Literatura - Universidad Autónoma de Nuevo León

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III
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Semestre
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Preparatoria Núm. 15
LITERATURA
I.
K
Coordinadoras:
Celina Leal de Rodríguez.
Diana A. Guerra de Muzza.
P a t r i c i a I . Barranco de González
Socorro Imelda Balderas Puente.
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L
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INDICE
L
DE
CONTENIDO.
PAG.
INTRODUCCION.
I
PRINCIPIOS GENERALES DE LITERATURA.
1
Objeto de l a l i t e r a t u r a . Carácter de l a l i t e r a
t u r a hasta mediados del s i g l o X V I I I . Concepto
de la autonomía de la l i t e r a t u r a . Concepción del romanticismo acerca de l a poesía y el a r t e
en g e n e r a l . El a r t e por el a r t e . La evasión con r e l a c i ó n a l a l i t e r a t u r a . L i t e r a t u r a y conocimiento. Concepto de l i t e r a t u r a comprometida. El compromiso l i t e r a r i o según S a r t r e . Di f e
rencia e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y l i t e r a "
t u r a d i r i g i d a . D e f i n i c i o n e s de: t e o r í a , c r í t i ca e h i s t o r i a l i t e r a r i a . D e l i m i t a c i ó n de l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , comparada y n a c i o n a l . C u e s tionario.
Lectura:
Wilde.
II
"El Príncipe F e l i z " , cuento de Oscar
LOS GENEROS LITERARIOS.
Teorías respecto a l o s géneros l i t e r a r i o s . Ori_
gen y c a r a c t e r í s t i c a s de: l a poesía é p i c a , la~~
epopeya, e l poema é p i c o , el cantar de gesta, los poemas b u r l e s c o s . Surgimiento del l i r i s m o ;
poemas l í r i c o s p r i n c i p a l e s : l a oda, la canción,
l a e l e g í a , el e p i t a l a m i o , el himno. Poesía dra^
m á t i c a , o r i g e n y c a r a c t e r í s t i c a s ; formas p r i n ~
c i p a l e s . Concepto de l o t r á g i c o . Origen de l a
t r a g e d i a ; los grandes t r á g i c o s g r i e g o s . D i f e rencia e n t r e t r a g e d i a y coinedia. El drama, cla^
s i f i c a c i ó n y c a r a c t e r í s t i c a s . Elementos c l á s i cos que se consideran en l a obra t e a t r a l . La novela y c a r a c t e r í s t i c a s . C u e s t i o n a r i o .
FONDO
UNIVERSITARIO
b
TttJ
25
Lecturas:
"Navidad en Ganimedes", cuento de
Isaac Asimov; "El r e t a b l o de l a s m a r a v i l l a s " ,
entremés de Cervantes y dos poemas: "El alba
t r o s " de Carlos Baudelaire y "Lo único e t e r no" de Guillermo B l e s t Gana.
III
INDICE
UNIDADES.
PAG.
COMO COMENTAR UN TEXTO LITERARIO.
UNIDAD
XII.
Generalidades. El método y sus f a s e s . I n s t r u c
ciones para l a p r á c t i c a del comentario. Redac
c i ó n del e j e r c i c i o . Algunas notas acerca del
e s t i l o . Cuestionario.
UNIDAD
XIII.
UNIDAD
XIV.
Lectura:
Del gado.
UNIDAD
XV.
"La Chachalaca", cuento de Rafael
DE
VII
XI
XV
XIX
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA.
NOTA:
libros d e T â r e ' f
"
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en
loS
°tros
INTRODUCCION.
La i n t e n c i ó n de este l i b r o es: i n i c i a r a los e s t u d i a n tes de p r e p a r a t o r i a en los diversos aspectos que i n t e g r a n
el fenómeno l i t e r a r i o , en una forma a c c e s i b l e a todos.
Trataremos de responder preguntas básicas, t a l e s como:
¿qué es l a l i t e r a t u r a ? ; ¿cómo se c l a s i f i c a ? ; ¿qué hacer para comprenderla mejor?
A modo de breve i n t r o d u c c i ó n diremos que l a l i t e r a t u r a ,
como a c t i v i d a d creadora, c o n s t i t u y e un a r t e ; el m a t e r i a l
del que se vale es la p a l a b r a , es conveniente recordar que
la p a l a b r a , como la T i e r r a , l a sociedad, el cuerpo humano,
puede ser estudiada desde d i f e r e n t e s puntos de v i s t a ya
que es m ú l t i p l e , a r t i c u l a d a y cambiante como todo l o que vi^
ve.
Para c o n c l u i r , p o r el momento, sólo expresaremos l o s i g u i e n t e : para vislumbrar la importancia de l a l i t e r a t u r a ,
basta con saber que su esencia está impregnada de herencia
c u l t u r a l ; de todo l o que el hombre ha s i d o , es y , t a l vez,
será.
l e r . SEMESTRE.
AREA
III.
UNIDAD
XII.
PRINCIPIOS GENERALES DE LITERATURA.
INTRODUCCION:
Creemos que el aprendizaje de l a l i t e r a t u r a no debe ser
en l o a b s o l u t o , e l estudio de una s e r i e de nombres de autores
y las obras que han e s c r i t o con algunas r e f e r e n c i a s a la épo
ca o a s i t u a c i o n e s que i n f l u y e r o n en su c r e a c i ó n ; ni tampoco
la l e c t u r a de resúmenes arguméntales más o menos bien hechos.
Para captar realmente l o que nos ofrece l a l i t e r a t u r a de
bernos conocer primero las t e o r í a s que se han elaborado en t o r no a e l l a , sus bases y d i f e r e n c i a c i o n e s ; y después s u m e r g i r nos de l l e n o en su sustancia en Ta única forma p o s i b l e : leyen
do.
~
OBJETIVOS:
1.-
Mencionar cuál es el o b j e t o de l a
literatura.
2.-
Enunciar el c a r á c t e r que se a t r i b u í a a la l i t e r a t u r a has
ta mediados del s i g l o X V I I I .
3.-
D e f i n i r el concepto de l a autonomía de l a
4.-
Mencionar l a concepción de Karl P h i l i p M o r i t z sobre l a
obra de a r t e .
5.-
E x p l i c a r l a v i s i ó n del romanticismo acerca de l a poesía y
el a r t e en g e n e r a l .
6.-
Establecer en qué c o n s i s t e l a t e o r í a del a r t e por e l a r t e
y s i t u a r l a en el tiempo.
literatura.
7.-
Determinar en qué c o n s i s t e l a evasión, t a n t o en el crea^
dor l i t e r a r i o como en el l e c t o r , y e x p l i c a r sus formas.
8.-
D e f i n i r l a r e l a c i ó n e n t r e l i t e r a t u r a y conocimiento.
9.-
E x p l i c a r qué
RITMO DE TRABAJO:
1er.
día.-
Objetivos.
2o. d í a . -
A c t i v i d a d 1.
3er. d í a . -
A c t i v i d a d 2.
4o. d í a . -
Repaso t o t a l
representa l a l i t e r a t u r a para el hombre.
10.- Enunciar e l concepto de l i t e r a t u r a
comprometida.
1 1 . - E x p l i c a r brevemente l a concepción de l a l i t e r a t u r a ,
gún Jean Paul S a r t r e y sus puntos d i s c u t i b l e s .
se-
1 2 . - Establecer l a d i f e r e n c i a e n t r e l i t e r a t u r a comprometida
y literatura dirigida.
13.- Mencionar en qué c o n s i s t e n : l a t e o r í a , c r í t i c a e h i s t o r i a
l i t e r a r i a s y su r e l a c i ó n r e c í p r o c a .
14.- D e f i n i r a qué se llama l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , comparada
y nacional .
PROCEDIMIENTO:
Lee atentamente el m a t e r i a l de e s t u d i o que incluímos a c o n t i n u a c i ó n y resuelve los o b j e t i v o s .
ACTIVIDADES:
1.-
Lee: "El p r í n c i p e f e l i z " de Oscar Wilde ( l o encontrarás
en t u l i b r o después del c u e s t i o n a r i o ) y elabora por esc r i t o , una s í n t e s i s personal sobre su contenido. No copies párrafos únicamente; t r a t a de comprender en r e a l i dad y hazlo con tus propias palabras.
2.-
Contesta las preguntas del c u e s t i o n a r i o que corresponde
a este c a p í t u l o , es t u a u t o e v a l u a c i ó n .
Requisito para presentar l a evaluación es la entrega de
estas dos a c t i v i d a d e s , debidamente r e a l i z a d a s .
I
PRINCIPIOS GENERALES OE LITERATURA.
En Tos últimos años se han r e a l i z a d o v i s i b l e s progresos
en el campo de la l i t e r a t u r a .
Pero ¿para quiénes y por qué
se escribe? I n i c i a l m e n t e podemos d e c i r que la l i t e r a t u r a es
tá e s c r i t a para aquellos que desean enterarse de lo que es ~~
capaz de crear el ser humano en el ámbito i n t e l e c t u a l ; para
conocer y v a l o r a r l o que se ha e s c r i t o y aprovechar l o que
se ha v i v i d o a través de e l l a .
La l i t e r a t u r a como conjunto de e s c r i t o s , en prosa o - verso, t i e n e ante todo un c a r á c t e r c r e a t i v o , a r t í s t i c o .
Def i n i r l a es realmente d i f í c i l , pero podemos d e c i r que r e p r e senta un conocer, un s e r i o saber, y a l a vez, algo a l e g r e ,
un organismo v i v o , que se puede tomar interesada o d e s i n t e r e
sadamente; que puede ser empleada como vehículo de i n f o r m a - "
ción o s u s t i t u t o de e x p e r i e n c i a s , y , al mismo tiempo, como
gozosa contemplación, como algo no a d q u i s i t i v o , como expe- r i e n c i a en s í misma.
Los s e n t i m i e n t o s , l a imaginación y l a f a n t a s í a forman
parte de l a naturaleza de la l i t e r a t u r a contenida en los tex
tos. Estos i n t e g r a n un conjunto de elementos s o l i d a r i o s con
la r e a l i d a d s o c i a l en l a cual l a obra l i t e r a r i a nace y a l a
que representa a t r a v é s de acontecimientos, temas, p e r s o n a j e s , ideas y escenarios de una época determinada.
De acuerdo con todo l o a n t e r i o r , l a f u n c i ó n esencial de
la l i t e r a t u r a s e r í a :
ser f i e l a s í misma, a su n a t u r a l e z a ,
y también a ser comunicadora de e x p e r i e n c i a s , de saberes de
ideologías.
Ahondando en estas r e f l e x i o n e s , aclararemos
conceptos.
La l i t e r a t u r a , como l a s demás c i e n c i a s del e s p í r i t u ,
t i e n e como o b j e t o el mundo creado por el hombre en el t r a n s curso de los s i g l o s , campo enorme, pues abarca todos los dominios de l a m ú l t i p l e a c t i v i d a d humana; de esto podemos dedu
c i r f á c i l m e n t e su importancia y su v a l o r . Sin embargo, las
opiniones en cuanto a las funciones de l a l i t e r a t u r a son con
trovertidas.
Hasta mediados del s i g l o X V I I I » se l e a t r i b u y e , casi s i n excepción, una f i n a l i d a d hedonista* o pedagogo
c o - m o r a l i s t a * Aunque en algunas ocasiones se externaba el
concepto de la autonomía de l a l i t e r a t u r a , por ejemplo por
medio de poesía o r i g i n a l , r i c a en b e l l o s e f e c t o s sonoros, en
r i t m o s nuevos y completamente ajena a motivaciones morales.
S i g l o s más t a r d e se transforma l a a c t i v i d a d poética en verda
dera r e l i q i ó n del a r t e , al consagrarla a l a creación del poe
ma y a su perfeccionamiento f o r m a l , excluyéndose toda i n t e n ción u t i l i t a r i a .
La conciencia de l a autonomía de l a l i t e r a t u r a , y del
a r t e en g e n e r a l , a d q u i r i ó fuerza y se fundamentó a p a r t i r de
l a segunda mitad del s i g l o X V I I I .
Karl P h i l i p M o r i t z , en su
obra: Sobie. la XmUacÁón plástica
da lo bello t a f i r m a que
l a obra de a r t e es un microcosmos, un todo o r g á n i c o , complet o y p e r f e c t o en s í mismo, y que es b e l l o precisamente p o r q u e r o t i e n e necesidad de ser ú t i l .
El
general
bre l o
mas de
romanticismo, al considerar l a poesía y el a r t e en
como un conocimiento ú n i c o , capaz de r e v e l a r al homi n f i n i t o , los m i s t e r i o s de l o sobrenatural y los e n i ^
l a v i d a , l e da a éste una j u s t i f i c a c i ó n t o t a l .
El a r t e por e l a r t e , como movimiento e s t é t i c o , como escuela l i t e r a r i a h i s t ó r i c a m e n t e situada y determinada, es un
fenómeno c a r a c t e r í s t i c o del s i g l o XIX. Su m é r i t o c o n s i s t e
en creer en l a autonomía de l a l i t e r a t u r a y en d i f u n d i r el
p r i n c i p i o de que l a l i t e r a t u r a debe r e a l i z a r ante todo v a l o res e s t é t i c o s .
La negativa a i d e n t i f i c a r l o b e l l o con l o ú t i l se r e l a ciona con una a c t i t u d i n t e l e c t u a l muy importante: una f u e r t e h o s t i l i d a d f r e n t e al progreso de l a c i e n c i a y de l a t é c m
ca como {{andamawtoó excZuA¿vo& de. la pe.iúe,cX¿bll¿dad humana.
Las conquistas de l a c i e n c i a y de l a t é c n i c a , la c r e c i e n t e
i n d u s t r i a l i z a c i ó n y las riquezas derivadas de e l l a s provocan
en las m u l t i t u d e s una e u f o r i a que conduce al menosprecio y
al o l v i d o de todos los valores que no se i n t e g r a n en el mito
del progreso. En nombre de los valores o l v i d a d o s , sobre t o do los e s t é t i c o s , y en nombre de l a e s p i r i t u a l i d a d misma del
hombre, l o s | p a r t i d a r i o s del a r t e por e l a r t e proclaman su repulsa f r e n t e a los u t i l i t a r i s t a s .
Entre o t r a s f i n a l i d a d e s , con frecuencia se l e asigna a
l a l i t e r a t u r a la de l a evasión, que s i g n i f i c a , en términos
generales, l a fuga del yo ante determinadas condiciones y - c i r c u n s t a n c i a s de la vida y del mundo, y que implica la búsqueda y la construcción de un mundo nuevo, i m a g i n a r i o , d i f e rente de aquél del cual se huye, y que funciona como sedante,
como compensación i d e a l , como un medio de r e a l i z a c i ó n de sue
ños y a s p i r a c i o n e s .
La evasión como fenómeno l i t e r a r i o , puede comprobarse
t a n t o en el e s c r i t o r como en el l e c t o r .
Los dos p r i n c i p a l e s motivos de la evasión en el plano
del creador l i t e r a r i o son:
a)
C o n f l i c t o con l a sociedad: el e s c r i t o r s i e n t e l a medio
c r i d a d , l a v i l e z a y l a i n j u s t i c i a de l a sociedad que l o
rodea y , en a c t i t u d de amargura y desprecio huye de
esa sociedad y se r e f u g i a en l a l i t e r a t u r a .
b)
Problemas y sentimientos íntimos que t o r t u r a n l a mente
del e s c r i t o r , de los que éste huye por e. camino de la
evasión. El t e d i o , e l s e n t i m i e n t o de abandono y de soledad, l a angustia de un d e s t i n o f r u s t r a d o , c o n s t i t u y e n
o t r o s tantos motivos para a b r i r la puerta de l a evasión.
La evasión del e s c r i t o r puede r e a l i z a r s e , en el plano
de la creación l i t e r a r i a , de d i f e r e n t e s modos:
I ) Transformando l a l i t e r a t u r a eil, a u t é n t i c a r e l i g i ó n ,
en a c t i v i d a d t i r á n i c a m e n t e absorbente» por l a que el
a r t i s t a o l v i d a el mundo y l a v i d a .
2> Evasión en el tiempo, buscando en épocas remotas l a
b e l l e z a , l a grandiosidad y el encanto que e l presente
es incapaz de o f r e c e r .
3) Evasión en el espacio, que se m a n i f i e s t a en el gusto
por l o s p a i s a j e s , l a s f i g u r a s y las costumbres e x ó t i cas En el t e r r e n o de l a evasión en el espacio ocupa
l u g a r fundamental el tema del v i a j e . Enclaustrado por
el a b u r r i m i e n t o , cansado y herido en cuerpo y alma, eí
e s c r i t o r anhela l a aventura. Al término del v i a j e se
extiende un país m a g n i f i c o , un paraíso moldeado por el
ensueño del a u t o r .
4) La i n f a n c i a c o n s t i t u y e un t e r r e n o p r i v i l e g i a d o para
l a evasión l i t e r a r i a .
Ar.te l a s d e s i l u s i o n e s y oerrum
bamlentos de l a edad a d u l t a , e l e s c r i t o r , evoca sonadoramente el tiempo perdido de l a i n f a n c i a , paraíso
l e j a n o donde v i v e n l a pureza, l a i n o c e n c i a , la promesa y los mitos f a s c i n a n t e s .
5) La creación de personajes es o t r o procedimiento usado
con f r e c u e n c i a por e l e s c r i t o r , sobre todo por e l nov e l i s t a , para e v a d i r s e . El personaje, plasmado según
los más secretos deseos y designios del a r t i s t a , p r e senta las cualidades y v i v e las aventuras que el e s c r i t o r ha deseado para s i i n ú t i l m e n t e .
6) El ensueño, los paraísos a r t i f i c i a l e s provocados por
' las drogas y el a l c o h o l , l a o r g í a , e t c . , representan
o t r o s procesos de evasión con amplia proyección en la
1iteratura.
El fenónemo de l a evasión l i t e r a r i a se presenta también
en e l l e c t o r . Este l l e g a a l a e v a s i ó n , en forma semejante al
e s c r i t o r , a través del a b u r r i m i e n t o , de l a f r u s t r a c i ó n y de
l a tendencia a soñar i l u s o r i a s f e l i c i d a d e s y aventuras y a
c r e e r en ese ensueño. La l e c t u r a r e s u l t a ser entonces e x c i t a n t e de un sentimentalismo ansioso de quimeras*, forma i l u
s o r i a de compensar f r u s t r a c i o n e s de l a propia e x i s t e n c i a .
Hay o t r a t e o r í a que i d e n t i f i c a l a l i t e r a t u r a con el cono
c i m i e n t o . Respecto a e l l a se puede a f i r m a r que l a creación
l i t e r a r i a no es f i l o s o f í a d i s f r a z a d a , ni el conocimiento que
se t r a n s m i t e por e l l a está esencialmente c o n s t i t u i d o por p n n
cipios c i e n t í f i c o s .
No o b s t a n t e , l a r u p t u r a t o t a l e n t r e l i t e
r a t u r a y conocimiento r e p r e s e n t a r í a una m u t i l a c i ó n i n a c e p t a ble del fenómeno l i t e r a r i o , pues, como d i j i m o s a n t e s , toda
obra l i t e r a r i a a u t é n t i c a traduce una experiencia humana y d i ce algo acerca del hombre y del mundo. A t r a v é s de todos los
tiempos l a l i t e r a t u r a ha sido e l más fecundo instrumento de
a n á l i s i s y comprensión del hombre y de sus r e l a c i o n e s con e l
mundo. S ó f o c l e s , Shakespeare, Cervantes, Dostoyevski, Kafka,
representan nuevos modos de comprender a l hombre y l a v i d a ,
y revelan verdades humanas que antes se desconocían o apenas
eran p r e s e n t i d a s .
En nuestro tiempo se habla mucho de l i t e r a t u r a comprome
t i d a y de compromiso l i t e r a r i o .
Estas d o c t r i n a s surgen a par
t i r de l a segunda guerra mundial y de los años s i g u i e n t e s .
En esencia este compromiso s i g n i f i c a preocupación por l o que
sucede en el mundo y una manifestación palpable de esa preocu
pación.
Jean Paul S a r t r e expone esta concepción de l a l i t e r a t u ra en su ensayo mundialmente c é l e b r e , "¿Qué es l a l i t e r a t u - ra?" La r e f l e x i ó n s a r t r i a n a sobre l a naturaleza y l a f i n a l i dad de l a l i t e r a t u r a comprende t r e s preguntas y t r e s respuestas sobre aspectos diversos, íntimamente complementarios, de
l a a c t i v i d a d l i t e r a r i a , ya mencionados con a n t e r i o r i d a d : ¿qué
es e s c r i b i r ? ; ¿por qué e s c r i b i r ? ; ¿para quién e s c r i b i r ?
A c o n t i n u a c i ó n se expondrá, muy brevemente, l a d o c t r i n a
de S a r t r e .
A.
¿Qué es e s c r i b i r ?
Para S a r t r e hablar es obrar»la r e a l i d a d sufre una modif i c a c i ó n tan pronto como l a palabra l a descubre y l a hace per^
der su inocencia y por esto para él l a r e v e l a c i ó n causada por
el narrador i m p l i c a l a transformación de l o revelado y compro
mete en esta empresa l a r e s p o n s a b i l i d a d de los o t r o s . Sin em
barqo, para S a r t r e no es e s c r i t o r e l que dice c i e r t a s cosas,
sino el que e l i g i ó d e c i r l a s de c i e r t o modo; con conciencia de
su f i n a l i d a d .
B.
¿Por qué e s c r i b i r ?
S a r t r e examina y condena o t r a s respuestas dadas t r a d i c i o
nalmente a esta pregunta - l a l i t e r a t u r a como evasión, l a l i t e r a t u r a como conocimiento e s p e c í f i c o - y formula una nueva
e x p l i c a c i ó n : el hombre t i e n e l a conciencia de ser revelador
de las cosas y , por l o t a n t o , toda obra l i t e r a r i a se presenta
como una llamada, comprometiendo l a l i b e r t a d y l a generosidad
del l e c t o r en el proceso de su r e v e l a c i ó n .
C.
¿Para quién e s c r i b i r ?
Seqún S a r t r e el e s c r i t o r se d i r i g e a l a l i b e r t a d de sus
l e c t o r e s . Además no a un l e c t o r i d e a l , sino a uno concreto y
contemporáneo.
Estas ideas de S a r t r e t i e n e n v a r i o s puntos d i s c u t i b l e s :
iqnora deliberadamente los valores propios del fenomeno l i t e r a r i o y confunde su contenido con el de una obra p o l í t i c a , so
c i o l ó g i c a , p a n f l e t a r i a ; h i s t o r i z a la actividad l i t e r a r i a y ,
al h a c e r l o , niega al l e c t o r la p o s i b i l i d a d de r e c o n s t r u i r
los conceptos n e c e s a r i o s , por medio de l a c u l t u r a para poder
l e e r y comprender obras de épocas muy d i v e r s a s .
Recordemos
que l a l i t e r a t u r a a u t é n t i c a no es el r e s u l t a d o de los valores
de una época únicamente.
Establecido l o a n t e r i o r , es conveniente d e c i r también
que hay que d i s t i n g u i r e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y l i t e r a
tura d i r i g i d a .
En l a l i t e r a t u r a comprometida, l a defensa de
determinados valores p o l í t i c o s y s o c i a l e s n a c e d e una d e c i En l a l i t e r a t u r a d i r i g i d a , los valo
sión l i b r e del e s c r i t o r .
res que deben ser defendidos y exaltados y los o b j e t i v o s que
han de alcanzarse son impuestos por un poder ajeno al e s c r i t o r , casi siempre por un poder p o l í t i c o , con l a c o n s i g u i e n t e
l i m i t a c i ó n e i n c l u s o en algunos casos l i q u i d a c i ó n de l a n b e r
tad del a r t i s t a .
Como o t r o tema básico para i n i c i a r s e en el conocimiento
de l a l i t e r a t u r a está la d i s t i n c i ó n e n t r e l o que es la t e o r í a ,
l a c r í t i c a y la h i s t o r i a l i t e r a r i a s .
La t e o r í a l i t e r a r i a la podríamos d e f i n i r como l a p o s i b i l i d a d del e s t u d i o s i s t e m á t i c o e integrado de la l i t e r a t u r a ;
en forma más concreta diríamos que es el estudio de los p r i n c i p i o s de la l i t e r a t u r a , de sus c a t e g o r í a s , c r i t e r i o s , e t c .
La h i s t o r i a de la l i t e r a t u r a contempla el fenómeno l i t e r a r i o como una s e r i e de obras y autores dispuestos en orden
cronológico y como partes i n t e g r a n t e s del proceso h i s t ó r i c o .
En cuanto a la c r í t i c a
l i t e r a r i a podríamos d e c i r que es
el e s t u d i o de obras concretas de a r t e con el f i n de a n a l i z a r
su c a l i d a d .
Naturalmente es f á c i l a d v e r t i r que estas t r e s formas de
e s t u d i a r l a l i t e r a t u r a se presuponen y enlazan mutuamente de
una manera muy e s t r e c h a . No se puede concebir la t e o r í a l i t e
r a r i a s i n la c r í t i c a o s i n la h i s t o r i a , ni la h i s t o r i a s i n la
teoría y la c r í t i c a .
Ninguna obra puede ser analizada s i n re
c u r r i r a p r i n c i p i o s generales, ni tampoco s i se ignoran las
relaciones h i s t ó r i c a s , pues sencillamente no s e r í a posible ni
s i q u i e r a saber qué obra es o r i g i n a l y cuál derivada y s o l a mente se l o g r a r í a hacer conjeturas poco p r e c i s a s . El d i v o r cio e n t r e la c r í t i c a , l a h i s t o r i a y la t e o r í a l i t e r a r i a i r í a
en p e r j u i c i o de todas y cada una de e l l a s .
Como punto f i n a l estableceremos las d i f e r e n c i a s que se
observan e n t r e l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , l i t e r a t u r a comparada y
l i t e r a t u r a nacional.
L i t e r a t u r a u n i v e r s a l es un término al que se le han dado
d i f e r e n t e s acepciones: una de e l l a s , la más conocida y u t i l i ^
zada, como sinónimo de l i t e r a t u r a "general" o " m u n d i a l " ; o t r a
como el i d e a l según el c u a l , en una época determinada, todas
las l i t e r a t u r a s se c o n v e r t i r á n en una s o l a , el ideal de "!a fu_
sión de todas las l i t e r a t u r a s en una gran s í n t e s i s en que cada nación desempeñaría un papel en e l c o n c i e r t o u n i v e r s a l ;
una t e r c e r a la considera el gran tesoro de los c l á s i c o s como
Homero, Dante, Cervantes, Shakespeare y Goethe, cuya fama se
ha extendido Dor todo el mundo y perdura l a r g o tiempo, o sea
como un sinónimo de "obras maestras".
La comparación formal e n t r e l i t e r a t u r a s , -o e n t r e movimientos, f i g u r a s y obras- en busca de sus relaciones r e c í p r o cas, es el o b j e t o de l a l i t e r a t u r a comparada.
La l i t e r a t u r a nacional obviamente es el conjunto de - creaciones de uri conglomerado humano en p a r t i c u l a r . Al e s t u d i a r las d i s t i n t a s c o n t r i b u c i o n e s de las naciones al proceso
l i t e r a r i o g e n e r a l , se deben hacer a un lado los sentimientos
n a c i o n a l i s t a s y las t e o r í a s r a c i s t a s . Todo a n á l i s i s o b j e t i v o
tendrá que d i s t i n g u i r entre l a s cuestiones relacionadas con
l a ascendencia r a c i a l de los e s c r i t o r e s y con las s o c i o l ó g i cas de procedencia y ambiente, por una parte y por o t r a , las
r e l a t i v a s a l a i n f l u e n c i a r e a l del p a i s a j e y a la t r a d i c i ó n y
modas l i t e r a r i a s .
Los problemas con l a nacionalidad se c o m p l i c a n más, s i se va a d e c i d i r s i l a s l i t e r a t u r a s e s c r i t a s ^ e n
una misma lengua son l i t e r a t u r a s nacionales d i s t i n t a s , ¿qué
es l o que las d e f i n e ? ; ¿la independencia p o l í t i c a ? ; ¿la con- c i e n c i a n a c i o n a l ? ; ¿la de los propios autores?; ¿el empleo de
asuntos nacionales y de " c o l o r l o c a l " ? ; ¿o es la a p a r i c i ó n de
un neto e s t i l o l i t e r a r i o nacional?
Cuando se haya d e c i d i d o e s t o , se podrá a n a l i z a r el modo
preciso en que cada l i t e r a t u r a nacional ingresa en l a t r a d i c i ó n , s i n que las h i s t o r i a s de l i t e r a t u r a nacional sean s i m plemente categorías g e o g r á f i c a s .
Lo que es muy importante r e c o r d a r , en este aspecto, es
que l a l i t e r a t u r a u n i v e r s a l y las nacionales se presuponen mu
tuamente y que el poder d e s c r i b i r la a p o r t a c i ó n precisa de ca
da una s i g n i f i c a r í a conocer mejor el conjunto del amplio mundo de l a 1 i t e r a t u r a .
CUESTIONARIO.
1.-
¿Cuál es el o b j e t o de l a
literatura?
2.-
¿Qué c a r á c t e r se a t r i b u í a a la l i t e r a t u r a hasta mediados
del s i g l o X V I I I ?
3.-
¿En qué época toma fuerza l a conciencia de la autonomía
de l a l i t e r a t u r a ?
4.-
¿Qué afirma Karl P h i l i p M o r i t z , en su obra: Scb/ie ta -ÓÍR
taitón plástica cíe lo 6e¿&,\ de la obra de arte?
5.-
¿Cómo consideraba el romanticismo a l a poesía y el
en general?
6.-
¿En qué s i g l o se s i t ú a el a r t e por el a r t e , corno movi- miento e s t é t i c o ?
7.-
¿Cuál es el m é r i t o de esta t e o r í a ?
8.-
¿Con qué a c t i t u d i n t e l e c t u a l se r e l a c i o n a l a negativa a
i d e n t i f i c a r l o belfo con l o ú t i l ?
9.-
¿Qué es la evasión?
arte
10.- ¿Cuáles son los p r i n c i p a l e s motivos de l a evasión en el
plano del creador l i t e r a r i o ?
11.- ¿De qué modos puede r e a l i z a r s e la evasión del
en el plano de l a creación l i t e r a r i a ?
12.- ¿Cómo se presenta la evasión l i t e r a r i a en el
escritor,
lector?
13.- ¿Qué se puede a f i r m a r respecto a la t e o r í a que i d e n t i f i ca l a l i t e r a t u r a con el conocimiento?
14.- ¿Qué representa la l i t e r a t u r a para e l hombre?
15.- ¿A- qué se r e f i e r e el compromiso
literario?
1 6 . - ¿Cuándo aparece el concepto de l i t e r a t u r a comprometida?
1 7 . - ¿Cómo se podría e x p l i c a r , brevemente, l a concepción de
l a l i t e r a t u r a según Sartre?
1 8 . - ¿En qué ensayo de Jean Paul S a r t r e , se da esta concep- ción?
1 9 . - ¿Cuáles son los puntos d i s c u t i b l e s de l a t e o r í a
na sobre la l i t e r a t u r a ?
sartria-
2 0 . - ¿Qué d i f e r e n c i a hay e n t r e l i t e r a t u r a comprometida y
ratura dirigida?
2 1 . - ¿Qué es l a t e o r í a
lite
literaria?
2 2 . - ¿En qué c o n s i s t e l a c r í t i c a
literaria?
2 3 . - ¿Qué contempla l a h i s t o r i a de la
literatura?
"EL PRINCIPE FELIZ.
2 4 . - ¿Existe una separación t o t a l e n t r e t e o r í a , c r í t i c a e
historia literaria?
2 5 . - ¿Cómo se ha concebido el término:
literatura
universal?
2 6 . - ¿Qué o b j e t o t i e n e l a l i t e r a t u r a comparada?
2 7 . - ¿Qué es la l i t e r a t u r a
nacional?
Oscar Wilde.
Dominando la ciudad, sobre una a l t a columna, elevábase la estatua del P r i n c i p e F e l i z . Era toda dorada, c u b i e r t a de tenues hojas de oro f i n o ; tenía por ojos dos b r i l l a n t e s z a f i r o s , y un gran rubí r o j o centelleaba en el puño de su espada.
Todo esto l e hacía ser muy admirado.
y iiu
—Es tan hermoso como una veleta —observaba uno de los
concejales de l a ciudad, que deseaba granjearse una reputación
de hombre de gustos a r t í s t i c o s — ; sólo que no es tan ú t i l - —añadía, temiendo l e tomasen por hombre poco p r á c t i c o , l o que
realmente no era.
—¿Por qué no eres como el Príncipe Feliz? —preguntaba
una madre sentimental a su h i j i t o , que l l o r a b a pidiendo la l u
na — . Al Príncipe F e l i z nunca se l e ocurre l l o r a r por nada.
—Me alegro de que haya alguien en el mundo completament e f e l i z —murmuraba un desengañado, contemplando l a maravillosa estatua.
—Tiene todo el aspecto de un ángel —decían los niños del Hospicio al s a l i r de la C a t e d r a l , con sus b r i l l a n t e s c a pas e s c a r l a t a y sus l i m p i o s d e l a n t a l e s blancos.
—¿En qué lo conocéis? — r e p l i c a b a el profesor de materna
t i c a s —. Nunca v i s t e i s ninguno.
— ¡Oh, los hemos v i s t o en sueñosl —contestaban los n i ños; y el profesor de matemáticas f r u n c í a el e n t r e c e j o y toma
ba un a i r e severo, pues no podía aprobar que los niños soña-~
sen.
Una noche voló sobre l a ciudad una pequeña g o l o n d r i n a . Seis semanas a n t e s , sus amigas habían p a r t i d o para E g i p t o ; pe
ro e l l a se quedó a t r á s , pues estaba enamorada del más hermoso
de los juncos. Lo encontró al comienzo de la primavera, mientras revoloteaba sobre el r í o en pos de una gran mariposa ama
n
l i a ; y su t a l l e e s b e l t o l a sedujo de t a l modo, que se d e t u "
vo para h a b l a r l e .
-< •
";vV:
'
—¿Donde me hospedaré? —se preguntó—. Espero que h a brán hecho preparativos para r e c i b i r m e .
•
—¿Te amaré? — d i j o l a g o l o n d r i n a , que gustaba de no andar con rodeos. Y el junco l e hizo una gran r e v e r e n c i a .
Entonces l a golondrina jugueteó a su a l r e d e d o r , razando
el agua con las alas y trazando en el 1 a surcos de p l a t a . Era
su modo de hacer l a c o r t e ; y a s í pasó todo e l verano.
—Es una constancia r i d i c u l a —gorjeaban l a s o t r a s gol o n d r i n a s — ; no t i e n e un céntimo y , en cambio, demasiada fa^
milia.
Y, e f e c t i v a m e n t e , todo el r í o estaba c u b i e r t o de juncos.
Cuando l l e g ó el otoño, todas emprendieron el v u e l o . Entonces l a golondrina se s i n t i ó muy s o l a , y empezó a cansarse
de su amante.
--•
—No t i e n e conversación —se decía — , y temo sea bastan
t e t o r n a d i z o , pues siempre está coqueteando con l a b r i s a .
Y realmente, siempre que c o r r í a b r í ^ a ^ e l j u n c § . m u l £ l ->pl icaba sus más graciosas c f t p e s í a s .
^
—Es demasiado sedentario -^-continuaba diciéndose Ta go
l o n d r i n a — ; y a mi me gusta v i a j a r . Por t a n t o , quien me quie
ra debe amar también los v i a j e s .
Entonces vió la estatua sobre su a l t a columna.
—Voy a guarecerme a l l í
y bien aireado.
—se d i j o — . El lugar es bonito
A s í , fué a posarse justamente entre los pies del
pe F e l i z .
Prínci-
—Tengo una alcoba dorada — s e d i j o dulcemente, mirando
a su a l r e d e d o r . Y se dispuso a d o r m i r . Pero no había acabado
de esconder l a cabeza bajo el a l a , cuando l e cayó encima una
gran gota de agua.
— i Qué cosa tan rara', —exclamó—. No hay una nube en
todo el c i e l o , las e s t r e l l a s están c l a r a s y b r i l l a n t e s y , s i n
embargo, l l u e v e . Realmente, este clima del norte de Europa es
espantoso. Al junco l e gustaba l a l l u v i a ; pero era puro egoí:s
mo.
Entonces, cayó o t r a gota.
—¿Para qué s i r v e una estatua s i no resguarda de la
via? — d i j o — . Voy a buscar una buena chimenea.
llu-
Y d e c i d i ó l l e v a r su vuelo a o t r a p a r t e .
—¿Quieres seguirme? — l e preguntó por f i n . Pero e l jun
co sacudió l a cabeza; t a l apego t e n í a a su hogar.
Pero, antes de que abriese las a l a s , cayó una t e r c e r a
gota; y mirando hacia a r r i b a , v i ó . . . IAh, l o que v i ó i
— iHas estado jugando conmigo1, —exclamó l a golondrina
Me voy a l a s pirámides. ¡Adiós'.
Los ojos del Príncipe F e l i z estaban l l e n o s de l á g r i m a s ,
y lágrimas c o r r í a n por sus doradas m e j i l l a s . Tan b e l l o era su
r o s t r o , a l a luz de la l u n a , que l a golondrina se s i n t i ó l l e na de compasión.
Y levantó v u e l o .
Durante todo el día estuvo volando y , al anochecer,
gó a l a ciudad.
lie
—¿Quién sois? —preguntó.
—Soy el Príncipe F e l i z .
-
—Entonces, ¿por qué l l o r á i s ?
Casi me habéis empapado.
—Cuando estaba en vida y t e n í a un corazón de hombre —contestó l a estatua — , yo no sabía l o que eran l a s l á g r i mas, pues v i v í a en el Palacio de l a Despreocupación 9 donde - i
no se permite l a entrada al d o l o r . Durante e l día jugaba con
mis compañeros en el j a r d í n , y por l a noche bailaba en el gran s a l ó n . Alrededor del j a r d í n se elevaba un a l t í s i m o muro;
pero jamás sentí c u r i o s i d a d por conocer l o que había t r a s é l ;
tan hermoso era cuanto me rodeaba. Mis cortesanos me llamaban
el P r í n c i p e F e l i z , y f e l i z era en verdad, s i el placer es l a
d i c h a . Así v i v í , y así m o r í . Y ahora que estoy muerto, me han
subido tan a l t o , que puedo ver todas las fealdades y toda l a
m i s e r i a de mi ciudad y aunque mi corazón sea de plomo, no ten
go más remedio que l l o r a r .
— iCómo 1 ¿No es de oro de ley? — d i j o para s í l a golond r i n a . (Era demasiado bien educada para hacer en voz a l t a observaciones sobre l a g e n t e ) .
— A l l á abajo —continuó l a estatua con su voz queda y mu
s i c a l — , a l l á a b a j o , en una c a l l e j u e l a , hay una casuca misera
b l e . Una de las ventanas está a b i e r t a , y a t r a v é s de e l l a veo
a una mujer sentada ante una mesa. Su r o s t r o está demacrado y
m a r c h i t o , y sus manos, ásperas y r o j i z a s , están l l e n a s de pin
chazos, pues es c o s t u r e r a . Borda pasionarias en un t r a j e de
seda que debe l u c i r en el próximo b a i l e del Palacio l a más b e l l a de las damas de l a r e i n a . Sobre una cama, en un rincón
del aposento, yace su h i j i t o enfermo. Tiene f i e b r e , y pide
n a r a n j a s . Su madre sólo puede d a r l e agua del r í o ; así que el
niño l l o r a . Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a , ¿querrías
l l e v a r l e el rubí del puño de mi espada? Mis pies están clava
dos a e s t e pedestal y no puedo moverme.
—Me esperan en Egipto —respondió l a golondrina — . Mis
amigas revolotean sobre el N i ! o y charlan con los grandes lo
t o s . Pronto i r á n a dormir a la tumba del Gran Rey. A l l í esta
el Rey, en su pintado ataúd, envuelto en l i e n z o a m a r i l l o , y
embalsamado con especias. Alrededor del c u e l l o t i e n e una cade
na de jade verde p á l i d o , y sus manos .son como hojas secas.
—Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el P r í n c i pe—, ¿no t e quedarás conmigo una noche, y serás mi mensajera? i El niño t i e n e tanta sed, y l a madre está tan t r i s t e ' .
—No creo que me gusten los niños —contestó l a gOlondri_
na — . El verano pasado, cuando v i v í a a o r i l l a s del r í o , habí?
dos muchachos mal educados, los h i j o s del m o l i n e r o , que no ce
saban de t i r a r m e p i e d r a s .
¡Claro que no me atinaban nunca!
Nosotras, las g o l o n d r i n a s , volamos demasiado b i e n ; y , además,
yo soy de una f a m i l i a célebre por su l i g e r e z a ; pero, de todos
modos, era una f a l t a de r e s p e t o .
Mas l a mirada del Príncipe F e l i z era tan t r i s t e , que la
golondrina se conmovió.
—Hace mucho f r í o aquí — d i j o — ; pero me quedaré una noche con vos, y seré vuestra mensajera.
—Gracias, g o l o n d r i n i t a — d i j o el
Príncipe.
Entonces l a golondrina arrancó el gran rubí de l a espada
del P r í n c i p e , y con él en el pico remontó su vuelo por encima
de los t e j a d o s . Pasó j u n t o a l a t o r r e de l a C a t e d r a l , que t e nía ángeles esculpidos en mármol blanco. Pasó j u n t o al Palac i o , donde se oía música de danza. Una preciosa muchacha s a l i ó al balcón con su novio.
— ¡Qué hermosas son las e s t r e l l a s — d i j o él — , y cuan ma
r a v i l l o s o es el poder del amor!
~
—Espero que mi t r a j e esté l i s t o para el b a i l e de gala
— r e p l i c ó e l l a — . He mandado bordar en él p a s i o n a r i a s . Pero ¡las costureras son tan holgazanas!
Pasó sobre el r í o y vió las l i n t e r n a s colgadas de los
mástiles de los navios. Pasó sobre la J u d e r í a , y vió a los
viejos mercaderes urdiendo negocios y pesando monedas en balanzas de cobre. Al f i n l l e g ó a l a pobre casuca y m i r ó . El niño se agitaba f e b r i l m e n t e en su cama, y l a madre se había dormido de cansancio. Entonces, l a golondrina s a l t ó al cuarto
y depositó e l gran rubí encima de la mesa, j u n t o al dedal de
—¿Teneís algunos encargos que darme para Egipto? —le g r i t ó — Voy a p a r t i r .
l a c o s t u r a . Luego revoloteó dulcemente alrededor de l a cama,
abanicando con sus alas l a f r e n t e del n i ñ o .
—Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a
pe—, ¿no te quedarás conmigo o t r a noche?
— iQué fresco tan agradable', — d i j o el n i ñ o — . Debo de
e s t a r mejor
Y cayó en un d e l i c i o s o sueño.
Entonces l a golondrina v o l v i ó hacia el Príncipe F e l i z , y
l e contó l o que había hecho.
—Es c u r i o s o —añadió — , pero ahora casi tengo c a l o r ; y ,
s i n embargo, hace mucho f r í o .
—Es porque has hecho una buena acción —respondió el
Príncipe.
,
Y l a golondrina comenzó a r e f l e x i o n a r , y se durmió.
Siempre que r e f l e x i o n a b a se dormía.
— d i j o el
Prínci-
—Me esperan en Egipto —contestó la golondrina — . Mañana, mis amigas volarán hacia la segunda c a t a r a t a . Entre las
cañas duerme a l l í el hipopótamo, y sobre un gran trono de gra
n i t o se yergue el dios Memnón. Toda la noche pasa acechando
las e s t r e l l a s , y cuando b r i l l a l a e s t r e l l a m a t u t i n a , lanza un
g r i t o de a l e g r í a , y queda s i l e n c i o s o . A mediodía, los leones f u l vos baj an a beber a l a o r i l l a del río.. Tienen ojos como b e r i l o s verdes y sus rugidos son más sonoros que los rugidos
de la c a t a r a t a .
-
-
Al rayar el a l b a , voló hacia el r í o a tomar un baño.
— iQué e x t r a o r d i n a r i o fenómenoexclamó e l profesor; de
o r n i t o l o g í a j " que pasaba por e l puente—, i'tiaa g o l o n d r í a # l n
invierno!
Y e s c r i b i ó sobre e l l o una l a r g u í s i m a c a r t a al p e r i ó d i c o
de l a l o c a l i d a d . Todo el mundo habló de e l l a . (¡Contenía tan
tas palabras que no se entendían'.).
—Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el P r í n c i pe—, a l l á abajo, a l o t r o lado de la ciudad, veo'a un joven
en un desván. Está i n c l i n a d o sobre una mesa c u b i e r t a de papel e s , y en un vaso, a su l a d o , se marchita un ramo de v i o l e t a s .
Sus cabellos son castaños y r i z a d o s , y sus labios rojos como
granos de granada, y sus ojos anchos y soñadores. Se esfuerza
en acabar una obra para el d i r e c t o r del t e a t r o ; pero t i e n e de
masiado f r í o para seguir e s c r i b i e n d o . No hay fuego en la c h i menea, y el hambre l e ha extenuado.
—Me quedaré o t r a noche con vos — d i j o l a g o l o n d r i n a , que
realmente tenía buen corazón — . ¿Hay que l l e v a r l e o t r o rubí?
—Esta noche p a r t i r é para Egipto —decíase l a golondrina
y , a esta i d e a , sentíase muy c o n t e n t a .
— iAyI no tengo más rubíes — d i j o el Príncipe — . Mis ojos
es lo único que me queda. Son dos rarísimos z a f i r o s , t r a í d o s
de la India hace mil años. Arranca uno de e l l o s y l l é v a s e l o .
Lo venderá a un j o y e r o , y comprará pan y l e ñ a , y acabará su obra.
V i s i t ó todos los monumentos p ú b l i c o s , y descansó l a r g o
r a t o en el campanario de l a i g l e s i a . Los gorriones susurraban
a su paso, y se decían unos a o t r o s "¡Qué e x t r a n j e r a tan dis
t i n g u i d a " , cosa que l a llenaba de a l e g r í a .
—Querido p r í n c i p e — d i j o la golondrina — , yo no puedo
hacer eso.
Al s a l i r l a l u n a , v o l v i ó hacia el Príncipe
Feliz.
Y se echó a 1 l o r a r .
—Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el
pe—, haz l o que t e pido.
Prínci-
Entonces l a golondrina arrancó uno de l o s ojos del P r í n c i p e , y echó a v o l a r con él hacia el desván del e s t u d i a n t e .
No era d i f í c i l e n t r a r en é l , pues había un agujero en el t e cho, que aprovechó l a golondrina para e n t r a r como una f l e c h a .
Tenía el joven l a cabeza hundida e n t r e las manos; así que no
oyó el rumor de las a l a s . Cuando, al f i n , levantó los o j o s , v i o el hermoso z a f i r o encima de las v i o l e t a s m a r c h i t a s .
—Empiezo a ser estimado —exclamó—. Esto debe provenir
de algún r i c o admirador. Ya puedo acabar mi obra.
Y parecía completamente dichoso.
Al día s i g u i e n t e l a golondrina voló hacia el p u e r t o . Se
posó sobre el m á s t i l de un gran n a v i o , y se entretuvo mirando a los marineros, que subían con cuerdas unas enormes cajas de l a c a l a .
— ¡Me voy a Egipto', —les g r i t ó l a g o l o n d r i n a . Pero nadie
l e hacía caso.
Al s a l i r l a l u n a , v o l v i ó hacia el Príncipe
—Vengo a deciros adiós ^ l e
Feliz.
l l e v a algún dinero a casa, y por eso l l o r a . No l l e v a zapatos
ni medias, y su cabecita va s i n nada. Arranca mi o t r o o j o y dáselo, y su padre no l e pegará.
- P a s a r é o t r a noche con vos - d i j o la g o l o n d r i n a - ; pero
no puedo arrancaros el o t r o o j o . Os quedaríais ciego del todo .
- G o l o n d r i n a , g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a - d i j o el
pe—, haz l o que t e p i d o .
Entonces l a golondrina arrancó el o t r o ojo del
n
P Sánd0Se
desí
z óla9 joya
f C °en
°
deslizo
sus manos.
SObre
2 0
de Cr
Sta1 t a n
rc onr rri óH ^hacia
f / r 0su
casa, r- i'e n d o .
b o n i t
e1
°:
Prínci-
Príncipe
de la n i ñ a ' ! '
-exclamó ^
Entonces l a golondrina v o l v i ó hacia el
niña. Y
Príncipe.
—Ahora que e s t á i s ciego — d i j o — , me quedaré a vuestro
lado para siempre.
—No, g o l o n d r i n i t a — d i j o el pobre Príncipe — ; t i e n e s que i r t e a E g i p t o .
dijo.
—Golondrina, g o l o n d r i n a , g o l o n d r i n i t a — d i j o el
pe—, ¿no t e quedarás conmigo o t r a noche?
Prínci-
—Es i n v i e r n o —contestó la golondrina — , y pronto l l e g a
ra l a nieve helada. En E g i p t o , el sol c a l i e n t e sobre las p a l meras verdes, y l o s c o c o d r i l o s , echados entre el fango, miran
indolentemente en torno suyo. Mis compañeras construyen sus nidos en el templo de Baalbek, y las palomas rosadas y b l a n cas, las siguen con los o j o s y se a r r u l l a n e n t r e sí.Querido P r í n c i p e , tengo que d e j a r o s ; pero nunca os o l v i d a r é ; y la pró_
xima primavera os t r a e r é de a l l í dos piedras b e l l í s i m a s para
reemplazar las que d i s t e i s . El rubí será más r o j o que una r o sa r o j a , y el z a f i r o tan azul como el gran mar.
— A l l á abajo, en la plaza — d i j o el Príncipe F e l i z — , hay
una niña que vende c e r i l l a s . Se l e han caído las c e r i l l a s en
el barro y se han echado a perder. Su padre l e pegará s i no -
—Me quedaré a vuestro lado para siempre — r e p i t i ó l a go
l o n d r i n a . Y se durmió e n t r e los pies del P r í n c i p e .
Al día s i g u i e n t e , se posó sobre el hombro del
y le contó lo que había v i s t o en países e x t r a ñ o s .
Príncipe,
Le habló de los i b i s r o j o s , que se colocan en largas f i las a o r i l l a s del N i l o y pescan con sus picos peces dorados;
de l a Esfinge, tan v i e j a como e l mundo, que vive en el d e s i e r
to y lo sabe t o d o ; de los mercaderes que caminan lentamente ~
junto a sus camellos y l l e v a n en l a mano r o s a r i o s de ámbar; del Rey de 1 as Montañas de l a Luna, que es negro como el ébano y adora un gran c r i s t a l ; de l a gran serpiente verde, que duerme en una palmera y a l a que v e i n t e sacerdotes se e n c a r gan de a l i m e n t a r con pasteles de m i e l ; y de los pigmeos que navegan sobre un gran lago en anchas hojas l i s a s y están siem
pre en guerra con las mariposas.
~
—Querida g o l o n d r i n i t a — d i j o el Príncipe — , me^cuentas cosas m a r a v i l l o s a s , pero más m a r a v i l l o s o es todavía l o
que sufren los hombres. No hay m i s t e r i o tan grande como l a
m i s e r i a . Vuela por mi ciudad, g o l o n d r i n i t a , y cuéntame l o
que veas.
ba las migajas a l a puerta del panadero, cuando éste no la
veía, e intentaba c a l e n t a r s e batiendo las a l a s .
Entonces l a golondrina voló por l a gran ciudad, y viÓ
a los r i c o s que se regocijaban en sus palacios soberbios, mientras los mendigos estaban sentados a sus puertas. Voló
por l a s c a l l e j u e l a s sombrías y vio ios r o s t r o s pálidos de los niños que mueren de hambre, mientras miran con i n d i f e r e n l
c i a las c a l l e s negras. Bajo los arcos de un puente había dos I
c h i q u i l l o s acostados, uno en brazos del o t r o para darse c a l o r !
— ¡ A d i ó s , querido P r í n c i p e ! —murmuró—. ¿Me p e r m i t í s que os bese l a mano?
— iQué hambre tenemos', —decían.
— ¡Largo de ahí', —les g r i t ó un g u a r d i a ; y t u v i e r o n que
a l e j a r s e bajo l a l l u v i a .
Entonces l a golondrina v o l v i ó hacia el P r í n c i p e , y l e
contó l o que había v i s t o .
—Estoy c u b i e r t o de oro f i n o — d i j o el Príncipe — ; despréndelo hoja a h o j a , y dáselo a mis pobres. Los hombres creen siempre que el oro puede d a r l e s l a d i c h a .
Hoja a hoja arrancó l a golondrina el oro f i n o , hasta que el Príncipe F e l i z no tuvo ya ni b r i l l o ni b e l l e z a . Hoja
a hoja d i s t r i b u y ó el oro f i n o e n t r e los pobres; y los r o s t r o s de los niños se pusieron sonrosados, y los niños r i e r o n
y jugaron por las c a l l e s .
— ¡Ya tenemos pan',
—gritaban.
Entonces vino l a n i e v e , y después de la nieve el h i e l o .
Las c a l l e s parecían de p l a t a , de t a l modo b r i l l a b a n . Caramba
nos, l a r g o s como puñales, colgaban de los aleros de las casas. Todo el mundo se cubría con p i e l e s , y los niños l l e v a ban gorros encarnados y patinaban sobre el h i e l o .
La pobre golondrina tenía f r í o , cada vez más f r í o , pero
no quería abandonar al P r í n c i p e ; l e amaba demasiado. Picotea
Pero, al f i n , comprendió que iba a m o r i r . Tuvo aún f u e r za para v o l a r hasta el hombro del P r í n c i p e .
—Me alegro de que al f i n te vayas a E g i p t o , g o l o n d r i n i ta — d i j o el Príncipe — . Demasiado tiempo has estado aquí. Pe
ro bésame en los l a b i o s , porque te quiero mucho.
—No es a Egipto adonde voy —contestó la g o l o n d r i n a — .
Voy a casa de l a Muerte. La Muerte es hermana del Sueño, ¿ver
dad?
Y besó al Príncipe F e l i z en los l a b i o s , y cayó muerta a
sus p i e s .
En el mismo i n s t a n t e resonó un s i n g u l a r c r u j i d o en el i n
t e r i o r de l a e s t a t u a , como s i algo se hubiese r o t o en e l l a .
El caso es que el corazón de plomo se había p a r t i d o en dos.
Indudablemente hacía un f r í o t e r r i b l e .
A la mañana s i g u i e n t e paseaba el a l c a l d e por l a plaza, con los concejales de l a ciudad.
Al pasar al lado de l a columna, levantó los ojos hacia ~
la e s t a t u a .
— ¡Caramba — d i j o — , qué aspecto tan desarrapado t i e n e
el Príncipe F e l i z !
— ¡Completamente desarrapado! — r e p i t i e r o n los concejal e s , que eran siempre de la o p i n i ó n del a l c a l d e ; y subieron
todos para examinarlo.
—El rubí de la espada se ha caído, los ojos desaparecie
ron, y ya no es dorado — d i j o el a l c a l d e — . En una palabra:""
un pordiosero.
— i ü n pordiosero'
— h i c i e r o n eco los c o n c e j a l e s .
—Y a sus pies hay un pájaro muerto — p r o s i g u i ó el Alcalde — . Será preciso promulgar un bando prohibiendo a los
pájaros que vengan a m o r i r a q u í .
ler.
SEMESTRE.
AREA I I I .
UNIDAD X I I I .
LOS GENEROS LITERARIOS.
Y el s e c r e t a r i o del Ayuntamiento tomó nota de l a idea.
I
Mandaron, pues, d e r r i b a r l a estatua del Príncipe F e l i z .
—Como ya no es b e l l o , para nada s i r v e — d i j o el
sor de e s t é t i c a de l a U n i v e r s i d a d .
profe
Entonces fundieron l a e s t a t u a , y el Alcalde reunió el
Municipio para d e c i d i r qué harían con el metal.
—Podemos —propuso—
ejemplo.
hacer o t r a e s t a t u a . La mía, por
—0 l a mía — d i j o cada uno de los c o n c e j a l e s .
INTRODUCCION:
El e s c r i t o r t i e n e ante sí variadas formas que dar a su
i n s p i r a c i ó n , ¿qué d i f e r e n c i a y c a r a c t e r i z a a cada una de e s tas formas?; ¿qué es l o p r i n c i p a l en una obra n a r r a t i v a , en una pieza t e a t r a l o en un poema?
En esta unidad daremos, a grandes rasgos, respuesta a es
tas preguntas.
OBJETIVOS:
Y empezaron a d i s p u t a r . La última vez que oí hablar de
e l l o s seguían disputando.
1.-
E x p l i c a r qué representa cada género l i t e r a r i o y qué o f r e
ce.
— iQué cosa más r a r a ! — d i j o el encargado de l a f u n d i c i ó n — . Este corazón de plomo no quiere f u n d i r s e ; habrá que
t i r a r l o a 1 a basura .
2.-
Establecer por qué los géneros l i t e r a r i o s no se pueden
considerar como entidades cerradas e incomunicables entre sí.
Y l o a r r o j a r o n al basurero en que yacía l a golondrina
muerta.
3.-
Enunciar cómo surge la poesía épica y qué expresa.
4.-
Determinar en qué se basa toda epopeya, las condiciones
que r e q u i e r e , qué esquema s i g u e ; sus d i f e r e n c i a s con el
poema é p i c o .
Y el ángel l e t r a j o el corazón de plomo y el pájaro mué
5.-
E x p l i c a r cómo es el cantar de gesta y por qué se l e llama
así.
—Has elegido bien — d i j o Dios — , pues en mi j a r d í n del
Paraíso esta a v e c i l l a cantará eternamente, y en mi ciudad de
oro el Príncipe F e l i z me l o a r á .
6.-
Enunciar qué c a r a c t e r i z a a los poemas b u r l e s c o s .
7.-
Determinar cómo nace el l i r i s m o , cuáles son los poemas
l í r i c o s p r i n c i p a l e s , sus c a r a c t e r í s t i c a s y t i p o s .
—Tráeme las dos cosas más preciosas de l a ciudad —di^
j o Dios a uno de sus ángeles.
to.
— i ü n pordiosero'
— h i c i e r o n eco los c o n c e j a l e s .
—Y a sus pies hay un pájaro muerto — p r o s i g u i ó el Alcalde — . Será preciso promulgar un bando prohibiendo a los
pájaros que vengan a m o r i r a q u í .
ler.
SEMESTRE.
AREA I I I .
UNIDAD X I I I .
LOS GENEROS LITERARIOS.
Y el s e c r e t a r i o del Ayuntamiento tomó nota de l a idea.
I
Mandaron, pues, d e r r i b a r l a estatua del Príncipe F e l i z .
—Como ya no es b e l l o , para nada s i r v e — d i j o el
sor de e s t é t i c a de l a U n i v e r s i d a d .
profe
Entonces fundieron l a e s t a t u a , y el Alcalde reunió el
Municipio para d e c i d i r qué harían con el metal.
—Podemos —propuso—
ejemplo.
hacer o t r a e s t a t u a . La mía, por
—0 l a mía — d i j o cada uno de los c o n c e j a l e s .
INTRODUCCION:
El e s c r i t o r t i e n e ante sí variadas formas que dar a su
i n s p i r a c i ó n , ¿qué d i f e r e n c i a y c a r a c t e r i z a a cada una de e s tas formas?; ¿qué es l o p r i n c i p a l en una obra n a r r a t i v a , en una pieza t e a t r a l o en un poema?
En esta unidad daremos, a grandes rasgos, respuesta a es
tas preguntas.
OBJETIVOS:
Y empezaron a d i s p u t a r . La última vez que oí hablar de
e l l o s seguían disputando.
1.-
E x p l i c a r qué representa cada género l i t e r a r i o y qué o f r e
ce.
— iQué cosa más r a r a ! — d i j o el encargado de l a f u n d i c i ó n — . Este corazón de plomo no quiere f u n d i r s e ; habrá que
t i r a r l o a 1 a basura .
2.-
Establecer por qué los géneros l i t e r a r i o s no se pueden
considerar como entidades cerradas e incomunicables entre sí.
Y l o a r r o j a r o n al basurero en que yacía l a golondrina
muerta.
3.-
Enunciar cómo surge la poesía épica y qué expresa.
4.-
Determinar en qué se basa toda epopeya, las condiciones
que r e q u i e r e , qué esquema s i g u e ; sus d i f e r e n c i a s con el
poema é p i c o .
Y el ángel l e t r a j o el corazón de plomo y el pájaro mué
5.-
E x p l i c a r cómo es el cantar de gesta y por qué se l e llama
así.
—Has elegido bien — d i j o Dios — , pues en mi j a r d í n del
Paraíso esta a v e c i l l a cantará eternamente, y en mi ciudad de
oro el Príncipe F e l i z me l o a r á .
6.-
Enunciar qué c a r a c t e r i z a a los poemas b u r l e s c o s .
7.-
Determinar cómo nace el l i r i s m o , cuáles son los poemas
l í r i c o s p r i n c i p a l e s , sus c a r a c t e r í s t i c a s y t i p o s .
—Tráeme las dos cosas más preciosas de l a ciudad —di^
j o Dios a uno de sus ángeles.
to.
8.-
9.-
D e f i n i r cómo se l e llama a l a poesía dramática y por qué; mencionar qué forma de expresión emplea; cómo se
o r i g i n ó ; cuáles son sus c a r a c t e r í s t i c a s y formas p r i n ci pales.
D e f i n i r qué es l o t r á g i c o , e s t a b l e c e r en qué se o r i g i na l a t r a g e d i a ; mencionar quiénes son l o s más grandes
trágicos griegos.
tes.
2.-
Lee los dos poemas, r e f l e x i o n a sobre e l l o s y , por e s c r i
t o , describe qué expresa cada uno.
3.-
Contesta el c u e s t i o n a r i o que corresponde a este c a p í t u l o ,
es t u autoevaluación.
1 0 . - Determinar en qué se d i f e r e n c i a l a t r a g e d i a de l a comed i a ; d e f i n i r cómo es l a a l t a comedia.
Cumple estas a c t i v i d a d e s de l a mejor manera p o s i b l e , pues son el r e q u i s i t o para poder presentar la evaluación.
1 1 . - Enunciar qué es l a dramática y qué elemento t r á g i c o el i
mi na.
RITMO DE TRABAJO:
1 2 . - Mencionar qué s i g n i f i c a drama, qué t i p o de obra es y cómo se c l a s i f i c a .
ler. día.-
Objetivos.
1 3 . - Establecer qué elementos c l á s i c o s se consideran en l a
obra t e a t r a l y en qué c o n s i s t e n . Determinar cómo y cuándo se rompen las unidades c l á s i c a s .
2o. d í a . -
Actividades 1 y 2.
3er. d í a . -
Cuestionario.
1 4 . - E x p l i c a r cómo se d i v i d e el drama.
4o. d í a . -
Repaso general.
1 5 . - Mencionar cómo era considerada l a novela, qué c a r a c t e r í s t i c a s t i e n e ; cómo se c l a s i f i c a y en qué c o n s i s t e cada t i p o .
PROCEDIMIENTO:
Consulta e l m a t e r i a l a d i c i o n a l
(capítulo
II).
ACTIVIDADES:
1.-
Lee detenidamente el r e l a t o de Isaac Asimov: "Navidad
en Ganimedes" y elabora una s í n t e s i s personal sobre su
c o n t e n i d o . Recuerda: no copies párrafos solamente, trat a de comprender en r e a l i d a d y hazlo con tus propias
p a l a b r a s . Además ubícalo dentro de los géneros l i t e r a r i o s y señala sus c a r a c t e r í s t i c a s y rasgos sobresalien
II
LOS GENEROS LITERARIOS.
Desde l a antigüedad hasta nuestros d í a s , el concepto de
género l i t e r a r i o ha s u f r i d o muchas variaciones h i s t ó r i c a s y
sigue siendo uno de los más arduos problemas de la t e o r í a l i teraria.
¿Existen o no los géneros l i t e r a r i o s ? Si e x i s t e n ,
¿cómo debe ser concebida su e x i s t e n c i a ? y ¿cuál es su f u n - ción y su valor?
La poética de A r i s t ó t e l e s c o n s t i t u y e la primera r e f l e - xión honda sobre la e x i s t e n c i a y la c a r a c t e r i z a c i ó n de los ge
ñeros l i t e r a r i o s , y todavía es hoy uno de los t e x t o s fundamen
t a l e s sobre esta m a t e r i a .
Cada género l i t e r a r i o representa un dominio p a r t i c u l a r
de la experiencia humana, ofreciendo una perspectiva deten,tinada sobre el mundo y sobre el hombre. La t r a g e d i a y la come
di a, por ejemplo, se ocupan de temas muy divergentes dentro
de l a e x i s t e n c i a humana. Por o t r o lado, cada género represen
ta al hombre y al mundo a través de una técnica y una e s t i l í s "
t i c a * p r o p i a s . Sin embargo, esto no s i g n i f i c a que los g é n e ros deban ser comprendidos como entidades cerradas e incornuni
cables e n t r e s í . La r e a l i d a d concreta de l a l i t e r a t u r a c o m prueba que, en la misma obra, pueden c o n f l u i r diversos g é n e ros l i t e r a r i o s , aunque predomine uno de e l l o s .
Por l o tanto
los elementos que fundamentan el género l i t e r a r i o t i e n e n reía
ción d i r e c t a tanto con l a forma i n t e r n a ( v i s i ó n del mundo, to
no, f i n a l i d a d ) como con la forma externa ( e s t r u c t u r a y e s t f -
lo).
El primer choque del hombre con l a naturaleza produce l a
poesía é p i c a . El hombre ve; comprueba objetivamente que hay
una r e a l i d a d fuera de é l . .Observa esa r e a l i d a d , la admira y
le canta, se somete a e l l a .
El mundo que l o rodea es más poderoso que su persona; el hombre se s i e n t e pequeño, adora el
sol y la l u n a ; cada fenómeno de l a naturaleza es o r i g e n de un
prodigio.
El mundo se puebla de dioses, semidioses, héroes. Lo
m a r a v i l l o s o y eterno
predomina en sus observaciones. Además el hombre no t i e n e personalidad s u f i c i e n t e para e m a n c i parse de l o s sentimientos de l a masa. Sentirá como parte de
un c o n j u n t o , como voz de una muchedumbre: su obra sera, por
c o n s i g u i e n t e , expresión de un pueblo, de una raza.
Tales son algunas de l a s c a r a c t e r í s t i c a s que se reúnen
en l a epopeya. Por eso toda epopeya t i e n e l o s rasgos a n t e riores
(Epopeyas son: La ¿Uada y La odCt>e.a de Homero; La
divina comedía de Dante;
La znoÁda de V i r g i l i o ; La Awucana de Alonso de E r c i l l a ) . Otros caracteres son: toda epopeya se basa en un i n t e r é s n a c i o n a l , r a d i c a l o u n i v e r s a ! .
En e l l a i n t e r v i e n e lo m a r a v i l l o s o ; además requiere c i e r t a s
condiciones como las s i g u i e n t e s : unidad de a c c i ó n , a f i n de
que no se desvie el tema p r i n c i p a l de l a o b r a ; variedad en
l o s episodios, a f i n de no p e r m i t i r que 1 a monotonía se apode
re de l a s páginas de l a obra. Los episodios deben ser di ver
sos, s i n perder l a unidad; v e r o s i m i l i t u d para que los hechos
sean concebibles, dentro de l a atmósfera de l a obra, ésta es
una semejanza a l a r e a l i d a d muy r e l a t i v a , l i m i t a d a por l o ma
r a v i l l o s o , que es rasgo esencial de l a epopeya; amenidad en
el r e l a t o , pues toda obra s i n amenidad pasa automáticamente
al o l v i d o .
De acuerdo a l a preceptiva l i t e r a r i a el esquema o esque
l e t o de una epopeya consta de: invocación, d e s a r r o l l o , episodios y desenlace y debe estar d i v i d i d a en cantos, cada uno
de l o s cuales t i e n e su propia unidad. Lo esencial es que e x i s t a un plan y un d e s a r r o l l o bien e s t r u c t u r a d o .
El poema épico c o n s t i t u y e una variedad menor dentro del
mismo género. Su i n t e r é s es más c i r c u n s c r i t o , más modesto.
Lo m a r a v i l l o s o actúa en menor escala.
Más apegado a l a h i s t o r i a y con menor imaginación l i t e r a r i a , aunque dando mayor importancia espontánea s lo maravi
l i o s o , es el cantar de gesta. Se llama así porque se r e f i e re a l a s tareas cumplidas, hazañas realizadas y , muy a menudo, al nacimiento de un pueblo o nación.
En los cantares de gesta se organiza además, el idioma
de las nuevas naciones (U' cantal del míe cid
es l a gesta de
la lengua c a s t e l l a n a ).
Los poemas burlescos se parecen a la epopeya en todo,
excepto en l a grandiosidad del tema (La maquea
de V i l l a v i - c i o s a ; La gatomaquia
de Lope de Vega La batiaccmiomaqiUa
de
Homero).
Los poemas d e s c r i p t i v o s , por su acento o b j e t i v o , pertene
cen también al género épico.
Cuando el hombre, después de pasear su mirada sobre el
mundo e x t e r i o r y de comparar todo cuanto ve en é l , establece
la r e l a c i ó n entre sí y el mundo circundante, asoma el l i r i s m o ,
ya que el r e f l e j o del mundo en sí mismo l e da vida. Los poemas l í r i c o s p r i n c i p a l e s son: la oda, la canción, el e p i t a l a mio, la elegía y el himno.
La oda, en general, expresa
ntusiasmo y , por t a n t o ,
está íntimamente vinculada a factores o b j e t i v o s .
Píndaro com
puso odas briosas para cantar a los vencedores de los juegos
olímpicos. La oda heroica es v i r i l y b e l i c o s a . Pero l a oda
es también f i l o s ó f i c a o moral, cuando exalta v i r t u d e s de esta
clase. La oda f e s t i v a o anacreóntica contrasta con l a oda f i
l o s ó f i c a . La oda r e l i g i o s a exalta sentimientos de esa índole;
es majestuosa y elevada. (Un modelo de e l l a es: "A la a s c e n ción" de Fray Luis de León). La oda c i v i l o c í v i c a es la más
usada hcy. (En c a s t e l l a n o es célebre la de Manuel José Quintana: "A la imprenta".
En los Estados Unidos, Walt Whitman,
maneja como nadie la oda c í v i c a , cantando al t r a b a j o , a la
d u s t r i a y aun al amor).
La canción es una composición l í r i c a de contenido y f o r ma d i v e r s o s , equivalente por muchos conceptos a l a oda, pero
generalmente es breve. Entre los alemanes, la canción toma
el nombre de l i e d : composición breve, dulce, melodiosa, erótica .
El epitalamio es la canción de los desposorios, el himno
de
boda. Se c a r a c t e r i z a por la d u l z u r a , elevación, galantería y no muci'.a trascendencia.
(Entre los epitalamios mo--
demos v a l d r í a la pena recordar l o s que Ñervo y Chocano e s c r i b i e r o n para l a s bodas del rey Alfonso X I I I de España).
La e l e g í a es una composición l í r i c a melancólica en l a
que se canta la pérdida de a l g o .
E l l a s i r v e para l l o r a r las
ausencias y l a muerte.
(Es muy conocida a q u e l l a elegía que
bajo el nombre de "Coplas a l a muerte de mi padre, el maest r e don Rodrigo", e s c r i b i ó Jorge Manrique en el s i g l o XV).
En l a poesía indígena americana abunda el tono e l e g i a c o .
El himno o alabanza, de elevado tono, es muy frecuente
en l a l i t e r a t u r a r e l i g i o s a , mezcla de elementos épicos y h
ricos.
El nuevo l i r i s m o se d i s t i n g u e por o t r a s notas y caracter í s t i c a s , pero s e r í a absurdo renunciar a las enseñanzas del
pasado: al lanzarse a nuevas c o n q u i s t a s , el pasado es l a - f u e n t e , l a base sobre la que pueden crearse nuevas formas es
téticas.
Para d i f e r e n c i a r l a epopeya del drama, Goethe y S c h i l l e r
d i j e r o n que aquella era "absolutamente pasada" y éste "absolutamente p r e s e n t e . " La poesía dramática es una mezcla inse
c a r a b l e de elementos o b j e t i v o s y s u b j e t i v o s ; por eso se le
llama género m i x t o . Su forma de expresión p r e d i l e c t a es el
diáloqo
Aunque la f i c c i ó n dramática aparenta que el poe,a
se elimina de l a o b r a , en r e a l i d a d él está t a n t o o más vigen
t e que cuando su presencia f í s i c a se hace o s t e n s i b l e . La
poesía dramática es contemporánea de l a l í r i c a .
Cuando el
hombre empezó a r e n d i r c u l t o a l a d i v i n i d a d , usaba el canto
c o l e c t i v o , al cual se mezclaron música y danza, de l o que na
ce el verso. La danza es un espectáculo c o r e o g r á f i c o , es de
c i r el p r i n c i p i o de l a mímica, o sea del t e a t r o y el canto
c o l e c t i v o , con la combinación de s o l i s t a s y c o r o s , i n i c i o el
d i á l o g o , forma fundamental de Id poesía dramatica. De ahí
que en todos los pueblos, la poesía dramática y el t e a t r o
aparezcan fundidos con l a l i t u r g i a .
La r e l i g i ó n los u t i l i z a
oara sus propios f i n e s , por medio del t e a t r o asienta su presencia en la f a n t a s í a y en el corazón de los f i e l e s .
La poesía dramática se c a r a c t e r i z a por l a tendencia a ex
presar los sentimientos c o l e c t i v o s que l a animan y además por
manejar las pasiones de los o t r o s y las suyas p r o p i a s . La
poesía dramática t i e n e t r e s formas p r i n c i p a l e s :
tragedia,
drama y comedia. La primera y l a t e r c e r a son sus maneras elá^
s i c a s , l a segunda es p o s t e r i o r . Lo t r á g i c o es una lucha cont r a l a f a t a l i d a d , " c o n t r a el d e s t i n o " . La t r a g e d i a , o " f e s t i
vidad del macho c a b r í o " , t i e n e su o r i g e n en las f i e s t a s a - Baco, en las cuales se s a c r i f i c a b a un macho c a b r í o .
Grecia
tuvo a los t r e s más grandes t r á g i c o s del pasado: E s q u i l o , Só
foeles y E u r í p i d e s .
La comedia se d i f e r e n c i a de l a tragedia en que:
1?
Sus personajes son hombres c o r r i e n t e s .
2?
El medio ambiente es el que encauza y determina las
ciones .
3?
Posee un acento marcadamente s a t í r i c o .
Triunfa la r i s a ,
mientras que en l a tragedia se tiembla de espanto.
Lo sobrenatural maneja a l a t r a g e d i a ,
ral gobierna a l a comedia. Originalmente
la tragedia necesitaban más a l t o calzado
ciones, el de l a comedia l o usa más b a j o ,
que v i v e al ras de la t i e r r a .
ac-
l o real y l o natul o s personajes de
para sus representa
tratando de mostrar
La a l t a comedia es una forma más cercana al drama, muy
p e c u l i a r del t e a t r o contemporáneo en el cual los problemas se
solucionan s i n grandes desgarramientos.
La dramática t r a t a de coamovernos y es una t r a n s a c c i ó n
de l a t r a g e d i a con l a época moderna; elimina el sentido del
destino o f a t a l i d a d .
Trata de c o p i a r la vida s i n extremismos.
En el s i g l o XIX se marca el auge del drama, especialmente en
Francia.
Drama s i g n i f i c a hecho o ejecutado, o , en ú l t i m a i n s t a n cia se emplea como sinónimo de trama o enredo. Dentro de l o
usual se denomina a s í a las obras de t e a t r o en que el autor
narra o presenta un hecho real o una trama u t i l i z a n d o a perso^
najes que se valen tanto de la mímica como el
diálogo.
El drama se subdivide según su c a r á c t e r y su extensión
en: entremés o paso, pieza l i g e r a de un solo a c t o , casi - siempre j o c o s a ; s a i n e t e , también j o c o s o , con ánimo s a t í r i c o
o caricaturesco.
El auto pertenece al t e a t r o antiguo y versa sobre tópicos r e l i g i o s o s , con tendencia a l e g ó r i c a . La
loa es una especie de f r a s e a l e g ó r i c a encaminada a f e s t e j a r
a un personaje determinado.
Dentro del t e a t r o musical encontraremos: la ópera o
drama m u s i c a l , la opereta de c o r t e v i e n é s , que bordea g e n e ralmente un tema de amor, de tono o p t i m i s t a y casi siempre
sentimental y picaresco y por ú l t i m o l a zarzuela.
do y personalísimo. Muchas veces se pensó que por novela se
entendía "una epopeya en prosa". Tal vez eso pudo parecer en
determinado i n s t a n t e de l a novela caballeresca o r e a l i s t a ,
pero, hoy en d í a , ño. La novela es el género que más c a n t i dad de elementos p s i c o l ó g i c o s ha absorbido y que ha d e f i n i d o
en forma más d i f e r e n t e su impulso v i t a l , resumiendo el carácter o b j e t i v o y s u b j e t i v o de l a v i d a , y , además, dentro de l o
s u b j e t i v o , los elementos conscientes y subconscientes.
Existen v a r i a s c l a s i f i c a c i o n e s de l a novela, conforme
sean los temas o el ambiente en que se d e s a r r o l l e n :
1)
La novela h i s t ó r i c a versa sobre argumentos o temas r e a l e s , sucedidos en el pasado con respecto a l a época en
que'se e s c r i b a .
Una modalidad de la novela h i s t ó r i c a es
la t r a d i c i ó n o r e l a t o de sucesos t r a n s m i t i d o s de.boca en
boca, con base documental o s i n e l l a .
La a u t é n t i c a t r a d i c i ó n debería ser t r a n s m i s i ó n oral de lejanos a c o n t e c i mientos i n t e r e s a n t e s y p i n t o r e s c o s .
Se d i f e r e n c i a de l a
leyenda, en que ésta admite elementos f a n t á s t i c o s .
2).
La novela p a s t o r i l o b u c ó l i c a , no está de moda, porque
v t d a , p a s t o r i l , o de égloga está dejandp de e x i s t i r an' t e Ta concentración urbana y la t e c ñ i f i c a c i ó n del t r a b a jo rural .
3)
La novela picaresca se r e f i e r e a la vida pintoresca de
truhanes, hampones, tahúres, vagabundos; en una palabra:
picaros.
unidad de acción se mantiene aún; según e l l a , la pie
za t e a t r a l debe constar de e x p o s i c i ó n , nudo y desenlace, pero en el t e a t r o moderno el desenlace queda l i b r a d o a la fant a s í a del espectador, l i m i t á n d o s e el autor a d e j a r planteado
el problema e insinuada la s o l u c i ó n .
4)
La novela e r ó t i c a comprende las novelas de tema sentimen
t a l , cuya i n i c i a c i ó n plena corresponde a l romanticismo.
5)
1_a novela r e l i g i o s a es muy
rente a la r e l i g i ó n .
La novela era considerada como r a m i f i c a c i ó n de la epopeya, dado el c a r á c t e r o b j e t i v o que se l e a t r i b u í a .
Pero en
la a c t u a l i d a d , t a l d e f i n i c i ó n s e r í a absurda; se han mezclado
ya en la novela tantos elementos s u b j e t i v o s ( l í r i c o s ) y d r a máticos que, l e j o s de c o n v e r t i r l a en un género m i x t o , le han
impreso una personalidad d i s t i n t a , un acento p r o p i o , profun-
6)
La novela costumbrista se ocupa de temas locales y puede
d i v i d i r s e en dos: las que abordan las costumbres y las
que p i n t a n el escenario.
En la obra t e a t r a l se consideran t r e s elementos c l á s i cos: unidad de tiempo, unidad de l u g a r y unidad de a c c i ó n .
El drama se d i v i d e pn actos o j o r n a d a s ; el acto en escenas.
Cada vez que entra un nuevo personaje o sale alguno de los
que están en el escenario, se t i e n e una nueva escena.
La unidad de tiempo fue a l t e r a d a desde el s i g l o XV111.
A p a r t i r de ese s i g l o los dramas se r e a l i z a b a n en días d i f e r e n t e s , y hoy, en años d i s t i n t o s .
Entre un acto y o t r o pue
den haber t r a n s c u r r i d o años, antiguamente sólo unas cuantas
horas.
(En 24 horas debía
s u c e d e r toda la a c c i ó n ) .
La unidad de lugar ha sido r o t a hace tiempo, el cine ha
acabado por a n i q u i l a r l a t o t a l m e n t e .
La
r i c a y abarca todo l o
refe-
La novela p s i c o l ó g i c a describe sobre todo los c o n f l i c tos e s p i r i t u a l e s , es d e c i r , p s i c o l ó g i c o s . Se preocupa
por el mundo i n t e r n o .
Se llama novela f a n t á s t i c a a l a que t r a t a sobre temas
irreales.
Es conveniente recordar que toda novela enc i e r r a elementos imaginativos o f a n t á s t i c o s , pero los
t i e n e n en mayor o menor medida.
La novela f o l l e t i n e s c a o s u b l i t e r a r i a es un género con
muchos l e c t o r e s y escaso mérito l i t e r a r i o .
CUESTIONARIO.
1.-
¿Los géneros l i t e r a r i o s son entidades cerradas?
2.-
¿Cómo surge l a poesía épica y qué expresa?
3.-
¿En qué se basa toda epopeya?
4.-
¿Qué condiciones r e q u i e r e l a epopeya?
5.-
De acuerdo con la p r e c e p t i v a , ¿qué esquema sigue la epope
ya?
6.-
¿Qué d i f e r e n c i a s hay e n t r e la epopeya y el poema épico?
7.-
¿Cómo es e l cantar de gesta y por qué se l e llama así?
8.-
¿Qué c a r a c t e r i z a a los poemas burlescos?
9.-
¿Cómo nace el
lirismo?
10.- ¿Cuáles son los poemas l í r i c o s
principales?
11.- ¿Qué expresa l a oda?
12.- ¿Qué t i p o s de odas hay y qué t r a t a n ?
13.- ¿Cómo es la canción?
14.- ¿Qué es l a elegía?
15.- ¿Qué es e l epitalamio?
16.- ¿Qué es el himno?
17.- ¿Cómo se l e llama a l a poesía dramática y por qué?
18.- ¿Qué forma de expresión emplea l a poesía dramática?
19.- ¿Cómo se o r i g i n ó la poesía dramática?
2 0 . - ¿Cuáles son sus c a r a c t e r í s t i c a s ?
2 1 . - ¿Cuáles son sus formas p r i n c i p a l e s ?
2 2 . - ¿Qué es l o t r á g i c o ?
2 3 - ¿En qué se o r i g i n a l a
tragedia?
24.- ¿Quiénes son los más grandes t r á g i c o s griegos?
2 5 . - ¿En qué se d i f e r e n c i a la tragedia de la comedia?
26.- ¿Cómo es l a a l t a comedia?
2 7 . - ¿Qué es l a dramática, qué elemento t r á g i c o elimina?
28.- ¿Qué s i g n i f i c a drama y qué t i p o de obra es?
"NAVIDAD EN GANIMEDFS."
2 9 . - ¿Cómo se c l a s i f i c a el drama?
30.- ¿Qué elementos c l á s i c o s se consideran en la obra
y en qué consisten?
teatral
3 1 . - ¿Cuándo y cómo se rompen^as. un idaífe s e l ásicas?"
.
3 2 . - ¿Cómo era considerada l a novela antiguamente?
33.- ¿Cómo es la novela ahora?
3 4 . - ¿Cómo se c l a s i f i c a la novela y qué c a r a c t e r í s t i c a s
ne cada una?
tieIsaac Asimov
01af Johnson canturreaba e n t r e dientes mientras sus
ojos azules observaban soñadores el impresionante abeto s i tuado en un r i n c ó n de la b i b l i o t e c a . Aunque ésta era la estancia más amplia de la Base, a Olaf no l e parecía demasiado
espaciosa en aquella ocasión. Se i n c l i n ó con entusiasmo sobre la enorme canasta que tenía a su lado y e x t r a j o el p r i mer r o l l o de papel verde y r o j o .
No se detuvo a r e f l e x i o n a r sobre el repentino impulso
sentimental que se había apoderado de la Productos Ganimedinos, S. A . , para enviar a la Base una colección completa de
adornos navideños. Olaf se hallaba bien preparado para d e sempeñar el t r a b a j o que se había impuesto como decorador en
j e f e de los temas navideños; este cargo l e colmaba de s a t i s facción.
De repente f r u n c i ó el e n t r e c e j o y masculló una m a l d i - ción. La lámpara que convocaba Asamblea General empezó a
lanzar d e s t e l l o s h i s t é r i c a m e n t e .
Con expresión c o n t r a r i a d a
dejó a un lado el m a r t i l l o , que ya había levantado, así como
el r o l l o de papel; se arrancó unas cuantas l e n t e j u e l a s del
cabello y se d i r i g i ó al departamento de los o f i c i a l e s .
El comandante Scott Pelham estaba a r r e l l a n a d o en el s i l l ó n p r e s i d e n c i a l cuando entró O l a f . Sus dedos rechonchos
tamborileaban s i n r i t m o sobre el c r i s t a l que cubría la parte
superior de la mesa. Olaf sostuvo s i n temor la mirada c o l é rica del comandante, ya que en su departamento no había ocur r i d o ninguna anomalía en v e i n t e c i r c u n v o l u c i o n e s ganimedi —
ñas.
Un grupo de hombres l l e n ó con presteza el aposento y la
mirada de Pelham se endureció mientras los contaba uno a uno
inquisitivamente.
—Ya estamos todos aquí —exclamó—.
enfrentamos con una c r i s i s .
¡Muchachos!
Nos
Se p e r c i b i ó un vpgo .movimiento. Los ojos de Olaf mira
ron al techo y se s r h U ó ' a l i v i a d o . Por término medio, en
cada c i r c u n v o l u c i ó n M n p / l e t a se o r i g i n a b a una c r i s i s , , e n l a
Base. Generalmente S u r g í a al producirse un alza repentina
en el cupo de o x i t a , o bien cuando era i n f e r i o r la c a l i d a d
del ú l t i m o l o t e de hojas de karen. Sin embargo, las p a l a bras s i g u i e n t e s l e dejaron s i n a l i e n t o .
—En r e l a c i ó n con l a c r i s i s tengo que hacer una pregun
ta.
La voz de Pelham tenía un profundo timbre de b a r í t o n o ,
salpicado de e s t r i d e n c i a s , cuando estaba c o l é r i c o .
—¿Qué cochino y estúpido perturbador ha contado histo
r i a s de hadas a esos r e v o l t o s o s astruces?
Olaf carraspeó n e r v i o s o , con l o que se c o n v i r t i ó en el
c e n t r o de l a atención g e n e r a l . Le oscilaba l a nuez presa
de r e p e n t i n a alarma, se l e arruqó l a f r e n t e como c a r t S » moj a d o ; temblaba.
' — Y o . . . y o . . . —tartamudeó. Hubo un momentáneo s i l e n cio.
Sus largos dedos hacían desatinados ademanes suplican
t e s — . S í . . . q u i e r o d e c i r que estuve a l l í después que las
ú l t i m a s entregas de hojas de k a r e n . . . , ya que los astruces
se movían con l e n t i t u d y . . .
La voz de Pelham a d q u i r i ó un tono de f a l s a d u l z u r a .
Sonrió.
¿SÍ? ¿Habl
c
° c o n e l l o s ? Vaya, vaya, les habló de
San N i c o l á s . Viene en un t r i n e o volando por los a i r e s con
un t i r o de ocho renos, ¿eh?
— S í , en e f e c t o .
mente O l a f .
¿No es verdad? — i n q u i r i ó
inadecuada-
— Y d i b u j ó los renos para demostrar que no se trataba
de un e r r o r .
Y que él t i e n e una gran barba blanca y sus r o pas son encarnadas con cenefas a l b i n a s .
— S í , señor, t i e n e razón —contostó Olaf estupefacto.
—Y l l e v a un gran saco atestado de regalos para Tos ñ i ños buenos, los deja caer por la chimenea y los pone dentro
de los c a l c e t i n e s y medias.
— Exacto.
—También les d i j o que está a punto de l l e g a r .
cunvolución más y vendrá a v i s i t a r n o s .
Una c i r
Olaf Sonrió' débi 1 mente.
^ — S í , mi comandante.
el árbol y . . .
Quería d e c í r s e l o ; estoy montando
*
— ¡Cállese! —el comandante respiraba agitado y s i b i l a n
t e — , ¿sabe l o que se han imaginado esos astruces?
—No, mi comandante.
Pelham i n c l i n ó el torso sobre la mesa en d i r e c c i ó n a
Olaf y g r i t ó :
—¿Les habló a los n a t i v o s de Santa Claus, Olaf?
La sonrisa parecía i n s ó l i t a al igual que la mirada lobuna que lanzaba de r e o j o y Olaf quedó anonadado.
Asintió
convulsivamente.
—Quieren que Santa Claus los v i s i t e .
Se oyeron algunas r i s a s que al punto se c o n v i r t i e r o n en
toses ahogadas ante la encolerizada mirada del comandante.
—Y s i Santa Claus no los v i s i t a dejarán de t r a b a j a r
—repitió—.
Se producirá una huelga.
— S í , desde luego que lo tengo. — E s t i r ó las piernas y
se recostó en el s - i l l ó n .
Después de estas palabras ya no se o y e r o n ^ r i s a s , ni to
ses contenidas, ni nada por el e s t i l o .
Si había cruzado
o t r o pensamiento por las mentes del grupo, éste no l l e g ó a
m a n i f e s t a r s e . Olaf expresó l a idea que estaba en el ánimo
de todos:
Un repentino sudor f r í o se apoderó de Olaf Johnson al
n o t a r , cual dedo acusador, las miradas f i j a s de todos los
presentes.
—Cuánto l o s i e n t o , mi comandante —murmuró con voz aho
gada.
—¿Y cómo va la cuota?
Pero el dedo acusador permanecía i n m ó v i l .
—¿Qué cómo va l a cuota? —gruñó Pelham—. ¿Tengo que
d i b u j a r l e s un g r á f i c o ? Productos ganimedianos t i e n e que ob
tener cien toneladas de w o l f r a m i t a , ochenta toneladas de ho
jas de karen y cincuenta toneladas de o x i t a por año, o de
l o c o n t r a r i o perderá la concesión. Supongo que ninguno de
ustedes l o i g n o r a . Se da l a c i r c u n s t a n c i a que el año terrrn
nará dentro de dos c i r c u n v o l u c i o n e s ganimedinas y l a produc
ción s u f r e un d é f i c i t del cinco por c i e n t o con a r r e g l o al
plan e s t a b l e c i d o . '
Se produjo un s i l e n c i o s e p u l c r a l .
Pelham p r o s i g u i ó :
—Y los n a t i v o s no t r a b a j a r á n s i no viene Santa Claus.
No habrá t r a b a j o , ni c u o t a , ni concesión, ni empleos. Cuan
do l a Compañía pierda sus derechos, perderemos los empleos
mejor pagados de la o r g a n i z a c i ó n . Adiós muchachos... buena
s u e r t e . . . a menos.. Hizo una pausa y mirando f i j a m e n t e a Olaf añadió:
—A menos que antes de terminar la próxima c i r c u n v o l u ción tendamos un t r i n e o v o l a d o r , ocho renos y un Santa Clau
Y por las manchas cósmicas de los a n i l l o s de Saturno, l o
conseguiremos; especialmente un Santa Claus.
Diez r o s t r o s p a l i d e c i e r o n mortalmente.
—¿Tiene algún p l a n , mi comandante? —nraznó a l q u i e n
con voz trémula.
Pelham penetró con paso f i r m e en la a n t e s a l a . Se despo
j ó de l a careta de oxígeno y de los f r í o s c i l i n d r o s conectados a e l l a .
A r r o j ó a un l a d o , una t r a s o t r a , gruesas p r e n das de lana y , al f i n , con un suspiro de preocupación, se
q u i t ó a t i r o n e s un par de botas espaciales que le lieciaban
hasta las r o d i l l a s .
Sim Pierce i n t e r r u m p i ó el cuidadoso examen de la ú l t i m a
p a r t i d a de hojas de karen y lanzó desde detrás de sus lentes
una mirada esperanzadora.
—¿Qué hay? —preguntó.
Pelham se encogió de hombros.
—Les prometí la v i s i t a de Santa Claus. ¿Qué podía h a cer? También les he doblado l a ración de azúcar y de momento están trabajando.
Pierce a g i t ó una enorme hoja de karen con c i e r t o
s i s , mientras decía:
énfa-
—¿Quiere d e c i r hasta el día en que deba aparecer el
prometido San Nicolás? En mi vida he oído cosa más t o n t a .
No se podrá l l e v a r a cabo. No habrá Santa Claus.
—Diga eso a los astruces —Pelham se hundió en una bu
taca y sus rasgos a d q u i r i e r o n una expresión p é t r e a — . ¿Qué
hace Benson?
—¿Cree que podrá equipar esos dichosos t r i n e o s ?
—Pierce examinó una hoja al t r a s l u z con a i r e c r í t i c o — .
Mi o p i n i ó n es que está c h i f l a d o .
El v i e j o aguilucho ha^des
cendido al sótano esta mañana y desde entonces está a l l í .
Lo único que sé es que ha desmontado el d i s o c i a d o r e l é c t r i co. Si sucede algo anormal, nos quedaremos s i n oxígeno.
_ B i e n . —Pelham se incorporó con d i f i c u l t a d — . ^Por
mi parte o j a l á nos a s f i x i e m o s .
Sería l a manera más f á c i l
de s a l i r de este a t o l l a d e r o . Me voy abajo.
El comandante se mordió el l a b i o i n f e r i o r
En el sótano miró a su alrededor a t u r d i d o .
Diseminadas por todos los s i t i o s b r i l l a b a n numerosas piezas de acero cromado. Pasó un buen r a t o tratando de reconocer las
partes que el día a n t e r i o r c o n s t i t u í a n una compacta maquina
r i a , un e l e c t r o - d i s o c i a d o r perfectamente montado. En el ^
c e n t r o , en c o n t r a s t e anacrónico, había un p o l v o r i e n t o t r i neo de madera, con palas encarnadas y d e s l u c i d a s . Se oían
m a r t i l l a z o s procedentes de su i n t e r i o r .
— ¡Eh, Benson! — g r i t ó Pelham.
Un r o s t r o tiznado y sudoroso se asomó bajo el t r i n e o y
un chorro de tabaco s a l i ó disparado hacia la inseparable es_
cupidera del i n g e n i e r o .
— ¿Qué d i a b l o s es este f a n t á s t i c o
artificio?
dubitativo.
— ¿Y funcionará?
S a l i ó presuroso y cerró la puerta de golpe.
—¿Cómo g r i t a de esta manera? —se quejó Benson—.
toy haciendo un t r a b a j o d e l i c a d o .
—Un t r i n e o v o l a n t e .
Una idea mía —el fuego del entusiasmo b r i l l ó en los húmedos ojos de Benson y mientras habla
ba l e surgía por la comisura de los labios la espuma del t a baco—. El t r i n e o lo t r a j e r o n aquí en los v i e i o s tiempos,
cuando se c r e í a que Ganimedes estaba c u b i e r t o de nieve como
otros s a t é l i t e s de J ú p i t e r .
Todo cuanto tengo que hacer es
adaptar en el fondo unos cuantos gravo-repulsores del d i s o c i a d o r , con lo cual el t r i n e o se hará a n t i g r a v i t o r i o al c o nectar la c o r r i e n t e .
Los compresores harán el resto
Es
—Por supuesto. Mucha gente ha pensado a p l i c a r los r e pulsores a los v i a j e s aéreos, pero r e s u l t a n i n e f i c a c e s en
los campos de gran g r a v i t a c i ó n .
En ganimedes, con un t e r c i o
de g r a v i t a c i ó n y una presión atmosférica muy l e v e , un c h i q u i
l i o podría m a n e j a r l o , i n c l u s o Johnson, aunque no lamentaría
si cayera y se rompiera su m a l d i t o c u e l l o
—Muy b i e n , m i r e . Tenemos grandes cantidades de esa ma
dera purpúrea aborigen. Póngase en contacto con Tim y dígale que coloque el t r i n e o en una plataforma construida con es
te m a t e r i a l . Tiene que medir unos seis metros de largo con
una baranda alrededor de la parte que sobresalga.
Benson escupió y f r u n c i ó el ceño bajo los espesos cabel l o s que le llegaban hasta los o j o s .
— ¿Cuál es su idea, comandante?
—inquirió.
Inmediatamente se dejaron o í r las r i s o t a d a s del Pelham
como ásperos l a d r i d o s .
—Esos astruces esperan ver los renos y los verán.
Estos animales tendrán que i r montados en a l g o , ¿no es eso?
— C i e r t o . . . pero en Ganimedes no hay renos.
rar aquella extraña f i g u r a con ojos lánguidos y reprobato- r i o s y v o l v i e r o n a ronzar su provechosa pitanza.
El comandante Pelham, que ya se marchaba, se detuvo un
momento. Contrajo los párpados con desagrado como hacía
siempre que pensaba en Olaf Johnson.
—Olaf ha s a l i d o a cazar ocho zambúes. Tienen cuatro
patas, cabeza en un extremo y cola en el o t r o .
Esto es suf i c i e n t e para los a s t r u c e s .
El v i e j o ingeniero rumió este informe y r i ó
tes de mal a gana.
?ntre dieji
Las nociones de Olaf respecto a la caza mayor eran i n completas. Rebuscó en los b o l s i l l o s un t e r r ó n de azúcar y
cortándolo exclamó:
—Pss... Pss... m i c h i t o . . . pss... pss...
michito...
Las o r e j a s del zambú más próximo se c r i s p a r o n con desagrado. Olaf se acercó más con el t e r r ó n de azúcar en a l t o :
—Ven a q u í , c u r r i t o , ven aq,uí...
—Bien, me agrada la tonta d i s t r a c c i ó n de su t r a b a j o .
—A mí también — g r i t ó Pelham.
Se a l e j ó majestuosamente mientras Benson, mirándolo de
r e o j o , desaparecía bajo el t r i n e o .
El zambú v i o la g o l o s i n a y puso los ojos en blanco. Mo
vió el hocico arrojando el ú l t i m o bocado de vegetación y
avanzó olfateando con el c u e l l o e s t i r a d o .
Después qolpeó la
palma extendida con un rápido y experto movimiento, llevando
se el t e r r ó n a la boca. La o t r a mano de Olaf bajó r á p i d a ,
pero se encontró con el v a c í o .
Con expresión desengañada sacó o t r a pieza del
La d e s c r i p c i ó n que había hecho el comandante de un zam
bú era concisa y exacta, pero o m i t i ó d e t a l l e s i n t e r e s a n t e s .
Por una p a r t e , el zambú t i e n e una cola l a r g a , un hocico f i e
x i b l e , dos o r e j a s que ondean elegantemente de atrás hacia
adelante. Tiene dos ojos purpúreos y emotivos.. Los machos
están dotados de espinas de c o l o r carmesí, plegables a v o l u n t a d , que se extienden a lo l a r g o de la columna v e r t e b r a l
y al parecer este ornamento es muy apreciado por las hem- bras de esta especie. Todo e s t o , combinado con una cola cu
b i e r t a de escamas y un cerebro nada mediocre tendrán ustedes
un zambú, o al menos l o t i e n e n s i logran c a p t u r a r l o .
Precisamente, éste era el pensamiento que se l e o c u r r i ó a Olaf
Johnson, al descender con cautela por una eminencia rocosa
aproximándose a un rebaño de v e i n t i c i n c o zambúes que p a s t a ban e n t r e los desperdigados matorrales de una zona arenosa.
Los ejemplares más próximos observaban cómo se acercaba Olaf,
quien o f r e c í a un grotesco aspecto enfundado en p i e l e s y con
la careta de oxígeno conectada a la n a r i z . Como sea que los
zambúes carecen de enemigos naturales se contentaban con mi-
—Ven a q u í , p r í n c i p e .
bolsillo:
Acércate F i d o . . .
El zambú e m i t i ó un gruñido tremolante en las profundida
des de su garganta. Era una manifestación placentera
Evidentemente aquél extraño monstruo que tenía ante él , después
de haberse v u e l t o l o c o , se proponía a l i m e n t a r l o para siempre
con aquellos bocados concentrados y suculentos.
Se lo a r r e bató de nuevo y r e t r o c e d i ó con la misma rapidez que la vez
a n t e r i o r . Pero en esta ocasión Olaf l o sujetaba con f i r m e z a ,
pero el zambú también l e había cazado medio dedo.
El a l a r i d o que d i o Olaf denotaba que éste carecía en
c i e r t o modo de la i m p a s i b i l i d a d necesaria requerida en t a l e s
circunstancias.
Sin embargo, un mordisco que hace daño a
través de espesos guantes, por supuesto, no deja de ser un
mordisco.
Se abalanzó osadamente sobre el animal.
Había,ciertas
cosas que a l t e r a b a n la sangre de Johnson y el antiguo espír i t u de los v i k i n g o s resurgía en é l .
Precisamente una de
estas cosas era el que a l g u i e n o algo le. mordiera up&dedo,
y mucho más s i este a l g u i e n o algo era un ser extra t e r r e s tre.
' '' '
-orrsr>f:>xe o f c b n y i O D i
Los ojos, del zambú observaban indecisos mientras r e t r o
cedía. Ya no le o f r e c í a n n o s terrones blancos y no sabía
con seguridad l o que sucedería .a continuación.: La i n c e r t i dumbre se desvaneció con rapidez inesperada cuando dos m a nos enguantadas se apoderaron de sus orejas y empezaron a
zarandearlas. Lanzó un agudo gruñido y arremetió b r i o s o .
Los zambúes están dotados de c i e r t a dignidad
Les desagrada que les. t i r e n de las o r e j a s , p a r t i c u l a r m e n t e cuando
o t r o s zambúes, incluyendo algunas hembras, forman un corro,
y; nHra'ri expectantes . ,,,
,
• - . • • m j no J ¿bfbfv^v•
r
t'l t e r r í c o l a cayó de escaldas y durante un r a t o estuvo-:
en esta p o s i c i ó n . Mientras tanto el zambú se a l e j ó unos
cuantos pasos y caba 11 erosamente p e r m i t i ó que Jonson se pus i e r a en p i e .
rtKO ftT¡;v,9 í&
- q n n f i a J,Tupe n&V— ;
La v i e j a sangre de los v i k i n g o s alcanzó un qrado mas al
to de efervescencia en Olaf
^e restregó, la parte d o l o r i d a
v s a l t ó , olvidándose de las leyes de gravi-taci Ón gariimedinas
Se desplazó por el a i r e a un metro de a l t u r a sobre la espalda del zambú.
., •
Asomó el miedo en los ojos del animal al observar a
O l a f . El s a l t o había sido imponente, pero al mismo tiempo,
también se notaba en sus órganos v i s u a l e s c i e r t a confusión.
Parecía que aquella maniobra carecía de p r o p ó s i t o .
Olaf v o l v i ó " a caer de espaldas sobre los c i l i n d r o s al
igual que la vez a n t e r i o r .
Empezaba a s e n t i r s e desconcertado. 1 - Les sonidos «¡ue emi f í a n l o s espectadores denotaban palpa b'leme;i1te sir condición de r í s i tas burlonas.
— R i s i t a s , ¿eh? —masculló amargado—; todavía no ha em
pezado l a lucha.
Se acercó al animal l e n t a y cautelosamente. Dio un r o deo, examinando el punto más conveniente pare lanzar el a t a que. El zambú hizo l o mismo. Olaf simuló un f a l s o ataque.
Su oponente se agachó. A continuación este ú l t i m o se v o ! v i 6
de espaldas y Olaf se agachó a su vez.
El seco y agresivo ronquido que s a l í a de l e garganta
del zambú no parecía e s t a r en consonancia con el e s p í r i t u
f r a t e r n a l que generalmente r e i n a durante la época navideña y
esta a c t i t u d i r r e v e r e n t e l e recordaba a Olaf algo así C O T O
un s a c r i l e g i o .
De pronto se oyó un s i l b i d o . Olaf s i n t i ó un repentino
c a l o r en la cabeza detrás de la o r e j a i z q u i e r d a . Esta vez
dio una v u e l t a en el a i r e y cayó de nuca. Los a s i s t e n t e s s i
espectáculo prorrumpieron en un clamor que parecía un r e l i n cho de s a t i s f a c c i ó n y el zambú movió la cola t r i u n f a l m e n t e .
Olaf se sobrepuso a la impresión de e s t a r f l o t a n d o en
un espacio i n f i n i t o tachonado de e s t r e l l a s y se incorporó va
cilante.
~
— i P r o t e s t o ! —exclamó—.
go s u c i o .
El ataque con l a cola es j u e
~
S a l t ó hacia atrás esquivando o t r o coletazo y acto seguí
do se lanzó hacia l a p a r t e i n f e r i o r del animal y"t atrapándol e las patas, con f u e r z a , l e o b l i g ó a dar con e l espinazo en
el suelo. El zambG lanzó un gañido de i n d i g n a c i ó n .
Ahora la lucha había entrado en una fase en la que los
músculos t e r r í c o l a s y ganimedinos jugaban un papel d e c i s i v o .
Olaf se manifestó como un hombre de fuerza b r u t a . Luch5 con
denuedo y por ú l t i m o se l o cargó a l a espalda y e l anima] se
s i n t i ó zarandeado e impotente.
Respondió v o c i f e r a n t e y t r a t ó de demostrar sus o b j e c i o
nes con un coletazo bien a d m i n i s t r a d o . Pero estaba s i t u a d o
con desventaja y l a cola pasó silbando i n o f e n s i v a sobre l a
cabeza de O l a f .
Los o t r o s zambúes dejaron paso l i b r e al vencedor con
t r i s t e expresión en sus semblantes. Evidentemente eran muy
buenos amigos del animal capturado y les era desagradable
en extremo que hubiera perdido el combate. V o l v i e r o n a su
quehacer gastronómico con r e s i g n a c i ó n f i l o s ó f i c a , completamente convencidos que todo era obra del d e s t i n o .
Al o t r o lado de l a prominencia rocosa, Olaf había habi^
l i t a d o una cueva. Se d e s a r r o l l o una breve y confusa lucha
antes que Olaf l o g r a r a hacer e n t r a r en razón al zambu
Una
cuerda anudada concienzudamente fue e l a u x i l i a r mas e f i c a z
para mantenerlo q u i e t o .
Pocas horas después cuando ya tenía en su poder los
ocho zambúes, poseía una t é c n i c a depurada que solo se ad- q u i e r e t r a s larga e x p e r i e n c i a . Podía haber dado a los cou)boM v a l i o s o s consejos sobre l a forma de d e r r i b a r cuadrúpedos r e c a l c i t r a n t e s .
También podía haber dado unas cuantas
lecciones a los estibadores t e r r í c o l a s , sobre tacos y j u r a mentos simples y compuestos.
Era el día de Nochebuena y en l a Base ganimedina r e i n a ba un r u i d o ensordecedor y un confuso acaloramiento, como si
se hubiera puesto en marcha un nuevo ingenio para r e g i s t r a r
toda c l a s e de sonidos. Alrededor del v i e j o t r i n e o situado^
sobre una enorme plataforma de madera purpúrea, cinco t e r r í colas l i b r a b a n una verdadera b a t a l l a con un zambú.
El zambú posee opiniones concretas en r e l a c i ó n con m u chas cosas y uno de sus más tenaces p r i n c i p i o s es que no va
adonde no quiere i r .
Esto l o demostraba palpablemente sacudiendo la cabeza, l a c o l a , las cuatro patas, las t r e s e s p i nas, en todas las d i r e c c i o n e s y con todas sus f u e r z a s .
Pero los t e r r í c o l a s i n s i s t i e r o n y no con gran d e l i c a d e za. A pesar de sus angustiosos a l a r i d o s el animal, fue e l e vado hasta l a p l a t a f o r m a , colocado en el lugar correspondíeji
te y enjaezado s i n remedio ni esperanza.
—Muy bien — g r i t ó Peter Benson—.
Traigan l a
botella.
Sujetando el hocico con una mano, Benson a g i t ó la botel l a con l a o t r a . El zambú temblaba de ansiedad y e m i t i ó tem
blorosos gañidos. Benson i n t r o d u j o el l í q u i d o en l a garganta del animal. Se oyó un gorgoteo y después un gruñido comprensivo. El animal e s t i r ó el c u e l l o en demanda de o t r o tra^
90.
—Nuestro mejor coñac — s u s p i r ó Benson.
Hubiera terminado la b o t e l l a , pero la dejó cuando e s t a ba por la m i t a d . Los ojos del zambú g i r a r o n rápidamente en
sus cuencas; parecía como s i i n t e n t a r a bromear. Sin embargo,
esta a c t i t u d no duró mucho tiempo, pues el metabolismo g a n i medino queda afectado por el alcohol casi de inmediato. Los
músculos se l e c o n t r a j e r o n con la r i g i d e z propia de l a borra
chera e hipando sonoramente se desplomó.
—Traer al s i g u i e n t e —exclamó Benson.
Al cabo de una hora los ocho zambúes no eran más que es^
tatúas c a t a l é p t i c a s . Les l i g a r o n a sus cabezas palas en horq u i l l a a guisa de a s t a s . Producían un e f e c t o tosco e inexa£
t o , pero apto para el f i n deseado.
En el p r e c i s o momento en que Benson a b r í a la boca para
preguntar dónde estaba Olaf Johnson, el benemérito personaje
apareció e n t r e los brazos de t r e s camaradas y fue conducido
a l a plataforma tan envarado como c u a l q u i e r zambCi después de
la lucha. No o b s t a n t e , a r t i c u l ó sus objeciones con l a mayor
claridad.
—Yo no voy a ninguna p a r t e con este atuendo. ¿Me
oye...?
— ¡Váyase a l i n f i e r n o ! — r u g i ó Olaf entrecortadamente—.
No q u i e r o e n t r a r en un a r t e f a c t o patentado para un s u i c i d i o
inmediato. Se puede l l e v a r a su sanguinario t r i n e o volante
y...
En r e a l i d a d había motivos para q u e j a r s e . Olaf nunca
habla sido a t r a c t i v o , n i en sus mejores momentos, pero su
c o n d i c i ó n actual era una mescolanza e n t r e una p e s a d i l l a de
zambúes y una concepción p a t r i a r c a l de Picasso.
— ¡Oiga! — i n t e r r u m p i ó Benson—, El comandante Pelham
le está esperando al o t r o lado. Lo d e s p e l l e j a r á vivo s i no
está a l l í dentro de media hora.
Llevaba los atavíos t r a d i c i o n a l e s de Santa Claus. Estos eran encarnados, t a n t o como podía p e r m i t i r e l papel de
seda cosido a su capa e s p a c i a l . El "armiño" era tan blanco
como el algodón en rama, precisamente esto es l o que e r a .
Su barba ondeaba l i b r e m e n t e , hecha de más algodón en rama,
enganchada a un l i e n z o que l e llegaba de o r e j a a o r e j a .
Con tales aditamentos debajo y la n a r i z de oxígeno encima hasta la persona de ánimo más tempiado hubiera rehuido
su mirada.
A Claf no l e habían mostrado un espejo para m i r a r s e ,
pero l o que podía ver de él mismo y l o que su i n s t i n t o le
d e c í a , l e postraba en t a l estado que la caída de un rayo
f u l m i n a n t e l e hubiera saludado con a l i v i o .
Entre g r i t o s y espasmos fue izado al t r i n e o .
Intervin i e r o n o t r o s , ayudando vigorosamente hasta que de O l a f , no
quedó más que una masa r e t o r c i d a de l a que s a l í a n voces aho
gadas.
— Dejadme -^mascullaba—, dejadme —y atacaba uno a
uno.
Hizo un pequeño amago para demostrar su osadía, pero
cayeron sobre él numerosas manos que l o atenazaron, impidienj
dolé mover un dedo.
—El comandante Pelham puede e n t r a r en el t r i n e o a mi
lado y . . .
—Piense en su empleo. Piense en sus c i e n t o cincuenta
dólares semanales. Piense en H i l d a a l l á en la T i e r r a que
no se casará con usted s i pierde el empleo. Piense en todo
esto.
Johnson pensó en a q u e l l o confusamente; pensó algunas co
sas más y penetró en el t r i n e o . Aseguró el saco con correas
y puso en marcha el g r a v o - r e p u l s o r .
Abrió el propulsor a
chorro lanzando una h o r r i b l e m a l d i c i ó n .
El t r i n e o arrancó impetuoso y Olaf s a l i ó despedido h a cia a t r á s por encima del a r t i l u g i o , por verdadero m i l a g r o .
Se a f e r r ó a los pasadores y ob^prvó como las c o l i n a s
circundantes subían y bajaban según los picados y r i z o s del
inseguro t r i n e o .
Sopló el v i e n t o y las ondulaciones se h i c i e r o n más sens i b l e s . Cuando J ú p i t e r a p a r e c i ó , su luz a m a r i l l e n t a iluminó
todos los picos y abismos del accidentado t e r r e n o hacia cada
uno de los cuales parecía d i r i g i r s e e l t r i n e o . Y cuando el
gigantesco planeta se había a l e j a d o por completo de l a l í n e a
del h o r i z o n t e , l a m a l d i c i ó n de la bebida, que sale de los or
ganismos ganimedinos, con l a misma rapidez que e n t r a , comenzó a a l e j a r s e de los zambúes.
•—iEntre! —ordenó Benson.
1020126854
El zambu zaguero fue el primero en d e s p e r t a r ; se r e l a mió l a cavidad b u c a l , d i o un respingo y desvaneció el maléfi_
co i n f l u j o del a l c o h o l . Después de haber tomado esta d e c i s i ó n examinó lánguidamente l o que t e n í a a su a l r e d e d o r . No
l e causó una impresión inmediata. Gradualmente se fue dando
cuenta del hecho i n c o n t r a s t a b l e de que el suelo que pisaba,
c u a l q u i e r a que f u e r e , no era el t e r r e n o f i r m e de Ganimedes.
Se i n c l i n a b a , se movía, l o cual era muy extraño.
Aunque hubiera a t r i b u i d o este balanceo a su r e c i e n t e or
g í a , no por e l l o dejó de m i r a r por debajo del barandal al
cual estaba amarrado. Los zambúes jamás han muerto de a t a que c a r d í a c o , según consta en los r e g i s t r o s s a n i t a r i o s , pero
é s t e , cuando miró abajo sus patas estuvo a punto de romper
la tradición.
El angustioso c h i l l i d o de h o r r o r y desesperación que lan
zó, hizo recobrar el conocimiento a l o s demás, cuyas cabezas,
aunque d o l o r i d a s , habían recobrado l a consciencia.
Durante un buen r a t o se d e s a r r o l l ó una t o r p e , cacareante
y confusa conversación, ya que los animales trataban de echar
f u e r a de l a cabeza el d o l o r e i n t r o d u c i r en e j l a los hechos.
Lograron conseguir ambos propósitos y organizaron una estampa
da. No era propiamente una estampida, puesto que estaban estrechamente atados. Pero s i exceptuamos el d e t a l l e de su sitúa
c i ó n f o r z a d a , h i c i e r o n todos los movimientos del galope tendi_
do. Y el t r i n e o se v o l v i ó l o c o .
Olaf se cogió l a barba un segundo antes de d e j a r l a ondear
1ibremente.
— i Eh 1 — g r i t ó .
Era t a n t o como s i s e a r a un huracán.
El t r i n e o pataleaba, saltaba y bailaba un tango h i s t é r i co. Era presa de repentinos arrebatos y parecía dispuesto a
e s t r e l l a r su cerebro de madera contra l a corteza de Ganimedes.
E n t r e t a n t o O l a f , a l a vez que renegaba, juraba y l l o r a b a ,
-accionaba los propulsores a c h o r r o .
Ganimedes daba v u e l t a s y J ú p i t e r se mostraba como una
mancha borrosa. Quizá la b a i l o t e a n t e panorámica de J ú p i t e r
fue lo que indujo a los zambúes a comportarse con más formal i d a d . Parecía que ya les había pasado el malestar de l a
borrachera. Sea como f u e r e , cesaron de moverse, se d i r i q i e ron los unos a los o t r o s sublimes discursos de despedida*,
confesaron sus pecados y esperaron la muerte.
El t r i n e o se e s t a b i l i z ó y Olaf recobró el a l i e n t o que
v o l v i ó a perder de nuevo ante un curioso espectáculo: hacia
arriba veía las c o l i n a s y el s ó l i d o terreno ganimedino y por
debajo del oscuro c i e l o y la abultada f i g u r a de J ú p i t e r .
Al ver todo e s t o , é l también hizo las paces con la e t e r
nidad y esperó el f i n .
~
"Astruz" es un d i m i n u t i v o de avestruz y a este animal
se parecían los nativos de Ganimedes, s i bien hay que c o n s i derar que ttenen el c u e l l o más c o r t o , la cabeza más grande y
su plumaje parece que de un momento a o t r o vaya a desprender
se de r a í z . Hay que añadir a su r e t r a t o un par de brazos,
flacos y huesudos, p r o v i s t o s de t r e s dedos rechonchos.
Saben i n g l é s , pero cuando uno los oye, p r e f e r i r í a que no lo ha
blaran.
Unos cincuenta astruces se habían agrupado en una construcción de poca a l t u r a hecha de madera purpúrea, que llamaban salón de reunión. En un sucio Banco de Honor de esta
estancia f é t i d a y oscurecida por el humo de las antorchas,
estaban sentados e l comandante Pelham y cinco de sus hombres
Ante e l l o s se pavoneaba el a s t r u z más desaliñado de todos i n
nando su enorme tórax con r í t m i c o s y explosivos sonidos. ~
Se detuvo un momento y señaló hacia una abertura en el techo.
—Mira —graznó—.
Sannicaus.
Chimenea.
Nosotros hacer, Entrar
Pelham a s i n t i ó con un g r u ñ i d o . El astruz cloqueó plac e n t e r o . Señaló los pequeños sacos de hierba t e j i d a que
colgaban de las paredes:
— M i r a r , c a l c e t i n e s , medias, Sannicaus poner regalos.
—Sí — a d m i t i ó Pelham s i n entusiasmo— chimenea y cal
c e t i n e s . Muy b o n i t o .
T o r c i ó l a boca en d i r e c c i ó n a Sim P i e r c e , que estaba
sentado a su lado y murmuró e n t r e d i e n t e s :
ré.
—Si estoy media hora más en esta escombrería, me mori
¿Cuando l l e g a r á ese tonto?
Pierce se movió incómodamente.
—Escuche, he r e a l i z a d o algunos c á l c u l o s . Estamos a
salvo en todo menos en las hojas de karen, en las que aún
Si logramos resolver;
llevamos cuatro toneladas de d é f i c i t .
este estúpido asunto dentro de una hora, podremos empezar
un nuevo período y hacer que los astruces t r a b a j e n el doble
—se echó hacia a t r á s y c o n t i n u ó — . S í , creo que l o podremos conseguir.
Cogió o t r o berrinche mientras el astruz saltaba unas
cuantas veces de a r r i b a a abajo de manera c a l c u l a d a , evidentemente para e j e r c i t a r s e .
Continuó saltando variando el ri_t
mo con aburridos pasos de b a i l e . Los puños de Pelham se
crispaban de una manera e x t r a ñ a . Unos excitados graznidos
que provenían de un agujero en la pared, d i g n i f i c a d o con el
nombre de ventana, contuvieron a Pelham de hacer una matanza
de n a t i v o s .
Los astruces se agruparon en enjambres y los
lucharon por h a l l a r un punto dominante.
Al fondo de l a gran bola a m a r i l l e n t a de J ú p i t e r , surgió
un t r i n e o v o l a n t e t i r a d o por ocho renos. Era muy pequeñito,
pero no cabía duda; era Santa Claus que l l e g a b a .
Al parecer algo funcionaba mal. El t r i n e o , los renos y
todo el c o n j u n t o , descendían a una velocidad t e r r i b l e , pero
volaban i n v e r t i d o s .
Los astruces se dispersaron en medio de una cacofonía
de granizados.
—iSannicaus!
—Poco más o menos — r e p l i c ó Pelham sombríamente—.
Y eso s i l l e g a Johnson y no nos pone en o t r o a p r i e t o .
El a s t r u z hablaba de nuevo, pues a sus congéneres les
agrada c h a r l a r :
—Todos los años Kissmess —no sabía pronunciar Christmas — , Kissmess b o n i t o , todo el mundo amigos. Astruz querer
Kissmess. Vosotros gustar Kissmess.
— S í , es muy bonito —refunfuñó Pelham cortésmente—.
Paz en Ganimedes y buena voluntad para los hombres, especial
mente para aquellos como Johnson. ¿Dónde d i a b l o s está ese
idiota?
terrícolas
iSannicaus!
iSannicaus!
S a l i e r o n trepando por las ventanas como una f i l a de est r o p a j o s locos en movimiento. Pelham y sus hombres alcanzaron el e x t e r i o r por una puerta de poca a l t u r a .
El t r i n e o se aproximaba, se hacía más grande, daba bandazos de un lado a o t r o y vibraba como una rueda descentrada
en v u e l o . Olaf Johnson era una pequeña f i g u r a que se asía
perfectamente a l t r i n e o con ambas manos.
Pelham g r i t a b a desaforado, incoherente y se atragantaba
cada vez que se l e olvidaba r e s p i r a r a través de l a careta
nasal en la f i n a atmósfera ganimedina. De pronto se detuvo
y miró f i j a m e n t e con h o r r o r . El t r i n e o seguía descendiendo
veloz.y ya casi se veía de tamaño n a t u r a l . Si hubiera sido
una f l e c h a disparada por Guillermo T e l l , no hubiera apuntado,
e n t r e ceja y ceja de Pelham, con más p r e c i s i ó n .
Pero esto l e causó muy poco a l i v i o al comandante Pelham
ya que, una vez más, el t r i n e o apuntaba directamente hacia
su persona.
—Todo el mundo a t i e r r a — c h i l l ó mientras de dejaba
caer.
La ráfaga de v i e n t o que dejó el t r i n e o al pasar de largo r e s t a l l ó penetrante contra su r o s t r o . La voz de Olaf se
oyó durante un i n s t a n t e c h i l l o n a y confusa. Los compresores
de a i r e dejaron una e s t e l a de vapor.
Pelham temblaba en el helado suelo de Ganimedes. Poco
después se levantó lentamente, sacudiendo las r o d i l l a s como
una huía hawaiana. Los astruces que se habían dispersado,
antes de que se les echara encima el vehículo aéreo, se
agruparon de nuevo. A l o l e j o s e l t r i n e o giraba dando media
vuelta.
Pelham seguía los r e v o l o t e o s y bandazos del a r t e f a c t o
desde que empezó a cambiar de d i r e c c i ó n . Cabeceó e i n c l i nándose a un l a d o , e n f i l ó hacia la base y ganó v e l o c i d a d .
En el i n t e r i o r del t r i n e o Olaf trabajaba como un demon i o . Con las piernas ampliamente a b i e r t a s balanceaba con
desesperación el peso de su cuerpo. Sudaba y maldecía mi en
t r a s intentaba con todas sus fuerzas e v i t a r l a panorámica
de J ú p i t e r "hacia a b a j o " , y esto producía en el t r i n e o o s d
laciones más y más v i o l e n t a s .
Los bamboleos alcanzaban aho
ra un ángulo de 180°, y Olaf s i n t i ó que su estómago l e presentaba enérgicas reclamaciones.
Conteniendo el a l i e n t o apoyó todo el peso de su cuerpo
sobre el pie derecho y el t r i n e o se balanceó con más amplitud que nunca. En el punto más pronunciado de este vaivén
desconectó el g r a v o - r e p u l s o r y l a d é b i l fuerza g r a v i t a t o r i a
de Ganimedes sacudió el t r i n e o obligándole a descender. Co
mo es n a t u r a l , al ser el v e h í c u l o más pesado por el fondo ,
debido a la masa m e t á l i c a del g r a v o - p r o p u l s o r , a d q u i r i ó la
p o s i c i ó n normal en t a n t o descendía.
—Cuerpo a t i e r r a — v o c i f e r ó , y de nuevo se lanzó al
suelo.
El t r i n e o s i l b ó sobre su cabeza, c r u j i ó al tropezar cojn
tra una peña, hizo un s a l t o de cinco metros y se paró en se~
co con un chasquido. Olaf s a l i ó despedido por la baranda.
Había llegado Santa Claus.
Con un profundo y tembloroso s u s p i r o , Olaf se a j u s t ó el
saco sobre l a espalda, se recompuso l a barba y a c a r i c i ó la •
cabeza a uno de los s u f r i d o s v s i l e n c i o s o s zambúes. Podía
haber sobrevenido la muerte; en verdad, Olaf no la había
afrontado con serenidad, pero ahora estaba dispuesto a m o r i r ,
pisando t i e r r a f i r m e , con nobleza, como un Johnson.
Dentro de la cabaña en la que los astruces se habían
aglomerado, una vez más, un golpe en el tejado anunció la
llegada del saco de los regalos de Santa Claus y un segundo
batacazo l a llegada del santo. Una f i g u r a espantosa a p a r e ció a través del agujero p r o v i s i o n a l .
— ¡Felices Navidades! — f a r f u l l ó , dejándose caer por el
orificio.
Olaf fue a parar encima de los c i l i n d r o s de oxígeno como de costumbre y después los colocó en el s i t i o h a b i t u a l .
Los astruces saltaban de a r r i b a a abajo como pelotas de
goma.
Olaf se d i r i g i ó cojeando ostensiblemente al primer c a l c e t í n y depositó una pequeña esfera deslumbrante y policroma
da que e x t r a j o del saco, una de las muchas bolas que o r i g i nalmente habían sido proyectadas para adornar los árboles na
videños. Una a una las fue dejando en todos los saquitos
disponibles.
> -
'
Después de haber r e a l i z a d o su t a r e a , se sentó en c u c l j [
l i a s completamente agotado y s i g u i ó las sucesivas escenas
con o j o s v i d r i o s o s e inseguros. La j o v i a l i d a d y las carcajadas de buen humor, t r a d i c i ó n c a r a c t e r í s t i c a de l a f e s t i v i ^
dad de Santa Claus, e s t u v i e r o n completamente ausentes en- es^
t a ocasión.
Pero la ausencia de a l e g r í a l a compensaron los a s t r u —
ces con su extraño embelesamiento. Hasta que Olaf entregó
l a ú l t i m a bola guardaron s i l e n c i o y permanecieron sentados.
Pero cuando se acabó el r e p a r t o , el a i r e se enrareció bajo
la t e n s i ó n de e s t r i d e n c i a s d i s c o r d a n t e s .
En menos de un
segundo l a mano de cada astruz contenía una bola.
Charlaban e n t r e e l l o s violentamente y asían las bolas
con cuidado, protegiéndolas con el pecho. Después las comparaban unas con o t r a s y formaban grupos para contemplar
las más l l a m a t i v a s .
El astruz más desaseado se acercó a Pelham y l o cogió
por las solapas.
—Sannicaus, bueno —cacareó—.
M i r a , d e j a r huevos.
—No d i s c u t a con e l l o s —susurró f r e n é t i c o — . ¿Qué importa s i e l l o s creen que esas bolas son huevos de Santa
Claus? ¡Mire! Si trabajamos como l o c o s , podremos alcanzar
la cuota. Que empiecen a t r a b a j a r .
—Lleva razón — a d m i t i ó Pelham.
Se d i r i g i ó a l
astruz:
—Dígales a todos que se preparen.
Hablaba con c l a r i d a d y en voz a l t a .
—Ahora a t r a b a j a r , ¿me comprenden?
de p r i s a . . .
Hacía ademanes con l o s brazos.
detuvo de repente y d i j o con calma:
Ser huevos sa-
i Venga!, de p r i s a ,
El desastrado a z t r u z se
ve-
—¿No t e n é i s bastante con un Christmas? —masculló Pelham.
Con su dedo p e l l e j u d o pinchó el estómago de Pelham.
— ¡No! — a u l l ó Pelham impetuosamente—.
no...:
Pierce agarró el brazo del comandante Pelham.
—Nosotros t r a b a j a r , pero Johnson d e c i r Kissmess y
n i r todos l o s años.
Observó reverentemente su esfera y agregó:
—Ser más bonitos que huevos a s t r u c e s .
nnicaus, ¿eh?
—Colores b o n i t o s . ¿Cuánto tiempo tarda s a l i r pequeño
Sannicaus? ¿Qué comer pequeños Sannicaus?,.. Nosotros ense
ñar ser vivos i n t e l i g e n t e s , como a s t r u c e s .
¡Infiernos,
Pero el a s t r u z no l e escuchaba. Ocultó la bola en las
profundidades de su plumaje y c o n t i n u ó :
_ ¡ N o ! —graznó el a s t r u z — , nosotros querer Sannicaus
año próximo. Traer más huevos. Más o t r o año. Y o t r o , y
o t r o , más huevos. Más pequeños Sannicaus. Si Sannicaus no
v e n i r , nosotros no t r a b a j a r .
—Hay mucho tiempo por d e l a n t e . Ya hablaremos entonces.
0 nos volveremos todos locos o los astruces habrán olvidado
la f i e s t a .
Pterce a b r i ó l a boca, l a c e r r ó , la v o l v i ó a a b r i r , l a
c e r r ó de nuevo, l a a b r i ó o t r a vez y f i n a l m e n t e consiguió
hablar:
—Comandante, quieren que venga todos los años.
—Yo l o sé, pero el año próximo no se acordarán.
—Pero, no comprende... Un año para e l l o s es una revo
l u c i ó n completa alrededor de J ú p i t e r .
Esto s i g n i f i c a una ~
semana y t r e s horas del tiempo t e r r e s t r e .
¡Quieren que San
ta Claus venga todas las semanas'.
— ¡Todas las semanas! — r u g i ó Pelham—.
dijo...
Johnson les
Durante unos i n s t a n t e s l e pareció que todo eran chispas
dando s a l t o s m o r t a l e s . Se quedó s i n r e s p i r a c i ó n y automáticamente sus ojos buscaron a O l a f .
Olaf se quedó f r í o hasta el tuétano. Se levantó sobrecogido y se d e s l i z ó hacia l a p u e r t a . Se detuvo cuando e s t a ba en el umbral; de repente recordó la t r a d i c i ó n .
Con la
barba semidesprendida graznó:
— ¡ F e l i c e s Navidades y buenas noches a todos!
C o r r i ó hacia el t r i n e o como s i todos los d i a b l o s l e p i saran los t a l o n e s . No eran los d i a b l o s , era el comandante
S c o t t Pelham.
EL
ALBATROS.
La gente marinera, con crueldad s a l v a j e ,
suele cazar a l b a t r o s , grandes aves marinas
que siguen a los barcos, compañeras de v i a j e ,
blanqueando en los a i r e s como blancas n e b l i n a s .
Pero, apenas los dejan en l a l i s a c u b i e r t a
- ¡ e l l o s , que al a i r e imponen el t r i u n f o de su
¡vuelo'.sus grandes alas blancas, como una cosa muerta,
como dos remos r o t o s , a r r a s t r a n por el suelo.
Y el alado v i a j e r o toda gracia ha p e r d i d o ,
y , como antes hermoso, ahora es t o r p e y simiesco
y uno l e quema el pico con un h i e r r o encendido,
y el o t r o , cojeando, mima su andar grotesco.
£
El poeta recuerda a este rey de los v i e n t o s
que desdeña las f l e c h a s y que a t r a v i e s a el mar:
en el s u e l o , cargado de bajos s u f r i m i e n t o s ,
sus alas de gigante no l e dejan andar.
Carlos
Baudelaire.
LO
ONICO
ETERNO.
Las verdades de ayer son hoy m e n t i r a ,
las de hoy acaso l o serán mañana;
l a i n c o r r e g i b l e vanidad humana
siempre creyendo razonar, d e l i r a .
Como Nerón cantando ante l a p i r a
en que c o n v i e r t e a l a ciudad romana,
ciega destruye o c í n i c a profana
l o que, poco antes, ensalzó l a l i r a .
"EL RETABLO1 DE
LAS
MARAVILLAS."
Y a s í , a t r a v é s de todas las edades,
siempre abrasada por un fuego i n t e r n o ,
buscó l a humanidad nuevas verdades,
y h a l l ó que en todo tiempo - j o v e n t i e r n o én aldeas, en campos y ciudades,
sólo el amor es en l a t i e r r a e t e r n o .
Guillermo B l e s t Gana.
Miguel de Cervantes Zaavedra.
Salen CHANFALLA y la CHIRINOS.
CHANF. No se t e pasen de l a memoria, C h i r i n o s , mis adv e r t i m i e n t o s , p r i n c i p a l m e n t e los que t e he dado para este
nuevo embuste, que ha de s a l i r tan a luz como el pasado del
llovista.2
CHIR. Chanfalla i l u s t r e , l o que en mf fuere t e n l o como
de molde; que t a n t a memoria tengo como entendimiento, a
quien se j u n t a una voluntad de a c e r t a r a s a t i s f a c e r t e , que
excede a las demás potencias; pero dime: ¿de qué te s i r v e
este Rabelfn 3 que hemos tomado? Nosotros dos s o l o s , ¿no pudiéramos s a l i r con esta empresa?
CHANF. Habfamosle menester como el pan de la boca, para tocar en los espacios que tardaren en s a l i r las f i g u r a s
del Retablo de las M a r a v i l l a s .
CHIR. M a r a v i l l a será s i no nos apedrean por sólo el
Rabelín; porque, tan desventurada c r i a t u r i l l a , no la he v i s to en todos los dfas de mi v i d a .
Entra EL RABELIN.
Rab. ¿Hase de hacer algo en este pueblo, señor Autor?
Que ya me muero porque vuestra merced vea que no me tomó a
carga cerrada. 1 '
CHIR. Cuatro cuerpos de los vuestros no harén un t e r —
ció, 5 cuanto más una carga; si no sois más gran músico que
grande, medrados estamos.
Rab, E l l o d t r á ; que en verdad que me han e s c r i t o para
e n t r a r en una compañía de p a r t e s , 6 por chico que soy.
CHANF, Si os han de dar l a parte a medida del cuerpo,
c a s i será i n v i s i b l e . — C h i r i n o s , poco a poco estamos ya en
e l pueblo, y éstos que aquf vienen deben de s e r , como l o ,
son s i n duda, ei Gobernador y los A l c a l d e s , Salgárnosles al
encuentro, y date un f i l o a l a lengua en la piedra de l a
a d u l a c i ó n ; pero no despuntes de aguda.
Salen el GOBERNADOR, y BENITO REPOLLO, a l c a l d e ,
JUAN CASTRADO, r e g i d o r , y PEDRO CAPACHO, e s c r i bano.
Beso a vuestras mercedes las manos: ¿quién de vuestras
mercedes es el Gobernador deste pueblo?
GOB. Yo soy el Gobernador; ¿qué es l o que queréis
buen hombre?
CHANF. A tener yo dos onzas de entendimiento, hubiera
echado de ver que esa p e r i p a t é t i c a 7 y anchurosa presencia
no podía ser de o t r o que del dignísimo Gobernador deste hon^
rado pueblo; que c o n v e n i r l o a ser de las A l g a r r o b i l l a s , 8
los deseche vuestra merced.
CHIR. En vida de la señora y de los s e ñ o r i t o s , s i es
que el señor Gobernador los t i e n e .
CAP.
CHIR.
GOB.
No es casado el señor GOBERNADOR.
Para cuando l o sea: que no se perderá nada.
Y b i e n , ¿qué es l o que q u e r é i s , hombre honrado?
CHIR. Honrados días viva vuestra merced, que así nos
honra; en f i n , la encina da b e l o t a s ; el pero, peras; la par r a , uvas, y el honrado, honra, s i n poder hacer o t r a cosa.
BEN.
punto.
Sentencia c i c e r o n i a n c a , s i n q u i t a r ni poner un
CAP.
Repollo,.
CldoAorUana quiso d e c i r el señor al cal J e Benito
? BEN.. Siempre.quiero d e c i r l o que es m e j o r , sino que
las más veces no a c i e r t o ; en f i n , buen hombre, ¿qué quereis?
CHANF. Yo, señores míos, soy M o n t i e l , el que t r a e el
Retablo de las M a r a v i l l a s : hanme enviado a llamar de la c o r te los señores cofrades de los h o s p i t a l e s 9
porque no hay
autor de comedias en e l l a , y parecen los h o s p i t a l e s , y con
mi ida se remediara todo.
GOB.
Y ¿qué q u i e r e d e c i r RoXablo dz las
MaAavMaA?
CHANF. Por las m a r a v i l l o s a s cosas que en él se enseñan
y muestran, viene a ser llamado Retablo de las M a r a v i l l a s ;
el cual f a b r i c ó y compuso el sabio Tontonelo debajo de t a l e s
paralelos, rumbos, a s t r o s y e s t r e l l a s , con t a l e s puntos, caracteres y observaciones, que ninguno puede ver las cosas
que en él se muestran, que tenga alguna raza de confeso, o
no sea habido y procreado de sus padres de l e g í t i m o matrimonio; y e l que fuere contagiado destas dos tan usadas enferme^
dades, despídase de ver las cosas, jamás v i s t a s ni oídas, de
mi r e t a b l o .
BEN. Ahora echo de ver que cada día se ven en el mundo
cosas nuevas. Y ¡qué! ¿Se llamaba Tontonelo el sabio que
el Retablo compuso?
CHIR. Tontonelo se llamaba, nacido en l a ciudad de Ton
tonel a: hombre de quien hay fama que l e llegaba la barba a ~~
la c i n t u r a .
BEN. Por l a mayor p a r t e , los hombres de grandes barbas
son sabihondos.
GOB. Sefior r e g i d o r Juan Castrado, yo determino, debaj o de su buen parecer? que esta noche se despose l a señora
Teresa Castrada, su h i j a , de qiiien yo soy p a d r i n o , y , en re
g o c t j o de l a f t e s t a , q u i e r o que el señor M o n t i e l muestre en
vuestra casa su Retablo,
JUAN. Esto tengo yo por s e r v i r a l señor Gobernador,
con cuyo parecer me convengo, entablo y a r r i b o , aunque haya
o t r a cosa en c o n t r a r i o .
CHIR. La cosa que hay en c o n t r a r i o es que, s i no se
nos paga primero nuestro t r a b a j o , asf verán las f i g u r a s como
por el c e r r o de Ubeda. ¿Y vuestras mercedes, señores J u s t i c i a s , t i e n e n conciencia y alma en esos cuerpos?
iBueno
s e r i a que entrase esta noche todo e l pueblo en casa del s e ñor Juan Castrado, o como es su g r a c i a , y viese l o contenido
en el t a l Retablo, y mañana, cuando quisiésemos m o s t r a l l e al
pueblo, no hubiese ánima que l e v i e s e : No, señores, no, señores; ante, omvua nos han de pagar l o que f u e r e j u s t o .
BEN. Señora A u t o r a , aquí no os ha de pagar ninguna Ant o n a , ni ningún Antoño; el señor r e g i d o r Juan Castrado os
pagará más que honradamente, y s i no, el Concejo.
¡Bien conocéis el l u g a r , por c i e r t o ! A q u í , hermana, no aguardamos
a que ninguna Antena pague por n o s o t r o s .
CAP. {Pecador de m í , señor Benito R e p o l l o , y qué l e j o s da del blanco! No dice l a señora Autora que pague ninguna Antona, sino que l e paguen adelantado y ante todas cosas, que eso q u i e r e d e c i r ante. omroA
BEN. M i r a d , escribano Pedro Capacho, haced vos que me
hablen a derechas, que yo entenderé a p i e l l a n o ; vos, que
sois l e í d o y e s c r i b i d o , podéis entender esas algarabías de
a l l e n d e , 1 0 que yo no.
JUAN. Ahora bien; ¿contentarse ha el señor Autor con
que yo l e dé adelantados media docena de ducados? Y más,
que se tendrá cuidado que no e n t r e gente del pueblo esta noche en mi casa.
CHANF. Soy c o n t e n t o ; porque yo me f í o de la d i l i g e n c i a
de vuestra merced y de su buen término.
JUAN. Pues véngase conmigo, r e c i b i r á el d i n e r o , y verá
mi casa, y la comodidad que hay en e l l a para mostrar ese Retablo.
CHANF. Vamos, y no se les pase de las mientes las calj_
dades que han de tener los que se a t r e v i e r e n a m i r a r el mara
v i l l o s o Retablo.
BEN. A mi cargo queda eso, y séle d e c i r que, por mi
p a r t e , puedo i r seguro a j u i c i o , pues tengo el padre a l c a l d e ;
cuatro dedos de enjundia de c r i s t i a n o v i e j o rancioso tengo
sobre los cuatro costados de mi l i n a j e : ¡miren s i veré el t a l
Retablo!
CAP.
JUAN.
pacho.
Todos l e pensamos v e r , señor Benito Repollo.
No nacimos acá en las malvas,
11
señor Pedro Ca-
GOB. Todo será menester, según voy viendo, señores A l calde, Regidor y Escribano.
JUAN. Vamos, A u t o r , y manos a la obra; que Juan Castrado me l l a m o , h i j o de Antón Castrado y de Juana Macha; y no
digo más, en abono y seguro que podré ponerme cara a cara y
a pie quedo delante del r e f e r i d o r e t a b l o .
CHIR.
¡Dios l o haga!
Entranse v W
CASTRADO y CHANFALLA.
GOB, Señora A u t o r a , ¿qué poetas se usan ahora en l a
c o r t e , de fama y rumbo, especialmente de los llamados cómicos? Porque yo tengo mis puntas y c o l l a r de poeta, y p i c ó me de la farándula y c a r á t u l a . Veinte y dos comedias tengo,
todas nuevas, que se ven l a s unas a las o t r a s ; estoy aguar^
dando coyuntura para i r a l a c o r t e y enriquecer con e l l a s
media docena de a u t o r e s .
CHIR. A l o que vuestra merced, señor Gobernador, me
pregunta de los poetas, no l e sabré responder; porque hay
tantos que q u i t a n el s o l , y todos piensan que son famosos.
Los poetas cómicos son l o s o r d i n a r i o s y que siempre se usan,
y asf no hay para qué nombrallos.
Pero dígame vuestra merced, por su v i d a : ¿cómo es su buena gracia? ¿Cómo se llama?
GOB.
mecillos.
A m i , señora A u t o r a , me llaman el Licenciado Go-
CHIR. iVálame Dios! ¿Y qué, vuesa merced es el señor
Licenciado Gomecillos, e l que compuso aquellas coplas tan
famosas de Lucl^eA estaba
mato y Tómalo, mal de. ¿ueAa?
GOB. Malas lenguas hubo que me q u i s i e r o n a h i j a r esas
c o p l a s , y asi fueron mías como del Gran Turco. 1 ?
Las que
yo compuse, y no l o q u i e r o negar, fueron aquellas que trata^
ron del d i l u v i o de S e v i l l a ; 1 3 que, puesto que los poetas son
ladrones unos de o t r o s , nunca me p r e c i é de h u r t a r nada a nad i e ; con mis versos me ayude D i o s , y h u r t e e l que q u i s i e r a .
Vuelve CHANFALLA.
CHANF. Señores, vuestras mercedes vengan, que todo está a punto, y no f a l t a más que comenzar.
CHIR.
¿Está ya el d i n e r o ¿vi
cotiboiw?11*
CHANF.
Y aun e n t r e las t e l a s del corazón.
CHIR. Pues d o i t e por a v i s o , C h a n f a l l a , que el Gobernador es poeta.
CHANF. ¿Poeta? iCuerpo del mundo! Pues dale por engañado, porque todos los de humor semejante son hechos a l a ma
zacona, 15 ger.te descuidada, crédula y no nada m a l i c i o s a .
BEN. Vamos, A u t o r ; que me s a l t a n los pies por ver esas
maravillas.
Entranse todos.
Salen JUANA CASTRADA y TERESA REPOLLA, l a bradoras: l a una como desposada, que es la CASTRADA.
CAST. Aquí t e puedes s e n t a r , Teresa Repolla amiga, que
tendremos el Retablo e n f r e n t e ; y pues sabes las condiciones
que han de tener los miradores del Retablo, no te descuides,
que s e r í a una gran desgracia.
TER. Ya sabes, Juana Castrada, que soy tu prima, y no
digo más. ¡Tan c i e r t o t u v i e r a yo el c i e l o como tengo c i e r t o
ver todo a q u e l l o que el Retablo mostrare!
¡Por el s i g l o de 16
mi madre que me sacase los mismos ojos de mi c a r a , s i alguna
desgracia me aconteciese!
¡Bonita soy yo para eso!
CAST.
Sosiégate, prima; que toda l a gente v i e n e .
Entran e l GOBERNADOR, BENITO REPOLLO, JUAN
CASTRADO, PEDRO CAPACHO, EL AUTOR y LA
AUTORA, y EL MUSICO, y o t r a gente del pueblo,
y UN SOBRINO de B e n i t o , que ha de ser aquel
g e n t i l hombre que b a i l a .
CHANF, Siéntense todos; el Retablo ha de e s t a r detrás
deste r e p o s t e r o , y la Autora también, y aquí el músico.
BEN. ¿Músico es éste? Métanle también detrás del rep o s t e r o , que, a trueco de no v e l l e , daré por bien empleado
el no o í l l e .
CHANF. No t i e n e vuestra merced razón, señor a l c a l d e
R e p o l l o , de descontentarse del músico, que en verdad que es
muy buen c r i s t i a n o , y hidalgo de s o l a r conocido.
GOB.
asoma la f i g u r a del valentísimo Sansón, abrazado con las columnas del templo, para d e r r i b a l l e por el suelo y tomar venganza de sus enemigos. ¡Tente, valeroso c a b a l l e r o , t e n t e ,
por l a g r a c i a de Dios Padre; no hagas t a l desaguisado, p o r que no cojas debajo y hagas t o r t i l l a tanta y tan noble gente
como aquí se ha j u n t a d o !
BEN. ¡Téngase, cuerpo de t a l conmigo!
¡Bueno sería que,
en lugar de habernos venido a holgar quedásemos aquí hechas
plasta!
¡ Téngase, señor Sansón, pesia a mis males, que se
lo ruegan buenos!
¡Calidades son bien necesarias para ser buen múCAP.
sico!
BEN.
De s o l a r , bien podrá s e r ; mas de sonar
abimun--
¿Veisle vos, Castrado?
JUAN. Pues ¿no l e había de ver?
colodrillo?
¿Tengo yo los ojos
(LÍO.
en el
RABEL. ¡Eso se merece el b e l l a c o que se viene a sonar
delante de. . . !
CAP. Milagroso caso es éste:
así veo yo a Sansón
ahora como el Gran Turco. Pues en verdad que me tengo por
legítimo y c r i s t i a n o v i e j o .
BEN. ¡Pues por Dios, que hemos v i s t o aquí sonar a
o t r o s músicos tan . . . !
GOB. Quédese esta razón en el de. del señor Rabel y en
el tan del A l c a l d e , que será proceder en i n f i n i t o ; y el señor Montiel comience su obra.
BEN.
¡Guárdate, hombre, que sale el mesmo t o r o que ma
OH IR.
tó al ganapán en Salamanca!
¡Echate, hombre; échate, hom- bre; Dios te l i b r e , Dios t e l i b r e !
CHANF. ¡Echense todos, échense todos!
cho h o ! , ¡hucho ho!
¡Hucho h o ! ,
¡hu-
Poca balumba t r a e este autor para tan gran Reta-
blo.
JUAN.
Todo debe de ser de m a r a v i l l a s .
CHANF. A t e n c i ó n , señores, que comienzo.—¡Oh t ú ,
quien q u i e r a que f u i s t e , que f a b r i c a s t e este Retablo con
tan m a r a v i l l o s o a r t i f i c i o , que alcanzó renombre da >laA Mota
vWUlá: por la v i r t u d que en él se e n c i e r r a , te c o n j u r o ,
apremio y mando que luego i n c o n t i n e n t i muestres a estos señores algunas de las tus m a r a v i l l o s a s m a r a v i l l a s , para que
se r e g o c i j e n y tomen p l a c e r , s i n escándalo alguno! Ea, que
ya veo que has otorgado mi p e t i c i ó n , pues por aquella parte
Echanse todos y alborótanse.
BEN. El d i a b l o l l e v a en el cuerpo el t o r i l l o ; sus p a r tes t i e n e de hosco y de bragado; s i no me t i e n d o , me l l e v a
de vuelo.
JUAN. Señor A u t o r , haga, s i puede, que no salgan f i g u ras que nos a l b o r o t e n ; y no l o digo por mí, sino por estas
muchachas, que no les ha quedado gota de sangre en el cuerpo,
de la ferocidad del t o r o .
CAST, Y ¡cómo, padre! No pienso v o l v e r en mí en tres
d í a s ; ya me v i en sus cuernos, que los t i e n e agudos como una
lesna.
JUAN.
No fueras tú mi h i j a , y no l o v i e r a s .
GOB. Basta, que todos ven l o que yo no veo; pero al
f i n habré de d e c i r que l o veo, por la negra h o n r i l l a .
CHIR. Esa manada de ratones que a l l á va, desciende por
l í n e a r e c t a de aquellos que se c r i a r o n en el arca de Noé;
d e l l o s son blancos, d e l l o s albarazados 1 7 , d e l l o s jaspeados
y d e l l o s azules; y , f i n a l m e n t e , todo son ratones.
CAST. i Jesús 1 iAy de mí!
¡Ténganme, que me a r r o j a r é
por aquella ventana! ¿Ratones? ¡Desdichada! Amiga, a p r i é t a t e las f a l d a s , y mira no t e muerdan; y ¡monta que 18 son pocos!
¡Por el s i g l o de mi abuela,, que pasan de m i l e n t a ! 1 9
•
REP. Yo sí soy l a desdichada, porque se me entran sin
reparo ninguno; un ratón morenico me t i e n e asida de una rodilla:
¡socorro venga del c i e l o , pues en l a t i e r r a me f a l t a !
BEN. Aun bien que tengo gregüescos: 2 0
que se me e n t r e , por pequeño que sea.
GOB. ¿Qué d i a b l o s puede ser e s t o , que aun no me ha t o cado una g o t a , donde todos se ahogan? Mas ¿si v i n i e r a yo a
ser bastardo e n t r e tantos legítimos?
BEN. Quítenme de a l l í aquel músico; s i no, voto a Dios
que me vaya s i n ver más f i g u r a .
¡Válgate el d i a b l o por músico aduendado, y qué hace de menudear s i n c i t ó l a y s i n son!
RAB. Señor a l c a l d e , no tome conmigo la hincha; que yo
toco como Dios ha sido servido de enseñarme.
BEN. ¿Dios t e había de enseñar, sabandija?
¡Métete
tras l a manta; s i no, por Dios que t e a r r o j e este banco!
RAB.
El d i a b l o creo que me ha t r a í d o a este pueblo.
CAP. Fresca es el agua del santo r í o Jordán; y aunque
me cubrí l o que pude, todavía me alcanzó un poco en los bigo
t e s , y apostaré que los tengo rubios como un o r o .
BEN.
CAST. ¿Oyes, amiga? Descubre el r o s t r o , pues ves l o
que t e importa.
¡Oh, qué l i c o r tan sabroso! Cúbrase, padre,
no se moje.
Todos nos cubrimos,
Yo estoy más seco que un esparto.
Y aun peor cincuenta veces.
que no hay ratón
CHANF. Esta agua, que con tanta p r i s a se deja descolgar
de las nubes, es de l a f u e n t e que da o r i g e n y p r i n c i p i o al
r í o Jordán. Toda mujer a quién tocare en el r o s t r o , se l e
volverá como de p l a t a b r u ñ i d a , y a los hombres se les v o l v e rán las barbas como de o r o .
JUAN.
CAP.
CHIR.
A l l á van hasta dos docenas de leones rapantes y
de osos colmeneros; todo v i v i e n t e se guarde; que, aunque f a n t á s t i c o s , no dejarán de dar alguna pesadumbre, y aun de hacer
las fuerzas de Hércules con espadas desenvainadas.
JUAN. Eas señor A u t o r , ¡cuerpo de n o s l a ! 2 1 ¿Y agora nos
quiere l l e n a r l a casa de osos y de leones?
BEN ¡Mirad qué ruiseñores y c a l a n d r i a s nos envía Tonto—
nelo, sino leones y dragones! Señor A u t o r , o salgan f i g u r a s
más a p a c i b l e s , o aquí nos contentamos con las v i s t a s , y Dios
le g u í e , y no pare más en el pueblo un momento.
hija.
BEN. Por las espaldas me ha calado el agua hasta la canal maestra.
CAST. Señor Benito R e p o l i o , deje s a l i r ese oso y leones,
s i q u i e r a por nosotras, y recebiremos mucho contento.
JUAN. Pues, h i j a , ¿de antes t e espantabas de los r a t o nes, y agora pides osos y leones?
CAST.
FURR. Que luego, al punto, mande hacer alojamiento para t r e i n t a hombres de armas que l l e g a r á n aquí dentro de m e dia hora, y aun antes, q.ue ya suena la trompeta; y adiós.
Todo l o nuevo aplace, señor padre.
BEN.
CHIR. Esa d o n c e l l a , que agora se muestra tan galana y
tan compuesta, es la llamada Herodfas, cuyo b a i l e alcanzó
en premio la cabeza del Precursor de la v i d a . Si hay quien
la ayude a b a i l a r , verán m a r a v i l l a s .
BEN. ¡Esta s í , ¡cuerpo del mundo!, que es f i g u r a hermo
sa, apacible y r e l u c i e n t e !
¡Hi de puta, y cómo que se vuelve la mochaclji]a.— Sobrino Repollo, tú que sabes de acha- ques de castañetas, ayúdala, y será l a f i e s t a de cuatro ca-pas. ? 2
CHANF. No hay t a l ; que ésta es una compañía de caba- l í o s , que estaba alojada dos leguas de aquí.
BEN. Ahora yo conozco bien a Tontonelo, y sé que vos y
él sois unos grandísimo b e l l a c o s , no perdonando al músico; y
mirá que os mando que mandéis a Tontonelo no tenga a t r e v i - miento de enviar estos hombres de armas, que l e haré dar dozientos azotes en las espaldas, que se vean unos a o t r o s .
CHANF.
SOB.
BEN. Digo que los envía Tontonelo, como ha enviado las
otras sabandijas que yo he v i s t o .
zarabanda. 23
CAP. ¡Toma mi abuelo, s i es antiguo el b a i l e de l a
zarabanda y de la chacona!
BEN. Ea, s o b r i n o , ténselas t i e s a s a esa bellaca
pero, s i ésta es j o d i a , ¿cómo ve
estas m a r a v i l l a s ?
CHANF.
¡Digo, señor a l c a l d e , que no los envía Tontone-
lo!
Que me p l a c e , t í o Benito Repollo.
Tocan la
Yo apostaré que los envía el sabio Tontonelo,
jodia;
CAP.
Todos las habernos v i s t o , señor Benito Repollo.
BEN. No digo yo que no, señor Pedro Capacho.— No t o ques más, músico de e n t r e sueños, que te romperé la cabeza.
Todas las reglas tienen excepción, señor A l c a l -
Vuelve el FURRIER
de..
FURR. Ea, ¿está ya hecho el alojamiento?
los caballos en e l pueblo.
Suena una trompeta o corneta dentro del t e a t r o , y entra
UN FURRIER211 de compañías
FURR.
GOB.
¿Quién es aquí el señor Gobernador?
Yo soy. ¿Qué manda vuestra merced?
Que ya están
BEN. ¿Qué, todavía ha s a l i d o con la suya Tontonelo?
¡Pues yo os voto a t a l , .Autor de humos y de embelecos, que
me l o habéis de pagar!
CHANF.
Séanme t e s t i g o s que me amenaza el A l c a l d e .
CIHIR,. Séanme t e s t i g o s que dice el Alcalde que l o que
manda S. M. l o manda el sabio Tontonelo.
BEN. Antontoneleada t e vean mis o j o s , plega a Dios
Todopoderoso,
GOB. Yo para mí tengo que verdaderamente estos hombres
de armas no deben de ser de b u r l a s .
FURR. ¡Soy de l a mala puta que los p a r i ó ; y , por Dios
v i v o , que, si echo mano a la espada, que los haga s a l i r por
las ventanas, que no por la puerta!
CAP.
Basta: de ex XZ\l\iA
es.
BEN.
Basta: d e l l o s es, pues no ve
nada
FURR. ¿De b u r l a s habían de s e r , señor Gobernador? ¿Est á en su seso?
FURR. Canalla b a r r e t i n a : 2 6 s i o t r a vez me dicen que
soy d e l l o s , no les dejaré hueso sano.
JUAN. Bien pudieran ser atontoneleados; como esas cosas habernos v i s t o a q u í . Por vida del A u t o r , que haga s a l i r
o t r a vez a la doncella Herodías, por que vea este señor l o
que nunca ha v i s t o ; quizá con esto l e cohecharemos para que
se vaya presto del l u g a r .
BEN. Nunca los confesos ni bastardos fueron v a l i e n t e s ;
y por eso no podemos d e j a r de d e c i r : d e l l o s es, d e l l o s es.
CHANF. Eso en buena hora, y veisl-a aquí a do v u e l v e ,
y hace de señas a su b a i l a d o r a que de nuevo la ayude.
SOB.
Por mí no quedará, por c i e r t o .
FURR.
¡Cuerpo de Dios con los v i l l a n o s !
¡Esperad!
Mete l a mano a la espada, y a c u c h í l l a s e con todos; y el A l CALDE aporrea al RABELLEJO; y la CHIRINOS descuelga la manta
y dice:
BEN. Eso s í , s o b r i n o , cánsala, cánsala; v u e l t a s y más
v u e l t a s ; ¡ v i v e Dios, que es un azogue la muchacha!
¡Al hoy o , al hoyo!
¡A e l l o , a e l l o !
CHIR. El d i a b l o ha sido la trompeta y la venida de los
hombres de armas; parece que los llamaron con campanilla.
FURR. ¿Está loca esta gente? ¿Qué d i a b l o s de d o n c e l l a es é s t a , y qué b a i l e , y qué Tontonelo?
CHANF. El suceso ha sido e x t r a o r d i n a r i o ; la v i r t u d del
Retablo se queda en su punto, y mañana l o podemos mostrar al
pueblo; y nosotros mismos podemos cantar el t r i u n f o desta ba
t a l l a , d i c i e n d o : ¡Vivan Chirinos y C h a n f a l l a !
CAP.
Furrier.
FURR.
Luego ¿no ve
l a doncella herodiana el señor
¿Qué d i a b l o s de d o n c e l l a tengo de ver?
CAP.
Basta: de ex U
GOB.
De ex Xl\l\ú>
JUAN.
\¿\l&
es.25
e s , de ex
es.
Dellos es, d e l l o s el señor F u r r i e r , d e l l o s es.
13
el diluvio de Sevilla: Recuerdo de alquna de las numero
sas y trágicas crecidas del Guadalquivir.
retablo: Se llamaba aso. el minúsculo teatrillo o g u i —
ñol que llevaban los cómicps ambulantes. También, el
gran car.telón donde iban pintadas las acciones que se
iban recitando,
14
in corbona:
15
a la mazacona: a la buena de Dios, de cualquier manera.
en el bolsillo.
16
llovista: No hay datos para localizar a qué se refiere
este llovista. Sin duda alguna, es referencia a alguna
otra burla de los cómicos.
3
r a b e l m : el que toca el rabel. Se dice en diminutivo
por el escaso tamaño del músico. Constantemente, estará
recibiendo burlas por esta razón.
4
comprar a carga cerrada: comprar sin saber si es bueno
o malo lo que se adquiere.
Por el siglo de.... formula de juramento: por la vida
de...•
17
albarazados: de color mezclado de negro y rojo.
lñ
monta que...: mira que...
19«
milenta: mil. Palabra hecha a imitación de cuarenta, no
venta, etc.
20
gregüescos: calzones que llegaban hasta las rodillas.
5
tercio: la mitad de la carga que se lleva a lomo.
21 nosla: eufemismo, palabra que sustituye a alguna otra
no muy limpia o digna.
6
compañía de partes: compañía de importancia.
22 fiesta de cuatro capas: fiesta muy importante. Alude a
las festividades religiosas, celebradas con misa solemne,
con varios oficiantes.
7
peripatética: Otra de esas expresiones que, al ser utilizadas fuera de lugar, resultan cómicas.
2 3 zarabanda: baile popular.
8
^
Algarrobillas: Pueblo de la actual provincia de Cáceres.
24 furrier: administrador de una compañía de soldados.
cofrades de los hospitales: Las cofradías de los hospitales eran las dueñas de los corrales o lugares donde
se representaba el teatro.
25 ex illis es: de ellos eres. Con esa frase se designaba
a los judíos. Es la frase que le dirige a San Pedro, al re
conocerle, una mujer en casa de Caifás.
algarabía de allende: lengua de moros, al otro lado del
estrecho de Gibraltar. Literalmente, significa lengua difjí
cil, extraña.
26 canalla barretina: judíos. Alusión a una gorra, barreti
na, que solían llevar los judíos.
10
11
en las malvas:
en lugar insignificante.
12 Gran Turco: el sultán
•-» de Constantinopia.
ler,
SEMESTRE.
AREA I I I .
UNIDAD XIV.
COMO COMENTAR UN TEXTO LITERARIO.
INTRODUCCION:
¿Qué es el comentario de un t e x t o l i t e r a r i o ? ¿es un resumen, una p a r á f r a s i s , tomar el t e x t o como p r e t e x t o para demostrar nuestra e r u d i c i ó n , o . . . algo más?
Esta unidad ofrece un panorama que permite saber, a c i e n c i a c i e r t a , en qué consiste el comentar un t e x t o l i t e r a r i o y , mediante l a comprensión y a p l i c a c i ó n de varios
princ i p i o s fundamentales, l l e g a r al comentario mismo.
OBJETIVOS:
1.-
Enunciar los medios por los cuales se puede l l e g a r al conocimiento de l a l i t e r a t u r a .
Enumerar l o s modos de e s t u d i a r la l i t e r a t u r a y mencionar su i m p o r t a n c i a .
E x p l i c a r los o b j e t i v o s que se propone toda e x p l i c a c i ó n
de t e x t o s .
D e f i n i r qué es el fondo y qué, l a forma.
Enunciar los conocimientos que comprende la e x p l i c a c i ó n
de t e x t o s .
Determinar a qué se llama p a r á f r a s i s de un t e x t o .
E x p l i c a r en qué consiste usar el t e x t o como p r e t e x t o .
D e f i n i r en qué consiste comentar un t e x t o .
9.-
Enumerar las fases a s e g u i r en un comentario de textos
y e x p l i c a r cada una.
NOTA:
1 0 . - D e f i n i r qué es el asunto, el tema y el apartado en un
t e x t o ; y qué quiere d e c i r componer.
1 1 . - E x p l i c a r l o que es la e x p l i c a c i ó n de un t e x t o , de acuer
do a l a fase V.
12.- Enunciar qué es l a c o n c l u s i ó n .
13.- Expresar brevemente las i n s t r u c c i o n e s básicas para l a
p r á c t i c a del comentario y la redacción del e j e r c i c i o .
14.- D e f i n i r qué es el
estilo.
PROCEDIMIENTO:
Encontrarás enseguida e l m a t e r i a l necesario para alcanzar los o b j e t i v o s .
ACTIVIDADES:
1.-
Lee, comprende y comenta el cuento de Rafael Delgado:
"La chachalaca", de acuerdo a todo l o v i s t o en l a u n i dad. (Por e s c r i t o ) .
2.-
Resuelve el c u e s t i o n a r i o que se encuentra al
el c a p í t u l o , es tu autoevaluación.
terminar
Estas dos a c t i v i d a d e s son el r e q u i s i t o para presentar
l a unidad.
RITMO DE TRABAJO:
ler. día.-
Objetivos 1 al 8.
2o. d í a . -
Objetivos 9 al
3er. d í a . -
Actividades.
4o. d í a . -
Repaso t o t a l .
14.
El comentario del cuento a máquina, correctamente
realizado y presentado, será la evaluación de esta unidad.
III
COMO COMENTAR UN TEXTO LITERARIO.
Gm&iaLídadzi.
Asi como el estudio de la música sólo puede r e a l i z a r s e
oyendo obras musicales, el de la l i t e r a t u r a sólo puede hacerse leyendo obras l i t e r a r i a s .
Se suele creer que, para "saber l i t e r a t u r a " basta c o n o cer l a h i s t o r i a l i t e r a r i a .
Esto es tan erróneo como p r e t e n der que se entiende de p i n t u r a sabiendo dónde y cuándo nacie
ron l o s grandes p i n t o r e s , y conociendo los t í t u l o s de sus cua
dros, pero no los cuadros mismos.
Al conocimiento de l a l i t e r a t u r a se puede l l e g a r :
a)
En extensión, mediante l a l e c t u r a de obras completas o
antologías amplias.
b)
En profundidad, mediante el comentario o e x p l i c a c i ó n de
textos.
Naturalmente no sobra el manual de l i t e r a t u r a ya que pro
porciona instrumentos de t i p o h i s t ó r i c o , b i o g r á f i c o , c u l t u r a l ,
e t c . , para encuadrar bien l a obra que se lee o el fragmento
que se comenta.
La l i t e r a t u r a l a estudiaremos entonces de t r e s modos s i multáneos:
1)
mediante l a l e c t u r a continuada de obras
literarias.
2)
mediante la e x p l i c a c i ó n de t e x t o s .
3)
mediante l a h i s t o r i a l i t e r a r i a como instrumento a u x i l i a r .
Los t r e s modos son importantes y los t r e s exigen i d é n t i ca atención e i n t e n s i d a d . El comentario de textos será tanto
mejor cuanto más se haya leído y cuanto mejor se conozca la
historia literaria.
Un t e x t o l i t e r a r i o puede ser una obra completa (una nov e l a , un drama, un cuento, un poema), o un fragmento de una
obra.
Pero esto no debe alarmar al novato; no se l e piden impo
s i b l e s , nadie va a e x i g i r l e , ni los maestros, que haga un - ~
e j e r c i c i o profundísimo.
Bastarán los conocimientos normales
que va adquiriendo en c l a s e , bien administrados.
la
En toda e x p l i c a c i ó n de t e x t o s nos proponemos estos dos
objetivos:
1?
F i j a r con p r e c i s i ó n l o que el t e x t o d i c e .
2?
Dar razón de cómo l o d i c e .
Si se medita en los f i n e s de l a e x p l i c a c i ó n se puede - l l e g a r a l a conclusión de que un buen método para comentar
un t e x t o s e r i a a n a l i z a r primero el fondo y después l a forma.
Se llama fondo a los pensamientos, s e n t i m i e n t o s , ideas,
que hay en una obra. Y forma a las palabras, al modo con
que se expresa el fondo.
No puede negarse que, en todo e s c r i t o se d i c e algo (fon
do) mediante palabras ( f o r m a ) . Pero esto no i m p l i c a que fon
do y forma puedan separarse. Separarlos para su estudio ser i a tan absurdo como deshacer una t e l a para comprender su
tejido:
nos quedaría sólo un montón informe de h i l o s .
El fondo y la forma de un t e x t o se enlazan tan estrecha
mente cpmo el haz y el envés de una h o j a , como l a cara y l a
cruz de una moneda.
Ambos forman l a obra a r t í s t i c a y no por separado, sino
precisamente cuando están f u n d i d o s .
El comentario t i e n e que
s e r , a l a vez, del fondo y de l a forma.
La e x p l i c a c i ó n de t e x t o s no es un e j e r c i c i o de gramática, n i de v o c a b u l a r i o , ni de l i t e r a t u r a , ni de h i s t o r i a de
l a c u l t u r a , n i un comentario moral por separado. Su d i f i c u l ^
tad y su i n t e r é s radica en que, al r e a l i z a r la e x p l i c a c i ó n ,
deben e n t r a r en juego todos esos conocimientos simultáneamen
te.
El mayor p e l i g r o que acecha a quien e x p l i c a un t e x t o es
paráfrasis.
Se llama p a r á f r a s i s a un comentario a m p l i f i c a t i v o en t o r
no a lo que un t e x t o d i c e .
Un e j e r c i c i o r e a l i z a d o así no es una e x p l i c a c i ó n , sino
un rodeo i n ú t i l , en este caso. La p a r á f r a s i s puede ser b e l l a
cuando la r e a l i z a un gran e s c r i t o r pero un novato no debe i n tentarla .
Tampoco el comentario de textos puede servirnos como medio para exponer nuestros conocimientos acerca de cosas que
no aclaran l o que comentamos.
En este caso se e s t a r í a usando el t e x t o como p r e t e x t o .
Para f i j a r l o que hemos dicho anteriormente l o resumiremos de la s i g u i e n t e manera:
1)
La e x p l i c a c i ó n de t e x t o s no consiste en una p a r á f r a s i s
del fondo, o en unos elogios t r i v i a l e s de la forma.
2)
La e x p l i c a c i ó n de t e x t o s no c o n s i s t e en un alarde de conocimientos a propósito de un pasaje l i t e r a r i o .
Si ya hablamos sobre l o que no es una e x p l i c a c i ó n de tex
t o s , ahora l o haremos acerca de l o que debe s e r .
Comentar un t e x t o c o n s i s t e en i r razonando paso a paso
el por qué de l o que el autor ha e s c r i t o .
Por s i l a d e f i n i - ción a n t e r i o r parece muy e x i g e n t e , considérese ésta más senci
lia:
E x p l i c a r un t e x t o es i r dando cuenta, a l a vez, de l o
que un a u t o r dice y de cómo l o d i c e .
En el c o m e n t a r i o , es p r e c i s o combinar una s e r i e de cond i c i o n e s personales ( s e n s i b i l i d a d , agudeza) con un c o n j u n t o
de conocimientos n e c e s a r i o s .
Estos conocimientos se van adq u i r i e n d o en l a s c l a s e s , desde p r i m a r i a hasta u n i v e r s i d a d .
Los fundamentales son l o s de g r a m á t i c a , h i s t o r i a de l a l i t e ratura y métrica.
Pero también l o s de g e o g r a f í a , h i s t o r i a ,
etc.
pueden ser ú t i l e s al comentar determinados p a s a j e s .
Eí M&todo
LJ ¿OÓ
¿OÓ&Ó.
El comentario de t e x t o s exige un orden para que no se
entremezclen nuestras o b s e r v a c i o n e s .
Los momentos o fases
de que consta este orden son l o s s i g u i e n t e s :
I . Lectura a t e n t a del
II.
III.
tema.
I V . Determinación de l a
y p r e p a r a t o r i a de l a e x p l i c a comienza con un comentario de
o que nos parecen r a r a s .
Esto
de l a forma y ya sabemos que
Lo que debemos hacer con l a s palabras que buscamos en e l
d i c c i o n a r i o es: aprender sus s i g n i f i c a d o s para que no haya
en el t e x t o ninguna zona oscura.
estructura.
V. A n á l i s i s de l a forma p a r t i e n d o del
VI.
La primera f a s e es p r e v i a
c i ó n misma. La e x p l i c a c i ó n no
l a s palabras que no conocíamos
e q u i v a l d r í a a separar e l fondo
eso no es p o s i b l e .
La segunda f a s e es l a l o c a l i z a c i ó n del t e x t o .
Localizar
es, de acuerdo con el d i c c i o n a r i o :
" f i j a r el l u g a r de una co
s a " . Por l o t a n t o , l o c a l i z a r un t e x t o l i t e r a r i o c o n s i s t i r á
en p r e c i s a r qué l u g a r ocupa ese t e x t o dentro de l a obra a que
pertenece.
texto.
Localización.
Determinación del
En esta primera f a s e , l o único que debe preocuparnos es
entender el t e x t o en su conjunto y en todas y cada una de sus
p a r t e s . No tenemos que ocuparnos de i n t e r p r e t a r qué s e n t i d o
e s p e c i a l t i e n e aquel pasaje o t a l o cual e x p r e s i ó n .
tema.
Conclusión.
Todas l a s p a r t e s de una obra a r t í s t i c a son s o l i d a r i a s ,
;
es d e c i r :
todas l a s partes de una obra a r t í s t i c a se r e l a c i o nan e n t r e s í .
Lo primero y más l ó g i c o que debemos h a c e r , a l e s t u d i a r
un t e x t o para c o m e n t a r l o , es c o n o c e r l o mediante una a t e n t a
lectura.
Por eso a l comentar con p r e c i s i ó n un t e x t o es a b s o l u t a mente i m p r e s c i n d i b l e tener en cuenta e l c o n j u n t o a l que p e r t e
nece,y e l l u g a r que ocupa dentro del c o n j u n t o .
Para e l l o es p r e c i s o que l o leamos despacio y que c o m prendamos sus p a l a b r a s .
En esta fase comienza, propiamente, el e j e r c i c i o de l a
explicación.
Esto q u i e r e d e c i r que, a l preparar l a e x p l i c a c i ó n , debe^
mos t e n e r forzosamente a mano un d i c c i o n a r i o de l a lengua es
p a ñ o l a , para c o n s u l t a r e l s i g n i f i c a d o de todas l a s palabras
que no entendemos o que comprendemos a medias. A l g u i e n puede pensar que no t i e n e caso acostumbrarse a u s a r l o , porque
en l o s exámenes no se permite emplear el d i c c i o n a r i o , pero
se debe tomar en cuenta que l a u t i l i z a c i ó n del d i c c i o n a r i o ,
día t r a s d í a , año t r a s año, proporciona un conocimiento t a l
de v o c a b u l a r i o , que puede esperarse e l examen con t r a n q u i l i —
dad.
Para comprender l a f a s e I I I vamos a dar algunas
ciones .
explica-
Asunto s e r í a e l argumento de un t e x t o .
Se t r a t a de una
reducción de l a o b r a , de una b r e v e n a r r a c i ó n de l o que ese
t e x t o t r a t a más extensamente, pero conserva, en s u s t a n c i a ,
sus d e t a l l e s más i m p o r t a n t e s .
S i del a s u n t o , t a l como l o hemos d e f i n i d o , quitamos t o dos l o s d e t a l l e s y d e f i n i m o s sólo l a i n t e n c i ó n del a u t o r a l
e s c r i b i r esos p á r r a f o s , obtenemos el tema. El tema debe poseer dos rasgos importantes: c l a r i d a d y brevedad. Si tenemos que emplear muchas palabras para d e f i n i r el tema, hay
que d e s c o n f i a r :
l o más probable es que no hayamos acertado.
Generalmente, el núcleo fundamental del tema podrá expre
sarse con una palabra a b s t r a c t a , rodeada de complementos,
por ejemplo: l a soledad ( d e . . . ) , l a r e b e l d í a (del poeta - f r e n t e a . . . ) , la s ú p l i c a ( p o r . . . ) , la melancolía ( q u e . . . ) .
Para f i j a r el tema, hay que i n t e n t a r encontrar la palabra
a b s t r a c t a que s i n t e t i z a la i n t e n c i ó n p r i m a r i a del e s c r i t o r .
Al d e f i n i r e l tema, hay que c u i d a r de no hacer e n t r a r
en él rasgos episódicos que pertenecen al asunto.
Inversamente, s i nada debe s o b r c r , tampoco debe f a l t a r nada en l a
d e f i n i c i ó n del tema; esto es que todos los elementos que - c o n s t i t u y e n el argumento deben e s t a r representados en el t e ma .
El e s c r i t o r compone también. El n o v e l i s t a , por ejemplo,
d i s t r i b u y e los acontecimientos que va narrando en c a p í t u l o s ,
y l o s va ordenando; el dramaturgo dispone l a materia d r a m á t i ca en a c t o s , dentro de éstos va desarrollando los cuadros y
las escenas, e t c . Hasta el t e x t o más pequeño posee una compo
sición o estructura precisa.
Este es el momento de recordar que todas las partes de
un t e x t o se r e l a c i o n a n e n t r e s í .
Para que se entienda mejor, llamaremos apartado a cada
una de las partes que podemos d e s c u b r i r en el t e x t o .
Puede
o c u r r i r que, en algunas ocasiones, no encontremos apartados
en nuestro a n á l i s i s .
No debe creerse que por establecer m u chos apartados vamos a ser más p r e c i s o s ; quizá con e l l o se
fragmente demasiado el t e x t o y se pierda su unidad.
La d e f i n i c i ó n del tema s e r á , pues, c l a r a , breve y exacta ( s i n f a l t a r , n i sobrar elementos).
El tema suele d i s t r i b u i r s e irregularmente por los aparta^
dos, pero el rasgo fundamental de é s t e , estará presente en
todos.
Como se ha v i s t o , el tema se f i j a disminuyendo al m í n i mo p o s i b l e los elementos del asunto, y reduciendo éste a nociones o conceptos generales.
Los apartados se c a r a c t e r i z a n y d i s t i n g u e n entre sí por^
que el tema adquiere en cada uno de e l l o s modulaciones d i v e r sas.
Se puede l l e g a r a hacerlo con r e l a t i v a f a c i l i d a d , me- diante e j e r c i c i o s frecuentes.
En los poemas no coinciden siempre los apartados con las
e s t r o f a s , no hay que cometer el e r r o r de c o n s i d e r a r l o a s í .
La fase IV c o n s i s t e en la determinación de l a
estructu-
ra .
El a u t o r , al e s c r i b i r , va componiendo. Componer es col o c a r las partes de un todo en un orden t a l que puedan const i t u i r ese todo.
La composición es i m p r e s c i n d i b l e en toda obra de a r t e :
compone el p i n t o r los c o l o r e s , las f i g u r a s y todos los demás
elementos que i n t e g r a n el cuadro; el músico compone su pieza
m u s i c a l , los r i t m o s , los acordes, e t c .
Hay, a veces, t e x t o s tan breves y simples, que r e s u l t a
d i f í c i l d e f i n i r su composición. En o t r a s ocasiones el t e x t o
no posee e s t r u c t u r a porque el a u t o r no ha querido d á r s e l a .
La q u i n t a fase del comentario es el a n á l i s i s de l a forma
partiendo del tema. Llamamos forma a l a s p a l a b r a s , a l o s g i ros gramaticales que i n t e g r a n el t e x t o .
Entre todos l o s medios l i n g ü í s t i c o s que e l idioma o#§€fe !
al e s c r i t o r , éste ha elegido unos cuantos que l e parecían más,
adecuados para expresar mejor el tema. Hay una estrecha r e í a
c i ó n e n t r e el tema y l a forma.
De l o a n t e r i o r se desprende un p r i n c i p i o fundamental:
el tema de un t e x t o está presente en los rasgos formales de
ese t e x t o . El tema es como un corazón que hace l l e g a r su
sangre a todo el organismo.
La e x p l i c a c i ó n de un t e x t o c o n s i s t e , entonces, en " j u s t i f i c a r " cada rasgo formal del mismo como algo necesario para el tema.
Con el a n á l i s i s de la forma partiendo del-tema se termi_
na el comentario propiamente dicho. Sin embargo para que
sea provechoso son necesarias cuando menos unas lineas de - conclusión.
La conclusión es un balance de nuestras observaciones
reducidas a líneas generales y es también una impresión personal .
En la conclusión debemos a t a r , r e d u c i r a líneas comunes,
los resultados obtenidos en nuestro a n á l i s i s .
La conclusión debe acabar con una opinión s i n c e r a . Ñor
malmente, en los textos que nos sean propuestos, tendremos
que a l a b a r , porque su calidad así l o e x i j a . Pero otras v e ces, su sentido moral, su tema o su forma no nos agradarán,
y debemos d e c i r l o , pero s i n mostrar con e l l o presunción o
desconocimiento.
La o p i n i ó n debe ser modesta y f i r m e .
muías hechas como:
Y carecerá de f ó r
Es un pasaje muy b o n i t o . . . {nanea se deben usar las pal a b r a s : bonito o l i n d o en l a e x p l i c a c i ó n ) .
Tiene mucha musicalidad
...
Describe muy bien y con mucho g u s t o . . .
Parece que se está v i e n d o . . .
y se r e f e r i r á sólo a lo que comentamos, s i n tener en cuenta
opiniones ajenas.
InAt/iuccíone¿>
pasta ¿a práctica
del
comen-tarUo.
Antes de comenzar, es preciso tener a mano: el papel
que va a servirnos de borrador; un d i c c i o n a r i o de la lengua
¿pañola; y todos los manuales de lengua y l i t e r a t u r a que se
hayan estudiado.
Después, debemos saber si aquel t e x t o es independiente
o es un fragmento. Esto generalmente se conoce desde que se
escoge o se nos señala el t e x t o .
Inmediatamente debemos preguntarnos por el^género l i t e r a r i o al que pertenece, o sea, si es un ^p£Lema_JJo£^ un - fraqmpntn O i m a n h y * a jicama t i r a nna nnv/ola n un ^ipnt.O.
Si se t r a t a de un texto completo, debemos l o c a l i z a r l o
dentro de l a obra t o t a l del autor. Si se t r a t a de un fragmen
t o , se l o c a l i z a r á dentro de la obra a que pertenece, y dentro
de l a obra t o t a l del a u t o r .
Posteriormente se manejan los textos de lengua y l i t e r a tura para obtener datos ú t i l e s para nuestro comentario.
Ya tenemos l o c a l i z a d o el texto en l a medida que ha sido
posible.
Pasamos ahora a la tercera f a s e , muy importante en
la e x p l i c a c i ó n , l a determinación del tema. Esto lo l o g r a r e /
mos haciéndonos diversas preguntas sobre lo que nos dice
autor y l a s razones que t i e n e para d e c i r l o .
Para f i j a r l o s apartados ( e s t r u c t u r a del t e x t o ) hay que
l e e r lo que el t e x t o d i c e , s i n preocuparse de cómo lo dice
e i r separando lo párrafos o grupos de palabras que d e s a r r o l l e n l a misma idea c e n t r a l .
En seguida debe hacerse el a n á l i s i s de l a forma p a r t i e n do del tema, este es el momento más importante de nuestro t r a
bajo, al r e a l i z a r l o debemos recordar que: el tema de un t e x t o
está presente en todos los rasgos formales de ese t e x t o .
Ante cada rasgo de la forma que nos impresione, nos preguntaremos: ¿por qué dice esto el autor? y trataremos de
j u s t i f i c a r l o como algo necesario para el tema.
A¿gunaA noten ac.QA.ca del
eAtilo.
En una e x p l i c a c i ó n , no es preciso comentar todos los
elementos del t e x t o , sino aquellos que confirman claramente
el p r i n c i p i o fundamental.
E s t i l o es el conjunto de rasgos que c a r a c t e r i z a n a un
género, a una o b r a , a un e s c r i t o r o a una época.
RcdaccÁJjn del
De estas cuatro p o s i b i l i d a d e s , es casi seguro que, en un
p r i n c i p i o , s ó l o podremos hacer r e f e r e n c i a al e s t i l o de época.
Es d e c i r , no será tan d i f í c i l d e s c u b r i r en el t e x t o , algunos
modos de d e c i r o de pensar que sean t í p i c o s del período l i t e r a
r i o en que aquel t e x t o fue e s c r i t o .
~~
rio.
cjeAcÁcÁ.0.
Hemos terminado las fases más importantes del comenta—
Falta sólo una: la c o n c l u s i ó n .
Conviene que, antes de redactar é s t a , organicemos las
notas que hemos ido tomando en el borrador. Asi al dar f o r ma d e f i n i t i v a a nuestras observaciones, i r á n sobresaliendo
los rasgos de c a r á c t e r general que deben pasar a l a c o n c l u sión.
Al redactar el e j e r c i c i o el borrador es un elemento imp r e s c i n d i b l e , pero sus observaciones pueden ser r e f u n d i d a s ,
rechazadas, ampliadas, cambiadas de orden, e t c . en este momento d e f i n i t i v o .
Sin embargo s i las notas de nuestro borra^
dor están bien elaboradas, l a redacción f i n a l del e j e r c i c i o
o f r e c e r á pocas d i f i c u l t a d e s .
No es recomendable poner t í t u l o s a las fases del
j o , pero s i se p r e f i e r e , puede hacerse.
traba-
Una vez redactado el e j e r c i c i o , en su p a r t e más i m p o r t a n t e , queda l a tarea de ponerle f i n mediante l a c o n c l u s i ó n .
Debemos recordar que en l a conclusión debe r e a l i z a r s e un balance de l o s r e s u l t a d o s obtenidos y hay que dar una o p i n i ó n
p e r s o n a l , apoyada en el a n á l i s i s que se r e a l i z ó .
Para l o g r a r l o , debe r e l e e r s e el e j e r c i c i o fijándonos
en las observaciones que, aún r e f i r i é n d o s e a cosas d i s t i n t a s ,
t i e n e n o r i g e n o f i n a l i d a d común.
Después de l o a n t e r i o r , ha llegado el momento de pregun^
t a r n o s : ¿me gusta este t e x t o ? , ¿por qué? No olvidemos que
nuestra o p i n i ó n debe ser f i r m e , pero modesta.
Es menos f r e c u e n t e que podamos h a l l a r , en este primer ni
v e l , notas c a r a c t e r í s t i c a s del e s t i l o del a u t o r , de la obra ~
o del género. No obstante puede suceder que los manuales nos
den datos aprovechables. Tratemos siempre de hacer nuestro
comentario, l o más completo posible
CUESTIONARIO.
literatura?
19.-
¿Qué son los apartados?
20.-
¿Siempre se encuentran apartados en un texto?
21.-
En l o s poemas
dos?
1.-
¿Cómo se puede l l e g a r al conocimiento de la
2.-
¿De qué modos podemos e s t u d i a r l a
3.-
¿Qué o b j e t i v o s nos proponemos en toda e x p l i c a c i ó n de
textos?
22.-
¿En qué c o n s i s t e la e x p l i c a c i ó n de un texto?
4.-
¿A qué se llama fondo?
23.-
¿Qué es l a conclusión?
5.-
¿Qué es l a forma?
24.-
¿Cómo debe ser l a o p i n i ó n personal?
6.-
¿Se pueden separar el fondo y l a forma?
25.-
¿Qué es preciso tener a mano, antes de i n i c i a r el comen^
tario?
7.-
¿Cómo debe ser el
26.8.-
¿Qué conocimientos engloba el comentario de un t e x t o li_
terario?
¿Qué pasos hay que seguir después, para e l a b o r a r la explicación?
27.-
¿Cómo lograremos determinar el tema?
9.-
¿Qué es l a
28.-
¿Qué se debe hacer para f i j a r los apartados?
29.-
¿Qué preguntas podemos hacernos al t r a t a r de e x p l i c a r
l a forma y qué trataremos de l o g r a r ?
30.-
¿Qué conviene hacer, antes de redactar l a conclusión?
31.-
¿El borrador de nuestro t r a b a j o es d e f i n i t i v o ?
no y por qué).
32.-
¿Qué nos ayudará a r e a l i z a r nuestra conclusión?
33.-
¿Qué es el
34.-
¿Cómo debemos t r a t a r de hacer nuestro comentario?
literatura?
¿coinciden las e s t r o f a s con los a p a r t a -
comentario?
paráfrasis?
10.-
¿En qué c o n s i s t e comentar un t e x t o ?
11.-
¿Cuáles son l a s fases del comentario de t e x t o r ?
12.-
¿Qué se debe hacer con las palabras que se buscan en el
diccionario?
13.-
¿En qué c o n s i s t e l a l o c a l i z a c i ó n de un t e x t o ?
14.-
¿Qué es el
15.-
¿En qué c o n s i s t e el tema y cuáles son sus c a r a c t e r í s t i cas?
16.-
¿Cómo se expresa el tema generalmente?
17.-
¿Cómo se f i j a el tema y cómo será su d e f i n i c i ó n ?
18.-
¿Qué es componer?
asunto?
(Sí o
estilo?
" LA CHACHALACA
Rafael Delgado
J?
A l i a por los ú l t i m o s días de j u n i o cumpliré cuarenta
años, y l o que voy a r e f e r i r t e , amigo mío, acaeció cuando
era yo un rapaz, un d o c t r i n o que no hubiera podido r e c i t a r
de c o r o , s i n t r o p i e z o n i punto, los d i e z preceptos del Decá
logo. Sin embargo, el recuerdo de la pobre a v e c i l l a no se
aparta de mi memoria n i creo que se aparte de e l l a en los
días de l a v i d a .
... El panA amianto humano,
como al man., ÓUA cadáveAOA aAAoja.
Así d i j o el poeta en admirable canto. Ciertamente, el
cerebro es un océano siempre a g i t a d o , con frecuencia tempes^
tuoso, cuyas olas a r r o j a n implacables hacia las playas d e l o l v i d o los despojos del pasado; esperanzas desvanecidas,
i l u s i o n e s malogradas, sueños a z u l e s , ardorosos anhelos, vagas a s p i r a c i o n e s , nobles ideas, recuerdos r e g o c i j a d o s , r e cuerdos t r i s t e s .
Pero iah.' éste de la i n f e l i z a v e c i l l a l i e
va años, s e i s l u s t r o s , de f l o t a r en a l t a mar, juguete de
las o l a s , s i n que los turbiones de la adolescencia, ni las
tormentas de l a j u v e n t u d , ni las t e r r i b l e s y sombrías t e m pestades de l a edad madura hayan conseguido a r r o j a r l e a l a
costa.
A l l í e s t á , a l l í , siempre f l o t a n d o sobre las crestas de
las o l a s , l o mismo en las noches tenebrosas que en los días
luminosos y serenos. Es como una gota de t i n t a en la p á g i na más blanca del l i b r o de mi v i d a .
I
Una tarde c a l u r o s a , a r d i e n t e , una t a r d e p r i m a v e r a l .
Un c i e l o s i n nubes, pero inundado de norte a sur y de o r i e n
t e a poniente por l a c a l i n a , como s i humaredas l e j a n a s , d i ~
seminadas en los campos, hubiesen esperado l a atmósfera y
extendido en l a sabana, sobre las arboledas, sobre los plan
t e l e s de caña de azúcar, un velo de azulino crespón. A lo
l e j o s , el r i o que nos enviaba de tiempo en tiempo, con el
rumor sordo de sus aguas, a i r e fresco y v i v i f i c a n t e . A un
l a d o , e l v i e j o t r a p i c h e con su r u i d o monótono. Al o t r o el
sendero r o j i z o , quemado por el s o l , bordado de a m a r i l l e n t a
grama, de e s c o b i l l a r e s polvosos, de estramonios marchitos
que suspiraban por las l l u v i a s de mayo. Delante de l a casa,
en el césped húmedo y fresco por el r i e g o r e c i e n t e , sobre
el verde t a p i z , l a abuela venerable y c a r i ñ o s a , calados los
a n t e o j o s , repasaba páginas de no sé qué l i b r o piadoso: j u n t o a e l l a nuestra madre haciendo l a b o r , y en la natural y
m u l l i d a alfombra, Ernesto, haciendo un papalote; l a c h i q u i t í n a , l a blonda N i n í , muy entretenida con su r o r r o , y yo,
el p a c i f i c o Rodolfo, sacando de un arca de Noé, juguete en
boga, e l e f a n t e s , camellos, cabras, osos, panteras, j i r a f a s ,
g a l l o s , g a l l i n a s y unos hermosos y envanecidos pavos r e a l e s ,
cuya b r i l l a n t e cola de v i d r i o hilado se quebraba entre mis
dedos...
Frente a nosotros, uno a uno, l e n t o s , p a c í f i c o s ,
sedientos, pasaban los bueyes camino del c o r r a l .
i Hermoso cuadro de la vida r ú s t i c a !
iAmable grupo doméstico, que nadie hubiera contemplado s i n e n v i d i a !
Al t r a z a r estas l í n e a s , al consignar en estas hojas f u
g i t i v a s tan dulces y t i e r n a s memorias, descubro por el b a l cón que tengo al f r e n t e l a casa de mis padres, l a heredad
de mis abuelos. Veo los campos, el bosque, l a dehesa, l a
v i e j a chimenea, de l a cual asciende lentamente al c i e l o una
columna de humo a z u l , y r e p i t o los versos de Gutiérrez González:
Va qa<¿ lu.<¿QO lo enciende mano extiafia,
ya qá ajena la ca¿a
pa£e,inal!...
Obscurece. El c i e l o b r i l l a con sus mil l u c e s , y f u l g j j
ran en las chozas lejanas las llamas del hogar.
Ruido de c a b a l l e r í a s , voces de f i e l e s servidores, una
sonrisa en los l a b i o s de mi abuela, una exclamación r e g o c i jada de rni madre, N i n í que se o l v i d a de su bebé. Ernesto
que se l e v a n t a , arrojando los c a r r i z o s y la n a v a j a . . .
íEs
mi padre que vuelve de caza!
íMi padre con l a escopeta al
hombro y el morral r e p l e t o !
Corrí a r e c i b i r l e .
Detrás de él venía Andrés, el c r i a
do d i l i g e n t e , el bondadoso amigo, el f i e l Andrés, a quien
mi padre, s i n mengua de su autoridad ni menoscabo de su decoro, estimaba y quería como a un hermano.
— IAl comedor! —decía mi padre, tomando l a mano de
Niní—.
¡Al comedor! Les t r a i g o muchas c o s a s . . .
La c u r i o s i d a d y l a impaciencia nos h i c i e r o n c o r r e r . A
poco entraba el f e l i z cazador, enlazando dulcemente con el
brazo l a c i n t u r a de l a dichosa compañera de su v i d a .
Pronto el morral estuvo vacío y extendido en l a mesa
el producto de l a jornada: un gazapo y media docena de p e r dices.
El c o n e j i l l o estaba t i b i o aún: las aves y e r t a s .
nieve parecían aquellas p a t i t a s r o j a s como el c o r a l .
De
Se hablaba de los incidentes de l a caza; pero nosotros
no oíamos nada, en espera de las m a r a v i l l a s que nos habían
prometido. Ninf se a t r e v i ó al f i n a preguntar:
—¿Y para nosotros? ¿Y para mf?
Sonrió mi padre con aquella apacible sonrisa de sus
delgados l a b i o s ; b r i l l ó en sus ojos claros y siempre benévo-
los un relámpago de a l e g r í a , y sacó del m o r r a l , colgado en
bandolera, un ramo de f r u t o s morados, casi azules, un r a c i mo de g r a n a d i l l a s s i l v e s t r e s , y mostrándole en l o a l t o d e cía:
—Para l a s e ñ o r i t a
Y ya nos parecía ver a la chachalaca que de aquel huevo s a l i e r a , i r y v e n i r por el c o r r a l g r i t a n d o : "iHay cacao,
hay c a c a o ! " . . .
Y que desde el bosque vecino le respondía
el macho: "iNo hay cacao, no hay c a c a o ! " . . .
Niní...
La blonda niña d i o un s a l t o , queriendo a t r a p a r las f r u
tas que al punto cayeron en su mano.
~~
—Para el c a b a l l e r o don E r n e s t o . . .
—¿Oué? — d i j i m o s a una.
—Para el c a b a l l e r o don Ernesto y para Rodolfo, una co
s i t a muy l i n d a . . . A d i v i n e n . . . ¿Qué será?
— iUn nido de chupamirtos!
— iUn p a j a r i t o
herido!
—No.
— ¿Caracol i tos del almacigo?
Mi madre sonreía; mi padre se gozaba en atormentar
nuestra c u r i o s i d a d .
Al f i n hundió la mano en las profundidades del m o r r a l ,
y nos mostró, cerca de l a lámpara, un huevo, un l i n d o huevo
bla.nco, t i n t o en l a sangre de las perdices.
—ÍUn huevo de chachalaca! De la puesta de h o y . . .
Cuando l o cogimos estaba t i b i o .
La ponedora se fue h e r i d a . . .
—Y pasándole a manos de mi madre, agregó—: L í m p i a l o . . .
La a u t o r i d a d materna puso término a l a d i s c u s i ó n .
—Le guardaremos para ver s i l a copetona blanca, que
es buena sacadora, consigue e m p o l l a r l e .
III
A las t r e s semanas, o poco más, c i e r t o d í a , al despert a r , nos d i e r o n una alegre n o t i c i a .
La copetona blanca tenía catorce p o l l u e l o s , y muy o r g u l l o s a de su nidada iba y
venía por el c o r r a l , luciendo e n t r e sus c h i q u i t i n e s uno de
extraño aspecto que sus hermanos miraban de r e o j o , las de—
más g a l l i n a s con extrañeza y el señor del harén con a l t i v e z
y menosprecio. La chachalaca, f e a , c u b i e r t a de obscuro ve-,
l i o , t o r p e , muy d i s t i n t a de sus v i v a r a c h i t o s hermanos, fue
desde entonces o b j e t o de nuestros cuidados, nuestra constan^
te ocupación, el tema inagotable de nuestras p l á t i c a s .
¿Cuándo será grande? ¿Cuándo l a veríamos l o g r a d i t a ? ¿No
l a veremos nunca g r i t a r y r e v o l v e r el g a l l i n e r o ?
i Qué de
idas y venidas!
íQué de v i a j e s !
iCómo gritábamos todo el
santo d í a : "¡Hay cacao, no hay cacao!"
La a v e c i l l a plumo con un plumaje pardo, t r i s t e , luctoo
so, que hacía c o n t r a s t e con l a blancura n í t i d a de los polluie
los nacidos en el mismo d í a . No tardó en d e j a r a la madre
adoptiva y campar por sus r e s p e t o s , y , c h i q u i t a como e r a ,
ni buscaba abrigo por l a noche ni gustaba de los cuidados
maternales.
C i e r t o día l e d i j e a Ernesto:
—¿La cogemos?
—No, porque h u i r á ; es a r i s c a y huraña, ¿no l o ves?
Los p o l l i t o s nos conocen y nos q u i e r e n , vienen a comer arroz
en nuestra mano, mientras esa p r i e t a asustadiza y c a n a l l o - n a . . . ¡No la q u i e r a s !
u°- ] ° 5
Pñrla...
En vano, l a avec o r r a l un pueblo r e v u e l t o , ; no s í n
h
pena hube ae renunciar a mis p r o p ó s i t o s ,
iTenfa yo tantas
ganas de a c a r i c i a r y j u g a r con la c h a c h a l a j u t t l :
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No fue a s í . Al acercarme c o r r i ó al o t r o extremo del
p a t i o , s a l t ó sobre unas mantas, d i o un brinco y consiguió
escapar.
—¿Te burlas de mí? —murmuré—.
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° m e n ° 3 me l o e s ^ a b a yo,
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Rodolfo anda queriendo coger la c h a c h a l a q u i -
—No hará t a l — d i j o mi padre—; no l o hará
yo se l o p r o h i b o . ¿Lo has oído?
Doroue
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Con mi padre no se jugaba; una sola vez decía las
sas; nunca r e p e t í a sus mandatos.
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co-
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e el mayor que había en ia casa
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escarbaban en
l a t i e r r a f t nJ i ^ hb s c a n'S
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alimañas; las g a l l i n a s se b a ñ a ban en el p o l v o ; o t r a s estaban echadas poniendo. "¡Pos
1
pos posporeso!"
e
La c h a c h a l a q u i t a , al verme, huyó y fue a r e f u q i a r s e en
u l t i m o r i n c ó n del c o r r a l . . .
A l l á f í i yo con e í ^ s t o e'n
minutó.*
*
9ar
Y
atra
Parla
s e r f a cosa de un
Me detuve a gozar de mi
triunfo.
— ¡Rodolfo!
¡A l a obra!
y co^r rr e r 9 ;iiS '
Y empezó el ataque. La a v e c i l l a , azorada, iba de aquí
para a l l á , s i n detenerse un i n s t a n t e . Las g a l l i n a s , espantadas, volaban o se agrupaban medrosas a l a puerta del p a tio.
Yo, en campo a b i e r t o , j a d e a n t e , r o j o , quemado por el
s o l , redoblando el b r í o , seguía en pos del animal i t o , el
c u a l , cansado, r e n d i d o , cuando yo daba tregua a mi persecus i ó n , recobraba f u e r z a , y luego escapaba v i c t o r i o s o .
Aquel l o era un v é r t i g o . . .
Por f i n , en momentos en que el a n i mal se detuvo, lancé el cesto y . . .
¡Chas!
¡Presa!
Cuando yo me i n c l i n é , doblando una r o d i l l a , para echar
mano a mi c a u t i v a , oí l a voz de mi padre, severa y reprensi^
va:
¡Ah, Dios mío!
¡Qué t e n t a c i ó n a q u e l l a ! De día de
sar pn o t ' 0 ' 3 8 h 0 r " ^ P ^ e g u f a .
En vano querí yo pen¿
wqKel d e S e ° 1 b a c ^ c i e n d o
dominándome,
subyugándome. Asi debe suceder a esos hombres que de abis
1
mo en abismo van a dar en el crimen.
- ¿ Y por qué no? - p e n s é - .
¡Ya l o verás!
1n
Estaba a l a puerta del c o r r a l . Todo l o había v i s t o .
De pronto quedé s i n movimiento. Me repuse y huí por l a bodega. Desde a l l í mientras mi padre iba a l i b e r t a r a la p r i
s i o n e r a , pude ver con espanto que l a c h a c h a l a q u i t a , laxo eT
c u e l l o , se agitaba m o r i b u n d a . . .
Mi padre no c h i s t ó . A l a hora de comer, al servirme
el primer p l a t i l l o , llamó a l c r i a d o y en voz baja l e d i j o
algo que no pude o i r .
Estaba yo avergonzado y t r é m u l o , con
los ojos l l e n o s de l á g r i m a s ; me l a t í a el corazón como s i
f u e r a a sal írseme del pecho: era yo un c r i m i n a l que merecía
l a horca.
Andrés v o l v i ó , trayendo una fuente c u b i e r t a con una
servilleta.
Entonces mi padre, como nunca severo, dejó su
asiento y vino a colocarse a mi lado.
— Rodolfo..,
No me a t r e v í a l e v a n t a r los ojos ni a responder.
1er. SEMESTRE.
AREA I I I .
UNIDAD XV.
—Rodolfo — r e p i t i ó con dureza hasta entonces desconocida en él — , idescubre esa f u e n t e !
UNIDAD DE REPASO GENERAL.
Obedecí temblando... y i Di os santo! A l l í estaba el ca^
dáver, con el pico a b i e r t o , d e s t i l a n d o sangre.
INTRODUCCION.
De codos en la mesa o c u l t é el r o s t r o e n t r e las manos,
s e n t í que me ahogaba y me eché a l l o r a r .
Ernesto y Ni n i l l o r a b a n también.
y
Hemos llegado al f i n a l de este curso; sabemos que has
a d q u i r i d o conocimientos ú t i l e s para tu vida f u t u r a . Ahora
evaluaremos el t r a b a j o de todo el semestre repasando los s i
guientes:
Papá y mamá comían s i l e n c i o s o s , y , s i n duda, apenados
tristes...
OBJETIVOS.
Esta es l a h i s t o r i a , amigo mío. Cuando la recuerdo, y
la recuerdo todos los d í a s , y siempre con d o l o r y remordimiento c r u e l e s , me pregunto:
—¿Qué s e n t i r á el asesino cuando l e ponen delante de
su víctima?
Unidad I
- 6 al 11
Unidad I I
- 2 al 4
Unidad I I I
- 1 al 8
Unidad IV
- 1, 2, 4 y 6
Unidad V
- 1 al 6
Unidad VI
- 1, 2, 3, 5 y 6
Unidad V I I
- 1 al 8
Unidad V I I I
- 1, 4 , 5 al 9 y 11
Unidad IX
- 2 , 4 , 6 al 8 y 10
Unidad X
- 1 al 6 y 9
Unidad XI
- 1, 4 , 5, 8 a l 10, 12 y 13
Unidad X I I
- 1, 3, 6, 7, 9, 10 y 12 al 14
Unidad X I I I
- 1, 3, 4, 7 al 10, 12, 13 y 15
Unidad XIV
- 4, 6
al 10 y 12 al 14
PROCEDIMIENTO:
Lee los procedimientos en las unidades respectivas y
a c l a r a las dudas con tu maestro.
ACTIVIDADES.
Contesta las preguntas y r e a l i z a los e j e r c i c i o s que se
r e f i e r e n a los o b j e t i v o s indicados.
REFERENCIA
BILI0GRAFICA.
Aguiar e S i l v a , V í c t o r Manuel de.
Teoría de la l i t e r a t u r a .
Madrid: Ed. Gredos, 1975.
Antología.
Selección de poesías breves.
México: Ed. Epoca, 1976.
Esta será tu autoevaluación.
RITMO DE TRABAJO.
En esta unidad d i s t r i b u i r á s
libremente tu tiempo.
Antología.
Los mejores r e l a t o s de a n t i c i p a c i ó n .
Barcelona: Ed. Bruguera, 1973.
NOTA:
a
/
evaluación f i n a l c o n s i s t i r á en un examen de conocimientos (70 p u n t o s ) , sobre los o b j e t i v o s antes señalados; y
un t r a b a j o 30 puntos) sobre e l entremés de Cervantes- "Él
¡ W Í ° I
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F R A V I L L A S " >
QUE se l o c a l i z a en este l i b r o l c a p i t u l o I I ) , de acuerdo a l o v i s t o en l a unidad XIV K(Cómo
comentar un t e x t o l i t e r a r i o ) .
B í f l n
Antología.
Selección de poesías breves.
México: Ed. Epoca, 1976.
Cervantes Zaavedra Miguel de.
Entremeses.
México: Ed. Oasis, 1968.
E. Correa, Calderón F. y Lázaro C a r r e t e r .
Cómo se comenta un t e x t o l i t e r a r i o .
Salamanca: Ed. Anaya, 1971.
Kayser, Wolfgang.
I n t e r p r e t a c i ó n y a n á l i s i s de l a obra
Madrid: Ed. Gredos, 1968.
literaria.
-y
Sánchez, Luis A l b e r t o .
Breve t r a t a d o de l i t e r a t u r a g e n e r a l .
Madrid: Ed. E r c i l l a , 1973.
Sánchez Munguía, F e l i p e .
33 cuentos mexicanos.
Mex i co : Ed. Arana, 1973.
Wellek, René y A u s t i n Warren.
Teoría l i t e r a r i a .
Madrid: Ed. Credos, 1966.
ESTE LIBRO SE T E R M I N O DE IMPRIMIR
EL D I A 15 DE A G O S T O DE
\
1980.
UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE NUEVO LEON
CAPILLA ALFONSINA
BIBLIOTECA UNIVERSITARIA
'SHducación
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