jabirú), cuya definición es una descripción enciclopédica del objeto

Anuncio
NRFH, L
RESEÑAS
245
jabirú), cuya d e f i n i c i ó n es u n a d e s c r i p c i ó n e n c i c l o p é d i c a del objeto
designado; u n lé xico i m p o r t a n t e de la g a n a d e r í a , u n léxico que surge de las letras de los tangos m á s conocidos (garufa, fané), u n conj u n t o abundante de subregionalismos p r o p i o s del n o r t e (noroeste y
noreste) del país (erke, erkencho, escuelear, escuelero, galetería, galeto);
c o m o en todos los l é x i c o s de los p a í s e s de habla hispana destacan las
diversas formas de crear derivados o f o r m a r nuevas palabras (diarero,
disquería, embichar, financista, fritar, funebrería, funebrero, juguera c o m o
'aparato para hacer j u g o s ' , temporario), vocablos d e l l u n f a r d o o j e r g a
de los delincuentes, muchos de los cuales se i n t e g r a r o n al e s p a ñ o l
c o l o q u i a l (Jalapa, falopear, fahpero). E n fin, u n e s p a ñ o l , especialmente
coloquial que refleja el pensar y sentir de sus hablantes, m u l t i t u d de
vocablos sugerentes precisamente al contrastarlos c o n otros usos d e l
e s p a ñ o l , c o m o taquear 'hacer r u i d o c o n los tacos de los zapatos al
c a m i n a r ' o 'jugar al b i l l a r ' , vereda c o m o 'banqueta', palotear c o m o
'divertirse en g r u p o de j ó v e n e s causando d a ñ o s materiales o agred i e n d o a las personas e n la vía p ú b l i c a ' , macana c o m o 'cuento o
m e n t i r a ' , macanear c o m o ' m e n t i r ' , macanero como 'mentiroso o cuent e r o ' , macanudo c o m o ' s i m p á t i c o ' o c o m o u n a l o c u c i ó n adverbial
' m u y b i e n ' , machete que e n el lenguaje de los estudiantes es el equival e n t e del acordeón m e x i c a n o o 'papel c o n notas que lleva escondido
u n estudiante para copiar d i s i m u l a d a m e n t e en los e x á m e n e s escritos', machetear como 'usar estos machetes para copiar en u n e x a m e n
escrito', lunero c o m o 'persona q u e n o va a trabajar los lunes o el d í a
p o s t e r i o r a u n d í a f e r i a d o ' , faso c o m o 'cigarro de tabaco o de m a r i guana', quilombo c o m o ' p r o s t í b u l o ' o 'desorden o c o n f u s i ó n ' , tanguero c o m o 'persona aficionada al t a n g o ' , llama la a t e n c i ó n que el uso
m e x i c a n o de tanguero c o m o 'persona exagerada, que convierte e n
tragedia extrema c u a l q u i e r i n c i d e n t e o c o n t r a t i e m p o ' n o parece registrarse en A r g e n t i n a , n i t a m p o c o la e x p r e s i ó n hacer un tango c o n
el sentido de 'hacer u n e s c á n d a l o o u n a tragedia p o r cualquier i n cidente'.
CARMEN D E L I A VALADEZ
El Colegio de México
M A R I A N A MASERA, "Que non dormiré sola, non".
La voz femenina en la anti-
gua lírica popular hispánica. A z u l E d i t o r i a l , Barcelona, 2001; 134 p p .
"Que non dormiré sola, non "... es u n l i b r o que invita, p o r m e d i o de u n
r i g u r o s o y m o t i v a d o análisis, a u n e s p l é n d i d o r e c o r r i d o p o r la antigua lírica p o p u l a r h i s p á n i c a de voz f e m e n i n a .
Para este r e c o r r i d o la a u t o r a p r o p o n e atender aspectos tales
c o m o la voz, las marcas textuales y c o n t e x t ú a l e s en tanto t ó p i c o s o
246
RESEÑAS
NRFH, L
s í m b o l o s , t e n i e n d o siempre presentes los textos c o n los que ejemplifica cada u n a de sus propuestas (tomados p r i n c i p a l m e n t e d e l Corpus
de la antigua lírica popular hispánica. Siglos xv a xvn de M a r g i t Frenk,
Castalia, M a d r i d , 1987).
Estudiosos c o m o D á m a s o A l o n s o y J o s é M a n u e l Blecua (1956),
J o s é M a r í a A l í n (1968), A n t o n i o S á n c h e z R o m e r a l o (1969) y M a r g i t
F r e n k (1987), e n t r e otros, h a n m e n c i o n a d o la existencia de canciones de voz f e m e n i n a e n la t r a d i c i ó n p o é t i c a p o p u l a r . M a r i a n a Masera, t e n i e n d o esto presente para su investigación, se e n f r e n t ó al reto
de buscar la respuesta a la p r e g u n t a ¿ c ó m o saber c u á l e s de estos textos son de voz f e m e n i n a y c u á n t o s son?, a d e m á s de i n t e n t a r d e f i n i r
los aspectos y c a r a c t e r í s t i c a s que hacen de estos textos algo ú n i c o y
diferente.
Para la autora, el p r i m e r e l e m e n t o distintivo está presente e n la
voz, en tanto que es el m e d i o para expresar sentimientos y vivencias
c o m o amor, deseo, b u r l a , d o l o r p o r la ausencia o el rechazo, entre
m ú l t i p l e s experiencias humanas. S e ñ a l a , t a m b i é n , que p o r su carga
subjetiva estas expresiones generalmente surgen e n f o r m a individ u a l , es decir en m o n ó l o g o s ; a u n q u e p u e d e n aparecer e n f o r m a de
d i á l o g o s entre u n h o m b r e y u n a m u j e r o entre dos mujeres, o c o m o
parte de u n a n a r r a c i ó n h e c h a p o r u n a tercera persona.
El estudio se c o n c e n t r a , c o m o l o a f i r m a la autora, e n el "análisis
de las canciones personales de la voz f e m e n i n a , ya que esta voz es el
rasgo distintivo m á s n o t o r i o de la antigua lírica p o p u l a r h i s p á n i c a
f r e n t e a la lírica c u l t a " . Por ello n o considera n i las canciones de
voces masculina n i n e u t r a , n i aquellas e n las que se da u n d i á l o g o o
son impersonales, p e r o sí las "conformadas p o r u n villancico (cantar
n ú c l e o ) y su glosa, d o n d e la voz de la glosa es i m p e r s o n a l y la d e l villancico personal es f e m e n i n a " (p. 19).
Resalta e n el corpus el tema amoroso, c o m o suele suceder e n las
diversas manifestaciones de la lírica p o p u l a r , p o r l o que se dedica a
é s t e exclusivamente y l o analiza p o r m e d i o de l o que l l a m a marcas o
elementos que le p e r m i t e n especificar el g é n e r o de la voz e n la canc i ó n . E n t r e estas marcas e s t á n las designaciones para el ser amado
( b u e n amigo, caballero, pastorcico, m o r e n a , o n o m b r e s p r o p i o s ) ;
expresiones ambiguas ( a m o r , mis ojos, alma m í a ) ; textuales o explícitas, que s e ñ a l a n el g é n e r o e n el texto (soy m o r e n i c a , m o r e n i c a , n o
desprecies, m i m o r e n a ) y las c o n t e x t ú a l e s , que presentan rasgos determinados g e n é r i c a m e n t e (vánse mis amores), Masera sostiene que
estas últimas p u e d e n ser de t ó p i c o s o s í m b o l o s .
O t r o aspecto i m p o r t a n t e relacionado c o n la voz es la discrepancia entre el villancico y la glosa. E n el p r i m e r o ésta puede ser n e u t r a
c o n la glosa f e m e n i n a o masculina; f e m e n i n a o masculina c o n la glosa i m p e r s o n a l ; i m p e r s o n a l c o n la glosa f e m e n i n a o masculina; determinadas ambas p e r o de g é n e r o s opuestos, o i n d e t e r m i n a d a s ambas.
NRFH, L
RESEÑAS
247
De l o a n t e r i o r la autora concluye que "Las canciones que hemos
analizado se caracterizan p o r ser h e t e r o g é n e a s , en c u a n t o a la relac i ó n de la voz entre el villancico y la glosa; existen textos d o n d e la det e r m i n a c i ó n de la voz n o es clara; esta m i n o r í a de canciones es la que
nos muestra los m á s r e c ó n d i t o s recovecos de la lírica p o p u l a r , ya
que parecen sencillas a simple vista, p e r o se l l e n a n de nuevos significados a m e d i d a que nos sumergimos en ellas" (p. 31).
E n el c a p í t u l o dedicado a las marcas textuales, M a r i a n a Masera
e n t r a de l l e n o a valorar la presencia y el sentido de la voz f e m e n i n a
e n la lírica p o p u l a r c o m o u n a voz rebelde, a p o y á n d o s e e n M a r g i t
F r e n k , q u i e n a f i r m a que esta voz "expresa u n a serie de actitudes que
a la luz de las leyes y las normas que r i g e n a la sociedad de entonces,
resultan a n ó m a l a s o incluso francamente subversivas" (p. 3 7 ) .
Es la voz f e m e n i n a la vía que p e r m i t e a la m u j e r desvelar sus sentimientos, p r i n c i p a l m e n t e amorosos, sus deseos, sus penas, su enojo
e i r a p o r el e n g a ñ o , el a b a n d o n o o el desencanto p o r el amante. A l gunas veces estos sentimientos se expresan en f o r m a l ú d i c a , como
u n p i c a r o j u e g o de palabras entre los amantes, otras, m e d i a n t e u n lam e n t o de triste a m a r g u r a y p l e n o de pesadumbre. Curiosamente, la
edad parece n o i m p o r t a r , igual es la voz de u n a j o v e n soltera, libre
L circunstancias de la é p o c a , p e r o capaces de exteriorizar sus de¬
seos y s u e ñ o s .
Por o t r a parte, la autora analiza l o que l l a m a las marcas contextúales o t ó p i c o s e n las canciones de la a n t i g u a lírica p o p u l a r hispánica. Para ella, estos t ó p i c o s son parte de u n c o n t e x t o que p e r m i t e su
c o m p r e n s i ó n y tránsito de u n a c a n c i ó n a otra. Destaca p r i n c i p a l m e n t e el de m o v i m i e n t o , la espera, el alba, la soledad, la guarda, el
casamiento ( c o n sus variantes de ser o n o m o n j a , de ser malmarida¬
da o de "falso - I
el beso y e, » « , o ¿ Mnes t ra, ademas,
c ó m o aparecen en estas canciones expresiones propias de la voz femenina 1 : " V á n s e mis amores"; ~
amores, L„s ? "; "la espera"; "el alba"; " q u i é r e m e ir con él"; " L l é v a m e , amigo"; - E n v í a m e mi
248
RESEÑAS
MffirY.L
m o , el t ó p i c o del " a u t o e l o g i o " ("Qué yo, m i m a d r e , yo, / q u é la flor
de la villa m'era yo", "son tan l i n d o s mis cabellos, / que a cien m i l
m a t o c o n ellos", " Q u é de n o c h e soy seguida, / y m á s de d í a " ) .
C o i n c i d o c o n M a r i a n a Masera en que l o que hace distinto el discurso de la m u j e r e n estos textos es centrarlos e n ella misma; en tanto que los del v a r ó n g i r a n a l r e d e d o r de la m u j e r . Por ú l t i m o , la
a u t o r a se ocupa e n su l i b r o de los s í m b o l o s c o m o marcas c o n t e x t ú a les e n las canciones amorosas populares de voz f e m e n i n a . S í m b o l o s
c o n los que la m u j e r transforma e n a m o r la naturaleza y el espacio
que la rodean, las acciones que d e s e m p e ñ a o los objetos que le son
cercanos. Así, la cinta y el c o r d ó n , los cabellos, la puerta, o el coger
flores, i r a la fonte frida, o m e n c i o n a r a la m o r e n a son parte indispensable del discurso amoroso expresado p o r la m u j e r p o r m e d i o de
estos poemas. El e n c u e n t r o amoroso en el h u e r t o , el rosedal, las o r i llas d e l r í o , la fuente, el "lavar camisas", "coger flores", " e n t u r b i a r el
agua" o "los b a ñ o s de a m o r " expresan u n a correspondencia entre
los sentimientos y el e n t o r n o p o é t i c o d o n d e se desarrolla la a c c i ó n
("A los b a ñ o s dell a m o r / sola m ' i r é , / y en ellos m e b a ñ a r é " , "Ebiarm e m i m a d r e / p o r agua a la f o n t e f r i d a : / vengo d e l a m o r f e r i d a " ) .
El l i b r o de M a r i a n a Masera, a d e m á s de ser u n trabajo serio y reflexivo que aporta u n a nueva visión sobre la voz f e m e n i n a e n la lírica
p o p u l a r , es, para los interesados e n este campo, g u í a y señal de atenc i ó n sobre l o m u c h o que hay p o r hacer y las r i q u í s i m a s vetas que exp l o r a r , a d e m á s , evidencia las interrelaciones presentes en estos
temas y las posibilidades que deberemos atender.
M A R Í A TERESA M I A J A
Universidad Nacional Autónoma de México
ARACELI CAMPOS M O R E N O ( e d . ) , Oraciones,
ensalmos y conjuros
mágicos
del archivo inquisitorial de la Nueva España, 1600-1630. E l Colegio
de M é x i c o , M é x i c o , 1999; 189 pp. (Biblioteca Novohispana, 4 ) .
Este l i b r o p e r m i t e conocer u n c o n j u n t o de textos que fue objeto
de d e n u n c i a ante la I n q u i s i c i ó n de la Nueva E s p a ñ a en el p e r í o d o
c o m p r e n d i d o entre 1600 y 1630. Se trata de oraciones, ensalmos
y c o n j u r o s ligados a p r á c t i c a s m á g i c a s que se e j e r c í a n de m a n e r a
clandestina, p r i n c i p a l m e n t e e n t r e los estratos marginados de la sociedad. E n la m e d i d a e n que esta l i t e r a t u r a cuestionaba el o r d e n
establecido p o r el r i t u a l y las creencias c a t ó l i c a s institucionalizadas,
su p e r s e c u c i ó n y su eventual e r r a d i c a c i ó n f u e r o n d e l interés de la I n quisición.
Descargar