E.E Ernestina del Bueno trama Paul steven Morales zegarra 1°c Guerras: como os conflitos mundiais e regionais alteram a ordem mundial do poder Orientador: Professor Alexandre Trabalho de geografia primeiro bimestre 2022 São Paulo Sumário: Introdução 1 Primeira guerra 2 Segunda guerra Guerra fria Uma terceira guerra se aproxima? (como isso pode mudar a nossa ordem mundial) 1 Introdução: Esse tema é bem interessante já que mostra muita coisa que nos humanos fizemos e nos revelou ao nosso lado mais sombrio e violento. Nas Guerras vemos dor sofrimento e muitas coisas e com esse trabalho estaremos explicando como isso afeta principalmente o nosso espaço geográfico e nossas vidas econômicas e espaciais Primeira guerra mundial Consequências da Primeira Guerra Mundial As consequências da Primeira Guerra Mundial foram diversas e afetaram de forma decisiva o decorrer do século XX. Para compreender melhor os frutos do primeiro conflito em escala global da história. Conferência de Paris Em janeiro de 1919, os países envolvidos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) reuniram-se na Conferência de Paris para assinar os tratados de paz. As decisões do pós-guerra foram tomadas pelos conselhos dos Quatro, formados pelos vencedores França, Reino Unido, Estados Unidos e Itália. Tratado de Versalhes O Tratado de Versalhes responsabilizou a Alemanha pela Primeira Guerra Mundial e estabeleceu uma série de punições ao Estado. Além de ter que pagar indenizações aos vencedores, os países da Tríplice Entente – que foram quitadas apenas em 2010 –, a Alemanha foi proibida de ter um exército grande e ainda perdeu colônias e territórios – como a AlsáciaLorena, cedida à França. Todas essas condições instalaram um sentimento de revanchismo que viria a colaborar para a ascensão do nazismo e culminaria na Segunda Guerra Mundial. Ascensão dos Estados Unidos Além de não terem sofrido muitas perdas por terem entrado na Primeira Guerra Mundial apenas no fim do conflito, os Estados Unidos se beneficiaram dos três anos iniciais da Guerra, onde estabeleceram comércio com os Aliados. Como não tiveram seu território invadido, os norte-americanos não precisaram arcar com despesas de reconstrução e puderam se tornar credores da Europa. Isto é, os Estados Unidos emprestavam dinheiro para a reconstrução do Velho Mundo, que fora devastado pela guerra. Com a economia a todo o vapor e sem os países europeus para fazer concorrência, outra consequência da Primeira Guerra Mundial foi a ascensão dos Estados Unidos como uma potência econômica e política global. Em outras palavras, os estadunidenses foram os grandes vencedores do conflito. Formação da Liga das Nações Como uma das consequências da Primeira Guerra Mundial, surgiu a Liga das Nações. Essa organização internacional – uma espécie de antecessora da ONU – foi criada a fim de evitar o surgimento de outro conflito como a Grande Guerra. A Liga das Nações foi inspirada no último dos Catorze Pontos de Wilson, um plano elaborado pelo então presidente dos Estados Unidos – Woodrow Wilson – para garantir a paz mundial. O 14º ponto de Wilson estipulava que a Liga das Nações deveria ser “uma associação geral de Nações, sob pactos específicos com o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial, tanto para os Estados grandes como para os pequenos”. Apesar de ter proposto a criação da Liga, Wilson não conseguiu aprovação do congresso para que os Estados Unidos participassem da organização. Sem contar com a maior potência mundial da época e tendo que enfrentar diversos desentendimentos entre Estadosmembros, a Liga das Nações falhou em prevenir a Segunda Guerra Mundial e foi extinta em 1942. O Brasil, que foi o único país americano a participar da criação da Liga, acabou abandonando a organização em 1926, após desavenças com diversos países e uma série de frustrações. A principal decepção deveu-se ao fato de o Brasil não receber o reconhecimento que considerava merecer por ser o representante da América na falta dos Estados Unidos. Surgimento de novos países Após a Grande Guerra, quatro impérios desmoronaram: Alemão, Austro Húngaro, Russo e Otomano. Deles surgiram uma série de novos países, como Polônia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Áustria, Hungria, Estônia, Lituânia e Letônia. Assim, uma das consequências da Primeira Guerra Mundial foi a nova divisão política europeia, que redesenhou o mapa do continente. Prejuízos socioeconômicos Uma das principais consequências da Primeira Guerra Mundial foi o número de mortes. Ao todo, cerca de 13 milhões de soldados e civis morreram no conflito e outros 20 milhões foram feridos ou mutilados. Esses números absurdos – que são justificados pelos novos armamentos construídos com avanço tecnológico da Revolução Industrial – levam o conflito a ser chamado de a “Grande Guerra”. Tantas mortes e ferimentos não impactaram apenas a moral dos países, mas também geraram consequências econômicas, pois os Estados perderam significativas parcelas da população masculina ativa. A Áustria-Hungria perdeu 17,1% dos homens economicamente ativos, enquanto a Alemanha e a França tiveram baixas de 15,1% e 10,5%, respectivamente. Também na Alemanha, a sociedade civil sofreu imensamente com a guerra. Milhares de mortes foram causadas pela fome. A escassez de alimento não era justificada apenas pelas sanções internacionais impostas ao país, que prejudicavam a importação, mas também pelo fato de a indústria voltar-se completamente à guerra durante o conflito Além das perdas humanas, os prejuízos materiais foram imensos. A infraestrutura países europeus foi profundamente afetada e a crise econômica causada pelos altos custos da guerra geraram desemprego e fome. Tanta instabilidade política e social possibilitou a ascensão de regimes totalitários que consistiram em outro ingrediente fundamental para a Segunda Guerra Mundial. As consequências da Primeira Guerra Mundial para as mulheres Dentre as consequências da Primeira Guerra Mundial também está ao aumento de mulheres trabalhando, principalmente nas indústrias. Como os homens eram enviados à guerra, cabia à parcela feminina da população assumir os postos de trabalho desocupados. Deve-se ressaltar que as mulheres – principalmente de camadas mais pobres da sociedade – já trabalhavam antes. A guerra levou ao aumento desse número, passando a abranger mulheres da classe média também. A elevação do número de mulheres nas indústrias ainda é explicado pelo fato de guerras alterarem o eixo da economia – que passa a produzir produtos necessários ao conflito – e não levam à suspensão dessas atividades. Contudo, não foi só na indústria que o número de mulheres ativas cresceu. Outras tarefas tipicamente “masculinas” passaram a ser exercidas pela população feminina, como o papel de agentes de trânsito e policiais. Deve-se observar que o número de voluntárias para atuar como enfermeiras na guerra também foi expressivo. Além disso, as mulheres ainda tomaram as rédeas da produção camponesa em muitos países. Segundo o historiador, 44% das granjas bávaras (um povo que habitava a atual República Tcheca) eram administradas por mulheres. A França também viu cerca de 800 mil mulheres coordenarem as propriedades agrícolas e outras 400 mil atuarem na indústria armamentista. O Ministério de Trabalho francês estima que, em 1917, o número de mulheres atuando no comércio e na indústria era 20% maior do que antes da Primeira Guerra Mundial. Já no Reino Unido, essa desigualdade salarial entre homens e mulheres, que persiste até hoje, tornouse mais gritante depois do fim da guerra, quando houve um retorno da população masculina aos países. Além de ganharem menos, muitas mulheres ainda foram demitidas e proibidas de trabalhar. Assim, mais uma das consequências da Primeira Guerra Mundial foi os protestos pela emancipação feminina e o crescimento do movimento feminista. Entender as causas e consequências da Primeira Guerra Mundial é essencial para compreender o longo século XX a forma como os países se relacionaram após o conflito – com as punições à Alemanha e o fracasso da Liga das Nações - e contribui para estourar a Segunda Guerra Mundial. Mas não foram apenas as Grandes Guerras que marcaram o século XX. Foi também nesses 100 anos que o mundo viveu a Crise de 1929 – que revelou uma faceta obscura do capitalismo –, a Revolução de Russa e a formação da União Soviética, que viria a protagonizar a guerra fria junto aos Estados Unidos. Segunda guerra mundial Os Aliados estabeleceram administrações de ocupação na Áustria e na Alemanha. O primeiro se tornou um estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O último foi dividido em zonas de ocupação ocidentais e orientais controlada pelos Aliados Ocidentais e pela União Soviética, respectivamente (ver: Conselho de Controlo Aliado). Um programa de "desnazificação" da Alemanha levou à condenação de criminosos de guerra nazistas e à remoção de ex-nazistas do poder, ainda que esta política tenha se alterado para a anistia e a reintegração dos ex-nazistas na sociedade da Alemanha Ocidental. A Alemanha perdeu um quarto dos seus territórios pré-guerra (1937); os territórios orientais: silesia, neumark e a maior parte da pomerania foram assumidos pela Polônia; a Prússia Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS, seguida pela expulsão de 9 milhões de soldados dessas províncias, bem como de 3 milhões de alemães dos Sudetos, na Tchecoslováquia, para a Alemanha. Na década de 1950, um em cada cinco habitantes da Alemanha Ocidental era um refugiado do leste. A URSS também assumiu as províncias polonesas a leste da linha Curzon (das quais 2 milhões de poloneses foram expulsos), leste da Romênia, e parte do leste da Finlândia e três países bálticos. Em um esforço para manter a paz, os Aliados formaram a organização das Nações Unidas (ONU), que oficialmente passou a existir em 24 de outubro de 1945, e aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, como um padrão comum para todos os Estados-membros. A aliança entre os Aliados Ocidentais e a união Soviética havia começado a deteriorar-se ainda antes da guerra, a Alemanha havia sido dividida de facto e dois Estados independentes, a e a república democrática da Alemanha foram criados dentro das fronteiras das zonas de ocupação dos Aliados e dos Soviéticos, respectivamente. O resto da Europa também foi dividido em esferas de influência ocidentais e soviéticas. A maioria dos países europeus orientais e centrais ficaram sob a esfera soviética, o que levou à criação de regimes comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades soviéticas de ocupação (ver: Ocupações soviéticas). Como resultado, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia Romênia, Albânia, e a Alemanha Ocidental tornaram-se Estados satélite dos soviéticos. A Iugoslávia comunista realizou uma política totalmente independente, o que causou tensão com a URSS (ver: Ruptura TitoStalin). A divisão pós-guerra do mundo foi formalizada por duas alianças militares internacionais, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética; o longo período de tensões políticas e militares proveniente da concorrência entre esses dois grupos, a Guerra Fria, seria acompanhado de uma corrida armamentista sem precedentes e guerras procuração. Na Ásia, os Estados Unidos ocuparam o Japão e administraram as antigas ilhas japonesas no Pacífico Ocidental, enquanto os soviéticos anexaram a ilha sacalinas e as ilhas Curilas. A Coreia anteriormente sob domínio japonês, foi dividida e ocupada pelos Estados Unidos no Sul e pela União Soviética no Norte entre 1945 e 1948. Repúblicas separadas então surgiram em ambos os lados do paralelo 38 em 1948, cada uma afirmando ser o governo legítimo de toda a Coreia, o que levou à Guerra da Coreia. Na China, forças nacionalistas e comunistas retomaram a guerra civil em junho de 1946. As forças comunistas foram vitoriosas e estabeleceram a República Popular da China no continente, enquanto as forças nacionalistas refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949 e fundaram a República da China. No Oriente Médio, a rejeição árabe ao Plano de Partilha na mesa da ONU e à criação de Israel, marcou a escalada do conflito árabe-israelense. Enquanto as potências coloniais europeias tentaram reter parte ou a totalidade de seus conflitos coloniais, a sua perda de prestígio e de recursos durante a guerra fracassou seus objetivos, levando à descolonização da Ásia e da África. A economia mundial sofreu muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra Mundial tenham sido afetados de forma diferente. Os Estados Unidos emergiram muito mais ricos do que qualquer outra nação; no país aconteceu o "baby bom" e em 1950 seu produto interno bruto (PIB) per capita era maior do que o de qualquer outra potência e isso levou-o a dominar a economia mundial. O Reino Unido e os Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento industrial na Alemanha Ocidental entre os anos de 1945 e 1948. Devido à interdependência do comércio internacional, este levou à estagnação da economia europeia e o atraso, em vários anos, da recuperação do continente. A recuperação começou com a reforma monetária da Alemanha Ocidental foi acelerada pela liberalização da política econômica europeia, que o plano Marshall (1948-1951) causou tanto direta quanto indiretamente. A recuperação pós-1948 da Alemanha Ocidental foi chamada de milagre econômico alemão. Além disso, as economias italiana e francesa também se recuperaram. Em contrapartida, o Reino Unido estava em um estado de ruína econômica e entrou em um relativo declínio econômico contínuo ao longo de décadas. A união Soviética, apesar dos enormes prejuízos humanos e materiais, também experimentou um rápido aumento da produção no pós-guerra imediato Japão passou por um crescimento econômico incrivelmente rápido andou se uma das economias mais poderosas do mundo na década de 1980. A china voltou a sua produção industrial de pré-guerra em 1952. Mortos e crimes de guerra As estimativas para o total de mortos na guerra variam, pois, muitas mortes não foram registradas. A maioria sugere que cerca de 60 milhões de pessoas morreram no conflito, incluindo cerca de 20 milhões de soldados e 40 milhões de civis. Somente na Europa, houve 36 milhões de mortes, sendo a metade de civis. Muitos civis morreram por causa de doença, fome, massacres, bombardeios deliberados. A União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a guerra, quase metade de todas as mortes da Segunda Guerra Mundial. Um em cada quatro cidadãos soviéticos foram mortos ou feridos nesse conflito. Do total de óbitos na Segunda Guerra Mundial cerca de 85 por cento, na maior parte soviéticos e chineses, foram do lado dos Aliados e 15 por cento do lado do Eixo. Muitas dessas mortes foram causadas por crimes de cometidos pelas forças alemãs, japonesas e soviéticas nos territórios ocupados. Estima-se que entre 11 e 17 milhões de civis morreram como resultado direto ou indireto das políticas ideológicas nazistas, incluindo o genocídio sistemático de cerca de seis milhões de judeus durante o holocausto, juntamente com mais cinco milhões de ciganos, eslavos, homossexuais e outras minorias étnicas e grupos minoritários. Aproximadamente 7,5 milhões de civis morreram na China durante a ocupação japonesa e os sérvios foram alvejados pela Ustaše, organização croata alinhada ao Eixo. A atrocidade mais conhecida cometida pelo Império do Japão foi o Massacre de Nanquim, na qual centenas de milhares de civis chineses foram estuprados e assassinados. Entre 3 milhões e 10 milhões de civis, a maioria chineses, foram mortos pelas forças de ocupação japonesas. Mitsuyoshi Himeta registrou 2,7 milhões de vítimas durante a política conhecida como sanko sakusen. O general Yasuji Okamura implementou a política em Heipei e Shandong. As forças do Eixo fizeram uso de armas biológicas e químicas. Os italianos usaram gás mostarda durante a conquista da abissínia, enquanto o Exército Imperial Japonês usou vários tipos de armas biológicas durante a invasão da ocupação da China e nos conflitos iniciais contra os soviéticos. Tanto os alemães quanto os japoneses testaram tais armas contra civis e, em alguns casos, sobre prisioneiros de guerra. A Alemanha nazista e o Império Japão realizaram experiências utilizando seres humanos como cobaias (ver: Experimentos humano nazista) temendo punições, vários criminosos de guerra fugiram da Europa após término do conflito. As rotas de fuga usadas por estes criminosos ficaram conhecidas como as "linhas de ratos" (Ratlines). Embora muitos dos atos do Eixo tenham sido levados a julgamento nos primeiros tribunais internacionais, muitos dos crimes causados pelos Aliados não foram julgados. Entre os exemplos de ações dos Aliados estão as transferências populacionais na União Soviética e o internamento de estadunidenses-japoneses em campos de concentração nos Estados; a Operação Keelhaul, a expulsão dos alemães apósa Segunda Guerra Mundial, os estupros em massa de mulheres alemãs pelo Exército Vermelho Soviético; o Massacre de Katyn cometido pela União Soviética, para o qual os alemães enfrentaram contra-acusações de responsabilidade. O grande número de mortes por fome também pode ser parcialmente atribuído à guerra, como a fome de 1943 em Bengala e fome de 1945 no Vietnã. Também tem sido sugerido como crimes de guerra por alguns historiadores o bombardeio em massa de áreas civis em território inimigo, incluindo Tóquio e mais notadamente nas cidades alemãs de Berlim, Dresden, Hamburgo e Colônia pelos Aliados ocidentais, que resultou na destruição de mais de 160 cidades e matou um total de mais de 600 mil civis alemães. Campos de concentração e escravidão Os nazistas foram responsáveis pelo holocausto, a matança de cerca de seis milhões de judeus (esmagadoramente asquenazes), bem como dois milhões de poloneses e quatro milhões de outros que foram considerados "indignos de viver" (incluindo os deficientes e doentes mentais, prisioneiros da guerra soviéticos, homossexuais, maçons, testemunhas de jeová ciganos), como parte de um programa de extermínio deliberado. Cerca de 12 milhões, a maioria dos quais eram do Leste Europeu, foram empregados na economia de guerra alemã como trabalhadores forçados. Além de campos de concentração nazistas, os gullas soviéticos (campos de trabalho) levaram à morte de cidadãos dos países ocupados, como a Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, bem como prisioneiros de guerra alemães e até mesmo cidadãos soviéticos que foram considerados apoiadores ou simpatizantes dos nazistas. Sessenta por cento dos prisioneiros de guerra soviéticos dos alemães morreram durante a guerra. Richard Overy aponta o número de 5,7 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos. Destes, cinquenta e sete por cento morreram ou foram mortos, um total de 3,6 milhões. Ex-prisioneiros de guerra soviéticos e civis repatriados foram tratados com grande suspeita e como potenciais colaboradores dos nazistas e alguns deles foram enviados para gulags no momento da revista pelo NVDC. Os campos de prisioneiros de guerra do Japão, muitos dos quais foram utilizados como campos de trabalho, também tiveram altas taxas de mortalidade. O tribunal militar internacional para o extremo Oriente concluiu que a taxa de mortalidade de prisioneiros ocidentais foi de 27,1 por cento (para prisioneiros de guerra estadunidenses, 37 por cento), sete vezes maior do que os prisioneiros de guerra dos alemães e italianos. Apesar de 37 583 prisioneiros do Reino Unido, 28 500 da Holanda e 14 473 dos Estados Unidos tenham sido libertados após a rendição do Japão, o número de chineses foi de apenas 56. Segundo o historiador Zhifen Ju, pelo menos cinco milhões de civis chineses do norte da China e de Manchukuo foram escravizados pelo Conselho de Desenvolvimento da Ásia Oriental, ou Kōain, entre 1935 e 1941, para trabalhar nas minas e indústrias de guerra. Após 1942, esse número atingiu 10 milhões. A biblioteca do congresso dos Estados Unidos estima que, em Java, entre 4 e 10 milhões de romushas (em japonês: "trabalhadores braçais") foram forçados a trabalhar pelos militares japoneses. Cerca de 270 000 destes trabalhadores javaneses foram enviados para outras áreas dominadas pelos japoneses no Sudeste Asiático e somente 52 000 foram repatriados para Java. Em 19 de fevereiro de 1942, Roosevelt assinou a Ordem Executiva 9066, internando milhares de japoneses, italianos, estadunidenses e alguns emigrantes do Havaí que fugiram após o bombardeio de Pearl Harbor durante o período da guerra. Os governos dos Estados Unidos e do Canadá internaram 150 000 estadunidenses-japoneses, bem como cerca de 11 000 alemães e italianos residentes nos EUA (ver: campos de concentração nos Estados Unidos e crimes de guerra pelos Aliados). Em conformidade com o acordo Aliado feito na Conferência de Ialtal, milhões de prisioneiros de guerra e civis foram usados em trabalhos forçado por parte da União Soviética. No caso da Hungria, os húngaros foram forçados a trabalhar para a União Soviética até 1955. Produção econômica e militar Na Europa, antes da eclosão da guerra, os Aliados tinham vantagens significativas em termos populacionais e econômicos. Em 1938, os aliados ocidentais (Reino Unido, França, Polônia e os Domínios Britânicos) tinham uma população e um produto interno bruto (PIB) 30% maior do que os do Eixo Europeu (Alemanha e Itália) se as colônias fossem incluídas, a vantagem dos Aliados seria ainda maior, de 5:1 em população e quase 2:1 em PIB. Ao mesmo tempo na Ásia, a China tinha cerca de seis vezes a população do Império do Japão, mas um PIB apenas 89% mais elevado, o que seria reduzido a três vezes em termos populacionais e apenas 38% do PIB mais elevado se as colônias japonesas fossem incluídas. Apesar das vantagens econômicas e populacionais dos Aliados terem sido amplamente mitigadas durante os primeiros ataques rápidos da blitzkrieg da Alemanha e do Japão, elas se tornaram um fator decisivo em 1942, depois que os Estados Unidos e a União Soviética juntaram-se aos Aliados, quando a guerra em grande parte se resolveu em conflitos. Embora a maior capacidade de produção dos Aliados em relação ao Eixo muitas vezes seja atribuída aos maiores acessos à recursos naturais, outros fatores, como a relutância da Alemanha e do Japão em empregar as mulheres em sua força de trabalho, o bombardeio estratégico feito pelos Aliados e a transformação tardia da Alemanha para uma economia da guerra também contribuíram de forma significativa. Além disso, nem a Alemanha nem o Japão planejavam lutar em uma guerra prolongada e, portanto, não se prepararam para isso. Para melhorar a sua produção, Alemanha e Japão utilizaram milhões de trabalhadores escravos; a Alemanha usou cerca de 12 milhões de pessoas, principalmente da Europa Oriental, enquanto o Japão escravizou mais de 18 milhões de pessoas no Extremo Oriente da Ásia. Ocupações Na Europa, a ocupação se deu sob duas formas muito diferentes. Na Europa Ocidental, do Norte e Central (França, Noruega países baixos e as porções anexadas da tchecoslováquia) a Alemanha estabeleceu políticas econômicas através das quais recolheu cerca de 69,5 bilhões de e reichsmarks (27,8 mil milhões de dólares) até o final da guerra; este valor não inclui o considerável saque de produtos industriais, equipamentos militares, matérias-primas e outros bens. Assim, a renda das nações ocupadas era superior a 40 por cento da renda alemã recolhida através de impostos, um número que aumentou para quase 40 por cento da receita total da Alemanha com a continuação da guerra. No Leste Europeu, a tão esperada recompensa que seria trazida pela conquista do lebensraum nunca foi alcançada por causa das fronteiras instáveis durante os conflitos e pela política soviética de "terra arrasada", que impediu a posse dos recursos pelos invasores alemães. Ao contrário do Ocidente, a política racial nazista incentivou a brutalidade excessiva contra o que considerava "povos inferiores" de descendência eslava; a maior parte dos avanços alemães foram seguidos de execuções em massa Embora certos grupos de resistência tenham se formado na maioria dos territórios ocupados, eles não prejudicaram de forma significativa as operações alemãs tanto no Oriente quanto no Ocidente até o final de 1943. Também na Alemanha, alguns grupos e indivíduos em ações isoladas fizeram oposição ao regime. Este movimento de oposição interna, pouco expressivo e disperso, ficou conhecido como a resistência alemã. Na Ásia, o Império do Japão denominou as nações sob a sua ocupação como sendo parte da "Esfera de Copropriedade da Grande Ásia Oriental", o que, essencialmente, era uma hegemonia japonesa que se dizia ser a libertadora dos povos colonizados. Embora as forças japonesas tenham sido originalmente recebidas como libertadoras da dominação dos impérios europeus em muitos territórios, sua excessiva brutalidade pôs a opinião pública local contra eles dentro de semanas. Durante a sua conquista inicial, o Japão capturou 4 milhões barris de petróleo deixados para trás durante a retirada das forças aliadas e, em 1943, foi capaz de obter a produção das Índias Orientais Holandesas de até 50 milhões de barris (~ 6,8 × 106 t), 76 por cento de sua taxa de produção de 1940. Desenvolvimento tecnológico e militar Vários aviões foram usados para reconhecimento, como caças, bombardeiros aeronaves de apoio no solo, sendo que cada uma dessas funções avançou consideravelmente durante o conflito. A inovação incluiu o transporte aéreo tático (a capacidade de mover rapidamente suprimentos, equipamentos e pessoal limitados e de alta prioridade); e o bombardeio estratégico (o bombardeio de áreas civis para destruir a indústria e o moral). O armamento antiaéreo também avançou, incluindo defesas como o radar e a artilharia superfície-ar, tais como o canhão alemão de 88 milímetros. O uso de aviões a jato foi pioneiro e embora a sua introdução tardia ter tido pouco impacto na guerra, levou esse tipo de aeronave a se tornar padrão nas forças aéreas em todo o mundo. Avanços também foram feitos em quase todos os aspectos da guerra naval, principalmente com os porta-aviões e submarinos. Embora, no início da guerra a aeronáutica tenha tido relativamente pouco sucesso, as ações em Taranto, Pearl Harbor, Mar da China Meridional e Mar de Coral estabeleceram o porta-aviões como o principal navio dominante no lugar do couraçado. No Atlântico, os porta-aviões de escolta tornaram-se uma parte vital de comboios aliados, ao aumentar eficazmente o raio de proteção e ao ajudar a fechar a "lacuna mesoatlântica". Os porta-aviões eram também mais econômicos do que os navios de guerra devido ao custo relativamente baixo das aeronaves e de não necessitarem ser tão fortemente blindados. Os submarinos, que tinham provado ser uma arma eficaz durante a primeira guerra mundial foram fortemente usados pelos dois lados nesse conflito. O desenvolvimento britânico focou-se em armamentos de táticas antissubmarino, como o sonar e os comboiosnavais, enquanto a Alemanha concentrou-se em melhorar a sua capacidade ofensiva. A guerra terrestre mudou das linhas de batalha estáticas da Primeira Guerra Mundial para uma maior mobilidade e o uso de armas combinadas. O tanque, que tinha sido utilizado predominantemente para apoio da infantaria na Primeira Guerra Mundial, tinha evoluído para a arma principal. No final dos anos 1930, os projetos de tanques estavam consideravelmente mais avançados do que durante a Primeira Guerra Mundial e os avanços continuaram durante a guerra em aspectos como o aumento da velocidade, blindagem e poder de fogo. No início do conflito, a maioria dos comandantes pensava que os tanques inimigos tinham especificações superiores. Esta ideia foi contestada pelo fraco desempenho das armas relativamente leves dos primeiros tanques contra a blindagem e pela doutrina alemã de evitar combates entre tanques. Isto, juntamente com o uso de armas combinadas pela Alemanha, estava entre os elementoschave de suas bem-sucedidas táticas de blitzkrieg em toda a Polônia e França. Muitas armas antitanque, como artilharia indireta, Minas, armas de infantaria de curto alcance e outros tipos de tanques foram utilizados. Mesmo com a grande mecanização, a infantaria permaneceu como a espinha dorsal de todas as forças, e durante a guerra muitas delas foram equipadas de forma semelhante à da Primeira Guerra Mundial. As metralhadoras portáteis se espalharam, sendo um exemplo notável a alemã MG42 e várias submetralhadoras que foram adaptadas para o combate próximo em ambientes urbanos e de selva. O rifle de assalto, um desenvolvimento de guerra recente que incorporou muitas características do fuzil e da metralhadora, tornouse a arma de infantaria padrão do pós-guerra para a maioria das forças armadas. A maioria dos grandes beligerantes tentou resolver os problemas de complexidade e de segurança apresentados utilizando o Enigma a mais conhecida. O SIGINT era o processo contrário de descriptografia, sendo que o exemplo mais notável de aplicação foi a quebra dos códigos navais japoneses pelos Aliados. O britânico Ultra, que era derivado da metodologia dada ao Reino Unido pelo Biuro Szyfrów polonês, tinha decodificado a Enigma sete anos antes da guerra. Outro aspecto da inteligência militar era o processo de desinformação, que os Aliados usaram com grande efeito, como nas operações Mincemeat e Body Guard. Outras proezas tecnológicas e de engenharia alcançadas durante ou como resultado da guerra incluem os primeiros computadores programáveis do mundo (Z3, colossos e ENIAC), mísseis guiados o desenvolvimento do Projeto Manhattan de armas nucleares, as pesquisas operacionais e o desenvolvimento de portos e oleodutos artificiais sob o Canal da Mancha Guerra fria O que foi a Guerra Fria? A Guerra Fria foi um conflito entre a União Soviética (URSS) e os Estados Unidos, que durou quase 45 anos. Começou pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial (em 1947) e só terminou em 1991, quando aconteceu a extinção da antiga União Soviética, em 26 de dezembro. Foi uma disputa ideológica que dividiu o mundo em duas partes. De um lado estavam os países que apoiavam a União Soviética (Alemanha Oriental, Romênia, Bulgária, Polônia, Hungria e Tchecoslováquia). Do outro, os apoiadores dos Estados Unidos (como Alemanha Ocidental, França, Reino Unido e Bélgica).Durante toda a Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética tentaram mostrar sua força de muitas formas: criaram apoios econômicos para ajudar a recuperar outros países depois da Segunda Guerra (o Plano Marshall foi criado pelos Estados Unidos e o COMECON foi criado pela União Soviética);investiram na fabricação de armas nucleares, principalmente no desenvolvimento das bombas atômicas; fizeram uma corrida pela conquista do espaço: durante a década de 1960, a URSS lançou o primeiro voo espacial tripulado por um astronauta e os Estados Unidos conseguiram enviar o homem à lua. Por que o conflito foi chamado de Guerra Fria? A Guerra Fria ganhou esse nome porque foi uma guerra sem conflitos diretos. Os países envolvidos tinham ideais bem diferentes e disputavam o domínio mundial, mas não aconteceram conflitos armados em suas zonas territoriais. A Guerra Fria ficou conhecida pela frase "guerra improvável, paz impossível" porque a guerra não aconteceu diretamente, mas a tensão do período não permitia a paz nas relações políticas. Quais as causas da Guerra Fria? Os motivos que levaram ao começo da Guerra Fria são uma consequência da Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos e a União Soviética tinham sido aliados durante a guerra, mas se tornaram inimigos depois do fim do conflito. As principais causas da Guerra Fria foram: A disputa entre capitalismo e socialismo Uma das principais causas da Guerra Fria foi a disputa ideológica. A União Soviética adotava o socialismo e os Estados Unidos defendiam o capitalismo, e essas diferenças faziam com que as nações discordassem em questões políticas, sociais e econômicas. O interesse pela produção de bombas atômicas Ainda no fim da Segunda Guerra, os Estados Unidos demonstraram o poder do seu investimento em armas nucleares, quando bombardearam as cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 1945.Poucos anos depois (em 1949), foi a vez da União Soviética mostrar suas intenções, quando começou a produzir as primeiras bombas atômicas. Como a Guerra Fria começou Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou dividida entre o capitalismo e o socialismo, Europa Ocidental e Europa Oriental. Europa Ocidental: representava os países influenciados pelos ideais do capitalismo e pelos Estados Unidos. Europa Oriental: era formada pelos países influenciados pela União Soviética e pelo socialismo. Entre os dois lados dessa divisão, existiam áreas de fronteira que eram protegidas e vigiadas. Durante a guerra, essas regiões ficaram conhecidas como Cortina de Ferro. Criação da OTAN e do Pacto de Varsóvia Durante a Guerra Fria surgiram dois blocos: OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em apoio aos Estados Unidos e Pacto de Varsóvia, pela União Soviética. Eles tinham o mesmo objetivo: a proteção contra possíveis ataques dos países do bloco oposto. A OTAN foi criada em 1949, e era formada por Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Itália e Portugal. Tempos depois, Grécia, Turquia e a Alemanha Ocidental também se uniram à organização. O Pacto de Varsóvia foi criado pela União Soviética em 1955. Era formado por Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Albânia, Romênia e Alemanha Oriental. Os dois blocos deixaram de existir quando a Guerra Fria acabou. A criação do Plano Marshall e do COMECON O Plano Marshall e o COMECON foram criados para oferecer ajuda econômica aos países afetados pela Segunda Guerra. A criação dessas ajudas também foi uma forma de mostrarem sua força e conseguirem apoio de outros países. Com o Plano Marshall, criado em 1948, os Estados Unidos emprestaram dinheiro para países europeus reequilibrarem suas economias no pós-guerra. Alemanha Ocidental, Reino Unido, Itália, Bélgica, Dinamarca, França, Portugal e Irlanda foram alguns beneficiários da ajuda. O COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua), criado em 1949, foi a resposta financeira da União Soviética para ajudar países do leste Europeu. Hungria, Polônia, Romênia, Tchecoslováquia, Iugoslávia e Bulgária fizeram parte do Conselho. A crise dos mísseis A crise dos mísseis durou 13 dias (entre 14 e 26 de outubro de 1962). Tudo começou porque a União Soviética construiu bases para lançamento de mísseis em Cuba, uma resposta às bases construídas pelos Estados Unidos na Turquia um ano antes. Os Estados Unidos se sentiram ameaçados, já que a distância entre seu território e o cubano é de pouco mais de 500 quilômetros. O curto e tenso conflito terminou depois de negociações, chefiadas pelo presidente americano John Kennedy (1917-1963) e pelo presidente soviético Nikita Kruschev (1894-1971). O fim da crise dos mísseis aconteceu com a retirada dos mísseis das duas bases (Cuba e Turquia). Os dias de negociação foram tão tensos que ficaram conhecidos como os 13 dias que abalaram o mundo. Quais os conflitos ligados à Guerra Fria? Mesmo que não tenham se enfrentado diretamente pela Guerra fria, Estados Unidos e União Soviética foram rivais quando participaram de outras guerras que aconteceram durante o conflito. A tensão da Guerra Fria foi tanta, que ela influenciou outros conflitos que aconteceram durante o mesmo período. Os mais importantes foram a Guerra da Coreia (1950-1953) e a Guerra do Vietnã (1955-1975). Logo no início da década de 1950, os dois países estiveram envolvidos na Guerra da Coreia, entre a comunista Coreia do Norte e a capitalista Coreia do Sul. Em 1959, Estados Unidos e União Soviética se envolveram em outro conflito entre o capitalismo e o socialismo. Dessa vez, o enfrentamento foi na Guerra do Vietnã, entre o capitalista Vietnã do Sul e o comunista Vietnã do Norte. Qual a importância do Muro de Berlim na Guerra Fria? A construção do Muro de Berlim, em 13 de agosto de 1961, é um acontecimento marcante porque a construção dividiu cidade em duas áreas: Berlim Ocidental e Berlim Oriental. Eram controladas por diferentes influências políticas e o objetivo era evitar a fuga de cidadãos de Berlim Oriental para Berlim Ocidental. Entre as duas Alemanhas existiam diferenças, especialmente a divisão entre o capitalismo em Berlim Ocidental e o socialismo de Berlim Oriental. Berlim Ocidental (ou Alemanha Ocidental): formava a República Federal da Alemanha (RFA), com influência principalmente dos Estados Unidos. Berlim Oriental (Alemanha Oriental): comandada pela União Soviética e era a capital da República Democrática Alemã (RDA). A queda do muro aconteceu em novembro de 1989, quando o governo da Alemanha Oriental autorizou a travessia dos cidadãos para Berlim Ocidental. A permissão foi dada no dia 9 de novembro e nos dias seguintes os cidadãos alemães, em comemoração, começaram a derrubar o muro. Como a Guerra Fria terminou? A guerra terminou com as negociações entre Mikhail Gorbachev (líder da União Soviética) e Ronald Reagan (presidente dos Estados Unidos), e a queda do muro de Berlim representa os períodos finais. O conflito terminou oficialmente com a dissolução da União Soviética no ano de 1991.Os gastos da União Soviética durante esses anos, principalmente no financiamento de armamento nuclear, e as mudanças políticas e econômicas foram os principais fatores que levaram ao fim da guerra. Quem venceu a Guerra Fria? A Guerra Fria terminou sem vencedores. Embora tenha contribuído para o fim da União Soviética (que sofria uma crise econômica e social), não se pode falar em vencedores e perdedores nesse conflito. Uma terceira guerra mundial se aproxima (Como isso pode mudar nossa ordem mundial atual) inflação e juros Mas, se para alguns investidores, em particular estrangeiros, os efeitos econômicos da guerra na Europa podem até ser positivos no curto prazo, “para o povo é um desastre”, avalia Mello. “Em particular devido ao aumento das commodities energéticas (combustível, gás), mas também o quadro vai afetar as alimentícias e fertilizantes, e, portanto, o custo da produção de alimentos. Tudo isso em algum momento vai chegar para o consumidor. “Com fábricas fechadas por Temer e Bolsonaro, Brasil pode ficar sem fertilizantes da Rússia. E então a inflação, cuja previsão já está acima do teto da meta (que era de 5%), vai subir. A última previsão do mercado, esta semana, estava em 5,6%. “Mas já tem gente falando em mais de 6%. E aí vai ter pressão sobre preços e sobre juros. Já se fala que o Banco Central não vai parar em 12%, e alguns preveem até mais de 12,5%.” Mello ressalva que, por ser ano de eleição, o governo de Jair Bolsonaro “está jogando o que tem e o que não tem na economia”. A partir da semana que vem, o Planalto começará a anunciar uma injeção de cerca de R$ 150 bilhões na economia. As medidas envolvem incentivo ao consumo e redução de impostos. Nova ordem mundial? Para Pochmann, o conflito entre Rússia e Ucrânia não só não é localizado como aparentemente pode se prolongar. Se isso acontecer, mantido o atual quadro, possivelmente a economia mundial vai entrar em recessão. “Com isso, me parece que está ficando cada vez mais claro que a ordem mundial que se estabeleceu em 1991, com o desmembramento da União Soviética e o fim da Guerra Fria, isso cai por terra”, acredita o economista. As sanções podem começar a incentivar um outro sistema monetário. Pochmann lembra que já há experimentações nesse sentido na China, e mesmo na própria Rússia. São sistemas ainda pequenos, e a predominância do dólar continua inquestionável, mas o embrião de uma nova ordem começa a se colocar no mundo. “Desde 2015 a China criou um sistema de pagamentos que sustenta a estrutura dos países conectados na chamada ‘nova rota da seda’”. Mudar as reservas em dólar para ouro, criptomoedas como bitcoin, são alternativas. Pochmann destaca que, apesar de sanções econômicas, Cuba, Venezuela, Irã e Síria não sucumbiram. Guerra de versões A guerra é também uma disputa de comunicação. Se a Otan não está operando por meio de ações militares diretas, sua atuação se dá concretamente nos meios de comunicação, que lhe dão cobertura. “Os meios de comunicação ocidentais se unificaram, de certa maneira em uma espécie de assessoria do Departamento de Estado dos EUA”, acrescenta Pochmann. Ao mesmo tempo, essa mídia elevou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski ao status de herói, seus analistas afirmam que a Rússia está economicamente destruída e Putin, liquidado. Já o presidente russo diz o contrário, embora não negue as dificuldades. Afirmou esta semana que tudo transcorre como planejado. Mais do que isso, indicou na quinta-feira que seus planos pressupõem a rendição total ou a derrota militar da Ucrânia: “Russos ucranianos são uma nação. Eu nunca vou desistir disso”, disse Putin. Consequências do conflito economicamente: Pouco investimento, renda em queda e inflação alta. País tem de rever políticas para crescer Taxa de juros tem oitava alta seguida e vai ao maior nível em cinco anos Rússia e Ucrânia concordam em criar ‘corredores humanitários’, mas conflito continua Anexos https://www.todamateria.com.br/tudo-sobre-a-primeiraguerra-mundial pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://www.redebrasilatual.com.br/russia_ucrania https://www.todapolitica.com/ conclusão: Essas guerras foram um ensinamento bem importante para nós ,já que guerras levam a morte e destruição e nos fazem entender que muitas pessoas encararam a guerras sem elas quiserem, elas foram arrastadas a violência sem o consentimento delas e isso e completamente desnecessário já que todos conversamos todos podemos resolver na base do diálogo e não em guerras, guerras são praticamente a ignorância da humanidade, porque só por quere mais poder acaba levando muitas pessoas a machucarem outras pessoas e talvez mata-las por isso guerras sempre serão ruins não importa o motivo delas.