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ciclo
coral-sinfónico
de
amorim
Ciclo Coral-Sinfónico de Amorim
A necessidade da arte é tão natural para o homem
como alimentar-se ou descansar. É, a par de outros factores primários, importante para a qualidade de vida!
Qualidade que fica bem patente nas emoções
reflectidas dos intérpretes ou do público, quando uma
realização musical tem lugar. A música é tão útil para o
desenvolvimento intelectual (dada a sua interdisciplinaridade) como para o bem-estar físico e psíquico dos
seres. É, por consequência, um direito!
Importa ainda sublinhar, que o ponto de partida é,
potencialmente, o mais fecundo - refiro-me à criação e
desenvolvimento de uma estrutura que congrega
crianças e jovens - o Coro dos Pequenos Cantores de
Amorim.
A Orquestra do Norte foi criada com o objectivo de
dotar populações dessa mesma qualidade. Tem vindo a
fazê-lo com sucesso junto do público em geral, através
da realização de um reportório abrangente e apelativo,
com o maior envolvimento possível dos recursos
inerentes a cada núcleo populacional como: coros,
solistas ou instituições vocacionadas para esta forma de
expressão artística.
Se por um lado este envolvimento constitui uma
ponte entre a Orquestra e o seu público, ele representa
também, uma oportunidade de afirmação artística,
pessoal ou colectiva, desses mesmos recursos.
Assim, e pela conjugação de vontades, nasce o Ciclo
Coral Sinfónico de Amorim, um conjunto de realizações
que articula, no mesmo patamar, recursos regionais na
sua maioria, mas também nacionais e internacionais,
com o propósito de interpretar obras maiores do
reportório coral sinfónico.
Os benefícios supracitados constituem só por si,
motivação suficiente para o trabalho artístico e organizativo subjacente. No entanto, o ciclo que agora levamos
a efeito, representa também um investimento humano e
material com retorno efectivo na projecção da comunidade que o acolhe e suporta, quer no plano nacional,
quer internacional.
José Ferreira Lobo
Director Artístico do Ciclo Coral Sinfónico de Amorim
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Paróquia de Amorim
ZEFERINO VILAR
O povoamento do território de Amorim é muito
remoto. A sua proximidade com a Cividade de Terroso,
que terá sido ocupada desde o século IX antes de Cristo
até ao século IV depois de Cristo, a sua inclusão nos
caminhos de Santiago, rota dos peregrinos que se
dirigiam a Compostela após a descoberta do túmulo
daquele Santo Apóstolo, entre os anos 812 e 814, são
naturalmente dados que nos permitem concluir sobre a
sua existência longínqua, muito anterior à própria
nacionalidade.
A sua toponímia é também uma prova de
antiguidade da povoação: assim, Amorim terá derivado
do genitivo latino de Amorinus, ou seja Amorini,
correspondendo a «Villa Amorini» ou Vila de Amorim.
Amorinus seria o senhor destas terras.
Santiago de Amorim consta já da primeira
enumeração paroquial da Igreja de Braga, realizada na
primeira metade do século XI, após a restauração da
Diocese vulgarmente conhecida pelo Censual do Bispo
D. Pedro. Este Censual indica-nos as dádivas e
obrigações pagas, de acordo com o direito de visitação
que lhes assistia.
Mas outros documentos nos acompanham no seu
percurso histórico, ao longo dos séculos. As inquirições
de 1220, realizadas no reinado de D. Afonso II, fazem
referência a Santiago de Amorim e às suas vilas, que hoje
designamos por lugares. Nelas constam a «villa Catilli»
hoje Cadilhe, a «villa Mandini» hoje Mandim, a «villa
Maurilli» hoje Mourilhe, todas elas de origem germânica.
Aludem também a outras «vilas» existentes na época
como Travassos, Sencadas, Sistelos. Pedroso, Agra… A
existência de «villas» com termos de raiz germânica não
será muito de estranhar tendo em conta que após a
queda do império Romano do Ocidente, no século V,
estas terras foram ocupadas por povos «chamados»
bárbaros», oriundos do centro/leste da Europa, como,
por exemplo, os visigodos e os suevos, povos esses que
por aqui se instalaram durante alguns séculos.
Não podemos esquecer ainda até que os celtas, de
origem muito próxima daqueles, passaram muitos
séculos na cividade de Terroso.
Mais tarde surgem novos lugares na freguesia, como
Cardosas, Torrinha, Fontaínha e outros. De registar que
Torrinha deverá o seu nome ao facto de ser uma
continuidade territorial da Quinta da Torre, de Terroso,
cujo território se estendia muito para além do Vilar.
As referências a Santiago de Amorim nas Inquirições
de 1343, durante o reinado de D. Afonso IV, são
também elementos importantes que nos transmitem
uma imagem muito interessante da nossa terra,
naquelas épocas distantes. Também nestas Inquirições
são referidos os casais existentes nos diversos lugares da
freguesia. Além disso dão-nos indicadores interessantes
sobre as actividades da época, principalmente na
agricultura e na pesca. De registar que este documento
refere Santiago de Morim, em vez de Santiago de
Amorim.
A Bula papal de Sua Santidade o Papa Gregório XIII,
de 1580, que instituiu a Confraria do Santíssimo
Sacramento de Amorim é um outro documento histórico que atesta particularmente a antiguidade e a importância da povoação em si e, de um modo muito
especial, a religiosidade do seu povo.
O Tombo de Amorim, mandado fazer por pelo Senhor
Dom Manuel de Sousa, Arcebispo de Braga, em 1546,
Memórias Paroquiais de 1736 e 1758 e os Livros de
Visitações são outros tantos documentos históricos a
registar.
A nível administrativo, Amorim tendo sido da terra
medieval de Faria, foi do termo de Barcelos no século
XIII; em 1434, o Arcebispo D. Fernando Guerra anexou a
Igreja de Amorim, com as suas rendas, ao Cabido de
Braga; mas em 1546 já estava unida, «in perpetuum» ao
Convento de Santa Clara do Codeçal, da cidade do Porto.
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Igreja Paroquial
Em 1835, Amorim passou a integrar o Termo de Vila
do Conde, até 1870/1871, altura em que entrou definitivamente para o concelho de Póvoa de Varzim.
Amorim possui um invejável património arquitectónico religioso, construído ao longo dos séculos. O capitel
românico que terá pertencido a um templo da mesma
época e que terá existido no mesmo local onde hoje se
encontra a igreja matriz, de construção renascentista,
de 1595; o cruzeiro de 1642 existente no adro da mesma
Igreja Matriz; a capela de Santo António de Cadilhe de
1651, erigida no lugar do mesmo nome, com o seu
cruzeiro, de 1750, e a igreja paroquial construída pela
Família dos Bonitos de Amorim, no início do século XX,
no lugar de Estrada Nova. Foi inaugurada em 5 de
Setembro de 1920 pelo Arcebispo de Braga D. Manuel
Vieira de Matos que nela celebrou a primeira missa.
A freguesia e a paróquia de Amorim territorialmente
compreendiam as actuais freguesias e paróquias de
Amorim e Averomar. Por decreto eclesiástico de 17 de
Janeiro de 1922, do Arcebispo de Braga D. Manuel
Vieira de Matos e mais tarde por deliberação administrativa, Averomar desmembrou-se de Amorim,
passando a ser definitivamente freguesia e paróquia
autónomas.
Todavia, as fronteiras actuais da freguesia e da
paróquia de Amorim não são coincidentes. Amorim
hoje, como paróquia, é geograficamente maior do que a
própria freguesia.
A origem da Igreja Nova de Amorim está ligada à
ilustre Família dos Bonitos, que a construíram. Segundo
Cândido Landolf, no Meu Panteon, Manuel João Gomes
de Amorim, 1848 e 1900, e seu irmão Francisco, quando
foram para o Brasil terão prometido que se Deus e a
Virgem os ajudassem na fortuna, quando regressassem
mandariam construir uma igreja em sua honra.
Efectivamente foi bastante compensadora a obra que
aquela família realizou no Brasil. Foram felizes nos
empreendimentos que, na zona do Recife, realizaram.
Daí o cumprimento da promessa feita. No seu regresso à
terra natal há que pôr mãos à obra. Como prometeram
assim o fizeram.
A construção da referida igreja foi então posta a
concurso por 12 contos de reis de base, logo após a morte
de Manuel João. Por esta verba ser demasiado baixa
para a realização de uma obra tão imponente, os três
irmãos vivos, Joaquim, António e Francisco, que vieram a
falecer bastante mais tarde, assumiram o excesso de
mais oito contos de reis e mandaram construir a igreja.
Enquanto isso, a esposa do benemérito Manuel João, Dª.
Adelaide Soares Amorim, pernambucana, que viveu
entre 1853 e 1905, mandou construir a escola das
Sencadas, para meninas, já que em Amorim apenas
existia a escola de Cadilhe, para rapazes.
O criador desta grande obra que imortalizou esta
família foi o Arquitecto Arnaldo redondo Adães
Bermudes que viveu entre os anos 1864 e 1947. Este
ilustre arquitecto projectou mais dois templos bem
conhecidos a Igreja de Pousa, em Barcelos, e a Igreja
Matriz de Espinho, também de linhas esbeltas e
modernas como a de Amorim. Mas a sua obra não é só
de cariz religioso. Adães Bermudes foi autor de obras
importantes de que se destacam o monumento ao
Marquês de Pombal, que encima a Avenida da
Liberdade, em Lisboa, os edifícios dos Paços do
Concelho da cidade de Sintra, do Instituto Superior de
Agronomia de Lisboa e do Hospital da Covilhã.
A construção da Igreja Nova de Amorim iniciou-se em
1904 e ficou concluída em 1909. Como em 1910, foi
implantada a República cujo poder político da época
confiscou muitos bens à Igreja Católica, o que aconteceu
também em Amorim, o novo templo, que era de
propriedade privada, esteve encerrado até 1920.
Em 5 de Setembro desse ano a Igreja Nova foi então
solenemente inaugurada e benzida pelo arcebispo de
Braga D. Manuel Vieira de Matos, que nela celebrou a
primeira missa. Com o desmembramento da freguesia e
paróquia de Amorim, em Amorim e Averomar, em
1922, a Igreja Nova passou a ser desde então, a Igreja
Paroquial de Amorim.
Durante alguns anos, a família benemérita dos
Bonitos promoveu também a conservação do edifício da
Igreja Nova, mas, entretanto, foi a paróquia que passou
a assumir esse encargo, bem como o arranjo dos jardins
em frente da mesma igreja. Com o passar dos tempos,
tanto o edifício da Igreja Nova como os jardins, foram-se
degradando.
Novamente um outro Benemérito aparece, Dr
Manuel Moreira Giesteira, natural de Aguçadoura.
Embora não sendo de Amorim, onde tem familiares
muito próximos, há mais de uma década que tem
dedicado um carinho muito especial pela paróquia e
pela gente de Amorim, de um modo muito particular,
pela sua Igreja Nova e pelos grupos corais Coro Infantil
de Amorim, Pequenos Cantores de Amorim e Amorim &
Laundos Ensemble.
De salientar, entre outras iniciativas importantes que
tomou nos últimos anos, o restauro completo da mesma
igreja Nova, o que levou durante algum tempo ao seu
encerramento, bem como o arranjo dos jardins que
embelezam o adro, e o suporte financeiro de todos estes
3 corais desde a sua fundação até aos dias de hoje.
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9 de Maio
22h00
Gabriel Fauré REQUIEM
Introitus
Kyrie
3 Offertorium
4 Sanctus
5 Pie Jesu
6 Angus Dei
7 Lux Aeterna
8 Libera Me
9 In Paradisum
1
2
Gabriel Fauré AVE VERUM Op. 65, No. 1
Michael Hurd JONAH MAN JAZZ
Liliana Coelho SOPRANO
Bruno Pereira BARÍTONO
Daniel Ribeiro ÓRGÃO
Pequenos Cantores de Amorim
Coro Júnior Silva Monteiro
Coro do Conservatório de Música Calouste
Gulbenkian de Braga
Coro Juvenil do Conservatório de Música
do Porto
Schola Cantorum «Os Pastorinhos de
Fátima»
Ensemble Vocal Pro Musica
.
José Manuel Pinheiro DIRECÇÃO
Orquestra do Norte
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Gabriel Urbain Fauré
(1845-1924)
Nasceu em Pamiers, França, a 12 de Maio. Aluno de
Camille Saint-Saëns (de quem recebeu grande
influência) na escola Niedermeyer, Fauré foi organista
da igreja de Saint-Sauveur em Rennes (1866), e, depois,
na Madeleine, em Paris.
Em 1896, foi nomeado professor de Composição do
Conservatório de Paris, do qual foi director de 1905 a
1920. Teve alunos ilustres como Ravel, Aubert,
Koechlin, Dukas, Schmitt, entre outros. Com Debussy e
Ravel, Fauré dominou a moderna música francesa.
Mestre no campo da canção e da música de câmara, fiel
à forma, soube reunir, com inteligência e sensibilidade,
uma melodia ampla e flexível e uma concepção
harmónica de grande mobilidade.
Intimismo, recolhimento, discrição e serenidade
definem a actividade criadora de Fauré. Por isso
mesmo, deu preferência aos lieder e à música de
câmara, géneros banidos pelos operistas. Entre os
vários ciclos de lieder destacam-se a Canção de Eva
(1907-1910), O jardim fechado (1915-1918), com versos
de Charles van Lerbeghe. Anterior a este, é o ciclo de
nove melodias sobre textos de Verlaine.
A sua obra-prima é o Requiem Op. 48. Nada dos
desesperos do juízo final, mas uma pacificação do "Dies
irae", uma promessa de acesso "In paradisum".
Na sua derradeira fase, Fauré alcançou um estádio de
verdadeira sabedoria. O quarteto para cordas em mi
menor Op. 121 (1924), o seu último opus, é um exemplo.
Fauré morreu em Paris, a 4 de Novembro.
Gabriel Fauré respondeu deste modo às críticas que a
estreia de seu Requiem provocou: ”Dizem que não
expressa bem o terror diante da morte. Alguém o
apelidou de “berceuse”(cantiga de embalar) da morte.
Mas é assim mesmo que eu o concebo: uma venturosa
libertação, uma aspiração à felicidade do outro mundo,
e não uma experiência dolorosa.“
Em coerência com essa ideia, Fauré suprimiu a
sequência do “Dies irae” e incluiu trechos como o “Pie
Jesu” e a antífona “In paradisum”, que fortalecem a
visão da morte como libertação e não como uma coisa
má.
A morte dos seus pais parece ter sido a causa desse
projecto começado em 1887. Inicialmente, compôs um
Requiem em 5 andamentos, para o coro de La
Madeleine de Paris, do qual era director, e para uma
pequena orquestra (violas, violoncelos, contrabaixos,
harpa, tímbales e órgão). Foi assim apresentado a 16 de
Janeiro de 1888. Mais tarde, acrescentou o
“Ofertorium” e o “Libera me” e, em 1898, ampliou a
orquestração. A estreia da versão definitiva ocorreu no
dia 12 de Julho de 1900, no Trocadero de Paris, com
grande sucesso.
Introitus
Requiem aeternam dona eis, Domine,et lux perpetua
luceat eis.Te decet hymnus, Deus, in Sion,et tibi
reddetur votum in Jerusalem.Exaudi orationem
meam;ad te omnis caro veniet.
Kyrie
Kyrie eleison.Christe eleison.Kyrie eleison.
Offertorium
Domine Jesu Christe, Rex gloriae,libera animas
defunctorumde poenis inferni,et de profundo
lacu.Libera eas de ore leonis,ne absorbeat eas
tartarus,ne cadant in obscurum.Hostias et preces
tibi,Domine, laudis offerimus.Tu suscipe pro animabus
illisquarum hodie memoriam facimus.Fac eas,
Domine,de morte transire ad vitam,quam olim Abrahae
promisisti,et semini eius.
Sanctus
Sanctus, sanctus, sanctus,Dominus Deus Sabaoth.Pleni
sunt coeli et terragloria tua.Hosanna in excelsis.
Pie Jesu
Pie Jesu Domine,dona eis requiem,requiem
sempiternam.
Angus Dei
Agnus Dei,qui tollis peccata mundi,dona eis
requiem,requiem sempiternam.
Lux Aeterna
Lux aeterna luceat eis, Domine,cum sanctis tuis in
aeternum,quia pius es.Requiem aeternam, dona eis,
Domine,et lux perpetua luceat eis.
Libera Me
Libera me, Domine,de morte aeterna,in die illa
tremendaquando coeli movendi sunt et terra,dum
veneris judicaresaeculum per ignemTremens factus
sum ego, et timeodum discussio venerit,atque ventura
ira.Dies illa, dies irae,calamitatis et miseriae,dies magna
et amara valde.Requiem aeternam, dona eis, Domine,et
lux perpetua luceat eis.
In Paradisum
In paradisum deducant te angeli,in tuo
adventususcipiant te martyres,et perducant tein
civitatem sanctam Jerusalem.Chorus angelorum te
suscipiat,et cum Lazaro quondam paupereaeternam
habeas requiem.
Dentro do estilo reminiscente do seu famoso
Requiem, o Ave Verum Corpus de Fauré foi composto
em 1894, imediatamente a seguir à composição dos
últimos andamentos da missa fúnebre. A obra foi
completada em 1906, e baseada numa versão anterior
de 1877. Esta obra é um dos vários trabalhos de Fauré
composto para soprano e órgão. Apresenta o mesmo
sentido de melodia e harmonia que caracteriza o estilo
composicional do músico francês.
O Ave verum corpus natum é uma sequência
medieval para o Corpus Christi. O texto parece ter
surgido no século XIV, mas a sua autoria é
desconhecida. Além da suave melodia gregoriana
tradicional, recebeu, para além de Fauré, composições
de Mozart, Schubert, Gounod, entre muitos outros.
A poesia é breve, de apenas cinco versos, mas de alta
densidade teológica, celebrando os mistérios da
Encarnação do Verbo, Paixão e Eucaristia.
Ave verum corpus natum de Maria Virgine
Salve, ó verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria
Vere passum, immolatum in cruce pro homine
Que verdadeiramente padeceu e foi imolado na cruz pelo homem
Cuius latus perforatum fluxit aqua et sanguine
De seu lado trespassado fluiu água e sangue
Esto nobis praegustatum mortis in examine
Sê para nós remédio na hora tremenda da morte
O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae.
Ó doce Jesus, ó bom Jesus, ó Jesus filho de Maria.
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Michael Hurd
(1928-2006)
Michael Hurd nasceu a 19 de Dezembro. Foi aluno de
Thomas Armstrong e Bernard Rose. Estudou ainda
Composição com Lennox Berkeley.
Entre 1953 e 1960 foi professor de Teoria na Escola da
Marinha Real. Mais tarde mudou-se para Hampshire,
onde trabalhou como freelancer em composição.
Embora tenha escrito diversas obras de câmara e
orquestrais, bandas sonoras e música de cena, Hurd é
essencialmente conhecido pela sua música coral,
nomeadamente a sinfonia coral Shepherd's Calendar
(1975), as suites corais Music's Praise (1968) e This Day to
Man (1974), e as obras para coro Genesis (1987), Night
Songs of Edward Thomas (1994), e Five Spiritual Songs
(1996). Na vertente mais ligeira, encontramos as suas
cantatas, iniciadas em 1966 com Jonah Man Jazz e, mais
tarde, com Swingin' Samson (1973), Hip Hip Horatio
(1974), Rooster Rag (1975) e Adam-in-Eden (1981).
Escreveu três óperas: The Widow of Ephesus (estreada no
Festival Stroud, no Reino Unido, em 1971), The Aspern
Papers (estreada no Festival de Música da Primavera de
Port Fairy, na Austrália, em 1995) e The Night of the
Wedding (estreada no mesmo festival em 1998).
A sua música levou-o à Suécia, Holanda, aos Estados
Unidos e, por diversas vezes, à Austrália, onde esteve
intimamente envolvido na criação do Festival de Música
da Primavera de Port Fairy.
Entre os seus 18 livros publicados encontramos três
biografias pioneiras: The Ordeal of Ivor Gurney (OUP,
1978), Vincent Novello and Company (Granada, 1981),
e Rutland Boughton and the Glastonbury Festivals
(OUP, 1993). Publicou ainda vários trabalhos biográficos
sobre Elgar, Vaughan Williams e Mendelssohn. É autor
do The New Oxford Junior Companion to Music (1979),
The Orchestra (Phaidon, 1981), e de An Outline History
of European Music (Novello, 1968, revisto em 1988).
Faleceu em Agosto de 2006.
A cantata Jonah Man Jazz foi escrita em 1966. A obra
fala-nos de Jonah e do seu orgulho e incapacidade para
mostrar compaixão. Jonah foi enviado por Deus a
Nineveh, a capital do império Assírio, para convencer o
seu povo a arrepender-se pelos muitos pecados
cometidos. No entanto, em vez de seguir as ordens do
Criador, decide embarcar para Tarshish, que se pensa
ter existido no sul de Espanha, exactamente no extremo
oposto para onde tinha sido enviado. Deus resolve criar
uma tempestade terrível para castigar Jonah. Ao dar-se
conta que a tempestade lhe era destinada, pede aos
marinheiros que o atirem ao mar para que possam
seguir a viagem com tranquilidade. Jonah é lançado ao
mar para ser engolido de seguida por uma baleia. O
profeta pede por socorro. Deus diz então à baleia que
lance Jonah em terra firme e ordena-lhe novamente que
vá a Nineveh. Jonah passa três dias proclamando a
destruição da cidade caso não se arrependam. O povo
arrepende-se imediatamente e, por isso, Deus decide
não cumprir a sua ameaça.
Jonah fica furioso com a compaixão do seu mestre.
Pecaram, deviam pagar! Irritado, resolve abandonar a
cidade e cultivar um campo nos seus limites. Deus
decide presenteá-lo com uma grande planta que cresce
sobre Jonah e lhe dá sombra, deixando-o muito feliz. No
dia seguinte, Deus manda um verme comer a planta e
Jonah fica sem sombra. Completamente arrasado pelo
calor, o profeta implora ao criador a sua própria morte.
Deus pergunta-lhe então: “Estás triste com a morte da
planta?”, “Sim”, responde. Deus replica: “Importas-te
com uma planta que nem sequer criaste, e não deveria
eu importar-me com uma cidade de 120.000 pessoas e
muitos animais?”
Adonai, Adonai, El rahum v'hanun
Deus compassivo e gracioso, parco na ira, abundante
na bondade
Estas palavras usadas pelo autor encontram-se no
Exodus, capítulo 34.
14 de Maio
10h00 | 14h30 | 16h00
A Orquestra na Escola
CONCERTOS DIDÁCTICO-PEDAGÓGICOS
José Manuel Pinheiro DIRECÇÃO
Orquestra do Norte
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Anatomia da Orquestra
Uma orquestra sinfónica é constituída por três
famílias de instrumentos: as cordas, os sopros - madeira
e metal - e a percussão. A cada uma destas famílias
corresponde uma série de instrumentos.
Família das Cordas
Sons produzidos pela vibração de uma corda
tensionada
Violino
Instrumento mais pequeno desta família e, por isso,
mais agudo. Tem um enorme potencial de
expressividade, agilidade e sonoridade. O violinista
segura o instrumento sob o queixo e entre o ombro. Com
os dedos da mão esquerda pressiona as cordas e com a
mão direita faz deslizar o arco sobre as mesmas. O arco
é uma vareta de madeira na qual se formam cerca de
150 cerdas (de crina de cavalo) esticadas que friccionam
as 4 cordas.
Viola de Arco
Tem uma configuração semelhante ao violino com a
diferença de ser um pouco maior e, por isso, o seu
timbre ser mais grave e ter uma sonoridade mais nasal.
Violoncelo
É também um instrumento semelhante ao violino, mas
que, pelo seu tamanho bastante maior, necessita de ser
apoiado no chão (através de um espigão de metal) e
entre os joelhos do músico que está sentado. Além disso,
o arco é mais curto, robusto e pesado.
Contrabaixo
É o instrumento maior da família das cordas. Por essa
razão, é também o mais grave. Tal como o violoncelo, é
executado apoiado no chão através de um espigão de
metal. O contrabaixista toca em pé ou sentado num
banco alto.
Família dos Sopros
Sons produzidos pela vibração através do
sopro
Nesta família, os instrumentos estão divididos em
duas secções:
a) Sopros de madeira
b) Sopros de metal
a) Sopros de Madeira
Flautim
É o instrumento mais agudo da orquestra e tem um som
muito estridente e penetrante, capaz de se sobrepor a
um tutti. Tem a forma de um tubo cilíndrico, com
pequenos orifícios, constituído por duas partes a
cabeça e o corpo. Na cabeça situa-se a zona pelo qual o
músico sopra, a embocadura. O tubo contém ar que,
quando soprado em direcção à aresta, sai pelos buracos
que ficarem abertos. O músico segura o flautim na
transversal para o lado direito em relação a si.
segura-se para a frente. Construído em ébano, tem
palhetas feitas de cana ou plástico. Quando se sopra a
pressão do ar à entrada da palheta força esta a abrir-se,
permitindo a passagem do ar. Essa pressão vai colocar o
ar que está dentro do tubo em vibração.
Oboé
De palheta dupla, que consiste em duas palhetas que
batem uma contra a outra, fazendo vibrar a coluna de ar
dentro do tubo cónico. Feito normalmente em ébano, é
constituído por três partes: a embocadura, o corpo e o
pevilhão.
Fagote
É o maior instrumento da família dos sopros de madeira,
por isso, produz sons mais graves. Tem também uma
palheta dupla, mas mais larga. Toca-se numa posição
oblíqua em relação ao fagotista. Segura-se ao pescoço
por uma bandoleira, ou pode ser apoiado numa correia
que se segura debaixo das pernas quando o
instrumentista está sentado. Desmontável em cinco
partes, é constituído por dois tubos justapostos unidos
na base por uma parte de tubo em forma de U.
baixo com a mão esquerda, que actua sobre os pistões
para alterar a afinação das notas e o timbre, e a mão
direita dentro da campânula.
Trombone
É o único desta família que tem varas. As varas são dois
tubos cilíndricos encaixados um no outro em forma de
U, um dos quais desliza dentro do outro para aumentar
ou diminuir o comprimento do tubo, de modo a
produzir sons graves ou agudos. Também existem
trombones com pistões, mas o de varas é o mais usado.
O trombonista segura o trombone para a frente,
deslizando a vara com a mão direita. Bocal em forma de
taça (como o do trompete), só que maior. As sete
posições da vara correspondem a sete notas com
intervalos de meio-tom entre elas.
Tuba
É o instrumento mais grave de todos os metais da
orquestra porque tem o tubo e o bocal maiores. O tubo é
cónico e termina na campânula. A tuba segura-se na
vertical com a campânula virada para cima. Tem um
ressoador largo e cónico com o bocal em forma de taça,
mas mais largo e fundo.
b) Sopros de Metal
Flauta Transversal
Tem um pouco mais do dobro do comprimento do
flautim e é constituída por três partes que encaixam
umas nas outras: a cabeça, o corpo e o pé. Construída
em prata, ouro ou platina, o tipo de funcionamento
deste instrumento é igual ao do flautim.
Trompete
Tem um bocal em forma de taça, um tubo cilíndrico e
recto que se torna cónico no final (com três pistões),
terminando na campânula. O trompetista toca
segurando o trompete para a frente na horizontal.
Clarinete
É constituído por cinco partes: boquilha (onde está a
palheta), barrilete, duas partes intermédias e o pevilhão
(mais largo que o tubo). O som pode ser muito forte ou
muito suave. Ao soprar põe-se em vibração uma palheta
simples, que bate contra a boquilha fazendo vibrar a
coluna de ar dentro do tubo cilíndrico. O clarinete
Trompa
O som é obtido por vibração labial. Tem um bocal cónico
e fundo, que permite a sonoridade aveludada do
instrumento, e um tubo estreito e longo cónico que está
enrolado, e que termina numa campânula. Tem três ou
quatro pistões diferentes dos do trompete, que são os
cilíndricos rotativos. O trompista segura a trompa para
18 19
Família da Percussão
Sons produzidos através de um batimentoons
produzidos pela vibração de uma corda
tensionada
Tímbales
São constituídos por uma membrana ou pele esticada,
que tapam uma caixa de cobre ou fibra de vidro, com
uma forma mais ou menos hemisférica, que pode ter
vários tamanhos. Dispõem-se em semi-círculo, à frente
do percussionista (o maior e mais grave à esquerda, o
mais pequeno e mais agudo à direita), que os percute
com vários tipos de baquetas. Na orquestra podem-se
utilizar vários tímbales, normalmente de dois a cinco. Os
tímbales podem ser afinados esticando mais ou menos a
membrana através de parafusos ou com o pedal.
Pratos
São discos metálicos que se seguram por pega de couro
presa num orifício ao centro do prato. Produzem som ao
serem percutidos com vários tipos de baquetas ou
chocando-os um contra o outro.
Bombo
Tem duas grandes membranas esticadas que se
percutem com uma baqueta própria, que geralmente se
denomina por maceta. Tem uma forma cilíndrica e
assenta num suporte que permite colocá-lo em
qualquer posição.
Caixa
Tem duas membranas esticadas: uma superior onde se
toca com duas baquetas de madeira e outra inferior.
Assenta num tripé, tem uma forma cilíndrica e pode
tocar-se numa posição ligeiramente inclinada ou na
horizontal. O som mais característico chama-se “rufo”.
Xilofone
Conjunto de barras de madeira muito dura de
diferentes tamanhos que estão dispostas na horizontal,
dos sons mais graves para os mais agudos (como as
teclas de um piano). Ao serem percutidas por baquetas
de madeira ou borracha duras ou, por um som mais
suave, de fios de lã, vibram produzindo sons de alturas
determinadas.
fendas onde estão as soalhas (pequenos pares de discos
de metal). O som é produzido pela percussão da
membrana com a mão que, ao mesmo tempo, faz soar
as soalhas.
Marimba
Semelhante ao xilofone, embora as barras de madeira
sejam mais compridas, mais largas, e de menor
espessura. Cada barra tem por baixo um tubo ressoado.
Glockenspiel
É como o xilofone, só que as barras são de metal.
Vibrafone
Tem barras de metal maiores que as do glockenspiel e
por isso produz sons mais graves. Por baixo de cada
barra do vibrofone existem tubos que funcionam como
caixas de ressonância que amplificam o som. Estes tubos
têm discos rotativos que podem ser movidos por um
motor eléctrico que quando accionado os tapa e destapa
provocando um efeito de ondulação do som. Tem
também um pedal abafador que permite amortecer o
som, originando uma sonoridade semelhante à do
“vibrato”.
Triângulo
O som que produz não tem uma altura determinada. É
feito de uma barra de metal dobrada em forma de
triângulo que se suspende e se percute com uma
pequena haste de metal.
Bar Chimes
É constituído por um conjunto de tubos metálicos de
vários tamanhos, suspensos verticalmente numa barra.
Ao serem agitados com a mão, os tubos chocam entre si
e produzem sons de alturas indeterminadas.
Pandeireta
Tem normalmente uma pele fixa a um aro cilíndrico que
pode ser de madeira metal ou plástico com várias
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17 de Maio
21h30
Rossini STABAT MATER
Ana Paula Russo SOPRANO
Ana Calheiros MEZZO-SOPRANO
José Manuel Araújo TENOR
José de Oliveira Lopes BARÍTONO
Orfeão de Vila Praia de Âncora
Félix Carrasco DIRECÇÃO
Orquestra do Norte
22 23
Gioacchino Rossini
(1792 - 1868)
Gioacchino Rossini nasceu em Pesaro, Itália. Aos
catorze anos ingressou no Conservatório de Bolonha.
Em 1810 estreou-se em Veneza com La cambiale di
matrimonio que obteve grande sucesso. Triunfou no La
Scala de Milão em 1812 com La pietra del paragone.
Foi, no entanto, com uma ópera séria - as duas
anteriores eram bufas - que Rossini, na altura com
apenas 20 anos e já famoso em Itália, conquistou as
plateias de Viena. A ópera intitulada Tancredi estreou
em 1813. No mesmo ano compôs também L'italiana in
Algeri, estreada em Veneza. Com Elisabetta, regina
d'Inghilterra, apresentada em Nápoles em 1815, iniciou
o período napolitano do compositor que dirigiu os
teatros da cidade até 1817. Em 1816, em menos de três
semanas, Rossini escreveu Il barbiere di Siviglia para o
teatro Argentina de Roma.
Em 1817, o compositor voltou à ópera cómica com La
Cenerentola, estreada em Roma. Ainda neste ano
compôs La gazza ladra que foi à cena em Milão. Em
1822 o compositor concluiu a sua actividade em Itália,
voltando à tradição do século XVIII com Semiramide,
que estreou em Veneza em 1823. Rossini mudou-se
para Paris onde reescreveu Maometto II e Moisé e
compôs Comte Ory que foi à cena no teatro da Ópera
em 1828. Estando no apogeu da fama, o músico
despediu-se do teatro com a sua última ópera
Guglielmo Tell, que estreou na Academia Real de
Música de Paris em 1829. O silêncio criativo de Rossini
foi interrompido por trabalhos esporádicos, como o
Stabat Mater de 1841, Petite messe solennelle de 1863,
e um grupo de peças de câmara para piano e para voz e
piano, recompilados com o título Péchés de vieillesse.
Gioacchino Rossini morreu em Paris em 1868.
Stabat Mater é um hino católico romano do século
XVI, atribuído a Jacopone da Todi (1236-1306), uma
meditação sobre o sofrimento de Maria, mãe de Jesus,
durante a sua crucifixão. O título é tirado da primeira
linha do texto, Stabat Mater dolorosa (Estava a mãe
dolorosa).
O Stabat Mater é, talvez, o mais poderoso poema e o
mais imediato do latim medieval. Diversos compositores
musicaram este texto, entre eles, Pergolesi, Rossini,
Antonín Dvorák, Szymanowski e Penderecki. Foi uma
das últimas composições de Verdi.
Dizem que Rossini, após ouvir o Stabat Mater de
Pergolesi, em Nápoles, comentou que jamais ousaria
escrever uma obra similar, com receio da comparação.
No entanto, e apesar da recusa do compositor, o cardeal
Don Francisco Fernandez Varela encomendou-lhe a
obra. O compositor relutante acabou por aceitar, com a
condição de ser apresentada apenas em privado.
Projectada inicialmente para 12 andamentos, acabaria
por ficar-se pelos 10 actuais. Rossini escreveu
inicialmente três partes (Stabat Mater para coro e
solistas, Eja Mater fons amoris para coro à cappella e,
por último, o quarteto Quando corpus morietur), que
estrear-se-iam em Madrid, em 1832.
Diz-se que o compositor teria um acordo com
Giovanni Tadolini, seu amigo, no sentido deste escrever
os restantes andamentos. No entanto, um desaguisado
entre ambos [após a morte de Don Varela em 1837, um
editor parisiense, ofereceu uma boa quantia para que a
obra fosse publicada. Giovanni Tadolini, como cocompositor, aceitou a oferta sem hesitar, deixando
Rossini furioso pela quebra do acordo inicial] levou a
que Rossini escreve-se, ele mesmo, os restantes
andamentos. A obra completa estreou-se a 7 de Janeiro
de 1842 em Paris, tornando-se imediatamente num
sucesso absoluto. Rossini diria, mais tarde, que o seu
Stabat Mater deveria ser tocado e cantado com muita
qualidade porque “ está cheio da música gloriosa.”
Stabat mater dolorosa
Estava a mãe dolorosa
Pro pecatis suae gentis
Pelos pecados do seu povo
juxta crucem lacrimosa,
vidit Jesum in tormentis
A chorar junto à cruz
Ela viu Jesus no tormento,
dum pendembat filius
et flagellis subditum
da qual o seu filho pendia
Flagelado pelos seus súbditos
Cujus animam gementem
Vidit suum dulcem natum
A sua alma soluçante
Viu o seu doce Filho
contristatam et dolentem,
moriendo desolatum,
inconsolável e angustiada
A morrer desolado
pertransivit gladius
dum emisit spiritum…
era atravessada por um punhal
ao entregar o seu espírito...
O quam tristis et aflicta
Eia, mater, fons amoris
Oh, quão triste e aflita
Oh mãe, fonte de amor,
fuit illa benedicta
me sentire vim doloris
estava a bendita mãe
faz como que eu sinta toda a sua dor
mater unigeniti!
fac, ut tecum lugeam
do Filho Unigénito!
para que eu chore contigo.
Quae moerebat et dolebat,
Fac, ut ardeat cor meum
Trespassada de dor,
Faz com que o meu coração arda
et tremebat, cum videbat,
in amando Christum Deum,
chorava, vendo
no amor a Cristo Senhor
nat poenas incliti
ut sibi complaceam
o tormento do seu Filho
para que possa consolar-me
Quis est homo, qui non fleret,
Sancta Mater, istud agas,
Quem poderia não se entristecer
Mãe Santa, marca profundamente
Christi matrem si videret,
Crucifixi fige plagas,
Ao contemplar a Mãe de Cristo
no meu coração
in tanto supplicio?
cordi meo valide
A sofrer tanto suplício?
As chagas do teu Filho crucificado
Quis non posset contristari
Tui nati vulnerati,
Quem poderia conter as lágrimas
Por mim, teu Filho coberto de chagas
piam matrem contemplari
tam dignati pro me pati,
vendo a mãe de Cristo
quis sofrer os seus tormentos,
dolentem cum filio?
poenas mecum divide
dolorida junto ao seu Filho?
Quero compartilhá-los
24 25
Fac me vere tecum flere,
Fac me cruce custodiri,
Faz com que eu chore
Faz com que eu seja custodiado pela cruz,
crucifixo condolere,
morte Christi praemuniri,
e que suporte com Ele a sua cruz
fortalecido pela morte de Cristo
donec ego vixere
conforverti gratia.
enquanto dure a minha existência
e confortado pela graça.
Juxta crucem tecum stare
Quando corpus morietur
Quero estar em pé.
Quando o corpo morrer,
te libenter sociate
fac, ut animae donetur
ao teu lado, junto à cruz
faz com que a minha alma alcance
in planctu desidero
paradisi gloria.
chorando junto a ti.
a glória do paraíso.
Virgo virginum praeclara,
Amen. In sempiterna saecula
Virgem de virgens notável,
Amém. Pelos séculos dos séculos
mihi jam non sis amara
não sejas rigorosa comigo,
fac me tecum plangere
deixa-me chorar junto a ti
Fac ut portem Christi mortem
Faz com que eu compartilhe a morte de
passionis fac consortem
Cristo que participe da Sua paixão
et plagas recolere.
e que rememore as suas chagas
Fac me plagis vulnerari,
Faz como que me firam as suas feridas,
cruce hac inebriari
que sofra o padecimento da cruz
ob amorem filii
pelo amor do teu Filho
Inflammatus et accensus,
Inflamado e elevado pelas chamas
per te, virgo, sim defensus
seja defendido por ti, ó Virgem,
in die judicii.
no dia do juízo final.
18 de Maio
16h30
Antonin Dvorák STABAT MATER
Ana Paula Russo SOPRANO
Larissa Savchenko MEZZO-SOPRANO
João Martins TENOR
Rui Silva BARÍTONO
Ensemble Vocal Pro Musica
José Ferreira Lobo DIRECÇÃO
Orquestra do Norte
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Antonin Leopold Dvorák
(1841-1904)
Nasceu em Nelahozeves (República Checa), a 8 de
Setembro. Filho de um humilde comerciante, aos oito
anos de idade teve despertada a sua vocação musical,
mas só pôde realizar os primeiros estudos em 1853, já
residindo na cidade de Zlonice. Quatro anos depois
instalou-se em Praga, onde iniciou uma vida de
sacrifícios, aliviados pelo sucesso na composição de um
hino patriótico (1873).
Depois de uma fase influenciada por Wagner e Liszt,
tornou-se adepto do movimento nacionalista checo
iniciada por Smetana. O impulso decisivo para a sua
carreira ocorreu em 1877 quando, sob recomendação
de Brahms, os Duetos morávios foram editados na
Alemanha. Desde então, os programas de concerto dos
diversos países passaram a colocar em destaque o nome
de Dvorák.
Por volta de 1891 a produção de Dvorák já era
numerosa. Tinha abordado todos os géneros,
revelando-se especialista em música de câmara. O Trio
para piano Op. 90 - Dumky (1891), foi imediatamente
incorporado ao repertório de todos os conjuntos
camerísticos. A posição estética do compositor também
já estava definida, como a do seu conterrâneo Smetana,
igualmente abeberado nas fontes folclóricas.
Popularidade, fama, honrarias, tornaram-se comuns
na vida de Dvorák. Em Praga, recebeu o título de Doutor
honoris causa da universidade. Foi nomeado professor
e, mais tarde, director do conservatório. Chegou a ser
nomeado membro da câmara dos pares do império
austríaco.
arbitrariamente apelidado de Americano (1893); o
Concerto para violoncelo em si menor Op. 104 - Obraprima no género; e uma colectânea de peças para piano
intitulada Humoresques, das quais a sétima chegou a
ser a música quase mais tocada em todo o mundo.
A música religiosa de Dvorák inclui o Stabat Mater,
trabalho de rara beleza, que pode ser considerado como
uma das melhores peças de sua criação. Esta obra abriu
as portas internacionais das salas de concerto ao
compositor nacionalista Checo.
Quando regressou a Praga, a fidelidade às origens
continuou inalterada. Dvorák dedicou-se à composições
de peças sinfónicas e óperas. E, nestas últimas,
principalmente, os elementos musicais e dramáticos são
de pura inspiração folclórica checa. A glória em vida
acompanhou-o até a morte. Dvorák morreu em Praga,
em 1904 e foi sepultado como herói nacional.
Sabemos que Dvorák compôs o seu Stabat Mater
entre Fevereiro e Maio de 1876, imediatamente depois
da morte da sua filha Josefa. Logo depois deixou o
trabalho de lado. No ano seguinte, a tragédia golpeou
outra vez a sua casa: as duas crianças restantes
morreram; Ruzena em Agosto e Otakar em Setembro.
Em Outubro, Dvorák começou a orquestrar a obra,
terminando-a em Novembro.
A primeira apresentação ocorreu em Praga, no
Theatre Provisional (o teatro nacional Checo do interior
do país), a 23 de Dezembro de 1880. De início, esta obra
de Dvorák não foi prevista para ser apresentada na
igreja como era de costume e sim, como peça de
concerto, baseada num texto religioso, da mesma
maneira que a Missa Solemnis de Beethoven e o
Requiem de Berlioz.
Dvorák era um católico devoto e sincero, cuja fé era
firme e inquestionável. O seu Stabat Mater e o seu
Requiem reflectem o seu espírito católico universal e o
espírito do seu tempo.
Embora os sentimentos pessoais de Dvorák possam
ter afectado a sua escolha do poema do Stabat Mater,
apenas os primeiros e os últimos dois andamentos
reflectem directamente o significado do texto na
música.
A sua fama atravessou o Atlântico. Dvorák foi dirigir o
conservatório de Nova Iorque. Nos Estados Unidos foi
atraído pela melodia dos índios e dos negros. Três anos
na América resultaram para Dvorák na fase mais
conhecida da sua actividade criadora. A ela pertencem
obras como a célebre Sinfonia n.º 9 em Mi menor - Do
Novo Mundo (1893); o Quarteto em Fá maior Op. 96,
30 31
biografias
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Manuel Moreira Giesteira
Nasceu a 8 de Outubro de 1944 na Freguesia da
Aguçadoura, Póvoa de Varzim. Em 1955 emigrou para
o Brasil, juntamente com sua família (pai, mãe e 3
irmãos) e foi residir na cidade de São Paulo. Fez a escola
primária em Aguçadoura e quando chegou ao Brasil, foi
estudar no Seminário Salesiano de onde saiu aos 14
anos.
Em 1959 ingressou como “office-boy” no extinto
Banco Português do Brasil. Aos 17 anos entrou para a
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no curso
de Direito, tendo-se formado com 22 anos. Aos 20 anos
tornou-se Gerente Geral de Operações do Banco
Português do Brasil e, aos 24 anos, foi nomeado
Advogado Chefe do referido Banco. Com 24 anos foi
aprovado como Professor Titular da disciplina de Direito
Tributário na Faculdade de Economia e Gestão de
Empresas e Professor Titular de Direito Comercial da
Faculdade de Direito. Ambas as Faculdades integram a
Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Aos
25 anos demitiu-se do Banco Português do Brasil e criou
um escritório de advocacia, tendo exercido a profissão
de Advogado e Professor até aos 52 anos. Foi advogado
e consultor jurídico na área tributária e comercial de
várias empresas brasileiras. Deixou a advocacia e
ingressou na actividade empresarial, possuindo
actualmente empresas de participações e empreendimentos. É também accionista de vários bancos e
empresas industriais brasileiras. É membro e participa
financeiramente na Associação de Assistência à Criança
Defeituosa e na Associação de Pais de Amigos dos
Excepcionais de Lagoa Vermelha do Rio Grande do Sul.
A 5 de Setembro de 1998 inaugurou a construção de
um sonho antigo, o Monumento ao Emigrante,
financiado pelo próprio. Trata-se de uma obra
localizada no alto do Monte São Félix, na Freguesia de
Laundos, Póvoa de Varzim. O seu conjunto escultório
representa a partida da família Giesteira para o Brasil
em 1954. Também nesse dia inaugura o restauro
interior e exterior da Igreja paroquial de Amorim, cujos
Pequenos Cantores de Amorim
custos foram por ele totalmente suportados, inclusive,
posteriormente, os jardins existentes no seu adro.
Em Novembro de 2007 o jornal Valor Económico do
Brasil dá-lhe honras de primeira página: «o advogado
surpreende pelo uso do dinheiro. Fundou, totalmente às
suas expensas, um Instituto de Promoção Humana, no
bairro de Cabuçu, município de Guarulhos, na Grande
São Paulo, que será o principal herdeiro do seu
património».
Esse Instituto, terá uma área construída de 30.000 m2,
dentro de um terreno de 160.000 m2. A sede, que está
situada numa das maiores comunidades carentes de S.
Paulo, atende actualmente 450 crianças e adolescentes,
dando cursos de técnicas administrativas, computadores, reforçando o horário escolar com ginástica rítmica
e artística, aulas de música etc. Todos os alunos, além de
estudarem, alimentam-se enquanto ali permaneçam.
Quando a construção estiver terminada, acolherá diariamente 1500 crianças, desde alimentação, cuidados
médicos, ensino, desporto e formação dos pais. Farão
parte do Instituto dois Centros de Saúde Infantil que
atenderão menores carentes dos 0 aos 10 anos e que,
actualmente, não possuem qualquer assistência médica.
Manuel Moreira Giesteira foi, e é o incentivador e
financiador, desde 2002, do coro dos Pequenos
Cantores de Amorim e, posteriormente, dos coros
Amorim & Laundos Ensemble, Coro Infantil de Amorim
e coro de Câmara dos Pequenos Cantores de Amorim,
bem como do Grupo de Sopros de Amorim.
Actualmente, além de gerir a construção e o ensino do
Instituto, participa do Conselho das seguintes empresas
brasileiras: Brasil Telecom, Unipar União das
Petroquimicas Brasileiras S.A., Duky EnergyParapanema Geração de Energia S.A., Tele Norte
Celular S.A., entre outras.
Fundado a 13 de Abril de 2002 na paróquia de
Amorim, Povoa de Varzim, os Pequenos Cantores de
Amorim (PCA) é coro formado por 35 crianças,
adolescentes e jovens.
Seleccionados aos seis anos de idade, integram, numa
primeira etapa o Coro Infantil de Amorim e, de acordo
com o desenvolvimento de cada um dos elementos,
passam para o PCA, terminando no coro de jovens
Amorim & Laundos Ensemble, projecto do qual faz
parte o Grupo de Sopros da mesma freguesia.
As despesas com a formação musical são suportadas
por Manuel Moreira Giesteira.
Esta formação tem como principais objectivos o
despertar para a arte e beleza da música coral, bem
como potenciar uma participação com arte e com alma
na vida da igreja.
International Choir Competition, no qual obtiveram o
diploma de Grau Prata.
De destacar as actuações em conjunto com o coral
Ensemble Vocal Pro Musica, o grupo Vozes da Rádio, a
Orquestra do Norte e a Orquestra Sinfónica da Povoa de
Varzim.
Marcaram presença nos programas "Portugal no
Coração" e "Praça da Alegria" da RTP.
Em Dezembro de 2007 os PCA, em conjunto com o
Coro Infantil de Amorim e o Grupo de Sopros de
Amorim, gravaram as músicas de Natal usadas naquela
quadra pela TV Porto Canal.
O coro é orientado e dirigido pelo pianista Pedro
Nuno, responsável pela formação musical. Trabalham
técnica vocal com a professora Liliana Coelho.
É um coro formado por idades muito jovens, ligado
desde o seu nascimento à música sacra, e que procura
"sair" da igreja com alguma frequência, abrindo-se aos
mais variados tipos de música.
Os Pequenos Cantores de Amorim apresentaram-se
um pouco por todo o país, nomeadamente na Sé
Catedral e Mosteiro de Tibães, em Braga, na Sé Catedral
e Lapa, no Porto, no Mosteiro de S. Torcato, em
Guimarães, na Misericórdia de Penafiel, Matriz da Trofa
e no Sagrado Coração de Jesus e São José, na Póvoa de
Varzim. Marcaram ainda presença no Auditório
Municipal, Pavilhão Municipal, Diana Bar e na Praça de
Touros da Póvoa de Varzim, na Casa das Artes de
Famalicão, no Centro Paulo VI em Fátima, em Fralães,
Barcelos e na Faculdade de Teologia, em Braga.
A nível internacional estiverem presentes em Santa
Maria de Oia, em Pontevedra e, em Abril de 2006,
participaram, em Itália, no 9º Riva del Garda
34 35
Coro Juvenil do Conservatório de Música do Porto
Coro Júnior Silva Monteiro
O Coro Juvenil do Conservatório de Música do Porto é
constituído por cerca de 60 alunos dos cursos básicos de
instrumento, com idades compreendidas entre os 10 e
os 14 anos.
O Coro Júnior Silva Monteiro foi criado em 1995 para
responder às necessidades curriculares do Curso de
Música Silva Monteiro, uma das escolas do ensino
vocacional de Música mais antigas de Portugal (a
comemorar 80 anos de existência em 2008).
Participa com regularidade em projectos individuais,
e integra os concertos com outras classes corais e
orquestrais do Conservatório, como por exemplo os
Concertos de Reis.
Neste momento participa no Requiem de Fauré e
prepara o concerto de Final de Ano agendado para o
Dia Mundial da Criança.
É um grupo formado por jovens dos 8 aos 14 anos,
inscritos na disciplina de Classe de Conjunto Coro da
referida escola e que, desde a sua criação, tem
participado em diversos eventos promovidos no âmbito
do projecto Escola-Comunidade “Ensemble Vocal Pro
Musica”, fundado pelo Prof. José Manuel Pinheiro.
36 37
Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga
Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima
O Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de
Braga foi criado em 7 de Novembro de 1961, por
iniciativa da Professora Maria Adelina Caravana. É uma
escola secundária artística pública, especializada no
ensino da música desde o básico ao secundário,
cabendo-lhe proporcionar formação especializada de
elevado nível técnico, artístico e cultural nessa área da
Música.
Teve o seu inicio no ano lectivo de 2003-2004, e é
constituído por 50 crianças entre os 5 e os 13 anos de
idade.
O Conservatório lecciona planos curriculares
próprios, estruturados em regime de ensino integrado e
organizados com autonomia em relação aos definidos
para a generalidade dos ensinos básico e secundário,
devendo integrar, progressiva e gradativamente, um
núcleo cada vez mais alargado das disciplinas de
formação vocacional e específica.
A Escola tem como princípios fundamentadores do
seu projecto educativo a promoção de uma educação
integral das crianças e dos jovens alunos, conjugando a
sua vertente artística com outros saberes e linguagens
culturais, científicas, tecnológicas e éticas ao longo de
todo um percurso escolar.
Trata-se de um coro infantil que tem como principal
objectivo a animação musical das celebrações do
Santuário de Fátima, especialmente dedicadas a
crianças. Nos seus primeiros dois anos de actividade
manteve uma estreita relação com o Agrupamento de
Escolas de Fátima, em cujos jardins-de-infância e escolas
de primeiro ciclo os seus maestros davam aulas de
música.
Inicialmente constituído para animar a Peregrinação
Nacional de Crianças ao Santuário, tem vindo a realizar
outras celebrações como terços e missas marcadamente
infantis.
Para além do repertório litúrgico que prepara
regularmente para os momentos celebrativos, tem
participado em concertos com um repertório muito
diversificado. É seu fundador e maestro titular Paulo
Lameiro.
38 39
Liliana Coelho
Bruno Pereira
SOPRANO
BARÍTONO
Nasceu em Braga em 1980. Frequentou o
Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga
desde os 10 anos de idade, nas classes de canto da
Professora Manuela Bigail, de piano com o professor
Filipe Silvestre e de violoncelo com a Professora Paula
Almeida. Licenciou-se com distinção em Canto na
ESMAE, nas classes dos professores José de Oliveira
Lopes, Rui Taveira e Norma Silvestre.
Foi orientada na técnica e interpretação vocal pelos
Professores: Peter Harrison, Galina Pisarenko, António
Salgado, Isabel Malaguerra, Jeff Cohen, Jill Feldman,
Muriel Coradini, Graziela Calvani, Jaime Mota, Philip
Langridge, Tara Harrison, Marieke Spaans, Lada
Valesova, Eugene Asti, Ingrid Kremling, Enza Ferrari,
Laura Sarti, entre outros; e dirigida pelos Maestros:
Pierre-Andre Valades, Peter Bergamin, Martin André,
Laurence Cummings, William Lacey, Luís Carvalho,
António Saiote, António Sérgio, entre outros.
Frequenta o último ano do Mestrado de Canto em
Interpretação na Universidade de Aveiro sob orientação
do Professor António Salgado.
Estreou-se em ópera com o papel de Cousinière em
«O rouxinol» de Stravinsky, entretanto interpretou a
Fúria de «L' ivrogne corrigé» de Gluck, «La Voix
Humaine» de Poulenc, Hoodpeecker em «A raposinha
matreira» Janacek, Vespina em «La Spinalba» de
Francisco António de Almeida, Duquesa em «A bela
adormecida» de Respighi e mais recentemente na
personagem Lucy da Opera Dreigroschenoper de Kurt
Weill sob direcção do Maestro António Saiote e direcção
Cénica de Marcos Barbosa.
Interpretou em repertório de oratória: Chichester
Psalms de Leonard Bernstein, Gloria de Vivaldi, La
Giuditta de Francisco António de Almeida, Gloria a 7
voci de Monteverdi, no final de 2007 interpretou o
Magnificat de J. S. Bach, o Gloria de A. Vivaldi e o Te
Deum de Charpentier.
Em Junho de 2007, foi solista na 4ª Sinfonia de Mahler
com Orquestra Nacional do Porto e Josep CaballeDomenech, e será novamente solista com a ONP em
2008 na 3ª Sinfonia de Carl Nielsen sob direcção de
Hannu Lintu.
Fez parte do projecto Estúdio de Opera da Casa da
Musica do Porto onde se apresentava em recital
mensalmente (de 2000 até 2006) com reportório
variado. Em recital fez a estreia absoluta do ciclo “Os
frutos dos Anjos” de Nuno Corte Real. Apresenta-se em
recital regularmente com o pianista David Baptista
Ferreira.
Faz parte do corpo docente da Academia de Musica
de Barcelos, do Conservatório de Música Calouste
Gulbenkian de Braga e é preparadora vocal do Coro dos
Pequenos Cantores de Amorim desde 2007.
Nascido em Vila Nova de Gaia iniciou os seus estudos
musicais aos oito anos de idade na Academia de Música
de Vilar do Paraíso.
É licenciado em Produção e Tecnologias da Música
pela Escola Superior de Música e das Artes do
Espectáculo do Porto e pós-graduado em Gestão
Cultural.
É diplomado em Canto Teatral pelo Conservatório
Superior de Música de Gaia, na classe da Prof. Fernanda
Correia. Realizou cursos de aperfeiçoamento vocal com
Hilde Zadek, Laura Sarti, Elsa Saque, Charles Spencer,
Mara Zampieri, Pat MacMahon, Manuel Cid, Enza
Ferrari e Susan McCulloch. Trabalha regularmente com
António Salgado.
Interpretou o baixo do Messias de Handel, Requiem,
Missa da Coroação e Missas em SolM, FaM, DoM e ReM
de Mozart, Cantata nº4 de J.S. Bach, Te Deum de
Charpentier e Requiem de G. Donizetti. No campo
operático desempenhou o papel de Sarastro na ópera A
Flauta Mágica e D. Alfonso em Cosi fan tutte de Mozart.
Interpretou Colas na ópera Bastien und Bastienne,
Bártolo nas Bodas de Fígaro e Buff no Empresário de
Mozart. Interpretou ainda Baltazar na ópera Amahl e os
visitantes da noite de G. Menotti, Noé na ópera A Arca
de Noé de B. Britten; Jimmy na ópera Mahagonny
Songspiel de Kurt Weil e Mãe na ópera Os sete pecados
capitais do mesmo compositor; Fiorello e Oficial na
ópera O Barbeiro de Sevilha de Rossini; Zuniga em
Carmen de Bizet; interpretou ainda, em estreia absoluta
a personagem de João Espergueiro morto na ópera João
Espergueiro de Eduardo Patriarca. Cantou sob a
direcção dos maestros Mário Mateus, Manuel Ivo Cruz,
Cesário Costa, Roberto Perez, António Saiote, Niksa
Bareza, Marc Tardue, Richard Brunner, Filipe Veríssimo
e Pedro Amaral com a Orquestra do Conservatório
Regional de Gaia, Orquestra do Norte, Orquestra
Filarmonia das Beiras, Orquestra ARTAVE, Orquestra
Nacional do Porto, Orquestra Clássica de Espinho,
Orquestra Sinfonieta da ESMAE, Orquestra Sine
Nomine e Orquestra Metropolitana de Lisboa.
É professor na Academia Contemporânea do
Espectáculo e na Academia de Música de Vilar do Paraíso.
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Daniel Ribeiro
José Manuel Pinheiro
ÓRGÃO
DIRECÇÃO
Nasceu na cidade de Paredes, Porto, em 1982, e
iniciou os seus estudos musicais em 1998 com Pe. João
Carrapa.
Em 1999 ingressou no Conservatório de Música do
Porto onde frequentou o curso de piano na classe da
Prof. Anne Marie Soares, tendo ainda a oportunidade
de trabalhar com os Profs. Fausto Neves (Piano) e
Fernando C. Lapa (Analise e Técnicas de Composição).
Nessa data iniciou também os seus estudos em órgão
sob a orientação da Prof. Rosa Amorim.
Em 2004 ingressou na Escola das Artes da
Universidade Católica Portuguesa, tendo estudado
Órgão e Improvisação com Giampaolo Di Rosa,
Composição com Eugénio Amorim, Musica de Câmara
com Cesário Costa, e Direcção Coral com Barbara
Francke.
Actualmente frequenta o primeiro ano de Mestrado
em Musica Sacra, especialização em Órgão, na Escola
das Artes da Universidade Católica Portuguesa, na
classe do Prof. Giampaolo di Rosa.
Participou em cursos orientados pelos Profs. Graham
Barber, Stefan Baier e Hans Ola Ericsson.
È organista na paróquia de Parada de Todeia, tendo
já realizado vários concertos na diocese do Porto.
Realizou, após o restauro, a inauguração do órgão da
Igreja Misericórdia de Barcelos. Participou no Festival
Internacional de Órgão “Ottobre Organistico Apriliano
2007” em Aprilia, Roma, e no Ciclo Buxtehude, organizado pela AMPO - Associação Musical Pro Organo.
Nasceu em S. Mamede de Infesta, Matosinhos.
Concluiu no Conservatório Nacional o Curso Superior
de Composição com elevada classificação, e frequentou
no Conservatório de Música do Porto o Curso Superior
de Piano e parte do Curso Geral de Violino e Canto.
Obteve o grau de licenciatura em Música na
Universidade de Aveiro, e concluiu com distinção o
mestrado em Choral Education (Music Education) na
Roehampton University, Londres.
Na área da música e da pedagogia frequentou, a
convite da Yamaha Music Foundation e de outras
instituições musicais, cursos em Espanha, Inglaterra,
Holanda e Áustria.
A sua actividade dominante incide sobre a
pedagogia, educação e animação cultural - musical.
Tem orientado por todo o país acções de formação na
área da Expressão Musical para professores do Ensino
Básico.
Lecciona no Conservatório de Música do Porto a
disciplina de Acústica Musical e Organologia e no Curso
de Música Silva Monteiro a disciplina de Classes de
Conjunto - Coro.
Trabalhou direcção de coro e orquestra com os
maestros Colin Durrant, Denis Dupays, Gregory Roses,
Matti Hyökki (Academia Sibelius Finlândia), Mike
Brewer (National Youth Choir of Great Britain), Peter
Erdei, Ralph Allwood (Eton College - National Youth
Choir of Wales) e Wassil Arnaudov.
42 43
Ana Paula Russo
Ana Calheiros
SOPRANO
MEZZO-SOPRANO
Nasceu em Beja. Completou o Curso Superior de
Canto do Conservatório Nacional, estudou em Salzburg
e Luzern com Elisabeth Grümmer e H. Diez e trabalhou
com Gino Becchi, C. Thiolass, Regine Resnick e Marimi
del Pozo. Licenciou-se em Canto pela Esc. Superior de
Música de Lisboa.
Como solista tem actuado em inúmeros concertos de
“Lied”, ópera e oratória, quer em Portugal, quer no
estrangeiro (Espanha, França, Bélgica, País de Gales,
Itália, Macau, Canadá, Estados Unidos). Destacam-se,
nomeadamente, trabalhos para a Fund. Gulbenkian,
RTP, RDP, a Europália-91 (em Bruxelas), espectáculos
no âmbito de Lisboa 94 Capital da Cultura e a
participação, entre outros, nos Festivais de Música dos
Capuchos, Leiria, Estoril, Algarve, P. de Varzim, F. da
Foz, Ischia e no Festival Internacional de Macau. Dos
muitos concertos e recitais destacam-se obras como “O
Livro dos Jardins Suspensos” de A. Schönberg, “Les
Noces” de Stravinsky, “Les Illuminations” de Britten, a
Cantata op.29 de Webern, obras de A. Chagas Rosa, os
“Carmina Burana” de Orff e as Operetas “Monsieur
Choufleuri…” e “Bataclan”de Offenbach.
Em 1988 obteve o 1º prémio de Canto no concurso da
Juventude Musical Portuguesa e no Concurso Olga
Violante; no mesmo ano, em Barcelona foi finalista no
Concurso F. Viñas. Em 1990 foi laureada nos Concursos
Internacionais de Oviedo e “Luisa Todi”.
Gravou em CD uma colectânea de canções de Natal
para canto e guitarra e um programa de peças musicais
relacionadas com o Palácio da Ajuda. Em 1996 foi a
soprano-solista das gravações para CD da obra “Matutino
dei Morti” de J. D. Bomtempo. Em 1999, integrou o
elenco que gravou para CD a ópera de M. Portugal “Le
Donne Cambiate”, no papel de “Condessa Ernesta”.
No Festival de Macau de 1992 interpretou, com
grande sucesso, o papel de “Rosina” em “O Barbeiro de
Sevilha” de Rossini. A sua carreira tem tido um destaque
especial no âmbito da ópera e música cénica podendo
ser referidos os papéis de : “Oscar” (“O Baile de
Máscaras”), “Marie” (“A Filha do Regimento”),
“Ninette” (“O Amor das Três Laranjas”), “Musetta” (“La
Bohéme”), “Adele” (“O Morcego”), “Clorinda” (“La
Cenerentola”), “Condessa Ernesta” (“As Damas
Trocadas”), “Hanna” (“A Viúva Alegre”), “Najade”
(“Ariadne auf Naxos”), “Cunegonde“ (“Candide”),
“Vespetta” (“Pimpinone”), “Eurydice” (“Orfeu nos
Infernos”), “Rouxinol” (na ópera homónima de
Stravinsky), “The English Cat” (Henze), “D. Anna” (D.
Giovanni), entre muitos outros.
Em Abril de '98 integrou o elenco que fez a estreia
mundial da ópera “Os Dias Levantados” de A. Pinho
Vargas, gravada posteriormente em CD para a EMI.
Foi escolhida para desempenhar um dos papéis
principais da ópera “Corvo Branco” de Philip Glass,
levada à cena na Expo '98 e no Teatro Real de Madrid e,
em Julho de 2001, no New York State Theatre (Lincoln
Center Nova Iorque).
Em 2004, no 10º aniversário da morte do compositor,
interpretou o soprano solista do Requiem de Fernando
Lopes-Graça, versão recentemente editada em cd
(2006).
Em 2005, em conjunto com o guitarrista Carlos
Gutkin, lançou o cd “Melodia Sentimental”, um
percurso musical ibero-americano, que tem obtido
grande exito em concertos em Portugal e Espanha.
Ana Calheiros nasceu na cidade de Braga. Ingressou
aos dez anos no Conservatório de Música Calouste
Gulbenkian da mesma cidade, iniciando os estudos
musicais em flauta de bisel contralto, piano e mais tarde
em canto na classe da professora Maria José Carvalho. O
seu percurso na área do canto começou no Conservatório, cantando a solo algumas obras com a Orquestra
e Coro do mesmo.
Actualmente, frequenta o último ano do curso de
Canto na Escola Superior de Música e Artes do
Espectáculo do Porto, na classe do Professor José de
Oliveira Lopes. Nesta mesma Escola já trabalhou com os
professores Luís Filipe Sá, Rui Taveira, entre outros.
Paralelamente, assumiu uma colaboração com a
Igreja da Lapa Porto, integrando o Coro de Câmara
Portogalante Ensemble, colaborando com o Coro Polifónico da Lapa e desempenhando, essencialmente,
funções de solista, sob a direcção do maestro Filipe
Veríssimo.
No âmbito da Ópera desempenhou o papel de Dido
na Ópera "Dido e Eneias" de Purcell e Marcellina na
Ópera "As Bodas de Fígaro" de W.A.Mozart. Com o
Coro da Orquestra do Norte já participou na Óperas: "O
Trovador" de Verdi, “La Traviata” de Verdi, “Tosca” de
Puccini, “Fidelio” de Beethoven e ainda na Cantata
“Carmina Burana” de Carl Orff. Como conclusão de
seminários realizados com a professora Norma Silvestre
destaca-se o papel de Orfeu na Ópera "Orfeu e
Euridice" de Gluck e alguns excertos da Terceira Dama
na Ópera "A Flauta Mágica" de W.A.Mozart.
Trabalhou com os maestros José Ferreira Lobo, Filipe
Veríssimo, António Saiote, António Baptista, Álvaro
Cassuto, Jorge Matta e com o maestro belga Erik van
Nevel num estágio de Música Renascentista
Portuguesa..
Participou em alguns cursos realizados pelos
professores José de Oliveira Lopes, Liliane Bizineche,
Jose Antonio Campo.
No campo da oratória foi solista em obras como
"Requiem" de Mozart, "Magnificat" e "Missa em Sol
Maior" de J.S.Bach. No âmbito da comemoração dos
250 anos do nascimento de Mozart, foi solista em todas
as suas missas breves e ainda na "Missa da Coroação",
“Missa do Grande Credo”, "Missa Waisenhaus", "Missa
Dominicus", "Missa Orgelsolo”, "Spatzenmesse", entre
outras. Como membro do Coro da Orquestra do Norte já
interpretou o "Requiem" de W.A.Mozart. Com o Coro
Polifónico da Lapa interpretou a “Grande Missa em Dó
menor” e o “Requiem” e W.A.Mozart. Destaca-se
também, como aluna da ESMAE, a participação em "Ein
Deutsches Requiem" de Brahms dirigido pela maestrina
Barbara Francke.
44 45
José de Oliveira Lopes
José Manuel Araújo
BARÍTONO
TENOR
Tem uma intensa carreira artística que o tem levado
aos mais importantes centros musicais da Europa,
América do Sul, África, Ásia, Estados Unidos e Canadá.
Destacam-se as participações em todos os Festivais de
Música em Portugal bem como no Festival de Música
Religiosa de Cuenca (Espanha), Comemorações Ravel
de Bruges (Bélgica), Festival de Bydgosz (Polónia), Art et
Musique de Biarritz (França), Comemorações Brahms
(Japão), Celebrações Mozart em Detroit (USA), Campos
do Jordão (Brasil), Festival de Macau (China), Primavera
2001 de Moscovo (Rússia), International Arts Festival
2007 (África).
Para além da sua actividade como cantor de Lied e
Oratória, representou em palco cerca de quarenta
personagens de Ópera, podendo destacar-se
interpretações como Don Alfonso (Così fan tutte), Conde
Almaviva (Le nozze di Fígaro), Albert (Werther),
Sharpless (Madama Butterfly), Scarpia (Tosca), Bártolo
(Il barbiere di Siviglia), Orpheo (Orpheo ed Euridice),
Colline (La Bohème), Escamillo (Carmen), Mago Tcelio
(L'amour des trois oranges), Musiklehrer (Ariadne auf
Naxos).
Foi também figura principal em óperas portuguesas:
Arsénio (Spinalba), Rei (Variedades de Proteu), e
Prisioneiro (Em nome da Paz). Tem uma passagem pelo
cinema, onde desempenhou, como cantor e actor, o
papel de Apresentador do filme-ópera “Os Canibais” de
Manoel de Oliveira/João Paes. Interpretou as partes
cantadas de Frohlo e Arcebispo na versão portuguesa
do filme “O Corcunda de Notre Dame”, para as
produções Walt Disney.
Tem sido solista convidado das principais orquestras
portuguesas e ainda da Manchester Camerata,
Filarmónica de Pequim, Orquestra da Câmara de
Annapolis, Filarmónica de Moscovo, Sinfónica de
Denver, Sinfónicas de São Paulo e do Rio de Janeiro,
Orquestra de Cordas de Lucerna, Filarmónica de
Bogotá, Westvlaams Orkest, entre outras.
Entre os Maestros com quem actuou, salientam-se os
nomes de Michel Corboz, Rudolf Baumgartner, Fritz
Rieger, Oliviero di Fabritis, Theodor Guschlbauer, John
Eliot Gardiner, Maurice Gendron, Claudio Scimone,
John Neshling, Philippe Entremont, Chen Zuo Huang,
Dimitri Kitaenko, Jan Latham-Koenig, e dos Pianistas
Sequeira Costa, Hermann Reutter, Helena Sá e Costa,
Tania Achot, Jörg Demus, Jorge Moyano e Sergei
Covalenko.
Tem vários discos gravados em colaboração com os
pianistas Fernando Azevedo, Takashi Yamasaki, Noël
Lee, Filipe de Sousa, Adriano Jordão e com as
Orquestras Gulbenkian, da Rádio Húngara e com a
Sinfónica de Budapeste.
Iniciou os estudos musicais no Conservatório de
Música do Porto com Martha Amstad e posteriormente
em Lisboa com Croner de Vasconcellos, diplomando-se
em Canto com nota máxima. Frequentou quatro anos a
Academia Superior de Música de Munique, sob a
orientação de Hermann Reutter e mais tarde fez
aperfeiçoamento artístico com Janine Micheau, Gino
Bechi e Alfredo Kraus. Foi considerado, por unanimidade do Júri, como o melhor intérprete de Lieder, no
XIX Concurso Internacional de Canto da Baviera, na
Alemanha. É detentor do prémio da Casa da Imprensa
Portuguesa.
Idealizou e dirigiu artisticamente os Concursos
Internacionais de Canto Luísa Todi, em Setúbal e Tomaz
Alcaide, em Estremoz.
Está citado na “História da Música Portuguesa” de
Ferreira de Castro/Rui Vieira Nery, em”Cantores de
Ópera Portugueses”, e “200 anos do Teatro Nacional de
São Carlos” de M. Moreau, “Uma Vida em Concerto memórias de Helena Sá e Costa” de Filipe Pires e na
edição Portuguesa da “Enciclopédia Larousse”.
Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa, onde cursou Filologia Clássica, e o
Conservatório Nacional, onde estudou Piano,
Violoncelo, Composição, Cravo, Clavicórdio,
Interpretação de Música Antiga e Canto, tendo
terminado o curso superior desta disciplina com a
máxima classificação, assim como a licenciatura em
Canto, na Escola Superior de Música de Lisboa. Estudou
com José de Oliveira Lopes, Lola Aragón, Gino Bechi,
Ettore Campogallianni, Claude Thiolass, Marimi del
Pozo, e, na Accademia Verdiana em Busseto, com Carlo
Bergonzi. Foi cantor solista do Teatro Nacional de São
Carlos. Cantou os papéis de Camille (A Viúva Alegre),
Pollione (Norma), Uldino (Attila), Ismaele (Nabucco), Jim
Mahoney (Ascensão e Queda da Cidade de
Mahagónny), Steuermann (Der Fliegende Holländer),
Léon (La Mère Coupable), O Conde (O Amor
Industrioso), O Fidalgo (Triologia das Barcas), Lo
Studente (Manon Lescaut), Wagner (Mefistofele),
Helenus (Les Troyens), Moser (Die Meistersinger),
Tamino (Die Zauberflöte), Alfredo, Gaston (La Traviata),
Conde Almaviva (Il Barbiere di Siviglia), D. José
(Carmen), Duque de Mântua (Rigoletto), Bedel Bamford
(Sweeney Todd), Jasão (Os Encantos de Medeia), Dr. S.
(The Man Who Mistook His Wife For A Hat), Cavaradossi
(Tosca), Altoum (Turandot), Manrico (Il Trovatore).
Leonardo de Barros, Michael Nyman, Fernando Fontes,
Laszlo Heltay, Tadeusz Serafin, Roberto Perez, Renato
Palumbo, Rengim Gökmen, Gabor Ötvös, Zoltán
Peszko, Zsolt Hamar, Félix Carrasco.
Cantou com a Orquestra do Teatro Nacional de
S.Carlos, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra
Filarmónica de Moscovo, a Royal Philarmonic
Orchestra, a Orquestra de Pequim, a Orquestra
Sinfónica Juvenil, a Orquestra da RDP, a Orquestra do
Norte, a Orquestra Sinfónica de Vallès, a Orquestra
Angrense, a Orquestra Clássica da Madeira.
É professor do Conservatório Nacional de Música de
Lisboa e da Academia de Amadores de Música..
Do repertório de concerto, cantou a IX Sinfonia de
Beethoven, a Missa da Coroação e o Requiem de
Mozart, o Stabat Mater e a Petite Messe Solennelle, de
Rossini, El Retablo de Maese Pedro, de Falla, o Requiem
de Verdi, Die Schöpfung, de Haydn, L'Oratorio de Noël,
de Saint-Saëns, o Stabat Mater, de Cimarosa.
Foi dirigido pelos maestros John Neschling, Wolfgang
Rennert, Daniel Nazareth, Armando Gatto, Franco
Ferraris, Lathan Köenig, Frédéric Chaslin, Gregor Bühl,
Dimitri Kitaenko, Silva Pereira, João Paulo Santos,
Manuel Ivo Cruz, Gunther Arglebe, Ferreira Lobo,
Rafael Montes, Ino Turturo, Cristopher Bochmann,
46 47
Orfeão de Vila Praia de Âncora
Félix Carrasco
DIRECÇÃO
Foi em 17 de Março de 1958 que, pela vontade do Pe.
José Pereira Lima, e de um grupo de Ancorenses, se
criou o Orfeão.
Colabora com instituições várias e estabelecimentos
de ensino, procurando divulgar a música coral
composta ao longo dos tempos.
O Orfeão de Vila Praia de Âncora (colectividade já
galardoada com a Medalha de Ouro do Concelho de
Caminha, com Medalha de Honra da cidade PontaultCombault (França), com a Medalha de Mérito Cultural
Dourada do Concelho de Caminha, declarada de
Utilidade Pública, em Abril de 1980), alarga a sua
actividade cultural nos mais variados campos. Assim,
mantém em actividade o seu Grupo Coral a quatro
vozes mistas, Secção De Teatro, o Grupo De Danças E
Cantares Regionais (em fase de renovação) e a Escola De
Música (em reestruturação).
Prepara anualmente um Concerto de Natal com
música sacra e canções de Natal.
O Grupo Coral, sobejamente conhecido em todo o
País através da rádio e da televisão, tem actuado em
inúneras localidades, distinguindo especialmente
audições efectuadas em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga,
Évora, Portalegre, Guimarães, Póvoa de Varzim, Viana
do Castelo, Lagos, etc.. Actua, normalmente, em várias
localidades de Espanha e fez diversas digressões
artísticas pela França (em 1978 foi o representante
Português no Festival "Carnaval dos Carnavais", um
desfile em Paris organizado pela TF 1), actuando junto
de associações de emigrantes portugueses ali radicados
e, bem assim, perante público francês.
Foi o organizador do I Encontro de Coros do Norte de
Portugal, em 1971, tendo também organizado os IV e
XIII Encontros nos anos de 1974 e 1983
respectivamente.
Participa anualmente nos Encontros Internacionais
de Corais da Ribeira do Baixo Minho, com corais
Minhotos e Galegos, tendo já organizado o 2º., 6º. E 10º.
Encontros.
Desde 1958 teve como maestros: Padre José Pereira
Lima, Prof.Laurentino Alves Monteiro, Dr. Francisco
José Torres Sampaio e Francisco Emílio Fontaínha Presa.
Félix Carrasco dirigiu com êxito mais de sessenta
orquestras em todo o mundo. Entre os países que visitou
como maestro convidado, encontram-se, na Europa, a
Alemanha, Áustria, Hungria, Suíça, Grécia, Itália,
Roménia, Letónia, Lituânia, Macedónia, Polónia,
Portugal e a República Checa. O Chipre, Egipto,
Kazaquistão, a Turquia e Taiwan fazem parte do grupo
de países africanos e asiáticos onde dirigiu. Na América,
actuou no Canada, na Colômbia, em Cuba, nos Estados
Unidos, no México, na República Dominicana e na
Venezuela.
Realizou diversas tournées pela Europa como
maestro convidado com as orquestras Sinfónica de
Budapeste, Sinfónica de Szeged (Hungria), Filarmónica
de Brasov (Roménia), Sinfónica Feminina da Áustria e
Orquestra de Câmara de Tóquio.
Christian David (composição), Harald Goertz (direcção
de orquestra), e Guenther Theuring (direcção coral).
Em 1995 foi-lhe atribuído o prémio das Artes da
Universidade de Leon pelo trabalho realizado junto da
Orquestra de Monterrey. Em 1997 foi premiado com a
medalha de Mérito Cívico pelo Estado de Nuevo Leon
pela sua contribuição no desenvolvimento cultural do
Estado. Em Novembro de 2002 foi galardoado pela
embaixada Austríaca no México, pelo Instituto Cultural
Domecq, pelo Concelho Nacional para a Cultura e Artes
e pelo Instituto Nacional de Belas Artes com a “Medalha
de Ouro de Mozart, Capítulo de Excelência” pela
promoção que realizou da música académica no México
e pela sua trajectória artística além-fronteiras.
Foi Director Artístico de diversas orquestras
mexicanas e austríacas, entre as quais destacamos a
primeira Orquestra de Câmara Austríaca Feminina
(1982-1983), a Orquestra Pro Arte de Viena (19831985), a Orquestra de Câmara Queretaro (1986-1988),
e a Orquestra da Sociedade Cultural Manuel Ponce
(1987). Foi também, de 1986 a 1990, maestro assistente
da mais famosa das orquestras mexicanas, a
Filarmónica do Estado do México. Em 1991 foi nomeado
Director Artístico da Orquestra Sinfónica de Monterrey.
Em 1997 fundou a Orquestra de Câmara de Monterrey,
onde ocupou também o cargo de director artístico.
Como docente foi Professor em três universidades
mexicanas: a Universidade de Nuevo Leon, a
Universida de Coahuila, e a Universidade Nacional da
Cidade do México.
Felix Carrasco graduou-se com menção honrosa pela
famosa escola vianense Hochschule für Musik onde
estudou com Karl Österreicher (direcção), Thomas
48 49
Larissa Savchenko
João Martins
MEZZO-SOPRANO
TENOR
Nascida na Ucrânia, iniciou os estudos de Piano aos
cinco anos de idade. Estudou no Conservatório Nacional
de Kiev onde obteve o diploma de Canto Lírico. No teatro
de Òpera de Kiev, interpretou os seguintes papeis:
Madalena (Rigoletto), Siebel em Faust (Gounod), Olga
(Eugeni Onegin), Duenia (Mosteiro Noivado) de Prokofiev,
Marta (Iolanta) Tchaikovsky, Liubacha ( A Noiva do Czar)
Rimsky-Korsakov, e LÉnfat et les sartiléges.
Nascido em Junho de 1979 na Cidade de Ponta
Delgada (Açores), João Cipriano Martins, iniciou os seus
estudos de Técnica Vocal em 2000, no Conservatório
Regional de Ponta Delgada. Actualmente é finalista do
Curso de Ensino de Música - Área Vocacional de Canto da Universidade de Aveiro sob orientação da Soprano
Isabel Alcobia.Trabalhou com Larissa Savchenko,
Imaculada Pacheco, e João Lourenço.Participou em
Master-Classes de Ópera, Lieder, Canto e Alexander
Technique com Ralph Döring, Isabel Alcobia, Carleen
Graham, Patrizia Morandini, Carla Lopes, Isobel
Anderson, Laura SartiFGSM , Pat Mcmahon e Mário Alves.
Foi solista nas seguintes obras: Requiem de
W.Mozart, Stabat Mater de Rossini, Requiem de Verdi,
tendo efectuando digressões pela Europa.
Em 1997 foi convidada trabalhar como professora de
Canto no Conservatório Regional da Ponta Delgada, na
ilha de São Miguel dos Açores.
Em 2001, ingressou como professora de Canto no
Conservatório Nacional de Lisboa.
Na temporada de 2001-2002 do Teatro Nacional de
São Carlos cantou em Alexander Nevsky. Na presente
temporada entregou o elenco de Charodeika de
Tchaikovsky. Na temporada de 2002-2003 interpretou o
papel de Catherine em Jeanne d`Arc au bûcher, de
Artur Honegger. Em 2004 cantou Petitte Messe
Solennelle de Rossini, Stabat Mater de A.Dvoâk,
interpretou o papel da Suzuki de Madame Batterfly,
Puccini. Integrou o elenco de Iolanta de P.Tchaikovsky
no Teatro São Carlos em 2006. Trabalhou com os
seguintes maestros: Volodymyr Gluchko, Zoltan Pesko,
Jonatahn Webb, Cristopher Bochmann, José Ferreira
Lobo, João Paulo Santos, Vladymyr Fedoseev. Em 2007
foi convidada a cantar no elenco de Iolanta de
P.Tchaikovsky no Teatro da Arena di Verona, Itália, com
o maestro Vladymyr Fedoseev. Em 2008 entrou no
elenco da ópera Aleko de Rakhmaninov, com direcção
do maestro Will Humburg, no Teatro Nacional de São
Carlos.
Adriano D´Arcy, Vasco Negreiros, Cesário Costa, César
Nogueira, Jorge Matta, Jorge Rocha, Jean Sebastien
Berrau, Paulo Martins e Vasco Pearce de Azevedo.
Como solista Interpretou as obras: Folk Song - British
Isles - de Benjamin Britten; Requiem, Litaniae, Vesperae
Solenne de Confessore e várias missas de W.A. Mozart;
Messa di Gloria de G. Puccini; Mass for mixed chorus de
I. Stravinsky; Te Deum de Marcos Portugal; Te Deum de
A. Bruckner; Missa brevis de Presb. Licinio Refice;
“Evangelisten” em Historia von der Geburt Jesu Christi
de H. Schütz; Membra Jesu Nostri de Buxtehude;
Magnificat e Missa in Sol M de J.S.Bach; Missa in Sol M
de F. Schubert; Missa em Sol M de Carlos Seixas;
Miserere de Francisco Lopes de Macedo e Miserere de
José Maurício; Messiah de G.F. Händel; Chorfantasie
op.80 de L.V. Beethoven; como Lukas em Die
Jahreszeiten de J.Haydn; como Tamino na Ópera Die
Zauberflöte de W.A. Mozart e Herr Vogelsang no
Singspiel Der Schauspieldirector também de
W.A.Mozart, Don José na Ópera Carmen de G.Bizet e
muito recentemente participou no elenco de Evil
Machines, uma Fantasia Musical de Luís Tinoco e Terry
Jones, em estreia Mundial.
Trabalhou com as orquestras: Metropolitana de
Lisboa; do Algarve; Sinfonieta de Lisboa; Filarmonia das
Beiras; de câmara do Conservatório Regional de Ponta
Delgada; Sinfónica de Jovens de Sta. Maria Feira, e sob a
direcção dos Maestros: José Leite; Rui Massena; António
Lourenço; António Saiote, António Mário Costa,
50 51
Ensemble Vocal Pro Musica
Rui Silva
BARÍTONO
Nasceu em 1982 na Póvoa de Varzim.
Iniciou os estudos musicais no Seminário de Nossa
Senhora da Conceição - Braga.
Ingressou, em 2002, na Fundação Conservatório
Regional de Gaia na modalidade de canto.
Actualmente frequenta o último ano da Licenciatura
do Curso Superior de Canto Teatral, no Conservatório
Superior de Música de Gaia, sob a orientação da
professora Fernanda Correia. Tomou parte como solista
nos Recitais de Canto organizados por este
conservatório.
Apresentou-se como solista nas seguintes Óperas:
“L'Enfant et les Sortilèges” de Ravel no papel de
Fauteuil; “La Serva Padrona” de Pergolesi como Uberto;
“O Gato das Botas” de Montsalvatche no papel de Rei;
“Bastien e Bastienne” de Mozart no papel de Colas; “A
Flauta Mágica” de Mozart no papel de Sarastro; “Don
Giovanni” de Mozart no papel de Leporello; “Carmen”
de Bizet no papel de Morales, “Os Sete Pecados
Mortais” de Kurt Weill no papel de Pai. No campo da
oratória, foi solista na “Missa da Coroação” de Mozart,
inserido no Festival de Música de Pontevedra.
Participou ainda nas Óperas “Dido e Aeneas” de
Purcell, “Amahl e os Visitantes da Noite” de Menotti e
“As Bodas de Fígaro” de Mozart. Participou em diversas
Galas de Ópera.
Do repertório apresentado em concerto fazem parte
obras de Ariel Ramirez, Bruckner, Barber, Bardós,
Dureflé, Kodaly, Czerny, Otto Nicolai, Saint-Saens,
Debussy, Poulenc, Ravel, Fauré, Haendel, Mozart, Bach,
Beethoven, Fernando Lapa, Lopes-Graça, Manuel Faria,
Schumann, Schubert, Brahms, Puccini, Verdi, entre
outros.
Cantou sob a direcção dos Maestros Mário Mateus,
Lawrence Golan, Vassalo Lourenço, Jiri Málat, Ferreira
dos Santos, Filipe Veríssimo, António Saiote,
Miramontes Zapata, Azevedo Oliveira, Jairo Grossi,
Nicola Giusti, Ferreira Lobo e Marc Tardue.
Participou em cursos de aperfeiçoamento vocal e
seminários com António Salgado, Antonie Denygrová,
Fernanda Correia, Enza Ferrari, Mário Mateus, Mara
Zampieri, Ettore Nova.
Dos locais onde se apresentou publicamente
destacam-se: Auditório Municipal de Gaia, Casa-Museu
Teixeira Lopes - Gaia, Europarque - Santa Maria da
Feira, Museu Nacional do Traje - Lisboa, Auditório
Municipal do Barreiro, Auditório Municipal da Póvoa
de Varzim, Ateneu Comercial do Porto, Fórum do Seixal,
Fórum Luísa Todi - Setúbal, Teatro Garcia de Resende Évora, Coliseu do Porto.
Integrou o Coro da Fundação Conservatório Regional
de Gaia, Grupo de Música Vocal Contemporânea,
Grupo de Câmara do Porto, Coro Polifónico da Lapa,
Coro do Seminário de Nossa Senhora da Conceição coadjuvando a direcção, Coro do Seminário Conciliar de
Braga, Orfeão da Universidade Católica Portuguesa Braga.
Frequentou o curso de Teologia, Universidade
Católica Portuguesa - Braga, e o curso de Direito,
Universidade Lusíada - Porto..
O Ensemble Vocal Pró Musica é um projecto de
interligação Escola-Comunidade, fundado na cidade do
Porto, em 1991, pelo Prof. José Manuel Pinheiro e por
alguns dos seus alunos. Inicialmente, integraram este
projecto, elementos oriundos de vários grupos que
partilhavam uma mesma direcção musical. Nos seus
primeiros doze anos de existência teve como objectivos a
promoção e realização de concertos corais mais
participados, favorecendo um maior intercâmbio, interajuda e sociabilização entre agrupamentos com diferentes
características. Realizou nesse período cerca de 80
concertos (acompanhados por alunos e/ou professores do
Centro de Música da Valentim de Carvalho, pela
Orquestra do Norte ou por Quintetos de Metais) em
diversas Igrejas e Salas de Espectáculo de Portugal.
A participação do grupo nestes concursos contribuiu
para uma excepcional motivação e evolução musical (e
artística) do grupo, pois permitiu o contacto com a
realidade coral internacional e promoveu o convívio com
grupos oriundos de vários continentes e com níveis
artísticos muito elevados.
Por ser um grupo jovem, procura dentro da sua
actividade musical, explorar a componente lúdica, sem
esquecer a componente educativa e por isso "viaja", no
tempo e no espaço, fazendo música de diferentes tipos,
estilos, países e épocas.
Actualmente, tem como base um coro que foi criado no
Curso de Música Silva Monteiro - uma das escolas do
ensino vocacional de Música mais antigas de Portugal. A
Direcção da escola entendeu como positiva a adesão deste
grupo ao projecto que, a partir de Setembro de 2003
começa uma nova etapa passando a apostar numa
formação de câmara.
Com esta nova formação participou em Outubro de
2003 no 5º Concurso Internacional de Coros em Riva del
Garda - Itália, onde obteve um diploma de prata na
categoria de Jazz e Música Latina e participou em
Novembro de 2004 nas Olimpíadas Corais - 10º Festival e
8º Concurso Internacional de Coros de Atenas - Grécia,
onde obteve a Medalha de Bronze na categoria de Coros
Mistos. Realizando na cerimónia de abertura deste último
evento o seu centésimo concerto.
Em Setembro de 2007, deslocou-se a Veneza Itália,
para participar no 5º Festival Internacional e Concurso de
Coros “Venezia in Musica”. Concorrendo em 2 categorias,
Musica Sacra e Coros Mistos, obteve 2 diplomas de ouro,
vencendo a categoria de Música Sacra e o Grande Prémio
“Venezia in Musica”, este último disputado entre os
vencedores das 6 categorias.
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Nuno Costa
João Almeida
ORQUESTRAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Natural de Cerva (Ribeira de Pena), nasceu em
Novembro de 1986.
Tendo iniciado os seus estudos musicais desde muito
cedo, frequenta, neste momento, no Conservatório de
Música do Porto o Curso Complementar de Piano na
classe da professora Manuela Costa. Também é aluno
do IPP - ESMAE, no curso de Composição.
A par das actividades escolares tem dinamizado a
actividade coral na sua terra natal. Dentro desta
actividade tem participado em diversos encontros de
coros com várias formações vocais.
Promoveu alguns espectáculos na região de Basto,
com o objectivo de divulgar a canção popular
portuguesa.
Tem desenvolvido um vasto trabalho na área da
edição musical. Editou, para estreia absoluta, várias
composições de Joaquim dos Santos. Ainda na área da
edição musical, colabora regularmente com a
associação portuense Atelier de Composição, na revisão
de partituras.
Desenvolve também um trabalho regular na área da
composição. Estreou as suas primeiras peças para coro
misto; piano solo; canto, violoncelo e piano durante o
ano de 2006 e dirigiu o Coro do Conservatório de
Música do Porto (classe da professora Magna Ferreira),
na estreia do seu salmo 22, para barítono solo, coro a 8
vozes e órgão, na igreja de Cedofeita, Porto.
Em Outubro de 2007 assumiu a direcção musical do
Coral de Chaves, com o qual tem realizado vários
concertos a capella e acompanhados por agrupamentos
instrumentais.
A convite do maestro José Manuel Pinheiro
orquestrou para o Ciclo Coral-Sinfónico de Amorim o
Ave Verum de Gabriel Fauré, sendo o original para
órgão e coro.
João Almeida nasceu em 1963 em Lisboa.
Em criança frequentou o Curso de Solfejo da
Academia de Amadores de Música e o Curso de
Guitarra da Escola Duarte Costa. Após 9 anos de estudo
na Escola Alemã de Lisboa, seguiu o Curso de Psicologia
da Faculdade de Psicologia. Ao mesmo tempo
prosseguiu a relação com a música, nomeadamente
através do Curso de Guitarra Jazz do Hot Clube de
Portugal. Pouco depois foi convidado, como
autor/guitarrista, a colaborar com o Grupo Teatro
Ibérico em "Auto da Índia" (Gil Vicente), sob a direcção
de José Blanco Gil. Foi também autor/intérprete da
música em "Cabaret", de Fernando Gomes, na Casa da
Comédia.
O mundo da rádio surgiu em 1987 ao concluir o 1º
Curso de Jornalismo Radiofónico da TSF, sob a
coordenação de Adelino Gomes, no final do qual foi
convidado a integrar a equipa que fundou a TSF Rádio
Jornal. Entre 1988 e 1999 João Almeida trabalhou como
repórter na TSF, tendo executado, como enviado
especial, a cobertura noticiosa de diversos eventos em
cerca de 20 países, nomeadamente o derrube de
Ceausescu na Roménia, a reunificação da Alemanha, o
bi-centenário da morte de Mozart na Áustria, a Guerra
do Golfo em 1991, a guerra em Angola, as eleições em
Israel e nos Estados Unidos da América em 1992, os
massacres no Ruanda (1994), a erupção do vulcão na
Ilha do Fogo em Cabo Verde (1995), as tropas
portuguesas na Bósnia (1996), e a cerimónia dos óscares
em Los Angeles (EUA) em 1997.
Em 1998 realizou para a TSF o programa “Toque”
(divulgação de música clássica) e “Palco” (divulgação de
espectáculos). Em 1999 executou as funções de editor
da manhã da TSF e de apresentador do Fórum TSF.
Em 2000 saiu da TSF para integrar os quadros da SIC
e SIC Notícias onde trabalhou até 2004 como repórter
televisivo na área cultural, colaborando de permeio com
o “Jornal de Letras” e a revista “Visão” (editoria de
cultura).
A partir de 2005 foi convidado a integrar os quadros
da RDP (Antena 2) tendo aí realizado os programas
"Bilhete Postal", "Amanhecer", "Raízes", e “Linha do
Horizonte”.
Actualmente apresenta os programas "Quinta
Essência" (entrevistas) e “Preto no Branco”, exercendo,
ao mesmo tempo, o cargo de director-adjunto da
Antena 2.
Durante esse percurso, como jornalista de rádio, João
Almeida recebeu uma Menção Honrosa na categoria de
Revelação do Prémio Gazeta (1990), além do Prémio
Gazeta de Reportagem Rádio (1991), e do Prémio de
Reportagem Rádio do Clube Português de Imprensa
(1992).
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Orquestra do Norte
José Ferreira Lobo
DIRECTOR ARTÍSTICO
José Ferreira Lobo iniciou a sua actividade
profissional em 1979 como Maestro Director da
Camerata do Porto, orquestra de câmara que fundou
com Madalena Sá e Costa.
Com a colaboração de solistas prestigiados
internacionalmente, apresentou-se em inúmeros
concertos, no país e no estrangeiro. Em 1992, funda a
Associação Norte Cultural, sendo o seu projecto o
vencedor do primeiro Concurso para criação de
Orquestras Regionais, instituído pelo estado português.
Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é o
seu Maestro Titular e Director Artístico.
Colaborou com artistas consagrados
internacionalmente como Krisztof Penderecki, José
Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier, Katia Ricciarelli,
Patrícia Kopatchinskaya, Michel Lethiec, Eteri Lamoris,
António Rosado, Dame Moura Linpany, Svetla Vassileva,
José de Oliveira Lopes, Vincenso Bello, Fiorenza Cossotto,
entre outros.
Da sua carreira internacional destaca-se a direcção de
ópera e concerto na África do Sul, no Brasil, na Alemanha,
China, no Chipre, em Espanha, nos Estados Unidos da
América, no Egipto, em França, na Holanda, Inglaterra,
Lituânia, Itália, Letónia, no México, na Polónia, Roménia,
Rússia, Suíça, Turquia, Colômbia e na Venezuela,
colaborando com orquestras de renome como
Manchester Camerata, Orquestra Sinfónica Nacional da
Lituânia, Orquestra de Cannes, Orquestra Sinfónica da
Galiza, Orquestra Nacional de Izmir, Orquestra Sinfónica
de Istambul, Orquestra CRR de Istambul, Orquestra da
Rádio Televisão de Pequim, Orquestra Sinfónica do
Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra da Rádio
Nacional de Holanda, Orquestra Sinfónica do Estado do
México, Orquestra Sinfónica da Universidade de Nuevo
Leon, Filarmónica Artur Rubinstein - Lodz, Orquestra
Hermitage de St. Petersburg, Orquestra Sinfónica de
Zurique Tonalle, Sinfonia Varsóvia e Orquestra
Filarmónica de Montevideo.
José Ferreira Lobo apresentou-se em algumas das
mais importantes salas de espectáculo do mundo,
nomeadamente na Filarmonia de Munique, Tonhale de
Zurique, Ópera Nacional do Cairo, no Centro Cultural
de Hong Kong, Centro Cultural de Pequim, Teatro Solis
de Montevideo, na Filarmonia de Vilnius e no
Hermitage de São Petersburgo. Interpretou ainda
música sacra nas igrejas da Madelaine, em Paris,
Catedral de Catânia (Festival Bellini) e Orsanmichele,
em Florença.
É regularmente convidado a integrar mesas de júri de
prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias
mundiais de compositores franceses, portugueses,
suíços e turcos.
Possui um amplo repertório que abrange o clássico e
o romântico, passando por trabalhos contemporâneos e
trinta títulos de ópera.
Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão
Portuguesas e Rádio Suisse Romande. Com a Orquestra
do Norte gravou nove CD's.
É director artístico do Festival Internacional de Ópera
de Portimão.
A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o
projecto de descentralização da cultura musical,
apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora
do primeiro concurso nacional para a criação de
orquestras regionais, instituído pelo Estado Português,
nesse mesmo ano.
Iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro
e inédito, esta orquestra tem vindo a afirmar-se no
panorama da música erudita, realizando os seus
concertos de norte a sul de Portugal e também noutros
países, como é o caso de Espanha e de França.
A Orquestra do Norte integra profissionais de
reconhecido mérito e tem, habitualmente, a
colaboração de prestigiados Maestros, Solistas e Coros
nacionais e estrangeiros, que permitem a interpretação
de um repertório variado, que inclui concertos
sinfónicos, didáctico-pedagógicos, ópera, música de
bailado e música de câmara.
Ao longo dos dezasseis anos de actividade realizou
mais de dois mil concertos com uma assistência média
de cinquenta mil espectadores / ano, o que revela a sua
capacidade de resposta aos diferentes tipos de público e
o especial cuidado com a formação dos jovens, através
dos concertos pedagógicos que são orientados e
executados numa perspectiva didáctica.
A Orquestra do Norte conta com o apoio do
Ministério da Cultura e do Instituto Politécnico do Porto
e tem colaborado com setenta e uma autarquias,
fundações, empresas patrocinadoras e diversas
instituições culturais.
O Maestro Titular e Director Musical é, desde a sua
fundação, José Ferreira Lobo.
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Orquestra do Norte - Elenco
José Ferreira Lobo - Maestro Titular
Gunther Arglebe Maestro Adjunto
I Violinos
Emanuel Salvador
Jadwiga Korzen
Anne-Louise Cantori
Kinga Switaj
Flávio Azevedo
Joana Kruszynska
Gaspar Santos
II Violinos
Pedro Carneiro
Tatiana Raleva
Malgorzata Szymanska
Jaroslaw Biesarz
Melanie Fernandes
Vania Rodet
Violas
Liliana Fernandes
Michael Korpak
Driton Islami
Katarzyna Baczewska
Noémi Santos
Violoncelos
Yoël Cantori
Adrienne Taylor
Carina Albuquerque
Beata Checinska
Lucie Kucharova
Monika Mats
Contrabaixos
Ulrich Charlé
Rui Leal
Maurício Garcia
Harpa
Elzbieta Baklarz
Flautas
Ana de la Vega
Ana Catarina
Oboés
Russel Tyler
Pedro Leal
Clarinetes
Nuno Madureira
Gaspar Lima
Fagotes
Joaquim Teixeira
Adam Odonj
Trompas
Rebecca Holsinger
Mário Reis
Roberto Sousa
Nelson Silva
Trompetes
Ângelo Fernandes
Flávio Silva
Trombones
José Pereira
Pedro Mendes
Jorge Freitas
Tímpanos e Percussão
Kazuko Osada
Vítor Brandão
Rui Tavares
organização
coro infantil de amorim
pequenos cantores de amorim
amorim & laundos ensemble
grupo de sopros de amorim
quatro grupos únicos
um grande projecto
por um sonho antigo
Associação
Norte
Cultural
- Orquestra
Norte
Associação
Norte
Cultural
- Orquestra
dodo
Norte
Morada Cine Teatro Monte da Eira, Cepelos - 4600 Amarante
Cine Teatro Monte
da Eira,
Cepelos
- 4600
Telefone
(+351)
255 410
470 Amarante
470255
(+351)
Telefone (+351) 255
Fax410
Fax410
(+351)
479255 410 479
[email protected]
E-mail
E-mail
[email protected]
Web
www.orquestradonorte.com
www.orquestradonorte.com
mecenas ouro
Uma entidade sem fins lucrativos,
destinada a criar um mundo melhor.
mecenas prata
Pub lipor
apoio
Pub tecniforma
Apoio
APDL Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA.
A. F. Costa, Jardinagem
Agência Funerária de Beiriz
Agrupamento nº 440 - Amorim
Casa dos Anjos
Cena, Equipamentos Teatrais e
Cinematográficos
Churrascaria Corcovado
Energie - Energia Solar Termodinâmica
Electro Amorim / Euronics
Farmácia de Amorim
Ferreira & Novo
José Pereira Novais, Construção Civíl
Junta de Freguesia de Amorim
Manjar das Francesas
M. J. Vendeiro
Móveis Dias
Novotel Vermar
Petisqueira Barca
Restaurante Firmino
Serralharia Irmãos Rego
Tecniforma, Oficinas Gráficas
Apoio à divulgação
Antena 2
Diário do Minho
Póvoa Semanário
Rádio-Mar
Rádio Renascença
Ficha Técnica
direcção técnica e produção
Paróquia de Amorim
Associação Norte Cultural/Orquestra do Norte
direcção artística
José Ferreira Lobo
coordenação geral
Guilherme Peixoto
coordenação coral
José Manuel Pinheiro
comunicação
Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
Associação Norte Cultural/Orquestra do Norte
relações públicas
colaboradores paróquia de amorim
Artur Martins
Eduarda Viana
Elói Alves
Hélder Amorim
João Paulo Moreira
José Claro
Marta Santos
Pedro Alves
Pedro Costa
Renato Neiva
Rúben Alves
Teresa Costa
colaboradores orquestra do norte
Mónica Magalhães
secretariado
notas de programa
Cristina Santos
Mónica Magalhães
contabilidade
design
Paula Brás
Typeface | design, comunicação e multimédia
técnico de palco
fotografia
Daniel Santos
Mário Santos
arquivo
decoração da igreja
Liane Dias Costa
Pedro Mendes
Vânia Rodet
Notas
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