Educação à distância via Internet: buscando indicadores de qualidade para a avaliação* ** 1 Margarete Axt Léa da Cruz Fagundes 2 A intercomunicação em ambiente telemático A pesquisa na área de Informática Educativa (I.E.) tem-se beneficiado com o desenvolvimento das ciências cognitivas, em áreas como, entre outras, Inteligência Artificial,Interfaces Homem-Máquina, Física, Neurologia, Psiquiatria, Psicologia, Filosofia,Lingüística,Antropologia, Sociologia. Pode beneficiar-se com os recursos de novas tecnologias para o estudo do cérebro, de novos modelos de teorias matemáticas como os estudos dos sistemas dinâmicos, da teoria do caos, dos sistemas de redes neurais. Este tipo de necessidade justifica o acesso às redes telemáticas em que a comunicação se amplia no espaço em tempos muito reduzidos. A Internet, no presente, oferece perspectivas antes não presumíveis. Por outro lado, seja na formação de recursos humanos, ou na produção e no uso de software, ou, ainda, no desenvolvimento de ambientes de aprendizagem, já se pode contar com a consulta a materiais e a especialistas que estão intercambiando novo conhecimento e integrando novos recursos de tecnologia e de métodos entre os laboratórios de pesquisa das mais distantes regiões. Finalmente, as redes telemáticas podem ser, elas próprias, implementadas enquanto recurso para o trabalho interativo de construção compartilhada de conhecimento, em Educação, com alunos do 1° e 2° graus. Em 1989, o Comitê Intergovernamental do Projeto Principal da UNESCO, na Esfera da * Este artigo constitui uma segunda versão revista e ampliada do artigo publicado nos Anais do VII Congresso Internacional LOGO e I Congresso de Informática Educativa do MERCOSUL,realizados de 6 a 9 de novembro de 1995, em Porto Alegre. O estudo - que contou com a colaboração da bolsista de aperfeiçoamento (CNPq) Luciane Sayuri Sato, responsável pelo levantamento, organização e seleção dos dados pertinentes para esta apresentação representa uma primeira tentativa de aproximação dos dados resultantes deste Curso de Especialização via Internet, oferecido pelo LEC-UFRGS, na modalidade EAD- Educação à Distância. A partir do levantamento de indicadores, tais como os aqui definidos, e de análises decorrentes, estudos de avaliação dessa nova modalidade em Educação serão desenvolvidos e, oportunamente, divulgados. ** Originalmente publicado como: AXT, Margarete, FAGUNDES, Léa. Educação à distância via Internet: buscando indicadores de qualidade para a avaliação. In: MORAES, Vera Regina (org.) Melhoria do Ensino e Capacitação Docente. Porto Alegre : Editora da Universidade / UFRGS, 1996, p. 129-158. 1 Margarete Axt é Professora Titular do Departamento de Estudos Especializados, da Faculdade de Educação da UFRGS, pesquisadora do Laboratório de Estudos Cognitivos (LECIUFRGS). Doutora em Lingüística. 2 Léa da Cruz Fagundes é Professora Titular do Departamento de Psicologia Social e Institucional, do Instituto de Psicologia da UFRGS, coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC/UFRGS). Doutora em Psicologia. 129 Educação da América Latina e Caribe, ao definir o Segundo Plano Regional de Ação para 1990/95, destaca, entre as ações educacionais que deveriam ser prioritárias para alcançar-se uma educação capaz de provocar uma transformação curricular, a incorporação da I.E. e a articulação e fortalecimento de redes educativas regionalizadas. Note-se que a UNESCO falava de redes como produto de relações institucionais. O que temos agora é a possibilidade de "articulação e fortalecimento" pelas redes mundiais de computadores. No caso brasileiro, pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), gerenciada pelo CNPq1Ministériode Ciência e Tecnologia, temos garantido o acesso e o uso da Internet. Apesar de restrições técnicas, gradativamente aumenta e melhora nosso sistema de comunicações. O conhecimento produzido pela pesquisa e a tecnologia desenvolvida renovam-se com grande velocidade, mas rapidamente se tornam acessíveis. Frente aos recursos tecnológicos disponíveis, o problema das mudanças substanciais de qualidade na Educação é agora bastante mais complexo: trata-se de mudança na cultura, mudança de concepções, mudanças de paradigma. Há muito e melhor conhecimento tanto para melhorar a prática educacional quanto para promover a formação de novos cidadãos e para ajudar o desenvolvimento humano e social. Mas como ajudar a mudar a atitude do educador? como sensibilizá-Io para conviver com as incertezas das transformações em curso? como atingir e desestruturar o equilíbrio do consenso sobre as práticas tradicionais para promover o enfrentamento de riscos de novas experiências? por outro lado, como inserir as novas tecnologias no contexto escolar, de tal modo que possam, através do seu aproveitamento pelo educador tanto colaborar para o encurtamento das distâncias entre os que têm, e os que não têm, acesso aos bens simbólicos da cultura, quanto contribuir para a formação da cidadania, favorecendo uma postura de comprometimento social e de cooperação? enfim, as novas tecnologias podem constituir um recurso importante para o desencadeamento de mudanças paradigmáticas em Educação? A partir da década de 1990, e buscando compreender as possibilidades de inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação no âmbito da Educação e, por extensão, no ambiente escolar, o LEC/UFRGS e laborou projeto mais especificamente na área de Educação à Distância, utilizando os recursos da telemática, mas optando por trabalhar de início as condições para a criação dessa "cultura de comunicação via rede" , em benefício da articulação e do fortalecimento de redes educacionais. O primeiro projeto do LEC/UFRGS (1990), "Educação à Distância - Alfabetização em Língua, Matemática, 130 Ciência e Tecnologia" proporcionou o ingresso nessa nova cultura para a sua própria equipe de pesquisadores, os quais compartilharam a experiência com professores e alunos de algumas escolas que aceitaram o desafio. Mas, muito mais que isso, esse primeiro projeto proporcionou ao grupo a possibilidade de buscar ativamente a sua inserção na era da sociedade do conhecimento. Este projeto de Educação à Distância (EAD) usou rede telemática para ligar, com o LEC,um centro municipal de informática educativa, três escolas públicas e uma assistencial, interagindo com alunos e professores de classes de alfabetização, incluindo a alfabetização de surdos, com vistas ao estudo da interação sócio-cognitiva para a construção do conhecimento. Aplicou-se, por questões de baixo custo, pela primeira vez, comunicação on-line através de Packet-Radio, na frequência de radioamador. Além disso, foi implementada, também, desde 1993, a ligação desta tecnologia com RNP e Internet. O segundo projeto do LEC/UFRGS(1992), "Educação à Distância - Formação de Professores para Educação de Surdos" resultou de pesquisas anteriores com a informática na educação para crianças surdas, as quais criaram a demanda por melhor qualificação de professores de Educação Especial. O terceiro projeto respondeu a uma solicitação da Fundação Omar Dengo/Ministério de Educação Pública de Costa Rica, com o apoio do convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Trata-se, no caso, de um Curso de Especialização3 "Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo Aplicada a Ambientes Informáticos de Aprendizagem", realizado via Internet, e dirigido a vinte educadores responsáveis pelo Programa Nacional de Informática Educativa. O problema colocado foi o de preparar recursos humanos para estabelecer uma metodologia que implicasse, ela própria, na obtenção de novos modelos de prática pedagógica. Contudo, não se pode pretender avaJiaruma nova realidade no âmbito da educação que não se saiba provocar- e, como provocá-Ia sem a ter vivenciado, sem ter passado pelas mudanças de atitude necessárias a essa nova concepção de educação? com isto queremos dizer que as mudanças pretendidas nos referidos programas de informática educativa são muito mais substanciais do que se possa pensar - elas pressupõem mudanças de paradigma, estas concretizando-se na própria práxis 3 Este Curso de Especialização contou com a participação em tempo integral, na equipe de docentes, das profas. Léa da Cruz Fagundes (UFRGS), Rosane Aragón de Nevado (UFRGS) e da psicóloga lris Tempel Costa; contou, ainda, com a colaboração parcial dos professores Margarete Axt (UFRGS) e Marcos Basso (UFRGS) e da psicóloga Sandra Djamboladjkian. Na equipe técnica de operação, teve a participação, em tempo integral, do engenheiro Antônio Cruz. do psicólogo Décio Tatizana e do bolsista de lC (CNPq) Daniel Lopes. 131 pedagógica, seja ela relativa à docência ou à supervisão. Pois, como pretender observar e avaliar mudanças de comportamentos resultantes de desenvolvimento cognitivo se não passarmos também por tais mudanças? e, se não passamos pelo processo, como reconhecer quando o aluno passa? como aprender a provocá-Io? O Curso de Especialização via Internet Nos cursos formais realizados pelo LEC, embora haja, em geral, um elenco de objetivos definidos cooperativamente, com antecedência, pelos solicitantes do curso e pelos docentes do LEC,imprimindo uma direção global a ser observada, seus conteúdos programáticos não estão rigidamente especificados. Tendo, como ponto de partida, algumas leituras fundamentais para a compreensão inicial da teoria, de um lado, e, de outro, a práxis docente de cada participante, os conteúdos vão sendo negociados e construídos ao longo do curso como um resultado do interjogo dos interesses coletivos e das necessidades individuais. Do mesmo modo, no Curso de Especialização via Internet, tendo, ambas as partes concordado, primeiramente, com relação ao pressuposto de que mudanças em Educação envolvem uma concepção de metodologia ativa, e que, por sua vez, a metodologia ativa envolve uma mudança de paradigma que não se realiza a não ser através de um marco teórico de referência, concordamos, também, que o conhecimento da Psicologia Genética seria indispensável, por três razões: a) sua especificidade ao explicar o desenvolvimento cognitivo e a natureza e as características do processo de aprendizagem; b) sua densidade e volume de conhecimentos relevantes para o estudo comparativo com outras teorias da inteligência; c) sua aplicabilidade no processo de aprendizagem em ambientes LOGO.4 Assim, planejamos um curso de 360 horas que foram cumpridas ao longo de seis meses, mantendo-se a comunicação através da Internet. Os conteúdos deste Curso de Especialização foram organizados em quatro blocos, sem, contudo, qualquer exigência de seqüência hierárquica. O estudante poderia fazer opções de tópicos segundo suas necessidades e interesses imediatos. A organização mais geral seria dada pela indicação 4 O LEC vem desen1volvendo,desde o início da década de 1980, uma metodologia de intervenção para ambientes informatizados de aprendizagem, adaptada do método clínico - base da metodologia de pesquisa em psicologia psicogenética do desenvolvimento. 132 de leituras em obras de Piaget. Se o estudante necessitasse esclarecer alguns conceitos da teoria que o desafiassem poderia começar por buscá-Ios na obra que estivesse sendo lida e discutida no momento. Tais obras foram escolhidas porque sempre apresentam, em algum nível teórico e com tratamento experimental, os conceitos-chave correspondentes a esta especialização. Valia a mesma orientação se a opção do estudante fosse buscar auxílio teórico para a análise dos dados recolhidos nas tarefas de observação e entrevistas de crianças, na escola, ou fora dela. Quatro blocos de conteúdos foram oferecidos, buscando-se cumprir com as regras acadêmicas oficiais: Bloco A: o desenvolvimento da inteligência: conceitos e princípios fundamentais. Bloco B: a construção do conhecimento e os mecanismos cognitivos no processo de aprendizagem I. Bloco C: a construção do conhecimento e os mecanismos cognitivos no processo de aprendizagem II. Bloco D: a metodologia de intervenção didático-pedagógica em situações de aprendizagem no ambiente LOGO e seus efeitos. Foi apresentada uma versão formal dos planos de ensino dessas disciplinas, para atender as normas vigentes na Universidade, chamando a atenção para o fato de que se pretendia imprimir muito mais dinamismo na orientação do autodesenvolvimento dos estudantes deste Curso, aproveitando a situação de EAD que o configurava. Isto quer dizer que nem os docentes nem os conteúdos sofreriam restrições de compartimentalização. Assumimos o caráter de cooperação interdisciplinar, de modo inteiramente solidário. Assim, embora nem a comunicação por rede telemática, nem a realização de cursos à distância por esta via, fossem uma novidade em si mesmas, constituiu uma inovação a modalidade interativa e interdisciplinar, pela qual o LEC desenvolveu este trabalho docente, até agora pensada sempre como sendo restrita aos cursos com participantes presenciais. Na interação com os participantes do Curso de Especialização, o LEC utilizou o método clínico piagetiano de interação e de intervenção adaptado aos ambientes telemáticos de aprendizagem.5 O gráfico, a seguir, pode dar uma idéia da dinâmica das interações: 5 Esta adaptação da metodologia à modalidade interativa dos ambientes telemáticos foi efetuada, especialmente, pelas docentes do curso Rosane A. de Nevado e lris T Costa. 133 Fluxo de Comunicação6 Convenções: As flechas indicam o fluxo da comunicação Fontes = texto, livros,observações de crianças,etc. Seminar = lista comum para onde iam todos os textos produzidos no curso E = estudantes-professores docente (do curso/LEC) Mens/M = mensagens Esta modalidade de interação acabou por levar à produção de um total de 609 mensagens, sem contar as monografias produzidas por cada participante ao término do curso. Desse total, 153 mensagens foram produzidas pelo LEC, enquanto os participantes chegaram a produzir 456 mensagens, o que dá uma média de 23 textos por participante: uma média de produção altíssima - a considerar a natureza do curso (especialização, 360 horas) - dificilmente obtida em cursos convencionais (presenciais).7Mas a atividade dos sujeitos não se restringiu à produção textual (portfolio) na rede. Além dessa, eles 6 Este gráfico foi elaborado pela pesquisadora Rosane de Aragón Nevado. 7 A produção de mensagens inclui textos produzidos tanto individualmente quanto em grupo. Os textos produzidos coletivamente podem ser considerados como contendo, num corpo coeso e coerente, várias produções textuais individuais que devem-se articular para poderem integrar-se nesse todo. Nesse sentido, todo texto coletivo não deixa de ser, concomitantemente, um texto individual de vários sujeitos articulados entre si. 134 realizaram outras atividades exigidas pelo curso, tais como: a) atividades práticas de observação e de interação com crianças, em ambiente natural e em ambiente informático de aprendizagem;8 b) atividades individuais, e em grupo, de análise das observações efetuadas; (c) atividades em grupo, de estudo e discussão de leituras;9 Distribuição das Atividades dos Sujeitos10 A avaliação Um dos problemas a serem enfrentados; nessa modalidade interativa de EAD, é o da avaliação: de um lado, a avaliação do desempenho dos participantes, mas enquanto examinado do ponto de vista da construção de conhecimento conceitual relevante e de uma escala de valores; de outro lado, a avaliação do próprio curso e do meio telemático em que o mesmo se produz, como propício, ou não, à construção conceitual e de valores. Uma grande dificuldade da avaliação parece justamente estar relacionada com essa modalidade interativa, na medida em que toda a reflexão produzida por um sujeito, na rede, sempre é, de algum modo, socializada, podendo ser incorporada pelos demais. Assim, como decidir o que é individual e o que é patrimônio do grupo, quando não se trabalha com um sistema tradicional de avaliação como o de provas? 8 Esta atividade incluiu, também, a observação do trabalho dos professores com as crianças no ambiente informático. 9 Não foi computado aqui, a atividade individual de estudo (leituras, etc.). 10 Este gráfico foi elaborado pela pesquisadora Rosane A. Nevado. 135 Do mesmo modo, uma segunda grande dificuldade parece estar relacionada com a questão da distância entre avaliado e avaliador: como garantir que textos produzidos na rede por A, realmente sejam de A? Ou que a monografia enviada por A, tenha realmente sido produzida por A? A alternativa de uma avaliação coerente com a proposta do curso caminhou no sentido de inquirir as próprias mensagens produzidas na rede tanto longitudinalmente, no que diz respeito a cada participante (para acompanhar o crescimento individual em relação ao seu modo particular de apropriação da teoria de referência, ao longo de um semestre), quanto transversalmente, no que diz respeito ao grupo (para acompanhar o crescimento conjunto, como forma de avaliar a eficácia do meio telemático-interativo para cursos de formação). Por conseguinte, foi inquirindo nos dois sentidos, longitudinal e transversal, esse conjunto de mensagens em circulação na rede – mensagens individuais entre dois interlocutores, produções de grupos de interesse e mensagens cuja cópia carbono era enviada a um arquivo comum acessível a todos os participantes -, que chegamos a quatro indicadores de qualidade, os quais, a partir das verbalizações efetuadas pelos próprios participantes do curso, exprimem: a) o seu crescimento na construção dos principais conceitos da teoria de referência; b) o desenvolvimento da sua competência para avaliar as estruturas e os mecanismos cognitivos das crianças em atividade no ambiente informático; c) a tomada de consciência deles próprios com relação à sua prática pedagógica, bem como em relação a dos docentes (Encargados) responsáveis pelos laboratórios de informática educativa nas escolas; d) a sua avaliação pessoal da adequação do curso para o alcance dos objetivos propostos. Esse processo avaliativo da modalidade interativa de EAD- fundado no quadro de referência da teoria psicogenética para a explicitação do processo de construção de conhecimento pelo sujeito- está recém-iniciando e os resultados são preliminares. Apresentaremos, aqui, apenas alguns exemplos de diferentes participantes, relativos aos diversos indicadores, para assim ilustrar o nosso propósito que, a médio, ou longo prazo, poderá reverter num modelo de avaliação para cursos dessa natureza: (i) indicador 1 - crescimento dos participantes na construção de conceitos importantes da teoria - observou-se que o progresso na construção dos conceitos fundamentais da teoria 136 de referência pudesse efetuar, ou através de coordenações inferenciais implícitas [d. 1] quando o próprio sujeito não percebe claramente as dificuldades de compreensão do conceito nem as modificações que ocorrem no processo de apropriação do mesmo -, ou explícitas [d. 2] – quando há registro da própria tomada de consciência. Os exemplos [1,2], constituem fragmentos de reflexão de dois participantes do curso e versam sobre a noção de Esquema, um conceito central na teoria de referência, cuja significação difere da de outras teorias. O exemplo [1] mostra como a narração recorrente dos conceitos, expandida no tempo, provoca alterações no modo de compreensão do sujeito, sem que, às vezes, ele próprio se dê conta das transformações; o exemplo [2] mostra uma tomada de consciência explicitando-se no próprio momento da narração: [Ia] CR (12/04): [...] Con respecto a su teoria del nacimiento de Ia inteligencia, me ha parecido mui interesante sus observaciones y conclusiones,de como se pasa de ese estado inicial de manipulacion de reflejos hacia formas mas sofisticadas de manipulacion de los recursos innatos, como serian los esquemas11 [...] [lb] CR (25/04): [...] pero yendo mas alia ai relacionar conceptos de inteligencia humana y diferenciandolos con aquellos comportamientos que son meramente provenientes de los reflejos y de nuestra herencia natural. Luego, al partir de estadias reflejos hacia ia construccion de los esquemas, y de ellos a Ia coordinacion de diferentes esquemas como forma de expresion inteligente en el ser humano, el nos da, si se puede decir, una teoria evolutiva dei aparato cognitivo presente en cualquier persona: [...] [2a] LO (08/03): Puedo decir que hasta el dia de hoy tengo dos conceptos a los que me acerco con relativa confianza estos son: Esquema y estructura. Entiendo por esquema una operacion que trabaja dentro de una funciono No es un valor fijo, porque entonces diria que es una foto que guarda informacion estatica, sino que es algo movible, flexible que se agranda y se encoge para responder a algo. Los esquemas crecen y creo que crecen de acuerdo a Ia informacion que le llegue. En este momento creo que estoy construyendo el esquema de esquema. En cuanto a Ia estructura esta un poco mas difuso. Tengo una idea algo semejante a un edificio construido con ligas, que se mueve, se estira y se encoge y dentro de cada mente hay muchas estructuras como estas. Son totalidades organizadas que sufren acomodaciones de acuerdo a Ias estimulas que yo 11 Os destaques (em itálico) são nossos. 137 persiva dei medio. Acabo de darme cuenta que mi concepto de esquema es muy semejante al de estructura. Uno de los dos debe estar equivocardo [...]. [2b] LO (13/03): Examinando nuevamente mis conceptos de estructura y esquema diria que no han cambiado mucho pero si se han modificado. Hoy puedo decir que estructura es una funcion que mantiene sus propiedades, es un todo, tiene sus regias por lo tanto se autorregula, y finalmente se modifica. En cuanto ai esquema sigo pensando que es una estructura. (ii) indicador 2 - desenvolvimento da competência para avaliar as estruturas e os mecanismos cognitivos das crianças em atividade no ambiente informático - em [2] Lo está dedicada à compreensão de algumas noções, diferenciando-as entre si para então reintegrá-Ias num sistema coerente - buscando objetivá-Ios. Já no exemplo [3], LO, ao replicar a experiência de Piaget, procura entender as noções em jogo, aplicando-as a uma situação nova, porém análoga. A luz das condutas concretas da sua criança, busca estabelecer correspondências com os conceitos que se esforça por objetivar, comparando-as, ao mesmo tempo, às condutas da criança de Piaget. Embora com muitas dúvidas e inseguranças, há um avanço na apropriação da teoria, na medida em que busca operacionalizá-Ia, estabelecendo coordenações entre ações, bem como entre ações e esquemas conceituais: [3] LO (06/04): Precisamente ayer, cuando tratabamos en el subgrupo de dar forma a Ias observaciones que hicimos de Maria Paz (M), genero grandiscusion, el ?como? describirla nocion de permanencia de objeto que mostraba (M) en Ia observacion 1 punto 2. Y hoy ai iniciar Ia lectura dellibro "La construccion de lo real en el nino" me causo gran emocion encontrar alli observaciones de Piaget que describen situaciones semejantes a Ia nuestra. A raiz de esto, quisiera compartir mis reflexiones y cuestionamientos. 1 - ¿EI hecho de que (M )localizara el objeto cada vez que lo colocabamos detras de ella, despues de recorrer cierta trayectoria, me permitiria afirmar que esos movimientos de acomodacion para encontrar el objeto se deben a lo que Piaget llama "MEMORIA DE POSICIONES"? Ahora bien, si lo anterior es afirmativo ¿Cual es Ia diferencia entre "MEMORIA DE POSICIONES " Y "PRINCIPIO DE PERMANENCIA"? 138 2 - Con respecto a Ia relacion entre el movimiento del cuerpo de Ia nina y su campo visual, con Ia localizacion de objetos. Notamos que (M) sabe de Ia permanencia del objeto, porque en Ia mayoria de Ias pruebas que le hicimos ella seguia el objeto en movimiento con Ia vista y movia sus manos y su cuerpo para seguirlo. Mi pregunta es ¿como calificare sa permanencia, subjetiva u objetiva? Tambien me pregunto si ¿podriamos decirque Ia nina realiza un DESPLAZAMIENTO OBJETIVO? tal y como lo define Piaget. Otro cuestionamiento que me surge en este momento es si con base en esta observacion podriamos afirmarque (M) persive ese objeto como un "OBJETO SUSTANCIAL" . Em [4], [5] e [6] configura-se novo alargamento da teoria, com a utilização de conceitos estudados (e replicados com crianças em situações semelhantes às estudadas por Piaget), para situações novas situações relacionadas com a atividade de crianças no ambiente LOGO de aprendizagem. Os três fragmentos de texto constituem narrações recorrentes, mas expandidas no tempo, da mesma situação prática. Observa-se as diferenças em termos de apropriação da teoria enquanto suporte para explicar as condutas infantis na atividade de programação com LOGO. Em [4], embora já exista um esforço interpretativo, que busca situar as crianças num certo estágio de funcionamento cognitivo (em itálico), este se mantém genérico, prevalecendo a descrição das condutas: (4) LO e MA (09/05): niños entre Ia intuición articulada y op. Concretas. Hola companeros: Aqui les enviamos el analisis de Ia observacion 1 de J y JC (Ia que les enviamo por aparte), dos ninos de 9 anos observados por Magaly y Ana Lourdes. De acuerdo con el analisis de las diferentes interacciones observadas llegamos a la conclusion de que, por lo menos en il que respecta al ambito del trabajo con la computadora, estos ninos se encuentran en una etapa de transicionentre el nivel de ia intuicion articulada y ei nivel de las operaciones concretas. Esto se fundamenta en las siguientes apreciaciones: 1. Los ninos se centran en el primer procedimiento (CUADRADO), sin lograr diferenciar lo adecuadamente del procedimiento CUADRAD02. Ejemplos: 139 a) Creencia de que el procedimiento CUADRADO se va a modificar con solo ejecutarlo (esto es, llamarlo desde el frente de Ia pagina). Los ninos iban al reves, pero no modificaban nada, luego insistian en ejecutar el procedimiento multiples veces, esperando modificaciones sin haber hecho ningun cambio en Ias instrucciones [...] 2. Los ninos parecen capaces de diferenciar los adelantes del derecha y ademas saben que un cuadrado tiene cuatro adelantes porque cuando MA interviene ellos escriben los adelantes y los derechas que hacen falta para completar el cuadrado. Pero no logran diferenciar CUADRADO de CUADRAD02.[...] Em [5] já há um progresso na operacionalização da teoria: a compreensão do funcionamento dos mecanismos cognitivos aprimora-se, permitindo uma correspondência entre conceitos teóricos e as condutas de programação observadas. Começam a formarse implicações significantes(na forma de dependências orientadas), embora ainda bastante incipientes, entre as ações infantis observadas em ambiente informático e os conceitos teóricos estudados. Além disso,comparações, com identificação das semelhanças e diferenças entre o funcionamento cognitivo das crianças em atividade, começam a ser estabelecidas. (5) LO e MA (16/05): De acuerdo con el analisis realizado, mantenemos firme Ia conclusion a Ia que llegamos en el analisis anterior, segun Ia cual estos ninos se encuentran en un punto intermedio entre Ia etapa de Ia intucion articulada y el periodo de Ias operaciones concretas. Pudimos apreciar que estos ninos no han podido consolidar, reiteramos, en lo que respecta ai trabajo con Ia computadora, un equilibrio movil de sus estructuras intelectuales, aunque son capaces de ciertas coordinaciones que podrian dar Ia apariencia de operaciones, ilustramos esta situacion con: a) Los ninos recorren el procedimiento CUADRADO de arriba hacia abajo y de abajo hacia arriba, haciendo correcciones en todos los AO, esto pareceria fruto de un razonamiento deductivo, pero cuando necesitaban llevar Ia tortuga a Ia parte superior dei cuadrado, solo se les ocurria dirigir Ia tortuga hacia adelante, desplazandola sobre el contorno de Ia figura, sin que se les ocurriera [...] Pudimos observar que ambos ninos coinciden en: 140 - Diferenciarcon gran seguridad un cuadrado de un rectangulo, 10 cual interpretamos como que por lo menos en lo que respecta a reconocimiento perceptivo de Ias figuras,estos ninos son capaces de lograrlo.[...]. - Soslayar el problema de Ia posicion de Ia tortuga: no toman en cuenta en ningun caso Ia posicion de Ia tortuga antes de ejecutar un procedimiento, pero euando dirigen Ia tortuga desde el centro de mandos, tienden a dirigiria solo hacia adelante, [...] - No logran diferenciar los procedimientos CUADRADO y CUADRAD02, pues persisten en Ia idea de hacer modificaciones en CUADRAD02 y luego llamar a CUADRADO. - Permanecen muy apegados a Ia percepcion inmediata, esto es, tienen dificultades para anticipar acciones que no han sido vistas, de igual forma que tienen problemas para identificar mentalmente Ias causas de errores en Ia elaboracion del grafico. De hecho JC tiende a funcionar bajo el esquema de que Ia ultima instruccion escrita en el reves de Ia pagina es Ia esponsable dei error, independientemente de que este se haya producido desde el centro de mandos. Por otra parte, observamos que parecen haber diferencias importantes en los niveles de desarrollo de Ias estructuras intelectuales necesarias para el trabajo con Ia computadora entre J y JC: [...] [...] De lo anterior podemos concluir que: - Hay pocos signos de reversibilidad; - Persisten en centraciones que limitan Ia realizacion de deducciones que a su vez limitan el logro de sus objetivos practicos con Ia maquina (hacer una mesa); - J presenta un desarrollo mas cercano a Ias operaciones concretas que JC, especificamente en lo que respecta a Ia representacion dei numero y Ia anticipacion (proporcion y conmutatividad); [...] Finalmente, em [6] há a identificação das estruturas lógico-matemáticas subjacentes às condutas cognitivas das crianças em atividade no ambiente informático de aprendizagem, facultando uma interpretação precisa do funcionamento cognitivo infantil. As implicações significantes são sistemáticas. Há domínio da teoria e segurança na sua aplicação à compreensão do significado da atividade das crianças. Embora, por falta de espaço, não seja possível apresentar a análise completa efetuada por LO, pela sua introdução é possível inferir que as condutas puderam ser objeto de mais de um tipo de análise, 141 dependendo do ponto de vista privilegiado. Estas múltiplas possibilidades de análise, sem que haja uma perda em termos de coesão e coerência da teoria aplicada, reflete uma construção geral e sistêmica da teoria, os seus conceitos estando integrados numa totalidade enquanto subsistemas articulados entre si e com a própria totalidade. [6] LO (12/08): (...) Para Ia realizacion dei analisis he decidido separar los datos en dos grandes grupos, los que en alguna medida tienen conexion con operaciones de inclusion y los que se relacionan con operaciones de relacion. Lo anterior partiendo dei hecho que los agrupamientos infralogicosde Piaget que describen Ias diferentes operaciones mentales dei periodo operacional concreto han sido clasificadas de acuerdo ai tipo de reversibilidad existente, en: agrupamientos por inclusion y agrupamientos por relacion. Como fue explicado en Ias secciones anteriores de este trabajo, Ia reversibilidad utilizada en el primer agrupamiento, es Ia inversion, mientras que el segundo grupo Ias operaciones se rigen mediante reversibilidad por semejanza. Asi es que, en Ia primera seccion de analisis seran tratadas todas aquellas conductas que muestren operaciones, llamense de relacion, de organizacion, de seriacion o de reciprocidad. Y en Ia segunda seccion todas aquellas operaciones de clasificacion, inclusion, conservacion e inversion. Pero, todas ellas desde Ia perspectiva espacial, en Ia pantalla dei computador y en un ambiente logo. En ambas secciones de analisis seran tratados tambien, criterios de representacion espacial segun Ias fases representacionales que fueron descritas anteriormente: topologicas, euclidianas y proyectivas. [...] [...] pero los criterios de este analisis estuvieron orientados hacia el desenvolvimiento general de los ninos desde los estadios o subperiodos que Piaget describe, y en muy pocos casos sobre conductas especificas en el desarrollo de una construccion especifica, como podrian ser el numero, Ia conservacion de Ia cantidad, Ia construccion del espacio, etc. De esos analisis es importante destacar que: por el desempeno de los ninos en su trabajo con Ia computadora en el ambiente logo, nosotros encontramos que su funcionamiento parecia caracteristico dei periodo intuitivo articulado, en transicion al operacional concreto. Apoyados siempre en Ia percepcion y con leves despuntes anticipatorios. Como se puede notar, de esos analisis, nuestro enfoque fue mas inductivo, tal vez porque en ese entonces Ias lecturas que realizamos estaban orientadas hacia Ias etapas dei pensamiento. En este trabajo tratare de hacer un analisis mas deductivo partiendo de Ias estructuras generales para llegar a situaciones especificas. (...) 142 (...) Otra operacion de este grupo es Ia relacionada con seriacion y organizacion. Es claro que J.c. y J han logrado diferenciar Ias primitivas y sus acciones y que regularmente tienen que apoyarse en recursos perceptivos para responder a ciertas implicaciones. En Ias primeras observaciones mostraron dificultades ai trabajar en el frente y el reves, pero estas fueron superadas a partir de Ia obs.2. La dificultad nacio en Ia obs2., donde se les sugirio aios ninos nombrar dos procedimientos con una misma raiz "CUADRADO"y "CUADRAD02". Esto hizo que, en algun momento, interpretaran ese 2 como entrada y no como parte dei nombre del procedimiento. Lo anterior fue superado, en Ia siguiente sesion cuando los ninos definieron los procedimientos con nombres que eran representativos a su funcion, como fueron "CUADRADOGRANDE" y "CUADRADOPEQUENO". Este hecho contribuyo en dos medidas: a partir de ese momento los ninos establecieron Ia diferenciacion de categorias de los procedimientos. Es decir, cada procedimiento como un ente independiente, y ademas les permitio moverse con mas soltura en el reves de Ia pagina, localizando con facilidad sus desaciertos y depurando sus programas. De lo anterior me atreveria a decir que, los ninos no solo realizan operaciones de organizacion mientras trabajan en este ambiente, sino que logran en alguna medida operaciones inversas de clase aI disociar un procedimiento deI otro y estos dos, deI frente de Ia pagina. Esto podria considerarse como un ejemplo topologico de diferenciacion de miembros dentro de una clase, por el hecho de que los ninos fueron capaces de establecer proximidades y separaciones entre partes de un todo que estan proximos pero a su vez distantes en el espacio virtual de Ia pantalla dei computador. Lo anterior nos relaciona también con otra operacion fundamental que se logra durante el periodo de Ias operaciones concretas, como es Ia conservacion de Ia medida. [...] (iii) indicador 3 - tomada de consciência dos participantes com relação à sua prática pedagógica, bem como com relação a dos docentes (Encargados) responsáveis pelos laboratórios de Informática Educativa nas escolas - à medida que foram sendo efetuados estudos e discussões sobre o Método Clínico como instrumento de intervenção em ambientes de aprendizagem informáticos, bem como sobre sua dinâmica em situações práticas, aliados a uma prática efetiva, os participantes do curso começaram a interrogarse sobre a sua própria atuação (ou a de colegas observados), ensaiando estratégias de mudança. Em [7] vemos uma tentativa de entender a razão de uma certa atitude de 143 intervenção não compatível com o método proposto de interação, mas mais no sentido de desculpar tal atitude, o que então configuraria uma tomada de consciência ainda muito incompleta. Já em [8] há uma tomada de consciência efetiva com relação à prática docente, levando a uma transformação dessa prática. Finalmente em [9; 10], esta modificação se faz acompanhar de uma reflexão sobre todo o sistema educacional, numa demonstração da necessidade de coerência e de reciprocidade que passa a existir,a partir de um determinado nível de consciência, entre a ação do indivíduo e suas relações com a sociedade em que está inserido: [7] MA(08.06): [...] cuando comentamos, LO me dijo que yo hacia tantas preguntas que no dejaba pensar a los ninos. Esto me pus o a reflexionar sobre el por que de Ia forma que adquirio mi intervencion, puesto que en general soy una persona tranquila que procura antes escuchar que bombardear a preguntas, y se me ocurrieron varias cosas: 1. Estoy comenzando a utilizarel metodo clinico-critico, por Ia que es normal que cometa muchos errores, pues este tipo de acciones requieren mucha practica 2. Utilice Ia tecnica en funcion de mi propia ansiedad, en el sentido de que yo queria ayudar aios ninos a conseguir un producto y queria dar una especie de empujon ai desarrollo de sus mecanismos cognitivos 3. La dinamica de trabajo entre los ninos me condujo a intervenir con fuerza. Aunque estoy convencida de que estos tres factores tuvieron que ver [...] [8] AN (25/05): [...] Pero Ia experiencia ha sido fructifera, y hemos aprendido mucho Ias encargadas y yo de lo que NO se debe hacer. [...]. Les confiezo que Ia leccion fue un completo desastre ai cual posteriormente le sacamos provecho. Les dije aios ninos, los cuales ya estaban sentados en Ias maquinas, que iban a ver un laboratorio virtual en Ia pantalla y que efectuaran ai menos un experimento y que empezaran. Los ninos no sabian que hacer, unos entraban, otros daban escape, otros preguntaban a Ias maestras y estas no sabian que decir o hacer [...] A raiz de esta sesion se planteo una forma distinta de trabajo, Ia cual seria construida entre Ia maestra de grado, Ia encargada de laboratorio y yo para efectuar un trabajo compartido, ademas de adquirir Ia seguridad del uso del software. [...] [...] Propusimos hacer un ensayo de como se haria el trabajo con los estudiantes y Ias maestras hicieron todas Ias preguntas que deseaban, luego pasaron a trabajar con el software de Ia misma manera. Las maestras jugaron, se rieron de que ai principio no sabian ni como ingresar, cual era Ia zona de mandos donde se escribiria, donde apunto, 144 yahora que hago. [...] [...] Fue enriquecedor ver el descubrimiento paulatino, como Ias dudas afloraban y eran contestadas ai interior dei grupo, estabamos enfrentando nos a desequilibrios, buscando acomodaciones y construyendo nuestro propio conocimiento de Ia experiencia de tantear, volver a tantear, equivocamos y volver a empezar. Solo atraves de esta experiencia podiam os sentir Ias ansiedades de los ninos, el porque de Ias dudas, que sucede cuando el maestro no es claro, cuando tengo deseos de probar, de hacer y no se como. Quizas lo mas enriquecedor fue escuchar a Iasmaestras decir que esto pasaba muchas veces en sus clases y que ellas no se percataban, porque no ahondaban mas alia de creer que era que !os ninos no entendian y punto. Rara vez se da el pensar que somos nosotros los "superdocentes" los que no podemos equivocamos y empezar de nuevo. [...] EI segundo intento de trabajo con los ninos fue estupendo, Ia encargada de laboratorio se lucio con sus explicaciones y Ia forma en que 10hizo utilizando Ia computadora como apoyo. Los ninos disfrutaron su experiencia y nosotros sentiamos que algo habia cambiado en Ia manera nuestra de abordar una sesion de trabajo. Esto no ha terminado ahora esta recien empezando [...] [9] KE (04/05/94): [...] - COMO PODRIAMOS PARTICIPAR CONSTRUCTIVAMENTE (DESDE NUESTRO ROL DETUTORES) Y CONSTRUIR JUNTO CON LAS ENCARGADAS DE LABORATORIO UN ENFOQUE DEL TRABAJO POR PROCESOS? Considero que este es el mas duro reto que nuestro trabajo impone, pero a Ia vez Ia mas hermosa tarea que de seguro disfrutaremos: construir en equipo un aprendizaje significativo para tutores y encargados, en donde de manera conjunta evolucionemos hacia estadios superiores que propicien ESPACIOS FECUNDOS para que los ninos participantes de este singular programa tengan Ias oportunidades que los inviten y provoquen a crecer armonicamente. [...] este cambio debe ir mucho mas alia y requiere dos componenetes basicos: CAMBIODE ACTITUD Y APODERAMIENTODE HERRAMIENTAS. EI primer componente aun mucho mas dificuItoso, pues exige autoderribar estructuras muy solidas Ias cuales han servido de marco para desarrollar Ia labor docente que hemos desempenado por anos. Estoy iniciando a comprender QUE ESTO ES UNA TAREADE TODOS LOS DIAS, 145 EN CADA HORAY DE CADA MINUTO. Volviendo a Ia pregunta inicial, contestaria que no existe una receta para lograr tal finoSera necesario respetar ai encargado de laboratorio como SER en capacidad de construirsu enfoque constructivista, en Iamedida en que como personas les abramos los espacios y junto con nosotros los invitemos a permanecer en un proceso: - de observacion de su trabajo y el de sus alumnos,- de lectura y analisis de los elementos presentes en el entorno, - de interpretacion y reflexion sobre Ias relaciones existentes. En fin COMPARTIR con los encargados nuestro actual proceso de aprendizaje ENTRANDOJUNTOS A LA ESCUELA DE LA VIDA. Y CONSTRUYENDO UN NUEVO ENFOQUE QUE LE PERMITA A LAS GENERACIONES ENFRENTAR POSITIVAMENTE LOS RETOS QUE EL PROXIMO SIGLO IMPONDRA. Lo anterior surge de una toma de conciencia, Ia cual por supuesto se va solidificando en Ia marcha y se puede operacionalizar de muchas formas, considero que algunas posiblesmaneras pueden ser: [...] [10] KE(18/06): Hoy desde otra prespectiva comenzamos a comprender que mucho de nuestro tiempo y el de nuestros alumnos no ha sido lo suficientemente aprovechado, por falta de conocimiento. Nuestro enfoque al respedo era netamente condudista, cuando proponiamos ejercicios referentes a Ia tematica de Ias clasificaciones estimulabamos Ias destrezas perceptuales, estas eran Ias que considerabamos fundamentales pues "estabamos urgidos de respuestas corredas", en cuanto el pequeno desarrollara colecciones figurales nos dabamos por satisfechos, creyendo haber logrado los objetivos,... pero cuales objetivos? Es que realmente Ia vision gira radicalmente, los objetivos al amparo de este enfoque cambian de direccion, de amplitud, y de dimension, lo que exige un replanteamiento total de nuestra labor como facilitadores. Si, considero que el replanteamiento es total en Ia medida que nos demanda concebir Ia vida como un proceso en gestacion, como una experiencia de interconexiones, en donde Ia significancia cobra un valor unico. La relacion entre el objeto por conocer y el sujeto que conoce implica una dinamica interesantisima en donde el que aprende pone en juego su conjunto de mecanismos que le permiten conceptualizar ai objeto; pero en todo este juego no esta solo, lo increible es que esa concepcion que determina del objeto puede ser compartida por su grupo social. Este fenomeno de individualidad intima en Ia adquisicion y de resultados comunes, es lo que 146 realmente le imprime un tinte especial al enfoque, pues el individuo esta en capacidad de llegar a esa relacion personal con el objeto por conocer, pero a su vez puede compartir sus logros; pues los medios de construccion son patrimonio del grupo, a pesar de poderse les aplicar con un uso privado. Este planteamiento requiere de una vision generalizable de nuestro mundo. Demanda del facilitador una descodificacion de Ia dinamica diaria [...] (iv) indicador 4 - a avaliação da adequação do curso para o alcance dos objetivos propostos-Em [11; 12], mas também em [10], é possível conferir, de um lado, a exigência do curso, de outro, a importância que lhe é conferida pelos participantes: (11) MA (31/05): [...] - EI curso le ha demandado a cada quien lo maximo que cada uno puede dar, y esto, en Ias condiciones en que se ha desarrollado el curso (trabajando en el mantenimiento y desarrollo deI PIE) ha implicado que Iaspersonas que hemos estado llevando el curso hemos tenido que ser muy fuertes para resistir a Ias presiones, capaces de definir que queriam os el curso y capaces de sostener lo. Esto en si mismo es un aprendizaje importante, porque [...] (12) AN(15/07): [...] Creo que si algo he podido aprenderen este curso es que existen muchas intenciones ocultas de Ias cuales estan impregnados nuestros currículos (los de America Latina y de paises deI tercer mundo) de Ias cuales no nos percatamos a menos que estudiemos a fondo el trasfondo que Ias sustenta, es decir Ias bases epistemologicas que les dan razon de ser. No podia comprender como Piaget hablaba de acomodacion y asimilacion de una manera tan pura y tan lejana de Iarealidad (esto era lo que yo percibia para mis adentros), pero que leyendo estos otros libros a Ia luzde Iasrealidades de los mas desposeidos y de como Ias clases dominantes se han aprovechado de nuestra ignorancia (Ia de los maestros) para mantener sistemas que solo favorecen el que ellos se mantengan en el poder, y nosotros en el mayor de los subdesarrolloso Durante el trayecto deI curso y aI interior deI grupo con que he trabajado, hemos pasado horas discutiendo y buscando el por que de estas profundizaciones deI conocimiento a nivel de Ia mente humana, y que relacion Ias une aI cambio que necesitan paises como Costa Ríca y creo que es hasta ahora que empiezo a descubrirle el sentido a Ias cosas. Si hay algo que es seguro muy en mi interior, y es que hay un gran deseo por continuar leyendo e investigando mas y mas sobre epistemologia, sobre Ias corrientes ideologicas que sostienen los sistemas 147 educativos. Siento un gran deseo de compartir con los docentes (y de hecho ya he comenzado con un grupo de estudiantes de primaria) lo importante que es vivir Ias experiencias en lugar de esperar a que nos Ias cuenten, de bllscar y comparar recelosamente en lugar de aceptar dogmaticamente lo que se nos impone. Pero es muy difícil reventar Ias ligaduras que nos han mantenido atados por tantos anos y que hemos practicado, esto me es cada vez mas palpable cuando leo y releo mis intervenciones con Ia pareja de ninos con Ia que trabajeo. La cara se me sonroja y me da verguenza ver que lo que tantas veces repetimos que no debemos hacer, es lo que hacemos cada vez que interactuamos con los demaso La tonica es mandar, sobreponer misideas a losde los otros, lo que pienso es lo que debe imperar, sin dar oportunidad a Ias demas victimas que no saben como sacudirse de los ataques verbales a los que los sometemos. Me he hecho Ia propuesta de callar, si callar para ver si hablo menos y escucho mas. Porque que necesidad tienen Ias gentes de nuestros pueblos de ser escuchados para poder acercamos siquiera un poco a Ia realidad en que viven. Por que cada vez que hablamos es para ofrecerles esta y Ia otra solucion a sus problemas desde nuestro punto de vista y no desde 10que ellos han vivido pero notal vez descubierto de sus realidades y como podran descubrirlas si nosotros les callamos con nuestra verborrea. [...] Uma consideração final A partir de Pierre Lévy (1993), é possível considerar que, na comunicação em rede telemática, os atores envolvidos produzem continuamente, através de seus textos, universos de significação que ora os unem, ora os separam. Concordamos com isso, conquanto achemos que essas intersecções e esses distanciamentos se devam às condições de produção do discurso (Fagundes e Axt, 1992), entre essas, os paradigmas, convergentes ou em confronto, envolvidos na situação comunicativa. Para o autor, o sentido emerge e se constrói no contexto da mensagem, cada nova mensagem recolocando em jogo o contexto e seu sentido. No jogo da comunicação, estabelecido através das mensagens, o contexto compartilhado é constantemente precisado, ajustado transformado pelos parceiros, apresentando-se como um objeto perpetuamente renegociado e reconstruído. O autor considera que o contexto designa a configuração de ativação .de uma grande rede semântica em dado momento, 148 determinando o próprio sentido de uma palavra, mas ao mesmo tempo uma palavrachave contribuiria, reciprocamente, para produzir o contexto. O autor considera que uma palavra-chave transforma pela ativação que propaga ao longo de certas vias, o estado de excitação da rede semântica, contribuindo para construir, remodelar a própria topologia da rede ou a composição de seus nós. Assim, cada vez que um caminho de ativações é percorrido, algumas conexões saem reforçadas, e outras caem em desuso. Em nossos termos, o que pode estar ocorrendo, nesse caso, é que sistemas de significações paradigmáticos possam ser enfraquecidos e neutralizados em benefício de outros que são ativados e fortalecidos - a exemplo do que parece ter ocorrido, no Curso de Especialização via Internet, com os sistemas conceituais e de valores relativos à educação cujos fundamentos assentam na teoria psicogenética, conforme atestam nossos indicadores de qualidade. Mas para além de Lévy, consideramos, com Piaget, que o processo de tomada de consciência conceituada – assim que ativado através das narrações recorrentes, temporalmente expandidas -, contribui para a identificação de correspondências, de contradições a serem resolvidas, das inversões nas classificações, das reciprocidades nas relações, o que acaba por levar à construção de fechamentos necessários, tornando relativamente estável um determinado sistema paradigmático de significações, embora aberto aos elementos de fora. Referências bibliográficas LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. R. J., Ed. 34,1993. FAGUNDES, L. C. &AXT,M. Comunicação via rede telemática: a construção de um saber partilhado com vistas a mudanças na prática educativa. Porto Alegre: Letras de Hoje, v.27, nA, p.155-159, dez. 1992. 149