Comparación entre el uso de audífonos Extra e Intra

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Comparación entre el uso de audífonos Extra e
Intra-auriculares en la realización de Potencial
Evocado Auditivo de Tronco Encefálico en
caninos sanos en la Universidad Estatal Paulista,
Julio de Mesquita Filho, campus Botucatu, Brasil.
María Angélica Ávila Rubiano
Universidad Nacional de Colombia
Facultad de Medicina, Departamento de Ciencias Fisiológicas
Bogotá, Colombia
2014
Comparación entre el uso de audífonos Extra e
Intra-auriculares en la realización de Potencial
Evocado Auditivo de Tronco Encefálico en
caninos sanos en la Universidad Estatal Paulista,
Julio de Mesquita Filho, campus Botucatu, Brasil.
María Angélica Ávila Rubiano
Trabajo Final de Maestría, modalidad de Profundización
presentado como requisito parcial para optar al título de:
Magister en Fisiología
Director
Ph.D., Miguel Eduardo Martínez Sánchez
Orientador
Ph.D., Alexandre Secorun Borges
Grupo de Investigación:
Neurofisiología comportamental
Universidad Nacional de Colombia
Facultad de Medicina, Departamento de Ciencias Fisiológicas
Bogotá D.C., Colombia
2014
Agradecimientos
Agradezco la hospitalidad y la orientación que me brindaron todos los profesores de los
diferentes servicios de la Universidad Estatal Paulista, Julio de Mesquita Filho, campus
Botucatu, Brasil en especial a la Doctora Mariana Poci Palumbo y al Profesor Alexandre
Secorun Borges.
También estoy agradecida con los profesores Miguel Martínez, Jairo Zuluaga, Francisco
Múnera y Eduardo Cruz de la Facultad de Medicina de la Universidad Nacional por los
conocimientos brindados y el apoyo que recibí para poder realizar mi maestría con éxito.
Agradezco a mis padres y hermanas, a quienes debo lo que soy, y de una manera muy
especial a mi novio Jahnier, que me acompañó desde que comencé este gran reto.
Resumen y Resumo
IV
Resumen
Se realizó la prueba de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico en 10 caninos
adultos, sanos, mestizos, entre uno y ocho años con audífonos extra e intra-auriculares.
Se ofrecieron estímulos en forma de clic, de polaridad alternante, con 0,2ms de duración,
intensidad de 85dB y frecuencia de 13Hz. Se calcularon las medias y la desviación
estándar de las latencias y amplitudes de las ondas I, II, III y V, de los intervalos I-III, IIIV y I-V y de la relación V/I. No se encontraron diferencias entre los lados derecho e
izquierdo ni entre sexos. Se encontraron diferencias significativas entre las latencias de
las ondas I, II, III y V, y de los intervalos III-V y I-V. Se encontraron diferencias
significativas en la amplitud de las ondas I, II y III y para la relación V/I. Tanto el uso de
audífonos extra como intra-auriculares, en caninos sanos sin sedación fue eficiente para
el registro de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico. Los audífonos intraauriculares podrían llegar a ser más útiles en los pacientes en los que se sospecha de
pérdidas auditivas unilaterales.
Palabras Clave: Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, caninos, audífonos
extra e intra-auriculares, audición.
Resumo
O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico foi realizado em 10 cães adultos,
saudáveis, mestiços, com idades entre um e oito anos, com fones de ouvido extra e intra
auriculares. Os estímulos foram na forma de cliques, de polaridade alternada , com
duração de 0,2 ms , intensidade de 85dB e freqüência de 13Hz . A média e o desvio
padrão das latências e amplitudes das ondas I, II , III e V , dos intervalos I-III , III-IV e I-V e
a razão V/I foram mensurados. Não houve diferença estatística entre entre os lados direito
e esquerdo ou entre os sexos. Houve diferença estatística entre as latências das ondas I,
II, III e V, e os intervalos III-V e IV. Houve diferença estatística entre a amplitude das
ondas I, II e III e a relação V/I. Tanto o uso de fones de ouvido extra e intra auriculares em
cães saudáveis sem sedação mostrou-se eficiente para registrar o Potencial Evocado
Auditivo de Tronco Encefálico . Os fones de ouvido intra-auriculares podem se tornar mais
útil em pacientes com suspeita de perda auditiva unilateral.
Keywords: Brain Stem Auditory Evoked Potentials, dogs, headphones, insert
earphones, hearing.
Contenido
V
Contenido
RESUMEN………………………………………………………………...…………..IV
RESUMO...…………………………………………………………………….………IV
CONTENIDO…………………………………………………………..………………V
LISTA DE FIGURAS…………………………………………………………….….. VII
LISTA DE TABLAS…………………………………………………………..………VIII
LISTA DE SÍMBOLOS Y ABREVIATURAS…………..……………………………IX
1.
OBJETIVOS.......................................................................................................10
1.1.
OBJETIVO GENERAL .....................................................................................10
1.2.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................10
2.
MARCO TEÓRICO............................................................................................11
2.1.
SONIDO.............................................................................................................11
2.2
ANATOMÍA Y FISIOLOGÍA DE LA AUDICIÓN EN CANINOS...........................11
2.2.1
OÍDO EXTERNO................................................................................................11
2.2.2
OÍDO MEDIO.....................................................................................................12
2.2.3
OÍDO INTERNO................................................................................................13
2.2.4
TRANSDUCCIÓN.............................................................................................14
2.2.5
TRANSMISIÓN AL SISTEMA NERVIOSO CENTRAL.....................................15
2.3
POTENCIALES EVOCADOS AUDITIVOS DE TRONCO ENCEFÁLICO EN
CANINOS (BAER).............................................................................................15
2.3.1
DEFINICIÓN BAER...........................................................................................15
2.3.2
REGISTRO Y ADQUISICIÓN.............................. ............................................16
2.3.3
INTERPRETACIÓN..........................................................................................17
2.3.3.1
GENERADORES NEURALES.........................................................................17
2.3.3.2
LATENCIA Y AMPLITUD.................................................................................18
2.3.4
FACTORES NO PATOLÓGICOS QUE AFECTAN EL BAER..........................20
2.3.4.1
FACTORES TÉCNICOS...................................................................................20
2.3.4.1.1 ESTÍMULO........................................................................................................20
2.3.4.1.2 AUDÍFONOS Y TRANSDUCTORES................................................................23
2.3.4.1.3 ENMASCARAMIENTO.....................................................................................24
2.3.4.2
FACTORES RELACIONADOS CON EL PACIENTE.......................................24
Contenido
VI
I
2.3.4.2.1 SEXO..................................................................................................................24
2.3.4.2.2 TAMAÑO DE LA CABEZA..................................................................................24
2.3.4.2.3 EDAD..................................................................................................................26
2.3.4.2.4 SEDACIÓN Y ANESTESIA.................................................................................28
2.3.4.2.5 TEMPERATURA.................................................................................................29
2.3.5
APLICACIONES DEL BAER EN MEDICINA VETERINARIA..............................29
2.3.5.1
DIAGNÓSTICO DE PÉRDIDAS AUDITIVAS......................................................29
2.3.5.2
OTITIS.................................................................................................................30
2.3.5.3
OTOTOXICIDAD.................................................................................................32
2.3.5.4 LESIONES DE TRONCO ENCEFÁLICO …………………………………..………32
2.3.5.5 DETERMINAR EL UMBRAL AUDITIVO..............................................................32
3.
MATERIALES Y MÉTODOS..............................................................................33
3.1
TIPO DE ESTUDIO............................................................................................33
3.2
LUGAR DE ESTUDIO........................................................................................33
3.3
BIOÉTICA..........................................................................................................33
3.4
SELECCIÓN DE LA MUESTRA........................................................................33
3.5
VARIABLES.......................................................................................................34
3.6
ANÁLISIS ESTADÍSTICO..................................................................................34
3.7
METODOLOGÍA................................................................................................34
4.
RESULTADOS..................................................................................................38
5.
DISCUSIÓN.......................................................................................................40
6.
BIBLIOGRAFÍA.................................................................................................45
Listado de figuras
VII
Lista de figuras
Pág.
Figura 1. Oído canino …………………………………………………………………………...12
Figura 2. Sección transversal de la cóclea (Bloom y Fawcett 1975)………………….….13
Figura 3. Órgano de Corti. (Guyton, 2003)…………………………………………………...14
Figura 4. Identificación de las ondas en el registro del BAER en un canino adulto sano….17
Figura 5. Generadores anatómicos del BAER en equinos………………………………...18
Figura 6. BAER canino con diferentes intensidades y frecuencia constante de 13Hz…...21
Figura 7. BAER canino con diferentes frecuencias e intensidad constante de 85dB…...22
Figura 8. BAER de dos caninos con diferentes tamaños de la cabeza……………….….25
Figura 9. BAER de un cachorro de 26 días de vida…………………………………….…..27
Figura 10. BAER de un canino de 14 años de vida……………………………………….30
Figura 11. BAER de un canino sano y dos caninos con diferentes grados de otitis…….32
Figura 12. Medición del tamaño de la cabeza: distancia intercigomática y longitud de la
cabeza………………………………………………………………………………..34
Figura 13. Posicionamiento de los electrodos subcutáneos y del animal para el registro
del BAER…………………………………………………………………………….35
Figura 14. Equipo Viasys Healthcare, modelo Teca Sinergy de 2 canales………………..35
Figura 15. Audífonos extra-auriculares Telehhonics TDH-49P acoplados a un transductor
MX41/AR y su posicionamiento en un canino…………………………………..36
Figura 16. Audífonos intra-auriculares Earlink acoplados a un transductor modelo Nicolet
de 300 Ohms………………………………………………………………………...37
Lista de tablas
VIII
Lista de tablas
Pág.
Tabla 1. Latencias y amplitudes de dos caninos de diferente tamaño de la cabeza……26
Tabla 2. Latencias y amplitudes de un cachorro de 26 días y un promedio de 10
caninos adultos sanos entre 1 y 8 años de edad……………………………….... 28
Tabla 3. Media y desviación estándar de las latencias absolutas e intervalos con el uso
de audífonos intra y extra-auriculares…………………………………………………………38
Tabla 4. Media y desviación estándar de las amplitudes absolutas y relación V/I con
el uso de audífonos intra y extra-auriculares…………………………………………..……..38
Lista de símbolos y abreviaturas
IX
Lista de Símbolos y abreviaturas
BAER
Brain Stem Auditory Evocaked Reponse: Potencial Evocado Auditivo de
Tronco Encefálico
dB
Decibeles
Hz
Hertz
ms
Milisegundos
µv
Microvoltios
UNESP
Universidad Estatal Paulista Julio de Mesquita Filho
10
1. OBJETIVOS
1.1 OBJETIVO GENERAL
Comparar los hallazgos electrofisiológicos obtenidos en la prueba de Potencial Evocado
Auditivo de Tronco Encefálico en caninos sanos con el uso de audífonos extra e intra auriculares.
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Comparar las latencias y los valores de los intervalos con el uso de audífonos
extra e intra –auriculares

Comparar las amplitudes y la relación V/I con el uso de audífonos extra e intra –
auriculares

Describir la utilidad y aplicaciones de la prueba de Potencial Auditivo de Tronco
Encefálico en el entendimiento de la fisiología y diagnóstico clínico de pequeños
animales

Adquirir las habilidades y profundizar en los conocimientos para la realización
e interpretación de la prueba de Potencial Auditivo Evocado de Tronco Encefálico
en caninos.
11
2. MARCO TEÓRICO
2.1 EL SONIDO
El sonido es un fenómeno ondulatorio (ondas sinusoidales), que se produce al modificarse
las características de un medio (presión, temperatura, campo eléctrico, campo magnético),
o al producirse en éste deformaciones elásticas, con lo que se genera un potencial interno
elevado que sobrepasa la tendencia al equilibrio, generando una perturbación que llega a
desplazar a las partículas (Frumento, 1995).
Las ondas sonoras presentan tres características biofísicas importantes: frecuencia,
amplitud y armónicos. La frecuencia definida como el
número de oscilaciones o
variaciones de la presión por segundo determina el tono del sonido (agudo o grave) y es
medida en Hertz (Hz). La amplitud o energía desplazada, determina el volumen del
sonido, débil o fuerte, se mide en decibeles (dB). Los armónicos o componentes múltiplos
de la frecuencia fundamental determinan el timbre del sonido (Rosler, 2010).
2.2 ANATOMIA Y FISIOLOGIA DE LA AUDICIÓN EN CANINOS
El oído se divide anatómicamente en oído externo, oído medio y oído interno (Figura 1).
2.2.1 OIDO EXTERNO
El oído externo está compuesto por el pabellón auricular y conducto auditivo o meato
acústico externo. El oído externo está formado por tres cartílagos elásticos: anular,
escutiforme y auricular. El cartílago auricular se expande para formar el pabellón de la
oreja; los cartílagos anular y auricular forman el conducto auditivo externo. El cartílago
escutiforme descansa en posición medial respecto al cartílago auricular dentro de los
músculos auriculares que se insertan en la cabeza (Evans, 1993).
El pabellón de la oreja es una estructura muy visible que presenta forma de hoja. Su
tamaño y forma son una característica específica de cada raza canina, en especial en el
cartílago auricular que forma el esqueleto del pabellón auricular. Es el cartílago más grande
del oído externo. Cumple la función de localizar y recoger las ondas de sonido y
transmitirlas a la membrana timpánica (Lanz, 2004) El conducto auditivo externo canino
tiene 5 a 10 cm de longitud y 4 a 5 mm de ancho. Está compuesto por una porción vertical
y una horizontal más corta (Strain, 2011).
La piel que recubre al conducto auditivo contiene glándulas sebáceas y ceruminosas,
además de folículos pilosos. Las ceruminosas son glándulas sudoríparas tubulares
apocrinas modificadas; las secreciones combinadas de ambas glándulas forman la cera o
cerumen, que cumple dos funciones importantes, proteger el conducto auditivo externo al
inmovilizar los objetos extraños y mantener la membrana timpánica húmeda y flexible
(Cole, 2009).
12
Figura 1. Oído canino (Sjaastad, 2003).
El conducto auditivo externo está separado de la cavidad del oído medio por la membrana
timpánica, que corresponde a un tabique membranoso delgado, semitransparente y
levemente. La disposición de las fibras de este tejido optimiza la respuesta vibratoria del
tímpano cuando recibe las ondas de sonido (Lanz, 2004).
2.2.2 OIDO MEDIO
El oído medio es el espacio ubicado dentro de la bulla timpánica ósea y está formado por
la apertura del tubo auditivo, que se abre en la nasofaringe y equilibra la presión de aire a
cada lado de la membrana timpánica, y los tres huesecillos auditivos con sus músculos y
ligamentos asociados. Los huesecillos, martillo, yunque y estribo, son móviles, pequeños
y se extienden como una cadena desde el tímpano, creando una dadera conexión
funcional. Anclado en el centro de la membrana timpánica se encuentra el mango del
martillo que en su extremo se articula con el yunque, el cual a su vez se articula con la
cabeza del estribo. La base del estribo se apoya sobre la ventana oval, donde las ondas
sonoras se conducen al oído interno, más precisamente al interior de la cóclea. Las
vibraciones de la membrana timpánica se transmiten a través de esta cadena de
huesecillos hacia la perilinfa que se encuentra dentro del vestíbulo (Sisson y Grossman,
1996).
13
2.2.3 OIDO INTERNO
El oído interno está localizado dentro del laberinto óseo de la porción petrosa del hueso
temporal y tiene tres partes: cóclea, vestíbulo y conductos semicirculares. El nervio
vestíbulo coclear inerva la cóclea membranosa, el vestíbulo y los conductos semicirculares.
La cóclea recibe las vibraciones de la endolinfa, y el resto del laberinto membranoso se
asocia con la función de equilibrio (Evans, 1993).
La cóclea es un sistema de conductos enrollados en forma de caracol formada por tres
tubos unidos por sus lados: rampa vestibular, rampa media y rampa timpánica (Figura 2).
Las rampas vestibular y media se encuentran divididas a través de la membrana de
Reissner. Esta membrana es muy delgada y se mueve fácilmente por lo que no obstruye
el paso de las vibraciones sonoras desde la rampa vestibular a la rampa media. Las rampas
media y timpánica se encuentran separadas por la membrana basilar sobre la cual se
apoya el órgano de Corti (Guyton, 2003).
Figura 2. Sección transversal de la cóclea (Bloom y Fawcett 1975).
Los receptores sensoriales del órgano de Corti son las células ciliadas internas, que hacen
sinapsis con las terminaciones nerviosas de la rama auditiva del nervio vestibulococlear
(VIII par craneal). Las fibras nerviosas de estas terminaciones se dirigen al ganglio espiral
de Corti, sus axones forman al nervio auditivo y a través de éste la información llega a los
diferentes niveles del Sistema Nervioso Central (Cunningham, 2003).
Las células ciliadas internas en su extremo tienen apical cilios de muy pequeño calibre,
llamados estereocilios, los mismos son estructuras rígidas que van haciéndose cada vez
14
más largos hacia uno de sus extremos y las puntas de los más cortos se unen a través de
un filamento delgado al estereocilio adyacente más largo (Figura 3). Estos estereocilios
están introducidos dentro de la membrana tectoria de la rampa media (Cunningham, 2003).
Las células ciliadas externas tienen un efecto amplificador, ya que aumentan el movimiento
de la onda viajera en la membrana basilar con lo que potencian el estímulo para las células
ciliadas internas (Rosler, 2010).
.
Figura 3. Órgano de Corti (Guyton, 2003).
2.2.4 TRANSDUCCIÓN
Las ondas sonoras que son transmitidas desde un medio aéreo en el oído externo son
transformadas en energía mecánica en la membrana timpánica, que a través de la cadena
de huesecillos llega a la ventana oval. Este movimiento de la platina del estribo (energía
mecánica) va a ser transformado en onda de presión en la perilinfa en la escala vestibular.
Los movimientos en la perilinfa causan un ascenso y descenso de la membrana basilar, y
con ella se generan deflexiones en ambos sentidos de las cilias. Una deflexión excitatoria
del haz de cilios, abre los canales de transducción no selectivos permeables a Ca y K, los
cuales al ingresar genera despolarización. Una deflexión inhibitoria (en dirección contraria
al quinocilio de mayor altura) cierra los canales de transducción e hiperpolarizan las
células ciliadas (Rosler, 2010).
2.2.5 TRANSMISIÓN AL SISTEMA NERVIOSO CENTRAL
Las fibras nerviosas que parten del ganglio espiral de Corti llegan a los núcleos cocleares
ventral y dorsal (en la parte superior del bulbo raquídeo). En este punto, todas las fibras
hacen sinapsis y se proyectan al cuerpo trapezoide y de allí al complejo olivar. Las
neuronas de segundo orden pasan principalmente hacia el lado opuesto del tronco
15
encefálico para terminar en el núcleo olivar superior, mientras que algunas fibras continúan
ipsilateralmente y terminan en el núcleo olivar superior del mismo lado. La vía continúa y
asciende por el lemnisco lateral y algunas fibras de segundo orden terminan en el núcleo
del lemnisco lateral. Muchas pasan de largo y continúan hacia el colículo inferior, donde
terminan casi todas. A partir de aquí la vía pasa al núcleo geniculado medial en el tálamo
donde todas las fibras realizan sinapsis nuevamente Finalmente, la vía continúa a través
de las radiaciones auditivas hacia la corteza auditiva (Cunningham, 2003; Strain, 2011).
En la corteza cerebral (área 22, 41 y 42 de Brodman) la información es interpretada según
frecuencia e intensidad alta o baja. El área 41 se encarga de la organización tonotópica,
el área 42 de la atención auditiva y de la identificación de las palabras, y el área 22 es la
responsable del reconocimiento de lo que se oye (gnosia auditiva) (Guyton, 2003).
De la vía auditiva parten también algunas fibras colaterales que parten del haz auditivo y
van al sistema reticular y descienden hacia la médula espinal para activar todo el sistema
nervioso en respuesta a sonidos muy fuertes. Otras colaterales van al mis del cerebelo
que se activa también instantáneamente frente a un ruido repentino (Guyton, 2003).
La corteza auditiva primaria es excitada directamente por proyecciones provenientes
desde el cuerpo geniculado medial, mientras que las áreas de asociación auditivas son
excitadas secundariamente por impulsos procedentes de la corteza auditiva primaria así
como también desde las áreas de asociación talámicas adyacentes al cuerpo geniculado
medial (Guyton, 2003).
Se han encontrado vías retrógradas en cada uno de los niveles del sistema nervioso
central desde la corteza auditiva hasta la cóclea. La vía final va desde el núcleo olivar
superior hasta las propias células ciliadas del órgano de Corti. Estas fibras retrógradas son
inhibidoras. Permitirían dirigir la atención a sonidos con determinadas cualidades mientras
rechaza a los de otra cualidad (Guyton, 2003).
2.3 POTENCIALES EVOCADOS AUDITIVOS DE TRONCO ENCEFÁLICO EN CANINOS
(BAER)
2.3.1 DEFINICIÓN BAER
El Potencial Evocado Auditivo de Tronco encefálico, (Brain Stem Auditory Evocaked
Reponse, BAER) es una prueba objetiva, no invasiva y segura que permite evaluar la
integridad de la vía auditiva desde el nervio auditivo hasta la el tronco encefálico. El
BAER no es usado como una prueba para evaluar la audición, ya que la audición implica
además un procesamiento perceptivo a nivel cortical. (Wilson, 2005; Hall, 2007).
Se ha reportado el uso de BAER en el diagnóstico de pérdida auditiva en caninos, así como
en estudios de ototoxicidad y diagnóstico de lesiones del tronco encefálico, determinación
del umbral en caninos y en otras alteraciones neurológicas (Myers, 1986; Knowles, 1988;
Sims, 1988; Luttgen, 1994; Steiss, 1994; Rosychuk, 2004; Wilson, 2005; Dewey, 2008;
Pelegrino, 2011; Strain, 2011; Kwiatkowska, 2013;).
En las dos últimas décadas se ha aumentado el uso del BAER en Medicina Veterinaria
(Ter Harr, 2006) en Norteamerica, Europa y en los últimos años inició su uso en países
16
de América Latina como Brasil, Argentina y Chile (Palumbo, 2012, Pelegrino, 2011). El
uso de esta técnica ha incrementado con el reconocimiento de la alta prevalencia de
sorderas neurosensoriales congénitas hereditarias en varias razas como Dálmata, Setter
Inglés, Bull Terrier y Cocker Spaniel (Strain, 1993).
En el BAER en caninos se registran potenciales eléctricos entre 1 a 10 ms, mediante el
uso de electrodos subcutáneos, después de administrar un estímulo auditivo (clic´s o
sonidos puros) con auriculares especializados (intra o extra-auriculares). También se
puede estimular la cóclea con el uso de transductores óseos o administrar estímulos de
conducción ósea mediante la aplicación de vibraciones en la región mastoidea del cráneo,
mandíbula o arco cigomático (Strain, 1993; Webb, 2009).
La respuesta refleja la sincronización temporal de la actividad neuronal. Las respuestas
evocadas son producidas por potenciales de acción en los tractos neuronales o
potenciales sinápticos, generados casi simultáneamente por miles de neuronas,
localizadas dentro de una región anatómica específica como los tractos o núcleos de SNC
(Hall, 2007).
El BAER no es una representación en tiempo real de toda la actividad neuronal del sistema
auditivo en respuesta al sonido. Corresponde a una representación probablemente por
un grupo de neuronas onset y orientadas en paralelo en el VIII nervio craneal y en la
porción auditiva del tallo encefálico (Wilson, 2005).
2.3.2 REGISTRO Y ADQUISICIÓN
La mayoría de los animales no requiere sedación, aunque ésta disminuye el ruido de fondo
de la actividad cortical y por tanto las ondas son más fácilmente identificadas. (Lasmar et
al., 1994). Los caninos se colocan en decúbito esternal, con audífonos sobre o en las
orejas para estimular repetidamente el oído a ser evaluado.
Para el registro del BAER en caninos se utilizan electrodos subcutáneos. El electrodo
activo o de registro se coloca generalmente en el vértice del cráneo (Cz), el electrodo de
referencia en la región rostral al trago de la oreja a ser evaluada, y el electrodo tierra en la
región cervical dorsal o en la línea media del seno frontal (Wilson, 2005; Webb, 2009;
Palumbo, 2012).
Es necesario amplificar la señal debido a que la actividad auditiva evocada es de baja
amplitud, ya que se utilizan electrodos de registro extracraneanos ubicados lejos del
generador de voltaje (Hall, 2007). La ganancia de la señal es en general de 100.000 a
150.000 veces (Wilson, 2005).
La señal también debe ser promediada, para evitar que sea contaminada por “ruidos”. Los
ruidos hacen referencia a otros tipos de actividad cerebral eléctrica (EEG, actividad
cerebral de fondo), potenciales musculares (movimiento o tensión muscular en la
mandíbula o el cuello) o la actividad eléctrica generada por la luz fluorescente en el lugar
del test (Hall, 2007).
En caninos los registros de BAER tienen un rango de frecuencia entre 30 y 1960Hz
(Wilson, 2005), por eso se utilizan filtros de banda pasante de 30 o 100 hasta 1500 a 3000
Hz para eliminar las señales indeseables (Hall, 2007).
17
2.3.3 INTERPRETACIÓN
Inicialmente en la interpretación de BAER debe observarse si hay respuesta, si es posible
identificar las ondas, evaluar su morfología, latencia y amplitud. Las ondas generadas
corresponden a grupos neuronales o tractos de sustancia blanca asociados a las vías
auditivas, generalmente activados secuencialmente en niveles progresivamente mayores
en el neuroaxis (Dewey, 2008).
2.3.3.1 GENERADORES NEURALES
En animales generalmente se reconocen las ondas. I, II, III, IV y V, las cuales son
componentes de corta latencia que presentan en los primeros 10ms después de la
generación del estímulo. La lesión en un nivel bloquea la respuesta a este nivel y en
niveles sucesivos (Dewey, 2008)
En general, en caninos las ondas I, II y V tienen amplitudes grandes, mientras las ondas
III, IV e VII tienen amplitudes pequeñas. La onda está VII está comúnmente ausente. Las
ondas III y IV se pueden fusionar formando el complexo III-IV, o bien las ondas IV y V
también se pueden fundir formando una onda llamada V (Kawasaki y Inada, 1994) (Figura
4).
Figura 4. Identificación de las ondas en el registro del BAER en un canino adulto sano, con el uso
de audífonos extra-auriculares, estimulación monoaural, clic alternante de 0.2ms, 85dB y 13Hz, y
ruido blanco de 40dB. Laboratorio de Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil 2013.
En humanos se ha sugerido que las ondas I, II y III se generan a partir de vías auditivas
ipsilaterales al sitio de la estimulación, mientras la onda V refleja la actividad en estructuras
del mesencéfalo contralaterales al sitio del estímulo (Hall, 2007).
En caninos la onda I es generada por la porción coclear del nervio vestibulocolear. Las
ondas II, III, IV y V probablemente representan superposición de potenciales de acción de
diferentes estructuras del tronco encefálico. Se cree que la onda II es generada a partir
18
del núcleo coclear, la onda III a partir de núcleo olivar superior y el núcleo dorsal del cuerpo
trapezoide localizados en la médula (Sims, 1988; Wilson W, 2005; Dewey, 2008).
La onda IV, probablemente se origina a partir del lemnisco lateral y el núcleo del lemnisco
en el puente. La onda V al parecer es formada por el colicuo caudal en el mesencéfalo y
el núcleo geniculado medial en el diencéfalo. En caninos la onda IV generalmente está
ausente o formando un complejo con la onda V, el cual es considerado como onda V (Sims,
1988; Wilson W, 2005; Dewey, 2008) (Figura 5).
Figura 5. Generadores anatómicos del BAER en equinos. A: células ciliadas, B: nervio auditivo,
C: núcleo cóclea. D: cuerpo trapezoide (puente), E: lemnisco lateral (puente). F: coliculo caudal
(mesencéfalo), G: cuerpo geniculado medial (tálamo) (Mayhew, 1990).
2.3.3.2 LATENCIA Y AMPLITUD
La latencia se define como el tiempo que ocurre entre la generación del estímulo y el
pico o valle de una onda. Cada onda representa una respuesta evocada de un
generador neural (una estructura o estructuras anatómicas dentro del sistema auditivo.
La latencia se mide en milisegundos, y es una medida absoluta (Hall, 2007).
Los intervalos son latencias relativas calculadas como el tiempo ocurrido entre diferentes
ondas. Los intervalos representan índices generales de transmisión entre la vía auditiva,
desde el nervio auditivo hasta el mesencéfalo, o bien hasta el diencéfalo. Los intervalos
reflejan retrasos asociados al tiempo de conducción axonal y/o a la sinapsis neuronal.
(Hall, 2007).
19
En humanos los valores de latencia se consideran normales si se encuentran entre el valor
de la media y +/- 3 desviaciones estándar (Marshall, 1985). En caninos la onda I aparece
alrededor de 1ms después de generado el estímulo y las demás ondas se generan en
intervalos de aproximadamente 1ms (Sims, 1988). En humanos adultos el primer
componente normalmente se presenta 1,5ms después del estímulo y las siguientes ondas
aparecen a intervalos de 1ms (Hall, 2007).
En caninos sanos, los intervalos I-III, III-V y I-V entre los lados izquierdo y derecho no
deben diferir en más de 0,1ms, y un aumento de esta diferencia puede sugerir la
localización anatómica de una lesión (Dewey, 2008).
La amplitud se expresa en µV y se puede medir calculando la diferencia de voltaje entre
el pico de una onda y el valle anterior, en el caso de las ondas I, II y III. Para medir la onda
V se mide la diferencia de voltaje entre el pico de la onda y el valle posterior (Hall, 2007).
En general un mayor número de neuronas que contribuyan a un campo de potencial,
generarán una respuesta evocada de mayor amplitud. La amplitud ofrece información útil
sobre la función auditiva, sin embargo no es utilizada regularmente porque existen
limitaciones en su medición. Es una medida variable aún entre individuos sanos y entre
oídos.
Además la amplitud es más susceptible a los artefactos por movimiento y a la
actividad de fondo en el EEG comparada con la latencia. (Hall, 2007; Chiappa, 1997).
La medición de la amplitud de las ondas puede sin embargo llegar a ser útil en
enfermedades específicas. Kwiatkowska (2013) reportó disminución de la amplitud en las
ondas I y II, y aumento de la latencia del intervalo III-V en caninos de la raza American
Staffordshire Terrier con degeneración cerebelar cortical.
Se han reportado amplitudes absolutas en caninos entre menos de 1 µv y 6 µv, estos
valores dependen del individuo, las características del estímulo y las variables de registro
utilizadas (Marshall, 1985; Sim, 1988).
En caninos, el aumento de la amplitud cuando aumenta la intensidad del estímulo se
relaciona con la activación de fibras nerviosas auditivas adicionales (Marshall, 1985).
La relación (cociente) entre las amplitudes de las ondas V y I es medida regularmente ya
que ofrece mayor utilidad clínica. Se compara la onda I generada fuera del SNC con
la onda V generada a nivel del mesencéfalo. En humanos la onda V es normalmente una
a dos veces mayor que la onda I. Por tanto se considera anormal una relación V/I menor
a 0.5, siempre y cuando la onda V sea anormalmente pequeña (menor a la mitad de la
onda I) y la onda I tenga una amplitud normal. (Hall, 2007). Es importante tener en cuenta
que la relación V/I cambia a diferentes intensidades del estímulo y es una medida menos
fiable en caso de pérdida auditiva periférica (Chiappa, 1997).
En caninos la relación entre las amplitudes V/ I es útil para detectar cambios asociados
a patologías del tallo encefálico y se ha reportado que una relación V/I menor a 0.5
puede ser indicativa de lesión (Marshall, 1985; Dewey, 2008).
20
2.3.4 FACTORES NO PATOLÓGICOS QUE AFECTAN EL BAER
2.3.4.1 FACTORES TÉCNICOS
2.3.4.1.1 ESTÍMULO
En caninos el clic ha sido el estímulo predominante, sin embargo, se ha reportado el uso
de Tone Burt, ya que este último permite estimar el umbral auditivo dentro de un rango de
frecuencias mucho mayor comparado con el clic (Wilson, 2005).
La duración del clic no tiene gran influencia en la latencia y amplitud de los componentes
del BAER. En humanos no se han reportado cambios en la latencia para estímulos entre
0,25 y 100 µs de duración, y se reportó un leve aumento de la latencia de 0,2ms para
estímulos de 100 a 400 µs (Hall, 2007).
La polaridad del estímulo hace referencia a la dirección del cambio de presión generadas
por el transductor acústico. Un estímulo de rarefacción hala la membrana timpánica hacia
el transductor y uno de condensación empuja el tímpano lejos del transductor. La polaridad
de rarefacción despolariza las células ciliadas de la cóclea, mientras que los estímulos de
condensación producen inicialmente una hiperpolarización (Wilson, 2005).
No hay acuerdo acerca de la mejor polaridad en el registro del BAER. En caninos algunos
estudios han demostrado que con la polaridad de rarefacción hay mejor separación entre
las ondas III y IV, menor latencia de las ondas y mayor probabilidad de observar la onda
IV. Otros estudios en caninos reportan mayores latencias y valores de los intervalos con
clics de rarefacción (Wilson, 2005).
Strain et al. (1993) compararon en un estudio de BAER las tres polaridades en 16 caninos
y encontraron que hay mejor diferenciación de las ondas con condensación, menor
número de artefactos con polaridad alternante y latencias absolutas más cortas con
rarefacción.
En adultos sanos se han reportado con polaridad de rarefacción ondas I más tempranas,
aumento de la amplitud y mayor diferenciación de las ondas I y IV; con condensación,
menores valores de los intervalos I-II y I-II, formación del complejo onda IV-V o mayor
amplitud de la onda V (Maurer, 1980).
Algunos autores aconsejan el uso de clic de polaridad de rarefacción en las pruebas de
BAER en humanos. Otros autores recomiendan el uso de clic de polaridad alternante ya
que podría reducir artefactos electromagnéticos o relacionados con la cóclea y así mejorar
la relación señal:ruido y la identificación de la onda I (Wilson, 2005). Mientras que otros
no aconsejan el uso de estímulos alternantes porque podría anular fases en el registro
(Chiappa, 1997).
La variación en la intensidad del estímulo es probablemente la causa más sobresaliente
de variaciones en el registro de BAER (Eger, 1997). Como principio general las latencias
absolutas disminuyen y las amplitudes absolutas aumentan cuando la intensidad del
estímulo aumenta (Edger, 1997), sin embargo, las latencias de los intervalos permanecen
más estables (Wilson, 2005) (Figura 6).
21
Figura 6. BAER de un canino con diferentes intensidades y frecuencia constante de 13Hz. A: 85 dB.
B: 50 dB. C: 40 dB. D: 30 dB. Con la disminución de la intensidad hay un aumento de la latencia y
una disminución de la amplitud de las ondas. El umbral auditivo del canino es de 50 dB. Uso de
audífonos extra-auriculares, estimulación monoaural, clic alternante de 0.2ms, y ruido blanco de
40dB. Laboratorio de Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil, 2013.
22
Una disminución en la intensidad del estímulo genera un incremento progresivo
(aproximadamente lineal) en la latencia y una disminución en la amplitud de todas las
ondas del BAER (Eger, 1997.) En caninos y en humanos la onda V es el componente
más fiable a alta frecuencia y baja intensidad del estímulo. A bajas frecuencias y altas
intensidades la onda V puede ser más pequeña que la onda I y II (Sim, 1988)
Un aumento de la frecuencia del estímulo resulta en una disminución de la amplitud,
debido a que un cambio espectral puede activar o bloquear porciones de la cóclea e
incrementar el número de axones del nervio auditivo activados (Marshall, 1985). Ademas
un aumento en la frecuencia produce un aumento en la latencia (Figura 7).
La latencia se mantiene relativamente estable en caninos para frecuencias entre los 5 y
50Hz, mientras que la amplitud disminuye con frecuencias superiores a 20 Hz (Sim, 1988;
Wilson, 2005).
Figura 7. BAER de un canino con diferentes frecuencias e intensidad constante de 85dB. A: 13 Hz.
B: 20 Hz. C: 50 Hz. Con el aumento de la frecuencia hay un aumento de la latencia y una
disminución de la amplitud de las ondas. Uso de audífonos extra-auriculares, estimulación
monoaural,
clic alternante de
0.2ms, y
ruido blanco de 40dB. Laboratorio de
Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil, 2013.
23
2.3.4.1.2 AUDIFONOS Y TRANSDUCTORES
Para presentar el estímulo generalmente se utilizan audífonos extra o intra-auriculares
acoplados a un transductor. El oscilador de hueso también es utilizado especialmente para
estimar el umbral frecuencia específica en niños. Pero es poco usado porque tiene
limitaciones en la calibración comparada con los traductores de conducción a través del
aire (Atcherson, 2012).
Los audífonos extra-auriculares están acoplados directamente a un transductor. El
modelo más común son los audífonos Telehhonics TDH-49P conectados a un transductor
MX41/AR. Estos audífonos son llamados audífonos supra-aurales ya que descansan
sobre la oreja y hacen poco contacto con la cabeza. Al colocar el audífono queda una
pequeña cantidad de aire entre el oído y la almohadilla, y un espacio por debajo del oído
por donde hay fugas de frecuencias bajas < 250Hz (Hall, 2007).
Hasta 1990 la señal acústica era presentada exclusivamente usando audífonos extraauriculares debido a su amplia disponibilidad, seguridad y existencia de estándares para
su uso (Chiappa, 1997; Hall, 2007). Sin embargo, la impedancia eléctrica de este tipo de
audífonos es baja, por lo que al ofrecer un estímulo a altas intensidades se produce un
campo electromagnético que genera artefactos (Sim, 1988; Hall 2007). Además se
pueden presentar errores en canales auditivos colapsados a altas frecuencias (Wilber,
1988).
En 1984, se reportó el uso de los primeros audífonos intra-auriculares. Los audífonos intraauriculares de mayor uso son modelo EARPHONE 3 acoplados al transductor Etymotic
Research. El transductor se encuentra dentro de una pequeña caja (una para cada oído),
y la señal acústica viaja a través de un tubo de polietileno hacia una pieza de espuma
insertada en el canal auditivo externo. El tubo de plástico de los audífonos intra-auriculares
introduce 0.8ms a 1s ms de retraso. El propósito de esta demora es separar en el tiempo
artefactos relacionados con la emisión del estímulo (Sim, 1988; Hall, 2007, Van Campen,
1992).
La presión de sonido que los diferentes tipos de audífonos deben dirigir depende de la
dimensión del canal auditivo y de la impedancia del tímpano. El volumen de aire
relativamente grande dentro de la copa de los audífonos circumaurales y supraaurales
modula la carga sonora evitando que se presenten diferencias entre la presión de
sonido entre niños y adultos, mientras que con el uso de los audífonos intra-uriculares
se presentan mayores diferencias entre estos grupos etáreos (Voss, 2005).
En estudios realizados en humanos se ha reportado que los audífonos intra-auriculares
reducen el ruido de fondo que altera la determinación del umbral. La atenuación del
ruido de fondo puede superar los 30 dB a frecuencias de 125-8000 Hz. Además eliminan
los errores debido al colapso de los canales auditivos (Munro, 1999, Van Campen, 1992).
Los de audífonos intra-auriculares aumentan la atenuación interaural lo cual reduce el
nivel de enmascaramiento contralateral y en algunos casos la necesidad de su uso (Hall,
2007). La Atenuación interaural se puede definir como la diferencia de umbral registrado
por conducción aérea sin enmascaramiento. La atenuación depende de la profundidad a
la que sean colocados los audífonos intra-auriculares (Munro, 1999). Con una inserción
24
profunda, la atenuación es de 15-20 dB mayor comparada con los audífonos supraaurales (Atcherson, 2012).
Cuando un estímulo acústico es presentado en un oído, sin enmascaramiento, un
estímulo de menor intensidad llega al oído contralateral, debido a que el sonido es
transmitido también a través de la cabeza. Con el uso de audífonos intra-auriculares la
intensidad del estímulo que llega al oído contralateral es menor debido a que estos
audífonos generan un mayor aislamiento acústico entre los dos oídos, a bajas y medianas
frecuencias. En humanos, si se ofrece un estímulo de 100dB, con el uso de audífonos
extra-auriculares por el efecto crossover el oído no estimulado recibirá indirectamente un
estímulo de 60 dB, mientras con el uso de audífonos intra-auriculares el estímulo que llega
al oído contralateral es de 30db, en general los audífonos intra-auriculares proporcionan
70 dB de aislamiento entre los dos oídos (Atcherson, 2012).
2.3.4.1.3 ENMASCARAMIENTO
El fenómeno de crossover consiste en que el estímulo puede ser transmitido a través del
cráneo desde el oído estimulado hasta la cóclea del oído no estimulado. Para evitar que el
oído contralateral contribuya al registro del BAER se utilizan ruidos blancos o de
enmascaramiento. Los ruidos blancos contienen todas las frecuencias al azar, y se
proporcionan a la misma intensidad del estímulo generado en el oído evaluado, menos
el valor correspondiente al crossover de los audífonos extra o intra-auriculares utilizados.
(Atcherson, 2012)
El nivel de enmascaramiento depende del tipo de audífonos utilizados, y del paciente. En
pacientes con pérdida acústica unilateral, al oído no evaluado debe colocarse un ruido
blanco, para evitar que su respuesta contribuya al registro (Killion, 1985; Sklare, 1987).
2.3.4.2 FACTORES RELACIONADOS CON EL PACIENTE
2.3.4.2.1 SEXO
En caninos no se han reportado diferencia en el registro del BAER asociadas al sexo (Sims,
1988; Wilson, 2005). En humanos se ha plateado que las diferencias entre hombres y
mujeres se deben a las diferencias anatómicas y al diámetro del nervio auditivo y a mayor
longitud del tallo encefálico (Pook, 1990; Soares, 2010).
2.3.4.2.2 TAMAÑO DE LA CABEZA
No hay un acuerdo general entre los autores con respecto a la influencia del tamaño de
la cabeza en los registros de BAER en caninos (Figura 8 y Tabla 1). Bodenhamer (1985)
no encontró diferencias significativas en las latencias y amplitudes relacionadas con el
tamaño de la cabeza, en un estudio de BAER en 58 caninos entre 4 meses y 14 años
bajo anestesia.
Pook (1990) realizó un estudio de BAER en 20 caninos adultos sanos con pesos entre 2
y 36 kg y reportó correlación positiva entre el tamaño de la cabeza (longitud y amplitud del
cráneo, y distancia entre el meato auditivo externo y el nasion), la latencia de la onda V y
25
el intervalo I-V, asociado a un tallo encefálico de mayor longitud en los caninos con mayor
tamaño del cráneo.
Meij (1992) encontró correlación positiva entre el tamaño del cráneo y el tamaño del tronco
encefálico en 32 caninos postmortem. Además, el autor, en un estudio de BAER en 43
caninos sedados de diferentes razas con pesos entre 4,1 a 50kg encontró que el tamaño
del cráneo, explica en un 25% la variación de las latencias entre los caninos.
Shiu (1997) y Munro (1997) reportaron latencias significativamente menores y menor
intervalo I-V en 20 caninos de raza Jack Rusell Terriers comparados con 20 Dálmatas,
pero la correlación de estas medidas con el tamaño de la cabeza no fue significativa.
Por otro lado Kemper (2013) realizó la prueba de BAER en 43 caninos adultos sanos de
14 razas diferentes, con tamaños de la cabeza entre 4.55 y 20.1 cm, y no encontró
diferencias en la morfología de las ondas ni en la latencias absolutas o relativas asociadas
al tamaño del cráneo o la raza.
Figura 8. BAER de dos caninos con diferentes tamaños de la cabeza. La imagen superior
corresponde a un canino de raza Yorkshire Terrier de 2 años y la inferior corresponde a un canino
Labrador de 7 años de edad. Uso de audífonos extra-auriculares, estimulación monoaural, clic
alternante de
0.2ms, 85 dB y 13Hz, y
ruido blanco de 40dB. Laboratorio de
Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil, 2013.
26
Latencia (ms)
Ondas
Animal
Intervalos
I
II
III
V
I-III
III-V
I-V
Yorkshire Terrier
1,19
1,95
2,76
3,34
1,57
0,7
2,27
Labrador
1,39
2,25
3,06
4,04
1,67
0,98
2,65
Amplitud (µV)
Ondas
Animal
Relación
I
II
III
V
V/I
Yorkshire Terrier
3,70
5,40
2,90
2,80
0,76
Labrador
1,06
1,35
0,84
0,48
0,42
Tamaño de la cabeza (cm)
Animal
Yorkshire Terrier
Intercigomatico
Longitud
7,5
8,00
Labrador
15
13,00
Tabla 1. Latencias y amplitudes de dos caninos de diferente tamaño de la cabeza. Las latencias e
intervalos son menores y las amplitudes mayores en el canino de menor tamaño del cráneo. La
relación V/I se encuentra en el valor normal (> 0,5) en ambos caninos.
2.3.4.2.3 EDAD
Los cachorros nacen con el sistema auditivo inmamaduro, la apertura del orificio externo
del canal auditivo ocurre cerca a los 15 días de vida. Las primeras ondas aparecen en
cachorros entre las 2 y 3 semanas de vida. Las ondas I y II aparecen primero y después
de alrededor de 10 días aparecen las demás. En neonatos se registran latencias mayores
y amplitudes menores comparado con los adultos (Sims, 1990). Se estima que la
maduración del sistema auditivo ocurre en promedio entre las 6 y 8 semanas de vida. Sin
embargo, se ha reportado que las amplitudes y latencias se pueden aproximar a los
valores de los adultos, a edades tan tempranas como las 2 semanas de vida (Lutten, 1994)
(Figura 9 y Tabla 2).
En humanos se ha encontrado disminución de la amplitud en edades avanzadas, asociado
a un menor número de fibras conduciendo el estímulo a través de las vías auditivas (Hall,
2007).
27
Bodenhamer (1985) reporta incremento en las latencias y con intervalos relativamente
estables en animales viejos, lo cual según este autor podría estar relacionado con una
disfunción periférica más que con un déficit en la transmisión neural. Palumbo (2013)
encontró aumento significativo en las latencias de la onda V y de los intervalos lIII-V y IV, en caninos mestizos mayores de 8 años.
Otros autores han reportado en caninos pérdida auditiva relacionada con la edad, de tipo
sensorial causada por pérdida de las células ciliadas externas, neural por pérdida de las
neuronas aferentes y las células ganglionares en espiral, metabólica por atrofia de la estría
vascular, en todos estos casos se observaron aumento del umbral auditivo.(Ter Haar,
2006; Ter Haar, 2008).
Figura 9. BAER de un adulto (A) y de un cachorro de 26 días de vida en el que ya se pueden
identificar claramente las ondas (B). Uso de audífonos extra-auriculares, estimulación monoaural,
clic alternante de
0.2ms, 85 dB y 13Hz, y
ruido blanco de 40dB. Laboratorio de
Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil, 2013.
28
Latencia (ms)
Ondas
Animal
I
II
Animal de 26 días
1,24
2,19
Promedio 10 caninos sanos adultos
1,22
1,99
Intervalos
III
V
I-III
III-V
I-V
3,38 4,12
2,14
0,74 2,88
2,73 3,54
1,51
0,81 2,32
Amplitud (µV)
Ondas
Animal
Relación
I
II
Animal de 26 días
0,88
1,50
0,63 1,00
III
V
1,17
V/I
Promedio 10 caninos sanos adultos
1,52
2,54
0,76 1,29
0,93
Tamaño de la cabeza (cm)
Animal
Animal de 26 días
Intercigomático
Longitud
6,5
7,00
Promedio 10 caninos sanos adultos
9,56
9,80
Tabla 2. Latencias y amplitudes de un cachorro de 26 días y un promedio de 10 caninos adultos
sanos entre 1 y 8 años de edad. Los valores de amplitud y latencia en el cachorro se acercan a
los de los animales adultos, aunque se evidencia un aumento en la latencia y disminución en la
amplitud de las ondas I, II, III y IV en el cachorro. La relación V/I se encuentra en el valor normal
(> 0,5) en ambos caninos.
2.3.4.2.4 SEDACIÓN Y ANESTESIA
Aunque la mayoría de los caninos no requieren contención química, la sedación
disminuye el ruido de fondo (actividad cortical), disminuye artefactos por movimiento y
permite una identificación más clara de las ondas (Lasmar et al., 1994)
Se ha reportado el uso de diferentes medicamentos en el registro del BAER como
medetomidina (Poncelet, 2002; Bianchi, 2006; Kang et al. 2008; Jaggy, 2010) o
medetomidina y propofol (Teer Haar, 2008), acepromacina (Marshall, 1985; Famula, 1996),
acepromacina e hidromorfona (Poma, 2008), metoxiflurano 3% (Myers, 1985), Tialmilal
sódico (Sims, 1990), xilacina 2mg/kg y atropina 0.5mg/kg IV seguido de Ketamina 15mg/kg
IM o fenobarbital 10mg/kg IV (Tokuriki, 1990). No todos estos medicamentos tienen
estudios que comparen los registros en animales anestesiados sus despiertos, o bien
antes y después de la sedación.
Con acepromacina 0,55mg/kg SC no se reportaron cambios significativos en el registro del
BAER (Marshall, 1985), mientras que con como Tialmilal sódico se han reportado
alteraciones en las característica morfológicas de las ondas (Sims, 1990) y con
metoxiflurano 3% se reportó aumento de las latencias excepto en la onda I y disminuye
la ocurrencia de las ondas VI y VII (Myers, 1985).
29
2.3.4.2.5 TEMPERATURA
En caninos no se han observado diferencias en los registros de BAER entre temperaturas
de 37 y 39,5 C. Se encontró que una disminución en la temperatura corporal, por debajo
de 36 grado Celsius pueden prolongar latencias. No se ha establecido la influencia de la
hipertermia en el registro del BAER en caninos (Wilson, 2005)
2.3.5 APLICACIONES DEL BAER EN MEDICINA VETERINARIA
2.3.5.1 DIAGNÓSTICO DE PÉRDIDAS AUDITIVAS
La prueba BAER ha sido comúnmente utilizada en Medicina Veterinaria para el diagnóstico
de pérdida auditiva heredada unilateral o bilateral en razas predispuestas como la dálmata.
(Lorenz, 2004).
La prueba BAER puede ser utilizada
para determinar
el tipo (conducción o
neurosensorial), grado (parcial o completo) y simetría (unilateral o bilateral) de la pérdida
auditiva en caninos y felinos (Knowles, 1988; Luttgen, 1994; Rosychuk, 2004; Wilson,
2005; Pelegrino, 2011; Strain, 2011).
Las pérdidas auditivas se puede clasificar en dos grandes tipos: de conducción y
neurosensorial. En la pérdida auditiva de conducción las vibraciones sonoras no alcanzan
a llegar al oído interno, debido a anormalidades que afectan el canal auditivo externo, la
membrana timpánica, los osículos, y/o el oído medio. La pérdida neurosensorial ocurre
por alteración del oído interno, el nervio auditivo o vías centrales en el tallo encefálico,
tálamo y/o cerebro (Luttgen, 1994).
En humanos el principal criterio para el diagnóstico de pérdida auditiva de conducción de
es el análisis de las latencias relativas, ya que son indicativas de lesiones retro cocleares
que afectan el nervio auditivo o las vías auditivas en el tronco encefálico (Hall, 2007).
En perros y gatos las pérdidas auditivas periféricas (ocurren por fuera del SNC) más
comunes son neurosensoriales heredadas congénitas, neurosensoriales adquiridas y de
conducción adquiridas. Bodenhamer (1985) reporta incremento en las latencias y con
intervalos relativamente estables en animales viejos, lo cual podría estar relacionado con
una disfunción periférica más que con un déficit en la transmisión neural.
Las pérdidas heredadas congénitas neurosensoriales generalmente están asociadas con
los genes responsables de la coloración blanca del pelaje, y ha sido reportada en por lo
menos 80 razas, entre las que se encuentran la Dálmata, Boxer, Schnauzer, Pastor
Alemán, Poodle, Yorkshire, Chow Chow, Pit Bull Terrier, Bulldog Inglés y Border Collie
(Strain, 2011).
Las perdidas neurosensoriales adquiridas están relacionadas con ototoxicidad o senilidad,
otitis interna y exposición a ruidos. Las pérdidas por conducción adquirida se presentan
exceso de cerumen, ruptura de la membrana timpánica y otitis externa/media. Son poco
frecuentes las pérdidas auditivas adquiridas congénitas, tanto sensoriales como de
conducción causadas por infecciones intrauterinas, toxicidad o anoxia.
30
La pérdida auditiva central es poco diagnosticada en la práctica veterinaria, y resulta a
partir de lesiones retrococleares, en el tronco encefálico, mesencéfalo o corteza auditiva
(Strain, 1996).
Las pérdidas auditivas centrales neurosensoriales unilaterales son infrecuentes, ya que
la alteración debe presentarte a nivel de la cóclea o del nervio periférico, debido a que
muchos de los axones que salen del núcleo coclear decusan a nivel del cuerpo trapezoide.
Las pérdidas centrales bilaterales involucran una lesión de una porción significativa del
tronco encefálico o una lesión bilateral de la corteza auditiva. (Strain 1996; Luttgen, 2004).
En el caso de pérdida auditiva neurosensorial completa, la alteración se presenta a nivel
de la cóclea o del nervio periférico, y no se evidencia ninguna onda en el registro del BAER
(Strain, 1996; Luttgen, 2004) (Figura 10). En una pérdida parcial de la audición hay un
aumento en la latencia de la onda I y diminución en la amplitud de las demás ondas. (Strain,
1999).
Figura 10. BAER de un canino de 14 años de vida. No es posible identificar las ondas. En este
paciente se diagnostica una pérdida auditiva neurosensorial completa bilateral. R: derecho. L:
Izquierdo. Uso de audífonos extra-auriculares, estimulación monoaural, clic alternante de 0.2ms,
85 dB y 13Hz, y ruido blanco de 40dB. Laboratorio de Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu,
Brasil, 2013.
2.3.5.2 OTITIS
La otitis externa es una enfermedad común en caninos, ha sido reportada con una
prevalencia de hasta el 40% (Fernández, 2006) en países tropicales. Entre las razas
31
predispuestas se encuentran Cocker Spaniel y Poodle. La otitis externa y media son las
causas más comunes de pérdida auditiva por conducción (Lorenz, 2004), y son
generalmente de tipo parcial. Se ha reportado disminución en la amplitud de las ondas I
y II y una pérdida auditiva de 30-40db si la cadena osicular es afectada (Harvey, 2001).
En casos crónicos de otitis externa y media se ha reportado aumento de la latencia de
todas las ondas (Besalti, 2008) (Figura 11).
Entre las causas primaria más comunes de otitis externa en caninos y felinos se
encuentran las alergias por contacto, atopia, desordenes de queratinización, presencia de
ectoparásitos (Otodectes cynotis, Demodex spp, Otobius megnini), y de cuerpos extraños.
Menos comunes son las otitis externas causadas por enfermedades autoinmunes, pólipos
nasofaríngeos y adenomas de glándulas ceruminosas (Harvey, 2001; Fernández, 2006).
Como respuesta a la causa primaria se presenta inflamación, hiperplasia de la epidermis,
y mayor actividad y proliferación de glándulas ceruminosas con aumento de la producción
de cerumen con un contenido de lípidos menor al normal. Dichas respuestas conducen a
disminución del diámetro del canal auditivo externo con aumento de la humedad local,
favoreciendo proliferación de micoorganismos (Staphylococos, proteus spp,
Pseudomonas, Malassezia pachydermatis).
Figura 11. BAER de un canino sano y dos caninos con diferentes grados de otitis. A: canino adulto
sano. B: Canino con otitis externa en la cual se evidencia aumento de las latencias y disminución
de las amplitudes. C: Canino con otitis externa y media crónica, en el cual es difícil la identificación
de las ondas. Uso de audífonos extra-auriculares, estimulación monoaural, clic alternante de
32
0.2ms, 85 dB y 13Hz, y ruido blanco de 40dB. Laboratorio de Electroneurodiagnóstico, UNESP,
Botucatu, Brasil, 2013.
2.3.5.3 OTOTOXICIDAD
El BAER puede ser utilizado para evaluar la ototoxicidad de algunos medicamentos como
aminoglucosidos (neomicina, tobramicina, gentamicina y kanamicina) (Uzuca et al., 1996;
Strain, 1995), otros antibióticos (ampicilina, eritromicina, polimixina B, rifampicina y
tetraciclinas), antiinflamatorios (fenilbutazona, ibuprofeno y naproxeno), agentes
antitumorales (cisplatino, vincristina y vinblastina) (Castro, 2011) y antisépticos como
clorexidina (Merchant et al., 1993).
En caninos se ha reportado que la intoxicación por aminoglucosidos causa destrucción del
nervio coclear, por lo cual no se evidencia ninguna onda en el registro del BAER. En la
intoxicación por neomicina, se ha reportado que la perdida de las ondas inicia entre los 22
y 50 días después del inicio del tratamiento y es permanente (Harvey, 2001).
2.3.5.4
LESIONES DE TRONCO ENCEFÁLICO
El BAER permite evaluar la integridad del tronco encefálico, a partir del análisis de las
latencias relativas (intervalos I-III, III-V y I-V) en caso de tumores, trauma craneano,
convulsiones, déficit de equilibrio, enfermedades inflamatorias, y en otras condiciones en
las que el animal esté comatoso y los reflejos de nervios craneanos no puedan ser
evaluados (Luttgen, 1994; Dewey, 2008). Además es útil en e el diagnóstico de déficit
vestibulares (Myers, 1986; Sims, 1988) y permite confirmar el diagnóstico perdida
completa de función del tronco encefálico en muerte cerebral (Lorenz, 2004).
El BAER es una prueba complementaria en el diagnóstico de lesiones en el sistema
nervioso central causadas por hidrocefalia, meningoencefalitis granulomatosa, otros tipos
de meningitis, tumores cerbelares o del procencéfalo, donde se hay ausencia de alguna o
de todas las ondas, aumento de las latencias especialmente de la onda V y reducción de
la relación V/I (Steiss, 1994).
Kwiatkowska (2013) realizó un estudio de BAER en 6 caninos de la raza American Stanfort
Terrier con degeneración cortical cerebelar, encontró disminución de la amplitud de las
ondas I y II, aumento de los intervalos III-V en 5 de los 6 caninos y aumento del intervalo
III-V en uno de los caninos. Además el autor sugiere que el BAER es una importante
herramienta de diagnóstico en la abiotrofia cerebelar para determinar la se edad y el
pronóstico en comparación con la resonancia magnética.
2.3.5.5 DETERMINAR EL UMBRAL AUDITIVO
El BAER es una prueba útil para determinar el umbral adutivo de los animales. El umbral
se define como la mínima intensidad a la que un sonido puede ser percibido. Se calcula
disminuyendo gradualmente la intensidad del estímulo y se establece como el mínimo
valor en el que se áun se encuentra presente la onda V (Knowles, 1988; Luttgen, 1994;
Rosychuk, 2004; Wilson, 2005; Pelegrino, 2011; Strain, 2011) (Figura 6).
33
3. MATERIALES Y MÉTODOS
3.1 TIPO DE ESTUDIO
El estudio realizado fue de tipo observacional, descriptivo transversal. Los datos
obtenidos fueron pareados, la prueba de BAER se realizó usando inicialmente audífonos
extra-auriculares y luego intra-auriculares (Sierra, 2008) en el mismo grupo de individuos.
3.2 LUGAR DEL ESTUDIO
El estudio se llevó a cabo en el laboratorio de Electroneurodiagnòstico del Hospital
Veterinario de la Facultad de Medicina Veterinaria y Zootecnia de la Universidad Estatal
Paulista Julio de Mesquita Filho, UNESP, campus Botucatu, Brasil.
3.3 BIOÉTICA
El estudio está de acuerdo con los principios éticos en Experimentación Animal y fue
aprobado según el protocolo 117/2009 por la Comisión de Ética en el Uso de Animales de
la Facultad de Medicina Veterinaria y Zootecnia de la UNESP, Botucatu, Brasil.
3.4 SELECCIÓN DE LA MUESTRA
El estudio se realizó en 10 caninos (5 machos y 5 hembras) provenientes del canil de
la UNESP, clínicamente sanos, mestizos y adultos. Se estableció un rango de edad
aproximado entre 1 año y 8 años de vida, de acuerdo el desarrollo corporal, el desgaste
dentario y el tiempo de permanencia en el canil de FMVZ, UNESP, Botucatu.
A los caninos se realizó examen neurológico completo y otoscópico (Cole, 2004; Oliver,
2003). Fueron excluidos del estudio cachorros (menores de 1 año) y animales viejos
(mayores de 8 años), caninos con alteraciones neurológicas, presencia de ácaros, cera
excesiva en el conducto auditivo externo, evidencia de otitis, historia de tratamiento con
medicamentos ototóxicos o con cualquier otra enfermedad.
Para evitar diferencias asociadas al tamaño de la cabeza (Meij, 1992) se midieron la
distancia inter cigomática (entre los puntos más laterales del arco cigomático), y la longitud
de la cabeza, (entre el punto más rostral de hueso frontal y la protuberancia occipital)
(Bondenhamer, 1985; Garwin, 2008; López, 2010) usando una pinza curvada Bertillon
modificada (Figura 12).
34
Figura 12. Medición del tamaño de la cabeza: distancia intercigomática
usando una pinza curvada Bertillon modificada.
y longitud de la cabeza
3.5 VARIABLES
Se analizó la variable latencia absoluta de las ondas I, II, III y V y latencia relativa
correspondiente a los intervalos I-III, III-V y I-V. La latencia es una variable cuantitativa
continua medida en ms.
Se analizó la variable amplitud absoluta de las ondas I, II, III y V y la relación V/I. La
amplitud es una variable cuantitativa continua medida en µV.
3.6 ANÁLISIS ESTADÍSTICO
Se calcularon las medias y la desviación estándar de las latencias de las ondas I, II, III y
V, de los intervalos I-III, III-V y I-V, de las amplitudes de las ondas I,II, III y V, y de la
relación V/I, obtenidas con el uso de audífonos extra e intra-auriculares. Se hizo análisis
gráfico de los datos para establecer si las variables seguían una distribución normal. Como
no se distribuían de manera normal se utilizó la prueba de Wilcoxon no paramétrica para
muestras pareadas para comparar las latencias y amplitudes con el uso de audífonos extra
e intra-auriculares (Gupta, 2013).
3.7 METODOLOGÍA
La prueba BAER se llevó a cabo en el Laboratorio de electrofisiología de la UNESP,
Botucatu, con una temperatura controlada entre los 27 a 28 grados centígrados. Los
animales se colocaron en decúbito esternal, sobre una mesa, y no se empleó ningún tipo
de sedación.
Se utilizaron electrodos subcutáneos de aguja de 0.4x13mm, marca Spes Medica. El
electrodo de referencia se colocó en la región rostral al trago de la oreja a ser evaluada,
35
el electrodo activo se colocó en Cz (vértice del cráneo), y el electrodo tierra en T2 (región
cervical dorsal) (Palumbo, 2012) (Figura 13).
Figura 13. Posicionamiento de los electrodos subcutáneos y del animal para el registro del BAER.
Laboratorio de Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil, 2013.
Se utilizó el equipo Viasys Healthcare, modelo Teca Sinergy de 2 canales. Se usaron filtros
de banda pasante de 200Hz a 3000Hz, sensibilidad de 25µV/cm y barridos de 1ms/cm
(Figura 14).
Figura 14. Equipo Viasys Healthcare, modelo Teca Sinergy de 2 canales. Laboratorio de
Electroneurodiagnóstico, UNESP, Botucatu, Brasil, 2013.
36
Se ofrecieron estímulos en forma de clics, de polaridad alternante, con 0,2ms de duración,
intensidad de 85dB y frecuencia de 13Hz, siguiendo los parámetros establecidos por
Palumbo (2012; 2013) para la estandarización de la prueba BAER en el laboratorio de
Electroneurodiagnóstico de la UNESP, Botucatu.
Los estímulos se proporcionaron de manera
monoaural con un enmascaramiento
contralateral de ruido blanco de 40dB. Se ofrecieron 500 estímulos para cada lado en dos
series para garantizar la repetitividad y reproducibilidad de las ondas (Soares, 2010). Se
registraron los primeros 10ms después de generado el estímulo.
Primero se realizó la prueba de BAER con los audífonos extra-auriculares y luego con los
intra-auriculares, siempre iniciando con el lado izquierdo. Se usaron los audífonos extraauriculares referencia Telehhonics TDH-49P acoplados a un transductor MX41/AR (Figura
15).
Figura 15. Audífonos extra-auriculares Telehhonics TDH-49P acoplados a un transductor MX41/AR
y su posicionamiento en un canino.
Se utilizaron los audífonos intra-auriculares Earlink, almohadilla 3A tamaño medio
(13.7mm de diámetro) acoplada a un tubo acústico de polietileno de 28cm de longitud,
acoplado a su vez, a un transductor modelo Nicolet de 300 Ohms (Hall, 2007).
La almohadilla se comprimió manualmente antes de insertarla en el canal auditivo externo
y se consideró que los arudifonos intra-auriculares estaban bien colocados cuando el
borde exterior de la almohadilla estaba al ras del trago (Hall, 2007; Shiu, 1997) (Figura
16).
37
Figura 16. Audífonos intra-auriculares Earlink acoplados a un transductor modelo Nicolet de 300
Ohms.
38
4. RESULTADO
El tamaño de las cabezas de los animales del estudio tuvo poca variabilidad, el promedio
de la distancia intercigomática y la longitud de la cabeza fueron de 9,56 cm y 9,8cm con
una desviación estándar de 0,73 y 0,92. No se encontraron diferencias significativas para
las latencias y amplitudes entre sexos (macho y hembra) ni lados (derecho e izquierdo).
En todos las pruebas de BAER realizadas (20 oídos) fue posible identificar las ondas I,II,
III y V. En la tabla 3 se muestran los valores correspondientes al promedio y desviación
estándar de las latencias para las ondas I, II, III y V, y para los intervalos I-III, III-V y I-V.
Se encontraron diferencias significativas entre las ondas I, II, III y V y en los intervalos IIIV y I-V, obtenidas con el uso de audífonos extra e intra-auriculares. No se encontraron
diferencias significativas entre los intervalos I-III.
En cuanto a las amplitudes se encontraron diferencias significativas para las ondas I, II y
III y para la relación V/I registradas con el uso de audífonos extra e intra-auriculares. No
se encontró diferencia entre las amplitudes de la onda V. (Tabla 4)
Latencia
onda
I
II
III
V
I-III
III-V
I-V
Audífonos Extraauriculares
Media (ms)
1,22
1,99
2,73
3,54
1,51
0,81
2,32
SD
0,04
0,05
0,07
0,13
0,09
0,13
0,11
Audífonos Intraauriculares
Media (ms)
SD
p valor
2,1 0,06 <0,0001*
2,88 0,09 <0,0001*
3,62 0,09 <0,0001*
4,53 0,17 <0,0001*
1,52
0,1
0,5522
0,91 0,18
0,0091*
2,43 0,13
0,0002*
Tabla 3 Media y desviación estándar de las latencias absolutas e intervalos con el uso
de audífonos intra y extra-auriculares. * Indica diferencia significativa.
39
Amplitud
onda
I
II
III
V
V/I
Audífonos Extraauriculares
Media (µV)
SD
1,52 0,58
2,54 0,77
0,76 0,48
1,29 0,47
0,93 0,41
Audífonos Intraauriculares
Media (µV)
SD
1,18 0,37
1,92 0,44
0,48 0,31
1,25 0,43
1,25 0,75
p valor
0.0020*
0.0001*
0.0004*
0.8232
0.0002*
Tabla 4. Media y desviación estándar de las amplitudes absolutas y relación V/I con el
uso de audífonos intra y extra-auriculares. * Indica diferencia significativa.
40
5. DISCUSIÓN
Los valores de duración (0,2 ms), intensidad (85dB) y frecuencia del estímulo (13Hz), así
como el posicionamiento de los electrodos, nivel de enmascaramiento (40dB) y filtrado
fueron seleccionados siguiendo los parámetros establecidos por Palumbo (2012, 2013)
en la estandarización de la prueba BAER en el laboratorio de Electroneurodiagnóstico de
la UNESP, Botucatu. Brasil.
Para garantizar la repetitividad y reproducibilidad del registro se ofrecieron 500 estímulos
en dos series para cada lado (derecho e izquierdo) y para cada tipo de audífono (intra y
extra-auricular) (Soares 2010).
No se encontraron diferencias significativas entre los lados derecho e izquierdo, ni entre
sexos. Aunque no hay un acuerdo general entre los autores con respecto a la influencia
del tamaño de la cabeza en los registros de BAER en caninos, se considera que la distancia
intercigomática y longitud de la cabeza de los animales del estudio no tuvo influencia en
los resultados, ya que los valores tuvieron poca variabilidad.
A pesar de que no se conocía la edad exacta de los animales que participaron en el estudio,
a partir del examen dental y físico se determinó que se encontraban en un rango de
edad aproximado entre 1 y 8 años. Dicho rango no alteró los resultados obtenidos, ya
que la maduración del sistema auditivo en los caninos ocurre en promedio entre las 6 y 8
semanas de vida (Lutten, 1994) y el desarrollo corporal completo (incluido el tamaño del
cráneo) ocurre hacia el año de vida en razas pequeñas y medianas. Además se han
reportado alteraciones del registro del BAER relacionadas con el envejecimiento (aumento
significativo en las latencias de la onda V y de los intervalos lIII-V y I-V) en caninos
mestizos mayores de 8 años (Palumbo, 2013).
Diferentes autores han reportado la realización de BAER con el uso de audífonos extraauriculares en caninos adultos sin el uso de sedación (Palumbo 2012 y 2013,
Kawasaki1994, Edger 1997, Marshall 1985). La mayoría de los estudios analizan las
latencias pero no las amplitudes.
Kawasaki (1994) realizó un estudio de BAER con una metodología similar a la del
presente estudio en 8 caninos adultos sanos, sin sedación, con audífonos extra-auriculares
(TDH 39), estímulos de polaridad alternante, con una intensidad y frecuencia (90dB y
20Hz) ligeramente mayores a las utilizadas en ésta investigación (85dB y 13Hz). Las
latencias de las ondas I, II, III y V, los intervalos I-III, III-V y I-V y la relación V/I fueron
semejantes en ambos estudios, pero las amplitudes de las ondas I, II, III y V fueron
mayores en el estudio de Kawasaki (1994).
41
La diferencia en la amplitud en estos dos estudios puede atribuirse al hecho de que ésta
es más sensible a variaciones de la intensidad y frecuencia del estímulo, comparada con
la latencia. En este caso, la mayor amplitud en el estudio de Kawasaky se podría asociar
a una mayor intensidad del estímulo que condujo a la activación de fibras nerviosas
auditivas adicionales (Marshall 1985). Adémas Kawasaky no utilizó enmascaramiento, y
esto también pudo influenciar el valor de la amplitud. La relación V/I también depende
de la intensidad del estímulo auditivo (Chiappa 1997), por eso es ligeramente diferente en
los dos estudios, pero tiene un valor normal (>0,5) en ambos (Dewey C, 2008).
Jaggy (2010) y Shiu (1997) realizaron estudios de BAER con audífonos intra-auriculares
(EARTONE) en caninos sedados con medetomidina de raza Dálmata de 6 semanas de
edad, y en caninos de la raza Dálmata y Jack Russell con edades de 3 meses a 7 años,
respectivamente. Curiosamente, en estos estudios no se reportaron cambios en las
latencias asociados uso de los audífonos intra-auriculares o al uso del medetomidina, en
los cuales se esperaría un aumento de las latencias.
Vender-van Haagen (1985) realizó un estudio de BAER en 18 perros Beagle, sanos,
adultos comparando el uso de audífonos extra-auriculares (TDH 39) sin sedación y
transductores insertados en el oído (Danavox, tipo W) acoplados a audífonos intraauriculares bajo sedación (clorpromazina 0,3 mg/kg IV y metadona 10mg IV). El autor
encontró una pequeña diferencia de 0,065 ms en las latencias asociada a la localización
del transductor 2cm más cerca al tímpano en el caso de los traductores insertados en el
oído. Este tipo de transductores no tuvieron acogida en la práctica de la Medicina humana
ni Veterinaria.
A partir de la década de los noventa, se desarrollaron numerosos estudios en humanos
comparando el uso de audífonos intra (EARTONE) y extra-auriculares (TDH-49/39) en la
realización de audiometrías y BAER, en los que se encontraron diferencias espectrales y
temporales significativas, estos hallazgos condujeron a una preferencia en el uso de
audífonos intra-auriculares. (Van Campen, 1992; Hall, 2007; Munro1999, Voss 2005,
Wilber, 1988; Atcherson 2012).
En Medicina Veterinaria se han realizado diversos estudios para determinar la influencia
del tamaño de la cabeza, la edad de los caninos, y la intensidad, frecuencia, polaridad y
tipo de estímulo en los registros de BAER, pero solo hay un reporte en el que se compara
el uso de audífonos intra y extra-auriculares (Strain, 1999).
Strain (1999) realizó la prueba de BAER en 16 caninos raza Beagle con audífonos intraauriculares (EARPHONE TIP 300) y en 2 caninos con audífonos extra-auriculares (TDH39). El autor encontró un retraso de 0,85ms con los audífonos intra-auriculares, pero no
fueron analizadas las amplitudes.
42
La presente investigación es la primera en comparar las latencias absolutas y relativas, así
como las amplitudes y la relación V/I en la realización del BAER con el uso de audífonos
intra y extra-auriculares en caninos sanos adultos.
En este estudio se encontró que las latencias de las ondas I, II, III y V en el registro del
BAER con el uso de audífonos intra-auriculares eran significativamente mayores, entre
0,88 y 0,99ms, debido al tiempo que dura en llegar el estímulo desde el transductor a los
auriculares a través del tubo auditivo de 28cm, con una velocidad del sonido en el aire de
331m/s (Strain, 1993) Además los intervalos III-V y I-V con los audífonos intra-auriculares
fueron significativamente mayores, debido a que la onda V fue la que presento un mayor
retraso (0,99ms).
Con el uso de audífonos intra-auriculares se encontró que las amplitudes de las ondas I,
II y III eran significativamente menores y tenían menor variabilidad debido a que
este tipo de audífonos proporciona mayor atenuación interaural, por lo cual hay una
contribución menor del oído contralateral al registro y se reducen los errores debidos al
colapso del canal auditivo e incorrecta posición de la almohadilla de los audífonos extraauriculares (.Hall, 2007; Wilber, 1988; Sim,1988; Atcherson, 2012, Munro, 1999). Aunque
se encontraron diferencias significativas en la relación V/I con el uso de los audífonos intra
y extra-auriculares, ambos valores son normales en los caninos (>0.5) (Dewey C, 2008)
Si bien, la medición de la amplitud y de la relación V/I en el registro del BAER en caninos
no es común, se sugiere realizar su medición tanto con el uso de audífonos intra como
extra-auriculares, ya que en el presente estudio se encontró que la variabilidad en las
amplitudes con ambos audífonos en general fue baja y no se observó dificultad en su
medición, a diferencia de lo que sugiere la literatura (Hall J.W. 2007).
Además el análisis de amplitud de los componentes del BAER y de la relación V/I ofrece
utilidad diagnóstica y pronostica en caninos en el caso de pérdidas auditivas por
conducción en otitis externa y media (Harvey, 2001) degeneración cortical cerebelar
(Kwiatkowska 2013) y en tumores cerebelares o del prosencéfalo, trauma, hidrocefalia,
meningoencefalitis granulomatosa y otras meningoencefalitis (Steiss, 1994) (Dewey C,
2008) (Marshall 1985) y en algunas lesiones de tronco encefálico en las que la atenuación
de la amplitud puede ser el dato más relevante.
Debido a que la amplitud en el registro del BAER es susceptible a cambios en la
intensidad, frecuencia y polaridad del estímulo, y al tipo de audífono, es importante
establecer valores estándar para cada laboratorio, de acuerdo a la metodología usada de
rutina. El presente trabajo contribuye al establecimiento de dichos valores estándar en
caninos adultos, sanos, en el laboratorio de Electroneurodiagnótico de la UNESP,
Botucatu, Brasil. .
En el presente estudio se usó el mismo nivel de enmascaramiento tanto para el registro
de BAER con audífonos intra y extra-auriculares. De acuerdo a los resultados obtenidos
43
se podría aumentar el nivel de enmascaramiento con el uso de audífonos extra-auriculares
con el objetivo de disminuir la variabilidad en la amplitud de las ondas. No se recomienda
reducir o eliminar el uso de ruidos blanco con el uso de audífonos intra-auriculares en
caninos sin sedación como lo reportó Strain (1993) para las condiciones del presente
estudio, ya que la variabilidad de la amplitud obtenida fue baja.
Aunque en medicina humana no hay acuerdo sobre las ventajas de la polaridad alternante
(Wilson, 2005 Chiappa, 1997) y en caninos algunos autores han recomendado el uso de
polaridad de condensación (Strain, 1993) y otros han reportado buenos resultados con
clic de rarefacción (Bodenhamer 1985; Sim, 1988; Wilson, 2005), en el presente estudio
con el uso de polaridad alternante se minimizaron los artefactos y se encontró alta
definición de las ondas.
Para próximos estudios
en el laboratorio de
Electroneurodiagnóstico se sugiere probar la polaridad de rarefacción, ya que algunos
autores reportan con esta última mayor probabilidad de aparición de la onda IV, aumento
de la sensibilidad y mayor separación entre las ondas III y IV en caninos (Wilson, 2005
Sim, 1988)
En ésta investigación los caninos no se encontraban bajo el efecto de sedación o
anestesia, sin embargo, en el caso de animales muy nerviosos o agresivos, la sedación
puede ofrecer ventajas como reducción del ruido de fondo (actividad cortical) y de
artefactos por movimiento, además de permitir una identificación más clara de las ondas
(Lasmar, 1994).
Aunque algunos autores sugieren que los registros de BAER no son afectados
significativamente por la sedación o la anestesia (Dewey C W. 2008), es importante tener
en cuenta que el tipo de medicamento, dosis y vía de administración, ya que con algunos
medicamentos como acepromacina 0,55mg/kg SC no se han reportado cambios
significativos en el registro del BAER (Marshall 1985), mientras que con otros
medicamentos como Metoxiflurano 3% (Myers (1985) y Tialmilal sódico se han
reportados alteraciones en los registros (Sims, 1990). El fármaco más reportado ha sido
medetomidina sola ((KANG 2008, PONCELET2002, BIANCHI et al. (2006, Jaggy 2010) o
acompañada (propofol) (Teer Haar 2008) pero no se han comparado su efectos en
animales despiertos y sedados
Shiu (1997) recomendó el uso de audífonos intra-auriculares en caninos sedados con
medetomidina, ya que encontró registros claros en las ondas del BAER. Para Vender-van
Haagen, el uso de transductores insertados en el oído bajo sedación fue más eficiente que
el uso de audífonos extra-auriculares sin sedación, ya que el tiempo de registro fue más
corto, la variabilidad de la latencia fue menor, y la identificación de las ondas fue más fiable
44
En el presente estudio tanto el uso de audífonos extra como intra-auriculares, en caninos
sanos sin sedación fue eficiente para el registro del BAER, esto es, con ambos se
obtuvieron registros de fácil identificación de las ondas, sin embargo, aunque con los
audífonos intra-auriculares la variabilidad en la latencia fue mayor y la variabilidad en la
amplitud fue menor, se propone que el uso de audífonos intra-auriculares podría llegar a
ser más útil en los pacientes en los que se sospeche de pérdidas auditivas unilaterales,
debido a que ofrece mayor atenuación interaural.
45
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