Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)

COSTUMBRISMO Y HABLA LOCAL:
EL LLIBRÉ DE GRAUS (HUESCA)*
Mª LUISA ARNAL PURROY
Universidad d e Zaragoza
1. INTRODUCCIÓN: SOBRE LA SITUACIÓN LINGÜÍSTICA DE GRAUS
Antes d e a d e n t r a r m e e n el t e m a d e esta exposición, p a r e c e a p r o p i a d o
ofrecer — a título d e i n t r o d u c c i ó n — algunos datos relativos a la situación
lingüística existente e n la localidad bajorribagorzana d e Graus. Y ello c o n
el objeto d e p r o p o r c i o n a r , a u n q u e sea e n líneas muy generales, el contexto — d e carácter sociolingüístico sobre t o d o — q u e sirva d e referencia a los
aspectos desarrollados e n la última parte del presente trabajo.
U n o d e los más i m p o r t a n t e s elementos patrimoniales con los q u e cuenta la p o b l a c i ó n d e G r a u s es, sin d u d a , su v a r i e d a d lingüística a u t ó c t o n a
—el grausino, c o m o suelen d e n o m i n a r l a los h a b i t a n t e s d e la zona—, q u e
h a logrado sobrevivir hasta nuestros días.
Es conveniente señalar q u e , d e n t r o del complejo p a n o r a m a lingüístico
d e la Ribagorza ( d o n d e se hablan modalidades lingüísticas catalanas e n su
p a r t e oriental, d e signo aragonés e n el área occidental y «variedades fronterizas» — e s t o es, c o n u n a n o t a b l e mezcla d e rasgos a r a g o n e s e s y catalan e s — e n la zona central) , el habla local d e Graus se adscribe a las modali1
*
Quiero expresar mi más sincero agradecimiento al Ayuntamiento de Graus, especialm e n t e a Aurora Bruballa Arasanz, así c o m o al sobrino-nieto d e J o a q u í n Costa, D. José Mª
Auset, al hijo del p o e t a gradense T o n ó n de Baldomera, D. A n t o n i o López Monclús, y a mi
amiga y compañera Carmen Lanao, por haber puesto a mi disposición los distintos ejemplares
del Llibré y por la valiosa información que m e proporcionaron acerca de dicha publicación.
1
Para u n trazado general de la situación geolingüística de la comarca ribagorzana, vid.
ARNAL ( 1 9 9 7 ) .
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dades ribagorzanas d e filiación aragonesa, a u n q u e posee también rasgos y
formas lingüísticos d e carácter catalán, a d e m á s d e otros específicamente
ribagorzanos . P e r o los elementos d e raigambre aragonesa, catalana o propios d e la Ribagorza n o son los únicos q u e configuran la variedad dialectal
d e G r a u s ; p a r t e i n t e g r a n t e d e esta « l e n g u a f u n c i o n a l » s o n t a m b i é n los
a b u n d a n t e s e l e m e n t o s c a s t e l l a n o s q u e h a n i d o p e n e t r a n d o —y s i g u e n
h a c i é n d o l o — sea e n calidad d e préstamos léxicos, sea c o m o consecuencia
d e u n l e n t o p e r o c o n s t a n t e p r o c e s o d e sustitución d e formas vernáculas
p o r las c o r r e s p o n d i e n t e s d e la l e n g u a oficial . D e h e c h o , la variedad dialectal d e Graus se halla e n la actualidad n o t a b l e m e n t e castellanizada.
2
3
Hay q u e t e n e r e n cuenta, p o r o t r o lado, q u e e n la c o m u n i d a d q u e nos
o c u p a existe u n a s i t u a c i ó n d e « c o n t a c t o d e l e n g u a s » , p u e s , j u n t o a la
variedad a u t ó c t o n a convive la l e n g u a g e n e r a l , si b i e n a m b o s sistemas lingüísticos —el dialectal y el castellano— n o gozan d e la m i s m a valoración
e n t r e sus usuarios: así, el castellano, p o r ser la l e n g u a d e la e n s e ñ a n z a , la
de la Administración, la d e los m o d e r n o s medios d e comunicación, etc., y
t a m b i é n la q u e t r a d i c i o n a l m e n t e h a n utilizado los m i e m b r o s socialmente
«distinguidos» d e n t r o d e la c o m u n i d a d , es considerado c o m o la lengua d e
p r e s t i g i o o v a r i e d a d «alta». El h a b l a local, e n c a m b i o , es t e n i d a c o m o
variedad «baja» e, incluso, e n t r e los mayores d e 45 ó 50 a ñ o s n o es infrec u e n t e considerarla c o m o u n castellano d e f o r m a d o o mal h a b l a d o . N o e n
vano, utilizar su p r o p i a variedad lingüística es p a r a ellos habla basto, mientras q u e hablá fino significa expresarse e n castellano.
4
A d e m á s d e esta diferente valoración, h a b l a local y castellano t a m p o c o
se e n c u e n t r a n e n las mismas situaciones comunicativas. A g r a n d e s rasgos,
2
A esta misma conclusión llega Alvar e n su estudio sobre el habla de Graus, basado e n
el análisis d e los materiales que sobre esta localidad figuran e n el Atlas Lingüistic de Catalunya
de Griera (cuyos datos p e r t e n e c e n a la segunda década d e nuestro siglo): «pienso n o forzar
la realidad —dice ALVAR— al considerar el dialecto c o m o de filiación aragonesa (...). El léxic o v i e n e a corroborar el carácter castellano-aragonés d e l habla actual d e Graus» (ALVAR,
1954:
p. 5 3 ) . Vid. t a m b i é n ARNAL ( 1 9 9 4 : p p . 2 9 2 - 3 0 0 ) , d o n d e se ofrece u n a caracterización d e
los rasgos lingüísticos más representativos del habla d e la Baja Ribagorza occidental, zona a
la que pertenece la localidad d e Graus.
3
Es preciso puntualizar, n o obstante, que también existen rasgos y formas lingüísticos
que, aunque coincidentes c o n el castellano, n o se d e b e n al proceso d e castellanización, sino
a u n resultado c o m ú n a las hablas aragonesas — e n nuestro caso, el grausino— y al castellano; n o se olvide, e n este s e n t i d o , q u e se trata d e d o s sistemas lingüísticos g e n é t i c a m e n t e
emparentados que, por tanto, han llegado a soluciones idénticas e n n o pocos casos. Precisam e n t e , aunque c o m o hizo notar WEINREICH ( 1 9 5 3 ) , el alcance d e la «interferencia» ( o d e la
«transferencia», si se prefiere este t é r m i n o más n e u t r o ) d e u n a l e n g u a sobre otra e n u n a
situación d e contacto p u e d e ser independiente d e la distancia interlingüística, e n el caso que
nos ocupa, los numerosos puntos d e semejanza entre castellano y grausino han favorecido la
transferencia lingüística.
4
Recordemos que dos o más lenguas (o dialectos o variedades lingüísticas) están «en
contacto» c u a n d o «son usadas alternativamente por las mismas personas» (vid. WEINREICH,
1 9 5 3 : p. 1 7 ) .
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p u e d e decirse q u e la variedad dialectal funciona c o m o u n «estilo d e lengua» informal, p r o p i o d e situaciones d e confianza e n t r e los interlocutores,
p u e s vive r e l e g a d a p r i n c i p a l m e n t e al á m b i t o conversacional d e la intimid a d del h o g a r y del p r o p i o círculo lingüístico. Por el contrario, el castellan o es la l e n g u a d e las manifestaciones d e mayor alcance cultural y d e las
relaciones más formales o d e p o c a confianza e n t r e los interlocutores.
Nos e n c o n t r a m o s , p o r t a n t o , a n t e u n caso típico d e «diglosia funcion a l » q u e , c o m o explica Rojo (1985: p p . 613-614), existe c u a n d o «se d a
u n a regulación socialmente aceptada según la cual cada lengua o variedad
es a d e c u a d a p a r a d e t e r m i n a d a s situaciones».
5
C o n r e l a c i ó n al g r a d o d e u s o d e l h a b l a local, d e b e m o s a ñ a d i r q u e
— c o m o sucede e n otras áreas dialectales— la mayor frecuencia d e e m p l e o
c o r r e s p o n d e a los m a y o r e s d e 60 ó 65 a ñ o s , m i e n t r a s q u e t i e n e u n u s o
limitado e n t r e los jóvenes. N o es extraño, en consecuencia, q u e los hablantes sean conscientes d e q u e su m o d a l i d a d lingüística se está p e r d i e n d o , y
esto n o sólo p o r la n o t a b l e y progresiva castellanización q u e manifiesta,
sino sobre t o d o p o r el h e c h o d e q u e el grausino se habla cada vez m e n o s
e n t r e las nuevas generaciones.
Hay q u e decir al respecto q u e las características semiurbanas d e Graus
(población de casi 3.300 habitantes, c e n t r o comercial y cultural d e la Ribagorza, lugar de tránsito hacia el Pirineo, turismo, etc.) se h a n convertido e n
circunstancias desfavorables p a r a la plena conservación del habla vernácula.
Pese a t o d o ello, ni el limitado uso d e la variedad dialectal ni la parcial
— a u n q u e considerable— castellanización q u e manifiesta llevan aparejada
su i n m i n e n t e desaparición, c o m o t a m p o c o la inferior valoración q u e se le
atribuye e n r e l a c i ó n c o n el castellano implica q u e el h a b l a local sea despreciada p o r la c o m u n i d a d .
6
En este o r d e n d e cosas m e r e c e la p e n a d e s t a c a r q u e el g r a u s i n o , a
pesar d e ser u n a m o d a l i d a d lingüística d e uso e m i n e n t e m e n t e oral, goza
también d e u n a apreciable tradición escrita q u e c o n t i n ú a viva en la actualidad. Y digo «apreciable» e n el sentido de q u e , a u n q u e el grausino escrito
q u e d a postergado e n la modestia d e su localismo, d e b e tenerse e n c u e n t a
q u e hay variedades dialectales q u e n o llegan n u n c a a escribirse (vid. Alvar,
1965: p . 11).
5
U n b u e n estado de la cuestión sobre el c o n c e p t o de diglosia, presentado — c o m o es
s a b i d o — por Ch. A . FERGUSON e n su f u n d a m e n t a l trabajo de 1 9 5 9 («Diglossia»)—, c o n las
ampliaciones y revisiones posteriores, se encuentra e n LÓPEZ MORALES ( 1 9 8 9 : pp. 6 4 - 8 3 ) . Vid.
también al respecto el trabajo de ROJO ( 1 9 8 5 ) .
6
U n a información más amplia sobre el c o m p o r t a m i e n t o lingüístico que manifiestan
los miembros de la población de Graus y de otras localidades bajorribagorzanas de las cuencas media y baja del río Esera (desde Santa Liestra y Perarrúa, al norte, hasta Estadilla y Fonz,
al sur),
se e n c u e n t r a e n ARNAL ( 1 9 9 2 ) .
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Claros e x p o n e n t e s d e su m a n i f e s t a c i ó n escrita s o n , p o r e j e m p l o , las
p á g i n a s d e l p e r i ó d i c o El Ribagorzano — i n s p i r a d o e n el p e n s a m i e n t o d e
J o a q u í n Costa, q u e se editó desde 1904 a 1930, a b r i é n d o s e u n a s e g u n d a y
c o r t a e t a p a e n t r e 1981 y 1 9 8 5 , p a r a volverse a p u b l i c a r e n 1 9 9 7 — , así
c o m o los escritos, e n p r o s a y e n verso, d e A n t o n i o L ó p e z S a n t o l a r i a —
más c o n o c i d o p o r T o n ó n d e B a l d o m e r a — , o las m á s r e c i e n t e s composic i o n e s y n a r r a c i o n e s d e Luis A g u i l a r — q u e firma c o m o L u i s ó n d e Fier r o — , a cuya iniciativa, j u n t a m e n t e c o n la d e Baudilio Colomina, se d e b e
la p u b l i c a c i ó n d e la revista local El fogaril, q u e edita el A y u n t a m i e n t o d e
Graus y cuyo p r i m e r n ú m e r o h a a p a r e c i d o e n 1996. P e r o , d o n d e esta tradición escrita d e l g r a u s i n o se revela c o n mayor evidencia y d e m o d o m á s
constante es a través d e las páginas del llamado Llibré.
7
8
H e c r e í d o c o n v e n i e n t e e x t e n d e r m e e n estas c o n s i d e r a c i o n e s preliminares p o r q u e , c o m o más adelante trataré d e demostrar, la situación sociolingüística existente e n la c o m u n i d a d gradense q u e d a reflejada, e n b u e n a
m e d i d a , e n el tradicional Llibré d e Graus, d e cuya trayectoria y c o n t e n i d o
m e o c u p a r é a continuación.
2. EL LLIBRÉ DE GRAUS
9
2.1. Trayectoria histórica del Llibré
El d e n o m i n a d o Llibré es u n a publicación a n u a l c o n m e m o r a t i v a d e las
fiestas patronales d e Graus, q u e se celebran del 12 al 15 d e septiembre e n
h o n o r al Santo Cristo y a San Vicente Ferrer. Su finalidad originaria es d a r
a c o n o c e r el p r o g r a m a oficial d e las fiestas d e la localidad, tanto e n materia religiosa c o m o profana.
Surgido p o r iniciativa m u n i c i p a l , este «librito-programa» a p a r e c e p o r
vez p r i m e r a e n el ya lejano a ñ o d e 1921, convirtiéndose Graus e n u n o d e
los p r i m e r o s m u n i c i p i o s d e la P e n í n s u l a d o n d e t i e n e l u g a r este tipo d e
publicaciones. Desde esa fecha, e n q u e ya q u e d ó bautizado p o p u l a r m e n t e
c o n el n o m b r e d e Llibré—que
q u i e r e d e c i r ' l i b r i t o ' — se h a p u b l i c a d o
p r á c t i c a m e n t e sin i n t e r r u p c i ó n hasta la actualidad, e x c e p t u a n d o el p a r é n -
7
La obra de este autor, escrita e n su mayor parte entre 1 9 5 0 y 1 9 7 0 , se halla publicada
bajo el título Prosa y verso de Tonón de Baldomera, Huesca, Instituto de Estudios Altoaragoneses,
1983.
8
Varios d e los textos escritos por Luisón de Fierro se recogen e n el libro de E. VICENTE DE VERA, Textos en grausino (1904-1985), Zaragoza, Diputación General de Aragón, 1 9 8 6 .
9
Algunos de los datos que figuran e n el presente subapartado han sido extraídos del
breve artículo de Vicente LACAMBRA VILAS, titulado «Pequeña historia d e nuestro Llibré», que
se editó e n el ejemplar de 1 9 7 1 c o n motivo del cincuentenario de esta publicación local.
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tesis d e la g u e r r a civil y el d e algún a ñ o aislado — c o m o el d e 1942— e n el
q u e n o se celebraron las fiestas patronales.
D e l é x i t o y p o p u l a r i d a d a l c a n z a d o s p o r el Llibré d a n fe, e n t r e o t r o s
aspectos, el a u m e n t o q u e h a ido e x p e r i m e n t a n d o t a n t o e n el n ú m e r o d e
ejemplares e d i t a d o s c o m o e n el n ú m e r o d e p á g i n a s q u e lo c o n f i g u r a n .
Sirvan estos datos p a r a ilustrarlo: la tirada inicial, q u e fue d e 500 ejemplares, se duplicó e n años posteriores hasta alcanzar, a partir de 1959, la considerable cifra d e 2000 ejemplares; desde entonces, el Llibré deja d e repartirse g r a t u i t a m e n t e e n t r e los vecinos del m u n i c i p i o y se p o n e a la venta. El
i n c r e m e n t o e n su n ú m e r o d e páginas h a sido, asimismo, n o t a b l e , p u e s si
e n las p r i m e r a s décadas d e su edición los ejemplares n o llegaban a las 50
páginas, e n las últimas s u p e r a n a m p l i a m e n t e el c e n t e n a r (el d e 1996, p o r
ejemplo, está f o r m a d o p o r 184 páginas).
10
A lo largo d e sus s e t e n t a y cinco a ñ o s d e a n d a d u r a , se p e r c i b e n e n el
Llibré c a m b i o s q u e afectan n o sólo a lo f o r m a l ( h a m e j o r a d o ostensiblem e n t e su calidad editorial), sino t a m b i é n a su c o n t e n i d o . A u n q u e m e h a
sido imposible localizar todos los ejemplares del Llibré (la Biblioteca municipal dispone, con algunas ausencias, d e los editados a partir d e 1949), los
q u e h e p o d i d o c o n s u l t a r d e los a ñ o s a n t e r i o r e s a esta fecha — c o n c r e t a m e n t e nueve—, q u e se hallan en m a n o s d e particulares, son muy simples:
constan d e u n a «Invitación» a las fiestas patronales h e c h a p o r el alcalde d e
la localidad, el P r o g r a m a Oficial d e los actos festivos y la serie d e anuncios
con los q u e se intentaba costear los gastos d e la edición.
A p e n a s h a b í a c o l a b o r a c i o n e s e n estos p r i m e r o s n ú m e r o s , si b i e n hay
q u e destacar q u e , j u n t o a la «Invitación» del alcalde, el P r o g r a m a d e las
fiestas y los a n u n c i o s , f i g u r a b a t a m b i é n u n t e x t o e s c r i t o e n g r a u s i n o
— s o b r e el q u e volveré m á s a d e l a n t e — , a c a r g o d e D. Vicente L a c a m b r a ,
d u e ñ o d e la i m p r e n t a d o n d e se e d i t ó el Llibré d e s d e su o r i g e n h a s t a el
a ñ o 1966. N o carece d e relevancia el h e c h o d e q u e , ya e n el p r i m e r Llibré,
a p a r e z c a u n a c o l a b o r a c i ó n e n g r a u s i n o , p u e s t o q u e , d e s d e e n t o n c e s , la
p r e s e n c i a d e l h a b l a local e n esta p u b l i c a c i ó n se va a convertir — p o r así
d e c i r l o — e n t e m a obligado. C i e r t a m e n t e , e n cada u n o d e los ejemplares
editados hasta la actualidad hay textos escritos e n la variedad dialectal d e
Graus.
Con el transcurso de los años, las colaboraciones d e gentes gradenses y
d e personas vinculadas d e u n m o d o u otro a la localidad son cada vez más
a b u n d a n t e s , al t i e m p o q u e t a m b i é n se diversifican los a s p e c t o s q u e e n
tales colaboraciones se a b o r d a n , a u n q u e m a n t i e n e n s i e m p r e u n d e n o m i n a d o r c o m ú n : Graus y su comarca.
1 0
C o m o testimonio de la popularidad de esta publicación, merece la p e n a añadir que
— s e g ú n relata Vicente LACAMBRA VILAS e n el articulito citado— la Escuela Oficial de Periodism o de Madrid solicitó, en 1953, diez ejemplares del Llibré de Graus.
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Mª Luisa Arnal Purroy
El Llibré deja, pues, d e ser u n simple p r o g r a m a d e las fiestas patronales,
p a r a convertirse, sobre t o d o desde finales d e la d é c a d a d e los años 40, e n
u n a especie d e crónica d e la villa d e Graus. N o es e x t r a ñ o , p o r tanto, q u e
e n u n artículo a p a r e c i d o en el Llibré de 1958, el sobrino-nieto d e J o a q u í n
Costa, D. José Mª Auset, caracterice esta publicación m e d i a n t e las siguientes palabras:
¿Es un programa anunciador de fiestas? —se pregunta—. ¡No! es
algo más que un folleto de propaganda al servicio de una comisión de
festejos. Es archivo, arca custodia de las esencias puras de nuestras tradiciones, nuestra historia y nuestro dialecto que dieron carácter a la recia
Ribagorza (...); es el poético lenguaje del alma de un pueblo que, pregonando sus tradiciones, lanza a los cuatro vientos su milenaria existencia; es enlace del hoy al mañana que hará revivir el pasado en las mentes juveniles de nuestros hijos.
Y, más adelante, hace referencia a la finalidad del Llibré
revivir nuestro glorioso pasado; honrar la memoria de nuestros preclaros ascendientes; reavivar nuestras tradiciones y mantener nuestro dialecto y virtudes que nos dieron peculiar carácter.
En efecto, a través d e sus p á g i n a s van a p a r e c i e n d o las m á s g e n u i n a s
c o s t u m b r e s y tradiciones gradenses, su variado folklore, sus r i n c o n e s m á s
entrañables, sus personajes ilustres, sus leyendas..., además del pasado histórico d e esta población bajorribagorzana y d e su e n t o r n o , sin faltar tamp o c o los p r o b l e m a s e i n q u i e t u d e s q u e le c o n c i e r n e n , n i los p r o y e c t o s y
propuestas c o n d u c e n t e s al progreso d e la localidad.
T o d o ello lleva a c o n s i d e r a r el Llibré c o m o «el m á s g e n u i n o d e los
d o c u m e n t o s d e la Villa» — s e g ú n se lee e n u n a r t í c u l o p u b l i c a d o e n el
ejemplar d e 1972 y firmado p o r Vicente d e Ribagorza—; c o m o «Libro d e
actas d e la Villa» lo define Francisco Castillón e n el Llibré de 1975; otro asid u o c o l a b o r a d o r , J o s é Mª H e r n á n d e z d e la T o r r e , ve e n esta publicación
«no sólo u n p o p u l a r i n s t r u m e n t o d e la e m p r e s a cultural, sino u n símbolo
p e r m a n e n t e d e la p e r m a n e n t e i n q u i e t u d c u l t u r a l d e G r a u s » , tal c o m o
e x p r e s a e n el e j e m p l a r d e 1977; o, e n fin, p o r a ñ a d i r u n a o p i n i ó n más,
Luisón d e Fierro, e n el Llibré de 1984, lo califica — e n g r a u s i n o — c o m o «el
m e j o r m e d i o p a ' r e c o r d á el ' p a s á u ' , viví el p r e s e n t e y m e j o r a el futuro, y
con q u e mos c o m u n i c a n nusotros los Grausinos».
Además, esta publicación q u e a ñ o tras a ñ o ve la luz e n los días previos
a la c e l e b r a c i ó n d e las fiestas p a t r o n a l e s d e s e p t i e m b r e , a n u n c i a n d o su
i n m i n e n t e c o m i e n z o , h a l l e g a d o a ser t a m b i é n u n o m á s d e los festejos
populares: el p r i m e r o d e ellos, singular, e n t r a ñ a b l e y altamente apreciado,
sin d u d a , p o r todos los gradenses.
P a r a c o m p l e t a r estas n o t a s sobre la trayectoria d e la p u b l i c a c i ó n q u e
nos ocupa, hay q u e añadir q u e , en las últimas décadas, especialmente desd e 1970, se advierte c o m o el Llibré, a través d e las colaboraciones q u e en él
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Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
se recogen, a d q u i e r e mayor erudición, p o r así expresarlo. Si e n t r e los años
50 y 70 f u n d a m e n t a l m e n t e p u e d e calificarse c o m o u n a p u b l i c a c i ó n d e
carácter e m i n e n t e m e n t e localista y popular, d o n d e los gradenses escriben,
con sencillez, sobre sus tradiciones, r e c u e r d o s , a n é c d o t a s , c o s t u m b r e s . . . ,
e x a l t a n d o siempre lo grausino, a partir d e 1970, y sin dejar n u n c a d e apar e c e r este t i p o d e c o l a b o r a c i o n e s d e s a b o r « p o p u l a r » y « t e r r u ñ e r o » ,
c o m i e n z a n a proliferar artículos más e l a b o r a d o s y técnicos, más eruditos,
m u c h o s d e los cuales versan sobre la historia d e Graus y su comarca.
Y es q u e las autoridades municipales quieren q u e esta apreciada y tradicional publicación anual alcance mayor prestigio y nivel cultural y, para ello,
solicitan la colaboración d e quienes, m e d i a n t e sus artículos y ensayos, pued e n contribuir a lograr tales objetivos. Resulta bien ilustradora de este talante
la presencia, sobre todo e n los últimos años, d e diversas colaboraciones d e
profesores de la Universidad d e Zaragoza. Por ejemplo, en el Llibré de 1990,
aparece u n artículo d e Pilar Utrilla, catedrática d e Prehistoria y natural d e
Graus, t i t u l a d o «Los p r i m e r o s h a b i t a n t e s d e Graus vivieron e n las Forcas
hace 15.000 años»; Eloy Fernández Clemente escribe sobre «Graus hace dos
tercios de siglo» y Guillermo Fatás habla acerca de «La heráldica de Graus».
Conviene insistir, n o obstante, e n q u e la presencia d e este tipo d e colab o r a c i o n e s d e signo e r u d i t o n o a n u l a la d e otras d e sabor m á s p o p u l a r .
Así, e n ese mismo Llibré d e 1990, j u n t o a los artículos m e n c i o n a d o s y otros
d e índole semejante, figura, p o r ejemplo, u n p o e m a d o n d e se ensalzan las
fiestas p a t r o n a l e s ; e n o t r o texto se c o m e n t a n distintos aspectos d e la vida
cotidiana g r a d e n s e ; se edita u n a composición e n verso e n la q u e el a u t o r
r e m e m o r a costumbres d e su infancia e n Graus; en otras composiciones se
r i n d e h o m e n a j e a personas d e la localidad ya desaparecidas o se recuerda,
e n fin, a aquellos gradenses q u e tuvieron q u e emigrar a otros lugares.
Y este Llibré de 1990 q u e n o s h a servido d e ejemplo n o constituye u n a
e x c e p c i ó n . Es habitual q u e e n estos «libritos» d e las tres últimas d é c a d a s
convivan a r m ó n i c a m e n t e lo p o p u l a r y lo erudito.
2.2. Las colaboraciones del Llibré y sus temas recurrentes
De lo e x p u e s t o hasta aquí se colige q u e el Llibré es u n a peculiar publicación miscelánea q u e forma p a r t e d e la excepcional historia d e la p r e n s a
local d e Graus .
11
11
N o es exagerado afirmar que la historia de la prensa de Graus es excepcional. En efecto,
son varias las publicaciones periódicas que han visto su nacimiento e n esta localidad bajorribagorzana. La primera y más importante, sin duda, es El Ribagorzano (1904-1930, 1981-1985, 1997-),
al que ya h e aludido anteriormente. Pero entre 1917 y 1936 surgen nada m e n o s que otras seis
publicaciones: el periódico regionalista Patria Nueva (1917), los radicales El Heraldo de Ribagorza
(1927) y LAUD (Literatura, Arte, Unión y Deporte), el republicano El Ideal de Aragón (1930), la revista
católica mensual La Cruz (1933) y, por último, Papel (1936); vid. GEA (1984: t. VI, p. 1.597).
249
Mª Luisa Arnal Purroy
El e x a m e n d e los distintos e j e m p l a r e s d e l Llibré p e r m i t e d i f e r e n c i a r
e n él tres secciones. De u n a p a r t e , n o s e n c o n t r a m o s c o n t o d o s los ingred i e n t e s característicos d e los folletos a n u n c i a d o r e s d e las fiestas locales:
la «invitación» d e l a l c a l d e , a la q u e , a p a r t i r d e 1969, se a ñ a d e n u n a s
reflexiones a c a r g o d e l p á r r o c o y u n s a l u d o del p r i o r d e la cofradía d e l
S a n t o Cristo y San V i c e n t e F e r r e r . T a m b i é n a p a r e c e n , d e s d e 1968, las
fotos d e la r e i n a d e las fiestas y sus d a m a s d e h o n o r y, p o s t e r i o r m e n t e ,
las d e los « r e p a t a n e s » d e los diversos b a r r i o s d e la villa. A t o d o ello se
a ñ a d e , o b v i a m e n t e , el p r o g r a m a d e t a l l a d o d e los festejos p o p u l a r e s y,
e n o c a s i o n e s , figura t a m b i é n el t e x t o d e l p r e g ó n d e las fiestas d e l a ñ o
anterior.
O t r o a p a r t a d o , s i e m p r e p r e s e n t e y t a m b i é n h a b i t u a l e n este t i p o d e
publicaciones conmemorativas d e las fiestas patronales, viene constituido
p o r la n u t r i d a serie d e a n u n c i o s comerciales, q u e constituyen, c o n seguridad, u n magnífico d o c u m e n t o p a r a estudiar la evolución socioeconómica
d e Graus y su comarca desde 1921 hasta la actualidad.
P e r o la sección q u e , d e f o r m a indiscutible, confiere carácter singular
al Llibré d e G r a u s es la f o r m a d a p o r el c o n j u n t o d e c o l a b o r a c i o n e s q u e
e n él se p u b l i c a n . Ya h e i n d i c a d o a n t e s q u e el n e x o q u e vincula a todas
ellas es G r a u s y su e n t o r n o , p e r o d e n t r o d e este m a r c o g e n e r a l , a u n q u e
localista, las diversas colaboraciones se m u e s t r a n bastante variadas, t a n t o
p o r lo q u e se refiere a su tipología c o m o p o r lo q u e a t a ñ e a los temas d e
q u e tratan.
D e j a n d o a p a r t e el h e c h o , s o b r e el q u e m e o c u p a r é m á s a d e l a n t e , d e
q u e h a y a c o l a b o r a c i o n e s escritas e n g r a u s i n o y e n c a s t e l l a n o , i n t e r e s a
señalar a h o r a q u e n o son escasas las composiciones versificadas, la mayoría e n f o r m a d e r o m a n c e s y coplas, si b i e n p r e d o m i n a n , c o n diferencia,
los textos en prosa. Entre éstos se distinguen artículos costumbristas, cuentos y leyendas, n a r r a c i o n e s d e a n é c d o t a s , relatos d e c a r á c t e r biográfico
sobre distintas personas gradenses, descripciones d e rincones y paisajes...;
figuran también algunos textos e n forma d e carta y se recoge incluso u n a
breve o b r a d e teatro.
J u n t o a esta serie d e colaboraciones q u e cabría e n c u a d r a r bajo el marbete — n o fácil d e delimitar con precisión— d e «literatura p o p u l a r » , tam12
12
Para YNDURÁIN (1966: p. 15) la literatura popular se circunscribe a la «que vive e n la
tradición oral de u n pueblo, sin autor c o n o c i d o y sometida a las modificaciones que el m e d i o
de difusión y p e r m a n e n c i a supone». Frente a esta c o n c e p c i ó n , que podría calificarse —sin
n i n g ú n matiz peyorativo— de restringida, otros autores interpretan el sintagma «literatura
popular» e n u n sentido más amplio, que es el que seguimos e n el presente trabajo; así, por
ejemplo, BELTRÁN (1979: p. 77) considera que dentro de la literatura popular d e b e n incluirse
también «todas las manifestaciones habladas o escritas ( . . . ) , procedentes de autores eruditos
olvidados, cuyas creaciones h a n sido asimiladas por el p u e b l o o b i e n , a u n q u e tengan autor
originalmente, desconocido casi desde que se produjeran».
250
Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
bien a p a r e c e n ensayos y artículos d e divulgación sobre temas históricos,
así c o m o otras variadas c o l a b o r a c i o n e s d e c o n t e n i d o e c o n ó m i c o y sociocultural .
13
Los t e m a s t r a t a d o s e n el Llibré son, p u e s , diversos, a u n q u e n u n c a se
p i e r d e ese carácter localista consustancial a esta publicación, q u e deja traslucir a través d e sus páginas u n p r o f u n d o respeto y a m o r p o r t o d o lo conc e r n i e n t e a e s t a p o b l a c i ó n r i b a g o r z a n a q u e o s t e n t a el t í t u l o d e «Muy
Noble y Muy Antigua Villa», o t o r g a d o p o r P e d r o II e n el a ñ o 1223.
Pese a esta d i v e r s i d a d , s i e m p r e d e n t r o d e los l í m i t e s d e lo local, se
observa la existencia de varios núcleos temáticos r e c u r r e n t e s , c o m o son la
historia d e Graus, la figura d e J o a q u í n Costa, las tierras, gentes y p a t r o n o s
d e la localidad y el costumbrismo g r á d e n s e .
14
2.2.1. La historia de Graus
La localidad d e Graus c u e n t a con u n rico p a s a d o histórico, conformad o tanto p o r significativos acontecimientos e n ella acaecidos, c o m o p o r el
elenco d e ilustres personajes q u e tuvieron a Graus c o m o patria o lugar d e
actuación. A u n q u e n o es este el lugar a p r o p i a d o p a r a hablar d e la historia
d e esta población, cabe recordar, a título de ejemplo, q u e en Graus encontró la m u e r t e , e n el a ñ o 1063, R a m i r o I d e A r a g ó n al i n t e n t a r r e c o n q u i s tarla; q u e e n el colegio de los jesuitas de la localidad q u e nos o c u p a sufrió
destierro Baltasar Gracián, d o n d e —se dice— escribió la s e g u n d a p a r t e d e
El Criticón; o q u e d e Graus p r o c e d e el ilustre linaje d e los Bardaxí o Bardaj í , u n o d e cuyos m i e m b r o s , D. Eusebio Bardaxí y Azara, llegó a la presidencia del g o b i e r n o español e n 1837.
N o h a d e l l a m a r la a t e n c i ó n , p o r t a n t o , la p r e s e n c i a e n el Llibré d e
a b u n d a n t e s artículos, muy bien d o c u m e n t a d o s e n su mayoría, e n los q u e
se t r a t a n distintos aspectos d e la historia d e esta villa r i b a g o r z a n a y, p o r
1 3
Entre estas últimas cabe destacar —tanto por su cantidad c o m o por su calidad— las
de D. Francisco Salamero Reymundo, quien — a través de sus artículos, publicados sin excepción desde 1970— defiende encarecidamente los intereses generales de la Ribagorza, instand o a la recuperación de su identidad histórico-cultural, a la revitalización de su e c o n o m í a y al
resurgimiento, en fin, de esta antigua comarca pirenaica. De h e c h o , para alcanzar tales objetivos, este tenaz y entusiasta defensor de la Ribagorza logra fundar e n 1994 la «Liga Ribagorzana», asociación de la que es presidente.
1 4
Aparte de estos cuatro apartados, cabría establecer otro configurado por leyendas,
cuentos, historietas y chascarrillos gradenses. La diversidad y amplitud de este interesante
núcleo temático permiten abordarlo e n u n estudio i n d e p e n d i e n t e , razón por la cual he preferido n o ocuparme de él dentro de los límites del presente trabajo. Considero oportuno, n o
obstante, mencionar aquí la notable calidad de los relatos de ficción, elaborados y recreados
a partir de datos históricos, que escribe Justo Broto Salanova en los ejemplares de los últimos
años; entre estos relatos, que el autor d e n o m i n a «fantasías históricas», figuran «El chocolate
del obispo» (1988), «Cuarteto de cuerda» (1990), «¡Ramiro, Ramiro!» (1992).
251
Mª Luisa Arnal Purroy
e x t e n s i ó n , d e la d e su c o m a r c a . Me limitaré a e n u m e r a r , p a r a ilustrarlo,
algunos d e sus títulos: «Hace nueve siglos u n rey m u r i ó e n Graus» (Miguel
P a l a u , 1 9 6 3 ) , «Baltasar G r a c i á n , e n Graus» ( G e r m á n G a m b ó n L a r r u y ,
1963), «Graus y el M o n a s t e r i o d e San Victorián d e S o b r a r b e » ( A n t o n i o
D u r á n Gudiol, 1976), «Un r i b a g o r z a n o singular: R o d r i g o d e M u r B a r ó n
d e la Pinilla» (Francisco S a l a m e r o R e y m u n d o , 1976), «Ramiro I, p r i m e r
rey d e A r a g ó n y la R e c o n q u i s t a d e Graus» ( E n r i q u e Soro Bergua, 1985),
«Algunas cosas d e la historia d e Graus» (Guillermo Fatás, 1986), «El general M u r » ( J u a n A r e n a s G a m b ó n , 1 9 8 7 ) , « U n g r a u s i n o , p r e s i d e n t e d e l
g o b i e r n o español» (Guillermo Fatás, 1989), «Un linaje ilustre» (Juan Arenas G a m b ó n , 1989), «El r e t o r n o d e los jesuitas a Graus e n 1868» (Manuel
Iglesias Costa, 1990), «Reyes a r a g o n e s e s a G r a u s advinculados» (Vicente
Cereza Egea, 1993), etc.
2.2.2. La figura de Joaquín Costa
En relación con los personajes ilustres q u e f o r m a n p a r t e d e la historia
d e Graus, hay q u e destacar la figura del polifacético a r a g o n é s D. J o a q u í n
Costa y Martínez, personaje q u e se convierte e n o t r o d e los temas presentes a lo largo de n u m e r o s o s ejemplares del Llibré. A u n q u e nacido e n Monzón, Costa se trasladó a Graus c o n su familia c u a n d o a p e n a s c o n t a b a seis
años d e e d a d . En esta villa transcurrió b u e n a p a r t e d e los escasos 65 años
q u e d u r ó su vida, la eligió c o m o lugar d e r e t i r o y e n ella m u r i ó e n 1911.
Graus fue, pues, su patria adoptiva y, e n palabras d e José García Mercadal,
q u e c o n o c i ó p e r s o n a l m e n t e a Costa, el p u e b l o «de sus más férvidos afectos» (apud F e r n á n d e z Clemente, 1989: p. 4 6 ) .
15
U n significativo d e t a l l e q u e p o n e d e manifiesto el a m o r e i n t e r é s d e
C o s t a p o r su t i e r r a a d o p t i v a lo c o n s t i t u y e el h e c h o d e q u e s i e m p r e se
e x p r e s a b a e n g r a u s i n o c o n sus paisanos. Este insigne a r a g o n é s , q u e recibió el apelativo d e «el L e ó n d e Graus», es p o r tanto u n a d e las figuras más
emblemáticas —si n o la q u e m á s — d e la localidad d e Graus. Y las páginas
del Llibré d a n testimonio del respeto y a d m i r a c i ó n d e los g r a d e n s e s hacia
Costa.
En efecto, son m u c h o s y diversos los textos recogidos e n esta publicación anual q u e tienen c o m o eje central al «León d e Graus». En u n o s casos
se ofrecen reflexiones y c o m e n t a r i o s a p r o p ó s i t o d e algunas d e sus obras,
c o m o Poesía popular española (José Zuzaya C a m b r a , 1963), El arbolado y la
patria (Esteban F e r r e r Guarga, 1973), Ultimo día del paganismo y... primero
de lo mismo (Manuel Baldellou Gracia, 1978), e incluso se ofrece u n a breve
1 5
Precisamente, a propósito de esta cuestión — e s t o es, si Costa era d e M o n z ó n o de
Graus (ambas localidades se lo disputan)—, T o n ó n de Baldomera, e n el Llibré de 1970, escrib e u n o s versos e n grausino m e d i a n t e los q u e d e f i e n d e q u e las personas n o s o n de d o n d e
nacen sino de d o n d e viven.
252
Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
r e s e ñ a del estudio d e A n d r é s Saborit, titulado Joaquín Costa y el socialismo
(Alberto Bailarín Marcial, 1972), o se d a noticia del hallazgo y c o n t e n i d o
d e u n a d e las últimas cartas escritas p o r Costa (Eloy F e r n á n d e z C l e m e n t e ,
1983).
Otras veces se r e p r o d u c e n artículos acerca del ilustre aragonés publicados e n distintos p e r i ó d i c o s — c o m o El porvenir y Nuevo Mundo (vid. Llibré
d e 1969 y 1971)—, d e e n t r e los q u e resulta curioso el titulado «El político
J o a q u í n Costa i n t r o d u j o la bicicleta e n España» ( a p a r e c i d o e n el d i a r i o
Solidaridad Nacional, el 12 d e j u l i o d e 1959; vid. Llibré, 1959).
T a m b i é n hay colaboraciones e n las q u e se insta a los gradenses a conocer y recopilar su obra (Manuel Baldellou Gracia, 1972 y 1976); e n otras se
e x p o n e n distintos aspectos d e la ideología costista — c o m o , p o r ejemplo,
los r e f e r i d o s a la p o l í t i c a h i d r á u l i c a (Sebastián M a r t í n - R e t o r t i l l o , 1982;
Eloy F e r n á n d e z C l e m e n t e , 1988)—, o se d a c u e n t a d e a l g ú n h e c h o relacionado con la trayectoria política d e Costa (José Mª Auset Viñas, 1990).
P e r o , a p a r t e d e este tipo d e c o l a b o r a c i o n e s , n o faltan a q u e l l a s o t r a s
q u e t i e n e n p o r objeto destacar el a m o r de Costa p o r lo grausino y exaltar
su f i g u r a y sus cualidades. Así se observa e n la serie d e composiciones versificadas d e d i c a d a s a este g r a n p e r s o n a j e — a l g u n o s d e cuyos títulos son
« R o m a n c e al L e ó n d e Graus» (Luis G ü e r r i M u r , 1968), «A m i m a e s t r o »
( R a m ó n C a m p o Ros, 1969), «Costa. La faz del maestro» (José Zuzaya Cambra, 1 9 7 0 ) , «A J o a q u í n Costa, d e u n grausino» (José S o p e n a , 1979), «A
J o a q u í n Costa. Filósofo (el e l e g i d o d e los dioses)» ( C a r m e S a u r a Dies,
1996)—, y c o m o se p o n e d e manifiesto asimismo e n otros textos e n prosa,
e n t r e los q u e figuran « H o n r e m o s a G r a u s , h o n r a n d o a Costa» (José Mª
Auset, 1 9 5 6 ) , « A c e n t o s o b r e J o a q u í n C o s t a M a r t í n e z » ( E s t e b a n F e r r e r
G u a r g a , 1969), «Don J o a q u í n Costa y mi m á s sincera o p i n i ó n » ( A n t o n i o
Durán Silles, 1993), o « D o n J o a q u í n Costa y la d e m o l i c i ó n d e la P e ñ a »
(José Mª Auset, 1989). E n este ú l t i m o artículo, el a u t o r d a c u e n t a d e los
desvelos y trámites q u e «el L e ó n d e Graus», e n los p r i m e r o s años d e nuestro siglo, llevó a cabo p a r a q u e se realizaran las obras d e demolición d e la
P e ñ a l l a m a d a «del Morral», e n o r m e m o l e d e p i e d r a q u e a m e n a z a b a c o n
d e r r u m b a r s e y aplastar u n a i m p o r t a n t e p a r t e del casco u r b a n o d e Graus,
16
l6
A m o d o de ilustración, reproduzco aquí los versos de José Zuzaya, gradense muy estim a d o por sus pinturas y dibujos del pueblo y de sus gentes:
En su rostro sereno y soberano
arquetipo de caballero hispano
su frente alta y despejada
por Minerva, laureles coronada,
ojos soñadores c o m o un m a n c e b o ,
que miran el horizonte cual marinero
gesto y cabellera son
c o m o la testa de gran león.
253
Mª Luisa Anual Purroy
h e c h o q u e n a t u r a l m e n t e t e n í a m u y p r e o c u p a d o s a los vecinos d e la villa
desde hacía varios años.
E n esta m i s m a línea, r e s u l t a n i n t e r e s a n t e s las a n é c d o t a s s o b r e Costa
q u e relata el p i n t o r gradense —ya fallecido— José Zuzaya Cambra, asiduo
c o l a b o r a d o r del Llibré y gran c o n o c e d o r d e la vida y o b r a d e J o a q u í n Costa. C o n i n d e p e n d e n c i a d e l g r a d o d e v e r a c i d a d q u e t e n g a n las diversas
a n é c d o t a s n a r r a d a s p o r J o s é Zuzaya — h e c h o q u e n o h e p o d i d o c o m p r o bar—, lo cierto es q u e a través d e ellas a p a r e c e n n o sólo detalles m e d i a n t e
los q u e se revela el carácter y personalidad d e Costa, sino también algunas
d e las costumbres locales hoy desaparecidas. De este conjunto d e anécdotas ( e n t r e las q u e se e n c u e n t r a n : «Costa e n la P e ñ a d e l M o r r a l » , 1 9 6 1 ;
« D o n J o a q u í n C o s t a y los c i n c o d u r o s d e San P e d r o d e V e r o n a » , 1963;
«Don J o a q u í n Costa y el discurso d e Naval», 1970; «La olivereta d e Costa»,
1970; «Costa d e h u m o r » , 1975; «Costa e n f e r m o » , 1975), referiré aquí, a
m o d o d e ilustración, el c o n t e n i d o d e la q u e lleva p o r título «Costa escolar» (1962), e n la q u e el a u t o r trata d e m o s t r a r la g e n e r o s i d a d d e Costa,
c u a n d o éste c o n t a b a nueve años d e edad: p o r aquel entonces, Costa, alumn o disciplinado, aplicado e inteligente, fue a p o d a d o «Cabezón» p o r p a r t e
d e sus c o m p a ñ e r o s y era víctima d e las chanzas y burlas de «Pochaquetas»
y de la pandilla q u e éste capitaneaba. Era costumbre e n esa é p o c a q u e , e n
los e x á m e n e s d e los colegios, se p r e m i a r a a los a l u m n o s más sobresalientes
con u n d i p l o m a y u n c u c u r u c h o d e caramelos y peladillas, llamado «papel ó n » . Costa fue e n t o n c e s p r e m i a d o c o n el d i p l o m a y d o s c u c u r u c h o s , o
sea, dos «papelóns» y, al salir del colegio, e n c o n t r ó a «Pochaquetas» llor a n d o p o r q u e n o le h a b í a n d a d o el «papelón» y temía la represalia d e sus
padres, ante lo cual el Costa d e nueve años reaccionó e n t r e g a n d o a «Pochaquetas» u n o d e sus «papelóns» p a r a q u e sus padres n o le p e g a r a n .
2.2.3. Graus: sus tierras, sus gentes y sus patronos
Por otra p a r t e , el carácter localista consustancial al Llibré se revela clar a m e n t e a través d e u n amplio conjunto d e colaboraciones q u e t i e n e n e n
c o m ú n la alabanza y exaltación d e lo p r o p i o , t e m a q u e constituye u n o d e
los tópicos d e la literatura p o p u l a r (vid. Beltrán, 1972: p . 43).
El p u e b l o d e Graus es, e n sí m i s m o , objeto de fervientes elogios. Además d e los diversos p o e m a s d e d i c a d o s a c a n t a r las alabanzas d e esta villa
ribagorzana («A Graus», E. Aguilar, 1956; «A Graus», J o a q u í n Samblancat,
1963; «La Villa», J. A l g u a c i l , 1976; « C a n t o a G r a u s » , T o m á s C a s t i l l ó n ,
1983; «Graus», José M- Latorre, 1984, etc.), resultan s u m a m e n t e reveladores a este r e s p e c t o los títulos d e a l g u n a s c o l a b o r a c i o n e s e n p r o s a , q u e
h a c e n i n n e c e s a r i o m á s c o m e n t a r i o . O b s é r v e n s e , e n t r e esos t í t u l o s , los
siguientes: «El h e c h i z o d e Graus» ( E n r i q u e Cereza, 1956), «La personalid a d d e m i p u e b l o » (Francisco García D o m í n g u e z , 1969), «Pero ¿qué n o
t e n d r á Graus?» (Ángeles Villarta, 1971), «Graus, villa del recuerdo» (Conc h a Bestué, 1974), «Graus, g e n i o y carácter d e Aragón» (José Mª Castro y
254
Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
Calvo, 1 9 7 7 ) , « G r a u s t i e n e cosas m u y b e l l a s y d e sus hijos a m a d a s . . . »
(Mariano Pascual Mur, 1986), «Graus, el m í o pueblo» (Santiagón, 1987),
«Graus m i pueblo», (Luisón d e Fierro, 1991), etc.
T a m b i é n los m a s bellos y e n t r a ñ a b l e s r i n c o n e s g r a d e n s e s , d e s d e sus
plazas, p o r t a l e s y b a r r i o s h a s t a sus ríos, f u e n t e s y p e ñ a s , sin olvidar sus
m o n u m e n t o s , son descritos y ensalzados en las páginas del Llibré. José Salam e r o Guardia, p o r ejemplo, e n u n o d e los p r i m e r o s ejemplares —concret a m e n t e e n el d e 1 9 2 9 — , d e d i c a u n p o e m a a la e m b l e m á t i c a P e ñ a d e l
Morral y, más tarde, en el Llibré de 1958, canta las excelencias d e «La plaza
d e mi p u e b l o » q u e , e n el m i s m o título c a r a c t e r i z a c o m o «un b e l l o rinc ó n . . . sin p a r a n g ó n » ; el p i n t o r J o s é Zuzaya ensalza el histórico «Portal d e
C h i n c h í n » (1972) — t a m b i é n l l a m a d o «Puerta d e Barbastro»—, q u e franq u e a b a el acceso a la villa p o r el sur; o, p o r m e n c i o n a r o t r o caso m á s d e
e n t r e los m u c h o s q u e c a b r í a citar, el c o s t u m b r i s t a F r a n c i s c o Castillón
e s c r i b e , s i r v i é n d o s e d e l d i a l e c t o local, u n p o e m a al « B a r r a n c o d e los
Botalls» (1975) y o t r o s o b r e «El u r m o d e la virgen» ( 1 9 7 9 ) , es decir, el
o l m o q u e se halla j u n t o a la Basílica de la Virgen d e la Peña.
En general —salvo algunas excepciones— estas proclamas d e a m o r a la
t i e r r a n o a l c a n z a n altas c o t a s d e c a l i d a d : e s t á n escritas e n u n l e n g u a j e
p o p u l a r , c a r e n t e d e valor estético, y su o r i g i n a l i d a d es escasa, c a y e n d o a
m e n u d o en los tópicos más manidos. No obstante, m e r e c e la p e n a destacar
q u e , e n el m a r c o d e estas c r e a c i o n e s literarias p o p u l a r e s , u n a d e las m á s
notables excepciones — s i e m p r e en términos relativos— la constituyen los
textos del g r a d e n s e A l b e r t o Villar: su prosa, n o e x e n t a d e lirismo, revela
maestría y d o m i n i o del lenguaje; a través d e sus escritos, e n su mayoría d e
b r e v e e x t e n s i ó n (él m i s m o los s u e l e d e n o m i n a r « p i n c e l a d a s » ) , r e t r a t a
ambientes, relata algunas historietas d e t o n o intimista y, sobre todo, evoca
y recrea con gran plasticidad y tintes poéticos rincones y paisajes gradenses.
Son m u c h o s los textos d e este escritor popular, pues sus colaboraciones en
el Llibré son p r á c t i c a m e n t e c o n s t a n t e s a lo l a r g o d e tres d é c a d a s , d e s d e
1950 hasta 1981 («Fiesta d e San P e d r o , Mártir», 1951; «Estampa «grausina»», 1953; «Fiestas, e n la villa d e G r a u s » , 1956; «Ésera, r í o g r a u s i n o » ,
1963; «Plaza d e la c o m p a ñ í a » , 1972; «La joya p e r d i d a y r e c o b r a d a » , 1977;
«Iglesia Parroquial d e San Miguel», 1978; etc.). C o m o m u e s t r a d e la prosa
d e este autor, r e p r o d u z c o a continuación u n fragmento d e su colaboración
titulada «Fuente del Torroc», q u e se editó en el Llibré d e 1976:
Al final de la espléndida calle del Barranco —ya en plena naturaleza— seguimos rústico camino flanqueado por la ingente peña (...). Termina el camino y un sendero se enhebra en tupida vegetación, un arroyuelo discurre —invisible— y percibimos «uno de los murmullos gratos
al oído del árabe». Disminuye la luz del sol bajo la bóveda y en el fondo
de pétreo regazo de abrupta roca, surge claro manantial de agua tamizada por mil filtros en su largo caminar desde las nieves del Pirineo.
D e n t r o d e este n ú c l e o temático d e exaltación d e lo grausino, constituyen u n a parte i m p o r t a n t e las n u m e r o s a s colaboraciones e n las q u e figuran
255
Mª Luisa Arnal Purroy
semblanzas, biografías, r e c u e r d o s . . . , homenajes, e n definitiva, a gentes d e
la localidad q u e h a n destacado p o r diversos motivos, c o m o p u e d e n ser sus
cualidades morales, su interés p o r r e c u p e r a r las tradiciones p o p u l a r e s , su
labor p o r m e j o r a r las c o n d i c i o n e s sociales d e la p o b l a c i ó n , su trabajo d e
tipo intelectual o artesano, etc.
E n t r e estas p e r s o n a s m e r e c e d o r a s d e p o e m a s y prosas d e carácter laudatorio se e n c u e n t r a n , p o r ejemplo — a p a r t e d e Costa y otros ilustres personajes d e l p a s a d o histórico d e G r a u s — m o s é n J o s é S a l a m e r o Martínez,
m e c e n a s y p r o t e c t o r d e su sobrino J o a q u í n Costa, y fundador, e n 1890, d e
la Escuela d e Artes y Oficios d e Graus; el escritor y jurista Ángel Samblancat, o el artesano —tallista— R a m ó n Auset Celaya. Figuran t a m b i é n e n t r e
los h o m e n a j e a d o s algunos d e q u i e n e s h a n sido destacados y asiduos colab o r a d o r e s del Llibré, c o m o el m é d i c o A n d r é s Blanco Burrel, el p i n t o r José
Zuzaya, el p o e t a y folklorista T o n ó n d e B a l d o m e r a , Francisco Castillón
— a u t o r d e diversos artículos d e c o s t u m b r e s — , el sobrino-nieto d e Costa,
J o s é M- A u s e t Viñas, y u n l a r g o e t c é t e r a d e o t r o s g r a d e n s e s e v o c a d o s y
ensalzados a través d e c o l a b o r a c i o n e s c o m o , p o r e j e m p l o , las q u e llevan
p o r título «Álbum d e fotografías» (Sandalio R o d r í g u e z Navarro, 1958) o
«Tamé h a n fecho historia. Retratos grausinos» (Luisón d e Fierro, 1986).
P a r a t e r m i n a r c o n este b l o q u e temático, hay q u e a ñ a d i r q u e t a m p o c o
faltan e n el Llibré las advocaciones religiosas. E n efecto, n o son escasos los
sonetos y otros tipos d e composiciones versificadas d e alabanza a la Virgen
d e la P e ñ a — q u e d a n o m b r e a la apreciada Basílica d e la villa— y al Santo
Cristo q u e San Vicente Ferrer, e n su paso p o r Graus e n el a ñ o 1415, d o n ó
a la localidad c o m o p r u e b a d e a g r a d e c i m i e n t o p o r la b u e n a acogida q u e
le d i s p e n s a r o n los h a b i t a n t e s d e G r a u s e n su viaje p e r e g r i n a t o r i o d e s d e
Valencia hasta Avignon.
2.2.4. Costumbrismo gradense
O t r o f u n d a m e n t a l n ú c l e o temático d e los q u e c o n f o r m a n el Llibré es el
q u e cabría designar con el r ó t u l o d e «costumbrismo», d e n o m i n a c i ó n q u e
utilizo aquí c o n u n sentido m u y amplio, p a r a a g r u p a r todas aquellas colaboraciones q u e tratan d e las costumbres y usos típicos d e Graus, así c o m o
d e t o d o lo relativo al folklore y a las t r a d i c i o n e s p o p u l a r e s d e esta villa
ribagorzana .
17
U n a d e las más notables características d e l Llibré d e Graus radica e n el
h e c h o d e ser u n a p u b l i c a c i ó n q u e r e c o g e aspectos folklóricos y costum-
1 7
Para u n a c o m p l e t a visión y caracterización del «costumbrismo» literario aragonés,
remito al trabajo d e Fermín GIL ENCABO, titulado «Bosquejo histórico-literario d e l costumbrismo aragonés», que aparece p u b l i c a d o e n estas mismas Actas. Vid. también G I L ENCABO
( 1 9 9 1 ) y, e n relación c o n el costumbrismo e u r o p e o y español, MAINER ( 1 9 8 9 ) .
256
Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
b r e s t r a d i c i o n a l e s , conservadas u n a s , d e s a p a r e c i d a s otras o r e c u p e r a d a s
algunas en las últimas décadas.
De e n t r e las n u m e r o s a s colaboraciones q u e versan sobre aspectos costumbristas, el c o n j u n t o m á s d e s t a c a d o está constituido p o r las relacionadas c o n los festejos p o p u l a r e s d e septiembre. Y es lógico q u e así sea, p u e s
n o hay q u e olvidar q u e el Llibré es u n a publicación c o n m e m o r a t i v a d e las
fiestas patronales q u e — d i c h o sea d e p a s o — fueron declaradas de «interés
turístico» e n 1973 p o r la Dirección General d e P r o m o c i ó n del Turismo.
En esta publicación figuran, p o r tanto, bastantes textos — m u c h o s versificados— e n los q u e se c a n t a n las excelencias d e los días festivos d e sept i e m b r e ( e n t r e ellos: « A c u a r e l a d e s e p t i e m b r e » , 1949; «Las fiestas d e
Graus. I m p r e s i o n e s d e u n espectador», 1950; « P o e m a a la Fiesta Mayor»,
1956; «Juventud e n fiestas», 1959; «Era u n 12 d e septiembre», 1967; «Otra
vez fiestas», 1974; «La c h e n a n i m a las fiestas», 1990). En a l g u n a ocasión
asistimos a u n a d e s c r i p c i ó n d e los distintos festejos p o p u l a r e s , sea e n la
é p o c a actual (vid., p o r ejemplo, «Una c h a r r a d a con Furtaperas», 1956), o
i n c l u s o e n siglos p a s a d o s , c o m o se observa e n el a r t í c u l o d e M a r c e l i n o
G a m b ó n —director del periódico El Ribagorzano— «Las fiestas d e Graus e n
diferentes épocas» (1956), e n el q u e se describen d e s d e el siglo XV hasta
1900, y t a m b i é n e n la o b r i t a d e t e a t r o d e B u e n a v e n t u r a Oliván, titulada
«Las fiestas d e Graus e n 1899» (1959).
Resulta interesante al respecto la serie d e artículos costumbristas q u e ,
e n los últimos años, publica Baudilio C o l o m i n a Egea (cuyo s e u d ó n i m o es
Baldirón d'el R a c ) . En sus artículos, d e c o n s i d e r a b l e extensión y escritos
todos ellos en grausino, el autor retrata y recrea, con todo lujo d e detalles,
el a m b i e n t e y las c o s t u m b r e s d e los días festivos y d e las j o r n a d a s previas
d e p r e p a r a c i ó n d e las fiestas, c o r r e s p o n d i e n t e s a las d é c a d a s d e los a ñ o s
40 y 50 a p r o x i m a d a m e n t e (vid. « A ñ o r a n z a p o r las festas d ' e s t e llugá»,
1991; «Así d'esta m a n e r a lo va e n t e n d é yo», 1992; «L'antes y el d i m p u é s
d e las d o c e d e l d í a d o c e » , 1993; « T e n d r é n q u ' í m o n e a ' s p e r á la gaita»,
1994; «No t ' e s c u i d e s V i c e n t ó n , q u e tiens q u ' a c u d í p a í m o n e a la p r o c e sión», 1995; y «Po los retabllaus, balcons y mirados n o i cabeba ni u n a aguila», 1996).
D e n t r o d e los actos conmemorativos d e las fiestas patronales, destacan
varios d e r a n c i o s a b o r q u e , p o r ello m i s m o , son o b j e t o d e d e s c r i p c i ó n ,
c o m e n t a r i o y ensalzamiento a través d e las páginas del Llibré. Así, a d e m á s
d e los distintos dances, c o m o el d e «las cintas», el de «las espadas» o el d e
«los p a l i t r o q u e s » , u n o d e los actos más tradicionales y e n t r a ñ a b l e s es el
canto d e las albadas. En o p i n i ó n d e Beltrán (1980: p . 52), la albada, caract e r i z a d a c o m o « c a n t o a m a t o r i o , d e s a l u t a c i ó n o d e s p e d i d a » , es el m á s
18
1 8
Vid. «El baile d e las espadas» ( 1 9 6 8 ) , «Recordán aquel baile de las cintas» ( 1 9 7 1 ) ,
«Volantes» (1986), «El tocho las cintas» (1990), etc.
257
Mª Luisa Arnal Purroy
i m p o r t a n t e d e los cantos profanos y tal vez d e t o d a la canción aragonesa,
a p a r t e d e la j o t a . En Graus, las albadas se ejecutan al a t a r d e c e r del día 12
(ante la casa q u e habitó San Vicente Ferrer y en la Capilla del Santo Cristo
d e la Iglesia P a r r o q u i a l d e San Miguel) y t a m b i é n e n la m a d r u g a d a d e l
día 14 d e septiembre . En el Llibré se recogen algunas de las más conocidas,
c o m o son, e n t r e otras, las siguientes:
19
Ya sé que estás en la cama,
ya sé que no duermes, no,
ya sé que estás escuchando
canciones que canto yo.
(Llibré,
Adiós Marieta del alma,
que me'n voy a mi retiro,
y mañana m'alcontrarás
de tus amores cautivo.
1979)
(Llibré,
1992)
C o s t u m b r e t a m b i é n m u y a r r a i g a d a es la r e c e p c i ó n d e los gaiteros d e
Graus, q u e tiene lugar e n la tarde del día 12 de septiembre. En el p u e n t e
r o m a n o , l l a m a d o p o p u l a r m e n t e « P u e n t e d e Abajo», las a u t o r i d a d e s , el
Prior d e la Cofradía del Santo Cristo, los repatanes d e los distintos barrios,
los danzantes y el público en general se r e ú n e n p a r a recibir — e n t r e salvas
y t r a b u c a z o s — a los gaiteros, e iniciar d e s p u é s la m a r c h a hasta la Iglesia
Parroquial. Este tradicional y p o p u l a r acto de culto a la gaita aparece tratad o e n varias d e las colaboraciones editadas e n el Llibré. Entre ellas m e r e c e
la p e n a destacar la q u e lleva p o r título «A e s p e r a la gaita» (1964), escrita
e n el h a b l a local p o r el c o s t u m b r i s t a g r a d e n s e F r a n c i s c o Castillón; e n
dicho texto este autor, con su habitual destreza y habilidad, plasma emotiv a m e n t e el a m b i e n t e q u e r o d e a a esta tradicional c o s t u m b r e , cuyo origen
r e m o n t a a principios d e siglo, c u a n d o los gaiteros d e Caserras del Castillo
( p e q u e ñ o p u e b l o p r ó x i m o a B e n a b a r r e ) a c u d í a n a Graus p a r a a m e n i z a r
los festejos c o n la d u l c e a r m o n í a d e este p o p u l a r i n s t r u m e n t o musical.
P o s t e r i o r m e n t e , a p a r t i r d e los a ñ o s a n t e r i o r e s a la d i c t a d u r a franquista,
fueron los gaiteros gradenses los h e r e d e r o s d e los primitivos d e Caserras,
c o n t i n u a n d o así la tradición .
20
Me referiré, p o r ú l t i m o , a u n a a n t i g u a c o s t u m b r e q u e constituye u n o
de los actos más atractivos de las fiestas d e Graus y q u e es también el tema
c e n t r a l d e diversos artículos del Llibré . Se trata d e la Mojiganga, esperpéntico y satírico espectáculo, enraizado e n la cultura carnavalesca, q u e h a
ido c a m b i a n d o con el transcurso del tiempo, a c e p t a n d o elementos nuevos
21
1 9
Algunas de las colaboraciones que tratan sobre las albadas son éstas: «Pensamiento
sobre las albadas» (1968), «El embrujo de las albadas» (1971), «La albada, m o c é , la albada»
(1979), «Sentí l'albada» (1985).
2 0
Para estos datos, vid. los siguientes artículos del Llibré. «Al son de la gaita» (Francisco
Castillón, 1974) y «Las gaitas de Graus» (Mariano Pascual Mur, 1989).
2 1
Vid. el a r t í c u l o d e Silvestre Salinas P u e y o e n el e j e m p l a r d e 1 9 7 0 , así c o m o «La
Mojiganga. Anuario gradense» (Ricardo Martínez Salamero, 1972), «La Mojiganga, una recuperación decidida» (La Comisión de la Mojiganga, 1 9 8 1 ) , y «La Mojiganga» (Tomás Castillón, 1991).
258
Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
y olvidando otros. En líneas generales, consistía e n u n fantástico y vistoso
cortejo d e disfraces y máscaras, danzantes, carros y vulquetes e n g a l a n a d o s
y diversas figuras vejatorias q u e simbolizaban los vicios y flaquezas h u m a n a s , c o m o la «Tarasca», el «Estafermo» o el e m b l e m á t i c o « F u r t a p e r a s »
(personaje del q u e luego h a b l a r é ) . Tras esta singular cabalgata, e n la q u e
a n t a ñ o p a r t i c i p a b a t o d o el p u e b l o , se i n t r o d u j o a p r i n c i p i o s d e siglo la
celebración d e u n «juicio bufo» e n el q u e los Reyes d e la Mojiganga, «sus
Graciosas Majestades», con su corte d e comparsas, a t e n d í a n las d e m a n d a s
— e n su mayor parte absurdas e imposibles d e satisfacer— presentadas p o r
los distintos gremios. Algunas d e estas d e m a n d a s , formuladas e n el habla
local y extraídas del libro d e Vicente Gracia, Del alma de mi tierra (Zaragoza, 1949), se r e p r o d u c e n e n el Llibré d e 1970. A título d e ejemplo, transcrib o aquí el texto d e la q u e realiza el «gremio d e los taberneros» y la contestación q u e a la m i s m a o t o r g a n los Reyes d e la Mojiganga. Los t a b e r n e r o s
e x p o n e n lo siguiente:
A sus Majestades piden que tomen una determinación enseguida pa
sollucioná un asunto muy gordo y que nosotros solos no podén aguantá
ya más. Y a más que mos comprometen. En cuanto se juntan cuatro o
cinco parroquianos y fa un raté que beben, se empeñan en que el jarro
de vino tiene cinco pichillóns . Y é por demás, que no se les pué convencé y fe entendé que sólo en tiene cuatro. Y d'ixa manera, siempre
salín perdén nosotros, y si esto no se apaña los ye amerarén.
22
Ante lo cual, sus Graciosas Majestades ofrecen esta solución:
Que d'aquí en deván el jarro de vino tendrá seis pichillóns y no cinco como quieren los buferras: únicamente que s'en podrá meté tres de
aigua y no se dirá cosa.
La d i c t a d u r a d e P r i m o d e Rivera p r o h i b i ó la celebración d e este tradicional espectáculo, q u e desapareció hasta 1979, a ñ o e n q u e se r e p r e s e n t ó
la p r i m e r a M o j i g a n g a d e la é p o c a a c t u a l . E n ella, el e l e m e n t o q u e h a
c o b r a d o mayor relevancia es ese «juicio bufo», q u e tiene lugar e n la Plaza
Mayor la n o c h e del 13 d e septiembre, y q u e se h a convertido en u n a especie de «sátira d e costumbres», sana crítica d e diversos aspectos del convivir
gradense .
23
En r e l a c i ó n c o n la Mojiganga, m e r e c e c o m e n t a r i o el —ya a l u d i d o —
personaje l l a m a d o «Furtaperas», m u y famoso y p o p u l a r e n t r e los gradenses, el cual cobra vida a través d e las páginas del Llibré-. n o sólo se n a r r a su
historia, sino q u e se dialoga con él, p r e s e n t a sus alegatos, a p a r e c e n cartas
dirigidas a F u r t a p e r a s e, incluso, hay q u i e n firma su c o l a b o r a c i ó n c o m o
2 2
El pichillón es una medida para el vino que equivale a u n cuarto de jarro.
2 3
Buena parte de la información aquí presentada sobre la Mojiganga procede del trabajo de LANAO (1998).
259
Mª Luisa Arnal Purroy
«un amigo d e Furtaperas» (vid., e n t r e otros textos, «La decisión d e Furtaperas», 1951; «Una c h a r r a d a con Furtaperas», 1956; «Carta abierta, dirigida a Furtaperas», 1973 y «Alegato de Furtaperas», 1996).
S e g ú n c u e n t a la t r a d i c i ó n , este e m b l e m á t i c o p e r s o n a j e — q u e e n la
actualidad es u n m u ñ e c o d e trapo relleno d e serrín, casi d e t a m a ñ o h u m a n o — fue c o n d e n a d o p o r los Reyes d e la Mojiganga a d a r vueltas, d u r a n t e
todas las fiestas, a l r e d e d o r d e u n poste, al q u e se halla sujeto p o r las m a n o s
y q u e p e r m a n e c e colgado e n el exterior d e u n a v e n t a n a del Ayuntamiento; esta c o n d e n a es p a r a p u r g a r su p e n a p o r h a b e r r o b a d o diez p e r a s y
h a b e r sido d e s o b e d i e n t e (de ahí el n o m b r e de Furtaperas). Hay q u e señalar q u e , d u r a n t e los días festivos, Furtaperas siempre h a p e r m a n e c i d o colg a d o e n u n a d e las ventanas d e la Casa Consistorial, incluso e n los años e n
los q u e la Mojiganga estuvo prohibida, de m a n e r a q u e se h a convertido e n
u n o d e los protagonistas d e las Fiestas d e Graus.
3. EL HABLA LOCAL EN EL LLIBRÉ
Tras esta caracterización general del Llibré, m e ocuparé a continuación de
otro notable aspecto de esta publicación, q u e también es e x p o n e n t e —entre
otras cosas— del localismo d e la misma: se trata d e la presencia del h a b l a
local, cuestión que enlaza con lo señalado al comienzo de este trabajo.
Ya h e i n d i c a d o q u e la variedad lingüística a u t ó c t o n a , el grausino, está
p r e s e n t e en todos y cada u n o d e los ejemplares del Llibré, d e s d e su aparición e n 1921 hasta la actualidad. Bien es cierto q u e la mayor p a r t e d e las
colaboraciones editadas están escritas e n castellano, p e r o t a m b i é n es verd a d q u e las r e d a c t a d a s e n el h a b l a local h a n l o g r a d o m a n t e n e r u n a p r o porción constante a lo largo d e la existencia d e esta singular publicación .
24
En p r i m e r lugar, conviene p o n e r d e relieve q u e el h e c h o d e q u e e n el
Llibré figuren, c o n j u n t a m e n t e , textos en castellano y textos en grausino es
u n reflejo d e la situación d e c o n t a c t o d e lenguas (o —si se p r e f i e r e — d e
variedades lingüísticas) q u e se d a e n el seno d e esta c o m u n i d a d .
O t r o aspecto d e l Llibré q u e t a m b i é n revela, e n cierta m e d i d a , la realid a d lingüística d e Graus es el q u e se refiere a cuáles son los temas q u e se
tratan e n las colaboraciones escritas e n grausino. El e x a m e n de los distintos ejemplares del Llibré p e r m i t e afirmar q u e la variedad lingüística autóct o n a se utiliza, sobre t o d o , e n textos d e temas costumbristas y folklóricos,
2 4
L ó g i c a m e n t e , e n los p r i m e r o s ejemplares, d o n d e — c o m o ya se h a s e ñ a l a d o — las
colaboraciones eran muy escasas, aparecían muy pocas escritas e n el habla local, mientras
que e n las últimas décadas, e n las que el n ú m e r o d e colaboraciones es ya considerable, son
también más abundantes las que utilizan el grausino c o m o vehículo de expresión.
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Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
e n relatos de a n é c d o t a s e historietas d e la vida cotidiana —sean del pasad o o d e l p r e s e n t e — , e n e v o c a c i o n e s d e usos y c o s t u m b r e s relativos a la
é p o c a d e la i n f a n c i a . . . ; e n c o l a b o r a c i o n e s , e n definitiva, d e r a i g a m b r e
p o p u l a r , q u e a b o r d a n a s u n t o s del p r o p i o t e r r u ñ o , c e r c a n o s y familiares
p a r a las gentes d e la localidad.
Resulta i n t e r e s a n t e e n este sentido c o m p r o b a r q u e , p o r ejemplo, ning u n a d e las a b u n d a n t e s colaboraciones q u e tratan sobre el pasado histórico d e G r a u s se halla escrita e n g r a u s i n o , d e la m i s m a m a n e r a q u e t o d o s
los textos — n u m e r o s o s — q u e t i e n e n c o m o eje c e n t r a l a J o a q u í n Costa
están redactados e n castellano, c o n la única excepción d e dos composicion e s e n verso, a m b a s d e l m i s m o a u t o r (José S o p e n a , 1979 y 1980), e n las
q u e se ensalza la figura d e Costa. Y n o h a d e llamar la atención este h e c h o
p o r q u e — c o m o h e i n d i c a d o a n t e s — el castellano, d e n t r o d e la c o m u n i dad, es la l e n g u a d e prestigio y, e n consecuencia, la utilizada e n las manifestaciones d e mayor alcance cultural, m i e n t r a s q u e la variedad dialectal
es la lengua del hogar, la del p u e b l o llano, d e m a n e r a q u e resulta apropiad a p a r a escribir sobre temas p o p u l a r e s , c o m o son — e n t r e o t r o s — las costumbres, el folklore y las tradiciones gradenses.
Vemos, n u e v a m e n t e , c o m o esta diferenciación d e í n d o l e diafásica q u e
se manifiesta e n el Llibré —esto es, q u e el g r a u s i n o se utilice p r e f e r e n t e m e n t e p a r a d e t e r m i n a d o s temas y el castellano p a r a o t r o s — n o h a c e sino
plasmar esa situación d e «diglosia funcional» existente e n Graus, a la q u e
ya h e h e c h o referencia al comienzo del presente trabajo.
P o r o t r o lado, se observa t a m b i é n q u e u n apreciable c o n j u n t o d e textos escritos e n g r a u s i n o — n o r m a l m e n t e e n c o m p o s i c i o n e s versificadas—
tiene u n t o n o j o c o s o y festivo. Así o c u r r e , e n t r e otras, e n b u e n a p a r t e d e
las colaboraciones d e Luisón d e Fierro o e n la mayoría d e las escritas p o r
T o n ó n d e B a l d o m e r a , q u i e n c o l a b o r a e n el Llibré d e s d e 1950 hasta 1980
a p r o x i m a d a m e n t e . Este ú l t i m o a u t o r , e n sus coplas y r o m a n c e s , c r e a u n
p o p u l a r personaje d e ficción, llamado «Juanón», a través del cual van apar e c i e n d o distintas cuestiones festivas, folklóricas, etc., así c o m o otras q u e
reflejan a l g u n o s aspectos d e la vida c o t i d i a n a d e G r a u s . Obsérvese, p o r
ejemplo, el siguiente fragmento de su colaboración titulada «El p u e b l o d e
J u a n ó n » (Llibré, 1974):
25
Cuanto ganaría el pueblo
si fesen caso al alcalde,
sacán cochos y tocinos
de los centros de las calles,
evitán que las pocilgas
que chunto a casa tenín,
las apiarten a destancia
como manda el «Bolletín».
2 5
Algunos de los títulos son estos: «Juanón el hortelano», «La b o d a de Juanón», «Juan ó n el recadero», «La nieta de Juanón», «La burra de Juanón», «La calle de Juanón», etc.
261
Mª Luisa Arnal Purroy
D e n t r o d e los a b u n d a n t e s t e x t o s e n g r a u s i n o c a r a c t e r i z a d o s p o r su
j o c o s i d a d , m e r e c e la p e n a m e n c i o n a r la serie —limitada, p e r o curiosa—
d e anuncios comerciales en los q u e figura u n texto, h a b i t u a l m e n t e e n verso, e n el habla local. El origen d e este tipo d e p r o p a g a n d a se e n c u e n t r a ya
e n el p r i m e r Llibré de 1 9 2 1 , e n el q u e — c o m o ya h e s e ñ a l a d o a n t e r i o r m e n t e — a p a r e c e u n a n u n c i o e n g r a u s i n o d e la I m p r e n t a d e V i c e n t e
L a c a m b r a , e n c a r g a d a d e la edición del Llibré. El texto d e d i c h o a n u n c i o ,
q u e va p r e c e d i d o d e u n a breve invitación a las fiestas, es el siguiente :
26
¡¡FORASTEROS!! Si tos queríz divertí con pocos
GRAUS, que este año serán llomudas.
dinés, venítone a las
Fiestas de
Los «dances» de baldes; los fuegos artificials de baldes; los Bailes en
la Pllaza de baldes. Las corridas ben buenas y ben baratetas. Al vení a
Graus, si necesitaz algún llapicero, gometa o llibreta pa los zagals, venítone també por la Imprenta de Vicén, que comprarez ben y ben baraté.
Ya lo sabez toz.
A partir d e esa fecha, esta especie d e c o m e n t a r i o festivo y a n u n c i o d e
V i c e n t e L a c a m b r a se c o n v e r t i r á e n u n a c o l a b o r a c i ó n m á s e x t e n s a , q u e
a p a r e c e r á i n i n t e r r u m p i d a m e n t e hasta 1963, s i e m p r e c o n u n a e s t r u c t u r a
y c o n t e n i d o similares: c o m i e n z a p r e s e n t a n d o las fiestas d e ese a ñ o , q u e
m e j o r a n las c e l e b r a d a s e n el a ñ o a n t e r i o r ; e n u m e r a los festejos m á s
r e p r e s e n t a t i v o s , d e t e n i é n d o s e e n los a c t o s t a u r i n o s , q u e s i e m p r e h a n
constituido u n a i m p o r t a n t e atracción d e las fiestas; h a b l a t a m b i é n d e las
m u j e r e s , a q u i e n e s a veces critica p o r su m a n e r a d e vestir ( e r a la m o d a
d e la d é c a d a d e 1950, c o n faldas c o r t a s y blusas e s c o t a d a s ) , y t e r m i n a
h a c i e n d o p r o p a g a n d a d e los a r t í c u l o s q u e se p u e d e n a d q u i r i r e n su
imprenta.
P r o b a b l e m e n t e , la c o n t i n u a d a p r e s e n c i a d e estos a n u n c i o s del citado
impresor dio pie a la inclusión d e otros e n los q u e también figuran textos
en g r a u s i n o , casi s i e m p r e d e carácter c ó m i c o y n o e x e n t o s d e gracia. Así
p u e d e observarse, p o r e j e m p l o , e n el a n u n c i o d e u n taller d e m e c á n i c a ,
del q u e r e p r o d u z c o los siguientes fragmentos:
Aunque tengan mil foraus,
no tirez nunca un puchero,
que en Soldaduras de Güerri
s'han soldau hasta sombreros.
(...)
Tenín máquinas que bufan,
pa llimpiá el trigo y la palla;
no ñay qu'esperá qu'el aire
2 6
El texto que reproduzco aparece e n el ya citado artículo de Vicente LACAMBRA VILAS
(hijo del impresor), «Pequeña historia de nuestro Llibré», editado e n el Llibré de 1971. N o h e
tenido acceso a la consulta del primer ejemplar de esta publicación.
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Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
venga de Turbón u Guara,
qu'ixos cacharros lo fan
como a uno le da la gana.
(Llibré, 1950)
O, e n este o t r o , e n el q u e el a n u n c i a n t e —Luis Celaya— h a c e p r o p a g a n d a d e los ataúdes q u e fabrica, también en clave d e h u m o r . Dice así:
El servicio que yo foy
e difícil de brindá,
pero a la curta u la llarga
toz lo tendrén qu'emplleá.
Aquí se queda Luisón
pendiente en este llugá,
que fa güenos guardacarnes
pa toda la eternidá.
(Llibré, 1959)
Entre estos anuncios d e t o n o j o c o s o figura incluso u n o en el q u e n o se
hace p r o p a g a n d a d e nada, con el siguiente texto:
Pa qué me quiero anunciá
si yo nada he de vendé,
lo único que quiero fé
ayúdales a pagá
el papel d'este llibré.
(Llibré, 1959)
Hay q u e s e ñ a l a r q u e la p r e s e n c i a d e tal p r o p a g a n d a h u m o r í s t i c a se
limita, d e m a n e r a p r á c t i c a m e n t e exclusiva, a la d é c a d a d e 1950-1960, q u e
viene a coincidir c o n la etapa e n la q u e , e n el Llibré, p r e d o m i n a n las colaboraciones de í n d o l e festiva y p o p u l a r . La c o m p l e t a desaparición, a partir
d e 1 9 6 1 , d e estos a n u n c i o s c o n t e x t o s e n g r a u s i n o , se h a l l a v i n c u l a d a
t a m b i é n — a d e m á s d e a factores s o c i o e c o n ó m i c o s — a la progresiva edición e n el Llibré d e artículos d e mayor nivel cultural, t a n t o e n su contenid o c o m o e n su expresión y, asimismo, al h e c h o — a n t e s m e n c i o n a d o — d e
q u e , desde 1959, la tirada del Llibré alcanza los dos mil ejemplares, lo q u e
conlleva, d e u n lado, q u e llegue a otras poblaciones d e la z o n a y, d e otro,
q u e haya a n u n c i a n t e s d e otras localidades d e la c o m a r c a y d e la provincia
d e Huesca.
27
27
La única e x c e p c i ó n la constituye u n a n u n c i o d e la I m p r e n t a «Luis», aparecido e n
1974, si bien el breve texto de que consta, aunque e n grausino, carece ya del tono humorístic o de los anteriores:
Si queriz impresos b e n fechos,
a una tinta u dos,
acudiz a Imprenta Luis
qu'está e n el Barrichós.
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Mª Luisa Arnal Purroy
La p r e s e n c i a d e ese t i p o d e a n u n c i o s h u m o r í s t i c o s e n g r a u s i n o , así
c o m o d e otras colaboraciones escritas e n la variedad lingüística a u t ó c t o n a
q u e t i e n e n t a m b i é n u n t o n o festivo y j o c o s o , h a d e p o n e r s e e n r e l a c i ó n
c o n la c o n s i d e r a c i ó n d e l h a b l a local c o m o u n e l e m e n t o folklórico y d e
carácter rústico, creencia q u e se halla e x t e n d i d a al m e n o s en u n a parte d e
la población gradense.
A p r o p ó s i t o d e esta cuestión n o deja d e resultar significativo el h e c h o
d e q u e a l g u n a s p e r s o n a s q u e h a b i t u a l m e n t e e s c r i b e n e n g r a u s i n o e n el
Llibré sobre temas festivos y populares, a b a n d o n e n el habla local y utilicen
el castellano c u a n d o sus colaboraciones versan sobre asuntos más serios o
q u e revisten mayor trascendencia. Citaré varios casos c o n c r e t o s p a r a ilust r a r l o : u n o c o r r e s p o n d e al ya m e n c i o n a d o i m p r e s o r Vicente L a c a m b r a ,
quien — e n 1958 y 1963— e m p l e a el castellano en tres sonetos d e carácter
religioso q u e dedica a la Virgen d e la P e ñ a y al Santo Cristo; también José
de Mur, autor d e varios p o e m a s festivos e n grausino, se sirve del castellano
e n su c o l a b o r a c i ó n titulada «Costa, a d a l i d d e la e n s e ñ a n z a » (1978), y la
misma l e n g u a utilizan, frente a lo q u e es habitual e n sus escritos, A n t o n i o
López —hijo de T o n ó n de Baldomera, q u e firma c o m o «Baldomera
filio»—, c u a n d o e n 1991 n a r r a la historia del «Colegio de los Jesuitas e n
Graus» y Luisón d e Fierro e n u n artículo q u e escribe sobre Costa e n 1992.
El carácter folklórico y rústico q u e se atribuye — a u n q u e n o d e m a n e r a
g e n e r a l i z a d a — al h a b l a local q u e d a c o n f i r m a d o a s i m i s m o a través d e
varias manifestaciones explícitas q u e a p a r e c e n en el Llibré. Así, p o r ejemplo, e n 1957, Vicente Lacambra, h o m b r e e n t o n c e s d e e d a d avanzada, indica q u e «pa n u s o t r o s , este d i a l e t o , t i e n e m u c h a gracia», si b i e n c o n t i n u a
d i c i e n d o q u e «é tan majo y castizo c o m o p u e d a n selo el M a d r i l e ñ o y el
A n d a l u z » . Y e n o t r a c o l a b o r a c i ó n d e 1963, p e r t e n e c i e n t e esta vez a u n
j o v e n q u e todavía n o h a c u m p l i d o los 20 años —José Mª Auset B r u n e t — ,
tras indicar q u e «se habla p o c o grausino e n Graus e n t r e las nuevas generaciones», se p r e g u n t a «¿es p o c o distinguida su práctica?», p a r a a continuación r e s p o n d e r con este revelador c o m e n t a r i o : «nos p a r e c e d e u n ruralism o ridículo ¿no es así?».
Claro q u e estas consideraciones, quizá algo más arraigadas en la é p o c a
de los años 50 y 60 q u e en la actualidad, n o conllevan —ni a h o r a ni entonc e s — u n s e n t i m i e n t o n e g a t i v o o d e d e s p r e c i o h a c i a el h a b l a g r a u s i n a .
Y u n a p r u e b a d e ello — e n t r e otras q u e cabría aducir— la constituyen las
siguientes palabras del joven José Mª Auset Brunet, q u e aparecen inmediat a m e n t e detrás d e los c o m e n t a r i o s q u e h e m o s r e p r o d u c i d o e n el párrafo
anterior:
Sin embargo todos sentimos el grausino como sentimos a Graus.
Reconocemos que lo llevamos dentro, pues ¿quién es el hijo de Graus
que al encontrarse con un compatriota lejos de su Tierra, como acto
reflejo, no inicia su conversación en nuestro dialecto? ¿es que lo hace
porque añora su lugar de nacimiento? ¡no!, es porque hablar grausino
lo trae innato el ser de Graus.
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Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
Por otra parte, e n relación con la presencia de la variedad dialectal d e
Graus e n el Llibré hay varias cuestiones más q u e m e r e c e r í a n u n d e t e n i d o
análisis. E n t r e ellas, la falta d e h o m o g e n e i d a d q u e se observa e n la r e p r e sentación gráfica del grausino, el diferente g r a d o d e castellanización — o ,
al c o n t r a r i o , d e «dialectalización»— q u e m u e s t r a n las diversas colaborac i o n e s escritas e n la v a r i e d a d a u t ó c t o n a o, p o r m e n c i o n a r o t r o caso, el
h e c h o d e la « a l t e r n a n c i a d e códigos» — c a s t e l l a n o y g r a u s i n o — e n u n
m i s m o texto.
P e r o , a p a r t e d e estas cuestiones, sin d u d a i n t e r e s a n t e s y dignas d e u n
estudio i n d e p e n d i e n t e , m e d e t e n d r é — a u n q u e sea d e forma sucinta— e n
u n ú l t i m o aspecto: el q u e se refiere a q u i é n e s son las p e r s o n a s q u e escrib e n e n grausino, cuál es su perfil sociológico.
En este sentido, hay q u e decir q u e se trata —casi exclusivamente— d e
p e r s o n a s d e l sexo m a s c u l i n o , e n su m a y o r í a d e e d a d a v a n z a d a y c o n u n
nivel d e i n s t r u c c i ó n m e d i o o bajo, a u n q u e c o n i n q u i e t u d e s c u l t u r a l e s y
defensoras y a m a n t e s d e su tierra natal, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e q u e resid a n e n ella o vivan, d e s d e h a c e a ñ o s incluso, e n otros p u n t o s d e n u e s t r a
geografía.
Conviene destacar, d e u n a p a r t e , la práctica total ausencia d e j ó v e n e s
q u e escriben e n g r a u s i n o , lo cual está e n c o n s o n a n c i a con el h e c h o —al
q u e ya m e h e referido— d e q u e es este g r u p o generacional el q u e muestra
u n a frecuencia más baja e n el uso oral d e la variedad a u t ó c t o n a . Y, e n el
Llibré de 1991, se nos p r o p o r c i o n a u n claro testimonio al respecto p o r parte de Baudilio Colomina, autor —ya j u b i l a d o — q u e señala:
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Nuestro dialecto qu'antes se usaba prou en esta querida Villa, paece
que a una gran rafollada de chen choven no les diga nada ahora, y hasta s'aprecia que les da vergüenza el habllalo.
De otra parte, e n relación con la variable sexo, d e b e m o s resaltar q u e , a
pesar d e q u e el n ú m e r o d e mujeres q u e c o l a b o r a n e n esta publicación es
n o t a b l e m e n t e inferior al d e los h o m b r e s , tan sólo hay u n a —Teresa Aguilar— q u e escribe, e n dos ocasiones, e n g r a u s i n o (Llibré de 1992 y 1993).
Se trata d e dos breves composiciones versificadas, u n a d e las cuales —titulada «La c h e n fina»— tiene u n i n d u d a b l e interés d e s d e el p u n t o d e vista
sociolingüístico p o r lo siguiente: c o m i e n z a la p r i m e r a estrofa e n castellan o , p a r a d e s p u é s c o n t i n u a r h a s t a el final e n g r a u s i n o , y este c a m b i o d e
código lo explica ella misma e n el texto con estas palabras:
2 8
Hay que mencionar, n o obstante, la aparición e n el Llibré de 1975 de u n breve artículo e n g r a u s i n o firmado por el «Grupo Ribagorza», q u e está i n t e g r a d o p o r j ó v e n e s d e la
comarca interesados por la recuperación y p r o m o c i ó n de «lo ribagorzano» (habla, folklore,
tradiciones, etc.), tema sobre el que precisamente versa su colaboración titulada «¿Una utopía?».
265
Mª Luisa Arnal Purroy
Pero que simple seré,
muy fino yo he empezau
y fé el fino no me va
to lo voy a demostrá.
Y c o n t i n ú a diciendo:
Mucha chen se'n va de Graus
y aprenden a fé el fino,
luego tornan y lo fan
cuan saludan al vecino.
Y que simples piensas tú
que poca sustancia tienen
no veyen que fen el fino
otra cosa e lo que fan,
el ridículo más gran.
Es evidente q u e «fé el fino» significa expresarse e n castellano (recuérdese, e n este o r d e n d e cosas, los calificativos «fino» y «basto» q u e se atrib u y e n , r e s p e c t i v a m e n t e , a la l e n g u a e s p a ñ o l a y al g r a u s i n o ) . Obsérvese,
asimismo, q u e —tal c o m o se dice e n ese t e x t o — hay situaciones c o m u n i cativas e n las q u e utilizar el c a s t e l l a n o e n l u g a r d e l h a b l a local r e s u l t a ,
c u a n d o m e n o s , chocante.
Acerca del uso del habla local p o r parte de las mujeres, conviene añadir
q u e e n t r e la población masculina d e mayor e d a d existe la creencia — q u e
yo misma p u d e c o m p r o b a r c u a n d o estudiaba el habla d e la zona— d e q u e
p a r t e d e la responsabilidad d e q u e la variedad a u t ó c t o n a se esté p e r d i e n d o r e c a e e n las m u j e r e s , e n p a r t i c u l a r e n las m a d r e s c o n hijos e n e d a d
escolar, p u e s t o q u e éstas suelen corregirles si ellos se expresan o e m p l e a n
vocablos en grausino.
D e n u e v o , e n c o n t r a m o s e n el Llibré — c o n c r e t a m e n t e e n el d e l a ñ o
1957— u n e j e m p l o b i e n i l u s t r a d o r d e esta creencia, c u a n d o el i m p r e s o r
Vicente Lacambra, tras lamentarse d e la p é r d i d a d e m u c h a s expresiones y
palabras grausinas, afirma q u e la culpa la tienen «las mares —las m a d r e s —
q u e algunas veces p o r dase b a n d o y p a q u e digan q u e son sabias, les gritan
a sus fillos c u a n h a b l l a n e n g r a u s i n o » . Y a p r o p ó s i t o d e ello, r e l a t a u n a
a n é c d o t a d e la q u e él fue testigo, e n la q u e u n n i ñ o d e u n o s o c h o o nueve
años le p i d e a su m a d r e u n «mocado» y ella le r e s p o n d e así: «calla basto,
se dice u n p a ñ u e l o d e bolsillo». Claro q u e tras este h e c h o , n o infrecuente,
se e n c u e n t r a el n a t u r a l d e s e o m a t e r n o d e facilitar a los hijos el acceso a
los valores «positivos» q u e la c o m u n i d a d asocia con el castellano, positivos
en tanto q u e es la lengua e n s e ñ a d a e n la escuela, la d e los libros y, e n consecuencia, la lengua de cultura.
C o n t o d o , p e s e a q u e el castellano es la l e n g u a d e prestigio, el h a b l a
local es u n o d e los m á s g e n u i n o s y a p r e c i a d o s valores d e la c o m u n i d a d
g r a d e n s e . Y e n este s e n t i d o el Llibré q u e , c o m o h e t r a t a d o d e d e m o s t r a r ,
n o es sólo u n a crónica d e la villa d e Graus, sino q u e también es reflejo d e
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Costumbrismo y habla local: el Llibré de Graus (Huesca)
la situación sociolingüística q u e se d a en el seno d e esta localidad, desemp e ñ a a lo largo d e su ya dilatada existencia u n a i m p o r t a n t e función: la d e
conservar y preservar la q u e p o s i b l e m e n t e sea la principial seña d e identid a d d e esta población bajorribagorzana, su variedad lingüística autóctona,
q u e — c o m o tal— se conoce, se habla y se escribe.
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Mª Luisa Arnal Purroy
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