Subido por gabriel.bonz

17. Contestação ao Sistema Hegeliano

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Contestação ao Sistema Hegeliano
• Realismo radical e crítica da dialética hegeliana
 Johann Friedrich Herbart (1776-1841).
 Axioma realista  a realidade existe independente do eu.
 Ciência  verificação dos dados de fato.
Filosofia  elaboração de conceitos.
= exp. humana  inconsistência conceitual, como as ideias de
“coisa” (unidade múltipla) e de “eu” (idêntico a si e plural)
 Integração de conceitos  tarefa da Filosofia.
 Distinção entre o ser (“absolutamente simples”) e o
conhecimento progressivo e múltiplo que dele temos.
= Enquanto a essência permanece a nós inacessível, podemos
adquirir uma variedade ilimitada de conhecimentos.
 Adolf Trendelenburg (1802-1872).
 Em que consiste a “negação dialética”?  falsidade.
 Ou é uma contradição lógica ou é uma oposição real.
= Hegel se confunde entre as duas e sobre isso monta seu
sistema  Hegel confunde contradição e contrariedade.
 Oposição contraditória  “A e não-A”.
 Afirmar e negar a mesma coisa não produz “síntese”.
 Oposição real  “A e B”.
 Uma negação real não pode ser entendida de forma lógica.
• Arthur Schopenhauer (1788-1860)
 O mundo como vontade e representação (1818).
 Mundo (realidade)  existe independente de nós.
 A essência das coisas resulta de uma interpretação pautada na
vontade dos homens, que é sempre irracional.
= Mundo = Vontade (de viver) = luta = angústia.
“O mundo é uma representação minha; esta é uma verdade
válida para todo ser vivo e pensante”.
 Tudo o que conhecemos vem da percepção  espaço e tempo!
= Mediação mental  temos uma representação.
↕
Contexto  fim das guerras revolucionárias = “Filhos da
Revolução” apodreciam, e a Vontade se via derrotada.
 Entendimento e razão  coisas distintas.
 Razão (intelecto)  permite representações que não são
intuitivas = permite as recordações.
= Conceitos  filtram as representações intuídas
Representações de
 exterminam o original da experiência.
representações
 “Véu de Maya”  são os fenômenos.
 Podemos, sim, chegar ao conhecimento da realidade.
= Como?  Corpo!  Corpo é vontade tornada visível.
 Vontade (escolha)  + profundo que a razão.
 Afetos e sentimentos  fica difícil separar sujeito e objeto.
= Não queremos algo pq encontramos motivos para isso, e sim
encontramos motivos para ter algo pois queremos esse algo.
 Subjetividade  chave para o entendimento.
= Sentimentos não são conceituáveis.
Pode entender o mundo, mas
 Essência vital independente da razão.
não
racionalizar seus desejos!
= Rege o querer viver  paradoxo!
 “Cego robusto (vontade) que carrega o aleijado que enxerga
(razão)”  Representação é racional, mas a vontade não.
 Pessimismo  gerado pela razão.
 Consequências da Razão.
 Positivas  razão possibilita a linguagem e, portanto, ciência e
poesia.
 Negativas  leva ao sofrimento.
= Dá ao homem consciência de finitude  dogmas e
superstições.
 Religiões orientais  taoísmo e budismo.
 Carma  vida como uma jornada de dor pela renúncia dos
desejos incessantes.
 Nirvana  estado supremo de repouso alcançado pelo
desapego de viver.
experiência ↕ estética
 Homem pode superar o sofrimento  anulação de si mesmo.
 Sentimentos humanos.
 Paixão  impulso sexual = + vigoroso do Homem.
= Pessoas renunciam a tudo por uma paixão.
 Pq?  instinto de reprodução  reforço da Vontade.
 Compaixão  nega a vontade.
 Seria o verdadeiro amor, pois evita sofrimento.
 Podemos doar aquilo que nos é importante  nós mesmos.
 Ética  compaixão, abandono, egoísmo e negação da Vontade.
• Søren Kierkegaard (1813-1855)
 Escolha individual  núcleo da existência.
 Indivíduo  é a âncora que dá sentido às coisas.
 Modo de ser do indivíduo é a existência
 Homem é aquilo que escolhe ser
 Existência é possibilidade  possibilidade é angústia.
 Angústia  medo disperso = vertigem.
 Homem que, na beira do penhasco, sente medo.
= pq sente medo?  (I) Pode cair; (II) Pode escolher cair.
 Medo de não saber o que fazer diante da liberdade de
escolha!  solidão, obsessão ou desespero.
= Desespero  “eterno morrer sem todavia morrer”
 causa é não querer aceitar-se das mãos de Deus
 Liberdade  não gera felicidade.
 Homem quer ser livre e feliz ao mesmo tempo!
 Liberdade  condição.
Não se pode resolver essa equação
Felicidade  obrigação.
= frustração
 Questionar-se  a angústia não é em si negativa, pois por meio
dela tornamo-nos autoconscientes.
 Como fazer boas escolhas?  morais.
 Instante  momento de decisão.
 Aqui-e-agora  ocasião para a autenticidade.
 Futuro  permite que a verdade surja com o tempo.
 Repetição  aprofundamento do instante futuro.
 Autenticidade  autoconsciência  autonomia.
 Sentido religioso  conceito de redenção.
 Condição humana  é experiencial.
 Processo  etapas/estágios.
 Como operam as escolhas na vida dos indivíduos?
= Estética  divertimento e prazer (=efêmero).
Ética  luta e conflito (=dever e responsabilidade).
Religião  sofrimento e fé (=percebe a fé como necessária,
tendo obrigações religiosas)
Indivíduo deve abandonar-se a Deus.
 Todo ser humano pode percorrer essas etapas para tornar-se,
em definitivo, aquilo que se é.
 Deus  não existe, ele é
 Não é possível demonstrar Deus, pois não é natural.
 Fé  grau mais alto de subjetividade.
 sentimento + entendimento.
 Salto para a Fé  necessário.
 Abraão  fazer o que Deus exige ou poupar seu filho Isaac?
= Se não mata o filho, ele é ético, mas perde a Fé. ABSURDO
Se mata o filho, peca diante de Deus.
 Devemos aceitar os absurdos das exigências divinas.
 Essa é a “escolha” que os indivíduos devem fazer
independente de quaisquer critérios racionais.
 Escolha abrupta e radical  se desprende da sociedade.
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