20 - Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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JARDIM
BOTÂNICO
RIO DE JANEIRO
ARQUIVOS
DO
JARDIM BOTÂNICO
DO
RIO DE JANEIRO
PUBLICAÇÃO INICIADA EM 1915
VOLUME XX
BRASIL
1973--1977
ARQUIVOS DO JARDIM BOTÂNICO
33 802
COMISSÃO DE REDAÇÃO
C. L. FALCÃO ICHASO
C. G. COSTA
C. L. BENEVIDES DE ABREU
SUMÁRIO
Edy Albertina Montalvo - Campanulaceae do Município do Rio de Janeiro
Paulo Agostinho de Matos Araújo et Armando de Mattos Filho — Estrutura das madeiras brasileiras de angiospermas dicotiledôneas (XI)
Monimiaceae (Bracteanthus glycycarpaus Ducke)
Maria da Conseição Valente — Levantamento dos tipos das espécies de Passifloraceae e Rhizophoraceae do herbário do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro
Jorge Pedro Carauta et A. Schreiber - Cecropia pachystachya Trécul
Descrição da árvore masculina
E. F. Guimarães, C. L. Ichaso et C Gonçalves Costa - Ottortia peltata
(Piperaceae) uma nova espécie do Estado do Espírito Santo
Cordelia Luiza Benevides de Abreu et Vânia Perazzo Barbosa - Levantamento dos tipos do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Leguminosae-Caesalpinioideae I - Simaroubaceae e, Thymelaeaceae
Maria do Carmo Mendes Marques et Edy Albertina Montalvo - Levantamento dos tipos do herbário do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro
Ariane Luna Peixoto et Luiz Fernando Dias Aguiar - Tipos de Eugenia Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Abigail Freire Ribeiro de Souza et Cordelia Luiza Benevides de Abreu
— Levantamento dos Tipos do herbário do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro - Leguminosae - Caesalpinioideae II
„• • • •
Antonia Rangel Bastos e Cordelia Luiza Benevides de Abreu - Levantamento dos Tipos do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - Leguminosae - Caesalpinioideae II
Humberto de Souza Barreiros - Novas Localidades de ocorrências de
Helioconia - II
Carmen Lúcia Falcão Ichaso, E. F. Guimarães et C. G. Costa — Piperaceae
do Minicípio do Rio de Janeiro I — Gênero Piper
Antonia Rangel Bastos - Liriosma do Brasil (Olacaceae)
5
15
21
29
35
41
63
77
93
117
141
145
189
MINISTÉRIO
DA
AGRICULTURA
ARQUIVOS
DO
JARDIM BOTÂNICO
DO
RIO DE JANEIRO
VOLUME XX
B JARDIM
BOTÂNICO
RIO DE JANEIRO
s^*S)Jf$P
BRASIL
1977
C A M P A N U L A C E A E DO MUNICÍPIO DO RIO DE J A N E I R O
Edy Albertina Montalvo *
Campanulaceae A. L de Juss., Gen. 163.77S3; Benth et Hook. fi(. G e n e r a Plant I I :
554.1876; Duby Bot. Gall. 1.311.1828;
Sphenocleaceae Martius Comp.: 35.1835;
Pongatieae Endl. Gen. P l a n t : 519.1838;
Lobelieae R. Br. Prodr. Fl. IMov. Holl.: 562.1810;
Lobeliaceae Ant. Laur. de Juss., Memor. Sur les Lobeliacées et les Stylidiées, Annal.Mus.
18.1811;
Dortmanniaceae Ruprecht, Flora lngrica:649. 1860.
Ervas, subarbustos ou raramente arbustos lenhosos, qeral-mente latescentes. Folhas alternas, raramente verticiladas, de margem inteira ou finamente serrilhada, tendidas ou lobadas, sem estipulas, nunca compostas. Flores solitárias,
axilares ou terminais, racemosas ou sub-corimbosas, geralmente pediceladas, heteroclamídeas ou unissexuais por aborto, actinomorfas ou zigomorfas. Cálice pentâmero, de sépalos geralmente livres, concrescidos na base, algumas vezes persistentes no fruto. Corola
tubulosa bilabiada, unilabiada ou irregular; tubo inteiro, algumas vezes fendido longitudinalmente no dorso, raramente com pétalos livres ou concrescidos na base; lacínios da
corola 5, raramente 3—4 ou mais. Estames isômeros ou adelfos com anteras livres ou
concrescentes, introrsas, ou com deiscência rimosa, geralmente pilosos externamente.
Estilete geralmente piloso na parte superior; estigma simples filiforme ou unilobulado,
raramente capitado, com anel piloso coletor abaixo d o estigma. Ovário ínfero ou semi-ínfero, raramente supero, com 2—5carpelos, raramente 6—10, ou unilocular por aborto
dos septos; óvulos muitos, com placentação central, raramente parietal, apical ou basal.
Fruto baga globosa ou cápsula com deiscência variada, loculicida, opercular, porícida ou
septicida. Semente pequena algumas vezes alada com endosperma carnoso. Embrião reto.
A família compreende cerca de 70 gêneros com mais de 200
espécies distribuidas pelas regiões tropicais e subtropicais do globo. Para o Brasil, estão
registrados 8 gêneros com 35 espécies e para o Rio de Janeiro, 3 gêneros com uma só
espécie cada u m .
Chave para Subfamílias
:
I.
Flores actinomorfas ou levemente zigomorfas; anteras livres ovário com 3—5 lóculos
'_. . ,
Campanuloideae.
II. Flores zigomorfas e ressupinadas; anteras concrescidas, ovário bilocular
Lobelioideae.
No Município do Rio de Janeiro, encontra-se representada unicamente a Subfamília
Lobelioideae, com três gêneros.
Chave para gêneros
(Lobelioideae)
A. Fruto em baga, erva ereta com flores vermelhas, vistosas
Centropogon.
AA. F r u t o cápsula
a) Corola branca com tubo m u i t o longo
aa) Corola m u i t o pequena fendida, até à base
Laurentia.
Lobelia.
" B o l s i s t a da U n i v e r s i d a d e de E l S a l v a d o r , e s t a g i a n d o na Seção de B o t â n i c a S i s t e m á t i c a .
-6
-
Centropogon cornutum (L)
Druce
Rep. Bot. Exch. Cl. Brit. Isles 3:416.7974.
Bas. : Lobelia comuta Linnaeus, Sp. pi. 2:1319.7765.
= Lobelia surinamensis L , l.c. 1320.7763; Bot. Mag. t. 225.
=Centropogon surinamensis (L.) Presl., Prodr. Monogr. Lob.: Í.48.7SJ6; Kanitz in
Martius Fl. Brás. 6 ( 4 ) : 133.7SS5. tab. 39.
Nome Vulgar: " f l o r de coral", " b i c o de papagaio", "crista de galo".
Subarbusto ou arbusto de 1,50—2m. de altura, ramoso, ereto, latescente. Caule cilíndrico com 2—3cm de diâmetro, piloso, principalmente nas proximidades da inserção dos pedúnculos florais. Folhas simples, oblongas com ápice agudo, alternas com 10— 15cm de comprimento e 5—8cm de largura, pilosas, sobretudo na
face inferior da lâmina; pecíolo longo com 3—4cm, piloso. Flor solitária, diclamídea,
hermafrodita, zigomorfa; pedicelo longo com 6—8cm, piloso, tendo na base brácteas liguliformes de 2—3mm de comprimento e 1mm de largura. Cálice persistente no fruto,
com 5 sépalos concrescidos na base, serrilhados, pilososcom 15—20mm de comprimento e 2mrrvde largura. Coro/a vermelha,muito vistosa com 5 pétalos concrescentes formando um tubo infundibuliforme, curvo em 30—40mm de comprimento e 5—6mm de largura; limbo bilabiado de 3 lacínios pequenos curtos e 2 maiores dobrados para fora.
Androceu de 5 estames concrescentes formando um tubo longo com 50—70mm de comprimento e 3mm de largura, livres entre si na base das anteras, porém concrescentes na
base da corola, glabros; tubo anterífero branco (distendido) com 11mm de comprimento e 10mm de largura com anteras, oblongas, constituído por 3 anteras maiores e 2 anteras menores de base sagitada; as 3 maiores apresentam, no ápice, pêlos muito longos e finos e, sobre o conectivo, um penacho de pêlos densos e longos; as 2 menores com pêlos
dispersos e um apêndice apical bífido, densamente piloso. Gineceu com estilete bicarpelar de 6mm de comprimento e 3mm de largura. Ovário bilocular com muitos óvulos.
Semente castanho-claro, ruminada com 1mm de comprimento e 0,75mm de largura.
Planta m u i t o sensível, murcha com grande facilidade e suas
flores são visitadas por formigas que sugam o néctar (ligeiramente picante), na base do
tubo corolino; tem a propriedade de reproduzir-se vegetativamente.
O nome Centropogon
significa barba no centro, alusivo às
anteras barbeiadas.
Material examinado:
Rio de Janeiro; Planta ruderal, fl. rubra, Leg. Moraes Mello s.n.
(1.4.1940) RB.; Baixada Fluminense, Rio Capirari, Cidade das Meninas, Leg. Constand o Carcereli 11 (9.6.1942) RB.; Rio de Janeiro, cultivada, Leg. Moraes Mello s.n.
(6.1943) RB.; Restinga da Tijuca, - Leg. O. Machado 98 (29.6.1945) RB.; Serra Carioca, Planta de 80 cm. a l t , f l . encarnada, latecente, Leg. P.O. Occhioni 141 (13.5.1945)
RB.; Baixada Fluminense, estrada de Magé, App., P. Duarte 1023 (11.12.1947), RB.
Estrada de Sumaré, Arbusto subescandente, fl. lilazes, Leg. E. Pereira e demás 3812
(28.5.1958) RB.; Serra do Camorim, A r b . subescandente com f l . lilaz, Leg. P. Occhion
et Pereira 5710 (30.5.1961) RB.; Estado do Rio, Natividade Vaire Sabe, pequeno ar
busto, Leg. E. Pereira 25 (11.11.1941) RB.; Serra do Tinguá, Leg. Guerra e O. Octavio
s.n. (13.5.1943) RB.; Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Leg. Luiz Edmundo Paes
s.n. (20.5.1944) RB.; Petrópolis, Caetitú, Pedra, Leg. O. Campos Góes e D.Constantino,
s.n. (1.1944) RB.; Petrópolis, Caetitú, Brejo, f l . vermelha, Leg. O.C.Goese D. Constan
t i n o s . n . (2.1944) RB.; Macabú, Arb. c/látex f l . sulferina, Leg. S. Araújo e E.Pereira 480
(24.5.1946) RB.; Serra dos Órgãos, Peq. arb. f l . vermelha, Leg. Edmundo Pereira 593
(7.3.1948) RB.; Holofote, Bom Jardim e Friburgo, Planta herbáceae, f l . vermelhas,Planta suposta tóxica, Leg. Nelson Lemogruler Momerat, s.n. (4.1.1947) RB..
Distribuição
Geográfica:
Brasil: Estado do Rio de Janeiro.
-7
Laurentia longiflora (L.)
Endl.
Gen.PI.512.1838,; Wimmer, F.E., in Engler Pflanzer. Mch 4.276b: 107.405.1953.
Bas. =Lobelia longiflora Linnaeus, Sper. 930.1753.
= Rapuntium longiflora Miller, Dict. 8.1768.
=Hippobroma
longiflora (L.) G. Don., Gen. Syst. 3.717.1834; McVaugh in Buli. Torr.
Club 62.783.1940.
= lsotoma longiflora Presl., Prodr. Lobel.: 42.1836.
iconografia: Bot.Mag. 52 tab. 2563, 1825; Bot. Reg. 14 tab. 1200.7525.
Nome vulgar: "arrebenta-cavalo", "arrebenta-boi", "cega-olho", no Brasil; "quedec" em
Santo Domingo; "tibey vel quivey", "reventa-se-cavallos", "revienta-caballos", "jasmimjamaica", "jasmim de p e r r o " , em Jamaica; "jasmim dei d i a b l o " em El Salvador; "garza",
na Colômbia; " f l o r de sapo", no Peru.
Erva de 20—50 cm de altura, ramosa, ereta, latescente. Raiz central fusiforme,
grossa com ramificações dispersas, igualmente latescentes. Caule cilindrico, ramificado,
coberto de pelos hialinos. Folhas simples, lanceoladas, alternas com 15—18 cm de comprimento e 3 - 5 cm de largura, profundamente dentadas; pecíolo curto de 5—10 m m ,
anguloso, carnoso, canaliculado na face ventral até sua junção com o caule; de cor verde
clara, que se repete nas nervuras. Flor solitária, axilar, geralmente nas folhas superiores;
diclamídeas, hermafroditas, pedicelo curto de 3—4 mm, com 2 brácteas pequenas.triangular- denticuladas e pilosas, com 3 mm de comprimento e 1 mm de largura. Cálice pentâmero, com 5 sépalos, concrescido na base, com lacínios triangular-denticulados, pilosos com 15 mm de comprimento e 1—2 mm de largura, persistente no fruto. Corola
branca, de aroma suave e agradável, concrescida, com tubo longo, estreito, cilíndrico
com 80—100 mm de comprimento e 3—5 mm de largura; lacinios 5 lanceolados, ligeiramente pilosos, com 20—28 mm de comprimento e 7—8 mm de largura, glabros internamente. Androceu com 5 estames concrescentes, formando um tubo estreito e curto, cilindrico piloso, até um pouco mais da metade, com 6—9 mm de comprimento e 2 mm
de largura; estames livres na base, porém concrescentes ao tubo da corola m u i t o próxim o à fauce; tubo anterífero (distendido) com 5 mm de comprimento e 9 mm de largura, constituído por 3 anteras longas, oblongas e 2 mais curtas de base sagitada e com o
ápice coberto por uma franja densa de pêlos longos. Gineceu de estilete longo, piloso,
bicarpelar de 8—10 cm de comprimento, verde pálido! Ovário ínfero, bilocular, com
muitos óvulos. Fruto cápsula septicida, só deiscente no ápice, com 8—18 mm de comprimento e 6—16 mm de largura, densamente piloso. Semente ovoide, plano-comprimida,
castanho escura, ruminada, de 0,5 mm.
Planta extremamente sensível e considerada mortal (tóxica). Sua germinação
demora de 30—40 dias em ambiente natural; se as sementes forem lavadas em álcool de
5 0 ° - 6 0 ° , germinam com maior rapidez. Ao passar as plântulas para recipientes com terra, elas se desenvolvem perfeitamente, alcançando sua plenitude aos 7 meses, dando flores, que levam aproximadamente 20 dias entre o estado de botão floral e o de flor completamente aberta, permanecendo aberta unicamente 1 dia, dando-se a prefloração pela manhã e murchando à tarde. Segundo a literatura, são flores polinizadas por borboletas, porém nas plantas cultivadas não observamos a visitação destes insetos. Entretanto,
formaram-se frutos com abundantes sementes.
O nome Laurentia foi dado em homenagem a Marcus Antonius Laurenti, doutor de Medicina e Filosofia, além de ser Arquiteto e Professor emérito do século X V I I I .
Material examinado: Mun.do R.de Janeiro: Terrenos da Fab.Carioca, no campo p r ó x i m o
de um Córrego, Fl. branca, considerada tóxica, "arrebenta-cavallo", Leg. P. Òcchioni
s n . (2.1.1941) RB.; Distrito Federal, Planruderal, herbáceae lactescente, Fl. branca,
"arrebenta-cavalo", Leg. P. Òcchioni 527 (26.2.1946) RB.; Restinga da Gávea. Na restinga ao lado da encosta m u i t o humida, planta tóxica, herbáceae, Fl. alvas inodoras,
"arrebenta-cavalo", Leg. O.Machado s.n. (28.3.1947) RB.; Prainha da Gávea, sobre a
praia numa ponta do penhasco, Fl. alva, "arrebenta-cavalo", Leg. O.Machado s.n.
(30.3.1948)RB.; Subespontânea no Jardim Botânico, planta ruderal, Leg. A.P.Duarte
4185 (1952) RB.; Estado do Rio de Janeiro: Parque Nacional da Serra dos Órgãos,
"cega-olho", Leg. Joaquim Falcão 14 ( 1 5 . 5 . 1 9 4 7 ) - RB.
- 8 Distribuição
Geográfica: Planta de ampla distribuição'geográfica nos trópicos
e subtropicos dos Continentes Americano, Africano e Asiático. Brasil: Estados do Rio
de Janeiro, Pará, Bahia, Paraná, Amazonas, São Paulo; Antilhas, América Central,
Colômbia, Venezuela e Peru.
Lobelia anceps Linnaeus f i l .
Suppl. 3 9 5 . 7 7 5 / ; Wimmer, F.E., Campanulaceae - Lobelioideae, in Engler Pfanzenreich
4.276b. Heft 107.2: 477.1953.
= Lobelia glazioviana A.Zabl. ex Wimmer, Coresp. in Rev. Sudm. 2:105.7555.
Est. no 3.
Erva não latescente com 10—45 cm de altura, ereta ou decumbente. Raiz
pouco ramificada, longa, esbranquiçada. Caule anguloso, glabro, com arestas proeminentes, formando saliências, sobretudo nàs regiões próximas ao solo. Folhas simples,
ovaladas ou ligeiramente oblongas com 10—23 cm de comprimento e 7—10 mm de
largura, ou lanceoladas, quando jovens com 20—25 mm de comprimento e 2—5 mm de
largura, alternas finamente denteadas, glabras, delicadas, sésseis. Flores solitárias, axilares, diclamídeas, hermafroditas, zigomorfas. Pedicelo longo com 6—10 m m . Cálice
pentamero com 5 sépalos concrescentes na base, triangulares lisos e glabros de 3—4mm
de comprimento e 1 mm de largura, persistente no fruto. Corola rósea, lilás, azul ou
branca, pentâmera, partida longitudinalmente no dorso até à base, com 5—10 mm de
comprimento e 6—10 mm de largura; 2 lacínios pequenos, alongados, estreitos, retorcidos em sua extremidade superior, de cor mais clara que o resto da flor, 2 lacínios
curtos arredondados com bordos dobrados para fora e o lacínio médio mais arredondado, dobrado para dentro; os 3 maiores apresentam pregas e manchas de coloração mais
viva. Androceu de 5 estames concrescentes, formando um tubo de 4—6 mm de comprimento, livres entre si na base, porém, concrescentes na base da corola; tubo anterifero
de cor cinza (distendido) de 2 m m de comprimento e 8 mm de largura com 3 anteras
oblongas, de base obtusa, levemente pilosa e 2 anteras elípticas providas, no ápice, de
um t u f o de pêlos longos. Gineceu com estilete longo, monocarpelar com 6 m m ; ovário
ínfero, bilocular com muitos óvulos. Fruto cápsula de deiscência apical loculicida,medindo de 5 mm de comprimento e 4 mm de largura, glabro com arestas bem marcadas
e salientes. Semente ligeiramente oblonga, castanho-claro, ruminada com 0,5 mm de
comprimento e 0,25 mm de largura.
As plantas podem formar raízes adventícias, às vezes tão longas como a raiz
principal. Colocando-se ramos em água, formam-se, em cerca de 4—5 dias, aproximadamente 4—6 raízes adventícias que crescem rapidamente. Sua germinação demora mais
ou menos 30—40 dias, em temperatura ambiente. A o passar as plântulas para recipientes
individuais com terra, seu crescimento, em termos gerais, é m u i t o lento. Alcança sua plenitude aos 7 meses, sendo que as plantas em cultivo não apresentam sua acentuada variedade de folhas como acontece na natureza; suas flores permanecem abertas, mais ou
menos uma semana. Observou-se igualmente, que as plantas em cultivo não formaram
frutos.
O nome Lobelia foi dado em honra de Mathias de L'Obel, médico do rei Jacobi
I da Inglaterra, dedicado à botânica e que publicou vários trabalhos sobre Botânica e
Farmacopéia.
Material examinado: Estado do Rio de Janeiro: Fazenda Sta. Fé., Leg. A. Frazão — s.n.
(1915) RB.; Rio de Janeiro, Jardim Botânico, Leg. Dionisio Constantino 16 (1.12.1915)
RB.; Rio de Janeiro, Jardim Botânico, S p o n t , Leg. Brade 12871 (10.1933)RB.; Restinga de Leblon p r ó x i m o ao canal, f l . arroxeadas, Leg. 0.Machado s.n.. (4.10.1947)RB.;
Restinga de Leblon. Em costa úmida sobre a restinga, margem úmida do canal da Lagoa
Rodrigo de Freitas, f l . cerúleas, caule reptante ou ereto, Leg. Othon Machado s.n.
(31.5.1947) RB.; Restinga do Leblon à margem do canal, f l . arroxeada, Leg. Othon Machado s.n. (16.8.1947).
Distribuição geográfica:
Planta cosmopolita de ampla distribuição geográfica
nos trópicos e subtropicos dos continentes americanos e africanos. Brasil: Estados do
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Amazonas, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Goiás; Antilhas; Panamá, Peru, Paraguai, Venezuela, Colômbia.
Observações:
As descrições feitas por F.E.Wimmer (1953) sobre Lobelia anceps L.f. e Lobelia
aquática Cham., apresentam uma série de características idênticas que não permitiram
distingui-las. A estampa reproduzida por Kanitz, na Flora Brasiliensis de Martius para
Lobelia aquática Cham., é uma cópia fiel da figura 79b, representada por Wimmer, para
Lobelia anceps L.f. . Do material relacionado por esse autor, coletado em várias regiões
do Brasil, sob o epíteto de Lobelia aquática Cham (pag.570) e L. aquática var. gracilis E.
Wimmer, pude examinar o exemplar de Dusen 2425, coletado no Paraná, Ponta Grossa,
registrado sob o n ° R.98274, e o de Brade 5997, coletado em São Paulo, Guapira, sob
o n ° 2215 (var. gracilis E. Wimmer n.v.). Eles em nada diferem de Lobelia anceps L.F.
espécie m u i t o freqüente no Estado do Rio de Janeiro e da qual Wimmer cita diversas
exsicatas coletadas em várias localidades. Entre as mesmas, figura Lobelia
Glazioviana
Dusén et Schwacke.
Ao pé da página 478, Wimmer notifica que "Zahlbruckner" classifica por esquecimento, duas espécies diferentes, sob o epíteto de Lobelia-Glazioviana.
A primeira
espécie assim chamada, publicada no Videnskab Medeel. Kopenhagem, 1895, pertence
ao Subgènero Tupa e foi chamado por Wimmer, por falta de conhecimento da mesma
classificação de Zahlbruckner, Lobelia Zahlbrucknerii
(Revista Sul Americana 2.1935);
a segunda (Lobelia Glazioviana Zahlb. ex Wimmer) foi publicada por Wimmer na citada
Revista Sulamericana em 1935, cuja dignose não apresenta diferença com relação a
Lobelia anceps L. F.
Não tivemos a oportunidade de revisar os tipos das duas espécies Lobelia
anceps e Lobelia aquática, nem tão pouco examinamos os tipos da grande lista de sinônimos de ambas, relacionados na obra de Wimmer.
A intenção deste trabalho foi o levantamento das espécies do Campanulaceae
que ocorrem no Municíp. do R. de Janeiro. Não podemos pretender, num trabalho desta
natureza, resolver problemas de nomenclatura de espécies ainda não bem definidas e que
além disso, apresentam ampla distribuição geográfica, que condiciona modificações morfològicas em função do meio ambiente. Neste caso, pareceu-nos mais conveniente, adotar o nome de Lobelia
ancepsL.f.
AGRADECIMENTOS
À Universidade de El Salvador (República de El Salvador),
pela Bolsa concedida. A todos os membros da Seção de Botânica Sistemática do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, em nome da Dra. Graziela Maciel Barroso pela orientação e
estímulo que nos proporcionaram.
RESUMO
ABSTRACT
Neste trabalho, a autora fez um estudo
das espécies de Campanulaceae que
ocorrem no Município do Rio de Janeiro.
In this paper, the author gives a key
t o the species which occurs in Municipio of Rio de Janeiro.
BIBLIOGRAFIA
CURTIS, W I L L I A M - 1894 - Botanical Magasine 7:tab.225.
E N D L I C H E R , STEPHANO - 1 8 3 6 - 1 8 4 0 - Genera Plantarum, Lobeliaceae 5 0 8 - 5 1 3 .
K A N I T Z , AUGUSTUS - 1885 - Lobeliaceae et Campanulaceae, in Martius Fl. Brás.
6 ( 4 ) : 1 3 0 - 1 5 8 , 1 7 8 - 1 8 8 , tab. 3 9 - 4 5 .
L I N N A E U S , C A R O L U S - 1797 - S p e c i e s Plantarum 1(2): 9 3 7 - 9 5 2 .
M C V A U G H , ROGERS - 1940 - A revision of " L a u r e n t i a " and allied genera in North
America, in Buli. Torr. B o t Club 6 7 ( 9 ) : 7 7 8 - 7 9 8 .
W I M M E R , F.E. - 1953 - Campanulaceae - Lobelioideae,
in Engler Pflanzenreich
4.276b: (107): 2 6 1 - 8 1 3 figs.622.
11
Ffg 1
Figura N.o 1 : Centropogon cornutum (Linnaeus) Druce.
A.)
B.)
C.)
D.)
Habitus
Flor
Pétalos
Corte longitudinal do ovário
E.)
F.)
G.)
H.)
Fruto
Ovário ampliado
Tubo anterífero
Estigma
12 -
Figura N.o 2: Laurentia longiflora (Linnaeus) Endlicher.
A.)
B.)
C.)
D.)
Habitus
Pétalos
Corte longitudinal do ovário
Fruto
E.) Ovário ampliado
F.) Tubo anterífero
G.) Estigma
13
Figura N.o 3: Lobelia anceps Linnaeus fil.
A.)
B.)
C.)
D.)
Habitus
Flor
Pétalos
Fruto
E.) Corte longitudinal do ovário
F.) Gineceo
G.) Tubo anterífero
Fjg 4
E S T R U T U R A DAS M A D E I R A S BRASILEIRAS DE ANGIOSPERMAS
DICOTILEDÔNEAS
(XI).
M O N I M I A C E A E (BRACTEANTHUS GLYCYCARPUS
DUCKE).
Paulo Agostinho de Matos Araújo. ( *)
I A -
Armando de Mattos Filho ( • * )
DESCRIÇÃO A N A T Ô M I C A
Caracteres Macroscópicos
Parênquima: visível a olho nu (distinto sob lente) em linhas
ou faixas concêntricas, estreitamente espaçadas, mais ou menos regulares.
Poros:
pequenos ( 0 , 0 5 - 1 m m ) , numerosos ( 7 - 1 2 por
mm2), indistintos a perceptíveis a olho nu, solitários e em múltiplos radiais de 2 - 3 , às
vezes mais; contendo tilos.
Perfuração:
indistinta, mesmo com o auxílio do microscópio esterioscópico (10X).
Conteúdo: tilos freqüentes; depósitos ausentes ou raros.
Raios: finos (menos de 0,05 mm) a médios ( 0 , 0 5 - 0 , 1 0
mm), pouco numerosos ( 5 - 1 0 por m m , na seção transversal), indistintos a perceptíveis
a olho nu nas seções transversal e tangencial, distintos na radial.
Anéis de crescimento: presentes e mais ou menos distintos a
olho nu, demarcados por zonas mais escuras desprovidas de poros.
Máculas medulares: ausentes.
B Vasos
Caracteres Microscópicos
(Poros):
Disposições:
difusos; solitários na maioria e em múltiplos
radiais de 2 - 3 , por vezes 4 - 5 (6), raramente agrupados; vazios ou com tilos presentes.
Número: numerosos a m u i t o numerosos: 15—30 por m m ^ ,
freqüentemente 2 0 - 2 5 (muito numerosos), em média 22.
Diâmetro
tangencial: pequenos a médios: 6 0 - 1 8 0 (200)
micra, freqüentemente 1 0 0 - 1 5 0 micra (médios).
Elementos vasculares: m u i t o curtos a longos: 2 9 7 - 6 9 3
(742) micra de comprimento, freqüentemente 594 micra (longos), com apêndices curtos em um ou em ambos os extremos, atingindo por vezes até 1/3 de comprimento do
elemento.
Espessamentos espiralados: ausentes.
Perfuração:
simples; (segundo Garrat, 1934, raramente
múltipla, com 2-4 barras grossas).
Conteúdo: tilos presentes; depósitos ausentes.
Pontuado intervascular: pares areolados, alternos, contorno
poligonal a oval, diâmetro tangencial 9—15 micra (médias a grandes), abertura inclusa ou
atingindo o contorno da aureola, ás vezes coalescentes.
(*)
- Bolsista do CNPq. e Pesquisador em Agricultura da Seção de Anatomia Vegetal.
(**) — Bolsista do CNPq. e Pesquisador em Botânica da Seção de Anatomia Vegetal.
Trabalho concluído em junho de 1973.
-16-
Pontuado parênquimo-vascular:
pares semi-areolados, alternos ou com tendência a opostos e ás vezes escalariformes, contorno oval a e l í t i c o o u alongado tangencialmente (6-22 micra de diâmetro); algumas vezes pontuações unilateralmente compostas (2 pontuações pequenas dos vasos para uma pontuação grande do parênquima).
Pontuado rádio-vascuiar: pares semi-areolados a simplificados, variáveis em tamanho, contorno e distribuição(alternos, opostos ou escalariformes,
às vezes simultaneamente); muitas vezes alongados radialmente (até 33 micra) e em disposição nitidamente escalariforme; ocasionalmente pontuações unilateralmente compostas.
Parênquima
Axial:
Tipo: parênquima zonado ou parênquima em faixas, isto é,
em linhas ou faixas concêntricas, mais ou menos regulares, estreitamente espaçadas, com
1—6 células de largura, geralmente 2—4, em freqüente contato com os vasos, embora raramente os envolvendo; às vezes células difusas.
Séries: 3 4 6 - 7 9 2 micra de comprimento, com 2 - 8 células,
freqüentemente 495—643 micra, com 4—6 células.
Diâmetro máximo: 26—78 micra, freqüentemente 35—52
micra, porém, nas células epivasculares o diâmetro atinge 90 micra.
Células esclerosadas: presentes.
Cristais: ausentes.
Parênquima Radial (Raios):
T i p o : heterogêneo II de Kribs.
Número:
4—8 (9) por mm (pouco numerosos a numerosos) freqüentemente 6—7 (pouco numerosos), em médfa 6.
Largura:
20—100 micra (extremamente finos a estreitos),
com 1—4 células, freqüentemente 38—60 micra (finos e estreitos), com 2—3 células. Os
raios situados na massa de parênquima atingem 138 micra ou mais de largura, com 3—5
células. Obs.: Durante a ontogénese, células iniciais do parênquima são provavelmente
anexadas às dos raios, aumentando a largura destes.
Altura:
0 , 0 7 0 - 0 , 9 9 0 (1,296) mm (extremamente baixos
até baixos), com 1—28 (32) células, tendo os múltiplos freqüentemente 0,297-0,792
m m , com 4—20 células, porém, quando fusionados atingem 2,098 m m , com 55 células
(principalmente na massa do parênquima).
Células envolventes: ausentes ou raras.
Células oleíferas: ausentes.
Células esclerosadas: não observadas.
Cristais: não observados.
Fibras:
Não septadas, paredes muito espessas, lúmem geralmente
puntiforme, muitas vezes gelatinosas.
Comprimento:
1,485—2,871 mm (curtas a m u i t o longas),
freqüentemente 2,277—2,673 mm (muito longas).
Espessamentos espiralados: ausentes.
Diâmetro máximo: 33—67 micra.
Pontuações: simples ou indistintamente areoladas ao microscópio comum, confinadas às paredes radiais; abertura em fenda linear vertical ou ligeiramente oblíqua, variando de 6—13 micra de comprimento, às vezes coalescentes.
Anéis de crescimento: não bem definidos, mas podendo-se
delimitá-los por camadas de fibras achatadas tangencialmente, suplementadas por linhas
ou faixas de parênquima axial.
Máculas medulares: ausentes.
II -
MATERIAL
O material lenhoso estudado acha-se registrado na Seção
de Anatomia Vegetal, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com as seguintes indicações:
- 17 -
Sp.: Bracteanthus glycycarpus Ducke. Fam.: Monimiaceae.
Xil,: n ° 280. RBfHerb.):
s/n. N. vulgar: Caá-pitiú grande, piranheira da terra firme.
Co/.: Ad. Ducke. Proc: Pará, Óbidos. Data: 1926. Det.: A . Ducke.
III -
PROPRIEDADES GERAIS, APLICAÇÕES E OCORRÊNCIA.
Cerne pardo-oliváceo, bem definido; alburno de tonalidade
mais clara, mais ou menos distinto do cerne; peso médio ( 0 , 5 - 1 , de peso específico seca ao ar, isto è, a madeira mergulhada na água destilada submerge além da metade);
textura média; grã direita; odor distinto, porém, suave e não desagradável; gosto indistinto; lustre médio; áspera ao tato; difícil de cortar ao micrótomo.
Madeira de uso ainda desconhecido, embora apropriada para construção pesada.
Ocorre na região do baixo Amazonas, onde foi descoberta
por Adolpho Ducke, em 1926 (Record. 1943).
IV -
RESUMO
Vasos (Poros): solitários na maioria e em múltiplos radiais
de 2 - 3 , por vezes mais, raramente agrupados; pequenos a mais comumente médios, numerosos a freqüentemente m u i t o numerosos; elementos vasculares m u i t o curtos amais
freqüentemente longos; perfurações simples; pontuações alternas, com tendência a opostas e escalariformes, raramente unilateralmente compostas; médias até m u i t o grandes.
Parênquima Axial: zonado ou parênquima em linhas ou faixas concêntricas; às vezes difuso.
Parênquima Radial: tecido heterogêneo II de Kribs; extremamente finos a estreitos, com 1 - 4 células, comumente finos a estreitos, com 2 - 3 células na largura máxima; extremamente baixos até baixos, com 1 - 2 8 (32) células de altura; cristais não observados; células envolventes ausentes ou raras; células esclerosadas ausentes.
Fibras:
não septadas, paredes m u i t o espessas, muitas vezes
gelatinosas; freqüentemente com 2 , 2 7 7 - 2 , 6 7 3 mm de comprimento (muito longas);
pontuações simples ou indistintamente areoladas, limitadas às paredes radiais, abertura
em fenda linear comumente vertical, variando de 6 - 1 3 micra de comprimento, às vezes
coalescentes.
Anéis de crescimento:
pouco definidos, indicados por camadas de fibras achatadas tangencialmente, suplementadas por linhas ou faixas de parênquima axial.
Máculas medulares: ausentes.
V - ABSTRACT
This paper deals with the macro and microscopic wood anatomy of
the species Bracteanthus glycycarpus Ducke, the general properties and the occurrence
of the species in Brazil.
The main points on the wood anatomy are as follows:
Vessels (Pores): mostly solitary and in radial multiples of 2 - 3 , sometimes more, occasionally in clusters; small to mostly médium sized (frequently
1 0 0 - 1 5 0 micra in tangencial diameter), numerous to mostly very numerous; vessel
elements very short to commonly long; vessel contents: tyloses present; gummy deposits
absent; spiral thickenings absent; perforation plates exclusively simple, or practically so;
intervascular pitting médium sized ,to large, alternate; pits to ray and parenchyma cells
half-bordered or simplified, similar in part to the intervascular pitting, but oftentimes
large to very large and radially or tangencially elongated, distinctly scalariform; occasionally unilaterally compound.
Wood Parenchyma: banded parenchyma, in more or less regular,
closely spaced concentric lines or bands 1—6 (7), mostly 2—4, cells wide " i n contact
w i t h most of the vessels although rarely definitely embracing t h e m " ; sclerotic cells
sometimes present; w i t h o u t crystals.
Ray Parenchyma (Rays): ray tissue heterogeneous krib's type I I ;
4 - 8 (9), mostly 6 - 7 , per m m ; w i t h 2 0 - 1 0 0 micra, 1—4 cells wide, usually 3 8 - 6 0
micra (fine to strait), 2 - 3 cells wide; height: 0 , 0 7 0 - 0 , 9 9 0 (1,296) m m , 1 - 2 8 (32) cells
high, w i t h multiseriate usually 0,297—0,792 mm, 4—20 cells high; sheath cells absent or
rare; crystals not observed.
18
l/Vood Fibers: non-septate, walls very thick, oftentimes heterogeneous; spiral thickenings absent; simple or indistinctly bordered pits,confined to the
radial walls, with linear and commonly vertical apertures; length about 1,485— 2,871,
usually 2,277—2,673 mm long (very lonq); diameter (maximum): 33— 67 micra.
Growth Rings: not well defined, but indicated by one several rows
of somewhat to decidedly flattened fibers suppiemented by more or less broken parenchyma lines or bands.
VI 1
-
Araújo,
BIBLIOGRAFIA
P.A.M. e A.Mattos F°.
Estrutura das Maderias de Caryocaraceae. Arquivos do Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 19:5—47,1973.
2 — Araújo , P.A.M. e A. Mattos F °
Estrutura das Madeiras Brasileiras de Angiospermas Dicotiledoneas (X). Monimiaceae (Siparuna bifida (Poepp. &Endl.) A. DC.
Brasil Florestal, Rio de Janeiro, 1 4 : 4 1 - 4 5 , 1973.
3
— Garrat, G.A.
4
— Metcalfe,
5
-
Record,
— Systematic Anatomy of The Woods of the Monimiaceae
Woods, Yale University, 39: 1 8 - 4 4 , 1934.
Tropical
C R . e L. Chalk - Anatomy of the Dicotyledons. O x f o r d Univ. Press,
London, 2: 1138 1145, 1957
S.J. e R. W Hess
Timbers of the New World, New Haven, Yale
Univers. Press, 3 7 6 - 3 7 7 , 1943.
- 19
Bracteanthus glycycarpus Ducke
(amostra n.« 280)
Cl
Seção tumsversal (50X)
Seção tangencial (50X)
• r " >-vr;vu
20-
Bracteanthus glycycarpus Ducke
(amostra n.o 280)
Seção transversal (1 OX)
L E V A N T A M E N T O DOS " T I P O S " DAS ESPÉCIES
DE PASSIFLORACEAE
E
RHIZOPHORACEAE
DO H E R B Á R I O DO J A R D I M BOTÂNICO DO RIO DE J A N E I R O . (*)
M. d a C . Valente (**)
RESUMO
O presente trabalho prende-se a divulgação dos Tipos do Herbário do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro (RB), sua classificação, é ilustrado com fotografias das espécies citadas pelo autor.
SUMMARY
This paper is connected w i t h the classification and publication of the Types
f r o m the Rio de Janeiro Botanical Garden.herbarium (RB), photographs ilustrate each
species cited by the author.
Dando prosseguimento ao nosso levantamento dos TYPUS existentes no Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, realizamos a classificação das espécies abaixo
mencionadas. Seguimos o mesmo critério do trabalho anterior:
a)Citacão da espécie, do autor e da obra original;
b) Transcrição do material examinado (TYPUS), tal como citado na obra originnal:
c) Citação da sigla do herbário do Jardim Botânico, seguida do número de registro;
d) Classificação do TYPUS;
e) Transcrição das diversas etiquetas (schedulaj) encontradas nas exsicatas;
f) Fotografia dos TYPUS.
PASSIFLORACEAE
Prosseguimos os seguintes exemplares:
1 - Passiflora ceratocarpa F. Silveira - RB 17333 - HOLÓTIPO.
2 - P. inundata Ducke - RB 14647 - HOLÓTIPO.
1) PASSIFLORA CERATOCARPA
F.Silveira (Foto 1)
Arq.Jard.Bot. Rio de Janeiro 5:221.12.1930. "Habitat Belém, Pará.
Collegit A. Ducke, n. 17333, R. Jard. B o t . "
Exemplar RB 17333 HOLÓTIPO
/oSCHED.:
Belém - Mato do Utinga, t. f. - 23.11.1926 - A. D.
Cipó em árvores altas; f l . brancas, sépalas externas, esverdeadas.
2QSCHED.:
Belém - Beira do Igapó do Catu - 31.1.1923 - A.Ducke - Cipó.
(*) — Este trabalho contou com ao auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico.
**') — Seção de Botânica Sistemática.
- 2 2 -
3°SCHED.:
NO 17333.
Fam. — Passifloraceae
N.Cient. — Passiflora ceratocarpa F. Silveira.
Proced. - Belém do Pará.
Obs.: F.brancas, sépalas no dorso esverdeadas, corona amarelas; cipós muito grande.
Col. - A. Ducke - data 23.11.1926.
2) PASSIFLORA I N U N D A T A - Ducke
(Foto 2)
Arq.Jard.Bot. Rio de Janeiro 4:146.1925. "Habitat in ripis profunde inundatis
fluminis Tapajoz prope Itaituba, L. A. Ducke 28.5.1923, Herb.Jard.Bot. Rio n ° 14647;
ad ejusdem fluminis cursum médium praesertim inuslis inundatis frequenter visa."
EXEMPLAR RB 14647 -
HOLÔTTPO
1°SCHED.:
Itaituba (Tapajoz) - margem (vaga) em frente; 28.5.1923 - A. Ducke.
arb. trop. bastante grande, pet. e sep. alvissimas, interna, externa verdes; corona alaranjada e (interior) vermelha, cheiro forte.
2° SCH€D:
N°14647
Fam. — Passifloraceae
N.Cient. — Passiflora (inundata Ducke n. sp.) costata.
Proced. — Itaituba, T. Tapajoz — Pará.
Obs. - Rev. pag. 542, 1938 The Amerc. sp. of Passiflorae, E.Killip
Col. - A.Ducke - data - 28.5.1923.
Det. - E. Killip.
RIZOPHORACEAE
1) POLYGONANTHUS
AMAZONICUS
Ducke. (Foto 3)
A r q . Jard. Bot. Rio de Janeiro 6:62. pi. 7.1.1933. "Habitat prope Maués (civ.
Amazonas) in ripis arenosis periodice inundatis fluminis, 5.10.1929, leg. A.Ducke (H.J,
B.R.R. n. 23650). Arborem vidi u n i c a m . "
EXEMPLAR RB 23650 -
HOLÓTIPO
10SCHED.:
Maués, praia do rio - 5.10.1929, A. D. arv.med. com tronco baixa bastante grosso, f l .
brancas esverdeado.
2°SCHED.:
No 23650
Fam. — Rhizophoraceae
N. cient. — Polygonanthus amazonicus Ducke n. g.n.sp.
Proced. — Maués (Amazonas).
Col. - A. Ducke - d a t a - 5.10.1929.
Det. - A. Ducke.
Retif. - J. G. Kuhlmann.
2) POLYGONANTHUSPUNCTULATUS
Kuhlmann (Foto 4).
A n . 10 Reun. Sul-Amer.Bot. 3:80. pi. 9.1938. "Legit. A. Ducke, ad rivum
Curicuriary affl. R. Negro, Amazonas, 25.11.1936. (H.J.B.R. no 3 7 7 2 7 ) . "
EXEMPLAR RB 37727 -
HOLÓTIPO
10SCHED.:
Rio Curicuriary, acima das cachoeiras, margem inundáveis; — 25.11.1936. A.D. — Arv.
peq.; f l . creme.
-23
20SCHED.:
No 37727
Fam. — Rhizophoraceae
N. cient. — Polygonanthus punctulatus Kuhlmann
Proced. — R. Curicuriary, Amazonas.
Obs. — Arvore pequena das margens inundáveis, f l . creme.
Col. - A . Ducke - d a t a 25.11.1936.
Det. - J.G. Kuhlmann
Retif. - J. G. Kuhlmann.
3) STERIGMAPETALUM
OBOVATUM
Kuhlmann (fem.) (Fotos 5a - 5b).
Arq.Jard. Bot. Rio de Janeiro 4:360. pi. 32.1925. "Habitat ad flumen Tapajoz,
in silvis primariis collium prope Cachoeira do Mangabal, florif. (plant.masc.) - 3 1 . V I I I .
1916, legit. A. Ducke, no 16422 Herb. Amaz. fruct. 15.XII. 1919. legit. A. Ducke. n °
6803, J. Bot.; ad flumen Madeira prope Porto Velho, ripa sinistra, in silvis (plant. fem.)
florif. 7.IX.1923, legit. J.G.Kuhlmann, n. 375 (nO 17933 J. B o t . ) " .
a) E X E M P L A R RB 6803 - SINTIPO
1°SCHED.:
Rio Tapajoz, morros do Mangabal, matta dos logares altos
15.12.1919; A.D. - Arv. med. (ou grande).
20SCHED.:
No 6803
Fam. - Rhizophoraceae
N. cient. - Sterigmapetalum obovatum Kuhlmann
Proced. - R. Tapajoz (Pará), morros do Mangabal.
Col. - A . Ducke - d a t a - 15.12.1919.
Det. - J. G. Kuhlmann.
b) E X E M P L A R
RB 17933 -
SINTIPO
1°SCHED.:
No 17933
Fam. — Rizophoraceae.
N. cient. — Sterigmapetalum obovatum Kuhlmann.
Proced. — Porto Velho, rio Madeira, E. do Amazonas.
Obs.; Árvore de 2 0 - 2 5 m t ; f l . alvacenta, Matta de terra firme — Planto.
Col. -J. G. Kuhlmann, 375 (fem.) - data - 7.IX. 1923.
Det. -J.G. Kuhlmann.
AGRADECIMENTOS
A o Conselho Nacional de Pesquisas pela bolsa concedida à autora. A o Botânico
Jorge Fontella Pereira, pela valiosa orientação e ao técnico de laboratório Walter dos
dos Santos Barbosa pelo reprodução das fotografias.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
DUCKE, A.
DUCKE, A.
G U I M A R Ã E S , E.F. et
J.G. PEREIRA
G U I M A R Ã E S , E.F.
1925. Plantes nouvelles on peu connues de Ia région amazonienne. Arq. Jard. Bot. Rio de Janeiro 4:146. •
1933. Euphorbiaceae in Plantes nouvelles on peu connues de Ia
région amazonienne. Arq.Jard. Bot. Rio de Janeiro — 63.6;62pl. 7.f.9.
1965. Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - II. Arq.Jard.Bot.Rio de Janeiro 1 8 : 2 6 1 - 2 6 7 .
1966. Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - IV. Rodriguésia 25(37): 2 3 9 - 2 6 4 .
24-
K U H L M A N N , J.G,
OCCHIONI, P.
OCCHIONI, P.
OCCHIONI, P.
S I L V E I R A , F. R.S T A F L E U , F.A. e t a l .
TRAVASSOS, O.P.—
TRAVASSOS, O.P.—
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-1952. Lista dos " T y p u s " do Herbário do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro II. Duseina, Paraná 3 ( 4 ) : 2 5 1 - 2 6 2 .
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-1930. Passifloraceae in Duas espécies novas cultivadas no
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-1972. International Code of Botanical Nomenclatures adopted by the Eleventh International Botanical Congress, Seathle,
september 1969. Regnum Vegetabile 82:426p.
-1965. Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Arq.Jard.Bot.Rio de Janeiro 1 8 : 2 3 9 - 2 5 9 .
-1966. Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro - I I I . Rodriguésia 25(37): 2 3 9 - 2 6 4 .
FOTO
PASSIFLORA CERATOCARPA F. SILVEIRA
PASSIFLORA INUNDATA DUCKE
FOTO 3
FOTO 4
8
i
•
.
R F M
POLYGONANTHUS AMAZONICUS DUCKE
POLYGONANTHUS PUNCTULATUS KUHIMANN
FOTO 5 a
FOTO 5 b
•
-vi
m Sem
''
STERIGMAPETALUM OBOVATUM KUHIMANN
STERIGMAPETALUM OBOVATUM KUHIMANN
CECROPIA PACHYSTACHYA
TRÉCUL
DESCRIÇÃO DA Á R V O R E M A S C U L I N A (»)
J.P.Carauta (•*)
A. Schreiber ( * * * )
RESUMO
Descreve-se com maiores detalhes os amentos masculinos de Cecropia pachystachya Trécul, assim como o desenvolvimento do embrião. Cecropia adenopus Martius é considerada como um novo sinônimo.
SUMMARY
The male ament of Cecropiapachystachya
is described as well as embryo development in this species. Cecropia adenopus is considered as a new synonym.
(*)
(**)
Trabalho apresentado no X X I V Congresso Nacional de Botânica, Pelotas, 1973.
Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas , FEEMA e Jardim Botânico do Rio
de Janeiro.
(***)
Botanische Staatssammlug, München, Alemanha.
30
INTRODUÇÃO
As espécies do gênero Cecropia são até hoje difíceis de serem determinadas. Se
a descrição original é baseada no material de uma árvore feminina, como é o caso de
Cecropia pachystachya,
torna-se ainda uma tarefa mais laboriosa, pois a única monografia completa do gênero é a de Snethlage (1923) e tem por base os caracteres da árvore masculina.
O exemplar jovem de Cecropia apresenta, muitas vezes tais diferenças do exemplar adulto que é comum ser julgado como espécie diferente. Em Cecropia glazioui, por
exemplo, o estilete é muito longo, mas à proporção que o ovário se desenvolve, funde-se
a este, restando no final somente o estigma em pincel: nos primeiros meses de crescimento, por outro lado, as folhas nascem inteiras e de margem serrilhada, mas aos poucos
vão surgindo folhas lobadas, a princípio com número pequeno de lobos ou então somente ostentando algumas sinuosidades; até atingir 10 anos de idade os lobos aumentam
em número, a folha cresce em diâmetro, a margem torna-se quase inteira e a árvore inicia a ramificação lateral. A Cecropia hololeuca, outro exemplo, sò começa a ostentar a
bela pilosidade prateada da página superior das folhas quando chega à idade adulta. Uma
embaúba envelhecida tem as folhas bem menores do que as que possuia na fase de maior
vigor vegetativo. Temos notado também que em um mesmo exemplar as folhas jovens
do ápice são mais tomentosas do que as adultas, sendo estas às vezes quase glabras. Nem
o tamanho dos lobos nem a forma das folhas podem ser aceitos como bons caracteres
sistemáticos, se tomados isoladamente.
O que m u i t o dificulta também o estudo das exsicatas de Cecropia é o fato de muitas vezes o material encontrar-se incompleto. Os coletores deparam-se, em geral, com
uma árvore de ramos altos, às vezes repleta de formigas e com um látex cuja mancha dificilmente sai da roupa. Além do mais as folhas são tão grandes que ultrapassam de muito as dimensões de uma cartolina de herbário. Como então solucionar o problema da
herborização ? É fácil: basta partir ao meio a folha (que apresenta simetria bilateral) e
depois dobrar os lobos maiores de modo a caber na prensa. Torna-se extremamente necessário coletar a estipula terminal e a inflorescência com a espata. Em uma comunidade
de Cecropia quase sempre podem ser observadas as árvores dos dois sexos. Mas como
distingui-las ? Muito simples: os amentos masculinos são em geral delgados, numerosos,
de cores mais vivas (amarelos, rosados, vermelhos ou negro-azulados), além de serem aromáticos, constiuindo um chamariz de insetos; enquanto que os aumentos femininos são
mais grossos, menos numerosos e de cores menos vivas (verdes, grisáceos ou negros), atraindo não os insetos, mas sim pássaros ávidos das suas deliciosas sementes.
Os melhores caracteres externos para a separação das espécies de Cecropia são as
estipulas, os amentos masculinos e as espatas, daí a necessidade de uma herborização
mais completa.
MATERIAL
E MÉTODOS
Por ocasião de uma viagem de vários dias pelo Rio São Francisco foi herborizado
em Januária, Estado de Minas Gerais, farto material da embaúba descrita por Martius como Cecropia adenopus. Januária (ex-Porto Salgado) é a localidade típica do binômio de
Martius e foi bem estudada sob o ponto de vista fitogeográfico por Azevedo (1966).
Comparou-se depois esse material de Januária com o holótipo de Cecropia adenopus depositado em München, Alemanha, chegando-se à conclusão de que se tratava da mesma
espécie. Em outra longa excursão foi herborizada a Cecropia pachystachya, também em
sua localidade típica e comparada com os tipos citados por Trécul (1847). Os estudos
posteriores confirmaram que Cecropia adenopus e C. pachystachya constiutiam um
único táxon.
Para a germinação e obtenção de mudas foi seguido o seguinte método: os amentos foram deixados em becker com água durante 24 horas, em seguida as sementes foram retiradas, lavadas na água corrente, selecionadas e deixadas durante algumas horas
ao sol para secar. No laboratório foram postas a germinar em placa-de-petri com areia
e com papel filtro. Na primeira foram colocadas 25 sementes que em 9 dias iniciaram a
germinação e em 12 já se apresentavam bem germinadas. As do papel-filtro germinaram
bem em uma semana. O biologista S.A. Ferreira da Silva, o qual vem realizando estudos
sobre o emprego da Cecropia pachystachya no reflorestamento, experimentou o semeio
a lanço em caixas de madeira e obteve excelentes resultados.
31
DESCRIÇÃO E RESULTADOS
Cecropia pachystachya Trécul, Ann. Sc. Nat. sér. 3, 8:80.1847; Miquel in Martius, Fl. Brás. 4 (1): 145, 6 t. 48, fig.2. 1853; Snethlage, Notizbl. Bot. Gart. Berlin 8
(75): 363. 1923.
Syntypus: Brasil, Estado de Minas Gerais, Curvelo; leg. P. Claussen 158 (P). Ceará; leg. G. Gardner 1845 (G).
Cecropia adenopus Martius ex Miquel in Martius, Fl. Brás. 4 (1): 147, t. 50, fig. 1
1853; Syst. Mat. Med. 6.1854; Peckolt, PI. Med. 850. 1888. Syn. nov.
Nome vulgar: embaúba ou imbaúba.
Mesofaneròfito lactescente. Raiz principal lenhosa, aprumada, fusiforme e profundante. Da base do caule partem às vezes raízes escoras. Superfície do caule de cor
bruno-alaranjada, m u i t o rugosa; a parte basal ostenta numerosas lenticelas; as cicatrizes
foliares são bem visíveis em todo o tronco, sob a forma de anéis; no interior vivem formigas do gênero Azteca, em mutualismo com a planta. No exemplar jovem a estipula e o
pecíolo são recobertos por um tomento rosado; no adulto, o tomento é alvacento, mas
isto somente nas folhas superiores, pois as inferiores, que são maiores, ostentam um pecíolo quase glabro, que chega a atingir 54 cm de comprimento. Essa folha adulta é coriácea e com 9—10 lobos de profundidade variável de um indivíduo para outro. O lobo
maior mede geralmente 43 cm de comprimento e 10 cm de largura e o lobo menor 18
cm de comprimento e 3,5 cm de largura. A margem é inteira e um pouco ondulada. Página superior verde-escura, com um fino tomento aracnóide, entremeado de pêlos curtos, inclinados, de base engrossada. Página inferior totalmente recoberta de tomento
aracnóide, alvacento, e com pequenas glândulas esparsas.
Inflorescentiae masculinae binae ad folias termina/ias axillas. Pedunculus longus
7 cm. Spatha facie externa denso tomento albo induta. Amenti masculi numero 5—10,
graciles flexuosique usque ad 11 cm longi, colore a/bo-flavo, aromàtici. Pedicel/us usque
ad 6 cm longus. Fios iuvenis perigonio fere glabro, nitenti, totaliter angu/ato, adultus
perigonio 5—angulato usque tereti, a/bo—lanuginoso parte supera quae ibidem
dilatata
et basi angustata. Pedicel/us flora/is brevissimus. Floribus bina stamina. Filamenta iuniora carnosa, brevis, fere ad totam longitudinem
coa/ita; seniora longi ora tenuioraque
videntur ad basin autem unita manent. Colore fiava envergunt maturitate antherae; filamenta tam tenuiter exhibentur ut facile ipsim antherae casus accidat.
A árvore feminina apresenta amentos crescendo em grupos de 4, de cor verde
grisácea, sobressaindo os estigmas brunos na maturação.
A germinação tem início com o fendilhamento do aquênio de alto a baixo, em
2 valvas, assemelhando-se a um diminuto molusco do gênero Mytilus. Cresce então o
hipocótílo, com a radícula curta, que logo emite o primeiro rizóide. Desenvolve-se, depois, o epicòtilo e abrem-se os dois cotilédones.
A espécie cresce bem nos lugares úmidos e ensolarados.
Auguste Adolphe Lucien Trécul (1818—1896 ) botânico francês, deu o epíteto
de pachystachya, oriundo do grego pachys - grosso, e stachys — espiga, como alusão aos
grossos amentos femininos.
DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA:
Ceará, Bahia e Minas Gerais. Deve
ocorrer
também em outros Estados da Região Nordeste, Sudeste e Centro—Oeste, pois é planta comum nas matas de galeria e partes úmidas do cerrado. A comunidade mais abundante desta espécie, com muitos quilômetros de extansão, pode ser observada à margem esquerda do Rio São Francisco, de Januária até quase Bom Jesus da Lapa.
MATERIAL
EXAMINADO:
B R A S I L , C E A R A : leg. G. Gardner 1845 (G) F:
25537; Pacatuba, Itaitinga, leg. A. Ducke 2615 (7.VII.1957) RB; M I N A S G E R A I S :
prope Salgado, leg. Martius 2834 (VIM-IX. 1818) M; Januária, perto da estrada para
Pedras de Maria da Cruz, leg. Carauta 1061 (3.11.1970) G U A ; Januária, ao lado direito
do Hospital São Vicente, leg. Carauta 1062 (3.11.1970) G U A ; Curvelo, Fazenda Gustavo Silveira (ex-Riacho Fundo), leg. Carauta 1502 et 1503 (31.111.1972) Gua, RB; G U A N A B A R A : Horto do Instituto de Conservação da Natureza, 370 m/s.m. (cultivada), leg.
Carauta 1508 (14.IV.1972) GUA.
CONCLUSÕES E NOTAS
HISTÓRICAS
A melhor posição sistemática de Cecropia pachystachya é na Seção Tomentosae,
Série Subaequales. Assinala Snethlage (1923) que muitas vezes Cecropia pachystachya é
determinada erroneamente como C. adenopus. Todavia, não chegou a concluir em seu
trabalho, que eram sinônimos. As variedades de Cecropia adenopus criadas por
- 3 2 -
Snethlage: C. adenopus var. lata e C. adenopus var. oblonga, nada mais são do que sinônimos de Cecropia glazioui Snethlage.
Das sementes de C. pachystachya trazidas de Januária em 1970, foram obtidas
excelentes mudas que vêm sendo experimentadas na recomposição das matas das encostas desnudas de alguns morros cariocas. Um fato bastante curioso é que, apesar de jovens, as mudas já se encontram com formigas Azteca em seu interior. Alguns exemplares têm sido atacados por Coelomera lanio (Dalm. 1823) - Coleoptera-Chrysomelidae.
É interessante narrar uns fatos curiosos sobre as observações feitas por Martius
na sua viagem ao Brasil. Achava-se ele, em 1818, na localidade de Capão, Província de
Minas Gerais, quando separou-se do fiel companheiro Spix, a fim de viajar para o Porto
Salgado (atual cidade de Januária), à margem esquerda do Rio São Francisco, e levar
socorro médico à esposa do Capitão José A n t ô n i o Serrão, amigo de Spix. A 16 de agosto
iniciou a jornada, passando por Mangai, Pedras de Maria da Cruz e finalmente Porto Salgado, hospedando-se na própria casa de José Serrão.
Ainda hoje existem em Januária os descendentes do hospedeiro de Martius, José
Serrão, o qual era natural de Alentejo, Portugal. A casa que serviu de pouso para Martius
durante as duas semanas que passou em Porto Salgado não mais pertence à família Serrão, porém ainda se encontra em ó t i m o estado, numa vila chamada Brejo do Amparo,
próxima ao sítio atual de Januária.
Há um século e meio atrás as águas do Rio São Francisco chegavam quase até
Brejo do Amparo, inundando as redondezas na época das cheias. Hoje o leito do rio é de
largura menor e mais constante, porém ainda se encontram alagadiços repletos de Cecropia pachystachya, tal como aparece na ilustração original da Viagem ao Brasil de Martius
Em suas excursões de duas semanas pelos arredores de Porto Salgado, Martius
herborizou apenas material feminino (ou talvez o masculino se tenha perdido durante o
longo transporte até à Europa). Julgou ele, a princípio, que se tratava de Cecropia peitata L , todavia descreveu mais tarde como C. adenopus, juntamente com exemplares coletados na Amazônia. A planta herborizada por Martius "prope praedium Manaqueri et
oppidum Rio Negro" não foi encontrada nos herbários europeus, tornando-se difícil,
portanto, precisar se a área de C. pachystachya se estende até o A l t o Amazonas, antes de
uma revisão das Cecropia do Brasil. Sugerimos para lectotypus de C. pachystachya Trécul a exsicata de Minas Gerais, Curvelo, leg. P. Claüssen 158 (P).
Peter Claüssen, emigrante dinamarquês que serviu no exército brasileiro, deixou
a carreira das armas pelos trabalhos de uma fazenda, dedicando-se nas horas vagas, ao estudo das Ciências Naturais. Residiu entre 1834 a 1843 em Curvelo, Estado de Minas Gerais, na fazenda que ficou sendo conhecida como a "Fazenda da Porteirinha de Pedro
Dinamarquês". Em terrenos de sua Fazenda é que Peter Claüssen herborizou a planta
descrita porTréeul, e, 1847, como Cecropia pachystachya
baseando-se somente em
material feminino e com prioridade sobre C. adenopus, que é de 1853.
Em 1970 e 1972 herborizamos farto material de Cecropia pachystachya, tanto
masculino quanto feminino, possibilitando a descrição completa da espécie.
Os autores são gratos aos Srs. Orozimbo Corrêa de Souza, de Januária, e A n t ô n i o
Corrêa Sobrinho, de Curvelo, pelas facilidades proporcionadas na herborização e estudo
de campo; a Dorothy Dunn Araújo pelo resumo em Inglês; a Vânia Aida pela ilustração;
e ao R.P. Raulino Reitz pela procura e obtenção de dados em herbários europeus a respeito dos typus de espécies de Cecropia.
LITERATURA CITADA
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T R É C U L , A. 1847.
Mémoire sur Ia famille des Artocarpées. - Ann. Sc. Nat.
Bot. Paris 8: 1 - 1 5 7 . "
-33 -
a)
c)
CECROPIA PACHYSTACMYA
habitus,
b) amentos masculinos,
ápice do ramo
(Caranta 1061).
Trécul
OTTONIA
PELTATA
(PIPERACEAE)-Uma
nova espécie do Estado do Espírito Santo
E- F. Guimarães (•)
C L. Falcão Ichaso (*)
C. Gonçalves Costa (*)
RESUMO
O presente trabalho versa sobre uma nova espécie do gênero Ottonia coletada no
Estado do Espirito Santo pelas botânicas Ariane Luna Peixoto e Dorothy Dunn de
Araújo e posteriormente, pelo botânico Pedro Jorge Carauta. Foram feitas também algumas observações anatômicas, com a finalidade de confirmar a espécie.
SUMMARY
Ottonia peltata was the name chosen by the authors to distinghish this species
from O. villosa Yun.
The rounded base of the leaves, the glabrous bracteoles and pedicels longer than
0. villosa are distinctive features of this species collected in Espirito Santo.
It also resembles O. frutescens Y u n . by the peltate leaves, but the villous indumentum immediatly distinguish it from this species.
The hairs of O. villosa are longer and more numerous than O. peltata. Both species
have glandular hairs and oil-cells but in O. villosa they are more numerous.
Ottonia peltata Guimarães et Ich.
Suffrutex
umbrophilus, parvus (ca. 5 0 - 6 0 cm altusj; rami teretes, striati, glabri; folia subaequilatera, nervo médio costulisque (utrinque 1 0 - 1 2 ) subtus
prominentibus, 15—19 cm longa, 6—7,5 cm lata, ovata, pilosa, basi rotundata, peltata, ápice acuminato; p e t i o I i hirtelli
0,9—1 cm longi;
inflorescentiae
in vivo albae;
r
a c e m i ca. 5,5—10cm longi, pedúnculis
0,4—0,5 cm longis; r h a c h i s striatosulcata, g/abra; .bracteolae
saccato-galeatae, pedicellatae, glabrae; s t a m i n a 4;
o v a r i u m ovoideo-tetragonun,
longo-pedicellatum.
A r b u s t o umbrófilo, 1,5 m de altura. Ramos cilíndricos, estriados, nodosos,
os mais velhos glabros e os mais jovens pilosos; e n t r e n ó s variando de 4—19cm
de comprimento. F o l h a s e pecíolos vilosos; p e c í o I o estriado, bainha na base,
de 0,7-1,3cm de comprimento; l â m i n a papirácea, subequilátera, ovada, de base peitada, arredendada, distando do pecíolo 0,4—0,55 cm, ápice acuminado, de 15—19 cm de
comprimento e 6—7,5 cm de largura; n e r v u r a s secundárias em número de 10—12
Pares, salientes na face dorsal e impressas na ventral. P a d r ã o de n e r v a ç ã o do tipo broquidódromo (fig. 6 ) ; nervuras secundárias alternas entre si e ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos agudos, até cerca de 2/3 da lâmina; nervuras
terciárias axiais mais abundantes que as laterais; nervuras pseudo-secundárias; anastomose de nervuras de ordem inferior paralelamente ao bordo (fig. 6).
Espigas
eretas,
variando de 5,5—10 cm de comprimento, de 0,5—1 cm de diâmetro; p e d ú n c u l o
esparso-viloso, 0,4—0,5 cm de comprimento; f l o r e s relativamente congestas; b r a c t é o I a s sacado-galeadas, pediceladas, glabras; e s t a m e s
4, com filetes curtos;
o v á r i o ovado-tetragonal, com pedicelo variando entre 0 , 2 5 - 0 , 3 cm de compriment o ; e s t i g m a s 4, curtos, eretos. F r u t o ovado-tetrágono, agudo no ápice.
(*) — Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
-36
H o I o t v p u s: Brasil, Estado do Espírito Santo, Município de Domingos
Martins, Campinho, caminho para Chapéu, leg. J.P.P. Carauta 1808 (15-IX-1975)RB.
P a r a t y p u s : Estado do Espírito Santo, Município de Domingos Martins, estrada que sobe para a torre Rádio Campinho, mais ou menos 630m s.m., leg. A. Luna
Peixoto 438, Dorothy Araújo 645 et O. L Peixoto (18-1 T975)RB.
OBSERVAÇÕES
Ottonia peltata é espécie m u i t o próxima de O. villosa Yun distinguindo-se ambas das demais pela pilosidade invulgar no gênero, encontrada não só em seus pecíolos,
pedúnculos e lâmina foliar, como em suas bractéolas. Distingue-se de O. villosa por apresentar folhas peitadas, bractéolas glabras, pilosidade mais esparsa e pedicelos mais
longos.
Embora se aproxime também de O. frutescens (C.DC) Trel. pela folha peltada,diferencia-se da mesma pela pilosidade, além da base foliar arredondada.
Com referência aos caracteres anatômicos, O. peltata apresenta algumas peculiaridades que permitem distingui-la de O. villosa. Embora em ambas, as células epidérmicas tenham paredes sinuosas e na face abaxial ocorram estòmatos do t i p o tetracítico ( V A N COTTHEM, 1970), observamos diferenças bem sensíveis no que tange ao indumento, representado por pêlos tectores e glandulares. Aqueles, pluricelulares e plurisseriados são revestidos por cutícula moderadamente espessa e fortemente estriada, dispondo-se as células basais em roseta (fig. 3) e ocorrem ao nível da lâmina foliar e mais abundantemente das nervuras e do pecíolo. São constituídos por células de menor diâmetro e apresentam menor número de elementos em O. peltata, podendo ocorrer, em
média, de 13—30 células nos pêlos da lâmina foliar desta espécie e de 24—34 nos do pecíolo, enquanto O. villosa apresenta, via de regra, de 25—34 na lâmina foliar e até 40 no
pecíolo.
Os pêlos glandulares, em ambas as espécies, não constituídos por duas células
(esporadicamente três em O. peltata), sendo a basal em O. villosa um pouco menor e de
paredes mais espessas (figs. 5 e 9). Ocorrem na folha e nos órgãos florais.
O ovário difere pelos caracteres morfológicos externos e pela quantidade de pêlos glandulares, encontrados na base e no pedicelo, em proporções m u i t o menores em
0. peltata (figs. 7 e 10). Também a ocorrência de células oleíferas é acentuadamente
menor na espécie em apreço, não só no ovário, como nos estames, menores que os de
O. villosa (figs. 4 e 8).
Distribuição geográfica — Conhecida até o momento, apenas a localidade tipo.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico as bolsas concedidas e ao coleta Pedro Jorge Carauta por ter, a pedido nosso, coletado material mais farto no mesmo local, o que nos possibilitou um estudo mais detalhado da espécie.
REFERÊNCIAS
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LEGENDA DAS F I G U R A S
Figs. 1 e 1a
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
Fig. 9
Fig. 10
Folha e inflorescência de Ottonia peltata.
Inflorescência de O. villosa. Y u n .
Pelo tector de O. villosa, observando-se estrias epicuticulares e células
sais em roseta.
Detalhe d o ovário e d o estame de O. peltata.
Epiderme abaxial de O. petalta com estômatos tetracíticos e um pelo
glandular.
Padrão de nervacão broquidódromo de O. petalta.
Pedicelo de O. petalta, com pelos glandulares.
Detalhe do ovário e d o estame de O. villosa, evidenciando células oleíferas.
Epiderme abaxial de O. villosa, com estômatos tetracíticos e um pelo
glandular.
Pedicelo de O. villosa, com pelos glandulares.
39
lmm
0. viltosa. Yun
0. peltala
ip nor.
-40-
0 »lll»M »W.
O piltata 5fl f7».
/A/~
L E V A N T A M E N T O DOS TIPOS DO H E R B Á R I O DO J A R D I M BOTÂNICO DO
RIO DE J A N E I R O
LEGUMINOSAE-CAESALPINIOIDEAE l-SIMAROUBACEAE - T H Y M E L A E A C E A E
Cordélia Luiza Benevides de Abreu (•)
Vânia Perazzo Barbosa (*)
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
SINOPSE
O presente trabalho prende-se a divulgação dos tipos do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e sua classificação; é ilustrado com fotografias das espécies citadas pelo autor.
INTRODUÇÃO
Neste levantamento, foram relacionados e classificados os Tipos existentes no
Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, das famílias
Simaroubaceae,
Thymelaeaceae e Leguminosae. Como esta última se acha representada no herbário por
um número m u i t o grande de Tipos, será publicada em etapas, constando esta primeira
parte dos gêneros Cenostigma Tul., Crudia Schereb. e Docorynia Benth. pertencentes à
subfamília Caesalpinioideae.
Consultamos os trabalhos de Guimarães (1965 e 1966), Occhioni (1949, 1952 e
1953) e Travassos (1956 e 1966), que se ocuparam do levantamento de tipos do nosso
herbário bem como o Código Internacional de Nomenclatura (1972) a f i m de solucionar problemas nomenclaturais.
Na realização deste trabalho foi obedecido o seguinte critério:
— citação da espécie.
— citação do autor e da obra original.
— transcrição do material examinado (Tipos), tal como citado na obra original.
— citação da sigla do herbário do Jardim Botânico, seguida do número de registro.
— classificação do tipo.
— transcrição das diversas etiquetas (schedulae) encontradas nas exsicatas e
— fotografias dos Tipos.
Relação do Material estudado:
Leguminosae—Caesalpinioideae
-
Cenostigma tocantinum Ducke - RB 5.613
Crudia aequalis Ducke - RB 11.003
Dicorynia ingens Ducke - RB 11.014, 11.015, 11.013, 5.596
Dicorynia macrophylla Ducke - RB 23.321, 23.322
Simaroubaceae
- Simaba paraensis Ducke - RB 18.947, 18.948.
- Picramnia tristamina Steyermarke - RB 108.634
- Picrolemma huberi Ducke - RB 18.941
- Picrolemma pseudocoffea Ducke - RB 18.940
' * ) Bosista do Conselho Nacional de Pesquisas.
-42
-
Thymelaeaceae
— Daphnopsis longifolia Taub. — RB 44.892
— Daphnopsis martii Meissn. var. congregata Domke — RB 26.200, 26.201
— Daphnopsis schwacheana Taub. var. itatiaiensis Domke — RB 14.563.
— Daphnopsis sessiliflora Gris. ex Taub. - RB 44.895.
— Daphnopsis utilis Warm. - RB 44.897
— Funiferagrandifolia
Domke — RB 21.335
— Lophostoma bolleanum Domke — RB 23.469
— Lophostoma dinizii Ducke - RB 14.659, 14.660.
LEGUMINOSAE
-
CAESALPINIOIDEAE
1) CENOSTIGMA
TOCANTINUM
Ducke (Foto 1)
Ducke, Arch.Jard. Bot. do Rio de Janeiro 1:29. PI. 10.1915.
" I n silvis primariis terrae altae prope Alcobaça ad fluvium Tocantins frequens, I.
A. Ducke 6-1-1915, H. A. M. P. 15.643."
EXEMPLAR RB 5.613 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
N. 5.613
Fam. Leguminosa Cães.
Gen. Cenostigma.
Spec. Tocantinum Ducke
Pátria Alcobaça, Tocantins (Pará)
Collegit. A. Ducke, Herb. Goeldi 15.643. 6-1-1915
2a. SCHED.:
N 15.643
Fam. Leg. Cães.
Cenostigma tocantinum Ducke
Localidade Alcobaça (Tocantins) E ° Pará
Data 6-1-1915
Colecionador A. Ducke
2) C R U D I A A E Q U A L I S Ducke (Foto 2)
Ducke, Arch.Jard. Bot. Rio de Janeiro 3 : 9 1 . 1922.
"Hab. ad flumen Tapajoz in silvis riparis prope cachoeira do Mangabal,
1-9-1916, n. 1 6 . 4 3 1 . "
EXEMPLAR RB 11.003 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
N. 11.003
Fam. Leg. Cães.
Gen. Crudia
Spc. aequalis Ducke
Pátria R. Tapajoz, Mangabal, E ° Pará
Collegit. A. Ducke, H. Am.Mus. Goeldi 16.431
1-9-1916
2a. SCHED.:
Ex Herbário Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 16.431
Fam. Leg. Cães.
Crudio aequalis Ducke n. sp.
R. Tapajoz, região da cachoeira do Mangabal E ° Pará
Collectioneur: A. Ducke
Date: 1-9-1916
I. A. Ducke
-43
3) DICORYNIA
INGENS Ducke (Foto 3)
Ducke. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 4:58. 1925.
"Habitat in silvis non inundatis prope Gurupá (Herb. Amazon. Mus. Pará n. 16.696);
inter Almerim et Prainha loco Bom Logar, frequens, arbor " T a p a i u n a " appellata (Herb.
Jard. Bot. Rio n. 11.014) in rivis fluminis Trombetas prope Oriximiná (Herb. Ama. Mus.
Parán. 15.707 et 16.022). Florebat II et I I I ; fructifera I V — V I I . "
A) E X E M P L A R
RB 11.014 -
SÍNTIPO
1a. SCHED.:
N. 11.014
Fam. Leg. Cães.
Gen. Dicorynia
Spc. ingens Ducke n. sp.
Nom. vulg. topaina
Pátria A l m e r i m (Pará)
Collegit. A. Ducke
5-7-1919
2a. SCHED.:
Bom Lugar (ao oeste da Velha Pobre, Almerim, Pará), 5-7-1919.
A. Ducke.
Arv. gr e . da mata de ta. f ° baixa
"tapaiuna".
^ ^ |
B) E X E M P L A R RB 11.015 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
N. 11.015
Fam. Leg. Cães.
Gen. Dicorynia
Spc. ingens Ducke n. sp.
Pátria Gurupá (Pará)
Collegit. A. Ducke Herb. A m . M.Goeld 16.696
17-1-1917
2a. SCHED.:
Herbarium Amazonicum Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
N. 16.696.
Fam. Leg. Cães.
Dicorynia paraensis Benth. var. floribunda Benth aff.
Localidade Gurupá
Data 17-1-1917
E ° Pará
Colleccionador A. Ducke
C) EXEMPLAR
RB 11.013 -
ISOSÍNTIPO
1a. SCHED.:
N. 11.013
Fam. Leg. Cães.
Gen. Dicorynia
Spc. ingens Ducke n. sp.
Pátria Ouximiná baixo Trombetas (Pará)
Collegit. A. Ducke
Herb. A m . M. Goeldi 16.022
11-4-1916
2a. SCHED.:
Herbarium Amazonicum Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 16.022
Familia: Leg. Cães.
Dicorynia paraensis Benth. var. floribunda Benth. aff.
Localidade: Oriximiná, baixo Trombetas
Data 11—IV—1916
E ° Pará
Colleccionador: A. Ducke
- 44 -
D) Exemplar RB 5.596 - ISOSIIMTIPO
1a. SCHED.:
N o 5.596
Fam. Leg. Cães.
Nom. scient. Dicorynia ingens Ducke n. sp.
Procedência Oriximina, R. Trombetas (Pará).
Collegit. A. Ducke
Herb. Amaz. 15.707
2a. SCHED.:
Herbarium Amazonicum Musei Paraensis (Museu Goldi) Pará (Brazil).
NO 15.707.
Dicorynia paraensis Benth. var. floribumda Benth. aff.
Localidade: Oriximina, baixo Trombetas
Data 4—III —1915
(Pará)
Colleccionador: A.Ducke
4) DICORYNIA
MACROPHYLLA
Ducke (Foto 4 a 6)
Ducke, Arch. Jard.Bot.Rio de Janeiro 6:26.1930.
" N o n rara in regione Rio Negro, civitate Amazonas, Leg. A. Ducke circa Igarapé Iria
prope São Gabriel, 2 - 1 2 - 1 9 2 9 florif.(H.J.B.R. n. 23.321),et prope Manáos, 11-121930 fructif. (H.J.B.R. 23.322); habitat silvas paludosas terris altioribus nec a fluvio
inundatis."
A) EXEMPLAR
RB 23.321 - SINTIPO
1a. SCHED.:
No 23.321
Data 2 - 1 2 - 1 9 2 9
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Dicorynia macrophylla Ducke n. sp.
Procedência S. Gabriel, Rio Negro (Amazonas).
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Manaus
S. Gabriel (R. Negro)
Iguapé do Igarapé íris.
2-12-1929
A.D.
Ar. gr., f l . branca
B) EXEMPLAR
RB 23.322 -
SINTIPO.
la.SCHED.:
No 23.322
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Dicorynia macrophylla
Procedência Manaos (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
Ducke n. sp.
2a. SCHED.:
Manaus
Iguapó do 1 ° riacho na E. do Aleixo
11-2-1930
A. Ducke
Arv. grande
Flor 1 8 - 1 1 - 1 9 3 5
f l . branca
SIMAROUBACEAE
5) SIMABA PARAENSIS Ducke (Foto 7)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 4:195.1925
" I n silvis primariis non inundatis civitate Pará; prope Óbidos I. A. Ducke 4-10-1915,
Herb.Jard.Bot.Rio n. 18.947; prope stationem Peix.eboi viae férrea inter Belen et
Bragança I. R. Siqueira, 1 5 - 9 - 1 9 0 8 , Herb.Mus. Pará n. 9.654."
-45A) E X E M P L A R RB 18.947 1a. SCHED.:
N. 18.947
Data 4 - 1 0 - 1 9 1 5
Fam. Simaroubaceae
Nome scient. Simaba paraensis Ducke n. sp.
Procedência Óbidos (Pará)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Mata de terra firme
4-10-1915
A. Ducke
fl. verd. esbranquiçada com mau cheiro
"marupá"
SINTIPO
B) EXEMPLAR RB 18.948 - ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
NO 18.948
Fam. Simaroubaceae
Nome scient. Simaba paraensis Ducke n. sp.
Observações, Peixeboi E. de F. de Bragança, Pará.
Collegit. R. Siqueira, Herb. Amaz. Mus. Pará 9.654
6) PICRAMNIA
TRISTAMINA
Steyermark (Foto 8)
Steyermark, Fieldiana, Bot. 28(2): 275.1952.
" T y p e in herb. Chi.Nat.Hist.Mus., collected a Io largo dei camino de Yavita, território
Federal Amazona, alt. 128m., January 23, 1942, Llewelyn Williams, 13.918."
i
EXEMPLAR
RB 108.634 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Registro n. 108.634
2a. SCHED.:
Simarubaceae
Plants of Venezuela
Field Museum Venezuelan Govt. Expedition
13.918 Picramnia tristamania Steyermark n. sp.
Yavita, Fed. Terr. Amazonas alt. 128m.
Llewelyn Williams. 1942.
3a. SCHED.:
13.918 - Picramnia tristamina Steyermark n. sp.
Arbol de 8m.de altura con corona de forma irregular; ei tronco es moderademente redondo e derecho, 15cm de diam., sim rumas por 2m;las flores son rosadas e
rojizas; Ia madera de color claro, pesada; corteza delgada, de color subido; a Io
largo dei camino da Yavita, alt. 17 m., 1/23/1942.
7) POCROLEMMA HUBERI
Ducke (Foto 9 e 10)
Ducke, Arch. Jard.bot.Rio de Janeiro 4:197.1925.
"Habitat in silvis Quebrada Grande de Canchahuaya regione fluminis Ucayali Peruviae
orientalis, I. J. Huber 1 3 - 1 1 - 1 8 9 8 , Herb. Amaz. Musei Pará n. 1 . 4 7 1 . "
EXEMPLAR RB 18.941 - ISÓTIPO
1a. SCHED.:
N. 18.941
Fam. Simarubaceae
Nome scient. Pricrolemma Huberi Ducke n. sp.
Procedência Quebrada Grande de Canchahuaya, Rio Ucayali, Peru oriental.
Collegit. J. Huber, Herb.Amazon.Mus.Pará 1.471.
8) PICROLEMMA
PSEUDOCOFFEA
Ducke (Foto 11 e 12)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 4:196.1925.
"Habitat prope Cunany in civitatis Pará parte littorali boreali, I. J. Huber 18-10-1895,
Herb. Amazon Musei Pará n. 1.116."
-46
-
EXEMPLAR RB 18.940 - ISÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 18.940
Fam. Simarubaceae
Nome scient Picrolemma pseudocoffea Ducke n. sp.
Nome vulgar café-rana
Procedência Cunany ( E ° Pará).
Collegit. J. Huber Herb. Amaz.Mus.Pará 1.116
THYMELAEACEAE
9) DAPHNOPSIS LONGIFOLIA
Taub. (Foto 13)
Taubert, Bot. Jahrb. 12(27): 9.1890.
"Habitat in Brasiliae província Rio de Janeiro (?): campos da Bocaina a Ia source du Sobrado: Glaziou n. 8.252 ( á ) et loco non indicato: Glaziou 12.141 (
9 ) - Floret
m. Januário. Nom. vern. Embiraçu V. Embira branca (ex Glaziou)."
EXEMPLAR
RB 44.892 -
ISOLECTÓTIPO
la.SCHED.:
No 44.892
Fam. Thymelaeaceae
Nome cientifico Daphnopsis longifolia Taub.
Proced. Rio de Janeiro - Nova Friburgo.
Observ. Ex. Herb. Damazio.
Colet. Glaziou 8.253
Data 8 - X - 1 8 8 0
2a. SCHED.:
Herb. Schwacke
Daphnopsis longifolia Taub.
Leg. Glaziou 8—X—1880
Rio de Janeiro
NO 8.252 - Nova Friburgo.
3a. SCHED.:
Daphnopsis beta Taub.
(Type of D. longifolia Taub.).
Determ. Lorin. I. Nevling Jr. 1959
10) DAPHNOPSISMARTII
Meissn. var. CONGREGATA
Domke (Foto 1 4 - 1 5 )
Domke, Notizbl.Bot.Gar.Berlim 12(115):730.1935.
"Brasilien: Itatiaia. Im Wald bei 900 m. s.m.:(Mit jungen, etwas behaarten Fruchten am
24 mai 1935 - Brade no 14.663 ( T y p u s ! ) und 14.664 (Jard.Bot. do Rio de Jan.
Herb. no 26.200 und 26.201 )".
A) EXEMPLAR
RB 26.200 -
1a. SCHED.:
No 26.200
Fam. Thymelaeaceae
Nome cient. Daphnopsis Martii Meissn.
var. congregata Domke n. var.
Proced. Itatiaia cam. 3 Picos 900 m.
Observ. arbusto
Collet. Brade 14.663
data 2 4 - V - 1 9 3 5
Determ. Domke (Berlim) 1935
2a. SCHED.:
Daphnopsis martii Meissn. Type
Determinado por Lorin I. Nevling Jr. 1959.
HOLÓTIPO
-47
B) EXEMPLAR RB 26.201 1a. SCHED.:
No 26.201.
Fam. Thymeliac.
Nome scient. Daphnopsis Martii Meissn.
n.
Var. congregata Domke nov. var.
Proced. Itatiaia, cam. 3 Picos 900 ms.
Observ. arbusto.
Coleg. Brad no 14.664 de 2 4 - V - 9 3 5
Determ. por Domke em 1935
2a. SCHED.:
Daphnopsis martii Meissn.
Determinado por Lorin I. Neling. Jr. 1959
PARÁTIPO
11) DAPHNOPSIS
SCHWACHEANA
Taub. var. ITATIAIENSIS
Domke (Foto 16).
Domke, Notizbl. Bot. Gard. Berlin 1 2(11 5): 731 1935.
"Brasilien: Itatiaia. Im Wald bei 800m s.m. Nomen vernac: embira branca. (Blühend in
September 1934 - Brade n. 13.990
Jard.Bot. do Rio de Janeiro Herb. n. 14.563 )."
EXEMPLAR
RB 14.563 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
No 14.563
Fam. Thymelaeaceae
Nom. cient. Daphnopsis schwackeana Taub.
Var. itatiaiensis Domke nov. var.
Nome vulgar Imbira branca.
Proced. Est. do Rio, Itatiaia Lote 17 800m.
Observações: arbusto
Coleg. Brade 13.990
Determ. por Domke (Berlin) 1935.
12) DAPHNOPSISSESSILIFLORA
Gris. ex Taub. (Foto 17).
Taubert, Bot. Jarhrb. 12(27): 8.1890
"Habitat in Brasília loco non indicato: Glaziou n. 17.747."
EXEMPLAR
RB 44.890 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 44.890
Fam. Thymelaeaceae
N. cient. Daphnopsis sessiliflora Gris. ex Taub.
Proced. Rio de Janeiro — Serra dos Órgãos.
Observ. Ex. Herb. Damazio
Colleg. Glaziou 17.747 Data 23/11/1889
2a. SCHED.:
Herb. Schwacke
Daphnopsis sessiliflora Gris.
Leg. Glaziou 2 3 - 1 1 - 1 8 8 9 - Rio de Janeiro
NO 17.747 - Serra dos Órgãos
3a. SCHED.:
Daphnopsis utilis Warm
Type de D. sessiliflora Griseb. ex Taub.
Determ. Lorin I. Nevling Jr. 1959.
13) DAPHNOPSIS UTILIS Warm. (Foto 18).
Warming,Vid.Medd. For. Koebnh. 318.1871.
" I n vicina Rio de Janeiro (Glaziou n. 2.963 et 4.070). - Lagoa Santa: in silvis et virguetis hand rara; ab incalis ob librum tenacem appetitut. Três sunto arbores quorum liber
Lago ensibus maximi pretii est et variis modis addibetur; optimus liver Apeiboi "Jangad a " denominatus, habetur; secundi ordinis autem liber Daphnopsis utilis, vulgo "embira branca", et Bombacacearum (Sachiros generis, " E m b i r i ç u " appellati) (Warming)".
48-
EXEMPLAR RB 44.897 1a. SCHED.:
N. 44.897
Fam. Thymelaeaceae
N. cient. Daphnopsis utilis Warn.
Proc. Rio de Janeiro — A l t o Macahé
Observ. Ex. Her. Damazio
Colet. Glaziou 2.963 - Data 1 5 - 1 1 - 1 8 9 2
2a. SCHED.:
Herb. Schwacke
Daphnopsis utilis Warm.
Leg. Glaziou 1 6 - 1 1 - 1 8 9 2 . Rio de Janeiro.
n. 2.963 A l t o Macahé
3a. SCHED.:
Daphnopsis utilis Warm. Type.
Determinado por I. Nevling Jr. 1959.
ISOLECTÓTIPO
N O T A : Glaziou 2.963 (C) foi eleito por Nevlingcomo Lectótipo de D. utilis
Ann.Miss.Bot.Gard. 46(4): 3 3 4 - 3 3 5 . 1959.
Warm. em
14) FUNIFERA
GRANDIFOLIA
Domke (Foto 19).
Domke, Notizbl.Bot.Gart. 12(115): 7 3 1 . 1935.
"Brasilien: Rio de Janeiro, Serra de Friburgo, Cachoeiras, bei Valeric. Im Walde (Mit
Blüten am 14, Novembro 1922 — J.G.Kuhlmann (Jard. Bot. Rio de Janeiro Herb. n.
21.335-Typus!
)".
EXEMPLAR
RB 21.335 - HOLÓTIPO
Ia. SCHED.:
No 21.335
Data 1 4 - X I - 9 2 2
Fam. Thymelaeaceae
Nome scient. Funifera grandifolia Domke sp. n.
Procedência Fazenda da Califórnia, Valerio, Cachoeiras ( 2 o do Rio).
Serra de Friburgo.
Collegit. J.G. Kuhlmann
Determ. por Domke, Berlim 1935
15) LOPHOSTOMA BOLLEANUM
Domke (Foto 20)
Domke, Notizbl. Bot. Gart. Berlin 11 (105): 350.1932.
"Brazillien: Civ. Amazonas: Manaos: "silva palusosa et periodice inundabili ad Igarapé
do Crespo" (22.juli 1929 - A. Ducke n. 23.469)".
EXEMPLAR
RB 23.469 -
ISÓTIPO
Ia. SCHED.:
NO 23.469
Fam. Thymelaeaceae
Nome scient. Lophostoma (ovatum Meissn.) = Bolleanum Domke
Procedência Manaos (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
'Manaus, igapé do igarapé do Crespo 22—7—1929 A.D.
Cipó grande, folhas na base da inflorescencia e flores bramcas, estas cheirosas.
3a. SCHED.:
Lophostoma ovatum Meissn.
Isotypo: L. bolleanum Domke
Determinado pr Lorin I. Nevling. J r . — J u n h o 1966
N O T A : Resolvemos confirmar a identificação do especialista L.I.NevIing Journ. Arnold.
Arb. 46(2): 159.1963.
-49
16) LOPHOSTOMA DINIZII
Ducke (Foto 21)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 1:51.1915.
"Habitat ad fluminis Trombetas ripas: ad vicum Oriximiná fauci p r o x i m u m , 15-IX-1910
I. Ducke, H.A.M.P. 10.988, et ad affluentes Mapuera cursum superiorem super Cachoeira do Canadá, 6-XII-1907 I. Ducke H.A.M.P. 9.050."
A) EXEMPLAR
RB 14.659 -
LECTÓTIPO
1a. SCHED.:
No 14.659
Data 6 - 1 2 - 1 9 0 7
Fam. Thymelaeaceae
Nome cient. Lophostoma Dinizii Ducke
Procedência A l t o Rio Mapuera (R. Trombetas, E. do Pará).
Observações: Do Herb. Amaz. 9.050.
Colet. A. Ducke.
2a. SCHED.:
Lophostoma dinizii Huber ex Ducke
Lectotype
Determinado por I. Nevling Jr. Nov. 1961
N O T A : Ducke 9.050 (RB) foi eleito por Nevling como Lectótipo de L. dinizii
obra publicada em Jour. Arnold. Arb. 44 (2): 158. 1963.
B) EXEMPLAR
RB 14.660 -
em sua
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
NO 14.660
Data 1 5 - 9 - 1 9 1 0
Fam. Thymelaeaceae
Nome scient. Lophostoma dinizii Ducke
Procedência Oriximiná (baixo Trombetas, E ° do Pará).
Observações: do Herb. Amaz. 10.988
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Oriximiná
beira do rio
15-9-1910
A. Ducke
cipó: fl. branca, externamente avermelhada.
3a. SCHED.:
As. determined.
Lorin I. Nevling, Jr. June 1966.
Abstract
This paper is connected w i t h the classification and publication of the types f r o m
the Rio de Janeiro Botanical Garden herbarium (RB).
Photographs illustrate each species cited by the author.
AGRADECIMENTOS
Nossos agradecimentos ao Pesquisador Jorge Fontella Pereira pela orientação dada, e ao Conselho Nacional de Pesquisas pela Bolsa de Estudo que nos vem proporcionanHr\
nando.
- 5 0 -
BIBLIOGRAFIA
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cognoscendam — Vid.Medd. For. Kjoebnh. 318.1871.
FOTO
1
Sem
Cenostigma tocantinum Ducke
Crudia aequalis Ducke
FOTO 3
FOTO
OI
Dicorynia ingens Ducke
Dicorynia macrophylla Ducke
FOTO S
FOTO 6
I
s
5c/n
Dicorynia macrophylla Ducke
Dicorynia macrophylla Ducke
FOTO 7
FOTO 8
Simaba paraensis Ducke
Picramnia tristamina Steyermarke
FOTO 10
FOTO 9
Ui
OI
:
Picrolemma huberi Ducke
Picrolemma huberi Ducke
FOTO 11
FOIO 12
I
Picrolemma pseudocoffea Ducke
Picrolemma pseudocoffea Ducke
pw*
IOTO U
íOTO 13
Daphnopsis longifolia Taub.
Daphnopsis martii Meissn. var. congregata Domke
roto 15
lOTO
lb
OI
CD
^ ^ ^ -^ ^ ^ ^
,*»/ív^
Daphnopsis martii Meissn. var. congregata Domke
Daphnopsis schwacheana Taub. var. itatiaiensis Donke
FOTO 18
TOTO
Daphnopsis sessiliflora Gris.ex Taub.
17
Daphnopsis utilis Warm.
FO10 20
Foio 19
O)
O
Funifera grandifolia Domke
Lophostoma boileanum Domke
-61 -
TOTÓ 2 1
Lophostoma dinizii Ducke
LEVANTAMENTO DOS TIPOS DO HERBÁRIO DO JARDIM BOTÂNICO DO
RIO DE JANEIRO
BIGNONIACEAE I
Maria do Carmo Mendes Marques (*)
Edy Albertina Montalvo (**)
SINOPSE
Este trabalho prende-se ao levantamento dos tipos de Bignoniaceae do Herbário
do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB), ilustrado com fotografias das espécies citadas pelo autor.
INTRODUÇÃO
Como a família Bignoniaceae se acha representada por um número muito grande
de "tipos" no herbário acima citado, resolvemos dividir este levantamento em três etapas, a primeira constando neste trabalho dos gêneros Anemopaegma Mart ex Meissn.,
Arrabidaea Pyr. DC, Crescentia Linn., Distictella Kuntze e Kuhlmannia J.C. Gomes.
Na realização deste trabalho foi obedecido o seguinte critério:
— citação da espécie,
— citação da obra original,
- transcrição do material examinado "tipo ou tipos" tal como citado na obra original,
- citação da sigla do herbário do Jardim Botânico, seguido do número de registro e a
classificação do "tipo",
- transcrição das diversas etiquetas (schedulae) encontradas nas exsicatas e
— fotografias dos espécimes "tipos".
ABSTRACT
This paper is connected with the classification and publication the types from the
Rio de Janeiro Botanical Garden herbarium (RB). Photographs illustrate each species
cited by the author.
AGRADECIMENTOS
Ao Pesquisador Jorge Fontella Pereira pela orientação que nos permitiu elabo.rar
este trabalho, ao Botânico Dimitri Sucre pela confecção das fotografias e à colega
Cordélia Luiza Benevides de Abreu pelo esclarecimento de algumas das dúvidas por nós
encontradas.
Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas.
Bolsista da Universidade de El Salvador no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
-64
R E L A Ç Ã O DO M A T E R I A L ESTUDADO
\Anemopaegma
Heringeri J.C. Gomes - RB 76935- HOLÓTIPO
2-Anemopaegma leucanthum J.C.Gomes - RB-53244 - HOLÓTIPO
2-Anemopaegma umbellatum A.J.Sampaio - RB-24090 - HOLÓTIPO
4-Arrabidaea Duckei A.J.Sampaio - RB-24094 - HOLÓTIPO
b-Arrabidaea Mazagana Huber - RB-22771 - ISÓTIPO
6-Arrabidaea Sickiana J.C.Gomes - RB-61229 - HOLÓTIPO
7-Crescentia Amazônica Ducke - RB-34696 - SINTIPO
Q-Distictella campinae A.J. Sampaio - RB-22688 - HOLÓTIPO
9-Distictella lutesccns Freire et A.J. Sampaio - RB-24885 - HOLÓTIPO
:0-Distictel/a negrensis Freire et A.J. Sampaio - RB-8022 - HOLÓTIPO
W-Kuhlmannia colatinensis J.C. Gomes - RB-62840 - HOLÓTIPO
1. -
ANEMOPAEGMA
HERINGERI
J.C.Gomes
(FotoD
A r q . Jard. Bot. Rio de Janeiro 12:147. f. 1.1952. "Habitat in Coronel Pacheco in
Minas Gerais, collegit E. P. Heringer nO 1147, 3—XIt—42, Herb. Jard. Bot. Rio de
Janeiro, 76935 (Typus.)"
Exemplar RB. 76935 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
No 76935
Fam. Bignoniaceae
Anemopaegma Heringeanum J. C. Gom. n. sp.
Proced. Cel. Pacheco, M. Gerais
Col. E. P. Heringer 1147. 3 - X I I - 4 2
Det. p. José Corrêa Gomes . 10—1—52
2a. SCHED.:
NO 1147
Anemopaegma Heringeanum
Mata do fundão
J. C. Gom. n. sp.
Estação Experimental, Cel. Pacheco, Minas
trepadeira
Não se encontram frutos
Col. Ezechios Paulo Heringer
3-XII-942.
3a. SCHED.:
NO 1147
Bignoniaceae
Serra
Florim em XI
24-XII-42
ANEMOPAEGMA
LEUCANTHUM
J. C. Gomes (Foto 2)
Rodriguésia 2 3 - 2 4 ( 3 5 - 3 6 ) : 69. f . 1 . 1961. "Habitat in Manaus, collegit A. Ducke
s/n., 21.11.43 RB 53244 (Typus)".
65-
Exemplar RB. 53244 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
No 53244
Fam. Bignoniaceae
N. Scient. Anemopaegma
leucanthum
J.C.Gom. n. sp.
Procedência Manaus
Capoeira no subúrbio
Observações Cipó; f l . brancacenta.
Collegit. A. Ducke . 2 1 - 2 - 9 4 3
Determ. por José Corrêa Gomes 3-5—51
2a. SCHED.:
Manáos, capoeira no subúrbio
21-2-1943 A. D.
Cipó, fl. brancacenta.
3. -
ANEMOPAEGMA
UMBELLATUM
A. J. Sampaio (Foto 3)
Boi. Mus. Nac. Rio de Janeiro 12 ( 3 - 4 ) : 82. 1936. "Amazonas: Parinthins, ad
marginem silvae Terra F i r m e " , Campo Grande proximae, 23—8—1932, leg. A.
Ducke, Herb. Jard. Bot. n ° 24090 (Duplicata in Herb. Mus. Nac. N 0 2 8 6 2 1 ) " .
Exemplar RB. 24090 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
N9 24090
23-8-1932
Fam. Bignon
Nom. cient. Anemopaegma
n. sp.
umbellatum
A.J. Sampaio
Procedência: Parinthins (Amazonas)
Observações: Ovário estipitado (de Anemopaegma)
pollen globoso, reticulado; cumpre procurar obter o fruto, quanto aos gêneros.
Collegit. A. Ducke
Determ. por A. J. Sampaio
2a. SCHED..•
Parintins
beira de matta de t. f. próxima do Campo Grande.
2 3 - 8 - 1 9 3 2 A. D.
Cipó pequeno, f l . branca.
4. -
ARRABIDAEA
DUCKEI
A. J. Sampaio (Foto 4)
Boi. Mus. Nac. Rio de Janeiro 12 (3-4):
81.1936.
NOTA:
Apesar do autor A. J. Sampaio, não citar o exemplar Typus, a nota que transcrevemos da obra original, coincide com os dados de uma das etiquetas do exemplar
examinado.
Transcrição de um dos trechos da obra original: " A s gavinhas que tiverem gavinha
trífida devem figurar em Periarrabidaea A.J.Samp., indicada adiante, a menos que
se verifique ser constante a gavinha simples no gênero."
-66
Exemplar RB. 24094 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
No 24094
Fam. Bignon.
Nome cient. Arrabidaea
A. J. Samp.
(Macrocalycinae)
n. sp.
Duckei
Procedência: Manáos (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
Determ. por A. J. Sampaio — (1934)
2a. SCHED.:
Arrabidaea
(macrocalycinae) Duckei A. J. Samp.
De preferência Periarrabidaea
3a. SCHED.:
Manáos
n.sp.
(gav. trffidas)
Capoeirão dos arredores de Cachoeira de Mindu na areia humida.
Cipó, f l . côr de vinho.
5. -
ARRABIDAEA
MAZAGANA
Huber
(Foto 5)
Boi. Mus. Paraense 2:512. 1896. "Habitat ad villam Mazagão, Guyanae brasiliensis,
in silvis "Capueiras" dictis. Herb. Amaz. Musci Paraensis n ° 581 Leg. M. Guedes."
Exemplar RB. 22771 -
ISÔTIPO
1a. SCHED.:
No 22771
Fam.
Bignoniaceae
Nome scient. Arrabidaea
mazagana Huber
Procedência: Mazagão (Pará), capoeira ao redor da villa
cipó
Collegit. M. Guedes
Determ. por J. Huber, Herb. Amaz. Mus. Pará 581
2a. SCHED.:
581 Maracá
Arrabidaea sp. nov.
Affinis A tubervulatum P. DC.
sed folia basi ramosum simplicia
(ut in A. pruinosa Klotzch)
et floribus vix 2 cm. longis
6. -
ARRABIDAEA
SICKIANA
J. C. Gomes (Foto 6)
Rodriguésia 2 3 - 2 4 ( 3 5 - 3 6 ) : 70. f. 2. 1961. "Habitat in Mato Grosso prope
flumen Xingu, collegit Dr. H. Sick. 398 october 1947 et B 580 ad margines
fluminis humilis Kuluene, 17—IX—51. RB. 61229 (Typus)".
Exemplar RB. 61229 -
1a. SCHED.:
No 61229
Fam. Bignoniaceae
•Arrabidaea Sickiana J. C. Gom. n. sp.
Proced. Mato Grosso
Col. Dr. H. Sick B 398 X - 1 9 4 7
Det. p. José Corrêa Gomes 1 9 - 1 1 1 - 5 2
HOLÓTIPO
-67
7. -
CRESCENTIA
AMAZÔNICA
Ducke
A r q . Inst. Biol. Veg. Rio de Janeiro 4 (1): 61.1938. "Habitat in silva " i g a p ó " profunde
inundabili insularum fluminum Solimões (prope São Paulo de Olivença, 2—2—1937, H.
J. B. R. 34696) et Madeira (prope Borba, 2 6 - 4 - 1 9 3 7 , H. J. B. R. 34697); specimina
ab A. Ducke lecta. Baccae e lacu Curary (prope ostium fluminis Solimões) provenientes visae, "Cuia pequena do igapó" vel "cuia maracá" appellatur".
10 Exemplar RB. 34696 - SINTIPO
1a. SCHED.:
No 34696
Fam. Bignoniaceae
N. scient. Crescentia amazônica Ducke n. sp.
Nome vulgar: cuia pequena
Procedência: São Paulo de Olivença, Rio Solimões
Amazonas
Collegit. A.Ducke 2 - 2 - 1 9 3 7
Determ. por A. Ducke 1937
2a. SCHED.:
São Paulo de Olivença, igapó profundamente innundável no Camatiá,
2 - 2 - 1 9 3 7 A.D.
arv. pequeno, f l . pardo vermelho escuro com desenhos brancacentos, cuia pequena
2 ° Exemplar RB. 34697 - SINTIPO
1a. SCHED.:
No 34697
Fam. Bignoniaceae
N. scient. Crescentia amazônica Ducke n. sp.
Nome vulgar: "Cuia de maracá"
Procedência: Borba Rio Madeira, Amazonas.
Collegit. A. Ducke 2 6 - 4 - 1 9 3 7
Determ. por A. Ducke 1937
2a. SCHED.:
Borba, igapó na ilha do Rio Madeira,
26-4-1937
A. D.
Arv. pequeno com ramos largamente divergentes;
fl. verde com desenhos avermelhado sujo.
"cuia maracá".
Frut. na coll. carpol.
8. -
DISTICTELLA
CAMPINAE
A.J. Sampaio (Foto 7)
An. Acad. Brás. Sei. Rio de Janeiro 7(1): 120.1935.
"Habitat ad prov. Brasiliae Pará, ad " c a m p i n a " prope vigia, in loco h u m i d o ; leg,
A. Ducke s.n., 2 1 - V I - 1 9 2 7 (Herb. Jard. B o t n ° 2 2 6 8 8 ) " .
Exemplar RB. 22688 - HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
Grupo Racemosa (D. racemum: Typo) —
No 22688 2 6 - 6 - 1 9 2 6
Fam. Bignoniaceae
Nom. scient. Distictella campinae A.J.Samp. n. sp.
(Distictis in Fl. Brase.) Det. A. J. Samp. 1932
Procedência: Vigia (Pará), campinas
Collegit. A. Ducke.
68
2a. SCHED.:
Vigia
Campinas arenosas em lugares um pouco pantonosas
2 6 - 6 - 1 9 2 7 A. D.
Cipó rasteiro, f l . branca com perfume forte.
3a. SCHED.:
Distictella cuneifolia (DC) Mihi in Kew. Buli. 1953, p. 476 (jan. 1954)
Determinavit.N.,Y.Sandwith, 13—VII —1960.
NOTA:
9. -
Consideramos certa a data da 2a. S C H E D U L L A que é a do coletor; acreditamos ter havido erro na passagem para a Sched. RB, e engano tipográfico
na edição do livro, trocando a data de 2 6 - 6 - 1 9 2 7 por 2 1 - 6 - 1 9 2 7 .
DISTICTELLA
LUTESCENS
Freire et Sampaio (Foto 8)
An. Acad. Brás. Sei. 8 (1): 31 f. 2. 1936. "Habitat Santa Isabel (Rio Negro), Estado Amazonas-Leg. A. Ducke. n ° 8022A.
(Destacado do exemplar n ° 8022 de A. Ducke, com o qual muito se confunde)".
Exemplar RB. 24885 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
N? 2 4 8 8 5 . 8 - 1 1 - 1 9 3 2
Fam. Bignon.
Nom. cient. Distictella lutescens Freire e A.J. Samp.
Procedência: Sta. Isabel, R. Negro (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
n. s. negrensis
Museu Nacional — Rio de Janeiro
Fam. Bignoniaceae
Distictella iutescens Freire^et Sampaio
Exemplares que estavam juntos sob o n ° 8022A do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, como da mesma espécie.
NOTA:
Acreditamos que os autores da espécie, deram à exsicata destacada do exemplar RB 8022 o n ° 8022A, porém, ao ser registrada em nosso Herbário recebeu o n ° RB 24885.
10. - DISTICTELLA
NEGRENSIS
Freire e A. J. Sampaio (Foto 9)
An. Acad. Brás. Sei. 8 (1): 30. f. 2. 1936. "Habitat Santa Isabel (Rio Negro), Estado do Amazonas, Leg. A. Ducke, n. 8022 - 8 de Novembro de 1932."
Exemplar RB. 8022 1a. SCHED.:
No 8022
HOLÓTIPO
8-11-1932
Fam. Bignon.
Nom. Cient. Distictella
negrensis Freire e A. J. Samp.
Sta. Isabel, Rio Negro (Amazonas)
OBS. - Distictella negrensis Freire et Araújo sp. nov.
Collegit. A. Ducke
2a. S C H E D . : .
Rio Negro
Santa Isabel, margem do rio
8-11-1932 A.D.
Cipó grande; f l . branca com fauce amarella.
sp. n.
69-
11
- -
KUHMANNIA
COLATINENSIS
J. C. Gomes (Foto 10)
A r q . do Serv. Florestal do Rio de Janeiro 10: 2 0 1 . 1956.
"Habitat in Colatina, prope Estado do Espírito Santo,
Collegit J. G. Kuhlmann 6.567, 3 0 - X I - 1 9 4 3 RB. 62840 (Typus);
Collegit A.P. Duarte 3731 et J. C. Gomes Jr. 458, in Vale do Canaã, 23X1-1953;
A. P. Duarte 3749 et J. C. Gomes Jr. 504, in São João de Petrópolis,
prope Estado do Espírito Santo."
19 Exemplar RB. 62840 -
1a. SCHED.:
No 62840
Fam. Bignoniaceae
N. scient. Kuhlmannia
colatinensis-i.
HOLÓTIPO
C. Gom.
n. gen. et. sp.
Procedência: Patrimônio, Rio Doce, Collatina
Observações - Liana, flores amarelladas, capoeira.
Polen trisulcado algumas vezes tetrasulcado.
exina microreticulada, 4 0 - 4 5 u de diâmetro, grão globoso.
Collegit. J. G. Kuhlmann 06567 3 0 - X I - 9 4 3 .
Determ. por José Corrêa Sampaio. 5— IV—52
2a. SCHED.:
NO 06567
Bignoniaceae
Proced. Patrimônio, Rio Doce, Collatina
Collegit. J. G. Kuhlmann
30-X-943
Nota:
Consideramos certa a data da 2a. Schedulla que é a do coletor; acreditamos ter
havido erro na passagem para a Sched. RB, e um engano tipográfico na edição
do livro.
2 ° Exemplar RB. 86833 -
PARATIPO
1a. SCHED.:
NO 86833
Fam.
Bignoniaceae
Kuhlmania
colatinensis
J.C. Gomes.
Proced. Norte do Espírito Santo, entre São João de Petrópolis.
Obs. planta de formação secundária em fase de reconstituição natural.
Col. A.P. Duarte 3749 J. C. Gomes 5 0 4 . Data 2 2 - 1 1 - 9 5 3
Det. p. J. C. Gomes
2a. SCHED.:
NO 3749
Fam. Bignoniaceae
Proced. Norte do Espírito Santo, São João de Petrópolis.
Collegit. A. P. Duarte
Data 22/11/953
70-
BIBLIOGRAFIA
DUCKE, Bignoniaceae
in Plantas Plantas Nouvelles ou peu Connues de Ia région
Amazonienne (X? série). A r q . Inst. Biol. Veg. Rio de Janeiro
4 (1):61.793S.
GOMES, J.C. Jr. Bignoniaceae do Ex-Herbário Heringer, A r q . Jard. Bot. Rio de Janeiro
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Rio de
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( 3 5 - 3 6 ) : 6 9 - 7 1 . f. 1 - 2 . 756/.
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HUBER, J.C. Materiaes para a Flora Amazônica. I I . Plantas dos Rios Maracá e
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OCCHIONI, P. Lista dos Typus do Herb. do Jard. Bot. do Rio de Janeiro - Lilloa
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Lista de Typus do Herb. d o Jard. Bot. do Rio de Janeiro II —
Dusenia 3 (4):251-262. 1952.
Lista de Typus do Herb. do Jard. Bot. do Rio de Janeiro —
Trib. Farm. 21 ( 1 0 ) : 1 6 3 - 1 6 5 . 1953.
SAMPAIO, A.J. Novas espécies de Bignoniaceae A n . Acad. Brás. Sei. 7 ( 1 ) : 1 1 1 - 1 2 7 .
1935.
et
F R E I R E , C. V.
Duas Novas espécies Amazônicas
de
Distictella (Bignoniaceas). A n . Acad. Brás. Sei 8 ( 1 ) : 2 9 - 3 2 . f.
1 - 2 . 1936.
TRAVASSOS, O.P. Novas espécies de Bignoniaceas. Boi. Mus. Nac. Rio de Janeiro 12
( 3 - 4 ) : 8 1 - 9 0 . f. 1 - 3 . 1936.
Typus do Herb. do Jard. Bot. do Rio de Janeiro — A r q . Jard.
Bot. do Rio de Janeiro 1 8 : 2 3 9 - 2 5 9 . 1965.
4
Typus do Herb. do Jard. Bot. do Rio de Janeiro III —
Rodriguésia 25(37) : 2 3 9 - 2 6 4 . 1966.
Foto 1
FotoZ
l
ANEMOPAEGMA HERINGEKI J . C . GOMES
ANEMOPAHGMA LEUCANTIIUM J. C. GOMES
FotO 4
FOtO 3
^^tftf
•"•4
0
r
Sem f
^
ANEMOPAEGMA UMBELLATUM A. J. SAMPAIO
ARRABIDAEA DUCKEI
A J. SAMPAIO
Foto 5
FotO 6
5 cm
•vi
ARRABIDAEA MAZAGANA JlUBER
ARRABIDAEA SICKIANA J. C. GOMES
FOtO 7
Foto 8
'-.
DISTICTELLA CAMPINAÉ A. J. SAMPAIO
DISTICTEIXA LÚTESCENS FREIRE El SAMPAIO
Foto 9
DISTICTELLA NEGRENSIS FREIRE E A. J. SAMPAIO
FOtO 10
KUMANNIA COLATINENSIS J. C. GOMES
TIPOS DE EUGENIA
DO H E R B Á R I O
DO J A R D I M BOTÂNICO DO RIO DE J A N E I R O
(13 planchas)
Ariane Luna Peixoto (1)
e
Luiz Fernando Dias Aguiar (2)
SINOPSE
A família Myrtaceae está representada por um grande número de espécies no Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Um trabalho de tipificação em toda a família ficaria m u i t o extenso. Apresentamos neste trabalho apenas o levantamento dos tipos
do gênero Eugenia que consta de 1 2 espécies.
R E L A Ç Ã O DO M A T E R I A L ESTUDADO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
Eugenia botequinensis K.
Eugenia cerasiflora Mig.
Eugenia chartacéa McVaugh
Eugenia curvato-peciolata
K.
Eugenia eurysepala K.
Eugenia gracillima K.
Eugenia pulcherrima K.
Eugenia quadrijuga McVaugh
Eugenia stenosepala K.
Eugenia stipitata McVaugh subsp.
Eugenia subundulata K.
12. Eugenia velutiflora
stipitata
K.
Por ordem de seqüência citamos: 1 o ) o binômio específico; 2 o ) o autor da espécie, a bibliografia abreviada da obra original e em seguida, entre aspas, a transcrição dos
dados sobre o material examinado; 3 o ) número de registro do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e em seguida a classificação do t i p o ; 4 ° ) cópia das etiquetas
dos exemplares-tipos encontrados no Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
1) Eugenia botequinensis K. (Foto n ° 1)
Kiaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Symb. 39:156, tab. 17, c. "Serra da Estrella prope Botequim m. Septb. 1865. Incolis "Goiabeira do M a t t o " . Glaziou n.
8.393."
Exemplar RB 43.989 1a. S C H E D . :
ISÚTIPO
NO 43.989
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia
botiquinensis.
Proced. Serra da Estrella.
OBs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Collegit. Glaz. 8.393.
-
78-
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia botiquinensis K.
Serra da Estrella
Glaz. 8.393
3a. SCHED.:
Eugenia botequinensis Kiaersk.
Det. ! J. Mattos V. 1962
2) Eugenia cerasiflora
Mig. (Foto 2)
Miguel, Linnaea 22: 793. 1849. "Manipulus sterpinum Blanchetianarum in Brasiliae collectarum (omnis in prov. Bahia lectae esse videntur)".
Exemplar RB 43.992 - ISÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 43.992
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia cerasiflora
Proced. Bahia
Miq.
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Collegit. Blanchet 3.727
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia cerasiflora Miq.
Bahia
Blanchet 3.727
Observação: Embora o autor da espécie não tivesse citado o número do coletor, Legrand
(1969: 184) indicou Blanchet 3.727 como o tipo da referida espécie, daí a
nossa classificação.
3) Eugenia chartacea McVaugh (Foto n ° 3)
McVaugh, Fieldiana, Bot. 29: 206. 1956. "Brazil, Amazonas: Basin of RioJurua,
on high terra firma, near m o u t h of Rio Embira (tributary of Rio Tarauaca), Lat.
7°30'S., Long. 7 0 ° 1 5 ' W . , June 2 1 , 1933. B.A.Krukoff 4.951 (NY. Type; U S ) . "
Exemplar RB 81.747 1a. SCHED.:
n ° 81.747
Fam. Myrtaceae
Eugenia chartacea MCVaugh
Proced. Amazonas: Tarauaca
Obs. 4a. Exp. à Amazônia Brasileira
Collegit. B. A . K r u k o f f 4 . 9 5 1 .
Data 21.6.33 .
Det. McVaugh
ISÓTIPO
79
2a. SCHED.:
Myrt.
B . A . K r u k o f f s 4 t h expedition to brasilian Amazônia
Basin of Rio Jurua
4.951
Tree 50 ft. high. On high terra firma.
June, 2 1 , 1933.
Near mou th of Rio Embira, tributary of Rio Tarauaca
State of Amazonas
Specimens distributed through the New Y o r k Botanical Garden.
3a. SCHED.:
Smithsonian Institution
From the United State National Herbarium
4) Eugenia curvato-petiolata
K. (Foto n9 4)
Kiaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Symb. 39:113, tab. 18, d. 1893.
"Glaziou n. 13.889."
Exemplar RB 43.994 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
No 43.994
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia curvato-petiolata
K.
Proced. Nova Friburgo, Brasil.
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Collegit: Glaziou n. 13.889. Data: 19.8.1881.
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia curvato-petiolata Kiaersk.
Nova Friburgo, 19dec. 1881
Brésil, RJ.
n. 13.889
Herbier de A. Glaziou
donné par Mme. S I M A R D , sa filie, en 1907
5) Eugenia eurysepala K (Foto n ° 5)
Kiaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Symb. 3 9 : 117, tab. 19, c. 1893. "Petropolis m. Febr. 1880 cum floribus. Vulgo: "Bacumixa branca". Glaziou n9 12.001'
Exemplar RB.43.995 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
No 43.995
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia eurysepala K.
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris.
Collegit: Glaziou 12.001
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia eurysepala
Glaz. 12.001
K.
80
6) Eugeniagracillima
K. (Foto n ° 6 )
Kiaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Symb. 39:120; tab. 19, g. 1893. "Glaziou n. 13.874, 14.809."
Exemplar RB.44.000 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 44.000
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia gracillima Kiaerskou
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
in Warming, Enum. Syst. Myrt. Brás. X X X I X : 117 tab. X I X g., 1893.
Collegit.: Glaz. 14.809
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia gracillima
K.
Glaz. 14.809
3a. SCHED.:
Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
7) Eugeniapulcherrima
K. (Foto n ° 7)
Kiaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Sym. 3 9 : 159, tab. 2 1 , b. 1893. "Glaziou n. 2.874, 16.065 (Rio de Janeiro et Minas 1887)."
Exemplar RB 112.566 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
NO 112.566
Fam. Myrtaceae
Eugenia pulcherrima
Kiaersk.
Proced. Rio de Janeiro.
2a. SCHED.:
Eugenia pulcherrima
Rio de Janeiro
Gl. 16.065
Kiaersk.
8) Eugenia quadrijuca McVaugh (Fotos n°s, 8 e 9).
McVaugh, Fieldiana Bot. 29: 216. 1956. "Peru, Loreto: Pumayacu, between Balsapuerto and Moyobamba, G. Klug 3.153 (A; F; G; G H ; US). Brasil, Acre: near
mouth of Rio Macaruhan (Tributary of Rio Yaco), Lat. 9°20'S., Long. 69°W., on
terra firma, Aug. 2 1 , 1933, B.A. Krukoff 5.594 ( N Y ; US 1664166, type; Y);same
locality, Krukoff 5415 (NY;US). Seringal S. Francisco, E. Ule 9.661 (G; U S ) " .
Exemplar RB 81770 -
ISOPARATIPO.
1a. SCHED.:
No 81.770
Fam. Myrtaceae
Eugenia quadrijuga McVaugh
Proced. Território do Acre: Rio Macauhan (Trib. Rio Yaco)
OBS. 4a. Exp. à Amazônia Brasileira
Collegit. B.A.Krukoff 5.415. Data: 11.8.33
Det. p. McVaugh
81
2a. SCHED.:
Myrt.
B . A . K r u k o f f s 4th Expedition to Brasilian Amazônia
Basin of Rio Purus
5.415
Tree 4 5 feet high; on terra firma.
August 11, 1933
Territory of Acre: near mouth of Rio Macauhan (tributary of Rio Yacp), lat.
9 ° 2 0 ' S., long. 69°W., on terra firma.
Specimens distributed through the New Y o r k Botanical Garden.
3a. SCHED.:
Smithsonian Institution
From the United States National Herbarium
Exemplar RB 81.745 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
No 81.745
Fam. Myrtaceae
Eugenia quadrijuca McVaugh
Proced. Território do Acre: Rio Macauhan (trib. do Rio Yaco)
Obs. 4a. Exp. à Amazônia Brasileira.
Collegit. B.A.Krukoff 5.594. Data: 21.8.33
Det. p. McVaugh
2a. SCHED.:
Myrt.
B . A . K r u k o f f s 4th Expedition to Brasilian Amazônia
Basin of Rio Purus
5.594
Tree 40 ft. High; on terra firma
August 2 1 , 1933
Territory of Acre: near m o u t h of Rio Macauhan (tributary of Rio Yaco), lat. 9 o
2 0 ' S., long. 6 9 ° W., on terra firma.
Specimens distributed through the New Y o r k Botanical Garden.
3a. SCHED.:
Smithsonian Institution
From the United States National Herbarium
9) Eugenia stenosepala K. (Foto nP 10)
Kiaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Symb. 3 9 : 155.
tab. 2 1 , c. 1893. "Glaziou n. 17.678, 18.355 ( R i o ) " .
Exemplar RB 44.015 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 44.015
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia stenosepala K.
Proced. A l t o Macahé
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Collegit: Glaziou 17.678
-82
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia stenosepala K.
A l t o Macahé
Glaziou 17.678
3a. SCHED.:
Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
17.678
4a. SCHED.:
Eugenia stenosepala Kiaerskou
Det. ! J. Mattos. V. 1962
10) Eugenia stipitata McVaugh subsp. stipitata (Foto n ° , 11)
McVaugh, Fieldiana Bot. 29: 219. 1956. "Peru, Loreto: San Antônio, on Rio
Itayra, Killip & Smith 29.469 ( N Y ; US), Williams 3.397 (F). La Victoria, Williams
2.787 (F). Mishuyacu, near Iquitos, forest, elev. 100 meters. Jan., 1930, G.Klug
788 (F 624179, type; N Y ; US). Brazil, Amazonas: Mun. Humayta, nearLivramento, B.A. K r u k o f f 6591 ( N Y ; US).
Exemplar RB 81.736 -
ISOPARATIPO
1a. SCHED.:
No 81.736
Fam.
Myrtaceae
Eugenia stipitata
McVaugh subsp.
stipitata
Proced. Amazonas: Humayta, perto de Livramento no Rio Livramento.
Obs. 5a. Exp. à Amazônia Brasileira
Collegit. B.A.Krukoff 6 . 5 9 1 . Data 12.10 a 6.11.34
Det. p. McVaugh
2a. SCHED.:
Myrt.
B . A . K r u k o f f s 5th Expedition to Brasilian Amazônia
Basin of Rio Madeira
6.591
T r e e 6 0 f t . high
State of Amazonas: Municipality Humayta, near Livramento, on Rio Livramento,
on várzea land. Oct. 12 - Nov. 6, 1934.
Specimens distributed through the New Y o r k Botanical Garden.
11) Eugenia subundulata K. (Foto n ° 12)
Kiaerskou, Enum. M y r t . Brás. in Warming, Symb. 39:129, tab. 22, a. 1893.
"Glaziou 12.722, 1 7 6 8 1 . "
Exemplar RB 44.017 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 44.017
Fam. Myrtaceae
N.Scient. Eugenia subundulata Kiaersk.
Proced. Nova Friburgo
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Collegit: Glaziou 17.681
83
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia subundulata K.
Nova Friburgo
Glaziou 17.681
12) Eugenia velutiflora K (Foto n ° 13)
Diaerskou, Enum. Myrt. Brás. in Warming, Symb. 3 9 : 144, tab. 22, c. 1893. "Glaziou: n. 846, 10.791, 16.064 (Rio de Janeiro et Minas). Arbor parvus. Flor alb.
(H. Schenck). A d Morro Boa Vista, Rio. de Janeiro 7 Febr. 1887 legit H. Schenck
(Herb. Brasil 2.443)."
Exemplar RB 44.022 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 44.022
Fam. Myrtaceae
N. Scient. Eugenia velutiniflora
Proced. Corcovado
K.
Obs. Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Collegit: Glaziou 10.791
2a. SCHED.:
Herb. Mus. Paris
Museu Nac. de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Ex Herbário Musei Parisiensis
Eugenia velutiniflora
K.
Corcovado
Glaziou 10.791
AGRADECIMENTOS
A o prof. Jorge Fontella Pereira, da Seção de Botânica Sistemática do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, pela orientação neste trabalho e pela assistência que nos tem
dado durante esses anos nos assuntos referentes à Bibliografia Botânica e Regras de Nomenclatura.
ABST R ACT
TYPES OF EUGENIA (MYRTACEAE)
JANEIRO BOTANICAL GARDEN.
IN THE H E R B A R I U M OF T H E RIO DE
In this paper the authors list and t y p i t y the type species of the genus Eugenia present in the Herbarium of the Rio de Janeiro Botanical Garden.
BIBLIOGRAFIA
B E N T H A M , G., 1840, Contributions towards a Flora of South America,
C A B R E R A , A. L. et N. V I T T E T , 1963, Observações sobre Myrtaceae dél Estado de Santa Catarina. Sollowia 15(15) :529.
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1966. Typus do Herbário do Jardim Botânico do R i o d e Janeiro,
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Specieshactenus ignotas complectens. Londini. 67 pp., 1 tab.
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1966, Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
I I I . Rodriguésia 2 5 ( 3 7 ) : 2 3 9 - 2 6 4 .
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Eugenia velutiflora K.
L E V A N T A M E N T O DOS TIPOS DO H E R B Á R I O DO J A R D I M B O T Â N I C O DO
RIO DE J A N E I R O
LEGUMINOSAE-CAESALPINIOIDEAE
Abigail Freire Ribeiro de Souza (*)
II
Cordélia Luiza Benevides de Abreu (*)
SINOPSE
O presente trabalho prende-se à divulgação dos Tipos do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e sua classificação.
É ilustrado com fotografias das
espécies citadas pelo autor.
INTRODUÇÃO
Nesta segunda etapa do Levantamento dos tipos dasLeguminosa-Caesalpinioideae, existentes no herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, apresentamos os
exemplares das espécies dos gêneros Caesalpinia Linn., Copaifera Linn., Hymenaea
seguindo o mesmo critério dos trabalhos anteriores, qual seja:
a) Citação da espécie, do autor e da obra original;
b) Transcrição do material examinado (Tipo), tal como citado na obra original;
c) Citação da sigla do Herbário do Jardim Botânico, seguida do número de registro;
d) Classificação do T i p o ;
e) Transcrição das diversas etiquetas (schedulae) encontradas nas esxicatas;
f) Fotografia dos Tipos.
Consultamos os trabalhos de Guimarães (1965, 1966), Occhioni 1949, 1952,
1953) e Travassos (1965, 1966), que se ocuparam do levantamento de tipos de nosso
herbário, bem como o de Walter Egler (1963) que muito nos auxiliou para a classificação dos espécimes coletados por A. Ducke.
R E L A Ç Ã O DOS TIPOS
Caesalpiniaparaensis Ducke - RB: 10.934, 17.020
Copaifera cearensis Huber ex Ducke - RB: 44.694, 100.399
Copaifera cearensis Huber ex Ducke var. arenicola - RB: 100.400
Copaiferaglycycarpa
Ducke - RB: 20.218, 17.069
Hymenaea adenotricha Ducke — RB: 23.282
Himenaeaaltíssima Ducke - RB: 21.486, 25.423, 25.424, 20.306
Hymenaea courbaril L var. obtusifolia Ducke - RB: 16.906
Hymenaea intermedia Ducke - RB: 5.611, 10.903
Hymenaea reticulata Ducke — RB: 23.281
Hymenaea rubriflora Ducke — RB: 93.793
Hymenaea velutina Ducke - RB: 5.635, 6.313, 6.309.
1. CAESALPINIA
PARAENSIS Ducke (Foto 1, 2)
Ducke, in Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 4:59.1925.
"Habitat in regione argillosa fertili circa Montealegre civitatis paraensis, silva primaria
et secundaria, locis himidis vel plus minus paludosis, I. A. Ducke (Herb. Amazon. Mus.
Pará n. 16.053 et Herb.Jard.Bot.Rio n. 17.020), florebat II — IV. Arbor " m u i r a p i x u n a "
vel "catingueira" apellatur.
(*) Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicofCNPq.
-94A) EXEMPLAR
RB 10.934 -
ISOSINTIPO
Ia. SCHED.:
NO 10.934
Fam. Leg. Cães.
Gen. Caesalpinia
Spe. paraensis Ducke
Nome vulgar muirapikuna
Pátria Montealegre, E. do Pará
Collegit. A. Ducke, H. A . M . Goeldi 16.053 - 2 4 - 4 - 1 9 1 6 .
2a. SCHED.:
Herbarium Amazonicum Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brasil)
No 16.053
Família: Leg. Cães.
Caesalpinia (Aff. floribunda Tul.) paraensis n. sp.
"muirapikuna".
Localidade: Montealegre: colônia Itanajury
Data: 2 4 - I V - 1 9 1 6 .
Estado do Pará
Collecionador: A. Ducke
3a. SCHED.:
No 10.934
Nome scient. Caesalpinia paraensis
Observações Herb. Amaz. 16.053
Collegit. A. Ducke
B) EXEMPLAR
RB: 17.020 -
SÍNTIPO
1a. SCHED.:
NO 17.020
DATA 4 - 3 - 1 9 2 3
Fam. Caesalpinia paraensis Ducke n. sp.
Nome vulgar " m u i r a p i k u n a " ou "catingueira"
Procedência Montealegre (Pará)
Collegit. A. Ducke
Determ. por A. Ducke
2a. SCHED.:
Montealegre
Colônia Itanajury
terrenos argillosos, matta secundária
4-3-1923
A. Ducke
ass. aphu. med., f l . amarelh.
" m u i r a p i k u m " ou "catingueira"
2. COPAIFERA CEARENSIS Huber ex Ducke (Foto 3, 4)
Ducke, in A n . Acad. Brás. Ci. 31(2): 2 9 1 - 2 9 3 . 1959.
"Ceará: in relictis silvae semideciduae collinae loci Giboia (kilometro 24 vias publicae Fortaleza-Recife), Ducke 2446 floribus 1 9 - 1 1 - 5 5 fructibus maturis 7 - V I - 5 5 ,
speciei typus; ibidem P. Bezerra 17—VI—1946 fructibus immaturis; Serra da Aratanha (prope Maranguape) loco S. José, silva, P. Bezerra V I I I —1955 fructibus maturis;
ibidem Pe. José Eugênio S.J. 616, florifera; Crato, Serra de Araripe, chapada, P. Botelho IX—1955, fructibus maturis; Serra Ibiapaba prope Ubajara, F.J. Matos. Bahia:
Griova (?), Zehntner 292, fructibus imaturis."
A) EXEMPLAR
RB: 44.694 - PARÁTIPO
1a. SCHED.:
NO 44.694
Fam. Leguminosae (Caesalpinaceae).
N. scient. Copaifera cearensis Huber ex Ducke n. sp.
• Nome vulgar "Pau d ' o l e o "
Procedência Ceará - Serrado Baturité (Sitio B. Inário de Azevedo)
Collegit. por José Eugênio (SJ) 616
-Data fins de 1937
-95
2a. SCHED.:
Caesalpinaceae 616
Pau D'oleo (arvore)
Legit.: José Eugênio, S.J.
sitio B. Inácio de Azevedo
fins de 1937
N O T A : Há controvérsia quanto à localidade do Sitio B. Inácio de Azevedo. Na obra
original consta como "Serra do Aratanha (prope Maranguape)", enquanto que
na etiqueta, do herbário do Jardim Botânico figura como Serra do Baturité.
Consultando outros exemplares de nosso herbário, coletado no mesmo local pelo mesmo coletor, verificamos que o Sitio B. Inácio de Azevedo fica realmente
na Serra do Baturité.
B) EXEMPLAR RB: 100.399 - HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
No 100.399
Fam. Leg. Cães.
Copaifera cearensis Huber ex Ducke
Nom. vulg. "Pau d'oleo".
Proced. A l d o da Giboia, rodovia federal, Fortaleza Recife, Km. 24
Obs. Arvore mediana de rastus da antiga mata fl. brancacenta, arilo da semente
amarelo saturado.
fr. 7 - 6 - 5 5 : 2 2 - l 2 - f l o r .
Col. A. Ducke 2446
2a. SCHE.D.:
Copai fera cearensis Huber ex Ducke n. sp.
"pau d ' o l e o "
A l t o da Giboia, rodovia federal Fortaleza—Recife. Km. 24
Arvore mediana de restos da antiga mata f l . brancacenta, arilo da sem: amarelo
saturado.
7 - 6 - 5 5 fr. maduros, 2 2 - 1 2 flor.
A. Ducke
2.446
N O T A : Na obra original consta que a flor foi coletada em 19—11-55, enquanto que na
etiqueta do coletor a data é de 22 -12—55.
2.COPAIFERA CEARENSIS Huber ex Ducke var ARENICOLA
(Foto 5)
Ducke, in An. Acad. Brás. Ci. 31(2):293.1959.
"Ceará: Fortaleza, in sabulosis altis prope Barra do Cocô (ad orientem urbis), in silva
"Mata do D i o g o " appellata nunc máxima ex parte destructa, Ducke 2.368 florif.
1 4 - X I - 1 9 5 4 , fructibus maturis 16—VI—1955; foliola constantes bijuga - Rio Grande
do Norte: Nisia Floresta (circiter 30 k m . ad orientes urbis Natal), in sabulosis maritimis,
coll. Sérgio Tavares, cum fructibus vetustis; foliola b i - v e l trijuga - Bahia: Cicero Dantas
et Jeremoabo, florifera et fructibus maturis legit. D. A. Lima 1956; foliola bijuga".
E X E M P L A R RB 100.400 - SINTIPO
1a. SCHED.:
No 100.400
Fam. Leg. Cães.
Copai fera cearensis Ducke
var. arenicola
Nom. vulg. "Pau d ' o l e o "
Proced. Fortaleza, Barra do Cocô, Mata do Diogo
Obs. 14—11—54 flor; 16-6-55 fr, maduros. Arvore mediana; f l . branca, arilo da
semente amarelo saturado.
Col. A! Ducke 2.368.
2a. SCHED.:
Copaifera cearensis Dukce var. arenicola n. var. "Pau d'oleo".
Fortaleza, Barra do Cocô, Mata do Diogo
1 4 - 1 1 - 5 4 flor, 1 6 - 6 - 5 5 fr. maduros
Arvore mediana; f l . branca arilo da semente amarelo saturado
A. Ducke 2.368
- 9 6 -
4. COPAIFERA GLYCYCARPA
Ducke (Foto 6, 7)
Ducke, in Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 5;128.1930.
"Habitat in silvis non inundatis ad ripas fluminis Curuçá prope oppidum Maués civitatis
Amazonas, 1 7 - 1 2 - 1 9 2 7 florifera (H.J.B.R. n. 20.218), et ad médium flumen Tapajoz
loco Quataquara (civitate Pará) 1 4 - 8 - 1 9 2 3 fructifera (H.J.B.R. n. 17.069; specimina
omnia legit. A. Ducke. Adsunt etiam legumina ventusta e silvis fluminis Xingu inter
Victoria et Altamira (civitate Pará) a J. G.KuhImann lecta. Arbor in regione Tapajoz
"copahiba p r e t a " prope Maués "copaiba cuiarapa". - appellatur; balsamum viscosum
valde obscurum dicitur; seminis arillus nonnuquam comeditur "
A) E X E M P L A R
RB 20.218 -
SINTIPO.
1a. SCHED.:
N ° 20.218
Data 1 7 - 1 2 - 1 9 2 7
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Copaifera glycycarpa Ducke n. sp.
Nome vulgar "copaiba aisarana"
Procedência Maués (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Maués
Rio Curuçu
Matta de t. f. perto de beira na cabeceira Diamentinho
1 7 - 1 2 - 1 9 2 7 A.D.
Arv. gr.
Copahiba cuiarana
"Casca sem cheiro particular"
B) E X E M P L A R RB 17.069 - SINTIPO
1a. SCHED.:
NO 17.069
Data 1 4 - 8 - 1 9 2 3
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Copaifera glycycarpa Ducke n. sp.
Procedência Rio Tapajós (Pará), lugar Quataquara
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Rio Tapajoz
Logar Quataquara
morro, matta de porte
1 4 - 8 - 1 9 2 3 A. Ducke
Arv. grande, f r ° em collecção
(arillo amarello)
5. HYMENAEA ADENOTRICHA
Ducke (Foto 8)
Ducke, Buli. Mus. Hist. Nat. Paris. 2a. série 4:720. 1932.
"Habitat silva non inundabili prope São Paulo de Olivença
19-8-19291. A. Ducke H.J.B.R. n. 23.282 (dupl. Mus. Paris)."
EXEMPLAR RB 23.282 -
(civitate Amazonas),
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
No 23.282
Data 1 9 - 8 - 1 9 2 9
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea adenotricha Ducke n. sp.
Procedência São Paulo de Olivença (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical Genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea adenotricha Ducke!
Yin—tse Lee ? Jean H. Langenhein
Dec. 1971
97
3a. SCHED.:
São Paulo de Olivença
matta de t. f. alta arenosa
" 1 9 - 8 - 1 9 2 9 A.D.
Arv. grande; pétalas brancas.
6. HYMENAEA
ALTÍSSIMA
Ducke (Fotos: 9, 10,11, 12, 13, 14)
Ducke, A n n . Acad. Brás. Ci. 7(1): 2 0 7 - 2 0 8 . 1935. Est. I.
"Habitat circa urbem Rio de Janeiro in silvis montanis humidis: inter Horto Florestal et
Vista Chineza (Herb. Jard. Bot. Rio n. 21.486, florif. et fruct.) inter Sumaré et Silvestre
(H.J.B.R. n. 25.423 fruct.) et loco trapicheiro (H.J.B.R. n. 25.424, fruct.), specimina
omnia a J. G. Kuhlmann lectá. In civitatis Rio de Janeiro montibus Serra do Mar dictis,
loco Avellar (H.J.B.R. n. 20.306 et H. Mus. Nacional n. 21.347, florif., et f r u c t , leg.
G. Machado Nunes). Circa urbem S. Paulo in silva Matta do Governo, Horto Botânico
(Herb. Inst. Biológico S. Paulo n. 28.566 planta viva n. 170, florif. et fruct. legit. F.C.
Hoehne). Arbores mensibus novembre et decembre florebant, fructus maturi m a i o . "
A) EXEMPLAR
RB 21.486 -
SINTIPO
1a. SCHED.:
No 21.486
Data 6 - 1 2 - 1 9 2 7 flor.
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea altíssima Du,cke n. sp.
Nome vulgar " J a t a h y "
Procedência Rio de Janeiro
Observações Matta da Vista Chineza
Árvore 1 5 - 2 0 m . , f l . alvas.
Collegit. J. G. Kuhlmann
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea altíssima Ducke !
Yn—tse Lee &Jean H. Langenheim Dec. 1971
B) EXEMPLAR
RB 25.423 -
SINTIPO
1a. SCHED.:
NO 25.423
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea altíssima Ducke n. sp.
Nome vulgar Jatahy
Procedência Matta do Sylvestre, entre Sylvestre e Sumaré,.Rio de Janeiro.
Observações Arvore enorme
Collegit. J.G. Kuhlmann
Data 2 - 1 2 - 1 9 2 6
2a. SCHED.:
Data 2 - 1 2 - 9 2 6
Fam. Leg. Caesalpineae
Nome scient. Hymenaea
Nome vulgar " J a t a h y "
Procedência Floresta do Sylvestre Sta. Thereza Observações Arvore enorme matta
Collegit. J. G. Kuhlmann
3a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea altíssima Ducke !
Y i n - t s e Lee ? Jean H. Langenheim Dec. 1971
Rio
98C) EXEMPLAR
RB 25.424 - SINTIPO
Ia. SCHED.:
No 25.424
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea altíssima Qucke n. sp,
Nome vulgar Jatahy
Procedência Trapicheiro, Rio de Janeirq, Trapicheiro
Observações Arvore de 30—40 m. — Frutos na coll. carpologica
Collegit. J. G. Kuhlmann
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea altíssima Ducke!
Y i n - t s e Lee &Jean H. Langenheim -
D) EXEMPLAR
1a. SCHED.:
NO 20.306
L.
RB 20.306 -
Dec. 1971
ISOSINTIPO
Data XI - 1 9 2 5 f ruct.
1930 flor.
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea altíssima Ducke n.sp.
Nome vulgar " J a t a h y "
Procedência Avellar, E. do Rio
Observações Fructos na colleção carpologica
Especimen florifero do Herb. Mus. Nac. n. 21.347
Collegit. Gastão Machado Nunes, Serviço Florestal nO 3
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea altíssima Ducke!
Yin—tse Lee &Jean H. Langenheim
Dec. 1971
3a. SCHED.:
Esp. n. 3 N.V. Jatahy
Arv. no 3P AltP 23,00 ms. tr 18,00 ms. e 2,25 ms.
Mat. col. 1 8 - 1 2 - 2 9 Raminhos c. folhas e flores
23—12—29 Derrubada: folhas, flores, fructos e madeira
Lugar Faz° Pau Grande — Cosse — Avellar — E. do Rio
Col. Inspetoria Florestal E.F.C.B.:
G. Machado Nunes
4a. SCHED.:
Esp. n. 3 NV Jatahy
Arvores n. 3 A alta.
Mat. col. 26—1—27 Raminhos c. folhas-flores
2 4 - 1 1 - 2 7 Fructos
3 0 - 1 2 - 2 7 Derrubada madeira folhas
Lugar Faz°- D. A n t ° . Avellar - Avellar E. do Rio.
Col. Inspectoria Florestal — E.F.C.B.
G. Machado Nunes
7. HYMENAEA
COURBARIL
L. var. OBTUSIFOLIA
Ducke (Foto 15)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 4:47.1925.
"Specie formae typica omnino similis, recedit foliolis ápice obtusis, vix acuminatis.
Arbor in horto botânico paraensis culta a J. Huber ex insula Marajó introducta,
specimina florifera et fructus in herb. Jard."Bot. Rio n. 16.906."
-99-
EXEMPLAR
RB 16.906 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 16.906
Data: V I I I - 1922
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea courbaril L.
Var. obtusifolia Ducke n. var.
Procedência Horto Bot. Pará, prov. Marajó (Pará)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Study of the neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea courbaril L.
«ar. obtusifolia
Ducke
Y i n - t s e Lee — Jean H. Langenheim
Dec. 1971.
3a. SCHED.:
Horto botP do Pará
introduzido de
Marajó ( E ° do Pará)
8-1922
A. Ducke
arv. grande, f l . br.
Fructo na collecção
8. HYMENAEA
INTERMEDIA
Ducke (Foto 16, 17)
Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro, 3:92.1922.
"Habitat inter Óbidos et flumen TrOmbetas ad rivulun silvestrem montis Carumú
radicibus p r o x i m u m , 1 - 1 0 - 1 9 1 5 , n. 15.778, florif. et fructif.; ad tlumen Janunda
infra cataractas in silva flumini vicinâ at nom inundatâ 18—5—1911, n. 11.775,
f r u c t ; ad f l . Tapajós prope Bella Vista loco rivulo silvestri próximo, 1 2 - 9 - 1 9 1 6 ,
florif., n. 16.487;
I. A. Ducke. Individuum juvenile horti botanici paraensis ex
insula Marajó oriundum, ad hanc speciem pertinere videtur."
A) EXEMPLAR
RB 5.611 -
ISOSfNTIPO
Ia. SCHED.:
No 5.611
Fam. Leguminosae Cães.
Gen. Hymenaea
Spc. intermedia Ducke
Pátria Óbidos — Serra do Curumi
Collegit. A. Ducke Herb. Goeldi 15.778
1-X-1915
2a. SCHED.:
Herbarium Amazonicum Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
NO 15.778
Família: Leg. Cães.
Hymenaea intermedia Ducke n. sp.
Localidade: Óbidos, arredores da Serra do Curumi
Data 1 —X—1915
Área geographica: E ° Pará
Colleccionador: A. Ducke
3a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea intermedia Ducke
Y i n - t s e Lee &Jean H. Langenheim
Dec. 1971.
B) EXEMPLAR
RB 10.903 -
1a. SCHED.:
No 10.903
Fam. Leg. Cães.
Gen. Hymenaea
Spc. intermedia Ducke
Nom. vulgar Jistahy
Pátria Bela Vista, R. Tapajós (Pará)
Collegit. A. Ducke Herb. A m . M. Goeldi 16.487
ISOSfNTIPO
12-9-1916
- 100
2a. SCHED.:
Ex. Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil).
NO 16.487
Familia: Leg. Cães.
Hymenaea intermedia Ducke n. sp.
"Jitahy"
Localité: Rio Tapajós: Bela Vista E ° do Pará.
Date: 1 2 - 9 - 1 9 1 6 .
Collectioneur: A. Ducke
3a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea intermedia Ducke
Yin—tse Lee &Jean H. Langenheim
Dec. 1971.
9. HYMENAEA
RETICULATA
Ducke (Foto 18)
Ducke, Bul. Mus. Hist. Nat. Paris 2a. serie 4:726. 1932.
"Habitat prope Manáos (civitate Amazonas) loco Estrada do Aleixo Silva non inundabili
ad ripas rivuli 2 - 1 1 - 1 9 2 9 . I. A. Ducke, H.J.B.R. 23.281 (Dupl. Mus. Paris)."
E X E M P L A R RB 23.281 - HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
No 23.281
Data: 2/11/1929
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Hymenaea reticulata Ducke n. sp.
Nome vulgar " J a t a h y "
Procedência Manáos (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea reticulata Ducke
Yin— fse Lee &Jean H. Langenheim
Dec. 1971.
3a. SCHED.:
Beira do 1 ° riacho na E ° do Aleixo
2-11-1929
A.D.
Arv. gr., f l . branca
Fructos na coll. culp.
10) HYMENAEA
RUBRIFLORA
Ducke (Foto 19)
Ducke, Mem. Inst. Oswaldo Cruz 50:457. 1953.
"Frequens circa urbem Recife: in silvula secundaria ("capoeira") terris altis ad
Estrada de Aldeia 30—4—1952, florifera et cum fructibus junioribus, Ducke et
A. Lima 99; Dois Irmãos, Dardano A. Lima 49.267 et 49.280, florifera et cum
fructibus adultis."
EXEMPLAR RB 93.793 - iSOSINTIPO
1a. SCHED.:
Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Registro 93.793
2a. SCHED.:
Instituto de Pesquisas Agronômicas
Seção de Botânica
Fam. Leguminosae — Cães.
N.V. Jatobá
Habitat. Pernambuco. Recife. Mata de Dois Irmãos.
Leg. A. Lima 4.927 - 6/VI1/1949
Obs. — Arvore mais ou menos 15 ms. 20cms. na base. Face dorsal das foi. rúfulo
tomentosa. Ovário verm. •
3a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus hymenaea
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea rubri flora Ducke!
Y i n - t s e Lee & Jean H. Langenheim
Dec. 1971.
101 -
11. HYMENAEA VELUTINA Ducke (Fotos 20, 21, 22)
Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 4:48.1925.
"Habitat in civitatis Piauhy regionis Piracuruca campis Taboleiro Grande (2),flor, 7-10-1909). I. M. Arrojado Lisboa sub nomine "Jatobá de casca fina" (Herb. Gener. Mus.
Pará n. 2.398); in civitatis Bahia parte interiore septentrionali I. Zehntner octobre 1912
florif. sub nomine "Jatobazinho" vel "Jatobá da catinga" prope Santa Rita et ad Boqueirão Rio Grande (Herb.Jard.Bot.Rio n. 6.309 et 6.313)".
A) EXEMPLAR RB 5.635 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
N. 5.635
Fam. Leguminosae Cães.
Gen. Hymenaea velutina Ducke n. sp.
Pátria Taboleiro Grande. Piauhy
Collegit. Lisboa Arroj. Herb. Amaz. 2.398
7-X-1909
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea velutina Ducke !
Yin-tse Lee &Jean Langenheim
Dec. 1971.
3a. SCHED.:
Jatobá da casca fina
Arvore alta - Flor branca - Campo de Carnaúba
Taboleiro Grande
A. Piracuruca - Piauhy - lOOm. Alto
7-outubro 1909 - M.A.L
Hymenaea
B) EXEMPLAR RB 6.313 -
SINTIPO
1a. SCHED.:
NO 6.313
Fam. Leguminosae Caesalp.
Gen. Hymenaea
Spc. velutina Ducke n. sp.
Pátria - Bahia Bouqueirão Rio Grande
Collegit. A. Zehntner
12-X-1912
334.
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea velutina Ducke!
Yin-tse Lee & Jean H. Langenheim
Dec. 1971.
3a. SCHED.:
Jatobá mit schwarzen resp. branceiten Blütenknospen. Blütter kleirner ais beich.
J. do Porco (330) und an der Spitze abgerundt (zum Teil selbst etwas ausgebrachetet aber ebenso glatt wie bei J. Porco, d. I. Nervea nicht vospringend und ohne
jegliche Beharung. Kelchblátter sammtarteg schwarz behart mit der durchnber
enden braunelichgnüdes grundfarbe ainen Bronuton aus nachend.
Blumenblatter weiss Frücht mit einer wenig erhabenen Leitlichen Langskante und
schon dadurch leidet von de 2 hober gefundenen Foten zu unterssberden (330
und 331).
Am 12, october mehrere Exemplo ein.
1 légua unterhalb der Boqueirão anyetroffen = das 1 o Exemplar hatte nur 2 Früchte
(beinahe cylindrich) kleiner Baum. - Spater mehrere grossue Ex. engetroffen mit
Blütenknospen und einegen verblübten Blüten sowie Früchter von der letzten Fruchtifications periods. Seine Früchier waren nuch platt mit dentliche seitlichen Künte.
Baume viel weniger Markentaworhelt. Ais bei Nos. 330 und 331.
- 102 -
C) EXEMPLAR
RB 6.309 -
ShNTIPO
1a. SCHED.:
No 6.309
Fam. Leguminosae Caesalp.
Gen. Hymenaea
Spec. velutina Ducke n. sp.
Nom. vulgar Jatobá da Caatinga ou Jatobazinho.
Patri Bahia Sta. Rita.
Collegit. Zehntner 277 (fruct), 375 (florif.) X - 1 9 1 2
2a. SCHED.:
Study of the Neotropical Genus Hymenaea L.
University of Califórnia, Santa Cruz
Hymenaea velutina Ducke!
Yin-tse Lee & Jean H.Langenheim
Dec. 1971.
3a. SCHED.:
1926
Jatobazinho ober Jatobá da Caatinga
ausgezeichnet durch die schwarzrammtener Blütenknospen. Blütter glatt und
und glanzend, mig gerundeter Spitze. Blüten weiss; Frucht (Klein, m i t einer
wenig erhabener aber immer relativ) deutlichen Rippe die, beim Stiel begnnend,
diagonal über die Schale vestauft unt Kunz vo der Spitze der Frucht erlanht.
Frucht etwas abzeplattet, meist verholtnismassig breit; Fruchttung gervornlich
kurz unterholbSanta Rita
Zehuntner
Blatter kleiner &nhmater ais bei den unterholb der Boqueirão
gesaumnelten specimens n. 334
Blatter beiderseits nacht, obersetes stark glanzend, m i t etwas vorapringender
Nirven. Spitze abgnodet, narhin und wieder etwas prononcirt.
Jatobá mit schwarzen Blütenknosper = jatobazinho. Scheint gegen Abend aufzublühen, wie ech wiederhait, z.b. wieder àus 16 oct. Kurz unterhalb S. Rita
wahrgenommen hobe.
Bei ganz offnen Blüten treten die Blumemblatter nehr hern und die Kelchblatter
m i d zurüchgschlagen.
Octobr. 1912
Bei Santa Rita
Zehutner
AGRADECIMENTO
Nossos agradecimentos ao CNPq, pelas bolsas de estudo que nos vem proporcionando e aos Botânicos Dra. Graziela Maciel Barroso e Jorge Fontella Pereira pela valiosa
orientação dada ao trabalho.
ABSTRACT
' This paper is connected w i t h the classification and publication of the types f r o m
the Rio de Janeiro Botanical Garden herbatium (RB). Photographs illustrate each
species cited by the author.
- 103
BIBLIOGRAFIA
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1925
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Plantes nouvelles ou peu connues de Ia région amazonienne.—
Plantes nouvelles ou peu connues de Ia région amazonienne.—
Arch. Jard. Bot.Rio de Janeiro 4 : 1 - 2 0 8 . P. 1 - 2 5 .
Plantes nouvelles ou peu connues de Ia région amazonienne.—
Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 5 : 9 9 - 1 9 0 . PI. 1 - 1 2 .
Especes nouvelles de plantes de TAmazonie brasilienne. —
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Mem. Inst.Oswaldo Cruz. 5 1 : 4 1 7 - 4 6 1 .
Estudos Botânicos no Ceará — An.Acad.Bras. Ci. 31(2) :
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Adolpho Ducke — Traços bibliográficos, viagens e Trabalhos. - B o i . Mus.Par. Emílio Goeldi Bot. 1 8 : 1 - 1 2 9 .
Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
II. - A r q . Jard. Bot.Rio de Janeiro 1 8 : 2 6 1 - 2 6 7 .
Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
IV - Rodriguésia 25(37): 2 3 9 - 2 6 4 .
Lista dos Typus 'do Herbário do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro. - Lilloa 2 7 : 4 1 9 - 4 8 7 .
Lista de Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro. II - Dusenia 3 ( 4 ) : 2 5 1 - 2 6 2 .
Lista de Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro - T r i b . F a r m . 21(10) : 1 6 3 - 1 6 5 .
International Code of Botanical Nomenclature adopted by
the Eleventh International Botanical Congress, Seattle,
September 1969.
Regnum Vegetabile 82:466_p.
TRAVASSOS, O.P.
Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. —
1965
A r q . Jard.Bot. Rio de Janeiro 1 8 : 2 3 9 - 2 5 9 .
Typus do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 111
1966
- Rodriguésia 25(37) : 2 3 9 - 2 6 4 .
FOTO 2
o
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Caesalpinía paraensis Ducke
Caesalpinía paraensis Ducke
FOTO 3
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Copaifera cearensis Huber ex Ducke
Copaifera cearensis Huber ex Ducke
FOTO 5
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Copaifera cearensis Huber ex Ducke var. arenicola
Copaifera glycycarpa Ducke
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Copaifera glycycarpa Ducke
Hymenaea adenotricha Ducke
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Hymenaea altíssima Ducke
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Hymenaea altíssima Ducke
Hymenaea altíssima Ducke
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Hymenaea altíssima Ducke
Hymenaea altíssima Ducke
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FOTO 16
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I
Hymenaea courbaril L. var. obtusifolia Ducke
Hymenaea intermedia Ducke
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Hymenaea intermedia Ducke
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Hymenaea reticulata Ducke
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Hymenaea rubriflora Ducke
Hymenaea velutina Ducke
TOTO 21
FOTO 22
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Hymenaea velutina Ducke
Hymenaea velutina Ducke
L E V A N T A M E N T O DOS TIPOS DO H E R B Á R I O DO J A R D I M B O T Â N I C O
DO RIO DE J A N E I R O
LEGUMINOSAE-CAESALPINIOIDEAE
II
Antonia Rangel Bastos (*)
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Cordélia Luiza Benevides de Abreu (*)
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao Levantamento dos tipos do Herbário do Jardim Botânico, Leguminosae-Caesalpinioideae, apresentamos nesta segunda etapa os tipos das
espécies do gênero Bauhinia Linn., seguindo o mesmo critério do trabalho anterior, ou
seja:
a) Citação da espécie, do autor e da obra original;
b) Transcrição do material examinado (TIPOS), tal como citado na obra original;
c) Citação da sigla do Herbário do Jardim Botânico, seguida do número de registro;
d) Classificação dos TIPOS;
e) Transcrição das diversas etiquetas (schedulae) encontradas nas exsicatas;
f) Fotografia dos TIPOS.
R E L A Ç Ã O DOS TIPOS :
1 - B alata Ducke - RB: 16.972, 17.724 - SINTIPOS
2 — B altisçandens Ducke - RB: 50.728 - HOLÓTIPO
3. - B. aureopunctata Ducke - RB:11.119, 11.120, 16.959 - SINTIPO,
ISOSINTIPO e S Í N T I P O
4 - 5 bombaciflora Ducke - RB: 11.128 - ISÓTIPO
5 - B brachycalyx Ducke - R N : 59.638 - HOLÓTIRO
6 - B cupreonitens Ducke - RB: 16.973 - HOLÓTIPO
7 -B
erythrantha Ducke - RB: 35.434 - HOLÓTIPO
8 -B huberi Ducke - RB: 11.111 - I S O S I N T I P O
9 - B longipedicellata Ducke - RB:11.140, 11.141, 1 1 . 1 4 2 - I S O S I N T I P O S
10. -B. longiseta Fróes - R B : 7 6 . / 4 5 - ISÓTIPO
11. - B. macrostachya Benth., var. obtusifolia Ducke
RB: 11.146 ISOSINTIPO
12. - B. macrostachya, Benth. var. parvifolia Ducke - RB: 11.137 - ISOSINTIPO
13 - B. macrostachya Benth. var tenuifolia Ducke - RB: 11.132 - ISOSINTIPO
14. - B. parviloba Ducke - RB: 50.731 - HOLÓTIPO
15. - B. pterocalyx Ducke - RB: 11.103 - ISÓTIPO
16. - B. rutilans Benth. - R B : 5.568 - ISÓTIPO
17. -B. siqueiraei Ducke - RB: 11.105 - ISÓTIPO
18. -B. sprucei Benth. - R B : 5 . 1 0 0 - ISÓTIPO
19. -B. viridiflorens Ducke - RB: 11.121 - ISÓTIPO
20. - B. viscidula Harms. - RB. 43.862, 38.742 - ISOSINTIPOS
Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas.
118-
1) BAUHINIAALATA
Ducke (Foto 1 e 2)
Ducke, in Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro, 4:55.1925.
"Habitat in regione cataractum inferiorum fluminis Tapajós citatis Pará, frequens in silvis primariis non inundatis, I. A. Ducke florif. 24.5.1923, fruct. 24.8.1923 (Herb.Jard.
Bot.Rio n. 16.972); in regione fluminis Xingu inter Victoria et Altamira I Kuhimann
florif. 21.4.1924 (Herb. J.B.R. n. 17.724)."
A) EXEMPLAR
RB 16.972 -
SINTIPO
1a. SCHED.:
No 16.972
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia alata Ducke n. sp.
Proced. Rio Tapajós (Pará)
Collegit. A. Ducke
24.5.1923 flor
Data V I I I . 1923 fruct.
2a. SCHED.:
R. Tapajós, Villa Braga matta ch.
A. forma alta 2 4 - 5 - 1 9 2 3
A. Ducke
Cipó muito grande; cálice verde brancacento ou avermelhado, petalo d u m roseo
vivo com mancha bem amarella.
B) EXEMPLAR
RB 17.724 -
SINTIPO
1a. SCHED.:
NO 17.724
Data 2 1 - 4 - 9 2 4
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia alata Ducke
Proc. Estrada da Victoria ao Forte, Xingu, Est. do Pará
Observações: Planta escandente de grande porte caly. alvo-esverdeado corrolla
alva; estandarte inter. estriado de purp.
Collegit. J.G.Kuhimann, 2048
2) BAUHINIA
AL TISCANDENS Ducke (Foto 3)
Ducke, Boi. Tec. Inst. Agron. Norte Pará 2:17.1944.
"Sat frequens in silva primaria non inundabili circa Esperança (ad ostium fluminis
Javaru, in civitat Amazonas), 2 3 - 1 - 1 9 4 2 , Ducke 8 9 5 . "
EXEMPLAR
RB 50.728 -
HOLÕTIPO
1a. SCHED.:
No 50.728
Fam. Leg. Cães.
N. sciente. Bauhinia altiscandens Ducke n. sp.
Proc. Amazonas — Esperança mata de T.F.
Observações cipó muint. gr. pétala brancacenta.
Collegit. A. Ducke 895
data 2 8 - 1 - 9 4 2
2a. SCHED.:
Esperança matta de T.f.
2 8 - 1 - 4 2 A.D.
Cipó muit. gr.; pétalas brancacentas
D. 895
N O T A : A discordância existente entre as datas de coleta na obra original e das
etiquetas, acreditamos tratar-se de erro tipográfico, uma vez que a etiqueta de coleta é datada de 2 8 - 1 - 1 9 4 2 . Consideramos a data de coleta como certa.
- 119
3) BAUHINIA
AUREOPUNCTATA
Ducke (Fotos 4 e 5)
Ducke, Arq.Jard.Bot.Rio de Janeiro 4:53.1925.
"Habitat in silvis primariis et secundariis terris argillosis non inundatis fluminis Tapajós
medii loco Francez (Herb.Jard.Bot. Rio 11.119, in ejusdem fluminis cataractae infimae
regionç prope Bella Vista (Herb.Amaz.lVlus.Pará n. 15.823) et prope Villa Braga (Herb.
Jard.Bot.Rio n. 16.959); specimina omnia ab A. Ducke lecta, mense Maio f l o r i f e r a . "
A) EXEMPLAR RB 11.119 Ia. SCHED.:
NQ11.119
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia aureopunctata Ducke
Proc. Rio Tapajoz, logar Francez (Pará)
Collegit. A: Ducke
20.12.1919
2a. SCHED.:
R. Tapajóz, logar Francez,
Matta dos Morros, 2 0 - 1 2 - 1 9 1 9
A.D.
arv. peqn.
SINTIPO
B) E X E M P L A R RB 1 1 . 1 2 0 - ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
IMO 11.120
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia áureo punctata Ducke
Procedência R. Tapajoz, Bella Vista ( E ° do Pará).
• Collegit A. Ducke, H.A.Mus. Goeldi 15.823
6-12-1916
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
NO 15.823
Famille: Leg. Cães.
Bauhinia
Localité: R. Tapajoz: Bella Vista B° do Pará
Data 6 - 1 2 - 1 9 1 6
Collectioneur: A.Ducke
C) EXEMPLAR
RB 16.959 -
SINTIPO
1a. SCHED.:
No 16.959
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia aureopunctata Ducke n. sp.
Proc. Rio Tapajóz (Pará), Villa Braga
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
R. Tapajoz, Villa Braga capoeirão
t. firme argilosa preta.
24—5—1923
A. Ducke
Arv. peqn.; fl. verde e brancacenta.
4) BAUHINIA
BOMBACIFLORA
Ducke (Foto 6)
Ducke, Arch.Jard.Bot. Rio de Janeiro 3:104.1922. Est. 5
"Habitat circa ripas super cataractas Itaboca fluminis Tocantins, I. A. Ducke 2-7-1916
n. 16.236."
EXEMPLAR
RB 11.128 -
1a. SCHED.:
NO 11.128
Data 1 1 - 7 - 1 9 1 6
Nome scient. Bauhinia bombaciflora
Ducke
Proc. Rio Tocantins, Itaboca ( E ° do Pará)
Collegit. A. Ducke Herb. Amaz. 16.236
ISÕTIPO
120
2a. SCHED.:
Ex. Herbário Amazônico Musei Paraensis (Musei Goeldi) Pará (Brazil)
No 16.236
Famille: Leg. Cães.
Bauhinia bombaciflora Ducke n. sp.
Localité: R. Tocantins arredores da cach°. Itaboca E ° Pará
Collectioneur: A. Ducke
N O T A : Acreditamos que a discordância entre a data da descrição e das etiquetas, tratase de um erro tipográfico (onze em arábico por dois em romano na descrição).
5) BAUHINIA
BRACHYCALYX
Ducke (Foto 7)
Ducke, Trop. Woods. 90:12.1947.,
"Habitat in silva riparia ut videtur vix inundabili medil fluminis Purús (in Brasiliae civitate Amazonas) circa ostium fluminis Paulini; in Musei Paraensis horto culta florebat
30-XII-1945, Ducke 2045. Statura humile et calyce parvo ab affinibus faciliter distinguenda."
EXEMPLAR
RB 59.638 -
HOLÚTIPO
1a. SCHED.:
NO 59.638
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia brachycalyx Ducke n. sp.
Proced. Museu Paraense, cult. (Pacuini afluente do Purús)
arbustinho baixo; cálice verde, pétalas brancas
Collegit. Adolpho Ducke 2045
Data 30-12-46
2a. SCHED.:
Museu Paraense, cult/. (da boca do Pacuini afluente do Purús)
30-12-46
A.D.
arbustinho baixo, cálice verde, pet. brancos D. 2045
6) BAUHINIA
CUPREONITENS
Ducke (Foto 8)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Riode Janeiro, 4:56.1925
"Habitat in silva terris compacte argillosis non inundatis prope ripas fluminis Mojú inferioris (aestuarii amazônico - tocantini affluentis meridionalis) loco seringal, I. A. Ducke
3 - 1 1 - 1 9 2 3 (Herb.Jard.Bot. Rio n. 16.973)."
EXEMPLAR
RB 16.973 -
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 16.973
Data 3 - 1 1 - 1 9 2 3
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia cupreonites Ducke n. sp.
Proc. Rio Mojú (Pará)
Collegit. A. Ducke
2a. SCHED.:
Rio Mojú, logar Seringal capoeirão (T.Fr.baixa) 3 - 1 1 - 1 9 2 3
A. Ducke
cipó grande petalos brancos
N O T A : A data da coleta segundo consta na etiqueta é a de 3.11.1923, e não 3.2.1913
erro tipográfico da obra original.
121
7) BAUHINIA
ERYTHRANTHA
Ducke (Foto 9)
Ducke, Arch.lnst. 8iol.Veg.Rio de Janeiro 4:14.1938.
"Habitat in silva humida non inundabili prope Borba (Rio Madeira, civ. Amazonas),
2 7 - 4 - 1 9 3 7 , leg. A.Ducke, H.J.B.R. 3 5 . 4 3 4 . "
EXEMPLAR
RB 35.434 -
HOLÚTIPO
1a. SCHED.:
N» 35.343
Fam. Leg. Cães.
N. scient. Bauhinia erythrantha Ducke n. sp.
Proc. Borba, Rio Madeira (Amazonas)
Collegit. A. Ducke
data 2 7 - 4 - 1 9 3 7
Deter, por A. Ducke
data 1938
2a. SCHED.:
Borba
Matta da tr. fe.
27-4-1937
A.D.
Cipó m u i t o grande, fl. vermelha.
8) BAUHINIA
HUBERI Ducke (Foto 10)
Ducke, Arch.Jar.Bot.Rio de Janeiro 3:109.1922.
"Habitat in civitatis paraensi regione orientati ad Bragança (I. J. Huber 12—1899, n.
1.734, A. Ducke 6 - 1 2 - 1 9 1 7 , n. 16.832) et locos vicinos colônia Benjamin Constant
( 1 5 - 1 1 - 1 9 1 8 , n. 9.770) et Timbotena (I. R. Siqueira 1 5 - 9 - 1 9 0 8 , n. 9.656)."
EXEMPLAR
RB 11.111 -
ISOSINTIPO
Ia. SCHED.:
No 11.111
Fam. Leg. Cães.
Gen. Bauhinia
Spc. platycalyx Benth.
var. Huberi Ducke
Pátria Bragança (Pará)
Collegit. Herb.Amaz. 9.770 1 5 - 1 1 - 1 9 0 8
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 9770
Famille: Leg. Cães.
Bauhinia Huberi Ducke n. sp. sp = platycalyx
Bth.
Localitè: Bragança: Colônia Benjamin Constant Estat. de Pará
Date: 1 5 - 1 1 - 1 9 0 8 .
N O T A : A data da coleta segundo consta na etiqueta é a de 15.11.1908 e não 15.11.1918,
erro tipográfico da obra original.
9) BAUHINIA
LONGIPEDICELLATA
Ducke (Foto 11)
Ducke, Arch.Jard.Bot. Rio de Janeiro 3:105.1922.
"Habitat ad margines silvarum primaevarum in terris argillosis compactis non inundatis:
prope Pimentel ad fluvii Tapajós cataractas inferiores florif. 25—6—1918 n. 17.064,
fructif. 3 1 - 1 2 - 1 9 1 7 n. 16.864; ad coloniam Poço Branco prope Santarém flor. 5 - 7 1918; I. A. D u c k e . "
A) EXEMPLAR
RB 11.140 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
NO 11.140
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia longipedicellata
Ducke
Proc. R. Tapajós Pimental E ° do Pará
Collegit. A. Ducke Herb. Amaz. 17.064
25-6-1918
122
B) EXEMPLAR
RB 11.141 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
NO 11.141
Fam. Leg. Cães.
Gen. Bauhinia
Spc. longipedicellata
Ducke
Pátria Santarém: Colônia Poço Branco Eo do Pará.
Collegit. A. Ducke
Herb. Amz. 1 7 . 1 0 1 5 - 7 - 1 9 1 8
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 17.101
Fam. Leg. Cães.
Bauhinia longipedicellata
Ducke
Localité: Santarém: Colônia Poço Branco Etat. de Pará
Date: 5 - 7 - 1 9 1 8
Collectioneur: A. Ducke
C) EXEMPLAR
RB 11.142 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 11.142
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia longipedicellata
Ducke
Procedência — Região das cachoeiras inferiores do Tapajós (Pará)
Collegit. A. Ducke Herb. Amaz. 16.864
31-12-1917
2a. SCHED.:
Ex Herb. Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 16.864
Famillie: Leg. Cães.
Bauhinia longipedicellata Ducke
Localité: Regions des cataratas inferiores du Tapajós Etat. Pará
Data31-12-1917
Collectioneur: A. Ducke
10) BAUHINIA
LONGISETA
Fróes (Foto 12)
Fróes, Boi. Tecn.lnst. Agron. Norte Pará 19:95.1950.
"Habitat in brasiliae civitate Amazonas, in silva primaria non inundata regione fluminis
Solimões, loco São Paulo de Olivença, Igarapé Belém, 1 0 - X 1 I - 1 9 4 8 , Fróes 23.699
(Typus)."
EXEMPLAR
RB 76.745 -
ISÓTIPO
Ia. SCHED.:
No 76.745
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia longiseta Fróes n. sp.
Proc. Rio Solimões — Amazonas
Collegit. R . L Fróes 23.699 data 1 0 - 1 2 - 1 9 4 8 .
2a. SCHED.:
Instituto Agronômico do Norte Plantas da Amazônia.
Estado do Amazonas
Bauhinia longiseta Fróes n. sp.
Rio Solimões, Igarapé Belém
vine 5 cm. climbing very large tree, ligth rolute rosy flowers, T.f. high land high
forest.
R.L. Fróes
23.699
Dec. 1 0 - 1 9 4 8 .
- 123
11) BAUHINIA
MACROSTACHYA
Benth var. O B T U S I F O L I A Ducke (Foto 13)
Ducke, Arch.Jard.Bot.
Rio de Janeiro 3:106.1922.
" I n terris argillosis fertilibus inter vegetationem secundariam prope Alcobaça
freqüentíssima (n. 16.192), prope Forte Ambé fluvii Xingu (n. 10.411), et in regione
viae ferreae inter Belém et Bragança prope stationem Peixeboi (n.8.763) et prope Santo
A n t ô n i o do Prata (n. 7.295)."
EXEMPLAR
RB 11.146 -
ISOSINTIPO
Ia. SCHED.:
No 11.146
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia macrostachya Benth var. obtusifolia Ducke
Procedência Alcobaça R. Tocantins (Pará)
Collegit. A. Ducke Herb. Amaz. 16.192
5-7-1916
2a. SCHED.:
Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 16.192
Fmille: Leg. Cães.
Bauhinia aff. obtusata Vog.
Localité: alcobaça (Tocantins) Date 5—VII —1916
État, de Pará
Collectioneur: A. Ducke
12) BAUHINIA
MACROSTACHYA
Benth. var. PARVIFOLIA
Ducke (Foto 14)
Ducke, Arch.Jard.Bot. Rio de Janeiro 3:106.1922.
" I n rupibus sicis humo vix obtectis prope cataractum Itaboca fluvii Tocantins
(n. 16.232); etiam in civitate Maranhão ad Codó (Herb. Gener. Mus. Pará n. 583) et ad
Pedreiras (H.G M.P. n. 2.303)".
EXEMPLAR
RB 11.137 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 11.137
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia macrostachya Benth. var. parvifolia Ducke
Proc. R. Tocantins, Itaboca (Eo Pará)
Collegit. A. Ducke, H.P.M. Goeldi 16.232
11-7-1916
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 16.232.
Famille Leg. Cães.
Bauhinia pulchella
Benth. aff.
Localité R. Tocantins: Itaboca E ° Pará
date: 11 —VI1 — 1916
Collectioneur
A. Ducke
13) BAUHINIA
MACROSTACHYA
Benth. var. TENUIFOLIA
Ducke (Foto 15 e 16)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 3:106.1922
" I n silvis humidis ad Belém do Pará (n. 2.103), Peixeboi (n.8.272) serra de Almerim
(n. 17.236).
EXEMPLAR RB 11.132 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 11.132
Fam. Leg. Caesalp.
Nome scient. Bauhinia macrostachya Benth. var. tenuifolia Ducke
Procedência Belém do Pará.
Collegit. J. Huber Herb. Amaz. 2103 1 2 - 7 - 1 9 0 1
- 124 -
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
NO 2.103
Famille: Leg. Cães.
Bauhinia aff. macrostachya Benth. var. tenuifolia Ducke n. v.
Localité: Belém do Pará
Date: 12—VU —1901.
Collectionneur: J. Huber.
14) BAUHINIA
PARVILOBA
Ducke (Foto 17)
Ducke, Boi. Tec.Inst.Agron.Norte Pará 2:17.1944
"Habitat in silva non inunabiH circa Esperança (ad
1 0 - X - 1 9 4 2 , Ducke 1.069".
EXEMPLAR
RB 50.731 -
ostium
fluminis
Javary)
HOLÓTIPO
1a. SCHED.:
No 50.731
Fam. Leg. Cães.
N. scient. Bauhinia parviloba Ducke n. sp.
Proc. Amazonas — Esperança mata da t.f.
Observações: cipó grande — f l . muito cheirosas pétalas brancas porém a centro
(péq.) amarella.
Collegit. A. Ducke 1069
data 1 0 - 1 1 - 1 9 4 2 .
2a. SCHED.:
Esperança
M a t t a d a t . f.
10-11-42
A. D.
Cipó gr; f l . m u i t o cheirosas, pétalas brancas porem a do centro (é pequena) amarella
D.1069.
N O T A : Não concordam as datas das etiquetas com a da descrição, acreditamos tratar-se
de erro tipográfico; uma vez que a segunda etiqueta é do coletor e autor da espécie
consideramos certa esta data.
15) BAUHINIA
PTEROCALYX
Ducke (Foto 18)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 3:109.1922
" A d flumen Purús superius loco Ponto Alegre dicto ad silvarum margines I. J Huber
8 - 4 - 1 9 0 4 , n. 4 . 4 0 1 . "
EXEMPLAR
RB 11.103 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
No 11.103
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia pterocalyx Ducke
Procedência Ponto Alegre, A l t o Purús (Amazonas)
Collegit. J. Huber, H.A.M.Goeldi, 4.401
8-4-1904
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
No 4.401
Famille: Leg. Cães.
Bauhinia pterocalyx Ducke n. sp.
Localité: A l t o Purús: Ponto Alegre Eo do Amazonas
Date: 8 - 4 - 1 9 0 4
Collectioneur: J. Huber
16) BAUHINIA
RUTILANS Benth. (Foto 19)
Bentham, in Mart. FI.Bras. 15(2):206,tab.53.Fig. I. 1870.
"Habitat in sylvarum marginibus prope Esmeralda ad f l . Orenoco, etiam ad Cumucunuma: Spruce n. 3.250 — Najas."
-125-
EXEMPLAR
RB 5.568 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 5.568
Fam Leguminosas Caesalpinioideae
Nome scient. Bauhinia rutllana Benth.
Proc. Esmeralda (Orenoco)
Collegit: Sprece 3.250. Herb. Capanema Dez. 1853
2a.SCHED.:
Bauhinia, L.
(Schnella, Raddi)
rutilans, Spruce
O.N. Lathyraceae
Prope Esmeralda ad. Fl.
Orenoco — Dec. 1853
1: R. Spruce n. 3.250
17) BAUHINIA
SIQUEIRAEI
Ducke (Foto 20)
Ducke, Arch.Jard.Bot.Rio de Janeiro 3:108.1922
" I n silva primaria ad stationem Peixeboi viae ferreae inter Belém et Bragança, I. R. Siqueira 2 4 - 1 0 - 1 9 1 7 , n. 8.790, in monte Arumanduba prope Almeirim a me visa."
EXEMPLAR
RB ' 1 1 . 1 0 5 - I S Ó T I P O
1a. SCHED.:
NO 11.105
Fam. I_eg. Cães.
Nome scient. Bauhinia Siqueiraei Ducke
Pátria Peixeboi, E° F. de Bragança (Pará)
Collegit. R. Siqueira, H.A.M.Goeldi 8.790
Data 2 4 - 1 0 - 1 9 0 7
2a. SCHED.:
Ex Herbário Amazônico Musei Paraensis (Museu Goeldi)
No 8790
Famille: Leg. Cães.
Bauhinia Siqueiraei Ducke n. sp.
Localité: Peixeboi (Belém-Bragança) E ° Pará
Data 2 4 - 1 0 - 1 9 0 7
Collectioneur: R. Siqueira
18) BAUHINIA
SPRUCE/ Benth. (Foto 21).
Bentham, in Mart.FI.Bras. 51 (2).205.1870
"Habitat in sylvis ripariis f l . Paapurés, Brasiliae borealis: Spruce n. 2.617.
EXEMPLAR
RB 5.100 -
1a. SCHED.:
No 5.100
Fam. Leguminosae Caesalpiniaceae
Nom.scient. Bauhinia sprucei Benth.
Proc. prope Panuaré ad Rio Maupés (Amazonas)
Collegit. R. Spruce 2.617 Out. 1852
2a. SCHED.:
Bauhinia, L.
(Schnella, Raddi)
O.N. Lathyraceae
Prope Panuré ad Rio Maupés
1: R. Spruce n. 2.617.
ISÓTIPO
- 126
19) BAUHINIA
VIRIDIFLORENS
(Ducke (Foto 22 e 23)
Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 5: 129. 1930, nov. nom.
"Ce nom remplacera celui de B. viridiflora Ducke 1922, déjà employé en 1920
pour une espécie de fava".
Bauhinia viridiflora Ducke
Ducke, ARch. Jaid. Bot. Rio de Janeiro 3:105. 1922.
"Habitai in si/vis marginalibus campinae prope stationem Breu Branco via férrea Alcobacensis fluvii Tocantins, I. A. Ducke 2 - 1 - 1 9 1 5 no 15.597; prope Santo A n t ô n i o do
Prata (inter Belém et Bragança) I. E. Snethlage."
EXEMPLAR
RB 11.121 -
ISÓTIPO
1a. SCHED.:
NO 11.121
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia viridiflorens Ducke
Proc. E. do F ° de Alcobaça R. Tocantins (Pará)
Collegit. A. Ducke Herb. Amaz. 15.597 ' 2 - 1 - 1 9 1 5
2a. SCHED.:
Herbarium Amazonicum Musei Parensis (Museu Goeldi) Pará (Brazil)
NO 1.597
Familia: Leg. Cães.
Bauhinia viridiflora Ducke n. sp.
Localidade: Matta das inundações da campina de Breu Bseier,
E a de F ° de Alcabaça (Tocantins) Eo do Pará
Collecionador A. Ducke
Date: 2 - 1 - 1 9 1 5
20) BAUHINIA
VISCIDULA Harms. (Foro 24)
Harms. Bot. Jahrb. 33(721:22.1903
"Brasilien: Goyaz, zwischen ciganos und As Brancas, in Campo (Glaziou n. 21 010
21.012 a , - December 1894; Strauch mit weissen Blüten)."
A) EXEMPLAR
RB 43.862 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 43.862
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia viscidula Harms.
Observações Museu de Hist. Nat. e Botânica de Paris
Engl.Jahrb. X X X I I I . Beibl. 72.22.
Collegit. Glaziou 21.010
2a. SCHED.:
Herb. Miis. Paris
Bauhinia viscidula Harms.
Reçu leGlaz 21.010
B) EXEMPLAR
RB 38.742 -
ISOSINTIPO
1a. SCHED.:
No 38.742
Fam. Leg. Cães.
Nome scient. Bauhinia viscidula Harms. n. sp.
Observações Ex. Herbário Damasio Hlaziou 21.010.
2a. SCHED.:
Ex-Herbario Glaziou
Hauhinia viscidula Harms n. sp.
Goyaz
N O T A : Esse material é representado em nosso herbário pelas exsicatas RB 43.862 e
38.742. Ambas são duplicatas de Glaziou, porém como foram doadas por diferentes instituições, conservam-se separadas, com n°s de registro diferentes.
127 -
ABSTRACT
This paper continues the survey of the types from the Rio de Janeiro Botanical
Garden herbarium, Leguminosae-Caesalpinoideae, foilowing the same criterion as the
former. The type species of the genus Bauhinia Linn. are presented here.
AGRADECIMENTOS
Nossos agradecimentos ao Pesquisador Jorge Fontella Pereira pela orientação dada e ao Conselho Nacional de Pesquisas pelas Bolsas de Estudo que nos vem proporcionando.
BIBLIOGRAFIA
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B E N T H A M , G. 1870.
DUCKE, A. 1922.
FOTO 1
FOTO 2
(O
Bauhinía alata Ducke
Bauhinia alata Ducke
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o
Bauhinia altiscandens Ducke
Bauhinia aureopunctata Ducke
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Bauhinia aureopunctata Ducke
Bauhinia bombaciflora Ducke
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Bauhinia brachycalyx Ducke
Bauhinia cupreonitens Ducke
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CO
CO
Bauhinia erythrantha Ducke
Bauhinia huberi Ducke
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00
-fc»
Bauhinia longipedicellata Ducke
Bauhinia longiseta Fróes
FOTO 1 3
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OJ
Bauhinia macrostachya Benth. var. obtusifolia Ducke
Bauhinia macrostachya Benth. var. parvifolia Ducke
IOTO 15
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CO
Bauhinia macrostachya Benth. var tenuifolia Ducke
Bauhinia macrostachya Benth. var. tenuifolia Ducke
TO 1 7
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CO
Bauhinia parviloba Ducke
Bauhinia pterocalyx Ducke
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03
Bauhnia rutilans Benth.
Bauhinia siqueiraei Ducke
FOTO 22
FOTO 2 1
CD
/• * y*^„ -' -tfy/
Bauhinia sprucei Benth.
Bauhinia viridiflorens Ducke
TOTÓ 24
POTO 23
o
Bauhinia viridiflorens Ducke
Bauhinia viscidula Harms.
NOVAS L O C A L I D A D E S DE OCORRÊNCIAS DE HELICONIA
(Heliconiaceae)
=11
Humberto de Souza Barreiros ( •)
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Prossequindo nesta segunda série de ocorrências inéditas de espécies de Heliconia
por mim identificadas, convém lembrar que, salvo uma relíquia não há tal espécie restrita a um determinado Estado (como se pensa) e como é provado nos registros das coletas,
visto que a sua distribuição geográfica é regional. Além disto, é necessário considerara
capacidade migratória das plantas, a sua ecese, correlata à diversificação dos veículos de
dispersão dos diásporos: pássaros, inundações, etc.
Sendo assim, é mais adequado falar em Helicônias que ocorram no Rio de Janeiro,
por exemplo, do que dizer Helicônias do Rio de Janeiro; há uma clara diferença entre a
conjunção e o artigo definido. Concomitantemente, é correto afirmar Helicônias do Brasil (ou da Venezuela), referindo-se àquelas que por incontestáveis registros só apareçam
nesses países. Esta proposição é válida para o conceito de Flora.
Para ilustrar tais assertivas, convém lembrar que H. angusta muito encontrada no
Rio de Janeiio, aparece também no Espírito Santo (ambos da Região Sudeste) onde,
por sua vez é coletada H.pêndula que se acredita endêmica da Bahia, Ilhéus (da Região Nordeste). Essas duas espécies são brasileiras como também H. laneana e H. fannosa. Uma das espécies de maior capacidade migratória é H. hirsuta, dispersa pela America do Sul e Central (Bradea, I (44), 1974.
As espécies de Heliconia da seguinte lista foram identificadas de material vivo ou
seco, sendo este ú l t i m o das seguintes Instituições: Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(RB), Herbário Bradeano (HB), Instituto de Conservação da Natureza (ICN), Instituto
Botânico da Venezuela ( V E N ) , US National Herbarium (US), Missouri Botanic Garden
(MO).
Heliconia angusta Vell., Fl. Flum. 106, 1825; id. (3) t. 20.1827.
H. bicolor Benth. in Maund. Bot. Gard., 1 8 2 5 - 4 2 ; Regei Gartfl. 289, t. 172,
1856.
H. angustifolia Hook., in Bot. Mag., t. 4475, 1849; non Baker in Ann.Bot. V I I ,
199. 1893.
Brasil: Rio de Janeiro, Jacarepagua, Liene, Sucre, Duarte e Pereira 4295,
10—IX—1958 (US); id.. Vista Chinesa, Estação Biológica, A. Castellanos 23976,
2 - H — 1963 (ICN); id., Serra Carioca, perto da Gruta Genoma, 500m alt.,
J.P.Carauta 647, 25—VI11 —1968 (ICN); id.. Serra Carioca, Reserva Florestal,
I.L.Barreto, I, 31—VII —1970 (ICN); id., Gávea Pequena, A l t o Solar, nas encostas
ensombreadas, ovário verde-amarelo, H. Barreiros 200, 2—VI11 —1971 (RB);
Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos Órgãos Abrigo 13 de Maio, G. Pabst
7065, dr. Junker & M. Emmerich 727 e Castellanos 2 5 7 2 1 , 4—XII —1966 (HB);
id.. Flora da Serra dos, rio Paquequer, O.S.Melo e A.C. Brade 16575,
15—V1I1—1940 (RB); Petrópolis, O. Góes e Dionísio 885, 8 - 1 - 1 9 4 4 (RB); Magé,
Nagib,
—VIM —1974 (RB); Barra do Pirahy, E. Pereira,
- V I I —1974 (HB);
Espirito Santo, D. Sucre 7869, 1972 (RB).
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H. hirsuta var. cannoidea (L.Rich.) Baker in Ann.Bot.7 197 (1893).
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Heliconia chartacea Lane ex Barreiros in Rev. Brasil. Biol. 3 2 ( 2 ) : 2 0 5 - 2 0 8
(1972).
B R A S I L : Amazonas, entre Uapés e o Aereoporto, Lanna 316 e Castellanos
23786, l l - M - 1 9 6 3 (INC).
(*)
-
Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas.
-142 -
PERU: Província de Bagua, dept. Amazonas, Vale do rio Marafion sobre Cascadas
de Mayasi, perto de Campanamento, J.Wurdack 1845, 5 - I X - 1 9 6 2 (US); id., San
Pampa Sacramento, R.Ferreyra 1165, 1 7 - V I I I —1946 (US).
C O L Ô M B I A : Território Putumayo. floresta de chuva, 12km noroeste de Puerto de
Asis, alt. 300m, R. Merril King 6220, 6 - V I I - 1 9 6 5 (US).
V E N E Z U E L A : Bolívar,
2 3 - 1 1 1 - 1 9 3 9 (US).
La Prision, médio Caura, alt. 100m, L. Willians 11601,
Heliconia densiflora Poit. ex Verlot in Rev. Hort., 274 (1869).
B R A S I L : Pará, Repartição, rio Guminá, afl. rio Trombetas, J.G.Kulhmann 1704,
2 0 - 1 1 1 - 1 9 2 4 (RB).
V E N E Z U E L A : Bolívar, Valle Boscoso (Parakampa), NE de Canaima sul de Cerro
Venado, G.Agostini 1 7 - 1 1 - 1 9 6 4 (VEN).
Heliconia episcopal/s Vell., in Fl. Flum. 107 (1825); 3,t.22 (1827).
B R A S I L : Rio de Janeiro, ex-Guanabara, Restinga da Tijuca, no pântano, dr.
O.Fuachade s / n ° , 1 —IV—1947 (RB); id., municip. Porciúncula, Faz. do Deserto, 300m,
C. Martins e A.Sobreira 26—VII —1966 (HB); id. Praia da Itaipuassú, costa ensolarada,
grota úmida, H. Barreiros 150, 3—IV—1917 {RR): Amazonas ( A l t o ) , entre Manacapuru e
a ilha Arauatuba, Lanna 414 e Castellanos 23726, 3 - 1 1 - 1 9 6 3 (ICN): Bahia, Una,
próximo à Prata, Lanna 1446, 31—V—1—1967 (HB); id., municip. de Ilhéus, entre Banco
Central e Lage, E.Pereira 9569, G. Pabst 8458, 2 1 - 1 - 1 9 6 5 (HB); Minas Gerais, G.
Valladares, leg. Z. Trinta 845 e E.Fromm 1921, 2 1 - I V - 1 9 6 4 (HB).
C O L Ô M B I A : Santander, rio Opion sobre a linha da estrada de Ferro do Atlântico,
H.Garcia Barriga 16242, 5,7, - X I I - 1 9 5 8 (US).
Heliconia glauca Poit. ex Verlot in Rev.Hort., 112 (1899).
BRASIL- Pará Belém, Utinga, margem da represa, G.Pabst 8946, l l - V I - 1 9 6 6
(HB)- Bahia km 18 do ramal BR5, A.P.Duarte 8 0 6 1 , 2 1 - 1 1 - 1 9 6 3 (RS); Bahia, Mucuri,
Fazenda Afonsópolis, J. Lanna 1128, 7 - V I I I - 1 9 6 5 (ICN); id., Pesqueira, G.Pabst 8470
e E Pereira 9 5 8 1 , 2 1 - 1 - 1 9 6 5 (HB); id.. Porto Seguro, PNMP 9, na capoeira, Lanna
1481 e Castellanos 26434, 2 3 - V I - 1 9 6 2 ; id., Ganadeiros, Lanna e Castellanos 25496,na
restinga úmida, 2 9 - 1 - 1 9 6 5 (HB); Espírito Santo, Reserva da Cia. Vale do Rio Doce, D.
Sucre 8330 4—XI —1972 (RB); id., desde Guarapary até prox. rio Itaunas-Norte, A.P.
Duarte 3629 e J.Gomes 402, 2 8 - 1 1 - 1 9 5 3 (RB).
Heliconia laneana Barreiros in Bradea, I (46), 1974
H.brasiliensis Hook. sensu Paxton in Mag.Bot., 3:193 (1837)
B R A S I L : Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (ex-Guanabara), Morro dos Cabritos,
Laqoa Rodrigo de Freitas, J.G.Kulhmann s/n° 5 - I X - 1 9 3 7 (RB); id., Sacopã, A.P.
Duarte 198, 6—VII1 — 1946 (RB); id.. Sumaré, alt. 500m, G. Pabst 5231 & R. Klein,
5 _ X I I —1959 (HB); Serra do Mendanha, J : Carauta 3 1 1 , 12—XI1 — 1965, n. vulg. bico do
guará (ICN); id., Itatiaia, Picada Barbosa Rodrigues, J.Carauta, 335, 3 - 1 1 - 1 9 6 7 (ICN)
Petrópolis, Vale do Bom Sucesso, captação da água, 600m, umbrófila crescendo em
mata seca, D. Sucre 2202 e P.I.S. Braga 52, 2 6 - 1 - 1 9 6 8 (HB); Espírito Santo, entre
Colatina e São Roque, norte, A.P. Duarte 3918, 2 1 - 1 1 - 1 9 5 3 (RB); id., entre o Rio
Panças e Colatina prox. à Lagoa Juparanã, A.P. Duarte 3632 e J.C.Gomes 405,
5 _ H _ 1 9 5 3 (RB); id., Vargem Alta, São José da Fruteira, E.Pereira 2268, 9—XII —1960
(RB); Minas Gerais, Municip. Ponte Nova, Fazenda Varginha 12km, estrada de Ponte
Nova', H.S.Irwin 2230, 7—XII —1960 (US); id.. Parque Florestal do rio Doce, D.Sucre
10121, 1972 (RB); Mato Grosso, municip. de Campo Grande, B.Marx, s/nP, s/d., (RB).
s/d., (RB).
Heliconia marantifolia
G. Shaw in Cimel. Phys., 74, t. 38 (1796); non Baker in
Ann.Bot. V I I , 1 9 9 ( 1 8 9 3 ) .
H. metallica (Plane. & Lind.) Hook. in Bot. Mag. 3:18,t.5315 (1827).
H. vinosa Buli, in Cat., 5 (1871).
C O L Ô M B I A : Leg.A.Schultz s/n° 15/11/1955 (RB); id., Cordilheira Oriental, dept.
norte de Santander região de Sarare-Quebrada de La China, afl. rio Anbujon, a l t . 8 3 0 600m leg J Quatrecasas 1300, 2 - 1 1 - 1 9 4 1 ( U S ) ; i d . , dept. Antioquia, Chigorodó, Carretera'a Turbo, alt. 1 0 0 - 2 0 0 m , H.Garcia-Barriga 17658, 20, 2 3 - X I I - 1 9 6 2 (US).
- 143
P A N A M Á : leg. D. Sucre 9740, 1973 (RB).
Heliconia marginata (Griggs) Pittier in Nom.PI. Usuales Venez. 229 (1926)- Grigqs
in Bull.Torr.Bot.Club., 42, 323 (1915).
B R A S I L : Amapá (território), rio Araguary. E. Pereira 3376 e 646. 3 0 - X - 1 9 5 7
(RB); Pará, Cavado, entre o rio Ayaya e rio Ituqui, Santarém, Makgray 3889, 27-XII1938 (RB); Mato Grosso, estrada de ferro Mamorá, nas margens, J.G.Kulhmann 916
2 - I X - 1 9 2 3 (RB).
C O L Ô M B I A : Leticia (dept.Amazonas) Quebrada de Araras, selva, 360m alt. J
Quatrecasas L.E.Mello F ° e T.Soderstrom 27263, 2 7 - 1 - 1 9 6 9 (US).
PERU: Cayumba, entre Huanuco e Tingo Maria, selva tropical, alt. 800m, R.Ferreyra 4218, 15—VII —1948 (US); prov. Bagua km 286, leste de Olmos 8km a leste de
Montenegro J.K.Wright 3767, P.C.Hutchinsom 2 5 - 1 - 1 9 6 4 (US).
Heliconia pêndula Wawra in Oestr.Bot.Zeitschr., 13:8 (1863); Iter.Maxim 142
t.21.
B R A S I L : Bahia, municip. Lages, Ilhéus, E. Pereira 9572, G.Pabst 8 4 6 1 ,
1965 (HB); Espírito Santo desde Cachoeira de Itapemirim ate São Roque, municip. de
Nova Veneza, A.P. Duarte 3620 e J.C.Gomes 404, 2 8 - 1 1 - 1 9 5 3 (RB).
var. villosa Barreiros n.var.
H. steyermarkii Arist. in Boi. Soe. Venez. Cienc. Nat. 25,206 1961.
V E N E Z U E L A : Sucre, Península de Paria, Steyermarkii 91049 e Agostini
19-VII-62 (Cerro Patao); Steyermarkii e Rabe, 12-VIII-66 (Cerro de Rio Arriba); id
6-VIII-66 (Cerro Espejo); Steyermarkii 5-VI-66, Cerro dei Humo (VEN).
Heliconiapsittacorum
L.f. Suppl. 198 (1781); Curt.Bot.
Mag. 14, t. 502 (1800); Peters. in Fl.Brasil. 3:3, t.7(1890).
B R A S I L : Bahia, Salvador, rio Camangibe, nas margens, O.Travassos 199, 18—VII —
1951 (RB) id., Canavieiras, Lanna 746 e Castellanos 25496, 2 9 - 1 - 1 9 6 5 (ICN); id., Maraú, mata litorânea R.P.Belem, 2 9 - V - 1 9 6 8 (HB); id., BR 101 Itabuna km 619, D.Sucre
e B. Marx e M. Mee, 1974 {RB);Pará, Belém, Utinga, margens da represa, G.Pabst 8946,
2 - V I - 1 9 6 6 (HB); Amapá (território), margens de rio. Cachoeira Camaraua, 3 6 k m ao
sul da boca do rio Camopi, LY.Th.Westra, etiq. 48547 2 - X I - 1 9 6 0 (HB); id., Rocha
Meu Pai, perto da margem da floresta, na rocha, H.S.Irwin, J.M.Pires L.Y.Th. Westra
etiq. 48648, 4 - X I - 1 9 6 0 (HB); id., estrada do Amapá, Km 48 em pântano de savana, J.
M. Pires & P.B.Cavalcante, 10—VII—1962 (HB); Amazonas, Reserva Ducke, Lanna 345 e
Castellanos 23662 (ICN); id., id., perto de Manaus, M. Mee 424, 1 0 - 1 9 6 7 (RB).
V E N E Z U E L A ; Bolívar, às margens do rio Hacha até o Salto Hacha região de Canaima, G. Agostini 410, 1 6 - 1 7 - 1 9 6 4 ( V E N ) ; id., vizinhança de Uriman, alt. 300m, J.A.
Steyermark 75246, 3 0 - 1 - 1 9 6 5 ( V E N ) ; Sta. Helena, arredores, T.Lasser, - V - 1 9 6 0
( V E N ) ; Carretera, El Dorado, savana, km 198 ao sul, J : & C.Steyermark, R.Wurdacke
H. Wehler, 7.10—XI1 — 1972 (VEN); savana Cardona, rio A l t o Suapore, afl. Orenoco.pàntanos, F. C. Ruiz 3648, 10—IX—1970 ( V E N ) ; Bolivar, savana rodeando rio Asa, sul de
La paragua, alt. 275m L.Aristiguieta 86738, —VI—196) (VEN);Cerro Valipano (Território federal do Amazonas), às margens do rio Perucito, C. Brener 52544, —VIII—1962
( V E N ) ; id., Capuchana, rio Ornoco, margens esquerdas, aprox. 20 km acima de sua confluência com o rio El Venturi, E. Foldats 2 2 9 - A , 4 - V - 1 9 7 1 (VEN).
Heliconia rostrata Ruiz & Pavon in Fl. Peruv. 3 : 7 1 , tab. 305 (1802).
B R A S I L : Rondônia, estrada de Porto Velho-Cuiabá, A.P.Duarte 7156 AüDa 65
22-IX-1962IRB).
'
C O L Ô M B I A : Caquetá, Florencia, entre as Quebradas do rio Hacha e de La Yuca
450m., J. Quatrecasas, L.E.Mello F ° , R.S. Cowan 27238 2 5 - 1 - 1 9 6 9 (US).
PERU: dept. San Martin, Tingo Maria, alt. 6 0 0 - 1 0 0 0 m, H.A.AIIard 21544,
3 0 - X - 1 9 4 9 , II—11—1950 (US). id., acima de Tarapoto, mata tropical, R.Ferrey a 5099,
2 4 - I X - 1 9 4 8 (US);dept. Huanuco, Tingo Maria, floresta, E.Asplund 12079 8-VII-1940
(US).
Heliconia spatho-circinata Arist. in Bol.Soc.Venez.Cienc.Nat. 22:18 (1961).
H.linneana Lane ex Barreiros in Rev. Brasil. Biol. 30 ( 4 ) : 5 7 1 - 5 7 3 (1970).
B R A S I L : Rio de Janeiro, Passa Três, Mangaratiba, A. Castellanos 23230 20-1-1962
(ICN); id.. Angra dos Reis, Lanna 811 e Castellanos 25539, 28-XI 1965 (ICN).
- 144
V E N E Z U E L A : na fronteira Venezuelano-Brasileira, nos bosques ao longo do rio, a
noroeste da Serraria Pia-Soi, 6 0 ° , 800 m, J.Steyermark s/n°, 5, 6 - 1 - 1 9 6 2 (VEN);
Sucre, entre o rio Grande e Mejillones, península, L.Aristeguieta e G. Agostini 4775, 22VIII-1961 ( V E N ) ; id., na floresta vizinha de Los Patos ao norte do rio Hacha, 360m alt.,
J. Steyermark 86988, 8 - V I I I - 1 9 6 0 ( V E N ) ; Território Federal Delta Amacuro, margens
dei Cano Toroguas, Matos, s/no, —VIII —1954 (VEN); Bolívar, margens do Bosque Carretera e El Dorado, L. Aristeguieta 3767, 1958 (VEN); id., 1 0 - 1 5 km abaixo de Cerro
Carretera, comum ás margens de rios, B.Mguire, J.A.Steyermark & C K Maquire
- 1 9 6 2 s/no (VEN).
',
Heliconia stricta Huber, Boi. Mus. Goeldi 4:543 (1906).
B R A S I L : Amazonas, Paciência, Solimões, mata alagada, J.G. Kulhmann 1203,
1924 (RB); id.. A l t o Amazonas, Manacapuru, e a ilha Arautuba, Lanna 412 e Castellanos 23728, 3 - 1 1 - 1 9 6 3 (ICN).
PERU: dept. Junin, ao longo do rio-Perene, perto da Fazenda 3 " 600 m alt.,E. P.
Killips 25156 e A. C. Smith 21156, 1 6 - 1 1 - 1 9 2 9 (US);dept. Loreto, Prov. Portillo, Sacramento, selva tropical, R.Ferreyra 1161, 17—VII1—1946 (US); Fazenda Shapajilla,
perto de Tingo Maria, Prov. e dept. Huanuco, selva tropical, 7 0 0 - 8 0 ° m alt. R.Ferreyra 9 0 1 , —VI11—1946 (US); Naranjillo, perto de Tingo Maria prov. e dept. Huanuco
7 0 0 - 8 0 0 alt. R; Ferreyra 2185, 6 - V I I I - 1 9 4 7 (US);
E Q U A D O R : prov. Santiago-Zamora Taisha, 450m alt. floresta primária de chuva, P.C.D. Cajalet& T.D. Pennington E - 7 7 2 1 , 8 - 1 1 - 1 9 6 2 (US).
Heliconia subulata Ruiz & Pavon, Fl. Peruv. 3, t. 303 (1802).
Non Baker in Ann. of Bot. V I I , 199, (1893); non Schumann in Engler Pflanzen. 4
(45), 3 9 ( 1 9 0 0 ) .
B R A S I L : Minas Gerais, municip. Silvania, à beira de córrego, L.B.Smith 4832, 19X-1956 (US); id., Ituituba, Fazenda Dr. Moacyr, Novas-Patos, mata, grotas, A.P.Duarte
2907, 21 — VH - 1 9 3 0 (RB); Bahia, a 19km da Feira de Santana, A. Castellanos 25089,
1 3 . v í l . 1964 (ICN); Acre perto da boca do rio Macauham, tributário do rio Yaco, B . A !
Krukoff; 4th Exped. Brasil/Amaz., 14—VII —1933 (MO); Paraná (Alto), Stroessner
s/no, s/d. (RB) .
PERU: Prov. de Sandra, dept. Puno, ao longo dos rios, perto de Isillumi, Valle
Grande, W.H.Hodge 6 0 2 1 , 1 7 - V - 1 9 4 3 (US); Loreto Yurac, entre Divisória e Pucallpa,
H.A.AIIard 22142, 17X1-1949, 1 5 - 1 - 1 9 5 0 (US); dept. Cuzco, prov. Pauvartambo,Sta!
Isabel, - Kosnipata1320m alt. margens de caminho, C. Vargas, 6803, 6 - X I I - 1 9 4 7 ( U S ) .
AGRADECIMENTOS
- O meu sincero agradecimento ao Conselho Nacional de
Pesquisas pela Bolsa concedida que me permitiu realizar este trabalho; ao Instituto Botânico da Venezuela, US National Herbarium, Missouri Botanic Garden, Herbário Bradeano. Instituto de Conservação da Natureza e Jardim Botânico do Rio de Janeiro
pelo material fornecido: à ecologista dra. Dorothy Araújo do Jardim Botânico do Rio
de Janeiro pela ajuda no summary.
SUMMARY
This paper is the second in a series of yet unpublished occurences of Heliconia.
Contrary to popular opinion, no species is restricted to one State, except relictes; geographic distribution is regional. However, certain species are restricted to one country. "
It is necessary to consider the migratory capacity, the ecesis of the species, as
well as the actual dispersai possibilities of the diaspores.
PIPERACEAE
do Município do Rio de Janeiro 0 Gênero PIPER L.
Carmen Lúcia Falcão Ichaso (*)
I
EIsie Franklin Guimarães (*)
Cecília Gonçalves Costa ( •)
RESUMO
No presente trabalho os autores fornecem uma "chave" para as 23 espécies aqui
ocorrentes, sinonimizam P. amalago L var. ceanothifolium
(Jacq.)Yun., P.lindbergii
C.DC. à P. ampium
(H.B.K.) Yun. à var. médium
Kunth e P. lucaeanum K u n t h à P.
lepturum
Kunth.
Como localidade nova citam P. vicosanum Yun.
A parte de interpretação do padrão de nervação foliar ficou a cargo da botânica
Cecília Gonçalves Costa.
ABSTRACT
In the present paper the authors give a Key to the 23 species of Piper f r o m Município do Rio de Janeiro. P. amalago L. var. ceanothifolium
is given as a synonymy of
var. médium
(Jacq.) Yun., P. lindbergii C.DC as P. ampium Kunth and P. lucaeanum
Kunth as P. lepturum Kunth.
P. vicosanum Yun. appears as a new locality.
The leaf venation was interpreted by Cecília Gonçalves Costa.
M A T E R I A L e MÉTODOS
Foram utilizados para nossas observações, não só material herborizado, como o
proveniente de excursões feitas por nós e que permitiram melhores desenhos em câmaraclara dos detalhes das inflorescências. Apenas 4 espécies não foram re-encontradas:
Piper obliquum, P. translucens, P. anostachyum e P. puberulidrupum.
Para o estudo da
nervação, as folhas foram diafanizadas em NaOH a 5%, coradas pela safranina hidro-alcóolica e montadas em xarope de Apathy. Posteriormente foram fotografadas e os negativos foram projetados para otenção dos desenhos à nanquim. A interpretação do padrão
de nervação seguiu o método de Ettinghausen (1861), citado por Felipe et Alencastro
(1966).
P I P E R * * L.
Linneus, Gen. Plant. ed. 1:333.1737; K u n t h , Nov.Gen. Sp. 1:46. 1815; Benth. et
Hook Gen. Plant. 3 (1): 129. 1880; C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 240.1869 et in
Candollea 1:67.7322/24; Trelease in Macbride, Fl. Peru, Field. Mus. Nat. Hist.
13(1):107. 1936; Standley, Field. Museum Nat. Hist. 18(1):329. 1937; Yuncker in
Pulle, Fl. Surin. 1(2): 219.7357.
( *) _ Pesquisadora em botânica da Seção de Botânica Sistemática, bolsista do CNPq.
( * * ) • - Nome romano popular da pimenta.
- 146Ornebitea Aubl. PI. Gui. 2:838, t. 327.1775.
Piperiforum
Neck, Elem. 3:294. 1790.
Peperida Kostel, Allg.Med. Pharm. Fl. 2:455. 1831.
Serromia Gaudichaud in Deless. Ic. Selec. 3:54, t. 90 1837.
Amalago Rafin., Sylva Tellur. 84. 1838.
Betela Rafin., I.c: 85.
Carpupica Rafin., I.c.
Churumaya Rafin., I.c.
Cubeba Rafin., I.c: Miq., Comm. Phyt. 33. 1.1-3. 1840.
Gonistum Rafin., I.c.
Lepianthes Rafin., I.c: 84.
Methysticum Rafin., I.c.
Oxodium Rafin., I.c
Enckea K u n t h , Linnaea 13:590. 1839; Miq. in Mart. FI.Bras. 4 (1): 27 1852
Heckeria K u n t h , I.c: 564
Schilleria K u n t h , I.c: 676
Steffensia K u n t h , I.c: 609.
Mu/dera Miq., Comm. P h y t : 34.1840.
Macropiper Miq., I.c. 35.
Artanthe Miq., I.c: 40, et in Mart., Fl. Brás. 4(1): 31.1852.
Callianira Miq., Syst. Pip.: 344. 1843.
Chavica Miq., I.c: 22.
Coccobryon Klotzsch in Miq., Sist.Pip. :343. 1843.
Rhyncholepis Miq.,'Syst. Pip.: 282.1843.
Sphaerostachys Miq., I.c: 535.
Suensonia Gaudich. ex. Miq. I.c
Peltobryon Klotzsch in Miq., I.c: 369 et in M a r t , FI.Bras. 4(1): 29.1852.
Enckea Walp. Ann. 1 £ 0 3 . 1848/9.
Caulobryon Klotzsch, ex. C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 240. 1869
Carpunya Presl., Epim. Bot.: 228. 1950.
SUBARBUSTOS
com menos de 1m de altura mas geralmente mais ou menos unificados, ramosos, geralmente nodosos, arbustos ou arovoretas acima de 10m ou mais de
altura. Algumas espécies são escandentes e trepadeiras. Folhas geralmente alternas, simples, margem inteira, de forma e tamanho variáveis, podendo atingir em algumas espécies
até 40cm de comprimento. No município do Rio de Janeiro, as maiores folhas estão representadas pelas das espécies de P. cernuum e P. obliquum; em muitas espécies, um
dos lados prende-se ao pecíolo com uma diferença que varia de 0,1—0,2 cm até 2 - 2 , 5
c m ; em textura variam de membranáceas a cartáceas até coriáceas; superfície lisa, mais
ou menos rugosa, bulada e lacunosa na face dorsal; i n d u m e n t o de glabras a mais
ou menos pubescentes, de pelos simples, unicelulares a pluricelulares, possuindo, algumas espécies pelos com suas bases rígidas, formando a superfície escabra; p e c i o I o
variando grandemente em tamanho, raramente sésseis, geralmente com bainha na
base, que às vezes se prolonga até à lâmina, podendo também ser a\aào.PADRÃO
DE NERVAÇÃO
predominante é o misto camptódromo-acródomo
é o simples broquidódromo
seguido, em menor escala, dos tipos broquidódromo-acródromo
e
camptódromo-broquidódromo.
ESPIGAS sempre opostas às folhas, variando em comprimento, espessura e tendo o ápice arredondado, obtuso, delicadamente mucronado ou
caudado, com a extremidade estéril até O.IOcrn; p e d ú n c u l o s de filiformes a espessos; r a q u e sulcada algumas vezes entre as flores, lisa ou papilosa ou ainda fimbriada; b r a c t e o l a s variando em forma e tamanho, algumas vezes côncavas, concheiformes, podendo estreitaram-se em direção à base, formando um pedicelo com ápice
achatado e arredondado ou triangular, côncavo, cuculado, com o ápice inflexo, podendo
ser inteiramente glabras mas mais freqüentemente são pilosas ou fimbriadas; em algumas
-
147-
espécies o pedicelo é piloso e a parte apical é glabra, mas geralmente, possue uma margem franjada com pelos longos ou curtos; f l o r e s sésseis, apenantadas, densamente
congestas na raque ou, em poucas espécies, apresentam-se laxas; e s t a m e s em número variável de 2 a 5 o v á r i o ovóide, subcilíndrico ou obovoide; e s t i g m a s freqüentemente 3 raramente 2 - 4 , filiformes, retorcidos, curtos e arredondados, estilosos
ou sésseis FRUTO monoespermático drupáceo, em pencarpo pouco espesso, globoso,
obpiramidal cilíndrico, turbinado, arredondado ou anguloso, freqüentemente achatado
no eixo, geralmente liso, mas em numerosas espécies é papiloso-puberulento, pubescente ou híspido, especialmente em direção ao eixo.
Espécie genérica: Piper nigrum L.
,. . «
— -r
Dispersão Geográfica - Possui o gênero uma larga distribuição pelas regiões Tropicais e Temperadas dos dois hemisférios.
,
. , .
No Brasil Com um total de 266 espécies. 23 das quais ocorrem no Município do
Rio de Janeiro, e que são distinguíveis pelos seguintes caracteres, contidos nesta chave:
I - Folhas com todas as nervuras partindo da base
1 - P.amalago v. médium
II - Folhas com as nervuras não partindo todas da base.
%
Bainha percorrendo toda a extensão do peciolo, formando uma ala.
a. Plantas glabras.
',,
, ,
„.A^A^
2-P.
b. Folhas de base coidada
nrri~A->
bb. Folhas de base nao cordada
aa. Plantas püosas.
c. Folhas pequenas, de 3 . 5 - 6 cm de compr
truncatum
3 - P. arboreum
4 -P
tuberculatum
cc. Sem estas características
d. Folhas de base cordada.
e
ee.
Ramos e drupas glabros
Ramos e drupas pubescentes ou hirtelos
5 - P. obliouum
6 • />. cernuum
dd. Folhas de base não cordada
3 - P. arboreum
AA. Bainha curta ou alongada, constituindo um canal, às vezes levemente alada.
Espiqas de 2 - 1 0 m m de compr., somente na fruticação até 5 c m ; nervuras
7
_,, .
j„„tQc
- ptrigonodrupum
secundarias ascendentes
aa. Espigas sem estas características.
b.
Nervuras secundárias dispostas ao longo de toda a nervura principal.
c.
4 estigmas.
d
Ovário papiloso, constricto pouco acima da porção mediana
8 - P.
....
pscudotxonia
dd. Ovário não papiloso, nem constricto.
e.
ee
Folhas translúcidas, de base obtusa
Folhas papiráceas, de base aguda. 10 - P.
9 - P. translucens
hoffmannseggianum
cc. 3 estigmas
f.
Folhas de base igual ou quase.
n.
Plantas de folhas, pedúnculos glabros, quando pilosas, somente nas nervuras dorsais ou margem da folha,
h.
Folhas lanceoladas ou oblongo-lanceoladas.
i.
Folhas pubérulas na nervura marginal
11 -P. pubisubmarginalum
148
ii.
Sem este caráter.
j.
Espigas de 2—5cm de compr.
k. Folhas membranáceas, mucronuladas quando jovens, conectivo da antera glanduloso
12 - P. permucronatum
kk. Sem estes caracteres.
jj.
I.
Bracteolas sacado-galeadas.
Folhas
quando secas transparentes, flores esparsas
9 - P. translucens
II.
Sem esses caracteres.13 - P.
divaricatum
Espigas além de 5cm de comprimento
m.
Arbusto
com entrenós variando de
0,6—1,4cm de diâmetro, folhas agudas no
ápice e base, revolutas na margem
13 - P. divaricatum
m m . A r b u s t o com entrenós variando de
0,3—0,5cm de diâmetro, folhas obtusas ou
agudas na base, acuminadas no ápice, não
revolutas na margem
hh. Folhas
14 - P.
lepturum
largo-elíticas, de base arredondada,
cordada,
raramente aguda
1b - P. amplum
gg. Plantas de folhas, pedúnculos pilosos
14-/3. lepturum
ff.
var.
augustifolium.
Folhas de base desigual.
p. Ramos e folhas glabras
pp. Ramos e folhas pubérulos
3 - P. arboreum v. arboreum
4 P.tuberculatum
bb. Nervuras secundárias dispostas até a metade do comprimento da principal,
abaixo, ou pouco acima da mesma.
A.
Folhas pilosas
a.
Folhas de base desigual.
b.
Pelos na face inferior da folha moles quase velutíneos lâmina
superior bulada quando envelhecida, fruto obovóide
16 P.
mollicomum
bb. Sem esses caracteres.
d.
Planta com folhas coriáceas ou papiráceas, com
nervuras secundárias dispostas até o meio da lâmina;
inflorescência até 4,5 cm de comprimento
M-P. anostachyum
dd. Sem esses caracteres.
e. Planta crespo-vilosa, folhas com nervuras dispostas acima da porção mediana
14a. P. lepturum var. angustifolium
ee. Planta adpresso-estrigosa, folhas com nervuras
dispostas até, ou abaixo do meio da nervura
principal
19 - P. gaudichaudianum
a.a. Folhas de base igual.
18
P.puberulidrupum
149
A A.Folhas glabras (se pilosas somente nas nervuras).
g. Bracteolas glabras, côncavas, aderentes à raque (fig. 21) . . . .
21. P. nigrum
gg. Sem estas características.
h. Bracteolas sub-peltadas, fortemente franjadas, nervuras
secundárias 3-4, dispostas até a metade da nervura
principal
22. P.
Ihotzkyanum
hh. Sem o conjunto desses caracteres.
i.
Bracteolas peitadas, triangulares ou quadrangulares,
glabras com pedicelo piloso, f r u t o ob-piramidal
trigonal . . .
20. P. rivinoides
ii.
Bracteolas triangular-cuculadas, lateralmente concrescidas, formando um pedicelo papiloso-piloso
fruto oblongo obovoide
23. P. vicosanum var. vicosanum
1 _ p, AMALAGO
L. VAR. MÉDIUM
(Jacq.) Yuncker
Figs. 1, a, b.
Yuncker, Brittonia 14:189. 1962 et Hoehnea 2:56.7572.
Piper médium Jacq., Icon. PI. Rar. 1 2.1781; Trelease & Yun., Pip. North. South Amer.
1:68, fig. 60. 7550; Yun. in Woodson. Scherry et coll. Flora of Panamá
4 ( 1 ) : Ann. Miss. Bot. Gard. 3 7 ( 1 ) : 19. 7550; Yun., Lilloa 26:246. 7553;
Yun., Lilloa 27:114. 7553; Yun. in Pulle, Flora of Suriname 1(2): Mede.
Kol. Inst. Amst. 30 (2): 227. 7557.
P. plantagineum Lam., Illustr. Ene. Méth. 1:80. 7757.
P. ceanothifolium
H.B.K., Nov. Gen. Sp. 1:56. 7375
P. saururoides Ham., Prodr. Ind. Occ. 3. 7325
P. reticulatum Vell., Fl. Flum. 1:26. 7325
Enckea ceanothifolia K u n t h , Linnaea, 13:597. 7333
P. syringaefolium
Balbis ex Kunth. 1.c: 599.
Enckea plantaginea K u n t h , l.c.
Enckea orthostachya K u n t h , l . c : 601
P. orthostachyum
Kunth. l . c : 602
Enckea sieberi Miq., Syst. Pip. 358. 1844.
Enckea vernicea Miq., l.c.: 359.
P. victorianum C.D.C., Journ, Bot. 4:218. 1866
P. tigerianum C.DC. l . c : 300.
P. sieberi C. DC. in DC. Prodr. 16 (1): 248. 7355
P. villosulum C.DC, Linnaea 26:252. 7372.
P. pseudo-a, amalago C.DC, Linnaea 27:353. 7372.
P. henschenii C.DC, Linnaea 37:336. 7372.
P. henschenii var. barretoi Trel. Publ. Field Mus. Bot. 22:10. 1940
P. médium var. ceanothifolium
Trel. & Yun. Piper. North. South A m . 1:69. 7550.
P. amalago var.
ceanothifolium
(H.B.K.) Yun., Boi. Inst. Bot. São Paulo 3:3.7555
et Hoehnea 2:58. 7572 syn. nov
150-
ARBUSTO de ramos e raminhos glabros, mais ou menos 3—7m de altura, de
" h a b i t u s " tanto semi-umbrófilo como heliófilo e muito freqüente nas formações
secundárias de beira de estrada. F O L H A S agradavelmente odoríferas quando trituradas,
com peciolos até 1cm; l â m i n a de oblongo-lanceolada a geralmente largo-elítica ou
ovada, mediando 5-13cm de comprimento e 3,5—9,5cm de largura, de ápice acuminado
a base geralmente aguda, às vezes sub-cordada, membranácea, glabra na página superior
(exceto na nervura mediana onde é puberulenta), na inferior pubescente nas nervuras e
vênulas. PADRÃO DE NERVAÇAO
misto acródromo-broquidódromo.
As nervuras em
n ° de 3—7 partem da base, sendo que as 3 centrais convergem no ápice da folha. As duas
laterais seguem paralelamente àquelas até aproximadamente, à metade da lâmina foliar,
anastomosando-se por laços na metade superior. Nervuras transversais abundantes. Nas
proximidades do bordo, nervuras de ordem inferior correm paralelamente em pequeno
trecho e depois se anastomosam por laços. ESTIPULAS opositifólias, ereto-patentes.
ESPIGAS de 6—7cm de comprimento variando o diâmetro de 0,4—0,5cm de espessura,
com pedúnculos pubérulos medindo de 8—12mm de comprimento: b r a c t e o l a s
obovado—côncavas com o dorso papiloso-piloso; e s t a m e s 5—6. DRUPAS relativamente grandes, livres, conservando, no ápice, 3—4 estigmas arredondados, sésseis.
Tipo — "Crescit in convallibus callidis et vestitis, Bordones et Cumarfa. Floret
Septembri."
Fenologia — Floresce quase todo o ano.
Material estudado - Rio de Janeiro, leg. Widgren 703 (1844) RB: RESTINGA
da TIJUCA: leg. O. Machado (2.6.1942) RB; idem, leg. O. Machado (2.4.1946)RB
idem, leg. O. Machado (10.6.1945)RB; idem, leg. O. Machado (29.6.1945)RB; idem
idem, (21.7.1945) RB e (11.4.1947) RB; RECREIO DOS BANDEIRANTES:
leg. A
Sampaio, Freire 502 e Peckolt (V. 1934)R; mata rupícola de encosta leg. D.Sucre 6202
(4.11.1969) RB; - ESTRADA DO GRUMARÍ:
leg. D.Sucre 6077 (14.10.19691RB
leg. D.Sucre 4973 (8.5.1969)RB; - PRAIA DO GRUMARÍ:
leg. F. Atala 276 (22.11
1960) RB. GUA; ESTRADA PARA A SERRA DO MENDANHA
l
150ms.m.
leg. D.Sucre 6176 (31.10.1969)RB; - SACOPAN: leg. A.P.Duarte 5280 (6.9.1960) RB
HB; - GÁVEA Caminho do Macaco, leg. Saldanha, 4982 et Glaziou (3.9.1878)R; res
tinga, leg. Schwacke 1601 (s/data) RB; - MATAS DA VISTA CHINESAAeg. P. ochioni
287 (4.1.19421RB; - QUINTA DA BOA VISTA:
leg. Freire e Vidal (l.1923)R;
CORCOVADO:
leg. Luschnath (IX.1833) BR (typus de Enckea ceanothifolia);
leg.
Schwacke 4784 (11.11.1833)R; leg. Saldanha e Schwacke s/no (11.11.1833IR; GUARATIBA,
leg. V.Freire e Peckolt (5.1.1934)R; -BAIXADA
DE
JACAREPAGUÁ:
Base da Pedra da Panela, leg. D. Sucre 7901 (10.11.1971) RB.
Área de dispersão — Muito comum pelas Américas Tropicais.
No Município do Rio de Janeiro encontramo-lo não somente nas matas, como em regiões descobertas das restingas; m u i t o freqüente nas formações secundárias à beira das
estradas.
No Brasil: Ceará, Paraiba, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul.
OBSERVAÇÃO:
Piper amalago var. ceanòthifolium
difere de P. amalago var. médium,
segundo Yuncker, não só pela pubescência, como também pelo tamanho das folhas. Examinando-se material vivo e herborizado de ambas as variedades, constatou-se que estes dois caracteres não são constantes o suficiente para admitir-se
duas variedades fortes, razão pela qual considerou-se a variedade
ceanòthifolium
como u m sinônimo da var. médium.
151
P.
TRUNCATUM*Vell.
Fig. 2, 2a, 2b.
Velloso, F. Flum. 1:25. 1825 Icon. 52; Yun., Hoehnea 2:77.1972.
Steffensia pothifolia K u n t h , Linnaea 13:670. 1839
Piper pothifolium
Kunth, l . c : 3 7 1 .
Artanthe pothifolia
Miq., Syst. Pip.: 399.1844 et in Martius Fl. Brás. 4 ( 1 ) : 38.1852.
Piper langsdorffianum
C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 290. 1869.
ARBUSTO ou pequena árvore de 3 ou mais metros de altura, de ramos, peciolos
longos, variando entre 4,5—5cm de comprimento, alados até a base do lado maior: I â m i n a longa, obliquamente ovado-lanceolada, 25—30cm de compr. 4,5— 10cm de largura, de ápice acuminado e base cordada, com lobos desiguais diferindo um do outro
em cerca de 1cm, papirácea e opaca. PADRÃO
DE NERVAÇÃO
broquidódromo.
Nervuras secundárias 8—11, dispostas até o ápice, alternas e ascendentes em relação à
principal, apresentando-se descendentes no lobo maior; formam com esta, ângulos mehores ou iguais a 4 5 ° . Laços de conexão assimétricos. Presença de nervuras transversais.
Anastomose de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo. ESPIGAS eretopatentes, do mesmo tamanho ou ultrapassando as folhas, variando em diâmetro de 0,4—
0,5cm quando da frutificação e sustentadas por um pedunculo glabro de 2 , 5 - 3 c m de
compr.; b r a c t e o l a s triangulares, sub-peltadas, marginalmente franjadas; e s t a m e s 4. DRUPAS com vértice pubérulo,e comprimidas lateralmente; e s t i g m a s 3,
sésseis.
Tipo — Fl. Flum. tab 57, vol. 1. Localidade típica: Rio de Janeiro, margens do
Rio Piraí.
Fenologia
bro e novembro.
- Encontrada florescendo nos meses de fevereiro, abril, junho, outu-
Material estudado - Rio de Janeiro, leg. J.A.Jesus 2180 s/data (RB); MATA DA
GÁVEA PEQUENA, leg. C L . Ichaso 2 1 , E.Guimarães et D. Sucre (4.5.1966)RB; PEDRA DA GÁVEA, mais ou menos 7 0 0 - 8 0 0 m s.m., leg. D. Sucre 7435 ( 7 . 2 . 1 9 7 D R B ;
SERRA DO MENDANHA,
entre 6 0 0 - 7 0 0 m s.m., leg. D. Sucre 6596 et C.L.Ichaso
1970)RB; - FLORESTA DA TIJUCA: Matas do Corcovado, mais ou menos 450m s.m.,
leg. D. Sucre 6125 et C.L.Ichaso, E. Guimarães (22.10.1969)RB; Caminho do Sertão,
leg. J.P.P.Carauta 447 (17.10.1967) RB; G U A ; - Entre Bom Retiro e o cume do Pico
da Tijuca, leg. Z.A.Trinta 126 e E. From 1149 (14.4.19621R; - Taquara da Tijuca, entre 5 0 0 - 7 0 0 m s.m., leg. D.Sucre 7955 ( 2 4 . 1 1 . 1 9 7 D R B ; - -Bico do Papagaio, leg. J.A.
Jesus 1544 (11.5.1972IRB; Pico da Tijuca mais ou menos 7 0 0 - 8 0 0 m s.m., leg. D.Sucre 7389 (3.2.1971) RB; - Queimados, leg. Milton Vales e José Vidal (12.2.1944) R;
Açude da Solidão, leg. Margereth Emmerich 158 (29.2.1959)RB; - Estrada da Tijuca,
leg. Peckolt et Freire 488 (1.1934)R; - Estrada da Vista Chinesa, Passo das Pedras,
leg. C.LF.Ichaso e E.Guimarães (22.10.1969) RB; - entrada do Horto, leg. J.A.Jesus
1622 (30.5.1972) RB; mais ou menos 450m s.m., leg. E.Guimarães 88 e D. Sucre (7.11.
1966) RB; leg. P. Occhioni 284 (22.4.1945) RB;Matasdo Pae Ricardo, leg. P. Occhioni
285 (6.11.1944ÍRB; - Pedra Bonita, leg. H.E. Strang213 (8.10.1960) RB, GUA;Sumaré, leg. J.G.Kuhlmann (5.12.1932)RB.
Área de dispersão — Freqüente nos locais sombrios e de relativa altitude.
No Brasil: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Do latim truncatus, a, u m - truncado, cortado, provavelmente com referência à base
das folhas.
- 152 -
3 - P. ARBOREUM*
Aubl. var.
Fig. 3, 3a, 3b.
ARBOREUM
Aublet, PI. Guian. 1:23. 1775; Trel. & Yun., Piper. North. South Amer. 1 : 3 / 1 ,
fig. 334. 1950; Yun. in Woodson, Scherry et coll. Flora of Panamá 4 ( 1 ) : A n n .
Miss. Bot. Gard. 37 (1) 63. 1950; Yun., Lilloa 26:261. 1953; Yun., Lilloa
pi. 40. 1953; Yun. in Pulle, Fl. of Suriname 1(2): Med Kol. Inst A m s t 30(2)21:158, pi. 40. 1953; Yun. in Pulle, Fl. of Suriname 1(2): Med Kol Inst Amst
30(21:251. 1957; Yun., Hoehnea 3 : 5 1 , fig. 175. 1973
P.macrophyllum Sw., Prodr. Veg. Ind. Occ. 15. 7755
P. geniculatum Sw., I.c.
P. verrucosum Sw., I.c.
P. praemorsum Rottb. ex Vahl, Eclog. A m . 1:4. 1796.
P. nodulosum
Link,Jahrb. 1(31:62.1820, nom.nud.;Link,Enum.Hort Berol 1 36 1821
P. exsectum M a r t , Flora 20 (2): 93. 1837
Steffensia geniculata Kunth, Linnaea 13:612. 1839
P. Secundum Poepp fide Kunth, I.c.
Steffensia verrucosa Kunth, I.c: 613
S. luschnathiana f. glabrata K u n t h , I.c: 617.
Artanthe lessertiana Miq., Syst. Pip. 405. 1844.
Artanthe xestophylla Miq., I.c. 4 9 1 .
A. geniculata Miq., I.c 493.
A. dimidiata Presl. Epim. Bot. 225.1849,
A. verrucosa Griseb., Fl. Br.W. Ind. 171. 1864
A macrophylla Griseb., I.c
Piper geniculatum var. xestophyllum
C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 267.1869
P. geniculatum var. verrucosum C.DC. in D C , I.c
P. geniculatum var. coriaceum C.DC. in D C , I.c
P. dimidiatum C.DC. in D C , I.c: 371
P. arboreum ^.geniculata Fawc & Rendi., Fl. Jam. 3:23. 1914
P. laevibracteum Trel., Contr. U.S.Nat. Herb. 26:26. 1927.
P. subnudispicum Trel. I.c
P. perobumbratum
Trel., Field. Mus. Nat.Hist.Bot. 22:11.7540.
P. tuberculatum var. alleni Trel., Ann. Missouri Bot. Gard. 27:298.1940
ARBUSTO
umbrófilo, glabro de 2 , 5 - 4 m de altura, com ramos e raminhos
cilíndricos; peciolos, entrenós e algumas nervuras vinosas. FOLHAS grandes, com
peciolo variando entre 3 , 5 - 5 c m de compr. com bainha alada e assentada na base da
folha; l â m i n a lanceolado-elítica, de 1 5 - 2 7 c m de comprimento e 6 - 9 , 5 c m de
largura, de ápice acuminado e base aguda, obliquamente assimétrica, variando'do lado
maior para o menor de 1,5-2,5cm, papiráceo-membranácea. PADRÃO DE NERVAÇÃO misto camptódromo-broquidódromo, com tendência camptódroma na base e
broquidódroma no ápice. Nervuras secundárias 8 - 1 3 , alternas e ascendentes em relação
à principal e dispostas até o ápice da lâmina. Nervuras pseudo-secundárias freqüentes.
Predominância de nervuras terciárias laterais. Nas proximidades do bordo, anastomose
de nervuras de ordem inferior. ESTIPULAS
foliáceas, 1,5-3cm de comprimento.
ESPIGAS eretas, apiculadas no ápice, de 7 - 1 2 c m de comprimento a 2 , 5 - 5 m m de
diâmetro, atingindo ou ultrapassado de pouco a metade do tamanho das folhas,
sustentadas por pedúnculos de 0 , 4 - 0 , 8 c m de comprimento; b r a c t e o I a s triangulares; pedicelado-peltados, fimbriadas na margem; e s t a m e s triangulares, pedicelado-peltadas, fimbriadas na margem; e s t a m e s A.DRUPAS glabras, sub-quadrangulares,
comprimidas lateralmente; e s t i g m a s 3, sésseis.
Tipo — Guiana Francesa
Do latim arborens, a, u m , relativo ao porte arbóreo da planta.
153-
Fenologia — Encontrada florescendo nos meses de julho, novembro e dezembro.
Infrutescência nos meses de janeiro, fevereiro, abril, maio, junho, julho, outubro, novembro e dezembro. Apenas 3 exemplares foram encontrados com flor e f r u t o nos meses de junho, julho e dezembro. Freqüentemente apresenta galhas de forma variável e irregularmente arredondadas, de cor marron e textura rugosa. Peso da galha maior:
230 gr.
Material Estudado —Floresta da Tijuca: Mata do Rumo, Leg. D.Sucre 6087
(16.10.1969) RB; Estrada da TV Excelsior, leg. J.P.P. Carauta 199(9.10.1963)RB,
G U A ; s/loc. Leg. Neves A r m o n d 280 (18.6.1935)R, leg. Peckolt & Freire 486 (I.1934JR;
Bico do Papagaio, leg. Bertha Lutz 1765 (8.12.1940)R; Sumaré, leg. Liene, D.Sucre, A.
P. Duarte, E. Pereira 3812 (28.5.1958)HB,RB; leg. E. Guimarães 16(11.5.1966)RB;
Vista Chinesa, leg. Milton Vale e José Vidal (12.2.1944)R; Passo das Pedras mais ou
menos 360m s.m.. lea D.Sucre 6102 C L Ichaso e E.Guimarães (22.10.1969)RB; Gávea: Leg. A. Frazão ( V I . 1916) RB; - Baixada de Jacarepaguá: leg. J.Almeida de Jesus 1823 (2.8.1972)RB; Pedra de Itaúna, leg. D. Sucre 7591 ( 2 9 . 7 . 1 9 7 D R B ; Jacarepaguá: leg. J. Vidal ( V I I . 1931)R; leq. D. Ducre 7307 (15.10.1970)RB; mais ou
menos 400m s.m., leg. D.Sucre 6329, C L . Ichaso e E. Guimarães (20.11.1969)RB;
Buraco do Ouro, mais ou menos 200m s.m., leg. D. Ducre 6338, CL.Ichaso e E.
Guimarães (20.11.1969)RB; - Restinga: leg. D. Sucre 6194 (4.11.1969)RB; - Serra do
Barata
(Grumarí),
Reserva da Represa do Piraraquara, leg. D.Sucre
7482
(17.2.1971) RB; Serra do Mendanha: 360— 410m s.m., exposição noroeste, leg. D. Sucre
6270 e P.I.S. Braga 1706 A (13.11.1969)RB; leg. J. Augusto F. Costa, 16 F. Moreira
Sampaio 14a e C Peres 14(27.4.1958) R; - Andarahy: leg. Carlos et Marcilio Freire 431
( X I . 1933) R; idem n9 420 (XI.1933) / } ; - Ilha Grande: leg. Castellanos 23902
(27.4.1963) RB, G U A ; - Mangaratiba,
Represa do Ribeirão das Lajes, Faz. N.S. do
Carmo, leg. L. Emygdio 1948 e J.A.Rente (15.8.1961) R; Sem localidade definida: In
sylvis Sebaslianopolis, leg. Martius 86 (NY).
Área de dispersão - Espécie comum nas Antilhas e América do Sul. No município
do Rio de Janeiro, cresce comumente em formação secundária de mata de encosta, sendo também encontrada em restinga, na mata alagadiça de solo turfo-arenoso.
No Brasil: Amazonas, Amapá, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Além da variedade típica; duas outras estão assinaladas para o Município e separáveis pelos caracteres abaixo:
A. Ramos com pilosidade hirta
P. arboreum
var.
hirtellum
AA. Ramos glabros.
a. Folhas estreitamente lanceoladas, 2—4cm de largura
....
P- arboreum
var.
falcifolium
aa. Folhas sem as características
acima
P- arboreum
3? -P.
ARBOREUM
var. HIRTELLUM*
var. arboreum
Yun.
Yuncker in Woodson, Scherry et coll.. Flora of Panamá 4(1): Ann. Miss. Bot.
Gard.. 37 (1): 64. 1950; Trel. & Y u n . , Piper. North. South Amer. 1:373.
1950.
(*) - Hirtellum.
Do latim hirtellus, a, um, diminutivo de hirtus hirto, com referência à
pilosidade encontrada nas folhas desta variedade.
-154
Piper luschnathianum
Kunth, Linnaea 1 3 : 6 1 7 . 1839
Steffensia luschnabhiana
Artanthe
K u n t h , l . c : 616
luschnathiana
Pipergeniculatum
Miq., Syst. Pip. 494. 1844
Sw. var. b. C.DC, Symb. A n t i l l . 3:179. 1902
Piper obumbratum
var. puberulentum
Trel. & Y u n . , Piper North South.
Amer. 1:370. 1950
Esta variedade apresenta pubescência hirta e esparsa disposta nas nervuras principal e secundárias.
Tipo -
British Guiana: Northwest
Ia Cruz 3623.
Material
Jesus
1260
estudado:
District: Waini River, April 3, 18, 1923, de
Alto da Boa Vista, Corcovado, 530m s. m., leg. J. Almeida de
(23.2.1972)RB;
leg.
D.
Sucre 6117,
CL
Ichaso et
E.
Guimarães
(22.10.1969)RB; Tijuca, leg. Neves A r m o n d 280 (R).
Área de dispersão - Esta variedade é pouco freqüente no Município e encontrada
em locais de relativa altitude. Dispersa-se, ainda, pelo Panamá e quase toda a América do
Sul.
•
No Brasil: Amazonas, Ceará, Goiás, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná.
3 . b -P.
ARBOREUM
var. FALCIFOLIUM*
(Trel.) Yun.
Yuncker in Woodson, Scherry et coll., Flora of Panamá 4(1): Ann. Miss. Bot
Gard. 37(1):65.1950; Trel. & Yun., Piper. North. South Amer. 1:374 1950Yun., Lilloa 26:261. 1953; Y u n . , Hoehnea 3:54, fig. 175a. 1973.
Piper xylopioides
K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 1 0 . 1839
Steffensia xylopioides
Artanthe
xylopioides
Piper geniculatum
Piper falcifolium
K u n t h , l.c.
Miq., Syst. Pip.: 492. 1844
Sw. f.d. C.DC, Symb. A n t i l l . 3: 180. 7902
Tre\., Contr. U.S.Nat. 2 6 : 2 5 . 1927
Difere de P. arboreum
var. arboreum
por apresentar folhas muito estreitas, leve-
mente falciformes.
Tipo — Jamaica
Material
estudado
-
Município do Rio de Janeiro, leg. D. Sucre 8299 (s.data)
Área de dispersão -
Antilhas, Panamá e América do Sul. Pouco freqüente no
RB.
município.
No Brasil: Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina
( " ) - Palavra composta latina significando folhas em forma de foice ( do grego falx +
folium).
-155-
4 - P. TUBERCULA
TUM Jacq. var. TUBERCULA
TUM
Fig. 4, 4a, 4b, 4c, 4 d .
Jacq., Collect. 2: 2, pi. 211. 1788; C. DC. in DC. Prodr. 16(1) : 265. 1869, Trel.
& Y u n . , Piper. North. South Amer. 1: 364, fig. 330. 1950, Yun. in Woodson, Sherry et coll., Flora of Panamá 4(1) :Ann. Miss. Bot. Gard. 37(1) :
63. 1950; Yun., Lilloa 26: 259. 1953; Yun., Lilloa 27: 156, pi.
38.1953;
Yun. in Pulle, Flora of Suriname 1(2) : Mede. Kol. Inst. Amst. 30 (2):
250. 7957; Yun., Hoehnea 3: 114, fig. 260. 1973.
Piper macrourum H.B.K., Nov. Gen. Sp. PI. 1:54. 1815.
Piper nutans Opiz in Presl. Rei. Haenk. 1: 156, pi. 28, fig. 2.
Steffensia tuberculata
1830
K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 1 4 . 1839
Piper scabrum Willd. in Hb. Kunth, l.c.
Piper obliquum Balbis in hb. Kunth, l.c.
Artanthe
decurrens Miq., Syst. Pip. 402. 1844
Artanthe
tuberculata
Miq., Syst. Pip. 497. 1844 et in Mart. Fl. Brás.
4(1) : 54. 1852
Piper cujabanum
Manso, ms. fide Miq. in Mart., Fl. Brás. 4(1) : 54. 7552
Piper tuberculatum
var. rigidomembranaceum
C.DC. in DC. Prodr. 16(1) : 266. 1869
ARBUSTO semi-umbrófilo com ramos e peciolos pubérulos, de 2m ou mais de
altura. FOLHAS com peciolo levemente alado na base; l â m i n a oblongo-eíftica ou
ovado-elítica, 8-12,5cm de comprimento, 4-6cm de largura, de ápice agudo e base
assimétrica, diferindo um dos lados em relação ao outro em cerca de 0,6-1,3cm,
papiráceo-membranácea, um tanto brilhante 3 glabra na fase ventral e pubérula nas
nervuras dorsais. PADRÃO DE NERVAÇÃO
broquidódromo.
Nervuras 8-10, alternas e
ascendentes em relação à principal e'dispostas até o ápice. No lobo maior, ocorre uma
nervura secundária ascendente que origina um laço bem definido. Nervuras
pseudo-secundárias conspícuas. Nervuras terciárias axiais e laterais. Anastomose de
nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo. ESTIPULAS
opositifólias,
lanceoladas, agudas, pilosas, levemente falcadas no ápice. ESPIGAS eretas, apiculadas no
ápice, 4,5-7 cm de comprimento, 0,2 cm de diâmetro, na frutificação alcançando
0,3-0,5 cm e sustentadas por um pendúnculo pubérulo de 0,5-1 c m , alcançando, na
frutificação, as espigas, um comprimento de 15 c m ; b r a c t e o l a s triangular-peltadas,
fimbriadas na margem; e s t a m e s 4.DRUPAS
sub-ovadas, glabras, comprimidas
lateralmente, com 3 estigmas sésseis.
Tipo
— Caracas, Venezuela.
Fenologia
-
Floresce nos meses de fevereiro e junho. Frutificação encontrada
em março.
Material
NY; -
Quinta
estudado
da Boa
—
Guanabara,
leg. Commerson ( N Y ) ; leg. Glaziou 197
Vista: leg. Mello Mattos s/n° (29.3.1916)
R; leg. J. Vidal
(17.2.1927)R; leg. C.V. Freire 322 (10.6.19301R; - Vicente de Carvalho, leg. Z.A. Trinta 846 e E. F r o m ; - Pedra da Panela, leg. D. Sucre 7895 (RB).
Área de dispersão — Antilhas, Américas. No município do Rio de Janeiro foi encontrada crescendo na beira de alagado. Pouco freqüente.
No Brasil: Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso e Rio de
Janeiro.
- 156 -
j 5 - P. OBLIQUUM*
Ruiz et Pav.
Fig. 5, 5a.
Ruiz et Pav., Fl. Peruv. e Chil. 1: 37. 1798; Trel. &
Yun., Piper. North. South
Amer. 1: 129, fig. 105. 1959, Yun., Hoehnea 2: 74, fig. 48. 1972.
Steffensia oblíqua Kunth, Linnaea 1 3 : 6 6 3 . 1839
Piper ruizianum
D. Dietr., Syn. PI. 1:118.
1839
Artanthe
magnífica
Miq., Syst. Pip. 3 9 1 . 1844
Artanthe
superba Miq., Linnaea 20: 137. 1847
Piper flagellare Mart. in hb. apud Miq. in Mart., Fl. Brás. 4(1) : 3 5 . 1852
Piper obliquumvar.
subeximium
C.DC, Buli. Herb. Boiss. II. 7: 140. 1907
ARBUSTO
de ramos nodosos, 2—5 m de altura, com entrenós glabrescentes.
FOLHAS com peciolo pubérculo, canaliculado-alado com 2,5-5 cm de comprimento;
l â m i n a obliquamente ovado-elítica de 25—39 cm de comprimento e 13—25 cm de
largura, de ápice arredondado ou um tanto agudo e base desigual, profundamente
cordada, diferindo um dos lados em relação ao outro em cerca de 1 cm., papiráceo-membranácea, glabra na face superior e hirtelo-puberulenta na inferior, principalmente na
veias e vênulas. PADRÃO DE NERVAÇAO
broquidódromo-acródomo,
com nítida
tendência broquidódroma até acima da porção mediana, apresentando os dois pares de
nervuras secundárias superiores, tendência acródroma. Nervuras secundárias 6—7,
alternas e ascendentes em relação à principal, dispostas até o ápice e formando com esta
.ângulos menores ou iguais a 45 0 .>No lobo maior, ocorre uma nervura secundária que
forma um ângulo maior que 4 5 ° e outra descendente. Presença de nervuras transversais e
de terciárias axiais e laterais. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas
proximidades do bordo. ESPIGAS longas, pendentes, alcançando até 50 cm de compr.,
variando em diâmetro de 0 , 3 - 0 , 5 c m , sustentadas por um penduncuio glabro de
3—4 cm de comprimento; b r a c t e o l a s côncavas, cuculadas, subpeltadas, fimbriadas
na margem; e s t a m e s 4. DRUPAS oblongas, glabras, lateralmente comprimidas;
e s t i g m a s sésseis.
Tipo
-
Fenologia
Cochero, Huánuco, Peru.
-
Encontrada florescendo em maio.
Material estudado
(27.5.1945) RB.
-
Serra da Carioca, árvore pequena, leg. P. Occhioni 283
Área de dispersão
-
América do Sul. Espécie rara no município do Rio de Ja-
neiro, não sendo encontrada por nós nas diversas excursões feitas pelo mesmo.
No Brasil: Amazonas, Acre, Pará, Bahia e Rio de Janeiro.
( • ) Do latim obliquus,a,um
- oblíquo. Alusão às folhas.
-
157-
6 - P. CE R NU UM* Vell. var.
Fig. 6,6a.
CERNUUM
Vellozo, Fl. Flum. 26. 1825, Yun., Hoehnea 2 : 6 7 . 1972.
Steffensia eximia K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 6 5 . 1839
Piper eximi um K u n t h , l.c.
Artanthe eximia Miq., Syst. Piper.: 393.1844
A. spectabilis Miq., Linnaea 20: 138. 1847
A. cernuaPresl., Epim. Bot. 225. 1849 ; Miq. in Mart. Fl. Brás. 4(1) : 72. 1852
Piper ovalifolium C. DC. in D C , Prodr. 16(1) : 305. 1869, não Heyne ex Wall
Piper obliquum var. eximium C. DC. in D C , Prodr. 16(1) : 307. 1869
Pipergigantifolium
var. brevipedunculatum
C D C , Buli. Herb. Boiss. 2(1) : 299. 1901
Piper obliquum var. sprucei C. D C , Notizbl. Bot. Gart. B e r l i n 6 : 4 4 4 . 1917.
ARBUSTO umbrófilo de 2—3,5m de altura, com ramos, peciolos e dorso das folgas ferrugíneo-tomentosos e entrenós de 4 , 5 - 6 c m de comprimento. FOLHAS grandes,
com peciolo longo e bainha alada, variando entre 7—10 cm de comprimento; l â m i n a largamente ovado-elítica, de 20—40 cm de comprimento, cordada, com lobos arredondados, diferindo um dos lados em relação ao outro de 0,5—1 cm, papiráceo-membranácea, glabra na página superior, pubescente na inferior e tomentosa nas nervuras. PADRÃO DE NERVAÇÃO
broquidódromo.
Nervuras secundárias 1 0 - 1 2 , alternas, apresentando-se no terço inferior, perpendiculares ou descendentes em relação à principal,
especialmente no lobo maior. No restante da lâmina são ascendentes e formam com a
principal, ângulos maiores que 4 5 ° . Presença de nervuras pseudo-secundárias no terço
superior e, em profusão, laços originados por nervuras de ordem inferior. Predominância
de nervuras terciárias laterais. Nas proximidades do bordo, anastomose de nervuras de
ordem inferior. ESPIGAS curvadas, do mesmo tamanho ou ultrapassando as folhas em
quase metade do seu tamanho; quando da antese, 0,3—0, 4 cm de espessura e atingindo
até 0,7—0,8 cm na frutificação, sustentadas por u m pedúnculo piloso, proporcionalmente tênue de 3,5—5 cm de comprimento; b r a c t e o l a s peitadas, inflexas, cobertas na
margem por pelos fuligíneo-hirtelos, p e d i c e I o s pilosos; e s t a m e s 4, com filamentos m u i t o curtos. DRUPAS comprimidas lateralmente, arredondadas e pilosas no ápice; es"t i g m a s sésseis.
Tipo - Vell. Fl. Flum. tab. 58 vol. I , localidade típica. Rio de Janeiro, Parati.
ícnologia
- Floresce quase todo o ano.
Material estudado — Jardim Botânico, leg. Guerra (6.6.1943) RB; — Floresta da
Tijuca : Bico do Papagaio, leg. D. Araújo 195 e J. Almeida de Jesus ( 29.5.1973 ) RB;
Matas do Horto Florestal, leg. Lourenço ( V i l . 1931 ) RB; Estrada do Redentor, leg. E.
Fromm 1117, M. Emmerich 1243, G. Pabst 6917 (8.4.1962) R; Vista Chinesa, leg. Liene, D. Sucre, A.P. Duarte et E. Pereira 3799 ( 20.5.1928 ) RB; na mata, leg. E. Pereira
6 9 2 ( 28.3.1953 ) RB; leg. D. Sucre 6099 et C L F. Ichaso et E. Guimarães
(22.10.1969) RB; - Gavéa, Estrada da D. Castorina, leg. V i t o r i o ( 12.4.1932 ) RB.
Área de dispersão — No município do Rio de Janeiro, encontrada crescendo em
beira de brejo, em formações umbrófilas bastante extensas.
No Brasil: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São
Paulo, Paraná e Santa Catarina.
( * ) - Do latim cernnuus, a, um que significa prostrado, rastejante. Provavelmente em
alusão as suas espigas, que por serem muito longas pendem-se de seus pedúnculos.
158
7 -P.
TRIGONODRUPUM*
Fig. 7,7a, b
Yun
Yuncker, Boi. Inst. B o t , São Paulo 3: 131. 1966 et Hoehnea 2: 186.
Piperhumile
1972.
C. D C , Bot. Jahrb. 29 Beibl. 65: 25. 7507
ARBUSTO de mais ou menos 70 cm de altura, glabro, grácil, muito ramificado,
com ramos cilíndricos, estriados, lenticelados. FOLHAS com peciolos canaliculados e
bainha na base, relativamente curtos, 1 - 1 , 5 cm de comprimento; l â m i n a oblongolanceolada, 8 - 1 2 cm de comprimento, 2 , 5 - 4 cm de largura, de ápice acuminadíssimo e
base cordada quase igual. PADRÃO DE NERVAÇÃO
misto
camptódromo-acródromo,
com tendência camptodroma até pouco acima da porção mediana, apresentando o par
de nervuras secundárias superior tendência acródoma. Nervuras secundárias 5—6, alternas e ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos menores que 4 5 ° .
Os 3 pares mais inferiores partem muito próximo da base. As nervuras que ocorrem no
lobo maior, apresentam-se levemente descendentes. Presença de nervuras transversais. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas imediações do bordo. ESTIPULAS 1 - 2 cm
de comprimento, oblongo-lanceoladas, agudas no ápice, glabras, dispostas entre o pedúnculo e o pecíolo. ESPIGAS verde escuro, in vivo, 0 , 2 - 0 , 4 cm de comprimento quando
jovens, na frutificação atingindo até 5 cm de comprimento e sustentadas por um pedúnculo de 1 cm de comprimento, de coloração verde muito claro; b r a c t e o I a s triangular-peltadas, papiloso-fimbriadas; e s t a m e s 3. DRUPAS verde escuro, trigonais, papilosas na porção superior com 3 estigmas; s e m e n t e s trigonais, levemente reticuladas.
Tipo
-
"Prov. Rio de Janeiro, in der Serra da Bica. Februar (Ulle n ° 4361 in h.
reg. Berol.)"
Fenologia
-- encontrada florescendo em agosto e fevereiro.
Material estudado
ra do Barata,
-
Realengo: leg. P. Peixoto e Freire 526 (22.8.1934) R; Ser-
Reserva da Represa de Piraraquara, leg. D. Sucre 7496 (17.2.1971) RB; -
Serra da Bica, leg. Ulle 4361 (17.2.1897) R, ISOTYPUS.
Área de dispersão
-
Espécie rara, tendo sido recoletada depois do typus somen-
te pelos botânicos Freire e D. Sucre.
No Brasil: coletada unicamente no Município do Rio de Janeiro.
8 - P. PSEUDOTTONIA**
E. Guimarães & Ich.
Fig. 8, 8a, b
Guimarães & Ich., Rev. Brasil. Biol. 34(2): 203, fig. 1. 7374
ARBUSTO u m b r ó f i l o com mais ou menos 50 cm de altura, glabro, ramos cilíndricos, levemente estriados, nodosos, entrenós 3 , 5 - 4 cm. FOLHAS com peciolos estriados e bainha na base levemente alada, relativamente curtos 0,3—0,5 cm de compriment o ; I â m i n a ovada, 11—12,5 cm de comprimento e 5—6,5 cm de largura, de ápice acuminado, ligeiramente falcado e base aguda, de equilátera a levíssimamente desigual. PADRÃO DE NERVAÇÃO
bronquidódromo.
Nervuras secundárias alternas, 1 2 - a 15eas-
( *) Composto latino significando: com frutos trigonais.
(**)
Do prefixo grego pseudo = falso + Ottonia gênero das Piperaceae, pelo de muito semelhante que suas flores e frutos se apresentam à tal gênero.
159-
cendentes em relação à principal, dispostas até o ápice. Até aproximadamente à porção
mediana, formam com a principal, ângulos iguais a 4 5 ° e daí em diante, ângulos maiores, chegando quase a perpendiculares na imediações do ápice. Ocorrência de nervuras
pseudo-secundárias. Nervuras terciárias axiais e laterais. Paralelamente ao bordo, anastomose de nervuras de ordem inferior. ESTIPULAS axilares, oblongo-lanceoladas, pequenas de 0,3 cm de comprimento. ESPIGAS eretas, relativamente longas e delgadas,
7 - 8 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro, sustentadas por um pedúnculo (in-vivo)
verde muito claro com 0,5 cm de comprimento e 0,2 cm de diâmetro; f l o r e s relativamente esparsas, b r a c t e o l a s não cavas, gibo-geniculadas, carnosas, pediceladas,
glabras, atingindo a metade da altura do ovário: e s t a m e s 4, com filetes curtos; o v ár i o bem desenvolvido, muito semelhante aos de algumas espécies de Ottonia, cintado
na região mediana, mais constrito em direção ao ápice, levemente 4- sulcado nesta região, com papilas profusas desde a base até a porção mediana, tornando-se esparsas à medida que se aproximam dos estigmas, em n ° de 4, recurvados. DRUPAS não vistas.
Tipo - Guanabara, Mata da Reserva da Tijuca, 160—220 m s.m., leg. D. Sucre
6365(25.11.1969) RB
Fenologia - Encontrada florescendo em novembro.
Material estudado - Mata da Reserva da Tijuca, 160—220 m s.m., leg. D. Sucre
6365 (25.11.1969)RB - H O L Ó T I P O ; - Cuficica, Reserva do I. B. D. F „ leg. C L . Ichas o 2 0 1 - A ( 8.11.1975 ) RB.
Área de dispersão — Arbusto raro, só encontrado, até o momento, em duas localidade do Município do Rio de Janeiro.
9-P.
TRANSLUCENS*
Yun.
Fig. 9, 9a
Yuncker, Boi. Inst. Bot., São Paulo, 3: 130. 1966 et Hoehnea 3: 113, fig. 258.
1973.
ARBUSTO com raminhos delicados, nodosos, não esfriados. FOLHAS com peciolo canaliculado, curto, 0 , 2 - 0 , 4 cm de comprimento; l â m i n a elítico-lanceolada,
1 0 - 1 4 cm de comprimento e 3 , 5 - 5 cm de largura, membranácea, translúcida, glanduloso-pontuada, de ápice longamente acuminado e base obtuso-arredondada, levemente assimétrica, diferindo um dos lados em relação ao outro em cerca de 0,1—0,2 cm. PADRÃO DE NERVAÇÃO
broquidódromo.
Nervuras secundárias 1 0 - 1 2 alternas, ascendentes em relação à principal, dispostas até o ápice, formando com esta ângulos maiores
que 4 5 ° . Presença de nervuras pseudo-secundárias conspícuas. Nervuras terciárias axiais
e laterais. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo. ESTIPULAS pequenas. ESPIGAS delicadas, 5 cm de comprimento ou menos, sustentadas por
um pedúnculo do mesmo tamanho que o pecíolo; f l o r e s relativamente esparsas. Raque glandulosa; b r a c t e o l a s galeadas, glandulosas, glabras; e s t a m e s 4, com
anteras glandulosas no ápice; o v á r i o sulcado, glanduloso, tetra-estiloso. DRUPAS
não vistas.
(*) - Do latim translucens, tis desta espécie.
transparente, em alusão às folhas muito membranáceas
- 160 -
Tipo — habitat in M. Corcovado, prope Sebastianopolin Provinciae Rio de Janeiro (M) leg. Martius.
Material estudado - Corcovado, prope Sebastianopolin, provinciae Rio de Janeiro, leg. Martius (M) HOLÓTIPO
Área de dispersão
— espécie muito rara, provavelmente extinta,não representa-
da em nenhum dos Herbários consultados e tão pouco recoletada por nós na localidade
típica.
10 - P. HOFFMANNSEGGIANUM'
Fig. 10, 1 0 a - b
Roem. & Shult.
Roemer &Schultes, Mantissa 1: 242. 1822; Yun., Hoehnea 3: 77. 1973
Piper citrifolium
Link, Jahrb. 3 : 6 3 . 1820
Ottonia laeta Kunth, Linnaea 13: 587. 1839; Miq. in Mart. Fl. Brás. 4 ( 1 ) : 70
O. pohliana Miq., Linnaea 20: 179. 1847
Artanthe divergens Presl., Epim. Bot. 228. 1849
Piper laetum C DC. in D C , Prodr. 16(1): 256. 1869
P. pohlianum C . D C , in D C , l.c.
1852
P. rege/li C.DC. in D C , l.c: 309
P. divergens C.DC. in D C , l . c : 371
ARBUSTO u m b r ó f i l o e rupícola, glabro, 1 , 4 0 - 2 m de altura, ramos e raminhos
cilíndricos, nodosos, entrenós 2 - 4 , 5 cm de intervalo, caule reto com ramificações patentes somente no ápice. FOLHAS com peciolos canaliculados e bainha na base, relativamente curtos, 0 , 5 - 0 , 7 cm de comprimento;
lâmina
assimétrica, de lanceolada a
oblongo-lanceolada, 10—15 cm de comprimento, 3,5—5 cm de largura, acuminada no
ápice, de igual a quase igual e aguda na base, membranácea-rígida, virente na página superior e um pouco mais pálida na inferior; n e r v u r a s s e c u n d á r i a s dispostas ao
longo de toda a nervura principal, quando secas pálido-virentes. PADRÃO DE NERVAÇÃO broquidódromo.
Nervuras secundárias 8 - 1 2 , alternas, dispostas até o ápice e ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos maiores que 4 5 ° , com exceção dos pares inferiores que originam ângulos menores que 4 5 ° . Presença de nervuras
pseudo-secundárias. Nervuras terciárias axiais e laterais. Nas proximidades do bordo, anastomose de nervuras de ordem inferior. ESTIPULAS pequenas, lanceoladas, agudas,
com cerca de 0,3—0,5 cm de comprimento. ESPIGAS eretas, raramente curvas, quase a
metade do comprimento das folhas, 5—11 cm de comprimento, 0,1—0,2 cm de diâmetro, atingindo, na frutificação, 0,3—0,7 cm de diâmetro, sustentadas por um pedúnculo
curto de 1—1,2 cm de comprimento; f l o r e s não congestas; r a q u e pupérula;
b r a c t e o l a s sacado-galeadas, com células secretoras; e s t a m e s 4, com anteras
reniformes. DRUPAS sub-orbiculares ou oblongas, tetragonais, lateralmente sulcadas
com 4 estigmas, sésseis.
Tipo
-
Fenologia
Brasil, sem localidade definida
— Encontrada florescendo durante quase todo o ano.
(*) - Em homenagem ao botânico Hoffmannsegg, alemão 1766-1849
161 -
.Material estudado
- Rio de Janeiro, leg. Schwacke (1887)R; - Floresta da Tijucá:
Mata do Rumo, leg. D.Sucre 6229 (8.11.1969JRB; leg. D.Sucre 6084 (16.10
1969)RB; leg. D.Sucre 7691 (19.9.1971); D.Sucre 4448 et P.I.S.Braga 1325 (18.1.1969)
RB; - Corcovado, vertente sul, leg. D.Sucre 9611 (12.9.19721RB; Matas do Horto Florestal leg. E. Pereira 734 (8.7.1954)RB; Matas do Pae Ricardo, leg. P. Occhioni 696 (18.
9.1946)RB; Matas do Jardim Botânico, leg. Fontella, Miguel 17, Cezio 19 (6.3.1963)
RB; leg. Edson Vieira Barbosa 1 (15.2.1968)RB; Alto da Boa Vista, ± 4 0 0 m s.m., leg.
D.Sucre 2291 (4.2.1968)RB; Mata da Reserva da Tijuca, leg. D.Sucre 6340 (25.11.
19691RB; Morro do Leblon: leg. Palacios-Balegno-Cuezzo 2678 (1.12.1948) R; Ilha de
Paquetá, leg. Leia Scheinvar 105 (20.5.1960)R; - Serra do Mendanha, leg. Paula Horta
et Brade 14960 (18.10.1935)RB; ± 450 m s.m., leg. D.Sucre 6387 et P.I.S.Braga 1777
(27.11.1969)RB; leg. D.Sucre 6367 et P.I.S.Braga 1757 (27.11.1969)RB; 3 6 0 - 4 1 0 m s.
m „ exposição Noroeste, leg. D.Sucre 6276 et P.I.S.Braga 1711 (13.1.1969)RB; ± 300 m
s.m., leg. D. Sucre 6563 (9.4.1970)RB; leg. D.Sucre 8856 (19.4.1972)RB; - Pedra da
Gavéa. subida, t 770m s.m., leg. D.Sucre 4273 et P.I.S.Braga 1227 (4.1.1969)RB; na
Cabeceira do vale da Gávea Pequena, leg. H.F. Martins 289 (29.5.1963)RB,GUA; - Gávea: leg. A.Frazão (V11.1916)RB; Praça da Bandeira, leg. P. Carauta 1592 et M.C. Valente 30 (7.5.1973)RB; Reserva da Mata do Grajaú ± 670 m s.m., leg. D.Sucre 6344
et ali. (6.4.1970)RB; -Jacarepaguá:
± 40 m s.m., leg. D.Sucre 6 3 1 1 , C.L.Ichasoet E.
Guimarães (20.11.1969)RB; Represa dos Ciganos, leg. J.A.Rente 301 (23.1.1962)RB;
Restinga de Jacarepaguá, vertente SW da Pedra de Itauna, leg. D.Sucre 7289 (8.10.
1970)RB; leg. D.Sucre 5979 (23.9.1969)RB; vertente lesta da Pedra de Itauna, leg. D.
Sucre 5985 (30.9.1969) RB;
Área de dispersão — Espécie de larga dispersão no Município do Rio de Janeiro,
onde é encontrada não somente em locais de relativa altitude, com também em matas de
restinga e de encostas.
No Brasil; Pará, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
11 - P. PUBISUBMARGINALUM*
Y u n . var.
Fig. 1 1 , 11 a - b
PUBISUBMARGINALUM
Yuncker, Boi. Inst. Bot. S. Paulo 3: 114, fig. 100. 1966 et Hoehnea 3: 97, fig.
114. 1973
ARBUSTO umbrófilo, até 1 m de altura, glabro, com ramos e raminhos estriados
quando secos, nodosos. FOLHAS com peciolos relativamente curtos, variando entre
0 , 5 - 1 cm de comprimento, canaliculado e com bainha na base da folha; l â m i n a de
oblongo a lanceolado-elítica, 1 1 - 1 2 cm de comprimento e 5—5,5 cm de largura, aguda
no ápice e de irregular a raramente igual na base, membranácea ou papirácea, com pilosidade na margem dorsal. PADRÃO DE NERVAÇÃO
camptódromo-broquidódromo,
apresentando tendência camptódroma na base e broquidódroma no ápice. Nervuras secundárias 8 - 10, alternas e ascendentes em relação à principal, dispostas até o ápice, formando com esta, até pouco acima da porção mediana, ângulos iguais ou menores que
4 5 ° e na porção superior, ângulos maiores. Presença de nervuras pseudo-secundárias.
Predominância de nervuras terciárias laterais. Anastomose de nervuras de ordem inferior
nas proximidades do bordo. ESTIPULAS lanceoladas, agudas, 0,5 cm de comprimento.
ESPIGAS eretas, 8 cm de comprimento, 0,2 cm de diâmetro, sustentadas por um pedún-
( *) - Composto latino dado por Yuncker para diferenciar esta espécie que possui pubescência sub-marginal em suas folhas.
162
culo curto de 0,7 cm de comprimento; f l o r e s congestas; b r a c t e o l a s triangularcuculadas, glabras; e s t a m e s 4, com filetes curtos; o v á r i o glabro, obovado, com
bordos arrendondados no ápice, comprimido lateralmente, com 3 estigmas filiformes,
sesseis.
Tipo - Serra do Mendanha, leg. Horta e Brade 14959 (18.10.1935)RB.
Fenologia
— Encontrada florescendo nos meses de abril, agosto, outubro e no-
vembro.
Material estudado — Parque Nacional da Tijuca: vertente norte, leg. D.Sucre
8821 (14.4.1972)RB; Grota do Pae Ricardo, entre 5 0 0 - 5 5 0 m s. m., leg. D.Sucre 8161
(22.11.197DFSB; Mata do Rumo, leg. D.Sucre 6044 (12.10.1969)RB; Mata da Lagoinha
leg. D.Sucre 3563 (21.8.1968)RB, Serra do Mendanha: exposição noroeste, 3 6 0 - 4 1 0 m
s.m., leg. D.Sucre 6254 et P.I.S. Braga 1690 (13.11.1969IRB; 450 m s.m., leg. Sucre
6381 et P.I.S. Braga 1771 (27.11.1969)-RB; leg. Paulo Horta e Brade 14959 (18.10.
19351RB- HOLÓTIPO.
12 - P. PERMUCRONATUM*
Yuncker
Fig. 12, 1 2 a - b
Yuncker, Boi. Inst. Bot. São Paulo, 3: 11.1966 et Hoehnea 2: 50. 1972.
ARBUSTO u m b r ó f i l o com mais ou menos 2 m de altura. Ramos e raminhos
glandulosos, glabros, com entrenós de 2 - 4 cm de comprimento. FOLHAS com peciolos
pilosos e bainha na base, 1—1, 5 cm de comprimento; l â m i n a lanceolada ou elíticolanceolada, 1 0 - 1 7 cm de comprimento, 4 - 7 cm de largura, acuminada e mucronada no
ápice, levemente inequilátera e aguda na base, glanduloso-pontuada, in vivo, verde escuro brilhante, glabra na face ventral, pubérula nas nervuras mediana e secundárias dorsais.
PADRÃO DE NERVAÇÃO broquidódromo-acródromo,
com tendência broquidódroma
na base e acródroma no ápice. Nervuras secundárias 6 - 7 ou 1 0 - 1 1 em cada lado, alternas e ascendentes em relação à principal, dispostas até o ápice, formando com esta ângulos menores ou iguais a 4 5 ° . Predominância de nervuras terciárias laterais. Anastomose
de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo. ESPIGAS curtas, na floração
de 1,5—3 cm de comprimento e 0,3—0,5 cm de diâmetro, na frutificação atingem
0,6—0,7 cm de diâmetro, sustentadas por um pendúnculo glanduloso geralmente glabro;
b r a c t e o l a s triangular-peltadas, fimbriadas, dotadas profusamente de células secretoras, o v á r i o ovado, agudo no ápice, com 3 estigmas curtos eretos e arrendondados;
e s t a m e s 4, anteras com células secretoras no ápice. DRUPAS ovadas, glabras, glandulosas.
Tipo - T i j u c a , Bom Retiro, 7 Nov. 1946, Rosa 79 (R).
Fenologia - Florescendo durante quase todo o ano.
Material estudado - Floresta da Tijuca: leg. B.Lutz 27 (11.2.1925)R; leg. Luiz
Emygdio 56 (30.4.1944)R; Pedra do Archer leg. H.E.Strang 230 (5.12.1960)RB, G U A ;
leg. E.Guimarães 115 (7.12.1966) RB; Bom Retiro, leg. Mario Rosa 79 (7.11.1946)R -
(**)
Composto latino da preposição per-através, ao longo de e mucronatus,a,um =mucronado - em alusão ao múcron que suas folhas ostentam quando jovens, podendo
permanecer também nas adultas.
-
163-
H O L Ó T I P O ; Taquara da Tijuca, Sertão, ± 600m s.m., leg. D.Sucre 7718 (29.9.1971)
RB; Caminho do Sertão, lado da Tijuca, ± 600m s.m., leg. J.P. Carauta 446 (3.2.1971)
RB, G U A ; Pico da Tijuca: matas da subida, leg. D. Sucre 7400 (3.2.1971)RB; leg. J.
Almeida de Jesus 3141 (30.11.1972)RB; leg. F. Atala 277 (22.3.1960)RB, G U A ; Bico
do Papagaio: leg. AIston-Lutz 196 (25.10.1938)R; leg. J. Almeida de Jesus 2070
(20.10.1972) RB; Jacarepaguá: Açude da Solidão, leg. Luiz Emygdio ( I X . 1 9 4 1 ) R ; leg.
Liene, D.Sucre, Duarte, E. Pereira 3876 (17.6.1958)RB; Camorim, leg. A Sampaio,
Freire Peckolt et Costa 490 (19.12.1933)R.
Área de dispersão — Espécie relativamente freqüente no Município do Rio de Janeiro, onde ocorre em locais de relativa altitute, destacando-se pelo brilho e tonalidade
verde escura de suas folhas.
No Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro.
13 - P. Dl VA RICA TUM * Meyer
Fig. 13, 13a-b
Meyer, Prim. Fl. Esseq. 15, fig. 86. 1818; Yun., Hoehnea 2: 121. 1972.
Pipernitidum
Vahl, Enum. PI. 1:314. 1804'não Swartz.
P. colubrinum Link, Jahrb. 1(3) : 6 1 . 1820
P. impunctatum
Link, l . c : 62
P. crassum Vell. Fl. Flum. 25. 1825
Schilleria colubrina K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 8 5 . 1839
Piper densispicatum Steud. Namencl. 2 ed. 2: 340 . 1841
Peltobryon attenuatum Klotzsch in Miq., Syst. Pip. 3 7 1 . 1844, p.p.
Artanthe tejucensis Miq., l . c : 496
Artanthe colubrina Miq., l.c: 512
Piper willdenowii
Kunth in Miq., l.c. c/sinonímia
Artanthe colubrina f. crassifo/ia Miq., l.c.: 513
Artanthe
adenophylIa
Artanthe
Artanthe
colubrina var. crassifolia Miq.,
subaequalis Presl, Epim. Bot. 226 1849
Miq., Linnaea 20: 170. 1847
Piper citrifolium
Schort, ms., ex Miq. in Mart. Fl. Brás. 4 ( 1 ) : 56. 1852
Artanthe colubrina f. glandulosa Miq. l.c.
Artanthe colubrina f. crasse Miq. in Mart. Fl. Brás. 4 ( 1 ) : 57. 1852
Piperapiculatum
C.DC. in DC. Prodr. 16(1): 273. 1869
P. tejucense C.DC. in D C , l . c : 287
P. leiophyllum
C.DC. in D C , l . c : 297
P. crassifolium C.DC. in D C , l . c : 301
P. colubrinun var.adenophyllum C.DC. in D C , l . c : 319
P. subaequale C.DC. in D C , l . c : 371
P. glabrilimbum
C. DC. Verh. Bot. Ver. Brand. 4 7 : 107. 1905
P.guedesiiC. DC. Notizbl. Bot. Gart. B e r l i n 6 : 4 3 6 1917
P. oblongilimbum
C DC. l . c : 448
P. belemense C DC. l . c : 458
) - Do latim divaricatus,a,um =estendido, alargado, aberto. Provavelmente em alusão
as espigas predominantemente ereto-patentes.
-
164
ARBUSTO semiumbrófilo mais ou menos dotado de glândulas, glabro, de 2—7 m
de altura; raminhos estriado-suIçados quando secos, nodosos, entrenós relativamente aproximados, variando de 2—4 cm de comprimento. FOLHAS com peciolo sulcado em
direção à lâmina, provido na base de bainha curta e com 0 , 5 - 2 , 5 cm de comprimento;
l â m i n a
assimétrica, oblongo-elítica, lanceolada, raramente ovada, 8,5—14 cm de
comprimento, 3,5—7 cm de largura, aguda no ápice e assimetricamente decurrente na
base, papiráceo-membranácea, até subcoriácea, revoluta na margem, brilhante em ambas
as faces, marcadamente discolores [in vivo). PADRÃO DE NERVAÇÃO
misto camptódromo-broquidódromo.
Nervuras secundárias alternas 7—9 em cada lado, dispostas até o
ápice e ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos menores que
4 5 ° . Presença de nervuras pseudo-secundárias. Predominância de nervuras terciárias laterais. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo. ESPIGAS
eretas ou pêndulas de 4 - 6 cm de comprimento e 0 , 3 - 0 , 5 cm de diâmetro, na f r u t i f i cação até 1 cm, sustentadas por um pedúnculo glabro de 0 , 7 - 1 cm de comprimento;
b r a c t e o l a s peitadas, peita semi-orbieular-triangular, densamente franjadas na margem, pedicelo piloso; e s t a m e s 4, o v á r i o escarsamente com 3 estigmas sésseis.
DRUPAS achatadas na base, sub-arrendondadas no ápice, glandulosas, comprimidas lateralmente.
Tipo — Suriname
Fenologia — Encontrada florescendo nos meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro e já em frutificação nos meses de abril e maio.
Material estudado - Jacarepaguá: leg. E.Pereira 4407, Sucre e Duarte (15.10.
1958)RB; Açude Camorim, leg. J.G.Kuhlmann (3.1.1933)RB; Restinga, leg. D. Sucre
8083 ( 1 0 . 1 2 . 1 9 7 D R B ; leg. D.Sucre 5000 (10.5.1969)RB; na mata alagadiça, solo turfoarenoso, leg. D.Sucre 6196 (4.11.1969)RB, leg. A.P. Duarte 10482 (1964); Recreio dos
Bandeirantes: leg. A. Sampaio, Freire 504 e O. Peckolt (V.1934JR; leg. J.P. Lanna
Sobro 1200 (1975)RB,GUA; - Restinga de Itapeba, leg. J.P.Lanna SobrO 284 (13.12.
1962)RB,GUA; em área fora da Reserva Biológica, leg. J.P.P.Carauta 373 (10.5.1967)
RB, G U A ; p r ó x i m o à Estação Climatológica, leg. J.P.Lanna Sobr» 282 (13.12.1962)RB,
G U A ; - TijucaAeg. E.UIe3611 (1894)R; Corcovado, leg. E.UIe, (IX.1897)R; Morro Pedra do Conde, leg. Palacios-Balegno-Cuezzo 2998 (5.12.1948)R.
Área de dispersão - Espécie freqüente nas Restingas, em formações de mata alagadiça, solo turfo-arenoso; destaca-se principalmente pela nodosidade de seus ramos
bem como espessura e brilho de sua folhas.
No Brasil: Amazonas, Pará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
14 - P. LEPTURUM*
Kunth var.
LEPTURUM
Fig. 14, 14a-b
K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 7 9 . 1839; Yun., Hoehnea 3:83, fig. 216. 1973.
Schilleria leptura Kunth, Linnaea 1 3 : 6 7 9 . 1839
Piper lucaeanum Kunth, var lucaeanum, 678. Yun., I.c. Hoehnea 3:85. 1973, syn. nov.
I • ) - Do grego lept =fraco + oura = cauda — com referência às folhas, levemente caudadas.
- 165
Schilleria lucaeana Kunth, Linnaea 1 3 : 6 7 8 . 1839
Artanthe lucaeana Miq., Syst. Pip. 523. 1844
A. leptura Miq., I.c. et in Mart., Fl. Brás. 4 ( 1 } : 6 1 . 1852.
A meyeniana Klotzsch ex Miq., I.c: 524 et in I.c: 40
Piper rivulare C. DC.; Linnaea 37: 360. 1872
P. rivulare var hiygrophilum
C . D C , I.c.
P. dupasquieri C. D C , Linnaea 37: 3 6 1 . 1872
P. donnell - smithii C.DC. var. angustifolium C.DC, Bot. Jahrb. 29 Beibl. 6 5 : 25. 1901
P. donnell - smithii var. longipetiolum
C. DC. Notizbl. Bot. Gart. Berlin 6: 440. 1917
ARBUSTO u m b r ó f i l o ou semi umbrófilo, glabro, nodoso, de 1 , 8 0 - 2 , 5 0 m de ai
tura, entrenós delicados 2 - 6 cm de comprifnento. FOLHAS com peciolo canaliculado e
bainha na base medindo de 0 , 7 - 1 , 4 cm de comprimento; l â m i n a lanceolada, oblongo-lanceolada ou ovado-lanceolada de 13—18 cm de comprimento e 2—5,2 cm de largura, de ápice acuminado e às vezes falcado, base obtusa ou aguda assimétrica, de membranácea a papirácea. PADRÃO DE NERVAÇÃO
camptódromo-broquidódromo,
com tendência camptódroma na base e broquidódroma no ápice. Nervuras secundárias 6—8 alternas, dispostas até o ápice e ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos menores que 4?o Nervuras pseudo-secundárias conspícuas. Predominância de nervuras terciárias laterais. Nas proximidades do bordo, anastomose de nervuras de ordem
inferior. ESTIPULAS opositifólias, linear-lanceoladas, carnosas, glabras, 1—1,5 cm de
comprimento. ESPIGAS (in vivo) atro-castanhas, eretas, 6—8 cm de comprimento e
0 , 2 - 0 , 3 cm de diâmetro, sustentadas por um pedúnculo de 5—8 cm de comprimento;
b r a c t e o l a s cuculado-inf lexas, glabras na porção superior e na inferior com um t u f o
de pelos, e s t a m e s 3, com filetes desde a base do ovário, ultrapassando o tamanho
de suas anteras; o v á r i o glabro, ovado-subrriangular; e s t i g m a s 3. DRUPAS subtriangulares, sub-estilosas, glandulosas, glabras.
Tipo — Crescit prope Rio de Janeiro (Gaudichaud legit)
Fenologia — Frutificação em janeiro, floração em dezembro e janeiro.
Material estudado — Rio de Janeiro, Gaudichaud (NY) - HOLÓTIPO; Floresta
da Tijuca: Matas da Vista Chinesa, leg. E.Pereira 696 (28.3.1953) RB; Silvestre, entre
4 7 0 - 5 2 0 m s.m.. leg. D.Sucre 6620, C L . Ichaso et. E.Guimarães (16.4.1970)RB; Corcovado, ca. 550 m s.m., leg. D.Sucre 6417, C L Ichaso et E.Guimarães (15.1.1970JRB; leg.
Ule ( X I I . 1894)R, leg. D.Sucre 6113, C L I c h a s o e t E.Guimarães (22.10.1969)RB; leg.
Schwacke 1552 s/data (RB); leg. Schwacke 1414 (1876)RB; leg. D.Sucre 6133, C L
Ichaso et E.Guimarães (22.10.1969) RB; leg. Martius s/nO (Foto NY) Tijuca, leg. Gaudichaud (G); Pico da Tijuca, na subida, leg. D.Sucre 7516 (18.3.197DRB.
Área de dispersão — Espécie não m u i t o freqüente no município, crescendo em
local u m b r ó f i l o , em altitudes que variam entre 450—650 m s.m.
No Brasil: Minas Gerais e Rio de Janeiro.
OBSERVAÇÕES:
P. lepturum
Kunth é espécie m u i t o próxima de P.
lucaeanum
K u n t h , da qual se diferencia, segundo Yuncker, pela base das folhas
arrendondadas bem como pelas nervuras que se tornam escuras
quando secas.
Entretanto, ao estudarmos material examinado anteriormente por Yuncker, e
outros coletados por nós, além do Fototypus
de P. lucaeanum Kunth ( Rio de Janeiro,
Guadichaud), verificamos que esses caracteres podem ser às vezes encontrados numa
mesma planta. Assim, por considerarmos estes caracteres pouco diferenciais, resolvemos
colocar P. lucaeanum como sinonímia de P. lepturum Kunth.
-
14a _ p. LEPTURUM
166-
var. ANGUSTIFOLIUM'
Fig. 14 c- 14d.
(C.DC.) Yun
Yuncker, Boi. Inst. Bot. São Paulo 3: 103, fig. 216a. 1966, Yun., Hoehnea 3:83
1973.
Schilleria jussiaeana Kunth, Linnaea 13:680. 1839
Piper jussiaeanum Kunth, l.c.
Artanthe jussiaeana Miq., Syst. Pip. 420. 1844
A. denudans Miq., Linnaea 20: 172. 1847
A. denudans Miq. f. angustifolia Miq., l . c : 173
P. fuscum C.DC. in D C , Prodr. 16 (1):319. 1969
P. denudans C.DC. in D C , l . c : 324
P. denudans var. angustifolium
C.DC. in D C , l.c.
P. glaziovii C D C , Ann. Conserv. &Jard. Bot. Genèv. 2: 265. 1898
P. sievekingii C . D C , Notizbl. Bot. Gart. Berlin 6:435.1917.
Difere da espécie típica por apresentar pilosidade hirta e esbranquiçada nos pe
cíolos, pedúnculos, parte inferior das folhas, estipulas e parte interna das brácteas
Além disso, o Padrão de Nervação foliar caracteriza-se por ser misto,
camptódromoacró
dromó. com tendência camptódroma na base e broquidódroma no ápice. Nervuras se
cundárias 5—6, alternas e ascendentes em relação à principal, formando com esta angu
los menores que 4 5 ° , originando-se o ú l t i m o par de nervuras secundárias à altura do ter
ço superior. Presença de nervuras pseudo-secundárias. Predominância de nervuras terciá
rias axiais. Nas proximidades do bordo, anastomose de nervuras de ordem inferior.
Tipo - In monte Corcovado (Pohi 5018) Mikan n. 29 Endlich n. 24
Material estudado - Floresta da Tijuca: Corcovado, leg. Segadas Vianna 623
(7.1.1945) R; leg. E. Ule 40 (s/data) R; Ca. 490 m s.m., leg. D. Sucre 8239 (18.1.1972)
RB; leg. Martius (Foto N Y ) ; Ca. 450 m s.m., leg. D. Sucre 6127, CL.Ichaso et E.
Guimarães (22.10.1969)RB; Alto da Boa Vista, Paineras, leg. A. Xavier Moreira
(l.1958)R; Sumaré, vertente leste. Ca. 1 5 0 - 2 2 0 m s.m. leg. D. Sucre 7084
(23.9.1970) RB; Vertente Suleste 1 2 0 - 2 0 0 m s.m. leg. D. Sucre 6233 (11.11.1969) RB;
Horto Florestal, na mata, leg. J.G.Kuhlmann (2.12.1932)RB; Vista Chinesa, na mata,
leg. E.Pereira 693 (28.3.1953)RB; à caminho da Mesa do Imperador, leg. J.A.Jesus 2029
(16.10.1972)RB; ibidem n9 1984 (2.10.1972)RB; leg. D.Sucre, na mata, n 9 6 1 0 1
(22.10.19691RB; Estrada D. Castorina à Vista Chinesa, leg. Alston Lutz 233
(27.10.1938)R; Passo das Pedras, leg. D. Sucre 6104 (22.10.1960); Mata do Rumo, leg.
D. Sucre 6041 (12.10.1969)RB; Mata da Lagoinha, leg. D. Sucre 4417 (12.1.1969)RB;
Queimados, leg. J. Vidal e Milton Vale (12.2.1944); Tijuca, Schwacke, Burlamaque
( 2 8 . 4 . 1 8 8 D R ; Bico do Papagaio, leg. Alston Lutz 195 (25.10.1938); leg. Luiz Emygdio
505 (19.11.1946)R; Pico da Tijuca, leg. J.A.Jesus 1886 (4.9.19721RB; Ca. 700 m s.m.,
leg. D. Sucre, 7405 (3.1.1971)RB; Covanca, leg. Dalibour Hans 36(12.10.1945)R;
Jacarepaguá, Represa dos Ciganos, leg. Mario Rosa (14.7.1949)R;Se/rado Mendanha,
leg. D. Sucre 6257 et P.I.S. Braga 1693 (13.11.1969)RB; 450 m s.m., leg. D. Sucre 6392
et P.I.S. Braga 1782 (27.11.1969)RB; Estrada das Canoas leg. D. Sucre 6144
(30.10.1969)RB; Parque Lage leg. D. Sucre 1670 (10.10.1953)RB; Matada Cascatinha
Ca. 50 0 m s.m., leg. D. Sucre 8241 (18.1.197DRB.
( •) - Palavra latina composta, significando de folhas estreitas.
167
Área de dispersão — Variedade freqüente no município, onde pode ser encontrada em locais sombrios e extremamente úmidos, em altitudes que variam de 120—700 m.
Destaca-se principalmente pelo verde escuro e brilhante de suas folhas na face ventral e
a tonalidade verde claro fosco, tendente ao cinza na dorsal.
No Brasil: Até o momento parece ser endêmica do Estado do Rio de Janeiro.
OBSERVAÇÃO:
Pelas diferenças apresentadas, esta variedade poderia ser elevada à categoria de espécie. Entretanto, no presente trabalho conservamos o
conceito de Yuncker como variedade, deixando em aberto a questão,
uma vez que para decidirmos o seu enquadramento na categoria de espécie far-se-á necessário um estudo anátomo-comparativo desta variedade e da típica, para uma conclusão definitiva.
1 5 - A > . AMPLUM*
Kunth.
Fig. 16„16a-b
K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 1 8 . 1839; Yun., Hoehnea3:48. fig. 172. 7975
Piper silvestre Vell., Fl. Flum. 25. 1825
P. macrophyllum
Loud., Encycl. 28. 1829
Steffensia ampla K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 1 8 . 1839
Artanthe rugosa Miq., Syst. Pip.:489. 1844
A. ampla Miq., I.c: 500 et in Mart., Fl. Brás. 4 ( 1 0 : 55, fig. 20. 1852
A. ampla f. grandifolia Miq. I.c: 502
A. cernua Presl., Epim. Bot. 225. 1849, não P. cernuum Vell.
Piper amplifolium C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 262. 1869
Piper rohrii C.DC. in D C , I.c: 296
P. rohrii var. grandifolium C.DC. in D C ,
P. lindbergii C.DC. in D C , I.c: 297; Yun., Hoehnea 3: 84. 1973sy/7. nov.
ARBUSTO com 2,5—3 m de altura, ramos cilíndrico-estriados, nodosos, glabros,
com entrenós variando de 4 - 9 cm. FOLHAS com peciolos longos, canaliculados até a
base da lâmina e medindo 2 — 3 cm de comprimento; l â m i n a ovado-elítica, 12—20
cm de comprimento, 8—15 cm de largura, de-ápice levemente acuminado e base arredondada, ou aguda, cordada, pouco desigual, membranáceo-papirácea. PADRÃO DE NERVAÇÃO broquidódromo.
Nervuras secundárias 10—14 de cada lado, geralmente opostas
entre si no terço inferior da lâmina e daí para cima, alternas, dispostas até o ápice e ascendentes em relação à principal, originando ângulos maiores que 4 5 ° . Presença de nervuras pseudo-secundárias. Nervuras terciárias axiais e laterais. Anastomose de nervuras
de ordem inferior paralelamente ao bordo. ESTIPULAS opositifolias, naviculares, levemente assoveladas, lanceoladas, quase do mesmo tamanho que o peciolo. ESPIGAS não
alcançando a metade das folhas, de 4—9,5 cm de comprimento, quando jovens, 0,2—0,3
cm de espessura e quando em fruto alcançando até 1 cm de diâmetro, sustentadas por
um pedúnculo de 0,5—1,2 cm de comprimento, 2 a 3 vezes menor que os peciolos;
b r a c t e o l a s cuculadas, pedicelado-concrescidas.ciliadas nos ângulos; e s t a m e s 4.
DRUPAS retangulares, com ápice sub-arredondado, comprimidas lateralmente e fortemente aderidas nas bases; e s t i g m a s 3, sésseis; s e m e n t e s reticuladas, levemente
foveoladas.
( *) Do latim amplus, a, um = amplo, referindo-se às folhas.
- 168 -
Tipo — Crescit in Brasília Meridionali (Rio de Janeiro, Gaudichaud, Corcovado
Luschnath, Guidowald Sellow).
Fenologia - Floração nos meses de março, abril, agosto, setembro e novembro.
Frutificação nos meses de fevereiro, julho, novembro e dezembro.
Material estudado: Rio de Janeiro, leg. Lad. Netto 286 (1863)R; Realengo, leg.
Freire 518 et Pedro Peixoto (22.8.1934) R; Andaraí, leg. Carlos et Marcilio F r e i r e 4 2 9
( X I . 1 9 3 3 I R ; Jacarepaguá: Represa dos Ciganos, leg. C.LIchaso 62 (8.4.1966) RB; ibidem no 71 (8.4.1966IRB; leg. J.A.Rente 210 (8.11.19561R; leg. A.Sampaio 571 e O.
Peckolt (19.2.19351R; Açude Camorim leg. J.G.Kuhlmann (3.1.1933)RB; Serra do
Mendanha:Ca. 450 m s.m., leg. D.Sucre 6372 et P.I.S.Braga 1762 (27.11.1969IRB; Floresta da Tijuca: Bico do Papagaio, leg. J.A.Jesus 2072 (20.10.1972)RB; ibidem n ° 1895
(4.9.1972)RB;ibidem 1889 (4.9.-\972)RB; Parque Nacional da Tijuca, entre 1 9 0 - 2 4 5 m
s.m., leg. D.Sucre 7369 (28.1.1971)RB; leg. Luiz Emygdio 380 et Pierre Dansereau (26
9.1945IR; leg. E.UIe 4498 (X.1897JR; leg. Occhioni (8.8.1946)HBR; near Os Esquilos,
ca. 400 m s.m., leg. T.G.Yuncker et G. Pabst 7045 (23.9.1962;HB, Queimados, leg. Milton Vales e José Vidal (12.2.1944)R; Paulo e Virgínia, leg. A.P.Duarte 8671 (X.1964)
RB; Corcovado, leg. E.Pereira 4 1 3 1 , Liene, Sucre e Duarte (3.9.1958)RB,HB; na mata,
mais ou menos 450 m s.m., leg. D.Sucre6115, C.LIchaso et E.Guimarães (22.10.1969)
RB; leg. Schwacke e Saldanha (2.11.1883)R; Sumaré, Vertente Leste, entre 1 5 0 - 2 0 0 m
s.m., leg. D.Sucre 7088 (23.9.1970)RB; Estrada do Redentor, leg. J.P.P.Carauta 196
(25.8.1963)RB, G U A ; Vista Chinesa, leg. E.Guimarães 80, D.Sucre (7.11.1966)RB; na
mata, leg. E.Pereira 697 (28.3.1953)RB; Parque Lage, na mata leg. J.P.P.Carauta 676 (8.
12.1968)RB,GUA; Gávea Pequena, Ca. 400m s.m., leg. J.G.Pabst 4295 (18 8.1957)HBGávea, Estrada Da Castorina, leg. V i t o r i o (12.11.1932)RB; leg. A.P.Duarte 219 (19.8.
19461RB; leg. O.Machado (2.10.1948)RB; Covanca, leg. Dalibour Hans (12.10.1945IR;
leg. Dalibour Hans 44 (12.10.1945)R. Parque da Cidade, na mata, leg. D.Sucre 1591
(23.8.1967)RB.
Área de dispersão - Espécie freqüente no município, ocorrendo em mata úmida
em altitudes que variam entre 1 5 0 - 4 5 0 m s.m., destacando-se principalmente por suas
folhas grandes elíticas, verde claro brilhante na face ventral.
No Brasil: Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
OBSERVAÇÃO:
P. lindbergii C.DC. é espécie muito próxima de P. ampium Kunth, da
qual se diferencia, segundo Yuncker, pela base aguda das folhas, bem
como pela leve pilosidade encontrada nas nervuras da face dorsal. Entretanto, ao estudarmos material examinado anteriormente por
Yuncker e outros coletados por nós, verificamos que esses caracteres
se confundem nas duas espécies. Deste modo, consideramos P.
lindbergii como sinônimo de P. ampium.
\<ò - P. MOLLICOMUM*
Kunth.
Fig. 17, 17a
K u n t h , Linnaea 13: 648. 1839 (sinonímia); Yun., Hoehnea 2: 157, fig. 122.
1972
( • ) - Do latim moilis, e = flácido, mole, + coma,ae — cabeleira. Em alusão à pilosidade
macia da face dorsal de suas folhas.
- 169
Steffensia mollis
K u n t h , l.c.
Artanthe mollicoma Miq., Syst. Pip. 438. 1844 et in Mart., Fl. Brás. 4 ( 1 ) : 45. 1852
A. mollicoma f. major Miq., l . c : 440
A. mollicoma
A. mollicoma
f. tomentosa Miq. in Mart., Fl. Brás. 4(1): 45. 1852
f. latifolia Miq. in Mart., l.c.
Piperpisoense C.DC. in DC. Proar. 16(1): 278. 1869
P. pseudovelutinum
C.DC. in D C , l.c: 282
P. olivaceum C.DC, Linnaea 37: 344. 1872 et var. magnifolium,
l.c.: 345.
ARBUSTO de mais ou menos 2,5—3 m de altura com ramos e raminhos tomentoso-pubescentes. FOLHAS com peciojo de 1 - 1 , 2 cm de comprimento, com bainha disposta na base; l â m i n a obliquamenteovado-elítica, 10—12 cm de comprimento, 5—7
cm de largura, de ápice acuminado e base arredondada ou levemente cordada, sub-membranácea, áspera na face ventral e pubescente na dorsal.. PADRÃO DE
NERVAÇAO
misto camptódromo-acródromo,
com tendência camptódroma na base e acródoma no
ápice. Nervuras secundárias 5 - 6 em cada lado, alternas, ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos menores que 4 5 ° e dispostas até à metade da mesma.
Presença de nervuras pseudo-secundárias. Predominância de nervuras terciárias transversais. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo. No lobo
maior, origina-se uma nervura ascendente. ESTIPULAS
opositifólias, decíduas. ESPIGAS quase d o mesmo tamanho que o das folhas, com pedúnculos curtos variando de
0,5- 1,5 cm de comprimento; b r a c t e o I a s pedicelado-peltadas, com peita provida
de pelos gríseo-fosco nas margens; e s t a m e s 4, o v á r i o sub-rotundo, glabro, reticulado; e s t i g m a s
3, subulados e recurvos. DRUPAS obovoides reticuladas;
s e m e n t e s desigualmente trigonais e reticuladas.
Tipo - "Crescit in Brasilia (prope
legit Gaudichaud, Sellow)."
Rio de Janeiro, interque Campos et Vitoria
Fenologia - Encontrada florescendo nos meses de janeiro, maio, junho, outubro
e novembro. Em fruto, nos meses de janeiro, fevereiro, junho, agosto, novembro e dezembro. Alguns espécimens foram encontrados com flor e f r u t o nos meses de janeiro,
junho e novembro. As folhas mais antigas apresentam-se buladas.
Material estudado — Rio de Janeiro, sem localidade definida: leg. J.A.Jesus 2183
(RB); leg. Maria Lima s/nO, s/data (R);leg. D.Sucre6261 et P.I.S.Braga 1697 (1970)RB;
in silvis pr. Sebastianopolis, leg. Martius 85 ( N Y ) ; leg. M. Guillemin 75 (12.1838)MY;
leg. L Netto 287 (1863)R; Mata do Trapicheiro, leg. L Netto 30 (1870)R; Florestada
Tijuca:
Horto Florestal, leg. J.G.Kuhlmann (2.12.1932)RB; Horto do CCN, canteiro
V I I I , leg. J.P.P. Carauta656 (11.11.19681RB; G U A ; Vista Chinesa, matas, leg. E.Pereira
694 ( 2 8 . 3 . 1 9 5 3 ) R B ; C a 2 0 0 m s . m . , leg. T.G.Yuncker & G. Pabst 7050 (23.9.1962)HB;
na estrada D. Castorina, leg. Alston Lutz 217 (27.10.1938) R; na Floresta, sem local determiando:Ca. 600m s.m., leg. E.Guimarães 111, D.Sucre (7.12.1966)RB; leg. B. Lutz
595 ( 1 2 . 5 . 1 9 3 D R ; leg. J.Vidal & Henrique Pimenta Vellozo s/n (26.1.1941)R; leg. Saldanha 4975 (R); entre 1 9 0 - 2 4 5 m s.m., leg. D.Sucre 7365 ( 2 8 . 1 . 1 9 7 D R B ; Furnas, leg.
J.Vidal & H.Valle séri I n ° 15 (30.1.1944)R; Queimados, leg. Milton Vales e J.Vidal
(12.2.1944)R; Vila da Floresta, base da Serra da Carioca, lado Sudeste, leg. J.P.P. Carauta
534 (7.1.1968)RB,GUA; Estrada do Alto da Boa Vista ao Corcovado, 530 m s.m., Km
5, leg. J.Almeida 1261 (23.2.1972)RB; Parque da Cidade, na mata, Ca. 100ms.m., leg.
D.Sucre 1248, Borgeth, C.LIchaso, E.Guimarães et Cordelia (RB); Gávea Pequena, leg.
A.C.Brade 11929 (20.6.19321R; rumo à Pedra Bonita, leg. E.Fromm 30 (21.6.1959)R;
Lagoinha da Gávea: leg. O.Machado (12.2.1949)RB; Pedra da Gávea: leg. M.C Valente 3
170
et P.Carauta 1565 (7.5.1973JRB; Morro do Leblon. leg. PalaciosBalegno-Cuezzo 2684
(1.12.19481R; Morro da Urca: leg. PalaciosBalegno-Cuezzo 2829 (5.12.1948IR; Ilha do
Governador: leg. J.Pabst 4445 (14.4.1958)HB,IAS; leg. J.Pabst 4348 (25.11.1957)HB;
Praia da Freguesia, leg. Isolda Rocha 127 (1950)R; Copacabana: Morro da Rua Felipe
de Oliveira, Posto 2, leg. D.Sucre 1764 (29.10.1967) RB; Morro do Leme, Ca.900ms.m.,
leg. D.Sucre 1201(XI.1966)RB; Sacopã: Lagoa Rodrigo de Freitas, leg. A.P.Duarte 5451
(22.11.1960)RB,HB; Jacarepaguá: Pedra da Panela, Ca. 200ms.m., SW, leg. D.Sucre 7885
( 1 0 . 1 1 . 1 9 7 D R B ; Serra do Barata, Reserva da Represa do Piraraquara, leg. D.Sucre 7494
( 1 7 . 2 . 1 9 7 D R B ; Represa dos Ciganos, leg. J.A.Rente 212 (8.11.19561R; leg. A.Sampaio,
Freire 569 e O.Peckolt 19 ( l l . 1 9 3 5 ) R ; Covanca, leg. J.A.Rente 302 (14.2.1962IR; Açude Camorim, leg. J.G.KuhImann (3.1.1933)RB; Restinga da Tijuca, leg. Othon Machado
(21.3.1945)RB e em (2.6.1942)RB; Recreio dos Bandeirantes, leg. Alston-Lutz 158 (22.
10.1938) R; leg. PalaciosBalegno-Cuezzo 4040 (9.1.1949) R; Restinga de Itapeba, leg. H.
E.Strang 178 (11.6.1960)RB,GUA; leg. M.C.Vianna 95 ( 2 2 . 5 . 1 9 6 3 ) R B , G U A ! Gruta
Paulo e Virgínia, leg. J.A.Rente 8 (11.12.1946)R; Serrado Mendanha, Ca. 450ms.m., leg.
D.Sucre 6378, P.I.S.Braga 1768, C.LIchaso, E.Guimarães (27.11.19691RB; Entre São
Conradoe Joá, leg. Liene, D.Sucre, A.P.Duarte et E.Pereira 3607 (16.4.19581RB.
Área de dispersão - Espécie bastante freqüente, dispersando-se não só pelas restingas, como em regiões de altitudes variáveis entre 2 0 0 - 6 0 0 m s.m., tanto em locais ensolarados quanto locais sombrios, à beira das estradas ou nas matas.
No Brasil: Pernambuco, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
17 - P. ANOSTACHYUM*
Fig. 18, 18z-b
Yun
Yuncker, Boi. Inst. Bot. São Paulo 3: 28. 1966 et Hoehnea 2: 106, fig. 65. 1974
ARBUSTO nodoso, ramificado, híspido. FOLHAS com peciolos curtos de 0 , 2 0,5 cm de comprimento, com bainha na base; l â m i n a oblongo-lanceolada, 75,—9cm
de comprimento, 2 , 5 - 4 cm de largura, de aguda a acuminada no ápice, assimétrica na
base, com o lado menor aobtuso ou sub-agudo e o maior obtuso, raramente simétrica, e
neste caso, cordada, híspida, membranácea, glandulosa. PADRÃO DE NERVAÇÃO misto camptódromo-acródromo,
com tendência camptódroma na base e acródroma no ápice. Nervuras secundárias 4, alternas, ascendentes em relação à principal, formando com
esta ângulos menores ou iguais a 4 5 ° , dispostas até à porção mediana da lâmina; no lobo
maior, ocorre uma nervura secundáriaascendentee nervuras transversais.Presença de nervuras transversais. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo ESPIGAS eretas, 4 - 5 cm de comprimento e 0,3 cm de largura, pedúnculo acima de
0 , 8 - 1 cm de comprimento, híspido; b r a c t e o l a s triangular-sub-peltadas, fimbriadas na base e ângulos; e s t a m e s 4 ; o v á r i o ovoide, glabro, com ápice convexo;
e s t i g m a s sésseis. DRUPAS não vistas.
Tipo - Guanabara, Barra da Tijuca, leg. L E m y g d i o s/n° (VII1.1941)R.
Material estudado - Holótipo (R)
Área de dispersão - Espécie muito rara, não tendo sido reencontrada por nós, e
sendo até o momento conhecida unicamente a localidade típica.
( •) - Palavra composta de ano • ereto, para cima + Stachys, stachyus = espiga
- 171 -
18 - P. PUBERULIDRUPUM'
Yun
Fig. 20, 20a-b
Yuncker, Boi. Inst. Bot. São Paulo 3:63, fig. 53. 1966 et Hoehnea 2: 169, fig.
138. 1974
ARBUSTO com entrenós superiores de pubescência esparsa, logo depois glabrescentes. FOLHAS com peciolo pubescente, 1,5—3 cm de comprimento, canaliculado,
com bainha bem desenvolvida; I â m i n a inequilátera ou não, obliquamente elítica ou
ovada, com 11 - 1 6 cm de comprimento e 6 - 9 cm de largura, acuminada no ápice e aguda na base, papiráceo-membranácea.pelúcido-pontuada. PADRÃO DE NERVAÇÃO
misto camptódromo-acródromo,
com tendência camptódroma na base e acródroma no ápice. Nervuras secundárias 5—6 em cada lado, alternas, com o par inferior oposto, ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos menores ou iguais a 4 5 ° e
dispondo-se até pouco acima da porção mediana da lâmina. Presença de nervuras pseudo-secundárias. Nervuras transversais abundantes. Anastomose de nervuras de ordem
inferior nas proximidades do bordo. ESTIPULAS lanceoladas, agudas, com 1 - 1 , 5 cm
de comprimento. ESPIGAS eretas, longas, com 1 0 , 5 - 1 1 , 5 cm de comprimento e 0 , 3 0,5 cm de diâmetro, sustentadas por um pedúnculo relativamente longo, variando de
1,2-2,5 cm de comprimento; b r a c t e o I a s arredondadas, sub-peltadas, profusamente franjadas na margem. DRUPAS ovóides, densamente pubérulas, com 3 estigmas sésseis.
Tipo
Loefgren 536 (S) - H O L Ú T I P O ; Rio de Janeiro, Gávea, leg. Frazão s/n.
(1016IRB - PARÁTIPO.
Material estudado A.Frazão (1919)RB.
Loefgren 536 (RB) - ISÓTIPO; Rio de Janeiro, Gávea, leg.
Área de dispersão — Espécie rara, conhecida até o momento, unicamente e localidade citada no parátipo.
19 - P. GAUDICHAUDIANUM*
* Kunth
Fig. 19, 19a-b
K u n t h , Linnaea 13: 638. 1839; Yun., Hoehnea 2: 129, fig. 94. 1972
Steffensiagaudichaudiana
Piper salicariaefolium
Kunth, Linnaea 1 3 : 6 3 8 . 1839
K u n t h , l.c.: 636
Steffensia salicariaefolia K u n t h , l.c.
Artanthe mollicoma f. glabrata Miq., Syst. Pip. 440. 1844 et in Mart., Fl. Brás. 4(1): 45.
1852
A. Salicariafolia Miq., L . C : 468 et in Mart., l.c: 48.
A. gaudichaudiana Miq., L . C : 469 et in Marti., l.c: 48.
Piper obscurum C.DC, Linnaea 37: 348. 1872
P. longipes C.DC, Buli. Herb. Boiss. I l ( 3 ) : 399. 1903
P. rectinervulum C.DC, Notizbl. Bot. Gart. Berlin 6 : 4 5 6 . 1917
P. gaudichaudianum
f. b C . D C , l . c : 460
P. gaudichaudianum f. longilimbum C.DC, CandoIIea 1: 135. 1923
( * ) - Epiteto composto significando frutos pubérulos.
(*" ) - Epiteto dado em homenagem ao químico francês e botânico nascido em 1789 e falecido em 1864.
- 172 -
ARBUSTO 1,5—3 m de altura, com raminhos, e peciolos levemente sulcados e
hirto-pubescentes. FOLHAS com peciolos variando de 0,4—0,5 cm de comprimento,
com bainha na base; I â m i n a de obovado-largo-elítica a ovado-elítica, oblongo-lanceolada ou lanceolada, variando de 1 0 - 1 8 cm de comprimento e 2 , 5 - 7 , 5 cm de largura, de
ápice acuminadíssimo, base aguda ou obtusa, assimétrica, diferindo u m lado em relação ao outro em cerca de 0,4—0,5 cm, membranácea, verde escuro brilhante na face ventral e claro na dorsal. PADRÃO DE NERVAÇÃO
misto camptódromo-acródromo,
com
tendência camptódroma na base e acródoma no ápice. Nervuras secundárias 4—6 alternas, ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos menores que 4 5 ° ,
dispondo-se até pouco acima do terço inferior da lâmina. Nervuras transversais abundantes. Nervuras de ordem inferior anastomosando-se nas imediações do bordo. ESTIPULAS opositifólias, ovado-lanceoladas, adpresso-pilosas, 0 , 3 - 0 , 6 cm de comprimento.
ESPIGAS curvas, quando jovens cremes e castanhas, quando adultas, com 5 - 8 cm de
comprimento e 0,3-^0,7 cm de diâmetro, geralmente mucronadas, sustentadas por pedúnculos que superam em mais de 2 vezes Q tamanho do peciolo; b r a c t e o l a s pedicelado-peltadas, com peita semi-orbicular ou triangular, glandulosa, densamente ciliada
na margem. DRUPAS oblongo-ovoides, de ápice arredondado," comprimidas lateralmente, reticuladas e pubescentes no ápice; s e m e n t e s semelhantes às drupas, com reticulado mais denso.
Tipo
chnath)."
-
"Crescit in Brasília (Prope Corcovado legerunt Gaudichaud et Lus-
Fenologia - Encontrada florescendo nos meses de setembro, novembro, dezembro e janeiro. Em frutificação nos meses de setembro e dezembro.
Material estudado - Rio de Janeiro, sem localidade definida: leg. Gardner I n °
118 (AgostNov. 1838)NY; leg. Gaudichaud 1111 (1833)G; Floresta da Tijuca: Bom
Retiro, leg. Mario Rosa 73 (7.11.1946)R; Horto Florestal, leg. J.G.Kuhlmann (2.12.
1932IRB; Vista Chinesa, na mata, leg. D.Sucre 6018 et C. Llchaso (9.10.1969)RB; Mesa
do Imperador, leg. J.A.Jesus 1982 (2.10.1972)RB; leg. C.L.Ichaso 120 (22.1.1966)RB;
Morro Taquara da Tijuca, leg. D.Sucre 8173 (4.1.1972) RB; Tijuca, Forest., ca. 300 m s.
m., leg. T.G.Yuncker et G.Pabst 7049 (23.9.1962)1 AS,HB; ibidem n ° 7047 (23.11.
1962)HB, Corcovado, na mata, ca. 450 ms.m., leg. D.Sucre 6109 et C.L.Ichaso et E.Guimarães (22.10.1969)RB; D.Sucre 6119 (22.10.1969)RB; D.Sucre 6129 et ali. (22.10.
1969)RB; D.Sucre 6123 et ali. (22.10.1969)RB; à caminho da Mesa do Imperador, leg.
E.Pereira 4132, Liene, Sucre, Duarte (3.9.1959)RB,HB; Sumaré, leg. D.Sucre 6241
(11.11.1969)RB; Alto da Boa Vista, caminho da Pedra do Archer, leg. A. Rente 29 (19.
12.19461R; Pedra do Beijo, ca. 4 0 0 m s . m . , leg. J.P.P.Carauta 274 (13.2.1975)RB,GUA;
à caminho do Corcovado, ca. 500 ms.m., leg. T.G.Yuncker et Pabst 7044 (23.9.1962)
HB; Estrada das Furnas de Agassiz, leg. J.Vidal e Milton Valle, série I n ° 28 (30.1.
1944)R; Santa Tereza, leg. J.G.Kuhlmann (10.11.19591RB; Estrada do Joá: leg. D.Sucre 6135 et Graziela (30.10.1969)RB; Bico do Papagaio, leg. Alston-Lutz 197 (25.10.
1938)RB; Estrada das Canoas, leg. D.Sucre 6146 (30.10.1969)RB et 6142 (30.10.
1969)RB; Reserva da mata do Grajaú ca. 100 ms.m., leg. D.Sucre 6348, Graziela, M.
Emmerich et L.Emygdio (25.11.1969)RB; Jacarepaguá: Açude Camorim, leg. J.G.
Kuhlmann (3.1.1933)RB; leg. A.Sampaio, Freire, Peckolt 492 (19.12.1933)R; Represa dos Ciganos, leg. J.A.Rente 211 (8.11.1956)R; Pedra de Itaúna mata alagadiça,
leg. D.Sucre 5 3 3 1 , C.L.Ichaso et Graziela (16.6.1969)RB; Campo Grande: Serra do
Mendanha, entre 3 6 0 - 4 1 0 m s.m., exposição noroeste, leg. D.Sucre 6266, P.I.S.Braga 1702, C L I c h a s o e t E.Guimarães (13.11.1969)RB; ca. 4 5 0 m s . m . , leg. D.Sucre6375,
P.I.S.Braga 1765. C.L.Ichaso et E.Guimarães (RB); ca. 6 0 0 - 7 0 0 m s . m . , leg. D.Sucre
6601 et C.Llchaso (9.4.1970)RB; Pedra da Gávea, entre 7 5 0 - 8 2 0 m s.m., leg. D.Sucre
7437(7.2.1971)RB.
- 173
Área de dispersão - Espécie bastante freqüente no Município, ocorrendo não só
em matas de restinga como em matas de encosta úmrda ou matas secundárias, em altitudes que variam de 1 0 0 - 8 2 0 ms.m.
No Brasil: Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
20 - P. RIVINOIDES'
Kunth
Fig. 15, 15 a-b-c
K u n t h , Linnaea 13: 682. 1839, C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 312. 1869; Yun.,
Hoehnea3: 102. 1974.
Schilleria rivinoides
K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 8 2 . 1839
S. lentaginoides K u n t h , l.c.. 683.
Piper lentaginoides K u n t h , l.c.: 683.
Schilleria martiana Kunth, l.c: 690.
Piper martianum K u n t h , l.c: 6 9 1 .
Artanthe
rivinoides
Miq., Syst. Pip.: 519. 1844.
A. lentaginoides Miq., l.c: 520, et in Martius, FI.Bras. 4(1):57. 1852.
Artanthe macrostachya Presl, Epim. Bot. 277. 1849
Piper macrostachyum C.DC. in D C , Prodr. 16(1): 3 7 1 . 1869
ARBUSTO glabro de 3 - 6 cm de altura,de raminhos cilíndricos, esfriados, nodosos, entrenós aproximados ( 1 , 5 - 3 cm de intervalo). FOLHAS com pecíolo de 1—1,4 cm
de comprimento, provido de bainha na base; l â m i n a obliquamente ovado-elítica de
1 2 - 1 5 cm de comprimento e 5 - 7 cm de largura, de ápice acuminadíssimo, levemente
falcado e base u m tanto desigual, aguda. PADRÃO DE NERVAÇÃO
misto, camptódromo-acródromo,
com tendência camptodroma na base e acródromo no ápice. Nervuras
secundárias 5—6 de cada lado, alternas, ascendentes em relação à principal, formando
com esta ângulos iguais ou menores que 4 5 ° , originando-se, o par superior, acima da
porção mediana da lâmina. Presença de nervuras pseudo-secundárias. Nervuras terciárias axiais e laterais. Nas proximidades do bordo, anastomose de nervuras de ordem inferior. ESTIPULAS opositifólias, persistentes, estreito lanceoladas, levemente recurvadas,
glabras. ESPIGAS eretas, 7 - 1 5 cm de comprimento e 0 , 3 - 0 , 5 cm de diâmetro, sustentadas por um pedúnculo quase do mesmo tamanho de peciolo; b r a c t e o l a s peitadas, triangulares ou quadrangulares, glabras, com pedicelo piloso, e s t a m e s 3, anteras sub-arredondadas, reniformes, com células secretoras presentes. DRUPAS obpiramidal-trigonais, glabras, com 3 estigmas sésseis. (Fig. 15b)
Tipo - Crescit in Brasília meridionali, prope Rio de Janeiro, legit Gaudichaud
auf dem Telegraph et prope St. Christovar. Luschnat.
Fenologia - Encontrada florescendo nos meses de janeiro, março, junho, julho,
setembro, outubro e novembro.
Material estudado - Rio de Janeiro, leg. Gaudichaud 1109 (1833)G, ISÓTIPO;
Floresta da Tijuca: Estrada do Redentor a 500 ms.m., leg. T.G.Yuncker e Pabst 7043
( 2 3 . 9 . 1 9 7 D H B ; Sumaré, vertente sul, entre 5 0 - 1 0 0 ms.m., leg. D.Sucre 6239 (11.11.
1969)RB; Corcovado, Pedra do Beijo, leg. Edy A.Montalve 137 (15.6.1973)RB; leg.
( * ) - rivinoides = semelhante à Rivina, gênero de Phytolaccaceae dado em homenagem a
A.Q.Rivinus 1652-1723.
- 174 -
Glaziou 3119 (16.3.1869)NY; Serra da Piaba, base, vertente sul, leg. D.Sucre 7855 (28.
1 0 . 1 9 7 D R B ; vertente NW, 4 0 - 8 0 ms.m., leg. D.Sucre 7059 (1 7.8.1970)RB; Mata do
Rumo, leg. D.Sucre 7689 (19.9.1971)RB; Gávea, leg. A.Frazão (8.1916)RB; Pedra Branca, leg. J.P.Carauta 226 (19.9.1964)RB,GUA; Pedra da Gávea, entre 5 0 0 - 7 0 0 ms.m.,
leg. D.Sucre 4342, P.I.S.Braga 1295 (5.1.1969)RB; ca. 250 ms.m., leg. D.Sucre 7914 (6.
1 1 . 1 9 7 D R B ; Caminho da Avenida Niemeyer, leg. D.Sucre 6009 (30.9.1969)RB; Estrada
do Joá, leg. D.Sucre 6137 (30.10.1969) RB;
Área de dispersão — Espécie encontrada no Município do Rio de Janeiro, em locais umbrosos, semi-umbrosos, em mata de encosta seca, numa altitude variável de 5 0 700 ms.m.
No Brasil: Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
21 -P.
NIGRUM*L.
Fig. 21
Linnaeus, Sp. PI. 28. 1753, Miq., Syst. Piper. 308. 1844, C.DC, Prodr. 16(1):
363. 1869; C.DC, in Urb. Symb. Ant. 3: 214. 1902; Trel & Y u n . , Piper. North. South
Amer. 1: 8 1 . 1950; Yun., Lilloa 26:243. 1953; Yun., Hoehnea 2: 163, fig. 128. 1972.
ARBUSTO escandente; FOLHAS elíticas ou arredondado-elíticas de 5 - 1 3 cm
de largura e 8—24 cm de comprimento, de ápice acuminado e base aguda de equilátera a
levemente desigual pecioladas, de 1,5—4 cm de comprimento, vaginado até próximo à
metade de seu comprimento. ESPIGAS monoicas ou dioicas, 1 0 - 1 5 cm de comprimento, pêndulas, p e d ú n c u l o geralmente tão longo quanto o peciolo; b r a c t e o l a s
glabras, côncavas, aderidas à raque, com a margem e o ápice livres; e s t a m e s 2 ou 3.
DRUPAS globosas, pretas, exsertas, comparativamente grandes, com estigmas sésseis.
Tipo - Conhecida unicamente a localidade típica: Í N D I A .
Nome vulgar - Pimenta do Reino.
Material estudado — Rio de Janeiro, São Cristóvão, leg. Schwacke e Glaziou
7334 ( 1 6 . 3 . 1 8 9 D R B ; leg. Glaziou s/nO ( 1 8 9 D R ; leg. A n t ô n i o Pieri s/no (11.10.1924)R.
Área de dispersão — Espécie originária da índia, cultivada para fins comerciais
nas regiões tropicais e introduzida, de acordo com Miquel (Yuncker, The Piperaceae of
Brazil, Hoehnea 2: 163. 1972), no Brasil, pelos jesuítas.
No Brasil: Pará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
22 - P. LHOTZKYANUM
Fig. 22, 22a
Kunth
K u n t h , Linnaea 1 3 : 6 5 7 . 1839; Yun., Hoehnea 2: 147, fig. 111. 1972.
( ") - Do latim nigrus, a, um, • negro, em alusão às drupas desta cor.
-
Steffensia lhotzkyana K u n t h , l . c : 656
Artanthe lhotzkyana Miq.,Syst. Pip.:417.
175-
1844 et in Mart., Fl. Brás. 4 ( 1 ) : 40.
1852.
Piper inversum C . D C , Linnaea 3 7 : 359. 1872
P. aromaticum C.DC, Buli. Herb. Boiss. 11(1): 355. 1901
P. damazzi C.DC, Buli. Herb. Boiss. II (7): 140. 1907
P. bennetianum f. B C . D C , Notizbl. Bot. Gart. Berlin 6:458. 1917
P. santa-barbaranum Trel., Publ. Field. Mus. Bot. 22: 11. 1940
ARBUSTO glabro com 1—1,5 cm de altura, com ramos nodosos e cilíndricos,
lenticelados. FOLHAS com peciolos variando de 1,2—1,5 cm de comprimento e com
bainha canaliculada até próximo à base da folha; l â m i n a simétrica ou pouco assimétrica, ovado-largo-elítica, 715—11,5 cm de comprimento, 3,5—5 cm de comprimento,
3 , 5 - 5 cm de largura, acuminada e mucronada no ápice, igual ou quase igual na base, papiráceo-membranácea. PADRÃO
DE NERVAÇÃO
misto
camptódromo-acródromo,
com tendência camptódroma na base e acródroma no ápice. Nervuras secundárias 3 ou
5 de cada lado, alternas, ascendentes em relação à principal, formando com esta ângulos
menores que 4 5 ° até o meio ou pouco abaixo da porção mediana. No lobo maior, originam-se nervuras secundárias ascendentes. Nervuras transversais abundantes. Anastomose
de nervuras de ordem inferior nas imediações do bordo. ESTÍPULAS opositifólias, lanceoladas, de 1—1,5 cm de comprimento. ESPIGAS eretas, pouco menores ou quase atingindo a metade do comprimento da folha, com 6—6,5 cm de comprimento e 0,3 cm de
diâmetro, sustentadas por um pedunculo glabro, pouco menor que os peciolos, 0,5—0,6
cm de comprimento; b r a c t e o l a s sub-orbiculares, ou triangular-peltadas, com a
peita de margem profusamente fimbriada; e s t a m e s 4, com filetes longos, ultrapassando em altura as bracteolas, e do mesmo tamanho que os estigmas; o v á r i o glabro,
estiloso, com 3 estigmas lineares. DRUPAS obovado-oblongas, glabras.
Tipo - Crescit prope Rio de Janeiro (Lhotzky legit)
Fenologia
— Encontrada florescendo em agosto
Material estudado
leg. D.Sucre6618 (RB)
- Recreio dos Bandeirantes leg. Berta Luts 169 (6.8.19401R;
Área de dispersão — Espécie rara no Município.
No Brasil: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
23 - P VIÇOSANUM*
Y u n . var.
Fig. 23, 23 a-b-c.
VIÇOSANUM
Yuncker, Boi. Inst. Bot. São Paulo 3: 74, fig. 64. 1966; et Hoehnea 2: 189.
1972.
ARBUSTO umbrófilo ou semi-umbrófilo com 2 - 2 , 5 m de altura, crescendo em
solo argiloso; caule com ramos sub-cilíndricos, verde claro in vivo, levemente glabro, estriado e com entrenós aproximados, distando u m do outro em cerca de 2—2,2 cm. FOLHAS com peciolos curtos, 0,6—0,7 cm de comprimento, canaliculado até a base da folha; l â m i n a lanceolado-largo-elítica, de ápice agudo e base desigual diferindo um lado do outro em cerca de 0,2—0,3 cm de comprimento, papirácea, quando adulta fosca
( " ) - viçosanum — que ocorre em Viçosa.
176 -
em ambos os lados, verde escuro na ventral e dorsal verde claro, quando novas com a face ventral brilhante ( in vivo). PADRÃO DE NERVAÇÃO misto
camptódromo-acródomo, com tendências camptódroma na base e acródroma no ápice. Nervuras secundárias
6 ou 10 em cada lado, ora alternas, ora opostas, ascendentes em relação à principal, formando em esta ângulos menores, iguais ou maiores que 4 5 ° , originando-se até acima da
porção mediana da lâmina. Presença de nervuras pseudo-secundárias. Nervuras transversais abundantes. Anastomose de nervuras de ordem inferior nas proximidades do bordo.
ESTIPULAS verde muito claro, caducas. ESPIGAS eretas, apiculadas, variando em 4 - 8
cm de comprimento e 0,2—0,3 cm de diâmetro, com pedúnculos verde muito escuro e
pontuações alvescentes ( in-vivo ) medindo 0,5—1 cm de comprimento; b r a c t e o l a s
cuculadas, pedicelado-concrescida, com pedicelo papiloso-piloso lateralmente, glabras,
na porção superior; e s t a m e s 4. DRUPAS oblongo-obovoide, glabras, com leve depressão no ápice e 3 estigmas sésseis.
Tipo - Viçosa, Fazenda do Deserto; Varje, alt. 690 m, (3.11.1930) Mexia 5242
(US) - HOLÓTIPO
Fenologia - Encontrada florescendo nos meses de outubro, novembro e agosto.
Material estudado - Jacarepaguá: Gruta Paulo e Virgínia, leg. A.P.Duarte 8671
(X.1964)RB, em parte; Taquara da Tijuca, Sertão, entre 5 6 0 - 6 3 0 ms.m., leg. D.Sucre
7711 ( 2 9 . 9 . 1 9 7 D R B ; Serra do Mendanha, ca. 450 ms.m., leg. D.Sucre 6372, P.I.S.Braga
1972 C L I c h a s s o et E.Guimarães (27.11.1969)RB.
Área de dispersão - No município do Rio de Janeiro, aparece como uma nova
localidade.
No Brasil: Minas Gerais.
AGRADECIMENTOS
Ao botânico Dimitri Sucre, por ter realizado diversas excursões pelo Município, com a finalidade de coletar material vivo que permitisse melhores observações para a confecção deste trabalho.
Aos encarregados e curadores de herbários das Instituições adiante
relacionadas, pelo empréstimo de suas coleções:
— Botanische Staatssammlung, Munchen, Federal Republic of Germany (M)
— Conservatoire et Jardin botaniques, Genève Switzerland (G)
— Departamento de Conservação Ambiental do Estado do Rio
de Janeiro (GUA)
— Herbário Barbosa Rodrigues (HBR)
— Herbarium Bradeanum (HB)
- 177 -
-
Herbarium, The New York Botanical Garden, New York, U.S.A.
(NY)
-
Museu Nacional do Rio de Janeiro (R)
U.S.National Herbarium, Departament of Botany, Smithsonian
Institution, Washington U.S.A. (USI
Ao técnico de laboratório Sr. Walter Barbosa, pela execução das fotografias.
E em especial ao Conselho Nacional de Pesquisas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Hoehnea 2: 1 9 - 3 6 6 , 167 fig.
179
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LIRIOSMA DO B R A S I L
(OLACACEAE)
Antonia Rangel Bastos ( *)
Jardim
Botânico do Rio de Janeiro.
SUMMARY
Fourteen species of the genus Liriosma which occurs in Brazil are presented
along w i t h a key and drawings.
INTRODUÇÃO
Em continuação aos Trabalhos das Olacaceae brasileiras apresentamos agora
estudo do gênero Liriosma. Para tanto consultamos os herbários do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro, Museu Nacional, Instituto de Botânica de São Paulo, Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia, Instituto de Pesquisas Agronômicas, Universidade de Brasília,
Instituto Central de Biologia, Faculdade de Farmácia, Universidade do Brasil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Botanische Staatsammlung,Conservatoire et
Jardin Botaniques, Herbanum Regium Monagense.
L I R I O S M A Poepp. et Endl.
Liriosma Poepp. et Endl. Nov. Gen. et Spec. 3.33. tab. 239.1842. A.P. de
Candolle, Prodr. 8:673.1844; Deless. Icon.PI.5,41.1846; Miers in A n n . Nat. Hist ser
2.8:105.1851, et ser 3 . 4 : 3 6 2 - 3 6 3 . 1958 et in Contr. Bot. 1:16,225, tab. 3 . 1 8 5 1 - 6 1 ;
Benth. et Hooker Gen. Plant. 1:347. 1862; Baillon in Adans. 3:119.1863; A. Engler in
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Engler, in Engler n. Prantl. Pflazenf. 3 (1):240.1889; Sleumer in l.c. (16b). 27.1835.
Olax Benth. in Transact. of Linn. Soe. 18:678.1841: Benth. in Hooker Lond Journ
2:375.1843.
Hypocarpus
A. P. de Candolle, Prodr. 8:245.673.1844.
Dulacia Vellozo, Fl. F l u m , I. tab. 78.1827.
(")
Pesquisadora em Botânica da Seção de Sistemática e Bolsista do CNPq.
- 190
Árvores de 2—7m de altura, com ramos, em geral, flexuosos. Folhas alternas, curtamente
pecioladas, glabras ou pilosas. Flores andróginas dispostas em racemos curtos, de 1.5—3
cm de compr., com 4—1 5 flores, simples ou reunidos em panículas laxas, com entre-nós
de 1 - 3 m m de distância, com ráque cilíndrica ou angulosa, às vezes, flexuosa (figs. 13,
41 e 72), com bractéolas caducas ou mais ou menos persistentes. Botões florais com
5—15 mm de comprimento (computando-se os pedicelos) e 2—3 mm de larg., glabros,
pilosos ou papilosos (figs. 8,15,34). Corola simpétala nao botão floral, tornando-se os
pétalos livres na antese; pétalos linear-oblongos, carnosos, valvares, com ápice infletido,
apiculado; hipâncio de campanulado a infundibuliforme, às vezes, cilíndrico (figs.
18,47), glabro, piloso ou papiloso, com 1 - 3 mm de alt. coroado pelo bordo calicínico
de mais ou menos 0.2—08 de alt., às vezes bem distinto, outras pouco perceptíveis.
Pedicelo em geral robusto, com cerca de 1—5 mm de compr., ovário semi—ínfero, com a
porção fértil afundada e aderente ao receptáculo, trilocular, com 1 óvulo pêndulo em
cada lóculo, e a porção estéril livre do receptáculo, de convexa a hemisférica, ovoide ou
piramidal, com ou sem ângulos, glabra ou pilosa, com 0.5—2 mm de alt., em alguns casos
com uma faixa basal bem delimitada, que deve representar u m disco (Fig.35). Estilete
cilíndrico ou colunar, glabro ou piloso com 2 - 6 mm de comprimento e 0 . 3 - 0 . 8 mm de
espessura, com estigma globoso ou oboval, distintamente trilobado, ou porção
estigmatífera curtamente trilobada, ou truncada, mal distinta do ápice do estilete (figs.
60,64). Androceu com 3 estames e 6 estaminódios; filetes lineares, planos, membranosos, ou espessados, carnosos, aderentes aos segmentos da corola, revestidos ou não de
pelos longos, agudos, unicelulares com a superfície tuberculada, anteras oblongas ou
elípticas, bitecas, tecas rimosas, com dois lobos desiguais entre si (figs. 22,38,62)
conectivo da antera carnoso. Fruto drupa de oblonga a globosa, com ápice coroado pelo
remanescente do bordo calicínico.
Do levantamento bibliográfico, resultou uma lista de 15 espécies do gênero Liriosma, ocorrentes no Brasil, das quais, depois de revisados os tipos, se mantém 12 como espécies válidas.
Da análise do material, que tive em mãos para estudo, cheguei à conclusão de que
o número de representantes do gênero Liriosma tinha de ser aumentado, pela descoberta
de mais duas espécies novas — uma ocorrente em restinga de Porto Seguro, a que chamei
Liriosma papillosa e outra coletada em Mato Grosso, Município de Corumbá, que foi
batisada com o nome de Liriosma egleri, em homenagem ao botânico Walter Egler, já
falecido. (Boi. Mus. Bot. Munic; 14.1974.)
O material típico do gênero, em geral, é representado por exsicatas deficientes e as
coleções modernas são raras e mal representadas nos herbários, o que dificulta a observação da variabilidade das espécies.
Como já foi citado no levantamento das espécies de Olacaceae da Guanabara
(1971), Liriosma velloziana A.P. de Candolle e Liriosma grandiflora
Engler são
sinônimos da Liriosma singularis (Vell.) Macbride. Do mesmo modo, considero Liriosma
pohliana Engler idêntica a Liriosma pauciflora (Benth) A.P.DC;e Liriosma ovata Miers.
um sinônimo de Liriosma inopiflora Miers. Miers descreveu suas espécies no mesmo ano
e na mesma obra; elegi L. inopiflora como binômio válido, porque seu tipo se encontra
em melhores condições que o de L. ovata.
A maior concentração das espécies se encontra localizada na parte setentrional do
Brasil. Liriosma gardneriana, porém, só tem sido encontrada na Região Nordeste e L.
singularis é endêmica da Guanabara. As duas espécies novas, parecem ter, também,
distribuição muito restrita, L.papillosa, com ocorrência na Bahia, em Porto Seguro,
restinga, e L. egleri em Mato Grosso, Município de Corumbá.
As Liriosma são, em geral, plantas de mata.
- 191
192
C H A V E PARA ESPÉCIES
1.
Estilete com 2-2.5 mm de compr., com lobos do estfgma pouco salientes (f igs. 5, 11).
Ráque da inflorescência não flexuosa (fig. 1). Estaminódios com cerca de 2-5 mm de
compr.
2.
2.
Hipâncio densamente piloso (fig. 5).
3.
Folhas lanceoladas, de ápice atenuado caudado-acuminado (fig. 6). Hipâncio, bordo calicínico e pedicelo bem delimitados (fig. 5). Pedicelo com
mais ou menos 1 mm de compr
Liriosma pallida
3.
Folhas oblongas, com ápice abruptamente acuminado. Hipânico, bordo
calicínico e pedicelo pouco delimitados (fig. 11). Pedicelo com mais ou
menos 2 mm de compr
Liriosma adhaerens
Hipânico glabro (fig. 18).
Folhas com 10-18 cm de compr. e 3-5-7 cm de larg. Estamese estaminódios
glabrosou com pilosidade leve (figs. 16, 22).
5.
Folhas carnoso-membranáceas, de base aguda. Botão floral com cerca
de 8 mm de alt. Hipâncio campanulado com 1,5 mm de alt. e 2 mm de
diâm. no ápice. Pedicelo com mais ou menos 1 mm de compr..
Estaminódios Lineares, 2-3 mm de compr., com ramos curtos. Anteras
com 1-1.5 mm de compr. (fig. 17). Parte livre do ovário conica, glabra
(fig- 18)
Liriosma
macrophylla
5.
Folhas membranáceas, com base arredondada. Botão floral com
9-10 mm de alt. Hipâncio de infundibuliforme a mais ou menos
cilíndrico, com cerca de 2 mm de alt. e 2 mm de diâm. no ápice.
Pedicelo com 1,5-2 mm de compr. Esta minódios com 4-5 mm de
compr. espessado na base (fig. 21). Anteras com cerca de 2 mm de
compr. (fig. 22). Parte livre do ovário piramidal, pilosa (fig. 25)
Liriosma spruceana
Folhas com 5-8 cm de compr. e 2-3 cm de larg., mais ou menos coriáceas,
com a face ventral lúcida, apresentando a costa média tomentoso-ferrugínea;
Botão floral com cerca de 7 mm de compr. (fig. 27). Hipâncio campanulado,
com bordo calicínico provido de margem membranácea (fig. 29). Estamese
estaminódios densamente tomentosos (figs. 28, 30)
Liriosma
inopiflora
1.
Estilete com 3-6 mm de compr.,
Inflorescências flexuosas (fig. 32).
6.
com
lobos
do
estigma
salientes
(fig. 35).
Hipâncio glabro, papiloso ou com pilosidade muito escassa, pouco perceptível
(fig. 33).
7.
Hipâncio papiloso-glanduloso, cilíndrico, com bordo calicínico muito curto
(fig. 34). Parte livre do ovário tomentosa, hemisférica e mais ou menos
angulosa (fig. 35)
Liriosmapapillosa
7.
Hipânico não papiloso-glanduloso, campanulado, infundibuliforme (fig. 39)
com bordo calicínico bem formado, com 0.5-1 mm de alt.
193
Inflorescència glabra não flexuosa, com entrenós de 2-5 mm de
distância (fig. 36). Botão floral com cerca de 1.5 cm de compr.,
glabérrimo, corola com 8-10 mm de compr. e 3 mm de larg. (fig. 37).
Hipãncio campanulado com 1.5-2 mm de compr. 3 mm de larg. no
ápice, com bordo calicínico de 0.8-1 mm de alt., porção livre do ovário
hemisférica, densamente pilosa, com cerca de 1 mm de alt., estilete com
mais ou menos 4 m m de compr., com pelos esparsos; estigma oboval,
com lobos oblongos (fig. 39). Anteras elípticas, com 1.5-2 mm de
compr
Liriosma singularis
Inflorescència pilosa ou glanduloso-pilosa, fluxuosa (fig. 41) com entrenós de
1 -2 mm de distância. Botão floral com cerca de 9-12 mm de compr.
Hipãncio e pedicelo com 4-5 mm de compr., bordo calicínico com mais ou
menos 2 mm de diâm. e 0.5-0.8 mm de alt., mais ou menos carnosomemebranáceo, ciliado (fig. 42).
10! Parte livre do ovário piramidal, tomentosa, com mais ou menos 1 mm
de alt., estilete com cerca de 6 mm de compr., piloso (fig. 45). Dorso da
folha pruinoso
Liriosma cerifera
10! Parte livre do ovário hemisférica, com mais ou menos 1 mm de alt.,
pilosa; estilete com cerca de 4 mm de compr., levemente pilosa na base
(fig. 51). Folha não pruinosa no dorso
, . Liriosma guianensis
9!
6.'
Hipãncio e pedicelo com mais ou menos 4 mm de compr., bordo calicínico
com cerca de 3 mm de diâm. e 0.5 mm de alt., carnoso, anuliforme (fig. 56)
•
: . . Liriosma gardneriana
Hipãncio piloso (fig. 64)
1 1 . Parte livre do ovário ovóide, com mais ou menos 2 mm de alt., atenuada em
direção ao estilete. Estigma oboval, com lobos carnosos, mais ou menos planos
(fig. 60)
Liriosma egleri sp.nov.
1 1 ! Parte livre do ovário hemisférica ou piramidal, com 1-2 mm de alt., não atenuada
em direção ao estilete (fig. 64). Estigma globoso, com lobos salientes, carnosos.
12. Parte livre do ovário piramidal, mais ou menos angulosa, com cerca de 2 mm
de alt
Liriosma acuta
12! Parte livre do ovário hemisférica, com cerca de 1 mm de alt.
13. Hipánncio canescente tomentoso, com cerca de 2 mm de compr.,
pedicelo com mais ou menos 2 mm de comprimento. Parte livre do
avario hirsuta no ápica (fig. 70)
Liriosma cândida
13! Hipãncio não canescente com 2.5-3 mm de compr., pedicelo com
2-3 mm de compr., parte livre do ovário tomentosa (fig. 73)
Liriosma
pauciflora
194 -
1.
LIRIOSMAPALLIDAMiers
Miers, A n n . Mag. Nat. Hist. ser. 3(4) :362.1859et in Contr. Bot. 1:225, 1 8 6 1 ; Engl er
in Martius, Fl. Brás. 1 2(2) :27, pi. 6, f ig. 4.1872.
Ramos pilosos, estriados. Folhas lanceoladas, membranáceas, glabras, longamente
atenuado - acuminadas no ápice, com 10 cm de compr. e 2.5 cm de larg., pecioladas;
pecíolo com cerca de 2.5 m m de comprimento. Racemos com 10-12 flores, com cerca
de 2-3 cm de compr. com entre-nós de mais ou menos 1-2 mm de distância, estriados
longitudinalmente, pilosos; bracteolas persistentes, patentes, com 2 mm de compr.,
pilosas no dorso. Botão floral com cerca de 10 m m de compr., piloso com pedicelo de
1.5-2 m m de compr., hipâncio com 1.2-1.5 m m de alt., bordo calicfnico com
2.2-2.5 mm de diâm. e 0.2-0.5 mm de larg., ondulado, parte livre do ovário piramidal,
tomentosa, com 1 m m de compr., estilete glabro, com 1.5-2 mm de compr., estigma
com 3 lobos curtos, estaminódio com 4 mm de compr., estames com filetes de 3,2 mm
de compr., pilosos e com estrias de coloração pardo-avermelhada, antera com cerca de
1.2 mm de compr., com pontuações pardo-avermelhadas.
Material examinado: Amazonas, prope Panure ad Rio Uaupés leg. Spruce 2572
(1853) Bruxelas; Amazonas, Mun. Humaitá pr. de Três Casas (setembro, 1934) RB.
2. LIRIOSMA A D H A E R E N S Spruce ex Engl.
Eng. in Mart. Fl. Brás. 12(2):26, pi. 6. f. 3. 1872.
Ramos pilosos, cilíndricos, mais ou menos tênues. Folhas membranáceas, oblongolanceoladas, de ápice atenuado acuminado, com 5-10 cm de compr., e 2-4 cm de larg.,
pilosos na página inferior, glabras na face ventral, com exceção da costa média, com
bordos ondulados e circundados por uma orla mais ou menos cartilaginosa, amarelada,
nervuras tênues.
Racemos com 5-7 flores, com ráque pilosa, com cerca de 1.5 cm de compr., com
entre-nós de 2 mm de compr., bracteolas oblongas, pilosas, com cerca de 2 mm de
compr. (fig. 7). Botão floral com mais ou menos 7-8 mm de compr. (computando-se o
pedicelo), piloso, corola pilosa, mais ou menos carnosa, com 6 mm de compr., hipâncio
com cerca de 2 mm de compr., infundibuliforme, piloso, pedicelo com mais ou menos
1,5-2 m m de compr., piloso, bordo calicfnico com 2 mm de diâm. e cerca de 0,5 mm de
alt., carnoso; parte livre do ovário piramidal, com 1 mm de alt., seríceo-tomentosa,
estilete com 2 m m de compr., provido de pelos longos na porção basal e glabro na maior
extensão, com ápice mais ou menos truncado; estames com filetes planos, carnosos,
densamente pilosos com cerca de 3-4 mm de compr. e anteras com 1 -1.2 mm de compr.,
estaminódios com cerca de 5 m m de compr., com a porção médio inferior plana,
carnosa, densamente pilosa e a superior glabra, carnoso-membranácea, com uma
saliência discoide amarelada na base e dividido em 2 ramos planos, membranáceos, de
ápice obtuso.
Material examinado: Peru, prope Tarapodo leg. Spruce 4207 (1855-6)
(Bruxelas)
3.
Isótipo
LIRIOSMA M A C R O P H Y L L A (Benth) Miers
Miers, Ann. Mag. Nat. Hist. ser.
3(4):364.1859 et Contr. Martius, Fl. Brás.
12(2):29.1872.
Olax macrophylla Bentham Trans. Linn. Soe. hond. 18:678.1841.
- 195
Arbusto ou árvores de mais ou menos 4 m de alt. Folhas oblongas carnosomembranáceas, glabras, com ápice abruptamente acuminado, base obtusa, com
13-18 cm de compr. e 3.5-6 cm de Iarg.; costa média saliente na face dorsal e m a i s ou
menos deprimida na face ventral, atenuada em direção ao ápice, com 6-7 nervuras
laterais, mais ou menos tênues; peci'olo canaliculado, com 3-5 m m de compr., castanho
avermelhado em seco. Racemos axilares, glabros, com ráque mais ou menos angulosa,
com 1.5-1.8 mm de compr. e 1 m m de diâm., com cerca de 10 flores, entre-nós de
1-2 mm de distância; bracteolas persistentes, côncavas, obtusas, com cerca de 1 mm de
compr. (fig. 14). Botão floral com mais ou menos 7 mm de compr. (computando-se o
pedicelo), glabro (fig. 15). Flor desabrochada com pedicelo de mais ou menos 1 mm de
compr., hipâncio campanulado, glabro, com 1.2-1.5 m m de compr., bordo calicínico
com cerca de 2 mm de diâm. e 0,3 m m de larg., glabro, ondulado, corola com cerca de
6 mm de compr., parte livre do ovário glabra, convexa, com mais ou menos 0,5-1 mm de
alt., estilete glabro, com 2-2,5 mm de compr., com estigma 3-lobado, com lobos curtos
estames glabros com filetes planos, com cerca de 4 mm de compr. e anteras otflongoelípticas com 1 m m de compr. e 0,8 m m de larg., estaminódios lineares, bífidos no
ápice, glabros, com 4 m m de compr. e 0,2-0,3 mm de larg. Drupa de coloração amarela,
quando madura, c o m mais ou menos 2 cm de compr. e 6-8 m m de diam.
Material examinado: ad flumina Casiquiari, Vasiva et Pacimori leg. R. Spruce 2312
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(11.2.1936) R B - 2 9 0 3 1 ; ibidem, leg. Ducke 507. (10.6.37)R.5533 9; Venezuela,
Tamatama, Upper Orinoco, Fed. Terr. Amazonas alt. 130 m s.m. leg. Llwelyn Williams
15211 (6.5.1942)RB.
4.
LIRIOSMA SPRUCEANA Engler
Engler in Martius, Fl. Brás. 12(2):24. 1872.
Arbusto ou pequena árvore de 3-7 m de altura, com folhas glabras, ovado-oblongas,
com 10-1 5 cm de compr., e 5-7 cm de largura, membranaceas, de base arredondada e
ápice abruptamente acuminado, com costa média saliente na página dorsal e mais ou
menos sulcada na ventral, com 4-5 pares de nervuras laterais mais ou menos salientes na
página dorsal. No material seco, a região das nervuras e da costa média fica mais ou
menos amarelada. I nf lorescência com ramos glabros, não articulados, de 1,5-2 cm de
compr., com bracteolas ovais (fig. 1). Botão floral com cerca de 9-10 mm de compr.
(computando-se o pedicelo (fig. 21), com corola de mais ou menos 6 mm de compr.,
glabra, pedicelo glabro com cerca de 2 mm de compr. e hipâncio com 1,5-2 mm de
compr., glabro, pouco distinto do pedicelo, bordo calicmico com 1,2-1,5 mm de diâm. e
0,2 m m de alt., ondulado, glabro, parte livre do ovário piramidal, pilosa na porção
superior, com cerca de 0,8 m m de alt., estilete glabro, com cerca de 2 mm de compr.,
estigma com lobos pouco manifestos (fig. 25), estames com filetes glabros, carnosos
com cerca de 2 mm de compr. e anteras oblongas, com 2,2 mm de compr., com lóculos
de compr. desiguais, conectivo, carnosò, escuro, com apêndice terminal, estaminódios
com cerca de 4 mm de compr., com porção carnosa médio inferior glabra ou levemente
pilosa e porção médio superior membranosa, bipartida (fig. 24). Drupa oblonga, com
cerca de 2 cm de compr. e 1 cm de diâm.
Material examinado: Peru, in monte Guayarapurima prope Tarapoto, leg. R. Spruce
4884(8.1856) Genebra, Bruxelas. Brasil, Amazonas, Manaus estrada antiga de S.
Raimundo, terra f i r m e , arenosa, capoeira fechada leg. J. Chagas (5.3.1956) INPA;
Estrada do A l e i x o Km 18, terra firme, solo argiloso, leg. W. Rodrigues 2368 (14.4.1961)
em frutificação; ibidem, leg. Schwacke 404 e 608 R.; Manaus, Igarapé do Buião, terreno
arenoso, capoeira fechada, leg. W. Rodrigues 2067 (9.1.1961), INPA; Reserva Florestal
Ducke, bosque ao lado da estrada leg. W. Rodrigues 5804 (28.4.1964)RB; Pará: Gurupá
leg. Ducke (16.8.1918)RB; Óbidos, campus de areia ao sul da Serra Velha in Deurs leg
Ducke (20.7.1912) RB; Castanhais a leste do lago Salgado, rio Trombetão (leg. Ducke
24.11.1907ÍRB.
196 -
5.
LIRIOSMAINOPIFLORAMiers
Miers, Ann. Mag. Nat. Hist. ser 3(41:362.1859 et Contr: Bot. 1:225.1861, Engler
in Martius, Fl. Brás. 12(2):28.1872.
Liriosma ovata Miers, l.c. 363 et in l.c. 226; Engler, l.c. 27. Syn. nov.
Arbusto de mais ou menos 3 m de alt. Folhas glabras, de ovais a ovadas, lúcidas na
página superior, com cerca de 5-8 cm de compr. e 2-3 cm de larg., costa média glabra
na página dorsal e ferrugíneo pilosa na ventral, com ápice abruptamente acuminado e
base arredondada. Ramos da inflorescência com 0,7-1 cm de compr., não flexuosos,
angulados, com pelos curtos, fulvos e com entre-nós de mais ou menos 1-2 m m de
compr. (fig. 1) com 4-6 flores e com bracteolas persistentes. Botão floral com cerca de
7 mm de compr. (computando-se o pedicelo, pedicelo com 1,2-1,5 mm de compr. e
cerca de 1 m m de diâmetro, piloso, hipàncio com cerca de 2 m m de alt., glabro, bordo
calicfnico mais ou menos carnoso, ondulado com cerca de 3 mm de diâm. e cerca de
0.3 m m de larg., corola c o m cerca de 3-4 m m de compr., porção livre d o ovário
hemisférica, pilosa, com mais ou menos 0,7 m m de alt. estilete colunar com cerca de
2 m m de compr., glabro e estigma curtamente trilobado, estames com filetes pilosos,
com 1 8-2 m m de compr. carnoso, anteras com cerca de 1,2 m m de compr., estaminódio
com 4 mm de compr., com a porção médio inferior pilosa, carnosa, porção mediana
amarelada, mais espessada que a porção superior, membranácea, profundamente bífida,
com ramos obtusos.
Drupa globosa, com mais ou menos 1,5 cm de compr. e 1 cm de diâm.
Material examinado: Prope San Carlos ad Rio Negro leg Spruce 3487 (1853)
Genebra, Bruxelas, Munique; Terr. Amazonas, Capibuana, Casiquiare leg. L. Williams
1 551 (26-5-1942)RB; Amazonas, Igarapé do Buião, solo úmido, leg. W. Rodrigues, 5198
(14-5-96DRB; Barra, Rio Negro, leg. Spruce 1228 (isótipo de L. ovata Miers); ibidem,
idem (isotipo de L. micraulha. Spruce 1366 e 1852, Genebra (L. ovata).
6.
L I R I O S M A PAPH.LOSAsp.nov.
Rangel Bastos, A. 1974, in Boi. Mus. Bot. Munic. Curitiba 14:1-3. 2Est. 2 Fot.
Arbusto de mais ou menos 2 m de alt., com ramos cilíndricos, papilosos. Racemos
com 5-6 flores, com raque e pedúnculo papilosos, com cerca de 1-1,5 cm de compr.,
com entre-nós de mais ou menos 1-2 m m de distância (fig. 32). Folhas oblongas, glabras
de ápice agudo, c o m 7-8 cm de compr. e 3,5 cm de larg., levemente coriáceas, com costa
média saliente na página dorsal, canaliculada na ventral e 8-9 pares de nervuras laterais
promínulas na face inferior. Botão floral com mais ou menos 13 mm de alt., com
hipàncio cilíndrico, não distinto do pedicelo, com cerca de 4 mm de compr., papiloso;
bordo calicfnico pouco manifesto, corola glabra, carnosa, com cerca de 9 mm de
compr., parte livre do ovário denso-tomentosa, com 1,5 m de alt., hemisférica,
levemente angulosa, disco glabro, constrito: estilete glabro, com cerca de 2,5-3 mm de
compr. e estigma trilobado, com lobos oblongos, estames com filetes planos, carnosos,
densamente piloso com mais ou menos 4 mm de compr. e anteras elípticas, com 1,8 mm
de compr., glabras, pontuadas de castanho-avermelhado; estaminódios com 6-7 mm de
compr., com ramos planos, petaloides, de base obtusa, com mais ou menos 2,7 mm de
comprimento.
Holotypus: Bahia, próximo de Ajuda, Porto Seguro, em restinga arenosa, leg. A.P.
Duarte 8000 (8.11.1963)RB.
Material examinado: De Eunápolis a Porto Seguro, mata costeira, leg. J. Almeida 90
(23.9.1-968) RB.
- 197 -
7.
LIR10SMA S I N G U L A R I S (Vell.) Macbride
Macbride in Candollea 5:350.1934; Guimarães, E.F. et ai Rodriguesia 26(38):184.
Fot. 8. 1 9 7 1 .
Dulacia singularis Vell, Fl. F l u m . 1-32.1829(1825), Icon. 1(78.1831) 1827.
Liriosma Velloziana (Benth) A . D e , in De. Prod. 8:673.1844; Miers, in A n n . e
Mag. Nat. Hist. ser. 2(8): 107.1851 in Contr. Bot. 1-Tab.3. 185
Engler, in Mart, Fl. Brás. 1 2(2):25.1872.
Liriosma grandiflora Engler, in Mart. Fl. Brás. 12(2): 25.1872.
Pro syn Dulacia glazioviana Taubert in Bot. Jb. 15(34): 7.1892.
Pro syn Dulacia grandiflora (Engler) O. Kuntz., Rev. Gen. 1 ;111 ;1891.
Árvore de pequeno porte mais ou menos de 2 m de alt., com ramos flageliformes,
glabros. Toda a planta tem cheiro de alho. Folhas ovais glabras, membranáceas, de ápice
agudo a acuminado, base arredondada com cerca de 4-8 cm de compr., e 2-4 cm de larg.
com costa média e nervuras laterais tênues. Racemos axilares com 2-6 flores, com raque
glabra, não flexuosa, com cerca de 1,2-1,5 cm de compr. Botão floral com cerca de
1,5 c m de compr. (computando-se o pedicelo), glabro (fig. 37), pedicelo glabro, c o m
cerca de 5 m m de compr., hipâncio campanulado, glabro, com cerca de 2 mm de alt.,
bordo calicfnico mais ou menos carnoso-membranáceo, com cerca de 3 m m de diâm., e
0,8 m m de alt., ciliado. corola com 8-10 m m de compr., com segmentos reflexos na
antese, porção livre do ovário convexa, tomentosa, com 1 m m de alt., estilete com
3,5-4 m m de compr., anguloso, com pelos esparsos, estigma 3-lobado com lobos
oblongos; estames com filetes densamente pilosos, com 5 m m de compr., e antera
elíptica, com cerca de 1,5 m m de compr. com lóculos pintalgados de vermelho-pardo e
conectivo carnoso e escuro (fig. 38), estaminodios com 8 cm com a porção médio
inferior mais ou menos carnosa, cilíndrica e a superior membranácea, profundamente
dividida em 2 segmentos, de mais Ou menos 4 m m de compr. e 0,5 m m de largura.
Material examinado: GB— Morro Queimado, pr. da Tijuca, leg Glaziou 4182
(18-11-1869)R; Morro do Cantagalo, leg. Schwacke (7-1887)R.RB; Corcovado, leg.
Glaziou 6101 (12-10-1872)RB; Morro Queimado, Serra da Carioca, leg. P. Occhioni
276(13-6-945)RB; Rio de Janeiro - Carmo, leg. N. A m o n t 90 R; Vista Chinesa, leg. E.
Pereira 68 (25-12-1940JR.HB.; Mundo Novo, Botafogo, leg. Kuhlmann (11-1919)RB;
Matas da Fab. Aliança, Laranjeiras, leg. Kuhlmann (29-11-927)RB; Morro de São João
leg. Hoehne (1-1914)RB; GB - Morro da Babilônia, árvore da mata, de ramos flexíveis e
folhas brilhantes leg. Hoehne 19 (11-1914) SP.
8.
LIRIOSMA C E R I F E R A A C . Smith
Smith in Brittonia 2 (2): 146.1936
Árvore com 10-20 m de alt. com cerca de 35 cm de diâm., de fuste' à altura do
peito, com ramos com pilosidade curta e esparsa a glabrescentes. Folhas lanceoladas,
carnoso-coriáceas, lúcidas na página superior, pruinosas no dorso, de ápice acuminado,
base aguda, com 7-1 5 c m de compr., e 2-4 cm de larg., com costa média imersa na
página superior e saliente no dorso e 6-8 pares de nervuras laterais ascendentes,
promínulas na face dorsal, pecíolo com 2-3 m m de compr. Inflorescência ramificada,
com ramos estriados, mais ou menos angulosos, pilosos, com cerca de 1.2-1.5 cm de
compr., flexuosos, com entre-nós de 1-2 mm de compr. (fig. 41), com 10-15 flores.
Botão floral c o m 0,9-1,2 cm de compr. (computando-se o pedicelo), com corola estriada
na base, papiloso-pilosa na porção médio superior, com 6-7 mm de alt., pedicelo com
mais ou menos 2 m m de compr., papilosa-piloso, hipâncio com 2-2,5 m m de compr.,
papiloso-piloso na porção médio inferior, bordo calicínico com cerca de 2 m m de diam.,
e 0,5 mm de alt., glabro mais ou menos carnoso; parte livre do ovário piramidal, com
1 m m de alt., tomentosa, contornada por u m disco carnoso, estilete com cerca de 6 mm
de compr., piloso quase até o ápice, estigma trilobado, com lobos globosas. Drupa
globosa com mais ou menos 2 cm de compr. e 1-5 cm de diâm., com umbílico circular
de mais ou menos 3 m m de diâmetro.
- 198
Material examinado: Amazonas, Humaitá, próximo de Livramento, em terra firme,
leg. Krukoff (12.10.1943) 6910 Isótipo (Bruxelas, GenebralRB; Manaus, Km 27 da
estrada Manaus-ltacoatiara, Reserva Florestal Ducke (árvore 3030) leg. W. Rodrigues
7529 (25.9.1963) (INPA); ibidem, idem 5674 (árvore 11) (17.1.1964) em frutificação
RB.
Guiana Inglesa, nome c o m u m : hishirudan, entre Wallaba e Greenheart leg. Fanshawe F.
2945 (9.8.1949)RB.
9.
LIRIOSMAGUIANENSISEngler
Englerin Martius. Fl. Brás. 1 2(2) .25.1872.
Nomes vulgares: bordão-de-velho, cafezinho, cafezinho-do-brejo
Árvore com 4-6 m de altura e tronco de mais ou menos 10-20 cm de diam., com
ramos cilíndricos, estriados, minutamente papiloso-pilosos. Folhas de oblongas a
ovado-oblongas c o m cerca de 10-12 cm de compr., e 3-5 cm de larg., de ápice
acuminado, base de obtusa a arredondada, lúcidas na página ventral, opacas e mais claras
na dorsal, com costa média promínula nas faces e nervuras laterais de 4-6, arqueadas,
tênues; pecfolo com 2-3 m m de compr., papiloso-pilosa, mais ou menos flexuosa, com
entre-nós de 2-3 m m de compr., bracteola membranácea, ciliada, ereta, com cerca de
1-1,5 mm de compr., obtusa. Flores cerca de 8-10 em cada inflorescência. Botão floral
com mais ou menos 10-12 m m de alt.(computando-se o pedicelo), corola c o m 6 m m de
compr., glabra, pedicelo papiloso-piloso com mais ou menos 2 mm de compr., hipâncio
infundibuliforme com 1,5-2 mm de compr., glabro, bordo calicínico com 2 mm de
diam., e 0,5 m m de larg. membranoso, ondulado, ciliado (fig. 3), porção livre do ovário
hemisférico, com cerca de 1 m m de alt., pilosa, estilete com mais ou menos 4 mm de
compr., levemente piloso na base, com estigma trilobado, com lobos globosos, bem
delimitados, estames com filetes planos, piloso na porção médio-inferior, com 4 m m de
compr., e 1 mm de larg. e antera com mais ou menos 1 mm de compr., estaminodio com
porção médio inferior mais ou menos membranosa, bilobada no ápice, com lobos
obtusos. Drupa c o m 1,5-2 cm de compr., e mais o u menos 1 cm de larg.
Material examinado: Mato Grosso, a 290 K m de Xavantina, a 500 m do Rio
Suia-Missu, na Mata de Galeria, pantanosa, leg. Ratter 1388 (11.5.1968)RB; ibidem a
12'54'S 51 52'W e cerca de 270 Km N. de Xavantina, leg. Ratter 1510
(22.5.1968)RB; ibidem, idem 1512 RB; ibidem leg. Harley 10559 ( 9 . 1 0 . 1 9 6 8 ) R B - d e
Xavantina a São Felix, leg. Ratter 2067 (4.7.1968)RB; ibidem, córrego Surucucu, leg.
Ratter 1222 (27.4.1968)RB; Maués, Amazonas, leg. Ducke, mata de terra firme
argilosa, flores púrpureas (5-10-1929)RB; Pará, Gurupá, m. de t.f. f l . purpúrea, leg.
Ducke RB.
10.
LIRIOSMA G A R D N E R I A N A (Benth) A.DC.
A. De Candolle in DC. PRodr. 8:673.1884; Miers, A n n . Mag. Nat. Hist. ser
3(4):362.1859 et in Contr. Bot. 1:225, pi. 3, fig. 12.20.1861. Engler in Mart. Fl.
Brás. 1 2 ( 2 ) : 2 3 p l . 6, fig. 2.1872.
Olax Gardneriana Benth. in Hook. Lond. Journ. Bot. 2:375:1843.
Hypocarpus Gardnerianus (Benth) A. DC in DC Prodr. 8:246.1844.
Árvore de 8-10 m de alt., madeira amarelo-queimado, com cheiro desagradável.
Ramos glabros. Folhas membranáceas, de oblongas a ovadas de glabras a glabrescentes
de ápice agudo atenuado, com cerca de 6-8 cm de compr., e de 3-4 cm de larg. Racemos
com 6-8 flores, com raque e pedúnculo glabros, robustos, com 1,5 cm de compr. (fig. 1).
Botão floral cerca de 10 mm de compr., com hipâncio e pedicelo levemente papilosos e
corola carnosa, glabra. Hipâncio campanulado, com 1,5 m m de compr., bordo calicínico
com cerca de 3 m m de diâm. e 0,5 mm de espessura, carnoso, saliente, corola com 6 mm
de compr., parte livre do ovário mais ou menos hemisférica, tomentosa, cercada por um
disco glabro, com 1 m m de alt., estilete glabro com 4 mm de compr., estigma trilobado,
com lobos salientes. Estames com filetes pilosos, com cerca de 3 mm de compr., e antera
com 2 mm de comprimento.
199
Material examinado: Ceará, leg. Gardner 1957 (1846) e outra exsicata - Piauf, leg.
Gardner 1957 (ambas de Genebra) qual a verdadeira? Pernambuco, Timbaúba, Eng.
Bela Vista, mata de agreste, leg. A - L i m a 57-2840 (4.12:1957) RB; Paraíba, Areia, na
mata leg. J.M. Vasconcelos s.m. (20.12.1944)SP.
11.
L I R I O S M A EGLERI sp.nov.
A. Rangel. Boi. Mus. Bot. Munic. Curitiba 14:1-2, Est. I, Fot. 1.1974.
Arbusto de 2-3 m de alt., com ramos estriados, pubérulos. Folhas oblongas,
membranáceas, de ápice agudo, com 7-8 cm de compr., e 3-3,5 cm de larg., pubescentes
na página dorsal, com costa média e nervuras laterais promfnulas no dorso. Racemos
pilosos, com cerca de 8 flores, com 1,5-2 cm de compr., com raque mais ou menos
flexuosa. Botão floral com cerca de 12 m m de compr., piloso, com pedicelo cilíndrico,
de mais ou menos 2 m m de compr., hipâncio infundibuliforme, com 1,2-1,5 mm de
compr., bordo calicínico mais ou menos membranáceo, piloso com cerca de 3 mm de
diam., e 0,5-0,8 m m de alt., corola pilosa, com mais ou menos 7 m m de compr., parte
do ovário oval tomentosa, com 2 m m de compr., estilete piloso, com 3,5-4 mm de
comprimento atenuado em direção ao ápice, estigma oboval trilobado, com lobos
carnosos, estames com f Metes pilosos de 4 m m de compr. e anteras elípticas com 2 mm
de compr., estaminodios c o m mais ou menos 6-7 mm de comprimento.
Holotypus: Mato Grosso, Mun. Corumbá, Fazenda Marilândia, leg. E. Pereira, W.
Egler, Graziela 284 (2.10.1953)RB.
Distingue-se da L. acuta, principalmente pela parte livre do ovário e pelos estilete e
estigma.
12.
LIRIOSMA A C U T A Miers.
Miers, Ann. Mag. Nat. Hist. ser. 3(4) :363.1859 et in Contr. Bot. 1:226.1861;
Engler in Martius, Fl. Brás. 12(2) :28. pi. 65. 1872
Árvore de mais ou menos 7 m de alt., com madeira de dureza mediana. Ramos
pilosos. Folhas oblongo-lanceoladas, membranáceas, com 6-8 cm de compr., e 2-3 cm de
larg., com ápice aciminado atenuado, glabras, com exceção da costa média, na página
ventral. Racemos axilares com 8-10 flores, com 2 cm de compr. Botão floral cem
5-8 m m de compr., piloso, hipâncio mais ou menos hipocraterimorfo, com 1 -1,3 m m de
comprimento, bordo calicínico c o m 1,5-2 m m de diâm. e 0,5 m m de alt., mais ou menos
carnoso (fig. 63), pedicelo com cerca de 1-1,7 m m de compr., parte livre do ovário
piramidal, sulada, tomentosa, com cerca de 2 m m de compr., estilete com 4 mm de
compr., com pelos longos na porção basal, estigma globoso, com lobos pouco
pronunciados, estames com filetes planos, densamente piloso, com cerca de 3 m m de
compr., e antera oblonga com 1,5 mm de compr., estaminodio com 5 mm de compr.
Drupa com 2 cm de compr. e 1 cm de diâmetro.
Material examinado: Amazonas, ad oram meridional em Rio Negro, usque ad
concursum f l u m . Solimões, leg. Spruce 1508 (5.1851) Munich, Paris; Amazonas,
Italiano, f u r o da terra firme, leg. Byron 205 (9.7.1969)RB.
13.
LIRIOSMA C Â N D I D A Poepp. et Endl.
Poeppig et Endliicher, Nov. Gen. Sp. PI. 3:33.pl.2.39.1843.
Engler in Martius. Fl. Brás. 12(21:26.1872.
Ramos pilosos. Folhas oblongas membranáceas, acuminadas no ápice, de base
aguda, com 8-10 cm de compr., e 3-4 cm de larg., com pilosidade curta na página dorsal.
Inflorescência laxa, em geral ramificada, com mais ou menos 4 cm de compr., pilosa,
com ramos de 2-2,5 cm de compr., com entre-nós de 2-4 m m de d i s t â n c i a com 5-6
200-
flores. Botão floral com 11-12 m m de alt.. (computando-se o pedicelo), com hipâncio
infundibuliforme, cano-tomentoso, com 2-2,5 mm de compr., pedicelo com 2-2,5 mm
de compr., piloso, bordo calicínico, com 2 mm de diâm., e cerca de 0,3-0,5 m m de alt.,
membranoso, ciliado, com pelos esparsos, corola com 6-7 m m de compr: pilosa, parte
livre do ovário hemisférica, com mais ou menos 1 m m de alt., hirsuta na porção
superior, estilete com pelos esparsos, com 4 mm de compr., estigma trilobado, com
lobos salientes, estames com filetes pilosos, com 3 mm de compr., e antera glabra com
1,5 mm de comprimento.
Material examinado: A l t o Amazonas, às margens do rio Tefé, leg. Poeppig 2795
(1936) (Genebra) ; Rio Casiquiari, Páscoa e Pacimoni leg. Spruce 1400 (1953) Genebra;
Rio Solimões, boca do Javari, Esperança, mata de várzea do Igarapé Santo A n t ô n i o , leg.
D u c k e 1 0 4 3 RB.
14.
LIRIOSMA PAUCIFLORA (Benth.) A.DC.
A. DC. Candolle in DC. Prodr. 8:673. 1844; Delessert, Icon. Sei. PI. 5. 4 1 . 1846;
Miers, A n n . Mag. Nat. Hist. ser. 3(4):362. 1859 et in Contr. Bot. 1:225, 1 8 6 1 ;
Engler in Martius, Fl. Brás. 12(2): 27. 1872.
Oíax pauciflora Bentham, Trans. Linn. Soe. 18:678. 1841
Hypocarpuspauciflorus
(Bentham) A.DC. Candolle in DC. Prodr. 8:246. 1844.
Liriosma pohliana Engler in Martius. Fl. Brás. 12(2): 23, pi. 6 fig. 1. 1872.
Folhas de ovais a oblongas, membranáceas, pilosas com 3-7 cm de compr. e
2,7-3 cm de larg., com ápice obtuso ou arredondado e base arredondada. Inflorescência
pilosa, com raque e pedúnculo cilíndricos, com 1,5-2 cm de compr., com 4-5 flores, com
entre-nós de 2-3 m m de distância, não flexuosas. Botão floral com cerca de 10-12 mm
de compr. (computando-se o pedicelo), piloso. Corola com 5-6 mm de compr., hipâncio
piloso, pouco distinto do pedicelo, com 2,5-3 mm de compr., pedicelo com mais ou
menos 3 m m de compr., piloso, bordo calicínico com 2 mm de diâm. e 0,5 mm de
espessura, carnoso, parte livre do ovário com mais ou menos 1 mm de compr.,
tomentosa, hemisférica, estilete com pelos esparsos na base, com 5-6 mm de compr. com
estigma trilobado, com lobos salientes, estames com filetes pilosos, com 4 mm de
compr. e anteras elipticas, glabras, com 2 m m de compr., estaminódios pilosos, com
5 mm de comprimento.
Tipo de
(10-18191M.
L.
Pohliana
Engler: Goiás, Serra da Bocaina, Cavalcante, leg. Pohl
Material examinado: Bahia, Serra de Açuruá, leg. Blanchet, 2795 (Bruxelas,
Genebra, S. Paulo); Bahia, leg. Martius (Munich).
Nossos agradecimentos a Dra. Graziela Maciel Barroso pela dedicada orientação; à
desenhista Hilda Manhã Ferreira pelos desenhos aqui apresentados e ao CNPq pela bolsa
concedida.
BIBLIOGRAFIA
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1-18.
203
LIRIOSMA PALLIDA MIERS
1 - raque. 2 - botão floral. 3 - estame. 4 - estaminódio. 5 - hipancio e
gineceu. 6 — ápice da folha.
204 -
LIRIOSMA ADHAERENS SPRUCE ex ENGL.
7 — raque com bracteolas. 8 - hipancio, e botão floral. 9 - estaminódio.
10 — estame com filetes pilosos. 11 - hipancio, cálice e gineceu. 12 — ápice
da folha.
205
LIRIOSMA MACROPHYLLA (BENTHAM) MIERS
13 - raque e bracteolas. 14 - bracteola. 15 - hipancio, bordo do cálice,
corola. 16 - estaminódio. 17 - estame e estaminódio. 18 - hipancio campanulado, cálice e gineceu. 19 — ápice da folha.
-206
LIRIOSMA SPRUCEANA ENGLER.
20 — raque com bracteolas e botão floral. 21 — pedicelo, hipancio, bordo calicinio. 22 - estame (vista lateral) antera oblongas. 23 - estame (frontal).
24 — estaminódio. 25 — hipancio, bordo calicinio e gineceu.
207-
LIRIOSMA INOPIFLORA MIERS
26 - raque com bracteolas. 27 - pedicelo, hipancio e bordo calicinio.
28 — estame. 29 - hipancio, bordo calicinio e gineceu. 30 - estaminódio.
31 - ápice da folha.
-208
í m">
LIRIOSMA PAPILOSA A. RANGEL
32 - raque. 33 - estaminódio bifurcado. 34 - hipancio e botão floral.
35 — gineceu, com ovário anguloso; disco constricto na base do ovário.
209
LIRIOSMA SINGULARIS ( VELL.) MACBRIDE
36 - raque. 37 - hipancio, cálice, botão floral. 38 - estame, anteras elíticas.
39 — hipancio, bordo calicinio, gineceu. 40 — estaminódio.
-210
LIRIOSMA CERIFERA A.C. SMITH
41 - raque flexuosa. 42 - hipancio, cálice botão floral. 43 - estaminódio.
44 - ápice da folha. 45 - hipancio, bordo calicinio e gineceu.
211
LIRIOSMA GUIANENSIS ENGLER
46 - raque flexuosa. 47 - hipancio com cálice e corola. 48 f- estame e estaminódio. 49 - estaminódio, com porção médio inferior carnosa. 50 - bracteola, bordo calicinio e gineceu. 52 - ápice da folha.
-212
lmm
LIRIOSMA GARDNERIANA (BENTH.) A.DC.
53 - raque. 54 - hipancio, cálice e corola. 55 - estame. 56 - hipancio,
bordo calicinio e gineceu. 57 - estaminódio.
213 -
íron
LIRIOSMA EGLERI A. RANGEL
58 - raque flexuosa. 59 - estame mostrando o f ilete piloso. 60 - bordo cal.
cinio, gineceu piloso, oboval.
214
LIRIOSMA ACUTA MIERS
61 — raque. 62 — estame com filete piloso, antera oblonga. 63 - hipancio,
cálice e corola. 64 - hipancio bordo calicinio e gineceu, estigma globoso.
65 — estaminódio. 66 - ápice da folha.
215
U R I O S M A C Â N D I D A POEPP. et ENDL.
67 — raque. 68 - hipancio, cálice e corola. 69 — estame com filete piloso.
70 - estame, bordo calicinio, gineceu. 71 - ápice da folha.
216 -
LIRIOSMA PAUCIFLORA (BENTH.) A.DC.
72 — raque. 73 — hipancio, bordo calicinio e gineceu.
COMPOSTO E IMPRESSO POR
J.
Dl GIORGIO & CIA.
RUA
LTDA.
CONDE DE PORTO
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ALEGRE, 214
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