EL PENSAMIENTO METAFISICO DE MACEDONIO FERNANDEZ 1

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EL PENSAMIENTO
MACEDONIO
METAFISICO
DE
FERNANDEZ
P O R S O N I A V I C E N T E DE A L V A R E Z
1.
INTRODUCCIÓN
Sin duda, esite t r a b a j o no h a b r í a c o n t a d o con la total a p r o b a c i ó n
de M a c e d o n i o , ya q u e r e p r e s e n t a un intento de sistematizar su pensa­
m i e n t o filosófico, y es sabido q u e el autor n o era a m i g o d e los v o l ú m e ­
nes arreglados, dosificados en capítulos y de prolija continuidad.
S u pluíma r e f l e j a , en u n estilo un tanto i r r e v e r e n t e (fantasioso
a veces y otras h u m o r í s t i c o ) , todos los m o v i m i e n t o s , m a r c h a s y contra­
m a r c h a s q u e a c o m p a ñ a n al p e n s a r en la b ú s q u e d a de la v e r d a d .
Sin e m b a r g o , nuestra infidelidad e n c u e n t r a justificativos: P r i m e ­
ro p o r q u e se e m p e ñ a en revalorar un p e n s a m i e n t o q u e , b a j o el a p a ­
r e n t e desorden y la e s c a s a formalidad, l a t e c o h e r e n t e , riguroso y b i e n
articulado. S e g u n d o , p o r q u e es r e c u e r d o y h o m e n a j e para el " p r i m e r
m e t a f í s i c o de B u e n o s Aires y único filósofo a u t é n t i c o " ( 1 ) al cum­
plirse t r e i n t a aiios d e su. m u e r t e el 10 de f e b r e r o de 1982.
L a obra filosófica de M a c e d o n i o h a tenido p o c a r e p e r c u s i ó n .
C o m o literato, en c a m b i o , goza de p o p u l a r i d a d y o c u p a un m e r e c i d o
sitial en las letras argentinas. Quizá, u n o d e los motivos de su escasa
trascendencia sea p r e c i s a m e n t e su falta de a c a d e m i c i s m o , q u e coexiste
con un desinterés p o r e j e r c e r la actividad filosófica según los cánones
c o n v e n c i o n a l m e n t e establecidos. E n efeoto, M a c e d o n i o m e z c l a poesía,
fantasía, mietafísiea y humor, y t a n t a v a r i e d a d die ingredientes " i n c o ­
m o d a " c u a n d o estamos a c o s t u m b r a d o s a la pulcritud y a la asepsia en
los escritos de filosofía.
1.
Scalabrini Ortiz, Raúl, El hombre
Aires, Plus Ultra, 19T3, p. 123.
que está solo y espera,
Buenos
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S O N I A V I C E N T E DE
ALVAREZ
P o r otra p a r t e , el autor n o e s c r i b e p a r a p u b l i c a r ni se dedica a l a
enseñanza institucionalizada. L a F i l o s o f í a no es su medio
sino su
modo
de vida.
Al r e s p e c t o c o m e n t a su hijo, Adolfo d e O b i e t a :
. . .casi no
existe M a c e d o n i o F e r n á n d e z en la historia de
la filosofia argentina. N i c o m o protofilósofo. Ni c o m o metafisico-ficción. N o existe para las cátedras, los
congresos y
los tratados filosóficos; existe sólo en la intuición do algu­
nos. H a y cierta lógica; él jugó a la I n e x i s t e n c i a y los I n e ­
xistentes ( . . . ) , y a h o r a le cutesta entrar en la existencia fi­
losófica argentina. C l a r o , a él lo c o m p l a c e r í a , pues supongo
cpie su a m b i c i ó n no era q u e d a r c o m o filósofo a c a d é m i c o o
profesional; a él le c o m p l a c e r í a miás b i e n dar t r a b a j o coimo
heterodoxo o c o m o metafísieo silvestre o autodidacto. Su­
p o n g o q u e le gustaría más salir q u e entrar a los m a n u a l e s
d e historia filosófica." ( 2 )
O t r o de los factores q u e conspira contra la claridad y la difu­
sión de sus escritos es el l e n g u a j e . M a c e d o n i o se ve obligado a expre­
sar su p e n s a m i e n t o
con palabras acuñadas para exponer otro, total­
m e n t e opuesto al suyo. P o r esto, l a m e n t á n d o s e a v e c e s , lo llama "len­
guaje infiel".
2.
2.1.
IMAGEN DE MACEDONIO
FERNANDEZ
SU VIDA
M a c e d o n i o F e r n á n d e z n a c e en B u e n o s Aires el 1 " d e junio d e
1874. Son sus padres M a c e d o n i o F e r n á n d e z ( 1 8 2 8 - 1 8 9 1 ) , estanciero y
militar, y R o s a del M a z o ( 1 8 4 9 - 1 9 3 4 ) , ambos nacidos en nuestro país y
con a s c e n d i e n t e s argentinos de varias g e n e r a c i o n e s .
R e a l i z a sus estudios secundarios en el Colegio N a c i o n a l C e n t r a i
y luego ingresa en la F a c u l t a d d e D e r e c h o y C i e n c i a s Sociales de l a
Universidad N a c i o n a l de B u e n o s Aires.
2.
Crisis, Buenos Aires, № 15, jul. de 1974, p. 29.
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E L PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
A partir de 1 8 9 1 c o m i e n z a n sus p u b l i c a c i o n e s en diarios y re­
vistas de la é p o c a . S e interesa por la Psicología y p o r la F i l o s o f í a , es­
p e c i a l m e n t e la de S c h o p e n h a u e r .
E n 1897 c u l m i n a sus estudios universitarios y o b t i e n e los títulos
de a b o g a d o y doctor en J u r i s p r u d e n c i a .
E n 1 9 0 1 se c a s a c o n E l e n a de O b i e t a , c o n q u i e n h a b r á de t e n e r
cuatro hijos.
E n 1905, M a c e d o n i o inicia una asidua c o r r e s p o n d e n c i a c o n W i ­
lliam J a m e s , la q u e h a b r á de m a n t e n e r s e h a s t a l a m u e r t e del filósofo
estadounidense, ocurrida en 1 9 1 1 .
E n 1910
se traslada a Posadas (provincia de Misiones)
para
d e s e m p e ñ a r el cargo d e fiscal en el J u z g a d o L e t r a d o de esa c i u d a d .
P e r m a n e c e allí varios años. D e regreso a B u e n o s Aires e j e r c e
como
abogado.
E n 1920 m u e r e su esposa. L o s hijos p a s a n al cuidado de f a m i ­
liares y M a c e d o n i o inicia u n a vida solitaria, c a m b i a n d o a s i d u a m e n t e
d e pensión o residiendo en casa de amigos.
E n 1 9 2 1 , J o r g e L u i s B o r g e s r e g r e s a a B u e n o s Aires c o n su f a ­
milia e inicia una profunda y duradera amistad c o n M a c e d o n i o
(anti­
guo a m i g o de su p a d r e ) , q u i e n e j e r c e u n a n o t a b l e influencia soba-e el
joven escritor. D i r á nuestro pensador años más t a r d e :
" N a c í p o r t e ñ o y en un año m u y 1874. T o d a v í a n o , p e r o un
p o c o después e m p e c é a ser c i t a d o p o r J o r g e L u i s B o r g e s ,
con tan p o c a t i m i d e z d e encomios q u e por el terrible riesgo
a q u e se expuso con esta v e h e m e n o i a , c o m e n c é a ser y o el
autor de l o m e j o r q u e él h a b í a p r o d u c i d o . " ( 3 )
E n 1947, M a c e d o n i o se traslada a vivir con su hijo en un d e p a r ­
t a m e n t o f r e n t e al J a r d í n B o t á n i c o . Allí m u e r e , s e r e n o y lúcido, el 10 de
f e b r e r o de 1952.
3.
Crisis, Buenos Adres, № 15, jul. de 1974, p. 2&.
186
SONIA V I C E N T E DE
2.2.
ALVAREZ
SU OBRA
M a c e d o n i o no se p r e o c u p ó demasiado por la p u b l i c a c i ó n de sus
escritos. M u c h o s de sus trabajos han sido ordenados y publicados por
su. hijo Adolfo.
L a edición m,ás a c a b a d a es la q u e , c o n el título de Obras
Com­
pletas,
ha llevado a c a b o E d i c i o n e s " C o r r e g i d o r " . L a misma incluye
10 tomos, de los q u e han sido p u b l i c a d o s 5 v o l ú m e n e s a partir de
1974. Estos son: Adriaim
Buenos
Aires ( 1 9 7 4 ) ; Teorías
(1974);
Museo
de la Novela de la Eterna
( 1 9 7 5 ; Epistolario
( 1976) y Papeles
Antiguos
(1981).
S e p r o v e e la p u b l i c a c i ó n de los c i n c o restantes b a j o los siguien­
tes títulos: Papeles
mas,
relatos
otros
escritos
autores
de Reciénvenído
y miscelánea;
metafísicos;
varios.
y continuación
No toda
es vigilia-
Ensayos
sobre
de
la fie los
Macedonio
la Nada;
ojos
Poe­
abiertos
Fernández,
i)
por
E l volumen I X no p o s e e título aún.
No toda es vigilia la de los ojos abiertos,
ha sido su primer libro.
E n él se e n c u e n t r a n expuestas sus c o n c e p c i o n e s metafísicas. A p a r e c i ó
en 1928, editado p o r M . Gleizer.
E n 1967, el Centro E d i t o r de A m é r i c a L a t i n a , realizó una segun­
da edición. E n ella se incluyen, junto a No toda
es vigilia...,
otros es­
critos, t a m b i é n de corte metafísieo, algunos aparecidos en publicacio­
nes periódicas y otros inéditos ( 4 ) . E s t a segunda edición f u e reimpresa
en 1977.
E s t a misma editorial, h a p u b l i c a d o parte de la obra literaria de
este autor: Museo
ciénvenido
celánea.
de la Novela
y continuación
de
de
la Eterna
la Nada.
Poemas.
(1967) y Papeles
Relatos.
Cuentos.
de
PieMis­
(1966).
E s t a s son las ediciones más importantes de la obra de M a c e d o ­
nio. Existen otras publicaciones en libros, revistas, antologías, e t c . Al­
gunos d e sus trabajos han sido traducidos a otros idiomas. U n a lista
completa y detallada de obras, ediciones, b i b l i o g r a f í a general y espe­
cial se e n c u e n t r a en el tomo I de las Obras Completas
(Papeles
Anti­
guos), y a ella remitimos.
4.
Seleccionados, organizados y prologados por Adolfo de Ofoieta.
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E L
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
P a r a la redacoión de este t r a b a j o h e m o s t o m a d o c o m o f u e n t e
f u n d a m e n t a l el libro No toda es vigilia la de los ojos abiertos,
ij otros
escritos,
del C e n t r o E d i t o r , 1977.
3.
LA METAFISICA D E MACEDONIO
FERNANDEZ
3 1, CONCEPCIÓN DEL SER
P a r a M a c e d o n i o F e r n á n d e z , e l S e r se identifica con la Sensibili­
dad. L a R e a l i d a d no es otra cosa q u e " R e a l i d a d sentida'. F u e r a d e l
á m b i t o dial sentir, n a d a es, n a d a a c o n t e c e . T o d o el Ser es p s í q u i c o , n o
existe ningún correlato m a t e r i a l y externo.
E l autor r e c h a z a , p o r t a n t o , la c o n c e p c i ó n realista q u e a t r i b u y e
al M u n d o una existencia m a t e r i a l e i n d e p e n d i e n t e d e la
conciencia.
" S e r es ser sentido", éste es su l e m a f u n d a m e n t a l ( 5 ) , por ello
Mace­
donio d e f i n e su postura c o m o un "Almismo". ( 6 )
P o r otra p a r t e , el S e r se restringe al Fenómieno. L a cosa-en-sí, el
n o u m e n o , pierden sentido c o m o p r o b l e m a s . F e n ó m e n o es lo q u e apa­
r e c e , p e r o no es a p a r i e n c i a d e n a d a , sino la ú n i c a realidad p o s i b l e . E s
un estado sentido, p e r o n o existe ningún objeto m a t e r i a l y externo q u e
lo p r o v o q u e . ( 7 )
Ahora b i e n , ¿ q u é s i g n i f i c a " s e n t i d o " d e n t r o d e este c o n t e x t o ?
P o r una p a r t e , lo sentido es c o n o c i m i e n t o e m p í r i c o ( s e n s a c i o n e s , per­
cepciones e i m á g e n e s ) y por otra, este t é n n i n o a l u d e a los estados q u e
se u b i c a n d e n t r o de l a p o l a r i d a d placer-dolor ( a f e c c i o n e s ) .
(8)
flor, p o r e j e m p l o ,
visuales,
exisite c o m o u n conjunto
d e sensaciones
Una
táctiles, olfativas, q u e resultan placenteras o dolorosas, p e r o n a d a es
c o m o cosa-en-sí, ni oomo m a t e r i a .
5.
6.
Fernández, Macedonio, No toda es Vigilia la de los ojos abiertos,
BIUENOS Aires, Centro Editor de América Latina, 1977. ( E N lo
sucesivo N.T.V.) p.p. Iñ, 19, 21, 82, 145', 179, etc.
Fernández, Macedonio, Museo de la Novela de la Eterna, Bue­
nos Aires, Corregidor, 1975. ( E n lo sucesivo M J N . E . ) p.p. 9 5 y 209.
N.T.V. p.p. 515, 73, 145.
7.
N . T . V . p.p.
8.
N . T . V . p.
19, 21,
145.
etc.
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SONIA VICENTE
DE
ALVABEZ
L a postura de M a c e d o n i o , e n t o n c e s , se u b i c a dentro de las con­
cepciones idealistas, pero, c o m o liemos de ver, adcpiiere visos extremos
cjue la c o n d u c e n a un solipsismo.
3.1.1.
LOS ATRIBUTOS DEL SER MACEDONICO
D i c e M a c e d o n i o en No toda es vigilia...
" L a Sensibilidad, el Ser,
es única, continua, eterna, ayoioa y sustancial y d e c o n o c i b i l i d a d abso­
luta. . . " ( 9) L u e g o a ñ a d e : " E l Ser es p l e n o en todos sus e s t a d o s . . . "
(10) y más a d e l a n t e , ( 1 1 ) incorpora a los atributos m e n c i o n a d o s los de
" n u n c a c o m e n z a d o " , "sin causa", "vario e igual".
Analicemos cada uno de estos calificativos:
1 — E l Ser es único porcjue p o s e e una sola e s e n c i a : es pan-psí­
quico, a l m á t i c o , p u r a sensibilidad. N o h a y en él duplicidad de natura­
lezas: p s í q u i c a y material.
2 — E s continuo y pleno p o r q u e en él, la N a d a no t i e n e c a b i d a .
Sobre la N a d a , n a d a p o d e m o s decir. Ni siquiera q u e es u n a idea representable. Si pudiéramos c o n c e b i r la Nada, entonces ésta sería posi­
ble, tendría realidad c o m o contenido de concieneia, c o m o estado psí­
quico, t e n d r í a entonces, "ser". L a N a d a no es aquello rjue no es, sino
que nada es. ( 1 2 )
P o r otra p a r t e , el Ser es pleno porcjue entre sus estados no hay
vacíos, n i de espacio ni de t i e m p o . E s p a c i o y T i e m p o n a d a sejiaran
porque n a d a son, M a c e d o n i o les n i e g a realidad. (13)
3 — C o m o el t i e m p o c a r e c e de existencia, el Ser, para nuestro
autor, es eterno, es decir "in-temporal", no existe ni d e n t r o , ni f u e r a del
tiempo. Y es n o - c o m e n z a d o ya rjue no es posible u b i c a r un instante d e l
T i e m p o en el cual, el Ser h a y a venido a la existencia.
E n síntesis: S e r sin t i e m p o y T i e m p o sin ser.
9.
10.
11.
12.
13.
N.T.V. p. 73.
N.T.V. p. 121
N.T.V. p. 139.
N.T.V. p.p. i58, 177.
M.N.E. p.p. i68, 127, 128.
Véase parágrafo 3.4.: Nihilidad del Espacio y del Tiempo, p. 13.
189
E L
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
4 — P o r otra p a r t e , h e m o s anotado q u e M a c e d o n i o c a h f i c a al
S e r de "sustancial". L o q u e q u i e r e significar con ello es q u e existe
por sí mismo, as decir, q u e t i e n e una existencia r e a l e i n d e p e n d i e n t e .
Si b i e n este sentido corresponde l í c i t a m e n t e al término "sustancial",
c r e e m o s q u e éste no resulta del todo apropiado d e n t r o del contexto, ya
q u e " s u s t a n c i a l " a l u d e t a m b i é n a "lo q u e está d e b a j o de". E n este otro
sentido, la sustancia es e n t e n d i d a c o m o el soporte de los a c c i d e n t e s y
l o q u e pei-manece b a j o los c a m b i o s .
Sin e m b a r g o , p a r a M a c e d o n i o no h a y n a d a " s u b s t a n t e " en la
R e a l i d a d . No h a y ningún substrato p e r m a n e n t e b a j o el c a m b i o . E l S e r
es el c a m b i o mismo, es lo q u e se muestra, el F e n ó m e n o . L a sustancia,
e n t o n c e s , así e n t e n d i d a , c a r e c e de existencia.
(14)
P o r tanto, el Ser de M a c e d o n i o es sustancial en un sentido ( c o ­
m o lo q u e existe p o r sí m i s m o ) y no lo es en otro (como lo s u b - s t a n t e ) .
E s t a cuestión e j e m p l i f i c a el p r o b l e m a del l e n g u a j e al q u e se
e n f r e n t a el autor: no existe un v o c a b u l a r i o a p r o p i a d o para expresar
sus c o n c e p c i o n e s , y M a c e d o n i o t a m p o c o se h a o c u p a d o e x p r e s a m e n t e
d e estructurar una termindlogía ajustada a las exigencias d e su m e d i ­
tación. T a l vez, y p a r a evitar equívocos ( 1 5 ) , convendría calificar
al
S e r d e " s u b s t a n t i v o " en lugar de " s u s t a n e i a l " ( 1 6 ) .
5 — M a c e d o n i o califica t a m b i é n al S e r con el término " a y o i c o " .
E s t e es u n o d'e los pocos acuñados por e l autor, y significa, c o m o luego
h e m o s de ver, q u e no existe ningún " Y o " , sustancia de los c a m b i o s
psíquicos.
6 — E l Ser posee t a m b i é n como atributo la conoeibilidad abso­
luta. E s t e apelativo surge eomo c o n s e c u e n c i a de su misma naturaleza.
E l Ser se i d e n t i f i c a con e l F e n ó m e n o , q u e es lo p r o p i a m e n t e inteli­
gible.
14.
15.
16.
17.
N.T.V. p.p. 76, 114.
Isaacson, José, Macedonio Fernández,
sus ideas politicas y es­
téticas, Buenos Aires, Editorial de Belgrano, 1981, p.p. 86 y sgtes.
Según el Diccionario de la Real Academia Española, "substan­
tivo" se dice de lo que tiene existencia real e independiente.
Véase p a r á g r a f o 3.'5.: Ensueño y Vigilia, p. 29 y parágrafo 3.6. :
La Causalidad, p. 35.
190
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
7 — P o r otra parte, M a o e d o n i o diee q u e e l S e r es "in-oausado",
porque, c o m o veremos con m a y o r d e t e n i m i e n t o en otro lugar ( 17), re(íhaza las nociones de " c a u s a " y "oausalidad".
8 — F i n a l m e n t e , el Ser r e c i b e los atributos d e "vario e igual",
lis vario p o r q u e en él se dan estadas diferentes. L o s estados afectivos
(placenteros o dolorosos), las repi'esentaciones (isensaciones, p e r c e p c i o ­
nes e i m á g e n e s ) y sus distintos grados de intensidad, c o n f o r m a n la
" V a r i e d a d " del Ser. ( 1 8 ) Sin e m b a r g o , obsei-va el pensador argentino,
estos estados diferentes poseen u n a misma naturaleza: son todos psí­
quicos, a c o n t e c e n en la Sensibilidad. E l Ser, entonces, es " i g u a l " en el
mismo sentido en q u e es único', n o h a y e n él duplicidad de naturalezas
.sino unidad e s e n c i a l .
3.1.2.
EL SER DEL MUNDO NO ES DADO
L o " d a d o " suele ser considerado c o m o el punto de partida del
conocimiento, es lo q u e se halla i n m e d i a t a m e n i e p r e s e n t e a un sujeto,
sin q u e sea todavía conocimiento. L a R e a l i d a d externa, entonces, lo
i n d e p e n d i e n t e de nuestra conciencia, es dada
en este sentido.
P a r a M a c e d o n i o , sin e m b a r g o , el S e r es un constante fluir d e
estados psíquicos, n o es, por tanto lo dado, sino más b i e n un darse in­
cesante.
P o r otra p a r t e , n o existe un sujeto, un Yo a q u i e n el Ser sea
dado. T a m p o c o existe un M u n d o E x t e r i o r e p e se h a g a inmiediatamente
presente a la experiencia, sino q u e l a R e a l i d a d es l a e x p e r i e n c i a m i s m a .
D i c e M a c e d o n i o : " E l M u n d o , la E x p e r i e n c i a (interno-externa, conce­
deremos decir), el Ser no es D a d o ; somos la experiencia, ocurrimos
nuestros estados." ( 1 9 )
3.1.3.
EL SER
NO
ES
NECESARIO
A d e m á s ,el a u t o r afirma q u e en el Ser no h a y n e c e s i d a d alguna,
líl Ser n o es e s e n c i a l m e n t e n e c e s a r i o ni h a y e n él n a d a necesario.
E s t a n e g a c i ó n surge c o m o c o n s e c u e n c i a d e la nihilidad del T i e m ­
p o : la a u s e n c i a d e futuro t o r n a i m p o s i b l e toda n e c e s i d a d . D i c e
cedonio:
18.
19.
N.T.V. p.p. 10i7, 141, 192, 193.
N.T.V. p. 12i5. Véase también p.p. 98 y 182.
Ma­
191
E L
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
" . . . (la R e a l i d a d ) n o está sometida a n e c e s i d a d alguna, no
es necesariamente
d e n i n g ú n m o d o , ni causal ni de diferen­
ciación, p o r q u e a f i n n a r de ella alguna f o r m a o relación
necesaria, sería salimos del h e c h o , a f i r m a r para lo f u t u r o :
c o m o el m u n d o no h a sido construidlo por nosotros no p o d e ­
mos saber si m a ñ a n a seguirá a p a r e c i e n d o el sol, c a y e n d o
los cuerpos h a c i a la tierra, t r a n s f o n n á n d o s e el c h o q u e e n
calor, en l u z . " ( 2 0 )
Y más a d e l a n t e a g r e g a : " P a r a el m i s m o H u s s e r l es c o n t i n g e n t e
e l ser, p u e d e d e s a p a r e c e r o h a b e r d e s a p a r e c i d o . C r e o q u e no t i e n e
sentido la n e c e s i d a d a p l i c a d a al ser." ( 2 1 )
3.2.
NIHILIDAD DE LA MATERIA
S e g ú n h e m o s visto, en la c o n c e p c i ó n m e t a f í s i c a de M a c e d o n i o ,
e l S e r es e n t e n d i d o cdmo lo p u r a m e n t e p s í q u i c o , no existe n i n g ú n c o ­
rrelato externo. L a M a t e r i a , para el autor,
c a r e c e de existencia, le
n i e g a realidad.
C a b e preguntarse
a n t e todo, q u é significa este tan c a t e g ó r i c o
"negar". Macedonio responde
q u e n e g a r la
M a t e r i a , como n e g a r
el
Y o , el T i e m p o , el E s p a c i o , la C a u s a l i d a d , etc., significa sostener q u e
dichas palabras no t i e n e n u n a imiagen propia, y no son t a m p o c o
afec­
c i o n e s . C a r e c e n de c o n t e n i d o sentido, por t a n t o , c a r e c e n d é existencia.
S o n meras verbalidades. (22)
P o r sostener la nulidad áe l a M a t e r i a , n u e s t r o autor s e enfrenta
c o n las poisturas realistas, la c o n c e p c i ó n kantiana y las corrientes evo­
lucionistas y materialistas.
L a s teorías realistas sostienen l a e f e c t i v a existencia del M u n d o
E x t e r i o r . E s t e se c a r a c t e r i z a p o r ser r e a l e i n d e p e n d i e n t e de la con­
c i e n c i a , esto es, pre-existente y post-existente a t o d o sujeto cognoscen­
t e . Sostienen a d e m á s , q u e la R e a l i d a d exterior c u e n t a con un substra­
t o material. E n él se dan un sinnúmero de cualidades q u e impresionan
20.
21.
22.
N.T.V. p. 24.
N.T.V. p. 1T8. Véase t a m b i é n p.p. 18, 25, 188.
N.T.V. p.p. 82 y 10
192
SONIA VICENTE
a la sensibilidad
DE
ALVABEZ
( t a m a ñ o , color, sabor, olor, etc.) E n t a n t o q u e
termina el sentir d e las c o n c i e n c i a s , se dice q u e l a M a t e r i a es
de­
causa
de las representaaiones y a f e c c i o n e s .
M a c e d o n i o cuestiona esta tesis. L a M a t e r i a c o m o aquello sobre
lo cual se dan las determinaciones sentidas, es inverificable. P o d e m o s
experimentar dichas cualidades, p e r o
no podemos
nuestra sensibilidad a la M a t e r i a sub-stante
substancia
h a c e r objeto
de
de ellas. L a M a t e r i a , c o m o
y c o m o causa es i n e x p e r i m e n t a b l e , y por tanto irreal.
" L a M a t e r i a n u n c a pasó por la concienoia; p a s a n los soni­
dos, los colores, los contactos, p e r o la M a t e r i a q u e p r o d u c e
tal color, no existe." (23)
"Si las sensaciones (jue llamamos táctiles, visuales, etc. no
son ellas mismas la m a t e r i a sino su e f e c t o , ¿ q u é es la m a t e ­
ria?. N a d a , sino una " c a u s a " , l o q u e n o t i e n e sentido algu­
no. ( 2 4 )
" H a y el y o d e lo E x t e r i o r , q u e llamamos M a t e r i a , y el de lo
interior o p s í q u i c o q u e llamamos Y o ; son la misma creación
especulativa d e supuestas substancias; . . . " " E s a S u b s t a n c i a
es t a n imposible de c o n c e b i r eomo ociosa." ( 2 5 )
P o r otra p a i t e , la M a t e r i a , t a m p o c o p u e d e Ser oonsiderada c o m o
el resultado' de una generalización. L a s nociones d e tipo general
(la
idea de árbol, p o r ejemplo) soo el p r o d u c t o de los datos suministrados
por los sentidos, y la Vlateria n o h a siido n u n c a o b j e t o do c o n o c i m i e n t o
sensible. ( 2 6 )
" M a t e r i a " , entonces, es una p a l a b r a vacía inventada con el ob­
jeto d e fijar una R e a l i d a d q u e se halla en continuo fluir. No ha sido
sentida
sino inferida.
P o s e e m o s de ella una c o n c e p c i ó n abstracta y pu­
ramente intelectual, p e r o c a r e c e m o s de un
privativo de este término.
23.
24.
25.
26.
N.T.V. p.
N.T.V. p.
N.T.V. p.
N.T.V. p.
M.N.E. p.
107.
56.
114.
121.
70.
c o n t e n i d o de
conciencia
193
E L
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
E s evidente q u e la positura d e M a c e d o n i o a d h i e r e al empirismo,
a u n q u e , según hemos de ver, éste a d q u i e r e perfiles originales. ( 2 7 )
S u p e r a d a la tesis realista, debemois considerar la postura kan­
tiana.
K a n t t a m b i é n supone l a existencia d e u n M u n d o E x t e r i o r , r e a l
y material, y considera a la M a t e r i a c o m o "la n o sentida causa de lo
sentido". ( 2 8 )
L a efeativa existencia del M u n d o q u e d a garantizada por el solo
t e s t i m o n i o de la c o n c i e n c i a . S a b e m o s q u e los objetos exteriores existen,
ele igual m o d o q u e s a b e m o s q u e existimos nosotros mismos. D i c e K a n t :
" L a simple c o n c i e n c i a de mi existencia, a u n q u e
m e n t e d e t e r m i n a d a , p r u e b a l a existencia
empírica­
de objetos fuera
de m í en el E s p a c i o " .
" . . .la e o n c i e n c i a de mi propia existencia es al propio tiem­
po, c o n c i e n c i a i n m e d i a t a de la existencia de otras cosas
exteriores." ( 2 9 )
P a r a M a c e d o n i o , y p e s e a la d e n o m i n a c i ó n d e " I d e a l i s m o tras­
c e n d e n t a l " , la postura de K a n t se inscribe dentro de las c o n c e p c i o n e s
reahstas. Su expiieación, —continúa nuestro filósofo— es tan r e b u s c a d a
c o m o ociosa, y su ú n i c o resultado es eomplejizar i n n e c e s a r i a m e n t e el
p r o b l e m a . (30) D e la M a t e r i a c o m o c a u s a n o sentida de lo sentido, na­
da p o d e m o s decir, preci.samonte p o r q u e se trata de algo n o sentido, y
suponiendo su exisltemcia, lo ú n i c o q u e se logra es oscurecer el proble­
m a del S e r con una n o c i ó n i n a p r e h e n s i b l e .
P o r otra p a r t e , el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a , c o m o garantía de
l a existencia del y o y de los objetos exteriores no resulta suficiente
para M a c e d o n i o , con la miisma l e g i t i m i d a d podríamos negarlos: en
27.
28.
2¡9.
30.
Véase parágrafo 3.10.: Б1 Conocimiento. Metafísica
Mística, p. 51.
N.T.V. p. 114.
Kant, Crítica de la Razón Pura, Libro П, Cap. II.
N.T.V. p. 114
Ciencia y
194:
SONIA VICENTE
DE
ALVAEEZ
efecto, si la conoienoia estuviera cierta de la inexistencia del yo
(y
osto e s posible en el estado místico) podría t a m b i é n estarlo- de la ine­
xistencia d e la R e a l i d a d E x t e r i o r . (31)
Finalmente, Macedonio polemiza
con las posturas evolucionis­
tas y materialistas, y dirige sus a t a q u e s especialmente contra Spencer.
E v o l u c i o n i s m o y M a t e r i a l i s m o suponen la existencia de dos
modos esenciales de ser: Miateria y Psicpris. L a p i i m e r a p r c e x i s t c a la
segunda. E s t e supuesto' básico obliga a ambas po.situras a res'olver una
cuestión i n e l u d i b l e : la primera aparición de lo p s í q u i c o . ¿ C ó m o se
explica l a aparición de lo orgánico (vida), a partir de lo inorgánico
( m a t e r i a ) ? P a r a d a r respuesta a tan ardua cuestión, evolucionistas y
materialistas h a b l a n de transformación de lo inorgánico en orgánico:
en un instanjte d a d o , el mundo m a t e r i a l , en p e r m a n e n t e m o v i m i e n t o ,
acierta e n t r e un sinnúmero de c o m b i n a c i o n e s posibles, y surge enton­
ces la V i d a , la P e r c e p c i ó n , el Sentir.
P a r a M a c e d o n i o esta r e s p u e s t a resulta ingenua e
inaceptable.
¿ C ó m o es posible q u e l o p s í q u i c o , de naturaleza r a d i c a l m e n t e opuesta
a lo m a t e r i a l h a y a surgido a partir d e ello? ¿ Q u é es esa
Iransformación,
m u y p o c o explicada y casi n a d a explicativa con q u e evolucionisitas y
materialistas p r e t e n d e n dar solución a la
cuestión? Si
se supone la
existencia en el S e r de dos ámbitos e s e n c i a l m e n t e distintos e irreduc­
tibles entre sí, resulta luego forzado e s t a b l e c e r una relación de deriva­
ción (relación causal) entre uno y otro. L o inorgánico no p u e d e causar
lo orgánico del mismo modo (]ue la N a d a no p u e d e causar el Ser. ( 3 2 )
E s t a dificultad insuperable q u e .significa el fracaso del E v o l u ­
cionismo y del Materialismo, q u e d a soslayada en la posición m a c e d o niana; e n un ser todo almiático, en q u e e l T i e m p o c a r e c e de realidad,
no t i e n e sentido preguntar p o r la primiera aparición de lo psíquico.
NIHILIDAD
DE'L
YO
Al h a b l a r de los atributos del Ser, hemos a n t i c i p a d o q u e M a c e d(mio niega la existencia del Y o , por dllo define su postura c o m o un
"Almismo A y o i e o . " ( 3 3 )
31.
32.
33.
N.T.V. p. lOl,
N.T.V. p.p. 2f7, 122.
Confr. nota (6)
195
EL
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
E l Yo, al igual e p e la M a t e r i a , es n e g a d o en razón d e n o consti­
tuir un estado de la Sensibilidad. " Y o " es un término vacío, inaprlehensible.
" . . . ; u n a p a l a b r a a l a q u e no aeomipaña u n a i m a g e n espe­
cífica, p r o p i a sólo d e ella, no t i e n e sentido ( . . . ) . Si nin­
g u n a i m a g e n h a y , c o m o e n e l c a s o del n o u m e n o o d e l yo
( . . . ) , n i n g ú n p e n s a m i e n t o p u e d e aludirse con ella; es sólo
u n v e r b a l i s m o . " (34)
" . . . ; llanamiontc o g r o s e r a m e n t e , el Y o y la M a t e r i a no son
ni l a r g a s ni cortos ,ni vendes o- cahenites, ni dolor ni p l a c e r ,
ni a b s t r a c c i ó n de ningún universal c o n c r e t o , ni r e l a c i o n a l
de posición t e m p o r a l o espacial, n i ingredientes
sentidos,
percibidos, d e ningún c o m p l e j o , e s c e n a o e s p e c i e . "
(35)
P o r tantO', el Y o n o existe an su p a p e l d e sustancia
de los c a m ­
b i o s psíquicos. E l Ser se reduae a f e n ó m e n o s , sin e m b a r g o , bap
ellos
no existe n a d a p e r m a n e n t e .
E l Yo es p r o d u c t o d e urna visión e s t a t i z a n t e y encasilladora de
l a R e a l i d a d , ("aperceptiva", e n términos de M a c e d o n i o ) q u e n o p u e d e
prescindir de lo invariable f r e n t e al c a m b i o .
L a noción de Y o , entanees ( c o m o la de M a t e r i a ) es adventicia.
E n la c o n c i e n c i a d e l niño p e q u e ñ o , o en el Cistado místico del h o m b r e
adulto, los f e n ó m e n o s d e la Sensibilidad se s u c e d e n sin ligazón a l g u n a .
E n a m b o s casos no h a y Y o ni Sustancia
alguna, el Ser es a l c a n z a d o
en su estado p r i m i g e n i o . ( 3 6 )
T a m p o c o resulta p o s i b l e identificiar el Y o c o n el cuerpo. E l cuer­
p o es u n c o n j u n t o d e i m á g e n e s y a f e c c i o n e s dentro de la totalidad d e
estados sentidos, no es m a t e r i a , n i t a m p o c o ven yo. S i trasladamos al
yo la i m a g e n q u e atribuímos al cuerpo, s u c e d e q u e e l yo se i d e n t i f i c a
34.
35.
36.
N.T.V. p. 107.
N.T.V. p. im.
N.T.V. p.p. 28-9.
196
SONIA VICENTE
DE
ALVAKEZ
con mi-cuerpo.
" M i " significa " d e y o " . R e s u l t a q u e " m i c u e r p o " es el
"yo de y o " , lo q u e , según nuestro pensador, constituye u n sin sen­
tido. (37)
C o m o c o n s e c u e n c i a de la supresión del Yo, M a c e d o n i o continúa
su ardua polémica c o n Kant.
H e m o s visto q u e para K a n t el Yo' es o b j e t o de la experiencia o
sentido interno. Tenemios c o n o c i m i e n t o empírico de nosotros mismos
como cxi.sitcntes e n el t i e m p o . A partir de este c o n o c i m i e n t o se infiere
la existencia de los objetos exteriores: las cosas exferiores existen para
K a n t c o m o existe e l Y o y en a m b o s casos esta existencia qued'a garan­
tizada por el s o l o testimonio d e la conoiencia.
M a c e d o n i o ciiestiona larga y apasionadamente la postura kan­
tiana. P o r una p a r t e , porípie a d m i t e sin m á s la realidad del Yo, p e s e
a q u e e s la e s e n c i a d e l p r o b l e m a , y emplea, sin ¡definir, términos tales
como: "sujeto", "persona", " c o n c i e n c i a individual", "individuo", e t c .
Por otra p a r t e , p o r q u e ol testimonio de la C'Cnciencia no es ga­
rantía suficiente para a f i í m a r la existencia d e l Y o . T a m b i é n por la ex­
periencia —en el e s t a d o místico, por e j e m p l o — s a b e m o s q u e e l Yo no
existe. P o r tanto, con los mismos argumentos con q u e K a n t afirma,
M a c e d o n i o n i e g a : L a concienoia p u e d e estar cierta de la inexistencia
del Y o y d e las cosas exteriores. ( 3 8 )
3.3.1.
LOS
"YO"
INDIVIDUALES
R e s u l t a evidente q u e el Y o n o p u e d e sier considerado eomo el
ubi en el cual t i e n e n lugar los estados d e la Sensibilidad. L o s F e n ó m e ­
nos (el S e r ) n o son sentidos " p o r " o " e n " una c o n c i e n c i a particular,
sino que son simplemente "estados sentidos" sin ubioa.ción ni determi­
nación alguna. E s t o c o n d u c e a nuestro filósofo a n e g a r la multiplicidad
de sensibilidades particulares; n o existe e l Y o ( s u b s t a n c i a ) ni los yo
(individuos). N o h a y l o sentido por mí, ni, lo sentido por otro, sino t a n
sólo el impersonal sentir de nadie: (38)
37.
38.
30.
N.T.V.
M.N.E.
N.T.V.
M.N.E.
p. 145.
p. 36.
p.p. 9 8y sgtes., 113 y sgtes.
p. 2i24.
197
E L
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
Í'EKNÁNDEZ
" L o s estados d e l a Sensibilidad, « 1 suma, lo i m i e o q u e exis­
te, no ocurren ni en cuerpos a n i m a l e s n i en series subjetivas
personales, pues ino- liay más (pie una, y p o r tanto n i n g u n a ,
y todo l o q u e o c u r r a —lo ú n i c o q u e h a y y o c i u T e es lo sen­
tido— es Bentidoi donde lo es todo otro estado. No h a y dos
series d e l o senltido." ( 4 0 )
" N o h a y pluralidad de sentir p o r q u e no h a y y o : sólo h a y
p l u r a h d a d d e estados, variedad en una única Sensibili­
dad." (41)
L a c r e e n c i a en tal pluralidad, es una idea adventicia q u e se
e n g e n d r a por comparación ( 4 2 ) . L a identidad del yo —'mi-yo"; "tu-yo",
etc.) y la m u l t i p l i c i d a d de sensibilidades particulares, surgen a poste­
riori, y son el resuiltado de l a visión a p e r c e p t i v a e intelectualizadora.
N o constituyen e s e n c i a l m e n t e al Ser, y n o son, p o r t a n t o , asunto de l a
Metafísica.
E n relación a este t e m a c o n t i n ú a la polómdea con K a n t ( 4 3 ) . L o s
cuestionamientos q u e el autor dirige al filósofo a l e m á n ,se a p o y a n en
lo d i c h o c o n r e s p e c t o a l a n u l i d a d d e l Y o c o m o sustancia: n o h a y plu­
ralidad de sentires particulares p o r q u e no h a y yo.
"Ciieo q u e n a d a h a b r á q u e despierte más ©1 sentido del mis­
t e r i o q u e las páginas de K a n t e n q u e trata las contingencias
de v a r i e d a d e n l a intuición, diré así, y l a tentación en q u e
c a e de intuir otros yo, de h a c e r a estados de otras sensibi­
lidades " o b j e t o s de l a p e r c e p c i ó n de él, d e l }'o d e K a n t , sin
decidirse o llegar a pen.sar q u e es ese yo suyo y de otros
lo q u e n o existe, y p o r t a n t o , el p r o b l e m a m i s m o . " ( 4 4 )
S e g ú n h e m o s visto, M a c e d o n i o se u b i c a dentro de la l í n e a del
idealismo psicológico, p e r o , en razón de la nihilidad d e l Y o , su c o n c e p ­
ción t r a s c i e n d e ©1 m a r c o de esta postura. C o i n c i d e con ella e n sostener
q u e n o h a y « n a R e a l i d a d i n d e p e n d i e n t e de l a c o n c i e n c i a , pero la re40.
41.
42.
43.
44.
N.T.V.
N.T.V.
N.T.V.
Confr.
N.T.V.
p. 140.
p. 99.
p. 183.
K a n t , op. cit.. Libro II, Sección, I, I I I Paralogismo.
p. 99.
198
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
b a s a al n e g a r la existencia del Y o : " Q u e sólo exisita lo sentido es sólo
la mitad del idealismo; que
n o exista lo sintionte, el yo, el sujeto, es l a
obra mitad, . . . " ( 45)
3.3.2.
NIHILIDAD DE LA OPOSICIÓN
SUJETO-OBJETO
E n c o a s e c u e n e i a , podríamos calificar la postura del autor c o m o
un " I d e a l i s m o R a d i c a l . "
Como> c o n s e c u e n c i a de lo e x p u e s t o , M a c e d o n i o F í ; r n á n d e z n i e g a
la oposición Sujeto-Objeto,
q u e t a m b i é n p u e d e ser expresada en otros
términos tales c o m o : Yo-Mundo,
Espíritu-Materia,
Interior-Exterior,
Psíquico-No-Psíquico,
etc.
L a n o c i ó n d e Objeto
e s suprimida al i m p u g n a r s e la existencia de
una realidad exterior, material, anterior e i n d e p e n d i e n t e r e s p e c t o de la
conciencia.
L a n o c i ó n de Sujeto,
por su parte, t a m b i é n cjueda r e v o c a d a
a
partir de la n e g a c i ó n del Y o c o m o substancia p s í q u i c a o c o m o pluralidad
de sensibilidades p a i t i c u l a r c s .
E l dualismo Sujeto-Objeto
h a constituido, según nuestro pensa­
dor, un firme impedimiento para q u e la M e t a f í s i c a a l c a n c e un g e n u i n o
conocimiento del Ser, y hasta tanto e.sta oposición no sea superada, no
será posible avanzar ni un. sólo paso más en la difícil tarea de mostrar
al Ser en t o d a su auitenticidad.
L a s posiciones idealistas f|ue .suprimen al objeto h a n avanzado
m u c h o en e s t e sentido, sin e m b a r g o , no h a n logrado abolir la idea del
Yo. ( 4 6 )
K a n t , por su parte, se basa, en este dualísmio p a r a consta'uir su
sistema, circunstancia q u e , según Maoedonio, lo aleja irremicdiablementc del camino d e la verdad.
E n l o qiie respecta a S c h o p e n h a u e r d i c e el pensador argentino:
" S c h o p e n h a u e r r e p i t e el distingo S u j e t o - O b j e t o . ¿ N o son és45.
40.
N.T.V. p. 12,3.
N.T.V. p. 1:60.
199
EL
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
tas meras lentidades verbales, como' el
FERNÁNDEZ
Tiempo,
o, m e j o r
eomo el Y o , la M a t e r i a ? L a M e t a f í s i c a sólo se o c u p a
del
Ser, de l a E x i s t e o c i a , de t o d o c u a n t o existe y sólo en cuan­
t o existe o es. E n la sensación p i d a , o en la C o n t e m p l a c i ó n
absoluta sujeto y o b j e t o no a p a r e c e n . " (47)
E n la n e c e s i d a d de elaborar una M e t a f í s i c a a l e j a d a de l a tradi­
cional, M a c e d o n i o c o i n c i d e c o n H e i d e g g e r . L a M e t a f í s i c a h a ocultado
el Ser en lugar d e mosfa-aillo. N o obstante, entre ambois pensadores no
hiay otros puntos en común. ( 4 8 )
3.4.
NIHILIDAD DEL ESPACIO Y
DEL TIEMPO
Y a hemos a o t i c i p a d o q u e M a c e d o n i o F e r n á n d e z niega t a m b i é n
la existencia del E s p a c i o y d e l T i e m p o c o m o r e a l i d a d e s "en-sí". T i e m p o
y E s p a c i o , al igual q u e M a t e r i a y Y o , n o constituyen estados sentidas,
n o son objeto de la r e p r e s e n t a c i ó n ni de la a f e c c i ó n , por tanto, c a r e c e n
de realidad, y se r e d u c e n t a m b i é n a meras v e r b a l i d a d e s .
E n sus primeros escritos metafísieos (49) M a c e d o n i o considera
a l T i e m p o y al E s p a c i o comio resultados de la visión a p e r c e p t i v a
o
A p e r c e p c i ó n . E s t a es una función propia de n u e s t r a estructura m e n t a l ,
según la cual asociamos a u n a i m a g e n o p e r c e p c i ó n un sinnúmero
de
otros estados similares. P o r e j e m p l o a la p e r c e p c i ó n de esta n a r a n j a
q u e se halla ahora entre mis manos, la m e n t e a s o c i a m u c h a s
otras
i m á g e n e s similares q u e s e h a n p r e s e n t a d o comio f o r m a n d o p a r t e de l a
variedad de estados q u e constituyen ©1 Sor, ( i m á g e n e s de u n a f r u t e r a ,
d e una mesa, de un árbol, e t c . ) .
E s t a asociación provoda la c r e e n c i a
en la existencia de
u n Y o titular de todos estos estados distintos ,un Tiempo
"Materia,
u n Espacio,
una
y
en los cuales los objetos materiales y los estados psííjui-
cos t i e n e n r e a l i d a d
47.
48.
49.
N.T.V. p. 34.
N.T.V. p. neo, 173.
Bases en Metafísica ( 1 9 0 8 ) ; La Metafísica
( 1 9 0 8 ) ; La Metafísica,
crítica del conocimiento;
la Mística, crítica del ser (1924) (In­
cluidos en el volumen del Centro Editor).
200
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
" . . . e l T i e m p o , el E s p a c i o , e l Y o , lo E x t e r i o r esos viejos re­
chinamientos en la intimiidad m e n t a l con el ser, esas com­
pletas inexistencias
q u e , no obstanle, tanto p u e d e n
para
presentarnos a la E x i s t e n c i a , a lo q u e más familiar y pers­
picuo debiera sernos, c o m o un I m p o s i b l e realizado,
un M i l a g r o actual y
cotidiano,
c o m o el
como
escándalo de la
I n t e l i g e n c i a , c o m o la Ininteligible, la contraparte de la in­
teligencia. L a c a u s a d e esas cau.sas, el origen d'C esas apa­
rentes imprescindibles inexistencias -^tiempo, espacio, o t e ­
e s , c o m o se dijo, la apercepción,
el p r o c e s o
constructivo,
ubicativo, congènito a nuestra estrnotura psieol('>gica,...". (50)
M a c e d o n i o sostiene q u e los Fenóanonos ( e l Ser) n o se dan ni
en el T i e m p o n i en el E s p a c i o . P o r el contrario. T i e m p o y E s p a c i o r e ­
sultan d e los Fenólmienos por eompariación y asociación d e los mismos.
D e esto se sigue q u e a m b o s no p u e d a n ser considerados " f o r m a s
-apriori de la sensibilidad", según lo sostiene K a n t . T i e m p o y E s p a c i o ,
son para nuestro autor, relaciones a-posteriori q u e a f l o r a n de la visión
olasificatoria y ubieativa ( a p e r c e p c i ó n ) de nuestro intelecto.
E n sus últimos escritos ( 5 1 ) , nuestro pensador no h a b l a ya d e
apercepción. T i e m p o y E s p a c i o son negados simplemente en razón d e
q u e n o p o d e m o s t e n e r ninguna experiencia d e ellos.
N o existen c o m o vacíos sin término, susceptibles d e ser llenados
con los f e n ó m e n o s . E s decir, entre dos estados sentidos (fenóment)s)
no h a y E s p a c i o ni tiempo algunos. E n t r e dos estados s ó l o c a b e un
t e r c e r estado, p e r o de ningún m o d o un t r e c h o de e.spacio o un lapso
de tiempo. T i e m p o y E s p a c i o n a d a separan p o r q u e nada son ( 5 2 ) .
M a o e d o n i o dedica sus mayores esfuerzos a mo,strar la inanidad
del tiempo. L e resulta más sencillo demiostitar la inexistencia del E s p a ­
cio, pues ésite constituye un a t r i b u t o de la R e a l i d a d exterior. Sólo lo
q u e es físico p u e d e ser considerado c o m o o c u p a n d o un lugar en e l es­
pacio, y a q u e lo psíquico sólo t i e n e
50.
51.
52.
ubicación
N.T.V. p. 20.
Algunas Posiciones (1930-1960) y Pre.Sintesis
bién incluidos en el volumen citado).
N.T.V. p.p. 89, 93.
temporal.
Al
mos-
(1930-1950) ( T a m ­
201
EL
PENSAMIENTO METAFÌSICO
trar la nilùlidad d e la M a t e r i a ,
DE
MACEDONIO
M a c e d o n i o deroga
FERNÁNDEZ
la existencia del
E s p a e i o , sin e m b a r g o el T i e m p o , unido s ó l i d a m e n t e a l o más intimo d e
t o d o l o p s í q u i c o ,dlebie ser o b j e t o de un e x a m e n e s m e r a d o y meticuloso.
L o s resultados del m i s m o m u e s t r a n q u e el T i e m p o no
existe p o r q u e
n o p o d e m o s r e p r e s e n t e m o s U)n T i e m p o sin f e n ó m e n o s , tal T i e m p o no
t i e n e i m a g e n ni a f e c c i ó n algunas, c a r e c e die r e a l i d a d p o r q u e no pode­
mos sentirlo ( 5 3 ) .
P o r otra p a r t e , r e c h a z a l a idea del T i e m p o c o m o devorador,
modificador
o
de las cosas. Se suelen utilizar expresiones tales comO' " E l
t i e m p o t o d o lo c o r r o m p e " , o b i e n " E l t i e m p o c u r a todas las h e r i d a s " .
Sin e m b a r g o , obsei"va M a c e d o n i o , el Tiempo', p o r sí m i s m o , no es causa
e f i c i e n t e de n a d a . Sólo los h e c h o s o las cosas c u r a n o c o r r o m p e n a los
h e c h o s o a las cosas ( 5 4 ) .
Si el T i e m p o es irreal, t a m b i é n lo es la división del m i s m o en
tiempo pasado, presiente y futuro.
D e l p a s a d o sólo p o d e m o s t e n e r noticia a través de los r e c u e r ­
dos. P e r o el necuerdo es un estado a c t u a l d e la sensibilidad. E l r e c u e r ­
do piiesentifica el pasado, quie d e j a d e ser e n t o n c e s un e s t a d o
p a r a oonveitirsie e n un estado presente.
pasado
T o d o s los estados d e l a Sensi­
b i l i d a d son actuales. N o h a y lo sentido antes,
ni l o sentido ahora.
contenido
por imágenes
d e los r e c u e r d o s está oonstituído
diante la e o m p a r a c i ó n y l a a s o c i a c i ó n ( a p e r c e p c i ó n ) u b i c a m o s
anteriores
a otras q u e dlenominamos
El
que me­
como
actuales.
Así, la Historia n o e s más q u e un conjuntio de imágenes visuales
( l e t r a s ) o auditivas ( p a l a b r a s ) vigentes e n nuestra sensibilidad
(55).
D e l futuro', aún m e n o s p o d e m o s decir: E l F u t u r o es el t i e m p o
por-venir. E n él ubicamos lo que habrá de ser, es decir lo que aún no
es. E s t o para M a c e d o n i o constituye una oontradioción, ¿ c ó m o p o d e m o s
h a b l a r d e estados sentidos a ú n n o sientidos?
53.
54.
55.
N.T.V. p. 178.
M.N.:E. p.p. 68 y sgtes. 94-5, 145.
N.T.V. p. 176.
N.T.V. p. 109.
M.N.E. p.p. 145, 2i31-2
202
SONIA VICENTC
DE
ALVAKEZ
E n síntesis: n o podiemos evadir la a c t u a l i d a d q u e nos ateapa, el
p r e s e n t e q u e nos inmoviliza. N o h a y P a s a d o ni F u t u r o . Y c o m o e l P r e ­
sente sólo es tal e n relación a un p a s a d o y a un futuro, t a m p o c o existe.
E l S e r c a r e c e de d e t e r m i n a c i o n e s temporales, es c o m o ya diji­
mos in-temporal,
y como no existe l a R e a l i d a d E x t e r i o r , t a m p o c o tiene
u b i c a c i ó n espacial. P o r ello M a c e d o n i o d e n o m i n a su postura c o m o un
"Fenomenismo Inubicado" (56).
3.5.
ENSUEÑO Y VIGILIA
C o n el objeto
d e ratificar su c o n c e p c i ó n del Ser,
Macedonio
F e r n á n d e z e n c a r a el p r o b l e m a d e la distinción e n t r e E n s u e ñ o y Vigilia.
D e n t r o de una oonoepción realisita ( c u a l q u i e r a q u e sea), el sue­
ñ o se distingue d e la vigilia p o r q u e las sensaciones, p e r c e p c i o n e s
y
afecciones q u e t e n e m o s d u r a n t e ésta, eoroesponden a h e c h o s y objetas
es decir, q u e tienen e f e c t i v a existencia f u e r a
reales,
de nuestra con­
ciencia. E n c a m b i o , las imágenes q u e tentemos durante el ensueño, re­
sultan faintasías elaboradas en el á m b i t o de nuestra propia m e n t e , sin
ningún c o r r e l a t o real exíterior.
P o r otoa parte, para el realismo, la vigilia está sujeta a relacio­
nes causales, temporales y espaciales, mientras q u e en el ensueño todos
estos órdenes quedan transgredidos.
D e este m o d o , se califica a la vigilia c o m o un estado de oonciencia adieouado a la realidad, mienti'as q u e el enisueño es pura ima­
ginería sin ninguna pretensión de v e r d a d . Así, el árbol q u e p e r c i b o
durante la vigilia t i e n e existencia concreta, en tanto q u e el árbol q u e
sueño es sólo u n a imagen q u e h a b r á d,e dosvanecerse con el deispertar.
E n suma: p a r a el realismo, la vigilia t i e n e un m a y o r nivel on­
tològico q u e el ensueño.
D e n t r o del contexto m a e e d o n i a n o , tal postura resulta inadecua­
da. P a r a nuestoo autor, la realidad es pan-psíquica,
sólo existen
las
representaciones y a f e c c i o n e s , no h a y m a t e r i a , n i espacio, ni t i e m p o ,
56.
N.T.V. p. 28.
203
E L
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
ni causalidad, nO' se p u e d e , e n c o n s e c u e n c i a ,estableaer una distinción
tal entile ensueño y vigilia. L o s dos son estadas " s e n t i d o s " y están en­
tretejidos de i m á g e n e s y a f e c c i o n e s .
D e t e r m i n a r la r e l a c i ó n e n t r e amibas es ©1 t e m a central del libro
No toda es vigilia la de los ojos
abiertos.
E n este escrito la cuestión se p l a n t e a a partir de u n a ficción,
q u e c a n visos humorísticos, p r o p o n e Macedoniio. E n ella se relata q u e
P l o b b e s , el pensador i n g l é s n a c i d o en 1 5 8 8 y m u e r t o en 1679, realiza
u n v i a j e de placea- e instrucción a B u e n o s Aires, en ei año 1928. L l e g a ­
do a la gran capital argentina, se aloja e n un c u a r t o de hotel. C a n s a d o
por el a j e t r e a ,el v i a j e r o d e j a su valija en el piso y se tiende vestido
e n un sillón. E n esie m o m e n t o . . .
" . . . i m a persona
r e g u l a r m e n t e vestida, alta
sombrero
de
paja, p e n e t r ó a su pieza, e n t r e a b r i ó l a valija, palpó y escu­
driñó lo q u e h a b í a en ella, la cerró y retiróse promiamenlte
y sin r u i d o c u a n d o Plobbes se l e v a n t a b a en persecución de
él; buiscábale por los corredores, escalera,
ascensor, hasta
la p u e r t a de calle. No preguntó a n a d i e p o r el intruso, por
ser tan activo el m o v i m i e n t o didl h o t e l a esa hora q u e n a d i e
lo h a b r í a n o t a d o . Volvió, examinó s u valija,
nada
halló
faltar, y se d e c i d i ó a arreglarse y salir a esperar a su a m i g o
o briscarlo. L a hipótesis d e q u e se t r a t a r a d e alguien
que
e q u i v o c a la p i e z a q u e o c u p a en un vasto hotel, f u e consi­
derada y d e s e c h a d a p o r él atenidido l o h e c h o por el intruso
c o n la valija. N i n g ú n rastro de paso vio ni era de esperar
q u e q u e d a r a alguno p e r c e p t i b l e . " ( 5 7 )
M á s t a r d e , H o b b e s se e n c u e n t r a con D o m í n g u e z , su a m i g o
y
anfitrión en B u e n o s Aires, y l e confiesa su p r o c u p a c i ó n r e s p e c t o a lo
a c o n t e c i d o . ¿ F u e un sueño
o un h e c h o real? ¿ C ó m o
dilucidar
esta
cuestión? ¿ Q u é diferencia p o d e m o s e s t a b l e c e r entre el estar despiertos
y el estar dormidos?
D o m í n g u e z , a t r i b u l a d o por los cuestionamientos d e su a m i g o ,
p r o p o n e u n a visita a M a c e d o n i o F e r n á n d e z , un m e t a f i s i c o d e B u e n o s
Aires, q u e al pareder se h a o c u p a d o del t e m a .
57.
N.T.V. p.p. 78.-9.
204
SONIA VICENTE
DE
ALVAKEZ
L a fioción a n o t a d a p o r M a o e d o n i o n o es casual. E n c i é r r a s e en
ella una e x p r e s a intención del autor: plantear el р г о Ы е т а recurriendo
а fortmas d e l i b e r a d a m e n t e antiaoadémiíaas, ( b e c h o q u e muestra l o q u e
anticipáramos en l a Inti-oduccián) y a que
el h u m o r y la fioción litera­
rias no son n a d a frecuenties en los escritos d e filosofía.
P o r o t r a p a r t e , la e l e c c i ó n d e H o b h a s c o m o protagonista
h e c h o , t a m p o c o es arbitraria. E s t e pensador, según relata
del
Schopien-
h a u e r ( 5 8 ) , se h a o c u p a d o ( a u n q u e u n t a n t o al pasar) del p r o b l e m a
ensueño vigilia y del esitrecho pardntesco q u e existe entre a m b o s
el cap'itíulo I I фе
en
Leviatán,
E l t e m a entonces, h a q u e d a d o planteado: ¿es p o s i b l e distinguir
entne e n s u e ñ o y v i g i h a ? ¿ H a y algún criterio válido q u e nos permita
e s t a b l e c e r con c e r t e z a c u á n d o e s t a m o s despiertos y c u á n d o dormidos?
¿ L a d i f e r e n c i a entije e n s u e ñ o y vigilia es pmiamente nominal o es una
d i f e r e n c i a esencial? ¿ E s el ensuieño, intríinsecamente, el mismo estado
q u e la vigilia?
M a c e d o n i o analizia en f o r m a asistemática, una serie de argumen­
tos q u e se h a n establecido e o m o ci-iterios válidos de distinción, y rea­
hza un e x a m e n crítico de los mismos:
1.
E l despertar c o m o un criterio e m p ú i c o : según se sostiene,
el despertar constituye un dato empíriioo q u e nos j p e r m i t e atribuir a
ciertas imágenes los calificativos de " s o n a d a s " e " i i T c a l e s " , diferencián­
dolas así de otros estados q u e d e n o m i n a m o s " d e vigilia".
M a c e d o n i o responde q u e tal distingo n o es suficiente. T a m b i é n
el c o m e n z a r a soñar p u e d e ser c o n s i d e r a d o c o m o un despertar
respecto
de la vigilia. P o r otra p a r t e , m i e n t r a s estamos soñando atribuimos a
nuestras i m á g e n e s oníricas total realidad, r e s p a l d a d a por una c e r t e z a
empírica. L o q u e nos a c o n t e c e en el ensueño nos p a r e c e , mientras soña­
mos, tan real eomo a q u e l l o q u e nos sucede mientras estamos despiertos.
E l dato empírico, oomo garantía d e la realidad: de la vigiMa, y
c o m o critJerio d e distinción
do.
entre ésta y e l e n s u s ñ o , q u e d a deroga­
(59)
58.
m.
Schopenhauer, Arturo, El Mundo
tación, libro I, parágrago 5.
N.T.V. p.p.p 97, 138.
como
Voluntad
y
Represen­
205
E L
PENSAMIENTO
2.
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FEBNÁNDEZ
T a m b i é n se suele atribuir a los sucesos pei^cibidos en l a vi­
gilia, una e x i s t e n c i a exterior, es decir, f u e r a d e l a c o n c i e n c i a . E n
este
á m b i t o externo los b e c h o s están sujetos a relaciones espacio-tempora­
les. E n tanto, los a c o n t e c i m i e n t a s del e n s u e ñ o son sólo i m á g e n e s , pura­
m e n t e psíquicas, sin ningún c o r r e l a t o real. P o r otra p a r t e , las i m á g e ­
nes soñadas no t i e n e n una estricta ordenación espacio-temporal.
S i n e m b a r g o , acota M a c e d o n i o , niientras dormimos, nos p a r e c e
q u e los sucesos del ensueño tienten u b i c a c i ó n extarna, y t a m b i é n están
'sujetos a relaciones espaciales y t e m p o r a l e s . Algunas veces éstas
son
similares a las qUe atribuímos al m u n d o de la yigilia, y otras son di­
f e r e n t e s . (Así, por e j e m p l o , ahora nos soñamos lejos, al final de u n
l a r g o viaje, y s e g u i d a m e n t e nos vemos on el p u n t o de partida, sin ha­
berlo abandonado nunca).
D e dste m o d o , la u b i c a c i ó n exüerna y los aspectos
espaeio-i?em-
porales, son t a n claros en l a vigilia oomO' en el ensueño, y n o p u e d e n
f u n c i o n a r entonces c o m o criterios válidos de distiinción entre los
dos
ámbitos. (60)
3.
Otras opiniones r e p i t e n q u e a c l a r a m o s el p r o b l e m a ensueño-
r e a l i d a d cuando otilas " y o " nds i n f o r m a n q u e mientras dormíamos h a n
ocurrido' aconteoeres q u e n o h e m o s n o t a d o .
M a c e d o n i o contesta q u e mientras no asistimos concientes a una
serie de h e c h o s o sucesos c|ue se p r o d u c e n en fa l l a m a d a
"realidad"
p o r q u e dormimos, estamos concientes y t e n e m o s noticia d e otros su­
cosos q u e se diesarrollan en nuestros ensueños.
L o s otros " y o " q u e nos dan noticia de lo a c o n t e c i d o mientras
dormíamos, se nois apanecen m u y informados sobre tales h e c h o s p e r o
m u y ignorantes r e s p e c t o d e lo sucedido en nuiestros ensueños.
P o r otra p a r t e , los testimonios de las otras p e r s o n a B , noi son su­
f i c i e n t e garantía рдаа considerar irreales los sucesos del ensueño, y a
que, en esie mismo e n s u e ñ o taml^ién h a n existido personas quie a c t u a ­
b a n revelandoi p e r c i b i r l o m i s m o q u e nosotros. Y las h e m o s visto y es­
c u c h a d o t a n c l a r a m e n t e c o m o vemos y e s c u c h a m o s a los q u e a h o r a
nos dicen q u e ellas y l o sucedido e n tei e n s u e ñ o h a n sido inr'eales.
60.
N.T.V. p.p. 83, 88.
206
SONIA VICENTE
DE
ALVAKEZ
R e s p e c t o d e estos " y o " , c u y o testimonio algunos suponen c o m o
garantía d é l a r e a l i d a d d e ciertas i m á g e n e s , y de la irrealidad de otras,
podemos decir q u e son t a m b i é n un sueño, una irrealidad respecto a
nuestro soñar:
"Ahora, cuando éstos m e dicen q u e estoy despiento y
que
h e e s t a d o unas horas sin ver ni saber del m u n d o q u e ellos
no h a n c e s a d o d e ver-, ahora estoy soñando e o m o antes, es
decir, estoy viviendo p l e n a m e n t e y continúo siendo el ú n i c o
q u e piensa y siente, y m e los figuro a éstos c o m o n e g a n d o
g r o t e s c a m e n t e m i lexistir de a n o c h e , ellos cpie sólo existen
c u a n d o yo los sueño c o m o ahora." ( 6 1 )
4.
Otras opiniones csitablecen q u e la diferierícia entre lenisueño
y vigilia radica en el g r a d o de intensidad. L a vigilia, por ser más real
p u e d e alcanzar gliados de intensidad' más
elevados quie los del en­
sueño.
Pnueba d e ésto siería el h e c h o de q u e m u c h a s personas h a n en­
l o q u e c i d o y a ú n muertO', presas del terror en l a vigilia, e n tanto q u e
n o se c o n o c e n casos similares provotíados por las i m á g e n e s del e n s u e ­
ño, y a q u e la e x t r e m a intensidad provooa el despertar.
Sin e m b a r g o , nespond¡e M a o e d o n i o , las i m á g e n e s de los sueños
tienen vivacidad y nitidez iguales a las de l a vigilia, lo c|ue p r o v o c a
en a m b o s estados emocionales ( m i e d o , alegría intensa, angustia, etc.)
y reaccionéis fisiológicas paralelas ( s u d o r , frío, agitación, palpitacio­
nes, e t c . ) . (62)
Y es más, los estados de la vigilia suelen ser micnos emocionan­
tes q u e los del 'ensuieño. E n éstos se nos h a c e n p a t e n t e s situaciones,
aventuráis ^y objetos, q u e m u y raramiente se p r e s e n t a n e n la vigilia, h a biiitualmente rutinaria y tranquila. Al p a r e c e r , e n t o n c e s , n o p o d e m o s
atribuir a la vigilia u n a m a y o r intensidad e m o c i o n a l q u e la q u e atri­
buimos al ensueño.
Aisdmiismo, al reflexionar sobre nuestros propios ensueños, halla­
remos q u e h u b o en ellos m n c h a s m o m e n t o s culmines (angustiosos o
deliciosos) q u e n o nos p r o v o c a r o n el despertar.
6t.
()2.
N.T.V. p. 90,
N.T.V. p. 83.
207
EL
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
No o b s t a n t e , Madedoniio considera q u e e s t a opinión p l a n t e a u n
v e r d a d e r o p r o b l e m a : ¿por q u é la loom-a o l a m u e r t e no
sobrevienen
tras el despertaír? Si u n a emioción m u y intensa, u n p e l i g r o de m u e r t e
i n m i n e n t e , p o r e j e m p l o , n o p i e r d e su e f i c a c i a e m o c i o n a l y nos
deja
coniseouencias a ú n después d e h a b e r p a s a d o , ¿ p o r q u é n o s u c e d e i g u a l
e n el e n s u e ñ o ? U n e s t a d o de a g i t a c i ó n e x t r e m a , p r o v o c a d o p o r i m á g e ­
nes soñadas n o debilera perdier su efioaoia p o r m i despertar r e p e n t i n o .
¿Por q u é e n t o n c e s n o sobreviene la l o c u r a o la m u e r t e tras el e n s u e ñ o ?
R e s i j o n d e r a estas p r e g u n t a s s u p o n e llevar a c a b o la C r i t i c a d e
la I n t e n s i d a d . P e r o , continúa M a c e d o n i o , los resultados obtenidos lue­
go de t a l investigación no habi-án ide alterai" el p r o b l e m a d e la distin­
c i ó n entre e n s u e ñ o y vigilia, ya que, d e j a n d o d e l a d o los ensueños, cu­
yas i m á g e n e s p r o v o c a n e m o c i o n e s intensas, la críestión subsiste y q u e ­
da sin resolver en a q u e l l o s ensueños c u y o s t e m a s no p r o v o c a n
una
e x r e m a a g i t a c i ó n . ¿ D e q u é criterio nos h a b r e m o s de v a l e r para di.stinguAr a éstos d e la vigilia? U n solo "ensueño del q u e s e dude ,si fue sue­
ñ o o realidad consitituye el problemia. ( 63)
Tamp'Oeo la inteiísidad
resulta un
a r g u m e n t o válido q u e nos
p e r m i t a distinguir entre a m b o s órdenes.
5.
L a distinción
que
hace
Schopenhauer,
tampoco
resulta
aceptable, según Macedonio.
E s t e pensador trata el p r o b l e m a m u y s o m e r a m e n t e en el pará­
grafo 5 , d e l l i b r o I d e El
Mundo
como
Voluntad
y
Representación.
Allí d i c e : " L a v i d a r e a l . " Y a t r i b u y e a l a vigilia u n a mayor duración,
por lo q u e la llama " s u e ñ o largo", m i e n t r a s q u e el sueño es d e n o m i n a ­
d o "sueño corto".
P a r a M a c e d o n i o este distingo resulta t a n inconsistente c o m o
descuidado, y se s o r p r e n d e de rjue siendo idealista, S c h o p e n h a u e r se
h a y a d e t e n i d o t a n superficialmicnte en esta i m p o r t a n t e cuestión.
E s un e r r o r , prosigue nuestro pensador, p e n s a r q u e la duración
p u e d a s e r c o n s i d e r a d a como' un criterio de distinción. L a vigilia, "sue­
ño l a r g o " , se piarece más a una
63.
N.T.V. p.p. 104-^5.
serie de " s u e ñ o s cortos", pues
testa
208
SONIA
VICENTE
DE
ALVAEEZ
constituida p o r el pensar, a-eeordar, imaginar, ( q u e t a m b i é n f o r m a n
p a r t e diel e n s u e ñ o ) , y por otros estados de ensoñación, q u e , c o m o com­
p e n s a c i ó n de m a y a s y avaras r e a l i d a d e s , ocupan con f r e c u e n c i a nuestra
c o n c i e n c i a , y r e c i b e n el n o m b r e d e "soñar despierto."
P o r otra p a r t e , el e n s u e ñ o , o " s u e ñ o c o r t o " p u e d e ser considerado
como- u n "suleño l a r g o " , ya q u e , se prolonga 'en l a vigilia a través del
"soñar despiertos" a l q u e r e c i é n aludíamos.
L a d t o a c i ó n , entondes, c o m o criteiiio d e distinción entre el en­
sueño y la vigilia resulta i n c o n v e n i e n t e y a p í e s orado.
Siin e m b a r g o , y pesie a las críticas por h a b e r tratado t a n some­
r a m e n t e esta cuestión, M a c e d o n i o r e c o n o c e a S c h o p e n h a u e r el mérito
d'e h a b e r visilumbrado el p r o b l e m a .
S c h o p e n h a u e r sugiere quie n o h a y diferencia e s e n c i a l entre en­
s u e ñ o y vigilia al decir q u e a m b o s "son hojas d e un mismo libro", y
más adelante a g r e g a cpie e n t r e uno y otro hay un estroflio p a r e n t e s c o ,
y el h e c h o de neeonocerlo n o d e b e sonrojarnos.
E s t e asentimiiento es p r u e b a die la coi-teza mística en q u e vivía
el gran filó'Sofo alemán. P o s i b l e m e n t e el descuido con q u e trató el
t e m a o b e d e z c a al h e c h o de q u e t o d a su filosofía no es etra cosa cpie
una respuesta a este p r o b l e m a , qu!e es, en clefinitiva, el p r o b l e m a del
Ser ( 6 4 ) .
6.
E i criterio de distinción estableqido por K a n t es la c a u s a ­
lidad. E s el e n c a d e n a m i e n t o causal, presenite en, la vigilia y ausente en
e l ensueño, lo q u e nos p e r m i t e diferenoiar a m b o s órdlenes.
M a o e d o n i o n o admite l a postura kantiana y a r g u m e n t a de
siguiente m a n e r a :
la
Si la c a u s a l i d a d caracteriza a la vigilia, entonces su imag'en ( es
decir e l ensueño) h a de mostrar el m i s m o c a r á c t e r . Y e f e c t i v a m e n t e ,
en los e n s u e ñ o s h a y una ordenación Oausal similar a la de l a vigilia.
P o r ej'emplo, si en u n sueño, a l g u i e n
aiToja un o b j e t o al piso, é s t e
c a e , y el i n c e n d i o de i m b o s q u e p r o d u c e calor y q u e m a los árboles.
04.
N.T.V. p.p. 7'9-80, 84-S', 98.
209
EL
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
P o r otra pairbe, así c o m o en los ensueños no todos los sucesos
están ordenados c a u s a l m e n t e , p o r m o m e n t o s , t a m p o c o parec'e estarlo
la v i g i l i a . . .
" . . . c u a n d o entramos en u n a gran r e u n i ó n de g e n t e , nos
p a r e c e quie aquél sombrero^ de la señora lo tiene p u e s t o un
c a b a l l e r o ; q u e el otro t i e n e dos brazos izquierdos, uno de
los cuales sostienen un vaso d e a g u a q u e s'e aplica a la b o c a
del vecino, e t c . " ( 6 5 )
E l párrafo c i t a d o nos muesia-a q u e , adiemás d e p e r c i b i r estrictas
secuencias causales, nuestra vida diaria e s t á llena d e
obsei-vaeiones
de otros a c o n t e c e r á s q u e nos a p a r e c e n c o m o ajenos al o r d e n c a u s a l .
Asimismo, la causalidad n o obsta lo imprevisto. L a s s e c u e n c i a s
causales observadas
son a m e n u d o interrumpidas
por
meditaeiones,
i m a g i n a c i o n e s , actividades o b e c h o s imprevistos.
E n síntesis: los estados psíquicois ( e l S e r ) , sean de ensueño o d e
vigilia, son a veces causales y a veces no, lo causal y lo n o causal s e
alternan mutuiamente, por ello n o estamos autorizados a juzgar a la
causalidad oomo criterio i n f a l i b l e d e distinción.
(66)
P a r a l e l a m e n t e , q u e d a invalidada la tesis según la cual la ley de
a s o c i a c i ó n rige el e n s u e ñ o y l a de c a u s a l i d a d a la vigilia, y a q u e , s e g ú n
h e m o s visto, la ordenación causal se p u e d e verificar en una o en otro.
E n cuanto a la ley de asociacáón, Miaoedonio d i c e q u e n o r i g e
el e n s u e ñ o die q u i e n d u e r m e sino d e q u i e n está despierto, q u e es el
pensar, p r e v e r y r e o o i d a r . ( 6 7 ) Q u i e r e mostrar c o n esto q u e d i c h a l e y
no es privativa del e n s u e ñ o .
L a oausalidad, quie h a sido derogada c o m o c r i t e r i o de distinción
e n t r e ensueño y vigiMa , d e b e ser c o n s i d e r a d a a h o r a e n sí m i s m a : ¿ Q u é
es la c a u s a l i d a d ? ¿ U n a c a t e g o r í a a priori? ¿ C u á l es su naturaleza? E s t e
t e m a será objeto de imi análisis más p r o f i m d o e n un parágrafo poste­
rior. ( 6 8 )
66.
66.
67.
C8.
N.T.V.
N.T.V.
N.T.V.
Véase
p. 116.
p.p. 84-5, 97-8, 109, 116-7.
p.p. »3-4,
p a r á g r a f o : 3.6. L a Causalidad, p. 35.
210
SONIA
7.
Otro distingo que
VICENTE
DE ALVAKEZ
se e s t a b l e c e es el siguiente:
E n los hieehos d e la n a t m a l e z a se observa onden y regularidad.
Tal regulaiidad no
se
a l t e r a por nuestro dca-mir y soñar, la tierra
sigue su maii-cba, los frutos m a d u r a n ,el agua se evapoi"a o se conden­
sa, y n u e s t r o apetito sie i^eánioia. E s t o sería p r u e b a suficiente de
la
existenoia d e un Miundo E x t e r i o r , y obraría a s u vez oomo criterio de
distinción e n t r e ensueño y vigilia, puesto q u e tales regularidades, se­
r í a n privativas d e aquélla.
M a d e d o n i o responde q u e tal a r g u m e n l o n o constituye una difereaicia esenciial ni una p r u e b a d e la existenoia d e la c:xternalidad.
L o s heobos d e la vigilia n o son tan regidares c o m o a v e c e s se
pretettide, así, a dos lUndas en un día sigvie una larga sequía, y la r e ­
aparición del apetito p u e d e no praduciírse.
D e l m i s m o m o d o q u e asicguramos q u e la vigilia es un orden
regular d o n d e se dan algunas e x c e p c i o n e s , podemois f'ecir que
es un
i n c e s a n t e d e s o r d e n a m e n a z a d o por algunas regularidades.
E n c o n s e c u e n c i a , sólo estamos autorizados a decir q u e regula­
ridad
y desoirden s'e alternan e n la Sensibilidad; el S e r es a veces or­
d e n a d o y a v e c e s n o . P e r o d e este b e d b o n o se p u e d e inferir ningún
correlato
externo en la
\'igilia,
y tampoco ninguna
preponderancia
ontològica de ésta r'espeo-o del ensueño. (69)
8.
F i n a l m e n t e , M a c e d o n i o elabora el siguiente p l a n t e o :
"Si, ignoro q u é distingue al ensueño d e l a r e a l i d a d y por
ello e m p r e n d o una
indagaoión, i g n o r o si a c t u a l m e n t e , al
escribir e indagar, estoy soñando o no. L o q u e no se
ha
p e n s a d o preguntarse es si esta rara investigación p u e d e em­
p r e n d e r s e sin a b s u r d o inicial." ( 7 0 )
E s decir, al busicar -una diferencia, e n t r e ensueño y vigilia ¿ c ó m o
podemos estar ciertos de q u e no estamos s o ñ a n d o ? ; ¿ n o será un sueño
nuíestro i n d a g a r ? Si la m e d i t a c i ó n es p o s i b l e e n el ensueño, ¿no esta69.
70.
N.T.V. p.p. 91 y sgtes.
N.T.V. p. 105.
211
E L
PENSAJNIIENTO M E T A F Ì S I C O
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
remos dormidos en este instante, en q u e reflexionamos sobre la indis­
t i n c i ó n ? P o s i b l e m e n t e la vigilia en q u e a b o r a c r e e m o s encontrarnos, no
sea más (j-ue un sueño, y q u i z á l a Reali(dad t o d a l o sea t a m b i é n . ( 7 1 )
E s t e a r g u m e n t o O a p i t a l , t i e n e p o r objeto a n t i c i p a r una r e s p u e s t a
a c u a l q u i e r o b j e c i ó n futura c o n r e s p e c t o a su comicepción, y t a m b i é n
impugnar t o d a diferencia
e s e n c i a l q u e se p r e t e n d a e s t a b l e c e r
entre
ensueño y vigilia. A m b o s son estados d e l a Sensibilidad, poseen, por
tanto, el m i s m o valor d e ser.
A h o r a b i e n , este a r g u m e n t o t r a e a p a r e j a d o u n p r o b l e m a
d e b e m o s elucidar: ¿sostiene M a c e d o n i o q u e la vida es
que
sueño?
Clarificar esta cuestión es de f u n d a m e n t a l i m p o r t a n c i a p a r a la
interpretación del picnsamionto m e t a f í s i c a die n u e s t r o pensador.
Algunos autores r e s p o n d e n a f i r m a t i v a m e n t e
(72) y se a p o y a n
para ello e n algunos pasajes de la obra d e M a c e d o n i o :
" E l M u n d o ,el sor, la realidad ,todo, es un sueño sin soña­
dor; un sólo sueño, sólo un s u e ñ o y el sueño de uno solo;
p o r t a n t o , el sueño de n a d i e , t a n t o más real, cuanto m á s es
e n t e r a m e n t e un sueño. L o irreal, l a inexistencia, es la M a ­
teria, supuesto e x i t a n t e de a q u é l sueño; la materia, l o q u e
n u n c a p u d o ser, p u e s no es s o n a b l e . " ( 7 3 )
Sin e m b a r g o , p u e d e
n o " s u e ñ o " en
el
citado
de "sentido". D e e s t e m o d o ,
interpretarse
párrafo,
está
lícitamente que
utilizado
como
decir q u e el Ser es sueño
m o q u e afirmar q u e es lo sentido.
el
es
téa'mi-
sinónimo
lo
mis­
Posiblemientie la i n t e n c i ó n del autor
h a y a sido utilizar una expresión lírica, a n t e s q u e una terminología ri­
gurosa. R e n g l o n e s más a b a j o del p á r r a f o citado, muestra i n t e r p r e t a c i ó n
p a r e c e confií'marse:
71.
72.
73.
N.T.V. p.p. 105-8.
Caturelli, Alberto, La Filosofia en la Argentina
Aires, Sudamericana, 1971. p.p. 88-9.
N.T.V. p. 55.
actual,
Buenos
212
SONIA
VICENTE
DE
ALVAEEZ
T o d o lo es el sueño; lo q u e no es sueño, no es. L a materia,
lo q u e nos pre-existe y nos x>ost-existe, n a d a es, ni sustancia,
ni apariencia. Sólo el ensueño, el estado, lo' sentido, es, y
es todo s u s t a n c i a . . . " (74 )
P o r otra p a r t e , de la leotura d e la obra en general, se diesprende
q u e el autor h a c e tales aiíirmaciones, no con el o b j e t o de sostener q u e
la R e a l i d a d ( v i g i l i a ) es sueño, sino miás bien, c o n la intención de sub­
rayar q u e el ensueño es tan real como la vigilia. (75)
E n resumen: n o es q u e la Realidad, sea soñada, sino q u e el sueño
es real. N a d a h a y e n la vigilia q u e le confiera una j e r a r q u í a ontològica
superior.
T o d o s los esfuerzcs de M a c e d o n i o tienden a evid,cniciar esta úl­
tima afirmación: E n s u e ñ o y Vigilia son ambos l e a l e s .
E l análisis de los criterios de distinción e s t a b l e c i d o s , p o n e de
manifiesto q u e entre ambos n o hay u n a diferencia de naturaleza, sino,
eomo h e m o s de ver, sólo de r e l a c i o n e s . N a d a nos autoriza a sostener
q u e la vigilia p o s e e más ser q u e el ensueiro. Ambo'S son igualmente
estados de la Senisibilidad, es decir, estados psíquicos, sentidos. E s t á n
constituidos por representaciones y a f e c c i o n e s , cpie, eomo se ha dicho,
son lo único q u e p o s e e existencia. N o h a y en la vigilia ningiin atributo
( M a t e r i a , Causalidad, R e g u l a r i d a d , e t c . ) rpie l e confiera u n a mayor
realidad, d e g r a d a n d o
cntitativamente al ensueño. Ambos
son igual­
m e n t e ser y todo el Ser, ticmen e l m i s m o .status ontològico.
" S i scSlo lo cpie existe es y n a d a más c^s q u e lo sentido de
ello; si las cosas sólo t i e n e n d e " s e r " lo (pie hay e n ellas de
sentido y ello es pleno; si esas " c o s a s " n o son m á s cpie una
palabi^a con c p e aludimos a l a repietioicSn de lo sentido de
ellas; y si sólo h a y una Sensibilidad, la m i s m a e n cpie acon­
t e c e el En.sueño y l a Vigilia, mo e s d e e s p e r a r cpve hallamos
e n este estudio, diferencia alguna esencial entre éstos y sólo
alguna variante d e relación." (76)
74.
75.
76.
N.T.V. p. 56.
N.T.V. p.p. 55, 73, 9'!, li2i6-7.
N.T.V. p. 74. Véase también p.p. 58-9, 75, 82 y sgtes., 92 y sgtes.,
138, 1-81, etc.
M.N.E. p. 150.
213
EL
PENSAAÍIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
Pues bien, nos c|ue:t1a p o r d e t e r m i n a r a b o r a , cuál e s esa diferen­
c i a r e l a c i o n a l q u e M a c e d o n i o e s t a b l e c e e n t r e ensueño y vigilia.
E n los esci-itos Algunas
y Pre-Síntesis
posiciones
( 1 9 3 0 - 1 9 5 0 ) in­
cluidos en el volumen d e l C e n t r o E d i t o r de A m é r i c a L a t i n a , y q u e es­
t á n formiados por u n a serie de notas sueltas, recopiladas y o r d e n a d a s
por Adolfo de O b i e t a , M a c e d o n i o dice cpie la d i f e r e n c i a b u s c a d a ra­
dica en el m o d o c ó m o a p a r e c e n y d e s a p a r e c e n las i m á g e n e s en el en­
sueño y en la vigilia.
Mientras los sucesos de la vigilia no d e p e n d e n de nuestra volun­
t a d , es decir (|ue a p a r e c e n y d e s a p a r e c e n con presoindencia de n u e s t r o
deseo, las imágenes del icnsueño lo h a c e n de a c u e r d o con él:
" E s una d i f e r e n c i a relacional, n o i n t r í n s e c a ; la lluvia c a e
o no c a e con p r e s c i n d e n c i a de l a voluntad, pero el p e n s a r
e n la lluvia d e p e n d e de mi voluntad. R e l a c i o n a l q u i e r e de­
cir q u e en, l a relación
causa,
la lluvia responde a un o r d e n
h e t e r ó ñ o m o r e s p e c t o de la voluntad, en t a n t o q u e las imá­
g e n e s de la lluvia, c u a n d o sueño, i m a g i n o o pienso en ella,
d e p e n d e n d e m i voluntad. E n c ó m o a p a r e c e n y desapare­
cen está la d i f e r e n c i a . " ( 7 7 )
E s t a diferencia,
a ñ a d e M a c e d o n i o , p o r su c a r á c t e r
inesencial,
no es alterada si suponemos q u e ahora, al estar m e d i t a n d o , seguros d e
estar despiertos, e s t a m o s en realidad doilmidos. L a vigilia en q u e c r e e ­
m o s encontrarnos b i e n p u e d e ser un sueño, sin e m b a r g o , la d i f e r e n c i a
luilirá d e subsistir: " . . . a v e c e s m u e v o los e l e f a n t e s y otras no consigo
ni levantaries la, o r e j a . " ( 7 8 )
E n No toda
es vigilia
la de
los ojos
abiertos,
Macedonio
señala
otra d i f e r e n c i a , q u e , c o m o la anterior, n o constituye un distingo esen­
cial, sino ]-elacional: E n s u e ñ o y Vigilia, son e s t a d o s sentidos y por tan­
to, p l e n a m e n t e ser, o c u p a n a l t e r n a t i v a m e n t e la S,ensibilidad, pero
se
distinguen p o r q u e lo soñado n o t i e n e e f i c i e n c i a causal sobre la vigilia
q u e le .sigue:
77.
78.
N.T.V. p. 197.
N.T.V. p. 186.
214
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
" E s el heclio d e q u e los h e c h o s del emsueño no influyan
s o b r e lo iiea,l y los die l o neal n o i m p i d a n q u e soñemos t o d o
lo contrario de él, lo q u e e s t a b l e c e la separación. E l hom­
b r e q u e un día q u i e b r a y entrega todos sus b i e n e s p a s a n d o
a h a b i t a r u n a pieza con sus hijos, el q u e salió e s t a m a ñ a n a
a sus ocupaioiones y esta t a r d e se e n c u e n t r a en un l e c h o de
hospital, h e r i d o
por
a c c i d e n t e , cree
d u e r m e y delira c r é e s e rico y sano
soñar y
cuando se
y q u e h a soñado su
infortimio." ( 79)
3.6.
LA CAUSALIDAD
M a c e d o n i o se detiene largamicnte en el c o n c e p t o de Causalidad,
p o r ello, é s t e m e r e c e en nuestro análisis, un capítulo a p a r t e .
Según hemos visto, nuestro a u t o r
objeto de determinar
indaga la causalidad con el
si p u e d e e s t a b l e c e r s e c o m o
criterio válido do
distinción enti-e ensueño y vigilia s e g ú n lo sostiene K a n t .
P a r a K a n t ,1a causalidad es u n a de las categorías. V a l e , por
tanto a priori, es decir, no surge de la experiencia, sino qne se halla
supuesta en ella, la h a c e posible.
P o r la cauisalidad, la sucesión de f e n ó m e n o s dados a la intui­
ción resulta una sucesión legal, y las conexiones e n t r e f e n ó m e n o s tie­
nen un valor objetivo y trniversa,l. I-,a relación c a u s a - e f e c t o , entonces,
no es p e r c e p t i b l e ni resulta a b s t r a í d a de la e x p a r i e n c i a , por t a n t o , no
es producto de la costumbre y asociación subjetiva, c o m o lo sostuviera
H u m e ; es, por el ecntrario, una ordenación del m a t e r i a l d e la intuición
según un p r i n c i p i o de unidad del pensar. D i c e K a n t :
" E s b i e n fácil m o s t r a r <pic r e a l m e n t e hay e n el conocimien­
to h u m a n o juicios de un valor necesario y en la más estric­
ta significación universales; por consigiLiente, jiucios puros
a priori. Si se cpiiere un ejemplo t o m a d o de las ciencias
m i s m a s , n o h a y más q u e reparar en las proposiciones m a t e ­
m á t i c a s . Si se q u i e r e oti-o, t o m a d o d e l uso c o m ú n del enten­
d i m i e n t o , p u e d e mostrarse la proposición " t o d o c a m b i o exi79.
N.T.V. p. tl7.
215
E L
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
ge una c a u s a " . E n este último e j e m p l o , el concepto d e c a u ­
sa c o n t i e n e de tal m o d o el iconcepto d e n e c e s i d a d de e n l a c e
con ún e f e c t o y la estricta g e n e r a l i d a d de
la regla,
que
deisaparecería p o r c o m p l e t o si, c o m o hizo H u m e , quisiéra­
mos derivarlo
de la f r e c u e n t e asociación de lo q u e sigue
c o n lo q u e p r e c e d e y d'el h á b i t o (por c o n s i g u i e n t e die ne­
c e s i d a d p u r a m e n t e subjietiva) de enlazar las representacio­
nes." (80)
M a c e d o n i o sostiene en No toda
es vigilia..
., u n p o l é m i c o diálo­
go con el filósofo alemán.
¿ P o r q u é el m e t a f í s i c o argentino e n c a u z a t o d a su energía inte­
l e c t u a l en contrai d e la c o n c e p c i ó n k a n t i a n a de la causalidad? E l con­
c e p t o kanitiano de c a u s a l i d a d c o m o categoría a priori, q u e h a c e p o s i b l e
la e x p e r i e n c i a , p o n e en peligro t o d a l a m e t a f í s i c a de M a c e d o n i o .
E n efecto, l a causalidad k a n t i a n a i n t r o d u c e u n a d i f e r e n c i a esen­
c i a l entìpc ensueño y vigilia, atiibuyenjclo a los estados de ésta un v a l o r
objetivo y universal q u e el ensueño n o t i e n e .
L a vigilia a d q u i e r e e n t o n c e s u n a r e l e v a n c i a ontològica m u y su­
perior a l a del e n s u e ñ o . E n u n a r e l a c i ó n causal, d a d o el a n t e c e d e n t e ,
el c o n s e c u e n t e se p r o d u c e f o r z o s a m e n t e . P o r su n e c e s i d a d , la causali­
dad a d q u i e r e universalidad y o b j e t i v i d a d , q u e t a m b i é n se h a l l a n pre­
sentes en l a vigilia.
E n c a m b i o , en el ensueño, las r e l a c i o n e s e n t r e los sucesos care­
cen de tal necesidad y son consideradas, p o r t a n t o , libres juegos, pu­
r a m e n t e subjetivos, de la imaginación. D i c e K a n t :
" D e otro modo, si dado el a n t e c e d e n t e , el suceso no le si­
guiera n e c e s a r i a m e n t e , m e sería preciso considerarle c o m o
un j u e g o m e r a m e n t e .subjetivo d e m i i m a g i n a c i ó n y t e n e r
c o m o un sueño lo q u e
pudiera suponerme
vo." (81)
ao.
81.
K a n t , op. cit., Introducción.
K a n t , p.p. cit., Libro II, Cap. I I , 2? analogía.
como
objeti­
216
SONIA
VICENTE
Si el s u e ñ o es c o n s i d t e r a d o
DE
ALVAREZ
como e n t i t a i i v a m e n t e i n f e r i o r a los
estados d e vigilia, t e n e m o s entonoes un á m b i t o en el S e r , c j u e jDarticip a n d o d e su m i s m a n a t u r a l e z a
(el sueño es p s í c j u i c o c o m o el m i s m o
S e r ) c o i m p o r t a un g r a d o m e n o r de realidad.
P o r otra p a r t e , la n o c i ó n k a n t i a n a
existencia de u n á m b i t o exterior, bo
de l a causalidad supone la
dado a l a intuición e n t r a en rela­
ción c o n el E n t e i i d i m i e n t o p a r a cjue sea posible l a e x p e r i e n c i a objetiva,
y al m i s m o t i e m p o , p a r a q u e ésta t e n g a su o b j e t o con el cual c o n c o r d a r .
P o r este motivo, r u g e a
M a c e d o n i o eliminar el c o n c e j i t o
causalidad de K a n t y junto c o n él todo otro c o n c e p t o cjue p u e d a
plicar u n a d e g r a d a c i ó n ontològica d e l
de
im­
ensueño.
C o n f i r m a r cjue todos los estados psíquicos ( e n s u e i u j - v i g i l i a ) son
Ticales y lo único real, es confiílmar t a m b i é n rjuc el S e r es t o d o josíquico,
todo sentido
y sólo lo sentido.
P u e s b i e n , ¿cpié es e n t o n c e s p a r a M a c e d o n i o la causalidad? Si
n o es u n a p r o p i e d a d de las cosas mismas y t a m j D o c o es u n a c a t e g o r í a
del e n t e n d i m i e n t o , la c a u s a l i d a d no tiene ninguna realidad y en
este
sentido M a c e d o n i o la niega.
L a C a u s a l i d a d , como e l T i e m p o , el E s p a c i o , el Y o ,1a M a t e r i a ,
es una i n v e n c i ó n d e l a visión a p e r c e p t i v a ( 8 2 )
nexión puesta
por nosotros,
y constituye una co­
a posteriori, enti'C dos f e n ó m e n o s p e r c i b i -
dols. E s nuestra a r e e n c i a l o q u e e s t a b l e c e el e n l a c e y no u n a f o r z a d a
necesidad, n o h a y e n t r e los h e c h o s (FencSmenos) nexos eternos y imivensales.
Así, la oonitigüidad de dos f e n ó m e n o s ( f u e g o y agua cjue hierve,
|X)r e j e m p l o ) h a sido o b s e r v a d a f r e c u e n t e m e n t e jpor nosotros. Sin d u d a ,
c a d a vez q u e c o l o c a m o s un r e c i p i e n t e con a g u a sobre el f u e g o , ésta,
l u e g o d e c a l e n t a r s e c o m i e n z a a hervir. Sin
embargo,
afimna n u e s t r a
filósofo, l a r e i t e r a c i ó n d e esta o b s e r v a c i ó n n o nos g a r a n t i z a l a afirma­
ción d e q u e h a b r á de ser así siempre.
82.
8.3.
(83)
N.T.V. p. 19.
N.T.V. p.p. IOS y sgtes,. 125 y sgtes.
217
E L
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
L o s nexos ca'usalies q u e p o n e m o s entre los f e n ó m e n o s , p u e d e n
parecemos
invariados
en lo q u e d e n o m i n a m o s t i e m p o p a s a d o , p e r o ,
¿serán invariables? M a c e d o n i o sostiene q u e no p o d e m o s afirmarlo ca­
t e g ó r i c a m e n t e . Aún suponiendo q u e exista un porvenir, —que ya vimos
n o existe— debiemos r e c o n o c e r q u e éste p u e d e h a c e r lo q u e q u i e r a con
los heclios. ( 8 4 ) I n v e n t a r un futuro q u e sea repetición del pasado es
t a n apresurado c o m o ocioso, el futuro es lo por-venir,
l o q u e aún no
es, y r e s p e c t o a él, e n t o n c e s , n a d a p o d e m o s decir.
D e este modo la causalidad q u e d a definida p o r Macedonio' co­
m o u n a relación a posteriori: " ( L a s relaciones causales) son esencial­
m e n t e coriisiíai'.acio'nes de s e c u e n c i a s invariadas s u b j e t i v a m e n t e co'uocid a s . " (85) " . . . l l a m o c a u s a l i d a d ú n i c a m e n t e a las grandes f r e c u e n c i a s ,
r e v o c a b l e s siempre, y no a nexos eternos, i n s e p a r a b l e s . " ( 86)
E.sta definición nos r e m i t e a Ilu.me. C o m o ya anticipáramos, pa­
ra el empirista inglés, l a causalidad es t a m b i é n una relación surgida
a partir de la e x p e r i e n c i a .
E n e f e c t o , luego die h a b e r observado e n repetidas ocasiones q u e
clos f e n ó m e n o s se d a n coiustantemente unidos, es decir, en sucesión y
c o n t i g ü i d a d , e s t a b l e c e m o s entre ellos un nexo c a u s a l :
" P o r tanto, sólo por la experiencia,
p o d e m o s inferir la exis­
t e n c i a de un objeto p a r t i e n d o de la de otro. L a n a t u r a l e z a
de l a experiencia consiste en lo siguiente: recordamos h a b e r
tenido frecuentemente muchos
casos de la existencia
de
una e s p e c i e de objetos y r e c o r d a m o s a d e m á s , q u e los indi­
viduos de otras especies d e objetos, les h a n
acompañado
siempre en un orden regular de c o n t i g ü i d a d y sucesión res­
p e c t o d e ellos. Poa- e j e m p l o , r e c o r d a m o s h a b e r visto a q u e l l a
especie de objetos q u e llamamos llama y sentido la e s p e c i e
d e sensación q u e llamamos calor. I g u a l m e n t e recordamos su
u n i ó n c o n s t a n t e e n todos
los casos anteriores y, sin m á s
requisitos, l l a m a m o s a uno catísa y al otro efecto,
e inferi­
mos la existencia del u n o p a r t i e n d o de la del oti-o. E n todos
estos casos en los q u e o b t e n e m o s l a unión de causas y e f e c 84.
85.
8C.
N.T.V. p. ll'O.
N.T.V. p. 129.
N.T.V. p. 147.
218
SONIA VICENTE DE ALVABEZ
tos partiouiares, las causas у los efectos h a n sido percibidos
por los sentados y son r e c o r d a d o s ; pero e n todos los casos
e n q u e razonamos sobre
ellos, solamente un m i e m b r o es
pereibidiOi o r e c o r d a d o ,y el оЧго es sustituido d e a c u e r d o
con nuestra e x p e r i e n c i a p a s a d a . Asi progresivamente, h e m o s
desoubieiito xma n u e v a r e l a c i ó n entre c a u s a y e f e c t o , cuan­
do m e n o s lo e s p e r á b a m o s y e s t á b a m o s e n t e r a m e n t e ocupa­
dos en otro
asunto. E s t a relación es
su unión
C o n t i g ü i d a d y sucesión, no s o n suficienies
para
constante.
hacernos
afirmar de dos objetos q u e u n o es c a u s a y el otro e f e c t o , a
m e n o s q u e p e r c i b a m o s q u e estas dos relaciones se conser­
van en varios casos." ( 87)
L a i m a g e n de c a d a uno de los varios licchos observados p u e d e
b o r r a r s e de "nuesíra m e n t e , sin e m b a r g o , l a convicción q u e se h a ge­
n e r a d o ( r e l a c i ó n de c a u s a l i d a d ) , h a b r á de subsistir. ( 8 8 )
E s e v i d e n t e q u e la posición de M a o e d o n i o c o i n c i d e c o n la
de
H u m e . S i n e m b a r g o , h a y una d i v e r g e n c i a : p a r a H u m e , —como h e m o s
leído en el texto citado— n o es suficiente q u e los f e n ó m e n o s q u e se
relacionan h a y a n sido observados e n sucesión y c o n t i g ü i d a d , es n e c e ­
sario t a m b i é n rjue tal o b s e r v a c i ó n se h a y a repetido varias v e c e s . E n
c a m b i o , p a r a M a o e d o n i o , es suficiente una sola
observación p a r a (¡ue
surja en nosotros l a convicción de q u e h a y u n a relación eau'sal entre
dos fenómíenos:
" P e r o la Cueencia s e
sólida esa e i e e n c i a
formó con una s o l a experiencia, t a n
como dicspués de u n
millón; p o r e s o
aritico a los q u e h a n r e p e t i d o —tantas v e c e s gra.ndes pens a d o r e i s - lo del "núimiero suficiente de v e c e s " . . . " (89)
C a b e p r e g u n t a r s e cuál es el m o t i v o de esta d i v e r g e n c i a . ¿ P o r
q u é M a c e d o n i o insiste en q u e ba.sta u n a
sola obiservación p a r a q u e
surja la o i e e n c i a ? P o s i b l e m e n t e p o r q u e e l autor ,según h e m o s visto,
sostiene q u e el t i e m p o no existe, &l p a s a d o n o t i e n e realidad, por ello
no sean n e c e s a r i a s muchas o b s e r v a c i o n e s a c u m u l a d a s e n el t i e m p o .
87.
88.
80.
Hume, Tratado de la Naturaleza Humana,
Hume, op. cit., i n parte, sección V.
N.T.V. p. 132-3.
I I I parte, sección VI
219
E L
3.7.
PENSAMIENTO METAFÌSICO
PERCEPCION
E
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
IMAGEN
E n estiiiota c o b e r e n c i a c o n t o d o lo a n t e r i o r m e n t e expuesio, M a ­
cebdonio suprime t a m b i é n la distinción e n t r e P e r c e p c i ó n e I m a g e n .
L a F i l o s o f í a у la P s i c o l o g í a distinguen c l a r a m e n t e entre a m b a s .
L a percepción
( y t a m b i é n las sensaciones), supone l a p r e s e n c i a del
objeto p e r c i b i d o . N o h a y p e r c e p c i ó n de u n a flor, por e j e m p l o , si no
la t e n e m o s p r e s e n t e a nuestros sentidos . L a i m a g e n , en c a m b i o , es la
e v o c a c i ó n de Una p e r c e p c i ó n . D e esite m o d o , sensaciones y p e r c e p c i o nies p a s e e n un grajdo mayoi- de r e a l i d a d q u e l a s i m á g e n e s , ya q u e imp h c a n un c o n t a c t o i n m e d i a t o c o n el muindo externo, q u e es l o autén­
t i c a m e n t e real. O p u e s t a m e n t e
copia
,1a i m a g e n es
vista
c o m o una
y por t a n t o , d e g r a d a o n t o l ò g i c a m e n t e . No es lo real sino
mera
una
i m i t a c i ó n de lo real.
P a r a l e l a m e n t e , la vigilia está
eniliretejida de p e r c e p c i o n e s e imá­
g e n e s , e n tanto q u e e l e n s u e ñ o lo está sólo de i m á g e n e s ,y es, c o m o
éstas, un c a l c o de la g e n u i n a realidad.
M a c e d o n i o n o a d m i t e este distingo ya q u e su,pone a c e p t a r pre­
v i a m e n t e la existencia d e un M u n d o E x t e r i o r y m a t e r i a l . S o s t i e n e q u e
enl:re sensaciones
o percepciones, e imágenes n o hay una diferencia
e s e n c i a l . Si no existe un M u n d o E x t e r i o r , ni objetos materiales q u e se
h a g a n presentes
a la c o n c i e n c i a , e n t o n c e s , p e r c e p c i ó n e i m a g e n p o s e e n
la misma naturaleza.
" N o liay d i f e r e n c i a
de
efectividad ,de plenitud, entre
el
estado q u e l l á m a s e I m a g e n y el estado de Sensación, q u e
d i c e origina comO' copia o e c o a aquélla, y se a t r i b u y e a l a
extennalidad." ( 9 0 )
M a c e d o n i o se resiste a considiarar a las i m á g e n e s c o m o
copias
de l a R e a l i d a d y sostiene l a existencia d e i m á g e n e s t o t a l m e n t e origina­
les. (91) L a invención a b s o l u t a d e l a i m a g i n a c i ó n no es una c o n t r a d i c ­
ción. P o r tanto, n o estamos autorizados a c a t a l o g a r de imitación a las
imágemes, asignándoles m e n o s r e a l i d a d q u e la q u e
Sicnsaciones o p e r c e p c i o n e s .
90.
91.
N.T.V. p. 74.
N.T.V. p. 88.
atribuímos a las
220
SONIA
VICENTE
DE
ALVABEZ
M a c e d o n i o analiza algunas opiniones itespecto a e s t e p r o b l e m a :
1.
Se
Ila a r g u m e n t a d o q u e la p e r c e p c i ó n se distingue
de la
i m a g e n p o r q u e p o s e e un guado m a y o r de nitidez. E s t a es la c o n c e p c i ó n
de S p e n c e r , q u i e n h a b l a de estados
hiles
fuertes
( s e n s a c i o n e s ) y estados des­
(imágenes). (92)
M a c e d o n i o nesponde q u e , e f e c t i v a m e n t e ,
si m i r a m o s una vela,
y luego, al c e r r a r los ojos la e v o c a m o s , t e n d r e m o s u n a i m a g e n , menos
nítida q u e la p e r c e p c i ó n anterior. Sin e m b a r g o , a d v i e r t e (¡ue esa ima­
gen es de igual intensidad o- nitidez (¡ue una p e r c e p c i ó n de la mi.sma
llama c o l o c a d a a varios metros de ddstlancia. ( 9 3 )
P o r otra p a r t e , contimia e l a u t o r , la intensidad y nitidez de las
p e r c e p c i o n e s y d e las i m á g e n e s , d e p e n d e m u c h o d e la a f e c c i ó n . Así,
las i m á g e n e s soñadas a las (jue a c o m p a ñ a un estado
emotivo
muy
intenso, son m u y claras y v i v a c e s , e n t a n t o e p e a ( p T e l l a s sensaciones
o p e r c e p c i o n e s (pie se nos h a c e n presentes en u n m o m e n t o de la vigi­
lia de escasa i n t e n s i d a d a f e c t i v a , e m p a l i d e c e n y so d e s d i b u j a n . L a ni­
tidez y la i n t e n s i d a d n o son suficientes, Cntoncas, p a r a diforenciar ima­
gen de p e r c e p c i ó n , o ensueño de vigilia.
2.
T a m b i é n suele d e c i r s e (¡ue vsi l o (¡ue cxperimiintamos, n o se
altera a u n q u e h a g a m o s .algún m o v i m i e n t o , c e r r e m o s los
ojos y nos
t a p e m o s los oídos, s e trata e n t o n c e s de lina i m a g e n . E n c a m b i o , si se
m o d i f i c a con los m o v i m i e n t o s y posioioues de n u e s t r o c u e r p o , se tra­
t a d e u n a perc0pci(5n. (94 ) P e r o , segéin sostiene M a c e d o n i o , el cuerpo
es u n conjunto, d e peircepci,ones, i m á g e n e s y a f e c c i o n e s . N o es posible,
e n t o n c e s , quei las mi.smas constituyan la clave d e la distinción b u s c a d a .
A d e m á s , a ñ a d e nuestro filósofo, ¿por q u é un grupo
de sensa­
ciones, pei-cepciones e i m á g e n e s h a b r á de t e n e r el privilegio d e alte­
rar a las r e s t a n t e s ?
" C u a n d o v e o q u e m i c u e r p o se aderoa o se a l e j a de un mu­
ro, ¿ n o será el muro el (pie v i e n e , p u e s t a que estamos e n
e l c a m p o m e t a f í s i e o y no en el prádtico? E n m i movimien9a.
93.
94.
N.T.V. p . p . i s o - 1 .
N.T.V. p . p . 21 y Sgtes
N.T.V. p . 1 8 1 .
221
E L
PENSAMIENTO METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
to, ¿ q u é m e a c r e d i t a q u e el m o v i m i e n t o es el m í o y no el
de otra c o s a ? Si digo q u e f u e r a n mis sensaciones miuscular e s , esas sensaciones las c o n o z c o c o m o mías p o r el movi­
m i e n t o , y el m o v i m i e n t o por esas sensaciones m u s c u l a r e s ,
esas sensaciories las eonozoo c o m o mías por el m o v i m i e n t o ,
y el m o v i m i e n t o p o r esas s e n s a c i o n e s m u s c u l a r e s , de m o d o
q u e son dos signos (jue dareeen d e v a l o r . "
3.
(95)
P o r otra p a r t e , se a r g u m e n t a (jue las sensaciones y per­
c e p c i o n e s p u e d e n ser c o m u n e s a varias c o n c i e n c i a s , en t a n t o q u e las
i m á g e n e s sólo existen en u n a c o n c i e n c i a individual.
¿ C ó m o explicar este lieclio? ¿ A r m o n í a p r e e s t a b l e c i d a ? M a c e d o ­
n i o c o n s i d e r a cjue nO' L a c e falta reeuiirir a u n a solución t a n r e b u s c a d a
y artificial.
E s t a simuiltaneidad d e jiercepoiones, q u o ha sido m u c h a s v e c e s
esgrimida c o m o p r u e b a de la existenoìa del M u n d o E x t e r i o r y d e la
M a t e r i a , no c o m p o r t a e n r e a l i d a d ningún p r o b l e m a grave. E s real q u e
en m e d i o dte la v a r i e d a d de estados q u e i n t e g r a n el Ser, algunos nos
i m p r e s i o n a n c o m o subjetivos (pm-amente nuestros), y otros c o m o ob­
jetivas ( c o m u n e s a Varios observadores). Sin embaji'go, esto no es m á s
q u e u n a impresión, pues, ¿ q u é es lo q u e h a c e subjetiva a la i m a g e n ?
Y a h e m o s dicho (jue n o existe el Y o ni la pluralidad de " y o " indivi­
d u a l e s , y a d e m á s quie los f e n ó m e n o s de l a S e n s i b i l i d a d ( S e r ) c a r e c e n
de ubicaci(>n, enitonqes, el j>roblcma de la simultaneidad de p e r c e p c i o ­
nes es una cuestión adventicia, q u e surge a partir de la invención del
y o , y quie n o a t a ñ e esencialmente
al pnoblema del Ser.
M a c e d o n i o considera (fu'e ésta n o es, p o r t a n t o , mía d i f e r e n c i a
r a d i c a l (esencial), sino más b i e n extrínseca e n t f e
percepciíSo e i m a ­
gen. ( 9 6 )
Y a ésta, ,añade otras dos distinciones, t a m b i é n de c a r á c t e r r e ­
lacional, a) L a s sensaciones y peroepcionies se pi-esentan i n d e p e n d i e n -
95.
96.
N.T.V. p. 1 8 1 .
N.T.V. p.p. 22, 182, 196.
222
SONIA VICENTE
DE
ALVAEEZ
temeni'e eie la voluntad y c e s a n de maniera análoga. E n c a m b i o , las
imiágenes son e v o c a d a s d e a c u e r d o con el deseo y la voluntad.
" Y o niego al m u n d o exterior en intrinsiquez: psicológica­
m e n t e ,no hay n i n g u n a diferencia entre la lluvia efectiva y
la soñada. V a l e decir q u e
nosotros t e n e m o s imágenes
de
las mismas oosas, unas vedes depondientes de la v o h m t a d y
otras n o " . ( 9 7 )
b ) Por otra parte, las i m á g e n e s careoen del e f e c t o q u e p r o d u c e n las
sensaciones. A|si p o r e j e m p l o , si t e n e m o s sed, y nos soñamos o ima­
ginamos b e b i e n d o un vaso d e agua, igíaal h a b r e m o s de despertar se­
dientos. ( 9 8 )
Se advierte q u e el p r o b l e m a de la distinción entre p e r c e p c i ó n
e i m a g e n n o os más q u e un a s p e c t o del p r o b l e m a ensueño-vigilia.
E l S e r es t o d o psíquioo, p u r o fenómicno. E n t r e ensueño y vi­
gilia no h a y ninguna diferencia esencial y ambos t i e n e n ei mismo ni­
v e l de r e a l i d a d . E n s u e ñ o y Vigilia e s t á n entretejidos de i m á g e n e s y
p e r c e p c i o n e s . E n t r e éstas, c o m o entre affuéllos, no p u e d e h a b e r enton­
ces, ninguna d i f e r e n c i a de natturaleza. Ambas p o s e e n el m i s m o grado
de ser. L a i m a g e n no p u e d e ser r e d u c i d a a m e r a copia
o simple
imi­
d o l a R e a l i d a d , E l l a es estado p'sícjuico ( e s t a d o s e n t i d o ) , y p o r
tación
tanto t a n real c o m o la p e r c e p c i ó n .
I m a g e n y Peroepaión c o m p o n e n el á m b i t o del Ser q u e M a c e d o ­
nio d e n o m i n a Representación
o Presentación,
y
é.sta, junto
con
la
Afección integra, según hemos visto al comienzo, la totalidad del Ser.
3.8.
LA
AFECCIÓN
S e g ú n l o dicho p r e c e d e n t e m e n t e , podemos señalar dos ámbitos
en el Ser: R e p r e s e n f a c i ó n y Afocciém.
S7.
9P.,
N.T.V. p. 107. Véase también p.p. 22, 181-2 y:
Fernández, Macedonio, Epistolario,
Buenos Aires,
197S (En lo sucesivo E.) p. 24.
N.T.V. p. 181.
Corregidor,
223
E L
PENSAMIENTO
METAFISICO
DE
MACEDONIO
L a M e t a f í s i c a antta-ior (lespecialmenlte k
FERNÁNDEZ
de K a n t y las racio­
nalistas) h a b í a n e g a d o t o d o valor a la Afecció'n por considerarla sub­
jetiva y continglente, y ha c o n v e r t i d o a la R e p r o S e n t a c i ó n en el ú n i c o
m a t e r i a l dte t r a b a j o p a r a la m e t a f í s i c a .
L a filosofía de M a c e d o n i o repre.sienta una reacción f r e n t e a este
h e c h o . T o d a su m e d i t a c i ó n no es más ( | u ü v i n esfuerzo por revalorar
la A f e c c i ó n y ubicarla en un primicrisimo lugar cSanJ'jro de la j e r a r q u í a
del Ser.
L a A f e c c i ó n es el n ú c l e o del p e n s a r n ' i i c c d o n i a n o . Para r e s c a t a r l a
y elcvaír su i m p o i t a n c i a ontològica, el autor Teduee e l S e r a un P u r o
Psi([uismo. L o real es lo sentido, y esto es R e p r e s e n t a c i ó n y A f e c c i ó n .
Sin e m b a r g o , a m b a s n o p o s e e n .el mi.smo vah)r, la A f e c c i ó n , dice el
autor, es ontoilógicamente m á s i m p o r t a n t e .
" H a y dos zonas en el sueño c o m o en e l Ser;
Afeoción y Repre;fe>ntaieicn, q u e f o r m a n el todo d e la eon­
c i e n c i a ; la A f e c c i ó n es la ¡nás i n f l u y e n t e y h e d ó n i c a m e n t e
la única i m p o r t a n t e . "
(99)
E n efccilo, la A f e c c i ó n , a ñ a d e M a c e d a n i o , n o r e q u i e r e la
pnesentacif n p a r a t e n e r cxi.stencia . E l l a existe p o r sí m i s m a , y
Resin
percepciorses, sin sensaciones y sin i m á g e n e s es i g u a l m e n t e p l e n a .
" N o sie ve para qu,é se ha creado- el Miuido v se e v i d e n c i a
fjue sin M u n d o la A f e c c i ó n vive p l e n a m e n t e igual. Y esto
es evidencia, experiencia.
Estoy viendo que mi Afección
vive .sin M u n d o , llena de sucesos; aunqiáe no inventara los
tigres, h a b r í a m i e d o ; las locuras y otros a.stados c r e a n sen­
saciones d e pavor sin n e c e s i d a d de i m á g e n e s d e tigi-es for­
m a d a s , sohffe sensaciones; e n .suma: .sin inventar rinoceron­
tes ni; tignes, sin a s a c i a c i o n o s . "
"Yo e l m i e d o lo p u e d o sentir, sea c o n asaltantes, sea sin
alsaltantes ( o n i n g u n a otra p r e s e n t a c i ó n ) . Y lo importantí­
simo es la A f e c c i ó n ; qu,é importa la m a g n i t u d de las estre­
llas o la vieloeidad d e la l u z . " ( 100)
99.
100.
N.T.V. p. 87.
N.T.V. p. 198.
224
SONIA
VICENTE
DE
ALVAKEZ
E s más, M a c e d o n i o sostiene q n e el oonjmito de p e r c e p c i o n e s
e i m á g e n e s q u e llamamos " M u n d o " no es o t r a cos'a más q u e una inven­
ción de la Afección. E s t a , exige un c o m e n t a r i o , ima interpretación en
i m á g e n e s . (101)
Así, p o r e j e m p l o , el m i e d o , q u e es una a f e c c i ó n dolorosa; r c cpiiere u n a tradiucción en términos de
la Represtentación: los pasos
q u e escuolio, 1& silueta e n sombras cjue atraviesa, sigilosa la puerta,
el olor p e n e t r a n t e a t a b a c o que invade la sala.
Si e.stas imágenes se prcjsentan i n d e p e n d i e n t e m e n t e de nuestra
voluntad, estamos en la vigilia, .si d e p e n d e n de ella, es el ensueilo.
Por ello dice M a c e d o n i o q u e " E l M u n d o (matea'ial) es un sueilo
d e la Afecoión; el Emsiueño es identic amiente un m u n d o de la Aft;coión." ( 1 0 2 ) E s decir, el Mundi) es sueño de la A f e c c i ó n p o r q u e no
existe como cosa en sí, sino c o m o u,n conjunto de r e p r e s e n t a c i o n e s en
q u e s e v i e r t e n los estados afectivos. Por otra p a r t e , e l E n s u e ñ o es un
M u n d o de la Afección y a q u e constituye un á m b i t o en el cual los
estados afectivos t i e n e n u n a exUstencia plena y real.
L a a f e c c i ó n , entonces, c o n s t i t u y e el c o n c e p t o clave para la in­
terpretación del p r o b l e m a Ensueño-Vigilia.
E n el E n s u e ñ o , d i c e i m a s t r o pensador, p o d e m o s distinguir tres
zonas: imiágencs, ciertas sensaciones (sofocación, calor, frío, etc.) y
e m o c i o n e s . D e estas tres, es l a zona de las i m á g e n e s la q u e b a origina­
do confuisión, pues son ellas las q u e lian sido calificadas de irreales,
por c a r e c e r d e un c a m o l a t o m a t e r i a l y externo, q u e es lo que se con­
sidera e f e c t i v a m e n t e existente. C o n respecto
(ciertas senlsaciontes y e m o a i o n e s )
debemos
a las otras dos
zonas
a f i r m a r q u e nadie
ha
p u e s t o e n cuestión .sin entera realidad. E l m i e d o en el sueño n u n c a
ha sido c a l i f i c a d o de menos r e a l y Cn nada se distingue del m i e d o
que sentimos
cuanido estamos
miedo. ( 1 0 3 )
101.
102.
103.
N.T.V. p.p. 136-T.
N.T.V. p. 137.
N.T.V. p. 136,
despiertos,
ambos
son
enteramente
225
El.
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
E l E n s u e ñ o , c o m o la vigilia c o m p r e n d e , e s e n e i a l m e n t e , estados
afectivos. Y la A f e c c i ó o , h a m o s visto-, coinstituye el ámibito m á s i m p o r ­
t a n t e del Ser.
L a prepondierancia ontologica d e la A f e c c i ó n se traslada al E n ­
s u e ñ o . Lo's estados afeictivos son garantía de q u e e n t r e éste y la vigi­
lia n o h a y una difereniciá esencial.
" ¿ Q u é pluede importar q u e el ensueño c a r e z c a del a t r i b u t o
o e s e n c i a l i d a d llamada r e a l i d a d si los sueños han existido
siempre, son t a n fгe^cuent)es c o m o la vigilia y en el o r d e n
d e la a f e c t i v i d a d , ú n i c a vía d e l Ser, son de igual c o n t e n i d o
q u e la v i g i h a ? " ( 104)
E n s u e ñ o y Vigilia n o t i e n e n una j e r a r q u í a ontològica distinta,
ni c o n s t i t u y e n ámbitos cerrados o irriedii^etibles. E l sueño no es todo
irix^al, ni es l a vigilia plelna realidad. E n tónxiinos del p r o p i o autor
p o d r í a m o s decir q u e el iSueño no es todo el e n s u e ñ o , ni es t o d a vigilia
la de los ojos a b i e r t o s , aolarando p o r fin, el e n i g m á t i c o título d e
su
libro.
E n e l t e m a de l a Afeoción,, nuestro filósofo es d e u d o r d e Scho­
penhauer, y reconoce que:
" E l p e n ; a m i e n t o genialísimo de S c h o p e n h a u e r , su novísima
iniciativa, estaiba en la incorporación de lo a f e c t i v o al cam­
po de la M e t a f í s i c a . " ( 1 0 5 )
E s t e es, pro'sigue M a c e d o n i o , e l gran acierto del p e n s a d o r
alemán. N o o b s t a n t e , Sohopenjhauer n o p u d o lograr un ciompleto es­
c l a r e c i m i e n t o del p r o b l e m a del Ser pues su p e n s a m i e n t o q u e d ó
tra­
b a d o en las redes de la R e p r e s e n t a c i ó n y d e l dualismo S u j e t o - O b j e t o .
S ó l o en el análisis d e l a Afeoción, cfue én
r e c e o o m o Voluntad,
el gran pensador apa­
S c h o p e n h a u e r e v i d e n c i a urna íntima certeza mís­
t i c a y u n a a u t é n t i c a c o m p r e n s i ó n de la v e r d a d e r a naturaleza del Ser.
104,
105.
N.T.V. p. 94.
N.T.V. p. 35.
226
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
E n síntesis, la postnna filosófica del autor argentino, se d e f i n e
e a m o una " M e t a f í s i c a de la A f e e c i ó n " , q u e se opone y p o l e m i z a con
t o d a la a n t e r i o r " M e t a f í s i c a de la Repriesentación."
E n los escritos Verdades
(1944) ( 1 0 6 ) y Metafísica
pedantes
¡ñas
y verdades
calientes
( 1 9 3 0 - 1 9 5 0 ) ( 1 0 7 ) , M a c e d o n i o analiza espe­
c í f i c a m e n t e este t e m a .
L a s v e r d a d e s p e d a n t e s frías son las de la M e t a f í s i c a inafootiva,
a la r|ue el autor califica de interjectiva y a g o t a d a . E n c a m b i o , la M e ­
tafísica q u e él p r o p o n e y cjue i n t e n t a llevar a c a b o , .supone a la A f e c ­
ción c o m o principal objeto de estudio, y sus resultados
lian de svr
" v e r d a d e s c a l i e n t e s " en un d o b l e sentido: p r i m e r o porrpie se trata de
un p e n s a m i e n t o ini'enso, v e l i e m c n t ü , pletòrico de fuerza., q u e se o p o n e
'a la's intxnidadcs frías y agonizantes del intelectualismo racionalista. Y
segundo por(!ue la A f e c c i ó n objeto fnndamiental de la m e t a f í s i c a , com­
porta intrímisccamentc es'o (pie llamamos " c a l o r " y cpie es una cierta
intensidad y piceuliaridad q u e la c a r a c t e r i z a y distingue de los estados
r epr e sent at i vo s.
L a M e t a f í s i c a de la Afecoión, seguii ad!v(nlimos, n o supone re­
ducir la investigación filosófica a un sentimentalismo s'dijctivo. P o r el
contrario ,y según liemos de ver más adc-lante, (IOS) se trata de volcar
é l esfuer-ío intelectual, esi'.ricto y riguroso, para considerar
metafísica-
m e n t e el sentimieaito (pLic^er-dulor).
3.9.
DIOS Y LA MUERTE
l i e m o s definido la postura de M a c e d o n i o c o m o u n "pan-psi(}uism o . " E l Ser es tocio psíquico y t i e n e los atrib'uSos de alisoluto, eterno,
uno, j i l e n o , etc. E s t o
.significa cjuc en la filosofía del autor no
hay
lugar para Dio'S, •cntondido c c m , ) un ser superior y distinto del m u n d o .
Antes b i e n , advicrtimos cpve c;s c\l S e r o! cpie po.see los atributos divinos
(uinidad, ebernidad, sustaiicialidad, etc.). Por ello decimos cpie en M a éedonío el p r i n c i p i a divino es i n m a n e n t e al Ser.
lOv..
107.
tnt!.
N.T.V. p.p. 16a y sgtes.
N.T.V. p.p. 170 y sgtes.
Véase punto ,3.10..'í. Mf^taíí.sica, Ciencia y Mística, p. 54.
227
EL
P E X S VVTIENTO M E T A F Ì S I C O
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
"Digamios t a m b i é n q u e es q u i z á tan i n g e n u o como' c r e e r en
D i o s V e n un m u n d o a r r e g l a d o por él p a r a nosoti-os..." ( 1 0 9 )
" I n n u m e r a b l e s cosas q u e n o existen s(e h a n i n v e n t a d o : h a y
t o d o otro m u n d o d e inexistencias (la subctonciencia, el d e ­
b e r , la eenestesia, m u c h o " D i o s " de las " r e l i g i o n e s " ) ; . . . (110)
" Q u i z a g e n i o d i c e : " L o s signos m a t a n a las
cosas: el traje
d e lutf) al -dolor, el ir a misa a la a r e e n c i a ; la t e b l o g í a h a c e
a t e o s . " O : " D i o s h i z o e l m u n d o y yo os l o doy e s t u d i a d o "
(Nóitase la i n f l u e n c i a del P r e s i d e n d i s m i n u y e n t e y la c o m b a ­
t e : c o m o el Pii'ügncso es s o m b r a oercenadoi'a en el P r e s e n t e ,
D i o s lo es en e l S e r y e n la P a s i ó n ) ; n o se q u i t e n a d a al
P r e s e n t e d e la P a s i ó n )
(111)
E n lo q u e r e s p e c t a al t e m a de la M u e r t e , M a c e d o n i o d i c e ( 1 1 2 )
q u e n o p o d e m o s s a b e r lo q u e ella es pues n u n c a tuvo a c t u a l i d a d en e l
p e n s a m i d n t o , y no la t e n d r á n u n c a , ya cjue es aui'sencia de sensibilidad.
Nuestro p e n s a d o r n o a c e p t a las posturas materialistas q u e nie­
g a n toda existenoia después d e la p n i e r t e . L a M u e r t e n o e s l o opuesto
de la V i d a . Sin e m b a r g o , t a m p o c o a p r b c b a la idea d é inmortalidad e n
el sentido de la M e t a f í s i c a taadicional y d e la t e o l o g í a cristiana.
L a M u e r t e , p a r a M a c e d o n i o , es
una " O c u l t a c i ó n a los O j o s " ,
esto es, a la Sensibilidad, p e r o decir " M u e r t e " n o es d e c i r " N a d a " ,
M a c e d o n i o ccmliesa su c r e e n c i a e n la c o n t i n u i d a d o o n c i e n c i a l . S o m o s
inmortales p o r q u e somos psiquils, sensibilidad y e n t o n c e s somos eteriaos. P a r a l e l a m e n t e somos inmortales p a r q u e
n o h a y plm-alidad
de
sensihiilidadcs ( y o ) ; el S e r es uno, y nuestras estados son Sus e s t a d o s :
" M i s tesis, p u e s :
Ni la C c m c i e n c i a ni el M u n d o tienen
exisiencía.
Ni la C o n c i e n c i a n i el M u n d o t i e n e n perfil,
109.
110.
111.
112.
N.T.V.
M.N.E.
M.N,E.
N.T.V.
p. 86.
p. 20.
p. 236.
p.p. 59-60.
unidad.
228
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
P o r eMo siis i n m o r t a l i d a d e s : Somos i n d i v i d u a l m e n t e inmor­
tales p o r q u e no existimos." ( 1 1 3 )
N o somos los individuos los inmortales, es el Ser, siempre eter­
no, p l e n o y uno.
E n r e l a e i ó n con el t e m a de la M u e r t e , resulta i n t e r e s a n t e acla­
rar el sentido de lui piuii'aío p o l é m i c o . D i c e nuestro filósoto:
" M i M e t a f í s i c a , p r o m e t i d a a G ó m e z die la Serna, c o m e n z a r á
así:
1) Greo en la e t e r n i d a d c o n m e m o r i a Pc!rs()n:d, con m e m o ­
r i a d e individualidad, de todo lo fpic; íuc
"persona alguna
vez." ( 1 1 4 )
J o s é I s a a c s o n i n t e r p r e t a q u e este párrafo t;utra en contradicción
con la n e g a c i ó n d e l yo. " S i el almi.smo es ayoico. —dice— ¿dónde u b i c a
l o p e r s o n a l ? " (115) M a c e d o n i o , q u e antes ha s'ostenido la imposibilidad
de la i n m o r t a l i d a d individual, ahora p a r e c e afirmarla.
Estáis líneas, en ax>ariencia oscuras, son una contradicción más
a p a r e n t e cjue real. E n e f e c t o , si r e p a r a m o s s o b r e ellas, lo prijnero (pie
se nos h a c e presentie es término Persona,
escrito con mayúsculas y lue­
go con minúscuilas, pero entre comillas. E l uso de las mayúsculas y ele;
las comillas, impliea, sin duda, una intemcicki expresa de p o n e r énfa­
sis en la p a l a b r a . L a Peiv.ona e n t o n c e s ,L\S .sinónimo de
SenníhíUdad,
esto es, de Ser.
Otros párrafos de la obra dorroboran esta a f i r m a c i ó n :
" L o f u n d a m e n t a l p a r a la eternidad cjue nos aguarda es la
cultura de la Afeoción, es decir, de la P e r s o n a , hasta llegar
a anular la c o n t i n g e n c i a (jue se llama S e n s a c i ó n . " (116)
E n c u a n t o al término indimdv.al,
aclara su sentido:
113.
114.
115.
116.
N.T.V. p.
N.T.V. p.
Isaacison,
N.T.V. p.
1S2.
171.
op. cit. p. &2.
16:6,
ima n o t a a ¡lie cíe página nos
229
EL
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
" L a Sensibilidad es una sola, у рог t a n t o no pa si b l e de n u m e r a l i d a d , no c a l i f i e a b l e de ú n i c a . Individual q u i e r e d e c i r
n e m ó n i c a , pues la f o r m a de individuación es ilusoria." ( 1 1 7 )
E s t a s ficticias contradieionas son, c o m o e n m u c h o s O'tros casos,
un prod'ucto del l e n g u a j e ,(pxe c o m o ya h e m o s d i c h o , Miacedonio ca­
lifica de
infiel.
E n síntesis: el t e m a de la M u e a l e es u n o de los m e n o s t r a b a j a ­
dos metafjsicamiente por e l autor (pese a q u e en la obra literaria ocu­
p a un l u g a r de importancia) y p o r t a n t o n o está t o t a l m e n t e e x p l i c i t a d o .
L a inmortalidad a p a r e c e c o n f u s a m e n t e
definida: n o a d m i t e la
c e s a c i ó n absoluta ( m a t e r i a l i s m o ) , p e r o t a m p o c o se
compromete
con
la Irascendiencia e n el sentido tradicional.
¿ Q u é h a y después de la M u e r t e ? ¿ Q u é es esa " O c u l t a c i ó n a l o s
ojds" de la q u e nos h a b l a el a u t o r ? M a c c d o n i b no lo dice, simplemen­
t e m a n i f i e s t a su creencia
en la continuación. No obstante, es importan­
te r e c o n o c e r ({ие esta cne0ncia
ad(piiore valor m e t a f í s i e o por s e r u n a
forma de la A f e c c i ó n .
P o r otra parte, es importíinic d e s t a c a r q u e
el sentido
interno
de todo el p e n s a m i e n t o m a c e d ó n i c o exige tal continuación. Si el
es psícpiibo y es e t e r n o , si n o h a y Y o , ni )'o, la M'uerte
S er
ni siquiera
puede ser p e n s a d a .
3.Í0.
EL CCNOCIMIEIMTO.
S.IO.l.
POSIBILIDAD
DE
METAFISICA. CIENCIA
Y MÍSTICA
CONOCER
L a postura de M a c e d o n i o freirte al tem-a del c o n o c i m i e n t o
re­
sulta e n total c o h e r e n c i a c o n t o d a su m e t a f í s i c a .
E l Ser, .vcgúin h e m o s visto, .sic ciñe al f e n ó m e n o y el f e n ó m e n o
es, sin disensión lo p l e n a m e n t e inteligible. P o r tantfe, es posible el co­
n o c i m i e n t o p e r f e c t o y t o t a l d,e la ríealidad. No h a y e n ella misterio
a l g u n o . (118)
117.
118.
N.T.V. p. 74.
N.T.V. p.p. y sgtes., 28, 30, 37-8, 63, 98, 138, 169, etc.
230
SONIA VICENTE
DE
ALVAREZ
L a "cosa-en-(si", el Tiemipo, el E s p a e i o , la C a u s a l i d a d , la N e c e s i ­
dad, etic. q u e h a n e n t o r p e c i d o s i e m p r e el t r a b a j o de la inteligtmeia, se
vien a h o r a r e d u c i d o s a meras p a l a b r a s v a c í a s , y c o m o no son r e a l e s no
presentan
n i n g ú n obstáculo p a r a el c o n o c i m i e n t o .
" Y o c r e o q u e todo es en el m i s m o
grado! i n v e s t i g a b l e , la
m u e r t e eomo la vida, c o m o lo q u í m i c o , c o m o n u e s t r a exis­
t e n c i a ]_:ísíquica anterior a esta e x p e r i e n c i a n e m ó n i c a h u m a ­
n a . P e r o investigando e n c o n t r a m o s a v e c e s q u e a nuestros
e n u n c i a d o s v e r b a l e s n o le hallamos ningx'ui c o n t e n i d o pri­
vativo
de ellos p e r c e p t i b l e
o c o n c e b i b l e . T a l es el c a s o
d e un t i e m p o sin suioesos, de un n o existir psíquilco." (119)
H a y entonioes m í a p l e n a c o n f i a n z a en la l a b o r de la M e t a f í s i c a .
P o r sustentar estas tesis M a c e d o n i o dialoga c o n t r o v c r t i d a m e n t e
con K a n t , S p e n c e r y el a g n 0 . s t i c i S m o .
Spenioer afirma q u e ciertos a.speetos de la Revalidad í»on incog­
noscibles d e b i d o a su tamaño o a su n ú m e r o . Así por e j e m p l o , es po­
sible q u e nos f o r m e m o s una i d e a clara r e s p e c t o de i m a m a n z a n a , perx)
esto resulta m á s difícil si nos dirigimos al p l a n e t a T i e r r a o a la
Vía
L á c t e a . L o m i s m o nos a c o n t o ü c r e s p e c t o a la v e l o c i d a d c o n (¡ue se
m u e v e u n c a r r u a j e , un avicm, el sonido o la luz. E s t o significa que
hay
ciertos a s p e c t o s d e la R e a l i d a d c|ue son irrepres entables d e b i d o a su
magnitud (espacio) o celeridad (tiempo).
M a c e d o n i o lespondle (jue e s t e h e c h o no es una limitación para
la M e t a f í s i c a , p u e s t o (¡ue c^Süa se o c u p a del p r o b l e m a de la existencia
del Ser, y d e s d e este p u n t o d e vista, una naranja tiene t a n t a existencia
c o m o todo ol universo. L o (pie se diga, p u e s , r e s p e c t o de la existencia
de la n a r a n j a vale p a r a toda la r e a l i d a d . ( 1 2 0 )
E s p o s i b l e (jue ciertos aspectos de la R e a l i d a d nos resulten in­
c o n c e b i b l e s p o r q u e la C i e n c i a no h a logrado a ú n m i desarrollo sufi­
ciente p a r a d e v e l a r el misterio (jue encierran.
119.
120.
E. p. 24.
N.T.V. p. 44.
231
EL
PENSAMIENTO
METÍVFÍSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
P o r otra p a r t e , recrudiccen las d i s i d e n c i a s c o n K a n t y los n o u m e n i s t a s . C o n los mismos a r g u m e n t o s , M a c e d o n i o resp'Onde t a m b i é n
a los agnó'sticos:
" ( L o s n o u m e n i s t a s ) nos d e c l a r a n capacitadcxs p a r a afirmar
la existenoia d e esencias d e las cuales n a d a p u e d e s a b e r s e
sino su inconocibilidad,. No a d v i e r t e n y p a r e c e b u r l e s c a la
afirmación, cpie s a b e r de algo q u e es i n c o n o c i b l e es s a b e r
m u c h o d e ello, x^orque h a y quo c o n o c e r m u c h o la n a t u r a ­
leza d e la cosa y la n a t u r a l e z a d e la I n t e l i g e n c i a p a r a a s e ­
verar q u e b a j o ningunas c i r c u n s t a n c i a s ésta podrá c o n o c e r
a a q u é l l a . P a r a a f i r m a r q u e el S e r os i n c o n o c i b l e , h a y cjue
c o n o c e r l o t o t a h n e n t e , saber q i : e en n i n g ú n t i e m p o el Ser
se a d e c u a r á a nuestra i n t e l i g e n c i a
y q u e en n i n g ú n ino-
m e n t o d e la i n f i n i d a d del T i e m p o la i n t e l i g e n c i a se a d e ­
c u a r á al Ser, es im-a d o b l e p r e d i c c i ó n
e t e r n a sobre el S e r
y la i n t e l i g e n c i a q u e significa una m á x i m a infatuación de
la i n t e l i g e n c i a d e los n c g a d o r e s de la i n t e l i g e n c i a . " (121)
E l S e r entonoes, es p l e n a m e n t e i n t e h g i b l e p o r q u e p a r t i c i p a d e
la m i s m a n a t u r a l e z a
del c o n o c i m i e n t o : es p u r a m e n t e
pisir|uico. P o r
t a n t o , la M e t a f í s i c a p u e d e a l c a n z a r un c o n o c i m i e n t o f i d e d i g n o , a c a ­
b a d o y p e r f e c t o de él.
3.10.2.
ti. CONOCI.MiE'NTO CO/ViO
DESCRIPCIÓN
Ahora b i e n , c a b e p r e g u n t a r s e e n q u é eon.siste el c o n o c i m i e n t o
p a r a M a c e d o n i o . Era im m u n d o todo psííjuico e initrínsecamenite inteli­
gible, el c o n o c i m i e n t o sólo es posible c o m o descripción.
E n efecto,
el
S e r es lo " s e n t i d o " ( r e p r e s e n t a c i o n e s y a f e c c i o n e s ) , segiui h e m o s d i c h o
unas l í n e a s m á s arriba n a d a h a y en él cjue p o s e a una n a t i n a l e z a a j e n a
o distinta a la del p r o p i o c o n o c i m i e n t o . E l S e r e n t o n c e s n o t i e n e q u e
ser demostrado,
sino mostrado.
C o n o c e r , y sobre todo conocer m e t a f i ­
s i c a m e n t e , no és clasificar, y estatizar la R e a l i d a d m e d i a n t e e s q u e m a s
deductivos, sino más b i e n revelarla
en t o d a su a u t e n t i c i d a d , desc\i-
brirla, develarla, mostrarla t a l cual ella es: un incesante; fluir de esta­
dos sentidos. ( 1 2 2 )
121.
N.T.V. p. 9'5.
N.T.V. p.p. 57, 155, 163-4, 168, 176, etc.
232
SoNiA
VICENTE DE
ALVAREZ
S e c o i n p r e n d e entonces p o r q u é M a c e d a n i o da a su posiura, en­
tre m u c h o s otros nombres el de " M e t a f í s i c a D e s c r i p c i o n i s t a . " ( 1 2 3 )
3.10,3.
METAFÍSICA. CIENCIA
Y MÍSTICA
¿ Q u é es lo q u e nos impulsa a intentar el c a m i n o de la M e t a f í ­
sica? E n otras palabras, ¿ d e d ó n d e arranca ei c o n o c i m i e n t o m e t a f í s i c o ?
¿cuál es su. p u n t o de p a r t i d a ? M a c e d o n i o responde^ (pie es un estado
de deseonooimiento, de i n f a m i l i a r i d a d de lo c o n o c i d o , en otros térmi­
nos, una " P a r a m n e s i a al r e v é s . " ( 1 2 4 )
C u a n d o nos enfrentamois a lo cotidiamo, a lo obvio asombra­
dos de sai existencia, presas de
mi estado
vuelve desconocido a(];!cllo
antt>s nos p a r e c í a (^vidente, claro
Í|U;ÍI
emotivo-cognoscitivo, ([uc
y
distinto, e n t o n c e s estamos en actitud metafísica.
L a M e t a f í s i c a entonces, podría también ser dei^inida como la
bústjueda de la "todo-comodidad-concicnci'ar' ( 1 2 5 ) , es decir, eomo el
intento d e r e s t a b l e c e r ol cípulibrio roto por el estado de
infamiliari­
dad. L a visión aleaiv/ada n o será y a la Pusalidad b a j o el es(|uema d e
la apcrcexioión, sino una c o n t e m p l a c i ó n pura del S(;r en t o d a sii auten­
ticidad.
E n este sentido, la MetaFísica se distingue de la C i e n c i a .
Ciencia
La
n o es Contemplacii'.n sino Visión A p e r c e p t i v a . A ella no l e
interesa el Ser, el F e n ó m e n o , sino sus rolacioncs. U b i c a , clasifica e in­
moviliza a la R e a l i d a d con un s()lo objetivo: e s c a p a r del D o l o r y alcan­
zar el P l a c a r . ( 1 2 6 ) ( E s t o se p o n e d e m a n i f i e s t o en la l u c h a contra las
enfermediades, el a u m e n t o del címfort, e t c . ) .
D e este modo la C i e n c i a t a m b i ó n está al servicio de la Afección,
p e r o con SU; actividad industriosa oculta la v e r d a d e r a naturaleza del
Ser.
E n el pensamiento de M a c e d o n i o , C i e n c i a y M e t a f í s i c a son antag(ínicas en su foilina (VisicSn a p e r c e p t i v a - C o n t e m p l a c i ó n descriptiva),
pero no en su. fin: ambas están al servicio d e la A f e c c i ó n .
133.
124.
128.
126.
128.
N.T.V.
N.T.V.
N.T.V.
N.T.V.
N.T.V.
p. 178.
p.p. 152, 154, 174.
p.p. 172, 189, etc.
p. 164.
p. 31.
233
E L
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
J u n t o a esta valoración n e g a t i v a de la a c t i v i d a d c i e n t í f i c a , M a ­
c e d o n i o a n o t a su r e c h a z o p o r 0 I Positivismo. Esite supone un oculta­
m i e n t o del S e r p o r q u e i n t e n t a a b o r d a r l o c i e n t í f i c a m e n t e ( e s t o es
a p e r c e p t i v a m e n t e ) . (127)
P o r otra xDarte, M a o e d o n i o sostiene q u e la M e t a f í s i c a , tal cu'al
él la c o n c i b e , superne un retorno al E s t a d o M í s t i c o . ( 1 2 8 )
E s t e implica eil logro de todos los anhelos de la M e t a f í s i c a . E n
el E s t a d o Místico nos aunamos í n t i m a m e n t e c o n el Ser, c o n t e m p l á n ­
dolo a c a b a d a m e n t e , en una plena quietud y e n una absoluta sociedad
espiritual.
Q u i e n alcanza el E s t a d o Místico no ansia n a d a , pues ha logrado
lo más pleno: el Sor en t o d a su v e r d a d .
E s t a d o M e t a f í s i e o y E s t a d o Místico n o se c o n f u n d e n . L a M e t a ­
física es acción, t r a b a j o arduo, b ú s q u e d a y afán, es a n d a r el c a m i n o .
L a Mís'tica, en c a m b i o , es sosiego, afán c o n c r e t a d o ,término de la búscjueda y fin del c a m i n o . N o obstante, se c o m p l e m e n t a n , p u e s juntas
constituyen el único m o d o de a c c e s o al Ser.
" L a M e t a f í s i c a es el retorno de la Visión Pura, o sea al
estado m í s t i c o . E s t a d o místico es vivir sin n o c i ó n de co­
m i e n z o d e sí m i s m o , sin noción de cesación, sin n o c i ó n d e
hiistoria individual, sin n o c i ó n de identidad personal, sin
n o c i ó n d e u n i d a d d e l cosmos, sin n o c i ó n de u n i d a d d e l a
persona, sin r u m b o de m a r c h a ni perfil de unidad, sin no­
c i ó n de .subordinación a un Gneador. E s t a d o místico es vi­
vir c o m o a u t o e x i s t e n t e i n c r e a d o ; y creo q u e es t a m b i é n
vivir sin la discriminación imagen^sensación, ensueño-reali­
dad, y sin la discriminación n u e v o - r e c o r d a d o , nuevo-ya-conooido. P o r t o d o lo c u a l estado m í s t i c o es vivir sin motivo
ninguno de a c c i ó n . " (129)
E l E s t a d o M í s t i c o de M a c e d o n i o p a r e c e r g u a r d a r alguna simili­
tud con el c o n c e p t o d e Felicidad
corno oontem,plaoíón,
p r e s e n t e en la
Etica a Nicómaco. (130)
127.
N.T.V. p, 38.
129.
130.
N.T.V. p. 153.
Aristót("les. KlAca a Nicómaco,
lil78a - lWOb.
234
SONIA
VICENTE
DE
ALVABEZ
L a inooi-poraoión d e la M i s t i c a a la F i l o s o f i a es un esfuerzo ori­
ginal d e M a c e d o n i o y tiene relación con el objeto principal
de su
labor: revalorar la Afección. E s t a es comienzo y fin de la trayectoria
M e t a f i s i c o - M i s t i c a . E n e f e c t o , ésta p a r t e de un estado emotivo-cognosDÍtivo ( i n f a m i l i a r i d a d de lo c o n o c i d o ) y culmina t a m b i é n en un estado
a f e c t i v o 4 n t e l e c t u a l (el estado m í s t i c o ) . E n m e d i o se u b i c a una investi­
gación r a c i o n a l rigurosa:
" E n suma: cuestión de sentimiento inicial, cuestión de sen­
t i m i e n t o final,
i n t e l e c t u a l la
investigación y de
ninguna
m a n e r a solución por el sentimiento c o m o quisieran ofrecér­
nosla K i r k e g a a r d o S c h e l e r " . (131)
P o r su incorporación d e la M í s t i c a a la M e t a f í s i c a , M a c e d o n i o
d e f i n e su postura c o m o una " C r í t i c o - M í s t i c a . " (132)
4.
CONCLUSIONES
E s evidente n u e la primordial i n t e n c i ó n d e M a c e d o n i o es res­
catar la A f e c c i ó n , olvidada, c u a n d o no d e g r a d a b a , p o r todo el racio­
nalismo. P a r a lograrlo, d e b e a t r i n c h e r a r s e
en u n a postura
extrema,
donde el Ser se r e d u c e a lo sentido y d o n d e no hay, p o r tanto, ningu­
na diferencia de naturaleza e n t r e E n s u e ñ o y Vigilia.
L a A f e c c i ó n es el lu'lo c o n d u c t o r en el laberinto m a c e d ó n i c o , de
su mano n o resulta difícil descubrir la congruencia y el sentido interno
•que c a r a c t e r i z a n a este p e n s a m i e n t o , a veces oscurecido a causa del
l e n g u a j e , del estilo y de la foa*ma d e la exposición.
Se c o m p r e n d e ahora poa- q u é el
interlocutor
permanente
de
nuestro filósofo es Kant. M a c e d o n i o b u s c a d e s e s p e r a d a m e n t e una sah d a p a r a la M e t a f í s i c a , q u e siente t r a b a d a en el seno de la R a z ó n
Pura, y la halla p o r e l c a m i n o d e la Afeoción, l u e g o d e h a b e r conver­
tido en n o c i o n e s a pesteriori, todos los a priori k a n t i a n o s : T i e m p o , E s ­
pacio, M a t e r i a , Y o , Causalidad, e t c .
131.
132.
N.T.. p.
m.
N.T.V. p. 142.
235
E L
PENSAMIENTO
METAFÌSICO
DE
MACEDONIO
FERNÁNDEZ
E n tal sentido, p o d e m o s decir que nuestro autor, c a b a l m e n t e
nuestro, da una respuesta original a uno de los más a c u c i a n t e s p r o b l e ­
mas c o n t e m p o r á n e o s : la h e r e n c i a de K a n t .
M a c e d o n i o vivió p r o f u n d a m e n t e su tiompo, lo c o m p r e n d i ó y res­
pondió a su desafío. E n tal sentido, su obra filosófica t i e n e s o b r a d o
valor. P o c o importa e n t o n c e s , q u e su postura impresione por m o m e n ­
tos, c o m o r e b u s c a d a o r e ñ i d a c o n el sentido c o m i m . Su v e r d a d e r a
dimensión es otra: la d e dar respuesta a su é p o c a .
E s t a respuesta, c o m o h e m o s señalado ,tiene p o c a divulgación
b a j o la f o r m a de doctrüui
filosófica. N o o b s t a n t e , a l c a n z a a m p l i a di­
fusión a través de la o b r a literaria del autor. E n efecto', t o d o lo q u e
M a c e d o n i o p r o d u c e c o m o literato, está i m p r e g n a d o d e su c e r t e z a m e ­
tafísica. D e ella b r o t a n una n o v e d o s a c o n c e p c i ó n del Arte y u n a ori­
ginal t e o r í a de la N o v e l a y de los P e r s o n a j e s . L a M e t a f í s i c a de M a c e ­
donio aflora a c a d a instante en su prosa y e n su poesía. E s p o r e s t e
canal qi'.e el filósofo-escritor se c o n v i e r t e en m a e s t r o de los j ó v e n e s
intelectuales de su é p o c a , influyendo p r o f u n d a m e n t e en m u c h o s de
olios: J o r g e Luis B o r g e s , N o r a h L a n g e , Oliverio y E d u a r d o G i r o n d o ,
E n r i q u e F e r n á n d e z L a t o u r , R a ú l Sealabrini Ortiz, Gésíar y S a n t i a g o
D a b o v e , etc.
T o d o ello nos h a c e p e n s a r q u e h a llegado la hora de q u e M a ­
cedonio entre definitivamionte en la Historia de l a F i l o s o f í a A r g e n t i n a .
E m p e c e m o s ahora, a t r e i n t a años de su m u e r t e .
B I B L I O G R A F I A
a)
Fuentes:
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2.
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Buenos Aires, Corregidor, 19715.
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5.
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236
SONIA VICENTE
DE
ALVAEEZ
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de América Latina, 1966.
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, William James y otras presencias
norteamericanas
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1980, ilus.
10.
, Nihilidad del espacio y tiempo en Macedonio
Fernández.
E n : " J o r n a d a s Nacionales de Filosofia", Cosquín, nov. 1978.
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11. Borges, Jorge Luis, Macedonio Fernández.
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12. Caturellli, Alberto, L a filosofía en la Argentina
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Trípoli, Vicente, Macedonio Fernández,
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Schopenhauer, El Mundo como Voluntad y
Representación.
24.
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