Subido por Marisa Helena Degasperi

TRADUÇÃO PROJ CONSC VISUAL 2020

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CONSCIÊNCIA VISUAL: MAIS UM DEGRAU
NOS ESTUDOS DE AUDIODESCRIÇÃO
Coordenadora: Marisa Helena Degasperi
(Universidade Federal de Pelotas / RS / Brasil)
Colaboradoras:
Catalina Jiménez Hurtado
(Universidad de Granada/ Granada/Espanha)
Leticia Lorier
(Universidad de La República/Uruguai)
Colaboradora discente: Rosvita Wachholz das Neves
(Universidade Federal de Pelotas/RS/Brasil)
Período de execução: 2020-2022
Resumo
A audiodescrição (AD), também denominada Tradução Acessível (TA) ou Tradução
Intersemiótica, é uma decodificação de um tipo de informação, nesse caso, a visual - e
recodificação da informação em outro tipo de código: o escrito. (Motta & Romeu, 2010: 7;
PLAZA, 2008:45). De outra maneira, pode-se dizer que é a transposição de signos de sistemas
não verbais para signos verbais (Jakobson, 1991). Por outra perspectiva, o texto
audiodescritivo (TAD), também considerado roteiro de audiodescrição, está diretamente
subordinado à imagem (Jiménez Hurtado, 2007: 348), portanto, pode-se entender que a
percepção visual e, como consequência dela, a consciência visual, devam ser requisitos
fundamentais para qualquer audiodescritor roteirista, durante o processamento da informação
visual. Partindo desse pressuposto, entende-se que treinamentos de percepção visual, através
de atividades que favoreçam o despertar da consciência visual e a acuidade visual (Piolat et al,
2001; LU et al, 2011; LEV et al, 2015) sejam, não só necessários, mas imprescindíveis, em
cursos de formação de audiodescritores.A proposta desse projeto experimental, fundamentado
em teorias das Ciências Cognitivas, na Psicologia da Arte e nos Estudos da tradução é
apresentar um tema ainda não investigado em estudos sobre audiodescrição: a inserção de
atividades com enfoque no desenvolvimento da percepção visual e da consciência visual, em
cursos de formação de audiodescritores. A hipótese principal que se pretende corroborar é de
que: A inserção de atividades com estímulos para percepção visual em cursos de
audiodescrição pode contribuir para o desenvolvimento da consciência visual de
audiodescritores em formação ou em processo de aperfeiçoamento, resultando na produção de
traduções acessíveis (TAs) de melhor qualidade. O resultado que se espera desse estudo é que
a partir do treinamento com estímulos visuais os audiodescritores possam desenvolver a
habilidade de observar de forma sistemática (acuidade perceptiva visual) imagens estáticas fotografias genéricas e de obras de arte-, a ponto de interpretá-las com maior precisão e
descrever com maior propriedade, do ponto de vista estético e lógico. A escolha de imagens
estáticas- fotografias e obras de arte-, teve motivação no fato de serem imagens cuja presença
1
abrange todo tipo de ambiente visual: museus, escolas, redes sociais, mídias, eventos
acadêmicos, etc. Sendo assim, a riqueza de materiais de análise de diferentes modalidades e
fontes para os treinamentos perceptivos é suficiente para que a seleção de imagens se realize.
Para validação da hipótese apresentada, propõe-se oferecer um Curso de Audiodescrição para
dois grupos de quinze pessoas, num total de 30 sujeitos, da comunidade acadêmica da
Universidade de Granada (Espanha), assim constituídos: a) um grupo de controle, cujo curso
será similar aos cursos correntemente oferecidos em instituições que promovem esse tipo de
formação; b) um grupo experimental, que receberá um curso com ênfase no treinamento de
percepção visual desde o início do curso. Durante as atividades, as formas de apresentação
das atividades, as orientações e objetivos, serão idênticos nos dois cursos e os cursistas serão
observados em suas manifestações comportamentais em relação às suas demandas para
realizar as atividades. A mensuração do resultado será através da análise em escala qualitativa
dos trabalhos de ambos os grupos, que deverão ser os mesmos, aplicados nas mesmas
condições, com o diferencial já apontado anteriormente para o grupo experimental: a ênfase
no treinamento perceptivo visual desde o início do curso. As análises da qualidade dos
trabalhos de audiodescrição dos cursistas terão também o parecer de usuários, consultores
cegos, imprescindíveis nesse processo. Também serão considerados os comportamentos
relacionados ao nível de dificuldade dos cursistas para a realização das tarefas, que serão
identificados através das fichas de observação sistemática e de questionários em que os
mesmos poderão dar seu depoimento sobre esse aspecto. Todos os sujeitos envolvidos no
processo receberão um “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”, no qual poderão optar
em serem ou não participantes da pesquisa, e serão colocados a par das intenções e do caráter
de anonimato nos resultados apresentados. O produto final, a partir dos resultados e com a
ratificação das hipóteses é uma nova perspectiva didático-metodológica para cursos de
formação de audiodescritores, cujo objetivo é o de comprovar que a inclusão de atividades de
percepção visual nos cursos de capacitação de audiodescritores favorece o desenvolvimento
da percepção visual e, portanto, a percepção visual ou atenção e otimização da qualidade de
produtos de audiodescrição de imagem estática, no caso, de TDADs.
PALAVRAS CHAVE: Cognição; Consciência visual; Percepção visual; Audiodescrição.
1. Introdução
Ainda que no Brasil e no mundo, a legislação e a luta pela acessibilidade e a inclusão
de pessoas com deficiência visual tenham aumentado significativamente, a necessidade de
intensificar a produção de material visual acessível permanece essencial. Dada a crescente
demanda de que todos os tipos de meios de comunicação que exibem material cultural tenham
potencial para acessar todas as pessoas (design for all/desenho para todos ou desenho
universal), pode-se inferir que a necessidade de treinar acessibilitadores1 é premente (Alves y
Teles, 2017: p.419; Sanz Romero, 2018: p.120). Em termos de acessibilidade aos recursos
visuais, a prática da audiodescrição (de agora em diante, AD) aumentou consideravelmente,
mas o número de audiodescritores com formação acadêmica e profissional ainda é
insuficiente para atender as demandas (Díaz-Cintas, 2007: p. 179; Braun, 2008; Alves e Teles,
2017: p. 419; Sanz Romero, 2018: p. 120). Além disso, no Brasil e, ao que tudo indica,
também na Espanha, os cursos de formação são restritos, em grande número, a cursos
1
Termo usado por Díaz Cintas 2007: p.46; Tamayo, 2016: p.337; Alves y Teles, 2017: p.422
2
organizados e ministrados por profissionais liberais em centros de formação profissional e por
professores especializados, em cursos de extensão universitária, especialização e mestrado. O
que se percebe nesses cursos é a ênfase na legendagem de filmes e eventos ao vivo (veja o
Real Decreto 93/2019 da Espanha). Nos cursos de Licenciatura em Tradução, em geral, o AD
é oferecido como parte da disciplina de Tradução Audiovisual ou como uma disciplina
optativa.
O conceito de DA subjacente a este trabalho é o de Remael, Riviers e Vercauteren
(2014: p.1):
AD is a service for the blind and visually impaired that renders Visual Arts and Media
accessible to this target group. In brief, it offers a verbal description of the relevant (visual)
components of a work of art or media product, so that blind and visually impaired patrons
can fully grasp its form and content. AD is offered with different types of arts and media
content, and, accordingly, has to fulfil different requirements. Descriptions of "static" visual
art, such as paintings and sculptures, are used to make a museum or exhibition accessible to
the blind and visually impaired.
Os autores apontam a funcionalidade deste instrumento de acessibilidade e
suas modalidades:
These descriptions can be offered live, as part of a guided tour for instance, or they can be
made available in recorded form, as part of an audio guide. [...] Depending on the nature of
a production additional elements may be required to render it fully accessible. In the case of
subtitled films, the subtitles need to be voiced and turned into what are called Audio
Subtitles (AST). Some films or theatre productions require an introduction (called Audio
Introductions, AI) for various reasons. In the case of museum exhibitions, descriptions may
be combined with touch tours or other tactile information. In all cases, websites can be used
to provide additional information about a production or exhibition, provided they are
accessible too (Remael, Riviers y Vercauteren, 2014: p.1).]
A preferência pelo conceito utilizado pelos autores é por objetivo e simples para
entender a funcionalidade da AD em relação aos cegos e a outros que possam dela se
beneficiar.
Sobre a abrangência da AD nos meios de comunicação, pode-se dizer que a pesquisa
dedicada ao desenvolvimento de métodos de análise de imagens, em torno do AD, se tem se
concentrado em imagens dinâmicas de materiais audiovisuais da televisão, de filmes/cinema e
eventos ao vivo (Braun, 2017: p.358; Soller e Jiménez Hurtado, 2013: p. 181; Aderaldo, 2014:
p.22).
A acessibilidade visual em shows ao vivo tem ganhado projeção em diferentes partes
do mundo no que se refere ao teatro, aos festivais de música, de dança e até aos esportes e,
com isso, uma inserção cultural do público cego, de baixa visão e de outras pessoas com
outras deficiências.
Em relação às artes visuais tridimensionais, o desenvolvimento da AD nos museus
avançou notavelmente, por meio de projetos que utilizam a multimodalidade dos meios para a
experiência cinestésica de pessoas com deficiência visual, como a técnica Didú, desenvolvida
como “Art to touch” (arte para tocar), no Museu de Belas Artes de Bilbao (Espanha) em 2012.
A técnica consiste em transformar imagens, originalmente planas, em réplicas tridimensionais
3
em relevo para que as pessoas possam conhecê-las através do toque. Uma locução em áudio
acompanha a exploração tátil mais relevante da obra.
Em outros museus da Espanha e do Brasil, também há projetos diferentes que utilizam
obras de arte e esculturas com maquetes reproduzidas em impressoras 3D; mas, esse tipo de
recurso requer um alto investimento financeiro, o que dificulta seu uso regular em todos os
tipos de exposições, itinerantes ou fixas (Aderaldo et all, 2016: p.26).
Estudos sobre métodos de análise de imagem estática em materiais didáticos ou em
materiais informativos, como jornais digitais, por exemplo, ainda são em menor quantidade
(Aderaldo, 2014: p.23). A modalidade de imagem estática, em seus diferentes tipos (fotos,
pôsteres, desenhos animados, livros de histórias, vinhetas, cenários, gráficos etc.), que estão
em livros de histórias, livros didáticos, outdoors, jornais, revistas, embalagens, etc.,
geralmente é menos oferecida nesse contexto, apesar de fazer parte da maioria dos produtos
disponibilizados no dia-a-dia de todas as pessoas. (Aderaldo, 2011-2014: p.23; Vergara, 2016:
p.31). A acessibilidade a esses materiais, pelas pessoas com deficiência visual e outras
deficiências, como por exemplo, a dislexia, certamente amplia a inclusão socioeducativa e
cultural dessas pessoas, por muito tempo à margem dos eventos culturais e do acesso à
informação visual, nos entornos sociais.
Considerando esses fatos, ao desenvolver metodologia e didática especializada em
tradução acessível, com enfoque em habilidades e competências relacionadas à percepção e à
consciência visual – o que se denomina Aprendizagem Visual-, as Universidades podem se
tornar referências regionais ou nacionais nesta área de formação, dependendo do
aprofundamento e do grau de investimento investigativo -intelectual e material- empenhado.
Por ser de natureza humanitária e, por esse motivo, corresponder à área de Direitos Humanos,
a acessibilidade visual, através da audiodescrição, deve estar em consonância com as políticas
públicas das Universidades e, por conseguinte, fazer parte das boas práticas nos diferentes
âmbitos institucionais. A formação de acessibilitadores visuais – audiodescritores – deve ser,
então, uma prática que conduza à acessibilidade, propriamente dita, e à sua difusão na
comunidade acadêmica e na comunidade geral, em nível regional, nacional e internacional.
Além disso, a busca da excelência nos âmbitos: da capacitação, da formação humanística, da
difusão boas práticas e da pesquisa em acessibilidade visual deve ser objetivo de qualquer
IES, como entidade educativa socializadora de conhecimento.
Vergara (2016) dedica sua tese à AD em educação, propondo a descrição de imagens
de materiais didáticos como uma forma de inclusão no conhecimento acadêmico. Por isso, o
autor propõe um modelo específico de AD para o ensino, diferente da AD oferecido pelos
profissionais, como padrão geral.
Portanto, pode-se dizer que a AD evoluiu muito nas últimas décadas, considerando
que é uma área recente nos estudos de tradução (Hurtado e Seibel, 2008: p.452; Díaz-Cintas,
2007: p.45-46; Ricart e Rivero, 2017: p.58); mas, ainda não se pode afirmar que esse tipo de
tradução atingiu todas as áreas necessárias de inclusão.
É necessário expandir os estudos sob diferentes perspectivas, introduzindo diferentes
pontos de vista sobre a diversidade recursiva da AD, e incrementando-os, com novas
propostas de análise que contemplem novas contribuições. Para isso, é necessário ampliar a
4
capacidade de treinamento de audiodescritores e pesquisadores em AD e desenvolver planos
de ensino voltados para as necessidades dos alunos quanto às demandas da profissão.
Considerando que a percepção visual constitui uma parte importante do processo
visual na contemplação de um objeto ou ambiente e que está formada sob uma multiplicidade
de fios que convergem à consciência visual (O´Reagan, 2001; O´Reagan e Noë, 2001),
entende-se que seu desenvolvimento no treinamento de audiodescritores é essencial.
Os programas dos cursos de formação de audiodescritores oferecem conteúdo bastante
técnico e, em grande maioria, desconsideram o desenvolvimento de aspectos cognitivos que
se podem considerar determinantes nas análises das imagens. Além disso, as imagens
dinâmicas ocupam maior parte dos estudos investigativos. Os resultados destas escolhas
culminam em protocolos dirigidos às questões linguísticas de produção, de estratégias
tradutórias sistemáticas e de normas de inclusão, as chamadas boas práticas.
A atenção dirigida à pessoa com deficiência é bastante importante. É necessário
considerar que o receptor do produto final deve arbitrar sobre sua qualidade e precisão
descritiva. Entretanto, o descritor, como espectador-informante ou comunicador, deve receber
um tratamento mais voltado para suas potencialidades, no que concerne à interpretação visual,
que não é um mero exercício intuitivo, senão um procedimento técnico especializado. Olhar
não é ver e ver não é perceber plenamente, assim como perceber não é ter consciência do que
vê.
Após investigar 17 diferentes cursos de formação de audiodescritores, em instituições
de ensino superior e institutos de formação profissional, no Brasil e em países europeus,
verifiquei que não há indícios de qualquer abordagem à percepção visual ou à percepção
visual como objeto de estudo; o enfoque nem mesmo aparece como pano de fundo na lista de
conteúdos dos cursos.
Desta forma, defende-se nesta investigação que os cursos de formação de
audiodescritores devem enfatizar o desenvolvimento perceptivo e, por conseguinte, de
consciência visual de seus estudantes, para otimização das produções de textos descritivos
para AD.
É importante considerar quais são os conceitos que norteiam esta pesquisa. Primeiro,
é necessário esclarecer que conceito de percepção visual adotado.
O conceito de percepção visual que parece mais apropriado para este estudo é o das
Ciências Cognitivas, que propõem que a consciência visual é o produto da experiência do
observador (Nöe e O´Reagan, 2001; O´Reagan e Noë, 2001; Degenaar e O'Regan, 2015). A
consciência visual, nessa perspectiva, será a contingência perceptiva direcionada a uma ação,
que são as atividades-meta propostas em um curso de AD. Para os objetivos específicos,
também serão considerados os conceitos de Arnheim (1986), cuja proposta tem aplicação à
especificidade da Psicologia da Arte e converge em aspectos fundamentais da teoria desses
autores.
Ao entender as nuances que envolvem o que se considera “aprendizagem visual” ou
“treinamento visual”, para o incremento perceptual e a conscientização visual, é necessário
5
propor algumas questões que pretendem deslindar, de forma empírica, como seria possível
contemplar a formação de audiodescritores nessa seara. Para que isso, que converge com o
objetivo proposto, seja alcançado, faz-se necessário um questionamento pertinente que o
responda satisfatoriamente.
2. Questões da pesquisa
Considerando esses aspectos para o AD, surgem as seguintes questões de pesquisa:
1. É possível desenvolver a percepção visual de maneira a favorecer a consciência
visual em futuros audiodescritores, durante a formação?
2. No caso de ser possível, como um curso de formação de audiodescritores pode ser
desenvolvido de maneira a favorecer o desenvolvimento da percepção visual? Poderá ser
através de atividades específicas que reforçam a percepção visual?
3. Poderiam certas atividades específicas de reforço da percepção visual favorecer o
incremento de algumas das habilidades de tradução de audiodescritores profissionais ou em
formação?
4. Como a consciência visual está relacionada à qualidade dos textos descritivos para
AD (de agora em diante, TDAD)?
As hipóteses possíveis para essas perguntas são as seguintes:
1. A inclusão de atividades específicas de percepção visual nos cursos de formação de
audiodescritores favorece o desenvolvimento da percepção visual e, consequentemente, da
consciência ou atenção visual.
2. A consciência visual promove a melhoria da qualidade da análise do texto original,
o que, por sua vez, melhora o texto alvo, ou seja, o texto descritivo para o AD de objetos cuja
estrutura é fundamentalmente visual.
É importante observar que o TDAD é um texto que possui um público específico, que
é o público com deficiência visual e outras deficiências cognitivas, como a dislexia.
3. Objetivos
3.1 Objetivo geral:
Considerando essas premissas, este projeto tem como objetivo geral comprovar que a
inclusão de atividades de percepção visual nos cursos de capacitação de audiodescritores
favorece o desenvolvimento da percepção visual e, portanto, a percepção visual ou atenção e
otimização da qualidade de produtos de audiodescrição de imagem estática, no caso, de
TDADs.
3.2 Objetivos específicos:
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I. Desenvolver um curso de treinamento, no nível básico, com foco na consciência
visual para estudantes de diferentes áreas do conhecimento.
II Desenvolver conteúdo de treinamento de conscientização visual, especificamente
aplicável a futuros audiodescritores, com imagens que exijam mais atenção visual.
III Verificar a evolução dos alunos do curso de audiodescrição com base em suas
produções durante o curso.
IV Estabelecer parâmetros para avaliar e escalar o desenvolvimento da qualidade dos
textos descritivos dos audiodescritores em treinamento.
V. Apresentar os parâmetros necessários para projetar atividades de percepção visual
em cursos de treinamento de audiodescritores.
Espera-se que o curso forneça respostas às perguntas da pesquisa, para isso, desenhase uma metodologia que se adequa ao tipo de investigação em tela cujos fundamentos se
apresentam no tópico seguinte.
4. Fundamentos teóricos
Para o desenvolvimento do conteúdo do curso, serão estudados os conceitos de
percepção e competência visual de diferentes autores de Ciências Cognitivas e o Modelo de
Competência de Wagner & Schönau (2016) no Common European Framework of Reference
for Visual Literacy – Prototype, que em 2018 teve designação substituída por Common
European Framework (CEFRVL) of Reference for Visual Competency – Prototype (Blaikie,
2019) (CEFRVC, como será referido de agora em diante). Os autores oferecem uma proposta
conceitual de competência visual do ponto de vista das Ciências Cognitivas e da Psicologia da
Arte, que fundamentam este trabalho. A partir deste modelo, buscar-se-á o desenvolvimento
um método de análise para uma escala avaliativa, através das ADs que farão parte das
amostras, que serão 6 (seis) produções TDAD de cada aluno de dois grupos de um curso
básico de AD (quinze alunos do grupo experimental e quinze do grupo controle), totalizando
180 textos.
A análise das amostras será baseada nos requisitos de competência visual para a
descrição de imagens estáticas do tipo:
• Fotografias de jornais;
• Obras de arte pictóricas.
A partir desses tipos de texto, que são os TDAD, serão realizados estudos analíticos da
progressão do desenvolvimento perceptivo dos alunos de ambos os grupos (experimental e
controle), desde o início até a conclusão do conteúdo do curso, em uma escala gradual de
habilidades visuais. Esses estudos se concentrarão nas seguintes variáveis:
Percepção visual: Através do conceito de percepção visual (O´Reagan, 2001;
O´Reagan e Noë, 200; Degenaar e O'Regan, 2015; Arnheim, 1974; 1986 e Dondis, 2003) e
em estudos cognitivos do CEFRVC (Wagner & Schönau, 2016), podem ser definidos os
requisitos necessários para as atividades práticas para o curso de formação de
audiodescritores.
7
A imagem: Objeto principal do tema, através dos conceitos de percepção visual, (des)
composição e métodos de análise de imagens estáticas de pesquisadores em Psicologia da
Arte (Arnheim, 1974-1986; Aumont, 1992; Dondis: 2003) e cognição no CEFRVC, de
Wagner & Schönau (2016). Esses estudos são mais adequados ao tipo de imagens escolhido,
pois tratam, mais especificamente, do reconhecimento estético relacionado à percepção da
composição e sua interpretação, de acordo com a mensagem subjacente que constitui sua
essência, no contexto ou meio em que é exposto.
A seleção do objeto, com base nos objetivos, servirá para estabelecer comparações entre
os audiodescritores em formação, em relação à qualidade da produção do TDAD. É
importante observar que os textos descritivos, além das imagens, constituem a matéria-prima
da AD, que se materializa através da locução.
Arnheim (1974) aponta que o simples contato com a arte não leva ao seu entendimento; que
para entendê-la e interpretá-la, é necessário despertar para o que nossos olhos captam:
We have neglected the gift of comprehending things through our senses. Concept is
divorced from percept, and thought moves among abstractions. Our eyes have been reduced
to instruments with which to identify and to measure; hence we suffer a paucity of ideas
that can be expressed in images and an incapacity to discover meaning in that we see.
Naturally we feel lost in the presence of objects to make sense only to undiluted vision, and
we seek refuge in the more familiar medium of words.
[...] The mere exposure to masterworks does not suffice. Too many persons visit
museums and collect picture books without gaining access to art. The inborn capacity to
understand through the eyes has been put to sleep and must be rewakened. (Arnheim,
1974: 1-3).
O TDAD: Fundamentado em estudos de tradução, com ênfase em propostas que se
referem à formação de audiodescritores, sobre habilidades de tradução (interpretação e
seleção) e conhecimento linguístico (seleção de vocabulário e organização de elementos
descritivos) por Díaz-Cintas, 2007; Sadowska (2014); Braun (2018), e outros estudiosos sobre
o assunto, necessários para a experiência em AD, ao que se refere às atividades de produção e
análise de AD. Esses são parâmetros importantes para avaliar a qualidade dos textos
produzidos pelos alunos. Portanto, considerando o que Arnheim (1974: 1-3) propõe, alguns
pontos que determinam o domínio necessário para a redação do texto, para a descrição das
imagens, devem fazer parte do conteúdo do curso para conduzir a etapa avaliativa das
mostras. Estes são:
1. O aluno deve conhecer as características do tipo de texto que terá que construir, a
fim de ter uma compreensão clara dos elementos linguísticos que ele escolherá para organizálo.
2. Na formação se deve apresentar a necessidade de estudar a origem da imagem e
tudo o que lhe corresponde em sentido, principalmente o objetivo de sua existência e
publicidade. Esse será o pano de fundo para a compreensão e para a tradução. O
aprofundamento da pesquisa através da busca do contexto das imagens, antes da produção do
texto, facilitará a seleção dos elementos visuais mais relevantes para a descrição (Bernaś:
2019, p. 66)
8
5. Fundamentos metodológicos.
Os objetivos propostos serão perseguidos, seguindo-se uma Metodologia de Ensino
baseada em pesquisa-ação, na qual poderão participar os alunos que têm interesses
convergentes na produção de material cultural acessível. Entende-se que a motivação para
participar do curso potencializa a melhoria no desempenho das tarefas.
5.1 Etapas da pesquisa:
I. Estudos teóricos;
II Elaboração do projeto;
III Desenho do Curso de AD;
IV Aplicação de atividades de percepção visual no curso;
V. Coleta de dados durante atividades de AD;
VI Operacionalização dos dados (categorização e organização);
VII Triangulação de dados: amostra, observação, questionários, avaliação dos TDAD,
avaliação de consciência visual.
VIII Análise e discussão de dados.
IX Conclusão
X. Relatório de investigação.
XI Divulgação dos resultados.
5.1.1 Desenho de um curso de imagens estáticas AD, nível básico (30h)
Esta pesquisa baseia-se no uso de um método experimental e na análise de base
neuropsicológica do desenvolvimento progressivo da percepção visual, que é o elementochave do estudo e é por isso que decidimos estudá-lo mais profundamente. Entende-se que a
qualidade da descrição, nesse sentido, será melhorada de maneira mais perceptível, por meio
do exercício sistemático de aprendizagem visual das imagens, durante o curso. Trata-se,
então, especificamente, de estudos analíticos da qualidade dos TDAD de imagens estáticas
que fazem parte das amostras, ainda que o curso também lide com imagens dinâmicas.
Para apoiar a organização do curso, servimo-nos dos estudos Díaz-Cintas, 2007-2008;
Hyks, 2005; Matamala, 2006; Balester et al .; Matamala e Orero, 2007; Navarrete Moreno,
1997; Orero e Wharton, 2005; Orero, 2005; Soler e Jiménez Hurtado, 2013; Sadowska, 2014;
Snyder, 2014; Braun, 2018; Jankowska, 2019; Mazur e Vercauteren, 2019; Mendoza e
Matamala, 2019), relacionados à questão das habilidades dos audiodescritores. Para isso, será
feito um inventário que inclua os principais requisitos propostos por esses autores e serão
elegíveis aqueles que tenham um relacionamento direto com o TDAD para imagens estáticas.
Para a produção dos parâmetros didático-metodológicos do curso, usaremos os
pressupostos de: Arnheim (1954-1986), sobre percepção e competência visual; Dondis
(2003), sobre alfabetização visual, e aqueles relacionados à formação geral de
audiodescritores, os estudos de Mendoza e Matamala (2019). Destes, as dimensões que
conduzirão esta pesquisa serão os seguintes:
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ANÁLISE E
SELEÇÃO
 PERCEPTIVA
 DE
CONSCIÊNCIA
VISUAL
AÇÃO (Técnicas)
EXPRESSÃO
 COGNITIVA
 CONHECIMENTO
DO OBJETIVO, DO
CONTEXTO E DO
USUÁRIO
 INTERSEMIÓTICA/
TRADUTOR
Tomada de decisões
 LINGUÍSTICA
 LEXICAL E
SINTÁTICA
 COMUNICATIVA
 SEMÂNTICA
 PRAGMÁTICA
 TEXTUAL
SUBJACENTES
AO OBJETIVO
 COGNITIVA
Y PERSSOAL
 ATITUDES
- Ações
 DESTREZAS
-Criatividade
-Gestão do
tempo
 BOAS
PRÁTICAS
Polidez/Cortesia
Comportamento
em negociações
-Flexibilidade
-Relação
interpessoal
-Empatia
Este esquema foi organizado de acordo com os itens indicados pelos resultados da
pesquisa das autores mencionadas, no projeto ADLAB PRO, no qual foram coletados dados
de cinco programas de mestrado que incluíam o formação em AD em seu currículo. (Mendoza
e Matamala, 2019: 148). Alguns elementos da tabela original foram substituídos por outros,
apresentados por los autores citados anteriormente, ou agrupados, para se adequar aos
objetivos desta pesquisa.
Para a escolha e análise das imagens, serão consideradas as diretrizes de Sadowska
(2014), que se dedicou a estudos de audiodescrição em ilustrações da imprensa (fotografia e
desenho) e desenvolveu um roteiro de formação de ADs dessa natureza. Segundo a autora,
essa nova forma de AD foi usada apenas na Polônia. A autora afirma que << A base da
formação é familiarizar os participantes com a AD: sua essência, os princípios de criação, um
público diversificado e as implicações resultantes dela >>. (Sadowska, 2014: 131).
Os fundamentos das Ciências Cognitivas e os Estudos de Tradução já mencionados
nortearão o desenho do Plano de Curso, no que diz respeito às especificidades teórico-práticas
da AD.
O conteúdo do curso de 30 (trinta) horas será desenvolvido em torno dos seguintes
conceitos:
1. Conceitos básicos sobre deficiência e acessibilidade; 2h
2. Informações básicas sobre legislação AD (local) e regulamentos; 2h
3. Conceitos básicos de DA; 6h
4. Introdução ao TDAD: características específicas deste tipo de texto; 4h
5. Conceitos básicos sobre gramática da imagem artística; 4h
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6. Abordagens gerais sobre estratégias de tradução de imagem e palavra; 4h
7. Exercícios práticos de análise e produção de DAs. 8h
As atividades devem ter como orientação os conceitos subjacentes a este trabalho, ou
seja, a ênfase na percepção visual e na percepção visual.
Imagens dinâmicas de filmes e outros tipos de recursos audiovisuais também serão
tratadas, mas para a análise deste estudo, imagens estáticas de jornais e obras de arte serão
escolhidas como componentes da amostra, como já mencionado.
No início do curso, será realizado um teste de consciência visual que será repetido
durante e no final das aulas, para que o grau de desenvolvimento da consciência visual
alcançado possa ser verificado graças à aplicação de exercícios projetados especificamente
para o desenvolvimento desta consciência.
Dessa forma, será possível comparar as produções dos participantes dos dois grupos
em termos de consciência visual e tradução.
5.1.2 Desenvolvimento do conteúdo do curso
O programa do curso é composto por atividades que inserem a percepção visual como
pano de fundo, a fim de alcançar os componentes necessários para analisar o desempenho de
ambos os grupos:
• o experimental - que terá conteúdos e atividades de percepção visual no início do
curso e
• o controle, que os terá no final do curso.
Para a seleção dos participantes do referido curso, será feita uma chamada na qual o
candidato a um lugar deverá atender aos seguintes requisitos:
- Ter concluído o ensino médio ou ser um estudante do ensino superior ou se formar
em qualquer área;
- Ter conhecimentos de informática;
- Tenha 8 horas por semana para participar das aulas e 4 horas por semana para se
dedicar a leituras e / ou exercícios em casa.
Embora a sessão do curso esteja posicionada no plano do curso de uma maneira
diferente, os dados podem ser coletados em ambos, desde o início, a partir da observação do
comportamento dos participantes. Esses dados devem demonstrar o nível potencial de
dificuldades, dúvidas e contribuições, presentes em suas manifestações durante as atividades.
Eles também poderão fornecer índices de desenvolvimento comportamental para alguns
participantes e serão complementados por questionários que serão propostos no final das
aulas. Essa fase dos estudos será baseada no associacionismo, que tem a ver com a mudança
de comportamento após a experiência prática, estimulada por informações de entrada novas
ou latentes (não percebidas). (Navarro, 2008: 44; Arreguín-Gonzáles, 2013).
11
Em uma tabela, serão anotadas todas as manifestações dos alunos que parecem
relevantes para a pesquisa, relacionadas a aspectos cognitivos referentes a questionamentos,
dúvidas relacionadas às atividades e a habilidades e conhecimentos de outra origem.
Ao final de cada aula, serão aplicados questionários com perguntas relacionadas ao
processo de desenvolvimento das atividades realizadas, a fim de coletar dados sobre
dificuldades, procedimentos de produção (metacognição e auto-regulação) e formas de
solucionar problemas.
Nessas etapas, para observação e análise de comportamentos, durante as aulas, será
utilizada a escala Likert (Likert, R, 1932; García Sánchez; Aguilera Terrats, & Castillo Rosas,
2011; Rinker, 2014), que será elaborada para cada tipo de conduta referente às expressões de
percepção e consciência visual (investigação, atenção, organização e expressão verbal apontando questões, dúvidas e participação em debates).
Para poder analisar e comparar as ADs produzidas pelos participantes, algumas das
atividades já realizadas pelo grupo de controle serão reapresentadas, com “outra roupagem”
(mesmo exercício, com elementos diferentes) para que possam ser executadas novamente,
para que possa ser medido se o nível de consciência deles sofreu modificação após a mudança
inserção de atividades de percepção visual.
As atividades práticas serão avaliadas por um protótipo de avaliação baseado nos
estudos cognitivos da CFRVL/CFRCV (Wagner e Schönau, 2016; Blaikie, 2019) e nas
propostas de análise de imagens, por Sadowska (2014).
As ADs produzidas devem ser apreciadas por uma ou mais pessoas com deficiência
visual por meio de um questionário de avaliação da acessibilidade visual utilizando os
mesmos parâmetros avaliativos para o TDAD.
5.1.3 Preparação de um esquema de avaliação dos TDADs
Para a avaliação da DA, é proposta uma análise de imagem com base em:
1) Composição (percepção e consciência visual): dados que compõem a imagem.
2) Estratégia de tradução intersemiótica: análise perceptiva e síntese do grau de
importância da presença ou ausência de um elemento na descrição. Em uma escala de
relevância, aplicar-se-ão diferentes pesos para cada elemento. Em uma escala de relevância,
com pesos diferentes para cada elemento, para que a soma final atinja um percentual que
permita avaliar sua competência descritiva nos exercícios.
2) Consciência visual aplicada ao TDAD: ordem em que os elementos são descritos:
do macro ao micro elemento.
A partir desta proposta, os aspectos a serem considerados na avaliação seguem uma
escala de desenvolvimento da descrição em uma ordem padrão gradual de elementos, do
maior para o menor (top down), considerando a seguinte ordem de importância:
12
1. Tempo (se estiver perceptível)
a) Fases do dia: manhã, tarde, noite.
b) Meteorológico ou atmosférico: limpo, nublado, ensolarado, chuvoso, etc.
c) histórico: época
2. Ambiente de perspectiva: se você julga relevante, deve ficar em segundo lugar.
3. Forma e tamanho: elementos/dimensões que compõem o ambiente, em amplitude.
4. Elementos relacionados ao (s) protagonista (s) (se houver).
5. Protagonista ou grupo de / e ação perceptível (se houver).
6. Elementos periféricos muito perceptíveis que compõem a imagem.
7. Elementos pouco perceptíveis ou menos relevantes que compõem a imagem.
POSIÇÃO DOS
ELEMENTOS
Nesta ordem, a seguinte tabela de valores é projetada:
ELEMENTOS/PONTOS
1 tempo
2 ambiente de perspectiva
3 elementos amplitude
4 Elementos relativos
ao/aos protagonista(s)
5 protagonista ou grupo
e ação2
6 Elementos periféricos
7 Elementos pouco
perceptíveis
7
1º
2º
3º
6
2º
1º
1º
5
3º
3º
2º
4
4º
4º
4
3
5º
5º
5º
2
6º
6º
6º
1
7º
7º
7º
0
Ø
Ø
Ø
4º
1º
2º
3º
5º
6º
7º
Ø
5º
4º
6º
7
3º
2°
1º
Ø
6º
7º
5º
4°
3º
2°
1º
Ø
7º
6º
5º
4°
3°
2°
1°
1 ponto
total
Os valores se referem da maior pontuação à menor pontuação, de acordo com a ordem
padrão de colocação dos elementos na descrição. Consideram-se também as aproximações da
ordem estabelecida como padrão para a pontuação, com exceção dos elementos do número 5,
que podem ser trocados entre 4 e 6. Ou seja, a ordem padrão do tempo deve aparecer em
primeiro lugar e alcançará a pontuação 7, se colocada em segundo lugar, alcança a pontuação
6, e assim, sucessivamente.
No final, será considerada a seguinte pontuação, de acordo com a soma: £ (1 ... 7) = 28
~ 100%.
Por ser 28 o número de referência para 100%, será considerado, para a qualificação da
descrição:
%
cualificación
100-90 Excelente
A comprensão é de que es factível que estes elementos possam ser alternados nestas posições, embora se deva
buscar preservar a ordem padrão estabelecida, conforme indica a puntuação.
2
13
80-70
60-40
40-30
20-10
10-0
Muito Boa
Boa
Regular
Deficiente
Muito deficiente
Para avaliar a percepção visual dos participantes e seu desenvolvimento, será utilizado
como parâmetro o modelo de avaliação do CEFRVL (Wagner e Schönau, 2016: 37), baseado
na metacognição. A estrutura considera <<metacognição como um elemento central da
competência visual >>. A avaliação possui três níveis de competência visual: elementar,
médio e competente, de acordo com as capacidades e habilidades desenvolvidas
(compreensão, descrição e resolução de problemas, entre outras).
5.1.4 Aplicação prática e desenvolvimento do projeto
Após o planejamento do curso, as seguintes etapas devem ser seguidas:
1. Organizar o curso em termos de:
a. Local de realização.
b. Quem (vai) ministrar o curso.
c. Distribuir tópicos e aulas.
d. Organizar atividades.
e. Preparar os questionários e fichas de observação.
f. Preparar fichas de avaliação
2. Anunciar/abrir inscrição (para) o curso ao público-alvo com:
a. Informações sobre o curso.
b. Critérios de seleção.
c. Informações sobre o certificado de participação no curso.
d. Informações sobre inscrição.
3. Selecionar os participantes de acordo com os critérios propostos e pedir que assinem um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre a pesquisa, no primeiro dia do curso.
4. Iniciar o curso.
5. Coletar dados durante as aulas, de preferência, gravando-as.
6. Registrar os dados referentes aos comportamentos dos participantes, em relação às dúvidas
e dificuldades encontradas e outras contribuições consideradas importantes para a pesquisa.
7. Aplicar questionários no final das aulas.
5.1.5 Composição da equipe de colaboradores
14
A pesquisa contou com a colaboração de Catalina Jiménez Hurtado, coordenadora do
grupo Tracce (tradução acessível) da Universidade de Granada, na Espanha, que
supervisionou a organização deste projeto e participou dos estudos de pós-doutorado, no
período de 2019-2020, de Marisa Helena Degasperi, professora visitante da Universidade de
Granada, pela Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Os demais membros deste projeto são colaboradores da Comunidade Universitária da
UFPel e convidados externos.
6. Resultados esperados
No final da investigação, espera-se:
1. Possuir parâmetros que corroborem com a proposta de inserção de atividades de
percepção visual como complemento na formação de audiodescritores, para o
desenvolvimento da consciência visual e para o aprimoramento das ADs de imagens estáticas.
2. Oferecer uma proposta metodológica para analisar e avaliar ADs de imagens
estáticas.
3. Oferecer uma proposta didática para cursos de formação de audiodescritores, com
ênfase em atividades de percepção visual.
7. Perspectivas futuras
A partir desta pesquisa e dos dados dela resultantes, vislumbra-se uma proposta de
investigação com base em análises de rastreamento de movimentos oculares (eye-tracking)
durante o desenvolvimento do Curso proposto para esta pesquisa. A proposta vai ao encontro
das hipóteses apontadas nesta pesquisa e depende de acesso a equipamentos específicos para
sua realização, que poderia ocorrer até mesmo em concomitância com ela. A Universidad de
Granada, através da Profa. Catalina Jiménez Hurtado oferece essa possibilidade, por possuir
esse equipamento, através de parceria com a UFPel, já em trâmite. Por outro lado, há interesse
de outra pesquisadora, a Profa. Leticia Lorer, da Universidad de la República de Uruguay, que
atua na formação de audiodescritores, em participar como colaboradora nesta pesquisa.
8. Conclusão
A importância de atender à demanda de acessibilidade visual quanto e onde possível
deve ser o objetivo de todos os acessibilitadores que desempenham um papel importante no
desafio da inclusão sociocultural de pessoas com deficiência visual. Por isso, é necessário
desenvolver estudos e práticas de AD onde se percebam as demandas mais urgentes.
Entende-se que a acessibilidade visual deve estar presente em todos os locais onde
exista informação visual, por exemplo, em instituições educacionais, onde materiais didáticos,
quadros de avisos para eventos culturais, informações importantes da comunidade acadêmica
e campanhas educacionais devem ser acessíveis através do próprio material, dos professores e
de locuções em uma caixa de som ambiente. Outro exemplo são os jornais, que fazem parte
do meio de comunicação on-line, onde as imagens que acompanham os textos e que
potencializam a interpretação das informações devem a AD possível de acessar com um
clique.
15
Essas boas práticas podem parecer muito difíceis de aplicar a esses ambientes, mas
isso depende de ações coordenadas entre pessoas com deficiência visual, agentes culturais,
agentes públicos e a comunidade, em geral. Às instituições de ensino cabe a responsabilidade
das pesquisas na área, aa promoção da AD e da formação de audiodescritores.
Conhecer processos cognitivos como a percepção visual e proporcionar aos alunos a
condição de desenvolver suas capacidades e habilidades, com o objetivo de melhorar a
qualidade de suas produções, é um papel importante para os formadores de audiodescritores.
Por outro lado, a ciência deve aprofundar cada vez mais os estudos, a fim de fornecer
parâmetros pedagógicos e de avaliação a esses formadores, para que possam realizar com
segurança suas ações formativas.
Este trabalho apresenta uma nova perspectiva para a formação de tradutores e pretende
ser mais que uma proposta de orientação didática para formação de audiodescritores. Ele visa
a acrescentar outras possibilidades de vislumbrar a prática da tradução acessível para além da
atividade técnica tradicional. Para isso, enfatiza a importância dos aspectos cognitivos
superiores, como são o desenvolvimento perceptivo e a consciência, fundamentado nas
capacidades e habilidades individuais sobre os aspectos tradicionalmente considerados
constituintes da competência em tradução.
Propor perspectivas metodológicas inovadoras, para a otimização da produção de ADs
na formação de audiodescritores, será sempre benéfico para enriquecer e expandir a área e
pode suscitar novas pesquisas, beneficiando, também, os principais motivadores dessa missão:
os usuários.
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19
20
ANEXOS
ANEXO 1 - Cronograma do Projeto
Previsão de início 01-06-2020 e término 01-06-2022
Período 2020-2022
Junho a agosto
de 2020
Agosto a outubro
de 2020.
Outubro 2020 a Fevereiro 2021
Abril de 2021 a Outubro de 2021
Novembro 2021 a Fevereiro de 2022
Abril a Junho de 2022.
Ações*
Organização da equipe de trabalho
Estudos de formação teórica
Produção de instrumentos da pesquisa
Estudos teóricos
Produção de instrumentos da pesquisa
Divulgação de Curso de Formação de
Audiodescritores (CFADrs)
Estudos teóricos
-Aplicação do CFADrs (Grupo experimental
(GE) e Grupo de controle (GC)
- Aplicação de testes preliminares
-Levantamento e organização de dados
Estudos teóricos
Organização e Análise de dados
Organização e Análise de dados
Divulgação de resultados
Relatório de pesquisa
* Durante o desenvolvimento da pesquisa, prevêm-se produções bibliográficas pertinentes ao
tema, resultantes de estudos teóricos como divulgação da investigação em andamento.
21
ANEXO 2 – Plano do Curso
CURSO INTRODUTÓRIO DE AUDIODESCRIÇÃO (AD)
(Ênfase especial na conscientização da percepção visual)
1. Apresentação
Introdução geral das técnicas e estratégias de tradução aplicadas na modalidade de tradução
intersemiótica. Desenvolvimento dos fundamentos teóricos da AD, com ênfase espec ial na
consciência visual.
Objetivo: Capacitar pessoas interessadas em atuar profissionalmente como audiodescritoras
ou aperfeiçoar-se nesta profissão.
Modalidade: Presencial
Nível: Básico
Público Alvo: Estudantes de Ensino Superior e Profissionais de diferentes áreas, interessados
neste tipo de recurso de acessibilidade.
Datas, horas e local de execução: a definir.
Duração e modalidade: curso teórico-prático de 30 horas (presencial).
Coordenação: Marisa Helena Degasperi (Universidade Federal de Pelotas / RS / Brasil)
Conteúdo
Nociones básicas sobre
la audiodescripción
Tema 1:
Introducción general
Métodos/técnicas
Competencias
Adquirir conhecimentos
básicos de acessibilidade.
Noções
básicas
acessibilidade.
Introdução à AD:
- conceito de AD;
- Tipos de AD
de
Explicação teórica e
demonstrações práticas
de
materiais
de
acessibilidade.
Cegueira e baixa visão.
Amostra de tipos de AD e
ensino da diferença entre
o conteúdo descrito para
cegos e para o público em
geral: guias de áudio
com e sem
audiodescrição.
Conhecer diferentes tipos
de deficiência visual e
recursos de acessibilidade
visual
(materiais
registrados,
equipamentos
tecnológicos, aumento de
fontes).
Identifique uma AD;
Conhecer
o
campo
profissional da AD;
Identifique o conteúdo
acessível;
Perceber elementos do
acesso visual às imagens.
22
Discusión comparativa de
los dos tipos de
materiales.
Breve histórico da AD
- Regulamentos técnicos do
Brasil e de outros países.
Breve apresentação da
história
da
AD
e
regulamentos.
Apresentação de pontos
essenciais
dos
regulamentos para a
produção de DA.
Apresentação um
exemplo de AD que
atenda aos padrões e
discussão sobre a
necessidade de fazê-lo.
Conocer la historia de la
esencia y la demanda
creciente de la AD.
Conocer y comprender la
propuesta
básica
y
general de la normativa.
Identificação da
aplicação dos padrões no
material com
audiodescrição
Tema 2
Percepção e consciência
visual
Análise de elementos de
diferentes imagens
dinâmicas e estáticas.
(Foto, desenho animado,
história em quadrinhos).
2.1
Percepção visual: o que ver
e como ver? O que
descrever
e
como
descrever?
Atividades de reflexão e
análise
do
processo
perceptivo.
Notas sobre o contexto e
a relevância dos
elementos nos materiais
visuais.
Práticas:
Listar elementos
relevantes de um
fragmento do curtametragem "Destino"
(Dominique Monfery,
2003)
Identificação do contexto
em conteúdo visual de
diferentes imagens.
Análise dos elementos de
uma imagem.
Escolha dos elementos
relevantes
de
uma
imagem.
Escritura de um texto
descritivo de uma cena.
Descrever a cena do
fragmento.
2.2.
Imágenes
estáticas
imágenes dinâmicas
e
Diferencias básicas entre
a AD de imagens
estáticas y de imagens
dinâmicas.
Conhecer as
características da
imagem, desde a sua
criação até sua
divulgação em um meio.
O contexto da produção,
os meios de divulgação e
o objetivo das imagens.
Perceber os valores das
imagens para uso na
mídia em que aparecem.
Práticas.
Pesquisa de informações
23
Trabalho em duplas.
Análise da imagem de
uma foto apresentada em
sua essência (história,
motivação, contexto) e
descrição, usando essas
informações.
Apresentação da AD da
foto.
sobre a imagem.
Julgamento de relevância
das informações e
escolha do que deve ou
não estar na descrição.
Organização as
informações em um
TDAD.
Trabalho em grupo.
Verbalização do processo
de construção da AD.
O AD na sala de aula:
apresentações PPT e
descrição de slides.
Apresentação de slides
para análise.
O AD de imagens de
materiais didáticos
(desenhos em livros
didáticos, gráficos e
tabelas)
Apresentação de modelos
para análise.
Tema 3
A AD na Educação
O AD das imagens na
literatura infantil e
juvenil.
Apresentação de modelo
para análise.
Trabalho em dupla:
Entender a necessidade
de AD nos espaços
educacionais.
Perceber a diferença
entre os diferentes tipos
de materiais de ensino e
as formas de descrevêlos.
Escolha de uma imagem
de um livro didático e
escritura de um TDAD
(fazer o pedido com
antecedência ou oferecer
vários tipos de materiais).
Solicitação de
informações importantes
sobre a imagem escolhida
(nota, idade dos alunos,
assunto etc.).
Apresentação de AD.
Trabalho em dupla:
Escolha de uma imagem
de um livro didático e
escritura de um TDAD
(fazer o pedido com
antecedência ou oferecer
Identificação dos tipos de
materiais de ensino que
devem ser audiodescritos.
Identificação do contexto
educacional da imagem.
Escritura de um texto
24
vários tipos de materiais).
Solicitação de
informações importantes
sobre a imagem escolhida
(nota, idade dos alunos,
assunto etc.).
Apresentação de AD.
audiodescritivo de uma
imagem do material
educacional de acordo
com o contexto.
Trabalho em grupo.
Verbalizar o processo de
construção da AD.
Tema 4
A AD em Museus
Experiências
em museus.
sensoriais
Recursos híbridos ou
multimodais em obras de
arte.
Apreciação de recursos
híbridos ou multimodais
em obras de arte.
AD em obras de arte.
Fotografia;
Pintura;
Escultura;
Outros tipos de obras.
Modelo de análise para
descrever uma tela.
Modelo de análise em
escultura.
Modelo de análise de
uma fotografia.
Apreciação,
análise,
avaliação e julgamento de
uma obra de arte.
Apreciação de ADs em
obras de arte e em outros
materiais museísticos.
Identificação do contexto
da obra de arte.
Prática:
individual
Atividade
Descrição de uma pintura
e de uma escultura
simples e apresentação ao
grupo.
Escolha de
relevantes.
elementos
Ordenação dos elementos
e escritura de um TDAD.
Verbalização do processo
de construção do AD.
Tema 5
AD em Turismo
Entendimento
das
modalidades do turismo.
AD no turismo:
- turismo de incursão,
turismo de excursão e
turismo misto.
-ADs de monumentos,
edifícios e paisagens.
- Exemplos de anúncios
no turismo
Prática (Individual)
Identificação
de
elementos do patrimônio
cultural
material
e
intangível.
Análise
das
características das ADs
no turismo em seus
elementos.
Investigação do contexto
25
Descrição de um edifício
do patrimônio histórico
da cidade. (Simples)
Apresentação de ADs ao
grupo.
histórico e atual do
edifício.
Identificação dos
elementos simbólicos do
edifício.
Organização das
informações coletadas.
Escritura um texto de AD
do edifício.
Verbalização do processo
de construção da AD.
Algumas imagens podem ser apresentadas antes da aula para que o aluno possa investigar seu contexto de
produção. Por exemplo. Obra de arte, fotografia ou construção do patrimônio histórico da cidade.
Tipos de avaliação
Ao longo do curso, haverá uma avaliação contínua através da observação de:
- Comportamento do aluno durante a participação em atividades individuais e em grupo na resolução
de problemas;
- Competência na descrição verbal do processo de tradução intersemiótica.
- Qualidade das produções, de acordo com os padrões específicos de tradução para AD.
- Participação oral, perguntas ou dúvidas apresentadas, produções e conduta durante o trabalho.
Referencias
CENTRO ESPAÑOL DEL SUBTITULADO Y LA AUDIODESCRIPCIÓN (CESyA) (2007). Pautas
de accesibilidad. Madrid: Real Patronato sobre Discapacidad.
Disponible en http://www.cesya.es/difusion/pautas
CENTRO ESPAÑOL DEL SUBTITULADO Y LA AUDIODESCRIPCIÓN (2013). Guía de
Accesibilidad al Teatro a través del subtitulado y la audiodescripción. Leganés: Real Patronato sobre
Discapacidad http://www.cesya.es/sites/default/files/documentos/AccesibilidadTeatro.pdf
JIMÉNEZ HURTADO, Catalina; Domínguez, Ana Rodríguez (2008). Accesibilidad a los medios
audiovisuales para personas con discapacidad AMADIS ’07. Madrid: Real Patronato sobre
Discapacidad.
LÓPEZ, Lourdes Moreno (2011). Consejos de cómo elaborar una presentación accesible (digital y
oral). CESyA (Centro Español de Subtitulado y Audiodescripción) y Universidad Carlos III de
Madrid.
Disponible
en
http://www.cesya.es/sites/default/files/documentos/ConsejosComoElaborarPresentacionAccesibleDigi
talyOral.pdf
NAVES, S.B.; Mauch, C.; Alves, S.F.; Araújo, V.L.S. (2017). Guía para producciones
Audiovisuales Accesibles. T rad. De Florencia Fascioli Alvarez e Mariana Paredes Bardanca.
Ministerio de Cultura de Brasil y Secretaría de Audiovisual.
Disponible en https://issuu.com/recam/docs/_28o_29guia_20accesibilidad_20baja
RUIZ, Belén; PAJARES, José Luis, Moreno; LOURDES, Gálvez, María del Carmen; SOLANO,
Jaime (CESyA) (2008). Guías multimedia accesibles. El museo para todos. Madrid: Real Patronato
sobre Discapacidad. Disponible en http://www.cesya.es/sites/default/files/documentos/museos.pdf
26
UTRAY, Francisco; SOUTO, Mónica (2008). Normativa y regulación relacionada con la accesibilidad
audiovisual. Madrid: Centro Español del Subtitulado y la Audiodescripción (CESyA). Disponible en
http://www.cesya.es/sites/default/files/documentos/normativa_y_regulacion.pdf
ANEXO 3 – ESTRUTURA DA PESQUISA
TEORIAS, ÁREAS DE CONHECIMENTO, AUTORES E VARIÁVEIS
ÁREAS DE
CONHECIMENTO
LETRAS
FORMAÇÃO DE
AUDIODESCRITORES
(ADrs)
CIÊNCIA COGNITIVA
TEORIAS
AUTORES
ESTUDOS DE
TRADUÇÃO (AD)
 Navarrete Moreno,
1997;
 Hyks, 2005;
 Orero, 2005;
 Orero y Wharton, 2005;
 Matamala, 2006;
 Díaz-Cintas, 2007;

Matamala y
Orero, 2007;
 Soler y Jiménez
Hurtado, 2013;
 Vercauteren,2014;
 Aderaldo, 2014-2016;
 Remael, Riviers y
 Sadowska, 2014;
 Chmiel; Mazur (2014);
 Balester et al.;
 Sadowska, 2014;
 Snyder, 2014;
 Braun, 2008-2017;
 Alves y Teles, 2017;
 Braun, 2018;
 Sanz Romero, 2018;
 Jankowska, 2019;
 Mazur & Vercauteren,
2019;
 Bernaś, 2019.
ESTUDOS DE
PERCEPÇÃO
VISUAL;
TEORIA DA
IMAGEM
PERCEPÇÃO
VISUAL;
CONSCIÊNCIA
Arnheim, 1974-1988;
Aumont, 1992;
Dondis: 1992;
Zunzuñegui, 2010;
Justo Villafañe, 2006;
Justo Villafañe y Mínguez,
2006.
O´Reagan, 2001;
O´Reagan y Noë, 2001;
Degenaar y O'Regan,
2015;
ASPECTOS
ESPECÍFICOS DAS
VARIÁVEIS
 COMPETÊNCIAS DE
AUDIODESCRIÇÃO;
 DESCRIÇÃO DAS
IMAGENS
ESTÁTICAS;
 GUIAS PARA
AUDIODESCRITORE
S

AVALIAÇÃO DA
IMAGEM DO
DESENVOLVIMENTO
DA PERCEPÇÃO
VISUAL
 •AVALIAÇÃO DA
COMPETÊNCIA
VISUAL
 PERCEPÇÃO
VISUAL;
CONSCIÊNCIA
VISUAL ou
DADOS
 LISTA DE
COMPETÊNCIAS NO
ANÚNCIO;
 PERFIL DE ADR;
 REQUISITOS DE
ESCRITA TDAD;
 •ANÚNCIO DE
IMAGENS ESTÁTICAS
 ANÁLISE E
AVALIAÇÃO DE ADS - DO
PONTO DE VISTA DAS
COMPETÊNCIAS DE
ANÚNCIOS (TEXTUAL E
TRADUTOR)
 APRENDIZAGEM
VISUAL
 COMPETÊNCIA
VISUAL
 PROCEDIMENTO
PARA ANÁLISE E
AVALIAÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO
DA PERCEPÇÃO VISUAL
 ATIVIDADES DE
PERCEPÇÃO VISUAL
 PROCEDIMENTOS
PARA ANÁLISE DE
ATIVIDADES PERC.
VISUAL - DO PONTO DE
VISTA DO
DESENVOLVIMENTO
DA CONSCIÊNCIA
VISUAL.
 CARACTERIZAÇÃO
DA PERCEPÇÃO
VISUAL E DA
CONSCIÊNCIA
27
VISUAL ou
ATENÇÃO
VISUAL:
ATENÇÃO VISUAL
Wagner
& Schönau, 2016
Wagner y Diederik, 2016
VISUAL
ANEXO 4 – ESQUEMA DA PESQUISA
ESQUEMA DA PESQUISA (PERCEPÇÃO VISUAL 2020)
(Esquema inspirado no TFG de Chani Cruz, 2016: 169-174)
1. SITUAÇÃO DE FATO OU PROBLEMA = SP
O que Investigar?
Consciência visual
2. ESPECIFIDADE = ESP
O que estamos procurando?
Comprovar e demonstrar a correlação entre a aprendizagem visual no treinamento de
audiodescritores, percepção e consciência visual.
3. LOCALIZAÇÃO DO ESPAÇO DE ESTUDO = UE
Onde Investigar?
Na cidade de Pelotas, RS, Brasil
4. CONTEXTO = CTX
Curso de treinamento de audiodescritores
5. UNIDADES DE ESTUDO = UEST
Qual é a população do estudo?
Dois grupos de 15 alunos (grupo controle e grupo experimental)
Qual é a amostra do estudo?
Produções de TDAD de estudantes de ambos os grupos (6 de cada = 180 textos).
OPERACIONALIZAÇÃO DE VARIÁVEIS
Variável
Formação de
ADrs
Dimensão
Actividades de
percepção
visual
Indicadores
 Eles estimulam
visual
 Contribuir
desenvolvimento
consciência visual
 Eles orientam
entre informações
Items
a percepção
para
o
da
1. O que, como, para quê e para quem ver?
2. O que, como, para quê e para quem descrever?
3. Como você fez e como deve ser?
a distinção
relevantes e
28
irrelevantes
 Instruir a ordenação razoável
dos elementos descritivos
 Guia as regras do AD sobre o
objetivo e os usuários
 Avalia e oferece feedback aos
alunos
Percepção
visual/Pensame
nto visual
Rastreamento
visual geral
Observa a imagem e a
compreende.
Consciência
visual/Atenção
visual
Rastreamento
visual dirigido
Observa a imagem para
interpretá-la e relatar seu
conteúdo
AD
Tradução de
imagem a
palavras
Análise e síntese do conteúdo
da imagem através de um
TDAD
¿O que há na foto?
O que é o todo e quais são as partes?
Como os elementos da imagem estão
relacionados?
Quais elementos devem ser vistos com mais
cuidado?
Quais elementos são essenciais e quais são os
acessórios?
Como interpretar o sentido da imagem?
Quais categorias de informações estão na
imagem?
Quais elementos são relevantes para a descrição e
quais não são? (Trad. Intersem.)
Como ordenar os elementos da imagem? (Trad.
Inters.-Sintaxe)
Quais elementos lexicais melhor descrevem a
imagem? (Trad Inters.-Morfol.)
Como posso descrever a imagem de forma
concisa e clara? (Ling.Textual)
Como o usuário pode entender minha descrição?
(Trad.Inters.Recepçãp / Cognição)
Que imagem mental o usuário pode criar na
imagem? (Ciências Cognitivas / Neurociência)
MATRIZ DE CONSISTÊNCIA
PROBEMA
GERAL
OBJETIVO
GERAL
Como as
atividades de
percepção visual
podem favorecer
o
desenvolvimento
da consciência
visual em
futuros
audiodescritores
durante o
treinamento??
Comprovar que a
inclusão de
atividades de
percepção visual
nos cursos de
formação de
audiodescritores
favorece o
desenvolvimento
da percepção
visual e,
portanto, a
percepção ou
atenção visual e
a otimização da
qualidade dos
produtos de AD
de imagens
estáticas.
VARIÁVEIS
DIMENSÕES
INDICADORES
Formação de
ADrs
(Remael,
Riviers y
Vercauteren;
2014; DíazCintas, 20072008; Hyks,
2005;
Matamala,
2006; Balester
et al.;
Matamala y
Orero, 2007;
Navarrete
Moreno, 1997;
Orero y
Wharton, 2005;
Orero,
2005;Soler y
Jiménez
Hurtado, 2013;
Sadowska,
2014; Snyder,
2014; Braun,
2018;
Jankowska,
Actividades de
perceção visual
- Percepção
/consciência
visual
- Seleção de
elementos
- Classificação de
elementos
- Normas
- Avaliação e
feedback
HIPÓTESES
GERAIS
METODOLO
GIA
A inclusão de
atividades que
estimulam a
percepção visual
em um curso de
formação em
audiodescritores
pode contribuir
para o
desenvolvimento
da consciência
visual e,
consequentemente,
para a qualidade
das ADs.
TIPO
Experimental
DESENHO
Analíticodescritivo
(relação causaefeito)
POPULAÇÃO
30 alunos do
curso AD
divididos em dois
grupos
(experimental e
de controle)
29
2019; Mazur &
Vercauteren,
2019)
Percepção
visual/Pensa
mento visual
(O´Reagan,
2001;
O´Reagan y
Noë, 2001;
Degenaar y
O'Regan, 2015;
Arnheim,1986;
Wagner &
Schönau, 2016)
Consciencia
visual/Atención
visual
(O´Reagan,
2001;
O´Reagan y
Noë, 2001;
Degenaar y
O'Regan, 2015;
Arnheim,1986;
Wagner &
Schönau, 2016)
AD
(Díaz-Cintas,
2007;
Sadowska,
2014; Braun,
2018;
PROBLEMAS
ESPECÍFICOS
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
1. É possível
desenvolver a
percepção visual
1. Desenvolver
um curso de
treinamento de
Formación de
ADrs
(Remael,
Riviers y
Vercauteren;
2014; DíazCintas, 20072008; Hyks,
2005;
Matamala,
2006; Balester
et al.;
Matamala y
Orero, 2007;
Navarrete
Moreno, 1997;
Orero y
Wharton, 2005;
Orero,
2005;Soler y
Jiménez
Hurtado, 2013;
Sadowska,
2014; Snyder,
2014; Braun,
2018;
Jankowska,
2019; Mazur &
Vercauteren,
2019)
Percepção
visual/Pensa
mento visual
Rastreamento
visual geral
- observação e
compreensão da
imagem
Rastreamento
visual dirigido
Observação e
interpretação do
conteúdo
(significado) da
imagem
Tradução de
imagem a
palabras
Análise e
produção de um
TDAD
HIPÓTESES
ESPECÍFICAS
AMOSTRAS
1. A inclusão de
atividades
específicas
de
AMOSTRA
6 TDAD de cada
aluno, no total de
30
de maneira a
favorecer a
percepção visual
em futuros
audiodescritores,
durante o
treinamento?
2. Se possível,
como um curso
de treinamento
pode ser
desenvolvido de
maneira a
favorecer o
desenvolvimento
da percepção
visual ou através
de atividades
específicas que
reforçam a
percepção
visual?
3. Poderia certas
atividades
específicas para
reforçar a
percepção visual
favorecer o
aumento de
algumas das
habilidades de
tradução de
audiodescritores
profissionais ou
de
treinamento?4.
Como a
consciência
visual está
relacionada à
qualidade dos
textos
descritivos da
DA (a seguir
denominada
TDAD)?
nível básico, com
foco na
consciência
visual para
estudantes de
diferentes áreas
do
conhecimento.
2. Desenvolver
conteúdo de
treinamento em
conscientização
visual,
especificamente
aplicável a
futuros
audiodescritores,
com imagens que
exijam mais
atenção visual.
3. Verificar a
evolução dos
alunos do curso
de
Audiodescrição a
partir de suas
produções
durante o curso.
(O´Reagan,
2001;
O´Reagan y
Noë, 2001;
Degenaar y
O'Regan, 2015;
Arnheim,1986;
Wagner &
Schönau, 2016)
percepção visual
nos cursos de
formação
de
audiodescritores
favorece
o
desenvolvimento
da
percepção
visual
e,
consequentement,
da atenção ou
atenção visual.
180 textos
AMOSTRAGEM
Método: não
probabilístico
Tipo: intencional
(população
escolhida por
conveniência)
2. A consciência
visual favorece a
qualidade
da
análise do texto
original
a
imagem - que, por
sua vez, melhora o
texto alvo, ou seja,
o
TDAD
de
objetos
cuja
estrutura
é
fundamentalmente
visual.
4. Estabelecer
parâmetros para
avaliar e escalar
o
desenvolvimento
da qualidade dos
textos descritivos
dos
audiodescritores
na formação do
curso..
Referencia
CHANI CRUZ, Malú Alejandra (2016). La capacidad del pensamiento visual en las estudiantes de la
Institución Educativa Secundaria “Aurora Inés Tejada”, Abancay- 2015. TFG. Lima: Facultad de
Teología
Pontificia
y
Civil
de
Lima.
Recuperado
en
14-04-2020
de
http://repositorio.ftpcl.edu.pe/bitstream/handle/FTPCL/463/463.pdf?sequence=1&isAllowed=y
31
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