Subido por Rubén Legidos

CABRERA. POESÍAS RELIG. BIBLI NAC.

Anuncio
VÄIVEÜDL,
i,
!;:
EUG.
'
POESÍAS
RELIGIOSAS Y MORALES
DB •
JUAN
B.
CABRERA
MADRID
ESTABLECIMIENTO TIPOGRÁFICO DE
1DAM01! MOIiESO
Tutor, 22,—Teléfono 2.042
1907
POESÍAS
POESÍAS
RELIGIOSAS Y MOEALES
DE
JUAN
В.
CABRERA
MADRID
äTABLEOIMIENTO TIPOGRÁFICO
DR
IDAMOE
MORUNO
Blasco de &a ra y, 9.—Teléfono 3.020
1904
most
ES P R O P I E D A D B E L
AUTOR
A
X
,
L
E
C
T
O
R
A instancias repetidas de a l g u n o s a m i g o s , héine
d e c i d i d o á c o l e c c i o n a r m i s versos, q u e a u d a n e s p a r c i dos e n v a r i a s p u b l i c a c i o n e s . Y al d a r l o s c o l e c c i o n a d o s
e n u n v o l u m e n , deseo d e j a r h e c h a s a l g u n a s o b s e r v a ciones al l e c t o r .
L a s p o e s í a s q u e a q u í se p r e s e n t a n r e u n i d a s , n o s o n
t o d a s n i las ú n i c a s q u e h e e s c r i t o . D e s d e el a ñ o 1853
h a s t a el 1868 c o m p u s e v a r i a s , d e l a s c u a l e s u n a s se
p u b l i c a r o n en diferentes periódicos sin llevar m i n o m bre, porque no podía entonces ponerlo sin permiso de
los q u e e r a n m i s s u p e r i o r e s , y o t r a s c i r c u l a r o n m a n u s c r i t a s ( a l g u n a s d e ellas e n l a t í n ) e n t r e m i s a m i g o s .
L a s p e r i p e c i a s d e m i e m i g r a c i ó n y m i s c a m b i o s de r e sidencia, y debo confesarlo t a m b i é n , algo de n e g l i g e n cia p o r m i p a r t e , f u e r o n c a u s a d e q u e se m e e x t r a v i a sen los p e r i ó d i c o s e n q u e a p a r e c i e r o n las u n a s , y c a s i
t o d o s los m a n u s c r i t o s e n q u e c o n s e r v a b a l a s o t r a s . D e
a q u e l n a u f r a g i o sólo se s a l v a r o n c u a t r o , l a s q u e t i t u l o
En la muerte del poeta Quintana,
La Conquista
de Va-
— 6 —
leticia, La Campaña en África y A Justa (1), l a s c u a l e s
v a n al fiual d e e s t e v o l u m e n .
P o c o s i n e m b a r g o se h a p e r d i d o c o n la d e s a p a r i c i ó n
d e l a s d e m á s . P o r q u e e n las r e l i g i o s a s t e n d r í a q u e r e p u d i a r h o y c i e r t a s o p i n i o n e s q u e en o t r o t i e m p o a b r i g a b a con s i n c e r i d a d ; e n m u c h a s d e l a s p r o f a n a s n o t a r í a los d e f e c t o s p r o p i o s d e la i n e x p e r i e n c i a y d e los p o cos a ñ o s ; y a l g u n a s , h e c h a s de o c a s i ó n , c a r e c e r í a n
a h o r a de o p o r t u n i d a d y de interés. Con t o d o , he quer i d o i n c l u i r a q u í l a s c u a t r o a r r i b a m e n c i o n a d a s , siq u i e r a c o m o r e l i q u i a s d e m i s a ñ o s j u v e n i l e s . Con e s t a
excepción, todas las demás composiciones que apar e c e n e n el p r e s e n t e l i b r o h a n sido e s c r i t a s d e s p u é s del
año 1868.
T o d a s ellas s o n e v a n g é l i c a m e n t e r e l i g i o s a s ó m o r a l e s ; y si a l g u n o s d e s u s c o n c e p t o s e x t r a ñ a n á c i e r t o s
l e c t o r e s , esto s e r á d e b i d o á q u e m i c r i t e r i o e n r e l i g i ó n
difiere e n p a r t e del q u e se h a l l a g e n e r a l i z a d o e n n u e s t r o país. Y o me h e inspirado p a r a mis versos, no en
las creencias y leyendas, más ó menos plausibles, que
son c o r r i e n t e s en E s p a ñ a , s i n o e n l a s d o c t r i n a s t e r m i n a n t e s a l p a r q u e s e n c i l l a s de las S a g r a d a s E s c r i t u r a s .
M u c h a s d e las c o m p o s i c i o n e s a q u í c o l e c c i o n a d a s
f u e r o n e s c r i t a s c o n u n p r o p ó s i t o e s p e c i a l : el d e ser
(1) D e estas cuatro composiciones que conservaba inéditas,
se han publicado la primera y la cuarta en el «Ensayo Biográfico-Bibliográfico
de Escritores de Alicante y su Proviucia>, por
D. Manuel Rico García. Alicante, 1889.
— 7 —
cantadas como h i m n o s en las congregaciones cristian a s . P o r e s t a r a z ó n l a s h a y r e f e r e n t e s á c i e r t a s festiv i d a d e s , y t a m b i é n á los S a c r a m e n t o s y o t r o s r i t o s
eclesiásticos. E l l e c t o r c o m p r e n d e r á esto á l a s i m p l e
l e c t u r a ; p e r o n o e s t á d e m á s q u e y o lo a d v i e r t a d e a n t e m a n o . D e estos h i m n o s , h a y a l g u n o s que son imitaciones d e h i m n o s l a t i n o s é i n g l e s e s , y o t r o s q u e son
t r a d u c c i o n e s m á s ó m e n o s l i b r e s . E n los l u g a r e s r e s p e c t i v o s v a e s t o e x p r e s a d o , h a c i e n d o r e f e r e n c i a á los
originales. T a m b i é n h a y unos pocos que parecen imit a c i o n e s , p e r o q u e difieren m u c h o d e a q u e l l o s e n c u y a
lectura fueron inspirados.
H e puesto u n a sección de poesías p a r a niños, e n t r e
las c u a l e s se e n c u e n t r a n v a r i a s a l u s i v a s a l n a c i m i e n t o
de J e s u c r i s t o . E s t a s f u e r o n e s c r i t a s e n d i v e r s a s ocasion e s , p a r a q u e los n i ñ o s p u d i e r a n c a n t a r l a s e n l a s esc u e l a s , ó r e c i t a r l a s e n l a fiesta q u e s u e l e n c e l e b r a r
a n u a l m e n t e en N o c h e b u e n a .
H e c h a s e s t a s o b s e r v a c i o n e s , p o d r í a a h o r a discurrir sobre la historia de la poesía s a g r a d a en E s p a ñ a ,
y s o b r e el c a r á c t e r q u e , á m i j u i c i o , d e b e r e v e s t i r este
g é n e r o d e p o e s í a e n g e n e r a l , c o n el p a r c i a l o b j e t o d e
i n c l i n a r el á n i m o y la b e n e v o l e n c i a d e los l e c t o r e s e n
favor d e m i s v e r s o s . P e r o esto s e r í a e n t r a r e n el t e r r e no c r í t i c o y d i d á c t i c o , p a r a el c u a l n o m e j u z g o con
suficientes f a c u l t a d e s . Y p o r o t r a p a r t e , y o n o a b r i g o
ilusiones r e s p e c t o a l m é r i t o l i t e r a r i o d e m i s c o m p o s i ciones: u n a s las c o n s i d e r o p a s a d e r a s , o t r a s las conc e p t ú o m e n o s q u e m e d i a n a s , y a l g u n a s las h a b r í a o m i -
— 8 —
t i d o c o n g u s t o , p o r q u e n o e n c u e n t r o e n ellas s i n o m u y
escaso v a l o r . P e r o m e h a n i n s t a d o á q u e las coleccion a r a t o d a s , y l a s h e c o l e c c i o n a d o t a l c o m o v i e r o n la
l u z p o r p r i m e r a vez, p e r m i t i é n d o m e t a n sólo l i g e r a s
correcciones en u n a s pocas. E s verdad que a l g u n o s de
los h i m n o s h a n e n c o n t r a d o a c e p t a c i ó n , y h a n l l e g a d o
á h a c e r s e p o p u l a r e s e n t r e las c o n g r e g a c i o n e s c r i s t i a n a s , n o sólo d e E s p a ñ a , s i n o t a m b i é n d e los p a í s e s
h i s p a n o - a m e r i c a n o s ; p e r o e s t o n o d e b o a t r i b u i r l o á su
m é r i t o i n t r í n s e c o , s i n o m á s b i e n á la escasez d e p o e sías d e e s t a c l a s e .
M a s sea c o m o f u e r e , a h í e s t á n los v e r s o s , y el
l e c t o r j u z g a r á p o r sí m i s m o . D e l a s i d e a s e n ellos
vertidas estoy satisfecho, a u n q u e algún censor piense
que d e b a c o n d e n a r l a s por proceder de quien proceden;
del ropaje en que van envueltas no m e declaro defens o r c o n v e n c i d o , si a l g ú n l i t e r a t o lo c r i t i c a . C r e o q u e
el l e n g u a j e n o es n u n c a b a s t a n t e e s m e r a d o p a r a la sub l i m i d a d d e los a s u n t o s r e l i g i o s o s ; y p a r ó c e m e ( a u n
c u a n d o esto p u e d a calificarse d e h e r e j í a l i t e r a r i a ) q u e
n u e s t r o s m á s e m i n e n t e s p o e t a s s a g r a d o s , p o r m u y cel e b r a d o s q u e h a y a n sido c o n j u s t i c i a , p u e s s i n d u d a
t i e n e n a l g u n a s composiciones h e r m o s í s i m a s , no siemp r e a l c a n z a r o n á e x p r e s a r s u s c o n c e p t o s c o n t o d a la
p r o p i e d a d , n o b l e z a y m a j e s t a d d e p a l a b r a s , q u e ellos
m i s m o s d e s e a r a n . ¿Cómo h a b í a d e p r e t e n d e r a l c a n z a r l o y o , q u e lejos d e a s p i r a r á la a l t u r a de t a l e s p o e t a s ,
a p e n a s si h e p o d i d o s u b i r los p r i m e r o s e s c a l o n e s h a c i a
l a difícil y e l e v a d a c u m b r e del P a r n a s o s a g r a d o ?
— 9 —
N o es m o d e s t i a c o n f e s a r q u e n o h e sido p o e t a ; h e
sido u n m e r o a f i c i o n a d o á la p o e s í a . M a s si n o d e b o
o c u l t a r q u e a l g u n o s d e m i s versos f u e r o n c o m p u e s t o s
casi d e u n m o d o m e c á n i c o , y c o m o p a r a s u p l i r u n a
n e c e s i d a d , p u e d o en c a m b i o a s e g u r a r q u e o t r o s h a n
sido t r a z a d o s a l c o r r e r d e l a p l u m a e n m o m e n t o s d e
inspiración, y que en tales m o m e n t o s he g o z a d o de
u n a s a t i s f a c c i ó n í n t i m a i n d e c i b l e . S i n e m b a r g o , al
! leerlos a h o r a , los e n c u e n t r o p o b r e s ; y e s p o n t á n e a m e n [ t e d e c l a r o q u e s u l e t r a n o e x p r e s a t o d o lo q u e m i a l m a
s e n t í a al c o m p o n e r l o s .
E m p e r o t a l c o m o s o n , a h í v a n ; y si a l g u n o s l e c t o r e s h a l l a n p l a c e r a l p a s a r la v i s t a p o r ellos, ó se sient e n p o r t a l l e c t u r a f o r t a l e c i d o s e n su fe y e s t i m u l a d o s
en su p i e d a d , y o m e d a r é p o r m u y s a t i s f e c h o c o n e s t e
r e s u l t a d o . E n caso c o n t r a r i o , m e s e r v i r á d e c o n s u e l o
el h a b e r t e n i d o u n deseo p u r o y u n o b j e t i v o l a u d a b l e ,
t a n t o al e s c r i b i r l o s c o m o a l c o l e c c i o n a r l o s .
JUAN B .
Madrid, Agosto 1904.
CABRERA.
POESÍAS RELIGIOSAS Y MORALES
—3>j£<^—
Génesis
L p r i n c i p i o el A b s o l u t o
^d¿^> Q u e sin p r i n c i p i o e x i s t í a ,
Con s u f e c u n d a e n e r g í a
Cielos y t i e r r a c r e ó .
C a á n t o s m i l l a r e s de s i g l o s
Desde entonces han pasado,
Sólo á D i o s s a b e r l o e s d a d o ,
A la h u m a n a c i e n c i a no.
* *
Confusos los e l e m e n t o s
Y en oscuridad completa,
E r a u n c a o s el p l a n e t a
Q u e h o y es n u e s t r a h a b i t a c i ó n ;
T e! E s p í r i t u d i v i n o
Con s u s a l a s lo c u b r í a ,
T amoroso presidía
A su lenta formación.
— 12 —
Y dijo Dios: «La luz s e a » ;
Y r a y o s d e luz b r o t a r o n . . .
Los á n g e l e s celebraron
Su hermosura y su bondad.
Y aquella sombría noche,
Y aquella espléndida aurora
D e los d í a s p r e c u r s o r a ,
F u e r o n la p r i m e r a e d a d .
*
* *
Como u n i v e r s a l a t m ó s f e r a ,
La gran creación circunda
Y sus espacios inunda
El a g u a e n d e n s o v a p o r . . .
Mas á la v o z del E t e r n o
Las a g u a s se separaron,
Y obedientes se agruparon
D e los m u n d o s en r e d o r .
Como si r o b u s t o b r a z o
Descorriera inmenso velo,
A p a r e c i ó el v a s t o cielo
De insondable inmensidad.
Y el s e p a r a r s e l a s a g u a s ,
Abriendo en su movimiento
La expansión ó
firmamento,
Formó la segunda edad.
* *
Turgentes ondas cubrían
La redondez de la tierra...
Obró el f u e g o q u e é s t a e n c i e r r a
En su seno abrasador:
— 13 —
Surgieron colinas, montes;
Las a g u a s se replegaron,
Y aprisionadas quedaron
Con a c e n t o r u g i d o r .
V i s t i ó s e el v a l l e de c é s p e d , *
D e m u s g o la r o c a d u r a ,
D e l a s flores l a h e r m o s u r a
La pradera engalanó;
Y e s p o n t á n e o s por d o q u i e r a
Brotaron arbustos, plantas,
Y árboles de especies tantas
Q u e el s a b i o j a m á s c o n t ó .
Todos su semilla propia,
S u s p r o p i o s frutos l l e v a r o n . . .
Los ángeles celebraron
Su hermosura y su bondad.
Y el i n s t a l a r s e los m a r e s ,
D e j a n d o el á r i d o s u e l o
Q u e c u b r i ó florido v e l o ,
F o r m ó la t e r c e r a e d a d .
* *
A m e d i d a q u e la t i e r r a
Por misterioso proceso
M a r c h a en c r e c i e n t e p r o g r e s o ,
D e los t i e m p o s á t r a v é s ;
Los demás orbes que pueblan
L a i n m e n s i d a d del e s p a c i o ,
Su progreso, aunque despacio,
Siguen también á su vez.
— 14 —
Y en ellos s e r e a l i z a ,
En su evolución perene,
Lo que designado tiene
E l p l a n d e la c r e a c i ó n ;
Y a d q u i e r e en su d e s a r r o l l o ,
E n el m o m e n t o o p o r t u n o ,
Con los otros c a d a u n o
Más v i s i b l e r e l a c i ó n .
A s í l a luz p r i m i t i v a
E n el sol s e r e c o n c e n t r a ,
Y convertido se encuentra
E l sol en foco d e l u z .
Doquier sus rayos difunde,
A l l í el d í a r e s p l a n d e c e ;
Si su fulgor d e s p a r e c e ,
T i e n d e la n o c h e el c a p u z .
Mas d e la n o c h e e n las s o m b r a s
V e r s u faz la l u n a d e j a ,
Y s o b r e el o r b e refleja
S u prestado resplandor;
Y a p a r e c e n e n los c i e l o s
Astros y constelaciones,
En que tiempos y estaciones
Hallan un regulador.
Los i n n u m e r a b l e s m u n d o s
En armonía giraron...
Los ángeles celebraron
S u hermosura y su bondad.
— 15
-
Desde entonces día y noche,
E n sucesión o p o r t u n a ,
Presidieron sol y l u n a :
Y esa fue la c u a r t a eda,d.
Poseyendo y a la t i e r r a
Condiciones al efecto,
El soberano Arquitecto
Su augusto p l a n p r o s i g u i ó ;
Y á los seres vegetales
Que monte y valle cubrían,
De otros seres animales
La creación a ñ a d i ó .
En los recónditos senos
De la m a r surgió la v i d a ;
Y en r u t a desconocida
Cruzó sus ondas el pez.
Brotó la vida asimismo
E n las regiones del cielo,
Y el a v e tendió su vuelo
De los aires á t r a v é s .
Creced y multiplicaos,
Dijo Dios; y el señorío
H a y a en m a r y en lago y río
El u n d í v a g o escuadrón;
Y sobre el a g u a y la tierra,
Dando sus alas al viento,
Dominen del firmamento
Las aves en la expansión.
— 16 —
El C r e a d o r los b e n d i j o ,
Y vientos y a g u a s poblaron...
Los á n g e l e s c e l e b r a r o n
Su hermosura y su bondad.
C o m e n z ó e n t o n c e s la s e r i e
Hasta hoy no interrumpida
De generación y vida;
Y e s a fue 1a q u i n t a e d a d .
* *
Y a la a t m ó s f e r a p o b l a d a
Y del a g u a las corrientes,
«Produzca seres vivientes
L a tierra», D i o s o r d e n ó .
Y al eco d e s u p a l a b r a
S u r g i ó la v i d a á r a u d a l e s ,
En formas tantas y tales,
Q u e sólo D i o s c o n o c i ó .
Y e n t r e l a s y e r b a s del p r a d o ,
Y del b o s q u e e n la e s p e s u r a ,
Y en el m o n t e y l a l l a n u r a ,
Antes muda soledad,
Esos animados seres
Morada y sostén hallaron.
Los ángeles celebraron
Su hermosura y su bondad.
« H a g a m o s a h o r a al h o m b r e
A nuestra imagen formado,
De inteligencia dotado
Á semejanza de nos;
-
17 —
Y señorío posea
S o b r e las a v e s del c i e l o
Y c n a n t o v i v e en el s u e l o
Y e n los m a r e s » , dijo D i o s .
Y al h o m b r e c r e ó á s u i m a g e n ,
Conforme á su s e m e j a n z a :
En-perfecta bienandanza
V a r ó n y h e m b r a los c r e ó .
«Creced y m u l t i p l i c a o s ,
L e s dijo, y h e n c h i d la t i e r r a » .
Y cuanto en ella se encierra
A su dominio entregó.
D e la c r e a c i ó n los p o r t e n t o s
Los ángeles contemplaron,
Y con h i m n o s c e l e b r a r o n
Su hermosura y su bondad.
A la a p a r i c i ó n del h o m b r e
Cual s e ñ o r s o b r e el p l a n e t a ,
La creación quedó completa;
Y e s a fue la s e x t a e d a d .
* *
Asi la t i e r r a y los m u n d o s
En el e s p a c i o a r r o j a d o s ,
Fueron hechos y ordenados
P o r la p a l a b r a d e Dios.
Y ellos e n a r r a n su g l o r i a ,
Y ellos p u b l i c a n su n o m b r e ,
P a r a q u e le e n s a l c e el h o m b r e
Con a g r a d e c i d a v o z .
2
Heeaeiidos del Edén
UBO en la t i e r r a u n l u g a r
De Dios mismo p r e p a r a d o :
Debió el hombre allí m o r a r ;
Mas salió por su pecado
P a r a no volver á e n t r a r .
E r a la mansión aquella
Deliciosa, fértil, bella,
Cual pudo c r e a r l a Dios;
Y es sabido que cual ella
En la tierra no hubo dos.
Sólo a r r i b a , donde inora
El sumo y eterno bien,
P u e d e comprenderse ahora
La m o r a d a e n c a n t a d o r a
Que tuvo por nombre Edén.
P a r a í s o de h e r m o s u r a
P a r a huésped inmortal...
¡Quién me diese la v e n t u r a
De r e s p i r a r su a u r a pura,
Su ambiente p r i m a v e r a l !
-
19 —
Viera allí al h o m b r e , salido
De manos del Creador,
Con pecho de gozo henchido,
P r o s t e r n a r s e agradecido,
Adorando á su Hacedor.
Viérale m i r a r atento
Cielos y tierra, y brotar
En su mente el p e n s a m i e n t o ,
Y con dulce sentimiento
S u corazón palpitar.
Viérale puro, inocente,
L l e v a n d o en su noble frente
E l sello de la v i r t u d ,
Y en sus actos solamente
P r e s i d i r la rectitud.
Viérale lleno de v i d a ,
Ajeno de enfermedad,
Gozando paz sin medida,
Y p a r a dicha cumplida
El don de inmortalidad.
Y viera cómo, sintiendo
Las fuerzas de oculta ley,
Todo animal acudiendo
S u homenaje iba rindiendo
Al hombre como á su r e y .
También pudiera mirar
Cómo Dios, del alto cielo
S e complacía en bajar,
Y en el bendecido suelo
Con el hombre c o n v e r s a r .
— 20 —
F u e r a dichoso testigo
De aquella conversación...
¡Dios h a b l a n d o con s u a m i g o ,
Y é s t e v i v i e n d o al a b r i g o
De tan santa comunión!
¿Quién j a m á s d o los m o r t a l e s
Pudo siquiera pensar
Lo que en ocasiones tales
S o l i a el h o m b r e e s c u c h a r
D e los labios d i v i n a l e s ?
¿Quién la t i e r n a s i m p a t í a
Q u e por él m o s t r a b a Dios,
C u a n d o «no es b u e n o — d e c í a —
Q u e e s t é solo»; y a ñ a d í a ,
« P u e s y o h a r é q u e s e a n dos»?
Y en tanto q u e r e p o s a b a
El h o m b r e , con g r a n p l a c e r
D i o s e n s u bien s e o c u p a b a ,
Y formando una mujer,
A s u l a d o la d e j a b a .
Linda y esbelta criatura,
Modelo d e p e r f e c c i ó n ,
Con a l m a c a n d i d a y p u r a ,
Y un manantial de ternura
En su a m a n t e corazón.
¡Quién p r e s e n c i a r a la e s c e n a
E n q u e el h o m b r e , al d e s p e r t a r ,
Vio en s u s ojos reflejar
D e otra m i r a d a s e r e n a
El v i v o c e n t e l l e a r !
— 21 —
Cuando presa de emociones
<¡>ue j a m á s antes sintió,
De este modo forma dio
A sus g r a t a s impresiones:
«Ahora ésta es como yo».
Y besándola en la frente
N i v e a y p u r a cual j a z m í n ,
Compañera permanente
L a llevó por valle y fuente
De! espléndido j a r d í n .
¡Cuántos goces de v e n t u r a ,
De dicha y felicidad,
Blanda, plácida, segura,
Sin la mezcla de a m a r g u r a ,
Sin el límite de edad!...
Mas ¡ay! solamente h a l a g o
Recuerdos p a r a aflicción;
Que todo en momento aciago
Despareció... ¡Tanto estrago
Pudo hacer la seducción!
üa Pt*imcf*a Culpa
ELEGÍA
1
UNCA será de los hombres bastante llorado
El día infausto, cuna de nuestros males,
Cuando la mujer p r i m e r a , al sutil enemigo
P r e s t a n d o asenso, m u e r t e legó á los suyos.
Desde entonces ¡ay! la dicha voló de la t i e r r a
Triste, agitando mudo estupor sus alas;
Y en tropel horrible asedian al género h u m a n o
L u c h a s , afanes, llantos, dolores, m u e r t e .
Oh tú, primitiva m a d r e , — s i el flébil acento
De mis p a l a b r a s á tus oídos llega,
Y no es falta de respeto en el hijo infelice
Proferir quejas, a y e s que el pecho e x h a l a , —
Dime: ¿no era suficiente la inmensa v e n t u r a
Que disfrutabas en el Edén florido?
Allí b l a n d a p r i m a v e r a r e i n a b a perenne,
Sin Bóreas fríos, sin estivales fuegos;
Estas lineas pretenden ser una imitación de los versos hexámetros y
pentámetros de la poesía latina, l i e su mucha ó poca semejanza podran juzgar los iniciados en la métrica del Lacio.
1
— 23 —
J a m á s , negro el horizonte, en fragosa t o r m e n t a
R u g í a el Euro, ni fulguraba el r a y o ;
Aromas d a b a al ambiente la plácida brisa,
Eiego á los campos el matinal rocío;
Los árboles p r o d i g a b a n sus opimos frutos,
Flores las p l a n t a s de perfumada esencia;
El tigre, el león, la hiena, triscaban alegres
Cual corderinos en h e r m a n a ! consorcio;
Modulaban por el dia las aves sus cantos,
Y por las noches el ruiseñor sus trinos;
Grato reposo b r i n d a b a en la v e r d e ribera
El dulce arrullo del m u r m u r a n t e a r r o y o ;
Madreselvas y jazmines tejiendo g u i r n a l d a s ,
Dosel formaban p a r a velar el sueño;
Y llovían sobre el lecho de n a r d o y jacintos
Hojas de rosas cual t r a n s p a r e n t e g a s a .
Y colinas y p r a d e r a s , oteros y valles,
P a r q u e s y bosques, fuentes, a r r o y o s , g r u t a s ,
Árboles y p l a n t a s , frutos, balsámicas ñores,
Aves canoras y r e g a l a d o a m b i e n t e ,
P a r a tu delicia fueron, mujer venturosa;
Todo era tuyo, t ú la señora y reina.
Keina, sí, de noble estirpe y excelsa progenie,
P a r a designios altos por Dios c r e a d a ;
Sin terrenales adornos de efímeras j o y a s ,
Símbolos vanos de majestad ficticia;
Mas ostentando preseas de origen celeste,
Que son del a l m a regio esplendente ornato,
Inocencia la corona, p u r e z a el a r m i ñ o ,
Justicia el manto, g r a c i a y t e r n u r a el c e t r o .
Reina, si, por el amor, c o m p a ñ e r a del h o m b r e ,
De su persona c o m p l e m e n t a r i a p a r t e ;
— 24 —
Del hombre, á quien el Altísimo h a b í a formado
Según su imagen y semejanza propia.
Con él t r a n q u i l a gozabas los tiernos deleites
, Que te ofrecía su corazón a m a n t e ,
Y ora en coro descendían angélicos nuncios
P a r a traeros n u e v a s del alto cielo,
Ora visible Dios mismo venía á vosotros
Y se os mostraba, más que Señor, amigo.
Y en tan feliz existencia, colmaba tu dicha .
G r a t a e s p e r a n z a de numerosa prole,
Que del E d é n r e b a s a n d o las lindes, fecunda
Se e x t e n d e r í a sobre la tierra toda.
Generación de inmortales, linaje bendito,
Señoreando la redondez del orbe,
Y en constante comunión con el P a d r e celeste
Cual si morasen ángeles en la tierra,
C o n s a g r a r í a n á ti los afectos del a l m a
Que alienta y m u e v e puro filial cariño;
Y en tropel a c u d i r í a n los ósculos santos
De todas p a r t e s hacia el hogar materno,
Cual blancas mariposillas que en rápidos giros
Su leve c a r g a al céfiro b l a n d o fían.
Y túj v e n e r a n d a m a d r e del género humano,
Sintiendo el a l m a satisfacción profunda,
Y joven siempre al influjo del árbol de vida,
Los nietos de tus nietos gozosa vieras!!
*
* *
Tantos bienes, t a n t a gloria, tan dulces afectos,
Goces tan puros, felicidad t a n g r a n d e ,
¿No bastaron á c o l m a r la insondable m e d i d a
De tus deseos y virginales ansias?
— 25 —
¿Qué ambición te alucinó, que saciarla no pudo
Con sus tesoros la creación entera?
¡Infeliz! Cuan en mal hora, la ley rechazando,
Prestaste oídos á sugestión maligna!
U n a humilde c r i a t u r a , á quien n a d a debiste,
Y el Ser Supremo que te lo ha dado todo:
¿Cuál de los dos te dirá la verdad? ¿Confianza
En cuál promesa depositar debías?
Quien no te dio n a d a , n a d a es posible que quite;
Quien lo dio todo, todo quitarlo puede.
Y tú no lo viste ciega. Y al pérfido halago
De astuto reptil víctima fuiste fácil;
Contigo a r r a s t r a n d o al hombre, que a m a n t e no quiso
.Que en tu caída te d e s p e ñ a r a s sola.
Anhelaste ser cual Dios, á su leve precepto
Inobediente y á su bondad i n g r a t a ;
Y la i n m u n d a sierpe emite estridente silbido
Con que se ufana de tu letal ruina,
Mientras los cielos se enlutan, y el ígneo r a y o
E a s g a las nubes con.su fulgor siniestro.
Y con roncos estampidos el trueno r e t u m b a
Por las extensas bóvedas celestiales,
Y conmovido en sus ejes el orbe trepida,
Y a m e d r e n t a d o s los animales h u y e n
A sus profundas c a v e r n a s . . . ¡Tan g r a v e la culpa
F u e ! El justo enojo del Hacedor supremo
Surgió, t r a n s g r e d i d a viendo su ley soberana;
Y el equilibrio los elementos pierden,
Y conoce todo ser, c a d a cual á su modo,
Que h o r r e n d a baja la maldición al m u n d o . . .
¡Hora de terror fue aquella! T ú el hórrido espanto,
Remordimiento de la conciencia h e r i d a ,
— 26 —
T a m b i é n sentiste. Agitaron tu mente confusa
Del fragoroso estrépito infaustos ecos,
Y te hallaste suspendida cual sobre u n abismo,
Como si huyese bajo tus pies la t i e r r a .
Y al c e r r a r los ojos ante las sierpes de fuego
Que pavorosas la inmensidad h e n d í a n ,
Concentraste la m i r a d a en ti misma, y . . . ¡cuan pobre,
Cuan sin ventura, cuan infeliz te viste!
Candor, rectitud, p u r e z a , deliquios del a l m a ,
Paz, inocencia, t r a n q u i l i d a d y dicha,
Todo se evaneció. Desconocidos temores,
Presentimientos lúgubres, r u d a s ansias
T e asaltaron; y a n g u s t i a d a , cual náufrago triste
Que aun frágil t a b l a de salvación anhela,
Los ojos volviste á a b r i r p a r a hallarla en el hombre,
Y él también era náufrago en la borrasca!
D e m u d a d o su semblante, la frente abatida,
Pálido, inquieto, de majestad desnudo,
Vístele y te avergonzaste; y en súbito cambio
Rubor de fuego coloreó tu rostro.
¿El bien y el mal conocer deseabas? Ahora
Ya el mal supiste; pero del bien perdido
¿Quién te resarcirá? Vano propósito, inútil
Que te afanaras tu desnudez cubriendo;
P u e s del amplio sicómoro marchito el follaje,
Palto de fibra, cruje y se torna polvo.
Y la desnudez del a l m a ¿qué veste c u b r i r l a
P u d o á los ojos del soberano P a d r e ?
No de bosque la espesura, ni abismo profundo
T e n e r velado logra á su vista n a d a .
Él vio de tu corazón la recóndita idea,
Vio tu consenso, vio de tu mano el acto.
— 27 —
¿Qué podías alegar, cuando trémula oíste
Su voz juzgando tu rebelión? Convicta,
Al p a r de tu compañero, con luto en el alma,
Míseros fuisteis ¡ay! del Edén expulsos,
Sintiendo profunda pena los ángeles santos,
Gozo salvaje las infernales huestes.
¡Cuan a m a r g a , oh E v a , fue desde aquí tu existencia!
Serie constante de sinsabor y llanto,
Sin e s p e r a n z a de dicha, doquiera infortunio,
Ya no fue vida, fue prolongada m u e r t e .
Si al llorado P a r a í s o tornabas los ojos,
Do en feliz día viste la luz p r i m e r a ,
Desde el brumoso occidente flamígera espada
Que revolvía fuerte invisible mano,
Centinela p e r e n n a l , vigilante impedía
T u s u s p i r a d a vuelta al hogar nativo.
Si al oriente dirigías la ansiosa m i r a d a ,
O te volvías al aquilón ó al austro,
Los horizontes sin fln de regiones ignotas
Miedo infundían al lacerado pecho.
Y sintiendo del h o g a r p a r a siempre perdido
Triste nostalgia que el corazón t o r t u r a ,
En medio de u n m u n d o de e x u b e r a n t e riqueza
T e r e p u t a b a s e x p a t r i a d a y sola.
No y a la tierra, cual antes, copioso tributo
Fácil brindó del hombre al trabajo leve:
Rebelde exigióle ahora sudores y afanes,
P a r a rendirle fruto mezquino y parco;
Que el pulgón ó la cizaña, la escarcha ó pedrisco,
Se e n c a r g a r í a n de a m i n o r a r en turno.
-
28
-
Los sumisos animales que un tiempo a n h e l a b a n
Sendas caricias de tu inocente mano,
Por instintivo recelo movidos h u y e r o n ,
O te mostraron ñ e r a enemiga á m u e r t e .
Sin freno los elementos, con d u r a inclemencia
T e combatieron ora el calor ó el frío;
Y deshechos h u r a c a n e s tormentas a l z a n d o ,
Barriendo tierras impetuosas lluvias,
C a u s a n d o horribles estragos el fuego del cielo
Y terremotos el de la tierra oculto,
P r e s a g i á r o n t e constantes c e r c a n a r u i n a ,
Siendo amenazas á tu existencia frágil.
Ya tu vida fue luchar: te acosaron terribles
F l a q u e z a al cuerpo, remordimiento al a l m a ;
Y ni a u n del tierno amor en el tálamo puro
El casto goce fue sin a m a r g o dejo.
Madre fuiste; de tu prole llenóse la t i e r r a :
E v a tu n o m b r e , de los vivientes m a d r e .
Mas ¡ay! q u e ai d a r l e s la vida, t a n sólo pudiste
Lo que tenias tú transmitir á ellos.
E n rebelión contra Dios, te faltaba justicia,
T e m o r s a g r a d o , fe y rectitud del alma:
Y pues rebeldes perderlo quisieron los padres,
¿Cómo podían d a r á sus hijos esto?
N a t u r a l e z a viciada, pasiones fogosas,
Concupiscencia, fuente de todo d a ñ o ,
Flaco y m e n g u a d o poder con el cual g o b e r n a r a
• Los apetitos de la razón el freno:
T a l recibieron tus hijos... Y pronto los frutos
A saber dieron la condición del árbol.
Caín hiriendo á su hermano; y Abel sucumbiendo
A la violencia de fratricida golpe,
— 29
-
La tierra e m p a p a d a en s a n g r e , el hogar desolado
Luto en el alma, en tu corazón angustia,
P r u e b a fueron evidente del mal que aquejaba
Al viciado árbol en su r a í z y tronco.
Y l ú g u b r e exordio fueron también de la historia,
T é t r i c a historia, de ,1a familia h u m a n a .
Celos, envidia, rencor, ambición desmedida,
R a m a s fecundas del egoísmo insano,
Su fruto propio debían rendir, y a b u n d a n t e
¡Ay! lo rindieron p a r a común desdicha:
T i r a n í a y s e r v i d u m b r e , violencia y martirio,
Calumnia y g u e r r a , deslealtad y daño,
Goces efímeros siempre y dolores sin tasa,
Y por r e m a t e la destrucción, la m u e r t e .
¡Tantos males nos trajisteis con vuestra c a í d a ,
T ú , m a d r e E v a , y el Genearca humano!
¿Cuál sería nuestro fin, si el amor del Excelso
No dispusiera la redención del hombre?
Amor* de Dios
«Dios es amor.»—1. Juan, IV. 10.
a
•':\¿? T e n a z y acerbo dolor,
Es p a r a el a l m a a n g u s t i a d a
S a b e r que Dios es amor.
Venero que proporciona
Eiquezas de g r a n valor,
Es p a r a el a l m a s a l v a d a
Sentir que Dios es amor.
Coro.—Bendice á Dios, alma m í a ,
A b r a z a á tu Salvador;
Adórale, y testifica
Que es infinito su amor.
¡Amor el Dios de los cielos!
¡Amor el excelso Rey!
¡Amor su invicta potencia!
¡Amor su corona y l e y !
— 31 —
Palpita, corazón mío,
Gozoso por tanto a m o r ;
Y eleva con tus latidos
Un cántico en su loor¡Amor bendito, que tienes
De los mortales piedad,
Y en a b u n d a n c i a d e p a r a s
Salud á la h u m a n i d a d !
Por ti desciende á nosotros
El Hijo eterno de Dios,
Y v i d a y paz y consuelo
De él descienden en p o s .
Por ti los cielos sonríen,
La t i e r r a siente placer...
Lo que otros siglos no vieron,
Nosotros podemos ver.
P o r ti la s u p r e m a dicha,
E n existencia eternal
De angustias exenta, el hombre
Gozar espera inmortal.
Lía Encarnación
«El Verbo fue hecho carne.»
Juan, i. 14.
De donde las g r a c i a s fluyen
Que salvan al mortal.
El Verbo soberano
Del m u n d o Creador,
Al claustro de Virgen p u r a
Desciende por amor.
Consubstancial al P a d r e
Desde la eternidad,
Llevado de amor se viste
De n u e s t r a h u m a n i d a d .
De dos naturalezas
Indisoluble unión,
Dios-Hombre es J e s ú s el Cristo,
Y él es la salvación.
Misterio ante el cual rindo
Mi amor y ardiente fe:
¡Jesús h a s t a mí se humilla,
Y como él yo seré!
Dios con nosotros
JALA se rompiesen
= ^ 3 ' L cielos, del amor vasto océano,
Y las nubes lloviesen
P a r a el género h u m a n o
El don m a y o r del P a d r e Soberano!
o s
A b r i é r a s e la t i e r r a
Sedienta de salud, y el amplio seno,
Al tesoro que e n c i e r r a
L a mano de un Dios bueno,
A p r e s t a r í a de ansiedades lleno.
Los montes y collados,
El v e r d e valle y la feraz l l a n u r a ,
Los mares dilatados,
Y toda c r i a t u r a .
Muestra d i e r a n de gozo y de v e n t u r a .
La fiel misericordia
A la ingenua v e r d a d t e n d r í a acceso
P a r a e t e r n a concordia,
Y h a r í a n su congreso
L a justicia y la paz en dulce beso.
El hombre los augustos
Senderos de v i r t u d r e c o r r e r í a ;
Y el coro de los justos
E n tan glorioso día
Desde los altos cielos m i r a r í a . . .
¡Ojalá se rompiesen
Los cielos, del amor vasto océano,
Y al Salvador nos diesen!
¡Ojalá esté cercano
El Ungido del P a d r e Soberano!
*
* *
T a l con ansia inefable
De J u d á los profetas s u s p i r a b a n ;
Y en concierto a d m i r a b l e
Sus ecos se a g r a n d a b a n
Y h a s t a en el mismo cielo resonaban.
Desde su solio eterno
Escucha J e h o v á h q u e e n t r e luz mora,
P a d r e amoroso y tierno;
Y al pueblo que le implora
V a á m o s t r a r las piedades que atesora.
J a m á s con fulgor tanto
Brilló la luz en célicas mansiones.
Ni tan sublime canto
E n dulcísimos sones
Entonaron angélicas legiones;
Como en el g r a t o instante
E n que la plenitud del tiempo vino,
— 35 —
Y supremo G a r a n t e
Del h u m a n o destino
Se ofrece el eternal Verbo divino.
Las b ó v e d a s celestes
Dan paso al Key de Gloria, a c o m p a ñ a d o
' De seráficas huestes-,
Y del Verbo h u m a n a d o
Suena en la t i e r r a el cántico s a g r a d o .
L a promesa es cumplida:
E m m a n u e l , en bendición fecundo,
Desciende á d a r t e vida
Con un amor profundo;
¡Ya tienes Salvador!... ¡Gózate, oh m u n d o !
Chtdsti caterva elamitet»
L P a d r e de cuanto existe
Y tribútele a l a b a n z a s ,
P o r q u e la salud se a c e r c a .
El Hijo, en quien se complace,
A redimirnos se apresta;
Los oráculos se cumplen
De los antiguos Profetas.
V e r b o d e Dios e n g e n d r a d o
Se apropia las culpas n u e s t r a s ;
Y asumiendo nuestro polvo
Vence al r e y de las tinieblas.
De h u m a n a m a d r e nacido,
Pero de e t e r n a existencia,
U n a Persona divina
Es en dos n a t u r a l e z a s .
Desciende Dios hecho hombre,
Y á los hombres r e g e n e r a ,
P a r a q u e siendo hombres nuevos
En santidad resplandezcan.
-
37 —
Y las cristianas falanges,
De g r a t i t u d y amor llenas,
El s a g r a d o natalicio
Con santo gozo r e c u e r d a n '.
i Traducción del himno que se halla en el oficio de Vísperas del primer
Domingo de Adviento, según el Rito Muzárabe. El original tiene nueve estrofas; pero yo he traducido solamente las seis primeras.
«Cfeatot* alme sidepam»
E t e r n a luz d e los fieles,
J e s ú s , R e d e n t o r de t o d o s ,
A nuestra plegaria atiende.
P a r a q u e el m u n d o n o m u e r a
D e S a t a n á s por l a s r e d e s ,
E n medicina del m u n d o
Amoroso te conviertes.
Y del claustro d e una V i r g e n
Santa víctima procedes,
Y c a r g a s con nuestras culpas
Q u e e x p í a e n la c r u z tu m u e r t e .
G r a n d e e s t u g l o r i a , y al e c o
D e tu nombre, se e s t r e m e c e n
Y en cielo, tierra y abismo,
S e p o s t r a n todos los s e r e s .
T ú q u e en el ú l t i m o d í a
H a s d e ser el J u e z p o t e n t e ,
D a n o s t u g r a c i a , y con e l l a
Del maligno nos defiende .
1
Traducción del himno que se halla en el oficio de Vísperas, on tiempo
de Adviento, según el Breviario Romano.
!
Adviento
«Gloria en las alturas á Dios >
Luc.
II.
U.
UENICN d u l c e s h i m n o s g r a t o s al S e ñ o r ,
Y óiganse en concierto universal!
D e s d e el alto cielo baja el S a l v a d o r ,
P a r a beneficio del m o r t a l .
Coro.—¡Gloria!'
¡gloria s e a á n u e s t r o D i o s !
¡Gloria! si, c a n t e m o s á u n a v o z .
Y el c a n t a r d e g l o r i a q u e s e o y ó e n B e t l é n ,
Sea nuestro cántico también.
Montes y c o l l a d o s fluyan l e c h e y m i e l ,
Y abundancia esparzan y solaz.
G ó c e n s e los p u e b l o s , g ó c e s e I s r a e l , •
Q u e á la t i e r r a v i e n e y a la p a z .
S a l t e , d e a l e g r í a l l e n o el c o r a z ó n ,
La abatida y pobre humanidad;
Dios s e c o m p a d e c e v i e n d o s u a f l i c c i ó n ,
Y le m u e s t r a b u e n a v o l u n t a d .
Lata en nuestros pechos noble gratitud
Hacia quien nos brinda redención;
Y á J e s ú s el Cristo, q u e n o s d a s a l u d ,
Tributemos nuestra adoración.
'
Adviento
ii
«Gloria en las alturas á Dios, y cu
la tierra paz, buena voluntad para co»
los hombres».—Luc. n . 14.
''.\¿> O l v i d a n d o á s u S e ñ o r ,
U e los c e l e s t i a l e s coros
R e s u e n a la a l e g r e voz:
¡Gloria s e a e n l a s a l t u r a s ,
Al omnipotente Dios!
N o h a y y a p a z s o b r e la t i e r r a ,
Roto el l a z o f r a t e r n a l ;
Sólo d e l h o m b r e en. el p e c h o
A r d e n c o d i c i a y afán;
Mas d e D i o s los m e n s a j e r o s
A la tierra anuncian paz.
E n s u c e g u e d a d el h o m b r e
Quebranta de Dios la ley,
D e su v o l u n t a d s e a p a r t a ;
P e r o D i o s , q u e es P a d r e fiel,
P e r d o n a al h o m b r e , y d e m u e s t r a
B u e n a v o l u n t a d por él.
— 41 —
' P u e s al h u m a n o linaje
Con t a n t a s v e r a s a m ó ,
Que á su Unigénito e n v í a
P o r s a l v a r al p e c a d o r ,
S i n q u e al p e c a d o r e x i j a
Más q u e fe y a d o r a c i ó n .
B e n d i t o , S e ñ o r , por s i g l o s
S e a s por t a n t a b o n d a d ;
Publiquen tus a l a b a n z a s
N u e s t r o s labios sin cesar,
Y d i s p ó n n o s con t u a u x i l i o
P a r a h a c e r tu v o l u n t a d .
Natividad
«Nuevas de ¡fran gozo, que será p
todo el pueblo: Que os ha nacido
la ciudad de David, un Salvador
Luc. n . 10, 11.
W \ IUDAD s a g r a d a , Betleliera d i c h o s a !
•IJJ E n ti nos e s n a c i d o u n S a l v a d o r .
Llenas de júbilo saltad, naciones,
Y de coros celestes en unión,
D e c i d con e c o s d u l c e s y a r m o n i o s o s :
¡Gloria al r e c i é n n a c i d o R e d e n t o r !
El V e r b o e t e r n o d e l e t e r n o P a d r e ,
De tierra y cielo divinal Señor,
Con n u e s t r a c a r n e s u D e i d a d v e l a n d o ,
E n t r e n o s o t r o s á m o r a r bajó;
Del seno puro de una V i r g e n nace:
¡Gloria al r e c i é n n a c i d o R e d e n t o r !
En un pesebre humilde recostado,
Mirad al N i ñ o , d e J u s t i c i a Sol;
S u g l o r i a d e j a y á los h o m b r e s v i e n e ,
A e l e v a r á los h o m b r e s h a s t a D i o s ;
N a c e , y al h o m b r e d e l a m u e r t e e x i m e .
¡Gloria al r e c i é n n a c i d o R e d e n t o r !
— 43 —
Con s u p o b r e z a á m u c h o s e n r i q u e c e ,
S u h u m i l d a d los e n c u m b r a á g r a n d « h o n o r .
E s el M a e s t r o q u e a d o c t r i n a al m u n d o ;
P e n e t r e s u e n s e ñ a n z a al c o r a z ó n .
Y agradecidas canten nuestras lenguas:
¡Gloria al r e c i é n nacido, R e d e n t o r !
Natividad
H
«Dios envió á su Hijo, hecho de mujer,
hecho subdito á la ley •.—Gal. iv. 4.
| H gracia indescriptible!
D i o s m i s m o v i n o al m u n d o ,
N a c i e n d o d e mujer:
Y s i e n d o á los m o r t a l e s
E n todo p a r e c i d o ,
F u e niño desvalido,
R e d u j o .su p o d e r .
Nació en ajeno albergue
Q u i e n e s S e ñ o r d e todo,
Mostrando d e este modo
Que nada ambicionó:
Y vino á media noche
Cual astro que fulgura,
Porque la niebla impura
Del mundo disipó.
— 45 —
L o s á n g e l e s del c i e l o
Cantaron su linaje,
Al d a r n o s el m e n s a j e
De vida y libertad:
P o r él en las a l t u r a s
Recibe Dios hosanna,
Y a q u í la r a z a h u m a n a
Paz, buena voluntad.
Cambiaron sus funciones
L o s altos q u e r u b i n e s .
Q u e u n t i e m p o los confines
G u a r d a b a n del Edén:
A l árbol d e la v i d a
A h o r a al h o m b r e l l a m a n ,
Y al S a l v a d o r p r o c l a m a n
E n torno d e B e t l é n .
Los cielos aplaudieron,
L a tierra se ha gozado,
V i n i e n d o el D e s e a d o
Q u e trajo v i d a en p o s .
Se unieron cielo y tierra
Con v í n c u l o p e r e n n e :
Y a D i o s al h o m b r e tiene;
Y a el h o m b r e t i e n e á D i o s .
Natividad
ni
«Gloria eu las alturas á Dios».— Lucas, I I . 11.
^||JL.OEIA á D i o s e n Jas a l t u r a s ,
¡b>i Q u e m o s t r ó s u g r a n d e a m o r ,
Dando á humanas criaturas
U n potente Salvador!
C o n los h i m n o s d e los s a n t o s
H a g a n coro n u e s t r o s c a n t o s
De alabanza y gratitud,
Por la divinal salud;
Y d i g a m o s á una voz:
¡ E n los c i e l o s g l o r i a á D i o s !
Gloria á D i o s l a t i e r r a c a n t e ,
Al gozar de su bondad,
Pues le brinda paz constante
En su buena voluntad.
Toda tribu y lenguas todas
Al Excelso eleven odas,
— 47
-
P o r el R e y E m r u a n u e l
Que les vino de Israel;
Y prorrumpan á una voz:
¡En los c i e l o s g l o r i a á D i o s !
Gloria á Dios la I g l e s i a e n t o n a ,
R o t a al v e r s u e s c l a v i t u d
P o r J e s ú s , q u e es s u c o r o n a ,
Su cabeza y plenitud.
Vigilante siempre vive
Y á la l u c h a s e a p e r c i b e ,
Mientras llega su solaz
E n la g l o r i a y p l e n a p a z ;
Donde e x c l a m a r á á una voz:
¡En los c i e l o s g l o r i a á D i o s !
fideste
pídeles
ENID, fieles t o d o s ; á B e t l e m m a r c h e m o s
De gozo triunfantes, henchidos de amor,
Y al R e y d e los c i e l o s h u m i l d e v e r e m o s :
V e n i d , a d o r e m o s á Cristo el S e ñ o r .
El q u e e s Hijo e t e r n o del e t e r n o P a d r e ,
Y Dios v e r d a d e r o q u e al m u n d o c r e ó ,
A l s e n o v i r g í n e o b a j ó de u n a m a d r e :
V e n i d , a d o r e m o s á Cristo el S e ñ o r .
E n pobre pesebre y a c e reclinado,
Al hombre ofreciendo eternal salvación,
El s a n t o M e s í a s , el V e r b o h u m a n a d o :
V e n i d , a d o r e m o s á Cristo el S e ñ o r .
Cantad jubilosas, célicas criaturas;
R e s u e n e n los c i e l o s c o n v u e s t r a c a n c i ó n :
¡Al D i o s b o n d a d o s o g l o r i a en l a s a l t u r a s !
V e n i d , a d o r e m o s á Cristo el S e ñ o r .
Jesús, celebramos tu bendito Nombre
Con h i m n o s s o l e m n e s d e g r a t o loor;
P o r s i g l o s e t e r n o s a d ó r e t e el h o m b r e :
V e n i d , a d o r e m o s á Cristo el S e ñ o r .
1
Imitación del himno latino Adeste fidelesi latli triumphantes,
que Be
atribuye á San Buenaventura. Yo no he visto ol original, y sólo he tenido
presente la versión inglesa de F. Oakeley.
1
Cipeaneisión
I
«Y pasados los ocho días para circuncidar al Niño, llamaron su nombre
Jesús-.—Luc. I I . 21.
(?¿5
De la circuncisión,
Cuando el Cristo hace su pacto
Con el fiel corazón.
Mas antes se sujeta
Con, heroica h u m i l d a d
A la ley, obedeciendo
De Dios la voluntad.
'
Su tierno infantil cuerpo
No r e h u y e el dolor,
Y á d e r r a m a r se a p r e s u r a
Su s a n g r e con amor.
P u e s siendo Luz divina
Que al sol d a c l a r i d a d ,
Satisfará, padeciendo,
Por n u e s t r a iniquidad.
4
— 50 —
Y á costa de ese precio,
El Niño celestial
J e s ú s recibe por n o m b r e ,
P u e s c u r a nuestro mal.
J e s ú s , Señor divino,
Sé n u e s t r a salvación;
Y t u y o sea el afecto
De nuestro corazón.
Cipeaneisióft
ii
> Circuncidad vuestro corazón,y
no endurezcáis más vuestra cerviz».—
Deut. x. 16.
¡'IWIRAD
al
celeste
Xasn E n los b r a z o s d e M a r í a ,
Y cómo la virgen madre
A s u p e c h o le a p r o x i m a !
¿Por q u é con t i e r n o s v a g i d o s
Corresponde á las caricias,
Y el c o r a z ó n a t r i b u l a
D e s u m a d r e dolorida?
¡ A y ! c o m o á hijo d e l h o m b r e
L a l e y m o s a i c a le a p l i c a n ;
Y el q u e n a c i ó s i n p e c a d o ,
H u m i l d e se circuncida.
¡ T a n tierno, y y a sufre tanto,
P a r a ser ejemplo y g u í a
Del hombre que no obedece
A la voluntad divina!
— 52 —
J e s ú s m í o , si m i o r g u l l o ,
P e n s a n d o en ti, n o s e h u m i l l a ,
Lléname de santa gracia
Y m i soberbia, d o m i n a ;
L i m p í a m e de transgresiones.
Mi c o r a z ó n c i r c u n c i d a
D e todo a f e c t o m u n d a n o ,
De toda ambición impía.
Y s ó l o tu n o m b r e a l a b e ,
Y sólo á t u c a u s a s i r v a ,
Y sólo por ti s u s p i r e ,
Y sólo c o n t i g o v i v a .
El jlombpe de J e s ú s
i
«No hay otro nombre debajo del
cielo dado á los hombres en que podamos ser salvos».—Hech. iv. 12.
mftN
n o m b r e existe que escuchar me a g r a d a ,
Y h a b l a r me place del valor que encierra;
No h a y otro n o m b r e que en d u l z u r a iguale
Sobre la t i e r r a .
El testifica del amor sublime
Del q u e muriendo libertad me ha d a d o ,
Siendo su s a n g r e redención perfecta
Por el p e c a d o .
Que h a y un a m a n t e corazón, me dice,
Que sentir p u e d e mi dolor profundo;
Cual él quien logre compartir mis p e n a s
No h a y en el m u n d o .
El regocija mi doliente pecho,
Él de mis ojos desvanece el llanto,
Y dice al alma que confíe siempre
L i b r e de espanto.
— 54 —
¡JESÚS el n o m b r e q u e e s c u c h a r m e a g r a d a !
¿Cuál d e los s a n t o s , el v a l o r q u e e n c i e r r a
N o m b r e tan d u l c e , referir p o d r í a
Sobre la tierra?
1
Los pensamientos de este himno, menos los de la estrofa cus
tomados del inglés There is o Ñame I love lo 7 i e a r , de Frederick Whi
1
El Uombve
de Jescts
II
«Un nombre que es sobre todo nombre.»— Filip. ii. 9.
R e c r e a el a l m a mía,
Y suena en mis oídos
Cual célica armonía.
Con tal vigor quisiera
Poderlo p r o c l a m a r ,
Que todo el universo
Lo o y e r a resonar.
Riquezas mi deseo
F u e r a de ti no alcanza;
T ú solo m i delicia,
T ú solo mi esperanza.
Las j o y a s t a n b u s c a d a s
Con a n s i e d a d febril,
A ti son dijes vanos,
Y el oro polvo vil.
Cuanto de bello y g r a n d e
Codicia mi deseo,
En tu b o n d a d divina
De sobra lo poseo;
i — 56 —
N i es t a n c a r a á m i s ojos
D e l sol la c l a r i d a d ,
N i al c o r a z ó n t a n d u l c e
La sincera amistad.
Tu gracia bienhechora
Hizo en mi pecho estancia,
Y e n él c o p i o s a m e n t e
Esparce su fragancia;
El b á l s a m o m á s n o b l e
A todo su dolor,
Y á todos s u s c u i d a d o s
El c o r d i a l mejor.
Las glorias de tu nombre
P r o c l a m a r é contento,
M i e n t r a s el s u e l o h a b i t e
Y e n el p o s t r e r a l i e n t o .
Entonces en tus brazos
T e n d r é vida eternal,
Pues eres de la muerte
Antídoto inmortal
Traducción del latín.
El fíombpe
de Jesús
ni
«Óleo derramado es tu nombre.» —
Cania?". 1. 3.
^ ' I t u Á N d u l c e el N o m b r e d e J e s ú s
E s p a r a el h o m b r e fiel!
Consuelo, p a z , v i g o r , s a l u d ,
H a l l a el c r e y e n t e e n é l .
'££¿5
Al pecho herido fuerzas da,
T c a l m a al c o r a z ó n ;
Al a l m a hambrienta es cual m a n á ,
Y a l i v i a s u aflicción.
T a n d u l c e n o m b r e es p a r a m í
D e dones plenitud,
Raudal que nunca exhausto vi
D e gracia y de salud.
J e s ú s , m i a m i g o y mi s o s t é n
Mi R e y y S a l v a d o r ,
Mi v i d a y luz, m i e t e r n o b i e n ,
A c e p t a mi loor.
— 58
-
E s pobre ahora ini c a n t a r ,
Mas cuando en gloria esté
Y allí te p u e d a contemplar,
Mejor te a l a b a r é .
E n t a n t o d a m e que t u amor
P r o c l a m e sin cesar,
Y torne en gozo mi dolor
T u n o m b r e , al e x p i r a r
• Traducción condensada del inglés How sweel the ñame o f Jesús souiuls,
de John Newton.
Sabiendo al Templo
cf/^'AMINA el sol á su ocaso,
'•2)! Y sus r a y o s postrimeros
De Sión besan las c u m b r e s
Y las m u r a l l a s del Templo.
No está la ciudad tranquila;
Rumores de e x t r a ñ o evento
Circulan por todas p a r t e s ,
G r a n conmoción produciendo.
En el hogar y en la plaza,
E n público y en secreto,
Las p a l a b r a s se c o m e n t a n
De unos magos extranjeros,
Que h a n llegado p r e g u n t a n d o ,
Cual si fuera u n hecho cierto,
Dónde está el R e y que h a nacido,
P a r a d a r l e acatamiento.
Y el pueblo altivo q u e sufre
De César el y u g o férreo,
Desenlace espera ó teme,
O r a fausto, ora funesto.
*
— 60
-
Preocupada su mente
P o r tal a c o n t e c i m i e n t o ,
U n piadoso Israelita
H a c i a el Moría v a s u b i e n d o ;
Y e n pos d e él, con p a s o g r a v e
Y en santa atmósfera envuelto,
S u b e t a m b i é n en la m i s m a
Dirección un Fariseo.
El d í a e s t á d e c l i n a n d o ,
Y h a d e o f r e c e r s e e n el T e m p l o
D e l a t a r d e el Sacrificio
P o r los p e c a d o s del p u e b l o ;
Y a l l á v a n , el u n o a n s i a n d o
H u m i l l a r s e a n t e el E t e r n o ,
Y el otro p o r q u e d e s e a
Mostrar al m u n d o s u c e l o .
S u p a s o e s f u e r z a el s e g u n d o
H a s t a a l c a n z a r al p r i m e r o ,
Y de plática ganoso,
L a i n t r o d u c e en estos t é r m i n o s :
— J a c o b , Adonai te g u a r d e .
— P a z s e a á ti, M a r d o q u e o .
— ¿ A la Casa del B e n d i t o
Te encaminas?
—Como suelo
Subir allá cada tarde,
V o y ahora.
—¡Buen ejemplo!
— T a l v e z ; m a s de m i s a c c i o n e s
N o es e s e el móvil p r i m e r o .
A c u d i r al S a n t u a r i o
— 61 —
P a r a a d o r a r al E x c e l s o
Y elevarle nuestras preces,
Siempre es grato privilegio;
P e r o en c i e r t a s o c a s i o n e s
Es un deber...
— S e g ú n eso,
¿ T a m b i é n a ti la n o t i c i a
Llegó, y te produce miedo?
— L l e g ó ; y n o s é con c e r t e z a
Si t e m o r ó g o z o s i e n t o ,
Pues entrambos se confunden
Y batallan en mi pecho.
— N o opino q u e p a r a t a n t o
E x i s t a m o t i v o serio,
N i es j u s t o q u e nos i n q u i e t e n
A l a r m a s de un v u l g o necio.
— ¿ A l a r m a s del v u l g o , d i c e s ?
N o es el v u l g o , e s todo el p u e b l o :
Niños, jóvenes y ancianos,
Sabios, nobles y plebeyos.
T o d o s p r e v é n el a l c a n c e
Q u e t e n e r p u e d e el s u c e s o ;
Y sin paz están las a l m a s ,
Y la ciudad sin sosiego.
—Jacob, no te preocupes...
D e s p u é s d e todo, ¿ q u é e s ello?
Que han venido unos gentiles,
De nuestras cosas ajenos,
Preguntas impertinentes
Acerca de un rey haciendo,
Q u e en s u s m e n t e s h a n f o r j a d o . . — P e r o ¿su e s t r e l l a n o v i e r o n
— 62 —
A l l á e n Oriente?
—Eso dicen
Con g r a n d e c o n v e n c i m i e n t o ;
Mas s o n g e n t i l e s y m a g o s ,
Q u e e n los astros v e n a g ü e r o s ,
Y á nosotros no e s p o s i b l e
Á sus visiones dar crédito.
Si el t i e m p o f u e r a l l e g a d o
Del Mesías...
—Mardoqueo,
T u s palabras no disipan
L a agitación de mi pecho.
Esos gentiles anuncian,
E n tono firme y r e s u e l t o ,
Que nos ha nacido un R e y ,
Que su estrella conocieron,
Y que á rendirle homenaje
A c u d e n d e s d e t a n lejos.
¿ Q u é ilusión p u e d e e n g a ñ a r l o s ?
G e n t i l e s s o n , n o lo n i e g o ;
Mas ¿no p u e d e r e v e l a r s e
A d o n a i t a m b i é n á ellos?
C u a l otros m u c h o s , y o opino
Q u e e s t á y a p r ó x i m o el r e i n o
Del Mesías. Tal vez quiere
D a r n o s e s t e a v i s o el cielo
Por un extraño conducto,
Al v e r que impresión no h a n hecho
La mudez de Zacarías
Y de Hebrón los santos ecos.
Mas di: ¿ p a r t i c i p a H e r o d e s
Del común desasosiego?
— 63 —
P o r q u e diz q u e en el palacio
E n t r a r o n los forasteros,
Y horas hace que allí están
Sin saberse con qué objeto;
Y a u n algunos a s e g u r a n
Que no todo es calma d e n t r o ,
P o r q u e salen emisarios
Que r e g r e s a n al momento,
Y a c u d e n otras personas
Con p r e m u r a y con misterio.
¿No sabes algo tú? Dime...
— ¡Bendito Adonai! ¡cuan presto
Se crea la gente a l a r m a s
Con su i g n o r a n t e criterio!
J a c o b , la razón de Estado
Es razón de mucho peso;
Y p a r a u n r e y , á quien dicen
Que le ha nacido u n r e y nuevo,
I m p o r t a inquirir si tiene
La noticia origen cierto.
A más, Herodes piadoso
Nos ha r e s t a u r a d o el Templo,
Dedicando así al Muy Alto
Sus tesoros y desvelos;
Y si en sus días se cumplen
(Suposición q u e no creo)
L a s predicciones a n t i g u a s ,
Y de David viene el reino,
Por honra t e n d r á sin d u d a
Ofrecer acatamiento
Al santo Rey, y á sus plantas
Deponer corona y- cetro.
•
— 64 —
Tan poderosas razones
A c o n v o c a r le m o v i e r o n
El S a n e d r í n ; y en p a l a c i o ,
Con los a n c i a n o s del p u e b l o ,
Los sacerdotes y escribas
Se han juntado: y o uno de ellos.
Su emoción asaz profunda
Con d i s i m u l o e n c u b r i e n d o ,
«¿Dónde h a d e n a c e r el Cristo?»
Nos preguntó. Y con respeto,
«En B e t l e h e m d e J u d e a » ,
Contestamos; «que dispuesto
Lo tiene Elohím por boca
D e M i q u é a s s u fiel s i e r v o » .
« E s t á b i e n : p o d é i s partir»,
Dijo. Y el a l c á z a r r e g i o
Abandonamos gozosos
P o r v e r d e H e r o d e s el c e l o .
— ¿Y n a d a m á s h a ocurrido?
— N a d a m á s en el S i n e d r i o ;
Pero ciertas presunciones
Se abrigan, de que m u y luego
C o n v o q u e el r e y á los m a g o s ,
P a r a s a b e r en q u é t i e m p o
V i e r o n l a e s t r e l l a , y tal v e z
Con r e s e r v a y en s i l e n c i o
A B e t l e h e m los dirija,
Dándoles encargo y ruego
D e q u e solícitos b u s q u e n
D e l i n f a n t e el p a r a d e r o ,
Y traigan nuevas.
—Y encargo
De esa importancia, ¿á u n hebreo
No p u e d e dai'se, y se e n t r e g a
Sólo á ignotos extranjeros?
— J a c o b , la razón de estado
Es razón de mucho peso;
Y m á s que opiniones n u e s t r a s
Sabio es del r e y el consejo.
— ¡Ay! amigo, tus p a l a b r a s
H a n a g r a v a d o en mi pecho
Las a n g u s t i a s que sentía:
Más que antes ahora temo.
El c a r á c t e r irascible
De Herodes bien conocemos;
Y s a n g r e , llanto y desdichas
En lontananza p r e v e o .
¡Ay de J u d á confiado!
¡Ay de Sión! ¡Ay del Templo!
—¿Qué temes? I n q u e b r a n t a b l e
¿No es de Sión el cimiento?
¿No habita en su s a n t a Casa
Y la defiende el Excelso?
— V a n a fue tal confianza,
Cuando el r e y de los Caldeos
Puso la Casa en r u i n a s ,
Y nos llevó en cautiverio.
V a n a también será ahora;
Que es g r a n d e el pecado nuestro.
—No, J a c o b , que aún h a y santos
En J u d á ; y sus g r a n d e s méritos
P a r a impedir las desdichas
H a r á n fuerza al mismo cielo...
Mas henos aquí á las p u e r t a s ;
-
66
-
Confiados penetremos:
Yo voy á elevar mis manos
En presencia del Eterno.
—¡Los méritos de los hombres!
Maldito el que fía en ellos;
Pues son trapos de inmundicia
Que no caben en los cielos.
*
* *
Estas p a l a b r a s no oyó
El hinchado Fariseo,
Que p e n e t r a b a en los atrios
En s a n t a atmósfera envuelto.
^Resonaban las trompetas,
Del Salmo se oía el eco,
Y al humo del Sacrificio
Se u n í a n u b e de incienso.
El sol h a b í a a p a g a d o
Ya sus últimos destellos,
Cuando J a c o b , pensativo,
Su rostro hacia el Sud volviendo,
En dirección de Betlem
Divisa e x t r a ñ o lucero...
¿Será la estrella que guía
A los magos extranjeros?
El corazón le da un brinco,
Y el alma un ¡ay! lastimero.
E n t r a en la divina Casa,
Póstrase humilde en el suelo,
Y así compungido r u e g a :
«¡Adonai, en.iras lento!
P e r d o n a nuestros pecados,
- 6 7
—
A p i á d a t e de tu pueblo;
Haz que tus fieles promesas
T e n g a n pronto cumplimiento,
Y- envíanos bondadoso
T u salvación y t u reino».
Y entretanto las trompetas
Sonaban con dulces ecos,
Y a s c e n d í a á las a l t u r a s
N u b e de oloroso incienso.
lias ofrendas de los fDagos
«Le ofrecieron dones: oro é incienso
y mirra».—Mateo, 11. 11.
E e n t r e las ciudades todas
L a m á s noble es Betlehem,
P u e s de ella salió el Caudillo
Que gobierna á I s r a e l .
L ú c i d a estrella en Oriente
Da á la t i e r r a el p a r a b i é n ,
Y publica q u e h u m a n a d o
Ya su Dios se deja ver.
A s u c u n a v a n los Magos
Eicos dones á ofrecer;
Camino y dones q u e p r u e b a n
Reconocimiento y fe.
El incienso á Dios proclama,
El oro se ofrece al R e y ,
Y la m i r r a indica al H o m b r e
Que h a venido á p a d e c e r .
— 69 — •
¡Oh J e s ú s , mi Dios, mi h e r m a n o ,
Mi soberano, m i bien!
A u n q u e pobres, y o mis dones
Quiero ofrecerte á mi vez.
Mi corazón te dedico,
L a p r e n d a de más valer;
De mi oración el p e r f u m e ,
Mis sufrimientos t a m b i é n .
T en la v i d a y en la m u e r t e
Todo t u y o quiero ser;
P u e s tú reinas con el P a d r e
Y el E s p i r i t a . A m é n ' .
primeras estrofas son traducción libre del himno O sola maglúe se halla en el Breviario Romano, para el Oficio de Laudes
LAB otras tres estrofas son originales.
«El rey Herodes se turbó '.—Mateo, ir. 3.
ET Herodes, r e y Herodes,
No te turbes ni enfurezcas,
Que las n u e v a s no son m a l a s ,
No son rúalas, sino b u e n a s .
No quiere reinos mezquinos,
Ni quita coronas h u e r a s ,
Quien d a reinos p e r d u r a b l e s
Y celestiales d i a d e m a s .
R e y Herodes, r e y Herodes,
Los Magos y a ven la estrella;
Con tal g u í a v a n seguros,
V a n seguros y no á tientas.
Pero tú, que negros planes
En tu corazón p r o y e c t a s ,
Sin brújula p e r m a n e c e s
En la oscuridad más densa.
R e y Herodes, r e y Herodes,
A Betlem y a alegres llegan,
Y al Mesías h a n hallado,
H a n hallado y le v e n e r a n .
— 71 —
Al Deseado del mundo
A buscar vienen de fuera;
T ú , que estás dentro de casa,
Ni le buscas ni le aprecias.
R e y Herodes, r e y Herodes,
Ya han abierto sus maletas,
Y le b r i n d a n sus tesoros,
Sus tesoros como ofrendas.
T ú , de tu ambición esclavo,
De feroces ansias presa,
No le ofreces, miserable,
Sino intenciones siniestras.
R e y Herodes, r e y Herodes,
Ya los camellos a p r e s t a n ,
Y contentos se e n c a m i n a n ,
Se e n c a m i n a n á su t i e r r a .
En vano estás a g u a r d a n d o ,
T u s planes frustrados quedan;
No volverán á avisarte
Los que rápidos se alejan.
R e y Herodes, r e y Herodes,
Ya h a n salido de J u d e a ,
.
Llevando g r a c i a en sus almas,
En sus almas luz excelsa.
Y tú, necio, te revuelves
E n las d u d a s q u e t e cercan...
Sábelo y a : cetro h u m a n o
Es contra el cielo impotencia.
— 72 —
R e y Herodes, rey Herodes,
¿Qué v a s á h a c e r ? ¿en q u é p i e n s a s ?
D e t e n , d e t e n ]a c u c h i l l a ,
L a c u c h i l l a . . . ¡Qué d e m e n c i a !
A Betlem y sus contornos
Con s a n g r e i n o c e n t e r i e g a s . . .
R a q u e l l l o r a por s u s h i j o s . . .
¡Maldito, m a l d i t o s e a s !
R e y Herodes, rey Herodes,
J e s ú s salvó la frontera...
T u s v i c t i m a s á los cielos,
A los c i e l o s r a u d a s v u e l a n .
P e r o á ti, i n m u n d o s g u s a n o s
T e roen hasta que mueras;
Y t u n o m b r e irá á la H i s t o r i a
P a r a e x e c r a c i ó n eterna.
Epifanía
«Que el día esclarezca, y el lucero
de la mañana salga en vuestros corazones..—2. Pedro, i.19.
a
UEBLOS y gentes
Vivís ansiosos
Venid, gozadla; que
La ofrece á todos en
q u e en m o r a d a o s c u r a
de esplendente luz:
abundante y pura
su amor J e s ú s .
Su estrella u n día apareció en Oriente,
Magos d e Persia fulgurar la ven;
Caminan, buscan con afán creciente,
T al Deseado les mostró Betlén.
Su excelso origen el Bautista dijo,
Cuando al Cordero celestial mostró;
La voz del P a d r e proclamando al Hijo
En las r i b e r a s del J o r d á n se oyó.
¡Humano ejemplo de su amor divino!
H a y u n a s bodas y el Maestro v a :
A g u a en las nidrias se convierte en vino,
Y su potencia atestiguó Cana.
Pueblos y gentes, el Señor os llama
Y a m a n t e os b r i n d a la eternal salud;
Sol de justicia su esplendor d e r r a m a :
Gozad alegres su eñcaz virtud.
Presentación de Jesús
en el Templo
«Vendrá á su templo el Señor á quien
vosotros bascáis».—Mal. n i . 1.
LEGUE a b r e t u s p u e r t a s ,
Sión, de par en par;
Q u e v i e n e q u i e n tu r e c i n t o
D e gloria ha de llenar.
El N i ñ o q u e en tus atrios
Humilde y pobre ves
En brazos de humana madre,
S e ñ o r del T e m p l o e s .
Dos tórtolas ofrece,
N o trae ostentación;
Mas s a b e su nobíe alcurnia
El v i e j o S i m e ó n .
E l e s el D e s e a d o
Mesías, Emanuel,
L a luz que v e r á n las g e n t e s ,
L a g l o r i a de I s r a e l .
Sión, bendice alegre
El n o m b r e d e l S e ñ o r ,
Y a d o r a c o n fe r e n d i d a
Al R e y tu Salvador.
Cántico de Simeón
Lucas, I I . 29 á 32.
HORA y a , S e ñ o r , e n p a z d e s p i d e s
A t u s i e r v o , c o n f o r m e á tu p a l a b r a ;
P o r q u e t u s a l v a c i ó n v i e r o n m i s ojos,
Y tengo y a cumplida mi esperanza:
S a l v a c i ó n q u e e n p r e s e n c i a d e los p u e b l o s
T i e n e s por t u b o n d a d a p a r e j a d a ;
L u z q u e h a de r e v e l a r s e á los g e n t i l e s ;
D e tu pueblo Israel gloria preclara.
Dios h u m a n a d o
«Dios ha sido manifestado en carne».— 1.* Tim. n i . 16.
Celebrando en armónicos modos
Las eternas bondades de Dios:
No h a y a lengua que calle en el cielo
L a s eternas bondades d e Dios.
N u e s t r a s voces t a m b i é n á los cantos
Con q u e el cielo r e s u e n a , a g r e g u e m o s ,
Y en festivo c a n t a r alabemos
L a s mercedes y amor de J e s ú s :
Esto sólo d i r á n nuestros cantos,
L a s mercedes y amor de J e s ú s .
P o r la fe p a t r i a r c a s le vieron,
Le c a n t a r o n antiguos poetas,
Le a n u n c i a r o n los santos profetas,
Recibiendo promesa de Dios:
Solo así los antiguos le vieron,
Recibiendo promesa d e Dios.
— 77 —
Mas nosotros loamos los hechos
Que a d m i r a r o n contrarios y amigos;
Unos y otros h a n sido testigos,
Que Dios vino y enseña al mortal:
Nadie puede n e g a r estos hechos,
Que Dios vino y enseña al mortal.
Alpha y Omega tiene por nombre,
El Principio y el Fin, increado,
Ab ceterno del P a d r e e n g e n d r a d o ,
Sola fuente de toda creación:
T i e r r a y cielos proclaman su n o m b r e ,
Sola fuente d e toda creación.
Cuerpo frágil y miembros mortales
F u e r o n de él por amor asumidos,
P a r a alzar á los hombres caídos
Que al a v e r n o consigna la L e y :
De este modo salvó á los mortales
Que al a v e r n o consigna la L e y .
Tr*ansfigafíaeióft
• T se transfiguró delante de ellos».—
Mat.
XVII. 2.
N majestad terrible
Q u e e s t r e m e c i ó el S i n á ,
E n m e d i o d e l l a m a 3^ t r u e n o s
Mostróse J e h o v á h .
De gloria revestido
S o b r e el T a b o r , e n l u z ,
Esencia de la hermosura
Resplandeció Jesús.
A n t e él p a l i d e c i e r o n
E s t r e l l a s , l u n a y sol;
Q u e t o d a la luz c r e a d a
N o es m á s q u e s u a r r e b o l .
A l l í Moisés y E l i a s
Hablar pueden con él,
Y así dan su testimonio
Al S a n t o d e I s r a e l .
Y al P a d r e d e s d e el c i e l o
L e a g r a d a proferir
S u v o z , p r o c l a m a n d o al H i j o ,
Al cual n o s m a n d a oir.
Bethesda
N Salem, la ciudad s a n t a
<^v De los Reyes y Profetas,
Donde tiene Dios su T e m p l o
Que es la gloria de la t i e r r a ,
H a y u n a doble piscina
Que el pueblo llama Bethesda ,
(Casa de Misericordia,
Si la p a l a b r a interpretas);
P o r q u e h a y v i r t u d en sus a g u a s ,
Que al enfermo salud p r e s t a n .
Con cinco espaciosos arcos
Un pórtico la rodea,
Do y a c e n muchos dolientes
De enfermedades d i v e r s a s ,
Cojos, mancos, sordos, ciegos,
Paralíticos, et ccetera,
Que el movimiento del a g u a
Con afán creciente e s p e r a n ;
P u e s u n ángel de los cielos,
Mensajero de clemencia,
Baja invisible y a g i t a
Las ondas, y quien en ellas
E n t r a el p r i m e r o , recobra
Al punto salud perfecta.
— 80 - r
No h a y l u g a r alguno donde
Mayor contraste se ofrezca,
E n t r e la p i e d a d d i v i n a
Que, sin hacer diferencia
De personas, á r a u d a l e s
Sus beneficios dispensa,
Y el egoísmo del hombre
Que á sí solo se contempla,
Y el bien p a r a sí p r o c u r a
Y al prójimo auxilio n i e g a ,
E s c u d a d o en lo que llama
«La lucha por la existencia».
Vedlo a h í . Bajo los arcos
Muchos enfermos se e n c u e n t r a n ;
El remedio es infalible,
L a oportunidad se a c e r c a .
Todos impacientes m i r a n . . .
El a g u a á rizarse empieza,
Se agita, y a bulle... ¡Ahora!!
P o r c a u s a de su cojera
No p u e d e llegar el cojo...
Un manco el primero llega:
Sumérgese, y q u e d a sano;
Sale, y . . . contento se aleja.
¿Qué importa que detrás q u e d e n
Otros? ¡Que t e n g a n paciencia!
L a t e n d r á n ! . . . Viene otro d í a ,
Y se repite la escena:
No h a y ahora manco ó sordo
Que lleven la d e l a n t e r a ,
Y el cojo a c e r c a r s e p u e d e
Sin que nadie le a n t e c e d a . . .
-
81
-
Ya está sano. Pues ¡á casa!
Y aquel tullido que anhela
Cariñoso ajeno auxilio,
Que a g u a r d e y t e n g a paciencia.
Y así, un día y otro día
La historia a n t i g u a r e n u e v a n :
S a n a n los menos enfermos,
Los que m á s vigor c o n s e r v a n ,
Y satisfechos se m a r c h a n ,
Y de volver no se a c u e r d a n
P a r a d a r h u m a n o auxilio
Al que carece de fuerzas.
Y el desvalido y postrado
Ve con a m a r g a tristeza
Que t r a s c u r r e n d í a s , meses,
Y aun años, sin que le atienda
Ninguno de los que s a n a n ;
Cuando tan fácil les fuera
T e n d e r compasiva mano
Y a y u d a r l e en su impotencia.
T a l ' e s la piedad h u m a n a
Que en la p r á c t i c a reveja
Un pueblo, que infatuado
De servir á Dios se precia,
Y por los actos del culto
Piadoso se considera.
*
* *
P e r o existe en aquel pueblo
Un hombre que en sí atesora
Veneros inagotables
De rica misericordia.
6
— 82
Él e s p a r c e á m a n o s l l e n a s
B i e n e s mil á t o d a s h o r a s ,
Y á todo afligido l i b r a
D e la p e n a q u e le a g o b i a .
A s u p r e s e n c i a los c i e g o s
V e n disipadas sus sombras,
L o s p o s t r a d o s d e la fiebre
S a n o s el l e c h o a b a n d o n a n ,
Los paralíticos andan,
Los sordos de oído g o z a n ,
Y la infeliz m a d r e v i u d a
A l hijo m u e r t o r e c o b r a .
Y n o h a y c i u d a d , no h a y a l d e a
Que su fama no recorra,
E n a l a s del e n t u s i a s m o
Que han despertado sus obras.
E s u n a fiesta j u d a i c a ,
S o l e m n i d a d d e g r a n nota,
Y á Jerusalem acuden
L o s q u e á D i o s q u i e r e n dar h o n r a .
T a m b i é n ha peregrinado,
De Galilea remota,
El v a r ó n e s c l a r e c i d o
C u y a f a m a e s tan notoria;
Y u n S a b á t h por
Antes que llegue
Del Sacrificio en
D e santa piedad
la m a ñ a n a ,
la hora
el T e m p l o ,
rebosa
Y á la puerta se e n c a m i n a
Q u e «del G a n a d o » s e n o m b r a ,
J u n t o á la c u a l es B e t h e s d a ,
La piscina milagrosa.
— 83
-
H a y allí u n d e s v e n t u r a d o
P a r a l i t i c o . S u historia,
M u y l a r g a en p a d e c i m i e n t o s ,
E s e n p a l a b r a s m u y corta:
¿Hace treinta y ocho años
Q u e en triste lecho reposa!
Y en intervalo tan grande
N o ha p o d i d o h a l l a r p e r s o n a
Q u e le baje á la p i s c i n a ,
C u a n d o el a g u a s e a l b o r o t a .
¡Infeliz! ¡ T a n t o h a sufrido,
Y t a n l a r g o m a l soporta,
P o r falta d e a m o r en otros!
Pero ¡venturoso ahora!
Que, s e a c e r c a el h o m b r e a m i g o ,
A c u y a presencia todas
Las dolencias desparecen
D e l q u e sufre y del q u e llora.
Con p a s o g r a v e , y a l z a n d o
S u frente majestuosa,
E n el pórtico p e n e t r a ;
Por breve momento explora
Lo q u e o c u r r e ; d e s u s ojos
R e l á m p a g o s de a m o r b r o t a n ;
D i r í g e s e al p o b r e e n f e r m o ,
Y con voz consoladora
L e d i c e : ¿Quieres ser s a n o ?
— S e ñ o r , no a n s i o otra c o s a .
M a s ¡triste d e m í ! no t e n g o
H o m b r e a l g u n o , q u e ine coja
Y á la p i s c i n a m e baje
Cuando se agitan sus ondas;
— 84 —
Y aunque arrastrarme procuro,
Pronto mis fuerzas se agotan,
Y s i e m p r e . a l g ú n otro e n f e r m o ,
Más d i c h o s o q u e y o , l o g r a
L l e g a r a n t e s á las a g u a s .
— L e v á n t a t e , el l e c h o t o m a ,
Y anda.
T a l d i c e , y el e c o
D e esta palabra imperiosa
L a parálisis ahuyenta:
V i g o r el e n f e r m o c o b r a ,
Siéntese sano, se yergue,
S o b r e la e s p a l d a c o l o c a
S u mísero lecho, y marcha.
Y evitando humana gloria,
S e a u s e n t a el v a r ó n p r e c l a r o
Que mostró misericordia,
Mientras las g e n t e s que han visto
T a l maravilla, se asombran,
Y lo o c u r r i d o c o m e n t a n
Por tan gran prodigio absortas.
* *
L l e v a n d o el j e r g ó n á c u e s t a s
Alegi e va su camino,
El que enfermo poco antes
L a salud ha recibido.
¿Y á d ó n d e v a ? N o lo s a b e ,
C a m i n a sin r u m b o fijo;
Tal v e z no tiene parientes,
T a l v e z ni a u n t i e n e a m i g o s
Q u e en s u c a s a le c o b i j e n .
-
— 85
-
Antes, solo y desvalido,
Sano^ahora y también solo,
Viejo y pobre,... su destino
No es en v e r d a d lisonjero.
T a l v a pensando en sí mismo,
Cuando a p r e s u r a d o s vienen
A su encuentro unos J u d í o s
(De los que el camello t r a g a n ,
Y antes cuelan el mosquito),
Que heridos por el escándalo,
De santo celo movidos,
Con áspera voz le dicen:
¡Es Sabáth, y no te es licito
L l e v a r tu c a m a !
—Conozco
La razón de vuestro aviso;
Pero aquel que me ha s a n a d o
Con su palabra, él me dijo:
C a r g a con tu lecho, y a n d a .
—¿Y quién es el que lo ha dicho,
Q u e b r a n t a n d o así el reposo
Que Adonai ha establecido?
¿Quién es?
—Lo ignoro... Marchóse
Después de o b r a r el prodigio:
P e r o sin d u d a es profeta,
Y a u n más que profeta, opino;
P o r q u e su poder es g r a n d e ,
Cual n u n c a en J u d e a vimos.
E l mandó; quedé sanado,
Y su orden cumplo sumiso.
Mudos q u e d a n los zelotes
— 86 —
S i n r e p l i c a r lo m á s m í n i m o , .
Y el p o b r e s i g u e su m a r c h a
H a b l a n d o á solas c o n s i g o :
¿Por q u é no h a b r é p r e g u n t a d o S u n o m b r e ? ¡Triste d e s c u i d o !
N o p e n s é en.el b i e n h e c h o r ;
Me e m b a r g a b a el r e g o c i j o . . .
Mas r e c u e r d o s u s e m b l a n t e ,
Su porte noble y benigno,
D e s u v o z p o t e n t e el e c o ,
D e s u s m i r a d a s el brillo;
Y si le e n c u e n t r o , s i n d u d a
R e c o n o c e r é al a m i g o . . .
¿ P e r o p o d r é ser i n g r a t o
A Dios que envióme auxilio?
H o y es S a b á t h ; a u n e s t i e m p o
D e asistir al Sacrificio:
I r é á Sión á a d o r a r t e ,
D i o s d e m i s p a d r e s , Dios m í o .
Asi razonando, a v a n z a
Con ánimo decidido;
D e la santa ciudad sale,
Y a l l á e n a p a r t a d o sitio
Deja su cania. Regresa,
S u b e al T e m p l o : los oficios
D u r a n a ú n . D e rodillas
S e p o s t r a , y al D i o s b e n d i t o
A d o r a con t o d a el a l m a ,
P o r q u e le fué tan propicio.
Y n u n c a el s a g r a d o T e m p l o
T a n b e l l o le lia p a r e c i d o ,
T a n f e r v i e n t e s los L e v i t a s ,
— 87 —
T a n puro el c u l t o d i v i n o ,
T a n oloroso el i n c i e n s o ,
T a n a r m ó n i c o el s o n i d o
De címbalos y trompetas,
T a n dulces salmos é himnos,
Ni t a n s a n t o y g r a n d e el n o m b r e
D e A d o n a i el D i o s A l t í s i m o ,
Como a h o r a q u e , t r a s a ñ o s
D e l a r g a a u s e n c i a , ha p o d i d o
V o l v e r á la s a n t a C a s a ,
Como al p a d r e v u e l v e u n hijo.
*
* *
T e r m i n a d o el s a c r o c u l t o ,
La multitud va saliendo,
Y el p o b r e r e c i é n c u r a d o
S a l e t a m b i é n e n t r e el p u e b l o
S i n n o t a r q u e a i g u i e n le m i r a ,
C u a n d o e n el atrio d e l T e m p l o
O y e u n a v o z q u e le d i c e :
H e aquí, estuviste enfermo
Y la s a l u d s e te ha d a d o ;
N o q u e b r a n t e s los p r e c e p t o s ,
N o sea que te acontezca
Algo peor.
Al m o m e n t o
Sorprendido reconoce
D e la g r a t a voz el e c o ;
V u é l v e s e , m i r a , y s u s ojos
D i s t i n g u e n al h o m b r e e x c e l s o
Q u e le s a n ó . Q u i e r e e c h a r s e
A s u s p l a n t a s . . . Y a no e s t i e m p o ;
— 88
-
Qué el varón se h a confundido
E n t r e la gente, y v a lejos.
P e r o él g r i t a : ¡Me ha sanado!
¡Me h a sanado! ¡Sólo el cielo
T a l potestad pudo d a r l e !
Decidme su n o m b r e : quiero
Saberlo y clamarlo á voces.
—Es J e s ú s ; es el Maestro
De Nazareth—le replica
Un tal Simón, galileo.
Y el pobre sale clamando:
¡Es J e s ú s ! ¡es el maestro
De Nazareth!... Y desciende
De Sión, y á voz en cuello
Sigue clamando: ¡Es J e s ú s
De Nazareth, el Maestro,
Quien me ha sanado en Bethesda!
Sabedlo todos, sabedlo:
i Es J e s ú s de N a z a r e t h !
¡Es J e s ú s ! . . .
Tales acentos
Repetidos por doquiera,
L l e g a n á oídos de aquellos
Q u e en la m a ñ a n a le hallaron
L l e v a n d o á cuestas el lecho.
Al t r a n s g r e s o r y a conocen,
S a b e n quién es el protervo
Que contra Moisés enseña:
Conviene hacer u n ejemplo
Q u e á los transgresores sirva
De saludable escarmiento.
Y^enojados se reúnen
— 89 —
Los zelotes fariseos,
L o s q u e c u e l a n el m o s q u i t o
P e r o e n g u l l e n el c a m e l l o ,
L o s q u e por f u e r a s o n s a n t o s
Y e s t á n p o d r i d o s por d e n t r o ,
Y en conciliábulo acuerdan
Que perezca aquel Maestro,
Q u e i m p í o el S a b á t h q u e b r a n t a
S a n a n d o e n tal d í a e n f e r m o s .
J e s ú s , á quien no se ocultan
D e los h o m b r e s los s e c r e t o s ,
S a b e el a c u e r d o , y r e s p o n d e :
Mi P a d r e q u e e s t á e n los c i e l o s
O b r a h a s t a a h o r a , y y o obro.
Milagros m a y o r e s que éstos
V e r é i s : y o t e n g o la v i d a ,
Y d a r é v i d a á los m u e r t o s .
A l oir t a l e s p a l a b r a s
C r e c e el enojo e n s u s p e c h o s :
¡Ha llamado á Dios su padre! —
P r o r r u m p e n . — ¡ M u e r a el b l a s f e m o ! —
D e s c o n o c e n q u e ha l l e g a d o
L a p l e n i t u d d e los t i e m p o s ,
Q u e t i e n e n los v a t i c i n i o s
Ahora su cumplimiento,
Q u e los s í m b o l o s s e e c l i p s a n ,
Q u e la s a l u d y a e s u n h e c h o ;
Pues del P a d r e ha descendido
E n t r e los h o m b r e s el V e r b o .
D e este modo, en su c e g u e r a
V a n d e tropiezo e n t r o p i e z o ,
S o b r e sí el j u i c i o a t r a e n ,
-
90 —
Y pierden sus privilegios,
I g n o r a n d o q u e en el Cristo
S e h a n u n i d o en l a z o e s t r e c h o
Verdad y misericordia,
P a z , justicia, amor eterno.
D e h o y m á s , l l e g a r á n en v a n o
Cojos, t u l l i d o s y c i e g o s
A las aguas: ningún ángel
Les prestará movimiento.
Sólo en J e s ú s hallar puede
S a l u d el h u m a n o g é n e r o :
Sólo el b e n d i t o M e s í a s
E s BETUICSDA v e r d a d e r o .
lia entrada en Jerusalem
«Decid á la hija de Sión: He aqui,
viene tu Salvador».—Isa. L X I I . 11.
KRÜSALEM, d e s p i e r t a y a ;
O y e d e h o s a n n a s el c l a m o r :
T u redención cercana está;
L a s p u e r t a s a b r e al S a l v a d o r .
M a n s o y h u m i l d e v i e n e á ti,
Sin mundanal ostentación,
Vastago regio de Isaí
Q u e h e r e d a el t r o n o d e S i ó n .
G r a t a r e c i b e al A d a l i d
Que pueblos viene á conquistar:
N u n c a t a l g l o r i a el r e y D a v i d
L o g r ó e n s u s triunfos a l c a n z a r .
I n m e n s o , e t e r n o es s u p o d e r ,
G r a n d e , sin l i m i t e s s u a m o r :
Sólo y muriendo ha de vencer,
S i n o t r a s a r m a s q u e el d o l o r .
Jerusalem, despierta y a ,
Q u e e s t e e s tu d í a d e s a l u d :
A r e d i m i r t e el Cristo v a ;
F i a e n su a m o r y e n s u v i r t u d .
El Liavatorúo
«Y comenzó á lavar los pies do los
discípulos».—Juan, x t u . 5.
ESÚS, M a e s t r o b u e n o ,
itej P e r f e c t a
caridad,
Que asumes nuestra carne
Velando tu Deidad!
¿No b a s t a q u e á l a t i e r r a
T e humilles á venir?
S e ñ o r d e todo s i e n d o ,
¿Desciendes á servir?
Abata nuestro orgullo
Lo humilde de tu acción,
Y enseñe á nuestras almas
Perfecta sumisión.
G u i a d o s por t u e j e m p l o
Mostremos caridad,
Y al p r ó j i m o s i r v a m o s
Con g o z o y h u m i l d a d .
Si l i m p i a s n u e s t r a s a l m a s
Y a f u e r o n , t ú lo v e s ;
P e r o e n la t i e r r a el p o l v o
Se pega á nuestros pies.
¡Oh! l á v a n o s d e n u e v o ;
Y aquí y en tu mansión
Contigo danos parte
En santa comunión.
R la Institución
de la Eucaristía
«Cristo, nuestra Pascua, fue sacrificado por nosotros; así que hagamos
fiesta..—1.
Cor. v. 7, 8.
a
LABA, Iglesia s a n t a ,
^¿3> Al Salvador con himnos d e alegría;
Regocíjate y c a n t a
A t u P a s t o r y Guía,
P o r el amor que te mostró este día.
Con gozo y voz sonora
L a s a n t a institución del Sacramento
A l a b a y conmemora;
Que en t a n dulce alimento
H a l l a n por fe las almas su sustento.
T u gratitud expresa
Al que con tal e x t r e m o nos h a a m a d o ;
Y en la s a g r a d a mesa,
E n místico legado
Su memorial de a m o r nos h a dejado.
Recuerda agradecida
Su expiatoria m u e r t e en el m a d e r o ;
Y así, h a s t a su venida,
Publica al mundo entero
El fuerte amor del celestial Cordero.
J e s ú s en Getsemani
«Se postró en tierra, y oró».
Mar. x i v . 35.
tr-OBRis el s u e l o p r o s t e r n a d o ,
En su espíritu angustiado
V e d al s a n t o R e d e n t o r .
N e g r a n o c h e le c i r c u n d a ,
L a tristeza su alma inunda,
Q u e el conflicto e s interior.
C e r c a d u e r m e n los a m i g o s ,
Y n i a y u d a ni t e s t i g o s
H a y en l u c h a t a n c r u e l .
Es perfecto, inmaculado;
Y a c o n g ó j a l e el p e c a d o
Que j a m á s cometió él.
¿No es p o s i b l e q u e d e l a r g o
P a s e cáliz tan amargo,
S i n b e b e r l e el S a l v a d o r ?
D e la c u l p a e s el t r i b u t o . . .
Y J e s ú s el s u s t i t u t o
Q u i e r e ser del p e c a d o r .
L a salud nos asegura
Ese cáliz de a m a r g u r a
<¡)ue b e b i ó e n G e t s e m a n i .
Hkz, Señor, que te adoremos,
Y perfecta coloquemos
N u e s t r a confianza e n ti.
üa maeffte del í^edentop
«El Justo por los injustos».—1
dro, t u . 18.
STALLEN e n t r e fúnebres gemidos
*i¿tv L a s a r p a s de Sión,
Y suspenda sus cantos escogidos
La estirpe de Aarón.
A p a g u e n el altar y el incensario
Los hijos de L e v í ,
Que al servicio asignó del S a n t u a r i o
El Dios de Sinaí.
Desprendidos efód y rica veste
Y descalzos los pies,
No p r e t e n d a cumplir el Sumo Preste.
•Lo que y a estéril es.
Que t r a s el velo no h a y Propiciatorio
Ni brilla el S h e k i n á h ,
Y de s a n g r e esparcida el ofertorio
No acepta J e h o v a h .
Ofrendas, sacrificios y holocaustos
Perdieron su v i r t u d ,
P u e s de los tiempos p a r a el hombre faustos
Llegó la plenitud.
Principia n u e v a era: Dios r e c h a z a
Las sombras de v e r d a d ,
Y á los antiguos- símbolos r e e m p l a z a
La a b i e r t a realidad.
•
'•
— 96 —
E l Gólgota, l u g a r triste y maldito
De a n g u s t i a y deshonor,
Do por ley condenado, su delito
E x p í a el malhechor;
El Gólgota, l u g a r p a t i b u l a r i o
Del cual h u y e la luz...
Ese es a h o r a el g r a n d e S a n t u a r i o ,
Y su a l t a r es la Cruz.
Sin ritos, sin l a v a c r o ni salterio,
Ni incienso ni oblación,
Allí se desarrolla el g r a n misterio
De n u e s t r a redención.
El J u s t o , el Sacerdote Soberano
De origen e t e r n a l ,
Despojado de gloria al ojo h u m a n o
Y en hábito mortal;
Oculto t r a s el velo de a g o n í a
Con honda humillación,
Do no a l c a n z a la miope valia
De la h u m a n a r a z ó n ;
P r e s é n t a s e dispuesto al sacrificio
Cual Víctima d e p a z ,
P a r a a p l a c a r á Dios, en beneficio
Del hombre contumaz.
Vedle allí, suspendido del m a d e r o
Como u n esclavo vil,
L l e v a n d o sobre sí del m u n d o entero
Las rebeliones mil.
— 97 —
Vedle allí, d e r r a m a n d o de sus venas
Purpurino raudal,
Ansioso de p u r g a r culpas ajenas
Con angustia infernal.
Vedle allí, concentrado en el abismo
De su insondable amor,
Ajeno de la plebe al fanatismo
Que r u g e en d e r r e d o r .
Vedle allí, d e m a c r a d o y a el semblante
Y próximo á morir,
L a n z a n d o al cielo el grito suplicante
De su a m a r g o g e m i r . . .
¡Qué! ¿Le a b a n d o n a Dios? ¿En su Hijo a m a d a
No se complace y a ?
El que era sus delicias, ¿se ha t r o c a d o
E n hombre vil quizá?
Calla, razón, y a d o r a ese misterio
Que tu poder no ve:
E n las cosas de Dios no h a y más criterio
Que u n a obediente fe.
T a l es la culpa, y tanto es g r a v e el peso
De loca rebelión,
Que h a s t a el cielo se ocupa en el proceso
De u n a r e p a r a c i ó n .
J e s ú s es inocente; no hubo e n g a ñ o
J a m á s ni culpa en él;
Haciendo siempre bienes, n u n c a daño, .
A n d u v o en Israel.
7
— 98 —
Dios lo sabe, y los Angeles tributo
Rinden á su virtud;
P e r o es del pecador el sustituto,
Culpable es su actitud.
Las sombras del pecado son pecado;
Ya el Cristo es ofensor:
A m a n d o , ajenas culpas se ha apropiado;
¿Será un crimen su amor?
¡Un crimen! ¡No, j a m á s ! Pero se ofrece
De libre v o l u n t a d
A sufrir el castigo que merece
Del hombre la m a l d a d .
Y la e t e r n a justicia allí condena
La culpa do la ve,
Con inflexible rectitud, serena,
A u n q u e en J e s ú s esté.
¡Ay! los Ángeles trémulos de espanto
Miran con estupor,
Y las sombras envuelven con su manto
L a escena del dolor.
El orbe en
Con l ú g u b r e
Que el Autor
Propincuo á
sus cimientos se estremece
crujir,
d e la vida es quien p a d e c e
sucumbir.
P a d e c e en alma y cuerpo: agonizante
Dobla la a u g u s t a sien;
Y la m u e r t e rodéale a n h e l a n t e
Con hórrido v a i v é n .
— 99
-
¡Qué a c e r b a es su agonía! ¡Cómo p u g n a
Doliente el corazón!
Heroico en el sufrir, aún r e p u g n a
•Consuelo en su aflicción.
Débil y fatigado en la contienda,
Le a b r a s a ardiente s e d . . .
.¿Aceptará benigno Dios la ofrenda?
.¿Al hombre h a r á merced?
¡Sublime y plena expiación! Propicio
L a acepta J e h o v á h .
De infinito valor el sacrificio
Ya consumado está.
Murió el J u s t o . Su espíritu h a volado
A la región de luz,
Y e x á n i m e su cuerpo t r a s p a s a d o
P e n d e a ú n de la Crnz.
Con los brazos abiertos su alianza
B r i n d a á la h u m a n i d a d ,
P r e n d a de puro amor y b i e n a n d a n z a ,
P e r d ó n y libertad.
F a l a n g e s inmortales, cese el duelo,
V u e s t r a s alas batid,
Y en hosannas que i n u n d e n t i e r r a y cielo
^Alegres p r o r r u m p i d .
Cantad él nuevo canto del Cordero
Que humilde se inmoló,
Y vertiendo su s a n g r e en el m a d e r o
Al m u n d o rescató.
— 100 —
Decid que el nuevo pacto está sellado
P a r a siempre u n a vez,
Que es el Dios soberano quien le ha d a d o
E t e r n a validez.
Así c a n t a n d o en armonioso coro
El triunfo celebrad,
Y al dulce son de v u e s t r a s liras de oro
Gloria al Mesías d a d .
El eco resonando en las alturas
Llene la creación,
Y al J u s t o aclamen todas las c r i a t u r a s
E n s a n t a adoración.
Las a r p a s de Sión mejor t e m p l a d a s
V u e l v a n á modular,
Y a c o m p a ñ e n antífonas s a g r a d a s
E n torno del a l t a r ;
Del a l t a r donde i r r a d i a n los albores
De esplendorosa luz,
Que esparce por la t i e r r a sus fulgores:
De la gloriosa Cruz.
El divino mensaje i n v a d a el m u n d o ,
Y anuncie al Salvador;
Y redimido por su amor profundo
Gócese el pecador.
De J e s ú s conocemos los arcanos,
La fe d a certitud:
Si en El pusimos todos n u e s t r a s manos,
Somos y a sus h e r m a n o s
Y h a y p a r a todos eternal salud.
R Cristo en la Craz
«.Tú fuiste inmolado, y nos has redimido para Dios con tu saugre».—
Apoc. V. 9.
PJEL madero T ú , amor mío,
P e n d e s p r ó x i m o á morir?
/
';
¿Y te m i r o y o , y n o m u e r o ?
(¡i: "
¿Cómo puedo a ú n vivir?
-*
;
i
. O no conozco tu a m o r ,
O n o c o m p r e n d o mi e r r o r .
Ignorara que mis culpas
T e colocan en la cruz,
S i tu g r a c i a n o i n u n d a r a
Mi c o n c i e n c i a c o n t u l u z :
Mas d e s d e q u e t e n g o fe,
O h S e ñ o r , todo lo s é .
S é q u e son m i s t r a n s g r e s i o n e s
Q u i e n t e a z o t a sin p i e d a d ;
Q u i e n tu rostro a b o f e t e a ,
Es mi impune iniquidad;
Y mi orgullo y altivez
Quien te pone en desnudez.
,
v5¡U?k
— 102 —
S é q u e son m i s m a l a s o b r a s
Q u i e n t u s m a n o s traspasó;j
Y mis vanos pensamientos
Q u i e n tus s i e n e s t a l a d r ó ;
Y el h a b e r y o s i d o infiel
Q u i e n t e o b l i g a á b e b e r hiél.
Sé también que aunque soy nada,
Me a m a s c o n t a n f u e r t e a m o r ,
Q u e por m í v i e r t e s t u s a n g r e ,
P a r a ser mi Redentor:
S é q u e g r a v a n s o b r e ti
Las iras que merecí.
Sé que está Dios satisfecho
Con t u s a g r a d a p a s i ó n ;
Sé que para mis pecados
T e n g o el m á s a m p l i o p e r d ó n :
P o r q u e m e a c l a r a t u luz
El m i s t e r i o d e la Cruz.
"Stabat matet*,,
«Estaba junto á la cruz de Jesús su
Madre».—Juan, xix. 25.
L pie de la cruz llorando
La m a d r e estaba, m i r a n d o
Clavado al Hijo y Señor;
P u e s su a l m a dolorida,
Contristada y afligida,
U n a espada a t r a v e s ó .
¡Oh! cuan triste y a n g u s t i a d a
F u e la b i e n a v e n t u r a d a ,
L a m a d r e del Redentor;
Que tierna se condolía,
Mientras piadosa veía
De su Hijo la pasión!
¿Quién lágrimas no v e r t i e r a ,
Si á María visto h u b i e r a
En angustia tan cruel?
¿Quién no se contristaría,
Contemplando cuál sentía
De su Hijo el padecer?
— 104
-
Vio á J e s ú s , por el p e c a d o
De su pueblo, despreciado
Y a z o t a d o c o n furor;
Viole desnudo y sufriendo,
Desamparado muriendo,
H a s t a q u e el a l m a e n t r e g ó .
¡Oh J e s ú s , f u e n t e d e a m o r e s !
H a z que sienta tus dolores
P a r a llorar y o t a m b i é n ;
Que mi corazón se inflame,
P a r a que sin cesar te a m e ,
Y t e s i r v a s i e m p r e fiel *.
• Traducción del Stabat Mater doloroso, que se halla en el Breviario Romano. En el original, la última estrofa es una plegaria a la Virgen, Eja, Mater, fons amoris; yo me he tomadu la libertad de dirigir la plegaria al Hijo,
á Jesús.
lias Siete Palabras
i » c u á l r u e g a al P a d r e
El c l e m e n t e J e s ú s
P o r los q u e l e s u j e t a n
A la a f r e n t o s a c r u z .
« N o s a b e n lo q u e h a c e n ;
Oh P a d r e , d a el p e r d ó n » .
T a l la v í c t i m a d i c e ,
Ardiendo en sacro amor.
Apenas se arrepiente
El p o b r e m a l h e c h o r ,
Escucha que ha alcanzado
La eterna salvación.
A s í J e s ú s lo e x p r e s a :
«Yo t e d i g o e n v e r d a d ,
Q u e en el E d é n c e l e s t e
Hoy conmigo serás».
D e su afligida m a d r e
D e s p í d e s e al m o r i r
D i c i é u d o l e : « T u hijo,
Helo, mujer, ahí».
Y al d i s c í p u l o a m a d o
Q u e la a c o m p a ñ a fiel,
— 106
-
E n c á r g a l e : A mi m a d r e
«Por m a d r e t u y a ten».
D e a n g u s t i a el a l m a l l e n a ,
C u b i e r t o de a f l i c c i ó n ,
J e s ú s e l e v a al P a d r e
La d o l o r i d a v o z :
«¿Por q u é m e d e s a m p a r a s ,
P o r q u é , D i o s m í o , así?»
Y espera resignado
D e s u p a s i ó n el fin.
En medio'la agonía
Larga, acerba y cruel,
A b r a s a d o s los l a b i o s ,
E x c l a m a : «Tengo sed».
D i v i n o a m o r le i n f l a m a ,
S e d t i e n e d e sufrir;
Q u e sólo a s í á los h o m b r e s
L e es d a d o r e d i m i r .
E l c r u e n t o sacrificio
H e c h o sola u n a v e z ,
Termina; y Jesús dice:
«Ya consumado es».
T e m b l ó el a v e r n o , y rota
Q u e d ó la e s c l a v i t u d ;
Y recibió gozoso
El h o m b r e l a s a l u d .
Los ángeles se cubren
El rostro c o n dolor,
M i e n t r a s s i g u e la ira
D e a q u e l p u e b l o feroz.
— 107 —
Y el R e d e n t o r d i v i n o ,
Con m o r i b u n d a v o z ,
«Oh P a d r e , t e e n c o m i e n d o
Mi e s p í r i t u » , e x c l a m ó .
Con a z o t e s y e s p i n a s ,
Con c l a v o s , l a n z a y c r u z ,
Obró n u e s t r o r e s c a t e
El Dios-Hpmbre J e s ú s .
E l solo el M e d i a n e r o
E s e n t r e el h o m b r e y D i o s ;
Pero del hombre e x i g e
F e , esperanza y amor.
"Consammatam est„
Juan, x i x . 30.
ff oz de amor y de clemencia
En el Gólgota sonó;
Y al oiría, con violencia
El Calvario retembló.
«Consumado es»,
F u é la voz que J e s ú s dio.
Voz de escarnio y de ironía
Vil p r o n u n c i a el h o m b r e a u d a z ,
Mientras Cristo en su agonía
H a c e al sol n u b l a r su faz.
«Consumado es»,
F"ue la voz de u n Dios v e r a z .
E n t r e a n g u s t i a s y dolores
Sin a m p a r o se encontró
El Señor de los señores,
El que al débil a m p a r ó .
«Consumado es»,
Y su espíritu e n t r e g ó .
La promesa es c o n s u m a d a
Que hizo al hombre J e h o v á h ;
— 109 —
D e la s i e r p e , q u e b r a n t a d a
La cabeza queda y a .
Consumado es
C u a n t o al h o m b r e s a l u d d a .
Y a el infierno e s t á v e n c i d o .
Y la m u e r t e es sin horror,
P a r a el h o m b r e r e d i m i d o
Que confia en su Señor.
C o n s u m a d o es
E l r e s c a t e del a m o r .
E l i n m e n s o beneficio
Q u e o p e r ó la c a r i d a d , .
E l c r u e n t o sacrificio
Que expió nuestra maldad,
Consumado es...
Hombres, creed y esperad.
Junto á la Cpaz
ULCES momentos c o n s o l a d o r e s
Los q u e m e paro j u n t o á la c r u z !
Allí sufriendo crueles dolores
Veo al amigo d e pecadores
Cristo J e s ú s .
Veo sus brazos d e amor abiertos
Q u e m e convidan á ir á Él;
Y haciendo suyos mis desaciertos,
P o r m í s u s labios y a casi yertos
Gustan la hiél.
De sus h e r i d a s la v i v a fuente
De p u r a s a n g r e veo m a n a r ;
Y salpicando mi i m p u r a frente,
La infame nota de delincuente
Logra borrar.
Oigo á los necios decir, «No p u d o ,
S a l v a n d o á otros, s a l v a r s e á sí».
Y exclamo, «Cristo, y o te saludo;
P o r q u e en t u m u e r t e vida, no d u d o ,
H a y p a r a mí».
— 111 —
V e o su a n g u s t i a y a t e r m i n a d a ,
Hecha la ofrenda de expiación;
S u noble frente mustia, inclinada;
Y quedo cierto que es c o n s u m a d a
Mi r e d e n c i ó n .
¡Dulces momentos, ricos en dones
D e paz y gracia, de vida y luz!
Sólo h a y consuelos y bendiciones
Q u e s a t i s f a g a n los c o r a z o n e s ,
J u n t o a la c r u z .
fínte la Cruz
j j ^ * LLÁ a r r i b a en la c u m b r e del Gólgota
Q ¿ 3 Mira enhiesta, a l m a m í a , la cruz,
Afrentoso y horrible patíbulo
Donde m u e r e inocente J e s ú s .
Palidece á su vista el empíreo,
Triste a p a g a h a s t a el sol su esplendor,
Y a u n las rocas más d u r a s hendiéndose
A c o m p a ñ a n del Cristo el dolor.
¿Sólo tú, a l m a m í a , sin lágrimas?
¿Sólo t ú cual tenaz pedernal?
¿Sólo t ú ciega, imbécil, indómita,
Sin p r e v e r t u r u i n a eternal?...
Lloro, sí, lloro... súbito estímulo
Que m e impulsa á llorar h a y en m í . . .
Gracias, gracias, divino Paráclito:
Siento y a lo que n u n c a sentí.
De mi P a d r e y b u e n Dios, hijo p r ó d i g o
Sin cariño ni a m o r , me a p a r t é ;
Y del vicio en las sendas, ¡ay mísero!
Con hidrópico afán caminé.
— 113 —
Hora pobre, desnudo
A b a t i e n d o mi f r e n t e el
¿ R e s t a f u e r a del l l a n t o
Que mitigue mi acerbo
é inválido,
rubor,
otro b á l s a m o
dolor?
A h ! si al m e n o s p u d i e r a a l g ú n m é r i t o
Con m i s o b r a s d e h o y m á s a d q u i r i r ,
Y de n u e v o , obediente y solícito,
D e mi Dios la a m i s t a d c o n s e g u i r ! . . .
N ó ; m i s o b r a s son v a n a s y e s t é r i l e s :
Á r b o l m a l o b u e n fruto n o d a .
¿Cómo, p u e s , s a t i s f a g o m i débito?
¿Quién propicio á mi Dios t o r n a r á ?
N o y o , nó; sólo tú, s a c r a V í c t i m a
D e infinito y e t e r n o v a l o r ;
T ú que pendes clavado y exánime
E n l u g a r d e e s t e vil p e c a d o r .
T ú e x p i a s t e , Cordero s i n m á c u l a ,
Los pecados que y o cometí.
L a j u s t i c i a e t e r n a l del A l t í s i m o
Q u e d ó y a s a t i s f e c h a por tí.
De mi justa s e n t e n c í a l a cédula
E s c o n t i g o c l a v a d a e n la c r u z ,
Y t u s a n g r e ha b o r r a d o s u s c l á u s u l a s ;
Libre soy: T ú me salvas, Jesús.
T u h o l o c a u s t o e s al P a d r e g r a t í s i m o ;
Él en tí se c o m p l a c e , lo s é .
T ú m e fías: por él sin o b s t á c u l o
Yo también aceptado seré.
8
¿Lloro aún? ¿es que doy á mis lágrimas
Eficaz s a l v a d o r a virtud?
Lloro, sí; pero es llanto de júbilo,
De sincera y cordial gratitud.
P r o s t e r n a d o , Señor, tiernos ósculos
En tus pies me permite imprimir;
Y a b r a z a d o á tu cruz en espíritu,
P a r a tí y en tí sólo vivir.
a u p a n d o á la Craz
• Mirad á mí, y sed salvos».—Iaaias,
xi.v. 22.
jf IDA h a y por m i r a r al Cordero i n m o l a d o ;
Mira p u e s , p e c a d o r , m i r a á A q u e l ( y sé salvo)
Q u e en el l e ñ o s u s p e n d i d o fue.
Sólo e x p í a la s a n g r e el p e c a d o del a l m a ,
N o el contrito g e m i r ni el orar:
E n A q u e l q u e la s u y a v e r t i e r a , d e s c a r g a
T o d o el peso d e t u i n i q u i d a d .
¿En la c r u z s u s t e r r i b l e s a n g u s t i a s h a s v i s t o ?
¿Has oído su intenso clamor?
S i p u e s El d e la ira el r i g o r ha s u f r i d o ,
¿ S e te p u e d e n e g a r el p e r d ó n ?
H e m o s sido s a n a d o s por s u s c a r d e n a l e s ,
Y h e c h o n u e s t r a i u s t i c i a El q u e d ó ;
Él te m a n d a v e s t i r el c e l e s t e ropaje;
¿ D ó n d e h a y otra g a l a mejor?
D e tu b u e n a a c o g i d a n o d u d e s ; D i o s m i s m o
Q u e h e c h o e s t á todo y a , d e c l a r ó :
Q u e e n el t i e m p o postrero u n a v e z h a v e n i d o
Y la o b r a e m p e z a d a a c a b ó .
— 116 —
Con placer pues acepta la vida al momento
Que J e s ú s , tu justicia, te d a ;
Y pues El vive siempre; conoce' por cierto
Que no puedes morir t ú j a m á s .
Vida h a y por m i r a r al Cordero inmolado;
V i d a puedes a h o r a tener:
Mira pues, pecador, m í r a l e y serás salvo,
Y serás puro y limpio cual El '.
l Traducción del inglés There is Ufe for a loóle at the Orucifled one, flf
Miss A. M. Hull.
ü a Gloria de la Cruz
• Lejos esté de mí el gloriarme, sino
en la cruz de nuestro Señor Jesucristo».— Gálattts, vi. 14.
UANDO al R e y de la Gloria
»!2> E n la Cruz suspendido y moribundo
Contemplo, vil escoria
Me es la gloria del m u n d o
Y la desprecio con desdén profundo.
Lo q u e antes t u v e en poco,
Estimo ahora mi mejor g a n a n c i a ;
Y resuelto coloco,
F r u t o s de mi ignorancia,
Bajo los pies mi orgullo y a r r o g a n c i a .
¡Oh! n u n c a me glorie
Sino en la Cruz de Cristo y sus horrores;
T e n e r tan sólo ansie
Por míos los dolores
Que muriendo sufrió por mis e r r o r e s .
Dé su herida cabeza,
De sus manos y pies, m i r a d cuál
De amor y de tristeza
Raudales, que destruyen
El pecado, y á vida restituyen!
fluyen
— 118 —
¿Se hallaron vez n i n g u n a .
Tal dolor y a m o r tal en ser humano?
¿Hubo d i a d e m a a l g u n a
De m á s valor, que ufano
A sus sienes ciñera un soberano?
;
D a d m e cielos y mundo,
Y mezquino presente á Cristo fuera...
Un amor t a n profundo
Algo m á s d e mí espera:
Mi g r a t i t u d , mi amor, mi v i d a e n t e r a '.
Traducción del inglés When I survey the wondrous
Watts.
1
cross, de Isaac
{^esarípección
«Aleluya! Porque reinó el Señor
nuestro Dios Todopoderoso».—Apocaliptis, xix. 6.
L Señor resucitó,
t ^ V Muerte y sepulcro v e n c i ó ;
Con s u p o d e r y v i r t u d
C a u t i v ó la e s c l a v i t u d .
El q u e al p o l v o s e h u m i l l ó ,
Triunfante se levantó;
Y h o y c a n t a la c r i s t i a n d a d
Su gloriosa majestad.
El q u e su v i d a e n t r e g ó ,
El q u e así nos r e d i m i ó ,
H o y en g l o r i a c e l e s t i a l
Reina vivo é inmortal.
H o y e s t á al l a d o d e D i o s ,
Y allí e s c u c h a n u e s t r a v o z ;
P o r nosotros r o g a r á ,
Con s u a m o r nos s a l v a r á .
Jesús, nuestro Salvador,
D e la m u e r t e t r i u n f a d o r ,
H a z n o s e n ti confiar;
Y c a n t e m o s sin c e s a r :
¡Aleluya!
II
«Yo soy el que vivo, y he sido muerto; y he aquí que vivo por siglos de
siglos».—apocalipsis, 1.18.
¿r^J C a u s a r á la m u e r t e p e n a .
¡Jesús vive! Desde aquí
Y a el s e p u l c r o no e n c a d e n a .
Aleluya.
¡ J e s ú s v i v e ! Y a el morir
E s v o l a r al alto cielo:
E s t o nos a l e n t a r á
A l a b a n d o n a r el s u e l o .
Aleluya.
¡Jesús v i v e ! Aunque murió,
Alcanzó triunfal victoria;
En ella parte nos da,
D e m o s pues á J e s ú s gloria.
Aleluya.
¡ J e s ú s v i v e ! El c o r a z ó n
S a b e b i e n q u e él e s s u s u e r t e :
J a m á s nos separarán
D e s u a m o r , v i d a ni m u e r t e .
Aleluya.
— m —
¡Jesús vive! Si con 61
Vivimos acá en el suelo,
Con él podremos r e i n a r
P a r a siempre allá en el cielo.
A l e l u y a '.
< Traducción de un himno alemán, por Chriatian F. Gellert. Yo he tenido presente la versión inglesa de Francés E. Coi, que principia Jesús Uves!
No longer now...
HesaFFeeeión
ni
«Cristo ha resucitado de los muertos».—1." Corintios, x v . 20.
if INÓ el combate, y es el Señor
Suenen pues himnos en su loor.
Aleluya.
Murió, y muriendo salvó á Israel;
Vive, y d a vida á su pueblo fiel:
Y n u e s t r a dicha sólo está en él.
Aleluya.
Son sus heridas n u e s t r a salud;
Y confirmados por su v i r t u d ,
A n d a r podemos en rectitud.
Aleluya.
Nuestro rescate p a g a d o está,
F r a n c a la p u e r t a del cielo es ya,
Y Dios su g r a c i a libre nos d a .
Aleluya.
Suenen pues himnos en su loor,
Y celebremos su inmenso amor:
¡Cristo ha triunfado! ¡Gloria al Señor!
Aleluya.
í^esafreeción
IV
•¿Dónde está, oh mnerte, tn victoria?»—!.* Corintios, xv. 55.
HIDOS en e s p í r i t u
i Al coro celestial,
Cantemos con los ángeles
Un cántico triunfal:
Y si vertimos l á g r i m a s
Al frente de la cruz,
Rebose hoy el júbilo,
P u e s vive el buen J e s ú s .
Lo que en el triste Gólgota
D e r r o t a pareció,
En el sellado túmulo
Triunfo se mostró.
Vencido está y a el báratro,
Menguado su poder;
Y no el mortal su subdito
De hoy más h a b r á de ser.
Del Moria allá en la cúspide
Se obró la salvación;
Allí se ostenta el lábaro
De n u e s t r a redención:
— 124 —
Y sueltos y a los vínculos
De la mortalidad,
L a t u m b a a b i e r t a es símbolo
De n u e s t r a l i b e r t a d .
¿Do están, hades tiránico,
T u s glorias y blasón?
¿Quién teme de tu cólera,
Oh m u e r t e , el aguijón?
El Hijo del Altísimo
Triunfó por su I s r a e l ,
Y en la victoria incólumes
Somos también por él.
1
J e s ú s , de gloria P r i n c i p e ,
Autor de n u e s t r a paz,
Dirígenos benévolo
T u esplendorosa faz;
Y acepta el dulce cántico
De n u e s t r a g r a t i t u d ,
P o r tu "valiosa d á d i v a
De la eternal salud.
i Hades, palabra griega que significa la reglón de los muertos, y qi e suele traducirse por in/ternos, esto es, lugares
inferiores.
ORATORIO
EN
CUATRO
CUADRO l.°-EI,
CUADROS
GÓLGOTA.
A la caída de la tarde, un grupo de hombres, resto de la m u chedumbre que había asistido á la Crucifixión, se retiran del
Calvario hacia la Santa Ciudad, hiriendo sus pechos y confesando que Jesús era un hombre justo é hijo de Dios.
Al mismo tiempo salen del huerto cercano, donde habían sepultado el cuerpo de Jesúsj José de Arimatea, Nicodemo, Salomé y María Magdalena, con las muchas mujeres discípulas d e
Cristo que habían presenciado su enterramiento.
Al fúnebre canto de los hombres que se alejan, responde y
acompaña el triste lamento de las mujeres que se aproximan.
José, y después Nicodemo, refieren sus impresiones por los
hechos ocurridos, u n i é n d o s e luego en la manifestación de s a
dolor.
Salomé, y después María Magdalena, expresan el sentimiento de sus almas.
D i c e n l u e g o los cuatro una plegaria, y termina el cuadro con
el Coro de las mujeres.
CORO D E HOMBRES
Cual reo vil c l a v a d o en c r u z ,
P r o f e t a fiel, J e s ú s m u r i ó .
D o l i e n t e el sol v e l ó su luz
Y el o r b e t r i s t e r e t e m b l ó .
E s g r a n d e el c r i m e n d e I s r a e l
A l c o n s e n t i r á tal m a l d a d .
Oh D i o s , por n u e s t r a p a r t e e n él
¡ A y ! d e nosotros t e n p i e d a d .
CURO DE
MUJERES
A l q u e espiró •en la h o r r e n d a c r u z ,
L a fría t u m b a r e c i b i ó .
Y a c e e c l i p s a d a allí la luz
Que á tantas almas alumbró.
El e r a el S a n t o d e I s r a e l ,
Raudal de amor y de bondad;
Y m u e r t o y a , v i v i r sin El
¡Ay! es tristeza y orfandad.
CORO D E HOMBRES (Alejándose.)
Bienes doquier dejaba en pos;
U n h o m b r e j u s t o fue e n v e r d a d ,
U n hijo fue del alto D i o s .
— 127 —
CORO DIO, MUJKIIICS
N o s o t r a s f u i m o s d e él en pos:
S i , el h o m b r e j u s t o fue en v e r d a d ,
El Hijo fue del a l t o D i o s .
.AMBOS COROS
El h o m b r e j u s t o f u e e n v e r d a d ,
El Hijo fue del alto D i o s .
JOSÉ D E A RÍMATE A
.Sepultar entre impíos malhechores
Al q u e n u n c a l a s l e y e s i n f r i n g i d ,
F u e r a o p r o b i o a ñ a d i r á los h o r r o r e s
Q u e e n la c r u z i n o c e n t e p a d e c i ó .
E x c a v a d o un s e p u l c r o e n r o c a d u r a
Previsor y o guardaba para mi,..
D e l M a e s t r o es la h u m i l d e s e p u l t u r a ,
Y a u n es p o b r e l a o f r e n d a q u e l e d i .
• Y o le a m a b a c o n v e n c i d o ,
Le escuchaba con respeto,
Y admirábale en secreto
D e los g r a n d e s por t e m o r .
Víle muerto, escarnecido
Por sayones inhumanos...
Deseché temores vanos,
Y le a c l a m o mi S e ñ o r .
— 128 —
NIC0D1CM0
Yo también, yo t a m b i é n he sido reo
De idéntico pecado;
Que antepuse el buen n o m b r e á mi deseo
Con ánimo apocado.
Su enseñanza en las sombras de la noche
Solícito buscaba;
Mas temí de los sabios el reproche
Si al Cristo m e asociaba.
Maestro soberano,
Con su divino acento
Me reveló el a r c a n o
Del nuevo nacimiento
Que el hombre h a de b u s c a r .
Y en símbolo que ahora
Comprendo c l a r a m e n t e ,
Con m u e r t e r e d e n t o r a
Predijo que al c r e y e n t e
H a b í a de salvar.
JOSÉ D15 AKIMATEA Y NICODEMO
P u n z a n t e remordimiento
Que asalta n u e s t r a conciencia,
T a r d í o arrepentimiento
Que s u r g e con tal violencia,
¿Qué pueden y a r e m e d i a r ?
Pasó el idóneo momento;
Murió Jesiís, y en su ausencia
Nos resta sólo llorar.
— 129 —
SALOMÉ
¡Sí, llorar! Yo también lloro,
Y j a m á s le a b a n d o n é ;
Vi sus obras y portentos,
Sus p a l a b r a s escuché;
Por caminos y ciudades
F u i con él á donde él fué;
Con é i v i n e hasta el Calvario,
De su cruz estuve al pie.
Con amor de solícita m a d r e
Yo del Cristo el reinado e s p e r a b a ,
Y en riquezas y honores terrenos
A favor de mis hijos soñaba.
Roguéle un d í a
Con tierno afán:
Di que mis hijos
Jacobo y J u a n ,
Cuando d i a d e m a
Ciña t u sien,
Cabe tu solio
Contigo estén.
¡Horrible desenlace
Que m a t a la ilusión!
Allí en la t u m b a y a c e
Con Cristo mi ambición.
MARÍA MAGDALENA
Bienes, vida y corazón,
Yo al Maestro consagré,
Y i'ii su dulce comunión
N a d a humano ambicioné.
Todo es negro p a r a mí,
Ya mis ojos no hallan luz
Desde que espirar le v i
En fatal maldita cruz.
¿Maldita? ¡No! Sus manos la tocaron,
Sus santos pies en ella se a p o y a r o n ,
Su aliento la b a ñ ó ,
Su s a n g r e la r e g ó . . .
No puede ser maldito el noble leño
Donde el Señor durmió su último s u e ñ o .
Espinas, clavos, cruz y sepultura,
Cuanto su cuerpo amado
Tocó, todo es s a g r a d o ,
Todo r e c u e r d a al a l m a su t o r t u r a .
Si el llorar presta consuelo
En las horas de agonías,
No corráis, lágrimas mías,
Que yo anhelo padecer.
El dolor a b s t r a e al a l m a
De loefímero del suelo, ;
Y establece en ella u n cielo
Donde á Cristo puedo ver.
— 131 —
Y viéndole, parece
Q u e n u n c a le p e r d í :
Yo s o y la q u e f e n e c e ,
Es él q u i e n v i v e e n m í .
¿ P e r o es la t u m b a c á r c e l t a n f o r n i d a
Q u e le r e t e n g a inerte?
E s c l a v o d e la m u e r t e
¿Podrá permanecer quien es la vida?
Q u i e n dijo con a c e n t o p o d e r o s o
A Lázaro, «Ven fuera»,
¿Es p o s i b l e q u e m u e r a ,
S i n que resurja espléndido y glorioso?
C u m p l i d o el S á b a d o ,
Pronta vendré,
Y ante su túmulo
Me p o s t r a r é ;
Con t i e r n a s s ú p l i c a s
Le invocaré:
Quizá un r e l á m p a g o
D e luz d i v i n a brillar v e r é .
J O S É , NtCODEMO, SALOMÉ T MAGDALENA
¡Oh D i o s d e n u e s t r o s p a d r e s ,
Q u e h a b i t a s en S i ó n !
N o dejes á tu pueblo
S u m i d o e n la aflicción.
V e r d a d son t u s p r o m e s a s
Q u e a b o n a s s i e m p r e fiel:
— 132 —
D e v u é l v e n o s tu Ungido,
Restaura á Israel.
CORO DE MUJERES
Cristo e r a el S a n t o d e I s r a e l ,
R a u d a l d e a m o r y de b o n d a d ;
Y m u e r t o y a , v i v i r sin Él
¡Ay! es tristeza y orfandad.
CUADRO 2.°—EL SENO D E
ABRAHAM.
Las almas de los justos que esperaban el advenimiento del
Cristo, divisan un esplendor no conocido y sienten un aumento
de bienandanza.
Juan el Bautista anuncia la llegada del Mesías, y las almos
de los niños cantan el Hosanna de bienvenida.
Introduce Juan al Mesías como el Cordero de Dios, ó invita á
que le adoren. Coro general de alabanzas.
Abraham expresa su alegría al ver á su Salvador.
Juan, predicando, refiere el nacimiento, ministerio y muerte
de Jesús, parándose al hablar de su sepultura.
Entona David un Salmo á los acordes del arpa, en el cual le
acompaña l u e g o Abraham.
Prosigue Juan su sermón, explicando el significado de la
muerte de Jesús; y termina diciendo á las almas que pueden
bajar á la tierra para ser testigos de la resurrección.
Miriam la hermana de Moisés y Débora la profetisa, se exhortan mutuamente á cantar las grandezas del Señor; y entonan
un Cántico, en el cual les acompañan luego David y Abraham.
Termina el Cuadro con nn Coro general de alabanzas.
— 133 —
CORO D E HOMBRES
¿Qué i g n o t a luz e s p a r c e
Su fúlgido esplendor,
Cual r u t i l a n t e a u r o r a
D e a l g ú n n a c i e n t e sol?
Creciente bienandanza
Inunda esta mansión.
¿Será q u e s e a p r o x i m a
L a g l o r i a del S e ñ o r ?
JOAN UL BAUTISTA
¡El M e s í a s ! — E e l i z p u e b l o e s c o g i d o ,
P r o s t e r n a o s al n o m b r e del U n g i d o .
CORO DE NISOS
¡ H o s s a n n a al R e y q u e v i e n e
Radiante de esplendor!
¡ H o s a n n a e n las a l t u r a s !
¡Loor y g l o r i a á Dios!
JUAN EL BAUTISTA
C o n t e m p l a d al Cordero d i v i n o
Q u e del m u n d o el p e c a d o q u i t ó ,
Y á los h o m b r e s s e g u r o c a m i n o
P a r a entrar á la vida ofreció.
— 134
-
E l e s el Á n g e l d e la A l i a n z a ,
E n quien cifrasteis vuestra e s p e r a n z a ,
D e c u y o a d v i e n t o la c o n f i a n z a
En v u e s t r o s p e c h o s g o z o i n f u n d i ó .
Del p u e b l o i s r a e l i t a
Caudillo s a l v a d o r ,
Nuestra mansión visita:
R e n d i d l e todo honor.
LOS DOS coitos
¡Hosanna! ¡Hosanna! ¡Hosanna!
Gloria á t í , S a n t o M e s í a s ,
Que eres digno de obtener
Todo honor, sabiduría.
Bendición, reino y poder.
ABRAHAM
I
Del Cristo y o a n h e l a b a el f a u s t o d í a ,
Y lo v i e n l o n t a n a n z a y m e g o c é ;
Mas h o y r e b o s a el s e n o d e a l e g r í a
P o r t a n t o g a l a r d ó n á h u m i l d e fe.
La patria terrenal era ilusoria;
Vale más este edén que Canaán:
P a s a r o n l a s a n g u s t i a s s o b r e el Moria,
Las dichas del e d é n no a c a b a r á n .
D i o s c o n m i g o fue c l e m e n t e ,
Su favor m e hizo c r e y e n t e ,
— 135 —
Y su brazo omnipotente
Sin cesar m e protegió.
Numerosa descendencia
Prometida á mi obediencia,
Goza a q u í d e l a p r e s e n c i a
Del Caudillo que esperó.
JUAN EL BAUTISTA
Patriarcas y profetas,
Ya se cumplen las secretas
Y sagradas predicciones:
D e l e n i g m a r o m p e el v e l o
Y s u s p u e r t a s a b r e el c i e l o ,
D a n d o luz á las naciones.
(Predicando.)
A t i e n d e á m i s p a l a b r a s , p u e b l o fiel;
Escúchame, Israel.
El V e r b o , q u e del P a d r e s o b e r a n o
E n el s e n o h a b i t a b a e t e r n a m e n t e ,
D i o s d e D i o s , L u z de L u z , r e s p l a n d e c i e n t e
De gloria y majestad, y c u y a mano
C u a n t o q x i s t e creó; del alto c i e l o
Bajó al t e r r e n o m u n d o ,
Y con amor profundo,
Cubriendo su Deidad humano velo,
Como quien se a n o n a d a
A s u m i ó la m o r t a l n a t u r a l e z a ,
— 136
-
Y en humilde pobreza
E n t r e los h o m b r e s hizo s u m o r a d a .
Yo fui s u p r e c u r s o r ; y o su c a m i n o
Con c e l o p r e p a r é :
Y al p o n e r e n a c c i ó n s u p l a n d i v i n o ,
Él brilló c o m o sol, y o m e e c l i p s é .
D e s u misión mostrando clara prueba,
A los tristes l l a m ó y a t r i b u l a d o s ,
P r e d i c ó d e s a l u d la b u e n a n u e v a ,
Y a n u n c i ó r e m i s i ó n d e los p e c a d o s .
Su excelso ministerio
Confirmó por t r e s a ñ o s c o n p r o d i g i o s ,
D e j a n d o por d o q u i e r n o b l e s v e s t i g i o s
D e su poder é imperio.
Mas los P r e s t e s le o d i a r o n ,
P o r q u e el Hijo d e Dios s e d e c l a r ó ;
P o r b l a s f e m o á morir le c o n d e n a r o n ,
Y sin culpa murió.
D e s u a l m a la p r e s e n c i a í ü l g o r o s a
H o y nos ha deleitado;
S u cuerpo inmaculado
E n sacra tumba inánime reposa.
SALMO
DAVID
V u e l v e fiel á m i s m a n o s , a r p a a m i g a ,
Y á tus e c o s m i l e n g u a á Dios b e n d i g a :
Al Dios que sus bondades
N o s dispensa á través de las edades;
— 137
-
Que á su pueblo Israel tuvo en memoria
Y dióle al R e y d e Gloria;
Al cual con b r a z o f u e r t e
L i b r a r á d e los lazos d e la m u e r t e .
DAVID Y ABRAHAM
J u r ó el S e ñ o r , y dijo
A s u i n c r e a d o Hijo:
. Mi d e r e c h a es el t r o n o d o n d e e s t é s ;
Hasta que á tus contrarios,
D e la i m p i e d a d s e c t a r i o s ,
P o r e s t r a d o y o p o n g a d e t u s pies.
E n tí m i c o m p l a c e n c i a
S e cifra, y en h e r e n c i a
L a s n a c i o n e s d a r é á tu p e t i c i ó n :
Sobre ellas señorío
T e n d r á tu p o d e r í o ,
P u e s l a tierra s e r á t u p o s e s i ó n .
JUAN ICI. BAUTISTA
{Predicando.)
E s c ú c h a m e d e n u e v o , p u e b l o fiel;
Atiende á mis palabras, Israel.
D e l H o m b r e - D i o s la m u e r t e es sacrificio,
P e r f e c t a e x p i a c i ó n por el p e c a d o .
El J u s t o s e h a i n m o l a d o
P o r los injustos; y a c e p t ó p r o p i c i o
El soberano Dios tan g r a t a ofrenda,
— 138 —
Mostrando' así la senda
Que b r i n d a libertad al m u n d o entero.
L a s a n g r e del Cordero
H a de sellar las a l m a s q u e en él c r e a n ,
P a r a que salvas del pecado sean.
Y cual nuevo J o s u é , de s e r v i d u m b r e
L i b r a d a s , g u i a r á l a s victorioso
A t r a v é s del J o r d á n ;
H a s t a que logren celestial reposo
En la s a g r a d a c u m b r e
De Sión, en la e t e r n a C a n a á n .
Su e d a d d e humillación J e s ú s y a oierr
Y se dispone á revestir su gloria.
Todo aquel de vosotros que en la t i e r r a
Testigo anhele ser de su victoria,
Vuele, y al m u n d o baje.
Daros me o r d e n a el Cristo este mensaje.
MIRIAM
Antes que p a r t a de estas regiones
El g r a n L i b e r t a d o r ,
Débora amiga, n u e s t r a s canciones
Ensalcen al Señor.
DÉBORA
, . Antes que deje n u e s t r a s orillas
El Cristo Salvador,
Miriam h e r m a n a , las m a r a v i l l a s •
Cantemos del Señor.
-
139
-
CÁNTICO
MIRIAM
Salió la egipcia hueste
Ansiosa de despojo,
Y hundido en el m a r Rojo
Cayó con sus g u e r r e r o s F a r a ó n .
DÉBORA
Mandó J a b í n sus carros
Con Sisara á su frente,
Y roto con su gente
Quedó j u n t o al a r r o y o de Cisón.
MIRIAM Y DÉBORA
Más alta es la proeza
Del brazo del Ungido:
Su sola fortaleza
Al b á r a t r o ha vencido,
Y al hombre h a p r e p a r a d o redención.
MIRIAM, DÉBORA, DAVID Y ABRAHAM
Cantemos su victoria,
Su excelso poderío
Que hiere la cabeza del Dragón;
— 140 —
L a g r a c i a d e su g l o r i a ,
S u a m o r c o n s t a n t e y pío
Q u e al m u n d o ha p r o c u r a d o s a l v a c i ó n .
LOS MISMOS Y 0 0 1 1 0 8
¡Hosanna! ¡Hosanna! ¡Hosanna!
H a v e n i d o la s a l u d ,
L a c l e m e n c i a , la v i r t u d
Y el r e i n a d o d e l S e ñ o r :
D i g n o e s El d e p o s e e r
Majestad, reino, p o d e r ,
B e n d i c i ó n , g l o r i a y honor.
C U A D R O 3.°—EL A V E R U O v
Los demonios entonan u n himno en honor de Satanás, rey
del abismo.
Satanás arenga á las legiones infernales, les recuerda la rebelión de los hombres, y se gloría de que le rinden culto en la
fierra.
Los demonios le interrumpen, cantando sus alabanzas.
Satanás manifiesta que se ha propuesto destruir al hombre divino; á cuyo fin ha hecho surgir el odio en el corazón de Judas,
y ha enviado á Abaddón, el ángel de la muerte.
Los demonios excitan á Abaddón á que cumpla su misión de
exterminio.
Abaddón, que v u e l v e de la tierra, deposita su espada á los
pies de Satanás; y respondiendo á una pregunta de éste, refiere
lo que ha hecho padecer al hombre extraordinario.
Entonan Satanás y Abaddón un cántico de triunfo.
— 141 —
Judas, presa de terrible agitación, se acerca y pregunta si ha
muerto Jesús. Satanás, prohibiéndole pronunciar este nombre,
le contesta que si. Judas prorrumpe en desesperados lamentos,
y anhela sepultarse en el abismo.
Satanás, que ha observado en las palabras de Judas un presagio de que Jesús resucitará, ordena que Lucifer baje al mundo para engañar á los hombres. Abaddón se brinda á bajar también, para exterminar á los que crean.
Concluye Satanás desafiando á Dios, y los demonios repiten
el himno con que principió el cuadro.
CORO DE DEMONIOS
¡ H u r r a al í n c l i t o R e y del a b i s m o ,
Cuyo imperio no tiene rival!
E u los c i e l o s b a t i ó al d e s p o t i s m o ,
Y en la t i e r r a d o m i n a i n m o r t a l .
SATANÁS
Indómitas legiones de espíritus gigantes,
Q u e u n d í a al I n c r e a d o n e g a s t e i s s u m i s i ó n :
S e a c e r c a y a el m o m e n t o d e c e l e b r a r t r i u n f a n t e s
El é x i t o g l o r i o s o d e n u e s t r a a s p i r a c i ó n .
V i c i a d a en s u r a í z , la h u m a n a r a z a
Creció en la r e b e l d í a ;
Y s o r d a á la a m e n a z a
D e su g r a n d e H a c e d o r , d í a t r a s d í a
Su l e y ha despreciado.
¿Qué i m p o r t a q u e en el orbe
— 142 —
E s e Dios t e n g a u n p u e b l o r e s e r v a d o
E n pequeño distrito,
Q u e g u a r d e fiel s u rito?
La extensa redondez mi imperio absorbe;
Y en todos los l u g a r e s
P r o s t é r n a n s e los h o m b r e s
Para ofrecerme culto,
Y erigen sacros templos á millares
Donde con varios nombres,
E n los c u a l e s m e o c u l t o ,
Sacrificios r e c i b o e n los al taimes.
CORO D E DEMONIOS
E n la t i e r r a y el a v e r n o ,
Con c e l o s o y g r a n d e a f á n ,
S u m i s i ó n y honor s u p e r n o
Todos rinden á Satán.
SATANÁS
D e e n t r e los h o m b r e s q u e e n la t i e r r a m o r a n ,
U n o t a n - s ó l o m e inspiró r e c e l o .
Y o sé q u i é n es: le c o n o c í e n el cielo,
D o n d e s u m i s o s á n g e l e s le a d o r a n .
A u n q u e al m u n d o h a b a j a d o ,
Y en v e l o t e r r e n a l , por s u p o t e n c i a ,
L a Deidad ha ocultado,
D e frágil criatura la apariencia
Mal e n c u b r e s u e x c e l s a p r o c e d e n c i a .
— 143 —
Si tai hombre en el m u n d o
U n a r a z a de dioses i n s t a u r a r a ,
¿Qué de nuestro dominio allí q u e d a r a ?
Destruirle propóngome iracundo:
Y así, u n odio implacable
E n el pecho de J u d a s he e n g e n d r a d o ,
Intimo suyo amado,
Y a l c a n z a r é los fines que persigo;
Pues no h a y infamia y crimen e x e c r a b l e
Que no ose p e r p e t r a r u n falso amigo.
Ya e c h a d a está la suerte:
Obre Abaddón, el ángel de la m u e r t e .
CORO DE DEMONIOS
Cumpla el fiero Abaddón
Su terrible misión
De ruina y exterminio;
Y h a g a al hombre morir
Que intentó concluir
Con nuestro predominio.
ABADDÓN
Oigo mi nombre al llegar,
Ya nii misión t e r m i n a d a ;
Y acudo á depositar
A tus pies, S a t á n , mi espada.
SATANÁS
¿Murió?
— 144 —
ABADDÓN
Murió en u n m a d e r o
Clavado cual criminal.
SATANÁS
¡Era u n h o m b r e v e r d a d e r o !
ABADDÓN
¡ H o m b r e q u e no t u v o i g u a l !
Yo en t r i s t e z a s le a n e g u é ,
Con c u e r d a s le
flagelé,
D e abrojos le c o r o n é ,
Sus manos y pies clavé
15n u n a i n f a m a n t e c r u z ;
Su corazón angustié,
De t e r r o r e s le c e r q u é ,
Y h a s t a le e x t i n g u í la luz.
Y s u c a b e z a al fin d o b l ó t r a n q u i l o ,
C u a n d o m i m a n o el g o l p e d e s c a r g ó :
De la e s p a d a q u e d ó e m b o t a d o el filo,
Y el v i g o r de mi brazo s e a g o t ó .
SATANÁS
A b a d d ó n , los d e t a l l e s poco i m p o r t a n :
Muerto es el h o m b r e ; t u m i s i ó n c u m p l i s t e .
S i e m p r e los p l a n e s d e l M u y Alto a b o r t a n ,
Porque á nuestro poder n a d a resiste.
— 145 —
SATANÁS Y ABADDÓN
Resuene en los abismos
El cántico de gloria,
,Que anuncie la victoria
G a n a d a al E t e r n a l .
F r u s t r a n d o sus designios,
La tierra poseemos,
Y en ella m a n t e n d r e m o s
Dominio sin r i v a l .
JUDAS
Bajo las n e g r a s bóvedas
De mi exicial prisión
Suenan los ecos tétricos
De u n a infernal canción.
Presentimiento l ú g u b r e
Que con horror sentí,
Guía mis pasos trémulos
Y me conduce a q u í .
Los que formáis t a n hórrido concierto,
Decidme, si sabéis: J e s ú s ¿ha muerto?
CORO D E DEMONIOS
¡Oxte!
SATANÁS
¡Guarte! J a m á s aquí este n o m b r e
P r o n u n c i e s ; que al oirlo, se estremece
10
— 146
-
Mi rodilla, y mi fuerza l a n g u i d e c e . . .
¿No le e n t r e g a s t e tú? ¡Murió aquel hombre!
JUDAS
¡Murió, y era sin crimen! ¡Yo el infame,
Que la s a n g r e e n t r e g u é del santo y justo!
¡Él vivirá, tendrá linaje augusto!
¡Yo misero, y temiendo
Que á severo juicio me reclame!
Ante aquel d í a horrendo
C u b r i d m e , oh montes, en el hondo abismo:
¡De J e s ú s ocultadme y de mí mismo!
SATANÁS
¿Ha dicho que vivirá,
Y que linaje tendrá?
ABADDÓN
Es un presagio siniestro
Que tus planes contraría;
T a l vez u n a profecía
Que escuchó de su maestro.
SATANÁS
/
Harto difícil es que rehabilite
Su prestigio quien fue crucificado,
A u n q u e al fin de los muertos resucite,
Como J u d a s p a r e c e ha p r e s a g i a d o .
— 147 —
GrcieBífcde mi p a r t e
A Lucifer, que v u e l e
Al m u n d o , y q u e c o n a r t e
Por nuestro imperio vele
D e t r á s d e la cruz:
Q u e a c e p t e allí p r e s e n t e s ,
Reciba adoradores,
Y e n g a ñ e á los c r e y e n t e s
C o n falsos e s p l e n d o r e s ,
Cual á n g e l d e l u z .
ABADDÓN
Yo t a m b i é n iré á la t i e r r a ,
Y e n la g r e y f a n a t i z a d a
Sembrará mi ardiente espada
Ruina y exterminio.
N o h a b r á p a z m i e n t r a s no q u e d e
T o d o el m u n d o c o n q u i s t a d o ,
Y por s i e m p r e a s e g u r a d o
Nuestro predominio.
SATANÁS Y ABADDÓN
Astucias y violencias,
Rigor y laxitud,
S e d u z c a n las conciencias,
Q u e b r a n t e n la v i r t u d .
SATANÁS
L u c h a r é c o n t r a Dios m i e n t r a s a l i e n t e ;
Y ¡ v e n z a d e los dos el m á s p o t e n t e !
CORO D E
DEMONIOS
j H u r r a al í n c l i t o R e y del a b i s m o ,
C u y o imperio no tiene rival!
E n los cielos batió al d e s p o t i s m o ,
Y en la tierra d o m i n a i n m o r t a l .
CUADRO IV.—EL CENÁCULO.
Reunidos los discípulos y la Madre de Jesús en u n aposento
d e Jerusalem, esperan ver al Señor resucitado. U n coro de áng e l e s canta un himno á la resurrección, terminando con el
Trzsagio.
El apóstol Pedro comienza á regocijarse, confiesa que n e g ó
al Maestro, y confía verle para suplicar su perdón; y el apóstol
J u a n le consuela, asegurándole que está y a perdonado.
María Magdalena les anuncia que verán al Señor, como él
mismo le ha prometido; y la Virgen María la felicita por su dicha en haberle visto*
Refiere María Magdalena su visita al Sepulcro, y cómo se le
apareció el Señor.
Pedro y J u a n saludan á la Madre del Salvador por el término
de sus penas; y ella contesta, encareciéndoles que cumplan todo
lo que Jesús les diga, y esperen con fe y oración.
U n coro de resucitados canta á la Cruz y al Sepulcro, símbolos de la redención y la libertad.
Aparécese J e s ú s , muestra á los discípulos s u s manos y costado, y les manda que se amen unos á otros.
El coro de ángeles canta un himno profético de la Iglesia.
Jesris da á sus discípulos el Espíritu Santo, les envía á predicar por todo el mundo, y se aparta de ellos, dejándoles su paz y
bendición. .
Los coros de resucitados y de ángeles piden que se abran
l o s cielos, para recibir al Rey de la Gloria.
— 149
-
La Virgen María entona el Magníficat, en el cual intercala
sus jaculatorias María Magdalena^
Pedro y J u a n invitan al mundo á recibir á Jesús, á c u y o
Nombre debe doblarse toda rodilla.
Entonan luego un Te Deum, acompañados de la V i r g e n y de
Magdalena; y termina el cuadro con una Doxologla que cantan
los coros de resucitados y de ángeles.
CORO. DE
ÁNGELES
¡Aleluya! ¡Aleluya!
¡Aleluya!
¡Ha resucitado
Cristo el S a l v a d o r !
Y a d e infierno y m u e r t e
E s el v e n c e d o r .
¡Aleluya!
D e l r e s c a t e el p r e c i o
Satisfecho está;
Y D i o s á los h o m b r e s
Libre gracia da.
¡Aleluya!
Santo, Santo, Santo,
Dios de Sabaoth,
Fuerte Jehováh!
Tierra, mar y cielos
L l e n a el e s p l e n d o r
D e tu majestad.
PEDRO
Los ecos celestiales que resuenan
E n el t u r b a d o fondo d e m i a l m a ,
— 150 —
De bienhechora paz el pecho llenan
Y al triste corazón t r a e n la c a l m a .
Yo á J e s ú s he n e g a d o ;
De su amor no soy digno:
Mas volviendo su rostro benignoMiróme, y yo lloré.
Si él acoge este llanto
Que escaldó mis mejillas,
Suplicante á sus pies de rodillas
P e r d ó n imploraré.
JUAN
Simón Pedro arrepentido,
No prosigas afligido;
Que el perdón te es conferido
P o r quien es p e r e n n e amor.
A transportes de a l e g r i a
Ceda el llanto en este día,
P u e s sabemos por María
Que veremos al Señor.
MARÍA
MAGDALENA
Le veréis cual y o le he visto,
Cual le ha visto Salomé:
T a l promesa me dio el Cristo,
Y el mensaje os anuncié.
— 151 —
LA VIRGEN MARÍA
Dichosa eres, h e r m a n a ,
Por tal predilección:
T ú has visto la m a ñ a n a
De la resurrección.
MARÍA
MAGDALENA
Apenas a p u n t a b a el nuevo d í a ,
Brotando por oriente r a y o s de oro;
Y en pos del ansia mía,
P o r q u e está el corazón do está el tesoro,
Yo al sepulcro corría.
L l e g u é . Con frío espanto
Vi r e v u e l t a la losa: el cuerpo santo
No estaba allí. Confusa y afligida,
De la t u m b a q u e r i d a
Me a p a r t o ; y u n a voz oigo á mi lado:
Di, mujer, ¿por qué lloras? ¿á quién buscas?
P e n s é fuese del huerto el e n c a r g a d o ,
Y a n h e l a n t e contesto:
Si al Señor has llevado,
Dime dónde le has puesto,
Y yo le llevaré.
Y entonces... (todavía
Salta de gozo el corazón):. ¡María!
Dice la voz; y mi alma jubilosa
¡Maestro! le responde. Vuelvo ansiosa
Los ojos, y era E l . . . Me arrodillé
A sus p l a n t a s , y humilde le adoré.
-
152 —
PEDRO Y J U A N
Bendita e n t r e tas mujeres,
Feliz cual n i n g u n a eres,
Olí m a d r e del Salvador.
De gozo será colmado
T u corazón t r a s p a s a d o
P o r la e s p a d a del dolor.
LA VIRGEN
MARÍA
Todo aquel que de Dios, celeste P a d r e ,
L a s leyes a m e y siga,
E s de J e s ú s h e r m a n o , h e r m a n a y m a d r e :
Cumplid lo que él os diga.
De gozo y a mi pecho está colmado;
El vive, y le veremos.
H e r m a n o s , el instante deseado
•Con ruego y fe esperemos.
CORO DIC RESUCITADOS
Del Gólgota en la cúspide
Se obró la salvación;
A l l í se ostenta el lábaro
De n u e s t r a redención'.
Y rotos y a los vínculos
De la m o r t a l i d a d ,
L a t u m b a abierta es símbolo
D e n u e s t r a libertad.
— 153 —
JESÚS
Paz á vosotros. No temáis, h e r m a n o s ;
Las d u d a s disipad.
Soy el Maestro: contemplad mis m a n o s ,
Mi costado mirad.
He sido muerto; mas ahora vivo,
Y siempre v i v i r é .
Muriendo, al h o m b r e d e m a l d a d cautivo
Rescate le g a n é .
Yo a m a n t e os elegí, no á mí vosotros;
Recordad el precepto que os he d a d o :
Que os améis sin cesar unos á otros,
Cual yo, vuestro Señor, os he a m a d o .
CORO DIC ÁNGELES
¿Quién es esta que brota
Del mundo, y se l e v a n t a
Cual columnita de humo
De incienso perfumada?
¿Quién es esta que crece y se difunde,
B a ñ a d a en rosicleres como el a l b a ,
Como el brillante sol esclarecida,
F o r m i d a b l e cual huestes en batalla?
Es la herencia del Ungido,
Es la g r e y del Buen Pastor,
Es el pueblo redimido,
E s la Iglesia del Señor.
-r-
154 —
JESÚS
Todo poder me es dado en t i e r r a y cielo:
El E s p í r i t u Santo recibid;
Y pues la salvación del m u n d o anhelo,
De salud el mensaje transmitid.
No h a y Gentil ni J u d i o : á todo hombre
El E v a n g e l i o santo predicad;
Remitid los pecados en mi n o m b r e ,
Y á los que en mi c r e y e r e n bautizad.
Quien crea, será salvo; quien no crea,
Sumido q u e d a r á en su perdición.
Voy á p a r t i r : mi paz con todos sea,
Mi g r a c i a , mi v i r t u d , mi bendición.
LOS DOS COROS
RESUCITADOS
Abrid las puertas, oh cielos,
Y el R e y de Gloria e n t r a r á .
ÁNGELES
¿Quién es el R e y de la Gloria?
RESUCITADOS
El que obtuvo la victoria
Y á su trono v u e l v e y a .
— 155
,
-
AMBOS COROS
¡Aleluya
Al Señor de Jos ejércitos,
Al potente J e h o v á h !
MAGNÍFICAT
LA
VIRGEN
MARÍA
E n g r a n d e c e ¡ni espíritu al Señor,
Y mi a l m a se alegró en ini Salvador.
MAGDALENA
J u n t o á J e s ú s deseo
Siempre morar,
A u n q u e j a m á s el mundo
Me quiera a m a r . '
Del mundo y a no soy;
Sólo por él transito,
Al cielo voy.
LA VIRGEN
Recordó sus promesas justo y fiel,
Colmando de bondades á I s r a e l .
MAGDALENA
Sólo á J e s ú s el a l m a
Sabe q u e r e r ,
P o r q u e de amor él llena^
Todo mi ser.
— 156 —
Veraz es mi Señor,
Que en su p a l a b r a dice:
Dios es amor.
LA VIRGEN Y MAGDALENA
Y en su amor, d e los tiempos lia a c e r c a d o
La plenitud,
Y al afligido pueblo ha visitado
Con su salud.
JUAN
Reconozca el m u n d o entero
El misterio del a m o r ,
Y reciba placentero
Al glorioso Redentor.
I'EDRO
Viva fe en los corazones
H a g a al hombre r e n a c e r ,
Y e n g r a n d e z c a las naciones
Con su divinal poder.
I'EDRO Y JUAN
De J e s ú s á la presencia
T o d a potestad se humilla,
Y el reflejo de su gloria
Sobre cielo y t i e r r a brilla.
¡A su Nombre sacrosanto
Dóblese toda rodilla!
T E DEÜM
LA V I R G E N , MAGDALENA, PEDRO Y JUAN
A tí, oh Dios, con júbilo alabamos,
T de todo Señor te confesamos;
Y al Verbo que á s a l v a r al m u n d o vino,
Y al paráclito E s p í r i t u divino.
T ú eres R e y de la Gloria, oh Cristo e t e r n o ;
T ú eres del P a d r e el Hijo sempiterno.
De t u pueblo la voz oye clemente,
Y á t u h e r e d a d bendice e t e r n a m e n t e .
DOXOLOGÍA
RESUCITADOS
Al que en trono está s e n t a d o ,
Y á los hombres tanto amó;
Al Cordero que inmolado
Con su s a n g r e nos lavó,
Y del y u g o del pecado
P a r a Dios nos rescató:
RESUCITADOS Y ÁNGELES
A Él honor y gloria.
Imperio y majestad,
Sin término s e den
Por toda eternidad.
¡ A l e l u y a ! Amén.
lia A s c e n s i ó n
•Bendiciéndolos, ae fué de ellos, y
era llevado arriba al cielo.»
Lite. xxrv. 51.
^ t U B E á los cielos, Redentor divino,
A® T u que á la t i e r r a por mi amor b a j a s t e ,
Y sufriendo inil penas, el camino
Q u e á tu reino conduce, me enseñaste.
Sube á los cielos, Triunfador glorioso,
Y á la diestra del P a d r e toma asiento,
Y d a á tu h u m a n i d a d gloria y reposo,
Ya que el mundo le dio males sin cuento.
Y d e s l u m h r a n d o con preciosas g a l a s ,
Alábente los ángeles en coro,Raudos batiendo las sonantes a l a s ,
Himnos c a n t a n d o con sus a r p a s d e oro.
Mas tus hijos sin tí, Señor eterno,
¿Dónde h a l l a r á n consuelo en su a m a r g u r a ,
Si en contra s u y a se agitó el a v e r n o ,
Y á p a r el mundo entero se conjura?
— 159 —
¡ A y ! los q u e v i e r o n r o t a s l a s c a d e n a s
Q u e á d u r a e s c l a v i t u d los s u j e t a b a n , .
N o p u e d e n v e r al R e d e n t o r , , apenas?
El c a u t i v e r i o y s e r v i d u m b r e a c a b a n !
Mas tú oirás s u f e r v o r o s o r u e g o ,
•Que e r e s P a d r e d e a m o r y d e c l e m e n c i a ;
Y b a j a r á tu E s p í r i t u c u a l f u e g o
Q u e logre r e a n i m a r l o s en t u a u s e n c i a .
Y con su inspiración fortalecidos
L o s q u e m o r a m o s e n el triste s u e l o ,
Podremos, á tus á n g e l e s unidos,
A d o r a r t e sin fin a l l á e n el c i e l o .
Cristo
ÍDedianero
«Voy á preparar lugar para vosotros».—Jim», xiv. 2.
A c o n s u m a d a su mortal c a r r e r a
En holocausto de infinito amor,
Subió á los cielos y glorioso vive
El Salvador.
Vive á la diestra del eterno P a d r e ,
Que dulcemente se complace en él;
Y allí intercede por sus hijos todos,
Mediador fiel.
En t i e r r a y cielos el poder le es d a d o ,
Esto á sus hijos declaró al subir;
Lo q u e á su Iglesia prometido tiene
Sabe cumplir.
Sobre su trono d e esplendor sentado
El a l m a siempre con amor le ve;
Que e n t r e nosotros y J e s ú s no h a y n u b e
P a r a la fe.
V e r b o divino, que ensalzado r e i n a s ,
Y nos p r e p a r a s celestial mansión;
T e n n o s por hijos, y benigno escucha
Nuestra oración.
En esta oscura terrenal m o r a d a
T ú nuestro a m p a r o , nuestro g u í a sé;
H a s t a que en gloria la visión eterna
Supla á la fe.
Cristo S a c e r d o t e
•Él edificará el templo de Jehováh,
y él llevará gloría; y se sentará y dominará en su trono, y será sacerdote
en su solio».—Zac. v i . 13.
•^~&) S a l u d y b i e n a n d a n z a
D e t o d o el p u e b l o fiel!
Acepta bondadoso
Los cantos de alabanza
Q u e e l e v a tu I s r a e l .
Hunnld-' y abatido,
Redimes' y edificas
El t e m p l o del S e ñ o r ;
T al c i e l o s u b l i m a d o ,
P o t e n t e reivindicas
L a gloria y el honor.
S e n t a d o en solio e t e r n o ,
R e ú n e s sacrificio
Con c e t r o d e m e r c e d ;
Y a b o g a s por nosotros
Y r i g e s n o s propicio,
Real Melquiscdec.
— 162 —
T pues por tí recibe
De Dios todo linaje
De s a n t a bendición,
T a pueblo a g r a d e c i d o
T e r i n d e su homenaje
De araor y adoración.
\
R Cristo e n los Cielos
<Si me amaseis, ciertamente os g o z a ríais porque he dicho que v o y al Padre-.— Juan, x i v . 28.
KVT °
*' '
fcl
Ste
n (
^'
l l l a S
^
e
n
o
s
tSÜS) Los corazones de a l e g r í a s a n t a ,
Señor, t u Iglesia c a n t a ,
Y sus ojos serenos
Al cielo donde estás con fe l e v a n t a .
R e c u e r d a que en el m u n d o
P o r ella como siervo te humillaste,
•Que con amor bajaste
H a s t a el hades profundo,
Y el cautiverio en triunfo c a u t i v a s t e .
Mas hoy en las a l t u r a s ,
P o r Salvador y P r i n c i p e a c l a m a d o ,
El P a d r e te h a ensalzado;
Y á su diestra p r o c u r a s
El sumo bien del pueblo r e s c a t a d o .
Eterno Sacerdote,
Del P a d r e nos alcanzas la clemencia
Benigno; y en tu ausencia
Nos has dejado en dote
Tu E s p í r i t u de luz y de potencia.
— 164
-
N o triste, nó; g o z o s a
L a I g l e s i a e s p e r a q u e la c o n s t i t u y a s
En las moradas tuyas;
Y entonces jubilosa
P r o r r u m p i r á en e t e r n o s A l e l u y a s .
Pentecostés
«Recibiréis la virtud del Espíritu
Santo, que vendrá sobre vosotros, y m e
seréis testigos».—Hech. i. 8.
EÑOR, c u a n d o á los c i e l o s a s c e n d i s t e
A prepararnos eternal mansión,
A t u e s p o s a , la I g l e s i a , c o n c e d i s t e
E n a r r a s d e tu a m o r t u b e n d i c i ó n .
Con e s t r u e n d o de r a u d o t o r b e l l i n o ,
Heraldo de tu santa voluntad,
L e e n v i a s t e el E s p í r i t u D i v i n o
Q u e h a b í a de e n s e ñ a r t o d a v e r d a d .
Con l a c e l e s t e l l a m a e n a r d e c i d o s ;
T u s apóstoles salen sin temor,
Y a n u n c i a n á los h o m b r e s a t u r d i d o s
L a fe e n el d e s p r e c i a d o S a l v a d o r .
Miles y m i l e s con oído a t e n t o
E s c u c h a n el m e n s a j e d e la p a z ,
Y al v e r del v a t i c i n i o el c u m p l i m i e n t o ,
A tí c o n v i e r t e n la c o n t r i t a faz.
El E v a n g e l i o por d o q u i e r r e s u e n a ,
Y es r e c i b i d a por d o q u i e r tu. cruz:
La Iglesia se propaga, crece, y llena
El u n i v e r s o d e e s p l e n d e n t e l u z .
— J66 —
Desde entonces ¡oh! cuántos hanlogradO'
P o r ti la dulce paz en su aflicción!
Desde entonces ¡oh! cuánto se ha mostradoT u amor, dando á los hombres s a l v a c i ó n .
T ó r esto inclina la rodilla el hombre
A n t e tí con sincera g r a t i t u d ,
T eleva tiernos himnos á tu N o m b r e ,
El solo en que se e n c i e r r a su salud.
A tus hijos, Señor, en este d í a
L l e n a de paz, de gozo y santidad,
Y t u E s p í r i t u Santo nos envía,
Que nos confirme en toda la v e r d a d .
Rí Espirita S a n t o
.Él está eon vosotros, y eerA en vosotros».— Juan, xiv. 17.
ESCIENDE, E s p í r i t u d e a m o r ,
Paloma celestial,
P r o m e s a fiel del S a l v a d o r ,
De g r a c i a m a n a n t i a l .
A v i v a n u e s t r a e s c a s a fe,
Y d a n o s la salud;
Benigno guía nuestro pie
Por sendas de virtud.
Consuela nuestro corazón,
Y habita siempre en él;
C o n c é d e l e el p r e c i o s o d o n
D e r e c i b i r t e fiel.
D e r r a m a en pródigo raudal
L a v i d a , g r a c i a y luz;
Y a p l í c a n o s el e t e r n a l
Rescate de la cruz.
— 168 —
T u s frutos da do s u a v e olor
Al corazón: solaz,
Benignidad, paciencia, amor,
Bondad, templanza y paz.
Al P a d r e s e a todo honor,
T o d o . a l Hijo t a m b i é n ,
Y al c e l e s t i a l C o n s o l a d o r
Eternamente. Amén.
fil Espíritu S a n t o
il
«Tu buen Espíritu me guie».—Salmo
CXLIII.
10.
ESCTENDE, E s p í r i t u D i v i n o ,
Desciende A nuestro corazón;
Y p r e p a r á n d o l o tu g r a c i a ,
E n él i n s t a l a tu m a n s i ó n .
Ven, nuestras mentes ilumina
Con los f u l g o r e s d e t u l u z ,
Y p e n e t r e m o s los a r c a n o s
Del sacrificio d e la c r u z .
A r r a i g a m á s en n u e s t r a s a l m a s
L a fe e n J e s ú s el R e d e n t o r ,
Y haz que sintamos cada uno
Q u e es n u e s t r o p r o p i o S a l v a d o r .
Inspíranos sabiduría,
E n s é ñ a n o s toda v e r d a d ,
Y g u í a n o s por los s e n d e r o s
D e la j u s t i c i a y s a n t i d a d .
— 170 —
Manten a c t i v a en nuestros pechos
L a a r d i e n t e llama del amor,
Amor q u e impulse á conducirnos
Cual siervos fieles del Señor.
Con t u s a g r a d a unción nos sella,
Protégenos con tu poder,
Y de esta v i d a nos t r a s l a d a
A la q u e ansiamos poseer.
E t e r n a gloria sea al P a d r e ,
E t e r n a gloria al Redentor,
E t e r n a gloria al Paracleto..
E t e r n a gloria, eterno honor.
ñ l Espifitü Santo
III
«Recibiréis el don üel Espirito Santo». —Hech. I I . 38.
. ^ Santo Espíritu de Dios;
A v i v a con tu influencia
N u e s t r a débil fe y amor;
Y con tus d á d i v a s
Llena benéfico
Nuestro pobre corazón.
! {
D a á las mentes luz divina
Y e n las a l m a s g r a c i a pon;
Los pechos á Dios inclina
En sincera adoración;
Y nuestros cánticos
Y n u e s t r a s súplicas
L l e v a al trono del Señor.
A n t e el Dios supremo tenga
Nuestro culto aceptación;
Y sobre nosotros v e n g a
E n r a u d a l e s bendición:
Esto concédenos,
Divino Espíritu,
Celestial Consolador.
Credo
к
e n
o s
йДЪ "'°
^ ' > P a d r e tod opod eroso,
De tod o cuanto existe Cread or;
Y creo en Jesucristo, su Hijo a m a d o ,
Nuestro eterna.' Si-ñor.
P u e concebid o por v i r t u d d i v i n a ,
M a r í a virgen m a d r e le d io á luz;
Y bajo d ü Pilato pad eciend o,
Murió sobre una Cruz.
Fue-sepultado,-.penetró en el had es,.
La m u e r t e no le pu lo sujetar;
Subió A.l'.s cielos, j u n t o al P a d r e m o r a ,
Y nos v e n d r á á juzgar..
Creo en el Santo Espíritu, en la Iglesia,
Y d e los santos Comunión t a m b i é n ;
En el perd ón, resurrección d e muertos
Y vid a eterna. A m é n .
Fe
• Creo, Señor».—Juan, ix, 38.
en tí yo creo,
Y siempre c r e e r é ;
Que brilla dentro el a l m a
La antorcha de la fe.
Al cielo ¡cuántas veces
La vista en mi aflicción
Volví, y dulce consuelo
Bajaba al corazón!
EÑoi!,
Si c u a n d o en torno miró,
No encuentro humano t>ér
Que mis dolores pueda
Calmar, ni aun c o m p r e n d e r ,
¿Cómo c u r a r la herida,
Cómo aliviar la cruz,
Si el alma no i n u n d a r a
De fe la s a n t a luz?
Es g r a t o , si sufrimos
En horas de ansiedad,
Saber que desde el cielo
Nos m i r a s con piedad;
— 174
-
Que cuentas nuestras penas,
Que v e s nuestro dolor,
Que escuchas nuestros a y e s ,
Y e n v í a s tu favor.
Señor, bendito seas,
Bendito veces mil!
P o r q u e si a r t e r o e! m u n d o
S u red nos a r m a hostil,
En nuestro pedio encienden
L a l l a m a d e la fe,
Y m u n d o y red p o d e m o s
Hollar con nuestro pie.
L a fe q u e al h o m b r e a n i m a ,
Tiu m á s p r e c i o s o d o n ,
E s luz en las t i n i e b l a s ,
A l i y i o en la a f l i c c i ó n ,
A m p a r o al d e s v a l i d o ,
Al n á u f r a g o s a l u d ,
Venero de alegrías,
Cimien,to á la v j r t u d .
P o r oso y o t e a d o r o ,
P o r e s o c r e o en t i ,
D e quilín d á d i v a t a n t a
Sin p r e c i o r e c i b í .
Confirma y a c r e c i e n t a ,
S e ñ o r , mi h u m i l d e fe;
Y cual soy t u y o ahora,
P o r s i e m p r e lo s e r é .
El Padree flaestpo
i
'ADRE nuestro, que en los cielos
Habitas, tu n o m b r e sea
Santificado, y t u reino
Á todos los hombres v e n g a .
T u voluntad sacrosanta
Cúmplase sobre la tierra,
Cual tus santos en los cielos
Y t u s ángeles la o b s e r v a n .
El cuotidiano alimento
Dénos hoy tu providencia;
Y n u e s t r a s faltas p e r d o n a ,
Cual nosotros las a j e n a s .
No permitas que caigamos
En tentación, si nos cerca;
Y tu auxilio poderoso
De todo mal nos defienda.
T u y o es el reino y la gloria,
T u y o el loor y potencia;
P u e s por los siglos d e siglos
Sólo tú, Dios nuestro, r e i n a s .
lia
Oración
< La oración eficaz del justo puedo
mucho. > —Santiago, V. 16.
ULCE oración, dulce oración,
Que del cuidado t e r r e n a l ,
Sabes llevar mi corazón
H a s t a el buen P a d r e celestial!
¡Oh! c u á n t a s veces t u v e en ti
Auxilio en r u d a tentación,
Y cuántos bienes recibí
P o r t u valor, dulce oración!
Dulce oración, dulce oración,
Al trono excelso de b o n d a d
E l e v a r á s mi petición
H e c h a con labios de v e r d a d .
Será mi ruego oído allí,
Y la divina bendición
En a b u n d a n c i a sobre mí
Descenderá, dulce oración.
Dulce oración, dulce oración,
Que aliento y gozo al a l m a das,
E n esta t i e r r a de aflicción
Consuelo siempre me serás,
H a s t a el momento en que v e r é
F r a n c a s las p u e r t a s de Sión.
Volando entonces te d i r é :
Adiós, adiós, dulce oración *.
Traducción muy libre del inglés Sweet hour of j rayer, de Walford.
Lta o r a c i ó n a c e p t a b l e
«Cercano está el Señor á todos l o s
que le invocan».—Sal. C I L V . 18.
•«nrRATO es s a b e r q u e el Dios d e a m o r
Dispuesto á oir al hombre está,
Y q u e propicio su clamor
Escuchará.
De dones tiene plenitud
P a r a el q u e humilde llega á é l ,
Y a m a n t e c a l m a la i n q u i e t u d
Del hijo fiel.
Alcemos, pues, y a c e p t a i r á
Al P a d r e Dios n u e s t r a oración;
Porque Jesús interpondrá
Su mediación.
Y en su cariño p a t e r n a l
T e n d r e m o s p a z , g r a c i a y sostén,
Sabiendo q u e es el m a n a n t i a l
De todo bien.
12
Lia oración perseverante
«Me invocará, y yo le responderé*
Sal. x c i . 15.
EL P a d r e de las luces,
Dios lleno de bondad,
Procede toda gracia,
P e r d ó n , salud y paz.
Coro.—Pidamos
con fe v i v a ,
Oremos sin cesar;
Y á n u e s t r a s peticiones
Dios fiel responderá.
J e s ú s tiene e n los cielos
Imperio y potestad,
Y ej ruego de los fieles
Su n o m b r e hace eficaz.
Si torpe el labio ignora
P l e g a r i a s formular,
El Santo P a r a c l e t o
Al a l m a e n s e ñ a r á .
Al trono de la g r a c i a .
Lleguemos sin d u d a r ,
Pues Cristo por/nosotros
Intercediendo está.
Á la Trinidad
«Santo, Santo, Santo el Senor Dioa
Todopoderoso, que era, que es, y que
ha de venir».—Apocalipsis, iv. 8.
ANTO! ¡Santo! ¡Santo! Señor Omnipotente,
Siempre el labio mío loores te d a r á .
¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! T e adoro r e v e r e n t e ,
Dios en T r e s Personas,, bendita T r i n i d a d .
¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! El numeroso coro
De tus escogidos te a d o r a n sin cesar
De g r a t i t u d llenos, y sus coronas de oro
Al redor inclinan del cristalino m a r .
¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! L a inmensa m u c h e d u m b r e
De espíritus puros que h a c e n t u v o l u n t a d ,
Ante ti se postran b a ñ a d o s en tu l u m b r e ,
Ante ti que has sido, que e r e s , y s e r á s .
¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! Por más que estés velado
Con sombras, y el h o m b r e no te p u e d a m i r a r ,
Santo T ú eres sólo; y n a d a h a y á tu lado
En poder perfecto, p u r e z a y c a r i d a d .
— 180 —
¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! La gloria de tu nombre
Publican tus obras en cielo, t i e r r a y m a r .
¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! T e adore todo hombre,
Dios en T r e s P e r s o n a s , bendita T r i n i d a d *.
Traducción del inglés Holy, holy, holy, Lord God Almighty,
Heber.
1
del Obi
Caito
«Allegaos á Dios, y él se allegará A
vosotros».—Santiago, ir. 8.
LEVA, alma mía, tu m e n t e á los cielos,
<_¿V Y allí en luz y gloria contempla al S e ñ o r ;
No temas humilde llegarte á su trono,
Que es trono de g r a c i a fundado en amor.
T e m i e r a , Dios mío, si en propia justicia
Osara a p o y a d o llegar hasta ti;
Mas hora tu misma justicia soy hecho
En Cristo, que ha dado su vida por mí.
Me acerco cual hijo que viene á su P a d r e ,
Cual hijo que a c u d e gozoso al h o g a r ,
Y el g r a t o reposo, las tiernas caricias
Que e x p l a y a n el a l m a , desea gozar.
Me acerco, y postrado delante del trono
Do i r r a d i a n la g r a c i a , perdón y salud,
Humilde te adoro, y ansio ofrecerte
El fiel homenaje de mi g r a t i t u d .
182 —
Ansio mis voces unir á las voces
Del coro que eleva c a n t a r celestial;
Y en s a n t a a r m o n í a loar tus bondades,
T u eterna justicia, tu gloria inmortal.
Acepta, Dios mío, mi ofrenda, a u n q u e pobre;
Conozco humillado su escaso valor:
Mas h á g a l a g r a n d e , valiosa á tus ojos,
El n o m b r e adorado de Cristo el Señor.
Alabanza
«Alábente, oh Señor, todas tus obras;
y tus santos te bendigan.»
Sal.
CXLV.
LABAD al Señor, c r i a t u r a s todas,
Y celebrad su n o m b r e en tiernas odas;
P o r q u e El el ser os dio, y v u e s t r a existencia
Sostiene su b e n i g n a providencia.
Alabad al Señor, cielos y t i e r r a ,
Y cuantos mundos el espacio encierra:
Decid que Dios es g r a n d e en poderío,
Y publicad que es sabio, justo y pío.
Alábenle los ángeles en coro,
Pulsando con fervor sus liras de oro,
Y el eco del c a n t a r los serafines
Lleven de la creación á los confines.
Al coro u n a n su voz el firmamento,
L u n a y sol, sombra y luz, nubes y viento;
Nieves y escarchas, lluvias y rocío,
Bonanza y tempestad, calor y frío;
10.
— 184 —
Mares y arroyos, montes y collados,
Fértiles valles y fecundos prados;
A v e que r a u d a por el aire g i r a ,
Y cuanto en cielo y t i e r r a y m a r respira.
H o m b r e s , mujeres, jóvenes y ancianos,
Magistrados, justicias, soberanos,
De todas lenguas, tribus y naciones,
Al Creador ofrezcan sus canciones.
Y a n i m a n d o la armónica alianza,
La Iglesia eleve al cielo su alabanza;
Que sea acepta á Dios, y constituya
De amor y g r a t i t u d el Aleluya.
Alabanza
ii
«Reconoced qne .Tehováh él es el
Dios».—Salmo, c. 3.
Humildes v u e s t r a frente,
Naciones, inclinad.
El es el Ser supremo,
Señor de cuanto existe;
Y n a d a al ñ n resiste
Al g r a n d e J e h o v á h .
Del polvo de la t i e r r a
Formónos complacida
Su mano, y diónos vida
Su aliento c r e a d o r .
Y al vernos después ciegos
En la m a l d a d sumidos,
Cual p a d r e á hijos queridos
Salud nos p r o v e y ó .
L a gratitud sincera
Nos dictará canciones,
Y en coro alegres sones
Al cielo s u b i r á n :
—
186
-
Con los celestes himnos
Armónica alianza
F o r m a n d o , su a l a b a n z a
Doquier r e s o n a r á .
Señor, á tu p a l a b r a
Los mundos obedecen,
Y del mortal perecen
La ciencia y altivez.
T u amor y v e r d a d solos
Iín n a d a h a b r á n menguado,
Después que h a y a n cesado
Los siglos de correr.
Alabanza
ni
«Inclínate :V él. porque él es tu Señor».— Sal. x l v . 11.
JjA u R e y g l o r i o s o d e tierra y cielo
h ¿ 3 Gratos r i n d a m o s a d o r a c i ó n ,
Y c e l e b r e m o s a c á en el suelo
Sus maravillas, que eternas son.
Él n u e s t r o e s c u d o , la fortaleza
Donde radica nuestra salud.
Él o s c u r e c e con s u b e l l e z a
Los r e s p l a n d o r e s d e la v i r t u d .
A n t e s u s iras el m u n d o c a l l a ,
C u a n d o e n o j a d o por la m a l d a d
V i e n e en las n u b e s , y el r a y o e s t a l l a
Y es su c a r r o z a la t e m p e s t a d .
Cuanto la t i e r r a b u e n o c o n t i e n e
E n s u s e n t r a ñ a s y en s u e x t e r i o r ,
T u poderío creó y sostiene
E n beneficio n u e s t r o , oh S e ñ o r .
— 188 —
D e t u s b o n d a d e s , q u e son sin c u e n t o ,
¿Quién el tesoro p o d r á a p r e c i a r ?
F l o t a n en n u b e s , l l u v i a s y v i e n t o ,
Montes y v a l l e s , ríos y mar.
D e h u m i l d e b a r r o flacas h e c h u r a s ,
Corrido habernos del m a l e n p o s ;
Mas tú te m u e s t r a s á tus c r i a t u r a s
P a d r e a m o r o s o , b e n i g n o Dios.
T u a m o r , c u a l d e b e n , sólo en el cielo
Los s e r a f i n e s s a b e n c a n t a r . . .
¡Oh! ¡si s u s c a n t o s en e s t e s u e l o
N o s fuera, al m e n o s d a d o i m i t a r !
Alabanza
IV
«Cuan amables son tus moradas»
Sal.
LXXXIV.
IIJOS del c e l e s t e
1.
Rey,
D a d l e o f r e n d a s de loor;
Y p u e s t i e n e a m o r por l e y ,
A c a t a d l e con a m o r .
£~¡£jl
A sus atrios
Y g o z a r de. su
Vale más que
En las t i e n d a s
acudir
amistad,
residir
de maldad.
E n s u t e m p l o s e hallan p a z ,
Gracia, júbilo y salud,
Q u e á l a s a l m a s d a n solaz
Y d i s i p a n la i n q u i e t u d .
Contra q u i e n confia en Él
I m p o t e n t e es r u d a lid;
P o r q u e es Dios a m i g o fiel,
D e los s u y o s a d a l i d .
Vuestros cantos, pues, alzad
A s u trono c o n fervor,
Y homenaje tributad
A la g l o r i a del S e ñ o r .
Alabanza
«Su alabanza sea eu la congregación
de los santos».—Sai. O X L Í J Í . 1.
LORIA á Dios! porque su g r a c i a
k^K En nosotros abundó,
Y su fie! misericordia
E n nosotros se mostró.
¡Gloria á Dios! porque no m i r a
Nuestra vieja iniquidad,
Mas bondoso nos reviste
De justicia y santidad.
¡Gloria á Dios! que de fe p u r a
Hinche nuestro corazón,
Y del Hijo que a m a tanto
Nos concede el sumo don.
¡Gloria á Dios! que a q u í nos u n e
En perfecta y dulce paz,
P o r su diestra protegidos,
Alumbrados por su faz.
— 191 —
¡Gloria á Dios! á quien complace
Recibir n u e s t r a oración,
Nuestros cantos de a l a b a n z a ,
Nuestra p u r a adoración.
¡Gloria á Dios! que en a b u n d a n c i a
Sus bendiciones nos da.
Y si esto es en la tierra,
E n los cielos, ¿qué será?
Aleluya Perenne
«Oí como la voz de una grande compañía, que decían: Aleluya.»
Apoc. xix. 6.
LELUYA entonad los que en el cielo
^•¿¿9 Tenéis v u e s t r a inorada y vuestra gloria ¡
Aleluya p e r e n n e .
Y cantemos también los q u e en el suelo
Caminamos en pos de la victoria,
Aleluya perenne.
E n t o n a d , Principados y Virtudes,
Arcángeles, Dominios, Querubines,
Aleluya p e r e n n e .
Repetid al compás de los laúdes,
Criaturas d e luz y Serafines,
Aleluya p e r e n n e .
Los que en s a n g r e lavasteis vuestros mantos
Por.no n e g a r la fe, c a n t a d gozosos
Aleluya p e r e n n e .
Sea el teína de todos vuestros cantos,
Confesores y Apóstoles gloriosos,
Aleluya p e r e n n e .
— 193 —
L o s q u e os v e i s d e )a c u l p a p e r d o n a d o s
C l a m a d , al e m p r e n d e r la n u e v a s e n d a ,
Aleluya perenne.
Y en amor cada día edificados,
P r e s e n t a d al S e ñ o r e n g r a t a o f r e n d a
Aleluya perenne.
Niños y hombres, doncellas y matronas,
D e c i d fieles e n c á n t i c o s o n o r o
Aleluya perenne.
Y viendo en lontananza las coronas,
C l a m e t o d a la I g l e s i a e n d u l c e c o r o ,
Aleluya perenne.
Al a l t í s i m o D i o s t r e s v e c e s s a n t o
E l é v e s e por t o d a s l a s e d a d e s
Aleluya perenne.
S e a s i e m p r e d e a m o r el tierno c a n t o
Con q u e el m u n d o c e l e b r e s u s b o n d a d e s ,
Aleluya perenne.
13
Te D e u m
(,)
T i , olí Dios, loamos,
Y supremo Señor te confesamos.
A Ti la t i e r r a entera
P a d r e eterno te a c l a m a y te v e n e r a .
Angeles, Querubines,
Potestades del Ciclo y Serafines,
En incesante canto
P r o c l a m a n todos: Santo, S a n t o , Santo,
Señor omnipotente,
G r a n Dios de Sabaóth doquier presente;
T u gloria el cielo llena
Y de tu majestad la t i e r r a es plena.
A T i en la excelsa cumbre,
De Profetas la noble m u c h e d u m b r e ,
La asamblea gloriosa
De Apóstoles, la hueste victoriosa
De Mártires sin Cuento,
Profieren su a l a b a n z a en g r a t o acento.
Del orbe por la extensa.
Región, á T i , de majestad inmensa
P a d r e , la difundida
Iglesia te confiesa; y redimida
Culto rinde sincero
Al Hijo venerando y v e r d a d e r o ,
— 195 —
:
T u único e n g e n d r a d o (2),
Y al paráclito Espíritu s a g r a d o .
T ú el R e y de Gloria eterno,
Del P a d r e , oh Cristo, el Hijo sempiterno.
T ú , habiendo en tus arcanos
Dispuesto libertar á los humanos,
A la t i e r r a bajaste
Y el seno virginal no desdeñaste.
T ú á la m u e r t e venciste,
Y el cielo á los c r e y e n t e s nos abriste.
Con Dios estás sentado,
De la gloria del P a d r e rodeado;
Y en el día postrero
Creemos que v e n d r á s cual J u e z severo.
A T i , púés, elevamos
Nuestras preces, y humildes suplicamos
Que sean socorridos
T u s siervos con tu s a n g r e redimidos.
Haz que la gloria vean
Y con tus santos galardón posean (3).
Cual t u promesa dice,
..
Salva á tu pueblo y tu h e r e d a d bendice}
Gobiérnalos clemente
•
Y ensálzalos, Señor, perpetuamente.
Cada día alabamos
T u N o m b r e , y por los siglos te adoramos.
Benigno en este día,
De aflicción (4) y pecado nos desvía.
De nosotros te a p i a d a
Con tu misericordia ilimitada.
T u compasión logremos,
Según n u e s t r a esperanza en Ti ponemos.
i¡
— 196 —
Señor, á T i he creído;
N o seré para siempre confundido. .
D a á tu p u e b l o i n d u l g e n c i a ,
,Y:,en oprobio no dejes á tu h e r e n c i a (5).
(1) Este Te D'eum es traducción del que existe en el Rito
Muzárabe. No es una versión literal, pues las e x i g e n c i a s del metro obligan con frecuencia á condensar los pensamientos, omitiendo palabras, ó á expandirlos, añadiendo a l g u n a s que no desfiguren la idea del original. En este terreno creo que no me lie
tomado más libertad que otra^ poetas, incluso el Maestro Fray
D i e g o González.
'
(2) El Muzárabe dice unigenitum;
el Breviario Komano dice
unicum.
(3) El Muzárabe dice «cum sanctis tuis.... munerari»
(sean
galardonados); el Romano, numeran
(sean contados).
(4) Muzárabe, sine tribulatione etpeccato; Romano, sine percato.
(5) Estos dos últimos versos constituyen el versículo último
en el Muzárabe, que no se halla en el Romano, y es como sigue:
Parce, Domine, parce populo tito; et ne des in opprobrium
hceiedilatem
tuam.
Estas son las principales diferencias que se observan entre el
Te Deum del Rito Muzárabe y el del Breviario Romano.
ü a Iglesia
«Jesús es la cabeza del cuerpo,
la Iglesia.»—Coloaenaes, 1.18.
E la Iglesia el fundamento
Es J e s ú s el Salvador;
P o r el. a g u a y la p a l a b r a
Le dio vida su Señor:
P a r a h a c e r l a esposa quiso
De los cielos descender,
Y su s a n g r e , por limpiarla,
En la horrible cruz v e r t e r .
De e n t r e todas las naciones
Escogida en v a r i e d a d ,
A t r a v é s de las edades
Se presenta en u n i d a d ^
Y los títulos que ostenta
Son, tener sólo un Señor,
Una; fe y u n nacimiento,
Un constante y p u r o amor.
Sólo u n nombre ella b e n d i c e ,
Participa de un manjar,
L a consuela u n a esperanza
Y en la cruz tiene su altar;
198
-
Por el celo que la a n i m a ,
De las aliñas corre en pos,
Y ambiciona por la g r a c i a
Conducirlas h a s t a Dios.
Aunque el mundo, combatida
Del error por el vaivén
Y de cismas d e s g a r r a d a ,
La contemple con desdén;
En vigilia están los santos,
Y j a m á s cesan de o r a r :
Lo que es hoy tristeza, pronto
Será júbilo y c a n t a r .
A t r a v é s de sufrimientos
Y fatigas y dolor,
El glorioso día espera
En que vuelva su Señor:
Consumada y plena entonces
Su c a r r e r a y su salud,
E n t r a r á libre y triunfante
En la e t e r n a beatitud V
Traducei6n del ingles The Church's one foundation,
Stone. La tereera estrofa tieue pensamientos mios.
1
de Samuel J lion
Jubileo
• Haréis pasar la trompeta de jubilación, por toda vuestra tierra».—Levitico, xxv. 9.
Despierte á la nación;
Y escuchen la n u e v a
Que alegre les lleva:
Hoy se proclama libre perdón ;
Este es el día de redención.
El P a d r e celestial
S a l v a r quiere al mortal,
Y á su Hijo el a m a d o
t
. Al m u n d o ha enviado:
V e n g a n los hombres sin excepción,
Qae p a r a todos h a y salvación.
J e s ú s el Redentor
- Por su infinito amor
A todos convida
Y quiere d a r vida.
Todo el rescate p a g a d o está;
L i b e r t a d plena de g r a c i a da.
— 200 —
Del Evangelio el don
Acepte la nación
Con fe v e r d a d e r a ,
Creyendo sincera
Que es solo Cristo quien puede d
P a z á los pueblos y bienestar.
ñ trabajar
«Vé boy á trabajar en mi riña
Hat. xxi. 28.
•^T*EX
á trabajar.
H a y campo vasto y a b u n d a n t e mies,
Y el b u e n J e s ú s te llama á su labor;
No sordo al dulce llamamiento estés
De tu Señor.
V<s¿
Ven á t r a b a j a r .
Breve es el tiempo y volará fugaz,
La vida incierta, instable la salud:
No lo demores; m u e s t r a u n a eficaz
Solicitud.
Ven á t r a b a j a r .
Angeles no, m a s hombres h a n de ser
Los q u e en el m u n d o ejerzan tal función:
T u y o el honor, y t u y o es el deber,
Y el g a l a r d ó n .
Ven á t r a b a j a r .
Excelso honor! la g r a c i a p r o c l a m a r
Heraldo noble de la a u g u s t a c r u z ,
Y al preso n u e v a s de perdón llevar,
Y al ciego luz!
— 202 —
Ven á t r a b a j a r .
Grato deber! apóstol de la paz
L a paz llevar á la infeliz nación,
En la v e r d a d brindándole solaz
Y salvación!
Ven á t r a b a j a r .
El galardón y a p r e p a r ó J e s ú s ;
¿Quién sino tú lo d e b e r á gozar?
Afuera d u d a s , no vaciles, sus,
A trabajar!
Evangelizad
• ¡Cuan hermosos los pies del que publica la paz, del que trae nuevas del
bien, del que publica salud!»—is. L I I . 7.
^¡PRISTE es m i r a r que e n v u e l t a en sombra oscura
V a g a en redor la inmensa m u l t i t u d ,
Sin percibir ni un r a y o de luz p u r a
Que lleve al a l m a su eficaz v i r t u d .
—Cristo el e n c a r g o os d a ,
Y él con vosotros va:
L l e v a d la n u e v a de su amor profundo,
Que ofrece luz al m u n d o .
F a l t a d e fe, la vida es u n a c a r g a ,
Serie sin fin d e a n g u s t i a s y dolor:
Y muchos h a y que a p u r a n suerte a m a r g a ,
Sin los consuelos del divino a m o r .
—Cristo el e n c a r g o os da,
Y él con vosotros v a :
Llevad la n u e v a de su amor profundo,
Que b r i n d a gozo al m u n d o .
R u d a inquietud alójase en los pechos
De la pasión al r á p i d o vaivén;
- 204 —
Nunca el afán los deja satisfechos,
Ni gozan n u n c a de la paz el bien.
—Cristo el encargo os da,
Y él con vosotros va:
L l e v a d la n u e v a de su amor profundo,
Que trae paz al mundo.
Funestos son los gajes del pecado,
Y cerca está el horrible p o r v e n i r :
Si saben que J e s ú s los ha salvado,
¿No h a b r á millares que q u e r r á n vivir?
—Cristo el encargo os da,
Y él con vosotros va:
L l e v a d la n u e v a de su amor profundo,
Que da salud al mundo.
Todo sin precio
«Venid, comprad sin dinero y sin
precio»,—Js. i/v. 1.
Regocíjese el q u e siente
El pecado a b r u m a d o r :
Ya resuena el Evangelio
De la t i e r r a en la a n c h a faz,
Y de g r a c i a ofrece al h o m b r e
El perdón, consuelo y paz.
V e n g a n todos los que sufren,
Los que sientan h a m b r e ó sed,
Los que débiles se encuentren
De este mundo á la merced:
E n J e s ú s h a y pronto auxilio,
H a y h a r t u r a y bienestar,
H a y salud y fortaleza,
Cual ninguno puede d a r .
V e n g a n cuantos se acongojan
Por lograr con qué vestir,
Y á su afán tan sólo rinden
S e r v i d u m b r e hasta morir:
• - 206 —
Un vestido h a y más precioso,
Blanco, p u r o y e t e r n a ] ,
Y es J e s ú s quien d a á las a l m a s
Ese m a n t o celestial.
v
¿Por qué en r u m b o siempre incierto
V u e s t r a vida recorréis?
A J e s ú s venid, mortales,
Que m u y cerca le tenéis:
El es v i d a en t i e r r a y cielo,
Y el exceso de su amor
Os mejora la presente
Y os reserva otra mejor.
Canto d e m i s i ó n
• Que la palabra del Señor corra y sea
glorificada..—2." Tesai, i n . 1.
/
ig-PjicL, frigido P i r e n e
<C¿^ Al Calpe nebuloso,
Del Tajo caudaloso
Al fértii Guadal viar,
Del Evangelio santo
La dulce voz resuene;
De paz y gozo llene
Las almas sin cesar.
Las sombras disipando
De todos los errores,
E s p a r z a sus fulgores
Cual esplendente luz;
Y anuncie á los mortales,
Que b o r r a su pecado
El q u e menospreciado
Murió sobre la cruz.
De vanos simulacros
H ú n d a n s e los altares,
Que levantó á millares
L a h u m a n a ceguedad:
-
208
-
Del hombre con fe v i v a
El cnlto r e v e r e n t e
Se r i n d a solamente
A la Divinidad.
No más profanos ritos,
No más supersticiones:
A Dios los corazones,
P u e s suyos son, se den.
Del Hijo sacrosanto
Venere el dulce n o m b r e ;
Que en él e n c u e n t r a el hombre
Salud, reposo y bien.
Señor, la mies es mucha,
Son pocos los obreros:
L e v a n t a misioneros
En esta tu nación;
H a s t a que tu Evangelio
Resuene por doquiera,
Y obtenga E s p a ñ a entera
De tí la salvación.
Invitación
«Inclinad vuestros oídos y venid á
mí».—7». l v . 8.
Jesucristo
Ven sin t a r d a r ,
Que e n t r e nosotros
H o y él está,
Y te convida
Con dulce afán,
T i e r n o diciendo: Ven.
Coro.—¡Oh c u a n g r a t a n u e s t r a reunión,
Cuando allá, Señor, en t u mansión
Contigo estemos en comunión,
Gozando eterno bien!
Piensa q u e él sólo
Puede colmar
T u triste pecho
De gozo y paz;
Y porque anhela
T u bienestar,
Vuelve á decirte: Ven.
14
— 210 —
Su voz escucha
Sin vacilar,
Y g r a t o acepta
Lo q u e hoy t e d a .
Tal vez m a ñ a n a
No h a b r á l u g a r .
No te detengas, ven.
1
Imitación del inglés Come to the Savior, malee no delay, de G. F. Root.
V u e l v e al h o g a r
• Me levantaré, é iré á mi Padre».—
Luc. xv. 1S.
T r a n q u i l o al hogar,
Y acepta el a b r a z o
De amor p a t e r n a l .
Coro.—Olí pródigo hijo,
Regresa al hogar.
Ven, ven,
P a r a tu bien.
Regresa, regresa;
No sufras ya. más,
Desnudo y hambriento,
Cruel soledad.
Regresa, regresa;
Y sin v a c i l a r
Desecha el pecado
Con noble ansiedad.
Regresa, regresa;
Que el P a d r e al u m b r a l
T e aguarda, y te brinda
P e r d ó n , g r a c i a y paz.
— 212 —
Regresa, r e g r e s a ;
Y aquí gozarás
De amigos y hermanos
Cariño sin p a r '.
Imitación del inglés Come heme! Come homel de Mrs. E. H. Gates-
J e s à s de Nazaret
«Y dijéronle que pasaba Jesús Nazareno».—Luc. x v n i . 37.
\ j $ i u É significa ese rumor?
¿Qué significa ese tropel?
¿Quién puede un día y otro así
Las m u c h e d u m b r e s conmover?
Responde el pueblo en alta voz:
P a s a J e s ú s de N a z a r e t .
ty¿R
¿Quién es, decid, ese J e s ú s
Que manifiesta tal poder?
¿Por qué, á su paso, la ciudad
Se agolpa ansiosa en torno de él?
Lo dice el pueblo, oid su voz:
P a s a J e s ú s de N a z a r e t .
¡Jesús! quien vino acá á sufrir
Angustia, afán, cansancio y sed;
Y dio consuelo, paz, salud
A cuantos v i e r a p a d e c e r .
P o r eso alegre el ciego 03ro:
Pasa Jesús de Nazaret.
— 214 —
Aún hoy Tiene el b u e n J e s ú s
Dispuesto ti hacernos mucho bien,
Y a m a n t e llama á nuestro hogar
Y quiere en él p e r m a n e c e r .
Se acerca y a ; ¿no oís la voz?
P a s a J e s ú s de N a z a r e t .
Los que sufrís tribulación
Venid, descanso y paz t e n d r é i s ;
Los que alejados camináis
De Dios, su g r a c i a poseed;
Si sois tentados, hed a h í ,
P a s a J e s ú s de N a z a r e t .
1
Mas si su g r a c i a rechazáis,
Su amor m i r a n d o con desdén,
Entristecido
rehará,
Y en v a n o luego c l a m a r é i s .
¡Es t a r d e y a ! — d i r á la voz.—
¡Pasó J e s ú s de N a z a r e t !
» Traducción del inglés What means this eager, auxious
Campbell.
throng,
de
Todo e s t á h e c h o
«¿Qué haré para poseer la vida eterna?»— Luc. X V I I I . 18.
*|M¡ ADA t u y o , pecador,
De valor será;
Todo lo hizo el Salvador
Largo tiempo ha.
Cuando del cielo bajó
A o b r a r y morir,
Todo completo quedó.
Óyele decir:
«¡Consumado es!» Oh, sí;
Hecho todo está.
¿Qué más necesitas, di?
Nada, nada y a .
T u fatiga estéril es,
P o b r e pecador.
Desiste, desiste pues;
Ya lo obró el Señor.
Mientras de tal obra el don
Dejes de a c e p t a r ,
Las t u y a s fatales son,
Muerte h a n de l l e v a r .
— 216 —
Reconoce humilde pues
Su n i n g ú n valor,
Y arrójalas á los pies
De tu Redentor.
Busca en Cristo la salud
Con deseo fiel,
Y hallarás tu plenitud
Sólo, sólo en Él '.
Traducción del inglés Nothing, either great or small, de J. Proctor.
"miserere"
«Dios, sé propicio á mí, pecador».—
Luc.
XVIII.
13.
W^OR mis culpas, Señor, Hoco
Y afligido vengo á t í ;
T u misericordia imploro,
Compadécete de mí;
Y alegría al corazón
Restablezca tu p e r d ó n .
Concebido fui en pecado,
T u s preceptos q u e b r a n t é ,
I n c u r r í en tu d e s a g r a d o ,
De tus dones abusé;
Mas detesto mi m a l d a d ,
Y me entrego á tu p i e d a d .
Muestra ahora tu clemencia,
Borra, oh Dios, mi rebelión,
Purifica mi conciencia,
D a m e un nuevo corazón,
Y hazme a n d a r en rectitud
Por tus sendas de salud.
— 218 —
Esta gracia humilde espero
Por tu Hijo el Salvador,
Que es mi santo Medianero
P r e p a r a d o por tu amor;
Y así puro ante tu faz,
T e n d r é vida en gozo y paz.
A n h e l o s espifdtaales
•Pide lo que quisieres que yo te dé».
1." Beyes, m . 5.
¿^i Eterno Hijo de Dios,
Amigo del que sufre,
Bendito Salvador!
P e r m i t e que te e x p o n g a
Mi triste condición,
Y v é lo que m e falta,
^Sabiendo lo que soy.
Altivo y asediado
De propia estimación,
Con paso vacilante
P o r tus senderos v o y .
Me falta ser humilde,
Me falta abnegación,
Me falta ardiente celo...
¿Me los d a r á s , Señor?
Yo leo tu P a l a b r a ,
L a estudio con ardor,
Ilustro así mi m e n t e ,
P e r o ¿y mi corazón?
— 220 —
Me falta aquella ciencia
Q u e d a t a n sólo Dios,
Me faltan luz y g r a c i a . . .
¿Me las d a r á s , Señor?
Yo sé q u e n a d a i m p u r o
T e n d r á tu aprobación,
Y sé que en tu presencia
Continuamente estoy.
Me falta hacia el pecado
Sentir honda aversión,
Me falta ser perfecto...
¿Me lo d a r á s , Señor?
J e s ú s , Hijo del hombre,
Bendito Salvador!
Ya ves cuánto me falta,
Ya ves cuan pobre soy.
A tu piedad me entrego,
De mí ten compasión;
T ú puedes d a r m e todo:
Dámelo pues, Señor.
Deseo del a l m a a r r e p e n t i d a
«Hágase á mí conforme á tu palabra».— Luc. II. 88.
o escucho, buen J e s ú s ,
53) T u dulce voz de amor
Que desde el árbol d e la cruz
I n v i t a al pecador.
—Yo soy pecador,
N a d a h a y bueno en m í ;
Ser objeto de tu amor
Deseo, y vengo á ti.
T ú ofreces el perdón
A toda iniquidad,
Si el llanto i n u n d a el corazón
Que a c u d e á tu piedad.
—Yo soy pecador,
T e n de mí piedad,
D a m e llanto de dolor,
Y b o r r a mi m a l d a d .
— 222 —
T ú ofreces a u m e n t a r
La fe del que creyó,
Y g r a c i a sobre g r a c i a d a r
A quien en tí esperó.
—Creo en tí, Señor,
Sólo espero en ti;
D a m e tu infinito amor...
Y basta p a r a mí.
Todo pop J e s ú s
'Ka Cristo tenemos redención por s o
sangre..—Efesios, i. 7.
v
sijj^ N J e s ú s mis pecados
4<JV Declino por entero,
P o r q u e él es el Cordero
Sin m á c u l a de Dios:
Tomándolos por suyos,
De todos él se e n c a r g a ,
Y de la horrible c a r g a
L i b e r t a al pecador.
A J e s ú s mi delito
Presento confiado,
Pues él por mí ha p a g a d o
Sobre la cruz; lo sé.
Con su preciosa s a n g r e
L a v a r mis m a n c h a s puede,
De modo que no quede
S o m b r a de ellas siquier.
A J e s ú s mi pobreza
Declaróle, y encuentro
Socorro; él es. el centro .
De toda plenitud:
_
224 —
Su amor la medicina
Que mis dolencias c u r a ,
Y él solo me a s e g u r a
Del a l m a la salud.
A J e s ú s mis pesares
Confio y mis dolores,
Mi llanto y sinsabores,
Mis d u d a s y temor.
A tales sufrimientos
Me ofrece lenitivo,
Y toma compasivo
Su p a r t e en mi aflicción.
En J e s ú s el reposo
E n c u e n t r o p a r a mi a l m a ,
Que anhela dulce c a l m a ,
Cansada de sufrir.
Su diestra cariñosa
Me a b r a z a , y en su pecho
Reclino satisfecho
Mi frente, y soy feliz.
Del b u e n J e s ú s bendigo
El sacrosanto nombre,
Del Cristo d a d o al hombre,
Del santo E m a n u e l .
Cual plácido perfume
Del céfiro llevado,
Su n o m b r e v e n e r a d o
Se esparce por doquier.
Como J e s ú s deseo
Ser manso y amoroso,
Humilde, generoso
Y lleno de bondad.
Como J e s ú s deseo,
En él siendo adoptado,
Ser hijo bien a m a d o
Del P a d r e celestial.
Y con J e s ú s ansio,
Dejado el triste suelo,
Morar allá en el cielo
Por toda eternidad;
P a r a c a n t a r sus glorias
Uniéndome á los santos,
P a r a a p r e n d e r los cantos
Del coro angelical '.
Traducción del inglés I lay my sins on Jesús, de Horatius Bonar.
15
Keposo del a l m a
«Venid a mí todos los que estáis trabajados y cargados; y yo os haré descansar».—Mafeo, xi. 28.
YES cómo el Evangelio
AI cansado ofrece paz?
P u e s segura, oh alma m í a ,
L a promesa á ti se d a .
Bien alguno en mí no veo,
Corrupción tan sólo h a y ;
Cansado estoy, y el cansado
Busca alivio con afán.
En el a r c a la paloma
Encontró do reposar:
P a r a mi a l m a a t r i b u l a d a
El Señor a r c a será.
Combatido vengo, y crece
El diluvio sin cesar;
Á b r e m e , J e s ú s , y en vano
R u g i r á la tempestad.
Cobijada y a en tu seno,
P u e d e el a l m a respirar!
El reposo que prometes
Siempre d a s e g u r a p a z .
227 —
¡Oh! cuan g r a t a en mis oídos
Suena tu voz celestial:
«Ven á mí, ven; que el descanso
Sólo en mí podrás hallar!» '.
i Traducción del Inglés Does the Gospel-word
proclaim, de John Newton.
ÍDanantial de Salvación
«Habrá manantial abierto ii.ir
var el pecado y la inmundicia.>en ¡'ios, XII r. I.
a y una fuente q u e brota
(2¡2/> F e c u n d a y sin cesar;
De su raudal una gota
Mundos puede limpiar.
Quien sediento de ella bebe
Ya nunca sufre sed,
Y anuncia grato que debe
A Dios tan g r a n merced.
Si el postrado en la flaqueza
Acude á su virtud,
En ella obtiene firmeza
Y perfecta salud.
Y a u n q u e de culpas manchado
Se vea al acudir,
En sus r a u d a l e s b a ñ a d o
Puro h a b r á de salir.
En J e s ú s está la fuente,
Copiosa cual su amor:
Almas todas, con fe ardiente
Venid al Salvador.
ü a v a e r o , Espiritual
«La sangre de Cristo limpiará vuestras conciencias de las obras de muerte, para que sirváis al Dios vivo..> —
Hebreos, ix. 14.
^ • T A Y una fuente, cuyos r a u d a l e s
( 2 ¿ , i L a s venas n u t r e n del Salvador:
Bañado en ellos se e n c u e n t r a limpio
De sus pecados el pecador.
El moribundo ladrón,
Vio en sus angustias, y
Cual él impuro, l a v a d a s
T a m b i é n mis culpas en
tal fuente
se gozó;
veo
ella yo.
Su fuerza activa, manso Cordero,
P e r d e r tu s a n g r e podrá j a m á s , •
H a s t a que toda la Iglesia t u y a
S a l v a d a sea y no peque más.
Desde que viera por fe tu s a n g r e
En a b u n d a n c i a por mí correr,
De mis c a n t a r e s tu a m o r el t e m a
F u e , y mientras viva t e n d r á que sor.
Y cuando muda, deshecha en polvo,
En el sepulcro mi l e n g u a este,
T u poderío que me ha salvado
Con nuevo canto c e l e b r a r é ,
m a n a n t i a l de Salvación
«Habrá manantial abierto pai
var el pecado y la inmundicia.>•
carias,
xiii. I.
A Y una fuente que brota
@¿n F e c u n d a y sin cesar;
De su raudal una gota
Mundos puede limpiar.
Quien sediento de ella bebe
Ya nunca sufre sed,
Y anuncia grato que debe
A Dios tan g r a n merced.
Si el postrado en la flaqueza
Acude á su virtud,
En ella obtiene firmeza
Y perfecta salud.
Y a u n q u e de culpas manchado
Se vea al acudir,
En sus r a u d a l e s b a ñ a d o
P u r o h a b r á de salir.
En J e s ú s está la fuente,
Copiosa cual su amor:
Almas todas, con fe ardiente
Venid al Salvador.
üavaeFo, Espiritual
«La sangre de Cristo limpiará vuestras conciencias de las obras de muerte, para que sirváis al Dios vivo..» —
Hebreo*, ix. 14.
Bañado en ellos se encuentra limpio
De sus pecados el pecador.
El moribundo ladrón, tal fuente
Vio en sus angustias, y se gozó;
Cual él impuro, lavadas veo
También mis culpas en ella yo.
Su fuerza activa, manso Cordero,
P e r d e r tu s a n g r e podrá j a m á s , •
Hasta que toda la Iglesia t u y a
Salvada sea y no peque más.
Desde que viera por fe tu s a n g r e
En a b u n d a n c i a por mí correr,
De mis cantares tu amor el t e m a
F u e , y mientras viva t e n d r á que ser.
Y cuando muda, deshecha en polvo,
En el sepulcro mi lengua esté,
T u poderío que me ha salvado
Con nuevo canto c e l e b r a r é ,
230 —
Que estoy seguro me has p r e p a r a d o ,
Aun cuando indigno de tanto don,
Un premio eterno con tus dolores,
Y un a r p a de oro de dulce son.
P a r a infinitos siglos templada
Cual instrumento divino está;
Y en los oídos de Dios el P a d r e
Sonar tan sólo tu Nombre h a r á '.
i Traduvcidn del ingles There is a fountain filled with blood, de
Cowper.
1
ü a l^oea de l °
s
siglos
«Y aquella piedra era Cristo.'—-í. Corintios, x. i.
a
OCA eterna, por raí q u e b r a n t a d a ,
feib En tu seno me deja esconder!
Que la s a n g r e y el a g u a que fluyen
Cual r a u d a l de tu abierto costado,
Sean doble remedio al pecado,
L í b r e n m e de su m a n c h a y poder.
De mis manos la obra más p u r a
No p o d r í a á tu ley a g r a d a r ;
A u n q u e ardiese y o en celo constante,
A u n q u e llanto p e r e n n e vertiera,
E x p i a r la m a l d a d no p u d i e r a :
T ú eres solo quien puede salvar.
N a d a traigo en mi m a n o ; tan sólo
A tu cruz me deseo adherir:
De tí imploro desnudo el vestido;
Débil, busco tu g r a c i a potente;
Soy inmundo, y r e c u r r o á la fuente:
¡Lávame!... ó me siento morir.
— 232
-
Mientras soplo de vida respiro,
Cuando arroje mi aliento postre! ,
Cuando el a l m a á regiones ignotas
Vuele, y sea á su J u e z p r e s e n t a d a ;
Roca eterna por mí q u e b r a n t a d a ,
En tu seno me deja esconder
-
Traducción del inglés Rocftcf ages cíe/7 for me, de Augustas M. Toplady.
Gratitud
• Bendice, alma mía, al Señor; y no
olvides ninguno de sus beneficios.»—
Sal. c i I I . 2.
^|\p UNCA, Dios mío, cesará mi labio
t¿J¿S) De bendecirte, de c a n t a r t u gloria;
P o r q u e me a n i m a de tu amor inmenso
G r a t a memoria.
Cuando perdido en m u n d a n a l sendero,
No me cercaba sino niebla oscura,
T ú me miraste, y a l u m b r ó m e un r a y o
De tu luz p u r a .
Cuando inclinaba mi a b a t i d a frente
Del mal o b r a r el oneroso yugo,
Blando reposo y eficaz alivio
D a r m e te plugo.
Cuando los dones malgasté á porfía
Con que á mi alma pródigo adornaste,
«¡Padre, he pecado!> con dolor te dije,
Y me a b r a z a s t e .
Cuando en sus propios méritos fiaba,
N u n c a mi pecho con amor l a t í a ;
Hoy late a m a n d o , porque en tus bondades
Sólo c o n f í a .
iß
Y cuando exhale mi postrer aliento
P a r a volar á tu eternal presencia,
Cierto hallaré con tu justicia unida
Dulce clemencia.
¡Oh! nunca, n u n c a cesará mi labio
De bendecirte, de c a n t a r tu gloria;
P o r q u e me anima de tu amor inmenso
G r a t a memoria.
J e s á s y la
CFÜZ
«No me propuse... sino á Jesucristo
y á éste crucificado.»—z.a Cor. II. 2.
ON el alma l a c e r a d a
Y de paz necesitada
A tí vengo, buen J e s ú s :
Pues me llamas, y me invitas,
Y en tu amor me solicitas
Desde el árbol de la cruz.
Del pecado que me oprime
Lleva el peso y me redime
Con su m u e r t e el buen Jesiís:
Mis angustias d e s p a r e c e n ,
Y mis esperanzas crecen,
A la vista de la cruz.
H a tornado á Dios propicio
El perfecto sacrificio
Que ofreció mi buen J e s ú s :
T e n g o y a perdón copioso,
Y h a l l a r é g r a t o reposo
A la sombra de la c r u z .
E n la lucha h a s t a la m u e r t e
Seré fiel y seré fuerte,
Pues me a y u d a el buen J e s ú s :
.
/
— 236 —
Y a l c a n z a d a la victoria,
Me r e m o n t a r é á la gloria
Por los brazos de la cruz.
En el cielo, y a s a l v a d o ,
C a n t a r é que fue inmolado
Por mi amor el buen J e s ú s :
Y á mis temas de a l a b a n z a
R e n d i r á m a y o r pujanza
El recuerdo de la cruz.
Á la v i s t a de Dios
«Tú, oh Dios, me ves.»—Gfé>t. xvi. 13.
Hi% U A N T O soy y cuanto encierro
. T> Manifiesto es p a r a tí;
Pues tu vista escrutadora,
Olí Señor, p e n e t r a en mi.
r v
Si se agita mi conciencia,
T ú percibes su emoción;
R a z o n a r ves á Ja mente,
Meditar al corazón.
Ves mis d u d a s ó e s p e r a n z a s ,
Mi sosiego ó mi inquietud,
Mis tristezas ó alegrías,
é
Mi dolencia ó mi salud.
Y hasta el íntimo deseo
Que en mi pecho se abrigó,
Sin que el labio lo e x p r e s a r a
E n tu oído resonó.
Ya despierto ó y a dormido,
Me circunda tu poder;
Y es tu aliento q u e d a v i d a
El que aspiro por doquier.
— 238 —
¡Oh g r a n Dios! cuando contemplo
T u infinita perfección,
El asombro llena mi alma,
Se confunde mi razón.
Y oigo un eco en mi conciencia
Que me dice: P u r o sé
En deseos, lengua y obras,
P o r q u e Dios siempre te ve.
lia Iieeeión
<Aprended de mí.»— Mat. xi. 29.
E n un mesón de Betlén;
Y yo a b u n d a n c i a que sobre
Quiero p a r a mi sostén.
Él despreció su r i q u e z a
P a r a d a r m e ejemplo á mí;
Yo aborrezco la p o b r e z a . . .
¡Ay! su lección no a p r e n d í .
Mi J e s ú s no tuvo cuna
Que le p u d i e r a mecer;
Yo persigo la fortuna
Y la anhelo poseer.
Él sufrió necesidades
P a r a d a r m e ejemplo á m í ;
Busco yo comodidades...
¡Ay! su lección no a p r e n d í .
J e s ú s á humildes pastores
Anunció su n a v i d a d ;
Yo busco de altos señores
El aplauso y la amistad.
— 240 —
El recibía al pequeño
P a r a d a r m e ejemplo á mí;
Al humilde yo desdeño...
¡Ay! su lección no a p r e n d í .
J e s ú s desde el alto cielo
Al mundo bajó á m o r a r ;
Yo, vil gusano del suelo,
La gloria quiero escalar.
El paciente se humillaba
P a r a d a r m e ejemplo á mí;
Yo estimulo á quien me alaba.
¡Ay! su lección no a p r e n d í .
J e s ú s manso y compasivo,
Lleno de amor y bondad;
Yo en mis defectos altivo,
Y en mis obras sin piedad.
El en nacimiento y vida
F u e el modelo p a r a mí;
A imitarle me convida,
Pero yo no le seguí.
No te seguí, J e s ú s mío,
A u n q u e supe tu lección,
P o r q u e el carnal poderío
Siente aún mi corazón.
Da á mi deseo eficacia,
Da fortaleza A mi fe,
A y ú d a m e con tu g r a c i a ,
Señor, y te i m i t a r é .
lia s e n d a de jastieia
«Sé fiel hasta la muerte, y yo te daré la corona de la vida.»—Apoc. 11.16.
senda, oh Dios, no la mía,
Aunque estrecha, seguir q u i e r o ;
Guíame pues bondadoso
Al camino v e r d a d e r o .
kjjr U
Sin tu luz ando en tinieblas,
Y tal vez y e r r e el camino.
¡Ah! p a r a a l u m b r a r mis pasos
Luzca tu esplendor divino.
Yo sé que merezco n a d a ,
Mas tú conoces mi anhelo;
Mi voluntad es servirte,
Mientras more acá en el suelo.
Si en tribulación me pones,
En tribulación a m a r t e ;
Si me cerca la alegría.,
En la a l e g r í a a l a b a r t e .
Si del vicio al falso halago
Dudoso mi pie flaquea,
Ven, mi Dios, á socorrerme,
T u g r a c i a mi auxilio sea.
— 242 —
Y en ti puesta mi e s p e r a n z a ,
Siendo fiel h a s t a la m u e r t e ,
La corona de la vida
Sé que me d a r á s por suerte.
Estrella de Betlem
«A la vista de la Estrella se regocijaron en extremo.»—Mat. ir. 10.
<^r» UANDO las n e g r a s dudas
'í$¿$ Me asaltan en tropel,
Cual nubes que a m e n a z a n
Mi mente oscurecer;
Disípalas bien pronto
La clara esplendidez
Con que incesante brilla
La Estrella de Betlem.
Si noche de tristeza
Mis vacilantes pies
A p a r t a del sendero
Que g u í a al sumo bien,
Y del abismo al borde
Me lleva á perecer;
Brilla, me a l e g r a y salva
La Estrella de Betlem.
Si hierven las pasiones,
Y en rápido vaivén
Cual ondas en b o r r a s c a
Azotan mi bajel;
N o t e m o , q u e el s e g u r o
P u e r t o m e deja v e r ,
Y á salvo me conduce
L a e s t r e l l a de B e t l e m .
Si t e n t a c i ó n p r e t e n d e
Mis p a s o s d e t e n e r ,
Y enluta mi horizonte
Con d e n s a l o b r e g u e z ;
No cederé á su empuje
N i el r u m b o p e r d e r é ,
P o r q u e es m i n o r t e y g u í a
L a E s t r e l l a de B e t l e m .
No hay nube que oscurezca
Su limpia brillantez,
N i sol q u e á d e s l u m h r a r l a
A l c a n c e en s u p o d e r ;
P o r q u e e n el
firmamento
E s d e los astros r e y
El astro q u e m e a l u m b r a ,
La Estrella de Betlem.
E n e l l a el a l m a e n c u e n t r a
Su luz, v i d a y placer,
Y de ella conducida
V a al p u e r t o del E d é n ;
P o r q u e el d i v i n o V e r b o ,
Mesias, Emanuel,
Es mi adorada Estrella,
La Estrella de Betlem.
Esperanza
«No temas, que yo soy contigo, y yo
te bendeciré.»—Gen. xxvi. 24.
i en noche lóbrega
Ü5) T e hallas tal vez
De abismo al límite
Pronto á caer,
Sin que u n relámpago
Veas brillar;
Camina impávido:
Su luz* celeste Dios te d a r á .
Si viertes lágrimas
Por la aflicción,
Sumido en piélago
De sinsabor,
Sin que h a y a bálsamo
P a r a calmar;
No vivas lánguido:
Su fiel consuelo Dios te d a r á .
Si a m a r g a p é r d i d a
Te hace infeliz,
Y en triste p á r a m o
Sueles vivir,
— 246 —
Sin tiernos vínculos
De amor y paz;
No gimas mísero:
Su dulce a m p a r o Dios te d a r á .
Si r u g e el ábrego,
-Y ansioso ves
T u s fuerzas débiles
Desfallecer,
Sin que h a y a báculo
Do te a p o y a r ;
A v a n z a intrépido:
Su fortaleza Dios te d a r á .
El m u n d o pérfido
T e b r i n d a cruz,
Mas Dios es próvido
De tu salud.
S u p e r a obstáculos
Sin d e s m a y a r ;
Sé de buen ánimo:
La gloria eterna Dios te d a r á .
Confianza
«Espera en el Señor, y haz bien.*
Sal. x x x v n . 3.
u n q u i ü e n v u e l v a tu camino
No te espantes, sé animoso;
F i a en Cristo y o b r a b i e n .
T a l v e z á s p e r a e s la s e n d a ,
Y el a n s i a d o fin no v e s ;
T e n firmeza, y a d e l a n t e :
F í a en Cristo y o b r a b i e n .
Echa á un lado conveniencias,
No consultes interés;
O que pierdas, ó que ganes,
F í a en Cristo y o b r a b i e n .
N o c o n f í e s en m a g n a t e s ,
N i e n p r o m e s a s p o n g a s fe;
Mas e n a c t o s y en p a l a b r a s
F í a e n Cristo y o b r a b i e n .
Q u e te a p l a u d a n ó c e n s u r e n ,
Eso n a d a ha de valer;
Deja lenguas, mira arriba,
F í a en Cristo y o b r a b i e n .
— 248 —
Este
E n tus
Este el
F i a en
el faro que te a l u m b r e
pasos debe ser,
lema de tu vida:
Cristo y obra bien '.
Imitación del inglés Courage, brother, do not
stumble.
El B a e n P a s t o r
«Jehováh es mi pastor; nada me faltara.»— Sal. X X I I I . 1.
1
y.jrEsús es mi Pastor;
v j N a d a me faltará:
Su voz suena en mis oídos,
Mi a l m a le seguirá.
Es cual p r a d o feraz
Su p a l a b r a de amor;
Allí e n c u e n t r a el a l m a pastos
De exquisito sabor.
No del lobo voraz
Las g a r r a s t e m e r é ;
El b u e n Pastor por mí vela,
Su defensa t e n d r é .
Si tropiezo infeliz,
Su b r a z o e x t e n d e r á ;
T si incauto me e x t r a v í o ,
T i e r n o me b u s c a r á .
Si rendido me ve,
Me d a r á su v i r t u d ;
Y p a r a toda dolencia
Él será mi salud.
17
— 250 —
Por mí su inmenso a m o r
Mostrará sin cesar,
H a s t a que al redil celeste
Me lleve á d e s c a n s a r .
Allí en manjares mil
A b u n d a n c i a tendré,
Y en gloria y santo reposo
Feliz siempre seré.
V e l a d y Orad
«Velad, estad firmes en ¡la fe, portaos
varonilmente y esforzaos.» — 1. Cor.
xvi. 13.
a
OLDADOS de la Cruz,
Sobrios velad;
Sois hijos de la luz,
Sobrios velad.
De noche, cual traidor,
Sin el más leve r u m o r
Se a c e r c a el tentador:
Sobrios velad.
Peligros h a y doquier,
Fieles o r a d ;
Y lucha puede h a b e r ,
Fieles orad.
Más que g u e r r e r a acción,
Contra toda tentación
Potente es la oración:
Fieles orad.
Las obras de la fe,
Siervos, obrad;
Mientras Dios tiempo os dé,
Siervos, o b r a d .
— 252 —
No es r u d a la labor
En el campo del Señor,
Si preside el amor:
Siervos, obrad.
Al que es Amor y Luz,
Santos, load;
Al que venció en la c r u z ,
Santos, load.
E s plácida oblación
De a l a b a n z a la canción
En la congregación:
Santos, load.
lia P a l a b r a de Dios
•Mi porción, oh Señor, será guardar tus palabras.»—Sai. c x t x . 57.
v p a l a b r a , Señor, es
t 3 Mi delicia y mi solaz:
Siempre guíe ella mis pies,
Y á mi pecho t r a i g a paz.
Cloro.—Es tu ley, Señor,
F a r o celestial,
Q u e en perenne resplandor
Norte y g u í a d a al mortal.
Si obediente oí tu voz,
E n t u g r a c i a fuerza hallé;
Y con firme pie y veloz
P o r tus sendas c a m i n é .
T u v e r d a d es mi sostén
Contra d u d a y tentación,
Y destila calma y bien
Cuando asalta la aflicción.
Son tus dichos p a r a mí
P r e n d a s fieles de s a l u d ;
Dame, pues, q u e te oiga á ti
Con filial solicitud.
ipirmes y adelaötel
«Di a los hijos de Israel, que marchen.»— Éxodo, x i v . 15.
ntMES y adelante,
Huestes de la fe,
Sin temor alguno,
Que J e s ú s nos v e .
Jefe soberano
Cristo al frente v a ,
Y la r e g i a enseña
T r e m o l a n d o está.
Al s a g r a d o n o m b r e
De nuestro Adalid,
T i e m b l a el enemigo
Y h u y e d e la lid.
N u e s t r a es la victoria,
D a d á Dios loor;
Y óigalo el a v e r n o
Lleno de p a v o r .
Muévese potente
L a Iglesia d e Dios;
De los y a gloriosos
Marchamos en pos:
— 255 —
Somos sólo un cuerpo,
Y uno es el Señor,
U n a la esperanza,
Y uno nuestro a m o r .
Tronos y coronas
P u e d e n perecer;
De J e s ú s la Iglesia
Constante ha de ser:
N a d a en contra s u y a
Prevalecerá,
P o r q u e la promesa
N u n c a faltará.
Pueblos, v u e s t r a s voces
A la n u e s t r a unid,
Y el c a n t a r de triunfo
Ledos repetid:
Prez, honor y gloria,
Sea á Cristo el R e y ;
Esto por los siglos
C a n t a r á su g r e y .
l
Traducción del inglés Onward, Christian
Gould.
1
soldiers,
de Sabina Baring-
Constancia e n la l a e h a
•La que tenéis, tenedla hasta que yo
venga.-—Apoc. 11. 25.
-ítfiv AMARADAS! en los cielos
Ved la enseña y a .
H a y refuerzos; nuestro el triunfo,
No dudéis, será.
«Estad firmes; yo v o y pronto»,
Grita el Salvador.
Sí, estaremos por tu g r a c i a
F i r m e s , con vigor.
N a d a importa nos asedien
Con rugiente afán
L a s legiones a g u e r r i d a s
Que ordenó Satán.
No os a r r e d r e su coraje;
Ved en derredor
Cómo caen los valientes
Casi sin valor.
T r e m o l a n d o se divisa
El marcial pendón,
Y se escucha de las trompas
El g u e r r e r o son.
— 257 —
En. el n o m b r e del que viene
F u e r t e Capitán,
Rotos nuestros enemigos
Todos q u e d a r á n .
Sin descanso r u d a s i g u e
L a furiosa lid...
¡Sus, amigos! y a cercano
V e d nuestro Adalid.
Viene el Cristo con potencia
A s a l v a r su g r e y . . .
C a n t a r a d a s , ¡alegría!
¡Viva nuestro R e y ! '
Traducción del inglés Ho, my comrades,
see the signal, de P. P. Bliss.
üa antigua Historia
«El amor de Cristo, que sobrepuja
todo conocimiento. > —Efe$, m . 19.
I
IME la a n t i g u a historia
favor:
De Cristo y de su gloria,
De Cristo y de su amor.
Díraela con llaneza
P r o p i a . d e la niñez,
P o r q u e es mi m e n t e flaca
Y anhela sencillez.
Coro.—Dime la a n t i g u a historia,
Cuéntame la victoria,
H a b í a m e d e la gloria
De Cristo y de su a m o r .
<íj5í> Del celestial
Dime esa g r a t a historia
Con lentitud, y así
Conoceré la obra
Que Cristo hizo por m í .
Dímela con frecuencia-,
Que soy dado á o l v i d a r ,
Y el matinal rocío
Suele el sol disipar.
— 259 —
Dime t a n dulce historia
Con tono claro y fiel:
Murió J e s ú s , y salvo
Yo quiero ser por él.
Dime esa histoi'ia siempre,
Si en tiempo de aflicción
Deseas á mi a l m a
T r a e r consolación.
Dime la misma historia,
Cuando creas tal vez
Que m e ciega del m u n d o
L a falsa brillantez.
Y cuando y a me a l u m b r e
De la gloria la luz,
Repíteme la historia:
«Quien te s a l v a es J e s ú s » .
II
Grato es decir la historia
Del celestial favor:
De Cristo y de su gloria,
De Cristo y de su amor.
Me a g r a d a referirla,
P u e s sé q u e es la v e r d a d ,
Y n a d a satisface
Cual ella mi ansiedad.
Coro.—¡Qué bella es esa historia!
Mi t e m a allá en la gloria
/
S e r á la a n t i g u a historia
De Cristo y de su amor.
— 260 —
Grato es decir la historia
Más útil al mortal,
Que eu glorias y portentos
No reconoce igual.
Me a g r a d a referirla,
P u e s m e hizo mucho bien;
Por eso á tí deseo
Decírtela también.
Grato es decir la historia
Que, a n t i g u a sin vejez,
P a r e c e al repetirla
Más dulce c a d a vez.
Me a g r a d a referirla,
P u e s h a y quien n u n c a oyó
Que p a r a hacerle salvo
El buen J e s ú s m u r i ó .
Grato es decir la historia;
El que la sabe y a ,
P a r e c e que de oírla
Sediento a ú n está.
Y cuándo el nuevo canto
E n gloria c a n t a r é ,
S e r á la a n t i g u a historia
Que en vida tanto a m é *.
Traducción del Inglés Tell roe the oíd, oíd story, y I lose to tell ths ttory,
de Miss Hankey.
1
mi
Refugio
•Dios es tu refugio, y acá ahajo los brazos eternos.»—Seúl. x x x m . 27.
ALVO en los tiernos brazos
¿ ® De mi J e s ú s seré,
Y én su amoroso pecho
Dulce reposaré.
Este es sin d u d a el eco
De celestial canción,
Que de inefable gozo
Llena mi corazón.
T i e n d e J e s ú s los brazos,
B r í n d a m e su amistad:
A su poder m e acojo;
No h a y p a r a mí ansiedad.
No temeré, si r u g e
H ó r r i d a tentación;
Ni c a u s a r a el pecado
Daño en mi corazón.
De sus a m a n t e s brazos
T i e r n a solicitud
L í b r a m e de tristeza,
L í b r a m e de inquietud.
— 262 —
Y si tal vez h a y p r u e b a s ,
Fáciles p a s a r á n ;
L á g r i m a s si v e r t i e r e ,
Pronto se e n j u g a r á n .
Y c r u z a r é la noche
L ó b r e g a sin temor,
H a s t a que v e n g a el d í a
De p e r e n n a l fulgor.
¡Cuan placentero entonces
Cabe J e s ú s m o r a r ,
Y en la mansión de gloria
S i e m p r e con él r e i n a r !
Todo por la p e
«Puestos ¡os ojos en el autor y consumador de la fe, Jesús.»—Hebr. xir. 2.
A el cielo es franco al hombre,
J e s ú s abrió la p u e r t a ;
La senda es clara y cierta
Que g u í a á tanto bien.
Será posesión m í a
L a eterna bienandanza
Que veo en lontananza,
Si tengo firme fe.
Abismos tiene al lado
Y angosto es el camino,
Do el pobre peregrino
Propenso está á caer;
Mas la p a l a b r a s a n t a
Es luz que en todo caso
A l u m b r a r á mi paso,
Si miro por la fe.
Obstáculos á miles
L a v í a dificultan,
Y en ellos se sepultan
Los vacilantes pies;
— 264 —
P e r o divina mano
Me a c o r r e r á en mi a p u r o ,
Y m a r c h a r é seguro,
Si vivo por la fe.
Sofocan los calores
Y largo es el sendero,
Rendido el viajero
Podrá desfallecer;
Mas la celeste g r a c i a
V e n d r á cual dulce a m i g a
Calmando mi fatiga,
Si alienta en mí la fe.
Y al fin d e la j o r n a d a ,
¿Podrán y a los mortales
Los célicos u m b r a l e s
Seguros trasponer?
J e s ú s m e abrió las p u e r t a s ,
Su E s p í r i t u m e g u í a ;
Su gloria será mia,
Si obró en amor mi fe.
Cerca de Dios
«¿A quién tengo yo en los cielos? Y
fuera de ti nada deseó en la tierra.»—
Salmo L X X E 1 I . 25.
Ás cerca, oh Dios, de tí
Anhelo estar,
A u n q u e en a c e r b a cruz
Me h a y a de alzar.
Con gozo a ú n entonces
Mi canto será así:
Más cerca, sí, más cerca,
Mi Dios, de tí.
'J$5fi
Si peregrino voy,
T en soledad
Me envuelve, puesto ei sol,
Oscuridad;
Aun sobre duro lecho,
Los sueños p a r a mí
Serán que estoy más cerca,
Mi Dios, de tí.
S a b r é q u e al cielo v a
Mi dirección,
Que penas ó placer
T u s dones son;
18
— 266 —
V i s l u m b r a r é tu trono,
Y ángeles v e r é allí
L l a m á n d o m e más cerca,
Mi Dios, de tí.
Con p i e d r a s de aflicción,
Al d e s p e r t a r
Pensando en tí, alzaré
Sagrado altar.
Y mis tribulaciones
Lazo serán, que aquí
Me r e t e n d r á más cerca,
Mi Dios, de tí.
Y cuando á tu mansión
Me llamarás¡
Estrella, luna y sol
Dejando atrás,
Volando alegre al cielo
I r é , c a n t a n d o así:
Más c e r c a , sí, m á s cerca,
Mi Dios, de tí '.
Traducción del inglés Nearer, my God, to Thee, de Sara P. Adams.
J a n t o é Dios
«María escogió la buena parte, la
cual no le será quitada.»—Luc. x. 42.
v¿j Siempre morar,
A u n q u e j a m á s el mundo
Me quiera a m a r .
Q u e del mundo no soy;
Solo por él transito,
Al cielo voy.
Sólo á mi Dios el alma
Sabe q u e r e r ,
P o r q u e de amor él llena
Todo -mi ser.
V e r a z es mi Señor
Q u e dice en su p a l a b r a ,
«Dios es a m o r » .
jMi Dios, mi bien, mi todo!
Llégate á mí;
No permitas que more
Lejos de tí.
T ú me recibirás;
Q u e estar sin tí no puedo
Nunca, j a m á s .
Vida y m a e r t e
i
«El hombre nacido de mujer, coi to
de días y harto de sinsabores.»—Job,
xiv. 1.
i p J u É es vivir?—Es y a c e r cual la semilla,
« E r Que esparce el s e m b r a d o r ,
H a s t a que abriendo la a p r e t a d a arcilla
Germina en planta y flor.
Es por las a u r a s de región serena
Continuo suspirar,
Y sentir la presión de u n a c a d e n a
Que el vuelo impide alzar.
Es v a g a r , de la p a t r i a d e s t e r r a d o
A d u r a emigración,
Y residir en sombras de pecado
Como en letal prisión.
Es vestir burdo sayo que elaboran
Dolores y ansiedad,
Cuya u r d i m b r e insegura deterioran
Vejez y enfermedad.
— 269 —
Es v e r días que asoman y anochecen,
Y el gozo no a l u m b r ó ;
Do las dichas, si existen, desparecen,
P e r o los males no,
Es t r a b a j a r , sin t r e g u a á las fatigas,
Y en lucha desigual
B o g a r contra corrientes enemigas
E n fiero v e n d a v a l .
E s , si brilla la fe en las almas p u r a s ,
-Correr del bien en pos,
Anhelar por morada las a l t u r a s ,
Y hallar la dicha en Dios.
II
«Bienaventurados los muertos que
mueren en el Señor.»— Apoc. xiv. 13.
¿Qué es morir?—Es b r o t a r sobre la t i e r r a
Bella y fragante flor,
Por el hondo misterio que se encierra
En oculta labor.
Es con júbilo, rotas las prisiones,
Cual a v e en libertad
Remontarse á las fúlgidas regiones
Do brilla la v e r d a d .
E s d e j a r las t i n i e b l a s d e e s t e sueloY e n d o d e luz en p o s ,
Y súbito r a s g a r el d e n s o v e l o
Q u e nos o c u l t a á D i o s .
Es despojarse tosca vestidura
D e lodo t e r r e n a l ,
Y la v e s t e c e ñ i r g l o r i o s a y p u r a
Del h u é s p e d celestial.
E s v e r la a u r o r a d e p e r p e t u o d í a
Con n í t i d o a r r e b o l ,
Y á r a u d a l e s b e b e r l a luz q u e e n v í a
D e l a J u s t i c i a el Sol.
E s al p u e r t o a r r i b a r d e g r a t o a b r i g o
Tras lucha pertinaz,
D o los á n g e l e s d a n el b e s o a m i g o
D e bienvenida y paz.
E s l l e g a r cual i n f a n t e s al r e g a z o
P a t e r n o del S e ñ o r ,
Y con J e s ú s vivir, y en fuerte lazo
G o z a r s u e t e r n o a m o r '.
i La segunda parte de esta poesía fue dedicada ai eximio poeta valenciano D. Vicente Wenceslao Querol, con motivo del fallecimiento de su padre;
y mereció del ilustre poeta la siguiente contestación:
«Madrid, 16 de Julio de 1886.
»Sr. D . Juau Bautista Cabrera.
»Mi antiguo y querido amigo: No sé, ciertamente, cómo dar á
usted las gracias por su cariñosa carta de pésame y los inspirados y bellísimos versos que la acompañan.
«Si la gran desgracia que aflige á mi familia puede tener algún consuelo, sólo las afectuosas simpatías que ha despertado
nuestra pena pueden proporcionárselo. Entre esas prendas de
verdadero afecto, guardaré cuidadosamente la que á usted debo.
Ella demuestra que los lazos de.amistad contraídos en la primera juventud, no los aflojan ni quebrantan los años ni las varias
vicisitudes de la vida.
•Aunque apartado hace muchos años de mis antiguas aficiones literarias, sé distinguir aún lo que es la verdadera, de la falsa poesía. La sencilla, pero magistral composición de usted, c e ñida al tema y sobria de forma como uua oda horaciaua, revela
bien el exquisito s u s t o artístico de usted y la solidez de sus estudios. Al agradecer á usted profundamente su cariñoso recuerdo, he de añadir también mi más sincera felicitación por su hermosísimo trabajo.
«Créame usted s ü antiguo y sincero amigo, que no olvidará
nunca su cariñoso recuerdo.
V. W . QUERO.L.í
lia B i e n v e n i d a celestial
«Veréis el cielo abierto, y los ángeles de Dios que suben y descienden."
Juan, i. 51.
cantar!... escúchalo, alma mía:
Resuena en monte y valle, t i e r r a y mar,
Y es el anuncio g r a t o y placentero
De aquel vivir que siempre ha de d u r a r .
—Dan á las almas Angeles de luz
L a bienvenida en nombre de J e s ú s .
uiiCE
Leve rumor de lejos te convida
A la mansión eterna del Señor;
Y e n t r a n gozosos miles de creyentes,
Donde perfectos reinan paz y amor.
— D â n á las almas Angeles de luz
L a bienvenida en nombre de J e s ú s .
El fin v e n d r á de luchas y aflicciones,
La noche oscura pronto p a s a r á ;
L a bella a u r o r a del celeste día
T a m b i é n á tí gloriosa a l u m b r a r á .
—Dan á las almas Angeles de luz
L a bienvenida en nombre de J e s ú s .
¡Dulce cantar!... escúchalo, alma raía:
Cantos de triunfo y a l a b a n z a son.
Suspira ansiosa por el bien futuro,
T une también al coro tu canción.
—Dan á las almas Ángeles de luz
L a bienvenida en nombre de J e s ú s .
De tribulación á b i e n a n d a n z a
«Estos son los que han venido de
gran tribulación."—Apoc. v n . 14.
Sí
son los que, ceñidos
Con las vestes de esplendor,
Himnos c a n t a n día y noche
Del altar en derredor?
Al Cordero ellos p r o c l a m a n
Solo digno de obtener
Reino, honor, sabiduría,
Bendición, gloria y poder.
wluiÉNES
ráíir-
Estos son los que vinieron
De cruel tribulación,
Y ante el trono d e su gloria
Recibidos por Dios son.
Visten albas de p u r e z a ,
Lauros ciñen ti su sien,
Y en sus manos victoriosas
Palmas de héroes se ven.
H a m b r e y sed, afán y angustias
Y dolor no sufren y a ;
De sus ojos p a r a siempre
Cristo el llanto enjugará:
— 275 —
Que al gemir sucede el gozo,
La posesión al temor,
Y en el reino donde moran
Reina puro eterno amor
Traducción bastante libre del inglés What are these in bright
de James Montgomery.
1
array,
Al Rey de los S a n t o s
«Tenemos en derredor nuestro mu
grande nube de testigos.»—Htb. xn. !,
^SIEMPRE b e n d i g a n tu santo n o m b r e
i ® Los que tomaron fieles t u cruz,
Y hoy de tí gozan, Señor J e s ú s .
¡Aleluya!
T ú en sus angustias fuiste refugio,
T ú en los combates su defensor,
T ú en las tinieblas su resplandor.
¡Aleluya!
Ante los hombres te confesaron,
L u c h a la v i d a p a r a ellos fue,
Mas la victoria logró su fe.
¡Aleluya!
H a z que sus huellas seguir podamos,
Mostrando al m u n d o con t u v i r t u i
Celo, constancia, fe y g r a t i t u d .
¡Aleluya!
— 277 —
De sus trabajos ellos d e s c a n s a n ,
Vamos nosotros luchando a q u í ;
Mas u n o somos todos en t í .
¡Aleluya!
H'itnno de los S a n t o s
«Justos y verdaderos son tus caminos, Rey de los Santos."— Apoc. xx. K
oit los santos y a en reposo,
T o d a gloria y a l a b a n z a
Dan, Señor J e s ú s , á tí.
Victoriosos fueron ellos,
Mas t ú fuiste el vencedor;
Y es la luz de sus d i a d e m a s
De tu rostro el esplendor.
Conversión de San Pablo.
Gloria á tí, que d e r r i b a s t e
Al feroz perseguidor,
Y te plugo con tu g r a c i a
L e v a n t a r l o á tu favor.
N u e s t r a s mentes ilumine
De tu Espíritu la luz,
Y haz que sólo nos gloriemos
€ u a l t u Apóstol en tu cruz.
— 279
San Matías.
La elección con tu presencia
T e dignaste dirigir,
Y en l u g a r del falso apóstol
A tu fiel siervo a ñ a d i r .
A tu Iglesia libra siempre
De ministros del e r r o r ;
Y hasta el.fin, cual prometiste,
Mora en ella, buen Señor.
San Marcos.
Gloria á tí, que hiciste fuerte
Al que débil antes fue,
C u y a s o b r a s y Evangelio
Dan aliento á n u e s t r a fe.
H a z , Señor, con tu potencia
Q u e triunfemos en la lid,
Y k tí unidos siempre estemos
Cual sarmientos á la vid.
San Felipe y Santiago.
Gloria á tí, por el que ansioso
V e r al P a d r e te pidió,
Y por el que h e r m a n o tuyo
La E s c r i t u r a apellidó.
H a z que el resplandor del P a d r e
En tu faz logremos ver,
Y que siempre tus hermanos
E n v e r d a d podamos ser.
— 280 —
San Bernabé.
Gloria á tí, por el Levita
Hijo de Consolación,
Qne vendió por amor tuyo
L a t e r r e n a posesión.
Haz los dones de tu g r a c i a
A nosotros descender,
Y que tus consolaciones
Se difundan por doquier.
San Juan Bautista.
Gloria á tí, por el Bautista
De tu adviento P r e c u r s o r ,
De la serie de profetas
El postrero y el m a y o r .
El logró feliz la a u r o r a
De tu reino contemplar:
Da á nosotros más felices
T u glorioso día a m a r .
San Pedro.
T e alabamos por tu Apóstol,
El intrépido y de a r d o r ,
Que llorando sus caídas
T e mostró sincero amor.
Da, Señor, pastores ñeles
Que apacienten á tu g r e y
Con valor y ardiente celo,
Con tu voluntad por ley.
— 281 —
Santiago.
Por tu siervo te loamos,
Al qne Herodes inmoló;
Que bebió tu a m a r g o cáliz
Y tu dicho así cumplió.
Impacientes no anhelemos
T u s designios descubrir;
P a d e c e r nos sea gozo,
Si á tí más nos ha de u n i r .
San Bartolomé.
Gloria á tí, por el Apóstol
Sin engaño y sin doblez,
A quien bajo de la h i g u e r a
Viste por p r i m e r a vez.
En v e r d a d israelitas,
Cual él llenos d e candor,
Haz, J e s ú s , que nos gocemos
En tu g r a c i a y en t u amor.
San Hateo.
Por tu siervo el publicano
Que á tu voz obedeció,
T e alabamos, quien la historia
De tu vida nos dejó.
H a z que n u n c a nos domine
De riquezas la ansiedad,
Y q u e siempre te sirvamos
Con amor y lealtad.
19
Sao Lucas.
Por aquel médico a m a d o ,
Que con fiel solicitud
Manifiesta á los mortales
Al que es Médico y Salud,
T e alabamos: con tu g r a c i a
Unge al triste corazón,
Y difunde en n u e s t r a s almas
Del Espíritu la unción.
San Simón y San Judas.
Gloria á tí, porque mostraron
Celo a r d i e n t e , fe y a m o r
T u s Apóstoles, siguiendo
Los caminos del Señor.
Haz que siempre esos caminos
Prosigamos con fe igual,
Y que al fin en tí logremos
El reposo celestial.
San Andrés.
T e loamos por t u Apóstol,
El primero q u e te halló,
Confesándote Mesías,
Y su hermano á tí llevó.
Danos celo por las almas
P a r a q u e , morando a q u í ,
Trabajemos por que m u c h a s
Con amor v e n g a n á tí.
— 283 —
Santo Tomás.
Gloria á tí, por el Apóstol.
C u y a d u d a causa fue
De que amarite le b u s c a r a s ,
P a r a a c r e c e n t a r su fe.
Confesar queremos fieles
T u gloriosa h u m a n i d a d ,
Y a n u n c i a r que eres la Vida,
El Camino y la V e r d a d .
San Esteban.
T e loamos por el Mártir,
Que su vida por tí dio
El primero, y en los cielos,
Al sufrir, tu gloria vio.
Si nos llamas á imitarle,
Danos g r a c i a como á él,
E n la m u e r t e su constancia,
Y en los cielos su laurel.
San Jnan Evangelista.
Gloria á tí, por el Apóstol
Que tu amor nos describió,
Y que en P a t m o s d e s t e r r a d o
T u revelación nos dio.
Con tu Espíritu nos sella,
Oh s u p r e m a Caridad,
Y a d o r a n d o confesemos
T u eternal Divinidad.
— 284 —
Los Sanios Inocentes.
Por los tiernos parvulillos
Que llamaste con amor
Al reposo de tu gloria
T e alabamos, oh Señor;
Y rogamos nos concedas
Su inocencia y candidez,
Y en el cielo sus coronas
De esplendente brillantez.
Y por cuantos redimidos,
E n t u fe y en tu temor
H a n partido de esta vida,
Y hoy entonan tu loor;
T e alabamos y adoramos,
Señor nuestro y nuestro Dios,
Imitando sus virtudes,
De ellos caminando en pos.
Á Dios P a d r e omnipotente,
A J e s ú s el Salvador,
Al Espíritu divino
Celestial Consolador,
Se tribute la alabanza,
Gloria, honor y potestad,
Por los siglos de los siglos
Y por toda eternidad
* Imitación del inglés From all thy saints in warfare,
rest, del Conde Nelson.
for all thy saints at
Cabo de ñ ñ o
«El mundo se pasa y su concupiscencia, mas el que hace la voluntad
de Dios permanece para siempre.»—
1. Juan, I I . 17.
a
JjP s solemne este momento;
i±¿hf) Ya espirando el año está:
Raudo como el pensamiento
Lo q u e resta p a s a r á .
Débil soplo es la existencia,
B r e v e , efímera cual flor,
Y tan sólo tiene ciencia
Quien d a al tiempo su valor.
Nombre, fama, imperio, gloria...
N a d a h u m a n o queda en pie:
Sólo d u r a la victoria
Que se alcanza por la fe.
Necio el hombre que hallar quiere
P a z y bien, del mundo en pos!
¡Ay del misero que m u e r e
Sin hallar su paz en Dios!
— 286 —
Por J e s ú s es bienvenid
La insondable eternidad.
Sólo allí la vida es vida.
Hermanos, velad y orad.
• En tu mano están mis tiempos.'
Sal. x x x i . 15.
ios eterno! en tu presencia
Minutos los siglos son,
Y un segundo la existencia
De c a d a generación.
^
Mas el hombre que á tu lado
Ansia volar con fe,
E n su curso prolongado
¡Cuan lentos los años ve!
Otro año ha fenecido
Que n u e s t r a vida acortó,
Y al descanso apetecido
Un paso nos acercó.
Gracias mil por tus mercedes
T u pueblo, Señor, t e d a ;
Y pues tú todo lo puedes,
T u diestra nos sostendrá.
Llena el año que hoy empieza
De g r a c i a y de santidad,
Y cólmalo con largueza
De paz y felicidad.
288 —
Pio las faltas perdona
De n u e s t r a a m a d a nación,
Y sus esfuerzos corona
De v e n t u r a y bendición.
Elígela por m o r a d a ,
Brille en ella la v i r t u d ,
Y tu P a l a b r a s a g r a d a
Eesuene de norte á sud.
H a z que se conserve p u r a
E n n u e s t r a s almas la fe,
Y de tu senda s e g u r a
J a m á s se deslice el pie.
Visita n u e s t r a s familias
Y bendice nuestro hogar:
Si tú, Señor, nos auxilias,
N a d a nos podrá faltar.
Doquier te venere el hombre
Y te sirva, haciendo el bien,
Y ensalce tu augusto Nombre
Por siglos sin ñ n . Amén.
Hifnno del Alba
Al cielo suban los ecos
De nuestros himnos fervientes.
Loemos, p o r q u e propicio
Un nuevo sol nos concede,
Al que es la luz i n c r e a d a ,
De toda luz sola fuente.
Y el alto Sol de J u s t i c i a
De sus fulgores nos llene,
Con su v i r t u d disipando
L a s sombras de n u e s t r a mente.
Así podremos seguros
Cumplir los santos deberes;
Que es fácil correr la senda,
Si es Dios quien nos resplandece.
Himno de la salida del Sol
N buen hora v e n g a s ,
Espléndido sol,
L a esfera llenando
De luz y calor:
Del Dios que te e n v í a
Benéfico don,
Publica la gloria,
Potencia y amor.
Señor bondadoso,
T u g r a c i a me dio
Gozar de este d í a
El g r a t o esplendor:
Acepta propicio
Por tanto favor
Los puros afectos,
De mi corazón.
Haz, P a d r e amoroso,
Que en toda ocasión
Mi férvido anhelo
Se cifre en tu a m o r :
Y á tí se consagre,
Y sea en t u honor,
E n t e r a mi vida,
Pues eres mi Dios.
75"
Himno de la CQañana
ESPÍE UTA, mi alma, y con el sol r e c o r r e
Del diario deber la noble senda;
Sacude tu l e t a r g o , y de alabanzas
Eleva á Dios la m a t u t i n a ofrenda.
Redime el tiempo malgastado, y v i v e
Cual si fuera este día tu postrero;
De los medios de g r a c i a te aprovecha
P a r a el día del juicio postrimero.
Sincera y en v e r d a d sea tu v i d a ,
T u conciencia cual limpio firmamento;
Pues Dios contempla sin cesar tus o b r a s .
T u s caminos y oculto pensamiento.
Despierta, corazón, y á las a l t u r a s
Do los ángeles moran te l e v a n t a ,
Y al coro u n e tu voz, que en incansable
Acento al R e y eterno gloria c a n t a .
Gloria á tí, que en la noche me has g u a r d a d o ,
Prestándome vigor m i e n t r a s d o r m í a ;
H a z , Señor, que del sueño de la t u m b a
Despierte á u n inmortal y feliz día.
— 292
T e r r e s t r e s y celestes c r i a t u r a s ,
Load á Dios, de toda g r a c i a fuente;
Load al P a d r e , al Hijo, al Paracleto,
Por los siglos sin fin, e t e r n a m e n t e ' .
Traducción del inglés Aioake, my soul, and witli the ¡un, del obispo líen,
i m o o de la T a r d e
UAL rápido el sol declina
De su ocaso al confín,
Así de la v i d a el curso
Ligero v a á su fin.
^^
Felices los que esparciendo
Como el sol clara luz,
Corrieron la recta senda
Que les trazó J e s ú s .
T u s brazos abiertos fueron
En la cruz, oh Señor,
Unir deseando a m a n t e s
T u pueblo en derredor.
Concede pues que podamos
T a n t o amor contemplar;
Concédenos que en tus brazos
Logremos espirar.
Al P a d r e Dios gloria sea,
Gloria al Hijo t a m b i é n ,
Gloria al Espíritu Santo
E t e r n a m e n t e . Amén.
Hifitioo de la p u e s t a del Sol
A el sol ocultó sus r a y o s ;
3 © La noche se a c e r c a y a :
Pidamos á Dios nos limpie
De toda n u e s t r a m a l d a d .
Pidámosle q u e refrene
Las lenguas d e mal hablar,
Sujete los apetitos,
Y a p a r t e los pies del mal.
Pidámosle que nos tenga
En b l a n d a y s e g u r a p a z ,
Creciendo en fe y e s p e r a n z a
Y ardiendo en la c a r i d a d .
Asi será n u e s t r a g u í a
El resplandor de su faz,
Y su a l a b a n z a podremos
Con labio p u r o entonar.
„
Himno
de la fíe-ene
OOE á tí, Dios mío, en esta noche
Por todas tus bondades de este d í a ;
G u á r d a m e , y sean tus potentes alas,
E e y de los r e y e s , la defensa mía.
De c u a n t a s faltas hoy he cometido
P e r d ó n a m e , Señor, por tu Hijo amado;
Y con vos, con el prójimo y conmigo
Quede, antes de dormir, reconciliado.
E n s é ñ a m e á vivir, que no me espante
Más la t u m b a que el lecho del reposo;
E n s é ñ a m e á morir, p a r a que p u e d a
En el juicio d e s p e r t a r glorioso.
Oh, logre reposar en tí mi a l m a ,
Y mis p á r p a d o s cierre blando sueño,
Sueño que p u e d a más vigor p r e s t a r m e
P a r a servirte al despertar, mi Dueño.
Y si en la noche permanezco insomne,
I n s p i r a á mi alma ideas celestiales;
No turben mi quietud malos ensueños,
Ni me acosen las fuerzas infernales.
— 296
-
T e r r e s t r e s y celestes c r i a t u r a s ,
Load á Dios, de toda g r a c i a fuente;
Load al P a d r e , al Hijo, al P a r a c l e t o ,
Por los siglos sin fin, e t e r n a m e n t e ' .
< Traducción del inglés All praiae to Thee,my God, this night, del obispo Ken.
Himno Cotidiano
EN á mi, Señor Dios mío,
Cuando el sueño de mí alejo,
Cuando en tenue reflejo
Ya se deja ei d í a v e r ,
Y en mi corazón l e v a n t a
Pensamientos que hasta el cielo,
Cual perfume en blando vuelo,
Logren puros ascender.
. Ven á mí cuando el sol vierte
De calor y luz r a u d a l e s ,
Y en negocios terrenales
Engolfado estoy tal vez;
No me eclipsen la luz p u r a
De t u rostro cariñoso,
Ni mi día esplendoroso
Se convierta en lobreguez.
Ven á mí cuando la t a r d e ,
Puesto el sol, q u e d a s o m b r í a ;
Y si incauto, de tu vía
Se a p a r t ó mi corazón,
H a z que á tí sumiso v u e l v a ,
Y h a z m e v e r tu faz divina,
Cual estrella vespertina
Sonriendo en dilección.
20
— 298 —
Ven á mí cuando el silencio
»De la media noche llega,
Y t a r d í o el sueño niega
Su balsámico vigor:
Que mi espíritu cansado
Su reposo, no en el lecho,
Mas cual J u a n , halle en el pecho
De mi a m a d o Salvador.
Ven á mí en c a d a momento
Triste ó g r a t o de mi vida;
Y al ser ésta fenecida,
¡Oh mi Dios y sumo bien!,
M á n d a m e que á tí yo v a y a ;
Y en la p a t r i a de v e n t u r a
Do resides, tu c r i a t u r a
Residir p u e d a también .
J
Traducción del inglés.
De tinieblas á l u z
«El que me sigue, no andará en tinieblas.»—Juan, v i l i . 12.
Luz, con tu esplendor benigno
XEJs G u a r d a mi pie;
Densa es la noche y áspero el camino:
' Mi g u í a sé.
H a r t o distante de mi hogar estoy;
Q u e al dulce hogar de las alturas v o y .
^IIVINA
c
A m a r g o s tiempos hube en que tu g r a c i a
No supliqué;
De mi valor fiando en la eficacia,
No t u v e fe.
Mas hoy deploro aquella ceguedad:
P r é s t a m e , oh Luz, tu g r a t a c l a r i d a d .
G u i a n d o tú, la noche es esplendente,
Y cruzaré
El valle, el monte, el risco y el t o r r e n t e ,
Con firme pie;
H a s t a que empiece el día á c l a r e a r ,
Y e n t r e al abrigo de mi dulce hogar.
El D o m i n g o
«Tu rostro buscaré, oh Señor.»—Sa!mo x x v i i . 8.
E la n a d a en este día
Al m u n d o creó el Señor;
Y en este día, á la m u e r t e
Venciendo, resucitó.
S a c u d a m o s el letargo,
Y elevando el corazón
El rostro de Dios busquemos,
Como el Profeta m a n d ó .
Que sus brazos nos extienda,
Y escuche nuestro clamor,
Y limpios de toda m a n c h a
Nos reciba en su mansión.
Y á los que en tan santo día
Entonamos su loor,
Dones sin tasa conceda
Y celeste bendición
1 Imitación de las cuatro primeras estrofas del himno latino Primo dit,
quo Trinitas, del Breviario Romano, en el oficio de Maitines para el Domingo.
Caito del D o m i n g o
«Este es el dia que hizo el Señor.»
Sal. c x v m . 24.
ALLE el ruido, cese el negocio
Con los afanes que lleva en pos!
Disfrute el alma
Reposo y calma
Hoy, y ejerciendo su sacerdocio
Bendiga á Dios.
^2í
f
Eleve al cielo sus a l a b a n z a s
En nobles cantos de g r a t i t u d ,
Y ensalce el n o m b r e
Del Dios y H o m b r e ,
En quien ha puesto sus esperanzas
P a r a salud.
¡Calle, y silencio g u a r d e profundo
De las pasiones la agitación!
Sólo resuene
Firme y perenne
La voz divina que anuncia al mundo
P a z y perdón.
Y los mortales presten oídos,
Y a b r a sus ojos celeste luz,
Y ansien p u r a
Dicha y v e n t u r a ,
Y se cobijen arrepentidos
Bajo la cruz.
¡Este es el día por excelencia
Que entre los días hizo el Señor!
E n t i e r r a y cielo
Con santo anhelo
Todos le r i n d a n en competencia
Gloria y loor.
Lia t a r d e del D o m i n g o
• Sea la elevación de mis manos como
ofrenda de la tarde.»—Sal. C X I . I . 2.
A el fin se acerca de tu día santo:
Benigno acoge la oración, Señor,
Que te ofrecemos en humilde canto
Cual sacrificio de suave olor.
P o r las mercedes á tu amor debidas,
Por el descanso y plácido solaz,
Mil g r a c i a s sean sólo á ti r e n d i d a s ,
R e y de los R e y e s , P r í n c i p e de paz:
De nuestro culto borra, los defectos,
Da á n u e s t r a s preces eficaz v i r t u d .
T u amor tan sólo nos h a r á perfectos,
T u sola g r a c i a nos d a r á salud.
Haz que del m u n d o la escabrosa s e n d a
Correr podamos con seguro pie;
Y en los conflictos que la d u d a tienda
T u luz a l u m b r e n u e s t r a débil fe.
Y tus Domingos de s a g r a d a holgura,
Que son del alma celestial festín,
Nos anticipen la sin p a r v e n t u r a
De aquel descanso que no tiene fin.
Himno
de ü a t e r o
í
[CASTILLO fuerte es nuestro Dios,
^5 Defensa y buen escudo;
Con su poder nos l i b r a r á
E n este t r a n c e a g u d o .
Con furia y con afán
Acósanos Satán;
Por a r m a s deja v e r
Astucia y g r a n poder.
Cual él no h a y en la tierra.
Nuestro valor es n a d a a q u í ,
Con él todo es perdido;
Mas por nosotros p u g n a r á
De Dios el Escogido.
¿Sabéis quién es? J e s ú s ,
El que venció en la cruz,
Señor de Sabaóth;
Y pues no h a y otro Dios,
El triunfa en la batalla.
Aun si están demonios mil
Prontos á devorarnos,
No temeremos, porque Dios
Sabrá aún prosperarnos.
— 305 —
Que muestre s u vigor
Satán y su furor,
D a ñ a r n o s no p o d r á ,
P u e s condenado es y a
Por la P a l a b r a s a n t a .
Sin d e s t r u i r l a dejarán,
Aún mal de su grado,
Esta P a l a b r a del Señor;
El lucha á nuestro lado.
Que lleven con'furor
Los bienes, vida, honor,
Los hijos, la mujer...
Todo h a de perecer:
De Dios el reino q u e d a *.
Traducción del alemán E in'feste Burg isl unser Gott, de Martín Lutero.
No poseyendo el alemán, me he servido de una versión inglesa.
1
lietanía
«Ten misericordia de mi,
oración.»—Sal. iv. 1.
ios, el P a d r e celestial,
— T e rogamos, óyenos.
Dios, el Hijo coeternal,
— T e rogamos, óyenos.
Dios, Espíritu de amor,
— T e rogamos, óyenos.
Dios Trino y Uno, Seflor,
— T e rogamos, óyenos.
Jesús! Jesús!
P o r t u E n c a r n a c i ó n gloriosa,
P o r tu N a v i d a d dichosa:
— T e rogamos, te rogamos,
L í b r a n o s de todo mal
Con t u g r a c i a p e r e n n a l .
Jesús! Jesús!
Por tu Ayuno y Tentación,
P o r tus noches de Oración:
— T e rogamos, te rogamos,
L í b r a n o s de todo m a l
Con tu gracia/ p e r e n n a l .
— 307 —
Jesús! Jesús!
P o r tus horas de t r i s t u r a ,
P o r tu Cruz y tu a m a r g a r a :
— T e rogamos, te rogamos,
L í b r a n o s de todo m a l
Con tu g r a c i a p e r e n n a l .
Jesús! Jesús!
P o r tu s a n g r e v e n e r a d a
P o r nosotros d e r r a m a d a :
— T e rogamos, te rogamos,
L í b r a n o s de todo m a l
Con tu g r a c i a p e r e n n a l .
Jesús! Jesús!
P o r tu Muerte v a l e d e r a
Que d a vida v e r d a d e r a :
— T e rogamos, te rogamos,
L í b r a n o s de todo mal
Con tu g r a c i a perennal.
Jesús! Jesús!
Por t u fiel Resurrección,
P o r t u a d m i r a b l e Ascensión:
— T e rogamos, te rogarnos,
L í b r a n o s de todo mal
Con tu gracia perennal.
J e s ú s ! Jesiís!
Que estás de Dios P a d r e al lado,
De gloria y luz rodeado:
— 308 —
— T e rogamos, te rogamos,
L í b r a n o s de todo m a l
Con tu g r a c i a p e r e n n a l .
Jesús! Jesús!
Que con el P a d r e i n t e r c e d e s ,
Y nos colmas de m e r c e d e s :
— T e rogamos, te r o g a m o s ,
L í b r a n o s de todo mal
Con tu g r a c i a perennal .
l
Traducción del inglés.
Rogativas
«Dios es nuestro pronto auxilio
en la tribulación.'—Sai. X L V I . 1.
IRA, Señor, piadoso
Nuestras necesidades;
Sólo aliviarlas puedes
Tú, nuestro Dios y P a d r e .
Oye esta humilde súplica
Y m u e s t r a tus bondades;
Con t u divino auxilio
Ven, oh Señor, no t a r d e s .
Cuando el pecado e n v í a
Rudas calamidades,
¿Quién mitigarlas puede?
Tú, nuestro Dios y P a d r e .
Desfallecemos débiles
E n t a n t a s tempestades;
Ven y la c a l m a danos,
Ven, oh Señor, no t a r d e s .
Hijos rebeldes somos,
Llenos de iniquidades;
Mas con amor ser quieres
Tú n u e s t r o Dios y P a d r e .
— 310 —
Y a d e J e s ú s los m é r i t o s
Borraron las maldades:
Fieles queremos serte;
V e n , oh S e ñ o r , no t a r d e s .
T ú n u e s t r o fuerte a p o y o
E n t o d a s las e d a d e s ,
T ú n u e s t r o bien y g l o r i a ,
T ú n u e s t r o Dios y P a d r e .
¡Ay! compasivo míranos
Y m u e s t r a tus p i e d a d e s ;
Con t u d i v i n o a u x i l i o
V e n , oh S e ñ o r , no t a r d e s .
En la aflicción
«Venid á raí todos los que estáis trabajados 7 cargados.»—Mal. xi. 28.
EME aquí, J e s ú s bendito!
(gS Agobiado vengo á tí;
Y en mis males necesito
Q u e te apiades hoy d e m í .
No, no puedo con la c a r g a
Que me oprime sin cesar.
¡Es mi vida tan a m a r g a !
¡ T a n intenso mi p e n a r !
P o r auxilio clamé en v a n o ,
A u n q u e lo b u s q u é doquier:
Ni el amigo ni el h e r m a n o
Me h a n podido socorrer.
P e r o tú, J e s ú s , me invitas
Con cordial solicitud,
Simpatizas en mis cuitas,
Y me b r i n d a s la salud.
H e m e , pues, en tu presencia;
L í b r a m e de mi ansiedad:
•Que es tan g r a n d e tu potencia,
Como es g r a n d e tu p i e d a d .
— 312 —
Y jamás han recurrido
Sin b u e n éxito á t u a m o r
P o r descanso el afligido,
Por perdón el pecador.
Plegaria por los n a v e g a n t e s
«Ellos ven las obras del Señor, y
sus maravillas en las profundidades.»
Sal. o v i l . 24.
ffijjH? T E R N O Dios, cuyo poder
t¿¿+) Las b r a v a s ondas refrenó,
Y lindes fijas prescribió
Que el Ponto no ha de trasponer
Benigno escucha nuestro orar
Por quien peligre sobre el m a r .
Señor J e s ú s , á c u y a voz
Diciendo al m a r «tranquilo sé»,
El v e n d a v a l sumiso fue
Y la borrasca h u y ó veloz:
Propicio d í g n a t e a m p a r a r
Los que peligran en el m a r .
S a g r a d o Espíritu de Dios,
Que de las a g u a s en la faz
Al caos diste luz y paz,
Brotar haciendo vida en pos:
Á puerto d í g n a t e g u i a r
Los que peligran en el m a r .
21
— 314 —
Oh T r i n i d a d , sé t ú el sostén
De toda fiel tripulación;
De escollo y fuego y colisión
Defiéndelos doquiera estén:
Y así p o d r á n himnos c a n t a r
De g r a t i t u d en t i e r r a y m a r
' Traducción muy libre del inglés Elernal Father, strong to save, de WiIliam Whiting,
P l e g a r i a por los E n f e r m o s
«Y sanó á todos los e n f e r m o s . ' - u f a teo, v i n . 16.
CSy Celeste m e d i c i n a ,
Benigno oído inclina
Á n u e s t r a petición:
E n pro de los enfermos
Rogamos tus favores;
Q u e temples los rigores
De su tribulación.
Morando é n t r e l o s hombres
Mostróse t u potencia,
T con dulce clemencia
B r i n d a b a s la salud:
De ti la recibieron
El m a n c o y el p o s t r a d o ;
Y h a s t a el amortajado
Salió de su a t a ú d .
P a t e n t e y conocido
T a amor de todos e r a ;
Ninguno q u e sufriera,
E n v a n o á ti acudió:
— 316 —
El lecho en que y a c í a
Abandonó el tullido;
El sordo tuvo oído,
Y el ciego la luz vio.
Acoge de tu pueblo
L a s súplicas fervientes,
Y á todos los dolientes
Visita con b o n d a d ;
Y al p a r que los consuelas
Y sus dolores c a l m a s ,
Concede fe á sus a l m a s ,
Paz y seguridad.
fieeióo
de Gracias
«Alabad al Señor, porque es bueno;
porque para siempre es su misericordia.»—Sai. c x x x v i . 1.
Y en fervorosa acción de g r a c i a s
Decid q u e es g r a n d e su b o n d a d .
E n cielo y t i e r r a m a r a v i l l a s
O b r a la m a n o del Señor,
P e r o es su tierno a m o r al h o m b r e
De los portentos el m a y o r .
Ya nuestros p a d r e s nos contaron,
De Dios h a b l a n d o con placer,
Q u e en los conflictos y aflicciones
Quien los salvó fue su poder.
T a m b i é n nosotros publicamos
Q u e n u e s t r a s súplicas oyó,
Y el fuerte brazo compasivo
A socorrernos extendió.
— 318 —
Cual h a s t a aquí, de hoy más él solo
Sin fin será n u e s t r a v i r t u d ,
•Nuestro castillo más seguro
Y n u e s t r a roca de salud.
Y agradecidos c a n t a r e m o s
Que sus promesas son v e r d a d ;
Y como es g r a n d e su potencia,
E t e r n a y g r a n d e es su b o n d a d .
Reeión
de Gracias
II
• Al que da mantenimiento á toda
carne; porque para siempre es su misericordia.»—Sai. c x x x v j . 26.
LABAD con dulce canto
—Pues a ú n su p i e d a d d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
Alabad al que sostiene
F i r m e al sol de luz p e r e n n e ;
—Pues aún su piedad d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
Y la l u n a p l a t e a d a
Guía en la noche callada;
—Pues a ú n su piedad d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
A l a b a d al que a b u n d a n t e
Da la lluvia fecundante;
—Pues a ú n su piedad d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
Y á la t i e r r a en rico fruto
H a c e r e n d i r su tributo;
— P u e s a ú n su piedad d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
Alabad al que atesora
Manjar en troj bienhechora;
— P u e s a ú n su p i e d a d d u r a .
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
Y á las almas d a sustento
Con celestial alimento;
— P u e s a ú n su piedad d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
Alabad con dulce canto
Al Dios q u e nos a m a tanto;
—Pues a ú n su piedad d u r a ,
Siempre fiel, siempre s e g u r a .
El h i m n o d e la Cosecha
«Les das, recogen; abres tn mano,
hártanse de bienes.»—Salmo civ. 28.
Dirige con poder
Los mundos, que sus órbitas
No cesan de correr:
Y el orbe en vueltas rápidas,
Que i n n u m e r a b l e s son,
Retorna á sus períodos
En lija sucesión.
En pos de invierno frígido,
Que envuelto en nieve está,
Sonríe y blandos céfiros
L a p r i m a v e r a da;
Y al poderoso estímulo
De cálida estación,
Otoño s u r g e próvido
T r a y e n d o bendición.
Sembró el paciente agrícola,
Y espera, oh Dios, en tí;
T ú llueves, y él con júbilo
Recoge en su alfolí."
— 322 —
Las eras oyen cantigas
De gozo y g r a t i t u d ,
Y al r e p i c a r de crótalos
Salta la multitud.
De tí fecundos v a s t a g o s
L a cepa recibió,
Y el árbol frutos opimos
Sin interés nos dio:
Repletos v a n los cuévanos
Al sótano y l a g a r ,
Y vemos de los tórculos
El óleo destilar.
Y al darnos mutuos plácemes
Por t a n t a bendición,
Cantamos que sin n ú m e r o
T a s beneficios son;
Y por tu mano pródiga
Que b r i n d a plenitud,
Alzamos himnos férvidos
De amor y g r a t i t u d .
ficción
de Gracias
al pesobt-ap la salud
«Alabaré al Señor en mi vida.»—Sal-
mo C X L V I .
2.
UEN Señor, ¿mi v i d a a l a r g a s
Concediéndome salud?
P u e s acepta bondadoso
Mi sincera g r a t i t u d .
Haz q u e el tiempo q u e m e otorgas
No m a l g a s t e en v a n i d a d ,
Mas lo emplee en p r e p a r a r m e
A gozar la eternidad.
P o r t u s a n g r e redimido, ,
De tu g r a c i a en posesión,
Gozaré en la confianza
De s e g u r a salvación. •
C a n t a r é q u e tus b o n d a d e s
Son sin n ú m e r o y sin fin,
A las almas invitando
De tus dones al festín.
Que mi v i d a en santo ejemplo
Brille cual celeste luz,
Y al fin d e ella m e recibe
E n tus brazos, b u e n J e s ú s .
—eas—
P e r d ó n y Olvido
1
«No seas vencido de lo malo, mas
vence con el bien el mal.» — Bomanos, X I I . 21.
ERDONA y olvida,—no g u a r d e s rencores
t í A Que t u r b a n del a l m a tranquilo solaz.
Siguiendo esta n o r m a , de mil sinsabores
E x e n t a la v i d a t e n d r á m a y o r paz.
No h a y n a d i e en el mundo que ofensa no h a g a
Al prójimo á veces por dicho ó acción;
Y en tal c o y u n t u r a , consuela y h a l a g a
S a b e r q u e le v u e l v e n olvido y p e r d ó n .
P e r d o n a y olvida,—que es justo y h u m a n o
L a s faltas ajenas con velo c u b r i r ;
Y al punto olvidarlas es noble y cristiano,
P e r d ó n ofreciendo cuando h a y que sufrir.
No es llana la vida, ni faltan abrojos;
Los pasos en ella difíciles son:
E n vez de a ñ a d i r las espinas d e enojos,
E s p a r e e las flores de olvido y p e r d ó n .
Dedicado a mi hija Josefa.
7T
Amor Fraternal
«Amémonos unos á otros, porque el
amor es de Dios.»—1. Juan, I V . 7.
a
MÉMONOS, h e r m a n o s ,
Con tierno y puro a m o r ;
Que u n a familia somos,
Y nuestro p a d r e es Dios.
Amémonos, h e r m a n o s ;
Lo quiere el Salvador,
Que su preciosa s a n g r e
Por todos d e r r a m ó .
Amémonos, h e r m a n o s ,
En dulce comunión;
Y paz y afecto y g r a c i a
D a r á el Consolador.
Amémonos, h e r m a n o s ;
Y en n u e s t r a s a n t a unión
No existan asperezas
Ni discordante voz.
Amémonos, h e r m a n o s ;
Y al m u n d o pecador
Mostremos cómo viven
Los que salvados son.
— 326 —
Amémonos, h e r m a n o s ,
Con todo el corazón:
Lo ordena el Dios y P a d r e ;
Su ley es ley de amor.
Caridad
«Seguid la caridad.»—/." Cor. xiv. 1.
ARIDAD, v i r t u d divina,
Predilecta hija de Dios!
V e n , las almas ilumina,
Y q u e v a y a n de ti en pos.
F u n d e r a z a s , clases, n o m b r e s ,
Q u e engendró interés r i v a l ;
H a z h e r m a n o s á los hombres,
Con u n P a d r e celestial.
Sé t ú el ángel de consuelo,
Mensajero g r a t o y fiel;
Y la paz t r a e del cielo,
Puesto que procedes de él.
Halle el huérfano en ti abrigo,
Y sostén la senectud;
El socorro d a al mendigo,
Y al enfermo la salud.
Al dolor del que padece
D a eficaz consolación,
Y á la mano q u e la ofrece
S e m p i t e r n a bendición.
— 328 —
E n bondades don fecundo,
Como tú no existen dos...
¡Ven, y sé el a l m a del m u n d o ,
Predilecta hija de Dios!
ñ n h e l o s de la Caridad
«Todo es t u y o , y lo recibido de t a
mano te damos.:»—1.° Crin, x x i x . Í4.
ajenas cuitas y aflicción,
Á la escasez y e n f e r m e d a d ,
A b l a n d a nuestro corazón,
Señor, y muévelo á piedad.
H o g a r e s h a y sin p a n ni luz,
Y a l m a s sumidas en dolor;
Alivio debe á t a n t a cruz
L l e v a r con gozo nuestro a m o r .
Apoyo al débil ofrecer,
De p a d r e al huérfano suplir,
Y á los enfermos a t e n d e r ,
Eso es cual ángeles s e r v i r .
H a b l a r p a l a b r a s de solaz,
Mostrar la senda al pecador
Que le conduzca á v i d a y p a z ,
Es imitar al Salvador.
T ú n u e s t r o b u e n intento ves:
P e q u e ñ o ó g r a n d e sea el don,
Señor, no es nuestro, t u y o es;
Prospérelo t u bendición.
22
Obras de m i s e r i c o r d i a
«Cnanto hicisteis á uno de estos mis
hermanos pequeñitos, a mi hicisteis..
Mat. x x v . 40.
'{£9 Dulcísimo Señor!
H a z benigno que nuestros corazones
Respondan á tu amor.
¿Qué tesoro podremos ofrecerte,
Si el mundo t u y o es?
¿Qué h a y rico p a r a ti, si el alto cielo
Alfombra es á tus pies?
Mas tienes en el mundo h e r m a n o s pobres
Q u e te a m a n con v e r d a d ,
Y e s p e r a n de tus*-manos el auxilio
E n su necesidad.
«Lo q u e hiciereis con estos pequeñuelos,
H a s dicho, á mi se hará.»
P o r tanto, buen Maestro, lo q u e quieres
Lo conocemos y a .
Quieres vernos d a r p a n á los h a m b r i e n t o s
Y a g u a al q u e tiene sed,
Visitar al enfermo, al désvalido
Mostrar g r a c i a y merced;
— 331 —
Consolar en la cárcel al que g i m e ,
A l desnudo vestir,
Con el necesitado peregrino
Nuestro h o g a r compartir.
Así, c u a n d o levante el infortunio
Su doliente clamor,
Ta suplicante voz reconozcamos
Que llama á nuestro amor.
Y en tu nombre el socorro dispensemos
Que solamente así,
S i r v i e n d o á tus h e r m a n o s , te servimos,
¿Señor J e s ú s , á ti.
El d a d o r a l e g r e
«Dios ama al dador alegre,»—2. i
rinlioa, ix. 7.
a
f f n l A t u limosna á los pobres,
Cfjj^
No los r e c h a c e s j a m á s ,
A u n q u e tus bienes decrezcan,
Que J e s ú s te d a r á m á s .
Coro.— Dios a m a al dador alegre,.
Así en su P a l a b r a está;
Y á t u limosna p o r su amor,
L a bendición d a r á .
Da al p e r e g r i n o hospedaje,
Calma del triste el afán,
Cuida del huérfano y v i u d a ,
Da al h a m b r i e n t o de t u p a n .
Da para' que el Evangelio
Llene l a s islas del m a r ,
De las naciones logrando
L a s tinieblas disipar.
Da t u influencia y talentos
Á la justicia y v e r d a d ,
H a s t a que un d í a las veas
Dirigir la h u m a n i d a d *.
Imitación del inglés Qive of ihe fruits of thy
lobvw-
ti la dedicación
de CID Templo
«No es otra cosa que casa de Dios j
puerta del cielo.»—Gen. m m . 17.
• S P Í R I T U Divino,
¿¿jj. F u e n t e de c a n d a d ,
Desciende, y el sacro templo
Llena de s a n t i d a d .
Aquí tu g r a c i a e n v í a s
Al pobre pecador,
Y disipas las tinieblas
Que produce el error.
Aquí recibe el hombre
Del a l m a la salud,
Y desecha del pecado
La d u r a esclavitud.
Aquí en tierno suspiro
•Se e x p l a y a el corazón,
Y cual perfume á los cielos
Eleva su oración.
Aquí del P a n s a g r a d o
Que Cristo instituyó,
La fiel a l m a se alimenta,
Que su amor conoció.
— 334 —
Aquí participamos
E n s a n t a comunión,
Del Cáliz q u e d a en memoriaJ e s ú s , de su pasión.
A Dios del cielo place
T a m b i é n a q u í inorar,
Y p r u e b a al alma que a n h e l a
De su reino gozar.
Al P a d r e ,
Espíritu, se
T o d a gloria
Con amor y
al Hijo, al Santodé
por los siglos,
con fe.
lia J e r a s a l e m celestial
• Vi la santa ciudad, Jernsalero nuev a , que descendía del cielo, de Dios,
dispuesta como una esposa ataviada
para su marido.»—Apoc. x x i . 2.
Visión de p a z dichosa,
De Cristo s a n t a esposa,
R a d i a n t e de esplendor;
T a fábrica es d i v i n a ,
Son vivos t u s sillares,
Y de ángeles millares
T e ciñen en redor.
Ciudad del R e y eterno,
De perlas son tus p u e r t a s ,
Continuamente a b i e r t a s
Al misero mortal;
Y en tu recinto inoran
Los que por fe se elevan,
Y el sello augusto llevan
Del Verbo celestial.
Felices moradores
En ti perenne canto
Profieren al Dios santo
Que de ellos se apiadó;
— 336 —
Y honor y gloria entonan
Al ínclito Cordero,
Que a m a n t e en el m a d e r o
Por ellos se inmoló.
Al mismo Cristo amamos,
Y al mismo Dios servimos,
Los que por fe vivimos,
Ansiando á ti volar;
Y pronto gozaremos,
P a s a n d o tus umbrales,
Las dichas eternales
Del supirado hogar .
l
' Las ideas principales de este himno están tomadas del latino CotlBstit
arbe Jerusalem, que hay en el Breviario Romano para la Dedicación de
Iglesia.
P l e g a r i a en el B a u t i s m o
H P a d r e celestial, de cuanto existe
Bondoso Creador:
Mira al infante que a n t e ti traemos,
Fiados en tu amor.
T u bendición d e r r a m a en él,
P a r a que á ti sea hijo fiel,
P a d r e eternal!
¡Hijo de Dios, que por nosotros diste
La vida en u n a cruz:
Tómale, cual P a s t o r en tu g r e y santa,
Infunde en él tu luz;
En su aflicción a m p a r o sé;
Por tus sendas g u í a su pie,
Hijo de Dios!
¡Consolador Espíritu, desciende
Su a l m a á r e n o v a r ;
L á v a l a de sus m a n c h a s , p o r q u e p u e d a
Vida e t e r n a g o z a r :
Ser con tus dones puede a q u í
S a g r a d o templo p a r a ti,
Consolador!
— 338
-
¡Oh T r i n i d a d , la Iglesia aplica el rito;
Mas t u y o es el p o d e r :
Por este infante n u e s t r a s preces logren
A t u trono ascender.
Dale en tu g r a c i a fe y amor;
Su v i d a sea en t u loor,
Oh T r i n i d a d !
Plegaria
pof el reeién bautizado
«Yo Jehováh te he llamado... y t e
guardaré.»—Is. X L I I . 6.
H Dios, escucha con bondad
° s ¿ y L a férvida oración
Que eleva al trono de piedad
E s t a congregación.
Al nuevo miembro de t u g r e y
Manten en tu favor;
Y su a l m a sienta amor por ley
Siguiendo al buen Pastor.
Propicio dale g r a c i a y luz
Que a b u n d e n m á s y m á s ;
Y sea atleta de la Cruz
Sin c l a u d i c a r jamás.
Doquier y en toda tentación
Sosténle en rectitud;
Y alcance al fin por g a l a r d ó n
La eterna beatitud.
Plegaria
4 e l peeién eonfir-mado
«Señor, te seguiré dondequiera R¡ue
fueres.»—Lucas, ix. 57.
S e r v i r t e con amor;
Concédeme tu g r a c i a ,
Mi Amigo y Salvador:
No t e m e r é la lucha
Si t ú á mi lado estás,
Ni p e r d e r é el camino
Si tú guiando vas.
El mundo está m u y c e r c a ,
Y a b u n d a tentación;
Suave es el e n g a ñ o ,
,
Y es necia la pasión:
Sé tú, J e s ú s , más c e r c a
Mostrando tu piedad,
Y escuda al a l m a mía
De t o d a i n i q u i d a d .
Cuando mi mente, v a g u e
Y a incierta, y a veloz,
Concédeme que escuche,
J e s ú s , tu c l a r a voz:
—
3 4 1
—
A n í m a m e , si p a r o ;
Si c o r r o , m e d e t e n ;
R e p r é n d e m e , si t e m o
Kn t o d o h a c e r el b i e n .
Jesús, tú has prometido
Al q u e e n pos de ti v a ,
Q u e d o t ú e s t á s en gloria',
T u s i e r v o allí e s t a r á :
S o s t é n m e en el c a m i n o ,
Y al fin con d u l c e a m o r
T r a s l á d a m e á tu g l o r i a ,
Mi A m i g o y S a l v a d o r
Traducción del inglés O Jeau, I iiave promised,
de Jo
Canto d e los c o n f i r m a d o s
«Tuyo soy y o , guárdame..
Sal. c x i x . 91.
ÜYOS
siempre! De tu trono
Que seamos siempre tuyos
Aquí y en la e t e r n i d a d .
¡Tuyos siempre! Por el m u n d o
Nuestro escudo s é , J e s ú s ,
Y condúcenos en salvo
A la patjria d e la luz.
¡Tuyos siempre! ¡Cuan dichosos
Los que tus amigos son!
T ú los g u a r d a s , los bendices,
Y eres de ellos la porción.
¡Tuyos siempre! Santifica
Nuestra v i d a t e r r e n a l ,
H a s t a que nos des la e t e r n a
En tu reino celestial
' Traducción del inglés Thine for ever, God of love, de Maria Pawlcr
Mande.
Jíitnno
de Comaoíóo
« Haced esto en memoria de mí.
Lue. x x n . 19.
ELESTE voz q u e nos c o n v i d a s
Al g r a n b a n q u e t e del amor,
•Con g r a t i t u d el a l m a a c e p t a
La dulce y tierna invitación.
R e c u e r d a al a l m a este convite
E l fiel cariño del Señor,
S u a m o r profundo, sus b o n d a d e s ,
L a a n g u s t i a horrible que sufrió.
¡Oh! ¡Cómo ahora su recuerdo
Disipa d u d a s y temor,
Y acrecentando la esperanza
De gozo llena el corazón!
Señor J e s ú s que te complaces
E n concedernos tanto don.
Haz q u e sumisos te sirvamos
Oon m á s constancia y m á s a m o r .
Himno de Comunión
ii
- V E N I D , QUE
y a todo ESTÁ A P A R E J A D ! . . ;
Luc, X I V . 1 7 .
jjp^ MOROSO nos convida
^<=¿3 J e s ú s á su Comunión,
Y nos d a el p a n de la vida
Y el cáliz de redención.
Á tu dulce llamamiento
Acudimos, oh Señor:
¡Que en tu Comunión a u m e n t o
Hallen nuestra fe y amor!
En cambio de tantos dones,
¿Qué te hemos de ofrecer?
T o m a nuestros corazones,
Nuestras a l m a s , nuestro s e r .
.• Á tu mesa, p r o m e t e m o s
En tu s a n t a ley vivir;
Y que fieles te seremos,
Buen J e s ú s , hasta.el morir.
i m n o de Comanión
n i
«Yo B o y el pan de vida.»—Juan, vi. 35.
H pan del cielo, dulce bien
Más excelente que el m a n á !
Si el alma busca tu sostén,
E t e r n a m e n t e vivirá.
¡Oh nuevo pacto del Señor
En santa copa de salud!
Reconciliado el pecador,
Se acerca á Dios por tu virtud.
H a m b r i e n t a el alma, vengo á ti.,
Mi buen J e s ú s , con v i v a fe:
T u mesa es franca p a r a mí,
Y en humildad me a c e r c a r é .
Sé tú, Señor, mi
Que al alma n u t r a
Y en vida y júbilo
Diré las glorias de
pan vital
y dé vigor;
inmortal
tu amor.
En la Cena del S e ñ o r
«Llevóme ala cámara del bauquele,
y su bandera sobre mí, amor.»-Cantar. 11. 4.
^ ¿ Que próximo á morir
Supiste r e u n i r
En u n o ley y amor!
Concede, buen Pastor,
Que cumpla hoy tu g r e y
De antiguo a m o r la n u e v a ley.
En torno a ti la fe
Aquí nos congregó;
Si nuestros ojos no,
El a l m a sí te v e :
Que do tu Iglesia esté,
Allí, J e s ú s , tú estás
Y en ella siempre m o r a r á s .
Oh P a n celeste, v e n ,
Vigor al a l m a d a ;
Sin ti muriendo está,
Contigo se halla bien:
Q u e sólo t ú el sostén
Le ofreces con v e r d a d
En la mortal necesidad.
— 347 —
¡Oh Cáliz de salud
Vertido en profusión,
Q u e b r i n d a s redención
De e t e r n a esclavitud!
Si al a l m a tu virtud
Infundes, cierta está
•Que p a r a siempre vivirá.
Sabemos cuánto amor
Quisiste demostrar
A los que c o n g r e g a r
T e plugo en d e r r e d o r ;
P u e s hoy, oh Salvador,
Demuéstralo también
A los que aquí por fe te ven.
¡Oh g r a t o memorial
De sacrosanto amor!
¿Cuándo será, Señor,
Q u e en gloria perennal
L a P a s c u a celestial
Comamos en Sión,
Contigo en dulce eterna unión?
Plegaria
pop los cnínistpos del E v a n g e l i o
Sobre tus siervos a b r e con largueza
P u r o s r a u d a l e s de tu inmenso amor.
Ellos al m u n d o tus preciados dones
E n s e ñ a r á n , p r o c l a m a r á n salud:
Dales tu gracia, da á sus corazones,
Por o r n a m e n t o , santa rectitud.
Cuando á los hombres con a m o r enseñen»
Do tu Evangelio celestial v e r d a d ,
Su ministerio santo desempeñen
Ardiendo el pecho en férvida p i e d a d .
S a b i d u r í a , m a n s e d u m b r e y celo
De ti reciban, y s a g r a d a unción,
De s a l v a r almas incansable anhelo,
Y el estimable don de la oración.
Al pecador con caridad corrijan,
Del flaco sean eficaz sostén,
A los santos con júbilo dirijan,
Los senderos mostrándoles del bien-
— 349 —
Brillen cual astros en tu diestra mano.
M i e n t r a en el mundo inoren del dolorj
Y al poseer tu reino soberano,
«Coronas ciñan de inmortal fulgor.
P l e g a r i a por la Patria
L trono excelso do en inmensa g l o r i a .
Supremo Dios, tu majestad reside,
Suban las voces p u r a s del ferviente
Pueblo q u e pide.
Sobre la t i e r r a que por p a t r i a a m a d a
T e plugo darnos, libertades brillen,
Y no consientas que se forjen n u n c a
Yugos que humillen.
Pío d e r r a m a la esplendente l u m b r e
De tu Evangelio que suaviza al m u n d o ,
De tu Evangelio, manantial de bienes
Siempre fecundo.
Caigan las a r a s de falaz astucia,
Que al hombre v a n a salvación le b r i n d a n :
Sé tú el Dios nuestro; y el debido culto
Todos te r i n d a n .
Míseros somos, lo confiesa el labio;
La iniquidad los corazones vicia:
Haznos creyentes, y reviste al a l m a
De tu justicia.
— 351 —
T u reino sea n u e s t r a a m a d a patria,
T u voluntad la ley que veneremos,
La cruz del Cristo la gloriosa enseña
Que tremolemos.
Y n u n c a rujan los horrendos bronces,
Y n u n c a brille la fulmínea espada;
Mas en los pechos d e cristianos more
La paz p r e c i a d a .
Nos una á todos fraternal a b r a z o ,
Nadie sus pechos á rencores p r e s t e ;
Danos benigno la salud, y evita
Cólera y peste.
Hinche los ríos, fecundiza el campo,
Llena las eras, el taller visita;
Y á c a d a hombre la a b u n d a n c i a dale
Que necesita.
Danos tu g r a c i a y bendición constantes
Mientras tengamos por mansión el suelo,
Hasta el momento que nos des la n u e v a
P a t r i a en el cielo.
Jcmto á ÜD m o r i b u n d o
/
•Y el espíritu volverá á Dios que lo
dio.»—Ecles. x n . 9.
ON profundo terror el sepulcro miramos,
' i J > Y de espanto nos llena el haber de morir;
Que la t u m b a es el lecho de p¡iz olvidamos
Y la m u e r t e el principio de eterno vivir.
¿Qué es la v i d a mortal q u e en la t i e r r a vivimos,
Sino efímera sombra que pasa fugaz?
¿Qué dulzura, q u é dicha en el mundo sentimos,
Sino dicha de nombre, d u l z u r a falaz?
¡Oh principio inmortal! ¡rompe, rompe gozoso
La que así te aprisiona t e r r e n a mansión!
Y á los cielos levanta tu vuelo glorioso,
A vivir de los santos en placida unión.
Allí espera J e s ú s , q u e alcanzó la victoria,
Y las puertas abrió de la p a t r i a eterna!;
De su mano t e n d r á s la corona de gloria,
Y con él vivirás u n a vida inmortal.
Sepelio
«No os entristezcáis como los otros
que no tiene esperanza.» — 1. Tesal.
iv. 13.
a
FÚGIDOS ¡ay! lloramos,
Los q u e al muerto a c o m p a ñ a m o s
Y á la t u m b a encomendamos;
Cual si a b a n d o n a n d o el suelo,
T r i s t e fuera alzar el vuelo
Y s u b i r al alto- cielo.
J u n t o á Dios, P a d r e amoroso,
El espíritu dichoso
Vive en plácido reposo;
Y devolverá, la t i e r r a
Los despojos que ahora e n c i e r r a . . .
No, la m u e r t e y a no a t e r r a !
Cierto somos transgresores,
Y tememos pecadores
De u n Dios justo los rigores.
Pero tú, Señor, nos a m a s
Y á vivir en tí nos llamas.
No nos t r a i g a s á juicio;
Con nosotros sé propicio.
Por J e s ú s , Dios de bondad,
De nosotros ten piedad.
Doce Títulos de J e s ú s
Abogado
•Si alguno hubiere pecado, A B O G A no tenemos para con el Padre, a Jesucristo el Justo.»—1. Juan, ir. 1.
a
f
KSUORISTO es mi
ABOGADO
En la. presencia de Dios,
Que en los cielos y en la t i e r r a
T o d a potestad le DIO.
Si pues él por mí intercede,
No me asalta y a temor;
Que a u n q u e débil he caído,
El alcanza mi perdón.
Amigo
«AMIGO
de publícanos y de pecadores.»—Jfat. xi. 19.
AMIGO de pecadores,
Sé también mi tierno amigo,
Que si tu amistad consigo,
Nada más desearé.
— 355 —
Con ella se desvanece
El temor, la paz se alcanza;
Gozo aquí de la esperanza,
Y allá la gloria t e n d r é . .
Emmannel
«Llamarás su nombre E M M A N U E L , que declarado es, con nosotros Dios.»
Mat. i. 23.
T i e r r a m a l d i t a por el pecado,
¡Salta de gozo!, te ha visitado
El q u e esperaba tanto Israel.
Mísera r a z a de A d a m caído,
¡Canta aleluyas!, te ha ennoblecido
«Dios con nosotros», EMMANUEL.
Gran Sacerdote
Tenemos «un G R A N S A C E R D O T E que penetró los cielos, Jesús el Hijo de
Dios».—Hebr. ív. 18.
P e n e t r e n u e s t r a fe en los altos cielos,
Y al GKANDÉ SACERDOTE allí contemple,
Del amor á los suyos impulsado,
Con Dios el P a d r e intercediendo siempre.
- - 356
-
Sobre el pecho los nombres de sus santos
En ricas piedras insculpidos tiene;
Su tierno corazón por todos late,
Y les p r e p a r a venturosa s u e r t e . .
Jesucristo
«Llamarás su nombre J K S Ú S , porque él salvará á su pueblo de sus pecados:»—«el cual es llamado el C H I S T O . » — Hat. i. 1 6 , 2 1 .
JESUCRISTO es el n o m b r e más dulce
Que en la tierra pronuncia el m o r t a l ;
El alivia sus p e n a s , disipa
Sus temores y c u r a su mal.
JICSUCIÍISTO es el t e m a glorioso
Que modula el c a n t a r celestial;
Es el centro de toda e s p e r a n z a ,
Es la fuente del gozo eterna!.
Nuestra Esperanza
«Por la ordenación de Dios nuestro Salvador, y del Señor Jesucristo,
T B A E S l ' B K A N Z A . » — T i m . i. 1.
E n Cristo se reconcentran
De>nuestra a l m a los deseos,
Y él al corazón inspira
Dulces y gratos afectos.
NUBS-
— 357 —
No h a y sin él paz ni bonanza,
Sin él no existe el contento,
Mas todo con él existe,
Dicha, paz, gozo y consuelo.
NUESTRA ESPERANZA es él solo,
Nuestro g u í a y nuestro puerto,
Pues él murió por nosotros,
Y por nosotros fué al cielo.
Pastor
«Yo soy el buen P A S T O R ; el buen Pastor da su vida por sus ovejas.»
Juan, x. 11.
El buen PASTOR que su vida
Por las ovejas ha puesto,
Siempre á buscar está presto
A la que se halla perdida.
T ú , lector, que sabes esto,
Si á causa de tu pecado
Vives de Dios alejado,
La voz de J e s ú s escucha;
Y siendo su piedad m u c h a ,
El PASTOR te h a b r á salvado.
— 35b —
Precursor
«Donde entro por nosotros nuestro
PRECURSOR
Jesús.»- Ilcbr. vt.
Consumada su c a r r e r a
En holocausto de amor,
Por nosotros subió al cielo
J e s ú s , nuestro Piticcuitsoii.
Sobre su trono sentado
Gozosa el alma le ve,
Que entre J e s ú s y nosotros
No h a y n u b e p a r a la fe.
Allí reina, y á los suyos
P r e p a r a eterna mansión,
Donde con él viviremos
En s a n t a delectación.
Príncipe de Paz
<Y llamarás su nombre
PRÍNCIPE DE
P A Z . » — I s a í a s , i x . 5.
¡El PRÍNCIPE DE PAZ!, bendito nombre
Que ensancha el corazón,
Y presta aliento y e s p e r a n z a al hombre
Que lucha en la aflicción!
ÜO.
— 359 —
L a t i e r r a c u b r i r á su principado
De uno á otro confín.
Su trono en la justicia cimentado,
La paz no t e n d r á fin.
Redentor
«Yo aé que mi R K D K N T O R vive.»— Job, x i x . 25.
Yo sé que vive mi REDENTOR,
El q u e su vida puso por mí.
¿Ves, a l m a mía, cuan g r a n d e amor
Compadecido m u e s t r a por tí?
Ya salva estás;
Sírvele fiel,
Y reinarás
T a m b i é n con él.
Resurrección y vida
•¡Yo soy la R E S U R R E C C I Ó N y la V I D A . » — J u a n , xi. 23.
RESURRECCIÓN y VIDA
Sé p a r a m í , Señor,
Cumpliendo la promesa
Que me hiciste en tu a m o r ;
— 360 —
Y al morir me conduce
A la región de p a z ,
Donde contemple siempre
La gloria de tu faz.
Salvador
«Os es nacido hoy en la ciudad de David un S A L V A D O R , que es Cristo el
Señor.»—¿HC. ii. 11.
Cuando del bien a p a r t a d o
Moraba yo en el pecado
Y en las sombras del error,
Por Dios el P a d r e enviado
Descendió mi SALVADOR.
Ahora que el a l m a mía
Rescatada, á Dios e n v í a
El tributo de su amor,
Quien m e protege y me g u i a
Es t a m b i é n mi SALVADOR.
Do3¿ologías
i
«^jj-LORIA al P a d r e , gloria ai Hijo,
i^K Gloria al Santo P a r a c l e t o ,
Por los siglos de los siglos.
¡Aleluya!
A l a b a n z a sea á Dios.
Amén.
II
¡Gloria al Altísimo! F é r v i d o canto
Gratos eleven la fe y el amor:
Al P a d r e , al Hijo, al Espíritu Santo,
S e a el i m p e r i o , la gloria y honor.
Amén.
III
E n v í a n o s benigno,
Señor, tu bendición,
Y pon tu g r a c i a p e r e n n a l
E n n u e s t r o corazón.
Asi fortalecidos
E n u n a y otra e d a d ,
— 362 —
T e serviremos con amor,
Seguir podremos Ja v e r d a d ,
Y proclamar tu n o m b r e
Por toda eternidad.
Amén.
IV
¡Hosanna! ¡hosanna! ¡hosanna!
E n cielo y t i e r r a es del Señor
L a gloria y potestad;
Y nos c i r c u n d a con su a m o r
L a excelsa T r i n i d a d .
Alzad p u e s himnos de loor,
Que es g r a t o al sumo Bien;
Y á Dios rindamos todo honor
Ahora y siempre. Amén.
V
Al P a d r e Omnipotente,
A Cristo el S a l v a d o r ,
Y al Santo P a r a c l e t o ,
Rendid gloria y honor.
Y de su amor
L a inmensidad
Humildes ensalzad.
Por siglos de siglos
Con himnos de triunfo
— 363 —
Su. gloria publicad:
Con cánticos d e triunfo
Su gloria publicad.
Amén.
VI
Gloria y a l a b a n z a
Sea al Creador,
Y al eterno Verbo
Y al Consolador:
Sacrosanta Trinidad.
Siempre agradecidos,
De una en otra edad,
Al Omnipotente
Den los redimidos
Gloria y alto honor:
Al que vive e t e r n a m e n t e
Manantial de amor.
Amén.
VII
Al uno y trino
Bendito Dios,
Que nos da vida
Y salvación,
En cielo y t i e r r a
Se d é loor;
Que él solo es digno
De adoración.
— 364
-
¡Dad gloria y honor
Al P a d r e y al Hijo y al Consolador!
Y cual eterno
Es nuestro Dios,
Tal sea el himno
De su loor.
Amén,
VIII
Aclamen cielo y t i e r r a
Al P a d r e Creador,
Y un himno de a l a b a n z a s
Eleven en su honor;
Encomios se tributen
Al Hijo Redentor,
Que con su m u e r t e s a l v a
Al pobre pecador.
Y al E s p í r i t u Santo, que es fuente de a m o r .
Canciones entonad:
P u e s la gloria es del único y trino Señor,
Por toda eternidad.
Amén.
IX
Gloria sea al P a d r e
Que nos a m a tanto;
Gloria eleve al Hijo
Nuestro humilde canto;
Y al divino Espíritu
Gloria dad y honor.
— 365 —
N u e s t r a s alabanzas, g r a t i t u d y a m o r ,
A c e p t a r se digne Dios e i sumo Bien;
P u e s q u e sus bondades hacia el p e c a d o r
D u r a n por los siglos, son sin ñn. A m é n .
X
PARA.
NATIVIDAD
Gloria á Dios en las a l t u r a s ,
Y en la t i e r r a dulce paz,
Y á los pobres pecadores
G r a c i a y b u e n a voluntad.
XI
PARA
NATIVIDAD
Noche oscura
De luz p u r a
Se a b r e al claro r e s p l a n d o r :
Desde el cielo
T i e n d e el vuelo
Ángel nuncio del amor;
R a u d o lleva
Grata nueva,
Q u e al mortal infunde gozo
Y le llena de alborozo.
¡Aleluya! ¡aleluya!
Que h a nacido u n Salvador.
Se cumplió promesa fiel:
Vino al mundo E m a n u e l .
Vuestros himnos elevad
T i e r r a y cielo, á Dios load:
¡Gloria á J e h o v á h el Señorí
¡Gloria al Cristo Redentor!
¡Hosanna! ¡hosanna!
Amén.
XII
PARA
PASCUA
Muriendo, nuestra redención
Obró el Cordero celestial;
No vio en la t u m b a corrupción
Y reina vivo é inmortal.
Está en su trono de esplendor;
Y le a d o r a n los santos con g r a t i t u d ,
Entonando alabanzas al tierno amor
Que se dio en holocausto por su salud:
¡Es digno el Cordero
De gloria, prez y honor!
Por siglos de siglos
¡Aleluya al Señor!
Y con loa santos en comunión
Los fieles repetimos esta canción:
¡Es digno el Cordero
De gloria, prez y honor!
Por siglos de siglos
¡Aleluya al Señor!
Amén.
POESÍAS OCASIONALES
En la muerte de mi querida
hija m a g d a l e n a
•OBRE esta t i e r r a i m p u r a
Un lustro apenas alcanzó tu vuelo,
Ángel de mi consuelo;
Y hoy en honda a m a r g u r a
Mi pecho dejas, al volar al cielo.
P r e n d a del a l m a mía,
Que á tu Dios y mi Dios te has a c e r c a d o ;
T a l vez Él te h a llamado,
P o r q u e y o te q u e r í a . . .
P o r q u e yo te q u e r í a demasiado.
Yo lloro, sí, yo lloro,
Cuando el último beso deposito
E n tu rostro marchito...
Pero acato y adoro
Con fe la v o l u n t a d del Dios bendito.
De e t e r n a b i e n a n d a n z a
T e lleva á disfrutar J e s ú s consigo.
¡Oh! El es nuestro a m i g o ,
Y me d a la esperanza
De que u n d í a y o iré también contigo.
— 370 —
¡Yo amo á Dios! y tenemos
Con Él por el amor u n fuerte lazo;
Y sé que en su regazo
P a t e r n o viviremos
Ambos unidos en eterno abrazo.
Sevilla, 14 de Enero de 1872.
Ltá p r i m e r a
hoja
(EN EL ÁLBUM DE MI HERMANO)
Del crudo invierno siente el rigor,
H a y p a r a algunos r u d a belleza,
Mas en mi pecho moran tristeza,
P e n a y dolor.
R u g e n los notos, se enluta el cielo
Falto de fuerzas p a r a llorar;
Blanco sudario cobija el suelo;
Yerto y sin bríos el arroyuelo,
Furioso el m a r .
En tanto mi a l m a sufre y espera,
P o r q u e columbra vivo arrebol:
B r o t a r á el árbol su hoja p r i m e r a ,
Vestirá galas la p r i m a v e r a ,
L u c i r á el sol.
La hoja p r i m e r a , tierna y lozana,
I r á adquiriendo su robustez,
Será del valle pompa g a l a n a ,
Y el rico fruto que el hombre afana
D a r á después.
H a b r á v e r d u r a , sombra, a l e g r í a ,
Vida y estable felicidad:
Así formando g r a t a a r m o n í a ,
I r á n unidas, la lozanía
Y utilidad.
Pensó la mente de esta m a n e r a ,
Cuando tu álbum, h e r m a n o , vi,
Y me dijiste, «¡cuánto quisiera
Que a q u í suscrita la hoja p r i m e r a
Fuese por ti!»
L a hoja p r i m e r a , pues, h a brotado
Seca ó lozana... y o no lo sé;
Mas poco importa, si he principiado,
Y con la a y u d a de otros colmado
T u afán se ve.
Ojalá acierte, cuando reputo
Que ideas santas de libertad,
De amor y p a t r i a , serán el fruto
Que ostente el álbum: dulce tributo
De la amistad.
Madrid, 19 de Noviembre de 1874.
üa
Paz
CON MOTIVO DE LA ENTRADA DE LAS TROPAS E N MADRID
TERMINADA LA GUERRA CIVIL
f
p l u m a mía,
L e v a n t a un poco el vuelo;
Despréndete del b a r r o de este suelo,
Y en alas de entusiasmo y a l e g r í a
Sube á m i r a r la. paz, hija del cielo,
Y ponía frente á frente
Con la paz de la tierra,
Que al calor solo nace de la g u e r r a .
L a g u e r r a , ¡horrible fuente
De destrucción, r u i n a y a m a r g u r a !
Monstruo insaciable, que doquier devora
Cuanto e n c u e n t r a A su paso, y solamente
L á g r i m a s y pobreza y d e s v e n t u r a
Deja en pos! En m a l a hora
L a concibió del hombre la pasión. ¡Maldita,
Maldita veces mil sea la g u a r r a !
P e r o la g u e r r a terminó. Ya escrita
Dejó la paz la punta de la espada.
De la lucha el período se cierra.
L a causa está g a n a d a .
¡Viva la paz! Los vítores resuenen,
Y de entusiasmo y gozo el aire llenen.
L a t a n los corazones
Y r í a n los semblantes,
KVANTA,
— 374 —
Y de "gala vistamos los balcones,
Y al cielo arcos de triunfo, cual gigantes,
Alcemos. Resplandezcan
Antorchas á millares
Que las nocturnas sombras desvanezcan,
Cual desvanece el gozo los pesares.
Cantemos la victoria
Con dulces melodías,
Y leguen los poetas á la historia
L a s páginas de gloria
Que la patria ha alcanzado en nuestros d í a s .
Vienen los aguerridos batallones
Al viento desplegados los pendones,
A c u y a sombra con a r d o r lucharon
Y doquier victoriosos tremolaron.
Tejed, tejed coronas á porfía:
Del noble y del valiente
Ciña el laurel la frente;
Y todos nobles son en d e m a s í a
Y héroes todos en la p a t r i a mía,
Cuando el clarín g u e r r e r o
Los llama á combatir la t i r a n í a .
Ceñid con el laurel sus nobles frentes,
P e q u e ñ o g a l a r d ó n al bien preciado
De la paz que nos dieron. ,
En mármoles sus nombres
Esculpid; y las gentes
Cuando un día r e c u e r d e n lo pasado,
Dirán: aquestos fueron
Los héroes que á su p a t r i a ennoblecieron.
. — 375 —
Mas ¡ay! que el entusiasmo con frecuenciaNos ciega á los mortales,
Y el d í a del placer h a y la creencia
Que acabaron por siembre nuestros males!
No vemos que la paz tan a n h e l a d a
Viene á nosotros con la sien v e n d a d a ,
El brazo en cabestrillo,
E m p a ñ a d o su brillo
Por la sangre, y seguida de dolores,
De lágrimas, de víctimas, de horrores.
No vemos que la paz acá en la t i e r r a ,
T r e g u a es tan sólo de continua g u e r r a . . .
L a paz, la paz del cielo
Es solamente la que al triste suelo
Ennoblecer p o d r á . ' L a v i r g e n p u r a
De niveo manto, de s e r e n a frente,
De noble corazón, de alma sencilla,
Que en plácida d u l z u r a
Sonríe, y que no siente
Ambiciones, ni humilla
Al débil y al pequeño;
Que es p a r a muchos un pintado sueño,
Y sin embargo, en el amor n a c i d a
De Dios, es á los hombres ofrecida,
Queriendo unirlos con un tierno a b r a z o
E n su seguro y m a t e r n a l r e g a z o ;
E s a es la paz d u r a b l e ,
E s a sola es s e g u r a ,
Esa es la paz al hombre deseable,
Esa h a r á de mi p a t r i a la-ventura.
Madrid, Marzo de 1876.
SALMOS DE
DAVID
25
Salmo I
AHÓN b i e n a v e n t u r a d o
Con bendiciones sin cuento
Es aquel que no se mezcla
De impíos en el consejo,
Ni de pecadores sigue
El criminal derrotero,
Ni en la silla de procaces
Mofadores toma asiento;
Antes bien, en la ley tiene
De Jehováh su contento,
Y día y noche medita
E n los divinos preceptos.
Será cual árbol plantado
Cabe arroyos de a g u a s llenos,
C u y a v e r d u r a no m e n g u a ,
Y sus frutos da á su tiempo.
Próspero así será todo,
Todo cuanto hiciere el bueno.
No así los malos: cual tamo
S e r á n , q u e a r r e b a t a el viento.
-
380 —
No se alzarán en el juicio
Los malos, por tanto, absueltos;
Ni en el gremio de los justos
H a b r á p a r t e p a r a ellos.
Que ve J e h o v á h y a p r u e b a
De los justos el sendero;
Mas á perdición conducen
Las sendas de los protervos.
S a l m o II
1^|OR qué en tumulto los gentiles r u g e n ?
t í A ¿P° < i
pueblos v a n i d a d meditan?
L e v á n t a n s e los r e y e s de la tierra,
Y príncipes consultan y se ligan
De Dios en contra y de su ungido: Echemos
Su ley, h a g a m o s su c o y u n d a trizas;
v
u é
l o s
Ríese en tanto, y b u r l a r á s e de ellos
El Dios potente que en el cielo habita.
Entonces h a b l a r á l e s indignado,
Dejándolos t u r b a d o s con su ira:
Yo sin e m b a r g o establecí el R e y mío
Sobre mi s a n t a de Sión colina.
Diré el decreto: J e h o v á h me ha dicho:
T ú eres mi Hijo, te e n g e n d r é este d í a ;
P í d e m e , y tu h e r e d a d la t i e r r a toda
Y las gentes serán, p a r a r e g i r l a s
Con férrea v a r a , y si rebeldes fueren,
Desmenuzarlas cual endeble arcilla.
Reyes, sed sabios; corregios, jueces;
A Dios servid con miedo y a l e g r í a ;
Al Hijo recibid, que no se enoje,
Y necios perezcáis en v u e s t r a s vías,
Cuando se encienda su furor u n poco.
¡Felices todos los que en él confían!
S a l m o III
ÓMO se han multiplicado
Mis contrarios, oh Señor''
Muchos contra mí sé lanzan
E n abierta rebelión;
Muchos dicen de mi vida:
No h a y p a r a él salud en Dios.
Pero tú, Señor, escudo
E r e s en mi d e r r e d o r ;
T ú mi gloria, y el que ensalza
Mi cabeza.—Con mi voz
A Dios clamé, y desde el monte
De su santidad me oyó.
Dormí y despertó t r a n q u i l o ,
Que el Señor me sustentó.
Y a u n q u e diez mil me sitiaren,
No por eso h a b r é temor.
L e v á n t a t e , Señor mío;
Ven y s á l v a m e , mi Dios.
A todos mis enemigos
Heriste t ú en su furor;
Y los dientes q u e b r a n t a s t e
De los malos, oh Señor.
De ti la salud procede:
Da á tu pueblo bendición.
S a l m o IV
oh Dios de mi j u s t i c i a ,
Cuando á ti mi clamor con ansia elevo:
Hallándome en angustia, me ensanchaste:
Apiádate de mí, y oye mi ruego.
ESPÓNDEMis,
• Oh hijos de los h o m b r e s , ¿hasta cuándo
Convertiréis mi honra en vilipendio?
¿Hasta cuándo a m a r é i s las v a n i d a d e s ,
Y en pos de la m e n t i r a iréis corriendo?
Pues sabed que el Señor a p a r t a r hizo
Al pío p a r a sí: desde los cielos
El Señor m e oirá c u a n d o le i n v o q u e .
T e m b l a d , y no al pecado seáis siervos.
Á solas, sobre el lecho reclinados
Meditad, y dejad vuestros proyectos.
Ofreced sacrificios de justicia,
Y confiad en el Señor sinceros.
¿Quién con certeza el bien podrá mostrarnos?
Muchos p r e g u n t a n con m u n d a n o acento.
Alza, oh Señor, la l u m b r e de tu rostro,
Y resplandezca sobre el rostro nuestro.
— 384
-
T ú llenaste mi pecho de a l e g r í a ,
Mucho más que hallan otros en el tiempo
En que el fruto a b u n d a n t e de los campos
Sus lagares colmara y sus g r a n e r o s .
En paz me acostaré y sin sobresaltos,
Y dormiré asimismo blando sueño;
Que solo tú, Señor, sostener puedes
La firme confianza en que me has p u e s t o .
Salmo V
ú mis p a l a b r a s , Señor, escucha;
<Í3 Lo q u e mi pecho medita, vé:
De mis clamores la voz atiende,
R e y y Dios mío, que á ti o r a r é .
E n la m a ñ a n a oirás mi acento:
Sí, de m a ñ a n a dirigiré,
Señor, mis preces á ti, y sumiso
Que me respondas e s p e r a r é .
Porque, tú no eres u n Dios que p o n g a
Sus complacencias en la impiedad,
Ni j a m á s puede tener inorada
J u n t o á ti el hombre de iniquidad. *
No p o d r á n n u n c a los insensatos
Ante tus ojos p e r m a n e c e r ,
Pues aborreces á cuantos tienen
Por su delicia m a l d a d hacer.
Los que en mentiras su lengua emplean
Destruirálos t u indignación:
Él sanguinario y el fraudulento
Abominables, Señor, te son.
— 386 —
- Mas en tu casa jo, de tus m u c h a s
Misericordias cierto, e n t r a r é :
Hacia tu santo templo mirando,
Con r e v e r e n c i a te a d o r a r é .
E n tu justicia g u í a m e recto,
Y tu camino dispon, Señor,
Ante mis ojos, porque me acechan
Mis enemigos en derredor.
No h a y en su boca v e r d a d , sus pechos
De p r a v e d a d e s llenos están;
Es su g a r g a n t a sepulcro abierto,
Y con su l e n g u a lisonjearán.
J u z g a á los tales, oh Dios, y caigan
De sus consejos; en dispersión
Ponlos á causa de sus maldades,
P o r q u e rebeldes contra ti son.
Y a l e g r a r á n s e los que confían
En ti; y eternos cantos d i r á n ,
P u e s los proteges tú; y en ti cuantos
A m a n tu n o m b r e se gozarán.
P o r q u e con mano benigna siempre,
Señor, al justo bendecirás;
Y de tu santa benevolencia
Como un escudo le c e r c a r á s .
^5"
S a l m o VI
4f¿>EÑoR, en tu furor no me r e p r e n d a s ,
&s) Ni castigues a i r a d o .
Ten de m í , oh Señor, misericordia,
Que estoy debilitado.
Señor, d a m e salud, que h a s t a mis huesos
Están y a
flaqueandc.
T a m b i é n mi alma está m u y c o n t u r b a d a :
Señor, y tú ¿hasta cuándo?
V u e l v e , Señor, á mi tu rostro, y saca
De angustia el alma m í a ;
Muestra compadecido tu clemencia,
Y la salud me envía.
P o r q u e en el frío seno de la m u e r t e ,
De ti no h a y r e m e m b r a n z a :
A polvo reducido en el sepulcro,
¿Quién te d a r á alabanza?
A fuerza de gemir, y a consumido
Estoy: en llanto anego
Mi lecho por las noches, y mi estrado
Con mis l á g r i m a s riego.
— 388 —
Con tanto desconsuelo y a m a r g u r a
Mis ojos se han hundido,
Y al furor de mis muchos a d v e r s a r i o s
Se h a n envejecido.
Lejos de mí los que m a l d a d p r a c t i c a n ;
P o r q u e y a en el piadoso
Oído del Señor r e s u e n a el grito
De mi llanto angustioso.
Sí, benigno á mis ruegos incesantes
El Señor h a atendido;
Propicio, mi oración ferviente y p u r a
El Señor ha acogido.
Confusión sobre todos mis contrarios
V e n d r á y aturdimiento;
Volveránse, y corridos d e bochorno
Serán en u n momento.
S a l m o VII
N ti, Señor Dios mío, mi confianza h e puesto;
De cuantos me persiguen sé t ú mi s a l v a d o r :
No sea q u e a r r e b a t e n mi alma, como el presto
León que despedaza, sin q u e h a y a defensor.
Si yo, Señor Dios mío, lo que me i m p u t a n hice>
Si con aleves manos iniquidad t r a m é ;
Si al bienhechor y amigo con males satisfice,
Y aún al que me odiaba sin causa, no salvé:
P e r s i g a el a d v e r s a r i o mi a l m a a t r i b u l a d a ,
Y de ella se apodere con ansiedad febril;
Mi v i d a en t i e r r a sea bajo sus pies hollada,
Mi honor y gloria toda reduzca á polvo vil.
Señor, enardecido levántate en tu ira;
L e v á n t a t e severo por causa del furor
De la enemiga hueste que contra mí conspira;
Y el juicio q u e ordenaste, despierta en mi favor.
Y a c u d i r á n en torno de ti pueblos sin cuento,
Por cuyo amor asciende á lo alto en majestad.
¡Jehováh j u z g a á los pueblos! Señor, j ú z g a m e atento
A la justicia mía, según mi i n t e g r i d a d .
— 390 —
Ahora de los malos concluya la malicia,
Y al justo con tu g r a c i a confirma sin cesar;
Pues solo tú el Dios eres que sabe con justicia
Del corazón los senos recónditos p r o b a r .
En Dios está el escudo de la defensa mía,
En Dios que s a l v a al hombre de recto corazón.
Si, Dios es el juez justo, y un Dios que c a d a día
Contra el inipío siente profunda indignación.
Si no se convirtiere, esgrimirá su espada;
El arco p r e p a r a d o su mano y a entesó:
Y en él a r m a de m u e r t e se e n c u e n t r a a p a r e j a d a ;
P a r a los que persiguen, sus saetas labró.
Mirad cuál de injusticia de parto iba el m a l v a d o :
Dolores concibiendo, produjo falsedad.
Cavó profundo pozo, con ansias a h o n d a d o ,
Y al hoyo que él a b r i e r a le hundió su i n i q u i d a d .
V e n d r á n sobre su frente su afán y sus dolores;
Su proceder inicuo su cerebro herirá.
Mas y o por su justicia d a r é al Señor loores
Y al nombre del Excelso mi lengua c a n t a r á .
S a l m o Vili
^JKHOVÁH, Dueño nuestro, ¡cuáu g r a n d e
> t Es tu nombre por toda la t i e r r a ;
Mientras sobre los fúlgidos cielos,
Do la pones, tu gloria se ostenta!
De la boca de los pequeñuelos
Y lactantes fundaste la fuerza,
Con que á tus enemigos respondas,
Con que atajes á aquel que se venga.
Cuando miro el espléndido cielo,
De tus dedos h e c h u r a perfecta,
Y contemplo la luna y los astros
Que has dispuesto con sabia potencia;
¿Qué es el hombre—me digo admirado,—
Que así de él bondadoso te acuerdas?
Y del frágil m o r t a l , ¿qué es el hijo,
P a r a que á visitarle desciendas?
Un poquito menor que los ángeles
T u benéfica mano le hiciera;
Y á su frente ceñiste de gloria
Y de honor rutilante diadema.
— 392
-
En tus obras dominio le diste;
T a s c r i a t u r a s le fueron sujetas:
Las ovejas, los b u e y e s , y todo;
Y asimismo del campo las Aeras:
Y las aves del cielo, y los peces;
Cuanto s u r c a del ponto las sendas...
J e h o v á h , Dueño nuestro, ¡cuan g r a n d e
És tu n o m b r e por toda la t i e r r a !
S a l m o IX
EÑc-R, te d a r é a l a b a n z a s
Con todo rni corazón,
Y a n u n c i a r é tus g r a n d e z a s
Que tan admirables son.
En ti dulce regocijo,
Dulce a l e g r í a t e n d r é ;
Y cánticos á t u nombre,
Oh Altísimo, entonaré.
Volviendo mis enemigos
Atrás, r e s b a l a r les vi,
Y perecieron confusos
Todos delante de ti.
P o r q u e tú hiciste mi causa,
T ú mi juicio á la vez,
Sentado en sublime trono
J u z g a n d o cual recto juez.
T ú reprendiste á las gentes,
El m a l v a d o sucumbió;
Y p a r a siempre r a i d o
Su impío n o m b r e quedó.
26
— 394 —
Del enemigo acabaron
Los asolamientos y a ;
Sus ciudades demoliste,
Memoria de ellos no h a b r á .
Mas J e h o v á h p e r m a n e c e
El mismo siempre, inmortal,
Disponiendo el trono augusto
En supremo tribunal:
P u e s ha de j u z g a r al orbe
Con estricta rectitud,
Y sujetar á los pueblos
Con justicia y fortitud.
Será el Señor p a r a el pobre
Dulce a m p a r o en su aflicción,
liefugio al débil en tiempos
De angustia y tribulación.
Cuantos conozcan tu n o m b r e
Solo en ti confiarán;
Pues tú, Señor, no a b a n d o n a s
Á quien te busca en su afán.
A J e h o v á h c a n t a d salmos,
Que m o r a en la s a n t a Sión,
Y proclamad sus portentos
En todo pueblo y nación:
Pues la s a n g r e requiriendo,
Memoria de ella tendrá;
Y la a t r i b u l a d a queja
Del pobre no olvidará.
— 395 —
Mis enemigos me a b a t e n ;
M í r a m e y ten compasión,
Oh Señor, tú que me salvas
De toda e x t r e m a aflicción.
T de Sión en las p u e r t a s ,
En medio la multitud,
Diré todos tus loores,
Me gozaré en tu salud.
Cayeron gentes al hoyo
Que abierto por ellas fue;
E n el lazo que escondieron
-Quedó cogido su pie.
P o r la justicia que ejerce
Es conocido el Señor:
En las obras de sus m a n o s
Se aprisiona el pecador.
Descenderán al abismo
Los que del mal van en pos,
C u a n t a s gentes en el mundo
Se olvidaren de su Dios;
Mas p a r a el. menesteroso
Olvido no siempre h a b r á ,
Ni p a r a siempre del pobre
El clamor se p e r d e r á .
L e v a n t a , Señor; no a d q u i e r a
F o r t a l e z a el hombre audaz:
S e a n las naciones todas
J u z g a d a s ante t u faz.
J e h o v á h , sobre las gentes
Temor, reverencia impon,
.Y reconozcan qne sólo
Míseros mortales son.
Salmo X
QUÉ tan lejos te a p a r t a s
De tu c r i a t u r a , Señor?
¿Por qué te escondes en tiempo
De r u d a tribulación?
Con la a r r o g a n c i a del malo
El pobre se acongojó:
F r a g u a r o n maquinaciones,
Y en ellas cogidos son.
Cuando se alaba el perverso
De su a v a r o corazón
Y al estafador bendice,
Desprecio arroja al Señor.
De n a d a se cuida altivo
E n su orgullo el pecador;
Y en todos sus pensamientos
N a d a se e n c u e n t r a d e Dios.
Aún prosperando, siempre
Sus s e n d a s inicuas son:
A tus juicios no m i r a ;
Sus contrarios despreció.
— 398 —
J a m á s seré conmovido,
M u r m u r a en su corazón,
Ni j a m á s al infortunio
H a b r é el más leve temor.
De engaños su boca es llena,
Y de fraude y maldición;
Bajo su lengua el vejamen
Y la m a l d a d anidó.
Los atrios de las aldeas
Asiento g r a t o le son:
Al justo en secreto m a t a ,
Al desvalido atisbo.
Por coger al pobre acecha,
Como en su c u e v a el león;
Y lo coge, c u a n d o cae
En el lazo que le a r m ó .
. Se humilla astuto, velando
Su m a l v a d a condición,
Y en multitud de infelices
Sus g a r r a s clava feroz.
Allá en sus adentros piensa:
Olvida estas cosas Dios;
No v e y a mis procederes,
P o r q u e su rostro a p a r t ó .
L e v á n t a t e , y poderoso
alza tu mano, Señor;
No olvides, oh Dios, al pobre
Inocente en su aflicción.
-
399
-
¿Por qué con desprecio tanto
Provoca el impío á Dios?
Que no has de pedirle cuentas,
H a dicho en su corazón.
Mas tú ves todo, y p r e p a r a s
Condigna retribución;
Que eres del pobre el refugio,
Del huérfano a m p a r a d o r .
Q u e b r a n t a el inicuo brazo
Que el maligno levantó;
Y n a d a h a l l a r á s , si inquieres,
De m a l d a d y vejación.
R e y soberano y perpetuo,
R e y eterno es el Señor:
De su t i e r r a destruidos
Todos los gentiles son.
De los pobres el deseo
Escucha, oh Dios, con amor;
Sus corazones p r e p a r a ,
Y préstales atención.
Y en juicio el huérfano, el débil,
No sufran y a vejación,
Ni el mísero de la t i e r r a
Sea p r e s a del temblor.
S a l m o XI
N el Señor confío;
¿Por qué decís á mi alma:
A v e , remonta el vuelo
Y presto al monte escapa?
Que y a por los malvados
El arco se p r e p a r a ,
Y están sobre sus c u e r d a s
Las flechas colocadas;
P a r a herir en las sombras
De la noche c a l l a d a ,
Á los de fiel conciencia
Que la rectitud a m a n ?
Que y a los fundamentos
Sociales se desgajan,
Y qué h a d e hacer el justo
E n tales circunstancias?
Del Señor la presencia
Está en su iglesia s a n t a ,
Y su trono en los cielos
Establecido se halla.
— '401 —
Doquiera de sus ojos
P e n e t r a la m i r a d a ,
Sus párpados exploran
A la a d a m i t a r a z a .
Al justo el Señor p r u e b a ;
Mas á quienes h a l a g a n
Violencias y maldades,
Los aborrece su alma.
E n v i a r á tormentas,
Rayos, azufre y b r a s a s :
T a l es á los malvados
L a copa r e s e r v a d a .
P o r q u e el Señor es justo
Y las justicias a m a ;
Y al hombre pío y recto
Contemplante sus g r a c i a s .
S a l m o XII
ALVA tú, Señor, pues falta
Varón que sienta piedad;
Que y a de entre los hijos de los hombres
Pasó la fidelidad.
Cada cual á su veoino
E n g a ñ o s habla y ficción;
Con labios de lisonja llenos hablan
Y doblez de corazón.
Cortará el Señor los labios
Que a d u l a n con avidez,
La lengua q u e profiere altanerías
En su loca insensatez.
Que dijeron: Acrezcamos
ü e n u e s t r a l e n g u a el vigor;
Son n u e s t r a propiedad los labios nuestros,
¿Quién nos es dueño y señor?
Por las d u r a s opresiones
Que al pobre veo sufrir,
Por la a n g u s t i a d a voz del indigente
Que á m í llega en su gemir,
— 403 —
En su a y u d a , el Señor dice,
Estoy; me l e v a n t a r é
Ahora, y contra quien violento ultraja
En seguro los p o n d r é .
Y son p u r a s las promesas
T o d a s que el Señor habló,
Cual p l a t a que al crisol purificada
Siete veces se a c e n d r ó .
Sí, con brazo irresistible,
Señor, los defenderás
De tal generación, y p a r a siempre
Bondoso los g u a r d a r á s .
Que engreídos se p a s e a n
Los malos en d e r r e d o r ,
Al v e r s e los más viles de los hombres
Ensalzados á alto honor.
S a l m o XIII
ASTA cuándo, Señor? siempre olvido?
¿Hasta cuándo t e n d r á s escondido
T u rostro de mí?
¿Hasta cuándo en el a l m a , dudoso,
Todo el d í a con pecho angustioso
T e n d r é que sufrir?
¿Hasta c u á n d o el feroz enemigo,
Al l u c h a r orgulloso conmigo,
T r i u n f a n t e saldrá?
¡Oh Señor y mi Dios!, presuroso
Vuelve á mí tu semblante amoroso,
Y escúchame' y a .
Ilumina mis ojos, de suerte
Que en el sueño de súbita m u e r t e
No v e n g a á d o r m i r ;
Que no d i g a «Vencíle» algún d í a
Mi enemigo, y rebose a l e g r í a
Si caigo infeliz.
.
— 405
—
P e r o y o en tu bondad he confiado;
Y de gozo ini pecho colmado
S e r á én tu salud.
Al Señor que me dio bienes tantos,
P l a c e n t e r o diré nuevos cantos
Al son del l a ú d .
S a l m o XIV
JfA LLÁ en su corazón, «No h a y Dios», e x c l a m a
El necio con desdén.
Sumidos en m a l d a d se corrompieron,
Y no h a y quien h a g a el bien.
J e h o v á h sobre los hijos de los hombres
Desde el cielo miró,
Por v e r si hay quien entienda y sabio b u s q u e
Al Dios que le creó.
Todos en corrupción, d e s c a r r i a d o s ,
Vinieron á caer:
No h a y nadie que obre el bien sobre la tierra,
Ni uno solo siquier.
¿No volverán en sí los que obcecados
Maldad o b r a n d o v a n ,
Que oprimen á mi pueblo y lo d e v o r a n ,
Cual si comiesen pan?
No invocan al Señor: sobrecogidos
S e r á n de espanto allá,
Cuando v e a n que Dios con el linaje
De los justos está.
— 407 —
Mirasteis de ios pobres el consejo
Con mofas y desdén;
Por cuanto en el Señor tenían puesta
Su esperanza y sostén.
¡Quién diera de Sión la salud santa
Cuando libre J e h o v á h
A su cautivo pueblo, de a l e g r í a
J a c o b rebosará.
S a l m o XV
uiÉN, Señor mío, h a b i t a r á dichoso
En tu morada, ó en tu monte santo,,
T r a s de q u e b r a n t o , e n c o n t r a r á el eterno
Dulce reposo?
Aquel sin d u d a , que c a m i n a drecho
Por los senderos q u e maldad no vicia;
Y obra justicia, y la v e r d a d preciada
H a b l a en su pecho.
El que su l e n g u a á maldecir no apresta.
Ni daño c a u s a á prójimo ninguno,
Ni al importuno que de él m u r m u r a
Crédito presta.
El q u e á los viles con desprecio m i r a ,
Y á los que temen al Señor h o n r a r e ;
Y a u n q u e j u r a r e en perjuicio propio,
No lo r e t i r a .
El que no presta su dinero á u s u r a ,
Ni cohecho contra el inocente a d q u i e r e .
Quien asi hiciere, v i v i r á en m o r a d a
Siempre s e g u r a .
S a l m o XVI
tú, Dios fuerte;
ti'A. Que en ti ni i confianza tengo puesta.
A J e h o v á h he dicho:
T ú mi Señor; mi bien á ti no pesa.
Í^UÁRDAMK
Los íntegros y santos
Que a ú n morando están sobre la tierra,
Los héroes en virtudes:
En ellos sólo está mi complacencia.
De los que multiplican
Imágenes y corren en pos de ellas,
Ni h a r é sus libaciones,
Ni tomaré sus nombres en mi lengua.
Señor, tú de mi copa
La p a r t e eres mejor y más selecta;
Y mi heredad preciada
Sustentarás bondoso con tu diestra.
En sitios deliciosos
Y fértiles, c a y é r o n m e las c u e r d a s ; .
Hermosa ciertamente
Es la porción que tengo por herencia.
— 410 —
Con pecho agradecido
Bendeciré al Señor que me aconseja;
L a voz de mis e n t r a ñ a s
En la callada noche así me enseña.
Delante de mi siempre
Colocaré al Señor q u e me sustenta;
Pues si él está conmigo,
No h a b r á ningún poder que me c o n m u e v a .
P o r esto siente gozo
Mi corazón, mi gloria se recrea,
Y hasta mi débil c a r n e
Descansa confiada y satisfecha.
P o r q u e del a l m a mía
No d a r á s al sepulcro que h a g a presa,
Ni de ti permitido
Será q u e corrupción tu santo vea.
Pusisteme delante
La senda de la vida: en tu presencia
H a y plenitud de gozo,
Delicias eternales en tu diestra.
•5
gp'
S a l m o XVII
TIENDE á mi justicia, Señor mío,
Benigno oído presta á mi clamor;
Acoge la plegaria que te envío,
Hecha con labios que sinceros son.
Cual fuere yo aprobado en tu presencia,
Tal sea la sentencia que me des:
Si está la rectitud en mi conciencia,
Con ojos imparciales puedes ver.
Pues tú mi pecho á p r u e b a lias sujetado
Viniéndole de noche á visitar;
Cual oro al fuego, me has e x a m i n a d o ,
Y n a d a hallaste en mí de iniquidad.
N u n c a 'alteró mi boca lo que siento:
Y al hacer obras que del hombre son,
De tus labios g u a r d a n d o el m a n d a m i e n t o ,
Los caminos h u í del destructor.
P o r tus senderos que á la paz conducen,
Dígnate mis pisadas dirigir;
Y libre de malvados que seducen,
No cometan mis pies n i n g ú n desliz.
Yo te invoqué, Dios mío, confiado
En que siempre benigno me oirás:
Haz que vea tu oído á mí inclinado,
Mis humildes p a l a b r a s á escuchar.
De tus piedades el raudal demuestra,
T ú que haces salvo al que confía en ti,
Librándole de aquellos que á tu diestra
Se oponen con indómita cerviz.
G u á r d a m e , cual yo g u a r d o interesado
La pupila de mi ojo bienhechor;
Y debajo tus alas cobijado, Dispénsame s e g u r a protección:
Y de vista me pierdan, el impío
Que doquiera m i aflige sin piedad,
Y el contrario feroz que en torno mío
Corre afanoso con rencor mortal.
De pingüe enjundia el corazón c e r r a d o ,
Sólo hablan con sus labios altivez;
Y ahora nuestros pasos han cercado,
Fija en el suelo.su m i r a d a infiel.
Semejan al león q u e espera hambriento
La presa e n t r e sus g a r r a s oprimir;
Y al travieso cachorro que su aliento
Reprime en el recóndito.cubil.
L e v á n t a t e y su encuentro, Señor mío,
P r e v é n , postra por tierra,su furor;
Y el alma mía libra del impío,
E s p a d a de tu brazo vengador.
— 413 —
L í b r a l a , sí, de los mundanos hombres,
Que el duro azote de tu mano son;
Que anhelan, oh Señor, vanos r e n o m b r e s ,
Y.en esta v i d a tienen su porción.
Ellos hinchen su vientre en la opulencia,
Y sacian á sus hijos á la vez;
Y á sus pequeños nietos en herencia
Les dejan lo r e s t a n t e , al fenecer.
Mas yo contento vivo, confiado
Que en justicia tu faz contemplaré;
Y de tu semejanza bien saciado,
. Al despertar en gloria, q u e d a r é .
POESÍAS INFANTILES
Lias j o y a s del S e ñ o r
«Serán para mi especial tesoro.»
M'ai, m. 17.
ESÜS de los cielos
v^j Al m a n d o bajó,
En busca de j o y a s
Que a m a n t e compró.
—Los niños salvados
Serán como el sol,
Brillando en la gloria
Del R e y Salvador.
Angustias y m u e r t e
De horrible aflicción,
Costaron las j o y a s
Que a m a n t e compró.
—Los niños salvados
Serán como el sol,
Brillando en la gloría
Del R e y S a l v a d o r .
Su hermosa d i a d e m a
De eterno esplendor,
La a d o r n a n las j o y a s
Que a m a n t e compró.
28
— 418 —
—Los niños salvados
Serán como el sol,
Brillando en la gloria
Del R e y Salvador.
Los niños y niñas
Que van al Señor,
Son todos las joyas
Que a m a n t e c o m p r ó . .
—Los niños salvados
Serán como el sol,
Brillando en la gloria
Del Rey Salvador.
Venid pues alegres
Al buen Redentor:
El quiere las j o y a s
Que a m a n t e compró.
—Los niños salvados
Serán, como,el sol,
Brillando en la gloria
Del Rey Salvador.
Canto
al peineipiap la Eseaela
IEMPRE bendito de Dios el nombre sea!
Llega el momento; la clase va á empezar.
j F u e r a indolencia! que es g r a t a la t a r e a ;
Oro es el tiempo, y se debe aprovechar.
¡Ánimo siempre! No h a b r á dificultades,
A u n q u e penosa parezca la instrucción,
Si h a y el concurso de nuestras voluntades,
Y al que dirige prestamos atención.
No lo olvidemos: de Dios el temor santo
Es el principio de todo buen saber.
Nadie en el mundo prospera y sabe tanto
Como el que n u n c a posterga este deber.
Si trabajamos solícitos y atentos,
Dios nos otorga sus g r a c i a s y su luz.
En el estudio mostrémonos contentos,
Que entre nosotros está el Señor J e s ú s .
Canto
al t e r m i n a r la Bseüela
j¡£¡j^ Dios tributemos
De g r a c i a s acción,
Que en n u e s t r a s t a r e a s
Nos d i o bendición.
Él h a g a en nosotros
Su g r a c i a a b u n d a r ,
Y en ella seguros
Podremos m a r c h a r .
Coro.—Vamos en paz, vamos todos en p a z ;
L l e g a n las horas de g r a t o solaz.
La clase t e r m i n a ,
Marchemos en paz;
Gocemos las horas
De g r a t o solaz.
J e s ú s , el Maestro
De eterna v e r d a d ,
L a g r a b e en las m e n t e s
Con dulce bondad;
Y envíe propicio
Al Consolador,
Que a u m e n t e en las a l m a s
La fe y el amor.
— 421 —
E n nuestros recreos,
Mirando á J e s ú s , '
H u y a m o s las sombras
Cual hijos de luz:
Así p u r a y s a n t a
L a v i d a será,
Y Cristo amoroso
Nos bendecirá.
Canto dé É i é n v e n i d a
Á LA
Eseuela Dominical
>EAN todos bienvenidos
En el d í a del Señor;
Y en la escuela reunidos
Por la misma fe y amor,
Cristo dé á los corazones
Plenitud de bendiciones.
No h a y aquí pueril recreo,
Ni es un frivolo solaz;
Arde en todos el deseo
De crecer en g r a c i a y paz:
Y á tan s a n t a y noble cita
Es J e s ú s quien nos i n v i t a .
De su amor la t i e r n a historia
Nos presenta la lección,
Que atesora la memoria
Y acaricia el corazón:
Y benévolo, en pro nuestro
J e s ú s mismo es el maestro.
_ 423 —
Él nos habla, y aprendemos
Lo q u e obró por nuestro bien;
Él nos dice que_tenemos
É n sil amÓr firnié sostén; ' '
Y que de los pequeñuelos
Es el reino de los cielos.
Y nosotros le adoramos,
Confesándole Señor:
Y á su nombre tributamos
Toda gloria, prez y honor,
Cual primicias de a l a b a n z a
En la eterna b i e n a n d a n z a .
fíimno Dominical
«Mirad cuáu bueno y enáu delicioso,
inorar los hermanos igualmente cu
uno.»—Sai. cxxxiri. 1.
ANTAR nos g u s t a unidos,
A nuestro eterno P a d r e
T á su Hijo el Salvador.
¡Qué bien es c a n t a r juntos!
¡Qué bien loar á Dios!
x
Orar nos g u s t a unidos
Con s a n t a devoción
A Cristo, que nos h a g a
Aceptos en su amor.
¡Qué bien es o r a r juntos!
¡Qué bien loar á Dios!.
Leer nos g u s t a unidos
L a fiel Revelación,
Que a l u m b r a nuestros pasos
Con claro r e s p l a n d o r .
¡Qué bien es leer juntos!
¡Qué bien loar á Dios!
— 425
—
E s t a r ' n o s gusta unidos
En fe y adoración,
Gozando las delicias
Del día del Señor.
¡Qué bien es estar j u n t o s !
¡Qué bien loar & Dios!
:
1
Imitación del inglés We love to ting
together.
P l e g a r i a al Espíritu Santo
• Sed llenos del Espíritu. •
Efes. V. 18.
EN á nuestro corazón j
cyy P a r a c l e t o fiel,
Y tu s a n t a habitación
Establece en él.
Danos gracia, danos luz,
Danos vivo amor,
Que nos u n a n á J e s ú s
Nuestro Salvador.
En la tierna mocedad
Nuestro g u í a sé,
Y en tus fuentes de v e r d a d
Sacia n u e s t r a fe.
En los pechos haz latir
Honda gratitud,
Y los goces presentir
De eternal salud.
Plegaria
de los niños cristianos
• J f e o M O S tus hijos, P a d r e celeste,
y¡§) Y en fe elevamos, la tierna voz:
Sobre nosotros en a b u n d a n c i a
D e r r a m a ahora tu bendición.
—Por tus piedades en Jesucristo
Nuestras plegarías oye, buen Dios.
Cuida amoroso los pequeñuelos
De toda lengua, pueblo y nación;
Guíalos siempre, y en g r a c i a crezcan
Sin a p a r t a r s e de tu temor.
—Por tus piedades en Jesucristo
Nuestras plegarias oye, buen Dios,
Por nuestra patria te suplicamos;
Haz que reciba tu salvación.
Bendice al mundo, y en él implanta
El reino eterno del Salvador.
—Por tus piedades en Jesucristo
Nuestras plegarias oye,.buen Dios.
üos mandamientos
ios ha creado cuanto veis,
Y v u e s t r a vida es su alto don:
Con g r a t i t u d , niños, debéis
Darle por Cristo adoración.
Coro.—Cual corderinos de J e s ú s
Apacentados en su amor,
Siempre a n d a r e m o s á su luz,
Dignos así del b u e n Pastor.
Desde la tierna j u v e n t u d ,
De Dios el n o m b r e v e n e r a d ;
Y al santo culto, y la v i r t u d
Todo el Domingo c o n s a g r a d .
A. vuestros p a d r e s siempre a m a d ,
Y bendiciónalcanzaréis,
Y revestidos de bondad,
Males á n a d i e deseéis.
Dios siempre os mira: puros sed
En pensamiento y en acción;
Y odiando el hurto, aborreced
El vil estigma de l a d r ó n .
N u n c a y por n a d a oséis decir
Lo que es contrario á la v e r d a d ;
Y si anheláis en paz vivir,
Todo lo ajeno r e s p e t a d .
J e s á s n u e s t r o Daeño
«No sois vuestros, porque comprados
sois por precio..—1. Cor. vi. 19,20.
a
J e s ú s pertenecemos.
Nos debemos alegrar;
Que el g r a n Dios de cielo y t i e r r a
Nos crió y sabe g u a r d a r .
A J e s ú s pertenecemos,
Por nosotros él murió;
Con el precio de su s a n g r e
De la m u e r t e nos libró.
A J e s ú s pertenecemos,
Confiamos siempre en él;
Y su Espíritu nos lleva
Por sus sendas g u í a fiel.
A J e s ú s pertenecemos,
Redimidos por amor;
Y á Dios Trino y Uno damos
Bendición, gloria y honor.
lia f i a v e del E v a n g e l i o
«Y la nave llegó a la tierra & donde
iban.»—Juan, vi. 21.
A n a v e Iglesia boga, ..
Quien ir q u i e r a á los cielos
Bienvenida a l c a n z a r á .
Coro.— Gloria y a l e l u y a
E n t o n a n d o á bordo v a n ,
Gloria y aleluya
Al Cordero celestial.
Ya fueron muchos miles
A las p l a y a s d e la paz;
Ahora miles cruzan,
Y aún caben miles m á s .
Por las celestes brisas
I m p u l s a d o el b a r c o va,
Y sin temores s u r c a
El profundo y ancho m a r .
Quien ir q u i e r a á la gloria
V e n g a á bordo sin t a r d a r ,
Y h a b r á . d e s c a n s o y,dicha
P a r a toda eternidad
Traducción del inglés The Qospel ship is
sailing.
Daniel náest'po e j e m p l o
«Daniel propuso en sn corazón
no contaminarse.? -Dan. i. 8.
ONE A al hombre de valor
Pronto á obedecer
El m a n d a t o del Señor,
Como hizo Daniel.
Coro.—AiDaniel
imita,
Dalo á conocer,
Muéstrate resuelto y firme
A u n q u e solo estés.
;
Muchos y a c e n sin valor,
Que p u d i e r a n ser
Campeones del Seilor,
Como fue Daniel.
Pronto vierais el error
Desaparecer,
Si se alzaran con valor
Hombres cual Daniel.
L u c h a en nombre del Señor
Sin desfallecer,
Y en la lucha vencedor
Serás cual Daniel '.
'Imitación del inglés Standing by a purpose true, de P. P. Bliss.
ploí., insecto y a v e
ES el lindo pajarillo
<-"yy Que de r a m a en r a m a va,
Con sus trinos a l e g r a n d o
L a callada soledad?
Pues a u n q u e es tan pequeñito
Tiene u n P a d r e celestial,
Que le dio sus a r m o n í a s
Y su a m a d a libertad.
¿Ves la v e r d e l a g a r t i j a
E n t r e escombros a s o m a r ,
Que se esconde p r e s u r o s a
Cuando cerca de ella vas?
Pues a u n q u e es t a n p e q u e ñ i t a
Tiene u n P a d r e celestial,
Que su v e r d e de e s m e r a l d a
Le asignó y su agilidad.
¿Ves la humilde violeta
Medio oculta en el b r e z a l ,
Cuyo a r o m a por el valle
Esparciendo el aire está?
P u e s a u n q u e es tan p e q u e ñ i t a
Tiene u n P a d r e celestial,
Que le dio su rica esencia
P a r a el aire e m b a l s a m a r .
— 433 —
Más que flor, insecto y a v e ,
-Vales tú,.niño inmortal,
P o r los dones que posees
Y los bienes que t e n d r á s .
No lo olvides, y d a g r a c i a s
A t u P a d r e celestial,
Que te h a dado cuanto tienes
Y te cuida sin cesar.
Trabajo y Holga nza
№Y^o he visto á la abeja
¿¡3) Las flores libar,
Y luego he probad o
Su d ulce p a n a l .
Ejemplo ind ustriosa
L a abeja nos d a :
Sed, niños, activos,
Su ejemplo imitad .
Yo he visto á la avispa
L a s frutas chupar,
Mas c e r a s y mieles
No h a d ad o j a m á s .
Lo ajeno consume,
Provecho no d a:
H u i d d e su ejemplo,
Con fe trabajad .
1
Yo he visto á la hormiga
Los granos g u a r d a r ,
Que en d ías ad versos
Serán su c a u d a l .
Si sois previsores,
Su ejemplo tomad ;
Y a m a r g a s penurias
Podréis evitar.
-
435 —
Yo vi á la c i g a r r a ,
Cantando procaz
P a s a r el verano,
Y hambrienta expirar.
H u i d de la holganza,
Que n u n c a d a p a n :
Sus frutos son crimen
O mendicidad.
Yo veo al gusano
Capullos hilar,
Y luego de muerto
L a seda nos da.
Dichoso quien logra,
P a s a d a su edad,
Del bien q u e produjo
L a estela dejar.
Himno
vespertino
A el sol escondió sus luces,
Y la noche llegó;
A Dios tributemos g r a c i a s
Que a m a n t e nos g u a r d ó .
Divino don es el d í a
Y la noche t a m b i é n ,
P o r q u e del P a d r e celeste
Procede todo bien.
Con alas de amor se digne
Nuestro lecho velar,
Y en blando B u e n o podremos
T r a n q u i l o s reposar.
Y al p a r q u e á nosotros g u a r d e
En s e g u r a quietud,
De nuestros seres queridos
Proteja la salud.
ABÉIS lo que el n o m b r e indica
¿ ® De Bethlehem d e J u d á ?
P u e s si bien escrito está,.
Casa de Pan significa.
Y esto bien claro, publica
Ser u n símbolo, d e aquel
Que fu¡é, gloria d e Israel,.
Y que habitando este suelo:
Dijo ser el Pan del cielo
A cuan-toSicrean en él.
Fidelidad á J e s ú s
L bendito Salvador
Que descendió al triste suelo
T r a y e n d o del alto cielo
La salud al pecador,
Con g r a t i t u d y fervor
Adoremos y sirvamos;
P u e s si nosotros le a m a m o s
Cual merece amado ser,
Al fin le podremos ver
En la gloria á que aspiramos.
El Hacimiento de desús
LLÁ por donde empieza
El d í a á esclarecer,
P a í s que en tiempo antiguo
M a n a b a leche y miel;
Hallábanse u n a noche
Velando por su g r e y ,
Unos cuantos pastores
Cerquita de Betlem.
De corazón sencillo,
Conciencia sin doblez,
Y de A b r a h a m g u a r d a n d o
L a p u r a y noble fe,
De asuntos c o n v e r s a b a n
Que al a l m a hacían bien;
Y el tiempo t r a n s c u r r í a
Con dulce rapidez.
¿Cuándo, decía uno,
T e n d r e m o s el placer
De ver al prometido,
Al Santo de Israel?
Oíd, decía otro,
Se acerca, y o lo sé,
El fin de las s e m a n a s
P r e d i c h a s por Daniel.
— 440
-
Y todos sus m i r a d a s
Fijan'con aVidéz'
En los brillantes astros
Que g i r a n en tropel.
Ansiando ver abierto
El cielo, y desde él
Al m u n d o el Deseado
Glorioso descender.
?
*
* *
A ú n embebecidos'
En tal contemplación',
Apareció e n t r e ellos
Un ángel del Señor,
Y deslumhró sus ojos
L a claridad' de' Dios,
Y dentro d'é sus aliñas'
Sintieron g r a n pavor.
Pero sus in'quietu'd'es"'
El ángel disipó,
Dieiéridoles: Amigos,
No h a y á i s n i n g ú n t e m o r f
Traeros gratas nuevas
H a sido í'ifíi misión',
Y al pueblo' d a r á n gozó'
Las nueva's q'tfé' y o ós doy.
E n la ciudad vecina'
Os es nacido h o y
Aquel q u e s a l v a al pueblo,Mesías, el Séfto'f.
— 44-Í —
E n v u e l t o en pañalitos
Veréis al Niño Dios,
E c h a d o en u n p e s e b r e
Dé un Rústico mesón .
!
1
Tal dijo, y fuese el'ángel;
Y al punto Se escuchó
De ejércitos celestes
L a armónica canción:
Gloria en las a l t u r a s
Se tribute & Dios»,
Gócese en la tierra
De la p a z el dóh,
Y h a y a p a r a el hombre
Celestial favor.
1
1
De su sorpresa vuelto's
Y henchidos dé placer,
Dijeron los pastores:
Pasemos á Betlem,
Y vean nuestros ojos
Lo q u e a n h e l a b a n ver,
Y gocen n u e s t r a s a l m a s
El premio de la fe.
Y fueron presurosos,
Y hallaron á J o s é
Y á su esposa María
Y al Niño Dios también:
— 442 —
Yacía en un pesebre
El que es de cielos R e y ,
Infante desvalido
Quien dio á los mundos ser.
De r e v e r e n c i a llenos
Y de amor á la vez,
Humildes adoraron
Al tierno E m a n u e l .
Y su misión cumplida,
Volvieron á su g r e y ,
Gozosos de h a b e r visto
Al Santo de I s r a e l .
Muy pronto lo ocurrido
Notorio á muchos fué;
Más t a r d e la noticia
Llegó á J e r u s a l e m ;
Después lá supo el m u n d o . . .
¿Y qué otra cosa es
L a q u e hoy nos a l e g r a
A nosotros también?
fJoehebaena
en pobre cnná,
E n un patio d e Betlem,
Yace el Niño prometido
A los hijos d e I s r a e l .
Es m u y g r a n d e allá en los cielos,
Y es inmenso su poder;
P e r o a q u í es m u y chiquitito,
Y cual niño débil es.
Serafines á millares
Allá tiene á su placer;
Pero a q u í tan sólo tiene
A María y á J o s é .
ECLiNADO
Despojóse de su gloria
A la t i e r r a al descender,
Y en su a m o r hacia los hombres
Desvalido y pobre fue.
A s a l v a r al mundo vino;
Quiso y quiere á todos bien;
Y hombre y a , á los pequeñuelos
Les mostró especial q u e r e r .
«Permitid q u e á mí se a c e r q u e n
Los niños, no lo estorbéis»,
Decía, «que de los tales
El celeste reino es».
— 444 —
Si á lo* niños amó entonces,
Nos a m a a h o r a t a i n b i é n ;
T pues nos a m a , le amamos
Nosotros á n u e s t r a vez.
Y por esto en santo gozo
Reunidos hoy nos veis,
Recordando el natalicio
De J e s ú s E m m a n u e l .
Y e s t a noehe Nochebuena,
S e r á siempre y por doq-uier,
Si en amor á Jesucristo
Los hombres h a o e n el bien.
*El misterio cfce =amw
^ j o r amor impulsado
Vino al mundo.el Señor;
Mucho tiempo ha pasado,
Mas n o p a s a s u a m o r .
A los hombres él a m a ,
Y los quiere salvar;
Con t e r n u r a les llama
A u n a dicha sin p a r .
Celestial mensajero
A Betlem envió,
Y en Oriente un lucero
Su venida anunció.
Su Evangelio es hoy día
Poco ardiente de luz,
Y su brillo nos g u í a
A los pies de J e s ú s .
Pues la dicha aceptemos
Que nos b r i n d a el Señor,
Y en J e s ú s adórenlos
El misterio de amor.
Eí B a e n P a s t o r y el Cordero
TJANDO Nochebuena espero,
Quisiera ser un pastor,
P a r a ofrecer u n cordero
A J e s ú s mi Salvador.
Mas luego pienso, y me digo:
Yo el corderino seré,
Y al seguro y blando abrigo
Del Buen Pastor me pondré.
P u e s su amor es tan probado,
Que al mundo bajó por m í ;
Y a u n q u e á su gloria ha tornado,
No a m a menos desde allí.
Con la g r a c i a que El e n v í a
Nos liberta de m a l d a d ,
Y su Espíritu nos g u í a
Por las sendas de v e r d a d .
P o r eso mi confianza
Sin d u d a r p o n d r é en J e s ú s ,
Que en tormenta ó en bonanza
Mi sostén será, y mi luz.
Y al amigo v e r d a d e r o
Como al falso y t e n t a d o r ,
Siempre diré: Soy cordero
De J e s ú s mi Buen Pastor.
Lta n i ñ e r a i m p r o v i s a d a
r allá en los antiguos tiempos
E u que nació el Salvador,
T era sólo un infantito,
H u b i e r a vivido y o ,
A su m a d r e le dijera:
«Señora, ¿servida sois
Que le tome yo en mis brazos?
T e n d r é l o con precaución».
Y al punto h a b r í a accedido
A mi ruego... ¿por qué no...?
¡Con qué gozo fuera entonces
N i ñ e r a del Niño Dios!
.Pero J e s ú s y a no es niño,
Ni habita en el mundo hoy;
Es hombre perfecto, y tiene
En los cielos su mansión.
Y como sé que me ama,
A u n q u e pequeñita soy,
Y me sostiene y me g u í a
Y me d a su bendición,
Yo a g r a d e c i d a le digo:
«Jesús mío y mi Señor,
H a z que también yo te q u i e r a
Con todo mi corazón».
no soy u n a reina,
Ni m a g a tampoco, soy,
Quiero ofrecer al Mesías
Presentes ( l e g r a n valor.
J»\-UNQUE
*
* *
Soy p o b r e , y oro no tengo,
Ni le hace falta á mi Dios;
Pero, tal vez p l a t a ó cobre
T e n g a en a l g u n a ocasión.
Lo p o n d r é en u n a alcancía,
H a s t a que allegue un montón,
Diciendo siempre al m i r a r l a :
Es la h u c h a del Señor.
Cuando esté y a rebosando,
¡Zas! un porrazo le doy;
Y en n o m b r e de J e s u c r i s t o
H a r é la distribución.
Muy fácil; h a r é tres p a r t e s . . .
No, solamente h a r é dos:
L a u n a p a r a los pobres,
L a otra p a r a Misión.
— 449 —
El incienso echado en b r a s a s
Produce a g r a d a b l e olor,
Y sus b l a n c a s espirales
Se e l e v a b a n en Sión.
P e r o terrenos perfumes
Al cielo no llegan hoy;
Y el solo incienso allí g r a t o
Es la férvida oración.
Cuando las penas me acosen,
A Cristo alzaré clamor;
Y al sentirme satisfecha,
D a r é de g r a c i a s acción.
Que las preces y alabanzas
A c o m p a ñ a d a s de amor
Dios estima, a u n q u e p r o c e d a n
De u n a niña como yo.
*
* *
L a m i r r a diz q u e es a m a r g a :
No he probado su a m a r g o r ;
P e r o sé que Jesucristo
Mucho por mí lo probó.
En la vida h a y a m a r g u r a s
Que son frutos d e aflicción,
Y según el Evangelio
J e s ú s las santificó.
L l e v a r é pues los pesares
Con s a n t a resignación,
Sin mostrar injustas quejas,
Sin r e h u s a r el dolor.
so
— 450 —
Y si fuere p a r a mi alma
E x c e s i v a la porción,
Diré humilde: En mis congojas
T o m a p a r t e , buen Señor.
*
P e r o más que el grato incienso
Que se q u e m a b a en Sión,
Más que m i r r a de la A r a b i a
A m a r g a y de s u a v e olor,
Más que el oro, plata ó cobre,
Que de la t i e r r a salió;
H a y de Dios en la presencia
Un preciado y rico don.
Del alma puros afectos,
Suspiros de tierno amor,
El presente y holocausto
Más dulces á Cristo son.
Yo a n d a r é por su camino,
Y oiré siempre su voz,
Y en la vida y en la m u e r t e
Le d a r é mi corazón.
Ilasión infantil
Eseena familiar de nochebuena
La madre está sentada haciendo labor; y á su lado la niña en pie, junto á
una mesita sobre la cual hay juguetes y un nacimiento.
í j ^ j í A M A , ¿sabes en qué pienso?
Apuesto á que no lo a c i e r t a s .
—¿En qué piensas, hija mía?
— P u e s . . . en que hoy es Nochebuena...
—No me admira; hace s e m a n a s .
Que en otra cosa no piensas.
—Si no quiero decir eso...
Es que me ocurrió una idea.
—Pues exprésate.
—Verás.
¿Hace mucho que á la tierra
Vino Jesús?
— ¡Muchos años!
Mil ochocientos ochenta...
Y algo más.
—Pues mira, entonces
Yo haber vivido quisiera.
— T u m a d r e yo no s e r í a . . .
—Sí, mi m a m á también eras.
— 452 —
Y tendríamos la casa
Allá, de Betlem m u y cerca,
En el monte ó en el valle,
J u n t o al sitio en que tuvieran
Los pastores sus ganados.
Y cuando en la noche aquella
L a claridad de los cielos
Alumbró, y las dulces n u e v a s
El ángel dio á los pastores
Invitándoles que fueran
A Betlem, también iría
Con ellos y o m u y contenta...
—Si tú estarías d u r m i e n d o .
—¿Yo durmiendo? Sí; pues b u e n a
Soy yo p a r a estar dormida
Cuando cantan... Y si suenan
T a n t o s millares de voces,
Clamando en cielos y t i e r r a
Los ángeles ¡Gloria, Gloria...!
No d u e r m o , no; estoy despierta...
T e digo que i r í a , ' y voy:
Sí, mamita; y t ú me llevas.
— ¡En u n a noche tan fría!
—¿Qué importa? Si y a no n i e v a ,
Y hasta ha salido la luna...
Vamos, vamonos apriesa...
¿Ves cómo y a no hace frío?
¿Ves q u é noche tan serena?
¡Si es u n gusto a n d a r así!...
Algo pesada es la cuesta;
P e r o no te desanimes,
Que y a el término se a c e r c a .
— 453
-
Ya se a p r o x i m a n los muros...
Ya estamos casi á las p u e r t a s .
¡Hala, hala!... Ya llegamos...
Por a q u í , m a m á ; por esta
Calle vamos al mesón...
¿Ves? La posada está abierta.
¡Ah de casa!! No responden...
P u e s adentro..., hacia la izquierda.
Aquel g r u p o . . . sí, allí mismo
Debe estar. ¡Qué satisfecha
Me siento...! Pero ese b u e y
Y esa muía..., que se vuelvan
A su pesebre; ó se a p a r t e n
Adonde estorbo no sean..,
¡Ajajá!... Señora Virgen,
Yo soy la niñlta aquella
Q u e vivo abajo, en el valle...
Y si usted me permitiera
Ver á Jesús... ¡Gracias, gracias!
Señora, es usted m u y buena:
¡Dios se lo premie!... ¡Qué hermoso!
¡Niño de mi vida, p r e n d a
De mi corazón! ¡Tan bello
No h a y ningún otro en la tierra!
T e quiero con toda el a l m a ,
Y aun q u e r e r t e más quisiera;
P o r q u e del cielo has bajado
P o r amor de esta ovejuela.
Que te bendigan los ángeles,
T e sonrían las estrellas,
L a s aves te den sus trinos
Y las flores sus esencias.
— 454 —
Que los príncipes te s i r v a n ,
Que los reyes te obedezcan;
Y hombres, mujeres y nitlos,
Todos te adoren y q u i e r a n . . .
Mi m a m á también te quiere,
Que está a q u í , conmigo..., es ésta;
Y traemos expresiones
De las niñas de mi escuela...
Yo no q u e r r í a m a r c h a r m e
De tu lado; pero es fuerza
Que me retire. E n t r e t a n t o ,
De mi g r a n d e amor en p r u e b a ,
Dígnate aceptar:.. Mamá,
¿Te parece que le ofrezca
Mi nacimien...?
—Pero, n i ñ a ,
¿Te has creído que...?
—Dispensa,
Mamita..., ¡qué lo ja soy!
Como es hoy la Nochebuena,
Y tanto en ello he pensado,
Y hemos de ir á la fiesta...
—Es cierto; mas tú y a tienes
E d a d p a r a ser discreta.
Esos hechos y a pasaron...
Lo que ahora sólo resta
Es r e c o r d a r . . .
—Sí, m a m á :
Que conforme á la promesa
De nuestro buen Dios, al m u n d o
Bajó p a r a dicha n u e s t r a .
J e s ú s , en el cual creyendo
— 455
TÍ'tiernos salud eterna.
Y por eso c a d a año
Los niños de n u e s t r a Iglesia,
Reunidos en esta noche,
L a N a t i v i d a d celebran.
Ya ves si lo sé...
—Pues m i r a ,
L a hora oportuna llega;
Conque deja esos juguetes,
Y á marchar.
—Sí, si... ¡Josefa!
Que nos vamos.
— ¡Señoritas,
Que gocen mucho en la ñesta!
CDi Caadt-o
ENOEES, ustedes saben
Que ambiciono ser pintor;
Y si lo ignoran, dispensen
Que ahora lo diga yo.
Pues bien; p a r a c u a n d o pinte
Ya tengo composición:
El nacimiento de Cristo,
Que a q u í r e c o r d a m o s hoy.
Sobre este asunto, p i n t u r a s
He visto de g r a n primor
En el Museo del P r a d o ,
Que cual él no existen dos.
Recuerdo la de Murillo,
Prodigio de ejecución,
T a n n a t u r a l en detalles
Como sobria de color.
Pero mi ideal es otro;
Y veréis que con razón
Del de Murillo difiere,
Como de la luna el sol.
— 457 —
Lienzo g r a n d e , rancho espacio,
Sin poner limitación;
P o r q u e m u y g r a n d e es el m u n d o ,
Y al m u n d o Cristo bajó.
En el cielo, a l g u n a s sombras
Que h u y a n con paso veloz;
Pues no debe haber tinieblas
Donde se presenta Dios.
Mucha luz, amplios r a u d a l e s
De celestial esplendor,
Que inunden todo, indicando
E n t r e cielo y t i e r r a unión.
Betlehem allá en el fondo,
T e n g a c a r á c t e r ó no;
Que las ciudades del hombre
T o d a s p a r e c i d a s son.
El l u g a r del nacimiento,
Gloria de oro y arrebol,
Que no muestre si es palacio,
G r u t a , portal ó mesón.
Si h a y pesebre, será un trono
Que un serafín construyó;
Y si h a y heno, será aljófar,
Ante Dios de igual valor.
Los ángeles, á legiones,
Todos cantando á u n a voz,
Que h a y júbilo en las a l t u r a s
Y en la t i e r r a redención.
— 458 —
Buey, ó uiula ó dromedario,
Serán representación
De las c r i a t u r a s que gimen
Por culpa del pecador.
Los pastores serán hombres
D e toda r a z a y nación;
Pues p a r a todos el Verbo
De los cielos descendió:
Y t r a e r á n por ofrenda
Cada cual su corazón;
No corderos, ni gallinas,
Que son de m e n g u a d o pro.
José, noble descendiente
Del P a t r i a r c a J a c o b ,
Será allí el antiguo pueblo
Que al Cristo de lejos v i o .
Y María, la escogida
P a r a m a d r e del Señor,
En cuyo bendito seno
La Divinidad moró,
Será el tipo de obediencia,
P u r e z a , h u m i l d a d , candor,
Que han de poseer las almas
Que la g r a c i a renovó.
Y en medio de t a n t a gloria,
Vida, luz y animación, .
He de poner al Dios-Hombre
Que á ser Niño se humilló.
— 459 —
Pava p i n t a r su figura
Necesito inspiración,
Trazos nobles y correctos,
Tintas de rico fulgor;
Que r e ú n a n la altiveza
Del Líbano y del Herinón,
Con las riquezas de E n g a d i
Y hermosura de Sarón;
•Y me resulte, del P a d r e
La imagen y r e s p l a n d o r ,
Y entre los hijos de hombres
El más hermoso v a r ó n .
Sus infantiles mejillas,
Pálidas por el dolor,
Sonrosadas por el gozo
Del que trae salvación;
Sus ojos fuentes de vida;
Majestad de Creador
En su frente; y en su boca
Del Verbo dulce expresión.
Que en El resalten u n i d a s
En tierno beso de amor,
V e r d a d y misericordia,
Paz, justicia y dilección.
Y cual centro, de do i r r a d i a n
Poder, v i d a , luz, calor,
A El converjan los seres
De toda la creación.
— 460 —
¡Qué hermoso cuadro es el míoJ
¡ P r e n d a d o y a de él estoy...!
Sólo me asalta u n a d u d a ,
Sólo me e m b a r g a un temor:
¿Podré con mi débil mano
T r a z a r t a n bella ilusión...?
Si no puedo, h a b r é tenido
Al menos santa ambición;
Y g u a r d a r é la esperanza
De que, j u n t o al Salvador,
Veré un día allá en los cielos
Realizada mi visión.
P a o e n la Iglesia
Con quienes he disfrutado
Varios años de esta fiesta;
P o r si tal v e z me despido
De t o m a r y a p a r t e en ella,
Deseo con toda el a l m a
Contaros u n a historieta.
P r e s t a d m e pues atención,
Que y a el relato comienza.
E r a invierno frío y crudo,
Soplaba el viento con fuerza,
Y las calles y las plazas
Cubría n e v a d a espesa.
¿Quién en circunstancias tales
Salir de casa desea?
Pero el día era solemne,
L a ocasión propicia y b u e n a ,
P u e s la N a v i d a d de Cristo
Conmemoraba la Iglesia;
Y como, si es p u r a y firme,
L a fe no admite pereza,
Ni la piedad pone e x c u s a s
Cuando es ferviente y sincera,
— 462 —
Los cristianos acudieron
Al templo con diligencia,
Y al comenzar el Oficio
Ya estaba la n a v e llena.
Sonó alborozado el órgano
Con aires de pastorela,
Respondiendo á ágiles dedos
Que corren sobre las teclas;
Y alegres himnos y antífonas,
E n que el alma se r e c r e a ,
Jubilosas entonaron
L a s a g r a d e c i d a s lenguas.
Cesó el canto; y la plegaria,
Que es la dulce mensajera
E n t r e los hombres y Dios,
F u é de Dios á la presencia,
Cual n u b e de puro incienso
Que hasta los cielos se eleva.
Después la S a n t a P a l a b r a ,
M u y recogida y a t e n t a
L a congregación escucha,
No oyendo sólo la letra,
Sino buscando el espíritu
Que da vida, y vida e t e r n a . . .
Así r e n d í a n los fieles
Su culto al Señor: y m i e n t r a s
Se cantó un himno, m u y pocos
Notaron que dos chicuelas
Arropadas pobremente,
A t e r i d a s , medio m u e r t a s ,
Con recato p e n e t r a b a n
En.el templo, y m u y modestas
— 463
-
Se sentaron en un banco
No lejano de la p u e r t a ,
En que hallaron algún sitio
Donde cabían a p e n a s .
Tocóles estar s e n t a d a s
J u n t o á un anciano, que al verlas
Se llenó de sobresalto,
Presagiando interrumpieran
Su devoción, y se dijo:
¡Qué h a r á n estas dos m u ñ e c a s !
Mas el anciano era bueno,
Y en su y a l a r g a experiencia
Creyó las e n t r e t e n d r í a ,
P a r a evitar más molestias,
Dándoles su himnario abierto
Donde h a b í a u n a viñeta.
T e n d i ó diminuta mano
Y lo recogió una de ellas;
Miró el g r a b a d o , mostrólo
A su h e r m a n a más pequeña,
Y lo devolvió al instante,
Dando gracias m u y discreta
Con una fina m i r a d a .
¡Malo! ¡No puedo con éstas!
Pensó él anciano. Mas luego
F u é notando con sorpresa
Que las niñas en su sitio
Seguían calladas, quietas,
Mirando al predicador,
Y á sus p a l a b r a s atentas;
H a s t a que finado el acto,
Se levantaron, dispuestas
— 464 —
A salir. El viejo entonces,
P o r q u e h a b í a n sido buenas,
Quiso darles aguinaldos;
Registró su faltriquera,
Y en las manos infantiles
Puso dos blancas monedas.
Emocionadas las n i ñ a s
Echaron á a n d a r apriesa,
Volviendo de cuando en cuando
Sus expresivas cabezas,
Que al bienhechor daban g r a c i a s
Con una sonrisa fresca.
Y al trasponer los u m b r a l e s ,
Cual avecillas que vuelan,
Cogiditas de las manos
Alejáronse contentas...
Más contentas que u n a s p a s c u a s ,
P u e s llevaban dos pesetas.
*
* *
Esta historia tan sencilla
T u v o su p a r t e secreta,
Que hizo pública un diario
De la siguiente m a n e r a .
Vivía en pobre tugurio
U n a v i u d a con dos huérfanas,
De ocho años la m a y o r
Y de unos seis la p e q u e ñ a .
Su d e s a m p a r o era mucho,
Y tan g r a n d e su pobreza
Que sin cenar se acostaron
L a p a s a d a Nochebuena.
Y amaneció N a v i d a d ,
— 465 —
Y no h a b í a en la despensa
Más q u é dui'os corrusqúillos,
T a n duros como las p i e d r a s .
La pobre m a d r e , afligida,
Con su llanto se alimenta,
Y á sus hijas d i s t r i b u y e
Los m e n d r u g o s q u e c o n s e r v a ,
Rogando á Dios en su mente
Que las g u a r d e y las proteja.
Las niñas comen calladas,
Llorosa á su m a d r e observan?
Y la menor dice: Madre,
No llores con t a n t a p e n a ;
Que el b u e n Dios nos d a r á pan,,
Y pondremos hoy la mesa.
Al medio día nosotras
Iremos al culto; y cierta
Estoy que p a n traeremos
Al volver.
—¿Pan en la iglesia?
T ú eres boba, h e r m a n a mía—
L a m a y o r responde.
— ¡Necia!—
Replica la otra,—¿ignoras
Lo que apreridiste en la escuela,
Que J e s ú s es p a n del cielo,
Que Betlehem se i n t e r p r e t a
Casa de pan, y que Cristo
Con su poder y clemencia
Dio alimento á muchos miles
Sentados sobre la y e r b a ,
Después de h a b e r predicado?
81
— 466 —
¿Y d u d a s que ahora pueda,
Si escuchamos su P a l a b r a ,
Remediar n u e s t r a miseria?
—Tienes razón, hija mía—
L a infeliz m a d r e contesta; —
Iréis al culto las dos,
Y el Señor oirte q u i e r a .
Se l a v a r o n y peinaron,
Que Dios a m a la limpieza,
Y á la hora s e ñ a l a d a
F u e r o n al templo ligeras,
Sin temor á frío y nieves
Q u e á muchos tanto a m e d r e n t a n .
Sitio en un banco encontraron
De un noble anciano á la vera;Y rindiendo á Dios su culto
Con devota r e v e r e n c i a ,
En silencio oraron a m b a s
Al Señor de cielo y t i e r r a :
«Nuestra m a d r e está afligida;
L a s t r e s estamos h a m b r i e n t a s . . .
El pan nuestro cotidiano
Dénos hoy tu providencia.»
T e r m i n ó el Oficio; y vieron,
Antes de e m p r e n d e r la vuelta,
Que u n a mano se a c e r c a b a
Con disimulo y fineza:
E r a el anciano vecino,
Que a d m i r a n d o tal modestia,
Con satisfacción ponía
En sus manos dos monedas.
¡Ah, no supo el caballero
— 467 —
El alcance de su ofrenda,
Ni la estrechez y p e n u r i a
Que aquel día socorriera!
Con paso veloz m a r c h a r o n
Las n i ñ a s hacia la tienda,
T c a m i n a n d o decía
A la m a y o r la pequeña:
¿Ves cómo estuve en lo cierto?
¿Ves cómo h a y pan en la iglesia?...
Y un p a n m u y g r a n d e compraron,
Y á su casa satisfechas
Volvieron, gritando: M a d r e ,
Sí q u e p o n d r á s hoy la mesa;
Que el b u e n Dios nos ha escuchado.
T o m a el pan y u n a peseta.
Y la viuda, enternecida,
Llorando á sus hijas besa
Y m i r a al cielo y e x c l a m a ,
Desahogando sus penas:
¡Gracias, Señor, q u e eres P a d r e
De las v i u d a s y las huérfanas!
*
* *
Esto leyó en el Diario
Con a g r a d a b l e sorpresa
El anciano caballero
Q u e agasajó á las chicuelas;
Y doblando la rodilla
Con h u m i l d a d en la t i e r r a ,
Bendijo al P a d r e celeste
Que por oculta v e r e d a
Le h a b í a hecho instrumento
De socorro á la indigencia.
— 468
-
Aquí t e r m i n a la historia,
Y no penséis q u e es supuesta;
Pues ha ocurrido en Italia,
Y es historia v e r d a d e r a .
I m i t a d á aquellas n i ñ a s ,
T e n e d fe en la Providencia,
Sed obedientes á Cristo .
Su n o m b r e h o n r a n d o de v e r a s ,
Y no dudéis. Más que el cielo
Donde su trono se asienta,
Son firmes sus alianzas.
¡No faltarán sus promesas!
C u a d r o s de Hoehehaetta
APA, p r e g u n t a b a un niño
«A Viendo en la mesa los platos,
¿Por qué tenemos besugo
H o y y m a z a p á n y pavo?
—Hijo mío, porque es P a s c u a ,
Respondióle el p a d r e ufano.
—Y di, ¿también es hoy P a s c u a
P a r a aquel mendigo anciano,
Que esta m a ñ a n a pedía
Por amor de Dios un cuarto?
— T a m b i é n lo es, hijo mío.
—Como pasaste de largo,
•
Y al pedirte le dijiste:
^Otro día será, hermano!...
:
*
Madre, decía u n a niña
Viéndola en llanto deshecha,
¿Por q u é tan t a r d e mi p a d r e
E s t a noche á casa llega,
Y viene con ceño adusto,
Y con los muebles tropieza,
Nos habla con malos modos,
Y te riñe y te golpea?
— 470 —
—Hija, responde la m a d r e ,
¡Esta noche es Nochebuena!
—¿Y acaso b u e n a se llama
P o r q u e á mi m a d r e le p e g a n ?
— Vete á dormir, ángel mío,
Y á Dios por tu p a d r e r u e g a .
*
* *
¡Ay de mí!, con voz doliente.
Un pobre enfermo decía;
¡Ay de mí!, postrado, solo,
Sin luz y sin medicinas,
Mientras al lado r e s u e n a
Infernal a l g a r a b í a ! . . .
—TÍO Blas, ¿usted no sale
(Desde la p u e r t a le g r i t a n )
A celebrar Nochebuena
Con vecinos y vecinas?
—¡Impíos! ¿La llamáis b u e n a
P o r q u e os sumís en la orgía,
Y a c i b a r á i s los dolores
De un mísero que agoniza?...
*
En tanto que estas e s c e n a s '
En diversos puntos p a s a n ,
Varios niños con sus p a d r e s
Al Niño Dios himnos c a n t a n ,
Y en torno del Árbol miran
Los obsequios q u e d e p a r a ,
De Jesucristo en el n o m b r e ,
El cariño por la infancia.
— 471 —
—Dirae tú, niña, ¿prefieres
Asi celebrar la P a s c u a ?
— ¡Claro estál, y bendito sea
El buen J e s ú s , que declara
Nos d a r á cosas mejores
En su celeste m o r a d a .
Vil lañe ico
<®
j ¡ / \ LLÁ en los siglos pasados
H¿3> Nació en Betlén de J u d á
Un Niño de m a d r e virgen,
Que es Hijo de J e h o v á h .
Los ángeles desde el cielo
Bajaron la n u e v a á d a r ,
Y el canto de dulces coros
Oyó la tierra sonar.
¡Oh, qué alegría
Vino aquel día
P a r a los tristes de corazón!
Dios bondadoso
Trajo piadoso
A los mortales la salvación.
L e v á n t a n s e los pastores
Y henchidos de gozo v a n ,
Y al Niño recién nacido
Contemplan con tierno afán.
De Oriente vienen los magos
Guiados d e estrella fiel,
Y adoran y ofrecen dones
Al santo R e y de Israel.
Aunque en su cuna
No h a y pompa a l g u n a ,
Es el Mesías, es el Señor.
-
473
-
A u n q u e en pobreza,
G r a n d e es su alteza,
Que es de los hombres el Salvador.
P a s a r o n y a muchos siglos,
Y al que n a c i e r a en Betlén
T r i b ú t a n l e muchos pueblos
El m á s cordial p a r a b i é n .
Y a u m e n t a n los que le adoran
Y sirven con gratitud,
Y al fin h a b r á el mundo entero
Hallado en El la salud.
Gratos cantemos
Y recordemos
El natalicio del Salvador.
P o r q u e nos a m a ,
El nos r e c l a m a
Que le sigamos con fe y amor.
POESÍAS
PROFANAS
En la m u e r t e
del Poeta Quintana
ODA.
•JAL en los montes b r a m a d o r t o r r e n t e
Con í m p e t u por u n a y otra b r e ñ a
Salta sin freno, y con espuma hirviente
En hondo precipicio se despeña;
Y d e sus choques el feroz bramido
P o r la sierra extendido,
E n las c a v e r n a s r e p e r c u t e y crece
Y al h o m b r e y á las fieras estremece:
O cual las ondas del movible Ponto,
Al hincharlas el E u r o embravecido,
R u g e n y a n u n c i a n la t o r m e n t a pronto
Al intrépido n a u t a y a a t u r d i d o ;
Y hasta en las eostas h ó r r i d a p a v u r a
E s p a r c e la b r a v u r a
De su voz, por los aires retronando,
Las tierras anegar amenazando:
T a l de Q u i n t a n a el invencible Marte
P e r c i b i e r a el clarín. Y aquel que mudo
Dejara al orbe con su esfuerzo y a r t e ,
— 478 —
Y del cañón el estampido r u d o
T e m b l a r á la potente E u r o p a hacía,
Con torpe elevosía
Causando por doquier r u i n a y llanto;
Tembló al oir de un v a t e ibero el c a n t o .
Tembló al oir tus cantos de v e n g a n z a ,
Q u i n t a n a insigne, tus g u e r r e r o s cantos,
Que en los pechos hispanos la e s p e r a n z a
S e m b r a r o n de triunfar por los más santos
Y m á s justos derechos, p a t r i a y trono;
Que con pérfido encono
Aleve a r r e b a t a r n o s p r e t e n d í a
El Corso infiel en su ambición i m p í a .
T u las sombras a u g u s t a s evocaste
De los héroes patrios, y al valiente
I b e r o á los combates animaste,
E n su pecho el valor con eco ardiente
Redoblando,.. Cayó, c a y ó rendido
El coloso atrevido;
Y con miles de intrépidas legiones
Llegó á ser la irrisión de las naciones.
¡Honor á E s p a ñ a ! que ella sola pudo
Resistir y vencer al q u e sus leyes
Diotaba á E u r o p a , y con su paso r u d o
Hollaba cetros, d e s t r o n a b a r e y e s !
Mas el glorioso triunfo por sí solas
Las huestes españolas
No adquirieron: su heroico ardimiento,
Vate ilustre, debiéronlo á tu acento.
— 479 —
Debiéronlo á tus himnos belicosos,
Sonantes cual volcánico rugido;
Himnos que eternos lauros decorosos
A tu p r e c l a r a sien han merecido.
Mas ¡ay! ¿ciñó tu frente esclarecida
La patria agradecida?
Lejos d e coronarte, te condena,
¡Innoble ingratitud!, á vil c a d e n a .
A vil cadena, á cárcel i n h u m a n a ,
Cual duro malhechor, cual insidioso:
E m p e r o vence al fin á la m u n d a n a
Malicia la inocencia; y es dichoso
El que sobrellevó la d e s v e n t u r a .
¡Oh! sí: la cárcel d u r a
T e enseñó á soportar con fría calma
Los tiros de la envidia á tu g r a n alma.
Cual roca firme que el furioso e m b a t e
De las hercúleas ondas t u r b u l e n t a s
Resiste inmóvil; el feroz combate
Pudiste sufrir tú de las t o r m e n t a s
Que á tu frente i r a c u n d a s a m a g a r o n .
Se d e s e n c a d e n a r o n
En vano contra ti: no sucumbiste;
Que u n pecho g r a n d e á g r a n d e mal resiste.
El cielo te g u a r d ó p a r a que el paso
De la inspirada j u v e n t u d guiases,
Y la s a g r a d a c u m b r e del P a r n a s o
Con dirección s e g u r a le indicases.
Así del vate joven con tu celo
Colmaste el noble anhelo;
— 480 —
Y el lauro antes n e g a d o injustamente
Ciñó inmortal tu encanecida frente.
Mas la encina í-obusta, si s u r c a d a
Por el r a y o , soporta, su violencia,
Y si de horrendos Notos a g i t a d a
Opone al ñero empuje resistencia;
Los años soportar al fin no puede,
Y á su l a r g a edad cede:
Así en la a d v e r s i d a d n u n c a abatido,
T ú al peso de los años te has r e n d i d o .
:
:
Dejaste de existir, gloria de E s p a ñ a ;
Dejaste de existir, v a t e divino;
El Pindó llora p é r d i d a t a m a ñ a ,
Siente la p a t r i a y llora tu destino:
Y v a la j u v e n t u d en triste duelo,
P r e s a del desconsuelo,
A v e r t e r en tu losa mortuoria
Llanto de g r a t i t u d á tu memoria.
¡Quién leves p l u m a s á mis ansias d i e r a ,
Y los aires cruzando pi'esuroso
Yo á tu t u m b a también volar p u d i e r a ,
Y tu sombra a d m i r a r , genio glorioso!
Quizá u n a chispa del celeste fuego
Que a r d í a en ti, á mi r u e g o
De tu t u m b a saliendo me a b r a s a r a ,
Y á mi n u m e n tu voz c o m u n i c a r a , . .
¡Vate de los torrentes y los m a r e s !
P a r a h o n r a r tu memoria d i g n a m e n t e
— 481 —
Requiérense grandísonos cantares
Cual sugirió el Océano á tu mente.
P a r a ti es flaco el n u m e n que me inspira,
T i e r n a y débil mi lira;
Y en vano i n t e n t a r í a n mis canciones
A tu n o m b r e a ñ a d i r nuevos blasones.
Albarracin.—Agosto 1856.
Lia Conquista de V a l e n c i a
por» el rey Don J a i m e
dó pretende el ignorado vate
H o y l e v a n t a r el temerario vuelo,
Y a u d a z a b a n d o n a n d o el bajo suelo,
Espacios busca donde más dilate
L a Arme voz de su inspirado canto?
En mi oído sonó d e E d e t a el nombre
Con seductor encanto:
Rica perla del á r a b e querida,
Y al á r a b e a r r a n c a d a ;
De los vates muzlimicos g e m i d a ,
De los vates iberos celebrada.
Noble s u l t a n a que sus cuitas llora
Sobre un trono de p ú r p u r a y de flores,
Cuyo duelo no calman los ardores
Del fuerte amor con que el sultán la'adora,
E r a en su esclavitud la bella Edeta,
G a r r i d a cual las célicas huríes
Con que soñó el Profeta.
De a i r a d a faz y de temible alfanje,
Zeyán, adusto moro,
Fiado en el valor de su falange,
Gozaba, sin rival de su tesoro.
— 483 —
Mas a n i d a b a en su orgullosa frente
Vago y a t e r r a d o r presentimiento.
T r a í d o en alas del ligero viento
El n o m b r e esclarecido de u n valiente
Con asombro escuchó: y ese g u e r r e r o
Doquier b l a n d í a cual furente r a y o
Su victorioso acero,
Batiendo con indómita pujanza Al muzlim siempre fuerte
R e p u t a d o , sediento de v e n g a n z a
Contra el Islam (1) que p e r s e g u í a á m u e r t e .
¡
¿Y quién sabe si, ansioso de más gloria,
Q u e r r á sobre los gruesos torreones
De E d e t a a l z a r un día sus pendones,
Ciñéndose el laurel de otra victoria?
O i o m a i l - b e n - Z e y á n esto medita:
Recela, mas del éxito no duda;
Pues ve en el cielo escrita
S u victoria, y probar aún desea
Con el T i r a n o (2) aleve
De su hueste el valor, p a r a que vea
Quién es Zeyán, si á combatir se a t r e v e .
Y atrevióse el Tirano, que ambiciona
L a rica, j o y a que posee el Moro.
Surcó el m a r con sus naos, y el tesoro
Enclavó de la m a r en su corona (3).
Dispon, Z e y á n , tu casco y tu coraza;
Que ante su Dios j u r ó ser tu enemigo (4),
Y Aero y a a m e n a z a .
P r e p a r a tus infantes y corceles,
— -484: —
Brillen t u s cimitarras;
Que y a veo cubiertas de laureles
A p r o x i m a r s e las s a n g r i e n t a s B a r r a s .
¿Oísteis el rugido de los m a r e s
Cuando, al furor de borrascoso viento
Perdiendo su pausado movimiento,
Viene á t u r b a r la paz de humanos lares?
Tal escuchó desde el mullido lecho,
Do e n t r e tibios perfumes reposaba,
Z e y á n : sintió su pecho
Viva inquietud. ¿Será que roto el d i q u e
Que su soberbia enfrena,
P r e t e n d e el m a r en b á r b a r o despique
T r a g a r á E d e t a cual m e n u d a a r e n a ?
T u r b a d o así, del lecho se levanta,
Y á explorar se dirige a p r e s u r a d o , .
Mientras r e t u m b a en el salón callado
Rudo pisar de su nerviosa p l a n t a .
De u n a airosa v e n t a n a sin demora
Las hojas a b r e , y lanza al horizonte
Mirada e s c r u t a d o r a .
Y al brillo de la luna ve á lo lejos
Mil cascos relucientes,
Que cambiando continuo sus reflejos,
Semejan á las ondas t r a n s p a r e n t e s .
Y cual hinchado m a r tempestuoso
A v a n z a en destructoras oleadas,
Mira a v a n z a r las haces o r d e ñ a d a s
Con aire a t e r r a d o r y majestuoso.
— 485 —
Va á su frente Gacum (5), noble jinete,
Del á r a b e t e r r o r , de horrible acero
Y de elevado almete.
H e r r a d a s picas á sus lados brillan,
Q u e sirven d e m u r a l l a ;
Y las cruces en medio, que acaudillan
Al valiente cristiano á la batalla.
L a n z a fiero Z e y á n grito de m u e r t e ,
Como león que en la a b r a s a d a a r e n a
R u g e feroz y eriza la melena,
Cuando le a t a c a un enemigo fuerte:
Manda salir al campo sus falanges,
Apresta sus bridones, y doquiera
Se ven lanzas y alfanjes.
Puesto á su frente, en belicoso tono
Les a r e n g a u n momento,
Y excitando en sus pechos el encono,
Manda al punto a t a c a r con ardimiento.
Las filas de Gacum con buen talante
E s p e r a n el e n c u e n t r o , y a g u e r r i d a s
Arrójanse á la lid: y a confundidas
L a s dos huestes se ven: y a el centellante
Acero hiende el aire enrojecido:
L a ponderosa lanza y a fatiga
El brazo más fornido.
E n t r a m b a s huestes con vigor pelean,
I g u a l e s en ventajas:
Poco á poco los á r a b e s flaqüean,
O b s e r v a n d o en su centro inmensas bajas.
— 486 —
El hierro destructor blande a dos m a n o s
G a c u m ; ligero vuela á do ve el grueso
Del enemigo: su valor impreso
Lleva en la frente: azote de tiranos,
Los d e s b a r a t a y siembra el desaliento
En sus filas. ¡Despierta, hierro! clama:
Y su robusto acento
Sus tigres al oir, el dardo t i r a n ,
Y chuzo en m a n o a v a n z a n . . .
Deshechos los muzlimes se retiran,
Y t r a s sus muros protección a l c a n z a n .
Cerrados como tímidos c a r n e r o s ,
Libres y a del rigor de la batalla;
Ordena en d e r r e d o r de la m u r a l l a
Gacum otra muralla de g u e r r e r o s .
Manda incendiar las torres, que defiende
Desesperado el á r a b e ; y en ellas
L a v i v a llama p r e n d e .
Elévase hasta el cielo densa nube:
Y el a l m o g á v a r rudo
I m p á v i d o á r e t a r al muzlim sube
E n t r e el fuego, sin casco y sin escudo.
Pelea cuerpo á cuerpo: su tizona
A r a u d a l e s la s a n g r e infiel d e r r a m a .
Su b a r b a h i r s u t a la furiosa llama
Quema, y el b r a v o pecho no impresiona;
P u e s dentro el corazón volcán b r a m a n d o
H i e r v e , que arroja a b r a s a d o r a l a v a
Contra el impío b a n d o . . .
Al suelo van las torres, que el cimiento
— 487 —
Ya el voraz fuego mina:
Y allí del fiel se v e el chuzo sangriento
Triunfante sobre el polvo y la r u i n a .
Z e y á n en tanto de sudor cubierto
Por la fatiga del feroz combate,
Mira del enemigo al r u d o e m b a t e
L a s torres desplomarse, el muro abierto.
Fiero sus huestes a l e n t a r p r o c u r a ,
Y sólo el desaliento ve doquiera.
V i b r a r la lanza d u r a
No pueden los rendidos alfaraces (6);
Ni el naíb (7) esforzado
L o g r a j u n t a r las d e r r o t a d a s haces
Con su grito de g u e r r a entusiasmado.
Como en el circo el j a r a m e ñ o toro,
Cuando acosado de a t r e v i d a gente,
Sobre su cruz la a g u d a lanza siente;
B r a m a Z e y á n , al ver que con desdoro
Debe al fin sucumbir... Y esas legiones,
Que en rudo batallar un día hollaron
De Abuzeit los pendones,
¿Cómo la lid rehusan con p a v u r a ,
Cual tímidos villanos?...
Mas, cuando el hierro esgrimen con b r a v u r a ,
¿Quién resiste al valor de los hispanos?
Los más fuertes guerreros de la t i e r r a
Doblan en su presencia la rodilla;
Porque, el bravo español j a m á s se humilla,
Ni esclavo, ni señor, ni en paz, ni en g u e r r a .
E n sus iras j u r ó , la raza odiosa
— 488 —
Del Islam arrojar de toda p l a y a
A la Libia arenosa:
T su e s p a d a en combates mil teñida
Con s a n g r e m u s u l m a n a ,
No a r r a s t r a r á del muslo suspendida,
Mientras pise un muzlim la zona hispana.
Bella Edeta, región de los verjeles,
Del céfiro apacible y de las flores,
H a r t o tiempo has sufrido por señores
E x t r a ñ a s t r i b u s , á r a b e s infieles:
H a r t o tiempo han gozado del a r o m a
De tus h u e r t a s en d a n z a s y festines
Los hijos de Mahoma.
H o y los hijos de Iberia de tu frente'
El odiado t u r b a n t e
A r r a n c a r quieren, y Z e y á n y a siente
Bambolear su trono vacilante.
Reunido un consejo d e walíes (8),
P r e s a de i n c e r t i d u m b r e que devora,
O b s e r v a con m i r a d a a t e r r a d o r a
El dictamen de al i mes y alfaides (9);
Volcán a b r a s a d o r hierve en su mente,
Y al escuchar fatídicas p a l a b r a s ,
Su orgullo herido siente.
Como fiera acosada en la montaña,
Ruge, y ¡A la lid! grita:
P e r o son vanos su valor y s a ñ a ,
P o r q u e su hora fatal está y a escrita.
L a misteriosa noche viene en tanto
Del á r a b e caudillo los temores
— 489 —
A calmar, encubriendo los horrores
Del anterior combate con su manto;
T la luna su pálido semblante
Dolorida mostró, viendo acuitados
Sus héroes de t u r b a n t e . . .
Los fuertes de Aragón y de Barcino,
De Afranc (10) y Baleares,
No retroceden n u n c a en su camino,
Cual onda libre en medio de los m a r e s ;
P e r o á la voz de su caudillo fieles,
Dejan el campo horrible de m a t a n z a ,
Y levantando la pujante lanza,
Cuelgan del hombro izquierdo sus broqueles.
D e s á r m a n s e los blancos pabellones
Que el p r a d o embellecían, y al instante
Se ven los escuadrones
M a r c h a r con aire acompasado y fiero.
C a l m a d a y a su ira,
¿A dó v a tanto ínclito g u e r r e r o ,
Que del campo de gloria se retira?
¡Oh reina del silencio y de la noche,
Que v a g a s solitaria por el cielo!
T u faz no ocultes t r a s oscuro velo,
Guía apacible el n a c a r a d o coche;
Y al triste resplandor con que iluminas,
P u e d a yo ver á la á r a b e Valencia,
Y á dónde las vecinas
F a l a n g e s v a n , que al parecer se alejan
Sin ansiar y a más gloria,
Después que en cada paso escrita dejan
Con a g a r e n a s a n g r e u n a victoria.
— 490 —
Los pies b a ñ a n d o de la bella Edeta,
A r r a s t r a el G u a d a l v i a r sus ondas p u r a s
Sobre d o r a d a s guijas mal seguras;
Ningún m u r o en su m a r g e n las sujeta (11).
Libres eomo las a u r a s del desierto,
Por e n t r e v e r d e s sauces se deslizan,
P e r o con r u m b o cierto;
Y rosas y j a z m i n e s amontonan
Que dan suaves olores,
Y con blando murmullo u n himno entonan
A la ciudad de las g a l a n a s flores.
Las poderosas huestes asombrado
El G u a d a l v i a r a d e l a n t a r s e mira;
Suspende el curso rápido, y retira
Sus blancas ondas al siniestro lado.
Su cauce cubren de u n a á otra orilla
Ochenta mil g u e r r e r o s valerosos
Que Gacuin acaudilla...
Ondean majestuosas d e s p l e g a d a s
Al aire las b a n d e r a s ,
Riela la luna en cascos y c e l a d a s ,
Mece el viento penachos y cimeras.
Doquier tienda los ojos, sólo veo
P i c a s y espadas, yelmos y broqueles,
Y cruces y e s t a n d a r t e s y corceles,
Y despojos del á r a b e en trofeo.
¿Quién c o n t a r á de tantos adalides
El valor, cuyo timbre de nobleza
Ganaron en las lides?
¿Y el arrojo y b r a v u r a de esa t r o p a
— 491 —
Que sólo h a y en E s p a ñ a ,
T e r r o r del moro, admiración de Europa,
Que no puede vivir sino en c a m p a ñ a ? (12),
Yo los veo, cubierta la cabeza
Con tosca red de m a l l a , el pie desnudo,
Envuelto en cuero el pecho, sin escudo,
Robustos, elevados, la fiereza
En su b a r b a d o rostro d e m o s t r a d a .
No son soldados, no; que son leones
Con g a r r a s por espada.
Su ambición es la lucha, y su alborozo
La s a n g r e y la m a t a n z a ;
Se gozan en el fuego y el destrozo;
N u n c a ha sido a b a t i d a su pujanza.
La v a n g u a r d i a ellos forman, y descuella
J3obre á r a b e corcel de r a z a p u r a ,
Con sanguinoso escudo y a r m a d u r a
Reluciente aual fúlgida centella,
El joven rey Gacum, como gigante
Que se complace en ver tras rudo choque
Su b a n d e r a triunfante.
Bajo el pesado y colosal almete
Su cerebro se agita,
Y el pecho tras el duro coselete
E n t r e recelo y júbilo palpita.
E r g u i d a la cabeza vigorosa,
L e v a n t a de su almete la visera;
Y aun se v e honda herida de certera
Saeta que arrojó mano alevosa
-
492 —
Sobre la a u g u s t a sien (13). Ufano lanza •
V i v a m i r a d a en torno, y ve e x t e n d e r s e
Cuanto la vista alcanza
Sobre el cauce (14) sus huestes a g u e r r i d a s .
A su izquierda se elevan
L a s macizas murallas combatidas
Que del cristiano ardor señales llevan;
1
Y sobre ellas el moro se pasea,
La cortante a z a g a y a puesta al hombro,
Cual m á g i c a visión que causa asombro
Con el blanco alquicel que al aire ondea.
Más allá, sus agujas e n c u m b r a n d o
A r r o g a n t e s al cielo, se d e s t a c a n ,
El emblema ostentando
De su creencia y poder, cien a l m i n a r e s .
Y escúchase el ruido
De u n pueblo que a b a n d o n a sus h o g a r e s ,
Y busca salvación despavorido.
Y á su d e r e c h a ve cuál se r e t r a t a
El regio alcázar del caudillo moro,
De las j o y a s muzlimicas tesoro,
Sobre las ondas de b r u ñ i d a plata (15).
F l a n q u é a n l o elevados minaretes,
Cuyos muros ocultan en su centro
Espléndidos retretes.
Es de mármol y j a s p e la fachada,
Del á g a t a más p u r a •
Con arabescos mil e n g a l a n a d a .
Abiertas las v e n t a n a s de h e r r a d u r a ,
-
493 —
A p a r e c e n cual fadas misteriosas,
Volando en libertad los blancos velos,
Respirando amor u n a s , y otras celos,
Las h u r í s del h a r e m ; que silenciosas
Los caballeros o b s e r v a r desean
F u e r t e s , y apasionados cuando a d o r a n ,
F u e r t e s cuando pelean.
Ellas embellecían ¡ay! el sueño
De Zeyán e n t r e flores:
Hoy la voz y a no escuchan de su dueño!
¡Quién sabe si r e h u s a sus amores!
O tal vez en poder de los cristianos,
Sufra en la esclavitud a m a r g a s p e n a s ,
Atadas á sus pies d u r a s cadenas,
Y con hierro sujetas a m b a s manos!...
Y ardiente a l g u n a l á g r i m a de amores
E n c u e n t r a al descender,la linfa p u r a
O el cáliz de las flores.
Y sus blandos gemidos transportados
Por las a u r a s ligeras,
Cautivan la atención de los soldados
Que contemplan absortos las r i b e r a s .
Y distraen á Gacum, que al cielo a d o r a
Ante aquel espectáculo sublime.
jTal sentimiento de g r a n d e z a imprime
En su mente capaz y creadora!
Jardines y alamedas y pinares,
Y el G u a d a l v i a r de m á r g e n e s floridas,
Murallas y a l m i n a r e s ,
Y moriscos palacios, y g u e r r e r o s
—m —
De luciente a r m a d u r a ,
Bajo un cielo incrustado de luceros,
Brillando en su esplendor la luna pura!...
Mas en b r e v e s momentos a p e n a d a
La luna de safer (16) su faz oculta,
T t r a s fúnebre velo se sepulta,
Dejando en lobreguez su t i e r r a a m a d a , .
Vio á su pueblo vencido que a b a n d o n a
L a ciudad, y la infame c o b a r d í a
De un rey, que su corona
P a r t i r prefiere á conservarla entera
E l alfanje esgrimiendo,
O p e r d e r l a en la liza noble y fiera,
Cual cumple á un soberano, sucumbiendo (17).
Bella ciudad, edén de los muzlimes,
T a no oirás cuando amanezca el día
L a voz del a l m u e d é n (18) que conducía
Al azalá de azóhbi á los munimes (19):
Y a no verás más candidos turbantes",
Ni l a r g a s pipas de dorados tubos,
Ni mantos rozagantes:
No a d o r n a r á tus altos minaretes
El símbolo del moro,
N i a r o m a esparcirán en tus retretes
Los humeantes pebeteros de oro.
Otra r a z a más fuerte y más austera
T e d a r á nuevo n o m b r e y n u e v a vida:
L e v a n t a tu cabeza adormecida,
V e r á s dó está esa raza, y lo que espera.
— 495 —
En tinieblas envuelto p e r m a n e c e
Sobre el cauce el ejército cristiano;
Impaciente aparece,
P o r q u e t a r d a el momento en que desea
Sobre el alto b a l u a r t e
Ver al aire extendido cuál ondea
Del invicto Aragón el e s t a n d a r t e .
A su frente G-acum, ansioso a g u a r d a
Que t e n g a pronto fin la noche oscura;
Mas la noche su curso no a p r e s u r a ,
Y el nuevo sol su aparición r e t a r d a .
Ojos de lince y con oído atento
El muro observa, por si ver consigue
Mecerse al movimiento
De las brisas el lienzo deseado...
Y allá por el oriente
Asoma un horizonte sonrosado,
Despunta y a la a u r o r a refulgente.
Grito de triunfo general resuena:
Flotando en alta torre es divisada
De rendición la enseña desplegada (20).
L a rodilla Gacum sobre la arena
Dobla con g r a t i t u d ; su noble anhelo
Cumplido está; y con férvido entusiasmo,
Su vista alzando al cielo,
Clama: «Alabemos al Señor que diera
Vigor irresistible
A nuestro brazo, que potente hiciera
E n la hueste c o n t r a r i a estrago horrible.
-
496 —
«Cantemos al Señor, que ha derrocado
Del Islam el poder. Cercó su pecho
Crecida indignación: ¿y qué se ha hecho
De la creciente luna? Se ha eclipsado.
Las b a n d e r a s muzlímijas su brillo
Perdieron ante el lábaro cristiano;
Y dejó su caudillo
Del G u a d a l v i a r fecundo las r i b e r a s .
Nuestro brazo de nuevo
A r m a d , oh J e h o v á h , y esas b a n d e r a s
Caerán confundidas al E r e b o .
«Pueblo agresor que insultará orgulloso,
Mientras cercano viva, á n u e s t r a E s p a ñ a ,
Siempre objeto será de n u e s t r a saña,
Y t e m e r á nuestro pendón glorioso.
Oh r e y e s , aprended; y esas j a u r í a s
De impúdicos sectarios del Profeta
J a m á s en vuestros d í a s
Las dejéis prosperar. ¿En vuestro brazo
El valor no reside?
Su molicie les sirve de embarazo,
Ni á sus combates n u e s t r a fe preside.
»Mi memoria evocad; y si injuriosos
A mi acero tacháis de sanguinario,
Recordad que el rigor es necesario
Contra invasores pueblos y alevosos.
Mas mi espada liberta, que no oprime;
Ni j a m á s por feroz y cruel instinto
Mi mano el hierro esgrime.
— 497
Y o doy t r a s la conquista sabias l e y e s ,
Que h a n de ser en su día
La libertad que deben d a r los r e y e s
Cuando u n pueblo á su cetro Dios confía.
»A E d e t a p r e g u n t a d : si no es i n g r a t a ,
Os m o s t r a r á sus fueros y sanciones,
P a r a prosperidad de las naciones
Más útiles q u e el oro y q u e la p l a t a .
Mi n o m b r e g u a r d a r á en perpetua historia,
Y ofrecerá u n a flor d e sus verjeles
Al t r o v a d o r que ensalce mi memoria.»
E r a del tibio Octubre u n a m a ñ a n a (21);
El sol con r a y o puro
Iluminó á Valencia y a cristiana,
Y de J a i m e el pendón sobre su muro.
Valencia, Setiembre 1858.
NOTAS
(1) Islam ó Alislam: la religión mahometana.
[2) Los moros, al nombrar á Don Jaime, le daban el epíteto
tirano.
3) Esto alude á las Baleares, que había conquistado ya Don
ime antes del sitio de Valencia.
'4) «Los cristianos acaudillados del rey... salieron juramentos para ganar la ciudad de Valencia, que era el verjel de
lenidades de España.» (Conde, Dominación délos Árabes en,
paña.)
33
— 498 —
(5) Á Don Jaime llamaban los árabes unas veces Gacum, y
otras Gáymis.
(6) Alfaraz:
caballero de lanza y espada.
(7) Naib: capitán.
(8) Wali: general del ejército.
(9) Alime: sabio. Alfakí: doctor.
(10) Afranc: Francia. A la cruzada que publicó Don Jaime
para la conquista de Valencia, acudieron muchos y célebres paladines de Aragón, Cataluña, Francia, Inglaterra é Italia.
(11) Tanto lo que se dice aquí, como lo que se diga en adelante del río Guadalaviar, debe entenderse de como estaba en
tiempo de la conquista.
(12) Esta tropa son los A l m o g á v a r e s , que se han nombrado
antes. Eran una especie de tribus errantes, compuestas de arag o n e s e s y catalanes, que tenían por única ocupación la guerra.
S u traje era pobre, consistiendo en pieles de animales, que ceñían al cuerpo con u n cinturón de cuero, y llevaban largo el cabello y también l u e n g a s las barbas. Eran de aspecto feroz,
altos, robustos, insensibles á los ardores del sol y á los fríos rigurosos del invierno. Llevaban por únicas armas defensivas y
ofensivas una red de malla en la cabeza, una espada corta, un
chuzo y tres dardos que arrojaban con la mano, con tanta fuerza como si usasen el arco. Estos guerreros formaban la vanguardia del ejército del rey Don Jaime, y en esta conquista es
la primera v e z que habla de ellos la historia. Cuando concluyó
la lucha que sostuvieron durante siglos con los moros, no pudiendo acostumbrarse á la paz, pasaron á Italia á pelear por los
reyes de Aragón; y de allí al Asia y á la Grecia, á sueldo del
emperador Andróuico; en cuyos países hicieron proezas inconcebibles, S e g ú n Montaner, seis mil de ellos vencieron á treinta
mil turcos en los confines de Cilicia.
(13) Los franceses al servicio de A r a g ó n , mandados por el
arzobispo de Narbona, empeñaron u n combate especial con los
moros, los cuales fingieron retirarse, para hacer caer á los cristianos en la celada que les tenían preparada, Inmediatamente
— 499 —
conoció Don Jaime el peligro que corrían los s u y o s , y montando
á caballo, voló á avisarles; pero uu saetero moro que le s e g u í a
de cerca, le disparó una saeta que hirió al rey en la ceja izquierda. (Boix.)
(14) La escena que aquí se describe pasaría poco más ó menos en el sitio donde está ahora el puente del Real.
(15) El alcázar ó palacio real estaba situado en el lugar que
ocupan ahora San Pío Quinto y el huerto del Real.
(16) Los nombres de los meses ó lunas entre los árabes eran
los siguientes, por este orden: Muharram, Safer, Rabié primera,
Rabié s e g u n d a , Giumada primera, Giuuiada segunda, R e g e b ,
Xabau, Ramazan, X a w a l , Dylcada y D y l h a g i a . Segiíu Conde, se
entregó la ciudad de Valencia al rey Gacum el día diez y siete
de Safer del año seiscientos treinta y seis (1238).
(17) Apurados los muzlimes de Valencia con las incomodidades del largo cerco, y cansados de defenderse de asaltos y escaladas, obligaron á Giomail-ben-Zeyáu á que propusiese tratos
de avenencia y entregase la ciudad con buenas condiciones.
(Conde,)
(18) Almueden: sacristán, mullidor de mezquita, que pregona y llama cou grandes v o c e s á la oración desde lo alto del
alminar ó torre.
(19) «Al azalá de azóhbi á los muniínes.» Azald: oración. Las
oraciones eran cinco: Azohbi, del alba; Adohar, del m e d i o día;
Alasar, de la tarde; Almagrib, al ponerse el sol; y Alaterna, al
anochecer. Munimes: fieles, nombre que se dau los turcos.
(20) Se anunció la rendición, día 28 de Setiembre de 1238,
por medio de una bandera que ondearon los moros en el torreón
del Temple, y que auu se conserva en la Casa de la Ciudad.
Esta bandera es diferente de la que se conoce cou el nombre de
Pendón de Don
Jaime.
(21) Día n u e v e de Octubre del año mil doscientos treinta y
ocho, hizo su entrada solemne en Valencia Don Jaime cou todo
s u ejército, expulsados y a de ella los moros.
——••<§-—$H——
lia C a m p a ñ a
del Ejército Español en Áfpiea
H I M N O
• J f e i N T i ó vil ultraje el león de Castilla;
¿£§5 Clamando v e n g a n z a rugió enfurecido:
Los montes t e m b l a r o n al fiero rugido,
Y el África aleve se apresta á la lid.
E n v a n o convoca sus b á r b a r o s hijos,
Indómitas fieras d e brío salvaje;
Que v a n contra E s p a ñ a , y afrenta y ultraje
Los l a v a con s a n g r e la p a t r i a del Cid.
El Atlas, abriendo sus antros profundos,
Lanzó de g u e r r e r o s feroz m u c h e d u m b r e ;
T u r b a n t e de fuego ciñó su alta c u m b r e ,
Tronó en sus b a r r a n c o s el hueco cañón.
Cual tigres hambrientos lucharon los moros,
Y al suelo á millares vencidos cayeron;
Cascadas y a r r o y o s henchidos corrieron
De s a n g r e a g a r e n a , cual r a u d o aluvión.
Triunfantes a v a n z a n las huestes iberas;
Los moros con brío tenaz se opusieron:
Bagajes y tiendas y enseñas perdieron,
T a n sólo anhelando correr con afán.
Y al aire e x t e n d i d a la hispana b a n d e r a ,
Que á tantos valientes guió á la victoria,
L a vio Castillejos cubierta de gloria,
I z a d a en sus muros la ve T e t u á n .
No h a y paz: c r u d a g u e r r a d e v a s t e la Libia
Con s a n g r e se rieguen sus vastos desiertos;
De víctimas queden sus montes cubiertos,
Y en llamas se vean sus bosques a r d e r .
Su orgullo abatido, r e t e n g a en su mente
Recuerdos aciagos edades remotas;
Y enseñe á los pueblos con t a n t a s derrotas
Cuál sabe la E s p a ñ a su honor defender.
Briosas p e n e t r a n las fieras legiones
Por valles ocultos en hondo misterio:
El. último esfuerzo del b á r b a r o imperio
El paso á cerrarles furioso acudió.
Rasgó el león b r a v o la enseña morisca,
Vencida en mil lides, triunfante en n i n g u n a :
Quedó rota en trizas la infiel media luna;
Su r u i n a á Marruecos W a d - r á s presagió.
Deshechas la Libia miró sus falanges,
Que en vano e m p u ñ a r a n los corvos aceros:
Temió á los valientes hispanos g u e r r e r o s ;
Con frente a b a t i d a pidióles la paz.
Nación generosa, la I b e r i a su mano
E x t i e n d e al vencido que al polvo se humilla:
Volvió victorioso el pendón de Castilla,
L a v a d o el ultraje, del mundo á la faz.
Gandía, Abril 1860.
R Justa
TU
M 1 Ii
ADA
EM.O es m i r a r un j a r d í n
• En las m a ñ a n a s de Mayo,
Al d e s p u n t a r por oriente
El claro r e y de los astros,
Cuando las flores despiden
De sus cálices preñados
Mil esencias, y en sus hojas
Ostentan matices varios.
Dulce es hallar refrigerio
Á la sombra de algún árbol,
Cuando sopla el ceflrillo
T e m p l a n d o del sol los rajaos.
Grato es m i r a r el a r r o y o
Que a r r a s t r a con lento paso,
Meciendo las fiorecillas
Que brotan en ambos lados;
Y ver cuál los pajarillos
Vuelan por el aire vago,
Ocultando sus amores
En los bosques enredados.
V e r correr las r a u d a s n a v e s
Por el mar, también es g r a t o ,
Cuando las hinchadas olas
Aplaca el céfiro manso;
— 503
-
Y en la sosegada noclie
Mirau el cielo estrellado,
Y la luna que pasea
En su n a c a r i n o carro.
Hermoso es v e r l a s ciudades
Con sus p a r q u e s y teatros,
Sus calles, plazas y fuentes,
Sus paseos y p a l a c i o s ;
Y las a n t i g u a s carrozas
T i r a d a s de seis caballos,
La riqueza de sus dueños,
Las galas de sus l a c a y o s .
Pero n a d a , J u s t a hermosa,
Alegra mi pecho tanto
Como la tierna m i r a d a
De tus ojos soberanos.
*
TUS
ENOJOS
Ver el m a r embravecido,
Y las turbulentas olas
Que en lucha implacable estallan
Con poder sobre las costas;
Y escuchar los tristes a y e s
Del náufrago que se ahoga,
Sin que alcanzar u n a tabla
P u e d a de su n a v e rota:
Oir los vientos que rugen
En la noche tenebrosa,
Y la lluvia que á torrentes
De las nubes se desploma;
— 504 —
Cuando el pavoroso r a y o
liápido r á s g a l a atmósfera,
Y hórrido el trueno r e t u m b a
P o r las celestiales bóvedas:
Mirar de u n volcán el c r á t e r
Cuando su furor redobla,
Y entre sus columnas de humo
Cenizas despide y rocas;
Y la a r d i e n t e hirviente lava
Que de sus senos arroja,
Cubre c a m p i ñ a s y pueblos
Y los sepulta y destroza;
Contemplar cuál descarrila
P e s a d a locomotora,
Y en q u e b r a d o precipicio
Despéñase impetuosa,
A r r a s t r a n d o en su c a í d a
De vagones l a r g a cola,
Do indefensas hallan m u e r t e
Mal confiadas personas:
Esto horroriza á los hombres,
Y sus mentes impresiona,
Esto eriza sus cabellos,
Sus corazones asombra;
Pero al mío, que es valiente,
Sólo a r r e d r a , J u s t a hermosa,
Contemplar tu rostro airado
Cuando conmigo te enojas".r
Gaudia, Diciembre 1860.
ÍNDICE
Paga.
AL LECTOR
5
POESÍAS RELIGIOSAS Y MORALES
Génesis
Recuerdos del Edén
La primera Culpa
Amor de Dios
La Encarnación
Dios con nosotros
Christi caterva clamitet
Creator alme siderum
I*
••••
22
•
,
3 0
32
33
,
36
38
,
Adviento
Adviento, II
Natividad
Natividad, II
Natividad, I I I . . .
39
4 0
4 2
•
4 4
4 6
Adéste Fideles
Circuncisión
Circuncisión, II
El Nombre de Jesús
El Nombre de Jesús, II
El Nombre de Jesús, III
Subiendo al Templo
Las ofrendas de los Magos,
Herodes.
Epifanía
i S
•••
4 8
^
51
53
§5
5<
59
4
6 8
:
7 0
7
3
— 506 —
Págs.
Presentación de Jesús eu el Templo
Cántico de Simeón
Dios humanado
Transfiguración
Bethesda.;
La entrada eu Jerusalem
El Lavatorio
Á la Institución de la Eucaristía
Jesús en Getsemaní
La Muerte del Redentor
Á Cristo en la Cruz
Stabat
Mater
TO
w
91
9 2
93
9 í 1
Id
1 0 ; í
Las Siete Palabras
Consummatum
74
est
Junto a l a Cruz
Ante la Cruz
Mirando á la Cruz
La. Gloria de la Cruz
Resurrección
Resurrección, II
Resurrección, III
Resurrección, IV
llessurrexit. Oratorio en cuatro Cuadros:
Cuadro I.—El Gólgofca
Cuadro II.—El Seno de Abraham
Cuadro III.—El Averno
Cuadro IV.—El Cenáculo
La. Ascensión
Cristo Medianero
Cristo Sacerdote
Á Cristo en los Cielos
Pentecostés
.,
Al Espíritu Santo
Al Espíritu Santo, II
105
I O S
H°
H2
11-'
I
I
1—
2 0
2 1
125
132
140
148
15
l
161
163
1&
l
,t!
ü 0
1
( i 7
lG£>
-
507 —
Págs.
Al Espíritu Sauto, III
Credo
Fe
El Padre Nuestro
La Oración
La oración aceptable.
La oración perseverante
A la Trinidad
Culto
Alabanza
Alabanza, II
Alabanza, III..
Alabanza, IV
Alabanza, V
Aleluya Perenne
Te Deum
La Iglesia.
Jubileo
Á trabajar
Evangelizad
'"
Todo sin precio
Canto de Misión
Invitación
Vuelve al hogar
Jesús de Nazaret.
Todo está hecho
Miserere
Anhelos espirituales
ü e s e o del alma arrepentida
Todo por Jesús
Reposo del alma
Manantial de salvación
Lavacro espiritual
La Roca de los.siglos
171
1
:
••
7
2
"3
175
176
177
178
179
1 8 1
l ^
8
1 8 5
1 8 7
I
I
192
194
197
199
1
203
205
207
209
211
213
215
217
219
221
223
226
228
229
231
8 9
9 0
2 0
— 508
Págs.
Gratitud
Jesús y la Cruz
Á la vista de Dios
La lección
La senda de justicia
La Estrella de Betlem
Esperanza
Confianza
El Buen Pastor
Velad y orad
La Palabra de Dios
¡Firmes y adelante!
Constancia en la lucha
La antigua Historia
Mirefugio.
Todo por la Fe
Cerca de Dios
Junto á Dios
Vida y Muerte
La Bienvenida celestial
De tribulación á bienandanza
Al Rey de los Santos
Himno de los Santos
Cabo de Año
Aüo Nuevo
Himno del Alba
Himno de la salida del Sol
Himno de la Mañana
Himno de la Tarde
Himno de la puesta del Sol
Himno déla Noche
Himno Cotidiano
De tinieblas á luz
El Domingo
•
^
235
237
2 3
2 3 9
243
245
2 4 7
'•
249
2¡>1
253
251
256
25S
261
263
265
267
2 6 8
•
272
274
276
278
285
28 ¡
289
290
291
2 9 3
'i
^
29 ¡
2 9
•
2 9
2 9 9
3 0 0
— 509 —
Fágs.
Culto del Domingo.
La tarde del Domingo
Himno de Lutero
Letanía
Rogativas
En la aflicción
Plegaria por los Navegantes
Plegaria por los Enfermos.
Acción de Gracias
Acción de Gracias, II
El himno de la Cosecha
Acción de Gracias al recobrar la salud
Perdón y Olvido
Amor fraternal
Caridad
Anhelos de la Caridad
Obras de Misericordia
El dador alegre
Eu la dedicación de un Templo
La Jerusalem celestial
Plegaria en el Bautismo
Plegaria por el recién bautizado
Plegaria del recién confirmado
Canto de los confirmados
Himno de Comunión
Himno de Comunión, II
Himno de Comunión, III
En la Cena del Señor
Plegaria por los Ministros del Evangelio
Plegaria por la Patria
Junto á un mombuudo
Sepelio
Doce Títulos de Jesús
Doxologías
•
301
303
304
306
309
311
313
315
317
319
391
323
324
325
327
329
330
331
332
••... 335
337
339
340
342
343
344
345
346
348
350
352
353
354
361
— 510 —
Págs.
POESÍAS OCASIONALES
.
3(5: i
371
En la muerte de mi hija Magdalena
La primera hoja.
La Paz
37.:;
SALMOS DE DAVID
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
Salmo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
i
370
381
382
383
385
3S7
3«'
3!il
393
397
400
402
404
406
40S
409
411
•
POESÍAS INFANTILES
Las joyas del Señor
Canto al principiar la Escuela
Canto al terminar la Escuela
Canto de Bienvenida á la Escuela Dominical
Himno Dominical
Plegaria al Espíritu Santo
—....
417
419
420
422
424
426
-
511
Págs.
Plegaria de los niños cristianos
Los Mandamientos
Jesús nuestro D u e ñ o . . '
La Nave del Evangelio
Daniel nuestro ejemplo
Flor, insecto y ave
Trabajo y Holganza
Himno vespertino
,
Bethlehem
Fidelidad á Jesús
El Nacimiento de Jesiis
Nochebuena
El misterio de amor
El Buen Pastor y el Cordero
La Niñera improvisada
Las ofrendas de una Niña
Ilusión infantil: Escena familiar de Nochebuena
Mi Cuadro
Pan en la Iglesia
Cuadros de Nochebuena
Villancico
..
427
428
429
430
431
432
434
436
437
438
439
443
445
446
447
44S
451
456
461
469
472
POESÍAS PROFANAS
En la muerte del Poeta Quintana
La Conquista de Valencia por el Rey Don Jaime
La Campaña del Ejército Español en África
Á Justa
••
477
482
500
502
Descargar