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Anotações sobre os textos: A identidade cultural na
pós-modernidade - Stuart Hall e Por que estudar a mídia? Roger Silverstone
Comunicação E Cultura "N" (Universidade Federal de Santa Maria)
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Stuart Hall - A identidade cultural na pós-modernidade
➔ Três concepções de identidade (pg. 10-13)
Concepções de identidade:
- Sujeito do Iluminismo: concepção individualista, onde o núcleo interior
do sujeito era autônoma e auto-suficiente. O indivíduo tinha a cultura
dentro de si.
- Sujeito sociológico: a identidade é formada na interação do sujeito com
a sociedade. Há ainda o “eu” do núcleo interior, mas ele é modificado pela
interação com outros núcleos (culturas exteriores). Nos vemos nas
identidades culturais externas e as tornamos parte de nós.
- Sujeito pós-moderno: O sujeito não tem uma identidade fixa e está
constantemente em mudança. A multiplicação dos sistemas de
representação faz com que o sujeito tenha várias formas de se
representar, configurando uma identidade variável (identidades
fragmentadas/várias identidades).
➔ Descentrando o sujeito (pg. 34-46)
Descentralização do sujeito moderno: momentos importantes.
- Marx -> “Homens fazem a história, mas apenas sob as condições que
lhes são dadas”: os indivíduos não são autores da história, apenas agem
com base em condições criadas e com recursos culturais fornecidos por
gerações passadas.
- Freud -> Identidade, sexualidade e desejos formados por processos do
inconsciente que funciona através de uma lógica. A identidade é formada
ao longo do tempo por processos inconscientes, não é algo inato do ser
humano, está sempre sendo formada.
- Saussure -> a língua é um sistema social e não individual, ela já tem seu
significado e identidade próprios, portanto não somos seus autores. Ao
falar uma língua não estamos apenas externando nossos pensamentos
interiores originais, mas sim utilizando da gama de significados préestabelecidos da língua e da cultura para tal ato.
- Foucault -> “Poder disciplinar”: instituições que policiam e disciplinam as
populações modernas (escolas, hospitais, prisões, etc). População
controlada por instituições capacitadas para controle social e para que os
indivíduos sejam um “corpo dócil”. “Quanto mais coletiva e organizada a
natureza das instituições da modernidade tardia, maior o isolamento, a
vigilância e a individualização do sujeito”.
- Feminismo -> Faz parte do grupo dos “novos movimentos sociais” dos
anos 60, onde cada movimento apelava e se adaptava a identidade social
de seus sustentadores (política de identidade). O feminismo politizou a
identidade e o processo de identificação dos indivíduos na sociedade (seus
papéis).
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Roger Silverstone- Por que estudar a mídia?
➔ A textura da experiência (pg. 11-32)
- A mídia é onipresente, diária e essencial à experiência contemporânea.
- O estudo da mídia tem que ser feito a fundo para que entendamos o que a
mídia faz e o que nós fazemos com ela e esse estudo tem que se apoiar
em dimensões sociais, culturais, políticas e econômicas.
- A mídia é parte da “textura geral da experiência”, pois é através dela que
modelamos nossas visões de mundo e de nós mesmos.
Metáforas da mídia:
- Condutos que oferecem rotas da mensagem à mente;
- Linguagens que fornecem textos e representações para a interpretação;
- Ambientes (culturais midiáticos).
McLuhan: mídia como extensões do homem que aumentam o poder e
influência.
A mídia é um processo de mediação fundamentalmente político e
econômico. Os significados que chegam até nós saíram de instituições globais. A
mídia “invade culturas locais, mesmo que não as subjugue”. O controle de tudo
que é produzido e difundido pela mídia (e pelas pessoas) está nas mãos das
instituições -> traço fundamental da cultura da mídia contemporânea.
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“As instituições não produzem significados. Elas os oferecem”. Há uma
relação entre as mudanças nas tecnologias e na sociedade.
Silverstone diz que não se pode obter uma única teoria exata da mídia,
pois todos os resultados são superficiais.
Os estudos da mídia utilizam, na maioria das vezes, campos de grandes
acontecimentos e tragédias para chegar a conclusões sobre o poder que
ela exerce na sociedade. Porém Silverstone afirma que é no cotidiano que
a mídia opera de maneira mais significativa, onde age com grande papel
na modificação do senso comum.
Sobre esse senso comum, o autor afirma que a mídia depende daquele,
mas também ajuda a explorá-lo e distorcê-lo.
A mídia forçou o indivíduo a ter conhecimento da cultura do outro. A mídia
nos une ao passo que temos a mesma condição de acesso e recebemos as
mesmas informações, portanto há o espaço individual físico (onde o
sujeito se encontra) e o espaço expandido (que a navegação na mídia
proporciona) -> transcendência espacial.
A mídia nos oferece pontos de referência para o dia e nossa navegação
em seus espaços é dinâmica, pois passamos por vários deles todos os dias
sem deixar muitos rastros. Participamos do fluxo de representação da
mídia e agimos nele.
O pensamento pós-moderno diz que o mundo que habitamos é um mundo
de imagens, mas Silverstone alega que toda experiência é real, até
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-
mesmo as midiáticas. Ele diz também que somos capazes de distinguir
entre realidade e fantasia, tanto dentro quanto fora do ambiente
midiático.
O conteúdo e estrutura de nossas narrativas na mídia e no cotidiano fora
dela são diferentes e sua união ajuda a avaliar a experiência.
A mídia media a experiência
➔ Mediações (pg. 33-43)
- Mediação é uma circulação de significados que vai além da fórmula
emissor + receptor. Não é uma coisa contínua e sempre igual, tem suas
peculiaridades e essas são tantas que é impossível definir a mídia.
- A mediação é como a tradução, não é perfeita e “original”, pois cada fase
que ela passa atribui um novo significado e se apropria dela. A mediação é
mais que a tradução porque não trata-se apenas de um texto, tem várias
formas. Porém, ela é também menos que a tradução pq o mediador não
está necessariamente ligado a seu texto. A tradução é um trabalho de
autoria, mas a mediação é trabalho de instituições, grupos e tecnologias.
- A mediação é um processo também de apropriação.
- Usamos a mídia para entender o mundo mas também para fugir dele.
- Movimento dos significados nos limiares da representação e experiência.
➔
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Consumo (pg. 147-163)
A mídia se faz; Nós a fazemos. E ela é feita para nós.
Consumo: destruição de bens para construção de significados.
A terapia da compra é tanto a cura quanto a doença.
O consumo é um processo que não tem começo e fim, é um processo de
produtos e significados.
Mídia e consumo: são processos interdependentes. Consumimos a mídia e
somos persuadidos pela mídia a consumir determinadas coisas.
“Sou o que compro, não mais o que faço”.
Os produtos não são feitos para saciar as necessidades do consumidor,
mas sim para que elas continuem a existir e assim a roda do consumo
continue a girar. O consumo torna-se um hábito.
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