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Ficha de procedimento ambiental-Gestão de Recursos Hidricos

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FRA – 0018
Edição: 03
Gestão de recursos hídricos
18/05/2011
1
Objectivo
Garantir a obtenção dos títulos de utilização de recursos hídricos, necessários para o funcionamento da
instalação e/ou para a realização da prestação do serviço.
2
Modo de Proceder
2.1
Pesquisa e captação de águas subterrâneas
2.1.1 Pesquisa
Para garantir a qualidade de perfuração apenas poderão realizar estas actividades empresas
especializadas, que disponham de sondadores bem como de técnicos especializados, que efectuem as
operações de controlo e supervisão da obra durante a sua execução e que estejam licenciadas ao abrigo
do Decreto-Lei n.º 133/2005, de 16 de Agosto.
O técnico responsável destas empresas deve ter um diploma académico de nível superior numa das
seguintes áreas técnico científicas: Geologia, Engenharia Geológica, Engenharia de Minas ou Engenharia
dos Recursos Hídricos.
A pesquisa e a execução do poço ou furo estão sujeitas aos seguintes requisitos:
a) Na execução da obra, seja qual for a sua finalidade, deve proceder-se de modo a que não haja
poluição química ou bacteriológica da massa de água subterrânea a explorar, quer por infiltração
de águas de superfície ou de escorrências, quer por mistura de águas subterrâneas de má
qualidade;
b) Os poços ou furos de pesquisa e captação de águas repuxantes têm de ser munidos de dispositivos
que impeçam o desperdício de água;
c) Deve ser observado um afastamento mínimo de 100 m entre as captações de diferentes
utilizadores de uma mesma massa de água subterrânea, podendo, quando tecnicamente
fundamentado, a Administração de Região Hidrográfica (ARH) definir um limite diferente.
A pesquisa deve ser executada de forma a manter uma distância mínima de qualquer órgão de infiltração
de águas residuais (entre 25 a 50 m) com vista a minimizar a contaminação dos aquíferos.
Com a conclusão da pesquisa, a empresa responsável pela realização desta deverá enviar à ARH
territorialmente competente, o relatório final conforme o modelo disponibilizado por esta entidade na sua
página de internet, bem como o formulário de caracterização da captação devidamente preenchido, e
enviá-los à entidade licenciadora no prazo de 60 dias após a conclusão dos trabalhos. Deve ser dado
conhecimento à REN de todas estas comunicações.
2.1.2 Captação de águas subterrâneas particulares
Comunicação prévia
A captação de águas subterrâneas particulares1, qualquer que seja a sua finalidade (consumo humano,
rega, indústria, recreio ou outra), está sujeita a comunicação prévia, quando os meios de extracção não
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São particulares:
a) As águas que nascerem em prédio particular e as pluviais que nele caírem, enquanto não transpuserem, abandonadas, os limites do mesmo
prédio ou daquele para onde o dono dele as tiver conduzido, e ainda as que, ultrapassando esses limites e correndo por prédios particulares, forem
consumidas antes de se lançarem no mar ou em outra água pública;
b) As águas subterrâneas existentes em prédios particulares;
c) Os lagos e lagoas existentes dentro de um prédio particular, quando não sejam alimentados por corrente pública;
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excedam os 5 CV, e deve ser instruída de acordo com os modelos disponibilizados pelas ARH nas suas
páginas de internet (ver ponto 4 – Contactos das ARH).
Autorização
Quando os meios de extracção excedem os 5 CV o pedido de utilização é formulado através de
requerimento dirigido à ARH territorialmente competente, devendo ser enviado preferencialmente através
de meios electrónicos, ou apresentado em suporte papel, enviado pelo correio ou entregue pessoalmente,
conforme o definido por cada ARH.
As minutas de requerimento e respectivos anexos, com os elementos necessários à instrução do pedido,
devem ser consultados nas páginas de internet de cada ARH (ver ponto 4 – Contactos das ARH).
2.1.3 Captação de águas pertencentes ao domínio público hídrico
A captação de água pertencente ao domínio público hídrico (onde se inclui a água do mar) está sujeita à
obtenção de licença, independentemente da potência dos meios de extracção.
A emissão da licença, ou a sua renovação, pode implicar a prestação de uma caução para recuperação
ambiental. Assim, no acto de solicitação/revalidação de licenças de rejeição, e sempre que a ARH
territorialmente assim o exija, deverá ser apresentada cópia da apólice de seguro de responsabilidade
ambiental ou comprovativo da constituição daquela caução.
As minutas de requerimento e respectivos anexos, com os elementos necessários à instrução do pedido,
devem ser consultados nas páginas de internet de cada ARH (ver ponto 4 – Contactos das ARH).
2.2 Rejeição de águas residuais
A rejeição de águas residuais constitui uma utilização privativa dos recursos hídricos sujeita a licença
prévia, independentemente da titularidade dos recursos hídricos ser pública ou particular.
O pedido de utilização é formulado através de requerimento dirigido à ARH territorialmente competente,
podendo ser enviado preferencialmente através de meios electrónicos, ou ser apresentado em suporte
papel, enviado pelo correio ou entregue pessoalmente.
As minutas de requerimento e respectivos anexos, com os elementos necessários à instrução do pedido,
devem ser consultados nas páginas de internet de cada ARH (ver ponto 4 – Contactos das ARH).
A emissão da licença, ou a sua renovação pode implicar a prestação de uma caução para recuperação
ambiental. Assim, no acto de solicitação/revalidação de licenças de rejeição, e sempre que a ARH
territorialmente assim o exija, deverá ser apresentada cópia da apólice de seguro de responsabilidade
ambiental ou comprovativo da constituição daquela caução.
2.3
Utilizações de domínio hídrico sujeitas a avaliação de impacte ambiental
(captações/rejeições)
No caso de utilizações do domínio hídrico (captação ou rejeição) sujeitas a avaliação de impacte
ambiental nos termos da legislação aplicável, o procedimento de atribuição de título de utilização só pode
iniciar-se após a emissão de declaração de impacte ambiental favorável ou condicionalmente favorável ou
d) As águas originariamente públicas que tenham entrado no domínio privado até 21 de Março de 1868, por preocupação, doação régia ou
concessão;
e) As águas públicas concedidas perpetuamente para regas ou melhoramentos agrícolas;
f) As águas subterrâneas existentes em terrenos públicos, municipais ou de freguesia, exploradas mediante licença e destinadas a regas ou
melhoramentos agrícolas.
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de decisão de dispensa do procedimento de avaliação de impacte ambiental. Se o parecer da autoridade
competente e a declaração de impacte ambiental forem favoráveis ou condicionalmente favoráveis, é
reconhecido o interesse público por despacho do presidente do INAG, mediante publicação no Diário da
República.
2.4 Outras utilizações do domínio hídrico (REN Gasodutos, S.A.)
Os atravessamentos de cursos de água são considerados atravessamentos especiais, devendo no projecto
estar definido o tipo de método construtivo a utilizar em função da dimensão do atravessamento, do tipo
de solos, do perfil do leito e da largura dos cursos de água. Devem ser elaborados projectos
individualizados com todas as peças escritas e desenhadas que sejam necessárias, com vista à obtenção da
aprovação das autoridades competentes.
Sempre que se verifique o atravessamento de cursos de água em vala aberta, estes deverão ser realizados,
tomando todas as medidas que permitam a não interrupção do curso de água. Deverão também ser
tomadas em conta todas as protecções necessárias à fauna piscícola, propriedades rústicas ou outras
actividades que dependam da quantidade e pureza da água.
Sempre que, decorrente da construção do gasoduto seja necessário o estabelecimento de aterros nos
cursos de água, estes serão realizados de acordo com os requisitos da autoridade competente, constantes
do título de utilização por esta emitida.
3
3.1
Fluxogramas do processo de obtenção de TURH
Captação de águas particulares
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3.2
Captação de águas do domínio público e rejeição de águas residuais
Rejeição de águas domésticas
Requerente
Envia requerimento
para pedido de
Licença
Entidade licenciadora
Entrada do
requerimento
Necessários
esclarecimentos?
SIM
NÃO
Recepção da
notificação
Notificação do
requerente
Envio dos dados
Dados suficientes?
SIM
NÃO
Pedido indeferido
Pedido Instruído
Notificação do
pedido indiferido
Pedido de parecer
Análise do pedido
Indiferido
Recepção do título
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Diferido
Emissão da licença
Contactos das ARH
ARH do Norte, I.P.
Rua Formosa, 254 4049-030 PORTO
tel.: + 351 223 400 000 fax: +351 226 073 043
[email protected]
www.arhnorte.pt
Administração da Região Hidrográfica do Centro, I.P.
Edificio Fábrica dos Mirandas
Rua Cidade de Aeminium
3000-429 Coimbra
Tel. 239850200
Fax 239850250
[email protected]
http://www.arhcentro.pt/
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ARH do Tejo, I.P.
Rua Braamcamp, nº7
1250-048 Lisboa
Tel. 210101387
Fax. 210101349
e-Mail: [email protected]
http://www.arhtejo.pt/
ARH do Algarve, I.P.
Rua do Alportel, nº 10 – R/C
8000-293 Faro
Telefone: 289 889000
Fax: 289 889099
[email protected]
www.arhalgarve.pt
ARH do Alentejo, I.P.
Estrada das Piscinas, 193
7004-514 ÉVORA
Tel.: +351 266 740 300 Fax.: +351 266 743 282
email: [email protected]
http://www.arhalentejo.pt/
As áreas de jurisdição de cada uma das ARH podem ser consultadas nas respectivas páginas de internet
destes organismos.
5
Verificação de conformidade legal
Verificação de conformidade legal:
Foi solicitada à Administração de Região Hidrográfica territorialmente competente (ARH) título de utilização de recursos hídricos
(TURH), em algum dos casos seguintes:
- licença de captação de águas pertencentes ao domínio público hídrico?
- autorização prévia para a pesquisa de águas subterrâneas particulares para efeitos de captação?
- autorização prévia para a captação de águas particulares?
- comunicação prévia da captação de águas particulares?
- autorização de realização de obras em leitos, margens ou águas particulares?
- licença de rejeição de águas residuais?
O TURH ou cópia encontra-se presente na instalação?
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