De la alfabetización al aprendizaje a lo largo de toda

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De la alfabetización
al aprendizaje
a lo largo de
toda la vida
L
Luis María Scasso*
a noción de aprendizaje a lo largo de toda la
vida se refiere a un principio ordenador general
sobre el sistema educativo. En América Latina,
este enfoque ha estado históricamente conectado a
la alfabetización, a la educación de jóvenes y adultos
y a la educación no formal. Este artículo parte de estas concepciones presentes en esta región, las cuales
no suponen reducir o igualar el aprendizaje a lo largo
de toda la vida a la educación de jóvenes y adultos,
sino vincularlo, en este caso, a los procesos de alfabetización, con una larga tradición latinoamericana.
En los últimos diez años, praticamente todos los países
de América Latina han colocado en marcha iniciativas
de alfabetización que se expandieron después de la
aprobación del Plan Iberoamericano de Alfabetización
y Educación Básica de Personas Jóvenes y Adultas, por
parte de la Asamblea Iberoamericana, en 2006.
Como consecuencia de esto, se ha verificado el incremento de las tasas de alfabetización de la población joven y adulta, pasando de 89,6% hasta llegar,
en 2010, a 92,9%. Este proceso conlleva benefícios
conexos, como demuestran diversos estudios, tanto
en lo que se refiere a calidad de vida de las personas alfabetizadas como en relación a posibilidades de
acceso a melhores empleos y en la mejoría de los
cuidados relativos a la salud personal y familiar.
Es una buena noticia el hecho de que la mayoría de los
programas en la región hayan incorporado la continuidad de la educación básica a los programas de alfabetización. Se ha demostrado que una persona alfabetizada, que no continua sus estudios ni utiliza regularmente
las nuevas competencias adquiridas, puede regresar a
una situación de analfabetismo a corto plazo.
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Revista Linha Direta
Da alfabetização
ao aprendizado
ao longo de
toda a vida
A
noção de aprendizado ao longo de toda a
vida refere-se a um princípio ordenador
geral sobre o sistema educativo. Na América Latina, esse enfoque tem estado historicamente ligado à alfabetização, à educação de
jovens e adultos e à educação não formal. Este
artigo parte dessas concepções presentes nessa
região, as quais não supõem reduzir ou igualar
o aprendizado ao longo de toda a vida à educação de jovens e adultos, senão vinculá-lo, nesse
caso, aos processos de alfabetização, com uma
longa tradição latino-americana.
Nos últimos dez anos, praticamente todos os
paí­ses da América Latina têm colocado em marcha iniciativas de alfabetização que se expandiram após a aprovação do Plano Ibero-americano
de Alfabetização e Educação Básica de Pessoas
Jovens e Adultas, por parte da Assembleia Ibero-americana, em 2006.
©lunamarina/PhotoXpress
Como consequência disso, tem-se verificado o
incremento das taxas de alfabetização da população jovem e adulta, passando de 89,6% até
chegar, em 2010, a 92,9%. Esse processo comporta benefícios conexos, como demonstram
diversos estudos, tanto na qualidade de vida
das pessoas alfabetizadas quanto em relação a
possibilidades de acesso a melhores empregos
e na melhoria dos cuidados relativos à saúde
pessoal e familiar.
É uma boa notícia o fato de a maioria dos programas na região terem incorporado a continuidade da educação básica aos programas de
alfabetização. Tem-se demonstrado que uma
Revista Linha Direta
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A todo esto se suma el hecho de que el concepto de alfabetización ha cambiado con las transformaciones sociales que caracterizaron los últimos 50 años. De una
alfabetización de jóvenes y adultos, entendida como
la capacidad de leer y escribir textos simples y realizar operaciones matemáticas básicas, se comienza a
entender este concepto como parte de un proceso de
aprendizaje continuo y a lo largo de toda la vida, simultáneamente con el dominio de competencias propias de la sociedad industrial, que corresponden a la
sociedad de la información y del conocimiento.
... una persona alfabetizada, que
no continua sus estudios (...),
puede regresar a una situación de
analfabetismo...//... uma pessoa
alfabetizada, que não continua seus
estudos (...), pode regressar a uma
situação de analfabetismo...
En este sentido, la Organización de los Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI), la Organización de las Naciones Unidas
para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO) y
los gobiernos de la región, así como diversas organizaciones, están impulsando iniciativas para replanear
la educación de jóvenes y adultos para más allá de la
alfabetización, bajo la perspectiva de la educación
a lo largo de la vida. No se trata apenas de redefinir
el concepto de alfabetización, sino que también de
abordar el enorme desafío de establecer nuevos modos de mensurar la alfabetización de acuerdo con las
diversas competencias requeridas para asumir con
autonomía el ejercício de la ciudadanía y el vínculo
con el mundo del trabajo.
Transitar del enfoque de alfabetización al de aprendizaje a lo largo de toda la vida implica reconocer el
valor de la educación no formal e informal y, consecuentemente, la construcción de mecanismos de reconocimiento y certificación de aprendizajes no formales que faciliten la transición entre diferentes modos
y niveles, haciendo más flexible la incorporación de
grupos desfavorecidos a los procesos de aprendizaje,
superando la desconexión entre la educación formal,
la formación técnico-profesional, la educación no formal y la experiencia adquirida a lo largo de años en el
ejercicio de una profesión determinada. 
pessoa alfabetizada, que não continua seus estudos nem utiliza regularmente as novas competências adquiridas, pode regressar a uma situação de analfabetismo em curto prazo.
A tudo isso se soma o fato de que o conceito de
alfabetização tem mudado com as transformações sociais que caracterizaram os últimos 50
anos. De uma alfabetização de jovens e adultos,
entendida como a capacidade de ler e escrever
textos simples e realizar operações matemáticas básicas, começa-se a entender esse conceito como parte de um processo de aprendizado
contínuo e ao longo de toda a vida, em concomitância com o domínio de competências próprias
da sociedade industrial, que correspondem à
sociedade da informação e do conhecimento.
Nesse sentido, a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), a Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e
os governos da região, assim como diversas organizações, estão impulsionando iniciativas para
replanejar a educação de jovens e adultos para
além da alfabetização, sob a perspectiva da educação ao longo da vida. Não se trata apenas de
redefinir o conceito de alfabetização, mas também de abordar o enorme desafio de estabelecer novos modos de mensurar a alfabetização de
acordo com as diversas competências requeridas
para assumir com autonomia o exercício da cidadania e o vínculo com o mundo do trabalho.
Transitar do enfoque de alfabetização ao de
aprendizagem ao longo de toda a vida implica
reconhecer o valor da educação não formal e
informal e, consequentemente, a construção de
mecanismos de reconhecimento e certificação
de aprendizados não formais que facilitem a
transição entre diferentes modos e níveis, fazendo mais flexível a incorporação de grupos
desfavorecidos aos processos de aprendizado,
superando a desconexão entre a educação formal, a formação técnico-profissional, a educação não formal e a experiência adquirida ao
longo de anos no exercício de uma profissão
determinada. 
*Director general de Cooperación y Educación Permanente de la Organización de los Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI)
*Diretor-geral de Cooperação e Educação Permanente da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI)
www.oei.org.py
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