- Representação Brasileira - CLIPPING - Notícias 01.09.2016 Edição e Seleção Eliza Barreto Fernanda Preve Fernando Leão Maria Elisabete da Costa Sumário JORNAL DA CÂMARA ........................................................................................ 3 Política .................................................................................................................. 3 Rodrigo Maia assume interinamente Presidência da República ............................................. 3 CORREIO BRAZILIENSE .................................................................................... 3 Economia ............................................................................................................... 3 Extrema-esquerda da Europa pede afastamento de Brasil de acordos .................................. 3 Mundo ................................................................................................................... 5 Países da Alba condenam na OEA 'golpe de Estado' contra Dilma ........................................ 5 EUA diz que forte relação com Brasil vai prosseguir após impeachment ............................... 7 ESTADÃO......................................................................................................... 8 Internacional .......................................................................................................... 8 "Instituições democráticas" no Brasil foram capazes de lidar com crise, diz EU ..................... 8 Política .................................................................................................................. 9 Em nota, Argentina cita 'processo institucional em país irmão' ............................................. 9 O G20 e a oportunidade do Brasil retomar a parceria estratégica com a China ....................10 FOLHA DE SÃO PAULO ................................................................................... 12 Mundo ................................................................................................................. 12 Impeachment de Dilma acirra divisão dos governos do continente ......................................12 VALOR ECONÔMICO ....................................................................................... 14 Brasil ................................................................................................................... 14 Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 1 Latino-americanos condenam o 'golpe' ..............................................................................14 Internacional ........................................................................................................ 16 China sedia G-20 em meio a tensão com parceiros ............................................................16 Política ................................................................................................................ 18 Venezuela congela relações com o Brasil após o impeachment; EUA mantêm ......................18 O GLOBO ....................................................................................................... 20 Economia ............................................................................................................. 20 Índia é destaque entre Brics, com crise no Brasil e desaceleração da China .........................20 PAGINA 12 (ARGENTINA) ............................................................................... 28 El Mundo ............................................................................................................. 28 Con la excusa del respeto institucional ..............................................................................28 ABC COLOR (PARAGUAI) ................................................................................ 30 Nacionales ........................................................................................................... 30 Paraguay respeta decisión, señala Loizaga ........................................................................30 LA NACION (PARAGUAI) ................................................................................. 31 Política ................................................................................................................ 31 La OEA afirma que el gobierno de Venezuela es una dictadura ...........................................31 Mundo ................................................................................................................. 31 Argentina “respeta” proceso de destitución de Rousseff .....................................................32 Venezuela retira embajador y congela relaciones con Brasil ................................................32 ULTIMA HORA (PARAGUAI) ............................................................................ 33 Mundo ................................................................................................................. 33 Temer confirma el fin del Brasil "bolivariano".....................................................................33 LA RED 21 (URUGUAI) .................................................................................... 35 Mundo ................................................................................................................. 35 Venezuela, Ecuador, Bolivia y Nicaragua los primeros países en condenar el golpe de Estado parlamentario contra Dilma Rousseff y en retirar a sus embajadores ..................................36 Política ................................................................................................................ 37 José Mujica denunció que Brasil tiene un Parlamento cuestionado, que parece una Bolsa de Valores, y lamentó el golpe de Estado parlamentario .........................................................38 CORREO DEL ORINOCO (VENEZUELA)............................................................. 39 Mundo ................................................................................................................. 39 EEUU considera constitucional la destitución de Rousseff ...................................................39 Política ................................................................................................................ 41 Brasil llama a consultas a embajador en Caracas ...............................................................41 Gobiernos socialistas de América Latina retiran embajadores de Brasil ................................42 Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 2 Brasil JORNAL DA CÂMARA http://www.camara.leg.br/internet/jornalcamara/ Política Rodrigo Maia assume interinamente Presidência da República Carolina Antunes/Presidência da República 31/08/2016 - 20h37 O presidente da República, Michel Temer, transmitiu o cargo ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na noite desta quarta-feira (31), na Base Aérea de Brasília. Maia vai ocupar a Presidência da República interinamente durante a viagem de Temer a China para participar de reunião com investidores chineses, de encontros bilaterais e da Cúpula de Líderes do G-20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta). Temer retorna na terça-feira (6). Questionado como serão suas atitudes durante o período no comando interino do Palácio do Planalto, Maia disse que vai "presidir com muita discrição". Da Redação – RCA Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/515694-RODRIGO-MAIA- ASSUME-INTERINAMENTE-PRESIDENCIA-DA-REPUBLICA.html CORREIO BRAZILIENSE http://www.correiobraziliense.com.br/ Economia Extrema-esquerda da Europa pede afastamento de Brasil de acordos Se nos últimos anos esses partidos ganharam eleições denunciando políticas de austeridade em seus países, agora alertam que o governo de Michel Temer vai adotar políticas econômicas que "resultarão revolta social" 31/08/2016 18:45 Agência Estado Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 3 O espanhol Podemos, o grego Syriza e o alemão Die Linke denunciam a "consumação" do golpe no Brasil. O grupo de partidos de extrema-esquerda na Europa e que nos últimos anos tem ganhado popularidade promete ações no Parlamento Europeu para pressionar contra qualquer tipo de acordo com Brasília e reforçam o apelo para que Bruxelas afaste o Brasil das negociações para a criação de um acordo comercial com o Mercosul. "Condenamos fortemente o golpe de estado no Brasil contra uma presidente eleita", diz um comunicado do grupo, que ainda inclui o Bloco de Esquerda de Portugal e Sinn Fein, da Irlanda, entre outros. Se nos últimos anos esses partidos ganharam eleições denunciando políticas de austeridade em seus países, agora alertam que o governo de Michel Temer vai adotar políticas econômicas que "resultarão revolta social". Para os partidos, o afastamento foi comandado por "oligarcas e imperialismo com o envolvimento de muitos na comunidade internacional, mascarados por uma decisão judicial sem qualquer base legal". De acordo com os partidos, o golpe foi orquestrado de "tal maneira que qualquer líder internacional teria sido afastado". "A remoção de Dilma Rousseff marca um dos capítulos mais negros da história do Brasil e um golpe contra a democracia do País", insistem. Os partidos apontam até mesmo para o envolvimento americano. "É evidente que muitos opositores de Dilma - apoiados pelos EUA - nunca aceitaram sua presidência e tentaram a afastar de qualquer forma", disseram. Para o grupo, a campanha começou já em 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito. "O que ocorre no Brasil é apenas o último exemplo da nova estratégia das forças imperialistas de afastar governos progressistas eleitos pelo povo latino-americano", alertaram os deputados, relembrando inclusive do paraguaio Fernando Lugo em 2012. Para o grupo, o governo de Michel Temer "não perdeu tempo" em reverter o que Lula e Dilma conseguiram em planos sociais. "Ele realinhou a política externa com a agenda imperialista", apontaram. Os deputados ainda alertam que vão continuar a atuar contra o governo Temer. "Oferecemos toda nossa solidariedade", disseram. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 4 Reconhecimento Num comunicado separado, o partido Podemos anunciou que pede ao governo espanhol a "não reconhecer o governo brasileiro", considerado pelo grupo como "ilegítimo". "Exortamos a nosso governo que não se esqueça do compromisso com a democracia que nos guia na política externa", disse. O partido Podemos também fez eco à solicitação dos partidos europeus. "Reiteramos nossa petição à alta representante (de Política Externa), Federica Mogherini, pela qual solicitávamos que a UE mantivesse às margens o Brasil nas negociações que mantém com o Mercosul", indicou o grupo político. O grupo insiste que mandatos políticos "apenas se ganham nas urnas" e denuncia o Congresso nacional por ter 60% de seus integrantes com casos na Justiça. Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/31/internas_economia,54684 1/extrema-esquerda-da-europa-pede-afastamento-de-brasil-de-acordos.shtml Mundo Países da Alba condenam na OEA 'golpe de Estado' contra Dilma O representante suplente da Nicarágua, Luis Ezequiel Alvarado, condenou um "golpe de Estado parlamentar" depois que o Senado brasileiro pôs fim a 13 anos de governos petistas no país 31/08/2016 17:12 France Presse Washington, Estados Unidos - Os membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua denunciaram na Organização dos Estados Americanos (OEA), nesta quarta-feira (31/8), um "golpe de Estado" contra Dilma Rousseff, após a conclusão de seu processo de impeachment por parte do Senado. O representante suplente da Nicarágua, Luis Ezequiel Alvarado, condenou um "golpe de Estado parlamentar" depois que o Senado brasileiro pôs fim, em uma sentença histórica, a 13 anos de governos petistas no país. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 5 "Isso demonstra que as forças regressivas do hemisfério continuam trabalhando com o objetivo de desestabilizar e de provocar golpes de Estado contra os governos progressistas da região", acrescentou Alvarado. Pouco antes, as representações de Equador, Bolívia e Venezuela já haviam se pronunciado de maneira similar. Equador e Venezuela anunciaram a retirada de seus respectivos representantes do Brasil, enquanto Caracas declarou ainda o congelamento das relações com Brasília. O primeiro a se manifestar foi o presidente do Equador, Rafael Correa, que decidiu convocar o mais alto representante diplomático de seu país acreditado no Brasil. "Destituíram Dilma. Uma apologia ao abuso e à traição. Retiraremos nosso encarregado (de negócios) da embaixada" em Brasília, escreveu Correa no Twitter. Em maio, Quito já havia convocado para consultas seu embaixador no Brasil, Horacio Sevilla. Desde então, ele não voltou ao posto e, em junho, foi nomeado representante permanente do Equador na ONU. Assim, o principal representante do Equador no país era, até o momento, o encarregado de negócios Santiago Javier Chávez Pareja. Na época, o Equador advertiu que, se o afastamento de Dilma se tornasse definitivo, "reagiria com maior radicalidade". "Nunca coadunaremos essas práticas, que nos lembram as horas mais obscuras da nossa América. Toda nossa solidariedade com a companheira Dilma, com Lula e com todo o povo brasileiro. Até a vitória sempre!", reiterou o presidente. Em um comunicado, o Ministério equatoriano das Relações Exteriores rejeitou "a flagrante subversão da ordem democrática no Brasil, que considera um golpe de Estado solapado". "Políticos adversários e outras forças de oposição confabularam contra a democracia para desestabilizar o governo e remover de seu cargo, de forma ilegítima, a presidenta Dilma Rousseff", acrescentou. O chanceler equatoriano, Guillaume Long, dará uma entrevista coletiva sobre o tema hoje à tarde. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 6 No mesmo tom, o governo venezuelano de Nicolás Maduro anunciou a retirada de seu embaixador, assim como o congelamento de suas relações com o Brasil, ao condenar "energicamente" a destituição de Dilma por meio de um "golpe de Estado parlamentar". "A Venezuela decidiu retirar definitivamente seu Embaixador na República Federativa do Brasil e congelar as relações políticas e diplomáticas com o governo surgido desse golpe parlamentar", denunciou a Chancelaria, em uma nota. Em resposta, uma representante brasileira agradeceu pelas "manifestações de solidariedade nesse momento difícil de nossa história". Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/08/31/interna_mundo,546806/pais es-da-alba-condenam-na-oea-golpe-de-estado-contra-dilma.shtml EUA diz que forte relação com Brasil vai prosseguir após impeachment A nota assinada por Kirby destaca que Brasil e EUA são as duas maiores democracias e economias do Hemisfério e ambos os países estão comprometidos com parcerias 31/08/2016 15:26 Agência Estado O governo dos Estados Unidos está confiante que a "forte relação bilateral" entre Washington e o Brasil vai prosseguir após o impedimento da presidente Dilma Rousseff, definido na tarde desta quarta-feira (31/8) em votação no Senado, de acordo com um porta-voz do Departamento de Estado. "Temos visto reportagens de que o Senado brasileiro, em acordo com a ferramenta da Constituição do país, votou para remover a presidente Dilma Rousseff do poder", afirma o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em um comunicado à imprensa. "Estamos confiantes que vamos continuar o forte relacionamento bilateral que existe entre os dois países." A nota assinada por Kirby destaca que Brasil e EUA são as duas maiores democracias e economias do Hemisfério e ambos os países estão comprometidos com parcerias. "Os EUA cooperam com o Brasil para resolver questões de mútuo interesse entre as duas partes e os desafios globais mais prementes. Planejamentos continuar com essa colaboração essencial." Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/08/31/interna_mundo,546783/euadiz-que-forte-relacao-com-brasil-vai-prosseguir-apos-impeachment.shtml Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 7 ESTADÃO http://www.estadao.com.br/ Internacional "Instituições democráticas" no Brasil foram capazes de lidar com crise, diz EU Bloco garante que negociações com Mercosul serão mantidas GENEBRA - A União Europeia afirma que não vai mudar seus planos com o Mercosul, diante da cassação de Dilma Rousseff, e que irá manter e até intensificar as negociações para a criação de um acordo de livre-comércio entre os dois lados do Atlântico. Ao Estado, a Comissão Europeia - o braço executivo da UE - garantiu que "nada mudará" com a troca de governo no Brasil. O processo negociador foi relançado neste ano e tem como meta superar um impasse de mais de uma década entre diplomatas. "A UE toma nota da conclusão do processo de impeachment no Congresso brasileiro e que resultou no afastamento da presidente Dilma Rousseff", indicou a Comissão Europeia. "A UE acredita que as instituições democráticas do Brasil foram capazes de lidar com os desafios políticos da situação", insistiu. "A UE vai continuar a trabalhar com o governo brasileiro para fortalecer ainda mais as relações e nossa parceria estratégica entre Brasil e a UE para fazer progresso no acordo entre Mercosul e UE e, de forma unida, lidar com desafios regionais e globais", indicou o bloco em um comunicado. "A UE continua totalmente comprometida com essas negociações", insistiu. No dia 11 de maio, uma troca de ofertas foi realizada entre os dois blocos, a primeira desde 2004. "Esperamos que negociações intensivas comecem logo", indicou a UE. Partidos como o espanhol Podemos, o grego Syriza e o alemão Die Linke denunciaram na quartafeira a "consumação" do golpe no Brasil. O grupo de partidos de extrema-esquerda na Europa, e que nos últimos anos tem ganhado popularidade, promete ações no Parlamento Europeu para pressionar contra qualquer tipo de acordo com Brasília e reforça o apelo para que Bruxelas afaste o Brasil das negociações para a criação de um acordo comercial com o Mercosul. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 8 "Condenamos fortemente o golpe de estado no Brasil contra uma presidente eleita", diz um comunicado do grupo, que ainda inclui o Bloco de Esquerda de Portugal e Sinn Fein, da Irlanda, entre outros. Na Espanha, o Podemos ainda anunciou que pediu ao governo espanhol a "não reconhecer o governo brasileiro", considerado pelo grupo como "ilegítimo". "Exortamos a nosso governo que não se esqueça do compromisso com a democracia que nos guia na política externa", disse o partido. "Reiteramos nossa petição à alta representante (de Política Externa), Federica Mogherini, pela qual solicitávamos que a UE mantivesse às margens o Brasil nas negociações que mantém com o Mercosul", indicou o grupo político. Fonte: http://internacional.estadao.com.br/noticias/europa,instituicoes-democraticas-no-brasil- foram-capazes-de-lidar-com-crise-diz-ue,10000073399 Política Em nota, Argentina cita 'processo institucional em país irmão' O texto menciona ainda a vontade argentina de 'continuar pelo caminho de uma real e efetiva integração no marco do absoluto respeito aos direitos humanos, às instituições democráticas e ao direito internacional' BUENOS AIRES - O governo argentino emitiu às 16h56 desta quarta-feira, 31, um comunicado cujo título era "Processo institucional no Brasil", no qual manifesta em dois parágrafos respeito ao julgamento verificado no "país irmão". O texto, divulgado enquanto o presidente Mauricio Macri e a chanceler Susana Malcorra voavam para a reunião do G-20 na China, menciona ainda a vontade argentina de "continuar pelo caminho de uma real e efetiva integração no marco do absoluto respeito aos direitos humanos, às instituições democráticas e ao direito internacional". A nota ainda diz que a Argentina renova seu desejo de continuar trabalhando com o governo brasileiro em temas de interesse mútuo "das agendas bilateral, regional e multilateral, assim como para o fortalecimento do Mercosul". O país foi o primeiro integrante do bloco regional a reconhecer a institucionalidade do processo, quase uma hora depois da posse de Michel Temer ser noticiada na Argentina. O governo de Mauricio Macri sofreu críticas da oposição em maio pela rapidez com que emitiu uma nota em que dizia estar Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 9 dialogando com as "autoridades constituídas". O texto foi enviado minutos após o afastamento de Dilma pelo Senado, quando não havia amanhecido na Argentina. Entre os outros integrantes do Mercosul, a diplomacia paraguaia mantinha-se em silêncio no fim da tarde desta quarta-feira, sob argumento de que era um "tema interno". A chancelaria uruguaia, que viu com reservas o processo brasileiro, em razão da afinidade do governo de Dilma com a Frente Ampla, coalizão que sustenta o governo de Tabaré Vázquez, também não havia se manifestado. A Venezuela emitiu um comunicado pelo Twitter de sua chanceler, Delcy Rodríguez, às 15h42, condenando o que classificou como um golpe. Fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-nota-argentina-cita-processo-institucional- em-pais-irmao,10000073268# O G20 e a oportunidade do Brasil retomar a parceria estratégica com a China Ligia Maura Costa, Advogada e Professora Titular do Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da FGV-EAESP Nas últimas décadas, profundas mudanças transformaram a geopolítica mundial. A atual ordem internacional enfrenta desafios e questões cada vez mais complexas, tais como, instabilidade financeira, mudanças climáticas, segurança alimentar, desenvolvimento econômico sustentável, protecionismo comercial, apenas para citar essas. Em 2008, com a crise financeira mundial, despontou uma nova estrutura de governança global: o G20 (Grupo dos Vinte). Nos dias 4 e 5 de setembro, a China sediará a reunião dos líderes do G20, na cidade de Hangzhou, com a presença do atual presidente Michel Temer, que terá um encontro bilateral com o presidente chinês Xi Jinping. Nessa ocasião, será de importância vital para o Brasil retomar e fortalecer as bases da parceria estratégica com a China, iniciada em 1993. No final dos anos 90, durante a crise financeira asiática que se alastrava pela Rússia e pela América Latina, surgiu a necessidade da melhoria na coordenação das políticas econômica e financeira, a nível mundial. A criação do G20 em 1999, como um fórum informal, tem na sua base os esforços para restaurar a estabilidade financeira internacional. Além disso, sua concepção foi uma primeira resposta ao surgimento de um mundo mais multipolar. Num curto período de tempo, melhor dizendo desde a crise financeira de 2008, o G20 saiu de uma fase de quase total obscuridade para uma posição central do palco em tema de governança econômica global. Hoje, o G20 é uma plataforma eficiente para os líderes mundiais na discussão de análises econômicas e políticas globais. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 10 Relação estratégica significa desenvolver uma parceria estável de cooperação mútua de longo prazo. O modelo de relação estratégica entre países engloba uma série ampla de encadeamentos bilaterais: da defesa à educação, da saúde ao desenvolvimento, das relações econômicas e comerciais aos investimentos, sem esquecer de questões relacionadas à defesa e segurança. Embora diferentes em várias formas, Brasil e China compartilham algumas identidades comuns de países emergentes interessados em promover suas próprias ascensões econômica e política na arena internacional. Ainda, ambos são atores regionais e com grande potencial global. Há outras áreas de cooperação entre os dois países, mas o conceito de parceria estratégica requer fundamentos mais sólidos e realistas. Embora uma relação estratégica tenha sido iniciada em 1993 entre a China e o Brasil, considerada como um modelo de cooperação Sul-Sul, o fato é que essa parceria hoje é uma relação assimétrica e pode inclusive ser considerada como um modelo de cooperação Norte-Sul, no qual a China desempenha o papel do Norte, como país exportador de capital e de manufaturados enquanto o papel do Brasil é de proporcionar recursos naturais. De fato, o Brasil exporta para China commodities – em especial soja em grão e minério de ferro – e adquire manufaturados. O constante desequilíbrio comercial é apenas uma das evidências da assimetria que se afirma aqui. Até o momento, a relação comercial entre ambos foi mais relevante para o Brasil do que para a China, já que o Brasil sequer faz parte da lista dos dez maiores parceiros comerciais da China; enquanto que, já há algum tempo, a China é o maior parceiro comercial brasileiro. No longo prazo, o Brasil não pode continuar com esse padrão de relação bilateral, embora no curto prazo as exportações de commodities para China tenham ajudado o país no processo de estabilização econômica. Num ambiente internacional altamente competitivo, no qual as negociações de acordos preferenciais de comércio se intensificam a cada dia e alteram o panorama do comércio mundial, intensificar parcerias estratégicas é uma atitude necessária. Como o Brasil e a China não fazem parte do Tratado Transatlântico de Comércio e Investimento (TTIP) nem do Tratado de Associação Transpacífico (TPP), os chamados mega acordos preferenciais de comércio, há uma janela de oportunidade para que a parceria entre eles possa voltar a ser realmente estratégica. Não há, porém, tempo a perder, já que o real objetivo do TPP ainda não foi alcançado, que é a criação de uma área de livre comércio Ásia-Pacífico, incluindo todos os países da região, inclusive a China e a Índia. Uma verdadeira parceria estratégica entre Brasil e China seria uma oportunidade relevante para ambos os países de mostrarem sua vontade de promover a cooperação num amplo conjunto de áreas, que transcendem o campo econômico exclusivamente, embora a intensificação da relação entre eles, em decorrência de investimentos cruzados entre empresas por exemplo, possa promover um impacto econômico muito maior do que o de alguns acordos preferenciais de comércio. Para o Brasil, uma parceria estratégica com a China colocaria o estado chinês numa posição hierarquicamente superior em relação a outros parceiros brasileiros. Por sua vez, para a China ter o Brasil como parceiro estratégico, colocaria o país num grupo de ação prioritária para os interesses Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 11 chineses. A próxima reunião de Cúpula do G20 é uma oportunidade de ouro para o Brasil e, também, para a China, de enfrentarem o desafio de retomar a parceria estratégica e criarem condições efetivas para que essa relação prospere simetricamente. Fonte: http://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade/o-g20-e-a-oportunidade- do-brasil-retomar-a-parceria-estrategica-com-a-china/ FOLHA DE SÃO PAULO http://www.folha.uol.com.br/ Mundo Impeachment de Dilma acirra divisão dos governos do continente DE WASHINGTON, DE SÃO PAULO 01/09/2016 00h10 O processo de impeachment que destituiu nesta quarta (31) Dilma Rousseff acirrou uma esperada divisão dos governos do continente. Enquanto os EUA afirmaram que o afastamento definitivo da agora ex-presidente seguiu o ordenamento constitucional, os chamados governos bolivarianos –Venezuela, Equador e Bolívia– reagiram convocando seus embaixadores no país. A resposta a Caracas veio em poucas horas. Em nota, o Itamaraty disse que a atitude venezuelana "nega os princípios e objetivos da integração latino-americana" e convocou o embaixador do Brasil em Caracas, Ruy Pereira, para consultas. Sem alarde, os representantes em Quito e La Paz também foram chamados, apurou a Folha. CASA BRANCA A aguardada posição de Washington foi divulgada pelo Departamento de Estado pouco após a votação no Senado. Em comunicado, o governo dos EUA chama de "essencial" a relação bilateral com o Brasil, que diz esperar manter "forte" e avançar em temas de interesse mútuo. "O Senado brasileiro, de acordo com o ordenamento constitucional do Brasil, votou para remover a presidente Dilma Rousseff do cargo. Estamos confiantes que continuaremos a forte relação bilateral", disse John Kirby, porta-voz do departamento. Washington elogiou a solidez das instituições brasileiras e reiterou o respeito às regras democráticas. "Como as duas maiores democracias do hemisfério, Brasil e EUA são parceiros comprometidos. Os Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 12 EUA cooperam com o Brasil para enfrentar temas de interesse mútuo e os desafios urgentes do século." Em tom similar, o governo da Argentina afirmou em nota que respeita o processo de impeachment e continuará trabalhando pela integração com o "país irmão", respeitando direitos humanos, instituições democráticas e o direito internacional, além de buscar fortalecer o Mercosul. Desde o início do processo, o presidente Mauricio Macri se mostrou simpático ao governo Temer. Em maio, a Argentina foi o primeiro país a receber José Serra como ministro de Relações Exteriores. Temer deverá visitar Buenos Aires no início de outubro. A Argentina se tornou aliado crucial na reconfiguração regional que inclui o afastamento dos antigos aliados dos governos Lula e Dilma. O governo do Chile, por sua vez, se declarou "respeitoso" em relação à decisão do Senado brasileiro. O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou após a aprovação do impeachment que convocaria seu embaixador no Brasil e chamou o processo de "apologia à traição". Mais tarde, o governo de Nicolás Maduro repetiu o movimento e foi além, congelando as relações entre Caracas e Brasília e evocando o que chamou de "golpe parlamentar". Maduro expressou "toda a solidariedade" a Dilma. Pela manhã, o boliviano Evo Morales anunciara que convocaria seu embaixador em Brasília se a petista fosse destituída –promessa cumprida à tarde, após a votação. As posições são delicadas, pois o Brasil é parceiro-chave dos países bolivarianos, com investimentos nas áreas de construção civil e energia. Do outro lado do Atlântico, os governos europeus não haviam se manifestado até a publicação desta reportagem. O embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, apelava a seguidores on-line: "Socorro. Alguém pode me ajudar a explicar a Londres as decisões do Senado sobre não cassação e as consequências?" Colaboraram MARCELO NINIO, em Washington, e CLÓVIS ROSSI, em São Paulo Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 13 Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/09/1809086-impeachment-de-dilma-acirra- divisao-dos-governos-do-continente.shtml VALOR ECONÔMICO http://www.valor.com.br/ Brasil Latino-americanos condenam o 'golpe' Por Fabio Murakawa, Andréa Jubé, Fernando Exman e Rafael Vazquez | De São Paulo e Brasília 01/09/2016 às 05h00 A confirmação do impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff fez azedar de vez as já conturbadas relações do governo Michel Temer com os chamados países "bolivarianos". Venezuela, Equador e Bolívia foram responsáveis ontem pelas reações mais duras à deposição da petista. Argentina e Estados Unidos, por sua vez, deixaram claro que pretendem trabalhar com o governo instalado ontem no Brasil. Porém, nenhuma nota citou nominalmente Michel Temer como novo presidente brasileiro. O Uruguai, metido em disputa com o governo Temer em torno da passagem da presidência do Mercosul para a Venezuela, ainda não havia se manifestado. O Chile reafirmou a amizade com o Brasil e destacou o desejo de continuar "construindo, com o governo e o povo do Brasil, renovados caminhos de convergência e fortalecimento da relação bilateral". O governo da presidente de esquerda Michele Bachelet manifestou ainda seu "apreço" à presidente Dilma Rousseff e ressaltou a relação "intensa e produtiva" entre os dois países durante seu mandato. Na tarde de ontem, o Itamaraty chamou para consultas o embaixador brasileiro em Caracas, Ruy Pereira, depois de o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter anunciado a retirada de seu embaixador de Brasília e o "congelamento" das relações com o Brasil. Uma fonte do governo brasileiro afirmou, além disso, que os embaixadores brasileiros em La Paz e Quito também serão chamados para consultas. "Toda a solidariedade a Dilma e ao povo do Brasil", disse Maduro em sua conta no Twitter, após a votação no Senado. "Condenamos o golpe oligárquico no Brasil." Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 14 Também pelo Twitter, o presidente do Equador, Rafael Correa, classificou a destituição de Dilma como "uma apologia ao abuso e à traição". Sem embaixador em Brasília, ele decidiu chamar a consultas o encarregado de negócios de sua embaixada na capital brasileira. Correa havia dito anteriormente que aguardava o desfecho do processo de impeachment no Brasil para decidir se nomearia ou não um novo embaixador. "Jamais referendaremos essas práticas, que nos recordam das horas mais obscuras da nossa América", disse Correa, sobre o impeachment. A declaração de Correa sinalizou, na visão do governo brasileiro, o patamar que as relações bilaterais com o Equador passam a ter. Como Correa, que já havia retirado o embaixador do Equador em Brasília, agora está chamando de volta ao país o encarregado de negócios que respondia até então pela embaixada. Com isso, um encarregado de arquivos representará os interesses de Quito no Brasil. O chanceler equatoriano, Guillaume Long, convocou a imprensa para chamar o impeachment de "flagrante subversão da ordem democrática no Brasil" e "um golpe de Estado dissimulado". Ele disse que a oposição do Brasil realizou ontem "uma tomada de poder ilegítima, pseudoconstitucionalista com sérios vícios legais e muitos questionamentos políticos". Uma fonte do governo brasileiro classificou o tom de Long como "duro e atrevido". E disse que espera que, ao menos até a próxima eleição presidencial brasileira, Quito siga sem embaixador em Brasília. O boliviano Evo Morales também usou o Twitter para manifestar apoio a Dilma. "Condenamos o golpe parlamentar contra a democracia brasileira. Acompanhamos Dilma, Lula e seu povo nessa hora difícil", disse ele. "Estamos convocando nosso embaixador no Brasil para adotar as medidas que se recomendam neste momento." Em nota divulgada no início da noite, o Itamaraty lamentou "as manifestações de incompreensão dos governos da Bolívia, do Equador e de Cuba" sobre o impeachment "da ex-Presidente da República". Cuba havia, anteriormente, condenado "energicamente" o "golpe de Estado" no Brasil. Em outra nota, repudiou as manifestações do governo venezuelano. A chancelaria Argentina, por outro lado, manifestou em nota que "respeita o processo institucional verificado no país irmão". E reafirmou "seu desejo de continuar trabalhando com o governo do Brasil para a resolução de temas de mútuo interesse das agendas bilateral, regional e multilateral, assim como para o fortalecimento do Mercosul". O país é hoje governado pelo direitista Maurício Macri que, Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 15 diferentemente da antecessora, Cristina Kirchner, não possui um alinhamento automático com o governo petista. O Departamento de Estado dos EUA disse ontem que "está confiante de que as relações bilaterais com o Brasil continuarão fortes" após o impeachment de Dilma. O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, declarou que as "instituições democráticas brasileiras atuaram de acordo com a Constituição do país". Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/4695251/latino-americanos-condenam-o-golpe Internacional China sedia G-20 em meio a tensão com parceiros Por ChuinWei Yap | Wall Street Journal, de Pequim 01/09/2016 às 05h00 A cúpula das principais economias, que deveria ser um momento de glória para a China, coincide com uma reação mundial adversa à globalização - e a China é responsabilizada por boa parte dela. Pequim vê encontros de líderes mundiais como oportunidade de enfatizar o papel ascendente da China no cenário mundial, e não poupa esforços para garantir uma pompa incomum para a ocasião. Mas, no momento em que o presidente Xi Jinping se prepara para receber os líderes das economias do G-20 na cidade histórica de Hangzhou, o que desponta cada vez mais como meta é impedir que a China seja apontada como obstáculo ao crescimento mundial. Num momento em que o crescimento da China desacelera e as economias dos EUA e da Europa seguem estagnadas, ganharam força nos últimos meses reclamações de que o excesso de capacidade industrial da China derrubou os preços no mundo. Além disso, o acesso de investidores estrangeiros à China não corresponderia às condições encontradas pelas empresas chinesas no exterior. E o país com o maior comércio exterior do mundo se tornou presença constante em disputas comerciais, que vão desde a celulose brasileira até pés de galinha americanos. Por outro lado, autoridades e empresas ocidentais veem as empresas chinesas presentes em aquisições de grandes marcas mundiais como beneficiárias estatais de mercados protegidos. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 16 "A China é o país do G-20 mais fechado em termos de ingresso de investimento externo e ao mesmo tempo desponta como o maior investidor do mundo", disse David Dollar, professor visitante-do Brookings Institution. "Essa falta de reciprocidade representa um verdadeiro problema para o mundo." Acusações assim no G-20 seriam um revés para a aspiração da China de reformular a ordem mundial e embotará vitórias, como a fundação do Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura, resposta chinesa ao Banco Mundial e cuja filiação está crescendo. O Canadá se tornou ontem o primeiro país norte-americano a pedir adesão. Autoridades chinesas sugerem que darão destaque às conversações voltadas para formalização de tratados de investimento no G-20, como prova de Pequim está comprometida com a abertura. Pequim coloca a China na posição de vítima, não de causa, do "crescente protecionismo comercial". O comunicado final do G-20 deverá incluirá menções à "redução do protecionismo comercial". Autoridades envolvidas na reunião do G-20 dizem ser pouco provável que o encontro produza um acordo relevante para respaldar o crescimento mundial, na linha da cúpula de 2009, em Londres, que reuniu mais de US$ 1 trilhão em compromissos de crédito para impulsionar os empréstimos. Agora, dizem, o foco será convencer a China a ajudar a economia mundial a recuperar dinamismo. Na cúpula, é provável que Pequim enfatize sua liderança nas finanças "verdes", na transparência fiscal, na regulamentação financeira e em outras áreas, em um Plano de Ação de Hangzhou coordenado pelo G-20 que lhe dará uma oportunidade pelo menos simbólica de mostrar liderança mundial. Mas a tentativa da China de fazer a agenda do G-20 voltar à economia mundial como um todo poderá se revelar difícil. "Se o comunicado final for sobre excesso de capacidade ou outros problemas que afetam o comércio internacional, a China não vai querer seu nome" apontado como responsável, disse um alto funcionário de um grupo empresarial ocidental. O que está em jogo é o prestígio, além de interesses mais tangíveis. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram que as medidas antidumping, entre as quais tarifas, impostas por membros do G-20 contra produtos chineses aumentaram 47% no ano passado, para seu nível mais alto, em relação a 2010. As medidas compensatórias tiveram como alvo todos os tipos de produtos, de bicicletas infantis até aquecedores de água. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 17 Um terço delas incidiu sobre as vendas de aço chinês. A escala e os baixíssimos preços dos produtos exportados pela China geram temor em comunidades operárias do mundo inteiro. Economistas de sindicatos do Ocidente argumentam que a abertura dos mercados, especialmente à China, achatou os salários e levou à transferência de nada menos que 3 milhões de empregos americanos. Opiniões desse tipo ganharam força até em círculos pró-comércio mundial nos EUA e são tema importante na campanha eleitoral. Parlamentares europeus manifestaram forte objeção a mais abertura da economia do bloco à China sem a contrapartida das concessões chinesas. Um estudo da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), estima que o fechamento de empregos na UE poderá alcançar 211 mil ou mais se a China receber o status de "economia de mercado". "Num momento em que o mundo precisa de mais globalização, a China segue no modo defensivo", diz Jörg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio da UE na China. "Nossa preocupação é que a China possa desencadear forças protecionistas que ninguém quer ver." Os investimentos externos chineses entram nos demais países com relativa facilidade, mesmo em setores supervalorizados como robótica e biotecnologia, como foi o caso da aquisição pela China da gigante de biotecnologia Syngenta, liberada pelos EUA em agosto. Mas Pequim mantém setores fundamentais totalmente ou em boa parte fechados a investidores estrangeiros e usa o comércio exterior como fator impulsionador em investimentos transnacionais. Depois que a Austrália barrou, em agosto, a aquisição pela State Grid, da China, da maior rede de energia elétrica australiana, Pequim alertou que a rejeição poderia comprometer os laços comerciais. "Esta é uma época muito cheia de disputas", disse o analista Angus Nicholson, da trading IG. "E a China tem contribuído enormemente para essa inquietação." Fonte: http://www.valor.com.br/internacional/4695201/china-sedia-g-20-em-meio-tensao-com- parceiros Política Venezuela congela relações com o Brasil após o impeachment; EUA mantêm Por Valor, com agências internacionais 31/08/2016 às 16h54 Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 18 (Atualizada às 19h) O governo da Venezuela declarou que irá retirar seu embaixador do Brasil e congelar as relações com o país por conta do afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência. Em comunicado, Caracas classificou o impeachment como um “golpe”. Nicolás Maduro, presidente atual da Venezuela, assim como Hugo Chávez, ex-presidente venezuelano morto em 2013, são aliados históricos do PT e mantiveram relações próximas com o Brasil durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma. José Serra, ministro das Relações Exteriores, informou que chamou o embaixador brasileiro em Caracas, Ruy Pereira, para prestar esclarecimentos sobre o rompimento da Venezuela. Já o Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que está confiante de que as relações bilaterais com o Brasil continuarão fortes após o impeachment. Na opinião do porta­voz do Departamento de Estado, John Kirby, as “instituições democráticas brasileiras atuaram de acordo com a Constituição do país”. "Subversão da ordem democrática" O presidente do Equador, Rafael Correa, escreveu em seu Twitter que irá retirar o embaixador equatoriano do Brasil. “Destituíram Dilma. Uma apologia do abuso e da traição. Retiraremos nosso encarregado da embaixada. Jamais concordaremos com estas práticas que nos lembram as horas mais obscuras de nossa América”, tuitou. “Toda a nossa solidariedade com a companheira Dilma, com Lula e com o povo brasileiro. Até a vitória sempre”, concluiu o presidente equatoriano. Apesar da afirmação do presidente do país no Twitter, o comunicado oficial do Ministério de Relações Exteriores do Equador, até o momento, não fala em retirada e menciona que irá convocar seu embaixador para consulta. Mais cedo, o governo do Equador classificou o afastamento definitivo de Dilma como uma “flagrante subversão da ordem democrática no Brasil e um golpe de Estado dissimulado”. "Golpe" O governo da Bolívia divulgou um comunicado com fortes críticas sobre o afastamento de Dilma e classificou o ato como um “golpe de Estado” que confronta os “54 milhões de votos que levaram Dilma” à reeleição. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 19 “Este processo de destituição qualificado pela presidente Rousseff como golpe de Estado foi consumado por um grupo de senadores que, na sua maioria, estão em processos judiciais por corrupção”, diz o texto. “Diante desta situação, o governo da Bolívia decidiu chamar para consultas seu embaixador na República federativa do Brasil”. No Twitter, o presidente boliviano Evo Morales também manifestou pessoalmente sua opinião e, além de declarar apoio a Dilma, confirmou que conversará com o representante na Embaixada brasileira. “Estamos convocando o nosso embaixador no Brasil para assumir as medidas que se aconselham neste momento”, escreveu. Argentina O Ministério de Relações Exteriores da Argentina divulgou nota sobre o assunto e diz que “respeita o processo institucional verificado no país irmão e reafirma sua vontade de continuar no caminho de uma integração efetiva”. O texto ainda reforça que o governo argentino está disposto a trabalhar com a equipe de Michel Temer em assuntos de interesse dos dois países. “A Argentina renova seu desejo de continuar trabalhando com o Brasil para a resolução de temas de mútuo interesse de agenda bilateral e multilateral, assim como o fortalecimento do Mercosul”. Fonte: http://www.valor.com.br/politica/4694737/venezuela-congela-relacoes-com-o-brasil-apos-oimpeachment-eua-mantem O GLOBO http://www.globo.com/ Economia Índia é destaque entre Brics, com crise no Brasil e desaceleração da China País cresceu mais que a China em 2015, pela primeira vez desde 1999. Previsão do FMI é que a Índia continue crescendo mais que outros países. Karina Trevizan Do G1, em São Paulo 01/09/2016 05h00 - Atualizado em 01/09/2016 05h00 FACEBOOK Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 20 O que são os Brics? São países emergentes considerados subdesenvolvidos, mas que, nas últimas décadas, apresentaram um crescimento industrial alto: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O PIB brasileiro voltou a registrar queda no segundo de 2016, segundo mostram os dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o Brasil e a Rússia em crise, a África do Sul registrando atividade econômica fraca e a desaceleração chinesa, a economia indiana é destaque de expansão entre os Brics (grupo formado por esses países). A economia da Índia cresceu mais que a da China em 2015 pela primeira vez desde 1999, e a previsão do Fundo Monetário Internacional é que essa seja uma tendência pelos próximos anos. No segundo trimestre de 2016, o PIB da Índia cresceu 7,1% contra o mesmo período de 2015. Na mesma base de comparação, a economia da China teve expansão de 7%, e a do Brasil, recuo de 3,8%. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 21 Em um ranking dos 34 países que representam 79% do PIB Mundial e que publicaram seus resultados até o momento, a Índia lidera como o maior crescimento do PIB no segundo trimestre (repetindo a posição do trimestre anterior). A China ocupa a terceira posição (atrás das Filipinas) e o Brasil, a última. O levantamento é da Austin Rating. Veja a lista completa. Veja abaixo 13 pontos sobre a liderança indiana no ranking de crescimento dos Brics. Para elaborálos, o G1 ouviu o economista Luciano Nakabashi, professor da FEA de Ribeirão Preto, Paulo Feldmann, da FEA de São Paulo, e Arnaldo Francisco Cardoso, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 1. Dados indianos são alvo de questionamento “Existem dúvidas na qualidade dos dados da economia indiana, o que pode estar levando a um viés para cima das estimativas de crescimento econômico”, diz Luciano Nakabashi. Paulo Feldmann também questiona esse ponto. “Existe uma certa dúvida sobre se as estatísticas da Índia são verdadeiras, tem gente que acha que há uma manipulação dos dados e não dá para confiar naquilo que o governo divulga.” 2. Economia da Índia passou por reestruturação “Muitos estudos apontam para a importância das reformas realizadas na Índia nos anos 1990, que foram no sentido de maior liberalização comercial e financeira, além de outras medidas que estimularam o setor privado”, pontua Nakabashi. “Adicionalmente, o fato da Índia ainda ser um país muito pobre e com forte base na agropecuária fez com que o ganho de importância da indústria e, sobretudo do setor de serviços elevasse a produtividade pela transferência de trabalho da agropecuária para os dois últimos setores”, diz o professor. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 22 3. O PIB cresce constantemente, mas a população muito pobre ainda é numerosa O professor Arnaldo Francisco Cardoso aponta que “a distribuição de renda ainda é terrível” na Índia, mesmo com o crescimento econômico. “É bastante sabido que crescimento do PIB não representa a melhora de distribuição de renda. E esse ainda é um grande desafio na Índia.” Feldmann comenta que a Índia “tem uma população enorme, mas um terço dessas pessoas são absolutamente miseráveis. Têm muita dificuldade para encontrar um prato de comida por dia e não têm onde morar. É um problema muito sério, são cerca de 400 milhões de pessoas”. O país tem mais de 1,3 bilhão de habitantes, segundo dados de 2015 do FMI. Nakabashi aponta inclusive que “o crescimento das últimas décadas piorou a distribuição de renda no país, pela falta de pessoas com maiores níveis de escolaridade, o que elevou muito os salários das pessoas com maior escolaridade, sobretudo daquelas com ensino superior”. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 23 4. Grande disponibilidade de mão-de-obra barata estimula investidores Feldmann cita o grande número de trabalhadores não qualificados que se sujeitam a trabalhar por salários muito baixos – o que diminui o custo de produção e atrai investimentos, mas representa a manutenção da baixa qualidade de vida de muitas pessoas. “Realmente a mão-de-obra deles é muito barata porque eles têm esse contingente enorme de pessoas miseráveis que aceitam trabalhar por qualquer coisa.” “Para o investidor, contar com uma mão-de-obra barata é positivo em termos de atração de crescimento. Mas, em termos de apropriação pela população local dos resultados desse crescimento, não é positivo”, complementa Arnaldo Francisco Cardoso. 5. Maior número de falantes de inglês ajuda o mercado de trabalho Além de citar um esforço do governo em qualificar trabalhadores, Feldmann também cita o grande número de indianos que falam bem o inglês como vantagem competitiva do mercado de trabalho. Mão de obra barata é positiva para atração de crescimento. Mas, em termos de apropriação pela população dos resultados, não é positivo" “Isso permitiu que eles se transformassem no call center do mundo. Hoje, as grandes empresas de call center estão na Índia. Se você ligar na American Airlines para fazer uma reserva ou uma reclamação, pensa que ligou para os Estados Unidos, mas vai ser atendido por uma pessoa na Índia. E eles direcionam o atendimento para pessoas que falem com o sotaque igual ao da região de onde se está chamando. Isso gerou muito emprego para pessoas de baixa qualificação, é uma mão de obra barata que fala inglês”. O professor aponta que há empresas de outros setores terceirizando serviços para a Índia. “Não são só os call centers. Eles são muito competentes na área de informática, por exemplo. O mundo inteiro está terceirizando para a Índia. Isso gera muito emprego lá porque a mão de obra é barata”, diz Feldmann. “Como esse pessoal ganha muito mal, é fácil gerar empregos lá. Isso atrai empresas do mundo inteiro.” 6. A questão cultural ainda pesa sobre a economia “Esse terço da população que são as pessoas miseráveis não têm nem carteira de identidade”, descreve Feldmann. “São pessoas que ocupam funções absolutamente sem nenhuma importância, a maioria delas não trabalha inclusive, são totalmente analfabetos. Mas não entram nas estatísticas. Pela religião, são o que se chama de 'párias'". Arnaldo Francisco Cardoso complementa que em cidades maiores, como Mumbai e Nova Deli, “as resistências culturais foram sofrendo uma modernização”. “Ainda tem milhões de pessoas no campo Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 24 com a manutenção das formas mais tradicionais de organização social. Tradições como o sistema de castas ainda são muito presentes em uma grande parte do país.” Esse terço da população que são as pessoas miseráveis não têm nem carteira de identidade. Não entram nas estatísticas" 7. País passou a valorizar investimentos em infraestrutura, mas ainda há problemas “O governo tem feito coisas inteligentes nos últimos anos, e entre elas está o investimento em infraestrutura, principalmente a parte ferroviária. Quase todo o transporte de carga é feito por ferrovia na Índia, e isso dá uma vantagem enorme para as empresas de lá, pois o transporte é mais barato”, destaca Feldmann. “Eles também têm investido muito em energia elétrica, mas esse setor ainda é ruim por lá, vira e mexe tem apagão. O país cresceu mais do que eles conseguiram construir usinas”, ressalva. O especialista também destaca a presença forte do Estado em vários setores da economia, inclusive no que se relaciona com infraestrutura, e aponta que muitas vezes a eficiência é prejudicada. “O setor de aço tem empresas do Estado, de energia elétrica, as ferrovias que são estatais, diversos setores industriais. Eles têm estatais em setores que não precisavam. O efeito em geral é ineficiência.” Cardoso, no entanto, aponta que essa presença do Estado vem diminuindo, embora continue marcante. “Há uma redução gradual não radical dos setores em que o Estado é atuante, em um processo de ampliação da atuação do setor privado. Mas seria exagero falar que é um Estado mínimo, liberal, não é verdade. Ainda tem muita burocracia estatal, ineficiência estatal.” 8. Eficiência do setor de tecnologia é diferencial Cardoso aponta que “a Índia tem hoje uma elite de profissionais altamente qualificados” em segmentos de tecnologia, como desenvolvimento de softwares e hardwares. “Eles têm se notabilizado na produção de bens de alto valor”, aponta. “A Índia identificou o setor de tecnologia da informação como estratégico há 10 anos. Há ainda uma política industrial com oferta de cursos de engenharia, estímulo ao investimento na formação de mão de obra qualificada”, diz o especialista. 9. Governo estimula empreendedorismo “Eles estão empenhados em reduzir a pobreza, e para isso têm empregado algumas políticas como estimular o empreendedorismo”, afirma Feldmann. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 25 O país tem crescido e com maior controle inflacionário, por aumento de produtividade, que é fundamental no crescimento de longo prazo" “Eles dão empréstimos para as pessoas que são muito pobres, de valores pequenos, para comprar coisas como máquina de costura, um computador, um carrinho de pipoca, coisas desse tipo. Esses empréstimos são o que se chama de microcrédito, ele vai ter no mínimo 10 anos para pagar, e não tem juros. Isso é para se tornar um pequeno empreendedor. O microcrédito é o fator que tem movido e retirado esse pessoal da pobreza e colocado na classe média.” Cardoso, no entanto, ressalta que a burocracia no país ainda dificulta o empreendedorismo. “A desburocratização é um processo que ainda está em curso. A Índia sofre bastante com a burocracia que dificulta uma performance mais dinâmica do setor privado.” 10. País não é dependente do preço das matérias-primas A Índia, ao contrário do Brasil, tem como vantagem econômica diante do cenário atual a baixa dependência do preço de matérias-primas no mercado internacional. “A atividade industrial na Índia inclusive vem se beneficiando da queda do preço internacional do petróleo”, diz Arnaldo Francisco Cardoso. 11. A corrupção continua entre os problemas indianos “Outro problema muito sério na Índia é a corrupção. Mas existem medidas que estão gradualmente reduzindo e reformando o padrão de atuação do Estado, o que diminui os espaços da corrupção e reduz as despesas com setores onde antes ele se fazia mais presente”, avalia Cardoso. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 26 12. A inflação está controlada A Índia passou de uma inflação de mais de 10% em 2012 para 5,3% no ano passado. Segundo Nakabashi, esse dado é muito importante para analisar o desempenho da economia do país nos últimos anos. “O país tem crescido e com maior controle inflacionário. Isso ocorre por aumentos de produtividade, que é fundamental no crescimento de longo prazo”, afirma. “A queda da inflação é sempre resultado de políticas macroeconômicas acertadas, e benefício também da queda dos preços internacionais das matérias primas. Aquilo que eles importam mais barato ajuda na queda dos preços”, completa Cardoso. 13. As contas do governo estão sob controle A dívida pública indiana em relação ao PIB vem diminuindo nos últimos anos. Entre 2010 e 2015, caiu de 67,4% do PIB do país para 65,2%, segundo dados do FMI. Para comparação: a dívida da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 27 China cresceu de 36% para 43,2% do PIB no mesmo período. A estimativa para os próximos anos é que a relação entre a dívida do país e o PIB continue caindo na Índia e subindo na China. “O governo da Índia não gasta mais do que arrecada. Assim conseguem manter a saúde financeira do pais muito boa, com uma situação fiscal saudável e equilibrada”, comenta Paulo Feldmann. Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no- brasil-e-desaceleracao-da-china.html Argentina PAGINA 12 (ARGENTINA) www.pagina12.com.ar El Mundo Con la excusa del respeto institucional La Cancillería manifestó que el Gobierno “respeta el proceso verificado en el hermano país y reafirma su voluntad de continuar por el camino de una real integración”. Macri había sido el primer presidente en recibir al canciller de Temer. Por Werner Pertot Con la cautela del caso, el gobierno de Mauricio Macri emitió un comunicado en el que aseguró que “respeta el proceso institucional” en Brasil que culminó con la destitución de la presidenta Dilma Rousseff. Macri, quien fue el primer presidente en recibir al canciller de Michel Temer, se encontraba ayer en viaje hacia Qatar, pero en el Gobierno evaluaron como positivo que haya concluido el proceso. Luego de reconocer al nuevo gobierno, desde la administración de Cambiemos se disponían a trabajar “para la resolución de los temas de mutuo interés en la agenda bilateral”. Tras la destitución de la presidenta brasileña, en el Gobierno argentino fueron muy cuidadosos con las palabras. La Cancillería elaboró un comunicado que se tituló: “Proceso institucional en Brasil”. Un contraste claro con los sectores de la oposición argentina que cuestionaron la decisión. “Ante los sucesos registrados el día de hoy en Brasil, el Gobierno argentino manifiesta que respeta el proceso institucional verificado en el hermano país y reafirma su voluntad de continuar por el camino de una real y efectiva integración en el marco del absoluto respeto por los derechos humanos, las instituciones democráticas y el derecho internacional”, aseguró el comunicado de Cancillería, que fue supervisado por el jefe de Gabinete, Marcos Peña. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 28 En el texto, advirtieron que “Argentina renueva su deseo de continuar trabajando con el gobierno de Brasil para la resolución de los temas de mutuo interés de las agendas bilateral, regional y multilateral, así como para el fortalecimiento del Mercosur”, lo que implica que el Gobierno argentino reconoce la legitimidad de la administración de Temer. La posición argentina no fue una sorpresa, si se tiene en cuenta que Macri fue el primer presidente en recibir al canciller de Temer, José Serra. Allí mismo, Serra anunció que buscará la flexibilización del Mercosur y el alineamiento con los Estados Unidos. Además de con Macri, Serra estuvo reunido en esa oportunidad con el ministro de Hacienda, Alfonso Prat-Gay, para conversar sobre el comercio. En esa visita, la canciller Susana Malcorra advirtió lo que se reiteraría en el comunicado de ayer: “Hubo un procedimiento que se ha seguido a rajatabla y no encontramos que en el haya ninguna razón para que el proceso no haya sido legal. Hemos estado mirando muy de cerca”. Cuando viajó por los Juegos Olímpicos en Río de Janeiro, Macri fue recibido por Temer en el Palacio Itamaraty y ambos mostraron sintonía en diferenciarse del gobierno de Nicolás Maduro y en cuestionar la presidencia de Venezuela en el Mercosur. Todas las veces que le preguntaron por el impeachment en Brasil, Macri eligió la misma frase para responder: “Para nosotros es fundamental lo que pasa en Brasil porque es nuestro principal socio. Nos afecta a todos los argentinos”. El Presidente había elegido Brasil como su primer destino internacional para mostrar su valor como socio estratégico. En ese momento, se reunió con la ahora destituida presidenta y dijo que no le correspondía opinar sobre el juicio político. Cuando suspendieron a Dilma Rousseff, Macri dijo que Brasil “tiene un sistema democrático fuerte, sólido, con instituciones que realmente se han consolidado en el tiempo y se consolidan cada día más. Al final del proceso, Brasil saldrá fortalecido de esta crisis”. Está claro que en el Gobierno seguirán de cerca las consecuencias económicas que podría tener el cambio de mando en Brasil. “Lo único positivo es que terminó el proceso y no hay más incertidumbre”, indicaban en Casa Rosada, donde esperan que Brasil deje de traerle malas noticias a la industria argentina. Por otra parte, el gobierno de Temer puede ser un aliado para el de Cambiemos a la hora de avanzar en tratados de libre comercio con otros bloques regionales y con Estados Unidos. Fonte: http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-308253-2016-09-01.html Paraguai Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 29 ABC COLOR (PARAGUAI) www.abc.com.py Nacionales Paraguay respeta decisión, señala Loizaga Por EFE Paraguay respeta la decisión tomada por las instituciones democráticas brasileñas y buscará profundizar las relaciones políticas, económicas y comerciales con la nueva administración de Michel Temer, dijo el canciller Eladio Loizaga. 31 DE AGOSTO DE 2016 “Para nosotros fue una decisión tomada por las instituciones democráticas brasileñas. Como tal, nosotros respetamos”, dijo Loizaga, en la primera reacción del gobierno de su país a la destitución este miércoles en Brasil de la presidenta Dilma Rousseff. “Ahora vamos a buscar la profundización de nuestras relaciones en todo sentido, económicas, comerciales, políticas”, añadió el ministro de Relaciones Exteriores, quien indicó que el gobierno paraguayo “ha mantenido relaciones más que cordiales en este proceso” con Brasil. Dijo que los dos países tienen emprendimientos comunes en puerta como el acuerdo para construir un puente de gran envergadura sobre el río Paraguay. Preguntado sobre la decisión de los gobiernos de Bolivia, Ecuador y Venezuela de retirar sus embajadores de Brasilia, tras la decisión del congreso brasileño contestó: “Son opiniones de ellos”. Sin embargo, manifestó su deseo de que esta decisión “ayude a acelerar una salida a la crisis que tenemos en el Mercosur para avanzar hacia adelante”. El Mercosur atraviesa una de sus peores crisis. En julio de 2016 Venezuela debía asumir la presidencia rotativa del grupo, desde donde coordinaría por seis meses la agenda del Mercosur a continuación de Uruguay, que dejó el puesto al término de su mandato. Pero Brasil, Paraguay y Argentina se oponen. Fonte: http://www.abc.com.py/nacionales/paraguay-respeta-decision-senala-loizaga-1514307.html Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 30 LA NACION (PARAGUAI) www.lanacion.com.py Política La OEA afirma que el gobierno de Venezuela es una dictadura 01 Sep 2016 La Secretaría General de la Organización de Estados Americanos (OEA) calificó este martes al gobierno venezolano de “dictadura” y denunció un “recrudecimiento de la represión” contra opositores en ese país previo a una gran marcha el jueves contra el presidente Nicolás Maduro. Así indica un cable de AFP, describiendo que la dura carta se da a poco de la manifestación que los opositores llaman la “Toma de Caracas”, y en la que reclamarán en las calles la aceleración de un proceso de referendo para revocar a Maduro. Similar postura ha manifestado el Gobierno, que mantiene al embajador paraguayo en Asunción, en un congelamiento de las relaciones diplomáticas hasta tanto se solucionen los conflictos en ese país. La noticia internacional señala que el mandatario acusó a la oposición de planear un golpe de Estado y advirtió que mandaría a prisión a sus dirigentes si incitan a hechos de violencia este jueves. Según el secretario general de la OEA, Luis Almagro, esos hechos “forman parte de una acción sistémica apoyada en mecanismos de represión del Estado que violan” las libertades de los venezolanos, señala AFP. “Contradice completamente los principios y valores democráticos y definen al gobierno de Venezuela como una dictadura”, señaló Almagro, que llamó al gobierno venezolano a permitir la manifestación “en el más amplio marco de libertad”. La tensión aumenta en Venezuela en vísperas de la manifestación opositora: el gobierno anunció que deportará a un equipo de la cadena catarí Al Jazeera y encapuchados lanzaron bombas incendiarias y excrementos contra el diario El Nacional en Caracas. Las detenciones de dirigentes opositores “demuestran el recrudecimiento de la represión y de las violaciones de derechos humanos”, indicó el comunicado de la Secretaría General de la OEA. Fonte: http://www.lanacion.com.py/2016/09/01/la-oea-afirma-gobierno-venezuela-una-dictadura/ Mundo Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 31 Argentina “respeta” proceso de destitución de Rousseff 31 Ago 2016 Argentina expresó este miércoles que “respeta” el proceso de destitución de Dilma Rousseff en Brasil y bregó por la continuidad de la integración bilateral y regional, en un comunicado de la cancillería. “Ante los sucesos registrados el día de hoy en Brasil, el Gobierno argentino manifiesta que respeta el proceso institucional verificado en el hermano país”, señaló. Argentina “reafirma su voluntad de continuar por el camino de una real y efectiva integración en el marco del absoluto respeto por los derechos humanos, las instituciones democráticas y el derecho internacional”, agregó. El presidente Mauricio Macri, quien asumió en diciembre como líder de una alianza de centroderecha, se encuentra en Catar, primera escala de una gira que lo lleva a China para la cumbre del G20. “Argentina renueva su deseo de continuar trabajando con el gobierno de Brasil para la resolución de los temas de mutuo interés de las agendas bilaterales, regional y multilateral, así como para el fortalecimiento del Mercosur”, agregó el comunicado de la cancillería. Tras un proceso de nueve meses, el Senado brasileño aprobó este miércoles por 61 votos contra 20, la destitución de Rousseff por irregularidades presupuestarias, que ella siempre negó, pero luego votó por mantenerle sus derechos políticos. Fonte: http://www.lanacion.com.py/2016/08/31/argentina-respeta-proceso-destitucion-rousseff/ Venezuela retira embajador y congela relaciones con Brasil 31 Ago 2016 El gobierno venezolano de Nicolás Maduro anunció el retiro de su embajador y el congelamiento de sus relaciones con Brasil al condenar “enérgicamente” la destitución este miércoles de la presidenta Dilma Rousseff con un “golpe de Estado parlamentario”. Venezuela “ha decidido retirar definitivamente a su embajador” en Brasil, Alberto Castellar, “y congelar las relaciones políticas y diplomáticas con el gobierno surgido de este golpe parlamentario”, subrayó la cancillería, en un comunicado. “Se ha ejecutado una traición histórica contra el pueblo de Brasil, y un atentado contra la integridad de la mandataria más honesta en ejercicio de la presidencia” de ese país, remarcó la cancillería, al Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 32 solidarizarse con Rousseff, destituida tras un fallo histórico en el Senado que puso un dramático fin a 13 años de gobiernos de izquierda en el gigante sudamericano. En su cuenta de Twitter, Maduro expresó “toda la solidaridad” con Rousseff. “Condenamos el Golpe Oligárquico de la derecha ¡Quién Lucha Vence!”, escribió. El gobierno de Maduro, que ha relacionado en varias ocasiones el proceso contra Rousseff con el reclamo de la oposición venezolana de un referendo revocatorio en su contra, dijo que ese “golpe de Estado parlamentario” forma parte de la “embestida oligárquica e imperial” contra los procesos izquierdistas en la región. Para acabar “con los modelos de genuina democracia y de integración unitaria de la región alcanzados por los Presidentes Hugo Chávez, Néstor Kirchner, Lula Da Silva, Evo Morales, Tabaré Vázquez y Rafael Correa”, aseguró al referirse a los expresidentes de Venezuela, Argentina, Brasil y a los actuales mandatarios de Bolivia, Uruguay y Ecuador. Maduro, que en mayo llamó a consultas a su embajador en Brasil, y su antecesor Hugo Chávez (1999-2013) forjaron amplios lazos comerciales y políticos con los gobiernos tanto de Rousseff como del expresidente brasileño Lula da Silva. Fonte: http://www.lanacion.com.py/2016/08/31/venezuela-retira-embajador-congela-relaciones- brasil/ ULTIMA HORA (PARAGUAI) www.ultimahora.com.py Mundo Temer confirma el fin del Brasil "bolivariano" El presidente Michel Temer, confirmado en el cargo tras la destitución de Dilma Rousseff, prepara maletas para viajar a la Cumbre del G20 en China y también se apresta a decretar el fin del Brasil "bolivariano" en el ámbito regional. 31 de agosto de 2016 Temer aguardaba la conclusión del juicio político que finalmente hoy despojó a Rousseff del poder para confirmar su primer viaje al exterior como gobernante de pleno derecho, que emprenderá casi de inmediato y tendrá como destino China, sede de la Cumbre del G20. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 33 La intención es presentar a los líderes de las mayores potencias del planeta sus planes para sacar a Brasil del abismo económico en que se ha sumergido en los últimos años, que incluyen desde un duro recorte del gasto público hasta un ambicioso plan de privatizaciones aún no detallado oficialmente. Según confirmaron a Efe fuentes oficiales, tras su viaje a China tiene diseñada ya una amplia agenda exterior, que incluirá un viaje a Estados Unidos en septiembre, donde inaugurará la Asamblea General de las Naciones Unidas, como por tradición le corresponde al jefe de Estado de Brasil desde 1947. En octubre, tiene previsto viajar a la India, sede de la cumbre anual del foro BRICS, que Brasil integra junto con ese país, China, Rusia y Suráfrica, y también a Colombia, para asistir a la Cumbre Iberoamericana que se celebrará en Cartagena de Indias a fin de ese mes. En sus planes inmediatos también figuran visitas a Argentina y Paraguay, los dos países del Mercosur con los que ha estado más en contacto desde que asumió la Presidencia en forma interina, el 12 de mayo pasado, cuando Rousseff fue suspendida de sus funciones para responder al juicio político que acabó con su destitución. Precisamente en el ámbito del Mercosur es que el Brasil de Temer ha dejado claro cuál será la orientación de su política externa, que apunta a un distanciamiento de los países del arco bolivariano que encabeza Venezuela desde los tiempos del fallecido Hugo Chávez. Los primeros escarceos de un conflicto por venir surgieron en mayo pasado, cuando Venezuela, Ecuador, Bolivia, Nicaragua y Cuba, cada uno a su manera, advirtieron sobre una posible "ruptura democrática" en Brasil por el juicio abierto contra Rousseff. El Gobierno de Temer respondió de inmediato, saltó a defender la legalidad del proceso y emitió una nota oficial en la que manifestó su "repudio" frente a las posiciones de esos países, a los que acusó de "propagar falsedades". Este martes, antes de que Rousseff fuera despojada del poder, el presidente de Bolivia, Evo Morales, anunció su intención de convocar a su embajador en Brasil, José Antonio Kinn, si eso ocurriera. "Si prospera golpe parlamentario contra gobierno democrático de @dilmabr, Bolivia convocará a su embajador. Defendamos la democracia y la paz", escribió Morales en su cuenta de Twitter. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 34 Morales ya había criticado la posición del Brasil de Temer en relación al conflicto surgido con la presidencia del Mercosur. Junto con Paraguay y Argentina, Brasil lideró el rechazo a que Venezuela ejerza la presidencia del Mercosur, que por orden alfabético le correspondía luego de que Uruguay desistió de seguir con esa responsabilidad a fines de junio pasado, cuando se cumplió su período de seis meses. El Gobierno de Temer ha dinamitado por completo los puentes que Rousseff y su antecesor y padrino político Luiz Inácio Lula da Silva habían tendido con la Venezuela de Chávez, que se prolongaron una vez que Nicolás Maduro llegó al poder. Más allá de rechazar que Venezuela asuma la presidencia del Mercosur, con la excusa de que ese país aún no se ha adaptado por completo a la normativa del bloque, el canciller del nuevo Gobierno brasileño, José Serra, ha tildado al Gobierno de Maduro de "autoritario" y "no democrático". En los tres meses que lleva en el cargo, en el que se prevé que será ratificado ahora, Serra también manifestó su más claro apoyo a la oposición venezolana y a su "lucha" para que este mismo año sea realizado un plebiscito para revocar el mandato de Maduro. "Si el plebiscito no se hace este año será una completa farsa", declaró Serra hace dos semanas al recibir a parlamentarios de la oposición venezolana, que durante las gestiones de Lula y Rousseff habían sido totalmente ignorados por las autoridades brasileñas. Fonte: http://www.ultimahora.com/temer-confirma-el-fin-del-brasil-bolivariano-n1020315.html Uruguai LA RED 21 (URUGUAI) www.lr21.com.uy Mundo Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 35 Venezuela, Ecuador, Bolivia y Nicaragua los primeros países en condenar el golpe de Estado parlamentario contra Dilma Rousseff y en retirar a sus embajadores Los primeros países latinoamericano que reaccionaron en forma enérgica en rechazo al golpe de Estado parlamentario en Brasil, contra Dilma Rousseff, fueron Venezuela, Ecuador, Bolivia y Nicaragua, que además decidieron retirar a sus embajadores del país norteño. 31 de agosto de 2016 a las 20:38 hs Este miércoles 31 de agosto el Senado de Brasil decidió, por 61 votos contra 20, la destitución de Dilma Rousseff de su cargo como presidenta de la República Federativa. Sin embargo, Rousseff no resultó inhabilitada para ejercer todo cargo público por ocho años, como así lo reclamaba parte de la oposición. En este caso 42 legisladores votaron a favor de la inhabilitación, 36 lo hicieron en contra y 3 se abstuvieron, por lo que no se alcanzó los dos tercios (54 votos) requeridos para inhabilitar a la ex mandataria. Tras la decisión del Legislativo brasileño, varios gobiernos de países latinoamericanos se pronunciaron en rechazo al golpe de Estado parlamentario en el Brasil e, incluso, retiraron a sus embajadores. En tal sentido, la República Bolivariana de Venezuela condenó en forma categórica el golpe de Estado parlamentario consumado en Brasil contra la presidenta Rousseff, mediante el cual “peligrosamente se ha sustituido ilegítimamente la voluntad popular de 54 millones de brasileños, violentando la Constitución y alterando la democracia en el hermano país”. “Las oligarquías políticas y empresariales, que en alianza con factores imperiales consumaron el golpe de Estado contra Rousseff, recurrieron a artimañas antijurídicas bajo el formato de crimen sin responsabilidad para acceder al poder por la única vía que les es posible: el fraude y la inmoralidad”, denuncia Venezuela. Asimismo, la República Bolivariana de Venezuela expresa su “solidaridad con la presidenta Rousseff y con los millones de mujeres y hombres que mediante el voto directo y secreto la eligieron como presidenta”. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 36 “Se ha ejecutado una traición histórica contra el pueblo de Brasil, y un atentado contra la integridad de la mandataria más honesta en ejercicio de la presidencia en la República Federativa de Brasil”, dijo el Gobierno de Nicolás Maduro. También se expresó que el golpe de Estado parlamentario forma parte de la “embestida oligárquica e imperial contra los procesos populares, progresistas, nacionalistas y de izquierda, cuyo único fin es restaurar los modelos neoliberales de exclusión social y expoliación de las riquezas naturales que trajeron consigo pobreza y atraso para nuestros pueblos, y acabar así con los modelos de genuina democracia y de integración unitaria de la región alcanzados por los presidentes Hugo Chávez, Néstor Kirchner, Lula Da Silva, Evo Morales, Tabaré Vázquez y Rafael Correa”. Asimismo, Venezuela anunció que en resguardo de la legalidad internacional y solidaria con el pueblo de Brasil, ha decidido “retirar definitivamente a su embajador en Brasil, y congelar las relaciones políticas y diplomáticas con el gobierno surgido de este golpe parlamentario”. “De igual forma, iniciaremos un conjunto de consultas para apoyar al pueblo de esta hermana Nación, que ha visto vulnerado su sistema democrático y desesperanzado en sus conquistas socioeconómicas”, expresa la administración de Maduro. Ecuador, Bolivia y Nicaragua Por su parte, el presidente de Ecuador, Rafael Correa, criticó al sistema político brasileño. “La votación fue una apología del abuso y la traición”. Correa también manifestó solidaridad con Rousseff y Lula Da Silva y anunció que retirará al embajador ecuatoriano en el país norteño. “Creíamos que la democracia estaba consolidada pero esto nos muestra que la democracia siempre estará frente a los desafíos siniestros de la oscura historia antidemocrática. La legitimidad solo la entrega el voto del pueblo”, dijo, por su parte, el embajador de Bolivia, Diego Pary. Mientras que el representante alterno de Nicaragua, Luis Exequiel Alvarado, manifestó que “las fuerzas regresivas del hemisferio siguen trabajando para provocar golpes de Estado en contra de los gobiernos progresistas de la región”. Fonte: http://www.lr21.com.uy/mundo/1302803-paises-retiran-embajadores-brasil-golpe-estado- dilma-rousseff Política Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 37 José Mujica denunció que Brasil tiene un Parlamento cuestionado, que parece una Bolsa de Valores, y lamentó el golpe de Estado parlamentario El expresidente de la República y actual senador, José Mujica, dijo -en declaraciones exclusiva a LARED21-TV-, que Brasil tiene un Parlamento cuestionado, que parece una Bolsa de Valores. Mientras que este miércoles remarcó, en un acto por la democracia en apoyo a la presidenta destituida del Brasil, Dilma Rousseff, y contra el neoliberalismo, que en el país norteño existió un “golpe de Estado” parlamentario. 31 de agosto de 2016 a las 23:10 hs En conversación con LARED21-TV, el ex mandatario dijo que quienes miran de lejos a Brasil-potencia “van a esperar a que tenga nuevas elecciones antes de tomar decisiones definitivas, lo cual quiere decir que la situación de Brasil estará complicada por dos o tres años más”. Mujica aseguró que ha mantenido contactos con el ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva y otras figuras políticas brasileñas, y remarcó que la situación de Brasil es “comprometida”. Aseguró que el problema de Brasil es que “tienen un Parlamento que está cuestionado, el cual no se anima a propiciar una elección global y rápida. Lo único que puede restañar esto es el voto masivo de la gente, que pongan a alguien nuevo”. Reconoció en caso de una elección, el favorito es Lula da Silva, pero remarcó que “Brasil tiene un sistema diabólico porque hay más de 30 partidos políticos, hay un montón de partidos estaduales y con esta Constitución, lograr una mayoría significa que hay que negociar con muchos de estos partidos”. “Entonces, ese Parlamento parece una Bolsa de Valores. En esas condiciones no es fácil remontar la situación política. Por eso Brasil hubiera precisado un cambio constitucional, que creara condiciones para cuatro, cinco o seis expresiones políticas importantes. ¿pero gobernar con 30…?”, sentenció Mujica. Golpe de Estado Por otro lado, Mujica y el secretario general del PIT-CNT, Marcelo Abdala, participaron este miércoles a la tarde como oradores centrales de un acto en la sede del PIT-CNT, en el marco de uma jornada continental por la democracia, en apoyo a la presidenta destituida del Brasil, Dilma Rousseff y contra el neoliberalismo. El acto tuvo como principal objetivo manifestar el respaldo a la presidenta destituida Rousseff, “producto de maniobras que viene efectuando la derecha en Brasil, y quien fuera electa por más de 54 millones de brasileros en 2014”. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 38 “Lo que hubo en Brasil fue un golpe de Estado. Póngale el nombre que quieran, pero es así”, remarcó Mujica en el acto. Añadió que el proceso de destitución fue “una simple pantomima ya que la oposición es demócrata cuando le conviene, y no aceptaron la derrota en las urnas”. El ex mandatario también indicó que el proceso en Brasil tiene muchas enseñanzas. “La compañera Dilma Rousseff no tuvo cancha para negociar, y sobretodo desconcertó a mucha gente de su propia fila porque quiso hasta frenar el peso de la crisis económica con algún tipo de medida relativamente conservadora en el seno de su economía”. El acto se realizó en la sede del PIT-CNT y tuvo como consigna: “¡Ni un paso atrás! Los pueblos seguimos en lucha por nuestra integración, autodeterminación y soberanía. Contra el libre comercio y las transnacionales”. Fonte: http://www.lr21.com.uy/politica/1302818-jose-mujica-denuncia-parlamento-brasil-bolsa- valores Venezuela CORREO DEL ORINOCO (VENEZUELA) www.correodelorinoco.gob.ve Mundo EEUU considera constitucional la destitución de Rousseff El Gobierno estadounidense prometió cooperar con Brasil “para encarar asuntos de interés mutuo” 31 agosto 2016 El Gobierno de Estados Unidos (EE.UU.) sostuvo este miércoles que el proceso de destitución de la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, se produjo dentro del “marco constitucional” del país y prometió trabajar con el mandatario interino Michel Temer. El portavoz del Departamento de Estado de EE.UU, John Kirby manifestó que “esta fue una decisión hecha por el pueblo brasileño, y la respetamos (…) Creemos que las instituciones democráticas de Brasil han actuado dentro de su marco constitucional”. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 39 El dato: El proceso de destitución de la mandataria fue decisión del senado brasileño, con 61 senadores a favor, y 20 en contra, en un quorum de 81 senadores. Por otra parte, la mandataria brasileña no fue inhabilitada políticamente, debido a que no se obtuvieron los dos tercios (54 votos) necesarios de apoyo para la aprobación de la medida. El representante estadounidense señaló que “estamos seguros de que continuaremos con la fuerte relación bilateral que existe entre nuestros dos países, las dos democracias y economías más grandes del hemisferio”. Kirby recordó que EE.UU. coopera con Brasil “para abordar muchos temas de interés mutuo en el siglo XXI” y “retos globales”, y que planea “continuar con esta colaboración esencial”. Como consecuencia de estas decisiones el pueblo brasileño ha salido a las calles este miércoles como señal de descontento por la destitución de Rousseff y en rechazo a la investidura del interino Michel Temer, quien no fue electo de manera democrática en el país suramericano. El dato: Temer se convirtió en vicepresidente de Brasil luego de resultar electo junto con su compañera de fórmula, Dilma Rousseff, en las elecciones de octubre de 2010. Sin embargo, después se puso frente al proceso de juicio político en su contra. EN CONTEXTO Michel Temer, presidente interino de Brasil, fue investido este miércoles a pesar del rechazo que manifestó el pueblo brasileño ante la destitución de la mandataria Dilma Rousseff. El proceso fue abierto en diciembre de 2015, y tras recorrer un largo camino por la cámara baja y la cámara alta del Congreso, de recolección de pruebas, presentación de testimonios y otras diligencias por parte de una comisión especial del Senado; Rousseff fue hallada culpable y destituida definitivamente por más de 54 votos (dos tercios del Senado). Para nadie en Brasil era un secreto que el juicio político contra Rousseff se trataba de un “golpe blando”, tal como lo calificó el premio Nobel de la Paz, Adolfo Pérez Esquivel: “Los golpes blandos ya se pusieron en práctica en el continente en países como Honduras (con Manuel Zelaya) y Paraguay (con Fernando Lugo). Ahora, la misma metodología, que no necesita a las Fuerzas Armadas, se está utilizando aquí en Brasil”, manifestó. Fonte: http://www.correodelorinoco.gob.ve/injerencia/eeuu-considera-constitucional-destitucion- rousseff/ Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 40 Política Brasil llama a consultas a embajador en Caracas 31 agosto 2016 En un comunicado, Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil “lamentó sus manifestaciones de incomprensión” de Ecuador, Cuba y Bolivia El nuevo Gobierno brasileño llamó este miércoles a consultas a su embajador en Caracas, tras la decisión de Venezuela de congelar relaciones en protesta por lo que llamó de “golpe de Estado parlamentario” en Brasil, al tiempo que pidió respeto a otros países “bolivarianos” que también han cuestionado su transición política. Tanto Venezuela como Bolivia, Ecuador y Cuba calificaron como “golpe de Estado” la decisión de este miércoles del Senado brasileño de separar definitivamente de la Presidencia a Dilma Rousseff, hallada culpable de “crímenes de responsabilidad”, tras lo que Michel Temer asumió definitivamente como jefe de Estado. La reacción más dura, sin embargo, fue la de Venezuela, que decidió “retirar definitivamente a su embajador en Brasil y congelar las relaciones políticas y diplomáticas con el Gobierno surgido de este golpe parlamentario”. El Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil explicó en un comunicado que, ante la decisión venezolana que amenaza la integración latinoamericana, “decidió llamar a su embajador en Caracas a consultas”. “El Gobierno brasileño repudia los términos del comunicado emitido por el Gobierno venezolano sobre la conclusión del juicio político destituyente de la expresidente de la República (Dilma Rousseff), que revela un profundo desconocimiento de la Constitución y de las leyes de Brasil y niega totalmente los principios y objetivos de la integración latinoamericana”, dice la nota. En cuanto a la posición de los otros países que también llamaron a consultas a sus embajadores pero sin congelar las relaciones, el Gobierno brasileño “lamentó sus manifestaciones de incomprensión” del proceso por el que se destituyó a Rousseff. “El proceso fue conducido con estricto respeto a lo que establecen las leyes y la Constitución brasileña y constituye un ejemplo que fortalece la democracia en el país y en la región”, asegura el comunicado de la cancillería brasileña. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 41 Según el Gobierno de Temer, Ecuador, Bolivia y Cuba “reinciden en expresiones equivocadas que ignoran los fundamentos de un Estado democrático de derecho, como el que rige de plena forma en Brasil”. En la nota dirigida a los otros países “bolivarianos”, el Gobierno brasileño les pide “mantener la serenidad y respetar los principios y los valores que rigen las relaciones entre las naciones latinoamericanas”. Tras un proceso que comenzó en diciembre pasado, el Senado, por amplia mayoría de 61 votos a favor y 20 en contra, separó definitivamente del cargo a Rousseff, a la que juzgó por las maniobras fiscales con las que supuestamente intentó maquillar las cuentas públicas. La decisión automáticamente confirmó como nuevo presidente de Brasil a Temer, que ejercía como mandatario interino desde el 12 de mayo, cuando el Senado decidió someter a juicio a Rousseff. La ahora expresidenta de Brasil, en su primer pronunciamiento, denunció que su destitución constituye la consumación de un “golpe de Estado” en el país y convocó a una “enérgica, determinada y firme oposición a los golpistas”. Fonte: http://www.correodelorinoco.gob.ve/politica/brasil-llama-a-consultas-a-embajador-caracas/ Gobiernos socialistas de América Latina retiran embajadores de Brasil Ecuador, Bolivia y Venezuela congelan relaciones políticas y diplomáticas con Brasil tras el golpe parlamentario contra la mandataria Rousseff 31 agosto 2016 Países de América Latina responden con acciones diplomáticas a la destitución de la presidenta electa democráticamente Dilma Rousseff este miércoles. El Gobierno de Venezuela retira “definitivamente a su Embajador de la República Federativa de Brasil” y congela las relaciones políticas y diplomáticas con el Gobierno “surgido de este golpe parlamentario”, indica un comunicado de la Cancillería de esta nación. “Las oligarquías políticas y empresariales que, en alianza con factores imperiales consumaron el Golpe de Estado contra la presidenta Dilma Rousseff”, acusó el Gobierno de Nicolás Maduro de Venezuela. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 42 Por su parte, Rafael Correa, presidente de Ecuador, decidió retirar este miércoles a su máximo representante diplomático en Brasil, tras la destitución de la presidenta Dilma Rousseff. “Destituyeron a Dilma, esto es una apología al abuso y la traición. Retiraremos nuestro encargado de negocios de la embajada en Brasilia”, escribió el mandatario ecuatoriano en Twitter. “Políticos adversarios y otras fuerzas de oposición se confabularon contra la democracia para desestabilizar al Gobierno y remover de su cargo de forma ilegítima al presidenta Dilma Rousseff, agregó. Por último, el jefe de Estado boliviano Evo Morales anunció en su cuenta de Twitter que están convocando al embajador de Bolivia para que “tome las medidas necesarias sobre este asunto”. Cuba también se manifestó en contra del golpe de Estado en Brasil y la separación del Gobierno de Rousseff, “sin que se presentara ninguna evidencia de delitos de corrupción ni crímenes de responsabilidad, y con ella del Partido de los Trabajadores (PT) y otras fuerzas políticas de izquierda aliadas, constituye un acto de desacato a la voluntad soberana del pueblo que la eligió”. EN CONTEXTO Tras un proceso largo de juicio político o impeachment, la mandataria Dilma Rousseff fue separada definitivamente del cargo con 61 senadores a favor y 20 en contra en un quórum de 81 senadores en el Senado de Brasil. Igualmente, el “golpe parlamentario” dejó inhabilitada a Rousseff para ejercer cualquier función pública por un período de 8 años. Este miércoles el presidente interino Michel Temer fue investido en el Senado. ¿QUÉ PASÓ? Rousseff fue suspendida de forma permanente de su cargo este míercoles porque el Senado por presunta manipulación de las cuentas públicas en 2014 (año de su reelección) y a inicios de 2015. Rousseff fue hallada culpable y destituida por más de 54 votos (dos tercios del Senado). El proceso fue abierto en diciembre de 2015, y tras recorrer un largo camino por la cámara baja y la cámara alta del Congreso, de recolección de pruebas, presentación de testimonios y otras diligencias por parte de una comisión especial del Senado. Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 43 Para nadie en Brasil era un secreto que el juicio político contra Rousseff se trataba de un “golpe blando”, tal como lo calificó el premio Nobel de la Paz, Adolfo Pérez Esquivel: “Los golpes blandos ya se pusieron en práctica en el continente en países como Honduras (con Manuel Zelaya) y Paraguay (con Fernando Lugo). Ahora, la misma metodología, que no necesita a las Fuerzas Armadas, se está utilizando aquí en Brasil”, manifestó. Fonte: http://www.correodelorinoco.gob.ve/politica/gobiernos-socialistas-america-latina-retiran- embajadores-brasil/ Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Para mais informações visite a nossa página: www.camara.leg.br/representacaomercosul 44