üfltom María ÜICOVER

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El dia 2 7 de a b r i l de 1968 leíamos en la sección «HACE 50 A Ñ O S » , del p e r i ó d i c o g e r u n d e n se «Los S i t i o s » : 27 DE ABRIL DE 1918, Hace dos
días se encuentra en nuestra c i u d a d el sabio filólogo M. I. d o c t o r d o n A n t o n i o Alcover, V i c a r i o
General de Palma de Mallorca, q u i e n , acompañado del reverendo d o c t o r Pou, ha llevado a cabo
en esta c i u d a d t r a b a j o s de investigación para su
o b r a del D i c c i o n a r i o de la Lengua Catalana. Ayer,
el l i m o , señor O b i s p o le sentó en su mesa.»
Esta retrospectiva gacetilla v i n o a r e c o r d a r m e
m i p r i m e r e n c u e n t r o personal con el i l u s t r e f i l ó logo A n t o n i M.'' Alcover.
A l g u n o de estos días c|ue Mossén Alcover
estuvo en Gerona e s t u d i a n d o el léxico y la f o n é tica de nuestras c o m a r c a s , pasó p o r el Seminar i o C o n c i l i a r para conversar con estudiantes,
procedentes de m u y diversos lugares de la diócesis.
Y o tenía 16 años. En veladas l i t e r a r i o - m u s i cales ya había dado a conocer mis p r i m e r o s escarceos l i t e r a r i o s . Sería p r i n c i p a l m e n t e p o r esto
que f u i r e q u e r i d o para ser presentado, con o t r o s
c o m p a ñ e r o s , al ilustre f i l ó l o g o para conversar
con él.
Recuerdo su aire entre campechano y vehem e n t e , c o m o , según parece, fue s i e m p r e en todas
sus actividades.
A d i v i n ó en seguida mi interés por el quehacer
l i n g ü í s t i c o y me hizo p r o m e t e r que, de vez en
c u a n d o , le m a n d a r í a m a t e r i a l — léxico y f o r m a s
sintácticas del habla g e r u n d e n s e — p a r a su «Dicc i o n a r i » . A l c u m p l i m i e n t o de lo p r o m e t i d o , cor r e s p o n d i ó él m a n d á n d o m e , con toda r e g u l a r i dad,
su «Bolletí».
Los que Bnaontré
en el camino
Este afán de c o l a b o r a c i ó n a la « O b r a » de
Mossén Alcover despertó más y más en mi el
e s t u d i o de la lengua, en vistas al e n r i q u e c i m i e n to de m i s f o r m a s de e x p r e s i ó n .
Con esta c o l a b o r a c i ó n e n t r a m o s en relación
epistolar. Conservo algunas de sus c a r t a s , las
más interesantes, con qué acusaba recibo de mis
envíos: cartas que revelan el h o m b r e campechano, al par q u e vehemente, que yo a d i v i n é en
nuestro p r i m e r c o n t a c t o .
MOSSEH
üfltom María
ÜICOVER
La efemérides c i n c u e n t e n a r i a de la venida de
Mossén Alcover a Gerona, puesta de relieve por
«Los S i t i o s » , c o i n c i d í a con el c e n t e n a r i o del nac i m i e n t o de o t r o ilustre f i l ó l o g o Pompeu F a b r a i
los dos, u n d í a , día, c o m p a ñ e r o s y a m i g o s , y,
más tarde, d i s t a n c i a d o s y hasta adversarios.
Fue m u y de l a m e n t a r q u e no supieran entenderse, p o r q u e , tengo para m í , que e r a n dos figuras que se c o m p l e m e n t a b a n : Alcover, más h o m b r e de a r c h i v o ; Fabra, más h o m b r e de l a b o r a t o rio.
En síntesis; A l c o v e r , representa la riqueza
del i d i o m a ; Fabra, representa su adecuado uso.
1862-1932
per
CamH
Molí, el g r a n d i s c í p u l o de Mossén Alcover, incansable c o n t i n u a d o r de su copioso « D i c c i o n a r i » ,
en la colección baleárica «Les liles d ' O r » , en
1962,
con o c a s i ó n del c e n t e n a r i o de su n a c i m i e n -
Ceis, /jrev.
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to, p u b l i c ó una b i o g r a f í a del i l u s t r e f i l ó l o g o m s l l o r q u i n , b a j o el t í t u l o de «Un home de c o m b a t
( M o s s é n A l c o v e r ) » , l i b r o i n t e r e s a n t í s i m o , por el
que d i s c u r r e n tantos hechos de nuestra h i s t o r i a
l i t e r a r i a , p o l í t i c a , social y religiosa. Es u n l i b r o
de una g r a n s i n c e r i d a d , cosa d i f í c i l en un fiel
d i s c í p u l o al hablar de su g r a n m a e s t r o , sobre
t o d o tratándose de un h o m b r e tan d i s c u t i d o y
d i s c u t i b l e ; de una figura tan apasionada y apasionante, Pero ya nos advierte el a u t o r , en el
p r ó l o g o , que el l i b r o no es un panegírico ni una
s i m p l e apología: no pretende ser más que una
b i o g r a f í a escrita con honradez y r e s p o n s a b i l i d a d .
Creo q u e aquí está el g r a n m é r i t o del l i b r o de
Molí: sin, al parecer p r e t e n d e r l o y sólo d i c i e n d o
la v e r d a d , y no más que la v e r d a d , r e i v i n d i c a la
figura de un h o m b r e t o d o fuego y pasión p o r su
i d i o m a , por nuestro i d i o m a . Y d i c i e n d o la verd a d y no o c u l t a n d o sus defectos y sus «genialidades» — el e n t r e c o m i l l a d o pretende poner de
relieve el d o b l e sentido que podemos dar a esta
palabra derivada de « g e n i o » — y a queda r e d i m i d o de todos sus defectos y agigantada su f i g u r a .
En 1901 apareció su «Bolletí», q u e , c r o n o l ó g i c a m e n t e , f u e la p r i m e r a revista filológica de
España.
Al f u n d a r s e , en 1 9 1 1 , la Sección Filológica
del « ¡ n s t i t u t d'Estudis Catalans», é¡ f u e n o m b r a do su presidente, y su famosa «Calaixera» lexicográfica pasó, al c?bo de 2 años, a f o r m a r p a r t e
de lo que p o d r í a m o s llamar acervo c o m ú n lexicográfico del I n s t i t u t .
En 13 de m a y o de 1918, unos 15 días después
de su a r r i b a c i t a d o paso por Gerona, tras largas
y enconadas disensiones en e! seno del « I n s t i t u t » , l o a b a n d o n ó llevándose consigo su «calaixera» a Mallorca.
Por su cuenta c o n t i n u ó la «Obra del Diccion a r i o , que, b a j o el t í t u l o de « D i c c i o n a r i CataláValenciá-Balear», empezó a p u b l i c a r , después de
haber o b t e n i d o una subvención estatal. No p u d o
ver acabada su o b r a . La c o n t i n u ó y acabó su fiel
d i s c í p u l o Francesc de B. Molí.
La a m p l i a c i ó n de todas estas referencias las
puede e n c o n t r a r el lector en el c i t a d o l i b r o biográfico de Molí.
Nació en M a n a c o r el día 2 de f e b r e r o de
l S ó 2 . M u r i ó en Palma de Mallorca el día ó de
enero de 1932.
No p o d r í a precisar las veces que yo
daría m a t e r i a l . Una postal del 4 de enero
hace referencia a uno de estos envíos,
sería el p r i m e r o . Dice: «La llista de m o t s
que m'envía, son ben interessants, i p r o u
servirán per lo D i c c i o n a r i . »
C o m o siitiple c u r i o s i d a d , de interés p e r s o n a l ,
se me a n t o j a de hacer constar que había sido
c o n d i s c í p u l o del Doctor L l o m p a r t , O b i s p o de Gerona, q u e fue q u i e n me o r d e n ó sacerdote, y del
D o c t o r Miralles, que me i n c a r d i n ó más t a r d e a
la diócesis de Barcelona.
le m a n de 1920
que no
i frases
que e m
Mossén Alcover fue un gran f o l k l o r i s t a . En el
f o l k l o r e e n c o n t r ó una mina de o r o de lenguaje
p o p u l a r . Reunió en una serie de volúmenes ( m a s
de una docena) sus «Róndales» m a l l o r q u i n e s , escritas tal c o m o salían de labios de sus p o p u l a r e s
n a r r a d o r e s . Lenguaje v i v o , pintoresco,, p r i m i t i v o .
Parecen recogidas con cinta m a g n e t i f ó n í c a . Estas
«Róndales» le d i e r o n una g r a n p o p u l a r i d a d entre
sus paisanos.
D u r a n t e el episcopado del O b i s p o C a m p i n s ,
en Mallorca, e j e r c i ó el cargo de V i c a r i o General
de aquella diócesis. Causa a d m i r a c i ó n y hasta
cierta extrañeza, que u n h o m b r e dado en c u e r p o
y alma a tan intensos estudios lingüísticos, p u d i e r a ejercer un c a r g o a t i b o r r a d o de papeles de
t r á m i t e s y expedientes acaparadores de m u c h a
a t e n c i ó n . Es preciso r e c o r d a r que era h o m b r e de
incansable d i n a m i s m o .
En m i larga estancia en L y o n , conocí a un
m a l l o r q u í n , gran c o m e r c i a n t e de f r u t a s ( h a b í a
allí muchos mallorquines que se dedicaban a este
c o m e r c i o ) , el cual vivía d e n t r o la p a r r o q u i a de
m i residencia. Sostuve mucha relación con él y
f a m i l i a . Al pasar de la tienda al i n t e r i o r de la
casa, se o l v i d a b a n de su « a f r a n c e s a m i e n t o » y se
p o n í a n , a u t o m á t i c a m e n t e , a h a b l a r en nuestra
lengua. Sus nietos venían de la escuela h a b l a n d o
un francés p e r f e c t o . Pero, al e n t r a r al c o m e d o r ,
c o m o sus padres y abuelos, t r o c a b a n el francés
por el habla de sus lares m a l l o r q u i n e s .
En plena ««renaixeni;a catalana», t o d o el
m u n d o reclamaba un g r a n d i c c i o n a r i o que recogiera toda nuestra riqueza i d i o m á t i c a . Y fue
Mossén Alcover q u i e n , en el año 1 9 0 1 , p u b l i c ó
su célebre « L l e t r a de C o n v i t » en vistas 3 la organización de la «Obra del D i c c i o n a r i » , que había
de ser la o b r a de toda su v i d a . Para e n c o n t r a r
c o l a b o r a c i ó n , sigue todos los países de habla catalana. Fue en una de estas «eixides», c o m o llamaba él a todos estos viajes de e x p l o r a c i ó n , que
yo le conocí en Gerona.
Un día fue i n v i t a d o a c o m e r — u n p l a t o t í p i camente m a l l o r q u í n , — y, d u r a n t e la c o m i d a , les
expresé mi a d m i r a c i ó n por iiaber conservado el
habla « p a i r a l » hasta la tercera g e n e r a c i ó n , y m e
d i j o « M o n s i e u r » B i b i l o n i ~ éste era su n o m b r e — : «Mis hijos pasaron y mis nietos pasan el
verano en M a n a c o r , . . Y todos leemos, cada nocre, en f a m i l i a , una de «ses Róndales» de Mossén
Alcover. Y sacó un v o l u m e n de ellas de un a r m a r i o y me lo puso ante mis ojos c o m o si me most r a r a un tesoro.
En c o n t a c t o con el D o c t o r Schadel, que, en
1904, había i d o a Mallorca para e s t u d i a r dialectología baleárica, se o r i e n t ó en estudios lingüísticos, y, g u i a d o por é l , organiza, en 190ó, el p r i m e r Congreso I n t e r n a c i o n a l de la Lengua Catalana.
En aquel entonces pasó a ser el h o m b r e más
p o p u l a r de n u e s t r o país.
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