* gilbert Simondon SOBRELA TÉCNICA n ln o n .il * f í O clC ÍlIS Serie CLASES Güberí Simondon SOBRELA TÉCNICA (1953- 1983) Simondon, Gilbert Sobre la técnica: 1953-1983 / Gilbert Simondon - la ed. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Cactus, 2017. 4 48 p.; 22 x 15 cm - (Clases; 15) Traducción de Margarita Martínez y Pablo Esteban Rodríguez. ISB N 978-987-3831-19-5 1. Filosofía. 2. Tecnología. 3. Educación. I. Martínez, Margarita, trad. II. Rodríguez, Pablo Esteban, trad. III. Título. C D D 121 Cet ouvrage, publié dans le cadre du Programme d'Aide á la Publication Victoria Ocampo, bénéficie du soutien de l’Institut Frai^ais. Esta obra, publicada en el marco del programa de Ayuda a la Publicación Victoria Ocampo, cuenta con el apoyo del Institut Franjáis. Título original: Sur la technique (1953-1983) Autor: Gilbert Simondon Traducción: Margarita Martínez y Pablo Rodríguez ©-2014, Presses Universitaires de France © 2017, Editorial Cactus Ira. edición en castellano —Buenos Aires, junio de 2017 Diagramación y tapas: Manuel Adduci Impresión: Talleres Gráficos Elias Porter y Cía. s r l Queda hecho el depósito que marca la ley 11.723. ISBN:978-987-3831-19-5 IM P R E S O E N LA A R G E N T IN A / P R IN T E D IN A R G E N T IN A www.editorialcactus.com.ar [email protected] Gilbert Simondon SOBRE LA TÉCNICA (1953- 1983) Traducción de M argarita Martínez y Pablo Rodríguez Editorial Cactus Serie Clases Volumen 15 - ' 1" ‘ ’ . ■ ■ ÍN D IC E GENERAL N O T A E D I T O R I A L .............................................................................................................................................. 9 P R E S E N T A C I Ó N ................................................................................................................................................11 E P ÍG R A F E : I M P R E S I Ó N D E L A R E A L I D A D S O B E R A N A .......................................................31 I. C U R SO S P S IC O S O C IO L O G ÍA D E L A T E C N IC ID A D (1 9 6 0 -1 9 6 1 ).............................35 I N T R O D U C C I Ó N .......................................................... 35 P R IM E R A P A R T E : A S P E C T O S P S I C O S O C I A L E S D E L A G É N E S I S D E L O B J E T O D E U S O .................................................................................................................................. 41 Progreso p o r m edio de la saturación y.por m edio de la reconstitución: ciencia y técnica (41) C ultura y civilización (42) L a cultura em puja al ostracismo al objeto técnico nuevo (44) Reacción de defensa contra el ostracismo: desdoblamiento, criptotecnicidad, fanerotecnicidad (45) Ritualización y tecnofanía (46) Tecnofanía, neotenia, amateurismo y objeto arquetípico (48) E l objeto técnico y el niño: tecnología genética (50) El objeto técnico y la m ujer (53) El objeto técnico y el grupo rural (55) El objeto técnico y el subgrupo en situación pregnante (57) S E G U N D A PA RTE: H IS T O R IC ID A D D E L O B JE T O T É C N IC O ...........................59 H istoricidad y sobrehistoricidad (59) O bjeto de cultura y objeto técnico: alienación del objeto y virtualización del trabajo (61) Los grados de sobrehistoricidad (65) O bjeto técnico abierto y objeto técnico cerrado (67) Apertura del objeto artesanal (69) Cerrazón del objeto industrial; código hum ano y código m ecánico (70) L a producción industrial com o condición de apertura (72) Escala microtécnica y orden macrotécnico (75) T E R C E R A P A R T E : T E C N I C I D A D Y S A C R A L ID A D . E S T U D IO C O M P A R A D O D E LA S E S T R U C T U R A S Y D E LA S C O N D IC IO N E S D E L A G É N E S IS , D E LA D E G R A D A C I Ó N Y D E L A C O M P A T I B I L I D A D ............................................................................ 7 8 Introducción (79) 1. L a falsa sacralidad ligada al objeto técnico cerrado (81) 2. Isomorfismo d e la sacralidad y de la tecnicidad (87) Conclusión (122) N A C IM IE N T O D E LA T E C N O L O G ÍA (1 9 7 0 )..................................................131 S O B R E L A T E C N O L O G Í A A L E J A N D R I N A ( 1 9 7 0 ) ....................................................................17 4 A R T E Y N A T U R A L E Z A (EL D O M IN IO T É C N IC O D E LA N A T U R A LEZ A ) (1980).................................................................................. 177 5 II. A R T ÍC U L O S Y C O N F E R E N C IA S L U G A R D E U N A IN IC IA C IÓ N T É C N IC A E N U N A F O R M A C IÓ N H U M A N A C O M P L E T A (1953)................................................................................. 201 R E S P U E S T A A L A S O B J E C I O N E S ( 1 9 5 4 ) .........................................................................................221 1) “Alcance sociológico de la experiencia en el m arco de una reforma” (221) 2) “Validez de la ley biogenética” (223) 3) “Iniciación técnica e iniciación científica” (225) P R O L E G Ó M E N O S PARA U N A R E C O N S T IT U C IÓ N D E LA E N S E Ñ A N Z A (1 9 5 4 )...................................................................................... 229 Sentido del esfuerzo a realizar (229) D atos históricos (230) El problem a de la educación (232) Educación rural (233) Especialización y adaptación, adiestram iento y aprendizaje (234) Información (236) Tecnología (237) Estructura de la enseñanza (238) Enseñanza corta y enseñanza larga (239) Condición de vida de los estudiantes (240) C iclos y niveles (242) Servicio cívico y m ilitar (243) Educación y sociedad (244) N O T A S O B R E E L O B J E T O T É C N I C O .............................................................................................. 2 4 5 A S P E C T O P S IC O L Ó G IC O D E L M A Q U IN IS M O A G R ÍC O L A (1959) ...249 O P T IM IZ A C IÓ N D E O B JE T O S T É C N IC O S A G R ÍC O L A S (E X T R A C T O S ) 259 L O S L ÍM IT E S D E L P R O G R E S O H U M A N O (1 9 5 9 ).......................................261 E L E F E C T O D E H A L O EN M A T ER IA T É C N IC A : H A C IA U N A E S T R A T E G IA D E LA P U B L IC ID A D ( 1 9 6 0 ).......................................................271 LA M E N T A L ID A D T É C N IC A (¿1961?)................................................................ 285 I. E S Q U E M A S C O G N I T I V O S ..................................................................................................................2 8 6 II . M O D A L I D A D E S A F E C T I V A S ........................................................................................................... 2 9 2 I I I . A C C I Ó N V O L U N T A R I A . B Ú S Q U E D A D E N O R M A S ..................................................... 2 9 6 C U L T U R A Y T É C N I C A ...............................................................................................303 T É C N IC A Y E SC A T O L O G ÍA : E L D E V E N IR D E L O S O B JE T O S T É C N IC O S (R E S U M E N ) (1 9 7 2 )..............................................................................319 T R E S PE R SP E C T IV A S PARA U N A R E F L E X IÓ N S O B R E LA É T IC A Y LA T É C N IC A ( 1 9 8 3 )............................................................................................................ 325 I . É T I C A Y T É C N I C A D E L A S D E S T R U C C I O N E S ....................................................................3 2 5 II . É T I C A Y T É C N I C A D E L A S C O N S T R U C C I O N E S ............................................................. 3 2 8 I I I . D I A L É C T I C A D E R E C U P E R A C I Ó N .......................................................................................... 3 3 2 C O N C L U S I Ó N ..................................................................................................................................................3 3 8 6 III. FRA G M EN TO S Y NO TAS I’S IC O S O C IO L O G ÍA D E L C IN E (IN É D IT O , 1 9 6 0 ).................. 341 ( H IJETO T É C N IC O Y C O N C IE N C IA M O D E R N A (IN É D IT O , 1961) ..3 4 9 A N T R O P O T E C N O L O G ÍA (IN É D IT O , 1 9 6 1 ).................................................. 353 O B JE T O E C O N Ó M IC O Y O B JE T O T É C N IC O ( 1 9 6 2 )......... 359 Lo que podem os entender p or “objeto técnico” (360) Influencia de los factores económ icos dentro de los procesos de concretización: tres niveles de tecnicidad (362) R E F L E X IO N E S S O B R E LA T E C N O E S T É T IC A (1 9 8 2 )............. 365 S U P L E M E N T O 1 S O B R E L A T E C N O E S T É T I C A ....................................................................... 3 7 8 SU PLEM EN TO 2 ............................ S U P L E M E N T O 3 ................................... 380 380 S U P L E M E N T O 4 ............................................................................................................................................. 3 8 1 IV. E N T R E V IS T A S E N T R E V IST A S O B R E LA T E C N O L O G ÍA C O N Y V ES D E F O R G E (1 9 6 5 ).................................................................................. 385 E N T R E V IST A S O B R E LA M E C A N O L O G ÍA : G IL B E R T S IM O N D O N Y JE A N L E M O Y N E (1 9 6 8 ).......................................391 C O M P L E M E N T O A L A “E N T R E V IS T A S O B R E LA M E C A N O L O G ÍA ” : L A R U E D A ( 1 9 7 0 ) ............................................................................................................................................4 2 8 SALVAR E L O B JE T O T É C N IC O (1 9 8 3 ).............................................................. 431 Í N D I C E D E N O M B R E S ...............................................................................................................................441 7 NOTA EDITORIAL IJ presente volum en es el primero de una serie que apunta a reunir y establecer la obra de Gilbert Sim ondon en la editorial Presses Universit ai res de France. En este primer volumen, al presentar estos diversos textos sobre la técnica que fueron escritos a lo largo de treinta años (de 1953 a 1983), hemos que­ rido completar la publicación de los trabajos de Gilbert Sim ondon sobre un tema lo suficientemente importante a sus ojos como para que le consagrara ,su tesis complementaria {D u mode d ’existence des objets techniques, 19581), que acompañaba la tesis principal (.L’individuation a la lumiére des notions de form e et d ’inform ation1). Verdaderamente, el estudio sobre la técnica acompaña en efecto el estudio de la individuación, com o da testimonio el anuncio de la primera parte de L ’individuation, consagrada al estudio de la individuación física: “Los principios que vamos a intentar desprender del examen epistemológico deberán ser entonces considerados com o válidos si son transductibles con otros dominios, como el de los objetos técnicos y el de los seres vivientes”3. Así, con las dos tesis, estaba lanzada la apuesta: estos principios consisten en descubrir la individuación, proceso a través del cual adviene el ser, según un pensamiento transductivo (noción central para la ontología de Gilbert Sim ondon), que procede no por semejanza sino por 1 E l modo de existencia, de los objetos técnicos, Buenos Aires, Prometeo, 2007. 2 La individuación a la luz de las nociones de forma y de información, Buenos Aires, Cactus, 2015. 3 Op. cit., p. 129. 9 Sobre la técnica m edio de una verdadera analogía a través de los distintos dominios (físico, viviente, psíquico y colectivo, así com o también técnico), ellos mismos transductivos (véase E l modo de existencia, “Intentaremos indicar en qué sentido la relación entre los objetos técnicos es transductiva”4). Pero este estudio de la realidad técnica deja ver al m ism o tiempo, y por contraste, cómo, en la cultura, otros m odos de pensar, m ediante la semejanza o la “identidad afectiva y emotiva parcial”, mediante género y especies —a veces con constitución de m itos y estereotipos—nacen por el juego de los grupos y las actitudes humanas, y tienen ecos en la producción m ism a de los objetos técnicos (a los que cargamos de aspectos inesenciales, venales, sociales). Así, la realidad técnica es susceptible de ser mal conocida, mal estimada, y a veces producida bajo “especies mentirosas” y no según la “dignidad esencial del ser verdadero” . D e lo que se trata en este conjunto de textos es de dicha dim ensión de la cultura y de la vida hum ana com o posible fuente de alienación, y de la encrucijada social, ética, incluso política de su elucidación (claramente subrayada en E l modo de existen cia...). Tam bién se trata de los caminos para la m odificación de nuestra m irada sobre la técnica, así com o sobre la producción de los objetos técnicos mismos. Los textos que se agrupan aquí, de estatuto m uy diverso -cursos, artículos, conferencias, entrevistas—son contemporáneos de la elaboración de las dos tesis (iniciadas en 1952 y defendidas en 1958), o ampliamente posteriores. En esta medida, sea que las completen, las enriquezcan o simplemente se apoyen sobre ellas com o algo ya adquirido, ninguno de ellos vuelve a ofrecer explícitamente sus análisis fundamentales. Es la razón por la cual, llegado el caso, los presentamos agregando algunas notas que remiten a los trabajos principales, sin preocuparnos por la exhaustividad. El conjunto se completa gracias a algunos textos inéditos que se conservaban en los archivos personales de Gilbert Simondon, y que son susceptibles de ser iluminadores, incluso si no son a veces sino fragmentos no destinados por su autor a la publicación. D am os todo nuestro agradecimiento a las personas que aceptaron y permitieron la publicación de las tres entrevistas. Nathalie Sim ondon 4 E l modo de existencia.. p. 42. 10 PRESENTACIÓN porJean-Yves Chateau Modo de existencia de los objetos técnicos y psicosociología de la tecnicidad H e aquí un volum en cuyo prim er interés es el de reunir la casi totalidad ile los textos sobre la técnica (m ás allá de los que ya fueron editados) escritos por Gilbert Sim ondon en el transcurso de su vida, bajo la form a de cursos, artículos, notas, o textos correspondientes a entrevistas que brindó. El interés ante todo reside en el acceso que se otorga a su pen ­ sam iento acerca de la técnica en toda la variedad de sus form ulaciones y la diversidad de temas que estudia, así com o los objetos y dom inios de objetos que explora (com o la relación de la técnica con la ética, la c< onom ía, la ecología, la escatología, el progreso hum ano, la enseñanza, l.i estética, el cine), algunos de los cuales, com o la alquim ia, eran m uy i .1 1 .miente estudiados en la universidad francesa de su tiem po, sobre tu«l<> cutre los filósofos. I lay pocas obras filosóficas que hayan acordado una atención y una imp n iijiu ia tan decisivas a la realidad técnica como la de G ilbert Simondon, subir todo i liando se presentó, al m ism o tiempo (luego de la defensa de 11 Sobre la técnica sus dos tesis en 19581), como un pensamiento cuyo alcance ontológico es fundamental merced a su reflexión envolvente sobre la individuación, que estaba destinada a “resituar el individuo en el ser, según los tres ni­ veles físico, vital y psicosocial” (ilfi, p.20), y que también vale para los objetos técnicos: aborda a la realidad técnica en la diversidad y el detalle concretos de sus objetos, sin confundirlos en una totalidad homogénea, sino distinguiéndolos según “modos de existencia ’ diferentes (meot, pp. 37-38: el elemento, el individuo, el conjunto), que fundan sin embargo también la naturaleza de las relaciones efectivas entre ellos; pero también considera esta realidad según la esencia de la tecnicidad, la relación entre los objetos y esta esencia, las relaciones recíprocas de esta esencia y de otras grandes formas de la relación del hombre con el mundo, que forman sistema entre ellas y con el mundo. U n cierto núm ero de textos aquí reunidos se inscriben directamente en la perspectiva reflexiva que abrió el m eot de m odo notable a ojos de todo el m undo: son los textos sobre la estética, el “N acim iento de la tec­ nología”, el “D om inio técnico de la naturaleza” . Pero el meot, al subrayar con fuerza el divorcio entre la cultura y la técnica y la alienación que le es correlativa, pudo dar a algunos lectores la impresión de que Sim ondon se desinteresaba de lo que no depende directamente del punto de vista del objeto técnico. El presente volumen muestra claramente que no es así y deja aparecer cómo, a lo largo de su obra y de su enseñanza, Sim ondon se esforzó por brindar los medios para luchar contra esta alienación, sea tratando de com prender sus múltiples aspectos y percibir una vía de mejora, por ejemplo en “Psicosociología de la tecnicidad”, “C ultura y técnica”, “L a m entalidad técnica”, o de remediarla, com o en los textos pedagógicos, “Aspecto psicológico del m aquinism o agrícola” , “El efecto de halo”, “Antropo-tecnología” o incluso “Salvar el objeto técnico” . Sin embargo, es im portante observar que esta perspectiva psico-sociológica no tiene nada que ver con una inflexión respecto del pensamiento desarrollado 1 La individuación a la luz de las nociones de forma y de información, que señalaremos como i l f i . El modo de existencia de los objetos técnicos, que señalaremos como m e o t . La primera obra era su tesis principal; la segunda, su tesis complementaria. Recordemos que ambas tesis fueron escritas al mismo i iempo y defendidas el mismo día. 12 Presentación r ii el m eot, con el cual está en perfecta coherencia, en la m edida en que uní >os puntos de vista son solidarios, se completan y se refuerzan. En estas condiciones, puede ser útil precisar qué vínculo sostiene este punto de vista psicosociológico sobre la técnica con el que sostiene el m eot y el ilfi. I I texto titulado “Psicosociología del cine” nos brinda indicaciones ■la ras y valiosas sobre lo que constituye el “alcance psicosociológico” tic un fenóm eno com o el cine, considerado no “com o form a de arte o instrum ento de placer, com o m edio de propaganda o procedim iento Iicdagógico, com o industria o com o comercio” , sino com o una actividad • > realidad psicosocial, com parable con “la guerra, los movimientos de masas, los m itos, los ritos, los intercambios, el ejercicio de la autoridad”. “ El cine es realidad psicosociológica porque im plica una actividad de hombres en grupo, y una actividad que supone y provoca representacio­ nes, sentim ientos, movimientos voluntarios” . Es com o tal una actividad que “difícilmente se deja conceptualizar según esquemas previos”, que se .(justarían al arte, la literatura o a las realidades existentes anteriormente. I I cine es una actividad que es “capaz de crear ella m ism a los conceptos” i uyo uso “se aprende en la m anipulación de las realidades cinematográfii as”, y cuyo alcance puede ser “extendido e incluso unlversalizado”, o sea, engendrar “una visión del m undo” . La actividad cinematográfica com o realidad psicosocial es “descubrimiento y construcción del hombre p o r él mismo”, en la m edida en que constituye “un nuevo m odo de conciencia y de conocim iento, de apreciación y de representación” , revelando algo «Ic-I hombre (más que de las cosas) que no podía aparecer antes “en toda l.i duración del tiempo de la hum anidad”, porque ella al mismo tiem ­ po lo hace ser. E s “realización de una historicidad que no es solamente .K ontecimental sino que también es reserva de virtualidades y potencia de .uno-creación; tal es la significación de la prueba a la cual el cine som ete a la humanidad” . Lo que puede pedir un estudio psicosociológico del cine es entonces “qué m odificación aporta la introducción del cine en el régimen (le los intercambios interindividuales”, qué reemplaza y qué continúa, qué aporta com o absolutam ente nuevo. E l cine es una realidad psicosocial en la m edida en que es “una cierta form a de autorregulación” , “ el principio tle un cierto lazo entre acción y representación” . liste texto sobre la psicosociología del cine deja aparecer con claridad lo <|iie hace que una realidad pueda ser considerada com o psicosocial. L o que 13 Sobre la técnica puede invocar explicaciones y precisiones suplementarias es sin embargo su aplicación a la técnica, lo que hace el curso de 1960-1961 titulado “ Psicosociología de la tecnicidad”. Conviene observar especialmente en qué elementos este curso retom a los análisis especialmente del m eot, y en qué no los retoma sin embargo, en am bos casos, en una gran coherencia y continuidad con ellos. L a búsqueda de la esencia de la tecnicidad y del objeto técnico en el MEOT En la prim era parte del m eot, en efecto, se trata de m ostrar (contra casi todos los teóricos de la técnica, sean filósofos o tecnólogos) que los objetos técnicos tienen un “m odo de existencia” propio, un “m odo de existencia” propiam ente técnico: lo que caracteriza a un objeto técnico com o tal es su “m odo de existencia” propio, su ser propio, no es especialmente su utilidad, aquello para lo cual puede servir, por m ás eficaz y calculado que se pueda revelar su uso (la utilidad no es un categoría propiam ente técnica2); y tam ­ poco es, precisión insuficiente, el hecho de que el objeto sea un “artefacto” , que haya sido “fabricado por el hom bre”, ni siquiera fabricado con una finalidad de uso, de utilidad, de adaptación a la realización de una tarea en condiciones óptim as de eficacia y de rentabilidad. Ciertam ente, la mayor parte de los objetos técnicos que son producidos y comercializados tienen (o parecen tener) un uso, una utilidad, una eficacia en condiciones de costo y de rentabilidad determinadas, y es por esta razón, en general, que se producen en el sistem a económico industrial actual; y si no parecen tener esas cualidades (o dejar de tenerlas), no son, o ya no son más, productos; es el mercado, el comercio, el juego económ ico, social, psicosocial, de la 2 El punto de vista del uso, las condiciones del uso, de la utilidad, de la “utensilidad” (término que remite a la traducción del término heideggeriano de Zeug, en Sein undZeit, § 15, derivado de “utensilio”, como en la traducción de Boehm y De Waelhens en p u f en 1964), no ofrece información sobre el ser técnico del mismo ( m e o t ) sino sobre las representaciones y actitudes respecto de él, desde un punto de vista económico, social, psicosocial. El uso es, en parte al menos, independiente de la realidad técnica del objeto, de lo que es objetivamente e incluso en vistas de lo cual fue fabricado. 14 Presentación oferta y la demanda, los que deciden efectivamente. Pero sean criterios económicos o sociales, incluso psicosociales los que deciden la producción y la difusión comercial de los objetos técnicos (de la m ism a manera que la de todos los demás objetos, fabricados o no), los que deciden así la exis­ tencia social efectiva de los objetos técnicos, este hecho no indica en qué son técnicos: su m odo de existencia técnica no se confunde con su m odo de existencia social o psicosocial. U n objeto técnico auténtico puede no ser nunca producido y comercializado por razones diversas y especialmente comerciales; puede dejar de ser producido y comercializado por razones de beneficio, mientras que sigue siendo eficaz y está adaptado a tal o cual usuario; la definición de las finalidades prácticas y de las condiciones de uso y de costo de un objeto puede definir su demanda, las exigencias y condiciones a las cuales debe responder su plan de fabricación, y determi­ nar las condiciones de su factura y comercialización; no constituyen una definición y una determinación del objeto com o ser propiam ente técnico, es decir, aquello que incluso lo hace capaz, llegado el caso, de realizar tal o cual función, de responder a tal o cual funcionalidad, de producir de m odo regulado un efecto determinado. Lo que define en cam bio al objeto técnico en su ser propiam ente técnico es su “concretización” —es decir, una relación consigo m ism o de todo lo que, dentro de él, nace y se desarrolla en el sentido de su coherencia y su unidad3: la concretización es el m ovim iento (la “génesis”) que hace existir al objeto técnico com o solución de un problem a su pe­ rando, según todas las dimensiones de la realidad, las incom patibilidades que están incluidas en su proyecto y en el estado actual de los objetos que se aproxim an, y que hacen de ello su abstracción. A hora bien, esta concretización está determ inada prim ero por “una necesidad interna” que es propiam ente técnica: es el conjunto de las condiciones para que funcione de m anera un poco durable, estable y no autodestructiva (m eot, p. 4 8 ); esta necesidad interna propiam ente técnica se define 3 m e o t , i, capítulo 1, § 1: “El objeto técnico existe entonces como tipo específico obtenido al término de una serie convergente. Esta serie va del modo abstracto al modo concreto: tiende hacia un estado que haría del ser técnico un sistema enteramente coherente consigo mismo, enteramente unificado”. El modo de existencia de los objetos técnicos, Buenos Aires, Prometeo, 2007, p. 45- Sobre la técnica po r distinción y exclusión de las “causas extrínsecas” que son las causas prim ero económ icas (m eot, 1, capítulo 1, 2 , p. 45). A sí hay “dos tipos de causas, económ icas y propiam ente técnicas” (p. 4 8 ). A decir verdad, estas causas extrínsecas económ icas son tam bién sociales, psicosociales; “L as causas económ icas, en efecto, no son puras; interfieren con una red difusa de m otivaciones y de preferencias que las atenúan o incluso las invierten (gusto por el lujo, deseo de la novedad m uy a la vista en los utilizadores, propaganda com ercial), de m odo que ciertas tendencias a la com plicación aparecen en los dom inios en los que el objeto técnico es conocido a través de m itos sociales o m ovim ientos de opinión , y no se ve apreciado en sí m ism o” (m eot, 48). L a existencia y el rol de las “causas extrínsecas” económ icas, sociales, psicosociales, no se niegan. Pero se distinguen de las causas que son propiam ente técnicas porque son internas al objeto m ism o, necesarias para su funcionamiento. H ay que diferenciar funcionamiento y junción (o funcionalidad); para que un objeto pueda realizar una función (tener una funcionalidad), es preciso que funcione. Lo que hace que un objeto sea técnico es su ser propio, es decir, las condiciones de su funcionam iento (el análisis del MEOT le confiere una consistencia ontológica propia), y no en prim er lugar la manera en la cual puede ser utilizado y ser útil, también económicamente, ni la manera en la cual es abordado en las diferentes representaciones y actitudes sociales o psicosociales, cuya im portancia es decisiva, en cualquier caso, para decidir sobre su producción, su co­ mercialización o su obsolescencia. Esa es la lección esencial y, en ciertos aspectos, revolucionaria, del m eot (en su primera parte); la finalidad de su indagación es “la esencia de la tecnicidad” ; es el título de la tercera parte (incluso si esa esencia no puede ser encontrada por medio de la sim ple inducción a partir del objeto técnico, en la m edida en que no se dice que la tecnicidad se encuentre completamente en el objeto técnico). E l objeto de una psicosociología de la tecnicidad D entro de una perspectiva semejante, la “tecnicidad” , que en el artículo “Psicosociología de la tecnicidad” indica el objeto de la investigación, no puede ser tom ada com o “la esencia de la tecnicidad” ; por el contrario, 16 Presentación , I i ci mino recubre indistintam ente todas las diversas representaciones . 1. l.i i calidad técnica, incluso las incom patibles, que se pueden form ar m l.i diversidad del cuerpo social y que envuelven esta realidad con un “halo” , un “caparazón psicosocial” . Por principio, desde un punto de vista nsu o,sociológico, lo que se trata de caracterizar y conocer objetivam ente no <\s la técnica en su realidad, según su esencia, sino la diversidad de un . onjunto de representaciones y de actitudes que conciernen a la técnica, de maneras de hablar, de com portarse y de juzgar, com o algo que no ■,e i rata de discutir o de juzgar (en todo caso, no en principio), sino, en un primer m om ento, de recoger, reconocer y establecer, en tanto que hechos que luego habrá que organizar, comprender, poner en relación (m i lo que sea susceptible de hacerlos inteligibles, y entre todo eso la esencia de la tecnicidad. l’or principio, lo que se estudia en una psicosociología de la tecnicidad no es el objeto técnico considerado en su realidad objetiva, ontológica, niiendido según la m anera en la que ha sido producido luego de haber sulo concebido, ni según el “m odo de existencia” propiam ente técnico tal i om o está caracterizado en el m eot. Pero hay que señalar que el “objeto” nene aquí un estatuto diferente del que le es reconocido en el meot. El i arácter objetal del objeto técnico, que es examinado en el curso de 1960, debe ser cuidadosamente distinguido del carácter objetivo, qüe es el funda­ mento del m odo de existencia estudiado en el meot. A m bos caracterizan dos m odalidades del estatuto del objeto que están en el fundam ento de la relación entre los puntos de vista que corresponden respectivamente a estos dos estudios. Objetividad y objetualidad del objeto técnico “O bjetal” [ “Objectal”], término em pleado excepcionalmente por Sim on ­ don y repetido aquí con tres líneas de intervalo, corresponde a una consi­ deración del objeto que difiere notablemente de aquella que corresponde a su objetividad, y que prevalece en los análisis del m eot, aunque a fin de i uentas estén am bas en perfecta coherencia: lo que puede requerir una atención particular es el hecho de que en am bos casos, aunque de m odo diferente, se trata de pensar el objeto com o si poseyera un cierto m odo 17 Sobre la técnica de ser que corresponde a una cierta “espontaneidad” e “independencia” , pero no desde el m ism o punto de vista. En el m eot, el objeto técnico aparece com o si tuviera un m odo de exis­ tencia propiam ente técnico, si se lo considera objetivamente, es decir, si se capta su realidad conforme a su génesis concretizante, independientemente de las intenciones que presidieron su producción, de sus usos efectivos, de las representaciones que se tienen de él y de los valores, positivos o negativos, que están asociados a él en la vida económica, social, psicosocial. Por el contrario, en el curso de 1960, el carácter “objetal” del objeto se refiere primero a la “independencia” parcialmente simétrica que es suscep­ tible de adquirir precisamente en relación con el proceso de la producción que constituyó la objetividad del producto en que se ha convertido (en su génesis concretizante), esto es, a su “capacidad de desapego del operador hum ano inicial” ; en correspondencia con ello, los caracteres positivos de esta “objetualidad” son la posibilidad de una “aventura libre”, de una suerte de “ libertad” (“lo que no quiere decir autonom ía), de un “equivalente de espontaneidad”, de una “existencia espontánea de los productos técnicos que se convierten en objetos”, “liberado(s) en el universo social” -en suma, de un modo de existencia económico, socialy psicosocial, diferente del modo de existencia técnico descrito en el m eot, y que corresponde precisamente a una “liberación”, un “desapego” en relación con este ú ltim o-. D esde el punto de vista de su m od o de existencia técnico, el ob ­ jeto técnico está norm ado por la necesidad interna que constituyen sus condiciones de funcionam iento estable y no autodestructivo, y constituye la norm a de su utilización de acuerdo con sus condiciones de funcionam iento. D esde el punto de vista de su m odo de existencia económ ico, social y psicosocial, está norm ado y a la vez dicta norm a en este “universo sobredeterminado de las interrelaciones”, “bajo la form a de calidad reconocida en la cultura dom inante del grupo hum ano en el que se encuentra: prestigio, valor económ ico” , “siem pre sobredeterm inado parcialm ente com o sím bolo psicosocial” . La categoría del objeto y su rol no son los m ism os en el curso de 1960 que en el MEOT; la objetualidad del objeto es lo que hace que pueda ser investido por el ju ego de las relaciones económ icas y sociales y las representaciones psicosociales sin garantía de objetividad; y por esta investidura se encuentra tendencialm ente exonerado de sus propiedades objetivas. 18 Presentación A sí, la introducción de “ Psicosociología de la tecnicidad” apunta a dejar aparecer un nuevo estatuto y un nuevo sentido del objeto, que no invalida el precedente pero que adquiere su significación po r contraste con él: el sentido que se retiene para fundar el punto de vista del curso es el m ism o que el meot invalida para caracterizar y fundar el suyo. La tecnicidad se puede perder después de haber sido objetivam ente producida: es la condición de posibilidad para que el objeto, incluso objetivam ente técnico por el hecho de su producción, pueda ser reducido a una sim ple objetualidad que lo som ete a determinaciones n o técnicas sino sociales (ser “objeto” , aquí, es tam bién ser, en un sentido, “sujeto” , es decir estar som etido a influencias ajenas a su objetividad, una “cosa” sim plem ente disponible). L a generalización de la idea de que incluso los objetos producidos m ediante una operación técnica elaborada pueden tener una significación, un m odo de existencia social, que no estén li­ gados a su tecnicidad, eso se prepara e introduce mediante la referencia al ejem plo del objeto de arte: todo el m undo sabe que no hay arte sin técnica, al m ism o tiem po que aquello que denom inam os obra de arte es, por principio, aquello en lo que vem os otra cosa adem ás de técnica. El ejem plo del inmueble remite al de las artes (la arquitectura) donde la necesidad de reglas y de un saber hacer técnico sólidos es lo m ás evidente. El producto técnico, del m ism o m odo que una obra de arte, una vez realizado y “separado”, o solam ente “separable”, no depende ya de m odo decisivo de su “operador inicial”: no hay objetividad del producto que sea diferente del conjunto de aquello que se ha hecho socialmente de él (representaciones, actitudes, m odos, usos), que sea distinto del “sistem a reverberante constituido por el operador, la obra y el conjunto de las reali­ dades mediadoras intermediarias entre el hombre operador y el producto”, es decir, del sistem a social que form an. Lo que ha producido realmente el “operador inicial” es la “libre aventura” de ese producto, que dispone de ella para bien y para mal, hasta inform ar a veces al operador m ism o a través de un “retorno de eficiencia” . Entonces, el sentido de apertura del segundo párrafo es claro: “un objeto técnico es producido cuando es separable” . “ Ser producido”, en este sentido, no es llegar al término de su génesis concretizante; es más bien salir de ese proceso y escapar de su productor; ser producido es haber term inado de ser producido, es “salir”, en el sentido en el que se dice de un nuevo m odelo de autom óvil; no 19 Sobre la técnica es el triunfo garantizado de su objetividad en el m undo de la eficiencia, es la m arca que está disponible para la aventura de la objetualidad en el universo psicosocial. D e ese m odo, si “el ser técnico se convierte en o b je to ...” , esto no quiere decir que se convierta en objeto técnico, sino, por el contrario, que tiende a perder la objetividad de su ser técnico convirtiéndose en “obje­ to” “objetal” , es decir, susceptible de ser sometido a todo el juego de las representaciones, los valores y las norm as de la vida económ ica, social, psicosocial. Aquí, convertirse en “objeto” no es, o no es solamente, para la realidad, adquirir (a través de la producción técnica) la m aterialidad que funda su objetividad; es adquirir “un halo de socialidad”. Es su carácter “objetal”, que funda la posibilidad de la independencia del objeto: “esta espontaneidad segunda y provisoria es tanto m ás grande cuanto que el objeto es m ás objetar. Es dicho carácter el que lo vuelve disponible para convertirse en aquello que la libre aventura económica, social y psicosocial hará de él; y es eso mismo el soporte de aquello que la psicosociología de la tecnicidad estudia de m odo característico, com o veremos. ¿Por qué hacer una psicosociología de la tecnicidad'? El carácter objetal y el carácter objetivo del objeto se oponen así de una manera que parece casi exclusiva. Sin embargo, es la producción de la objetividad de la realidad del objeto la que hace posible que se convierta en objetal4. En esta medida, la relación entre la objetualidad y la objetivi4 Cuando ha dejado de ser producido técnicamente, cuando ha alcanzado el colmo de su objetividad, al mismo tiempo, y por ese hecho, se convierte en separable de su productor pudiendo conservar una cierta consistencia y existencia pero no su tecnicidad, porque no es una cualidad susceptible de ser inherente a él: nunca depende exclusivamente de él sino de lo que comparte con la operación de su producción o de su utilización, incluso de su regulación ( m e o t ) , o con el conjunto o la red en los cuales está inserto o con los cuales está conectado. Es lo que hace que la tecnicidad no esté contenida enteramente en el objeto técnico y su génesis (idea anunciada desde el inicio de la tercera parte): No “se puede considerar a los objetos técnicos como realidades absolutas y existentes por sí mismas, incluso luego de haber sido construidos” ( m e o t , 255). 20 Presentación ,|,n 1 1 i.irccc difícil de form ular de m odo definitivo: “E l carácter objetal del producto técnico no parece deber ser considerado necesariamente com o form ando parte de su esencia”5, sino más bien com o un “lím ite” de su . ondición de ser técnico. ¿Pero es un límite que incluye o que excluye? ( >ii¡/ás haya que decir, en un sentido, que la objetualidad pertenece, “en uti.i' ierta m edida” al m odo de existencia del objeto técnico, en la m edida i 11 que se hace posible por él; pero, com o al m ism o tiem po lo excluye, quiiá s sea mejor, en otro sentido, considerar, com o sugieren las formulaciones mi roducidas en el párrafo siguiente, que la objetualidad y la objetividad i 0 1 responden a dos m odos de existencia del objeto técnico: un modo de existencia puram ente técnico y un m odo de existencia económ ico, social, psicosocial, y este últim o correspondiendo a “la existencia espontánea de los productos técnicos que se convierten en objetos” , es decir, que dejan de ser, o de ser tratados según su tecnicidad, y vuelven a encontrar el m odo de ser del “producto técnico liberado dentro del universo social” , «le ahora en m ás cubierto por un halo de socialidad y envuelto por “una <or.iza social y sobre todo psicosocial” . Si de este m odo objetividad y objetualidad parecen tender a excluirse, il mismo tiem po que están ontológicamente vinculadas, ¿pueden los dos i ipos ile estudios que determinan ser compatibles? Podemos preguntarnos por la utilidad de una indagación psicosociológica, sobre su sentido y su interés filosófico, a ojos de Sim ondon, en tanto el punto de vista reflexivo ili l meot se propone solamente decir lo que que sucede con la esencia del objeto técnico y de la tecnicidad, y en tanto la psicosociología, por principio, se propone, en cam bio, conocer representaciones y actitudes cuyo fundam ento no es tanto la realidad técnica sino toda la gam a de las formas de la subjetividad individual y colectiva respecto de dicha realidad. L a respuesta m ás rápida es decir que lo que busca conocer la psicosocio­ logía es tam bién realidad: la realidad humana. ¿Cóm o pensar entonces en eximirse de su estudio? Ahora bien, vam os a examinar por qué no es sino bajo ese m odo que la realidad hum ana com o tal puede ser abordada sin 5 “El carácter objetal del producto técnico no es, quizás, sino un límite de la « ondición del ser técnico, y no debe ser considerado necesariamente como algo que forma parte de su esencia, incluso si pertenece, en cierta medida, a su modo de existencia” (.Psicosociología de la tecnicidad, p. 36). ■).\ Sobre la técnica abstracción o reducción. Por otra parte, la realidad técnica no es natural sino que es producida por el hom bre (“gesto hum ano cristalizado”). El m undo objetal del objeto técnico es un efecto directo de su realidad ob­ jetiva, revela todavía algo objetivo sobre aquello que puede ser un objeto técnico para un hombre o un grupo hum ano determinado. Q ue la pro­ ducción de los objetos técnicos, las utilizaciones, las representaciones, los intercam bios que se puede hacer de ellos puedan ser ocasión de todo tipo de errores, de ilusiones, de mitos, eso hay que tom arlo com o un hecho, form a parte de la realidad de la tecnicidad, una realidad hum ana que la investigación psicosociológica es susceptible de actualizar, en la m edida en que considera que nada de lo que es hum ano le es ajeno. Ciertamente, habrá que examinar la naturaleza del tratamiento que es capaz de aportar a dicha inform ación psicosocial. Esto debería hacer entrever la naturaleza de los vínculos entre la psicosociología y el pensam iento reflexivo (filo­ sófico). Alcanzamos aquí un punto m uy im portante del pensam iento de Sim ondon, desarrollado especialmente en il f i . ¿Por qué el conocimiento de lo humano debe ser “psicosociológico”? Lo transindividual U na antropología filosófica que se basara en la mera razón para determinar una esencia universal del hom bre conduciría necesariamente a sustancializar al individuo. Pero ni una psicología pura ni una sociología pura pueden brindar un conocim iento adecuado y no reductor de lo hum ano, en la m edida en que am bos retoman im plícitam ente esta presuposición de una existencia sustancial del individuo separable de su existencia so­ cial. En todo caso, no es un sim ple asunto de denom inación ni m ucho m enos una guerra de disciplinas: hay psicosociólogos que, tom ando “al grupo com o un aglom erado de individuos” (p. 377) y estudiándolo com o com puesto de individuos ya constituidos y separadcas, descansan en el m ism o apriori. Ahora bien, no son estas relaciones interindividuales las que constituyen la naturaleza propia de los grupos hum anos ni la dim ensión original de ser en conjunto que es inseparable de todas las form as de individualización humanas; son m ás bien las relaciones que Si­ m ondon denom ina transindividuales-, “ Las dos individuaciones, psíquica Presentación y colectiva, son recíprocas entre sí; permiten definir una categoría de lo transindividual que tiende a dar cuenta de la unidad sistemática entre la individuación interior (psíquica) y la individuación exterior (colectiva). El m undo psicosocial de lo transindividual no es ni lo social bruto ni lo ¡nterindividual; supone una verdadera operación de individuación a partir de una realidad preindividual (p. 16). Lo transindividual “no localiza” a los individuos, sino que los hace “coincidir” “por superposición” sim ple, “com unicar por m edio de las significaciones” , “por recubrimiento”. Lo transindividual es la categoría que se esfuerza por perm itir pensar com o hom ogéneo y continuo todo lo que toca al ser hum ano: “Es el ser com o relación quien es prim ero y quien debe ser tom ado com o principio; lo hum ano es social, psicosocial, psíquico, som ático, sin que ninguno de estos aspectos pueda ser tom ado com o fundam ental mientras que los dem ás serían juzgados com o accesorios” (p. 377). Si hay que adoptar un punto de vista “psicosociológico” con respecto a lo hum ano, es porque su naturaleza es genéticamente transindividual; no tanto p o r razones que conciernen al análisis epistem ológico y a la historia de las ciencias hum anas, sino m ás bien para intentar, cualquiera sea la denom inación retenida, dar cuenta de la realidad hum ana e intentar adecuarse a ella de manera principial. “ Lo psicosocial es lo transindividual” (p. 3 8 6 ). Lo transindividual es el objeto propio de esta psicosociología, que no excluye ningún m étodo o ninguna enseñanza proveniente de cualquier otra disciplina constituida. EL recorrido de la Psicosociología de la tecnicidad H ay que señalar el carácter históricamente precoz, para Francia, de se­ mejante reflexión radical sobre la psicosociología. E n 1960, y más aún en 1958, fecha de la defensa de tesis de il fi , la psicología social o la psicosociología era algo completamente nuevo en Francia. L os trabajos de investigación franceses comenzaban a tener existencia, pero con un retraso m arcado en relación con Estados U nidos. La licenciatura en psicología se instituye en 1948, la de sociología en 1957, am bas confor­ m ando un certificado de estudios superiores de “psicología social”. Jean Stoetzel parece haber sido, en 1947 en Bordeaux, el primero en brindar Sobre la técnica una enseñanza regular bajo esta denominación, y publica en 1963 (en Flam m arion) uno de los prim eros manuales destinados a los estudiantes. Las relaciones con la psicología, la sociología y la etnología son presentadas allí com o estrechas y recíprocas, y el autor quería evitar los debates sobre los fundam entos de la disciplina6. Por el contrario, si optamos por un manual com o el de Serge Moscovici, mucho m ás reciente (Presses Universitaires de France, 1984), abordando los problemas de fondo de manera mucho más incisiva, se puede notar que, pese al carácter aún nuevo, para la Francia de la época, del desa­ rrollo institucional de la psicosociología, la reflexión y la orientación de Sim ondon corresponden bastante bien a la caracterización que se le ha dado a la disciplina en la introducción general: la psicosociología existe por el hecho de que, en la m edida en que la distinción entre el individuo y la sociedad parece evidente, com o la de la psicología y la sociología o la economía, esta división únicamente “corresponde a la realidad en los casos extremos” (formulación próxim a a la de Sim ondon), porque no hay individuo que no esté inserto en una red social ni sociedad que no esté hecha de individuos, que de hecho abundan en ella. (p. 6). D e este m odo, los psicosociólogos se ocupan fundam entalm ente no de tal o cual cam po recortado de lo hum ano (tom ando un poco a los psicólogos y otro poco a los sociólogos), sino del “conflicto entre el individuo y la sociedad” (Sim ondon agregaría: y entre los grupos), de los fenóm enos de ideología (cogniciones y representaciones sociales) y de com unicación (p. 7). Lo que es “original e incluso subversivo” en la psicosociología es “cuestionar la separación entre lo individual y lo colectivo, discutir la división entre lo psíquico y lo social en los cam pos esenciales de la vida hum ana” (p. 13), y no por una decisión de m étodo en el recorte de su objeto, sino porque considera que lo que analiza y explica son “fenóm enos que son 6 Simondon conocía los trabajos franceses de psicología social de la época, con los que no compartía todas sus orientaciones, pero también tenía conocimiento de los trabajos estadounidenses (como los de Kurt Lewin, fundamentalmente), y había seguido en 1952 un “curso de verano” en la Universidad de Minnesota que trataba acerca de la “sociología norteamericana” y la “psicología experimental y de pequeños grupos”. 24 Presentación ..¡ limitáneamente psicológicos y sociales” {ibid.); son las realidades las que rStán así constituidas. Si existe una ciencia para hablar de todo lo que es hum ano, es para Sim ondon la psicosociología. Pero su reflexión no consiste, en principio, en el rechazo de las disciplinas instituidas que estudian al hombre desde determinados puntos de vista (como la psicología y la sociología) o la promoción de una nueva disciplina (la psicosociología), Pues, com o hemos visto, Sim ondon señala que se puede hacer psicosociología sin m odificar la m irada sobre la naturaleza de la realidad humana. Ahora bien, esto es lo im portante para él: percibir una unidad del hombre, sin contentarse con la definición de una esencia abstracta y fija. Por lo tanto, no se trata de reanudar una disciplina constituida para encontrar una determinación de lo que es el hombre. Si se queda con la psicosociología, es porque esta considera lo hum ano sin predeterminar o excluir nada. D ich o de otro m odo, aquello en lo que Sim ondon confía es en lo psicosocial, la realidad hum ana no dividida entre lo individual y lo colectivo, no limitada, no organizada ni preformada por una búsqueda científica cualquiera. En la m edida en que la técnica es una realidad que no es natural sino hum ana, el punto de vista más adaptado a su conocim iento es la p si­ cosociología. Cualesquiera sean los límites del régimen epistem ológico de sem ejante disciplina, si se lo com para con el de las ciencias físicas, son insuperables respecto de la realidad a la cual se aplica; ningún co­ nocim iento objetivo puede serle opuesto. Si la tecnicidad aparece com o el objeto de un vasto desconocim iento cultural (en ciertas épocas, en ciertos grupos m ás o m enos vastos, clasificados según tal o cual criterios, etcétera), esto indica algo sobre aquello que puede ser su realidad cultural en esas condiciones. La validez de dichas observaciones es tanto más grande cuanto que está relacionada tan precisamente com o es posible con un grupo determinado (y no con la idea general de tecnicidad) y que está realizada a partir de criterios que resultan ser pertinentes; pero esto corre siempre el riesgo de ser relativo y no puede ser garantizado de antemano; es la razón por la cual aquel que hace una investigación en psicosociología, en general, debe tener una relación de participación suficientemente efectiva con el grupo , y se representa su investigación com o siendo también una acción, una interven ción {action research). D e manera característica, la psicosociología estudia 25 S o brt la tét tii¡ a realidades humanas en las cuales no se puede establecer con claridad una distinción y una separación entre el objeto estudiado y el sujeto que lleva adelante el estudio (con sus hipótesis y sus procedim ientos, considerados todos com o intervenciones que modifican sin cesar, y de m odo difícil de determinar, aquello sobre lo cual trata su investigación). Las realidades que por naturaleza, por principio, no pueden ser aisladas lo suficiente de la acción de aquel que interviene para intentar conocerlas son, por derecho, objetos de investigación psicosociológica. E sa es (a diferencia del conocim iento que es posible intentar formar de la técnica de un objeto técnico determ inado y aislado) la tecnicidad en general, com o realidad social, siempre “envuelta en la coraza psicosocial”, cuyos caracteres varían según los grupos de pertenencia de m odo que se trata de ser lo bastante buen conocedor, y un clínico fino, para elaborar primero la hipótesis de su existencia, y luego reconocerlos y recogerlos, independientemente de todo juicio de validez teórico o práctico, en todo caso en un prim er m om ento, respecto de su contenido. Semejante concepción del conocimiento implica una relativización, si no una supresión pura y sim ple, de la separación entre el objeto y el sujeto. Tocam os aquí un punto m uy im portante en la psicosociología, pero también en la filosofía de Sim ondon en general7. Esta psicosociología de la tecnicidad puede ser considerada com o una teoría “paradigm ática”, según la clasificación de M oscovici, en la m edida en que propone “una visión global de las relaciones y los comportamientos h u m an os... de la naturaleza hum ana” (Moscovici, p. 14), y tam bién “fenom enológica”, en la medida en que se esfuerza por “describir y explicar una gran familia de fenómenos conocidos y bien conocidos” (p. 15), en este caso la normatividad cultural y las actitudes psicosociales de diferen­ tes grupos com o los niños, las mujeres, el m undo rural, respecto de la técnica, la religión y el arte. Es notable que se presente con una am bición teórica m uy am plia (y es en lo que difiere de la m ayor parte de los casos 7 Cf. Maurice Merleau-Ponty, Le Visible etllnvisible, París, Gallimard, 1964: “Del solo hecho de que se practique la psicología social, estamos fuera de la ontología objetivista y no podemos permanecer en ella sino ejerciendo sobre el ‘objeto’ que nos damos una constricción que compromete la indagación...” (citado por Moscovici, que reconoce en el esfuerzo para superar “la dicotomía sujeto-objeto” una característica de la psicosociología). 26 Presentación ,!f investigación-acción” , donde el grupo es reducido y donde el cam bio , l ¡ * , r .iborda es relativamente m odesto). A quí, el grupo es del tamaño de |4 s, k iedad, incluso de la hum anidad, y la acción que se encara posee u n a , liim iisíóu cultural de envergadura: hacer cambiar la conciencia cultural de l.i tccnicidad y la sacralidad. I 1 1 om paración de la organización de las razones en el curso de 1960 y r ti el meot deja aparecer la limitación recíproca y la articulación de la Iisicosotíologíay de la filosofía tecnológica: la indagación psicosociológica i j t i c , com o toda recopilación de informaciones, no se puede desplegar sin hipótesis, las recibe de la reflexión del meot sobre la tecnicidad de los objrtos técnicos; es el análisis del m odo de existencia de los objetos técnicos el que deja aparecer por contraste, en el m undo social, abordado según subgrupos sociales, las representaciones y las actitudes culturales inade- i nadas. Las primeras líneas introductorias del meot indican claramente el lugar de dicha investigación psicosocial y la dim ensión de acción que le está vinculada: “ Q uerríam os m ostrar que la cultura ignora en la realidad técnica una realidad hum ana y que, para cum plir su rol completo, la culttira debe incorporar a los seres técnicos bajo la form a de conocim iento y ile sentido de los valores” (p. 31). Lo que sigue en la introducción resume los principales rasgos que la cultura presta a las realidades técnicas (auto­ matismo mítico, utilitarismo sojuzgante, etcétera) por los cuales esta se manifiesta o se engaña. Ahora bien, para poder decir que “la oposición que se erige entre la cultura y la técnica... es falsa y sin fundam entos” son precisos dos tipos de conocimientos. Por una parte, un conocimiento de la cultura, lo que es objeto de investigación psicosociológica; por otra parte, un conocim iento de la realidad técnica según su esencia, lo cual es objeto de la reflexión filosófica tecnológica. En meot , el diagnóstico psicosocio­ lógico sobre la cultura se presenta de manera breve, principalmente en algunas pocas páginas de la introducción (que se com pletarán por m edio de los análisis de la segunda parte), com o una hipótesis que justifica una búsqueda filosófica sobre la naturaleza de la realidad técnica, susceptible de m ostrar que la conciencia colectiva es errónea; pero susceptible, al mismo tiem po (es el aspecto “investigación-acción”) de emprender una “reforma de la cultura”, de desencadenar una “tom a de conciencia” del m odo de existencia de los objetos técnicos y, gracias a “esa m odificación de la m irada filosófica sobre el objeto técnico [que] anuncia la posibilidad 27 U t i, ni, A ilc una introducción del ser técnico en la cultura” , trabajar en la reconci­ liación de la técnica y la cultura. En el curso de 1960, es el conocimiento de la esencia de la tecnicidad objetiva lo que sirve de hipótesis para guiar la m irada y orientar la observación psicosociológica. L o que constituye la legitimidad de un enfoque psicosociológico -despren­ dido de algunos de los conocim ientos y de la claridad que puede aportar el conjunto de las ciencias humanas, biológicas, físicas y tecnológicas, y también íntimamente ligado a la reflexión filosófica- para estudiar la tecnicidad com o fenómeno hum ano completo y no solo com o m undo de objetos (herramientas y m áquinas), no es solo que la técnica haya invadido nuestro m undo, que vivamos en un m undo más tecnificado qu e nunca y de m odo irreversible —un “tecnocosm os”—, ni que estemos influidos inexorablemente en nuestros m odos de vivir, de sentir y de pensar por los objetos que nos rodean; ni siquiera que, com o justificación suplementaria, al conocerlos mal, com o mucho de lo que es m ás cercano, m ás familiar y m ás íntimo, nos formemos de ellos representaciones, afec­ tos y actitudes donde se expresa, a m enudo de manera mal controlada, nuestra subjetividad individual y colectiva. El cam ino de conservación de la psicosociología, la tecnología y el pensamiento reflexivo filosófico ya estaría bastante justificado en estas condiciones. Pero hay más: no son solo los objetos (los “artefactos”) los que están aquí en juego de m odo decisivo; la tecnicidad no es solo una propiedad de los objetos, sino también de nuestra relación con el m undo en toda su am plitud, én relación con algunas otras dimensiones mayores com o lo son la magia, la religión, la estética, el conocimiento científico, la práctica m oral y política y el “pensamiento reflexivo” (la filosofía); estas formas de relación del hom bre con el m undo son a la vez solidarias y diferentes en tanto “fases” , que no son definibles por fuera de su relación: la tecnicidad es una de las m odalidades fundamentales de la relación del hom bre con el mundo. L a técnica no es im plicada de m odo marginal por el hombre y no es objeto de investigaciones justificadas por parte de las ciencias hum anas solo en razón de efectos psicológicos, sociológicos o m ejor psicosociológicos que pueden estar vinculados a situaciones de produc­ ción, de utilización, de comercio de los objetos técnicos. El hom bre no es implicado de m odo marginal por la técnica. La tecnicidad es un m odo 28 Presentación r .< ncial de la relación del hom bre con el m undo: es un modo de existencia crucial del hombre. N ada de lo que es técnico es ajeno al hombre, a la i, !,uñón esencial que el hom bre mantiene con el m undo, que es la esencia ,|, la tecnicidad, incluso si eso sucede de m odo más o m enos derivado y distal. En estas condiciones, no vem os que pueda ser de m anera marginal , jiie el conocim iento del hombre deba conocer la tecnicidad, y esto desde r | punto de vista m ás apropiado a la naturaleza com pleja de lo que es humano. Para esta finalidad es preciso un m odo de conocimiento de lo humano que esté a la altura de su objeto. Ahora bien, abordar de este m od o el m undo y la relación del hom bre i on el m undo es concebir el m undo no com o un objeto, susceptible de dar lugar a representaciones objetivas (en todo caso no solam ente); es representarlo com o un todo, un sistem a com plejo del cual no hay que aislar al hom bre y las m odalidades de su relación con ese todo. N o se i rata de representarse la totalidad de dicho sistem a, del cual el hom bre forma parte, com o una m áquina (según el m odelo de las m áquinas que los hom bres son capaces de hacer, incluso si la idea de ese todo puede cu cam bio servir de paradigm a para pensar diferencialm ente las m áq u i­ nas). Sino que, en el sistem a de relaciones que vincula al hom bre con el m undo según un esquem a de m odalidades correspondientes a fases, la tecnicidad es aquello que perm ite al hom bre hacer objetos técnicos (herramientas y m áquinas, conjuntos y redes), o m ás bien es aquello que se expresa allí, pero sin agotarse. L a tecnicidad es prim ero un asunto de relación entre el hom bre y el m undo antes de ser un asunto de los objetos técnicos, incluso cuando la tecnicidad de los objetos técnicos refleje, por decirlo así, la esencia de la tecnicidad. Por supuesto, es especialm ente un asunto de producción de objetos que poseen esta form a y este grado particular de objetividad vinculada a la posibilidad de funcionar, pero dicha objetividad no debe ser con fundida con un absoluto, jam ás se i i-corta enteram ente del resto de aquello que constituye al hom bre proIlindamente en su m ism a diversidad: un “ser religado” . Y de este m odo rl objeto técnico m ás perfeccionado por el hombre no po dría poseer su tecnicidad com o si se tratara de u n a propiedad que le perteneciera com o ilgo propio: solo continúa siendo efectiva por el lazo de este objeto, sea con el gesto del operador que lo utiliza (y le sum in istra energía e inform ación), sea, en los casos m ás elaborados de autom atización, con 29 Sobre la técnica la red que lo alim enta en energía, en dirección, en control, es decir, en los dos casos, un lazo con lo hum ano m ism o, incluso si es bajo m od a­ lidades bastante diferentes. 30 La máquina es aquello por medio de lo cual el hombre se opone a la muerte del universo; hace más lenta, como la vida, la degradación de la energía, y se convierte en estabilizadora del mundo. El modo de existencia de los objetos técnicos, 1958 Sin la finalidad pensada y realizada a. través de lo vi­ viente, la causalidad física no podría producir ella sola una concretización positiva y eficaz en la mayoría de los casos, aunque existan estructuras moduladoras en la naturaleza (osciladores, amplificadores), allí donde existen estados metaestables, y quizás sea uno de los aspectos de los orígenes de la vida. El modo de existencia de los objetos técnicos, reedición del año 2012 8 de septiembre de 1953, Saint-Étienne Impresión de la realidad soberana, absolutamente auténtica, de la luz. Son los relaciónales, no las cosas, los que pierden su realidad o la vuelven a encontrar com o sustancia: el viaje, la luz, el sol; la superficie de las piedras, no su realidad profunda; el grano de las cosas y no las cosas mismas. Lo que se m odifica es el cam po, que da la actitud a través de la cual recibimos las cosas y la fiierza. a través de la cual nos aplicamos a ellas. L o que se ha roto afuera es ese contacto, esa influencia de las cosas sobre el individuo, y del individuo sobre las cosas. Por esta razón hay que decir que el individuo 31 Sobre la técnica está en un cam po, en una pluralidad de cam pos, pero que hay una cierta relación entre el cam po que le es propio y el cam po de los seres tal com o es en un determ inado lugar. D ebe haber centros de cam po, unidades, com o el centro de una ciudad. Casas m u y altas, frescura del adoquinado. A bsoluta precisión de las imágenes. Elasticidad. La luz penetra en las casas, rubia, está sobre los esca­ lones. Un cam ión cargado de obreros gira y encara la subida inclinándose. E sto es com o la entrada en N ueva York, con la luz sobre los vidrios y una casa alta, analógica, detrás de la red de muelles, m ás arriba; £U]ií|xavo(; éq TÉyyaq. E sto da un aura que permite comunicarse con las cosas; el es­ quisto es aquello que se descama y el granito aquello que estalla. Piedra objeto del gesto que se aferra y ataca, que descansa y adapta. Las maderas vigorosas y pesadas tienen sobresaltos cuando se las carga, y ondulan sobre ellas m ismas. L a xé%vr| gran fuerza connivente al m undo familiar, ouvappó^Eiv. El puente de colina a colina es un gesto del hombre llevado por las bases rocosas. El gesto hecho cosa suscita la cosa a ser gesto, evoca el gesto depositado en las estructuras. Rocas é8acpog. N o arm onía, sino espera y voluntad que, rica en potenciales, tiene necesidad del organizador que ha producido ella misma. Som os seres naturales que tenemos una deuda de xé^vr) para poder pagar la cpúoiq que está en nosotros; el germen de (púau; que está en nosotros se dilata en Téjvr\ alrededor. N o podem os consumar su esencia sin hacer que irradien los organizadores que tenem os en nosotros. si'ipfixavoc; éq xr.yvaq: hábil en las artes xé^vr]: técnica crovap|ió^siv: en armonía éSoxpoi;: fundam ento, soporte cpuoiq: naturaleza 32 I C U R SO S P SIC O SO C IO LO G ÍA DE LA T E C N IC ID A D (1960-1961) Este curso, quefue dictado en Lyon, sepublicó en í/BulIctin de l’École pratique de psychologie et de pédagogie de Lyon perteneciente al Instituto de la Universidad, en los números de noviembre!diciembre de 1960, enero/febrero de 1961 y marzo!junio de 1961. La tercera parte, “Tecnicidady sacralidad”, fue anteriormente una conferencia pronunciada en Bordeaux en 1961. El Bulletin precisa: “El texto que vamos a leer correspondea las lecciones impartidas en nuestrafacultadpor elseñor Gilbert Simondon, profesor de la Facultad de Letras y Ciencias Humanas de la Universidad de Poitiers. Agradecemos muy calurosamente al señor Simondon que las haya querido ponerpor escrito para nosotros”. IN T R O D U C C IÓ N H ay tecnicidad de las operaciones y hay tecnicidad de los objetos que resultan de dichas operaciones; hace falta una operación técnica para constituir un objeto técnico, pero algunas operaciones técnicas desem bo­ can en la producción de un objeto de arte o de un inmueble (pintar una pared, barnizar una tela, com poner una aleación de fundición artística). La capacidad de desprenderse del operador hum ano inicial —artista o p ro­ ductor—significa, para el objeto producido, el comienzo de una aventura libre, que im plica tantas oportunidades de supervivencia y transmisión a través de las eras com o de peligros de reducción a la esclavitud o, m ás todavía, dentro de un registro de ambivalencia fundamental, otras tantas posibilidades de alienación para la actividad hum ana que está encerrada y com o cristalizada en sus obras o productos. L a obra dom estica al operador por m edio de un retorno de la eficiencia cuando em ana de u n operador o 35 Curso de un gesto operatorio som etido: hay relación transductiva y causalidad recurrente en el sistema reverberante constituido por el operador, la obra y el conjunto de realidades m ediadoras intermediarias entre el hombre operador y el objeto producido. U n objeto técnico es producido cuando es separable; en otras culturas existen form as de dicha separación entre el hombre y el objeto adem ás de la condición de venalidad; una de ellas es la transm isión hereditaria, que necesita aprendizaje y continuidad del saber bajo pena de evacuación del sentido funcional de la herramienta. Pero, en nuestra cultura, la venalidad es la forma m ás expandida de esa liberación que interviene cuando el objeto ya ha sido producido, es decir, cuando ya ha sido a la vez constituido y puesto fuera del agente constituyente, del m ism o m odo en que es engendrado el joven y luego, en el sentido propio del término, es educado por el adulto. En el universo sobredeterminado de las interrelaciones, el objeto técnico en condición de libertad (lo que no quiere decir de autonomía) está dotado de un equivalente de espontaneidad que se manifiesta bajo la form a de una cualidad reconocida en la cultura dom inante del grupo hum ano donde se encuentra: prestigio, valor econ óm ico... Esta espontaneidad provisoria y secundaria es tanto más grande en cuanto que el objeto es m ás objetal, m ás separable de su productor, más independiente de las condiciones de utilización. Pero precisamente surge una problem ática de norm atividad desde el m om ento en que se manifiesta ese equivalente de espontaneidad: el carácter objetal del producto técnico no es, quizás, sino un límite de la condición del ser técnico, y no debe ser considerado necesariamente com o algo que form a parte de su esencia, incluso si pertenece, en cierta m edida, a su m odo de existencia. El producto técnico, liberado dentro del universo social, plantea pro­ blemas diferentes de los del trabajo y la producción. Estos problem as, que son propios de la existencia espontánea de los productos técnicos que se convierten en objetos, pueden agruparse bajo tres rúbricas: uso, carácter histórico, estructura profunda de la tecnicidad. A. - En tanto que objeto de uso, el objeto técnico im plica distribución, reparaciones, reventas, y por lo tanto relaciones de dependencia diversas entre productores, concesionarios, usuarios, con los aspectos particulares y las representaciones relativas a los mercados extranjeros, al envejecimiento, 36 Psicosoáología de la tecnicidad i los i am bios de valor del objeto (nuevo, perimido, demodé, antiguo, m uy raí o). 1,1 ser técnico se convierte en objeto no solo porque es material sino también porque está rodeado de un halo1 de socialidad; ningún objeto r ’, puram ente objeto de uso, siempre está parcialmente sobredeterminado com o sím bolo psicosocial; hace pertenecer a su usuario a un grupo, o a su propietario a una clase; puede también excluirlo de un grupo: clavar salientes con un martillo no es, en nuestra cultura, ni signo de clase pai l iria, ni femenino; B. — E n tanto que realidad histórica, el objeto técnico contiene una información implícita: equivale a la aceptación o al rechazo de m odos determ inados de ser. U n automóvil antiguo no solo es realidad objetiva, sino que tam bién es un cierto m odo de insertar el pasado en el presente, sea para “escandalizar al burgués” , com o hacen aveces los estudiantes con los automóviles sobrepintados y totalmente cubiertos de inscripciones, sea con la m anifestación de pobreza mezclada con resentimiento que em ana de esos automóviles fatigados, mal mantenidos, lentos y con poca aceleración cuando los m ás rápidos intentan sobrepasarlos y esperan que vuelvan al carril. Además de ese estetismo o desafío a los usos, además de esa protesta agresiva, el auto antiguo puede traer consigo un elogio nostálgico de los “buenos viejos tiem pos” , o bien convertirse en el objeto precioso de conocedores ilum inados, particularmente en Italia o en Inglaterra: el automóvil, com o un instrumento musical o como un m ueble, entra en la gran propiedad y allí se inmoviliza para ser contemplado. En este sentido, el objeto técnico es tratado com o sím bolo de una posición social y de una actitud hum ana. Tal M arahajd posee cincuenta y cinco automóviles. H ace cuatro o cinco años, en M arruecos, se destruyeron fanáticamente varios televisores. Los aristócratas ingleses fingen no poseer aparatos de televisión pero de hecho los instalan donde están sus empleados, lo que los autoriza a corromperse con elegancia. En Francia, en m edios burgueses, en general se dice que uno vio tal o cual program a de televisión “en casa de am igos”. E l carácter de historicidad de los objetos técnicos podría estudiarse por m edio de un análisis topológico. C uando un objeto técnico evoluciona en el tiem po se diferencia, y vemos que en él se organizan zonas concéntri­ 1 Para el efecto de halo, en materia técnica, véase los primeros parágrafos del artículo que lleva ese título (N. de E.). 37 Curso cas. L a más íntim a es la de la m ás pura y alta tecnicidad: al término de la evolución, está casi totalmente exenta de sobredeterminación cultural. La m ás externa también es la m ás puram ente cultural; está casi desprovista de tecnicidad y constituye, para las zonas funcionales, el equivalente social de lo que es la vestimenta para un organismo. En el origen, en el cam po del automóvil, el tamaño de los motores, al requerir del capot una dim ensión que le correspondiera, era signo a la vez de potencia para la m áquina y de prestigio social para el hombre. Pero el motor, con la disposición de los cilindros en V, que reemplaza la disposición en línea, y luego con las válvulas y el aum ento de la tasa de compresión y del régimen de rotación, pudo aum entar su potencia reduciendo su volumen y su masa. Y sin embargo el capot, sím bolo social, siguió conservando su rol prestigioso y no cedió en largo sino para conquistar m ás ancho. Esta separación de funciones, que es también una separación de zonas, lleva a ensamblajes en los cuales un capot am plio contiene un m otor pequeño, o se transforma en un baúl para el equipaje. A veces, las zonas del objeto técnico que están especializadas entran en conflicto y n o son compatibles sino con muchas dificultades. El aspecto aerodinám ico de un vehículo puede estar m uy alejado de su aerodinamismo real; los constructores puristas en tecnología a veces molestaron a su clientela por haber buscado un aerodinam ism o real y no la imagen este­ reotipada de la “form a aerodinámica”: es el caso del automóvil HotchkissGrégoire y del Renault Prégate; es el caso tam bién de todas las sobrecargas y las “faneras” que se desarrollan en los automóviles de m odo hipertélico, aum entando el peso muerto, y obstaculizando la salida no turbulenta de las corrientes de aire. El summum del antiaerodinam ism o es ciertamente el radiador en Y; sin embargo, este accesorio corresponde al arquetipo social del aerodinamismo. El automóvil que se personaliza se socializa, desempeña un rol, ayuda a su conductor a desempeñarlo gracias al lugar, la velocidad, el color, el brillo, el sonido. E l autom óvil de un monarca oriental tiene capas de oro y de plata. E l desdoblam ien to dicotóm ico del objeto técnico que au toriza un frenesí de tecnicidad y un frenesí de sim b olism o social no es el único cam ino evolutivo. A veces una ostentación “tecnofánica” con cilia p ar­ cialm ente las dos zonas en 1111 encuentro estético: algunos pén du los de precisión destacan un balancín en espiral dorado, que centellea, 38 Pskosociologia de la tecnicidad p restigioso en su lenta oscilación bajo una cam pana de vidrio: los engranajes son visibles. C. —L a distinción entre la utilidad y la historicidad del objeto técnico no agota para nada su realidad ni su significación. Sucede con los objetos técnicos lo m ism o que con los m onum entos; son plurivalentes y están sobredeterminados. Q uerer explicar las pirámides com o si fueran m o­ num entos útiles o bien presentarlas como expresión del orgullo de los faraones son am bos cam inos falsos. M ircea Eliade {Imágenes y símbolos) las presenta m ás profunda y esencialmente como centros que ponen en com unicación las tres regiones fundamentales del espacio según la es­ tructura de la sacralidad. E s el m ism o m étodo que hay que utilizar para analizar realmente los objetos técnicos. M ás allá de la utilidad que haría de estos objetos utensilios (término empleado por Heidegger), más allá de un sim bolism o fácil y superficial de pertenencia a una casta o a un lugar, debemos esforzarnos por descubrir un sentido de la tecnicidad, al igual que M ircea Eliade se esfuerza por descubrir, bajo las imágenes y los símbolos, un sentido de la sacralidad. N ada prueba —y es precisamente la hipótesis que vam os a presentar- que la tecnicidad no pueda constituir, com o la sacralidad, el basamento de una cultura. Ciertam ente no hay identidad entre tecnicidad y sacralidad, pero podría suceder que la estructura de la tecnicidad y la estructura de la sacralidad fueran isomórficas. SaintKxupéry se pregunta, en Vol de N uit, por qué los incas subieron hasta la cumbre de las montañas enormes bloques de piedra en honor del dios del Sol. Pero también nos podríam os preguntar por qué fue construida la torre Eiffel en un tiempo en que no tenía utilidad alguna. M ás tarde se volvió útil para algunos ensayos técnicos que eran todavía inútiles en sí m ism os, com o la telegrafía sin hilos el día del primer enlace entre el Pan­ teón y la torre EifFel. En un tercer m om ento, la m ism a torre se convirtió en útil directamente com o observatorio, com o soporte de un faro aéreo, y finalmente com o soporte de antenas de transmisión. En el origen, utilidad y sim bolism o social no son sino aspectos secundarios no determinantes en la génesis de ciertos objetos técnicos. Estos objetos tienen primero una realidad directamente hum ana, propiam ente cultural. U tilidad y sim bolism o son en parte fenómenos posteriores de captura y a veces de degradación. Por otra parte, semejantes fenómenos de captura tampoco son raros en la historia de los m odos de la sacralidad: algunas necesidades, Curso algunos grupos pueden apoderarse de las formas de la tecnicidad, así com o de las form as de la sacralidad, y desviarlas según su provecho, haciéndoles perder parcialmente su significación cultural. Tecnicidad y sacralidad tienen en com ún la plurivocidad y la plurifuncionalidad de las imágenes o de las estructuras. C om o dice M ircea Eliade, una imagen o un sím bolo que son reducidos a una significación objetiva unívoca están desacralizados. Del mismo m odo, un objeto técnico abstracto, concepto materializado, no es un verdadero objeto técnico, sino solamente un m ontaje pedagógico o científico. L a torre Eiffel sobrevivió a la Exposición universal que fue ocasión de su construcción porque no es solam ente una torre. N o im ita nada, posee su perfección y su autojustificación absoluta. La Gran Rueda, contem poránea de la torre Eiffel, y el m ás reciente A tom ium de Bruselas no sobrevivieron porque no eran sino conceptos materializados; no estaban sobredeterminados. E n este sentido, la aceptación o el rechazo de tal tipo de objeto técnico com prometen al hom bre casi al m odo de una elección moral. Los estudios de motivación que buscan capturar en los motivos de las elecciones el deseo de pertenecer a tal o cual grupo social están de hecho en el m ism o nivel que las explicaciones de mercado basadas en criterios económ icos: utilidad y sim bolism o social del objeto técnico siguen siendo aspectos superficiales en relación con la significación cultural que adquieren. 40 Psicosociología de la tecnicidad P R IM E R A PA RTE: A S P E C T O S P S IC O S O C IA L E S D E L A G É N E S IS D E L O B JE T O D E U S O Progreso por medio de la saturación y por medio de la reconstitución: ciencia y técnica —Cultura y civilización - La cultura empuja al ostracismo al objeto técnico nuevo —Reacción de defensa contra el ostracismo: desdoblamiento, criptotecnicidad, fanerotecnicidad — Ritualización y tecnofanía —Tecnofanía, neotenia, amateurismo y objeto arquetípico —El objeto técnico y el niño; tecnología genética —El objeto técnico y la mujer —El objeto técnico y el grupo rural —El objeto técnico y el subgrupo en situación pregnante. Progreso por medio de La saturación y por medio de la reconstitución: ciencia y técnica L a génesis de los objetos de uso y de las técnicas de producción fue particularm ente estudiada en Francia por Leroi-Gourhan ( L ’Homme et la matiére, M ilieu et techniques, publicados por Albin Michel). E s conveniente extender ese estudio, que trata sobre todo de las civilizaciones preindustriales, por m edio de un examen de la génesis de los objetos técnicos en las civilizaciones industriales. C ada tipo de objeto llega, luego de un derrotero m ás o m enos largo, a un nivel de saturación que estabiliza su esquema y produce una convergencia universal de los tipos luego de un período de diversificación y de diferenciación. E sta evolución convergente puede ser facilitada ciertamente p o r intercambios o influencias; pero resulta del progreso m ism o de la funcionalidad en ese sistema de causalidad recíproca que es el objeto. El objeto técnico se concretiza al igual que una axio­ m ática se satura2. Su esquem a se estabiliza cuando se alcanza un máximo de sobredeterm inación funcional. U n progreso ulterior requiere de una reconstitución del esquema, es decir, una invención; en ciertos casos, este 2 Véase la primera parte de El modo de existencia de los objetos técnicos, op.cit (N. de E.). 41 Curso progreso solo se puede realizar gracias a un cam bio de nivel producido, p o r ejem plo, por una nueva teoría científica que él m ism o ha suscitado: los obstáculos al perfeccionam iento indefinido y, por así decir, lineal, de las técnicas, son un llamado al saber científico para que se base sobre el sentido m ism o de este obstáculo com o “punto de acumulación”, límite de convergencia de todos los progresos realizables sin cam bio de axiomática. Incluso si los fontaneros en Florencia hubieran sabido girar los cilindros y calibrar la estructura de las bom bas a una centésima de milímetro, incluso si hubieran sabido construir segmentos de estanqueidad o prensaestopas capaces de producir un vacío perfecto, el agua no hubiera subido, por aspiración, m ás arriba de 10,33 m: se había alcanzado un tope, podem os considerar que la bom ba aspirante era un objeto saturado. Para descubrir un nuevo esquema, hace falta un cam bio de nivel y de estructuras; es el m arco conceptual de ese cam bio, punto de partida de un nuevo progreso lineal, lo qu e suministra, con Galileo, la noción de presión atmosférica. M ás tarde, las investigaciones sobre los cam bios de estado de la materia y sus condiciones energéticas -p u n to de partida de la term odinám icapermitieron pasar de la m áquina de New com m en a la de Watt: no solo hay progreso sino también reconstitución de los esquemas. Cultura y civilización E sta necesidad de reconstituir los esquem as para que se pueda producir un progreso de im portancia explica la hom ogeneidad, en el interior de cada grupo social, de los esquem as contenidos en los objetos técnicos y de los otros elementos de la cultura. En los períodos en que las técnicas se m odifican poco, hay adecuación del contenido cultural y del conte­ nido técnico de una civilización. Pero cuando las técnicas se m odifican, algunos de los fenóm enos hum anos que constituyen una cultura se m odifican m enos velozm ente y m enos radicalm ente que los objetos técnicos: las instituciones jurídicas, el lenguaje, las costum bres, los ritos religiosos se m odifican m enos velozmente que los objetos técnicos. Estos contenidos culturales de lenta evolución, que antaño estaban en relación de causalidad recíproca dentro de una totalidad orgánica que constituía la cultura, ju n to con las form as técnicas que le eran adecuadas, hoy son 42 Psicosociología de la tecnicidad realidades-sím bolos parcialm ente inestables. Se constituye entonces un pseudo-organism o de las form as de la cultura de evolución lenta que no pueden ser equilibradas sino por m edio de form as de técnicas que ya no existen, y un bloque de inercia débil de las técnicas nuevas, que parece falsam ente liberado de toda significación cultural, y que es “m oderno”, m ientras que las form as de evolución lenta se agrupan bajo la rúbrica de realidades “antiguas” . Este desfasaje a partir del centro activo de la actualidad, según las dimensiones opuestas del pasado y del porvenir, deja bajo la rúbrica de lo antiguo un número de elementos m ás nutrido que bajo la rúbrica de lo moderno, al m enos en Francia: esta mayoría tiende a tom arse por la totalidad, y a presentarse com o la cultura, cuando en realidad no es sino un símbolo de la cultura obtenido po r división de una realidad única prim itiva som etida a la génesis y a la diferenciación. A sí se explica la oposición estereotipada que se produce entre la cultura y las técnicas llevadas al nivel de su rol puram ente instrum ental. La cultura se presenta com o fuente de imágenes y de arquetipos, mientras que las técnicas definen solam ente la civilización. D e hecho, cultura y civilización son sím bolos recíprocos y com plem entarios cuya reunión solam ente debe ser considerada com o la cultura en el sentido mayor del térm ino, es decir, en el sentido de los antropólogos, los etnólogos, los etnógrafos. L a C ultura en el sentido m ayor del término im plica, abarca y reúne la civilización y la cultura, en el sentido m enor del término. El desfasaje tem poral y la diferenciación cualitativa entre cultura y civiliza­ ción en el sentido de la C ultura son fenóm enos de crisis causados p o r la rápida m etam orfosis de las técnicas; este cam bio rom pe provisoriamente el carácter de hom ogeneidad y de totalidad orgánica de la Cultura. Puede ser una finalidad de action research en psicosociología buscar las condiciones y m edios que perm iten reconstituir la unidad orgánica de una C u ltu ra de un m odo mayor y positivo. En efecto, existen m edios m enores y negativos para m antener ilusoriam ente esta unidad negando el carácter cultural de la civilización. Se podría com parar este esfuerzo defensivo con la reorganización parcial de la unidad personal en un sujeto alcanzado por alguna enferm edad m ental. C o m o un ejército vencido y dism inuido que, al no poder defender un cam po de grandes dim ensiones, se atrincherara en un ángulo de dicho cam po primii ivo y ' lo fortificara de m odo sum ario, así la Cultura, disociada y en estado de 43 Curso crisis, se atrinchera en el cam po reducido de la cultura y del arcaísm o abandonando las técnicas a las fuerzas exteriores y al desorden. La cultura empuja a l ostracismo a l objeto técnico nuevo En las épocas que denom inam os clásicas, este desfasaje tem poral no exis­ tía, o al m enos las técnicas no se encontraban em pujadas al ostracismo y expulsadas fuera del campo atrincherado. Por cierto, este fenóm eno de desdoblam iento de la cultura en cultura y civilización pudo existir luego de cam bios del contenido de la cultura, pero las técnicas no se encuentran fatalmente del lado externo, del lado de la civilización: cuando la cultura arcaica de R om a, luego de la conquista de Grecia, fue penetrada por los aportes helénicos ( Graecia capta ferocem victorem cepit), las técnicas en su conjunto permanecieron intactas, sin duda porque las de R om a no eran inferiores a las de Atenas, mientras que el lenguaje y las artes sí se vieron penetradas po r nuevas influencias. A la inversa de lo que se produce en Francia en nuestros días, lo que se llevó al ostracismo fueron precisamente estos elementos del lenguaje (filosófico, artístico), mientras que las técnicas ofrecieron elementos de permanencia de la cultura y constituyeron así el cam po atrincherado. Cicerón no se atreve a utilizar palabras griegas sino excusándose por la libertad que se tom a; trata a las artes un poco com o nosotros tratamos a los objetos técnicos entre “personas cultivadas”: sa­ bem os que existen, tenemos trato con ellos, pero sabem os reinar sobre ellos y no dejarnos dominar. Por el contrario, el m ism o autor, en Orator, tom a prestada una larga y difícil metáfora a las fases de la germinación y desarrollo del trigo. En otros casos, es el arte del piloto del navio quien le proporciona los esquemas mentales, las norm as y los principios de reinterpretación que aplica a la dirección del Estado. L a agricultura, la navegación, el arte de la guerra, técnicas dom inantes de los romanos, sum inistraban los esquem as m entales, los paradigm as concretos, los vocablos, y finalmente una fuente de norm atividad implícita: esas téc­ nicas, con los objetos particulares que utilizaban (arado, yunta, escudos, trincheras, señuelos) eran materia de cultura, y su estabilidad les perm itía llevar al ostracismo, com o civilización, a formas que, en nuestros días, son consideradas com o contenido de i ulitira. 44 Psicosociología de la tecnicidad Podem os considerar entonces el hecho de que los objetos técnicos en nuestros días son encarados bajo el ángulo de los contenidos de civiliza­ ción com o una consecuencia de sus transformaciones recientes: han sido llevados al ostracismo no porque son técnicos, sino porque aportaron nuevas form as, heterogéneas en relación con las estructuras ya existentes del organism o que es la cultura. Este ostracismo puede ser estimado peli­ groso para un grupo hum ano en la m edida en que alimenta un proceso de causalidad acumulativa o incluso de alienación comparable al que G unnar M yrdal estudió en los Estados Unidos en el cam po de la discriminación entre blancos y negros. Reacción de defensa contra el ostracismo: desdoblamiento, crip toteenicidad, fanerotecnicidad ¿Cuáles son los criterios del ostracismo que afecta a los objetos técnicos? El m ás constante es la obligación de llevar un velo o un disfraz para penetrar en la ciudadela de la cultura; ese velo no nos engaña, pero mantiene la separación entre lo sagrado y lo profano, e incluso puede devenir ocasión de elegancia —culturalizarse—com o los velos que las mujeres usan en las iglesias. El automóvil esconde su m otor bajo un capoty su radiador detrás de una rejilla. Este pudor obligatorio al que se ve sujeto el objeto técnico autoriza a veces alguna regresión relativa del grado de consum ación, del cuidado de la construcción o de la elección de los materiales. Los grandes radiadores de 1930 pulidos, cromados, en V, en ojiva, en trapecio, en óvalo (Hotchkiss) —por otra parte fuertemente culturalizados y que permitían reconocer los autom óviles-, dejaron lugar, desde que la rejilla los oculta, a bloques negros y bajos; es la rejilla la que recibe la sobrecarga cultural, y prácticam ente es su única función. H em os señalado el m ism o fenómeno de desdoblamiento entre el m otor y el capot para el automóvil, mientras que el cilindro de las motocicletas siguió siendo visible durante mucho tiem po; el motor, como objeto visible, está desapareciendo de los vehículos de dos ruedas (scootersy, m ás recientemente, bicicletas con m otor auxiliar, los m odelos llam ados “de lujo”, que están equipados de un carenado con ventilación). G eneralm ente, los objetos fanerotécnicos se consideran utilitarios (por ejem plo, los m otobom bas, los grupos electrógenos, los 45 Curso m otocultivadores, ciertos tractores tienen un m otor aparente), m ientras que los objetos criptotécnicos son susceptibles de ser introducidos en la ciudadela de la cultura. En general tratamos com o supervivencias carac­ teres que no se justifican o explican sino por el estatuto criptotécnico del objeto. C iertos radiadores eléctricos simulan un fuego que flamea por m edio de una lámpara roja que está dispuesta detrás de las paletas del ventilador, lo que causa variaciones en el brillo y reflejos móviles: no hay aquí una supervivencia del fuego de la chimenea, sino la búsqueda positiva de un efecto que necesita la adjunción de un dispositivo suplementario. C iertos aparatos de radio se presentan com o un modular, otros com o un bargueño, otros com o un libro, e incluso algunos com o un barril o una vinagrera com bada. Puede suceder por otra parte que el objeto criptotécnico desenmascare y devele, buscándolo y con ostentación, tal o cual parte lim itada de sí mism o: esta parte sim bólica se confiesa com o técnica al culturalizarse. H acia 1930, algunos automóviles en funcionam iento estaban equipados con colectores de escape exteriores al capot, crom ados, bien alineados, altamente visibles. El tratamiento particular del escape sigue siendo un signo distintivo culturalizado de los automóviles depor­ tivos: el escape libre es una m anifestación fanerotécnica de potencia del m otor; sobre ciertas motocicletas de com petición se agregan, en la punta del caño de escape, pabellones que amortiguan el ruido de las aceleraciones más ruidosas; por cierto su existencia es justificada, con m ayor o m enor sinceridad, p o r argumentos relativos al rendimiento. Pero parece que su utilización se inscribe dentro de una tecnofanía más que dentro de una tecnología racional. Ritualización y tecnofanía Semejantes tecnofanías, reconocidas y culturalizadas, son la vía a través de la cual el objeto técnico reconquista un lugar en una cultura que lo lleva al ostracismo: el objeto vuelve a entrar en la ciudadela de la cultura a través del atajo de una ritualización rica en imágenes y sím bolos, al igual que los caracteres de la sexualidad, llevados al ostracism o, velados por las vestimentas, se manifiestan de nuevo en la ritualización culturalizada del atuendo elegante. El atuendo elegante hace una elección que acuerda un 46 Psicosociología de la tecnicidad I .t n ili'jMo a uno de los caracteres de ia sexualidad y lo destaca, confirién■I* >lr <1 poder que solamente poseen la imagen y el sím bolo p o r su carácter de ibrcdeterminación, es decir, el poder de representar u n a totalidad a tiavf s de un elemento único que participa de dicha totalidad. Un abrigo rlt |>.mte es una vestim enta que elige tal o cual “patterrí’ femenino y lo viunifiesta com o im agen y sím bolo percibido del organism o entero y la I>n sonalidad completa: es instrumento de percepción selectivo y simbólico. D e la m ism a manera, los instrumentos del tablero de un automóvil icúnen y presentan algunos rasgos del funcionamiento; los manifiestan y los ritualizarr, la m agia del tablero proviene de su carácter tecnofánico. I;,n general es en la línea de la función tecnofánica qüe se inscribe la pre­ sentación de los tableros de m ando, o aparatos de control y de medida; un aspecto casi esencial de la estética industrial consiste en organizar la tecnofanía: todos los detalles están sobredeterminados com o imágenes y com o sím bolos cuando pertenecen a la parte del objeto que se seleccio­ na para consum ar la tecnofanía. Tom em os el caso de la luz indicadora: ciertamente posee un sentido funcional primario y unívoco, indicar la existencia de una tensión o de una corriente; pero además es la baliza del recinto tecnofánico, el sím bolo de la existencia de un funcionamiento, indica una presencia y una actualidad. Un objeto técnico com plejo que no tiene alguna luz parece muerto y absurdo; es por la captura perceptiva de la señal lum inosa que comienza la comunicación con el objeto; es un poco el equivalente a la m irada del interlocutor que nos escucha o que nos m ira m ientras hablamos. Esta función tecnofánica permite explicar por qué el nom bre del constructor está en general repetido en el tablero de los aparatos de medición. El nombre del constructor del aparato de m edición está inscripto también en la parte más tecnofánica, es decir en el cuadrante del aparato de medición. Esta inscripción está ritualizada, se pliega a las necesidades funcionales: en los cuadrantes de los aparatos de m edición m ás importantes de un avión no se puede agregar a las indi­ caciones significativas y útiles (escalas, unidades, agujas) indicaciones sin utilidad perceptiva, com o el nombre del constructor. Pero un constructor, Jaeger, resolvió ese problem a de com patibilidad entre la teoría de la in­ form ación y la ritualización inscribiendo las palabras “Jaeger Aviation” en letras negras brillantes sobre el fondo negro mate del cuadrante de dichos altímetros. El sím bolo “Jaeger Aviation” solo puede ser leído bajo cierto 47 ángulo, cuando un rayo lum inoso .se refleja en su superficie pulida. Para el piloto, en el avión normalm ente iluminado, y más todavía en la cabina sin luz, cuando los instrumentos de medición se evidencian solo por la lum iniscencia de los sím bolos y agujas, el nombre del constructor sigue estando escrito, pero es invisible. L a existencia de las tecnofanías reconocidas por la cultura autoriza el nacimiento de formas de arte vinculadas con la expansión de las técni­ cas. L a fotografía y la cinem atografía extraen una parte de su fuente de inspiración y materiales de la industria: perforación de pozos petroleros (Flaherty: Louisiana Story), investigaciones en fisión nuclear, explotación del gas natural. Pero estas tecnofanías para el gran público son menos selectivas y están m enos claramente definidas que aquellas que se dirigen a un público restringido de amateurs, de fanáticos, de conocedores. Las tecnofanías am plias, poco selectivas, vuelven a encontrar arquetipos pre-técnicos y se alimentan en la fuente de las tecnofanías restringidas; Cocteau, com entando un film consagrado a la investigación nuclear, com para los carteles de neón de los contadores de radiación con los ojos de los dragones. Lo maravilloso científico (novelas de “ciencia-ficción” , películas de anticipación) es ocasión de tecnofanías de selectividad gene­ ralmente restringida. Tecnofanía, neotenia, amateurismo y objeto arquetípico Puede suceder, por otra parte, que las tecnofanías reconocidas por la cultura sean una vía de reconstitución de la unidad de la cultura cuando se encuentran dotadas de poder de apertura, de expansión y de desarrollo gracias a la proliferación interna que caracteriza el contenido cultural presentado al niño. D el m ism o m odo que la m uñeca es para el niño la imagen o el sím bolo de la niña, y no la niña objetiva, el juguete que representa una locom otora no es solamente el objeto locom otora sino la imagen y el sím bolo de una categoría entera de seres técnicos suscep­ tible de desarrollo. El juguete es arquetípico, contiene una imagen. Los m odelos a escala, verdaderas obras de arte y proezas de precisión, apenas son juguetes: su semejanza con los objetos técnicos reales es tan precisa que pierden parcialmente su poder sim bólico e imaginal. Interesan al 48 Psicosociología de la tecnicidad u 1ulto m ás que al niño pequeño. En cada categoría de pasión por los objetos técnicos, los amateurs, adultos neoténicos, se ven em pujados por l,i tendencia a volver a aquello que se denomina “antiguos montajes” : los amateurs de radio, sin una razón clara, vuelven cada tanto (con un senti­ miento de alegría secreta y de ritualización), a un m ontaje de detección ;i reacción, o incluso al esquema del receptor a galena, recuperado, por ejem plo, a partir de diodos de germanio; y experimentan la sensación de estar haciendo un sacrificio a cierto poder, de estar remontándose hasta los orígenes; enseñan estos montajes a los m ás jóvenes que quieren ser iniciados. N iños y amateurs, y m ás generalmente todos los sujetos que se inclinan ante los objetos técnicos, buscan los arquetipos y comprenden el sentido de las tecnofanías. Las tecnofanías involucran una tensión particular que les da valor de cultura y que no carece de cierto parentesco con el clim a épico. La relación que el caballero tenía con su espada o su caballo, en la situación tensa y peligrosa del com bate que pone en juego la vida y el honor, es la que el piloto tiene con su avión —sobre todo el avión primitivo, más arquetípico—com o Saint-Exupéry nos lo hace sentir en Vol de Nuit. D el m ism o m odo, en L’Homme au complet blane, el joven quím ico es el ca­ ballero de la blanca armadura que resiste todas las tentaciones para salvar su invención. La literatura destinada a los niños o jóvenes adolescentes m anifiesta la m ism a relación; en Las aventuras de Tintín, p o r lo m enos dos obras contienen pasajes en donde se m anifiesta con pregnancia, prestigio y majestad el objeto técnico arquetípico: son O bjectif Lune y On a marché sur la Lune. M ás particularmente en la prim era obra hay que observar la sapiente preparación de la aparición del cohete. Durante la prim era parte del relato, se habla del cohete, se visitan los talleres, se ven diferentes personas. En este cam ino, el cohete está presente en todas partes pero no se lo ve. En el m om ento en que aumenta la tensión entre los protagonistas, súbitamente, a la vuelta de un hangar, para el héroe, y a la vuelta de página para el lector, inmenso en su verticalidad absoluta que ocupa todo el cam po y toda la página, el alto cohete blanco y rojo se devela en su totalidad. Frente a él, com o frente a una estatua inmensa, los seres hum anos semejan hormigas; es el nudo de la acción. M enor en la ritualización de un tablero, la tecnofanía se convierte en mayor para el ser neoténico en el cual todavía no se ha instalado una 49 Curso actitud de defensa de la cultura de m odo negativo. Es cierto que no se puede hacer un m undo de técnicas a partir de los tableros, de las escalas de m edición, y de los carteles lum inosos. Pero estas ritualizaciones pueden ser consideradas com o vías de intercambio y de inform ación reversibles; ante todo permiten a los objetos técnicos ser aceptados en la cultura bajo ciertos tipos, y comunicarse con el hombre y el contenido de la cultura; también pueden permitir al ser hum ano franquear los límites de la cultura y penetrar en el m undo de los objetos técnicos no ritualizados, com o el iniciado franquea los límites de lo sagrado luego de haber cumplido con los ritos correspondientes. Las tecnofanías, en tanto que ritualizaciones, son mediadoras entre la cultura y la tecnicidad, y tienen el poder de instituir el intercam bio en am bos sentidos. E l objeto técnico y el niño: tecnología genética. La relación con la infancia, la relación con la adolescencia, son de particular im portancia para el objeto técnico porque el m odo de aprehensión del objeto a través del juego suscita en ese objeto una potencia arquetípica que hace de él un ser y no solamente un objeto. Sin dudas en el ser hum ano existen posibilidades de pregnación (Pragung, imprinting) que se consuman en particular a través del juego: el objeto que se aprehende a través del juego se puede convertir en el origen de una categoría cultural susceptible de recibir desarrollo, diferenciación y enriquecimiento. N o basta con que un hom bre o un grupo hum ano hayan tenido frecuentemente la oportunidad de emplear com o utensilios objetos técnicos de cierto tipo para que esos objetos sean m uy bien conocidos por ellos y en el nivel de ese vínculo prim ordial e irreversible que constituye la pregnación (en el sentido en el que Loren zyT in bergen emplean dicho término en psicolo­ gía para caracterizar ciertos fenóm enos del com portam iento instintivo). El conocim iento que da del objeto la pregnación no es de naturaleza inductiva ni explícitamente conceptual. Es la captación de un esquem a y no es posible en cualquier m om ento de la vida; requiere de una atención particular, de un estado de vigilia particular que son posibles sobre todo en el ser no-adulto. Ahora bien, para que estas pregnaciones tengan chances de consum arse a propósito de 1111 tipo determinado de objetos técnicos, 50 ¡'suvsociologíct de la tecnicidad l»i»< r í.ilta que dicho objeto esté incluido en situaciones vividas po r el fUftii- En situaciones semejantes, el objeto y el sujeto forman parte de una mi ih.i unidad dinám ica de situación, tienen el m ism o devenir, el m ism o dcMino m om entáneo: form an una unidad funcional y el equivalente de tiii.i (oialidad orgánica. El estado de a-dualismo primitivo, rico en parí!t ¡paciones posibles, es la categoría fundamental de esta pregnación. El niiio joven, en la situación de pregnación, no ve solamente o no escucha m>l.i mente un automóvil: es un automóvil o un camión, él m ism o hace el m ido del motor, y, por participación, es el motor; frena, acelera, lo que quiere decir que se frena y que se acelera. Los niños que juegan a que son un tren son ellos m ism os locomotoras o vagones, no se contentan ton estar dentro del tren. El organism o vivo representa los esquemas de funcionam iento técnico. M ás tarde, estos podrán ser conceptualizados y objetivados, pero primero son esquemas de com portam iento, de opera­ ción. E sta relación con el objeto es m ás primitiva que la de la utilización o de la propiedad. L os niños-lobo caminan en cuatro patas y olfatean su .ilímento antes de incorporarlo; nuestros niños, educados en una cultura que im plica el encuentro con objetos técnicos, pueden capturar ciertos esquem as de com portam iento y funcionamiento que son de origen téc­ nico y conservarlos en ellos como base de arquetipos, permitiendo m ás adelante una irremplazable relación im plícita y vivida de familiaridad, de com prensión intuitiva. Los conceptos científicos de causa y de efecto permiten ciertamente explicar, en el espíritu del adulto, el funcionam iento de tal o cual aparato. Pero entonces el objeto técnico es aprehendido como la aplicación de un principio científico; se lo conoce indirecta y abstractamente, sin ese lazo de connaturalidad funcional primitiva que funda la participación y equivale a una especie de fraternidad. Desde ahí podem os entender la necesidad que hay de proveer a los niños, com o juguetes, no tanto de imitaciones precisas de trenes o automóviles sino de realidades que funcionen, que lengan una existencia propia. Las herramientas, en particular, deben ser eficaces, reales, y diferentes de las del adulto únicamente en su tam año y peso para que estén adaptadas a las posibilidades del niño. Sin embargo, solo podem os indicar las consecuencias pedagógicas de esta intención de búsqueda de pregnación en el nivel de una “action research” que quisiera reconstituir la unidad de la cultura y de la civilización. En general acepta SI Curso m os las “tareas manuales” para el niño porque se supone que desarrollan la inteligencia; quizás no sea falso, pero la inteligencia no es una facultad indiferenciada y monolítica; las tareas manuales tienen que completarse con una educación tecnológica m ás amplia, porque corresponden a una civilización pre-industrial. ¿Existen niveles de edad correspondientes a la aprehensión por pregna­ ción de cada categoría de objetos técnicos? E s probable, pero se llevaron adelante sistemáticamente pocos estudios de “tecnología genética” sobre este tema. E n 1953 y 1954, hem os intentado, en las clases piloto del Liceo de varones de Tours, y en el m arco de los trabajos manuales educativos, instituir ejercicios de tecnología en distintos niveles etarios3. La utilización de los objetos puede preceder a la pregnación: los alum nos de cuarto a los que se les da un receptor y un emisor de radio se interesan más en los aspectos hum anos de la transmisión a distancia que en el funcionam ien­ to de los aparatos; se hablan unos a otros para hacerse bromas o burlas. C uando están en la adolescencia avanzada, se ocupan del cableado, de las antenas, del funcionamiento: están en la edad de la pregnación. D el m ism o m odo, los alumnos de cuarto tienden a desdeñar un automóvil viejo o una radio a galena; sus categorías siguen siendo sociales; uno de ellos, luego de la explicación sobre el funcionam iento de un dispositivo utilizado en un automóvil, preguntaba si dicho principio era el m ism o en el Facel Vega, automóvil altamente aristocrático para la burguesía de Tours. Luego de sondeos y experiencias pedagógicas, parecería que las edades de pregnación son las siguientes: antes de los cuatro años para el modelaje, el despiece, la abrasión, el collage, y generalmente todos los trabajos manuales. D e cuatro a seis años para las artes del fuego, incluyendo la fusión de los metales, el m oldeado y soldadura con hierro. D e seis a doce años para los montajes mecánicos, luego los motores, los dispositivos term odinámicos. D e doce a quince años para los m ontajes eléctricos, de quince a veinte años, y hasta la edad adulta, para la electrónica y el au­ tom atism o así com o para la radio y la televisión. La inversión que Piaget observa en el estudio de la noción de espacio, y que da, en el desarrollo ontogenético, un orden inverso en relación con el orden histórico (espacio 3 Ver la síntesis de dicha experiencia en “Lugar de una iniciación técnica en una formación humana completa”, en el presente volumen (N. de E.). 52 Psii mflt iolügía íle la tecnicidad riu lideano, luego espacio proyectivo y finalmente espacio topológico en el • Irsarrollo de las ciencias, mientras que el niño sigue el orden inverso), no parece encontrarse en la sucesión de etapas tecnológicas: las capacidades .Ir aprehensión del niño recapitulan globalmente las etapas históricas del desarrollo de las técnicas en los diferentes grupos humanos, de modo que la últim a etapa está en el nivel de las técnicas más recientes, que actualmente rsián en vías de perfeccionamiento y que plantean preguntas al adulto. /:’/ objeto técnico y la mujer En cada grupo hum ano, todo subgrupo dom inado, y no solamente el com puesto por el niño, presenta respecto del objeto técnico un conjunto de actitudes diferentes de aquella del subgrupo dominante. E n nuestras sociedades de la Europa occidental actual, existe un tipo particular de relación entre la m ujer y el objeto técnico. E sta relación es ambivalente y, por esa razón, contiene una de las posibilidades de reconstituir la unidad de la cultura reduciendo la resistencia opuesta por la cultura al objeto lécnico, y el ostracismo que resulta de ella. El juego del niño es ambivalente: en la m edida en que es considerado por el adulto com o no serio, proyecta sobre toda tecnofanía el descrédito relacionado con una manifestación m al encastrada en la vida social; queda al margen. Pero en la m ism a m edida en que está al margen, consum a la condición de un contacto posible con una realidad llevada al ostracismo. El niño, al desarrollarse y hacerse mayor, introduce en el círculo de la cultura las pregnaciones que ha hecho en el juego primitivo. D el m ism o m odo, el rol social femenino es, en cierto sentido, una ocasión de degradación para los objetos técnicos que pueden ser tom ados como atavío de esclavos y medios semi-mágicos de prestigio, cuando no son simplemente los chivos expiatorios de un ser dominado. La literatura satírica romana nos muest ra a una dam a elegante que da la orden de que se golpee a uno de sus esclavos y durante ese lapso de tiem po se prueba vestidos; la sangre corre; el ven hipo pregunta si puede dejar de dar latigazos; la dam a no responde y continúa probándose otros vestidos, otros adornos. Así nos ha sucedido vn ,i una estudiante que m aneja un transporte escolar en ocasión de una rxi m sión vapuleando el embrague y el cam bio para hacer, frente a sus > antaiada;. 53 Curso masculinos, una demostración de femineidad objetivada. En otra ocasión, nos hemos encontrado con dos dam as que participaban de un rally de automóviles: uno de los autom óviles había tenido un desperfecto en el m otor; el otro automóvil lo em pujaba con el paragolpes. El m otor del automóvil que había sufrido el desperfecto estaba lleno de grasa. N uestra prensa satírica abunda en observaciones acerca de esta desenvoltura con­ certada y demostrativa: la llave de encendido puesta para colgar de ella la cartera, etcétera. El solo hecho de que estas negligencias voluntarias sean aprehendidas como actitud y ofrezcan materia para la chanza demuestra que emanan de una condición de inferioridad: todo ser en situación de alienación aliena a su vez. Pero con bastante frecuencia, las condiciones de una reparación exigen la sim ultaneidad o equiprobabilidad de lo mejor y lo peor. Lo que importa no es tanto la nocividad de la m ujer para el objeto técnico en nuestra cul­ tura; es el hecho de que la m ujer no es neutral frente a ese objeto; puede reducirlo a la esclavitud; puede también liberarlo asociándolo a su suerte y liberándose ella misma. E n el m undo ignorado y menor de la cocina y la oficina, comienza una cierta asociación entre la mujer y el objeto técnico: ciertamente los objetos dom ésticos son todavía instrum entos de prestigio y se presentan de manera más o m enos suntuaria, bajo una cubierta esmaltada. Sin em bargo, la m ujer en condición de am a de casa interviene com o una operadora que trabaja con dichos objetos técnicos; los regula, organiza sus intercambios; objeto técnico y am a de casa constituyen una unidad funcional que puede ser la base de distintas pregnaciones. Ciertam ente la publicidad y los canales de inform ación y de ventas están abarrotados de una m itología de la máquina-esclava y de la mujer-reina que no es favorable a la reconstitución de una unidad de la cultura. Pero la situación dé trabajo en sí m ism a es favorable y podem os pensar que será fuente de saneamiento de la producción, de la publicidad, del mercado. D e los objetos técnicos de la casa a los objetos técnicos universales, hay cam inos de continuidad posibles y puede elevarse una actitud hum ana no alienante desde la condición dom éstica hasta la condición universal: el segundo punto clave para una action research sería, luego de la relación del objeto técnico con el niño, su relación con la m ujer en los países de Europa occidental. 54 Psicojoriología de k tecnicidad E l objeto técnico y el grupo rural I )e m odo más general, podem os suponer que existe un punto-clave en lodo subgrupo dom inado. H em os citado grupos etarios y ordenados por sexo. Pero también debem os pensar en grupos geográficos y profesionales, en particular, en Francia, en el grupo rural en estado de inferioridad y en relación con el grupo urbano. L a inferioridad de los pagani, de los cam pesinos, es de un tipo com plejo, porque sintetiza aspectos culturales múltiples en los cuales han existido aspectos religiosos; en otros tiempos lo s pagani eran los paganos y estaban atrasados respecto de la cristianiza­ ción proveniente de Rom a; en nuestros días todavía están en situación de retraso, continúan observando ritos religiosos mientras que las poblaciones urbanas se “descristianizan” o, m ás bien, se desritualizan. La escolarización, el nivel económ ico, la vestimenta, el lenguaje también pueden ofrecer criterios y constituyen rasgos culturales. Un estereotipo general considera a los cam pesinos com o “atrasados” respecto de los habitantes de la ciu­ dad; un adjetivo com o “retardatario” se aplica con m ucha frecuencia a las poblaciones rurales. Ahora bien, en el cam po del equipam iento técnico, encontramos a propósito del m undo rural las mismas situaciones ambiva­ lentes que hemos relevado en la situación del niño o en la situación de la m u je r il m undo rural está dom inado, pero esta situación ofrece ocasiones de encuentro de la tecnicidad que conducen a la introducción del objeto técnico en el cam po de la cultura. En tanto que dominado, el m undo rural absorbe y utiliza los desechos de los citadinos; los automóviles pasados de m oda se venden en el campo. A ntiguos automóviles de lujo encuentran una segunda existencia com o automóviles de granjero: pueden remolcar una carga bastante importante. En otros casos, se los transform a y se les pone una caja de cam ioneta en lugar de los asientos traseros. E sta segunda utilización se considera una degradación, puesto que ciertas firmas inglesas que producen automóviles de lujo obligan al comprador a no utilizar el automóvil en tareas utilitarias: estas firmas no venden su producto sino luego de indagar la honorabilidad del comprador. Es un rasgo bastante característico de nuestra econom ía tener, en el cam po de los automóviles, una variedad bastante grande de modelos urbanos (algunos están cada vez más “personalizados” por medio de diversos accesorios), y no contemplar ni un solo modelo que esté adaptado a las condiciones rurales: implícitamente 55 Curso suponem os que las condiciones rurales se obtienen po r degradación de las condiciones urbanas, y esto es un m ito, porque hay aspectos específicos de las condiciones rurales que exigen, en particular, una sujeción al suelo más importante, tracción en las cuatro ruedas, neum áticos provistos de tacos m arcados así como una demultiplicación m ás a fondo en las velo­ cidades bajas. Ciertas firmas, com o la Régle nacional des usines Renault ['Unión nacional de las fábricas Renault\ , han fabricado vehículos rurales en algunas ocasiones, en particular la Prairie-, pero no basta con presentar en los afiches publicitarios un automóvil ocupado por un labrador vestido con ropa de trabajo y una granjera que lleva un pañuelo en la cabeza, o un remolque en el que se ve un ternero, para ofrecer un conjunto que sea conveniente a las condiciones rurales de vida. D e hecho, ese vehículo era más la versión civil de una m áquina militar (la Savané) que un modelo que respondiera estrictamente a las necesidades de los agricultores. Su consumo y su ancho eran prohibitivos. Frente a esta falta, esta m ala adaptación, vemos aparecer el vehículo específico del agricultor, el tractor, que sí se adapta a las condiciones rurales. El tractor, a pesar de su nombre, no solo es capaz de remolcar. Es una máquina-transferencia4 plurifuncional y se convierte en la m áquina fundam ental de la agricultura; esta m áquina portadora de herramientas sabe arar y segar; m ediante su m otor puede accionar, gracias a una tom a de fuerza, ciertas instalaciones fijas (sierra, prensa, horm igonera...). Lo que es más, el tractor es un vehículo que permite transportar convenientemente cargas (en una caja que se puede fijar cerca del tren trasero, por m edio de un enganche) y con frecuencia personas en los laterales. C om o vehículo, el tractor se caracteriza por su capacidad de pasar sin dañarse por cam inos de barro o piedras, o incluso por caminos de pendiente fuerte. Los habitantes de la ciudad consideran 4 Machines-transfert en francés. Se trata de una máquina especialmente construida para fabricar una sola pieza determinada de manera repetitiva, con gran velocidad de producción y alto nivel de automatización: máquina transfer en castellano. Sin embargo, el autor emplea este término, en este y otros textos de este libro, no para referirse a un tipo concreto de máquina, sino para aludir a un conjunto de máquinas diversas que cumplen el papel de transferir energía. Por esta razón se ha decidido traducir el término como máquina-transferencia, que por otra parte también se utiliza, menos Irccuentemente, para referirse a las máquinas transfer. [N. de los T.] 56 Psicosociología de la tecnicidad 1 1 i ractor com o un instrumento de prestigio para el agricultor; de hecho, la existencia de un tractor en una explotación rural es la condición de su I >osibilidad de “despegue”, a causa de su naturaleza esencial de máquinai ra nsferencia adaptada a la agricultura. Ahora bien, la relación con ese objeto técnico que es el tractor es, en el dom inio rural, un modelo de relación plena del hombre con el objeto técnico rica en arquetipos y en poder normativo. Los economistas que afirman que, en ciertos casos, la rentabilidad de un m otocultivador será superior a la de un tractor dejan de lado el carácter arquetípico del tractor com o máquina-transferencia de base en el dom inio agrícola. E l objeto técnico y el subgrupo en situación pregnante Finalmente, junto a los subgrupos estables, cada grupo hum ano ofrece subgrupos temporarios o transitorios en los cuales la relación entre el hombre y el objeto técnico ofrece semejanzas con las que hemos presentado en el caso del niño, de la mujer, del agricultor. E sa es la relación entre la tripulación y el navio, o bien entre el piloto y el avión, o incluso entre el corredor automovilístico y su automóvil; los aspectos inesenciales de prestigio, de participación social se desvanecen frente a la tensión del peligro, frente a la unidad funcional constituida por la m áquina y el hombre. Semejante unidad está simbolizada por. el código de honor de la M arina, que exige que el capitán desaparezca con su embarcación; semejante relación puede ser calificada com o totalmente pregnante, o incluso com o totalmente saturada. El destino del hombre y el del objeto se reverberan uno en otro. Existe un acoplamiento ajustado y no es sorprendente que el objeto se vea, en ese caso, humanizado, personificado, bautizado, dotado de un nombre hum ano. Tam bién podem os comprender la ola de indignación que ha su ­ blevado a los marinos de oficio cuando una gran com pañía de navegación, que había desarmado una de nuestras m ás célebres unidades francesas5, 5 El paquebote Ile-de-France, inaugurado en 1927, vendido en 1958 y que se había unido a los Aliados en julio de 19/ÍO, era llamado también el “San Bernardo de los Mares” por los numerosos salva iajes que había realizado, a veces muy peligrosos. La película en cuestión es Pánico a bordo, 1960 (N. de E.). 57 Cuno la vendió a una compañía extranjera que a su vez la ib a a entregar a una com pañía cinematográfica que iba a filmar un incendio y una explosión a bordo de un navio. El gran navio no abandonó el puerto francés sino luego de haber sido des-bautizado y, en el m om ento en que se hundió en la niebla para iniciar su ruta hacia el país del cual no se vuelve, todas las sirenas del puerto sonaron largamente acom pañándolo; la tripulación le rendía honores. N o se vende a una persona porque envejece, al término de una larga carrera. Hubiera bastado quizás una cam paña periodística para salvar de un fin d degradante al “San Bernardo de los mares” . Pero solo el subgrupo de los marinos se sintió profundamente indignado por­ que únicamente él conoce, de m odo implícito y vivido, la relación entre el hombre y el navio. El acto económico de com pra o venta no agota la realidad completa del objeto; no da todo el poder sobre el- objeto. En el caso de Íle-de-France, si alguno de los mass media se hubiera hecho cargo de la causa del navio no es insensato pensar que se hubiera podido volver a comprar el paquebote gracias a colectas colectivas, y se le hubiera podido dar una segunda existencia, por ejemplo, como m useo flotante de la M arina, o com o navio-escuela. Pero era necesario el trabajo de un escritor, periodista u orador para llevar a un grupo am plio a pensar y a sentir com o un grupo restringido. Para que esa compra fuera posible, habría que haber cum plido para él y sus semejantes lo que la señora Beecher Stowe hizo por los negros al escribir L a cabaña del Tío Tom. Una tom a de conciencia de valores y deberes puede ganar un grupo amplio a partir de un grupo restringido. En la Antigua Grecia, estaba prohibido cortar un olivo. Q uizás un día, en ciertas culturas, esté prohibido destruir un objeto técnico, com o estuvo prohibido hacer perecer a un esclavo: sería el nacim iento de una nueva categoría jurídica, paralela a la que protege los animales y que está hoy en vías de desarrollo. Semejante derecho podría tener un valor paradigmático y sum inistrar normas utilizables en dom inios m ás vastos de la realidad. En el campo del automatismo, una noción tal com o la de optim ización marca el nacimiento de una normatividad. N o está prohibido pensar que estos diferentes focos de valores que provienen de cam pos inicialmente separa­ dos, podrían reunirse y hacer penetrar en la cultura tendencias axiológicas hasta ahora desconocidas. La reunión y la explicación de estas tendencias normativas sería el cuarto punto-clave en una action research que apunte a reconstruir la unidad de la cultura reuniendo cultura y civilización. 58 Psicosociología de la. tecnicidad Así, el objeto técnico de uso, llevado al ostracismo por la cultura luego ■Ir un fenóm eno de desdoblam iento que opone cultura y civilización, se vuelve a introducir parcialmente en la cultura, o bien dividiéndose en zonas (la zona culturalizada envuelve topológicamente a la zona de pura u-cnicidad), o bien, más positivamente y de m odo m ás constructivo, por m edio de tecnofanías locales (tableros) o generalizadas; estas tecnofanías, ligadas a pregnaciones, aparecen en subgrupos dominados, permanentes o temporarios, de edad, de sexo o de oficio y situación: son los puntos-clave fundam entales de una búsqueda de acción para la unidad de la cultura. S E G U N D A PARTE: H I S T O R IC ID A D D E L O B JE T O T É C N I C O Historicidad y sobrehistoricidad —Objeto de cultura y objeto técnico: alienación del objeto y virtualización del trabajo —Los grados de sobrehistoricidad — Objeto técnico abierto y objeto técnico cerrado —Apertura del objeto artesanal — Cerrazón del objeto industrial; código humano y código mecánico — La producción industrial como condición de apertura — Escala microtécnica y orden macrotécnico. Historicidad y sobrehistoricidad. Debem os entender el término “historicidad” en sentido amplio. Mircea Eliade opone la historicidad de la civilización a la intemporalidad de la cultura; ahora bien, es cierto que, com o objeto de uso, el objeto tó nii o posee una cierta historicidad: corresponde a las necesidades de un grupo hum ano determ inado en una situación definida. Sin embargo, no r.s rl utensilio en tanto que utensilio lo que está m ás directamente vinculado con una época. Se podría decir que la historicidad del objeto rn tanto que utensilio es una historia simple que se encuentra reforzada y sol u n ir 59 Curso terminada p o r una historicidad cultural, producto de un haz de actitudes humanas que apuntan al objeto en tanto que ser histórico, que fecha y que a su vez está fechado. U n taburete egipcio podría todavía en nuestros días ser utilizado como mueble de uso. En el cam po de las herramientas, no es del todo cierto afirmar que una herramienta no tiene fecha. Sin embargo, cuando encontramos un martillo o una azuela en un armario, podem os utilizarlos luego de haber reemplazado el m ango sin plantearnos muchas preguntas sobre su fecha de fabricación: podem os ver que son antiguos, pero no podem os decir si han sido fabricados hacia 1 8 8 0 o 1910. Cuanto más com plejo es el objeto, más está vinculado con aspectos sociales de uso y más selectivamente está datado. Una bicicleta tiene una fecha m ás precisa que un martillo. Un autom óvil tiene una fecha m ás determinante que una motocicleta. Un mobiliario com pleto pertenece a una civiliza­ ción definida, mientras que un taburete puede pasar de una edad a otra. La historicidad psicosocial interfiere con la historicidad de uso del objeto técnico, y se puede decir que dicha historicidad psicosocial es parcialmente independiente de la historicidad com o objeto de uso. E l objeto, en tanto que objeto de uso, está som etido a un proceso de degradación progresiva por usura, corrosión, deformación. En ciertos objetos, com o un microscopio, este proceso es casi inoperante si el objeto está bien mantenido. Sin embargo, un cierto efecto de halo cubre, a partir de los objetos que se degradan, a todos los objetos técnicos y lleva a pensar que pierden su cualidad de uso con el tiempo. C asi todas las fabricaciones para uso militar llevan la fecha de fabricación. N orbert W iener cita a un escritor inglés para quien el summum de perfección de una carroza con­ sistía en que los engranajes, los resortes, la caja y las varillas llegaran a un desgaste total precisamente en el m ism o m om ento: el desgaste localizado y oculto de ciertas piezas puede ser engañoso, en efecto, y peligroso en los objetos com plejos; se puede considerar este proceso de degradación invisible, pero presumible, com o una de las bases de la depreciación de los objetos'de uso a través del tiempo. Psicosociología de la tecnicidad <ibjrto de cultura y objeto técnico: alienación del objeto y virtualización del trabajo Mu em bargo, el carácter precedente estaría m ás cerca del envejecimiento <|iir de una verdadera historicidad; para que haya historicidad, es preciso <¡ue la fecha de fabricación sea objeto de una actitud hum ana definida. I )¡cha actitud existe, pero difícilmente podem os darnos cuenta solo a I I a vés de la degradación debida al envejecimiento y a la usura. Se podría invocar tam bién la creencia general en el progreso técnico: un objeto irricnte puede estar más perfeccionado que un objeto antiguo, y esta i reencia es general, incluso en los cam pos en donde los progresos son lentos (por ejem plo, en óptica). D e hecho, es antes que nada la actitud hum ana la que determina la historicidad del objeto, por fuera de los criirrios estrictos de las performances de utilización. Y esta actitud, que trata 11 n objeto com o pasado de m oda o superado, es una actitud selectiva: se <Ünge sobre todo a los objetos técnicos. Se supone que un violín se hace mejor con el tiem po, porque es objeto de cultura. U n libro antiguo no vale m enos que uno reciente: participa de la intemporalidad de la cultura. 1 1 11 comerciante de alfombras afirmaba que las piezas que vendía se hacían todavía m ás herm osas cuando eran pisoteadas durante m ucho tiempo, lo • ¡n ejas clasificaba entre las obras de arte. H ablam os también de la pátina de las estatuas, de los m u eb les... Todas estas representaciones probable­ mente tienen fundam entos objetivos débiles, pero muestran la oposición implícita que instituim os entre el devenir de los objetos de cultura y el «le los objetos técnicos. 1 ,a historicidad esencial del objeto técnico consiste en el hecho de que i raímente es objeto, una cosa que puede ser vendida, comprada, inter<am biada en lugar de permanecer anclada en la ciudadela de la cultura: es móvil, separable del grupo que lo ha producido, de las circunstancias sociales que han llevado a su aparición. E s com o una población, y existe no solam ente com o prototipo y gracias a su esquema, sino tam bién bajo la form a de un cierto núm ero de ejemplares expandidos a través del mundo. Es o puede ser soporte y causa de alienación, base de los pro( e,sos de causalidad acumulativa. Se los puede considerar com o trabajo Iminano concretizado y dcsligable del productor. Feuerbach describió el proceso de alienación en la separación que interviene entre lo sagrado y 61 Curso el hom bre, M arx retomó la noción de alienación y la aplicó al juego de la plusvalía en la relación entre capital y trabajo. Pero existe una tercera form a de alienación diferente de las dos precedentes: es la producida por esa liberación del objeto técnico que se desprende de su productor antes de haber encontrado un usuario o un comprador. C uando un artesano construye un objeto para utilizarlo en su taller, o cuando ese artesano ejecuta un encargo preciso, no hay alienación del objeto, porque el objeto nunca está separado del productor o del usuario. Pero en la producción industrial, aum enta la distancia entre la producción y la utilización: el objeto se produce sin un anhelo previo preciso y definido del usuario eventual; se crea un período intermedio que es capital para el objeto y que define su condición de alienación: hay en el mercado una m ultitud de objetos, una población de objetos que esperan a sus posibles usuarios, que se presentan com o com pradores6. Si el objeto no es vendido, si no es elegido, pierde sus caracteres de tecnicidad; el trabajo que concretiza se ve vaciado, y pasa a ser com o si no hubiera existido. D icho de otra manera, en esta condición de objeto para ser vendido, el objeto no ha sido todavía completamente reconocido como objeto técnico; necesita, además del acto de producción, un segundo acto de elección que lo reconozca com o objeto juzgado digno de ser comprado. La realidad del objeto producido se ve llevada a una virtualidad de destina­ ción técnica; no posee en él m ism o la autojustificación de su existencia y de su finalidad; se podría decir que está “virtualizado” por la condición de venalidad. A través de él, el trabajo productor se ve virtualizado; pierde un grado de realidad. C om o la condición del objeto producido repercute sobre el trabajo de producción (sobre la totalidad del trabajo de producción, que involucra tanto al capital com o al trabajo propiam ente dicho), este trabajo se transform a en un desafío, una situación de inseguridad: aquí comienza un proceso de causalidad circular; la producción industrial es una producción virtualizada, y esta condición de virtualidad cubre a pro­ ductores y productos. En este sentido, el objeto técnico industrial es como Sobre la relación entre la objetualidad del objeto técnico producido, su carácter separable y su cerrazón, especialmente en el marco de la producción industrial por oposición a las producciones artesanal o post-industrial, véase también “La mentalidad técnica”, III (N. de K.). 6 62 Psicosociología de la tecnicidad u s * s< lavo, porque la condición del esclavo implica esta virtualización: ¡ i tltlav o no continúa existiendo sino en tanto que su am o lo autoriza a éslsiir. 1 '.n el origen, cuando el hom bre desligado de su m edio es reducido a Vi l.ivitud, ve su existencia y su justificación en el hecho de depender ‘í la esencia de la esclavitud es esta dependencia en relación con H tm yi on las finalidades de otro. Cuando los sardos eran muy numerosos , ti r 1 mercado, se decía “ Sardi venales”, y se los usaba para alimentar a las lampreas. D e igual m odo una serie entera de objetos técnicos, segados ■Ir su medio de producción, pueden no encontrar un com prador y ser .. ¡ i* 1i<los aprecio vil para la recuperación de algunas m onedas sueltas: este uillémpleo, contrario a su finalidad propia, a su esquema de invención y ,ir luncionam iento, los desnaturaliza y los aniquila en el absurdo. Ahora bien, aunque no estén vivos, contienen sin embargo la cristalización de algo viviente; las horas de trabajo hum ano consum idas en producirlos, y el rsfuerzo de invención que perm itió concebirlos. El comprador, por su poder de elección o de rechazo, posee el poder despótico de dar vida o muerte a la traducción materializada de un conjunto de gestos humanos <Irl mismo m odo que el pueblo dom inador podía acordar o negar la vida di gladiador vencido en las arenas con un gesto del pulgar hacia arriba i» hacia abajo. C om o todo objeto debe pasar por el m ercado, se ejerce mi cierto efecto de halo de un tipp de objetos al otro, y de esta manera, finalmente, es todo el trabajo lo que se encuentra virtualizado. El fenóm eno de causalidad acum ulativa que se instituye aqu í desem­ boca en un tipo de alienación diferente de la que describen Feuerbach o Marx; de hecho, se acercaría m ás a lo que describe Feuerbach (alienación por medio de la sacralización) que a lo que describe M arx (alienación p o r medio de la plusvalía); esto se debe probablemente al hecho de que existen aspectos de isom orfism o entre la tecnicidad y la sacralidad, com o intentaremos indicarlo en la tercera parte de este estudio. En el proceso ile alienación que describe M arx, existe una suerte de distribución de las fuerzas y los roles que coincide con los grupos humanos: el trabajo en i ondición de alienación es el m odo de ser del proletariado, del grupo de los proletarios, y el capital el de los capitalistas; de ahí la lucha de clases y la idea posible de una lucha de clases que desemboque en una revolución que es la solución del conflicto; de ahí, también, la idea de un trabajo de lo negativo y de una evolución dialéctica a través del juego de la plusvalía que 63 Curso acentúa la oposición entre capital y trabajo. L a revolución social se puede presentar com o una solución que se aporta al problem a de la alienación porque los alienadores y las víctimas del proceso de alienación están repar­ tidos en clases sociales. Ahora bien, puede suceder que el pensamiento de M arx represente la tom a de conciencia y constituya una form ulación de las estructuras dominantes del fenómeno de alienación en el m om ento de la prim era revolución industrial. Puede suceder tam bién que dicha form a de alienación subsista. Pero las consecuencias de la segunda revolución industrial han aportado otra, que difiere de la alienación m arxista en el hecho de que, en el interior del individuo m ism o, el hombre, en tanto que com prador esperado, virtualiza el trabajo del hombre en tanto que productor del objeto técnico. En el hombre m ism o, la función de com ­ prador aliena la función de productor; la función de comprador, y más generalmente de usuario, pone a distancia del hom bre la cosa producida y, por m edio de un juego de causalidad recurrente, la función m ism a de producción. El hombre, com o comprador, crea una sobrehistoricidad del objeto técnico que es el equivalente, en tanto que proceso de alienación, de la plusvalía marxista en el cam po económico. C uanto más aumenta esta sobrehistoricidad en un cam po determinado de la producción, más la producción se vuelve esclava de normas y de exigencias extra-técnicas que solo apuntan a convertir el producto preferible por m edio de un detalle nuevo; de allí resulta una inflación de dicha sobrehistoricidad que envuelve al objeto técnico y sobrecarga su producción al punto de com prom eter progresos esenciales. L os productores se convierten en productores de sobrehistoricidad tanto com o de tecnicidad; en tanto que compradores, exigen de ellos dicha producción de un margen siempre mayor de sobrehistoricidad. Esta sobrehistoricidad crea barreras de las cuales se puede dar un ejemplo en el hecho de que un automóvil pase de m od a más rápidam ente que lo que se usa; para utilizar un automóvil pasado de m oda, hay que vencer cierta barrera social. L a existencia generalizada de la sobrehistoricidad crea en los constructores la necesidad de devenir productores de sobrehistori­ cidad, creando con bastante frecuencia m odelos nuevos, lo que equivale a fraccionar voluntariamente las reformas de estructuras que corresponden a un progreso real de tecnicidad, incluso aveces a diferirlo: de allí resulta un contraste importante cutir d malthusianism o que restringe las refor­ 64 Psicosociología de la tecnicidad mas de las estructuras técnicas y la exhuberancia audaz de los cambios de aspecto; la sobrehistoricidad se concentra en el nivel de la zona exterior, en el nivel de aquello que, en el objeto técnico, es el equivalente de la vestimenta para el ser humano. Esta zona exterior también es la que se degrada m ás rápidamente en virtud de los factores puram ente naturales e históricos, sin intervención de sobrehistoricidad; pero la sobrehistoricidad se manifiesta a través de la elección de colores, de pinturas, de esmaltados frágiles que se desgastan pronto, com o la m oda que, en el cam po del vestir, recurre a telas poco duraderas o a pigmentaciones raras y poco estables. Si un autom óvil hubiera sido concebido com o un objeto técnico puro, sin sobrehistoricidad, estaría hecho con planchas de acero inoxidable, com o los vagones de los trenes de gran velocidad. Los grados de sobrehistoricidad La sobrehistoricidad de un objeto se puede medir por la m edida inversa de su tiem po de uso, sea antes del prim er desclasamiento, sea contando el tiem po total de uso. En este sentido, el material ferroviario es histórico pero m uy poco sobrehistórico. Todavía hoy se usan locom otoras de vapor antiguas (setenta años) com o m áquinas de m aniobra en las estaciones. Las locom otoras que tienen treinta o cuarenta años de servicio no son raras de ver; aquí, la historicidad se manifiesta bajo la forma de un aumento del tonelaje y de la potencia, condición necesaria para poder remolcar trenes cada vez m ás pesados. Pero una locom otora no pasa realmente de m oda; se convierte en arcaica, aparece com o un ancestro, pero no es percibida com o lo son las vestimentas de otra época, o incluso com o una bicicleta, que cada tanto, después de algunos años, vuelve en los desfiles paródicos. En ciertos cam pos de invención reciente y de rápido desarrollo, com o el de la aviación, la historicidad se manifiesta por medio de cambios ir> ui< o s más rápidos que en el cam po ferroviario; sin embargo, la itisrin i.i <,r.¡ completa de sobrehistoricidad en este dom inio (salvo para l os u a n s p o i t r s de pasajeros, a causa del régimen competitivo de relaciones qm r x i u n i m i i r las distintas compañías) se traduce por el hecho de que los anl i |>i « >-mi»Irlos siguen siendo utilizables al lado de los más recientes, sin xrr i,u h i«lo • dr deshonrosos. Recientemente, la r a f [Royal A ir Force\ reformó u a J i u i p u o 61 Curso tipo de avión que se usaba durante la última guerra; el último ejemplar de ese tipo de avión dejó su hangar no entre bromas sino con honores, frente a rostros graves, y para su último vuelo fue escoltado por los modelos más recientes. Se puede comparar esta ceremonia, que fue retransmitida en la red francesa por la rtf [Radio Frunce, Radiodifusión Télévision Frangaise[, con los honores que se rindieron en Francia al paquebote Ile-de-France, que partía en su último viaje luego de haber sido vendido, como contamos anteriormente. En el campo de la navegación, los fenómenos de m oda se limitan a las superestructuras y no conciernen sino a los paquebotes. En algunos lagos de Europa, todavía existen barcos con rueda hidráulica. Un velero no se considera en lo m ás m ínim o com o pasado de m oda; la marina alemana todavía tenía, hace tres años, dos veleros entre sus barcos-escuela; uno de ellos, el Pamir, naufragó. El velero tenía un valor de arquetipo y su m aniobra se consideraba m ás formadora para los jóvenes que la de un vapor. En tiempos recientes, la m arina inglesa reconstituyó el Mayflower agregándole solamente un radar por razones de seguridad. L a razón de la diferencia que existe entre el automóvil y el tren, el avión o el barco, es el fenómeno de la elección en la compra: un autom óvil se construye antes de ser presentado al posible com prador; por el contrario, el avión, el barco, la locom otora se producen en condiciones de distan­ cia mucho menos grande entre el productor y el usuario. C on mucha frecuencia el productor sigue presente bajo la form a del reparador, del regulador, de quien suministra piezas originales por separado; el retorno de inform ación del usuario al productor no se ve afectado por un retraso m uy largo; con frecuencia, es el usuario el que indica sus necesidades al productor: el pedido precede a la producción mientras que, en el cam po del automóvil, el pedido sigue a la producción; no puede tener sobre esta un efecto regulador y el conjunto constituido por la actividad de producción y la actividad de utilización no constituye una unidad funcional. Incluso si fuera contemporáneo de la producción, el pedido, en el cam po de los automóviles, no sería un verdadero pedido puesto que no es portador de in­ formación, no im pone características; si queda algo a elegir, es en el cam po de las adjunciones de sobrehistoricidad: neumáticos de laterales blancos, colores, elementos ornam entales... E sta ilusión de aporte de información a pedido se manifiesta en la fórm ula del autom óvil “personalizado” , que en realidad está socializado y sobrehistorizado. 66 I*\n pu>( ¡ologfa de I/i tecnicidad ' U’jcto técnico abierto y objeto técnico cerrado ,t limo se traduce, en el objeto técnico m ism o, el fenóm eno de la soIu< historicidad? Por m edio de la cerrazón que se opone al carácter de tibjcto abierto que se encuentra en el producto puramente técnico y que mi es ocasión de alienación. El objeto técnico cerrado es aquel que está i om pletam ente constituido en el m om ento en que está listo para ser vendido; a partir de ese m om ento de mayor perfección posible, el objeto no puede sino usarse, degradarse, perder sus cualidades, hasta el desmon­ taje final y la vuelta al estadio de piezas separadas. Esta cerrazón (barrera entre el constructor y el usuario) se expresa a través de cierto número de prohibiciones reales, com o la garantía que caduca cuando se han roto los sellos o precintos del aparato, o cuando fue reparado en otro lugar que los concesionarios de una marca oficial. En ciertos casos, la cerrazón del objeto puede ser presentada com o sím bolo de perfección y convertirse en un m edio publicitario de prestigio, que da a un tipo de fabricación un halo de falsa m agia. Esta cerrazón es menor en la m áquina industrial que en el objeto dom éstico, no obstante menos com plejo y de una calidad mucho m ás dudosa; es que la m áquina industrial es producida y usada t u un contexto de continuidad funcional desde el acto de producción al acto de utilización: sigue siendo regulable, mejorable; si el progreso de la producción de los materiales permite sustituir una pieza antigua por una pieza que presenta caracteres superiores, esta sustitución es generalmente posible en la m áquina industrial, mientras que no se puede hacer de manera conveniente en el objeto cerrado que, a veces, no adm ite siquiera la reparación. El objeto técnico abierto es neoténico, en cierta m edida siempre está en estado de construcción, a imagen de un organismo en vías de crecimiento. Por esta razón, el objeto técnico abierto está dotado de un poder de permanencia mayor que el objeto cerrado. U na locomotora tiene una “duración de vida” mayor que un automóvil porque la locomotora está hecha para ser som etida periódicamente a revisiones; es desmontable y re­ parable pieza por pieza, com o si estuviera en estado de génesis permanente; en la m ism a m edida, es fanerotécnica y no criptotécnica-, se adm ite que las bielas, los raíles, las manivelas de una locom otora sean visibles, lo que las hace fácilmente controlables sin necesidad de hacer un desmontaje; tina caja de ejes que se recalienta, en una locomotora, se hace notar general 67 Curso m ente antes de haber alcanzado un estado irreversible. En un automóvil, un deterioro equivalente lleva generalmente al gripaje o la ruptura. Aun los m odelos m ás recientes muestran algunos ejem plos de apertura gracias al empleo de piezas de recambio desmontables en los puntos de mayor desgaste: cam isa de cilindro, silent-blocks en la suspensión. El esquema de un objeto técnico abierto es radicalmente diferente del de un objeto cerrado: el optimum del objeto cerrado, al igual que la carrocería cuyas partes alcanzan todas el m ism o grado de desgaste en el m ism o m om ento, es una organización que brinda sin retoques ni intervención el m ás largo uso posible; hay hom ogeneidad de todas estas partes en su proceso común de degradación. Es todo el sistem a el que tiende hacia su final, el que será rechazado en bloque. Por el contrario, el objeto abierto se debe desdoblar en partes som etidas a cambios y partes no sometidas a cambio. Las partes permanentes deben ser hechas con materiales y un grado de perfección que las haga prácticamente permanentes; desem peñan para las otras un rol de condición estática e invariable, por ejemplo, un rol de soporte en el cual la usura y las readaptaciones necesarias se ven reducidas al mínimo. Las partes no permanentes son o bien las que se cambian en función de la diversidad de tareas (como las herramientas en las máquinas-transferencia1 industriales del tipo del torno, o bien aquellas en las cuales el desgaste está localizado p o r el esquema de funcionam iento). L a condición de esta apertura de los objetos técnicos puede darse a confusión, pero es particularmente interesante para estudiarla precisa­ mente porque es el corolario del estudio del tipo de alienación que hemos señalado. E n efecto, esta condición se cum ple en dos casos: la producción artesanal, o bien la producción industrial avanzada y elaborada. Y no se cum ple cuando la producción es solamente industrial pero de m odo bastante burdo, es decir, en el sentido de una serie de gran difusión co­ mercial. En estos casos, la producción da origen a objetos buenos solo para que sean tirados a la basura después del desgaste, objetos som etidos a degradación o incluso objetos de pura civilización. Véase la caracterización de las máquinas-transferencia en “Aspectos psicológicos del maquinismo agrícola”, en este mismo volumen (N. de E.). 7 68 Psk nun wloyjd de la tecnicidad Apertura del objeto artesanal 1 a producción artesanal corresponde a objetos ajustables, reparables, poique la adaptación de las piezas unas con otras se hace paso a paso, rn d transcurso de la construcción; el objeto se produce sucesivamente; Lis piezas se adaptan a través de procedimientos reversibles (tarugado, fijación con pernos, ajuste por m edio de cuñas). E l acto de reparación ífi upera las actitudes y procedim ientos del acto de producción. Luego de la siega del heno se reemplazan los dientes de un rastrillo tallándolos i orno se había hecho por primera vez con el conjunto del instrumento. Se vuelve a forjar o se vuelve a m ontar un pico, un hacha; se vuelve a hacer la reja del arado. N o pocos procedimientos de reparación recuperan las i ondiciones de la primera fabricación y constituyen una reanudación de la fabricación: así era el procedimiento que permitía arreglar una campana hendida (Biringuccio, Pyrotechnie, 1550; según Frémont, Evolution de la fonderie de cuivre, París, 1903): se trata de una reanudación local de la fusión y luego del colado primitivo por m edio de un horno que tiene una forma especial; de este m odo la cam pana se vuelve a fundir parcialmente. El objeto artesanal sigue estando abierto porque el acto artesanal sigue permaneciendo cerca de la materia operable: la m irada artesanal captura d objeto com o una materia reformable, prolongable. Varias piezas son nom bradas según sus materias más que según sus funciones: hierros del cepillo de hierro, hierros de la cepilladora de madera. Algunos artesanos construyen su m áquina com prando solamente algunas piezas, com o co­ jinetes, engranajes, un motor. En el mercado, en Francia, encontramos cepilladoras de maderas de tipo artesanal y de dimensiones reducidas, y que generalmente son empleadas por amateurs que se arm an un atelier personal. Estas m áquinas son concebidas como esencialmente abiertas: las piezas som etidas a desgaste (“hierros”, rulemanes), o q u e se pueden romper (la punta de eje utilizada para el aserrar) son fácilmente reem­ plazables por el usuario y son suministradas por el constructor. Además, esos equipam ientos son concebidos para ser completados progresivamente por m edio de adjunciones y adaptaciones a partir de algunos elementos prim itivos (así, la cepilladora puede recibir un com plem ento qu e la transforma en otro tipo de cepilladora desmontable). En cierto sentido, la condición artesanal de la tecnicidad se vuelve a introducir en nuestros 69 Curso hábitos por el atajo y bajo las form as del trabajo del amateur, a veces esta reintroducción no se produce sin algunos elementos culturales inesenciales; afirmar que las cepilladoras de madera son superiores a las cepilladoras de hierro es sacar provecho del recuerdo de las antiguas cepilladoras de los artesanos. Entre los verdaderos artesanos, esta construcción de m adera daba una m ayor posibilidad de apertura, puesto que perm itía al artesano m ism o construir estas m áquinas según su conveniencia, hacerlas más grandes, repararlas. Para el amateur que com pra la m áquina ya hecha, hay recreación de una atmósfera artesanal m ás que apertura técnica, y unidad de ton o más que continuidad real desde la producción a la utilización. Sin em bargo, semejante procedim iento de construcción se inserta en una econom ía general del tipo artesanal, que concentra en un solo hombre las funciones de producción y de utilización del objeto, lo que es la primera de las condiciones de apertura del objeto técnico. Cerrazón del objeto industrial; código humano y código mecánico De m odo opuesto, el objeto industrial cerrado es aquel que utiliza proce­ dimientos de montaje o ensamblaje que exigen una concepción previa de conjunto y que llevan a un conjunto que no puede ser corregido, conti­ nuado, retomado. La soldadura, el encolado, el remachado, la form a que se da a una pisadora para embutir constituyen operaciones irreversibles. Luego de la fabricación, luego de los distintos ensayos, si el objeto no ofrece características satisfactorias, debe ser eliminado, tirado a la basura: la norma se convierte en una cierta “tolerancia” , no en una adaptación progresiva de las partes sucesivas del objeto o subconjunto ya constituido, en el transcurso de una génesis que está acompañada, etapa por etapa, por preocupaciones normativas; en un régimen artesanal, la normatividad se ejerce en el trans­ curso de la génesis para dirigirla y adaptarla a ella m isma, mientras que en un régimen industrialglobaly extensivo, se ejerce esencialmente al final de la fabricación. L a producción industrial procede m ediante ensayo y error, no por retoques progresivos. Controla totalidades por m edio del criterio de los desempeños. L a producción de los objetos cerrados corresponde al tipo de adquisición de información que caracteriza a las grandes series. El producto es una unidad, es decir, un todo completo, pero cerrado, indisociable en 70 Psicosociología de la tecnicidad .1 mismo, indivisible, no-reparable. Además, la producción realizada por Hit dio de m áquinas aleja las estructuras del producto de los m odos indivi­ duales y hum anos de intervención y de retoque. El ensamblaje por medio dr tornillos y tuercas es fácil para el hombre; para una máquina, puede ser luí mitamente m ás complejo que una pasada larga de soldadora, totalmente i r «>ular, que un operador hum ano difícilmente podría hacer con una littralidad tan perfecta. Ahora bien, el operador humano puede desmontar más fácilmente un ensamblaje de tornillos y tuercas que deshacer una larga mildadura. El hombre y la máquina llegan a resultados comparables, pero por medio de una importante divergencia en los métodos. L a calculadora emplea un sistema de numeración (código binario) que no es práctico para rl hombre. U na operación simple y familiar para la organización humana, t orno barrer una sala eludiendo los muebles, plantearía problemas enormes si tuviera que ser totalmente realizada de manera mecánica. Sería más fácil t onstruir casas de m odo totalmente mecanizado y automatizado que barrer de igual manera. Cuando el hombre está en presencia de un objeto que fue t onstruido según la mejor organización posible de las operaciones indus­ triales de producción, se topa con un problema previo de decodificación que hace difícilmente descifrable para él esa obra de mecánica industrial. I .a reparación de un circuito, en electrónica, es más delicada que la de un cableado hecho a mano. Percepción y motricidad son complementarias. A i ravés de esta necesidad de un desencriptamiento previo de las estructuras que corresponden a una realización mecánica automatizada, también se manifiesta, en el marco de las comunicaciones, uno de los aspectos del proceso de alienación iniciado por la revolución industrial. Su existencia I>crmite comprender por qué la producción artesanal puede aparecer como una prueba de la unidad de la cultura. Generalmente se afirma que la producción industrial aplasta al hombre porque produce objetos que no están a su m edida; de hecho, sería quizás más justo decir que la producción industrial desvía al hombre porque lo pone en presencia de objetos que 110 están inmediatamente claros para él; están muy cerca de él en tanto que objetos de uso, pero le son ajenos porque no son fácilmente descifrables, y porque la acción hum ana no sabe encontrar ya sus puntos de inserción. A la cerrazón material de las soldaduras, de los remaches y de los sellos de garantía, se agrega una cerrazón más esencial y alienante: el objeto ya 1 1 0 es decodificable, ya no es comprensible com o resultado de una oprt.u ion 71 Curso de construcción. N o se puede leer en el la operación constructiva. Es ajeno com o una lengua extranjera. Se entiende, en esas condiciones, por qué ese objeto puede ser tratado com o un esclavo mecánico. N o buscamos comprender la lengua del esclavo sino solamente obtener de él un servicio determinado. Sobre el objeto técnico en situación de alienación, el tablero y los órganos de comando bastan para la operación práctica de reutilización en el marco de un trabajo definido. Esto todavía es una base que favorece el establecimiento del proceso de causalidad circular que caracteriza a todos los tipos de alienación: el objeto que ya no es descifrable desalienta la preocupación por su mantenimiento; el usuario espera de él que sea capaz de funcionar la mayor cantidad de tiempo posible sin ser retocado, y luego de ese tiempo, el objeto será reformado en su totalidad. Este objeto tom ado o dejado com o una totalidad cerrada también es elegido com o totalidad, o rechazado como totalidad, en virtud de caracteres o aspectos visibles pero extrínsecos, entonces generalmente inesenciales y que forman parte de la zona psicosocial. En este caso, la producción debe ocuparse de los caracteres de totalidad, y puede sin perjuicio desinteresarse del carácter descifrable o no descifrable, para el hombre, de los m odos concretos de realización del funcionamiento: se ha roto completamente la comunicación entre la operación de producción y la sucesión posible de las utilizaciones. Esta comunicación vuelta imposible es sustituida por una búsqueda de opiniones, de motivación, y de una cam paña publicitaria que insiste sobre los caracteres de totalidad según una mitología semivitalista: un automóvil se dice inteligente; un aparato de televisión, un modelo grande, “respira” mejor que otro de m ontaje m ás abigarrado. Ahora bien, las encuestas de opinión y las campañas de publicidad no pueden ser consideradas como buenos canales de información en lo relativo a los esquemas técnicos, entre la producción y la utilización. Su existencia produce un efecto de enmas­ caramiento que acentúa la disyunción creadora de alienación. La producción industrial como condición de apertura Sin embargo, la producción industrial en serie, que opera una separación entre la utilización y la construcción, y que ofrece a la búsqueda de esque­ mas técnicos una libertad total en el cam po de la producción, prepara en 72 Psicosociología de la tecnicidad i uTt os aspectos las condiciones de una nueva comunicación, en un nivel superior, entre producción y utilización. El instrumento de esa comunii -ición no es evidentemente el objeto totalmente hecho, cerrado, que se ve virtualizado por las condiciones de venalidad, sino m ás bien la pieza m-| tarada, el elemento que sirve para constituirlo. En el objeto artesanal, no hay, para hablar con propiedad, una pieza separada, o al menos una pieza separable; tallada, facetada para adaptarse .1 las otras y corregir según las necesidades sus irregularidades o desvíos por m edio de sucesivos retoques, la pieza es com o un órgano que lleva l.i marca de todos los dem ás órganos, y que entonces es el órgano de tal i uerpo, de tal organism o, y no de tal otro. La organicidad, al término de la génesis progresiva del objeto artesanal, vuelve a unir a las partes con el todo y las hace no-transferibles. En la construcción industrial, por el contrario, hay ensamblaje en cada conjunto de subconjuntos prefabricados en serie, que por lo tanto deben ser intercambiables, puesto que la unión de una pieza con tal otra en la organización del todo es aleatoria: de 2 0 0 0 pistones, hay 500 juegos de cuatro pistones que permiten equipar 500 motores de cuatro cilindros, pero esos juegos no están predeterminados. C ada pistón es intercambiable con cualquier otro. Aquí, la totalidad separable existe en el nivel del elemento prefabricado; se integra al todo por su funcionamiento, por sus características. Puede ser estudiado aparte, ser producido aparte, evolucionar aparte. En un m ontaje electrónico, se puede reemplazar una lámpara (tubo electrónico) por otra lámpara del mismo tipo, que tenga las m ismas características, incluso si la forma y las dimensiones de la nueva lámpara son diferentes de la antigua, sin alterar su funcionamiento. Incluso se puede reemplazar un subconjunto com| >lejo por otro invocando un esquema técnico diferente, com o es el caso i uando se reemplaza un pentodo por dos triodos m ontados en cascada, en la am plificación de las altas frecuencias. Aquí es el elemento y no el <onjunto el depositario del poder de apertura. El objeto técnico industrial i errado es una totalidad falsa, pero esta totalidad falsa contiene verdaderas totalidades que son los elementos o las piezas separadas. La evolución de las piezas separadas obedece a normas realmente técnii as; están m ucho m enos directamente sometidas a la virtualizaáón que los objetos constituidos: los televisores cambian de form a en algunos meses, I>ero los transformadores y las lámparas que los equipan, con excepción 73 Curso del tubo catódico, siguen siendo los m ism os durante m uchos años; los nuevos tipos que van apareciendo generalmente pueden ser m ontados en lugar de los antiguos, dando mejores resultados: en materia de piezas sepa­ radas, los constructores se preocupan por la continuidad. Los cam bios de piezas separadas no siempre son visibles; no corresponden necesariamente al cam bio del tipo global del objeto. Los últim os automóviles 203 de Peugeot fueron equipados con diferenciales previstos para el m odelo 403. L a liberación del elemento le permite convertirse en puramente funcio­ nal, concretizarse, y por ende perfeccionarse. E s la condición esencial del progreso técnico en la fase industrial. Y dicha condición de apertura se tras­ lada al objeto fabricado en tanto que totalidad. El elemento concretizado, vuelto estable y definido en sus características, es todavía más ampliamente intercambiable, sin que sea elegido por un individuo m ediante selección y ensayos previos. Solo interviene la elección del tipo. Es gracias a este m edio que el objeto técnico puede ser abierto nuevamente, no por ajustes y retoques sino por el cambio de las piezas industrialmente producidas. La carrocería en donde todas las piezas se desgastan a la vez ya no es un optimum-, hace falta, por el contrario, que el desgaste o la ruptura estén localizados para que el daño pueda ser reparado de m odo completamente reversible. U n fusible en un m ontaje eléctrico es un punto débil, volun­ tariamente acom odado a fin de que el daño sea localizado y totalmente reparable mediante el cambio com pleto del fusible. Se podrían concebir máquinas abiertas en donde se dispusieran voluntariamente puntos débiles accesibles, previniendo piezas débiles de recambio. L a utilización de una m áquina abierta exige un cierto nivel de com petencia técnica, por lo tanto un cierto lazo entre el productor y el usuario; la apertura puede ser más completa cuanto m ás fuerte sea ese lazo, y supone un nivel más elevado de saber, y una actitud que acepta la vigilancia y el m antenim iento de la máquina. A hora bien, la espera presente en el com prador de encontrar objetos técnicos cerrados com prom ete a veces a los constructores en la pendiente de simplificaciones discutibles y falaces; en el cam po del auto­ móvil, encontramos dispositivos de arranque autom áticos y supresión de la manivela de puesta en marcha; estas simplificaciones son aparentes, puesto que dan a un dispositivo indirecto un rol que no puede ser desem peñado, en caso de falla, por el operador hum ano; son entonces complicaciones del objeto, aunque aparezcan c om o simplificaciones del tablero o de los 74 Psicosociología de la tecnicidad .itcesorios; acentúan la cerrazón del objeto. Por otra parte, son correlai ivas de una reducción considerable de la precisión de los documentos descriptivos sum inistrados con el automóvil. Finalm ente, la apertura del objeto técnico por m edio de la concretiza< ión de las piezas de recambio supone un segundo tipo de relación entre rl productor y el usuario: el productor debe estar representado en todo el lerritorio de la utilización por una red de depositarios que poseen las piezas necesarias. D icho de otra manera, además de la información técnica, debe Iiaber una com unicación material que vincule al usuario con el productor. N o puede haber despliegue de una apertura real de los objetos técnicos sin creación de una red de tecnicidad. Esta condición es fundamental y la estudiarem os en la tercera parte del trabajo. Im porta observar que el nacimiento de una red semejante para un tipo definido de objetos su po­ ne un desarrollo industrial de la producción y un número suficiente de ejemplares del m ism o objeto en vías de utilización. L a totalidad ya no está en el nivel del objeto, com o en la fase artesanal: se condensa en la pieza separada y se dilata en una inm ensa red de distribución de esas piezas a través del m undo. Escala microtécnicay orden macrotécnico El desarrollo de la sobrehistoricidad del objeto técnico está vinculado con la cerrazón del objeto en un cierto nivel, que precisamente es el nivel de la dim ensión corporal del hombre, com o nivel práctico de utilización. El automóvil o el televisor están convocados a cerrarse en el nivel del vehículo o del mueble, que son los niveles de la escala humana de tamaño y uso. Pero esta cerrazón del objeto en tanto que objeto de uso globalmente percibido y m anipulado no im plica la cerrazón correlativa del subconjunto (la pieza separada) ni de la red de distribución y de intercambio de estos subconjuntos. A quí es donde se encuentra el carácter positivo más im portante de la producción industrial. La alienación de sobrehistoricidad se produce en el nivel hum ano y se concentra en ese nivel liberando el orden microtécnico de las piezas separadas, verdaderos elementos, y el orden macrotécnico de las redes de distribución c iniercambio, verdadero despliegue espacial del m edio técnico de producción que queda en contacto con el espacio 75 Curso de utilización. Este desdoblam iento de los órdenes de m agnitud de los soportes de tecnicidad real no es posible con el objeto artesanal, que está hecho a escala hum ana a la vez com o producto de trabajo y com o instru­ m ento ulterior. El nivel en el cual se elabora la tecnicidad real del objeto, en efecto, es el nivel en el cual se instituye un proceso de causalidad m utua dentro del objeto. El artesano, por el m odo de construcción basado en el autoajuste y la compensación de los desfasajes, contem pla la causalidad m utua a escala de la totalidad del objeto en vías de construcción, com o si construyera un organism o: no hay concretización del subconjunto ni concretización de la población de todos los objetos técnicos de igual especie repartidos por el m undo, en tanto que red, porque la unidad, el sistema físico en el cual hay individuación, para el artesano, es el objeto fabricado a escala humana. En la industria, por el contrario, el objeto fabricado en tanto que objeto a escala hum ana no es sino un ensamblaje y no un organismo; pero para que ese ensamblaje funcione, es necesario que cada una de las piezas prefabricadas responda por ella m ism a a las exigencias a las cuales respondía precedentemente el objeto en su totalidad según el modelo artesanal. La estandarización posible traduce el proceso de concretización del subconjunto técnico. Ahora bien, de pronto, el sub­ conjunto concretizado supera en su poder de adaptación y circulación el alcance del objeto de uso: entra en vías de distribución y de intercambio que cubren la fierra entera, alimenta redes cuya dim ensión es el m undo y puede participar en la construcción por m edio de un ensamblaje o a la reparación de varios tipos de objetos de uso. Cuando se busca una unidad de la cultura, no conviene entonces lamentar que la vida industrial no esté hecha a escala humana. En el campo de las técnicas industriales, precisamente lo que escapa al orden de m agnitud hum ano es lo que se desarrolla con una carga más débil de sobrehistoricidad. La producción industrial libera a la realidad técnica de una servidumbre respecto del orden de m agnitud hum ano com o el desarrollo de los instrumentos de m edición y observación ha liberado a las ciencias de una servidumbre respecto de los m edios de aprehensión humanos. ¿Q ué sería de una ciencia cuya escala de observación siguiera siendo la escala humana? Sucede con las técnicas lo que ha sucedido con las ciencias: se desprenden de esa relatividad m etodológica inicial que acordaba un privilegio casi exclusivo, de m odo espontáneo e inevitable, 76 Psicosociología de la tecnicidad a los fenóm enos que se producen en el cam po de aprehensión humano, mulo el espacial com o el temporal. L a diferenciación de las escalas de magnitud, de la microfísica a la astrofísica, se acom paña de una difeu-iidación de las escalas temporales de un extremo al otro de la m edida lm mana prom edio con nuevas unidades, com o el microsegundo y el año lw/. La diferenciación de las escalas espaciales ya se ha consum ado en el dom inio técnico; quizás veremos consumarse también una diferenciación de las escalas temporales, diferenciación esbozada en la distinción fun• ional de subconjuntos estables y de subconjuntos destinados al desgaste 0 a la ruptura para proteger las demás piezas: un fusible bien calibrado se volatiliza en algunas milésimas de segundo para asegurar la protección de m otores o instalaciones que se arman para veinte o treinta años de funcionamiento; el fusible actúa en un tiempo m ucho m ás corto que el del organism o hum ano. Solam ente la zona mesotécnica, sobrehistorizada sigue estando a escala propiam ente humana. D ebem os observar el carácter eminentemente psicosocial de la sobreliistoricidad de los objetos técnicos. Por ciertos aspectos, un objeto técnico está en relación con un estado social definido. Por su velocidad, su peso, su consum o, un automóvil está en relación con una estructura social de­ terminada, en la m edida en que ella es histórica: refleja el estado general del desarrollo de las técnicas y los m odos de producción del m om ento en que fue construido. Podría desempeñar su rol en tanto que siguiera « stando de acuerdo con esas condiciones a las cuales se adaptaba, es decir, para nuestra sociedad, durante una década. Ahora bien, de hecho, adem ás del cam bio lento de las condiciones sociales, interviene un cam bio más acelerado de las condiciones psicosociales que crean la sobrehistoricidad, 1om partim entando el tiem po, recortando épocas y períodos que se perci­ ben com o sistemas sucesivos, sin intercambios m utuos ni pasajes, cerrados sobre ellos m ism os com o son los sistemas adiabáticos en física. L o que no está a la m oda es lo que form a parte de un sistem a temporal adiabái ico percibido com o perimido. Los m ism os procesos psicosociales crean est ructuras adiabáticas en el espacio como en el tiempo; se superponen a las heterogeneidades sociales reforzándolas como la sobrehistoricidad se superpone a la historicidad. Para concluir, el objeto de civilización es sobrehistórico, psicosocial; I>ero no todos los objetos técnicos están sobrehistorizados, y la sobre77 Curso historicidad no refiere a la totalidad del objeto técnico, en el régimen industrial, sino solamente a aquello a través de lo cual está hecho a escala del uso humano. Sin embargo, el proceso de alienación que desencadena la sobrehistoricidad del objeto técnico no corrom pe y no hace desaparecer del todo la tecnicidad del objeto: esta tecnicidad abandona el orden m edio de m agnitud para desarrollarse a escala m icrotécnica y a escala macrotécnica. La reconstitución de la unidad de la cultura requeriría que el nivel intermedio, abandonando su carga de sobrehistoricidad, se vea tam bién él penetrado de tecnicidad, lo que puede ser posible por la influencia de otros dos órdenes de m agnitud. Pero para concebir adecuadam ente esta influencia en el orden de m agnitud reservado a la acción hum ana, hay que estudiar en sí m ism as las estructuras de la cultura y de la tecnicidad. T E R C E R A PA R T E: T E C N I C I D A D Y S A C R A L ID A D 8 Estudio comparado de las estructuras y de las condiciones de la génesis, de la degradación y de la com patibilidad Introducción — 1. La falsa sacralidad ligada al objeto técnico cerrado. El automatismo corresponde a una necesidad del individuo en condición de inseguridad. La categoría de modernidad del objeto tiene fundamentos paleopsíquicos —Degradación paralela de la sacralidad y la tecnicidad; el hombre actual es moderno cuando se ve empujado por una necesidad arcaica de magia —2 . Isomorfismo de la sacralidad y de la tecnicidad —El verdadero progreso técnico supone una estructura reticular—La ritualización primitiva; ritualización y reticulación —Las coincidencias arcaicas de lo sagrado y lo técnico —Las coincidencias actuales de lo sagrado y lo técnico - Encuentro posible de la sacralidad y la tecnicidad Esta tercera parte fue expuesta primero bajo la forma de una conferencia (N. de E.). 8 78 Psicosociología de la tecnicidad en el porvenir: la unidad de la Cultura —El advenimiento del sentimiento de universalidad del valor de las técnicas; sentido del enciclopedismo —Tecnicidad y sacralidad como sistema de referencia y códigos de información —La tecnicidad en el nivel de los grupos humanos vastos —Conclusión. Introducción La oposición entre cultura y civilización concuerda con los diferentes (ipos de dualism o: alma y cuerpo, intem poralidad y devenir, arcaísmo y modernismo. Pero aquí se trata de un dualism o que existía a nivel de los grupos. Según M ircea Eliade {Imágenesy símbolos), la civilización estaría hecha de instrumentos y contenidos de los cuales tenemos conocimiento racional y conceptual; el hombre m oderno se caracteriza p o r el hecho de que para él la civilización ha tom ado la delantera respecto de la cultura. D esde el siglo de las Luces, y luego la época del cientificismo, el concepto predom ina sobre la im agen y el sím bolo, o incluso sobre el mito. Im á­ genes, sím bolos, m itos son representaciones que se relacionan con tipos de realidad que no pueden ser objetivadas sin perder su significación y su contenido real. Se relacionan con un tipo de realidad de la cual no puede haber representación plenamente racional, según las categorías de la unidad y la identidad. L a categoría de participación es necesaria para pensar adecuadam ente lo sagrado. Ju n g ya había establecido el carácter sobredeterminado de los arquetipos: un arquetipo nunca es el concepto o el perceptor \percepteur\ de una cosa única; es una imagen, porque condensa m uchas situaciones en una sola representación. D el m ism o m odo, según M ircea Eliade, hay un tipo de representaciones que se resiste a un análisis racional, y ese tipo de representaciones es el que constituye el contenido de la cultura. La etnología y la etnografía científica no supieron descubrir y traducir por m edio de una representación adecuada el contenido de las culturas porque una preocupación científica no puede sino reducir, e incluso vaciar, contenidos cuya esencia es la de estar sobredeterminados. A hora bien, mientras Eliade alinea bajo la égida de la cultura los con­ tenidos religiosos, éticos, estéticos y míticos, clasifica los contenidos de representación y de uso de l.i tecnicidad entre los aspectos variados de la Curso civilización. Y en esto actúa com o Heidegger, que hace de los objetos téc­ nicos utilia, utensilios, que no tienen otra naturaleza sino la de responder a una finalidad práctica, a una necesidad hum ana. Bajo esta distinción que separa cultura y civilización, tan cara a una im portante corriente de la filosofía alem ana y aceptada bastante generalmente sin nuevo examen por el existencialismo y la fenomenología, así com o por autores de las ciencias hum anas (en particular Toynbee), se lee una preocupación norm ativa defensiva: hay que proteger a la cultura y redescubrirla, im pedir que se vea sum ergida por la avanzada de la civilización m ovida por el em puje proveniente del desarrollo de las técnicas. Sin embargo, en nombre m ism o de esta búsqueda de cam inos para reconstituir la unidad de la C ultura que quisiéramos llevar hasta el final, conviene preguntarse si esta m edida de ostracismo se ha tom ado con razón: ¿es realmente cierto que la realidad técnica tiene una estructura opuesta a la de los más auténticos contenidos de la cultura? ¿N o estaríam os ante un mito defensivo comparable, a lo sum o, con los estereotipos mentales que un grupo étnico desarrolla cuando se encuentra en relación con un grupo diferente y que llegan hasta negarle naturaleza hum ana a los individuos que pertenecen al otro grupo? Q uisiéram os evitar la oposición entre la sacralidad y las representaciones de la sacralidad y el desarrollo de las téc­ nicas, y sobre todo la oposición a su integración plena en los contenidos culturales, porque nos parece que dicha oposición proviene de un m ito psicosocial. E sta lucha contra un enem igo falso nos parece nociva para la m ism a sacralidad. Se tom a con dem asiada facilidad al objeto técnico com o chivo expiatorio. Si todos nuestros sufrim ientos provinieran de los objetos técnicos, bastaría con hundirlos en el m ar luego de haberlos cargado ritualmente con nuestras faltas. Pero sería m ejor conocerlos según su verdadera naturaleza, que no es solamente su utilidad, en vez de involucrar a la tecnicidad y la sacralidad en un com bate frente al cual los espectadores no se purifican más que las m ultitudes cuando contemplaban, en los inicios de la decadencia romana, a los cristianos viéndoselas con las fieras sobre la arena ensangrentada. L a catarsis fácil que uno obtiene de los objetos técnicos una vez anatematizados no puede reconstruir la unidad de la C ultura disociada. M ejor sería intentar descubrir sin prejui­ cios la verdadera estructura y la esencia real de la tecnicidad para ver si los gérmenes de valor, las líneas axiológicas que puede darnos, no están 80 PtieOíOtiofafte de la tecnicidad ■ii profunda concordancia con la sacralidad. N o busc am os reemplazar la ut ralidad o reducirla, sino mostrar que existe una relación de isomorfismo rim e sacralidad y tecnicidad, relación que autoriza la existencia de una mergia en el cam po psicosocial, luego de la desmitificación de ambas. V presentamos este análisis de las estructuras como una desmitificación Iui alela de la sacralidad y de la tecnicidad. /. La falsa sacralidad ligada a l objeto técnico cerrado El automatismo corresponde a una necesidad del individuo en condición de inseguridad. La categoría de modernidad del objeto tiene fundamentos paleopsíquicos I 1 m otor de la oposición que encontramos en Eliade reside sin duda en 1.1 sensación de desacralización que se experimenta en presencia de num e­ rosos objetos de civilización entre los cuales figuran, en prim er lugar, los objetos técnicos, o al menos ciertos objetos técnicos, los que se observan cii el primer plano civilizatorio y que son los que están más directamente sometidos a la alienación observada anteriormente. Esos objetos están dotados de una sacralidad de tipo inferior, parcelaria, separada, vinculada ton una actitud húm ana de búsqueda de amuletos y fetiches. Todo objeto itícnico cerrado, en la m edida en que es cerrado, se presenta com o algo que ni rece un poder definido que custodia y transporta; es objeto de prestigio de encanto, intim idante, voluntariamente misterioso e impresionante. Sabe proteger, defender contra los peligros a su propietario; o bien hace II • I t rabajo com o los gnom os de la leyenda, sin que se deba vigilarlos. Tal l.ipicera, tal autom óvil garantizan el éxito comercial. Los constructores y vendedores saben capturar esta hambre de magia que existe en un grupo humano, según las situaciones en las que los individuos se ven involti i fados: el tem or al peligro, el abatimiento frente al trabajo, el temor .1 11.1 casar en los negocios o en el amor, el deseo de superioridad no lieiun necesariamente una significación colectiva, sino m uy indiviiln.il I ! , i icndencia del individuo lo que está en el origen de esta adjum ion tlr magia al objeto técnico. M uy particularmente, y con frecuencia, sr ai usa al objeto dom éstico de mecanizar la vida: pero de hecho es la mujri m H1 Curso situación de adm inistradora dom éstica la que solicita a un lavarropas u otras m áquinas que la reemplacen en una tarea penosa y en la que cree desempeñarse mal. H ay cuentos de hadas que nos presentan am as de casa del pasado agobiadas por el trabajo, que se dorm ían mientras trabajaban, vencidas por el desánimo; pero hay tm hada que vela, y las hormigas y los gnom os vienen a trabajar durante la noche. C uando se despierta, todo está lim pio, todo está listo. El lavarropas moderno es m ágico en la m edida en que es autom ático, y no en la m edida en que es una m áquina. Lo que se desea es ese autom atism o, porque el am a de casa desea cerca de ella, para darle ánimos, otra am a de casa oscura y misteriosa, que es el espíritu benévolo de la lavandería, com o el refrigerador es el espíritu de la cocina moderna. “M oderna” significa “mágica” para el subconsciente individual del usuario. En muchos casos, esta m agia implica automatismo, no porque se trate de un objeto mecánico, sino a fin de realizar esta condición de im plem entación de un doble del operador. E n esta función de autom a­ tism o, de espontaneidad que duplica el esfuerzo hum ano, asegura el éxito y libera de la ansiedad, el carácter mecánico o la existencia com o objeto técnico no son indispensables: un jabón puede ser presentado com o algo que lava solo, haciendo que la ropa lavada con él sea “la más lim pia del m undo”. El jabón que asegura dicho éxito no solo es una cosa, un producto quím ico, sino más bien un am igo del am a de casa, que tiene un nombre y que, en un im pulso de reconocimiento, merece el epíteto de “valiente” . L as categorías mentales correspondientes son la creencia en las cualidades ocultas (por ejemplo, un cierto tipo de blancura, diferente de todos los dem ás, que produce cierto detergente) y en las especies impresas que tan enfáticamente criticaba Descartes. Un objeto es m oderno por la respuesta que da a formas paleopsíquicas de deseo, y el contenido real de la cualidad de m odernidad está hecho de esquemas arcaicos de pensamiento. El auto­ m atism o, que acecha permanentemente el espíritu de los defensores de la cultura, ha sido puesto dentro de los objetos técnicos por el sentimiento hum ano de ansiedad, por el tem or al fracaso y al peligro. N o es una ne­ cesidad técnica, sino que expresa la huida del individuo hum ano ante la responsabilidad, el esfuerzo del trabajo o la obligación de una operación fastidiosa. Este autom atism o mágico es de una pobre especie, y es más aparente que real. El “cerebro” de un lavarropas no es de una especie muy diferenciada ni muy compleja. Los autom atism os que se acum ulan en los 82 J\í, ,>u» itíhtgíti tlr hf tecnicidad automóviles son del m ism o tipo. A partir de la unidad de la motivación humana, entendem os la confusión que se produce habhualmente, en materia de autom atism o dom éstico o del automóvil, entre el “cerebro” v H servom ecanism o: dirección espontánea y servidumbre entran en la misma categoría, no solamente a causa de una hom onim ia parcial sino porque se trata de poder utilizar como auxiliar del hombre a un ser dotado J e espontaneidad suficiente. Y el tem or que m anifiestan los defensores de la cultura frente a la pioliferación de estos autóm atas, serviles pero que servilizan, también es arcaica: en el pasado más lejano, el hombre soñó con verse duplicado por otros seres, anim ales, autóm atas, estatuas animadas y bautizadas, com o r! ( íolem a quien el Rabino de Praga había insuflado energía vital; pero en la consum ación de ese deseo, el hombre está limitado po r su tem or <le ver que todas sus fuerzas se vuelven en su contra. C om o el aprendiz ile brujo, se siente en situación de inseguridad. Los tiempos modernos no pueden verse dotados de un poder de mecanizar al hombre más que a el hombre ha construido m áquinas que son como dobles del hombre: r! autóm ata es una obra antropom órfica que extrae su poder mágico de ■ai semejanza con el hombre. Las estatuas (por ejemplo, la Venus de lile), los retratos, los espejos que devuelven la imagen, las huellas en el suelo, para los hom bres prim itivos, y los exvotos para nuestros ancestros, tenían rite poder m ágico. L a inténción m ágica está en el origen m ism o de la fabricación del objeto técnico como autóm ata. N o es la tecnicidad la que aporta inevitablemente el autom atism o, sino el hombre el que pide a la tn nicidad un autom atism o mágico que en general no puede aportar sino muy imperfectamente y de m odo totalmente ilusorio. El autom atism o es un subem pleo de la tecnicidad, particularmente cuando debe ser antro­ pomórfico. L a razón de ello es que el autom atism o antropomórfico debe sn polivalente, a veces incluso universal, para imitar la espontaneidad, mientras que un funcionam iento técnico, para optimizarse, debe ser muy especializado. N uestros ancestros pedían al cuerno del unicornio que se oscureciera al contacto con cualquier especie de pescado, mientras que un indicador quím ico generalmente es m uy selectivo (salvo paia algunas funciones globales, com o la detección de la acidez o la alcalinidad, «pie no bastan para definir la toxicidad de un alimento, porque es un i.u,‘ii tn bioquímico m uy com plejo y de m uchos tipos diferentes). I .s poi r-.i i 85 Cuno razón que se suponía que solo el cuerno de un anim al fabuloso podía cubrir esta función m uy com pleja y que solo correspondía a una categoría sim ple desde el punto de vista del tem or del individuo hum ano. D e la m ism a manera, el autóm ata dom éstico es irrealizable, salvo para algunas operaciones. O bservem os finalmente que el deseo de autom atism o en una situación d ad a constituye un todo que recibe una pluralidad de respuestas especia­ lizadas, entre las cuales algunas constituyen equivalentes de autom atism o: la preparación de alimentos bajo la form a de conservas o de productos congelados permite al refrigerador ser un distribuidor de alim entos ya preparados. A quí es cuando la civilización, al crear situaciones definidas, obliga a la tecnicidad a plegarse a sus exigencias; la fuente de esta dem an­ da urgente dirigida a la tecnicidad es la reacción del individuo ante una situación definida de civilización. C uanto m ás penosa y urgente es esta situación, m ás imperioso y fuerte es el eco de la motivación psicosocial sobre la tecnicidad. Com prendem os entonces por qué son los individuos en situación de relativa inferioridad en nuestra civilización - a saber, las m ujeres- las que solicitan al objeto técnico el m ayor poder mágico. E l objeto técnico mágico, destinado a duplicar al individuo en una situación determinada, es objeto, es decir, realidad separada del productor. En este objeto se manifiesta más com pletam ente el proceso de alienación después de la producción. El m áxim o poder del objeto existe en el m o­ m ento de la compra, de la puesta en servicio, es decir, en el m om ento en que interviene el choque emotivo debido al cam bio de condiciones de existencia cotidiana; poco a poco ese poder se gasta cuando se efectúa la adaptación de la costumbre y deja percibir otras tareas que solicitan ayudas de otra especie. Ahora bien, este objeto autóm ata es cerrado, no puede ser perfeccionado e, incluso sin usura prem atura, pierde su carácter m oderno, es decir, mágico, que es el de responder a las preocupaciones surgidas de la situación actual. Solo la carroza de Cenicienta, que surge p o r transformación de la calabaza en el instante en que llega la hora del baile, es el objeto perfecto. L a carroza de C enicienta que desear al prín­ cipe es el m ás hermoso automóvil, pero por única vez. C uando regresa del baile, la carroza se vuelve a convertir en calabaza. C ad a deseo solicita una nueva carroza. La fábrica reemplaza al hada. El com batiente seguro de su fuerza no solicita un nuevo caballo para cada com bate. Es fiel a su 84 JMi ttw cbbpa de h trcnicidod m ontura com o su m ontura le es fiel a él, porque su m ontura no es su doble: él form a pareja con ella, com bate con ella, pero no a través de ella. ( 'cnicienta quiere ser vista en la carroza; tiene necesidad de la carroza líOmo de los zapatitos de cristal para poder ser presentada al Príncipe. Tiene necesidad de la carroza y de los zapatitos porque es parcialmente un objeto, com o joven casadera. Carrozas y zapatitos son ciertamente dobles, representan una parte de su rol: el zapatito perdido que vuelve a encontrar el Príncipe es el sím bolo de Cenicienta; ella es la única en poder calzarlo y así es com o será desposada. Se podría hacer un análisis de los m itos y m ostrar cóm o el hombre solicita que intervengan los objetos técnicos. N o es cierto que nuestros ancestros hayan aceptado la marcha .t pie com o un m edio conveniente de franquear el espacio: las fantasías tle volar son m uy antiguas. El “O iseau Bleu” fue im aginado antes de que existiera el aviador, y los cam pos donde vivían nuestros ancestros fueron atravesados antes por botas de siete leguas. Degradación paralela de la sacralidad y la tecnicidad; el hombre actual es moderno cuando se ve empujado por una necesidad arcaica de magia ( Se podría decir, en presencia de la carga mágica de ciertos objetos téc­ nicos que existe en la modernidad, que la degradación de la tecnicidad es paralela a la degradación de la sacralidad. Lejos de tom ar al objeto técnico com o chivo expiatorio para convertirlo en responsable de la degradación de la sacralidad en el hom bre moderno, habría que decir que el hombre m oderno degrada al m ism o tiempo, de la m ism a manera y por igual razón, la tecnicidad y la sacralidad. Las degrada para utilizarlas en una situación ansiógena cuando siente su existencia y su prestigio amenazados, cuando se siente feo, débil, pobre. El hom bre que se va a batir a duelo y que tiene m iedo degrada la sacralidad cuando hace pronunciar fórmulas sobre su espada. L a mujer que quiere inspirar amor, y que da a beber un brebaje encantado a aquel que ama, degrada la sacralidad. El que perjura por temor, codicia o ambición, degrada la sacralidad. La degradación de la sacralidad consiste en una fragmentación de la red entera de lo sagrado, que pierde así su dimensión orgánica y cósmica de totalidad para encerrarsc «■> Curso en tal o cual cosa transportable com o una herram ienta, y que puede ser objeto de propiedad, de tráfico, de venta, de intercam bios: la sacralidad, que es com o un universo, se quiebra y se disocia de sí m ism a. Al perder su existencia orgánica que hacía que ningún objeto le fuera equivalente y pudiera contenerla, se aliena y se convierte en oponible a sí m ism a. Lo que constituye la degradación de la sacralidad no es tanto la materialidad de sus representaciones com o la condición de separación, de fragm entación, de m ovilidad m anipulable de los objetos que la representan —medalla, am u­ letos, im ágenes-. N o hay que desgarrar la túnica, no hay que fragmentar lo sagrado, porque en su naturaleza lo sagrado es universo y red de puntos clave, tejido de centros que com unican unos con otros y se responden en esta estructura de unidad-pluralidad, de m ultiplicidad com unicante. Rom per la red para llevarse para propio beneficio uno de sus nudos es destruirlo com o nudo. El tejido fragm entado ya no es un tejido, así com o una sola m olécula no puede ser ella sola un cristal, sino que solicita otras moléculas de igual especie para form ar con ellas una estructura reticular infinita y que vuelve a comenzar siem pre en cada m alla. El tiem po de lo sagrado m ism o es reticular. Tiene por estructura la iteración: un m om ento sagrado, el m om ento del sacrificio, es com o una m alla temporal de una red que se extiende en el pasado y en el porvenir; en ese m om ento reverbera el recuerdo de todos los otros m om entos que existieron, y es el anuncio de todos los m om entos que existirán. T odos esos m om entos se com unican entre sí a través del tiempo y son com o m allas a través de la extensión temporal. U n sacrificio actual reverbera todos los sacrificios pasados y futuros: es el reflejo de los sacrificios pasados y la prefiguración de los sacrificios por venir, según una form a tem poral y de eternidad que es el eterno retorno. En la sacralidad com o dim ensión tem poral, un sacrificio está más cerca de otro sacrificio que del m om ento profano que acaba de desaparecer, incluso si este últim o sacrificio fue consum ado hace mil años, en el tiem po histórico. Lo sagrado no envejece; com unica temporalmente con él m ism o. Tam poco es arcaico, porque siem pre está presente en cada uno de los m om entos en los que se actualiza. Espacialm ente lo sagrado está cerca de sí m ism o en la red de sacralidad. U n sacrificio religioso en m edio del océano, en el entrepuente de un barco, interferido por el ruido de las m áquinas y del balanceo del mar, se vincula con rodos los otros lugares del m undo en los que, en el m ism o m om ento, existe el m ism o 86 Psicosociología de la tecnicidad ¡k u i í I m ¡ o , y está m ás cerca de ellos, según la dimensión de la sacralidad, BUe de cualquier otro objeto. H ay com unicación de lo sagrado consigo mhnio. Es esta com unicación la que se ve rota cuando lo sagrado se ení urntra objetivado, confundido con una cosa o con un ser. ! irl mismo m odo, la degradación de lo técnico se produce cuando el objeto está aislado en el tiem po (por esa cesura que es el final de la fabrii *■ ton, y la caída en la condición de venalidad) y en el espacio (por ese =1. í| Hendimiento que aísla el objeto fabricado de las condiciones en las =lides podría recibir una perpetua regeneración que lo mantuviera en el nivel de su plena significación funcional). La tecnicidad se degrada objet ivSiidose porque el objeto, en tanto que cerrado, se arcaíza y se degrada, t u nido ya no se lo m antiene en la red de tecnicidad a través de la cual f u e constituido. L a tecnicidad es un m odo de ser que no puede existir plenamente y de m odo permanente sino en red, tanto de m odo temporal • i > 1 1 1 0 de m odo espacial. L a reticulación temporal está hecha de recupera<iones del objeto en las cuales se ve reactualizado, renovado, remozado en l a s condiciones m ism as de su primera fabricación. La reticulación espacial m usiste en el hecho de que la tecnicidad no puede estar contenida en un solo objeto; un objeto sólo es técnico si opera en relación con otros objetos en una red donde adquiere la significación de un punto clave; en él mism o, y com o objeto, no posee sino caracteres virtuales de tecnicid.td que se actualizan en la relación activa con el conjunto del sistema. I .1 lecnicidad es una característica del conjunto funcional que cubre el m undo y en el cual el objeto adquiere una significación; desempeña un 1 0 I junto con otros objetos. ' Isomorfismo de la sacralidad y de la tecnicidad I .1 verdadera tecnicidad es un carácter de la red de objetos y no del objeto mismo. Para hablar con propiedad, un autom óvil no es un objeto técnico un elemento dentro de un conjunto técnico form ado por la red de * .1 minos, la red de estaciones de servicio y la red de puestos distribuidores .1110 de piezas de recambio que efectúa las reparaciones necesarias. La fosa de engrase y lubricación y el automóvil son realidades complementarias que no deben ser pensadas una sin la otra; lo m ism o sucede con la ruta, con la 87 Curso red de dispositivos de señalización. L o que Eliade afirma de las imágenes y los sím bolos podría decirse de ese conjunto de tecnicidad que constituye la red: existe una realidad sobredeterm inada que no puede ser aprehendi­ da bajo una sola especie, es decir, objetivada, sin perder su significación. U n automóvil no es sino una de las especies de la realidad com pleja que debe ser capturada tam bién bajo las especies de las estaciones de servicio, las autovías, las fábricas, las terminales, los organism os de regulación del tráfico. D e igual m odo, un avión no se basta a sí m ism o: debe ser pensado en referencia a los aeródromos, a la red de radionavegación aérea, al sis­ tem a de abastecimiento de com bustible. Basta con escuchar los mensajes radiotelefónicos de un avión en vuelo para com prender cuán vinculado sigue estando con las instalaciones fijas durante su actividad: al pasar sobre M arsella viniendo de Bélgica el piloto pregunta a los aeródrom os si encontrará nafta para llenar el tanque en Brazzaville; algunos m inutos más tarde le llega la respuesta transmitida por las estaciones hertzianas terrestres. C uando aparece un nuevo tipo de objeto técnico, durante algún tiempo pide prestadas las bases de actividad a las redes ya existentes: los primeros aviones utilizaban cam pos o rutas com o pistas; pero una tecnicidad de tipo definido no se desarrolla sino bajo la form a de red, y de red selectiva, que implica sus vías de comunicación y sus instalaciones. Los cohetes y los satélites que, exteriormente, pueden pasar por libres y aislados, requieren instalaciones numerosas y m uy potentes. El lanzamiento de un satélite artificial dem anda la cooperación de una red de estaciones de observación - e incluso de comandos hertzianos—, que cubre la tierra entera y que produce notables ejemplos de cooperación internacional. Por esta razón puede haber interferencias entre redes que perturban la concretización de un conjunto técnico determinado. A sí sucede con la red de rutas trazada según las curvas de nivel, con pendiente débil y num erosos giros, que corresponde a las condiciones de tracción de las cargas lentas, com o los cam iones hipomóviles. La existencia de esta red ha facilitado el uso de los primeros automóviles, pero inhibe el desarrollo de una red de rutas que sea m ás adecuada para los automóviles perfeccionados; las pendientes débiles son una ventaja restringida ante el inconvenienie mayor de los giros; y el atravesamiento frecuente de aglomeraciones, útil pai i i am biar de caballo o para alimentarlos, son un obstáculo para los automóviles que tienen una autonom ía de reaprovisionamiento de 500 km. Se podría 88 ISiiouu iohiyi.i ,lr la tecnicidad hacer la m ism a observación a propósito de cada driallr; 11 rdat ión entre l.i pendiente de las curvas y el radio de curvatura, ru l is antiguas rutas, <om pensa una fuerza centrífuga que corresponde a una velocidad mucho más baja que para los automóviles actuales. Tal automóvil es símbolo de tal ruta, y tal ruta de tal automóvil. El adoquín es símbolo del caballo com o el cem ento estriado es sím bolo de los aviones y el revestimiento m acadam izado el sím bolo del automóvil. El verdadero progreso técnico supone estructura reticular En ciertos casos, y de m odo esencial, la concretización de un conjunto técnico prosigue fuera de los objetos que están a la dim ensión y alcance del usuario hum ano. Este objeto de uso, este utensilio, puede parecer que retrocede si se lo considera en estado aislado, mientras que la tecnicidad ical del conjunto se va incrementando. Un aparato telefónico antiguo, provisto de una batería local y de un magneto de llamado, es m ás completo que u n aparato construido para funcionar en una red con batería central y con teclado. C on dos aparatos de m odelo antiguo se puede establecer una com unicación por m edio de una línea de dos cables: estarán com ­ pletos. Un aparato de batería central y disco de llamado es absurdo si se lo aísla de la central. Sin embargo, es este empobrecimiento del objeto de uso el que autoriza el crecimiento de las centrales autom áticas y todo el desarrollo de los llam ados automáticos regionales e interurbanos. El .mtiguo aparato solo era sím bolo de otro aparato de igual tipo; el nuevo aparato es sím bolo de todo el conjunto de alimentación y autom atism o. I -a tecnicidad de la telefonía está en el conjunto constituido por la red y los aparatos; no está contenida en un único objeto; incluso se puede decir que cada vez está m enos contenida en el objeto, el cual pierde su densidad, su realidad interna a m edida que aumenta la realidad del sistema total. C ada utensilio existe cada vez menos com o objeto y cada vez m ás com o símbolo. Sin que el objeto-utensilio se vea m odificado en nada, la tecnicidad puede aumentar en el nivel de la red. El progreso de la telefonía no se consum ó en el nivel de los aparatos de los abonados; continúa consum ándose en el sistema de telecomunicaciones sin que el aparato del abonado deba modificarse. En el campo de la radiodifusión 89 Curso y la televisión, el perfeccionam iniio de las redes de emisores autoriza una sim plificación de los receptores: no es el objeto de uso el receptáculo de la tecnicidad; sólo es un punto en una red. Si la red de cam inos estuviera construida para los automóviles, se podrían producir automóviles casi desprovistos de suspensión y de amortiguadores. E n el cam po ferroviario, la realidad no es el tren, o la locom otora so­ lamente. U n tren sin red se vería reducido a una conducción “a la vista”, com o fue el caso durante la guerra, cuando las instalaciones de señalización estaban destruidas o no eran seguras. Un dispositivo tal com o el sistem a de bloqueo [bloc-system], que perm itía al conductor controlar la relación espacial entre su formación y las otras formaciones presentes en la m ism a sección, aum enta la tecnicidad del conjunto ferroviario, igual que el radar y los radiocontroles aumentan la del conjunto de la navegación aérea sin m odificar nada en la locom otora o en el avión. Existe adem ás una interconexión posible de las redes técnicas entre sí. L os relojes de la marina hoy en día pueden tener una precisión apenas igual a la que debían tener en el siglo xix; el navio puede utilizar las se­ ñales horarias de las radios y la radiogoniometría. D el m ism o m odo, los intercam bios de información entre aviones y barcos crean nuevas mallas de la red técnica, en particular en los casos de búsquedas de náufragos. L a telefonía aporta en todas partes patrones de frecuencia. Finalmente, las redes de producción y distribución de energía eléctrica, con las vías de interconexión de gran potencia, acercan técnicamente los puntos de producción y los puntos de utilización. C om o en el caso de la telefonía, este desarrollo de una red permite la simplificación de los aparatos de uso. U n m otor trifásico asincrónico, m ás integrado a la red que un m otor universal antiguo, es también m ás simple, m ás robusto, y ofrece un m ejor rendimiento. El aum ento de tecnicidad de una red se traduce por una simplificación del objeto de uso integrado, que es a la vez la condición y el resultado de un progreso del conjunto hacia la saturación: el objeto técnico se satura en el nivel de la pieza separada elemental (todos los discos de los teléfonos automáticos deben dar las mism as frecuencias de tensión rectangular, mientras que los m agnetos pueden dar frecuencias y tensiones bastante diferentes entre sí), y tam bién en el nivel del conjunto que es la red integradora, y m ás todavía en el nivel de la red de redes. Pero el objeto de uso de dim ensión hum ana no se satura, porque es m ás 90 l'su uun tüloviii de la tecnicidad jji ,mde que la pieza separada y m ás pequeña que la red hit caradora: no se <uncretiza ni se satura. Así se explica el hecho de que se siga plegando a Le. influencias psicosociales y que se deje sobredeterminar con facilidad. I ti tina cultura de tipo industrial, el objeto técnico inmediato no está penetrado de tecnicidad sino débilmente: el aparato telefónico puede ser negro o blanco, de m esa o de pared sin que nada cambie en la tecnicidad esencial de la telefonía. Lo que puede convertirse en un accesorio para un estudio fotográfico, a saber el com binado telefónico con el cual se da una actitud a vedettes u hombres de negocios que posan frente al objeto artístico, no se puede considerar com o representativo de la tecnicidad en ru ad o puro. N o debem os cometer entonces la injusticia intelectual, que sería una I.tifa m etodológica, y que consistiría en tener por representativo, en el orden técnico, a un objeto psicosocial aislado, y en el orden de la sacra­ lidad, el nivel esencial de su existencia, a saber, la dimensión plena de la m i. Porque es evidente que, en ese caso, la tecnicidad aparecería com o j ! ¡ > 0 de pura civilización, y hecha de materia, en el nivel de lo sensible y tle las necesidades pragmáticas o de los deseos pasajeros. D ebem os notar que la m ism a injusticia se podría com eter en perjuicio de la sacralidad, analizando lo sagrado a partir de objetos sagrados o venerables, parcial­ mente psicosociales: es lo que hacemos cuando tratamos la sacralidad com o (superstición, fragmentándola en objetos e intentando reconstruirla a partir i le dichos objetos. Tratar la tecnicidad com o una pura materialidad, y su liúsqueda com o un rasgo de materialismo, es aceptar implícitamente el mismo prejuicio que aquellos que quieren ver en los objetos de la sacralidad solo pruebas de superstición. I ,n ritualización primitiva; ritualización y reticulación Q ue hay un isom orfism o de la sacralidad verdadera y de la tecnicidad veidaderaes algo que podríamos conjeturar a partir de los estudios técnic os in tu itiv o s, com o los que llevó adelante Eliade en la obra titulada I Irrreros y alquimistas-, un gran núm ero de operaciones técnicas primitivas lueron 1 i analizadas y sacralizadas, particularmente las que estuvieron en d límite ■ «tremo de las posibilidades y del saber, com o la fusión de los metales ( <>n 51 Curso frecuencia, los sacrificios de animales o de seres hum anos marcaron estos puntos-clave y estos m om entos fundamentales de las técnicas primitivas, tan importantes, mutatis mutandis, com o lo será, en algunas semanas o meses, el prim er envío de un hom bre al cosmos: será también una especie de sacrificio que requerirá el m ism o tipo de em ociones que el que pudo existir, hace milenios, cuando, frente a la colada que se negaba a fraguar, la mujer del herrero chino se arrojó en el horno —y la colada fraguó-. Las ritualizaciones son quizás m ás primitivas que la sacralidad pura y la tecnicidad pura, y podríam os arriesgar la hipótesis del desdoblam iento de una estructura única, primitiva,, una estructura reticular inicial que se ha desfasado en una red de sacralidad y una red de tecnicidad. Esta hipótesis de una génesis paralela por desdoblam iento a partir de una es­ tructura reticular original es lo que hemos presentado en la tercera parte de la obra titulada E l modo de existencia de los objetos técnicos. Supone un análisis previo de las estructuras de la percepción y de la acción que descubren, en el m undo, un cierto núm ero de puntos-clave, análisis que prolonga las últimas etapas de la Teoría de la Forma. Pero se podría aportar com o prueba parcial destinada a apuntalar esta doctrina de la génesis por desfasaje los vínculos primitivos de tecnicidad y de sacralidad: las técnicas no son neutras frente a la sacralidad: son o bien puntos de intersección de la sacralidad, o bien objetos de exclusión o rechazo: los herreros son declarados tabú, o bien reciben un poder sobrenatural. Las técnicas fundamentales corrientes, com o las de la agricultura, tienen su red tem poral de m om entos notables que son ocasión de ritualización y sacrificio: las primicias de la cosecha ofrecidas a los dioses, en la R om a antigua, o el sacrificio de ganado en la Primavera. Existe una fiesta del final de la cosecha, el 15 de agosto, en los cam pos del M acizo Central; es el único día en el que la m esa se adorna con flores del campo. Y, de año en año, los 15 de agosto se responden. L a otra fiesta es Navidad; tam bién las Navidades se responden a través de los tiempos. En época del Adviento se plantan los árboles, y Navidad es el punto-clave tem poral de nuevo año de la vegetación, como el 15 de agosto es el del final de las cosechas, antes de las nuevas labranzas, antes de las nuevas siembras. En estos puntos-clave fundam entales del tiempo se rememoran los nacim ientos y las muertes de la familia y del poblado lo que es la sacralidad dom éstica- y se honra a la Virgen M aría y al N iño Jesús mediante ritos domésticos, espigas de 92 IhlcQiOi Uibgift Jr Li teitiifiilfítJ i ligo bajo la im agen de la Virgen, un pesebre.iluminado c 0 1 1 una hurí ii.i para el N iñ o Jesús. l,a coincidencia de las redes de sacralidad y las recles de lecnicidad no se encuentra únicamente en las estructuras temporales arcaicas, sino también r n las estructuras espaciales. El cruce de caminos, la playa, la cumbre de l,i m ontaña son puntos-clave que convocan la ritualización bajo un m odo iftás primitivo que las categorías diferenciadas de lo técnico y de lo sagrado, i ,a acción hum ana global y habitual busca puntos de clivaje en el m undo .nites de consagrarlos o tecnicizarlos. U n cruce de caminos eS un lugar de elección, de detención, de encuentro, de peligro o de socorro, un punto notable, un lugar de encuentro, de separación o de crimen. El cruce de i .1 minos es m ás semejante a un cruce m uy alejado que a una sección ceri ana del sim ple cam ino, porque el cruce es el punto sobredeterminado del itinerario que es el nudo de la red de la acción itinerante, y convoca, por correspondencia simbólica, a todos los otros cruces de cam inos de lodas las dem ás rutas. La acción es reverberante en relación con ella m ism a y no de m odo directo y abstracto, sino concretizándose bajo la lorm a de m om entos y lugares dcstacables. L a ritualización, en la acción, es el equivalente de la reticulación en el m edio en que ella se despliega: es c ondición de resonancia interna de la acción en relación con ella misma, es su estructura de organicidad. Las coincidencias arcaicas de lo sagrado y lo técnico A partir de las estructuras de ritualización de la acción se pudo operar una génesis com ún de las redes espaciales y temporales de lo técnico y de lo sagrado. Q uedan vestigios de esa génesis común. El mismo prom ontorio peligroso para los marineros en alta m ar pudo tener naturalmente un faro y una estatua de la divinidad protectora. Porque el promontorio, com o el cruce de caminos, es lo que salva o lo que pierde, aquello en lo cual t i viaje cam bia de sentido; dispensa a la vez la salvación y la pérdida; tiene el poder de decidir. C uando se ha dejado atrás el promontorio, la at > ióu se fortalece y regenera: se hacen sacrificios a los Dioses. N o es de l todo exacto pretender que primus in orbe deosfecit timor, el temor y los dioses aparecen al m ism o tiempo, pero no es el temor lo que constituye a lt>% 93 Curso dioses; el m iedo aparece en el punto-clave de la acción, en el m om ento de la elección, del peligro, del renacimiento, de la nueva partida o de la catástrofe, es decir, en el m om ento en que la acción se concretiza, se con­ densa en algunos m om entos y gestos fundamentales y decisivos. El temor o la esperanza aparecen en el hombre en condiciones que convocan la sacralidad, afuera del hombre. Pero tam poco se trata de que sea el estado subjetivo el que constituya la sacralidad proyectándose hacia afuera, ni la sacralidad la que cause el estado subjetivo interiorizándose. E n ciertas regiones encontramos cruces en las convergencias de cam inos. Estas cruces estructuraron ritualizaciones antiguas, en particular las de los entierros. Ante cada cruz, los cargadores hacían una pausa y pronunciaban una plegaria. A veces intervenían ritos m ás antiguos todavía. En el M acizo Central, cerca de Brioude, en la primera encrucijada donde se detiene el convoy, no solamente se recitan plegarias sino que, al pie de la cruz, se rom pe un vaso que ha contenido agua bendita y boj durante el velorio. Ahora bien, se podría decir que las pausas eran una necesidad en tiempos en que no se utilizaban automóviles sino solo cargadores. Sin embargo, im porta observar que las pausas o los cambios de portadores no se hacían en cualquier punto: estos cambios, que se efectuaban en función de una necesidad práctica (la fatiga), se desplegaban irregularmente, en intervalos variables, a fin de coincidir con las estructuras del itinerario marcadas por las cruces. D icha reciprocidad entre la sacralidad y la acción se m arca todavía en el hecho de que, en caminos continuos y desprovistos de encrucijadas, las cruces se ubicaban en algún lugar destacado, en particular en la cim a de las colinas. Cuando la acción vuelve sobre sí misma, se controla, se cubre a sí m ism a, se condensa sobredeterm inándose para renacer de sí m ism a, allí aparece la ritualización, condición com ún de la tecnicidad y de la sacralidad. Por esta razón existe una coincidencia espacial y tem poral, al m enos parcial, entre la sacralidad y la tecnicidad, para todos los tipos de acción realmente pregnantes, y que ponen en peligro la vida del hom bre som etida a las incertidumbres del devenir. E n la religión rom ana arcaica, la sacralidad coincide con la tecnicidad a través de la ritualización de acciones fundamentales: labranza, sem brado, cosecha. En la casa m ism a, son los puntos-clave lo que se ven sacralizados: el um bral, la puerta, los goznes de la puerta, la chimenea. E n el navio, son la proa y la popa. D e igual m odo parece m uy difícil decir si las ritualizaciones antiguas eran m ás 94 Psicosociología de la tecnicidad M> u técnicas o m ás bien sagradas; de hecho, pertenecen a u n a categoría üiát primitiva que lo técnico o lo sagrado en estado separado. Hermes, ^I ! »lol de los hitos y las pilas de piedras, adquiere su significación plena til l os ritos de transhumancia y de pastoreo en la montaña: la pila de pfrdi.is es la guía fundam ental del pastor en la montaña, com o el cruce dr • -u ni nos es el del viajero en las regiones regularmente habitadas, donde hay <.iminos trazados. M ás tarde, H erm es se convierte en el D ios de las í ü. i iw ijadas y el protector de los jardines; su rol se degrada en la R om a i ! r i« ,i porque las líneas fundamentales de la acción se han m odificado. 1 I sim bolism o de la fecundidad fálica, fundamental en una civilización pd .ioial donde el anim al macho es el conductor del rebaño, tienen me***** '.nítido en una civilización agrícola para la cual la fecundidad de la lim a (de tipo femenino) es dominante. E n esas condiciones, al no estar yj .ii.ida a la acción y a las situaciones pregnantes, la sacralidad relativa a 1 Ir m u s, sacralidad arcaica, se cierra, se aísla, se vuelve crítica y más tarde da ii,k ¡m iento al hermetismo. I os m omentos en que se realizan sacrificios a los dioses no son cualquier momento: corresponden a los m om entos fundamentales de la acción, i o i n o los sacramentos corresponden a los m om entos fundamentales de i j vii |,i individual y m arcan las etapas de la vida. Volvemos a encontrar un m odo particular de ritualización que alia Irt nii idad y sacralidad en las pruebas que las comunidades de técnicos y atú sanos im ponían a los m iembros que se acababan de incorporar. La n|iri.u ión técnica, en tanto que rito de pasaje, se encontraba ritualizada '•u n o un sacrificio. Su consum ación ponía en ju ego todo el destino profesional y social del individuo; no era solamente un trabajo sino, de alguna manera, una celebración. D e este m odo constituía una operación ¡ *«i pnante, y podía ser peligrosa. En la antigua noción de trabajo subsiste ¡m i i ierta carga de sacralidad difum inada en una sensación de esfuerzo, tlr 11 .msformación dolorosa y eficaz de uno m ism o; el trabajo no es pura uj.eiación técnica, sino tam bién un esfuerzo que hace participar en una ¡i ilidad que supera al individuo y al objeto producido. Las religiones a. m iles espiritualizaron m ás el trabajo, pero también, en igual medida, lo drsacralizaron parcialmente, alejando una de otra las categorías de lo sagrado y de lo técnico, y asignando a la espiritualidad una significación m is contemplativa que operatoria. 95 Curso Las coincidencias actuales de lo sagrado y de lo técnico A través de la pregnancia de las situaciones, las coincidencias actuales de lo sagrado y de lo técnico se vuelven a vincular con aquellas del pasado. L os bautism os de los navios son ceremonias sociales y profanas, cuando se trata de grandes navios y de paquebotes, pero lo son m ucho menos cuando se trata de barcos de pesca, que afrontan cotidianam ente el mar con un débil tonelaje y pocos dispositivos de seguridad. Son precisamente estos navios pesqueros los que tom an com o patrones sagrados los santos o la Virgen M aría. Semejante eponim ia pone de manifiesto, en la con­ sagración, un aspecto directo de sacralidad. H ay una continuidad entre la antigua costumbre de los armadores que incrustaban la estatua de un santo en la proa del barco, y los ritos actuales de consagración epónima. A la sacralidad de los santos se agrega la de los lugares m ism os, también consagrados, como las Santas M arías del Mar. C uando desde una estación costera se llama a los pescadores que están en alta mar, uno creería escuchar una m onótona y larga letanía donde se alian las leyendas, los nombres de las islas, del poblado, y los recuerdos religiosos. C iertam ente se podría decir que se trata de una supervivencia, e invocar el carácter demasiado cerrado de los grupos de pescadores. Sin embargo, también aparecieron ritos de bendición de m áquinas agrícolas (tractores). Ahora bien, las m áquinas son nuevas, y sem ejantes ritos no pueden explicarse por m edio de simples supervivencias de tradiciones: ciertamente existe una motivación positiva que lleva a sacralizar al objeto técnico fundam ental que simboliza y concretiza un tipo determ inado de situaciones de trabajo. Recientemente, el Papa consagró la televisión (com o técnica y com o arte) a Santa Clara. Finalmente, podemos observar que las formas religiosas de la sacralidad aceptan tom ar prestadas las redes técnicas de difusión de la información (radiodifusión y televisión hertzianas) para alcanzar fieles que están aislados. Por cierto, dicha coincidencia entre la sacralidad religiosa y la reticulación técnica no es sino parcial, y permanece voluntariamente limitada: la misa en la televisión se considera solo com o un reflejo del sacrificio verdadero, y no como un medio de participación plena. Sin embargo, el reflejo ya es un inicio de partidpai ion posible. Y se hace perceptible una coincidencia 96 PskmoHoloeíii de Li tei tía idad virtual cuando el hecho de tomar prestada I4 reticulación técnica otorga .il ac to de sacralidad religiosa una dimensión de universalidad y simultaneidad que no podría tener de otra manera. Esta nueva forma de actos de sacralidad no reemplaza el acto local de participación parroquial: es ecuménica por vi >cación, se propaga alrededor de la Tierra entera. C om o los cristianos ca­ tólicos del m undo entero no se pueden reunir en Roma, la transmisión por i urovisión d é la misa que dice el Papa el 1° de Enero da al acto de sacralidad 1 |iie se consum a en el Centro de los centros un poder de irradiación que es adecuado, técnicamente, a su dimensión de sacralidad. En semejantes < u cunstancias, la tecnicidad juega en estado puro y se despoja de sus ca1 icteres inesenciales: el espectador se convierte en participante, y la imagen ya no es un espectáculo sino un símbolo; puede ser pobre, poco estable, Iuiede sufrir cambios de definición de un país al otro, sin dejar de llevar su mensaje esencial. El 1 de enero de 1961, en la red francesa, las imágenes provenientes de R om a primero fueron poco estables, luego desaparecieron por completo, mientras cjue seguía habiendo conexión sonora. Entonces, Hites de que las imágenes reaparecieran al cabo de algunos minutos con no insertaron una fórmula de excu- I il c n a estabilidad, los estudios de la r t f • is, com o en el caso general de las transmisiones artísticas o documentales; es que la transmisión del reflejo de la sacralidad no es un espectáculo; la imagen podría estar considerablemente degradada por las dificultades de I I .tnsmisión sin perder por ello su carácter fundamental: los criterios no son los mismos; aquí, el acto técnico es mayor, porque la estructura que lo hace j ><>sible es realmente reticular. Por el contrario, cuando la televisión presenta una película o un espectáculo, cada emisor regional podría funcionar po r él mismo de m odo autónomo sin que la emisión pierda su sentido ni su valor; <1 1 uncionamiento en red no es en este caso sino un medio práctico para no multiplicarlos estudios; desempeña entonces un rol menor, mientras que ese lol se convierte en mayor cuando la red es un instrumento de participación. Sin embargo, debem os decir que existe una barrera cultural entre la leí nicidad y la sacralidad religiosa hasta el día de hoy. L as cámaras y los técnicos de la televisión penetran en el lugar consagrado, pero las instituciones permanecen separadas; el gesto técnico y el gesto religioso t onvergen sin coincidir, y subsiste alguna molestia en razón de este hiato. 1 l u ía falta una capilla construida para las tom as televisivas, que posea su ptopia instalación de piodm <ión y de emisión, a título autónom o, para 97 Curso consum ar la coincidencia entre el gesto líe nico y el gesto de sacralidad. Y esto no es para nada imposible, ya que la emisión hertziana puede ser el equivalente del mensaje sonoro de las campanas. El cam panario no está m ás esencialmente ligado a la iglesia que una antena de emisión; solo co­ rresponde a un m odo más primitivo de transmisión de información. U na similitud de funciones (propagar a lo lejos una energía irradiada, mecánica o electromagnética) involucra una sim ilitud de estructuras materiales, y entonces un isom orfism o virtual: todo campanario se puede convertir en portador de una antena de emisión hertziana sin modificarse, com o si hubiera sido construido para ello y con esa única finalidad. Ciertam ente, la dualidad entre la tecnicidad y la sacralidad puede en ciertos casos manifestarse bajo una form a aguda que hace pensar en un combate: la colina de Fourviére es el sím bolo directo de ello, con la yux­ taposición de la basílica y del observatorio. L a yuxtaposición de am bos edificios no es feliz; la unicidad del lugar parecería convocar la unicidad de la construcción, más que una dualidad discordante enfatizada en la elección de los m ism os materiales. D el m ism o m odo, en la cumbre del M onte Pilat vemos, con quince metros de intervalo, una cruz inmensa y la alta torre de emisión de televisión. Entre la torre y la cruz hay un puesto de observación. Semejantes encuentros provienen del hecho de que la estructura geográfica hace converger motivaciones de origen técnico y motivaciones que llevan al hombre a la búsqueda de la sacralidad vinculada con el m undo. N o son las estructuras materiales las que se excluyen, así com o no son las motivaciones mismas, sino m ás bien los grupos sociales en el seno de los cuales ellas se manifiestan y se institucionalizan. N o es la tecnicidad de la televisión la que entra en conflicto con la sacralidad religiosa, sino la cerrazón del grupo social de la televisión concebida com o institución que tiene derechos, un estilo, un código, la que entra en conflicto con la cerrazón del grupo de los creyentes y del sacerdocio en tanto que institución. La tecnicidad y la sacralidad se encuentran en­ vueltas por una coraza social y sobre todo psicosocial que las aliena y, en consecuencia, las aleja una de la otra9. Son los prestigios que surgen de la 9 Para la encrucijada oncológica del análisis del concepto de televisión, ver La individuación a la luz de las nociones de forma y de información, Buenos Aires, Cactus, 2015, pp. 136-137: si distinguimos las longitudes de onda, es primero 98 IVcmoHologia de ht tecnicidad iccnicidad y los prestigios que surgen de la sacralidad los que se oponen rn tanto que construcciones psicosociales amplificadas por procesos de <.msalidad acumulativa. Estos procesos se inician cuando el grupo de la televisión se televisa a sí m ism o, o televisa en referencia a él m ism o, y ruando el grupo de la sacralidad se consagra él mismo. En am bos casos, (1 yo de los grupos se am plifica y reverbera en la conciencia que adquiere de sí m ism o: tecnofanía y hierofanía desaparecen en beneficio de la ma- "en función de los caracteres que pertenecen no a esos campos electromagnéticos lomados en sí mismos, sino en función de los límites en el interior de los cuales varían sus relaciones con las condiciones técnicas de producción o atmosféricas y estratosféricas de propagación (...) Estas distinciones no están nunca fundadas sobre la naturaleza propia del fenómeno considerado; hablando con propiedad, no existen según la física, sino solamente según la técnica (•...) Finalmente, se i rea un cierto número de conceptos industriales, nacido de una concordancia tnás o menos precaria entre los “dominios especiales” de todas las técnicas que se organizan en una misma industria. Estos conceptos industriales acaban por i (invertirse en comerciales y administrativos, perdiendo cada vez más todo carácter <ientífico, porque son relativos a un uso y ya no tienen más que un sentido pragmático” (p. 137). Luego, según un juego complejo de causalidades recurrentes, y especialmente por el enfrentamiento con otras instituciones, se adopta un “código de valores” que crea “una normatividad que refuerza las condiciones que la hicieron nacer y las legitima a posteriori”. Por tanto, “los límites verdaderos del concepto de televisión son pues psicosociales; están definidos por el cierre de un ciclo de causalidades recurrentes, que crean una especie de medio interior psicosocial, dotado de homeostasis gracias a una cierta regulación interna por asimilación y desasimilación de técnicas, de procedimientos, de artistas, que se reclutan por cooptación, y ligados entre sí por un mecanismo de autodefensa comparable al de las diversas sociedades cerradas” (página 138). Se trata, en este pasaje de i l f i (Primera parte: La individuación física, II. Partícula y energía, 2. El proceso deductivo”), de hacer la diferencia entre “el tipo de realidad lísica que se puede denominar dominio o campo de transductividad” y “todo ser psicosocial, cognoscible a través de conceptos, y que justifica el uso del pensamiento que se vale de las nociones de género y especie, apoyándose sobre la relación de participación, concretizada o no en relación de propiedad o de parentesco”; de igual modo habrá que distinguir el verdadero pensamiento transductivo de un modo de pensamiento basado en la distinción del género y la especie; según ese modo de pensamiento, la onda de televisión, cuya especie sería la pertenencia a tal institución, termina por ser un “decreto administrativo” (N. de E.). 99 Curso nifestación psicosocial de los grupos. I'.l grupo profesional se da com o poseedor y propietario e incluso legislador de la técnica que detenta o de la sacralidad que transmite; aliena tecnicidad y sacralidad haciendo de ellas asunto de un grupo, haciendo de ellas un objeto. C uando escuchamos una transmisión de la rtf , parecería que el esquema técnico real y absoluto del análisis y de la transmisión de imágenes se ha encarnado para siempre en una institución que piensa poseer su saber exclusivo porque m onopoliza su uso legal. D e igual modo, cuando escuchamos a los sacerdotes de varias religiones en diversos lugares de la Tierra, parecería que la sacralidad del m undo entero se ha encarnado y concretizado en la form a única cuyos representantes actuales y locales son ellos. E n estos fenóm enos psicosociales de captura, de apropiación, se encuentra el obstáculo fundam ental que im pide un acercamiento de los valores de la tecnicidad y de los valores de la sacralidad: no son las m ism as personas las que, en sus roles sociales, experimentan el sentido de la tecnicidad y el sentido de la sacralidad, y esto en razón de las barre­ ras culturales de origen social que vincularon el sentido de la sacralidad con la vida contemplativa. El encuentro entre la sacralidad y las ciencias exactas se produjo sin dificultad gracias a esta presuposición com ún: una filosofía com o la de M alebranche encuentra principios com unes a la sacralidad y a la inteligibilidad (por ejemplo, el de la sim plicidad de los cam inos seguidos por el Creador en la organización de la Naturaleza). Pero el encuentro entre la sacralidad y la tecnicidad se volvió m ás difícil por esta m ism a presuposición. H asta ese día en que, en nuestra cultura, solo el trabajo, y no la tecnicidad, se encontró con la sacralidad: se ha hablado de las virtudes morales del trabajo, del trabajo concebido com o una ascesis, un medio de purificación, incluso de santificación. Ciertas órdenes religiosas practican el trabajo manual com o un ejercicio. H ubo sacerdotes obreros. Ahora bien, al esfuerzo técnico se lo deja de lado, porque no es ni pura contemplación ni pura aplicación de trabajo. N o se puede concebir adecuadamente la tecnicidad si conservamos la pre­ suposición dualista que opone contem plación y operación. El esfuerzo técnico es a la vez contemplativo y operatorio. El sentido de la tecnicidad com unicará con el de la sacralidad real cuando haya no sacerdotes obreros sino sacerdotes técnicos. 100 Psicosociología de la tecnicidad Encuentro posible de la sacralidad y la tecnicidad en el porvenir: la unidad de la Cultura Isom orfism o no significa identidad. Tecnicidad y sacralidad no están probablemente llam ados a confundirse ni a reemplazarse. Pero com o su oposición, que se debe esencialmente a fenómenos de causalidad acum u­ lativa, im pide que exista la unidad de la Cultura y prolonga un conflicto infructuoso entre formas igualmente alienadas de sacralidad y de tecni­ cidad, una búsqueda de psicología social puede pretender descubrir las condiciones y el sentido de una sinergia de ambas estructuras. Tecnicidad y sacralidad son dos dimensiones según las cuales la acción se supera, no se limita a ella misma, no coincide con su propio hic et nunc. A través de la tecnicidad, la acción separa, condensa, moviliza aspectos del m undo que organiza y utiliza. Por el contrario, la acción se infunde a través de la sacralidad al espacio y al tiempo que penetra sin separar objeto, sin movilizar elemento: la sacralidad inmóvil de las fuerzas los deposita en el inundo, mientras que la tecnicidad los moviliza y los recolecta. A pesar de esta oposición de los vectores fundamentales, tecnicidad y sacralidad suponen que el individuo, en la operación técnica, y el grupo, en la sacralización, superan su unidad y su identidad: forman un mundo coherente de estructuras. La necesidad de un encuentro de ambos tipos de estructuras aparece hoy en día porque la elaboración técnica crece hasta alcanzar las dimensiones del grupo, mientras que la sacralidad puede aparecer, en ciertos casos, com o el resultado de una elección individual. H ay que preguntarse entonces si la creación técnica y la sacralización van en el mismo sentido. E n el nivel de la actividad artesanal, es más o menos imposible que sacralidad y tecnicidad coincidan, porque la tecnicidad es lo propio del individuo o del grupo pe­ queño; la sacralidad se ejerce en el nivel colectivo, que supera en dimensión y en diversificación al nivel de los grupos pequeños artesanales; el medio de la tecnicidad es más pequeño que el medio de la sacralidad: la sacralidad aparece com o mayor en relación con la tecnicidad que es menor; la gobierna y la inhibe sin reciprocidad, porque es dominante; en los días feriados, la sacralidad im pone una interdicción a la tecnicidad y se presenta como de un orden superior, indiscutible, inconmensurable respecto del orden técnico. Precisamente es esta relación de órdenes de m agnitud entre sacralidad y tecnicidad lo que se va m odificando, y esta modificación se manifiesta 101 Curso m uy directamente en la modificación de la noción psicosocial de tiempo de esparcimiento. El tiempo de esparcimiento aparece, antes del Rena­ cimiento, com o el tiempo feriado, es decir, el tiempo durante el cual se prohíbe el trabajo por razones de sacralidad: el zapatero de La Fontaine se lamenta p o r el enorme número de días feriados y maldice a los Santos que debe honrar absteniéndose de trabajar. Todavía en nuestros días, la interdicción de trabajar los dom ingos se levanta solo excepcionalmente, en el campo, cuando el tiempo amenazante impone proteger de inmediato las cosechas o entrar el heno ya seco. El sacerdote anuncia desde el pulpito esta suspensión de la interdicción. M uy por el contrario, en los medios técnicos de trabajo, en el seno de una vasta red de relaciones, el tiempo de esparcim iento aparece no com o un gesto de respeto ante la sacralidad, sino como u n derecho del trabajo, un derecho de los técnicos e incluso, a veces, com o un medio de aum entar el rendimiento, o la seguridad, o la calidad del resultado: el tiempo de esparcimiento se justifica por razones intra-técnicas; se crea una tecnicidad del reposo, del relajamiento, del esparcimiento como si la form a mayor dominante, la m ás diferenciada, fuera de aquí en adelante, para los grupos hum anos cuya vida se organiza alrededor de la actividad técnica, la tecnicidad y no la sacralidad. Lo que aquí está en cuestión es el sistema de valores. Tecnicidad y sacralidad se comunican a través del tiempo de esparcimiento que es intermediario entre ellas, y las aísla; el tiempo de esparcimiento encastra el m om ento de la celebración de la sacralidad, que se inserta de este m odo en un recorte drástico practicado en el interior del tiempo de la tecnicidad; en igual m edida, el tiempo de la tecnicidad es el tiempo profano, el tiempo laboral; la disyunción temporal que el tiempo feriado opera entre el tiempo técnico y el tiempo sagrado las contrabalancea y las opone com o dos fuerzas que se equilibran; üna en relación con la otra, son com o figura y fondo en teoría de la form a; no hay perspectiva única que perm ita apresarlas juntas, porque no hay término medio estable. El tiempo de esparcimiento es un no maris land entre sacralidad y tecnicidad, pero no es para nada un terreno com ún que ofrezca una perspectiva com ún. N o existe form a única del tiem po de esparcimiento, sino dos formas poco compatibles: el tiempo de esparcimiento de la sacralidad, halo negativo que prohíbe la tecnicidad arrojándola fuera de los límites del tiempo sagrado com o se rechazan las realidades profanas fuera de las zonas vecinas al tem plo, y el tiempo de 102 i'\i¡ >m>¡ uiLiyi.j (Jr ¡a tecnicidad esparcimiento de la tecnicidad , concebido com o una dr Lis funciones de la actividad com pleta del hom bre en el trabajo. No existe noción unívoca del esparcimiento, ya que el esparcimiento aparo <• como el aspecto más profano de la sacralidad tanto com o uno de los derechos sagrados del trabajo, proporcional al nivel de la tecnicidad del trabajo. Podem os pensar que la reconstitución de una dimensionalidad unitaria de la C ultura requeriría un análisis profundizado de la noción de esparci­ m iento, y un acom odam iento de la realidad psicosocial del esparcimiento que lo acercaría a la antigua noción de scholé, completamente positiva, eminentemente activa, y con el acento puesto en un aspecto de desinterés, de libertad, de espontaneidad que puede ser com ún a la sacralidad y a la tecnicidad, a un nivel superior, o al menos constituir un centro de simetría a partir del cual sería posible capturar las estructuras opuestas y com ple­ mentarias de la sacralidad y de la tecnicidad. H asta hoy, n o parece que podam os encontrar un análisis completo de la realidad del esparcimiento com o aspecto de la Cultura, a pesar de estudios interesantes como los de Friedmann o los de Dumazedier, precisamente porque, según la doctrina que aquí presentamos, el esparcimiento debe ser com prendido como tér­ mino m edio entre tecnicidad y sacralidad, como form a central de acción a partir de la cual se desfasan el gesto técnico y el gesto de sacralización. Ahora bien, una de las categorías fundamentales del esparcimiento com o acción es la del arte, y el vínculo de la tecnicidad con la sacralidad debe ser estudiado a través de la categoría estética tom ada com o término medio. Según la doctrina que aquí se presenta, es en el arte donde se realiza y concretiza el isomorfismo de la sacralidad y de la tecnicidad, lo que confiere al arte una función de m ediación y comunicación eminentemente útiles para la unidad de la Cultura. El advenimiento del sentimiento de universalidad del valor de las técnicas; sentido del enciclopedismo El sentido de la tecnicidad se opuso al sentido de la sacralidad en el m o­ mento en que se ha constituyó en unidad coherente, es decir, en Francia, con el movimiento de ideas que se- manifiesta en la Enciclopedia de D iderot y de d’Alembert. El espíritu enciclopédico es, antes que nada, un alegato 103 Curso a favor de la tecnicidad. Es esto lo que aporta com o m ás nuevo y más coherente; la defensa del espíritu crítico, los ataques contra aquello que, en el siglo x v i i , se denom inaba las “grandezas establecidas ’ no son nuevos a m ediados del siglo x v m ; si la Enciclopedia fuera solo una recopilación de panfletos o artículos separados consagrados a la libertad o a los prodigios y la credulidad, poca cosa sería. U na obra tiene un alcance psicosocial en la m edida en que instituye un proceso de causalidad acumulativa. Este proceso se instituye por primera vez gracias a la Enciclopedia en el nivel de una realidad que, hasta entonces, había perm anecido com o no rever­ berante en relación consigo m ism a porque era segmentaria, estaba aislada y encerrada en cada corporación. El hecho de que la realidad técnica sea materia de enseñanza y de representación racional (por parte del lenguaje digital y geométrico de la mecánica com o ciencia teórica y aplicada) es algo nuevo. Ciertamente, subsiste en la Enciclopedia algo de lo pintoresco de los oficios, con el aspecto psicosocial de cada profesión. E n los volúmenes de láminas, vem os con frecuencias máquinas y herramientas que se presentan, en una primera visión de conjunto, en un paisaje campestre, burgués o citadino (ejemplos: la lámina del dispositivo para fabricar corchos o de la acuñadora de m onedas); pero luego de esta com posición que vincula con la vida cotidiana y abre una perspectiva de geografía hum ana, una lámina técnica de conjunto, y luego láminas analíticas cada vez m ás precisas y detalladas, profundizan el secreto de las formas y funciones que llegan al centro m ism o de las máquinas y los montajes; lo pintoresco sugestivo cede el paso a la firmeza geométrica, al rigor de las m edidas. L a inicia­ ción tecnofánica no es solamente un develamiento, sino ciertamente, en el sentido etim ológico, un m ovim iento hacia el interior de lo real visto desde cada vez más cerca y entendido cada vez m ás esencialmente en su intim idad estructural y funcional. Pero lo que sigue siendo constante en el transcurso de esta marcha hacia el interior de lo real es el estilo de m ajestad y de mayoría de edad del objeto técnico. L o que el objeto, en su totalidad, es en relación con el m undo y los grupos hum anos cuando es capturado en su visión concreta inicial, lo sigue siendo en su último detalle mecánico. El objeto es hom ogéneo a sí m ism o, hom ogéneo a cada una de sus partes, y de dignidad constante y omnipresente. L a parte es tratada igual que el todo, y el todo del objeto es tratado com o el m undo que lo rodea y constituye lo que lioy denom inaríam os su medio asociado. Eso es 104 Psicosociología ¿le la tecnicidad rl molino de viento: la primera lám ina nos lo presenta en su totalidad, dom inando los cam pos, recortando la silueta de sus aspas sobre las nubes tormentosas y fundando su base en la cim a de las tierras de labranzas, 11 í-cuentadas por el hombre, esculpidas con caminos. Esta verticalidad alta, que vincula el cielo, m edio de la energía, con la tierra, m edio de trabajo y de vida del hombre, es ya un esquema im plícito de la tecnicidad: el molino es centro, vía de pasaje, trazo que une, sistem a de comunicación, « aptador de energía de la m ás impalpable, pero también la m ás omnipre•■c-ii l e de las fuerzas de la naturaleza y la que, junto con la vela, perm itió el i Icscubrimiento de nuevas tierras: el Renacimiento contaba con esta forma J e energía, antaño la m ás absoluta, para llegar un día “hasta los signos » elestes” , com o dice Rabelais en su elogio de Pantagruelión. D espués de r s ; i primera lám ina que manifiesta el esquema completo e integrado al m undo, las siguientes láminas ofrecen los diferentes intermediarios (ejes, rugranajes, árboles) a través de los cuales se transmite la energía hasta las muelas: lo que se presenta aquí no son accesorios ni, para hablar con propiedad, simples detalles, sino m ás bien los eslabones esenciales de esta <adena entre el movimiento de los vientos y el trabajo a través del cual el liombre obtiene su pan. El engranaje con ruedas dentadas es tan esencial t om o eje de las aspas o su ángulo, porque el funcionamiento es una coni arenación. A quí ya no hay partes nobles o partes innobles, ni incluso, para hablar con propiedad, una relación de forma a materia entre el todo y la parte. El m olino completo, concreto, es una cadena, y la tecnofanía es la presentación plena de todos los eslabones de dicha cadena. Semejante ciden a instituye una comunicación y, en consecuencia, una continuidad y una unidad de valores entre el medio geográfico y la actividad hum ana de trabajo, de invención, de consumo. El saber cartesiano había tratado según el m étodo del encadenamiento causal un cierto núm ero de realidades y problemas teóricos o prácticos, humanos o naturales. Es habitual considerar a la segunda y tercera regla del m étodo de Descartes com o inspiradas en el uso de ecuaciones y en su resolución en matem ática. Quizás se podría, con más razón, conside­ rarlas com o form ulaciones abstractas y generalizaciones del esquema de concatenación extraído de la tecnología racional, aplicable a todos los casos en donde se opere una transferencia de causalidad. Un razonam iento se construye con largas cadenas de razones que operan un “transporte de la 105 evidencia” com o una m áquina simple se i onstruye con largas cadenas de engranajes y de poleas o articulaciones que operan una transferencia de causalidad con conservación del m ovimiento, com o hay conservación de la evidencia en un razonamiento bien construido. El esquem a de concate­ nación es aplicado p o r Descartes a realidades estáticas que anteriormente se trataban com o ensamblajes de form a y de materia; una casa es estable cuando cada basam ento de muralla descansa sobre la precedente com o el primer basamento descansa sobre la roca firme e inamovible. La muralla es un sistema de transferencia de la inmovilidad desde la roca hasta el techo, la recíproca de una cadena, porque una cadena trabaja en la extensión, mientras que una m uralla trabaja por compresión. Y las reglas de la moral provisional se parecen mucho más a las normas de un arquitecto experto que a los m étodos de las matemáticas: son, en efecto, las reglas del des­ cubrimiento de una auto-norm atividad de los actos. Ahora bien, dicha auto-normatividad es precisamente el hecho de la tecnicidad constructiva que se despliega en el sentido que ha elegido en el punto de partida, sin que nada anterior lo haya determinado. L a tecnicidad es auto-constituyente com o la elección inicial de una dirección que efectúa el viajero perdido en el bosque. A ntes del gesto de caminar, no hay ninguna norm a y todos los pasos, en todas las direcciones, son a la vez equiprobables y equivalentes. Pero desde el m om ento en que se da un paso, se convierte en norm a para el paso siguiente, porque el paso siguiente es acumulativo en relación con él, y todos los pasos hechos en igual dirección se agregan y conducen hacia el lím ite del bosque. E n su origen absoluto, el acto de cam inar no im plica ninguna polaridad directriz, ninguna norm a exterior, ninguna referencia a una finalidad que se ha entrevisto. El viajero no conoce la form a del bosque porque no lo ha recorrido. La norm a es la derivada del acto, y no una virtualidad previa que habría que actualizar. Todo acto, anóm ico en su origen absoluto, se valoriza de m odo autógeno porque se continúa y descansa cada vez m ás sobre él m ism o, com o el m uro que se va levantan­ do. Se puede construir un m uro aquí y allá; pero desde el m om ento en que se pone una piedra, ella define una norm a para la siguiente piedra. La m oral política m ism a de Descartes se refiere a la auto-norm atividad de esta transferencia interna de causalidad que moviliza virtualmente los conjuntos considerados como estáticos. Si Descartes maldice a quienes no dejan de hacer en espíritu “alguna reforma” en “esos grandes cuerpos” que IShmaciologta de la tecnicidad son las instituciones, es porque semejantes reformas pueden perturbar el equilibrio. N o es solamente la form a de conjunto lo que hay que inten­ tar que se conform e a tal o cual principio; cada elemento es un eslabón que opera estáticamente y se inserta com o una malla indispensable en el todo. Descartes fue el prim ero que formuló y transmutó en filosofía la normatividad y el esquematismo mental contenidos en las técnicas puras y racionales del Renacimiento. La generosidad cartesiana expresa, en nuestra opinión, la tom a de conciencia del poder de creatividad contenido en el gesto técnico, que es autonorm ativo en la m edida en que es constructivo. La confianza que Descartes muestra y afirma en el saber científico cuando se trata de prolongar la vida, de curar enfermedades o de convertirse en am o y señor de la naturaleza, se apoya en los ejemplos de eficacia de la representación racional y del cálculo en la construcción de máquinas y edificios. L os descubrimientos de Harvey daban a Descartes la idea tle que el funcionam iento de los organismos vivos erá en todo comparable al de las m áquinas, lo que otorgaba influencia al saber científico sobre este tipo de realidad pensada hasta ese entonces a través de las nociones de form a, materia, tendencia y especie impresa. El continuo cartesiano, la ausencia de vacío, no es solamente una afirmación metafísica: es el axiom a a la vez ontológico y axiológico que funda este pensamiento cuyos esquem as de base coinciden con los de la tecnicidad pura que consuma una operación constructiva. Ahora bien, el enciclopedismo de D iderot y d’Alembert prolonga el mecanicismo de Descartes y lo multiplica, dándole un giro estético que no existía en lo m ás m ínim o en Descartes. Las tecnofanías de la Enciclopedia quizás no agreguen esquemas intelectuales nuevos al trabajo cartesiano, pero aportan la condición de participación que hace que una inspiración pase del individuo a un público. E n el siglo x v i i , se podía apreciar el racio­ nalism o cartesiano sin capturar todo su alcance. En tanto que la opinión pública ridiculizaba “aquella larga lente que daba miedo a los hombres”, algunos espíritus podían degustar la teoría de los “corpúsculos”, pero las condiciones colectivas de un ascenso de la tecnología com o fuente de valores no se habían realizado porque las tecnofanías no existían. Por el contrario, en el siglo x v ili, el gabinete de física se convierte en un anexo del salón m undano; los catalejos ya no están confinados a los desvanes; sirven com o introducción a las Conversaciones sobre la pluralidad de los 107 Curso mundos, luego de haber sido introducidas poi Lis < ¡nwouuioncs sobre los cometas-, la afectividad y la em otividad, m iiliifoiinrs, aportan su poder de irradiación y su dimensión de participat ion t olri tiva .1 los instrumentos y los objetos técnicos, particularmente cuando estos últim os ponen al hom bre en com unicación con órdenes de m agnitud inusitados, según lo infinitamente grande y lo infinitamente pequeño, o bien con fuerzas y realidades que permanecieron hasta entonces intangibles y misteriosas. El pararrayos es una invención de un alcance práctico limitado y de un alcance teórico casi nulo. Sin embargo, el halo psicosocial de dicha inven­ ción es considerable, porque estableció la com unicación con el rayo, con el fuego del cielo convertido en chispa eléctrica y asim ilado a la chispa de la m áquina electrostática, de m odo parcialmente errado ya que no se atendía a los fenóm enos de ionización. Una com prensión constructiva de u n fenómeno que supera considerablemente la potencia hum ana, por m edio de la supuesta analogía entre el rayo y la chispa eléctrica, encon­ traba su reciprocidad y su verificación en el pararrayos, objeto técnico que permitía no producir el rayo, sino capturarlo e im ponerle un trayecto definido llevándolo hacia tierra. Ciertam ente era un encadenamiento técnico que vinculaba el m edio hum ano con el medio de los meteoros, com o el m olino de viento vincula la energía que desplaza las nubes, inaccesible, con las muelas bajo las cuales se tritura el trigo por mano hum ana. La concatenación tecnológica garantiza la hom ogeneidad de lo real. Los vientos, el rayo, son de la m ism a especie que las realidades que pueblan el entorno inmediato del hom bre; no solam ente operan de la m ism a manera sino que pueden desembocar en este entorno y adquirir allí un sentido, representar un rol. El objeto técnico hace com unicar órdenes de realidad anteriormente separados, cualitativamente diferentes y que, a veces, eran paradigm as implícitos de sacralidad objetiva. L a invención del pararrayos presentó un poder afectivo de desacralización en el nivel de las convicciones supersticiosas. E stos mediadores entre las antiguas fuerzas de lo sobrenatural y el nivel hum ano de vida que son los objetos técnicos conservaron naturalmente una parte del prestigio de lo sobrenatural recientemente hum anizado: este prestigio es lo que es sensible en la Enciclopedia, y lo que d a a su acto tecnofánico ese gran poder de irradiación: dichas tecnofanías son parcialmente hierofánicas, pero el elemento hierofánico se ha estetizado y 108 ¡hit inth ¡elogia tlf Lt tn n ic id a d ha devenido implícito. H abita la Enciclopediah-.\)o\.\ Jornia prerromántica de las nubes que el viento arrastra hacia el horizonte detrás de las aspas del m olino. E n este sentido, podem os considerar las categorías tecnológicas de la Enciclopedia com o una culm inación y también com o un m om ento de pasaje: nacieron del encuentro entre el prestigio todavía vivo de lo so­ brenatural cósm ico y el poder ya tangible de los nuevos objetos técnicos que se descubren a la m edida de las fuerzas del universo: lo antiguo y lo nuevo que se funden en una categoría estética. Correlativamente, el objeto técnico estaba en vías de desarrollo: pero todavía no había franqueado el umbral de la producción industrial y seguía estando a la m edida de los medios individuales o artesanales de construcción y de utilización: no era más grande que el hombre, no lo dom inaba, y daba la impresión de poder plegarse, de estar disponible, de ser fácilmente construible: las redes industriales todavía no se habían constituido; las realidades sociales oscuras todavía no habían sido removi­ das por el advenimiento de las técnicas, com o será el caso en el siglo xix. Por esa razón, un cierto aporte de esos grupos cerrados que eran las corporaciones, con sus ritos definidos, podía penetrar sin dificultad en las categorías mentales de esta tecnofanía universalizada: los esquemas, los signos, los sím bolos de la francmasonería implican un gran número de herramientas o de objetos técnicos. El espíritu enciclopédico es de alguna m anera la perpetua panegiria de los oficios, que los desacraliza justo lo suficiente com o para abrirlos y permitirles encontrarse, converger, pero que les deja la fe en el poder del genio humano. La experiencia del poder constructivo del hombre, que se hace en cada oficio, generalizada en la panegiria tecnológica, se convierte en creencia en el progreso multiforme e ilimitado. Por esa razón podem os decir que el enciclopedismo contiene un esfuerzo tecnofánico m uy notable, pero frágil y transitorio: las categorías estéticas y afectivas que lo hicieron posible no podían subsistir dentro del período industrial porque están basadas en el punto de cruce entre las instituciones artesanales y una concepción racional de los objetos técnicos. Ahora bien, la concepción racional cont ¡ene en ella un poder de desarrollo industrial y una capacidad de reticulai ión de las técnicas que las hace devenir m ucho mayores que los grupos Inm unos. El enciclopedism o marca un m om ento 109 Curso privilegiado: el orden de m agnitud de la realidad técnica, antaño más pe­ queña que el hombre y manipulable, ejemplo de inmanencia, construida por el hom bre y m odificable a cada instante por él sin dificultad, pero por esa m ism a razón poco potente, había crecido y se había convertido en lo bastante poderosa com o para poner en relación de continuidad el orden hum ano de m agnitud con realidades antaño sobrenaturales; pero este objeto devenido máquina, mientras que antes era herramienta, seguía siendo sin em bargo una especie de herramienta todavía manipulable por el hom bre instalado en tal poblado, en tal aldea, com o una realidad local. M ás tarde, en el siglo xix, los objetos técnicos franquearon el umbral: son mayores que el hombre y lo determinan, ejercen sobre él una acción comparable a las antiguas realidades sobrenaturales, viento y rayo. En el siglo x v i i i , el objeto técnico que se hacía más grande estaba justamente en el nivel del hombre, por algunas décadas es perfectamente hum ani­ zado y puede, en este sentido, servir de base a un hum anism o antes de trascender al hombre y de encontrar lugar en nuevas m itologías com o la del m arxism o, que considera a la m áquina com o capital y hace de ella esencialmente un instrumento de producción, operación que se inscribe en la explotación de la naturaleza por parte de los hombres en sociedad. D esde la m anifestación tecnológica del espíritu enciclopédico en el siglo x v t i i en Europa, ninguna tecnología general se volvió a presentar com o fundam ento de una vasta empresa de constitución de una cul­ tura: el movimiento positivista que advino en el siglo x ix m iraba una vez m ás hacia las ciencias, igual que el racionalismo del siglo x vn en la mayor cantidad de autores. Pero no es im posible que un movimiento de pensamiento semejante, diferente del enciclopedismo del siglo x v i i i , se desarrolle a partir de fuentes de inspiración com o la que se m anifiesta en la cibernética, que es una tecnología pura que cubre un cam po com plejo y presenta a través de ciertos aspectos una tendencia al enciclopedismo. A hora bien, el signo psico-sociológico m ás tangible de esa tom a de conciencia tecnofánica, además de los contenidos propiam ente repre­ sentativos, además de la elaboración cognitiva, es la categoría estética, vivida y sentida por un público am plio a través de la cual se ha efectuado dicha aparición de los objetos técnicos; hem os citado las láminas de la Enciclopedia en tanto que sím bolos gráficos; pero también debemos pensar en los autóm atas, en los barómetros, en los instrum entos de física 110 ihittíMuiolovjií de Li tetnicidad «leí siglo xviii que tienen una destinación y un.i signifu ;k ión cultural a iravés de la perfección m ism a del trabajo del constructor: manifiestan un iunfo del espíritu técnico, seguro de sus fuerzas, gozoso de sus m edios y imiversalizador de la precisión de las medidas, lo plano de las superficies, 11 l.i regularidad de las curvas, ahí mismo en donde un moldeado tosco sería suficiente. U n simple soporte o una masa de lastrado se trabajaban iiin el torno, com o si, en el transcurso de la obra constructiva mism a, el pasatiem po se hubiera materializado bajo la form a de la perfección de la factura. Nuestros tratados de física del siglo xrx conservan todavía la imagen de esos instrumentos y de esas máquinas que son obras de arte y <|ue sum inistran el equivalente técnico de la dulzura de vivir del siglo de las Luces. D espués de esa época advino una Edad de Hierro que sacrificó la inm anencia del tiem po de esparcimiento a la obra y, al m ism o tiempo, renunció a las tecnofanías, hasta que los discípulos de Saint-Sim on las vuelven a encontrar en un camino nuevo, más directamente vinculado con el m undo geográfico, el de las obras de arte construidas com o máquinas, ,i la manera del viaducto de Garabit. El movimiento de ideas que se concretiza en el enciclopedismo del siglo xviii se inserta entre dos etapas que son menos puram ente tecnofánicas y más rigurosamente científicas, la del siglo xviii mecánico y la del posi- i ivismo. E l mecanicismo del siglo x v n expresa la tom a de conciencia de la constructividad de las técnicas en un tiempo en el que eran asunto del operador individual. Por cierto, Descartes percibía ya perfectamente el carácter colectivo de la futura investigación científica, y pedía a los príni ipes subsidios a fin de poder constituir y dirigir un equipo que implicara una distribución de tareas. Pero la manipulación del objeto técnico en el siglo xvii es todavía un asunto individual: este objeto, en la gran m ayoría de los casos, conserva un carácter instrumental. Dicha facilidad en la manipulación del instrumento, com o la de una herramienta bien asible, queda presupuesta por el clim a mental del enciclopedismo del siglo xv ii . En el positivism o, por el contrario, las categorías mentales cambiaron: el trabajo hum ano y sus productos superan la envergadura del individuo, la malla de su red, la escala de su orden de magnitud. El gesto de trabajo del ser individual se inserta en la dim ensión de universalidad actual y temporal; adquiere un sentido en la solidaridad del individuo en relación con la H um anidad que lo supera infinitamente según el tiem po y según el 111 Curso espacio. N o es que el trabajo y las técnicas no estén dotados de constructividad; pero ya no es posible cernir la obra, que es tan inm ensa que ya no se perciben sus cimientos. El hom bre positivista todavía es edificador, ciertamente, pero no ha elegido el m om ento inicial de la construcción, y él m ism o no ha determinado el lugar del edificio. Se descubre en vías de edificar en m edio de una hum anidad constructiva que lo supera, y tom a conciencia del sentido de su obra al m ism o tiempo que de la historicidad del devenir de la hum anidad: la trascendencia vuelve a ser introducida a través del lazo de solidaridad sin que se conserve lo sobrenatural arcai­ co. E s que la nueva dim ensión de la tecnicidad, en tiem pos de Auguste Com te, im ponía un marco de referencia que superaba considerablemente al individuo. Provistas, luego del Renacimiento, de una universalidad virtual aportada por las ciencias exactas, las técnicas en crecimiento pu ­ dieron presentar, durante un período corto, un carácter de disponibilidad abierta dada por la escala artesanal del trabajo, a la vez que un carácter de comunicación continua con todas las realidades naturales o antiguamente sobrenaturales convertidas así en homogéneas a la realidad hum ana del individuo o los pequeños grupos. Pero este estatuto privilegiado, sobredeterminado, atrapante en el m om ento en que son iguales una m agnitud que crece y otra que disminuye, no se podía perpetuar. Sin embargo, el hecho de que haya existido es m uy precioso, porque nos muestra una de las condiciones de consumación del equilibrio tecnofánico y pone el acento sobre la im portancia primordial, para los fenómenos psicosociales, del orden de m agnitud de una realidad que sirve de marco de referencia, de sistem a de dim ensiones para el hombre que piensa y percibe su relación con sus semejantes y con el universo. Algunos sociólogos afirmaron que los fundam entos de la noción de espacio deben ser buscados en el m odo en el cual el hom bre construye su poblado, su tienda, o el cam po militar; del m ism o m odo, las estructuras del tiempo serían las estructuras de las ceremonias colectivas y los acontecimientos del grupo. Ahora bien, estos m arcos sociales de la m em oria y de la acción espacial pudieron verse impregnados de sacralidad o manifestar la estructura de los grupos hasta el día en que se form a un marco más vasto en el nivel de las realidades prácticas y colectivas. Pero el prim ado de lo sagrado com o marco de referencia no se debe necesariamente a la sacralidad. Puede ser electo de la mayoría de las estructuras sagradas en un universo en donde ellas son 112 IHL .n.i, ínhi^i.i ,h Li tecnicidad m ás vastas que los cam inos, los límites étnicos, los in.urs, los climas. Si la m alla de lo sagrado es la m ás vasta de todas, i l.i s.u ululad es la única realidad organizada en red, la sacralidad se vut-lvr dom inante y ofrece el marco de referencia últim o de la acción y dr la representación: es de hecho el geometral suprem o y se ve valorizado no solamente en tanto que sacralidad, sino también en tanto que estructura suprem a que engloba a todas las dem ás; esta supremacía se vincula con su carácter de sistema de referencia, con su carácter de cosmicidad. Si la tecnicidad sum inistra una cosm icidad m ás perfecta y m ás alta que la de la sacralidad, se produce un desplazam iento hacia ella de valores y de significaciones: es la tecnicidad la que se sobredetermina, mientras que la sacralidad se simplifica y se vuelve m enor en su poder dimensional. Tecnicidad y sacralidad como sistema de referencia y códigos de información La precariedad del enciclopedismo, que se debía a la existencia de una mixtura poco estable de arcaísmo y de impulso prospectivo, y al encuentro de dos sistemas de referencia que se entrecruzan, pero que evolucionan en sentido inverso, nos incita a encarar la tecnicidad y la sacralidad en su función psicosocial de código que sirve para decodificar la realidad cotidiana con la finalidad de conocerla, interpretarla y responder a ella mediante una acción definida. Es en este nivel, en su función representativa y operatoria donde la sacralidad y la tecnicidad divergen, incluso cuando las mallas de sus redes respectivas son del m ism o orden de magnitud. En efecto, debe­ m os considerar aquí el régimen de auto-m antenim iento de estos sistemas de referencia y de formalización: los regímenes no son los m ism os en un sistem a de sacralidad que en un sistema de tecnicidad. La sacralidad no posee en el interior de ella m ism a el proceso de causalidad acum ulativa a través del cual se mantiene; recluta fuerzas y recursos energéticos en el m undo hum ano de las motivaciones y de la fe. La causalidad acumulativa positiva que mantiene la sacralidad pasa por las representaciones humanas de la sacralidad. San Francisco de Asís, en las Fioretti, cuenta la maravillosa historia de un perro que había salvado a su am o y le era admirablemente devoto. El am o había hecho inhumar a su fiel animal en la m ontaña con 113 Curso una inscripción que recordaba ese herm oso acto de coraje. M ás tarde, la tum ba redescubierta fue tom ada por la tum ba de un santo, el lugar se volvió célebre y hubo manifestaciones de aspecto sobrenatural, com pa­ rables a milagros. Si recuperamos este relato no es de ninguna manera para intentar proyectar un m atiz de ridiculez sobre un aspecto m enor de la sacralidad. San Francisco de Asís merece ser alabado porque tuvo el coraje de decir algo inhabitual, sin tener m iedo de ofender el respeto de la santidad o la sacralidad. Y tam poco pretendemos nosotros que haga falta un inicio del fenóm eno circular de sacralización, inicio que requiere condiciones extremadamente raras y ejemplares, com o la vida de un santo o la devoción excepcional de un animal doméstico: si lo sobrenatural está presente en el fenómeno de sacralización, es com o condición de inicio, com o franqueamiento inicial del umbral; luego de dicho comienzo, el fenómeno se sostiene por él m ism o porque lo sagrado recluta fuerzas, extrae motivaciones, mantiene un m edio de excepción que perpetúa las condiciones iniciales y las reaviva por medio de sacrificios sucesivos que son como, un retorno al im pulso inicial, al primer franqueamiento del umbral, a la fundación. A través de ello mismo, esta sacralización continua puede des-iniciarse si no recluta la suficiente energía: la sacralidad de Del ios dejó después de siglos una irradiación asombrosa, com o la del templo de Esculapio. Estos fenómenos de sacralidad son en cierta m edida adiabáticos en el tiempo y en el espacio: cada tipo de sacralidad tiene un cierto público en el cual recluta sú energía y al cual ofrece una visión del m undo, una regla de vida, una estructura de la acción. C ad a red de sacralidad form a organism o con cierto grupo social, con un público determinado: está m antenido por el grupo y a su vez lo mantiene, porque está en relación de causalidad circular con él. Los grupos que no pueden constituir fondo sobre una sacralidad religiosa, porque esa sacralidad no está disponible para ellos, en tanto ya tiene un público, se dan una sacralidad laica, com o la del Panteón republicano y del culto de la Patria, objeto de am or sacro. E sta sacralidad es adiabática y no se com unica con la sai i alidad religiosa; los encuentros no pueden efectuarse sino sobre la base de formas más arcaicas de sacralidad com o la del culto a los muertos. I a .sacralidad es eminentemente dualista; en relación con ella, uno está o rn rl exterior o en el interior; no hay proxim idad, relación fraccionan t, un giadíente de optim ización, sino solamente una ley del todo o nada, I a < ■.m-.tu a, que 114 Psicosociología de la tecnicidad tecnifica la relación con la sacralidad introduciendo una escala continua de valores, no la respeta estrictamente y hace correr el riesgo de des-iniciarla. Este carácter binario de la categoría de lo sagrado es una condición de estabilidad, pero también un límite absoluto a la com unicación posible y al poder de renovación de los esquemas: la sacralidad es rígida y limitada. Tam bién sucede que la tendencia al ecumenismo en el interior de la cate­ goría de lo sagrado es un sueño irrealizable; cada sistema de sacralidad se da com o virtualmente universal, pero de hecho está en competencia con otros sistemas de sacralidad. Y el eco de esta competencia, que refleja el antagonism o de los grupos hum anos sobre la Tierra habitada, mantiene el reclutamiento de cada sistema de sacralidad y confirma su estabilidad, encontrando un rol práctico secundario en la concretización, para el grupo hum ano, de su distinción en relación con otros grupos: así, la cristiandad es una noción a la vez religiosa y social, o m ás exactamente psicosocial; se m antiene y mantiene el tipo de sacralidad que la organiza por medio de un “trabajo de lo negativo” que supone un relativo enfrentamiento entre la cristiandad y los grupos humanos organizados según otros tipos de sacralidad. La pluralidad de las redes de sacralidad es una consecuencia directa del carácter psicosocial del proceso de causalidad acum ulativa que m antiene el reclutamiento de la sacralidad. La existencia de una red calificada de sacralidad distinta de todas las demás redes es un sistema de referencia que fija un “ecumenismo” interior en el grupo que constituye el público de dicha sacralidad, y marca negativamente, por ausencia de participación, a las etnias exteriores al grupo de participación: la presencia de una negatividad exterior, entre los gentiles, estabiliza la red de sacra­ lidad y le confiere un ecum enismo interior positivo. Pero dicho carácter positivo no es sino la contrapartida de una negatividad en el límite hacia las otras redes de sacralidad. Positividad interior y negatividad exterior estabilizan el universo lim itado de la sacralidad; la sacralidad no puede ser totalm ente estable sino en régimen de pluralidad, y por otra parte, en las categorías mentales que supone, es un nuevo requerimiento de unicidad: el grupo se valoriza él m ism o y se considera com o el centro, com o poseedor del centro: cada pueblo se piensa com o el depositario inmediato de lo sagrado en el m undo. Tiende al ecumenismo, pero no quiere abandonar nada de los caracteres espei íficos de su m odo de sacralidad, porque esa sacralidad es inherente ;i un i ¡rilo m odo psicosocial de existencia: cada 115 Curso grupo aceptaría dilatarse hasta los límites del m undo, pero sin abandonar nada de aquello que constituye su personalidad social en el m om ento en que no representa sino una fracción de la Tierra habitada. A sí las reu­ niones para el ecumenismo, por ejemplo, entre católicos y protestantes terminan generalmente sin resultados, en votos y plegarias que hacen decir a algunos participantes: “Ayúdate a ti m ism o y el Cielo te ayudará” . D e hecho, a las barreras del dogm a se agregan barreras sociales y psicosociales: solamente condiciones prácticas m uy severas, en las que la urgencia y lo com ún enfrentan una tercera realidad m uy diferente, crean una situación particularmente pregnante com o las situaciones de las regiones de misión, que aportan una experiencia vivida de un comienzo de ecumenismo real. Ahora bien, la tecnicidad posee por el contrario un poder real de ecume­ nism o, e incluso supera el ecumenismo en la cosm icidad de su expansión. Luego de franquear el límite de los grupos hum anos, ofrece un sistem a de referencia cuyas amplias redes relativizan por su vasta m edida las par­ ticularidades de los grupos hum anos y los regionalismos de la sacralidad. Ciertam ente, el pensamiento filosófico, con Platón y los estoicos, luego la ciencia, con Galileo y Newton, ofrecieron, y desde hace ya numerosos siglos, un punto de vista de universalidad sobre el m undo. Pero es preciso un singular esfuerzo de reflexión para conservar siempre presente en el espíritu la preocupación por la cosm icidad cuando ella es puram ente representativa, y no afectiva o emotiva. A hora bien, las técnicas hacen lo que las ciencias no pueden realizar: ponen al alcance del hom bre en situación prom edio —y por ende participable—una percepción del m undo cotidiano, sin tensión particular, que asume naturalmente, com o malla de decodificación, com o m agnitud de cam po de aprehensión, la unidad de acto que la técnica consuma. Cuando el viajero de la A ntigüedad se desplazaba lentamente y a través de los peligros de las diferentes comarcas, llegaba a nuevas orillas y franqueaba las puertas de las ciudades extranjeras, pero no podía percibir la relatividad de las form as de la sacralidad, porque estaba en la.situación del huésped que llega al extranjero casi en súplicas y que tiene necesidad de las divinidades tutelares de la región en la cual entra. El tiem po hum ano del ritmo de los días y las noches, de la fatiga y del reposo, del peligro y la salvación, de la tem pestad y d d remanso que se descubre después tic la calma, era más breve en cada una dr sus unidades que las fases del viaje y el encuentro vivido de las formas sm esivas de la 116 Psicosodologia de la tecnicidad ‘..icralidad; en cada encuentro, el viajero se veía dom inado por las form as locales, y era incapaz de tom ar en relación con su m odo de ser im plícito rsa distancia que solamente puede ofrecer la percepción simultánea en el interior de la m ism a unidad de vida. D el m ism o m odo, en la Antigüedad, los lugares en los que lo sagrado se relativizó más com pletam ente fueron los empatia (M ileto, Agrigento), donde las rutas de navegación acerca­ ban un gran núm ero de hombres de etnias variadas, con sus costum bres y creencias. Por el contrario, en nuestros días el hombre que recorre el m undo de aeropuerto en aeropuerto percibe en el horizonte tem poral de ima m ism a jornada, a través de la hom ogeneidad de las m ism as disposii iones, varias form as de sacralidad en diferentes puntos del m undo. L a malla de la sacralidad es m ás pequeña que la malla de la tecnicidad, y la i ed de tecnicidad sum inistra un sistema de referencia que agrupa en una .<>la percepción varias especies no homogéneas de sacralidad. L a condi<ión de vida, la condición de salvaguarda, aquello en relación con lo cual adquieren una significación los marcos sociales del tiempo y el espacio, rs la red técnica. L a hora local está definida en relación con la hora g m t. I a s redes de radionavegación se encadenan, se relevan y cubren el m undo. 1 )e hecho, en las redes técnicas existe un ecumenismo que atraviesa las naciones. Las líneas de aviación, las transmisiones y emisiones radiotelelónicas dan la vuelta a la Tierra habitada. Y no es solamente la oikoumene, ino la realidad cósm ica fuera de la Tierra la que se convierte en m edio y soporte de la acción. El gesto técnico se orienta m ás allá de los límites • le la oikoumene apuntando hacia los espacios siderales: el ecumenismo "tismo y a está relativizado en relación con la dimensión de la cosmicidad (Pr oyecto ozm a). N o debem os decir que esta decodificación a partir de las redes técnicas <-s inauténtica mientras que la sacralidad local se integraría a u n a captación <>m cretadela realidad “a la medida del hombre”: la técnica siempre está, en un cierto sentido, a la m edida del hombre cuando le ofrece u n a visión de la realidad; pero hay distintas escalas perceptivas y operativas, algunas m ás habituales, otras m enos, pero siempre igualmente objetivas. C am in ando -i pie, se decodifica el m undo de cierta manera: la m alla perceptivo-activa está en la dim ensión de la grava, los arbustos, las raíces que constituyen el obstáculo. En automóvil, no veinos menos bien sino que vem os con un cam po de captación diferente-, l.i etapa es más larga. En avión, vem os 117 Curso tam bién concretamente, pero la m alla todavía es m ás vasta. Para percibir concretamente la curvatura de la Tierra, hay que estar a 40 km de altura. Sin em bargo, la curvatura de la Tierra es tan real com o una piedra en el cam ino: pero no se hace concreta sino para el observador que está cap­ tando una extensión de 400 km. La cam inata a pie es tam bién abstracta; descuida los granos de arena y los pequeños insectos. El caminante pasa sin verlos, no los considera, los aplasta. El niño que se sienta en el camino o que repta por el suelo percibe realidades que el caminante ignora. El uso de las técnicas en red define las vías de acción y las dimensiones que dan una percepción relativizante de la realidad hum ana y de la sacralidad. Para percibir una relatividad, el sujeto hum ano debe estar en una situación en la que dom ine la realidad percibida sin ser dependiente de ella, lo que implica una relativa seguridad y sobre todo una perm anencia de las disposiciones y las actitudes del sujeto m ientras desfila la pluralidad de las cosas vistas. L a inseguridad, el aislamiento, o un tiempo dem asiado largo de recorrido im piden dicha estabilidad y esta independencia del sujeto que percibe. L a red técnica, hom ogénea a sí misma, reverberando en sí m ism a, contiene al sujeto y le sirve de m edio, de base, de sistem a de referencia. El viajero que llega a una región en avión y sabe que se va a ir tam bién en avión en algunas horas o días, no participa sino parcialmente de la vida de esa región: continúa velando en él una permanencia de la relación con la red; es la cadena que lo ata transductivamente a su perso­ nalidad inicial; su visita es una escala dilatada, pero el viaje todavía está presente. D el m ism o m odo aparece el m undo hum ano cuando se recibe su eco o su reflejo a través de ondas hertzianas, conservando la posibilidad de sintonizar el receptor con otra fuente de emisión: el mero hecho de recibir a distancia, con ondas hertzianas, constituye esa base de relatividad y de universalidad que falta en el universo pretécnico. Existe entonces una diferencia m uy im portante entre la tecnicidad y la sacralidad en tanto que m arcos psicosociales: cuando la tecnicidad crea redes cuya dimensión supera la de los m ás vastos grujios Inm unos, enton­ ces la tecnicidad no encuentra una barreray no im pone m u distorsión de pseudo-universalidad. Ciertamente, no es la totalidad drl m undo la que se ve decodificada por cada red técnica: una capta las ondas hertzianas, otra asegura el transporte de personas, una tercera se o. upa de la satelización de las máquinas teleguiadas; pero gracias a dii ha < -peí uli/.ación, 118 Psicosociología de la tecnicidad i .ida red está dotada de un poder de crecimiento virtualmente infinito, y las redes pueden en ciertos casos estar interconectadas. La sacralidad es ¡;lobal, no específica, está fuertemente sobredeterminada, pero encuentra tapidam ente su límite, y sigue estando pluralizada en formas separadas <juc no se com unican en el cam po, ya restringido p o r la perspectiva de 1-i.v técnicas, de la tierra habitada: el carácter de unicidad de la sacralidad rs parcialmente mítico. La consecuencia de esa inversión de los órdenes de m agnitud relativos ile la sacralidad y de la tecnicidad es que la sacralidad tiene tendencia a lom ar el lugar que deja vacío la tecnicidad artesanal. En culturas com o 1.1 de Estados Unidos, fuertemente tecnificada, dom inada por las redes de inform ación y de comunicación, la sacralidad se vuelve un asunto | ii ¡vado, som etido a opción, a elección individual, com o la pertenencia a una sociedad o a un club: se admite la pluralidad de las formas de sacra­ lidad, y la tolerancia siquiera es una virtud: la sacralidad aparece como un i ontenido cultural com parable a las artes; en relación con la de los países menos tecnificados, parece faltarle aliento y poder de comunicación. L a s-u ralidad ya no es mayor, lo que es mayor es la técnica. I sl tecnicidad en el nivel de los grupos humanos vastos finalm ente debemos observar un fenómeno importante que se produce i u.mdo las redes técnicas, al aum entar la dim ensión de sus mallas, inter­ fieren con el orden de m agnitud de los grupos nacionales y continentales, de las grandes potencias mundiales: en tanto que dure esa equivalencia de los dos órdenes de m agnitud, técnico y hum ano, la realidad técnica d a lugar a una tecnofanía de una especie particular que manifiesta el poder y I t presencia del grupo; m ás tarde, cuando la m alla de la realidad técnica se haya convertido en m ayor que el grupo hum ano, deja de ser su represenu nte. D e 1935 a 1944, la tecnofanía m ás poderosa y prestigiosa érala de 1.1 emisión hertziana. Alem ania e Inglaterra hicieron una parte de la guerra gracias a los emisores hertzianos, con interferencias y contra-transmisiones. II i11er, m uy particularmente, había com prendido el sentido tecnofánico • le la difusión hertziana. Cad.i país de Europa quería tener un emisor de ondas largas. Los cuadrantes de los .mtiguos receptores, en la gam a de las 119 Curso ondas largas, son una lección de geografía hum ana y de psicología social. E ste escalonamiento de capitales manifiesta una cierta significación de cosm icidad: las grandes capitales estaban presentes juntas en la gam a de ondas que podían ser recibidas tanto de día com o de noche m ediante propagación directa. El ejército alemán destruyó el aparato em isor fran­ cés en 1944 y no fue reconstruido con la m ism a potencia sino m uchos años después del final de la guerra. Radio París sigue estando escrito en la historia de Europa y en la historia de las técnicas. A hora bien, en nuestros días, la potencia de las emisiones hertzianas ya no tiene tanto prestigio, y el poder tecnofánico se ha desplazado hacia los cohetes y los satélites artificiales; son ellos los que representan a los grupos. En ellos, los grupos se reconocen y tom an conciencia de su unidad, de su cohesión, com o en otros tiempos en las ceremonias sagradas. Y aquí aparece todavía m ás la divergencia entre la tecnicidad y la sacralidad: la sacralidad, con su senti­ d o de lo único, está generalmente virada hacia el pasado: una hierofanía solo ofrece, entonces, una ocasión imperfecta de tom a de conciencia a un grupo en vías de expansión. Por el contrario, la tecnofanía no presupone nada, no se refiere ni a una tradición ni a una revelación anteriores; es autojustificativa y se convierte en el sím bolo más adecuado de un grupo que descubre su poder de expansión y su dinam ism o. C om o hierofanía, com pensa la pobreza y la miseria, supera infinitamente el orden de lo cotidiano y de los bienes de consumo. Un satélite artificial no sirve para nada. Sin embargo, el estruendo del prim er satélite en el com ienzo del otoño de 1957 superó el de los m ás im portantes descubrimientos cien­ tíficos. Concebido com o aplicación de las ciencias, el lanzamiento del prim er satélite no sería sino una ilustración de la mecánica celeste de New ton. Su velocidad, en efecto, es lo bastante reducida com o para no necesitar la intervención de las fórm ulas de la Teoría de la Relatividad. E ste satélite, en el nivel de la teoría científica, no habría enseñado nada incluso a nuestros ancestros. U n acontecim iento im portante de física experimental en el dom inio sideral, la experiencia del envío de un tren de ondas electromagnéticas a la Luna y la recepción de su a o por m edio de un radar del ejército estadounidense, en la inmedini.i posguerra, no tuvo en el público sino un débil eco. Sin embargo era una verdadera experiencia de física astral. Pero no era un gesto técnico. El lanzamiento de un satélite es un gesto; no es solamente trna realidad para los i ¡ r u t i l a o s , sino una 120 Psicosoriologia de la tecnicidad ffulidad para todo hombre, com o el ruido del automóvil que pasa o el silbido del tren. Tam bién es homogéneo al vuelo del bombardero y a la i sida de la bom ba. Pero al m ism o tiem po los supera y los degrada, deja •ir lado todas esas realidades demasiado comunes y se manifiesta como un punto destacable dentro de un universo reprimido en la insignificancia, l’iii un tiem po, es semejante a un astro: se entroniza al manifestarse. Ese gr-.ro prestigioso arroja en la vulgaridad o en el absurdo a todos los bienes •I r (< insumo. Aparece com o el resultado de una cierta ascesis, de un cierto <!r prendim iento en relación con la venalidad y los bienes de consum o. 1 I gesto técnico ofrece exteriormente aspectos comparables a la ritual i / a i ión y a la solem nidad de las manifestaciones de la sacralidad porque . o l m a una función equivalente de manifestación para los grupos vastos. I <i%jefes de Estado se ven obligados a operar tecnofanías, y encuentran su imagen vinculada a la de los objetos técnicos m ás recientes: avión a n a» t km, bom ba atóm ica, cohete, satélite. El lanzamiento de una bom ba 0 ti< un cohete im plica un “ counting back” tan impresionante com o la pirparación de un sacrificio religioso. U na falla en el gesto técnico —el 1ohete que cae cerca de la base, o que pierde el control—crea un efecto . <>lcctivo tan molesto com o cuando, entre los romanos, los gallos sagrados ti» querían comer, o cuando el toro a sacrificar huía del altar llevándose el li.u lia de su sacrificador dentro de una herida horrible. Los lanzamientos • le cohetes, los lanzamientos de satélites desem peñan el m ism o rol que los lectisternios y las hecatombes: son sacrificios colectivos m odernos, it '.ponden a la existencia de una tensión, de una ansiedad colectivamente «Miüda. Existen com o gestos antes de ser una experiencia o una operación militar. E n este sentido, la bom ba de H iroshim a fue, al menos, tanto una i rt nofanía com o un acto militar. Tuvo un surco psicosocial de igual tipo <]ue el del prim er satélite: m oda, juguetes, palabras nuevas, resurgimiento tlt l prestigio en un sector entero de las ciencias y de las técnicas cercanas, por efecto de halo. El sacrificador de estos nuevos ritos es el hombre de cam isa blanca; su Ir es la investigación. C o m o el sacerdote, es ascético y a veces singular, Iuera del com ún de los hombres. C om o los sacerdotes, forma grupos que sr distinguen del resto de la sociedad. Sin em bargo, las tecnofanías no son estrictamente análogas a las hieiufanías, incluso si las reemplazan. M anifiestan grupos vastos, pero no 121 Curso todos los técnicos están completamente rodeados por una form a de tecnicidad. D etrás del gesto técnico, queda un halo de ciencia, y el técnico siempre es, en alguna m edida, un científico. Incluso cuando trabaja por contrato, el técnico científico conserva una cierta distancia en relación con el sentido intra-social de su obra. Los congresos, las reuniones inter­ nacionales existen incluso en las materias m ás directamente tecnofánicas: es esa dim ensión del ecumenismo real, m anifestada por los intercambios internacionales entre técnicos y científicos, lo que salva a la tecnicidad del peligro de reproducir la unicidad de las categorías de la sacralidad. Un objeto técnico, incluso cuando es resultado de una invención reciente, no es único sino por poco tiempo, y m ás bien por falta de otros ejemplares que por su propia naturaleza. El secreto de la tecnicidad se va degradando cuando la técnica se perfecciona y constituye una categoría m ás aparente que real, inesencial y paleopsíquica en la tecnicidad actual: la noción de secreto, en el cam po técnico, corresponde a un estatuto artesanal de la producción; es contraria a la estandarización y a la reticulación de las vías de intercambio y distribución. La sacralidad apunta por el contrario a lo único e irreemplazable. Para ella, la norm a está ya dada y no puede sino perderse: proyecta una historia del m undo que es la historia de una degra­ dación, de una pérdida de sentido. L a tecnicidad supone, por el contrario, que las norm as nunca han sido dadas, y que están por ser descubiertas. Lo único no puede existir porque lo único es algo de lo ya dado que no hay que perder. La tecnicidad contiene un poder de pluralidad según la equivalencia, y desarrolla un modelo de valores que abarca una infinidad de grados todos positivos, com o las etapas sucesivas de una investigación. La sacralidad no tiene sino dos valores, sagrado y profano, presencia o ausencia de lo sagrado. Conclusión La convergencia de la tecnicidad y de la sacralidad com o fundam ento de una cultura es posible en el nivel de la obra estética, que expresa un estado actual de las fuerzas y los poderes humanos, entre lo único traído del pasado y el poder de reticulación abierto sobre el porvenir de la realidad técnica. La referencia a lo único se encuentra en el carácter localizado de la obra 122 Psicosociología de la. tecnicidad filfu c a , y la referencia a la creatividad está presente también allí porque 1114 111 1iesta un poder humano. Pero la categoría estética, al hacer converger le t i j k ¡dad y sacralidad, no es la categoría estética habitual, desligable del mundo. Es una preocupación de totalidad y de organización de lo real íjuf existe según sus líneas y poderes, para agregar en conformidad con 1-4 unicidad de este mundo único una sobredeterminación aportada por U < ir.itividad de las técnicas: en dicha estética de la totalidad, hay una M n epción de la sacralidad, es decir, de la unicidad del m undo dado, anterior a la tecnicidad, base de la constructividad, sistema abierto de la iiauu.ilcza completa. L a sacralidad es el sentido de lo dado y del valor de su intrgridad, tanto si lo dado es el universo entero, la tierra, o solamente mu individuo, animal, hom bre o planta: cada ser posee una unicidad y i si i ^1 í |wrado de los otros seres cuando se lo considera en su real totalidad: tr<,n» de los seres son profanos en relación con él. Y todo ser puede ser . a|>t«ul» de este m odo, todo ser es consagrable, todo ser es el santuario de -1 mismo: la m irada estética consagra el ser, lo instituye com o santuario sit ú m ism o, lo respeta contem plándolo, en lugar de usándolo: la sacra- Ü.íj.I aporta al gesto estético su poder de contemplación. L a tecnicidad !¡ ap o ru su fuerza operatoria y la apertura de comunicación a través de U Hutlt iplicación posible; la sacralidad, com o respeto de la integridad, es t iMHjuiiblc con la operación técnica, pero solamente si las reúne un valor «tunan, ¡som orfo a am bas estructuras. Este valor no se puede encontrar * ii la éiica, fuertemente penetrada por una culturalidad particular a cada lii >>l«» y, por esa razón, imparticipable de m odo universal. L a relación de fiimp-ii ibilidad debe ser buscada en el nivel m ism o de las estructuras y de tas iunt iones del objeto y no en una axiom ática hum ana ya historizada. Si lia u posible este descubrimiento, suministraría las bases de una cultura ijur t i i| vería a dar a la categoría estética el lugar central que ocupaba entre Ims ¡j! ir¡>os, y que supera m uy considerablemente todo lo que es del orden ■!= la aprobación e incluso de las artes concebidas com o actividad separada, pu n o cosa de artistas. Sem ejante am pliación de la categoría estética se Hum lrsió en el Renacimiento, que vio aparecer ingenieros-arquitectos■•■ii i i-., com o Leonardo D a Vinci, que aliaban invención técnica con ■ t i i lón estética. Algunas tentativas en nuestra cultura van en el sentido descubrim iento de norm as comunes a la sacralidad arcaica y a la U> un ulad m ás reciente: es uno de los aspectos del convento construido Curso p o r Le Corbusier cerca de Lyon, en Tourettes. Pero la distancia todavía es tan grande que semejantes obras dan esencialmente una impresión de virtuosidad y de audacia. Si el encuentro entre la tecnicidad y la sacralidad es posible a través del arte, es en el nivel de las redes vastas: aquí aparecen nociones que reúnen las categorías de la esquematización técnica y de la intuición de lo sagrado m uy particularmente en su aspecto negativo. Es u na estética negativa, apta para percibir la monstruosidad, en los procesos de organización y de desarrollo; la categoría positiva que corresponde a la tom a de conciencia de la m onstruosidad es la de la optimización ju n cional, que busca en la organización de los seres el m ás alto nivel de la form a. A hora bien, en las obras debidas a la constructividad del trabajo humano, no hay forma dinámica absolutamente perfecta. Siempre subsiste algo negativo, un aspecto a través del cual el ser constituido se opone a sí m ism o y se destruye en el transcurso de su funcionam iento: el ser nunca es totalmente concreto, siempre es, en cierta m edida, monstruoso. U n estudio de la teratología im plícita de los seres reúne la intuición de la sacralidad y la normatividad operatoria de las técnicas. Supera las éticas, relativas a un modo psicosocial de existencia ya dado y localizado, por lo tanto adiabático. A sí es com o muy recientemente el Osservatore Romano se pronunció en contra de un experimento realizado en Bolonia sobre el desarrollo in vitro de un em brión hum ano luego de una fecundación igualmente in vitro: lo que es notable es que los representantes autorizados de la sacralidad religiosa católica se presentaran aquí como los defensores de la naturaleza en presencia del gesto técnico de los científicos biólogos de Bolonia: la sacralidad defiende a la naturaleza contra la técnica aunque sepa oponerse a la naturaleza com o realidad profana. C uando existen solamente dos órdenes, el de lo profano y lo sagrado, la sacralidad se opone a la natu­ raleza com o el orden de lo perfecto se opone al orden de lo m onstruoso posible, del pecado original o actual, de la disposición al mal, del “hogar del pecado” , a esta reserva de potencial de m alas acciones que residen, precisamente, en la concupiscencia. Pero cuando la tecnicidad, im pul­ sada por las ciencias y guiada por ellas, suscita ocasiones de producción de m onstruos, la natm alr/a, considerada com o algo que posee un poder m enor de teratogenia, se t oiivic-rtc en la m uralla protectoi.i <l<- la sacrali- 124 Psicosociologia de la tecnicidad d;id que se defiende contra la tecnicidad. El juicio de Jean Rostand sobre l,i experiencia de Bolonia apunta directamente al hecho de que aquellos • juc la han organizado produjeron un m onstruo: han llegado “demasia­ do lejos” porque tuvieron que detener el desarrollo del em brión el día ’ H en razón de su carácter anormal. Finalmente, podem os observar que rI propio científico de Bolonia obedeció, al suspender la experiencia, a mi imperativo que no es estrictamente científico; hubiera podido dejar i.unbién que el desarrollo continuara hasta el final a fin de poder observar que: tipo de m onstruo aparecía y cóm o se diferenciaba. Esta noción de m onstruosidad, fundam ento de una estética negativa que supera la ética porque no es adiabática, sino por el contrario transductiva, es un factor com ún a los juicios em itidos por los representantes de la sacralidad y a los que emanan de la tecnicidad. Al profundizar en las intuiciones de la sacralidad y las normas de la 11-1n icidad, sin duda encontraríamos una referencia com ún a la evitadón i Ir la m onstruosidad concebida com o contradicción funcional interna tic los seres. Un interdicto bíblico arcaico tal como: “N o se cuece un ■.ilirito en la leche de su m adre” presenta un sentido en el universo de las lignificaciones teratológicas: la leche de la madre tiende a alimentar al pequeño, no está hecha para esc acto de destrucción. E s en el nivel de la percepción profunda de las funciones que la sacralidad revela su poder y ii deber de evitación de las monstruosidades. Esta fuente intra-funcional tl< norm ativídad no depende de una ley recibida y revelada, incluso si ■r presenta com o tal a través de un dogm a. En igual medida, no está r s i netam ente lim itada a un público determinado, a un grupo humano i errado: es aquello que se puede propagar de la sacralidad :i 11 aves de los quipos, arrastrando a veces el peso m uerto de las mitologías del grupo de ■■i ¡gen, pero perm itiendo la participación según ciertos valores los de l.i funcionalidad—y yendo al encuentro délas normatividadesintra-téi ni* -e. lixiste un no m am land entre la sacralidad y la tecnicidad, y es en ese no marís land donde debe abrirse paso una norm atividad com o funda m entó de una unidad cultural adecuada a las condiciones psicosociales u iuales de la vida de la m ayor parte de los grupos hum anos. E n efecto, r s en este no mans land que se instituyen las acciones m ás polarizantes, las más destacables, y ellas se instituyen sin norm as positivas. Sin embargo suscitan juicios de valor y despiertan escándalo o admiración: existe una 125 Curso vida psicosocial, pero no está formalizada. L a prensa, en Francia, ha pre­ sentado recientemente el caso de un joven labrador que estaba afectado por un grave desequilibrio hormonal. Este desequilibrio le había provocado una obesidad que le prohibía cualquier actividad profesional y toda vida normal. El joven ha logrado volverse normal por un tiempo gracias a un régimen severo y una medicación m uy potente. Pero no estará definitiva­ m ente curado sino hasta que se haga una serie de operaciones quirúrgicas en las glándulas endocrinas. Este tratamiento es largo, m uy costoso, y el joven, para poder realizarlo, ha decidido vender uno de sus ojos. A quí se produce el escándalo: es m onstruoso que un ser vivo, para recuperar un régimen de funcionamiento normal de sus glándulas endocrinas —una parte del organism o- deba abandonar la integridad de otro sub-conjunto de su organismo. Este procedimiento de enucleación venal, com o compensación de una mejora del tracto endocrino, es directa y absolutamente monstruoso en el nivel de la funcionalidad com pleta del organism o. Vacía la cirugía de toda significación de tecnicidad: el gesto quirúrgico de intervención en las glándulas se vuelve absurdo por ese otro gesto condicionante de la enucleación. Aquí hay un caso de alienación dentro de un conjunto fun­ cional que demuestra que un gesto puram ente operatorio, com o el gesto quirúrgico, es infra-técnico: no posee normatividad adecuada al conjunto de realidad sobre el cual opera. Es un caso equivalente al del em brión in vitro, luego destruido porque se convierte en m onstruoso. El mero hecho de que se lo pueda examinar tan diversamente demuestra que existe un terreno neutro en el cual debe nacer una norm atividad entre técnica y sacralidad. L a motivación venal es alienante porque es segmentaria: no existe ninguna complementariedad real entre la venalidad de la operación sobre las glándulas y la venalidad inversa de la enucleación, incluso si una de las operaciones cuesta lo que la otra trae consigo: el resultado es un ser dism inuido, una dism inución de la funcionalidad del organism o en relación con su esencia, y todo el conjunto del trabajo y del pensamiento que lo gobierna es teratológico. E n igual m edida y del m ism o m odo, está naciendo una nueva norm ati­ vidad entre sacralidad y tecnicidad a través del sentimiento <le escándalo, en los cam pos de la represión y de la justicia, y m uy general inei k e en el cam po del conflicto político, social o étnico. El legalism o y el pino jnridismo manifiestan su insuíu ¡ciu i.i conceptual y operatoria: c o iu rpiu.s (ales com o 126 Psicosociologia de la tecnicidad “rebeldes”, “delincuentes” , “criminales” , “culpables” , “insum isos” definen tltu c ondición jurídica y permiten la inserción de la legalidad en lo real, pr io <licha legalidad está ella m ism a desfasada en relación con el conjunto f tuu ional de la situación. La noción rom ana de penalidad jurídica, poenas A.nr alicui, que es un equivalente de la venalidad transpuesta, es tan alieiuiiic como esa venalidad en el caso precedente del organismo individual al ■jur se le saca un ojo por una glándula endocrina. Se descubre u n a unidad m f','mica todavía no conceptualizada pero ya experimentada y vivida que >nuestra la vanidad del poenas daré alicui y de los diferentes procesos de i spi.u ión sacrificial que fundan, por ejemplo, la pena de muerte en el <■ K.'uien jurídico y del derecho de represión en el dom inio colectivo. L a , m i ra, la justicia, los enfrentamientos entre etnias son a la vez técnicos y i]>rados, pero su sacralidad sacrificial y mitológica concuerda mal con sti tecnicidad operatoria: subsiste un hiato am plio que crea precisamente (iii llam ado de normatividad. Este dualism o se manifiesta, por ejemplo, rii !;i distancia entre la policía y la justicia: la policía puede emplear todos lus medios en un interrogatorio, incluso si son contrarios a la integridad <!• las personas y opuestos a las normas judiciales; la justicia lo sabe y lo ti t pía en nom bre de una utilidad práctica que no es una norm a jurídica. I n lis guerras o los enfrentamientos entre etnias no reconocidas com o guerras, existe un hiato am plio entre los ideales de la sacralidad religiosa • i l úea que m otivan la lucha y la tecnicidad de las acciones especializadas: >ii]'lomada, propaganda, acción de los servicios de inteligencia, torturas, > «ieim inios, acción de los grupos de presión. Incluso si suponem os que < «iste un “trabajo de lo negativo”, ese trabajo manifiesta un rendimiento 1».istante débil si tenemos en cuenta la sum a de esfuerzos, dolores, vidas, Imisibilidades aplastadas que representan todas esas actividades y todas esas instituciones que mezclan sacralidad y tecnicidad sin compatibilizarlas, tul unificarlas. Estas actividades e instituciones son teratológicas en el sentido de que disminuyen el nivel de realidad sobre el cual actúan, en luj-ar de hacerlo com patible en relación con él mismo. En el cam po judi< i.il, se comienza a producir la tom a de conciencia del débil rendimiento i 'instructivo y se im plem entan m edios laterales de evitación del proceso judicial bajo las categorías de la delincuencia juvenil o la terapéutica justificada por la alienación mental: se intenta extender estas categorías, .1 1 particular gracias a la ikh km de “adulto joven” . Pero estas vías latera­ 127 Curso les de evitación del proceso judicial clásico, aunque desempeñen un rol provisoriamente positivo, reemplazan y retrasan una reconst ¡ 11 ición de las categorías jurídicas que debería efectuarse no a partir de límites, sino a partir del centro activo, gracias a una convergencia del sentido de sacrali­ dad y del sentido de tecnicidad. Autores recientes, m uy particularmente D e Greeff, operaron una tom a de conciencia respecto de este hiato que existe entre la tecnicidad y la sacralidad en la justicia: se orientan hacia un punto de vista genético. Según D e Greeíf, nunca un criminal podría ser condenado si se lo juzgara en su guardería - e s decir, según la perspectiva cognitiva y afectiva que prolongaría su desarrollo—. En este sentido, una de las nociones más importantes que aparece en el sector normativo, en este no man’s land entre sacralidad y tecnicidad, es el de la constructividad. M enos lim itada que la noción de rendimiento, la incorpora a un sistema m ás amplio y es conforme al carácter ilimitado de la investigación de lo sagrado; la constructividad es auto-norm ativa y auto-constitutiva; contiene im plícitamente una axiomática com ún a la sacralidad y a la tecnicidad. Esta nueva axiomática es la que realiza de hecho en nuestros días el ecumenismo más completo; comienza a presentarse com o la norma com ún a los medios científicos, técnicos, diplom áticos; interviene en los intercam bios culturales. Ahora bien, la normatividad genética de “constructividad” , de “desa­ rrollo”, se refiere a criterios de organicidad que son a la vez cuantitativos y cualitativos, que implican un aspecto de crecimiento acumulativo y un aspecto de diferenciación formal, de organización. L a orientación de esta normatividad, que parece deber nacer en la zona actualmente neutra que separa la sacralidad de la tecnicidad, apunta al m odo de com prender y experimentar la unidad y la coherencia de cada realidad hum ana o natural: la m irada de la sacralidad capta en el ser, en el individuo por ejemplo, una unidad indisociable y homogénea, en la cual la parte es indisociable de las otras partes, com o si la totalidad fuera indescom ponible. Semejante sacralización del individuo hum ano da ori­ gen a la noción de persona. La m irada técnica capta por el contrario la pluralidad latente de las diferentes partes del ser, ya que la preocupación operatoria hace del ser, incluso individual, una realidad .1 i onsumar: sus diferentes partes son en cierta m edida disociables a pesai dr su solidez orgánica. Cuando la contemplación de la sacralidad con sida.i ,il individuo 128 Psicosociologia de la tecnicidad según sus actos, lo juzga bueno o m alo por entero; no recorta en él ni segm entos ni zonas; el quatenus spinozista no es una noción surgida de la sacralidad. En los juicios de valor sostenidos por la tecnicidad, hay, por el contrario, una referencia a la suposición implícita de una intervención segm entaria posible para reparar, mejorar u optimizar el ser. U n ser indi­ vidual visto técnicamente no es bueno o malo por entero: puede repararse de m odo local; es conocido com o aquello que convoca el gesto reparador. L a intervención de sacralidad es un sacrificio, es decir, una operación de transm utación que actúa sobre todo el individuo sin detallarlo, como el proceso de individuación que describe Jung, y cuyo sentido Eliade en­ cuentra en la búsqueda de los alquimistas. Es según su totalidad, a través de su purificación o su aniquilación, que el ser individual entra en el sacrificio donde desempeña un cierto rol; la sacralidad implica una lógica y una axiología del todo-o-nada. La tecnicidad supone por el contrario que existe un régimen parcialmente segmentario de la existencia y del devenir de los seres. Ciertam ente es gracias a esta distinción que se puede captar la falta de coherencia interna de las categorías institucionales que implican a la vez tecnicidad y sacralidad, como la justicia. Las nociones de castigo, de pena, de culpabilidad, de responsabilidad surgieron del carácter holístico de la sacralidad; por el contrario, las actitudes técnicas suponen que el ser es disociable en sub-conjuntos y transformable por medio de acciones separadas y específicas sobre dichos sub-conjuntos (miedo, dolor, fatiga, interés, errores, influencias): el uso de la “psicología” es una implementación de m edios de parcelamiento de la personalidad con fines de desenm ascaram iento o de desorganización, mientras que la noción de culpabilidad supone la unidad de la persona; ahora bien, en dicho cam po, nace un malestar considerable de la vacilación entre la tecnicidad de los m edios y la sacralidad de los fines: la tecnicidad descom pone lo real (el individuo, en sub-conjuntos, y el grupo, en individuos); la sacralidad enfrenta e incluso crea conjuntos persona en el nivel del individuo o sociedad en el nivel de los grupo:. , en tanto que la persona y la sociedad se consideran com o inmutable.', o indescomponibles. D esde el punto de vista de l.i t< > nú ¡dad, una pena tal como la pena de muerte es monstruosa, porque no optiini/.i nada, es totalmente destructiva y consiste en condenar a la an iqu ila ión .1 iodos los subconjuntos de un 129 Curso cuerpo sano y de un sistema nervioso diferenciado porque un solo subconjunto funcionó de un m odo considerado reprensible, en condiciones quizás aleatorias; se relaciona con un sistema paleopsíquico de sacralidad destructiva, que funda el poenas daré y que supone que el aniquilam iento de un ser es el inicio de una obra positiva, que constituye entonces un des­ plazamiento de realidad más que una destrucción. El castigo destructivo no es coherente sino dentro de una sistemática m ágica y sagrada comparable a la de la alquim ia o los antiguos sacrificios, que desplazaban la energía vital de un ser hacia otro ser. D esde el punto de vista de la tecnicidad, la pena de m uerte no se puede ver sino com o la muerte prem atura de un individuo, tal como lo subraya un médico legista francés. H asta hoy, no se descubrió ningún término medio estrictamente coherente en el cam po de los valores jurídicos, y esto indica quizás que ese dom inio no puede tener una autonom ía com pleta en una cultura que hiciera la síntesis de la tecnicidad y la sacralidad: la preocupación por las normas de salud y las norm as de desarrollo no puede estar ausente de las categorías jurídicas. Es en esta perspectiva de convergencia de las normas que se puede dar un sentido a lo que hemos denominado la categoría de una estética negativa, con nociones tales com o la m onstruosidad y la optimización funcional. N A C IM IE N T O D E LA T E C N O L O G ÍA (1970) Este estudio reúne las presentaciones de Gilbert Simondon en el Laboratorio de psicología general y tecnología para el seminario de doctorado dictado entrefebrero y marzo de 1970 en el laboratorio de París V, fundado y dirigido por él mismo, en la calle Serpente (sala 208). Entre los restantes trabajos que preparó para este seminario, encontramos un breve estudio sobre la tecnología alejandrina que adjuntamos alfin aly que incluye un análisis muy conciso de la idea de tecnología, complementaria de la que aparece aquí. En Occidente, el espíritu tecnológico se ha desarrollado a partir del en­ cuentro entre las técnicas de Oriente, de Cercano O riente o egipcias, y la ciencia contem plativa y teórica, principalmente griega. Alejandría ha sido un lugar excepcional de confluencia entre teoría y práctica, entre ciencia y uso diferenciado de las herramientas prácticas. L a tecnología ya está presente en la invención de una máquina simple. una herramienta com o la palanca del picapedrero, o el haz de cuerdas, o la rueda, o incluso el rodillo, constituyen un médium entre el operador y la m ateria natural. E n una m áquina, existe un encadenamiento de opera­ ciones de herramientas que actúan unas sobre otras, lo que hace que, en esa cadena transductiva, cada una de las herramientas elementales sea a la vez operante y operada, naturaleza-objeto y sujeto-operador. E l logos de la tecnología es dicho encadenamiento (diferente de la m irada que lanza el sujeto conocedor sobre la naturaleza conocida), el metrion de la relación transductiva. Las bom bas aspiradoras y compresoras de Ctesibio, precursor de H erón de Alejandría, los autóm atas de H erón (el distribuidor de agua bendita, el altar de sacrificio que i oni rola, m ediante la dilatación del aire caliente, la apertura y cierre de l is puertas del tem p lo ...) son máquinas 131 Curso porque la m ediación se organiza en una cadena, ya que cada elemento es herram ienta y operador; el autom atism o está im plícitamente contenido en la esencia del m aquinism o porque la esencia del m aquinism o reside en el encadenam iento transductivo que autoriza el autom atism o, la reversibilidad y, finalmente, la regulación, cuando una segunda cadena que com ienza allí donde finaliza la primera (m undo real, objeto último, m edio, carga) y orientada a la inversa, se remonta hacia el prim er término de la prim era cadena (entrada). Pasamos a otra etapa del m aquinism o cuando el aporte de energía que­ da asegurado por el medio, por la naturaleza: esa segunda etapa permite la introducción del m aquinism o industrial con un cam bio del orden de m agnitud; pero pueden existir máquinas que extraigan su energía del operador hum ano y otras que se ponen en movimiento gracias a anim a­ les. La m áquina es tal por su estructura de encadenamiento, y desde el m om ento en que su alimentación energética es lógicamente indepen­ diente del com ando de su primer eslabón, incluso si dicha alimentación es sum inistrada por el cuerpo del operador (ejemplo: un torno que se pone en m ovimiento por medio de pedales y un muelle de retorno), que actúa, en tanto que motor, de manera independiente del com ando de la herramienta de torneado: se puede hacer funcionar un torno en el vacío. Basta con la relativa independencia de los pies (energía) y de las manos (posicionamiento, entonces información) para que la m áquina exista, ya que su esquema encierra entonces un encadenamiento transductivo de elementos que tienen el estatuto de objetos y de herramientas. N o sería exacto decir que la m áquina proviene de la convergencia y el agrupamiento de herramientas preexistentes; ciertamente hay convergencia global en vistas de una finalidad, y también un reagrupamiento local, una acción casi o completamente simultánea; pero el logos tic la m áquina es la transferencia en cadena, la m ultiplicación de los elementos de mediación entre el operador y la cosa, ya que esos elementos actúan uno sobre otro en orden serial. A sí nacieron los cabrestantes, las poleas, las ruedas con aspas y, a la in­ versa, las máquinas para elevar agua o ciertas cargas, con mol ot es naturales, sean animales o humanos, las muflas, las grú as... y la piimci.i turbina con efecto de reacción por escape al aire libre (eolípila de I letón), o el tornillo de Arquímedes, accionado por una corriente de agua. I’ot medio de una 132 Nacimiento de la tecnología prolongación suficiente de este encadenamiento de medios, el hombre operador queda colocado en una relación eficaz con la naturaleza (viento, agua, fuego); la naturaleza también puede ser puesta en relación consigo m ism a en niveles diferentes. L a tecnología quím ica no es diferente en estructura de la tecnología física de las m áquinas; es un encadenamiento que vincula órdenes de m agnitud que, sin ella, no tendrían comunicación. En el nivel de lo m anipulable, el m édico puede dar directamente al enfermo una planta m edicamentosa. El alquimista extrae de dicha planta—o de varias plantasuna esencia, un espíritu, un alcohol que es la centésima o milésima parte de la planta, pero que transporta todo su poder farmacodinámico: lo que se extrae de esta m anera y se transfiere, cambiando el orden de magnitud, es el archeus, al punto de poder ser absorbido bajo la form a de algunas gotas de líquido o de algunos decigramos de polvo. El archeus, por m edio de la operación de extracción (maceración, destilaciones sucesivas hasta la quintaesencia), es estabilizado, aislado, preservado de la corrupción y caducidad en el frasco o en la ampolla cerrada al vacío. M ás aún, la planta m ism a, que existe en el orden de magnitud humano de lo manipulable, no es recogida de m odo aleatorio; es cosechada en un tiempo y en un lugar que corresponden al clímax de sus virtudes por efecto de la influencia de los suelos, las aguas, los vientos e incluso los astros. El hic et nunc de la cosecha se define com o un punto privilegiado de interacción entre el orden de m agnitud del m acrocosm os y el orden de lo m anipulable, que es el microcosm os hum ano; el laboratorio donde se opera el segundo cam bio de orden de m agnitud con conservación y transmisión de la eficacia es el microcosm os por excelencia; su orientación y la disposición interna de las piezas tienen un efecto; incluye un oratorio y el alquim ista se prepara com o si fuera un neófito antes de la iniciación; se purifica y recurre a ritos propiciatorios: las operaciones están situadas en el espacio, definidas en el tiem po, reguladas en su despliegue en relación con el m acrocosm os; el laboratorio es un nodo de órdenes de magnitud; él m ism o es de la di­ mensión que mejor se corresponde con la operación humana, pero está en correspondencia con el cosm os, espacialmente a través de su construcción y tem poralm ente por el sinc ronismo de las operaciones que tienen lugar en él y las conjunciones ele los asiros u otras influencias captadas en su punto m áxim o; las operac iones químicas efectuadas en este hic et nunc, 133 Curso que actúan sobre las plantas o los minerales que pertenecen al orden de m agnitud de lo manipulable, realizan una reducción dimensional y una suspensión del tiem po —un pasaje a la form a potencial— que hacen del elixir o de la piedra filosofal agentes m icroquím icos más pequeños que el m icrocosm os hum ano o mineral, desmaterializados e intemporalizados, lo que les permite actuar en cualquier lugar y en cualquier m om ento sobre una realidad mayor que ellos m ism os, en cualquier fase de su existencia (en la enfermedad para el retorno a la salud, en la vejez para el retorno a la juventud) y sobre cualquier cosa (sobre el plom o o el mercurio para hacer oro o plata: crisopea y argiropea). Farm acopea, fuente de juventud, crisopea, argiropea, todas ellas son operaciones que implican un encadenamiento, com o el de la máquina, pero con cam bios de estado (algo que la m áquina no excluye: existe la vaporización, la condensación), y sobre todo con cam bios de orden de magnitud; m ás que la quím ica de los metales y de los metaloides, de los óxidos, de las bases y de las sales, la alquim ia introduce el conocim iento y el uso de los elementos catalíticos, horm onas, diastasis y enzimas; pre­ supone la eficacia de los intercambios entre materia e influjos, así como la transm utación de los elementos. L a inmensidad de la empresa alquímica asom bra menos si pensam os en el carácter reciente de la distinción entre los tres reinos (mineral, vegetal, animal). En toda la Antigüedad y hasta el siglo xvi, la formación de los metales en las entrañas de la tierra había sido pensada com o el resultado de una gestación o de la m aduración de un fruto; todavía en el siglo xvi encontram os la descripción de ciertos arbustos situados en la orilla de las aguas que supuestamente producen gansos vivos en sus flores en form a de conchas. L os bosques que caminan sobre raíces pertenecen al m ism o tipo de creencia que supone una indistinción relativa de los reinos. El m odo particular de vida y de crecimiento de los vegetales autótrofos no fue co­ nocido en lo más m ínim o hasta los experimentos de Hales, que prueban que el aumento de peso del vegetal no se deriva del todo de la tierra sobre la cual se desarrolla. El conocim iento poco claro de las condiciones de la reproducción sexuada de los animales podía hacer espetar que fueran posibles la concepción y el de sarrollo in vitro del homunailus, lo que era el sueño más ambicioso del alquim ista y sin duda el m ás desinteresado, por­ 134 Nacimiento de la tecnología que la opus nigrum no es solamente la transformación de un metal com ún en oro, por efecto de la piedra filosofal. Gracias a esta indistinción entre los tres reinos, la alquim ia se pudo pensar y pretender com o técnica panúrgica que busca la transm utación de los elementos minerales, la abstracción del archeus de las plantas por maceración y destilación y, finalmente, la genera­ ción del homunculus, lo que constituye los tres aspectos de la opus nigrum ; cuando la alquim ia se disoció en saber científico y positivo que fundaba de m anera separada la metalurgia química, la iatroquímica, finalmente la biología y la genética, dejó aparecer, en lugar del entusiasm o unitario, la desesperanza de la separación de las ciencias y también el desclasamiento de las técnicas en relación con las ciencias; la aproximación de las ciencias y las técnicas, desde principios del siglo xx, se desarrolla al m ism o tiempo que las ciencias intermediarias, la psico-química y la quím ica biológica; cuando las ciencias se separan unas de otras, las técnicas se distinguen de las ciencias. La alquim ia postula la unidad de las ciencias entre sí y la unidad de las ciencias con las técnicas, que está contenida en el sentido m ism o de la tecnología, mecánica o alquímica. A sí com o la instauración de la mecánica supone la transferencia de eficacia de una herramienta a otra herramienta, la alquim ia supone la transferencia de eficacia de un reino al otro: alguien vivo podrá ser cuidado con un mineral, antim onio o azufre, tanto com o con el extracto de una planta; los minerales, en su desarrollo y sus transformaciones, tienen algo de viviente; el encadenamiento pasa de un reino al otro por el desarrollo de una mediación transductiva; los cambios de orden de m agnitud tienen lugar tanto en la mecánica com o en la alquimia, por ejem plo cuando se utiliza la energía de los vientos o de un río para mover una m áquina, o cuando se busca la influencia de los astros para favorecer la opus nigrum. Podem os hablar de sim ple técnica cuando la m ediación (uso de una herramienta, fecundación) no se instaura sino entre dos térm inos, lo que im plica que sean del m ism o orden de m agnitud (la palanca entre el pedrero y el bloque de piedra) o del m ism o reino, a veces de la m ism a especie. C uando la cadena de mediaciones se hace m ás larga, puede ins­ taurar una acción eficaz entre tipos de realidades, de reinos y de órdenes de m agnitud diferentes. I )e todos los aspectos del carácter transductivo de la tecnología, el que peí mito el cam bio de orden de m agnitud, y en consecuencia la movili/.u ión. I,i mtemporalización, la potencialización, 135 Cuno es sin duda el m ás im portante. Es ese carácter que m anifestaba Rabelais cuando, en el elogio de Pantagruelión, señalaba que quizás otra m ateria podría perm itir al H om bre llegar algún día hasta los signos celestes, luego de haber recorrido los O céanos con velas de cáñamo: es el triunfo de la m ecánica com o tecnología. M ientras que un mineral definido, o una planta determinada, fueron considerados com o “específicos” de una en­ fermedad determinada y definida, existía la técnica médica, pero no estaba coordinada aún com o una verdadera tecnología; esta tecnología médicobiológica se diseña en la alquim ia ya que de los diferentes minerales que actúan unos sobre otros, o de las diferentes plantas tratadas a través de un m étodo definido, se pueden extraer archai que se pueden com binar o que son susceptibles de actuar en sucesión para reestablecer la salud o volver a traer la juventud, y quizás para operar la más alta de las génesis que el H om bre haya encarado com o científica y tecnológicamente posibles, la del bomunculus, hombre hecho por el hombre, triunfo de una tecnología biogenética que reuniría el conocim iento y el acto creador, reemplazando la m utación de orden de m agnitud de la mecánica por una operación transductiva que va desde el reino mineral hasta el grado m ás elevado de lo viviente. E n este sentido, la alquim ia im plica algo análogo a la reacción o retroacción que la m ecánica instaura en las m áquinas para producir un efecto de regulación (reacción negativa) o de auto-m antenim iento (reac­ ción positiva): la alquimia, al producir al homunculus, permitiría, del m odo más radical, el control de la hum anidad por ella misma. El retorno sobre sí lleva a la tecnología mecánica a una entelequia con los reguladores y osciladores; ese m ism o retorno conduce la alquim ia a su entelequia; en el Traite symbolique de lapierrephilosophale (Jean-Conrad Barchusen, 1718, al final de Elementa Chimiae), el alquim ista muere (figura 78) luego del nacimiento del homunculus (figura 75) y el him no Gloria Laus et honor Deo in excelsis de la figura 77. L a alquim ia incluye un cuerpo de doctrina general que se puede deno­ m inar hermetismo. Pero también es posible intentar capturar el sentido del pensam iento alquímico a t ravés de ciertas operaciones propiamente técnicas que desempeñan un rol importante, en parti» ul.u a partir de la destilación. L a destilación es un pro» nliniienro de análisis por m edio dr un cam bio de estado (vapori/ación y luego i ondensación); este pío» rdiiniento se 136 Nacimiento de la tecnología puede em parentar con el de la sublim ación utilizado para la purificación de metales preciosos. Pero, a diferencia de la sublimación, la destilación extrae una sustancia que tiene propiedades diferentes de aquellas del líqui­ d o que h a sido sometido a la acción del fuego, en lugar de ser solamente m ás puro. Un líquido fermentado, cerveza o vino, produce alcohol, y las sucesivas destilaciones del producto obtenido permiten tender hacia el alcohol absoluto. El horno para destilar (un horno de ladrillo con un receptáculo de chapa, con un cuerno, con un casco llamado “alam bique”, con un tubo de extracción y finalmente un recipiente para recibir el producto destilado) permite que el calor actúe con mesura (gracias a una capa de arena o cenizas que se interpone entre el receptáculo de chapa y el cuerno, y tam bién a aberturas regulables que permiten regular el tiraje) sobre un producto que sigue estando dentro de un sistema cerrado pero orientado (cuerno, casco, recipiente) e irreversible. Este sistema ya era conocido en la A ntigüedad griega e india. A partir de lo húmedo y lo frío (líquido), el horno de destilación permite obtener, bajo la forma de alcohol, un producto capaz de quem ar y que tiene un sabor ardiente; este producto, además, es volátil y sus vapores se dirigen hacia lo alto. Sin embargo, la técnica de la destilación supone (y sin ser absolutamente opuesta a la doctrina de los elementos) que, por una parte, los cam bios de estado y de propiedades se pueden producir en el laboratorio tanto com o en la naturaleza y, por otra, que existe una conmutación y transmutación posibles, particularmente bajo el efecto del fuego, el m edio técnico más poderoso. Esta conm utación es comparable a la que suponen las doctrinas de los fisiólogos jónicos en el caso de los fenómenos naturales y en los meteoros; simplemente, se cumple en lo pequeño y de manera moderada, de alguna m anera bajo control. N o se trata de una separación lógica y por clases de los elementos según sus propiedades, sino m ás bien de la continuidad de la energía de transformación; un estado de la materia o un elemento no es una realidad últim a e infranqueable; las fuerzas de la técnica, com o las fuerzas de la naturaleza, pueden operar cambios de estado y transm utaciones. H acer lo corporal incorporal y lo incorporal corporal, según una de las m ás antiguas fórmulas del hermetismo, es consum ar el cam ino hacia lo alto y el >amino hacia lo bajo de los presocráticos, atra­ vesando toda la serie tic <M ulos posibles y de sustancias existentes; en la 137 Curso ■5- rr,i:t (.ura'íráHC^*! Egipco antiguo. T ransporte d e una « ta tú a colosal de alabastro (7 metros de altura) colocado sobre patines y arrastrada p o r 127 hombres. Bajorrelieve de El Berscheh. Imperio m edio. 11/12" dinastía. Hacia 2 000 ac. Turbina d e vapor a reacción d e Herón y bola de H erón (Usher). ■2 El reloj hidráulico (Usher), con cono d e regulación de la corriente d e agua. 3 4. A parato de elevación rom ano para la erección de columnas. La energía motriz, es suministrada p o r hombies «jue arrastran tina rueda con sus pies. Según u n bajorrelieve del anfiteatro de C apua (Imperio). (1er siglo d . C). Dispositivo de apertura n eutnátii« «Ir las p u n ta l d r u n templo. H erón. Las puertas se abren uuiomáiii «mente m a n d o es encendido u n fuego sacrificial. 1 138 Nacimiento <!r h frenología £1 tornillo hidráulico, perfeccionam iento d e una vieja técnica egipcia (Usher) Pequeña prensa a lo m illo ( p in tu r a mural de Pompeya, «egun Usher) Esquem a de la Itomb» aspirante y com presora de Filón. (Usher) M olino romano a engranajes según Vltruvio (Usher). T urbina de im pulsión d e Branca que hacia mover dos morteros (1629) (según Usher). M olino a viento pivoteante, h a d a 1430 (Usher). La palanca perm ite obtener la rotación del conjunto. A<o Rueda horizontal a im pulso de Leonardo da Vinci (Usher). T urbina F ourneyron d e 1832 (U iher) Rueda-tonel o rueda-pozo de Jacques Besson, hacia 1568 —► (Usher). 39 Esquema del dispositivo de Papin hacia 1690 (Vierendecl). H Esquema del funcionam iento de la máquina d e Savcry (Vierendecl). M áquina a vapor atmosférico d e Papin, 1690. G rabado sobre Cobre- M áquina a explosión d e C . Huygens, 1673. Dibujo de Huygens. En “O bras" de Huygens, Tom o 7, 1897. M áquina atmosférica de Newcomen. Según un grabado sobre cobre de 1717. 140 M áquina de vapor d e W att, con d o blr rli <w> , n.nUitiifM o circular, 1791. Boceto d e G . Reicbenbach e n su " d ía iíi“ n >lu I >i M ui , M unich. Largo del balancín: alrededor d e 4,75 metro# N a i ¿miento tic la tecnología E Condcnseur SD ° Esquem a d e la turbina de Laval (Vierendecl). M olino de agua d e V itruvio, con rueda de agua p or debajo. D ibujo del "H ortus deliciararijí» <lc H errad von laiudsberg. Hacia 1180. Esquem a d d cilindro de W att h ada 1775 (Vierendecl). Perpetuummobile, hacia 1235. Boceto de Villard de H onnecoun (B. N . Parií). Turbina Parsons, esquema general (Vierended). n 30 Esquema de las paletas d e la turbina Parsons (Vierendecl). Rueda hidráulica con árbol a levas, q ue acciona un m unido d r (tagua. G rabado sobre m adera de las “H ores musicae" de Sprc hisliaidi, Estrasburgo; Joh. Prüss, 1488. Curso -3 - Torno con volante y manivela a pedal, de m ovimiento rotativo c ontinuo, 1480/82. Boceto de L eonardo d a Vinci: Codex atlanticus. Eichstaett (B. U . GSttingen). 33 142 34 Nacimiento de la tecnología —ÁO M a q u e o de la cuadriga antigua (Lefebvrc des Noettes). Dispositivo d e tiro utilizado en la antigüedad: correas alrededor d d cuello y del vientre. Según Lefebvrc des Noettes. El collar de tiros e n hombros (Lefebvrc des Noettes). Nuevo sistem a de tiro d e la Edad media: collar de «iros en hom bros. Según un dib u jo del "H ortus deliciarum" de H errad von Landsberg. Hacia 1180. ■* Yugo d e cuernos en el A ntiguo Egipto según los bajorrelieves. 4 0 *■ T iro p or yugo de garrote q ue sirve a la vez p ara los asnos y para los bóvidos (según u na escena d e labor ei África del Norte). bit 6ie T iro c o n brida sobre el pecho y retranca. (H ist. gén. tcchn. II, 3 53). 143 Curso alquimia, la energía y la transformación tienen tanto sentido y realidad com o la m ateria y las clases estables de los seres. E s posible que la destilación más antigua haya sido la del mercurio. Al comienzo de la era cristiana, los textos concordantes de D ioscórides y de Plinio dan testimonio de la utilización de esta destilación del cinabrio, que se colocaba en una copa de hierro que a su vez se cerraba en un recipiente con un capitel (ambrix), cuidadosamente sellado con sebo alrededor; todo se calentaba sobre un fuego hecho con brasas. Los mismos autores describen la preparación de la esencia de trementina: la resina se calienta en un recipiente y los vapores se guían hasta un depósito de lana colocada sobre el orificio; el vapor se condensa dentro de la lana, y luego el líquido se extrae retorciéndola. Según Berthelot (entrada “Destila­ ción” de la Gran Enciclopedia), el pompholyx u óxido de zinc se preparaba de igual m odo, según Plinio, y el mineral (calamina) se proyectaba en un horno; el vapor se condensaba en una humareda dentro de una segunda cámara superpuesta a la primera. En el aparato destinado a la sublimación del mercurio, el vapor del mercurio se condensaba por medio del enfriamiento en el capitel, donde se lo recogía por medio de un raspado. E ncontram os indicaciones más precisas sobre la destilación en las Meteorológicas, escrito de la escuela aristotélica, y en los comentarios de Alejandro de Afrodisias (siglo m de nuestra era): el agua de m ar puede hacerse potable por medio de la destilación (se condensa el vapor sobre tapas superpuestas); en iguales condiciones, se puede obtener agua a partir del vino y de otros líquidos. L os alquimistas griegos de la m ism a época ofrecen docum entos todavía más precisos, acom pañados por dibujos que representan a los aparatos mism os: así son los dibujos de la C risopea de Cleopatra, una m ujer de ciencia que vivió en Egipto en los prim eros siglos de la era cristiana; representan aparatos de destilación y sublim ación; en particular hay un matraz ubicado sobre un fuego que está coronado por un largo tubo que desemboca en un recipiente superior provisto de dos tubos laterales e inclinados por el cual se escurre el líquido condensad o. Z ósim o (en el siglo m ) presenta aparatos análogos, con tíos o l res tubos laterales; el recipiente superior se denom ina bekos\ Z ósim o pu sem a tam ­ bién la disposición esquemática de un verdadero alambique dr I.iboratorio, con retorta y recipiente de condensación. 144 Niii ¡miento de la tecnología Sinesio (fines del siglo iv y comienzos del v), según manuscritos copia­ dos en los siglos x i y xv , ofrece el esquema de un aparato de caldera que ,s<- calienta a baño maría o sobre un baño de cenizas, y que está coronado por un capitel con un recipiente para la condensación. Los nombres am bixy bekos designaban las tapas, los capiteles y los vasos de condensación; kerotakis designaba el aparato de sublimación (que se denom ina aludel entre los árabes); el término “alam bique” proviene sin «Inda del griego ambix , con el artículo árabe “al”. Los aparatos de destilación sirven, en Z ósim o y sus continuadores, para preparar aguas divinas y líquidos destilados de cualquier naturaleza, que incluyen vapores ácidos com o el vinagre, las soluciones de ácido sulfuroso, ác idos sulfúrico, azótico, clorhídrico, vapores alcalinos volátiles, vapores de hidrógeno sulfurado y polisulfúros alcalinos; finalmente, las aguas destiladas de las diversas plantas y aceites esenciales. Los árabes, iniciados en las tradiciones alquímicas por intermedio de los sirios hacia los siglos ix y x, llevaron más lejos estos estudios y comenzaron i observar de m odo más exacto los principios inmediatos volátiles. Eni ontramos entre los habitantes de Rasez la primera indicación respecto del alcohol. A su vez, los occidentales fueron iniciados a su vez en los estudios <|iiímicos a partir del siglo xn , y en los de la destilación, en particular, por los ii abes de España, directamente y por medio de los sabios judíos. En el siglo xiii , Arnaud de Villeneuve hablaba de la destilación del vino y el alcohol. I ,ii el Renacimiento, las nociones relativas a la destilación del alcohol, de • iertos éteres y de los ácidos más importantes habían sido establecidos con <laridad; los aparatos de destilación ofrecían la forma de los artefactos en uso a fines del siglo xix, salvo en lo que concierne al uso de la serpentina. A fines del siglo x v i i i , se distinguían ya tres form as de la destilación: ¡n r ascensum, m ediante un alam bique que se calentaba en la parte inferior y los vapores subían verticalmente, condensándose en el capitel; per latus, i on un cuerno, m ás fácil de calentar desde cualquier ángulo, y con vapores que escapaban lateralmente; per descensum, aplicándose el calor a la parte superior. E sta distinción proviene sin duda de las prácticas iatroquím icas, porque se la conservó en farmacia; la destilación per descensum se emplea tam bién en m etalurgia, en particular para la purificación del zinc. Por otra parte, el fin de la alquim ia coincide aproximadamente con la aparición de los procedimientos industriales de la destilación, que superan 145 Curso el orden de m agnitud de uña realidad directamente m anipulable por una sola persona, incluso con ayuda. En este caso se vuelve m uy molesto pedir al conjunto de los obreros que no solamente estén iniciados y obligados al secreto, sino incluso que sean sabios y que sean puros; el hermetismo se vincula con un nivel m uy alto de competencia, de saber y de saber hacer; im plica una ética individual y una creencia; requiere una ascesis; y aquí se trata de condiciones que no permiten en lo m ás m ínim o la di­ vulgación y la preparación para la gran masa; por otra parte, la cantidad no interviene en la alquim ia de m odo prim ordial; basta con obtener una pequeña cantidad de materia activa m uy pura. Esa materia posee por ella m ism a un poder generador que le permite, com o si fuera un fermento, operar transformaciones en el seno de una gran cantidad de sustancia; de alguna manera está viva. Uno de los resultados m ás notables de la técnica de la destilación es el desarrollo de la iatroquímica en el siglo xvi. Paracelso, uno de las mayores figuras de la historia de la ciencia, según Albert Bettex (Inventeurs etdécouvertes, pág. 29), imprimió al estudio de las sustancias una nueva dirección, buscando no la purificación de los metales sino la curación de la naturaleza por parte de la naturaleza, es decir, del cuerpo hum ano enfermo por medio de sustancias cuyas virtudes conocía el médico devenido químico. Paracelso quem ó públicamente el 24 de junio, en Basilea, un infolio que contenía las “aborrecibles” teorías de Galeno y de Avicena (medicina humoral y de los temperamentos: la sangre es el soporte de las fuerzas de lo cálido y lo húm edo; la flema, de lo frío y de lo húm edo; la bilis negra, de lo frío y de lo seco; la bilis amarilla, de lo cálido y de lo seco). L a salud estaba hecha del equilibrio de estos cuatro humores; la enfermedad es una ruptura del equilibrio por superabundancia de un hum or (bilis amarilla en la ictericia, sangre en una fiebre alta, flema en el resfrío); los tratamientos (sangría, purga) que corresponden a esta doctrina tienen com o objeto el reestable­ cimiento de dicho equilibrio cuantitativo. L a triaca era un medicamento que contenía un número m uy grande de sustancias entre las cuales el organismo encontraba aquellas que podía necesitar; los demás remedios tenían sentido com o agentes refrescantes (contra la fiehtr) o dadores de calor (contra los escalofríos: pimienta, almendras ani,ii|>.is) Para la iatroquímica, por el contrario, el microcosmo-, individual no es solamente un sistema .-.imple de equilibrio entre i nano humores: este 146 Nacimiento de la tecnología Al* 4 -5 '1 6 A parato d e destilación representado al lado de la C risopea de O co p atra. Apaiato* d e sublimación y de destilación <rro>>{/>** D ibujo de u n ápaiato de destilación, extraído de la obra de Zósimo. W tí*u 4 -8 Alam bique.de Sinesio 147 Curso m icrocosm os, además, posee un centro, el estóm ago, en el cual se puede introducir un medicamento químico, en general un extracto tan purificado com o sea posible, en cantidad y composición cuidadosamente dosificadas, y correspondiente al carácter específico de una enfermedad; el arcano fue buscado en los tres reinos, es decir, no solamente entre las plantas sino tam bién y sobre todo en los ácidos minerales, las sales metálicas y los álcalis. D e este m odo, el m icrocosm os individual podía ser sincronizado con el m acrocosm os. Paracelso usaba antim onio y ácido de arsénico dosificados con sum a precisión; en el siglo x v i i , este trabajo fue continuado por Van H elm ont y p o r Jo h an n R u d o lf Glauber, que m urió en A m sterdam en 1668. Glauber había estudiado en detalle las reacciones de las soluciones de sales metálicas sobre otras materias; sabía dosificar la concentración de los ácidos minerales; sabía obtener ácido clorhídrico y sulfato de soda cáustica. A sí, las materias inorgánicas estaban dotadas de fuerzas vivas. Paracelso agregó la noción de lo incom bustible (sal o cenizas) al espíritu de lo com bustible (azufre) y al espíritu de lo líquido (mercurio) que, según los alquim istas, rigen el m undo de las sustancias materiales. Así, la sal se agrega al mercurio y al azufre constituyendo un sistem a de tres términos que expresa la materia primordial; la sal es activa, com o el azufre y el mercurio; producir un m edicam ento es extraer el archaeus, la materia activa que, introducida en el hombre, ayudará al “alquim ista interior” , ya que la potencia transform a los alimentos en carne y en sangre, a luchar contra el archaeus hostil de la enfermedad. El veneno bien dosificado se puede convertir en un medicamento: “Separo lo que no es arcano de lo que sí lo es, y doy al arcano su dosis exacta”; el reum atism o, la artritis, la gota, consideradas como provocadas por depósitos de sales, fueron tratados po r drogas de origen mineral1. 1 Texto de Estobeo: “ 11. Y H o ru s dice: ‘¿Por qué entonces, oh Madre, los hombres que viven fuera de nuestra tan santa región no son de inteligencia verdaderamente abierta com o nuestros com patriotas?’ E Isis responde: ‘La I iei i a, en el centro del T odo, está recostada de espaldas, está recostada de cara al cirio m in o un hom bre, y está dividida en tantas partes com o m iem bros tiene un hom bre. ( ¡ira sus m iradas hacia el cielo com o hacia su padre, a fin de que, según los t nublos del cielo, cam bie ella tam bién en l<> que le es propio. T iene la c a b r /j j >o *.i< ¡uñada hacia 148 Nacimiento de la tecnología rl sur del Universo, el hom bro derecho hacia el este [el hom bro izquierdo hacia rl oeste], [el derecho sobre la cola], los pies en la cabeza de la O sa, los m uslos 1 11 las regiones que vienen después de la O sa, las partes m edias en las regiones medias. 12. L a prueba de ello es que aquellos hom bres que viven en el M ediodía y que viven en la cabeza de la tierra tienen la parte superior de la cabeza bien desarrollada y cabellos herm osos; los orientales están dispuestos al ataque y son <le la secta de Sagitario, porque estas cualidades son cosa de la m ano derecha; los <>ccidentales están asegurados contra el peligro en tanto q u e en la m ayor parte de los casos com baten con la m ano izquierda, y todos los efectos q u e logran los ■lernás inclinándose hacia la diestra los producen inclinándose en la siniestra; los i]iic viven bajo la O s a ... en cuanto a los pies, y tienen p or otra parte la pierna bien form ada; los que vienen luego de estos y un poco m ás lejos, de la región geográfica llam ada hoy italiana y helénica, todas esas personas tienen los m uslos hermosos y las nalgas bien provistas, y de ahí viene tam bién que, a causa de la extrem a belleza de estas partes, los hom bres de allá se rebajen al com ercio con los machos. 13. A hora bien, com o todos esos m iem bros, com parados con los demás, '•oii perezosos, hacen también m ás perezosos a los hombres que los habitan. Puesto (|ue, en cam bio, es en m edio de la tierra donde se sitúa la m uy santa región de nuestros ancestros, que el m edio del cuerpo hum ano es el santuario solam ente del <orazón, y que el corazón es el barrio general del alm a, por esta razón, hijo m ío, los hom bres de dicha región, n o menos bien provistos que el resto en cuanto a lo dem ás, son, de m odo excepcional, m ás inteligentes que todo el resto, porque han nacido y han sido educados en el lugar del corazón. 14. Por otra parte, hijo m ío, el sur se vuelve fláccido porque recibe las nubes que nacen, p or condensación, de la .nmósfera (en todo caso, por ejem plo, es precisam ente a causa de la precipitación de las nubes que allí se produce que nuestro río tam bién, com o se dice, corre desde esta región cuando se funden los hielos), y ahí donde se h a abatido una nube, ha envuelto con brum as el aire que recubre la tierra y de algún m odo la ha c argado de niebla; ahora bien, o niebla o brum a, am bas son un Im pedim ento no solo para la vista sino tam bién para el intelecto. E l este, m u y glorioso H orus, se ve perturbado y recalentado p or la salida del sol que tiene lugar en u n a cercanía m uy inm ediata, y lo m ism o sucede en el oeste, que está opuesto, y a que se ve •ilectado de igual m odo aunque en la caída del sol; todo esto es causa de que no haya ninguna observación pura entre los hom bres que han nacido en sus parajes. I'.I norte, por el frío que corresponde a su naturaleza, congela no solo al cuerpo sino al intelecto de quienes viven bajo su clima. 15. En cam bio, la región del m edio, al ser pura y sin perturbaciones, se im pone por sí m ism o y por todo lo •|ue hay en ella: gracias a su c o n su m e .serenidad engendra, embellece, educa; no entra en rivalidad sino por la p i r m i i n e n i ia en tales cualidades, triunfa, y com o 149 Curso El término archaeus o “ archeus” fue inventado por Basilio Valentín y luego adoptado por los alquimistas para designar un principio inmaterial diferente del alma inteligente y que preside todos los fenómenos de la vida biológica y material. La noción de archeus es esencial para la com prensión del carácter energético y unitario de la doctrina alquímica; la clasificación escolástica aísla las realidades una de otra; por el contrario, la presuposición de la existencia de un archeus en cada realidad que aproxim a a los tres reinos considera al centro energético com o determinante para una cosa o para un ser viviente (por otra parte, poco separados uno de otro); para el ser hum ano, es el estóm ago o el corazón; para las regiones de la Tierra, es Egipto, según el fragm ento x x iv del Corpus hermeticum. El alquim ista es aquel que conoce, extrae y m anipula el archeus, centro motivacional y fuente de los perpetuos renacimientos gracias a los cuales lo viviente se mantiene en el ser y se renueva engendrándose a partir de sí m ism o según un principio de transfinitud. El Fénix renace de sus cenizas, la serpiente o el dragón se muerden la cola; la rueda del devenir y de las reencarna­ ciones palingenésicas no es una iteración desesperante, sino la fuerza natural y técnica de renovación gracias a la cual los jardineros de Egipto podían contar con la fecundidad del blastema, el m odo de reproducción y de perpetuo rejuvenecimiento, la eternidad móvil de una permanente reproducción, e incluso de la renovación psíquica de sí, según el texto de E l Banquete: las permanentes adquisiciones del saber reemplazan a los recuerdos que caen en desuso, com o todas las partes nuevas que aportan los alimentos de m odo constante van reemplazando, en el cuerpo, a los elementos antiguos; el cuerpo individual y la personalidad, sin embargo, siguen siendo las m ism as, conservan su unidad e identidad a través de esa perpetua transmutación parte por parte desde la infancia hasta la vejez; el ser cam bia y se reproduce progresivamente a sí m ism o com o produce otros seres a través de gajos o reproducción sexuada; existe una permanente producción de gajos interna, un progreso de m antenim iento y desarrollo que no es esencialmente diferente de la operación de engendramiento; la transm utación activa ya está presente en la perm anencia individual y en el crecimiento; la existencia es un progreso activo; lo que hacen los órganos preside sobre los otros llej\a, como un buen sátrapa, a hacer parle de su victoria a aquellos a quienes ha ven» icio’” (N. de E.). 150 Narimiento de la tecnología Corpus Hermeticum - Fragmento xxxiv extraído de Estobeo 4 4 . voki s ín t v l í l j o s '" ií ^ ia T < Í T « iS **• t iV o í /Í ¡|íú > v t-Sí o f n < v rS s *> S i>T iV o « v <¿ T tK o D a w , < 2 v 0 fl*> T loi T ^ ' s Í k CVo í Wi í k í Í t «. i K rfí , K *u fin í/ it t íiw i íe K^á’ Oá* 9 t 4 \ S ' c<. e H tíJí OVTWS g ir í ^"<íj ^ t S c ' / tííítH J o ¿ í * v¿ v ¿ -?1Í^O>POÍ Tou (SA É'noutf»^ * ¿t'éAÓSf foyjWv'y ií¿ft¿T l£y H clT fí < ^ 'V j ® t'cOS T o í 's 6^ nt^cíXftjy, tijoJ K«tf flfoj («.ivt í » vorji t o o ■nrfvrSj ic tifí’/*)/ ¿Xéi T*l* Í í Tw rfunjAuí t"\ <(tíy) íí.i-ie>v tip o J , ^ « J ¿ i íc Tu AiÉi t ¿ f d iS iv ^ o ^ y , uno J>£. ÉocivUiJtO» íflO t * ) ( . <^K-rov ‘ t¿ 3ynT ou (.EJ k<i k ^ A A it jix *(S ’ T o ^ W í o Ús , ¿«WrfAtTs to S s Kf^«(AlV|'' SÍ f t « Toüt t ’ v »íl SÍE K o fíw s í^rtTO» + TlJOt T iv^ 'f T0OÍ T «5ro»s f í| j« i oSroi n ^ 'ju , KocAAÍ(*^^oi u T it^ o A ^ tu< ¿(¡.iAi'oív. Ijfívvjv O Í« Kíi-fMi o^ [í^ |r > )^ i¿ í Ti u fo s ^ o fy < y í » K*l £utluj'£>TE|0 l) T ouí S ir ¿ i> é o l P « > i( rfAAoi T w touí ?¿ [AdwS * T « ¡ cÍ>Vt€. n jo ^ o n o v e n '- t i T Ó l S r o c£ A A t ( í ’iK o 'v k 4 < t í j t« í K /A J o u í J-», ujit $£ ti fV -T W 5T| p eíro i' to c ^ ko'* , < ¡T i< /, V ÍA A o í Í íjk íw t h ) k / j V i^ s ¿ « t í -r^jy Ttlví n^ c; ¿¿fy ú h o tis. mjiTv ín o jiCT-i « c r f^ w tio v S K«íToí^^<Vfn/ TOU? ró ¡{ k-<¡ ta i Krfí -tíívT m v K^ ' k- ¿ -pSf p o v T js «u to i T«J .Al(?í •n jo a -n P e p c V o u S " I t u ^ i Koíi kA íjiiií « ív t¿ ¿ , r T, f j K o j ’uipOuS n f o ^ íi'y a u s « ÍA A w í K"(1 7 ft°¡ T < ítí [í .£ t Í[ o. K «3v«S ¿ J it f T íJ omÍ y o v í £ o < o v u |iij) to M fíiV , TX <r<l)(ií?o^ TOilf £ ’ £V ■nvi'roi í¿ t< /3 t« < 7V 2 ^ 6 ^ w n íy o c • í¡¿(*«(To$ tou t í ) K .íj’tlI|>n) ^ 3 (Vjrtjflíe ) it íw -.r í¡ X ovT oo E Í T l" H o ík s E iíi |<í^C:V tu J 'T w í £»'l nAtnr-To/ TO o fu r íi 5 é £ i o v ¿ n o tXjV o ¿ j > 4 v / , t o » ' A i ^ o<3 to Í>s K^íí «(JKTOO" TOOS £ £ (i'ljJOuS £V ¿ n ^ A iw r iK o is CI>I e iít jp u ff iv n ó Q s, (to < T iíjj c d d f Ú D W f K«) «T t i *< ^ ¿ J .To Ú t w V fffiw |j.t 1 i< S o X < r s e ' T o t* p x ir o is . VO TK i'odí. v Z * 1¿ i s TÍjV T íjs e k íA fo u o í o3 k Si' t í ¡s i ’JT o ti& o t tek v o v , vv^oj-nw . r i j^tí -JaAoÍ e^oJí'n' oijf (^rrov o ív k*T n i r t t s ^ e fa ífc r o v f e t<Z<j ■nitiwv votjwTt^oí íi<ri k-<Í <nú^ov£í , (Sí Ifv1 ení K»<ySirff jjív'í(<í/ol k^Í1 TJK lfM TCS. £k r o í- " i t u v ^ 4 Y ¿ v ° ^ t 'v n jy ijftó s ¿ iJ Tuw & f “í 3 r í .K < J'ouv k v t ¿ t o j i . ííjV £Kt> T ^ s ít^ o t «< t¿ S v o - p is x-:'i TbüTUÍ ■ £ U \K j lY £ í ¿ TOV oV í ^ í ^ f 1 k*íi O íé ( S o ^ s Jüv n jA ío u k<« K* l<° <' y K ^ í X 1* ) , r o V M T t f é 'i x x n , ¡ i»o~. }n KJ , (-ÍT £ ^ U > y w - « o .o D r t w , -n S ií «O to ?s. áj>w T)to<. IS t ic íp ’ t w ^ T ) 0 T ,^ ,< - « ' D j-O ^ ffl £t^nr ió i^ e ^ o / í i A io ír ^ s ío ^ é o J f .E ^ o s ‘ A ^ K -í v -fo T.»?í KO(T^r *=<í -n ^lító ll íjp(é«S tmS WKiJfító k¿i eniTííuifi . yt . K rfn v o J Q ¡r U |t t f o j / W í¡t¿ < q J tc js t ¿ v T o ú w e m 'í T ^ t r i i í T Í\ f in ’ -rrtfi f ii J ^ -o A Í; ¿ K T lK £ l 'ji íl/ o J } t Í ^ X 01' ^éV« v<;K * TO? f . ’A i K j i v ^ y o í* K-í'l •Pj J Í J (TuilcjjeT t ^ io u td iS K-C* k<<7 c jjT ii V / V ) K *T iv o o e ^ D o 'íio y , ¿AJ<< k=<í tfvV£)¡£T fe o iS c jiú íV ¿ V 0 {< ii5 o V . S ía i^ t w v tA o jt o 'u s í '< < v T IM CJK t Z s <"*>, ítK T IK O s A £ r í"J f u ' oH ou ’ij o - n o i etth '?ü f £ , e K ¿ Ííe v H r f jf / 'f js ) K .*i ^«W ¡ .t ^ A o ío ^ Y £ w » j . tV u > í < ^ c 's ) , / v j^ A o i T t v íK .8 £ ^ « (,iío ^ tJo S , « J t 5 v VOTOS « ¡{“ « TE e «T r i o ( T * < [w ^ .^ A u o j< tV 'ijS 1 *1 *1 1 p u o v o (•£< tfo i/iir T X ^ W '' ÍA A u S ■ntJií^ov'TOS £j 5¿ K l <Tj u tV o i/ VvTWl 7)5X1, ■<-<r j.cVov' v>?s /(« n iy í-íT ^ « ín < ^ s Curso para conservarse y desarrollarse, en lo viviente animal o vegetal, lo que hacen las representaciones y los deseos en el pensamiento, la naturaleza lo realiza en su totalidad y en sus elementos: el metal m adura y se perfecciona en las entrañas de la tierra donde se depositan los succi concreti a lo largo de los siglos tanto com o pueden m adurar en algunas horas en el horno del m etalúrgico. D e la operación del pensamiento a la de la naturaleza, existe una continuidad que pasa por el desarrollo interno y externo (crecimiento y generación) de los seres vivos; cada ser contiene un centro de empuje, de energía, de m aduración y de desarrollo, ormeterion, que puede tener la dim ensión de una región para una cultura (Egipto en el fragmento x x iv del Corpus hermeticum), de un órgano (corazón o estómago) para un animal o de un instrumento sellado y bien cuidado (la retorta del alquim ista en el calentador). En particular, el término “ archeus” fue establecido por Van H elm ont, alquim ista y médico holandés nacido en Bruselas en 1577 y fallecido en Vilvorde, cerca de Bruselas, en 1644. H abía llevado adelante estudios en filosofía, álgebra, astronom ía, astrología, botánica y moral; había leído a los médicos griegos y a Paracelso, cuyo discípulo quiso ser m ás tarde; luego de haber leído los escritos de Tauler y el libro de los Sucesores de Cristo, tom ó la decisión de renunciar a todos sus bienes y consagrarse a la medicina para alivio de los pobres. “Se recibió de doctor en 1599 en Lovaina, luego viajó a través de Europa y se consagró a la alquim ia después de haberse encontrado con un empirista que le indicó los secretos del arte hermético; llamó a su hijo M ercurius porque pensó que había sacado oro de ocho onzas de mercurio; pensó haber encontrado el medio de prolongar la vida humana” (resumen de la entrada “H elm ont (Jean-Baptiste Van)” de la Grande Encyclopédié). Las doctrinas de Van H elm ont exhiben una mezcla de em pirism o y m isticism o y están anim adas por un vivo espíritu de reacción contra la vanidad de la escolástica que produce, con sus perpetuas disputas, im á­ genes engañosas de la verdad. D icho de otra manera: no se considera a la realidad com o accesible al discurso; no es del orden del lenguaje sino de la experiencia, completada por el éxtasis, que da la visión dim ita de las cosas tales com o son; la experiencia, a su vez, completa el éxtasis mostrando el contorno exterior de las cosas cuyo espíritu revela rl éxtasis (en este sentido, podem os pensar en la relación entre la expet irtu ia y la razón en 152 Nacimiento de la tecnología la doctrina de Descartes, donde el ejercicio de la razón descansa sobre la intuición intelectual). Según Van Helmont, D ios, creador de la naturaleza, no creó sino los principios cuya mezcla debía luego constituir a los diferentes seres de la naturaleza; esta creación fue hecha ex nihilo según un plan libremente concebido (incluso aquí, podem os establecer un acercamiento entre los principios de Van H elm ont y las verdaderas e inmutables naturalezas del cartesianismo: la libertad de la creación divina, que tiene como contrapeso el libre arbitrio hum ano, es sobre todo una fuerza de comienzo, de funda­ ción, de puesta en marcha; lo creado se desarrolla y autodetermina luego por sus propios medios. Los principios citados por Van H elm ont son los elementos, los archeus, los fermentos, los blas, las almas. N o hay sino dos elementos, aire y agua. El aire es un cuerpo destinado a la transmisión, en sus intervalos, de los elementos móviles de los otros cuerpos. H ay que ilistinguirlo cuidadosamente de los gases (término inventado po r Van H el­ mont: Geisl), cuerpos compuestos resultantes de la acción de los fermentos sobre los cuerpos. El agua es la materia con la cual se forman todos los c uerpos resistentes, y en primer lugar la tierra. Van H elm ont probaba esta 1 i ansformación a través de la experiencia del sauce, que regaba con agua y que aum entaba de peso. El fuego no es un elemento ni un cuerpo; es una fiicrza destructiva de los cuerpos, efecto y 1 1 0 causa de la vida. L a causa que opera las transformaciones del agua es el archeus o el agente seminal, princi­ pio m itad espiritual m itad corporal. H ay tantos archeus como organismos, y en cada organismo varios archeus dom inados por un archeus central. U nos y otros dan dirección a la materia y le imprimen sus formas. La ocasión de dichas transformaciones está dada por los fermentos. H ay un lermento universal llamado “luz vital” y fermentos particulares que acom ­ pañan a los archeus. Para explicar el movimiento, es necesario un tercer principio: es la fuerza im pulsora, o blas. Los blas m ás elevados son los de los astros y de los hombres. Estos, a su vez, están divididos en naturales, involuntarios, y voluntarios, que son el principio de la libertad. Los blas naturales hum anos están en conexión con los de los astros, y esta conexión 11 istifica la astrología. Finalmente, por encima de estos principios, hay que ubicar a las almas. Las almas se dividen en espíritus, que no pertenecen sino al hombre, y en almas sensitivas que nos son comunes con los ani­ males. El pecado original unió nuestra alm a con un alma sensible. Este 153 Curso doble poder tiene sede en el orificio del estómago; rl i n ebro no es sino su órgano. Van H elm ont practicó el m étodo experimental; se le atribuye la invención del term óm etro de agua, el descubrimiento del ácido sul­ fúrico, del ácido nítrico, del óxido n itro so... Sus principales obras son: Archoeusfaber causae et initia rerum naturalium; Formarum ortus-, Magnum oportetr, Venatio scientiarum-, De Elementis; Imago mentís; Sedes Animae-, Dístínctio mentís a sensitiva anim a ; Mentís complementum-, Nexus animae sensitivae et mentís-, Lógica inutilis-, Tractatio de anim a; De Terra-, De Aere. Franz-Mercurius Van H elm ont, teósofo y alquimista, editó las obras de su padre en 1648 en Am sterdam bajo el título Ortus medícinae, id est inicia physicae inaudita, progressus medícinae novus, in morborum ultionem ad vitam longam (en Elzevir). Según M ercurius Van H elm ont, que reunió en su doctrina m isticismo, cábala, platonism o y cristianismo, entre cuerpo y espíritu no hay sino una diferencia de grado; las almas de los niños preexisten a la de los padres; la m etempsicosis garantiza la transfinitud de la existencia del alma. E n el m undo no hay sino una sola sustancia cuyos seres no son sino las trans­ form aciones; y esas transformaciones son ellas m ism as relativas, com o la som bra y la luz. En 1666 M ercurius Van H elm ont colabora en la Cabbala denudata: en esa época, el hermetismo se expande y se divulga a la vez a través de las ciencias y de la filosofía; deja parcialmente de ser iniciático sin perder su carácter enciclopédico, ligado, m ás que a una ciencia siem ­ pre limitada, a la intención tecnológica, ilim itada com o la voluntad. La afirmación unitaria de la alquim ia es el postulado cognitivo que autoriza el carácter ilimitado del poder de las técnicas y que desem boca en la ne­ gación de las diversas especies de dualismos, que son otras tantas barreras erigidas frente a la posibilidad de acción eficaz. Paracelso cuidaba tanto el alm a como el cuerpo: era psiquiatra al m ism o tiem po que farmacéutico y iatroquím ico; su universalidad operatoria se traduce en el hecho de que frecuentaba los castillos tanto como las chozas y no se encerraba ni en un lugar de ejercicio, ni en una residencia constante, ni en un estado social definidos; era un perpetuo viajero: “Para conocer muchas enfermedades, hay que recorrer distintas regiones”; “Es m ejor la calm a que la agitación, pero la agitación es m ás fecunda que la calma” . Semejante* afirmación res­ pecto del valor del movimiento se opone, en cierta me dula, a las normas antiguas; prepara una cierta forma de enciclopedismo y de universalidad 154 Nacimiento de la tecnología l eal hecha de intercambios a través de toda una red; el desplazamiento no es solamente un viaje; tiene un sentido lógico. A través del desplaza­ miento, el individuo hum ano se adhiere al m undo en su m ultiplicidad y en toda la extensión de su diversidad; el itinerario multiplicado es un m odo de correspondencia concreta entre el ser vivo y el “gran anim al” <¡ne es la Tierra; hace vivir e im plem enta una cierta connaturalidad entre rl sabio y la realidad tom ada en su extensión y su profundidad. La propia profesión, en tanto im plica localización, lazos, definición limitante, no <*s constante en el sabio. Paracelso era hijo de un m édico en la región de l 'insiedeln; m ás tarde lo volvemos a encontrar transitando de facultad en facultad, luego en Londres, en los Balcanes, en N ápoles, en Tubingen, en Hasilea, en Salzburgo; es tanto quím ico en las minas como cirujano de t ¡unpaña, médico, profesor, alquimista de castillo, predicador de tal o cual secta, mendigo. Este movimiento y esta movilidad expresan a escala del hombre el acto de perpetua lectura del gran libro del m undo: no se trata solamente de “viajar com o ejercicio provechoso”, según la expresión de Montaigne, sino de una fuerza de conm utación de los lugares, las perso.is y los actos que da al movimiento —más tarde al progreso—el primado •obre el estado, sobre el hecho de subsistir; la vida es, de m odo constante, 11 un apoblastema de ella misma. Iday que aproximar este movimiento ge­ nerador a las investigaciones sobre el perpetuum mobile del cual han sido i ‘.hozados tantos m odelos desde Villard de H onnecourt hasta Zonca; el fin id o profundo de la naturaleza y del hombre reside en la energía, el ilrvenir positivo. Los verdaderos valores están del lado de la génesis y no d r l ser en tanto que ser. Las normas del saber y de la ética se apartan de la contemplación, que es reemplazada por el éxtasis y la experiencia, la mi ilición y el ejercicio, que se vuelven complementarios mientras que la • ontem plación y la acción eran opuestas. Podemos comprender así que la operación técnica, por un lado, ya no ír.t solam ente una puesta en form a según un fin preestablecido, y por el o l i o un m edio relativamente transitorio e indistinto para obtener una finalidad que es un estado, con estatuto de punto final, definitivo; la operación técnica es un movim iento, una conm utación, una transición; i umple un recorrido de lo real y continúa el impulso generador; no tiende lucia un estadio terminal que lo detiene; la técnica, operación del hombre > o u la naturaleza —arte et natura—se engendra a sí misma y renace de sí 155 Curso m ism a, com o el dragón O uroboros de la antigua alquim ia que se muerde la cola; en lugar de ser un m edio que se consum a y finalmente se olvida, la operación técnica se retom a a sí mism a, se multiplica a sí m ism a, com o la destilación que recupera el producto de una destilación anterior pero m enos profunda. L a transfinitud de la prosecución de las operaciones expresa la perfectibilidad permanente del resultado, ya que la materia así obtenida puede ser som etida a una nueva operación que llega m ás lejos. N o solamente en m atem ática y mecánica uno puede proceder por etapas, sino también en química, particularmente por m edio de análisis sucesivos y de la destilación o la sublimación: ascendemos poco a poco y com o por grados hasta el arcano, luego de la operación inicial de selección metódica. Así, el m odelo de la larga cadena de razones aparece tanto en la quím ica com o en la mecánica; el acto inicial de la puesta a prueba para eliminar todo lo que no es puro, homogéneo, indudable, tiene tanto sentido en quím ica com o en mecánica; los modelos tecnológicos del m étodo carte­ siano son tanto quím icos com o m atemáticos (duda metódica, es decir, selección, y avance por etapas hasta llegar al principio certero). L a m agna obra permite la proyección y multiplicación, com o el cogito inicia la de­ ducción a partir del conocimiento certero y universal, pero restringido; esta deducción es m ás am plia que lo real de nuestra experiencia, y está invocada para limitarla y circunstanciarla; el saber tecnológico es creador, am plificador; se asocia con una ética cognitiva de la libertad y de la ge­ nerosidad porque opera una génesis com o la que ha llevado al m undo a ser lo que vemos que es. La alquim ia contiene una ética del devenir de las cosas llevadas por el hombre, que tiene poder demiúrgico y se convierte así en contramaestre de la creación. L a iatroquímica no es sino una de las vías de desarrollo de la alquim ia; quizás sea la que ha encontrado su individualidad cognitiva y social del m odo más precoz y notable, al m ism o tiempo que siguió siendo una téc­ nica de laboratorio indiscutiblemente erudita y, a pesar de sus detractores (se la ha acusado de haber causado tantos daños com o la C¡uerra de los C ien Años), se ha desarrollado de manera m ás bien continua desde los trabajos de Paracelso; a veces se ha beneficiado de investigaciones, igual­ m ente alquímicas, pero orientadas m ás bien hacia la fabril ai ión del oro: según la leyenda, Braml, un comerciante de H am bm go, n a partidario de la idea de que las deyn i iones humanas encierran n .i/.i. dr la materia 156 Nacimiento de la tecnología original; en 1669 sometió durante varias horas una gran cantidad de orina al proceso de destilación y obtuvo un polvo que, en la oscuridad, emitía resplandores: fue el descubrimiento del fósforo; vendió el secreto al médico Daniel Kraft, que erró de corte principesca en corte principesca y de feria en feria para mostrar esa sustancia asombrosa. Sin dudas el descubrimiento del fósforo no tuvo en sí m ism o consecuencias prácticas inm ediatas en el cam po químico-farmacéutico; sin embargo constituye un paso hacia la m edicina biológica, y este éxito de la destilación tuvo una repercusión considerable: Boyle, en Londres, intentó comprar la receta de la fabricación del fósforo. Leibniz invitó a Brand a ir a Hannover y com puso un poem a en el cual la m isteriosa irradiación del fósforo se convierte en la imagen del alm a que encuentra la felicidad en sí. La técnica de la destilación es en lo esencial un procedim iento de aná­ lisis. A hora bien, no toda la alquim ia descansaba en el análisis, aunque la búsqueda de una sustancia pura y extremadamente activa parezca de­ terminar una gran cantidad de operaciones y suministrar una parte de la doctrina, particularmente la del archeus. Ciertas operaciones alquímicas era reacciones, combinaciones. Según la Enciclopedia moderna de 1846 (nueva edición de Firmin D idot), una de las operaciones más espectaculares entre los alquim istas era la combinación del azufre y el mercurio, que daba un cuerpo negro, absolutamente diferente del azufre y del mercurio; si se lo calentaba, engendraba a la vez cinabrio, que es rojo. Así podem os pensar en la metalurgia, que es m ás antigua que la destilación, y que im plica análisis para la extracción del metal a partir del mineral, pero también síntesis, sea bajo la form a de aleaciones, sea de m odo menos radical pero (ambién m uy im portante para el resultado (por ejemplo, los diferentes grados de carburación del hierro, la cementación); la m etalurgia implica finalmente tratamientos especiales (temple, recocción) que no son estric­ tamente quím icos, sino m ás bien de tipo molecular, y que desempeñan un rol en la fabricación de herramientas y armas (forjadura, espadas de acero llam adas “de D am asco”). Según la Gran Enciclopedia, el término “alquimia” designa la antigua quím ica, y particularm ente el supuesto arte de transm utación de los metales en oro y plata. F,1 libro gi irgo «le la quím ica metálica, una de las obras m ás antiguas relativas a di< lio arte, abarcaba la crisopea, o el arte de hacer oro, la argiropea, o rl ai n .Ir luí ri plata, la fijación del mercurio; 157 Curso trataba sobre las aleaciones, sobre los vidrios coloreados y esmaltes, sobre el arte de teñir tejidos de color púrpura. C ham pollion vincula el término quím ica con Egipto, con el térm ino Chem -tierra de C h am -; una obra fundamental citada por Zósim o se llama Chema-, los egiptólogos citan tam ­ bién un antiguo libro, Chemi-, otros piensan en el término cheuo, “fundir”, y chymos, “jugo, líquido”. En Egipto existía un conjunto de conocimientos prácticos m uy antiguos relativos a la industria de los metales, los bronces, los vidrios y esmaltes, así com o también a la fabricación de medicamentos. Z ósim o, en su libro Imouth (dedicado a Im hotep, dios egipcio), dirigido a su hermana Teosebia, revela lo siguiente: “Las Santas Escrituras cuentan que hay un cierto género de dem onios que tienen comercio con las m u­ jeres. Hermes habló de ello en sus libros sobre la naturaleza. Las antiguas y santas escrituras dicen que algunos ángeles, prendados de am or por las mujeres, bajaron a la tierra, les enseñaron las obras de la naturaleza, y por esta razón fueron echados del cielo y condenados a un perpetuo exilio. D e ese comercio nació la raza de los gigantes. El libro en el cual enseñaban sus artes se llama Chema: de allí el nombre de C hem a aplica­ do al arte por excelencia” . Se puede com parar este texto con el capítulo V del Génesis: “Los hijos de D ios, viendo que las hijas de los hom bres eran hermosas, eligieron mujeres entre ellas” . D e ahí nació una raza de gigantes cuya im piedad fue la razón del diluvio. Su origen se vincula con Enoch. Enoch m ism o es hijo de C aín y fundador de la ciudad que lleva su nombre, según una de las genealogías que nos narra el capítulo IV del Génesis-, según la segunda genealogía (capítulo V del Génesis), descendía por el contrario de Seth y desapareció m isteriosamente del m undo. U na obra apócrifa com puesta un poco antes de la era cristiana, el libro de Enoch, desem peña un rol im portante en los primeros siglos del cristianismo; los ángeles pecadores revelan a los mortales las artes y las ciencias ocultas: “viven con ellas y les enseñan la brujería, los encantamientos, las propie­ dades de raíces y de árboles... los signos m ágico s... el arte de observar las estrellas... Tam bién les enseñan, dice el Libro de Enoch hablando de uno de esos ángeles, el uso de los brazaletes y ornamentos, el uso de la pintura, el arte de pintarse las cejas, el arte de utilizar piedras preciosas y todo tipo de tinturas, de suerte que el m undo se corrompió". ( Clemente de Alejandría (Stromatas, libro V) retoma esta leyenda, y Iei luliano escribe: “Traicionaron el sccreio «le l o s placeres m undanos; entiesaron el oro, la 158 Nazimtento de la tecnología plata y sus obras; enseñaron el arte de teñir los vellones” . La proscripción de aquellos que cultivaban estas ciencias era efectiva; en Rom a, para los matem áticos y astrólogos, m agos y demás sectarios de las ciencias ocultas esta proscripción form aba parte del derecho com ún (según Tácito, bajo el reino de Tiberio, se confeccionó un edicto para expulsar de Italia a los m agos y los m atem áticos). Pituanius fue precipitado desde lo alto de unas rocas; lo m ism o sucedió bajo Claudio y Vitelio. Volvemos a encontrar esta proscripción en 1530 en Venecia, según H erm olaus Barbarus (notas que acom pañan el Comentario sobre Dioscórides): la alquim ia se castigaba con la pena capital. Según M arcelin Berthelot (artículo “Alquim ia” en la Gran Enciclope­ dia), los papiros de Leyden, extraídos de una tum ba tebana, “confirman mediante prueba sin réplica” los orígenes egipcios de la alquimia. Según Zósim o y O lim piodoro, habría existido en Egipto, junto a las doctrinas i >ficiales y públicas que están contenidas en la Enciclopedia hermética citada por Clem ente de Alejandría, un conjunto de conocim ientos mantenidos en secreto en el fondo de los templos y que estaba prohibido revelar. Zósim o el Panopolitano, citado y reproducido por O lim piodoro, afirma que todo el reino de Egipto estaba sostenido por estas artes psamúrgicas. “Solo los sacerdotes tienen perm itido entregarse a ellas. Se las interpreta según las estelas de los antiguos, y quien quisiera revelar su conocim iento sería castigado a igual título que los obreros que acuñan m oneda real, si la fabrican secretamente para ellos m ism os” . Los obreros y aquellos que tenían el conocimiento de los procedimientos trabajan solamente a cuenta de los reyes; tenían sus jefes particulares y se ejercía una gran tiranía en la preparación de los m etales... “Era una ley entre los egipcios no publicar nada al respecto” . Las industrias metalúrgicas eran m onopolio real; la íabricación de esmeraldas y piedras preciosas artificiales estaba cubierta lambién por un secreto similar; pertenecía al santuario. Jám blico, M anelón el astrólogo y G aleno hablan de estelas en las cuales estaba inscripta la ciencia egipcia. Según Berthelot, era un deber religioso hablar sólo a i ravés de enigmas, porque el filósofo dice: “Los dioses están celosos de lo que los hom bres escriben” . Y Berthelot agrega: “de ahí el sim bolism o y las continuas alegorías convertidas en indescifrables (suponiendo que alguna vez hayan tenido un sentido científico), a falta de explicaciones orales a través de las cuales se las com pletaba” 159 Curso L a interpretación de Berthelot es naturalmente m uy poderosa; sin em ­ bargo podem os observar que el hermetismo ya consum a en cierta medida, en el siglo n i d c ., una sistematización enciclopédica de la quím ica y de su significación. Por otra parte, las representaciones simbólicas y alegóricas no son en sí m ism as m ás indescifrables que las diferentes marcas de oficio y los diferentes signos para sí gracias a los cuales un operador se habla a sí m ism o en el transcurso de las diferentes etapas de su obra. ¿El lenguaje habitual es lo suficientemente poderoso como para contener la representa­ ción de las diversas operaciones técnicas? C ada técnica ha desarrollado su sim bolism o, y no por gusto del secreto y del m isterio sino por necesidad de precisión y de adecuación a sí mism a. Los signos pueden ser medios de autocorrelación y sistemas de recuperación y reanudación; no son ne­ cesariamente “lenguaje”. M ás tarde pudo desarrollarse un deseo general de descubrimiento de signos, una búsqueda de alguna revelación que lleva a considerar com o mensaje signos destinados a la autocorrelación. Según Berthelot, los textos relativos al huevo filosófico -d ic h o de otro m odo, la piedra de E g ip to - y al dragón que se muerde la cola, uno y otro emblemas del universo así com o de la alquim ia, encierran toda una nomenclatura sim bólica empleada por los adeptos del arte sagrado cultivado en los tem plos de M enfis, es decir, en el tem plo de Ptah, vecino del Serapeum descubierto por Mariette. Según los cronistas bizantinos, Diocleciano había hecho quem ar los libros sobre crisopea y argiropea luego de reprimir con extrema crueldad una insurrección de los egipcios: era una m anera de quitar a los rebeldes las riquezas que les daban la con­ fianza para sublevarse. Pero a pesar de estas exacciones, el dios M ercurio continuaba reinando sobre los lugares altos de las Galias. En Puy-de-Dóm e encontramos una estatua y un templo de Mercurio. M ás al sur, entre Brioude y Saint-Flour, existen com unas llam adas Mercoeur y M ercurette; hay un castillo en ruinas que dom ina Ardes-sur-Couze (Puy-de-Dóm r); se llama Mercoeur y ya existía en 1420. M ás al sur todavía, existe una com una de Mercoeur donde ya se explotaba a fines del siglo x ix plom o argentífero mezclado con mercurio. ¿Cuál es el dios celta al que Mercurio suplantó? La respuesta sigue siendo oscura, pero se im pone con fuerza la i n i a a de una “cap­ tura” : había un dios céltico en estos lugares altos y lur i rem plazado por Mercurio. Sus sortilegios conservaron su fuerza. O bsri valemos solamente 160 Nacimiento de la tecnología que los lugares llam ados Mercoeur y Mercurette no son solo lugares altos, -sino tam bién sitios donde encontramos filones de plom o argentífero de pechblenda, de galena, de pirita de cobre, de estaño y de antimonio. Mer( urio es el dios de los filones. La com una de Mercoeur, en el Alto Loira, es una de las más ricas en minas antiguas. Algunas estructuras de m adera perfectamente conservadas bajo el agua datan de tiempos de los romanos. 1 '1 mercurio, plata líquida, muy apreciado por nuestros ancestros, es más que un metal entre otros metales: sintetiza él solo la suavidad genial de lodas las extracciones metalúrgicas; es un modelo, porque se presta a una metalúrgica quím ica más que física; para extraer el hierro, los antiguos, que disponían de m edios de calentamiento insuficientes, debían recurrir .1 la forja del recipiente para contener las escorias fuera del horno, a fin de poder soldar los fragmentos que solamente habían llegado al estado de pasta; la fusión propiamente dicha del hierro es un procedimiento reciente, prácticamente industrial. C on el mercurio sucede otra cosa porque su punto de fusión, m uy bajo (alrededor de -4 0 °) y su im portante tensión «le vapor autorizan m odos de extracción comparables a los que se utilizan rn la quím ica no metalúrgica. N os sorprendemos por la im portancia que se daba en la E dad M edia y hasta el siglo xvi a la extracción del mercurio, en particular en Almadén y Almadengas, en España; es ahí donde se preparaba el mercurio en la Antigüedad y todavía se lo hacía a fines del siglo x ix por m edio de hornos que contenían una serie de “alúdeles” , vasos de arcilla cocida en form a de pera, que estaban abiertos en am bos extremos, y que form aban, colocados uno detrás del otro, un tubo continuo donde se condensaba el vapor del mercurio; se realizaba el ahum ado del mineral en el horno; los alúdeles ( 1 2 series de 44 elementos cada uno para un horno) hacen las veces de aparato de condensación. D esde 1564 las m inas de Almadén produjeron, según Berthelot, m ás de 100 millones de kilogram os de mercurio; el mi neral de Alm adén es el cinabrio (sulfuro de mercurio). A esta prodtw < tóti se agrega la de Idria, en Iliria, y la del ducado D os Puentes, en llnviria Ahora bien, los usos m édicos antiguos (ungüento de los sarracenos coim a la enfermedad llamada tother), luego los usos científicos o técnicos (de >i a. I<i, am algam as, espejos, barometría y termometría) no parecen podci <-x| >1 1, ai por sí m ism os un consum o tan im portante de mercurio; sin duda hay (jue tom ar en cuenta la investigación alquímica. Este metal exccpi tonal. K.l Curso líquido a tem peratura ordinaria, cjercc todavía hoy una atracción fasci­ nante; existe una “intuición” del mercurio. L o s babilonios tam bién aportaron una contribución im portante a la m etalurgia, así com o a la fabricación de vidrios y metales, a la tintura de tejidos, al tem ple de los aceros; estos conocim ientos eran com unes a los fenicios y a las poblaciones sirias interm ediarias entre E gipto y Babilonia. Se conservaron hasta llegar a los árabes y los persas de la E d ad M edia. Los alquim istas invocaban a profetas persas ju n to con los profetas egipcios. Probablemente debem os a los babilonios el parentesco m ístico entre los metales y los planetas; a partir del siglo v DC, los neoplatónicos, así com o los alquim istas, atribuyen el plom o a Saturno, el electrum (aleación de oro y plata) a Júpiter; el hierro a M arte, el oro al Sol; el bronce o el cobre a Venus; el estaño a Hermes; la plata a la Luna. M ás tarde, cuando el electrum desapareció de la lista de metales, el signo de Júpiter pasó a ser el estaño y el de Hermes, que también había quedado vacante, el mercurio. El punto de partida de los emblemas y de la notación alquímica parece ser el huevo filosófico, signo de la obra sagrada y de la creación del universo: todas sus partes tienen una significación emblemática, cuya enumeración parece ser la primera forma de los léxicos alquím icos. M ás aún, la relación m icrocosm os-m acrocosm os, con correspondencia de todas las partes del m icrocosm os con los elementos del universo, incluidos los signos del zo­ díaco, puede provenir de las doctrinas de Babilonia. Al paradigm atism o fijo e inmutable de las concepciones astrológicas se agrega el aporte de un pensamiento biotécnico más bien m esopotám ico y egipcio: “El oro engendra el oro com o el trigo produce trigo, com o el hombre produce al hombre”. Estas ideas, que estuvieron en vigor entre los alquimistas durante la E dad M edia, ya figuran entre los autores griegos. L os metales pueden brotar y reproducirse por m edio de la siembra; también los remedios, com o las enfermedades que se desarrollan com o epidemias, tienen ese poder am plificador de laautorepi oducción; la cate­ goría esencial del pensamiento alquímico es la de lo tian.sfmito; no supone que haya conservación de una cantidad definida de m aiciia o de energía dada en un origen; por el contrario, se consum a una una creación continuada, con o sin el hombre; pero lo que el hom bir apura con sus técnicas (la maduración de los metales) podría también i onsumarse por 162 Nacimiento de la tecnología sí mism o. L a técnica es con frecuencia una aceleración de los procesos naturales; no hay oposición entre la naturaleza y la técnica. ¿H ay que hablar de difusión o bien de una cierta universalidad de la alquimia com o relación entre el hombre y el m undo? En el siglo m de nuestra era, la alquim ia y la piedra filosofal eran cultivadas en China en tic-mpos de la dinastía de los O u por los m onjes de la secta del Tao. Por otra parte, el arte sagrado de los egipcios, según Z ósim o, habría sido revelado a los judíos a través del fraude; estos lo habrían hecho conocer al resto del m undo. Esta mezcla de ideas hebraicas y orientales que caracteriza i los tres primeros siglos de nuestra era se manifiesta también con gran i laridad en las fuentes gnósticas de la alquimia. Los papiros griegos de Leyden encierran, junto con las ideas mágicas y ilquímicas, ideas gnósticas; el dragón O uroboros es el sím bolo de la obra que no tiene ni comienzo ni fin; se lo menciona en el papiro de Leyden y s u nom bre está grabado en las piedras y talismanes gnósticos de la coleci ion de la Biblioteca N acional de París. Está dibujado y coloreado con el mayor cuidado, con dos o tres círculos concéntricos de diferentes colores, y está asociado a las fórm ulas consagradas: “La naturaleza se complace en la n atu raleza...” . Está provisto de tres orejas que representan los tres vapores sublim ados, y de cuatro pies, que representan los cuatro cuerpos o i netales fundamentales. L a Serpiente que se muerde la cola era adorada en I lierápolis, en Frigia, por los naasenianos, secta gnóstica apenas cristiana. I .os ofitas, una rama im portante del gnosticismo, incluían varias sectas que coincidían en un punto, la adoración de la Serpiente que se veía com o sím bolo de una potencia superior: el alma del m undo que envuelve todo y da nacim iento a todo lo que existe, el cielo estrellado que rodea a los astros; el sím bolo de la belleza y de la arm onía del universo. El elemento macho, el azufre, se relaciona con la salida del sol; el elemento femenino (el mercurio) se vincula con la puesta del sol; la obra (formación del oro) se consum a por medio de su unión, de la cual resulta la im portancia del dem ento herm afrodita (la diosa N eith de los egipcios); la intervención de las mujeres alquimistas (Teosebia, M aría la Judía, Cleopatra la científica) recuerda a las profetisas gnósticas. L a alquim ia apunta a metamorfosear la m ateria en algo mejor: con plata y estaño, se hace oro; “con la arena dividida y el nitro soluble se fabrica vidrio, es decir, algo nuevo y brillante”, dice Eneas de G aza en el Teojrasto, diálogo neoplatónico del siglo v. La 163 Curso alquim ia consum a también la diplosis (él desdoblam iento) del oro y de la plata: se trata a la vez de una ética y de una biotecnia de los elementos. Conclusión sobre el hermetismo. Las técnicas primitivas corresponden a u n a cadena más que a un sistema cerrado en el cual la producción se realiza a ciencia cierta como un efecto del trabajo y de la operación tom ada en sí misma. Las técnicas de pesca, de caza, de recolección son técnicas amplias y abiertas: es la naturaleza la que produce y reproduce y el hombre solamente interviene en ciertos puntos de la cadena, y a veces en uno solo. A lo largo de esta cadena, la espontaneidad y la productividad de la naturaleza son las que aportan la amplificación; el hom bre siembra, en el m om ento adecuado, en un lugar favorable; luego cosecha, cuando las plantas han crecido; el hombre guía el rebaño; pero el rebaño se reproduce y se alimenta por sí mism o; el hombre pone el señuelo y arroja la red en el buen m om ento y en el lugar justo. l a prim era técnica es el arte de los encuentros felices entre el hom bre y la naturaleza; el hombre tom a más de lo que produce; es la naturaleza y no el hom bre la que produce; pro­ duce según sus ciclos, sus tem poradas, su ritm o; en un cierto m om ento, el río inunda las tierras; después de ese tiem po es que hay que arrojar la simiente, cuando las aguas se retiran. El kairos es esencial; de allí viene la im portancia del calendario en la sucesión de los trabajos y los días. Poco a poco, con el perfeccionam iento de las técnicas, se produce la cerrazón. En las técnicas cerradas y estrechas, el trabajo se convierte en continuo tanto para la cría dom éstica com o para la preparación del suelo, la escarda, las m ejoras del suelo y la irrigación artificial. El kairos, la ocasión favorable, la tem porada, la luna, el lugar, la hora, se convierten en menos fundam entales; la productividad de la naturaleza es rodeada p o r el trabajo hum ano, tan continuo o m ás continuo que ella. N aturaleza y técnica, poder productor am plificador y trabajo se convierten en actividades paralelas y contem poráneas una de la otra; ya no hay un fondo continuo que am plifique la naturaleza sobre el cual el hom bre inicia un proceso del cual luego recogerá los productos; en las técnicas am plias, la productividad era extra-hum ana; cuando las técni­ cas se cierran (cultivo, horticultura), la productividad se asocia con el trabajo; el cam po cerrado, el jardín reemplazan a la nal m aleza salvaje y abierta que hay que esperar y tomar. L a realidad dom estica, cultivada, 164 Nacimiento de la tecnología m ultiplica los encuentros entre la naturaleza y el hom bre, y disminuye su carácter decisivo, expresando el carácter relativamente aleatorio e independiente de la naturaleza. El herm etism o aparece en el transcurso de este proceso de cerrazón y lo aplica a todos los dom inios, enseñando a domesticar las sustancias naturales en lugar de capturarlas en estado nativo; el hermetismo busca obtener una sustancia por transmutación de otra com o se produce una variedad a partir de la especie salvaje para la agricultura y la cría. Los me­ tales nobles se pueden obtener a partir de especies menos raras gracias a una suerte de siem bra y de cultivo, por ejemplo, por fermentación en un medio cerrado, o por purificación; la destilación actúa com o una especie de selección. Los egipcios quizás hayan pensado que podían obtener oro a partir de otros metales, com o habían aprendido a domesticar numerosas especies animales. El alquim ista coloca en el interior de su horno, de su cuerno, la espontaneidad de la naturaleza; cubre y protege dicha espontaneidad, pero la conserva, porque continúa produciendo y engendrando; n o es el hom bre el que produce mediante su accionar sobre una m ateria que sería pasiva e inerte; es preciso que la sustancia continúe viviendo den­ tro del cuerno. A sí se pueden asociar en el arte sagrado la preocupación por el respeto del tiem po y del lugar, inserción en el cosm os, y la del (rabajo riguroso, de la operación del potetes-, el ritual operatorio asegura el vínculo entre el hom bre y aquello que no depende de él, gracias a una interacción que vincula am bas actividades. Así com o la productividad y el poder generador pertenecen a la naturaleza, el laboratorio sigue siendo un m icrocosm os protegido por el hom bre pero acoplado al m acrocos­ mos; por el contrario, cuando la técnica actúa sobre una m ateria prim a inerte, pasiva, y obtiene con certeza un efecto que depende de un único encadenam iento, com o en la mecánica, las condiciones del hermetismo se ven tecnológicam ente superadas; el herm etism o corresponde al m o­ mento en que la operación hum ana debe desarrollarse para garantizar la correspondencia, con conservación de la vida y com unicación, entre m acrocosm os y m icrocosm os; el hermetismo corresponde a las técnicas que se cierran pero que conservan un acoplam iento necesario con el carácter aleatorio y product ivo de la naturaleza; el estatuto del operador refleja el carácter de este ai opljn iien to excepcional. 165 Curso A partir de dicho punto de vista, es posible examinar las tentativas re­ cientes de formalización de las técnicas que se inspiran, en cierta m edida, en la lingüística y el estructuralismo. Estas tentativas son interesantes por­ que desprenden conceptos tales com o el de código; pero podem os constatar que se aplican más particularmente a las civilizaciones premaquínicas y a técnicas tales como la agricultura; una técnica está dada, tal herramienta im portable será o no utilizada según se pueda (o no) insertar en el código que constituye la técnica establecida, por lo que el código es com parable con una grilla que acepta o rechaza. D e hecho, el formalismo o estructuralismo supone que se generaliza en todas las etapas del desarrollo de una técnica lo que es cierto de las etapas en las que la conjunción de la productividad de la naturaleza y del trabajo hum ano im pone la existencia de un código; cuando esta conjunción no es necesaria, el código es difuso o se borra; el efecto de “grilla”, que resulta de un código que permite la congruencia, ya no es esencial. E n este caso, por otra parte, no es el m aqum ism o el que introduce un corte; para las técnicas prim arias (caza, pesca, recolección), la cerrazón se produjo bastante antes de la aparición del m aquinism o; las técnicas preagrícolas y prepastorales, que no im plican el control constante de la productividad natural por m edio de la intervención hum ana, no conocen sino bosquejos de código; m ás que un código, existe entonces una ley que proviene de la naturaleza, del clim a, de la etología de las especies salvajes en relación con el m edio abierto; el conocim iento de esta ley perm ite a las intervenciones hum anas, raras pero decisivas, ser eficaces; la caza de las especies salvajes im plica el conocim iento, y de alguna m anera la presciencia, de las m igraciones de los rebaños, que no tienen lugar todos los años estrictamente en la m ism a fecha (ejemplo: la caza del caribú); en este caso, es la naturaleza la que hace la ley, o incluso la que im pone sus decretos sin una regularidad absoluta; basta con que uno solo de los m iem bros de la com unidad hum ana sea consciente de estos decretos siempre parcialm ente nuevos para que se capture la ocasión favorable. El rol del jefe, en su unicidad, es e l de presentir estos m ovim ientos im perfectam ente regulares de la naturaleza y dirigir a los hom bres hacia el m om ento justo. Es necesario que el j e l e participe en la naturaleza tanto com o en el grupo que dirige; debe d r ln lar y predecir incluso lo aleatorio, y sem ejante predicción no p u n ir sn rlccto del uso 166 Nacimiento de la tecnología de un código; la participación en la naturaleza abierta no es com pleta­ mente form alizable. Para que el código aparezca, es preciso que se instituya la regularidad del intercambio entre naturaleza y hombre: es lo que se produce cuando la do­ mesticación de las especies trae la regularidad, como en un jardín cerrado, de la reproducción y del crecimiento de las especies cultivadas o doméstit as; gracias al trabajo hum ano continuo que reemplaza las intervenciones espaciadas en medio abierto, el medio cerrado suministra de m odo regular ,i las especies dom ésticas el alimento, la bebida, la irrigación, la protección contra los vientos y las heladas: el microcosmos técnico presenta menos ■I factor de lo aleatorio que el m undo abierto; las irregularidades de las i em poradas, del tiempo, de las lluvias, de las crecidas se ven compensadas por ciertas reservas y protecciones; el hombre juega un rol hom eostático Itara las especies que él domestica y cultiva; este rol homeostático interviene incluso en el proceso de su reproducción, por previsión, de m odo que las oscilaciones del ecosistema, que provienen de la interacción entre especies, son m enos fuertes. Es gracias a esta estabilización que se puede aplicar un >ódigo, porque el código implica repetición, iteración, prqvisibilidad; y al mismo tiempo el código es necesario para que dicha estabilidad sea posible, porque establece la posibilidad de la comunicación constante entre dos realidades en sim biosis, la especie dom esticada o cultivada y el hombre <|iie la asiste y explota previendo su desarrollo, sus necesidades; ya n o es la naturaleza sola la que hace la ley; hombre y naturaleza domesticadas encuentran un código com ún y una vida regular. El jefe único, atento a los m ovimientos aleatorios de las especies, ya no basta; el aumento del I I abajo continuo que im plica la domesticación o el cultivo dem anda la participación de un gran número de operadores; incluso allí el código es dicaz porque puede ser propagado, com unicado, y da una form a de saber y de acción hom ogénea para todos los agricultores o todos los pastores y i riadores de una m ism a región. Se puede plantear la hipótesis de que el desarrollo del lenguaje entre los hombres resulta en parte del estableci­ miento de un código único de relaciones entre naturaleza y hombre; este código, que es técnico, es generador en relación con el lenguaje que sirve para enseñarlo y propagarlo. En la m ecánica, donde el hombre ejerce su acción sobre una materia pasiva, hom ogénea y constante, la existencia de un código ya n o es 167 Curso necesaria, porque el hom bre solo hace la ley y no existe m ás sim bio­ sis. E l operador actúa de m od o libre gracias al determ inism o de una m ateria que no tom a iniciativa y gracias a ciertas propiedades, pero no necesidades, porque la m ateria no está viva. C u ando nos preguntam os por qué la m ecánica, tan desarrollada en la A ntigüedad con la Escuela de A lejandría -a l punto de poder fabricar au tóm atas- no dio origen sin embargo a m odalidades culturales extendidas, mientras que la agricultura y la crianza sirvieron de fuentes de normas y de m odelos de inteligibi­ lidad, podem os buscar una explicación en el hecho de que la mecánica, cosa totalm ente humana, al no instituir un diálogo con la naturaleza, no descansaba sobre un código y por lo tanto no tenía valor generativo com o m odelo cultural. Solam ente cuando la m ecánica fue utilizada para instituir una relación regularizable con la naturaleza a través del trabajo de explotación, por ejemplo en las minas, fue fuente de cultura (sobre todo a partir de comienzos del Renacimiento). La mecánica, sin la relación con la naturaleza y sin el trabajo hum ano (mecánica no relacional, sin código) produjo, al m ism o tiempo que los autómatas, las m últiples tentativas para inventar el perpetuum mobile. La m ecánica se vio provista de un código con la ley de conservación del movimiento y la ley de conservación del trabajo; el código de la relación mecánica entre el hom bre y la naturaleza, establecido en el siglo xvii, m anifestó entonces un poder considerable de expansión cultural porque allí se producía la cerrazón; más tarde, las leyes de la term odinám ica y la ley generalizada de conservación de la energía prolongaron dicha expansión cultural y permitieron com prender por qué no era posible el perpetuum mobile. L a noción de trabajo, en­ tonces, tiene un sentido tanto para el objeto y la m áquina com o para el operador; el código es el de la econom ía de una relación entre términos parcialm ente homogéneos que constituyen un m ism o sistema. A sí com o el herm etism o era, en la A ntigüedad, un intento de generalización a lo no viviente del código elaborado para establecer la correlación entre el hom bre que trabaja y las especies vivientes, el m arxism o, en el siglo xix , puede aparecer com o el prim er intento para extcndri il hombre, por interm ediación del trabajo, el código elaborado en la irl.n ion entre la naturaleza no viviente y el hombre a través de la máquina. Pero el m aqum ism o no es toda la técnica; el dr.u ubi im icnto de la eficacia de los m k.rooi¡'.m ism os en el cam po técnii <> (I'.imcui) ofreció 168 Nacimiento de la tecnología nuevas bases a la relación entre las especies vivientes y el hom bre; ade­ m ás, el desarrollo de una industria más poderosa desarrollada por una especie h u m an a m ás num erosa redujo progresivamente la reserva de naturaleza salvaje; en nuestros días, la Tierra en su conjunto aparece cada vez m ás com o un jardín cerrado; no solam ente la atm ósfera de las ciudades, sino la atm ósfera en su conjunto y todos los océanos están o pueden estar contam inados; el uso de pesticidas m odifica las especies vivientes en el m undo entero en lo que concierne a su m utuo equilibrio; los antibióticos ya han m odificado generaciones de m icrobios. Se está desarrollando un nuevo herm etism o com o consecuencia de esta nueva cerrazón del m acrocosm os; sus líneas todavía son difusas; contienen tanto térm inos de la ciencia ficción com o preocupaciones estratégicas; tiende a devenir, si no un arte sagrado com o el prim er herm etism o, al m enos un m on opolio de grandes potencias que buscan prever su porvenir. Al m ism o tiem po, y com o consecuencia de la saturación de la T ierra que se convierte en un m icrocosm os, el cosm os real es más vasto para las técnicas; la dim ensión sublunar, poblada de satélites en funcionam iento, ya casi está vinculada con el m icrocosm os; durante el verano de 1969, los estadounidenses de la n a s a se preocupaban p o r no perm itir que pudieran traerse a la Tierra m icroorganism os provenientes de la Luna. C ad a uno de los tres herm etismos corresponde al m om ento de una cerrazón que generaliza por anticipación; el de la Arntigüedad descendía de lo viviente a lo inorgánico; el del siglo x ix subía desde la energética de las m áquinas y de la econom ía de la producción y del consum o hacia el hom bre com o trabajador, pero tam bién com o ser social y com o fun­ dador de superestructuras culturales; el hermetism o que se bosqueja en el horizonte es m ás bien transductivo y procede según un movimiento horizontal de extensión por generalización y estudio de las interacciones en un sistem a de estados múltiples de equilibrio, con efectos de reacción circular, de am plificación, de autoamplificación (escalada) o de autoestabilización. L a teoría de la inform ación, la teoría de las com unicaciones y sobre todo la cibernética le aportan m odelos de inteligibilidad. El prim er hermetismo era faraónico; el segundo, que provenía de la herram ienta a t ravés de la mecánica, estuvo i ri i i del trabajo; ¿cómo se situará el tercero? Q uizás en una relación d¡alé< 1 ,1 con los dos precedentes. 169 Curso Si retomamos el m ovim iento de cerrazón, o saturación, supuesto por la resonancia interna de un sistema, y que desem boca en tres formas del hermetismo —descendente para la Antigüedad, ascendente para el m o­ vimiento filosófico que, iniciado en el Renacimiento, se desarrolla en el Siglo de las Luces y lleva a la teoría marxista, finalmente transductivo en la época contem poránea-, podem os ver que el basamento social de estas form as de pensam iento no es para nada contingente: presenta un sentido en relación con el proceso m ism o de generalización que desem boca en la cerrazón. El hermetismo del arte sagrado, suerte de m onopolio de Estado, se ubica en el punto de vista del poder más alto posible; reivindica también la m ayor antigüedad; por ciertos aspectos, se presenta com o operando el m ovimiento de descenso de lo divino a la existencia, de la contemplación en la operación; desciende de lo pensante a lo viviente y de lo viviente a los minerales, volviendo a encontrar una fuerza divina incluso en lo mineral. L a mecánica, por el contrario, opera un ascenso, una construcción progresiva; lo que le hace falta a la mecánica es una base, el fundam ento de la roca firme e inquebrantable, certum quid et inconcussum. Después de haber interpretado, en el siglo xvn , el funcionam iento del organismo viviente en términos de mecánica, y luego de haberlo hecho también en el siglo xviii para los movimientos del alma y los sentimientos (materialismo aplicado al individuo entero, pero solamente al individuo), la hermenéu­ tica mecanicista, reforzada por el progreso de las técnicas y traduciendo las m odificaciones que aportó en la sociedad la introducción masiva del m aquinism o, elevó su construcción hasta las relaciones económicas, las relaciones sociales concebidas com o relaciones entre clases, y finalmente hasta las superestructuras culturales, que constituyen com o el espíritu de la sociedad. Es que la mecánica es elemental —o m ás bien elementarista—en sus procedimientos y su sistem a de control; parte de una materia prim a pasiva sobre la cual opera, p o r m edio de la herramienta, y que luego se convierte a su vez en herramienta; este trabajo se const iiuye por capas de abajo hacia arriba; el hermetismo mecanicista reemplaza el hermetismo sagrado y finalmente lo expulsa, inspirándose en el origen del hermetismo antiguo, para llegar al descubrimiento de los principios (prueba y puri­ ficación absoluta por medio de la duda, comparable .1 l is pruebas a las cuales los alquim istas sometían a los metales: el nivel rerniphiza la piedra de toque). L a ambición mecanicista es tan potente com o !,i de los anti170 Nacimiento de la tecnología j’uos hermetistas; permite rechazar todo estatuto ancilar del pensamiento filosófico, técnico y científico, y en consecuencia rechazar todo lím ite y toda separación en dom inios de tipo escolástico. Pero luego de haber rechazado la limitación que prohibía al enciclopedismo y la cosmicidad, y haber llegado a los principios (las naturalezas verdaderas e inmutables), lo que im plica un realismo del pensamiento, el mecanicismo, en lugar de presentarse com o aquello que recibe una tradición, o que extrae su fuerza de un poder que viene de arriba, avanza de m odo ascendente; esencial­ mente, progresa y sube. Este progreso, ese ascenso a partir de una base de principios en el siglo x v n , social en el siglo xix, constituyen la antítesis de la conservación y del descenso esenciales al hermetismo sagrado; el m ecanicismo solo podía existir rechazando la escolástica, que prohíbe la metábasis de nivel en nivel; pero el movimiento de su mctábasis, de sus « am bios de plano y de orden de m agnitud es la inversa del movimiento descendente del hermetismo antiguo; en lugar de animizar incluso a los minerales, mecaniza incluso al espíritu; lo que tiene de com ún con el hermetismo antiguo es presuponer que el movimiento de transferencia jniede consumarse por completo, sin límites ni barreras. Este radicalismo le permite reconstruir el m undo a partir de los principios m ás elementa­ les, es decir, ir desde lo pequeño hacia lo grande, desde una organización inanipulable y construible hacia organizaciones de nivel superior. Estos dos sistemas de interpretación suponen que la realidad es continua, sin vacíos, totalmente ligada; este postulado de la continuidad es com ún al hermetismo antiguo y al mecanicismo; si la divinidad cósmica, a través de los influjos, com parables a los rayos del sol, no solo actúa sobre las sociedades y los hombres en su destino individual, sino que también lo hace sobre los granos de arena y las hormigas, entonces se puede utilizar esta continuidad com o una escala para subir, y llegar a pensar la creación del m undo a partir de la mecánica; el hermetismo antiguo buscaba sobre todo organizar bien el m icrocosm os a partir del m acrocosm os, colocando el m icrocosm os bajo las influencias más favorables del m acrocosmos. La mecánica, a partir del m icrocosm os de la experiencia razonada y de la m áquina simple, se da com o tarca rehacer el m undo, no solamente en idea sino en la realidad. Descaí le s pensaba que el hom bre se podía hacer prácticamente inmortal por medio del progreso del saber relativo a la organización y al funcionamiento del < nerpo. 171 Curso L os valores de progreso son esenciales al desarrollo de la doctrina m e­ canicista en sus diferentes fases, reemplazando los valores de conservación del herm etism o antiguo; el prim er progreso es aquel interior al individuo que piensa, construyendo el cuerpo del saber que va desde los principios hasta las consecuencias: es un progreso comparable al de las matemáticas y las ciencias deductivas; la segunda form a es la que volvemos a encon­ trar en el siglo xvm , com o progreso del individuo entero, incluyendo no solamente la reforma del entendimiento sino también la de la afectividad y las costumbres; en Rousseau, el autor quizás m ás alejado en apariencia de los “filósofos” del siglo x v m , al hom bre se lo fabrica: el pedagogo es el alquimista que, partiendo del homunculus niño, desemboca en un hombre adulto sin m ácula, en un hombre rigurosamente puro. Finalmente, en el siglo x ix e incluso antes del m arxismo, en las diferentes doctrinas socia­ listas, vemos desprenderse un movim iento de génesis del grupo humano completo, que incluye no solamente a la m ujer y al niño de los países civilizados, sino también a toda la hum anidad. El progreso no siempre tuvo el m ism o foco de los siglos xvn al xix, puesto que se extendió desde lo que es más pequeño que el individuo hasta lo que es m ás grande que él, pero reina todo a lo largo del movimiento de ¡deas que provienen primero de la mecánica y luego del m aqum ism o. El carácter hermético existió desde el comienzo aunque relativo a la iniciación com o introducción a la visión de los principios; pero la cerrazón no se ha consum ado sino en etapas: el cartesianismo se presenta como participable, en derecho y directamente po r todos, de m odo individual; en el Siglo de las Luces la cerrazón ya está más acentuada; son los pequeños grupos, salones o clu­ bes, los que propagan la creencia en el progreso, un poco al m odo de las sectas (la francmasonería). En el siglo x ix , con el socialism o y sobre todo con el m arxismo, la cerrazón se com pleta al m ism o tiempo que conserva un sentido colectivo: no es cualquier grupo, en un m om ento cualquie­ ra, el que puede devenir revolucionario; es necesaria la presencia de las estructuras de recepción; de allí la necesidad de la rel.u ion entre clases; el sistem a de cerrazón es la clase, lo que lleva a un p io g irsi. no continuo sino dialéctico, y entonces relativamente discontinuo y rvrniualm ente desincronizado entre los diferentes grupos humanos; la ncpaiividad es una reaparición de lo discontinuo en un movimiento <lr ¡ un,am iento que suponía en el origen lo continuo; el marxism o es el léi miun > Miemo del 172 Nacimiento de la tecnología m ecanicism o y del m aqum ism o, pero ya señala un nuevo aspecto en la m edida en que integra lo discontinuo, y anuncia un nuevo hermetismo casi tanto com o consum a el mecanicismo, de m odo que quizás habría que considerar al socialismo com o el desenlace m ás directo del progreso m ecanicista (Fourier, Saint-Simon, Lamennais). A través de todo esto el marxism o anuncia el hermetismo contem ­ poráneo, ya que asigna un rol a la acción transductiva, por propagación horizontal, en el progreso de transformación (concebido com o proceso revolucionario): si la revolución se consum a en un país en donde las con­ diciones lo permiten, ese país puede luego ejercer una acción sobre los países vecinos, no exactamente de abajo para arriba (eso sería un retorno al hermetismo de tipo faraónico) sino de algún m odo lateral. Este tipo de acción por propagación horizontal es lo que constituye la esencia del hermetismo contemporáneo; el esquematismo cibernético constituye su formalización m ás clara; ya no se trata de un monopolio del Estado o de una fuerza colectiva indefinidamente extensible hasta la universalidad real, sino de la constitución de una red de grupos restrin­ gidos —eruditos y técnicos—que presienten el porvenir de la humanidad en relación con toda la biosfera, con los recursos naturales en materias y energía, e incluso con un cosmos ampliado; la marca del carácter transductivo en el interior de esos grupos es su heterogeneidad científica y técnica interna; un organismo tiene necesidad de una pluralidad de funciones y de órganos adaptados a las realidades diferentes entre sí; ahora bien, un verdadero grupo de investigaciones contemporáneo se com pone de espe­ cialistas que pertenecen a cam pos diferentes pero pasibles de ser puestos en correlación, com o el grupo del que surgió la cibernética. En síntesis, cada técnica es relativamente libre hasta su constitución com o sistem a hombre-naturaleza cerrado, con un código (la recolección antes de la agricultura, la mecánica antes del m aquinism o, la biología del siglo x ix antes de la cibernética y la etología, de la biotécnica de los fisiócratas hasta Spencer). Luego viene la cerrazón, que es una constitución en sistema, y que es el reflejo en el pensamiento del nacimiento de un código de correlación que permite al sistema hombre-naturaleza funcionar en estado de resonatu i;i interna. 173 Curso S O B R E L A T E C N O L O G Í A A L E JA N D R IN A (1970) Añadimos aquí, como suplemento a “El nacimiento de la tecnología”, un texto preparatorio para una conferencia defebrero de 1970 en el seminario de doctorado consagrado a la tecnología. Alejandría fue, alrededor del año 300 a c , el punto de encuentro de ciertos conocim ientos técnicos operatorios separados (prácticos) y de la teoría m atemática (o reflexiva y contemplativa). E sta ciudad, una de las más florecientes de la antigüedad, realizó una síntesis de hecho de la agrupación inductiva y del poder deductivo. Y agregó a las técnicas y a las ciencias la tecnología, un logos que se desarrollaba a través de las teknika. E n mecánica, las m áquinas sim ples, separadas unas de otras, al consti­ tuir algo así com o otros tantos m edios que se ignoraban (palanca, rueda, cuerdas convergentes...) eran utilizadas por los antiguos egipcios y los babilonios. L a tecnología reem plaza a la técnica cuando estos m edios separados están verdaderamente coordinados y com binados de m odo de actuar de m anera sinérgica; un torno o un cabestrante son al m ism o tiem po una palanca (una pluralidad de palancas), una rueda o un ro­ dillo, una polea con cuerda. El logos es esta organización de la m áquina y no solo la adaptación calculada de alguna de las partes a las otras; porque las partes preexistían dentro de las técnicas y no se convierten verdaderam ente en partes sino por la invención que estructura la si­ nergia. Prender fuego a navios negros concentrando sobre ellos, desde distintos puntos de las m urallas, haces lum inosos provenientes del sol y que se reflejan hacia allí, es operar igualm ente una síntesis actual: se dice que A rquím edes había com enzado sus estudios en A lejandría y estaba anim ado por el ejem plo m atem ático de Euclides. Los ingenieros de A lejandría, C tesibio, H erón, fabricaron m áquinas (bom ba aspirante y com presora de C tesibio, autóm atas term o-neum áticos o mecánicos de H erón) que im plican la síntesis de varios funcionam ientos, a veces controlándose unos a otros, a veces incluso reversibles o autolim itados. Aquí debem os ver no un divertim ento destinado a los príncipes, sino la capacidad de desarrollo interno de una obra que va poi m edio de la 174 Nacimiento de la tecnología invención de m áquina en m áquina, com o las m atem áticas van de teo­ rema en teorem a. L a colección de las m áquinas form a un Corpus, tiene un sentido tecnológico y posee en reserva desarrollos ulteriores (prensa hidráulica, bom bas de fuego, m áquina atm osférica, m áquina de vapor, luego reguladores de diversas especies, escalonam ientos de umbrales, m ontajes llam ados cibernéticos). En quím ica, la tecnología también es un aporte alejandrino para nues­ tras civilizaciones; los egipcios, los rom anos conocían m uchas técnicas aisladas: extracción de un metal, fabricación de un ácido, de una base. Pero el hermetismo vuelve a vincular estas operaciones unas con otras, las hace converger estableciendo entre los diferentes cuerpos y los diferentes estados de los cuerpos una comunicación o conmutación que hace que, a través de un cuerpo, se pueda actuar sobre otro, por ejemplo desplazarlo desde uno de sus compuestos. El hecho de que lo que sucede en el cuerno sea análogo de lo que pasa en el m undo (encastres analógicos del cosm os, del laboratorio, del cuerno) y que se ejerzan fuerzas entre estos análogos (decanos, influjos, hipoliturgos), hace a la quím ica muy comparable con la física: cuando los espejos de Arquím edes concentran la luz del sol en los navios romanos que asedian Siracusa, un teknikon que tiene la dim ensión del H om bre, manipulable, es quien establece la comunicación entre el sol y un barco a la distancia. El hermetismo supone que semejantes comunicaciones y acciones son po­ sibles en el cam po de los cam bios de estado y de combinaciones o análisis de los cuerpos. La idea de que la quím ica estudia las acciones a muy corta distancia es reciente; por otra parte, es parcialmente insuficiente: una irra­ diación puede m odificar una reacción, a veces iniciarla, o darle la energía necesaria (acciones protoquím icas, fotosíntesis). Sim plem ente podem os decir que la alquim ia es una m egaquím ica, mientras que la quím ica de los siglos x viil y xrx se ha definido com o microquímica. E sta m egaquím ica im plica tam bién acciones de sustancias molidas, mezclas, que por lo tanto son acciones microquím icas. Pero en tanto q u e tecnología, envuelve la acción a distancia tanto com o la acción inm ediata, y no parece establecer una frontera entre los dos tipos de acción. E sta tecnología se at en .1 a la de la utilización de los cam pos (luz, cam po electromagnéi i< o) y do la quím ica de los núcleos m ás que de la quím ica de la corona rln trónica; pero no tenía a su disposición 175 Curso sino m edios relativamente insuficientes (calor, destilación); sin embargo, ha engendrado, al menos, la iatroquímica, que actúa sobre el ser vivo con algunos m iligram os de sustancia activa, de m odo eventualmente no tópico, por ejem plo per os2. 2 Vía bucal [N . de los '!'.] 176 A RTE Y N A TU R ALEZA (EL D O M IN IO T É C N IC O D E LA NATURALEZA) ( 1980) Este texto es un resumen del curso del año 1980 para los estudiantes delprim er ciclo de París V I )escartes considera la vocación del hombre como la de convertirse en .uno y poseedor de la naturaleza. M alebranche retoma esta m ism a idea milizando la expresión “contramaestre de la creación”, lo cual es acorde • on su doctrina de la creación continua. Ya antes del cartesianismo encontramos en el Renacimiento italiano un esbozo del gusto por la artificialidad (jardines con autóm atas acciona­ dos m ediante energía hidráulica) y por la conquista técnica por parte de ináquinas artificiosas” (Ramelli). Leonardo da Vinci, en sus Cuadernos, Imsca los m edios para desplazarse debajo del agua (boceto de escafandra) y para volar por m edio de m áquinas o de alas atadas a los brazos. Este sueño de conquista de los elementos y las dimensiones generalmente fuera <Id alcance del hom bre no es algo estrictamente nuevo; en la Antigüedad, li >s sofistas habían exaltado el poder de la práctica de las técnicas y habían considerado que saber coser uno m ism o las propias hypodemata era un .u io noble; las conversaciones de Sócrates con los artesanos, los m odelos que él extrae de las artes (por ejem plo, la definición del pescador de caña y el arte de atrapar a los jóvenes i ú os que atribuye a los sofistas) lo acercan 177 Curso ■ de hecho a los sofistas, porque hace penetrar en el c am po de la reflexión los esquemas de las técnicas, que antes de él habían sido abandonados a los esclavos o libertos que llevaban adelante las operaciones necesarias para la vida cotidiana. Es lo que hay de menos platónico en Sócrates, y quizás lo m ás innovador. Los sofistas veían en el desarrollo de las artes y en las invenciones un resultado de la creatividad hum ana que perm itía el progreso de las civilizaciones. Antes de ellos, la invención se consideraba un robo a los dioses (Prometeo), un acto de audacia excesiva y punible (com o ícaro que, con las alas fabricadas por D édalo, se había acercado dem asiado al sol y sus alas, pegadas con cera de abejas, se habían soltado porque la cera se había derretido, precipitándolo al mar). Los epicúreos veían tam bién en las invenciones hum anas un producto del esfuerzo hum ano que permitía el progreso de la civilización. Para Lucrecio, es un D ios quien se atrevió a levantar primero su m irada hacia el cielo y desafiar a los Dioses, en lugar de ceder al miedo. L os alquimistas habían intentado domesticar a la naturaleza capturan­ do la clave de estas operaciones, por ejemplo, la clave de la generación (fabricación del homunculus)', para ello, buscaban retirar la quintaesencia de las sustancias por medio de la destilación (alam bique), y capturar las energías naturales (recoger el rocío en lienzos y retorcerlos para tener rocío en estado líquido en un frasco —ver el Mutus Liber y el Tratado simbólico de la piedra filosofal: Lege, lege, perlege, ora et inuenies1). Se suponía que la ferm entación dentro de un cuerno sellado im itaba la gestación ( Mutus Liber)-, los alquim istas buscaban entonces fabricar técnicamente la vida a partir de operaciones artesanales comparables a las de la metalurgia prim itiva, la preparación de los alim entos (destilación del vino para obtener alcohol, cocción, disecación) o incluso ciertos m odos culturales (recolección del rocío en la m adrugada). En nuestros días, seguim os buscando realizar técnicamente la síntesis de la vida, por ejemplo por m edio de procedimientos físico-quím icos análogos a la fermentación de los cristales en el agua sobresaturada que queda luego de la cristalización, a partir de una suerte de inseminación por m edio de mi gn men cristalino 0 de una im pureza que inicia la transformación d<- I-\ d irig ía potencial; las hipótesis físicas de formación de las primeras forma'. dr lo viviente se 1 “Lee, lee, lee hasta el final, ora, y encontrarás” (N. dr I' ) 178 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) encuentran reunidas y descriptas en la obra de O parin sobre los Orígenes de la vida , texto traducido por Gavaudan (de Poitiers); encontram os allí el resumen de las experiencias de morfogénesis experimental e igualmente, y sobre todo, la interesante hipótesis de los coarcevados; n o se supone que la vida se produzca pasivamente, por m edio de simples condiciones exteriores del m edio (temperatura, atm ósfera primitiva rica en metano, pobre en oxígeno, irradiación solar), sino que se supone que utiliza ener­ gía potencial e invoca fenóm enos y procesos de automantenimiento y de am plificación2. Actualmente, luego de los estudios de biología molecular (Jacob, M onod, Lwoff) y el análisis del efecto y de los procesos del código genético (codones, procesos de autoreparación, replicación, a d n y a r n mensajero), la síntesis técnica de la vida bajo sus formas m enos complejas (virus filtrante) no se nos presenta com o completamente impensable. C orrelativam ente a la volun tad de dom inio de la N aturaleza, el pensam iento cartesiano corresponde a una simplificación reductora de la N aturaleza e incluso a una negación de la Naturaleza com o original y separada del arte —m uy lejos de que el arte sea concebido como una im itación de la Naturaleza—. Esta reducción es el sentido profundo del m ecanicism o; los procesos de lo viviente son concebidos al m odo de aquellos de los autóm atas de prim era especie que se conocían en el siglo x v i i y que eran análogos a lo que será por ejemplo, en el siglo x vn , el pato de Vaucanson, que im itaba el paso, el m odo de comer, la trituración interna de la com ida, la expulsión de los desechos; naturalmente, el pato de Vaucanson no puede sino imitar la digestión; de hecho, tritura el ali­ mento mecánicamente, pero no asimila ni es sede de ningún fenómeno m etabólico ni de asimilación ni de desasimilación; ni siquiera es sede de transformaciones termodinámicas (siglo x ix ) que den la apariencia, aunEn este sentido, ver la síntesis realizada por Gilbert Simondon de esta obra para la Revue philosophique, 1968 y La individuación a la luz de las nociones de formay de información (Buenos Aires, Cactus, 2015) la tesis L’Individu etsagenése physicobiologique, en particular el uso de la noción de equilibrio metaestable, opuesta en su principio a todo empleo termodinámico o mecánico del equilibrio estable, que conduce solamente a una morfogénesis más aparente que real (la esfera como forma de equilibrio de una gota de agua en suspensión en el aceite; Gestaltpsychologie que toma modelos físicos extraídos de la distribución de cargas eléctricas sobre un cuerpo i otulm toi...). (N. de E.). 179 Curso que burda, del empleo de energía metabólica, com o por ejem plo sucede con las com bustiones lentas por catálisis, de rendimiento m ás elevado que las com bustiones vivas, o las fermentaciones aeróbicas y anaeróbicas estudiadas por Pasteur. Descartes reduce los fenómenos metabólicos a fenóm enos físico-químicos: la fermentación de los alimentos produce calor animal (no tiene en cuenta los vegetales y los animales de sangre fría), y este calor animal, com parable al de una pila de estiércol, es más elevado en el centro del organism o que en la periferia, como sucede en un m ontón de estiércol o un trozo de heno húm edo; es en este punto central m ás cálido del organism o donde se encuentra, precisamente, el centro concebido a la manera de las calderas -m o to r a vapor primitivo (eolípila de Herón de Alejandría, bom bas de G iam battista D ella Porta y de Salom on de Caus antes de Descartes)—; es el alba de la term odinám ica com o demostración de laboratorio, mientras que las realizaciones indus­ triales serán más tardías: H uygens y su “cilindro de pólvora” , m ostrado a Colbert; D enis Papin y su bom ba de fuego, luego New com m en, Watt; la teoría científica de la transformación term odinám ica solo intervendrá en el siglo x ix con C arnot (rendimiento teórico m áxim o, T 1 -T 2 /T 1 ) y Clausius (transformación term odinám ica en círculo cerrado, lejos de la degradación de la energía y del aumento de la entropía en el transcurso de las transformaciones de un sistema cerrado; serie convergente e irreversible de las transformaciones, evolución de un sistem a cerrado hacia el nivel m ás bajo de energía potencial, es decir, hacia un estado estable). En esta alba de la termodinámica, el Arte no estaba completamente disociado de la Naturaleza; reflexionamos sobre el poder m otor del fuego de igual m odo que reflexionábamos sobre la fuerza de los vientos, de las aguas, sobre la capacidad de gestación de la Tierra-Madre (Lucrecio: vigetgenitabilis aura Favoni-, el Favoniús es un viento que sopla en primavera). Por otra parte, Lucrecio dice reserata viget genitabilis aura Favoni', lo que im plica una cierta concepción de la energía potencial debida a una larga contención del viento durante el invierno que todo lo bloquea, hiela las energías pero les permite almacenarse (noción actual de los < n los biológicos). 3 Ernout traduce: “ [...] rompiendo sus cadenas retoma vi|?,ui rl aliento que fecunda del Favoniu.s'" (Pe Rcrum N atura, I, 11) (N. de I ) 180 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la -naturalezaj L a reducción cartesiana no es solamente termodinámica y química, haciendo del corazón un conjunto de caldera-motor térmico que utiliza el calor animal y bombea la sangre gracias al aumento de presión interno pro­ vocado por la vaporización de la parte m ás volátil de la sangre constituida por los espíritus animales, aum ento de presión que provoca la eyección de la sangre todavía no vaporizadayla circulación sanguínea así com o el envío al sistem a nervioso de vapor de sangre bajo presión; Descartes estaba al corriente de la existencia de válvulas en el corazón que permitían la entrada de sangre m ás fría por arriba (aurículas) y su eyección por la parte baja (ventrículos) luego de un cierto calentamiento y aumento de la presión, lo cual constituye un “golpe”, un ciclo térmico completo; la sucesión de golpes (entrada, aumento de presión, eyección) es la pulsación rítmica del corazón. La emisión de los espíritus animales alimenta en energía el sistem a muscular; los músculos son relevos; dos músculos antagonistas reciben permanentemente una presión de los espíritus animales que tiende a inflarlos y, en consecuencia, a acortarlos; se equilibrarían uno al otro, pero un pequeño chorro de espíritus animales, que viaja por los nervios motores, controla en cada uno de los dos antagonistas la cantidad de vapor de sangre que puede entrar efectivamente por unidad de tiem po; se trata entonces de un control mediante relevos neumáticos que funcionan de modo m ecánico; el sistem a m otor es un servomecanismo proporcional, <on relevos progresivos de infinito número de estados (ver el trabajo presentado en el Segundo C oloquio de M ecanología4). Los nervios sensitivos, centrípetos, funcionan según el m ism o principio; el vapor de sangre está controlado por los órganos de los sentidos, que son iodos mecánicos y se remiten al esquem a del tacto, incluso la vista, que i ransmite la presión de la luz (materia sutil que está dispuesta en pequeños ' Se trata del trabajo “Le reíais amplificateur”, presentado en el segundo Coloquio sobre Mecanología del Centro Cultural Canadiense en París, el 21 y 2 2 de marzo de 1976. Esta exposición fue publicada en los Cahiers du Centre culturel ¡ anadien (n ° 4), luego integrada a la compilación Comunicación e información. C.ursosy conferencias, Buenos Aires, Cactus, 2016 En el primer Coloquio sobre Mecanología, en 1971, Gilbert .Simondon había presentado “L’invention dans les techniques” (luego publicado ni l,i ir« opilación L ’Invention dans les techniques. Cours et conférences, París, Senil. .’()0’>) (N. de- E.). 181 Curso torbellinos de diámetros, y en consecuencia de í i a i inicias variadas, según los colores, con energías diferentes); vemos cóm o tocam os por m edio de un bastón que explora el barro, la nieve, la tierra, y que sostenemos en la m ano y eventualmente a través de guantes. D e los receptores sensoriales, que son relevos proporcionales, el vapor de la sangre va al cerebro, que es un conjunto de relevos que permiten pasar a los nervios motores, por lo tanto a los efectores musculares. Estos relevos son de un tipo particular en la epífisis (“glándula pineal” de Descartes): están hechos de canales que se pueden trazar en esa m ateria blanda com o la cera (Aristóteles ya había concebido la mem oria y los hábitos com o una huella en una tabula rasa , a la manera del estilete de las tablillas de m adera recubiertas de cera que se utilizaban para escribir y que se borraban con la punta plana del estilete). Para Descartes, el chorro de espíritus animales proveniente de los órganos receptores abre un canal y, si se repite, lo am plía (apertura de vías), desem bocando en el punto de partida de las tuberías de los nervios motores; el reflejo y el reflejo condicionado se hacen así posibles por el establecimiento de una nueva relación entre las entradas de la glándula pineal y sus salidas. Este esquem a implica e inicia los desarrollos de la reflexología en la explicación del com portam iento (Pavlov, Béjterev, W atson), con la hipótesis suplementaria de que los reflejos condicionados pueden condicionarse unos a otros, con la intervención, en Pavlov, de un esquem a suplementario de excitación-inhibición. Descartes concibe a los animales 5 como com pletam ente automáticos. Malebranche da patadas a su perra ante un visitante afirmando que la perra grita, pero no siente: “N o es sino viento que sopla dentro de las tuberías” (se opone a esto La Fontaine en su “Epístola a M adam e de la Sabliére” ; los animales sienten, e incluso razonan, com o aquel Búho que había encerrado en un árbol hueco “gran cantidad de ratones, redondos com o toneles pero sin patas”, luego del siguiente razonamiento: esta población huye; tiene pies; cortémoselos y alimentém oslos, paia tener una reserva). También un hombre podría ser concebido com o un autóm ata: cuando m iramos po r la ventana, vem os pasar sombreros y al»¡¡-os, es todo, y se podría tratar de autóm atas que parecen animados, i o rn o aquella estatua 5 Esta discusión está desarrollada en el curso publicado« un r| timlo / los lecciones sobre el anim al y el hombre, Buenos Aires, La Cebra, 200M l! I tlr !•'.). 182 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) de Plutón escondida en una fuente de jardín y que, cuando un paseante pisaba una baldosa, le lanzaba agua y “se la vomitaba en pleno rostro”. Pero de hecho el hom bre tiene una conciencia, un alma, y esta alma, diferente en tanto sustancia del cuerpo que es materia, y entonces solamente figura y movim iento, se com unica con el cuerpo en la glándula pineal. Puede influir en los espíritus animales; es la acción voluntaria. Hay que observar que Descartes no concibe la sustancia alm a como sede de procesos m e­ cánicos y term odinám icos. Sin embargo, aun saliendo parcialmente del marco de esta exposición, debemos observar que el Cogito es un procesó de autom antenim iento, d efeedback positivo, de reacción circular; el ar­ gum ento del genio m aligno (Meditaciones) es un bucle suplementario de retorno de la información: que me engañe cuanto quiera, pero cuando me engaña, pienso, y en consecuencia existo. H ay que observar que la existencia no es evidentemente una consecuencia lógica de la actividad del pensamiento, sino aquella actividad captada en sí misma, causándose y condicionándose a sí m ism a en el m om ento en que se produce; es a c ausa de esta naturaleza de autom antenim iento que el alma siempre está e n actividad, y es eterna, o puede serlo. Descartes no indica de qué energía se sirve el alm a para alimentar su actividad de automantenimiento, porque para el autom antenim iento de la oscilación de un relevo amplificador de feedback es necesaria alguna energía, por más m ínim a que sea6. L a laguna de Descartes no es esencialmente, com o se dice, la com uni­ cación de las sustancias, que habría ocasionado las tesis de M alebranche (visión en D ios), de Leibniz (autom atism o de las m ónadas devenidas sustancias, individuos) y de Spinoza (una sustancia única, Deus sive Natura, atributos, m odos, y un paralelismo entre los m odos, lo que hace (|ue la libertas humana sea el amor intellectualis Dei, no la independencia y la autodeterm inación del individuo). Es la ausencia de una fuente de energía para el autom antenim iento de la actividad del pensam iento. Malebranche la buscó en la causalidad divina que aporta eficacia a las acciones hum anas (teoría de las causas ocasionales); Leibniz la buscaba en el encadenam iento de las etapas (de los términos) de una serie m ate­ 6 Esta cuestión se debate en “Histoire de la notion d’individu”, complemento de L’individuation a la lumiére des nolions dr form e et d ’information, Grenoble, J. Millón, 2005. Ver en particular las páginas /Í42 a 454 (N. de E.). 183 Curso m ática que constituyera la noción individual com pleta (o concreta) de cada m ónada, a partir de una energía inii tal única que es el fia t divino luego del cálculo de las com ponibilidadcs de todas las m ónadas autom á­ ticas; la energía es la del D ios Creador que basta para que los program as autom áticos de las m ónadas sean virtualmente inmortales: el alm a puede conocer estados de menor vigilancia, de involución, por ejemplo en el m omento de la muerte, pero puede despertarse y es virtualmente inmortal. Spinoza buscó la alimentación en energía en la actividad y la infinidad de la sustancia única, Deus sive natura. Encontró la libertad humana, como para el estoicismo antiguo, en el acuerdo de voluntad entre el individuo y Deus sive natura (pensamiento adecuado y amor intellectualis Dei). N o se trata de contemplación mística, porque ni siquiera hay necesidad de una participación, de una com unicación que supone la existencia de dos términos (de dos sustancias, de dos individuos); de hecho es el individuo hum ano el que se disuelve en tanto que limitado y constreñido dentro del uso del pensamiento adecuado, luego de la intuición que es a la vez conocim iento y amor intellectualis Dei. D e los tres sistemas cartesianos, el de Spinoza es el m ás perfecto, com o respuesta al problem a planteado por el pensamiento de Descartes. E n efecto Spinoza, al disolver la individualidad del hom bre, permite a aquello que ya no es una sustancia ni un ensam blaje de dos sustancias (Descartes y M alebranche) ser y existir, com o el conjunto de lo que es y sin que sepam os por qué “hay” . N o podem os al m ism o tiem po ser y constatar “que hay” , lo que supondría un desdoblam iento. Este óptico m atem ático, que trabajaba y pensaba, se ganaba la vida com o la serpiente que se muerde la cola (Colerus) justo com o para vivir, y era en un m ism o m ovim iento artesano, matem ático y redactor de la Ethique, in quinqué partes et more geométrico demónstrate, no era una fuerza expansiva (intentó una sola vez formar parte de la vida de la ciudad, cuando los hermanos D e W itt fueron condenados a muerte, redactando un afiche contra los ultimi hominum qu e eran los asesinos) pero existía, consistía, es decir, subsistía. Spinoza, el m ás perfecto de los cartesianos, conservó las e xplicaciones de Descartes sobre la apertura de vías y la form ación de los hábitos. Lo que no retomó fue la posibilidad de un desacoplam ionio r u iir las entradas y salidas para hacer intervenir el libre arbitrio del individuo I ,a libertad es la de la existencia en el seno de la sustancia, no la dr una ,iutocreación. 184 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) C ad a vez que una nueva ciencia entrega modelos intelectuales y m e­ dios técnicos para abordar el m undo, volvemos a encontrar el ejemplo de Descartes, que intentó pensar la naturaleza com o un sistema técnico —y el saber da el poder (saber es prever a fin de poder, según los positi­ vistas del siglo x ix )- . La Q uím ica y la Física se desarrollaron en el siglo xviii , y aportaron, junto con los progresos en biología (Lavoisier sobre la combustión-respiración a partir de las investigaciones sobre la iluminación con aceite de las calles de París), una audacia optim ista a los técnicos, y la confianza en un progreso continuo. Quizás por primera vez se produjo una cuasi-revolución en la agricultura y en la cría debida a la influencia de las técnicas basadas en las ciencias. Los forrajes artificiales y la racionalización del uso de los abonos se desarrollaron en el siglo xv iii . Hizo su aparición la m odalidad de cría fuera del medio, independiente de las temporadas y las condiciones climáticas. Réaum ur publicó un tratado sobre el arte de hacer nacer pollitos en cualquier m om ento del año por medio de lo que hoy denom inam os empolladoras o incubadoras artificiales. L as de Réaum ur se calentaban mediante la fermentación de estiércol, con una tem peratura que se controlaba mediante un termómetro (ver las láminas de la Enciclopedia de D iderot sobre los “hornos para pollos” en la sección “Arte aratoire”). Estos inicios de la cría fuera del m edio, que en nuestros días, recientemente, se ha transformado en una verdadera industria, o más bien en una tecnicización de la cría en el sentido de una independencia en relación con el terreno -entonces, de uno de los aspectos de la natura­ leza—y de las temporadas, es evidentemente m odesta respecto de las aves, pero las aves eran un m edio de subsistencia importante para el hombre en el siglo xviii m ucho m ás que hoy en día. La tecnicización de la cría comenzó bajo aspectos m odestos durante el siglo xviii , por ejemplo con la instalación de palomares profesionales llamados “palomares de Estado” [“fiiyes d ’É t a f 7} . ' Por ejemplo, en la calle des Cosses, nH 16, Chardonchamp, comuna de Migné, departamento de Viena: es un palomar de estado \fuye d ’etat\ del siglo xvm , con la forma de una torre con cisterna y subsuelo, una torre octogonal de muros macizos para proteger, sin calefacc ión, solamente por medio de la conservación del calor animal, a las palomas fu.ya.rddel liín y permitirles anidar en los 350 alvéolos construidos en el interior, en el espeso! de las murallas; la paloma fiiyurd es una 185 Curso E l siglo xviii no opone arte y naturaleza; después ilc la racionalización m ecanicista del siglo xvii, bastante particular en 1 rancia, por otra parte, y que tuvo ecos en la civilización hasta bajo la forma de equipamiento dom éstico (calefacción con calentadores en lugar de chimeneas: “el ca­ lentador”, es decir, la habitación calefaccionada con un calentador donde Descartes se pudo aislar durante los cuarteles de invierno del ejército de M aurice de Nassau; la naturaleza frenaba las campañas militares en el siglo xvii , como las hará posibles en condiciones especiales bajo Napoleón: toma de la flota por asalto en el m ar helado en Helder, en H olanda, lo cual es una hazaña). En estos términos de aseidad tecnológica Descartes pudo escribir y concebir los principios de su filosofía universal, en una condición aislada de la existencia individual para los aspectos microclimáticos y teniendo mentalmente el espíritu libre de toda pasión, com o socialmente una in- especie cercana de la paloma salvaje y de la paloma bizet, que desapareció en el siglo xix; esta especie se presta a la cría intensiva porque va a buscar su alimento en los campos (de ahí los límites que imponía el antiguo derecho del palomar [droit defuye\)-, pero esta especie también se presta a un comienzo de la cría fuera de su medio por su aptitud para vivir en grandes comunidades al mismo tiempo que para conservar su productividad (se consumen los especímenes jóvenes que están terminando de crecer, todavía en el nido, y que son alimentados por sus padres con leche en el buche). Un dispositivo técnico constituido por un pivote central vertical, en el eje de la torre, que es cilindrica en su interior, tenía dos escaleras que permitían a dos operadores visitar los nidos a lo largo de toda la altura de la torre. Cuando nevaba, era posible dar a las palomas fuyard un complemento de alimento artificial dentro del palomar, cuya población total, en el caso de un palomar como el de Poitou o Touraine, podía alcanzar los 1000 individuos en todas las temporadas. Los palomares de Puy-de-Dóme y del Alto Loira, mucho menos masivos, de sección cuadrada, están menos tecnicizados, aunque sean más tardíos; al no estar construidos como una torre, no se podían aislar muy eficazmente contra el frío, y no podían recibir sino de 100 a 200 individuos; dependen más completamente de una cría en el terreno, como los palomares de granja, expandidos en toda Auvergne, sin una edificación especial, que están simplemente incorporados al granero o desván, con una rni i ada provista de una piedra plana que permite a la paloma volar y luego posarse (d< .10 a 50 individuos promedio). Las técnicas de cría de la paloma en palomairs rdifu ados a tal fin datan de la Antigüedad romana; por analogía, se denom ínala lolumbariums a los cementerios subterráneos de múltiples celdas. 186 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) dependencia respecto de la “necesidad” o de las obligaciones colectivas. Ksa aseidad aleja de la naturaleza. Semejante alejamiento o aislamiento no tuvo lugar en Inglaterra, donde se concibe el em pirism o en el m ism o m om ento en que la filosofía francesa, en el siglo x v i i i , e incluso en el siglo de las Luces, se dirige hacia el racionalismo. M ás tarde, cuando la Revolución haya hecho el redescubrimiento de lo colectivo, de la Nación, de la Patria (obligación social según Durkheim, fuente de la trascendencia porque la sociedad supera infinitamente y envuelve al individuo) —ver lambién a H albw achs-, de la conjunción del empirismo (pequeños gru­ pos, clubes, propietarios terratenientes y cacerías de la aristocracia inglesa en el siglo xvm ) y del racionalismo, nacerá, en favor de la presión de lo colectivo y de la concentración industrial urbana termodinámica de la prim era revolución industrial (vapor, carbón, acero), el positivismo, a la vez em pirista y racionalista, que integra la Crítica de Kant, quien asigna límites al alcance ontológico del pensamiento humano y lleva a la filosofía a no em prender discursos sobre lo absoluto; un positivista, en la primera m itad de ese siglo xix, sin dudas Renán, escribe que lo desconocido es un océano para el cual no tenemos ni barco ni velas. C on la metafísica se niega la religión, e incluso la explicación causal, que se ve reemplazada por la explicación por m edio de leyes. Pero en el siglo x v m , había barcos y velas para la Naturaleza de la agricultura y la cría; esto desem boca en los fisiócratas, Quesnay, Gournay, que hacen una integración de los progresos de la agricultura y de la cría semi-intensiva inglesas: forrajes artificiales, rotación de cultivos, closures o enclosures, y luego selección artificial por parte de los criadores que permite aum entar el rendimiento y tender hacia la intensificación. La m oda de los “escenarios pastorales”, que se reprodujo hasta en la corte con las granjas para jugar a la pastora de M aría Antonieta en Versalles, no constituye sino el reflejo m undano de un movimiento m ás profundo de redescubrimiento de la naturaleza y de búsqueda positiva de contac­ to. E s uno de los temas m ás profundos del pensamiento de Rousseau, luego de los prerrománticos com o R estif de la Bretonne [La Vie de mon pere), o de Senancour: la naturaleza no es innoble; pero, por otra parte, no dom ina de m odo absoluto al hombre; en la Profesión de fe del vicario saboyano, Rousseau invoca la salida del sol en la m ontaña para suscitar el sentim iento religioso según mía dim ensión de desborde, pero no del todo 187 Curso de trascendencia; la naturaleza, incluso grandiosa, no es una extranjera; no es todavía la naturaleza fría que Vigny abandona, acercándose al hom bre y adivinando el mensaje enfático que está escrito en las ciudades, al m ism o tiem po que abandona la com unicación im posible con lo divino: “Solo responderé con un frío silencio Al eterno silencio de la D ivinidad”8. Los Destinos descubren la grandeza de la vida industrial; un ángel vela sobre “los divinos balancines” de la locom otora (de hecho, la poesía está retrasada respecto de la actualidad técnica; en la época de Vigny, solo había balancines sobre las m áquinas fijas). L a condición del hom bre frente al m undo industrial naciente es la del estoicismo de “L a M uerte del lobo” . Y si “La casa del pastor” da a la pareja hum ana “Para nuestros cabellos unidos un lecho silencioso” los destinos están al menos dentro del vasto grupo de las concentraciones industriales. El movimiento rom ántico no opone naturaleza y técnica; Chateaubriand exaltó la naturaleza, la de los bosques de C om bourg o las riberas de América {Atala), pero m ás tarde Lam artine describió el martillo pilón de las fábricas Schneider en el Creusot, y H ugo no desde­ ñó reflexionar y escribir sobre las alcantarillas de París, sobre la enorme cantidad de materia orgánica disipada com o pura pérdida por las grandes ciudades {Los Miserables). Paralelamente a este m ovim iento de ideas filosófico y literario, el desarrollo industrial encuentra su justificación política y social entre los politécnicos y los centralistas9, surgidos de las escuelas fundadas por la Revolución Francesa. Entre los politécnicos, se trata particularmente del movimiento de Fourier, Saint-Sim on, Enfantin, Ba/ard: ciertamente la 8 Vigny, “La maison du berger” (N. de E.). Simondon se refiere a las grandes escuelas creadas cu I i,inda a partir de mediados del siglo xvn: las Escuelas Politécnicas [Écoles I'olyterhniques] y las Escuelas Centrales [Écoles Centrales]-, de allí la referencia, en i elación con sus estudiantes y egresados, a los “politécnicos” y los “centralista1." |N. de losT.] 9 188 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) finalidad es convertirse en am os y poseedores de la naturaleza, con la perspectiva de llegar hasta “los signos celestes” , com o decía Rabelais en rl elogio del cáñamo, que es un m odo de capturar la energía. Los poli­ técnicos captaron el rol esencial de la energía y los transportes a partir del •iglo xxx y en su propio medio. La vocación del hombre es la de modificar l,i naturaleza, horadar istm os (Panamá, Suez), cavar túneles, establecer puentes. D espués de la red telegráfica, que no vehiculiza prácticamente energía sino información, elim inando el retraso, y por lo tanto uno de los aspectos de la distancia (tendido del cable transoceánico por el Great liastem perteneciente a la Cunard Line, un paquebote gigantesco para la • poca, abandonado comercialmente pero recuperado luego de su aban­ dono porque solo él podía guardar enrollado en sus bodegas un cable lo suficientemente largo com o para ir sin empalmes desde Escocia hasta América), y que se inaugura con la transmisión, en código M orse, de un versículo de la Biblia, será la red ferroviaria, y los canales y ríos, luego la ícd de cam inos y las vías marítim as en las que el carbón reemplaza las velas, evitando por lo tanto depender del viento, los que encontramos poco a poco rodeando la tierra entera; hacia fines de siglo, la anticipación lecnocientífica comienza con gran potencia en el hijo de un navegante que casi fue ingeniero, Julio Verne. El “género” de la anticipación no es absolutamente nuevo, pero está m ucho más desarrollado que en el pasa­ do; franquear los límites de la tierra habitada es imaginado con medios i rroanos a los posibles en Veinte m il leguas de viaje submarino, Viaje a l i entro de la Tierra... y vemos tam bién allí proyectado el viaje cósmico; los estadounidenses, que efectivamente lanzaron el submarino atómico capaz i le hacer lo que Ju lio Verne im aginaba (pasar bajo el casquete glaciar del l’olo Norte) lo llamaron N autilus en su honor. Tras la época del energetismo term odinám ico y de la concentración industrial del siglo xrx, que presta su confianza a las técnicas para tom ar | losesión de la Naturaleza, remodelando la Tierra, y que tiende a dom ar tanto lo infinitam ente grande com o lo infinitamente pequeño (impulso de la m icrobiología, control de las enfermedades infecciosas animales y humanas, incluso vegetales, intentos de control de la variabilidad de las especies, incluida la especie hum ana, y de la evolución del régimen de la I>ropiedad de los instrum entos de i rabajo a través de la historia por m edio de la reflexión dialéctica sobre las condiciones socioeconóm icas de la pro189 Curso ducción, concebida por M arx com o una exploi ;k iói i de la Naturaleza por parte de los hombres en sociedad), se abre en el siglo x x una nueva etapa que trata al hombre m ism o com o objeto de ciencia y, en consecuencia, en un cierto sentido com o Naturaleza. Este hombre-objeto está en la m ira de todas las técnicas de m anipulación humana, com enzando por la reflexión y la experimentación con el trabajo, por las perspectivas de una optim ización de las operaciones; son los diversos m étodos propuestos para el estudio y la racionalización del trabajo, com enzando con Taylor (optim ización experimental de la excavación por m edio de la adaptación del tam año de la herramienta a la densidad del material que hay que des­ plazar), continuando con la definición de los m étodos del trainingwithin industry (búsqueda de los puntos-clave de las operaciones a partir del m o­ delo del aserrado de la madera por parte de un operador aislado), con una prolongación, a partir de la Segunda Guerra M undial, en las operaciones m ás com plejas de la vida militar, y luego desem bocando en la ergonomía, todavía im perfectamente constituida (hay poca o ninguna ergonom ía de las ocupaciones agrícolas o de la cría, porque interesan a grupos menos vastos que en la industria) y en las técnicas de human engineering, que consideran com o un sistema único y solidariamente estudiable y optimizable el conjunto humano-técnico, con la teoría de los sistemas y de las organizaciones, y con ayuda del cálculo de la inform ación y el registro de sus canales de transmisión, directa o retroactiva. N orbert W iener no se limitó a establecer una teoría del control y de la com unicación en el anim al y la m áquina tom ados individualm ente ( Cybernetics, or Theory o f Control and Communication in the Anim al and the Machine, París, Herm ann, 1948); intentó generalizar sus conceptos, extraídos de la teoría m atem ática de las regulaciones y los servomecanismos al dom inio social y político (Human Use o f Human Beings, traducido al francés con el título Cybernétique etsociété, París, Ed. des D eux Rives), por una optim ización y una autoestabilización de la sociedad en progreso, destinadas a evitar conflictos y bloqueos y a alivianar las “voices ofrigidity" , en particular la de las religiones y los diversos interdictos que tenían 0 1 ¡gen en todas las formas de autoridad, en particular en la fuerza de los g< >1>iri nos. Este nuevo mecanicism o, según la expresión de G eorges C anguilbrm , no se limita, com o el de Descartes, al ser individual garantizando rl ejercicio de su libre arbitrio mediante el respeto de las costumbres y del poder colectivo 190 Arte y naturaleza (El dominw l¿ ním tlr l/i naturaleza) político o religioso (la m oral provisoria tiene algo de m riodológicam ente definitivo, porque la ciencia está en progreso gracias .il ejercicio de la razón y la universalidad del sentido com ún, pero nunca está finalizada). Para la cibernética, no hay diferencia de base entre naturaleza y sociedad: los diferentes regímenes de la amplificación, del automantenimiento son universales; existen sin diferencia entre los animales y los hombres tanto en la escala cósm ica com o en la escala microfísica, y en los individuos ve­ getales y animales tanto com o en las sociedades, en los microcosmos tanto com o en los m acrocosm os naturales o técnicos. E sta visión del m undo lom a sus m odelos en las técnicas pensadas por m edio de las m atemáticas (Norbert W iener era profesor de matemáticas en el Massachusetts Institute o f Technology). En el final de su vida, en el C oloquio de Royaum ont sobre el concepto de información en las ciencias contem poráneas10, en el cual tam bién participaban Lw off y Jacob, W iener respondía en privado a las preguntas de un interlocutor que las máquinas quizás tuvieran una personalidad, en todo caso un carácter. Ashby y Grey Walter, en la m ism a línea de investigación, construyeron m odelos electrónicos de lo viviente, parciales pero eficaces y adecuados, por m edio de sistemas de relevos por umbrales; la hom eostasis de Ashby rehace su equilibrio mediante ensayo y error cuando se cam bian las condiciones del m edio; las tortugas de Grey Walter no solamente tienen reflejos (evitamiento d é lo s obstáculos, búsqueda de un recorrido libre com parable a aquel que Jennings describe en el param ecio —Contribution to the Study ofLow er Organisms-), que por su encadenam iento constituyen una verdadera conducta, sino tam ­ bién cam bios e inversiones de taxia que dependen del estado “fisiológico interno” ; la prototaxia de la tortuga, negativa mientras sus baterías están cargadas norm alm ente, hace que se quede en reposo en una cama o en un rincón en som bras, com o si fuera un animal saciado; pero cuando las baterías se descargan más allá de cierto umbral, la prototaxia se invierte y El VI Coloquio de Royaumont tuvo lugar en 1962. Gilbert Simondon fue un organizador muy activo y allí presentó a Norbert Wiener. Las actas de dicho coloquio fueron publicadas con el título de Le Concept d ’information dans la science contemporaine, París, Ed. De Minuit, 1965. La conferencia de Gilbert Simondon, “L’amplification dans les pnu essus d’information”, fue publicada en la recopilación Comunicación e información, op. cit. (N. de E.). 10 191 Curso se vuelve positiva; la tortuga, animal artificial, se convierte en el m odelo de conducta de un animal en estado de necesidad, y va a cargar sus baterías a un enchufe de corriente continua en cuya parte superior hay una lámpara, que es la señal de la fuente de energía. Las calculadoras program adas para jugar al ajedrez llegan a poder sostener una partida con los campeones más hábiles, aprendiendo progresivamente su estrategia y m odificando la suya propia en función de su aprendizaje; son entonces autóm atas de tercera especie, ya que los de prim era especie son los autóm atas únicamente pro­ gram ados de m odo mecánico, com o los dispositivos de relojería o el pato de Vaucanson; los de segunda especie están equipados con dispositivos autorreguladores que reducen efectivamente el m argen entre la finalidad a alcanzar y el com portam iento efectivo en función de las variaciones del m edio, incluso aleatorias, gracias al feedback que extrae una inform ación sobre el efecto de la salida en la carga variable (servomecanismos, pilotaje autom ático, marcación autom ática por radar, seguim iento de un blanco cualquiera por parte de una calculadora llam ada ordenador, que actúa en el m ism o m om ento, com o el hombre, pero m ucho más rápidam en­ te, por ejem plo en el cam po de la defensa antiaérea). Los autóm atas de tercera especie no solamente son autorreguladores (de la categoría de los governors, cuyo prim er análisis tecnocientífico fue hecho por Maxwell en On Governors)-, son también capaces de investigación y de aprendizaje, y descubren así soluciones optim izadoras a los problem as que se les plantea; de este m odo, un ordenador program ado com o m áquina para enseñar adapta su ritmo y su tipo de preguntas al perfil intelectual del alum no (ver el estudio de M aurice de M ontm ollin, retom ado en su reciente tesis de Estado sobre el trabajo). M ás lejos todavía en la asimilación del orden tecnológico y de lo vi­ viente vienen la percepción y la m áquina de leer, que exploran la estruc­ tura (nudos, topología) de los elementos, para reconocer sus caracteres distintivos a pesar de las deform aciones debidas ;i la perspectiva o de las diferencias de form a geométrica y de tamaño, de ini Ii nación del grosor de la escritura manuscrita. L a m áquina de leer es <ap a* de reconocer los encadenamientos, de efectuar un agrupam iento en palabras a pesar de los intervalos. Según la misma perspectiva, podem os < ii.it uuibién la m áquina de traducir, capaz de reemplazar a los intérpretes poi tratos en lenguaje “básico” , sim plificado y c.siandarizado. 192 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) Lo que la ciencia había realizado en el siglo x ix con el uso del microsi opio, fue com pletado en la segunda m itad del siglo xx, cien años m ás i ,irde, m ediante la construcción de objetos técnicos que necesitan, para ilistinguir su estructura, el uso del microscopio y que son de orden de lo iiiicrofísico. U n circuito integrado contemporáneo yuxtapone y vincula ni un sistem a funcional varios millares de transistores sobre una placa i Ir silicio de algunos milímetros cuadrados de superficie. U n a pieza de tecnología microelectrónica necesita, para la observación, el empleo del microscopio. Ahora bien, el procedimiento industrial de fabricación de l« >s circuitos integrados con horno de difusión y mediante el uso de la máscara llam ada “wafer”, permite grabar de un solo golpe, en una plaqueta de silicio de 5 cm de diámetro, más de 500 circuitos integrados a la vez11. A sí las técnicas alcanzan, de m odo operatorio, en la tendencia 11 Para convertir a estos circuitos en utilizables en un montaje a la escala de l.i manipulación humana, hay que operar un relevo dimensional que aumente las conexiones externas, en dos etapas; el circuito integrado primero se suelda a un soporte que evacúa el calor, en la escala macrofísica; sus entradas y salidas (generalmente 40) están, en una primera etapa (puramente automática e industrial), soldadas a cables que irradian en forma de estrella, y que se ocupan de unirlos a los “flakes” dispuestos en los lados de un cuadrado de un centímetro i Ir lado; en una segunda etapa, un dispositivo, siempre automático, conecta los •1 0 microconductores radiales con otros tantos conductores enchapados en oro, ■ncastrados en una fila regular sobre los dos lados largos de un rectángulo aislante de 5 cm por 1,5 cm. Los conductores, distantes entre ellos 2,5 mm, alcanzan esta vez el orden de magnitud de lo manipulable, hincándose en los 40 empalmes que i orresponden a un soporte que se puede soldar al cableado, contacto por contacto, por medio de un cable conductor de menos de 1 / 1 0 de milímetro de diámetro, i on su aislante. Al no prestarse este cable al decapado previo a la soldadura, en iazón de su fragilidad, solamente está revestido de un aislante que se fundirá por rlccto del calor hasta el lugar de la soldadura. Sin duda sería posible operar a más pequeña escala por medio de un micromanipulador análogo a aquellos que •r utilizan para las preparaciones estudiadas en el microscopio, cuando se trata, por ejemplo, de actuar sobre un organismo intracelular, o de dar una inyección a mía ameba. Pero como no podemos pensar en intervenir manualmente sobre un rlcmento, microfísico, de un circuito integrado, es todo el circuito integrado el ijiie se transporta y reemplaza en <aso dr incidente de funcionamiento que afecte rventualmente a un único elemento cm ic los miles que constituyen al individuo 193 Curso hacia lo infinitamente pequeño, l.i cm iI.i mu un ó.smica de la célula y de los organism os celulares que son los <oiiiponriiu s de lo viviente. El sueño inicial de Descartes, poder construir autóm atas ron elementos tan peque­ ños como los que com ponen a los seres vivos, hoy se ha podido realizar. A través de la técnica, el hombre franqueó la barrera de lo infinitamente pequeño, com o está franqueando la de lo infinitamente grande. D espués de la Segunda Guerra M undial, un radar potente y preciso obtuvo un eco hertziano devuelto por la Luna. Hace diez años, una nave cósmico desembarcó sobre la Luna y trajo de vuelta a la Tierra a dos cosmonautas. Actualm ente, un equipo de varios hombres puede quedarse varios meses en el cosm os comunicándose por radio y televisión con la red de bases en la Tierra, m ediante una energía que lleva algunos watts y que ha sido to­ m ada del m edio cósm ico por medio de fotopilas de silicio, transformando la radiación solar en electricidad. Vehículos espaciales giran alrededor de los planetas y envían a la Tierra las mediciones que realizan, las imágenes y otros datos que captan. Reciben órdenes desde la base y le transmiten informaciones: el hombre opera a distancia en lo infinitamente grande, bastante m ás allá de los límites de la Tierra habitada. L a información, y luego de ella los transportes, operan en una escala cósmica. El impulso hacia los dos infinitos no es solamente una m editación o una ciencia, com o en tiem pos de Pascal; se convierte en una acción. Finalmente, e} saber ecológico, vinculado de cerca con la futurología, motivado por esta preocupación en su desarrollo, considera con una única mirada, técnica y científicamente, al hombre, a los seres vivos y el medio, geográfico y cósmico, como un solo conjunto organizado. D ilata la pers­ pectiva temporal hacia el pasado m ás lejano, el de las épocas geológicas, e incluso el de la formación del sistema solar, eventualmente de los orígenes del cosmos, como hacia el futuro, el cercano, el lejano y el infinitamente lejano, de la evolución posible del sistema. Según esta perspectiva el pre­ sente inmediato (preocupación económico-política) se piensa en función del pasado y del porvenir, particularmente en lo relativo al uso de las energías que se reservan bajo la form a de carbón, de petróleo, de gas y de manipulable; el elemento tiene entonces un destino técnico libado al conjunto de la población manipulable; tiene una existencia colectiva, i 0 1 1 1 0 las células de un vegetal superior, o de un metazoario. 194 Arte y naturaleza (El dominio técnico de la naturaleza) m aterias com o los minerales y las rocas form adas en el transcurso de las eras geológicas, llendo más allá de una explotación en el presente inmediato y de una preocupación económ ico-política a corto plazo. L a creencia de corto plazo —en una escala de décadas—en el progreso indefinido y mítico se ve reemplazada por la estimación del tiem po necesario para producir los recursos naturales y el consum o que se hace de ellos. E l rol técnico del hom bre, sus efectos sobre la naturaleza se encuentran sintetizados en la historia antigua de las relaciones del hombre com o especie y de la naturaleza com o m edio, y en la prospectiva que enfrenta el porvenir leja­ no. La form ación de los desiertos o la eutrofización de los lagos se tom a com o un aspecto del ejercicio de las técnicas: la laterización del suelo, el retroceso de los bosques com o consecuencia de las prácticas de caza, o de los cultivos por el fuego, o simplemente a causa de la deforestación por desmalezamiento, se encaran com o siendo parcialmente el efecto de la acción del hom bre sobre el medio, pero a gran escala; los clim as actuales no son solam ente aspectos de la naturaleza sino que también son efectos de la existencia de la actividad hum ana, del arte. C uando el hombre existía en pequeños grupos y en un número bajo, viviendo de la caza y la recolección y fabricando solamente elementos y arm as de poca eficacia, no m odificó dem asiado aquella naturaleza original, es decir, la naturaleza antes del hom bre, que apareció tarde. Existía una gran separación, en las épocas prim itivas de la hum anidad, entre el hombre y la naturaleza: la naturaleza dom inaba al hombre y m antenía con él un acoplamiento laxo. Pero con la m ultiplicación de los hombres en la superficie de la Tierra y la extensión de su hábitat, así com o con el desarrollo de la industria, este acoplam iento se hizo cada vez m ás ajustado; actualmente, el destino de la naturaleza depende estrechamente del giro que tom en las civilizaciones hum anas; hay com unidad de destinos; la explotación intensiva de los recursos naturales en energía y en materia, iniciada con el uso del fuego y la metalurgia, amenaza los recursos naturales con su agotamiento, y obliga a utilizar form as de energía que com prometen el futuro lejano, contam i­ nando la naturaleza y m odificando sus climas. El uso de la energía nuclear deja residuos peligrosos por millares de años, y compromete el futuro cada vez m ás com partido de la naturaleza y el hombre, de la naturaleza y las técnicas, que estrechan todavía más r l .uoplam iento entre hombre y m u n ­ do. Si los ecologistas recomiend.in r l uso de las energías naturales actuales 195 Curso (eólica, geotérmica, m arítima, hidráulica, y sobre todo solar), es porque, en definitiva, todas estas energías operan a bastante mayor escala que el carbón y el petróleo o el gas, acum ulados desde las épocas geológicas por la descom posición de los seres vivos, pero consum ibles en un siglo. Estas energías de la época industrial no son sino una reserva “limitada” de la única fuente nuclear que no deja residuo porque pertenece a la naturaleza del sistem a solar bastante antes de la hum anidad, y sin duda después de ella y después de ellos, la de la reacción que m antiene la em isión solar. Es para la Tierra -tom an do a la naturaleza y al hom bre juntos—la fuente fundam ental de energía virtualmente inagotable; ciertamente algún día el Sol se extinguirá, pero superará a la hum anidad espacial y tem poral­ mente, de m anera cuasi infinita, incluso si esta se tecniciza m ucho más en el porvenir. En este sentido, la naturaleza es reencontrada, en la relación entre el hom bre y el cosmos, por la asimetría de la relación que envuelve a la naturaleza y al hombre; el Sol es el que emite, la Tierra la que recibe en tanto que procede de su sistema. L a energía geotérmica proviene del sistem a solar transformado; la energía de la gravitación tam bién, sin du ­ das, y todavía no hemos pensado en domesticarla, lo que dism inuiría su cantidad cinemática total y aum entaría la entropía del sistema, acortando las revoluciones planetarias y los años, así com o disminuyendo las órbitas. Q ueda aún naturaleza, bajo la forma no de ausencia de acoplamiento con el hom bre o de incapacidad de las técnicas, sino de ascendencia temporal, energética, dim ensional del universo en relación con la especie hum ana, incluso si prosigue su progreso técnico-científico. El hombre está encerrado en el cosm os, está embarcado, según el término que usa Pascal. El optimismo técnico es así un pasaje al límite, una extrapolación debida a un desbocamiento temporario del progreso do las técnicas; las técnicas siguen siendo humanas, en la dim ensión de una especie que, para ser dom inante, no está menos aislada en el cosm os, perdida en el seno de la inmensidad. Los mensajes no aleatorios que los estadounidenses lanzaron con sus m ás potentes estaciones de radio, con la intc-nt ion de que todo ser vivo lo suficientemente sabio y tecnicizado pu dín a trsponder en el cosm os cercano, permanecieron hasta hoy sin res|nu .t.i I I hombre y su técnica son una singularidad ínfim a del universo, cotnplrt.unente supe­ rada en dimensión, potencia y duración por el comiio1. I 1.1 situación de fragm ento dentro de un todo quizás infinito en dim. h .i.u!, energía y 196 Arte y naturaleza (Eldominio técnico de la naturaleza.) duración m antiene una rclai iún irreversible entre el hom bre con su arte y la naturaleza que lo envuelve, todavía parcialmente sobre la Tierra, y m ucho m ás intensamente cuando se pasa a la escala cósmica. El arte está in situ en relación con la naturaleza que lo trasciende, porque el arte está en la dim ensión de la hum anidad, com o la vida está actualmente, según nuestra experiencia, en la dimensión de la Tierra. U na singularidad no puede ser capaz de lo universal. Incluso si el hom bre llega a hacer la síntesis de lo viviente, será sin dudas la de un viviente, probablemente inferior a él, en un cam po que no excedará verosímilmente, al principio, los límites del laboratorio, e incluso m ás tarde los de la Tierra; el arte no puede perm itir al hombre delegarse, legar su existencia con m ás cantidad de información y de potencia que lo que contiene él m ismo com o especie. Finalmente volvemos a encontrar la inferioridad del arte en relación con la naturaleza en las condiciones de existencia del autor del arte, com o especie o variedad, homo faber. C iertam ente no tenemos derecho a decir que el universo es infinito en dim ensiones, duración y potencia. Pero podem os afirmar que el hombre es finito; incluso si tiene semejantes o análogos en otras zonas del uni­ verso, todos esos semejantes (más o menos isom orfos en relación con él y entre ellos) sin duda estarán para siempre in situ en relación con un universo que los supera infinitamente. El hombre, incluso si dura tanto com o la Tierra y más que ella, incluso si la abandona para irse “hacia los signos celestes”, y sobrevive, aun si esto pasa cuando m uera el sistem a solar, no podrá verosímilmente hacerse coextensivo al universo. E n el estado actual del conocim iento, incluso si las técnicas pueden dilatar al hom bre, no pueden sin duda, porque son su producto y siguen siendo de m enor inform ación que él, sustraerlo por una m utación impensable a su existencia de soportado en relación con un soporte. Incluso si el universo no es infinito, debem os concluir, no de m odo certero sino a título de cosa probable, con los m edios de la lógica actual, que el sistema hum ano, con todo aquello que lo engendra, incluida la técnica, que es con bastante certidumbre lo que m ás tiende hacia lo universal entre las producciones humanas, o m ás generalmente vivientes, es secundario por relación a la naturaleza, y está en situación de inferioridad p o r relación a ella. El hom bre no es am o de la naturaleza. 197 II A R TÍCU LO S Y C O N FER EN C IA S LUGAR D E U N A IN IC IA C IÓ N T É C N IC A EN UNA FO R M A C IÓ N H UM ANA CO M PLETA (1953) Este artículo, publicado en los Cahiers pédagogiques en noviembre de 1953 (nro. 2,pp. 115-120), debe ser relacionado con elsiguiente, “Prolegómenos a una reconstitución de la enseñanza.”. En 1953, una circular impone introducir, en el secundario, una enseñanza de trabajos manuales que estaba entonces enteramente por pensar. El director del liceo Descartes de Tours le hace llegar a los Cahiers pédagogiques el informe sobre la experiencia de iniciación técnica llevada adelante por Gilbert Simondon, que dictaba la materia de filosofía. La experiencia fue realizada con una clase de Quinto1 (informe presente) y, los años siguientes, con las clases superiores. Luego de esta publicación, Georges Zadou-Naisky, profesor defísica que había publicado en la misma revista en 1952 un artículo titulado “Unidad de la cultura y especialización de los estudios”, abre una discusión sobre ciertos puntos de esta experiencia. E l debate se extiende durante dos números (marzo y mayo de 1954) e incita a Gilbert Simondon a examinar la cuestión de la "reconstitución de la enseñanza” (título de un parágrafo del artículo de 1952 de ZadouNaisky) en toda su amplitud (texto siguiente) para el número ¿le octubre de 1954. Agregamos a continuación de ese texto las respuestas de Gilbert Simondon a esas críticas. 1 El Quinto ( Cinquieme) corresponde al primer ciclo de la enseñanza secundaria en Francia, lo que se conoce como college, posterior a la enseñanza primaria y anterior al lycée, que es la etapa superior de la enseñanza secundaria. Se trata del segundo año del secundario, entre los 1 2 y los 13 años de los estudiantes. [N. de los T.] 201 Artículos y conferencias SENTIDO Y OBJETIVO DE LA ENSEÑANZA IMPARTIDA PARA LOS TRABAJOS PRÁCTICOS DE TECNOLOGÍA2 Presenté a m is alum nos una concepción de la m áquina fundada en tres tipos de presencia: 1. La operación de construcción, por la cual se piensa la finalidad de la m áquina, a fin de convertirla luego en estructura. 2. La contemplación de la m áquina construida, com prensión de su mecanismo y de su organización interna, dentro de un sentimiento estético de belleza técnica. 3. La operación de puesta en marcha de la m áquina, en contacto con la materia, para perforar, soldar, medir, ensamblar, modelar. Afirm é que la m áquina no es un esclavo ni un instrumento utilitario, válido únicamente por sus resultados. Enseñé el respeto a ese ser que es la máquina, intermediario sustancial entre la naturaleza y el hombre; enseñé a tratarla no com o un servidor, sino com o un niño. D efiní su dignidad y exigí el respeto desinteresado hacia su existencia imperfecta. El gesto fue recibido como un rito noble. Las m áquinas eran dos tornos, de madera y de hierro; dos taladros; una fragua; siete motores, térmicos y eléctricos; un receptor de telefonía hertziano; un emisor y un receptor de radar; un transform ador y un osciloscopio catódico. Los alum nos tenían entre 12 y 14 años. El obstáculo m ás grave, halla­ do fundam entalm ente en los m ás jóvenes, es la tendencia al juego, que privilegia la relación de “puesta en marcha” con la m áquina, haciendo de ella un instrumento de juego y debilitando la tendencia a la construcción y la tendencia a la contemplación. Por el contrario, varios alumnos han com prendido profundamente y han practicado esta toma tic conciencia del ser técnico, entendiendo que en la m áquina está la historia hum ana depositada, y experimentando en ella la presencia del m undo. Cf., sobre esta experiencia, “I’sicosociología de la tecnicidad", I’iiincra parte, “El objeto técnico y el niño, tcc nología genética” (N. de E.). 2 202 Lugar de una iniciación técnica en un a /»>m,¡. ,on humana completa Pienso no haber caído en el entretenimiento ni cu m u c l.ise disimulada de actividades prácticas [legón de chosesY*, y haber I» ind.«lo a mis alumnos una cultura técnica verdadera, dentro de un espíritu alentó y serio. E l sentido de este esfuerzo no fue un aprendizaje, ni siquiera un aprendizaje variado y, si se puede decir, polifónico. En el aprendizaje, incluso cuando es m uy perfecto, subsiste algo del orden de la alienación del hom bre frente a la materia o frente a la sociedad. El aprendiz es un ser m enor que acepta ser iniciado, someterse al estatuto de la costum ­ bre, la corporación y la tradición. El aprendiz es un hom bre que solo se convierte en m ayor a través de la imitación que le es impuesta: el origen de su propia formación reside fuera de él. Cualquiera sea la dignidad de un artesano que comenzó siendo un aprendiz, quizás subsiste en él algo del estado de aprendizaje, bajo la form a subconsciente del respeto a la estructura ancestral en el gesto operatorio. Para precisar m ás el sentido y el objetivo de nuestra tentativa, nos hace falta distinguir dos clases de preocupaciones. N os dirigimos a alumnos de liceo. Fundados en el siglo x ix para instruir a los niños de la burguesía, los liceos han distribuido una cultura cuya dom inante es el sim bolism o, primero sobre todo verbal y que deja luego un lugar más am plio al sim bolism o matemático. Esta cultura de la escuela secundaria solo es desinteresada en apariencia; de hecho, el pasatiempo [loisir], com o condición de la cultura entendida en el sentido del siglo x ix, es una prohibición que define un límite que separa a una clase social de otra: la prohibición del contacto directo entre la mano y la materia se relaciona, en los hechos, no con una idea de pasatiempo sino con el recurso a un intermediario sometido, servidor u obrero. El carácter deshonroso En el original, legón de chases, pieza importante de la escolarización francesa desde las conocidas reformas de Jules Ferry a fines del siglo xrx. Se trata de poner en contacto a los estudiantes con objetos prácticos de la vida cotidiana para extraer de ellos los principios abstractos de funcionamiento. La expresión se opone a la legón de mots, entendidas como clases donde únicamente se emplean las palabras. Es por ello que se det ¡(lió traducir la expresión como actividades prácticas, aunque no correspondí exactamente con el término en francés y con las sucesivas modificaciones ocm rielas en el ámbito de la educación en Francia y en todo el mundo en los años poste i ¡ores a la escritura de este texto. [N. de losT.] 3 203 Artículos y conferencias del trabajo m anual es la expresión de un sim bolism o social; m anipular la materia es confesarse miembro de una clase social dom inada. El único gesto autorizado a un miembro de una clase social dom inante es la orden dada. Las lenguas clásicas, tal com o eran enseñadas en el siglo xrx, no eran desinteresadas: daban al individuo de una clase social dom inante el lenguaje esotérico exacto gracias al cual podía legislar y definir los valores según los cuales serán juzgadas las relaciones interindividuales. El latín es, para la form ación, la lengua de Virgilio, pero, en lo que concierne al uso, es la lengua del derecho: esto explica la preferencia acordada al latín sobre el griego, lengua que por el contrario es m ás conform e a la cultura que la civilización francesa debe buscar y más rica para la form ación del vocabulario desinteresado (de ciencia pura). Pero la realidad social que presidió la creación de los liceos ya no es la de hoy en día. El simbolismo verbal ya no es suficiente. Sin duda, estos alumnos de los liceos generalmente no se convierten en obreros o artesanos; no tienen necesidad de un aprendizaje. Se convierten, con más frecuencia, en administradores o técnicos. Ahora bien, el ingeniero o el administrador deben conocer la máquina porque tiene el deber de asumir y de pensar la relación social, que se consuma dentro de la relación entre el hombre y la naturaleza. El obrero vive esta relación, pero el administrador no. Solo la piensa de una manera abstracta, si no la vivió existencialmente durante el período en el cual se forma el ser, es decir durante la infancia y la adolescencia. Más tarde, ya adulto, abordando a la máquina solo en el laboratorio, tendría con ella solamente una relación abstracta, fuente de pensamiento alienado. Pero si nuestra tentativa se justificara apenas en relación con la clientela actual de los liceos, tendría un valor pasajero y transitorio. Q uerríam os que se borre la distinción que existe entre los liceos y los establecimien­ tos técnicos. E sta distinción descansa, en efecto, sobre la ¡dea de que la sociedad hum ana debe estar constituida por dos capas heterogéneas y jerarquizadas: la burguesía y el pueblo. A la burguesía Ir i orícsponde una educación liberal, es decir, destinada a jóvenes “libres y bírn nacidos” , en los cuales la educación no debe dejar subsistir ningún i astro de sum isión irracional a un estatuto a través de una imitación. I’aia rl pueblo, por el contrario, bastaría una educación de oficio, no liberal, rn L <nal el talento solo puede fructificar en un marco irrevocablemente lijado, o por medio del sacrificio del ocio, de la libertad del hombre. ¡Nm am .1. •..-<> es m os­ 204 Lugar de una iniciación técnica en una formación humana completa trar que se puede brindar una educación tan liberal como la que desea la burguesía y tan eficaz com o la que busca el pueblo! D eseam os que, gracias una educación única, a la vez liberal y eficaz, el desinterés ilusorio del .1 pasatiempo y el pacto esclavizante del aprendizaje puro sean reemplazados por un nuevo contrato entre el hombre y el mundo. N uestro deseo sería que la enseñanza secundaria se pueda unlversalizar en lugar de cerrarse sobre sí m isma, que pueda adquirir una universalidad ya no nom inal, sino real, que le permita dar a todo ser que reciba una edu<ación un acceso a la cultura abierta, sin barrera y sin nivel. Esta reforma está eminentemente dirigida al devenir; apunta en efecto a transformar de algún m odo al obrero en constructor, al albañil en capataz; un hombre ya es capaz de dirigir cuando sabe conducir bien una máquina. La m áquina es el obrero del mañana, mientras que el obrero de hoy en día debe con­ vertirse en el capataz de esa máquina. El obrero puro estaría definido por una actividad de pura repetición, cuya imagen simbólica es el movimiento circular del esclavo antiguo girando todo el día alrededor del molino de trigo, o el pedrero que escala los niveles eternamente nuevos y eternamen­ te idénticos del gran torno vertical. El aprendizaje antiguo prepara esta identidad circular del gesto obrero. El ingeniero, el administrador, sea de máquinas o de hombres, despliega su actividad no en el límite de un tiempo cíclico, sino en la apertura de un tiempo creador, orientado por la finalidad de la obra. Y esto impone nuevas normas educativas: mientras el antiguo obrero podía contentarse con vivir la relación del hombre con la naturaleza, el obrero moderno, convertido en ingeniero y administrador, debe pensarla, y pensarla desde su infancia y su adolescencia. Esta educación, de la cual hemos dado un esbozo necesariamente muy imperfecto, puede así cumplir una tarea esencial en la constitución de una nueva sociedad. Su objetivo es constituir un primer ejemplo de una cultura no imitativa, sino constitutiva, no simbólica, sino real, que se dirige a una sociedad continua, sin barreras internas, cuyo sentido ya no es la propiedad sino la actividad constitutiva. C u an d o se aborda en un establecimiento secundario la enseñanza de la tecnología y la práctica de los trabajos manuales, el obstáculo más peligroso es la m itología preexistente. Esta mitología se presenta bajo dos formas. Primero la forma evidente: el prejuicio burgués según el cual el trabajo m anual es deshonroso o ridículo. Este prejuicio es fácilmente 205 Artículos y conferencias vencido por el prestigio (solo un prestigio puede luchar contra un mito) de los bellos aparatos, para nada miserables. U na m áquina puede tener clase. Y es fácil m ostrar que se expresa nobleza en el gesto perfectamente realizado. Si el joven burgués aliena algo de su dignidad sosteniendo una herramienta, gana también un estilo de nobleza, es decir de superioridad. El burgués no puede m anipular la materia, pero el noble sí. Se abandona la clase social en aras del estilo, la dignidad en aras de la nobleza. Así, el prejuicio burgués puede ser superado con la ayuda de un gusto cercano al deporte. Presento el gesto manual no com o un aprendizaje, sino com o el ensayo de una virtuosidad y la prueba de una excelencia. Luego está el prejuicio popular según el cual el trabajo manual es bueno en sí m ism o y por su sola existencia, porque es útil. Este prejuicio, el m ás malicioso y el más peligroso, porque es el enemigo interior, se ve refor­ zado de buen grado por los padres. Encuentra también su alimento en el disgusto que el alumno puede experimentar cuando está sometido a horas demasiado largas de enseñanza abstracta. Entonces, los trabajos manuales son com o una bella injuria realizada al latín y al griego. N o dejarían de aparecer la grosería y la afectación de no intelectualidad. Para luchar contra este grave peligro, los obligo a pensar. Les muestro que la superioridad está en el pensamiento aplicado, en el pensamiento consciente de la historia hum ana que está detrás de cada herramienta, de cada técnica. Reconduzco la técnica a la ciencia y la ciencia a la conciencia histórica. Los alumnos, incluso los jóvenes, lo entienden y suscita en ellos un interés sostenido. El principio más precioso es el de la unidad de la cultura: casi siempre es posible m ostrar la continuidad de las invenciones a partir de la prehistoria y la A ntigüedad clásica. Si es verdad que la cultura puede ser comprendida como la importación no somática que la especie brinda al individuo durante la fase de su formación, parece que la ley de HaeckcP es válida tanto para la cultura como para el conjunto de los caracteres somát icos evolutivos: esta naturaleza mental es conferida no por la pura preseiu i.i ili los símbolos, sino por la puesta en situación del individuo joven; ningún concepto puede por sí mism o, sin un indicio emotivo, formar un sujeto. Siendo la cultura Como dirá el autor al final de este párrafo, dicha ley plañir.*. ji i. “la ontogenia recapitula la filogenia”. Esto quiere decir que el desarrollo a til» uno de un ser vivo refleja la historia evolutiva de su especie. [N. de los T| 4 206 lny.it ¡Ir una iniciación técnica en unaformación humana completa un ser, no un tener, solo puede ser adquirida si la ontogenia reproduce la filogenia, de una manera real y no sim bólica5. U n a cultura parcial (es decir una cultura conferida por una clase social y que prepara al individuo para vivir como miembro de una clase social determinada) es esta recapitulación aproximativa de las diferentes etapas su­ cesivas del desarrollo de la hum anidad en el interior de la clase considerada, con una puesta en situación correspondiente. D e allí provienen las pruebas iniciáticas que cada com unidad cerrada impone a los jóvenes en su sistema educativo: la función educativa de la broma al novato que padece el aprendiz es la m ism a que la del nombramiento de un caballero. Cuando la burguesía se constituyó como clase cerrada, creó sus ritos iniciáticos particulares, que constituyen aún el valor social del bachillerato6. Toda com unidad cerrada secreta una forma de lo sagrado: el honor, el saber, la habilidad son las tres formas de lo sagrado secretadas por la nobleza, la burguesía, los obreros. La educación de los jóvenes en cada una de esas clases consiste en la puesta en situación del individuo joven para conducirlo a una prueba de honor, una prueba de saber o una prueba de habilidad laboriosa. Así, el individuo revive en el curso de su desarrollo las etapas constitutivas de su clase. De todos m odos, este tipo de educación solo es válida en una sociedad basada en la distinción absoluta entre las clases. Francia busca en este momento un sistema educativo capaz de brindar una cultura que no sea una cultura de clase. Su desorden, su falta de solidaridad cívica proviene de la ausencia o de la incoherencia de las culturas dispensadas. Queremos constituir una cultura unitaria, capaz de volver a dar una sólida cohesión social a la nación. Y esta cohesión no se puede encontrar en la proliferación de ninguna de las tres culturas de clase (nobiliaria, burguesa o popular) que existen en este momento. Pero detrás de esta tripartición de la cultura, hay una cultura de base que consiste, según la ley evolutiva de Ver el comentario que hace Gilbert Simondon de esta hipótesis y de su alcance epistemológico para la psicología y para la cuestión del individuo en la “Respuesta a las objeciones” (N. de E.). 5 El autor se refiere al examen final que se rinde en Francia para egresar de la escuela secundaria. Conocido como “ bac”, por baccalauréat [bachillerato], es un símbolo de ascenso social y por ello es una importante institución social en ese país. [N. de los T.] 6 207 Artículos y conferencias Haeckel, en educar al individuo permitiéndole revivir las etapas del desarro­ llo entero de la humanidad, anterior y superior al desarrollo de cada clase. Esta cultura de base puede ser encontrada en una tecnología profunda. Se puede descubrir allí, en su fuente real, el sentido del trabajo (cultura popu­ lar), el sentido del saber (cultura burguesa), el sentido del acto heroico, del hito fundador (cultura nobiliaria). El trabajo, el saber y el acto del pionero comulgan en la aplicación individual y colectiva del hombre al mundo. A l revivir en grupo e individualmente las etapas del diálogo entre el hom bre y el m undo, el niño debe aprender, al m ism o tiempo y de manera indisoluble, a ser un trabajador, un erudito y un fundador. L a educación secundaria es insuficiente porque, basada sobre la m anipulación de sím ­ bolos, solo enseña a ser un hombre que sabe, es decir, un burgués. La educación confesional (o la form ación scout) es insuficiente porque, al estar basada sobre la manipulación de las tendencias y las energías hu­ manas, solo enseña a ser un hombre que actúa cuando dirige, es decir, un noble. La educación primaria técnica es insuficiente porque, basada en el aprendizaje, solo enseña a ser un hom bre que trabaja, es decir, un hombre del pueblo. A hora bien, el primario puro trabaja mal, el secundario puro sabe mal, el confesional puro dirige mal. Estos tres tipos de formación, com o los tres tipos de educación, deben ser unificados y sintetizados. Hace falta una educación con diferentes etapas sucesivas, no vías paralelas o divergentes. Toda victoria conseguida por un tipo de educación sobre otra es una destrucción de esta unidad cultural. Este es el objetivo de la experiencia educativa que hem os ensayado: reunir en una educación unitaria, destinada a form ar un nuevo nivel hum ano, el sentido del trabajo, el sentido del saber y el sentido del acto. E sta empresa constitutiva está fundada sobre la sociología. MÉTODOS Las sesiones de trabajo son semejantes a las de los trabajos prácticos de las ciencias experimentales. Se distribuye a los alum nos r ¡» equipos que cooperan en una const ru u ¡ón, a menudo en etapas siu r-.iv.r, I ,os equipos 208 1 tiyiir f/r una iniciación técnica en unaformación humana completa se com ponen de cinco alum nos y un jefe que se elige; él es el responsable de las herramientas utilizadas. Las explicaciones orales destinadas a todos los alum nos se brindan en el inicio de cada hora, durante 1 0 minutos 11 >roximadamente, siendo que la sesión total dura dos horas. Además, cada jífe de equipo recibe una hoja escrita que contiene esquemas, explicacio­ nes y la indicación del trabajo a realizar. D urante la sesión, yo voy de un equipo a otro, sea para dar las explicaciones requeridas o para ayudar a un •ilumno asac ar adelante un m ontaje delicado o que dem anda un esfuerzo dem asiado grande. Pude constatar que los alumnos de Q uinto, por falta ilc fuerza física, apenas son capaces de utilizar una cizalla de mano o de sostener un torno de m adera cuando hay nudos. Ciertas operaciones, i om o la soldadura o el remache, solo se pueden mostrar con el ejemplo, no describiéndolas, incluso si se usa un esquema. Se dan ciertas indica( iones perm anentes bajo la form a de láminas murales, com o es el caso de mi m otor de autom óvil o los principales esquemas de m ontaje eléctrico. Se ponen a disposición de los alum nos m odelos sobre estanterías fijadas ( ii la pared; así, un pupitre sostiene un m otor de automóvil cuya culata y i .írter han sido elevados, mientras un cuadro vertical muestra los princi­ pales órganos, desm ontados y aislados, de un m otor análogo: gracias a un i ódigo crom ático, los alum nos pueden comprender los fenómenos que se- producen durante el funcionam iento del motor: el color rojo significa j iresencia de la mezcla detonante; el color amarillo, la presencia de aceite; <1 color verde, presencia de agua. Estos colores son conservados para las | 'iczas aisladas. H e aquí un ejemplo de trabajo: terminar un motor térmico para hacerlo (uncionar. Este trabajo absorbe a tres equipos: se trata de instalar un m otor monocilíndrico en una base y de agregarle un dispositivo de encendido del que carece. El primer equipo debe desmontar por completo el m otor y re­ lim arlo, dibujando las piezas relativas al juego de sopapas; el segundo tiene por tarea hacer un chasis de madera capaz de sostener el cárter, la batería de encendido, la bobina y el interruptor; el tercero debe construir un interruplor. C ada uno tiene una nota con explicación, esquemas y dimensiones. Al <;ibo de un cuarto de hora, los tres equipos realizaron su trabajo particular: yo dirijo entonces el ensamblado, comenzando por algunas explicaciones orales sobre el m om ento en que se debe producir la chispa de encendido y sobre su avance. Los tres jefes de equipo me ayudan a ensamblar el m otor 209 Artículos y conferencias y el interruptor sobre el chasis; procedemos a la regulación del interruptor intercalándole una ampolla en el circuito;primario de la bobina; luego enrollamos una correa alrededor del eje dpi m otor para lanzarlo; algunas gotas de com bustible sobre un trapo en la cañería de admisión permiten funcionar al motor. Tensando de más, obtenemos un “retorno” violento que expulsa el trapo en llamas por el orificio de admisión. D urante los minutos que quedan antes del fin de la segunda hora, hago subir a los alumnos al patio del liceo y les muestro la disposición de los órganos de encendido en el m otor de un automóvil; con el m otor regulando, un alumno modifica progresivamente el inicio del encendido7; el motor cambia de ritmo y de ruido. Les muestro cómo se desm onta una bujía, cóm o se controla el funcionamiento del interruptor y del distribuidor. Termino mostrándoles cóm o es un volante magnético de bicicleta con m otor auxiliar. Este ejercicio práctico, centrado en el encendido en los motores de explosión, difiere del aprendizaje en el hecho de que no apunta a convertir al alum no en alguien capaz de operar una puesta a punto perfecta de un m otor gracias a indicios conocidos por los especialistas (ruidos, ritmos de escape, etc.), sino a hacerle com prender cóm o funciona el dispositivo de encendido de un motor. U na sola sesión es suficiente para ello. Este ejercicio hace adquirir nociones que tienen un valor cultural porque prepara para la com prensión de conocim ientos científicos de term odinám ica (es el encendido lo que permitió la com bustión interna en los m otores térmicos) que se basan en el principio de Carnot, y sobre todo porque permite comprender cóm o la síntesis de investigaciones al principio completamente separadas, de term odinám ica por un lado y de electricidad por el otro, han dado nacimiento a un ser técnico viable. El m otor de explosión es hijo de la m áquina de vapor y del eudiómetro. Es una caldera dentro de un cilindro. Sobre el modelo 203 de Peugeot, que Gilbert Simondon utilizaba en esa época, como en muchos otros modelos, se podía regular el inicio del encendido a partir de un comando en el tablero de a bordo. Si no, esa misma regulación era posible operando directamente una rotación sobre el interruptor, lo que hacía variar el momento de su apertura (“los platinos”) en relación con el i u lo del motor, y este medio de regulación es .sin duda el que ha sido utilizado, y.i que era conforme al ejercicio realizado inmediatamente antes (N. de E.). 7 210 Lugar de una iniciación técnica en unaformación humana completa Por lo tanto, estos ejercicios enseñan a captar en cada etapa del desarrollo técnico la culm inación de varios esfuerzos anteriores separados: incitan a no ceder a la tentación fácil de la vanidad que lleva con frecuencia a niños y adolescentes al irrespeto hacia las etapas pasadas de la técnica: recibir en herencia el patrim onio técnico de la hum anidad es acrecentar su cultura, cuando se sabe lo que ha costado a aquellos que lo han adquirido y a través de qué derrotero se ha constituido. Estos ejercicios son trabajos prácticos de instrucción cívica. C om o m edios anexos de enseñanza, creé una biblioteca técnica que se com pone de revistas y esquemas o explicaciones que yo m ismo he redacta­ do; crearé en 1953-1954 una organoteca que contiene tanto herramientas prestadas com o libros, a fin de que los alumnos puedan practicar en sus casas los ejercicios que aprecien. La principal dificultad que revela este m étodo de trabajo simultáneo de los equipos especializados es el número demasiado grande de alumnos. Una clase con pocos estudiantes trabaja perfectamente, pues el profesor puede ocuparse de cada alum no en particular. El óptim o numérico sería en m i opinión 15 alum nos. Por el contrario, una clase de 30 alum nos, en un espacio de 9,8 0 m. por 4 ,9 0 m ., crea una densidad hum ana dem asia­ do grande: los alum nos son lentos en sus movimientos por el peligro de lastimar a un cam arada. Se hace difícil asistir el trabajo de 3 0 alumnos. Sin em bargo, resolví adoptar este m étodo de trabajo por equipos p o r­ que responde al tipo de educación cultural que m e propongo brindar: el aprendizaje se podría satisfacer con ejercicios prácticos repetidos 30 veces, con 30 alum nos haciendo cada uno el m ismo trabajo por sí m ism o; pero así los alum nos seguirían siendo alumnos, estarían aislados frente a su m aestro y sin verdadera relación con sus camaradas. Por el contrario, el trabajo en equipo da a los alum nos una posibilidad de autonom ía, de iniciativa y de invención que les enseña el sentido del esfuerzo personal y de la solidaridad. El profesor se convierte en alguien que monitorea, no en un capataz. E s por esta razón que hem os preferido ir de lo complejo a lo simple, de lo intuitivo a lo discursivo, de lo implicado a lo explicado, con una inquietud perm anente por la aprehensión sintética: el aprendizaje, que somete la actividad personal de quien se inicia a una operación imitativa, no necesita una apertura perm anente del objeto: el objeto es presentado 211 Artículos y conferencias com o la ocasión de una tarea con norm as fijas". I’.ua los ejercidos hemos elegido objetos que, muy lejos de ser arbitrari.mirare simplificados para responder a un aprendizaje cerrado, son abicrios .1 l.i comprensión. L a com plejidad o la ajenidad aparente de las m áquinas presentadas com o objetos de estos ejercicios no son m ás que el signo de su realidad, el cam po indefinido de una elucidación libre. Para exponer bien estos m étodos haría falta poder presentar el taller con los alum nos que le dan vida y los aparatos o las m áquinas que son materia de los ejercicios. Tam bién haría falta poder com unicar al lector la docum entación puesta al servicio de los alumnos. A falta de ello, se darán algunos ejem plos de lecciones realizadas en ocasión de los desarrollos que siguen: estos últimos estarán dedicados al examen de dos objeciones que el lector sin dudas estará tentado de hacer. RESPUESTA A UNA PRIMERA OBJECION: LOS APARATOS PELIGROSOS Y DELICADOS ¿No hay ciertos inconvenientes en poner en manos de los alumnos aparatos delicados o peligrosos? Puse voluntariamente en m anos de mis alum nos aparatos delicados o peligrosos; un aparato difiere de un juguete com o la vida difiere del juego: la vida es algo frágil y peligroso; exige una atención y un esfuerzo permanentes. El valor pedagógico de la m anipulación de una m áquina reside en que apela a un estado de conciencia adulto, es decir, serio, atento, reflexivo, valiente. U n sujeto cuyo carácter haya sido form ado en el ánimo atento no tendrá en la adolescencia y en la m adurez una escala de valores plena de inmadurez: el im prudente es aquel que tom ó com o modelo una actitud tosca, casi animal, de violencia y de arrebato hacia el Aquí también consideramos el aprendizaje en su noción actual; lo que no quiere decir que la estimemos satisfactoria. 8 212 Lugar de una iniciación técnica en unafirman ul* fium.wa completa mundo, com o si fuera posible intimidar a las cosas materiales. I es muest ro mis alum nos que un aparato solo es peligroso en taino qitr es delicado: .1 c onociendo la estructura de un aparato, sabiendo lo que pasa en él, se elimina el peligro mediante la calma atención intelectual, lis la ignorancia la que crea el m iedo porque lo esconde. En realidad, el peligro siempre es localizado, preciso, rigurosamente discernible. Rechazar en bloque una manipulación o un aparato porque pueden presentar un peligro demuestra una m entalidad primitiva. L a m enor herramienta puede ser mortal si es em pleada torpem ente, y una m áquina que utiliza tensiones o presiones peligrosas es de una seguridad absoluta para un utilizador sagaz. Tuve entonces la intención de mostrar que el verdadero valor no es la expresión dism inuida de una temeridad de adolescente, sino la conducta de un hom bre que actúa de acuerdo a su saber. Así vi modificarse a lo largo ile la clase ciertas reputaciones individuales. Tal alumno, adm irado por sus cam aradas gracias a una aparente intrepidez, perdió todo su prestigio de baja estofa por su tem or infantil al emisor de radiodifusión. Por el contrario, un joven lisiado, que padece siringomielia y que en muy pocas oportunidades podía demostrar energía física, se mostró perfectamente apto para la com prensión del mecanismo y para la manipulación de los com andos de ese m ism o aparato. Extrajo de su saber un prestigio que fue para él un aliento precioso. Tuve entonces la am bición de enseñarles a mis alum nos que hay dos especies de peligro: el peligro vulgar y el peligro noble. El peligro vulgar es aquel que se parece al accionar de una serpiente: es la herramienta cortante que no ha sido colocada en su soporte, la llave de gas mal ce­ rrada, el cable eléctrico enchufado y no señalizado, la muela que se gira dem asiado rápido y estalla: exigí a m is alum nos que adoptaran buenos hábitos, garantizando así su seguridad personal y la de sus camaradas; les enseñé los principales símbolos que indican los peligros vulgares: la pintura blanca para los filos, las referencias coloreadas para poleas o correas, el color rojo para los cables eléctricos de tensión ... m ultipliqué los sistemas de seguridad contra esos peligros: luces piloto, disyuntor general para los circuitos eléctricos, doble salida de emergencia del taller. El peligro noble es aquel ligado a la delicadeza de funcionamiento de la máquina: un autom óvil puede convertirse en asesino, un transform ador en m ortal para su utilizador en caso de erroi o de impericia. Estos peligros tienen 213 Artículosy conferencias qu e ser despejados, no hay que huir de ellos. Se eliminan m ediante el saber y el aprendizaje razonado. Voluntariamente, entonces, eliminé en la m edida de lo posible aquellos peligros vulgares para conservar los peligros nobles. C om o el niño convertido en hom bre está llam ado a encontrarse más tarde con m áquinas, es m ejor que la animalidad del miedo deje su lugar en él a la hum anidad del respeto por el ser técnico concebido en su deli­ cadeza. El saber es menos peligroso que la emoción, y un ejercicio serio es mejor garantía contra el peligro futuro que una seguridad perezosa. H acer tiro con balas reales salvó la vida de los soldados. R E S P U E S T A A U N A S E G U N D A O B JE C I Ó N : A P A R A T O S D IF ÍC IL E S D E C O M P R E N D E R ¿No es pedagógicamente discutible poner en manos de alumnos jóvenes má­ quinas cuyo funcionamiento no puede ser comprendido p o r ellos? Nuestro objetivo era la com prensión intuitiva del ser técnico por parte de la inteligencia joven. Un niño no entiende, en el sentido profundo de la palabra, lo que es un árbol o un animal. Sin em bargo puede entender, en el sentido técnico de la palabra, por qué se debe regar un árbol que acaba de ser plantado, por qué un árbol necesita luz; no entiende científicamente la asim ilación y la fotosíntesis, pero puede entender lo que es un injerto o un apuntalamiento. Este género de com prensión, intuitivo pero no afectivo o animista, es lo que denom inam os com prensión técnica. Entre la m entalidad primitiva y la mentalidad científica está el pensamiento técnico. C om o mostró Auguste C om te, este pensam iento contiene “los gérmenes necesarios de positividad” ; prepara la i irni i.i Esta anterioridad de la com prensión técnica t u irlad ó n con el co­ nocim iento científico ha sido definida en la histoii.i del pensamiento hum ano; pero raramente- ha sido tom ada com o mi p i i n t ipio pedagógico: las m anipulaciones y los ejercicios prácticos son <om rbidos en general 214 Lugar de una iniciación técnica en una formación humana completa ( orno una ilustración de las ciencias teóricas m ás que com o una iniciación ,i esas m ism as ciencias. Por lo tanto, no buscamos brindar a nuestros alumnos una comprensión i ientífica de las m áquinas y los aparatos sobre los cuales trabajan, sino una com prensión técnica: esta última no solo se revela infinitamente m ás i ¡ca, por su fecundidad cultural, que el conocimiento científico puro, sino <jiie tam bién se descubre com o más viva y más fácil de captar para un espíritu que no tiene aún las facultades de abstracción suficientemente desarrolladas. La experiencia nos ha mostrado que un niño de doce a trece años puede i (imprender técnicamente el funcionam iento de un m otor de explosión, de un teléfono, de un radar. Para m ostrarlo, evocaremos uno de los casos 11 icnos favorables en apariencia - a saber, un radar- y uno de los casos m ás favorables en apariencia —el teléfono—. / / teléfono 1 .1 teléfono no es una realidad científica, sino técnica. Partimos de la necesi­ dad vital del hombre de comunicarse con su semejante a través del espacio; definimos el alcance de la voz y del gesto e indicamos las diferentes etapas i le la transmisión de señales: 1 ) señales de fuego o de humo, señales sonoras de los rom anos, de los chinos, de los galos. Allí ya obtenemos el concepto de traducción de un sentido en señal convencional. 2 ) Transmisión de •.tíñales o palabras m ediante un instrumento técnico extendido a través del espacio: cable, tubo acústico. A quí obtenem os el concepto de conducción de energía a través del espacio. 3) Finalmente, al llegar al telégrafo o al teléfono eléctrico, m ostram os que estas máquinas son el resumen sintético de am bos dispositivos precedentes que realizan, uno, la traducción del mensaje en señal, y el otro la conducción de la energía a través del espacio. I Jn telégrafo, com o un teléfono, es la combinación de dos traductores y de un sistem a conductor: el telégrafo posee com o traductor un m anipulador j1,radas al cual un operador transform a el mensaje en señales, y un elec­ troimán inscriptor gracias al cual las señales son enviadas a un operador que las transform a en mensaje; el teléfono es un telégrafo autom ático para cada vibración de aire producida por la palabra: tiene también dos 215 9 Artículos y conferencias traductores; el primero es un m icrófono que es com o una m ultitud de pequeños m anipuladores elementales cuyos efectos se acum ulan (granos de grafito); el segundo es un auricular que posee los m ism os elementos que el receptor del telégrafo, con su electroimán y la m em brana de hierro forjado que se ve m ás o m enos atraída por el electroimán polarizado. Al igual que la estructura del telégrafo reproduce los movimientos de la mano que acciona el manipulador, la mem brana del auricular de teléfono repro­ duce los desplazamientos de la m em brana del micrófono: de la m ano a la plum a o de la cuerda vocal al oído, las operaciones técnicas son las m ismas en am bos casos; únicamente están autom atizadas en el caso del teléfono m ediante la utilización de ese m anipulador sensible a las vibraciones del aire que es el micrófono. El sistem a conductor es el m ism o en el caso del teléfono y en el del telégrafo, y esto a tal punto que una línea telegráfica puede ser utilizada com o línea telefónica. Para ayudar a esta comprensión técnica apoyada en la historia, les damos para construir un manipulador, un electroimán inscriptor, un micrófono de carbón, un auricular; los hacemos desmontar, dibujar y volver a montar los aparatos de teléfono antiguos y m odernos. Finalmente, los hacemos establecer varias líneas de cables conductores y organizamos una verda­ dera com unicación entre alum nos situados en aulas diferentes. Se puede destacar un determinado funcionam iento haciéndolo más sensible; así, la noción de contacto eléctrico en el m anipulador o en el m icrófono es un poco abstracta; se convierte en concreta cuando se inserta una am polla incandescente en el circuito del m icrófono: el encendido y la extinción com pletas de la lámpara en el caso del manipulador, sus variaciones de brillo en el caso del m icrófono facilitan la com prensión intuitiva de la noción de contacto. E l radar Si tom am os, por el contrario, el caso m ás difícil en ap arien cia-a saber, el radar-, podem os emplear el m ism o m étodo intuitivo. ( atamos en primer término la experiencia corriente del eco y de la resoua i« ¡a: el hom bre que cam ina en la oscuridad siente la presencia de un obstáculo que refleja el ruido de sus pasos. Este fenómeno se produce paia todas las form as de 216 Lugar de una iniciación técnica en una firm ación humana completa Mirigía susceptibles de propagarse en el espacio, por ejemplo, la luz: un automóvil ilum ina en la noche el obstáculo señalizado por m edio de un ( tu lo to que le devuelve su propia luz. Utilizando señales cortas, se m ide ti (lempo al térm ino del cual se recibe el eco, y se obtiene una apreciación Je l,i distancia a la que está el obstáculo. O btenem os así los conceptos Mi rsarios para la comprensión técnica del radar: emisión de señales cortas, Urjo de esas señales por parte de un obstáculo, recepción de los ecos m ultantes. En la sesión de trabajos manuales dedicados al radar, expuse -1 principio del radar electromagnético, y expliqué la estructura de cada uit.i ile las tres partes funcionalmente distintas: el emisor, con su “base de tiempo” que desencadena cada señal; el reflector, constituido p o r un cuerpo metálico o un buen conductor de electricidad (avión, barco); el receptor, ti su tubo catódico. M ostré un emisor y un receptor utilizados en 1944 (tipo bc 3 1 4 ). D espués hice funcionar un radar de señales sonoras, que 1 0 presenta respecto del radar electromagnético la ventaja de un ajuste fácil, i ' >u un aspecto m uy sim ple y un cam po de utilización fácil de explorar (tln 4 m a 2 0 crn aproximadamente). El receptor era un micrófono con Util ubo catódico; el emisor, un altoparlante que se desplaza sobre un pie; (ni,límente, el reflector era una placa de madera fina de 5 0 por 50 cm, que sr podía colocar en un punto cualquiera de la sala. L a base de tiempo era lom ún al em isor y al receptor; el inicio de cada oscilación de relajación I'i. ><lucía un chasquido breve en el altoparlante que coincidía con el retor­ no del spot del tubo catódico; el m icrófono recogía dos ruidos; el ruido directo, m uy cerca del origen, y el eco, m ás o menos alejado del origen st-j'/in la distancia del reflector. Los alum nos han buscado p o r sí m ism os ■I mejor ajuste del amplificador, de la frecuencia de la base de tiempo, de l,i distancia entre el altoparlante y el micrófono. Al cabo de 20 minutos iIr esfuerzo, el ajuste era lo suficientemente perfecto com o para que el i -idar de señales sonoras detectara el pasaje de la m ano abierta a un metro de la fuente de emisión. Los alum nos trabajaron luego para identificar r! origen de los ecos secundarios observados en su tubo catódico y que provenían de las mesas, de las lámparas, de las paredes del aula. Las pre­ guntas planteadas por los alumnos, su atención y su actividad mostraron que habían com prendido el funcionam iento de un radar y que para ellos esa palabra, ahora desmitificada, se había convertido en rica en sentido. Su com prensión no fue científica, sino técnica; sin embargo era válida y 217 9 Artículosy conferencias constituía para ellos la primera base immdv.i tIr un futuro saber que el profesor de física actualizará seis años m á s í . u d e . E l autómata Finalmente, el autóm ata electrónico, realizado a fin de año, representa una recapitulación de una dificultad media. Despertó todas las imaginaciones; m ás simple que el radar, m ás com plejo que el teléfono, presentaba el ca­ rácter de u n a obra personal de la clase de Q uinto A 3. Expuse el principio. Todo autómata, electrónico o no, se com pone de cuatro partes: un sistema de receptores, semejantes a los órganos de los sentidos; uno o varios relés amplificadores o selectores (el “cerebro”); uno o varios efectores, semejantes a los m úsculos; finalmente, una fuente de energía (alimentación). Aquí, el receptor era tanto un micrófono com o un detector de m inas (oscilador doble); el “cerebro” , un amplificador con resistencia-capacitor que privile­ giaba las frecuencias agudas, cumpliendo así el rol de relé amplificador y de relé selectivo; el efector era un m otor eléctrico m uy pequeño, alimentado por la corriente de salida del am plificador gracias a un redireccionador de cupróxido; finalmente, la alimentación estaba hecha con baterías de cadm io y baterías de plomo. Este autóm ata era sensible tanto a un sonido com o a la proxim idad de una persona. Los alum nos se las ingeniaron para darle reacciones diversas: ojos que se ilum inan, garganta que se abre, etc., continuando con el mismo principio. Luego de la exposición del princi­ pio, distribuí la tarea en cuatro equipos, cada uno con su jefe de equipo, intitulados “órganos de los sentidos”, “cerebro”, “m otor” , “alimentación” . Estos cuatro equipos estaban form ados por voluntarios, y el quinto equipo estaba com puesto por aquellos que no habían elegido especialidad. Tenían com o tarea fabricar los chasis, las ruedas, el revestimiento. M i tarea ha sido coordinar los esfuerzos de los diferentes equipos. Im puse las dimensiones de los órganos principales, pero dejé entera libertad para la improvisación y la colaboración de los alumnos: no Ies faltaban ideas y varios de ellos ya habían leído los artículos sobre los diferentes autóm atas con gran avidez. El beneficio de una realización semejante es doble: 1. O bliga a una división del trabajo y a una cooidin.u ióu de los esfuer­ zos que es la imagen de una construcción téciiú i más importante. 218 / uy.n Ae ana iniciación técnica en una formación humana completa 2. Desmitifica la noción tic autómata, explotada de manera desagradable por la prensa ignoran te, i (-emplazando el temor al “robot” por el goce de construir un ser organizado, primer instrumento de una iniciación intuitiva a nociones sim p les y capitales para la vida moderna, como las de señal, reacción, reflejo y autorregulador. Es la introducción de una nueva ciencia bajo la forma humilde de la técnica cibernética. A N H ELO S 1) Programas 1 íesearía conocer con exactitud el program a que debe ser aplicado en cada clase; lo natural sería seguir aquí el orden histórico, dando: a. A los jóvenes alum nos (Sexto, Q uinto), las técnicas m ás antiguas: perforación, pulido, corte por percusión, m odelado con buril, con torno de alfarería, artes de la alfarería, pintura con plantilla b. y con pincel. A los alum nos de más edad (Cuarto y Tercero), las técnicas m ás com plejas que utilizan todavía más las máquinas-herramientas: torno de m adera o de hierro, forja, mecánica, motores térmicos de com bustión interna y externa, fuentes de energía naturales c. (agua, viento). A los alum nos más grandes (Segundo, Primero, clase terminal), las técnicas modernas: telecomunicaciones (radio, radar, televisión); los instrum entos de la m edida del tiempo, de la temperatura, de m agnitudes eléctricas; fuentes de energía artificiales (lñilioi aibuios, energía atóm ica); cibernética, automatismo. Se tendría así una correspondencia entre la infancia y la prehistoria; la adolescencia y las épocas históricas; la madurez y la época actual. Esto ci ij’i i ía en principio de educación la ley de Haeckel, porque cada etapa técnk .i ile la hum anidad correspondería a una etapa del desarrollo del individuo. Este program a necesitaría la extensión de los ejercicios manuales y técnicos a las clases que son superiores a Q uinto, algo que hoy es posible 219 Artículos y conferencias en el liceo Descartes. Se podría así realizar una educación unitaria, que reúne en los ejercicios manuales y técnicos la enseñanza de la historia y la enseñanza de las ciencias. 2 ) DirecciónDeseo que la dirección de estos trabajos sea confiada a un triunvirato formado por un profesor de ciencias, un profesor de historia y un profesor de filosofía o de letras. Serían asistidos por un preparador para la puesta a punto de las sesiones y para la enseñanza. Podemos sin dudas llamar a obreros calificados externos al establecimiento para que vengan a impartir horas de enseñanza, pero esto solo respondería de manera imperfecta al sentido de la cultura técnica profunda proyectada para los alumnos de la educación secundaria. Si se deseara brindar a los alumnos un aprendizaje especializado en el do­ m inio de la madera, del hierro, de la mecánica, de la electricidad, sería más razonable enviar a los alumnos a un colegio técnico donde podrían, durante tres o cuatro años, adquirir legítimamente un oficio. Este aprendizaje, que no sería parte integrante de la educación secundaria, sería un divertimento, una fuente de confusión. Puede y debe haber allí una tecnología secundaria, m uy diferente del aprendizaje y los ejercicios do tei nología. Por sí mismos, los “trabajos manuales” son incompletos y su sentido <orre peligro de no ser comprendido por alumnos y colegas poco al en ios Estos i rabaj os manuales deben ser los trabajos prácticos de una tccnnlnpLi ptolunda, ligada a la historia del pensamiento y a la conciencia de la sui trda.l. 220 I uf.u .Ir una iniciación técnica en unaformación humana completa R E S P U E S T A A L A S O B JE C IO N E S (1954) Fuepublicada en G iliiers pédagogiques de marzo de 1954(pp. 432434), justo luego de Lts objeciones de GeorgesZadou-Naisky (pp. 429432). Esto es lo que le reprocha Zadou-Naisky a Simondon: 1) sobre el “alcance sociológico de la experiencia”, permanecer de modopesimista dentro de la concepción tradicional de la educación que separa la secundaria de lo técnico; 2) sobre la “validez de la ley biogenética”, apoyarse sobre la ley “mítica” de Haeckel (ala cualse refiere Simondon transponiéndola al aspecto “no somático”, cultural, de la formación del individuo, y que consiste en educar al individuo permitiéndole revivir las etapas del desarrollo entero de la humanidad,), cuando esta teoría no está probada por la experiencia conocida; G. ZadouNaiskyprefiere entusiasmar a los alumnospor medio de la motivación de la “imitación del medio adulto contemporáneo” que hace inútil el pasaje por las técnicas antiguas, y ve en los ejercicios de Simondon una confirmación de su propia hipótesis; 3) finalmente, sobre “iniciación técnica e iniciación científica”, conceder demasiada importancia al “pensamiento técnico”, cuando el pensamiento técnico estaría hoy integrado al pensamiento científico y sería indiscernible de él (en la física experimental). Como la técnica y elpensamiento técnico han perdido en nuestros días toda autonomía respecto de la ciencia, piensa ¿Zadou-Naisky el interés pedagógico de la iniciación técnica estaría enteramente dentro de la iniciación científica, y no verdaderamente técnica, incluso cuando se montan máquinas (por ejemplo, se buscaría prever lasperformancespara “captar las relaciones que constituyen las leyes de la física experimental”). 1) “Alcance sociológico de la experiencia en el marco de una reforma” [ ...] M e explico respecto del “pesim ism o final” del artículo: tuve en cuen­ ta lo que podía hacer realmente en Tours, con mis alum nos, con 3 0 0 0 francos por clase y por año, y dentro de un sótano. N o tengo el poder de reform ar la educación. Tam poco podría hacerlo un ministro, porque en un Estado com o el nuestro los cuerpos constituidos son tan potentes que los individuos solo pueden gobernar —incluso cuando representan a una fuerza social <api,indo a las fuerzas corporativas. Ahora bien, no me 221 Artículos y conferencias parece que la universidad esté preparada para reformar profundamente la educación. Form o parre de la universidad. Quise ser entonces coherente hasta el final: si me quedo en la universidad, si continúo siendo un funcio­ nario del Estado francés, es porque acepto la posibilidad de una reforma en los m arcos actuales: supongo entonces una educación secundaria tal com o existe ahora, separada de la educación prim aria y técnica. Y trabajo en ese marco. N o está en mi poder reformar la estructura de la enseñanza ni siquiera en un nivel local. Cuando acepté la idea de una “tecnología secundaria”, no fue para nada para reservarla, de hecho, a una clase social, sino para que hubiera en un establecimiento secundario una soldadura sólida entre la cultura hum anista clásica y la cultura tecnológica. Se apunta a u n a entronización de la tecnología. Por eso m ism o, unlversalizo la educación secundaria. Por lo dem ás, no vería inconveniente alguno a que se enseñara la tecnología secundaria en un colegio técnico. Pero ya no sería únicamente un colegio técnico, estaría unlversalizado. En cuanto a la materia de la tecnología, la experiencia prueba que se pueden organizar diferentes tipos de enseñanza muy bien entre sí: este año dirijo un conjunto m ás amplio en el colegio Descartes: dos profesores del colegio técnico de Tours y yo m ism o dam os allí contenidos que se escalonan en 14 clases; coincidim os en lamentar, en el nivel local, la división de las instituciones escolares; cada establecimiento posee un material de enseñanza bastante miserable, a la vez especializado y entregado con m uchos retáceos. Así, en Tours hay dos osciladores catódicos en el liceo Descartes; el primero pertenece al laboratorio de física y sale del depósito dos veces al año; el segundo está en servicio en el taller de tecnología y es utilizado una vez por semana. Durante el resto del tiem po, estos aparatos descansan. El liceo de mujeres, el colegio técnico, los colegios técnicos de hombres y mujeres podrían utilizar estos aparatos. Del m ism o m odo, la biblioteca de filosofía del colegio moderno es bastante miserable; las de los liceos son bastante m ás honorables. Por el contrario, en los liceos el equipam iento técnico es paupérrimo: ningún motor, casi ninguna máquina-herramienta. Incluso antes de cualquier reforma de la educación, pensam os que sería posible constituir universidades locales; com o m ínim o, serían centros de equipam iento com ún, bibliotecas com unes, salas ilr lr< tura y de juegos comunes. Profesores y alumnos podrían encontrarse cotidianamente en esta com unidad, realizando por m edio de esta com unidad dr estudio una 222 I uy,ir ¡le una iniciación técnica en unafirm ación humana completa cierta convergencia vii.il. Sr abriría una vía para el descubrimiento de una paridad m ás profunda; una universidad material sería la condición de una universidad espiritual. Supondría una dirección com ún que reemplazaría la pluralidad de jefes de establecimiento que a veces están anim ados por un espíritu particularista. L o que pido es un espíritu de síntesis amplio y com prensivo, que se ejerce primero en las realizaciones materiales y luego en las administrativas. 2 ) “Validez de la ley biogenética” L a segunda objeción es una crítica parcial pero importante. E s exacto que apelé a una hipótesis, o m ás bien a una teoría biogenética. N unca consi­ deré esta teoría com o una ley, y sé bastante bien que ninguna experiencia puede validar una teoría. U na teoría se manifiesta por su fecundidad epis­ temológica, no por su objetividad positiva. En esto difiere de una hipótesis experimental. H aría falta ser verdaderamente deshonesto para presentar la miserable realización hecha en el liceo Descartes com o la verificación de una teoría. N unca busqué hacerlo. Pero no puedo comprender por qué esta teoría suscita la ira de mi colega, casi su indignación. Presento esta teoría com o una teoría, que la combata como teoría, que muestre, en lugar de acusarme de contradicción, dónde esta teoría es contradictoria, dónde es absurda, dónde ha sido desmentida por una o varias leyes verificadas. L a ley de Haeckel es una ley en la biología; en psicología se convierte en una gran hipótesis, de la cual se pueden extraer ideas experimentales, y gracias a la cual se puede interpretar un cierto número de leyes más restringidas; permite teorizar ciertos datos de la psicosociología. N o comprendo en nombre de qué empirismo o de qué dialéctica el señor Zadou-Naisky puede condenar esta teoría. Citando los trabajos de Piaget, mi contradictor declara que “llegan a lo sum o a plantear problemas de método”. Tal es mi opinión; la psicología y la sociología genéticas están aún en su infancia. Seguirán estando en este estado si se limitan a imitar desde el exterior los métodos del objetivismo relativista que la ciencia positivista presentó como los únicos válidos. Se convertirán en ciencias el día en que osen convertirse en teóricas, es decir, cuando hagan grandes hipótesis epistemológicas fecundas sobre la naturaleza de su objeto. U n a polvareda de hechos no es una ciencia. N o se encuentran teorías por 223 Artículos y conferencias inducción. Al igual que la óptica ignoró la naturaleza de su objeto hasta el día en que Maxwell tuvo el coraje de relacionar el electromagnetismo con la óptica escribiendo la fórmula de las “corrientes de desplazamiento” para expresar la conservación de la energía, la psicología conocerá su objeto el día en que tenga la audacia de vincular el dominio sociológico y el dominio psicológico escribiendo la fórmula de la génesis del individuo en términos sociológicos9. Quizás haría falta, entonces, agregar a las leyes sociológicas un nuevo término que exprese la permanencia de una estructura social a través del edificio individual. Este es el sentido que le damos a esta teoría genética del individuo, que relaciona el desarrollo mental del individuo con la génesis de la sociedad, como la ley de Haeckel relaciona el desarrollo somático individual con el desarrollo de la especie. N o es este el lugar para instaurar una disertación sobre esta teoría. Pero insistimos en afirmar y definir su alcance epistemológico, para que no parezca que invocamos ideas fantasiosas destinadas a legitimar una experiencia atípica. El señor Zadou-Nai'sky estima que la experiencia que instituí está “en contradicción con mi propia teoría” . Le será fácil demostrar que me equi­ voqué al tom ar una sola clase; debería haber enseñado en esa clase una sola técnica, con las herramientas y los suministros convenientes. Le respondería que tuve que esperar cuatro meses la autorización para enseñar; que obtuve 3 0 0 0 francos de crédito; que no se m e ha permitido tom ar grupos de alum­ nos en varias secciones y de edades diferentes, com o quería; que, finalmen­ te, obligado a comenzar sin herramental en absoluto, teniendo por todo mobiliario los pupitres, tuve que atravesar la ciudad para obtener algunos motores, algunos esquemas, algunas piezas sueltas en los garajes; que no me han permitido utilizar viejos restos de madera y de metal y viejos aparatos telefónicos; que tuve que comprar pintura, cables, soldaduras. Cuando el señor Zadou-Naisky sepa que, adem ás de todo esto, estuve obligado a cambiar tres veces de locación en el espacio de cinco meses, comprenderá Sobre la cuestión de la psicología, de la sociología y de la posibilidad de una teoría genética del individuo, el lector puede remitirse a su tesis, sostenida cuatro años más tarde, La individuación... {op. cit.), en espedid al estudio de la individuación psíquica y colectiva, así como a la conferencia dada en la Sociedad francesa de filosofía en 1960, Forma, información y [miau tales (en el mismo volumen). (N. de K.) 9 224 / ufctr de una iniciación técnica en unaformación humana completa que hice lo que pude, no lo que quise, a través de la indiferencia, el escep­ ticismo, la inquietud y las bullas. Debería saber también que este primer csíuerzo n o ha sido enteramente en vano, porque hoy, un año después de la primera sesión de trabajos manuales en el Uceo Descartes, la enseñanza de la tecnología y de los trabajos manuales se extiende de la Sexta a las clases <le la segunda parte del bachillerato 1 0 y que se enseña en las clases más bajas las técnicas del hierro y de la madera, la soldadura y el ensamblado; en las más altas, la electricidad, la electrónica y la encuadernación. Pienso que si mi colega hubiera estado en las m ism as condiciones que yo, habría hecho sin dudas lo que yo hice: trabajar con los medios presentes, imaginando un futuro y edificando una doctrina que se verificará más tarde, cuando gracias al prim er trabajo se hayan adquirido los medios. 3) “Iniciación técnica e iniciación científica” Me niego a identificar la iniciación técnica y la técnica, la iniciación científica y la ciencia. H ablé de intuición técnica e intuición científica. Para reconocer la identidad entre la ciencia y la técnica, el señor ZadouN aisky afirm a que hasta el siglo pasado la técnica permaneció com o anterior y exterior a la ciencia. Esto equivale a afirmar que la técnica es contem poránea de la ciencia; no le costaría entonces ser idéntica a ella. Sin em bargo, ¿puede considerarse com o inexistente un esfuerzo com o el de los enciclopedistas? Es cierto que la Enciclopedia contiene exposiciones científicas. Pero es sobre todo un m onum ento de tecnología. Hizo salir el gesto técnico de la m agia del grupo cerrado; la puso a la orden del día, la enseñó para todos, la develó, en cierta m anera la profanó. Pensemos en las láminas; no enseñan leyes científicas sino procedimientos, dispositivos precisos, coyunturales, bien adaptados a su objetivo, a una “industria” hum ana. L a Enciclopedia de D iderot no presenta un sistema del m undo, sino un sistem a de la actividad hum ana. U n sistema del m undo no sería subversivo. U n sistem a de actividad, de la producción social, m odifica el equilibrio social. E s técnico aquel que prefiere el conocim iento de una 10 Es decir, durante casi toda la escuela secundaria, tanto la etapa del collége comó la del, hcée. [N. de los T.] 225 Artículos y conferencias operación humana al conocim iento de la estrm ////./ objetiva. E n efecto, el giro se sitúa en los inicios del siglo xrx; la em u I<>j >rd i.i Panckoucke, fina­ lizada en 1832, ya se presenta com o m ás cien i !Ík ,1 I ,i evolución también se marca en la manera en que Auguste C om tc excluye de la clasificación de las ciencias a las aplicadas. En 1890, con la Gran Enciclopedia, la evolución llega a su fin: la ciencia es primordial. Por otra parte, hay una distinción actual que inc parece perfectamente evidente: el objeto técnico es un agenciamiento finalizado de funciones y la técnica es la búsqueda de los mejores dispositivos en vista de una operación a cumplir, po r el contrario, la ciencia no busca producir una operación útil, por m edio de una síntesis bien agenciada de dispositivos, sino co­ nocer una estructura objetiva real. Las acciones que estudia son medios para hacer aparecer esta estructura por m edio de sus manifestaciones; por el contrario, la técnica utiliza las estructuras conocidas de la ciencia para producir operaciones. En la técnica, lo conocido es la estructura, lo desco­ nocido la operación. En la ciencia, es la operación lo que es conocido y la estructura lo que hay que descubrir. El objeto técnico es un mecanismo teleológico; el objeto científico es una estructura natural. Por esta razón la técnica, a propósito de la m ínim a construcción, realiza la síntesis entre un gran número de ciencias. Cuando construim os un am plificador de baja frecuencia, utilizamos la electrónica, la electricidad, la mecánica (resistencia del chasis, suspensión antimicrofónica de los tubos de entrada), la term o­ dinám ica (cuestiones de calentamiento, según la tem peratura ambiente), la quím ica (posibles acciones corrosivas sobre los conductores), la biología (revestimiento contra las termitas y el m oho), la psicofísica (anotación de la curva de respuesta del am plificador al m ínim o de sensibilidad del oído). N inguna ciencia ha estudiado por sí m ism a ese ser infinitam ente com plejo que es un amplificador. E s más: la técnica es relativamente libre en relación con aquellas ciencias que va a poner a su servicio para obtener un efecto determinado: ella elige; cuando el técnico debe cons­ truir su amplificador, puede recurrir a tubos electrónicos, a transistores o incluso a un circuito magnético com plejo com o los que son utilizados en los amplificadores magnéticos. ¿Q ué relación hay entre el fenóm eno de la emisión termoelectrónica, el de los conductores im perfectos y el de la saturación del circuito magnético de un transformador? Y sin em bargo, el técnico piensa todos estos fenómenos com o medios de- amplificación de 226 I uyiir <.le una iniciación técnica en una firm ación humana completa u n a señal; físicamente son muy diferentes; técnicamente, son análogos y el técnico elige entre estas hipótesis no en virtud de la verdad m ás o m enos evidente de una u otra, sino de su conveniencia funcional para el objetivo buscado: si tenem os un volumen escaso, tomaremos transistores; si hace falta una potencia elevada y una gran resistencia a los shocks, recurrire­ m os al circuito magnético en el lím ite de la sobresaturación; si hace falta u na ganancia m uy grande en una gam a de frecuencias m uy extendida, adoptarem os tubos electrónicos: el tubo electrónico no es m ás verdadero que el transistor o el circuito magnético; es más apropiado para cumplir ciertas funciones en tal o cual caso preciso. Del m ism o m odo, el técnico debe determinar si una nave debe estar equipada con un m otor D iesel o con turbinas a vapor; no se adentra en la termodinámica, sino que adapta lo qu e sabe del rendimiento térmico, de la rapidez de usura, de la regula­ ridad de la marcha a las necesidades de la navegación deseada. Piensa de m anera teleológica; hace síntesis dinámicas. E l señor Zadou-Nai'sky declara: “D e ahora en más, todas las operaciones técnicas están inspiradas en y controladas por el pensamiento científico” . Es perfectamente cierto. Pero esto no puede llevar a identificar investigación técnica e investigación científica. Pensemos por ejemplo en el carácter histó­ rico, lleno de detalles y de acontecimientos diversos, de un estudio técnico com o el de la form a de las culatas y las cámaras de explosión en los motores; ha sido llevado adelante empíricamente y de una manera totalmente técnica, es decir, con la preocupación de construir culatas y pistones hechos de tal m anera que el fenómeno de detonación no afecte el funcionamiento del m otor: se utilizaron varias ciencias como procedimientos de medida, pero no com o fuente de hipótesis y previsiones: así, se utilizaba el calorimetría; la term odinám ica era empleada para el cálculo de los rendimientos; las term ocuplas m edían el calentamiento local de tal o cual punto del m otor; los m anóm etros registradores inscribían los diagramas de funcionamiento; la quím ica analizaba los resultados de la com bustión ... pero la ciencia no podía proveer un principio de previsión, y la forma actual de los pistones y de las culatas es una conquista técnica, hecha con la ayuda de instrumentos científicos, no una aplicación de una ley científica. Tam bién podríam os citar varios conceptos técnicos que corresponden a leyes científicas m uy vagas: la fotopila de selenio, el tem plado magnético, el efecto Schotky y el ruido Jlickrr de los tubos electrónicos. 227 Artículos y conferencias C on frecuencia, un concepto técnico sr i on vie rte de pronto en un ob­ jeto científico, pero no en la ciencia que- lia provisto los m edios de m edida que han perm itido determinarlo; así, la capa de Kennelly-Heaviside 11 es un concepto para la técnica de las telecomunicaciones hertzianas: está funcionalmente definida com o aquello contra lo que las ondas hertzianas se reflejan parcialmente, lo que crea la existencia de una “onda directa” y de una “on da reflejada” que puede interferir, reforzarse o destruirse en sus efectos sobre un receptor. Este fenómeno es explicado por la física com o el resultado de la ionización de las capas superiores de la atmósfera, lo que convierte a estas ondas en conductoras, y por lo tanto reflejantes para las ondas hertzianas: la física explica por un lado por qué este aire rarificado está ionizado, y por el otro por qué un cuerpo ionizado es conductor, y finalmente por qué un cuerpo conductor refleja las ondas hertzianas. Pero el descubrimiento técnico de la capa de Kennelly-Heaviside no aporta nada a la física; por el contrario, aporta algo a la geografía física y a la astronom ía, porque aumenta el conocim iento de la atm ósfera y le brinda a estas ciencias un medio para obtener informaciones sobre las m odifica­ ciones de la atmósfera superior, por medio del estudio de las condiciones de propagación de las señales hertzianas. Así, esta noción no establece un vínculo de reciprocidad entre una ciencia y una técnica: tiene un sentido único. Solo las técnicas tienen entre ellas relaciones de reciprocidad de uso: las telecomunicaciones hertzianas informan a la m eteorología acerca de los desplazamientos actuales de la capa de Kennelly-Heaviside, m ien­ tras que la meteorología, técnica de la previsión del tiem po, inform a con antelación a las telecomunicaciones sobre las condiciones probables de la propagación para tal o cual longitud de onda. 11 Ver este punto en La individuación a la luz de la\ ma tones de forma y de información, pp. 124 I 'M. 228 PR O LE G Ó M E N O S PARA UNA R E C O N S T IT U C IÓ N D E LA EN SEÑ A N Z A (1954) Este texto, al cual devolvemos su título original, es un articulo que apareció en los Cahiers pédagogiques, en octubre de 1954, bajo el título “Reflexionesprevias a una reforma de la enseñanza”. Gilbert Simondon era por entonces profesor en el liceo Descartes de Tours. Hemos integrado en notas dos pasajes que figuran en el manuscrito original, así como sus principales modificaciones. El. manuscrito no incluía la “Nota sobre el objeto técnico"final, redactada muy probablemente por pedido de la revista. Este artículo, luego de “Lugar de una iniciación técnica en una formación humana completa", se inscribe en un debate sobre la educación en el cual una de las vías de reforma consideradas es la especialización en los estudios secundarios. Para entender la cuestión puede ser útil remitirse específicamente, dentro del número de septiembre de 1952 a los artículos de dos profesores de física: André Ricci, “Para la especialización”, y GeorgesZadou-Naisky, “Unidadde la cultura y especialización de los estudios”. SENTIDO DEL ESFUERZO A REALIZAR N o hay que buscar modernizar, por m edio de la adjunción de nuevas actividades suplem entarias, un tipo de educación basada en estructuras viejas. D esde hace algunos años asistim os al conflicto entre la exigencia de las funciones nuevas que se piden a la enseñanza y la supervivencia de cuadros estáticos adaptados anteriormente a otras funciones hoy des­ aparecidas. M ientras que Francia ha visto operarse en ella una mezcla considerable de clases soi ialrs, la rigidez de las instituciones escolares, 229 Artículosy conferencias la falta de com unicación entre los diferentes niveles de enseñanza —pri­ m aria, secundaria libre, secundaria laica, técnica, superior— continúa engendrando artificialmente una segregación educativa de los jóvenes franceses, que se prolonga en una segregación profesional y política igualm ente artificial. N ace una m ultitud de tensiones intergrupales, no en las condiciones económicas y sociales en la edad adulta, sino en las condiciones de la educación. Un país políticam ente ingobernable por falta de conciencia cívica, relaciones profesionales incoherentes y des­ ordenadas, una incapacidad general para representar un rol válido en el m undo económ ico de la actualidad llevan a nuestra nación a no tener conciencia del lugar que ocupa en el universo hum ano entero. Un sistem a educativo só lid am en te estab lecid o, cien tíficam en te determ inado —no según los mitos, sino de acuerdo con la conciencia directa de las dificultades propias de nuestra nación—, puede modificar la situación presente. D A TO S H IS T Ó R IC O S 1 E n el siglo xrx, en una sociedad que pasaba del estado agrícola (donde cada uno debe saber hacer una m ultitud de trabajos variados según las estaciones) al estado industrial (donde cada uno debe saber cum plir la m ism a tarea especializada y diferenciada a lo largo de todo el año), el gran principio era la especialización. Spencer, Stuart M ili, W illiam Jam es habían com prendido perfectamente esta exigencia de transformación. Se fundaron sobre este valor una filosofía de la educación, una filosofía m oral y u n a filosofía económ ica todas plenam ente justificadas en las condiciones de 1850-1890. Es el pragmatism o. 11 pragm atism o quiso buscar un fundam ento biológico en la teoría de la evolución (selección natural de Darwin, que conduce a la especialización y .1 la diferenciación). E l pragm atism o fue concebido en una época en que l.i sociedad hum ana 1 Manuscrito: “ 1)aios 1 irmíJu os” (N . de E.). 230 Prolegómenospara um m omtitución de la enseñanza debía pasar del aislamiento hom ogéneo al agruparniento heterogéneo. H abía que transformar el abanico temporal de los 11 abajos agrícolas en un abanico espacial, m orfológico, de los trabajos industriales. E l proceso de especialización era válido en un tiempo en el que los principios de industrialización eran estables: el siglo x ix es el siglo de la term odinám ica: la concentración industrial se produce esencialmente en tom o de las fuentes de energía y particularmente de las fuentes de energía térmica; los nuevos m edios de transporte del siglo x ix son las líneas de ferrocarril y los barcos a vapor que utilizan carbón. Esta concentración termodinámica dicta la ley de especialización y asegura una constante morfológica a la sociedad de la segunda m itad del siglo xix. C om o subraya N orbert Wiener, la ley de concentración está inscripta en la fórmula del rendimiento práctico de los motores térmicos a vapor: el rendimiento aum enta con la im portancia de la instalación. Pero el siglo x x ha puesto en m archa nuevas formas de energía para las cuales el rendimiento no crece de manera apreciable en función de la potencia de instalación, sea en la producción o en la utilización. Un m otor eléctrico de un décimo ( 1 / 1 0 ) de caballo de fuerza tiene un ren­ dim iento m uy poco diferente del de un motor de algunos cientos de kilowatts. Por encima de cierta dimensión, nuevas dificultades, relativas a la refrigeración, com plican los problem as de instalación. L a producción de calor es un problem a molesto. U n transformador de 100 kilowatts es más vulnerable que un transform ador de 25 watts que se refrigera con el aire am biente. Además, en com paración con esta diferencia en la relación entre el rendim iento práctico y la potencia, la electricidad es una form a de energía que se transporta lejos, y se la puede repartir tanto com o se desee. E n una línea ferroviaria, una estación m ás es una pérdida de tiem po, o sea de rendimiento. En una línea eléctrica, una ramificación m ás no m odifica el rendimiento y no im plica ninguna detención en la distribución de la energía. L a m orfología de los intercambios energéticos ha cam biado profundamente. Finalm ente, un cambio en la m orfología de los intercambios energé­ ticos sería incom pleto sin un cam bio correlativo en la m orfología de los intercam bios de información: lo que las corrientes industriales hacen en la m orfología energética lo hacet i l is corrientes débiles y los cam pos electro­ m agnéticos en la morfología de la información. La carta y el diario están 231 Artículos y conferencias som etidos a un transporte material que depende de la termodinámica. El teléfono, con las centrales y las relaciones interurbanas, se convierte en el correlativo de una industria que tom a su energía de las corrientes industriales. Los nuevos m edios de difusión por cam po electromagnético, com o la radiodifusión y la televisión, aún no son bien com prendidos, ni son empleados m ás que com o m edios de diversión; pero las técnicas están listas para una sociedad que sepa utilizarlas, integrarlas a su vida productiva, incorporarlas a su m orfología dándole un rol en la inform a­ ción profesional. U n punto cualquiera del territorio, donde haya una línea eléctrica, un puesto telefónico y en el cual se puedan recibir ondas hertzianas, puede participar en la vida económica de la sociedad del siglo xx. M ientras que en el siglo x ix la distancia en relación con los grandes centros creaba una estructura invencible de jerarquía vertical, en el siglo x x se prepara una relación horizontal para reemplazar esta relación vertical. Este rápido aumento de la resonancia interna de nuestra sociedad con­ tribuye a la transformación que se produce hoy en día. L a industrialización del siglo x ix había conducido a una sociedad estable. C o n la industria del siglo xx, nuestra sociedad entra en una nueva fase evolutiva o, según la expresión de Norbert Wiener, “metaestable”. E L P R O B L E M A D E L A E D U C A C IÓ N Adaptar un ser a una sociedad estable es especializarlo de manera de poder integrarlo en ún escalón de la estructura vertical. A daptar un ser a una sociedad metaestable t\s dalle un aprendizaje inteligente que le perm ita inventar para resolver los problemas que se le presentarán en toda la superficie de las relaciones horizontales. E l siglo x ix tuvo que construir en algunas d<S .ul.i-, m u sociedad de especialistas, adaptada a la era de la termodinámi* a, srjmn rl principio de rigidez; de allí la consolidación de la estructura vei 11<al, «[tir ,e convierte en omnipresente y se extiende incluso allí donde antaño « hraían estructuras horizontales (por ejemplo, en la relación entre la <i u . I j . I y r| cam po: un 232 Prolegómenospara una reconstitución de la enseñanza gentilhom bre del siglo x v m , que vive en sus tierras, no era inferior a un rico comerciante citadino; en el siglo xrx, el banquero se convierte en el dios industrial citadino). Nosotros ahora tenemos que hacer en unos pocos años una educación que transforme las supervivencias de las relaciones verticales en relaciones horizontales. E D U C A C IÓ N R U R A L La primera y quizás más urgente tarea debe consagrarse a la restitución de las relaciones horizontales entre los centros urbanos y el campo. M uy lejos de intentar urbanizar el campo, hace falta retomar y desarrollar una cultura intelectual, afectiva y activa de los habitantes del cam po: la escue­ la prim aria (formación de los maestros), la radiodifusión y la televisión deben ser estudiadas tanto en función del campo com o de las ciudades. Entendem os por ello que la cultura brindada en la escuela primaria no debe dar ventaja sistemáticamente a los hijos de los citadinos; los grandes esquemas educativos, los “patterns”, no deben ser elegidos solo dentro de la vida urbana, sino también de la vida rural. N os permitiremos señalar en particular el valor de una cultura basada en la intuición directa de las plantas y de los animales. El conocimiento de las estaciones, el amor a los animales, el folklore de todas las regiones le dan al pequeño campesino la conciencia de una relación directa con las cosas de la vida. Las instituciones post-escolares, la educación de los adultos pueden ser confiadas la m itad del tiempo a los maestros y la otra mitad a centros regionales de información radiodifundida, cuya creación preconizamos. Las noticias e informaciones locales pueden estar centralizadas en la región y difundidas por un emisor de alcance reducido. El costo de un emisor capaz de cubrir, en las condiciones m ás desfavorables, un círculo de 15 a 20 km. es de alrededor de 300000 francos. A sí se difundirían los programas educativos y los cursos de la tarde a |os hogares m ás aislados. Se transmitiría una cadena nacional rural de información en horarios determinados por la red de emisoras regionales. El centro regional podría ser completado por líneas telefónicas actualmente existentes que permitirían a cadi pueblo realizar una emisión directa. 233 Artículos y conferencias Además, al sistema radiofónico educat ivo se- le puede añadir progresiva­ m ente una red de televisión rural educativa. I1',! estándar primitivo de 441 líneas, rechazado por la civilización urbana, conviene maravillosamente a las necesidades educativas del cam po: las imperfecciones urbanas del estándar de 441 líneas (sensibilidad extrema a las perturbaciones creadas p o r los m otores de automóviles en las bandas de 30 a 60 megaciclos) desaparecen en el cam po, mientras que la gran calidad de la transmisión de las bandas bajas se manifiestan allí a pleno: la estrechez de la banda transitada del estándar de 441 líneas (alrededor de dos megaciclos) permite emplear una portadora de frecuencia suficientemente baja com o para que la propagación a gran distancia (150 km .) sea posible con potencias débiles y un material mucho menos costoso tanto para la emisión com o para la recepción. Utilizar el estándar de 441 líneas para el cam po fran­ cés es asegurar la posibilidad de centros departamentales de información televisada. Francia debe conservar estos dos estándares, con sus fines adecuados, si quiere que la civilización rural se desarrolle a la par de la civilización citadina. N o olvidemos que el volumen de un solo emisor de 8 1 9 líneas sobre una “banda baja” de frecuencias de televisión bastaría para alojar cinco frecuencias diferentes para los emisores de 441 líneas, suficiente para evitar las interferencias entre emisores departamentales en funcionam iento simultáneo. L a información destinada a l campo debe nacer en el campo-, este es el único m edio de transformar el desequilibrio actual, que se debe a las falsas relaciones verticales, en una estabilidad esencial para la vida nacional. ESPECIALIZACIÓN Y ADAPTACIÓN, ADIESTRAMIENTO Y APRF’NDIZAJE El segundo punto a reformar es la concepción mism.i de los programas escolares y de las relaciones entre los diferentes t i p o s dr enseñanza. Toda diferenciación precoz, que aumenta mediante una es/>e¡ ¡ah,-.ación abusiva la rigidez social, crea una sobreadaptación, causa de una dr^ulaptación jutura. La adaptación rígida, por sometimiento a las cxi|>,em i.r. actuales de una 234 Prolegómenospara una reconstitución de la enseñanza morfología estática que procede del pasado, solo convendría a una sociedad no evolutiva, que confunde al individuo con su función predeterminada. Solo el insecto, encerrado en su funda quitinosa, morfológicamente dife­ renciado, puede ser considerado, con alguna suerte, como una herramienta animada. El insecto se desarrolla por m udas sucesivas, en el curso de las cuales se alim enta de sí m ism o, aboliendo casi enteramente todo recuerdo del estado inmediatamente precedente. La ausencia casi completa de me­ moria en el insecto, acorazado contra los peligros exteriores por su envoltura rígida y aislado del m undo por esta cáscara defensiva, encarcelado en su propio instrumento de defensa, crea una vida segmentada que no le permite el aprendizaje progresivo y complejo. La rigidez de la conducta colectiva sostenida por la especialización de los individuos hace que el principio y ia totalidad de la vida del insecto estén en la colectividad. El individuo es aquí infinitamente menos perfecto que el sistema 2 en el cual se integra. Los animales superiores no están organizados com o el insecto: no pasan por m udas sucesivas, conservan la m ism a estructura desde el nacimiento hasta la muerte. N o están aislados del m undo por una envoltura rígida. Crecen y se desarrollan en el transcurso del tiempo. Su sistem a nervioso com plejo les permite hacer frente individualmente a la novedad de los problemas. Los jóvenes son frágiles por falta de aprendizaje; el adulto sabe responder a la novedad de las circunstancias del medio a través de la inven­ ción inteligente de soluciones: sabe hacer frente a la imprevisibilidad, no por m edio de la rigidez de una conducta estereotipada, sino por la riqueza universal de su aprendizaje. En la humanidad, el tiempo de la educación supera ahora el m om ento de acceso a la edad adulta: en las sociedades modernas, un hombre cultivado no termina su educación plena de nin­ gún m odo antes de los 30 años, y sabe aprender durante toda su vida. El individuo hum ano representa un rico capital de información por medio de su aprendizaje. Esto explica que sea infinitamente más precioso que el individuo de una sociedad de insectos. L a persona es aquel individuo en tanto que es irreemplazable y posee así un valor singular e infinito, superior a cualquier determinación estática. Tener “movimiento para ir más lejos”, com o dice Malebranche, es el carácter de la persona hum ana consciente de 2 Manuscrito: “sistema holista” (N. de li.). 235 Artículos y conferencias su vida pasada. Una educación que sustituyera un verdadero aprendizajepor un adiestramiento profesional encerraría a cada individuo en unfatalism o social. INFORMACION ¿Q u é es entonces un verdadero aprendizaje? E s la ad q u isició n de num erosos esquem as bien integrados que dan al ser hum ano adulto un poder de plasticidad y de permanente adaptación inventiva. A hora bien, según la teoría científica de la información, la capacidad de adaptación continuada varía en función directa de la riqueza de la com unicación posible con el medio. U n individuo puede resolver este problem a siempre nuevo que es la vida cuando puede com prender y apreciar los resultados de la acción en el m edio en el que vive. C uanto más rápida y precisa sea la inform ación, más eficaz es la autorregulación individual. Si la dem ora en el retorno de la información es dem asiado grande, la acción de hoy corrige el error de ayer, pero com etiendo un nuevo error tan grave com o aquel. Ante todo hace falta que la dem ora de la tom a de conciencia de la acción sea corta en relación con la duración de una acción particular. D e otro m odo, el individuo, inconsciente de los resultados de su acción, se com portará com o un sonám bulo y se encerrará en m itos inhibidores profundam ente inadecuados, incapaces de reemplazar a una inform ación actual. La locura, la violencia, las relaciones negativas y las actitudes estereotipadas de defensa sustituyen entonces a la vida inventiva. Se trate de la relación del hombre con el hombre o del hombre con el mundo, el objetivo de la educación debe ser la adquisición de un simbolismo suficientemente exacto, preciso y rápido como para que no se produzca el desplazamiento de la conciencia de la acción respecto de la acción misma. La conciencia debe mantenerse en concordancia de fase con la acción. Ahora bien, sabemos que el retraso de una informal ión se debe a las conversiones sucesivas que debe sufrir antes de ser i om prcndida3. Educar Manuscrito: “cuantas más traducciones hagan falta, m4>< ^Mtidr es el retraso” (N. de E.). 3 Prolegómenos para una reconstitución ¿le la enseñanza a un individuo es darle el conocimiento y la práctica de un simbolismo sufi­ cientemente rico y adecuado a la realidad que tiene que conocer como para que la información pueda ser comprendida sin traducción. H ace falta entonces crear una nueva cultura, un nuevo esquematismo adecuado al m undo hum ano y al m undo natural. L a mezcla más estable y universal del m undo natural con el m undo hum ano es el conjunto de los seres técnicos. T E C N O L O G ÍA Desgraciadamente, este mundo todavía está desprovisto de unidad. Hace falta pasar de las técnicas a la tecnología. El ser técnico es el símbolo concreto que permite la relación interhumana más rica y universal, porque pasa a través de un producto del aprendizaje inteligente, el objeto fabricado4. El ser técnico, primer resultado de la acción del hombre sobre la naturaleza, crista­ liza en una estructura funcional el dinamismo de un esfuerzo de conciencia y de acción5. Resultado de una acción integrada, invoca la comunicación de aquel que lo utiliza según su propio esquematismo: símbolo material abierto, establece una concordancia entre el dinamismo del constructor y el dinamismo del utilizador. El gesto vocal es un instrumento de autoridad; crea la estructura vertical. El gesto visual es un instrumento de coordinación horizontal. L a verdadera tecnología6, medio de desarrollo de una cohesión horizontal, de una información que va del medio al individuo, deberá sin­ tetizar y desarrollar el simbolismo abierto del esquematismo ideográfico. N os encontramos aquí con el admirable esfuerzo del human engineering, que establece una comunicación entre el hombre y la m áquina y que puede Manuscrito: “Más allá del sometimiento de la máquina utilitaria, más allá de la gratuidad vana del objeto de ocio para la conciencia del diletante, se inscribe el,esquematismo interhumano del ser técnico” (N. de E.). 4 C\J La revista remite aquí a una nota sobre el objeto técnico al final del texto (N. de E.). 5 6 Manuscrito: “tecnología cultuiai” (N. de E.). 237 Artículos y conferencias prolongarse en un esquematismo interhumano universal. Ningún lenguaje puramente vocal podrá instituir una relación intergrupos verdaderamente horizontal. E l lenguaje vocal es por naturaleza instrumento de relación ver­ tical. Solo un lenguaje visual ideográfico podrá ser un medio de relaciones intergrupales verdaderamente horizontales. Pero no servirá de nada desarrollar un nuevo sim bolism o ideográfico, estético y dinám ico, incluso por m edios tan potentes como la televisión o el cine, si la separación entre las categorías de enseñanza mantiene una segregación artificial entre los jóvenes franceses. ESTRUCTURA DE LA ENSEÑANZA T oda estructura horizontal estática tiende a transformarse en estructura vertical. H ay allí una ley sociológica ineluctable. Y también, todo esfuerzo educativo sería vano si, com o consecuencia de un error pragmatista, se conservara o acentuara la separación entre las diferentes categorías de en­ señanza. Establecer desde la juventud varias categorías de nivel intelectual, apreciadas con los mejores criterios, es crear un fatalismo profesional que transformará los diferentes m odos de educación en otros tantos adiestra­ mientos: adiestramiento de unos para la función de los cuadros medios, adiestramiento de otros para la función de los cuadros superiores. El ob­ jetivo buscado —a saber, la eficacia—corre seriamente el riesgo de frustrarse com pletam ente si los cuadros superiores no reciben la m ism a educación que los cuadros medios hasta la edad en la que los alum nos destinados a los cuadros m edios dejen sus estudios. Por otra parte, es m uy probable que la “selección” operada a la edad de 1 2 o 13 años no pueda distinguir con seguridad la aptitud de los alum nos. L a m ism a palabra, “aptitud” , no resiste un análisis científico serio, com o mostró el señor Faverge. Las aptitudes no permiten jerarquizar a los futuros hombres al repartirlos de manera m aniquea en dos grupos. Apenas permitirían indicar desde la edad de 12 o 13 años, en una sociedad estática, una vía preferente en las futuras carreras de adulto. Notem os finalmente que con mucha frecuencia la supervivencia de la jerarquía social antigua gobernaría la repartición en dos grupos de valores desiguales. 238 Prolegómenospara -urui rtromatu, ubi Ar Ut rmrñanza ENSEÑANZA CORTA Y ENSEÑANZA 1A RC.A ¿Se puede decir que hay que rechazar la posibilidad de una enseñanza corta y una enseñanza larga? D e ninguna manera. ¿Se puede decir incluso que hay que dejar que nuestra desdichada enseñanza secundaria se hunda en un irreparable infantilismo mitológico? Sería adoptar una posición desesperanzada, la de la muerte progresiva. En realidad, la enseñanza secundaria no form a mejor a los cuadros superiores que a los cuadros medios. Representa el últim o esfuerzo de una conciencia mistificada para perseverar en su ser esparciendo alrededor suyo una cierta mistificación. H ace falta una enseñanza única que pueda ser dividida en un cierto núm ero de etapas, articulada com o el desarrollo físico, neurológico y del carácter del niño. ¿Cuál es la razón para que la escolaridad finalice a los 14 años, a los 18 años, a los 21, a los 30? ¿U na diferencia jerár­ quica de aptitudes? N o , sino el hecho de que ciertas profesiones exigen estudios sim bólicos sostenidos durante m ucho tiem po antes de que ese capital de aprendizaje p u ed a dar frutos. O tras, po r el contrario, exigen que los estudios sim bólicos cedan rápidam ente paso a un ejercicio di­ recto de la profesión, que es el m ejor m étodo de educación siem pre y cuando una continuación sólida del aprendizaje posescolar com pense la ausencia de estudios sim bólicos puros. D e hecho, no puede haber u n a educación larga y una educación corta. T odo m iem bro de una sociedad m oderna debe poder continuar su educación p o r lo m enos hasta los 3 0 años. Pero, para ser un buen m atem ático o físico, hay que cursar estudios sim bólicos durante m ucho tiem po; para ser un buen grabador o un buen tipógrafo, hace falta al m enos seis añ os de ejercicio profesional. U n grabador que haya realizado sus estudios sim bólicos hasta los 3 0 años sin ejercer su profesión tendría m uchas dificultades para convertirse en un excelente grabador. Pensamos entonces qu e la duración real del aprendizaje es la m ism a para todo hom bre y qu e la discrim in ación debe realizarse en función del género de profesión, m ás que en función del valor del individuo. L o que pu ede variar es la duración de la escolaridad pura, no la duración de la form ación verdadera: de allí la necesidad absoluta de una educación posescolar, realizada norm alm ente hasta los 30 años. 239 Artículosy conferencias CONDICIÓN DE VIDA DE LOS ESTUDIANTES Correlativamente, es preciso que todo joven francés, incluso si se dedica a estudios largos, pueda ganarse la vida a partir de los 18 años. L a adopción por parte de la enseñanza superior de horarios convenientes, de una racio­ nalización del registro y la difusión de los cursos por escrito, sea a través de la palabra o la radiodifusión y la televisión, deben perm itir a cualquier estudiante seguir sus estudios mientras se gana la vida. Proponemos por ejem plo que todos los cursos estén concentrados por la mañana, desde las 8 hasta el mediodía. La tarde estará rigurosamente reservada para las ocupaciones profesionales de los estudiantes. Así, no veríamos más ese lamentable crecimiento de una juventud artificial y sofisticada a la que nada vincula con la nación, y que oscila entre la miseria y los desórdenes mentales. L a imagen del “primero de la clase” [bete a concours] debe desa­ parecer de nuestra civilización. Lejos de restringir el acceso a la enseñanza superior - lo que quizás sea una selección retroactiva-, hace falta extender la educación superior, prolongándola uno o dos años. La dependencia rebelde del estudiante hacia sus padres debe dar lugar a una vida libre y sana. E l estudiante debe situarse en un estado social de mayoría de edad. El desequilibrio del estudiante proviene del hecho de que está en un estado social de m inoría de edad y en un estado biológico de mayoría de edad. Correlativamente, la situación del aprendiz m anual de quince años se caracteriza por una mayoría social y una m inoría biológica e intelectual. El aspecto principal de una nueva educación debe ser que el acceso a la m ayoría de edad no marque el fin del aprendizaje: esto será la condición de una verdadera estabilidad afectiva. El aspecto feudal de la universidad, m uy sensible en la enseñanza superior, debe ceder su lugar a una estructura horizontal ampliamente desplegada, con múltiples salidas para la industria, el com ercio, las carreras administrativas. A l adoptar esta idea del trabajo profesional para el esi lidiante, no pen­ sam os estar haciendo una concesión lamentable al i i¡;‘ >i de los tiempos; este principio nos parece deseable no solo por su nulidad sino también por su valor cultural. Un ser biológicamente adulto 1 1 0 puede consagrar todo su tiem po al aprendizaje sin com prometer su <-,i jbilid ad: el trabajo 240 Prolegómenospara una reconstitución de la enseñanza es para él una necesidad, y esta nueva actividad viene a reemplazar la actividad de juego del niño o del adolescente7. Evitando esta ruptura entre la vida del estudiante y la vida profesional, evitaremos el trágico poder de olvido de esta metamorfosis que es para ¡iluchos hom bres el fin de la escolaridad. Todo aprendizaje se debe con ­ servar en la vida profesional, sin discontinuidad. Y solo se puede conservar m odificándose y renovándose; basta con considerar una carrera médica, IH>r ejemplo, para comprender el valor de esta conservación del dinamismo <Id aprendizaje en la vida profesional8. Una reforma de esta naturaleza estaría acompañada por la revisión de ciertas nociones corrientes y por la abolición de ciertos prejuicios, a fin de que tanto los ■mpleos como la ayuda familiar puedan estar asegurados para los estudiantes. • El manuscrito tiene aquí el parágrafo siguiente: “Hace falta entonces una filucación que pueda decir: ‘Nada de lo humano, pienso, me es ajeno’, como ■lúe el viejo Cretnes en la obra de Terencio. Incluso la educación confesional debe integrarse a aquello que hay de positivo en un humanismo moderno. Una irligión es humanista por su dinamismo ético, su poder de impedir que el hombre •r detenga en el camino’, su deseo de perfección. Aun si 1 1 0 hay verdad religiosa •n el sentido teológico del término, hay un dinamismo religioso. Querer negar una constante histórica sería comprometerse en una vía artificial. La legitimación que una religión ofrece de su propia existencia y de su propio valor no puede ser mitológica. La conciencia que se tiene de sí mismo siempre es mitológica. Solo II ,h <: falta que la conciencia religiosa sea suficientemente pura y lúcida como para no ■1invertirse en el símbolo puramente social de un grupo cerrado. Todas las religiones “-■•¡i la proa de las estructuras sociales estáticas que quieren apoyarse en ellas, y las transforman en poder de rigidez. Del mismo modo, el único medio de purificar la • oncienda religiosa es desarrollar el conocimiento simultáneo de varias religiones lii-.ióricamente definidas. La conciencia religiosa, si es verdaderamente religiosa, permite el aprendizaje de lo transindividual, si es incorporada a un mito social, es tina fuente de alienación y desarrolla inhibiciones irreprimibles. Hace falta, entonces, luí liar contra el separatismo religioso, contra la sumisión de las fuerzas religiosas a • mi ucturas sociales pasadas, y devolver las fuerzas religiosas -<l-i éi¡( :i transindividual i -i historia de las religiones y la moral según las diferente s irlifúuirs presentes en 1111a nación deben formar parte de la educación. Habrá un j»i.m [jmp.ir-.o ni nuestro I‘ais el día en que tengamos en nuestras escuelas primarias tr aipn , <|r L-. trl¡|>Íones Miíicientemente cultivados como para enseñar la historia dr su pntj.í* n li^ión a unios atentos e interesados sin chauvinismo ni indiferenc i:r (N .ir 1 1 il Artículosy conferencias CICLOS Y NIVELES ¿C óm o establecer las diferentes etapas sucesivas de una enseñanza única? Escalonando cada etapa por m edio de la etapa precedente. La enseñanza prim aria irá hasta los 14 años. Constará de una aplicación m ucho mayor a los estudios concretos del m edio hum ano y técnico. Por el contrario, constará de una dosis más m oderada de ejercicios formales puros: menos problemas de aritmética. Por lo dem ás, el estudio de las lenguas debería en nuestra opinión comenzar temprano; es a la edad de seis o siete años cuando los niños deben adquirir los acentos y los giros fundamentales; el vocabulario debe venir más tarde; pero el espíritu de una lengua debe ser captado m uy temprano para ser completamente captado; el niño habla antes de escribir. Esto es verdad tanto para las lenguas antiguas com o para las modernas. Desde la escuela primaria, y desde la más tierna edad, el niño debe aprender algunos esquemas fundamentales de las lenguas antiguas que le han servido para formar su lengua, sea natural o científicamente. Para nosotros el latín y el griego son m uy útiles. Algunos elementos de la lengua de nuestros ancestros galos deben ser conocidos, porque han sobrevivido. Es lamentable que todo el patrim onio del antiguo francés se haya perdido para los franceses de hoy. En ciertas regiones donde los niños conocen el dialecto, se facilitaría ampliamente el estudio del viejo francés literario (e incluso del latín): pensemos en el centro de Francia. En otras regiones, se facilitaría el estudio de una lengua extranjera, com o el alemán en el este. Junto con la expresión verbal extendida com o cultura, en lugar de la sequedad de los ejercicios de gramática, tendría que insertarse el apren­ dizaje de la expresión visual, del esquema espacial: danza, mímica, gesto, dibujo serían el polo simbólico de una tecnología viviente, que va desde la escultura y el m odelado hasta la fabricación de las m áquinas y de los en­ granajes, la construcción y los trabajos agrícolas realizados racionalmente. U n niño de 10 años debe aprender a andar en bicicleta, a nadar, a utilizar todas las m áquinas y todos los dispositivos que construye, desm onta y vuelve a montar. Se puede aprender m uy temprano .1 conducir y mantener un automóvil y un tractor. Los trabajos manuales tet nológicos pueden tener un lugar más amplio en esta educación coiu irt.t, deben comenzar 242 I'rvlegómenospara una reconstitución de la enseñanza por las técnicas m ás antiguas de la humanidad: tallado de piedras, trabajo con m im bre, construcción, modelado y luego ir subiendo poco a poco a lo largo de la serie arqueológica de las técnicas hasta la fusión y la forja de los metales, luego la utilización de los sistemas mecánicos, los motores y la electricidad. L a educación del segundo ciclo debe continuar esta evolución, pero acentuando el aprendizaje de los sím bolos teóricos (matemática, física). La filosofía no debe ser concebida com o la coronación de los estudios literarios. D ebe estar repartida en los cuatro años que van de los 14 a los 18 años. N o es m ás de orden literario que de orden científico. Las cien­ cias hum anas deben ser enseñadas a partir de los 14 años. Solo deben ser posibles las opciones entre materias análogas (inglés o alemán) pero nunca entre materias heterogéneas (ciencias o lenguas antiguas). L a educación del tercer ciclo (18 a 21 años) debe ser .una nueva etapa muy concreta (com o la enseñanza prim aria), con pasantías en oficios agremiados y m uchos ejercicios prácticos directamente profesionales. Conviene que el acceso a la edad adulta se realice bajo el signo del trabajo, más que bajo el signo del esfuerzo puram ente intelectual. Finalmente, el cuarto ciclo (después de los 21 años) debe marcar nue­ vamente la recuperación de un trabajo teórico cuyo equivalente será la actividad profesional. SERVICIO CÍVICO Y MILITAR No podríam os insistir lo suficiente sobre la im portancia del tercer ciclo: marca la transición entre la actividad lúdica del adolescente y la activi­ dad profesional del adulto. Las pasantías y los estudios prácticos de esta edad podrían ser realizados bajo la form a de servicio cívico y militar, si la estructura del ejército pudiera flexibilizarse al punto en que esta ins­ titución se convierta en un medio form ador por excelencia. L a prórroga en la incorporación es un m étodo desafortunado. Si el servicio cívico y militar tuviera el alto valor educa l i vo que debería tener, una incorporación brutal podría ser reemplazada por varias pasantías de formación de corta 243 Artículosy conferencias duración repartidas en tres años. El ejército y la universidad podrían es­ tudiar un program a común de educación cívica. Es lamentable que todo el servicio militar esté concebido com o una preparación para la guerra; una preparación cívica com pleta debería adaptar al joven al estado de paz, más que al estado de guerra. Pasantías de este tipo tam poco serían inútiles para las jóvenes. L a ciudadana m oderna no puede seguir siendo aquel ser bajo tutela permanente que form ó la civilización patriarcal del pasado: la educación cívica es válida para la m ujer m oderna tanto com o para el hom bre m oderno9. EDUCACIÓN Y SOCIEDAD E sta reforma de los programas modificará m uy profundamente las rela­ ciones interhumanas si se acom paña, al menos, de una transformación del régimen de autoridad en las estructuras educativas. El ejército y los establecimientos escolares están aún hoy profundam ente jerarquizados de manera feudal. El alumno y el joven soldado están bajo tutela. Una m ejora de este régimen solo podría conducir a un paternalismo peligroso. Es necesaria una modificación correlativa del régimen de la autoridad en la 9 El manuscrito consta aquí del párrafo siguiente: “Observemos finalmente que este proyecto de reforma, para ser más eficaz, debería estar acompañado de la revisión de algunas nociones corrientes y la abolición de ciertos prejuicios: hace falta que el trabajo profesional del estudiante sea admitido y buscado por las empresas privadas. Una mejora del régimen preconizado consistiría en que, en las grandes facultades, ciertos cursos tengan lugar en la mañana, otros en la tarde, con una distribución tal que un año completo de estudios sea posible tanto con los cursos de la mañana como con los de la tarde: desde esc momento, una tarea profesional completa podría estar garantizada por dos estudiantes, uno en el curso de la mañana, y otro en el de la tarde. Varios empleos, i orno aquellos de la domesticidad especializada, que son hoy un grave prol>lrm,i social, podrían estar garantizados por jóvenes estudiantes y constituirían paia ellos un ejercicio social sin deshonor: se iniciaría una reforma en las costumlm •. s<» ules si la vida de los estudiantes fuera un auxiliar fiel de la vida de la nai ¡ón” (N dr E.). 244 Prolegómenospara una reconstitución de la enseñanza. familia y del régimen de autoridad en la nación para que se pueda brindar a un joven con toda conciencia una verdadera educación que sustituya al adiestram iento. Unicam ente es válida una reforma del con jun to10. Educar a un joven com o si existiera la sociedad dem ocrática, y luego lanzarlo a la vida, sería librarlo a una masacre. Hay que correr un riesgo: solo podemospermitirnos correrlo si nuestra empresa es suficientementefuerte, lúcida y vasta como para crear este orden democrático en el cual se legitimará la educación que queremos brindar. Los liceos están hechos para formar a los candidatos a las grandes escuelas del Imperio. El poder de transfor­ mación recíproca 11 de la vida y de la escuela solo cobra sentido dentro de una intención democrática. El verdadero realismo, para la educación que preconizamos, no reside en la utilidad inmediata y pragm ática del adiestramiento, sino en el carácter de am plitud y de totalidad de su poder. Finalmente, no serviría de nada resolver un conflicto a nivel nacional si este acto provocara el crecimiento de las tensiones a nivel internacional. Toda verdadera dem ocracia se irradia alrededor del mundo. E l sentido de la realidad es el sentido del Todo. NOTA SOBRE EL OBJETO TÉCNICO L i siguiente nota aclarará quizás el parágrafo anterior titulado “Tecnología”. H asta hoy, el objeto técnico, que aparece en una sociedad donde predominan las relaciones verticales, no puede escapar al fatalismo de una clasificación m aniquea: será objeto de arte u objeto útil. Se han manifestado con valentía algunos intentos de operar una síntesis entre la intención estética y la dirección utilitaria, sobre todo en la construcción automóvil, con el ingeniero Grégoire, y en la construcción arquitectónica, con el arquitecto L e Corbusier. 10 Manuscrito: “una reforma holista” (N. de E.). 11 Manuscrito: “reciprocidad allagmdtka” (N. de E.). 245 Artículosy conferencias Pero una verdadera síntesis solo se puede operar a través de un cam bio de actitud del hom bre hacia el objeto técnico. En nuestra opinión, el dualism o fundam ental que gobierna la división entre las dos categorías de lo utilitario y lo estético halla su fuente en la antítesis socialm ente vivida entre dos actitudes: el objeto utilitario es el reemplazo del esclavo. C o m o él, debe obedecer sin fallas, ser fiel, no m anifestar espontaneidad inventiva, no entrar en rebelión. N o debe m anifestar su vida interior, su m ecanism o, sus dificultades. D eb e ser bueno para todo, com o esta esclava m oderna a la que llam am os “m ucam a todo terreno” 12. El objeto estético corresponde por el contrario a la actitud del am o, es decir al ocio, a la scholé-, debe dar al hom bre una cierta conciencia de sí m ism o, conciencia edulcorada y purificante, consciente de la com unicación con sus sem ejantes libres en los cuales reconoce la form a entera de la hum ana condición ( . . . ) 13. (...) El objeto técnico no debe ser tratado com o un esclavo o apre­ hendido com o m edio de juego: debe ser captado en su interioridad dinám ica, en el esquem atism o concreto, pero abierto, de su estructura y de su funcionam iento. N o querem os em plear aquí una m ultitud de me­ táforas que podrían ser mal interpretadas; debem os sin em bargo recurrir a expresiones con imágenes para decir lo que es el objeto técnico com o sím bolo interhum ano. Un sím bolo, en la civilización griega antigua que fue la que inventó la palabra, es un instrum ento de reconocim iento por aproxim ación y coincidencia. C u an d o un viajero entablaba relaciones de hospitalidad con un extranjero que lo había alojado, no se separaba de su anfitrión sin haber partido en dos un objeto sim ple, com o una piedra, un jarrón, una concha o una alhaja: conservaba una de las dos m itades de este objeto único y le dab a la otra a su anfitrión. Podían pasar varias generaciones: los sím bolos -etim ológicam en te, cosas que se apro xim an - se transm itían en form a de h e rra d a y si un día, uno de los descendientes de los dos hom bres que habían entablado relaciones 12 El autor hace un juego de palabras en francés. “ Ho»tir ' significa tanto “buena” como “mucama”, con lo cual “bonne a toutfaire" , <|u< lut r juego con el anterior “bon ci tou tfaire ”, también realiza en otro sentido mu jtiilnn ión “todo terreno” a una “mucama”. [N. de losT.] 13 Todos los cortes de esta nota aparecen así en la i r vi s t a (N, <|r E.). 246 Prolegómenospara una reconstitución de la enseñanza de hospitalidad em prendía un viaje, llevaba consigo el symbolon, y su coincidencia con la otra m itad del m ism o objeto original m anifestaba la autenticidad de la relación entablada antaño. D el m ism o m odo, el ser técnico es un símbolo, la m itad de un todo que espera su com plem ento, a saber, el hombre. El ser técnico, ese producto del trabajo hum ano, es la cristalización de una larga serie de esfuerzos, de trabajos dirigidos por una intención sostenida y reflexionados por parte de una voluntad inteligente. N o es únicamente un fruto, com o una recompensa sin vínculo con el acto que recompensa, sino que es su i (aducción y su registro fiel, por así decirlo. H ay que conocer el lenguaje ,1 través del cual se reactualiza el gesto hum ano que lo ha producido. El ser técnico es un haz coherente de esquemas objetivados por un soporte material. Este trabajo cristalizado que es el ser técnico no debe ser tra­ tado com o un capital capaz de producir automáticamente todavía m ás trabajo, al m odo en que un capital económ ico produce aún m ás trabajo por el juego de la plusvalía: el ser técnico sería entonces trabajo hum ano ilienado, productor de una alienación aún más grande. El ser técnico debe ser considerado com o un ser abierto, polarizado, que convoca a su <om plem ento que es el hombre en el trabajo, en la coincidencia del todo i (-constituido. El usuario debe ocupar el lugar del constructor. Para ello bace falta que coincida con el esquem atism o esencial inscripto en el ser técnico, que sea capaz de pensarlo, de comprenderlo, de am arlo com o si • I lo hubiera hecho. La dualidad hombre-naturaleza se reabsorbe en la unidad funcional del hombre en el trabajo. El humanismo antiguo era, en sentido amplio, una cultura extensa, bien ■í.similada, variada y rica. En sentido preciso, era la práctica de la hum ani­ dad, es decir, de esa atención generosa y penetrante por la cual el hombre libre, superando las distinciones sociales del am o y el esclavo, reconoce al esclavo com o hombre y quiere hacer de él un set que piensa, que siente y que qu iere... Redescubrir al hombre, para podrí d o ¡i como el viejo sabio deTerencio: Humani n ila m ealienum puto “ N.id.i d r lo hum ano m e es -ijeno”—, tal es el proyecto del hum anism o anticuo, todavía válido hoy. Pero m ientras el hum anism o antiguo busca rrdr-.< tibtlt rl Im m bir en el hombre, el hum anism o moderno busca en canil>í<>m h mubi n rl hombre en su prisión m oderna, es decir, en el producto drl tiabajo hum ano que rs el ser técnico ( ...) Artículosy conferencias (...) L a m áquina no debe ser considerada por el niño ni com o instru­ mento de juego, ni como cosa útil, sino com o objeto técnico que el ser hum ano aprende a conocer completándolo. (...) L a m áquina nos da y nos exige servicios, como un amigo; el intercambio de servicios, que ya es preferible a la esclavitud, ni siquiera es la relación m ás elevada y más adecuada con la máquina. H ay que “tirar el yugo” con ella, conocerla bien, trabajar sin tomarla ni como fin ni como medio, sino com o cam arada de trabajo y com o ser complementario (...). E sta relación horizontal debe reemplazar a cualquier relación vertical. Los educadores pueden desarrollar en el niño el respeto por la máquina enseñándole a construirla, a repararla, a mantenerla antes y después de su utilización. Además, una conciencia histórica de la invención progresiva de los dispositivos utilizados en una m áquina puede dar una sensación viva de la presencia hum ana que representa la estructura de una m áqui­ na. Sin dudas, no hay que caer en la idolatría de la m áquina. Pero entre la idolatría y el desprecio existe el sano conocim iento fundado en una frecuentación atenta. (...) A SP EC T O P SIC O L Ó G IC O D EL M A Q U IN ISM O A GRÍCO LA (1959) Este es el texto de una conferencia que tuvo lugar enjunio de 1959en el 1" Simposio nacional ele medicina agrícola, y quefue publicada en Le concours medical, año 82, 6-13 de agosto de 1960, nros. 32-33, p. 3793-3796y p. 3799. En el encabezamiento está anotado: “Los cuatro artículos que siguen, de los señores Simondon, Poli, Dubosty Lévesque, forman parte de los informes presentados en €l Coloquio de Psicosociologia Agrícola de Tours, 14 de junio de 1959, bajo la presidencia del señor Gatheron, luego de la introducción delprofesor Dervillée, de Bordeaux”. Elpresidente era elseñor Gatheron, inspector general delMinisterio de Agricultura, y el secretario general era el Dr. Lutier, jefe del servicio de psicosociología del Instituto Nacional de Medicina Agrícola. Gilbert Simondon era entonces profesor titular en la Facultad de Letras de Poitiers. Luego de este estudio, Gilbert Simondon redactó una nota, “Optimización de objetos técnicos agrícolas”, del cual brindamos algunos pasajes. Esta exposición tiene por finalidad hacer conocer la intención rectora y los prim eros resultados, provisorios, de una investigación en curso. Luego de haber estudiado recientemente {Du mode d ’existence des objets techniques, Aubier, París, 1958) las interacciones entre las condiciones humanas, individuales o sociales, de em pleo de los objetos técnicos, y la evolución de las form as y los esquemas internos de funcionam iento de esos objetos, hem os pensado que debem os profundizar y enmarcar esta investigación general en el dom inio de los objetos técnicos em pleados en el m edio agrícola, comenzando por las regiones de Francia que no están sobreequipadas y que están actualmente constituyendo su equipamiento. 249 Artículosy conferencias E l tema principal de la investigación era el sigu ir 1 1 1 1 : rs tos usuarios actuales o futuros de los objetos técnicos que son los cultivadores o los criadores, ¿tienen una representación exacta, adecuada, J e las características de las diferentes m áquinas y dispositivos y de su correspondencia con las necesidades de cada tipo de explotación, o bien intervienen en la aceptación o el rechazo de tal o cual tipo de objeto técnico un conjunto de motivaciones ajenas a la naturaleza propia de cada objeto? En efecto, se escucha decir, bastante a m enudo, que el m undo rural es rutinario y rechaza los medios de m ejora de su trabajo por conserva­ durism o; se escucha decir, con igual frecuencia, y de manera opuesta, que el m undo rural se lanza sobre ciertas máquinas (com o el tractor) y los valora abusivamente porque los carga con un poder de prestigio y de representación com o el del automóvil de lujo en los medios urbanos. De ahí los reproches contradictorios que hacen los diferentes representantes de los medios urbanos al medio rural, reproches en los cuales se mezclan los estereotipos habituales de conservadurismo retrógrado, incluso de rigidez mental, con las com pras insensatas de material m oderno mal adaptado a las necesidades reales, destinado solamente a deslum brar al vecindario. A sí, el hom bre rural se encuentra fácilmente ridiculizado com o aquel que tiene m iedo de las m áquinas, y ridiculizado también com o el hombre que com pra sin consideración cualquier máquina ultramoderna, en detrimento de las santas costumbres bien establecidas por la experiencia. Ahora bien, solo una búsqueda objetiva tiene chances de superar la estereotipia m itológica, infecunda y contradictoria que acabam os de evocar. La existencia de este reproche de ambivalencia en la relación de las personas rurales con los objetos técnicos debe ser considerada solo como un indicio; si aparecen dos aspectos contradictorios del m aquinism o agrícola, probablem ente sea porque existen dos necesidades opuestas que el acceso a las m áquinas (tal com o las ofrece el mercado y tal com o las condiciones de explotación permiten emplearlas) no puede hacer compatibles. Esta ambivalencia, esta contradicción aparente, tendría entonces su verdadera causa no en un desajuste de lo rural respecto de la civilización contem ­ poránea, sino en un desajuste de los objetos técnicos producidos por la industria respecto de las condiciones hum anas de trabajo en medio rural. Sería una actitud poco objetiva considerar la “rusticidad” rural com o un principio de explicni ióu; es una resultante, una consecuencia, expresa una 250 Aspecto psicológico del maqumismo agrícola situación y, particularmente, bajo uno de sus aspectos, la relación entre el hombre y la m áquina. El sentido definitivo de la investigación que lleva­ mos adelante com o action research es establecer un “human engineering” lo m ás com pleto posible en el dom inio rural. N o se trata para nada de informar y educar a los sujetos rurales sobre los objetos técnicos, sino de reformar esos objetos técnicos para que se correspondan directamente con las necesidades vigentes, esto es, instituir una correlación de reciprocidad actual entre Agricultura e Industria.. H asta hoy, la investigación que hem os llevado adelante se com puso de: 1. U n cuestionario anónim o que el servicio de psicosociología del Instituto N acional de M edicina Agrícola repartió a 166 personas, en las condiciones que el D r. Lutier acaba de exponer. El Dr. Lutier tuvo la extrema am abilidad de permitirme insertar en el cuestionario algunas preguntas orientadas particularmente hacia el estudio de los contenidos psicosociales relativos a los objetos técnicos, y hacia una estimación del nivel de mecanización de las actividades abandonadas por los jóvenes de medios rurales por 2. una nueva profesión. Estudios, realizados con la ayuda de los estudiantes del Instituto de Psicología y de Sociología de la Facultad de Letras y Ciencias H um anas de Poitiers, en dos pueblos cercanos a esa ciudad: Béruges y Chardoncham p. El prim er pueblo está situado en una región de cría de ganado y de policultivo; el segundo, en una región de policultivo, es en parte un pueblo-dorm itorio, porque está a 6 km. de Poitiers y a 4 km . de Chasseneuil-du-Poitou, donde hay una fábrica de pilas eléctricas (Leclanché). Las investigaciones realizadas en Poitou no pueden brindar, en relación con las del cuestionario de Tours, m ás que algunos puntos de com pa­ ración, porque el escaso número de explotaciones estudiadas hasta hoy (doce) no permite un trabajo estadístico interesante; sin embargo, estas investigaciones semi-monográficas, m ás algunas respuestas qu e agregan al cuestionario de Tours, poseen un valor heurístico, pues permitieron apre­ ciar en varios casos el juego de las condiciones económicas y sociales que las respuestas al cuestionario no hubieran podido iluminar. Las entrevistas y los cuestionarios fueron com pletados con conversaciones con personas que tienen un buen conocim iento de la región y de la historia de cada 251 Artículos y conferencias explotación, en particular el i uta d<- liauj,., ¡¡n puso amablemente en contacto a los estudiantes con vaiia.s l . m i i l u - . .|r u , i bajadores agrícolas. Los resultados obtenidos pueden ír .uitiii'.r drl inodo siguiente. I. Nivel de saber y motivaciones relativa', a Un objetos técnicos En el cuestionario, las preguntas 7 y 8 fueron concebidas para conocer el nivel de m ecanización de la explotación: “¿C uál es el equipam iento de la finca?” , y las motivaciones conscientes relativas a la mecanización: “¿Q ué equipo suplem entario desearía tener?” . Sobre las 116 empresas en las cuales trabajan los jóvenes rurales que cam biaron de profesión, 46 estaban desprovistas de toda mecanización, es decir que no poseían ni motor, ni tractor, ni motocultor. Entre las dem ás, 7 7 poseían un tractor, 5 un motocultor, 7 4 un m otor no de tracción (m otor de bom ba, de tri­ tu rad o ra...). Entre las empresas que no tienen ni tractor ni m otocultor, 8 poseen solam ente un arado, 67 poseen un arado del tipo Brabant. El escaso núm ero de explotaciones del Poitou que hem os estudiado hace difícil la com paración; sin em bargo, hecha esta reserva, se puede notar que el núm ero de tractores allí es m ás o m enos el m ism o, cercano al 5 0 % ; lo m ism o para los motores auxiliares, pero se puede notar que este empleo de motores aparece de m odo bastante brusco cuando la finca supera las 45 o 50 hectáreas, y tiende a desaparecer cuando está por debajo de las 3 0 hectáreas; va de la m ano del em pleo del autom óvil, y parece m anifestar una especie de generalización del em pleo de los ob­ jetos técnicos. Q uizás se debería considerar este em pleo de los motores auxiliares (descentralización de la energía motriz) com o un indicio, más im portante que el tractor, del nivel de adaptación a los objetos técnicos. H em os encontrado motores en trituradoras, mezcladoras, descremadoras, bom bas y com presores de frigorífico. L os anhelos de equipam iento suplementario obedecen a la gradación siguiente: quienes poseen ya un tractor piden una empacadora y un rastrillo forrajero para el futuro inmediato; piensan en una cosechadora trilladora para un futuro más lejano, y con frecuencia agregan que la com pra de tales m áquinas no sería rentable en su finca (30 ha en prom edio en la región de Béruges, con cría de ganado y policultivo). Un agricultor, propietario 252 Aspecto psicológico del maqumismo agrícola de una finca de 53 ha cerca de Béruges, que ya tiene una cosechadora atadora, quiere completar su equipamiento con una trilladora pero no insiste dem asiado en esa intención; no parece un ardiente partidario de las cosechadoras trilladoras. En las fincas menos mecanizadas, donde falta el tractor, todos los deseos se vuelcan sobre el tractor y su equipamiento. En algunos casos raros ( 8 % ), se dice que es difícil amortizar la com pra de un tractor. En cambio, esta dificultad económ ica es considerada com o insuperable en el caso de la cosechadora trilladora en todas las empresas estudiadas en Poitou. Un granjero de la com una de Béruges, en la aldea de Loge, cuenta cóm o quiso fundar una cooperativa para com prar una cosechadora trilladora. En ese momento hacía falta disponer de 1.800.000 francos por una m áquina para ubicar detrás del tractor, o de 2 . 2 0 0 . 0 0 0 francos por una cosechadora trilladora automotora. Ahora bien, agrupán­ dose de a cinco, los agricultores interesados en este proyecto reunían solo M ha de tierras con cereales; la com pra de esta m áquina solo podía ser rentable para 80 ha. Así fue com o el proyecto se abandonó. U n a solución aceptable hubiera sido la com pra de la m áquina remolcada p o r el tractor, pero ocurría que los tractores que tenían los m iembros de esa cooperativa eran demasiado poco potentes para asegurar el remolque y la alimentación de energía de la m áquina; de allí la necesidad, en este caso, de alquilar un tractor lo suficientemente potente, lo que hacía que esta solución no fuera mejor que la de la m áquina que ya posee un motor. Este intento fallido de fundación de una cooperativa para la com pra de equipam iento es también im portante en un punto: el de la escasez de dinero líquido inmediatamente disponible que los agricultores de esta región podían emplear para esta compra: los préstamos concedidos permitían reduc ii a 150.000 francos la participación inicial de cada agricultor; y sin embargo esta sum a incom odaba a dos de estos agricultores. Al evocar todas las con­ versaciones que hem os tenido con los agricultores y criadores del Poitou, no es exagerado decir que la preocupación económ ica es fundam ental y i]ue el objeto técnico es entendido, ante todo, a través de esta preocupación básica de la rentabilidad. Subsidiariamente, los agricultores exponen de qué m odo los precios de los productos rurales han bajado recientemente en relación con el precio de otros productos y máquinas, reduciendo aún más el margen disponible para la com pra de equipamiento técnico. El paliativo, a saber los préstamos, es conocido pero para nada estimado. Esta 253 Artículosy conferencias práctica es considerada com o peligrosa, porque enfrenta la irregularidad de los ingresos de cada año con la implacable regularidad de las cuotas ;i pagar; lo que es m ás temido es el préstamo individual, aquel de los jóvenes que tom an un préstamo para com prar equipam iento para “ascender”. A lgunos “se habrían vuelto locos” cuando recibieron las cuotas a pagar. Por el contrario, el préstamo colectivo, a nombre de una cooperativa, está mejor visto porque constituye un riesgo más limitado para cada uno de los participantes, no se presenta tanto com o una especie de aventura individual o familiar, y com prom ete a agricultores ya instalados. En ninguna de las entrevistas de las regiones de C hardoncham p y Bé ruges hem os encontrado alguna precaución contra los objetos técnicos, ni en los jóvenes ni en sus padres; en todo caso, si existe, está expresada a través de la preocupación económica. En la región de Béruges, quizás esta ausencia deba atribuirse en parte a la acción de la casa familiar rural de Bénassay, donde enseña el señor M as de Faix, que fundó cooperativas de equipamiento técnico agrícola, conocidas por las iniciales c e t a . Est.i acción de enseñanza y de dirección es m uy estim ada en la región; los jóvenes realizan pasantías en la casa familiar rural, luego vuelven a sus hogares para hacer un tiempo de trabajos prácticos, luego vuelven a la casa y después a sus hogares; esta alternancia hace que la enseñanza penetre en la explotación gracias al joven. Sin embargo, incluso si se tom a en cuenta esta influencia, que ciertamente ha m ejorado, racionalizado y concretado el conocimiento de nuevos m étodos y técnicas, parece que no existe, entre los trabajadores rurales que hemos encontrado, desconfianza alguna hacia el equipam iento, ni una creencia ingenua en el poder maravilloso de las m áquinas. D e hecho, contra nuestra suposición inicial, no parece que los jóvenes dejen la vida rural porque no cuenta con una organización técnica suficiente, para ir hacia una civilización m aquínica m ejor organizada; tam poco parece que se manifieste seriamente en el m edio rural una resis­ tencia a la penetración de los objetos técnicos. El verdadero problem a no es, o ya no es, psicológico; en la mayoría de los casos, la relación entre el hom bre y el objeto técnico no está opacada por prejuicios, ni cargada de motivaciones ajenas como el deseo de prestigio. Sin embargo, esta relación está plagada de problemas que aparecen a través del aspecto primordial de la preocupación económica pero que no son, según nuestra opinión, solamente económicos. 254 Aspecto psicológico del maqumismo agrícola ¡I Segundad económica comparada, de la vida ruraly la vida urbana >i el conocim iento del objeto técnico se ve a m enudo afectado por la ba­ rrera que suponen las preocupaciones económicas, es sin duda a causa de Lj sensación global de inseguridad propia de la condición rural. Así, tanto en los jóvenes com o en los ancianos, en lugar de un gusto positivo direc­ to por los objetos técnicos, encontramos un fundamento vital para este gusto aparente; el trabajo rural tecnificado aparece, parcialmente, com o lo análogo al trabajo urbano de producción industrial, con mejores salarios, jubilación, seguridad en el empleo, m enos “picos” en el régimen anual de ■«abajo (pocas variaciones estacionales), ocupaciones m enos penosas para las mujeres, ausencia de la esclavitud los domingos. D ebem os notar que \i‘, afirmaciones relativas al trabajo de la m ujer se acentúan sobre todo en =1medio de las granjas. H ay pocas quejas relativas a la escolarización, m uy l'iii as quejas relativas al confort insuficiente, salvo en las explotaciones donde hay que ir lejos a buscar el agua. Solo el 3 0% de los agricultores consultados en el Poitou aceptaría los ap.i upamientos com unitarios de vida porque los encuentran incóm odos l’jia la vida cotidiana o porque temen que comprometan la vida familiar, jtrio aun así esperan que les permita una suerte de funcionarización del B tbajo rural. El cuestionario de Tours incluía dos preguntas im portantes i a los puntos 27 ( “ ¿Le hubiera gustado vivir con otros jóvenes agricultores ■a (ina habitación am plia e instalada con todo el confort m oderno?”) y (“ Seguramente escuchó hablar de las granjas colectivas. ¿Q ué piensa? . I r hubiera interesado esta experiencia?”). Ahora bien, incluso cuando las i< .puestas no son positivas y expresan disgusto ante la vida comunitaria, | 8 muestran la preocupación por la seguridad en el ejeu u ioilel trabajo. Para U pregunta 28 se obtienen respuestas como “ El futitio dr la explota: ión pequeña no es viable si no hay agrupam ientos” o “Seria .Ir-.rablr <|tir los *¡’,iicultores pequeños se agruparan para m oderni/aisr" i lu ipm ulim i j u r tiene 5 3 años afirma que ya es dem asiado grane I r paia . u u a i ■ ¡i m u (•«una com unitaria de vida, pero que lo acepta para su hijo * itm p¡. u , i lo mismo, anhelando para su hijo un puesto de mayordomo . ■■ tiiu * * | dotación comunitaria. 1 )e este m odo, existe una especie de círculo vicioso relativo al i itijiU o . 1.- los objetos técnicos; la inseguridad económica del.traba|ad..i mdh t.l.i .1 e Artículos y conferencias n o permite acceder ai m odo tecnificado de explotación. Por el contrario, ese m odo tecnificado de explotación se presenta ante estos trabajadores individuales com o si ofreciera una seguridad económica comparable a la que brindan los empleos solicitados en la ciudad y que, por otra parte, no se hallan solo dentro del dom inio industrial, sino también en la adm i­ nistración, en la función pública (policía, educación). D e esto resulta sin dudas la idea de la necesidad de una búsqueda de solución, sea de manera inm ediata bajo la forma de cooperativa de compra, o de manera más lejana m ediante la reorganización de los marcos m ism os de la vida rural, yendo de la concentración de parcelas a las formas com unitarias de vida. Ahora bien, uno puede preguntarse si estas distintas tendencias pueden rom per el círculo vicioso. Venimos de ver las dificultades con las cuales se topan las cooperativas de com pra de material im portante com o una cosechadora rastrilladora. Sin dudas, las formas com unitarias de vida serían más difíciles de instituir. Cuando se abordan estos problem as sur­ gen numerosas motivaciones culturales que sobrecargan y ralentizan la evolución de las estructuras sociales. M ovim ientos activos, com o el mfr 1, manifiestan una inquietud constante cuando se pueden ver amenazados los principios de la explotación familiar. En fin, en ciertas regiones, la creación de cooperativas de venta, de transporte, e incluso de exportación serían m uy deseables en los casos en que la región produce frutos tem pranos, e incluso para los productos lácteos —este aspecto económ ico está lejos de ser insignificante—. Sin embargo, todas estas soluciones de tipo social y económ ico son, o bien de largo aliento, o bien necesariamente posteriores a una primera modificación que solo puede ser técnica. 1 M aison Fam iliale et Rumie (mi it). El autor se refiere a un m ovim iento iniciado en 1937, de ideología sot i.ili liMÍ.ina, para crear establecim ientos asociativos de educación para jóvenes y .ululios que apunta a la inserción social y profesional en m edios rurales. Su bu-.f a, L J i n nancia entre la presencia en el hogar rural y el establecim iento edin jtivn y íur prn.sado, entre otras cosas, para evitar el éxodo de los jóvenes haei.i l.i-. jji jihIi , . iml.ules. Ver www.mfr.asso.fr. [N . de los T .] 256 Aspecto psicológico del maqumismo agrícola III. Necesidad de un cambio de estructura de los objetos técnicos un el medio rural F,n realidad, en nuestra opinión, si los trabajadores rurales no pueden resolver el problem a y parecen contradecirse, es porque el problem a no puede ser planteado únicamente por ellos. En lugar de concebir a la m á­ quina com o una realidad cerrada, dada por la industria que la produce de una vez y para siempre com o definitiva, completa, perfecta, al m undo m ral que la utiliza acom odándose a su estructura y tratando de adaptarse i ellas, haría falta considerar el equipamiento rural com o un problem a de "human engineering" completo. D e hecho, parece que el equipam iento c]iie la industria propone a la agricultura fuera del tipo que ella m ism a ya no acepta y que merece los reproches dirigidos a las m áquinas concebidas i onforme a la ortodoxia del “scientific management”. Las máquinas agrícolas están aún en vías de especializarse, mientras que la industria entra en la fase ile las máquinas-transferencia2. Aquí está el origen real del círculo vicioso ec onóm ico, que nadie podrá romper, ni siquiera las modificaciones de la rsi ructura social, mientras no cambie la estructura m ism a de las máquinas. Si la com pra de una cosechadora trilladora crea dificultades importantes, r s porque esta m áquina no se usa durante 360 de 365 días. E n la indus- i l ia, para ciertas m áquinas, lo que se ve es la proporción inversa, esto es, la m áquina se detiene apenas algunos días al año. L o que caracteriza a la máquina-transferencia es el aspecto de generalidad de uso de sus disposi­ tivos de base; para un torno, el motor, la transmisión, el torneado m ism o, los com andos del porta-herramientas están siempre en servicio, y pueden adaptarse a tareas variadas por m edio de modificaciones en la regulación y las velocidades. Solo las herramientas m ism as o los accesorios fáciles de cambiar se encuentran durante la mayor parte del tiem po relegados ■il rango de piezas no utilizadas. Ocurre lo m ism o con una fresadora que puede ejecutar los trabajos m ás variados. El éxito del tractor en el m edio rural se puede deber a su carácter im perfecto, y sin em bargo real, de máquina-transferencia. Ante todo, rs un vehículo adaptado a la tracción en la ruta y en cualquier terreno, 1 M achines-transferí en francés. Ver n ota 4 de “ Psicosociologí;i dr l.i tecnicidad”. |N . de losT .] 257 X) Artículos y conferencias gracias al ju ego de las relaciones <lr u > aja <Ir velocidades, que es m uy am plio.'A m arrado al suelo, .si est.í piovtsio de un cabestrante, puede actuar sobre m asas im portantes (tronco ilc u bol, vehículo atascado). Luego, tiene un m otor que se puede llev.u y utilizar en todos lados, gracias a su tom a de fuerza. Tras babel letuolcado una trilladora y su atadora, un tractor puede servir de m otor durante la operación de tri­ llado. Finalm ente, es portador de herram ientas, con sus dispositivos de tipo Ferguson, y opera entonces com o máquina-transferencia en el pleno sentido del térm ino, pudiendo tanto arar com o cosechar, y aun levantar cargas. E sta necesidad de evolución hacia la m áquina-transferencia fue bien com prendida para el tractor en la industria francesa: el tractor se concretiza, com o se puede ver exam inando la producción de la em presa Renault en los últim os diez años, y que term inó en el m odelo de m otor D iesel y enfriam iento por aire (m otor de tres cilindros de M otor Werke M annheim ). N o es la búsqueda vana de prestigio, sino el carácter de m áquina abierta y concreta utilizable indefinidam ente lo que crea el éxito del tractor en el m edio agrícola. A quí, el problem a psicológico del m aqum ism o agrícola ya no es inherente al medio rural; se refiere a la relación entre la agricultura y la industria. E n el caso del tractor, esta búsqueda de concretización y de apertura fue facilitada por la gran generalidad del problema que se plantea, en la vida militar y en la vida industrial tanto com o en la vida rural (el Jeep es el análogo del tractor). Pero la m ism a evolución hacia la máquinatransferencia sería posible para otras m áquinas, al precio de un esfuerzo de invención y de creatividad en el nivel de la construcción de prototipos. Este reporte debe contentarse con indicar la existencia de una vía de in­ vestigación, sin aportar soluciones definitivas. Sin em bargo, a partir de ahora es posible pensar en la construcción de motores desm ontables que se puedan adaptar a varios chasis especializados (chasis rutero, chasis para cosecha, chasis para desbrozo o para sembrar) y a puestos fijos (aserrado, generador de electricidad), gracias a la estandarización de las dimensiones y a la puesta a punto de un dispositivo de correderas y de bloqueo que perm ita la transferencia del m otor sin elevación. Tam bién es posible pensar en u n a m uy im portante condición de adaptabilidad de las m áquinas: la descentralización de energía a bor­ do de estas m áquinas. Las máquinas-transferencia de la industria no 258 Aspecto psicológico del maqumismo agrícola existirían de ningún m odo sin el empleo de la energía eléctrica que perm ite la descentralización indefinida del empleo de la energía, sin pérdida apreciable de rendimiento, y el com ando a distancia, así com o la intercam biabilidad de las piezas de trabajo: una conexión eléctrica exige m enos ajustes y regulaciones que una adaptación de pieza accio­ nada m ecánicam ente. En este sentido, se puede pensar en un desarrollo m ucho m ás considerable del uso de la energía eléctrica que perm ita la aparición posible de máquinas-herram ientas agrícolas que empleen la energía eléctrica. H asta los m odos operatorios pueden ser m odificados, y en ciertos casos el trabajo por desplazam iento de largo alcance puede ser reemplazado por movim ientos m ás rápidos y más cortos. E n un tiem po en el que se entrevén nuevas form as de producción de la energía eléctri­ ca que perm iten su uso en vehículos (procedim ientos quím icos), sería im portante prever un equipam iento agrícola que pueda ser accionado por esta energía, que por otra parte es fácilmente m odulable y permite el em pleo de todos los sistemas de servom ecanism o, de control, de au­ torregulación y de program ación. En conclusión, se puede afirmar que un aspecto no menor del problema psicológico del m aquinism o agrícola reside en la necesidad de inventar máquinas y herramientas adaptadas de manera abierta a empleos m ul­ tiformes, m ás allá de los estereotipos mentales de operaciones agrícolas u i » « - 11 » « i » com o cosecha , trilla y arado . O P T IM IZ A C IÓ N D E O B JE T O S T É C N I C O S A G R ÍC O L A S (E X T R A C T O S ) El principio a seguir para los objetos técnicos es el siguiente: dividirlo en tantas partes com o sea necesario para constituir unidades orgánicas concretas, dotadas de resonancia interna. Esto permitirá realizar la soli­ daridad de objetos de uso diferente; así, una totalidad técnica más vasta, al menos en la dim ensión de la empresa, de la explotación, y quizás de la aldea o de la ciudad, podrá intervenir, si no en las estructuras, al menos en la econom ía del uso, de las regulaciones y de las reparaciones. 259 Artículos y conferencias E n el dom inio de los vehículos o ii.- I r, íuiquínas móviles, un vínculo no orgánico para romper es el del motoi <<m el chasis. Para eso se debe ir hacia la concretización del m otor de dos maneras: 1. M ediante la transferencia hacia el m otor de todos los accesorios útiles para su funcionamiento, radiador de agua y tanque de com ­ bustible. L a utilización de la refrigeración por aire es concretizante y liberadora porque permite suprim ir ese accesorio lejano, fijado al chasis, que es el radiador de refrigeración, con los em palm es de cañerías y las bombas. El tanque de combustible, que funciona por gravedad, es aconsejable toda vez que lo perm ita el em pleo de un 2. aceite pesado, sin crear un peligro de incendio [...] Mediante el agrupamiento de los comandos de m otor en un tablero reducido solidario del m ism o motor, porque esos com andos están disociados de los del chasis. L a relación motor-chasis debe efectuarse de manera rigurosa y muy simple, sin necesitar m ontaje o elevación alguna, sino solo una transfe­ rencia en igual nivel sin solución de continuidad entre dos chasis: en el nivel del cárter, el m otor puede descansar sobre un bastidor que entra por fricción suave en dos correderas prolongadas hasta el frente del vehículo; disponiendo en un plano de los dos chasis, uno frente a otro, se podrá opera la transferencia del m otor por desplazamiento horizontal [...] 260 LO S L ÍM IT E S D E L PR O G R ESO H U M A N O (1959) Este artículo fue redactado en respuesta a un artículo de Raymond Ruyer que apareció en la Revue de métaphysique et de m o rale, octubre-diciembre de 1958, nro.4, pp. 412-423. Gilbert Simondon publicó este artículo en el nro. 3 de julio-septiembre de 1959 de la misma revista. E l artículo de Raymond Ruyer concluye, a partir de la discusión de una tesis de Cournot, que, por un lado, el progreso técnico será limitado (no hay necesidad, entonces, de la “intervención de legisladores asustados”), y por el otro que elprogreso no es técnico, sino que está “del lado delarte vital”. “Una vez estabilizado el esqueleto técnico, la vida puede recomenzar susjuegos y susfantasías (...) Los límites del progreso humano, contrariamente a la tesis de Cournot, están mucho más del lado de la técnica científica e industrial que del lado del arte vital”. II problem a del progreso hum ano solo puede ser planteado si se hace intervenir el sistema completo de actividad y de existencia constituido por lo que el hombre produce y por lo que el hombre es. Considerar aquello que el hombre produce (lenguaje, técnica ) 1 no puede permitir la estimación En su artículo, llevado adelante a partir de una discusión de Cournot, Raymond Kuyer, que prevé una estabilización del progreso técnico en un cierto nivel luego de la lase presente de “explosión acelerada” (por lo tanto, según una curva sigmoidea), nulípara los progresos de la técnica científica, “suerte de lenguaje activo que Miamos aprendiendo desde hace tres siglos”, con aquellos que lia conocido el ilesarrollo del lenguaje: “Debió existir una fase, ciertamente muy corta, donde t i número de palabras empleada aumentaba en progresión penméiiii i antes de jlt anzar un nivel más o menos estable” (N. de E.). 1 261 Artículos y conferencias del progreso hum ano ni prever su ley de de m h u II o c u función del tiempo, porque así la atención está dirigid,) i'má mu m. sobre una concretización objetiva de la actividad humana. Por r s u i,i/.ón, en la m edida en que se apunte únicamente a la concretización objetiva, no se dispone de otro criterio que perm ita elegir entre tal o cual Msteimi de concretización para convertirlo en el único signo y el único soporte válido del progreso hu­ m ano. Se pu do identificar el progreso del lenguaje bajo todas sus formas con el progreso hum ano, com o lo hizo el hum anism o clásico. Tam bién se pudo identificar el progreso hum ano con el progreso de las técnicas bajo todas sus formas. Si se opera esta identificación, que nosotros creemos reductora, se puede entonces encontrar un aspecto temporal lim itado del progreso humano y prever, por analogía, que el progreso técnico se realizará según una curva sigm oidea com o el progreso del lenguaje. Sin em bargo, incluso si se quiere estim ar el progreso hum ano a partir de la mera concretización objetiva, haría falta considerar com o progreso la serie de las concretizaciones objetivas posibles, y no solo tal o cual concretización, autolim itada en ella m ism a. Q ue el progreso hum ano y el progreso de las técnicas contengan procesos de inhibición interna que dan a su desarrollo en función del tiem po un aspecto sigm oideo, no es para n ada dudoso para el lenguaje, y quizás sea verdad tam bién en el dom inio de las técnicas. Pero el progreso humano consiste en que el hom bre, luego de haber im pulsado hasta la saturación las posibilidades del lenguaje, se dirige hacia las técnicas y entra en un nuevo cam po de desarrollo; si el progreso hum ano nos parece identificable con el progreso técnico, es porque el progreso hum ano, en nuestros días y en nuestra civilización, está com prom etido en el desarrollo de las técnicas. N ad a nos perm ite pensar que, luego de haber llevado a la saturación el desarrollo técnico, si esta saturación se pudiera alcanzar, la especie hum ana no tendrá que inscribirse en un nuevo dom inio de progreso. Por otra parte, parece que la reducción de los dom inios de progreso ya probados a solam ente dos es excesiva: si las civilizaciones clásicas anti­ guas m anifestaron la saturación del desarrollo del lenguaje, las diversas corrientes de la civilización m edieval parecen haber alcanzado la del desarrollo religioso. A partir del R enacim iento, el espíritu de desarrollo técnico buscó ante todo volver a encontrar el espíritu de desarrollo en el antiguo ejem plo de desarrollo del lenguaje, y luego se alejó de él. En 262 Los límites delpropeso humano efecto, el Renacim iento fur en principio una nueva fase, corta e intensa, de progreso del lenguaje, antes de convertirse en una introducción a la fase de progreso técnico en la cual vivim os hoy. La Reform a, entre fase religiosa y fase técnica, manifiesta la introducción del poder de progreso del lenguaje, inspirado en el clasicism o antiguo, dentro del devenir religioso. D el m ism o m odo, en el final del m undo antiguo, se podía ver cóm o las nuevas fuerzas del progreso, esencialmente religiosas y éticas, se aplicaban a prom over el contenido m ás elaborado de la fase de desarrollo del lenguaje, bajo la form a de las filosofías ético-religiosas con un gran cam po de expansión: el estoicism o y la gnosis. Así, no solo existe una serie sucesiva de cam pos de desarrollo de las concretizaciones objetivas -len guaje, religión, técnica-, sino que tam bién existen entre estos cam pos im bricaciones durables, que m anifiestan u n a búsqueda de universalidad. Sin embargo, sucesión —o incluso imbricación—de etapas sucesivas no significa progreso. Si la fase del lenguaje, la fase religiosa, la fase técnica y todas las dem ás fases de la actividad humana, pasadas o futuras, estuvieran autolimitadas y se ignoraran sin nada para transmitirse, la especie humana estaría llam ada a vivir en vano aventuras sucesivas, hasta la saturación de cada una de ellas, y luego el abandono. Y se podría hablar de un progreso del lenguaje, de un progreso de la religión, de un progreso técnico, pero no de un progreso humano. Ahora bien, lo que hay en com ún en estas fases sucesivas de concretización objetiva no es el contenido de la con­ cretización: el poder pontificio ignora el teatro griego tal com o el radar ignora la catedral; lo que es com ún es el hombre, el hombre como m otor y prom otor de concretización, y el hom bre como ser en quien resuena la concretización objetiva, es decir el hom bre como agente y paciente. En­ tre las concretizaciones objetivas de cada ciclo autolim itado de progreso y el hom bre existe un vínculo de causalidad recíproca; en cada ciclo de progreso, el hom bre form a sistema con aquello que él m ism o constituye, y este sistem a está bien lejos de estar saturado; lo que se refleja en la con­ cretización objetiva no es todo lo posible del hombre -lenguaje, religión, técnica-. D esde ese m om ento, podem os decir que hay progreso humano solam ente si, pasando de un ciclo autolim itado al ciclo siguiente, el hombre acrecienta la parte de sí m ism o que se encuentra com prom etida en el sistem a que form a con la concretización objetiva. I l.iy progreso si 263 Artículos y conferencias el sistema hombre-religión está dotado de mayor resonancia interna 2 que el sistema hombre-lenguaje y si el sistema hombre-técnica está dotado de m ayor resonancia interna que el sistema hombre-religión. Ahora bien, esta cuestión es m uy delicada porque aquí aparece el rol efectivo de la tom a de conciencia de un proceso de desarrollo por parte del hombre que form a parte del sistema en el cual se despliega este pro­ ceso. Ciertamente, hay aspectos de autom atism o en cada desarrollo, y la hipertrofia del automatismo coincide con la saturación in-evolutiva de cada uno de los procesos de desarrollo cuando llegan a su fin. Tal era el estado del lenguaje en el fin del m undo antiguo; se convertía en un asunto de gramáticos o de lógicos formalistas que buscaban la rectitud etim ológica de las denominaciones. Ahora bien, una gramática o una lógica formal no reflejan al hombre, o por lo m enos lo reflejan en una parte mínim a, que no puede ser dilatada; sin embargo, en su clasicismo, la fase del de­ sarrollo del lenguaje en su apogeo estaba cargada de m ás esperanzas; en los tiempos de los sofistas y del Discurso panegírico , el lenguaje, concebido com o depositario del saber, aparecía com o el fundam ento de una “panegiria perpetua” de la humanidad. Ese fue también el caso de la religión en su fase ascendente, con su inspiración de universalidad ecuménica; sin embargo, desembocó en esa administración rigurosa del pensamiento y de la acción que ya no reflejaba el poder de progreso del hombre. D icho de otro modo, luego de un marcado im pulso de poder de universalidad que manifiesta un alto grado de resonancia interna del sistema form ado por el hombre y su lenguaje y el hombre y su religión, aparece un cierre, una saturación progresiva del sistema autónom o de la concretización objetiva que reduce otro tanto la resonancia interna del sistema, inicialmente m ás vasto, form ado por el hombre y la concretización objetiva; el verdadero 2 “Resonancia interna” . Ver el empleo de esta expresión por parte de Gilbert Simondon (reciprocidad causal en un sistema, que por ello mismo es concreto) en E l modo de existencia de los objetos técnicos, en el análisis de la génesis del objeto técnico (primera parte, “Génesis y evolución de los objetos técnicos”), en el análisis de la universalidad consistente y objetiva del inundo técnico (segunda parte, “El hombre y el objeto técnico”), y finalmente cu el mundo humano mismo, bajo ciertas condiciones (tercera parte, “Esencia de l.i tecnicidad”). En el presente artículo, ver más abajo: “Intercambio de causalidad entre lo que el hombre produce y lo que* él es” (N. de E.). 264 Los Umites ¿leíprogreso humano centro de sistematización se desplaza; en el origen, está entre el hombre y la concretización objetiva; poco a poco, es la concretización objetiva la que es solo ella un sistema; el hombre se excentra? la concretización se m ecaniza y se automatiza; el lenguaje se convierte en gram ática y la religión en teología. ¿La técnica se convertirá en industria com o el lenguaje se convirtió en gram ática y la religión en teología? Es posible que ocurra; pero no hay de ningún m odo necesidad, y no se pueden confundir los tres casos. De hecho, si el lenguaje se convirtió en gramática, es porque en el origen m ism o la parte de realidad hum ana traducible al lenguaje era demasiado débil com o para que pudiera instituirse una reciprocidad válida entre el hom bre y el sistem a creciente del lenguaje; se necesitaban situaciones privilegiadas para que pudiera instaurarse esta reciprocidad, condición de adecuación del lenguaje al hombre; era el caso de las democracias antiguas com o la de Atenas; pero el lenguaje, más o m enos adecuado a la vida de una ciudad antigua, era muy insuficiente para la dimensión geográfica y el tipo de intercam bios de un imperio. El hum anism o del lenguaje fue de corta duración; hoy subsiste artificialmente en grupos hum anos m uy restringidos, sin poder de expansión constructiva. En cuanto a la religión, se mostró adecuada a la dimensión geográfica de los imperios, que recubren áreas tan vastas com o los continentes, y m ucho más grandes que la ciudad antigua, uniendo diversas clases sociales y penetrando incluso en las castas. El retroceso actual de la religión se manifiesta en la pérdida de su poder de universalidad geográfica y en su repliegue defensivo en los grupos hum anos limitados, que recuerda el de la cultura hum anista fundada en el lenguaje, que se refugia detrás de los letrados. Si la técnica, convertida en industria, se refugia defensivamente en una nueva feudalidad de técnicos, investigadores y administradores, evolucionará, com o el lenguaje y la religión, hacia un cierre, centrándose alrededor de ella m ism a, en lugar de continuar form ando con el hombre un conjunto en devenir. Sin embargo, debem os notar que la pretensión de universalidad estaba m ás justificada en la religión que en el lenguaje, en el sentido de que el poder de progresión continua a través de la diversidad manifestó una expansión más grande en las religiones; en efecto, la religión concierne, en el hom bre, a una realidad m ás primitiva, m enos localizada, más natural, en cierto m odo, que aquella a la cual se dirige el lenguaje. La 265 Artículos y conferencias religión es m ás im plícita que el lenguaje, m is <ercana a las bases, menos civilizada, y po r lo tanto m enos limitad;! a la <iudad. L a técnica es aún más prim itiva que la religión, y reúne la elaboración y la satisfacción de las necesidades biológicas m ism as; puede entonces intervenir com o el lazo que form a conjunto entre hombres de grupos diferentes, o entre los hombres y el m undo, en circunstancias mucho menos limitadas que las que autorizan el pleno uso del lenguaje o la com unicación religiosa plena. La im presión de caída en la primitividad, en la grosería, que percibim os frente al pasaje de la religión a la técnica, ha sido experimentada por los antiguos al ver abandonados los m onum entos m ás perfectos del lenguaje por un im pulso religioso que juzgaban grosero, destructor y lleno de gérmenes de incultura. Pero este descenso por niveles hacia lo primitivo y la materialidad es una condición de universalidad; un lenguaje es perfecto cuando está en la dimensión de un continente en el cual las diversas etnias están en un m is­ mo nivel de civilización. Solo la técnica es absolutamente universalizable, porque lo que resuena en ella del hombre es tan primitivo, tan cercano de las condiciones de la vida, que todo hombre la posee en sí. Tam bién existe al m enos una chance para que los gérmenes de descentramiento del hombre, y por lo tanto de alienación de las concretizaciones objetivas que produce, sean menos fuertes en la técnica que en el lenguaje y la religión. Sin embargo, la. resonancia interna del sistem a del conjunto hombrem undo no estará garantizada mientras el hom bre no sea conocido por m edio de la técnica, para devenir hom ogéneo respecto del objeto técnico. El um bral de no descentramiento, o sea de no alienación, solo será fran­ queado si el hom bre interviene en la actividad técnica en su doble título de operador y objeto de la operación. En el estado actual del desarrollo de las técnicas, el hom bre interviene ante todo com o operador; ciertamente, también es consum idor, pero después de que el objeto técnico haya sido producido; m uy raramente el hombre, en tanto que tal, es aquello sobre lo cual trata la operación técnica; lo más frecuente es que solo en casos raros, graves, y peligrosos o destructivos, el hombre sea objeto directo de la actividad técnica, com o en la cirugía, la guerra, l.i luí ha étnica o polí­ tica; esta actividad es conservadora o destructora y envilecedora, pero no promotora. L a cirugía, la guerra, la acción psicológii .1 no construyen al hombre; no instituyen una reacción positiva por medio d r la tecnicidad. 266 Los límites delprogreso humano N o existe hasta hoy una relación de interioridad sólida entre las técnicas de acción sobre las cosas y las técnicas de acción sobre el hombre. En los mejores casos, las técnicas de acción sobre el hombre vienen apenas a reemplazar un rol atribuido antaño al lenguaje (luchas políticas) o a la religión (psicoanálisis). La técnica tendría chances de iniciar un proceso de desarrollo no sigm oideo si reemplazara eficaz y com pletam ente la actividad del lenguaje y la actividad religiosa. C om o hoy en día no existe una metrología aplicada al hom bre ni una energética humana, no existe una unidad de las técnicas dirigidas al hombre, y no es posible ninguna relación verdadera y continua entre esas técnicas y las que están dirigidas a las cosas. Las diferentes técnicas dirigidas a las cosas hicieron su aparición cuando el saber (en este caso, la física y la química) brindó a cada una de ellas los fundam entos de una m etrología verídica. U n saber de este tipo, fundam ento de una metrología aplicada al hombre, aún no existe de manera estable en el dom inio de lo viviente. Parece entonces posible prever que el progreso técnico no conservará siempre el aspecto explosivo que manifiesta en el dom inio de la concre­ tización objetiva. Incluso convendría considerar con más m oderación la repercusión de ese progreso técnico en el dom inio de la vida corriente; aquí, la apariencia no es explosiva; la iluminación, el mobiliario, la alimen­ tación y los transportes se modifican, pero lentamente. Y si la industria se m odifica, la agricultura, en nuestras regiones, es un dom inio en el que el progreso técnico está bien lejos de haber adoptado una apariencia ex­ plosiva. N o se puede confundir las realizaciones excepcionales alcanzadas en medios especializados de tecnología científica con el progreso técnico válido para vastos grupos hum anos. El objeto técnico exige cada vez más un medio técnico para existir; así, m áquinas como una perforadora o una trituradora no pueden ser empleadas en una obra artesanal sin correr el riesgo de provocar silicosis en los operadores: no solo hace falta una entrada por efracción de una m áquina nueva, sino también una transformación del m edio artesanal en m edio industrial, lo que exige condiciones de ali­ mentación en energía, de automatización, de telecomando, sin mencionar las condiciones hum anas y económicas que hacen todavía m ás lenta esta transformación. E s m uy habitual que la introducción de una m áquina aislada, cuyas performances contrastan con las del resto de las máquinas y con las posibilidades del entorno, brinde de manera espectacular la no­ 267 Artículos y conferencias ción abstracta de un progreso posible, mientras que, si todo el conjunto es m odificado de m anera homogénea, se desvanece este aspecto explosivo del progreso. La lentitud del progreso real, en el dom inio m ism o de la concretización objetiva, significa que el progreso técnico ya está ligado a las condiciones sociales; ya se ejercen las fuerzas inhibidoras que podrían limitarlo; sin embargo, no lo detienen. Se puede entonces suponer que, en razón de esta lentitud, el progreso técnico no tom ará bruscamente una velocidad explosiva, porque las condiciones reguladoras ya existen, las riquezas explotables, tanto en energía com o en materias primas, son considerables. Según la revista Prospective, cuyo primer número acaba de aparecer, las posibilidades de desarrollo en el largo plazo no justifican una actitud inspirada en el malthusianismo. Para que el progreso técnico pueda ser considerado com o progreso hum ano, hace falta que im plique reciprocidad entre el hom bre y las concretizaciones objetivas. Esto significa, primero, que hace falta que haya hom ogeneidad entre los diferentes dom inios de desarrollo técnico, y también intercambio de condicionam iento; el progreso adquiere un aspecto explosivo cuando ya es en el origen un progreso estallado, que se realiza en dom inios separados unos de otros; cuanto m ás se realice en condición de estallido, menos se tratará de un progreso humano-, es el caso del progreso técnico alcanzado en algunos años en la prospección de petróleo y de napas de gas. En Francia, el gas de Lacq atraviesa las regiones subdesarrolladas sin beneficio alguno para ellas, y se va a vender en las áreas ya industrializadas. El gas descubierto por los petroleros en la región de H assi-M essaoud arde en antorchas hacia el cielo mientras que en Argelia los hombres se m atan y los niños mueren de hambre cerca de cam pos devastados y de hogares extinguidos. El progreso técnico sería m ucho más profundamente un progreso hum ano si fuera un progreso de la totalidad de las técnicas, incluida la agricultura que es, por excelencia y en todos los sentidos del término, la pariente pobre. Este progreso sería entonces m ucho m ás lento en cada punto y m ucho más profundo en su totalidad, y por lo tanto progreso de m odo m ucho más real. Transform ando todas las condiciones <l<- l.i vida hum ana, au­ mentando el intercambio de causalidad entre lo qur rl hombre produce y lo que es, el verdadero progreso técnico podría sei < o i i s u Ic-rado com o algo que im plica un progreso humano si tuviera una < .mu tina en red, siendo 268 Los limites delprogreso humano las mallas de esa red del orden de la realidad humana; pero entonces no sería únicamente un conjunto de concretizaciones objetivas. Para que el progreso técnico sea autorregulador, hace falta que sea un progreso de conjunto, lo que significa que cada dom inio de actividad hum ana que emplea técnicas debe estar en comunicación representativa y normativa con el resto de los dom inios; este progreso será así de tipo orgánico y formará parte de la evolución específica del hombre. Por tal m otivo, incluso si una conclusión semejante puede parecer muy ilusoria, tam bién hace falta decir que el progreso hum ano no se puede identificar con ninguna crisis de progreso según el lenguaje, la religión o la pura técnica, sino con aquello que, en cada una de esas crisis de pro­ greso, puede pasar bajo la form a de pensamiento reflexivo a otras crisis de progreso; en efecto, esta resonancia interna del conjunto form ado por la concretización objetiva y el hombre es del orden del pensam iento, y es extrapolable; únicamente el pensamiento filosófico es com ún al pro­ greso del lenguaje, al progreso de la religión y al progreso de la técnica; la reflexividad del pensamiento es la form a consciente de la resonancia interna del conjunto form ado por el hombre y la concretización objeti­ va; este pensam iento asegura la continuidad entre las fases sucesivas de progreso, y es lo único que puede mantener la preocupación de totalidad, y hacer así que no tenga lugar el descentramiento del hombre, que es paralelo a la alienación de la concretización objetiva. En nuestros días, el pensam iento reflexivo debe aplicarse particularmente a guiar la actividad técnica del hom bre en relación con el hombre, porque es en este dom inio donde existe el peligro m ás grande de alienación, y donde se encuentra la ausencia de estructura que im pide que el progreso técnico ejercido en la concretización objetiva forme parte integrante del progreso humano, form ando sistema con el hombre. L a cuestión de los límites del progreso hum ano no puede ser planteada sin la cuestión de los límites del pensa­ miento, porque el pensamiento aparece com o el principal depositario del potencial evolutivo de la especie. 269 ■ ■ ' ■ í . . ' ‘ r f ¿v ' ir r i 5 EL E FE C T O D E HALO E N M ATERIA T É C N IC A : HACIA U N A ESTR A TEG IA D E LA PU B LIC ID A D ( 1960 ) Este texto fu e publicado por prim era vez en marzo de 1960, en Cahiers de l’Institut de Science économ ique appliquée (serie M, nro.7), y luego en el número especial “Gilbert Simondon” en Cahiers philosophiques, nro. 43, jun io de 1990. Los objetos técnicos, que poseen un valor de uso y un valor de cambio, pueden, en ciertos aspectos, ser considerados com o som etidos a las leyes que rigen los fenóm enos psicosociales en materia de intercambios. Sin em bargo, nos podem os preguntar si ciertas singularidades aparentes de los procesos de apreciación o de depreciación de los objetos técnicos, entendidos com o bienes de una especie particular, no serían casos par­ ticulares de la relación entre el hom bre y el objeto técnico, considerado com o com plejo de opiniones y de motivaciones. E n ese caso, no solo las leyes clásicas del juego de la oferta y la dem anda, criticadas a menudo en la interpretación de los mercados de toda clase de mercancías, sino tam bién los propios esquem as com petitivos, im plícitam ente tom ados com o fundam ento racional de las actividades de competencia, se aplican de m odo im perfecto a los procesos económicos que tienen a los objetos técnicos com o m ateria y contenido. Ciertam ente, no tenemos intención de negar que existe la competencia en materia de objetos técnicos tanto com o en otros dom inios: cuando un país nuevo desarrolla su aviación, la sim ultaneidad de las ofertas de venta que emanan de las diversas firmas de construcción crea una situación de com petencia entre esas firmas y, en cierta medida, entre los países 271 Artículosy conferencias productores. Pero, limitándonos a considerar esta situación com o una com petencia entre firmas productoras de aviones, o incluso com o una com petencia entre diferentes países en tanto que productores de aviones actuales, contem poráneos de un m om ento del mercado que va a ser pa­ sado, solo veríamos un aspecto superficial de la realidad e ignoraríamos las motivaciones y las estructuras mentales subyacentes que juegan un rol fundam ental en la determinación de la compra. El comprador, futuro usuario de un objeto técnico, es con m ucha frecuencia un hombre que tom a prestado este objeto a un m odo de vida y a un conjunto hum ano aún extraños; la com pra de un objeto es el establecimiento de una participación. M aterialmente, el objeto va hacia el com prador, pero en el nivel psicosocial es m ás bien el com prador quien penetra en el m undo ya estructurado donde preexiste el objeto técnico. Por esta razón un objeto técnico se distingue de otros tipos de objetos: las materias primas o los productos destinados a la alimentación existen com o cualidad y com o cantidad, pero no com o forma: no hay u na cierta manera de consum ir el trigo norteamericano o el maíz ruso; p o r el contrario, un avión Metropolitan de Convair no se pilotea ni se controla, para nada, como el D C 3 . Durante toda la vida útil de un avión, el constructor está presente bajo la form a de las prescripciones de empleo y de control, y también bajo la form a del proveedor m ás calificado de piezas de recambio, y del arreglador o el experto más seguro; incluso en la industria de automóviles, la revisión en fábrica es un caso particular de esta relación de pertenencia por participación que vincula al usuario con el productor. Cuanto más alto es el nivel de tecnicidad del objeto, más ajustada es esta participación. Antaño, una célebre firma inglesa brindaba un chofer oficial por cada automóvil que entregaba; hoy, la venta de un equipo mecanográfico m uy especializado podría, sin ser ridículo, estar acom pañado por el envío, al m enos temporal, de un operador calificado. Los servicios “post-venta” que vem os desarrollarse en varios cam pos se vinculan con este tipo de participación. Pero aquí todavía permanecemos en el dom inio de lo racional, de lo lógico, de lo que es justificable según las estruinn.i-, mentales o las m o­ tivaciones conocidas e invocadas habitualm enic Y.i aparece un aspecto más im plícito con cierto tipo de dependencia c l r l i i m i u í o respecto del productor, que hace de este el educador, el pro lf.m . ■1 hombre que da 272 l .l rfrt m ,lr liido en materia técnica: hacia una estrategia de la publicidad consejos y reglas de uso con prescripciones m ás o m enos misteriosas, ju s­ tificadas en algunas pocas palabras, para el profano que es el usuario. Este último entra así en una relac ión asimétrica donde es el neófito, mientras que el productor es el iniciado que acepta develar una parte de su saber solo una parte—porque el usuario seguirá siendo un profano, pero un profano que sabe ciertas reglas e incluso ciertas palabras: adquiere un saber parcial, poco coherente, pero que tiene algún parentesco con el supuesto saber verdadero, arquetipo de la construcción realizada. Allí, por prim era vez, con la puesta en juego de la estructura psicosocial de participación, .iparece el efecto de halo que caracteriza a los esquemas del pensam iento técnico. En esta situación de neófito, el usuario se form a prenociones que abarcan todo lo que debe aprender y que constituyen u n a categoría práctica, no selectiva interiormente, pero que distingue este dom inio de los dem ás y lo valoriza. Esta categoría no es únicamente afectiva, com o se podría creer; no im plem enta solo una “lógica afectiva”; es tam bién representativa, cognitiva, pero se apoya en imágenes y en sím bolos de uso personal m ás que comunicables, lo que disim ula generalmente este .ispecto cognitivo. El hombre que es un neófito del automóvil valora al mismo tiempo el aceite para el motor, las competiciones automovilísticas, los accesorios de diversas especies, los neumáticos. A l m ism o tiempo, el neófito acuerda un privilegio de valores a este nuevo medio de transporte durante todo el tiem po de su iniciación. Y siente que pertenece a una especie de gens material y espiritual, la de la marca del automóvil que eligió; esta m arca representa en cierto m odo una fuente indefinida de arquetipos; al com prar un nuevo m odelo de la m ism a marca, el usuario reafirma sus vínculos de participación: mantiene el contácto con la vida i le esa gens, manifestándole su fidelidad y recibiendo una garantía objetiva, pero también sim bólica, de seguridad y de presencia. D ebem os señalar que este esquem a de participación se distingue claramente de un apego al objeto: el apego al objeto conduciría al usuario de un auto a conservarlo durante m ucho tiem po, manteniéndolo y reparándolo con gran cuidado, en lugar de com prar de m odo frecuente nuevos autos. Tam bién debem os notar que las renovaciones rituales de los autos se distinguen de los cam ­ bios operados por aquello que podem os llamar el “deseo de novedad”; en efecto, el verdadero deseo de novedad en este asunto se manifiesta por las elecciones sucesivas de marcas diferentes, motivadas parcialmente por la 273 Artículos y conferencias lasitud que interviene tras un tiempo definido de utilización del m ism o vehículo. E l verdadero espíritu de partic ¡pación aparece de manera pura en la inquietud, bastante fuerte en algunos usuarios, de “modernizar” el auto cam biando los detalles que el constructor ha m odificado de un año al otro: form a de las luces traseras, tazas de las ruedas, paragolpes: no se puede hablar de una m odernización verdadera, porque generalmente no hay una orientación evolutiva m uy neta en estos cam bios m ás bien aleatorios: la m ism a firma pudo pasar, varias veces sucesivas, de paragol­ pes lisos a paragolpes nervados, y luego volver a los paragolpes lisos; en realidad, hay aquí una voluntad de conform ism o comparable al de las m odas del vestir, pero reservado a los miembros de una gens, y que solo tiene valor entre ellos. Yendo m ás lejos, se podría decir que hay algo de religioso en este tipo técnico de participación basado solamente en el vínculo con el objeto técnico, sin que haya un basam ento en la com unidad étnica, profesional o familiar. M e ha ocurrido, usando un scooter de una m arca aún rara en Francia, que me saludara con un gran gesto am istoso un conductor de una m áquina de la m ism a especie. En general, som os más serviciales con el usuario de un automóvil del m ism o tipo que el nuestro; los conductores de autos de marca diferente se nos hacen m ás ajenos. C om o en este campo no existen límites, podem os suponer que la sensación de participación es el fundam ento real de peligrosas proezas com o la de ese conductor que, en un Peugeot 203, com pitió en las 24 horas de Le M ans y logró terminar la carrera y ser clasificado con los autos de competición. También es probable que este celo esté en el origen de la tendencia a “inflar” los automóviles de potencia reducida: un verdadero am ante de la velocidad o de la potencia podría procurarse un auto de cilindrada más elevada; pero entonces el sentim iento del esfuerzo y del mérito sería menor; el conductor ya no experimentaría la impresión reconfortante de haber cubierto de honor a la marca de la cual participa y de estar consagrado a ella. El m ism o tipo de sentimiento de participación técnica existe en el cam po de la fotografía; im pone norm as y ciertas actitudes de respeto. N o s ha sido dado ver la indignación de dos jóvenes que, en el trascurso de una excursión, observaban a una joven Oí upada en sacar fotografías con un excelente aparato de pequeño form ato; la joven» poco experta en fotografía, y sobre todo preocupada por la im piesióu que podía producir 274 El efecto de halo en materia técnica: hacia una estrategia de la publicidad sobre el entorno, hacía foco una y otra vez, sin ajustar ni apuntar a nada, siendo que el aparato estaba provisto de un telémetro; los jóvenes consi­ deraban esta actitud com o una profanación de la tecnicidad del aparato mal utilizado y subestimado. A hora bien, es a partir de este nivel de la relación de participación que existe el efecto de halo; el objeto técnico deja irradiar a su alrededor una luz que supera su propia realidad y se expande sobre el entorno; hay así una zona de tecnicidad, más que un objeto técnico; lo que irradia es la tecnicidad del objeto; ella establece la participación; el objeto es de este m odo m ás que sí m ism o; no está enteramente contenido en sus límites objetivos, materiales o utilitarios, o incluso económicos. U n a m arca de automóviles es ante todo un poder arquetípico, una fuerza productora de modelos; cada ejemplar remite a todos los ejemplares y al poder productor; lo que es verdadero de un ejemplar lo es también de todos los demás; la proeza de un automóvil de tal m arca repercute sobre los demás de la mism a marca y sobre los usuarios. D e este m odo se crea u n cierto tipo de solidaridad entre las personas a partir de la analogía entre las cosas. Finalmente, podem os preguntarnos si no sería posible profundizar más nuestra investigación. Si el efecto de halo existe entre objetos técnicos del mismo tipo, y es suficientemente fuerte para crear relaciones de solidaridad entre las personas, ¿por qué no existiría tam bién entre objetos técnicos de especies diferentes, con suficiente vigor com o para cumplir el rol de una motivación en las elecciones económicas? En efecto, tal efecto de halo parece presidir la génesis de las estructuras l ognitivas según las cuales se realizan las elecciones relativas a los objetos técnicos en el dom inio económico. En el curso de un viaje reciente en ludia 1 (agosto-septiembre de 1959), hemos podido observar varias estruc­ turas cognitivas que incumben a un estudio de psicología social. La prim era es la que llamaremos “precisión suiza” . Luego de interrogar .1 niños de una escuela situada cerca de Mysore, y pasando revista al m odo en que se representan los diferentes países de Europa, vimos aparecer un ' Gilbert Simondon realizó el informe del coloquio anual del Instituto Internacional de Filosofía que se reunió con el Congreso Filosófico Indio en Mysore para la revista Les Etudesphilosophiques, dirigida en esa época por Gastón líerger, nro.l, enero-marzo de 1960, pp.133-136 (N. de E.). 275 n Artículosy conferencias cierto núm ero de estereotipos, I’.u.i i ,u , mnos, Suiza era tan importante com o Francia, porque era capuul.i no <0 1 1 1 0 una cierta extensión de tierras o com o una población definida, sino com o una capacidad para producir buenos relojes, com o fuente de los mejores relojes que existen en el m undo entero. Suiza era conocida entonces a 1 ni vés de una categoría técnica cen­ trada en torno al reloj de precisión. Y hemos podido constatar que el efecto de halo se producía a partir de este punto central por desdoblamiento, p o r desfasaje de esta noción teórica y práctica, ricamente sobredeterminada, del reloj de precisión. U n paradigm atism o m ultiform e se expande a partir de este punto central, según un esquem a cognitivo m ultipolar o al menos bipolar. En efecto, el reloj, que no es más que un caso particular de instrum ento metrológico, aparece aquí com o sím bolo paradigm ático de toda la m etrología. La com pañía Swissair se presenta al público con el lem a siguiente: “L a precisión suiza al servicio de la aviación” ; ahora bien, es cierto que los instrumentos de precisión cumplen un rol importante en la seguridad aérea, pero también es cierto que los m ás importantes instrum entos de medición empleados a bordo de un avión no son ni los relojes ni los instrumentos mecánicos, sino los instrum entos eléctricos, electromagnéticos y electrónicos. En el siglo xix, la navegación m arítim a exigía el empleo de instrumentos m uy precisos de m edida del tiem po para m edir la posición de la embarcación; hoy, ni la navegación m arítim a ni la aérea exigen una precisión tan rigurosa o una fidelidad perfecta de los instrum entos de m edida del tiempo, precisamente porque el em pleo de las ondas hertzianas (sistema decca , radionavegación consol ) permiten localizaciones más precisas, independientes de la observación de los astros. E n un caso extremo, un navio o un avión podrían prescindir de reloj y hasta de brújula si están bien equipados de instrumentos electrónicos. Ahora bien, Suiza no es la cuna de la industria electrónica, aunque sea la de la industria relojera; y sin embargo el lem a de la com pañía Swissair es eficaz gracias al efecto de halo que ejerce a la vez un desfasaje y una extensión de campo a partir de una noción central sobredeterminada. El desfasaje, que opera una simplificación por análisis, desprende la precisión del carácter mecánico del reloj y, al hacer móvil la precisión, le permite extenderla gradualmente, por un recorrido transductivo, a todo el dom inio de los instrum entos metrológicos: del reloj pasam os a los instrum entos m ecáni­ cos de a bordo com o el altímetro, incluso al giróse opio direccional; esta 276 El efetío de halo en materia técnica: hacia una estrategia de la publicidad extensión es comprensible, porque un taller de instrumentos de precisión que fabricó relojes puede pasar, por simple extensión, a la construcción de tacómetros, de cuentavueltas, de altímetros y de giroscopios direccionales. Pero hay allí una discontinuidad que se franquea cuando se pasa de los medios mecánicos a los medios electrónicos en materia de metrología; si se considera los esquemas técnicos puros, hay una distancia m uy grande entre un giroscopio direccional y un sistema de “hom ing” que emplea un balizamiento hertziano de la pista de aterrizaje, o entre ese giroscopio direccional y el sistema decca ; aquí, ya no se puede invocar la continuidad en los m étodos de construcción y de puesta a punto; un taller mecánico no tiene herramientas para la construcción electrónica; la producción de ciertas piezas de electrónica (tubos de vacío, transistores) solo es posible en la gran industria especializada; ahora bien, com o la seguridad de empleo y la fidelidad de un aparato de m edida electrónica provienen en gran parte de la calidad de las piezas activas (tubos de vacío, transistores), la fuente de la alta calidad técnica se encuentra relacionada con la fábrica que realiza el material, y no solo, com o antes, con el taller de construcción m ecánica que produce sus piezas sueltas a partir de la m ateria operable. Esto lo prueba bien el hecho de que las grandes firmas de producción de piezas sueltas de electrónica, en particular los tubos de vacío, crearon series especiales para instrumentos de precisión; las características de empleo son las m ism as (impedancias, capacitores), pero la tolerancia es m ás reducida y la duración de funcionam iento sin modificación de las características es m ás larga, com o consecuencia de los cuidados especiales aportados a la fabricación. Sin embargo, la transferencia cognitiva se realiza del ins­ trum ento de precisión mecánica al instrum ento de precisión electrónica porque el verdadero vector de esa transferencia no es ni el fenómeno físico em pleado com o m edio (mecánico o electrónico) ni el uso práctico puro, sino una especificación de la tecnicidad (aquí, la precisión metrológica). L a categoría representativa de la tecnicidad que sirve de base a este reco­ rrido transductivo que se realiza en el efecto de halo es aquí la metrología, extraída p o r desfasaje del mixto prim itiva del buen reloj. L a otra tendencia de este desfasaje bipolar es la que podríam os de­ nom inar la mecanicidad, que va de la m ano de la precisión metrológica. L a transducción, por la cual esta esencia técnica extiende su dom inio, se desprende del aspecto metrológico conservando igualmente la caracterís277 Artículosy conferencias tica de precisión interna, situada n i d u'-< aleo m ecánico, precisión gracias a la cual el objeto posd- mi hun m n a i i i i r i u o irreprochable gracias a una buena coordinación de pir/.i-, m ire m\ I'sta cualidad existía en el buen reloj, pero es transpon al >!r, \¡ ■.<- abandona el fin metrológico, a objetos m ás grandes, no m etrológk os, Algunos días antes de la visita a esta escuela india que citamos más arriba, tuvimos una conversación con uno de los agentes indios de la compañía Swissair; iniciada a partir de la cámara de aficionado de 8 m m que tenía este hombre, la conversación me reveló m uy rápidamente una gran estima, por parte del agente indio, por los aparatos de óptica suizos. Sin embargo, no había en su actitud ningún rasgo de creencia mágica: aseguraba que un buen artesano de su país era perfectamente capaz de copiar esta cámara y de hacer una semejante; pero consideraba la fabricación suiza com o excelente para cualquier dom inio de la mecánica. Ahora bien, la simplificación de un tema central sobredeterminado, sim plificación ejercida por desfasaje, permite la extensión transductiva a nuevos dom inios del poder paradigmático del tema central tom ado como arquetipo. Este conjunto de operaciones cognitivas autoriza la actitud de participación sim bólica y ofrece un fundam ento, si no legítim o, al m enos no ilusorio. Podemos pensar que la publicidad tom a parcialmente el camino equivocado cuando intenta crear motivaciones o desplazar las m otivaciones existentes por “condicionam ientos” que podríam os llamar con la antigua expresión de “asociaciones de ideas” . N o se puede ejercer cualquier condicionam iento, no se puede asociar —de manera durable y eficaz—cualquier producto u objeto técnico a cualquier noción: hay es­ tructuras representativas que subyacen al recorrido de las motivaciones y que sustentan las operaciones de elección en materia de objetos técnicos. Precisamente, uno de los principales resortes de los procesos de m oti­ vaciones en esta materia parece ser la consecuencia de lo que llamaríam os la simplificación por desfasaje a partir del tem a central arquetípico: las esencias técnicas que emanan de este análisis polarizante conservan un parentesco, permanecen am bas en relación simbólica: se denom inaba sím bolos a las dos mitades de una piedra cortada, conservadas com o signos de reconocimiento por los descendientes de aquellos que habían entablado relaciones de hospitalidad. D el m ism o m odo, a partir del buen reloj original, la precisión metrológica y la perfección de ajuste m ecánico 278 I I tfri in de halo en materia técnica: hacia una estrategia de la pu b lic id a d constituyen un par de símbolos que se alejan a partir del centro arquetípico y encierran entre ellos el vasto cam po de un dom inio de transductividad que se propaga alrededor del arquetipo que es la fuente de los símbolos recíprocos. El “efecto de halo” es en realidad un cierto m odo de estruc­ turación de un cam po, y no una especie de confusión invasiva producida por el éxito excepcional de un objeto definido: esta gloria que resplandece y extiende su velo sobre los objetos vecinos no es uniforme sino selectiva, com o el espectro de los colores puros se extienden bipolarmente hacia el rojo y hacia el violeta a partir del verde-amarillo central físicamente m o­ nocrom ático pero perceptivamente casi incoloro. N o hay que confundir bajo el nom bre de “efecto de halo” dos procesos que existen, ambos, pero cuya im portancia nos parece m uy desigual. El primero debería ser deno­ m inado efecto de difusión: alrededor del objeto notable, que es entonces com parable a una fuente de luz, se crea una zona lum inosa que decrece según un gradiente; esta zona tiende a provocar que se sobreestime el diámetro aparente del objeto, en la percepción visual y, analógicamente, aum enta la deseabilidad del objeto entre los fenómenos económicos. Este fenóm eno crea una ilusión, y es posible, evidentemente, intentar dirigir y am plificar esta ilusión para favorecer la venta de un producto. Sin em ­ bargo, com o en cualquier arte de la mentira, este procedim iento lleva en sí m ism o los gérmenes de su destrucción; origina un proceso de inflación que caracteriza los m odos habituales de publicidad por adjunción de un prestigio extrínseco a las características internas del objeto propuesto (sexualidad, prestigio social, premios y concursos): todos los productos propuestos en un m ism o mercado acrecientan su brillo propio por m edio de un brillo prestado, pero el efecto de halo producido por cada uno está dism inuido por la lum inosidad ambiente aportada por todos los demás; su brillo no selectivo solo puede crear un gradiente, no una estructura orientada, polarizada. El segundo fenóm eno de halo, completamente diferente del primero, es en realidad el análisis por dispersión. Es un proceso cognitivo, que puede tener, com o todo proceso de esta especie, cierta tasa de error y de im pre­ cisión, pero que no debe ser considerado sistemáticamente com o ilusorio, ni brindar la ocasión a los organizadores de la publicidad de crear una distorsión en un m ercado a fin de favorecer un producto en una situación de competencia. E n efecto, este proceso, que consiste esencialmente en un 279 Artículos y conferencias análisis transductivo operado a partii * I« -1 1 n a iquctipo altamente valorado, selecciona los caracteres técnicos o las csencias técnicas del arquetipo y los extiende sobre un dominio de relativa y progresiva heterogeneidad. Desde ese m om ento, el dom inio de tecnicidad así estructurado está dotado de resonancia interna gracias a una red de feed-back o retroacciones positivas que se ejercen entre los diferentes térm inos que pueblan este dominio. Para retomar el ejemplo de la descendencia del reloj arquetípico, se puede decir que el avión de la com pañía Swissair, que emplea o se supone que em plea los instrumentos m etrológicos suizos m ás que los demás aviones, favorece tanto la venta de una cámara suiza com o la de una planta auto­ m ática para la fabricación de arroz sintético (laboratorios del Food Research Institute de Mysore) que emplea piezas de origen suizo. Se manifiesta así una solidaridad por vínculo sim bólico en el interior de un dom inio defi­ nido de transductividad: la metrología remite a la m ecánica y la mecánica a la metrología, com o polos opuestos entre los cuales se inserta todo el dom inio de tecnicidad, toda la población ordenada de objetos técnicos que son los epígonos del buen reloj original. Ahora bien, si por momentos, en el nivel de la conciencia individual, el fenóm eno de halo es casi por com pleto un fenómeno de difusión, pa­ rece que en el nivel de los grupos im portantes las estructuras cognitivas preponderantes están configuradas según el m odelo del efecto espectral, m ás que el de la difusión: el fenómeno de halo supone siempre un cierto coeficiente de difusión y un cierto coeficiente de dispersión selectiva, espectral, que son inversamente proporcionales. En nuestra opinión, la difusión alcanza su punto máxim o en el com prador aislado, m ientras que la dispersión selectiva es una estructura cognitiva de los grupos. Este efecto espectral de halo puede en ciertos casos presidir el en­ cuentro sinérgico de firmas que se ignoraban mutuamente, pero que, al ser confrontadas, se com portan com o sím bolos recíprocos hechos para encontrarse. Este es el caso, según nuestro parecer, del encuentro entre la firma india Tata y la firma alemana Mercedes. Se puede ver en toda la India los carteles publicitarios que emparentan el acero Tata y los automóviles Mercedes; se podría creer que la firma Tata es únicamente la concesionaria de los automóviles Mercedes para la India. 1)c h a lio, el vínculo parece ser más esencial, y su éxito está basado en estrui m ías cognitivas previas m uy estables, comparables con las de la precisión mií/. i, M ucho antes de 280 F J efecto ,U b,ih> en materia técnica: hacia una estrategia de la p u b lic id a d la aparición del autom óvil, existía en India un cierto comercio del hierro y el acero alemanes; el guía que m uestra en M ysore los balcones fina­ mente trabajados de uno de los palacios del maharadjah dice que fueron forjados en ‘ hierro alemán”. Por otra parte, la firma Tata, que representa una fabulosa riqueza comercial en múltiples áreas, ha consagrado desde hace tiem po una parte importante de su actividad al comercio de los metales, y por lo tanto, parcialmente, a la importación y venta de los aceros alemanes. Aquí, el hierro alemán (o, en ciertas expresiones, el “acero alemán”; es probable que se trate de un hierro bastante puro como para poder ser acerado, incluso cementado o carburado en diversos grados, y que se adapta así a la fabricación de herramientas y máquinas) aparece rom o el arquetipo que, desdoblándose por análisis, brinda por un lado el modelo de las materias primas de alta calidad, y por el otro el tipo de materias semi-fabricadas (perfiles, hierros para resortes, chapas laminadas en frío) que se usan en la fabricación de las m áquinas; en este sentido, el liierro alemán es el arquetipo de las m áquinas mismas. Ciertos aspectos más antiguos pudieron entrar en juego para favorecer esta aproxim ación cutre el grupo étnico que está a la cabeza del grupo Tata (un grupo parsi) y ciertos aristócratas industriales alemanes: el culto del fuego y la religión de Zoroastro no son ignorados en Alemania, y los parsi se consideran arios puros. Pero también es probable que el sorprendente éxito objetivo de esta alianza, casi tan potente como un tratado firmado entre naciones, no pueda explicar si no existieran ya en el público estructuras cognitivas sólida y anteriormente establecidas. se Por esta razón, im porta considerar que los mercados existen sobre un londo previo de estructuras cognitivas que sirven de vehículo y de vías de desarrollo para las motivaciones; estas estructuras son portadoras de motivaciones y constituyen una axiom ática previa a las operaciones de elección. D e este m odo, Francia experimenta con frecuencia grandes di­ ficultades para im poner sus productos en los mercados de países nuevos porque no llegan a insertarse en ninguna estructura cognitiva previa: el abanico de las categorías técnicas no es infinito y, cuando un país recibió ti u lugar determ inado en esta repartición esquemática, se ejerce un efecto lie enmascaramiento sobre los demás productos, cualquiera sea su nivel de perfección. L a existencia de los arquetipos tecnológicos im pone relai iones de solidaridad entre las producciones de un m ism o país cuando 281 A rtículos y conferencias se enfrentan a los mercados extei ¡ores: se impone una elección necesaria. Q u e un país se presente ante el m undo entero com o repleto de bienes de consum o y de productos de lujo no es algo que quede impune: el país es juzgado implícitamente com o incapaz de producir objetos técnicos serios, útiles, utilitarios. Los estereotipos internacionales ejercen su efecto de enmascaramiento sobre los arquetipos técnicos posibles. L a m ism a com pañía aérea que se jacta de la precisión suiza y tom a com o bandera ponerla al servicio de la aviación, distribuye a los pasajeros que aterrizan en Orly 2 un folleto que indica la dirección de las principales discotecas de París, con un estimativo de gastos. En Bombay, el Taj M ahal, hotel de lujo, ofrece en sus vitrinas las mejores producciones de cada región. Francia está representada por perfum es y objetos frívolos. Ahora bien, no podem os prescindir de los estereotipos que conciernen a los bienes de puro consum o, a los arquetipos tecnológicos; hay aquí oposición y efecto de enmascaramiento. A nuestro parecer, la publicidad debe ser considerada entonces no solo com o un arte de hacer jugar las m otivaciones, sino tam bién, y antes que eso, com o un acondicionam iento de las estructuras cognitivas a partir de un arquetipo tecnológico, es decir, com o una tarea de inform ación. C uando no existe el arquetipo se lo puede crear, pero solo en lo real, con una significación funcional que excluye toda m entira; y este arque­ tipo solo se puede desarrollar si encuentra un lugar vacío, es decir, si corresponde a una necesidad latente bien real. Retom em os el caso de la India. Si Francia quisiera conquistar una parte del m ercado de este país que entra en vías de desarrollo y que pronto se convertirá en un nuevo país, debería elegir un objeto que pueda convertirse en un arquetipo y que corresponda a una necesidad real, com o por ejem plo el autom óvil. Pero no valdría la pena enviar autom óviles de lujo o incluso autos nor­ m ales para hacer turism o en un país aún pobre que com pra en mercados de usados autom óviles norteam ericanos o ingleses m uy apreciables; el arquetipo, en materia del autom óvil particular, ya está creado; es una adaptación del vehículo inglés A ustin, con algunos cam bios destinados a convertir un autom óvil de dim ensión meiL.m.i cu utilizable para una fam ilia num erosa: el volante está inclinado pai.i perm itir al conductor 2 Uno de los aeropuertos de París. [N. de los T.J 282 E l efecto de balo en materia técnica: hacia u n a estrategia de la pu blicid ad ocupar m enos lugar; son hasta hoy los únicos autom óviles indios de construcción local. Por el contrario, ningún arquetipo se h a im puesto en el cam po de los vehículos utilitarios pequeños o m edianos; nada com parable al C itroen de 1200 kg, o al Renault de 1000 kg, o a los ve­ hículos utilitarios de este tipo; nada com parable tam poco a la furgoneta Citroen 2 CV. Q uizás haya una razón importante para este estado de cosas: la circulación escasa de mercancías en pequeño o m ediano tonelaje; las distribuciones de pequeño tonelaje se realizan por m edio de animales de tiro; en Bom bay, cada m añana, se ven partir largas filas de asnos o de ínulas enganchados a pequeñas cisternas sobre ruedas donde se puede leer: “querosén Burm ah-SheU”: se distribuye un producto petrolero destinado a los hogares dom ésticos por m edio de anim ales d e tiro. Pero se puede pensar que, precisamente, el desarrollo económ ico de la India supondrá en algunos años una necesidad im portante de vehículos uti­ litarios de tonelaje restringido. Sería necesaria entonces una verdadera estrategia publicitaria para instalar el arquetipo: Francia podría ocupar este lugar vacío presentándose com o productora de buenos vehículos utilitarios, lo que sería conform e a la realidad. Ahora bien, aquí el error a evitar sería ver este proyecto de estrategia publicitaria a través de una óptica competitiva; cada buen reloj suizo ven­ dido en el m undo contribuyó a fundar el estereotipo del buen reloj suizo, sin consideración de marcas; el arquetipo se desprende de un conjunto de lipos anteriores; este conjunto debe presentarse con una cierta insistencia, aparecer com o una población. D e este m odo, si se quisiera emprender la apertura del m ercado de la India a los vehículos utilitarios franceses, se necesitaría enviar una misión equipada con varios ejemplares de cada uno de esos vehículos con sus diferentes marcas, y utilizados según su uso verdadero (por ejem plo, para transportar el material de una expedición Ideográfica). U na vez hecho esto, cuando el arquetipo esté creado, será posible dejar que se ejerza el efecto de halo bajo la forma espectral de la dispersión: aparecería así por m edio del análisis una dualidad de uso, o bien com o transporte para ocho o diez personas o bien com o camioneta. Convendría presentar de entrada un verdadero vehículo universal que pue­ da servir de ancestro com ún, por lo tanto de arquetipo, y que pueda ser modificable por un juego de accesorios. Se puede pensar que un vehículo semejante tendría chances de reemplazar un buen número de vehículos 283 A rtículos y conferencias actuales del interior del país, drm astado j»rtp u ñ o s paralas familias indias, y muy poco potentes para f u l a s .iprn.it ttausiiables. N uestra intención fue m osiiai ipir la psu («logia aplicada corre el riesgo de equivocar el camino si niega las r.t nu n 11 as <ognitivas. Sin dudas puede parecer tentador m anipular las molivai iones, y haciéndolo la psicología se pondría al servicio de cualquier iiiierés. I’cro si es verdad que el arte del cocinero y el del m édico deben ser c onsideiados en ciertos casos opuestos, el psicólogo debe elegir una vía com parable a la del médico, incluso si es juzgado po r un tribunal de niños. La publicidad intenta m anipular las motivaciones, y es todo lo que podrá hacer m ientras continúe siendo una polvareda de iniciativas individuales en un cam po competitivo. Pero en el nivel de una verdadera estrategia de publicidad, el manejo de las motiva­ ciones cede el paso a una tarea positiva de inform ación destinada a formar los arquetipos del cual saldrán las estructuras cognitivas3. El esfuerzo de la psicología aplicada está entonces cerca del trabajo de producción, es paralelo a él, e im plica una tarea de invención: no se trata de vender, sino de inventar el objeto que se fabricará para que pueda ser vendido sin publicidad; el esfuerzo del psicólogo es contem poráneo de la invención, anterior a la producción, y no un simple auxiliar de los procesos de difusión para agotar una mercancía que ya está en stock. Pariente próxim o en este dom inio de la actividad de fabricación, la psicología aplicada está mejor situada en el estudio del mercado de objetos técnicos que en el de los bienes de consumo: puede fundar una antropo-tecnología teórica y aplicada. No suponemos que esta estrategia deba ser solamente nai ional: de hecho, para ser plenamente válida, debería interesar a todos los produt lores de un cierto tipo de objetos técnicos. 3 284 LA M EN TA LID A D T É C N IC A (¿ 1961 ?) Lafecha de este textoy su estatuto nos son desconocidos. Sin embargo, suponemos que Jue redactado a comienzos de los años 1960. Nos apoyamos en la naturaleza de losproblemas que se tratan, en el estado del manuscrito, finalmente en un elemento fáctico: la referencia precisa, que implica un conocimiento “desde el interior”, delconvento de L’Arbresle en el cual Gilbert Simondon hizo una estancia en el transcurso del verano de 1960. En lo que concierne a su estatuto, se puede tratar de un curso hecho en una universidad diferente de la de Poitiers (por ejemplo Lyon, Saint-Étienne, Niza), como los daba frecuentemente Simondon en aquella época; se puede tratar de una conferencia, como las pronunciadas en Stanford-in-France (filial de Tours), o incluso en Angers1. Traducción y notas: Zeto Bórquez. Esta exposición no está orientada hacia la ontología sino hacia la axiología. Apunta a m ostrar que existe una m entalidad técnica y que está en curso de desarrollo, por lo tanto es incom pleta y corre el riesgo de ser prem atu­ ramente considerada com o m onstruosa y desequilibrada. L a exposición requiere una actitud previa de generosidad hacia el orden de realidad que busca manifestar, porque esta génesis incompleta pone en juego valores que un rechazo global podría llevar a desconocer y eventualmente aniquilar. Intentaremos m ostrar que la m entalidad técnica es coherente, positiva, fecunda en el dom inio de los esquemas cognitivos, que es incom pleta y 1 Una versión de este texto se public ó en la Revuephilosophique de la France et de l ’étranger, t. cxxxi, n° 3, 2006, p. 343 357. Aquí ofrecemos una versión establecida según el manuscrito (N. de I' ). 285 A rtículos y conferencias está en conflicto con ella m ism a porque tu d jv ú no está bien despejada en el marco de las categorías afectivas; ím alm m tr que carece de unidad y que está casi enteramente p o r construir en el onlrii del querer2. I. ESQUEMAS COGNIT1VOS E l dom inio teórico fue el primero en aparecer en las civilizaciones occi­ dentales, el primero teorizado, sistematizado, formalizado; condujo a cons­ trucciones fecundas y presenta por sí m ism o un m étodo generalizable de descubrimiento y de interpretación. En este sentido, la mentalidad técnica ofrece un m odo de conocimiento suigeneris que emplea esencialmente la transferencia analógica y el paradigm a, basándose en el descubrimiento de m odos comunes de funcionamiento, de régimen operatorio, en órdenes de realidad por otra parte diferentes, seleccionados tanto en lo viviente o lo inerte com o en lo hum ano o lo no-humano. 2 Sobre la distinción entre el aspecto cognitivo, el aspecto afectivo y el aspecto activo, véase por ejemplo “Psicosociología del cine”, en este volumen : “El cine es realidad psicosociológica porque implica una actividad de hombres en grupo, y una actividad que supone y provoca representaciones, sentimientos, movimientos voluntarios”; o en “L’homme etl’objet” [El hombre y el objeto] (Curso de 1974): “La percepción, la organización intelectual y la memorización son como un conjunto organizado; el comportamiento finalizado es él mismo ordenado como conjunto y subconjunto de operaciones que se encadenan. Pero un mismo saber puede servir a muchas acciones; falta en el hombre, entre la entrada de información y los efectores de la acción, algo que sea capaz de orientar y de hacer comunicar estos dos extremos: ese mediador está todavía mal definido; es la afectividad, se trata de las motivaciones de la conducta; (...) si existiese una comunicación directa entre lo cognitivo y la actividad, el éxito de un día bastaría para modificar el grado de actividad del día siguiente”; e incluso, desde el punto de vistagenético, ver “Actitudes y motivaciones”: “La diferenciación progresiva de tres grupos en el seno de un conjunto transductivo (grupo de las actitudes receptoras, grupo de las motivaciones, grupo de las actitudes efectoras) sería propiamente hablando el proceso de individuación que es la génesis misma del individuo en situación de interdependencia, del socius” (Comunicación e información. Buenos Aires, Cactus, 2015, pág. 382) (N. de 11.). 286 L a m entalidad técnica Ya en dos ocasiones al m enos, si dejam os de lado la Antigüedad3, las técnicas han entregado esquemas de inteligibilidad dotados d e un poder latente de universalidad, bajo la form a del mecanicismo cartesiano y de la teoría cibernética. En el mecanicismo cartesiano, la operación fundamental de la máquina simple es análoga al funcionamiento del pensamiento lógico capaz de rigor y de fecundidad. U na m áquina simple es un sistema de transferencia que establece la identidad entre un trabajo m otor y un trabajo resistente, en el caso particular en el cual el desplazamiento se supone reversible, en el estado de equilibrio. Si cada pieza de la m áquina opera rigurosamente esta transferencia, el núm ero de piezas puede ser cualquiera; solo se ejecutan cam bios de dirección de las fuerzas —com o con la polea- o cam bios en los factores (fuerza y desplazamiento) de un producto que se mantiene constante, com o en el caso del aparejo. El examen mental racional reconduce la esencia de los objetos técnicos habituales a este esquema de transferencia: una cadena es un encadenamiento de eslabones, el segundo eslabón se fija al prim ero com o el primero está fijado al anillo de anclaje. L a transferencia de fuerzas se establece de estabón en eslabón, aunque el último eslabón está más mediatamente fijado, pero también rigurosamen­ te, al punto de anclaje que el primero, si cada eslabón está bien soldado y si el encadenamiento carece de lagunas. Un edificio, piedra sobre piedra, base sobre base, es una transferencia del “certum quid ct inconcussum” —la Que ha sido rica en esquemas de plasticidad y de cambios de fases, reversibles o irreversibles, provenientes sin duda de técnicas artesanales de preparación, moldeado y cocción de la arcilla. Estos esquemas de ontogénesis, saliendo de una operación enteramente controlada por el hombre, continua, progresiva y a su propia escala de magnitud, han encontrado otros esquemas, también ontogenéticos, pero que implican el encuentro de principios opuestos, cualitativamente antagonistas, espacial y geográficamente distintos, de un orden de magnitud que los vuelve trascendentes en relación con el hombre: la tierra y el cielo, el calor y el frío, lo seco y lo húmedo. Es preciso, para que estas dos realidades se encuentren, que sus órdenes de magnitud converjan. Del encuentro de los esquemas artesanales y los esquemas mágicos (xá écp ‘ f|¡a.iv eí xá oúk é<p t|¡j .iv ) de génesis, de los esquemas de continuidad y de discontinuidad surge la filosofía de la naturaleza en la Antigüedad. La agricultura y la ganadería son de hc< lio industrias y no artesanados, cuando el hombre no estaba en posesión de los medio); Islam. 3 287 A rtículos y conferencias resistencia de la roca de los cimientos—hasta el vórtice extremo, a través de nivelaciones sucesivas cada una de las cuales hace las veces de base para la nivelación inm ediatam ente superior. Esta inteligibilidad de la transferencia sin pérdidas que mecaniza ideal y analógicam ente (pero realmente, en virtud de la concepción cartesiana del conocim iento) todos los m odos de lo real, se aplica no solamente a la res extensa sino tam bién a la res cogitans: las “largas cadenas de razones” operan un “transporte de evidencia” desde las premisas hasta la conclusión, com o la cadena ejecuta una transferencia de fuerzas desde el punto de anclaje hasta el últim o eslabón. Las reglas del m étodo no están inspiradas solam ente en las matemáticas; son también perfectamente conform es a las diferentes etapas de la fabricación y del control técnico. E s preciso al pensamiento un punto de anclaje que sea el equivalente operatorio de la roca bajo el edificio o del aro em potrado en el origen de la cadena: certum quid et inconcussum: es evidente lo que permanece después de todos los intentos de desestabilización, aunque fuese por medio de la du da hiperbólica. La conducción del razonamiento necesita un análisis —una división de la dificultad en tantas partes com o pueda y sea requerido para resolverla m ejo r- porque cada pieza del m ontaje intelectual debe ju gar un rol sim ­ ple, unívoco, com o una polea, una palanca cuya función mecánica en el conjunto es simple y perfectamente clara. L a tercera regla (de la síntesis o del orden) expresa el acom odam iento según el esquem a de conjunto, completam ente unificado, de la m áquina. Finalmente, la cuarta regla, la del control, expresa la unificación de la colocación de las diferentes piezas y la adaptación de la m áquina en su conjunto a las dos realidades que se encuentran en los dos extremos de la cadena. E n el estudio racional de las m áquinas tanto com o en la conducción del pensam iento se aplica la transferencia sin pérdidas:, la ciencia y la filo­ sofía son posibles porque la transferencia sin pérdidas se supone posible. C om o corolario, solo son accesibles a la reflexión filosófica los dom inios con estructura continua. Se comprende por qué 1)escartes ha querido considerar a los vivientes com o m áquinas: si no lo hu-sen ontológicamente, deberían serlo al m enos analógicamente por ser objetos tic ciencia. L a cibernética, nacida de la matematización d e Ion dispositivos auto­ máticos de regulación particularmente útiles pai.i l.i construcción de equipos automáticos de captación de aviones en vurlo , hace intervenir la 288 L a m entalidad técnica recurrencia de información en un dispositivo de relevos4 com o esquema de base, que permite una adaptación activa a un fin dotado de espontaneidad. Esta realización técnica de una conducción finalizada sirvió de m odelo de inteligibilidad para un gran núm ero de regulaciones - o de fracasos de regulación— en lo viviente, hum ano o no hum ano, y de fenómenos som etidos al devenir, com o el equilibrio de las especies entre predadores y presas, e incluso de fenómenos geográficos y meteorológicos: variaciones del nivel de los lagos, regímenes climáticos. En este sentido, las técnicas m anifiestan, por oleadas sucesivas, un poder de interpretación analógico, que es sui generis-, en efecto, no está encauzado por los límites de la repartición de las esencias o de los dom i­ nios de realidad. N o recurre a las categorías, deja de lado las relaciones de los géneros, especies y diferencias específicas. N inguno de los esquemas agota un dom inio, pero cada uno de ellos da cuenta de un cierto número de efectos en cada dom inio y permite pasar de un dom inio a otro. Este conocimiento transcategorial, suponiendo una teoría del conocim iento que sea pariente cercano de un verdadero idealismo realista, es apto para aprehender la universalidad de un m odo de actividad, de un régimen operatorio; deja de lado el problem a de la naturaleza intemporal de los seres y de los m odos de lo real; se aplica a sus funcionam ientos, tendiendo hacia una fenom enología de los regímenes de actividad, sin presuposición ontológica relativa a la naturaleza de lo que entra en actividad. C ada uno de los esquemas se aplica solamente a ciertos regímenes de cada región, pero puede de derecho aplicarse a algún régimen de cualquier región. L a aplicación de tales esquemas de inteligibilidad requiere dos con ­ diciones principales, que pueden ser presentadas com o postulados de la “m entalidad técnica” : Simondon se refiere aquí a un relevo o “relé” (reíais), interruptor electromagnético también denominado “relevador” o “relevador de control”. Si bien es cierto que varía en niveles de complejidad, posee un principio básico: en el interior del relevador se encuentra una bobina que una vez que recibe una corriente eléctrica que se le suministra, activa otros contactos sin ninguna conexión física por medio del magnetismo. Estos contactos son los que se relevan permitiendo o no el paso de la corriente, pudiendo controlar por su efecto conexiones diversas a través de un solo dispositivo. En electrónica, se trata de un modelo elemental de control automatizado a distancia de uno o más circuitos. [N. de losT.] 4 289 A rtículos y conferencias 1 ) Los subconjuntos son relativamente separables del conjunto del cual form an parte. Lo que la actividad técnica produce no es un organism o absolutam ente indivisible, metafísicamente uno e indisoluble. El objeto técnico es reparable; puede ser com pletado; una simple analogía con lo viviente es falaz, en el sentido en que, en el m om ento de su construcción m ism a, el objeto técnico está previsto para ser controlado, reparado, m antenido por revisión, m odificación, o por la necesidad del cam bio com pleto de uno o de m uchos de los subconjuntos que lo com ponen. Es lo que se denom ina pronóstico de “mantenim iento”, según el término nacido del vocabulario anglosajón. Este postulado es extremadamente importante cuando nos interrogamos sobre la manera en la cual se puede tratar un ser viviente, un hombre, una institución. El postulado holístico, a menudo presentado com o una actitud de respeto de la vida, de la persona, de la integridad de una tradición, no es quizá sino una solución indolente. Aceptar o rechazar en bloque un ser, porque él es un todo, es quizá evitar tom ar hacia él la actitud más generosa, que sería la del discernimiento. U na verdadera actitud técnica sería más fina que un globalismo fácil o un integrismo del juicio moral y de la decisión de justicia. L a distinción de los subconjuntos y de los m odos de su solidaridad relativa sería el prim er trabajo mental enseñado por el contenido cognitivo de la mentalidad técnica5. 2) El segundo postulado es el de los niveles y de los regímenes: si se quiere aprehender completamente un ser, se lo debe estudiar tomándolo en su entelequia y no en la inactividad, en el estado estático. Ahora bien, la m ayor parte de las realidades técnicas están som etidas a la existencia de un umbral de activación y de auto-m antenim iento de Cuando los Boeing comenzaron a explotar cu vuelo, un juicio burdo se contentaba con considerarlos “malos aviones”. Un trabajo tnás fino ha consistido en estudiar el comportamiento de las celdas sometidas a las vibraciones y coacciones en régimen de aumento depresión intc-ma, paia determinarlas zonas de “fatiga” del metal. Un jurista, De Greeff, en Nuestro destinoy nuestros instintos, dice que un criminal no sería jamás condenado si l i i r s r juzgado en su guardería: sin duda lo es porque, a partir de esta etapa init ial <lr ai villa, se le vería como construido, como compuesto de diferentes capas irlaiivaiurnte solidarias unas de otras. La condena sacrifica globalmente, consiilr-i jiuIh al individuo como un todo homogéneo. A s í proceden el racismo y la xenofobia 5 290 L a mentalidad, técnica su funcionam iento; por debajo del umbral, son absurdas, autodestructivas; por encima, son autoestables. A m enudo, la invención consiste en suponer realizadas las condiciones de funcionamiento, en suponer el problem a resuelto. Es porque la m ayor parte de las invenciones proceden por condensación y concretización, reduciendo el número de elementos primitivos hasta un m ínim o que es al m ism o tiempo un óptimo. Es el caso, por ejemplo, del estatorreactor de Leduc: en tierra, es solo una estructura absurda, incapaz de generar presión en algún sentido determinado: pero a partir de una cierta velocidad de desplazamiento, se vuelve capaz de m antener su velocidad —por lo tanto, la com presión en la parte delantera- y de entregar adem ás una energía motriz utilizable. El grupo Guim bal —que se sostiene por completo en la conducción forzada del em balse- pareció al principio absurdo6. El alternador es de tan pequeñas dim ensiones que la corriente eléctrica producida parece que debería ser destruida por el efecto Joule. Pero es precisamente esta pequeña dimensión la que permite alojarlo completamente en la canalización, sobre el eje m ism o de la turbina, y asegura un enfriamiento considerablemente más eficaz que el de un alternador situado en el aire. E sta disposición ha sido posible por la introducción del alternador en un cárter lleno de aceite, lo que aum enta el aislamiento y m ejora los intercambios térmicos, asegurando la lubricación de los rodam ientos e im pidiendo que entre agua: el carácter multifuncional del aceite del cárter es aquí el esquema mismo de la concretización que hace existir la invención, com o régimen de funcionamiento. Analógicamente, es posible prever la existencia, en los diferentes órdenes de realidades, de ciertos efectos (tomando esta palabra como en las expresiones “efecto Raman”, “efecto Com pton”) que exigen, para existir, el franquea­ miento de umbrales determinados. Estos efectos no son cosas-, ellos implican la preexistencia, com o condición, de ciertas estructuras; pero se distinguen de dichas estructuras en el sentido de que exigen el franqueamiento del umbral. U n motor de combustión interna apagado está en estado estable y no puede ponerse por sí mismo a funcionar; es preciso aportarle desde el '' Simondon se refiere a la instalación de turbinas en embalses hidroeléctricos «le Saint-Etienne por parte del ingeniero y profesor de electrotécnica Jean Marie Claude Guimbal (N. de E.). 291 Artículos y conferencias exterior una cierta cantidad de energía, comunicarle una cierta velocidad angular para que alcance el umbral de auiomantenimiento apartir del cual funciona en régimen de automatismo, preparando cada fase del ciclo las condiciones para que tenga lugar la fase siguiente. D e estas pocas ideas generales, podem os concluir que la mentalidad técnica ofrece ya esquemas coherentes y utilizables para una interpretación cognitiva. N o solamente ha suministrado, con el mecanicismo cartesiano y la cibernética, dos movimientos de pensamiento, sino que parece todavía capaz de contribuir a la formación de esquemas m ás vastos, a través de la tom a de conciencia y el empleo sistemático de los dos postulados presentados. II. MODALIDADES AFECTIVAS El cuadro es m ucho menos claro, por el contrario, desde que intentamos analizar los contenidos afectivos; encontram os un antagonism o entre las m odalidades artesanales y las m odalidades industriales, antagonism o que es acom pañado de una im posibilidad de separar com pletam ente am bos aspectos. La nostalgia del artesanado atraviesa no solamente la vida industrial de la producción, sino también los diferentes regímenes cotidianos de utilización de los productos de consum o que provienen del m undo industrial. E s difícil reducir a un haz de rasgos perfectamente coherentes y uni­ ficados la oposición entre el artesanado y la industria, cuando se quiere dar cuenta de la génesis de las m odalidades afectivas. N osotros propon­ dremos sin em bargo el criterio que, después de muchos intentos, parece convenirle mejor: en el artesanado, todas las condiciones dependen del hombre; la fuente de la energía es la m ism a que la fuente de la inform a­ ción. Una y otra se encuentran en el operario hum ano; la energía está ahí com o la disponibilidad del gesto, el ejercicio de una íuerza muscular; la información reside allí al m ism o tiem po com o ap im d i/aje, obtenido del pasado individual enriquecido por la enseñanza, y i orno ejercicio actual del equipam iento sensorial, controlando y regulando l.i aplicación de los gestos aprendidos en lo concreto material de la niairi ia lalx *i able [ouvrable\ 292 L a mentalidad técnica y en los caracteres particulares de la finalidad. La manipulación se ejerce según esquem as continuos sobre realidades que están en el mismo grado de m agnitud que el operario. Correlativamente, la distancia entre el acto de trabajo y las condiciones de utilización del producto del trabajo es débil: el zapatero h a tom ado directamente las medidas, el fabricante de estribos sabe para cuál caballo trabaja; la recurrencia es posible: el artesano conoce la velocidad de desgaste, los tipos de deformación del producto durante la utilización, porque no es solamente constructor sino también reparador. Lo que es más, la relación del hom bre con la naturaleza, en el artesa­ nado, es inm ediata, en la elección de los materiales y su elaboración; el trabajo es ahí artificio, pone en orden y agencia de otro m odo los m ate­ riales m anufacturables que son casi materias primas, pero que están cerca de su estado natural, com o el cuero o la madera. En general este trabajo no es precedido de una transformación com pleta de las materias primas, una transform ación que requiere la puesta en juego de fuentes de energía obtenidas de otro lugar que el cuerpo hum ano y que dependen, en ese sentido, incluso en el estado preindustrial, de un esquema industrial, el de la metalurgia, que es industrial por la transformación del mineral en metal, incluso si sigue siendo artesanal por el modelado de los objetos. La industria aparece cuando la fuente de información y la fuente de energía se separan y cuando el hombre queda solamente com o fuente de inform ación, mientras le pide a la naturaleza que suministre la energía. L a m áquina se diferencia de la herramienta en que ella es un relevo: tiene dos entradas distintas, la de la energía y la de la inform ación; el producto fabricado que sale de ella es el efecto de la modulación de esa energía por esta inform ación, efecto que se ejerce sobre una m ateria laborable. E n la herramienta, que se sostiene con la mano, la entrada de energía y la entrada de inform ación se confunden o, al menos, se superponen parcialmente. D esde luego, podem os dirigir con una m ano el cincel del escultor y em pujarlo con la otra, pero es el m ism o cuerpo el que arm o­ niza las dos m anos, y un único sistem a nervioso adapta su movimiento a tal detalle del m aterial y a la finalidad buscada. El trabajo del alfarero, cuando mueve el torno con los pies, todavía es de igual especie, pero deja entrever el nacim iento posible de la máquina. La vidriería es artesanal en la m edida en que el vidriero entrega, cuando sopla, la energía que dilata la burbuja inicial y regula, mediante* el ritmo de insuflación, la velocidad 293 Artículos y conferencias de deform ación plástica del vidrio. Se convierte en industrial cuando la energía se tom a de un compresor. C uando tom a la energía de una fuente natural, el hom bre descubre una reserva infinita y adquiere así un poder considerable. En efecto, es posible m ontar relevos en cadena, lo que hace que una energía m uy débil pueda dirigir el empleo de energías considerables7. D esgraciadam ente, la entrada de información que interviene en el trabajo ya n o es única como en el gesto artesanal: se efectúa en m uchos tiem pos y en m uchos niveles. L a primera vez, interviene en la invención de la m áquina, invención que implica a veces la puesta en juego de zonas considerables del saber y la convergencia de un gran número de hombres. Por segunda vez, interviene en la construcción de la m áquina y su regu­ lación, m odos de actividad diferentes en su utilización. Finalmente, por tercera y cuarta vez interviene en el aprendizaje, luego en la utilización de la m áquina. Ahora bien, mientras que la m áquina constituye un esquema técnico completo, com o relación entre la naturaleza y el hombre, com o encuentro de una información y de una energía que operan sobre una materia, ninguno de los cuatro m om entos del suministro de información se encuentra orgánicamente ligado con los otros y equilibrado por ellos. El acto de sum inistro de inform ación se disocia, estalla en m om entos separados asum idos por individuos o grupos separados. Para que el equivalente del artesanado se encuentre en la industria, haría falta que el hom bre m ism o fuera inventor, constructor, operario. Pero el efecto m ism o de esta amplificación y complejización del inundo industrial ra­ En un cierto sentido, la agricultura, la ganada (.1 , l a navegación a vela, son más industriales que artesanales, en la medida en que a p r ! a ¡i a Ii in zas que no dependen del hombre y provienen de un real cuyo orden dr magnitud supera el grado de lo manipulable. Estas operaciones introducen en l a n u - . t i u medida lo discontinuo, son, eventualmente, alienantes, y pueden dar luj'.1» ¿ un tIncido mágico-religioso delpensamiento. En efecto, ellas comodulan la openn ión humana depreparación y la acción cosmológica-, el trabajo humano queda m u -> k " “ las siembras o la construcción del navio, si el acto cósmico (lluvia, virntu, di si M u d a m i e n t o del río) no viene a recibir y a amplificar el esfuerzo human. > 1 1 . dun /<> humano debe concordar con el acto cósmico, ser év K cn p ra. En la < 1 Íí il ali * i >1>ir del ganado, la prosperidad de la manada depende no solamenir d> 1 1 ¡mí* mu de los vegetales y del régimen de las aguas, sino también de las rpintóilái 7 294 L a mentalidad técnica dica en separar los diferentes roles unos de otros, no solamente la fuente de inform ación de l.i fuente de energía y de la fuente de materia prima, e incluso en subdividir las tarcas de suministro de información. D e este m odo, es una escasa parte de las capacidades totales del hom bre la que se encuentra com prom etida en el acto industrial, y no solamente cuando es operario sino tam bién en los otros roles de suministro de inform ación. El régimen iterativo y fragmentario de la tarea del operario, en la producción industrial, es un “trabajo segmentado” que provoca los diferentes efectos de la fatiga industrial. Pero es también agotador tener por única tarea inventar sin construir y operar. L a im agen del infortunio del inventor ha surgido al m ism o tiem po que la imagen de la deshumanización del obrero: es su contratipo y proviene de la m ism a causa. Para colocarse en la dim ensión de la entrada de energía de la máquina, la entrada de infor­ m ación se com plica, se divide y se especializa, de manera que el hombre no está aquí solam ente aislado de la naturaleza8; está tam bién aislado de sí m ism o y encerrado en tareas parcelarias, incluso com o inventor. Se vuelve a encontrar con lo discontinuo a través del trabajo. Ahora bien, es ilusorio querer encontrar m odos directamente artesanales de producción; las necesidades de las sociedades contemporáneas exigen no solam ente grandes cantidades de productos y objetos manufactura­ dos, sino tam bién estados que no pueden ser obtenidos valiéndose del cuerpo hum ano y de la herramienta a causa de las temperaturas, de las presiones, de las reacciones físicas exigidas, del orden de m agnitud de las condiciones, que es discontinuo en relación con el de la vida humana. El taller es un medio humano. Es en la acentuación m ism a de la producción industrial, en la profundización de sus caracteres, que se puede buscar una superación de la antítesis entre artesanado e industria con las más serias chances de éxito. Y esto no solamente en líneas generales y de manera global, sino por m edio de lo que, en el interior de la organización industrial y la La industria aísla al hombre de la naturaleza porque se hace cargo de la relación hombre-naturaleza: de hecho, la industria es, en relación con el hombre, lo que reemplaza lo real del orden cósmico (el viento, la lluvia, el desbordamiento de los ríos, la epizootia), disminuyendo en cierta medida su independencia en relación con el hombre pero conservando la trascendencia de su dimensión y su carácter de discontinuidad, de irreversibilidad. 8 295 Artículos y conferencias producción, llevó a sus límites extremos !,i li,lamentación especializada del aporte hum ano de información: la r.u ioii.ili/.idón del trabajo a través de un conjunto de m étodos, el primero ilc los i u.iles ha sido el deTaylor. III. ACCIÓN VOLUNTARIA. BÚSQUEDA DE NORMAS N o obstante, conviene abandonar aquí la consideración de las m odalida­ des afectivas para examinar ahora la búsqueda de las normas de la acción voluntaria, completando la expresión de la mentalidad técnica. En efecto, la mentalidad técnica se puede desarrollar en esquemas de acción y en va­ lores, al punto de entregar una moral, en los medios humanos enteramente consagrados a Ja producción industrial. Pero mientras estos m edios perma­ nezcan separados del campo social de utilización de los productos, mientras permanezcan ellos m ismos fragmentados en m uchos grupos especializados por las diferentes funciones de suministro de información a las máquinas -control, técnicos, obreros-, no podrán elaborar un código de valores capaz de unlversalizarse, porque no tienen la experiencia del conjunto de la rea­ lidad técnica. La actitud tecnocrática no es universalizable porque consiste en reinventar el m undo como un cam po neutro para la penetración de las máquinas; construir una torre metálica o un puente inmenso es sin duda realizar una labor de pionero y mostrar cóm o el poder industrial puede salir de la fábrica para ganar la naturaleza, pero subsiste en esta actividad algo del aislamiento del inventor, en tanto que la torre o el puente no se insertan en una red que cubre la Tierra entera con sus mallas9, de acuerdo con las estructuras geográficas y las posibilidades vivientes de esta Tierra. L a Torre Eiffel y el viaducto de Garabit deben ser considerados com o el anuncio del fin de la concentración industrial en torno a las fuentes de energía o de las fuentes de materia prima, es decir, no com o centros y espectaculares triunfos aislados, sino como primera malla de una red virtual. Ia Torre Eiffel, entera­ La esquematización electrónica que diferencia cniir 1 :1111:1, nodo, m allayred, sería aquí de utilidad para tener en cuenta que una "m.ill.r r s una trayectoria de enlace en el interior de una red (N. de E.). 9 296 L a mentalidad técnica mente diseñada y hecha en la fábrica, ensamblada únicamente, sin un solo retoque, en la obra, se convirtió en portadora de antenas; se interconecta con los cientos de pilones eléctricos, postes y estaciones con las cuales va cubriéndose Europa. Se inserta en esta red multifuncional que manifiesta los puntos-clave del m undo geográfico humano. Lo que hace posible el establecimiento de las redes es la estandarización de los subconjuntos, la posibilidad de producción de piezas de recambio sem ejantes. C u ando se tienden cientos de kilómetros de vías férreas, cuando se extiende un cable de ciudad a ciudad y a veces de continente a continente, es la industria la que sale del centro industrial para propagarse a través de la naturaleza. N o se trata aquí de violación de la naturaleza o de victoria del hom bre sobre los elementos, porque de hecho son las estructuras naturales mismas las que sirven de punto de unión a la red en vías de desarrollo: los puntos de relevo (repetidoras) de los “cables” hertzianos vuelven a encontrar los altos recintos de una antigua sacralidad por encim a de los valles y los mares. Aquí, la mentalidad técnica termina imponiéndose y vuelve a encontrar a la naturaleza consum ándose en pensamiento de la red, síntesis material y conceptual de particularidad y de concentración, de individualidad y de colectividad, porque toda la fuerza de la red se encuentra disponible en cada uno de sus puntos, y sus mallas se tejen con las del m undo, en lo concreto y lo particular. El caso de las redes de información es, por así decir, un caso ideal donde el rendimiento virtualmente es completo, porque aquí la energía y la inform ación se reúnen nuevamente después de haber sido separadas en la fase industrial. Al m ism o tiem po, los ensamblajes ( montages) y las subestructuras vuelven del gigantismo industrial a una dim ensión más manejable, a un equilibrio más ligero: la electrónica y las telecomunica­ ciones emplean tonelajes reducidos, energías modestas, dim ensiones que no son aplastantes. La fábrica recupera algo del taller en su transformación en laboratorio. Ya no para el usuario individual, com o en el artesanado, sino para este usuario a la vez colectivo y particular que es la naturaleza, el laboratorio prevé una instalación a su medida. Tal línea de pilones, tal cadena de repetidoras constituye el arnés de la naturaleza. Solo la fabri­ cación de piezas por separado es todavía industrial. Al m ism o tiem po, la distancia entre el inventor, el constructor y el operario se reduce: los tres 297 Artículos y conferencias tipos convergen hacia la imagen drl téi m* <>, intelectual y m anual, que sabe a la vez calcular e instalar un i abitado. M uy cerca del caso de las redes de informal ión está el de las redes de distribución de energía-, la energía eléi trii a es .1 la vez información y energía; p o r una parte, es indefinidamente redtu ¡ble sin pérdida de rendimiento: un vibrador eléctrico -q u e es un m oto r- puede alojarse en la punta de una herramienta tan ligera como un lápiz y alimentarse por la red. Un hombre puede m anipular fácilmente con una sola m ano un m otor de un tercio de caballo de fuerza. Esta energía es totalm ente modulable m ediante una inform ación de la que ella se vuelve portadora fiel en el m om ento m ism o de la utilización. Por otra parte, la estandarización m ism a de las condi­ ciones de su producción, que permite la interconexión y la distribución normalizada, la hace portadora de información: podem os exigir a la red alternativa que haga funcionar (com o fuente de energía) un reloj que, com o portador de información, regula el funcionam iento. L a utilización simultánea se concretiza en el m otor sincrónico. Por el contrario, las redes de comunicación y de transportes son menos puras; no consiguen liberarse en su verdadera función, y la m entalidad técnica no consigue hacerse oír de manera preponderante, porque las inferencias sociales o psicosociales hacen valer sobre ellas un peso consi­ derable, y tam bién porque no son enteramente nuevas, sin antecedentes funcionales, como las redes de información o de energía. El ferrocarril gozó de una situación privilegiada porque era significativamente distinto de la ruta para poder desarrollarse de manera casi autónom a. Sin embargo, allí el juego de lo social comienza a manifestarse, bajo la form a de obsolescencia, un tipo de desuso ligado a un envejecimiento por convención y a una transformación de los hábitos sociales m ás bien que a un desgaste o a una pérdida de funcionalidad del objeto técnico. U n vagón de mercancías o un ténder de locom otora envejece menos rápidam ente que un vehículo de pasajeros, con sus ornamentos e inscripciones: el más sobrecargado de ornamentos inesenciales es el que pasa de m oda más rápidamente. Pero es en los objetos técnicos apropiados para la red de carreteras que la resistencia opuesta al desarrollo de la mentalidad téi nica es m ás nítida: la obsolescencia impacta al automóvil de pasajeros antes que al vehículo utilitario o al tractor agrícola, que no obstante son m i s parientes próximos; el automóvil envejece más rápidamente que el avión, mientras que el avión, 298 L a mentalidad técnica técnicamente, ha recibido transformaciones más importantes que el automó­ vil. Ocurre que el avión está hecho para la pista de despegue, para el aire y para la pista de aterrizaje. Es, por necesidad, realidad de redantes que objeto separado. El automóvil ha sido concebido no solamente com o realidad de red de carreteras —com o los cam iones- sino como objeto social, especie de vestimenta con la cual se presenta el usuario. Recibe entonces los caracteres que en otros tiempos se usaban en las vestimentas, cuando la sobrecargaban de encajes, de bordados... Estos ornamentos, faneras de la vida psicosocial, son aquí la pintura, el cromado, las antenas. La importancia social se puede traducir también por la masa, el volumen, la amplitud del vehículo. Para terminar la consideración de la m entalidad técnica en el dom inio de la elección voluntaria, podríam os intentar aplicar las categorías de una ética común de la relación entre las personas, por ejemplo la de la sinceridad: un automóvil se degrada rápidamente porque ha sido hecho tanto para ser visto com o para ser utilizado; el espacio com prendido en el grosor de las puertas no está protegido contra la oxidación, la parte inferior no está tratada según los principios de la aerodinámica, mientras que las partes visibles están sobreabundantemente perfiladas. Pero lo esencial no está ahí, y la introducción de un sistem a m oral de lo bueno y lo m alo, de lo oculto y de lo manifiesto, no permitiría llegar dem asiado lejos. Para encontrar normas reales en este dom inio, es preciso volver a los esquemas cognitivos ya exhibidos y preguntarse cómo pueden responder a la exigencia m anifestada por la incoherencia que presentan las m odalidades afectivas. L a razón del carácter inesencial de los objetos técnicos, que es al mismo tiem po la causa de esta inflación de la obsolescencia que afecta a la pobla­ ción de objetos producidos, es la ausencia de profundización industrial de la producción. U n autom óvil entra rápidamente en obsolescencia porque no es un único acto de invención, de construcción, de producción, el que hace aparecer al m ism o tiem po la red de carreteras y los automóviles. Entre la red -ese arnés funcional del m undo geográfico- y los automóviles que la recorren, se interpone el hombre com o com prador virtual10: un automóvil 10 Para un desarrollo de este análisis, véase también “Psicosociología de la tecnicidad” en este mismo volumen (N. de E.) 299 Artículos y conferencias solo es adm itido para funcionar si es com prado, si es elegido, después de haber sido producido. Se instituye una suene de recurrencia a partir de esta mediación: el constructor, que tiene que producir en serie, debe sopesar las chances de venta; no solamente no puede construir al m ism o tiem po la red y los automóviles sino que además debe prever esta opción de la com pra. Un autom óvil, después de haber sido construido, para ser viable, debe todavía ser com prado, com o el niño rom ano que, luego de haber sido traído al m undo por la madre, solo era adm itido en la vida si pasaba la elevatio. Podríamos precisamente comparar esta condición alienante del objeto producido en situación de venalidad con la del esclavo antiguo en el mercado o de la m ujer en una situación de inferioridad social: la introduc­ ción a la existencia activa ocurre por m edios inadecuados a las verdaderas funciones; está en las antípodas de la entelequia y crea una dualidad, una prevalencia de lo inesencial, una distorsión de la verdadera naturaleza: la elección se hace bajo las especies falaces del encanto, del prestigio, de la adulación, de todos los mitos sociales o de las creencias personales. En la situación inesencial del com prador -q u e no es ni constructor ni usuario en acto-, el hombre que elige introduce en su elección un haz de norm as no técnicas. L o que crea el carácter m ixto del producto industrial que ha de ser vendido, y que es fuente principal de obsolescencia, es la previsión en el proyecto de producción del juego de esas normas. L a distancia entre el acto de producción y el acto de utilización —esta falta de inform ación real—permite la introducción de lo inesencial, que crea la obsolescencia. Porque es juzgado de una sola vez y globalmente, aceptado o rechazado por com pleto en la decisión o la negativa de com pra, el objeto de la pro­ ducción industrial es un objeto cerrado, un falso organism o aprehendido por un pensamiento holístico con un com ponente psicosocial; no permite ni el ejercicio ni el desarrollo de la m entalidad técnica en el nivel de las decisiones voluntarias y las norm as de acción. ¿Pero cóm o es posible pasar a una estructura del objeto que perm ita liberar la m entalidad técnica? D e entrada, globalmente, una opción de ascetismo perm ite hacer visible el carácter artificial y m alsano de las sobrecargas sociales, que se traduce m ediante desarrollos hipertélicos o realmente no-funcionales. U n transatlántico contem poráneo, falsa ciu­ dad flotante m ás que instrum ento de viaje, tiende lentamente hacia la exclusiva contratación de los desocupados; el buque: de- carga es m ás puro. 300 L a mentalidad técnica Ya esta proliferación ilr lo inesencial se apodera del avión comercial: las com pañías adulan al viajero; el avión se hace más grande y se hace más pesado. Pero lo esencial reside en esto: para que un objeto consienta el desarrollo de la m entalidad técnica y pueda ser elegido por ella, es preciso que él m ism o sea de estructura reticular: si se supone un objeto que, en lugar de ser cerrado, presenta partes concebidas tan cerca com o sea posible de la indestructibilidad, y otras, al contrario, en las cuales se concentre la fineza de adaptación a cada uso, o el desgaste, o la ruptura posible en caso de choque, o de mal funcionam iento, se obtiene un objeto abierto que puede ser com pletado, mejorado, mantenido en estado de actualidad perpetua. U na m áquina eléctrica no provista de un órgano de protección, fusible o disyuntor, no es sino en apariencia más sim ple que una m áquina protegida: en caso de sobrecarga, se activa el sistem a de protección y la m áquina se vuelve absolutamente comparable a lo que era antes del acci­ dente, cuando el sistem a de protección ha sido devuelto al estado inicial. Esta reparación supone la estandarización, la normalización; ella es tanto m ás perfecta cuanto más rigurosa es esta normalización: es el caso de los fusibles calibrados, o incluso de los tubos electrónicos que se reemplazan en un aparato. A hí está el punto-clave: el objeto técnico post-industrial es la unidad de dos capas de realidad: una capa tan estable y permanente com o sea posible, que se adhiere al usuario y es construida para durar; y una capa que puede ser perpetuamente reemplazada, cam biada, reju­ venecida, porque está hecha de elementos similares, impersonales, pro­ ducidos m asivamente por la industria y distribuidos por todas las redes de intercambio! L a participación en la red es lo que hace que el objeto técnico se m antenga siempre contemporáneo de su utilización, siempre nuevo. A hora bien, esta conservación en el estado de plena actualidad es precisamente vuelta posible por las estructuras que liberan los esquemas cognitivos: es preciso que el objeto tenga umbrales de funcionamiento reconocidos, m edidos, norm alizados, para que pueda ser dividido en partes perm anentes y en partes deliberadamente frágiles, som etidas a la sustitución. El objeto no es solamente estructura sino régimen. Y p o r otro lado la norm alización de los umbrales de funcionamiento se expresa en la distinción de los subconjuntos relativamente separados: el grado de solidaridad es justam ente la medida (en el sentido griego de jxéxpiov) entre las partes permanentes y las partes sometidas a sustitución; esta m edida 301 Artículosy conferencias es la que define el optimum del régimen m l.i irlación de los umbrales de funcionamiento. E n conclusión, podem os decir que l;i m entalidad técnica está en vías de form ación, pero que esta formación mantiene una relación de causa­ lidad recurrente con la aparición m ism a de las realidades técnicas post­ industriales: explícita la naturaleza de estas realidades y tiende a entregarles norm as para asegurar su desarrollo. Sem ejante m entalidad solo puede desarrollarse si la antinom ia afectiva de la oposición entre artesanado e industria es reemplazada por la orientación decidida de un avance deli­ berado hacia el desarrollo de las redes técnicas, que son post-industriales y encuentran un nuevo continuo. Si se busca el signo de la perfección de la m entalidad técnica, podem os reunir en un criterio único la manifestación de los esquemas cognitivos, de las modalidades afectivas y de las normas de acción: el de la apertura. La realidad técnica es em inentemente susceptible de ser continuada, completada, perfeccionada, prolongada. En este sentido, es posible una extensión de la m entalidad técnica y comienza a manifestarse, en parti­ cular, en el dom inio de las Bellas Artes. Construir un edificio según las norm as de la m entalidad técnica, es concebirlo com o algo que puede ser ampliado, continuado, amplificado sin desfiguración ni tachadura ( rature). El “convento Le Corbusier” de Eveux en L’Arbresle es un bello ejemplo del aporte de la mentalidad técnica en arquitectura: contiene en su plan su propia línea de prolongam iento para una am pliación ulterior. Y esto es posible no solo en razón de la concepción arquitectónica de conjunto, sino también a causa del espíritu de austeridad \dépouillement\ que se manifiesta en la elección de las formas y el em pleo de los materiales: será posible, sin hiatos entre lo antiguo y lo nuevo, em plear todavía el horm i­ gón, en bruto, el hierro, los cables, las tuberías de los largos corredores. La no disimulación de los medios, esta cortesía del arquitecto hacia sus materiales que se traduce por una constante tecnofanía, da lugar al rechazo de la obsolescencia y al descubrimiento, bajo las especies sensibles, de la permanente disponibilidad del material industrial com o basamento de la continuidad fecunda del trabajo. 302 CU LTU RA Y T É C N IC A 1 Artículopublicado en 1965en el Bulletin de l’Institut de philosophie déla Universidad libre de Brúcelas, año xtv, t. 55-56, nro. 3-4,1965. El término cultura incluye un juicio de valor y en cierta m edida remite a un contenido de tipo axiológico. Es metafórico en su significación pri­ mera, cuando se trata de cultivo 2 hum ano, puesto que busca en la técnica de producción de cereales y plantas de jardín un paradigm a de mejora y de transformación que habría podido ser aprehendido m ás cerca de la realidad hum ana y más particularmente en el ejemplo de los animales que se transforman en virtud de su crianza. Pero en este desvío metafórico se manifiesta quizás una habilidad prime­ ra y una cierta disim ulación que siempre queda en el fondo de la noción de cultura: no tenem os problem a en reconocer que los animales criados 1 U na prim era versión de esta traducción fue publicada en Blanco, Javier; Párente, Diego; Rodríguez, Pabloy Vaccari, Andrés (com ps.). Amar a las máquinas. Cultura y técnica en Gilbert Simondon. Buenos Aires, Prometeo, 2 0 1 5 , pp. 19-33, por cesión de la Editorial C actus. [N . de los T.] 2 L a palabra francesa es culture, que en español significa tanto cultivo como cultura. Sim ondon juega precisam ente con esta doble valencia del térm ino en las páginas que siguen. H em os optado por un a u otra traducción en función del desarrollo conceptual del escrito. |N . de losT .] 303 Artículos y conferencias por el hombre son fundam entalm ente criados para el hombre; la m ejora de su especie es m ás bien una adaptación que una potenciación global; se puede acom pañar de aspectos de degeneración, de incapacidad para la reproducción, de fragilidad, que convierten siempre en poco halagadora para la especie criada la comparación con la especie en estado salvaje; la integridad de la especie se ve dism inuida, en la práctica de la crianza, por las prácticas favorables al adiestramiento, com o sucede por ejem plo en el caso de la castración de los machos. Ahora bien, debem os comprender que estas formas de déficit y de degradación existen también en las técnicas de cultivo; la planta injertada que produce frutos enormes o flores dobles con frecuencia es un m onstruo comparable al buey engordado3, a la vaca lechera seleccionada, o a cualquier otra form a de desajuste hipertélico explotado com o especialización biológica interesante por sus caracteres productivos. Se trate del cultivo o de la crianza de animales, lo que se rom pe es la prim era adaptación de la especie al medio, o al menos se la deform a. Se crea una segunda adaptación por medio de técnicas y dentro de un m edio técnico que convierte a la especie hum ana en dependiente respecto del técnico humano: los rosales trasplantados mueren sin el jardinero y los perros de raza requieren cuidados constantes. Las especies cultivadas o criadas tienen necesidad de una asistencia técnica que debe ser continua porque son artificios, productos de la tecnicidad. El antropocentrismo im plícito se nota m enos en el caso del cultivo que en el caso de la crianza; la pérdida de autonom ía del animal queda m arcada precisamente hasta en sus caracteres anátomo-fisiológicos, y estos caracteres denotan m ás visible­ mente los aspectos de degradación que sus hom ólogos vegetales porque son intuitivamente detectados por el hum ano viviente; la com paración entre el cerdo y el jabalí resulta a favor de la especie salvaje; mientras que, entre el escaramujo y el rosal, el juicio de valor se puede orientar de, m odo diferente; solo el jardinero puede decir que el rosal no se reproduce por m edio de semillas, que es sensible a las heladas, que se defiende mal Boeuf gras, en el original. Se trata de un buey al que sr lo lia engordado especialmente y en cuyo honor se celebra, en Francia, u j u fe-i i vitl.id homónima en la cual se lo pasea por las calles del pueblo. La festividad unir lup,.u generalmente en Carnaval. [N. de los T.] 3 304 Cultura y técnica ante el ataque de parásitos. Además, las técnicas de cultivo actúan más bien sobre el m edio, es decir, sobre las fuentes energéticas puestas a dis­ posición de la planta en el transcurso de su desarrollo, m ás que sobre la planta m ism a en tanto que individuo viviente; al m enos era el caso de los cereales en la Antigüedad; no hay dism inución o desviación del potencial biológico de la especie. L a crianza del animal, particularmente cuando se acom paña de algún adiestramiento, supone, por el contrario, una acción sobre lo viviente, acción que puede ser una privación de libertad o una dism inución fisiológica mutilante. Es importante entonces reconocer primero el hecho de que la noción de cultura se ha extraído de una técnica emparentada con la de la crianza de animales, pero que se distingue de ella por el hecho de que supone alguna acción sobre el m edio vital m ás que sobre el m edio viviente. C uando el cultivo llega a emplear los mismos procesos que la crianza desemboca tam bién en un resultado de degradación, por ejemplo a través de los m étodos del jardinero especialista que, mediante injertos y poda, reduce los árboles gigantes a miniaturas enanas, o que produce variedades que florecen todo el año pero que nunca producen ni una sola semilla fértil. Podríamos decir que el cultivo, al acom odar el medio, suministra la oca­ sión de la génesis de una segunda naturaleza, mientras que la crianza se desliga de toda naturaleza, desvía la naturaleza por caminos hipertélicos sin salida para las especies que han sido así desviadas. El cultivo respeta las fuerzas de la evolución; incluso puede estimularlas, mientras qu e la crianza agota el potencial vital específico. Ahora bien, cuando el término “cultivo” se utiliza en nuestros días para hablar del hom bre com o ser cultivado, pese a los orígenes técnicos del término “cultivo” se instituye una disyunción, a veces incluso una oposición, entre los valores de la cultura y los esquemas de la tecnicidad: el hom bre com o técnico no es lo m ism o que el hombre com o ser culti­ vado. L a cultura es desinteresada, depositaría de valores, mientras qu e la técnica es una organización de m edios indiferentes en sí m ism os en vista a los fines utilitarios; la cultura se convierte en el reino de los fines, y la técnica tiende a ser el reino de los medios que debe perpetuar a un ser m antenido en tutela por el reino de los fines. L a técnica está en situación de dom esticación en relación con la cultura, com o una especie sojuzgada. Voluntariamente o no, el hombre es un técnico de la especie hum ana; en 305 Articulasy conferencias los grupos hum anos se ejerce una acción de ciclo cerrado que es com pa­ rable tanto a la del cultivador que prepara el suelo com o a la del jardinero o el criador que deforman las especies y obtienen variedades. Cuando la acción de ciclo cerrado se com para con la del cultivador que actúa sobre el suelo y no sobre la planta, entonces hablam os de técnica: el hombre actúa sobre su m edio, al que explota, transforma, dispone; en este caso, el hombre no actúa sobre él m ism o sino pasando a través de esa carga que es el m edio mism o. Por el contrario, de m odo bastante paradójico, el uso actual se vale del término “cultivo” para designar el resultado de la acción directa del hombre sobre el hom bre com parable a la del jardinero o criador; por cierto, se trata siempre de una técnica: técnica de la cons­ titución de hábitos colectivos o individuales, del aprendizaje de ciertas prohibiciones y ciertas elecciones que definen una personalidad psicosocial. Este aprendizaje se im pone en general y sobre todo a los niños, en cada grupo hum ano, pero hay casos en donde un grupo hum ano im pone un tipo de cultura a otro, por ejemplo en la colonización, o en los procesos de influencia que las grandes potencias mundiales ejercen sobre países de rangos menos elevados y que caen parcialmente bajo su dependencia. Sería más justo entonces no utilizar el término técnica para oponerlo al término cultura: la “cultura” y la “técnica” son una y otra actividades de manipulación, y por lo tanto son técnicas: son incluso técnicas de m anipulación humana, porque ejercen una acción sobre el hom bre por intermediación del medio en el caso de las actividades que generalmente se denom inan técnicas, y directamente en el caso de la cultura; la acción de ciclo cerrado que denominamos “técnica” posee solamente-un eslabón m ás, el m edio, que es virtualmente el m undo entero, lo que im pone un lapso de retorno de la acción más considerable y una dim ensión colec­ tiva que puede ser mucho m ás vasta que la de la “cultura” : la crianza del hom bre por parte del hombre -a sí se debería llam ar la cultura- puede existir en un microclima hum ano y transmitirse de este m odo a través de las generaciones. Por el contrario, ese cultivo de la especie hum ana por m edio de la transformación del medio que lleva a i abo la actividad técnica está amplificada casi necesariamente hasta alean/. 11 las dimensiones de la tierra habitada: el m edio es instrumento de propaj- 1» iún de diversas trans­ form aciones, y todos los grupos hum anos son más o menos afectados por una transformación en el medio. Incluso podem os pen su que el conflicto 306 Cultura y técnica entre la cultura y la técnica es sobre todo una cuestión de escala: mientras las técnicas permanecieron en estado preindustrial, el orden de magnitud de las transformaciones que provocaban siguió siendo intracultural. C ada grupo hum ano tenía sus instituciones, sus costumbres, su lenguaje, su escritura, sus técnicas transmitidas y enseñadas de manera intracultural, com o una herencia. C ada pueblo extraía el agua a su m odo, construía sus arados según un estilo definido; y los resultados eran m ás o m enos equivalentes, lo que hace que las técnicas siguieran siendo intraculturales y estacionarias. Por el contrario, hoy en día el desarrollo de las técnicas desborda el marco de grupos hum anos que tienen culturas diferentes, y las modificaciones que resultan de ello en el m edio com ún afectan a ciertos grupos bajo la form a de consecuencias sin premisas. Generalmente son los pequeños grupos quienes se rebelan contra las técnicas en nombre de la cultura; las técnicas son, de hecho, la expresión de la actividad de grupos m ás potentes que ejercen sobre el m edio com ún una influencia a m ayor escala, según esquemas de inteligibilidad que no encuentran ejemplo en los grupos pequeños; este conflicto ya no es entre cultura y técnica sino entre dos técnicas, entre un estado de las técnicas intragrupal, y por lo tanto intracultural, y un estado que sobrepasa la dimensión de un grupo, y que entonces supera toda dimensión cultural posible, si se entiende por “cultura” el conjunto de técnicas de manipulación hum ana directa que cada grupo hum ano emplea para perpetuarse en la estabilidad. El fenóm eno de base que explica la oposición entre cultura y técnica es el franqueam iento por parte de las técnicas del orden de magnitud intra­ grupal, franqueam iento que comenzó a producirse a partir de la primera revolución industrial. En el m undo, las acusaciones erigidas en nombre de la cultura contra las técnicas son antes que nada un asunto de aquellos países que ya no son grandes potencias m undiales; generalmente, los contenidos culturales asociados a formas antiguas y particularistas de vida sirven de alim ento a esa difamación de las técnicas vistas solamente com o una manera de “m ejorar el bienestar” del hombre y consideradas siempre com o eminentemente utilitarias. Y es precisamente sobre este punto donde debe descansar todo el debate: las técnicas son consideradas por la cultura com o puram ente utilitarias, dicho de otro m odo, la cultura las considera com o encadenam ientos de medios. Pero este juicio es propiam ente preindustrial. E n efecto, las 307 Artículosy conferencias técnicas no son sino m edios en tanto que sigan siendo intragrupales, intraculturales; para extraer agua, lo cual es una finalidad, podem os recurrir a diferentes medios, a diferentes estilos de acción: una bom ba, una noria, el tornillo de Arquímedes, una rueda tirada por bueyes, una tom a de agua y u n acueducto... Aquí, las técnicas son cerradas; vuelven de inm ediato al hom bre com o utilizador, la inmersión en el m edio es de corta duración, y la modificación que se introduce es local, de algún m odo puntual, casi instantánea. Las reacciones locales y a largo plazo del medio son igno­ radas y no forman parte del contenido de la cultura; no intervienen en el contenido técnico, que sigue siendo relativo al hic et nunc. Cortam os m adera para calentarnos, o para dejar espacio libre para las cosechas, y al cabo de un siglo el régimen de las lluvias se ve m odificado y eso repercute en los grupos humanos; pero la previsión de un efecto am plio sobre el m edio, y la planificación que este efecto necesita, no forman parte de las técnicas preindustriales. C uando las técnicas superan los grupos humanos, la potencia de su contraefecto [effet de retour] dada a través de las m odi­ ficaciones en el medio es tal que el gesto técnico no puede ser solamente una organización aislada de medios. Todo gesto técnico com prom ete el porvenir, m odifica el m undo y el hombre com o especie cuyo m undo es el medio. El gesto técnico no se agota en su utilidad como medio; desemboca en un resultado inmediato, pero inicia una transform ación del m edio que a su vez repercutirá erólas especies vivientes de las cuales el hom bre form a parte. Esta acción de retorno es algo distinto de la utilidad inm ediata por la cual las técnicas son las artes de los medios. Supera incluso el límite de las finalidades, apropiadas en un estado presente, y por necesidades que, en una cierta m edida, se agotan en ellas mismas. l,a modificación del m edio de la cual se acom paña el gesto técnico es generalmente encarada com o un peligro, una amenaza futura para la hum anidad. Pero tam bién hay un efecto positivo de esta modificación; los cam bios del medio m odifican los regímenes vitales, crean necesidades y son el .ígnito más poderoso de la transform ación de las especies. M odificar con.si i r n i r y voluntariamente el m edio es crear un peligro de desadaptación, lo que nos obliga a m odificar las actitudes humanas que constituyen el coiuriudo que se enseña bajo la form a de cultura, pero es aumentar también I r < lutu rs de evolución, es estimular las posibilidades humanas de p r o c e so rsp n llico. N o se trata entonces aqu í de una técnica com o m edio sino m is bien com o acto, 308 Cultura y técnica. com o fase de una act ividad de relación entre el hombre y su medio; en el transcurso de esta fase, el hombre estim ula a su m edio introduciendo en él una m odificación; esta modificación se desarrolla, y el m edio m odifi­ cado propone al hom bre un nuevo cam po de acción que exige una nueva adaptación y suscita nuevas necesidades; la energía del gesto técnico, que se abrió camino a través del medio, vuelve sobre el hombre y le permite m odificarse y evolucionar. N os encontram os más allá de la utilidad y tam bién m ás allá de cualquier reino de las finalidades: un reino de las finalidades no puede ser definido sino en relación con un cierto estado de la cultura; es intragrupal y, pese a las apariencias, resulta ser siempre, en definitiva, un sistem a que se cierra sobre una imagen culturalizada del hom bre. El gesto técnico mayor, en tanto que acto, es una apuesta, un ensayo, la aceptación de un peligro; traduce la capacidad de evolucionar, y expresa la oportunidad más fuerte de evolucionar y tam bién la m ás concreta que haya sido dada a la hum anidad. Contiene ya en sí m ism o una expresión de las fuerzas de la evolución; está sostenido por el esfuerzo, está anim ado por la invención que es, en el dom inio sim bólico y mental, la traducción, y quizás el instrumento, del poder vital de evolucionar que presidió el desarrollo de las especies. Incluso si las técnicas no tuvieran ni utilidad ni finalidad, tendrían un sentido: dentro de la especie hum ana son el m odo más concreto del poder de evolucionar; expresan la vida. L a cultura se insulariza cuando un grupo hum ano se aísla; le asegura una estabilidad que le perm ite sobrevivir; pero si se queda sin vínculo con el m edio, si excluye las técnicas, si no las comprende, entonces la cultura estará en la base de un proceso de degradación cuya salida puede ser fatal. L a cultura es una técnica de supervivencia, un instrumento de conserva­ ción. Por el contrario, el gesto técnico m ayor es un acto de cultura en el verdadero sentido del término: m odifica el medio de vida de las especies vivientes iniciando un proceso evolutivo. Conviene entonces separar a las técnicas de utilidad de las técnicas puras, técnicas m enores o técnicas mayores; debemos nom brar puras o mayores a las técnicas que tienen un cierto poder de superación del hic et nunc, y que actúan sobre el medio; pueden prolongar técnicas utilitarias m enores, pero se distinguen de ellas por una envergadura más vasta, por un cierto m argen no utilitario, por un cierto poder de superación y tam bién por tener un cariz de realización que resume las posibilidades 309 Artículos y conferencias m ás altas, las capacidades más extremas de un grupo hum ano en un m o­ m ento determ inado, sin consideración del precio a pagar o de la utilidad inm ediata. Generalmente, esos gestos técnicos no se justifican en virtud de las necesidades que los preceden, sino solamente dentro del sistema de funciones y necesidades que crean por su propia existencia; en cierta medida, son gestos dotados de un poder de autojustificación. Tienen un valor de optim ización en el sentido de que concretizan la proeza m ás alta que se pueda esperar sin fallas, con los medios técnicos de una determi­ nada época y los recursos de energía y de pensam iento de un grupo; son perfectas en el sentido de que están siempre a punto de fallar; tienen un valor extremo. Son en cierta m edida el mensaje concreto y m ás rico que se pueda transmitir desde la hum anidad hacia su m edio en una época definida y en condiciones definidas a través de ese canal que es la actividad técnica. El viaducto de G arabit representa la construcción m etálica más audaz que se haya podido intentar en aquella época. Eiffel corrió riesgos inmensos para realizarla; las dos mitades del arco que cruzan el río Truyére fueron unidas desde cada pilar lateral, en voladizo, y fueron sostenidas p o r cables hasta el m om ento en que, ya completas, fueron apoyadas una sobre la otra en el centro. Eiffel afirmaba, antes de la operación: “N o habrá viento”; efectivamente, no hubo viento. La construcción de la Torre Eiffel tam bién representa la búsqueda de la realización m ás tensa, m ás extrema que puede ofrecer el uso puro de un m odo técnico determinado, aquí la fabricación de elementos en una fábrica-taller y el ensamblaje rápido, sin reajustes ni retoques, in situ. L a utilidad es secundaria en todos los sentidos del término: la perfección intrínseca, la virtud técnica de la cosa construida tom a la delantera; las utilidades aparecen después, com o en el caso de la Torre Eiffel que, primero objeto de exposición, se convierte en baliza aérea, soporte para un antena de difusión hertziana, luego so­ porte para una antena de televisión. Si esta torre no existiera, habría que construirla; pero no fue construida por su utilidad. L a intención técnica pura no está absolutamente ausente en las civiliza­ ciones preindustriales; está contenida en cierta m edida en las grandes obras de todas las épocas; las grandes obras expresan el tri tníno extremo de los esfuerzos que son posibles en cada época con los m edios conocidos, con los materiales, los recursos y el nivel de saber de ese m om ento; además, las grandes obras manifiestan con frecuencia la intriuión de m odificar 310 Cultura y técnica la faz del m undo, de cambiar el m edio, sea atravesando u n istmo, sea desviando un curso de agua, sea construyendo un puente sobre un brazo del mar. Las grandes obras de la A ntigüedad tenían ese aspecto de riesgo, de apuesta, de desafío lanzado a las costumbres que tam bién tienen las grandes realizaciones modernas; en un tiempo en que las técnicas corrientes eran intraculturales, las grandes obras manifestaban un cierto desencuadre en relación con las norm as culturales: solía suceder también que fueran consideradas impías, insultantes para los dioses, irrespetuosas de las fuerzas de la naturaleza y que fueran acusadas de desmesura intrínsecamente peli­ grosa: no se puede enlazar el mar arrojando un puente sobre un estrecho. En nuestros días, las grandes obras han caído al nivel de la utilidad; pero su función de acto técnico mayor se vuelve a encontrar en operaciones tales com o el lanzamiento de máquinas espaciales, expresión de la extrema avanzada de las posibilidades técnicas de un vasto grupo humano. H asta el día de hoy, semejantes actividades tenían todavía un cierto contenido cultural porque se coloreaban de nacionalism o y adquirían un m atiz competitivo. Pero podem os suponer que un proyecto de emprendimiento de gran envergadura requerirá la convergencia de todos los equipos y de todo el personal de los diferentes países que puedan contribuir a dicho trabajo; existe ahora m ism o una red m undial de observatorios que detecta y sigue a los satélites. Ahora bien, en relación con las normas culturales de los diferentes grupos, la utilidad de semejantes emprendimientos no aparece con claridad, y no sería difícil encontrar, si se quisiera, argumentos para demostrar el absurdo de esos grandes actos técnicos; el lanzamiento de un satélite es absurdo en relación con la utilidad cotidiana, de igual m odo que es absurda una especie m uy diferente, que ha aparecido más recientemente en la serie evolutiva, respecto de una especie m ás primitiva pero bien adaptada. Entonces, el conflicto aparente entre técnica y cultura es m ás bien un conflicto entre dos niveles técnicos, el nivel preindustrial, que hace de las técnicas encadenamientos de medios al servicio de finalidades intracul­ turales en cada grupo hum ano, y el nivel industrial, que da a las técnicas una apertura hacia un gran gesto autonormativo que tiene un sentido evolutivo, y que m odifica la relación de la especie hum ana con el medio. Este conflicto im pone una opción. Buscar limitar el gesto técnico según las norm as culturales es querer detener la evolución posible considerando 311 Artículos y conferencias que el estado ya alcanzado nos permite definir un reino de las finalidades, un código últim o de valores. Es considerar la noción de finalidad com o la últim a, com o la m ás alta, mientras que quizás no sea ella m ism a sino un concepto provisorio que permite apresar ciertos procesos vitales, descui­ dando otros. La noción de necesidad, sobre la cual Lam arck hizo descansar el sistema de la evolución vital, y la noción de naturaleza ligada con él, quizás tengan una significación m ás rica y profunda que la de finalidad; la cultura com o sistem a de finalidades mantiene bajo tutela la actividad técnica, haciendo de ella un arte de los m edios; pero el poder de autoposición del acto técnico supera la clausura del reino de los fines, y vuelve a poner en marcha el proceso evolutivo de las necesidades, con ese efecto iterativo e indefinido de reacción entre una especie y su medio que es una de las bases de la evolución. Lam arck ve el progreso de los organism os en el pasaje de un estado de dependencia en relación con el m edio a un estado de autonomía, a través de la incorporación al organismo de acciones que anteriormente eran acciones incontrolables del medio; un coral se instala en un lugar en el que el vaivén del agua aporta una m ultitud de restos nutritivos; solo puede dilatarse, expandiéndose, o contraerse en una posición defensiva; no puede ir en búsqueda de su alimento; no puede bracear el agua por él m ism o; la esponja está en la m ism a situación de dependencia; animales más perfectos, por el contrario, tienen órganos que les permiten desplazarse persiguiendo a su alimento, otros órganos que les permiten ingerirlo en lugar de recibirlo pasivamente, otros que incluso les permiten respirar en lugar de dejarse penetrar por el gas disuelto en el agua: las funciones son interiorizaciones o incorporaciones de efectos físicos que anteriormente eran realizadas por el m edio exterior m ás o m enos fortuitamente, incorporaciones que corresponden a necesidades y que fueron estabilizadas p o r la aparición de órganos progresivamente diferenciados. Ahora bien, la evolución humana .1 1 i aves del gesto técnico se cumple ciertamente según la m ism a línea fum ional; un cierto efecto físico se incorpora a aquello que es com o el m rdio interior del grupo hum ano; este efecto se convierte en disponible, irpm ductible a través de la im plementación de un dispositivo técnico, y esia disponibilidad equi­ vale a la incorporación del efecto al organism o i o lí, iivo: es una función suplementaria. Sucede com o si el esquema coi pn u l <|r 11 especie hum ana hubiera sido m odificado, se hubiera dilatado, lu tb iru recibido dim en­ 312 Cultura y técnica siones nuevas; el nivel de la talla cambia; la malla perceptiva se agranda y se hace diferenciada; se desarrollan nuevos esquemas de inteligibilidad, com o cuando el niño abandona su poblado y dimensiona la extensión de su país. N o se trata de una conquista: esta noción es propia de una cultura cerrada. Se trata de una incorporación que es el equivalente funcional, en el nivel colectivo, de la aparición de una nueva form a vital. E s conveniente entonces tratar a las técnicas com o actividades que dependen de aquellos m odos de percepción y de intelección comparables a los que cada cultura ofrece al individuo a través del adiestramiento en el transcurso de la educación. A estos contenidos mentales representativos se agregan contenidos axiológicos que pueden entrar en conflicto con aque­ llos de una cultura determinada. Ahora bien, para que la síntesis personal sea posible, es necesario que el aprendizaje de esos esquemas no se haga en dos m om entos diferentes, com o ocurre en general: el niño joven, en nuestras civilizaciones, recibe primero una impregnación cultural masiva en el dom inio ético-religioso; una verdadera gestación fija para toda la vida las normas y los esquemas cognitivos de base, según los contenidos culturales heredados del pasado; así se efectúa un primer adiestramiento afectivo-emotivo, por una parte, y perceptivo-cognitivo, por la otra. M ás tarde, en la adolescencia o en la iniciación a la adultez, el individuo se encuentra ya en el uso m ism o con objetos técnicos que debe utilizar, con los cuales tiene que ver necesariamente su trabajo, pero que no se vinculan a él según ningún m odo inmediato y directo de aprehensión: los esquemas de inteligibilidad y las normas que deberían surgir de las técnicas y que permitirían com prender intuitivamente este nuevo esquema orgánico del m edio hum ano extendido siguen estando aislados de aquellos que partici­ paron en la form ación prim era de la personalidad; no pueden constituir con ellos una realidad orgánica capaz de diferenciarse y evolucionar. La primera condición de aproximación de la cultura y de la técnica reside en la sim ultaneidad del encuentro de los contenidos mentales que surgen de estas dos fuentes a lo largo de la educación; el aprendizaje de la cultura debería extenderse m ás hacia la edad adulta, y el de la tecnicidad debería ser abordado m ás tem prano; así podría atenuarse un dualism o que, en una am plia m edida, es un artefacto de la educación. L a tecnicidad sería asida entonces de manera pura, y no en el nivel in­ termediario y com puesto de los objetos útiles. El objeto de uso corriente 313 Artículos y conferencias es un com prom iso, con frecuciu i > m u . u r i t r de m onstruo que ahoga las normas técnicas bajo una sobrci m i i ultural que los desnaturaliza; cuanto m ás son de la dimensión d d hombre esos objetos, o cuanto m ás están vinculados con la vida corriente, m.r. impuros son y peor hechos están para enseñar la tecnicidad: el automóvil, el artefacto dom éstico son producidos en condiciones de venalidad; están sobrecargados de sobredeterm inaciones psicosociales que hacen de t ilos instrumentos de prestigio, m edios de evasión o de sueño, ersatz. N o pueden purificarse sino en la m edida en que se integran a un conjunto vinculado con el m edio de la vida hum ana colectiva. C uando el automóvil deja de ser un objeto hecho para ser visto frente a una casa, comienza a convertirse en aquello que adapta el hombre al m undo bajo la form a de una red de caminos, bajo la form a de un espacio que tiene una configuración definida a través de la cual la acción se traza cam inos m odificando este m undo. A cada tipo de vehículo corresponde una reticulación determ inada de un universo colectivo. L a tecnicidad del automóvil no reside por com pleto en el ob­ jeto automóvil; consiste en la correspondencia adaptativa del automóvil con el m edio recorrido a través de ese intermediario que es una red de cam inos; se produce un incremento de la perfección técnica por medio de una simplificación del objeto: mejores cam inos permitirían el empleo de automóviles que tuvieran una suspensión m ás sim ple y am ortiguada, con un centro de gravedad ubicado m ás abajo. Un aparato telefónico au­ tom ático es m ás simple que un aparato telefónico rural que llam a gracias a m agnetos y baterías locales; la tecnicidad se desplaza del objeto a la red porque el m edio se convierte en com parable a un organism o funcional. Com prendem os que el objeto técnico de uso sea un m al instrumento para enseñar la tecnicidad; la contiene en estado incom pleto, por falta de su com plem ento, que es la red, y en estado de mezcla, porque está recubierta de aportes culturales. D e ahí viene una segunda fuente de conflictos entre la herencia cultural y la técnica: no podem os extraer fácilmente esquemas claros y normas cerradas de la consideración de los objetos de uso; la tecnicidad no consiste solamente en objetos separados en la escala de las actividades cotidianas. Consiste en redes técnicas vinculadas con el m undo, y existe en los dos niveles opuestos de sus com ponentes y de los grandes conjuntos. El componente, que no se ve en el objeto, es m ás universal que él; bajo la aparente diversidad de un gran núm ero de objetos de uso 314 Cultura y técnica se vuelven a encontrar idénticos componentes; aquí existe la axiología; cada com ponente se define por sus características, po r su resistencia, por sus desempeños directamente vinculados con los procedimientos de su fabricación, con las m agnitudes físicas universales que son aquellas de la física y la quím ica. E l orden com ún de los valores y las jerarquías se ve reemplazado aquí por el orden inteligible de las ciencias. Particularmente, la pureza tiene un sentido físico-químico eminente. Llegar a producir gérm anio con un alto grado de pureza, o bien silicio, o bien uranio, no es solamente realizar una experiencia científica; también es hacer posi­ bles fabricaciones que exigen remontarse por medio de procedim ientos técnicos m ás allá del estado natural que presentan ciertos cuerpos. Se ha fabricado oro por m edio de la transmutación de elementos para obtenerlo m ás puro que en estado natural. El silicio contiene, a pesar de su trivia­ lidad cultural, uno de los elementos más preciosos para la construcción de sem iconductores o de baterías solares; pero hay que extraerlo con un grado suficiente de pureza. Un gran núm ero de operaciones técnicas son tratamientos anteriores de la materia; la materia elaborada ya está altamente tecnicizada. El esquema cultural de oposición de la materia y de la forma, que supone la pasividad de la materia, es m uy pobre frente a la valorización de la materia que resulta de las operaciones técnicas; la m ateria reviste las características funcionales a las cuales corresponden los esquemas cognitivos y las categorías axiológicas que la cultura no puede ofrecer. La adquisición de estos contenidos mentales debe hacerse al mismo tiem po que la adquisición de la cultura. Sem ejante aprendizaje de la tecnicidad aseguraría al individuo y a los grandes grupos un cam po cognitivo y axiológico m ás vasto. Un gran núm ero de problem as, por ejemplo dentro de las relaciones entre grupos, no pueden encontrar la solución en las normas culturales: com o cada grupo aporta su propia cultura, nos vem os llevados a un conflicto, y generalmente las construcciones mentales cimentan la unidad de cada grupo, pero no ofrecen ningún auxilio para resolver esos conflictos. La tecnicidad es una educadora de mucha fuerza en materia de planificación, de reticulación funcional de un medio; ahora bien, largos y sangrientos conflictos provienen del hecho de que ciertas situaciones no fueroJn des­ m itificadas nunca, de que nunca fueron estudiadas al nivel objetivo de una planificación posible. El uso de los contenidos culturales adquiridos 315 Artículosy conferencias en la infancia, com o la gloria iiji innál, • I . ..t jjr de las hazañas valerosas, la necesidad de hacer triunfar l.i in iL ilt i a irlif-rón sobre los infieles, no puede sino alejarnos de un an.íli'.i-, u im .Ir I pioblem a: aquí, la cultura es, com o único obstáculo adecuado i!,( ir. m. ubi), p.u licularmen te asesina y nociva; conduce a una regresión, basta qur finalmente, por agotam iento, se adopte una solución técnica. Entonces tenemos que reparar an lr iodo una injusticia: mientras que existen de hecho culturas, postulam os i óm odaiuente la existencia de “la cultura” que se opone en bloque a las tr< nicas, o incluso a los objetos técnicos. Ante todo, deberíamos acordar el mismo crédito, la m ism a postu­ lación de unidad posible a la técnica, m ás exactamente a la tecnicidad, sin confundirla nunca con una cierta categoría de objetos, o incluso con un conjunto de actividades. En estas condiciones, es posible hacer un lugar, dentro de la actividad hum ana, a la cultura, y otro lugar a la tecnicidad; y es según uno de los esquemas de inteligibilidad m ás reciente, extraído de la teoría de los servomecanismos [systemes asservis], que es posible asignar juiciosam ente estos lugares de m odo tal de optimizar las relaciones entre la cultura y la técnica. La cultura, base de la invariancia de los grupos, estaría perfectamente adaptada a la resolución de un problema, si este problem a fuera puramente hum ano, es decir, si se planteara en términos de relaciones y de actitudes en el interior de un grupo homogéneo. La tecnicidad sería por el contrario directamente competente para problemas de vínculo entre el hombre y el m edio; pero de hecho es muy raro que una situación pueda ser completamente analizada en términos de relaciones hum anas puras o en términos de acción sobre el m edio; generalmente, una situación implica ambos tipos de relaciones, particularmente cuando se trata de una interacción entre varios grupos hum anos en su situación concreta de hábitat y de explotación del medio. El hombre, para plantearse correctamente semejantes problemas, debe ser capaz de conducirse com o los dispositivos de selección de regímenes, que analizan los datos según el m odo que m ejor corresponde a la inform ación recibida. Podríamos de­ cir que cultura y tecnicidad son dos m odos de análisis, y que el hombre debe aprender a tratar los problem as según estos dos procesos, m odos extremos que permiten capturar los límites de los dom inios com plejos de realidad. A sí com o un único haz puede trazar simultáneamente dos curvas diferentes, por medio de un m étodo de corte en punta y por un 316 Cultura y técnica movim iento constante que va de una curva a la otra en un tiempo m uy corto, de igual m odo, firm e a un problem a complejo, el hom bre debe ir perpetuam ente de un término extremo al otro término extremo opuesto, abarcando entre am bos procesos de captura de los límites toda la extensión del dom inio de realidad. Es el m étodo de dualidad de las dos razones opuestas de Pascal, m étodo que supone que se conserva siempre “una idea que ronda” y que obliga a pasar sin cesar de uno de los razonamientos al razonamiento opuesto. C ultura y técnica no pueden ser complementarias una de otra dentro de una posición estática; solo pueden'convertirse en complementarias gracias a un procedimiento cinemático de vaivén y de inversión según un régimen cuya apropiación de cada problem a es quizás la tarea m ás elevada que se pueda proponer al esfuerzo de la filosofía. e 317 T É C N IC A Y ESCATO LO GÍA: IX D EV EN IR D E LO S O B JE T O S T É C N IC O S (RESU M EN ) (1972) Este texto es el resumen que hizo Gilbert Simondon de la conferencia que dio en Estrasburgo, para el Coloquio sobre la Escatologia organizado por la Universidad de Siracusa y la Universidad de Ciencias Humanas de Estrasburgo (organización GabrielVahanian). escatología hum ana apela ampliamente a un principio de dualidad: el a l m a sobrevive al cuerpo. Pero también se puede encontrar esta dualidad f ! i las técnicas, y se plantea un problema deontológico: ¿debemos favorecer 1 .1 r.i.i dualidad o, por el contrario, intentar disminuirla en la m edida de nuestros medios, porque muestra un uso vicioso de la actividad técnica, turnada por el frenesí de una producción dependiente de una promesa ■le >(insumo casi inmediata? 1 .i primera forma de dualidad es la del obrador opuesto a la herramienta. Se rsfablece una línea de clivaje entre el obrador, con todo lo que hace de <’ I ii n.i cosa provisoria, y la herramienta, desde las m ás simples (martillos, j i i i u eles) a las m ás com plejas (sistemas de iluminación, aparatos de se- gut ¡dad, grúas y otros aparatos de elevación, canalizaciones). Se confiere .i l is herramientas una cierta cualidad de constancia, que proviene de la Mi rlencia de su factura, de su desgaste lento y de la posibilidad de un ir ji inado por m edio del trabajo de la herrería, que une, permite redirec■ inn.it, reformar y soldar. L a herramienta tiene una carga de perm anencia v también de significación por la cual transfiere las cualidades esenciales • ir mi viejo obrador a uno nuevo. Entre el obrador y la herramienta in­ 11') Artículosy conferencia tervienen com o m ediadores el andam io <> t i encofrado, que se trasladan de un obrador al otro solo parcialmente . 1 1 ansa de las duras restricciones que se aplican a su desmontaje. Esta dualidad entre el obrador y la herramienta es sin dudas la form a m ás antigua que podem os encontrar. En la antigüedad se justificaba p o r el carácter precioso que revestían las herramientas; a un hacha que se estaba usando para abatir un árbol cerca de un río se le desprende la parte de hierro, y el río se lo traga; aparece un hombre, un santo, que la hace volver a la superficie del agua. E l relato bíblico muestra lo que vale una buena herramienta en una civilización no maquinista. H oy la du a­ lidad subsiste, pero la m áquina ha reemplazado a la herramienta simple: un equipamiento para hacer perforaciones marinas es transportado con grandes precauciones de un lugar a otro cuando las perforaciones no son reconocidas como convenientes para la explotación, o reemplazado por un equipam iento más pesado cuando la perforación es explotable. El vínculo entre el equipo hum ano y el equipam iento de perforación es tan fuerte com o el de un artesano y sus herramientas. Esta dicotom ía en el área técnica, que com prende al obrador y al equipam iento, permite a la parte durable de la técnica relacionarse m uy estrechamente con el hombre, com o si una analogía de los fines últimos creara un vínculo de base que no es un sim ple encuentro. Esta dicotom ía se hace m uy explícita en las artes: el objeto producido traduce por medio de su perfección una búsqueda de inm ortalidad de su productor: es el Kxr](xa eg á e i 1 de Tucídides, o el non omnis moriar de H oracio en las O das, o incluso a thing ofbeauty is ajo y fo r ever1 del poeta inglés; salvo para los pintores y los escultores, lo que se conserva no es la m aterialidad del objeto sino el texto, el sentido, porque es el resultado de una com posición o una construcción; el texto se perpetuará, será traducido de manera ampliada, y no sufrirá los estragos del tiem po; será u na realidad poco distante del hombre, apta para atravesar las barreras culturales. Estas obras, que son depositarías de un gran trabajo, se dirigen 1 “Una adquisición para siempre”; non omnis moriar, “ 1 1 0 moriré completamente” (N. de E.) 2 John Keats, Endymion, 1818 (N. de E.). 320 Técnicay escatología: el devenir de los objetos técnicos a “nuestros sobrinos” , no a los contemporáneos; en tanto contienen inven­ ción, necesitan una cierta duración para ser comprendidas y leídas. Pero al lado de esta producción existe otra que está hecha para responder a las cuestiones inm ediatas y para interesar a los contemporáneos; en general desaparecen en algunos años. Sin embargo, en este dom inio también existen obras del espíritu rá­ pidam ente célebres y que saben resistir al tiempo, com o la de Descartes. E n general, y en un grado aún más alto, demuestran invención. Eso es el Discurso del método, nuevo en el m ovim iento del pensam iento y nuevo, tam bién, en su form a (empleo del francés y no del latín, para que “incluso las mujeres lo puedan entender”). L a m ism a dicotomía superada por un tercer término final se encuentra también en materia técnica; en particular, existen numerosos instrumentos, com o el microscopio hasta fines del siglo x v u i, que eran más o menos de factura comparable en tanto conjunto óptico, pero que eran obras de alto artesanado por el empleo de materiales inoxidables: oro, corladura, plata; el m ism o cuidado se halla en las primeras máquinas de calcular (máquinas de adición de Pascal y de M orland, máquinas de multiplicación de Leibniz, m áquina aritmética de Poleni) y en las máquinas para medir el tiempo o hacer inventarios. Al lado de esos objetos principescos existían relojes de factura más modesta, que tenían características casi tan buenas como ellos, al menos a partir del siglo xxx. M ás tarde aparecieron los relojes y micros­ copios simplificados, poco costosos, pero con una escasa adaptabilidad; por ejemplo, para el microscopio, uno solo o dos objetivos. Pero la naturaleza m ism a del funcionamiento implicaba que se mantuviera un nivel bastante alto de calidad en la construcción. Por el contrario, los generadores elec­ trostáticos, luego las pilas, fueron en general de construcción mucho más sim ple y estuvieron bastante difundidos en los gabinetes de física; uno se sorprende de la simplicidad del primer transformador de Faraday, ese anillo continuo de hierro sobre el cual se ve un enrollamiento primario y dos secundarios m ás cortos, aislados simplemente por medio de un cordel que ha sido enrollado junto al conductor. Solo más tarde, bajo su f o r m a industrial, el transformador tuvo una presentación geométrica rigurosa. En esa época, era en las máquinas, particularmente en el m otor a vapor, en la m áquina magneto-eléctrica de Siemens, y en los diferentes electromotores 321 Artículosy conferencias donde se encontraba la invenc ión niodiadora, que respondía al deseo de los contemporáneos (aumentar la veloi idad de las locomotoras) pero que engendraba luego linajes técnicos dural >lc.s (ah ernadores o transformadores). En nuestros días y en las civilizaciones maquínicas, la dicotom ía se instala sobre todo en el nivel de los productos y de su reacción sobre las condiciones de producción. En particular, la noción de obrador, con­ servada en ciertos casos que ya evocamos (perforación para la búsqueda petrolera o minera), tiende, después de un siglo, a hacer aparecer el obra­ dor m ism o como provisoriamente permanente: una mina está equipada com o si debiera ser explotada durante un siglo; sin dudas, hay una lógica interna que tiende a separar en ella las m áquinas de superficie de las ins­ talaciones en profundidad. El pozo, arm ado con marcos robustos, no es solo el lugar para que pasen los hombres, el material y los productos de la extracción; también deja lugar a los cables de energía eléctrica y a los tubos de aire com prim ido, así com o a las líneas telefónicas. Gracias a la torre, que permite el empleo de poleas de transm isión, la m áquina motriz y el cabrestante de tracción pueden alejarse del orificio del pozo, antes bloqueado por el cabrestante y las vagonetas. Pero, además, aumentaron las condiciones de seguridad (luz eléctrica o lám para de Davy, detectores de gas y de polvos combustibles, uso del doble pozo, de explotación y de seguridad). Las vagonetas están provistas de un mecanism o autom ático de bloqueo en caso de distensión o ruptura del cable; el cable, cuando está tendido, im pide el movimiento con potentes resortes; si el cable se distiende, los resortes del paracaídas bloquean la vagoneta em pujándola contra las guías de láminas de acero que ofician de freno. L a m ina se con­ vierte así en una especie de obrador permanente; su detención solo puede provenir del agotamiento de la materia extraída. C asi no queda nada de provisorio, y nos encontramos bien lejos de los metalla de la antigüedad o incluso de las m inas descriptas por Agricol.i en De re metallica. Poco a poco, el obrador tiende hacia la cxplot.u ión industrial y adop­ ta sus m ism as normas relativas a los operarios: seguridad po r m edio de autom atism os, confort por medio del filtrado drl aire, calefacción; en general, estas mejoras de gran envergadura ,« | an con una autom a­ tización m ás acentuada del trabajo, porque l.i .mmm.iiización permite evitar en las instalaciones industriales los eiu nm i 322 inesperados entre Técnica y escatología: el devenir de los objetos técnicos los objetos llevados por las cintas transportadoras cuando están yendo hacia cada puesto. I 's más simple autom atizar los recorridos que los seres hum anos. E n p riiu ¡pió, la velocidad del transporte, asegurada por la cinta autom ática, no tiene un máximo. Por lo tanto, el autom atism o no es el principio de todos los males; ciertas realizaciones no podrían existir sin autom atism o; particularmente las m áquinas de cálculo contemporáneas, desde el fin de la Segunda Guerra M undial, fueron capaces de trabajar en tiempo real mientras el fenómeno tenía lugar (por ejemplo, el descenso progresivo de un subm arino, durante la inmersión, puede ser calculado en función de la distancia del fondo, de la temperatura del agua y d e la velocidad adquirida, de manera de llevar al submarino a posarse sobre el fondo a una velocidad casi nula y en un tiempo óptim o). Existe en las condiciones del equipam iento para la producción una tendencia general a producir objetos industriales “pesados”, n o artesanales; la desaparición del artesanado com o constructor está sincronizada con la aparición de objetos de uso que exigen una energía mayor. El arado es artesanal; construido en su mayor parte de madera, hace en la tierra el efecto de un estrave de navio; la tierra se derrama a un lado y al otro, no es removida sino em pujada, hecha m ás permeable. El arado de Brabant remueve la tierra, pero de un solo lado; puede adaptarse a un enganche potente o a un tractor portador de herramientas (sistema Ferguson) que puede no solo remolcar varios arados, sino también impedir un accidente por desembrague autom ático si uno de los arados choca con un obstáculo resistente, piedra o raíz. En condiciones artesanales, para aproximarse a la perfección en la fac­ tura hay que apuntar a la duración m ás larga posible del objeto (maderas duras, poco permeables al agua). En condiciones industriales, lo qu e se busca es la coherencia de todas las piezas entre ellas, gracias a un m odelo com ún para las piezas fundidas y las piezas torneadas. Lógicam ente, la prim era consecuencia de esta norm a es la estandarización: el todo se m antiene por el reemplazo de las partes que se vuelven defectuosas. Así, las piezas forman parte de una serie donde todos los elementos son inter­ cambiables. Ford, luego de colocar dos automóviles en el m ism o lugar, los desm ontó por com pleto y los volvió a montar sin tener en cuenta el origen de los elementos; los dos automóviles eran viables. 323 Artículosy conferencias Allí, en ese alejamiento del usuai ¡<> icspn lo del constructor, se abren dos cam inos: la estandarización p m n iir producir objetos técnicos com ­ plejos reparables indefinidamente; permite* también producir todas las piezas con una resistencia a la usura semejante; y cuando una de ellas da signos de desgaste acentuado, se puede esperar que varias tam bién estén en m al estado. Este segundo cam ino es parcialmente artificial y supone un retroceso del nivel de conocim ientos de los reparadores; el objeto de uso se convierte en algo cerrado, no está construido para ser permanente. El objeto técnico se convierte en algo únicam ente instrumental; excluye tanto al artesano com o al reparador, y le deja com o función la limpieza o el cam bio periódico de las piezas som etidas a un desgaste m uy intenso (protección de frenos o neumáticos en un automóvil, o incluso engrasado). E n los diferentes tipos de dicotom ía, uno de los cam inos hace del producto técnico un análogo del hombre en relación con su capacidad de duración; el fin de la relación hombre-herramienta u hom bre-m áquina es un rechazo de la destrucción; en el otro cam ino, ni el hom bre ni el objeto pueden tener en ellos mismos el principio de una superación temporal que la industrialización hace, sin embargo, eminentemente posible. 324 T R E S PERSPECTIVAS PARA U N A R EFLEX IÓ N SO B R E LA É T IC A Y LA T É C N IC A (1983) Este artículofue publicado en Annales de l’Institut de philosophie et de sciences morales de la Universidad libre de Bruselas, editado porJacques Sojchery Gilbert Hottois. I. ETICA Y TECNICA DE LAS DESTRUCCIONES Se trata de un problem a del presente. La utilización más avanzada de la producción de energía eléctrica prepara materias primas para las armas nucleares. El vocablo “armas de disuasión” permite sostener una buena conciencia a los responsables de los países que utilizan lo nuclear para fines principalm ente energéticos. Electricité de Frunce ( e d f ) acepta y desarrolla el principio de los reactores reproductores (como el de Cadarache). Sin querer abordar ahora los problemas de polución, constatam os que existe solo una usina de tratamiento de desechos radiactivos, la de La H aya. Se puede decir que la producción de energía por m edio de la radioactividad sería aceptable e incluso deseable si se pudiera dar un paso más. Pero ese paso sería gigantesco: pasar de la fisión a la fusión. El Tokam ak 1 ruso es una m áquina construida para esa finalidad: utilización pacífica de la energía nuclear de fusión. C anadá se orienta más bien hacia la realización El esquema general del Tokamak está contenido en el Stellarator norteamericano (N. de E.: el Tokamak es una cámara de vacío de forma toroidal con bobinas magnéticas, 1950). 1 Artículos y conferencias de un generador cuyo principio descansa sobre el control de una serie de microexplosiones sucesivas2. Pero no parece haber aún ningún dispositivo com pletam ente confiable, y cabe constatar que el principio de la fusión es m ás fácilmente aplicable a fines destructivos, com o arma, que a una utilización pacífica. A hora bien, por m edio de la fusión controlada, la industria nuclear llegaría a un rendimiento tal que el cam bio de m asa sería del orden del 30% . Actualmente, las centrales nucleares de fisión no superan en absoluto un rendimiento correspondiente a un cam bio de m asa (es decir, una transformación de materia en energía según la fórm ula de Einstein) del orden del 3 al 6 %. D e manera bastante paradójica, se puede estimar que el perjuicio de las centrales nucleares (por polución y peligro de em isión de radioactividad en el m edio ambiente) dism inuiría con un progreso radical de la técnica que perm itiría pasar de la vieja y, desgraciadamente, siempre actual fisión, fértil en desechos y además pasible de obtener elementos utilizables para fines militares, a la fiusión controlada, que consistiría en definitiva en realizar soles en miniatura, una fuente casi inagotable de energía a través de la cual, paradójica y sin em bargo realmente, la técnica coincidiría en su estado de pleno desarrollo con la naturaleza. E n términos de energética, el problem a esencial del presente consistiría en impulsar lo más lejos posible el esfuerzo científicotécnico para obtener un alto rendimiento nuclear que perm ita controlar cualquier problem a de la producción de energía en un régimen pacífico y reorientar el problem a de lo nuclear liberándolo de las finalidades des­ tructivas de las aplicaciones nucleares actuales (bom ba H ). Actualmente, esta reorientación en manos de la fusión para producir energía pacífica no parece verosímilmente utilizable, es decir industrializable, antes de diez años. E n 1981 se podían contar apenas 15 de este tipo de equipos en el m undo, entre ellos uno en el c e a 3, en el Centro de Fontenay-auxRoses, cerca de París. Actualmente está en vías de desarrollo una nueva generación deTokam aks, de dimensión m ucho mayor. Los europeos han creado una herramienta común, el Join t I'.uropean Torus, que en principio debería estar hoy en servicio, bajo la égida del Euratom , en el centro de investigaciones británico de ( ailbam. Ver Albert Ducrocq, Victorie \ur lénrrgir, París, Flammarion, 1980. 3 Siglas del Commisariat a l'hm pt .ttvmique et aux énergies altematives. [N. de losT.] 2 326 Tresperspectivaspara una reflexión sobre la éticay la técnica El m étodo de las mu toexplosiones también se encuentra en estado de investigación. Es el priiu ¡pió tic la bom ba H , pero aplicándose sobre una cantidad de energía más pequeña, del orden de una fracción de miligramo. El “detonador” ya no sería una bom ba A. Sería un láser de gran potencia que crearía localmente las condiciones de realización de una fusión ter­ monuclear. El interés en el láser proviene, entre otras cosas, del hecho de que es posible, por m edio de procedimientos ópticos, localizar la energía en superficies m uy pequeñas. También aquí hay experiencias en curso y algunas de ellas en Francia, en la dirección de aplicaciones militares del c e a en Limeil. En todos los casos, la energía liberada se presenta bajo la form a de neutrones a muy alta velocidad. Para recuperarla bajo la form a de calor, se captan los neutrones en un m edio en el cual ceden su energía cinética, lo que produce un calentamiento del medio recuperador. Actualmente, el m edio considerado es el litio. “Además de tener buenas propiedades para la captura de neutrones, presenta la ventaja de suministrar tritio luego de ser bom bardeados por ellos. Ahora bien, el tritio es uno de los dos elementos que intervienen en la reacción de fusión, siendo el segundo el deuterio. Además, ocurre que se fabricará más tritio a partir del litio del que se consum irá en el reactor de fusión; com o en el caso del reactor de fisión de neutrones rápidos Phenix, allí hay un efecto de reacción de reproducción” (publicación e n s t a , École nationale supérieure de techniques avancées, 1980-1981, artículo de Blanc-Féraud, Direction des études et recherches de e d f ). D e acuerdo con la evaluación de las reservas de litio conocidas en la actualidad, se puede prever una producción de energía igual a la contenida en las reservas conocidas de combustibles fósiles, carbón, petróleo y gas. El deuterio está presente en el agua a una razón de una parte en 6000, lo que corresponde a una fuente m ás o menos inagotable. “Si un reactor de fusión puede ‘quem ar’ otros núcleos ligeros, se puede decir que el día en que esta energía sea domesticada, serán resueltos por varios siglos los problem as de energía” (Blanc-Féraud, ibid.,'p. 39). A quí alcanzamos la Etica por medio delprogreso defondo de la tecnología. L a bom ba de fusión (bom ba H ) dilapida en algunos microsegundos una energía enorme que solo puede ser utilizada com o medio de destrucción, con fines casi exclusivamente militares y nocivos, y por lo tanto esencial­ es 327 Artículosy conferencias m ente malos. Pero no todo está dic lio ni hecho con la bom ba de fusión. L a tecnología, ayudada por la ciencia, puede ir más lejos y subir m ás alto, elevándose a la fusión controlada. E n el cam po de la seguridad, en particular, el reactor termonuclear presentaría menos riesgos radioactivos que el reactor de fisión; a largo plazo, estos riesgos quizás podrían desaparecer totalmente o casi total­ m ente (pero lo absoluto y lo cierto no pertenecen aún, y quizás nunca, al dom inio de la tecnología). Profundizando en esta tecnología, dirigiéndola hacia lo más duro de la más dura de las energías, ocurre, en el presente o en el futuro próxim o, que un generador de fusión tam bién podría irra­ diar los residuos radioactivos provenientes de los reactores de fisión a fin de “transmutarlos en elementos estables que reducen así los problemas originados por la acumulación de estos residuos” (Blanc-Féraud, ibid .). D icho de otro m odo, una profundización de la tecnología llegaría a dar m archa atrás para reciclar y compensar los inconvenientes (que entran dentro de la categoría general de polución) del ejercicio ya viejo de una técnica m enos avanzada. ¿Se puede hablar al respecto de una suerte de redención o, quizás mejor, de una recuperación de una técnica en estado incoativo por parte de esta misma técnica en un estado de plena entelequia? N os parecería que sí, y que el progreso técnico encierra en sí m ism o un bien, un bien potencial y también, de manera últim a, un bien actual. La tecnología profundizada, capaz de inventar, puede salvar a la técnica, y la técnica que alcanza un estado de entelequia, de realización plena, retom a y rectifica sus estados más toscos, en el curso de los cuales la técnica estaría aún en la infancia. L a ética inmanente a las técnicas se conquista gracias a la tecnología profundizada y se revela bajo la form a de una verdadera dialéctica de recuperación operativa. II. ÉTICA Y TÉCNICA DE LAS CONSTRUCCIONES En la sección precedente vimos que la ética es, h< >y ri i di j , 111 ia normatividad inherente o inmanente al desarrollo de las técn i<.i-, r< tul podría ser la antí­ tesis de esta tesis, si se contemplara el m undo según la pM .pritiva delfuturo? 328 Tresperspectivaspara una reflexión sobre la ética y la técnica N o querríam os dii igii nos únicamente a la futurología, sino tam bién a esos rudim entos naturales y en cierta m anera incoativos de la futurología que lleva consigo el movimiento ecológico, al menos bajo la form a (un poco polim órfica, es verdad) que ha tom ado en Francia en los últimos años. L a ecología fúnda un cierto tipo de prospectiva del devenir del hombre en su medio. El hom bre vive en un m edio natural al cual se integró de­ vastándolo de diversas maneras, saqueando los recursos y dedicándose a la destrucción de ciertas especies. Ya el hombre prehistórico, en posesión del fuego, enloquecía a m anadas enteras de caballos salvajes incendiando los pastos en diversos puntos y dirigiendo a las bestias hacia precipicios profundos, desde donde caían destrozándose los miembros. El cultivo a partir del terreno quem ado dejó amplias marcas en los bosques prim iti­ vos, y la deforestación, realizada generalmente para ganar terrenos para la agricultura, continuó luego en épocas históricas. E n relación con las otras especies, el hom bre se ha com portado desde hace largo tiem po com o un terrible predador. La protección de las aves rapaces y de ciertas especies de ballenas es m uy reciente y poco eficaz. L a ecología dispara la señal de alarma constatando, por otra parte, que la Tierra está cada vez más poblada y que los recursos naturales no pueden seguir el ritmo del crecimiento de las necesidades. Es en cierta manera una reviviscencia del pensamiento de M althus. Para. D um ont, el crecimiento de la población m undial sigue una ley exponencial. El consum o de energía dura también sigue u n a ley exponencial. L os ecologistas prevén una catástrofe si se mantiene la ve­ locidad exponencial de las leyes de crecimiento de la población durante las próximas décadas, hasta el año 2000. Llegan a prever un aumento tal de la población de la Tierra que habrá apenas un metro cuadrado de superficie habitable por habitante. Correlativamente, diversas leyes de crecimiento exponencial que se aplican a los consumos de energías duras y fósiles (carbón, petróleo, gas, quizás lignito), que no son renovables, hacen prever una crisis. C asi todos los ecologistas son hostiles al empleo de las energías duras y se inclinan instintivamente a las energías suaves, renovables y sobre todo descentralizables a voluntad: energía solar, uso racional de la biom asa, cultivo en suelos que pueden evitar la fertilización m ediante abonos quím icos de proveniencia industrial, etcétera. H ay una carga de irracionalidad en la ecología vivida a fondo. U n a de nuestras antiguas estudiantes, convenida en investigadora en ergonomía, cambió 329 Artículosy conferencias bruscam ente de rum bo en la flor de su jnventud para entrar en una com u­ n idad ecológica en el sur de Francia. L a agronom ía es uno de los cam inos que pueden conducir a la ecología, y la ecología m ism a puede conducir a una forma m oderna de m onaquism o, un m onaquism o de tipo anacoré­ tico, que im plica una opción en el nivel de las elecciones fundamentales que orientan la existencia hum ana y que contribuyen a formar las capas profundas y la tram a de una personalidad. Sem ejante salida no es para nada nueva. El gusto por retirarse al seno de la naturaleza ya anim aba al autor de las Bucólicas y las Geórgicasí. La renuncia al medio urbano, el retorno a las fuentes esencialmente agrícolas se relaciona con una cierta sabiduría, tal como la podem os encontrar presentada en la antigüedad en el anciano de Tarento5. El anciano cultivaba una parcela de tierra no m uy grande, modus agri non ita magnus-, cuando recibía a sus am igos, cubría las m esas con manjares no com prados, Dapibus menses onerabit inemptis. Q uizás este poem a sea de inspiración pitagórica. Pero lo esencial es que podem os captar mediante estos versos la aspiración del citadino a una m anera de vivir más cercana a la naturaleza, m ás simple, m ás calm a y evcntualmente casi solitaria. D apibus... inemptis, manjares no com prados, es la expresión culminante del deseo de alejarse de los circuitos com er­ ciales de una civilización urbanizada donde el hom bre pierde el contacto con la naturaleza y ya no extrae de los cultivos de subsistencia, privados y autónom os, el m ínim o necesario para su m etabolism o. L a tendencia ecológica no es nueva, pero esta tendencia se basa hoy en una información científica, de orden fundamentalmente biológico, que tom a conciencia de que los recursos de la Tierra son necesariamente limitados, m ientras que el crecimiento de la población y del consum o de energía y materias primas sigue una ley exponen» ial. E sta m ism a.tendencia ecológica está acom pañada por un cierto pe­ sim ism o sobre el porvenir del hom bre y de las esprt ¡rs de las cuales es predador directo o indirecto. L a industria, poi la polución de la que es responsable, m odifica las condiciones ecológicas y * lunáticas y m ultiplica los perjuicios de todo tipo. L a calefacción con fur! <>// 1 1 0 solo emite c o 2 y agua por com bustión de los carburos de hidrógeno El autor se refiere a Virgilio. [N. de los T.] 5 Personaje del libro IV de las Geórgicas. [N. de los T | 4 330 Ijs impurezas azu- Tresperspectivaspara una reflexión sobre la ética y la técnica frosas contenidas rn H ju tj o il liberan s o 2 que termina produciendo con el vapor de agua atmosléi u o el ácido sulfúrico que ataca las piedras d élas construcciones, el broa* r de las estatuas, y que interviene eventualmente en el ciclo respiratorio I o s gases del escape de los automóviles y las m otos contribuyen a la polución de las atmósferas urbanas y facilitan la formación de las nieblas, a pesar de los dispositivos de reciclaje y de recombustión de los vapores de aceite desprendidos por el motor. Los motores de dos tiem pos de las bicicletas con m otor auxiliar y los velomotores lanzan por el escape, bajo la forma de vapores, aceite quemado de manera incompleta. En m ateria energética, los ecologistas consideran a la m ás densa de las energías densas, a saber, las centrales atómicas, de manera m uy desfavorable por los peligros de polución por avería (polución de tipo radiactivo) y los que presentan sus desechos. E sta actitud es algo paradojal, porque los ecologistas, que tienen tanta consideración por las previsiones de largo plazo, no parecen sin embargo concederle crédito a la tecnociencia de lo nuclear para que progrese y pase de la fisión a la fusión para la producción de energía pacífica. Ahora bien, es posible que la fusión controlada pase, antes de los diez años, al estado de funcionamiento en laboratorio, y qui­ zás al cabo de veinte años se convierta en una realización industrial. No obstante ello, la energía nuclear tendría también derecho a ser considerada sin prejuicios según la previsión seriamente futurológica. Por el contrario, el movimiento ecológico es mucho más benevolente cuando se trata de las energías intermedias entre las energías densas y las energías difusas e irregulares: geotermia (vapores secos o agua caliente), biom asa, energía hidráulica o de las mareas. Efectivamente, estas fuentes de energía son muy poco contaminantes, pero conviene señalar que no pueden por sí solas reemplazar a las energías densas, que representan el 85 % del balance energético m undial. Las energías intermedias representan el 15% ( 1 0 % por la biom asa, 5% por lo hidráulico) y las energías difusas e irre­ gulares (radiación solar, viento, energías térmicas de los mares), casi nada. El movimiento ecológico es muy valioso porque contiene una ética cons­ tructiva que tiene sus normas y quizás también sus límites, com o cualquier norm atividad. L o que tiene de constructivo es la tom a de conciencia de la necesidad de no apostar exclusivamente a las energías duras (o densas) y de saber equiparse para sacar partido de las energías renovables (caída de agua, viento, fermentación de los desechos domésticos de una explotación *b 331 Artículosy conferencias agrícola). Im aginar u n pueblo cu estado de una autarquía energética casi com pleta es algo efectivamente posible y sin iludas deseable, dado que la concentración urbana presen i a mi tunosas c inútiles limitaciones, y provoca carencias y cansancios en auinrnio tanto por la duración de los trayectos en los transportes, sean com unes o particulares, com o por sus costos. Actualmente en Francia, alrededor de todas las grandes ciudades, y particularm ente en París, la relación entre el lugar de vida y el lugar de trabajo se vuelve asfixiante y m uy onerosa. Se pueden perder dos horas por día por el transporte, en un ambiente tan penoso com o el del trabajo. La descentralización perm itiría un acercamiento m uy considerable entre el área de trabajo y el lugar de residencia. D e este m odo, la futurología ecológica traza el plan de organización de una sociedad postindustrial, donde las unidades serían lo más autárquicas y autogestionadas posible. Se puede com parar este intento serio, en el sentido de un aumento de la convivialidad, con los proyectos, igualmente futurológicos, de Le Corbusier: tom ar por unidad de base no el punto, que brindan la ciudad y sus suburbios, sino la línea, la ruta, con las uni­ dades de producción de un lado y las casas de habitación del otro, donde la ruta asegura los transportes y los intercambios entre unidades. En esta m utación del espacio psicosocial y de sus principales vectores, toda una nueva ética encontraría la ocasión de su desarrollo. III. DIALÉCTICA DE RECUPERACIÓN Esta dialéctica está inclinada hacia el pasado como fuente y se esfuerza por reinsertar los esquemas principales en el presente apoyándose en las tendencias orientadas al porvenir. Se trata esencialmente de recuperar en el pasado, de m odo selectivo, aquello que en conform idad con las tendencias principales del porvenir se puede insertar en el presente de la investigación e incluso el de las realizaciones indust riales. L a recuperación del pasado por reviviscencia ya existe de manera tosca en ciertos m ovimientos de la “m oda” . Asar la carne en una parrilla, tener en el living una chimenea con soportes para queiii.it madera, disponer 332 Tresperspectivaspara una reflexión sobre la éticay la técnica de muebles antiguos, tener libros también antiguos, recuperar vigas de roble para el techo del living, es una reinserción de diferentes etapas del pasado. Esta tendencia a rcinsertar el pasado en el presente, a revivirlo, también se encuentra en la m oda del vestir (es lo que se denom ina el estilo “retro”). H em os visto en el Alto Loira, hace unos años, u n bello joven de vacaciones que recibió de una campesina com o regalo una cam isa de casamiento de los viejos tiempos: era una camisa blanca, m uy am plia, y maravillosamente bordada según un consum ado arte de la utilización del hilo de lino. Así, esta cam isa volvía a estar “en servicio” , y en cierto m odo revivía al ser reciclada. En lugar de estar guardada en un armario como un recuerdo familiar olvidado, se convertía en la pertenencia de un joven vigoroso y ágil que la llevaba bien y la sabía cuidar. Lo esencial es el m ovim iento por el cual una capa de civilización tie­ ne primero la tendencia a desprenderse de las cosas viejas a favor de un equipam iento m oderno, descartando los materiales o el equipam iento que cayó en la obsolescencia, incluso si funciona perfectamente, solo para redescubrir m ás tarde el valor o las virtudes de algunos ejemplares de estos objetos que escaparon de la masacre general. ¿Cuántos auto­ móviles, cuántas bicicletas han seguido el cam ino del desguace siendo que aún funcionaban de manera parcial pero se convertían, según el térm ino inglés, en obsoletéi La obsolescencia no alcanza solo a las cosas, los muebles o la ropa, sino tam bién, a veces, al equipam iento doméstico o el material industrial en razón de una diferencia de “ design ”, que varía de un año a otro. Entre nosotros, esta tendencia a la obsolescencia es m áxim a en la ropa, sobre todo femenina, pero también m asculina, y en m ateria de automóviles. Por otra parte, la obsolescencia puede ser consi­ derada com o un m edio para m antener el equilibrio precario de to d o un sector de la producción. En Francia, cada salón del autom óvil presenta algunas variaciones e incluso m ejoras de detalle, pero su rol fundamental es devaluar las producciones del año precedente y mantener o incluso am plificar una necesidad de consum o. Las sociedades de consum o se colocan en cierta m anera en un dispositivo circular: deben consum ir para poder continuar la producción, so pena de una crisis generalizada. Este efecto de causalidad circular hace que cuando se inicia u n a fórm ula de consum o en un país o un conjunto de países, es extremadamente difícil interrum pirla sin generar un.i c risis grave. 333 Artículos y conferencias Cuando un objeto es reformado pot obsolescencia, hay una im portante cantidad de trabajo hum ano qur .sr vol.nili/a .sin beneficio y que se hace irrecuperable. Por lo tanto, se trata aquí de plantear una opción ética frente a las técnicas. L a recuperación de las cosas viejas, esto es, de las cosas que no se producen desde hace varios años, está asegurada de manera parcial por el gusto de la colección. Los anticuarios saben restaurar y revender m ue­ bles, objetos de arte, libros que le son cedidos por particulares o que han podido encontrar en las ventas de saldos. Este gusto por lo viejo es tan fuerte en Francia que ha creado todo un artesanado de la imitación de los más diversos objetos viejos, y particularmente muebles y lámparas de aceite o de petróleo. Ciertas lámparas de petróleo con globos de vi­ drio pintado y decorado se im portan actualmente de Inglaterra para ser vendidas en Francia. Evidentemente, estas lám paras no son auténticas. El reservorio, en particular, que estaba hecho de latón, fue reemplazado p o r un reservorio en hierro recubierto con una delgada capa de latón. N orm alm ente estas lámparas se venden equipadas con un falso mechero de hierro enchapado con latón, con una im itación precisa de las perillas de regulación, y coronado por una bom bita eléctrica, disim ulada en el globo y situada en el eje de la chimenea de vidrio que permitía el tiraje para la llam a de las mechas para petróleo. E s probable que la vieja chi­ m enea para el fuego en la lámpara de petróleo haya sido conservada en su versión eléctrica porque sobrepasa por algunos centímetros al globo y form a parte así de la silueta general de la lámpara. Por otra parte, en el m om ento de la compra, pagando un suplem ento, se puede adquirir un quem ador de petróleo provisto de mechas planas que funcionan per­ fectamente. N os encontramos entonces frente a una im itación coronada por una adaptación (el portalám paras que permite emplear una lám para eléctrica). E sta ética comercial es una m ediación entre una recuperación com pleta del pasado por la reconstitución m ism a de lo que no se ve (el m etal interior del reservorio) y una imitación de la m era forma. Se puede hallar un m étodo análogo en ciertos fabricantes de muebles “de estilo”, que respetan las formas originales pero emplean una madera lam inada espesa o una madera contrachapada para im itar los paneles macizos de los modelos de origen, o bien que recuperan, iiu i m iándolos, los diseños romboidales de “puntas de diamante” . AlredetK >i i Ir r\i < icciclaje de formas 334 l 'm perspectivas para, una reflexión sobre la ética y la técnica antiguas gravita todo iiiih >njunto de satélites más o menos fraudulentos pero hábiles, que van d f U verdadera y honesta restauración a la pura falsificación m imétú ,1. I o rsnu ial es el deseo del com prador de volver a dar vida y funcionalidad .1 concepciones antiguas recuperadas en un hábitat contem poráneo. E l reciclaje es m ás auténtico y más sólido cuando se trata de objetos técnicos restaurados, m antenidos y revividos por un aficionado o un coleccionista. A sí ocurre con los aficionados y coleccionistas de vehícu­ los antiguos, automóviles o motocicletas. Cualquier buen técnico es un coleccionista en potencia, un coleccionista activo e inventivo que sabe ser m ucho m ás que un hom bre que acum ula un capital. Un ingeniero del aeródrom o de Salónica tenía un M ercedes de 1935. Logró com prar un segundo, exactamente del mismo tipo. Desarmó enteramente ambos autos, seleccionando las piezas y los mejores componentes, y reconstruyó así un solo Mercedes agregándole “algo más” como lo hubiera hecho un verdadero inventor. Al volver a montarlo distribuyó 160 captores y dispositivos de m edida que evaluaban la presión de cada neumático, la posible ruptura de un fusible, la presión y el nivel de líquido de frenos Lockheed, así com o el nivel de líquido del limpiavidrios. Todos los controles alcanzaban 160 diodos electroluminiscentes agrupados en el tablero en un rectángulo de dim ensiones m odestas. D icho de otro m odo, al reciclar am bos Mercedes en un único auto, el ingeniero logró en dos años de esfuerzos hacer un auto único en el m undo, superior al m odelo de origen. Es un verdadero reciclaje que m ejora el objeto gracias al empleo de los m étodos recientes de detección y control. Este m odelo de reciclaje verdadero y amplificante, que entrega en la salida m ás de lo que había en la entrada, organiza una dialéctica de rea­ sunción que redime las cosas del pasado y las regenera, y se trata de algo m ás que una simple restauración, necesariamente prisionera de las normas, pertenecientes definitivamente al pasado, que se pueden extraer del m ode­ lo, es decir, del objeto del pasado cuando era nuevo y sano. El ingeniero del aeródrom o de Salónica necesitó dos años para regenerar un antiguo M ercedes a partir de dos ejemplares de 1935 que no estaban plenamente sanos por el desgaste de sus componentes. Y este remarcable teenólogo supo atravesar el presente para convertir a este auto regenerado en un m odelo del futuro, equipado con todas las preseñalizaciones posibles, a la 335 Artículos y conferencias m edida de su imaginación invemiva. 11 u luso agregó un perfeccionamiento q u e com pete al hum or tecnológico: ( uando el conductor sale del auto luego de haber sacado la llave de contacto, una lám para interior perm a­ nece encendida unos segundos para permitir seleccionar en el m anojo la llave que permite cerrar la puerta. Esta m ejora mediante un dispositivo de retardo form aría parte de un estudio sobre estética y técnica, para la cual se atenuaría el aspecto de funcionalidad extrínseca amplificando la funcionalidad intrínseca, funcionalidad que dependería del principio de individuación por reverberación interna6. Pero lo esencial quizás no esté aquí. Lo esencial en la ética es el ser hum ano, la persona hum ana considerada reflexivamente según una plu ­ ralidad quizás indefinida de ideales posibles. Frente a las normas, ¿qué pueden hacer los técnicos? Los técnicos ya pueden hacer m ucho en el cam po médico-quirúrgico para mantener la integridad som ática e incluso psicosomática, y eventualmente la integridad mental. Las técnicas médicoquirúrgicas, luego de la era pasteuriana que aportó los sueros, las vacunas y todos los medios profilácticos contra los virus y los microbios, llegan ahora al trasplante de órganos y al posible empleo de un espectro m uy extenso de medicamentos neurotrópicos y de prótesis7. Actualmente, las técnicas de ingeniería genética son capaces de programar bacterias, por ejem plo para obtener una producción de m edicam entos. C on las posibi­ lidades hum anas de fecundación in vitro, no es absolutamente im posible pensar que un día la genética permitirá contraria, m odificar o incluso dirigir la genética hum ana, por ejemplo elim inando ab origine, ab ovo las enfermedades que se transmiten hereditariamente. Esta posibilidad aún lejana le daría sentido a las fantasías de los alquim istas, anim adas por el deseo de producir un homunculus in vitro. Por el m om ento, se están realizando en el cam po de lo hum ano realiza­ ciones más m odestas en el sentido de la recupenu ¡ón. U na com putadora 6 Sería útil en este sentido analizar la génesis del Palat io Ideal del cartero Cheval en Hauterives, en el Dróme (Francia). El desarrollo de la técnica de los transistores mini.itmi/.nlo.s permite construir pace-makers (marcapasos) implantados bajo la piel, <ni i >1.-1 i orazón. En ciertos modelos recientes, solo hace falta cambiarles la pila qi ir lt jlimrnta cada cinco años. 7 336 Tresperspectivas pam * utbtr Lt ¿tica y la técnica program ada puede constituir una buena maquina «Ir aprendizaje. E l os­ cilógrafo de rayos catódicos es eficaz para climinai la mudez de los niños sordos. La ergoterapia es una técnica eficaz paia I* enfermos mentales y para los niños discapacitados. Todas ellas s o n v í a s de recuperación que se abren. Si la recuperación es un movimiento tic in ¡¡ lajr y de reanudación, las personas de la tercera edad y los ancianos deben beneficiarse de ella. Es un problem a perteneciente al pasado, pues las personas de la tercera edad y los ancianos se colocan insensiblemente en el molde que la sociedad en la que vivieron secreta para ellos y en la cual tienen tendencia a colocarse. Ahora bien, en nuestras sociedades, como en el caso de todas las sociedades de desarrollo avanzado, la edad de la jubilación elimina a las personas que en realidad siguen siendo sanas y capaces de producir gracias a los progresos de la m edicina y la higiene. Bruscamente, y a veces en plena actividad inventiva, o en todo caso en posesión plena de todos sus m edios, estos seres hum anos son situados en el rango de personal indisponible, esto es, situados en el pasado. N o se trata solo de energías dilapidadas por la sociedad, sino también de un grupo entero de personas que se encuen­ tran en un estado de encierro, de clausura en el seno de una sociedad en apariencia abierta, pero en realidad cerrada por las inexorables barreras de la edad. Estas barreras deberían ser revisadas, por ejemplo a través de una suerte de m edio tiem po profesional que permita conservar una inserción profesional, a título al m enos facultativo, para todos aquellos que han conservado intactos sus fuerzas, sus sentidos, su espíritu de iniciativa y su creatividad. Existen otras vías para traer al presente a aquellos a los cuales las leyes laborales sitúan en el pasado: si cualquier anciano pudiera ocuparse de un niño para educarlo e instruirlo, la potencia de futuro que está contenida en el niño sería equilibrada con el peso del pasado de quienes están in vergentibus annis, en el crepúsculo de la vida. E l m odelo intelectual de esta evocación de los problem as de la senes­ cencia hum ana, que provienen del cierre social constituido en una barrera de edad, se alim enta de una reflexión sobre las técnicas. L a tecnología profunda debe aprender no solo a inventar algo nuevo, sin o tam bién a reinsertar lo viejo y reactualizarlo para convertirlo en un presente bajo los auspicios del futuro. Tom em os un solo ejemplo: las termocuplas fueron utilizadas en el siglo x ix com o generadoras de electricidad. E n la actuali­ 337 Artículos y conferencias d ad solo se las em plea en aparatos tic medida. C uando la red fotovoltaica está pensada para convertir la luz solar en electricidad, únicamente se consideran las fotopilas de silicio. El tccnólogo historiador querría que se intentara con las termocuplas. C O N C L U S IÓ N L a técnica es insuficiente para sostener una ética pero, con la ayuda de la tecnología profunda, aporta una autonorm atividad que pertenece al orden de la gaya ciencia. Y la tecnología cree poder decir para terminar: “ World is rielo". 338 III FR A G M EN TO S Y NOTAS P SIC O SO C IO L O G ÍA D EL C IN E (IN ÉD ITO , 1960) Este texto, que no podemos fechar con precisión, es por desgracia parcial: después de la introducción, solo se redactó la primera parte, “Ciney pasado”. Elplan generalanunciaba también “Ciney presente", y “Cine y porvenir”, y estaba acompañado de una lista bibliográfica. Probablemente, entonces, se trate de un curso. D efinir al cine com o form a de arte o com o instrumento de placer, com o m edio de propaganda o com o procedimiento pedagógico, com o industria 0 com o actividad comercial, deja de lado la realidad psicosociológica 1 de esta actividad, que difícilmente se deja conceptualizar según esquemas previos. U na actividad com o el cine es de hecho capaz de crear ella m ism a conceptos cuyo uso se aprende en la manipulación de las realidades cine­ m atográficas, pero que pueden ser extendidos, e incluso unlversalizados, al punto de constituir una verdadera visión del m undo. C o m o la guerra, los movim ientos de la muchedum bre, los m itos y ritos, los intercam bios y el ejercicio de la autoridad, el cine debe ser aprehendido en él m ism o, y según sus estructuras y dinámicas propias, antes de ser clasificado de form a inadecuada en relación con realidades anteriores (arte, literatura); aquí, una fenom enología debe preceder el análisis sociológico y psicológico. Mención manuscrita y al margen: “Una realidad psicosociológica es aquello que es fuente de conceptos-paradigma. Fuente de semantemas: aquello en relación a lo cual los antiguos semantemas son inadecuados” (N. de E.) 1 341 Fragmentos y notas El cine es realidad psicosotiulppn j poique im plica una actividad de hombres en grupo, y una aci ¡ vit Lid que *a i| ><>i ir y provoca representaciones, sentimientos, movimientos voluntaiios; du lia actividad supone y produce una relación interindividual en la cual el m dividuonointervienesolam ente com o unidad, sino también como poi ladoi de un haz de significaciones, de intenciones, de tendencias que se ai lualizan en la situación cinem ato­ gráfica, en tanto que no hubieran podido salir a la luz más tem prano en toda la duración del tiempo de la hum anidad2. D escubrim iento y cons­ trucción del hombre por él mism o, realización de una historicidad que no es solamente acontecimental sino que también es reserva de virtualidades y potencia de auto-creación, tal es la significación de la prueba a la cual el cine somete a la hum anidad a través de un nuevo m odo de conciencia y de conocim iento, de apreciación y de representación. Retorno de la realidad del hombre al conocimiento del hombre, retorno del gesto a la conciencia del gesto, con un cierto desfasaje y una formalización definida que borra o refuerza electivamente tal o cual aspecto, o aum enta o disminuye tal dim ensión, el cine es un cierto régimen de la relación del hom bre consigo m ism o, com o individuo y com o grupo, consigo m ism o y con el otro. Por esta razón, el cine no es solo un m edio de inform ación o de com ­ pensación, sino también el paradigm a de una cierta form a de autorre­ gulación; en consecuencia, se encuentra en el principio de un cierto lazo entre acción y representación. U n estudio psicosociológico se puede preguntar entonces qué m od i­ ficación aporta la introducción del cine en el régimen de los intercam ­ bios interindividuales. Para ello, hay que com prender aquello que el cine reemplaza y continúa (simple cam bio de form a, pero perm anencia de la función), aquello que el cine aporta com o nuevo y aquello que condiciona; finalmente, qué invocación crea a favor de otras form as, qué necesidad instituye m odificando el equilibrio de los intercam bios interhum anos. E sto podría desem bocar en el siguiente orden para la investigación: cine y pasado, cine en él m ism o, es decir, cine y presente; finalm ente, cine y porvenir. 2 Ver nota 1 en “I.a mentalidad técnica” (N. de E.). 342 Psicosociología del cine I. Cine y pasado. E l cine como heredero. El cine sucede a la taum aturgia griega, a las som bras chinescas y a la lin ­ terna m ágica. Todos estos medios no son solo técnicas de proyección y artes de la ilusión, sino tam bién operaciones de amplificación y de fusión que, gracias a las propiedades de esa transformación geométrica que es la proyección, aum entan la imagen de ciertos objetos hasta alcanzar las dim ensiones de un público inmenso. L a visión directa del objeto (percep­ ciones teatrales) supone una reciprocidad entre aquello qué ve y aquello visto, entre el espectador y el actor. Por el contrario, la proyección ya no presenta el objeto o el actor a los espectadores; la proyección, transpor­ tada por el haz lum inoso, proviene de atrás, se despliega a espaldas del espectador. L a visión directa conserva la dim ensión real del espectador y del actor, incluso si el actor se alza sobre coturnos o hace m ás grande su rostro por m edio de una m áscara que permite a su voz llegar m ás lejos. El actor en visión directa está necesariamente limitado por su dim ensión de individuo frente a una muchedumbre; no puede franquear sino débilmente ese límite, perdiendo en suavidad lo que gana en alcance; la máscara es m ás grande y visible que el rostro hum ano, pero es fija y estereotipada (ni el juego de la fisionom ía, ni el aspecto individual, sino solam ente el tipo del esclavo, del senex, del leñó). La voz, a través de ese adaptador de impedancias que es una m áscara, se vuelve más eficaz en el aire porque el aire carga mejor los órganos de la fonación, pero eso ocurre al precio de un debilitam iento del ancho de banda d e frecuencias, esto es, una pérdida del timbre individual y de los matices e inflexiones. Por el contrario, la proyección juega com o si fuera un relevo gracias al cual una energía exterior (energía de alimentación) se m odula a través de la form a cuyo soporte energético puede ser tan débil como se lo desee; una hoja de papel o una placa de vidrio liviana puede modular un haz luminoso de una potencia m uy grande que, sobre un muro o una pantalla, proyecte la imagen inmensamente aumentada de las formas representadas sobre la hoja o la placa. El taumaturgo desplaza con la m ano las planchas recortadas que proyectan su som bra sobre el muro de fondo, mientras que el maquinista del teatro debe utilizar máquinas poderosas para hacer aparecer una sombra. Este poder de am plificación por medio de relevos también se produce con los sonidos; la difusión luego de la grabación y la lectura m agnética 343 Fragmentos y notas o fotoeléctrica hace ilimitado el ali .un c del sonido gracias al relevo que es el amplificador electrónico misino: el aum ento ya no im pone m ás un em pobrecimiento correlativo de la riqueza de la información. U n am ­ plificador potente ya no im pone m ás distorsiones que un amplificador m uy débil, del m ism o m odo que una imagen aum entada cien veces no necesariamente es más borrosa para el espectador que una im agen au­ m entada veinte veces. L a ley de la proporción inversa entre la cantidad de información y el alcance físico de la información, que constituye la ley de la visión y de la audición directas, ya no es válida para la información que se proyecta visualmente; no es válida tam poco para la información auditiva proyectada que la puede acompañar. En este primer sentido, el cine recoge la herencia de todos los pro­ cedim ientos de aumento a través de una proyección. Pero el aumento m ediante la proyección, bajo su form a m ás perfeccionada, desembocaba, a través de la fotografía o el dibujo, en planos fijos; las formas primitivas de proyección (taumaturgia, sombras chinescas) conservaban por el con­ trario el m ovim iento porque utilizaban com o arquetipos objetos reales y realmente móviles y separados unos de otros; este procedimiento estaba condicionado por el uso de la proyección directa, en la cual el único punto de convergencia de los rayos lum inosos es la fuente lum inosa, elegida del m odo más puntual posible. Este principio habilita a la posición del objeto a proyectarse en dife­ rentes planos; entonces los objetos pueden tener un espesor, e incluso superponerse eclipsándose, lo que permite los distintos tipos de m ovi­ m ientos, e incluso una transformación aparente de un objeto cuya som bra conserva su identidad, por pivoteo o acercam iento y alejam iento de la fuente lum inosa. Por el contrario, la proyección indirecta a través de un sistem a óptico necesita, para que la im agen sea nítida, que las figuras a proyectar estén todas en un único plano paralelo al de la pantalla de proyección. Entonces la taum aturgia desaparece; la imagen que está en la pantalla ya no es contem poránea de la m anipulación del taum aturgo; necesariam ente es una im agen fija, preparada dr .1111 em ano, depositada. L a proyección ya no presenta sino que solam ente representa; incluso si un nuevo procedim iento le vuelve a dar m ovim iento, es im posible devolverle la sim ultaneidad a través de la pm yn > mu lum inosa a partir de un sistem a de óptica. 344 Psicosociología del cine E s esta últim a distinción entre la simultaneidad y la representación diferida la que crea una profunda diferencia entre el cine y la televisión: la televisión puede presentar un acontecimiento en el m om ento m ismo en que se está produciendo; por esa razón, es un medio de visión a distancia y también de difusión; millones de hombres pueden ver en el m ism o instante el gesto de la m ano de un hombre, con el único retraso, m ás pequeño que cualquier dim ensión biológica y psíquica, que im pone la transm isión hertziana o por cable coaxial. El cine siempre utiliza, p o r el contrario, un soporte material que constituye un registro. Para sintetizar, el cine, que recibe la herencia de la proyección, no conserva sino el poder de aum ento, dejando de lado el poder de sim ulta­ neidad; invierte el sentido del acercamiento entre el actor y el público de teatro: en el teatro, el actor es más pequeño que el público; en el cine, el actor es m ás grande que el público, incluso si dicho público ocupa toda una llanura, com o en esos drives-in en los cuales las carcasas de los autos resplandecen bajo el brillo difuso de la inmensa pantalla com o si fueran una avalancha de insectos sobre una hoja de árbol. Pero el cine no recibió el poder de sim ultaneidad: difiere la información, com o el libro, y la fija desligándola del objeto com o toda reproducción. L a segunda herencia que recibe el cine es la de las investigaciones de los físicos y fisiólogos sobre la descom posición del m ovim iento y su re­ producción. Este análisis fue hecho primero a través del dibujo m anual; el físico belga Plateau había construido un disco que tenía, en su periferia, un cierto número de imágenes que representaban fases sucesivas de un movim iento determinado (por ejemplo, un paso de baile); visto a través de un ocular, este disco en rotación daba la impresión de movim iento (1832). Horner, en 1833, había utilizado, en el zootropo, una cinta de dibujos anim ados; este aparato, perfeccionado, se convirtió en un juguete óptico llamado fenaquistiscopio, que Baudelaire describe con gran m inucia en su “M oral del juguete” (rueda de cartón agujereada con hendiduras concéntricas y decorada con dibujos que descom ponen un m ovim iento; el sujeto, ubicado ante un espejo, percibe en este espejo una silueta que baila). Ém ile Reynaud construyó un aparato constituido p o r un tam ­ bor con espejos colocado en el centro de otro tam bor que rodeaba una cinta con imágenes: fue el praxinoscopio, que utilizaba una lámpara de Fragmentosy notas petróleo, que por entonces ya estaba perfectamente a punto. El aparato fue perfeccionado por la adjunción de un sistema de proyección; luego Reynaud, utilizando la cadena engranada en una rueda dentada (Sergeant, cadena de bicicleta), hace ju gar a una cinta de imágenes perforada el rol de la cadena; el tam bor de espejos se ubicaba en el centro de una rueda de cobre que era arrastrada por la cinta de imágenes. Reynaud construyó luego un estereo-cine, pero sin proyección. Marey, en 1890, desarrolla procedim ientos de registro fotográfico que realizan la descom posición del m ovim iento, por ejemplo la caminata del hom bre, el vuelo de los pájaros; hay una cinta de película que se despliega con un movimiento intermi­ tente detrás de un objetivo fotográfico. Los hermanos Lumiére inventan el sistema de la cruz de M alta com o obturador giratorio, y construyen un proyector utilizando la película fotográfica (1895). Edison perfecciona el procedim iento, o más bien lo reinventa. La tercera herencia que recibe el cine es la del arte fotográfico; los progresos técnicos del cine estuvieron en parte condicionados por los de la emulsión fotográfica (pancromática, luego en colores; m ás rápida, po r lo tanto de poca abertura y gran profundidad de cam po, sin luz excesiva). El uso de la película de soporte incom bustible y del form ato sub-estándard aumenta los medios de difusión. Pero la fotografía no es solam ente el procedimiento de las tomas; con la película flexible, tam bién es un notable medio de reproducción, comparable a la imprenta por su aptitud para reproducir imágenes; por contratipo o por procedimiento óptico, una película puede ser reproducida muchas veces y difundida com o un texto. E n este aspecto, sin embargo, el cine actualmente es de orden industrial, porque el precio de costo de una copia en form ato de 35 m m prohíbe la existencia de filmotecas partii ul.ues o incluso colectivas; desde ese m om ento, los organism os de distribuí ión dan a la difusión,de los films un aspecto comercial que es correlat iv<> ,i l,i naturaleza industrial de los procedimientos de copia. U n film muy i ntto costaría, por el solo precio de la m ateria que requiere, unos 8 0.000 Imiu <>s en 35 m m . Por el contrario, con los progresos hechos por el fot nutn -,ub estándar (16 m m ), el m ism o film costaría solamente 30.000 íi.uu ><■,. y.i podem os entrever, entonces, la época en la que un film de 16 nuil no ■.< i í más caro que la edición de un libro de arte. 3 46 Pskosociología del cine Elementos de bibliografía, notas de lectura ( extractos) Joseph Segond, Füm pur ct drssins animés. Henri Agel, equivalencia cinematográfica de la composición y del lenguaje literario (notas sobre Virgilio, Hugo, Ronsard, Villon, Tito Livio, etcétera). Caveing, concepto de cine, su individualidad, es decir, su totalidad específica. Intelectualismo: el cine como lenguaje. Significación no implica concepto; palabra, lenguaje. Sóriano, problemas de método planteados por el cine considerado como experimentación psicológica nueva; economía de la imagen; pasividad activa. Schaub-Koch, supervida [supervie] del cine. Apollinaire: el cine es creador de una vida surreal. Étienne Souriau, el hecho de arte en el film según Nature et limites des contributions positives de l ’esthétique h la filmologie. Guicharnaud: el universo mágico y la imagen cinematográfica. The lost uieek-end. Jean Deprun, cine e identificación, Revue defilmologie. Rayer, Revue defilmologie. 347 O B JE T O T É C N IC O Y C O N C IE N C IA M O D ERN A (IN ÉD ITO , 1961) Publicamos aquí dos inéditos consagrados a la antropotecnología. Este texto, como el siguiente, está dactilografiado y se ha conservado en los archivos personales de Gilbert Simondon. No ha sido publicado y posiblemente date de 1961. Gira en torno de “E l efecto de halo en materia técnica”, que se cierra con un llamado a una “antropotecnología teórica y aplicada”. C rítica del m odernism o técnico: N o sería bienvenida una nueva querella entre antiguos y modernos: no som os superiores a nuestros precursores porque nos desplacemos m ás rápido, o porque tengam os medios más perfectos de transm isión del pensam iento y de la información. T am poco som os inferiores a ellos; los lamentos acerca de los buenos viejos tiem pos donde nos pasábam os la velada entera alrededor del fogón antes de la electrificación de los cam pos constituyen una literatura pobre. A cusam os al objeto técnico de convertir al hom bre en esclavo: es perfectamente cierto, pero el hombre en realidad es esclavo de sí m ism o porque lo acepta cuando se entrega a los objetos técnicos; se entrega a ellos com o se entrega el alma al dem onio, por deseo de poder, o de gloria, o de riqueza; la tentación no proviene del objeto sino de aquello que el sujeto cree ver en el objeto que mediatiza; la serpiente y la m ujer no habrían sido acusados de ser tentadores y corruptores si el hom bre no hubiera encerrado en sí mismo el germen de la concupiscencia. Si el objeto técnico es corruptor y alienante es porque fue fabricado para suscitar m otivaciones violentas: erra necesidades porque el constructor 349 Fragmentosy notas lo ha cargado de aspectos scciin d jiiu ^ m. >m ¡ales, venales, sociales, que se dirigen a la parte más corromj al del tm ut io; ese fardo, esas especies m entirosas, esa coquetería del »>1 »jt-i«> ir, m, t) s o n fenóm enos de la civi­ lización, fenóm enos psicosoc i.ilr-, d r lt>% que las esencias técnicas puras no son para nada responsables, y que un psicoanálisis de la tecnicidad debe exorcizar, del m ism o m odo rn que una verdadera psicología de la m ujer aniquilaría el mito destrucloi de) t i e r n o femenino y devolvería a la imagen de nuestras compañeras la dignidad esencial del ser verdadero. Sin embargo, no alcanza con un psicoanálisis purificador del objeto técnico; debe ser proseguido por un trabajo constructivo de antropo­ tecnología destinado a hacer de los esquemas técnicos contenidos de la cultura, y a hacer de la tecnología el equivalente de una lógica sim bólica o de una estética. Esta perspectiva encuentra toda su significación cuan­ do consideramos al objeto técnico no solamente com o un utensilio, un elemento de uso, de utilidad, un medio puro que no vale sino a través del fin perseguido (y es la razón por la cual decim os con tanta frecuencia que el objeto técnico debe estar al servicio del hom bre: seguiría siendo esclavo y corrompería a su am o), sino como esfuerzo hum ano condensado, en espera, un ser virtual disponible, una acción potencial. Para ello, es preciso modificar no solo nuestra m irada, para purificarla, sino que hay que modificar también la operación técnica: debe apuntar a constituir un objeto abierto, perfectible, y neoténico, es decir, depositario de un poten­ cial evolutivo; este objeto no debe ser una cosa vendida, poseída, sino una cosa que instituye una participación. En este sentido, depositario de una realidad hum ana, compañero del hombre y no cosa o puro objeto, libre en relación con él aunque vinculado con él, el objeto técnico aum enta la densidad del cam po hum ano de actividad: es realmente com o un ser social y constituye no un suplem ento del alm a (esto no puede serlo), sino un suplemento de sociedad y de poder de acción: el conjunto concreto es la pareja hombre-máquina. M odos de ser y de pensam iento, tipos de estructura social que no podían existir con individuos sin equipam iento, hum anam ente solitarios, pueden concretizarse y estructurarse gracias a este aporte, este enriquecimiento en potenciales. Una de las consecuencias más inmediatas y m ás palpables de las nuevas estructuras, y que autoriza este enriquecimiento en operaciones técnicas, 350 Objeto técnicoy conciencia moderna es el de las nociones que aplicam os a las relaciones interhumanas. Ya sería un progreso m oral inestimable si aplicáram os a todo ser hum ano y m ás generalmente a todo ser viviente las normas de protección, de salvaguarda y las contem placiones que acordamos con inteligencia al objeto técnico; tenem os que tratar al hom bre a l menos com o una m áquina, a fin de aprender a considerarlo com o aquel que es capaz de crearlas. 151 ' . . A N T R O P O T E C N O LO G ÍA (IN ÉD ITO , 1961) Suponemos que este texto es el desarrollo de un trabajo para un seminario, como parece dar testimonio la bibliografía muy bien provista que lo acompañaba y que incluía particularmente “El efecto de halo en materia técnica”. André Leroi-Gourhan, en M ilieu et tecbniques, observa el carácter de reserva del metal que aparece en ciertas herramientas, en las cuales todo lo que puede ser de piedra o de madera, materiales autóctonos naturales, se hace efectivamente de este m odo, conservándose el metal para los filos, para las zonas que trabajan, y no desempeñando nunca un rol pasivo, com o el del lastre, o un rol puramente estático, com o el de una mesa, un soporte, una armadura. Tales ejemplos no son casos de pobreza sino casos raros, m ás finos y perfectos que los casos de realización en un solo material; pueden con­ vertirse en casos pilotos, es decir, aparecer com o cabezas de fila de una serie indefinida de realizaciones que se van refinando en la distribución de las diferentes materias en las diferentes funciones. El totalitarismo de la m ateria que obliga al objeto a ser de madera, o de hierro, o de piedra es la expresión de una falta de libertad del realizador respecto de la gam a de los m edios, reducida o bien por las condiciones de aprovisionamiento, 0 bien por los hábitos sociales (la madera es m ás pobre que el metal), o, sobre todo, por el dualism o hilemórfico1. Este último dualism o consiste 1 Para un análisis de los fundamentos y los límites del esquema hilemórfico, ver La individuación a la luz de las nociones deforma y de información, primera parte, 353 Fragmentos y notas en lo siguiente: el objeto es primero |>c*ométricamente y m ecánicam ente concebido com o un conjunto de formas en funcionam iento; en una segunda etapa, el objeto se hace em pleando una m ateria neutra y pasiva, esclava de la forma, sirviente de la intención fabricadora ya consum ada antes del descubrimiento de las formas mecánicas. Incluso cuando se acepta una dualidad de materias, generalmente es porque se acepta com o un último recurso, por una econom ía de m edios y de m odo segmentario. Pero en realidad habría que pensar en conjunto la form a y la materia, sin discontinuidad, según un esquema transductivo: se puede realizar un conjunto a partir de un centro de gravedad cualitativo que corresponde, por ejemplo, a las condiciones térmicas y a las condiciones gravitatorias de utilización de la máquina. En ciertos casos, podem os adm itir una solución de continuidad en la materia, com o en aquellas herramientas hechas en acero pero cuya extremidad lleva una pastilla soldada de carburo de tungs­ teno. En otros casos, la transición se hace de m odo continuo desde el polo portador al polo activo, com o en las herramientas de acero cem entado cuyo coeficiente de carburación aum enta hacia la punta activa. El arte de las aleaciones de proporciones progresivamente variadas correspondería a la adhesión m ás concreta posible de la materia a la form a, y recíprocamente. Precisamente en este cam ino hay que buscar una de las m ejores condiciones de concretización, la de la materia y del conjunto materiaforma. Este problem a se resolverá verdaderamente cuando la dualidad o el pluralismo de los caracteres cualitativos vinculados con los órdenes de materia sean reemplazados por un escalonamiento espectral. Las m aderas im pregnadas son un ejemplo de la elaboración de la materia según un gradiente cualitativo y de proporción de com posición, o de m od o de tratam iento que preforma la form a funcional. Si tom am os com o ejemplo el caso del hierro y la m adera, vem os que el m odo totalitario consiste en hacer, por principio, toda la m áquina de hierro o de madera. El m odo dualista, que puede corresponder a una optim ización parcial, bastante burda, consiste en bacer de m adera todo lo que no debe ser particularmente robusto, y .1 reservar el metal a las piezas nobles; aquí hay un aspecto bim odal jet .Síquico no transductivo; capítulo primero, “Forma y materia” y la c o i u I i i m ó i i «Ir /:'/ modo de existencia (N .d eE .). 354 Antropotecnología así es com o tenemos la máquina del pobre, del que hace bricolage, de los países subdesarrollados... N o es una verdadera optim ización, es decir, intrínseca; no es sino extrínseca en relación con los esquemas funcionales de base; así se expresa con frecuencia la economía de guerra. Este carácter de servidumbre, supletorio, vicario, de una de las materias respecto de la otra se considera com o la confesión de un nivel de perfección menor, y conlleva todo un conjunto de aspectos individuales o sociales de infe­ rioridad, reconocida o enmascarada. A m enos que un cierto purism o, sin em bargo, o una cierta preciosidad, o la m oda, inciten a adoptar, para parecer mantenerlos, m odos originales de construcción. Pero sentimos que falta algo: la funcionalidad perfecta, que residiría aquí en la transductividad hílica [hylique]. Esta transductividad solo es posible si la preparación de la materia ya es un progreso hacia la aparición del objeto determinado, si está, en consecuencia, en el cam ino de la individuación que es génesis del objeto. U n a recurrencia de la individuación del objeto sobre la preparación de la materia es el prefacio y la condición de dicha transductividad; la materia debe ser materia para tal objeto, en lugar de que el objeto sea hecho de tal materia, es decir, después de que dicha m ateria exista. O bjeto a construir y m ateria en vías de génesis deben ser contemporáneas en tanto que proyecto pensado. El olivo de Ulises, que desarrollaba sus ramas horizontalmente y se convertía en un lecho enraizado, es el m odelo de dicha génesis de la m ateria-objeto de acuerdo con una intención definida. Considerem os finalmente la manera en la cual la elección de una m a­ teria es una resultante de las condiciones culturales: el m ism o abrigo está hecho con tal o cual género grueso según tenga que vestirlo un rico o un pobre. En ese caso el abrigo se deforma m ás o menos rápidamente, pero en un principio, el abrigo del rico y el abrigo del pobre son semejantes. Solam ente la relación de la forma con la materia es m ás ajustada en el caso del abrigo del rico, que de hecho es el abrigo más verdadero, el más real en tanto que abrigo, si la riqueza está hecha de la cualidad de prestancia del género y no de los ornamentos sobreañadidos. El abrigo del pobre es, en cierta m edida, una simulación del verdadero abrigo. Tam bién existe, en la elección de la m ateria, una influencia de las condiciones del trabajo de adquisición de la form a: los autom óviles 355 Fragmentosy notas de E uropa están hechos generalm ente de m etal: es que la carrocería se puede hacer industrialm ente con una prensa de m etal, m ientras que la m adera generalm ente es m ás apta para el trabajo artesanal. Pero se podría concebir, con bastante n aturalidad, un autom óvil en el cual solam ente el m otor y algunos elem entos fundam entales de la carrocería y de la transm isión fueran enteram ente m etálicos: una gran parte del autom óvil podría ser realizada bajo la form a de m aderas, puras o im ­ pregnadas, o quizás de m aderas rigurosam ente desecadas al vacío, luego m etalizadas en su superficie por m edio de m etales inoxidables, o bien no m etalizadas pero sí im pregnadas de m aterias plásticas im perm eables y quím icam ente inertes, o incluso parcialm ente disueltas por m edio de solventes que barnicen la m adera con la m adera m ism a. En efecto, la necesidad de aplicar una capa de pintura m arca el carácter inacabado de la m ateria con la cual están hechos m uchos objetos técnicos; la pin tura debería ser reem plazada funcionalm ente por el estado de la superficie, p o r un tratam iento de la m ateria integrado a la fabricación de la m a­ teria m ism a. D el m ism o m odo, la insonorización de un vehículo no debería ser obtenida por m edio de un m aterial suplem entario sino por la elección de m ateriales que am ortigüen las vibraciones y, m ejor aún, p o r la búsqueda de tipos de engranajes y de distribución m ás exentos de vibraciones. Observem os que, en ciertos casos, el funcionam iento de un conjunto desem boca por sí mismo en una concretización de la materia según el esquem a funcional transductivo: un palier auto-lubricante en bronce poroso se pule en su superficie, mientras que la materia-soporte de las capas inferiores sirve de soporte rígido, de reserva de aceite, y de sistema de aducción del lubricante hacia la superficie de 1ti» i ión. Un palier lubricado, cualquiera sea el m odo de engrasado, es dr lie» lio un conjunto m etal + aceite, el m etal soporta el aceite, un poco io n io un objeto de hierro cuyo acabado fuera una capa de pintura; simplemente rl u <-¡ie está som etido a una renovación constante por el deslizamiento dr I r, capas de moléculas unas sobre las otras. El rodam iento, entre o t u - . • »»'„is, tiene el efecto de convertir la capa superficial del metal en j p u ¡m u que su acabado sea siempre una capa de aceite sin mellas, huí» i.uudinrnie, se podría decir que la m ateria que trabaja es el aceite, igual qm * • i disco de carburo de tungsteno el que trabaja en una herrami* n ú d> ■fin hecha con un disco 356 Antropotecnología. soldado; y se podría comparar la estructura hílica acero + carburo con la otra estructura, igualmente hílica, metal + capa de aceite. Existe entonces un aspecto de optimización de un objeto técnico que es la optim ización de la relación entre las diferentes zonas de la materia em pleadas para realizar una unidad de forma. Los organism os vivos dan una imagen clara de este acom odam iento polarizado de las zonas, com o en el pasaje de la dermis a la epidermis, o com o en la albura y la corteza de un árbol, o incluso com o en las capas concéntricas de un hueso. Puede haber umbrales, puede haber también una continuidad progresiva, pero lo esencial es que hay un orden, en la materia del organismo, que es materia organizada. Por encim a de cierto nivel de exigencia, hay cam bio de nivel, um bral: bajo la planta del pie, un espesor calloso es suficiente, pero en la punta de los dedos están las uñas, que son más que piel engrosada, pero que responden a esa m ism a función de contacto sin herida con los objetos. El organism o está inform ado en el sentido de que hay un no-azar en el nivel m ism o del espectro de posición de la materia, de su dispersión en el interior del organism o. Aquí la perfección es la m ism a, en lo viviente y en lo no viviente. L a resonancia interna del organismo en relación con­ sigo m ism o es esta ausencia de azar en la distribución; es lo mismo que la tendencia a la optim ización, se traduce de la m ism a manera: permite desem bocar en el uso de una menor cantidad de materia posible, esto es, dism inuir lo más posible las causas del azar y de la degradación; es el alza del nivel de organicidad. Un organismo está tanto m ás organizado cuanta m enos indeterminación posible haya en él. También se podría decir que es m ás concreto que uno m ás grande que cum pla las m ismas funciones. Para una m ism a cantidad de elementos materiales efectivamente separables, y que entonces pueden dar lugar a combinaciones variadas, un organismo es tanto m ás perfecto cuanto que contiene más decisiones que hacen que tal elemento definido se encuentre en tal lugar definido y no en tal otro: si está hecho por com pleto de materia organizada, ubicada según gradientes cualitativos que tienen una significación funcional, podem os decir que posee la m ás alta cantidad de información posible, puesto que a cada elemento que puede ser posicionado le corresponde una respuesta dada, un lugar asignado: cada elemento plantea la pregunta de su lugar en relación con los otros, y el organismo m ás perfecto es aquel que ha dado una respuesta a cada elemento disa-rnible com o elemento, es decir, que 357 Fragmentos y notas puede ser efectivamente ubicado porque uno tiene influjo sobre él. Aquí, el elemento es el elemento m anipulable, asim ilab le... y no el elemento últim o de la física. El sistema técnico o el esquem a vital específico es el m ejor cuando realiza, por m edio de la segregación de tal o cual subconju n to estructural y funcional, un conjunto de asignaciones de lugares m ás precisos; las discontinuidades de los órganos deben ser concebidas, sobre todo, com o m edios para realizar m ejor estas transductividades clasificatorias, haciéndolo con m uchas de ellas, m ás que con una sola. Si no, una enorme am eba bastaría para constituir la vida entera, y todas las herramientas podrían ser de una sola masa. Las m áquinas se separan de los organismos en el hecho de que, en estos últim os, siempre subsiste una transductividad general lo bastante ajustada que se sobreim pone a la transductividad de cada uno de los órganos y establece entre ellos una resonancia interna m ás intensa2. Sobre la resonancia interna en el objeto técnk u y mi 1ü viv h ütr, véase especial­ mente La individuación..., I, I, 3: “Límites ilrl. #t|iMitii iiíU ilico” (N. de E.). 2 m i ó 358 O B JE T O E C O N Ó M IC O Y O B JE T O T É C N IC O (1962) En junio de 1962, Gilbert Simondon es abordado por un joven economista, Jean-Louis Maunoury, quien se interesa^ para su tesis', por el lugar que tiene el emprendedor en elseno de los acontecimientos científicosy técnicos y por el contenido evolutivo de las innovaciones técnicas. J.-L. Maunoury conocía El modo de existencia de los objetos técnicos (1958) y el artículo “E l efecto de halo en materia técnica” (1960); busca entender exactamente qué significa “objeto técnico ¿unproducto textil no es un objeto técnico?El triodo, ¿no está más cerca de un objeto hecho en estireno que de una turbina?¿Sepuede hacer coincidir las categorías económicas en uso (bien ¿le consumo, bien de uso, bien deproducción) con criterios técnicos?¿Cuál es la influencia de los factores económicos en el proceso de concretización? ¿No hay confrecuencia una contradicción entre las constricciones económicas y Lts constricciones técnicas? ¿Y quéparte le toca a la obsolescencia, si un objeto “cae en desusopor un progreso técnico” (como los aviones a hélice se volverían caducos cuando aparecen los aviones a reacción)? Publicamos aquí la respuesta (o los primeros elementos de una respuesta) que Gilbert Simondon le envía enjulio de 1962, y que se conservaba en sus archivos. L a noción de objeto técnico tiene que ser ampliada; conjunto arquitec­ tónico concebido com o un todo organizado, con red de distribución y de recuperación, con sistem a de control y de regulación de temperatura, con ilum inación. U n terreno agrícola puede ser tecnicizado a través de un sistem a de control tic temperatura e irrigación. 1 La Genése des innovatiom I ./ <u1,ilion technique dans l’activitéde lafirme, París, PUF, 1968. 359 Fragmentosy notas Lo que podemos entender por “objeto técnico” Las categorías económicas (consumo, uso, producción) caracterizan niveles de perfección y no esquemas internos de funcionam iento; [una lámpara] triodo de doble serie de seguridad usada dentro de una calculadora es un bien de producción; si se entrega al usuario luego de una larga serie de pruebas, se eleva considerablemente su precio de venta; la m ism a lámpara, producida en serie y controlada solamente mediante muestras, sin m ediciones individuales, es un bien de uso general; finalmente, esa m ism a lámpara, recuperada de los stocks en saldo, se vende rebajada a adolescentes bricoleurs que hacen de ella, en general, un uso destructivo: este uso pedagógico es asimilable a un consumo. Ahora bien, se trata aquí de niveles de tecnicidad, de niveles de fiabi­ lidad, de constancia de las características; si se rompe una m áquina para hacer determinados cálculos, se detiene un trabajo de producción; si se rom pe un televisor, se trata de un incidente familiar; el no funcionamiento de un m ontaje de radio, para un joven aficionado que está haciendo prue­ bas, es un fracaso reparable por medios locales, por el simple cam bio de un elemento; el elemento defectuoso, o solamente más débil que otro, se descarta com o un bien de consum o que se i remplaza por otro. Agregue­ m os que el nivel superior, el de máxima fiabilidad, no es solamente el de la producción sino también el de las situai iones peligrosas o del trabajo de laboratorio: el avión, el navio, los mateiijlr-. d< guerra son equipados con elementos de seguridad, mientras que el jinonii'jvil recibe solamente la cualidad de uso. Los juguetes están lo n u ítu id m rn general por ele­ m entos de cualidad m uy inferior a l a cualidad d> 11 *< •, lo que indica que pertenecen a la categoría de los bienes de eonim no finalm ente, debem os considerar com o un aspecto del consumo el hn bo d< la obsolescencia social: un autom óvil, como un sombre i o, pasa dt moda antes de haber sido gastado, o de haber sido t é c n i c a m e n t e « jp . una locom otora no sufre esta obsolescencia social (o psicosc» u!) Para tener en cuenta los aspectos variado# d* tu s categorías eco­ nóm icas, sería posible decir que la categoría de tus bienes de consum o corresponde a una utilización destructiva, mil imm » qur la de los bienes de producción corresponde a una utilización no d « t t ut tlva, que dosifica los procesos de control, de renovación, de iri amblo dfc los • I. mentos usados. Objeto económico y objeto técnico E l objeto técnico de consum o está cerrado en su estructura y limitado en su duración; su evolución es una degradación; el objeto técnico de pro­ ducción está abierto en su estructura, no limitado en su duración; puede evolucionar por adaptación. L a categoría de utilización es intermediaria entre las dos precedentes; el objeto técnico de uso es relativamente abier­ to; está som etido a la obsolescencia com o el objeto de consum o, pero dich a obsolescencia está limitada en un cierto nivel por los caracteres de la producción: el antiguo automóvil de lujo se puede convertir en auto­ m óvil fam iliar para las clases pobres, luego en automóvil de feriante. Es en este nivel intermedio entre el consum o y la producción que se sitúan los fenóm enos propiam ente económicos. E s cierto que la m áquina es un objeto técnico; pero ella no es el único objeto técnico; es solamente uno de los ejemplos m ás claros que se puede dar. L a lám para de radio es objeto técnico a título de subconjunto concretizado y relativamente separable; la lámpara, en efecto, es tanto lámpara de radio com o de electrófono, o de televisión, o de calculadora. Un tejido n o es un objeto técnico porque no está concretizado y autocondicionado en tanto que tejido; es el equivalente de una materia prim a de la cual se puede partir para formar un objeto; es materia m anipulable m ás que objeto, com o un trozo de cuero curtido, o de madera secada y cortada, com o lo son el adhesivo o las fibras naturales. U na lámpara triodo está m ás cerca de una turbina que de un objeto cualquiera en estireno, por­ que el objeto en estireno puede recibir una form a arbitraria en relación con la com posición quím ica y la constitución física del estireno, desde la baratija hasta el artículo del ajuar doméstico. En un tubo triodo, en una turbina, cada parte es plurifúncional y se integra dentro de u n a red ajustada de com patibilidades; tal metal, excelente por su rigidez, no pue­ de ser aceptado porque encierra gases, es demasiado poco conductor, se oxida o sencillamente posee un coeficiente de dilatación que no está en arm onía con el de los <>t i ■>s (onst ituyentes; el objeto técnico es una suerte de organism o psico químico. 361 Fragmentosy notas Influencia de losfactores económicos dentro de los procesos de concretización: tres niveles de tecnicidad Es en el nivel del uso, ese nivel intermedio que da al objeto técnico la dim ensión del cuerpo hum ano, que los factores económicos son m enos favorables a una evolución concretizante: es una de las razones del retraso del automóvil; pero es en dicho nivel también que los factores económicos son menos puros, están menos liberados de una m ultitud de inferencias (nivel de vida, prestigio, consum o ostentatorio). El nivel de la produc­ ción, para realizar una gran reforma de estructura, debe a veces solicitar a circunstancias extremas (guerras, hambruna) la gran decisión colectiva que permite aparecer a las nuevas técnicas; la guerra m odifica el consum o, suprim e ciertas materias primas, crea una lista de gastos inhabituales; más aún, el período de la posguerra requiere, para reconvertir a las empresas, la invención de grandes oleadas de consum o; un esfuerzo de arm am ento, incluso si no se sigue de la guerra, tiene el m ism o resultado; el empleo de materias sintéticas y de motores a reacción es en parte un resultado de la adaptación a la guerra entre continentes; no debem os asom brarnos si las consecuencias de semejantes reconversiones no son todas positivas a causa de los cam bios de órdenes de m agnitud; el avión a reacción no encuentra en todos los aeródrom os comerciales las infraestructuras necesarias, particularmente en el nivel del equipam iento para el acerca­ miento y la señalización, que está por el contrario m uy desarrollado en las organizaciones militares. L a influencia de los factores económ icos es global en el nivel de la producción; es favorable cuando los problem as pueden efectivamente ser resueltos por m edio de reformas de estructura lo bastante vastas, de largo alcance. Existe una relación técnica entre los tres niveles técnicos: un cam bio en el nivel de la producción hace aparecer materias nuevas, que desen­ cadenan una oleada de consum o; estas materias nuevas modifican las piezas separadas que se emplean en los objetos de uso, y permiten una evolución concretizante hacia la estandarización de los subconjuntos; en el objeto de uso, subsiste un hiato entre la evolución inicrotécnica de los subconjuntos y la de los conjuntos, m odulados poi im pnativos colectivos no técnicos (formas, colores, dimensiones, asp o !<>•■ u,u i<males); el uso es un hecho sociológico. 362 Objeto económico y objeto técnico Los hechos de uso adquieren un relieve muy particular cuando con­ dicionan la adopción de una costumbre vital de base: el Food Research Institute de M ysore (India) puso a punto una basicfood hecha de harina de soja y materias grasas; pero esta basic food, que se conserva bien y se transporta con facilidad, no pudo ser repartida sino luego de haber sido entregada bajo la form a de productos alimentarios habituales (cereales, pastas), y apareció una resistencia bastante viva por parte de los consu­ m idores porque esta basic food, incluso cuando estaba presentada bajo la form a de arroz, no se hinchaba en la cocción (mientras que el arroz sí se hincha). Los juicios de valor emitidos respecto de las innovaciones técnicas provienen con bastante frecuencia del hecho de que los hábitos, colectivos o individuales, deben ser inhibidos para que las innovaciones se puedan instalar; aparecen hechos de imitación hasta en el color m ismo de los objetos de uso; ciertos baldes para ordeñar hechos de plástico se colorean incluyendo un brillo metálico de m odo tal de hacerlos pareci­ dos a un objeto hecho de metal galvanizado; ahora bien, esta inclusión no rebaja ciertamente el precio de costo, y tampoco aum enta sin duda las cualidades de la materia plástica; pero crea una sim ilitud perceptiva, facilita el comienzo de la adaptación a un material nuevo. Un objeto está som etido más directamente a la obsolescencia a través de aquello que hay de no concreto en él; la pintura de un automóvil es necesaria porque el metal empleado no es inoxidable; si lo fuera, sería el m ism o para todos los automóviles, y daría un aspecto uniforme, no som etido a la obsolescencia. . ■ * ■ . . ■ R EFLEX IO N ES SO B R E LA T E C N O E ST É T IC A ( 1982) Este texto, escrito en 1982, es una meditación libre —e inacabada— (“un desarrollopuramente zetético ”, dice Gilbert Simondon) originada en la circunstancia de una carta-circular queJacques Derrida había difundido para la creación del Colegio Internacional de Filosofa. El texto comienza como una respuesta a Derrida, pero luego se diferencia rápidamente y se desarrolla como una reflexión personal que Gilbert Simondon nunca envió a Jacques Derrida, ni hizo pública. Si fue publicada, jue porque enjulio de 1991, su esposa Michelle Simondon, al encontrar el borrador, se la mandó a Derrida por amistad, y él, interesado, la publica comofacsimilar en 1992 en Papiers, la revista del Colegio, en ocasión del Coloquio consagrado a Gilbert Simondon (Actas del Coloquio, editadasporAlbin Michel: Gilbert Simondon, une pensée de l’individuation et de la technique, 1994). Es lo que hace considerar erradamente este texto como una “carta" a Derrida. La “verdadera” carta a Jacques Derrida, redactada dos días más tarde, consta de una sola página, y después de algunas observaciones respecto de la oportunidadde un Colegio en el linaje delInstituto Internacional de Filosofía, así como respecto de losfondos remanentesprovenientes de dicho Instituto, se limita a lo siguiente: “En cuanto al texto ministerial, veo que señala intersecciones. Hay que pensar también en las interfaces. También constato que este texto deja absolutamente de lado a las religiones. ¿Por qué excluirlas a priori? En mi opinión, no hay que preseleccionar los campos, porque dicha preseleccióti implica una axiología y una axiomática cerradas. Fielmente suyo. Gilbert Simondon”. Los lectores de Simondon reconocerán inmediatamente el estatuto provisorio de este texto, reflexión sobre una posible “interfaz". Basta con tener presente en el espíritu que en todo caso nofue escrito para Fragmentosy notas ser leído bajo estaforma. Ayjrpinios A* emulo suplementario algunos parágrafos redactados hacia /,/ nthm,t épma sobre la idea de la tecnoestética, en el mismo espíritu ">, ten, Respecto delfondo deltexto, el /<-, t»t ,, ¡Ht-.h,! >eruitira la terceraparte de El modo de existencia <lr los oltjt uc. tiu os, que desarrolla un análisisprofundo delpensamiento í¡'¡ nii <>en relación, especialmente, con elpensamiento religioso y el pensamiento estético (en III, II, 1 y 3, particularmentej, así como a lau^inai ion c invención. De este modo, elpunto de vista tecno-estétim ir ,dunda aquí con el trasfondo del “espectro continuo” que vincula técnica y estética, y que hace lugar a la parte correspondiente a la sensorialidad de los gestos o de la aío&t]aig “de base”, que enriquece hi aprehensión de lafuncionalidad y la contemplación. Este punto de vista tecno-estético quedará más claro como apertura hacia una entelequia sentida, capturada según una “finalidad sin término”, algo “más- quefin ” (véase suplemento 1). Los cuatro suplementos son notas manuscritas escritas enjulio ele 1982. 366 Reflexiona sobre la tecnoestética 3 de julio de 1982 Q uerido cam arada H e recibido ayer la circular del 18 de mayo. Estoy perfectamente de acuerdo en lo que respecta al proyecto de creación de un Colegio Internacional de Filosofía. Podría heredar legítim amente los fondos remanentes del Instituto Internacional de Filosofía (G astón Berger, luego M artial G ueroult). Consultado com o uno de los últim os m iem bros de este Instituto, hice bloquear los activos hace seis o siete años. Respecto del fondo del asunto, si se trata de regenerar la filosofía con­ tem poránea, hay que pensar de m odo privilegiado en las interfaces, ante todo no excluirlas a priori: no veo particularmente ninguna mención al pensam iento y a las prácticas religiosas. ¿Por qué? H ay que convocar tam bién al pensamiento y a las realizaciones, pensa­ dos reflexivamente o no, de la estética. ¿Por qué no pensar en la fundación, y quizás en una axiomatización provisoria, de una esteto-técnica o una tecno-estética? Valéry le hace decir a Eupalinos: “Ahí donde el paseante no ve sino una capilla elegante, vuelvo a encontrar las proporciones exactas de aquella hija de Corinto que amé con tanta felicidad”. El futurism o de M arinetti hizo un lugar al automóvil de carrera. Y Ferdinand Léger al tractor rojo, los obreros. Y está el Centro Pom pidou. Y Le Corbusier, con su sentido del inacabamiento. Cortesía hacia el material: no 367 Fragmentosy notas se hace el revoque. Las huellas dejadas por las tablas de encofrado sobre el cem ento de la chimenea del convento dom inicano de L’Arbresle, cerca de Lyon, son visibles porque así se lo ha querido, sobre todo por la m añ ana o p o r la noche, cuando la luz es rasante. Para este m ism o convento, X én akis calculó m atem áticam ente las proporciones de los vitrales del corredor de los monjes. Le Corbusier utilizó el revoque con cemento en cada u n a de las celdas que dan a la galería. Pero no se trata de un revoque hecho con el fratacho, que tiene su entelequia en una superficie ópticam ente lisa. Se trata de un lanzamiento realizado con una pistola de cem ento, que cubre los muros con un oleaje sobre el cual puede jugar la luz. A rte y naturaleza se pueden interferir mutuam ente: en Firminy-le-Vert, cerca de Saint-Étienne, el edificio Le Corbusier fue construido sobre colum nas, lo que deja asom ar el horizonte bajo la construcción opaca, que ya no es una muralla. En Chandigarh, no sé. En la resplandeciente ciudad de M arsella, tam poco. L a Capilla de N otre-D am e-du-H aut, en Roncham p, no fue construida sobre columnas, pero el tejado en form a de ala, o de velo, ornamenta el paisaje, y a la vez es ornam entado por él: es sím bolo de la naturaleza. Si volvemos al convento dominicano de L’Arbresle, encontra­ m os en el perfilamiento de los pasillos unas T invertidas que, en el centro del techo, soportan tuberías y cableados. Lo que otros intentan esconder detrás de m aniposterías de madera o en placares para guardar escobas, en los rincones de ciertas salas con un revestimiento falso (anfiteatros de la Sorbona), Le Corbusier lo manifiesta siguiendo un impulso fanerotécnico. L a fanerotécnica ya es por sí m ism a estética: la Torre Eiffel (torre de la exposición) y el viaducto de G arabit1, sobre el río Truyére, tienen una fuerza estética innegable. En su origen, la Torre Eiífel no tenía ninguna función que justificara su erección, salvo la tic ser 1111 mirador en altura. 1 Acerca de estos dos ejemplos, alosqueGilberi.Simomlcm recurre con frecuencia, véase “La mentalidad técnica”, en este mismo voluntar “ I ,.i actitud tecnocrática no es universalizable porque consiste en reinvrnt.ii rl mundo como un campo neutro para la penetración de las máquinas; consumí m u torre metálica o un puente inmenso es sin duda realizar una labor de |>íoitrio y mostrar cómo el poder industrial puede salir de la fábrica para ganar la 11,11 m t a . pero sigue habiendo en esta actividad algo del aislamiento del inventui, m tanto que la torre o el puente no se insertan en una red que cubre la i tn n .-tttn .1 ( on sus mallas, de acuerdo con las estructuras geográficasylasposiluíitlil.«• t- u mes de esta Tierra”. 368 Reflexiones sobre La tecnoestética Pero m uy pronto fue la mejor antena emisora de Francia. Y todavía lo es, incluso cada vez más: las antenas de la televisión trepan hasta su últim o piso y la hacen todavía mayor. El viaducto de Garabit, sobre el río Truyére, es todavía m ás maravilloso, por la form a en cadena invertida de su arco principal, y por el em potra­ m iento en las rocas de los travesaños. Y también porque está en plena naturaleza. Atraviesa la naturaleza y es atravesado por ella. Y también y todavía más, quizás, por las condiciones de su construcción: primero dos semi-puentes paralelos aplicados contra las dos colinas, luego el día de la unión, si hubiera habido viento, se habría podido producir una catástro­ fe. “Pero no habrá viento”, había dicho Eiffel. Y efectivamente no hubo viento. Los dos semi-puentes giraron lenta y simultáneamente a 9 0 ° por tracción de los cables. Fueron posicionados, en sus extremos, uno contra el otro, y fueron acerrojados. Y desde ese momento el viaducto existe en su unidad, en su plena perfección. Ciertam ente es una obra de tecnoestética, perfectamente funcional y perfectamente lograda, bella, simultáneamente técnica y estética, estética porque es técnica, y técnica porque es estética. Flay una fusión intercategorial. Esta m editación orientada hacia el descubrim iento de una axiología intercategorial se puede prolongar por m edio de la contemplación y la m anipulación de las herramientas. Com parem os una pinza tipo alicate Peugeot France con una cizalla Facom del m odelo llam ado “pico de cuer­ vo” . U na y otra herramientas son rojas —pero no del m ism o rojo; tienen aproxim adam ente el m ism o tam año y las dos tienen la em puñadura ligeramente arqueada en el extremo para permitir un mejor agarre. Sin em bargo, la cizalla Facom tiene algo además de la sim ple funcionalidad. Resplandece y, cuando se la utiliza, ofrece una sensación de facilidad que no está alejada del placer sensorio-motor. Existen casos en los que la tecnoestética puede originarse en una norma, o m ás exactamente, en algo análogo a un conflicto de deberes: un ciclista tiene necesidad de tener varias llaves escalonadas de 8 a 2 0 m m aproxi­ m adamente. En razón del peso, no puede llevar 8 llaves del m odelo “de boca fija” o “plana” . Pero precisamente existe un m odelo de llave única de 8 diámetros diferentes: está hecha de dos cabezas perforadas, cada una con cuatro agujeros hexagonales; las dos cabezas están unidas por una barra rectilínea de nervaduras longitudinales que acrecientan la resistencia 369 Fragm entosy notas a la torsión. L a herramienta m ide tic- 1 0 a 12 centímetros de largo: cabe perfectamente en un morral. L o que es notable es que la existencia de dos cabezas perm ite un agarre sencillo. La cabeza que no está siendo utilizada para la tuerca se sujeta con el puño cerrado; si fuera una sim ple barra, causaría dolor: la cabeza no utilizada es com o un m ango contraído y resistente. Y el conjunto es un objeto m uy herm oso, que pesa aproxim adam ente cien gram os. Esta herram ienta responde bastante bien a las especificaciones técnicas requeridas. S i está hecha de bronce, cuando es contem plada ofrece un goce estético. Pero la tecnoestética no tiene com o categoría principal la contem plación. Es en el uso, en la acción, cuando se convierte en orgásm ica, de algún m odo, m edio táctil y m otor de estim ulación. C uando una tuerca se ajusta y afloja, sentim os un placer m otor, una cierta alegría instrum entalizada, una com unicación m ediatizada por la herram ienta con la cosa sobre la cual ella opera. C o m o cuando forjam os: a cada martillazo, sentim os el estado del m etal forjado, que se estira y deform a entre el m artillo y el yunque. Lo m ism o sucede con una plana, con un cepillo. El operador sigue la viruta que se va levantando y enrollando. La m ordida de una lim a, el agarre de una lim a dentada para m adera de ranuras bien m arcadas es una alegría para las m anos y los antebrazos, un placer de la acción. Tam bién el hacha, o la azuela, ofrecen esta alegría m uy particular de la sensación en régimen dinám ico. Es un tipo de in­ tuición perceptivo-motriz y sensorial. El cuerpo del operador recibe y da. Incluso una m áquina, com o el torno o la fresadora, hace experim entar esa sensación particular. Existe una gam a sensorial de las herram ientas de toda índole. U na herram ienta tan rara com o la lanceta de m oldurar tiene su gam a sensorial propia. Y podríam os seguir así, de m anera casi ilim itada, pasando de m anera casi continua a la sensación propia que dan los instrum entos artísticos a quien los em plea: el tacto de un piano, la vibración y la tensión de las cuerdas del arpa pellizcar-, la m ordida agria de las cuerdas de la viola de rueda sobre rl i ilindro revestido de colofano, todo esto es de un registro casi inagotable. El arte no es solo un objeto de contem plación, sino tam bién una i ierta form a de acción que es un poco com o la práctica de un d ep on e p.n.i aquel que las uti­ liza. El artista pintor siente la viscosidad de la pintui.i que mezcla en la paleta o que estira sobre la tela; esta pintura rs má% o m enos untuosa, 370 Reflexiones sobre la tecnoestética y la sensibilidad táctil vibratoria entra en juego para ese actor que es el artista particularm ente cuando el pincel (la brocha) o la espátula entra en contacto con la tela* tensa sobre el bastidor, y a la vez elástica. Para la acuarela, es otra la sensación, la de un apoyo m ás o m enos insistente del pincel que acom oda las transparencias fundiendo los tonos. Para la m úsica, se trata del peso de la sordina de un piano, la energía cinética del ju ego que dirige, en un desplazam iento horizontal, el pedal “piano” , y el otro desplazam iento de los am ortiguadores de fieltro cuyo alejam iento d eja vibrar las cuerdas y mezcla los sonidos a través de la vibración libre, lentam ente decreciente, de las cuerdas alcanzadas. L a estética no es únicamente ni primeramente la sensación del “con­ sum idor” de la obra de arte. Es también, y m ás originalmente todavía, el haz sensorial más o menso rico del artista mism o: un cierto contacto con la m ateria que está siendo manipulada. Se siente una afección estética haciendo una soldadura, hundiendo un tirafondos. L o que vincula la estética con la técnica es un espectro continuo. Un sim ple perno recubierto de cadm io presenta iridiscencias y matices que hacen pensar en los tintes de un objeto fluorado: colores com o los del cuello de las palomas, centelleos coloreados. H ay una estética contemplable en el cableado de un radar. N ingún objeto deja indiferente la necesidad es­ tética. Quizás no sea cierto que todo objeto estético tenga un valor técnico, pero todo objeto técnico tiene, bajo un cierto aspecto, un tenor estético. Tom em os el ejemplo de un automóvil e v i 2 Jaguar. L a funcionalidad no es su fuerte: este enorme m otor corresponde al transporte posible de dos personas solamente. D etrás de los asientos, hay lugar apenas para que vaya un perro. Sin dudas este hecho se corresponde, en el constructor, con una concepción estrictamente m onogám ica de la pareja, y además de una pareja sin hijos. Si la vemos a su m ism o nivel, la carrocería es au­ daz y fúncionalmente está bien perfilada hasta para tener una resistencia aerodinám ica débil. Pero la parte inferior es bastante menos satisfactoria. T iene nervaduras bastante poco aerodinámicas. El carácter descapotable del m odelo lo vuelve todavía bastante m enos funcional. Incluso cuando el techo está en su lugar y bien tenso, sigue habiendo nervaduras transver­ sales que oponen una resistencia al deslizamiento de las corrientes de aire. C uando el automóvil está desc apotado, la turbulencia del aire es todavía 371 Fragm entosy notas m ucho mayor; el parabrisas, en #*§ monn tito. < un verdadero spoiler de altas velocidades (el máximo rn tom o i / ‘.u |, m jiorhora). Este spoiler es com parable al aerofreno de lo>, a \ ion* § ! n los aviones, permite moderar la velocidad de descenso pai a almi.l o 1 ü j»í• i i íh las mejores condiciones posibles de seguridad. En nn aummoviL t imlni n nos podem os valer de la resistencia del aire para afcu.it 1*1» n al !•> L-. ruedas traseras: M atra utiliza de este m odo la parte tic .m i , . 1 , 1 automóvil, que no es horizontal, sino que está en un ángulo tic 1 0 < itl , i ni.,, m relación con la hori­ zontal. ¿El resultado se da de b iu i. m o L, mu ( on las norm as estéticas? El autom óvil M atra aparece un poi o i tuno m lucra un m onstruo; da la impresión de ser un organismo que a p e n a s ,,ile d r la fase larvaria y todavía no se hubiera desarrollado plenainciitr, qur « a i estirado al sol, com o una m ariposa que ciertamente alcanzó la l a s e imagina!, pero que todavía no secó sus alas y permanece al sol sobre una i imita de árbol. U n mutante tam bién tiene su tecnoestética. Algunos tic sus órganos son hipertélicos, otros hipotélicos y están atrofiados. Primero es dejado al margen por su grupo de pertenencia original; está en la m edida de fundar él m ism o un grupo distinto del grupo de origen y de los otros grupos adyacentes. Ciertos objetos estéticos convocan el análisis técnico. L a G iocon da provocó pasiones y en general ha suscitado entusiasmo. Quizás sea porque esta pintura es plural en su fondo: existe com o una sobreimpresión en relación consigo m ism a, un poco com o un resumen exhaustivo en las ciencias denominadas exactas. En esa m ism a y única tela hay un comienzo de sonrisa y un final de sonrisa, pero no la sonrisa abierta, la entelequia de la sonrisa. Se pintan y revelan solo los dos términos extremos de la sonrisa. Pero la cadena com pleta de la sonrisa es aportada por quien la contem ­ pla y la constituye en su interioridad propia e individual o personal. L a sonrisa incoativa y la sonrisa que term ina por volver a la m áscara seria del rostro son los términos extremos de este espesor tem poral: la sonrisa se va a desplegar, y sin em bargo tam bién la sonrisa ya va a desaparecer. Solo existen y son materializadas las balizas del instante de despliegue, de la plena realización. N o obstante, la entelequia no está representada. ¿N o habría en esta única imagen dos técnicas superpuestas, com o en los palim psestos, y dos m ensajes a decodificar para inferir el mensajefuente, el m ensaje maestro, que está ausente? Es la realidad original la que permanece m uda, no presente, pero pasada y por venir de manera 372 Reflexiones sobre la tecnoestética casi inm ediata, y sin em bargo misteriosa. Lo que es central es el misterio m ism o de lo no representado. E n otro sentido m ás primitivo, m ás com pletam ente corporal, la tec­ noestética interviene en el condicionam iento (en el sentido comercial del térm ino) de los artículos y objetos en general. Existe en la India, en Mysore, un Food Research Institute. Este orga­ nism o se esforzó por encontrar la fórm ula de una basic food que pudiera ser producida de m odo barato, en grandes cantidades, y que fuera luego transportable rápidamente, en un volumen reducido, hasta los diversos lugares en donde hubiera hambrunas. La fórm ula se puso a punto; des­ cansa esencialmente en la harina de soja. Pero la estética de base inter­ viene desde el m om ento en que nos planteam os la pregunta por el m ejor condicionam iento, la m ejor presentación posible de la basic food, a fin de que pueda ser aceptada sin dificultad por las distintas poblaciones y las diferentes costumbres alimentarias. En la India hay poblaciones que consum en trigo y otras arroz... Estas poblaciones aceptan la basic food a condición de que aparezca bajo los aspectos perceptibles adm itidos por la cultura local y provoque ciertamente la aío&qotg de base. C om o respuesta a esta exigencia perceptiva, el Instituto condiciona la basicfood dándole la form a de granos de trigo, o la forma de granos de arroz, etcétera. Un industrial francés que viajaba a la India vio un cam ión belga que estaba distribuyendo arroz. L a ham bruna era ciertamente real. Sin em ­ bargo, pocos habitantes se volvían con una ración de arroz. El industrial se acercó al cam ión y preguntó: “¿a cuánto la venden?” . Y el belga le respondió: “la estoy regalando” . L a razón de la falta de éxito era que el cam ión estaba en una región en la cual el alimento de base era el trigo. L a aíaSqcng, la intuición perceptiva fundamental, forma parte de una cultura. A ctúa com o un preselector que discierne lo aceptable de lo inaceptable, y determ ina la acción que acepta o rechaza. Porque ya fue explorado, o esi á ci i vías de exploración, no vamos a insistir en la fuerza y la importancia del i mulicionamiento de un producto, es decir, de su embalaje, de su prescm.n ión. Pero hay que señalar, como un ejemplo de la tecnoestética, el valor dr la j>ir ,curación, por ejemplo de los tejidos o las vestimentas, con ese instnim rino técnico tan curioso y polimorfo com o es un maniquí. El arte d d vit lt te11 mj i misiste en saber valerse de este esbozo 373 Fragm entosy notas de ser hum ano artificial que es el maniquí para arrebujar la tela, cortando la menor cantidad posible. Se traía a la vez de una técnica y de un arte. En este desarrollo puram ente zetérico, hemos descuidado —porque es m enos reciente- la estética industrial. Ahí, incluso, la funcionalidad no es la única norma. Aunque tenemos que profundizar. La estética industrial puede primero ser la de los objetos producidos. Pero no todo es objeto. L a electricidad n o es un objeto. Solam ente es detectable y m anipulable a través de obje­ tos, y eventualmente, primero, a través de los m edios naturales: el rayo pasa y se ramifica a través de corrientes de aire que han sido previamente ionizadas. Existe un tiem po de preparación del relámpago antes de la descarga fulm inante. Esta ionización se puede escuchar con una antena, porque está sembrada de mínimas descargas y de comienzos previos. El rayo propiamente fulgurante no es sino una conclusión brutal, de alta energía, una conclusión de la melodía plural de las descargas preparatorias. El relámpago final sigue cam inos que ya han sido desbrozados. Y esta m elodía progresivamente am pliada traza senderos de resistencia débil que se captarán unos a otros en el m om ento del golpe final. Q uizás la estética de la naturaleza solo se pueda percibir mediante un objeto técnico (aquí, un receptor aperiódico) cuando se trata de detectar fenómenos sutiles que escapan a la percepción inerme, y sin em bargo determinantes. La electricidad no es un objeto, pero puede convertirse en una fuente de aía3r|ai(¡ cuando está mediatizada por un instrum ento adecuado y llega así a los órganos de los sentidos. Lo m ism o sucedería con un galvanómetro y un osciloscopio, que son am bos mediadores. La escucha de la melodía secuencia! se hace posible gracias a un objeto técnico industrial que ha sido parcialm ente desviado de su función, porque alrededor de cada producto existe un margen de libertad que permite que sea utilizado con fines-no previstos. A la inversa, la sensibilidad estética puede ser usada para poner a punto una máquina. Para igualar, equilibrar la tensión de las partes elásticas de una catapulta, los rom anos de la Antigüedad la hacían vibrar com o las cuerdas de un arpa hasta obtener el unísono. Pero la verdadera estética industrial es antes qur nada la de los lugares de producción y de emisión. Tom em os el cjrtnplo de la planicie de ViIlebon, al sudoeste de París. 374 Reflexiona sobre la tecnoestética L a planicie de Villebon está constituida, estructurada, en su extremo este, por un cam po de antenas emisoras. L a más alta es la de FranceCulture. Se redujo su altura de 80 a 40 metros en razón de qu e pasaban los aviones que iban a aterrizar en Orly. Pero conserva una cierta m ajes­ tad. Encontram os tam bién la antena emisora de París IV-Villebon, que servía para transmitir Radio-Sorbonne. Y bastantes más. Este cam po de antenas es evidentemente cada antena en ella m ism a y para ella m ism a, antes que nada. Está form ado por pilones generalmente tensados varias veces, con tirantes que han sido escindidos en varios segmentos por m edio de aislantes para dism inuir los fenómenos de resonancia que absorberían una parte de la radiación. Y la estructura pilón-tirante es m u y notable, especialmente porque no se encuentra en la naturaleza. Es completamente artificial, salvo quizás si pensam os en la “higuera de las pagodas”, que se apoya y sustenta en varios puntos en el suelo gracias a las raíces que las ramas tiran hacia abajo, hacia el suelo, donde se hunden, lo cual les perm iten sostener las ramas. Antes de llegar a la tecnoestética de un conjunto, hay que considerar la de un individuo, por ejemplo, la de un motor. El m otor de un 2 c v de fábrica representa una realidad que no carece de analogía con el de un Jaguar. El m otor del 2 c v es el de un automóvil de grado cero, donde todo es sim ple y accesible, dado que se retira el carenado que lleva el aire de enfriamiento a los cilindros. Este m otor posee incluso un radiadorrefrigerador de aceite, con dos tuberías que suben hasta la tapa de cilindros [superculasse] , a fin de enfriar los balancines. E l m otor del Jaguar, por el contrario, es extremadamente alargado; se extiende debajo de un capot m uy bajo, a tal punto que la reserva de agua del circuito de enfriamiento no está en la parte superior del ventilador para no tener que llevarlo m ás arriba, lo que complicaría la forma m uy perfilada del capot, que además vuelve a bajar en la parte delantera. Y ese am plio radiador se vue lve más eficaz todavía por la presencia de dos ventiladores eléctricos, que comienzan a andar ni bien se gira la llave de contacto. Las correas arrasi i .u Lis por el cigüeñal habrían sido excesivamente largas y molestas. El as|>r< in in noestético del m otor se ve particularmente subrayado por iaform .i >l< !"•• tirs órganos: primero las tom as de aire y los filtros de aire, paralelos .il • uuino y que flanquean al m otor con dos largos 375 Fragm entosy notas tubos brillantes; luego, los cu,un> milnu§il«>irs < nyas tapas tienen form a de dom o, y que dom inan el bluqijf <lrl m i Finalmente, el enorme distribuidor a partir del cual se ilrq.Iirp.Hi In . doce cables que van hasta las bujías de encendido. Si nos ocupam os de un motor, no r>, porque sea lo único que posee un cierto nivel de individuación, sino porque, m relación consigo m ism o, es consistente y coherente; desde ese punto de vi.sia, el automóvil entero sería una especie de com puesto -en In m.iyoi parte de las condiciones patológicas—(un accidente puede deformar l.i <arrocería sin que el m otor sufra de ningún m odo, y el m otor también puede dejar de funcionar sin que la carrocería se vea afectada). E l m otor del Jaguar representa el grado m ás elevado en la actualidad entre los motores a nafta de los automóviles equipados para andar sobre una ruta. La tecnoestética se puede presentar a la m anera de una estructura piram idal. El com ponente ya tiene sus norm as propias. Lo com puesto también, y eso por no hablar de verdadero individuo porque, ¿dónde está el lím ite entre el componente, ya parcialmente com puesto, com o un term ocontacto, y el conjunto de los conjuntos? E s una cuestión no de sim ple denom inación sino de punto de vista y de uso. La batería de un autom óvil es un com ponente, pero en sí m ism a está com puesta (placas, electrolito, aislantes, bornes, tapones para la liberación del hidrógeno po r electrólisis). Un conjunto puede ser más bien una m uchedumbre que una sociedad. Fiemos hablado del campo de las antenas emisoras de Villebon; aquí, cada antena es independiente del resto. Solo los edificios que contienen las emisoras crean un vínculo entre dichas antenas, porque un edificio puede contener varias emisoras que “descargan” sobre antenas separadas. Entre ellas, las antenas son más bien compatibles que asociadas. Se trate de com patibi­ lidad o de asociación verdadera (como en el caso de las antenas directoras), el paisaje tecnicizado adquiere también una significación de objeto de arte. Un agrupamiento de antenas emisoras es una especie de conjunto, como un bosque de metal, y hace pensar un poco en los aparejos de un navio a vela. El agrupamiento tiene un intenso poder semático. Esos cables, esos pilones irradian en el espacio, y cada hoja de árbol, cada brizna de hierba, a cientos de kilómetros, recibe una fracción infinitesimal de dicha irradiación. Reflexiones sobre la tecnoestética La antena está inmóvil, y sin embargo irradia. Es, según el término inglés, “an aerial’, un punto aéreo. Y de hecho, la antena juega con el cielo sobre el cual se recorta. Es una estructura que se recorta sobre las nubes o sobre el fondo más claro. Form a parte de un cierto espacio aéreo que disputa a veces a los aviones, com o lo demuestra el ejemplo de France-Culture. Incluso en un automóvil, la antena, sobre todo si es una antena emisora, da testimonio de la existencia de un m undo energético y no material. Para volver a la planicie de Villebon, que se prolonga del lado de U lis (región de Courtaboeuf), encontramos dos extraordinarias torres de agua en form a de corola, coronadas por un habitáculo vertical estrecho. Su color claro, la fineza de su soporte hace que el día naciente las acaricie con sus rayos destacando su relieve circular. La estética de la torre de agua ha sido desde hace largo tiempo un problem a para los arquitectos. Para ser funcional, es preciso que la torre de agua sea m ás alta que aquello a lo cual abastece. En consecuencia, dom ina todo aquello a lo que debe proveer, y debe estar situada en un lugar alto, lo cual la hace visible desde todos lados. Se puede intentar resolver el problema que plantea la efracción de la torre en un lugar m aquillándola, cam uflándola por medio de adjunciones inesenciales. Esto se hizo en Culhan. Un antiguo castillo, ubicado cerca de uno de los puentes, está flanqueado de torres circulares de techo puntia­ gudo cubierto por tejas rosas. La torre de agua, que no se puede dejar de ver cuando se contem pla el castillo desde el puente, fue hecha a imagen y semejanza de las torres del castillo: también está cubierta de un techo puntiagudo que tiene tejas envejecidas. Pero se puede ver con claridad que es una torre de agua de construcción bastante reciente que se quiere hacer pasar por un antiguo resto del castillo. Esta mentira materializada no agrega verdaderamente nada al encanto del lugar. M anifiesta solamente hasta dónde se puede llegar en el camino del mimetismo arquitectónico. En la planicie de Villebon, que se prolonga en la zona industrial de Courtaboeuf, no hay nada que se pretenda imitar desde un m odelo arqui­ tectónico antiguo. Las rutas son nuevas y están perfectamente asfaltadas. Q uedaron algunas antiguas granjas en la periferia. Sus m uros en piedra y sus pórticos abovedados contrastan con las instalaciones industriales y comerciales del centro de la zona. L a alegría que sentimos cuando cir­ culam os entre las nuevas construcciones es a la vez técnica y estética. El 377 Fragmentos y notas sentim iento tecnoestéiii o j »41 • • * «* ■ una • air|>oría más primitiva que el sentim iento estético solo, <> <1 ,1 =¡ ........ ir, ni. o i onsiderado bajo el ángulo de la funcionalidad únicaronitr, <|u> . rn»| mbrecedor. D esde hace ya largo tienipi >. i i n u man. ía ilr construir las casas dejaba aparecer simultáneamente los m,u. iu l. . y la rsiiuctura. Es el tipo de casa de estructura de madera a la v n a (pm rjrinplo, la plaza Plumereau, en Tours). Las maderas están agí tip.h I r, l<u matulo cuadrados y rombos. Entre las maderas, la manipostería está si ram illa inri liante piedras y la argamasa que une a los ladrillos entre sí. Los .intuios son de madera, y a veces están cubiertos de tejas clavadas para eviiai los rícelos de la lluvia y el rocío. El conjunto forma un bloque relativamente hrm eque, aun si sus basamentos son insuficientes, se inclina sin disociarse ni romperse. Sin embargo, si exceptuam os las maderas, que están talladas con gran precisión según la dirección de las fibras, los materiales en sí m ism os no son de m uy alta calidad. Si raspam os un ladrillo con las uñas, se deshace en capas de fino polvo, probablem ente por la falta de una tem peratura lo bastante elevada en la cocción. En un ladrillo del siglo xix, lo que se rom pería serían las uñas: la época del carbón m odificó la calidad de los materiales. H ay que agregar que las casas tienen medianeras, lo cual contribuye a estabilizarlas po r el apoyo m utuo que se aportan. N ingún revoque vela la estructura del entram ado. L a técnica aparece geométricamente como un entrecruzamiento de fuerzas. SUPLEMENTO 1 SOBRE LA TECNOESTÉTICA L a tecnoestética no es solamente la estética de los objetos técnicos. Es la estética, en igual profundidad, de los gestos y conductas realizados. Se puede correr bien o caminar bien, o correr mal, cam inar mal, incluso sin que haya ningún defecto “de la m áquina” . L os diferentes órganos visibles del cuerpo hum ano pueden cumplir, de una persona a la otra, su función en el seno del organismo entero con total perfección, al m ism o 378 Reflexiones sobre la tecnoestética tiem po que son de formas diferentes. L a funcionalidad se salva a través de m ediaciones que pueden ser diferentes. Pero dichas mediaciones no son indiferentes cuando se trata de aquello que podríam os denominar una finalidad sin término, un más-que-fin, perceptible según los sentidos externos o según los internos. L a idea de finalidad no agota el conjunto de las motivaciones del crea­ dor, incluso si las reúne en una unidad, y requiere para ser totalmente désencriptada del empleo simultáneo o sucesivo de varios filtros. U na obra puede ser esto según tal índice de decodificación y aquello según otros índices. Y la obra lleva en ella m ism a esta pluralidad de índices, los im pone al sujeto que percibe. L a belleza de u n a herram ienta está m uy lejos de ser únicam ente funcional. El objeto es una manifestación, una epifanía. ¿Pero puede el objeto m anifestar su excelencia, llegar a la evie^é^eia si nos contentam os con contemplarlo? Q uizás sea dem asiado simple todavía decir que la excelencia de un objeto, de un anim al, de un ser hum ano, reside en su consumación, en su perfección. La ápexTj del caballo es correr. Sí, pero un caballo de carreras corre m ejor y más velozmente que un percherón. Sin embargo, también existe una belleza y una ápexri y una bjizkkjzm del percherón, ser macizo de pecho am plio que puede tirar de una carga pesada, o de un arado con varias rejas. El caballo de carreras es bello cuando corre, cuando franquea un obstáculo, una cerca. El percherón es bello cuando desbroza, con un arado profundo, un terreno ingrato. Las entelequias de am bos seres son diferentes, quizás opuestas, pero existen tanto una com o la otra. ¿Puede existir una entelequia del “viejo m atungo” \la jum ent de retour] ese ser tan desclasado que la expresión que lo designa puede ser usada com o una injuria2? Sí, sin duda, de la m ism a manera que puede haber ancianos hermosos. La expresión la jument de retour, “yegua vieja”, es un término que no solo alude al caballo o la ycgu.i envejecidos y en mal estado (lo que traducimos por “matungo”), sino que i.miliién se emplea despectivamente para referirse a los delincuentes reincidrntf. <> bien que se han fugado varias veces y han sido recapturados. [N. de los 1 ¡ 2 379 Fragmentosy notas s i iim i MI N 1 0 2 Puede existir una tecnoestéi ii a de l ol>jcto en m ovim iento, m ientras esta trabajando, com o un tractor que se da vuelta y se desarma. N o todo| está hecho para ser percibido en un punto fijo, de alguna m anera en un punto muerto. El Centro G eorgcs Pom pidou fue construido para «pie lo s visitantes pasen y no se sienten. En alguna m edida, este centro es ¿I, m ism o un objeto técnico, una cierta m áquina en el interior de la cual operan otras m áquinas. El espectador se ve tratado así com o si fu eu u n a m ateria prim a bien controlada a la que se hace atravesar una nú qu in a de producción. L a tecnología estética puede adm itir y conservar el orden del azar. H ay una esteto-técnica com o los móviles de Calder: la técnica es 1(J sirvienta que produce una revolución o un respiro. Esto se puede aplit ai a la visión del ser hum ano que no es absolutamente superponible al objci <i técnico, pero que sin embargo tiene una form a que posee ciertos efectoj en un régimen dinámico. El aire que sale de una rejilla en el suelo puedtl levantar una enorme falda liviana y hacer flotar la melena; los cabello! tensos y peinados o despeinados por el viento, que también la natación hace flotantes, y que están fluvialmente abiertos por la fuerza del agua, y que se expanden en una corola al ras del agua cuando el bañista o la bañista se detienen, todo esto es un sím bolo que se vuelve bello poi U dialéctica de los movimientos y de las pausas que reúnen en una unidad, o que despliegan en forma radial la cosa infinitamente ligera que es lint cabellera, sobre todo cuando está mojada. SU PLEM EN TO 3 U n a cierta especie de percepción, ya m ás activa que la visión c o n te n í* plativa del objeto tecno-estético o que la audición inm ovilizada de ll sinfonía, es aquella en la cual el cuerpo, en lugar de estar in m o v iliz ad * para contemplar o escuchar reteniendo el aliento, es integrado al cuerpo 380 Reflexiones sobre la tecnoestética i cndino-muscular, al cuerpo actitudinal, a través de una postura particu­ lar cam biante, solicitada p o r el m ovim iento, a veces iterativo, e incluso i íclico, de las señales3. SU P LEM EN T O 4 ( )tra imagen 4 es la de un corcel negro de carrera, aveces captado en cámara lenta (grabado probablemente a 64 imágenes por segundo), cuando corre rn el agua, levantando chorros de agua a uno y otro lado, oblicuamente, i poco m enos de su altura, y trazando una curva com o si fuera un chorro de agua —la parábola ideal se manifiesta m ejor en cám ara lenta—. Y esto ocurre porque los hilos de agua que brotan sucesivamente no siguen exactamente la m ism a trayectoria, y porque en el transcurrir normal del i icmpo los hilos de agua no pueden ser percibidos individualmente: las ayectorias sucesivas se entremezclan unas con las otras en la percepción normal, mientras que la cámara lenta recorta ese embrollo perm itiendo 11 i cada gota que brota dar individualmente la sensación particular de parábola recorrida m uy lentamente. La cám ara lenta opera ese decapado individualizante y que de alguna manera da personalidad estética a cada uno de los chorros, reemplazándose uno por el siguiente y acumulándose con él según el principio de la su m a homogénea de los stimuli. Así es com o se puede formar la aío9r|aic; en un régimen de percep<ión prolongado o incluso de larga duración5. Y las artes sirven antes * Sigue aquí la descripción inconclusa de la experiencia perceptiva de aquel que le mantiene parado sobre una trilladora (N. de E.). ‘ Aquí se trata de una imagen televisiva (N. de E.). 5 Un el estudio de Simondon “La perception de longue durée”, publicado en el fmmaldepsychologie nórmale etpathologique (1969-1970), las largas duraciones son “aquellas que permiten mantener la actividad perceptiva sobre un stimulus ilr.spués de que ha sido completamente identificado y detectado”, sea durante ' jrios minutos o varias horas, y hacen aparecer entonces “una evolución lenta de 381 Fragmentosy notas que nada para horadar la aícj!>i)oii, , L> fusibilidad elemental extendida, desarrollada, difractada, com o 1 1 In,- ( dihactada por un prism a o una red. E s probable que todas las ai i r - , miIh ii f-ii una percepción prolongada. Ciertam ente no hay artes en el instante y artes en el tiempo. L a pintura y la escultura y la fundición del brom e deben abrir paso a una verdadera contem plación que es la condición absolutam ente prim eray sine qua non de la satisfacción de la necesidad estética y, al m ism o tiem po, o incluso tal vez antes, del deseo estético. la percepción”, que pasa de una fase geométrica o simbólica a una fase mecánica, y finalmente a una fase orgánica (p. 398). Mientras que la corta duración se adapta a la percepción de un stimulus como signo o como símbolo (aprendido y, por lo tanto disponible para una captura casi instantánea), la larga duración (como en la observación) corresponde a los procesos que, en la relación perceptivo-motriz entre el ser vivo y su medio, son “aptos para la detección y la identificación de lo viviente”, son más primarios, más universales, “menos institucionales y menos culturales o convencionales”. La observación “encierra una génesis gracias a la cual el ser vivo que observa extrae la actividad, las líneas de organización, los movimientos y las tendencias de los elementos y de los otros seres vivos que lo rodean” (N. de E.). 382 IV EN TREV ISTA S \ ■ i '*' 4i ' ■ . E N T R E V IST A SO B R E LA T E C N O L O G ÍA C O N YVES D EFO R G E (1965) Este texto es la transcripción de una entrevista filmada y realizada por el Instituto Pedagógico Nacional. En 1965, JacquesJaban filmó diez entrevistas en torno de la idea de tecnología;fueron hechas por Yves Deforge dentro de la serie “Informaciones de losprofesores”(sic), destinadas a profesores que enseñaran tecnología en Terceroy Cuarto ciclo. Entre otros entrevistados, mencionamos especialmente a André Leroi-Gourhan, Jan Sebestik, Louis Leprince-Ringuet, Louis Bastían. La transcripción, “Lepointsur la Technologie”, publicada por el CNDP (Centre national de documentation pédagogique), fue completada a partir delfilm. yves d efo rg e — Estim ado profesor, usted ha escrito un libro titulado E l modo de existencia de los objetos técnicos, y en ese libro usted habla de la tecnología. ¿N os puede decir si su definición de la tecnología corres­ ponde con la que ofrecen los etnólogos? ¿O más bien con la que ofrecen los técnicos? iu lber t sim o n d o n —Para hablar con propiedad, la obra no busca dar una definición de la tecnología. Q uería presentar una categoría de realidades: la del objeto técnico. Pero es cierto que las definiciones que presentan los diferentes especialistas m encionados por usted son muy buenas. Sim ­ plemente se podría agregar, sin duda, una nueva dimensión: se podría presentar a la tecnología com o aquello que involucra también un aspecto normativo, un aspecto de integración a la cultura, un aspecto, en sum a, bastante cercano al de la estética, y quizás al de la m oral1. La versión filmada de esta respuesta es un poco diferente: “Concedo a este término el mismo sentido que el que fuera dado por los especialistas que ya 1 \ 385 Entrevistas - En este libro usted I.uwú u n * nqur-.ión que, desde entonces, se difundió am pliamente: la <lc ..1 .j. i.. i . . un i». ¿Nos podría dar el sentido y d de dicha expresión y sobre todo m i - Imni. . GS —En un comienzo fui sensible -i u n . i especie de injusticia de la cual nuestra civilización se hizo culpable ie,pecio de las realidades técnicas, H ablam os de objetos estéticos, hablamos de objetos sagrados, pero ¿no hay acaso objetos técnicos? Quise mili/.u la m ism a expresión porque me pareció que esta simetría podría ll.im.u la atención sobre una laguna. SI dejamos de lado el aspecto inicial, que es más bien una motivación que una razón, creo que se podría decir que el “objeto técnico” se debe entender en dos sentidos: es objeto aquello que es relativamente separable, com o este micrófono, como una pieza que uno verdaderamente puede llevar consigo, lo que supone que sea de dimensiones manipulables y correspondiente con las fuerzas del cuerpo hum ano; y por otra parte, es objeto también aquello que, en la historia, puede ser perdido, abandonado, vuelto a encontrar, en suma, aquello que tiene una cierta autonomía, un destino individual. Cuando la industria produce objetos, cuando los lanza al m ercado, se desinteresa luego por ellos y tienen una existencia totalmente personal. En sum a, son com o organismos aunque no estén vivos. E sta es la razón por la cual se puede hablar de objetos. y d —H oy en día, el término “técnico” , agregado a “objeto”, ¿no da por sobreentendido que usted se interesa m uy particularmente por los frutos de la técnica moderna, mientras que los etnólogos, por su parte, se intere­ sarían más por objetos que se detienen en un cierto período en el tiempo? han hablado aquí, pero pienso que se podría agregar también una dimensión de porvenir. Esta dimensión de porvenir sería en primer lugar la referencia a normas, a lo que podemos denominar valores, una especie de moral de uso y de comprensión de la realidad técnica; por otra parte, quizás también esta dimensión corresponda a la aceptación de la imaginación del porvenir a través del desarrollo de las técnicas, un poco lo que hicieron autores como Julio Verne, o Méliés en los orígenes del cine. Esto es muy adecuado para estimular la imaginación de los adolescentes y, por otra parte, quizás sea una de las fuerzas a través de las cuales la humanidad construye su futuro”. Véase la cuestión de la mecanología en la siguiente entrevista (N. de E.). Entrevista sobre la tecnología con Yves Deforge e s — Sí, con seguridad, pero con la idea, sin embargo, de que hay algo intem poral en la tecnicidad. En sum a, es una perspectiva filosófica, una perspectiva que quisiera presentar el trabajo contemporáneo de invención o el gesto de utilización de un objeto técnico com o si fuera algo que emerge a la superficie del presente, pero con un pasado m uy largo. Y quisiera decir que la com prensión de ese largo pasado es aquello que da u n a realidad, una autenticidad al uso o a la producción de un objeto técnico. y d — Le quisiera plantear otra pregunta, Señor Profesor, y es sobre la distinción que se puede hacer entre objetos técnicos abiertos y objetos técnicos cerrados. —Sí, y es m uy im portante. Quizás ese sea, de hecho, el punto central de lo que podríam os denominar la cruzada por la salvación de las técnicas; g s es a través de lo cual llegaríamos a darles una dimensión de cultura, y a presentar su paralelismo en relación, por ejemplo, con los objetos estéticos. C uando un objeto es cerrado, significa que es una cosa, pero una cosa que es com pletam ente nueva y completam ente válida en el m om ento en que sale de la fábrica, y luego, después, entra en una suerte d e período de envejecimiento, se desclasa, se degrada, incluso si no se usa. Se degrada porque ha perdido, a causa de su cerrazón, el contacto con la realidad contem poránea, la actualidad que la ha producido. M uy por el contrario, si el objeto es abierto, es decir, si el gesto del usuario, por una parte, puede ser un gesto inteligente, bien adaptado, co­ nocedor de las estructuras internas, si por otra parte quien lo repara —que adem ás puede ser el u su ario- puede mantener perpetuamente nuevas las piezas que se van gastando, entonces no hay fecha, no hay envejecimiento. Sobre una base que es de perennidad, o al m enos de gran solidez, se pue­ den instalar piezas que deberán ser reemplazadas, pero que, en todo caso, dejan intacto el esquema fundamental y que incluso permiten mejorarlo; porque ciertamente se puedr prnsnr que en un m om ento o en otro, si encontramos una herramici n ,i«Ir ( oí te mejor para una m áquina destinada a u n trabajo que implique alf/in i arte, esa herramienta podrá ser montada, a condición de que tenga l.r. mu m a s necesarias, sobre aquella base, y que de ese m odo la m áquina j ' t. . ¡ i . -.t- .m i el desarrollo de las técnicas. E s lo que denom ino objeto .íbtniu 387 Entrevistas yd — [Podría usted darnos entonces algunas indicaciones pedagógicas, puesto que la finalidad de esta emisión es dirigirse a educadores que van a enseñar tecnología en Cuarto o en Tereem?| ¿Nos puede decir qué puede aportar el objeto técnico abierto a los niños, o bien qué puede aportar el conocim iento de esos objetos? gs —Primero, puede aportarles el respeto por el trabajo de otro, en el sentido de que un objeto abierto manifiesta la condensación de los gestos pro­ ductores. Puede aportarles también un conocimiento de las épocaspasadas, que es un conocim iento como en el presente, porque se puede encontrar en una m áquina, en una herramienta, la huella de la invención. Y esto permite luchar contra un prejuicio que viene de un cierto giro de nuestra civilización, y que quizás esté vinculado con la aceptación del derroche, un prejuicio que tiende a hacer considerar a nuestros ancestros com o menos inteligentes que nosotros, m enos creadores, lo cual no es cierto, o en todo caso no es cierto en todos los campos. Es la razón por la cual un objeto abierto es antes que nada un objeto que se presenta com o plenamente real, que no se disimula. Por otra parte, este objeto es verdadero. Es verdadero en el sentido de que rechaza la sobrecarga del lujo, del atavío, que son inesenciales en relación con él. Se recorta en sus líneas puras, presenta su estilo com o si fuera algo muy cercano de aquello que los filósofos denominarían el ser, y rechaza el parecer. Entonces es una lección de realidad, una lección de veracidad, y por otra parte una lección de respeto inteligentepor elpasado (digo inteligente porque el respeto que no sería inteligente es el que tendería a ver en el pasado algo globalmente sagrado, globalmente admirable, incluso en aquello que no lo es). Entonces, sin duda el objeto, m ediante su abertura, permite, si se puede decir así, echar un vistazo de inspección dentro de la actividad de aquellos que nos han precedido. Es al menos una dim ensión cultural que se podría introducir en la tecnología. yd — ¿Ve usted otras finalidades en el estudio del objeto técnico en las clases de Cuarto y de Tercero? GS —Naturalmente veo otras que serían estrictamente pedagógicas. Y m u ­ chos otros las han presentado antes que yo: desarrollo de la inteligencia, 388 Entrevista sobre la tecnología con Yves Dejbrge form ación del sentido del esfuerzo, capacidad de trabajar p o r sí m ism o y de controlar el resultado del propio trabajo a través del éxito directo que se obtiene. Y hay una sobre la cual no se ha insistido m ucho; quizás po­ dríam os pensar en ella, a pesar de todo. C uando uno conoce una realidad en sus líneas esenciales e internas, creo que se adquiere, en relación con esa realidad, una especie de familiaridad, pero una fam iliaridad que hace que tengam os casi un lazo de am istad con esa concretización del trabajo, con esta realidad que no es un organism o pero que es casi el equivalente de un organism o. En estas condiciones, el objeto realmente conocido, auténticam ente pensado, no puede ser ya ocasión de una suerte de vio­ lencia, de alteración. M e parece que penetrar realmente la significación de un objeto técnico excluye que se pueda hacer de él un instrum ento de desenfreno de velocidad, o de violencia respecto de otro, o de prestigio social. Son las diferentes libídines excellendi, y así sucesivamente, las que fueron presentadas por los moralistas, en sum a, com o aquello que puede provenir de la posesión de riquezas. N o es necesario que el objeto técnico se convierta en una riqueza, en alguna m edida, sino que siga siendo un instrum ento y casi un am igo en nuestra relación con el m undo. 389 EN T R EV IST A SO B R E LA M ECA N O LO G ÍA : G IL B E R T S IM O N D O N Y JE A N LE M O Y N E (1968) Esta entrevista, con Jean Le Moyne1 tuvo lugar en agosto de 1968 en Tence (Alto Loira), en la casa fam iliar de Gilbert Simondon. Fue filmada para la televisión canadiense por Jacques Parent ( “l fri/i entrevista sobre la mecanología”, Gilbert Simondon, Jean LeMoyne). Ofrecemos aquí la versión completa, revisada a partir del film, de la transcripción de la entrevista que había sido establecida por ¡ntn Le Moyne y revisada a su vez por Gilbert Simondon (que Ir agregó algunas notas y esquemas), así como un complemento aten a de L rueda redactado en una carta posterior (Jacques Parent y ]ran I e Moynepreparaban un film sobre la rueda). El título de la entrevista no pertenece a Gilbert Simondon, quien no usa sino de modo muy excepcional el término “mecanología” en El modo de existencia de los objetos técnicos: una vez como equivalente de “tecnología general” (ciencia, a fundarse, de las correlacionesy las transformaciones a partir de las compatibilidades consumadas en los esquemas de funcionamiento de los objetos técnicos concretizados);y una segunda vez como equivalente de una parte de la tecnología general (la mecanología estudiaría más bien a los individuos técnicos completos; la organologia estudiaría los objetos técnicos en el niveldel elemento). En esta entrevista, el término “mecanología”, elegidoporJean Le Moyne, debe ser comprendido según el uso que hacen de él los investigadores quebequenses que, a l definir la mecanología como “el estudio comparativo de las máquinas”, según Laffitte (“Etude systematique des machines”, 1932), integran en ella los “beneficios marginales”, es decir, “la penetración de los gravesproblemas actuales creadospor las innovaciones tecnológicas”, buscando “un nuevo sistema de referencia en lasperspectivas de la relación entre el hombrey la máquina” (véase la nota de presentación del Coloquio sobre mecanología organizado en marzo de 1971 por el Centro Cultural Canadiense de París, en la 1 En esa época, director en el National Film Boardde Canadá (N. de I1'..). Entrevistas calle Constantine). Ahora bien, cuando Jean Le Moyne le pregunta si él se inscribe en una corriente “mecanológica”, Gilbert Simondon toma la palabra primero en el sentido de la sensiblidadpoética en la existencia de las técnicasy las máquinas en la naturaleza (la industria más perfecta en la naturaleza más natural), como sucede en Julio Verne, antes de abordar, sin detenerse allí, la parte que compete a "los filósofos, técnicos o especialistas de la mecanologíapropiamente dicha”. Véase incluso, a propósito de este tema, la respuesta que da a laprimera pregunta sobre la noción de tecnología, en la entrevista precedente. La publicación del texto de esta entrevista2 hace necesarias algunas aclaraciones. Gilbert Simondon está obligado a atender a la pregunta planteada, sin rectificar, llegado el caso, los elementos de doctrina o los términos que le ofrece Jean Le Moyne. Conviene entonces ser prudentes ante algunas respuestas: es un ejemploperfecto especialmente la primera, que evoca “azares universitarios” para sus propias investigaciones. Del mismo modo, en otra entrevista con Jacques Charbonnier en France-Culture, se le sugiere que él no conoció a un autor como Laffitte sino algunas semanas antes de la entrevista, cosa que él no rectifica... mientras que ya lo había mencionado varios años antes en uno de sus cursos. je a n l e m o y n e - Señor Sim ondon, he tenido ya la ocasión de comentarle el im pacto extraordinario que tuvo E l modo de existencia, de los objetos técnicos sobre todos aquellos a quienes ha llegado. A nuestra adm iración se mezcla un cierto asom bro, sin embargo. N os preguntábam os frecuen­ temente cóm o un pensamiento con un eje tan firme com o el suyo sobre el problem a de la individuación pudo llegar hasta la mecanología, a estudiar el objeto técnico com o tal. g ilb e r t sim o n d o n —E n tien do... D e hecho, no podría decirlo, siempre hay azares universitarios. Sin embargo, me parece que existe una relación real en el sentido de que un objeto técnico existe y se constituye prim ero Lo publicamos con la autorización de Jean Le Moyne. El texto fue dejado en el fondo Jean Le Moyne, Archivos Nacionales de Canadá, en Ottawa, M G30, D358. Este texto fue publicado en marzo de 2009 en la Revue de Synthése, vol 130, 1 (N. deE.). 2 392 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne com o u n a unidad, una unidad sólida, un intermediario entre el m undo y el hom bre, un intermediario quizás entre otros dos objetos técnicos, y que la prim era fase de su desarrollo es antes que nada una fase de constitución de la unidad, una fase de constitución de la solidez. Tom em os una herramienta: ¿qué constituye lo esencial de una herra­ mienta? Q ue es una relación, un intermediario entre el cuerpo del operador y las cosas sobre las cuales actúa, pero también lo esencial es que, para ser una buena herramienta, no se le debe salir el mango, debe estar bien constituida. Entonces, según las diferentes culturas, encontramos, por ejem plo, un m ango en form a de círculo, un m ango cilindrico encastra do , un m ango hecho con juncos o con cerdas; son diferentes soluciones apropiadas para la m adera dura, la m adera m edia o la madera blanda lit­ ios países del N orte. Estas diferentes soluciones son todas raciónale*. ú tenem os en cuenta los dos elementos constituyen l e s a sabn , <1 h i t - n o , p o r un lado; el m ango, por el otro—y si nos damos cuenta, por t>iia pai te, de que la función de la herramienta es la de establecer una rrlai ion constante y no falaz entre el cuerpo del operador y el objeto sobre el cual actúa. H ay una individualidad, pero una individualidad interiormente consistente del objeto, incluso de la herramienta. Por el m om ento no tom em os otros objetos técnicos; m e ocupé del m ás elemental, aquel que, por ejemplo, estudia Leroi-Gourhan en M ilieu et techniques, o bien L ’H omme et la matiére. JL — Pero incluso si pasam os ahora a la m áquina m ism a, volvemos a encontrar el m ism o principio de individuación, el m ism o fenóm eno de individuación pero, quizás, dialectizado. GS —Lo volvemos a encontrar porque el punto de partida casi necesario es la resolución de un problem a 3 m ediante la aparición de un intermediario que, con frecuencia, es una pieza nueva. L a rueda, por ejemplo, es una pieza nueva que, en el transporte de cargas, interviene quizás com o un rodillo o un tronco en el punto de partida, que interviene luego y esencialmente Ver, sobre la cuestión de la invención, los análisis de El modo de existencia de los objetos técnicos, op. cit., y los diferentes textos reunidos en IJInvention darn les techniques. Cours et conférences, París, Seuil, 2005 (N. de E.). 3 393 Entrevistas cuando tiene un eje, cuando se ha solidarizado en relación con el chasis del carro o del remolque al m ism o tiempo que puede rodar sobre el sue­ lo. Para ser viable, para ser fiable, com o dicen nuestros industriales, este intermediario primero tiene que ser sólido en el sentido a la vez vulgar y latino del térm ino, es decir, hecho de una sola pieza. C om o en general no puede ser trabajado en un solo bloque, es preciso que sea m ontado; y la técnica del arm ado es la técnica artesanal de la solidez que apunta a hacer un solo bloque a partir de muchos. Por ejem plo, las llantas fueron en un comienzo, en las ruedas, sobre todo un sistema de abrazaderas; es el gran círculo de hierro que nuestros carreteros hacen calentar mediante brasas antes de ponerlo alrededor de las piezas de madera de la llanta para que luego las apriete cuando, al enfriarse, se contraiga. Y el cojinete: el buen cojinete es el que permite una unión sólida de los rayos. L a antigua discusión sobre las ruedas con rayos y el cruce o no cruce de los rayos, la inclinación de los rayos en relación con el plano vertical del vehículo, todas son discusiones que tienen que ver con la primera fase, la fase, digam os de individuación y de estabilidad de la rueda en tanto que objeto técnico. Ulteriorm ente aparecen otras fases, pero el punto de partida es que una rueda debe ser una rueda y que una rueda debe ser una y no varias. JL —Y cualquiera sea la complejidad del objeto técnico, luego, supongam os que se trate de una m áquina —si se puede seguir empleando el concepto de objeto técnico-, y de una m áquina constituida compleja: se aplica el m ism o principio ... gs — En el punto de partida; porque para que una m áquina exista, es preciso primero que sea viable, com o un ser vivo es viable, es decir, que sea no autodestructivo, que sea sede, si se puede decir así, de intercambios que hagan que sea estable. Piense en una lám para que pudiera prenderse fuego, que no tuviera esa regulación que permite a la com bustión ser estable; esa lám para estaría destinada a 1 1 0 existir precisamente porque sería autodestructiva. D icho de otro m odo, la unid,id de funcionamiento, la estabilidad del funcionamiento, sucohcniH ¡a ¡n im ia, son todas condición de existencia de un objeto técnico cualquieia, así m ino i imbién de una máquina. U n m otor térmico, el primer moioi I >¡< I, drjó dr existir porque en su concepción no 394 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne podía evitar explotar: la mezcla tronaba, la introducción del combustible en el aire se hacía antes de la compresión; el segundo m otor Diesel fue aquel en el cual intervino en el final de la compresión una pulverización muy fina bajo una m uy alta presión del gasoil que, al mismo tiempo, sirvió para el encendido, puesto que, en ese m om ento, el aire está a una temperatura m uy elevada, lo cual permite la inflamación del gasoil. El primer m otor era autodestructivo, puesto que explotó; el segundo no lo es. j l —Y eso establece perfectamente una relación entre la m ecanología y los principios de individuación que usted ha explorado... gs — Sí, de m odo simplificado. D e m odo simplificado, es eso. I’or otra parte, posteriormente vemos que, para adquirir una com plejidad más elevada, los objetos técnicos tienen necesidad, habitualmcntc, tic it-iu-i circuitos de inform ación que no son solamente circuitos implícitas diinformación, que se podrían denominar circuitos de información aso­ ciados. E s la lám para que, cuanto m ás se calienta más aire consum e, se enfría, y por lo tanto logra estabilizarse; pero se estabiliza por m edio de esa corriente de aire que no es inform ación en el sentido propio del tér­ mino. Sin embargo, su funcionam iento im plica algo de informacional, a título implícito, im plicado, interno. Por el contrario, en m áquinas mucho m ás com plejas, es preciso recurrir a la información, que se concibe y se trata com o inform ación en estado separado: es lo que vemos en todas las m áquinas que utilizan la electrónica para las servoregulaciones y servome­ canism os, o incluso que tienen servomecanismos que funcionan en base a fluidos. Pero la información implícita, que permite la hom eostasis y la estabilidad del objeto, ya existe en una sim ple lámpara de aceite antigua. j l — ¿Reconoce usted la existencia de una corriente de pensam iento m ecanológico que podría haber com enzado, digamos, con Reuleaux? gs - S í... no conozco bien a los autores que usted tiene la am abilidad de m encionarm e... pero hace mucho tiem po que existe una mecanología, al m enos com o gusto, com o tendencia y com o poesía de la relación entre la industria más perfecta, o la ciencia m ejor equipada, y una naturaleza en el estado m ás natural, es decir, más espontáneo y m ás ausente de los 395 Entrevistas m ancillam ientos hum anos. Rs» rs . inu». f i n re nosotros, por ejemplo, Ju lio Verne representa m uy bien rsi.i trndrik ¡a; más bien abordé el gusm m ecanológico a través de las novelas ti. aniicipación científica de Julio Verne, que son del siglo xix , que .1 través de los filósofos, los técnicos o los especialistas de la mecanología propiam ente dicha. J L — ¡Y sin em bargo usted llega a una m ecanología propiam ente dicha y que tiene totalm ente un sentido filosófico! G S —Esto no tiene que asombrarnos. Es m uy reconfortante, por el contra­ rio, que varias personas, de diferentes países, de culturas variadas, que han estudiado los m ism os objetos y su historia idéntica, lleguen finalmente a conclusiones convergentes. jl — ¿Y en qué lugar se ubica usted, según su percepción, dentro de la corriente mecanológica?... ¿D ónde cree usted que lav a a hacer desembocar? — Q uisiera dirigirme sin duda hacia algo cultural. Lo que m ás me preocupa ahora no es un estudio frío y objetivo, que creo sin embargo GS necesario; no quiero hacer un museo, aunque reconozca su necesidad y utilidad; quisiera sobre todo despertar culturalmente a mis contem porá­ neos en lo concerniente a la civilización técnica o, m ás bien, a los diferen­ tes estratos históricos y las diferentes etapas de una civilización técnica, porque escucho una cantidad de apreciaciones burdas que me desaniman. Particularmente, se hace al objeto técnico responsable de todo: nuestras civilizaciones son “técnicas”, no tienen “suficiente alma” ; o bien la civiliza­ ción del consum o es responsable de los desastres de nuestra época, y de las molestias del vivir. N uestra civilización no es tan técnica, pero cuando lo es, es cierto que a veces lo es m uy mal [y es m uy cierto que tiene aspectos de civilización consumista; ahí, creo, está lo esencial. H abría que hacer una historia del desarrollo de los objetos técnicos que fuera una historia por etapas, y ver que hay una especie de retraso de la cultura respecto de la realidad'}. D ich o de otra manera, habría que aportar un temperamento, Los pasajes entre corchetes fueron aquellos suprimidos en el montaje del film (N. de E.). 4 396 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne habría que modificar la idea según la cual vivimos en una civilización que es dem asiado técnica; simplemente es técnica pero malamente técnica. Es m alam ente técnica porque en cada época hay una suerte d e presión que ejercen los usuarios para que los productores presenten objetos que tengan la apariencia y las características externas de aquellos que existían en la generación precedente. Se podría denom inar a esto histéresis cultural, una estela cultural o un retraso cultural. D ecíam os hace un m om ento que el prim er carácter de los objetos téc­ nicos, en el m om ento en que se constituían, es el de ser una unidad, ser indivisibles en alguna medida, porque era su mérito principal: la buena rueda debe ser una rueda indivisible en su origen. ¿Qué resulta de ello? Resulta lo siguiente, y es que se parecen m ucho a los seres vivos, a los seres vivos que nacen y se desarrollan —aquí, el objeto técnico nace y se desa­ rrolla en la fábrica-, y luego tienen una vida al aire libre, luego mueren. El objeto técnico, en el punto de partida, es un objeto que, primero que nada, no está hecho para sobrevivirse en una de sus partes. Es un poco com o esa carroza de un poeta inglés que cita Norbert Wiener, cuando dice: “ . .. en ella todo se gastó en el m ism o m om ento, y todo se derrumbó al unísono” . Eso está bien, pero un objeto concebido de ese m odo es un objeto que no representa sino el punto de partida y la prim era etapa de la constitución técnica. Y luego el progreso técnico consiste, por el contrario, en que el objeto debe dividirse y dicotomizarse; una parte en él, una de sus zonas laterales, .se adapta al m undo exterior, y la otra al usuario y, en ese m om ento, una parte del objeto tiene tendencia a hacerse perenne, el otro cam bia o se desgasta y está destinado a ser lábil. Si abordam os al objeto en el momento en que se convierte en dicotómico, tom o un objeto en el cual todo se usa al m ism o tiempo y debe ser des­ cartado, cometemos un error cultural fundamental. Por ejemplo, cam bia­ mos de autom óvil desde que lo sentim os “pasado de m oda” , y ahí está el nial: el m al consiste en que, en una época determinada, el objeto n o sea »onocido según sus líneas esenciales (que son principalmente sus líneas evolutivas temporales), no sea conocido com o debería serlo por parte de sus usuarios, lo que lleva por otro lado a los productores, voluntaria o involuntariamente, a envolver al objeto técnico con publicidades o con apariencias que camuflan su realidad esencial. 397 Entrevistas L a tercera etapa del objeto ie< i iko rs l.i que deja aparecer el objeto de red, es decir, un objeto relativamente simplificado. E n ese m om ento, debe convertirse en económ icam ente l.'u il de comprar, y sobre todo, fácil de mantener, porque debe estai pluralizado, debe ser relativamentf segmentario y, si se produce una avería, cada parte de ese objeto puede ser intercam biada por otra, en un intercambio estándar. Ahora bien, el objeto técnico dicotom izado -d e l cual hablábam os hace un m om en to- dependía del artesano altamente calificado para poder ser reparado. E n estas condiciones, hay una evolución del objeto técnico que hace que las realidades culturales deban ser tan contem poráneas como sea posible de la verdadera naturaleza del objeto. Si representan lo que era el objeto hace veinte años, conducen a un consum o ostentatorio, o a una actitud errada y, finalmente, a una decepción; entonces se cambia de objeto técnico (se lo demoniza, en el fondo), se lo carga con todo aquello que anda m al en la sociedad. Pero lo que anda mal no es que el objeto técnico sea m alo y haga que todo el resto funcione al revés, sino que simplemente pasa que, entre el hom bre y la cosa, hay un hiato, una incomprensión, una suerte de guerra. C reo que esto es lo que habría que volver a poner en su lugar, un cono­ cimiento sano del hecho de que no se trata de decir “objeto técnico” solo globalmente; “objeto técnico” , sin distinguir si se trate de un objeto técnico que está comenzando, de un objeto técnico en la etapa dicotómica, com o el Ford T, m om ento en que intenta adaptarse a todo, o bien, finalmente, de un objeto de red. Y no es con las m ismas actitudes, no es solicitando la m ism a utilización que debem os abordar cada una de esas tres etapas. Volver a ubicar históricamente el objeto técnico, enseñar a los usuarios (y también a los productores, que a veces lo ignoran), que hay que estar completam ente dentro del presente histórico, esa sería la tarea cultural más im portante a la cual m e gustaría llegar. JL — Todo lo que usted dice m e lleva a algo que ha escrito a propósito de la incomprensión respecto de la m áquina, atribuible al hecho de que se la juzga m ediante una razón que no es contem poránea de ella m ism a. gs — Sí, pero de hecho no es solamente una razón; ciertamente, está la razón, está el saber; para comprender un objeto técnico y para tener una 398 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne actitud ju sta y recta hacia él, primero hay que saber cóm o está constituido en su esencia y haber asistido a su génesis directamente, cuando es posible, o bien a través de la enseñanza. Ahora bien, no existe una enseñanza de la historia de las técnicas. E s m uy lamentable. Y además de la razón, además del concepto, del pensamiento y de la inteligencia, tal vez hay, m ás allá de lo teórico, una cierta relación con la realidad técnica que es una relación parcialmente afectiva y emotiva y que no debe ser tam poco el equivalente de una relación amorosa ridicula; no hay que ser ni demasiado apasionado por los objetos técnicos, ni sentirse exclusivamente apasionado por uno solo, por supuesto; tampoco hay que ser completamente indiferente respecto de ellos, por otra parte, considerándolos com o esclavos. Es necesaria una actitud media de amistad, de sociedad con ellos, de frecuentación correcta y, quizás, algo un poco ascético a fin de <¡i ir sepamos utilizarlos incluso cuando son antiguos, ingratos, y a fin de <jur podam os expresar una cierta amabilidad por el antiguo objeto que merece-, si no la ternura, al menos una consideración debida a su edad, un respeto por su autenticidad, el sentimiento de su densidad temporal. j l — Esto nos lleva tam bién a otra cuestión que se deriva de su obra, a saber, que la esencia m aquínica reside en su racionalidad, y en su valor cultural tam b ién ... ¿Lo estoy interpretando correctamente? g s - En su racionalidad y su valor cultural, sí. j l - ¿Su valor cultural reside acaso en su racionalidad? g s - ¿Si el valor cultural m ism o reside en la racionalidad? Sin duda, he hablado de una esencia del objeto técnico, pero esa esencia no es única­ mente racional —o entonces hay que ser racionalista, no pragmatista—. De hecho, hay que ser racionalista y realista, creer que la razón alcanza las cosas, alcanza los procesos físicos y, más allá de los procesos físicos, la totalidad del m undo; en este sentido aceptaría bien la idea de razón, mientras que no sea restrictiva y no im plique un intelectualismo nominalista. j l - ¿La considera en un sentido inductivo en cuanto a la producción de la m áquina y su creación? 399 Entrevistas g s —Inductivo, pero también dcdiu 1 1 \ >>, ru i irrta m edida; se trata de una inducción plena que permanece más i m a tic lo concreto, y de una razón que, en consecuencia, estaría muy t rn .1 de lo real y que, en todo caso, no buscaría desarrollarse a partir de ideas innatas. Sí, ese punto es muy importante para una epistemología de las técnicas. j l —Está claro que, com o consecuencia de lo que usted dice, aparece un cam po poético en torno de la máquina. Está alojada dentro de un cierto cam po poético. g s — Precisamente, si se concibe a la razón com o inductiva y com o algo que busca no alejarse de lo concreto y real, el ambiente del uso del objeto técnico, de su invención, permanece lo bastante cerca del m undo, puede incluso devenir una manera de decodiíicar el m undo con velocidades, m odos de mirar, maneras de sostenerse, que el sim ple cuerpo no hubiera permitido. E n ese m om ento, el objeto técnico tiene un valor protésico o “prostético” , com o decía Norbert Wiener. Ver el m undo desde un avión, verlo desde un satélite, es verlo como nunca el hombre lo ha visto tan con­ cretamente, pero es verlo a una mayor distancia y a una mayor velocidad. N o podríam os acordar un privilegio a la bipedia para ver el m undo, o al hecho de pasar en automóvil. Todo es bueno siempre que se reconozca que se trata de velocidades y altitudes diferentes. jl — En la perspectiva que está abriendo en este m om ento, ¿encontraría fuera de lugar hacer ciertas aproximaciones al pensam iento de G astón Bachelard, una analogía, un paralelo entre su pensam iento inductivo, su interpretación inductiva del herramental científico y del camino científico? GS —N o sé ... Bachelard es efectivamente un poeta; no conozco de m odo suficientemente preciso todas las obras de Bachelard com o para poder res­ ponder con pertinencia. Sí me parece que se podría hacer un psicoanálisis 5 del objeto técnico, com o Bachelard hizo un psicoanálisis de los elementos. A propósito de este punto, vn <11exto “Objeto técnico y conciencia moderna”: “Sin embargo, un psicoanálisis |>m Mirador del objeto técnico no basta; debe ser seguido de un trabajo construí úvo de antropotecnología (...)” (N. de E.). 5 400 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne jl —¡A eso quería llegar! g s —Y, particularmente, creo que cada uno de los objetos técnicos puede ser tratado com o algo que tiene una intención y una actitud. C uando contem plam os un dispositivo de emisión de la televisión em plazado en la cum bre de una m ontaña, com o el m onte Pilat, a algo así com o 40 km de aquí, vem os no solamente el dispositivo de emisión en tanto que dispositivo de emisión, que está en lugar de un antiguo telégrafo Chappe, sino que encontram os tam bién, además, la antena receptora parabólica que recibe el haz proveniente de París, y la otra antena, del otro lado de la torre, que em ite hacia Italia del N orte, por sobre los valles, por sobre la brum a, hacia la cumbre del Ventoux y el M ediodía. Vea esta antena de televisión, en sí m ism a no es sino metal, una amplia parábola de metal inoxidable y un pequeño dipolo que emite desde el centro; es donde termina un cable coaxial. La antena es rígida pero está orientada; vem os que apunta a lo lejos y que puede recibir señal de un em isor lejano. A m í me parece que es m ás que un sím bolo, me parece que representa una suerte de gesta, de intención, de poder; m e parece que es casi m ágica, de una m agia contemporánea. Entre este encuentro del lugar elevado con el punto clave que es el punto clave de la transmisión de hiperfrecuencias, hay una especie de “connaturalidad” que vincula la red hum ana y la geografía natural de la región. Este es un aspecto de poesía, un aspecto de significación y de encuentros de significaciones. Por otra parte, podríam os encontrar también, si nos sum ergimos en el tiem po, el poder poético de lo que es extremadamente perfecto y que un día u otro será destruido, y quizás ya ha sido destruido en el transcurso de una evolución que es extremadamente, y muy dramáticamente, negadora de aquello que ha sido, sin embargo, un día, una novedad: vea las locom otoras a vapor, vea los grandes navios que dejamos de lado porque pasaron de m oda. Lo que denominam os obsolescencia es una realidad económ ica pero, junto con la obsolescencia económica, hay una especie de escalada poética que creo que no ha sido lo suficientemente valorada. Carecem os de poetas técnicos. jl —A quí es cuando podríam os hacer intervenir algunas ensoñaciones correspondientes a los diversos órdenes m aquínicos: las fantasías del 401 Entrevistas vapor, por ejem plo, o las fantasías «Ir l,i r io nicidad, unas determinando imaginerías de alternancia y de poiem 1,1 m uy exteriores, y las otras determ inando ensoñaciones de ir t tr /.i y c on tinu idad. ¿Piensa que deberíamos llevar nuestras indagat íonrs cu este sentido? [gs —N o soy lo suficientemente competente -se trata de psicología—como para poder responder con firmeza. ¿I a continuidad sería la electricidad? JL —Sí, a causa del movimiento rotatorio. Pensaba en esto, evidentemente, en las fantasías que aparecen con el alternador, que ofrece la ilusión de continuidad, de certeza, al mantenerse el ciclo, la velocidad... GS —¿Y el otro rasgo, por el contrario, el de la alternancia, sería el del vapor? jl - ... es una manifestación de potencia mediante la gesticulación, m e­ diante una suerte de frenesí cinem ático...] gs — S í... po r supuesto, ese punto de vista es m uy interesante, pero la turbina, para la m áquina de vapor, es rigurosamente rotativa y para nada alterna. Por otra parte, aun si es alterna, la m áquina de vapor se distingue de la electricidad en el sentido de que posee una potencia interna, una acumulación interna de energía considerable. En otros tiempos, utilicé una locomóvil6 que servía para aserrar madera para hacer un aserradero ambulante. Esta locomóvil, cuando estaba bajo 8 kg de presión (las sopapas de seguridad comenzaban a bufar y dejar salir el vapor), todavía podía accionar, durante una hora y media, la sierra de m esa sin recalentarse. N ingún motor eléctrico es capaz de hacer algo así. El m otor eléctrico es un pobre ser que tiene necesidad de la red; desde que ocurre un desperfecto en la red, el m otor se detiene. Incluso un m otor trifásico se detiene o 6 Se trata de la locom óvil de “Bige” , personaje de una com una de Puy-de-D óm e que transportaba, en otoño, su m áquina a todos los pueblos, incluido aquel donde vivía la fam ilia de G ilbert Sim ondon , para que la gente pudiera aserrar sus maderas. L a m áquina se instalaba p o r unos días en el “ couder” (terreno com unal). “ Bige” se daba tam bién una vuelta en verano con una trilladora de m otor a explosión. (N . de E.). 402 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne empieza a funcionar mal si una de las tres fases falla, mientras qu e la m áquina de vapor es la soberana de la continuidad, porque tiene una reserva potente en su interior. Durante la guerra, estábam os muy felices por tener locomotoras a vapor en las redes desmanteladas. Podían pasar casi a través de cualquier cosa; incluso si quedaba una sola de las vías, incluso si estaba bastante arruinada, la m áquina de vapor podía pasar sobre ella. Las catenarias habían sido derribadas y las subestaciones de alimentación eléctrica estaban destruidas. Estoy de acuerdo con esa poesía, pero no tiene que ser m uy puntillista, m uy fenomenológica, porque la fenomenología descansa sobre la percepción y eso es terriblemente peligroso. H ay que ir bien hasta el fondo de las cosas, ver la realidad y, sobre todo, es preciso que sea el usuario, y no el espectador, el que sienta la realidad. —H ay un término que me sorprendió enormemente hace un momcnio; ¡que el alternador era una pobre m áquina porque depende de la red! jl G S — El m otor de corriente alterna, que es el recíproco del alternador, depende de la red; ¿y la red de quién depende? jl —¿Pero acaso depender de la red, pertenecer a la red, no es una riqueza, por el contrario, mientras que la m áquina de vapor está aislada? G S —Sí, pero la m áquina de vapor es más universal. L a m áquina de vapor se puede alimentar con madera, con carbón, con carbón de m ala calidad. Se la puede calentar con cualquier cosa, mientras que el alternador utilizado com o m otor (y hablam os del alternador industrial, no del m otorcito que se podría alim entar con una batería de 18 V 7), ese alternador tiene nece­ sidad de una fuente de energía de varios kilowatts o, al m enos, dr v a ria s centenas de watts, que no puede sino ser sum inistrada por una red. Al ioi.i bien, la red es engañosa; no es absolutamente constante. C iertam enir, l.i red es algo a destacar y permite el desarrollo de las técnicas pero, p< >i 0 1 1 .1 parte, estar atado a la red supone una servidumbre. La prueba tic- t ilo rs que un automóvil, por ejemplo, prescinde de la red, lleva su propia resn v.i de com bustible, y así puede llegar m ás lejos, es m ás flexible. 7 Como el de la cámara que funciona en este momento. 403 Entrevistas j l —Pero su autonom ía es tem poi ,11 1,1 . drprndc de la red desde bastantes puntos de v ista ... gs — Depende de otro tipo de m i, d<- una red con la cual no hay que m antener contacto constantem ente, mientras que el alternador debe mantener el contacto con la red a i raves de un pantógrafo, un trolley, una tom a de corriente, o cualquier otro sistema permanente. A dem ás debe estar sincronizado con la puesta en marcha. j l — El hecho de qu e p o d am o s decir q u e la electricid ad siem pre es de buena calidad, ¿eso n o tiene alguna consecuencia en nuestra inteligencia de las m áquinas eléctricas, nuestra inteligencia poética y racional? ¡La electricidad puede ser débil, pero su cualidad es invariable, fundam entalm ente! GS — Sí, si su frecuencia es constante. ¿Lo es? Sí, en general, en una red bien constituida la frecuencia es constante, de 1/5000 aproximadamente. j l —Pero no podem os decir que una electricidad sea de m ala calidad, no hay electricidad de m ala calidad, cualquiera sea su calid ad ... Están en ju ego valores cuantitativos, pero siem pre es de buena calidad. M ientras que un carbón puede ser de m ala calidad, una m adera tam bién, un com b u stible... GS —Pero sí, la electricidad puede ser “de m ala calidad” en cierto sentido, todo depende del uso. Si se la quiere utilizar simplemente para suministrar energía, para hacer girar un m otor universal o para hacer calentar un hierro - lo que consiste, en este último caso, en degradar energía, esencialmente-, siempre es bastante buena; pero si se quiere usar la electricidad como punto de partida de una base temporal de 50 H z, en general nos vemos en problemas porque generalmente hay, además de la sinusoide fundamental, pequeñas irregularidades suplementarias que no son agradables cuando queremos visualizar la sinusoide en el oscilógrafo catódico. jacques parent : Pienso que Jean quería referirse sobre todo a la estructura m ism a del átom o, usted sabe, los electrones... ¡y a todo eso! 4 04 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne g s —Se trata entonces de una pureza microfísica. Ciertamente, en el caso de una corriente, se trata, por supuesto, de electrones en m ovim iento y no, evidentemente, de materias quím icas, de sustancias quím icas m ás o m enos refinadas. D esde el punto de vista fundamental y esencial, com ­ prendo dicha pureza, pero desde el punto de vista informacional, no siempre es cierto que la corriente es aquello que uno quisiera que fuera. L a corriente continua producida gracias a generadoras tiene con frecuencia una com ponente musical lo bastante im portante, y la corriente alterna trifásica no tiene siempre relaciones de fase perfectas entre las tres fases, ni una frecuencia rigurosamente estable ni, sobre todo, una ausencia absoluta de armónicos. — Entonces, en la inteligencia de nuestras máquinas, debo decir que quizás me vi llevado, cóm o decirlo, por las luces que usted nos aportaba, jl y veía m uy claramente la larga oscuridad de la m áquina de vapor, su opacidad, la incomprensión de la que había sido víctima por el hecho de qué no había sido teorizada en su origen, y veía el m otor eléctrico —el alternador—teorizado desde el origen y que, en un comienzo, se presen­ taba com o totalmente transparente. Q uizás avancé un poco demasiado rápido por ese lado, pero me gustaría saber si usted ve esa relación entre las m áquinas empíricas y las máquinas que podem os llamar teóricas con tanta claridad com o yo se lo estoy proponiendo. g s —Sí, efectivamente creo que el m otor eléctrico llegó aposteriori, después de la ciencia, después de la ciencia que perm itió la teoría de dicho motor. Por el contrario, la m áquina de vapor se constituyó en una época en que la ciencia term odinám ica no se había abierto paso; fue la m áquina de vapor la que convocó la existencia de la ciencia termodinámica. Sin embargo, hay imperfecciones dentro del motor, en la m áquina de Gram m e o en el m otor eléctrico alterno, m uy particularmente los fenóm e­ nos de histéresis, que hubo que frenar y que verdaderamente no se podían prever: las pérdidas por las coi i¡entes de Foucault. La m áquina de Gram m e no fue perfecta en su p rim a .1 versión; sí funcionó de entrada, pero estaba poderosamente autolimii.ul.i drsdc el m om ento en que alcanzaba una alta velocidad; el anillo de hiei 1 0 '.r in alentaba y el bobinado también, es decir que su rendimiento 1 1 0 n i muy alto. Para llegar a un buen rendimiento 405 Entrevistas de 90-92% , el que conocem os m b máquina tic G ram m e, hubo cuanto m enos que perfeccionar su mu le u n ij^ n íiic o fileteándolo y tam bién mejorando el colector, por ejemplo, ■olm .mdo carbones entretejidos con cobre en el colector y no solamente Lis r,%. obilias primitivas, que lanzaban chispas y se agotaban rápidamente. — [¿En qué m edida se puede* d a ii que la m áquina de G ram m e ha salido de la teoría o ha salido del em pirism o? ¿Era m ás em pírica que jl teórica, pero, incluso siendo empírica, se alojab a...] M e pregunté muchas veces sobre las relaciones entre el em pirism o y la teoría en cuanto a la opacidad o la transparencia de ciertas m áquinas, y quizás, al interpre­ tarlo a usted, yo haya hecho un corte dem asiado apresurado entre la m áquina em pírica y la m áquina teórica; así, creí bastante firmemente que el alternador había surgido com pleto, por así decirlo, de la legitim i­ dad teórica, en contraste con la ilegitim idad em pírica, pensando en la racionalidad m uy desarrollada de la electricidad. ¿Acaso cree usted que el alternador, por ejem plo, es una m áquina que podem os calificar com o m ucho m ás transparente que cualquier m áquina a vapor, justam ente a causa de esto, del cam po teórico en el cual fue desarrollada, y a causa de la teoría que le era inherente? GS —Sí en cuanto al alternador polifásico industrial, porque este alterna dor fue desarrollado relativamente tarde; tenía ante él los ensayos corres­ pondientes a la m áquina de G ram m e, que es una m áquina de corriente continua o corriente alterna y que puede ser utilizada o bien com o m á­ quina emisora, productora de energía, o bien com o m áquina receptora. El alternador polifásico es m ás tardío y es una aplicación m uy directa de la teoría de las corrientes alternas, para producirlas; por otra parte, si se quiere, es tam bién reversible en relación con el m otor de corriente alterna. El alternador industrial y el m otor síncrono deben ser pensados dentro de la m ism a corriente teórica que hizo existir el transform ador de Ferranti. Y aquí, alrededor de 1880, nos encontram os con una época en la cual la ciencia positiva estaba desarrollándose hacia las técnicas del m odo más poderoso posible, quizás m ás poderosam ente que nunca, con una fe, con un entusiasmo que no volvimos a encontrar después. Todo era bueno en aquel momento. 406 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne jl —Entonces, sería alrededor de esa época que usted ubicaría el inicio de esta unión entre la técnica y la teoría, o entre las ciencias y las técnicas, que hoy en día se han vuelto casi indiscernibles. gs — El inicio n o8, puesto que la term odinám ica y la electricidad son relativamente m ás antiguas, pero, digam os, la amistad, la reversibilidad de la teoría y de la ciencia: la am istad de una por la otra y su reversibili­ dad se generalizaron aproximadamente en esa época. H ay un m odo de pensam iento, una m odalidad de la cultura que es la unidad, al m enos la profunda amistad, de la ciencia y de la técnica. Es la época también del tubo de Crookes, del tubo de Coolidge, en fin, de ese gran movimiento de las ciencias tanto com o de las técnicas. j l — ¡Y que ahora es m ás que una am istad ... es un enlace, un matrimonio! GS —Sí, pero un m atrim onio que aporta poco, a mi entender. E n esa época era una am istad y, si había matrimonio, era un matrimonio por amor. Pero en la época actual es m uy diferente; la relación está muy organizada, es m uy administrativa, dentro de esa relación entre la industria y las oficinas de investigaciones técnicas, por un lado, y la ciencia pura, que además no es completamente pura, por el otro. Ahora ya no existe el entusiasm o de la novedad. En ese m om ento, en 1880, precisamente se había descubierto la relación fecunda entre la ciencia y la técnica. Era el m om ento juvenil de dicho encuentro, que hoy en día ya no es ni joven ni libre. - [Entonces voy a abordar ahora sin preámbulos nuestros proyectos; usted está un poco al corriente. El primero de nuestros films será sobre jl la rueda;] nos atrevimos a concebir un film en 35 mm a color, de 2 0 m inutos, sin una palabra de comentario, sin una sola nota musical, solo con los sonidos que hace la rueda. L a rueda se deberá explicar a través de La “transformación del magnetismo en electricidad” fue realizada por Faraday el 29 de agosto de 1831 gracias aun montaje que constituye el primer transformador; algunos años más tarde, aparecieron los primeros alternadores magneto-eléctricos, luego la máquina de Siemens, y finalmente la máquina de Gramme y los grandes alternadores industriales. 8 407 Entrevistas su plástica, su contexto y su s fuiu iones aparentes. Este proyecto nos h* planteado enormes dificultades cu m an to a la estructura que debemos dar al film. Porque cualquiera sea nuestro punto de partida, si adopta» m os un punto de vista, un punto de partida sobre un plano lineal, o si nos posicionam os de un m odo, ¿cómo decirlo?, oblicuo, tom ando como partida sea la rueda com ún de apoyo, sea la rueda dentada, llegamos muy rápidamente a un nudo que nos parece inextricable. Entonces no sabemos bien si se trata de un problema de estructura, cóm o decirlo, filosófica, intelectual o propiam ente mecanológica, o de un problem a puramente fílmico. ¡M e gustaría saber qué piensa usted de un proyecto semejante! GS — [Es que no termino de ver dónde está el problem a del cual me habla, en qué m om ento surge], j l - A ver. Supongam os que partim os de la rueda com ún de apoyo. Muy pronto la rueda com ún de apoyo se complejiza; se le agregan engranajes, poleas o cadenas, y luego se convierte en m otora, y se convierte incluso cu un motor, en algunos casos. Entonces inm ediatamente esta rueda, que se* ha convertido en un motor, se sobreañade a sí m ism a m uchos otros tipos de ruedas o, incluso, se asocia con diferentes ruedas; se nos im pone toda una sociedad de ruedas, y ahí está la dificultad. ¿Sería preferible acaso un punto de vista histórico o incluso un punto de vista genético? gs — ¡Genético! j l — Genético. ¿Sería para usted la solución? GS — Pensaría eso. Porque la rueda quizás no es un regalo de los dio­ ses, en su punto de partida9; sin du das hay algo que la precede, y creo bastante probable que la rueda, salvo quizás en el caso de la rueda de Estas observaciones a Jean Le Moyne serán completadas meses más tarde en una carta; véase el “Complemento” que se añade al final de esta entrevista. Veásc también 'L’invention et le développement des techniques”, curso de agregación de 1968-1969 en L’invention dans les techniques. Cours et conférences, París, Seuil, 2005 (N. de E.). 9 408 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne alfarero, el torno de alfarero, represente una solución ya relativamente com pleja a los problem as de transporte, el transporte por deslizam iento o el transporte sobre troncos; y la rueda, en el origen, puesto que posee un cojinete y puesto que igualm ente tiene una fran ja sobre la que va a rodar, representa a la vez un tronco y algo en lo cual va a haber u n ro­ zam iento; el rozam iento se ve atenuado p o r el engrasado, o por el agua; será m ás atenuado cuando se descubra el eje giratorio de metal en el interior de un cojinete de bronce. Luego de esto, la rueda se diversifica: lo que en el origen era una llanta, luego se convierte en lám ina de gom a, luego en neum ático y puede adquirir m uchos otros aspectos; en cuanto al cojinete, se convierte en todo tipo de cosas, cojinete de rodam iento, cojinete de rodillo, y, sobre todo el cojinete se prolonga del lado del vehículo a través de la articulación de la dirección, m ediante el sistem a de la barra de dirección, en particular el trapecio que permite al vehículo del que hablábam os girar sin que u n a de Ruedas delanteras ejes verrides (pivots) M angueta —-) < \ 3£. TRAPEC ^ M angueta Barra d e acoplam iento las dos ruedas derrape (figura 1 ). H ay m uchos otros aspectos que merecerían ser señalados que adaptan, p o r una parte, la rueda al vehículo y, por otro lado, a la ruta. E n sum a, es la etapa en la qu e la rueda m ás progresos hace, puesto que es un intermediario sum am ente vivo, “muy caliente”, entre el m undo com o ruta y el tren trasero FIG U RA 1 vehículo. Y el m undo com o ruta es un m undo que se mueve y es m ovim entado porque se trata de rutas todavía poco perfeccionadas en el m om ento en que todo esto se produce. L a rueda ferroviaria es un m uy buen ejemplo que se podría elegir también. En la rueda en cuestión, se trata de una rueda bruñida, en la cual la llanta sirve efectivamente para reaccionar con los rieles y evitar el patinaje de la rueda, pero además es un elemento que se puede cambiar una vez desgastado; está adaptada al frenado por m edio de una zapata metálica que a su vez se desgasta bastante rápidamente. A dem ás, gracias a la pestaña, permite evitar el descarrilamiento; y por últim o, gracias a un torneado cónico de la llanta de rodamiento, permite a la locom otora 409 Entrevistas y a los vagones mantenerse c*n rl ., m ío de I.» vía, de manera que en un avance norm al las pestañas no to< an 1< i irles, Únicamente en las curvas m u y cerradas o en caso de vicnm I j i i ■al intenso las pestañas rozan los rieles. Esta es una evolución de la ¡ nnla E n cuanto a las otras ruedas a salín, I r. que no son ruedas de vehícu los—, creo que habría que hacer un estudio extremadamente importante; p o r m i parte, yo sería incapaz, al menos por el momento, de vincularla con el estudio de la rueda vehicular. 1 lay rodo un linaje de ruedas vehiculares y quizás, junto con esto, todo un linaje de ruedas dentadas, desde la rueda de aspas de los m olinos hasta las ruedas dentadas cónicas o helicoidales que se utilizan hoy en día. JL —¿Podría usted proseguir con este punto de vista genético abordando, por ejemplo, las ruedas m otoras y luego las ruedas qiie son motores? GS —¿Las ruedas m otoras en qué sentido? ¿Las ruedas que se utilizan para mover vehículos, incluido el sistema de oruga, donde son un intermediario entre el suelo y los rodillos portadores? j l —Sí. GS —La rueda motora, tanto com o la rueda de un automóvil form an parte de lo que le digo porque, en un tren, la rueda m otora no es estrictamente diferente, si no es en su dimensión, de las ruedas com unes de apoyo, de las boggies delanteras y eventualmente de las boggies traseras. Pero para el automóvil, ¿la rueda m otora es tan diferente? En mi opinión no; puede ser que esté adelante, detrás, pero aporta solamente una complicación, a saber, la junta de cardán hom ocinética, cuando está adelante, es decir, cuando es al m ism o tiempo la rueda de dirección. E n cuanto a la rueda m otora para los tractores, efectivamente es m ás com pleja, puesto que debe llevar m ás peso para no patinar; por otra parte, tiene sopapas, unas sopapas que antes eran metálicas y que hoy en día son concavidades del neumático, que se talla de cierta manera. [¿Pero hay un problem a muy particular de la rueda motora, en tanto que rueda m otora, si es sim ple­ m ente lo que transmite la energía? Para que no derrape en un giro] es necesario que los prolongam ientos del lado del trapecio de dirección se 410 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne corten sobre la parte m edia del tren trasero; en los giros, las ruedas ya no están paralelas y pueden describir arcos de círculos con radios diferentes. Este dispositivo representa, simplemente en el sistema de ruedas, lo que podríam os denom inar la conciencia de todo el vehículo, po r una parte, y po r otra la posibilidad, para cada una de esas ruedas, de adaptarse per­ fectamente a la ruta, porque no derrapan, en consecuencia n o hay torsión del neumático, etcétera. Entonces la rueda del automóvil integra, a través de su neumático, una adaptación a la ruta: está inform ada por la ruta, la estructura del neumático, la flexión, etcétera; y po r otra parte, p o r su relación con el vehículo, en tanto que dirige, tiene en cuenta la dim ensión general del vehículo y las curvas posibles. Es el estadio dicotómico. Después, son posibles otros perfeccionamientos, pero en ese m om ento es el estadio dicotóm ico el que permite el progreso adaptativo: la rueda se perfecciona en sus términos extremos: la superficie de contacto con el suelo, por una parte, y la vinculación con el vehículo, por la otra. j l —¿Las reflexiones serían análogas para una rueda ferroviaria? g s —L a rueda ferroviaria es el sistema del que ^ p e s t a ñ a o " b u rlete " hablábam os hace un m om ento; es porque la rueda ferroviaria es cónica que su pestaña no es sino un órgano de seguridad. A quí está la pestaña, aquí el eje (figura 2 ); tenem os F IG U R A 2 representado el “hongo” del riel, aquí está la placa de asiento del riel. L a rueda es cónica; en consecuencia tiene una tendencia a deslizarse hacia el centro. C om o del otro lado tenemos una estructura semejante, igualmente cónica, entonces habrá equilibrio hacia un punto central. Este equilibrio no se romperá salvo si hay viento lateral, si una curva es m uy cerrada o incluso si el tren se detiene en una curva. Entonces las ruedas se deslizan y apoyan, mediante la pestaña, contra el “hongo” del riel. j l —Y si las dos ruedas estuvieran libres, ¿no habría también una cierta compensación diferem i.il junto a la otra? gs —¿Si las dos rueda’, rstuvinan libres una en relación con la otra? 411 Entrevistas JL - Sí. g s —N o sé si eso se usa en los trene s, u ro que no. Creo que las ruedas son verdaderamente solidarias del ejr, |><»i lo i .mío que están acopladas en pares. — ¿Habría, en razón de la sección cónica, una cierta compensación diferencial? JL gs —No creo. Sí, ciertamente10. .. El sistema del diferencial sería interesante para los ferrocarriles tanto com o para los automóviles, sobre todo en las curvas m uy marcadas. Pero las curvas del ferrocarril siempre son mucho m enos acentuadas que las curvas de una ruta. El diferencial juega a pleno en un automóvil cuando está m aniobrando, es decir, cuando gira casi en el lugar. Los automóviles antiguos, en las rutas que eran los cam inos de tierra, com o se los llama, es decir, ligeramente arenosos, no tenían dife rencial, e igualmente podían funcionar. A pesar de todo, un giro de radio pequeño inicia un derrape porque uno de los dos neumáticos patina. I I diferencial es algo interesante cuando hay curvas m uy cerradas, o cuando el revestimiento del cam ino es m uy “adherente” con la superficie de las ruedas. Para las ruedas de alta presión antiguas, no era necesario; para las ruedas de baja presión actuales, que implican diseños m uy bien estudiados, y que, por otra parte, se adhieren bien a la ruta m acadam izada, y para las ruedas que tienen un sistema de suspensión y am ortiguadores que las mantienen siempre en contacto con la ruta, el diferencial se hace necesa rio. Porque, de no tenerlo, entonces haríamos rechinar los neumáticos, los gastaríamos rápido; por otra parte, esto afectaría tam bién, pienso, rl mantenim iento de ruta. En todo caso sería m enos perfecto; una parte de la energía se degradaría por el rozamiento. J L — ¿Es posible retomar una reflexión genética sobre esas otras ruedas especiales y m uy pronto complejas que son los prim eros m olinos de agua, 10 Un desplazamiento hacia el exterior de la curva, por efecto de la fuer/a centrífuga, produce, si tenemos en cuenta la conicidad de las ruedas, una ligera compensación diferencial: es como si el radio de la rueda exterior fue: 4 momentáneamente mayor que el de la rueda interior. 412 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne com o el m olino griego que se hunde en una corriente; luego las ruedas de aspas en la parte inferior, en un lateral o en la parte baja, y finalmente las turbinas? Esto incluye igualmente las hélices de los m olinos de viento pasivos, todo eso. ¿Es posible hacer una genética que nos llevase hasta la turbina a vapor de Parsons, digamos? gs - Personalmente no podría hacerla. Pero se me hacen presentes algunas líneas. En efecto, las primeras ruedas motoras de esa especie estaban hun­ didas en m edio de un fluido que era movido por la m ism a naturaleza. Las m ás recientes están en un medio técnico; producim os voluntariamente el fluido que llevamos hasta la rueda m otora y que inyectamos en ella, bajo el ángulo m ás favorable, con la m ejor velocidad y, a veces, luego de que pase a través de un sistem a que convierte la presión en velocidad. Por otra parte, hay líneas que aparecen con bastante claridad y sobre las que podríam os decir quizás que desprenden cierta esencia técnica. En efecto, la rueda, si se utiliza en este sentido, es la recíproca de la rueda del vehículo. A quí la rueda está fija y es el m edio el que se desplaza en relación con ella. Entonces es preciso o bien que una parte de la rueda no esté som etida a ese fluido —en ese caso, está sustraída por medio de una carcasa 0 una pantalla11—, o bien entonces es preciso que la rueda esté modelada de m odo tal que el fluido desborde sobre ella, y entonces reaccione, cause una fuerza que la haga girar; es el caso de la rueda del m olino de viento de la actualidad, cuyas paletas están en ángulo respecto de la dirección del viento; es tam bién el caso de la hélice. Tam bién tenemos que observar, me parece, que en la historia de estas modas receptoras hay todavía otro tipo m ás de elemento recíproco, y es <|iie casi todas pudieron ser utilizadas para mover fluidos com o si fueran tina bom ba, com o el órgano activo de una bom ba o, incluso, nuevamente, <asi com o si fueran ruedas en vehículos, para permitir a un navio —es la 1ueda de aspas— avanzar sobre un fluido que lo lleva. Y la turbina y la hélice son absolutam ente reversibles. M e parece haber visto, en la fábrica ■Ir un antiguo constructor parisino, una hélice m uy grande de avión que 11 (lomo en algunos molinos de viento ■le lorniquete vertical ub¡< >d<> cu el i nitro de una torre abierta (I'i^in a 3). Entrevistas se usaba com o ventilador. Er:i ui.ijrMiimn: m síntesis, había finalÍ2 ad o m i período activo y noble como lic'lii r nnuoia para convertirse sim plem enir aquí en un ventilador. Pero es un i aso .le- 1 0 iprocidad, de inversión. JL —¡Yesta noción de reversibilidad sr vurlvc extremadamente impórtame, es objeto de toda una reflexión genétic a, supongo! gs — Pero es tan reversible com o la m áquina de G ram m e, que puede ser efectivamente invertida, de m otor a emisor de energía generadora, a condición de que se tenga en cuenta la posición de la línea de contacto de los carbones en relación con las chapas del colector. JL — Se me im pone aquí un acercamiento a la botánica, la zoología y las ciencias de la vida en general, en cuanto a la legitim idad de las filiacione s que podem os establecer. A posteriori es fácil pasar del m olino griego a la turbina o a la rueda que está sum ergida en el agua, pero, desde el punto de vista del análisis, del desarrollo racional de estas invenciones, ¿podemos hablar verdaderamente de genética, de una génesis sin un salto verdadero, o se trata de un salto que nosotros unim os com o si fuera continuo? gs —N o lo sé. El único elemento que m e parece que se im pone de m odo más o menos claro es el de la reversibilidad-, entre la rueda de la cual hablaba usted y la batidora de manteca, no hay una diferencia extremadamente grande. Se puede agitar el agua con paletas; tam bién se puede hacer girar las paletas m ediante el agua que corre. Pero no estoy seguro de que haya linajes unilineales, un phylum, com o dirían los biólogos, en la evolución de las técnicas; eso me parece que pertenece m ás bien a un orden de racionalidad que se puede imponer a la vez a varios pueblos y varias etnias. H ace un m om ento hablábamos de los mangos de las herramientas: hay que tener en cuenta el hecho de que los m angos de las herramientas para las maderas duras se hacen más fácilmente con un junco, porque un junco necesita un nudo, si no hace estallar la madera. M ientras que los m angos de cilindro encastrado co­ rresponden a los hábitos de los pueblos del norte, porque en los bosques del norte encontram os sobre todo maderas blandas y de fibras largas (hay mucha agua, los árboles crecen rápidam ente, son abedules, o hayas, 414 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne m aderas relativamente blandas): el cilindro encastrado rodea el m ango. Siem pre hablamos de cultura. Y la cultura se relaciona, ciertamente, con la historia, pero tam bién se relaciona con lo que podríam os denominar razones técnicas, de la utilidad, de la inteligencia, y tiene relación, fi­ nalmente, con la naturaleza ambiente; no se hace una herramienta con cualquier cosa. Entonces puede pasar que no haya que creer demasiado en el aspecto unilineal de la evolución técnica; los pueblos cambian de hábitat, o bien el hábitat se m odifica porque, a veces, cam bia el clima; quizás estos sean elementos que deberían hacernos reflexionar antes de adoptar la idea unilineal de evolución. N o se trata de rechazar la idea de evolución sino de decir que quizás no sea unilineal; quizás sea en abanico, quizás sea tan proliferante como la evolución natural. j l — [Pero usted adm ite al menos un cierto acercamiento filosófico con las sistemáticas que conciernen a la vida y un poco el m ism o problema, el m ism o antiguo problem a de nom inalism o y de arbitrariedad en la distinción de los géneros, de las especies y, ahí también vam os a vernos obligados a hacer creaciones mentales. Y además, y no es tan im portan­ te, ¡ahí nos alejaríamos un poco del problem a de la rueda!] Estaría muy contento, señor Sim ondon, si volviera a desarrollar ante nosotros tres conceptos fundamentales que nos abre literalmente la máquina, a saber: el concepto de concretud, con su opuesto de abstracción, y los conceptos de sinergia y de homeostasis. gs —L a concretud 12 (efectivamente, habríam os podido tom ar otro térm i­ no) significa antes que nada, y esencialmente, la relación directa y simple del objeto consigo m ism o. Se dice que un objeto es concreto cuando ya no es una visión de la mente que crea una especie de sociedad mecánica en la cual cada una de las piezas trabaja cuando le llega el turno, inde­ pendientemente unas de otras, com o trabajarían sobre el m ism o objeto personas sin verse y conocerse unas a otras porque se las hace intervenir sucesivamente. El objeto concreto es aquel en el cual hay lo que se puede 12 El estudio de la concretización de los objetos técnicos se efectúa en la primera parte de El modo de existencia de los objetos técnicos. Para todos los análisis que siguen (sinergia, homeostasis), <•! lector podrá remitirse a ella (N. de E.). 415 Entrevistas denom inar una resonancia interna <> irvc ilu iación interna, es decir que está hecho de tal m odo que cad.i p.uir tiene en cuenta la existencia de l.ts otras, está m odelada por ellas, por el grupo que forman, y puede re­ presentar entonces igualmente un rol plurifuncional. N o solamente está informada por las otras piezas sino que representa incluso un rol respecto tic ellas, está en relación con ellas. Por ejemplo, las nervaduras, las aletas que se encuentran sobre el cilindro de un m otor que se refrigera por medio del aire sirven, ciertamente, para evacuar el calor del aire, para aumentar la superficie; el constructor puede uti­ lizarlas también para aumentar la rigidez del cilindro; es un rol bifuncional. H ay casos mucho más interesantes. H e hablado de la turbina G uim bal 13 0 del grupo-bulbo; la turbina Guim bal es uno de los casos de grupo-bulbo. A quí hubo que suponer el problema resuelto para que fuera soluble14. En efecto, se trataba de constituir un grupo que pudiera ser puesto entero en el interior del conducto, alternador incluido (no solamente la turbina, sitio también el alternador). La idea de G uim bal consistió en lo siguiente: 1íacer un alternador lo suficientemente pequeño com o para que se pudiera poner en un cárter contenedor justo detrás de la turbina. Pero si se consirtiye un grupo m uy pequeño, si se hiciera un alternador m uy pequeño, no podría evacuar el calor porque el hilo tendría una sección m uy débil y, en consecuencia, la resistencia óhm ica im portante conduciría a una gran disipación de energía, y el conjunto se quem aría. G uim bal resolvió el problem a de la siguiente manera: suponiendo precisamente que el problem a estaba resuelto, es decir, suponiendo que el alternador era lo suficientemente pequeño y podía ser introducido en el interior del con­ ducto y, una vez allí, podría ser aislado con aceite y que entonces quedara totalmente sum ergido en el aceite; com o el alternador gira, el aceite se i nueve enérgicamente y transporta el calor desde el interior de las bobinas hacia el cárter; al estar el cárter m ism o dentro del conducto, ese cárter está en contacto con el agua que también se ve agitada enérgicamente, puesto que acaba de pasar a través de la turbina. D e este m odo se obtiene una evacuación de calor que es muy superior a la que se obtendría con un En El modo de existencia, de los objetos técnicos, 1958 (N. de E.). H Podemos remitirnos también a L’invention dans les techniques. Cours et conférences, 1968; París, Seuil, 2005 (N. de E.). 13 416 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne alternador de m ayor dim ensión pero que girase en el aire. Por otra parte, el hecho de que haya aceite en el interior del alternador permite crear un aum ento de la presión que, a través de las juntas, impide que entre el agua. Pero encim a de la represa no hay nada, no hay estación sino solamente una garita para contener la reserva de aceite destinada a dar presión en el interior del cárter del alternador. H e aquí un ejemplo de simplificación o de concretización en la cual hubo que suponer el problema resuelto para que todo sea uno, concreto. Concreto es concretum, es decir, algo qu e se sostiene y en lo cual, orgánicamente, no se puede separar completamente ninguna de las partes de las restantes sin que pierdan su sentido. j l - ¿Acaso el transistor, com o escribió usted, es un caso extremo den ­ tro de este orden de ideas de concretud extremadamente abigarrada, de algún m odo? GS — Sin dudas, el transistor sería, ciertamente, un caso d e concretud m uy “abigarrada”, si no poseyera, con todo, una ligera inferioridad en relación con el tubo electrónico de cátodo caliente y vacío perfecto; no tener pantalla. Sé que, a través de diversas técnicas, se intentó hacer in­ tervenir el equivalente de una pantalla electrostática entre los electrodos activos. A pesar de todo, el transistor sigue siendo, en la m ayor parte de los casos, un triodo, y presenta los caracteres y los defectos del triodo: hay acoplam ientos, involuntarios esta vez, entre los electrodos activos, particularm ente entre el electrodo de com ando, que se llam a la base, en un transistor, y el electrodo de salida, el colector. j l —¿N o ha escrito usted, a propósito de los transistores, que había una suerte de equivalencia, de reversibilidad entre su forma y su materia, su m ateria y su form a, que una y otra estaban ... gs — Q uizás lo haya escrito, no lo recordaba, pero creo de todos m odos que en algunos casos hay que reconocer que, cuando se pasa de un estado poderosam ente dicotómico de los objetos técnicos a un tercer estado que corresponde m ejor a la red técnica, y que corresponde a utilizaciones mucho m ás ligeras, m ucho m ás multifuncionales, hay algo que se pierde. Cuando pasam os del tubo electrónico de cátodo caliente y vacío al transistor, hay 417 Entrevistas algo que se pierde. H ay que* .i j - . i i j-.a . ¡i. mi.. . dr neutrodinaje, si queremos q u e un transistor no auto-osi iIr m • in m-, montajes. El hermoso pentodo tiene su perfección propia. N .iuii.iliiirm r, el transistor es m ucho más pequeño; en lugar de 250 V de iciimi'hi .módica, se contenta con 9 V o 12 V, o a veces menos, 6 V par.i l<*•. i i.m.sisiores de alta frecuencia; pero finalmente es menos perfecto, bajo ( in ios aspectos, si no contam os ni el tam año, ni la resistencia a las acdcr.u iones, ni la cantidad y los caracteres de la energía consumida. jl - En cuanto a la hom eostasis... Q uiero decir la sinergia, primero, ¡queríamos hablar de la sinergia! GS —La sinergia corresponde al hecho de que, en un objeto concreto, hay un carácter no autodestructivo de las diferentes partes unas en relación con las otras, y no solamente no autodestructivo (basta con que las dife­ rentes partes estén aisladas para no ser destructivas unas en relación con las otras), pero, además, es preciso que ayuden, es decir que, cuando son plurifuncionales, converjan hacia un m ism o objetivo y a la realización de una m ism a finalidad. A sí pasa en un m otor pequeño, com o un m otor de dos tiem pos de m otocicleta o en un velomotor, donde podem os decir que toda la masa del m otor se usa para el enfriamiento; hay una sinergia de las diferentes partes para la función de enfriamiento. Podríamos encontrar otros casos de sinergia, naturalmente; la sinergia funcional se caracteriza por el hecho de que hay una continuidad interna; encontraríamos casos notables de sinergia si recurriéramos al estudio de la estructura de un alto horno en el cual, en su parte inferior, hubiera fusión, un poco m ás arriba carburación, y un poco más arriba todavía, en las partes cónicas del alto horno en form a de cono invertido, hubiera calentamiento del mineral, un calentamiento que se produce por los gases calientes que suben, de m odo que el gas que proviene de la com bustión, en lugar de ser arrojado inútilmente al exterior, sirve para calentar el conjunto de la m asa del mineral y del carbón que entra por arriba; a través de la abertura superior, se vuelcan las materias primas; estas materias prim as, que bajan de a poco, se benefician de los productos de la com bustión que se realiza hacia la parte baja. L a parte que trabaja se sitúa hacia abajo, pero todo el resto está en estado de preparación. Podríamos encontrar m uchos otros 418 Entrevista sobre la mecanología: G ilb e rt Sim ondon y Jean L e M oyne ejemplos: la preparación del ácido clorhídrico utiliza intercambiadores de temperatura, el horno de pudelar utiliza una parte de trabajo y otra parte de espera, es decir que los gases ya quem ados van a calentar las masas de prim era fundición que todavía no han sido puestas dentro del horno y, para volver al horno del que hablábam os hace un m om ento, la sinergia no es solamente una sinergia de abajo hacia arriba sino igualm ente una sinergia cíclica o rotatoria, puesto que, alrededor del alto horno, existen recuperadores Copw er que reciben el gas desde la abertura superior que todavía está a 40 0 o 5 0 0 °, se vuelven a calentar interiormente (contienen tabiques de ladrillos) y, luego de que uno de los recalentadores, uno de los recuperadores, haya sido convenientemente calentado, se alimenta el alto horno a través de ese recuperador; el ventilador envía aire frío al recuperador, que lo devuelve caliente a la base del alto horno donde se va a realizar la com bustión. H acen falta dos o tres recuperadores para atender a un único alto horno. Estos son algunos aspectos de la sinergia en las operaciones técnicas. —Y cuando abordam os la homeostasis, ¿acaso no nos acercamos gra­ dualmente a una analogía con lo viviente? ¿Una analogía?, m ás bien una asíntota, diría. jl g s —Sin duda, pero esta analogía ha comenzado m uy temprano. N o co­ menzó el día en que las máquinas de información se presentaron com o robots, si lo puedo decir de este m odo. H ay que “desmitizar” el robot y todo lo que aporta. Es literatura m uy mala que le hace mal a la técnica, y a la m anera en la cual la técnica puede ser estimada por nuestros con­ temporáneos. Si tom am os simplemente el ejemplo de una lámpara [vemos que se trata ya de un fenóm eno de regulación, pero aquí la información está asociada con un elemento, la información no está separada. ¿En qué consiste la información de una lámpara? Consiste en el hecho de que, principal­ mente, la com bustión se mantiene a sí mism a: la mecha, al haber sido encendida, da la señal de la inflamación a todas las moléculas sucesivas que van llegando, de petróleo, de aceite, o de cualquier combustible. E n este sentido, existe lo que podem os denominar una reacción positiva entre la parte encendida de la me» lia y la reserva de combustible, que contiene 4 19 Entrevistas las moléculas que, aleatoriamente-, van i mI. h .i partir de la reserva. En segundo lugar,] hay una regulación qi ie pi nviri ir del hecho de que cuanto m ás alta está la llama, m ás intensa rs la lo n icnic de aire. Regule usted bien o mal una lám para a com busiión cu el inicio, al cabo de diez o veinte minutos estará m ejor regulada. ¿Por qué? Si usted ha regulado la mecha d e m a sia d o b a ja (fig u r a 4 ), se pro d u cirá un fen ó m en o extre­ m adam ente curioso, y es que el pico se calentará (esta es la parte a la que me estoy refiriendo15); las partes laterales del pico, que están hechas de un metal conductor, van a calentarse. Entonces, si hacemos bajar la mecha en el interior, esta se va a calentar m ás porque la llama va a tocar directamente el metal; poco a poco, el petróleo va a hervir en el interior y llegará a arder bajo la form a de vapor de petróleo en el exterior. La llama, al cabo de diez m inutos, será nuevam ente gran­ de. Si ahora regulamos la mecha voluntariamente m uy alta, como esto por ejem plo, la lám para va a largar hum o, pero luego, después (Querosén) de haber largado bastante humo, pasará lo siguiente: el Xpico se eni O friará porque habrá una corriente de aire intensa a través de la chimenea, la corriente de aire se produce parcialmente del exterior y parcialmente del interior - e l aire, entonces, entra por aquí (A), pero una parte entra por (B) y enfría el interior, otra 15 La parte alta del pico de metal, que la mecha puede sobrepasar siguiendo más o menos la regulación. En este momento de la entrevista filmada, observamos una lámpara de petróleo (N. de E.). 420 Entrevista sobre la mecanología: G ilb e rt Simondon y Jean L e Moyne parte lam e el pico cónico desde el exterior (C). A l producirse esto, por una parte el pico se enfría, y por la otra la mecha se quem a en la parte que no está alimentada po r capilaridad (porque la capilaridad tiene un m áxim o; hay un techo, si lo puedo llamar así, de conducción capilar desde el depósito hasta la llama). Resultado: al cabo de un cierto tiem po, la llam a se normaliza. Entonces aquí hay un fenómeno de feed-back o reacción negativa. L o m ism o sucede para una lám para com o esta (figura 5 ), que es una lám para de aceite m uch o m ás elem ental y que corresponde a una fluidez débil, a una capilaridad débil, a una gran viscosidad; para que toda la reserva de aceite pueda llegar a quem arse, es preciso que, a pesar del calentam iento, no haya una diferencia de m ás de 3 cm entre el punto de com bustión (A) y el fon d o del depósito (B). F IG U R A S Lám para de aceite Por otra parte, es necesario que la mecha se despliegue en todos los sentidos en el interior del depósito; tenem os entonces una mecha de algún m odo en form a de pulpo. H ete aq u í el pico; la m echa se puede dividir en varias partes, y por m edio de ello todo el aceite se quem a hasta el últim o punto, y la mecha d a una llam a aproxim adam ente igual al final de la com bustión o al com ienzo d e la com bustión. Tam bién hay fenóm enos de autorregulación en las otras lám paras, e incluso la antorcha prim itiva podía ser en cierta m edida autorreguladora, en todo caso podía ser heterorreguladora, puesto que se la p o día inclinar com o se quisiera; era la inclinación la que dirigía la rapidez de la com bustión. j l - Voy entonces a la segunda parte de nuestro proyecto, que se deriva totalmente de su pensamiento: es el m odo de existencia de los objetos técnicos dentro del cual usted distingue tres estados técnicos, a saber, el estado estático, el estado dinámico, y, quizás forzando un poco las cosas, aunque no lo creo, el estado reticular. Pensamos en tres films sobre esos tres estados. Querríamos im n su opinión sobre este conjunto de cosas y, particularmente, subir la tm n a , que desde el punto de vista de la im agen y la estructura nos paiet c plantear dificultades serias. 421 Entrevistas GS — Para ir rápidamente a ese aspo u>, el t r u n o , creo que podríam os pensar, en el cam po de una produci ión qur -n í,i la de un film, la de un documental, en acentuar un poco más t i rsim lio tle las herramientas. H ay una prehistoria del objeto técnico, y es la lin i amienta. Y la herramienta es m u y rica en enseñanzas. H a sido estudiada de un m odo notable en particular por Leroi-Gourhan. E n cuanto a la red, entiendo que esta noción pueda en cierta medida plantear problemas. Pero ofrece también un abanico extremadamente am ­ plio de percepción, e incluso de percepción magnificada en el cam po de las técnicas. L a ofrece no solo porque se trata de cosas enormes en todos los sentidos del término, y que se encuentran en el exterior, sino también porque hay allí una mediación entre el hombre en el sentido colectivo del término, el hombre en sociedad, por una parte, y la naturaleza, por otra. N o habría red si no hubiera, por un lado, una cierta estructura natural, por el otro, una cierta necesidad humana, y luego la invención de una relación armoniosa entre esa naturaleza y esa necesidad humana. L a red es el encuentro entre la posibilidad técnica y la existencia natural. Ejemplo: las rutas y sus curvas de niveles. Creo que podríamos pensar en las redes antiguas, en las antiguas sendas, en los caminos, en el uso sucesivo de los caminos, que primero fueron caminos que seguían los trazados naturales (com o el corredor del Ródano, los valles, los desfiladeros en las montañas), y luego caminos que fueron hechos por razones estratégicas tan rectos como fuera posible; luego, en el siglo xix, los caminos que seguían las curvas de nivel; finalmente, en nuestros días, las rutas que son mucho más rectas porque los giros se han convertido en algo peligroso para un automóvil, lo suficientemente potente como para pasar una subida, pero que es incapaz de tom ar una curva a velocidad sin despistar. Red rutera, red para la trans­ misión de la información, teléfono, radiotelegrafía, conjunto de redes que permiten seguir los satélites, y dirigirlos -porque también aquí hay redes-, y finalmente redes de transporte, sin olvidar los transportes extremadamente estáticos pero que son muy importantes: electricidad, gasoductos, oleoductos e incluso, quizás, ciertas otras características de la red que no existen hoy en día pero que casi se podrían imaginar, a la vez para la información y para otras funciones, y que serían las redes de redes, es decir, nodos entre las redes. jl - ¿Redes pedagógicas, por ejemplo? 422 Entrevista sobre la mecanología: G ilb e rt Sim ondon y Jean Le M oyne g s - A h ... ciertamente, redes pedagógicas, pero también redes humanas. H e pensado con frecuencia en que un d ía se podría instalar aeródrom os en los lugares m ás altos, utilizar m ontañas para construir aeródrom os u sando la técnica de Jaeger, que perm ite aterrizar a contrapendiente y despegar utilizando el sentido de la pendiente, lo cual es extremada­ m ente económ ico y m u y herm oso. L a m áxim a energía qu e utiliza un avión es la que gasta para ascender algunos pocos miles de metros, luego de lo cual debe volver a bajar para aterrizar. Son tiem pos y energías perdidas. Si se despegara de un lugar alto y se aterrizara en un lugar alto, perm aneciendo m ás o m enos a la m ism a altitud, entonces se ha­ bría realizado algo extrem adam ente racional para la aviación. Por otra parte, los lugares m ás elevados son tam bién aquellos desde los cuales es m ás fácil de realizar la transm isión de inform ación, sobre todo en las hiperfrecuencias; puesto que hay propagación directiva y puesto que los obstáculos son m uy m olestos, la transm isión de inform ación más rica es aquella que se puede hacer entre lugares altos. En consecuencia, y hasta ahora, y salvo, quizás, para el caso del telégrafo de C h appe, o, m ás antiguam ente, para la transm isión a través del fuego de los hom ­ bres de la era antigua, las m ontañas han sido pensadas com o lugares desolados —en rigor, en nuestros días, com o lugares de esparcim iento-, pero nunca com o lugares suprem am ente eficaces y, en tod o caso, com o lugares técnicos. Q ueda por descubrir la m ontaña. Las m ontañas son ciertam ente lugares técnicos, puesto que la energía eléctrica en su base se obtiene de agua bajo presión que proviene de ellas m ism as. Pero si dejam os de lado dicha utilización, las m ontañas no son lugares técni­ cos; habría que desarrollar las capacidades técnicas de las m ontañas: por un lado, de un sol m ás intenso, m ás puro y más constante, que perm ite, por ejem plo, utilizar la energía solar, com o en Saint-G audens, en M on t-Louis, en los Pirineos, en Francia; luego, por otra parte, un nodo de redes; el n odo de redes se debería hacer en las m ontañas y no en las llanuras. H ay una vocación de las verdaderas m ontañas d e ser nodos de redes técnicas. H ete aqu í una “ idea” . D icho de otro m odo, estudiar las redes es interesante, pero estudiar los nodos de redes y la correlación entre las redes, esto es lo que, en m i opinión, debería ser el objeto cultural de un estudio en profu n didad de las técnicas que m irara hacia el porvenir. 423 Entrevistas — ¡Aquí encontram os su idea rcspei 10 de los nodulos en el espaciotiem po, que usted había planteado cu rl comienzo de su genética, en la JL segunda parte de E l modo de existencia de los objetos técnicosl — Sí, pero en aquella época no había pensado en la im portancia de g s aquello más desheredado; lo que creo hoy es que hay una suerte de dia­ léctica en la evolución de las técnicas y que podem os cargar a las técnicas con la tarea de hacer una parte del trabajo cultural; no solamente no son anticulturales, sino que son portadoras de un fermento cultural. Ahora bien, precisamente, creo que solo las técnicas, en su desarrollo m ás audaz, más intenso y más puro, serían capaces de hacer que los lugares m ás deshe­ redados en el m undo entero se conviertan en los lugares más privilegiados -q u iero decir: las montañas y las altas m ontañas-. Se podría realizar una especie de inversión civilizatoria por medio del reacom odam iento de las redes gracias al desarrollo de nuevas técnicas. J L —Entonces, en lo que tiene que ver con el film, ¿usted ve quizás, si lo he entendido bien, una ida y vuelta de afuera hacia adentro, según los nodos de la red, según los lugares de paso, sus conductas, y una superposición de los diferentes m om entos de la red? g s — Sobre todo del pasado hacia el porvenir. JL —Eso es. — H a habido redes (las rutas oceánicas —las “rutas” navieras—ya son redes). Y los pasajes en tierra son igualmente redes; los itinerarios de las g s m igraciones, los itinerarios de grandes corrientes de personas son redes; pero, además de esto, hay m uchas otras cosas, hay que pensar, creo, en el porvenir, en aquello que se puede hacer conscientemente con la idea de reticulación, y sobre todo, de sinergia de las redes. Volvemos a encontrar la noción de sinergia de la cual hem os hablado hace un m om ento, pero ahora en el m arco de las redes. —L a noción de reticulación, si lo estoy com prendiendo bien, ¿es para usted como un cono que se abriera hacia el futuro? JL 424 Entrevista sobre la mecanología: G ilb e rt Sim ondon y Jean L e M oyne GS - Sí, p o r ahí llegam os a entender que aquella an tigua dualización entre el alm a, por un lado, y la m ateria, por el otro, entre pasado y futuro, n o se sostiene para nada si pensam os en profundidad en aque­ llo que es la realidad técnica; es una realidad hum ana, proviene de la realidad hum ana, y com prendem os entonces que la con dición del pensam iento en profu ndidad sea no ser víctim a de lo que denom inaba hace un m om ento el retraso cultural, la histéresis cultural; llegam os a algo m uy intenso y bien podríam os, po r el contrario, confiar en el desarrollo de las técnicas consciente e inteligentem ente pensadas para u n a prom oción cultural, para una verdadera revolución cultural. Pienso en este m om ento e n ... jl —Y para terminar, ¿considera usted a la red com o una suerte de raciona­ lidad suprema o una suerte de operador supremo, o distingue entre ambos? g s —¿Usted dice “racionalidad” ? —Racionalidad, una técnica m aquínica o com o una suerte de operador suprem o, en oposición a la noción de racionalidad. ¿Vería usted un desli­ zam iento de su idea de red hacia la pura operación, más que hacia lo que jl hemos denominado aquí, en nuestros intercambios, una racionalidad pura? —N o estaba pensando en “racionalidad” . Si partim os del ser vivo, veía al objeto técnico com o intermediario entre lo viviente y su m edio; por g s un lado, un interm ediario que sirve para recibir inform ación, el instru­ m ento. .. ¿Q ué hace una cámara? N o produce nada, recibe información, la fija. M ás tarde, se volverá a utilizar bajo la form a de informaciones para transm itir a otras personas, en otras condiciones. E s la inform a­ ción, es el objeto de la inform ación. Un telescopio, un m icroscopio, son instrum entos de inform ación. Están del lado de los órganos sensoriales. Q uizás puedan ser protésicos, son prótesis, pero del lado de los órganos sensoriales. Y, de m odo contrario, existe lo que podríam os denominar la herram ienta y todas sus prolongaciones, las m áquinas, que están del lado de la operación. N o había pensado tanto en la razón porque creo que la relación con el <ilijcto técnico se inicia debajo de la razón , comienza con la percepción, <ornienza con la acción del cuerpo, pero puede ser 425 Entrevistas que hiciera falta, efectivamenir, 1 1 ».. i I . |>n pim u s tam bién dentro del m arco de la razón. En todo caso im, mi i,i tínicamente una manera operatoria, sería también una m.mi 1.1 ¡>rn cpiiva, para responder a su pregunta. Aunque diría más bien ‘.i-.pn ». >i iipniiivo” que “razón” , aspecto cognitivo e incluso perceptivo, m is <|>tr "i ,uóu”. Podemos subirnos a un avión para ver desde arriba una rrj’ ión. r% perfectamente legítimo. jl —Y aquí caem os fácilmente en di.sput.ts de orden sem ántico, creo, no son sino énfasis de la inteligencia.. g s —Sin embargo, la razón interviene, parcialmente, com o organización del rol receptor y del rol efectuador de las técnicas. jl —Sí, razón m ás bien, digam os razón más que racionalidad. g s — Sí, pero así no se insiste lo suficiente sobre el aspecto cognitivo... En fin, al m enos dentro de nuestra cultura filosófica, cuando hablam os de razón entendemos ideas a priori, o esquem a kantiano. Esta es la razón por la cual evité el término “razón” , pensando m ás en el aspecto cogniti­ vo, que puede ser también perceptivo, que en algo ya racionalizado por inducción, o incluso deductivamente. “ Razón” es m uy abstracto. Ahora bien, el objeto técnico siempre tuvo algo relativamente concreto en relación con el dom inio que otorga sobre el m undo, sobre todo cuando interviene de m odo protésico, com o decía N orbert Wiener. jl — ¡Entonces, la red es un instrumento de m asas, de percepción, de conocim iento, de operación! Puede... g s —Primero, están las redes que existen para transm itir información; por otra parte, generalmente permiten viajar, permiten el intercambio de todo tipo de documentos y permiten la circulación de objetos; constituyen una suerte de universalidad en acto, tanto desde el punto de vista perceptivo com o desde el punto de vista operatorio. jl —Y creo que esta idea de reticulación es la últim a expresión, en usted, de una concepción del m undo, cuando la desarrolla en la segunda parte 426 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean L e Moyne de su libro, luego de haberla sustentado sobre las bases tecnológicas y m aquínicas de la propia red. GS —Sí, y esto m e parece una síntesis que no violenta ni a la naturaleza ni al hom bre. Y siem pre m e sentí im pactado po r el aspecto dem asiado violentam ente dicotóm ico, por ejem plo en el pensam iento m arxista, y tam bién en otros tipos de pensam iento, de esta relación entre la natu­ raleza y el hom bre. A pesar de que al hom bre se lo asocie con ella, la naturaleza siem pre se presenta, en su presencia, com o algo que hay que violar, poner en estado de servidumbre, imitar, etcétera. Esta dualidad existe desde la cultura antigua. E s una relación de solo dos términos, lo cual m e parece malo. El objeto técnico es m uy interesante en la medida en que deja aparecer un tercer térm ino, que es un término de realidad física, porque el objeto técnico está hecho de metal, de madera, etcétera: proviene de la naturaleza. Y este objeto técnico no tiene entonces una relación de violencia con la naturaleza, pero cuando interviene com o intermediario entre el hom bre y la naturaleza lo hace com o si fuera un tercer término, como una especie de jaexa^ú que organiza la relación y permite a la sociedad hum ana, respecto de la naturaleza, estar en una relación a la vez extremadamente concreta pero m ucho m ás refinada y m ucho m enos peligrosa para el hombre, lo decim os hace ya m ucho tiempo. Pero menos peligrosa también para la naturaleza, m enos destructiva, m ás inteligente y tejida sobre una mayor escala que si el hom bre interviniera directamente y solo. El hom bre solo hace m uchos daños; un hombre bien tecnicizado, inteligentem ente tecnicizado a través de una red, que tenga sentido geográfico, es m ucho m enos peligroso para la naturaleza que el hombre com pletam ente solo. Entonces pienso que es necesario un tercer térmi­ no, que es la red, a la vez naturaleza y hombre, y no solamente técnica; es técnica en un sentido, pero es una técnica que es a la vez hom bre y naturaleza. D e hecho, es un tercer término; es un término de mediación, o de carácter m ixto, de (.icta^ú, com o decían los filósofos griegos, el que hay que encontrar para organizar la relación. j l - Señor Sim ondon, < reo que esto responde a todas nuestras preguntas. L e doy las gracias. 427 Entrevistas COMPLEMENTO A LA “ENTREVISTA SOBRE LA MECANOLOGÍA” LA RUEDA16 (1970) Sobre el fondo de la cuestión, después de reflexionar, me parece que se pueden distinguir tres grandes categorías de ruedas; primero, la rueda com o sistema de revolución alrededor de un eje fijo; incluso se puede decir que la revolución preexiste a la rueda propiam ente dicha com o técnica de giro y de abrasión; las colum nas de algunos templos de la India fueron giradas en el lugar por m edio de un dispositivo que encerraba a la colum ­ na, a la manera de los molinos de Pompeya, hechos con dos colum nas encastradas una dentro de la otra; la perforación, el atravesamiento, el uso del igniterebrador 1 7 implican igualmente una revolución de eje fijo, material o geométrico. Por el contrario, la rueda vehicular tiene un eje móvil; las primeras ruedas se hacían en pares y eran solidarias de su eje, com o las ruedas de los trenes de la actualidad; la rueda vehicular quizás tenía como prototipo el rodillo, que se conserva en el eje; es un objeto que no se sostiene con la mano mientras opera com o intermediario entre lo que se arrastra y el plano de rodamiento; se transporta el rodillo solamente para volver a colocarlo frente a lo que se arrastra. Este objeto que está lejos del gesto y que se desplaza se opone al árbol, al bosque, al molino, a la torre, que están m ás cerca del gesto y que lo prolongan o lo sirven; el torno del alfarero, que se pone en m ovim iento con los pies, permite a las manos permanecer casi inmóviles; es la arcilla la que se perfila bajo las m anos. E l tercer tipo de rueda sería la que sirve para transmitir un movimiento: poleas, manoplas, cabestrantes, aparejos, engranajes, tornillo de A rquím edes, rueda de aspas, hélice, turbinas; es la rueda mecánica. ■ 16 Extraído de una carta de Gilbert Simondon ajean Le Moyne del 26 de marzo de 1970. 1 7 Dispositivo mediante el cual se inicia un fuego por calentamiento de madera sobre la cual se hace girar un pivote fuertemente apoyado y cuya rotación en los dos sentidos es operada o bien por las manos, o bien por cuerdas enrolladas que se jalan de un lado y del otro (N. de E.) 428 Entrevista sobre la mecanología: Gilbert Simondon y Jean Le Moyne Esta clasificación tripartita no tiene en cuenta ciertos u sos especiales, com o el volante; pero esos usos (que van hasta el giroscopio) no siempre recurrieron a la rueda; la honda no es una rueda; en el siglo xvi encon­ tram os, en De Re M etallica, ventiladores que giran sobre su eje, a m odo de volante, cuatro rayos terminados por masas. Entonces podríam os suponer que existen varios orígenes de la rueda, separados unos de otros; luego, la sim ilitud de los objetos (un torno de alfarero está hecho con dos engranajes planos horizontales solidarios de un eje vertical que transmite el movimiento, com o dos ruedas de u n ca­ rro primitivas) pudo traer aparejados cam bios y perfeccionamientos por convergencia; la polea, móvil alrededor de un eje fijo, contiene el esquem a de la rueda de carretilla o de la rueda de carro moderna; en ciertos casos, un m ism o órgano puede representar diversos roles, tener varias funciones, com o el volante de una locomóvil, que sirve para almacenar energía y lleva la correa de arrastre. Solo luego de estos encuentros y perfeccionamien­ tos se manifiesta, en cada categoría, una proliferación divergente (por ejem plo, los diferentes tipos de engranaje, las diferentes adaptaciones de la rueda vehicular, las diferentes especies de turbinas). H abría entonces, en el origen, varias especies de ruedas, o más bien diversas técnicas de rotación de las cuales poco a poco se desprenderían las ruedas en tanto que objetos; luego, la etapa tecnológica más fecunda sería la de la síntesis de esas líneas separadas, que dejan aparecer un esquema com ún de la rueda que no sería ni la revolución alrededor de un eje fijo, ni la rueda vehicular solidaria del eje. Solo a partir de dicha síntesis se podría hablar de la rueda en general com o dispositivo técnico generalizable y diversificable según las diferentes necesidades; es en este m om ento cuando la rueda puede entrar en com binación con ella m ism a en el interior de las máquinas. Estas pocas notas han sido formalizadas de m odo m uy im perfecto; se deberían haber basado en documentos etnológicos e históricos precisos; no puedo presentarlos sino de m odo conjetural, para no dejar com ple­ tam ente sin eco la pregunta que usted m e planteaba en agosto de 1968 cuando tuve el honor de conocerlo. SALVAR E L O B JE T O T É C N IC O ( 1983) Esta entrevista con Anita Kéchickian, realizada en febrero y abril de 1981, fue publicada en la revista Esprit en abril de 1983. La completamos con precisiones redactadas por Gilbert Simondon en relación con su artículo y que se conservaban en sus archivos. (Traducción de Jorge William Montoya Santamaría) anita k éc h ic kia n —U sted escribía en 1958 que existía u n a alienación producida por el no conocim iento del objeto técnico. ¿C ontinúa sus investigaciones bajo esta perspectiva? <. i i.be r t sim o n d o n —Sí. Pero yo la amplío diciendo que el objeto técnico <lcbe ser salvado. D ebe ser salvado de su estatuto actual, que es miserable c injusto. Incluso ese estatuto de alienación se encuentra, en parte, en ni lores destacados com o D u c ro c q 1 quien habla “de esclavos técnicos” . Es necesario entonces m odificar las condiciones en las cuales se encuentra, en l is cuales es producido y en las cuales es principalmente utilizado, pues rl es utilizado de m anera degradante. El automóvil, objeto técnico del que todo el m undo se sirve, es algo que se deteriora en algunos años porque la pintura no está destinada a i rsistir a la intemperie, y porque a m enudo se aplica luego de que se han hecho los puntos de soldadura eléctrica, de m odo tal que en el interior drl ensamblaje de la carrocería anida un óxido fecundo que demuele al 1 A. Ducrocq. Victoire sur l'energie, Flammarion, 1980. 431 Entrevistas vehículo en algunos años, m lcm t.» que r| m otor se encuentra todavía en buen estado. Este simple 1u . In. .u ,u ir.i U perdida de todo el edificio técnico. Es contra semejaría- .iintpdlo que me sublevo. a k —¿Entonces usted ya no tom.i m is m <onsideración la alienación del hombre? gs —Sí, pero hay otros investigadores que se dedican a eso. Pienso particu­ larmente en los movimientos fisiocr.1 i icos contemporáneos (los ecologistas) que se ocupan de salvar al hombre, di- darle vías de liberación. Solo que los m ism os no se interesan, o se interesan m uy poco, por el objeto técnico, que permanece olvidado. a k — ¿Entonces quién se ocupa de él? G S —M ucha gente, y a menudo por profesión, como los ingenieros y los técnicos. También están los comerciantes, pero no son quizá los que mejor se ocupan del objeto técnico, pues hablan de él con segundas intenciones. H e visto una publicidad que alababa el estribo [bas de caisse] 2 de cierto automóvil. E sta especie de ornamentación del objeto técnico por medio de algo que es distinto de la tecnicidad m ism a debe ser rechazado. Yo acepto que el objeto técnico sea estetizado o incluso erotizado, pero al interior de su propio margen de indeterminación. En efecto, en el objeto técnico, no todo es coalescente con todo, hay una cierta im precisión que tal vez puede ser llenada mejor por un arreglo no solamente funcional sino agradable a la vista. Un estribo no es en sí m ism o un objeto técnico. N o tiene ninguna funcionalidad propia. Solo adquiere funcionalidad si está sobre un vehículo. Por eso considero que n o debe utilizarse com o un argumento de venta. a k —¿A q u é a t r i b u y e u s t e d e s t a a l i e n a c i ó n d e l o b j e t o t é c n i c o ? El bas de caisse es un larguero que va debajo de las puertas delantera y trasera de los automóviles. Se le conoce comúnmente como “estribo”. [N. del T.] 2 432 S alv ar el objeto técnico —Proviene esencialmente del hecho de que el objeto técnico es pro­ ducido para ser vendido. Y a precios m uy superiores a su precio de costo. En un automóvil, la necesidad de tener chapas pulidas, es decir superficies presentadas de una m anera agradable, representa la mitad de su precio, que así queda dado por la apariencia. H ay algo que no va. E n ese sentido, gs un cam ión me parece m ás puro desde el punto de vista estético y técnico que un autom óvil para hacer turismo. a k —D icho de otra manera, ¿el objeto técnico se convirtió en un bien de consum o com o cualquier otro? G S — H ay un enorme derroche fom entado por e l m ism o técnico o e l constructor. El cam ino para no derrochar existe ya en m ateria de energía p o r ejem plo, pero hay una especie de frenesí de la novedad que es una verdadera m onstruosidad. L a m otocicleta ha sido durante m ucho tiempo un objeto despojado. Convertida hoy en objeto de consum o, se le cambian de u n año a otro el juego de colores, los crom ados o la ubicación de cierto com ando. De m odo que termina por quedar “dem odé” , aunque no esté del todo perim ida desde el punto de vista de sus características esenciales. a k —¿Q ué sería entonces una novedad propiam ente técnica? g s —Los perfeccionamientos principales. Por ejemplo, sería mucho más valioso, en una m oto, hacer frenos dobles que actúen simultáneamente sobre la rueda delantera y la trasera que m odificar la forma del portaequi­ paje. H ay muchas cosas de este tipo no resueltas y que serían m ás positivas de estudiar, entre otras cosas por seguridad. a k —¿Usted opone los simples cam bios y las invenciones, las creaciones, las únicas que serían técnicas? g s —En e f e c t o . Al igual q u e hay un riesgo en toda creación, yo pienso que hay un r i e s g o de las l é c n i c a s . Es cierto que la inflación de los objetos técnicos en l a époi ,i ai m a l e s uno de ellos, aun si nos refiriéramos sola­ mente al de los arm am entos o el hiperconsumo. Por esta razón decía hace 433 Entrevistas un m om ento que es necesario sulvai rl objrlo técnico, un poco com o se trata, en las Escrituras, de la salva» ión humaría. Creo que en el objeto técnico está lo hum ano y que eso hum ano, alienado, puede ser salvado siempre y cuando el hombre sea benévolo con respecto a él. En particular, es necesario n o condenarlo nunca. E n el A ntiguo Testamento hay una especie de envidia de Yahvé con respecto a lá criatura. Y se dice que la criatura transgrede. ¿Pero acaso toda creación no es una transgresión? ( 'reo que la transgresión, cuyo origen es la serpiente, es la creación de una persona. S i Adán y Eva no hubieran salido jam ás del Jardín del Edén, no se habrían convertido en personas hum anas ni en inventores. Sus hijos han sido uno pastor y el otro agricultor. Las técnicas nacieron de allí. Finalmente, las técnicas y la transgresión me parecen ser la m ism a cosa. A ntaño los herreros eran considerados m alditos. a k —¿Es todavía posible la transgresión en el m undo contemporáneo, que valora el cam bio y la innovación? gs —Es el caso de ese ingeniero de la Ford, el cual, encargado junto con otros de estudiar las m áquinas que em paquetaban los neumáticos, declara que no es necesario semejante condicionamiento, que era superfluo em pa­ quetarlos. Él ha transgredido, pues estaba allí para examinar los aparatos y los ha reconocido inútiles. —¿En ese caso se puede decir que la tecnología, es decir el estudio de las realidades técnicas, no se refiere sino a su invención o génesis? a k g s — La verdadera tecnología es una reinvención. A sí com o hay formas diferentes del progreso de las técnicas, hay varios tipos de tecnologías. Ella esta obligada a avanzar paso a paso en la inducción cuando considera un problem a que ha sido resuelto por vía inductiva. El conocim iento se ve ciertamente obligado a imitar en cierta m edida el proceso. Si el estudio es inductivo, es porque su objeto ha sido hecho en muchas veces3. Por ejemplo, el pozo de una m ina no es una realidad que h a sido completada 3 Ver El modo de existencia de los objetos técnicos, primera parte (N. de E.) 434 Salv ar el objeto técnico de una sola vez. D esde 1550 hasta nuestros días se h a producido toda una serie de perfeccionamientos4. Al comienzo se hacían pozos inclinados en los que había escalones. Luego se han hecho pozos cada vez m ás angostos por los que pasaban cargas guiadas cada vez más importantes, aire, etc. En cam bio, se puede conocer el objeto técnico por deducción cuando ha sido inventado com o consecuencia de una axiomática. Por ejem plo la radio es una invención de científico. N o puede ser pensada sino deducti­ vamente, a partir de la propagación prevista por Maxwell de la corriente de desplazamiento. a k — El objeto deducido es entonces primero un objeto pensado. ¿N o presenta, por eso m ism o, inconvenientes? g s - Lo que falta en la deducción es el vínculo con lo concreto. Para im itar las condiciones de un vuelo espacial en la superficie de la tierra, los investigadores estadounidenses han hecho perecer tres pilotos: habían alimentado la cabina con oxígeno puro. En el cosmos, en estado de ingravidez, se puede dar alimentación con oxígeno puro, porque si hubiera un eventual comienzo de incendio, se quem a en el lugar sin propagarse y sin generar calor (debido a la falta de convección), pero la situación te­ rrestre del ensayo lo vuelve terriblemente peligroso, pues incluso el metal de la cabina puede arder. U na simulación sobre un modelo habría quizá permitido evitar el accidente. Incluso, juzgar el T itanic insum ergible porque estaba provisto de com partim entos estancos era una deducción incompleta. E l hecho, ex­ cepcional, de que un iceberg desgarrara el casco a lo largo d e 80 m etros no había sido previsto. 1 Precisiones manuscritas: “El progreso técnico se efectúa particularmente en los lugares y condiciones sobresaturados, donde la vida del hombre está en peligro, como en la guerra, o en los pozos de las minas, o incluso el hecho de poder respirar está en peligro, sin hablar de los riesgos de explosión, de caída; se produce una \ rdadera condensación de tecnicidad en un espacio estrecho”. Ver igualmente >bre la invención y la mina, L’invention dans les techniques. Cours et conférences, l'arís, Seuil, 2005 (N. de E.) 435 Entrevistas L a deducción es necesaria peto m > ! > j i . ¡ s pues es rígida y tiene lagunas. Pienso que hay diferentes etapas n i ■ I pm greso técnico y la últim a es aquella en la que se vuelve al o b jn o In nús inofensivo posible. Lo que no es posible cuando sale de las manos dr quien deduce5. a k — ¿Son esos los únicos m odos dr invención? G S — Hay u n a tercera modalidad dr progreso que yo intento pensar bajo la noción de transductividad. Es d paso de un conjunto constituido a un conjunto a constituir. En ese sentido es transductivo lo que se transmite paso a paso, lo que se propaga con eventual amplificación. Es el paso del triodo (tubo electrónico) al transistor; es decir, de un sistem a a otro en el que las tensiones y las corrientes no son las m ismas. O tro ejemplo sería el del motor de avión obtenido sin duda a partir del m otor de la moto, ligero, confiable y que no dem anda un enfriamiento por m edio de agua. En todos esos casos se hace referencia a una analogía real en la que se tie­ nen en cuenta las diferencias, y no un simple razonamiento aproximativo. Precisiones manuscritas: “La tecnología deductiva proviene de las ciencias, de la mecánica, de la geometría, pero puede dejar escapar fenómenos sutiles que no son del mismo orden de magnitud (el torno de Couffignal), convocando el estado líquido de la materia y las diferentes categorías del estado viscoso, según Darmois, o los fenómenos de precristalización. La materia no es pasiva e indefinidamente maleable sino en apariencia; la materia aristotélica no aspira hacia la forma como la hembra aspira al macho’ sino en apariencia. La materia es infiel a la forma”. “Una tecnología enteramente deductiva sería análoga a la tabla de Mendeléyev; prevería los ‘agujeros’ tan bien como los caracteres de los elementos presentes. Y ciertamente es lo que comienza a suceder; la fusión controlada del núcleo atómico liviano ya está siendo científicamente implementada, con su defecto de masa, su rendimiento, la composición de sus radiaciones. Pero lo que no est;í siendo implementado, son los medios para controlar esa fusión, porque entre los diferentes dispositivos ninguno es perfecto, como el Tokamak o un rosario de microexplosiones, y los diferentes tipos de confinamiento”. “El objeto técnico y los sujetos que lo utilizan no están en un mundo artificial”. El ejemplo del “torno de Couffignal” es el ejemplo que da Louis Couffignal de un accidente por ruptura de un muñón de un torno para una vagoneta de mina cuyo diámetro habría sido calculado a partir de una fórmula establecida por Reuleaux (N. del E.). 5 436 Salvar el objeto técnico a k —H ace un m om ento usted había hecho alusión a los ecologistas. ¿N o hay entre algunos de ellos una nueva concepción de la técnica? Pienso principalm ente en lo solar. gs — L o solar es el futuro, puesto que es la única energía virtualmente inagotable. Los ecologistas piensan la técnica com o algo que se encuentra en acuerdo con la naturaleza. Es un pensamiento antitecnocrático. T odo lo q u e yo pido a esos m ovim ientos es no rechazar místicamente la tecnicidad. D eben aprender de los científicos ecologistas, como D um ont, por ejemplo, las condiciones en las cuales el objeto técnico no deteriora la naturaleza. Si se trabaja el arado en un suelo con tendencia a la ferralitización, la tierra se agota en algunos años. L o que conviene es el arado que im pide que se convierta en una suerte de ladrillo. Estoy completamente de acuerdo acerca de esta necesidad de adaptar el objeto técnico a la naturaleza. a k —¿Pero no debe ser igualm ente adaptado al hombre? GS — Sin du da y es la razón por la cual conservo la idea de convivialidad de Illich, para quien los objetos técnicos deben ser hechos para el hom bre y no para servirle. A quí se puede aplaudir la aparición en el m ercado de ciertas herram ientas hechas para que las mujeres, menos fuertes pero más rápidas, las puedan utilizar. Al contrario, uno no debe introducir las técnicas a la fuerza en una pobla­ ción que no las quiere. Es lo que Illich reprocha a la técnica cuyo impacto teme en una sociedad determinada. H ay que destacar que los ensayos de labranza con tractor y arado han sido hechos en la época colonial, cuando se intentó introducir la agricultura pesada en un dominio en el que era ca­ tastrófica. El arado, que no hace sino desplazar sin voltear el suelo (un poco com o una reja), se encuentra adaptado no solamente a una población que restringe su uso, sino también a una región y a unas condiciones geológicas. ak —Existen entonces sociedades que rechazan ciertas técnicas. ¿Se puede ser insensible a los objetos técnicos? g s — Sí. Las poblaciones llam adas primitivas son a m enudo insensibles a los objetos técnicos. Algunas de ellas se interesan en ellos, pero en un 437 Entrevistas sentido que nos supera. In N u rv j /■ Im.Li, por ejem plo, los indígenas construyen especies de to u rs •!■ ni y de pistas, esperando que un avión aterrice en su pueblo. ( <,n i.l, im tjuc los aviones son el producid del trabajo de sus ancestros, y que I. . pertenecen. Es la razón por la c]iir quieren llegar a hacerlos atciri/.u, Im on ees, para tentarlos, les fabricanj un camino. E s una variante del “< .nj'o ( ’nlt”6. a k —¿Entre la indiferencia y I;i .obic-rslimación, hay un valor inheremr a un objeto técnico? g s —Sobre este punto las tradiciones difieren. El A ntiguo Testamento no parece haber reconocido en la técnica un valor distinto al utilitario. I n otras culturas, usted encuentra, por ejemplo, el m ito de Prometeo, que n posee para nada el m ism o sentido. En lo que a m i concierne, pienso qtii el objeto técnico tiene múltiples valores. Primero, es algo que proviene i una actividad m uy antigua del hombre, y que es probablem ente la qur I ha sacado de la barbarie. Pero está también el valor de que es el resultai de un concretización de origen humano. a k - Finalmente, ¿qué es lo que merece ser salvado en el universo de la técnicas? GS - Lo que merece ser salvado es lo crucial de cada una de las invencifl nes. Si la locom otora de vapor merece ser salvada es m enos por su gta caldera que por la posibilidad de frenar mientras continúa ro d an d o ,)n sim ple inversión del vapor. Esto permite dism inuir la velocidad sin sai i didas y sin riesgo de hacer descarrilar la m áquina (gracias a la corred c de Stephenson, en particular). H ay que conservar el material del pasado porque representa una poi bilidad de recuperación, y no solamente para constituir una arqueología El transform ador de Faraday (1831) era toroidal. H acia 1870-18NI La alusión al “Cargo-Cult” se vincula, según una nota de Gilbert Simondt con una sugerencia de Anita Kéchickian, que él quiere concederle. Se trata i culto que se practicaba en varias tribus de Australia y Melanesia a los cargamri id que llegaban desde Occidente. (N. de E.). 6 438 Salvar el objeto técnico la construcción industrial retiene las form as cúbicas. Es solam ente a causa de las exigencias de alta fidelidad y de m ejor rendim iento qu e se vuelve a los transform adores toroidales. D e esta m anera la form a toroidal inventada po r Faraday no estaba destinada a figurar en el m useo del com ienzo de las técnicas; era una form a racional que m erecía ser recuperada. Las técnicas no están nunca com pletam ente y p ara siem pre en el pasado. D etentan un poder esquem ático inalienable y que merece ser conservado, preservado. <1 }9 i ■ ■ ■ ' ■ fÉíúíí . ÍN D IC E D E N O M B R E S A Afrodisias, Alejandro de, 144 Agel, Henri, 347 Agrícola, Georgius (Georg Bauer), 322 Alejandría (y Escuela de Alejandría), 131, 158-159, 168, 174 Alquimistas, 144, 148, 150, 157, 162-163, 170 Apollinaire, 347 Aristóteles, 182 Arquímedes, 428 Ashby (William Ross), 191 Avicena, 146 II Bachelard, Gastón, 400 Uarchusen, Jean-Conrad, 136 Kasset des Rosiers, 107, 108 Baudelaire, 345 Bazard, Saint-Amand, 188 Beecher Stowe, Harriet, 58 Béjterev, Vladmir, 182 Hferger, Gastón, 275 Herthelot, Marcelin, 144, 159-161 Bettex, Albert, 146 Biringuccio, 69 Blanc-Féraud, Paul, 327, 328 Bpyle, 157 Brand, 156-157 c Calder, 380 Canguilhem, Georges, 190 Carnot, 180 Casuística, 114 Caveing, Maurice, 347 Champollion, 158 Chateaubriand, 188 Cibernética, 169, 173 Cicerón, 44 Cientificismo, 79 Clemente de Alejandría, 158-159 Compton, 291 Comte, Auguste, 112, 214, 226 Couffignal, Louis, 436 Cournot, 261 Cristiandad, 115 Ctesibio, 131, 174 D D ’Alembert, 103, 107 Darwin, Charles, 230 Deforge, 385 Deprun, Jean, 347 Derrida, Jacques, 365 Descartes, René, 82, 105-107, 111 Diderot, 103, 107 Dioscórides, 144, 159 Ducrocq, Albert, 326 Dumazedierjoffre, 103 441 Dumont, Louis, 329 Durkheim, E., 187 E Ecología / ecologismo, 11, 194 195, 329-332, 432, 437 Ecumenismo, 115-117, 1 2 2 , 128 Edison, 346 Eiffel, Gustave, 39-40, 296, 310, 368-369 Eliade, Mircea, 39-40, 59, 79, 81, 8 8 , 91, 129 Enciclopedia / enciclopedismo, 79, 103-104, 107-110, 113 Eneas de Gaza, 163 Enfantin, Barthélémy Prosper, 188 Epicúreos, 178 Estobeo (y Corpus hermeticum), 148, 150, 152 Estoicismo, 116, 184, 188, 263 Estructuralismo, 166 Existencialismo, 80 F Faraday, 321 Faverge, 238 Fenomenología, 80, 289, 341, 403 Feuerbach, 61, 63 Filosofía alemana, 80 Fisiócratas, 173, 187 Fisiólogos jónicos, 137 Flaherty, 48 Fontenelle, 107 Formalismo, 166 Fourier, 173, 188 Francmasonería, 109, 172 Frémont, 69 Friedmann, Georges, 103 Futurismo, 367 Futurología, 194, 329, 332 442 G • i,tlriio, 146, 159 t ..ililco, 42,116 l il.mbcr, Johann Rudolf, 148 t ¡nosticismo, 163 ( íournay, Vincent de, 187 ( IreeíF, Etienne de, 128, 290 ( ¡régoire, 38, 245 Grey Walter, Walter, 191 Gueroult, Martial, 367 Guicharnaud, Jacques, 347 Guimbal, Jean, 291, 416 H Haeckel, 206, 208, 219, 221, 223 224 Halbwachs, 187 Hales, 134 Harvey, 107 Heidegger, 39, 80 Hergé, 49 Hermetismo, 95, 136-137, 146, 154, 160, 164-165, 168-173, 175 Hermolaus Barbarus, 159 Herón, 131-132, 138, 174, 180 Hitlerismo, 119 Homero, 355 Horacio, 320 Hugo, Víctor, 188, 347 Humanismo, 1 10, 241, 247, 262, 265 I Idealismo, 289 Illich, Ivan, 437 J Jacob, Franfois, 179, 191 Jámblico, 159 James, William, 230 Jennings, 191 Jung, 79, 129 N Newcommen, 42, 180 Newton, 116, 120 K O Kant, 187 Kennelly-Heaviside, 228 Kraft, 157 Olimpiodoro, 159 Oparin, 179 L l.aFontaine, 1 0 2 , 182 Lamarck, 312 Lamennais, 173 I avoisier, 185 Le Corbusier, 124, 245, 302, 332, 367-368 I educ, Rene, 291 Léger, Ferdinand, 367 Leibniz, 157 1 croi-Gourhan, André, 353 I orenz, 50 Lucrecio, 178, 180 ! iuniere (hermanos), 346 Lwoff, 179, 191 M M aleb ranche, 177, 182,-184 Malthus, 329 Manetón, 159 Marey, Etienne-Jules, 346 Marinetti, 367 Marxismo, 110, 168, 172-173 Marx, Karl, 190 Maxwell, 192, 224, 435 Mecanicismo, 107, 111, 171, 173, 179, 190, 287, 292 Mrndeléyev, 436 Monod, 179 Montmollin, Mauritc de, 192 Myrdal, Gunnar, 45 P Paracelso, 146, 148, 152, 154-156 Pascal, 194, 196,317,321 Pasreur, 168, 180 Pavlov, 182 Perrault, 84, 85 Piaget, 52, 223 Pituanius, 159 Plateau, Joseph, 345 Platón, , 11 6 Plinio, 144 Positivismo, 111, 187 Pragmatismo, 230 Prospectiva, 195, 268, 329 Q Quesnay, Fran^ois, 187 R Rabelais, 189 Racionalismo, 107,110, 187, 399 Raman, 291 Ramelli, 177 Rayer, 347 Realismo, 171, 245, 289, 399 Réaumur, 185 Relatividad, Teoría, 120 Renán, 187 Restif de la Bretonne, 187 Reuleaux, Franz, 395, 436 Reynaud, Émile, 345-346 443 Rostand, Jean, 125 Rousseau, 172, 187 Ruyer, Raymond, 261 s Saint-Exupéry, 39, 49 Saint-Simon, 111, 173, 188 San Francisco de Asís, 113, 114 Schaub-Koch, Émile, 347 Segond, Joseph, 347 Senancour, 187 Siglo de las Luces, 79, 111, 170, 172, 187 Sinesio de Cirene, 145, 147 Socialismo, 172-173 Sócrates, 177-178 Sofistas, 177-178, 264 Soriano, Marc, 347 Souriau, Etienne, 347 Spencer, 173, 230 Spinoza, 183, 184 Stuart Mili, 230 T Tácito, 159 Tauler, 152 Taylor, 190, 296 Teoría de la información, 47, 169 Terencio, 241, 247 Tinbergen, 50 Toynbee, 80 Tucídides, 320 V Valentín, Basilio, 150 Valéry, Paul, 367 Van Helmont, Jean-Baptiste, 148, 152-154 Van Helmont, Mercurius, 152 444 Verne, Julio, 189, 386, 392, 396 Vi¡*,tiy, 188 Vill.ird de Honnecourt, 141, 155 Villcneuve, Arnaud de, 145 Vinrí, Leonardo da, 123, 139, 142, 177 Virgilio, 204, 330, 347 W Watson, James, 182 Watt, 42 Wiener, Norbert, 60, 190-191, 231 232, 397, 400, 426 X Xénakis, Iannis, 368 z Zadou-Naisky, Geroges, 201, 221225, 227, 229 Zonca, 155 Zósimo, 144-145, 147, 158-159, 163 EDITORIAL CACTUS 2017 SER IE CLASES Gilíes Deleuze, E n medio de Spinoza G ilíes Deleuze, Exasperación de la filosofía. E l L a b n i* Je 1 h-leme Gilíes Deleuze, D erram es entre e l capitalism o y la rujunoftrnin Gilíes Deleuze, P intura. E l concepto de diagram a G ilíes Deleuze, K an ty el tiempo G ilíes Deleuze, C ine 1. Bergsony las im ágenes G ilíes Deleuze, C ine 11. Los signos d el m ovimiento y t i tiempo G ilíes Deleuze, E l saber. Curso sobre Foucault I G ilíes Deleuze, E l poder. Curso sobre Foucault I I Gilíes Deleuze, L a subjetivación. Curso sobre Foucault // / G ilbert Sim ondon, Curso sobre la percepción G ilbert Sim ondon, Im aginación e invención G ilbert Sim ondon, Com unicación e inform ación Gilbert Simondon, L a individuación a la luz de las nociones deform a y de información. 2 a edición G ilbert Sim ondon, Sobre la técnica T ítu lo s en preparación Gilíes Deleuze, Cine III Gilíes Deleuze, Derrames II. Aparatos de Estado y axiom ática capitalista Gilbert Simondon, Sobre la filosofía Gilbert Simondon, Historia de la noción de individuo SERIE PERENNE Baruch Spinoza, Tratado de la reforma d el entendim iento H enri Bergson, M ateria y m em oria H enri Bergson, L a evolución creadora H enri Bergson, L a energía espiritual H enri Bergson, E l pensam iento y lo moviente Paul Klee, Teoría d e l arte moderno G iordano Bruno, D e la m ag a I D e los vínculos en general Gabriel Tarde, M onadologíay sociología G abriel Tarde, Creencias, deseos, sociedades Joseph Jacotot, Enseñanza un iversal Lengua m aterna Geoffroy Saint-Hiláire, P rincipios de filosofía zoológica W illiam James, Un universo plu ralista. Filosofía de la experiencia Charles Péguy, Clio. Diálogo, entre la historia y e l alm a p ag an a Charles Strong, L a sabiduría de las bestias Alain Robbe-Grillet, Por una nueva novela Eugéne Delacroix, M etafísica y belleza G iovanni Papini, Pragm atism o Sam uel Buder, V ida y hábito Jakob von Uexküll, C artas biológicas a un a dam a Abel Gance, Prism a Jean Epstein, E l cine d el diablo Jean Epstein, L a inteligencia de un a m áquina G ustav Theodor Fechner, L a cuestión del alm a Jakob von Uexküll, A ndanzas p o r los mundos circundantes de los anim ales y los hombres Paul Cézanne (M ichael D oran, com p.), Conversaciones con Cézanne Títulos en preparación Étienne Souriau, Los diferentes modos de existencia SERIE OCCURSUS Carlos Bergliaffa y Sebastián Puente, Producción Bom oroni D avid Lapoujade, Potencias d el tiempo. Versiones de Bergson Marie Bardet, Pensar con mover Rene Schérer, M iradas sobre D eleuze Franco Berardi Bifo, Félix Félix Guattari, Líneas de fu g a Sim one Borghi, L a casa y e l cosmos Pran^ois Zourabichvili, Spinoza, un a físic a delpensam iento l'élix Guattari, ¿Q ué es la ecosofía? I'ernand Deligny, Lo arácnido y otros textos Ariel Suham y & Alia D aval, Spinoza p o r los anim ales Félix Guattari, Un am or d e U IQ (junto a C aja N egra Editora) ( i Ules Deleuze, Cartas, y otros textos í Mego Sztulwark, Ariel Sicorsky, B u d ay Descartes. L a tentación racional I )avid Lapoujade, Deleuze. Los movimientos aberrantes ( i Ules Deleuze, E l bergsonismo Títulos en preparación Sandro Chignola, Foucault m ás allá de Foucault itéphane Nadaud, Fragmento(s) subjetivo(s). Un viaje p or las islas encantadas nietzscheanas Mui ¡el Combes, Simondon, una filosofía de lo transindividual Maurizío Lazzarato, Potencias de la invención. La psicología económica de G abriel Tarde contra la economía política 1 írfvtd Lapoujade, Las existencias menores Vint Jane Desprct, Qué dirían los anim ales si se les hicieran las preguntas correctas Vaun is Constan tinidés & Damien Macdonald, Nietzsche, el despierto i T u i f i Na b i b i i o t e c a s e n s i b l e IY11» Huvtüsson, D el hábito i .uitav Fechncr, A natom ía com parada de los ángeles / Sobre la dan za Título# n i preparación i íriiüit h yon ICleist, Sobre el teatro de marionetas y otros textos « « IIm c iO N E S l aíilu Virno, Cuando el verbo se hace carne (junto a Tinta L im ón Ediciones) IHiPARES (junto a Tinta Lim ón Ediciones) I «.Mui Meschonnic, Spinoza poem a d elpensamiento Mentí Mcschonnic, P ara sa lir de lopostm odem o I 5ís;Í” s t u preparación f^iüind Deligny, Sem illa de crápula Esta primera edición se terminó de imprimir en el mes de jun io de 2 0 17 e n l o s T alleres Gráficos Elias P o rte ry C ía. s r l , l‘Ia?a h o z , Buenos Aires, Argentina. gilbert C nc Simondon SOBRELA I I objeto técnico c o m o un ritual; los vericuetos de la alq uim ia; el uso correcto de la energía nuclear; los invento m ecánicos del siglo x v m ; una propuesta de reforma com pleta de la educación m od erna; el m a q u m ism o agrícola; nuestra idea de progreso, si q ueda alguna; un esbo/o de teoría de la publicidad q ue recuerda el aura d< W alter B e n ja m ín ; una sorprendente carta a Jacques I V iruta sobre la tecnoestética; una “ psicosociología del cine"; un llam ado para “ salvar al ob jeto técnico , y más A q u í se presenta todo lo que escribió S im o n d o n sobre l.i té\ nii .1 además del ya clásico E l motín ríe existencia fie lo . objetos técnicos, lis im posible que no se encuentre algo di interés erare todos estos temas. S im o n d o n es una salsa q ue va bien con cu alq u ier plato, pero a con d it ion de q u e se sepa qué se cocina: una nue\ i ide.i de técnica, q u e de hecho rechaza hablar de técnica < general, c o m o si una silla lucra igual que 1111 avió n, y que prefiere analizar niveles de tecnicidad. S im o n d o n nos alerta sobre nuestro m o d o de existencia q ue incluye a los sistemas técnicos pero no los enriende, v nos pide que v o lv am o s a pcnsai todo, c o m e n z a n d o por el m o d o en que se c o n c ib e la cultura: c o m o el reino d e lo s im b ó lico y lo im aginario, y n o c o m o la materia q ue somos, I a idea de una “ cultura m aterial" está en boga en algunos m edios. Pues bien, S i m o n d o n no solo la asu m ió c o m o su va hace m u ch o s años, sino q u e nos est.i en señ an d o c ó m o vivirla. Ya se ha d ic h o , pero no está de más repetirlo: en m e d io de su infinita erudición sobre temas para los t nales no hay eruditos, S i m o n d o n nos muestra >110 m o d o de estar y de sentir. I s hora de em ocio n arse h e m e .1 una tuerca.