HABLA POR TI MISMO, JUAN: UNA PROPUESTA PARA UN METODO ALTERNATIVO DE INVESTIGACIÓN M i c h a e l C. M E Y E R Universidad de Nebraska Es U N A X I O M A que los historiadores se h a n interesado t r a d i c i o n a l m e n t e e n los h é r o e s y los a n t i h é r o e s , e n los hombres q u e " h a c e n l a h i s t o r i a " . Este enfoque aparentemente estrecho de l a r e c o n s t r u c c i ó n h i s t ó r i c a n o es l a a c t i t u d exclusiva d e l b i ó g r a f o , sino q u e t a m b i é n representa los esfuerzos de m u chos historiadores de l a e c o n o m í a interesados e n banqueros, terratenientes, empresarios e i n d u s t r i a l e s ; de historiadores de l a r e l i g i ó n , q u e catalogan los logros d e papas, sacerdotes y herejes o que contrastan l a t e o l o g í a de Santo T o m á s de A q u i ¬ n o c o n l a de L u t e r o ; de historiadores de l a d i p l o m a c i a , q u e siguen con g r a n detalle l a correspondencia entre presidentes, m i n i s t r o s extranjeros y embajadores; y, p o r supuesto, de historiadores d e las corrientes intelectuales y de l a e v o l u c i ó n social q u e estudian a los i d e ó l o g o s de los m o v i m i e n t o s intelectuales, los sistemas funcionales y las estructuras organizativas. A ú n aquellos historiadores q u e i m p u g n a n a T h o m a s C a r l y l e y rechazan sus admoniciones algo piadosas, casi n u n c a escriben l a h i s t o r i a desde e l p u n t o d e vista d e l h o m b r e com ú n , e n p a r t e p o r p r e j u i c i o s intelectuales y en parte p o r q u e se presupone q u e las masas, siendo i n a r t i c u l a d a s , n o dejan u n registro adecuado d e l q u e se p u e d a hacer u n uso provechoso. L o s l i b r o s y a r t í c u l o s con títulos c o m o terrateniente y campesino o esclavo y c i u d a d a n o o amo y siervo pueden ser decepcionantes p o r q u e casi i n v a r i a b l e m e n t e reconstruyen l o " i n a r t i c u l a d o " desde l a perspectiva de l o " a r t i c u l a d o " . Nos 396 HABLA POR T I M I S M O , 397 JUAN i n f o r m a m o s de l a pobreza de los oradores quechuas y a y m a r á s de las tierras altas andinas a t r a v é s de los relatos i m p r e sionistas de Alcides A r g ü e d a s y C i r o A l e g r í a o de los discursos m o t i v a d o s p o r l a p o l í t i c a de V í c t o r R a ú l H a y a de l a T o r r e . 1 Para las insuficiencias de l a v i d a de l a hacienda d u r a n t e e l r é g i m e n de D í a z o d e l m a l t r a t o d e l a p o b l a c i ó n i n d í g e n a d u r a n t e l a m i s m a é p o c a nos encontramos demasiado frecuentemente h o j e a n d o p á g i n a s de A n d r é s M o l i n a E n r í q u e z y W i s t a n o L u i s Orozco, o t r a t a n d o de d i g e r i r l a propaganda de J o h n K e n n e t h T u r n e r y de l a g e n e r a c i ó n de los polemistas mexicanos q u e p r o n t o s i g u i e r o n sus pasos. Pero e l artista, e l periodista y ciertamente e l activista p o l í t i c o , t i e n e n u n a "raison d'être" t a n diferente a l a d e l h i s t o r i a d o r profesional, q u e debemos estar constantemente e n guardia. Es posible q u e Euclides d a C u n h a p u e d a t o m a r l a palabra p o r los defensores de Canudos, o C a m i l o T o r r e s p o r e l p e ó n c o l o m b i a n o , o e l C h é Guevara p o r e l g u a j i r o , pero e l i n vestigador serio se siente m á s a gusto c u a n d o e l h o m b r e com ú n puede h a b l a r p o r sí m i s m o . Quiere hacer j u i c i o s de primera mano.2 N i l a licencia artística, p o r u n lado, n i e l activismo polít i c o , p o r e l o t r o , deben ser utilizados para excusar l o absurdo. E l h o m b r e c o m ú n q u e emerge p o r esos conductos es casi i n v a r i a b l e m e n t e e l p r i m o l a t i n o a m e r i c a n o d e l b u e n salvaje de Rousseau, u n inocente de p i e l oscura c o r r o m p i d o sólo p o r u n contacto c o n l a sociedad capitalista blanca. Es difícil aceptar q u e l a quintaesencia de nuestra i n t e l i g e n c i a colectiva re- 1 E l indigenismo de Haya de la Torre es un excelente caso ilustrativo. Para un reexamen provocativo de su ideología indigenista uno puede consultar a T H O M A S M . DAVIES, JR., " E l indigenismo en el Partido Aprista Peruano: una reinterpretación", Hispanic American Historical Review, Num. 51, noviembre, 1971, pp. 626-645. 2 Se ha discutido recientemente que una de las diferencias primordiales entre los historiadores y otros científicos sociales, es que los primeros están menos dispuestos a aceptar los datos procesados y prefieren recoger la evidencia por sí mismos en la fuente. Ver D A V I D S. LANDES y CHARLES T I L L Y (eds.) , History as Social Science. Englewood Cliffs, N. J . Prentice Hall, Inc., 1971, pp. 18-21. 398 MICHAEL C. MEYER sicle exclusivamente en el p u e b l o campesino. A u n q u e puede ser cierto, p o r e j e m p l o , que el zapatista p r o m e d i o c o m p r e n d i ó m á s de su m u n d o c o n t e m p o r á n e o de l o q u e p u d i é r a m o s haberle acreditado, es difícil, s i n embargo, aceptar u n estudio serio q u e r e p e t i d a m e n t e u t i l i c e l a p a l a b r a zapatista (implicando e n ella a los soldados) c u a n d o e l h i s t o r i a d o r se e s t á r e f i r i e n d o claramente al liderazgo i n t e l e c t u a l . * Desde luego, plantearse l a p r e g u n t a de c ó m o afectó el o r d e n social a las masas rurales es proponerse u n a i n t e r r o g a n t e v i t a l y u n a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a l e g í t i m a , pero es dudoso q u e el p r o b l e m a p u e d a ser r e s p o n d i d o adecuadamente, m e d i a n t e el examen de manifiestos p ú b l i c o s o de los debates de u n a asamblea. L a h i s t o r i a , así como la p o l í t i c a , es el arte de l o posible y b i e n puede ser que l a m a y o r parte de las é p o c a s anteriores al c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o de las masas l l e g u e n f i n a l m e n t e a nosotros filtradas p o r e l tamiz de l a é l i t e i n t e l e c t u a l . Pero ocasionalmente, gracias a nuevas técnicas, u n a nueva metod o l o g í a o u n a i m a g i n a c i ó n fresca, se abre u n a p u e r t a y de r e p e n t e los vestigios se hacen perceptibles. D e s p u é s de cuat r o y m e d i o siglos de c o m p a r a r u n a n a r r a c i ó n h i s t ó r i c a con o t r a e n nuestro esfuerzo p o r c o m p r e n d e r l a conquista de M é x i c o , M i g u e l L e ó n P o r t i l l a a b r i ó nuestros o í d o s a l a voz d e l i n d i o . * A las generalidades estériles q u e h a b í a m o s perpetuado e n nosotros mismos y en nuestros estudiantes (los i n d i o s t e n í a n u n m i e d o t e r r i b l e a los caballos) él ofreció u n espectro enteramente n u e v o de reacciones nativas, de naturaleza t a n t o p r á c t i c a como e m o c i o n a l . Y si L e ó n P o r t i l l a p u d o e n c o n t r a r u n c a m i n o para dejar q u e las masas i n d í g e n a s d e l siglo x v i h a b l a r a n p o r sí mismas, quienes trabajamos e n p e r í o d o s m á s recientes d e b e r í a m o s a l menos prestarle atención. 3 ROBERT P. M I L L Ó N , Zapata: The Ideology New York, International Publishers, 1969, of a Peasant Revolutionary. passim. 4 M I G U E L L E Ó N P O R T I L L A , Vision de los vencidos. México, Universidad Nacional Autónoma de México, 1959; Ed. en inglés, The Broken Spears: The 1962. Aztec Account of the Conquest of Mexico. Boston, Beacon Press, H A B L A POR T I M I S M O , J U A N 399 H i s t o r i a d o r e s d e l p e r í o d o de D í a z y de l a r e v o l u c i ó n mex i c a n a h a n sido c o n f u n d i d o s d u r a n t e demasiado t i e m p o p o r u n conocido y frecuentemente citado dato e s t a d í s t i c o : l a c i f r a de analfabetismo d u r a n t e el ú l t i m o cuarto d e l siglo x i x oscilaba entre e l 80 y e l 8 5 % . Pero el analfabetismo en el peor de los casos es u n aspecto o b v i o y, en e l m e j o r , u n concepto r e l a t i v o . E s t á d e f i n i d o de varias maneras y frecuentemente en u n c o n t e x t o m á s p o l í t i c o que p e d a g ó g i c o . A u n q u e Pancho V i l l a , E m i l i a n o Zapata, Pascual Orozco, J o s é I n é s Salazar, M a c l o v i o H e r r e r a , E m i l i o C a m p a y P á n f i l o Natera están frecuentemente clasificados en este 8 5 % de analfabetos, los historiadores q u e h a n trabajado en los archivos e s t á n convencidos de que sí s a b í a n leer y escribir. H a n sido i n c l u i d o s en l a lista de analfabetos p o r m o t i v o s p o l í t i c o s , f á c i l m e n t e comprensibles para aquellas personas q u e e s t á n de acuerdo con la idiosincrasia de la h i s t o r i o g r a f í a r e v o l u c i o n a r i a . Pero ¿ q u é decir de los cientos de miles que con s ó l o u n par de a ñ o s escolares p o d í a n escribir su n o m b r e y de a l g u n a m a n e r a se las i n g e n i a b a n para hacer i n t e l i g i b l e s sus garabatos y su m a l a o r t o g r a f í a ? M á s a ú n , ¿ q u é decir de los m i l l o n e s que n o sabiendo siquiera escribir su n o m b r e se h i c i e r o n o í r y d e j a r o n u n a constancia permanente v a l i é n d o s e de otros medios? A u n q u e v i v i e n d o p r á c t i c a m e n t e fuera de l a e c o n o m í a m o n e t a r i a , muchos de ellos frecuentemente recog í a n unos pocos centavos para pagar u n escribano (por l o general s ó l o u n poco m á s i n s t r u i d o que ellos) a f i n de pon e r por escrito sus quejas y presentarlas ante u n hacendado local, u n jefe p o l í t i c o , u n juez, u n g o b e r n a d o r o a u n ante el presidente de l a r e p ú b l i c a . D o c u m e n t o s de este t i p o a b u n d a n en los archivos mexicanos, t a n t o p ú b l i c o s como privados, p e r o h a n sido r a r a vez utilizados. Nos estamos a p r o x i m a n d o con rapidez a l p u n t o de la h i s t o r i o g r a f í a m e x i c a n a d e l siglo x x donde los enfoques tradicionales en su m a y o r parte nos v a n a c o n d u c i r simplem e n t e a saber m á s y m á s sobre menos y menos. Es p o r esta r a z ó n que los historiadores mexicanos y los extranjeros que investigan la h i s t o r i a de M é x i c o se h a n m o v i d o en nuevas á r e a s t e m á t i c a s y h a n empezado a aplicar nuevos conceptos 400 M I C H A E L C. M E Y E R m e t o d o l ó g i c o s . L a h i s t o r i a local y estatal está empezando florecer; a se o b t i e n e poco a poco u n a v i s i ó n de los l í d e r e s p o l í t i c o s i n t e r m e d i o s ; algunos historiadores versados en ciencias sociales h a n e x a m i n a d o los gastos presupuestarios fede- rales y h a n analizado los esquemas de v o t a c i ó n e n varias asambleas constituyentes; u n n u e v o interés ha nacido en l a h i s t o r i a o r a l . J u n t o a estos nuevos enfoques quisiera p r o p o ner u n o m á s . Por cada h i s t o r i a d o r que haya e x a m i n a d o los archivos mexicanos estando especialmente alerta para encont r a r l a carta f i r m a d a p o r u n a persona cuyo n o m b r e reconoce, u n o debe estar dispuesto a hacer exactamente l o c o n t r a r i o . V o l v a m o s hacia a t r á s y leamos el garabato m á s h o r r i b l e , e n el p a p e l m á s b a r a t o y f i r m a d o con u n n o m b r e t a n poco sign i f i c a t i v o como F u l a n o , Sutano o M e n g a n o . Los problemas p a l e o g r á f i c o s o h e r m e n é u t i c o s n o son de t a l m a g n i t u d como para decepcionarnos. Demasiado frecuentemente nuestras generalizaciones con- cernientes a l a m a l a s i t u a c i ó n de las masas, se h a n estereot i p a d o t a n t o q u e h a n p e r d i d o su i m p a c t o . C i e r t a m e n t e eran pobres, miserables, c a r e c í a n de t i e r r a y estaban sujetas a las desigualdades e i n j u s t i c i a s sociales. C i e r t a m e n t e c a r e c í a n de escuelas y hospitales adecuados y de facilidades sanitarias. Pero el investigador p r o f e s i o n a l así como el estudiante se h a n i n m u n i z a d o i n t e l e c t u a l m e n t e frente a estas palabras, si n o es que frente a los conceptos mismos. U n o n o necesita estar de acuerdo con el p r o v e r b i o de V o l t a i r e de que l a h i s t o r i a es une fable convenue para aceptar que las i n t e r r o g a n t e s que nos planteamos sobre el pasado e s t á n en parte moldeadas p o r nuestros intereses en el presente, es decir, que existe verdaderamente u n a r e c i p r o c i d a d e n t r e el pasado y el presente. L a p r e g u n t a q u e se debe f o r m u l a r n o es si los peones eran pobres, sino q u é t a n pobres eran y q u é significaba su pobreza. N o si estaban sujetos a injusticias, sino a q u é t i p o de i n j u s t i c i a s y c ó m o i n f l u y e r o n éstas en su v i d a c o t i d i a n a . N o se trata de p r e g u n t a r si eran miserables, sino c ó m o se expresaba esta m i s e r i a y c ó m o l a expresaban las masas. ¿ C u á les e r a n los abusos que m á s les p r e o c u p a b a n y los m o t i v a - H A B L A POR T I M I S M O , J U A N b a n para garrapatear ciera p o r ellos? 401 u n a q u e j a o hacer que a l g u i e n l o h i - E n t r e las muchas colecciones de archivos q u e pueden sou t i l i z a d o s para responder a las preguntas a q u í planteadas, u n a d e las mejores es el a r c h i v o de d o n Francisco I . M a d e r o , que c o n t i e n e la correspondencia e m i t i d a y r e c i b i d a en u n p e r í o d o de v e i n t i c i n c o a ñ o s ; la c o l e c c i ó n c u b r e su carrera completa: desde el hacendado y p o l í t i c o h u i d i z o , hasta e l candidato p r e s i d e n c i a l y Presidente de la R e p ú b l i c a . Es en esta colecc i ó n d o n d e h e seleccionado algunos documentos, como ejemplos d e l t i p o de afirmaciones q u e p u e d e n ser utilizadas para p e r m i t i r que J u a n h a b l e p o r sí m i s m o . L o s problemas especiales de las mujeres se t e s t i m o n i a n e n la siguiente carta escrita a M a d e r o en agosto de 1911: 5 Señor Francisco Madero Señor pido a V d m i l perdones por tomarme la libertad de suplicarle fije su atención en estas umildes lineas pues yo le ruego a nombre del cariño mas grande de su vida. Señor pues no me queda hotro recurso mas que implorarle una protecsion pues soy una pobre guerfana pues tengo a una pobre madre a quien tengo que sostener esta muy abansada me encuentro en una parte donde es imposible poder trabajar, hay trabajo para señores pero una señorita no podria colocarse pues en primer lugar la jente es muy mala aqui no respetan a nadie tengo temor muchas veses de salir á la calle por temor a una desgrasia por lo tanto suplico no me desampare con su protecsion que ira a ser de m i aqui mas tarde donde ay jente tan mala Señor yo deseo trabajo mis pocos años no me permiten salir lejos a buscar conque sostenerme pues muchas beses ya no puedo y me biene la idea de quitarme la vida •5 En todos los extractos documentales elegidos, los errores de ortografía, redacción y acentuación han permanecido inalterados porque los errores mismos constituyen una clave importante para penetrar el trasfondo de la persona que escribe. 402 M I C H A E L C. M E Y E R pero abrigo esa esperanza de tener una contestasion de unos sentimientos tan nobles si señor Madero de rrodillas suplico me salve que el buen Dios se lo pagara por el cariño de su Señora Esposa quien B. S. M . Guadalupe García 6 L a pobreza mexicana en l a p r i m e r a d é c a d a del presente siglo significaba n o poder ser capaz de c o m p r a r u n a m a n t a o estar enfermo en el h o s p i t a l s i n u n centavo o ser incapaz de p o d e r pagar l a r o p a a p r o p i a d a , necesaria para e l t r a b a j o . Señor D o n Francisco Madero Su Casa Generoso Señor suplico a V encarecidamente por su apreciable familia por sus benerables padrecitos se digne socorrerme con una corrida para sacar una cobiguita que se me esta perdiendo fabor que le vivirá rreconocida su servidora Catarina Montella ' Monterrey Diciembre 3 de 1904 Sr. Francisco maderos estimado Sr mío le d i r i j o la precente para saludar a V d a suapreciable familia desiando es te vuenos y sin nobedad que estoy bueno en Hospital Gonzals y de q U meaga fabor de ausiliarme con cinco pesos por estar malo cómo estoy des de agosto que mebine de sanpedro espero su contestación en el Hospital Gonzas. Luis Crespíns <¡ Guadalupe García a Francisco Madero, agosto de 1911, folio 1389, Archivo de Don Francisco I . Madero. De aquí en adelante se citará como A M con la información apropiada. 7 Catarina Montella a Francisco I . Madero, sin fecha A M , fol. 2057. s Luis Crespín a Francisco I . Madero, diciembre, 3, 1904, AM, fol. 2385. H A B L A POR T I M I S M O , J U A N H . de Merced 403 Disiembre 28 de 1904 Sr D n Francisco Madero M U Í señor mió y de mis respecto la presente yeva por ovjeto el saludarlo en unión de su familia que la que yo goso es vuena gracias a diós y la hofresco a sus hordenes. a mas de saludar lo le estimare me haga favor de dar sus hordenes a m i compadre Efinio para que me made aser unas chaparreras como las que le hicieron a Ysmael por que no es suficiente el panta Ion para el chaparra sin mas ahora su yuntil y S S Juan Esquivel» Las i n j u s t i c i a s de las cuales hablamos frecuentemente con i n d i g n a c i ó n j u s t i f i c a d a , pero con poca c o m p r e n s i ó n , son t a n evidentes en los d o c u m e n t o s como l o son las manifestaciones ele pobreza. E l encarcelamiento sin las formalidades de u n j u i c i o , i n c l u y e n d o e l permanecer d e t e n i d o i n c o m u n i c a d o d u r a n t e largos p e r í o d o s de t i e m p o , es u n l u g a r c o m ú n ; el encarc e l a m i e n t o p o r c r í m e n e s p o l í t i c o s inocuos, o e l uso de l a c o n s c r i p c i ó n m i l i t a r como u n castigo, e s t á n siempre presentes s e g ú n l o atestiguan los siguientes documentos. Obre 30 de 1904 Sr F r a n ^ Ymadero dígnese usted por quien es perdonarme usted la molestia quiero que meaga Fabor de ablar por m i y por 2 Hijos ques estamos presos ynjustamente Que el primerdomingo de Obre ubo u n Vayle privado ? y el señor D o n primitivo que es el Jues me puso a cuidar dicho Vayle al rrendir el Vayle m i f i paraca m i casa a el llegar medijo la Seño que noabia benido o Juan Esquivel a Francisco I . Madero, diciembre 28, 1904, A M , 2405. 404 M I C H A E L C. M E Y E R Ylario entoda la noche en tonses me fui a buscarlo a traar y en tonses lo yncontre y ledije quenos fuéramos para la casa y el asepto al llegar alacasa a como unos 10 o 12 pasos antes deyegar alacasa allí me analsaltado 6 individuos a m i y a Hilario sin a ber ningue motibo n i causa ninguna Señor Don Fran«> Ymadero no es Justo Señor sufrir golpes y carsel Ha tenemos u n mes de sufrir por el motivo de que estábamos muy mal eridos lio y m i H i j o pero a ora lia es tamos completamente buenos y a demás le digo a u d que uno de mis Hijos esta sufriendo enjusta mente enComunicado por el motivo de que Cuando m i H i j o Espiridan lia Cuando a el le abisaron llaseabia Cabada el pleillto Como lo dirá Antonio Rosas y Ernesto Rodríguez que el no anda en el pleyto Es encierto le dise S S S Gregorio Soriano San Francisco 1 0 Eenero 28 de 1905 Sr Francisco Madero M u y Sr mió de respecto la presente es para suplicarle una molestia con respecto á m i padre que se encuentra de soldado ya ase la miseria de dos años ocho meses que esta sufriendo y no á podido areglar su salida y me manda desir que le able a su buna persona de U d . para ber si por medio de su influensia de U d nos ase el favor de areglar su salida para que el se benga a reunirse con su familia que se enuentra en el rancho de U d . all esta m i mama y una ermanita y m i cuñado que trabaja con don Calletano m i cuñado es Juan Gonsales que pueda responder por el para mas seguro queriendono aser ese favor le suplico que aber si pueda areglarme este negosio por ia familia que lia tiene tanto tiempo de sufrir . . . y es io Gregorio Soriano a Francisco I . Madero, octubre 30, 1904, A M , fol. 2819. H A B L A POR T I M I S M O , J U A N 405 cuanto le dise u n inútil ser bien y serbidor que respeta S S Guillermo C e r d a " M i padre se llama Alejandro Cerda y está en Victoria en el Cuarto 4? Batallón A l C Sr D " Francisco Y Madero distinguido caballero respetuosamente suplico a V d que se digne poner su influencia en nosotros los desdichados pobres ya que hay u n rasgo de compasión para los afligidos y u n brazo fuerte para el débil no hay mas que inclinarme hacia V d Sr Madero ya que V d atiende Tas peticiones de los miserables como nosotros los pobres, ruego por quien estime V d masme haga la caridad de interseder por m i hijo que se encuentra en la pricion de Belén por el solo hecho de la manifestación que se berifico el 27 del que cursa pero no fue en la mañana sino en la tarde del mismo Dia que se reunió en compañía de tres Jóvenes y pasaban por D» Agustín cuando fueron detenidos por los Gendarmes y el Comisario sin mas n i mas el 28 pasaron a la pricion de Belén y alli son detenidos sin multa por espasio de 15 Dias y no hubo motivo para ese arresto tan exsajerado puesto que no provocaron a nadie si es berdad que ivan alegres gritando con entusiasmo viva Madero viva el Jefe de la Rebolucion y muerto Reyes. Creo que no es delito desir la verdad Sr Madero. ahora Sr Madero V d cree que ese castigo le viene Jusque U d que yo soy una mujer inútil que vivo con el trabajo de m i H i j o Soy portera en la Casa N u 20 de la 3? de Aranda no tengo mas protector de m i h i j o demodo que si el no me dá para mis alimentos no hay quien de dé . . . habla « Guillermo Cerda a Francisco I . Madero, enero 28, 1905, A M , fol. 2347. 406 M I C H A E L C. M E Y E R por m i hijo . . . S'- Madero consedame lo que pido por nuestre Querida M a m á . . . Su afma A l t a y S S Emilia Escalona^ Y a las listas de quejas deben sumarse los despojos y excesos de la guerra. L a p o b l a c i ó n c i v i l estaba sujeta constantemente a los caprichos d e l o f i c i a l federal o rebelde m á s cercano. L a r e q u i s i c i ó n de pertrechos m i l i t a r e s , o de c o m i d a de animales de carga era c o m ú n , y frecuentemente era u n eufemismo para el simple r o b o . Ciénega agosto 19 de 1911 Señor D o n Francisco y Madero la presente es conel f i n de quegarme conusted que el jefe juan banderas me a quitado mis prendas una pis tola negra . . . yun caballo y otro Jefe Margarito arellanes me a qui ta do u n rifledemano yuna silla después deberme q u i ta do esasprendas . . . nome andado unsolo centabo para los gas tos delcamino perono merefiero auso nada detodo eso lio solí m u l l pobre y de m i trabajo bibo por los 50 centavos yllo deseo . . . que me aga fabor de darme mis prendas ques el único haber que tenia siendo que me demis prendas estoll disponible alaora que se leofresca si me ase fabor me contesta una cosa otra lio con don juan conosco no sa ca nada por eso me quejo conusted . . . por que me enferme me ase fabor dedirigirla amartin Padilla asan J o s é de la Bocas sua fectisimo y seguro serbidor Benigno F e l i s 1 3 12 Emilia Escalona a Francisco I . Madero, agosto 30, 1911, A M , fol. 1362. « Benito Felis a Francisco I . Madero, agosto 30, 1911, AM, fol. 1355. H A B L A POR T I M I S M O , J U A N 407 Los d o c u m e n t o s de este t i p o n o sólo t i e n e n u n cierto i n terés i n t r í n s e c o , sino que t a m b i é n ofrecen el m e j o r t i p o de referencia p a r a juzgar las actitudes de las masas y c o m p r o b a r las generalizaciones previamente propuestas. C i e r t a m e n t e deben estar sujetos a la m i s m a clase de e v a l u a c i ó n crítica q u e c u a l q u i e r o t r a fuente p r i m a r i a y n o deben ser aceptados e n su significado l i t e r a l , p o r c u a l q u i e r n o c i ó n r o m á n t i c a conc e r n i e n t e a l a h o n e s t i d a d de c u a l q u i e r campesino. D a d a la naturaleza e s p e c í f i c a de las quejas y el o r i g e n casi a n ó n i m o de los que se r e p o r t a n , es i m p r á c t i c o , si n o es que i m p o s i b l e , obtener i n f o r m a c i ó n c o r r o b o r a t i v a de tantos casos especiales. E l i n v e s t i g a d o r c r í t i c o a p r e c i a r á desde el p r i n c i p i o que e l p e t i c i o n a r i o que solicita u n favor o q u e p i d e l a i n t e r c e s i ó n de u n a persona en el poder, puede ser propenso a exagerar l a naturaleza c r í t i c a de su s i t u a c i ó n . Pero e l sentido c o m ú n y por l o menos u n poco de i n g e n u i d a d y escepticismo saludable p u e d e n r e d u c i r el efecto de u n exceso de c r e d u l i d a d . D e c u a l q u i e r m o d o los detalles de las quejas i n d i v i d u a l e s n o son de g r a n i m p o r t a n c i a . C u a n d o h a n sido l e í d a s , digeridas y comparadas, en n ú m e r o suficiente, empiezan a a s u m i r u n c a r á c t e r casi h o m o g é n e o . Los tipos de quejas son t a n recurrentes que su veracidad general empieza a rayar casi en la certeza. T o m a d o s en c o n j u n t o , estos documentos s o p o r t a n el t i p o de i n t r o s p e c c i ó n d e l que carecen frecuentemente nuestras discusiones sobre las grandes masas de l a h u m a n i d a d . U t i l i z a d o s crítica, i m a g i n a t i v a y colectivamente nos p u e d e n a y u d a r a r e c o n s t r u i r el Zeitgeist m e x i c a n o de p r i n c i p i o s d e l siglo x x , en e l que las m u l t i t u d e s actuaban y c o n t r a el c u a l finalmente reaccionaron. L o interesante es q u e los documentos en c u e s t i ó n deben ser consultados p o r los historiadores interesados en héroes y a n t i h é r o e s p o r q u e hacia ellos e s t á n d i r i g i d o s . U n o empieza a preguntarse si era el apego filosófico de M a d e r o a l espir i t i s m o l o q u e c o n d i c i o n ó su a l t r u i s m o o si f u e r o n los cientos de ruegos p a t é t i c o s de sus peones. Las dos explicaciones n o son, de n i n g u n a manera, m u t u a m e n t e excluyentes pero u n o puede a r g ü i r persuasivamente que las quejas de los campesinos de carne y hueso eran t a n significativas como las ins- 408 M I C H A E L C. MEYER tracciones de los m é d i u m s que le f u e r o n presentados a través de los escritos de A l l á n Gardec y L e ó n Denis. E n u n ú l t i m o a n á l i s i s , el v a l o r de dejar a J u a n que p o r sí m i s m o debe ser juzgado e p i s t e m o l ó g i c a m e n t e y l a c i ó n a la c o m p r e n s i ó n de cada h i s t o r i a d o r y a las de su d i s c i p l i n a . Pero los interesados en la n a r r a c i ó n rica, así como los interesados en f o r m u l a r leyes, t a n t o sitivista como el relativista, p u e d e n llegar a e n c o n t r a r v a l o r en la propuesta, si son suficientemente pacientes gentes. hable en remetas históe l poalgún y dili- E v i d e n t e m e n t e n o se pretende que este e n f o q u e sea u n sustituto de las investigaciones históricas tradicionales o de los m é t o d o s m á s convencionales de i n v e s t i g a c i ó n . Se ofrece s i m p l e m e n t e como u n a a l t e r n a t i v a que puede c o n t r i b u i r al avance del c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o .