Linhagem Iniciática Duez – Pedutti Hierofante Hierofante do grego ἱεροφάντης, 'o que mostra o sagrado', este termo provem da união de duas palavras do latim: Hiero= sagrado Phantes= o que mostra. É um grau de alta hierarquia, denominação da mais elevada graduação sacerdotal o sacerdote supremo dentro dos sacerdotes da antiga religião grega e egípcia. Cabe ao Hierofante ser o revelador das ciências sagradas e ser o chefe dos iniciados, os Hierofantes eram os mais elevados adeptos dos templos da antiguidade, sendo os iniciadores nos grandes mistérios finais. São aqueles que se aprofundam e têm o acesso aos mais elevados conhecimentos da Ciência Oculta. São, também, aqueles que ensinam e presidem os Mistérios Maiores. O sumo sacerdote do culto de Elêusis em Ática, assim como, os de outros cultos de mistérios era considerado um intérprete dos mistérios sagrados e era o encarregado de instruir os iniciados em ditos mistérios. Para ser elegível para este cargo devia ser membro da linhagem dos descendentes de Eumolpo (eumólpidas), uma das antigas famílias fundadoras de Elêusis. Esta família era a autêntica proprietária do culto que começou por ser local e acabou estendendo-se por toda Grécia. Os arautos e dódocos deviam pertencer por sua parte à família dos Cérices. Vestia uma longa capa púrpura com bordados de ouro e uma faixa dourada chamada estrófio lhe cingia a cabeça. Também calçava botas de canos altos. Na cerimônia em que assumia seu cargo lançava seu antigo nome simbolicamente ao mar e desde então somente se lhe conhecia como Hierofante e outros títulos sagrados, estando proibido pronunciar seu nome. Ele era o encarregado de presidir os ritos dos Mistérios Eleusianos. Nos templos egípcios, os hierofantes eram os sumos sacerdotes e os mestres dos mistérios secretos. Sacerdote supremo que tinha a direção dos cultos. Os hierofantes formavam uma classe poderosa que por longos séculos foram donas de muito poder. Faziam as purificações de abluções e celebrava cada dia um ofício que consistia em cantar alguns hinos pela manhã, ao meio-dia, tarde e pela noite, ocupando-se nos intervalos em estudar as ciências e a prática da medicina. Na iniciação, o hierofante se aproximava do recém-chegado e lhe formulava um breve e penetrante exame, no que era aceito ou não para traspassar a porta do templo. Este tinha duas colunas: a vermelha significava a ascensão do espírito da Luz de Osíris; a negra representava seu cativeiro na matéria e esse declínio podia conduzi-lo ao aniquilamento. Para o iniciado que abordara a doutrina secreta, havia dois caminhos, nada mais, a loucura e a morte para o débil, a vida e a imortalidade para o forte e justo. O Hierofante é o mediador entre o mundano e o divino. É uma ponte entre a iluminação interna e a vida externa. Representa todas as estruturas que defendem sistemas de crenças. Os hierofantes eram obrigados a manter extraordinária reserva para excluir os céticos e os zombeteiros e para que não lançassem pérolas aos porcos. Seja como for, nem todos estão preparados para enfrentar uma experiência desta envergadura.