f i e s t a s a - Baco, en las cuales se s a c r i f i c a b a un macho c a b r í o . Grecia tuvo a los t r e s más grandes t r á g i c o s del pasado: E s q u i l o , Só foeles y E u r í p i d e s . La comedia se d i f e r e n c i a de l a tragedia en que: 1? Sus personajes son hombres c o r r i e n t e s . 2? El medio ambiente es el que encauza y determina las ciones . 3? Posee un acento marcadamente s a t í r i c o . Triunfa la r i s a , mientras que en l a tragedia se tiembla de espanto. Lo sobrenatural maneja a l a t r a g e d i a , ral gobierna a l a comedia. Originalmente la tragedia necesitaban más a l t o calzado ciones, el de l a comedia l o usa más b a j o , que v i v e al ras de la t i e r r a . ac- l o real y l o natul o s personajes de para sus representa tratando de mostrar La a l t a comedia es una forma más cercana al drama, muy p e c u l i a r del t e a t r o contemporáneo en el cual los problemas se solucionan s i n grandes desgarramientos. La dramática t r a t a de coamovernos y es una t r a n s a c c i ó n de l a t r a g e d i a con l a época moderna; elimina el sentido del destino o f a t a l i d a d . Trata de c o p i a r la vida s i n extremismos. En el s i g l o XIX se marca el auge del drama, especialmente en Francia. Drama s i g n i f i c a hecho o ejecutado, o , en ú l t i m a i n s t a n cia se emplea como sinónimo de trama o enredo. Dentro de l o usual se denomina a s í a las obras de t e a t r o en que el autor narra o presenta un hecho real o una trama u t i l i z a n d o a perso^ najes que se valen tanto de la mímica como el diálogo. El drama se subdivide según su c a r á c t e r y su extensión en: entremés o paso, pieza l i g e r a de un solo a c t o , casi - siempre j o c o s a ; s a i n e t e , también j o c o s o , con ánimo s a t í r i c o o caricaturesco. El auto pertenece al t e a t r o antiguo y versa sobre tópicos r e l i g i o s o s , con tendencia a l e g ó r i c a . La loa es una especie de f r a s e a l e g ó r i c a encaminada a f e s t e j a r a un personaje determinado. Dentro del t e a t r o musical encontraremos: la ópera o drama m u s i c a l , la opereta de c o r t e v i e n é s , que bordea g e n e ralmente un tema de amor, de tono o p t i m i s t a y casi siempre sentimental y picaresco y por ú l t i m o l a zarzuela. do y personalísimo. Muchas veces se pensó que por novela se entendía "una epopeya en prosa". Tal vez eso pudo parecer en determinado i n s t a n t e de l a novela caballeresca o r e a l i s t a , pero, hoy en d í a , ño. La novela es el género que más c a n t i dad de elementos p s i c o l ó g i c o s ha absorbido y que ha d e f i n i d o en forma más d i f e r e n t e su impulso v i t a l , resumiendo el carácter o b j e t i v o y s u b j e t i v o de l a v i d a , y , además, dentro de l o s u b j e t i v o , los elementos conscientes y subconscientes. Existen v a r i a s c l a s i f i c a c i o n e s de l a novela, conforme sean los temas o el ambiente en que se d e s a r r o l l e n : 1) La novela h i s t ó r i c a versa sobre argumentos o temas r e a l e s , sucedidos en el pasado con respecto a l a época en que'se e s c r i b a . Una modalidad de la novela h i s t ó r i c a es la t r a d i c i ó n o r e l a t o de sucesos t r a n s m i t i d o s de.boca en boca, con base documental o s i n e l l a . La a u t é n t i c a t r a d i c i ó n debería ser t r a n s m i s i ó n oral de lejanos a c o n t e c i mientos i n t e r e s a n t e s y p i n t o r e s c o s . Se d i f e r e n c i a de l a leyenda, en que ésta admite elementos f a n t á s t i c o s . 2). La novela p a s t o r i l o b u c ó l i c a , no está de moda, porque v t d a , p a s t o r i l , o de égloga está dejandp de e x i s t i r an' t e Ta concentración urbana y la t e c ñ i f i c a c i ó n del t r a b a jo rural . 3) La novela picaresca se r e f i e r e a la vida pintoresca de truhanes, hampones, tahúres, vagabundos; en una palabra: picaros. unidad de acción se mantiene aún; según e l l a , la pie za t e a t r a l debe constar de e x p o s i c i ó n , nudo y desenlace, pero en el t e a t r o moderno el desenlace queda l i b r a d o a la fant a s í a del espectador, l i m i t á n d o s e el autor a d e j a r planteado el problema e insinuada la s o l u c i ó n . 4) La novela e r ó t i c a comprende las novelas de tema sentimen t a l , cuya i n i c i a c i ó n plena corresponde a l romanticismo. 5) 1_a novela r e l i g i o s a es muy rente a la r e l i g i ó n . La novela era considerada como r a m i f i c a c i ó n de la epopeya, dado el c a r á c t e r o b j e t i v o que se l e a t r i b u í a . Pero en la a c t u a l i d a d , t a l d e f i n i c i ó n s e r í a absurda; se han mezclado ya en la novela tantos elementos s u b j e t i v o s ( l í r i c o s ) y d r a máticos que, l e j o s de c o n v e r t i r l a en un género m i x t o , le han impreso una personalidad d i s t i n t a , un acento p r o p i o , profun- 6) La novela costumbrista se ocupa de temas locales y puede d i v i d i r s e en dos: las que abordan las costumbres y las que p i n t a n el escenario. En la obra t e a t r a l se consideran t r e s elementos c l á s i cos: unidad de tiempo, unidad de l u g a r y unidad de a c c i ó n . El drama se d i v i d e pn actos o j o r n a d a s ; el acto en escenas. Cada vez que entra un nuevo personaje o sale alguno de los que están en el escenario, se t i e n e una nueva escena. La unidad de tiempo fue a l t e r a d a desde el s i g l o XV111. A p a r t i r de ese s i g l o los dramas se r e a l i z a b a n en días d i f e r e n t e s , y hoy, en años d i s t i n t o s . Entre un acto y o t r o pue den haber t r a n s c u r r i d o años, antiguamente sólo unas cuantas horas. (En 24 horas debía s u c e d e r toda la a c c i ó n ) . La unidad de lugar ha sido r o t a hace tiempo, el cine ha acabado por a n i q u i l a r l a t o t a l m e n t e . La r i c a y abarca todo l o refe- La novela p s i c o l ó g i c a describe sobre todo los c o n f l i c tos e s p i r i t u a l e s , es d e c i r , p s i c o l ó g i c o s . Se preocupa por el mundo i n t e r n o . Se llama novela f a n t á s t i c a a l a que t r a t a sobre temas irreales. Es conveniente recordar que toda novela enc i e r r a elementos imaginativos o f a n t á s t i c o s , pero los t i e n e n en mayor o menor medida. La novela f o l l e t i n e s c a o s u b l i t e r a r i a es un género con muchos l e c t o r e s y escaso mérito l i t e r a r i o . CUESTIONARIO. 1.- ¿Los géneros l i t e r a r i o s son entidades cerradas? 2.- ¿Cómo surge l a poesía épica y qué expresa? 3.- ¿En qué se basa toda epopeya? 4.- ¿Qué condiciones r e q u i e r e l a epopeya? 5.- De acuerdo con la p r e c e p t i v a , ¿qué esquema sigue la epope ya? 6.- ¿Qué d i f e r e n c i a s hay e n t r e la epopeya y el poema épico? 7.- ¿Cómo es e l cantar de gesta y por qué se l e llama así? 8.- ¿Qué c a r a c t e r i z a a los poemas burlescos? 9.- ¿Cómo nace el lirismo? 10.- ¿Cuáles son los poemas l í r i c o s principales? 11.- ¿Qué expresa l a oda? 12.- ¿Qué t i p o s de odas hay y qué t r a t a n ? 13.- ¿Cómo es la canción? 14.- ¿Qué es l a elegía? 15.- ¿Qué es e l epitalamio? 16.- ¿Qué es el himno? 17.- ¿Cómo se l e llama a l a poesía dramática y por qué? 18.- ¿Qué forma de expresión emplea l a poesía dramática? 19.- ¿Cómo se o r i g i n ó la poesía dramática? 2 0 . - ¿Cuáles son sus c a r a c t e r í s t i c a s ? 2 1 . - ¿Cuáles son sus formas p r i n c i p a l e s ? 2 2 . - ¿Qué es l o t r á g i c o ? 2 3 - ¿En qué se o r i g i n a l a tragedia? 24.- ¿Quiénes son los más grandes t r á g i c o s griegos? 2 5 . - ¿En qué se d i f e r e n c i a la tragedia de la comedia? 26.- ¿Cómo es l a a l t a comedia? 2 7 . - ¿Qué es l a dramática, qué elemento t r á g i c o elimina? 28.- ¿Qué s i g n i f i c a drama y qué t i p o de obra es? "NAVIDAD EN GANIMEDFS." 2 9 . - ¿Cómo se c l a s i f i c a el drama? 30.- ¿Qué elementos c l á s i c o s se consideran en la obra y en qué consisten? teatral 3 1 . - ¿Cuándo y cómo se rompen^as. un idaífe s e l ásicas?" . 3 2 . - ¿Cómo era considerada l a novela antiguamente? 33.- ¿Cómo es la novela ahora? 3 4 . - ¿Cómo se c l a s i f i c a la novela y qué c a r a c t e r í s t i c a s ne cada una? tieIsaac Asimov 01af Johnson canturreaba e n t r e dientes mientras sus ojos azules observaban soñadores el impresionante abeto s i tuado en un r i n c ó n de la b i b l i o t e c a . Aunque ésta era la estancia más amplia de la Base, a Olaf no l e parecía demasiado espaciosa en aquella ocasión. Se i n c l i n ó con entusiasmo sobre la enorme canasta que tenía a su lado y e x t r a j o el p r i mer r o l l o de papel verde y r o j o . No se detuvo a r e f l e x i o n a r sobre el repentino impulso sentimental que se había apoderado de la Productos Ganimedinos, S. A . , para enviar a la Base una colección completa de adornos navideños. Olaf se hallaba bien preparado para d e sempeñar el t r a b a j o que se había impuesto como decorador en j e f e de los temas navideños; este cargo l e colmaba de s a t i s facción. De repente f r u n c i ó el e n t r e c e j o y masculló una m a l d i - ción. La lámpara que convocaba Asamblea General empezó a lanzar d e s t e l l o s h i s t é r i c a m e n t e . Con expresión c o n t r a r i a d a dejó a un lado el m a r t i l l o , que ya había levantado, así como el r o l l o de papel; se arrancó unas cuantas l e n t e j u e l a s del cabello y se d i r i g i ó al departamento de los o f i c i a l e s . El comandante Scott Pelham estaba a r r e l l a n a d o en el s i l l ó n p r e s i d e n c i a l cuando entró O l a f . Sus dedos rechonchos tamborileaban s i n r i t m o sobre el c r i s t a l que cubría la parte superior de la mesa. Olaf sostuvo s i n temor la mirada c o l é rica del comandante, ya que en su departamento no había ocur r i d o ninguna anomalía en v e i n t e c i r c u n v o l u c i o n e s ganimedi — ñas. Un grupo de hombres l l e n ó con presteza el aposento y la mirada de Pelham se endureció mientras los contaba uno a uno inquisitivamente. —Ya estamos todos aquí —exclamó—. enfrentamos con una c r i s i s . ¡Muchachos! Nos Se p e r c i b i ó un vpgo .movimiento. Los ojos de Olaf mira ron al techo y se s r h U ó ' a l i v i a d o . Por término medio, en cada c i r c u n v o l u c i ó n M n p / l e t a se o r i g i n a b a una c r i s i s , , e n l a Base. Generalmente S u r g í a al producirse un alza repentina en el cupo de o x i t a , o bien cuando era i n f e r i o r la c a l i d a d del ú l t i m o l o t e de hojas de karen. Sin embargo, las p a l a bras s i g u i e n t e s l e dejaron s i n a l i e n t o . —En r e l a c i ó n con l a c r i s i s tengo que hacer una pregun ta. La voz de Pelham tenía un profundo timbre de b a r í t o n o , salpicado de e s t r i d e n c i a s , cuando estaba c o l é r i c o . —¿Qué cochino y estúpido perturbador ha contado histo r i a s de hadas a esos r e v o l t o s o s astruces? Olaf carraspeó n e r v i o s o , con l o que se c o n v i r t i ó en el c e n t r o de l a atención g e n e r a l . Le oscilaba l a nuez presa de r e p e n t i n a alarma, se l e arruqó l a f r e n t e como c a r t S » moj a d o ; temblaba. ' — Y o . . . y o . . . —tartamudeó. Hubo un momentáneo s i l e n cio. Sus largos dedos hacían desatinados ademanes suplican t e s — . S í . . . q u i e r o d e c i r que estuve a l l í después que las ú l t i m a s entregas de hojas de k a r e n . . . , ya que los astruces se movían con l e n t i t u d y . . . La voz de Pelham a d q u i r i ó un tono de f a l s a d u l z u r a . Sonrió. ¿SÍ? ¿Habl c ° c o n e l l o s ? Vaya, vaya, les habló de San N i c o l á s . Viene en un t r i n e o volando por los a i r e s con un t i r o de ocho renos, ¿eh? — S í , en e f e c t o . mente O l a f . ¿No es verdad? — i n q u i r i ó inadecuada- — Y d i b u j ó los renos para demostrar que no se trataba de un e r r o r . Y que él t i e n e una gran barba blanca y sus r o pas son encarnadas con cenefas a l b i n a s . — S í , señor, t i e n e razón —contostó Olaf estupefacto. —Y l l e v a un gran saco atestado de regalos para Tos ñ i ños buenos, los deja caer por la chimenea y los pone dentro de los c a l c e t i n e s y medias. — Exacto. —También les d i j o que está a punto de l l e g a r . cunvolución más y vendrá a v i s i t a r n o s . Una c i r Olaf Sonrió' débi 1 mente. ^ — S í , mi comandante. el árbol y . . . Quería d e c í r s e l o ; estoy montando * — ¡Cállese! —el comandante respiraba agitado y s i b i l a n t e — , ¿sabe l o que se han imaginado esos astruces? —No, mi comandante. Pelham i n c l i n ó el torso sobre la mesa en d i r e c c i ó n a Olaf y g r i t ó : —¿Les habló a los n a t i v o s de Santa Claus, Olaf? La sonrisa parecía i n s ó l i t a al igual que la mirada lobuna que lanzaba de r e o j o y Olaf quedó anonadado. Asintió convulsivamente. —Quieren que Santa Claus los v i s i t e . Se oyeron algunas r i s a s que al punto se c o n v i r t i e r o n en toses ahogadas ante la encolerizada mirada del comandante. —Y s i Santa Claus no los v i s i t a dejarán de t r a b a j a r —repitió—. Se producirá una huelga. — S í , desde luego que lo tengo. — E s t i r ó las piernas y se recostó en el s - i l l ó n . Después de estas palabras ya no se o y e r o n ^ r i s a s , ni to ses contenidas, ni nada por el e s t i l o . Si había cruzado o t r o pensamiento por las mentes del grupo, éste no l l e g ó a m a n i f e s t a r s e . Olaf expresó l a idea que estaba en el ánimo de todos: Un repentino sudor f r í o se apoderó de Olaf Johnson al n o t a r , cual dedo acusador, las miradas f i j a s de todos los presentes. —Cuánto l o s i e n t o , mi comandante —murmuró con voz aho gada. —¿Y cómo va la cuota? Pero el dedo acusador permanecía i n m ó v i l . —¿Qué cómo va l a cuota? —gruñó Pelham—. ¿Tengo que d i b u j a r l e s un g r á f i c o ? Productos ganimedianos t i e n e que ob tener cien toneladas de w o l f r a m i t a , ochenta toneladas de ho jas de karen y cincuenta toneladas de o x i t a por año, o de l o c o n t r a r i o perderá la concesión. Supongo que ninguno de ustedes l o i g n o r a . Se da l a c i r c u n s t a n c i a que el año terrrn nará dentro de dos c i r c u n v o l u c i o n e s ganimedinas y l a produc ción s u f r e un d é f i c i t del cinco por c i e n t o con a r r e g l o al plan e s t a b l e c i d o . ' Se produjo un s i l e n c i o s e p u l c r a l . Pelham p r o s i g u i ó : —Y los n a t i v o s no t r a b a j a r á n s i no viene Santa Claus. No habrá t r a b a j o , ni c u o t a , ni concesión, ni empleos. Cuan do l a Compañía pierda sus derechos, perderemos los empleos mejor pagados de la o r g a n i z a c i ó n . Adiós muchachos... buena s u e r t e . . . a menos.. Hizo una pausa y mirando f i j a m e n t e a Olaf añadió: —A menos que antes de terminar la próxima c i r c u n v o l u ción tendamos un t r i n e o v o l a d o r , ocho renos y un Santa Clau Y por las manchas cósmicas de los a n i l l o s de Saturno, l o conseguiremos; especialmente un Santa Claus. Diez r o s t r o s p a l i d e c i e r o n mortalmente. —¿Tiene algún p l a n , mi comandante? —nraznó a l q u i e n con voz trémula. Pelham penetró con paso f i r m e en la a n t e s a l a . Se despo j ó de l a careta de oxígeno y de los f r í o s c i l i n d r o s conectados a e l l a . A r r o j ó a un l a d o , una t r a s o t r a , gruesas p r e n das de lana y , al f i n , con un suspiro de preocupación, se q u i t ó a t i r o n e s un par de botas espaciales que le lieciaban hasta las r o d i l l a s . Sim Pierce i n t e r r u m p i ó el cuidadoso examen de la ú l t i m a p a r t i d a de hojas de karen y lanzó desde detrás de sus lentes una mirada esperanzadora. —¿Qué hay? —preguntó. Pelham se encogió de hombros. —Les prometí la v i s i t a de Santa Claus. ¿Qué podía h a cer? También les he doblado l a ración de azúcar y de momento están trabajando. Pierce a g i t ó una enorme hoja de karen con c i e r t o s i s , mientras decía: énfa- —¿Quiere d e c i r hasta el día en que deba aparecer el prometido San Nicolás? En mi vida he oído cosa más t o n t a . No se podrá l l e v a r a cabo. No habrá Santa Claus. —Diga eso a los astruces —Pelham se hundió en una bu taca y sus rasgos a d q u i r i e r o n una expresión p é t r e a — . ¿Qué hace Benson? —¿Cree que podrá equipar esos dichosos t r i n e o s ? —Pierce examinó una hoja al t r a s l u z con a i r e c r í t i c o — . Mi o p i n i ó n es que está c h i f l a d o . El v i e j o aguilucho ha^des cendido al sótano esta mañana y desde entonces está a l l í . Lo único que sé es que ha desmontado el d i s o c i a d o r e l é c t r i co. Si sucede algo anormal, nos quedaremos s i n oxígeno. _ B i e n . —Pelham se incorporó con d i f i c u l t a d — . ^Por mi parte o j a l á nos a s f i x i e m o s . Sería l a manera más f á c i l de s a l i r de este a t o l l a d e r o . Me voy abajo. El comandante se mordió el l a b i o i n f e r i o r En el sótano miró a su alrededor a t u r d i d o . Diseminadas por todos los s i t i o s b r i l l a b a n numerosas piezas de acero cromado. Pasó un buen r a t o tratando de reconocer las partes que el día a n t e r i o r c o n s t i t u í a n una compacta maquina r i a , un e l e c t r o - d i s o c i a d o r perfectamente montado. En el ^ c e n t r o , en c o n t r a s t e anacrónico, había un p o l v o r i e n t o t r i neo de madera, con palas encarnadas y d e s l u c i d a s . Se oían m a r t i l l a z o s procedentes de su i n t e r i o r . — ¡Eh, Benson! — g r i t ó Pelham. Un r o s t r o tiznado y sudoroso se asomó bajo el t r i n e o y un chorro de tabaco s a l i ó disparado hacia la inseparable es_ cupidera del i n g e n i e r o . — ¿Qué d i a b l o s es este f a n t á s t i c o artificio? dubitativo. — ¿Y funcionará? S a l i ó presuroso y cerró la puerta de golpe. —¿Cómo g r i t a de esta manera? —se quejó Benson—. toy haciendo un t r a b a j o d e l i c a d o . —Un t r i n e o v o l a n t e . Una idea mía —el fuego del entusiasmo b r i l l ó en los húmedos ojos de Benson y mientras habla ba l e surgía por la comisura de los labios la espuma del t a baco—. El t r i n e o lo t r a j e r o n aquí en los v i e i o s tiempos, cuando se c r e í a que Ganimedes estaba c u b i e r t o de nieve como otros s a t é l i t e s de J ú p i t e r . Todo cuanto tengo que hacer es adaptar en el fondo unos cuantos gravo-repulsores del d i s o c i a d o r , con lo cual el t r i n e o se hará a n t i g r a v i t o r i o al c o nectar la c o r r i e n t e . Los compresores harán el resto Es —Por supuesto. Mucha gente ha pensado a p l i c a r los r e pulsores a los v i a j e s aéreos, pero r e s u l t a n i n e f i c a c e s en los campos de gran g r a v i t a c i ó n . En ganimedes, con un t e r c i o de g r a v i t a c i ó n y una presión atmosférica muy l e v e , un c h i q u i l i o podría m a n e j a r l o , i n c l u s o Johnson, aunque no lamentaría si cayera y se rompiera su m a l d i t o c u e l l o —Muy b i e n , m i r e . Tenemos grandes cantidades de esa ma dera purpúrea aborigen. Póngase en contacto con Tim y dígale que coloque el t r i n e o en una plataforma construida con es te m a t e r i a l . Tiene que medir unos seis metros de largo con una baranda alrededor de la parte que sobresalga. Benson escupió y f r u n c i ó el ceño bajo los espesos cabel l o s que le llegaban hasta los o j o s . — ¿Cuál es su idea, comandante? —inquirió. Inmediatamente se dejaron o í r las r i s o t a d a s del Pelham como ásperos l a d r i d o s . —Esos astruces esperan ver los renos y los verán. Estos animales tendrán que i r montados en a l g o , ¿no es eso? — C i e r t o . . . pero en Ganimedes no hay renos. rar aquella extraña f i g u r a con ojos lánguidos y reprobato- r i o s y v o l v i e r o n a ronzar su provechosa pitanza. El comandante Pelham, que ya se marchaba, se detuvo un momento. Contrajo los párpados con desagrado como hacía siempre que pensaba en Olaf Johnson. —Olaf ha s a l i d o a cazar ocho zambúes. Tienen cuatro patas, cabeza en un extremo y cola en el o t r o . Esto es suf i c i e n t e para los a s t r u c e s . El v i e j o ingeniero rumió este informe y r i ó tes de mal a gana. ?ntre dieji Las nociones de Olaf respecto a la caza mayor eran i n completas. Rebuscó en los b o l s i l l o s un t e r r ó n de azúcar y cortándolo exclamó: —Pss... Pss... m i c h i t o . . . pss... pss... michito... Las o r e j a s del zambú más próximo se c r i s p a r o n con desagrado. Olaf se acercó más con el t e r r ó n de azúcar en a l t o : —Ven a q u í , c u r r i t o , ven aq,uí... —Bien, me agrada la tonta d i s t r a c c i ó n de su t r a b a j o . —A mí también — g r i t ó Pelham. Se a l e j ó majestuosamente mientras Benson, mirándolo de r e o j o , desaparecía bajo el t r i n e o . El zambú v i o la g o l o s i n a y puso los ojos en blanco. Mo vió el hocico arrojando el ú l t i m o bocado de vegetación y avanzó olfateando con el c u e l l o e s t i r a d o . Después qolpeó la palma extendida con un rápido y experto movimiento, llevando se el t e r r ó n a la boca. La o t r a mano de Olaf bajó r á p i d a , pero se encontró con el v a c í o . Con expresión desengañada sacó o t r a pieza del La d e s c r i p c i ó n que había hecho el comandante de un zam bú era concisa y exacta, pero o m i t i ó d e t a l l e s i n t e r e s a n t e s . Por una p a r t e , el zambú t i e n e una cola l a r g a , un hocico f i e x i b l e , dos o r e j a s que ondean elegantemente de atrás hacia adelante. Tiene dos ojos purpúreos y emotivos.. Los machos están dotados de espinas de c o l o r carmesí, plegables a v o l u n t a d , que se extienden a lo l a r g o de la columna v e r t e b r a l y al parecer este ornamento es muy apreciado por las hem- bras de esta especie. Todo e s t o , combinado con una cola cu b i e r t a de escamas y un cerebro nada mediocre tendrán ustedes un zambú, o al menos l o t i e n e n s i logran c a p t u r a r l o . Precisamente, éste era el pensamiento que se l e o c u r r i ó a Olaf Johnson, al descender con cautela por una eminencia rocosa aproximándose a un rebaño de v e i n t i c i n c o zambúes que p a s t a ban e n t r e los desperdigados matorrales de una zona arenosa. Los ejemplares más próximos observaban cómo se acercaba Olaf, quien o f r e c í a un grotesco aspecto enfundado en p i e l e s y con la careta de oxígeno conectada a la n a r i z . Como sea que los zambúes carecen de enemigos naturales se contentaban con mi- —Ven a q u í , p r í n c i p e . bolsillo: Acércate F i d o . . . El zambú e m i t i ó un gruñido tremolante en las profundida des de su garganta. Era una manifestación placentera Evidentemente aquél extraño monstruo que tenía ante él , después de haberse v u e l t o l o c o , se proponía a l i m e n t a r l o para siempre con aquellos bocados concentrados y suculentos. Se lo a r r e bató de nuevo y r e t r o c e d i ó con la misma rapidez que la vez a n t e r i o r . Pero en esta ocasión Olaf l o sujetaba con f i r m e z a , pero el zambú también l e había cazado medio dedo. El a l a r i d o que d i o Olaf denotaba que éste carecía en c i e r t o modo de la i m p a s i b i l i d a d necesaria requerida en t a l e s circunstancias. Sin embargo, un mordisco que hace daño a través de espesos guantes, por supuesto, no deja de ser un mordisco. Se abalanzó osadamente sobre el animal. Había,ciertas cosas que a l t e r a b a n la sangre de Johnson y el antiguo espír i t u de los v i k i n g o s resurgía en é l . Precisamente una de estas cosas era el que a l g u i e n o algo le. mordiera up&dedo, y mucho más s i este a l g u i e n o algo era un ser extra t e r r e s tre. ' '' ' -orrsr>f:>xe o f c b n y i O D i Los ojos, del zambú observaban indecisos mientras r e t r o cedía. Ya no le o f r e c í a n n o s terrones blancos y no sabía con seguridad l o que sucedería .a continuación.: La i n c e r t i dumbre se desvaneció con rapidez inesperada cuando dos m a nos enguantadas se apoderaron de sus orejas y empezaron a zarandearlas. Lanzó un agudo gruñido y arremetió b r i o s o . Los zambúes están dotados de c i e r t a dignidad Les desagrada que les. t i r e n de las o r e j a s , p a r t i c u l a r m e n t e cuando o t r o s zambúes, incluyendo algunas hembras, forman un corro, y; nHra'ri expectantes . ,,, , • - . • • m j no J ¿bfbfv^v• r t'l t e r r í c o l a cayó de escaldas y durante un r a t o estuvo-: en esta p o s i c i ó n . Mientras tanto el zambú se a l e j ó unos cuantos pasos y caba 11 erosamente p e r m i t i ó que Jonson se pus i e r a en p i e . rtKO ftT¡;v,9 í& - q n n f i a J,Tupe n&V— ; La v i e j a sangre de los v i k i n g o s alcanzó un qrado mas al to de efervescencia en Olaf ^e restregó, la parte d o l o r i d a v s a l t ó , olvidándose de las leyes de gravi-taci Ón gariimedinas Se desplazó por el a i r e a un metro de a l t u r a sobre la espalda del zambú. ., • Asomó el miedo en los ojos del animal al observar a O l a f . El s a l t o había sido imponente, pero al mismo tiempo, también se notaba en sus órganos v i s u a l e s c i e r t a confusión. Parecía que aquella maniobra carecía de p r o p ó s i t o . Olaf v o l v i ó " a caer de espaldas sobre los c i l i n d r o s al igual que la vez a n t e r i o r . Empezaba a s e n t i r s e desconcertado. 1 - Les sonidos «¡ue emi f í a n l o s espectadores denotaban palpa b'leme;i1te sir condición de r í s i tas burlonas. — R i s i t a s , ¿eh? —masculló amargado—; todavía no ha em pezado l a lucha. Se acercó al animal l e n t a y cautelosamente. Dio un r o deo, examinando el punto más conveniente pare lanzar el a t a que. El zambú hizo l o mismo. Olaf simuló un f a l s o ataque. Su oponente se agachó. A continuación este ú l t i m o se v o ! v i 6 de espaldas y Olaf se agachó a su vez. El seco y agresivo ronquido que s a l í a de l e garganta del zambú no parecía e s t a r en consonancia con el e s p í r i t u f r a t e r n a l que generalmente r e i n a durante la época navideña y esta a c t i t u d i r r e v e r e n t e l e recordaba a Olaf algo así C O T O un s a c r i l e g i o . De pronto se oyó un s i l b i d o . Olaf s i n t i ó un repentino c a l o r en la cabeza detrás de la o r e j a i z q u i e r d a . Esta vez dio una v u e l t a en el a i r e y cayó de nuca. Los a s i s t e n t e s s i espectáculo prorrumpieron en un clamor que parecía un r e l i n cho de s a t i s f a c c i ó n y el zambú movió la cola t r i u n f a l m e n t e . Olaf se sobrepuso a la impresión de e s t a r f l o t a n d o en un espacio i n f i n i t o tachonado de e s t r e l l a s y se incorporó va cilante. ~ — i P r o t e s t o ! —exclamó—. go s u c i o . El ataque con l a cola es j u e ~ S a l t ó hacia atrás esquivando o t r o coletazo y acto seguí do se lanzó hacia l a p a r t e i n f e r i o r del animal y"t atrapándol e las patas, con f u e r z a , l e o b l i g ó a dar con e l espinazo en el suelo. El zambG lanzó un gañido de i n d i g n a c i ó n . Ahora la lucha había entrado en una fase en la que los músculos t e r r í c o l a s y ganimedinos jugaban un papel d e c i s i v o . Olaf se manifestó como un hombre de fuerza b r u t a . Luch5 con denuedo y por ú l t i m o se l o cargó a l a espalda y e l anima] se s i n t i ó zarandeado e impotente. Respondió v o c i f e r a n t e y t r a t ó de demostrar sus o b j e c i o nes con un coletazo bien a d m i n i s t r a d o . Pero estaba s i t u a d o con desventaja y l a cola pasó silbando i n o f e n s i v a sobre l a cabeza de O l a f . Los o t r o s zambúes dejaron paso l i b r e al vencedor con t r i s t e expresión en sus semblantes. Evidentemente eran muy buenos amigos del animal capturado y les era desagradable en extremo que hubiera perdido el combate. V o l v i e r o n a su quehacer gastronómico con r e s i g n a c i ó n f i l o s ó f i c a , completamente convencidos que todo era obra del d e s t i n o . Al o t r o lado de l a prominencia rocosa, Olaf había habi^ l i t a d o una cueva. Se d e s a r r o l l o una breve y confusa lucha antes que Olaf l o g r a r a hacer e n t r a r en razón al zambu Una cuerda anudada concienzudamente fue e l a u x i l i a r mas e f i c a z para mantenerlo q u i e t o . Pocas horas después cuando ya tenía en su poder los ocho zambúes, poseía una t é c n i c a depurada que solo se ad- q u i e r e t r a s larga e x p e r i e n c i a . Podía haber dado a los cou)boM v a l i o s o s consejos sobre l a forma de d e r r i b a r cuadrúpedos r e c a l c i t r a n t e s . También podía haber dado unas cuantas lecciones a los estibadores t e r r í c o l a s , sobre tacos y j u r a mentos simples y compuestos. Era el día de Nochebuena y en l a Base ganimedina r e i n a ba un r u i d o ensordecedor y un confuso acaloramiento, como si se hubiera puesto en marcha un nuevo ingenio para r e g i s t r a r toda c l a s e de sonidos. Alrededor del v i e j o t r i n e o situado^ sobre una enorme plataforma de madera purpúrea, cinco t e r r í colas l i b r a b a n una verdadera b a t a l l a con un zambú. El zambú posee opiniones concretas en r e l a c i ó n con m u chas cosas y uno de sus más tenaces p r i n c i p i o s es que no va adonde no quiere i r . Esto l o demostraba palpablemente sacudiendo la cabeza, l a c o l a , las cuatro patas, las t r e s e s p i nas, en todas las d i r e c c i o n e s y con todas sus f u e r z a s . Pero los t e r r í c o l a s i n s i s t i e r o n y no con gran d e l i c a d e za. A pesar de sus angustiosos a l a r i d o s el animal, fue e l e vado hasta l a p l a t a f o r m a , colocado en el lugar correspondíeji te y enjaezado s i n remedio ni esperanza. —Muy bien — g r i t ó Peter Benson—. Traigan l a botella. Sujetando el hocico con una mano, Benson a g i t ó la botel l a con l a o t r a . El zambú temblaba de ansiedad y e m i t i ó tem blorosos gañidos. Benson i n t r o d u j o el l í q u i d o en l a garganta del animal. Se oyó un gorgoteo y después un gruñido comprensivo. El animal e s t i r ó el c u e l l o en demanda de o t r o tra^ 90. —Nuestro mejor coñac — s u s p i r ó Benson. Hubiera terminado la b o t e l l a , pero la dejó cuando e s t a ba por la m i t a d . Los ojos del zambú g i r a r o n rápidamente en sus cuencas; parecía como s i i n t e n t a r a bromear. Sin embargo, esta a c t i t u d no duró mucho tiempo, pues el metabolismo g a n i medino queda afectado por el alcohol casi de inmediato. Los músculos se l e c o n t r a j e r o n con la r i g i d e z propia de l a borra chera e hipando sonoramente se desplomó. —Traer al s i g u i e n t e —exclamó Benson. Al cabo de una hora los ocho zambúes no eran más que es^ tatúas c a t a l é p t i c a s . Les l i g a r o n a sus cabezas palas en horq u i l l a a guisa de a s t a s . Producían un e f e c t o tosco e inexa£ t o , pero apto para el f i n deseado. En el p r e c i s o momento en que Benson a b r í a la boca para preguntar dónde estaba Olaf Johnson, el benemérito personaje apareció e n t r e los brazos de t r e s camaradas y fue conducido a l a plataforma tan envarado como c u a l q u i e r zambCi después de la lucha. No o b s t a n t e , a r t i c u l ó sus objeciones con l a mayor claridad. —Yo no voy a ninguna p a r t e con este atuendo. ¿Me oye...? — ¡Váyase a l i n f i e r n o ! — r u g i ó Olaf entrecortadamente—. No q u i e r o e n t r a r en un a r t e f a c t o patentado para un s u i c i d i o inmediato. Se puede l l e v a r a su sanguinario t r i n e o volante y... En r e a l i d a d había motivos para q u e j a r s e . Olaf nunca habla sido a t r a c t i v o , n i en sus mejores momentos, pero su c o n d i c i ó n actual era una mescolanza e n t r e una p e s a d i l l a de zambúes y una concepción p a t r i a r c a l de Picasso. — ¡Oiga! — i n t e r r u m p i ó Benson—, El comandante Pelham le está esperando al o t r o lado. Lo d e s p e l l e j a r á vivo s i no está a l l í dentro de media hora. Llevaba los atavíos t r a d i c i o n a l e s de Santa Claus. Estos eran encarnados, t a n t o como podía p e r m i t i r e l papel de seda cosido a su capa e s p a c i a l . El "armiño" era tan blanco como el algodón en rama, precisamente esto es l o que e r a . Su barba ondeaba l i b r e m e n t e , hecha de más algodón en rama, enganchada a un l i e n z o que l e llegaba de o r e j a a o r e j a . Con tales aditamentos debajo y la n a r i z de oxígeno encima hasta la persona de ánimo más tempiado hubiera rehuido su mirada. A Claf no l e habían mostrado un espejo para m i r a r s e , pero l o que podía ver de él mismo y l o que su i n s t i n t o le d e c í a , l e postraba en t a l estado que la caída de un rayo f u l m i n a n t e l e hubiera saludado con a l i v i o . Entre g r i t o s y espasmos fue izado al t r i n e o . Intervin i e r o n o t r o s , ayudando vigorosamente hasta que de O l a f , no quedó más que una masa r e t o r c i d a de l a que s a l í a n voces aho gadas. — Dejadme -^mascullaba—, dejadme —y atacaba uno a uno. Hizo un pequeño amago para demostrar su osadía, pero cayeron sobre él numerosas manos que l o atenazaron, impidienj dolé mover un dedo. —El comandante Pelham puede e n t r a r en el t r i n e o a mi lado y . . . —Piense en su empleo. Piense en sus c i e n t o cincuenta dólares semanales. Piense en H i l d a a l l á en la T i e r r a que no se casará con usted s i pierde el empleo. Piense en todo esto. Johnson pensó en a q u e l l o confusamente; pensó algunas co sas más y penetró en el t r i n e o . Aseguró el saco con correas y puso en marcha el g r a v o - r e p u l s o r . Abrió el propulsor a chorro lanzando una h o r r i b l e m a l d i c i ó n . El t r i n e o arrancó impetuoso y Olaf s a l i ó despedido h a cia a t r á s por encima del a r t i l u g i o , por verdadero m i l a g r o . Se a f e r r ó a los pasadores y ob^prvó como las c o l i n a s circundantes subían y bajaban según los picados y r i z o s del inseguro t r i n e o . Sopló el v i e n t o y las ondulaciones se h i c i e r o n más sens i b l e s . Cuando J ú p i t e r a p a r e c i ó , su luz a m a r i l l e n t a iluminó todos los picos y abismos del accidentado t e r r e n o hacia cada uno de los cuales parecía d i r i g i r s e e l t r i n e o . Y cuando el gigantesco planeta se había a l e j a d o por completo de l a l í n e a del h o r i z o n t e , l a m a l d i c i ó n de la bebida, que sale de los or ganismos ganimedinos, con l a misma rapidez que e n t r a , comenzó a a l e j a r s e de los zambúes. •—iEntre! —ordenó Benson. 1020126854 El zambu zaguero fue el primero en d e s p e r t a r ; se r e l a mió l a cavidad b u c a l , d i o un respingo y desvaneció el maléfi_ co i n f l u j o del a l c o h o l . Después de haber tomado esta d e c i s i ó n examinó lánguidamente l o que t e n í a a su a l r e d e d o r . No l e causó una impresión inmediata. Gradualmente se fue dando cuenta del hecho i n c o n t r a s t a b l e de que el suelo que pisaba, c u a l q u i e r a que f u e r e , no era el t e r r e n o f i r m e de Ganimedes. Se i n c l i n a b a , se movía, l o cual era muy extraño. Aunque hubiera a t r i b u i d o este balanceo a su r e c i e n t e or g í a , no por e l l o dejó de m i r a r por debajo del barandal al cual estaba amarrado. Los zambúes jamás han muerto de a t a que c a r d í a c o , según consta en los r e g i s t r o s s a n i t a r i o s , pero é s t e , cuando miró abajo sus patas estuvo a punto de romper la tradición. El angustioso c h i l l i d o de h o r r o r y desesperación que lan zó, hizo recobrar el conocimiento a l o s demás, cuyas cabezas, aunque d o l o r i d a s , habían recobrado l a consciencia. Durante un buen r a t o se d e s a r r o l l ó una t o r p e , cacareante y confusa conversación, ya que los animales trataban de echar f u e r a de l a cabeza el d o l o r e i n t r o d u c i r en e j l a los hechos. Lograron conseguir ambos propósitos y organizaron una estampa da. No era propiamente una estampida, puesto que estaban estrechamente atados. Pero s i exceptuamos el d e t a l l e de su sitúa c i ó n f o r z a d a , h i c i e r o n todos los movimientos del galope tendi_ do. Y el t r i n e o se v o l v i ó l o c o . Olaf se cogió l a barba un segundo antes de d e j a r l a ondear 1ibremente. — i Eh 1 — g r i t ó . Era t a n t o como s i s e a r a un huracán. El t r i n e o pataleaba, saltaba y bailaba un tango h i s t é r i co. Era presa de repentinos arrebatos y parecía dispuesto a e s t r e l l a r su cerebro de madera contra l a corteza de Ganimedes. E n t r e t a n t o O l a f , a l a vez que renegaba, juraba y l l o r a b a , -accionaba los propulsores a c h o r r o . Ganimedes daba v u e l t a s y J ú p i t e r se mostraba como una mancha borrosa. Quizá la b a i l o t e a n t e panorámica de J ú p i t e r fue lo que indujo a los zambúes a comportarse con más formal i d a d . Parecía que ya les había pasado el malestar de l a borrachera. Sea como f u e r e , cesaron de moverse, se d i r i q i e ron los unos a los o t r o s sublimes discursos de despedida*, confesaron sus pecados y esperaron la muerte. El t r i n e o se e s t a b i l i z ó y Olaf recobró el a l i e n t o que v o l v i ó a perder de nuevo ante un curioso espectáculo: hacia arriba veía las c o l i n a s y el s ó l i d o terreno ganimedino y por debajo del oscuro c i e l o y la abultada f i g u r a de J ú p i t e r . Al ver todo e s t o , é l también hizo las paces con la e t e r nidad y esperó el f i n . ~ "Astruz" es un d i m i n u t i v o de avestruz y a este animal se parecían los nativos de Ganimedes, s i bien hay que c o n s i derar que ttenen el c u e l l o más c o r t o , la cabeza más grande y su plumaje parece que de un momento a o t r o vaya a desprender se de r a í z . Hay que añadir a su r e t r a t o un par de brazos, flacos y huesudos, p r o v i s t o s de t r e s dedos rechonchos. Saben i n g l é s , pero cuando uno los oye, p r e f e r i r í a que no lo ha blaran. Unos cincuenta astruces se habían agrupado en una construcción de poca a l t u r a hecha de madera purpúrea, que llamaban salón de reunión. En un sucio Banco de Honor de esta estancia f é t i d a y oscurecida por el humo de las antorchas, estaban sentados e l comandante Pelham y cinco de sus hombres Ante e l l o s se pavoneaba el a s t r u z más desaliñado de todos i n nando su enorme tórax con r í t m i c o s y explosivos sonidos. ~ Se detuvo un momento y señaló hacia una abertura en el techo. —Mira —graznó—. Sannicaus. Chimenea. Nosotros hacer, Entrar Pelham a s i n t i ó con un g r u ñ i d o . El astruz cloqueó plac e n t e r o . Señaló los pequeños sacos de hierba t e j i d a que colgaban de las paredes: — M i r a r , c a l c e t i n e s , medias, Sannicaus poner regalos. —Sí — a d m i t i ó Pelham s i n entusiasmo— chimenea y cal c e t i n e s . Muy b o n i t o . T o r c i ó l a boca en d i r e c c i ó n a Sim P i e r c e , que estaba sentado a su lado y murmuró e n t r e d i e n t e s : ré. —Si estoy media hora más en esta escombrería, me mori ¿Cuando l l e g a r á ese tonto? Pierce se movió incómodamente. —Escuche, he r e a l i z a d o algunos c á l c u l o s . Estamos a salvo en todo menos en las hojas de karen, en las que aún Si logramos resolver; llevamos cuatro toneladas de d é f i c i t . este estúpido asunto dentro de una hora, podremos empezar un nuevo período y hacer que los astruces t r a b a j e n el doble —se echó hacia a t r á s y c o n t i n u ó — . S í , creo que l o podremos conseguir. Cogió o t r o berrinche mientras el astruz saltaba unas cuantas veces de a r r i b a a abajo de manera c a l c u l a d a , evidentemente para e j e r c i t a r s e . Continuó saltando variando el ri_t mo con aburridos pasos de b a i l e . Los puños de Pelham se crispaban de una manera e x t r a ñ a . Unos excitados graznidos que provenían de un agujero en la pared, d i g n i f i c a d o con el nombre de ventana, contuvieron a Pelham de hacer una matanza de n a t i v o s . Los astruces se agruparon en enjambres y los lucharon por h a l l a r un punto dominante. Al fondo de l a gran bola a m a r i l l e n t a de J ú p i t e r , surgió un t r i n e o v o l a n t e t i r a d o por ocho renos. Era muy pequeñito, pero no cabía duda; era Santa Claus que l l e g a b a . Al parecer algo funcionaba mal. El t r i n e o , los renos y todo el c o n j u n t o , descendían a una velocidad t e r r i b l e , pero volaban i n v e r t i d o s . Los astruces se dispersaron en medio de una cacofonía de granizados. —iSannicaus! —Poco más o menos — r e p l i c ó Pelham sombríamente—. Y eso s i l l e g a Johnson y no nos pone en o t r o a p r i e t o . El a s t r u z hablaba de nuevo, pues a sus congéneres les agrada c h a r l a r : —Todos los años Kissmess —no sabía pronunciar Christmas — , Kissmess b o n i t o , todo el mundo amigos. Astruz querer Kissmess. Vosotros gustar Kissmess. — S í , es muy bonito —refunfuñó Pelham cortésmente—. Paz en Ganimedes y buena voluntad para los hombres, especial mente para aquellos como Johnson. ¿Dónde d i a b l o s está ese idiota? terrícolas iSannicaus! iSannicaus! S a l i e r o n trepando por las ventanas como una f i l a de est r o p a j o s locos en movimiento. Pelham y sus hombres alcanzaron el e x t e r i o r por una puerta de poca a l t u r a . El t r i n e o se aproximaba, se hacía más grande, daba bandazos de un lado a o t r o y vibraba como una rueda descentrada en v u e l o . Olaf Johnson era una pequeña f i g u r a que se asía perfectamente a l t r i n e o con ambas manos. Pelham g r i t a b a desaforado, incoherente y se atragantaba cada vez que se l e olvidaba r e s p i r a r a través de l a careta nasal en la f i n a atmósfera ganimedina. De pronto se detuvo y miró f i j a m e n t e con h o r r o r . El t r i n e o seguía descendiendo veloz.y ya casi se veía de tamaño n a t u r a l . Si hubiera sido una f l e c h a disparada por Guillermo T e l l , no hubiera apuntado, e n t r e ceja y ceja de Pelham, con más p r e c i s i ó n . Pero esto l e causó muy poco a l i v i o al comandante Pelham ya que, una vez más, el t r i n e o apuntaba directamente hacia su persona. —Todo el mundo a t i e r r a — c h i l l ó mientras de dejaba caer. La ráfaga de v i e n t o que dejó el t r i n e o al pasar de largo r e s t a l l ó penetrante contra su r o s t r o . La voz de Olaf se oyó durante un i n s t a n t e c h i l l o n a y confusa. Los compresores de a i r e dejaron una e s t e l a de vapor. Pelham temblaba en el helado suelo de Ganimedes. Poco después se levantó lentamente, sacudiendo las r o d i l l a s como una huía hawaiana. Los astruces que se habían dispersado, antes de que se les echara encima el vehículo aéreo, se agruparon de nuevo. A l o l e j o s e l t r i n e o giraba dando media vuelta. Pelham seguía los r e v o l o t e o s y bandazos del a r t e f a c t o desde que empezó a cambiar de d i r e c c i ó n . Cabeceó e i n c l i nándose a un l a d o , e n f i l ó hacia la base y ganó v e l o c i d a d . En el i n t e r i o r del t r i n e o Olaf trabajaba como un demon i o . Con las piernas ampliamente a b i e r t a s balanceaba con desesperación el peso de su cuerpo. Sudaba y maldecía mi en t r a s intentaba con todas sus fuerzas e v i t a r l a panorámica de J ú p i t e r "hacia a b a j o " , y esto producía en el t r i n e o o s d laciones más y más v i o l e n t a s . Los bamboleos alcanzaban aho ra un ángulo de 180°, y Olaf s i n t i ó que su estómago l e presentaba enérgicas reclamaciones. Conteniendo el a l i e n t o apoyó todo el peso de su cuerpo sobre el pie derecho y el t r i n e o se balanceó con más amplitud que nunca. En el punto más pronunciado de este vaivén desconectó el g r a v o - r e p u l s o r y l a d é b i l fuerza g r a v i t a t o r i a de Ganimedes sacudió el t r i n e o obligándole a descender. Co mo es n a t u r a l , al ser el v e h í c u l o más pesado por el fondo , debido a la masa m e t á l i c a del g r a v o - p r o p u l s o r , a d q u i r i ó la p o s i c i ó n normal en t a n t o descendía. —Cuerpo a t i e r r a — v o c i f e r ó , y de nuevo se lanzó al suelo. El t r i n e o s i l b ó sobre su cabeza, c r u j i ó al tropezar cojn tra una peña, hizo un s a l t o de cinco metros y se paró en se~ co con un chasquido. Olaf s a l i ó despedido por la baranda. Había llegado Santa Claus. Con un profundo y tembloroso s u s p i r o , Olaf se a j u s t ó el saco sobre l a espalda, se recompuso l a barba y a c a r i c i ó la • cabeza a uno de los s u f r i d o s v s i l e n c i o s o s zambúes. Podía haber sobrevenido la muerte; en verdad, Olaf no la había afrontado con serenidad, pero ahora estaba dispuesto a m o r i r , pisando t i e r r a f i r m e , con nobleza, como un Johnson. Dentro de la cabaña en la que los astruces se habían aglomerado, una vez más, un golpe en el tejado anunció la llegada del saco de los regalos de Santa Claus y un segundo batacazo l a llegada del santo. Una f i g u r a espantosa a p a r e ció a través del agujero p r o v i s i o n a l . — ¡Felices Navidades! — f a r f u l l ó , dejándose caer por el orificio. Olaf fue a parar encima de los c i l i n d r o s de oxígeno como de costumbre y después los colocó en el s i t i o h a b i t u a l . Los astruces saltaban de a r r i b a a abajo como pelotas de goma. Olaf se d i r i g i ó cojeando ostensiblemente al primer c a l c e t í n y depositó una pequeña esfera deslumbrante y policroma da que e x t r a j o del saco, una de las muchas bolas que o r i g i nalmente habían sido proyectadas para adornar los árboles na videños. Una a una las fue dejando en todos los saquitos disponibles. > - ' Después de haber r e a l i z a d o su t a r e a , se sentó en c u c l j [ l i a s completamente agotado y s i g u i ó las sucesivas escenas con o j o s v i d r i o s o s e inseguros. La j o v i a l i d a d y las carcajadas de buen humor, t r a d i c i ó n c a r a c t e r í s t i c a de l a f e s t i v i ^ dad de Santa Claus, e s t u v i e r o n completamente ausentes en- es^ t a ocasión. Pero la ausencia de a l e g r í a l a compensaron los a s t r u — ces con su extraño embelesamiento. Hasta que Olaf entregó l a ú l t i m a bola guardaron s i l e n c i o y permanecieron sentados. Pero cuando se acabó el r e p a r t o , el a i r e se enrareció bajo la t e n s i ó n de e s t r i d e n c i a s d i s c o r d a n t e s . En menos de un segundo l a mano de cada astruz contenía una bola. Charlaban e n t r e e l l o s violentamente y asían las bolas con cuidado, protegiéndolas con el pecho. Después las comparaban unas con o t r a s y formaban grupos para contemplar las más l l a m a t i v a s . El astruz más desaseado se acercó a Pelham y l o cogió por las solapas. —Sannicaus, bueno —cacareó—. M i r a , d e j a r huevos. —No d i s c u t a con e l l o s —susurró f r e n é t i c o — . ¿Qué importa s i e l l o s creen que esas bolas son huevos de Santa Claus? ¡Mire! Si trabajamos como l o c o s , podremos alcanzar la cuota. Que empiecen a t r a b a j a r . —Lleva razón — a d m i t i ó Pelham. Se d i r i g i ó a l astruz: —Dígales a todos que se preparen. Hablaba con c l a r i d a d y en voz a l t a . —Ahora a t r a b a j a r , ¿me comprenden? de p r i s a . . . Hacía ademanes con l o s brazos. detuvo de repente y d i j o con calma: Ser huevos sa- i Venga!, de p r i s a , El desastrado a z t r u z se ve- —¿No t e n é i s bastante con un Christmas? —masculló Pelham. Con su dedo p e l l e j u d o pinchó el estómago de Pelham. — ¡No! — a u l l ó Pelham impetuosamente—. no...: Pierce agarró el brazo del comandante Pelham. —Nosotros t r a b a j a r , pero Johnson d e c i r Kissmess y n i r todos l o s años. Observó reverentemente su esfera y agregó: —Ser más bonitos que huevos a s t r u c e s . nnicaus, ¿eh? —Colores b o n i t o s . ¿Cuánto tiempo tarda s a l i r pequeño Sannicaus? ¿Qué comer pequeños Sannicaus?,.. Nosotros ense ñar ser vivos i n t e l i g e n t e s , como a s t r u c e s . ¡Infiernos, Pero el a s t r u z no l e escuchaba. Ocultó la bola en las profundidades de su plumaje y c o n t i n u ó : _ ¡ N o ! —graznó el a s t r u z — , nosotros querer Sannicaus año próximo. Traer más huevos. Más o t r o año. Y o t r o , y o t r o , más huevos. Más pequeños Sannicaus. Si Sannicaus no v e n i r , nosotros no t r a b a j a r . —Hay mucho tiempo por d e l a n t e . Ya hablaremos entonces. 0 nos volveremos todos locos o los astruces habrán olvidado la f i e s t a . Pterce a b r i ó l a boca, l a c e r r ó , la v o l v i ó a a b r i r , l a c e r r ó de nuevo, l a a b r i ó o t r a vez y f i n a l m e n t e consiguió hablar: —Comandante, quieren que venga todos los años. —Yo l o sé, pero el año próximo no se acordarán. —Pero, no comprende... Un año para e l l o s es una revo l u c i ó n completa alrededor de J ú p i t e r . Esto s i g n i f i c a una ~ semana y t r e s horas del tiempo t e r r e s t r e . ¡Quieren que San ta Claus venga todas las semanas'. — ¡Todas las semanas! — r u g i ó Pelham—. dijo... Johnson les Durante unos i n s t a n t e s l e pareció que todo eran chispas dando s a l t o s m o r t a l e s . Se quedó s i n r e s p i r a c i ó n y automáticamente sus ojos buscaron a O l a f . Olaf se quedó f r í o hasta el tuétano. Se levantó sobrecogido y se d e s l i z ó hacia l a p u e r t a . Se detuvo cuando e s t a ba en el umbral; de repente recordó la t r a d i c i ó n . Con la barba semidesprendida graznó: — ¡ F e l i c e s Navidades y buenas noches a todos! C o r r i ó hacia el t r i n e o como s i todos los d i a b l o s l e p i saran los t a l o n e s . No eran los d i a b l o s , era el comandante S c o t t Pelham. EL ALBATROS. La gente marinera, con crueldad s a l v a j e , suele cazar a l b a t r o s , grandes aves marinas que siguen a los barcos, compañeras de v i a j e , blanqueando en los a i r e s como blancas n e b l i n a s . Pero, apenas los dejan en l a l i s a c u b i e r t a - ¡ e l l o s , que al a i r e imponen el t r i u n f o de su ¡vuelo'.sus grandes alas blancas, como una cosa muerta, como dos remos r o t o s , a r r a s t r a n por el suelo. Y el alado v i a j e r o toda gracia ha p e r d i d o , y , como antes hermoso, ahora es t o r p e y simiesco y uno l e quema el pico con un h i e r r o encendido, y el o t r o , cojeando, mima su andar grotesco. £ El poeta recuerda a este rey de los v i e n t o s que desdeña las f l e c h a s y que a t r a v i e s a el mar: en el s u e l o , cargado de bajos s u f r i m i e n t o s , sus alas de gigante no l e dejan andar. Carlos Baudelaire. LO ONICO ETERNO. Las verdades de ayer son hoy m e n t i r a , las de hoy acaso l o serán mañana; l a i n c o r r e g i b l e vanidad humana siempre creyendo razonar, d e l i r a . Como Nerón cantando ante l a p i r a en que c o n v i e r t e a l a ciudad romana, ciega destruye o c í n i c a profana l o que, poco antes, ensalzó l a l i r a . "EL RETABLO1 DE LAS MARAVILLAS." Y a s í , a t r a v é s de todas las edades, siempre abrasada por un fuego i n t e r n o , buscó l a humanidad nuevas verdades, y h a l l ó que en todo tiempo - j o v e n t i e r n o én aldeas, en campos y ciudades, sólo el amor es en l a t i e r r a e t e r n o . Guillermo B l e s t Gana. Miguel de Cervantes Zaavedra. Salen CHANFALLA y la CHIRINOS. CHANF. No se t e pasen de l a memoria, C h i r i n o s , mis adv e r t i m i e n t o s , p r i n c i p a l m e n t e los que t e he dado para este nuevo embuste, que ha de s a l i r tan a luz como el pasado del llovista.2 CHIR. Chanfalla i l u s t r e , l o que en mf fuere t e n l o como de molde; que t a n t a memoria tengo como entendimiento, a quien se j u n t a una voluntad de a c e r t a r a s a t i s f a c e r t e , que excede a las demás potencias; pero dime: ¿de qué te s i r v e este Rabelfn 3 que hemos tomado? Nosotros dos s o l o s , ¿no pudiéramos s a l i r con esta empresa? CHANF. Habfamosle menester como el pan de la boca, para tocar en los espacios que tardaren en s a l i r las f i g u r a s del Retablo de las M a r a v i l l a s . CHIR. M a r a v i l l a será s i no nos apedrean por sólo el Rabelín; porque, tan desventurada c r i a t u r i l l a , no la he v i s to en todos los dfas de mi v i d a . Entra EL RABELIN. Rab. ¿Hase de hacer algo en este pueblo, señor Autor? Que ya me muero porque vuestra merced vea que no me tomó a carga cerrada. 1 ' CHIR. Cuatro cuerpos de los vuestros no harén un t e r — ció, 5 cuanto más una carga; si no sois más gran músico que grande, medrados estamos. Rab, E l l o d t r á ; que en verdad que me han e s c r i t o para e n t r a r en una compañía de p a r t e s , 6 por chico que soy. CHANF, Si os han de dar l a parte a medida del cuerpo, c a s i será i n v i s i b l e . — C h i r i n o s , poco a poco estamos ya en e l pueblo, y éstos que aquf vienen deben de s e r , como l o , son s i n duda, ei Gobernador y los A l c a l d e s , Salgárnosles al encuentro, y date un f i l o a l a lengua en la piedra de l a a d u l a c i ó n ; pero no despuntes de aguda. Salen el GOBERNADOR, y BENITO REPOLLO, a l c a l d e , JUAN CASTRADO, r e g i d o r , y PEDRO CAPACHO, e s c r i bano. Beso a vuestras mercedes las manos: ¿quién de vuestras mercedes es el Gobernador deste pueblo? GOB. Yo soy el Gobernador; ¿qué es l o que queréis buen hombre? CHANF. A tener yo dos onzas de entendimiento, hubiera echado de ver que esa p e r i p a t é t i c a 7 y anchurosa presencia no podía ser de o t r o que del dignísimo Gobernador deste hon^ rado pueblo; que c o n v e n i r l o a ser de las A l g a r r o b i l l a s , 8 los deseche vuestra merced. CHIR. En vida de la señora y de los s e ñ o r i t o s , s i es que el señor Gobernador los t i e n e . CAP. CHIR. GOB. No es casado el señor GOBERNADOR. Para cuando l o sea: que no se perderá nada. Y b i e n , ¿qué es l o que q u e r é i s , hombre honrado? CHIR. Honrados días viva vuestra merced, que así nos honra; en f i n , la encina da b e l o t a s ; el pero, peras; la par r a , uvas, y el honrado, honra, s i n poder hacer o t r a cosa. BEN. punto. Sentencia c i c e r o n i a n c a , s i n q u i t a r ni poner un CAP. Repollo,. CldoAorUana quiso d e c i r el señor al cal J e Benito ? BEN.. Siempre.quiero d e c i r l o que es m e j o r , sino que las más veces no a c i e r t o ; en f i n , buen hombre, ¿qué quereis? CHANF. Yo, señores míos, soy M o n t i e l , el que t r a e el Retablo de las M a r a v i l l a s : hanme enviado a llamar de la c o r te los señores cofrades de los h o s p i t a l e s 9 porque no hay autor de comedias en e l l a , y parecen los h o s p i t a l e s , y con mi ida se remediara todo. GOB. Y ¿qué q u i e r e d e c i r RoXablo dz las MaAavMaA? CHANF. Por las m a r a v i l l o s a s cosas que en él se enseñan y muestran, viene a ser llamado Retablo de las M a r a v i l l a s ; el cual f a b r i c ó y compuso el sabio Tontonelo debajo de t a l e s paralelos, rumbos, a s t r o s y e s t r e l l a s , con t a l e s puntos, caracteres y observaciones, que ninguno puede ver las cosas que en él se muestran, que tenga alguna raza de confeso, o no sea habido y procreado de sus padres de l e g í t i m o matrimonio; y e l que fuere contagiado destas dos tan usadas enferme^ dades, despídase de ver las cosas, jamás v i s t a s ni oídas, de mi r e t a b l o . BEN. Ahora echo de ver que cada día se ven en el mundo cosas nuevas. Y ¡qué! ¿Se llamaba Tontonelo el sabio que el Retablo compuso? CHIR. Tontonelo se llamaba, nacido en l a ciudad de Ton tonel a: hombre de quien hay fama que l e llegaba la barba a ~~ la c i n t u r a . BEN. Por l a mayor p a r t e , los hombres de grandes barbas son sabihondos. GOB. Sefior r e g i d o r Juan Castrado, yo determino, debaj o de su buen parecer? que esta noche se despose l a señora Teresa Castrada, su h i j a , de qiiien yo soy p a d r i n o , y , en re g o c t j o de l a f t e s t a , q u i e r o que el señor M o n t i e l muestre en vuestra casa su Retablo, JUAN. Esto tengo yo por s e r v i r a l señor Gobernador, con cuyo parecer me convengo, entablo y a r r i b o , aunque haya o t r a cosa en c o n t r a r i o . CHIR. La cosa que hay en c o n t r a r i o es que, s i no se nos paga primero nuestro t r a b a j o , asf verán las f i g u r a s como por el c e r r o de Ubeda. ¿Y vuestras mercedes, señores J u s t i c i a s , t i e n e n conciencia y alma en esos cuerpos? iBueno s e r i a que entrase esta noche todo e l pueblo en casa del s e ñor Juan Castrado, o como es su g r a c i a , y viese l o contenido en el t a l Retablo, y mañana, cuando quisiésemos m o s t r a l l e al pueblo, no hubiese ánima que l e v i e s e : No, señores, no, señores; ante, omvua nos han de pagar l o que f u e r e j u s t o . BEN. Señora A u t o r a , aquí no os ha de pagar ninguna Ant o n a , ni ningún Antoño; el señor r e g i d o r Juan Castrado os pagará más que honradamente, y s i no, el Concejo. ¡Bien conocéis el l u g a r , por c i e r t o ! A q u í , hermana, no aguardamos a que ninguna Antena pague por n o s o t r o s . CAP. {Pecador de m í , señor Benito R e p o l l o , y qué l e j o s da del blanco! No dice l a señora Autora que pague ninguna Antona, sino que l e paguen adelantado y ante todas cosas, que eso q u i e r e d e c i r ante. omroA BEN. M i r a d , escribano Pedro Capacho, haced vos que me hablen a derechas, que yo entenderé a p i e l l a n o ; vos, que sois l e í d o y e s c r i b i d o , podéis entender esas algarabías de a l l e n d e , 1 0 que yo no. JUAN. Ahora bien; ¿contentarse ha el señor Autor con que yo l e dé adelantados media docena de ducados? Y más, que se tendrá cuidado que no e n t r e gente del pueblo esta noche en mi casa. CHANF. Soy c o n t e n t o ; porque yo me f í o de la d i l i g e n c i a de vuestra merced y de su buen término. JUAN. Pues véngase conmigo, r e c i b i r á el d i n e r o , y verá mi casa, y la comodidad que hay en e l l a para mostrar ese Retablo. CHANF. Vamos, y no se les pase de las mientes las calj_ dades que han de tener los que se a t r e v i e r e n a m i r a r el mara v i l l o s o Retablo. BEN. A mi cargo queda eso, y séle d e c i r que, por mi p a r t e , puedo i r seguro a j u i c i o , pues tengo el padre a l c a l d e ; cuatro dedos de enjundia de c r i s t i a n o v i e j o rancioso tengo sobre los cuatro costados de mi l i n a j e : ¡miren s i veré el t a l Retablo! CAP. JUAN. pacho. Todos l e pensamos v e r , señor Benito Repollo. No nacimos acá en las malvas, 11 señor Pedro Ca- GOB. Todo será menester, según voy viendo, señores A l calde, Regidor y Escribano. JUAN. Vamos, A u t o r , y manos a la obra; que Juan Castrado me l l a m o , h i j o de Antón Castrado y de Juana Macha; y no digo más, en abono y seguro que podré ponerme cara a cara y a pie quedo delante del r e f e r i d o r e t a b l o . CHIR. ¡Dios l o haga! Entranse v W CASTRADO y CHANFALLA. GOB, Señora A u t o r a , ¿qué poetas se usan ahora en l a c o r t e , de fama y rumbo, especialmente de los llamados cómicos? Porque yo tengo mis puntas y c o l l a r de poeta, y p i c ó me de la farándula y c a r á t u l a . Veinte y dos comedias tengo, todas nuevas, que se ven l a s unas a las o t r a s ; estoy aguar^ dando coyuntura para i r a l a c o r t e y enriquecer con e l l a s media docena de a u t o r e s . CHIR. A l o que vuestra merced, señor Gobernador, me pregunta de los poetas, no l e sabré responder; porque hay tantos que q u i t a n el s o l , y todos piensan que son famosos. Los poetas cómicos son l o s o r d i n a r i o s y que siempre se usan, y asf no hay para qué nombrallos. Pero dígame vuestra merced, por su v i d a : ¿cómo es su buena gracia? ¿Cómo se llama? GOB. mecillos. A m i , señora A u t o r a , me llaman el Licenciado Go- CHIR. iVálame Dios! ¿Y qué, vuesa merced es el señor Licenciado Gomecillos, e l que compuso aquellas coplas tan famosas de Lucl^eA estaba mato y Tómalo, mal de. ¿ueAa? GOB. Malas lenguas hubo que me q u i s i e r o n a h i j a r esas c o p l a s , y asi fueron mías como del Gran Turco. 1 ? Las que yo compuse, y no l o q u i e r o negar, fueron aquellas que trata^ ron del d i l u v i o de S e v i l l a ; 1 3 que, puesto que los poetas son ladrones unos de o t r o s , nunca me p r e c i é de h u r t a r nada a nad i e ; con mis versos me ayude D i o s , y h u r t e e l que q u i s i e r a . Vuelve CHANFALLA. CHANF. Señores, vuestras mercedes vengan, que todo está a punto, y no f a l t a más que comenzar. CHIR. ¿Está ya el d i n e r o ¿vi cotiboiw?11* CHANF. Y aun e n t r e las t e l a s del corazón. CHIR. Pues d o i t e por a v i s o , C h a n f a l l a , que el Gobernador es poeta. CHANF. ¿Poeta? iCuerpo del mundo! Pues dale por engañado, porque todos los de humor semejante son hechos a l a ma zacona, 15 ger.te descuidada, crédula y no nada m a l i c i o s a . BEN. Vamos, A u t o r ; que me s a l t a n los pies por ver esas maravillas. Entranse todos. Salen JUANA CASTRADA y TERESA REPOLLA, l a bradoras: l a una como desposada, que es la CASTRADA. CAST. Aquí t e puedes s e n t a r , Teresa Repolla amiga, que tendremos el Retablo e n f r e n t e ; y pues sabes las condiciones que han de tener los miradores del Retablo, no te descuides, que s e r í a una gran desgracia. TER. Ya sabes, Juana Castrada, que soy tu prima, y no digo más. ¡Tan c i e r t o t u v i e r a yo el c i e l o como tengo c i e r t o ver todo a q u e l l o que el Retablo mostrare! ¡Por el s i g l o de 16 mi madre que me sacase los mismos ojos de mi c a r a , s i alguna desgracia me aconteciese! ¡Bonita soy yo para eso! CAST. Sosiégate, prima; que toda l a gente v i e n e . Entran e l GOBERNADOR, BENITO REPOLLO, JUAN CASTRADO, PEDRO CAPACHO, EL AUTOR y LA AUTORA, y EL MUSICO, y o t r a gente del pueblo, y UN SOBRINO de B e n i t o , que ha de ser aquel g e n t i l hombre que b a i l a . CHANF, Siéntense todos; el Retablo ha de e s t a r detrás deste r e p o s t e r o , y la Autora también, y aquí el músico. BEN. ¿Músico es éste? Métanle también detrás del rep o s t e r o , que, a trueco de no v e l l e , daré por bien empleado el no o í l l e . CHANF. No t i e n e vuestra merced razón, señor a l c a l d e R e p o l l o , de descontentarse del músico, que en verdad que es muy buen c r i s t i a n o , y hidalgo de s o l a r conocido. GOB. asoma la f i g u r a del valentísimo Sansón, abrazado con las columnas del templo, para d e r r i b a l l e por el suelo y tomar venganza de sus enemigos. ¡Tente, valeroso c a b a l l e r o , t e n t e , por l a g r a c i a de Dios Padre; no hagas t a l desaguisado, p o r que no cojas debajo y hagas t o r t i l l a tanta y tan noble gente como aquí se ha j u n t a d o ! BEN. ¡Téngase, cuerpo de t a l conmigo! ¡Bueno sería que, en lugar de habernos venido a holgar quedásemos aquí hechas plasta! ¡ Téngase, señor Sansón, pesia a mis males, que se lo ruegan buenos! ¡Calidades son bien necesarias para ser buen múCAP. sico! BEN. De s o l a r , bien podrá s e r ; mas de sonar abimun-- ¿Veisle vos, Castrado? JUAN. Pues ¿no l e había de ver? colodrillo? ¿Tengo yo los ojos (LÍO. en el RABEL. ¡Eso se merece el b e l l a c o que se viene a sonar delante de. . . ! CAP. Milagroso caso es éste: así veo yo a Sansón ahora como el Gran Turco. Pues en verdad que me tengo por legítimo y c r i s t i a n o v i e j o . BEN. ¡Pues por Dios, que hemos v i s t o aquí sonar a o t r o s músicos tan . . . ! GOB. Quédese esta razón en el de. del señor Rabel y en el tan del A l c a l d e , que será proceder en i n f i n i t o ; y el señor Montiel comience su obra. BEN. ¡Guárdate, hombre, que sale el mesmo t o r o que ma OH IR. tó al ganapán en Salamanca! ¡Echate, hombre; échate, hom- bre; Dios te l i b r e , Dios t e l i b r e ! CHANF. ¡Echense todos, échense todos! cho h o ! , ¡hucho ho! ¡Hucho h o ! , ¡hu- Poca balumba t r a e este autor para tan gran Reta- blo. JUAN. Todo debe de ser de m a r a v i l l a s . CHANF. A t e n c i ó n , señores, que comienzo.—¡Oh t ú , quien q u i e r a que f u i s t e , que f a b r i c a s t e este Retablo con tan m a r a v i l l o s o a r t i f i c i o , que alcanzó renombre da >laA Mota vWUlá: por la v i r t u d que en él se e n c i e r r a , te c o n j u r o , apremio y mando que luego i n c o n t i n e n t i muestres a estos señores algunas de las tus m a r a v i l l o s a s m a r a v i l l a s , para que se r e g o c i j e n y tomen p l a c e r , s i n escándalo alguno! Ea, que ya veo que has otorgado mi p e t i c i ó n , pues por aquella parte Echanse todos y alborótanse. BEN. El d i a b l o l l e v a en el cuerpo el t o r i l l o ; sus p a r tes t i e n e de hosco y de bragado; s i no me t i e n d o , me l l e v a de vuelo. JUAN. Señor A u t o r , haga, s i puede, que no salgan f i g u ras que nos a l b o r o t e n ; y no l o digo por mí, sino por estas muchachas, que no les ha quedado gota de sangre en el cuerpo, de la ferocidad del t o r o . CAST, Y ¡cómo, padre! No pienso v o l v e r en mí en tres d í a s ; ya me v i en sus cuernos, que los t i e n e agudos como una lesna. JUAN. No fueras tú mi h i j a , y no l o v i e r a s . GOB. Basta, que todos ven l o que yo no veo; pero al f i n habré de d e c i r que l o veo, por la negra h o n r i l l a . CHIR. Esa manada de ratones que a l l á va, desciende por l í n e a r e c t a de aquellos que se c r i a r o n en el arca de Noé; d e l l o s son blancos, d e l l o s albarazados 1 7 , d e l l o s jaspeados y d e l l o s azules; y , f i n a l m e n t e , todo son ratones. CAST. i Jesús 1 iAy de mí! ¡Ténganme, que me a r r o j a r é por aquella ventana! ¿Ratones? ¡Desdichada! Amiga, a p r i é t a t e las f a l d a s , y mira no t e muerdan; y ¡monta que 18 son pocos! ¡Por el s i g l o de mi abuela,, que pasan de m i l e n t a ! 1 9 • REP. Yo sí soy l a desdichada, porque se me entran sin reparo ninguno; un ratón morenico me t i e n e asida de una rodilla: ¡socorro venga del c i e l o , pues en l a t i e r r a me f a l t a ! BEN. Aun bien que tengo gregüescos: 2 0 que se me e n t r e , por pequeño que sea. GOB. ¿Qué d i a b l o s puede ser e s t o , que aun no me ha t o cado una g o t a , donde todos se ahogan? Mas ¿si v i n i e r a yo a ser bastardo e n t r e tantos legítimos? BEN. Quítenme de a l l í aquel músico; s i no, voto a Dios que me vaya s i n ver más f i g u r a . ¡Válgate el d i a b l o por músico aduendado, y qué hace de menudear s i n c i t ó l a y s i n son! RAB. Señor a l c a l d e , no tome conmigo la hincha; que yo toco como Dios ha sido servido de enseñarme. BEN. ¿Dios t e había de enseñar, sabandija? ¡Métete tras l a manta; s i no, por Dios que t e a r r o j e este banco! RAB. El d i a b l o creo que me ha t r a í d o a este pueblo. CAP. Fresca es el agua del santo r í o Jordán; y aunque me cubrí l o que pude, todavía me alcanzó un poco en los bigo t e s , y apostaré que los tengo rubios como un o r o . BEN. CAST. ¿Oyes, amiga? Descubre el r o s t r o , pues ves l o que t e importa. ¡Oh, qué l i c o r tan sabroso! Cúbrase, padre, no se moje. Todos nos cubrimos, Yo estoy más seco que un esparto. Y aun peor cincuenta veces. que no hay ratón CHANF. Esta agua, que con tanta p r i s a se deja descolgar de las nubes, es de l a f u e n t e que da o r i g e n y p r i n c i p i o al r í o Jordán. Toda mujer a quién tocare en el r o s t r o , se l e volverá como de p l a t a b r u ñ i d a , y a los hombres se les v o l v e rán las barbas como de o r o . JUAN. CAP. CHIR. A l l á van hasta dos docenas de leones rapantes y de osos colmeneros; todo v i v i e n t e se guarde; que, aunque f a n t á s t i c o s , no dejarán de dar alguna pesadumbre, y aun de hacer las fuerzas de Hércules con espadas desenvainadas. JUAN. Eas señor A u t o r , ¡cuerpo de n o s l a ! 2 1 ¿Y agora nos quiere l l e n a r l a casa de osos y de leones? BEN ¡Mirad qué ruiseñores y c a l a n d r i a s nos envía Tonto— nelo, sino leones y dragones! Señor A u t o r , o salgan f i g u r a s más a p a c i b l e s , o aquí nos contentamos con las v i s t a s , y Dios le g u í e , y no pare más en el pueblo un momento. hija. BEN. Por las espaldas me ha calado el agua hasta la canal maestra. CAST. Señor Benito R e p o l i o , deje s a l i r ese oso y leones, s i q u i e r a por nosotras, y recebiremos mucho contento. JUAN. Pues, h i j a , ¿de antes t e espantabas de los r a t o nes, y agora pides osos y leones? CAST. FURR. Que luego, al punto, mande hacer alojamiento para t r e i n t a hombres de armas que l l e g a r á n aquí dentro de m e dia hora, y aun antes, q.ue ya suena la trompeta; y adiós. Todo l o nuevo aplace, señor padre. BEN. CHIR. Esa d o n c e l l a , que agora se muestra tan galana y tan compuesta, es la llamada Herodfas, cuyo b a i l e alcanzó en premio la cabeza del Precursor de la v i d a . Si hay quien la ayude a b a i l a r , verán m a r a v i l l a s . BEN. ¡Esta s í , ¡cuerpo del mundo!, que es f i g u r a hermo sa, apacible y r e l u c i e n t e ! ¡Hi de puta, y cómo que se vuelve la mochaclji]a.— Sobrino Repollo, tú que sabes de acha- ques de castañetas, ayúdala, y será l a f i e s t a de cuatro ca-pas. ? 2 CHANF. No hay t a l ; que ésta es una compañía de caba- l í o s , que estaba alojada dos leguas de aquí. BEN. Ahora yo conozco bien a Tontonelo, y sé que vos y él sois unos grandísimo b e l l a c o s , no perdonando al músico; y mirá que os mando que mandéis a Tontonelo no tenga a t r e v i - miento de enviar estos hombres de armas, que l e haré dar dozientos azotes en las espaldas, que se vean unos a o t r o s . CHANF. SOB. BEN. Digo que los envía Tontonelo, como ha enviado las otras sabandijas que yo he v i s t o . zarabanda. 23 CAP. ¡Toma mi abuelo, s i es antiguo el b a i l e de l a zarabanda y de la chacona! BEN. Ea, s o b r i n o , ténselas t i e s a s a esa bellaca pero, s i ésta es j o d i a , ¿cómo ve estas m a r a v i l l a s ? CHANF. ¡Digo, señor a l c a l d e , que no los envía Tontone- lo! Que me p l a c e , t í o Benito Repollo. Tocan la Yo apostaré que los envía el sabio Tontonelo, jodia; CAP. Todos las habernos v i s t o , señor Benito Repollo. BEN. No digo yo que no, señor Pedro Capacho.— No t o ques más, músico de e n t r e sueños, que te romperé la cabeza. Todas las reglas tienen excepción, señor A l c a l - Vuelve el FURRIER de.. FURR. Ea, ¿está ya hecho el alojamiento? los caballos en e l pueblo. Suena una trompeta o corneta dentro del t e a t r o , y entra UN FURRIER211 de compañías FURR. GOB. ¿Quién es aquí el señor Gobernador? Yo soy. ¿Qué manda vuestra merced? Que ya están BEN. ¿Qué, todavía ha s a l i d o con la suya Tontonelo? ¡Pues yo os voto a t a l , .Autor de humos y de embelecos, que me l o habéis de pagar! CHANF. Séanme t e s t i g o s que me amenaza el A l c a l d e . CIHIR,. Séanme t e s t i g o s que dice el Alcalde que l o que manda S. M. l o manda el sabio Tontonelo. BEN. Antontoneleada t e vean mis o j o s , plega a Dios Todopoderoso, GOB. Yo para mí tengo que verdaderamente estos hombres de armas no deben de ser de b u r l a s . FURR. ¡Soy de l a mala puta que los p a r i ó ; y , por Dios v i v o , que, si echo mano a la espada, que los haga s a l i r por las ventanas, que no por la puerta! CAP. Basta: de ex XZ\l\iA es. BEN. Basta: d e l l o s es, pues no ve nada FURR. ¿De b u r l a s habían de s e r , señor Gobernador? ¿Est á en su seso? FURR. Canalla b a r r e t i n a : 2 6 s i o t r a vez me dicen que soy d e l l o s , no les dejaré hueso sano. JUAN. Bien pudieran ser atontoneleados; como esas cosas habernos v i s t o a q u í . Por vida del A u t o r , que haga s a l i r o t r a vez a la doncella Herodías, por que vea este señor l o que nunca ha v i s t o ; quizá con esto l e cohecharemos para que se vaya presto del l u g a r . BEN. Nunca los confesos ni bastardos fueron v a l i e n t e s ; y por eso no podemos d e j a r de d e c i r : d e l l o s es, d e l l o s es. CHANF. Eso en buena hora, y veisl-a aquí a do v u e l v e , y hace de señas a su b a i l a d o r a que de nuevo la ayude. SOB. Por mí no quedará, por c i e r t o . FURR. ¡Cuerpo de Dios con los v i l l a n o s ! ¡Esperad! Mete l a mano a la espada, y a c u c h í l l a s e con todos; y el A l CALDE aporrea al RABELLEJO; y la CHIRINOS descuelga la manta y dice: BEN. Eso s í , s o b r i n o , cánsala, cánsala; v u e l t a s y más v u e l t a s ; ¡ v i v e Dios, que es un azogue la muchacha! ¡Al hoy o , al hoyo! ¡A e l l o , a e l l o ! CHIR. El d i a b l o ha sido la trompeta y la venida de los hombres de armas; parece que los llamaron con campanilla. FURR. ¿Está loca esta gente? ¿Qué d i a b l o s de d o n c e l l a es é s t a , y qué b a i l e , y qué Tontonelo? CHANF. El suceso ha sido e x t r a o r d i n a r i o ; la v i r t u d del Retablo se queda en su punto, y mañana l o podemos mostrar al pueblo; y nosotros mismos podemos cantar el t r i u n f o desta ba t a l l a , d i c i e n d o : ¡Vivan Chirinos y C h a n f a l l a ! CAP. Furrier. FURR. Luego ¿no ve l a doncella herodiana el señor ¿Qué d i a b l o s de d o n c e l l a tengo de ver? CAP. Basta: de ex U GOB. De ex Xl\l\ú> JUAN. \¿\l& es.25 e s , de ex es. Dellos es, d e l l o s el señor F u r r i e r , d e l l o s es. 13 el diluvio de Sevilla: Recuerdo de alquna de las numero sas y trágicas crecidas del Guadalquivir. retablo: Se llamaba aso. el minúsculo teatrillo o g u i — ñol que llevaban los cómicps ambulantes. También, el gran car.telón donde iban pintadas las acciones que se iban recitando, 14 in corbona: 15 a la mazacona: a la buena de Dios, de cualquier manera. en el bolsillo. 16 llovista: No hay datos para localizar a qué se refiere este llovista. Sin duda alguna, es referencia a alguna otra burla de los cómicos. 3 r a b e l m : el que toca el rabel. Se dice en diminutivo por el escaso tamaño del músico. Constantemente, estará recibiendo burlas por esta razón. 4 comprar a carga cerrada: comprar sin saber si es bueno o malo lo que se adquiere. Por el siglo de.... formula de juramento: por la vida de...• 17 albarazados: de color mezclado de negro y rojo. lñ monta que...: mira que... 19« milenta: mil. Palabra hecha a imitación de cuarenta, no venta, etc. 20 gregüescos: calzones que llegaban hasta las rodillas. 5 tercio: la mitad de la carga que se lleva a lomo. 21 nosla: eufemismo, palabra que sustituye a alguna otra no muy limpia o digna. 6 compañía de partes: compañía de importancia. 22 fiesta de cuatro capas: fiesta muy importante. Alude a las festividades religiosas, celebradas con misa solemne, con varios oficiantes. 7 peripatética: Otra de esas expresiones que, al ser utilizadas fuera de lugar, resultan cómicas. 2 3 zarabanda: baile popular. 8 ^ Algarrobillas: Pueblo de la actual provincia de Cáceres. 24 furrier: administrador de una compañía de soldados. cofrades de los hospitales: Las cofradías de los hospitales eran las dueñas de los corrales o lugares donde se representaba el teatro. 25 ex illis es: de ellos eres. Con esa frase se designaba a los judíos. Es la frase que le dirige a San Pedro, al re conocerle, una mujer en casa de Caifás. algarabía de allende: lengua de moros, al otro lado del estrecho de Gibraltar. Literalmente, significa lengua difjí cil, extraña. 26 canalla barretina: judíos. Alusión a una gorra, barreti na, que solían llevar los judíos. 10 11 en las malvas: en lugar insignificante. 12 Gran Turco: el sultán •-» de Constantinopia. ler, SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD XIV. COMO COMENTAR UN TEXTO LITERARIO. INTRODUCCION: ¿Qué es el comentario de un t e x t o l i t e r a r i o ? ¿es un resumen, una p a r á f r a s i s , tomar el t e x t o como p r e t e x t o para demostrar nuestra e r u d i c i ó n , o . . . algo más? Esta unidad ofrece un panorama que permite saber, a c i e n c i a c i e r t a , en qué consiste el comentar un t e x t o l i t e r a r i o y , mediante l a comprensión y a p l i c a c i ó n de varios princ i p i o s fundamentales, l l e g a r al comentario mismo. OBJETIVOS: 1.- Enunciar los medios por los cuales se puede l l e g a r al conocimiento de l a l i t e r a t u r a . Enumerar l o s modos de e s t u d i a r la l i t e r a t u r a y mencionar su i m p o r t a n c i a . E x p l i c a r los o b j e t i v o s que se propone toda e x p l i c a c i ó n de t e x t o s . D e f i n i r qué es el fondo y qué, l a forma. Enunciar los conocimientos que comprende la e x p l i c a c i ó n de t e x t o s . Determinar a qué se llama p a r á f r a s i s de un t e x t o . E x p l i c a r en qué consiste usar el t e x t o como p r e t e x t o . D e f i n i r en qué consiste comentar un t e x t o . 9.- Enumerar las fases a s e g u i r en un comentario de textos y e x p l i c a r cada una. NOTA: 1 0 . - D e f i n i r qué es el asunto, el tema y el apartado en un t e x t o ; y qué quiere d e c i r componer. 1 1 . - E x p l i c a r l o que es la e x p l i c a c i ó n de un t e x t o , de acuer do a l a fase V. 12.- Enunciar qué es l a c o n c l u s i ó n . 13.- Expresar brevemente las i n s t r u c c i o n e s básicas para l a p r á c t i c a del comentario y la redacción del e j e r c i c i o . 14.- D e f i n i r qué es el estilo. PROCEDIMIENTO: Encontrarás enseguida e l m a t e r i a l necesario para alcanzar los o b j e t i v o s . ACTIVIDADES: 1.- Lee, comprende y comenta el cuento de Rafael Delgado: "La chachalaca", de acuerdo a todo l o v i s t o en l a u n i dad. (Por e s c r i t o ) . 2.- Resuelve el c u e s t i o n a r i o que se encuentra al el c a p í t u l o , es tu autoevaluación. terminar Estas dos a c t i v i d a d e s son el r e q u i s i t o para presentar l a unidad. RITMO DE TRABAJO: ler. día.- Objetivos 1 al 8. 2o. d í a . - Objetivos 9 al 3er. d í a . - Actividades. 4o. d í a . - Repaso t o t a l . 14. El comentario del cuento a máquina, correctamente realizado y presentado, será la evaluación de esta unidad. III COMO COMENTAR UN TEXTO LITERARIO. Gm&iaLídadzi. Asi como el estudio de la música sólo puede r e a l i z a r s e oyendo obras musicales, el de la l i t e r a t u r a sólo puede hacerse leyendo obras l i t e r a r i a s . Se suele creer que, para "saber l i t e r a t u r a " basta c o n o cer l a h i s t o r i a l i t e r a r i a . Esto es tan erróneo como p r e t e n der que se entiende de p i n t u r a sabiendo dónde y cuándo nacie ron l o s grandes p i n t o r e s , y conociendo los t í t u l o s de sus cua dros, pero no los cuadros mismos. Al conocimiento de l a l i t e r a t u r a se puede l l e g a r : a) En extensión, mediante l a l e c t u r a de obras completas o antologías amplias. b) En profundidad, mediante el comentario o e x p l i c a c i ó n de textos. Naturalmente no sobra el manual de l i t e r a t u r a ya que pro porciona instrumentos de t i p o h i s t ó r i c o , b i o g r á f i c o , c u l t u r a l , e t c . , para encuadrar bien l a obra que se lee o el fragmento que se comenta. La l i t e r a t u r a l a estudiaremos entonces de t r e s modos s i multáneos: 1) mediante l a l e c t u r a continuada de obras literarias. 2) mediante la e x p l i c a c i ó n de t e x t o s . 3) mediante l a h i s t o r i a l i t e r a r i a como instrumento a u x i l i a r . Los t r e s modos son importantes y los t r e s exigen i d é n t i ca atención e i n t e n s i d a d . El comentario de textos será tanto mejor cuanto más se haya leído y cuanto mejor se conozca la historia literaria. Un t e x t o l i t e r a r i o puede ser una obra completa (una nov e l a , un drama, un cuento, un poema), o un fragmento de una obra. Pero esto no debe alarmar al novato; no se l e piden impo s i b l e s , nadie va a e x i g i r l e , ni los maestros, que haga un - ~ e j e r c i c i o profundísimo. Bastarán los conocimientos normales que va adquiriendo en c l a s e , bien administrados. la En toda e x p l i c a c i ó n de t e x t o s nos proponemos estos dos objetivos: 1? F i j a r con p r e c i s i ó n l o que el t e x t o d i c e . 2? Dar razón de cómo l o d i c e . Si se medita en los f i n e s de l a e x p l i c a c i ó n se puede - l l e g a r a l a conclusión de que un buen método para comentar un t e x t o s e r i a a n a l i z a r primero el fondo y después l a forma. Se llama fondo a los pensamientos, s e n t i m i e n t o s , ideas, que hay en una obra. Y forma a las palabras, al modo con que se expresa el fondo. No puede negarse que, en todo e s c r i t o se d i c e algo (fon do) mediante palabras ( f o r m a ) . Pero esto no i m p l i c a que fon do y forma puedan separarse. Separarlos para su estudio ser i a tan absurdo como deshacer una t e l a para comprender su tejido: nos quedaría sólo un montón informe de h i l o s . El fondo y la forma de un t e x t o se enlazan tan estrecha mente cpmo el haz y el envés de una h o j a , como l a cara y l a cruz de una moneda. Ambos forman l a obra a r t í s t i c a y no por separado, sino precisamente cuando están f u n d i d o s . El comentario t i e n e que s e r , a l a vez, del fondo y de l a forma. La e x p l i c a c i ó n de t e x t o s no es un e j e r c i c i o de gramática, n i de v o c a b u l a r i o , ni de l i t e r a t u r a , ni de h i s t o r i a de l a c u l t u r a , n i un comentario moral por separado. Su d i f i c u l ^ tad y su i n t e r é s radica en que, al r e a l i z a r la e x p l i c a c i ó n , deben e n t r a r en juego todos esos conocimientos simultáneamen te. El mayor p e l i g r o que acecha a quien e x p l i c a un t e x t o es paráfrasis. Se llama p a r á f r a s i s a un comentario a m p l i f i c a t i v o en t o r no a lo que un t e x t o d i c e . Un e j e r c i c i o r e a l i z a d o así no es una e x p l i c a c i ó n , sino un rodeo i n ú t i l , en este caso. La p a r á f r a s i s puede ser b e l l a cuando la r e a l i z a un gran e s c r i t o r pero un novato no debe i n tentarla . Tampoco el comentario de textos puede servirnos como medio para exponer nuestros conocimientos acerca de cosas que no aclaran l o que comentamos. En este caso se e s t a r í a usando el t e x t o como p r e t e x t o . Para f i j a r l o que hemos dicho anteriormente l o resumiremos de la s i g u i e n t e manera: 1) La e x p l i c a c i ó n de t e x t o s no consiste en una p a r á f r a s i s del fondo, o en unos elogios t r i v i a l e s de la forma. 2) La e x p l i c a c i ó n de t e x t o s no c o n s i s t e en un alarde de conocimientos a propósito de un pasaje l i t e r a r i o . Si ya hablamos sobre l o que no es una e x p l i c a c i ó n de tex t o s , ahora l o haremos acerca de l o que debe s e r . Comentar un t e x t o c o n s i s t e en i r razonando paso a paso el por qué de l o que el autor ha e s c r i t o . Por s i l a d e f i n i - ción a n t e r i o r parece muy e x i g e n t e , considérese ésta más senci lia: E x p l i c a r un t e x t o es i r dando cuenta, a l a vez, de l o que un a u t o r dice y de cómo l o d i c e . En el c o m e n t a r i o , es p r e c i s o combinar una s e r i e de cond i c i o n e s personales ( s e n s i b i l i d a d , agudeza) con un c o n j u n t o de conocimientos n e c e s a r i o s . Estos conocimientos se van adq u i r i e n d o en l a s c l a s e s , desde p r i m a r i a hasta u n i v e r s i d a d . Los fundamentales son l o s de g r a m á t i c a , h i s t o r i a de l a l i t e ratura y métrica. Pero también l o s de g e o g r a f í a , h i s t o r i a , etc. pueden ser ú t i l e s al comentar determinados p a s a j e s . Eí M&todo LJ ¿OÓ ¿OÓ&Ó. El comentario de t e x t o s exige un orden para que no se entremezclen nuestras o b s e r v a c i o n e s . Los momentos o fases de que consta este orden son l o s s i g u i e n t e s : I . Lectura a t e n t a del II. III. tema. I V . Determinación de l a y p r e p a r a t o r i a de l a e x p l i c a comienza con un comentario de o que nos parecen r a r a s . Esto de l a forma y ya sabemos que Lo que debemos hacer con l a s palabras que buscamos en e l d i c c i o n a r i o es: aprender sus s i g n i f i c a d o s para que no haya en el t e x t o ninguna zona oscura. estructura. V. A n á l i s i s de l a forma p a r t i e n d o del VI. La primera f a s e es p r e v i a c i ó n misma. La e x p l i c a c i ó n no l a s palabras que no conocíamos e q u i v a l d r í a a separar e l fondo eso no es p o s i b l e . La segunda f a s e es l a l o c a l i z a c i ó n del t e x t o . Localizar es, de acuerdo con el d i c c i o n a r i o : " f i j a r el l u g a r de una co s a " . Por l o t a n t o , l o c a l i z a r un t e x t o l i t e r a r i o c o n s i s t i r á en p r e c i s a r qué l u g a r ocupa ese t e x t o dentro de l a obra a que pertenece. texto. Localización. Determinación del En esta primera f a s e , l o único que debe preocuparnos es entender el t e x t o en su conjunto y en todas y cada una de sus p a r t e s . No tenemos que ocuparnos de i n t e r p r e t a r qué s e n t i d o e s p e c i a l t i e n e aquel pasaje o t a l o cual e x p r e s i ó n . tema. Conclusión. Todas l a s p a r t e s de una obra a r t í s t i c a son s o l i d a r i a s , ; es d e c i r : todas l a s partes de una obra a r t í s t i c a se r e l a c i o nan e n t r e s í . Lo primero y más l ó g i c o que debemos h a c e r , a l e s t u d i a r un t e x t o para c o m e n t a r l o , es c o n o c e r l o mediante una a t e n t a lectura. Por eso a l comentar con p r e c i s i ó n un t e x t o es a b s o l u t a mente i m p r e s c i n d i b l e tener en cuenta e l c o n j u n t o a l que p e r t e nece,y e l l u g a r que ocupa dentro del c o n j u n t o . Para e l l o es p r e c i s o que l o leamos despacio y que c o m prendamos sus p a l a b r a s . En esta fase comienza, propiamente, el e j e r c i c i o de l a explicación. Esto q u i e r e d e c i r que, a l preparar l a e x p l i c a c i ó n , debe^ mos t e n e r forzosamente a mano un d i c c i o n a r i o de l a lengua es p a ñ o l a , para c o n s u l t a r e l s i g n i f i c a d o de todas l a s palabras que no entendemos o que comprendemos a medias. A l g u i e n puede pensar que no t i e n e caso acostumbrarse a u s a r l o , porque en l o s exámenes no se permite emplear el d i c c i o n a r i o , pero se debe tomar en cuenta que l a u t i l i z a c i ó n del d i c c i o n a r i o , día t r a s d í a , año t r a s año, proporciona un conocimiento t a l de v o c a b u l a r i o , que puede esperarse e l examen con t r a n q u i l i — dad. Para comprender l a f a s e I I I vamos a dar algunas ciones . explica- Asunto s e r í a e l argumento de un t e x t o . Se t r a t a de una reducción de l a o b r a , de una b r e v e n a r r a c i ó n de l o que ese t e x t o t r a t a más extensamente, pero conserva, en s u s t a n c i a , sus d e t a l l e s más i m p o r t a n t e s . S i del a s u n t o , t a l como l o hemos d e f i n i d o , quitamos t o dos l o s d e t a l l e s y d e f i n i m o s sólo l a i n t e n c i ó n del a u t o r a l e s c r i b i r esos p á r r a f o s , obtenemos el tema. El tema debe poseer dos rasgos importantes: c l a r i d a d y brevedad. Si tenemos que emplear muchas palabras para d e f i n i r el tema, hay que d e s c o n f i a r : l o más probable es que no hayamos acertado. Generalmente, el núcleo fundamental del tema podrá expre sarse con una palabra a b s t r a c t a , rodeada de complementos, por ejemplo: l a soledad ( d e . . . ) , l a r e b e l d í a (del poeta - f r e n t e a . . . ) , la s ú p l i c a ( p o r . . . ) , la melancolía ( q u e . . . ) . Para f i j a r el tema, hay que i n t e n t a r encontrar la palabra a b s t r a c t a que s i n t e t i z a la i n t e n c i ó n p r i m a r i a del e s c r i t o r . Al d e f i n i r e l tema, hay que c u i d a r de no hacer e n t r a r en él rasgos episódicos que pertenecen al asunto. Inversamente, s i nada debe s o b r c r , tampoco debe f a l t a r nada en l a d e f i n i c i ó n del tema; esto es que todos los elementos que - c o n s t i t u y e n el argumento deben e s t a r representados en el t e ma . El e s c r i t o r compone también. El n o v e l i s t a , por ejemplo, d i s t r i b u y e los acontecimientos que va narrando en c a p í t u l o s , y l o s va ordenando; el dramaturgo dispone l a materia d r a m á t i ca en a c t o s , dentro de éstos va desarrollando los cuadros y las escenas, e t c . Hasta el t e x t o más pequeño posee una compo sición o estructura precisa. Este es el momento de recordar que todas las partes de un t e x t o se r e l a c i o n a n e n t r e s í . Para que se entienda mejor, llamaremos apartado a cada una de las partes que podemos d e s c u b r i r en el t e x t o . Puede o c u r r i r que, en algunas ocasiones, no encontremos apartados en nuestro a n á l i s i s . No debe creerse que por establecer m u chos apartados vamos a ser más p r e c i s o s ; quizá con e l l o se fragmente demasiado el t e x t o y se pierda su unidad. La d e f i n i c i ó n del tema s e r á , pues, c l a r a , breve y exacta ( s i n f a l t a r , n i sobrar elementos). El tema suele d i s t r i b u i r s e irregularmente por los aparta^ dos, pero el rasgo fundamental de é s t e , estará presente en todos. Como se ha v i s t o , el tema se f i j a disminuyendo al m í n i mo p o s i b l e los elementos del asunto, y reduciendo éste a nociones o conceptos generales. Los apartados se c a r a c t e r i z a n y d i s t i n g u e n entre sí por^ que el tema adquiere en cada uno de e l l o s modulaciones d i v e r sas. Se puede l l e g a r a hacerlo con r e l a t i v a f a c i l i d a d , me- diante e j e r c i c i o s frecuentes. En los poemas no coinciden siempre los apartados con las e s t r o f a s , no hay que cometer el e r r o r de c o n s i d e r a r l o a s í . La fase IV c o n s i s t e en la determinación de l a estructu- ra . El a u t o r , al e s c r i b i r , va componiendo. Componer es col o c a r las partes de un todo en un orden t a l que puedan const i t u i r ese todo. La composición es i m p r e s c i n d i b l e en toda obra de a r t e : compone el p i n t o r los c o l o r e s , las f i g u r a s y todos los demás elementos que i n t e g r a n el cuadro; el músico compone su pieza m u s i c a l , los r i t m o s , los acordes, e t c . Hay, a veces, t e x t o s tan breves y simples, que r e s u l t a d i f í c i l d e f i n i r su composición. En o t r a s ocasiones el t e x t o no posee e s t r u c t u r a porque el a u t o r no ha querido d á r s e l a . La q u i n t a fase del comentario es el a n á l i s i s de l a forma partiendo del tema. Llamamos forma a l a s p a l a b r a s , a l o s g i ros gramaticales que i n t e g r a n el t e x t o . Entre todos l o s medios l i n g ü í s t i c o s que e l idioma o#§€fe ! al e s c r i t o r , éste ha elegido unos cuantos que l e parecían más, adecuados para expresar mejor el tema. Hay una estrecha r e í a c i ó n e n t r e el tema y l a forma. De l o a n t e r i o r se desprende un p r i n c i p i o fundamental: el tema de un t e x t o está presente en los rasgos formales de ese t e x t o . El tema es como un corazón que hace l l e g a r su sangre a todo el organismo. La e x p l i c a c i ó n de un t e x t o c o n s i s t e , entonces, en " j u s t i f i c a r " cada rasgo formal del mismo como algo necesario para el tema. Con el a n á l i s i s de la forma partiendo del-tema se termi_ na el comentario propiamente dicho. Sin embargo para que sea provechoso son necesarias cuando menos unas lineas de - conclusión. La conclusión es un balance de nuestras observaciones reducidas a líneas generales y es también una impresión personal . En la conclusión debemos a t a r , r e d u c i r a líneas comunes, los resultados obtenidos en nuestro a n á l i s i s . La conclusión debe acabar con una opinión s i n c e r a . Ñor malmente, en los textos que nos sean propuestos, tendremos que a l a b a r , porque su calidad así l o e x i j a . Pero otras v e ces, su sentido moral, su tema o su forma no nos agradarán, y debemos d e c i r l o , pero s i n mostrar con e l l o presunción o desconocimiento. La o p i n i ó n debe ser modesta y f i r m e . muías hechas como: Y carecerá de f ó r Es un pasaje muy b o n i t o . . . {nanea se deben usar las pal a b r a s : bonito o l i n d o en l a e x p l i c a c i ó n ) . Tiene mucha musicalidad ... Describe muy bien y con mucho g u s t o . . . Parece que se está v i e n d o . . . y se r e f e r i r á sólo a lo que comentamos, s i n tener en cuenta opiniones ajenas. InAt/iuccíone¿> pasta ¿a práctica del comen-tarUo. Antes de comenzar, es preciso tener a mano: el papel que va a servirnos de borrador; un d i c c i o n a r i o de la lengua ¿pañola; y todos los manuales de lengua y l i t e r a t u r a que se hayan estudiado. Después, debemos saber si aquel t e x t o es independiente o es un fragmento. Esto generalmente se conoce desde que se escoge o se nos señala el t e x t o . Inmediatamente debemos preguntarnos por el^género l i t e r a r i o al que pertenece, o sea, si es un ^p£Lema_JJo£^ un - fraqmpntn O i m a n h y * a jicama t i r a nna nnv/ola n un ^ipnt.O. Si se t r a t a de un texto completo, debemos l o c a l i z a r l o dentro de l a obra t o t a l del autor. Si se t r a t a de un fragmen t o , se l o c a l i z a r á dentro de la obra a que pertenece, y dentro de l a obra t o t a l del a u t o r . Posteriormente se manejan los textos de lengua y l i t e r a tura para obtener datos ú t i l e s para nuestro comentario. Ya tenemos l o c a l i z a d o el texto en l a medida que ha sido posible. Pasamos ahora a la tercera f a s e , muy importante en la e x p l i c a c i ó n , l a determinación del tema. Esto lo l o g r a r e / mos haciéndonos diversas preguntas sobre lo que nos dice autor y l a s razones que t i e n e para d e c i r l o . Para f i j a r l o s apartados ( e s t r u c t u r a del t e x t o ) hay que l e e r lo que el t e x t o d i c e , s i n preocuparse de cómo lo dice e i r separando lo párrafos o grupos de palabras que d e s a r r o l l e n l a misma idea c e n t r a l . En seguida debe hacerse el a n á l i s i s de l a forma p a r t i e n do del tema, este es el momento más importante de nuestro t r a bajo, al r e a l i z a r l o debemos recordar que: el tema de un t e x t o está presente en todos los rasgos formales de ese t e x t o . Ante cada rasgo de la forma que nos impresione, nos preguntaremos: ¿por qué dice esto el autor? y trataremos de j u s t i f i c a r l o como algo necesario para el tema. A¿gunaA noten ac.QA.ca del eAtilo. En una e x p l i c a c i ó n , no es preciso comentar todos los elementos del t e x t o , sino aquellos que confirman claramente el p r i n c i p i o fundamental. E s t i l o es el conjunto de rasgos que c a r a c t e r i z a n a un género, a una o b r a , a un e s c r i t o r o a una época. RcdaccÁJjn del De estas cuatro p o s i b i l i d a d e s , es casi seguro que, en un p r i n c i p i o , s ó l o podremos hacer r e f e r e n c i a al e s t i l o de época. Es d e c i r , no será tan d i f í c i l d e s c u b r i r en el t e x t o , algunos modos de d e c i r o de pensar que sean t í p i c o s del período l i t e r a r i o en que aquel t e x t o fue e s c r i t o . ~~ rio. cjeAcÁcÁ.0. Hemos terminado las fases más importantes del comenta— Falta sólo una: la c o n c l u s i ó n . Conviene que, antes de redactar é s t a , organicemos las notas que hemos ido tomando en el borrador. Asi al dar f o r ma d e f i n i t i v a a nuestras observaciones, i r á n sobresaliendo los rasgos de c a r á c t e r general que deben pasar a l a c o n c l u sión. Al redactar el e j e r c i c i o el borrador es un elemento imp r e s c i n d i b l e , pero sus observaciones pueden ser r e f u n d i d a s , rechazadas, ampliadas, cambiadas de orden, e t c . en este momento d e f i n i t i v o . Sin embargo s i las notas de nuestro borra^ dor están bien elaboradas, l a redacción f i n a l del e j e r c i c i o o f r e c e r á pocas d i f i c u l t a d e s . No es recomendable poner t í t u l o s a las fases del j o , pero s i se p r e f i e r e , puede hacerse. traba- Una vez redactado el e j e r c i c i o , en su p a r t e más i m p o r t a n t e , queda l a tarea de ponerle f i n mediante l a c o n c l u s i ó n . Debemos recordar que en l a conclusión debe r e a l i z a r s e un balance de l o s r e s u l t a d o s obtenidos y hay que dar una o p i n i ó n p e r s o n a l , apoyada en el a n á l i s i s que se r e a l i z ó . Para l o g r a r l o , debe r e l e e r s e el e j e r c i c i o fijándonos en las observaciones que, aún r e f i r i é n d o s e a cosas d i s t i n t a s , t i e n e n o r i g e n o f i n a l i d a d común. Después de l o a n t e r i o r , ha llegado el momento de pregun^ t a r n o s : ¿me gusta este t e x t o ? , ¿por qué? No olvidemos que nuestra o p i n i ó n debe ser f i r m e , pero modesta. Es menos f r e c u e n t e que podamos h a l l a r , en este primer ni v e l , notas c a r a c t e r í s t i c a s del e s t i l o del a u t o r , de la obra ~ o del género. No obstante puede suceder que los manuales nos den datos aprovechables. Tratemos siempre de hacer nuestro comentario, l o más completo posible CUESTIONARIO. literatura? 19.- ¿Qué son los apartados? 20.- ¿Siempre se encuentran apartados en un texto? 21.- En l o s poemas dos? 1.- ¿Cómo se puede l l e g a r al conocimiento de la 2.- ¿De qué modos podemos e s t u d i a r l a 3.- ¿Qué o b j e t i v o s nos proponemos en toda e x p l i c a c i ó n de textos? 22.- ¿En qué c o n s i s t e la e x p l i c a c i ó n de un texto? 4.- ¿A qué se llama fondo? 23.- ¿Qué es l a conclusión? 5.- ¿Qué es l a forma? 24.- ¿Cómo debe ser l a o p i n i ó n personal? 6.- ¿Se pueden separar el fondo y l a forma? 25.- ¿Qué es preciso tener a mano, antes de i n i c i a r el comen^ tario? 7.- ¿Cómo debe ser el 26.8.- ¿Qué conocimientos engloba el comentario de un t e x t o li_ terario? ¿Qué pasos hay que seguir después, para e l a b o r a r la explicación? 27.- ¿Cómo lograremos determinar el tema? 9.- ¿Qué es l a 28.- ¿Qué se debe hacer para f i j a r los apartados? 29.- ¿Qué preguntas podemos hacernos al t r a t a r de e x p l i c a r l a forma y qué trataremos de l o g r a r ? 30.- ¿Qué conviene hacer, antes de redactar l a conclusión? 31.- ¿El borrador de nuestro t r a b a j o es d e f i n i t i v o ? no y por qué). 32.- ¿Qué nos ayudará a r e a l i z a r nuestra conclusión? 33.- ¿Qué es el 34.- ¿Cómo debemos t r a t a r de hacer nuestro comentario? literatura? ¿coinciden las e s t r o f a s con los a p a r t a - comentario? paráfrasis? 10.- ¿En qué c o n s i s t e comentar un t e x t o ? 11.- ¿Cuáles son l a s fases del comentario de t e x t o r ? 12.- ¿Qué se debe hacer con las palabras que se buscan en el diccionario? 13.- ¿En qué c o n s i s t e l a l o c a l i z a c i ó n de un t e x t o ? 14.- ¿Qué es el 15.- ¿En qué c o n s i s t e el tema y cuáles son sus c a r a c t e r í s t i cas? 16.- ¿Cómo se expresa el tema generalmente? 17.- ¿Cómo se f i j a el tema y cómo será su d e f i n i c i ó n ? 18.- ¿Qué es componer? asunto? (Sí o estilo? " LA CHACHALACA Rafael Delgado J? A l i a por los ú l t i m o s días de j u n i o cumpliré cuarenta años, y l o que voy a r e f e r i r t e , amigo mío, acaeció cuando era yo un rapaz, un d o c t r i n o que no hubiera podido r e c i t a r de c o r o , s i n t r o p i e z o n i punto, los d i e z preceptos del Decá logo. Sin embargo, el recuerdo de la pobre a v e c i l l a no se aparta de mi memoria n i creo que se aparte de e l l a en los días de l a v i d a . ... El panA amianto humano, como al man., ÓUA cadáveAOA aAAoja. Así d i j o el poeta en admirable canto. Ciertamente, el cerebro es un océano siempre a g i t a d o , con frecuencia tempes^ tuoso, cuyas olas a r r o j a n implacables hacia las playas d e l o l v i d o los despojos del pasado; esperanzas desvanecidas, i l u s i o n e s malogradas, sueños a z u l e s , ardorosos anhelos, vagas a s p i r a c i o n e s , nobles ideas, recuerdos r e g o c i j a d o s , r e cuerdos t r i s t e s . Pero iah.' éste de la i n f e l i z a v e c i l l a l i e va años, s e i s l u s t r o s , de f l o t a r en a l t a mar, juguete de las o l a s , s i n que los turbiones de la adolescencia, ni las tormentas de l a j u v e n t u d , ni las t e r r i b l e s y sombrías t e m pestades de l a edad madura hayan conseguido a r r o j a r l e a l a costa. A l l í e s t á , a l l í , siempre f l o t a n d o sobre las crestas de las o l a s , l o mismo en las noches tenebrosas que en los días luminosos y serenos. Es como una gota de t i n t a en la p á g i na más blanca del l i b r o de mi v i d a . I Una tarde c a l u r o s a , a r d i e n t e , una t a r d e p r i m a v e r a l . Un c i e l o s i n nubes, pero inundado de norte a sur y de o r i e n t e a poniente por l a c a l i n a , como s i humaredas l e j a n a s , d i ~ seminadas en los campos, hubiesen esperado l a atmósfera y extendido en l a sabana, sobre las arboledas, sobre los plan t e l e s de caña de azúcar, un velo de azulino crespón. A lo l e j o s , el r i o que nos enviaba de tiempo en tiempo, con el rumor sordo de sus aguas, a i r e fresco y v i v i f i c a n t e . A un l a d o , e l v i e j o t r a p i c h e con su r u i d o monótono. Al o t r o el sendero r o j i z o , quemado por el s o l , bordado de a m a r i l l e n t a grama, de e s c o b i l l a r e s polvosos, de estramonios marchitos que suspiraban por las l l u v i a s de mayo. Delante de l a casa, en el césped húmedo y fresco por el r i e g o r e c i e n t e , sobre el verde t a p i z , l a abuela venerable y c a r i ñ o s a , calados los a n t e o j o s , repasaba páginas de no sé qué l i b r o piadoso: j u n t o a e l l a nuestra madre haciendo l a b o r , y en la natural y m u l l i d a alfombra, Ernesto, haciendo un papalote; l a c h i q u i t í n a , l a blonda N i n í , muy entretenida con su r o r r o , y yo, el p a c i f i c o Rodolfo, sacando de un arca de Noé, juguete en boga, e l e f a n t e s , camellos, cabras, osos, panteras, j i r a f a s , g a l l o s , g a l l i n a s y unos hermosos y envanecidos pavos r e a l e s , cuya b r i l l a n t e cola de v i d r i o hilado se quebraba entre mis dedos... Frente a nosotros, uno a uno, l e n t o s , p a c í f i c o s , sedientos, pasaban los bueyes camino del c o r r a l . i Hermoso cuadro de la vida r ú s t i c a ! iAmable grupo doméstico, que nadie hubiera contemplado s i n e n v i d i a ! Al t r a z a r estas l í n e a s , al consignar en estas hojas f u g i t i v a s tan dulces y t i e r n a s memorias, descubro por el b a l cón que tengo al f r e n t e l a casa de mis padres, l a heredad de mis abuelos. Veo los campos, el bosque, l a dehesa, l a v i e j a chimenea, de l a cual asciende lentamente al c i e l o una columna de humo a z u l , y r e p i t o los versos de Gutiérrez González: Va qa<¿ lu.<¿QO lo enciende mano extiafia, ya qá ajena la ca¿a pa£e,inal!... Obscurece. El c i e l o b r i l l a con sus mil l u c e s , y f u l g j j ran en las chozas lejanas las llamas del hogar. Ruido de c a b a l l e r í a s , voces de f i e l e s servidores, una sonrisa en los l a b i o s de mi abuela, una exclamación r e g o c i jada de rni madre, N i n í que se o l v i d a de su bebé. Ernesto que se l e v a n t a , arrojando los c a r r i z o s y la n a v a j a . . . íEs mi padre que vuelve de caza! íMi padre con l a escopeta al hombro y el morral r e p l e t o ! Corrí a r e c i b i r l e . Detrás de él venía Andrés, el c r i a do d i l i g e n t e , el bondadoso amigo, el f i e l Andrés, a quien mi padre, s i n mengua de su autoridad ni menoscabo de su decoro, estimaba y quería como a un hermano. — IAl comedor! —decía mi padre, tomando l a mano de Niní—. ¡Al comedor! Les t r a i g o muchas c o s a s . . . La c u r i o s i d a d y l a impaciencia nos h i c i e r o n c o r r e r . A poco entraba el f e l i z cazador, enlazando dulcemente con el brazo l a c i n t u r a de l a dichosa compañera de su v i d a . Pronto el morral estuvo vacío y extendido en l a mesa el producto de l a jornada: un gazapo y media docena de p e r dices. El c o n e j i l l o estaba t i b i o aún: las aves y e r t a s . nieve parecían aquellas p a t i t a s r o j a s como el c o r a l . De Se hablaba de los incidentes de l a caza; pero nosotros no oíamos nada, en espera de las m a r a v i l l a s que nos habían prometido. Ninf se a t r e v i ó al f i n a preguntar: —¿Y para nosotros? ¿Y para mf? Sonrió mi padre con aquella apacible sonrisa de sus delgados l a b i o s ; b r i l l ó en sus ojos claros y siempre benévo- los un relámpago de a l e g r í a , y sacó del m o r r a l , colgado en bandolera, un ramo de f r u t o s morados, casi azules, un r a c i mo de g r a n a d i l l a s s i l v e s t r e s , y mostrándole en l o a l t o d e cía: —Para l a s e ñ o r i t a Y ya nos parecía ver a la chachalaca que de aquel huevo s a l i e r a , i r y v e n i r por el c o r r a l g r i t a n d o : "iHay cacao, hay c a c a o ! " . . . Y que desde el bosque vecino le respondía el macho: "iNo hay cacao, no hay c a c a o ! " . . . Niní... La blonda niña d i o un s a l t o , queriendo a t r a p a r las f r u tas que al punto cayeron en su mano. ~~ —Para el c a b a l l e r o don E r n e s t o . . . —¿Oué? — d i j i m o s a una. —Para el c a b a l l e r o don Ernesto y para Rodolfo, una co s i t a muy l i n d a . . . A d i v i n e n . . . ¿Qué será? — iUn nido de chupamirtos! — iUn p a j a r i t o herido! —No. — ¿Caracol i tos del almacigo? Mi madre sonreía; mi padre se gozaba en atormentar nuestra c u r i o s i d a d . Al f i n hundió la mano en las profundidades del m o r r a l , y nos mostró, cerca de l a lámpara, un huevo, un l i n d o huevo bla.nco, t i n t o en l a sangre de las perdices. —ÍUn huevo de chachalaca! De la puesta de h o y . . . Cuando l o cogimos estaba t i b i o . La ponedora se fue h e r i d a . . . —Y pasándole a manos de mi madre, agregó—: L í m p i a l o . . . La a u t o r i d a d materna puso término a l a d i s c u s i ó n . —Le guardaremos para ver s i l a copetona blanca, que es buena sacadora, consigue e m p o l l a r l e . III A las t r e s semanas, o poco más, c i e r t o d í a , al despert a r , nos d i e r o n una alegre n o t i c i a . La copetona blanca tenía catorce p o l l u e l o s , y muy o r g u l l o s a de su nidada iba y venía por el c o r r a l , luciendo e n t r e sus c h i q u i t i n e s uno de extraño aspecto que sus hermanos miraban de r e o j o , las de— más g a l l i n a s con extrañeza y el señor del harén con a l t i v e z y menosprecio. La chachalaca, f e a , c u b i e r t a de obscuro ve-, l i o , t o r p e , muy d i s t i n t a de sus v i v a r a c h i t o s hermanos, fue desde entonces o b j e t o de nuestros cuidados, nuestra constan^ te ocupación, el tema inagotable de nuestras p l á t i c a s . ¿Cuándo será grande? ¿Cuándo l a veríamos l o g r a d i t a ? ¿No l a veremos nunca g r i t a r y r e v o l v e r el g a l l i n e r o ? i Qué de idas y venidas! íQué de v i a j e s ! iCómo gritábamos todo el santo d í a : "¡Hay cacao, no hay cacao!" La a v e c i l l a plumo con un plumaje pardo, t r i s t e , luctoo so, que hacía c o n t r a s t e con l a blancura n í t i d a de los polluie los nacidos en el mismo d í a . No tardó en d e j a r a la madre adoptiva y campar por sus r e s p e t o s , y , c h i q u i t a como e r a , ni buscaba abrigo por l a noche ni gustaba de los cuidados maternales. C i e r t o día l e d i j e a Ernesto: —¿La cogemos? —No, porque h u i r á ; es a r i s c a y huraña, ¿no l o ves? Los p o l l i t o s nos conocen y nos q u i e r e n , vienen a comer arroz en nuestra mano, mientras esa p r i e t a asustadiza y c a n a l l o - n a . . . ¡No la q u i e r a s ! u°- ] ° 5 Pñrla... En vano, l a avec o r r a l un pueblo r e v u e l t o , ; no s í n h pena hube ae renunciar a mis p r o p ó s i t o s , iTenfa yo tantas ganas de a c a r i c i a r y j u g a r con la c h a c h a l a j u t t l : cillaL7» a Hlce ntenté atra del No fue a s í . Al acercarme c o r r i ó al o t r o extremo del p a t i o , s a l t ó sobre unas mantas, d i o un brinco y consiguió escapar. —¿Te burlas de mí? —murmuré—. A S d S de PUés éxito fel^ ?S i K che a hAr, 1 ? prorrumpiÓ^ * ^ td -PaPá: 9a ren ° Vé lñ t e n t o n a , pero s i n Ernesto, y P or la noCU3nd ° m e n ° 3 me l o e s ^ a b a yo, mS e n c o n t r ó Rodolfo anda queriendo coger la c h a c h a l a q u i - —No hará t a l — d i j o mi padre—; no l o hará yo se l o p r o h i b o . ¿Lo has oído? Doroue P q Con mi padre no se jugaba; una sola vez decía las sas; nunca r e p e t í a sus mandatos. e co- s e el mayor que había en ia casa - L S g a l l o s ° escarbaban en l a t i e r r a f t nJ i ^ hb s c a n'S d0 tan « I ? ? * " alimañas; las g a l l i n a s se b a ñ a ban en el p o l v o ; o t r a s estaban echadas poniendo. "¡Pos 1 pos posporeso!" e La c h a c h a l a q u i t a , al verme, huyó y fue a r e f u q i a r s e en u l t i m o r i n c ó n del c o r r a l . . . A l l á f í i yo con e í ^ s t o e'n minutó.* * 9ar Y atra Parla s e r f a cosa de un Me detuve a gozar de mi triunfo. — ¡Rodolfo! ¡A l a obra! y co^r rr e r 9 ;iiS ' Y empezó el ataque. La a v e c i l l a , azorada, iba de aquí para a l l á , s i n detenerse un i n s t a n t e . Las g a l l i n a s , espantadas, volaban o se agrupaban medrosas a l a puerta del p a tio. Yo, en campo a b i e r t o , j a d e a n t e , r o j o , quemado por el s o l , redoblando el b r í o , seguía en pos del animal i t o , el c u a l , cansado, r e n d i d o , cuando yo daba tregua a mi persecus i ó n , recobraba f u e r z a , y luego escapaba v i c t o r i o s o . Aquel l o era un v é r t i g o . . . Por f i n , en momentos en que el a n i mal se detuvo, lancé el cesto y . . . ¡Chas! ¡Presa! Cuando yo me i n c l i n é , doblando una r o d i l l a , para echar mano a mi c a u t i v a , oí l a voz de mi padre, severa y reprensi^ va: ¡Ah, Dios mío! ¡Qué t e n t a c i ó n a q u e l l a ! De día de sar pn o t ' 0 ' 3 8 h 0 r " ^ P ^ e g u f a . En vano querí yo pen¿ wqKel d e S e ° 1 b a c ^ c i e n d o dominándome, subyugándome. Asi debe suceder a esos hombres que de abis 1 mo en abismo van a dar en el crimen. - ¿ Y por qué no? - p e n s é - . ¡Ya l o verás! 1n Estaba a l a puerta del c o r r a l . Todo l o había v i s t o . De pronto quedé s i n movimiento. Me repuse y huí por l a bodega. Desde a l l í mientras mi padre iba a l i b e r t a r a la p r i s i o n e r a , pude ver con espanto que l a c h a c h a l a q u i t a , laxo eT c u e l l o , se agitaba m o r i b u n d a . . . Mi padre no c h i s t ó . A l a hora de comer, al servirme el primer p l a t i l l o , llamó a l c r i a d o y en voz baja l e d i j o algo que no pude o i r . Estaba yo avergonzado y t r é m u l o , con los ojos l l e n o s de l á g r i m a s ; me l a t í a el corazón como s i f u e r a a sal írseme del pecho: era yo un c r i m i n a l que merecía l a horca. Andrés v o l v i ó , trayendo una fuente c u b i e r t a con una servilleta. Entonces mi padre, como nunca severo, dejó su asiento y vino a colocarse a mi lado. — Rodolfo.., No me a t r e v í a l e v a n t a r los ojos ni a responder. 1er. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD XV. —Rodolfo — r e p i t i ó con dureza hasta entonces desconocida en él — , idescubre esa f u e n t e ! UNIDAD DE REPASO GENERAL. Obedecí temblando... y i Di os santo! A l l í estaba el ca^ dáver, con el pico a b i e r t o , d e s t i l a n d o sangre. INTRODUCCION. De codos en la mesa o c u l t é el r o s t r o e n t r e las manos, s e n t í que me ahogaba y me eché a l l o r a r . Ernesto y Ni n i l l o r a b a n también. y Hemos llegado al f i n a l de este curso; sabemos que has a d q u i r i d o conocimientos ú t i l e s para tu vida f u t u r a . Ahora evaluaremos el t r a b a j o de todo el semestre repasando los s i guientes: Papá y mamá comían s i l e n c i o s o s , y , s i n duda, apenados tristes... OBJETIVOS. Esta es l a h i s t o r i a , amigo mío. Cuando la recuerdo, y la recuerdo todos los d í a s , y siempre con d o l o r y remordimiento c r u e l e s , me pregunto: —¿Qué s e n t i r á el asesino cuando l e ponen delante de su víctima? Unidad I - 6 al 11 Unidad I I - 2 al 4 Unidad I I I - 1 al 8 Unidad IV - 1, 2, 4 y 6 Unidad V - 1 al 6 Unidad VI - 1, 2, 3, 5 y 6 Unidad V I I - 1 al 8 Unidad V I I I - 1, 4 , 5 al 9 y 11 Unidad IX - 2 , 4 , 6 al 8 y 10 Unidad X - 1 al 6 y 9 Unidad XI - 1, 4 , 5, 8 a l 10, 12 y 13 Unidad X I I - 1, 3, 6, 7, 9, 10 y 12 al 14 Unidad X I I I - 1, 3, 4, 7 al 10, 12, 13 y 15 Unidad XIV - 4, 6 al 10 y 12 al 14 PROCEDIMIENTO: Lee los procedimientos en las unidades respectivas y a c l a r a las dudas con tu maestro. ACTIVIDADES. Contesta las preguntas y r e a l i z a los e j e r c i c i o s que se r e f i e r e n a los o b j e t i v o s indicados. REFERENCIA BILI0GRAFICA. Aguiar e S i l v a , V í c t o r Manuel de. Teoría de la l i t e r a t u r a . Madrid: Ed. Gredos, 1975. Antología. Selección de poesías breves. México: Ed. Epoca, 1976. Esta será tu autoevaluación. RITMO DE TRABAJO. En esta unidad d i s t r i b u i r á s libremente tu tiempo. Antología. Los mejores r e l a t o s de a n t i c i p a c i ó n . Barcelona: Ed. Bruguera, 1973. NOTA: a / evaluación f i n a l c o n s i s t i r á en un examen de conocimientos (70 p u n t o s ) , sobre los o b j e t i v o s antes señalados; y un t r a b a j o 30 puntos) sobre e l entremés de Cervantes- "Él ¡ W Í ° I T F F R A V I L L A S " > QUE se l o c a l i z a en este l i b r o l c a p i t u l o I I ) , de acuerdo a l o v i s t o en l a unidad XIV K(Cómo comentar un t e x t o l i t e r a r i o ) . B í f l n Antología. Selección de poesías breves. México: Ed. Epoca, 1976. Cervantes Zaavedra Miguel de. Entremeses. México: Ed. Oasis, 1968. E. Correa, Calderón F. y Lázaro C a r r e t e r . Cómo se comenta un t e x t o l i t e r a r i o . Salamanca: Ed. Anaya, 1971. Kayser, Wolfgang. I n t e r p r e t a c i ó n y a n á l i s i s de l a obra Madrid: Ed. Gredos, 1968. literaria. -y Sánchez, Luis A l b e r t o . Breve t r a t a d o de l i t e r a t u r a g e n e r a l . Madrid: Ed. E r c i l l a , 1973. Sánchez Munguía, F e l i p e . 33 cuentos mexicanos. Mex i co : Ed. Arana, 1973. Wellek, René y A u s t i n Warren. Teoría l i t e r a r i a . Madrid: Ed. Credos, 1966. ESTE LIBRO SE T E R M I N O DE IMPRIMIR EL D I A 15 DE A G O S T O DE \ 1980. UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE NUEVO LEON CAPILLA ALFONSINA BIBLIOTECA UNIVERSITARIA 'SHducación W ^ ^ R P O P O LO v:>N -m. Ml