Terezinha Oliveira (Organizadora) Editora cla Uuivcrsidaclc Estaclual rlc Malinrá Reitora: Proft 1v1..St. Vice-Reitor': Pro.l. Dr.,lost r/r./csirs Previtlelli Nclsrr ,41lori CONSELHO EDITORIAL Presidente: h'oJ. Dr. Gilbctto Cezor Pavunelli. Cooltlenador Editorial: Dr. 7lrunos Bonnici. Merubl os: l\'oJn Dt ç11u.ir.. Trurtouuro CorLez, I\ oJ. t1of. Dr. José Corbs cle Souso, Prol. Dr. José Ttu'císio Pires'fritrkrle, Prop D<r Lízio llelena Nogel, h'oJ. Dr. Luiz Antonío dc Souza, h-of [1<t 1'4rr-in lokrtrch Sadwk, Pftf Dtn Olittlo'leruko Ktrjihttru, hoJ. Dr. Osvuldo Ferrurese Filho, Mcnegossí, I\'oJ. Dr. Riurclo Albctlo Molitento, Jtittktr e h'oJ. Dr. Sezincnukt lLtiz Menzes. h'ol. Dr. hoJ. Dr. LUZES SOBRE A IDADE TT/IÉ»N Ii-ol. ; RenilsonJosé Ruheur Silvcrio tlc Olíveirur Diretom Gel"l: /)i/r Dlr Sllvíuo Rosu. Secl etária: MrurrtJosé dt Mckt Vtndt'esen. ê1.ffiil Maringá 2002 Divisào de Editoração Marcos Kazuyoshi Sassaka Marcos Cipriano cla Silva Paulo Bcnto da Silva Cristina Akcnri l(anricoga Luciarro Willian <la Silva Solangc Marli Oshinra Revisão de Língua SUMARIO Portuguesa Raul Pimenta Ilttstraçào da capa Lrzes sobrc u klotle Méditr de Ambrogiri Lorenzetti Effts dLr bon gouvernerncnt dans Ia villc (1337-1339) - Siena, Palácio Público Capa - arte final Luciano Williun da Silvr Marcos l(aztryoshi Sassal<a Diagranração Malcos Ciprialro da Silva APRESENTAÇAO Nornralização Biblioteca Centlal - UEI\4 Terezinha 'firagem Oliveira 7 500 cxenrplarcs EDUCAÇÃO Dados lntenracionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Ceutral - UEM, Malingá L979 Luzes sobre a ldaclc Mó<lia /'l'crozinha Oliveira (organ iza(lot CAPíTULO 1 - A UNIVERSIDADE MEDIEVAL a)- - - Maringá : SABER E PODER Luís Alberto De Boni ........ 17 Eduem, 2002. CAPÍTULO 2 185 p. PAGANISMO : Vários autorcs. Livro indcxaclo enr GeoDados. http://www.geodados.uem.br E CRISTIANISMO: CONCEPÇÃO DE HOMEM E EDUCAÇÃO Lizia Helena Nagel ........... 35 ISBN 85-85545-77-l CAPíTULO 3 l. lclade Média - liducação. 2. ldadc Módia - Histtilia. 3. ldaclc Métlia, [.itcratura. 4. kladc Módia - I-ilosolla. l. OIivcira,'[clczinha, org. CONSIDERAP CDD2l.ed.Cd.909.07 Terezinha ES SOBRE O CAúTER HISTÓzuCO DA ESCOúSTCA Oliveira 47 CIP-NBR 1 2899 Copyright @2002 para Terezinha Olivcira Todos os clircitos lcscruados. Proibida a reproclução, mcsnro palcial, por clualqucr processo nrecânico, clctr'ônico, r'cplogr'áfico utc., scnt a autorização, 1;or cscrito, da autora. Todos os clircitos r-eser-vados dcsta erliçi)o 2002 par-a ErlLrcnt. llnrlclcço para col resporrrlêrrcia: Eduenr - Editora da Universirlarle Estaclual de l\4aringá Av. Colonrbo, 5790 - Canrl;us Univcrsitário, 87020-900 - Maringá Paranii-Brasil Fone: (0XX44) 261-4527126t-4394 - Fax: (0XX44) 263-51 16 Site: http://www.ppg.ucnr.br- - E-nrail: [email protected] CAPíTULO 4 A EDUCAÇÃO EM SANTO AGOSTINHO JoséJoaquirr Pereira Melo 65 HISTÓRlA CAPÍTULO 5 MITO E MONARQUIA NA HISPÂNIA VISIGÓTICA CATÓLICA Rr.ry de Oliveira Andracle Fi1ho............. 8l CAPÍTULO 6 MENTALIDADE MÁCICA E PODER NA CRISTANDADE OCIDENTAL Crrlos Roberto Figueiredo Nogr_reira 107 CAPÍTULO 7 A PRODUÇÃO INTELECTUAL ECLESIÁSTICA NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DA IGREJA E DE LECITIMAÇAO DA MONARQUIA APRESENTAÇAO SUEVAS Leila Roedel Rodrigues r35 Tcrczinho Olivciro LITERATURA CAPÍTULO 8 AS POÉTICAS MEDIEVAIS TÊna un,ln A idéia cla publicação dcsta coletânea de tcxtos sobre a Idaclc Média uasceu cla confluência de dois fatos significativos para FACE 0CULTA? Lênia Márcia Mongelli aquelcs que se interessam 165 Estadual de Maringá. De un lado, coustituir.r-sc um grllpo de trabalho por ocasião cla criação clo Progranta dc Pós-Graduação cm Educação na UEM, eni 1990. Esse grupo, que envolve professores c estuclantes de vários cursos, cn'r nível cle graduação e pós-graduação, procura CAPíTULO 9 CARTA DE PRESTE JOÃO EM OCCITANO: UMA VERSÀO PARTICULAR PARA UM SONHO MAIS ANTIGO Angelita Marques Visa11i........... pol 151 essa época na Unive rsidacle rctornar os estuclos da Antigtiidade e da Medicvalidade através dos autores clássicos. De outro, tivemos a honra de sediar o II Ciclo de Estud<-rs Meclievais, clti agosto de 2000, eveuto que veio a consolidar o grupo de trabalho. Este Ciclo de Estuclos Meclievais foi motivo cle dupla satisfação para nós. A prirncira deveu-se ao alto nível das palestras, comuuicações e debates e a Llma grande participação de professores e estudantes. A segunda foi a comprovação de urra tendêucia já senticla por aque les qLle se dedicam ao estudo da Idade Média: o crescente interesse entre nós por essa época. Com efeito, o r-rúlnero cle pessoas que afluírall de diversos Estados e, principalntente, o graucle interesse demonstrado uos debatcs, r.uostraraut-uos nào apenas a neccssidade de unt utaior número clc eveutos dessa uatureza como também o fato clc r1trc, no Brasil, o cstudo da Iclacle Média não está e ueut porlc cstar lelcgaclo a utr plano secunclário. Luzes sobre a lclacle Média ANSELMO, Santo. Monológio. São Paulo: Pensadores, v. 7). Abril CLrltural, 1973. (Os ARISTOTELES. A político. Brasília: UnB, 1985. DUBY, G. ,4s frás ordens ou o imaginorio do feudolismo. Lisboa: Estanrpa, 1982. CILSON, E. A.filosofio na Idade Médio. São Par-rlo: Martins Fontes, 1998. CAPíTULO 4 GUIZOT, F. Histoire générole de Io civiliscttion en Europe, depuis lo chute de l'Entpire Rontain jusqu'o Ia Révolution Fronçoise. Bruxelles: Langlet, 1838. HOLANDA, S. B. Roízes do Brasil. São Paulo: Con.rpanhia clas Letras, 1995. LE COFF, J. 0s intelectuais no ldade Médio. Lisboa: LE COFF, J. 0 opogeu da çidode, São Par.rlo: Martins Fontes, 1992. NUNES, R. A. C. História do educoçao A EDUCAÇÃO, EM SANTO AGOSTINHO Gradiva, 1984. ns ldade Médil. São Paulo: 1979. TOMÁS DE AQUINO. Iscriros políticos. Petrópolis: Vozes, 1995. USP, José Joaquirn Pereiro Melo Muitos foram os motivos quc levararr Santo Agostinho a ocLlpar um lugar de destaclue na Patrística, da qual, indLrbitavelrreute, é a pel sonagem central. O excepcional intercsse histórico pelo pensador não se funda apenas na ime nsa influência que exerceLl sobre a cultura de todo o urundo ociclental, ntas tambérr na profundidaclc e na vivacidade do seu pensameuto, o qlre faz com que sc aploxinre dos grancles uorles cla filosofia grega, a exernplo de Platão c Aristóteles, fato cpre lhe hipoteca o srorus de um dos ntaiorcs peusadores cla huntauiclade. Assirr senclo, Santo Agostiuho foi Lll-u elaborador c sisterratizador das concepções culturais e educaciotrais clos Santos Padres, o que constituiu o serr Iegaclo para o novo tempo qlle cstava por ser inaugrrraclo: a ldacle Média, Mas a História da Educação não foi apeuas contemplada cout a fecundidade e a oliginalidacle do seu ideário pedagógico, mas também pela sua expcriência couto educador, que, segundo seus biógrafos, o foi por cxcelência. Desta fornta, autbas as dirnensõcs de Santo Agostinho, a do eclucador e a do pensador que produziu uma rcflexão sobre as possibilidades, o alcance e o sentido da prática educativa, não poclem ser entendidas de forma separacla. 64 Luzes sobre a lclade Média Capítulo 4 Seguindo csta linha cle raciocínio, para urna corrcta comprcensão da concepção pedagógica de São Agostinho sc faz necessário buscar uão sornente a sua concepção filosóficoteológica e antropológica, mas igualnreute a experiêrtcia pcssoal de vicla. Em razão clisto, rcsgatar alguns fatos rclacionaclos a ela é particr.rlarrncntc significativo para sc chcgar ao cntcudinrento cla sua proposta pcdagógica: o encoutro, cur 373, com HorteusiLts, diálogo hoje perdido de Cíccro, selou a sua 'clcvoção' à filosofia, e foi o ponto de particla de urn lortgo, dedicado e árcluo processo de busca do clue corrsiderava a vcrdade. AderiLr de forma sucessiva ao maniqueísnro, ao ncoplatonisnlo, ao ascctismo, até o cucontro dcfinitivo com o bispo Arrbrósio, futuro Sarrto Ambrósio, qrre o levou aos uu'tblais do cristiauislno. Na concliçào cle catecúureno, L'nr 386, clefiniu que a sua conversão interior se detr após a lcitula clc cnsinamr:rrtos rlr Siro Paulo aos Romanos: niugucinr rlcvais criisa algurla, a nào srr- o lmor nrrituo, pol'quc aclucle quc anra o próximo cuml)Ie a lei. Em vcrrlacle, cstes manclaurL'ntos: - Não cometerás aclultério; não nlatarás; não Íirrtar'írs; não clirírs falso testenlunho; uão cobiçar'ás - c clualquer outl'o man(lanrento, toclos sc rcsr.lmcnr ncsta palavla: arlarás o teu próxinro como a Li nrcsrlo. O amor clo pr'óxinro não laz o mal. Logo, o arror é o conrlrlemento cla Iei. [...]. Deixc'mos,;rois, as obras clas trevas c revistanro-nos clas arrnas cla luz. Canrinhen.ros, como cle clia, honestarnente; não enr glutonalias c ua cnrbriaguez, não eln desonestidades e clissoluções, não enl contenclas e emulações, rnas revesti-vos A clo Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuiclaclo cla carne ellr suas concirpiscências (Rm. 1 3:8-I4). A partir clessc n-ronrcnto, dcdicou-se a pLrrificar os costumes, afastanclo-se clas contodidacles utundanas e das sensualidades pecarninosas, bem conro da cáteclra urunicipal dc rctór'ica em que cnsinava, crr Milão, clcsde 384. Rcfugiou-se nur-na propriedade rural ern Cassicíaco, onde clescausou, segunclo afirnra, "clas angústias do século" c sc preparoll para receber o batisnro na Páscoa de 387, clas mãos dc Santo Ambrósio. O seu itinerário no cristianismo levou à sua aclanração, em 395, como bispo de Hipona. 66 - A etlucoção, em Santo Agostiulut O couccito de eclucação O concciro cle cdtrcação erl Santo Agostinho traz, cnt princípio, unta cvidentc iufluência platônica, ntas cont o teutpo cle foi se rnatizaudo, purificanclo c assimilauclo uur pcrfil próprio, de nroclo a ser perfcitautentc contpatívcl com a pregaçào doutrinária clo cristianisuro. Citc-se conto cxeruplo a teoria cla ren-riniscêucia, cluc sarrto Agostiuho urrnca adotor.r na plcnitucle, porque, cnquanto cristão, não poclia aceitar. que a alura cxistissc antes clo corpo e lrouvessc corrtemplaclo as icléias rrluna vicla anterior. Esta orientação filosófica de Platão foi superacla pclo Mcstre clc Hiporra corr a teoria da Iluminação (NUNES, 1978), clue explica o proccsso clo conhccinrcr.rto a pal tit de unta açào inrecliata dc Deus na produção das icléias, contparávcl ao auxílio da graça para o ato livrc e sobrctratural da vontacle. Assinr sendo, a eclucação c[a Llnta longa c exaustiva carninhada de pLrrificação utoral e clc cxercitação intelectual, que conduzia progressivarrente o ahlno a se iclentificar cou-r it Sabedoria, a Boncladc, a Beleza e a Feliciclacle srrprcntas (REDONDO; LASPALAS,1997), que se relacionant corn Deus, forrte de todo o Bent. É que o conhcciutento cle tocla verclacle uova, alónr cle envolver dcternrinados signos ou palavras que a ocasionalrr, dependia de rrnra clilcta intervcnção clivina, que se efctivava cour a 'ilurrinação' íntinra. Assim, para sauto Agostinho, Deus era o único Mestre; qllauto aos professores, ua verclade nada cnsirravarr, a nào sel pt'ovocar ltos altrrros a blrsca clo conhecirlento. No 'frotodo sobre o )rdent, Santo Agostinho afirrnolt as dificuldaclcs a serent enfi'entaclas nesse proccsso: Cosa rnuy arclua y rarísinta 1...1 alcanzar el conocintiento y rleclar-ar. a los honrbres cl ortlcu cle las cosas, ya el proprio rle cacla uua, ya, sobre todo, el dcl conjurrto o universiclacl cou t;ue cs nrorlcraclo y rcgiclo el munclo. AÍiáclese a esto (luc., aun purliénclolo haccr., no es fácil tener uu oycute cligno y ltreparaclo para tan ctivinas y oscuras cosas, ya por Ios méritos cle sLr vicla, ya por eruclición (AGOSTINIlO, I 956, I-l,t). 67 cl ejercicio cle la l.rrzt's solrre a klaclc Média Capítulo 4 Nos seus Soliloquios, diálogo cm que aparece como discípLrlo da razão, quc o encantinhava pala as verclades que buscava, reafi ru'ror.r essas rltestras dificuldacles: pcdes urna coisa cpre ninguém pocle ver se não tivcr muita linrltidez clc nrente e ltara cuja visão estás pouco cxercitaclo. Aliás, não lazenros or,rtla coisa, cont toclos esscs rocleios, senão fazer coll que te exer.citcs para estar apto a vêla (AGOSTINI'IO, 1998, ll, 20,34). TLr Enr Sobre o vido Jeliz, embora esta obra uão fossc procluto de ruura longa vivência cristã, Santo Agostinho consideraçõcs: fez as seguintes Se Í'osse possível atingir o porto cla Filosofia - único ponto cle acesso il região e à terra firnte cla vicla f'cliz -, nul.ua caminlracla cxclusivanrcntc dirigicla lrela razão e concluzicla;tela votrtacle [...1 (A(;OS't'rNH0, 1998, l, t). O dc eclLtcação (interpretação e clucidação), clc corte platônico, tcvc colro ponto de partida o conceito agostiniano contido ua Bíblia, ent particular nLlnta exoftação dc paulo Apóstolo aos cristãos clc EÍésio. Por csta causa cloblo os l'ucus joelhos cliante clo pai cle Nosso ScnhorJcsus Cristo, clo clual tocla a família (luer uos céus, cluer na terra, tolna o llolnc, I)ara qlre, segunclo as ricluezas cla sUa glória, vos cctncerla clLre srjais corroborarlos em virtrrcle, segtrnclo o horrent itrterior, ltelo seu Espír'ito, e que Cristo habite pela fé rros vossos corações, cle sorte quc, arraigados e fundaclos na caricladc, possais conrpreencler, com toclos os satltos, clual scja a Iargura e o comprirrento, a altura e a ;trolundiclacle; e conhecer. tambónr o antor cle Clisto, clLre excccle toda a ciênciil, para (lue scjais cheios (lc to(la a plenitucle cle De us (El. 3: l5- l9). - A etlucação, em Sonto Agostinho honrem. Por este rrotivo, o aluno não chcgava à verclacle através clas inrportância, para Sauto Agostinho, cla interiorização con-ro forrna contunhão e renovaçào ent Dcus. cle do professor, confolme já ntencionaclo, mas pela conteml)lação fcita pelo 'olho' interior, o 'olho' cla nrerrtc, ao captar as coisas cla verdade esscncial, possibilitaclas por Deus. Daí a palavras Vuclve al co.azór, mira allí c1.é es lo que tal vez sicur-es cle Dios: allí cstii lir irnagcn clc Dios. E. el lrombrc i,tcrior habita cristo, y err Ir,,rblc irrtcrior-seriis reuovaclo scgún Ia i,ra.qer cle Dios; couecc e.n su intascu a su Crcaclor (ACOS.llNHO, 1957: XVIII, l1). o Bispo-Doutor, qrc, scgr.rissc csse caurirho chegar.ia ao iclcal, o rcnascirnento clo 'honrer.u cspiritual', pelo estímulo Para dos profcssores via Cristo, o úuico Mcstrc cla Vcrclacle. 1...] r'cnacc el hontbre interior., y cl exterior.ntL,l4lla cacla clía [...] cl homb.e extcrio. se cles,roro'a co, el prog'eso rlel interior o por clelccto suyo. Mas con cl progreso clel hombre interior cle tal nroclo se trarrslor-,ra, cltre tocro él se rc',ev:r y mejora Irasta volver a su integliclacl, al so,iclo cle la tronrpeta, para que,uuca n.rás se cofroll]pa rri corrourlta a los clentas (AGOS-IINHO, 194g, Xt., 74 cXl_|,27). Nesta co,cepção sc evide,cia a icléia clc quc o hor,enr clcvia cou'rplctar scu nroclo clc scr; cntrctanto, esse Proccsso uão era clirigiclo pclo honrcn'r, nras pelo próprio Deus, através cla pcssoa clc cristo. Neste scnticlo, a 'iluminação' não pt'cssupr-rnha a passividaclc cla nrcnte uo cxercício intclectivo, conro se Íbssc unra total corrcessão dos conceitos por Delrs, razão cl;t nccessidade clo ato intelectivo, porclre a iluminação clivina não lic[ricla a ação próPria cla vontaclc hunrana, benr como o exercício clcsenvolver e clc sua conclição cle causa seguncla. o Desta folnra, coucebcu a edLlcação conto unt llt-ocesso mcdiantc qual o 'ltomcm extcrior', mateilal, r'nutável e mortal ia ceclendo espaço para o 'honrc,nt interior', cspiritual, imutável c intortal. Esta trausforrlação se clava à mcdicla que o hontem se aproxintava c se Íarniliarizava cont Cristo: a Verdacle, a Palavra cle Deus quc se fcz A cducação c o proccsso Íornrativo O fim cla vida hurlana e a corrstantes eclucação forant preocupaçôcs erl santo Agostirrho, pois fustigava o sclr pensar o l.rrzcs sobre a lclade Média Copítulo 4 clesveuclamento do fator humano: "[...] ese glan enignta y ese gran nrilagro" (AGOSTINHO, 1985, 126,3-4). Enigrra e milagre, para cle, lnareavalu a trajetótia do homem na sLra busca da verclade e da felicidade. Segundo o Bispo cle Hipoua, o pouto de partida para esse processo era a cantirrlrada para Deus, e rrão o que passava pela vontade hurnana. Eram questões intimarlente relacionadas as refcrentes a Deus/Horreut; portanto, indissolúveis. Isto ficou explicitado nos seus Solilóquios, quando a razão solicita ao pensador que destacasse, por ordem cle prioridade, o seu rlaior desejo. Fiz minha oração a Deus. Ilntão, o clue clesejais saber? Tuclo o que pedi na oração. Faze unl breve resrrlno de tuclo. Desejo conhecer a Detrs e a alnta. Nacla mais? Absoh.rtamente nada (AGOSIINHO, 1998, p. 1,2,7). A educação é, antes de rudo, Lnra resposta à situação de conflito, ao drama interior vivido pelo homenr, o que sc cristaliza nunr estado de inquietação do coração (cor inqtietLtnr/, originado no contraste entle a climensão e a extensão do objctivo que se persegue "[...] porque nos criastes para Vós e o uosso coraçào vive inquieto, euquanto não repousa err Vós" (ACOSTINHO, l9B0a, I: I ,1). Esta precariedade da condição hulnaua, segundo Santo Agostinho, constituía-se por causa do pecaclo original, que clesafiava o homcm a chcgar a Dcus pelos próprios recursos; ou seja, o hornem albergava grandes e altas aspirações; entretanto, a sua condição para realizá-las era extremarnente linritada, conforme cxplica: O honlem, fi'agnentozinho cla criação, quer Iouvar-Vos; o hontern que publica a sua rnortalidade, arrastando o testemunho do seu pecaclo [...] (AGOSTINHO, 1980a, I: l,l). 70 - A educoção, em Santo Agostinho A esta realidade, de que o hontern é conscientc pela fé, agrega-se outra, que pode ser descoberta pela razão. Mas csse luresmo homerr ccrtifica-se clos seus limitcs quando volta seus olhares para as coisas que o cercalr, ou seja, para a obra da criação. Em facc dessas coisas, Santo Agostinho se posiciona autc seu Criador: [...] existcm, ltois provênr de vós; por outro não existenr, pois nào são aquilo c;ue Vós sois. Ora só existe vercladeiranrente o qrrc Pern)allcce imutável (ACOSTINfIO, 1990b: VII,I l). O honteut é, invariavelnteute, incapaz de realizar sozinho o processo de aLrto-cducação, mcsl'no que o desejc e nccessite, e que a sua felicidade csteja a isto vinculacla. o entendiurcnto cla sua condição cle miserabilidade levou Santo Agostinho a lanrerrtar, na primcira pcssoa, o fato que lhe provocava antargura. Porclue fico aincla balançando conro uut inleliz c sou separaclo por. lunr nriserável tormento? Já nrostrei que não arlo nenhurra orrtfa coisa, isto é, acluilo clue não se arra por si, não se ama. Mas auro sornente a sabecloria ltor si mesura (ACOSTINHO, 1998,1,13,22l. Entrctanto, para o Doutor clc Hipona era alerrtador o fato de qtre na ntesma indigência se raclicava a grandeza hutnana, ent vista cla ntLrtabiliclacle da alnta. O quc a alnta celtantentc não põe ent clúvida é a sua própria i,felicidacle e o fato cle clesejar ser feliz. I_ogo, o funclante.to cle stra esperança ó a sua uatul.eza mtrtável. Se não l.osse ntutávc.l, não pocleria ;tassar. cla Í'cliciclade par.a a clesverrtura, coruo tantbént cla clesventura l)ara a felicidaclc (ACOS'l'lNIJO, r 995, XIV, I 5-2 I ). A insatisfação natural consigo mcsllo leva o homcnt, mesmo que ncul sentpte, a rula busca do ntelhorautento pcssoal, à carninlracla eclucativa. A plimeira armaclilha em quc ele poclia cair', nestc processo, era o desvio clo projcto cla vercladeira felicidaclc, Llnra vcz qUe: 71 Luzes sobre a ldade Média Copítrlo 4 É próprio de toclos os lrometrs qtlererellt ser felizes, mas nem toclos possuern a fé para chegar'à feliciclacle pela ptrrificação clo coração (AGOS'llNHO, I995, Xlll, 20-25). No presente diálogo, Santo Agostinho rompeu com a traclição clássica ao ncgar a filosofia enqLlaltto fonte da flelicidaclc, ao tempo que apontoLl, para tal, a posse de Deus. Somente a partir dessa relação se produziria a felicidade, e se algo tnerecia o qualificativo de donr divino, certantettte era a vida feliz. Assirr serrdo, o homem deveria conformar-se coln o qlle obteve pelo seu esforço pessoal, pois a vida feliz na terra solreltte e[a possível na esperança. A este respeito considera Santo Agostinho: [...] cluer nesse caso o clue pode, por(lue não pocle o que quer! Nisto consiste toda a lelicidade dos mortais soberbos, não sei se cligno cle riso ou de compaixão: gloriar-se cle viver como desejanr, porqLre suportarr conr paciência o que certamente não queriam que Ihes suceclesse.l...] hornern feliz - tal conro todos desejanlos - A eclucoção, enr Sonto Agostinho pelos senticlos do corpo, e estas as compreenclcntos pela ntente. E isso enrbora scjanros alrnas não sensíveis, isto é, corporais, mas sim intcligíveis, já que son.ros victa. Conl-uclo, como clisse auterionneute, estalros tão lamiliarizaclos cour o que é corltoral e cle tal rroclo nossa atenção resvala com faciliclade para o rrunclo extet'ior, quL, ao ser arrastacla da incerteza clo rtrunclo corpor.al para se fixar no espiritLral, con.r conhecirtrento muito rnais certo e estável, a llossa atenção retonta ao que é sensível c deseja aí reporrsar * justamente cle oncle veut sua lraqueza (ACIOSTINIIO, 1995, XI: 1 ,1). Estc procedimcnto podia levar ao contpl-ontetimento do processo auto-eclucativo, porquc o legítirno arlífice da educaçào era Deus. Se o l-ronterr cra contentplaclo por Deus ern toclas as suas possibiliclaclcs natulais, verclacleiramente não poclia fazer rtacla rro quc sc lc[erc a vcrtlaclc, a nào scl coll] a ajrrrla <livina gratLrita, (ABBAGNANO; VISALBERCHI, 1969), oferecicla em fornra cle glaça. ser'- não se pocle clizer com razão e enr verclacle: 'O que queres é inrlrossível cle realizar'. Se alguénr já é feliz, tuclo o que cleseja é possível para ele, pois não desejou algo inrpossível cle scr realizaclo (AGOSTINHO, 1995, XIII, 7-10). {...1 mas dcventos procurar Dcus c suplicar-lhe, r.ro ruais íntinro reccsso cla alnra lacional, clue se clerrornina o I-romeur intelior 1...1 (ACOSTINtIO, I 980a, I,2). A superação clesta situação passava ltclo apoio cla reflexào A interioriclade Segundo os preceilos agostiniauos mencionaclos, quem não tivesse esse princípio cor-r-ro objetivo de vida estava fadado ao fracasso quanto à felicidade, visto ser propenso, de forma natural, a realizar uma falsa identiÍ'icação do ser, ao valorizar a lirritacla realidade mundana, depositando nela esperanças para conquistar a felicidade. Para o pensador religioso, era lógico que a alma fosse suscetível a esta situação. Enr conseqiiência cle nossa conclição hunrana, qrre nos converte em seres mortais e carnais, Iidan.ros mais Lícil e fanriliarmente com as realidades visíveis do que com as inteligíveis. Ainda que acluelas sejam exteliores e estas irrteriorcs; c que percebernos acprelas 72 sobre a natu[eza da alnra, oposta c supclior à r'ealiclaclc exterior, que lhc concederá a chave cla sua iclcntirlaclc,;tois para Santo Agostinho, 1...1 devido à sua poltr.cza c às clilicLrlclaclcs sent conta, eutreÍ{a-se excessivamentc às suas 1tr.óprias atividacles e aos l)[azeres misturaclos às inc;rrictucles insaci;iveis que suscita. E cntão, pelo tiviclo clesejo cle atlclLririr couhecimentos clo nrut.rclo exterior, cujas tlclícias anrir ('r.rnrt'Pelrlrr', cls, rrào as lctivcl cr-lnr rnuito cuiclado, perclc a trancliiiliclade, e tanto rncuos pellsa em si r.nesnra (luanto nrais segura cstal cle clue não pocle lrercler-se a si nresnra (ACOSTINtTO, 1995, X, 5,7). A sabcdoria possibilitacla pcla felicidade tem cor.no pressuposto o fluir, o cleleitar-se cnr Deus, a Verclade lnfinita, 11 Luzes sobre a klade Média Copítulo Berr Supremo e Irrutável. A pcrfeição moral e a felicidade completa estavar.n intimamcnte relacionadas ao conheccr e ao amar este Beur Maior. Y a los lrlace'res turbulent<-rs quc recoge; y, esltoleacla 1to| la apcterrcia cle aclcluirir nucvos cor.tocimientos cle las cosas exterioles - cosas quc iulta y sicnte percler si no las retiene a Íirer.za de grancles cuiclarlos - pielcle la seguriclacl e tanto lreuos 1>ierrsa en sí n-risura cuanto nrás segrrra está de no porlcr ltelclcsc A transcendência Após superado o obstáculo da teuclô.cia ,atrrral cla al,ra cm pcrseguir objetos extcl'nos, a eclucação cristã, na slra clinârrica fornrativa, tirrha que cnfi'cntar outra situação: a tentação clc ficar prcsa na grancliosidacle cla alma, sem reportar-se a Aquelc cluc lhc deu origem, o próprio Dcus. E, ccrtarre,tc, Llrra gra.cle coisa é o ho,te,r, ltois l.oi Í.cito à i,ragcur c sc'.rellra.ça dc Deus! Não é granrlc coisa cr(luauto encarrraclo nUnr cofpo nrortal, rlas sinr erl(lLlanto é superior aos a.irnais pcla cxcelê.cia da alnta racional (AGOSTINHO, l99l , (ACOS-trNHO, I 995, X-5,7). Trata-sc de realizar Lrm complcxo avauço cognoscitivo (o qr.re clireciona o honrelr-r a bllsca[ objetos exteriores e a pensar em si mesrro), o que irlplica ultrapassar com sucesso o liame entre perceber apenas deternrinadas coisas, por rneio dos senticlos, e enterrcler, após uma reflexão a partir da razão, a própria identiclade. O intelecto cxercia a atividacle cognitiva quanclo o homcn-r o quc via, ouvia, lia ou pensava por meio da verclacle intcligível, que se loca,fizava lta própria lrelttc (NUNES, 1978). iclentificava Nestc senticlo, o cr-rtcnclimento via intelecto é fundanrcntal: Pois ao l)ensar algo em que encolttranros a verrlacle, rlizcmos ter clisso a melhor cornltreensão possível. E clepois que o pL'nsantos, cleixamo-lo uovalrente na nrertrória. Existe, porém, ulra profiurrlidacle urais inconrltrcc'nsível eln nossa menrória, na cpral encontrantos a verclacle. Isto quanto ao pensaf cleparanros a primeira lcalidaclc, na cpral é geraclo o verbo interior. Esse ver.b«.t não pertcuce a nenhur.na língua, é conto ullt saber que Itrocc<lc clc trm saber; ou ainrla, unra visão que vent clc trnta visão; ou cotro a inteligência quc se revela ao I)cusalueuto, pt'oce(lcntc cla intelecção jir cxistente na mern(rlia, aincla que aí ocrrlta (^cos'frNHo, 199s, xv, 21-40). O crrtcndimento do acesso a esse grau de conheciurento sLlpcrio[ não podia sc ater apenas ao aspecto filosófico, ntas, sobretuclo, deveria sel' como Llm progresso na fe, que, à sua rlaneira, constitui-sc uuuta fonna de conhecirrento, à medida que transforma a vontade e |eva a uuta melhor percepção das coisas que se clevcm anrar. 74 I - A educoçrio, em Sonto Agostinlro t,22,20). Neste processo, i.tpu.ha-se ao honterl, constanteme,tc, a preseutc altenrativa: vivcr segunclo a carue e clcbilitar olr rompcr. a relação com Dcus, cainclo ,o pecaclo; ou viver segunclo o espír'ito, conÍlnrando a relação cout o pr.ópr.io Dcus, quc lhc claria passa;)orte para parricipar cla sua cterniclaclc (ABIIACNANO; vrsALBERCHr, 1969). A cclucação cristã r'ecluisitava urr passo à fi'ente, objetivanclo supcrar as dificuldades quc puclessenr obstacularizar seu firn riltiuro, cnr [acc da possibilidadc clc crrvolvirrrcrrto conr o qrrc rrào era tlauscendente. Isto posto, rcstava ao hornenr, ao certiÍlcar-sc da f'agilidacle do se, r.r.ru,clo irtc'ior, o rccrl-so cla transcendência. vertc a ti c, ti.[...] y al ulur., c;uc anrla I'Lrera cle sí, sc la tr.ae lo ,risr,. (l.c sc Irabía alcjado clc sí nrisnra, habíase alcjaclo ilel Scnor.[...] lrsta al.ra, cn eÍ'ccto, se había ttriratlo a sí trlislua, y saliti courplacicla clel cxaulcu, cnaprgrárrclosc con ello clc su inclcpcnrlcrrciir. Se alejó cle él sirr rlucclarsc r.n sí nrisrna; siéntesc inrpclicla a salir Íircra rlc sí, salc'firera cle sí lrisnra y sc prccipita sobrc l, cxtcrior-. Arna el .rtr.clo, a,ra lo tcnrlror.al, ama lo terlen.. Ya cl anralse a sí nrisnra, con clesl>rc,ci«r clc c;uicn la Has cle cle .uevo a sí. Y hizo, ftre.a clecaer, verri'a,rcros; tan . nrcuos como clistancia hay u,a cosa hecha a clrric, Ia hizo. Lucgo Dios hír cle ser a.rarlo e. tal moclo (luc aun,os olvirlcur«rs clc..osotros.risnros, si ello lucra posible z. cónro sc há clc ob'ar csta convcrsió.? El alnra se olvicló cle 75 Luzes sobre a lclade Média Copítulo de sí ntisnta, ntas por alror al nt[nl(lo; olvídese ahora de sí nrisnra, nras para aurar al ar.tífice clel munclo. EntpLrjacla luera de sí, en cierta mancra se perdió a sí (AGOS'IINHO, 1985, l4Z-143). A partir clcste princípio, o conhecirncuto hunrano não ser clevia inrauente, utas trausccndente (REDONDO; LASPALAS, 1997), Llma vez cpre tinha (lue buscar o 'alto' para encontrar o seu Seulror', fbnte de toclo o saber. Confbrrle cleio, é ltara ela sL' pcnsar ent si rnesnra c viver cle acorclo com sua natrlreza, oLr seja, para qrre sc deixe goventar I)ot aqucle a cluenr clevc cstar sujcita, e acinra clas coisas clue clevc <lonrinar. Sob acluele I)or (luem cleve sel dirigicla e soltre acluilo clLrc ela clcve clirigir'. Muitas vezes, cleviclo à concLrltiscência clcsregracla, a alnta agc couto que escluccirla cle si uresma. Pois a alma vê alguntas coisas intrinsecalrente [rclas nunta naturcza strpc|ior, (lue é Der-rs. E quando cleveria estar lterntanecenclo lto gozo clesse Ilem, ao (lueler atrilttrí-lo a si ltlL.snta nào cluer lazc.r-se sernelhante a Derrs, conr o atrxílio cle Dcr.rs, mas scr o que ela é ltor si própria, alastando-se clEle c rcsvalarrclo. Firnta-se cacla vcz rrenos, potque sc ilucle, pcusanclo subir cada vcz nrais alto. Não se basta a si mesma, e ncnt lhe basta bell algLrru, ao se alastal clac;ircle clue rrnicantelttc se llasta (ACOSTINHO, 1995, X, 5-7). a fclicicladc uão cla outra coisa scnão o,,rcpotrso cla vontaclc', (AcosrlNHo, 1995, XI, 6-10), o se.ticro cre prcnitLrcre craquere crrrc satisfêz toclas as s.as asl)irações íntimas, possibilitarlas r.llticamentc pol' Dcus. Er-r Sarto Agosti,ho a cd.cação era ,ur processo crc sarrtificação, através cla clcvação, cla aproximaçáo clc Deus, fazcuclo-se 1;c'feito corno Elc; I)or exter)são a ocrpação clo iutcrior clo home,r pol Elc lavorccia a srra ação no m.riclo. Ncsre scutido, Dctrs era o prircipal agente da ccJucação cristã, visto scr o carnirrho c a Iuz para o ho,lcm, ,a busca cra s.a pefeiçào pessoal, couccpção csta quc explica o Íato cle o Mcstrc cle Hipo,a ser co,sicleraclo o ulcntor cspiritual cla rncclicvaliclacle e o clc se' pcrsarrcuto tcr influcuciaclo e rnocleracro o con'lportanrento clo hon'rcur clo per'íoclo, solrentc senclo superaclo ao lo,so do sóculo xilr, cor"u o surgi,rc,to clas grarcres produções intelcct.ais cla Escolástica, cnr cspccial a dã santo -[o,rás rle Aqrri,., c[rc ta,rbé, bcbeu err srra clorrtri,a para rlcscnvolvc r t-r lll'ó1lr.io l)cl lsit tnc ltt o. A rigor, o gôrrio sintético crc santo Agostinrro possibiritoLr a Irarnronização, ,Lr, corl)o cloLrtrirário, clos clenrentos assinrilávc'is cla filosofia clássica e os fi-agnrcutos clos paclres clistãos qrrc os antececlcrarr, claboranclo unr vasto sistcnra clc nrctafisica ciistã, cuja infltrência, irregavclurcntc, perclura até rrossos clias. A cste respcito conchti: i...1 invcstiguent«rs c1r.ré es lo nrejor clue tienc el hombre, y a partir tle ahí intcntentos llcgar a lo que es rne.jor en senticlo absoluto. Lcr ntcjol en uosostros cs la ntente; lo mejor absolutarlente cs I)ios cPor qrré br-rscas lo ntejol en lo inferior? Elt tu ser, el cuerpo es inÍ'crior a la ntentc; en la totaliclacl dc las cosas, rracla hay nrejor. cprc Dios. Elrva lo c;uc cn ti existc cle ruás excelso, ltara alcauzar, si ;rtrecles, al c;ue cs mejor clLre todo (ACOS-llNIiO, I 9}it, 223 a, 2). A I - A ctlncaçõo, em Smúo Agoslinho por Sauto Agostinho, segundo o scLl entcndinrento, clestinava-sc àqucles qLle ousavaut e que não tinham nrcdo de buscar a felicidade contpleta, respalclados na eclucação proposta ceffcza cle clue clcsfrutariaut clo descauso eut Deus. Assiu-r seudo, RcÍerôncias ABBACNANO, N.; VISALBERGIII, A. ttistriria de la pedagogia. Móxico: Fonclo cle CLrltura Econônrica, 1969. 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