CAPÍTULO V I I I Causas del movimiento de 31 de mayo URANTE los p r i m e r o s meses de 1793, l a l u c h a entre l a M o n t a ñ a y l a G i r o n d a se envenenaba cada día m á s , a m e d i d a que se p l a n t e a b a n ante F r a n c i a estas tres g r a n des cuestiones: I* ¿Se abolirían todos los derechos feudales sin indemnización? ¿O continuará esa s u p e r v i v e n c i a d e l l e u d a l i s m o causando el h a m b r e del l a b r a d o r y l a paralización de l a a g r i c u l t u r a ? Cuestión inmensa, que apasionaba a m á s de v e i n t e m i l l o n e s de h a b i t a n t e s de l a población agrícola, c o m p r e n d i e n d o en ella a los que h a b í a n c o m p r a d o la masa de los bienes nacionales expropiados a l clero y a los emigrados 2* comunales ¿Se dejaría a los m u n i c i p i o s rurales en posesión de las que habían recobrado de la usurpación de los señores? tierras ¿Se 96 PEDRO reconocería el derecho de KROPOTKJNE recobrarlas a los muiñcipios que n o lo h a b í a n hecho t o d a v í a ? ¿Se a d m i t i r í a el derecho a la tierra p a r a cada ciudadano? 3." Por ú l t i m o , ¿se introduciría el máximum, es decir, l a tasa sobre el p a n y d e m á s a r t í c u l o s de p r i m e r a necesidad? Esas t r e s grandes cuestiones apasionaban a F r a n c i a y l a d i v i d í a n en dos campos hostiles: los poseedores a u n l a d o , y los que poseían poco o n a d a a o t r o ; los «ricos» y los pobres; los que se e n r i q u e cían, a pesar de l a miseria, l a escasez y l a g u e r r a , y los que s o p o r t a b a n el f a r d o de l a g u e r r a y habían de pasar horas y a veces noches enteras a l a p u e r t a de l a t a h o n a s i n poder l l e v a r pan a su casa. Y los meses •— cinco meses, ocho meses — pasaban sin que la Convención hiciera nada p a r a MEDAEL.-r CONMEMORATIV.A REUNIÓN D E L O S E S T A D O S D E L.^ GENERALES aclarar l a situación, p a r a resolver d a l e s que el desarrollo de la las grandes cuestiones Revolución había planteado. so- Discu- tíase s i n f i n en l a Convención; el o d i o entre los dos p a r t i d o s , u n o que representaba a los ricos, o t r o defendiendo l a causa de los p o bres, a u m e n t a b a cada día, y no se e n t r e v e í a solución alguna, ningún c o m p r o m i s o posible e n t r e los defensores de las «propiedades» y los que las a t a c a b a n . V e r d a d es que los mismos montañeses no t e n í a n opiniones claras sobre las cuestiones económicas y se d i v i d í a n en dos grupos, u n o de ellos, el de los «rabiosos», más avanzado que el o t r o . E l g r u p o a que pertenecía Robespierre se i n c l i n a b a , sobre las tres cuestiones m e n donadas, a t o m a r medidas casi t a n «propietarias» como las de los girondinos. Pero p o r poco s i m p á t i c o que nos sea Robespierre, preciso es reconocer que se desarrollaba con la Revolución, y se interesaba LA GRAN REVOLUCIÓN 97 por las miserias d e l pueblo. Y a en 1791 h a b l ó en la C o n s t i t u y e n t e en favor de la devolución de las t i e r r a s comunales a los m u n i c i p i o s rurales. A la sazón, v i e n d o el desarrollo p r o p i e t a r i o y a g i o t i s t a de la burguesía, se colocó f r a n c a m e n t e a l lado del p u e b l o , del M u n i cipio r e v o l u c i o n a r i o de París, de los que entonces se l l a m a b a n «los anarquistas ». «Los alimentos necesarios al pueblo, d i j o en l a t r i b u n a , son tan sagrados como la vida. Todo lo necesario para conser- varla es una propiedad común a la sociedad No hav sino lo excedente que sea entera. pro- piedad individual abandonarse los y que pueda a la industria de comerciantes.» ¡Qué lástima que esa idea francamente haya comunista prevalecido entre no los socialistas del siglo x i x , en lugar del «colectivismo» etatista de Pecqueur y de V i d a l , expuesto en 1848 y servido ADELAIDA D E FRANCIA hoy recalentado bajo el n o m bre de «socialismo científico»! ¡Qué p o r v e n i r h u b i e r a t e n i d o el m o v i m i e n t o c o m u n a l i s t a de 1871 si h u b i e r a reconocido este p r i n c i p i o : «Todo lo que es necesario para la v i d a es t a n sagrado como l a v i d a misma y representa u n a p r o p i e d a d c o m ú n a la nación!» Si su palabra de orden h u b i e r a sido: ¡El el bienestar para Municipio organizando el consumo, todos! E n todas partes y siempre l a R e v o l u c i ó n se h a hecho por minorías. E n el seno m i s m o de los interesados en l a R e v o l u c i ó n , h a y siempre una minoría que se da a ella p o r c o m p l e t o . A s í sucedía en F r a n c i a en 1793. 98 PEDRO KROPOTKINE E n c u a n t o l a m o n a r q u í a fué d e r r i b a d a , prodújose en p r o v i n c i a s u n inmenso m o v i m i e n t o c o n t r a los r e v o l u c i o n a r i o s que h a b í a n t e n i d o la osadía de desafiar a l a reacción europea arrojándole l a cabeza del rey. «¡Esos v i l l a n o s , decíase c o n asombro en castillos, salones y confesionarios, h a n sido t a n osados! ¡No se d e t e n d r á n a n t e n i n g u n a consideración: son capaces de despojarnos de nuestras f o r t u n a s y guillotinarnos!» Y p o r t o d a s partes se f r a g u a b a n las conspiraciones c o n t r a r r e v o - lucionarias con n u e v o v i g o r . E a Iglesia, todas las cortes europeas, l a burguesía inglesa, todos se dedicaron a l t r a b a j o de i n t r i g a , de p r o p a g a n d a 5- de corrupción p a r a organizar l a contrarrevolución. Eas ciudades m a r í t i m a s , sobre t o d o , como N a n t e s , Burdeos y Marsella, donde h a b í a muchos ricos comerciantes; l a c i u d a d de las i n d u s t r i a s de l u j o , E y ó n ; las ciudades i n d u s t r i a l e s y comerciales como R u á n , f u e r o n grandes centros de reacción. Regiones enteras fueron t r a b a j a d a s p o r los curas, p o r los emigrados que v o l v i e r o n con nombres supuestos, y t a m b i é n p o r el o r o inglés y o r l e a n i st a , como t a m b i é n p o r emisarios de I t a l i a , de E s p a ñ a y de Rusia. P a r a t o d a esa masa reaccionaria los g i r o n d i n o s s e r v í a n de c e n t r o de unión. Eos realistas c o m p r e n d í a n que los g i r o n d i n o s , a pesar de su r e p u b l i c a n i s m o s u p e r f i c i a l , eran sus verdaderos aliados, y serían e m p u j a d o s p o r la lógica etiqueta del partido. del partido, m u c h o m á s poderosa que la E l p u e b l o , p o r su p a r t e , l o c o m p r e n d i ó i g u a l - m e n t e y se conv enci ó de que m i e n t r a s los g i r o n d i n o s p e r m a n e c i e r a n en l a Convención n o sería posible rñnguna m e d i d a v e r d a d e r a m e n t e r e v o l u c i o n a r i a , y que l a g u e r r a , c o n d u c i d a b l a n d a m e n t e p o r aquellos sibaritas de la Revolución, se haría i n t e r m i n a b l e y agotaría la nación. Y a m e d i d a que l a necesidad <• de d e p u r a r l a C o n v e n c i ó n », e l i m i - n a n d o de ella los g i r o n d i n o s , se hacía m á s e v i d e n t e , el p u e b l o p o r s u p a r t e t r a t a b a de organizarse en las ciudades de p r o v i n c i a s y e n la poblacióíi r u r a l . LA GRAN REVOLUCIÓN 99 Y a hemos t e n i d o ocasión de observar que los d i r e c t o r i o s de los departamentos eran en su m a y o r í a c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i o s ; t a m b i é n lo eran los de los d i s t r i t o s ; pero las m u n i c i p a l i d a d e s creadas p o r l a ley de d i c i e m b r e de 1789, eran m u c h o m á s populares. V e r d a d es que cuando fueron c o n s t i t u i d a s p o r l a burguesía a r m a d a , c o m b a t i e r o n sin piedad a los campesinos insurrectos; pero a m e d i d a que l a R e v o lución se desarrollaba, las m u n i c i p a l i d a d e s , n o m b r a d a s p o r el p u e b l o , L.A T R A T A D E N E G R O S — A B O L I D A P O R L A CONVENCIÓN E L l 6 P L U V I O S O , AÑO I I D E L A REPÚBLICA F R A N C E S A U N A E frecuentemente en medio del t u m u l t o INDIVISIBLE insurreccional, y vigiladas además por las sociedades populares, se h a c í a n cada vez m á s r e v o l u cionarias. E n París, antes d e l 10 de agosto, el Consejo d e l M u n i c i p i o era burgués democrático; pero en l a noche d e l 10 de agosto se n o m b r ó un nuevo A y u n t a m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o p o r las c u a r e n t a y ocho secciones. Y aunque l a C o n v e n c i ó n , cediendo a las instancias de los girondinos, d e s t i t u y ó aquel A y u n t a m i e n t o , el n u e v o , n o m b r a d o en 2 de d i c i e m b r e de 1792, con su p r o c u r a d o r C h a u m e t t e , su s u b s t i t u t o loo PEDRO KROPOTKINE H e b e r t y s u alcalde Pache, n o m b r a d o algo después, era francamente revolucionario. Pero u n cuerpo elegido de f u n c i o n a r i o s , encargado de atribuciones t a n a m p l i a s y diversas c o m o las que i n c u m b í a n a l Consejo del M u n i c i p i o de París, h u b i e r a a d o p t a d o necesariamente poco a poco carácter moderado. Afortunadamente, la acción r e v o l u c i o n a r i a d e l pueblo de París tenía sus centros en las secciones. S i n embargo, esas mismas secciones, a m e d i d a que se arrogab a n diversas a t r i b u c i o n e s de policía (el derecho de d a r cartas cívicas, d e m o s t r a t i v a s de que su poseedor no era c o n s p i r a d o r realista; el n o m b r a m i e n t o de \'oluntarios p a r a combat i r en la V e n d é e , etc.); esas secciones, cuyo y Comité de S a l u d pública el Comité trabajaban de S e g u r i d a d general p a r a hacer sus órganos policíacos, n o p o d í a n t a r d a r en i n c l i narse al f u n c i o n a r i s m o y al- moderantismo. JOSKPII I . E B O X En 1795 se c o n v i r t i e r o n , en electo, en centros de unión p a r a l a burguesía reaccionaria. H e ahí p o r qué, al lado d e l M u n i c i p i o y de las secciones, se constituía t o d a u n a r e d de sociedades populares o fraternales, o de comités revolucionarios que p r o n t o se c o n v e r t i r í a n (en el año I I de la R e p ú b i c a , después de la expulsión de los girondinos) en u n a v e r d a dera fuerza de acción. T o d a s esas agrupaciones se federaban entre sí, sea para objetos m o m e n t á n e o s , sea p a r a u n a acción d u r a d e r a , y se ponían en coriespondencia con los 3 6 . 0 0 0 m u n i c i p i o s de F r a n c i a . H a s t a se organizaba u n a o f i c i n a especial de correspondencia con ese f i n , y así surgía u n a n u e v a organización espontánea. Cuando por se e s t u d i a n esas agrupaciones, esos conciertos m e j o r decir, vemos desarrollarse l o que los grupos modernos h a n propagado y p r a c t i c a d o en F r a n c i a , libres anarquistas s i n sospechar I,A GRAN lOI REVOLUCIÓN que sus abuelos lo h a b í a n p r a c t i c a d o y a en u n m o m e n t o t a n t r á g i c o de la R e v o l u c i ó n c o m o los p r i m e r o s meses de 1793 ( i ) . E a m a y o r p a r t e de los h i s t o r i a d o r e s s i m p á t i c o s a l a R e v o l u c i ó n , cuando llegan a l a l u c h a t r á g i c a e n t a b l a d a en 1793 e n t r e l a M o n t a ñ a y la G i r o n d a , d a n excesiva i m p o r t a n c i a a u n o de los aspectos secundarios de aquella l u cha, al federalismo de los g i r o n d i n o s . Verdad es que después del 3 1 de mayo, cuando estallaron en v a r i o s dep a r t a m e n t o s las i n surrecciones dinas y giron- realistas, la p a l a b r a «federalismo» llegó a en los ser documentos de la época el p r i n cipal m o t i v o de acusación de los m o n tañeses contra los girondinos; pero esa palabra era u n a consigna, u n signo TIPOS Y T R A J E S D E LA EPOCA de unión, u n g r i t o de g u e r r a , b u e n a p a r a acusar a l p a r t i d o c o n t r a r i o , y como t a l hizo f o r t u n a , a u n q u e en r e a l i d a d , como y a l o o b s e r v ó Euis Blanc, el «federalismo» de los g i r o n d i n o s consistía sobre todo en su odio a París, en su deseo de oponer l a p r o v i n c i a r e a c c i o n a r i a a la c a p i t a l r e v o l u c i o n a r i a . «París les causaba miedo; he ahí t o d o su federalismo», dice E u i s B l a n c ( l i b . V I I I , c. i v ) . (i) Mortimer-Temaux, u n terrible revolucionario, ha indicado {Histoire de la t. V I I ) esta dobie organización.— Sobre estas organizaciones, consúltese Aulard, Histoire qae de la RHolution, segunda edición. 2.» parte, c. v, y Jaurés, t. I I , p. 1254- Terrear, politi- I02 PEDRO KROPOTKINE L o s g i r o n d i n o s detestaban y t e m í a n el ascendiente que el M u n i cipio de París, los comités r e v o l u c i o n a r i o s , el pueblo de París habían t o m a d o en la R e v o l u c i ó n . Si h a b l a r o n de t r a n s p o r t a r l a residencia de la Asamblea l e g i s l a t i v a y luego de l a C o n v e n c i ó n a u n a c i u d a d de p r o v i n c i a , no era por a m o r a la a u t o n o m í a p r o v i n c i a l , sino únicamente p a r a colocar el cuerpo l e g i s l a t i v o y el poder e j e c u t i v o en u n a población menos revolucionaria más que l a de París y indolente para la causa pública. A s í lo h a c í a l a m o narquía en la cuando prefería Edad Media, una ciudad naciente, u n a « c i u d a d real», a las viejas ciudades bradas a l forum. acostum- T h i e r s quiso hacer lo m i s m o en 1871 . ( i ) . T a n distantes se h a l l a b a n de l a idea federal, que en t o d o lo que h i c i e r o n los g i r o n d i n o s se mostraron tan centrahza- dores y a u t o r i t a r i o s como CARABINERO DE LA 20." SEMI-BRIGADA LIGERA montañeses. Quizá se los hubie- r a n m o d i ñ c a d o después, puesto que vieron que cuando p r o v i n c i a s , se a p o y a b a n los montañeses i b a n con misión a las en las sociedades populares y n o en los consejos de d e p a r t a m e n t o o de d i s t r i t o . Si los g i r o n d i n o s apelaron a las p r o v i n c i a s c o n t r a París, fué p a r a lanzar c o n t r a los r e v o l u c i o n a rios de París, que les h a b í a n expulsado de l a Convención, las fuerzas c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a s de l a burguesía de las grandes ciudades comerciales y de los campesinos insurrectos de l a N o r m a n d í a y de B r e t a ñ a . (i) Cuando los girondinos hablaron de reunir en Bourges unos comisarios de ios departamen- tos, «no fué eon la idea de una traslación, sino con la de formar una segunda Convención », Memoriíis de Tliihaudeau. LA GRAN 103 REVOLUCIÓN Cuando venció l a reacción y los g i r o n d i n o s v o l v i e r o n a l poder después del 9 t e r m i d o r , se m o s t r a r o n , como corresponde a u n p a r t i d o dé o r d e n , mucho m á s centralizadores que los montañeses. M . A u l a r d , que h a b l a extensamente d e l « federalismo » de los g i r o n dinos, hace la justísima observación de que antes del establecimiento de la R e p ú b l i c a n i n - ' gún g i r o n d i n o expuso tendencias tas. federalis- Barbaroux, por ejemplo, es netamente centralizador, y tal se como expresa una asamblea de ante las Bocas del R ó d a n o : «El gobierno federativo no conviene a un gran pueblo, a causa de la l e n t i t u d de las operaciones y del embarazo de su mecanismo» ( i ) . Además no se h a l l a l a menor t e n t a t i v a seria de organización en el B.ARB.AROUX — D I P U T . A D O D E L A S proyecto de c o n s t i t u ción que los nos B O C A S D E L RÓDANO E N L A CONVENCIÓN girondi- sostuvieron en 1793: en él se manifestaron centralistas. Por o t r a p a r t e , L u i s B l a n c h a b l a quizás demasiado del « í m p e t u » de los g i r o n d i n o s , de l a ambición de B r i s s o t f r e n t e a l a de Robespierre, de las heridas que «los a t u r d i d o s girondinos» i n f i r i e r o n a l a m o r p r o p i o de Robespierre y que éste no quiso perdonar. Jaurés, a l menos en l a (i) .\ulard, Histoire politique, p. 261 — « V o no que nadie h a y a reclamado el honor»—» dice Thibaudeau hablando del «federalismo» d*- los girondinos {Mem. sur la Conv. ei le Direct., t. I , París, 1824, p. 38). E n cuanto a Marat, es muy explícito cu su número del 24 de mayo de 1793. P- 2: «íre h a acusado de federalismo durante mucho tiempo a los instigadores de esta inCemal facción: y o declaro que no he participado jamás de tal sentimiento, aunque reproducido alguna vez esta inculpación». haya PEDRO KROPOTKINE p r i m e r a p a r t e de su v o l u m e n sobre l a C o n v e n c i ó n , expresa l a m i s m a idea ( i ) , lo que no le i m p i d e después, c u a n d o llega a l a exposición de la l u c h a entre el p u e b l o de París y la b u r g u e s í a , i n d i c a r otras causas m u c h o m á s graves que los conflictos de a m o r p r o p i o y «el egoísmo del p o d e r » . E x i s t í a i n d u d a b l e m e n t e el « í m p e t u » de los g i r o n d i n o s , t a n b i e n descrito p o r L u i s B l a n c , >• l a l u c h a de las a m b i ciones, y t o d o ello envenenaba el conflicto; pero l a l u c h a e n t r e g i rondinos y montañeses, como y a hemos d i c h o , t u v o u n a causa general infinitamente más prof u n d a que todos los m o tivos personales. Esta causa l a ha v i s t o b i e n L u i s B l a n c , cuando reproduce, según G a r a t , el lenguaje que l a G i r o n d a LIBERTAD (Grabado de D a r c i s ) ban y la Montaña emplea- recíprocamente: « N o corresponde a vosotros, decía l a G i r o n d a , el gobierno de F r a n c i a , a vosotros, manchados con l a sangre de septiembre. Eos legisladores de u n rico e i n d u s t r i o s o i m p e r i o deben mirar social; la propiedad como una de las bases más sagradas del orden y l a misión d a d a a los legisladores de F r a n c i a n o puede c u m p l i d a por vosotros, que predicáis l a a n a r q u í a , que los pillajes, que espantáis nosotros a todos los a los propietarios... ser patrocináis .Vosotros apeláis c o n t r a sicarios de París; nosotros apelamos contra vosotros a todos los h o m b r e s h o n r a d o s de P a r í s . » Así h a b l a b a el p a r t i d o de los p r o p i e t a r i o s , de los «hombres h o n r a dos», de aquellos que después o r d e n a r o n las m a t a n z a s de P a r í s en (i) La Convention, págs. 388, 394, 396 y 1458. LA GRAN REVOLUCIÓN j u n i o de 1848 y en m a y o de 1871, y a p o y a r o n el golpe de E s t a d o en 1851, y que están dispuestos a r e p e t i r l a s h o y . A lo que l a M o n t a ñ a respondía: « O s acusamos de serviros de vuestros t a l e n t o s p a r a v u e s t r a elevación y n o p a r a el t r i u n f o de l a Igualdad... E n t a n t o que el r e y os dejó gobernar, p o r los m i n i s t r o s que le dabais, os pareció b a s t a n t e fiel... V u e s t r o v o t o secreto no se dirigió j a m á s a elevar la nación a los magníficos destinos de u n a república, sino de dejarle u n rey cuyos m a yordomos palaciegos fuerais v o s o t r o s » . Se comprende la justicia de esta acusación v i e n d o a B a r b a r o u x en el Mediodía y a L o u v e t en Bretaña i r ' d e acuerdo con los realistas, tantos y cuando girondinos, concertados con LA IGUALDAD ( F i g u r a alegórica de D a r c l e ) «los blancos», v o l v i e r o n a' poder después de l a reacción de T e r m i d o r . Pero continuemos: « Vosotros queréis la libertad la Montaña; y nosotros queremos la igualdad, mos concebir la libertad. organizar la República sin la igualdad, dice porque sin ella no pode- Como h o m b r e s de E s t a d o que sois, queréis para los ricos; y nosotros, que no somos h o m - bres de E s t a d o , queremos leyes que saquen al pobre de su miseria, gan de todos los hombres, en un bienestar universal, y ha- ciudadanos felices y defensores ardientes de u n a república u m v e r s a l m e n t e a d o r a d a » ( i ) . B i e n se ve que son dos concepciones a b s o l u t a m e n t e (i) diferentes Podrían reuniree numerosos textos para probarlo. Véanse los dos rígiilentes: • L o s giron- dinos querían detener l a Revolución en l a burguesía», dice Baudot.«Querían establecer suave mente una aristocracia burguesa para reemplazar a l a nobleza y el clero», decia Bourdon del Oise, el 31 de mayo en el club de los Jacobinos {La SociéU des Jacobins, edición de Aulard, t. V , p. 220). io6 PEDRO KROPOTKINE de l a sociedad, y así se c o m p r e n d i ó l a l u c h a p o r los contemporáneos. O l a R e v o l u c i ó n se l i m i t a b a a d e r r i b a r a l rey, y , sin t r a t a r de consolidar su o b r a p o r u n c a m b i o de ideas de l a nación en sentido r e p u blicano, se detendría en esta p r i m e r a v i c t o r i a y dejaría a F r a n c i a a r r e glarse como p u d i e r a c o n t r a los invasores alemanes, ingleses, españoles, i t a l i a n o s y saboyanos, apoyados en el i n t e r i o r por los monárquicos. O l a R e v o l u c i ó n haría i n m e d i a t a m e n t e , después de haber dado cuenta del rey, u n esfuerzo en el sentido «de l a I g u a l d a d » , como se decía entonces, del c o m u n i s m o como diríamos h o y . T e r m i n a r í a p r i meramente l a o b r a de l a abolición de los derechos feudales y l a de la devolución de las t i e r r a s a los m u n i c i p i o s ; abordaría l a n a c i o n a lización del suelo, con el r e c o n o c i m i e n t o del derecho de todos a la t i e r r a ; consolidaría l a o b r a que los campesinos rebeldes h a b í a n l l e v a d o t a n lejos d u r a n t e aquellos c u á t r o años, y t r a t a r í a , con el a p o y o d e l pueblo, «de sacar a l p o b r e de su miseria», p r o c u r a n d o crear, no l a igualdad absoluta de las l o r t u n a s , sino el bienestar para todos, «el bienestar universal». Y esto a r r a n c a n d o el gobierno a los ricos y transmitiéndolo a los m u n i c i p i o s y a las sociedades populares. E s t a sola diferencia b a s t a p a r a e x p l i c a r l a s a n g r i e n t a l u c h a (^ue desgarró l a C o n v e n c i ó n y , con ella, a F r a n c i a después de l a c a í d a de la monarquía. T o d o lo .demás es secundario.