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Aula 11 Crisântemos

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PRODUÇÃO
COMERCIAL DE
CRISÂNTEMO
Disciplina: Paisagismo e Floricultura
Curso: Agronomia
1. Introdução
• Cultivo do crisântemo foi introduzido no Brasil há
cerca de 60 anos
• SP (maior produtor)
• Como flor de corte (2ª.)
• Vaso (entre os cinco primeiros)
1. Introdução
• É uma atividade que se destaca:
- Grande investimento de capital
- Emprego da mão-de-obra (cerca de 10 pessoas/ha)
- Pequena área utilizada
- 2 a 3 colheitas/ano
- Rápido ciclo de produção (3 a 6 meses)
- Alto valor agregado
- Diversidade
- Resistência ao transporte
- Durabilidade pós colheita
2. Características Botânicas
• “Monsenhor”
• Origem: China ( + 2000 anos)
- porcelanas
- cedas
• Japão (386 d.C.)
- símbolo nacional
- brasão da família imperial
• Europa (1789)
2. Características Botânicas
• Gênero: Dendranthema
• Família: Asteraceae
• Nome científico: Dendranthema grandiflora Tzvelev.
• Planta herbácea perene, mas cultivada como planta
anual;
• Sistema radicular fasciculado;
• Folhas inseridas isoladamente em diferentes níveis da
haste;
• Caule aéreo, herbáceo e pode ter uma ou várias
hastes;
2. Características Botânicas
• Inflorescência tipo capítulo
• Alargamento do pedúnculo formando um receptáculo (plano, côncavo ou
convexo)
• Inserção do conjunto de flores
• Brácteas ou escamas = “pétalas”
• As flores podem ser de dois tipos:
 Flores unissexuadas femininas (“PÉTALAS”); são flores que
apresentam corola com lígula expandida e estão situadas nas bordas
do capítulo;
 Flores bissexuais férteis; apresentam corola tubular situada na parte
central (disco) do capítulo.
3. Variedades
• O grande interesse pela cultura
facilidade de obtenção
de novas variedades, oferecendo aos consumidores ampla
possibilidade de escolha a preços acessíveis.
• A maioria das variedades pode ser cultivada o ano todo, mas
-
-
-
cuidados devem ser tomados na escolha:
adaptação ao cultivo de verão e inverno;
se campo aberto ou em estufa;
vigor, resistência às doenças e ao déficit hídrico;
durabilidade pós-colheita
produtividade
precocidade
3. Variedades
Classificação:
1. Formato
da inflorescência (formas das flores
verdadeiras e modo de inserção em relação à base ou
ao receptáculo)
2. Número de inflorescências
3. Sensibilidade a indução floral (Resposta Fotoperiódica)
4. Sensibilidade a indução floral (Temperatura)
Classificação (Formato da inflorescência)
• Simples (tipo Margarida):
- possuem uma ou mais camadas de flores liguladas, femininas (no
raio ou bordas) e flores hermafroditas, tubulares bem curtas, no
centro do capítulo (disco) do receptáculo. Geralmente de cor diferente
das lígulas.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Anêmona ou girassol:
- semelhante à inflorescência simples, porém difere nas flores do disco
central (receptáculo) que são mais volumosas pelo fato de serem
tubulares mais alongadas, da mesma cor ou de cor diferente das
flores dos bordos.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Pompom:
- as lígulas são todas do mesmo tamanho, proporcionando uma
forma esférica, com o disco escondido. Capítulo globoso.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Decorativa:
- as flores são liguladas e o tamanho das lígulas decresce de forma
contínua da região do raio para a região do centro da inflorescência,
dando a esta uma forma abaulada.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Tubulares ou macarrão: inflorescências com lígula tubular.
 Aranha (spider): lígula tubular e alongada no raio e menor no centro;
 Fuji: semelhante à aranha, exceto as flores do raio que podem ser
menores que as do centro da inflorescência;
 Estrela: lígula tubular, terminada com 5 a 6 endentações, lembrando
uma estrela.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Tubulares ou macarrão: inflorescências com lígula tubular.
 Aranha (spider): lígula tubular e alongada no raio e menor no centro;
 Fuji: semelhante à aranha, exceto as flores do raio que podem ser
menores que as do centro da inflorescência;
 Estrela: lígula tubular, terminada com 5 a 6 endentações, lembrando
uma estrela.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Tubulares ou macarrão: inflorescências com lígula tubular.
 Aranha (spider): lígula tubular e alongada no raio e menor no centro;
 Fuji: semelhante à aranha, exceto as flores do raio que podem ser
menores que as do centro da inflorescência;
 Estrela: lígula tubular, terminada com 5 a 6 endentações, lembrando
uma estrela.
Classificação (Formato da inflorescência)
• Bola ou incurvado:
- lígulas da região central ligeiramanete menores que as dos bordos
(raio), todas côncavas fechando a inflorescência. São inflorescências
de diâmetro muito grande.
Classificação (Número de inflorescências)
• Padrão (inflorescência única): à exceção do botão apical, todos os
outros botões florais são removidos.
• Cacho (inflorescências múltiplas): o botão apical é removido,
permanecendo os laterais.
Classificação
(sensibilidade à indução floral: resposta fotoperiódica)
• Variedades desenvolvidas nos EUA;
• Plantas são induzidas ao florescimento quando expostas a
DIAS CURTOS – PDC;
• O comprimento crítico do dia é de aproximadamente 13
horas.
Precoce: florescem com 6 a 7 semanas de dias curtos; (7 a 9)
Mediana: florescem com 8 a 9 semanas de dias curtos; (10 a 12)
Tardia: florescem acima de 9 semanas de dias curtos. (13 a 15)
Classificação
(sensibilidade à indução floral: temperatura)
• Além da resposta precisa ao controle fotoperiódico, em
algumas variedades a temperatura NOTURNA pode
interferir na resposta das plantas.
• A resposta se dá sobre a antese - ineficiência e baixa
qualidade de florescimento
Temperatura
TERMOZERO
10
15
27
°C
27
°C
27
°C
TERMOPOSITIVO
10
15
TERMONEGATIVO
10
15
4. Manejo do Fotoperíodo
• Fotoperíodo indutivo = crisântemo (PDC)
- Para florescer necessita de dias curtos (noites longas)
- Período crítico = 13 horas de luz (o dia necessita ter
menos de 13 horas de luz)
• Acima de 13h de luz = a planta permanece vegetando
• Abaixo de 13h de luz = induzirá o florescimento
4. Manejo do Fotoperíodo
• A fase de crescimento vegetativo define:
- tamanho das hastes
- massa foliar
- qualidade das inflorescências;
• Plantios comerciais = 3 a 5 semanas de DL após o
transplante das mudas
• Variação de acordo com a variedade e época do ano;
• A fase de indução do florescimento (DC) perdura até a
época da colheita.
4. Manejo do fotoperíodo
Exemplo de esquema para cultivo de crisântemo:
Plantio 35-45DL + 30-40DC + 30-35 dias normais = Colheita
4. Manejo do florescimento
DIA LONGO:
• Artificial é obtido pelo uso de lâmpadas incandescentes, de
100w, de 1-2m de altura das plantas, com espaçamento de 1 a
2,5m.
• Mantidas acesas por um período de 4 a 6h durante a noite
(ex.: 18-24h, ou 17-22h, ou 22-2h);
• É utilizado até as plantas atingirem em torno de 25 cm de
altura (de 21 a 30 dias);
• Flashes de luz, interrompendo a madrugada (ex.: 6min de luz a
cada meia hora, ao longo de 4h seguidas, com timer)
4. Manejo do florescimento
DIA CURTO:
• Obtido com uso cortina plástica preta ou pano preto, cobrindose totalmente o canteiro = Shade (escurecimento);
• Cuidado com aumento da temperatura e não deixar fechado
nos horas maisquentes do dia;
• Para garantir um dia com < 13h de luz
- cobrir os canteiros das 16h às 8h = dia com 8h de luz
- no máximo, das 17h30min às 7h30min
• Uso do shade até os botões mostrarem a cor natural da
cultivar, ou, para garantir uma floração homogênea, até a
véspera da colheita;
Planejamento da produção
• Variedade
• Data de colheita
Datas comemorativas Semana do ano para
plantio
Semana do ano para
comercialização
Dia das mães
6–7
18 – 19
Dia dos Namorados
11 – 12
23
Dia dos Pais
19 – 20
31
Dia da Secretária
27 – 28
39
Finados
31 – 32
43 – 44
Natal
39 – 40
50 – 51
5. Propagação
• Sementes – novas variedades
• Cultura de tecidos (meristema, segmentos de folhas e pedúnculos);
• Comercialmente: estacas apicais
• Estruturas vegetativas removidas a partir de plantas matrizes
• DIA LONGO
• Matrizes:
• Vida útil – 15 a 20 semanas (4 crescimento + 16 colheita de estacas)
• 11 a 32 mudas/matrizeiro
• Espaçamento 15x15 cm a 15x20 cm.
5. Propagação
• Preparo das estacas:
• Estacas apicais de 5 a 8 cm;
• Armazenadas em sacos plásticos
( Alta UR/ 5°C) – 15 a 20 dias
• Vasos com substrato + filme de
polietileno
• Bandeja com Substrato + leito de
enraizamento
- Espaçamento 3x5 ou 3x3 cm
- Obtendo-se 650 ou 1000 estacas/m2
• Após o enraizamento (14 a 21 DAP) mudas devem ser retiradas para
evitar doenças, amarelecimento das folhas por falta de nutrientes e
crescimento excessivo de raízes.
• Comercialização:
• As mudas podem ser acondicionadas em caixas contendo casca de
arroz carbonizada que retenha umidade, armazenadas em câmaras
frias, à 7°C, por 15 a 20 dias.
• Mercado disponibiliza mudas enraizadas ou estacas (com ou sem
AIB).
6. Condições de cultivo
À céu aberto ou em estufas?
- Avaliar o clima da região;
- Regiões tradicionais: durante todo o ano e cultivares em
função do mercado e resistência a doenças;
- Em estufas: maior controle dos fatores de produção
(clima, adubação e irrigação);
6. Condições de cultivo
Plantio em canteiros ou em vasos?
Canteiros:
• 1,0 de largura x comprimento variável (25 m);
• Distância entre canteiros de 40 cm;
• Camada do substrato 25 cm
• pH entre 5,5 e 6,5
• Espaçamento (cm):
12x15 = 60 plantas/m2
10x15 = 70 plantas/m2
15x15 = 50 plantas/m2
7. Tratos culturais
• Solo / Substrato
• Matéria orgânica;
• Boa drenagem, esterilização prévia;
• pH 5,5 a 6,5;
• Nutrição
Gruszinsky
Barbosa
Mainardi
N
P
K
Período
1,0
0,3
1,3
1°a 6° semana
1,0
0,4
2,0
7° a colheita
1,0
0,3
2,5
Todo o ciclo
2,0
0,3
0,1
Até o surgimento dos botões
1,0
0,3
2,0
Botões a colheita
7. Tratos culturais
• Irrigação
• Gotejamento (vasos)
• Aspersão baixa (canteiros)
• Em função do tamanho do pote e da fenofase (vegetativa
e florescimento)
• Inicia-se após o completo enraizamento das mudas
• 2 a 4 x ao dia
• Evitar o encharcamento
7. Tratos culturais
• Tutoramento
• Para as cultivares de corte;
• Maior firmeza e produção de
hastes mais eretas;
• Uso de malhas de rede: de
plástico, nylon, bambu ou
arame, trançadas de acordo
como o espaçamento;
• Instalada logo após o
preparo do solo e antes do
plantio.
7. Tratos culturais
• Podas
1. Remoção da gema apical “PINCH”
- Quebra da dominância apical para obter mais ramos
secundários
- Aumenta o número de flores/planta
2. Remoção dos brotos laterais
- Ramos ladrões
3. Remoção dos botões
- Apical ou lateral
- Controlar o número de inflorescências/haste
7. Tratos culturais
Número de flores/ haste
Disbuds: em cada haste
é deixada somente a flor
terminal, retirando-se os
botões florais laterais
(“bola”)
7. Tratos culturais
Número de flores/ haste
Spray:
Vaso - retira-se somente
da flor central
(“margarida” e “girassol”)
Corte – remoção do
botão floral terminal,
deixando-se três a sete
laterais.
7. Tratos culturais
• Reguladores de Crescimento
Comprimento das hastes
• Alongamento exagerado
• Luminosidade natural baixa
• Daminozide a 0,25%
• Nome comercial: Alar-85; B-nine
• Pulverizar o terço superior da planta
Uniformização do florescimento
• Antecipar a colheita em 3 a 5 dias
• Ácido Giberélico
• Pulverizar o terço superior das plantas na fase inicial de abertura (quando as
primeiras flores estão com as pétalas “em pé”, alinhadas com a haste
• Este procedimento é interessante nos casos em que se percebe que haverá
atraso em colheitas programadas para datas especiais.
8. Colheita
• Ponto de colheita: 50 a 60% das inflorescências abertas
- maior atrativo x manejo dificultado (facilita ocorrência de
danos físicos como cortes e quebra das partes florais.
• Corte basal das plantas ou arranquio e posterior corte
das raízes
• Vida pós colheita: 2 semanas
9. Classificação
Vaso
Corte
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