Subido por ronaldijno_asul12

Historia de Yucatán desde la época más remota hasta nuestros días

Anuncio
m
ANCONA
í
I
1
S
F1376
A5
v.l
1889
n
¡n
' f r
i
HISTORIA DE YUCATÁN
PARTE PRIMERA
HISTORIA
ANTIGUA
'r.
I
f
t
EDITOR—MANUEL H EREDI A ARGUELLES
HISTORIA
DE
DESDE
LA
ÉPOCA
MÁS
REMOTA
HASTA NUESTROS DÍAS
POR
ELIGIO
ANCONA
SEGUNDA
EDICIÓN
BARCELONA
I M P R E N T A DE J A I M E J E P Ú S
CALLE
DEL NOTARIADO,
1889
NUM.
ROVIRALTA
9
r
m
- a
\J.\
PREFACIO DEL EDITOR
Muy n a t u r a l m e p a r e c e p o n e r al f r e n t e de c i e r t a s o b r a s
litera-
r i a s , d e s t i n a d a s á v i v i r l a r g o s a ñ o s y á s e r c o n s u l t a d a s á cada paso
p o r los l i t e r a t o s , los p o e t a s , los h i s t o r i a d o r e s y, e n g e n e r a l , p o r los
Reservados los derechos de
propiedad del aulor, conforme
á la l e y .
h o m b r e s e s t u d i o s o s de las g e n e r a c i o n e s q u e v e n g a n ; m u y
natural
m e p a r e c e , digo, p o n e r al f r e n t e d e esas o b r a s a l g u n a s n o t i c i a s
acerca de s u s a u t o r e s , p a r a e v i t a r q u e s u c e d a en lo p o r v e n i r lo q u e
hoy con m u c h o s h o m b r e s de las e d a d e s p a s a d a s , á q u i e n e s sólo co
n o c e m o s p o r las b e l l í s i m a s p r o d u c c i o n e s de su i n g e n i o .
En e s t a c r e e n c i a , p u e s , y deseoso de d a r c o m o p r e f a c i o de la
HISTORIA DE YUCATÁN, q u e hoy e d i t o , la b i o g r a f í a d e s u a u t o r ,
re-
p r o d u z c o á c o n t i n u a c i ó n d e e s t a s l í n e a s la q u e p u b l i c ó el d i s t i n g u i d o l i t e r a t o D. F r a n c i s c o Sosa en la capital de esta R e p ú b l i c a ,
t a n t o p o r q u e la e n c u e n t r o s o b r i a , c u a n t o p o r q u e la juzgo e s c r i t a
c o n la m a y o r i m p a r c i a l i d a d .
M é r i d a , e n e r o de 1889.
Manuel Heredia Arguelles.
FONDO HISTORICO
ACARDO COVAHRU8WS
1 5 5 6 8 5
- ( 6 ) -( 7 )ellas, La Cruz y la Espada y El Filibustero,
m e r e c i e r o n ser r e i m p r e -
sas, en P a r í s , e n la a c r e d i t a d a B i b l i o t e c a d e los Novelistas, j u n t o á
las de los m á s r e p u t a d o s e s c r i t o r e s e u r o p e o s .
( S L I L G F I O
F
L
N
^
O
N
A
Ni la p a r t i c i p a c i ó n q u e A n c o n a h a tenido en los negocios p ú blicos, h a s t a llegar á ser el p r i m e r m a g i s t r a d o de su p a í s n a t a l ,
ni
el b u e n éxito q u e c o m o n o v e l i s t a y c o m o d r a m a t u r g o a l c a n z a r a , le
Nació e n la c i u d a d d e M é r i d a , capital del Estado de Y u c a t á n , el
dia
de d i c i e m b r e de 183G.
d a n á n u e s t r o j u i c i o m e j o r e s t í t u l o s q u e los q u e a c a b a de
con la p u b l i c a c i ó n de la o b r a i n t i t u l a d a :
Hizo s u s e s t u d i o s p r e p a r a t o r i o s en el S e m i n a r i o C o n c i l i a r
de
S a n I l d e f o n s o , y los de J u r i s p r u d e n c i a en la U n i v e r s i d a d L i t e r a r i a
H I S T O R I A DE Y U C A T Á N , D E S D E
LOS T I E M P O S MÁS R E M O T O S HASTA N U E S T R O S DÍAS.
La e m p r e s a a c o m e t i d a p o r el S r . A n c o n a s s de a q u e l l a s q u e d e m a n d a n g r a n d e a l i e n t o y la p o s e s i ó n de c i e r t a s
del E s t a d o , h a b i é n d o s e r e c i b i d o de a b o g a d o en 18G2.
adquirir
c u a l i d a d e s , no
de
c o m u n e s , p o r c i e r t o , á la m a y o r í a de los e s c r i t o r e s . P o r eso, al lle-
M é r i d a , S e c r e t a r i o del G o b i e r n o d e Y u c a t á n , D i p u t a d o al Congreso
v a r l a á feliz t é r m i n o , h a c o n q u i s t a d o d i s t i n g u i d o y h o n r o s o p u e s t o
de la U n i ó n , G o b e r n a d o r i n t e r i n o de Y u c a t á n (1868), p o r n o m b r a -
e n t r e los m u y c o n t a d o s a u t o r e s m e x i c a n o s q u e se h a n d e d i c a d o á
m i e n t o del S r . J u á r e z , y p o r ú l t i m o G o b e r n a d o r c o n s t i t u c i o n a l
los d i f i c i l í s i m o s e s t u d i o s de la h i s t o r i a p a t r i a .
A n c o n a h a s i d o s u c e s i v a m e n t e R e g i d o r del A y u n t a m i e n t o
m i s m o E s t a d o , electo en 1875. D e s e m p e ñ ó aquella
del
magistratura
C o n o c e m o s m u y de cerca al S r . A n c o n a , y no n o s ha s o r p r e n d i do el b u e n é x i t o q u e h a a l c a n z a d o .
h a s t a el t r i u n f o de la r e v o l u c i ó n i n i c i a d a en T u x t e p e c .
P e r t e n e c e p o r s u s ideas, d e s d e el c o m i e n z o de su c a r r e r a p ú b l i -
P a r a las i n v e s t i g a c i o n e s h i s t ó r i c a s se r e q u i e r e n la c a l m a y el
ca, al p a r t i d o l i b e r a l ; c o n t r i b u y ó á la r e s t a u r a c i ó n del g o b i e r n o re-
r e p o s o q u e n o p u e d e n e n c o n t r a r a q u e l l o s q u e v i v e n , b i e n sea en
p u b l i c a n o , y h a t o m a d o p a r t e e n la r e d a c c i ó n de los p e r i ó d i c o s p o -
m e d i o de las l u c h a s de la p o l í t i c a , ó b i e n e n t r e los p l a c e r e s de la
líticos La Sombra
sociedad; es m e n e s t e r q u e el á n i m o s e r e n o y t r a n q u i l o e x a m i n e
La Soberanía
de Morelos,
Popular,
La Razón
del Pueblo,
La
Juventud
El Eco del Comercio y otros, d i s t i n g u i é n d o s e
y
a q u i l a t e los h e c h o s á la luz de u n c r i t e r i o d e s a p a s i o n a d o y e n t e r a -
s i e m p r e p o r la m o d e r a c i ó n d e s u s e s c r i t o s . Ancona j a m á s ha d e s -
m e n t e filosófico; se necesita g r a n p e r s e v e r a n c i a p a r a no
c e n d i d o en la P r e n s a al t e r r e n o de los d e s a h o g o s y de las i n j u r i a s
en la i n q u i s i c i ó n de d o c u m e n t o s f e h a c i e n t e s , i n q u i s i c i ó n q u e en
p e r s o n a l e s , y r e v é l a s e s i e m p r e en s u s p r o d u c c i o n e s q u e son h i j a s
n u e s t r o p a í s p r e s e n t a d i f i c u l t a d e s sin c u e n t o , y es p r e c i s o t a m b i é n
del e s t u d i o y de la m e d i t a c i ó n .
q u e el e s c r i t o r posea a q u e l l a f a c i l i d a d y c o r r e c c i ó n de estilo q u e
Como l i t e r a t o , h a p u b l i c a d o d i v e r s o s a r t í c u l o s en La
La Burla,
El Album
Guirnalda,
y o t r o s v a r i o s p e r i ó d i c o s yucatecos, en los q u e
t a m b i é n dio á luz dos ó tres poesías al p r i n c i p i o de s u
carrera.
Espada,
ñaba,
El Filibustero,
Los Mártires
del Anáhuac
La Cruz
y El Conde de
h a c e n a g r a d a b l e s a u n las m á s á r i d a s d i s e r t a c i o n e s . El S r . A n c o n a ,
por c a r á c t e r , p o r e d u c a c i ó n , p o r h á b i t o , atesora esas y o t r a s
mu-
c h a s y r e c o m e n d a b l e s p r e n d a s . A u n en los d í a s d e a g i t a c i ó n
polí-
tica h a s a b i d o c o n s e r v a r el r e p o s o al d i s c u t i r en la P r e n s a ó al
Mas t a r d e a b a n d o n ó p o r c o m p l e t o el c u l t i v o de la Poesía.
Débensele c i n c o n o v e l a s o r i g i n a l e s : La Mestiza,
desmayar
y la
Pe-
la p r i m e r a de c o s t u m b r e s y las r e s t a n t e s h i s t ó r i c a s . Dos de
a f r o n t a r las c e n s u r a s de s u s actos como g o b e r n a n t e ; a m a la v e r d a d ,
y p r o c u r a s i e m p r e q u e ella r e s p l a n d e z c a en s u s o b r a s ; de
senti-
m i e n t o s l e v a n t a d o s , s a b e h a c e r j u s t i c i a á a m i g o s y e n e m i g o s ; escritor c o r r e c t o , r a r í s i m a vez se halla en las p á g i n a s p o r él
trazadas
- ( 8 ) g i r o s ó f r a s e s p r o v i n c i a l e s , ni m u c h o m e n o s p a l a b r a s q u e no e s t é n
a c e p t a d a s p o r los a u t o r e s d i g n o s de r e s p e t o c o m o b u e n o s h a b l i s t a s .
No es este el l u g a r en q u e d e b e a n a l i z a r s e la
H I S T O R I A DE Y U C A -
TÁN, del S r . A n c o n a , y por lo m i s m o n o s h e m o s l i m i t a d o á s e ñ a l a r
las p r i n c i p a l e s dotes q u e él posee c o m o h i s t o r i a d o r . S a b e m o s
muy
b i e n q u e en toda obra h u m a n a h a y d e f e c t o s y e r r o r e s , y no c o n s i -
INTRODUCCIÓN
d e r a m o s e x e n t a de ellos la del S r . A n c o n a . Algo p u d i é r a m o s d e c i r
á este r e s p e c t o , si en vez de u n o s a p u n t a m i e n t o s b i o g r á f i c o s e s t u v i é r a m o s f o r m a n d o u n j u i c i o c r í t i c o ; p e r o no es hoy ese
p r o p ó s i t o , y n o s c o m p l a c e m o s en r e p e t i r l o : t i e n e el escritor
nuestro
yuca-
teco m u c h a s y m u y e x c e l e n t e s c u a l i d a d e s q u e te h a c e n a c r e e d o r á
especial m e n c i ó n en u n a o b r a d e s t i n a d a , c o m o la de q u e
p a r l e esta noticia, á d a r á c o n o c e r á los q u e en los d i v e r s o s
q u e c o n s t i t u y e n el s a b e r h u m a n o d a n h o n r a á México.
forma
ramos
El e s t u d i o de la h i s t o r i a p a t r i a es u n a necesidad
tan
umver-
s a l m e n t e r e c o n o c i d a en los p u e b l o s c u l t o s , q u e c r e e r í a m o s h a c e r
u n a ofensa al lector de e s t a s p á g i n a s si nos p r o p u s i é r a m o s d e m o s t r a r l a . Por d e s g r a c i a n u e s t r a , en Y u c a t á n no h a y u n libro q u e l l e n e
México, 1881.
p o r c o m p l e t o esta n e c e s i d a d ; p o r q u e si b i e n p o s e e m o s t r a b a j o s d e
F r a n c i s c o Sosa
u n m é r i t o i n d i s p u t a b l e s o b r e n u e s t r a h i s t o r i a , así de e s c r i t o r e s
n a c i o n a l e s c o m o e x t r a n j e r o s , n o h a y u n o solo q u e la haya a b r a z a d o
e n su c o n j u n t o . Sólo se h a a c o m e t i d o u n a e m p r e s a de e s t e g é n e r o
en u u c o m p e n d i o q u e se h a p u b l i c a d o p a r a el uso de las escuelas;
p e r o l o s e s t r e c h o s l í m i t e s á q u e s u a u t o r se r e d u j o
voluntaria-
m e n t e , e s t á n m u y l e j o s de s a t i s f a c e r á la necesidad de q u e v e n i mos hablando.
L a H i s t o r i a , p a r a l l e n a r el i m p o r t a n t e o b j e t o q u e t i e n e e n la
vida social, no d e b e l i m i t a r s e á una relación m a s ó m e n o s d e t a l l a d a de los s u c e s o s acaecidos en el p a í s de q u e se o c u p a . Debe c o m p r e n d e r , a d e m á s , u n c u a d r o , tan c o m p l e t o c o m o sea p o s i b l e ,
déla
í n d o l e , de los u s o s y c o s t u m b r e s d e cada u n a de las razas q u e en
d i v e r s a s é p o c a s lo h a n h a b i t a d o ; de su r e l i g i ó n , de s u s leyes, de
s u s d o t e s m o r a l e s é i n t e l e c t u a l e s , de s u s p r o g r e s o s e n l a s c i e n c i a s
y en las a r t e s , de las c a u s a s q u e h a n i n f l u i d o en s u s
revolucio-
nes, de las c u a l i d a d e s q u e posee p a r a elevarse, de los o b s t á c u l o s
q u e i m p i d e n s u d e s a r r o l l o , de todo a q u e l l o , en fin, q u e r e d u n d e en
gloria s u y a ó q u e p u e d a u t i l i z a r a l g ú n d í a p a r a e n g r a n d e c e r s e y
m e j o r a r su c o n d i c i ó n . T o d o s estos g r a n d e s o b j e t o s de la H i s t o r i a ,
de q u e sólo h e m o s h e c h o u n a e n u m e r a c i ó n l i g e r a , e s t á n t r a t a d o s ,
p o r lo q u e respecta á n u e s t r o p a í s , en m u l t i t u d de escritos q u e en
- ( 8 ) g i r o s ó f r a s e s p r o v i n c i a l e s , ni m u c h o m e n o s p a l a b r a s q u e no e s t é n
a c e p t a d a s p o r los a u t o r e s d i g n o s de r e s p e t o c o m o b u e n o s h a b l i s t a s .
No es este el l u g a r en q u e d e b e a n a l i z a r s e la
H I S T O R I A DE Y U C A -
TÁN, del S r . A n c o n a , y por lo m i s m o n o s h e m o s l i m i t a d o á s e ñ a l a r
las p r i n c i p a l e s dotes q u e él posee c o m o h i s t o r i a d o r . S a b e m o s
muy
b i e n q u e en toda obra h u m a n a h a y d e f e c t o s y e r r o r e s , y no c o n s i -
INTRODUCCIÓN
d e r a m o s e x e n t a de ellos la del S r . A n c o n a . Algo p u d i é r a m o s d e c i r
á este r e s p e c t o , si en vez de u n o s a p u n t a m i e n t o s b i o g r á f i c o s e s t u v i é r a m o s f o r m a n d o u n j u i c i o c r í t i c o ; p e r o no es hoy ese
p r o p ó s i t o , y n o s c o m p l a c e m o s en r e p e t i r l o : t i e n e el escritor
nuestro
yuca-
teco m u c h a s y m u y e x c e l e n t e s c u a l i d a d e s q u e te h a c e n a c r e e d o r á
especial m e n c i ó n en u n a o b r a d e s t i n a d a , c o m o la de q u e
p a r l e esta noticia, á d a r á c o n o c e r á los q u e en los d i v e r s o s
q u e c o n s t i t u y e n el s a b e r h u m a n o d a n h o n r a á México.
forma
ramos
El e s t u d i o de la h i s t o r i a p a t r i a es u n a necesidad
tan
umver-
s a l m e n t e r e c o n o c i d a en los p u e b l o s c u l t o s , q u e c r e e r í a m o s h a c e r
u n a ofensa al lector de e s t a s p á g i n a s si nos p r o p u s i é r a m o s d e m o s t r a r l a . Por d e s g r a c i a n u e s t r a , en Y u c a t á n no h a y u n libro q u e l l e n e
México, 1881.
p o r c o m p l e t o esta n e c e s i d a d ; p o r q u e si b i e n p o s e e m o s t r a b a j o s d e
F r a n c i s c o Sosa
u n m é r i t o i n d i s p u t a b l e s o b r e n u e s t r a h i s t o r i a , así de e s c r i t o r e s
n a c i o n a l e s c o m o e x t r a n j e r o s , n o h a y u n o solo q u e la haya a b r a z a d o
e n su c o n j u n t o . Sólo se h a a c o m e t i d o u n a e m p r e s a de e s t e g é n e r o
en u n c o m p e n d i o q u e se h a p u b l i c a d o p a r a el uso de las escuelas;
p e r o l o s e s t r e c h o s l í m i t e s á q u e s u a u t o r se r e d u j o
voluntaria-
m e n t e , e s t á n m u y l e j o s de s a t i s f a c e r á la necesidad de q u e v e n i mos hablando.
L a H i s t o r i a , p a r a l l e n a r el i m p o r t a n t e o b j e t o q u e t i e n e e n la
vida social, no d e b e l i m i t a r s e á una relación m á s ó m e n o s d e t a l l a d a de los s u c e s o s acaecidos en el p a í s de q u e se o c u p a . Debe c o m p r e n d e r , a d e m á s , u n c u a d r o , tan c o m p l e t o c o m o sea p o s i b l e ,
déla
í n d o l e , de los u s o s y c o s t u m b r e s d e cada u n a de las razas q u e en
d i v e r s a s é p o c a s lo h a n h a b i t a d o ; de su r e l i g i ó n , de s u s leyes, de
s u s d o t e s m o r a l e s é i n t e l e c t u a l e s , de s u s p r o g r e s o s e n l a s c i e n c i a s
y en las a r t e s , de las c a u s a s q u e h a n i n f l u i d o en s u s
revolucio-
nes, de las c u a l i d a d e s q u e posee p a r a elevarse, de los o b s t á c u l o s
q u e i m p i d e n s u d e s a r r o l l o , de todo a q u e l l o , en fin, q u e r e d u n d e en
gloria suya ó que pueda utilizar algún día para engrandecerse y
m e j o r a r su c o n d i c i ó n . T o d o s estos g r a n d e s o b j e t o s de la H i s t o r i a ,
de q u e sólo h e m o s h e c h o u n a e n u m e r a c i ó n l i g e r a , e s t á n t r a t a d o s ,
p o r lo q u e respecta á n u e s t r o p a í s , en m u l t i t u d de escritos q u e en
d i v e r s a s épocas se lian p u b l i c a d o ; p e r o q u e p o r su m i s m o n ú m e r o ,
tal i m p o r t a n c i a , q u e c o n m u e v e h a s t a s u s c i m i e n t o s al p a í s de los
ó p o r b a i l a r s e e s p a r c i d o s en o b r a s q u e h a n llegado á h a c e r s e d e -
mayas, y que tras una
m a s i a d o r a r a s , m u y p o c o s t i e n e n v o l u n t a d ó t i e m p o de c o n s u l t a r .
e s p a ñ o l a . R e f e r i m o s c o n s u s d e t a l l e s m á s i n t e r e s a n t e s los s u c e s o s
De a h í
de esta c a m p a ñ a , q u e d u r a v e i n t i o c h o a ñ o s ; a d m i r a m o s el valor
n a c e la d i f i c u l t a d d e
un estudio que ningún
yucateco
a m a n t e de su p a í s d e b e r í a d e s c u i d a r .
colonia
y h a s t a el h e r o í s m o con q u e l u c h a n a m b o s c o n t e n d i e n t e s , y n o v a -
Con el l i b r o q u e v a m o s á e s c r i b i r , t e n e r n o s la a s p i r a c i ó n de
l l e n a r , h a s t a d o n d e a l c a n c e n n u e s t r a s f u e r z a s , esté vacío q u e e x i s t e
en n u e s t r a l i t e r a t u r a . No h e m o s p e r d o n a d o
g u e r r a s a n g r i e n t a le c o n v i e r t e e n
sacrificio de n i n g ú n
c i l a m o s e n c e n s u r a r los actos de c r u e l d a d c o n q u e u n o s y
otros,
n o pocas veces, se m a n c h a n .
No a p l a u d i m o s n i c o n d e n a m o s la c o n q u i s t a . Nos
colocamos
género para d e s e m p e ñ a r con acierto y conciencia nuestra misión:
e n t r e las d o s e s c u e l a s q u e á su t u r n o la h a n glorificado y m a l d e -
la h e m o s c o n s a g r a d o todo n u e s t r o t i e m p o y h e m o s p r o c u r a d o d e s -
cido, y la e x a m i n a m o s b a j o u n p u n t o de vista filosófico. La H u m a -
n u d a r n o s de t o d a s n u e s t r a s p a s i o n e s p a r a r e v e s t i r n o s de a q u e l l a
n i d a d está d e s t i n a d a á a s p i r a r c o n t i n u a m e n t e al p r o g r e s o . La P r o -
i m p a r c i a l i d a d q u e d e b e s i e m p r e p r e s i d i r á la f o r m a c i ó n de la His-
v i d e n c i a h a q u e r i d o d o t a r l a de esta a s p i r a c i ó n , con q u e ha e l a b o r a d o
t o r i a . Un b o s q u e j o del p l a n q u e n o s h e m o s p r o p u e s t o s e g u i r , h a r á
su m e j o r a en el t r a n s c u r s o de los s i g l o s . S u s g r u p o s
c o m p r e n d e r al lector h a s t a q u é p u n t o h e m o s a l c a n z a d o e s t e objeto.
s o b r e la haz de la t i e r r a , y q u e s u c e s i v a m e n t e se h a n l l a m a d o t r i -
La o b r a c o n s t a r á d e t r e s p a r t e s . La p r i m e r a , q u e c o m p r e n d e
desde
b u s , p u e b l o s ó n a c i o n e s , se a p r o x i m a n e n t r e sí p a r a
esparcidos
comunicarse
los t i e m p o s p r e h i s t ó r i c o s h a s t a la d e s t r u c c i ó n del I m p e r i o
m u t u a m e n t e s u s a d e l a n t o s , p a r a m e j o r a r la condición de la espe-
m a y a p o r los e s p a ñ o l e s , irá s u b d i v i d i d a en dos l i b r o s . El q u e está
cie; y las e v o l u c i o n e s q u e c o n tal m o t i v o p r a c t i c a n , a u n q u e r e d u n -
d e s t i n a d o á a b r a z a r los s u c e s o s a n t e r i o r e s á la c o n q u i s t a , es quizá
d e n m á s t a r d e en b i e n de la g e n e r a l i d a d , p r o d u c e n de p r o n t o c h o -
el q u e nos h a h e c h o e x p e r i m e n t a r m a y o r n ú m e r o de d i f i c u l t a d e s .
ques que
Los d a t o s de esta época s o n h a r t o i n c o m p l e t o s , y no h a y u n o solo
sociedad, lo m i s m o q u e el i n d i v i d u o , 110 se d e s a r r o l l a sin dolor; y
q u e la s a q u e todavía del m i s t e r i o e n q u e se h a l l a e n v u e l t a . La c o n -
el h i s t o r i a d o r q u e e n c u e n t r a e n su c a m i n o u n a de e s t a s e v o l u c i o -
t r a d i c c i ó n en q u e á m e n u d o se e n c u e n t r a n , d e j a p e r p l e j o al h i s t o -
nes, d e b e p e n s a r m e n o s en d e p l o r a r la s a n g r e v e r t i d a q u e en
r i a d o r q u e t i e n e la c o n c i e n c i a de s u d e b e r . H e m o s e n t r e s a c a d o de
m i n a r el c a m b i o social q u e h a y a p r o d u c i d o .
estos d a t o s lo q u e n o s h a p a r e c i d o m á s a c e p t a b l e ; y c u a n d o todos
n u e s t r o s e s f u e r z o s h a n sido i n ú t i l e s p a r a
d e s c u b r i r la
verdad,
v a n c o m ú n m e n t e a c o m p a ñ a d o s de s a n g r e . Es q u e la
exa-
En la s e g u n d a p a r t e de n u e s t r a o b r a , d e s t i n a d a á a b r a z a r los
d o s c i e n t o s o c h e n t a a ñ o s de la d o m i n a c i ó n e s p a ñ o l a , e x a m i n a r e m o s
hemos preferido confesar nuestra ignorancia, ó nuestra duda, á
á la luz de estos p r i n c i p i o s la e m p r e s a de M o n t e j o . H a r e m o s
c o n s i g n a r h e c h o s q u e n o p u e d a n ser calificados de r i g u r o s a m e n t e
r e m i n i s c e n c i a d e la c o n d i c i ó n q u e la g r a n m a y o r í a del p u e b l o m a y a
históricos.
tenía b a j o el d o m i n i o de s u s p r í n c i p e s y s a c e r d o t e s , y v e r e m o s
C o n s a g r a m o s a l g u n a s p á g i n a s á las i n s t i t u c i o n e s de los m a y a s ,
á su a d m i r a b l e a r q u i t e c t u r a , á su h e r m o s o l e n g u a j e , á su
alfabe-
to, á su c a l e n d a r i o , á todos los r e c u e r d o s , en fin, q u e ese p u e b l o
m i s t e r i o s o nos dejó de s u i n g e n i o y de su p o d e r . Los l í m i t e s
hemos impuesto á nuestro libro nos han impedido
que
extendernos,
c o m o h u b i é r a m o s q u e r i d o , s o b r e esta i m p o r t a n t e m a t e r i a ; p e r o
d e c i m o s lo b a s t a n t e — a l m e n o s a s í lo e s p e r a m o s — p a r a j u s t i f i c a r á
Y u c a t á n de la r e p u t a c i ó n q u e h a a d q u i r i d o en el m u n d o científico,
por sus preciosas antigüedades.
Al fin de este p e r í o d o t r o p e z a m o s c o n u n h e c h o de t r a n s c e n d e r
una
q u e , no o b s t a n t e el y u g o q u e el c o n q u i s t a d o r e u r o p e o h a c e p e s a r
s o b r e el v e n c i d o , éste a d e l a n t a u n p a s o en la esfera social, c o n v i r t i é n d o s e d e esclavo en vasallo, y o t r o en la m o r a l , p a s a n d o d e la
i d o l a t r í a al C r i s t i a n i s m o . El m i s i o n e r o d e s e m p e ñ a u n papel i m p o r t a n t e en los p r i m i t i v o s t i e m p o s d é l a Colonia. No se l i m i t a á p r e d i car su d o c t r i n a , s i n o q u e t a m b i é n e s t u d i a c o n a t e n c i ó n t o d o lo q u e
le rodea, en b e n e f i c i o d e la Historia, d e la Filología y de las c i e n c i a s
n a t u r a l e s . S e g u i r e m o s con i n t e r é s á estos a p ó s t o l e s en s u
r e g e n e r a d o r a , y n o sin p e n a v e r e m o s d e s p u é s á v a r i o s
s u y o s t o m a r a s i e n t o e n t r e los o p r e s o r e s de la C o l o n i a .
misión
sucesores
La época de la d o m i n a c i ó n e s p a ñ o l a
en la P e n í n s u l a es u n a d e
o b j e t o d e la t e r c e r a y ú l t i m a p a r t e de n u e s t r a o b r a . Al s i l e n c i o de
las m á s i m p o r t a n t e s de n u e s t r a h i s t o r i a . Al m i s m o t i e m p o q u e se
la época c o l o n i a l , s u c e d e , no s o l a m e n t e el r u m o r de las d i s c u s i o -
verifica en ella la r e v o l u c i ó n social y religiosa de q u e a c a b a m o s
nes p ú b l i c a s , e j e r c i c i o d i g n o de u n p u e b l o l i b r e , s i n o t a m b i é n el
de h a b l a r , se f o r m a t a m b i é n , a u n q u e l e n t a m e n t e , u n a sociedad
e s t r u e n d o de los c o m b a t e s , q u e u s u r p a n s u s d e r e c h o s á la r a z ó n .
n u e v a , q u e m á s t a r d e h a de e m a n c i p a r s e p a r a r e g i r p o r sí m i s m a
E x a m i n a r e m o s l a s c a u s a s del v é r t i g o q u e se a p o d e r a del n u e v o E s -
s u s d e s t i n o s . E x a m i n a r e m o s los e l e m e n t o s q u e c o n c u r r i e r o n á for-
tado, y a u n q u e n o e s c r i b i m o s la h i s t o r i a p a r a h a l a g a r las p a s i o n e s
m a r l a ; a n a l i z a r e m o s los o b s t á c u l o s q u e las p a s i o n e s y u n a política
d e n a d i e , quizá e n c o n t r a r e m o s en s u i n e x p e r i e n c i a la d i s c u l p a de
suspicaz o p u s i e r o n á su d e s a r r o l l o , y s e ñ a l a r e m o s la i n f l u e n c i a q u e
t a n t a s c o n m o c i o n e s . La E s p a ñ a n o e d u c ó á s u s c o l o n i a s p a r a la
h a n ejercido en épocas p o s t e r i o r e s . E s t u d i a r e m o s la p o l í t i c a q u e
v i d a p ú b l i c a , y l u e g o q u e é s t a s c o n s u m a r o n su i n d e p e n d e n c i a , se
E s p a ñ a p u s o en p r á c t i c a e n s u s c o l o n i a s ; !a c o m p a r a r e m o s c o n la
e n c o n t r a r o n en la s i t u a c i ó n de u n ciego q u e a d q u i e r e
q u e o t r a s n a c i o n e s h a n o b s e r v a d o en las s u y a s , y si la c o m p a r a -
m e n t e el u s o de la v i s t a . L a luz l a s d e s l u m h r ó , y n o es e x t r a ñ o q u e
ción no r e s u l t a en f a v o r d e a q u é l l a , s e ñ a l a r e m o s la c a u s a s — i n d e -
t r o p e z a s e n á c a d a i n s t a n t e en la s e n d a q u e h a n r e c o r r i d o . L a n z á -
p e n d i e n t e s m u c h a s veces de la Corte
m i s m a — q u e la
r o n s e a t r e v i d a m e n t e al c a m p o de las r e f o r m a s , y el c h o q u e de las
d a r á s u s posesiones de A m é r i c a u n a
constitución menos
impidieron
imper-
fecta;
repentina-
n u e v a s instituciones con las a n t i g u a s produjo, n a t u r a l m e n t e , temp e s t a d e s q u e a u n n o a c a b a n de c a l m a r s e .
Créese g e n e r a l m e n t e q u e los a n a l e s de la Colonia s o n á r i d o s y
E n t r e e s t a s d i s e n s i o n e s , c o m u n e s á casi toda la A m é r i c a
espa-
m o n ó t o n o s ; q u e en u n a sociedad d o n d e el s o b e r a n o es todo y el
ñola, h a y u n a q u e p o n e á la P e n í n s u l a en el riesgo de ser b o r r a d a
p u e b l o n a d a , no r e i n a n m a s q u e la i n m o v i l i d a d y el silencio, y q u e
del m a p a de la c i v i l i z a c i ó n . L o s d e s c e n d i e n t e s de los m a y a s , á
los c a m b i o s de g o b e r n a d o r e s y o b i s p o s , las j u r a s de reyes y la c e -
q u i e n e s u n c ú m u l o de c i r c u n s t a n c i a s h a n i m p e d i d o a m a l g a m a r s e
lebración de u n Capítulo p r o v i n c i a l , no s o n o b j e t o s d i g n o s de la
del todo con los de s u s a n t i g u o s d o m i n a d o r e s , e m p u ñ a n el estan-
p l u m a de u n h i s t o r i a d o r . F e l i z m e n t e p a r a n o s o t r o s , e s t o no es del
d a r t e de la r e b e l i ó n y c u b r e n de s a n g r e y d e r u i n a s el suelo de la
todo e x a c t o en Y u c a t á n . L o s A y u n t a m i e n t o s ,
q u e s o n las ú n i c a s
p a t r i a . E x a m i n a r e m o s las c a u s a s de este l e v a n t a m i e n t o , c o n d e n a -
a s a m b l e a s del país, se p o n e n f r e c u e n t e m e n t e e n p u g n a c o n los g o -
r e m o s s u s t e n d e n c i a s b á r b a r a s é i n h u m a n a s y v i n d i c a r e m o s á la
b e r n a d o r e s , éstos con los o b i s p o s , los o b i s p o s c o n los f r a n c i s c a -
r a z a civilizada de a l g u n a s
nos; y si e s t a s d i s e n s i o n e s r e d u n d a n p o c a s veces en beneficio del
m a l a fe le h a n d i r i g i d o . D e m o s t r a r e m o s q u e el indio, q u e s u c e s i -
p u e b l o , b a s t a n al m e n o s p a r a d a r c o l o r i d o y a n i m a c i ó n al
cuadro.
v a m e n t e p a s ó de esclavo á vasallo y de vasallo á c i u d a d a n o , se e n -
M i e n t r a s la Colonia d i s t r a e la m o n o t o n í a d e su e x i s t e n c i a con
c o n t r ó d e s p u é s de la i n d e p e n d e n c i a en u n a s i t u a c i ó n q u e el j o r n a -
estas d i s e n s i o n e s , v e r i f í c a s e en la M e t r ó p o l i u n a g r a n r e v o l u c i ó n .
lero de c a m p o y el p r o l e t a r i o de a l g u n o s p a í s e s p o d r í a n e n v i d i a r .
El c a u t i v e r i o de F e r n a n d o VIÍ d a l u g a r á la i n s t a l a c i ó n de A s a m -
V e r e m o s q u e la d i s t i n c i ó n de r a z a s q u e h a b í a d e s a p a r e c i d o d e la
bleas p o p u l a r e s , d o n d e se v i e r t e n las ideas m á s a u d a c e s s o b r e los
l e g i s l a c i ó n , c o m e n z a b a t a m b i é n á d e s a p a r e c e r de l a s c o s t u m b r e s ,
d e r e c h o s y la l i b e r t a d de los p u e b l o s . A q u e l l a s ideas a t r a v i e s a n el
y p r o b a r e m o s , en fin, q u e la g u e r r a i n i c i a d a ;en 1847 no f u é m á s
Atlántico; u n eco p o d e r o s o las d i f u n d e en el N u e v o M u n d o , y la
q u e u n a g u e r r a de e x t e r m i n i o , u n a r e a c c i ó n á la b a r b a r i e , u n i n -
e x c i s i ó n de las c o l o n i a s es s u c o n s e c u e n c i a i n m e d i a t a . Y u c a t á n
s u l t o á la c i v i l i z a c i ó n del siglo.
i n c u l p a c i o n e s q u e la i g n o r a n c i a ó la
una
L a s c o n m o c i o n e s q u e a g i t a n á Y u c a t á n , n o le i m p i d e n l a n z a r s e
gota de s a n g r e ; u n a A s a m b l e a la d e c r e t a c o n b e n e p l á c i t o del p u e -
al c a m p o d e las m e j o r a s sociales, con el deseo de p o n e r s e al nivel
b l o , y los ú l t i m o s r e p r e s e n t a n t e s del G o b i e r n o e s p a ñ o l salen t r a n -
de l a s n a c i o n e s m á s c u l t a s de la t i e r r a . E s t e p u e b l o , q u e casi n u n c a
q u i l a m e n t e de la P e n í n s u l a .
s u e l t a la e s p a d a de l a s m a n o s , f u n d a , sin e m b a r g o , e s c u e l a s , cole-
h a c e su e m a n c i p a c i ó n política sin p r e c i p i t a r s e , sin d e r r a m a r
La sociedad política q u e s u r g e de e s t e a c t o i m p o r t a n t e es el
gios, b i b l i o t e c a s y a c a d e m i a s ; c u l t i v a con éxito las c i e n c i a s y las
b e l l a s a r t e s ; m u l t i p l i c a l a s v í a s de c o m u n i c a c i ó n ; i n v e n t a m á q u i n a s , y se p o n e e n c o n t a c t o con p a í s e s r e m o t o s p a r a e f e c t u a r el c a m b i o m u t u o d e s u s p r o d u c t o s . A u n q u e en la relación de los s u c e s o s
d e b a m o s d e t e n e r n o s e n la é p o c a e n q u e h e m o s c o m e n z a d o á t o m a r
p a r t e en los a s u n t o s p ú b l i c o s , c e r r a r e m o s , n o o b s t a n t e , n u e s t r o t r a b a j o c o n u n e x a m e n s o b r e los p a s o s q u e h a s t a h o y h a y a d a d o
HISTORIA DE YUCATÁN
la
P e n í n s u l a en la s e n d a del p r o g r e s o : s o b r e su legislación, s u o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a , su l i t e r a t u r a , s u s a r t e s , su a g r i c u l t u r a , s u
in-
dustria y su comercio.
Tal es el p l a n q u e n o s h e m o s p r o p u e s t o s e g u i r e n la r e d a c c i ó n
LIBRO PRIMERO
de esta o b r a . No c o n t e n t a r á tal vez á la g e n e r a l i d a d de los lectores;
p e r o el h i s t o r i a d o r , q u e n o sólo e s c r i b e p a r a su é p o c a , s i n o a u n
p a r a las g e n e r a c i o n e s v e n i d e r a s , d e b e d e j a r á u n lado las p a s i o n e s
CAPÍTULO PRIMERO
del m o m e n t o p a r a d e c i r s i e m p r e la v e r d a d . A d e m á s , h a r e m o s u n a
p i n t u r a t a n fiel de los h e c h o s , q u e si n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s son
e r r ó n e a s , n o s o t r o s m i s m o s p r e s e n t a r e m o s el m a t e r i a l s u f i c i e n t e
para combatirlas.
Aspecto físico de Yucatán.—Su clima.—Ríos.—Ojos de agua.—Cenotes.—Cavernas.—Tiempos prehistóricos.—Inundación.—Catástrofes acaecidas en las r e -
Esto e r a c u a n t o t e n í a m o s q u e m a n i f e s t a r al lector, s o b r e el o b jeto del l i b r o q u e hoy t e n e m o s el h o n o r de p r e s e n t a r l e .
giones centrales de la América.—Tradición haitiana.—El Manuscrito
Troano.
—Suerte que cupo á la P e n í n s u l a en el cataclismo.
El país cuya historia v a m o s á escribir, es u n a vasta p e n í n s u l a de la A m é r i c a Septentrional, q u e en el siglo x v i de
la Era cristiana recibió el n o m b r e de Yucatán. Está situado
e n t r e los 16° 55' y 21° 35' d e latitud Norte, y e n t r e los 6 o 32'
y 12° 28' de longitud oriental del m e r i d i a n o de México (1).
Diversos cálculos se h a n a v e n t u r a d o sobre s u e x t e n s i ó n ;
pero se asegura q u e el m á s exacto es el q u e la estima en
8.363 7* l e g u a s c u a d r a d a s (2).
La P e n í n s u l a está unida por el Sur al continente, y se
prolonga e n t r e el m a r de las Antillas y el seno mexicano,
(1)
GARCÍA
CUBAS,'
Carta
geográfica
y administratica
de
los
Unidos Mexicanos,
1873, y Curso elemental de Geografía unicersal,
la latitud está comprendida la isla de Polbox, y en la longitud la de
(2)
N I G U A DE S A N M A R T Í N , Plano
de
Yucatán,
Estados
1869.—En
Mujeres.
1848.—HUMDOLDT e s t i m ó la
superficie de la P e n í n s u l a e n 5.917 leguas cuadradas; HERNÁNDEZ, e n 7.783, y
ECHÁNOVE, e n 1 0 . 2 0 1 .
b e l l a s a r t e s ; m u l t i p l i c a l a s v í a s de c o m u n i c a c i ó n ; i n v e n t a m á q u i n a s , y se p o n e e n c o n t a c t o con p a í s e s r e m o t o s p a r a e f e c t u a r el c a m b i o m u t u o d e s u s p r o d u c t o s . A u n q u e en la relación de los s u c e s o s
d e b a m o s d e t e n e r n o s e n la é p o c a e n q u e h e m o s c o m e n z a d o á t o m a r
p a r t e en los a s u n t o s p ú b l i c o s , c e r r a r e m o s , n o o b s t a n t e , n u e s t r o t r a b a j o c o n u n e x a m e n s o b r e los p a s o s q u e h a s t a h o y h a y a d a d o
HISTORIA DE YUCATÁN
la
P e n í n s u l a en la s e n d a del p r o g r e s o : s o b r e su legislación, s u o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a , su l i t e r a t u r a , s u s a r t e s , su a g r i c u l t u r a , s u
in-
dustria y su comercio.
Tal es el p l a n q u e n o s h e m o s p r o p u e s t o s e g u i r e n la r e d a c c i ó n
LIBRO PRIMERO
de esta o b r a . No c o n t e n t a r á tal vez á la g e n e r a l i d a d de los lectores;
p e r o el h i s t o r i a d o r , q u e n o sólo e s c r i b e p a r a su é p o c a , s i n o a u n
p a r a las g e n e r a c i o n e s v e n i d e r a s , d e b e d e j a r á u n lado las p a s i o n e s
CAPÍTULO PRIMERO
del m o m e n t o p a r a d e c i r s i e m p r e la v e r d a d . A d e m á s , h a r e m o s u n a
p i n t u r a t a n fiel de los h e c h o s , q u e si n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s son
e r r ó n e a s , n o s o t r o s m i s m o s p r e s e n t a r e m o s el m a t e r i a l s u f i c i e n t e
para combatirlas.
Aspecto físico de Yucatán.—Su clima.—Ríos.—Ojos de agua.—Cenotes.—Cavernas.—Tiempos prehistóricos—Inundación.—Catástrofes acaecidas en las r e -
Esto e r a c u a n t o t e n í a m o s q u e m a n i f e s t a r al lector, s o b r e el o b jeto del l i b r o q u e hoy t e n e m o s el h o n o r de p r e s e n t a r l e .
giones centrales de la América.—Tradición haitiana.—El Manuscrito
Troano.
—Suerte que cupo á la P e n í n s u l a en el cataclismo.
El país cuya historia v a m o s á escribir, es u n a vasta p e n í n s u l a de la A m é r i c a Septentrional, q u e en el siglo x v i de
la Era cristiana recibió el n o m b r e de Yucatán. Está situado
e n t r e los 16° 55' y 21° 35' d e latitud Norte, y e n t r e los 6 o 32'
y 12° 28' de longitud oriental del m e r i d i a n o de México (1).
Diversos cálculos se h a n a v e n t u r a d o sobre s u e x t e n s i ó n ;
pero se asegura q u e el m á s exacto es el q u e la estima en
8.363 7* l e g u a s c u a d r a d a s (2).
La P e n í n s u l a está unida por el Sur al continente, y se
prolonga e n t r e el m a r de las Antillas y el seno mexicano,
(1)
GARCÍA
CUBAS,'
Carta
geográfica
y administratica
de
los
Unidos Mexicanos,
1873, y Curso elemental de Geografía unicersal,
la latitud está comprendida la isla de Polbox, y en la longitud la de
(2)
N I G U A DE S A N M A R T Í N , Plano
de
Yucatán,
Estados
1869.—En
Mujeres.
1848.—HUMDOLDT e s t i m ó la
superficie de la P e n í n s u l a e n 5.917 leguas cuadradas; HERNÁNDEZ, e n 7.783, y
ECHÁNOVE, e n 1 0 . 2 0 1 .
cuyas a g u a s b a ñ a n s u s costas al Este, al Norte y al Occid e n t e . Diríase, al observar su situación topográfica, q u e la
Naturaleza la h a destinado p a r a servir de centinela avanzado á la República de q u e f o r m a p a r t e en la actualidad. Diríase t a m b i é n q u e la h a creado p a r a servir de asilo á u n
pueblo m a r í t i m o y m e r c a n t i l ; p o r q u e está v e n t a j o s a m e n t e
colocada p a r a hacer el c o m e r c i o con la A m é r i c a del N o r t e ,
con Guatemala, con las Antillas y a u n con la m i s m a E u ropa.
El aspecto q u e p r e s e n t a el país es el de u n a dilatada llan u r a , cortada por u n a serie de colinas de m u y poca elevación. Las dos r a m a s p r i n c i p a l e s en q u e se divide f o r m a n
u n ángulo, cuyo vértice d e s c a n s a e n el espacio q u e s e p a r a
á Kopomá de Maxcanú. La p r i m e r a , q u e es la m á s b a j a de
la cordillera, desciende al Sureste hasta el partido de Peto,
d o n d e se p i e r d e i n s e n s i b l e m e n t e cerca de u n p u n t o llamado I í a m b u l . La s e g u n d a se dirige al Sur, hasta Campeche,
d o n d e se a b r e en f o r m a de anfiteatro p a r a d a r asiento á la
c i u d a d , y c o n t i n u a n d o d e s p u é s hacia la garganta de la P e n í n s u l a , e n t r a e n Guatemala, d o n d e se c o n f u n d e con las sob e r b i a s m o n t a ñ a s de aquella República.
La l l a n u r a q u e se e x t i e n d e d e s d e la costa septentrional d e
la P e n í n s u l a hasta la p r i m e r a r a m a de la cordillera, es u n a
vasta formación calcárea, cuya superficie p r e s e n t a ondulaciones s e m e j a n t e s á las de u n m a r ligeramente agitado. «A la
vista de este i n m e n s o llano, tan s i n g u l a r m e n t e ondulado—
dice u n c é l e b r e viajero—se creería r e c o n o c e r el r e s u l t a d o
de u n t r a b a j o volcánico interior, q u e en el m o m e n t o de hacer su e r u p c i ó n h a b r í a levantado la superficie de la Península, en la forma q u e el m a r levanta s u s olas» (3). Bajas y
espesas florestas c u b r e n esta región, sea á causa de la poca
t i e r r a vegetal q u e d e s c a n s a sobre la roca, sea por el incen-
(3)
BRASSEUR 1>E BOURBOURG, ESsai historiqac
en los Archivos
ele la Comisión
científica
de México,
sur le Y u c a t á n , publicado
tomo II, página 18.
dio á q u e p e r i ó d i c a m e n t e las condena el sistema de agric u l t u r a observado d e s d e tiempo i n m e m o r i a l e n t r e n o s otros.
P a r e c e q u e la Naturaleza ha q u e r i d o c o m p e n s a r la e s t e rilidad y poca belleza de este t e r r e n o , haciéndole el m á s á
propósito p a r a el cultivo del henequén, q u e hoy constituye
la principal riqueza de la P e n í n s u l a .
• A m e d i d a q u e se avanza hacia la cordillera, el calcáreo
comienza á d e s a p a r e c e r y la selva á variar de aspecto. El
m i s m o cambio se observa en otros lugares situados al S u r ,
y en u n a a n c h a faja q u e se extiende al o r i e n t e de la Península, desde Yalahau y s u s inmediaciones, hasta los p a n t a nos de Bacalar. La caña de azúcar, el arroz y otras p r o d u c ciones análogas se cultivan con éxito en todas estas regiones, y la e x u b e r a n t e vegetación de los trópicos se ostenta
con todo su esplendor allí d o n d e no ha llevado á m e n u d o
la tea y el h a c h a la mano d e s t r u c t o r a del h o m b r e . El palo
de tinte, el cedro, el ébano; árboles cargados con preciosa
f r u t a , y otros q u e destilan r e s i n a s olorosas, dan al paisaje
un aspecto e n c a n t a d o r y p e r f u m a n el a m b i e n t e .
El clima de Yucatán es el q u e c o r r e s p o n d e á su s i t u a ción bajo la Zona Tórrida y á su poca elevación sobre el nivel del m a r . Pero las brisas q u e f r e c u e n t e m e n t e le envían
el golfo de México y el m a r de las Antillas, d i s m i n u y e n
algo la i n t e n s i d a d del calor al declinar el día y d u r a n t e la
noche. A fines del otoño y principios del invierno, las t e m pestades conocidas con el n o m b r e de nortes r e f r e s c a n c o n s i d e r a b l e m e n t e la t e m p e r a t u r a . El frío, sin e m b a r g o , n u n c a
se hace s e n t i r demasiado, y p u e d e decirse, en general, q u e
la ú l t i m a estación sólo es conocida de n o m b r e en el país.
L a fiebre amarilla, q u e , como sabe el lector, vive en a c e cho bajo la selvática dulzura de la t i e r r a caliente, se p r e senta pocas veces e n Yucatán y no causa los estragos
q u e en otros países situados en las costas del golfo de
México.
La P e n í n s u l a carece de volcanes y de m i n a s (4). Casi podía decirse también q u e c a r e c e de ríos, p o r q u e a p e n a s
m e r e c e n el n o m b r e de tales algunos q u e c o r r e n hacia las
g a r g a n t a s de la P e n í n s u l a , y e n t r e los cuales p u e d e n ser
citados el río Hondo y el Champotón, el p r i m e r o q u e d e semboca en la bahía del Espíritu Santo, y el segundo en el
seno mexicano (5).
Los navegantes españoles q u e descubrieron en 1517 á
Yucatán, se a d m i r a r o n de no e n c o n t r a r río ni arroyo alguno q u e desaguase e n la larga extensión q u e r e c o r r i e r o n
d e s d e las i n m e d i a c i o n e s del cabo Catoche hasta C h a m p o tón. N u e s t r a s costas no e s t á n , sin embargo, t a n d e s p r o vistas de agua dulce como p u e d e p a r e c e r al navegante
q u e por p r i m e r a vez las visita. «En la costa septentrional,
al e m b o c a d e r o del río de los Lagartos, á cuatrocientos metros de la playa, en medio de las aguas saladas, saltan
u n o s manantiales de agua dulce, q u e los llaman Bocas de
Conil. Es probable q u e alguna fuerte presión hidrostática
haga q u e estas aguas dulces se levanten sobre las saladas,
d e s p u é s de h a b e r roto los b a n c o s de roca calcárea, por ent r e cuyas h e n d i d u r a s h a n corrido hasta allí» (6). Otros fen ó m e n o s s e m e j a n t e s al de las Bocas de Conil se repiten en
varios p u n t o s de la costa, y son conocidos en el país con
el n o m b r e de Ojos de agua.
La Naturaleza m i s m a , q u e negó á Yucatán el beneficio de
los ríos, se encargó de corregir esta falta en el interior de
(4)
Más adelante, cuando nos ocupemos de las producciones de la P e n í n -
sula, hablaremos de los débiles datos en que se ha querido f u n d a r la sospecha
de que existen minas de oro, plata y cobre en la P e n í n s u l a .
(5)
E u u m é r a n s e , además, el Siboitá,
tán, el Palizada,
(6)
el Manabi,
HUMBOLDT, Ensayo
el Baidiacá,
el San José y la
político
de la Nueoa
el San Miguel,
el
Pahay-
la P e n í n s u l a , con el gran n ú m e r o de cenotes (7) de q u e está
s e m b r a d o su suelo en las regiones situadas al n o r t e y al
oriente de la s i e r r a . Los cenotes constituyen un fenómeno
todavía m á s curioso y singular q u e el q u e a c a b a m o s de referir. Son u n o s depósitos de agua, situados g e n e r a l m e n t e
á gran p r o f u n d i d a d de la tierra, en el c e n t r o de u n a caverna. Muchas de éstas tienen u n a extensión considerable, c u yos límites no h a podido conocer el h o m b r e , y cuya belleza
r u d a y salvaje c o n m u e v e p r o f u n d a m e n t e al q u e las visita.
Cuando s u s ojos se han a c o s t u m b r a d o á la oscuridad q u e
g e n e r a l m e n t e r e i n a e n ellas, no p u e d e c o n t e m p l a r sin a d miración las c a p r i c h o s a s figuras estalactiticas q u e las infiltraciones han producido en el recinto, la bóveda de granito
q u e se eleva sobre su cabeza y las p a r e d e s q u e se e n s a n c h a n , se d e p r i m e n ó se r o m p e n allá á lo lejos para d a r ent r a d a á nuevos d e p a r t a m e n t o s . El agua se e n c u e n t r a e n
uno ó varios receptáculos; es s i e m p r e limpia y fresca; tiene
un sabor m á s agradable q u e la de los pozos, y suele s u b i r
de su nivel o r d i n a r i o en la estación de las lluvias. Nadie
conoce con c e r t i d u m b r e el origen de estas aguas; el grado
de calor q u e se observa en algunos depósitos, h a h e c h o
s u p o n e r q u e sean termales, y la c o r r i e n t e m á s ó m e n o s
suave de q u e casi todos están dotados, ha h e c h o nacer la
opinión de q u e sean ríos s u b t e r r á n e o s .
La región opuesta de la cordillera está m e n o s s e m b r a d a
de cenotes. Esta c i r c u n s t a n c i a , añadida á la dificultad q u e
se e x p e r i m e n t a allí p a r a a b r i r un pozo, á causa de la elevación del t e r r e n o , h a hecho q u e en todas épocas haya sido
la m e n o s habitada por el h o m b r e . Los antiguos mayas emp r e n d i e r o n en aquel lugar obras hidráulicas de g r a n d e m é rito, p a r a recoger el agua de las lluvias, obras q u e p r o b a -
Candelaria.
España,
libro III, cap. VIII,
§ VIII. HUMBOLDT no visitó n u n c a á Yucatán. Los dalos que da sobre la P e n í n -
(7)
Cenote
es u n a corrupción española de la palabra m a y a conot, con que
sula, los tomó de M. GILBERT, á q u i e n llama ilustre observador; pero cuyos
los indígenas del país designan estos estanques subterráneos. El P . D. CRESCEN-
manuscritos se perdieron en un naufragio que sufrió su autor al sur de la isla
CIO CARRILLO, en s u Compendio
de Cuba.
de la historia
de Yucatán,
escribe Unoot
(?).
b l e m e n t e no les b a s t a r o n c u a n d o su población se a u m e n t ó ;
y quizá c u a n t a s veces se a r r o j a r o n sobre s u s vecinos de
m á s acá d é l a sierra, f u e r o n p r i n c i p a l m e n t e e m p u j a d o s por
la sed.
Las condiciones geológicas de q u e a c a b a m o s de h a b l a r , y
las conchas m a r i n a s observadas, no sólo en el fondo de los
cenotes y en las excavaciones q u e se practican en la s u perficie de la tierra, sino hasta en la cima de algún adoratorio antiguo, h a servido de base p a r a s u p o n e r q u e toda la
Península — ó al m e n o s u n a g r a n p a r t e de ella — h a estado
s u m e r g i d a por el m a r (8) en u n a época q u e S t e p h e n s (9)
no cree m u y remota. Las tradiciones recogidas por los misioneros y los h i s t o r i a d o r e s en los tiempos i n m e d i a t o s á la
conquista española, p r e s e n t a n h e c h o s q u e p u e d e n citarse
para confirmar esta suposición. Landa (10) habla de u n
h u r a c á n q u e causó g r a n d e s estragos en la Península, q u e
d e r r i b ó casas, a r r a n c ó árboles s e c u l a r e s y mató u n g r a n
n ú m e r o de h o m b r e s y animales. Cogolludo (11) dice q u e el
Dr. Aguilar leyó en un analto ó libro maya la noticia de u n a
g r a n d e i n u n d a c i ó n , á q u e se dió el n o m b r e de Ilun yecil,
q u e q u i e r e decir anegación de la selva.
La construcción geológica de la P e n í n s u l a está ligada
t a m b i é n á otra catástrofe, q u e debió de h a b e r ocurrido en la
infancia del globo t e r r e s t r e , y de la cual se conserva un vago
r e c u e r d o en las tradiciones de m u c h o s p u e b l o s de América.
Sabios y viajeros c é l e b r e s h a n creído q u e todas las Antillas
f o r m a r o n en otro t i e m p o p a r t e del continente—del cual fueron violentamente a r r a n c a d a s por algún cataclismo — y
(8)
CLAVIJERO, Historia
BERSON, Historia
antigua
de America,
cío México,
tomo II, disertación I.—Ro-
libro III, el cual cita á HERRERA, en su descrip-
ción de las Indias Occidentales, y á BUFFÓN, Historia
gina 593.
(9)
Viaje á Yucatán,
tomo I, capítulo VI.
(10)
Relación
de las cosas de Yucatán,
(11)
Historia
de Yucatán,
¡5 X.
libro IV, capitulo V.
natural,
tomo I, pá-
Ilumboldt (12) c r e e ver e n el cabo Catoche el p u n t o en q u e
Cuba debió estar unida al continente antes de la i r r u p c i ó n
del océano. Un p r o f u n d o investigador de las a n t i g ü e d a d e s
a m e r i c a n a s ha s u p u e s t o q u e las citadas Antillas serían las
cimas de otras t a n t a s m o n t a ñ a s cuya base sepultaría el
m a r bajo s u s ondas, en tanto q u e Yucatán, ó al m e n o s u n a
parte de él, saldría del fondo de las aguas (13). La región
noroeste de la Península, q u e c u b r e un g r a n n ú m e r o de
cavernas, y q u e e n opinión de S t e p h e n s revelan u n a vasta
formación fósil, parece autorizar esta ú l t i m a suposición.
Se ha creído e n c o n t r a r u n a huella del cataclismo q u e
conmovió esta parte del Nuevo Mundo en una tradición haitiana recogida por u n misionero, y q u e P e d r o Martyr y u n
hijo de Cristóbal Colón se e n c a r g a r o n de t r a n s m i t i r á la
posteridad (14). Un p e r s o n a j e llamado Giaia tuvo un h i j o ,
n o m b r a d o Giaiael, q u e concibió el atroz designio de a s e sinar al autor de s u s días. Giaia evitó el parricidio con otro,
p u e s mató al hijo criminal y e n c e r r ó s u s restos en el fondo
de una calabaza. Depositó este singular a t a ú d al pie de u n a
m o n t a ñ a , la cual visitaba á m e n u d o , sin d u d a p o r un resto
del a m o r paternal, q u e aun no se había extinguido del todo
en su corazón. Un día q u e t o m ó e n t r e s u s m a n o s la calabaza y la puso boca abajo, vió salir de ella agua y gran n ú m e r o de pescados. Sorprendido con este fenómeno, corrió
por toda la c o m a r c a , h a b l a n d o de lo q u e acababa de ver.
Cuatro h e r m a n o s gemelos, y h u é r f a n o s por a ñ a d i d u r a , c o rrieron al lugar del prodigio con el deseo de h a r t a r s e de
pescado. Pero cuando ya estaban á p u n t o de e j e c u t a r su de-
(12)
(13)
Yucatán,
HUMBOLDT, lugar citado.
BRASSEUR DE BOURBOURG, introducción á la Relación
de las cosas
de
d e LANDA, § V .
(14) P u e d e n verse algunos fragmentos de la relación del misionero Fr. ROMANO PANE, en la Colección de documentos
reunidos por el abate
Brasseur
para el estudio de las antigüedades
americanas.
La Relación
citada en la
nota anterior, forma el tercer tomo de esta
Colección.
signio, apareció Giaia, y los c u a t r o h e r m a n o s h u y e r o n , llenos de t e m o r , arrojando lejos de sí la calabaza. Pero e n t o n ces ésta se rompió con el golpe, y de sus r o t u r a s empezó
á salir tanto pescado y tanta agua, q u e pronto i n u n d a r o n el
valle hasta u n a altura considerable y hasta el m á s remoto
horizonte. Las cimas de las m o n t a ñ a s f u e r o n las ú n i c a s q u e
escaparon de la anegación; y he aquí cómo la golosina dé
cuatro gemelos h a m b r i e n t o s formó, según los haitianos, el
m a r , las islas y el continente.
En opinión del abate B r a s s e u r de Bourbourg, las teorías
q u e a c a b a m o s de e x p o n e r h a n pasado á la categoría de hechos i n d u d a b l e s desde q u e el Manuscrito Troano ha podido
ser, no ya i n t e r p r e t a d o , sino leído con el auxilio del alfabeto
y del idioma de los m a y a s (15). Este manuscrito, del c u a l ,
sólo se atrevió á d e s c i f r a r las p r i m e r a s páginas, es, en su
concepto, la historia del cataclismo; y Yucatán, esta t i e r r a
(15)
El Manuscrito
Troano es u n analta
ó libro maya, escrito en corteza
de árbol, que BRASSEUR DE BOURBOURG encontró e n u n a visita que hizo á
Madrid, y que le facilitó u n S r . TRO Y ORTOLANO, de cuyos nombres compuso
el que dió al m a n u s c r i t o . El abate, q u e hacía m u c h o tiempo deseaba a r d i e n temente poseer un documento de esta naturaleza, se lo llevó á París, y sorprendido de la semejanza que había entre sus caracteres y los del alfabeto maya,
conservados imperfectamente por LANDA, se propuso interpretarlo con el auxilio
de este alfabeto y de la antigua lengua de Yucatán. Intentó primero dar á cada
carácter y á cada figura el sentido literal con que LANDA los explica; pero 110
habiéndole dado este género de lectura el resultado que esperaba, se arrojó al
campo de las interpretaciones, en que la imaginación desempeña el papel prin-
privilegiada de la antigua América, el país q u e g u a r d ó ios
m e j o r e s r e c u e r d o s de él, en su lenguaje, en su calendario,
en sus fiestas religiosas y en la n o m e n c l a t u r a de s u s pueblos,
de s u s h é r o e s y de s u s dioses (16). El abate c r e e e n c o n t r a r
e n t r e los c a r a c t e r e s y geroglíficos de su m a n u s c r i t o , m o n t a ñ a s q u e se levantan del seno de las aguas, t i e r r a s q u e se
i n u n d a n , m a r e s que se secan, volcanes cuyo c r á t e r se apaga
y se e n c i e n d e a l t e r n a t i v a m e n t e , a m o n t o n a m i e n t o s de lava,
t o r r e n t e s de fuego, superficies heladas (17) y hasta ríos de
oro fundido q u e la t i e r r a en convulsión deja escapar de su
seno (18). Aventura algunas opiniones sobre el lugar de
la catástrofe (19); c r e e descifrar los n o m b r e s de J a m a i c a ,
Haití, P u e r t o Paco, Cuba y Yucatán (20); imagina q u e no se
trata de u n a , sino de varias convulsiones de la Naturaleza;
les da u n a fecha q u e no excede de diez mil años ni baja de
seis mil (21), y las cree, sin embargo, posteriores á la aparición de la raza h u m a n a sobre la tierra (22). El i n t é r p r e t e se
exalta á medida q u e avanza en su trabajo: ve á los p r i m e ros a m e r i c a n o s vagando de abismo en abismo, e n t r e el
combate de todos los elementos; observa q u e s u s facultades
físicas y morales se desarrollan e n t r e estas escenas c o n movedoras (23), y aun c r e e e s c u c h a r el lejano r u m o r del
h u n d i m i e n t o de la Atlántida, q u e s e p a r a á estos h o m b r e s
de s u s h e r m a n o s del m u n d o oriental (24).
¿Cuál fué la s u e r t e que cupo á n u e s t r a P e n í n s u l a en el
cataclismo? El i n t é r p r e t e del Manuscrito no lo dice categó-
cipal. Daremos u n a idea de este trabajo con dos ejemplos. La figura con que e n
el calendario m a y a se designaba el primer día del mes, que se llama Kan, y c u y a
palabra significa literalmente hamaca,
interpreta asi: tierra
lecantada,
tierra
hilo de henequén
que crece.
mes del año, y que literalmente significa estera,
suelo ó superficie
aguas.
baja, tan pronto cuarteada
(Manuscrito
Troano,
ó amarillo,
el abate la
El carácter de Pop, primer
significa, según BRASSEUR,
por el sol como anegada
por
las
tomo I, capítulos XII y X I I I . ) — N o cabe en los
(16) Manuscrito
Troano, tomo I, § X V I I , tomo II, introducción.
(17) Idem, tomo I, §§ X V I I I , X I X y X X .
(18) Idem, tomo II, introducción, §§ X y XI.
(19) Idem, tomo I, conclusión, página 198.
límites de u n a nota hacer el análisis del trabajo emprendido por el intérprete
(20) Idem,.tomo I, suplemento, página 226.
(21) Idem, tomo II, introducción, § V I L
del Manuscrito
En nuestro humilde concepto, el abate n o contuvo
(22)
Idem, tomo II, introducción, § X X V I I I .
siempre á su imaginación dentro de los límites de la verosimilitud; pero, en cam-
Troano.
(23)
Idem, tomo II, § IX.
bio, su obra está sembrada de u n a erudición tan profunda, que merece ser estu-
(24)
Idem, tomo I, suplemento, y tomo II, introducción, $ X X V I I I .
diada por todos los a m a n t e s de las antigüedades a m e r i c a n a s .
r i c a m e n t e . Parece, sin embargo, q u e f u é una de las region e s en q u e entró m á s t e m p r a n o en reposo la Naturaleza;
circunstancia que le permitió d e s e m p e ñ a r un papel import a n t e en la vieja América. P o r q u e ha de s a b e r s e q u e , en
opinión del abate, h u b o en este hemisferio u n a civilización
antigua, de la cual sólo q u e d a b a n restos muy débiles cuando f u é conocida por los españoles (25). El estado avanzado
de algunas artes, y la perfección del sistema astronómico,
le sirven de base p a r a a v e n t u r a r esta suposición. «Sorprende—dice H u m b o l d t — h a l l a r hacia el fin del siglo x v , en u n
m u n d o q u e llamamos nuevo, esas instituciones antiguas,
esas ideas religiosas, esas f o r m a s de edificios q u e p a r e c e n
r e m o n t a r e n Asia á la p r i m e r a a u r o r a de la civilización» (26).
Las causas de la decadencia de la c u l t u r a a m e r i c a n a f u e r o n
las catástrofes q u e c o n m o v i e r o n á esta parte del m u n d o , el
aislamiento en q u e q u e d ó d e s p u é s del cataclismo y la invasión de tribus b á r b a r a s y g r o s e r a s , incapaces de c o n o cerla y m e n o s a ú n de conservarla (27).
Pero Yucatán tuvo la s u e r t e de e n c o n t r a r s e d e s p u é s de
los últimos cambios geológicos del globo, por la c o n f o r m a ción p a r t i c u l a r de s u suelo, al abrigo de los temblores de
t i e r r a y de los d e s a s t r e s volcánicos q u e asolaron o t r a s p o r ciones de la América (28). No hay, en efecto, en la P e n í n s u l a
noticia ni tradición r e m o t a de q u e h u b i e s e e x p e r i m e n t a d o
n i n g ú n terremoto, lo cual se a t r i b u y e g e n e r a l m e n t e al g r a n
n ú m e r o de cavernas en q u e descansa (29). Esta c i r c u n s t a n cia, unida á la d e q u e su situación geográfica parece h a berla preservado de invasiones e x t r a n j e r a s , ha sido la causa
(25)
Manuscrito
(26)
Vista ele las cordilleras,
Troano,
tomo I, § VII.
etc., tomo I, introducción, página 8. Esta
cita es tomada de BRASSEUR.
(2?)
Manuscrito
(28)
Idem, tomo II, introducción, § I I I .
(29)
Crónica
ECIIÁNOVE,
sucinta
de
Troano,
cuadro
tomo I, § VII.
estadístico
Yucatán.
número
5.—
DON
JOSÉ JULIÁN
PEÓN,
de q u e h u b i e s e conservado p o r m u c h o tiempo la primitiva
civilización a m e r i c a n a , c u y a s huellas se e n c u e n t r a n en su
calendario, en sus m o n u m e n t a l e s r u i n a s , en su complicado
alfabeto y sobre todo en el idioma maya, q u e revela, en s u
largo catálogo de monosílabos, las raíces de m u c h a s l e n g u a s
q u e se h a b l a r o n y se hablan todavía en los dos h e m i s f e rios (30).
También llegó á d e s a p a r e c e r parcialmente de Yucatán
esta civilización, sea por la inundación del m a r , q u e p u d o
h a b e r acaecido d e s p u é s de la construcción de s u s m o n u mentos (31), sea p o r q u e al fin f u é también invadida por algun a s tribus que, como la de los caribes, venían a n i m a d a s del
espíritu de d e s t r u c c i ó n . Esto último nos parece m u y verosímil, porque es indudable q u e la raza e n c o n t r a d a por los españoles en el siglo x v i , no f u é la m i s m a q u e dejó s e m b r a d a s
en la Península tantas señales de c u l t u r a y de p o d e r .
El lector juzgará lo q u e m á s le acomode sobre estas teorías del abate f r a n c é s . Nosotros h e m o s creído necesario h a cer de ellas u n a m e n c i ó n , siquiera por la e s t r e c h a relación
q u e tienen con el país cuya historia escribimos.
(30)
Manuscrito
(31)
Idem,
Troano,
tomo I, § V I I .
introducción y vocabulario.
CAPÍTULO II
T I E M P O S
F A B U L O S O S
Opiniones sobre los primitivos habitantes de América.—Génesis maya.—Creación del primer h o m b r e . — L o s g i g a n t e s . — L o s enanos — P r i m e r a s inmigraciones.—Dificultades para aceptar la oriental.—Probabilidades en favor de
otras.—Imperio votanida.—Algunas de las tribus que lo habitaron, pudieron
haber emigrado á la P e n í n s u l a .
El origen de los primitivos h a b i t a n t e s de América está
envuelto en las tinieblas del m á s p r o f u n d o misterio. Esta
m i s m a oscuridad h a dado margen á un n ú m e r o i n m e n s o
de c o n j e t u r a s , p a r a cuyo estudio no bastaría la vida de u n
h o m b r e . Escritores y filósofos de todas las naciones—pero
especialmente españoles—han escrito v o l ú m e n e s e n t e r o s
sobre tan difícil m a t e r i a , y no hay un pueblo del antiguo
continente al cual no se haya atribuido la paternidad de e s t e
hijo misterioso e n c o n t r a d o en el hemisferio opuesto. Los
hebreos, los caldeos, los a sirios, los fenicios, los persas, los
c h i n o s , los egipcios, los cartagineses, los griegos, los r o m a n o s , y hasta los pueblos m á s m o d e r n o s de Europa, han sido
a l t e r n a t i v a m e n t e designados como los progenitores de la
raza a m e r i c a n a .
P a r a p r o b a r todas estas teorías, se han registrado hasta
los r i n c o n e s m á s ocultos de las Bibliotecas y se h a dado tort u r a á libros y m a n u s c r i t o s de todo género, para h a c e r l e s
decir cosas q u e j a m á s tal vez imaginaron s u s autores. Pero
como, á p e s a r d e todas las p r u e b a s , quedaba s i e m p r e la
d u d a sobre el paso q u e debieron seguir para trasladarse de
uno á otro continente, se creyó resolver la dificultad imagin a n d o istmos, e s t r e c h o s , m a r e s helados, conmociones de la
Naturaleza, navegantes extraviados de su r u m b o ; y como si
esto no hubiese sido bastante, se sacó del fondo de las aguas
aquella famosa Atlántida, de q u e habló Platón en su Timeo (1).
En los últimos tiempos h a n comenzado á ser relegadas
al olvido todas estas investigaciones y han aparecido dos
escuelas de distinto género: u n a , q u e hace á los americanos
autóctonos de este continente, y otra que, sin p r e o c u p a r s e
m u c h o de su origen, los cree u n a de las razas m á s antiguas
del globo y hace al hemisferio occidental c u n a de la c i v i lización del m u n d o (2). El abate Brasseur de B o u r b o u r g es
el apóstol m á s a r d i e n t e de la segunda hipótesis, y p u e d e decirse q u e en los últimos años de su brillante c a r r e r a literaria casi no tuvo otro objeto q u e a c u m u l a r datos p a r a p r o barla. Como m u c h o s 'de estos datos están tomados de los
r e c u e r d o s y vestigios q u e Yucatán conserva de la m á s remota a n t i g ü e d a d , se tropezará á cada instante con ellos en las
páginas de n u e s t r o libro.
Nosotros no nos d e t e n d r e m o s á investigar el origen de los
p r i m e r o s pobladores de América, así p o r q u e sólo e s c r i b i m o s la historia de u n a p e q u e ñ a parte de esta región, como
p o r q u e , según ha observado H u m b o l d t (3), «la cuestión g e neral sobre el primitivo origen de los h a b i t a n t e s de un c o n tinente, excede de los límites de la Historia, y acaso a u n de
la Filosofía». Por lo q u e toca á la P e n í n s u l a , n u e s t r o deber
(1)
P u e d e verse u n examen rápido, pero m u y juicioso, sobre todas estas
teorías, en la Historia
ción I.
(2)
(3)
Manuscrito
Ensayo,
antigua
Troano,
político
de México,
por CLAVIJERO, tomo II, diserta-
tomo I , . § V I I .
de la Nucca España,
tomo I, libro I I , capítulo VI.
se limita á hacer constar q u e ella tenía ya habitantes, s e g ú n
todas las apariencias (4), c u a n d o se verificaron las p r i m e r a s
inmigraciones q u e la tradición r e c u e r d a . ¿De d ó n d e vinieron? No tenemos embarazo en confesar q u e lo ignoramos.
Pero lo q u e el historiador no se atreve á e x a m i n a r p o r falta
de datos q u e tranquilicen s u conciencia, la Mitología se
h a encargado de explicarlo.
Según el Génesis maya, Dios tomó en s u s m a n o s u n a
porción de tierra y otra de zacate, y de esta mezcla f o r m ó
al p r i m e r h o m b r e . De la t i e r r a salieron la c a r n e y los h u e sos, y del zacate el pelo y todo el vello q u e c u b r e el c u e r p o
h u m a n o (5). Parece q u e esta creación se verificó en un l u gar llamado Hunanhil (6), y el a b a t e B r a s s e u r cree q u e se
refiere á la del h o m b r e prehistórico, a n t e r i o r al cataclismo (7).
Después de la creación del p r i m e r h o m b r e , viene esa v a ga tradición e n c o n t r a d a en todos los pueblos del antiguo y
nuevo continente; pero cuyos f u n d a m e n t o s y e x a m e n no
caben en el carácter de este libro. Hablamos de los g i g a n tes. ¿Existió e n t r e los mayas la noticia de q u e su país h u biese sido habitado alguna vez por la raza de los cíclopes ó
de aquellos quinamés e n c o n t r a d o s por los olmecas en las
(4) Z a m n á es el primer inmigrante cuyo n o m b r e recuerdan las tradiciones
mayas. Ya veremos más adelante que cuando éste entró en Yucatán encontró ya
habitada la Península.
(5) COGOLLUDO, libro IV, capítulo VI.—En los primeros tiempos de la dominación española, los misioneros tenían empeño en buscar semejanzas entre
la religión cristiana y la mitología m a y a . Con este objeto interrogaban sin cesar
á los indios, y éstos, que tenían e m p e ñ o e n agradarles por el apoyo que les prestaban contra los conquistadores, n o tenían i n c o n v e n i e n t e en dar pábulo al afán
de sus maestros, asegurando que existían estas analogías. No es n u e s t r a la observación, sino de u n sacerdote católico, el abate BRASSEUR. ¿La tradición del Hunanhil no pertenecerá el n ú m e r o de las complacencias de los neófitos?
(6) El P . BELTRÁN, citado por BRASSEUR e n el vocabulario del
Troano, artículo Hunanhil.
D o s JUAN Pío PÉREZ, en su Diccionario,
á traducir esta palabra por paraíso
terrenal.
(7)
Vocabulario, artículo citado.
Manuscrito
se limita
riberas del Atoyac? Carecemos de datos para afirmarlo,
a u n q u e h a y dos h e c h o s q u e forzosamente llaman la a t e n ción del observador: e s t e pueblo tenía en s u idioma la p a labra c/iac, q u e significa gigante (8), y r e v e r e n c i a b a en s u s
altares á un dios del m i s m o n o m b r e (Chac), cuya imagen era
gigantesca, y á quien se a t r i b u í a la invención de la Agricultura (9). Pero lo q u e n i n g ú n indio h a osado a f i r m a r n u n c a
explícitamente, ha dado margen á dos historiadores e u r o peos para hacer las m á s curiosas c o n j e t u r a s . Cogolludo habla de u n o s huesos d e s e n t e r r a d o s en 1647 en un s e p u l c r o
de Bécal, y a f i r m a q u e s u s d i m e n s i o n e s e r a n tan e x t r a o r d i narias, q u e forzosamente debieron p e r t e n e c e r á algún gigante (10). Landa refiere otra e x h u m a c i ó n s e m e j a n t e , y la
altura de m á s de dos palmos q u e tenían los escalones e n
los templos de T-hú y de ltzmal, le hizo concluir q u e aquellos edificios no debieron h a b e r sido construidos ni usados
por u n a raza t a n pigmea como la de n u e s t r o s días (11).
El misterio q u e rodea á las r u i n a s de q u e está s e m b r a d a la
Península, se p r e s t a á suposiciones de tan distinta n a t u r a leza, q u e no es de e x t r a ñ a r s e q u e , de su e x a m e n b a j o otro
aspecto, el vulgo haya llegado á u n a c o n s e c u e n c i a precisam e n t e c o n t r a r i a á la de Landa. Las p u e r t a s en algunos edificios son de una pequeñez insólita, y de esta c i r c u n s t a n c i a
se ha llegado á d e d u c i r q u e estuvieron habitados p o r e n a n o s (12). Todavía, en 1842, M. S t e p h e n s e n c o n t r ó huellas de
esta tradición en el interior del país (13), y la casa del enano
en UxmaJ, y las consejas q u e la rodean, son c u a n d o m e n o s
u n a p r u e b a de la antigüedad de esa creencia.
(8)
DON JUAN P í o PÉREZ, Diccionario
(9)
COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítulo VIII.
de la lengua
maya,
palabra
Chac.
(10)
Obra citada, libro IV, capítulo I I I .
(11)
Relación
(12)
Los indios, que refieren u n a porción de fábulas sobre nuestras ruinas,
de las cosas de Yucatán,
dicen que estuvieron habitadas por ppuses
(13)
Viaje á Yucatán,
§ XLI1.
(enanos ó más bien corcovado«).
tomo II, capitulo X X I .
En pos de los gigantes viene ya la tradición m e n o s oscura, recogida p o r Lizama, y según la cual Yucatán debe su
población á dos i n m i g r a c i o n e s : una m u y considerable, q u e
vino del Occidente, y otra m e n o r , q u e llegó del r u m b o
opuesto. Todo el f u n d a m e n t o de esta tradición descansa en
u n a c o n j e t u r a q u e Lizama sacó de las voces Cea-¿al y
Noh-en-ial, con q u e se p r e t e n d e q u e los antiguos mayas d e signaban r e s p e c t i v a m e n t e el Oriente y el Occidente (14).
En opinión de este escritor, la p r i m e r a palabra significa
pequeña bajada, y la s e g u n d a bajada grande, y de allí ha deducido q u e u n a t r i b u n u m e r o s a descendió del Oeste al país,
y otra del Oriente. La t r a d u c c i ó n de Cen-ial no cuenta con
la a u t o r i d a d de n i n g u n o de los diccionarios q u e t e n e m o s á
la vista, p u e s no hay u n o solo q u e dé al monosílabo cen la
significación de p e q u e ñ o . ¿ P e r t e n e c e r á á la lengua maya
antigua, p e r d i d a ya e n opinión de m u c h o s , y q u e sólo h a blaban los p r í n c i p e s y los sacerdotes?
La i n m i g r a c i ó n oriental, q u e sólo pudo h a b e r venido de
las Antillas ó del antiguo c o n t i n e n t e , carece en n u e s t r o
concepto de verosimilitud. Las t r i b u s incultas y p u s i l á n i m e s
q u e h a b i t a b a n aquellas islas en el siglo xv, no tienen n i n g ú n
p u n t o de c o n s a n g u i n i d a d con los valerosos y civilizados
m a y a s de la m i s m a época. La Filología, q u e es uno de los
auxiliares m á s p o d e r o s o s de la Historia, se rebelaría t a m bién c o n t r a esa c o m u n i d a d de origen. La lengua m a y a es
c o m p l e t a m e n t e distinta de todas las q u e se hablaban e n las
Antillas. El lector, á quien s u p o n e m o s poco m á s ó m e n o s
conocedor del p r i m e r idioma, no t e n d r í a necesidad de ocur r i r á los vocabularios haitiano y cubano, de q u e se h a n
publicado a l g u n o s f r a g m e n t o s , p a r a p e r s u a d i r s e de esta
v e r d a d . Le bastaría r e c o r d a r q u e casi todas las p r o d u c c i o n e s
de América son conocidas en el español con el n o m b r e q u e
(14)
LIZAMA, Historia
de Nuestra
Señora
de teanial, § III del extracto de
esta obra, publicado por el abate BKASSEUR e u su Colección
y a citada.
tenían en las islas e n la época del d e s c u b r i m i e n t o , y comp a r a r estos n o m b r e s con las palabras q u e en maya tienen
la misma significación (15).—A pesar de todas estas observaciones, q u e no nos parecen destituidas de f u n d a m e n t o ,
no ha faltado quien crea q u e «la isla Española ó Haití, lo
m i s m o q u e Cuba, estuvieron a n t i g u a m e n t e h a b i t a d a s por
n a c i o n e s análogas á las de Yucatán n (16).
Menos probable nos parece q u e la inmigración oriental
h u b i e s e venido d e f a n t i g u o continente. Landa la acepta, sin
e m b a r g o , y s u p o n e q u e se compuso de judíos, á q u i e n e s
Dios abrió doce caminos por en medio de las a g u a s (17). Lizama se declara partidario de los cartagineses, á q u i e n e s
t r a e á la P e n í n s u l a , haciendo escala en Santo Domingo y
Cuba (18). Se ha dicho, para f u n d a r estas opiniones, q u e e n
las m o n t a ñ a s de la última isla, en el interior de la p r i m e r a
y a u n en Jamaica, se han e n c o n t r a d o r e s t o s de c o n s t r u c ciones ciclópeas y rocas esculpidas, en las cuales se h a n
creído r e c o n o c e r c a r a c t e r e s del m i s m o g é n e r o q u e los del
alfabeto h e b r e o (19).
Si la inmigración oriental parece imposible por las razon e s q u e a c a b a m o s de e x p o n e r , no s u c e d e lo m i s m o con la
occidental y con otra q u e , en opinión de Landa, p u d o h a b e r
venido del Mediodía. Unida la Península al c o n t i n e n t e por
el Oeste y p o r el Sur, es m u y verosímil q u e las tribus q u e
e n diversas épocas habitaron las provincias de México y de
(15) Confróntense, por ejemplo, MAÍZ con ixirn, A N O N A con op, T A B A CO con kutz; y en otro orden de ideas, CACIQUE con batab ó halach uinic, etc.
Las palabras escritas con m a y ú s c u l a s pertenecen, cou ligeras variaciones ortográficas, al idioma de Haití ó Cuba, y las escritas con bastardilla al m a y a .
(16)
BRASSEUR DE BOURBOURG, Relación
de
las
cosas
de
Yucatán,
pá-
gina 356.
(17)
(18)
Relación citada, § V .
Extracto citado, § V .
(19) Relación citada, página 356, nota 1.—El abate no se atreve á cargar
cou la responsabilidad de esta noticia, y se refiere á los '¿ue dicen haber visto
las esculturas citadas en el texto.
Guatemala, h u b i e s e n f r a n q u e a d o algunas veces s u s límites
para i n t r o d u c i r s e en la n u e s t r a . P e r o inútil sería b u s c a r e n
los mutilados restos de n u e s t r a historia los n o m b r e s de
estas t r i b u s , las causas de su i n m i g r a c i ó n y la época en
q u e la verificaron. Un celo i n d i s c r e t o — m e n o s religioso tal
vez q u e político—condenó á las llamas, en los p r i m e r o s
días de la dominación española, los d o c u m e n t o s en q u e
los m a y a s consignaban s u s anales (20); y el historiador q u e
se ve obligado á a r r a n c a r s u s secretos á esta época r e m o t a ,
t i e n e q u e a n d a r á tientas p a r a no h u n d i r s e e n el caos q u e
se extiende a n t e s u s ojos.
Salgamos u n i n s t a n t e de la península yucateca; h a g a m o s
u n a ligera incursión á los países vecinos, y allí tal vez e n c o n t r a r e m o s u n débil destello q u e nos a l u m b r e . En u n a
época q u e no es posible fijar, pero a n t e r i o r i n d u d a b l e m e n t e
á la Era cristiana, existió e n la América Central un I m p e r i o
teocrático, al cual dieron s u s e n e m i g o s el n o m b r e de Xibalbá.
Debía ser u n a nación p o d e r o s a y civilizada, como lo m u e s t r a n las notables r u i n a s e s p a r c i d a s e n aquel t e r r i t o r i o , y
e s p e c i a l m e n t e la del Palenque, cuya ciudad, en opinión del
abate B r a s s e u r (21), p u d o h a b e r sido s u capital. Nada se
sabe de Xibalbá, sino es q u e sostuvo l u c h a s s a n g r i e n t a s con
las t r i b u s de raza náhuatl, q u e d e s c e n d i e n d o del P á n u c o , á
lo largo del golfo de México, se establecieron en Xicalango,
á las i n m e d i a c i o n e s de la actual isla del C a r m e n .
Se ignora el tiempo en q u e los nalioas ó nahuats verificaron esta i r r u p c i ó n y el motivo q u e los i m p u l s ó á e n t r a r en
l u c h a con los xibalbaides.
Parece, sin e m b a r g o , q u e la r e ligión de Quetzalcoall y la r e f o r m a del calendario q u e t r a j e -
(20)
El
ron consigo los inmigrantes, dió origen ó sirvió de pretexto
á la contienda. Los xibalbaides tenían un culto q u e p a r t i c i paba algo del sabeismo y aborrecían los sacrificios h u m a nos. Los nahoas, al contrario, profesaban u n a religión p l a gada de sombríos misterios y f u n d a d a en la personificación de los e l e m e n t o s y en los fenómenos de la Naturaleza.
La g u e r r a tuvo un resultado desastroso para los
xibalbaides,
los cuales, viéndose obligados á emigrar, se refugiaron en
los países vecinos, y algunas t r i b u s se r e m o n t a r o n hasta el
Darién y el P e r ú . Los nahoas, d u e ñ o s del campo q u e le
a b a n d o n a r o n sus antagonistas, f u n d a r o n en el valle de Ococingo la ciudad de Tullid ó Tula, de d o n d e les vino el n o m b r e de toltecas. Pocos siglos gozaron de su triunfo; p o r q u e
vencidos á su t u r n o por otras razas, se vieron t a m b i é n en
la necesidad de e m i g r a r . Algunas de sus fracciones se dirigieron á la región oriental, q u e sólo p u e d e ser Yucatán,
m i e n t r a s q u e el mayor n ú m e r o flanqueó la cadena de las
cordilleras de Guatemala, se escalonó en el litoral del P a cífico y d e s d e allí se dividió para r e p a r t i r s e por otras com a r c a s (22).
¿Hay en n u e s t r a Península algún r e c u e r d o , alguna huella
de la i r r u p c i ó n de estos dos pueblos rivales? Según Brasseur
de Bourbourg, el libro sagrado de los quichés llama
Ah-Tza,
Ah-Tucur,
á los jefes de los xibalbaides,
q u e se refugiaron
hacia el Oriente d e s p u é s de s u d e r r o t a (23). Lositzaes,
que
dieron su n o m b r e á Chichén y q u e tal vez f u n d a r o n á ltzmal}
¿serian de la tribu de los Ali-Tsaes, como p a r e c e indicarlo
la identidad del nombre? El sabio abate se inclina á resolver
a f i r m a t i v a m e n t e esta cuestión.—En cuanto á los nahoas ó
toltecas, es probable q u e , no una sola vez, sino varias, h u -
obispo LANDA, ese mismo escritor á quien tantas veces hemos
citado y citaremos en adelante, f u é el destructor de estos documentos en u n a
especie de auto de fe que celebró, e n Maní, e n los tiempos inmediatos á la conquista. En la segunda parte de n u e s t r a obra trataremos con más extensión de
este incidente.
(21) Arckicos
ele la Comisión
científica
de México,
tomo I, página 97.
(22) Esta no es más que una relación abreviada de la que iraen varios
historiadores de América. Consúltese especialmente al abate BRASSEUR, en los
Arckicos {le la Comisión .científica de México, tomo I.
(23)
Relación
3
de las cosas de Yucatán,
página 35, ñola 3.
- ( 34 ) - ( 35 ) -
biesen invadido la P e n í n s u l a , como v e r e m o s m á s tarde,
c u a n d o h a b l e m o s de los Tutal Xius. La raza maya, q u e p r o fesaba el culto de Iiukulcán,
divinidad m u y s e m e j a n t e al
Quetzalcoatl tolteca, ¿no será la tribu q u e descienda de los
nahoas?
El capítulo siguiente, destinado á hablar de las razas q u e
s u c e s i v a m e n t e invadieron á Yucatán, dará alguna luz para
resolver estas cuestiones.
CAPÍTULO III
liazas que poblaron á Yucatán.—El h o m b r e prehistórico.—Los itzacs.—Los
mayas.—Los caribes.—Nombres antiguos de la Península.—Ulumil ceh y
Ulumil cutz.—Onohualco.— Chacnovitán.—Yucalpetén.—Zipatán.—Mayab.—
Observaciones especiales sobre la última palabra.
Algunos historiadores suponen muy difícil el hecho de
q u e Yucatán h u b i e s e sido poblado por razas distintas, f u n dándose en q u e en el siglo x v i , en q u e se verificó el d e s c u brimiento, un solo idioma—el idioma maya—se hablase en
toda la extensión de la Península (1). El a r g u m e n t o no c a rece de valor, si se considera q u e m u c h o s p u e b l o s del antiguo m u n d o , q u e s u c e s i v a m e n t e han sido invadidos por distintas razas, no han llegado todavía á unificar su idioma.
La España, p o r ejemplo, q u e , entre otras invasiones, ha s u frido la de los r o m a n o s , de los cartagineses, de los godos
y de los árabes, conserva todavía un buen n ú m e r o de idiom a s indígenas, q u e se han modificado más ó m e n o s al c o n tacto de las lenguas e x t r a n j e r a s ; pero q u e aun p e r m a n e c e n
c o m p l e t a m e n t e e x t r a ñ a s e n t r e sí. El a r g u m e n t o a d q u i e r e
mayor fuerza, si se fija la atención en el carácter del a n t i guo yucateco, q u e se apega tenazmente á todo lo q u e es i n dígena y rechaza como por instinto todo lo q u e es de o r i gen e x t r a n j e r o .
(1)
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
tomo I, libro IV, capítulo III.
_
- ( 34 ) - ( 35 ) -
biesen invadido la P e n í n s u l a , como v e r e m o s m á s tarde,
c u a n d o h a b l e m o s de los Tutal Xius. La raza maya, q u e p r o fesaba el culto de Iiukulcán,
divinidad m u y s e m e j a n t e al
Quetzalcoatl tolteca, ¿no será la tribu q u e descienda de los
nahoas?
El capítulo siguiente, destinado á hablar de las razas q u e
s u c e s i v a m e n t e invadieron á Yucatán, dará alguna luz para
resolver estas cuestiones.
CAPÍTULO III
liazas que poblaron á Yucatán.—El h o m b r e prehistórico.—Los itzaes.—Los
mayas.—Los caribes.—Nombres antiguos de la Península.—Ulumil ceh y
Ulumil cutz.—Onohualco.— ChacnovitAn.—Yucalpetén.—Zipatán.—Mayab.—
Observaciones especiales sobre la última palabra.
Algunos historiadores suponen muy difícil el hecho de
q u e Yucatán h u b i e s e sido poblado por razas distintas, f u n dándose en q u e en el siglo xvi, en q u e se verificó el d e s c u brimiento, un solo idioma—el idioma maya—se hablase en
toda la extensión de la Península (1). El a r g u m e n t o no c a rece de valor, si se considera q u e m u c h o s p u e b l o s del antiguo m u n d o , q u e s u c e s i v a m e n t e han sido invadidos por distintas razas, no han llegado todavía á unificar su idioma.
La España, p o r ejemplo, q u e , entre otras invasiones, ha s u frido la de los r o m a n o s , de los cartagineses, de los godos
y de los árabes, conserva todavía un buen n ú m e r o de idiom a s indígenas, q u e se han modificado más ó m e n o s al c o n tacto de las lenguas e x t r a n j e r a s ; pero q u e aun p e r m a n e c e n
c o m p l e t a m e n t e e x t r a ñ a s e n t r e sí. El a r g u m e n t o a d q u i e r e
mayor fuerza, si se fija la atención en el carácter del a n t i guo yucateco, q u e se apega tenazmente á todo lo q u e es i n dígena y rechaza como por instinto todo lo q u e es de o r i gen e x t r a n j e r o .
(1)
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
tomo I, libro I V , capítulo 111.
_
Nos hacemos cargo de la objeción; pero nos o c u r r e o b servar q u e también hay otros p u e b l o s d o n d e dos ó tres idiom a s antiguos h a n llegado á f o r m a r uno solo con el t r a n s curso de los siglos. Este h e c h o p u d o h a b e r s e verificado en
Yucatán, por una de dos razones: ó p o r q u e las t r i b u s q u e lo
poblaron pertenecían r e a l m e n t e á distintas razas, q u e se encontraron en el país en u n a época m u y r e m o t a , ó p o r q u e
fueron g r u p o s de u n a m i s m a raza, q u e p r i m i t i v a m e n t e hablaron una misma lengua. En esta última hipótesis, ó los
diversos grupos, al e n c o n t r a r s e , h a b l a b a n todavía el l e n g u a j e primitivo, ó los idiomas de cada uno no tenían e n t r e
sí diferencias esenciales.
Pero expliqúese como se q u i e r a este f e n ó m e n o , el h e c h o
es q u e , f u e r a de las razas primitivas, Yucatán conserva huellas de h a b e r sido h a b i t a d o p o r t r e s pueblos distintos: los
itzaes, los mayas y los caribes. Vamos á h a b l a r r á p i d a m e n t e
de cada u n o .
No h a n faltado a n t i c u a r i o s q u e se hayan propuesto adivinar el oolor de la piel, el tipo y hasta la complexión del
yucateco prehistórico. Se ha expuesto q u e , a n t e r i o r m e n t e á
todas las invasiones conocidas, Yucatán p a r e c e h a b e r tenido
por h a b i t a n t e s primitivos á u n o s h o m b r e s de piel roja, r o bustos, gruesos, de b a j a e s t a t u r a , p ó m u l o s salientes, nariz
r e g u l a r m e n t e aplastada y cabello lacio y espeso. B r a s s e u r
de B o u r b o u r g , q u e es el autor de este d e s c u b r i m i e n t o , e n c u e n t r a m u c h a semejanza e n t r e esta raza y la de G uatemala,
a u n q u e p a r e c e q u e los g u a t e m a l t e c o s tienen las facciones
más finas y la nariz l i g e r a m e n t e aguileña (2). Añade q u e
t r a s de la raza roja p u d o v e n i r la de tez cobriza, á la cual
divide en dos r a m a s : u n a de color b r o n c e a d o , f u e r t e y r o busta como la anterior, pero cuya nariz, n o t a b l e m e n t e aguileña, r e c u e r d a el tipo judío y el de los b a j o s relieves del Palenque; la otra r a m a debió t e n e r un color m e n o s oscuro, la
nariz recta y los labios gruesos, p r e s e n t a n d o un tipo semej a n t e al de una e s c u l t u r a e n c o n t r a d a en U x m a l y dibujada
por M. Bourgeois.
Según p u e d e c o n j e t u r a r s e por los datos q u e s u m i n i s t r a n
la Historia y la tradición, los itzaes ó itzalanos debieron s e r
los p r i m e r o s q u e llegaron á la P e n í n s u l a y disputaron su
posesión á las razas aborígenes. No existe, por lo menos,
r e c u e r d o de n i n g u n a invasión, y quién sabe hasta q u é p u n t o
pueda s o s t e n e r s e q u e p e r t e n e c e n á las razas primitivas.
Pero la probabilidad de q u e sean los d e s c e n d i e n t e s de los
Ah-Tzaes q u e e m i g r a r o n de Xibalbá, ó de q u e pertenezcan
á las t r i b u s acaudilladas por Itzamná,
nos h a c e p r e s u m i r
q u e sean de un .origen e x t r a n j e r o . Pero cualquiera q u e sea
su procedencia, fácilmente se c o m p r e n d e q u e ellos f u e r o n
en cierta época la tribu m á s poderosa del país, p u e s t o q u e
estuvieron en aptitud de elegir el lugar de su r e s i d e n c i a .
Por eso se establecieron en la región oriental de la P e n í n sula, q u e es la m á s fértil, y en la s e p t e n t r i o n a l , q u e es la
m á s a b u n d a n t e en agua. En la p r i m e r a f u n d a r o n á Chichén
y en la s e g u n d a á Itzrnal, y tal vez á T-IIó.
Hay un hecho singular enlazado con la existencia de esta
antigua raza, y q u e h a c e m u y verosímil su parentesco con
los xibalbaides.
En opinión de varios a u t o r e s , éstos f u e r o n
unos h o m b r e s de talla gigantesca, ó c u a n d o m e n o s vivieron en sociedad con u n a raza de gigantes q u e se extinguió
con el tiempo (3). Si se r e c u e r d a q u e la altura de los escalones en Itzrnal y en T-Hó h a dado m a r g e n p a r a c r e e r q u e
Yucatán estuvo alguna vez habitado por gigantes; si se reflexiona, a d e m á s , q u e sólo en estas c i u d a d e s se observó
aquella particularidad (4), viene n a t u r a l m e n t e á los labios
(3)
ROA BARCENA, Ensayo
tomo I, página 85.
(•1) LANDA, Relación
(2)
Archivos
de la Comisión
científica
de Mea-ico, tomo II, página 38.
de una historia
anecdótica
capitulo IV.—BRASSEUÜ DE BOURBOURG, Arcliicos
de las cosas de Yucatán,
de México,
de la Comisión
§ XL1I
parte I,
científica,
una p r e g u n t a : ¿los itzaes t e n d r í a n una e s t a t u r a m u y e l e vada, q u e con el tiempo d e g e n e r ó hasta igualarse con la
ordinaria?
E n pos de los itzaes se p r e s e n t a r o n los mayas,
quienes
e n c o n t r a n d o ya el país ocupado por aquéllos, se establecieron al sur de las cordilleras, y no f u é sino m u c h o tiempo d e s p u é s c u a n d o lograron avanzar hacia el Norte y el
Oriente. En la aparición de K u k u l c á n y en a l g u n a s d i s e n siones de Chichén, de q u e c o n s e r v a vagos r e c u e r d o s la
Historia, es fácil adivinar otras t a n t a s invasiones de esta
raza. Pero sólo se conoce con alguna c e r t i d u m b r e la de
los Tutul Xius, q u e se verificó en el siglo v de la Era c r i s tiana. Hay m u c h o s motivos p a r a c r e e r q u e los mayas d e s cienden de las nahoas ó toltecas, y en el d e c u r s o de este
libro se e n c o n t r a r á n datos b a s t a n t e s q u e c o n f i r m e n esta
sospecha.
Ninguno de los historiadores q u e h a n escrito sobre Yucat á n , con excepción tal vez del abate B r a s s e u r , se ha ocupado
v e r d a d e r a m e n t e de deslindar á los m a y a s de los itzaes, y
m u c h o s h a n creído, al contrario, q u e forman u n a sola raza.
Pero esto es e v i d e n t e m e n t e inexacto. Los dos pueblos, no
solamente f u e r o n distintos en c a r á c t e r y aspiraciones, sino
q u e h u b o s i e m p r e e n t r e a m b o s u n a rivalidad secreta ó declarada, y estuvieron s i e m p r e dispuestos á e m p u ñ a r las a r m a s
para hacerse m u t u a m e n t e la g u e r r a . Su h e t e r o g e n e i d a d se
m a r c a con c a r a c t e r e s bien definidos en los pocos r e c u e r dos q u e se conservan de los tiempos a n t e r i o r e s á Montejo.
La p e r p e t u a lucha en q u e vivieron f u é acaso la q u e llenó
de e s c o m b r o s la Península; los mayas llegaron á sobrepo •
n e r s e á los itzaes con el t r a n s c u r s o de los siglos, y m i e n tras los p r i m e r o s se aliaron con los españoles d u r a n t e la
conquista, ó aceptaron por lo m e n o s s u yugo, los últimos
prefirieron el ostracismo á la s e r v i d u m b r e y fueron á colonizar el Petén, en los confines d e Guatemala.
Llama la atención q u e el antagonismo de las dos razas
p r e s e n t e el m i s m o carácter religioso q u e el de los v o t a n i das y toltecas en la América Central. Como veremos m á s
adelante, los itzaes profesaban la religión de Zamná ó Itzamná, q u e tenía su t i n t u r a de sabeismo y rechazaba los sacrificios h u m a n o s , m i e n t r a s q u e los m a y a s adoraban á Kuculcán, á quien se r e p r e s e n t a b a en algunos de s u s templos
bajo la figura de una s e r p i e n t e q u e devora á un h o m b r e .
Todas estas coincidencias r e u n i d a s h a c e n p r e s u m i r con
b a s t a n t e f u n d a m e n t o que, así los itzaes, como los m a y a s ,
descienden de las dos razas rivales q u e s u c e s i v a m e n t e e m i graron de Xibalbá.
Hay motivos m u y poderosos p a r a c r e e r q u e los caribes
hicieron i r r u p c i o n e s f r e c u e n t e s á la P e n í n s u l a e n los siglos
ya i n m e d i a t o s á la conquista española. Se e n c u e n t r a n vestigios de colonias establecidas por ellos e n el litoral del m a r
q u e lleva su n o m b r e , y a u n no es i m p r o b a b l e q u e h u b i e s e n
dominado algunas regiones del interior. Ciertas reparacion e s h e c h a s en los edificios de Uxmal, q u e revelan u n a m a n o
m e n o s hábil q u e la de s u s c o n s t r u c t o r e s , h a hecho deducir
esta consecuencia al abate B r a s s e u r de B o u r b o u r g (5). E n
cuanto á s u establecimiento en la costa oriental, y quizá
también en la del norte, d e s c a n s a en c o n j e t u r a s m u y verosímiles. Los itzaes y los mayas no p r a c t i c a b a n el a n t r o p o f a gismo, c r i m e n de q u e estuvieron d o m i n a d o s los h a b i t a n t e s
de las costas, como p u e d e c o m p r o b a r s e por la Historia.
Cuando Valdivia y s u s c o m p a ñ e r o s f u e r o n a p r e h e n d i d o s en
las i n m e d i a c i o n e s del cabo Catoche, como v e r e m o s m á s
a d e l a n t e , casi todos f u e r o n sacrificados y comidos por s u s
a p r e h e n s o r e s (6). Se nos dirá q u e este no es un dato b a s tante p a r a fallar sobre el origen de aquellos habitantes,
(5) I n f o r m e sobre las ruinas de Mayapán, Archicos dé la Comisión
científica de México, tomo II, página 38.— La Racista de Mérida, periódico de
literatura y variedades, fundado por nuestro malogrado amigo D. Manuel Ald a n a Rivas, publicó u n a traducción de este i n f o r m e .
(6)
Véase m á s adelante el libro II, capítulo II, de esta obra.
p o r q u e los caribes no fueron el único pueblo antropófago
del Nuevo Mundo. Es verdad; pero sólo p u e d e n tener este
origen por dos razones: p r i m e r a , p o r q u e hay p r u e b a s de
q u e los caribes practicaban la piratería, e s p e c i a l m e n t e en
las costas de Yucatán y de H o n d u r a s , por cuyo motivo han
sido llamados alguna vez los n o r m a n d o s de América, y seg u n d a , p o r q u e el tipo de los indígenas de aquellas regiones,
q u e se diferencia algo del de los del interior, tiene rasgos
y l í n e a s q u e r e c u e r d a n m u c h o el tipo caribe.
Es de c r e e r q u e las razas de q u e a c a b a m o s de hablar no
fueron las ú n i c a s que invadieron s u c e s i v a m e n t e la P e n í n sula y se establecieron en ella. Pero siendo las ú n i c a s de
q u e se p u e d e hablar con alguna seguridad, no nos -atreve•mos á t r a t a r de las c o n j e t u r a s q u e hace el abate B r a s s e u r
sobre otras invasiones, y de las i n t e r p r e t a c i o n e s á q u e se
presta la analogía q u e observa e n t r e el tipo de algunos i n dígenas y el de los c h i n o s y j a p o n e s e s . P a r e c e indudable,
sin embargo, q u e todas las invasiones h u b i e s e n cesado v a rios siglos a n t e s del x v i , p o r q u e de lo contrario se" h u b i e ran encontrado vestigios de ellas en el idioma.
Cada u n a de las razas invasores dió p r o b a b l e m e n t e al
país un n o m b r e diferente; p o r q u e no es posible explicarse
de otra m a n e r a las diversas d e n o m i n a c i o n e s con q u e , según la Historia y la tradición, fué designada a n t i g u a m e n t e
la Península. P r e t é n d e s e q u e se llamó sucesiva ó s i m u l t á n e a m e n t e Llumil ceh, Vlumil cutz, Onohualco,
Chacnovitán,
Yucalpetén, Zipatán y Maya. Pero un conocimiento p r o f u n d o de nuestra historia antigua—tal al m e n o s como p u e d e
hacerse en la actualidad—y un e x a m e n atento de las f u e n tes que han proporcionado estas diversas denominaciones,
hace p r e s u m i r q u e la Península fué c o m p r e n d i d a tal vez
bajo un n o m b r e genérico, si se e x c e p t ú a el último q u e h e mos citado, y q u e al principio no c o m p r e n d i ó , sin embargo, m a s que el territorio de Mayapán.
Los n o m b r e s ele Vlumil
ceh y Vlumil
culz,
q u e cuentan
con la autoridad de Landa (7) y de Lizama (8), sólo se
aplicaron p r o b a b l e m e n t e á la región de la Península en q u e
a b u n d a n el venado y el pavo m o n t é s , ó en que la c a r n e de
estos animales constituyó el principal alimento de las t r i b u s salvajes q u e en los tiempos primitivos la h a b i t a r o n .
No sería m u y difícil adivinar el asiento de esta región, r e cordando la situación topográfica de la antigua provincia
de Cehpech (9) y c o m p a r á n d o l a con la q u e g u a r d a n Acan ceh, Vayalceh y otros lugares conocidos con d e n o m i n a c i o nes análogas, q u e subsisten hasta el día.
Onohualco es el n o m b r e con q u e Clavijero (10) designa,
no p r e c i s a m e n t e á Yucatán, sino á los países situados al
mediodía del golfo de México, q u e n u n c a llegaron á d o m i n a r
los e m p e r a d o r e s del A n á h u a c . La palabra no p e r t e n e c e á
la lengua maya, y es casi seguro q u e los h a b i t a n t e s de Yucatán j a m á s se sirvieron de ella para designar su país. El
abate Brasseur (11) cree q u e por Onohualco sólo se e n t e n d í a
la porción de tierra situada e n t r e Xicalango y C h a m p o t ó n .
La palabra Chacnovitán
ó Cchacnouitán
apareció por
p r i m e r a vez en el m a n u s c r i t o maya titulado Lelo lai u
tzolan katunil ti mayab, ó sea serie de épocas mayas (12).
Si se e x a m i n a con atención este d o c u m e n t o y se observa
q u e la tribu de-que habla vino de Tulapán á Chacnovitán,
pasó de ésta á Bakhalal, de allí á Chichén Itzá, etc., se
c o m p r e n d e r á q u e el n o m b r e q u e nos ocupa n u n c a fué
(7) Relación de las cosas de Yucatán, $ I I .
(8) Historia de Nuestra Señora de hamal,
§ I del extracto de esta obra,
publicada por BRASSEUR e n su Colección ya citada.
(9) No se conoce en el día la extensión q u e tuvo la provincia de
pero se sabe que T-Hó se hallaba situada dentro de sus limites.
antigua
de México,
Cehpech;
(10)
Historia
(11)
(12)
Relación de las cosas de Yucatán, n o t a . l de la página 420.
Este manuscrito fué salvado del olvido por la incansable actividad de
lomo I, libro I.
D . JUAN PÍO PÉREZ, y h a s i d o p u b l i c a d o s u c e s i v a m e n t e p o r STEPIIENS, p o r el
a b a t e BRASSEUR y p o r D . CRESCENCIO CARRILLO.—ES u n a d e l a s f u e n t e s p r i n -
cipales de nuestra historia antigua, y m u y á m e u u d o ocurriremos á su autoridad
en el decurso de este libro.
dado m a s q u e á u n a región meridional de la P e n í n s u l a .
Brasseur opina—con m u c h a razón, en n u e s t r o concepto—
q u e estaba situada e n t r e Bakhalal y el reino de Acallan,
al s u r e s t e de la laguna de T é r m i n o s (13).
Yucalpetén f u é un n o m b r e descubierto por D. Cresc e n d o Carrillo en u n m a n u s c r i t o maya, á q u e dió el nomb r e de Códice Chumayel,
en m e m o r i a del pueblo d o n d e
fué e n c o n t r a d o (14). Este diligente investigador de n u e s tras antigüedades p r e t e n d e q u e de la contracción ó s í n copa de esta palabra se f o r m ó la de Yucatán, y q u e sirvió
a n t i g u a m e n t e p a r a designar toda la P e n í n s u l a (15). No c o nocemos el Códice Chumayel, ni su poseedor nos h a dado
la p r u e b a de esta ú l t i m a aserción. Pero la etimología del
vocablo, que p a r e c e significar garganta de la península (16),
indica q u e sólo se trata de u n a provincia situada e n t r e la
laguna de T é r m i n o s y la bahía del Espíritu Santo.
(13)
Obra citada, página 422, n o t a 2.
(14)
Disertación
(15)
Compendio
(16)
Don CRESCENCIO CARRILLO dice que Yucalpetén
sobre la historia
de la Historia
de la lengua
de Yucatán,
maya,
parte I, § III.
parte I, capítulo I.
significa «garganta ó
perla del continente». No autorizan esta traducción, ni el Diccionario
de D. JUAN-
PÍO PÉREZ, ni el vocabulario del abate BRASSEUR, á pesar de que este último se
toma muchas libertades para interpretar las palabras m a y a s . Cal,
según el
primero, significa «garganta», y según el segundo, «garganta, hoyo, p r o f u n didad». P e r o ninguno la traduce por «perla».—Petén, según el lexicógrafo v u c a teco, significa «isla»; el f r a n c é s lleva su complacencia hasta la palabra «península», pero no se atreve á e s t e n d e r s e hasta el continente. Se comprende perfectamente que los mayas, que carecían de marina, propiamente dicha, y que no
conocían más medio de locomoción que sus piernas, no podían tener idea siquiera de lo que era un continente. Además, basta arrojar una mirada sobre el
m a p a de América para c o m p r e n d e r que Yucatán podía ser comparado hasta á
La palabra Zipatán con la adición de Yacatán y Yucatán,
aparece en un m a n u s c r i t o de los tiempos p o s t e r i o r e s á la
conquista española, el cual fué r e d a c t a d o p o r dos individ u o s de la familia P e c h , q u e dominó en otro tiempo la r e gión noroeste de la P e n í n s u l a (17). Esta región, q u e c o m p r e n d í a u n faja de seis ú ocho leguas á lo largo de la costa,
fué en n u e s t r o concepto la q u e se llamó Zipatán.
El n o m b r e Maya, q u e sin d u d a c o m p r e n d i ó u n a extensión
m á s considerable, c u a n d o los s e ñ o r e s de Mayalpán llegaron á d o m i n a r casi toda la Península, m e r e c e l l a m a r p a r t i c u l a r m e n t e n u e s t r a atención. Ordóñez, r e c o r d a n d o la a r i dez de n u e s t r o suelo, ha s u p u e s t o q u e la palabra maya se
c o m p o n e de los monosílabos ma y ya, tierra sin agua (18).
Melgar r e p r o d u c e esta etimología, h a c i e n d o observar de
paso q u e mayin significa agua en hebreo (19); porque, s e g ú n h e m o s observado ya, no hay pueblo del antiguo c o n t i n e n t e á q u e no se haya apelado para hacer d e s c e n d e r de
grado ó por fuerza á los americanos. B r a s s e u r de B o u r b o u r g
no se c o n f o r m a con la opinión de Ordóñez; niega q u e Y u catán sea u n a tierra árida, puesto q u e s u s e n t r a ñ a s están
s u r c a d a s de u n a red de e s t a n q u e s s u b t e r r á n e o s , y se apodera de este f e n ó m e n o geológico p a r a d a r pábulo á su
teoría favorita. Supone q u e ma p u e d e significar á la vez
madre, brazo, mano y rama; observa q u e este monosílabo
parece denotar en los d o c u m e n t o s antiguos las costas de
Yucatán tragadas por el m a r , y concluye t r a d u c i e n d o la
palabra maya, bien por madre de las aguas, cuyos senos
son los cenotes, bien por rama ó brazo de la tierra, d e n o minación q u e p e r f e c t a m e n t e podía aplicarse á la P e n í n s u l a
u n brazo ó á u n dedo de ese gran cuerpo tendido sobre el hemisferio occidental,
pero n u n c a á su garganta.—Cuando hacemos la censura de alguna opinión
a j e n a , debe comprenderse que no nos a n i m a el simple prurito de criticar, sino
el de q u e se descubra la verdad. Es m u y posible que nosotros seamos los e q u i vocados, porque no p r e s u m i m o s de infalibles. P o r lo demás, nosotros no profe-
(17) El abate BRASSEUR publicó en el Manuscrito
relación de PECH que pudo copiar en Mérida.
(18)
BRASSEUR DE BOURUOURG, Relación
samos mas que admiración por los hombres que en nuestro país se dedican á
en u n a de sus notas.
estudios serios, como el de la Historia, que el público mira casi siempre con
(19) Boletín
página 115.
indiferencia.
déla
Sociedad
de Geografía
de las
Troano
cosas
y Estadística,
la parte de la
de Yucatán,
§ III,
época II, tomo III,
respecto del continente (20). P a r a los q u e d u d e n de la p r i m e r a i n t e r p r e t a c i ó n , el erudito abate r e c u e r d a q u e Maya
es «uno de los n o m b r e s de la m a d r e de los dioses, de la n o driza del género h u m a n o , tipo de la t i e r r a m a d r e , escapada
del cataclismo, y esparciendo en torno suyo el beneficio
de s u s aluviones y de s u s aguas» (21). Da fin á s u s observaciones r e c o r d a n d o q u e Maya en la mitología griega es el
n o m b r e de la m a d r e de H e r m e s , el civilizador del Egipto,
y en la azteca, la i n v e n t o r a del p u l q u e (22), q u e n u t r e á sus
adeptos con este vino r e g e n e r a d o r .
¡Cuánto trabajo se h a b r í a n a h o r r a d o n u e s t r o s etimologistas, si h u b i e s e n q u e r i d o r e c o r d a r q u e la palabra Maya
no es m á s q u e u n a c o r r u p c i ó n española de Mayab, v e r d a dadero n o m b r e q u e los antiguos yucatecos daban á su
país! (23). A propósito de la rectificación, y á riesgo de
a u m e n t a r el n ú m e r o de las etimologías inverosímiles, nos
o c u r r e hacer u n a p r e g u n t a : si es cierto q u e Yucatán debe
su población á dos i n m i g r a c i o n e s desiguales (24), la p a labra mayab, c o m p u e s t a de los monosílabos ma (no) y yab
(abundante), ¿no serviría para designar á la tribu m e n o s
n u m e r o s a q u e a r r i b ó al país?
Sea lo q u e f u e r e de estas c o n j e t u r a s - á q u e s i e m p r e dará
pábulo el vasto campo q u e p r e s e n t a á la Filología u n idioma poco conocido y e s t u d i a d o - a l historiador sólo toca s e ñalar el h e c h o de q u e Mayab fué el n o m b r e q u e dieron á
s u país todos los indios q u e c o m u n i c a r o n con los e s p a ñoles d u r a n t e la conquista. Por esto se llamó maya al
n a t u r a l de la P e n í n s u l a , maya á su l e n g u a j e , á su c a l e n dario, á todo lo q u e procedía, en fin, de este pueblo m i s t e rioso, el m á s civilizado quizá d é l a antigua América.
(20;
Manuscrito
(21)
Idem,
Troano,
vocabulario, palabra
en la segunda acepción de
El verdadero n o m b r e de la diosa azteca es
(23)
Diccionario
(24)
Capitulo II, de este libro.
T I E M P O S
F A B U L O S O S
Zamná ó Itzamná.—Su origen.—Su carácter.—Religión que f u n d a . — I n v e n c i o nes que se le atribuyen.—Su muerte.—Kukulcán.—Su identidad con otros
mitos de la teogonia americana.—Su aparición en Yucatán.—Misión que desempeña.—Su ascensión á l o s cielos.
A medida q u e avanzamos en n u e s t r a relación, las t r a d i ciones comienzan á s e r m á s explícitas. El p r i m e r n o m b r e
q u e se registra en los anales de la P e n í n s u l a es el ele un
p e r s o n a j e á quien Cogolludo llama Zamná y Lizama Itzamná.
Brasseur de Bourbourg s u p o n e q u e también p u d o llamarse
Tzamná, Tzemná ó Itzemná (1), y nosotros no c r e e m o s imposible q u e su v e r d a d e r o n o m b r e h u b i e s e sido Tzamná, al
q u e Cogolludo quitaría u n a letra y Lizama a ñ a d i r í a otra
para acomodarlo á la p r o n u n c i a c i ó n española (2). Algunas
veces, sin e m b a r g o , h e m o s sospechado q u e aquellos historiadores no se refirieron á una misma persona; p o r q u e
según el p r i m e r o , Zamná es s i m p l e m e n t e el c o n d u c t o r de
u n a t r i b u , y s e g ú n Lizama, Itzamná es un rey poderoso q u e
asienta su trono en Ifczmal. Hay, no obstante, motivos p a r a
c r e e r lo contrario, m u c h o m á s si se toma en considera-
Maya.
maya.
(22)
CAPÍTULO IV
d e D . JUAN P Í O P É R E Z , p a l a b r a
Mayaocl.
Mayab.
(1)
Archico*
(2)
Era m u y frecuente que los españoles se tomasen estas licencias para
de la Comisión
científica
de México,
tomo 11, página 23.
poder p r o n u n c i a r las voces m a y a s . Asi, de .Yc/¡d hicieron lxche-1; de
Tabusos-, etc.
BucUotz,
respecto del continente (20). P a r a los q u e d u d e n de la p r i m e r a i n t e r p r e t a c i ó n , el erudito abate r e c u e r d a q u e Maya
es «uno de los n o m b r e s de la m a d r e de los dioses, de la n o driza del género h u m a n o , tipo de la t i e r r a m a d r e , escapada
del cataclismo, y esparciendo en torno suyo el beneficio
de s u s aluviones y de s u s aguas» (21). Da fin á s u s observaciones r e c o r d a n d o q u e Maya en la mitología griega es el
n o m b r e de la m a d r e de I l e r m e s , el civilizador del Egipto,
y en la azteca, la i n v e n t o r a del p u l q u e (22), q u e n u t r e á sus
adeptos con este vino r e g e n e r a d o r .
¡Cuánto trabajo se h a b r í a n a h o r r a d o n u e s t r o s etimologistas, si h u b i e s e n q u e r i d o r e c o r d a r q u e la palabra Maya
no es m á s q u e u n a c o r r u p c i ó n española de Mayab, v e r d a dadero n o m b r e q u e los antiguos yucatecos daban á su
país! (23). A propósito de la rectificación, y á riesgo de
a u m e n t a r el n ú m e r o de las etimologías inverosímiles, nos
o c u r r e hacer u n a p r e g u n t a : si es cierto q u e Yucatán debe
su población á dos i n m i g r a c i o n e s desiguales (24), la p a labra mayab, c o m p u e s t a de los monosílabos ma (no) y yab
(abundante), ¿no serviría para designar á la tribu m e n o s
n u m e r o s a q u e a r r i b ó al país?
Sea lo q u e f u e r e de estas c o n j e t u r a s - á q u e s i e m p r e dará
pábulo el vasto campo q u e p r e s e n t a á la Filología u n idioma poco conocido y e s t u d i a d o - a l historiador sólo toca s e ñalar el h e c h o de q u e Mayab fué el n o m b r e q u e dieron á
s u país todos los indios q u e c o m u n i c a r o n con los e s p a ñoles d u r a n t e la conquista. Por esto se llamó maya al
n a t u r a l de la P e n í n s u l a , maya á su l e n g u a j e , á su c a l e n dario, á todo lo q u e procedía, en fin, de este pueblo m i s t e rioso, el m á s civilizado quizá d é l a antigua América.
(20;
Manuscrito
(21)
Idem,
Troano,
vocabulario, palabra
en la segunda acepción de
El verdadero n o m b r e de la diosa azteca es
(23)
Diccionario
(24)
Capitulo II, de este libro.
T I E M P O S
F A B U L O S O S
Zamná ó Itzamná.—Su origen.—Su carácter.—Religión que f u n d a . — I n v e n c i o nes que se le atribuyen.—Su muerte.—Kukulcán.—Su identidad con otros
mitos de la teogonia americana.—Su aparición en Yucatán.—Misión que desempeña.—Su ascensión á l o s cielos.
A medida q u e avanzamos en n u e s t r a relación, las t r a d i ciones comienzan á s e r m á s explícitas. El p r i m e r n o m b r e
q u e se registra en los anales de la P e n í n s u l a es el ele un
p e r s o n a j e á quien Cogolludo llama Zamná y Lizama Itzamná.
Brasseur de Bourbourg s u p o n e q u e también p u d o llamarse
Tzamná, Tzemná ó Itzemná (1), y nosotros no c r e e m o s imposible q u e su v e r d a d e r o n o m b r e h u b i e s e sido Tzamná, al
q u e Cogolludo quitaría u n a letra y Lizama a ñ a d i r í a otra
para acomodarlo á la p r o n u n c i a c i ó n española (2). Algunas
veces, sin e m b a r g o , h e m o s sospechado q u e aquellos historiadores no se refirieron á una misma persona; p o r q u e
según el p r i m e r o , Zamná es s i m p l e m e n t e el c o n d u c t o r de
u n a t r i b u , y s e g ú n Lizama, Itzamná es un rey poderoso q u e
asienta su trono en Ifczmal. Hay, no obstante, motivos p a r a
c r e e r lo contrario, m u c h o m á s si se toma en considera-
Maya.
maya.
(22)
CAPÍTULO IV
d e D . JUAN P Í O P É R E Z , p a l a b r a
Mayaoel.
Mayab.
(1)
Archico*
(2)
Era m u y frecuente que los españoles se tomasen estas licencias para
de la Comisión
científica
de México,
tomo II, página 23.
poder p r o n u n c i a r las voces m a y a s . Asi, de Xchcl hicieron Ixchel;
Tabusos-, etc.
de
BucUotz,
ción q u e todos los escritores, incluso el m i s m o Cogolludo,
están conformes en dar el n o m b r e de Itzamná á la deidad
q u e los yucatecos veneraban en sus altares.
¿Qué es, pues, Zamná? ¿Es un mito, es un dios, es un
h é r o e elevado al apoteosis? Vamos á p r e s e n t a r datos al
lector, p a r a q u e pueda juzgar por sí mismo.
Algunos opinan q u e fué un g r a n sacerdote y jefe de trib u , q u e se presentó al f r e n t e de la inmigración o c c i d e n tal (3); otros c r e e n q u e f u é c o m p a ñ e r o de Votán, el fundador del Imperio de Xibalbá, y no ha faltado q u i e n le
haga hijo suyo (4). P e r o sea cual f u e r e la familia de Zamná
y el p u n t o de d o n d e haya venido, la tradición está conform e en el i m p o r t a n t e papel q u e d e s e m p e ñ ó e n los tiempos
m á s r e m o t o s de la P e n í n s u l a . Sacerdotes, g u e r r e r o s y artistas de todas las profesiones formaban su séquito, y esta
circunstancia le favoreció p a r a echar los c i m i e n t o s de la
civilización a m e r i c a n a e n t r e las t r i b u s primitivas del país.
Debió r e c o r r e r toda la t i e r r a p a r a reconocerla, y habiendo
notado, sin duda, q u e la faja q u e q u e d a al n o r t e de la cor*
dillera es la m á s habitable, á causa de la a b u n d a n c i a de
las aguas, f u n d ó en el c e n t r o de esta región u n a ciudad, á
la q u e dió el n o m b r e de Itzmal. Como esta población tiene
a d e m á s la ventaja de e s t a r p r ó x i m a al m a r , la hizo d e s d e
e n t o n c e s capital de su I m p e r i o . Su gobierno debió de h a b e r revestido todos los c a r a c t e r e s de la autocracia, p u e s
como otros m u c h o s caudillos de la antigüedad, era al mismo tiempo jefe del Estado y de la religión.
(3)
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
(4)
D o n CRESCENCIO CARRILLO, Compendio
Se a t r i b u y e n á este h é r o e h e c h o s maravillosos, i n c a p a ces de ser llevados á cabo por un solo h o m b r e en el d e c u r so de toda su vida. Después de h a b e r sojuzgado la tierra,
estableció un culto m a n s o y sencillo, q u e p r o b a b l e m e n t e
no f u é alterado hasta la invasión de las t r i b u s q u e a d o r a b a n á K u k u l c á n . Las o f r e n d a s consistían s o l a m e n t e e n flor e s y frutos, y la s a n g r e h u m a n a estaba excluida de los
sacrificios. Así al m e n o s p u e d e c o n j e t u r a r s e del culto q u e
los sacerdotes, s u c e s o r e s suyos, le t r i b u t a b a n en Itzmal
después de su m u e r t e , y de las fiestas con q u e la mitología maya h o n r a b a en todo el país su m e m o r i a . Algún h i s toriador ha s u p u e s t o q u e Zamná pudo ser monoteísta (5);
pero c a r e c e m o s de datos para afirmarlo. Todas las apariencias t i e n d e n á d e m o s t r a r q u e la adoración de los astros y
del símbolo de la generación universal, bajo la forma del
phallus, constituían el fondo de la religión q u e estableció.
Los d e b e r e s q u e i m p o n í a n al caudillo su doble c a r á c t e r
de rey y pontífice, -no le impidieron dedicarse á otro género de ocupaciones para m e j o r a r la condición de su pueblo. Descubrió las v i r t u d e s q u í m i c a s de las plantas y f u n dó, en unión de X-Chel y de Citbolontim, esa escuela médica de q u e d e s p u é s hicieron su profesión los h-menes, y
á q u e todavía suele a c u d i r s e , c u a n d o la ciencia europea
ha declarado s u impotencia (6). F u é t a m b i é n el inventor
del alfabeto (7) y de todos esos geroglífieos q u e c o n s t i t u yen la e s c r i t u r a m a y a , cuyo c o n j u n t o , en opinión del a b a t e
Brasseur, e n c i e r r a la significación p r o f u n d a y misteriosa
del cataclismo. Si se considera q u e esta e s c r i t u r a r e ú n e el
doble c a r á c t e r de simbólica y alfabética, t e n d r á q u e c o n -
libro IV, capítulo I I I .
da la historia
de
Yucatán,
lección I X . - E s sensible q u e este historiador no h a y a citado siempre y con
precisión las fuentes de donde toma sus noticias. Algo hemos leído del abate
IÍRASSEUR, á quien se hace cómplice en el Compendio de ciertos datos que se
dan sobre la familia de Z a m n á ; y si hemos de hablar con franqueza, diremos
que no hemos tenido la dicha de tropezar con el árbol genealógico del caudillo
itzalano.
(5)
Don CRESCENCIO CARRILLO, lugar citado.—Esta opinión contrasta nota-
b l e m e n t e c o n la d e l o s P P . LIZAMA y COGOLLUDO, d e q u e s e h a b l a m á s a d e l a n t e .
(6)
La invención de la Medicina, atribuida á Zamná, acaso n o reconoce
otro origen que la ñesta que el día 8 del mes Zip celebraban en honor suyo
los médicos y hechiceros.
(7)
COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítulo VII!.
venirse en que es u n a de las invenciones q u e m á s h o n r a n
á la antigüedad a m e r i c a n a .
Pero la obra m á s prodigiosa q u e se a t r i b u y e al f u n d a d o r
de Itzmal, es la de h a b e r puesto n o m b r e á todos los p u e blos de la P e n í n s u l a , á todos los p u e r t o s de m a r , cabos,
esteros, montes, cenotes, l a g u n a s , á todo l u g a r , en fin, designado hoy todavía en el país con una palabra indígena
c u a l q u i e r a (8). El a b a t e B r a s s e u r s u p o n e q u e la tradición
t a m b i é n le atribuye la formación del l e n g u a j e (9); pero
esta aserción no se f u n d a en a u t o r i d a d de n i n g u n a clase.
Lo q u e á nosotros nos p a r e c e e n t r e v e r e n este mito—porq u e aquí Zamná sólo es un mito i n d u d a b l e m e n t e — e s la
época en q u e el lenguaje primitivo comenzó á a d u l t e r a r s e
con la invasión q u e sufrió la P e n í n s u l a . Imposible sería
averiguar en n u e s t r o s días cual fué este lenguaje primitivo;
pero es m u y probable q u e el idioma i m p o r t a d o por la t r i bu de Zamná haya contribuido m á s q u e n i n g ú n otro á la
formación de la lengua maya actual.
Como m u c h o s caudillos y r e f o r m a d o r e s del viejo c o n t i n e n t e , Zamná p r e t e n d í a d e s c e n d e r de los dioses, y su origen divino e r a el f u n d a m e n t o m á s sólido de su poder. El
había cuidado de divulgar esta especie por toda la tierra,
y cuando alguien le p r e g u n t a b a quién era, aprovechaba
esta ocasión p a r a r e s p o n d e r : ltzen caan, itzen muy al, «soy
la sustancia del cielo, soy el rocío de las nubes» (10). Las
portentosas dotes del caudillo maya daban fácil acceso á
esta creencia; p o r q u e la sencillez de los p u e b l o s primitivos
no les p e r m i t e explicarse de otra m a n e r a el valor y el talento de s u s h é r o e s .
Ya se c o m p r e n d e r á la p o d e r o s a influencia que debía ejer-
(8) El mismo, libro IV, capítulo I I I .
(9) Manuscrito
Troano, tomo I, § X.
(10) LIZAMA, extracto citado, n ú m e r o 4.—COGOLLI-DO, obra citada, libro IV,
capítulo V I I I .
cer en t o r n o de si un h o m b r e adornado de tan relevante
mérito. Sus s ú b d i t o s le consultaban en s u s asuntos domésticos, y los p u e b l o s c o m a r c a n o s le pedían consejo c u a n d o
alguna calamidad pública hacía peligrar su existencia. La
tradición a ñ a d e q u e t a m b i é n predecía las cosas f u t u r a s ,
y para q u e nada falte al h é r o e indígena q u e lo ponga al nivel de los mitos m á s c é l e b r e s del m u n d o antiguo, se a s e g u r a a d e m á s q u e s a n a b a á los e n f e r m o s y resucitaba á los
m u e r t o s . Esta última aserción hace s u p o n e r á Lizama y
Cogolludo q u e Zamná sería algún hechicero ó quizá el d e m o n i o m i s m o (11), q u e e n g a ñ a b a con apariencias á los pob r e s indios; p o r q u e , s e g ú n observan aquellos piadosos e s critores, sólo á Dios es dado el i n m e n s o poder de r e s u c i t a r
á los m u e r t o s .
No se sabe la época en q u e floreció Zamná, ni el n ú m e ro de años q u e su origen divino le permitió vivir sobre la
t i e r r a . Debió de h a b e r sido m u y largo, si se fija la a t e n ción en las g r a n d e s e m p r e s a s á q u e dió cima. Pero al fin,
cargado de gloria y de virtudes, descendió al sepulcro,
como c u a l q u i e r otro mortal. S u s vasallos y s u s discípulos
no se contentaron con llorar s u m u e r t e , sino q u e c e l e b r a r o n su apoteosis y erigieron sobre su t u m b a u n o de
los cuyos m á s gigantescos q u e se e n c u e n t r a n en la P e nínsula.
Si Zamná fué d u r a n t e s u vida el consejero de los p u e blos, d e s p u é s de su m u e r t e se convirtió en oráculo. Los
dos templos q u e se le erigieron en Itzmal, bajo los n o m b r e s
de ltzamatul
y de Kabul, e r a n c o n t i n u a m e n t e visitados,
no sólo por los fieles de la P e n í n s u l a , sino también por devotos peregrinos, q u e acudían de las regiones m á s d i s t a n t e s
á consultarle en s u s tribulaciones. Los sacerdotes eran los
encargados de i n t e r p r e t a r la voluntad de ltzamatul,
y las
n u m e r o s a s o f r e n d a s q u e la piedad depositaba en s u s a l t a -
(11)
Lugares citados.
4
res, eran u n a p r u e b a de la fe q u e el pueblo tenía en su dios
predilecto.
En los t i e m p o s fabulosos de m u c h o s pueblos antiguos,
se e n c u e n t r a n mitos m u y p a r e c i d o s al de Zamná. 1Termes,
en el Egipto, es c o n s i d e r a d o como el p a d r e de las ciencias,
el legislador y el b i e n h e c h o r de su pueblo; se le a t r i b u y e
la invención del l e n g u a j e , del alfabeto, de la escritura, de
la Geometría, de la Arimética, de la Astronomía y de la Medicina; es el f u n d a d o r de la religión y de las c e r e m o n i a s ;
el creador de la Escultura, de la A r q u i t e c t u r a , de la Música y de todas las a r t e s ; es, en fin, el símbolo de la inteligencia divina y la personificación del sacerdocio. En
la mitología griega r e p r e s e n t a el m i s m o papel Mercurio,
á quien se le s u p o n e hijo de la diosa Maya. El abate Brasseur se arroja sobre este ú l t i m o n o m b r e para e s t a b l e c e r
ciertas relaciones de afinidad e n t r e los mayas, los griegos
y los egipcios (12). ¡Ah! si f u e r a dado á Zamná leer lo q u e
se ha escrito sobre él en los ú l t i m o s tiempos, no dejaría
de e n c o n t r a r fuerzas p a r a l e v a n t a r la i n m e n s a mole q u e
descansa sobre su sepulcro, y protestar contra m u c h a s
aserciones, q u e quizá le h o n r e n demasiado, pero q u e c a recen de f u n d a m e n t o .
Tócanos ahora hablar de Kukulcán, otro mito m u y céleb r e de la teogonia maya, y tan parecido al a n t e r i o r , q u e
m u c h a s veces se les c o n f u n d e y se les cree uno solo. P e r o
á pesar de los p u n t o s de contacto q u e n a t u r a l m e n t e d e b e n
e n c o n t r a r s e e n t r e dos p e r s o n a j e s q u e r e p r e s e n t a n el m i s mo papel en la Historia, Z a m n á y K u k u l c á n , no s o l a m e n t e
son distintos, sino q u e , según todas las apariencias, son
los jefes ó r e p r e s e n t a n t e s de dos religiones o p u e s t a s q u e
se disputan en el antiguo Yucatán el imperio de las c o n ciencias. P a r e c e q u e la l u c h a se inició en Chichón Itzá, y
a u n q u e nos sería imposible decir con exactitud cuál f u é
su éxito, el ritual publicado por Landa indicaría q u e al fin
llegaron á amalgamarse. Quedó s i e m p r e , sin e m b a r g o , u n a
superioridad incontestable en favor del culto d e Itzamná,
p o r q u e m i e n t r a s q u e á éste se le consagran varias fiestas
q u e se celebran en toda la tierra, á Kukulcán sólo se le d e dica una en el d e c u r s o del año, q u e se celebra ú n i c a m e n te en la corte de los Tutul Xius, jefes de u n a de las t r i b u s
toltecas q u e a r r i b a r o n á la Península (13).
Este último indicio h a c e c o m p r e n d e r q u e K u k u l c á n es
u n a divinidad e x t r a n j e r a , á q u i e n favorece tal vez el éxito
de las armas; pero que no logra d e s t e r r a r de la c o n c i e n cia del pueblo el culto nacional de Itzamná. Otro a r g u m e n t o en favor de esta aserción es la e x t r a o r d i n a r i a semejanza q u e tiene el mito q u e nos ocupa con el Quetzalcoatl
mexicano (14). No hay hazaña ni prodigio q u e éste h u b i e s e
ejecutado, q u e no se haya atribuido también á Kukulcán:
ambos.son civilizadores, a m b o s f u n d a n u n a religión, a m bos se p r e s e n t a n al f r e n t e de veinte p e r s o n a j e s , q u e son
otros tantos colaboradores de su misión sagrada. Por último, parece q u e hasta la traducción d e a m b o s n o m b r e s da
un r e s u l t a d o idéntico: a m b a s p a l a b r a s significan en e s p a ñol serpiente adornada con plumas. Nada d i r e m o s de la etimología de Quetzalcoatl, p o r q u e i g n o r a m o s el idioma n a huatl ó tolteca á q u e p e r t e n e c e . En c u a n t o á la de K u k u l cán, ha sido repetida p o r tal n ú m e r o de etimologistas, q u e
t e n d r e m o s necesidad de aceptarla, a u n q u e nos parece un
poco violenta (15). De todas m a n e r a s , se adivina q u e la
(13)
LANDA, Relación,
página 398.
(1-1) L a misma semejanza tiene con el Gucumas
ó Cucumas
mala. P e r o como generalmente se cree que éste y Quetzalcoatl
de G u a t e -
son u n mismo
personaje, nos liemos limitado á hacer la comparación con el último.
(15)
(12)
Maya.
Introducción á la Relación,
de LANDA, § XIII—Vocabulario, palabra
BRASSÉÜR traduce de esta m a n e r a Kukul:
con plumas»; can, «serpiente». Kukul
«emplumado ó adornado
tiene tal acepción en su vocabulario; pero
la única autoridad en que se íunda es un manuscrito antiguo, que sin duda es
deidad tolteca fué bautizada con u n n o m b r e maya, al ser
introducida en el país, con el objeto de popularizarla.
Pero veamos ya lo q u e los historiadores dicen de K u k u l cán. Según Cogolludo, f u é un capitán invencible, c u y a s
hazañas le hicieron digno de o c u p a r u n lugar en los altar e s (10). Según las tradiciones tzendales (17), fué un g u e r r e r o ó sacerdote q u e d e s e m b a r c ó e n t r e Xicalango y C h a m potón, en compañía de Z a m n á (?). Según L a s Casas, citado
por el abate Brasseur, fué u n caudillo q u e se p r e s e n t ó en
México y Yucatán al f r e n t e de veinte personajes, con cuya
cooperación civilizó a m b o s países (18). T a m b i é n Cogolludo
cita á Las Casas p a r a d a r la misma noticia (19), con la
ú n i c a diferencia de q u e el jefe de la v e i n t e n a sagrada r e cibe aquí el extravagante n o m b r e de Cozas, q u e i n d u d a b l e m e n t e no p e r t e n e c e á la lengua maya. Multitud de h i s t o r i a dores han publicado d e s p u é s especies análogas, y a l g u n o s
h a n afirmado q u e los c o m p a ñ e r o s de K u k u l c á n ó Quetzal coatí vestían ropas talares, las cuales estaban a d o r n a d a s
con cruzes (20). Si se r e c u e r d a el e m p e ñ o q u e los escritor e s españoles h a n tenido e n p r o b a r q u e Santo Tomás vino
al Nuevo Mundo á p r e d i c a r el Cristianismo, acaso se c o m p r e n d e r á el origen d e todas estas versiones.
Hasta aquí el mito yucateco y el mito tolteca se c o n f u n den en uno solo. P e r o Landa se p r o p u s o d a r carta de na-
u n vocabulario maya, de que es poseedor el ciudadano americano Mr. B r o w n . Xo
conocemos este manuscrito; pero si haremos observar que el Diccionario
de
D. JUAN PÍO PÉREZ n o autoriza la traducción q u e nos ocupa. La que al p a r e cer autoriza es esta: Kukul-can,
«templo donde se adora la serpiente». Además,
n o sabemos que estuviese adornada con p l u m a s la serpiente con q u e se r e p r e -
turaleza en la P e n í n s u l a á Kukulcán, y nos da sobre él
m u y curiosos p o r m e n o r e s . Según este escritor (21), K u kulcán vino del Poniente — lo q u e c o n f i r m a r á su origen
nahuatl— y se p r e s e n t ó en Chichón Itzá, de cuya ciudad se
hizo jefe, por c i r c u n s t a n c i a s q u e la tradición no refiere.
La vida de un anacoreta de los siglos de oro del Cristianismo, sería pálida en comparación de la q u e K u k u l c á n
llevó d u r a n t e s u reinado. No tuvo m u j e r ni hijos, ni dió
señales j a m á s de q u e el bello sexo f u e s e para él u n a t e n tación. P a r e c e q u e se dedicó con especialidad á calmar
algunas t u r b u l e n c i a s q u e por aquella época habíali surgido
en el país. ¿De q u é género fueron estas turbulencias?
Según las tradiciones recogidas por Landa (22), r e i n a r o n
en Chichón tres h e r m a n o s , en u n a época q u e no d e t e r mina. Estos príncipes llevaron una vida a u s t e r a y g o b e r n a r o n á su pueblo con acierto y sabiduría, m i e n t r a s p e r manecieron unidos. Desgraciadamente, uno de ellos se
a u s e n t ó ó m u r i ó , y d e s d e aquel instante s u s antiguos colegas dieron r i e n d a suelta á s u s pasiones y su gobierno se
hizo despótico y tirano. Pero entonces s u s súbditos se a m o tinaron y los asesinaron en el m i s m o palacio q u e habían
construido p a r a sí (23).
¿Kukulcán se p r e s e n t ó a n t e s ' ó d e s p u é s de esta c o n m o ción popular? ¿Fué la q u e apaciguó? ¿Contribuyó á p r o m o verla? ¿Fué el h e r m a n o q u e se ausentó ó murió? Inútil
sería b u s c a r la solución á estas cuestiones en la Relación
de Landa. El abate B r a s s e u r opina que varios p e r s o n a j e s
toltecas inmigraron s u c e s i v a m e n t e al país bajo el n o m b r e
de Kukulcán, y se inclina á c r e e r q u e el reinado de los tres
h e r m a n o s tuvo lugar e n t r e el de dos K u k u l c a n e s . Pero
expliqúese como se q u i e r a el motivo de las t u r b u l e n c i a s
sentaba á K u k u l c á n .
(16) Historia
(17)
Boletín
de Yucatán,
de la Sociedad
libro IV, capitulo V I I I .
mexicana
de Geografía
ca II, tomo III, página 114.
(18)
Manuscrito
Troano,
de Yucatán,
tomo I, página 72.
(19)
Historia
(20)
ROA BARCENA, obra citada, parte I, § V I L
libro IV, capitulo VI.
y Estadística,
épo(21)
Relación
(22)
Obra citada, § III.
citada, § VIí.
(23)
El mismo, lugar citado.
de Chichón, s i e m p r e a p a r e c e r á , en n u e s t r o concepto, lo
q u e antes h e m o s a p u n t a d o . En Chichón tuvo origen la serie
de g u e r r a s políticas y religiosas q u e agitaron al país d u r a n t e m u c h o s siglos, en las cuales se veía l u c h a r de un
lado el e l e m e n t o primitivo, r e p r e s e n t a d o por los itzaes, y
del otro el e l e m e n t o tolteca acaudillado por los mayas.
P r o b a b l e m e n t e la agitación q u e se dedicó á calmar el I í u kulcán de Landa fué u n a reacción promovida en favor del
sistema q u e d e s t r u y ó ó del príncipe á quien depuso.
t
Esta agitación fué de tal naturaleza, q u e el caudillo sólo
pudo t e r m i n a r l a e f e c t u a n d o u n a separación e n t r e los dos
b a n d o s opuestos, q u e d e s d e e n t o n c e s a p a r e c e n llamándose
itzaes y mayas. No tomó esta resolución sin consultarla a n t e s
con los p r í n c i p e s y los s a c e r d o t e s de la tierra, y cuando
estuvo seguro de q u e la medida sería g e n e r a l m e n t e a c e p t a da, f u n d ó la c i u d a d de Mayapán, en el lugar en q u e todavía
hoy contempla el viajero s u s r u i n a s . Dejó en Chichón á los
itzaes, y él se trasladó á la nueva población con todos
s u s adeptos, q u e e r a n los mayas, los cuales vivieron desde
aquella época en completa a r m o n í a , ejerciendo sin t e m o r , y
acaso e x c l u s i v a m e n t e , la religión q u e les había enseñado.
No o s a r e m o s a f i r m a r con precisión cuál fué el gobierno
q u e estableció K u k u l c á n en su Imperio. Pero es de c r e e r
q u e h u b i e s e sido teocrático, así p o r q u e la teocracia parece
característica de los p u e b l o s primitivos, como p o r q u e , d e biendo su origen Mayapán á la división religiosa q u e estalló en Chichón, d e b e s u p o n e r s e q u e el sacerdocio q u e la
promovió h u b i e s e a s u m i d o también el gobierno civil con
el objeto de m a n t e n e r su p o d e r . P r e t é n d e s e , no obstante,
q u e c u a n d o trató de d a r s e un s u c e s o r , no lo b u s c ó e n t r e
la clase sacerdotal, sino e n t r e la de los g u e r r e r o s , y se fijó
en un individuo l l a m a d o Cocorn, q u e pertenecía á u n a familia rica y antigua d e la Península (24). En otro lugar
(24)
LANDA, Relación
de las cosas de Yucatán,
§ VI.
t r a t a r e m o s m á s e x t e n s a m e n t e esta materia, y veremos q u e
se conservaban algunos vestigios de teocracia en el i n m e n s o p o d e r q u e estaba depositado en el s u m o sacerdote y
en la influencia q u e ejercía sobre todas las clases de la
sociedad.
Satisfecho al fin K u k u l c á n de h a b e r traído la paz y la
felicidad al suelo yucateco, desapareció un día tan m i s t e r i o s a m e n t e como había venido. Más feliz q u e Zamná, supo
a p r o v e c h a r su origen divino para volar al cielo (25), a u n q u e no faltaron i n c r é d u l o s q u e le s u p u s i e r o n un fin m e n o s
prodigioso. Según éstos, se volvió á México, pasando p o r
Champotón, y á fin de q u e este puerto conservase un r e c u e r d o e t e r n o de q u e había sido h o n r a d o con su visita,
construyó d e n t r o del m a r un templo soberbio á poca distancia de la orilla. Esta diversidad de opiniones no impidió q u e el caudillo fuese g e n e r a l m e n t e venerado como un
dios, y s u s discípulos y s u c e s o r e s le levantaron templos en
todas las c i u d a d e s q u e con el tiempo llegaron á d o m i n a r .
(25)
El mismo, obra citada, página 298.
CAPÍTULO V
Rápida ojeada sobre las construcciones mayas—Montículos.—Edificios c o n s truidos sobre ellos.— Puertas, bóvedas, paredes, ornamentación.— Usos á que
estuvieron destinados.—Calzadas.—Aguadas artificiales.—Antigüedad d e las
ciudades de la Península.—Quiénes fueron sus constructores.—Diversidad de
opiniones sobre ambas materias.
Antes de referir los pocos sucesos q u e c o n o c e m o s de
nuestra antigua historia, nos parece necesario a r r o j a r u n a
m i r a d a sobre el escenario en q u e van á desarrollarse. Nos
l i m i t a r e m o s á p r e s e n t a r un simple bosquejo, no p o r q u e las
r u i n a s de q u e está s e m b r a d o el país no m e r e z c a n un prof u n d o y detenido e x a m e n , sino p o r q u e nos i m p i d e n hacerlo las pocas nociones q u e t e n e m o s de Arqueología y los límites q u e h e m o s i m p u e s t o á n u e s t r o libro. El lector q u e
desee un estudio m á s extenso sobre la materia q u e f o r m a
el objeto de este capítulo, p u e d e consultar á S t e p h e n s , el
arqueólogo m á s inteligente sin d u d a q u e haya visitado
hasta aquí la P e n í n s u l a .
Hay un p u n t o de vista b a j o el cual Yucatán no tiene comparación con ningún pueblo del m u n d o : el excesivo n ú m e r o de poblaciones, con cuyos vestigios tropieza á cada
instante el viajero, en la r e d u c i d a extensión de su suelo.
A cada paso q u e da, ve descollar e n t r e la selva la cima de
u n a colina artificial, c u b i e r t a de vegetación, y q u e antiguam e n t e sostuvo sin d u d a el templo de u n dios ó el palacio
de u n r e y . Si como otro países de América, observa Landa,
han c o b r a d o fama por s u s r u i n a s , h u b i e s e alguno q u e la
debiese c o b r a r por su a r q u i t e c t u r a , ninguno sería m á s
digno de ella q u e Yucatán, por el n ú m e r o , la belleza y la
solidez de s u s edificios (1). «En n u e s t r o i r r e g u l a r y tortuoso c a m i n o , dice Stephens, h e m o s descubierto los vacilant e s restos de c u a r e n t a y cuatro c i u d a d e s antiguas, la m a yor parte de ellas s e p a r a d a s á corta distancia, y sin ningun a comunicación actual, á causa de los g r a n d e s cambios
q u e se han obrado en el país» (2). En c u a n t o al abate
Brasseur de B o u r b o u r g , q u e profesa á las a n t i g ü e d a d e s de
Yucatán una admiración sin límites, opina q u e todos los
viajeros, incluso el m i s m o S t e p h e n s , no han descrito ni la
milésima parte de n u e s t r a s r u i n a s , y c r e e q u e una investigación escrupulosa, practicada por arqueólogos c o m p e tentes, r e u n i r í a el material suficiente para llenar todos los
m u s e o s de América y de E u r o p a (3).
El carácter d o m i n a n t e de las c o n s t r u c c i o n e s mayas es
q u e todas descansan sobre u n a elevación artificial, que presenta en lo general la figura de una p i r á m i d e ó de un cono.
Si en la actualidad no s i e m p r e aparece perfecta esta forma,
acaso se deba m e n o s á la impericia del artífice q u e á la
destrucción o b r a d a por el t r a n s c u r s o de los siglos. Casi
todos estos mules ó kúes, como se les llama en el idioma
antiguo del país, son de p r o p o r c i o n e s colosales. Muchos
descansan sobre u n a base de q u i n i e n t o s pies en c u a d r o , y
el de Oilam, q u e pasa por uno de los mayores de la P e nínsula, tiene m á s de cuatrocientos de largo p o r cincuenta
de elevación, según el cálculo de Stephens. La c o n s t r u c ción está h e c h a sencillamente de piedras y tierra, y acaso
en la antigüedad todos soportaban hasta la cima g r a n d e s
escalinatas, q u e en su mayor parte han d e s a p a r e c i d o .
La p i r á m i d e ó el cono están s i e m p r e t r u n c a d o s en su
vértice, para dar asiento á un edificio m á s ó m e n o s vasto,
(1)
(2)
LANDA, Relación citada, § XL1I.
STEPHENS, Viaje á Yucatán, tomo II, capitulo XXIV.
(3)
Archicos
ele la Comisión
científica
fie México,
tnmo I, página 458.
m á s ó m e n o s grandioso, s e g ú n e r a p r o b a b l e m e n t e el objeto
á q u e estaba destinado. Las p a r e d e s tienen en lo general
un espesor e x t r a o r d i n a r i o ; m u c h a s están revestidas en el
exterior de piedra labrada, y algunas p r e s e n t a n una rica
profusión de adornos, esculpidos en bajo relieve sobre alguna de sus caras. Bustos y cabezas h u m a n a s , figuras de
animales y geroglíficos q u e nadie ha podido descifrar,
constituyen en lo g e n e r a l estos adornos. El p r i m o r de la
o r n a m e n t a c i ó n suele desplegarse en a n c h a s y elevadas cornisas, y el e s p e c t a d o r no sabe q u é a d m i r a r m á s en el a r tista, si el prodigioso n ú m e r o de p e q u e ñ a s piezas con q u e
compuso su obra, ó la belleza y la n a t u r a l i d a d de las escenas que representa.
El interior del edificio es g e n e r a l m e n t e sombrío, á causa
de la falta de v e n t a n a s q u e den paso á la luz. El techo está formado por esa bóveda característica y original de las
c o n s t r u c c i o n e s a m e r i c a n a s . Las dos p a r e d e s q u e la sostienen comienzan á inclinarse d e s d e cierta altura, como p a r a
j u n t a r s e ; pero a n t e s de f o r m a r el ápice, dejan, poco m á s
ó menos, el espacio de un pie c u b i e r t o de u n a capa espesa
ele piedras. Este género de construcción no permitió al arquitecto dar b a s t a n t e a n c h u r a á las piezas; pero m u c h a s
tienen en cambio u n a longitud d e s m e s u r a d a . Todos estos
detalles, incluso el de la oscuridad, estaban quizá hábilm e n t e calculados p a r a las e s c e n a s s o m b r í a s y m i s t e r i o s a s
que se r e p r e s e n t a b a n e n t r e s u s m u r o s .
Se e n t r a al edificio p o r p u e r t a s o r d i n a r i a m e n t e bajas,
a u n q u e hay a l g u n a s de m u y bellas proporciones. Los d i n teles son g e n e r a l m e n t e de m a d e r a , y m u c h o s de ellos están
tan r i c a m e n t e esculpidos, q u e á pesar de la destrucción
o b r a d a por el tiempo, todavía causan la admiración de
c u a n t o s tienen la o p o r t u n i d a d de examinarlos. He aquí
cómo se expresa S t e p h e n s de uno q u e e n c o n t r ó en las r u i n a s de Kabah: «Aunque o r i g i n a r i a m e n t e no se componía
sino de dos, a h o r a consta de tres piezas este dintel, p u e s
El todo del edificio suele c o n t e n e r varios d e p a r t a m e n t o s ,
en cuyo c e n t r o se e n c u e n t r a un a n c h o y extenso patio, no
m e n o s a d o r n a d o q u e el e x t e r i o r . Figura alguna vez e n t r e
las e s c u l t u r a s u n a s e r p i e n t e colosal, imagen de Ivukulcán,
q u e da u n a vuelta e n t e r a al patio hasta j u n t a r la cabeza
con la cola. T a m b i é n se e n c o n t r a b a n en otro tiempo e s t a tuas de piedra ó de b a r r o , q u e r e p r e s e n t a b a n sin d u d a á
los dioses del país ó á los h é r o e s q u e se habían i n m o r t a l i zado con s u s hazañas. Pero la mayor parte de estos objetos
han desaparecido; p o r q u e los indios los d e s t r u y e n cuando
p u e d e n , á causa de q u e , según dicen, las figuras se a n i man d u r a n t e la n o c h e y van á las poblaciones vecinas á
i n t e r r u m p i r el s u e ñ o de sus h a b i t a n t e s .
u n a de las vigas se había r a j a d o por el medio
La p a r t e
s u p e r i o r de la cara exterior estaba carcomida
El diseño r e p r e s e n t a u n a figura h u m a n a en pie sobre u n a serpiente. Tiene la cara b o r r a d a y gastada; el tocado de la cabeza
lo f o r m a un p l u m a j e , y el c a r á c t e r general de la figura y
a d o r n o s es el m i s m o q u e el de las figuras q u e se e n c u e n t r a n en las p a r e d e s del P a l e n q u e
Sus perfiles claros y
distintos, y todo el g r a b a d o , caso q u e se s u j e t a r a á un e x a m e n , sin referencia al pueblo q u e lo e j e c u t a r a , se c o n s i deraría como u n a m u e s t r a de la inteligencia y a d e l a n t o s
en el a r t e de g r a b a r en madera» (4).
(I)
Viaje á Yucatán,
tomo I, capítulo X V I I .
Casi todas las c o n s t r u c c i o n e s m a y a s están m a r c a d a s con
u n a señal q u e e s t r e m e c e g e n e r a l m e n t e al q u e la m i r a . Es
la impresión de u n a m a n o roja, e s t a m p a d a e n la p a r e d ,
con los dedos abiertos y e x t e n d i d o s . Los indios dicen q u e
es la mano del genio ó señor (yum) de los edificios, q u e
desde las regiones invisibles vela por su propiedad. S t e p h e n s asegura q u e la mano roja es un signo usado todavía
e n t r e varias t r i b u s n o r t e a m e r i c a n a s , y agrega q u e «dicho
vestigio se ve c o n s t a n t e m e n t e sobre los vestidos de búfalo
y o t r a s pieles ele a n i m a l e s salvajes, traídos por los cazador e s de las m o n t a ñ a s Rocallosas» (5).
Cualquiera q u e sea la impresión q u e d o m i n e al observador m i e n t r a s vaga e n t r e estas r u i n a s , d e s d e el m o m e n t o en
q u e desciende al llano y p u e d e c o n v e r t i r s u s ojos al e d i f i cio q u e acaba de a b a n d o n a r , su elevación sobre la colina,
s u s m u r o s plagados de adornos y los árboles s e c u l a r e s q u e
han arraigado e n t r e s u s e s c o m b r o s sin lograr su d e s t r u c ción total, le h a c e n r e n d i r un h o m e n a j e de a d m i r a c i ó n al
pueblo gigante q u e levantó tan s o b e r b i a s construcciones.
Si al lado de ellas c o n t e m p l a las de la raza c o n q u i s t a d o r a ,
como sucede en Izamal, ¡cuán p e q u e ñ a y raquítica le p a r e ce esta, á pesar de s u civilización! Si, como s u c e d e con casi
todas las d e m á s , las c o n t e m p l a e n m e d i o de la selva, lejos
de todo ruido h u m a n o q u e distraiga s u atención, la i m a ginación se convierte i n v o l u n t a r i a m e n t e á las e s c e n a s sangrientas q u e d e b i e r o n p r e c e d e r á su a b a n d o n o , y un s e n timiento de p r o f u n d a melancolía o p r i m e el corazón.
F u e r a de las c i u d a d e s mayas, y en el corto espacio q u e
las separaba e n t r e sí, había o t r a s c o n s t r u c c i o n e s d e distinto género, no m e n o s n o t a b l e s q u e las q u e a c a b a m o s de
m e n c i o n a r . Todas las .poblaciones q u e tenían alguna i m portancia política ó religiosa, e s t a b a n u n i d a s por medio de
g r a n d e s calzadas, l e v a n t a d a s g e n e r a l m e n t e á un m e t r o de
altura sobre el nivel del llano. E s t a b a n h e c h a s de p i e d r a y
de u n a f u e r t e mezcla ó a r g a m a s a , cuyo secreto se s u p o n e
perdido en el país (6). La a n c h u r a de estas vías t e n i a d i versas d i m e n s i o n e s : la q u e iba de Nohpat á U x m a l e r a de
catorce pies, s e g ú n el testimonio de u n escritor a n ó n i m o
q u e la reconoció (7); y C r a s s e u r s u p o n e q u e tenía poco
—-
i.
(5)
Viaje á Yucatán,
(6)
BRASSEUR
México,
(7)
Yucateco,
Si los templos de los mayas, s u s palacios y sus vías de
comunicación, están excitando y excitarán todavía la a d miración de la posteridad, no son m e n o s dignas de este sentimiento las c o n s t r u c c i o n e s q u e e m p r e n d i e r o n p a r a p r o veerse de agua en las á r i d a s regiones q u e habitaban. La
falta de este e l e m e n t o tan indispensable á la vida, en alg u n o s p a r a j e s d o n d e la Naturaleza no había colocado s i quiera un cenote, sugirió á los antiguos h a b i t a n t e s del país
la idea de c o n s t r u i r r e c e p t á c u l o s i n m e n s o s p a r a recoger
las aguas del cielo en la estación de las lluvias. Escogíase
para la construcción, allí d o n d e el t e r r e n o lo p e r m i t í a , u n o
de esos valles ligeros, casi imperceptibles al p r i m e r golpe
de vista, formados por las o n d u l a c i o n e s del t e r r e n o . Donde la superficie e r a del todo plana, solía f o r m a r s e a r t i f i cialmente el valle. En el c e n t r o de esta depresión c o n s truíase un e s t a n q u e a n c h o y p r o f u n d o , cuyas d i m e n s i o n e s
variaban según el poder y la necesidad de s u s constructores. A fin de impedir las infiltraciones del agua, c u b r í a n e l
fondo con g r a n d e s p i e d r a s labradas, a d h e r i d a s e n t r e sí por
medio de un b a r r o rojo y oscuro, y colocadas la u n a sobre
la otra.
No t e r m i n a b a aquí la c o n s t r u c c i ó n , p o r q u e en el c e n t r o
de este fondo y hacia las m á r g e n e s se abrían pozos y c i s t e r n a s ó casimbas en el m a y o r n ú m e r o posible (10). I n -
tomo II, capitulo II.
DE BOÜRBOURG, Archicos
de
tomo II, página 47.
Registro
m a s ó m e n o s de doce m e t r o s la q u e unía á T - h ó con Itzm a l . Cree también el abate q u e la calzada tenía u n a c o n vexidad ligera y q u e los lados estaban protegidos por c a n a les v b a n q u e t a s (8), lo m i s m o q u e las calles de u n a c i u d a d .
El viajero podía tener la s e g u r i d a d de no morir de sed dur a n t e su m a r c h a , p o r q u e á poca distancia de la vía se h a bían construido de t r e c h o en trecho aljibes ó c i s t e r n a s (9).
tomo II, página 258.
la
Comisión
científica
de
(8)
BRASSEUR DE BOURBOURG, l u g a r c i t a d o .
(9)
Registro
(10)
Yucateco,
tomo II, página 272.
Véase en el Viaje á Yucatán,
de STEPIIENS, la descripción de la
m e n s a era la cantidad de agua q u e d u r a n t e las lluvias recogían estos depósitos, p u e s no sólo se a p r o v e c h a b a la q u e
caía sobre el m i s m o e s t a n q u e , sino hasta la q u e venía de
las p e n d i e n t e s q u e f o r m a b a n el valle. No una, sino hasta
varias poblaciones, d e p e n d í a n á veces de u n a sola aguada,
con cuyo n o m b r e son conocidas hoy en el país estas c o n s trucciones. Cuando la estación de la seca se prolongaba
m u c h o , el contenido del recipiente principal solía agotarse; pero e n t o n c e s q u e d a b a el agua de los pozos y de las
cisternas p a r a el consuelo de la c i u d a d , ' q u e allí apagaba su
sed.
No debe d e d u c i r s e
aguadas del país sean
de la Naturaleza, y el
b a b l e m e n t e reconoce
notes.
de esta descripción
artificiales. Varias de
agua inagotable q u e
el m i s m o origen que
q u e todas las
ellas son o b r a
c o n t i e n e n prola de los ce-
El lector q u e no tenga p r o p e n s i o n e s de anticuario, apen a s podrá f o r m a r s e u n a idea de la m u l t i t u d de opiniones y
c o n j e t u r a s á q u e h a n d a d o m a r g e n las r u i n a s de la P e n í n sula. Su objeto, su a n t i g ü e d a d y sus a u t o r e s han promovido largas y acaloradas polémicas, de q u e a p e n a s p o d r e m o s
dar u n a idea en n u e s t r a historia.
Comencemos por los montículos. ¿Cuál fué el pueblo gigante q u e levantó esas m o l e s i n m e n s a s , s e m b r a d a s con
tanta profusión en la superficie de la Península? El b a r ó n
Fridrichshal observa q u e la i n m e n s a mayoría de la población maya debía c o m p o n e r s e de esclavos, cuyos brazos se
emplearon sin d u d a en e s t a s construcciones; p o r q u e ele lo
contrario, sólo el salario de los obreros h u b i e r a bastado p a r a
c o n s u m i r las r e n t a s del I m p e r i o m á s floreciente (11). E s t á aguada de Nohyaxché, que m a n d ó limpiar el S r . D. Leonardo T r e j o . El abate
BRASSEUR (Archivos de la Comisión
científica, tomo II, página 260) describe
unas aguadas de Uxmal, e n tales términos, que parece haber copiado la relación del viajero americano hasta en sus menores detalles.
(11)
Carta dirigida á D. Justo Sierra en 21 de abril de 1841.
mos c o n f o r m e s con la observación, q u e por otra parte está
de a c u e r d o con lo poco q u e conocemos del derecho público
de aquel pueblo. ¿Pero con q u é objeto construyó los m o n tículos? ¿Sería con la simple idea de dar á s u s edificios un
aspecto i m p o n e n t e y majestuoso? Si es cierto q u e Yucatán
fué alguna vez i n u n d a d o por el mar, como parece d e m o s trarlo la tradición del Eunyecil, ¿desearía p o n e r s e al abrigo
de n u e v a s inundaciones? Las c e r e m o n i a s del culto y los
actos de la vida pública, ¿exigirían q u e el sacerdote ó el
príncipe estuviesen en un lugar elevado, á la vista del pueblo reunido? ¿Se habría tenido, en fin, el p e n s a m i e n t o de
hacer de cada templo y de cada palacio u n a fortaleza con tra las conmociones populares ó contra las agresiones del
exterior?
No hay en n u e s t r a historia datos q u e nos autoricen á f o r m u l a r u n a opinión precisa sobre el p a r t i c u l a r . El a b a t e
B r a s s e u r s u p o n e q u e la idea primitiva de los c e r r o s artificiales f u é sugerida á los a m e r i c a n o s por la forma en q u e se
levantaron las montañas, á impulso de la potencia volcánica, en los días de cataclismo (12). Cogolludo se inclina
á c r e e r q u e estas c o n s t r u c c i o n e s eran o r d e n a d a s por el d e monio, con el objeto de gozarse en el excesivo trabajo q u e
costaban á los p o b r e s indios, q u e lo a d o r a b a n (13).
En c u a n t o á los edificios c o n s t r u i d o s sobre los t e r r a p l e nes, se ha suscitado también u n a discusión s o b r e el objeto
á q u e p u d i e r o n estar destinados. S t e p h e n s c r e e q u e pudieron servir de habitaciones á la raza q u e los c o n s t r u y ó . Don
Justo Sierra, uno de n u e s t r o s compatriotas q u e m á s se h a n
ocupado de la historia del país, opina q u e sólo e s t u v i e r o n
destinados al culto y á los a s u n t o s públicos; pero q u e j a m á s
estuvieron habitados por el h o m b r e (14). F ú n d a s e en q u e no
(12)
(13)
Manuscrito
Troano, tomo I, página 213.
Historia de Yucatán, libro V, capitulo V.
(LT)
Viaje
á
Yucatán,
por
STEPHEXS, c o n n o t a s d e D . JUSTO S I E R R A . — L a s
opiniones del autor y del auotador p u e d e u verse en muchos pasajes de la obra.
se han e n c o n t r a d o entre s u s r u i n a s d e p a r t a m e n t o s de n i n guna especie q u e revelen el hogar d o m é s t i c o . Pero existen,
contra la opinión del escritor y u c a t e c o , datos históricos q u e
dan testimonio de q u e esos edificios, t e m p l o s ó palacios,
estuvieron habitados, c u a n d o m e n o s , p o r los p r i n c i p e s y los
sacerdotes. En Itzmal existía una g r a n casa, c o n s t r u i d a en
u n o de los montículos m á s soberbios d e la ciudad, d o n d e los
m i n i s t r o s de Itzamatul t e n í a n s u s h a b i t a c i o n e s (15). En alg u n o s d e p a r t a m e n t o s de l l x m a l se h a n e n c o n t r a d o a l g u n o s
vestigios que, mal q u e pese al a b a t e B r a s s e u r de Bourbourg,
p r u e b a n q u e han servido de d o r m i t o r i o á los mayas (16).
Reina u n a gran confusión e n t r e los sabios, los a n t i c u a rios y los historiadores sobre la é p o c a en q u e p u d i e r o n
ser levantadas las c o n s t r u c c i o n e s de q u e nos venimos o c u pando. ¡Hay, por lo m e n o s , u n a d i f e r e n c i a de t r e s ó c u a tro mil a ñ o s en los cálculos q u e se h a n a v e n t u r a d o s o b r e
esta materia!
El capitán Dupaix, enviado al Nuevo Mundo en la é p o c a
de Carlos III con u n a comisión científica, p r e s u m e q u e
las r u i n a s del P a l e n q u e son a n t e d i l u v i a n a s (17). A h o r a
bien; como hay escritores q u e a s e g u r a n q u e las c i u d a d e s
yucatecas — por lo m e n o s Mayapán — son c o n t e m p o r á n e a s
de la célebre capital del I m p e r i o votanida (18), sería p r e ciso concluir q u e t a m b i é n son a n t e d i l u v i a n a s a l g u n a s de
las r u i n a s esparcidas en n u e s t r o s u e l o . El abate B r a s s e u r ,
q u e se inclinaba algo á lo maravilloso en los últimos d í a s
(15)
(19)
Estos vestigios son unos rodillos de m a d e r a , vulgo hamaqueros,
en
que el abate BRASSEUR no quiere ver e l l u g a r en q u e los mayas colgaban sus
hamacas, bajo el pretexto de que no se servían de ellas e n aquella región del
país.
(17)
PRESCOTT, Historia
parte I.—STEPIIENS, Inciclents
Yucatán,
(18)
W a l d e c k , á pesar de la poca reputación q u e goza como
arqueólogo, sólo se atrevió á dar treinta ó c u a r e n t a siglos
de antigüedad á algunas de n u e s t r a s ciudades. No han faltado escritores q u e participen de la misma opinión, fun dados en el grosor de algunos árboles arraigados e n t r e las
r u i n a s y en la acumulación de musgo vegetal, á n u e v e pies
de p r o f u n d i d a d . «Esto, en n u e s t r a s latitudes—dice un céleb r e historiador n o r t e a m e r i c a n o — s e r í a p r u e b a decisiva de
remota antigüedad; pero en el rico suelo de Yucatán, y
bajo el ardiente sol de los trópicos, la vegetación se d e s arrolla con fuerza e x u b e r a n t e y las generaciones de plantas se suceden sin intermisión, dejando un depósito q u e
h a b r í a perecido bajo el invierno del Norte. Otra p r u e b a de
antigüedad es q u e , en los atrios de las r u i n a s de U x m a l ,
el pavimento de g r a n i t o , d o n d e están esculpidas en bajo
relieve figuras de tortugas, está casi liso en virtud de las
pisadas de la m u c h e d u m b r e q u e ha pasado por e n c i ma» (19). Estas tortugas, expuestas á las pisadas de la
m u c h e d u m b r e , sólo h a n existido en la imaginación de
W a l d e c k , de cuya obra sobre Yucatán han copiado otros
escritores la noticia. Es v e r d a d q u e hay m u c h a s e s c u l t u r a s de esta especie en Uxmal; pero sólo se presentan s o b r e
las p u e r t a s y en las cornisas (20).
LIZAMA, e x t r a c t o c i t a d o , n ú m e r o 4.—LAXDA y COGOLLUDO c o r r o b o r a n
este hecho.
(16)
d e su c a r r e r a literaria, ¿participaría de la misma creencia
al p r e s u m i r q u e algunos de los m o n u m e n t o s mayas estaban ya en pie a n t e s de la inundación?
de la conquista
of traeel
de México,
in Central
tomo II, apéndice,
América,
Chiapas
and
f r a g m e n t o p u b l i c a d o p o r D. JI;STO S I E R R A .
Arehicos
de la Comisión
científica
de México,
tomo II, página 25.
PRESCOTT, Historia
de la conquista
de México,
ubi
supra.
(20) Podríamos citar el testimonio de todos los viajeros, asi nacionales como extranjeros, que lian visitado á Uxmal; pero nos limitaremos á citar á STEI'IIENS, tomo I, capítulo X X I V de su Viaje á Yucatán,
en donde dice: «Engañado por el relato de WALDECK, q u e dice hallarse todo aquel pavimento esculpido de tortugas, consumí una m a ñ a n a en hacer excavaciones para limpiar el
piso de la tierra allí acumulada, y no hallo cosa alguna de aquella especie.»—
Véase, además, el capitulo VIII del mismo tomo y el fragmento mencionado
arriba.
- ( 66 ) que
Ordóñez, F u e n s a l i d a y a l g u n o s o t r o s o b s e r v a d o r e s
tuvieron
o p o r t u n i d a d de visitar el p a í s
en
los p r i m e -
ros t i e m p o s de la d o m i n a c i ó n e s p a ñ o l a , ó d e
comuni-
c a r s e con los q u e
erección
lo visitaron, juzgan q u e la
de s u s p o b l a c i o n e s p r i n c i p a l e s f u é a n t e r i o r , e n m a y o r ó
menor número
d e años, á la E r a c r i s t i a n a .
naremos aquí estas opiniones,
No e x a m i -
porque tendremos
mejor
o p o r t u n i d a d p a r a o c u p a r n o s d e ellas e n el c a p í t u l o
si-
guiente.
El b a r ó n F r i d r i c h s t i a l , d e s p u é s d e u n e x a m e n
rápido
s o b r e la e s t r u c t u r a de los edificios m a y a s , c u y a solidez le
p a r e c e i n f e r i o r á la d e o t r o s del Antiguo M u n d o , y s o b r e las
p i e d r a s , la t i e r r a y la m a d e r a e m p l e a d a s e n s u
construc-
ción, c r e e q u e a p e n a s h a b r á seis ó s e t e c i e n t o s a ñ o s
que
f u e r o n l e v a n t a d o s (21). La vegetación, q u e tan r á p i d a m e n t e
n a c e y se d e s a r r o l l a e n los p a í s e s s i t u a d o s b a j o los t r ó p i cos, las copiosas l l u v i a s y o t r o s f e n ó m e n o s a t m o s f é r i c o s
q u e d e b e n influir e n los d i n t e l e s de m a d e r a e x p u e s t o s al
• aire libre, le s i r v e n d e f u n d a m e n t o p a r a s u p o n e r q u e , si
t u v i e r a n m a y o r a n t i g ü e d a d , n o h a b r í a u n a sola f á b r i c a q u e
p e r m a n e c i e s e en pie.
T r a s de t o d a s e s t a s o p i n i o n e s viene la de S t e p h e n s , q u i e n
c r e e q u e U x m a l y a l g u n a s o t r a s c i u d a d e s q u e visitó e n s u
viaje á Y u c a t á n , e s t a b a n t o d a v í a h a b i t a d a s p o r los a b o r í g e n e s e n la época d e la c o n q u i s t a e s p a ñ o l a . S u c o n s t r u c ción, con este m o t i v o , le p a r e c e m u y r e c i e n t e y la a t r i b u y e
á la raza c u y o s d e s c e n d i e n t e s viven todavía e n t r e n o s o t r o s
ó a l g u n o s d e s u s p r i m o g e n i t o r e s no m u y r e m o t o s (22). El
ingenioso viajero, p a r a f u n d a r s u o p i n i ó n , a d u c e a l g u n a s
p r u e b a s a r q u e o l ó g i c a s m u y s e m e j a n t e s á las de F r i d r i c l i -
(21)
Carta citada.
(22)
Viaje á Yucatán,
tomo II, capitulo XXIV.—La misma opinión
ex-
presa el viajero americano en otros p a s a j e s de esta obra y e n el fragmento otras
veces citado.
s h a l , y a c u m u l a p o r c i ó n d e d a t o s y citas h i s t ó r i c a s q u e
llegarán a l g u n a vez á d e s l u m h r a r al lector, p e r o n u n c a á
c o n v e n c e r l e . N u e s t r o i l u s t r a d o c o m p a t r i o t a D. J u s t o S i e r r a , c o m b a t i ó con éxito esta teoría e n las n o t a s con q u e
ilustró la o b r a del e s c r i t o r a m e r i c a n o .
Si la a n t i g ü e d a d de las c i u d a d e s del N u e v o Mundo, e n t r e
las q u e d e s c u e l l a n e n p r i m e r a línea las de n u e s t r o país, h a
d a d o m a r g e n á tal d i v e r s i d a d d e opiniones, no es m e n o r el
n ú m e r o d e las q u e se h a n s u s c i t a d o con r e s p e c t o á s u s a u tores. Ligada esta c u e s t i ó n con la del p r i m e r o r i g e n d e los
p o b l a d o r e s de A m é r i c a , m u c h o s p u e b l o s del viejo c o n t i n e n t e h a n sido l l a m a d o s á j u i c i o p a r a a t r i b u i r l e s la gloria
de su a r q u i t e c t u r a . P e r o e n vano se h a n b u s c a d o t r a d i c i o n e s q u e n o e x i s t e n y analogías q u e s e d e s v a n e c e n al p r i mer examen.
E s t a s c o n s t r u c c i o n e s no son ciclópeas, ni s e p a r e c e n á
las o b r a s g r i e g a s y r o m a n a s , ni e x i s t e en t o d a la E u r o p a
algo s e m e j a n t e á ellas. T a m p o c o son de origen c h i n o , poiq u e n a d a t i e n e n de c o m ú n con la a r q u i t e c t u r a a c t u a l d e la
China, y ya s e s a b e q u e e s t e e s u n p u e b l o e s t a c i o n a r i o ,
q u e h a v a r i a d o m u y poco ó n a d a en los m i l l a r e s de a ñ o s q u e
c u e n t a d e e x i s t e n c i a . Menos se p a r e c e n á las del I n d u s ,
p o r q u e los edificios m a y a s d e s c a n s a n s o b r e a l t u r a s a r t i ficiales, m i e n t r a s q u e las r u i n a s d e la a r q u i t e c t u r a í n d i c a
representan excavaciones inmensas, soportadas por g r a n d e s c o l u m n a s t a l l a d a s e n la m i s m a r o c a . Q u e d a , por fin, el
Egipto, e n c u y o p u e b l o s e h a c r e í d o g e n e r a l m e n t e q u e
b u s c a r o n s u m o d e l o los a r q u i t e c t o s a m e r i c a n o s , p o r la
forma piramidal que dieron á sus construcciones. Pero
hay d i f e r e n c i a s e s e n c i a l e s e n t r e las p i r á m i d e s e g i p c i a s y
las mayas: las p r i m e r a s s o n c u a d r a d a s e n s u b a s e , las s e g u n d a s t i e n e n m á s bien la f i g u r a d e un cono: é s t a s son
macizas, a q u é l l a s t i e n e n c á m a r a s i n t e r i o r e s q u e s e r v í a n
d e s e p u l c r o á los r e y e s ; las egipcias, e n fin, e s t á n c o m p l e tas e n sí m i s m a s , m i e n t r a s q u e las de Yucatán f u e r o n le-
v a n t a d a s p a r a servir d e base á los t e m p l o s y á los p a l a cios (23).
Los límites de n u e s t r o libro no nos p e r m i t e n e n t r a r en
otro g é n e r o de c o n s i d e r a c i o n e s , todas las cuales vienen á
d e m o s t r a r , lo m i s m o q u e las a n t e r i o r e s , q u e los a r q u i t e c tos mayas no e n c o n t r a r o n su m o d e l o en n i n g ú n pueblo
del antiguo c o n t i n e n t e . Sus c o n s t r u c c i o n e s son originales;
su plan f u é concebido e n un c e r e b r o a m e r i c a n o , y a m e r i canos f u e r o n también l o s o b r e r o s q u e las e j e c u t a r o n . Casi
todos los arqueólogos c o n v i e n e n ya en esta conclusión; y si
alguna d u d a p u d i e r a q u e d a r n o s , bastaría fijar la atención en
las e s t a t u a s y b a j o s relieves q u e r e p r e s e n t a n figuras h u m a n a s en n u e s t r a s r u i n a s . Ninguna de ellas lleva vestido, y
sólo está c u b i e r t a s u d e s n u d e z con la faja q u e u s a b a n los
mayas, y q u e usan todavía s u s d e s c e n d i e n t e s en el interior
de la P e n í n s u l a (24). Las facciones del s e m b l a n t e r e v e l a n
también al m i s m o pueblo, y f á c i l m e n t e se c o m p r e n d e q u e
el artista debió r e p r o d u c i r el tipo q u e tenía á la vista, el
de su raza, el de los s e ñ o r e s q u e le o r d e n a r o n su c o n s t r u c ción. ¿Cómo p u d o levantar tan soberbios y bellos edificios
u n a nación q u e p r o b a b l e m e n t e no conocía la Geometría, la
Mecánica ni o t r a s ciencias f u n d a m e n t a l e s de la A r q u i t e c tura? ¿Cómo pudo e s c u l p i r tan d e l i c a d a m e n t e la piedra y la
m a d e r a ese m i s m o pueblo q u e no conocía el uso del h i e r r o
y del acero, y cuyos cinceles serían de p e d e r n a l y á lo
s u m o de cobre? (25). Difícilmente lo podría hoy concebir
(23)
STEPIIÜNS, Viajo á la América
Central,
Chiapas
y Yucatán,
con-
clusión.
(24)
Esta faja se llama en el idioma del país uith, y los conquistadores ó
sus descendientes le dieron el n o m b r e de pampanilla,
la imaginación; pero este es un rasgo q u e nos excita á a d m i r a r cada vez m á s el poder y el ingenio de la raza q u e
obró tantos prodigios.
P e r o ¿qué raza fué ésta? La atención de los sabios se ha
fijado casi u n á n i m e m e n t e e n los toltecas. Se dice q u e este
pueblo e r a inclinado al trabajo, q u e cultivaba las a r t e s y
q u e la A r q u i t e c t u r a y la E s c u l t u r a estaban m u y a d e l a n t a d a s e n t r e s u s artífices. T r á e n s e p a r a p r o b a r estas a s e r c i o n e s las r u i n a s de la A m é r i c a Central, de Chiapas y de
Yucatán. P e r o siendo este m i s m o el p u n t o de la cuestión,
se arguye con ese sofisma q u e se llama e n las e s c u e l a s
petición de principio. Si los toltecas h u b i e r a n sido tan g r a n d e s a r q u i t e c t o s como se les s u p o n e , h u b i e r a n dejado v e s tigios de habilidad en el litoral del Pacífico, en California,
en Sonora, en Sinaloa, e n Michoacán (26), en todos los
países q u e r e c o r r i e r o n d e s d e su salida de Xibalbá hasta
s u llegada al valle de México. Es v e r d a d q u e en v a r i a s de
esas p r o v i n c i a s se h a n e n c o n t r a d o a l g u n a s r u i n a s ; pero
q u e distan m u c h o de la magnificencia de las del P a l e n q u e , U x m a l y Chichón.
No o s a r e m o s levantar el velo q u e c u b r e á las a n t i g u a s
c i u d a d e s de la A m é r i c a Central y de Chiapas. En c u a n t o á
las de Yucatán, se p u e d e a s e g u r a r q u e m u c h a s de ellas no
deben su p r i m e r a c o n s t r u c c i ó n á los mayas, d e s c e n d i e n t e s
de los toltecas. P o r lo menos, los n o m b r e s de ltzmal y de
Chichén Itzá están diciendo q u i é n e s f u e r o n s u s c o n s t r u c tores. La v e n e r a b l e a n t i g ü e d a d q u e c u b r e á la p r i m e r a es
u n a p r u e b a i r r e c u s a b l e de q u e f u é f u n d a d a a n t e s q u e los
toltecas invadieran la Península. Si se considera, a d e m á s ,
q u e Uxmal y o t r a s poblaciones conservan huellas de r e paración m e n o s hábil q u e su construcción p r i m e r a , t e n d r á
palabra que h a e n c o n -
trado y a cabida en los diccionarios españoles.
(25)
Yucatán no producía tal vez n i n g ú n metal, pero es indudable q u e se
lo proporcionaba de otras partes; por los demás, se sabe que los mayas, lo
(26)
BRASSEUR, Archicos
de la Comisión
científica
de México,
tomo I,
mismo que otras naciones civilizadas de México, trabajaban la piedra con i n s -
página 101.—Otros m u c h o s historiadores hablan de estas peregrinaciones de los
trumentos de cobre y de bronce templado y con otros de piedra dura. (BRAS-
toltecas.
SEUR, Relación,
de LANDA, nota 4 de l a página 31.)
q u e a c e p t a r s e como conclusión muy p r o b a b l e q u e los m a yas q u e e n t r a r o n en Yucatán d e s p u é s de los ifzaes, pudieron s e r m u y bien los r e c o n s t r u c t o r e s , pero no los f u n d a dores de varias de n u e s t r a s ciudades.
Fíjese, por último, la atención en q u e la palabra itzat
significa sabio, hábil, ingenioso, industrioso (27). La i d e n tidad del adjetivo indígena con el nacional itzá, ¿no será
un indicio de q u e los itzaes f u e r o n los ingeniosos artistas
q u e tales p r u e b a s de s u habilidad y de su i n d u s t r i a d e j a ron en el país?
(27)
D o n JUAN P Í O PÉREZ,
Diccionario.
CAPÍTULO VI
Ciudades fundadas por los itzaes.—Itzamal.—Su antigüedad.—Su fundación.—
N ú m e r o de santuarios.—Descripción de los principales.—Peregrinos.—Gobierno y religión.— T-Hó.— Época de su fundación.— Edificios.— Templos de
Bakluumcbaan y H ' Chum-Cáan.—Culto que se profesaba en la ciudad.—Chiclién Itzá.—Origen de su población.—Conmociones ocurridas en su recinto.—
Número y belleza de sus monumentos.—Cliacmool.
H e m o s c o n d e n s a d o en el m e n o r n ú m e r o de líneas q u e
nos ha sido posible un r e s u m e n general de los m o n u m e n tos levantados por los antiguos yucatecos en su país. Vam o s á e m p r e n d e r el m i s m o t r a b a j o respecto de a l g u n a s
c i u d a d e s principales, y c o n s i g n a r e m o s de paso u n o s cuantos p o r m e n o r e s i n d i s p e n s a b l e s p a r a la inteligencia de
n u e s t r a historia.
Itzmal es, s e g ú n t o d a s las apariencias, la ciudad m á s
antigua de la P e n í n s u l a (1). Se le calculan dos mil años de
existencia (2), y nosotros c r e e m o s q u e si el cálculo no es
exacto, es p o r lo m e n o s b a s t a n t e a p r o x i m a d o . Ya h e m o s
visto q u e las tradiciones recogidas por algunos misioneros
a t r i b u y e n su f u n d a c i ó n á Zamná; pero si, como es m u y
probable, Zamná sólo es un mito de la religión m á s a n t i gua del país, es de p r e s u m i r q u e haya sido erigida por
(1)
LANDA, Relación
de las cosas de Yucatán,
§ XLII.—Otros m u c h o s
historiadores participan de esta opinión.
(2)
BRASSEUR
DE
BOCRBOURG,
Archicos
de
la
Comisión
científica,
to-
m o II, página 50.—Más adelante, hacia la página 60, le da una antigüedad de
dos mil ochocientos ó tres mil años. El lector decidirá.
q u e a c e p t a r s e como conclusión muy p r o b a b l e q u e los m a yas q u e e n t r a r o n en Yucatán d e s p u é s de los ifzaes, pudieron s e r m u y bien los r e c o n s t r u c t o r e s , pero no los f u n d a dores de varias de n u e s t r a s ciudades.
Fíjese, por último, la atención en q u e la palabra itzat
significa sabio, hábil, ingenioso, industrioso (27). La i d e n tidad del adjetivo indígena con el nacional itzá, ¿no será
un indicio de q u e los itzaes f u e r o n los ingeniosos artistas
q u e tales p r u e b a s de s u habilidad y de su i n d u s t r i a d e j a ron en el país?
(27)
D o n JUAN P í o PÉREZ,
Diccionario.
CAPÍTULO VI
Ciudades fundadas por los itzaes.—Itzamal.—Su antigüedad.—Su fundación.—
N ú m e r o de santuarios.—Descripción de los principales.—Peregrinos.—Gobierno y religión.— T-Hó.— Época de su fundación.— Edificios.— Templos de
Bakluumcbaan y H ' Chum-Cáan.—Culto que se profesaba en la ciudad.—Chiclién Itzá.—Origen de su población.—Conmociones ocurridas en su recinto.—
Número y belleza de sus monumentos.—Cliacmool.
H e m o s c o n d e n s a d o en el m e n o r n ú m e r o de líneas q u e
nos ha sido posible un r e s u m e n general de los m o n u m e n tos levantados por los antiguos yucatecos en su país. Vam o s á e m p r e n d e r el m i s m o t r a b a j o respecto de a l g u n a s
c i u d a d e s principales, y c o n s i g n a r e m o s de paso u n o s cuantos p o r m e n o r e s i n d i s p e n s a b l e s p a r a la inteligencia de
n u e s t r a historia.
Itzmal es, s e g ú n t o d a s las apariencias, la ciudad m á s
antigua de la P e n í n s u l a (1). Se le calculan dos mil años de
existencia (2), y nosotros c r e e m o s q u e si el cálculo no es
exacto, es p o r lo m e n o s b a s t a n t e a p r o x i m a d o . Ya h e m o s
visto q u e las tradiciones recogidas por algunos misioneros
a t r i b u y e n su f u n d a c i ó n á Zamná; pero si, como es m u y
probable, Zamná sólo es un mito de la religión m á s a n t i gua del país, es de p r e s u m i r q u e haya sido erigida por
(1)
LANDA, Relación
de las cosas de Yucatán,
§ XLII.—Otros m u c h o s
historiadores participan de esta opinión.
(2)
BRASSEUR
DE
B O U R B O U R G , Archicos
de
la
Comisión
científica,
to-
m o II, página 50.—Más adelante, hacia la página 60, le da una antigüedad de
dos mil ochocientos ó tres mil años. El lector decidirá.
los itzaes antes de la invasión de los toltecas. El n o m b r e
q u e se dió á la c i u d a d bien pudo h a b e r sido tomado, ó del
n o m b r e , ó de la raza q u e la c o n s t r u y ó . P a r a B r a s s e u r de
B o u r b o u r g , q u e n u n c a p i e r d e de vista el cataclismo, Itzmal significa «cubierta de nieve», ó bien «nieve p o r todas
partes», palabra q u e simboliza los lagos helados del Norte
ó la superficie helada q u e apareció sobre las Antillas, d u r a n t e las c o n m o c i o n e s de la Naturaleza (3). Dejamos al i n genioso abate toda la responsabilidad de esta etimología.
En la época del e s p l e n d o r de Itzmal, descollaban e n t r e
su r e c i n t o doce m o n t í c u l o s gigantescos (4), q u e d e b í a n
darle un aspecto i m p o n e n t e . Difícil s e r í a j u z g a r de todos
en la actualidad, p o r q u e m u c h o s han sido c o n v e r t i d o s en
u n a masa i n f o r m e de r u i n a s con el t r a n s c u r s o de los s i glos. Pero los vestigios q u e han q u e d a d o en pie indican
q u e en el c e n t r o de la c i u d a d h a b í a u n a plaza i n m e n s a ,
decorada en s u s c u a t r o lados por o t r a s t a n t a s p i r á m i d e s .
La m á s antigua de t o d a s se elevaba al Este, y e r a la base del
templo del Itzamatul.
Componíase de dos c u e r p o s , y en
la actualidad no h a y vestigio alguno ele q u e soportasen
n i n g u n a escalera p a r a s u b i r al s a n t u a r i o . No era el m á s
opulento de la c i u d a d , p e r o sí el m á s v e n e r a d o ; p o r q u e
allí se adoraba á I t z a m n á , al caudillo de la t r i b u , elevado
al apoteosis, al hijo ú n i c o de Himab Kú.
E n f r e n t e de este t e m p l o se elevaba otro, dedicado t a m bién á Zamná, q u e t e n í a el n o m b r e de Kabul (5). La m o l e
en q u e d e s c a n s a b a e s t a b a c u b i e r t a de colosales a d o r n o s de
estuco, e n t r e los c u a l e s se d e s c u b r e n todavía dos ó tres cabezas gigantescas de h o m b r e . Dícese q u e este s a n t u a r i o f u é
erigido en el lugar d o n d e el caudillo itzalano s a n a b a á los
e n f e r m o s y r e s u c i t a b a á los m u e r t o s . Como p a r e c e q u e ejecutaba estos prodigios tocando á u n o s y otros con la m a n o ,
se le r e p r e s e n t a b a allí b a j o la imagen de u n a m a n o colosal
q u e protegía á s u s adeptos. ¿Tendrá e s t e culto alguna a f i nidad con la impresión de la m a n o roja de q u e h a b l a m o s
en el capítulo anterior? Tal es la opinión del abate B r a s s e u r , quien cree q u e este vestigio, q u e se e n c u e n t r a á cada
paso en n u e s t r a s r u i n a s y en otras del c o n t i n e n t e , no es
otra cosa q u e la imagen d e Kabul ó un acto de adoración
q u e le t r i b u t a b a n s u s adeptos (6).
Al n o r t e de la i n m e n s a plaza elevábase, y se eleva todavía, el m o n t í c u l o m á s gigantesco de Itzmal, y acaso de
todo el país. A p e s a r de las d e s t r u c c i o n e s q u e debe h a b e r
o b r a d o el t r a n s c u r s o de los siglos, m i d e todavía seis ó
s e t e c i e n t o s pies de largo, otros t a n t o s de a n c h o y sesenta
de elevación (7). Tiene de p a r t i c u l a r este m o n u m e n t o q u e
es el único del país q u e e n c i e r r a c á m a r a s interiores; no
lo a f i r m a ú n i c a m e n t e Brasseur de B o u r b o u r g (8), sino
t a m b i é n el m i s m o S t e p h e n s (9), q u e tiene tanto de e s c é p tico como de c r é d u l o el abate. Era la b a s e del templo de
Kinich Kakmú, cuyo r o s t r o , como lo indica su n o m b r e , e r a
la imagen del sol q u e despedía rayos en torno de sí.
Dícese q u e el c u e r p o de Z a m n á fué dividido en tres porciones d e s p u é s de su m u e r t e , y se p r e t e n d e q u e el c o r a zón está sepultado bajo el templo de Itzamatul,
la m a n o
d e r e c h a bajo el de Kabul y la cabeza en el de Kinich
Kakmó (10). El historiador m o d e r n o q u e nos da esta r o m á n t i c a
noticia, no nos dice la f u e n t e de d o n d e la toma, c i r c u n s -
(6)
Archicos
(7)
STEPHENS, Viaje
de la Comisión
BOURROURG, Archicos,
(3)
Manuscrito
(4)
LANDA, ubi
Troano,
vocabulario, palabra
Itzmal.
supra.
(5) LIZAMA asegura que osla palabra quiere decir m a n o obradora, extracto
citado, n ú m e r o 4.
(8)
Archicos,
(9)
STEPHENS, ubi
(10)
Manual
científica
á Yucatán,
ele México,
tomo II, página 61.
tomo II, capítulo XXII.—BRASSEUR DE
etc., tomo II, página 54.
etc., tomo II, página 55.
supra.
de historia
y geografía
p r e s b í t e r o D . CRESCENCIO CARRILLO.
de la península
de Yucatán,
por el
tancia q u e nos priva del p l a c e r de garantizarla á n u e s t r o s
lectores.
Cerraba por el S u r el g r a n c u a d r i l á t e r o de la plaza de
Itzmal, otro t e m p l o , ó m e j o r dicho palacio, q u e tenía el
n o m b r e de Ppapp hol-chac. Diósele este n o m b r e — q u e en
opinión de Lizama (11) significa «casa de las cabezas y
rayos»—á c a u s a de q u e en s u r e c i n t o h a b i t a b a n los sacerdotes de Itzamatul.
F u e r a del c u a d r o h a b í a otro palacio,
q u e e r a la residencia del Humpictok,
palabra que traducida al español q u i e r e decir «ocho mil p e d e r n a l e s » . Era
s e g u r a m e n t e q u e el e j é r c i t o destinado para s o s t e n e r á
los s u c e s o r e s de I t z a m n á s e componía de ocho mil g u e rreros.
El gobierno de Itzmal, a n t e s por lo m e n o s de la d o m i nación de los m a y a s , e r a p u r a m e n t e teocrático. Los s a c e r dotes e r a n á la vez j e f e s del Estado y de la religión. Había
un culto público, q u e e r a acaso el primitivo del país, y el
q u e practicaron los itzaes d e s d e la m á s r e m o t a a n t i g ü e d a d .
Ya h e m o s dicho q u e t e n í a algo de s a b e i s m o , religión q u e ,
como sin d u d a sabe el lector, consiste en la a d o r a c i ó n de
los astros y del f u e g o . Lo p r u e b a la imagen bajo la cual
e r a v e n e r a d o Kinich Kcikmó, y el culto q u e se le t r i b u taba. La oblación q u e le p r e s e n t a b a n los devotos e r a colocada sobre la g r a n e s p l a n a d a del templo, y al mediodía,
c u a n d o el sol brillaba con todo su e s p l e n d o r , b a j a b a á la
vista de los e s p e c t a d o r e s u n rayo de fuego q u e la c o n s u m í a (12). B r a s s e u r de B o u r b o u r g s u p o n e q u e los s a c e r d o tes p r o d u c í a n este efecto p o r medio de un lente, y a s e g u ra q u e las a n t i g u a s p o b l a c i o n e s a m e r i c a n a s tallaban el
cristal de roca, de c u y o t r a b a j o dice h a b e r visto alguna
m u e s t r a e n poder de u n b u h o n e r o (13). Si esta es la única
(11)
Extracto, n ú m e r o 4.
(12)
LIZAMA, e x t r a c t o , n ú m e r o 4.-COGUI.LUDO, l i b r o I V , c a p i t u l o V I I I .
(13)
Archicos,
etc., tomo II, páginas 58 y 59.
-( ™ H
p r u e b a del abate—y no p r e s e n t a o t r a — t e m e m o s
q u e no d e j e convencido al lector.
mucho
Esta m u l t i t u d de templos y estos prodigios q u e se o b r a b a n con tanta f r e c u e n c i a , habían h e c h o de Itzmal un s a n tuario célebre y opulento. La f a m a de sus dioses había
atravesado las f r o n t e r a s de la P e n í n s u l a , y Ivinich-Kakmó
é Itzamatul tenían a d o r a d o r e s hasta en Tabasco, Chiapas
y Guatemala. Con el objeto de facilitar la afluencia d e los
peregrinos, los s a c e r d o t e s habían m a n d a d o c o n s t r u i r c u a tro g r a n d e s calzadas, q u e partían de la ciudad hacia los
cuatro p u n t o s cardinales: la del Oeste llegaba hasta T-Hó;
la del N o r t e , á O i l a m ; la del Oriente, hasta la orilla del
m a r , f r e n t e á Cozumel, y la del Sur se prolongaba hasta
la América Central (14). Todas estas calzadas a r r o j a b a n
d i a r i a m e n t e s o b r e la g r a n plaza de Itzmal u n a m u l t i t u d de
p e r e g r i n o s , q u e e n r i q u e c í a n al s a c e r d o c i o con s u s o f r e n das. Ya v e r e m o s m á s a d e l a n t e cómo f u é a r r u i n a d o e s t e poder teocrático a n t e s de la invasión española.
P a s e m o s a h o r a á hablar de T-Hó, no p o r q u e e s t e m o s
seguros de q u e sea la ciudad q u e siga en a n t i g ü e d a d á
Itzmal, sino p o r q u e así parece d e m o s t r a r l o el hecho de
q u e el culto primitivo haya prevalecido sobre el de K u k u l c á n . Hay a d e m á s a l g u n o s datos q u e c o n f i r m a n esta a p a riencia. Un misionero q u e tuvo ocasión de e x a m i n a r á
T - H ó en los p r i m e r o s días de la dominación española, juzgó q u e h a b í a sido c o n s t r u i d a en u n a época anterior á la
Era c r i s t i a n a , p o r q u e así p a r e c í a n d e m o s t r a r l o los c o r p u lentos á r b o l e s q u e crecían e n t r e s u s r u i n a s (15). Landa
opina q u e sólo es posterior á Itzmal, y añade q u e los m i s mos m a y a s ignoraban q u i é n e s fueron s u s f u n d a d o r e s (16).
(14)
LIZAMA, extracto, número 4.—LANDA, ubi supra.—Cor,ou.vt>o,
(15)
BIENVENIDA, Carta fecha de Yucatán, á 10 de 1 lebrero de 1548. Extracto
publicado por BRASSEUR en la Relación,
(16)
L A N D A , ubi
supra.
de LANDA, ñola 2, página 337.
ibid.
El abate B r a s s e u r , a n t e s de visitar á Yucatán, habló de
u n a tradición antigua q u e a t r i b u í a esta f u n d a c i ó n á los
T u t u l Xius (17). Más tarde, c u a n d o s u s m i s m o s ojos le pers u a d i e r o n de la a n t i g ü e d a d de esta población, a v e n t u r ó la
especie de q u e los T u t u l X i u s no la h a b í a n f u n d a d o ; pero
sí r e p a r a d o y embellecido (18). No c o n o c e m o s la tradición
á q u e a l u d e el sabio a m e r i c a n i s t a .
¿Cuál es la etimología de T-Hó? Se h a s u p u e s t o q u e esta
palabra significa la c i u d a d por excelencia (19). Por m u c h o
q u e p u e d a halagar este d e s c u b r i m i e n t o á los q u e h e m o s
nacido e n Mérida, n o s v e m o s obligados á confesar q u e c a r e c e de f u n d a m e n t o . Es v e r d a d q u e Bienvenida y L a n d a
hablan con g r a n d e e n t u s i a s m o de los h e r m o s o s edificios
construidos en s u s montículos, y q u e el p r i m e r o a s e g u r a
q u e e r a n los m á s bellos q u e hasta e n t o n c e s se habían descubierto en A m é r i c a . P e r o todo esto n o h a r á n u n c a q u e la
palabra hó signifique e x c e l e n t e . T-Hó, t r a d u c i d o literalm e n t e , quiere decir lugar de cinco. Si f u e r a cierto q u e esta
ciudad tenía cinco moles m a j e s t u o s a s , c o m o s u p o n e un
escritor c o n t e m p o r á n e o (20), podría decirse q u e le h a b í a
venido el n o m b r e del n ú m e r o de s u s s a n t u a r i o s ; pero no
hay ningún dato preciso q u e c o n f i r m e esta suposición. Cogolludo no los e n u m e r a , y sólo h a b l a á m e n u d o de los m u chos cerros hechos á mano.; la Relación, de L a n d a , es b a s t a n t e confusa (21), y la v e r d a d es q u e la c i u d a d a c t u a l sólo
conserva huellas de tres.
El m á s extenso de todos e r a el q u e hoy sostiene los v i e jos m u r o s de la c i u d a d e l a y el d e r r u i d o c o n v e n t o de San
Francisco. Componíase de dos c u e r p o s : e r a el p r i m e r o un
vasto t e r r a p l é n q u e podría t e n e r s o b r e ochocientos pies de
largo, c u a t r o c i e n t o s de ancho y de q u i n c e á veinte de e l e vación (22). Subíase á la cima p o r medio de u n a escalera
de p i e d r a , c o m p u e s t a de siete g r a d a s tan altas que, como
ya h e m o s dicho en otra p a r t e , dieron lugar á p e n s a r q u e
sólo podían ser subidas p o r gigantes. Verificábase la a s c e n sión por el Oriente, al cual daba f r e n t e el todo del m o n u m e n t o ; los otros tres lados estaban protegidos por u n a fuerte pared de manipostería. Sobre este p r i m e r c u e r p o se lev a n t a b a el s e g u n d o , d e j a n d o un espacio de t r e i n t a pies,
hacia el Norte, el Este y el Mediodía. Era c u a t r o veces más
elevado q u e el p r i m e r o , p u e s se s u b í a á él por veintiocho
escalones, q u e t a m b i é n d a b a n f r e n t e al Levante.
En la cima de esta s e g u n d a mole ; q u e e r a plana, estaba
c o n s t r u i d o un extenso edificio, c o m p u e s t o de c u a t r o c u e r pos de habitaciones, q u e d e j a b a n e n t r e sí un patio c u a drilongo. La bóveda triangular a m e r i c a n a se distinguía en
'todos los techos, las p i e d r a s e m p l e a d a s en las c o r n i s a s y
en los d i n t e l e s de las p u e r t a s e s t a b a n p r i m o r o s a m e n t e lab r a d a s , y e n t r e los d e p a r t a m e n t o s había u n vasto c o r r e d o r ,
sostenido por g r u e s a s y esbeltas c o l u m n a s (23). No se veía
ningún t e m p l o e n t r e esta vasta c o n s t r u c c i ó n , y esta c i r c u n s t a n c i a nos hace s u p o n e r q u e , como el humpictok
ó el
Ppapp-IIol-Chac,
de Itzamal, debía servir de m o r a d a á los
príncipes ó á los s a c e r d o t e s (24).
(22)
Se comprenderá fácilmente que estas medidas son sólo aproximadas,
y que para calcularlas se h a n tenido presentes, no sólo los vestigios que ha
respetado el tiempo, sino también los escritos de algunos escritores antiguos —
(17)
Relación,
de LANDA, página 24, nota l.
(18)
Archicos
(19)
BRASSEUR DE BOURBOÚRG, Relación,
(20)
El mismo BRASSEUR, Archicos,
(21)
Relación,
de la Comisión
científica,
tomo II, página 42.
d e LANDA, n o t a c i t a d a a r r i b a .
etc., tomo II, página 40.
§ X L I L — Acaso de la explicación de LANDA dedujo el abate
los cinco templos. Así nos había parecido á primera vista; pero en realidad nada
puede asegurarse.
LANDA llama cuadrado
á este terraplén, lo que evidentemente es inexacto, y
dice que tenía de largo dos carreras
(23)
de
caballo.
STEI'HENS, f r a g m e n t o citado, supone que no existe entre las construc-
ciones americanas u n a sola c o l u m n a que sostenga un edificio. Tal vez habría
variado de opinión, si hubiese leído esta descripción, que hemos extractado de
LANDA .
(24)
E n la descripción que precede, y en la de otros edificios de que habla-
- ( 78 ) Este c e r r o se hallaba colocado en el c e n t r o de o t r a s dos
moles gigantescas, una de las cuales se elevaba al Noroeste y otra al Oriente. La p r i m e r a ocupaba el sitio q u e ocupa hoy la plaza principal, y como los e s p a ñ o l e s la d e s t r u yeron totalmente en los primitivos tiempos de la Colonia,
n a d i e h a conservado de ella u n a m e m o r i a exacta. Pero s u s
p r o p o r c i o n e s debieron ser colosales, puesto q u e dió el material suficiente p a r a c o n s t r u i r casi todas las casas de la
ciudad m o d e r n a . Debió c o n t e n e r también g r a n d e s y n u m e r o s o s edificios e n su cima, p o r q u e Montejo se alojó en él,
con t o d a s s u s fuerzas, d u r a n t e u n año.
Del montículo situado al o r i e n t e del principal, q u e d a n
todavía algunos vestigios en el espacio q u e s e p a r a á la ciudadela de la m o d e r n a iglesia de San Cristóbal. A juzgar por
algunas palabras de L a n d a (25), debía s e r un i n m e n s o ter r a p l é n s o b r e el cual se l e v a n t a b a n tres p i r á m i d e s , b a s e s
de otros t a n t o s s a n t u a r i o s . El c o n j u n t o debía t e n e r a l g u n a
especialidad, q u e impulsó á Cogolludo á desearlo p a r a convento de su Orden.
I g n o r a m o s c o m p l e t a m e n t e si T-Hó tuvo alguna importancia política en la a n t i g ü e d a d . En el siglo x v i de n u e s t r a
Era f o r m a b a p a r t e de la provincia de Cehpeck; pero ntf pod e m o s decir si tenía un gobierno i n d e p e n d i e n t e ó d e p e n d i e n t e de algún c a c i q u e de la c o m a r c a .
El culto q u e la c i u d a d profesaba, p u e d e e n t r e v e r s e analizando los n o m b r e s de s u s dioses. El m á s antiguo q u e ven e r a b a en sus altares e r a Baklumcháan ó Baklumchaam
(2(3).
Si el p r i m e r n o m b r e es el v e r d a d e r o , debe ser c o n s i d e r a -
remos en a d e l a n t e , tenemos q u e limitarnos á términos generales q u e hagan
comprensible nuestra explicación. P o d r í a m o s extendernos, si nos f u e r a posible
reproducir los planos y dibujos d e diversos autores que tenemos á la vista. Pero
esto es por ahora imposible.
(25)
Relación,
§
XLII.
(26) COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítulo V I I I . - E l historiador estropea lastimosamente el n o m b r e del ídolo y le llama
Xaclonchaam.
- ( 79 ) do como u n vestigio del culto q u e los primitivos itzaes,
d e s c e n d i e n t e s tal vez de los votañidas, r e n d í a n á la N a turaleza c r e a d o r a y f e c u n d a n t e (27). Brasseur de B o u r b o u r g s u p o n e q u e el templo de este dios debía existir en
la p i r á m i d e c e n t r a l (28); pero en la detallada descripción
q u e nos ha dejado Landa de los edificios c o n s t r u i d o s en
ella, y de q u e ya h e m o s dado un bosquejo, no se e n c u e n t r a m e n c i o n a d o templo ninguno. Nos inclinamos á c r e e r
q u e estaría colocado en el cerro d o n d e a c a m p ó Montejo.
El otro dios v e n e r a d o en T-IIó se llamaba H' ChumCáan (29), cuyo s a n t u a r i o se elevaba en la mole o r i e n t a l
de la c i u d a d (30). Chum-Cáan significa «centro ó f u n d a m e n t o del cielo», y la belleza de este n o m b r e llama f u e r t e m e n t e la atención del observador. B r a s s e u r de B o u r b o u r g
s u p o n e q u e esta divinidad era la m i s m a á q u e se daba el
n o m b r e de Corazón del Cielo en la mitología q u i c h é (31).
Los antiguos h a b i t a n t e s de T - H ó tenían u n a fe e x t r a o r d i naria en H' C h u m - C á a n , y p a r a a r r a n c a r l o de su corazón
f u é necesario a r r a s a r el templo indígena y sustituirlo con
u n a capilla d e d i c a d a á San Antonio (32). P e r o c u a l q u i e r a
(27) La traducción literal de Baklumcháan
es: « p h a l u s de tierra, puesto
en espectáculo». L a de Baklumchaam
podría ser «muela cubierta con tierra».
(28) Archicos de la Comisión, tomo II, página 41.
(29) Este n o m b r e se halla escrito en COGOLLUDO, BRASSEUR y otros, A/<Chum-Caan.—El
lector yucateco sabe perfectamente q u e los mayas p o n e n
ante todo n o m b r e de varón la letra H, q u e . se p r o n u n c i a como .1 española, y
aute todo n o m b r e de m u j e r la letra .Y, que tiene el sonido de ch francesa ó
sh inglesa. Como á los europeos se les hacía m u y difícil esta pronunciación,
antepusieron á la h u n a a y á la x u n a i, para formar las sílabas ah é ix, que
e n todos los escritores antiguos preceden á los nombres de hombre y de m u j e r .
Así, de HKinChi
hicieron Ah-KinChi,
y de X-asal-uoli,
Ix-asaluoh.
Nosotros
hemos creído necesario restablecer la antigua escritura m a y a con toda su p r o piedad, y suplicamos al lector que tenga presente esta advertencia para todos
'os nombres propios indígenas que e n c u e n t r e eu adelante en nuestras p á g i n a s .
(30)
C O G O L L U D O , ubi
(31)
Archicos,
(32)
COGOLLUDO, ubi
supra.
etc., tomo II, página 40.
supra.
i
m
q u e h u b i e s e sido la religión de la vieja ciudad en q u e se
escribe este libro, debe d e c i r s e en h o n o r suyo q u e no hay
vestigio de q u e s u s a l t a r e s h u b i e s e n sido r e g a d o s n u n c a
con la s a n g r e de los sacrificios h u m a n o s .
Chichén Itzáes i n d u d a b l e m e n t e t a m b i é n u n a de las c i u d a d e s m á s a n t i g u a s de la P e n í n s u l a . C r e e m o s q u e n i n g u no de n u e s t r o s lectores i g n o r a r á q u e la palabra s u b r a y a d a
significa «boca, orilla ó m á r g e n e s del pozo de Itzán. Se h a
s u p u e s t o q u e un indio apellidado así d e s c u b r i ó el c e n o t e
q u e hoy se ve en el c e n t r o de las r u i n a s , y q u e la población q u e con el tiempo se formó en t o r n o de él, adoptó el
n o m b r e q u e tiene, en h o n o r de su f u n d a d o r (33). Quizá sea
este un origen m u y h u m i l d e p a r a u n a c i u d a d tan espléndida. P r o b a b l e m e n t e n o fué u n h o m b r e , sino u n a t r i b u , la
q u e d e s c u b r i ó el c e n o t e y se estableció á s u s m á r g e n e s .
Cuando los itzaes se veían obligados á e m i g r a r de s u s c i u dades, e m p u j a d o s por un ejército v e n c e d o r , la a b a n d o n a b a n en masa con s u s m u j e r e s , s u s hijos y s u s dioses,
y vagaban por los c a m p o s d u r a n t e a ñ o s e n t e r o s en b u s c a
de n u e v a s habitaciones. No d e j a r e m o s de e n c o n t r a r a l g u nos rasgos de esta vida n ó m a d a en el d e c u r s o de n u e s t r a
historia.
Es muy fácil c o m p r e n d e r , p u e s , q u e d u r a n t e u n a de s u s
p e r e g i n a c i o n e s , la t r i b u , q u e d e b í a v e n i r s o r p r e n d i d a y
a l a r m a d a al m i s m o t i e m p o con la s e q u e d a d q u e d o m i n a b a
en aquella región, se h u b i e s e detenido y a c a m p a d o a l r e d e dor del cenote, q u e d e b í a p r o p o r c i o n a r l e agua en a b u n dancia. Es m u y fácil p r e s u m i r t a m b i é n q u e , convidada
luego por la fertilidad d e los t e r r e n o s vecinos, h u b i e s e det e r m i n a d o c o n s t r u i r allí s u s h a b i t a c i o n e s . Las l u c h a s q u e
en los siglos p o s t e r i o r e s s u r g i e r o n e n t r e las diversas fracciones del país para e n s e ñ o r e a r s e de Chichén, p r u e b a n el
aprecio q u e los a b o r í g e n e s hacían de este sitio delicioso.
(33)
Museo Yucatcco,
tomo I, página 270.
La tribu d e t e n i d a al b o r d e del c e n o t e , ¿sería la de los
tzaes, á q u i e n e s el triunfo de los toltecas obligó á salir de
la América Central? No nos a t r e v e m o s á afirmarlo, a u n q u e
ya h e m o s dicho q u e B r a s s e u r de B o u r b o u r g lo c r e e m u y
p r o b a b l e (34). Esta suposición haría r e t r o c e d e r la f u n d a ción de Chichén á una época a n t e r i o r á la Era c r i s t i a n a .
El m i s m o a b a t e p r e s u m e q u e los tzaes, f u n d a d o r e s ó r e c o n s t r u c t o r e s de esta ciudad, p u d i e r o n ser los tres h e r m a nos q u e reinaron allí en los tiempos i n m e d i a t o s á I í u k u l cán (35). Pero son tan débiles los f u n d a m e n t o s de esta
nueva suposición, q u e no m e r e c e n la pena de s e r r e f u t a d o s .
El autor a n ó n i m o de las Epocas mayas h a c e la p r i m e r a
m e n c i ó n de Chichén en un p e r í o d o q u e c o r r e s p o n d e al s i glo vil de n u e s t r a Era; pero la s u p o n e establecida d e s d e
tiempo i n m e m o r i a l .
Cualesquiera q u e h u b i e s e n sido los f u n d a d o r e s de esta
ciudad, se c o m p r e n d e q u e establecieron en ella un gobierno teocrático, análogo al de Itzmal. Los j e f e s de la t r i bu e r a n llamados en el país Kuyen uincob, h o m b r e s s a n tos (36), y las agitaciones q u e por varios siglos c o n m o v i e ron su poder, revistieron s i e m p r e el c a r á c t e r de g u e r r a s r e ligiosas. Algo h e m o s dicho ya de estas revoluciones. Al culto de Zamná h u b o necesidad de oponer el de Kukulcán, y
cada b a n d o c o n t e n d i e n t e dibujó en s u s b a n d e r a s la efigie
de un dios. Los esfuerzos de los innovadores debieron ser
impotentes por m u c h o tiempo para d e r r i b a r el poder s a cerdotal. Así al m e n o s p u e d e d e d u c i r s e de la Relación de
Landa, formada de los vagos r e c u e r d o s q u e los indios d e l
siglo x v i conservaban de las viejas tradiciones. Esa t r i b u ,
q u e á las ó r d e n e s de K u k u l c á n sale de la ciudad s a n t a
(34)
(35)
Véase el capitulo III de este libro.
Archicos de la Comisión, tomo II, página 27.
(36)
Manuscrito titulado Leb lai u tzolan
lo citaremos con el n o m b r e de Epocas
mayas.
kcitunil
ti mayab.
En adelante
para poblar una nueva colonia, debe ser la facción reformadora, q u e huye a n t e el triunfo de s u s enemigos, ó á
quien se i m p o n e el o s t r a c i s m o , en p e n a de su rebelión.
Pero Chichón era u n a mansión b a s t a n t e deliciosa para no
excitar la envidia de s u s vecinos. Pasado algún tiempo, c u ya duración no es posible fijar, los a d o r a d o r e s de K u k u l cán se rehicieron, y la ciudad cayó definitivamente en su
poder. ¿Cómo se l l a m a b a n los vencedores? ¿Eran los Tutul
Xius, de q u i e n e s se habla m á s adelante, ú otra tribu de origen tolteca? No s a b r e m o s decirlo; nos limitamos á consign a r el h e c h o en general, p o r q u e el triunfo de K u k u l c á n
está escrito de u n a m a n e r a indeleble en los m o n u m e n tos q u e no h a logrado d e s t r u i r el t r a n s c u r s o de los siglos.
Erigiósele un templo soberbio q u e descollaba e n t r e los
m e j o r e s de la ciudad (37), y la s e r p i e n t e que constituía su
imagen fué esculpida e n piedra y colocada en todos los
edificios públicos.
El culto primitivo del país, la religión i n c r u e n t a de
Zamná, fué d e s d e esta época p r o b a b l e m e n t e c o n d e n a d a al
olvido. Sustituyósele con el culto horrible del vencedor, y
el amplio cenote q u e había sido el principio de vida de
la población, convirtióse e n el nefando altar de los s a c r i ficios. Las d e s d i c h a d a s v í c t i m a s eran a r r o j a d a s vivas á la
p r o f u n d a caverna, con la esperanza, s i e m p r e f r u s t r a d a , de
r e a p a r e c e r al t e r c e r o día (38). Construyóse d e s d e el t e m p l o
hasta este lugar u n a a m p l i a y h e r m o s a calzada, q u e todavía se conservaba en b u e n estado en los tiempos i n m e d i a tos á la conquista. Era sin d u d a el paso por d o n d e t r a n s i taban las víctimas, d e s p u é s de las f ú n e b r e s c e r e m o n i a s
q u e debían p r e c e d e r al sacrificio. A la orilla del cenote
existía un s a n t u a r i o , q u e L a n d a c o m p a r a al P a n t e ó n , de
Roma, p o r q u e c o n t e n i a las e s t a t u a s de todos los dioses.
Allí era d o n d e el infeliz á quien se conducía e n t r e un g r u -
(.37)
LANDA, Relación,
(38)
El mismo, Relación,
§ VI.
§ XLII.
po de sacerdotes, pedía el valor, q u e tal vez le faltaba, para
su tránsito á la e t e r n i d a d .
Este culto sombrío no impidió q u e Chichón fuese e m b e llecido con todo el lujo de u n a corte americana. Los príncipes, cuyos n o m b r e s han q u e d a d o sepultados e n el olvido,
levantaron allí s u n t u o s o s edificios, q u e son de los m á s n o tables de la antigua América. La Escultura y la P i n t u r a agotaron en aquel recinto todos s u s r e c u r s o s : e s t a t u a s q u e
s o r p r e n d e n por la belleza y la propiedad de s u s contornos,
geroglíficos misteriosos esculpidos d e l i c a d a m e n t e en las
vigas y en las cornisas, c u a d r o s de colores vivísimos q u e
r e p r e s e n t a n a s u n t o s públicos y domésticos; todo está allí
r e u n i d o , m a l t r a t a d o , es verdad, por las i n j u r i a s del tiempo,
pero p r e g o n a n d o todavía el poder de s u s autores.
Existía e n t r e los edificios, según p u e d e juzgarse p o r las
actuales r u i n a s , dos q u e estaban destinados á las diversiones
públicas: e r a dos teatros y un juego de pelota. Nosotros no
e n t r a r e m o s en la descripción de n i n g u n a de las construccion e s de Chichón. Esta tarea a u m e n t a r í a c o n s i d e r a b l e m e n t e
las páginas de n u e s t r o libro, y acaso sería inútil, por la falta de-planos y dibujos. Además, está ya d e s e m p e ñ a d a por
varios escritores, así nacionales como e x t r a n j e r o s , con
una habilidad de q u e nosotros carecemos, y sus libros pue"den ser consultados para b u s c a r lo q u e falta en el n u e s t r o .
No obstante, como no todos los lectores p u e d e n p r o p o r c i o n a r s e estas obras, d a m o s en el apéndice u n a descripción
del templo de Kukulcán, tomada del Viaje d Yucatán,
de
Stephens, y otra de un edificio conocido en la actualidad
con el n o m b r e de «El Castillo», tal cual la e n c o n t r a m o s en
la Relación, d e Landa, quien lo visitó c u a n d o todavía se
hallaba en perfecto estado de conservación.
Chichón Itzá ha hecho ú l t i m a m e n t e algún r u i d o con m o tivo de una estatua notable, e n c o n t r a d a por M. A u g u s t u s
Le Plongeon en u n a excavación q u e en 1875 practicó en las
r u i n a s de aquella ciudad. La estatua es de piedra calcárea
y r e p r e s e n t a á un h o m b r e de estatura colosal, cuya d e s -
nudez esiá ú n i c a m e n t e c u b i e r t a por la faja tradicional de
los m a y a s . F u e r a de la posición violenta en q u e aparece
echado sobre la piedra q u e le sirve de base, todo lo d e m á s
revela en el artista u n conocimiento poco vulgar de la E s cultura. No nos atrevemos á calificar las c o m p a r a c i o n e s
q u e con ocasión de este hallazgo se han h e c h o e n t r e el
arte de los mayas y el de los asirios, caldeos y egipcios (39).
Diremos, sí, q u e la ejecución nos p a r e c e a d m i r a b l e bajo
m á s de un titulo, m u c h o m á s si se c o n s i d e r a n los p o b r e s
m e d i o s de q u e podía disponer el pueblo q u e la llevó á c a b o .
En la época de su e s p l e n d o r , Chichón debía poseer m u chas obras de arte s e m e j a n t e s á la de q u e nos ocupamos,
l í e aquí lo que dice Landa: «También hallé dos h o m b r e s
de g r a n d e s estaturas, labrados de piedra, cada uno de una
pieza, en carnes, c u b i e r t a s u h o n e s t i d a d como se c u b r í a n
los indios. Tenían las cabezas por sí, y con zarcillos en las
orejas, como usaban los indios (40), y h e c h a u n a espiga p o r
d e t r á s en el pescuezo, q u e e n c a j a b a e n un a g u j e r o hondo,
para ello h e c h o en el mismo pescuezo, y encajado, q u e d a b a
el bulto cumplido» (41).
A riesgo de desvanecer las ilusiones q u e p u e d a n h a b e r s e
apoderado de algún c e r e b r o romántico, d i r e m o s para t e r m i n a r este capítulo q u e el n o m b r e de Chacmool con q u e
Le Plongeon bautizó s u monolito, es e n t e r a m e n t e i m a g i n a rio. No es m e n o s fantástica la especie de q u e aquel p e r s o naje hubiese sido un rey y de q u e su esposa, la reina de
Chichén, hubiese m a n d a d o c o n s t r u i r la estatua p a r a h o n r a r
su m e m o r i a . No hay e n n u e s t r a historia dato alguno q u e
pueda presentarse p a r a c o n f i r m a r estas suposiciones,
(39)
La Razón del Pueblo,
CAPITULO VII
Ciudades f u n d a d a s por los mayas.—Mayapán.—Opiniones sobre su antigüedad.—
Religión y administración pública.—Príncipes, sacerdotes y pueblo.—Uxmal.—
Ignorancia absoluta sobre su fundación y la época en que se verificó.—Vestigios del culto que la ciudad profesaba.—Magnificencia de sus edificios.—Tradición enlazada con las casas del Enano, de la Vieja y del
Gobernador.
Hemos hablado en el capítulo anterior de las c i u d a d e s
q u e , s e g ú n todas las a p a r i e n c i a s , fueron erigidas por los
itzaes. Vamos á h a b l a r a h o r a de las q u e f u n d a r o n los
mayas.
El n o m b r e de Mayapán revela c l a r a m e n t e la raza á q u e
debe s u origen; significa «la b a n d e r a ó el e s t a n d a r t e de los
mayas» (1). Esta t r a d u c c i ó n , á p e s a r de estar c o n f i r m a d a
por todos los q u e conocen n u e s t r o antiguo idioma, no s a tisface del todo á M. B r a s s e u r de Bourbourg. Quiere q u e la
palabra tenga «un sentido p r o f u n d o y esté m i s t e r i o s a m e n t e
ligada á los r e c u e r d o s del cataclismo» (2); «puede significar—añade—la mano del agua violentamente a b i e r t a , ó
bien el e s t a n d a r t e ó el r e c i n t o del agua de la pezuña (may),
forma exterior de la Península». B e c u e r d a luego q u e en el
m a n u s c r i t o de las Epocas mayas se llama á la ciudad Mayapán, y a v e n t u r a la especie de q u e el n o m b r e escrito asi
p u e d e significar «recinto, cosa e m i n e n t e , extensión f u e r a
periódico del Gobierno del Estado, n ú m e r o co-
rrespondiente al 19 de abril de 1876.
(40)
La descripción conviene de tal m a n e r a al pretendido Chacmool,
no es dificil que esta estatua sea u n a de las q u e vió LANDA.
(41)
Relación
de las cosas de Yucatán,
§ XLI.
que
(1)
LANDA, Relación,
(2)
Manuscrito
§ VI.
Troano,
vocabulario, palabra
Mayapán.
nudez esiá ú n i c a m e n t e c u b i e r t a por la faja tradicional de
los m a y a s . F u e r a de la posición violenta en q u e aparece
echado sobre la piedra q u e le sirve de base, todo lo d e m á s
revela en el artista u n conocimiento poco vulgar de la E s cultura. No nos atrevemos á calificar las c o m p a r a c i o n e s
q u e con ocasión de este hallazgo se han h e c h o e n t r e el
arte de los mayas y el de los asirios, caldeos y egipcios (39).
Diremos, sí, q u e la ejecución nos p a r e c e a d m i r a b l e bajo
m á s de un título, m u c h o m á s si se c o n s i d e r a n los p o b r e s
m e d i o s de q u e podía disponer el pueblo q u e la llevó á c a b o .
En la época de su e s p l e n d o r , Chichón debía poseer m u chas obras de arte s e m e j a n t e s á la de q u e nos o c u p a m o s .
He aquí lo que dice Landa: «También hallé dos h o m b r e s
de g r a n d e s estaturas, labrados de piedra, cada uno de una
pieza, en carnes, c u b i e r t a s u h o n e s t i d a d como se c u b r í a n
los indios. Tenían las cabezas por sí, y con zarcillos en las
orejas, como usaban los indios (40), y h e c h a u n a espiga p o r
d e t r á s en el pescuezo, q u e e n c a j a b a e n un a g u j e r o hondo,
para ello h e c h o en el mismo pescuezo, y encajado, q u e d a b a
el bulto cumplido» (41).
A riesgo de desvanecer las ilusiones q u e p u e d a n h a b e r s e
apoderado de algún c e r e b r o romántico, d i r e m o s para t e r m i n a r este capítulo q u e el n o m b r e de Chacmool con q u e
Le Plongeon bautizó s u monolito, es e n t e r a m e n t e i m a g i n a rio. No es m e n o s fantástica la especie de q u e aquel p e r s o naje hubiese sido un rey y de q u e su esposa, la reina de
Chichén, hubiese m a n d a d o c o n s t r u i r la estatua p a r a h o n r a r
su m e m o r i a . No hay e n n u e s t r a historia dato alguno q u e
pueda presentarse p a r a c o n f i r m a r estas suposiciones.
(39)
La Razón del Pueblo,
CAPITULO VII
Ciudades f u n d a d a s por los mayas.—Mayapán.—Opiniones sobre su antigüedad.—
Religión y administración pública.—Príncipes, sacerdotes y pueblo.—Uxmal.—
Ignorancia absoluta sobre su fundación y la época en que se verificó.—Vestigios del culto que la ciudad profesaba.—Magnificencia de sus edificios.—Tradición enlazada con las casas del Enano, de la Vieja y del
Gobernador.
Hemos hablado en el capítulo anterior de las c i u d a d e s
q u e , s e g ú n todas las a p a r i e n c i a s , fueron erigidas por los
itzaes. Vamos á h a b l a r a h o r a de las q u e f u n d a r o n los
mayas.
El n o m b r e de Mayapán revela c l a r a m e n t e la raza á q u e
debe s u origen; significa «la b a n d e r a ó el e s t a n d a r t e de los
mayas» (1). Esta t r a d u c c i ó n , á p e s a r de estar c o n f i r m a d a
por todos los q u e conocen n u e s t r o antiguo idioma, no s a tisface del todo á M. B r a s s e u r de Bourbourg. Quiere q u e la
palabra tenga «un sentido p r o f u n d o y esté m i s t e r i o s a m e n t e
ligada á los r e c u e r d o s del cataclismo» (2); «puede significar—añade—la mano del agua violentamente a b i e r t a , ó
bien el e s t a n d a r t e ó el r e c i n t o del agua de la pezuña (may),
forma exterior de la Península». R e c u e r d a luego q u e en el
m a n u s c r i t o de las Epocas mayas se llama á la ciudad Mayapán, y a v e n t u r a la especie de q u e el n o m b r e escrito asi
p u e d e significar «recinto, cosa e m i n e n t e , extensión f u e r a
periódico del Gobierno del Estado, n ú m e r o co-
rrespondiente al 19 de abril de 1876.
(40)
La descripción conviene de tal m a n e r a al pretendido Chacmool,
no es difícil que esta estatua sea u n a de las q u e vió LANDA.
(41)
Relación
de las cosas de Yucatán,
§ XLl.
que
(1)
LANDA, Relación,
(2)
Manuscrito
§ VI.
Troano,
vocabulario, palabra
Mayapán.
d e la tierra m a d r e ó p r o l o n g a m i e n t o q u e no ha d e s c e n dido».
Si estas c o n j e t u r a s tuvieran algún f u n d a m e n t o , sería necesario s u p o n e r q u e los primitivos h a b i t a n t e s del país, que
p r e s e n c i a r o n el cataclismo, ó alguno de sus descendientes
no m u y r e m o t o s , f u e r o n los q u e f u n d a r o n á Mayapán. Menos inclinado á lo maravilloso, a u n q u e todavía acaso lo
b a s t a n t e p a r a excitar la sonrisa del lector, el canónigo Ordóñez opina q u e la ciudad maya f u é erigida mil años a n t e s
de Jesucristo (3). A t r i b u y e esta f u n d a c i ó n á Votan, el c é lebre caudillo de la A m é r i c a Central, y la h a c e coincidir
con la del P a l e n q u e , T u l h á y Copán. La noticia no tiene
m á s p r u e b a q u e ciertos papeles de los tzendales, q u e el canónigo asegura h a b e r t e n i d o e n su poder. Llama sí la atención del observador q u e todas las c i u d a d e s m e n c i o n a d a s
tengan un n o m b r e maya, con inclusión de la del Palenque,
q u e se llamaba a n t i g u a m e n t e
Nachancán.
L a n d a no habla de la fecha en q u e tuvo lugar la e r e c ción de Mayapán; pero es fácil c o m p r e n d e r por su Relación
q u e hace r e t r o c e d e r este acontecimiento á los p r i m e r o s
siglos de la Era cristiana (4). S t e p h e n s , d e s p u é s de examin a r a t e n t a m e n t e las r u i n a s de la ciudad, la creyó m á s antigua q u e Uxmal (5). Viene en pos de todas estas opiniones
la de Cogolludo, quien a s e g u r a q u e la f u n d a c i ó u que nos
ocupa se verificó en el a ñ o 1160 (6).
Hemos hablado ya de la tradición q u e atribuye á Kukulcán la gloria de h a b e r e c h a d o los p r i m e r o s c i m i e n t o s de
esta ciudad. P e r o como K u k u l c á n es m á s bien un mito de
(3)
Archicos
de la Comisión
científica,
tomo 1, página 97.—Relación, de
la teogonia m a y a q u e un p e r s o n a j e histórico, es fácil c o m p r e n d e r q u e f u é esta u n a fábula inventada por los príncipes
de la tierra, con el objeto de acorazarse, como los de allende el Atlántico, con su d e r e c h o de origen divino. Esta observación, q u e el lector h a b r á hecho p r o b a b l e m e n t e a n t e s
q u e nosotros, estaría confirmada por el m i s m o Landa, si
su Relación p u d i e s e s e r considerada como rigurosamente
histórica. Asegura el obispo q u e K u k u l c á n , a n t e s de su
partida á México ó de su ascensión al cielo, eligió p a r a s u cederle en el trono, de acuerdo con todos los proceres de
Mayapán, á un individuo de la opulenta casa de los Cocomes (7). P a r e c e q u e la antigüedad de su linaje y su valor
personal le valieron esta distinción; a u n q u e Brasseur, que
q u i e r e q u e cocom signifique «escuchador», opina q u e debió
el t r o n o á la fe y al ardor con q u e abrazó las doctrinas del
m a e s t r o (8).
Este señorío de los Cocomes¡ ejercido en Mayapán, no
se halla confirmado en ningún otro d o c u m e n t o histórico,
de q u e t e n g a m o s noticia. El m a n u s c r i t o de las Epocas mayas s o l a m e n t e habla u n a vez del jefe ó g o b e r n a d o r de
aquella antigua provincia, y le llama Ilunach
Eel.—Cogolludo c r e e q u e la dinastía de los Tutul Xius fué la q u e ejerció s i e m p r e allí el dominio soberano (9). Por último, u n a
información j u r í d i c a levantada en 1618 con ocasión de u n o s
privilegios q u e s o l i c i t á b a l a familia Kahuil, expresa termin a n t e m e n t e q u e los Cocomes, á q u i e n e s da un origen m u y
reciente, sólo dominaron en Chichón Itzá, y q u e de allí pasaron á Sotuta (Í0). ^Quién s e r á capaz de adivinar la v e r dad e n t r e tal n ú m e r o d e versiones?
El culto q u e en Mayapán se ejercía, debió h a b e r sido el
LANDA, página 38, nota.—Es digno de notar que e n la época en que BRASSKUR
publicó esta Relación
11864), se reía de la opinión de Ordóñez y descargaba
sobre el canónigo toda la responsabilidad de la noticia.
(4)
Relación,
(5)
Viaje á Yucatán,
(6)
Historia
consúltense los §§ VIII y IX.
tomo I, capítulo VI.
do Yucatán,
tomo I, libro IV, capítulo III.
(7)
(8)
Relación,
Relación
(9)
Historia
(10)
Museo
§ VIL
citada, nota 4 de la página 39.
de Yucatán,
ubi
supra.
Yuca teco, lomo I, página 200.
de K u k u l e á n . Erigiósele un templo en el c e n t r o cíe la p o blación (11), q u e d e s p u é s sirvió sin d u d a de modelo al de
Chichón. El m i s m o S t e p h e n s da testimonio de esta i d e n t i dad (12), m u y fácil de r e c o n o c e r desde luego por la d e s e mejanza q u e a m b o s edificios p r e s e n t a n con todos los d e m á s
de la Península. El santuario de Mayapán, c o n s t r u i d o en el
tiempo en que los toltecas c o m e n z a b a n todavía á e n s e ñ o r e a r s e del país, es por esta razón m e n o s elevado y suntuoso q u e el q u e en la época de todo su esplendor hicieron levantar en Chichón. No lejos del templo de K'úkulcán hay
en Mayapán un montículo gigantesco, q u e tiene sesenta
pies de elevación y ciento c u a d r a d o s en su base (13). La
cima es u n a planicie d e piedra llana, de quince-pies de extensión, sin n i n g u n a e s t r u c t u r a ni vestigios de h a b e r l a tenido j a m á s . Esta c i r c u n s t a n c i a h a h e c h o s u p o n e r á Step h e n s q u e e r a el gran c e r r o de los sacrificios, d o n d e el
sacerdote, á p r e s e n c i a del pueblo r e u n i d o , a r r a n c a b a el
corazón de la víctima. Nada tiene de inverosímil la conjet u r a , p o r q u e no faltan datos históricos para c o m p r o b a r q u e
en Yucatán se verificaban algunos sacrificios de la m a n e r a
q u e se s u p o n e .
Había un gran n ú m e r o de s a c e r d o t e s esparcidos en toda
la provincia, cuyo c e n t r o e r a Mayapán. Residían en la c i u dad doce prelados ó s u p e r i o r e s , q u e á su vez d e p e n d í a n de
un pontífice, llamado May, y á quien se daba el título de
Ahaucán (14). El n o m b r e y el t r a t a m i e n t o son dignos de la
atención del lector. Se a s e g u r a q u e el g r a n sacerdote ejercía u n a poderosa influencia en todas las clases de la sociedad, y q u e el pueblo, los s e ñ o r e s y a u n los m i n i s t r o s del
culto, le consultaban en t o d a s s u s c u i t a s y le enriquecían
(11)
LAUDA, Relación,
§ VI.
(12)
Viaje á Yucatán,
torno II, capítulo X V I I .
(13)
Obra citada, tomo I, capítulo VI.
(14)
Relación,
de LANIU, §§ VII y IX.
con s u s p r e s e n t e s . ¿No sería May el jefe de la fracción disidente, q u e salió de Chichón para f u n d a r aquella colonia?
La tribu y la ciudad m i s m a , maya y Mayapán, ¿no se llamarían así del n o m b r e ele su caudillo?—En cuanto á la p a labra Alian Can, q u e significa «serpiente real ó víbora
de cascabel», indica desde luego el culto de la serpiente,
que era la imagen de Kukuleán. Don Juan Pío Pérez, que
no conoció la Colección de documentos publicada por Brasseur para ilustrar la historia americana, s u p o n e q u e Ahan
Can fué u n a voz i n v e n t a d a para designar i m p r o p i a m e n t e á
los obispos de Yucatán (15). Pero Landa, q u e fué el segundo
de estos prelados y q u e sabía muy bien lo q u e significaba
para los mayas este título, ¿no lo adoptaría para a t r a e r s e
las simpatías de los neófitos?
Poseemos algunos datos muy preciosos sobre la antigua
constitución política de Mayapán. Si May fué el f u n d a d o r
del Imperio, no es imposible q u e el gobierno primitivo h u biese sido teocrático. Pero los r e c u e r d o s de los indios, recogidos por los misioneros, sólo alcanzan á la época en q u e
los Cocomes ó Tutul Xius ejercían el poder soberano. F u e r a
de la clase sacerdotal, de q u e ya h e m o s hablado, había
otras tres en la nación: la familia Real, la nobleza y la plebe. Esta última se hallaba s e p a r a d a de las d e m á s por u n a
i n m e n s a distancia. No solamente estaba excluida de los
asuntos públicos, sino q u e tampoco se asociaba á sus s e ñores en el despacho de sus negocios particulares ni en sus
espectáculos y diversiones. No tenia siquiera el derecho
de habitar en el m i s m o recinto q u e aquéllos.
El c e n t r o de la ciudad, q u e se llamaba Tancah, estaba
circuido de un m u r o de piedra, q u e sólo tenía dos p u e r t a s
por d o n d e era accesible. Dentro de este radio sólo existían
templos y palacios, en que habitaban los dioses y los s a -
(15)
Diccionario,
palabra Alian
Can.
cerdotes, el rey y los nobles. F u e r a de las murallas se levantaban a l g u n a s chozas de paja, en que residían los m a y o r d o m o s de los m a g n a t e s y donde se hospedaban los homb r e s del pueblo q u e a c u d í a n para sus asuntos á la Metrópoli.
Los h a b i t a n t e s de Tancah pasaban alegremente su vida en
b a n q u e t e s y otros e n t r e t e n i m i e n t o s q u e se inventaban diar i a m e n t e p a r a d i v e r t i r al rey. El m i s e r a b l e pueblo era el
q u e costeaba todas estas fiestas, y á fin de q u e no se in •
t e r r u m p i e s e n n u n c a p o r falta de e l e m e n t o s para celebrarlas,
los m a y o r d o m o s visitaban á m e n u d o la casa de sus señores,
y luego q u e n o t a b a n q u e faltaba algo en ella, exigían lo
q u e e r a m e n e s t e r de las aldeas q u e constituían el feudo de
su amo. Aves, maíz, sal, miel, ropa y animales de caza y
pesca, e r a el t r i b u t o que, según las necesidades de la ciud a d , se exigía de los h a b i t a n t e s del campo (16).
Sin p e r j u i c i o de e x t e n d e r n o s m á s en otro lugar sobre las
i n s t i t u c i o n e s de los m a y a s , vamos á hablar ahora de Uxmal,
la c i u d a d m á s c é l e b r e de la Península, la que, por decirlo
así, ha f u n d a d o la r e p u t a c i ó n de q u e goza e n t r e los arqueólogos. P e r o toda su celebridad, toda su reputación, todas
las investigaciones q u e se han h e c h o en su recinto, no
h a n b a s t a d o p a r a d e s c o r r e r el tupido velo q u e la envuelve.
¿A quién se d e b e la f u n d a c i ó n de Uxmal? ¿En q u é época
tuvo lugar? ¿Quién construyó s u s soberbios edificios? Inútil
sería r e g i s t r a r las p á g i n a s de n u e s t r a mutilada historia
p a r a a v e r i g u a r todos estos p o r m e n o r e s .
La m i s m a etimología del n o m b r e es todavía un misterio
p a r a los q u e han i n t e n t a d o b u s c a r l a . B r a s s e u r de B o u r b o u r g s u p o n e q u e la c i u d a d pudo llamarse Uxmualó
Uxumual, p o r q u e Cogolludo y el Dr. Sánchez de Aguilar la llamaron así a l g u n a s veces en sus escritos (17). Pero hay u n a
luz m u y segura p a r a guiarse en este género de dudas, la
cual no confirma la suposición del abate. Los indios dan
todavía á las poblaciones de la Península el mismo n o m b r e
q u e tenían a n t e s de la conquista, sin variar una sola letra,
y éstos dicen en la actualidad TJxmal, como puede convencerse c u a l q u i e r a q u e se tome la pena de interrogarlos. A
pesar de esta aclaración, no es fácil conocer la etimología
de la palabra, p o r q u e el significado de las raíces ux y mal
es m u y incierto y no dan un resultado satisfactorio (18).
La noticia m á s antigua q u e se tiene de U x m a l se refiere á
los últimos a ñ o s del siglo x, en cuya época fijó su residencia
en aquella ciudad un jefe de la familia T u t u l X i u , llamado
H-Cuitok (19). Pero casi p u e d e a s e g u r a r s e q u e este rey no
fué su f u n d a d o r ; p o r q u e , á pesar del aspecto relativamente
m o d e r n o q u e p r e s e n t a n algunos de s u s edificios, se e n cuentran vestigios de c o n s t r u c c i o n e s a n t i q u í s i m a s q u e están á p u n t o de d e s a p a r e c e r del todo ó q u e han sido cubiertas por r e p a r a c i o n e s sucesivas (20). Stephens, á pesar de
haber emitido la opinión de q u e la ciudad debió estar t o davía habitada en el siglo xvi, confiesa implícitamente su
antigüedad, c u a n d o asegura q u e vió algunos m o n u m e n t o s
e n t e r a m e n t e abatidos y casi e n t e r r a d o s , de cuya forma no
pudo juzgar (21). Todos estos detalles nos h a c e n sospechar
que la ciudad f u é acaso f u n d a d a en los p r i m e r o s siglos de
la Era cristiana, y q u e cuando los Tutul Xius se a p o d e r a ron m á s adelante de ella, se dedicaron á embellecerla para
rivalizar con s u s vecinos de Mayapán y de Chichón.
Es digno de notar q u e en Uxmal se p r e s e n t a n c o n f u s a m e n t e mezclados el culto de los itzaes y el culto de los ma-
(18)
(16)
(17)
Ai-chicos
LANDA, Relación,
(Diccionario
§ VII.
I n f o r m e sobre las r u i n a s de Mayapán y de Uxmal, publicado en los
ele la Comisión
lario, palabra
Uxmal.
científica
de México.—Manuscrito
Troano,
vocabu-
(19)
(20)
(21)
Ux significa «bajar los frutos de las plantas», y mal, «vez ó pasar».
d e D. JUAN P í o
PÉREZ.)
Manuscrito de las Epocas
mayas.
BRASSEUR, informe y a citado.
Viaje á Yucatán, tomo I, capítulo XIV.
.. .
yas. El phallus y la s e r p i e n t e a p a r e c e n i n d i s t i n t a m e n t e en
los templos, y es uno de los pocos lugares de la Península
en q u e Itzamná y K u k u l c á n parecen h a b e r s e dado la mano.
Todo el q u e haya visitado las r u i n a s de la metrópoli maya,
ó leído las descripciones de los viajeros, sabe m u y bien
q u e uno y otro símbolo tenían allí imágenes de proporcion e s colosales, q u e hoy yacen rotas y esparcidas por el suelo; pero q u e en otro tiempo fueron, objeto de la veneración
universal.
F u e r a de estas huellas, q u e revelan q u e en Uxmal existieron las dos religiones d o m i n a n t e s de la Península, se
e n c u e n t r a n allí indicios de otro culto especial, q u e p u e d e
ser considerado, sin e m b a r g o , como u n a secta del s a b é i s mo, q u e en los tiempos primitivos profesaron los itzaes.
Había en la c i u d a d un g r a n d e y espléndido edificio, conocido a c t u a l m e n t e con el n o m b r e de casa ele las Monjas, y al
q u e Brasseur de B o u r b o u r g llama p o m p o s a m e n t e el palacio
de las Vestales. Habitaban en esta mansión las A r g e n e s que
se dedicaban á m a n t e n e r el fuego sagrado. Llevaban u n a
vida austera, s e m e j a n t e á la q u e se h a c e en los conventos
cristianos, y c u a n d o alguna violaba la castidad á q u e estaba
obligada, moría flechada. E s t e recogimiento no era, sin
embargo, tan s e v e r o , p o r q u e podían salir para casarse con
licencia del s u m o s a c e r d o t e . También tenían p e n a de la
vida si se apagaba el fuego de cuya conservación tenían
cuidado. Cada u n a vivía en u n a celda a p a r t a d a y e s t a b a n
vigiladas p o r u n a s u p e r i o r a , á la cual se daba el n o m b r e
de X-Nacan Katun (22).
El recinto de la ciudad era i n m e n s o , y no nos p a r e c e
m u y exagerada la opinión del abate Brasseur, quien cree
q u e Uxmal p u d o c o n t e n e r en alguna época c e n t e n a r e s de
miles de h a b i t a n t e s (23). La noticia p a r e c e r á m e n o s hiper-
(22) COGOLI.UDO, Historia
(23)
I n f o r m e citado arriba.
de Yucatán,
libro IV, capítulo II.
bólica, si se considera q u e el radio d o n d e todavía se e n c u e n t r a n r u i n a s , no era m a s q u e el centro de la población,
encerrado d e n t r o de u n a muralla, y q u e fuera de ésta d e bió h a b e r un n ú m e r o considerable de casas de p a j a , d o n d e
habitaba el pueblo. Todos los viajeros que han visitado á
Uxmal h a n reconocido los vestigios de esa muralla, q u e los
mayas tenían cuidado de c o n s t r u i r en todas las c i u d a d e s
que llegaban á d o m i n a r .
Aquí d e b e r í a m o s tal vez hablar al lector de los bellos y
majestuosos edificios con q u e la ciudad estuvo d e c o r a d a
en los tiempos de s u esplendor. Pero resueltos á no i n t e n tar descripciones que hayan sido desempeñadas ya por
plumas m á s hábiles q u e la n u e s t r a , nos c o n t e n t a r e m o s con
remitir al lector al apéndice, d o n d e insertaremos a l g u n a s
de Stephens, q u i e n , como h e m o s observado ya, es el a r queólogo m á s inteligente q u e haya visitado hasta aquí
nuestras r u i n a s .
Entre los más bellos edificios de U x m a l , descuellan la
casa del Gobernador (24), la del Enano, la de las Monjas
y la de las Tortugas. Estos n o m b r e s , como c o m p r e n d e r á el
lector, h a n sido inventados por las generaciones m o d e r n a s ,
habiéndose olvidado c o m p l e t a m e n t e los q u e tenían a n t e s
de la conquista española. La a r q u i t e c t u r a y la e s c u l t u r a de
los mayas desplegó en estas construcciones toda su h a b i lidad. Su colocación sobre terrazas ó elevaciones artificiales les da un aspecto i m p o n e n t e y majestuoso, q u e excita
en alto g r a d o la admiración del viajero. Aquellos de n u e s tros lectores q u e no hayan tenido oportunidad de visitar
las r u i n a s de la antigua metrópoli de la P e n í n s u l a , podrán
formarse u n a idea de su mérito por las palabras q u e han
a r r a n c a d o á los a n t i c u a r i o s y arqueólogos q u e las h a n e x a -
(24) El abate BRASSEUR e n c u e n t r a m u y mezquino este nombre, y llama á
la casa del Gobernador
palacio
de los
Reyes.
m i n a d o , después de h a b e r visto las de los p u e b l o s antiguos
m á s célebres del m u n d o .
La impresión q u e c a u s ó en S t e p h e n s la p r i m e r a -mirada
q u e a r r o j ó sobre la c i u d a d , está sencilla y bellamente r e p r o d u c i d a en estas frases: «Tomamos otro camino, y saliendo r e p e n t i n a m e n t e del b o s q u e , q u e d é s o r p r e n d i d o al hallarm e en un vasto c a m p o d e s m o n t a d o , cubierto de m o n t o n e s
de r u i n a s de edificios s o b r e t e r r a d o s y e s t r u c t u r a s g r a n d e s ,
piramidales, en b u e n estado, r i c a m e n t e adornados, sin un
solo árbol q u e o b s t r u y e s e la vista, y de un efecto casi igual
al de las r u i n a s de Tebas, q u e visitamos en otro tiempo
»
Hablando luego de la casa del Gobernador,
añade: «Todo
el edificio está c o n s t r u i d o de piedra lisa hasta el alto d é l a
m o l d u r a q u e está sobre la p u e r t a , y de allí p a r a arriba llen o de ricas, e x t r a ñ a s y bien t r a b a j a d a s e s c u l t u r a s
No
hay rudeza ó t o s q u e d a d en el diseño y proporciones; antes
al contrario, el todo p r e s e n t a un aspecto de grandiosidad y
simetría a r q u i t e c t ó n i c a ; y c u a n d o el viajero s u b e los escalones, y dirige su vista a s o m b r a d a á las abiertas y desoladas p u e r t a s , a p e n a s c r e e q u e ve delante la obra de u n a raza
en cuyo epitafio, según han escrito los historiadores, se les
llama i g n o r a n t e s del Arte y se dice q u e han perecido en
medio de la grosería, aspereza é ignorancia de u n a vida
salvaje. Si estuviera e s t e edificio, con s u s g r a n d e s t e r r a d o s
artificiales, situado en H v d e - P a r k ó en el j a r d í n de las T u llerías, formaría un n u e v o o r d e n , no digo igual, pero sí
digno de p e r m a n e c e r al lado de los restos del arte egipcio,
griego y romano» (25).
Ya q u e h e m o s insertado las p a l a b r a s del viajero q u e con
m á s exactitud h a descrito n u e s t r a s r u i n a s , copiemos las del
m á s entusiasta, q u e no d e j a r á n de p a r e c e r un tanto h i p e r bólicas á m u c h o s de n u e s t r o s lectores. «Establecido d u -
rante el día, con mis equipajes, en u n a sala del palacio de
las Vestales, c u a n d o al declinar el día salía á caballo por
el gran arco triangular para volver antes de la noche á la
hacienda, m e s o r p r e n d í a cada vez m á s el conjunto m a r a villoso que se ofrecía á mi vista. El sol, al ocultarse d e t r á s
de los árboles de la gran plaza del altar de los sacrificios,
iluminaba con s u s p o s t r e r o s rayos los agudos picos de la
casa de las P a l o m a s , envolviendo en s u s reflejos el mausoleo de los sacerdotes, la p i r á m i d e del templo y las e s p l é n didas fachadas del palacio de los Reyes. J a m á s u n a d e c o ración de teatro m e p r e s e n t ó un espectáculo m á s grandio so; yo la contemplaba cada tarde con nueva admiración, y
cuando m e fué preciso decir adiós por última vez á todas
estas maravillas, tuve un m o m e n t o de angustia al p e n s a r
que acaso no las volvería á ver, y q u e el tiempo y la m a n o
del h o m b r e no tardarían en completar su destrucción» (26).
Nuestro bosquejo sobre Uxmal quedaría incompleto si no
refiriésemos alguna de las leyendas que, por decirlo así,
están identificadas con s u s ruinas. He aquí la q u e se r e f i e r e
á la casa del Enano ó del Adivino (27).
(26) BRASSEUR DE BOURBOÜRG, informe y a citado.—Acerca de la casa del
Gobernador,
el abale dice estas palabras: «Elevado sobre tres órdenes de terra-
zas, formando en c o n j u n t o u n a altura de más de 40 pies, adquiere asi, en
un
aislamiento lleno de majestad, proporciones de que ningún cuadro podría mostrar la elegancia y simetría. Por paradójica que pueda parecer i r i aserción, y
esperando de a n t e m a n o q u e se m e tache de exageración, debo, á la verdad,
declarar que n i n g u n a habitación Real, en Europa, es comparable, bajo este aspecto, al palacio de los Reyes, de Uxmal.»
(27)
Esta tradición h a sido referida con alguna variedad por los escritores
que se h a n ocupado de ella. Sin dejar de aceptar algunos pormenores con que
la embelleció el indio anciano que se la contó á STEPHENS, nosotros hemos preferido, en lo general, la relación que de ella hace u n suscritor anónimo del
gistro yacateco.
Re-
La razón de esta preferencia es m u y obvia. Este suscritor
anónimo no es otro que F r . ESTANISLAO CARRILLO, el célebre c u r a de Ticul,
que tan profundos estudios hizo sobre nuestras antigüedades, y cuya modestia
sólo le permitió escribir sobre ellas unos pocos apuntes, tan concisos como p r e -
(25)
Incidents
of tracal
in Central
f r a g m e n t o t r a d u c i d o p o r D . JUSTO SIERRA.
América,
Chiapas
and
Yucatán,
ciosos.
En la antigua ciudad de Kabah (28), distante cinco leguas
de Uxinal, vivía en la época del esplendor de los mayas
u n a vieja q u e tenía reputación de h e c h i c e r a . No o b s t a n t e
su poder diabólico, aquejábala u n p r o f u n d o pesar: el de no
t e n e r un hijo que la sirviese de báculo en su ancianidad.
Pero un día se le o c u r r i ó t o m a r u n huevo de gallina, lo
envolvió en un paño y lo depositó en un rincón de la m i serable choza de paja en q u e vivía. La tradición no dice
quién inspiró á la vieja esta idea e x t r a o r d i n a r i a ; pero su
reputación de b r u j a debió de h a b e r a u m e n t a d o c o n s i d e r a b l e m e n t e , cuando se s u p o q u e de este huevo, tan s i n g u l a r m e n t e empollado, había nacido un niño. La hechicera saltó
de alegría al observar este resultado, y buscó u n a nodriza
al q u e desde e n t o n c e s comenzó á llamar nieto s u y o . Al cabo de un año el prodigioso m u c h a c h o a n d a b a y h a b l a b a
como un h o m b r e ; p e r o d e s d e e n t o n c e s dejó de c r e c e r . La
vieja, lejos de d e s a n i m a r s e con este p e r c a n c e , cada día estaba m á s contenta, y decía q u e con el tiempo su nieto llegaría á ser un g r a n p e r s o n a j e .
Los sucesos posteriores vinieron á c o n f i r m a r este p r o nóstico. El m u c h a c h o , q u e á pesar de s u origen e r a vivo y
taimado, observó q u e s u abuela estaba s i e m p r e pegada al
fogón, del cual parecía c u i d a r con un e s m e r o especial. Su
inteligencia natural, d e s p e j a d a a d m i r a b l e m e n t e con las lecciones q u e recibía, le hizo sospechar q u e esto e n c e r r a b a
algún misterio, y se p r o p u s o averiguarlo. Pero no le era
(28)
El distinguido anticuario á quien acabamos de citar supone que esta
ciudad fué llamada asi á causa de u n a estatua colosal de piedra q u e se ve en
la plaza, y que lleva en la m a n o izquierda una grau serpiente e n actitud de
liaber sido domada. Como kab siguiflca «mano», y ali «él», bien pudo ser que
el domador de serpientes hubiese sido llamar/o Ahhab,
a n a g r a m a de
Kabah.
T a m b i é n puede ser que este n o m b r e signifique mano que clava (porque
muy fácil e j e c u t a r su designio, porque la b r u j a sólo salía
á la calle para ir en busca de agua. E n t o n c e s se le ocurrió
hacer un agujero en el fondo del cántaro q u e la vieja usaba
para aquel objeto, c o m p r e n d i e n d o q u e ésta, m i e n t r a s no lo
llenase, no daría la vuelta á la cabaña.
La m a ñ a n a en que el ladino m u c h a c h o ejecutó esta o p e ración, luego q u e su abuela salió de casa, corrió al fogón,
apartó las tres piedras q u e constituían el hogar, hizo á un
lado la leña, las brasas y la ceniza, y comenzó á cavar. A
poco trecho tropezaron s u s m a n o s con un tunkul de plata (29) y u n a de esas sonajas q u e los mayas usaban en s u s
bailes, llamadas zoot. El enano, encantado de su descubrimiento, tocó a m b o s i n s t r u m e n t o s ; pero éstos p r o d u j e r o n
un sonido tan extraordinario y agudo, q u e se oyó perfecta
y distintamente en todas las c i u d a d e s vecinas.
La b r u j a , q u e luchaba inútilmente por llenar su cántaro,
lo abandonó p r e c i p i t a d a m e n t e y voló á la cabaña. Pero todo
lo encontró en su lugar. El pilluelo de su nieto había vuelto á sepultar el tunkul y el zoot bajo el hogar, y la l u m b r e
ardía como s i e m p r e entre las piedras. Mas la vieja, q u e sabía demasiado lo q u e tenía en su casa, le r e p r e n d i ó s e v e r a m e n t e . El e n a n o negó de plano, a s e g u r a n d o q u e el r u i do que se había dejado oir en la ciudad había sido causado
por el pavo, moviendo la garganta de un modo p a r t i c u l a r .
La abuela no creyó esta patraña, y e n t r e colérica y t e m blorosa, aseguró al e m b u s t e r o q u e muy pronto se a r r e p e n tiría de su i m p r u d e n c i a .
Estos t e m o r e s no carecían de f u n d a m e n t o . Existía en
aquella comarca u n a profecía, según la cual, luego q u e el
tunkul de plata fuese tocado, el rey de Uxmal caería de su
trono y sería sustituido por el músico. El q u e á la sazón lo
ocupaba conocía muy bien la predicción, y luego q u e el so-
bak
significa «clavar»), c o n alusión tal vez á la manera que el héroe indio e m p l e a ba para d o m e s t i c a r l a s serpientes. (Papelea sueltos
yucateco,
tomo IV.)
del P. Carrillo,
Registro
(29)
Este metal era desconocido e n la Península. ¿Pero quién hace caso
de esta ligera impropiedad e n u n cuento fantástico?
nido fatal llegó á s u s oídos, se sobrecogió de pavor. P e r o
s u s cortesanos le a n i m a r o n á l u c h a r contra su destino, y
con e s t e ' o b j e t o d e s p a c h ó algunos emisarios para q u e le
b u s c a s e n al músico y le llevasen á su corte. El q u e fué á
Kabah, no tardó en tropezar con el enano y le intimó la
orden de seguirle á la residencia de su señor.
El m u c h a c h o n o se intimidó al verse en presencia del
rey, á pesar de la severidad y aspereza con q u e le r e p r e n dió por s u falta. Respondió q u e él no había cometido falta
n i n g u n a , y volvió á e c h a r al pavo la culpa del ruido s i n g u lar q u e había e s t r e m e c i d o toda la c o m a r c a . La cólera del
soberano debió h a b e r s e redoblado con esta excusa grosera;
pero en vez de castigar á su autor con la m u e r t e , como podía hacerlo sin d u d a , puesto q u e su poder era absoluto, se
contentó con d e s a f i a r l e . Las a r m a s del duelo debían ser tan
singulares como todo lo q u e tiene relación con esta fantástica leyenda. Cada u n o de los c o n t e n d i e n t e s debía sufrir
q u e con un mazo de p i e d r a se le q u e b r a s e n c u a t r o c a n a s tas de coco y oles e n la cabeza. Debían a d e m á s s u f r i r cien
azotes, atados á u n a c o l u m n a .
El e n a n o aceptó el desafío, y sólo exigió q u e para q u e
q u e d a s e en el país u n a m e m o r i a indeleble de aquel suceso
extraordinario, el rey m a n d a s e c o n s t r u i r u n a calzada de
Kabah á Uxmal, q u e pasase por N o h p a t . Pidió t a m b i é n q u e
se levantase u n a c o l u m n a para la escena de los azotes, y
u n a gran piedra e n forma de anfiteatro, p a r a q u e tuviese
lugar la de los cocoyoles, en p r e s e n c i a del pueblo reunido.
El rey pasó p o r todo, y el e n a n o prometió p r e s e n t a r s e en
Uxmal, luego q u e estuviesen concluidas calzada, c o l u m n a y
anfiteatro.
La mano del Destino, q u e e m p u j a b a al rey á su perdición,
le hizo a p r e s u r a r e s t a s c o n s t r u c c i o n e s . Puso á todos s u s
vasallos en m o v i m i e n t o , y al cabo de t r e s días todas estaban ya t e r m i n a d a s . El e n a n o , fiel á s u palabra, no tardó en
p r e s e n t a r s e en U x m a l , seguido de los h a b i t a n t e s de Kabah
y Nohpat, q u e venían á p r e s e n c i a r un suceso tan ruidoso.
El rey exigió q u e s u adversario fuese el p r i m e r o q u e se s u jetase á la operación de los cocoyoles, con la esperanza tal
vez de q u e al p r i m e r golpe se vería libre de él para s i e m pre. El enano no se hizo de rogar y subió al anfiteatro,
a c o m p a ñ a d o de un ministro, q u e llevaba e n la mano un
mazo e n o r m e de piedra. Reclinó la cabeza sin vacilar, y el
i n m e n s o c o n c u r s o vió con espanto q u e el diabólico pigmeo
sonreía con s a r c a s m o m i e n t r a s el verdugo descargaba golpes t r e m e n d o s sobre su cerebro. Rota la cantidad de cocoyoles q u e se había señalado en el duelo, el paciente bajó
tranquilo y s e r e n o del anfiteatro, e n t r e los gritos de a d m i ración c o n q u e el pueblo saludaba su t r i u n f o .
El rey, sobrecogido d é un temor supersticioso, y con el
objeto sin d u d a de c o n f u n d i r á su adversario, le p r e g u n t ó
q u é n ú m e r o de frutos contenía un ceibo q u e se veía en la
plaza. El e n a n o respondió q u e lo sabía p e r f e c t a m e n t e , porq u e se lo había revelado un murciélago. Expresó la c a n t i dad y exigió q u e se contasen. Verificada la c u e n t a , se vió
con espanto q u e había acertado. El rey quiso hacer n u e v a s
p r e g u n t a s para g a n a r tiempo; pero el adivino, d e s p u é s d e
haber respondido á todas con acierto, exigió q u e aquél s u biese al anfiteatro. El desventurado m o n a r c a quiso e x c u s a r se; pero habiéndole manifestado s u s m i s m o s c o r t e s a n o s
q u e debía c u m p l i r su palabra, ocupó la piedra, y al t e r c e r
cocoyol q u e le rompieron sobre el cerebro, espiró .entre los
más agudos tormentos.
El enano, proclamado vencedor, ciñó i n m e d i a t a m e n t e á
s u s sienes la corona de Uxmal. Su p r i m e r a disposición fué
relativa á su abuela, á quien todo se lo debía, p o r q u e ha d e
saber el lector q u e si no se hizo pedazos con los c e n t e n a res de cocoyoles q u e le rompieron en la cabeza, fué p o r q u e
aquélla le colocó sobre el cráneo u n a placa de p e d e r n a l ,
q u e q u e d ó oculta bajo el cabello. Lleno de reconocimiento
por esta b u e n a acción, la hizo venir á su corte y construyó
- ( 100 ) p a r a ella un buen edificio, q u e todavía se conoce en U x mal con el n o m b r e de casa de la Vieja.
También constru-
yó p a r a sí un s u n t u o s o palacio, q u e es el q u e hoy se llama
casa del Enano ó del Adivino,
y destinó p a r a la a d m i n i s t r a -
ción de justicia la del Gobernadar
ó halach-uinic,
q u e fué
el. palacio de su a n t e c e s o r .
La b r u j a gozó poco tiempo de s u nueva posición, p o r q u e
no tardó en m o r i r e n su regio alojamiento. Bajó á la t u m ba sin cuidado por s u nieto, p o r q u e le dejó b a j o la p r o t e c
ción de un dios poderoso, cuyo n o m b r e no refiere la t r a dición. El enano, deseoso de h o n r a r la m e m o r i a de su
abuela, le m a n d ó c o n s t r u i r u n a e s t a t u a , cuyo tronco ha
desaparecido; p e r o cuya cabeza se ostenta todavía en Mérida, en la calle q u e hoy se llama «Segunda del Progreso,
Sur». A pesar de q u e la vieja fué s e p u l t a d a p ú b l i c a m e n t e ,
el pueblo no creyó en su m u e r t e . Dice q u e del cenote de
Maní á T - H ó h a y u n i n m e n s o s u b t e r r á n e o en el cual está
sentada j u n t o á u n e s t a n q u e ; allí v e n d e j i c a r a s de agua á
los t r a n s e ú n t e s , n o p o r d i n e r o , sino por un m u c h a c h o ó
c r i a t u r a , q u e da d e c o m e r á u n a e n o r m e s e r p i e n t e q u e la
acompaña.
No t e r m i n a aquí la tradición, ü í c e s e q u e el e n a n o se llen ó de orgullo y se e n t r e g ó á toda clase de vicios, con cuyo
motivo se irritó el dios q u e velaba por él, y lo a b a n d o n ó .
E n t o n c e s convocó á s u pueblo y le dijo que, ya q u e la c i u dad carecía de s u dios, él tenía la ciencia y el poder s u ficientes para c o n s t r u i r otro q u e valiese tanto como el p r ó fugo. Mandó l l a m a r á todos los e s c u l t o r e s de la nación, y les
ordenó q u e le h i c i e s e n u n a estatua de m a d e r a , á la cual él
i n f u n d i r í a luego e l espíritu. F u é obedecido, y la estatua fué
p u e s t a por o r d e n s u y a en medio de u n a h o g u e r a , para p r o b a r su virtud. La imagen no resistió á la p r u e b a , y se r e dujo á cenizas. E n t o n c e s la hizo c o n s t r u i r de piedra; pero
puesta al fuego s e convirtió en cal. No se desanimó con
esto, y la m a n d ó f a b r i c a r de b a r r o . Púsola luego en u n h o r -
no encendido, y se llenó de alegría c u a n d o observó q u e
m i e n t r a s más leña s e le echaba, m á s se petrificaba. Ordenó que el fuego f u e s e a l i m e n t a d o por algunos días m á s , al
cabo de los cuales la estatua se animó y habló. El p u e blo cayó de rodillas y la adoró, por cuyo motivo los h a b i tantes de Uxmal f u e r o n llamados a n t i g u a m e n t e Kul Katob,
los adoradores del b a r r o .
Pero entonces s u c e d i ó u n a cosa horrible. Los dioses de
la Península, i n d i g n a d o s contra este sacrilegio, se r e u n i e ron en cónclave y a c o r d a r o n el castigo de los culpables.
Millares de g u e r r e r o s cayeron sobre la ciudad maldita, y la
asolaron de tal m a n e r a , q u e no ha q u e d a d o ni m e m o r i a
del pueblo que la h a b i t ó .
CAPÍTULO VIII
Llegada de los T u t u l X i u s á Chaenovitán — Entablan relaciones con los mayas.—
Ocupan la provincia de Bakhalal.— S e apoderan de Chichón.—Persiguen á
los itzaes hasta Cbampotón.—Vida n ó m a d a q u e hacen éstos muchos años.—
H - C u i t o k T u t u l X i u establece s u corte e n Uxmal.— Alianza que celebra con
los señores de Mayapán y de Chichén Itzá.—Carácter de esta alianza.
Nos seria imposible e x p r e s a r con a l g u n a exactitud la s i tuación q u e g u a r d a b a la P e n í n s u l a en el siglo v de la Era
cristiana. P u e d e c o n j e t u r a r s e , sin embargo, que las c i u d a d e s de Itzmal, T - H ó , Chichén y Mayapán estaban ya f u n d a das, no con la m a g n i f i c e n c i a q u e adquirieron en épocas
posteriores, pero c o n s t i t u y e n d o sí los principales c e n t r o s
de la población indígena. En las tres p r i m e r a s d o m i n a b a
p r o b a b l e m e n t e , con el culto de Itzamná, el gobierno t e o crático. En la ú l t i m a c o m e n z a b a n á h a c e r s e esfuerzos por
a r r a i g a r las instituciones de KuRulcán. Pero hacia esta
época ocurrió un acontecimiento q u e debía influir notablem e n t e en el porvenir del país.
Hacia el año 480 (1), u n a tribu de origen tolteca
(1)
se
Los sucesos que v a m o s á referir e n este capítulo están tomados en s u
m a y o r parte del manuscrito titulado Serie
de épocas mayas,
q u e tantas veces
hemos citado. Pero p a r a salvar cualquiera responsabilidad que el lector pudiera
exigirnos, debemos hacer previamente dos observaciones: una relativa á su autenticidad, otra al sistema cronológico que emplea.
S e ignora quién es el autor de este documento. DON JUAN P í o PÉREZ lo copió
de un C hila ni Balam,
ó a l m a n a q u e indio, q u e encontró e n M a n í . «No juzgo,
dice este distinguido arqueólogo, que se deba negar entera fe al relato histórico
p r e s e n t ó en la a n t i g u a provincia de Chaenovitán, s i t u a d a
p r o b a b l e m e n t e , c o m o h e m o s dicho en otra parte, en las
gargantas de la P e n í n s u l a . Ochenta a ñ o s hacia q u e había
salido de la ciudad de Tulapán, por causas q u e no refiere el
autor a n ó n i m o d e las Epocas mayas. Inútil sería q u e el lector buscase esta c i u d a d en el mapa de América. Pero si se
tiene p r e s e n t e q u e el monosílabo pan significa en lengua
maya b a n d e r a , ó t a m b i é n excavación, y q u e los t o l t e c a s e n
sus p e r e g r i n a c i o n e s f u n d a r o n varias c i u d a d e s con el n o m b r e de Tula, quizá no sería difícil e n c o n t r a r el antiguo
asiento de la t r i b u . La m á s cercana á Yucatán es la q u e
pocos siglos a n t e s h a b í a sido f u n d a d a en el valle de Oco-
de los acontecimientos; p o r q u e al menos demuestra cierto origen tradicional
q u e existe e n todas las historias primitivas de los pueblos, principalmente cuando no h a y otras tradiciones q u e las contradigan.» H a y otro testimonio en favor
del documento: el presbítero CARRILLO asegura q u e su relato es en sustancia
m u y c o n f o r m e con otro manus.crito antiguo e n lengua m a y a , cuyo autógrafo se
halla en su poder. ( M a n u a l . d e historia y geografía de la península
de Yucatán.)
E n cuanto al sistema cronológico q u e emplea, es el mismo que usaban los
m a y a s antes de la conquista española: va e n u m e r a n d o las épocas (ahau),
y se
detiene en cada una de aquellas e n q u e aconteció algún hecho notable, para
referirlo con s u m a concisión. Parece á primera vista que esto n o ofrece n i n g u n a dificultad; porque para reducir el cómputo m a y a al nuestro, sólo se n e c e sita saber qué n ú m e r o de a ñ o s contiene el ahau. Desgraciadamente, las opinion e s e s t á n d i v i d i d a s , c r e y e n d o LANDA, COGOLLUDO y BRASSEUR q u e
contiene
veinte años, mientras q u e D. JUAN P í o PÉREZ asegura que tiene veinticuatro.
Más adelante probaremos con u n a r g u m e n t o incontestable que este último tiene
razón, contra todos sus opositores, y sin embargo, hemos adoptado en este capitulo el cómputo del abate BRASSEUR, que cuenta por veinte años cada época.
¿Por que? P o r q u e el a u t o r del manuscrito las c u e n t a de la misma m a n e r a ,
como puede c o n v e n c e r s e cualquiera que tenga oportuuidad de consultarlo.
Generalmente, después de e n u m e r a r las épocas, las reduce á años, y siempre se
nota q u e las computa por veinte. El S r . PÉREZ se propuso corregir esta c o m putación; pero del cálculo que adoptó resultaría que los españoles se p r e s e n taron por primera vez en Yucatán en 1488, época en q u e a u n no se había d e s c u bierto la América. No está probablemente m e n o s lejos de la exactitud el que
nosotros seguimos; pero coincide al menos con la preciosa noticia que nos dejó
LANDA, de que el año 1541 de la E r a cristiana correspondía al Bulue Ahau, ó
sea á la época XI de los m a y a s . (Véase el capítulo XI de este libro.)
cingo (2). Es m u y p r o b a b l e q u e sea ésta á la q u e se da el
n o m b r e de Tulapdn, e n el m a n u s c r i t o citado, bien por la
m i s m a razón con q u e se llamó Mayapán á la capital de los
mayas, bien p o r q u e la ciudad está situada en u n a excavación
n a t u r a l , en u n valle, en una llanura rodeada de colinas.
Los o c h e n t a a ñ o s q u e la tribu tardó en su viaje, serían
tal vez un motivo para c r e e r q u e emigró de un país m á s
lejano. P e r o d e b e t e n e r s e p r e s e n t e q u e los pueblos antiguos
q u e e m p r e n d í a n estas peregrinaciones, tardaban m u c h o
t i e m p o en fijarse. P o d r í a m o s c o n f i r m a r esta verdad con
m u c h o s e j e m p l o s , t o m a d o s de la historia de a m b o s contin e n t e s . Nos l i m i t a r e m o s , sin e m b a r g o , á r e c o r d a r q u e el
h e c h o coincide a d m i r a b l e m e n t e con la época en q u e los toltecas se vieron obligados á salir del país en q u e habían f u n dado á T u l h á (3).
El jefe de la tribu se llamaba Holon Chan Tepeuh, y si
todavía se a b r i g a r a alguna d u d a sobre el origen de los e m i grados, b a s t a r í a e s t e n o m b r e para disiparla. Las tres palab r a s de q u e se c o m p o n e , p r e s e n t a n u n a mezcla de lengua
m a y a , tzendal y n a h u a t l . Ilolon p e r t e n e c e al tzendal y á
s u s dialectos; significa lo q u e d o m i n a , lo q u e está e n c i m a ,
y p u e d e s e r t o m a d o en este caso como un título ó como
un n o m b r e . Chan q u i e r e decir, en n a h u a t l , casa ó h a b i t a ción, y en tzendal, s e r p i e n t e , q u e en lengua maya se dice
can. Tepeuh es n a h u a t l ; significa el señor ó el jefe de la
m o n t a ñ a , y es un título s o b e r a n o en el q u i c h é (4).
Bien q u e el j e f e se l l a m a s e Ilolon Chan, la familia principal d e la t r i b u e r a la de los Tutul Xius, d e s c e n d i e n t e s de
Ja casa d z N o n o u a l (3). El abate B r a s s e u r , b u s c a n d o la e t i -
(2) Ococingo está situado e n los 16' 42' de latitud Norte y en los 7* d e l o n s i iiul Este de México, dentro de los limites del actual Estado de Chiapas.
(3)
Véase el capitulo II de este libro.
(4)
BRASSEUR, lugar citado.
(5)
Los T u t u l Xius eran de origen nahuatl.
mología de Tutul Xiu en a l g u n o s i d i o m a s e x t r a n j e r o s , e m i t e
algunas opiniones q u e no s a t i s f a c e n (6). Nosotros h a r e m o s
notar q u e en la Relación de L a n d a algunas veces se e n c u e n tra Xib en lugar de Xiu (7), y q u i z á f u é T u t u l Xib el p r i mitivo n o m b r e de aquella a n t i g u a familia. En tal caso, significaría «varón completo, h o m b r e esforzado y valeroso».
La colonia tolteca halló d e p r o n t o en Chacnovitán u n asilo seguro c o n t r a las t e m p e s t a d e s q u e desolaban el antiguo
Imperio de Xibalbá. Pero la e s c a s e z de agua q u e d o m i n a
en aquella región, debía fatigarla d e m a s i a d o . La q u e caía
en la estación de las lluvias e r a l a ú n i c a con q u e contaba
para mitigar su sed (8), y p r o b a b l e m e n t e f u é esta la época
en q u e se comenzó la c o n s t r u c c i ó n de la aguadas.
En las dos ú l t i m a s d é c a d a s d e l siglo siguiente, es decir,
del año 580 al 600, se p r e s e n t ó e n la colonia un nuevo emigrado, q u e se llamaba IT M e k a t T u t u l Xiu (9). No se sabe
de d ó n d e venía, ni el n ú m e r o d e p e r s o n a s q u e le acompañaba. P e r o es de p r e s u m i r q u e v i n i e s e h u y e n d o del m i s m o
lugar q u e s u s a n t e p a s a d o s y q u e le siguiesen algunos c e n t e n a r e s de fugitivos. F ú n d a s e e s t a ú l t i m a suposición en
q u e los colonos, q u e h a s t a e n t o n c e s no h a b í a n osado d a r
un paso f u e r a de Chacnovitán, c o m e n z a r o n desde esta é p o ca á e x t e n d e r s u s d o m i n i o s .
Dirigiéronse, en p r i m e r l u g a r , á la provincia de Bakhalal
(hoy Bacalar), q u e e n t o n c e s s e l l a m a b a Ziyan Caan (10).
(6)
Colección
citada, tomo I I I , p á g i n a 4 7 . - E n opinión del abate, la pala-
bra es nahuatl y significa p á j a r o y y e r b a .
(7) Relación, § V I I I .
(8) LANDA, lugar citado.
(9) El manuscrito m a v a le l l a m a A h m e k a t . - T é n g a s e presente, para los
nombres propios, lo q u e dijimos
(10)
cuando
h a b l a m o s de H ' C h u m Cáan (pág.na 79).
Este n o m b r e , que p u e d e t r a d u c i r s e por principio ó nacimiento del
cielo, se presta n a t u r a l m e n t e á u n a c o n j e t u r a , si se tiene' presente q u e se aplicaba A u n a provincia m a r í t i m a .
El copista del manuscrito ma-
ya ¿no q u e r r í a escribir esta palabra en lugar de la de monoual
q u e escribió?
¿Se lo h a b r á n aplicado los naturales ante
el
inmenso horizonte q u e desde la costa se a b a r c a con la vista, y e n cuyos límites
parece c o n f u n d i r s e la superficie del a g u a c o n la bóveda celeste?
Se ignora q u i é n e s eran los p r i m i t i v o s h a b i t a n t e s de esta
región y el género de resistencia q u e opusieron á los invasores. Sábese ú n i c a m e n t e q u e los Tutul X i u s se apoderaron de ella pocos años d e s p u é s de la venida de IT Mekat.
Establecieron allí un gobierno m o n á r q u i c o , y de esta época
data la antigua dinastía, cuyos restos e n c o n t r a r o n los e s pañoles en Maní. Es de p r e s u m i r q u e no h u b i e s e n abandonado del todo á Chaenovitán, ó q u e c u a n d o m e n o s h u b i e sen cuidado de e x t e n d e r su p o d e r á las regiones i n m e diatas, porque no se explica de otra m a n e r a el éxito q u e
obtuvieron en s u s e m p r e s a s posteriores.
Por este tiempo acaeció un h e c h o singular. Hacia el
a ñ o 680, en los m o m e n t o s m i s m o s en q u e se establecía en
Bakhalal la m o n a r q u í a tolteca, los itzaes q u e poblaban á
Chichén abandonaron la c i u d a d y fueron á establecerse á
Champotón (11). Es al m e n o s lo q u e p u e d e c o m p r e n d e r s e ,
confrotando las fechas y a d i v i n a n d o casi los sucesos r e f e ridos con s u m a concisión en las Epocas mayas. ¿Cuál pudo
s e r la causa q u e impulsó á los itzaes á t o m a r una determinación tan grave? La Relación, de Landa, facilita la s o l u ción de este a p a r e n t e e n i g m a . Según este e s c r i t o r (12),
luego q u e los Tutul Xius a c a m p a r o n al lado meridional de
. las m o n t a ñ a s de la P e n í n s u l a , e n t a b l a r o n relaciones de
amistad con s u s vecinos m á s i n m e d i a t o s , q u e e r a n los s e ñ o r e s de Mayapán. P r o m e t i e r o n s o m e t e r s e á las leyes del
país, y en cambio los mayas les p e r m i t i e r o n l a b r a r la t i e r r a
q u e o c u p a b a n . Celebráronse m a t r i m o n i o s e n t r e los j ó v e n e s de a m b a s tribus, e n t r e los colonos y s u s vecinos, q u e
por otra parte descendían del m i s m o origen.
Los itzaes, enemigos a n t i g u o s y m o r t a l e s de los mayas,
se a l a r m a r o n n a t u r a l m e n t e con la celebración de estos tratados. Sus t e m o r e s debieron h a b e r s e a u m e n t a d o con la
(11)
(12)
El manuscrito m a y a da á este lugar el n o m b r e de
Relación, lugar citado.
Chakamputun.
conquista de Bakhalal, q u e p e r m i t i ó á los T u t u l Xius establecer allí u n a colonia. V e n í a n á q u e d a r asi e n t r e dos aliados poderosos, q u e no t a r d a r í a n en u n i r s u s fuerzas para
aniquilar á su c o m ú n e n e m i g o . Los itzaes se e n c o n t r a r o n
sin d u d a débiles p a r a r e s i s t i r , y no e n c o n t r a r o n otro m e dio para esquivar la l u c h a q u e a p e l a r á la fuga. El abate
Brasseur s u p o n e q u e e s t a f u é la época e n q u e f u e r o n asesinados en Chichén los d o s p r í n c i p e s h e r m a n o s de q u e
otras veces h e m o s h a b l a d o , y q u e s u s s e c u a c e s f u e r o n los
q u e se vieron obligados á b u s c a r un refugio en C h a m p o tón (13). No hay n i n g ú n d a t o histórico q u e venga en apoyo
de esta c o n j e t u r a .
E n t r e t a n t o , los T u t u l X i u s s e g u í a n a u m e n t a n d o s u s dominios y no t a r d a r o n e n a p o d e r a r s e de Chichén Itzá. Verificóse este i m p o r t a n t e s u c e s o á m e d i a d o s del siglo V I I I (14),
y la e x t r e m a concisión d e l m a n u s c r i t o q u e nos sirve de
guía no nos p e r m i t e a d i v i n a r si estuvo ó no m a n c h a d o con
la sangre de los c o m b a t i e n t e s . La a n t i g u a c i u d a d de los
itzaes debió c o m e n z a r á t r a n s f o r m a r s e en esta época. Entonces se e c h a r o n tal v e z los c i m i e n t o s del templo de Ivuk u i c á n , q u e era el dios d e los v e n c e d o r e s . E n t o n c e s t a m b i é n
debieron c o n s t r u i r s e a l g u n o s de los edificios q u e hoy han
desaparecido casi por c o m p l e t o .
Los Tutul X i u s t r a s l a d a r o n su capital á esta c i u d a d ,
q u e de día en día se i b a e m b e l l e c i e n d o . E n c e r r a b a , sin embargo, en su r e c i n t o el g e r m e n q u e m á s t a r d e debía d e s truir la m o n a r q u í a . Sea q u e los itzaes no h u b i e s e n salido
todos de Chichén, sea q u e d e s d e su r e t i r o de Champotón se o c u p a s e n de a g i t a r la tea d e la discordia, el h e c h o
es q u e los Tutul X i u s t o m a r o n r e p e n t i n a m e n t e una resolu-
(13)
Archicos
(14)
El manuscrito m a v a m e n c i o n a a l g u n a s veces varios ahaus
de la Comisión
científica,
tomo II, página 30.
y luégo
añade: «en estos años se verificó tal suceso». Esto nos impide en muchos p a s a jes citar con precisión las f e c h a s .
ción análoga á la q u e dos siglos a n t e s h a b í a n tomado s u s
enemigos. Hacia el a ñ o 880 ó 900 a b a n d o n a r o n c o m p l e t a m e n t e á Chichén, ya p o r q u e h u b i e s e n c o m p r e n d i d o q u e no
podían s o s t e n e r s e en la c i u d a d , ya p o r q u e h u b i e s e n sido
arrojados por alguna agitación doméstica ó g u e r r a exterior. B r a s s e u r de B o u r b o u r g se inclina á c r e e r q u e u n a
reacción religiosa, en favor de las instituciones de Zamná,
fué la, q u e dió origen á esta d e t e r m i n a c i ó n (15).
Los Tutul X i u s s e r e t i r a r o n de pronto á s u s antiguos d o minios del s u r de la s i e r r a , y siguieron cultivando s u s r e laciones con los s e ñ o r e s de Mayapán p a r a b u s c a r un apoyo
c o n t r a los itzaes, q u e p o r s u c a r á c t e r religioso debían t e ner g r a n d e s influencias. De esta época data acaso, no prec i s a m e n t e la f u n d a c i ó n d e U x m a l , p e r o sí la construcción
de algunos de s u s edificios. La c i u d a d fué acaso f u n d a d a
desde el siglo vi, c o n j e t u r a q u e tiene algún f u n d a m e n t o en
ciertas observaciones h e c h a s por los arqueólogos; las c o n s trucciones de U x m a l r e v e l a n épocas distintas, y m i e n t r a s
algunas h a n d e s a p a r e c i d o casi p o r completo, otras p e r m a n e c e n todavía en pie, a m e n a z a n d o u n a d e s t r u c c i ó n m á s ó
m e n o s r e m o t a . Los m o n t í c u l o s , de q u e a p e n a s q u e d a n alg u n a s p i e d r a s , p u e d e n p e r t e n e c e r á la época de R ' Mekat;
los edificios m e n o s a r r u i n a d o s , al siglo x , y los q u e se conservan en m e j o r estado todavía, á épocas posteriores, de
q u e no t a r d a r e m o s e n h a b l a r .
Sesenta años d e s p u é s d e s u salida de Chichén, es decir,
de 940 á 960, los T u t u l Xius, q u e no olvidaban el odio tradicional de s u familia á la d e los itzaes, los persiguieron
hasta su último retiro y los a r r o j a r o n de Champotón. Tiene
esta acción todo el c a r á c t e r d e u n a venganza, p o r q u e no
se c o m p r e n d e q u é utilidad podía tener p a r a los agresores
la conquista de u n a provincia tan r e m o t a , q u e no se sabe al
m e n o s q u e h u b i e s e n c o n s e r v a d o en su poder. El abandono
de Chichén, ¿sería r e a l m e n t e debido á u n a reacción religiosa, p r e p a r a d a por los itzaes, y la toma de Champotón
sería s o l a m e n t e u n a r e p r e s a l i a ?
P e r o cualquiera q u e h u b i e s e sido el c a r á c t e r y el motivo
de esta g u e r r a , los vencidos s e vieron r e d u c i d o s á la c o n dición m á s triste en q u e p u e d e e n c o n t r a r s e un pueblo. No
t e n i e n d o a d o n d e volver los ojos, p o r q u e los T u t u l Xius y
los s e ñ o r e s de Mayapán e s t a b a n apoderados de toda la P e nínsula, adoptaron la vida n ó m a d a , r e c u r s o á q u e habían
apelado s u s m a y o r e s en c i r c u n s t a n c i a s análogas. La caza
y la pesca f u e r o n d e s d e e n t o n c e s su único modo de vivir;
la t i e r r a y las r o c a s su único lecho, y las r a m a s de los á r boles su único abrigo c o n t r a el rigor de las estaciones. Pero
á f i n e s del siglo x ó p r i n c i p i o s del xi, en los años t r a n s c u r r i d o s de 981 á 1001, a p r o v e c h á n d o s e del a b a n d o n o en q u e
se hallaba Chichén, ó llamados por s u s m i s m o s p o b l a d o res, volvieron á o c u p a r la a n t i g u a ciudad en q u e habían
e c h a d o los cimientos de su religión (16).
Hacia la m i s m a época, el j e f e de los Tutul Xius, q u e se
llamaba II-Cuitok, asentó el trono de la m o n a r q u í a en
Uxmal. Este fué el t i e m p o e n q u e la ciudad debió brillar
con todo su esplendor. JLa c o n s t r u c c i ó n de todos s u s e d i ficios q u e d a r í a t e r m i n a d a d e s d e entonces, y es de c r e e r
q u e s u s m o n a r c a s se dedicarían con e s m e r o á eclipsar á
s u s vecinos. La posteridad n o sabe aún hasta q u é p u n t o
consiguieron su objeto, p o r q u e Uxmal y Chichén son t o d a vía dos rivales q u e se c o n s e r v a n á la m i s m a altura en la
opinión de los arqueólogos.
(16)
El manuscrito sólo dice que al cabo de cuarenta años de vida nómada
los itzaes volvieron á tener casas. De la frase que emplea podría igualmente deducirse q u e volvieron á Cbampotón ó á Chichén. Pero es indudable que volvieron á la última ciudad, porque del mismo manuscrito consta que ya la habi-
(15)
Colección
ele documentos,
tomo III, página 423, nota.
taban e n los siglos posteriores.
Data de la época de H - C u i t o k la inauguración de u n a
política nueva en la p e n í n s u l a yucateca. L o s s e ñ o r e s , c a n •
sados de hacerse m u t u a m e n t e la g u e r r a , ó por otras c a u s a s
q u e se ignoran, c e l e b r a r o n u n a c o n f e d e r a c i ó n análoga á la
q u e existió en otros países de A m é r i c a . La liga se c e lebró e n t r e los p r í n c i p e s de Uxmal, Chichón Itzá y Mayapán. Se ignora el objeto q u e t e n d r í a , a u n q u e los s u c e s o s
posteriores h a c e n c r e e r q u e se estipularía u n a protección
m u t u a e n t r e las altas p a r t e s c o n t r a t a n t e s . El t e m o r de u n a
g u e r r a e x t r a n j e r a , ó las d i s e n s i o n e s religiosas, q u e m á s de
u n a vez habían e n s a n g r e n t a d o el suelo yucateco, haría
c o m p r e n d e r á los reyes )a necesidad de u n i r s e para f o r t a lecerse. Como estas alianzas e s t a b a n i n t r o d u c i d a s d e s d e
tiempo inmemorial en las n a c i o n e s d e origen tolteca (17),
es de p r e s u m i r q u e la q u e nos ocupa h u b i e s e sido p r o puesta por H-Cuitok T u t u l X i u , y aceptada con agrado p o r
los señores de Mayapán y Chichón.
Una de las bases de la alianza debió h a b e r sido el r e c o nocimiento del p r í n c i p e de Mayapán como el señor s u p e rior de toda la P e n í n s u l a . La Historia y las tradiciones
están de acuerdo en r e c o n o c e r esta s u p e r i o r i d a d . Ya h e m o s
visto q u e los Tutul X i u s p r o m e t i e r o n s u j e t a r s e á la legislación del país, s i e m p r e q u e se les concediese l a b r a r la t i e r r a
y f u n d a r ciudades al lado meridional de la cordillera. El
simple h e c h o de solicitar esta gracia, indica q u e los p e t i cionarios reconocieron d e s d e luego el d o m i n i o de los m a yas; y es de p r e s u m i r q u e c u a n d o éstos consintieron en
u n a vecindad tan peligrosa, no fué sino con el c a r á c t e r de
un feudo, d e p e n d i e n t e de Mayapán.
En cuanto á los itzaes, a u n q u e e n e m i g o s antiguos de los
mayas por cuestiones de raza y de religión, es p r o b a b l e
que h u b i e s e n solicitado la a m i s t a d de éstos, c u a n d o su
despojo de Champotón les hizo c o m p r e n d e r q u e n e c e s i t a (17)
Colección
ele documentos,
tomo III, páginas 424 y 425.
ban un apoyo c o n t r a el poder creciente de los Tutul Xius.
No puede e x p l i c a r s e al m e n o s de otra m a n e r a su vuelta á
Chichón y la q u i e t a y pacífica posesión en q u e por cerca
de tres c e n t u r i a s la c o n s e r v a r o n . Es indudable q u e si los
príncipes m a y a s n o h u b i e s e n dado su a s e n t i m i e n t o p a r a
esta o c u p a c i ó n , los itzaes no se h u b i e r a n atrevido á elegir
un asilo q u e d e b í a h a c e r m u y p r e c a r i a la e n e m i s t a d de los
Tutul X i u s (18).
¿Quiénes e r a n e s t o s p r í n c i p e s de M a y a p á n , q u e ejercían
en d e r r e d o r d e sí u n a influencia tan poderosa? Según las
tradiciones r e c o g i d a s por Landa, debían ser los Cocomes,
á q u i e n e s el m i s m o K u k u l c á n había elegido para s u c e d e r l e
en el trono. P e r o ya h e m o s dicho q u e no hay un solo dato
histórico q u e venga en apoyo de esta aserción. El a b a t e
Brasseur, c o n el deseo de p o n e r de a c u e r d o al obispo con
el autor a n ó n i m o de las Épocas mayas, s u p o n e q u e d e s d e
el siglo x f u e r o n a r r o j a d o s los Cocornes del trono de Mayapán y q u e f u e r o n sustituidos por un príncipe e x t r a n j e r o ,
p r o b a b l e m e n t e de la casa de los T u t u l X i u s (19). Nosotros,
q u e t e m e r í a m o s consignar en n u e s t r o libro una noticia q u e
no pueda s e r considerada como r i g u r o s a m e n t e histórica,
vamos á c o n t i n u a r n u e s t r o relato, sin d a r á los príncipes
de Mayapán u n n o m b r e q u e acaso no les pertenezca.
Pero a n t e s de r e a n u d a r el hilo de esa n a r r a c i ó n , nos p a rece n e c e s a r i o a r r o j a r u n a mirada sobre el grado de c u l t u r a á q u e p o r aquella época había llegado el Imperio de
los mayas.
(18)
Archicos
de la Comisión
científica,
(19)
Colección
de documentos,
tomo III, páginas 425 y siguientes.
tomo II, página 32.
CAPÍTULO IX
L a lengua maya.—El monosilabismo y la o n o m a t o p e y a predominan en su estructura.—Familia á q u e p e r t e n e c e . — O p i n i o n e s de Brasseur sobre su a f i n i dad con varios idiomas del antiguo c o n t i n e n t e . — S u tluidez y su abundancia.—
Escritura — Los mayas practicaron la figurativa, la simbólica y la fonética —
Alfabeto conservado por Landa — T e m o r e s sobre su exactitud.— Los misioneros lo sustituyen con el r o m a n o . — O b s e r v a c i o n e s sobre la manera con que
se verificó la sustitución.—El a n a h t é . — Importancia que tenía en la antigüedad.
Si nos f u e r a posible concebir al h o m b r e primitivo, q u e
a u n no h a tenido ocasión de s o s p e c h a r q u e posee u n a voz
p a r a e x p r e s a r s u s p e n s a m i e n t o s , podrían a v e n t u r a r s e alg u n a s hipótesis sobre la m a n e r a con q u e comenzó á f o r m a r
s u l e n g u a j e . El p r o c e d i m i e n t o q u e emplea el niño, c u a n d o
el poco desarrollo de sus ó r g a n o s no le p e r m i t e imitar las
palabras que llegan á su oído, debió ser también el q u e
empleó aquél para c o m u n i c a r s e con los seres q u e le r o d e a b a n . Debió inventar p a l a b r a s d u l c e s y suaves p a r a llam a r á la c a m p a ñ e r a de s u vida y á s u s hijos; debió e x p r e sar el dolor con p a l a b r a s análogas al gemido, y el placer
con palabras análogas á la risa. L o s a n i m a l e s y los fenóm e n o s de la Naturaleza d e b i e r o n s e r designados con voces
q u e imitasen el grito de los u n o s y el ruido q u e los otros
p r o d u c e n en s u s m a n i f e s t a c i o n e s . Todos estos ensayos
debieron e x p r e s a r s e con a r t i c u l a c i o n e s b r e v e s y rápidas,
p o r q u e la voz, lo m i s m o q u e t o d a s las d e m á s facultades
h u m a n a s , no se desarrolla sino p o r grados. Por eso el mo-
nosilabismo y la onomatopeya son los rasgos característicos de los idiomas primitivos.
F á c i l m e n t e se c o m p r e n d e cómo estos idiomas se han
a d u l t e r a d o y p e r f e c c i o n a d o á la vez con el t r a n s c u r s o de los
siglos. Las n e c e s i d a d e s del h o m b r e se a u m e n t a n á medida
q u e se civiliza, y cada u n a de ellas h a traído consigo m a yor ó m e n o r n ú m e r o de palabras, con q u e se h a e n r i q u e cido el l e n g u a j e . A d e m á s , la vida n ó m a d a , á q u e s i e m p r e
f u e r o n inclinados los a m e r i c a n o s , s u s c o n t i n u a s g u e r r a s y
los mil motivos q u e tuvieron f r e c u e n t e m e n t e para a p r o x i m a r s e los u n o s á l o s otros, c o n f u n d i e r o n s u s distintas
lenguas y p r o d u j e r o n otras, m á s ricas y v a r i a d a s q u e las
primitivas. La l e n g u a m a y a pasó p r o b a b l e m e n t e p o r todas
estas fases, y debió llegar á su perfección en la época de la
triple alianza, d e q u e h a b l a m o s en el capítulo a n t e r i o r .
P r e t e n d e n los filólogos q u e la historia del l e n g u a j e c o m p r e n d e t r e s épocas distintas: el monosilabismo, la conglutinación y la flexión. No todos los idiomas, dicen, han p a sado p o r estas t r e s épocas, p o r q u e a l g u n o s se han detenido
en su desarrollo; pero la conglutinación e n c i e r r a el m o n o silabismo, asi como la flexión e n c i e r r a el monosilabismo
y la conglutinación (1). A s e g u r a n q u e el chino se detuvo
en la p r i m e r a época; a l g u n a s l e n g u a s a m e r i c a n a s , en la seg u n d a , y se h a c e á la griega y á la latina, e n t r e otras a n t i guas, el h o n o r de h a b e r llegado á la t e r c e r a , es decir, á la
flexión. El abate B r a s s e u r de B o u r b o u r g s e ríe un poco de
esta clasificación; desafía á los sabios á q u e le s e ñ a l e n d ó n de t e r m i n a la conglutinación p a r a e m p e z a r la flexión, y se
indigna del desdén con q u e éstos t r a t a n á los idiomas americanos (2). Añade q u e el maya, el q u i c h é y el mexicano
deben s e r colocados, b a j o este p u n t o de vista, á la m i s m a
(1) E . LITTRÉ, Pvimera
Politécnica.
(2)
Manuscrito
S
Troano,
lección ele un curso
de Historia
tomo II, introducción, § X X I I .
en la
Escuela
a l t a r a q u e el griego y el latín, y toma algunos ejemplos
del p r i m e r o para d e m o s t r a r y p r o b a r esta conclusión.
Nosotros no osaremos e n t r a r en esta cuestión, q u e no
a t a ñ e d i r e c t a m e n t e á n u e s t r a historia. Nos l i m i t a r e m o s á
observar q u e la lengua maya, á pesar d e la perfección á
q u e ha llegado después, g u a r d a todavía en su e s t r u c t u r a
todas las huellas de un idioma primitivo. El monosilabismo
y la onomatopeya p r e d o m i n a n en ella. La p r i m e r a p r o piedad llama desde luego la atención de c u a l q u i e r a q u e
conozca m e d i a n a m e n t e la l e n g u a . Si nos a t r e v i é r a m o s á
f o r m a r un cálculo de todas las sílabas q u e p u d i e r a n c o m b i n a r s e con las veintitrés letras del alfabeto maya, e s t a m o s
seguros de que las dos terceras partes, c u a n d o m e n o s , s e rían otras tantas palabras q u e tuviesen algún significado.
No es m e n o s notable la onomatopeya. Porción de s e r e s
vivientes y de objetos i n a n i m a d o s son designados en este
idioma con palabras que imitan la voz de los p r i m e r o s y el
sonido q u e los últimos h a c e n en alguna circunstancia d e t e r m i n a d a . Podríamos d e m o s t r a r con multitud de ejemplos
esta v e r d a d ; pero esta demostración nos llevaría d e m a s i a do lejos.
Según las observaciones h e c h a s por algunos sabios americanistas, la lengua maya p e r t e n e c e á la gran familia de
casi todos los idiomas indígenas q u e se hablan e n t r e los
istmos de T e h u a n t e p e c y P a n a m á . Así lo d e m u e s t r a la mayor ó m e n o r semejanza q u e tiene con el mije, el tzotzil, el
tzendal, el zoqui, el chiapaneca, el mame, el lacandón, el
quiché, el cakclúquel y otros. El Dr. Berendt da á esta familia
el n o m b r e de familia maya; p o r q u e asegura q u e el antiguo
idioma de Yucatán es el m á s p u r o y el m á s desarrollado de
todo el g r u p o (3). En un plano q u e ha publicado sobre la
materia q u e nos ocupa, a p a r e c e un m i e m b r o de la familia
(3)
Remarks
página 7.
on the centres of ancient,
civilisation
in Central
América,
bastante a p a r t a d o d e s u s h e r m a n o s , p u e s existe e n la Huasteca, al n o r t e de Tollán, la célebre capital de los toltecas.
Todos los idiomas m e n c i o n a d o s son, en opinión d e B r a s s e u r , contemporáneos del cataclismo, e s p e c i a l m e n t e el m a ya, al cual da u n a a n t i g ü e d a d de doscientos siglos. «El e s tudio de la N a t u r a l e z a en c o n v u l s i ó n — a ñ a d e — e s el q u e
ha dado n a c i m i e n t o á u n gran n ú m e r o de p a l a b r a s en tod a s estas lenguas; las f u n c i o n e s n a t u r a l e s del c u e r p o , los
sonidos e x t e r i o r e s , los gritos de los animales, s u s movimientos, s u s instintos, el vuelo ó el canto de los pájaros,
son los q u e h a n f o r m a d o el lenguaje, como f á c i l m e n t e p o drá reconocer el lector e s t u d i a n d o la lengua m a y a y las
tradiciones cuyo r e c u e r d o g u a r d a . De este c o n j u n t o de h e chos, cuya observación es hoy todavía u n a de las c u a l i d a des instintivas del a m e r i c a n o , en su vida n ó m a d a , han s a lido los ricos vocabularios q u e poseemos... y q u e llenarían
de admiración á los filólogos, q u e hasta aquí, p o r decirlo
así, sólo han tenido á su disposición las l e n g u a s i n c o m p l e tas de los sabios» (4).
El abate da á los idiomas de q u e v e n i m o s h a b l a n d o el
n o m b r e de g r u p o m é x i c o - g u a t e m a l t e c o , y dice q u e el m e canismo de todos está basado en un juego de mil trescientos á mil c u a t r o c i e n t o s monosílabos radicales (5). Hasta
aquí nada tiene de s o r p r e n d e n t e la observación, p o r q u e es
fácil c o m p r e n d e r q u e todo el g r u p o r e c o n o c e p o r origen
una lengua primitiva, hablada en la América Central a n t e s
tal vez de la f u n d a c i ó n del I m p e r i o votanida. Pero B r a s s e u r
agrega q u e e s t e c o n j u n t o de monosílabos e n t r a t a m b i é n ,
con significaciones idénticas, en la composición d e varias
lenguas del antiguo c o n t i n e n t e , cuyas raíces han b u s c a d o
en vano los sabios en los idiomas asiáticos (6). P a r a p r o -
(-1)
Manuscrito
(5)
Iclem, id., § V.
Troano,
introducción, § V I I .
(6) No podemos resistir al deseo de copiar uno de los ejemplos á que apela
el abate para probar el parentesco de la lengua maya con el latín. L a palabra la-
b a r esta aserción, escogió el m a y a como el principal del
grupo, y publicó en el Manuscrito
Troano u n vocabulario
q u e , a d e m á s de ser m a y a , español y francés, contiene c o m paraciones con el griego, el latín y algunas o t r a s l e n g u a s de
E u r o p a . F u e r a de algunos rasgos de imaginación—que acaso otros lectores no califiquen de tales—este vocabulario
es un t r a b a j o filológico de g r a n d e interés, y q u e contiene
u n a erudición i n m e n s a . Es t a m b i é n el m o n u m e n t o m á s i m p o r t a n t e q u e su autor h a levantado en apoyo de la teoría
q u e hace de Yucatán y de la América Central la c u n a de la
civilización del m u n d o .
La lengua maya es s e g u r a m e n t e u n a de las m á s ricas y
a b u n d a n t e s de la antigua América. Sólo el Diccionario
de
D. Juan Pío Pérez, q u e h e m o s publicado el año pasado,
contiene m u y cerca de t r e i n t a mil voces; pero es i n d u d a ble q u e el idioma posee mayor n ú m e r o todavía, p o r q u e
este diccionario no deja de ser incompleto, según las obs e r v a c i o n e s q u e el editor m i s m o y algunas otras p e r s o n a s
han hecho d e s p u é s de s u publicación. Esta riqueza de d i c ción, unida á u n a sintaxis a d m i r a b l e , h a c e de la lengua
maya un idioma capaz de e x p r e s a r todo g é n e r o de p e n s a m i e n t o s y q u e se p r e s t a sin m u c h o esfuerzo á la elocuencia y á la poesía.
No p o d r í a m o s e n t r a r en otra clase de p o r m e n o r e s sobre
esta materia, sin i n v a d i r l o s dominios de la Lexicología, q u e
p e r t e n e c e n m á s bien al gramático q u e al historiador.—
P a s e m o s a h o r a á h a b l a r de la escritura, a r t e en q u e los
mayas llegaron á un grado de perfección admirable.
Luego q u e el h o m b r e se e n c o n t r ó poseedor de un l e n guaje, q u e le permitía c o m u n i c a r sus p e n s a m i e n t o s y sensaciones á los seres q u e le rodeaban, la p r i m e r a necesidad
lina natío,
descompuesta así: na-ti-o,
q u e debió e x p e r i m e n t a r f u é la de c o m u n i c a r s e también
con los a u s e n t e s y las generaciones venideras. El p r i m e r
medio á q u e o c u r r i ó p r o b a b l e m e n t e para conseguir este fin
fué el de p i n t a r m a t e r i a l m e n t e el objeto q u e deseaba hacer
conocer á los q u e no se hallaban al alcance de su voz. Pero
estas imitaciones g r a b a d a s ó p i n t a d a s en las r o c a s y en los
árboles, llevaban m u c h o tiempo y m u c h o espacio al a r t i s ta, y sólo debieron b a s t a r á la H u m a n i d a d en su infancia.
Cuando el h o m b r e se desarrolló más; c u a n d o con este motivo crecieron s u s necesidades; c u a n d o se f u n d a r o n las
instituciones civiles y religiosas, todas las cuales descansan
sobre el r e c u e r d o de a c o n t e c i m i e n t o s pasados, debió e x p e r i m e n t a r s e e n t o n c e s la necesidad de simplificar la escritura, con el fin de q u e los pocos q u e la p r a c t i c a b a n bastasen para las exigencias de aquel estado de progreso. E n tonces, en lugar de p i n t a r todo el objeto, se pintó sólo la
parte m á s saliente, la m á s característica, la q u e se creyó
suficiente para darlo á c o n o c e r .
Muchas naciones de América se d e t u v i e r o n en este género de escritura, q u e se llama figurativa, y la i m p e r f e c ción q u e t r a e consigo por su poca a p t i t u d para e x p r e s a r
las ideas morales, debió ser corregida en las lecciones orales q u e los iniciados en la Ciencia daban á sus discípulos (7). De la e s c r i t u r a figurativa se pasó á la simbólica, q u e
consiste en r e p r e s e n t a r el objeto ó el p e n s a m i e n t o por
medio de i m á g e n e s ó señales q u e lo d e n á conocer. Así,
por e j e m p l o , los mexicanos, q u e se distinguieron en este
g é n e r o de e s c r i t u r a e n t r e todos los pueblos del Nuevo
Mundo, r e p r e s e n t a b a n la idea de c o r r e r por medio de dos
p i e r n a s en acción de m o v e r s e r á p i d a m e n t e .
El ú l t i m o paso q u e los h o m b r e s han dado en el arte de
escribir, es el que se llama fonetismo, q u e consiste en e m plear c a r a c t e r e s q u e r e p r e s e n t e n , no la idea, sino el sonido.
¿qué otra cosa quiere decir, en lengua
maya, que el lugar que contiene las casas ó habitaciones, ó sea la nación? (Lugar citado, tomo II, introducción, § X X I I . )
(7)
BRASSEUR DE BOURBOURO, Manuscrito
Troano,
t o m o I, § X I I I .
Este descubrimiento ingenioso, q u e es sin d u d a alguna uno
de los q u e m á s h o n r a n á la H u m a n i d a d , simplifica n o t a b l e m e n t e la escritura; p o r q u e siendo m u y corto el n ú m e r o
de sonidos simples q u e e m i t e la voz h u m a n a , basta e m p l e a r
un n ú m e r o pequeño de signos convencionales para e x p r e sar toda clase de p e n s a m i e n t o s .
¿Cuál de estos g é n e r o s de e s c r i t u r a practicó el pueblo
maya? Hasta el año 1862 sólo se tenían p r u e b a s de q u e
hubiese usado la figurativa y la simbólica. El auto de fe de
Maní, de q u e h e m o s hablado en otra parte, había r e d u c i d o
á cenizas veintisiete rollos de signos ó geroglíficos, y no se
conservaba otro m o n u m e n t o de la e s c r i t u r a maya, anterior
á la conquista, q u e algunos geroglíficos indescifrables, esculpidos en las r u i n a s de n u e s t r a s c i u d a d e s . Es verdad q u e
Las Casas, Cogolludo (8) y otros e s c r i t o r e s habían hablado
vagamente de q u e aquel pueblo usó de l e t r a s y c a r a c t e r e s ;
m a s ninguno había osado a f i r m a r n u n c a el género á q u e
pertenecían.
Pero en d i c i e m b r e de 1863, el a b a t e Brasseur, q u e se
hallaba en Madrid e n t r e g a d o á su ocupación favorita de estudiar las antigüedades a m e r i c a n a s en las Bibliotecas, desc u b r i ó en la Real Academia d e la Historia un m a n u s c r i t o
titulado: Relación de las cosas de Yucatán, al cual iba u n i d o
un alfabeto maya. Este alfabeto es h a r t o singular. Contiene
veintisiete signos, de los cuales cada uno r e p r e s e n t a u n a
letra, con excepción de la a, q u e está designada con t r e s
f o r m a s distintas, y de la b, la l, la o y la u, q u e están d e signadas con dos. Contiene t a m b i é n seis c a r a c t e r e s q u e no
r e p r e s e n t a n el sonido de u n a letra, sino el d e u n a sílaba.
Acompañan, por fin, al alfabeto los signos con q u e los mayas designaban los veinte días de s u m e s y los dieciocho
m e s e s de su año.
El m a n u s c r i t o de q u e nos o c u p a m o s no es el original de
(8)
Historia
ele Yucatán,
libro IV, capítulo II.
Landa, sino un extracto de s u s obras, q u e en opinión de
Brasseur debieron ser m u y n u m e r o s a s (9), pero q u e d e s g r a c i a d a m e n t e han desaparecido. Esto hace t e m e r al abate
q u e el alfabeto esté incompleto, pues carece de los signos
n u m e r a l e s , de los de la p u n t u a c i ó n y de los de algunos
sonidos monosilábicos á q u e el obispo se refiere en s u s explicaciones. No pocos a n t i c u a r i o s han manifestado d e s p u é s
algunas d u d a s sobre la exactitud del repetido alfabeto, las
cuales, en n u e s t r o concepto, están f u n d a d a s , no s o l a m e n t e
en las razones e x p u e s t a s , sino en el temor q u e abrigamos
de que Landa haya podido r e p r o d u c i r con fidelidad los signos de los m a n u s c r i t o s m a y a s (10), q u e , por otra parte,
acaso t a m b i é n hayan sido adulterados en las diversas copias p o r q u e han pasado hasta llegar á nosotros.
Pero por incompleto, por inexacto q u e sea el alfabeto
conservado por Landa, s i e m p r e será un poderoso auxiliar
para el estudio de las a n t i g ü e d a d e s americanas. Será s i e m p r e t a m b i é n u n a p r u e b a i r r e c u s a b l e del ingenio y d e la
c u l t u r a del pueblo q u e lo inventó. No se llega al fonetismo
sino d e s p u é s de observaciones p r o f u n d a s y de c o m b i n a c i o n e s ingeniosas, q u e hagan notar el n ú m e r o de sonidos q u e
contiene el l e n g u a j e y la m a n e r a de r e p r e s e n t a r l o s por
medio de c a r a c t e r e s . El pueblo maya, ¿es el único de la
antigua América á quien p e r t e n e c e esta gloria? No osaríamos afirmarlo, p o r q u e quizá se usaron otros alfabetos a m e ricanos, q u e aun no se h a n descubierto, ó q u e perecieron
para s i e m p r e . Debe notarse, a d e m á s , q u e el conservado
por Landa quizá no haya sido e x c l u s i v a m e n t e de los m a -
(9)
Manuscrito
Troano,
tomo I, § I X .
(10) Este temor es bastante fundado.—Más adelante haremos notar que
LANDA solía juzgar con ligereza de los asuntos de los indios, y que, á pesar de
haber compuesto el Arte perfeccionado
de la lengua maya, n u n c a poseyó con
perfección este idioma.—¿Se cree que u n hombre de este carácter haya podido
copiar con fidelidad unos signos arbitrarios y complicados, que acaso acaso
mirabu como satánicos?
- ( 120 ) yas. Así lo hace c o m p r e n d e r al m e n o s el h e c h o observado
por B r a s s e u r de q u e algunos de sus c a r a c t e r e s están r e p r o d u c i d o s en el códice de Dresde y en el de Chimalpopoca (11), q u e no s a b e m o s q u e sean de origen yucateco.
Sea cual f u e r e la nacionalidad de este alfabeto, el hecho
es q u e los m a y a s lo u s a b a n , y esta consideración nos ha
movido á r e p r o d u c i r l o en la lámina a d j u n t a (12). La c o r r e s pondencia en letras latinas q u e lleva, fué introducida pollos p r i m e r o s religiosos, q u i e n e s afectando ver en los c a r a c teres indios otras tantas invenciones del demonio (13), se
a p r e s u r a r o n á hacerlos d e s a p a r e c e r . No f u e r o n m u y felices
en esta sustitución; p o r q u e bien pudieron i n v e n t a r un sist e m a m á s sencillo, en q u e las letras r e p r e s e n t a s e n el m i s mo sonido q u e tienen en las l e n g u a s de Europa y en q u e
no h u b i e s e necesidad de apelar á c a r a c t e r e s especiales.
Un ligero e x a m e n del alfabeto basta para p e r s u a d i r s e de
esta v e r d a d .
En la pronunciación de la lengua maya se advierte el sonido de veintitrés letras, q u e los misioneros representaron
con los c a r a c t e r e s siguientes:
a, b, c, cti, ch, e, ti, i, k, l, m, n, o, p, pp, t, tti, tz, u, x, y, z, o.
Las letras b, ch, l, m, n, p, t, y, se p r o n u n c i a n como en
español. Lo m i s m o s u c e d e con la c, en las sílabas ca, co,
cu; en las sílabas ce, ci, se p r o n u n c i a como q. La h tiene el
sonido de j española; la x, el de ch francesa ó el de sh i n glesa, y la z, el de s, tal como la p r o n u n c i á r n o s l o s y u c a t e cos y otros pueblos h i s p a n o a m e r i c a n o s . La ch, la k, la pp,
(11)
Manuscrito
(12)
Esta lámina es u n a copia exacta de la q u e publicó BRASSEUR en la
Troano,
tomo I, § IX.
Relación,
de LANDA, páginas 320 y 322. E n t r e los signos que representan u n a
sola letra, los marcados con los números 11, 21 y 22 debían ser colocados tal vez
entre los monosilábicos. Pero no hemos querido hacer n i n g u n a variación en
nuestra copia.
(13)
LANDA, Relación
de las cosas de Yucatán,
§ XLI.
HISTORIA DE YUCATÁN, libro I, capítulo IX.
ALFABETO
MAYA
S i g n o s que r e p r e s e n t a n una sola letra.
- ( 123 ) la th y la o tienen un sonido gutural muy fuerte, q u e sólo
se p u e d e a p r e n d e r de un maestro nacido en Yucatán. Diremos, no obstante, q u e el de la ch se aproxima m u c h o al de
dch; el de la th, al de td, y el de la o. al de dz; el de la k y
el de la pp, se a p r o x i m a n m u c h o al de g y p p r o n u n c i a d a s
con m u c h a fuerza. F i n a l m e n t e , las cinco letras vocales,
a d e m á s de tener u n sonido como en español, tienen otro
peculiar de la lengua maya, q u e se r e p r e s e n t a con la vocal
doble.
Los i n v e n t o r e s de esta fonografía, fácilmente h u b i e r a n
perfeccionado su o b r a s u s t i t u y e n d o la c con la k, ésta con
la g y la h con la j. También la ch pudo h a b e r sido sustituida
con la dch y la o con la dz, para evitar c a r a c t e r e s especiales,
que h a c e n s i e m p r e difícil la impresión de las obras mayas.
Varios lexicólogos han h e c h o ya observaciones análogas á
las presentes; p e r o no se han atrevido á declararse por
n i n g u n a innovación, p o r la c i r c u n s t a n c i a de q u e todas las
obras mayas, así a n t i g u a s como m o d e r n a s , están escritas
con la ortografía adoptada por los misioneros (14).
La p r i m e r a m i r a d a q u e se arroja sobre el alfabeto maya,
es poco favorable al i n v e n t o r . Hay poca ó n i n g u n a belleza
en los rasgos, son harto complicados y m u y difíciles de
ejecutar. P a r e c e n trazados por la mano i n e x p e r t a de un
niño ó de un salvaje, q u e no tiene la menor noción del dib u j o . P e r o debe a d v e r t i r s e q u e esa pesadez, esa dificultad
de ejecución, acaso haya sido h á b i l m e n t e calculada p a r a
que el alfabeto no se vulgarizase. En esto se hallaba d i r e c -
(14)
E n una reseña que actualmente se publica en N u e v a York sobre idio-
mas indígenas de América, y en que se da á la lengua m a y a el primer lugar,
las palabras de este idioma, que se citan, se hallan escritas con u n a ortografía
tan extraña, que cuesta trabajo reconocerlas. La c ha sido sustituida con la h,
la A- con la /.•', la ch con la tx, la ch con la tx\
la h con la;', etc.—Estas r e f o r -
mas, que bajo el aspecto de que se habla en el texto tienen su razón de ser,
acabarían, sin embargo, por hacer casi ilegibles los escritos m a y a s que posee la
Península, c u n a del idioma de que hablamos.
l a m e n t e interesado el sacerdocio, p o r q u e la e s c r i t u r a e r a
su patrimonio y uno de los e l e m e n t o s m á s t e r r i b l e s de su
poder. Los q u e se inclinaban á esta c a r r e r a , e r a n iniciados
d e s d e niños en los m i s t e r i o s del alfabeto. También algunos
príncipes sabían e s c r i b i r , acaso p o r q u e - e n su j u v e n t u d
habían asistido á las escuelas d e los sacerdotes; pero no
se atrevían á usar e n público de su habilidad (15). En
c u a n t o al pueblo, vivía en la m á s crasa ignorancia.
Los mayas u s a b a n p a r a escribir la piel del venado, y
también un papel, ó m e j o r d i c h o p a p i r u s , q u e según Bernal
Díaz del Castillo se hacía de h e n e q u é n (16), y según L a u d a
de las raíces de un árbol (17). Asegura el p r i m e r o q u e el
papel de h e n e q u é n e r a s u a v e como el lino, y q u e de él se
sirvieron los h a b i t a n t e s de Champotón p a r a p a r t i c i p a r á
Moteuczoma el a r r i b o de los españoles á s u s costas. Pero
el papirus q u e usaban m á s f r e c u e n t e m e n t e los mayas era
u n a corteza de árbol, á la cual se daba un barniz blanco
q u e la d e j a b a tersa y lustrosa como la c a r t u l i n a (18). Esta
preparación tenía el doble objeto de p r e s e r v a r l a de la destrucción y de dejarla en a p t i t u d de recibir la e s c r i t u r a .
La corteza tenía o r d i n a r i a m e n t e diez ó doce v a r a s de
largo, y se plegaba, á m a n e r a de biombo, en c o m p a r t i m i e n tos q u e tenían un palmo de a n c h u r a . Quedábale así la form a de un libro, al cual se daba el n o m b r e de anahté (19),
y se le e n c e r r a b a e n t r e dos tablas, c u r i o s a m e n t e l a b r a d a s ,
q u e hacían las veces de pasta (20). La e s c r i t u r a se p r a c t i -
(15)
Idem, § V I I .
(16)
Historia
de la conquista
(17)
Relación
de las cosas de Yucatán,
de la Nueca España,
de Yucatán,
capítulo X I I I .
§ VII.
(18)
COGOLLUDO, Historia
(19)
IDEM, id., libro IX, capítulo XIV.— E n g a ñ a d o s por este autor y por
BRASSEUR, dimos el n o m b r e de analté
este libro. E l Diccionario
libro IV, capítulo V.
al libro m a y a en el primer capítulo d-í
Los s a c e r d o t e s tenían un cuidado especial p o r estos libros.
Era el p r i m e r objeto q u e les a c o m p a ñ a b a en s u s peregrinaciones y hasta en el sepulcro, p o r q u e eran e n t e r r a d o s con
ellos. Sólo se desplegaban a n t e el público en las g r a n d e s
de D. JUAN PÍO PÉREZ nos ha sacado de nuestro
error; el verdadero nombre del libro es el q u e le damos en este capítulo:
(20)
caba por columnas, la cual, si se ha de c r e e r al abate B r a s s e u r , debe ser leída de d e r e c h a á izquierda y de abajo á
arriba (21), p r e c i s a m e n t e de la m a n e r a c o n t r a r i a con q u e
se leen n u e s t r o s libros. A ñ n de q u e el lector se f o r m e
una idea perfecta de lo q u e es un anahté, copiamos en
seguida la descripción q u e del Manuscrito Troano h a hecho
su célebre i n t é r p r e t e .
«El Manuscrito Troano se c o m p o n e de u n a faja de papel
antiguo, hecho de una corteza de árbol abatanada (battue)
y s e m e j a n t e á las telas del m i s m o género q u e f a b r i c a n hoy
todavía un gran n ú m e r o de naciones a m e r i c a n a s . Esta faja
tiene tres m e t r o s setenta c e n t í m e t r o s de largo y v e i n t i d ó s
c e n t í m e t r o s y medio de a l t u r a . Está toda c u b i e r t a de u n a
capa b l a n q u e c i n a , y sus pliegues forman treinta y cinco
folios, q u e p r e s e n t a n c o m p l e t a m e n t e el aspecto de u n libro
ordinario. Cada folio está pintado por a m b o s lados con
imágenes de color, rodeadas ó e n t r e m e z c l a d a s con esos
c a r a c t e r e s n e g r o s á q u e se da el n o m b r e de calculifonmes; pero q u e los mayas en su lengua llamaban uooh, por
oposición á las imágenes q u e designaban por el vocablo
oib... N a t u r a l m e n t e dividido en d o s partes, la u n a al r e verso de la otra, el libro debe leerse d e s d e luego p o r un
lado... El principio de la lectura está colocado á la d e r e c h a
del lector, y es preciso, si se q u i e r e r e c o r r e r d e b i d a m e n t e
el volumen, tomar la página q u e p a r a nosotros sería la
última... Luego q u e se t e r m i n a la lectura de un lado,'se da
vuelta á la b a n d a , como se voltearía un peso f u e r t e para
considerar el anverso...» (22).
LANDA y COGOLLUDO, l u g a r e s
citado por BRASSEUR, Manuscrito
citados.— PEDRO MÁRTIR
Troano,
tomo I, § X V I I .
DE
anahté.
AKGIERA,
(21)
Manuscrito
(22)
Idem,
Troano,
lugar citado.
tomo I, § XVII.
- ( 126 ) solemnidades y cuando e r a n e c e s a r i o practicar la a d i v i n a ción. En el m e s de Uo se c e l e b r a b a u n a c e r e m o n i a r e l i giosa, en q u e los libros d e s e m p e ñ a b a n el principal papel,
y que, según el abate B r a s s e u r , n o tenía otro objeto q u e
preservarlos de la d e s t r u c c i ó n . La fiesta e r a dedicada á
Itzamná, el inventor del alfabeto, y los s a c e r d o t e s , d e s pués de algunas c e r e m o n i a s q u e t e n í a n p o r objeto lanzar
al demonio del templo, «sacaban s u s libros y tendíanlos
sobre las f r e s c u r a s q u e p a r a ello t e n í a n . . . e n t r e t a n t o d e s leían en su vaso un poco de su c a r d e n i l l o con agua virgen,
q u e ellos decían traída del m o n t e , d o n d e no llegase m u j e r ,
y untaban con ello las tablas de l o s libros para s u m u n dificación, y esto hecho, a b r í a el m á s docto de los sacerdotes un libro, y miraba los p r o n ó s t i c o s de a q u e l año y d e clarábalos á los presentes» (23). «El cardenillo—dice el
abate Brasseur—esta s u s t a n c i a , q u e , como se sabe, es un
compuesto de óxido de c o b r e y de ácido acético, e r a evid e n t e m e n t e e m p l e a d a p a r a c o n s e r v a r los libros, y la c e r e monia religiosa no e r a m á s q u e un medio ó un p r e t e x t o
para obligar á los s a c e r d o t e s á p r a c t i c a r esta operación
anual, haciendo de ella u n d e b e r de conciencia. El agua
virgen en que se les desleía, y q u e se s a c a b a de los b o s ques d o n d e no llegaba m u j e r a l g u n a , ¿no i n d i c a b a el ácido
ó el vinagre extraído de alguna p l a n t a leñosa? Debe a t r i b u i r s e á este p r o c e d i m i e n t o la p e r f e c t a conservación de la
mayor p a r t e de los d o c u m e n t o s originales de México, y especialmente de Yucatán...» (24).
El anathé era digno de los c u i d a d o s q u e se le p r o d i g a ban, porque era el depositario de l a s glorias de la nación,
de la religión q u e profesaba y del a r t e de a d i v i n a r . En él
estaban consignados el origen de los p u e b l o s y de las r a zas, s u s emigraciones, las c i u d a d e s q u e habían f u n d a d o ,
(23)
LANDA, Relación
(24)
Manuscrito
de las cosas de Yucatán,
Troano,
tomo I, § I I I .
§ XL.
los e n e m i g o s q u e habían vencido, las g u e r r a s , las h a m b r e s , las inundaciones, todo h e c h o m e m o r a b l e , en fin, q u e
se creía digno de s e r t r a n s m i t i d o á la posteridad. También
se consignaban en él la historia de los dioses, sus hazañas,
s u s milagros, las c e r e m o n i a s religiosas, el ritual á q u e e s taban s u j e t a s y la época en q u e debían p r a c t i c a r s e . Había,
en fin, libros destinados para servir de oráculo, en los cuales se p r e t e n d í a consultar la voluntad de los dioses.
No t e r m i n a r e m o s este capítulo sin r e c o r d a r que, así el
lenguaje, como la e s c r i t u r a de los mayas, e n c i e r r a n , en
opinión de Brasseur, el r e c u e r d o p r o f u n d o y misterioso del
cataclismo. P e r o la demostración de esta c o n j e t u r a nos
llevaría demasiado lejos, y t e m e r í a m o s a d e m á s q u e , á pesar
de todos n u e s t r o s esfuerzos, las teorías del a b a t e no d e j a sen m a s q u e la d u d a en el ánimo del lector.
CAPÍTULO X
Teogonia maya.— Variedad del culto e n cada ciudad.— Principios religiosos com u n e s á toda la Península.—Dios, el alma y la vida futura.—Multitud de
ídolos.— Sacrificios h u m a n o s . — A n t r o p o f a g i a . — S a c e r d o t e s . — B a u t i s m o , confesión y penitencia.—Testimonio q u e dan nuestras r u i n a s de otro culto público,
que no refieren los historiadores.
Algo h e m o s dicho en los capítulos a n t e r i o r e s sobre la
teogonia de los antiguos yucatecos. Ya h e m o s visto q u e los
itzaes profesaban el culto de Zamná y los m a y a s el de K u kulcán. Hemos visto t a m b i é n q u e varias ciudades, como
Itzmal y T-Hó, tenían s u s ídolos especiales, y lo m i s m o
p u e d e decirse en general de todas las poblaciones de alguna importaucia.
Así, Campeche v e n e r a b a en sus altares al dios de las crueldades, á quien se daba el n o m b r e de Kinchachau liaban, y
en cuyas aras se sacrificaban á m e n u d o víctimas h u m a n a s (1). El templo de esta sangrienta deidad era probablem e n t e el que, según Landa(2), estaba construido d e n t r o del
mar, á poca distancia de la orilla, y cuya forma e r a c u a d r a d a , con escaleras en todos s u s costados para s u b i r á la
cima. El ídolo estaba colocado e n t r e dos fieros a n i m a l e s ,
q u e le devoraban las e n t r a ñ a s , y tenía á los pies u n a g r a n
serpiente de piedra, q u e se tragaba á un león. Este g r u p o
terrible, m a n c h a d o c o n t i n u a m e n t e con la s a n g r e de los sa-
(1)
COGOLLUDO, Historia
(2) Relación
ele Yucatán,
de las cosas de Yucatán,
libro IV, capitulo V I I I .
§ III.
orificios, d e b í a producir en s u s adeptos la influencia q u e
convenía á los sacerdotes.
Cozumel tenía también s u s ídolos especiales. V e n e r a b a
uno, al cual se daba el n o m b r e de Ahulané ó Ahulneb, del
cual no se refiere particularidad alguna (3). Adoraba otro,
cuyo n o m b r e se ignora, y q u e se prestaba á u n a s u p e r c h e ría grosera del sacerdocio. Su estatua e r a hueca, á fin de
q u e un h o m b r e pudiese i n t r o d u c i r s e en ella y contestar á
las p r e g u n t a s de los q u e iban al templo á consultar el oráculo (4). P r e t é n d e s e t a m b i é n q u e en Cozumel e r a adorada
la cruz, como dios de las lluvias, y se citan algunas palab r a s del historiador Gomara p a r a c o m p r o b a r esta a s e r ción (5). P e r o la v e r d a d es q u e el deseo de e n c o n t r a r analogía e n t r e la teogonia maya y la religión cristiana, ha h e c h o
nacer m u c h a s opiniones q u e c a r e c e n de f u n d a m e n t o . Más
adelante h a b l a r e m o s del h e c h o q u e dió origen á esta creencia, y p r o b a r e m o s , con la a u t o r i d a d del Dr. D. P e d r o S á n chez de Aguilar, q u e no m e r e c e crédito ninguno (6).
No deja de s o r p r e n d e r q u e en u n recinto tan e s t r e c h o
como el de la P e n í n s u l a se p r o f e s a s e n tantas religiones diversas sin p r o d u c i r f r e c u e n t e s convulsiones. /Consistirá
este f e n ó m e n o en q u e el paganismo es favorable á la l i b e r tad religiosa, á la tolerancia en m a t e r i a s de conciencia'?
Casi nos inclinamos á c r e e r l o así, p o r q u e se ha observado
q u e los pueblos idólatras de u n o y otro c o n t i n e n t e pocas
veces h a n mezclado á los dioses en sus contiendas. líase
notado, al contrario, q u e después de u n a g u e r r a s a n g r i e n t a ,
la nación vencedora ha colocado en s u s altares á los ídolos
de la nación vencida. La historia r o m a n a p r e s e n t a no pocos e j e m p l o s de esta singularidad.
(3)
COGOLLUDO, ubi
(4)
COGOLLUDO, Historia
supra.
(5)
COGOLLUDO, ubi
(6)
Véase el libro II, capítulo V, de esta obra.
de Yucatán,
libro IV, capitulo I X .
supra.
Las diferencias q u e existían e n t r e el culto de cada c i u d a d , no eran un obstáculo para q u e estuviesen de a c u e r d o
en ciertas ideas, q u e si se ha de c r e e r á los historiadores
del siglo x v i y del x v n , e r a n c o m u n e s á toda la Península.
Vamos á e x a m i n a r l a s r á p i d a m e n t e .
Los mayas creían en esos tres g r a n d e s principios q u e son
la base de la moral universal y constituyen el fondo de casi
todas las religiones: la existencia de Dios, la inmortalidad
del alma y una vida f u t u r a en que se p r e m i a al b u e n o y
se castiga al malo. Ninguna d u d a se p u e d e abrigar sobre
estas creencias, p o r q u e p a r a cada u n a de ellas tenían u n a
palabra especial en su idioma. Dios se llamaba Kü, el alma
pixan, el cielo caan y el infierno mitnal (7), metnal ó
mecnal (8). De Kü decían los mayas q u e e r a incorpóreo, y
por eso no le r e p r e s e n t a b a n con imagen n i n g u n a (9); del
cielo, q u e era un lugar a m e n í s i m o donde los b u e n o s e r a n
regalados con suntuosos b a n q u e t e s y reposaban bajo las ram a s de u n a frondosa ceiba (yaxché); del infierno d e c í a n ,
en fin, q u e e r a u n lugar oscuro, d o n d e los malos e r a n
a t o r m e n t a d o s con h a m b r e , frío y cansancio (10). No d e j a r á
de llamar la atención del observador q u e u n a religión n a cida bajo el a r d i e n t e sol de los trópicos enseñase el dogma
de q u e el infierno era frío, m i e n t r a s q u e otras religiones
q u e han nacido ó se profesan bajo la zona t e m p l a d a e n s e ñan que aquel lugar está dotado de u n a t e m p e r a t u r a c a n d e n t e . El metnal estaba bajo las ó r d e n e s de un diablo principal, que según Landa se llamaba Hunhau, y según Cogolludo Xibilbá (11).
Tal era el fondo de la teogonia maya, al cual n a d a t e n -
(7)
LANDA, Relación
(8)
D b n JUAN P Í O PÉREZ,
(9)
COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítulos VI y V I L
(10)
§
de Yucatán,
§ XXIII.
Diccionario.
El mismo, obra citada, libro IV, capítulo VII.—LANDA, obra citada,
XXXIII.
(11)
ele las cosas
Lugares citados.
dría q u e r e p r o c h a r el moralista m á s exigente. Desgraciad a m e n t e , d e t r á s del Kü incorpóreo venía u n a caterva de
dioses q u e , según Landa y Cogolludo, eran reconocidos en
toda la Península. El progenitor de todos e r a Hunab Kü ó
Kinchachau. Este se había casado con u n a m u j e r llamada
X azal uoh, q u e h a b í a sido la inventora de las telas, y de
esta unión había nacido ltzamná. X-Kanleox
tenia también
la h o n r a de s e r m a d r e de m u c h o s dioses. No e r a n éstas
las ú n i c a s d e i d a d e s h e m b r a s de la mitología yucateca, p u e s
también tenían un lugar distinguido en s u s altares Xchebel
;yax, la inventora de la P i n t u r a y del Bordado; Xchel, la
q u e d e s c u b r i ó las virtudes q u í m i c a s de las plantas y f u n d ó
con Zamná la Medicina, y, por último, Zuhuy Kak (fuego
virgen), u n a de las vestales de U x m a l , q u e p o r s u s g r a n d e s
virtudes fué elevada á la apoteosis.
E n t r e las d e i d a d e s del sexo masculino descollaban Citbolontun, dios t a m b i é n de la Medicina; Xocbitun, del Canto;
II-Kin Xoc, de la Música y de la Poesía, á quien también
se daba el n o m b r e de
Pizlintec.
Para la g u e r r a había dos ídolos especiales, a d e m á s de
Kukulcán, de quien tanto h e m o s hablado. L l a m á b a n s e Kakupacat (vista de fuego) y H-Chuy Kak-, el p r i m e r o se
aparecía en las batallas con una rodela de fuego, y el s e g u n d o m a r c h a b a s i e m p r e con el ejército, cargado por
cuatro capitanes.
El gigante Chac era el dios de la Agricultura, de los
t r u e n o s y de los relámpagos. Muí Tul Tzec era el t e r r o r de
s u s adeptos, p o r q u e reinaba en los días aciagos, y no
había m a l q u e acaeciese entonces, q u e no se le a t r i b u y e r a .
Htubtun escupía p i e d r a s preciosas, cuya circunstancia debía ocasionar q u e su templo fuese muy concurrido. De Tel
Cuzán y de Lakunchan no se refiere m á s singularidad q u e
la de tener éste los dientes m u y disformes y aquél las e s pinillas como u n a golondrina.
No eran éstos los únicos dioses q u e poblaban el empíreo
maya. El paganismo n u n c a se h a d e t e n i d o en crear divinidades hasta el infinito, y en Yucatán las había p a r a los cam i n a n t e s , para la caza, la pesca, las s e m e n t e r a s y p a r a
todas las profesiones y o c u p a c i o n e s del h o m b r e . La vista
tropezaba á cada paso con s u efigie, p u e s se les colocaba
e n los caminos, en las e n t r a d a s de los pueblos, e n las e s caleras de los templos y e n el i n t e r i o r del hogar d o m é s tico (12).
No o s a r e m o s e n t r a r en los detalles del culto q u e se t r i b u t a b a á cada u n a de estas divinidades. L a n d a dedica u n a s
ochenta p á g i n a s de s u Relación á describir las fiestas religiosas de los mayas, y á ella r e m i t i m o s al lector q u e desee
conocerlas con todos s u s p o r m e n o r e s . De estas fiestas,
u n a s tenían por objeto p e d i r al cielo la lluvia necesaria
para fecundizar los campos, y o t r a s aplacar su cólera con
sacrificios sangrientos. T o d a s c o m e n z a b a n por un acto, q u e
tenía por objeto lanzar al d e m o n i o del templo; seguíase
algún baile sagrado, en q u e n u n c a t o m a b a n parte las m u j e res, y t e r m i n a b a n todos con u n b a n q u e t e opíparo, e n q u e
no ' e s c a s e a b a el balché. La m e s a se c u b r í a g e n e r a l m e n t e
con las o f r e n d a s q u e los devotos h a b í a n depositado al pie
de los altares.
No podemos decir con e x a c t i t u d la época en q u e los s a crificios h u m a n o s f u e r o n i n t r o d u c i d o s
en la P e n í n s u l a .
Todo inclina, sin embargo, á c r e e r q u e f u e r o n d e s c o n o c i dos por los itzaes, y q u e no c o m e n z a r o n á u s a r s e sino desp u é s de las invasiones de los toltecas. P e r o sea cual f u e r e
su a n t i g ü e d a d , debe d e c i r s e e n h o n o r de los mayas q u e
los usaron con p a r s i m o n i a , y q u e no s i e m p r e desplegaron
en ellos la crueldad q u e otros p u e b l o s del antiguo y n u e v o
continente.
Había varias clases d e sacrificios. Ya h e m o s hablado del
q u e se verificaba en Chichón Itzá, a r r o j a n d o vivas á las
(12)
COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítulo V I I I .
víctimas en el cenote. En los d e m á s l u g a r e s de la P e n í n sula se usaban otras dos especies: unos, en q u e el p a c i e n t e
moría flechado; otros, en q u e se le abría el corazón en el
lugar destinado p a r a aquel objeto. Cualquiera q u e h u biese de s e r el sacrificio, el sacerdote lo a n u n c i a b a con
anticipación al pueblo, á fin d e q u e se proporcionase la
víctima. Los d e v o t o s abrían u n a especie de suscrición p a r a
c o m p r a r á escote un esclavo, y no era r a r a la ocasión en
q u e los libraba del gasto un fanático, q u e ofrecía un hijo
suyo para aplacar la cólera de los dioses. El infeliz mortal
destinado p a r a el holocausto, e r a rodeado i n m e d i a t a m e n t e
por un g r a n n ú m e r o de personas, q u e so p r e t e x t o de h o n rarle y divertirle, le vigilaban para q u e no se fugase ni se
m a n c h a s e con algún acceso c a r n a l . Dábanle de comer e s p l é n d i d a m e n t e , y le llevaban de p u e b l o en pueblo, e n t r e los
bailarines y farsantes q u e c o m p o n í a n su séquito. Era el
héroe de todas las fiestas, y todos se a f a n a b a n en c o m p l a cerle, p o r q u e decían q u e e r a el elegido de los dioses, á
cuya mansión debía ir d e s p u é s de su m u e r t e .
Llegado el día de la sangrienta c e r e m o n i a , se le c o n d u cía al templo, y si debía m o r i r flechado, se le conducía al
patio, en cuyo c e n t r o se elevaba u n a gran c o l u m n a de m a d e r a , clavada en el suelo. Desnudábanle c o m p l e t a m e n t e , le
u n t a b a n el c u e r p o con u n a p i n t u r a azul y, luego q u e los
sacerdotes lanzaban al espíritu malo de aquel lugar, todos
los c i r c u n s t a n t e s c o m e n z a b a n á bailar a l r e d e d o r de la col u m n a , llevando á las espaldas s u s arcos y s u s flechas. En
medio del baile la víctima e r a atada al poste, y el p r i m e r o
q u e la h e r í a era el sacerdote, quien h u m e d e c í a s u s m a n o s
con esta s a n g r e caliente p a r a u n t a r con ella á los dioses.
Hacía en seguida u n a señal, y e n t o n c e s los bailadores,
d a n d o mayor viveza á s u s movimientos, c o m e n z a b a n á
arrojar s u s flechas sobre la víctima, pasando r á p i d a m e n t e
delante de ella, hasta f o r m a r l e u n a especie de erizo s o b r e
el corazón.
En la otra especie de sacrificio de q u e h e m o s hablado,
luego q u e se d e s n u d a b a á la víctima y se le pintaba el
c u e r p o de azul, cuatro ministros, á q u i e n e s se daba el nomb r e de chaces, se apoderaban de ella, la colocaban de espaldas sobre el altar y la s u j e t a b a n f u e r t e m e n t e por los
brazos y las piernas. Entonces se p r e s e n t a b a el sacerdote,
quien con s u m a destreza le abría el pecho, metía la m a n o
en la herida, se apoderaba del corazón y, arrojándolo t o davía palpitante sobre un plato de b a r r o , corría adonde
estaba el ídolo y le u n t a b a el rostro con aquel s a n g r i e n t o
trofeo. Este sacrificio solía verificarse en u n a p i e d r a q u e
había cerca de las escaleras del templo; pero cuando en
las g r a n d e s solemnidades, sin d u d a , se celebraba en la
cima de los m o n t í c u l o s , ante la i n m e n s a m u c h e d u m b r e
q u e c o n c u r r í a á presenciarlos, la sangrienta c e r e m o n i a no
t e r m i n a b a aquí. Luego q u e se a r r a n c a b a el corazón á la
víctima, el c u e r p o e r a arrojado al pie del cerro, d o n d e ya
le a g u a r d a b a n varios a y u d a n t e s del templo, que i n m e d i a t a m e n t e le quitaban la piel con s u s cuchillas de pedernal, y
la a r r o j a b a n sobre los h o m b r o s del sacrificador. Este se
envolvía con ella y bailaba u n a danza f r e n é t i c a con todos
los circunstantes, regando con gotas de s a n g r e el lugar de
de la escena. El cadáver e r a sepultado o r d i n a r i a m e n t e en
el templo, a u n q u e algunas veces se le descuartizaba para
distribuirlo e n t r e los asistentes, q u e lo comían en s u s casas. En este caso, si la víctima había sido un cautivo
hecho en la guerra, el a p r e h e n s o r tenía derecho á los h u e sos p a r a sacarlos por divisa, en señal de victoria, en todos
los actos de la vida pública (13).
Las m u j e r e s no eran g e n e r a l m e n t e a d m i t i d a s á esta clase
de sacrificios, á no ser q u e h i c i e r a n el papel de v í c t i m a s .
P e r o ellas sacrificaban por si m i s m a s toda clase de a n i m a les en los templos, y no les faltaba valor para a r r a n -
caries el corazón y ofrecerlo todavía caliente en el altar
de los dioses (14).
El sacrificio era u n a fiesta solemne á q u e asistían las
clases m á s elevadas de la sociedad, y q u e n a d a t e n í a de infamante p a r a el q u e debía morir. Se le tenía, al contrario,
por b i e n a v e n t u r a d o , y por eso se le cubría de flores y se le
pintaba el c u e r p o de azul. P r o c u r a b a n , a d e m á s , a h o r r a r l e
todos los t o r m e n t o s posibles, dándole á b e b e r un licor q u e
le privaba de la razón y le ponía como f u e r a de sí (15).
Las plazas de los templos se a d o r n a b a n para la c e r e m o nia, y luego q u e ésta t e r m i n a b a , se d i s t r i b u í a n s e n d a s
j i c a r a s de licor á los c o n c u r r e n t e s .
Había un c u e r p o sacerdotal m u y n u m e r o s o , p a r a la práctica de todas las c e r e m o n i a s del culto. El sacerdote ejercía
u n a influencia poderosa en la sociedad; e r a el principal
consejero de los reyes, y se le daba el n o m b r e de H-Iíin.
Lizama cree q u e esta palabra se deriva del verbo
Kinyah,
q u e significa echar s u e r t e s y adivinar, p o r q u e u n o de los
oficios de los m i n i s t r o s del culto e r a i n t e r p r e t a r por m e dio de s u e r t e s la voluntad d é l o s dioses (16). Este n o m b r e ,
¿no sería aplicado p r i m i t i v a m e n t e á los sacerdotes del sol,
puesto q u e sol en lengua maya se dice Kin? Había varias
clases de sacerdotes: los de la clase m á s elevada e r a n los
depositarios de la ciencia, los q u e la e n s e ñ a b a n á s u s sucesores y los q u e declaraban las n e c e s i d a d e s de los pueblos
y el modo de remediarlas. El Chilam e r a el q u e i n t e r p r e t a ba la voluntad divina, por cuyo motivo e r a tan r e s p e t a d o ,
q u e m u c h a s veces se le llevaba en h o m b r o s á los t e m plos. El h e c h i c e r o e r a el q u e c u r a b a las e n f e r m e d a d e s con
(14)
LANDA, ubi supra,
(15)
COGOLLUDO, Historia
y e n el § X L .
(16)
Extracto citado en el capítulo II de esta obra. Kinyah
de Yucatán,
libro V, capitulo XIV.
significa t a m -
bién «medicar con hechizos», en c u y o caso la derivación es también m u y p r o bable, porque uno de los oficios del sacerdote m a y a era curar y componer brebajes.
(13)
LAUDA, Relación
de las
cosas
de Yucatán,
§ XXVIII.
yerbas ó con sangrías, p r a c t i c a n d o a f g a n o s sortilegios q u e
e n g a ñ a b a n á los incautos. El Chac era un h o m b r e anciano
q u e se elegía p e r i ó d i c a m e n t e para a y u d a r á los sacerdotes
en la ejecución de las fiestas religiosas. El Nacón, por último, e r a el q u e abría el pecho de la víctima en los sacrificios, cargo q u e Landa califica de poco honroso, a u n q u e
es verosímil q u e los m a y a s n o lo c r e y e s e n así.
P r e t é n d e s e q n e los antiguos yucatecos practicaron el
bautismo y la confesión, y Lizama, Landa y Cogolludo se
complacen en describir l a r g a m e n t e las c e r e m o n i a s con
q u e se verificaba. Nosotros v a m o s t a m b i é n á hablar r á p i d a m e n t e de ellas, a u n q u e con la desconfianza m u y natural
de q u e en aquellos piadosos historiadores h u b i e s e obrado
m u c h o el deseo de b u s c a r las analogías de q u e otras veces
h e m o s hecho m e n c i ó n .
P a r e c e que el b a u t i s m o sólo se practicaba cada trienio en
los niños de tres á doce años, q u e e r a la edad de r e c i b i r lo (17). Estos e r a n llevados á un extenso patio, p r e v i a m e n te adornado y p e r f u m a d o con y e r b a s olorosas, d o n d e ya los
a g u a r d a b a n los padrinos, los chaces y el sacerdote. Allí eran
colocados en filas, s e p a r a n d o á los v a r o n e s de las h e m b r a s ,
y después q u e a r r o j a b a n á un b r a s e r o el maíz molido y el
incienso, q u e p a r a este objeto les e n t r e g a b a el bautizante,
se llenaba u n vaso de vino y se le e n t r e g a b a á uno de los
asistentes para q u e lo fuese á d e r r a m a r f u e r a del p u e b l o .
En él iba sin d u d a e n c e r r a d o el demonio, p o r q u e esta cer e m o n i a previa no tenía otro objeto q u e purificar el local.
Desembarazado el s a c e r d o t e de tan incómodo h u é s p e d , se
revestía de u n ropaje q u e debía darle un aspecto f a n t á s t i co (18), y a r m a d o de un hisopo no m e n o s singular, b e n d e -
cía á los niños, q u e tenían ya cubierta la cabeza con u n
paño blanco. Entonces, con un agua olorosa q u e se depositaba en un hueso, les h u m e d e c í a la f r e n t e , las facciones
del rostro y los dedos de los pies y las manos. T e r m i n a b a
la ceremonia con algunas p r e c e s á los dioses para q u e h i ciesen llover s u s bendiciones sobre los bautizados, y luego
q u e las m a d r e s de éstos ofrecían s u s p r e s e n t e s de ropas,
viandas y tortillas, se celebraba u n b a n q u e t e , en q u e solían
ponerse beodos todos los asistentes.
La confesión se practicaba de un modo raro. Algunas
veces se hacía al sacerdote; pero cuando éste no podía ser
hallado ó no c o n c u r r í a p o r cualquier otro motivo, el q u e
se hallaba en peligro de m u e r t e , se confesaba con el m é dico, con el p a d r e , con la m a d r e ó con su consorte. Cogolludo a s e g u r a q u e el m i n i s t r o d é l a confesión publicaba los
pecados del paciente e n t r e s u s p a r i e n t e s inmediatos, á fin
de q u e rogasen á Dios q u e se los p e r d o n a s e (19). Landa, á
s u t u r n o , manifiesta q u e las confesiones e n t r e m a r i d o y
m u j e r ocasionaban p e r c a n c e s harto desagradables; p o r q u e
si el e n f e r m o s a n a b a y las debilidades q u e confesaba no
eran muy agradables p a r a el otro cónyuge, el hogar d o méstico se convertía para a m b o s en un infierno y a c a b a b a n
por divorciarse (20).
La penitencia, así pública como privada, e r a conocida
también e n t r e los m a y a s . — S u j e t á b a n s e en los templos á
operaciones dolorosas, q u e consistían en d e r r a m a m i e n t o s
voluntarios de s a n g r e y en a l g u n a s a m p u t a c i o n e s ligeras,
de q u e dejaban vestigios en los altares (21). Los a y u n o s y
de algodon hasta el suelo como colas, y con un ¡ssopo en la mano, de u n palo
corto m u y labrado, y por barbas 6 pelos del issopo, ciertas colas de u n a s culebras
que son como cascabeles
(17)
LIZAMA y TORQÜBMADA, c i t a d o s p o r COGOLLUDO, Historia
de
Yucatán,
libro IV, capítulo V I .
(18)
«Salía con u n jaco de p l u m a colorado y labrado de otras plumas de
colores, y que le cuelgan de los e x t r e m o s otras p l u m a s largas, y u n a como
coraza-en la cabeza de las m e s m a s plumas, y debaxo del j i c o m u c h o s listones
» (LANDA, Relación,
§XXVI.)
(19)
COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítulo VI.
(20)
LANDA, obra citada, § X X V I 1 .
(21)
LANDA, obra citada, § X X V I I I . - «Que hacían sacrificios con su propia
sangre, u n a s veces cortándose las orejas á la redonda, por pedazos, y allí los d e -
abstinencias eran de rigor e n épocas d e t e r m i n a d a s del año.
En cierto n ú m e r o de días q u e precedían á la celebración
de las fiestas religiosas, los sacerdotes y todos los q u e con
cualquier motivo t o m a b a n p a r t e en ellas, g u a r d a b a n u n a
continencia absoluta y se privaban de c o m e r c a r n e s ó manj a r e s sazonados con sal (22).
No t e r m i n a r e m o s este r á p i d o e x a m e n de la teogonia
m a y a sin hacer notar q u e los historiadores antiguos no dejaron escrita u n a sola p a l a b r a sobre el culto q u e n u e s t r o s
p r e d e c e s o r e s en esta t i e r r a profesaron al sol, al phallus y
á la serpiente. ¿Cuál s e r á el motivo de este silencio? ¿Será
p o r q u e este culto f u é c o m p l e t a m e n t e d e s t r u i d o por los mismos q u e asolaron n u e s t r a s antiguas ciudades, y p o r q u e con
este motivo los m a y a s del tiempo de la c o n q u i s t a , q u e c o m u n i c a r o n con los m i s i o n e r o s , no conservaban ningún r e c u e r d o de él? Todo esto es m u y verosímil; pero no es posible d u d a r de la existencia d e u n a religión q u e ha dejado
vestigios tan p a t e n t e s en n u e s t r a s r u i n a s .
De la adoración q u e se t r i b u t a b a al sol, no s o l a m e n t e
t e n e m o s un r e c u e r d o en las c e r e m o n i a s c o n q u e se h o n r a ba al Kinich Kakmó de Itzamal, sino t a m b i é n en las imágen e s de aquel astro r e p r o d u c i d a s en los t e m p l o s y d e m á s
m o n u m e n t o s públicos de o t r a s c i u d a d e s (23). Del símbolo
bajo el cual l o s i t z a e s a d o r a b a n la generación y la creación
en general, se e n c u e n t r a n multitud de vestigios en los
m i s m o s lugares, y s u existencia en los s a n t u a r i o s no p e r -
x a b a n e n señal. Otras veces se a g u j e r a b a n las mexillas, otras, los becos baxos,
otros se separaban partes de sus cuerpos, otras se a g u j e r a b a n las l e n g u a s al
soslayo por los lados y passaban por los agujeros pajas con grandísimo dolor;
otras
» No nos atrevemos á copiar lo demás.—Baste saber que de las huellas
que esta superstición dejaba e n los templos, se dedujo, sin más f u n d a m e n t o ,
que la circuncisión fuó practicada e n t r e los m a y a s .
(22)
LANDA, Relación,
(23)
STEI'IIENS, en varios p a s a j e s de su Viaje
§ XXVII.
á Yucatán,
imágenes. Véase especialmente el tomo II, capítulo III.
habla de estas
m i t e abrigar n i n g u n a d u d a sobre el objeto con q u e fueron
colocados allí. En c u a n t o á la s e r p i e n t e , hay todavía mayor
n ú m e r o de datos p a r a c o m p r o b a r el culto especial q u e le
t r i b u t a b a n . El s u m o sacerdote de Mayapán se d a b a el título de Ahaucdn (serpiente real), y el rey del P e t é n se llamó
Can-ük (serpiente negra) hasta el día en q u e aquella r e gión f u é conquistada por los españoles. Este reptil se ve
r e p r o d u c i d o de cien m a n e r a s distintas y á cada paso en los
m o n u m e n t o s antiguos. Se le p i n t a b a en los cuadros, se le
grababa en las vigas, se le r e p r e s e n t a b a de bajo relieve en
las p a r e d e s y se colocaba s u e s t a t u a en los templos. Debía
pasar por u n a deidad terrible, p o r q u e g e n e r a l m e n t e se la
r e p r o d u c í a en actitud de estar irritada; o r d i n a r i a m e n t e llevaba e n t r e las fauces la cabeza de un h o m b r e ó de u n a
ñ e r a , y su imagen, como en Campeche, era m u c h a s veces
regada con la s a n g r e de los sacrificios.
Vamos á p r e s e n t a r algunos testimonios de este culto, que
p o d r í a m o s llamar prehistórico, puesto q u e , como h e m o s
dicho ya, n i n g ú n historiador dejó escrita sobre él u n a sola
palabra. Nos limitaremos á citar á S t e p h e n s , el cual p r o b a b l e m e n t e inspirará al lector la m i s m a confianza q u e á
nosotros.
He aquí lo q u e dice respecto de la imagen del sol, h a blando de uno de los m á s h e r m o s o s edificios de Labná, y
acaso de toda la Península: «Encima de cada p u e r t a había
un hueco c u a d r a d o , en q u e existían aún los restos de un rico
adorno en estuco, con visibles s e ñ a l e s de p i n t u r a , al p a r e cer r e p r e s e n t a n d o la faz del sol, rodeada de s u s rayos, y
q u e p r o b a b l e m e n t e sería objeto de culto y adoración, por
m á s q u e hoy se p r e s e n t e tan m i s e r a b l e m e n t e destruido.»
Respecto del phallus, escogemos, e n t r e otros m u c h o s
pasajes, el siguiente, q u e se refiere á las r u i n a s de Uxmal:
«Cerca del c e n t r o de la plataforma, á una distancia como
de dieciocho pies del principio de la escalinata, existe un
recinto c u a d r a d o , q u e consiste en dos capas de piedras, so
b r e el cual está, en u n a posición oblicua, en actitud como
de caer, u n a e n o r m e piedra cilindrica q u e m i d e , en la parte
q u e está f u e r a de la superficie del t e r r e n o , ocho pies sobre
un d i á m e t r o de cinco. Es notable esta piedra, por s u s p r o porciones i n u s i t a d a s ó irregulares, y por su poca s i m e t r í a
y c o n f o r m i d a d con todo lo d e m á s q u e la rodea. Según la
posición c u l m i n a n t e q u e ocupa, no hay d u d a q u e estuvo
destinada á algún uso de importancia; y puesto en relación
con los otros m o n u m e n t o s hallados e n aquel sitio, d a lugar
á c r e e r q u e s e m e j a n t e piedra t i e n e alguna conexión con los
ritos y c e r e m o n i a s de cierto culto antiguo, conocido por
algunas n a c i o n e s del Oriente» (24).
En c u a n t o al culto de la s e r p i e n t e , he aquí cómo se e x presa, h a b l a n d o del edificio m á s c u l m i n a n t e de Chichón,
llamado el Castillo. «Al pie de ésta (la escalinata del templo), f o r m a n d o un a r r a n q u e atrevido para la parte s u p e r i o r ,
hay dos cabezas colosales de serpientes, de diez pies de extensión, con la b o c a abierta y la lengua de f u e r a . No hay
d u d a q u e e r a n los e m b l e m a s de alguna creencia religiosa,
y d e b i e r o n de h a b e r excitado un s e n t i m i e n t o s o l e m n e de
t e r r o r en el á n i m o del pueblo, dotado de imaginación,
cuando se p a s e a b a e n t r e a m b a s cabezas» (25).
(24)
Viaje á Yucatán,
(25)
Obra citada, tomo II, capítulo X V I I .
tomo I, capítulo VIII.
CAPÍTULO XI
Vestigios de u u calendario anterior al t o l t e c a . - Cronología m a y a - El d í a . - La
s e m a n a . - E l m e s . - E l a ñ o . - F i e s t a al dios « M a m » . - Los cuatro B a c a b e s . La época llamada « A h a u » . - N ú m e r o de años que c o n t e n í a . - E l siglo.
Una de las señales m á s s o r p r e n d e n t e s de la civilización
de los mayas es el a d m i r a b l e arreglo de s u calendario,
tan perfecto casi como el del pueblo q u e en el siglo x v i
los conquistó. Es s u s t a n c i a l m e n t e el m i s m o q u e el de los
toltecas y c h i a p a n e c o s , a u n q u e conserva huellas de q u e
los a s t r ó n o m o s yucatecos no copiaron servilmente el de s u s
vecinos, sino q u e s u p i e r o n acomodarlo á ciertas exigencias
de su país. Conserva todavía otra huella m á s i m p o r t a n t e
para el anticuario y el historiador. Hemos dicho en otra
parte (1) q u e los t o l t e c a s q u e se establecieron en Xicalango
trajeron consigo la r e f o r m a del calendario, con otras varias
instituciones q u e los pusieron en pugna con los n a h o a s . El
abate B r a s s e u r habla e n varias de sus obras (2) de esta
reforma, sin decir en q u é consistía ni a d u c i r n i n g u n a d e mostración; pero p u e d e , en n u e s t r o concepto, ser c o n s i d e rada como tal la alteración q u e en u n a época, q u e no es
posible d e t e r m i n a r con precisión, sufrió el sistema c r o n o lógico de n u e s t r o s antecesores en esta Península.
Hay, en efecto, motivos m u y poderosos p a r a c r e e r q u e las
(1)
Capítulo II de este libro.
(2)
Bosquejos
de Historia,
Arqueología,
forme sobre las r u i n a s de M a y a p á u y Uxmal.
Etnografía
y LmgtusUca,
in-
b r e el cual está, en u n a posición oblicua, en actitud como
de caer, u n a e n o r m e piedra cilindrica q u e m i d e , en la parte
q u e está f u e r a de la superficie del t e r r e n o , ocho pies sobre
un d i á m e t r o de cinco. Es notable esta piedra, por s u s p r o porciones i n u s i t a d a s ó irregulares, y por su poca s i m e t r í a
y c o n f o r m i d a d con todo lo d e m á s q u e la rodea. Según la
posición c u l m i n a n t e q u e ocupa, no hay d u d a q u e estuvo
destinada á algún uso de importancia; y puesto en relación
con los otros m o n u m e n t o s hallados e n aquel sitio, d a lugar
á c r e e r q u e s e m e j a n t e piedra t i e n e alguna conexión con los
ritos y c e r e m o n i a s de cierto culto antiguo, conocido por
algunas n a c i o n e s del Oriente» (24).
En c u a n t o al culto de la s e r p i e n t e , he aquí cómo se e x presa, h a b l a n d o del edificio m á s c u l m i n a n t e de Chichón,
llamado el Castillo. «Al pie de ésta (la escalinata del templo), f o r m a n d o un a r r a n q u e atrevido para la parte s u p e r i o r ,
hay dos cabezas colosales de serpientes, de diez pies de extensión, con la b o c a abierta y la lengua de f u e r a . No hay
d u d a q u e e r a n los e m b l e m a s de alguna creencia religiosa,
y d e b i e r o n de h a b e r excitado un s e n t i m i e n t o s o l e m n e de
t e r r o r en el á n i m o del pueblo, dotado de imaginación,
cuando se p a s e a b a e n t r e a m b a s cabezas» (25).
(24)
Viaje á Yucatán,
(25)
Obra citada, tomo II, capítulo X V I I .
tomo I, capítulo VIII.
CAPÍTULO XI
Vestigios de u u calendario anterior al t o l t e c a . - Cronología m a y a - El d í a . - La
s e m a n a . - E l m e s . - E l a ñ o . - F i e s t a al dios « M a m » . - Los cuatro B a c a b e s . La época llamada « A h a u » . - N ú m e r o de años que c o n t e n í a . - E l siglo.
Una de las señales m á s s o r p r e n d e n t e s de la civilización
de los mayas es el a d m i r a b l e arreglo de s u calendario,
tan perfecto casi como el del pueblo q u e en el siglo x v i
los conquistó. Es s u s t a n c i a l m e n t e el m i s m o q u e el de los
toltecas y c h i a p a n e c o s , a u n q u e conserva huellas de q u e
los a s t r ó n o m o s yucatecos no copiaron servilmente el de s u s
vecinos, sino q u e s u p i e r o n acomodarlo á ciertas exigencias
de su país. Conserva todavía otra huella m á s i m p o r t a n t e
para el anticuario y el historiador. Hemos dicho en otra
parte (1) q u e los t o l t e c a s q u e se establecieron en Xicalango
trajeron consigo la r e f o r m a del calendario, con otras varias
instituciones q u e los pusieron en pugna con los n a h o a s . El
abate B r a s s e u r habla e n varias de sus obras (2) de esta
reforma, sin decir en q u é consistía ni a d u c i r n i n g u n a d e mostración; pero p u e d e , en n u e s t r o concepto, ser c o n s i d e rada como tal la alteración q u e en u n a época, q u e no es
posible d e t e r m i n a r con precisión, sufrió el sistema c r o n o lógico de n u e s t r o s antecesores en esta Península.
Hay, en efecto, motivos m u y poderosos p a r a c r e e r q u e las
(1)
Capítulo II de este libro.
(2)
Bosquejos
de Historia,
Arqueología,
forme sobre las r u i n a s de M a y a p á u y Uxmal.
Etnografía
y Lingüistica,
in-
- (
- ( 143 ) -
142 ) -
revoluciones de la l u n a f u e r o n las p r i m e r a s q u e sirvieron
á los antiguos yucatecos—tal vez á los itzaes—para arreglar
su cronología. Así lo h a c e c o m p r e n d e r la circunstancia de
q u e al m e s se diese el n o m b r e de U, p a l a b r a q u e significa
la luna. Landa c r e e q u e el m e s l u n a r se componía de treinta días, p o r q u e «lo c o n t a b a n d e s d e q u e salía nueva (la luna)
hasta q u e no parecía» (3), p a l a b r a s q u e e v i d e n t e m e n t e envuelven u n a contradicción, p o r q u e no son treinta días los
q u e la luna e m p l e a en h a c e r su evolución alrededor de la
tierra. Don Juan Pío Pérez c r e e q u e se componía de veintiséis días, «que es poco m á s ó m e n o s el tiempo en q u e la
luna se deja ver sobre el horizonte en cada una de s u s r e voluciones», y también p o r q u e veintiséis es el doble de trece,
n ú m e r o q u e e r a tenido por s a g r a d o e n t r e los indios (4). Tales son los pocos vestigios q u e n o s q u e d a n de la cronología
primitiva de Yucatán; y la c o n t r a d i c c i ó n q u e se advierte
e n t r e los dos a u t o r e s q u e a c a b a m o s de citar, q u e son los
únicos q u e la h a n e x a m i n a d o , p r u e b a q u e sólo se c o n s e r vaban muy débiles r e c u e r d o s de ella en los tiempos de la
conquista.
¿Por q u é los indios a b a n d o n a r o n r e p e n t i n a m e n t e este sistema p a r a adoptar el de s u s vecinos? Sería á causa de los
adelantos q u e hicieron en la Astronomía, como p r e t e n d e el
Sr. Pérez? ¿No sería m á s bien p o r q u e ese viejo sistema,
q u e perteneció tal vez á los itzaes, tuvo q u e ceder su lugar
al de los toltecas, q u e lo impusieron al país con s u s victorias, del m i s m o modo q u e le i m p u s i e r o n otras instituciones?
Pero ya es tiempo d e e x a m i n a r este sistema, q u e fué el
q u e los españoles e n c o n t r a r o n establecido e n la P e n í n s u l a ,
y del q u e se necesita tener un perfecto conocimiento p a r a
la inteligencia de los d o c u m e n t o s antiguos.
(3) Relación de las cosas de Yucatán, § X X X I V .
(4) Cronología antigua de Yucatán, J? I I .
Los mayas dividían el tiempo en días, s e m a n a s , meses,
años, épocas (Katunes) y siglos.
El día se llamaba kin, q u e significa «sol», denominación
m u y c o m ú n e n t r e los pueblos primitivos, p a r a q u i e n e s
a m b a s ideas se c o n f u n d e n en una sola. A u n q u e no c o n o cían las horas, tenían varias palabras p a r a designar algunas de s u s divisiones. La m a ñ a n a se llamaba hatzcab\ el
mediodía, chunkin ó chumuckin] el tiempo q u e e n t r e n o s otros c o r r e s p o n d e á las tres de la tarde, tzelepkin; la puesta
del sol, ocncikin; la n o c h e en general, akab\ la medianoche,
chumucakab, y potakab, la m a d r u g a d a .
Los n o m b r e s de los días e r a n veinte, q u e e r a n j u s t a m e n t e los q u e c o m p o n í a n un mes. Dividíanse en c u a t r o
fracciones, cada u n a de cinco días, de la m a n e r a siguiente:
Primera fracción.
Kan
Chicchan
Cimih
Manik
Lamat
Segunda fracción.
Muluc
Oc
Chuen
Eb
Been
Tercera fracción.
Hix
Men
Cib
Caban
Eonab
Cuarta fracción.
Cauac
Ahau
Imix
Ik
Akbal
La semana se componía de t r e c e días y el año de veintiocho s e m a n a s . Esta división, q u e nos parece un vestigio de la
cronología antigua ó itzá, hacía q u e «el curso de los años
siguiese la m i s m a progresión o r d e n a d a de los trece n ú m e ros de la s e m a n a ; así es q u e si el año comenzaba por el
n ú m e r o p r i m e r o de ella, el siguiente debía principiar prec i s a m e n t e por el segundo, y así s u c e s i v a m e n t e hasta c e r r a r
s u s t r e c e números» (5).
La palabra U, con q u e , según h e m o s dicho, se designaba
el mes, p a r e c e q u e sólo se empleó cuando c o m p r e n d í a el
periodo en q u e la l u n a hace su evolución alrededor de la
(5)
D o n JUAN PÍO PÉREZ, o b r a c i t a d a , § I I I .
—( 144
)-
tierra; pero luego que se aceptó la corrección tolteca, en
q u e sólo tenia u n a d u r a c i ó n de veinte días, se le llamó
Vinal, según Pérez, y Vinal Hun Ekeh, según Landa (6).—
Es digno de notar q u e , luego q u e la cronología europea f u é
introducida e n t r e los mayas, volvieron á d a r al m e s su a n tiguo n o m b r e de V.
El año se componía de dieciocho uinoJ.es, cuyos n o m b r e s se verán e n la tabla siguiente, en q u e h e m o s
dado de anotar
su c o r r e s p o n d e n c i a
cui-
con los m e s e s del
calendario c o m ú n :
comenzaba el •16 de julio.
5 de agosto.
»
1.
2.
Pop
Uo
3.
Zip
»
25 de agosto.
4.
5.
Zoo
Zeec
Xul
Oe-yaxkin
»
»
14 de
4 de
24 ele
13 de
3 de
6.
7.
Mol
9. Chen
10. Xaax
11. Zac
12. Geh
13. Mac
14. Kankin
15. Moan
16. P a x
17. Kayab
18. C h u m k ú
8.
»
»
»
»
»
»
»
»
»
»
»
»
))
septiembre.
octubre.
octubre.
noviembre.
diciembre.
23 de d i c i e m b r e .
12 de enero.
l.° de febrero.
21 de febrero.
13 de marzo.
2 de abril.
22
22
1.°
21
de
de
de
de
abril.
mayo.
junio.
junio.
Se ve por la tabla a n t e r i o r q u e Pop, el p r i m e r m e s , comenzaba el 16 de julio. Don J u a n Pío Pérez h a observado
con m u c h a razón q u e los a s t r ó n o m o s m a y a s i n t e n t a r o n
fijar el principió de su año en el día en q u e el sol pasa por
el zenit de esta península, y causa s o r p r e s a q u e no c o n tando para s u s observaciones con m á s medio q u e la simple
vista, sólo se h u b i e s e n equivocado en c u a r e n t a y ocho
horas de adelanto (7).
Componiéndose el año de dieciocho meses, y éstos de
veinte días, la multiplicación de estas dos s u m a s sólo d a b a
un resultado de trescientos sesenta; m a s como los q u e
arreglaron este cómputo sabían m u y bien q u e el año debía
tener trescientos sesenta y cinco días, p o r las observacion e s q u e habían h e c h o sobre el movimiento a p a r e n t e del
sol, i m a g i n a r o n a u m e n t a r cinco días e n t r e Chumkü y el
principio de Pop. L l a m á b a n s e á estos días xmakabá kin, no
p o r q u e no tuviesen n o m b r e , sino p o r q u e no f o r m a b a n
parte de n i n g ú n mes. También se les llamaba u tuz kin, u
lobol kin (8), u yail kin y u yail haab, p o r q u e se les tenía
por aciagos y se creía q u e traían consigo disensiones,
riñas, m u e r t e s r e p e n t i n a s y todo género de c a l a m i d a d e s .
En estos días, los m a y a s no iban á s u s labores del campo
ni salían de s u s casas m a s q u e p a r a ir al templo, d o n d e el
sacerdocio, q u e sabía explotar las supersticiones, multiplicaba las fiestas religiosas.
Una de éstas e r a la q u e c e l e b r a b a n en honor del dios
Mam, q u e significa abuelo (9), la cual p u e d e s e r considerada en rigor como u n a c e r e m o n i a p a r a despedir al año q u e
se iba y e s p e r a r el nuevo. El dios era un trozo de m a d e r a ,
q u e vestían r i d i c u l a m e n t e (10), y el p r i m e r o de los clías
aciagos le festejaban con gran p o m p a y magnificencia; en
el segundo, d i s m i n u í a la solemnidad; en el tercero, le b a jaban del altar; en el cuarto, le ponían á las p u e r t a s del
(7)
(8)
O b r a citada, § V.
COGOLLUDO, Historiado
(9)
PÉREZ, Cronología,
(10)
(6)
Lugares citados.
COGOLLUDO, Historia
10
Yucatán,
libro IV, capitulo V.
§ V.
de Yucatán,
libro IV, capitulo V I I I .
templo, y en el quinto le a r r o j a b a n lejos de allí para que
pudiese e n t r a r el año nuevo.
Preténdese q u e los mayas adelantaron tanto en s u s observaciones, q u e habían llegado á c o m p r e n d e r la necesidad
de intercalar días adicionales cada cierto n ú m e r o de años,
á fin de ajustar el año civil con el astronómico. P e r o los
a u t o r e s q u e h a n t r a t a d o esta materia no están de a c u e r d o
en el modo con q u e se practicaba esta intercalación. Don
Juan Pío Pérez declara t e r m i n a n t e m e n t e q u e lo ignora.
L a n d a asegura q u e a u m e n t a b a n un día cada c u a t r o años,
de la misma m a n e r a con q u e los romanos hicieron s u s
bisiestos (11).
Ya h e m o s dicho q u e los veinte días del m e s se dividían en cuatro fracciones, cada u n a c o m p u e s t a de cinco;
m a s como d e s p u é s de t e r m i n a d o Chumkü e n t r a b a n los
cinco días aciagos p a r a completar el n ú m e r o de t r e s c i e n t o s
sesenta y cinco, r e s u l t a b a q u e si el año h a b í a comenzado
por la p r i m e r a f r a c c i ó n , el siguiente debía comenzar polla segunda, el t e r c e r o por la t e r c e r a y el c u a r t o por la
cuarta. De aquí d i m a n a b a q u e todos los años comenzasen
precisamente por Kan, por Muluc, por Hix ó por Cauac.,
q u e son los p r i m e r o s días de las c u a t r o f r a c c i o n e s .
Existía una c r e e n c i a religiosa, í n t i m a m e n t e enlazada con
este mecanismo. Según la mitología maya, Dios h a b í a
creado en el principio del m u n d o c u a t r o h e r m a n o s de apellido Bacab, á l o s c u a l e s ^ había e n c o m e n d a d o la titánica
e m p r e s a de sostener el cielo para q u e no se cayese sobre
los h o m b r e s . Decían los indios q u e estaban colocados en
cada uno de los c u a t r o p u n t o s cardinales, y añadían q u e si
todavía d e s e m p e ñ a b a n su i m p o r t a n t e misión, e r a ¿porque
su talla gigantesca los había librado de p e r e c e r e n el d i luvio. El abate B r a s s e u r ha levantado m u y ingeniosas c o n jeturas sobre estas c u a t r o divinidades. Cree q u e simboli-
(11)
L u g a r citado.
zan á las cuatro g r a n d e s Antillas, q u e son las cimas de las
m o n t a ñ a s p r e s e r v a d a s del cataclismo (12), y les dedica no
pocas páginas del Manuscrito
1roano.
E n t r e los m u c h o s n o m b r e s con q u e los Bacabes son d e signados, y q u e L a n d a refiere con prolijidad (13), hay c u a tro q u e llaman f u e r t e m e n t e n u e s t r a atención. El dios q u e
sostenía el cielo por el Sur se llamaba Kan-Xibchac\ al Oriente lo sostenía Chac-Xibchac-, al Norte, Zac-Xibchac;
al Poniente, Ek-Xibchac.
Estos n o m b r e s sólo se diferencian en
las sílabas con q u e comienzan, y Kan, Chac, Zac y Ele, que
se t r a d u c e n por amarillo, rojo, blanco y negro. Como la palabra Xib significa varón, y Chac, gigante, es de p r e s u m i r
q u e la religión e n s e ñ a s e q u e los c u a t r o gigantes s o s t e n e dores del cielo tenían la piel de distinto color ó p e r t e n e cían quizá á distintas razas. P u e d e , sin e m b a r g o , tener otra
explicación esta diversidad de colores.
Ha de saber el lector q u e , a d e m á s de la misión q u e Dios
confió á los Bacabes, los m a y a s le confiaron o t r a , q u e consistía en presidir alternativamente s u s años y en servirles
de agüero p a r a s u s sortilegios. El año q u e comenzaba con
el día llamado Kan, se hallaba bajo la protección del gigante amarillo; si comenzaba con Muluc, bajo la del gigante
rojo; si con Hix, bajo la del blanco, y si con Cauac, bajo la
del negro. [Al c u a t r i e n i o siguiente volvía á comenzar el
m i s m o t u r n o , y c u a n d o se completaban á cierto n ú m e r o estas divisiones, q u e Cogolludo llama lustros,
se colocaba
en los templos y otros m o n u m e n t o s públicos una piedra
a d o r n a d a de labores y p i n t u r a s (14). Estas no eran p r o b a b l e m e n t e otra cosa que la reproducción de h e c h o s notables,
y acaso los colores de q u e h e m o s hablado servirían para
(12)
Manuscrito
(13)
Relación,
(14)
COGOLLUDO, Historia
Relación,
§ IX.
Troano,
lomo I, § X I I , y vocabulario.
§ XXXIV.
de Yucatán,
libro IV, capítulo
V.—LANDA,
designar el año en q u e acontecieron. De esta c o s t u m b r e
nació la idea de dar el n o m b r e de Katun á las épocas m a yas, p o r q u e esta palabra q u i e r e decir piedra a t r a v e s a da (15). Hay en la Península un pueblo llamado
Tixualahtun,
q u e significa lugar d o n d e están levantadas las p i e d r a s ,
p o r q u e se dice q u e allí se erigían p e r i ó d i c a m e n t e los katimes
para c o n m e m o r a r todos los h e c h o s de la nación (16).
¿Qué n ú m e r o de años contenía el katun, el ahau ó el
ahau katun, como le l l a m a n i n d i s t i n t a m e n t e los autores?
Según L a n d a (17) y Cogolludo (18), contenía veinte, y s e g ú n
D. Juan Pío Pérez, v e i n t i c u a t r o (19). El abate B r a s s e u r
cree q u e los dos p r i m e r o s tienen razón, y se esfuerza en
buscar razones p a r a c o m b a t i r al ú l t i m o (20). Nosotros mis' m o s estuvimos á p u n t o de caer en la equivocación del
abate; pero u n estudio m á s atento de esta materia nos hizo
c o m p r e n d e r q u e el escritor yucateco es el q u e tiene razón
contra todos s u s adversarios. He aquí la demostración.
Casi todos los p u e b l o s del m u n d o han contado s u s años,
siglos ó cualquier otro p e r i o d o de tiempo, en el o r d e n n a tural, esto es: 1, 2, 3, 4 , etc. Los mayas, al contrario, o r denaban s u s épocas asi: 1 3 , 1 1 , 9 , 7, 5 , 3 , 1 , 1 2 , 1 0 , 8, 6, 4 , 2 .
De esta m a n e r a se hallan colocadas en el m a n u s c r i t o q u e
tantas veces h e m o s citado, y en otras q u e consultó el s e ñor Pérez p a r a escribir su cronología. Esta ordenación no
es caprichosa, sino el r e s u l t a d o de la combinación de los
t r e c e días q u e tiene la s e m a n a con los veinticuatro años q u e
c o m p r e n d e el ahau. Conteniendo el año maya veintiocho
(15)
Don JUAN P í o PÉREZ, Cronología
BRASSEUR supone sin razón q u e Katun
gada
sobre los
§ VIII.—El
abate
sucesos pasados»), p o r q u e se deriva de K*t, interrogar, y de
p i e d r a . ( I n t r o d u c c i ó n á l a Relación
(16)
de Yucatán,
significa «piedra que puede ser interro-
COGOLLUDO, ubi
d e LANDA, § 1 1 1 . )
supra.
(17) Relación, § L I .
(18) Historia de Yucatán,
libro IV, capítulo V I I I .
(19)
Cronología,
(20)
Notas al manuscrito de las Épocas
§ IX.
tan,
s e m a n a s y un día, r e s u l t a b a q u e si el año p r i m e r o de u n a
época dada comenzaba con el día n ú m e r o 1, el año s e g u n d o
comenzaba con el día 2, el tercero con el 3, y así sucesivam e n t e hasta el año d é c i m o t e r e e r o , q u e comenzaba con el
día 13. E n t o n c e s se c o m p l e t a b a lo q u e se llamaba u n a sem a n a de años, y el d é c i m o c u a r t o , q u e e r a el p r i m e r o de
otra s e m a n a , volvía á comenzar con el día n ú m e r o 1. Siguiendo este o r d e n , el año vigésimocuarto, último del ahau,
comenzaba con el día 11. El ahau siguiente comenzaba con
el año, cuyo p r i m e r día e r a el n ú m e r o 12, y se componía
de éste, del siguiente q u e comenzaba con el día 13 de toda
la s e m a n a de a ñ o s q u e l l a m a r e m o s tercera, y de n u e v e años
de la cuarta. E n t o n c e s el ahau inmediato comenzaba con el
año cuyo p r i m e r día e r a el 10. Siguiendo el lector esta cuenta, verá q u e tras de los ahaues q u e h e m o s m a r c a d o con los
n ú m e r o s 12 y 10 (que son los de los días con q u e c o m i e n z a n )
vienen i n m e d i a t a m e n t e otros, m a r c a d o s invariablemente
con los días n ú m e r o s 8, 6, 4, 2, 13, 11, 9, 7, 5, 3, 1. Sólo
conteniendo el ahau veinticuatro años sale esta c o m b i n a ción, q u e Cogolludo, L a n d a y B r a s s e u r no quisieron t o m a r s e
el trabajo de e x a m i n a r . Acaso la falta de datos podía excus a r á los dos p r i m e r o s . ¿Pero cómo p u d o escapar á la p e r s picacia del abate f r a n c é s , q u e tuvo á la vista los e x c e l e n t e s
t r a b a j o s de D. Juan Pío Pérez?
El ahau se dividía en dos partes: u n a de veinte años, q u e
e r a incluida en la r u e d a ó c u a d r o (21), y q u e por esta razón
se llamaba amaytun, lamaitun ó lamaité, y otra de c u a t r o
(21) «Estos indios pintaban u n a rueda pequeña, en la cual pouían los cuatro geroglíficos de los días con que principiaba el a ñ o — Además de la rueda
pequeña y a dicha, hacían otra rueda grande, que llamaban bukxoc, en que
ponían tres revoluciones de los euatro geroglíficos de la p e q u e ñ a , haciendo u n
total de doce signos, principiando la cuenta con el primero, Kan, y siguiendo á
contarlos hasta n o m b r a r cuatro veces el mismo Kan, inclusivamente, haciendo
asi trece años y f o r m a n d o u n a indicción ó semana (de años)
PÉREZ, Cronología,
S
mayas*
§ VIL
» Don JUAN P í o
años, q u e figuraba como pedestal de la anterior, y á la cual
se daba el n o m b r e de chekoc-katun
ó lath oc-katun, palab r a s que, t r a d u c i d a s al español, quieren decir pedestal. A
estos c u a t r o años se les consideraba como intercalares y
como no existentes, creyéndolos aciagos por esto, y como
á los cinco días c o m p l e m e n t a r i o s del año, se les llamaba
también u yail haab ó años trabajosos.
Con motivo de esta última división, observa D. Juan Pío
Pérez lo siguiente: «De la c o s t u m b r e de considerarlos como
no existentes, separándolos de la cuenta de los años, nació
la opinión de c r e e r q u e los ahau katunes eran s o l a m e n t e
de veinte años, yerro en q u e cayeron casi todos los q u e
trataron de paso el asunto; y si h u b i e r a n contado los años
q u e i n t e r m e d i a b a n de u n a á otra época, j a m á s h u b i e r a n
d u d a d o de esta verdad, q u e c o n f i r m a n los m a n u s c r i t o s , diciendo t e r m i n a n t e m e n t e q u e eran de veinticuatro años en
la forma dicha» (22).
A d e m á s de la época de q u e acabamos de h a b l a r , los mayas tuvieron o t r a s dos: una compuesta de c i n c u e n t a y dos
años, resultado de la multiplicación de 13 por 4, y otra de
trescientos doce años, c o m p u e s t a de una s e m a n a de ahaues,
q u e se llamaba g r a n siglo, ó también
Ahau-Katun.
Podríamos todavía dar algunos p o r m e n o r e s sobre la c r o nología maya; pero c r e e m o s c o n v e n i e n t e omitirlos, p o r q u e
sólo pueden tener interés p a r a los que se sienten con vocación de anticuarios.
(22)
Obra citada, § IX.
CAPÍTULO XII
Ciencias, bellas artes y legislación.—Aritmética, geometría y mecánica — Historia.—Poesía lírica y dramática.—Música y baile —Escultura y pintura.—Derecho público.—El rey, los sacerdotes, la nobleza, el pueblo y los esclavos.—
Derecho internacional.—Reglas concernientes á las embajadas y á la guerra.—
Armas y trajes de los guerreros.—Legislación civil y p e n a l .
P a r a t e r m i n a r el e x a m e n q u e h e m o s e m p r e n d i d o sobre
la c u l t u r a intelectual de los mayas, vamos á p r e s e n t a r un
bosquejo de los adelantos q u e habían hecho en a l g u n a s
ciencias, en las bellas artes, en Política y Legislación.
No debían t e n e r m u c h a s nociones de Aritmética, si se
ha de c r e e r á Landa, quien asegura q u e no conocían otra
operación q u e la de arrojar algunos g r a n o s de maíz sobre
el suelo, ó c u a l q u i e r a otra superficie plana, p a r a h a c e r s u s
adiciones y s u s t r a c c i o n e s (1). Pero esta aserción parece
estar d e s m e n t i d a por las ingeniosas combinaciones n u m é ricas q u e e m p l e a b a n en su sistema cronológico^ de q u e
a c a b a m o s de hablar. Al revés de otros pueblos a m e r i c a n o s ,
q u e sólo sabían contar hasta una cantidad d e t e r m i n a d a ,
los mayas tenían c o m b i n a c i o n e s y palabras para e x t e n d e r
hasta el infinito la n u m e r a c i ó n . Su m a n e r a ordinaria de
contar, usada especialmente en la administración pública
y en el comercio, e r a «de cinco en cinco hasta veinte (2),
(1) Relación de las cosas de Yucatán, § XXIV.
(2) llastá hace m u y poco tiempo la m o n e d a ínfima de nuestros mercados
era el cacao, y se contaba por cincos y por veintes. Era este indudablemente u n
años, q u e figuraba como pedestal de la anterior, y á la cual
se daba el n o m b r e de chekoc-katun
ó lath oc-katun, palab r a s que, t r a d u c i d a s al español, quieren decir pedestal. A
estos c u a t r o años se les consideraba como intercalares y
como no existentes, creyéndolos aciagos por esto, y como
á los cinco días c o m p l e m e n t a r i o s del año, se les llamaba
también u yail haab ó años trabajosos.
Con motivo de esta última división, observa D. Juan Pío
Pérez lo siguiente: «De la c o s t u m b r e de considerarlos como
no existentes, separándolos de la cuenta de los años, nació
la opinión de c r e e r q u e los ahau katunes eran s o l a m e n t e
de veinte años, yerro en q u e cayeron casi todos los q u e
trataron de paso el asunto; y si h u b i e r a n contado los años
q u e i n t e r m e d i a b a n de u n a á otra época, j a m á s h u b i e r a n
d u d a d o de esta verdad, q u e c o n f i r m a n los m a n u s c r i t o s , diciendo t e r m i n a n t e m e n t e q u e eran de veinticuatro años en
la forma dicha» (22).
A d e m á s de la época de q u e acabamos de h a b l a r , los mayas tuvieron o t r a s dos: una compuesta de c i n c u e n t a y dos
años, resultado de la multiplicación de 13 por 4, y otra de
trescientos doce años, c o m p u e s t a de una s e m a n a de ahaues,
q u e se llamaba g r a n siglo, ó también
Ahau-Katun.
Podríamos todavía dar algunos p o r m e n o r e s sobre la c r o nología maya; pero c r e e m o s c o n v e n i e n t e omitirlos, p o r q u e
sólo pueden tener interés p a r a los que se sienten con vocación de anticuarios.
(22)
Obra citada, § IX.
CAPÍTULO XII
Ciencias, bellas artes y legislación.—Aritmética, geometría y mecánica.— Historia.—Poesía lírica y dramática.—Música y baile —Escultura y pintura.—Derecho público.— El rey, los sacerdotes, la nobleza, el pueblo y los esclavos.—
Derecho internacional.—Reglas concernientes á las embajadas y á la guerra.—
Armas y trajes de los guerreros.—Legislación civil y p e n a l .
P a r a t e r m i n a r el e x a m e n q u e h e m o s e m p r e n d i d o sobre
la c u l t u r a intelectual de los mayas, vamos á p r e s e n t a r un
bosquejo de los adelantos q u e habían hecho en a l g u n a s
ciencias, en las bellas artes, en Política y Legislación.
No debían t e n e r m u c h a s nociones de Aritmética, si se
ha de c r e e r á Landa, quien asegura q u e no conocían otra
operación q u e la de arrojar algunos g r a n o s de maíz sobre
el suelo, ó c u a l q u i e r a otra superficie plana, p a r a h a c e r s u s
adiciones y s u s t r a c c i o n e s (1). Pero esta aserción parece
estar d e s m e n t i d a por las ingeniosas combinaciones n u m é ricas q u e e m p l e a b a n en su sistema cronológico, de q u e
a c a b a m o s de hablar. Al revés de otros pueblos a m e r i c a n o s ,
q u e sólo sabían contar hasta una cantidad d e t e r m i n a d a ,
los mayas tenían c o m b i n a c i o n e s y palabras para e x t e n d e r
hasta el infinito la n u m e r a c i ó n . Su m a n e r a ordinaria de
contar, usada especialmente en la administración pública
y en el comercio, e r a «de cinco en cinco hasta veinte (2),
(1) Relación de las cosas de Yucatán, § XXIV.
(2) Hasta hace m u y poco tiempo la m o n e d a ínfima de nuestros mercados
era el cacao, y se contaba por cincos y por veintes. Era este indudablemente u n
y de 20 en 20 hasta 100, y d e 100 en 100 hasta 400» (3). Se
c o m p r e n d e que la m u l t i p l i c a c i ó n por veinte sirvió d e b a s e
p a r a f o r m a r las g r a n d e s c a n t i d a d e s , p o r q u e t o d a s estas
multiplicaciones se e x p r e s a n con p a l a b r a s s i m p l e s y s e n cillas, que sólo p u e d e n c o m p a r a r s e con el ciento, el mil y
el millón de n u e s t r o idioma, p r o d u c t o s todos d e la m u l t i plicación por diez. El 20 (,kal), multiplicado por sí m i s m o ,
daba un bak, 400; el bak, multiplicado por 20, d a b a el pie,
8.000; el pie, s u j e t a d o á la m i s m a operación, daba el calab,
100.000, y, en fin, la multiplicación del calab por 20, daba el
hinchil, 3.200.000. Este solo dato basta p a r a c o m p r e n d e r
q u e la Aritmética n o se hallaba e n t e r a m e n t e en m a n t i l l a s
e n t r e los mayas.
En c u a n t o á las d e m á s c i e n c i a s e x a c t a s q u e c o n s t i t u y e n
las Matemáticas, es d e c r e e r q u e p o s e y e s e n t a m b i é n a l g u n a s nociones no m u y vulgares. P e r o sobre este p u n t o
sólo p u e d e n a v e n t u r a r s e a l g u n a s c o n j e t u r a s , s a c a d a s d e
las c o n s t r u c c i o n e s con q u e r e g a r o n el suelo d e la P e n í n sula. La Geometría y la Mecánica, por ejemplo, no d e b i e ron serles del todo d e s c o n o c i d a s , á pesar de los defectos
q u e p u e d a e n c o n t r a r en aquéllas u n a civilización m á s
avanzada.
Pasemos a h o r a á h a b l a r de la l i t e r a t u r a , q u e los m a y a s
cultivaban en m u c h o s d e s u s r a m o s . Tenían por la Historia
u n a predilección especial. Esta, no s o l a m e n t e se escribía
en los libros d e q u e h e m o s h a b l a d o , sino t a m b i é n e n los
hatunes y otros m o n u m e n t o s públicos. Esos geroglíficos
misteriosos q u e se e n c u e n t r a n en las p a r e d e s , en las vigas
y en las cornisas d e los edificios d e este pueblo, no son
otra cosa que p á g i n a s i n c o m p r e n s i b l e s d e sus a n a l e s . La
Historia constituía por sí sola u n a ciencia, q u e se e n s e ñ a b a
en los colegios de los sacerdotes. A c o m p a ñ a b a á esta e n s e ñanza la de la e s c r i t u r a figurativa, simbólica y fonética, á fin
d e q u e el a l u m n o p u d i e s e e s c r i b i r u n día los s u c e s o s q u e
acaeciesen en su época (4). He aquí la i n s t r u c c i ó n d e q u e
debía e s t a r dotado un escritor a m e r i c a n o , según el t e s t i monio d e Las Casas, citado por el abate B r a s s e u r : «Los q u e
e j e r c í a n este encargo—dice—conocían el origen de todas
las cosas y todo lo q u e tenía relación con la religión, con
los dioses y su culto, y con los f u n d a d o r e s de pueblos y
c i u d a d e s . Sabían c ó m o h a b í a n c o m e n z a d o los r e y e s y los
s e ñ o r e s , s u s r e i n o s , s u s leyes s o b r e elección y sucesión; el
n ú m e r o y la calidad d e los p r í n c i p e s q u e h a b í a n venido;
s u s trabajos, s u s acciones y h e c h o s m e m o r a b l e s , b u e n o s ó
malos; si habían g o b e r n a d o bien ó mal; q u i é n e s eran los
h o m b r e s virtuosos ó los h é r o e s q u e h a b í a n existido; q u é
batallas habían librado y c ó m o se h a b í a n s e ñ a l a d o en ellas;
c u á l e s habían sido sus c o s t u m b r e s a n t i g u a s y las p r i m e r a s
poblaciones; los c a m b i o s d i c h o s o s y los d e s a s t r e s q u e h a bían sufrido; en fin, todo l o q u e p e r t e n e c í a á la Historia ó
q u e d e c u a l q u i e r m o d o tuviese conexión con los h e c h o s
pasados» (5).
La historia maya recibió u n golpe terrible con el a u t o d e
fe de Maní, d e q u e ya en otra p a r t e h e m o s h e c h o m e n ción (0). Treinta y cinco p i e d r a s , q u e p r o b a b l e m e n t e contenían e s c u l t u r a s p r e c i o s a s , f u e r o n d e s t r o z a d a s en a q u e l acto
inquisitorial, y r e d u c i d o s á c e n i z a s veintisiete libros ó rollos de signos y geroglíficos e n piel d e v e n a d o (7). Pero n o
todos los m o n u m e n t o s históricos d e los m a y a s d e b i e r o n
h a b e r perecido en aquella ocasión. Según el testimonio d e
Cogolludo, el Dr. D. P e d r o Sánchez de A g u i j a r , q u e fué mu(4)
dòn,
resabio m a y a , y una de las no pocas costumbres impuestas por el pueblo vencido al vencedor.
(3)
LAUDA,
ubi stipra.
§
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
libro IV, capítulo V -LANDA, Reía
VIL
(5)
Manuscrito
(6)
Capítulo II de este libro.
Troano,
tomo I, § III
(7)
D o n JUSTO SIERRA, a p é n d i c e a l t o m o I d e la Historia,
d e COGOLLUDO.
chos a ñ o s posterior á L a n d a , tuvo en s u s m a n o s un anathé,
q u e quitó á u n o s indios, del cual tomó varias noticias. Más
de dos siglos h a c e , por lo menos, q u e no se tiene noticia
de n i n g u n o ; y a u n q u e el abate Brasseur m u r i ó con la esperanza de q u e todavía podría e n c o n t r a r s e alguno en los sepulcros a n t i g u o s (8), nosotros la c r e e m o s irrealizable. Quizá
se nos arguya con el anahté, á q u e su d e s c u b r i d o r dió el
n o m b r e de Manuscrito
Troano; pero la v e r d a d es q u e no
se sabe con s e g u r i d a d el origen de este d o c u m e n t o .
Otro r a m o de l i t e r a t u r a , q u e i n d u d a b l e m e n t e cultivaron
los mayas, f u é la poesía lírica y d r a m á t i c a . Es verdad q u e
no nos ha q u e d a d o ninguna pieza q u e nos pueda hacer
juzgar de su m é r i t o ; pero de la existencia de la p r i m e r a
se e n c u e n t r a la p r u e b a en los cantos con q u e los indíg e n a s a c o m p a ñ a b a n s u s bailes sagrados (9). Es de c r e e r
q u e estos c a n t a r e s estuviesen compuestos e n un género de
m e t r o q u e se a m o l d a s e á la música salvaje con q u e se
mezclaban. Es de p r e s u m i r también que, no sólo se usasen
en las festividades religiosas, sino aun en otras de distinta
especie, q u e tendrían por objeto un simple e n t r e t e n i m i e n t o .
Pero cualquiera q u e fuese el género de estas poesías, n i n guna h a llegado á n u e s t r o s tiempos, p o r q u e los misioneros
creyeron e n c o n t r a r en ellas algunas estrofas diabólicas y
p r o c u r a r o n d e s t e r r a r l a s de la m e m o r i a del pueblo.
Los mayas cultivaron también el d r a m a , no s e g u r a m e n t e
como los griegos'y los romanos, ni m u c h o m e n o s como los
pueblos modernos; pero sí d a n d o algunas r e p r e s e n t a c i o nes, q u e indicaban ya la infancia del Arte. Landa habla de
los teatros q u e vió en Chichón Itzá, cuyo pavimento e r a
enlosado, y d o n d e , según le dijeron, se r e p r e s e n t a b a n farsas
y comedias para solaz del pueblo (10). Algunos viajeros
,
(8) Introducción á la Relación, de LANDA.
(9) COGOLLUDO, Historia de Yucatán, libro IV, capítulo V.
(10) Relación de las cosas de Yucatán, § X L I I ,
m o d e r n o s h a n creído e n c o n t r a r un vestigio de estas c o n s trucciones en las r u i n a s de aquella ciudad, lo cual nos hace
s u p o n e r que los m a y a s tuvieron un lugar d e t e r m i n a d o p a r a
e n t r e g a r s e á estos espectáculos, dignos de un pueblo civilizado. Historiadores de los siglos xvi y x v n dan testimonio
de q u e todavía en aquella época se r e p r e s e n t a b a n farsas en
q u e los actores, á q u e se daba el n o m b r e de balzames, ejecutaban piezas d r a m á t i c a s de distintos g é n e r o s : en la tragedia
ó en el d r a m a histórico vestían con propiedad el antiguo
traje de s u s príncipes y sacerdotes, y en la comedia de cost u m b r e s r e m e d a b a n con tal gracia á sus caciques y aun á
s u s e n c o m e n d e r o s , q u e los e s p e c t a d o r e s p r o r r u m p í a n gen e r a l m e n t e en aplausos y c a r c a j a d a s (11). Dábanse estas
funciones en algunas fiestas religiosas ó de familia, y se
c o m p r e n d e r á , sin d u d a , q u e ni a n t e s ni d e s p u é s de la c o n quista las piezas fueron n u n c a escritas por ningún d r a m a turgo. Se improvisaban sobre el escenario mismo, y el
balzam e r a á la vez a u t o r y actor. Desgraciadamente, s u c e dió con el d r a m a lo mismo q u e con la poesía lírica: los q u e
g o b e r n á b a n l a Colonia vieron en las r e p r e s e n t a c i o n e s teatrales un r e c u e r d o demasiado vivo de los tiempos pasados,
y las prohibieron bajo el pretexto de q u e eran obscenas y
de q u e el d e m o n i o se mezclaba en ellas (12). Mas como el
pueblo no r e n u n c i a b a fácilmente á su diversión favorita,
sus d o m i n a d o r e s le compusieron u n a especie de autos s a c r a m e n t a l e s con los misterios de la religión cristiana y con
algunas vidas de santos. Así desapareció aquel r a m o de
literatura nacional, de q u e todavía suele verse un débil
destello en las vaquerías y en las fiestas del Carnaval. Pero
ya los actores no son los mayas, sino los m i e m b r o s de la
raza mixta q u e los ha sucedido en la dominación del país.
(11)
LANDA, o b r a c i t a d a , § X X I L — COGOLLUDO, Historia
bro IV, capítulo V.
(12)
Ordenanzas de T o m á s López,
de Yucatán,
li-
Todas las fiestas, todos los actos públicos de los m a y a s ,
iban siempre a c o m p a ñ a d o s con u n a música salvaje, q u e no
estaba c i e r t a m e n t e al nivel de s u c u l t u r a . El i n s t r u m e n t o
d o m i n a n t e en esta m ú s i c a era, y es todavía, el tunkul, q u e en
vano se ha i n t e n t a d o t r a d u c i r al español por t a m b o r , atabal,
címbalo ó timbal. N i n g u n a de estas d e n o m i n a c i o n e s le conviene, porque es un i n s t r u m e n t o original a m e r i c a n o , q u e
probablemente no tiene semejanza con n i n g ú n otro del
antiguo m u n d o . Es u n cilindro hueco de m a d e r a , o r d i n a r i a m e n t e de t r e s pies de largo y u n o de d i á m e t r o , complet a m e n t e abierto en la parte inferior y dotado en la s u p e r i o r
de dos a b e r t u r a s longitudinales, paralelas e n t r e sí y cruzadas por otra h o r i z o n t a l . Se toca con dos palos ó b a q u e t a s ,
y el sonido agudo y m o n ó t o n o q u e p r o d u c e se oye á seis
y ocho millas de distancia. Con el caracol m a r í t i m o p r o d u cían también un sonido l ú g u b r e y a g u d o q u e tenía un alcance prodigioso. Estos dos i n s t r u m e n t o s debían ser u s a d o s
de preferencia p a r a l l a m a r al pueblo á los actos civiles y
religiosos en q u e debía estar p r e s e n t e . T a m b i é n u s a b a n
los mayas de un t a m b o r , cubierto en u n a de s u s e x t r e m i dades con piel de venado, de las c o n c h a s de tortuga, q u e
se tocaban con astas de ciervo, y de sonajas de varias f o r m a s y especies. En c u a n t o á los i n s t r u m e n t o s de c u e r d a y
de metal, les e r a n c o m p l e t a m e n t e desconocidos.
Los mayas u s a b a n del baile, m e n o s para divertirse, q u e
para solemnizar s u s g r a n d e s fiestas religiosas. J u n t á b a n s e
en la g r a n plaza del t e m p l o ochocientos ó m á s h o m b r e s , y
e m p r e n d í a n un baile pesado y monótono, q u e d u r a b a hasta
la noche, y q u e sólo i n t e r r u m p í a n p a r a comer la ligera colación q u e allí m i s m o les llevaban s u s esposas y s u s h i jas (13). Las m u j e r e s no c o n c u r r í a n á estos bailes sagrados,
y quizá tampoco á los profanos. E n t r e los últimos había uno,
llamado Colomché, q u e , según asegura Landa, era una e s -
(13)
LAUDA, ubi
supra.
pecie de juego de cañas. Asi el canto como el baile se h a llaban bajo la dirección de un maestro, á quien se daba el
n o m b r e de Hol-pop,
y á cuyo cuidado y vigilancia se halla-
ban los i n s t r u m e n t o s de música (14).
No eran s o l a m e n t e la Poesía, la Música y el Canto las
bellas a r t e s q u e cultivaban los mayas. Cultivaban también
la E s c u l t u r a y la P i n t u r a con la misma perfección q u e los
mexicanos. De la p r i m e r a h e m o s hablado ya algo en las
páginas anteriores. De la s e g u n d a se c o n s e r v a n restos preciosísimos en n u e s t r a s r u i n a s . Suelen e n c o n t r a r s e en los
d e p a r t a m e n t o s interiores c u a d r o s q u e r e p r e s e n t a n a s u n t o s
mitológicos y e s c e n a s de la vida pública y doméstica. Alguna vez suele hallarse también el paisaje, y en Chichón
se conserva todavía una p a r e d en q u e se ve pintada una
canoa. Los colores q u e d o m i n a n en estos c u a d r o s son el
verde, el amarillo, el azul, el rojo y un rojizo p a r t i c u l a r
q u e sirve c o n s t a n t e m e n t e p a r a dar el colorido á la c a r n e .
M. S t e p h e n s opina q u e los m a y a s habían h e c h o en este
arte progresos m á s rápidos q u e en la Escultura, y r e f i r i é n dose á un c u a d r o q u e vió en la ciudad q u e a c a b a m o s de
m e n c i o n a r , a ñ a d e estas palabras: «En los golpes de pincel
hay ciertos rasgos q u e m u e s t r a n la. libertad y destreza
con q u e el a s u n t o era m a n e j a d o por m a n o s maestras» (15).
Pero en la materia q u e nos o c n p a , no solamente es digna
de admiración la habilidad del artista; hay q u e considerar
también otra circunstancia no m e n o s notable: ¿con q u é
sustancias se producían esos colores p e r e n n e s , cuya viveza
no h a podido debilitar el t r a n s c u r s o de los siglos?
Ya q u e h e m o s hablado de las ciencias y de las bellas a r t e s
que cultivaban los mayas, tiempo es de e n t r a r en el e x a m e n de ciertas instituciones, q u e también nos servirán de
t e r m ó m e t r o para juzgar de los pasos q u e habían dado en
(14)
COGOLLUDO, l u g a r c i t a d o .
(15)
Viaje á Yucátán,
tomo II, capítulo X V I I .
la senda del progreso. Vamos á hablar de su constitución
política y de su legislación.
El d e r e c h o público de los mayas era muy s e m e j a n t e al
de todos los p u e b l o s q u e se han detenido en los dinteles de
la civilización. Los reyes eran absolutos, y sólo se dejaban
guiar algunas veces por el sacerdocio, q u e le imponía su
voluntad en n o m b r e de los dioses. La constitución de Mayapán, de q u e h a b l a m o s en el capítulo VIí, debió servir de
modelo p a r a la de todos los cacicazgos i n d e p e n d i e n t e s q u e
después se f o r m a r o n en la Península. El rey, los sacerdo tes, la nobleza, el pueblo y los esclavos; he aquí las cinco
clases en q u e g e n e r a l m e n t e se hallaba dividida la sociedad.
Hay motivos p a r a c r e e r que la m o n a r q u í a era h e r e d i taria; sábese al m e n o s q u e los Tutul Xius y los Cocomes
fueron dos dinastías q u e bajo el mismo n o m b r e se prolongaron por el t r a n s c u r s o de varios siglos. Landa habla
de ciertas reglas q u e se habían adoptado para la sucesión
de los señores, q u e acaso se refiera á la de los g r a n d e s
feudatarios del I m p e r i o ó á la de los p e q u e ñ o s s o b e r a n o s
q u e dominaban en el país al tiempo de la conquista. Cuando el h e r e d e r o no e r a apto para g o b e r n a r , sucedían al difunto s u s h e r m a n o s , eligiéndose s i e m p r e al mayor ó al m á s
inteligente. Lo m i s m o se practicaba cuando el h u é r f a n o e r a
m e n o r de edad; y si acontecía q u e no tuviese p a r i e n t e s ,
los s a c e r d o t e s y los jefes principales elegían una especie d e
regente q u e g o b e r n a s e el cacicazgo m i e n t r a s el h e r e d e r o
llegaba á la mayor edad (16).
La nobleza gozaba de ciertas exenciones y privilegios. Fig u r a b a e n t r e las p r i m e r a s la de no pagar tributo ni impuesto de n i n g u n a clase al soberano. Pero estaba obligada á
servirle en la g u e r r a y á c o n c u r r i r p e r i ó d i c a m e n t e al templo para ayudar á los s a c e r d o t e s en la celebración de las
c e r e m o n i a s religiosas. Todos los nobles tenían un palacio
dentro de los m u r o s de las ciudades. P u e d e decirse, en lo
general, q u e vivían en la ociosidad, a u n q u e algunas veces
sacudían su pereza p a r a servir de abogados y p a t r o n o s á
sus vasallos en los litigios q u e les promovían.
El pueblo estaba sujeto á g r a n d e s c a r g a s q u e pesaban
d u r a m e n t e sobre s u s h o m b r o s . Estaba obligado á labrar la
tierra en el lugar q u e eligiese ó se le señalase, p o r q u e era
poseída en c o m ú n por toda la nación. Debía también cazar,
pescar y recoger sal en las costas, y de todas estas o c u paciones, q u e eran vigiladas y o r d e n a d a s por f u n c i o n a r i o s
ad hoc, debía pagar el tributo de q u e vivían los príncipes,
los s a c e r d o t e s y la nobleza. E r a n recogidos y a r m a d o s en
masa para ser llevados al campo de batalla, en las f r e c u e n tes g u e r r a s en q u e se e m p e ñ a b a n s u s señores. Sus m u j e res y s u s hijas tejían las m a n t a s y otras telas de algodón,
de q u e t a m b i é n se pagaba t r i b u t o (17).
Los esclavos c o m p o n í a n la última clase de la sociedad
maya. Su condición era la m á s miserable, p o r q u e podían
ser c o m p r a d o s y vendidos, no s o l a m e n t e p a r a servir en toda clase de ocupaciones, sino también p a r a hacer de víctimas en los sacrificios. Los s e ñ o r e s tenían sobre ellos el
terrible d e r e c h o de vida y de m u e r t e , y en la historia de
Jerónimo de Aguilar, q u e r e f e r i r e m o s en el libro II, se encontrará m á s de un rasgo q u e c o n f i r m e esta aserción. Landa
a t r i b u y e á los Cocomes la triste celebridad de haber i n t r o ducido la esclavitud en la P e n i n s u l a (18); pero no nos parece q u e la m e m o r i a de los indios, de q u i e n e s recibió s u s
noticias, p u d i e s e alcanzar al origen de esta institución.
Debía ser m u y g r a n d e el n ú m e r o de esclavos, p o r q u e no
sólo se imponía esta pena al prisionero de g u e r r a y al e x -
(17)
lo
(16)
Relación
ele las cosas de Yucatán,
§ XXIV.
LANDA, Relación,
III.
(18)
Relación,
§ VIII.
§ XX.— COGOLLUDO, obra citada, libro IV, capítu-
t r a n j e r o , sino también á los reos de algunos delitos del o r den común (19).
La división en p e q u e ñ o s Estados, á q u e g e n e r a l m e n t e y
en todo tiempo estuvo sujeta la Península, hizo nacer ciertas reglas ó c o s t u m b r e s en s u s relaciones m u t u a s , á las
q u e bien podríamos dar el n o m b r e de d e r e c h o i n t e r n a c i o nal. Cuando algún reyezuelo tenía q u e t r a t a r algún a s u n t o
público con cualquiera otro del país, le m a n d a b a u n a e m b a jada, compuesta de nobles y sacerdotes. La p e r s o n a de un
embajador era sagrada, y cualquiera q u e fuese el objeto de
su misión, podía t e n e r la seguridad de volver ileso á s u d o micilio. Cuando la g u e r r a se declaraba, los ejércitos de
ambos contendientes se l e v a n t a b a n r á p i d a m e n t e , y todo
ardid era lícito p a r a t r i u n f a r del enemigo. G e n e r a l m e n t e
el éxito de u n a batalla decidía la contienda, p o r q u e no se
llevaban más provisiones q u e las q u e cada g u e r r e r o podía
cargar á las espaldas. El vencedor e r a implacable con el
vencido. Dirigíase en t r i u n f o á la capital e n e m i g a , y si no
tenía el pensamiento de ocuparla p e r e n n e m e n t e , la r e d u c í a
á cenizas. Tenía el d e r e c h o de matar á s u s prisioneros, y
se consideraba como u n acto de clemencia el q u e los r e servase para la esclavitud. Muchas veces, sin e m b a r g o , era
la avaricia la q u e dictaba esta resolución, p o r q u e el prisionero de g u e r r a podía rescatarse.
La g u e r r a era, en la vida de los mayas, la ocupación principal y m á s honrosa de la nobleza. De su seno salían los
generales, de los cuales había dos clases: u n o s h e r e d a b a n
este grado de s u s p a d r e s , otros e r a n elegidos cada t r e s
a ñ o s y se les daba el n o m b r e de Nacones (20). Todos los
q u e salían á c a m p a ñ a se teñían la piel con d i v e r s i d a d de
colores, á fin de c a u s a r espanto al e n e m i g o . P e r o en el t r a j e
de los capitanes había cierta elegancia y un e s m e r o p a r t i -
(19)
COGOLLUDO, ubi
(20) LANDA, Relación,
supra.
§ XXIX.
c a l a r . Algunos usaban m o r r i o n e s de m a d e r a ; otros se adorn a b a n la cabeza con p l u m a s , y no faltaba quien a u m e n t a s e
sus arreos con pieles de tigre y otros animales feroces.
Usaban en la g u e r r a diversas clases de a r m a s . Las ofensivas
eran p i e d r a s , flechas, hachas, lanzas y espadas. Las p r i m e r a s
se t i r a b a n con u n a s h o n d a s de h e n e q u é n ; la flecha se hacía
de u n a s varas delgadas q u e p r o d u c e n las lagunas, y á cuya
e x t r e m i d a d se afirmaba u n agudo diente de pescado; las
h a c h a s e r a n de c o b r e q u e se traía de Ulúa, y las lanzas de
pedernal. Esta última a r m a debía ser de las m á s usuales,
porque se e n c u e n t r a á m e n u d o en las excavaciones q u e se
practican en las r u i n a s . En c u a n t o á la espada, e r a e n t e r a m e n t e igual á la q u e usaban los mexicanos; e r a u n a pieza
de m a d e r a con canales, en q u e se i n t r o d u c í a n p e d e r n a l e s
aguzados, los cuales se a s e g u r a b a n con r e s i n a s ó hilo de
h e n e q u é n . E n t r e las e s c u l t u r a s de Kabah se e n c u e n t r a la
de un g u e r r e r o q u e tiene en la m a n o u n a espada de esta
naturaleza, según el testimonio de S t e p h e n s (21), y Bernal
Díaz del Castillo la vió en las m a n o s de los indios q u e atacaron á los españoles en Cabo Catoche, j u n t a m e n t e con las
d e m á s a r m a s de q u e h e m o s hablado (22).
Merece llamar la atención del historiador el Código civil
de los mayas, ó lo q u e á falta de otra expresión l l a m a r e m o s
así, p o r q u e no sabemos al m e n o s q u e h u b i e s e n escrito
n u n c a s u s leyes. Tenían disposiciones c o n c e r n i e n t e s al estado civil de las personas, á las h e r e n c i a s y á los contratos.
El m a t r i m o n i o sólo podía celebrarse e n t r e un h o m b r e solo
y u n a sola m u j e r , y si los misioneros creyeron e n c o n t r a r
huellas de poligamia en el país, f u é p o r q u e , siendo p e r m i tido el divorcio en su antigua legislación, no era r e m o t o
e n c o n t r a r dos ó tres m u j e r e s q u e pretendiesen á la vez s e r
esposas de un m i s m o marido. El m a t r i m o n i o se celebraba
(21)
Viaje á Yucatán,
(22)
Historia
11
cerdadera
tomo I, capítulo X V I I .
de la conquista
de la Nueca España,
capitulo I X .
- ( 162 ) a n t e u n sacerdote, y la principal c e r e m o n i a consistía e n
q u e la novia diese de c o m e r y b e b e r á su f u t u r o , en p r e s e n cia de todos los c o n c u r r e n t e s . P a r e c e q u e no liabía otro
i m p e d i m e n t o p a r a el m a t r i m o n i o q u e el p a r e n t e s c o de cons a n g u i n i d a d y afinidad, q u e en la línea recta no tenía l i m i tación, y en la colateral se e x t e n d í a hasta lo q u e nosotros
l l a m a m o s el t e r c e r g r a d o civil (23).
Las leyes s o b r e las h e r e n c i a s e r a n tan claras y t e r m i nantes, q u e no h a b í a necesidad de t e s t a m e n t o s . E r a n llam a d o s á ellas, en p r i m e r l u g a r , los hijos del difunto, y en
segundo lugar, los p a r i e n t e s m á s cercanos. Las m u j e r e s
tenían prohibición legal p a r a h e r e d a r , y se c o n s i d e r a b a n
m u y felices c u a n d o se dignaban h a c e r l e s u n p e q u e ñ o r e galo los h e r e d e r o s v a r o n e s . Cuando éstos e r a n de m e n o r
edad, se les n o m b r a b a e n t r e s u s d e u d o s un t u t o r , el cual
a d m i n i s t r a b a s u h a c i e n d a h a s t a q u e se hacían h o m b r e s .
E n t o n c e s se la e n t r e g a b a á s u pupilo a n t e testigos c a r a c terizados, y sin los f r u t o s q u e había p r o d u c i d o , p o r q u e
decía q u e h a r t o h a b í a h e c h o con conservarla (24).
E n los c o n t r a t o s sólo se r e q u e r í a , p a r a q u e se c o n s i d e r a sen válidos, la f o r m a l i d a d de q u e las p a r t e s c o n t r a t a n t e s
bebiesen a n t e testigos. Cuando el q u e había contraído a l g u n a d e u d a no podía pagarla, pero la confesaba d e l a n t e de
su m u j e r y de s u s hijos, éstos se h a l l a b a n obligados á p a garla d e s p u é s de s u m u e r t e (25).
Todos los d e r e c h o s de q u e v e n i m o s h a b l a n d o se d e d u cían a n t e los j u e c e s q u e el rey ó señor colocaba en cada
lugar. P a r e c e q u e el delegado, llamado Batáb, q u e ejercía
la a u t o r i d a d política en n o m b r e del s o b e r a n o , a s u m í a también varias veces las f u n c i o n e s judiciales. Como la e s c r i t u r a e r a u n a ciencia q u e cultivaba ú n i c a m e n t e ' el sacerdo-
ció, todos los juicios eran verbales, y j a m á s se escribían las
sentencias. Había una especie de costas, q u e consistía en
un regalo q u e el litigante p r e s e n t a b a al juez ante? d e e n trar en el juicio.
El Código penal maya, a u n q u e p u e d e ser p r e s e n t a d o como u n a p r u e b a de la moralidad de este pueblo, contenía
castigos m u y severos y g e n e r a l m e n t e desproporcionados á
la culpa, defecto de q u e adolece la legislación primitiva de
todos los países. No había m á s q u e tres penas: la de m u e r t e ,
la esclavitud y el r e s a r c i m i e n t o del daño q u e se c a u s a b a .
La p r i m e r a se i m p o n í a al traidor á la patria, al homicida,
al adúltero y al q u e c o r r o m p í a á u n a virgen. La s e g u n d a al
ladrón, al d e u d o r y, según heñios d i c h o ya, al e x t r a n j e r o
y al prisionero de g u e r r a . Se c o n d e n a b a al r e s a r c i m i e n t o
de perjuicios al ladrón q u e podía pagar el valor del h u r t o ,
y también p r o b a b l e m e n t e al m a t a d o r de un esclavo, q u e se
libraba de la p e n a del talión p a g a n d o el m u e r t o ó e n t r e gando otro siervo en su lugar (26).
La prisión n u n c a se imponía como un castigo; pero h a b í a
cárceles para g u a r d a r á los cautivos y á los d e l i n c u e n t e s ,
m i e n t r a s llegaba el día de q u e f u e s e n conducidos al s a crificio ó de q u e sufriesen la p e n a á q u e habían sido c o n denados. La de m u e r t e solía aplicarse de u n a m a n e r a b á r bara: bien estacando al paciente, bien aplastándole la cabeza
con u n a piedra q u e se dejaba caer d e s d e cierta a l t u r a ,
bien, finalmente, sacándole las t r i p a s p o r el ombligo. L a s
cárceles consistían en u n a s g r a n d e s j a u l a s de m a d e r a , e x puestas al aire libre y p i n t a d a s m u c h a s veces con s o m b r í o s
colores, a d e c u a d o s sin d u d a al suplicio q u e a g u a r d a b a al
preso (27).
(26)
(27)
(23)
LANDA, Relación,
§ XXV.
(24)
El mismo, § X X I V .
(25)
COGOLLUDO, Historia
de Yucátán,
libro IV, capítulo III.
LANDA, o b r a citada, § X X X .
COGOLLUDO, Historia de Yucatán,
libro IV, capítulo IV.
desconfianza m u t u a e n t r e aquellos p r í n c i p e s y q u e , hacia
el fin de la época citada, cada u n o tomó s u s m e d i d a s p a r a
no s e r sorprendido e n el caso de u n a traición.
CAPÍTULO XIII
Ultimos sucesos d e la historia maya.—Desconfianza entre los reyes de M a y a p á n ,
ü x m a l y Chichén.—El primero solicita el auxilio extranjero y declara la guerra al ú l t i m o — P o p u l a r i d a d de T u t u l Xiu.—Se apodera de Mayapán.—Origen
de los cacicazgos de H - K i n Chel y Sotuta.—Desavenencias entre las familias
más poderosas de la Península.—Destrucción del Imperio m a y a y su capital.—
Los itzaes se r e f u g i a n al Petén.— Yucatán se fracciona e n multitud de E s t a dos independientes.— Situación que g u a r d a b a n éstos á principios del siglo x v i .
El lector r e c o r d a r á q u e i n t e r r u m p i m o s la relación de los
sucesos de l a historia m a y a e n la época en q u e la alianza
de los r e y e s de Mayapán, Uxmal y Chichén dió algunos
años de paz á la Península. L a n d a habla también de esta
t r a n q u i l i d a d y de la b u e n a a r m o n í a q u e r e i n a b a e n t r e los
príncipes d e aquellas c i u d a d e s (1); p o r q u e es digno de n o t a r q u e , d e s d e la época á q u e nos v e n i m o s r e f i r i e n d o , la
relación d e l obispo c o n c u e r d a en m u c h o s detalles con la
del autor a n ó n i m o de las Épocas
mayas.
Se a s e g u r a q u e la triple alianza d u r ó hasta el año 1180
ó 1200, esto es, doscientos a ñ o s d e s p u é s de h a b e r sido celebrada. El a b a t e B í a s s e u r c r e e q u e , d u r a n t e este período,
los tres aliados se hicieron á m e n u d o la g u e r r a (2); pero no
hay u n solo dato q u e c o n f i r m e esta suposición. Lo q u e se
c o m p r e n d e p e r f e c t a m e n t e , e s t u d i a n d o con atención las dos
f u e n t e s históricas de q u e h e m o s hablado, es q u e había u n a
(1)
Relación,
§ VIII.
(2)
Colección
ele documentos,
El rey de Mayapán, á quien d a r e m o s el n o m b r e de Cocom—aunque
con la desconfianza de q u e h a b l a m o s e n otra
parte—temeroso sin d u d a de q u e s u s g r a n d e s vasallos ó
s u s aliados faltasen á la fe q u e le h a b í a n j u r a d o , buscó en
los países e x t r a n j e r o s un apoyo contra ellos. Entabló r e l a ciones con los jefes militares q u e el gobierno de México
tenía colocados en Tabasco y Xicalango, y se asegura q u e
prometió entregarles la ciudad de Mayapán si se m a n d a ban algunas tropas para afianzar su p o d e r (3). A u n q u e por
aquella época no se había f u n d a d o todavía en A n á h u a c el
Imperio azteca, es i n d u d a b l e q u e las proposiciones de Cocom f u e r o n aceptadas, y q u e e n t r ó á la capital de los m a yas u n a f u e r t e guarnición de origen nahuatl. N i n g u n a d u d a
se p u e d e abrigar s o b r e e s t e i m p o r t a n t e h e c h o histórico,
p o r q u e lo revelan c l a r a m e n t e los n o m b r e s de los siete
jefes q u e la m a n d a b a n . Estos, según el m a n u s c r i t o m a y a ,
se l l a m a b a n Ahzin-Teyut-Chan,
Tzúmtecum,
Taxcal,
Pante-Mit, Xuch-Uecut,
Itztecuat y Kakaltecat.
Es digno de
notar q u e todos los r e c u e r d o s q u e c o n s e r v a m o s de los tiempos antecolombianos estén de acuerdo en este p u n t o de la
venida de algunos m e x i c a n o s á la P e n í n s u l a , a u n q u e difieran algo en las fechas. E n la información promovida p o r
D. J u a n Kauil, de q u e e n otra p a r t e h e m o s hablado, todos
los testigos a f i r m a n q u e los a n t e p a s a d o s de aquél v i n i e r o n
de México por o r d e n de Moteuczoma, a u n q u e los n o m b r e s
que cita son m u y poco s e m e j a n t e s á los q u e a c a b a m o s de
mencionar.
Mientras Cocom ponía así á los pies del e x t r a n j e r o la a u t o n o m í a maya, los itzaes de Chichén b u s c a b a n un apoyo en
los p r í n c i p e s de Itzmal, q u e , como d e s c e n d i e n t e s de la
(3)
y a citada, tomo III, página 425, nota.
LANDA, ubi
supra.
m i s m a raza q u e la suya, no t a r d a r o n en acordárselo. Esta
alianza f u é celebrada e n t r e Vlil, rey de la última c i u d a d , y
Chacxib Chac, de la p r i m e r a . Este n o m b r e dado á un rey
de Chichén, y q u e , como r e c o r d a r á el lector, era el de uno
de los gigantes q u e sostenían el cielo, nos hace sospechar
q u e en aquella población d o m i n a b a todavía el gobierno
teocrático, á no ser q u e el príncipe, p a r a concitarse el r e s peto de s u s s ú b d i t o s , h u b i e s e adoptado el n o m b r e de u n
dios.
El Tutul Xiu q u e d o m i n a b a en U x m a l , viendo q u e s u s
vecinos b u s c a b a n u n apoyo en los príncipes, se dedicó á
popularizarse e n t r e la nobleza y el pueblo de toda la P e nínsula. La e n t r a d a de t r o p a s e x t r a n j e r a s en el territorio
de Mayapán le proporcionó u n a oportunidad para conseguir su objeto; p o r q u e el disgusto q u e causó e n t r e los m a yas esta g u a r n i c i ó n , sólo se calmó cuando aquel p r í n c i p e
les prometió su a y u d a p a r a librarlos de ella. Calmó á los
impacientes, q u e h a b l a b a n ya hasta de asesinar á su rey
por la t i r a n í a ' q u e hacía p e s a r sobre ellos, y les aconsejó
q u e se dedicasen á a p r e n d e r el m a n e j o de las a r m a s , p a r a
saber usar de ellas el día de la venganza.
Tres aliados q u e hacían preparativos de esta naturaleza,
estaban m u y p r ó x i m o s á u n r o m p i m i e n t o . Era de c o m p r e n der q u e el q u e se c o n s i d e r a s e m á s f u e r t e debía ser el p r i m e r o q u e se lanzase á la lucha. Este, según el m a n u s c r i t o
m a y a , fué Vnac Eel, rey de Mayapán, el cual, por p e r t e n e cer tal vez á la familia Cocom, usaría t a m b i é n este último
n o m b r e como apellido (4). Orgulloso este príncipe con las
n u m e r o s a s f u e r z a s q u e t e n í a á su disposición, alegó el pre-
texto de haber sido ofendido ó traicionado por Chacxib
Chac, y al frente de un ejército q u e se componía de mayas
y mexicanos, m a r c h ó sobre Chichén Itzá. El éxito de la
lucha no podía ser dudoso, verificándose e n t r e dos fuerzas
tan desiguales. El itzalano fué desbaratado, a u n q u e parece
que este revés estuvo m u y lejos de hacer t e r m i n a r la
guerra.
El m a n u s c r i t o maya es b a s t a n t e oscuro en la relación de
esta c a m p a ñ a , p o r q u e á c o n t i n u a c i ó n , c u a n d o p a r e c e q u e
va á dar p o r m e n o r e s sobre la batalla de q u e a c a b a m o s de
hablar, refiere otra q u e tuvo lugar entre el m i s m o I l u n a c
Eel y el rey de Chichén, q u e ya no se llama Chacxib Chac,
sino Vlmil. Sirvieron de pretexto á esta s e g u n d a g u e r r a , si
es q u e en realidad h u b o dos, las fiestas ó b a n q u e t e s con
q u e Ulmil obsequiaba á su aliado, el rey de Itzmal (5).
I l u n a c Eel, á quien s u s h u e s t e s m e x i c a n a s hacían i n v e n c i ble, volvió á d e s b a r a t a r á su adversario, á p e s a r de q u e
éste levantó t r e c e divisiones p a r a resistirle.
Pero llegó el día en q u e I l u n a c Eel debió c u m p l i r á los
e x t r a n j e r o s la palabra q u e les h a b í a e m p e ñ a d o de e n t r e garles su capital, y las cosas comenzaron á c a m b i a r de a s pecto. El m a n u s c r i t o maya no dice si m u r i ó ó se eclipsó
para c u m p l i r su p r o m e s a . Refiere sí q u e al cabo de a l g u nos años reinaba el desorden en Mayapán, p o r q u e e r a n m u chos los q u e g o b e r n a b a n en la ciudad. La m u e r t e ó la d e s aparición de H u n a c Eel, ¿había hecho r e c a e r el gobierno
en los jefes de la raza nahuatl ó de s u s descendientes?
¿Habían éstos establecido u n a república s e m e j a n t e á la de
Tlaxcala, ó r e i n a b a e n t r e ellos la anarquía? A todas estas
(5)
(4)
Es la ú n i c a m a n e r a con q u e en este punto pueden conciliarse el manus-
crito m a y a y la Relación
BRASSBUR
DE
BOURBOURG, o b r a
cita:da, p á g i n a 426, n o t a . - D o n
JUAN
PÍO PÉREZ cree, al contrario, que el motivo de la lucha fué la guerra que el r e y
de LANDA.—La conjetura n a d a tiene de inverosímil; por-
de Chichén hacía al de Itzmal. El manuscrito m a y a es casi intraducibie en este
que f u e r a de que los m a y a s usaban nombres y apellidos, en las familias Reales
pasaje, a u n q u e parece que el hecho de traer á colación los panes, indica que h a -
se acostumbraba a n t e p o n e r al n o m b r e dinástico otro que sirviese para designar á
bla de banquetes. H e aquí las palabras textuales: binob u pá a.h-Ulnul
cada individuo. P o r eso hemos visto que en la dinastía T u t u l X i u hubo u n p r í n -
tumcncl
cipe llamado H - M e k a t H-Cuitok.
u uahal uahob yetel ah lUmal
Ulil
Ahau.
Aliau,
c o n j e t u r a s da m a r g e n la e x t r e m a concisión de la f u e n t e de
q u e e x t r a c t a m o s n u e s t r a s noticias. P e r o las disensiones
anteriores no impidieron al gobierno de Mayapán el t o m a r
varias m e d i d a s contra el e n e m i g o e x t e r i o r , p o r q u e sentía
sin d u d a r u g i r la t e m p e s t a d en toda la P e n í n s u l a . La p r i n cipal de todas f u é c o n s t r u i r u n a m u r a l l a ó fortaleza, de
q u e todavía se conservan vestigios en el antiguo asiento de
aquella ciudad.
Motivos eran estos m u y s u f i c i e n t e s p a r a a l a r m a r á todos
los soberanos de la P e n í n s u l a . El rey Ulmil, q u e no había
olvidado sin d u d a las d e r r o t a s pasadas, e n c o n t r ó u n p r e texto p a r a vengarse, y l e v a n t a n d o fuerzas n u m e r o s a s , i n vadió el territorio de Mayapán. No se dice c u á l f u é el éxito de esta g u e r r a ; pero es de c r e e r q u e el invasor h u b i e s e
sido rechazado ó q u e h u b i e s e vuelto v o l u n t a r i a m e n t e á
Chichón d e s p u é s de su t r i u n f o , en v i r t u d de alguna satisfacción ó reparación q u e h u b i e s e exigido y alcanzado. Decimos esto, p o r q u e a m b o s c o n t e n d i e n t e s a p a r e c e n d e s p u é s
en la historia o c u p a n d o s u s antiguos Estados.
Cocom, según L a n d a (6), ó c u a l q u i e r a otro q u e o c u p a s e
el trono de Mayapán, t e m e r o s o p r o b a b l e m e n t e de u n a s e g u n d a invasión, volvió á solicitar el auxilio de los j e f e s de
Tabasco y Xicalango, y n u e v a s t r o p a s e x t r a n j e r a s vinieron
á g u a r n e c e r la c i u d a d . P e r o e n t o n c e s la indignación de los
m a y a s llegó á su colmo, y como e r a m u y fácil el acceso
hasta el trono del p o p u l a r T u t u l Xiu, le excitaron á ponerse á la cabeza de los d e s c o n t e n t o s p a r a a c a b a r con el t i r a no. Esta e r a la palabra c o n q u e ya d e s i g n a b a n á Cocom s u s
súbditos; p o r q u e decían q u e , c r e y é n d o s e d e m a s i a d o f u e r t e
con el n u m e r o s o ejército q u e tenía á s u s ó r d e n e s , s u g o bierno había d e g e n e r a d o e n t i r a n í a y h a b í a i n t r o d u c i d o
la esclavitud en s u s d o m i n i o s .
raba, u n h o m b r e p r u d e n t e , u n sabio de Mayapán, la p r e vio, y t o m ó s u s m e d i d a s p a r a tener un retiro seguro adonde a c o g e r s e en el caso de u n a desgracia. Era éste el Aliau
Can ó s u m o sacerdote, que, como todos s u s p r e d e c e s o r e s ,
llevaba el n o m b r e de May, y el cual casó á u n a hija suya
con un noble llamado H-Chel. En la intimidad q u e d e s pués del m a t r i m o n i o reinó e n t r e suegro y y e r n o , reveló á
éste q u e Mayapán sería destruido con el tiempo, y le aconsejó q u e , si sobrevivía á esta desgracia, se r e t i r a s e con s u s
vasallos á los pueblos de la costa septentrional de la P e nínsula, d o n d e es de p r e s u m i r q u e el Ahau Can contase
con a l g u n o s parciales, adoradores tal vez de K u k u l c á n .
A v e n t u r a m o s esta c o n j e t u r a , p o r q u e el anciano sacerdote
grabó á su yerno, en la tabla del brazo izquierdo; ciertos
signos cabalísticos, con q u e le dijo q u e sería reconocido.
Le i n s t r u y ó a d e m á s en todas las ciencias del sacerdocio,
á fin de q u e , llegado el caso, pudiese d e s e m p e ñ a r con éxito la alta misión á q u e se le destinaba (7).
La indignación pública contra el rey de Mayapán, contenida tanto tiempo por la p r e s e n c i a de un ejército e x t r a n j e r o , estalló al fin en la época c o m p r e n d i d a e n t r e los
años 1280 y 1300. El ejército de Tutul Xiu salvó las m o n tañas q u e le separaban del tirano, y cayó s ú b i t a m e n t e s o b r e
la antigua capital de los mayas, t e r r i b l e debió de h a b e r
sido la acción q u e se e m p e ñ ó entonces, p o r q u e las fuerzas
invasoras se a u m e n t a r o n sin d u d a alguna con los m u c h o s
d e s c o n t e n t o s q u e ansiaban vengarse. Las tropas e x t r a n j e ras, q u e guarnecían la c i u d a d , no bastaron para s u defensa,
p o r q u e m u y p r o n t o f u é tomada por Tutul Xiu y sus aliados. Y e r a tal la rabia q u e dominaba á u n o s y otros, q u e
asesinaron sin compasión al rey vencido y á todos s u s h i jos, de los cuales sólo escapó uno q u e se hallaba a u s e n t e (8).
Mucho antes de q u e estallase la t o r m e n t a q u e se p r e p a (6)
Relación,
§ VIII.
(7)
LANDA, Relación,
(8)
E l manuscrito m a y a no n o m b r a á los invasores de M a y a p á n . Dice
§ IX.
Después de su s a n g r i e n t a victoria, Tutul Xiu quiso s e r
generoso con los m e r c e n a r i o s e x t r a n j e r o s q u e habían apoyado la tiranía. P e r d o n ó á todos la vida; pero no q u e r i e n d o
abrigar en su I m p e r i o u n o s h u é s p e d e s tan peligrosos, les
designó por r e s i d e n c i a la provincia de Acanul, situada e n tre las de Cehpech y C a m p e c h e . Los e x t r a n j e r o s aceptaron
con reconocimiento este d e s t i e r r o , y lo prefirieron á s u
propio país, á causa, según dice L a n d a , de los mosquitos
q u e a b u n d a n en él.
H - C h e l , siguiendo el consejo de s u s u e g r o , se retiró con
u n g r a n n ú m e r o de s u s vasallos á la costa septentrional,
d o n d e p e r m a n e c i ó algún t i e m p o hasta q u e se asentó en Tilioch (9). Es de p r e s u m i r q u e él y s u s d e s c e n d i e n t e s h u biesen sido eficazmente apoyadlos por los correligionarios
q u e tenían en aquella región, p o r q u e d e tan h u m i l d e s principios se levantó la p o d e r o s a dinastía de los Cheles, q u e
extendió s u dominación hasta Itzmal. Su Imperio recibió el
n o m b r e de H-Kin Chel, lo c u a l p r u e b a q u e estableció en él
un gobierno teocrático, i n d i s p e n s a b l e tal vez p a r a h a c e r
q u e el pueblo olvidase á los s u c e s o r e s de Zamná.
El hijo del rey de Mayapán, q u e , s e g ú n Landa, se hallaba
en H o n d u r a s c u a n d o aquella c i u d a d fué batida, luego q u e
únicamente que
f u e r o n los señores de los cerros (ah
Uitsil
oul).
E l abate
BRASSEUR cree que se trata aquí de u n a agresión venida de Guatemala y a c a u dillada por el r e y Cucumas.
P e r o si los agresores de Mayapán hubiesen sido
extranjeros, se habría encontrado a l g ú n vestigio en el idioma, habiendo tenido
l u g a r en u n a época tan cercana á la conquista española.— LANDA dice e x p r e s a m e n t e que f u e r o n los T u t u l Xius, y nosotros hemos aceptado esta versión, porque los señores de los cerros no podían ser otros q u e estos príncipes d e s c e n dientes de I-Í-Cuitok, el cual en el siglo x había fijado su trono en
volvió á la Península y supo lo acaecido, j u n t ó á varios de
s u s p a r i e n t e s y vasallos y f u n d ó con ellos la ciudad de Tibulon (10), hoy Tibolón, en la provincia de Sotuta.
Tutul Xiu trasladó s u corte á Mayapán, sin d u d a por la
importancia q u e tenía para toda la P e n í n s u l a la ocupación
de la antigua capital de los mayas. Pero f u e r o n inútiles
todos los esfuerzos q u e hizo p a r a consolidar su poder. Los
Cocomes y los Cheles no le p e r d o n a r o n n u n c a su triunfo, y
no se tomaban c i e r t a m e n t e la p e n a de disimular su enojo.
P ú b l i c a m e n t e le r e p r o c h a b a n su origen e x t r a n j e r o y le llam a b a n traidor, p o r q u e se había rebelado contra un rey á
quien debía c o n s i d e r a r como su señor n a t u r a l . No se limitaron á este ataque de palabras, sino q u e prohibieron el
comercio e n t r e s u s Estados y el de Tutul Xiu, prohibición
q u e causó g r a n d e perjuicio á los habitantes de Mayapán,
p o r q u e los obligó á o c u r r i r á p u n t o s muy lejanos c u a n d o
deseaban s u r t i r s e de los productos de la costa.
Tutul Xiu contestaba á los r e p r o c h e s de s u s e n e m i g o s
diciendo q u e su familia había conquistado la nacionalidad
maya con los largos siglos q u e llevaba de residir en el
país, y q u e no había cometido n i n g u n a traición al r e b e l a r se c o n t r a su antecesor, puesto q u e la g u e r r a q u e le había
arrojado del t r o n o de Mayapán había sido acordada e n t r e
m u c h o s de s u s antiguos feudatarios, p a r a librar al país d e
la tiranía q u e pesaba sobre él. Pero poco valen en política
las razones y los a r g u m e n t o s c u a n d o no se tiene el p o d e r
bastante para sostenerlos en el t e r r e n o de los h e c h o s . Los
m i s m o s nobles q u e habían excitado á T u t u l Xiu á a p o d e r a r s e de Mayapán, comenzaron á m u r m u r a r de él, d a n d o
Uxmal.
Esta conjetura está además apoyada e n la relación de C0G0LLUD0,~que asegura
que los T u t u l Xius f u e r o n señores de M a y a p á n en los tiempos inmediatos á la
(10)
LANDA dice que este nombre significa jugados
fuimos.
L a partícula
llegada de Montejo; y si s u dominación no f u é en los siglos xiv y xv, n o sabemos
ti, que denota el lugar, y el verbo bul, que puede significar «perder e n el juego»,
en qué otra época puede ser colocada.
d a n á entender que la verdadera traducción es «lugar e n que perdimos e n el
es citado con a l g u n a frecuencia por LANDA, y se comprende
juego». ¿No será éste un motivo suficiente para d u d a r de q u e Tibolón deba s u
que debió ser en la antigüedad u n a población de importancia, porque se dice
origen á la causa q u e asigna LANDA, puesto que e n aqüel lugar n o se dió la
que contenía edificios m u y notables.
acción q u e decidió de la suerte de Mayapán?
(9)
Tikoch
p r o b a b l e m e n t e el pretexto de q u e no cumplía las p r o m e sas q u e había hecho. El d e s c o n t e n t o comenzó d e s d e e n tonces á e x t e n d e r s e por todo el país, y no tardó en volver
á e n c e n d e r s e la g u e r r a .
Landa habla de los g r a n d e s b a n d o s y divisiones q u e h u b o
entre los Xius, los Cocomes y los Cheles, q u e e r a n las tres
familias principales' de la P e n í n s u l a (11). Asegura a d e m á s
que la g u e r r a e n t r e las dos p r i m e r a s d u r ó m á s de q u i n i e n tos años (12). Difícil se h a c e c o n c o r d a r esta fecha con la
del manuscrito maya, á m e n o s q u e se c u e n t e desde la época en q u e H-Cui-Tok fijó s u corte e n Uxmal. P e r o se c o m p r e n d e , á pesar de esta contradicción, q u e en todo el siglo xiv y p r i m e r a mitad del x v el t r o n o de los T u t u l Xius
estuvo á m e n u d o combatido por s u s vecinos, a u n q u e con
éxito desfavorable p a r a los agresores.
Llegó, sin e m b a r g o , el día en q u e los Cheles y los Cocom e s lograron sublevar todo el país c o n t r a el rey de Mayapán. A juzgar p o r la relación de Cogolludo (13), y a u n del
mismo Landa (14), este s o b e r a n o tenía el carácter de señor
s u p r e m o de la P e n í n s u l a , p o r q u e toda la t i e r r a le pagaba
tributo. Este i m p u e s t o , c u a l q u i e r a q u e fuese su valor, no
dejaría de h a c e r s e odioso á los caciques q u e se creían con
fuerza bastante^ p a r a i n d e p e n d e r s e , y es de p r e s u m i r , por
lo que aconteció después, q u e todos los sublevados convendrían en s u p r i m i r l o , en el caso de q u e les fuese favorable el éxito de la g u e r r a . Los a u t o r e s de la c o n j u r a c i ó n no
dejarían de j u g a r este r e s o r t e como el m á s a d e c u a d o para
ensanchar su p a r t i d o .
En la época c o m p r e n d i d a e n t r e los años 1440 y 1460 (15),
(11) Relación,
§ IX.
(12)
Ibid, § V I I I .
(13)
Historia
(14) Relación,
(15)
de Yucatán,
libro IV, capítulo II.
La destrucción de Mayapán acaso no tuvo otro objeto q u e
el de hacer desaparecer la p r e p o n d e r a n c i a q u e s u s r e y e s
q u e r í a n s i e m p r e arrogarse sobre los d e m á s del país. Conseguido este fin, los despojos del vencido f u e r o n r e p a r t i d o s
entre los jefes principales de la conjuración, y sólo se
dejó á Tutul Xiu la provincia de Maní, á la cual se retiró
inmediatamente. Los antiguos f e u d a t a r i o s del Imperio maya
fueron declarados i n d e p e n d i e n t e s d e todo otro poder, y cada uno se retiró á s u s dominios satisfecho de que, no h a biendo en la Península quien fuese superior á él, podía
dormir tranquilo en brazos de la confianza (16).
En la misma época en q u e se verificó la destrucción de
Mayapán aconteció en otro lugar de la Península u n h e c h o
que no deja de llamar la atención, á pesar de que tiene algunos a n t e c e d e n t e s en n u e s t r a historia. Los itzaes a b a n d o naron r e p e n t i n a m e n t e á Chichón, é i n t e r n á n d o s e en las
regiones meridionales de la Península, con dirección á
§ VIII.
COGOLLUDO . dice que el acontecimiento referido e n el texto
lugar en 1420.
los Cocomes, los Cheles y otros m u c h o s reyezuelos de la
Península, cada uno á la cabeza de s u s vasallos, cayeron
i m p e t u o s a m e n t e sobre Mayapán. Énpeñóse e n t o n c e s un
combate tan sangriento como el q u e ciento sesenta años
antes habían sostenido en el mismo lugar los abuelos de
ambos contendientes, y el resultado fué idéntico: la ciudad
cayó en poder de los agresores. Sólo q u e éstos, en vez de
asesinar á los j e f e s vencidos, t o m a r o n u n a determinación
no m e n o s b á r b a r a , a u n q u e de distinto género. Dispusieron
la demolición de la c i u d a d , y no se dieron por satisfechos
hasta q u e no q u e d ó piedra sobre piedra. Los templos y los
palacios f u e r o n arrasados hasta sus cimientos, y las chozas
de paja entregadas á las llamas. Varios datos históricos
están conformes en este terrible detalle, y este es el motivo
por el cual a p e n a s p u e d e hoy r e c o n o c e r s e el asiento de la
antigua capital de los mayas.
tuvo
(16)
COGOLLUDO, lugar citado.
Guatemala, se d e t u v i e r o n en el Petén. Allí f u n d a r o n u n a
colonia, a l a c u a l , s e g ú n a c o s t u m b r a b a n , dieron s u n o m b r e , l l a m á n d o s e por esto Petén-ltzá.
P r e t e n d e Fuensalida,
citado por Cogolludo, q u e hicieron el viaje por m a r , y
hasta se s e ñ a l a u n p u n t o de la costa, llamado
Zinibacán,
d o n d e se d i c e q u e d e s e m b a r c a r o n y tendieron las velas de
s u s canoas p a r a secarlas.
Dos c a u s a s s e asignan á esta emigración: religiosa la u n a ,
r o m a n c e s c a l a otra. Refiérese la p r i m e r a á ciertas profecías
q u e se dice t u v i e r o n los fugitivos sobre la venida de los
españoles. En el libro s e g u n d o d e m o s t r a r e m o s q u e las l l a m a d a s p r e d i c c i o n e s d e los profetas yucatecos, si es q u e
e x i s t i e r o n , f u e r o n h e c h a s en el tiempo q u e medió e n t r e el
a r r i b o de H e r n á n Cortés á Cozumel y la p r i m e r a expedí ción d e Montejo. No podían por este motivo s e r conocidas
en 1440, ni obligar á todo un pueblo á d e s a m p a r a r s u s h o g a r e s p a r a h u i r de un enemigo desconocido con cien años
de anticipación. E x a m i n e m o s la otra causa.
Dícese q u e u n rey d e Chichón, llamado Canek, se e n a m o r ó p e r d i d a m e n t e de u n a joven princesa, la cual, sea porq u e no c o r r e s p o n d i e s e á su amor, ó por obedecer al m a n dato de algún p a d r e tirano, se desposó con otro c a c i q u e
de la P e n í n s u l a , m á s poderoso q u e su rival. Canek, ciego
de cólera y d e s e s p e r a c i ó n , a r m ó un g r a n n ú m e r o de s u s
vasallos y cayó r e p e n t i n a m e n t e sobre el lugar en q u e se
celebraba la b o d a . A la alegría del festín sucedió el r u m o r
de las a r m a s ; á los cantos epitalámicos, el grito de los c o m batientes, y e n t r e el e s t r u e n d o y confusión de la batalla, el
príncipe'.itzalano robó á la novia y desapareció con ella. Pero
t e m i e n d o con razón q u e el ofendido esposo quisiese v e n g a r
su a f r e n t a , y reconociéndose m á s débil q u e él por el abatim i e n t o á q u e había llegado su tribu, huyó con su Elena india
al P e t é n , seguido de u n a gran p a r t e de s u s vasallos (17).
De los dos h i s t o r i a d o r e s q u e refieren la desocupación d e
Chichón, Cogolludo no se decide por n i n g u n a - d e las c a u sas q u e h e m o s m e n c i o n a d o y Villagutierre acepta la p r i m e r a , alegando q u e la s e g u n d a no está f u n d a d a en n i n g u n a a u t o r i d a d . P e r o r e c o n o c i e n d o a m b o s h e c h o s el mismo
origen, no s a b e m o s q u é razón haya p a r a d e c l a r a r s e en favor del maravilloso y rechazar el que, bien considerado,
n a d a tiene de inverosímil. Cualquiera, sin e m b a r g o , q u e
haya sido la causa del suceso q u e nos ocupa, explica de
algún modo el motivo del a b a n d o n o de Chichén, explicación d e q u e c a r e c e m o s respecto del de las d e m á s c i u d a d e s de la P e n í n s u l a .
N u e s t r a historia, en efecto, d e s p u é s de r e f e r i r la d e s trución de Mayapán, sólo a ñ a d e q u e el país se dividió e n
m u l t i t u d de p e q u e ñ o s Estados i n d e p e n d i e n t e s , q u e se ocupaban e n h a c e r s e m u t u a m e n t e la g u e r r a . No hay n i n g ú n
suceso de alguna i m p o r t a n c i a que o c u p e el período t r a n s c u r r i d o d e s d e 1460 hasta 1517, en q u e H e r n á n d e z de Córdova se p r e s e n t ó en la costa. Es v e r d a d q u e Landa h a b l a
de varias c a l a m i d a d e s públicas, como h a m b r e s , pestes, h u r a c a n e s y g u e r r a s ; p e r o con tan poca crítica y tan g r a n d e
exageración, q u e á la v e r d a d se h a c e n indignas de c r é d i to. Dice, por ejemplo, q u e dieciséis a ñ o s después de u n a
peste q u e asoló al país, se r e n o v a r o n los b a n d o s e n t r e los
caciques, y q u e s o l a m e n t e en u n a batalla m u r i e r o n ciento
cincuenta mil combatientes (18). P a r a q u e perezca este nú m e r o en u n a acción de g u e r r a , sería necesario c r e e r q u e
e n t r a r o n en c o m b a t e q u i n i e n t o s mil h o m b r e s , c u a n d o m e nos. P e r o p a r a q u e u n a nación p u e d a levantar esta cifra de
soldados, necesita tener q u i n c e ó veinte millones d e h a b i tantes; y por m u c h o q u e se haya q u e r i d o exagerar la PO-
DE V I L L A G U T I E R R E S O T O M A Y O R , Historia
itzaes y lacandones,
(17)
COGOLLUDO. Historia
de Yucatán,
libro IX, capítulo XIV.—Den JUAN
(18)
Relación
de
la
conquista
libro I, capítulo V.
de las cosas de Yucatán,
§ X.
y
reducción
de
los
blación q u e Yucatán tuvo antes de la conquista española,
nadie osará a f i r m a r q u e haya llegado ni con m u c h o á este
número.
Dejando al juicio del lector q u e califique estos h e c h o s
como lo m e r e c e n , nos l i m i t a r e m o s á p r e s e n t a r l e un b o s quejo de los cacicazgos e n q u e q u e d ó dividida la P e n í n s u l a
después de la d e s t r u c c i ó n de Mayapán. Mas como todos los
datos q u e van á servirnos de guía están tomados de e s critores españoles, es m u y verosímil q u e algunas de las divisiones q u e v a m o s á m e n c i o n a r sólo hayan surgido en
los tiempos m u y i n m e d i a t o s á la expedición de Montejo.
Y e s esto c i e r t a m e n t e lo q u e i n t e r e s a s a b e r al lector, p a r a
la inteligencia de los sucesos q u e han de r e f e r i r s e en el lib r o segundo de esta historia.
Al suroeste d e la P e n í n s u l a se hallaba la provincia de Chakamputün, Potonclián ó Champotón, q u e en 1517 se h a l l a ba gobernada por u n individuo llamado Moc/i Couoh (19).
Acaso el apellido de este régulo e r a el de u n a dinastía q u e
gobernaba allí d e s d e u n a época q u e no refiere la h i s t o r i a .
Al norte de esta provincia se extendía la de Campech ó
Kin-Pech,
q u e la defectuosa p r o n u n c i a c i ó n española convirtió en Campeche (20). Es probable q u e esta provincia
hubiese sido p o r m u c h o tiempo patrimonio d e la familia
Pech, como p a r e c e indicarlo su n o m b r e y la c o s t u m b r e q u e
había en Yucatán de dar á las provincias el n o m b r e de s u s
reyes. Sin e m b a r g o , en la época de la conquista española
el cacique debía llamarse Ná, p o r q u e c u a n d o se convirtió
al Cristianismo recibió en la pila el n o m b r e de D. Diego
Ná (21).
Seguíase la provincia de H'Canul ó Acanul,
situada poco
LANDA, Relación,
(20)
BRASSEUR supone que esta provincia también se llamó
§ III.
Kakipech,
«.garrapata de fuego». (Vocabulario.) No dice el abate de dónde tomó esta noticia.
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
Lo provincia de Cehpech, situada al norte de la anterior,
contenía e n t r e s u s límites á T-hó. A pesar del i m p o r t a n t e
papel q u e d e s e m p e ñ ó en la conquista, n i n g u n a noticia se
conserva sobre los s e ñ o r e s q u e por aquella época la g o bernaban.
E n t r e Cehpech y la costa septentrional se hallaba el territorio q u e p r o b a b l e m e n t e se llamó Z¡patán. Estaba g o b e r nado por u n a familia apellidada Pech, q u e tenía su corte
en Conkal (23).
La provincia de H-Chel ó de H-Kin CJiel c o m p r e n d í a con
poca diferencia el t e r r e n o q u e hoy ocupan los partidos de
Temax y de Izamal. De algunas frases de Landa podría colegirse q u e e s t u v o dividida en varias fracciones (24), cada
una de las cuales estaba gobernada por u n cacique del mismo n o m b r e . El de Oilam se llamaba Uarnux Chel. La c i u dad de Itzmal, y acaso la de Chichón, se hallaba d e n t r o de
los dominios de esta familia: la p r i m e r a muy decaída de su
antiguo esplendor; la segunda, c o m p l e t a m e n t e despoblada.
La provincia de Maní, último refugio de los Tutul Xius,
c o m p r e n d í a los pueblos de Tekit, Oxkutzcab, P o n a b c h e n ,
Sacalum, Teabo, P e n c u y u t , Muña, Tipikal, Mama, C h u m a yel y p r o b a b l e m e n t e todos los de los actuales partidos de
Ticul y T e k a x .
El cacicazgo de Sotuta,
q u e p r o b a b l e m e n t e ocupaba un
(22) Instrucciones del adelantado Montejo á su hijo, que se publicarán en
el apéndice.
(19)
(21)
más ó m e n o s en el radio q u e hoy ocupan los partidos de
f l e c e l c h a c á n , Calkiní y parte del de Maxcanú. Ocupada
por los d e s c e n d i e n t e s de los t a b a s q u e ñ o s d e s t e r r a d o s de
Mayapán, se hallaba gobernada, en la época de que hablamos, por una familia apellidada Chan ó Can. El cacique q u e
entabló relaciones con Montejo se llamaba Na Chan Can (22).
libro V, capítulo I.
(23)
idolorurn
(24)
D r . PEDRO SÁNCHEZ DE AGUILAR, Extractos
cultores,
p u b l i c a d o s p o r SIERRA y CARRILLO.
LANDA, Relación,
12
§§ IX, XIII y XV.
de su
informe
contra
t e r r e n o igual al q u e hoy o c u p a el partido del m i s m o n o m b r e , estaba gobernado por los Cocomes, descendientes, según Landa, de los antiguos reyes de Mayapán.
Al o r i e n t e de la P e n í n s u l a se hallaban situadas las provincias de Choacá y de los Cupules, sin q u e nos sea posible fijar con alguna e x a c t i t u d los límites de cada u n a . Nos
l i m i t a r e m o s á consignar el h e c h o de q u e en la c o m p r e n sión de la última se hallaba el pueblo de Zaci, d o n d e d e s pués f u é f u n d a d a la villa de Valladolid.
La provincia de Cochvá ó de Cochuah, de q u e se habla
b a s t a n t e e n la historia de la conquista, debía estar situada
al s u r e s t e de la P e n í n s u l a . Según el Dr. Aguilar (25), el cacique Cochuah tenía su corte en I c h m u l .
Nada, en fin, t e n e m o s necesidad de decir al lector sobre
la situación de las p r o v i n c i a s de Bakhalal y Chetemal, porq u e le b a s t a r á a r r o j a r u n a mirada sobre el mapa actual de
Yucatán p a r a r e c o n o c e r l a s .
(25)
Extracto citado.
CAPÍTULO XIV
Usos y costumbres de los m a y a s . - C o m e r c i o . - A g r i c u l t u r a . - M o n e d a — T r a j e s .
Indole y carácter del p u e b l o . — S u s vicios y sus v i r t u d e s . - C o n c l u s i ó n .
Creemos m u y necesario a r r o j a r la última mirada sobre
los mayas y su civilización, a n t e s de r e f e r i r la c a m p a ñ a
m e m o r a b l e q u e acabó para s i e m p r e con su Imperio. Un
rápido e x a m e n sobre su indole y s u s c o s t u m b r e s nos bastará p a r a el objeto q u e nos p r o p o n e m o s . H a r e m o s notar de
paso q u e , hasta aquí, los h i s t o r i a d o r e s han querido juzgar
á los mayas por el tipo de s u s d e s c e n d i e n t e s , q u e han podido e x a m i n a r e n los tiempos p o s t e r i o r e s á la conquista
e s p a ñ o l a . Este sistema ha p r o d u c i d o no pocas inexactit u d e s , q u e nosotros p r o c u r a r e m o s evitar juzgándolos como
debieron ser en la época de su e s p l e n d o r .
El m a y a h a s i d o acusado de i n d o l e n t e y apático. A u n q u e
para c o n t e s t a r á esta inculpación b a s t a r í a r e c o r d a r el g r a n
n ú m e r o de c o n s t r u c c i o n e s con q u e dejó regado el suelo de
la Península, v a m o s á decir dos palabras sobre el estado
floreciente en q u e se hallaban el Comercio y la Agricultura,
los cuales, á la vez de s e r v i r n o s p a r a p i n t a r l a s c o s t u m b r e s
de aquel pueblo, v e n d r á n á d e m o s t r a r también q u e se h a llaba dotado de actividad y a m o r a l t r a b a j o .
El Comercio se hallaba tan adelantado en Yucatán, q u e
poseía una m a r i n a m e r c a n t e , c o m p u e s t a , es verdad, de e m b a r c a c i o n e s p e q u e ñ a s , pero la única tal vez del h e m i s f e r i o
occidental. Los m i s m o s p r í n c i p e s no se d e s d e ñ a b a n d e
t e r r e n o igual al q u e hoy o c u p a el partido del m i s m o n o m b r e , estaba gobernado por los Cocomes, descendientes, según Landa, de los antiguos reyes de Mayapán.
Al o r i e n t e de la P e n í n s u l a se hallaban situadas las provincias de Choacá y de los Cupules, sin q u e nos sea posible fijar con alguna e x a c t i t u d los límites de cada u n a . Nos
l i m i t a r e m o s á consignar el h e c h o de q u e en la c o m p r e n sión de la última se hallaba el pueblo de Zaci, d o n d e d e s pués f u é f u n d a d a la villa de Valladolid.
La provincia de Cochvá ó de Cochuah, de q u e se habla
b a s t a n t e e n la historia de la conquista, debía estar situada
al s u r e s t e de la P e n í n s u l a . Según el Dr. Aguilar (25), el cacique Cochuah tenía su corte en I c h m u l .
Nada, en fin, t e n e m o s necesidad de decir al lector sobre
la situación de las p r o v i n c i a s de Bakhalal y Chetemal, porq u e le b a s t a r á a r r o j a r u n a mirada sobre el mapa actual de
Yucatán p a r a r e c o n o c e r l a s .
(25)
Extracto citado.
CAPÍTULO XIV
Usos y costumbres de los m a y a s . - C o m e r c i o . - A g r i c u l t u r a . - M o n e d a — T r a j e s .
Indole y carácter del p u e b l o . — S u s vicios y sus v i r t u d e s . - C o n c l u s i ó n .
Creemos m u y necesario a r r o j a r la última mirada sobre
los mayas y su civilización, a n t e s de r e f e r i r la c a m p a ñ a
m e m o r a b l e q u e acabó para s i e m p r e con su Imperio. Un
rápido e x a m e n sobre su indole y s u s c o s t u m b r e s nos bastará p a r a el objeto q u e nos p r o p o n e m o s . H a r e m o s notar de
paso q u e , hasta aquí, los h i s t o r i a d o r e s han querido juzgar
á los mayas por el tipo de s u s d e s c e n d i e n t e s , q u e han podido e x a m i n a r e n los tiempos p o s t e r i o r e s á la conquista
e s p a ñ o l a . Este sistema ha p r o d u c i d o no pocas inexactit u d e s , q u e nosotros p r o c u r a r e m o s evitar juzgándolos como
debieron ser en la época de su e s p l e n d o r .
El m a y a h a s i d o acusado de i n d o l e n t e y apático. A u n q u e
para c o n t e s t a r á esta inculpación b a s t a r í a r e c o r d a r el g r a n
n ú m e r o de c o n s t r u c c i o n e s con q u e dejó regado el suelo de
la Península, v a m o s á decir dos palabras sobre el estado
floreciente en q u e se hallaban el Comercio y la Agricultura,
los cuales, á la vez de s e r v i r n o s p a r a p i n t a r l a s c o s t u m b r e s
de aquel pueblo, v e n d r á n á d e m o s t r a r también q u e se h a llaba dotado de actividad y a m o r a l t r a b a j o .
El Comercio se hallaba tan adelantado en Yucatán, q u e
poseía una m a r i n a m e r c a n t e , c o m p u e s t a , es verdad, de e m b a r c a c i o n e s p e q u e ñ a s , pero la única tal vez del h e m i s f e r i o
occidental. Los m i s m o s p r í n c i p e s no se d e s d e ñ a b a n d e
e j e r c e r esta p r o f e s i ó n , y de ello t e n e m o s un ejemplo en el
viaje q u e , según L a n d a , e m p r e n d i ó el hijo de Cocom á Hond u r a s pocos días a n t e s de la d e s t r u c c i ó n de Mayapán, y el
cual sólo había t e n i d o un objeto m e r c a n t i l (1). Los m e r c a d e r e s llevaban á l o s países e x t r a n j e r o s sal, ropa, maíz y
otros p r o d u c t o s de la P e n í n s u l a , y ellos en c a m b i o se p r o veían de cobre p a r a s u s h a c h a s , de oro y plata p a r a el adorno de s u s p e r s o n a s y s u s t e m p l o s , y de algunos otros o b jetos q u e creían d e fácil realización. La c o m p r a y venta d e
esclavos e r a uno d e los r a m o s m á s productivos de este comercio (2).
La m o n e d a de q u e m á s c o m ú n m e n t e se u s a b a en los
m e r c a d o s era el c a c a o y ciertos cascabeles de cobre, cuyo
valor era p r o p o r c i o n a d o al t a m a ñ o (3). T a m b i é n se u s a b a n
como m o n e d a c i e r t a s p i e d r a s p r e c i o s a s y c o n c h a s raras,
que se traían del E x t r a n j e r o , y q u e á la vez servían de j o yas á los s e ñ o r e s . L a n d a r e f i e r e u n h e c h o q u e no deja de
ser singular en la h i s t o r i a del Comercio: a s e g u r a q u e había
tanto d e s i n t e r é s e n las r e l a c i o n e s m e r c a n t i l e s , q u e los com e r c i a n t e s se f i a b a n y p r e s t a b a n m u t u a m e n t e , sin u s u r a
de n i n g u n a e s p e c i e .
La Agricultura d e b í a estar también m u y adelantada e n t r e
los mayas, p o r q u e
de o t r a m a n e r a no podría concebirse
la subsistencia d e s u s g r a n d e s y n u m e r o s a s c i u d a d e s . Los
. A d e m á s de su actividad y a m o r al trabajo, los mayas tenían otras v i r t u d e s dignas de ser consignadas en la Historia. E r a n hospitalarios con s u s compatriotas, y el viajero
q u e t e n í a n e c e s i d a d de r e c o r r e r g r a n d e s distancias, podía
estar s e g u r o de q u e e n t r a n d o en la m á s h u m i l d e c a b a ñ a ,
no sólo e n c o n t r a r í a un abrigo p a r a r e p o s a r de s u s fatigas,
sino t a m b i é n el a l i m e n t o necesario p a r a r e c o b r a r s u s fuerzas. Cuando un g r u p o de c a m i n a n t e s se d e t e n í a en el campo á c o m e r , todos los t r a n s e ú n t e s e r a n c o r d i a l m e n t e invitados á p a r t i c i p a r del rústico b a n q u e t e (5).
La s o b r i e d a d e r a otra v i r t u d característica del pueblo q u e
nos ocupa. Su principal a l i m e n t o era el maíz, de q u e hacía
el pan y b e b i d a s de m u c h a s clases. Careciendo el país de
ganado lanar y vacuno, no comía m á s c a r n e q u e la de los
a n i m a l e s m o n t e s e s q u e cazaba. Esta se servía en la comi da, q u e g e n e r a l m e n t e se hacía al a n o c h e c e r , y su falta, q u e
e r a h a r t o f r e c u e n t e , se suplía con l e g u m b r e s . D u r a n t e el
día no se tomaba o r d i n a r i a m e n t e otro a l i m e n t o q u e las b e .
bidas q u e se p r e p a r a b a n con el maíz. Solamente se p r e s cindía de esta sobriedad en las g r a n d e s s o l e m n i d a d e s , civiles ó religiosas, q u e por lo c o m ú n t e r m i n a b a n con un
espléndido b a n q u e t e , en q u e se e m b r i a g a b a n todos los
c i r c u n s t a n t e s . El vino se fabricaba con agua, miel y la corteza de un árbol llamado balché. Los c o n q u i s t a d o r e s , q u e
d e s d e ñ a b a n hablar el idiona de la raza vencida, dieron á
esta especie de licor el n o m b r e
áepitarrilla.
terrenos, que, c o m o h e m o s dicho, e r a n cultivados en com ú n (4), se c o s e c h a b a n b a j o la inspección de la a u t o r i d a d ,
y los granos se d e p o s i t a b a n en t r o j e s y sitios especiales,
para d i s t r i b u i r l o s d e s p u é s s e g ú n las necesidades de los
pueblos.
(1)
Relación
(2)
O b r a citada, § X X I I I .
ele las cosas
ele Yucatán,
(3)
COGOLLUDO, Historia
(4)
P a r e c e que e s t a b a n excluidos de esta regla general los terrenos en que
de Yucatán,
§ IX.
libro IV, capitulo 111.
se cultivaba el cacao y otros árboles preciosos, en que bien podían tener propiedad los s e ñ o r e s .
El p u d o r era o t r a virtud del pueblo maya, q u e r e s a l t a b a
e s p e c i a l m e n t e en la m u j e r ; y si los t r a j e s q u e usaban p u dieron p a r e c e r ligeros al c o n q u i s t a d o r e u r o p e o , d e b e ten e r s e p r e s e n t e q u e ni los pueblos primitivos hicieron n u n c a
un c r i m e n de la desnudez, ni el clima de la P e n í n s u l a se
p r e s t a á t r a j e s en q u e la d e m a s i a d a tela acalore m u c h o el
c u e r p o . El h o m b r e usaba de la faja ó listón, q u e , s e g ú n
(5)
LANDA, ubi
supra.
h e m o s d i c h o ya, se l l a m a b a uith ó ex, y a d e m á s se c u b r í a
méstico, servía á s u m a r i d o con c a r i ñ o y e d u c a b a á s u s
las e s p a l d a s con u n a m a n t a c u a d r a d a , q u e
h i j o s con e s m e r o .
generalmente
El obispo L a n d a h a b l a con calor de la
llevaba a n u d a d a s o b r e los h o m b r o s . S u calzado e r a n u n a s
h o n e s t i d a d , ele la h e r m o s u r a y o t r a s g r a n d e s c u a l i d a d e s de
s a n d a l i a s d e c u e r o de v e n a d o , q u e se s u j e t a b a n á l a s p i e r -
e s t a s m u j e r e s , y no tiene e m b a r a z o e n d a r l e s la p r e f e r e n -
n a s con c o r d e l e s de h e n e q u é n .
cia s o b r e las e s p a ñ o l a s (7).
U s a b a el cabello
largo,
e x c e p t o e n el c e n t r o , e n q u e se lo q u e m a b a , y con el q u e
H e m o s h a b l a d o d e las v i r t u d e s d e los m a y a s , d e s u c i -
la c i r c u n f e r e n c i a s e f o r m a b a u n a especie de
vilización, d e s u s a d e l a n t o s en las c i e n c i a s y e n las a r t e s ,
g u i r n a l d a a l r e d e d o r d e la c a b e z a . Se h o r a d a b a l a s o r e j a s ,
d e todo, en fin, lo q u e h a h e c h o d e ellos u n o de los p u e -
p a r a c o l g a r s e los zarcillos d e q u e u s a b a , y se t e ñ i a la piel
blos m á s c é l e b r e s de la a n t i g u a A m é r i c a . V a m o s á e c h a r
con p i n t u r a r o j a y d e o t r o s colores, e s p e c i a l m e n t e si e r a
a h o r a u n a r á p i d a o j e a d a s o b r e las s o m b r a s d e este c u a d r o ,
g u e r r e r o . T e n í a t a m b i é n á g r a n v i r t u d el s u j e t a r s e á o p e -
s o b r e los vicios p r i n c i p a l e s d e q u e a d o l e c í a n . El m a y a e r a
r a c i o n e s d o l o r o s a s , p a r a l a b r a r s e el c u e r p o de u n a m a n e r a
c r u e l , s a n g u i n a r i o , h i p ó c r i t a y s u p e r s t i c i o s o . Podía a d e m á s
i n d e l e b l e . El oficial e n c a r g a d o d e e j e c u t a r e s t a s o p e r a c i o n e s
s e r t a c h a d o p o r s u i n s o c i a b i l i d a d , por s u p r o p e n s i ó n á la
s e ñ a l a b a p r i m e r o con tinta las f i g u r a s q u e d e b í a g r a b a r , y
e m b r i a g u e z y p o r s u odio i m p l a c a b l e c o n t r a todo lo q u e
d e s p u é s las c o r t a b a con c u c h i l l a d e p e d e r n a l , q u e b a ñ a b a en
era de origen extranjero.
c r e c í a en
s a n g r e al p a c i e n t e . El q u e n o se s u j e t a b a s i q u i e r a por u n a
De s u c r u e l d a d y s u i n h u m a n i d a d t e n e m o s un e j e m p l o
vez e n s u vida á e s t e m a r t i r i o , e r a tenido p o r u n c o b a r d e .
en la s u e r t e q u e r e s e r v a b a al vencido e n la g u e r r a . No s e
El t r a j e de las m u j e r e s e r a u n a saya, q u e se s u j e t a b a en
c o n t e n t a b a con m a t a r l e ó esclavizarle, sino q u e
después
l a c i n t u r a y c a í a h a s t a la m i t a d d e la p i e r n a . Llevaban en la
de m u e r t o le d e s c u a r t i z a b a f r í a m e n t e , t o m a b a a l g u n o de
cabeza u n a s t o c a s b l a n c a s c u a n d o salían de s u s c a s a s , p a r a
s u s m i e m b r o s , s e p a r a b a la c a r n e y s e colocaba l o s h u e s o s
p r e s e r v a r s e del sol. Se a s e g u r a q u e las m u j e r e s d e C a m -
en el brazo, e n s e ñ a l de v i c t o r i a . E s t e trofeo r e p u g n a n t e
p e c h e , Bacalar y o t r a s p r o v i n c i a s d e la costa, u s a b a n a d e -
se o s t e n t a b a e n los bailes, e n las c e r e m o n i a s religiosas y
m á s u n a m a n t a d o b l a d a con q u e se c u b r í a n el p e c h o (G).
e n los a c t o s de la vida p ú b l i c a . El odio c o n t r a el e n e m i g o
L a b r á b a n s e y t e ñ í a n s e el c u e r p o lo m i s m o q u e los h o m -
no se detenía en su persona: se extendía á su m u j e r , á sus
b r e s , a u n q u e p a r a esta ú l t i m a o p e r a c i ó n u s a b a n d e a g u a s
hijos, á s u h a c i e n d a , á s u s c i u d a d e s , á todo, en fin, lo q u e
olorosas, á q u e e r a n m u y a f i c i o n a d a s . No sólo llevaban zar-
le p e r t e n e c í a . Quizá á esta n e g r a s o m b r a del c a r á c t e r n a -
cillos e n las o r e j a s , sino t a m b i é n e n la nariz, á c u y o efecto
cional se d e b a n las n u m e r o s a s r u i n a s d e q u e está s e m b r a -
se les h a c í a u n a incisión en la ternilla d e s d e s u niñez.
d a la P e n í n s u l a .
dos
El m a y a e r a t a m b i é n h i p ó c r i t a y t a i m a d o , m e r c e d tal vez
tocados de dis-
á la e d u c a c i ó n q u e r e c i b í a del s a c e r d o c i o y á la obligación
t i n t a s f o r m a s . A p a r t e de e s t a s c u a l i d a d e s físicas, la m u j e r
q u e se le i m p u s o de a f e c t a r u n c i ó n y alegría en l a s c e r e -
m a y a t e n í a g r a n d e s v i r t u d e s , d e q u e no pocos t e s t i m o n i o s
m o n i a s m á s r e p u g n a n t e s del c u l t o . C u a n d o F r a n c i s c o Her-
h a r e c o g i d o la Historia. E r a h a c e n d o s a , a m a b a el hogar d o -
n á n d e z d e Córclova tocó la p r i m e r a vez en Cabo Catoche,
T r a í a n el c a b e l l o largo; g e n e r a l m e n t e lo dividían en
partes, y formaban trenzas
para hacerse
(7)
(6)
Relación,
d e LANDA, §
XXXII.
El mismo, § X X X I .
c u a n d o los indios no podían saber nada todavía de las intenciones de los españoles, el cacique de aquel lugar los
atrajo con m e n t i d o s halagos á una emboscada, q u e por poco
cuesta la vida á los e x t r a n j e r o s .
La superstición, q u e d o m i n a b a el c a r á c t e r de los mayas
y q u e i n s e n s i b l e m e n t e los c o n d u j o al fatalismo, también
fué p r o b a b l e m e n t e u n a t r i s t e c o n s e c u e n c i a de la educación
sacerdotal. A c o s t u m b r a d o á d e p e n d e r del sacerdote para
todos los actos de la vida pública y privada, á q u e le revelase la voluntad de los dioses, á q u e le c u r a s e en s u s e n f e r m e d a d e s , á q u e le dijese el día en q u e debía s e m b r a r y
c o s e c h a r s u s s e m e n t e r a s , el maya se olvidó de p e n s a r por
sí m i s m o y cayó en la m a y o r degradación. Este sistema
fué de fatales c o n s e c u e n c i a s p a r a los m i s m o s q u e lo explotaron en su favor, p o r q u e d e s d e el m o m e n t o en q u e el pueblo vió vencidos á s u s dioses y á s u s s a c e r d o t e s por el
conquistador europeo, los c o n d e n ó al olvido y adoptó fácilm e n t e la religión del v e n c e d o r .
Había en el carácter m a y a cierto fondo de melancolía, ó
tal vez de salvajismo, q u e lo inclinaba al r e t r a i m i e n t o . Esta propensión, que, según v e r e m o s d e s p u é s , se desarrolló
con m á s fuerza en la época de la dominación española,
existió también e n los t i e m p o s a n t e r i o r e s á ella, sin ser
combatida por la a u t o r i d a d pública. Veíase m u y frecuentem e n t e á un p a d r e de familia cargar con su m u j e r y s u s
hijos, a r m a r una choza en medio del b o s q u e y establecerse
en ella para siempre. Con el tiempo venía tal vez otra familia á establecerse á i n m e d i a c i o n e s de la p r i m e r a ; o t r a s
la seguían después, y así se f o r m a b a i n s e n s i b l e m e n t e un
grupo de habitaciones, en q u e la gran distancia q u e las
separaba equivalía al aislamiento. De esta c o s t u m b r e , q u e
llegó á generalizarse d e m a s i a d o , vino sin d u d a la noticia
consignada en los historiadores españoles de q u e la P e nínsula estaba tan poblada, q u e parecía toda u n a sola
ciudad.
Se ha acusado alguna vez al conquistador europeo de
h a b e r enseñado á los indios el uso del a g u a r d i e n t e con el
objeto de degradarlos. Esto no es exacto. Ya h e m o s dicho
q u e en el país se elaboraba un licor especial con la corteza
del balché, y todos los r e c u e r d o s q u e se conservan de
aquella época r e m o t a aseguran q u e corría con a b u n d a n cia en todas las festividades públicas, en q u e g e n e r a l m e n t e
se e m b r i a g a b a n los c i r c u n s t a n t e s . Las m u j e r e s , q u e n u n c a
bebían ni comían con los h o m b r e s , tenían la obligación de
levantar á los b e o d o s y conducirlos á su habitación (8).
Dominaba en el carácter maya un odio implacable c o n t r a
todo lo q u e e r a extraño á su país. El e x t r a n j e r o , por el
simple hecho de serlo, era condenado á m u e r t e ó á esclavitud p e r p e t u a . Cuando h a b l e m o s de J e r ó n i m o Aguilar
y s u s c o m p a ñ e r o s , v e r e m o s que, luego q u e a r r i b a r o n á
Yucatán, no en son de g u e r r a , sino d e s p u é s de un n a u f r a gio q u e los había r e d u c i d o á la mayor miseria, u n o s f u e r o n
conducidos al suplicio y otros r e d u c i d o s á la s e r v i d u m b r e .
Esto no se hizo porque fuesen españoles ni p o r q u e se t u viese noticia de q u e éstos a n d a b a n c o n q u i s t a n d o la A m é rica, sino s i m p l e m e n t e p o r q u e lo mismo se practicaba con
todos los e x t r a n j e r o s . Cuando Juan de Grijalva aportó,
en 1518, á Cozumel, e n c o n t r ó allí u n a india de Jamaica,
quien le refirió q u e dos a ñ o s antes, habiendo n a u f r a g a d o
diez c o m p a ñ e r o s suyos en la costa de aquella isla, s u s h a bitantes los habían c r u e l m e n t e asesinado (9). Estos actos de
barbarie, cometidos contra e x t r a n j e r o s indefensos, quizá no
tuvieron otro origen q u e el deseo de vengarse de los c a r i b e s q u e ejercían la piratería en las costas de la Península.
Pero la desconfianza y la ferocidad del c a r á c t e r nacional
hizo q u e esta especie de represalia d e g e n e r a s e bien p r o n t o
(8)
LANDA, Relación,
(9)
BERNAL DÍAZ DEL CASTILLO, Historia
la Nueea España,
§ XXII.
capítulo VIII.
cerdadera
de la
conquista
de
en c o s t u m b r e y se hiciese extensiva á todo forastero que
se p r e s e n t a s e en s u s c o s t a s .
No c r e e m o s h a b e r omitido n i n g ú n detalle esencial de los
q u e nos ha c o n s e r v a d o la Historia respecto del pueblo
maya, uno de los m á s dignos de ser estudiados de la A m é rica a n t e c o l u m b i a n a . Como h a b r á observado el lector, s u s
vicios y s u s v i r t u d e s , s u m i s m a civilización imperfecta, no
lo hacen m e j o r ni p e o r q u e otros p u e b l o s antiguos de E u ropa, con los cuales t i e n e no pocos p u n t o s de contacto.
¿Qué e r a n los galos h a c e dos mil años? Eran u n o s h o m b r e s
r u d o s , á quien los r o m a n o s llamaban con razón b á r b a r o s ,
q u e tenían a r m a s de c o b r e , pero no de h i e r r o , q u e a p e n a s
conocían la e s c r i t u r a , q u e no usaban libros y q u e t r a n s mitían de viva voz s u s lecciones políticas y religiosas. ¿Qué
eran los g e r m a n o s hacia la m i s m a época? ¿Qué e r a n , en fin,
los m i s m o s griegos h a c e treinta siglos? Crueles y s u p e r s ticiosos, como ios m a y a s , también sacrificaban víctimas
h u m a n a s á s u s dioses, t a m b i é n o d i a b a n á m u e r t e al extranjero, también se a d o r n a b a n con los despojos f ú n e b r e s de
su enemigo vencido p a r a hacer alarde de su valor.
¿Pero por q u é m i e n t r a s varios pueblos del c o n t i n e n t e
oriental habían llegado á un alto grado de c u l t u r a , los del
occidental p e r m a n e c í a n todavía en la barbarie? ¿Eran m á s
nuevos q u e aquéllos s o b r e la tierra? La raza a m e r i c a n a ¿era
u n a raza estacionaria, como a l g u n a s asiáticas y africanas,
ó su civilización se hallaba en decadencia, como p r e t e n d e
el abate B r a s s e u r ? Cuestiones son estas demasiado elevad a s quizá para el q u e sólo escribe la historia de una p e q u e ñ a porción d e la América. Pero cualquiera q u e sea el
origen de este f e n ó m e n o , el h e c h o es q u e el atraso intelectual existía; y por u n a de esas leyes providenciales, q u e
s i e m p r e han regido e n las evoluciones de la H u m a n i d a d ,
la raza q u e se había detenido en los dinteles de la civilización iba m u y p r o n t o á s e r d o m i n a d a p o r la q u e había
recorrido en el m i s m o tiempo varias de s u s etapas.
Si; había llegado para los mayas, lo m i s m o q u e para t o dos los americanos, la hora en q u e un pueblo m á s a d e l a n tado q u e ellos viniese á disputarles la posesión de la tierra
en q u e n a c i e r a n . Iban á pasar por la m i s m a crisis dolorosa q u e allá en tiempos muy r e m o t o s atravesaron los galos, los iberos, los sajones, los g e r m a n o s , todos los pueblos,
en fin, q u e d e s p u é s han llegado á un alto grado de c u l t u ra. La tierra iba á e m p a p a r s e con la s a n g r e de los c o m b a tientes; pueblos e n t e r o s debían d e s a p a r e c e r de la a r e n a ,
pero todo u n hemisferio debía ser ganado á la civilización; las riquezas de todo género q u e la Naturaleza h a
esparcido en su suelo, iban á d e s p a r r a m a r s e por el o r b e
entero; y ese g r a n todo q u e se llama H u m a n i d a d , debía
sacar una utilidad positiva de esta evolución, la m á s n o t a ble q u e r e c u e r d a n los siglos. Si la raza a m e r i c a n a p i e r d e
en la contienda su autonomía, ella se amalgama con el
t r a n s c u r s o de los siglos á la de s u s d o m i n a d o r e s , y de esta
fusión nace u n a nueva raza, vigorosa y activa, q u e ya ha
vuelto á la A m é r i c a su antigua i n d e p e n d e n c i a , y c u y o s
altos destinos se revelan en los g r a n d e s pasos que ha dado
en el s e n d e r o de la civilización
LIBRO SEGUNDO
CAPÍTULO PRIMERO
Europa en el siglo x v . - Descubrimientos anteriores al de A m é r i c a . - M o t i v o s
que los impulsaron.—Cristóbal C o l ó n . - S u nacimiento; sus estudios; la profesión que a b r a z a . — P r e t e n d e buscar por el Oeste u n paso á la I n d i a . - O r i g e n
y f u n d a m e n t o s de su convicción sobre la existencia de los países occidentales.
—Solicita la cooperación de varias potencias e u r o p e a s . - E s p a ñ a accede á sus
instancias y le confia tres naves p e q u e ñ a s . - E m p r e n d e con ellas su primer
viaje al hemisferio o c c i d e n i a l . - S u é x i t o . - E n su cuarto viaje estuvo a p u n t o
de.descubrir Y u c a t á n . - Expedición de Vicente Yáñez P i n z ó n y J u a n Díaz de
Solís.
El q u e escribe la historia de un país a m e r i c a n o no p u e de resistir á la tentación de d a r una noticia, a u n q u e sea
liaera sobre el ilustre navegante q u e reveló al a n t i g u o
inundo la existencia del nuevo, y sobre las c i r c u n s t a n c i a s
q u e precedieron y a c o m p a ñ a r o n á s u d e s c u b r i m i e n t o . E s t e
suceso, el m á s extraordinario q u e se r e g i s t r a en los anales
del género h u m a n o , a r r a s t r a la p l u m a del historiador, asi
por lo maravilloso del a s u n t o , como p o r q u e forma la base
del cambio radical q u e se obró e n t o n c e s en las instituciones de A m é r i c a y en el modo de ser y c o s t u m b r e s d e s u s
habitantes.
En el último tercio del siglo x v , la E u r o p a estaba preocupada con la solución de un p r o b l e m a geográfico, en q u e
la Ciencia, la Religión y el Comercio, sobre todo, e s t a b a n
vivamente interesados. Tratábase de b u s c a r un paso por
m a r á las Indias Orientales. Las producciones de e s t e remoto país, q u e f o r m a b a n y forman aún la delicia de los
europeos, sólo podían conseguirse á precios muy elevados,
á causa de la i n m e n s a distancia que tenían q u e r e c o r r e r
para llegar á los m e r c a d o s d o n d e podían c o m p r a r l a s . Des p u é s de a t r a v e s a r vastas regiones del Asia por varios m e dios de locomoción y escoltadas por caravanas n u m e r o s a s ,
llegaban por fin á Constantinopla, donde los m e r c a d e r e s
italianos las t o m a b a n p a r a esparcirlas por toda la E u r o p a .
Los venecianos y los genoveses se habían hecho tan ricos
con este comercio, q u e podían rivalizar en opulencia con
m u c h o s p r í n c i p e s soberanos.
En el reino de Portugal se habían hecho ya varias t e n tativas para a r r a n c a r á estos m e r c a d e r e s el monopolio de
los codiciados p r o d u c t o s del Oriente. El príncipe E n r i q u e ,
c u a r t o hijo del rey Juan I y de Felipa de Lancáster, había
formado el audaz proyecto de b u s c a r por m a r un paso á la
India, q u e d e b e r í a abreviar y facilitar c o n s i d e r a b l e m e n t e
el trayecto q u e hasta e n t o n c e s recorría el comercio. Era
D. E n r i q u e un p r í n c i p e ilustrado; se había aplicado al estudio de las ciencias, e s p e c i a l m e n t e á la Geografía, y en los
libros de la sabia a n t i g ü e d a d había leído con agradable
s o r p r e s a q u e los fenicios y los cartagineses, no sólo habían
circunnavegado el Africa, sino q u e habían llegado hasta la
India. En la posición q u e ocupaba cerca del trono, D. E n r i q u e pudo a r m a r s u c e s i v a m e n t e b u q u e s que, navegando
s i e m p r e al Sur, reconocieron una gran parte de la costa
africana hasta el cabo V e r d e . Muerto el príncipe, las expediciones se c o n t i n u a r o n d u r a n t e tres reinados sucesivos,
hasta el año 1486, en q u e los portugueses d e s c u b r i e r o n
el cabo de Buena Esperanza,
sin atreverse á doblarlo, p o r q u e llevaban m u c h o s m e s e s de haber salido de Lisboa, y
s u s débiles e m b a r c a c i o n e s se encontraban en un estado
deplorable.
A u n q u e el resultado no c o r r e s p o n d i e s e e x a c t a m e n t e todavía á las esperanzas q u e se habían abrigado, las observaciones h e c h a s en estos viajes comenzaban á h a c e r c r e e r
q u e no e r a q u i m é r i c a la e m p r e s a en q u e D. E n r i q u e había
e m p e ñ a d o á s u s compatriotas. A medida q u e los navegantes habían avanzado hacia el Sur, se h a b í a notado q u e el
continente africano comenzaba á 'inclinarse hacia el Sureste y se e s p e r a b a que, doblado el cabo de Buena Esperanza, se podía navegar f r a n c a m e n t e hacia el Este para encontrar las ambicionadas costas de la India. Cuando empezaba
á popularizarse este pensamiento en tocia la Europa, mientras q u e los sabios o c u r r í a n á la Ciencia y á los antiguos
m a n u s c r i t o s p a r a investigar la posibilidad del proyecto, y
e n t r e t a n t o q u e afluían á Lisboa m a r i n o s de todos los países
para tomar p a r t e en las e x p e d i c i o n e s lusitanas, presentóse
en la escena un h o m b r e , oscuro hasta entonces, q u e se
proponía t a m b i é n a b r i r s e un paso para la I n d i a , no por el
Oriente, d o n d e todos lo b u s c a b a n , sino por el r u m b o e n t e r a m e n t e opuesto, es decir, por el Oeste.
Este h o m b r e se llamaba CRISTÓBAL COLÓN.
' Como H o m e r o y como Cervantes, el ilustre d e s c u b r i d o r
de la América h a recibido la h o n r a p ó s t u m a de q u e varias
ciudades se d i s p u t e n la glorie de h a b e r l e dado la e x i s t e n cia. La disputa está todavía en pie; p o r q u e a u n q u e se sabe
q u e e r a natural de Génova, se ignora aún á cuál de las p o blaciones de aquella antigua República deba a d j u d i c a r s e el
honor q u e m u c h a s de ellas solicitan. La m i s m a confusión
reina sobre el año de su n a c i m i e n t o . Los historiadores han
hecho varios cálculos y c o n j e t u r a s para fijar esta fecha;
pero á p e s a r de todo vagan en u n a época q u e abraza doce
años: de 1435 á 1447 (1). Tampoco se sabe q u i é n e s fueron los
p a d r e s de Colón, a u n q u e ya se c o m p r e n d e r á q u e , t r a t á n d o -
(1)
WASHINGTON IRVING, Vida y viajes ¡DE Cristóbal
ROBERTSON, Historia
de América,
libro II, nota 11.
Colón,
capítulo
I.-
se de un h o m b r e ilustre, nacido en Europa en el siglo x v ,
no h a faltado e n t r e los e s c r i t o r e s trasatlánticos la p r e t e n s i ó n
de h a c e r l e d e s c e n d e r de una familia noble y antigua. Su
hijo F e r n a n d o , q u e hizo i n f r u c t u o s a s pesquisas s o b r e el
particular para la historia q u e escribió, pone fin á s u s dudas con esta bella frase: «Creo que m e n o s dignidad recibiría
yo de n i n g u n a nobleza de abolengo, q u e de s e r hijo de tal
padre» (2). En r e s u m e n : todo lo q u e se s a b e de la familia de
Colón es q u e su p a d r e e r a un tejedor ó c a r d a d o r de lana,
y que m u c h o s m i e m b r o s de ella habían abrazado la t r a b a josa profesión de m a r i n o s , p o r la pobreza á q u e habían llegado.
No o b s t a n t e la p e n u r i a de su casa, el niño q u e m á s tarde
debía legar á la Historia un n o m b r e tan glorioso, tuvo u n a
educación q u e podía l l a m a r s e e s m e r a d a en su época. Muy
t e m p r a n o aprendió á l e e r y escribir, y como se notó en él
u n a vocación m u y d e c i d i d a al estudio—especialmente al
de los r a m o s que c o n s t i t u y e n á un b u e n m a r i n o — s e le e n vió á la universidad de Pavía, d o n d e a d q u i r i ó los p r i m e r o s
r u d i m e n t o s del latín y del Dibujo y c u r s ó con a r d o r la Geometría, la Geografía y la Astronomía. A p e s a r del corto
tiempo q u e Colón p e r m a n e c i ó en las aulas, acaso p o r q u e
su p o b r e familia carecía de r e c u r s o s p a r a sostenerle en
ellas, su vasta inteligencia y su a m o r al estudio le hicieron
adquirir p r o f u n d o s c o n o c i m i e n t o s en e s t a s ciencias, q u e
estaban todavía en m a n t i l l a s .
A la edad de catorce años hizo su p r i m e r viaje de m a r .
Comenzó por el Mediterráneo, cuyos p u e r t o s visitó; navegó luego por los m a r e s del Norte, hasta m á s allá de Islandia, y se asoció por ú l t i m o á un individuo de su familia,
q u e hacía el corso c o n t r a los t u r c o s y v e n e c i a n o s , e n e m i gos de los genoveses. C o m b a t i e n d o en cierta ocasión contra
u n a s carabelas v e n e c i a n a s cerca de las costas de Portugal,
(2)
WASHINGTON
I R V I N G , ubi
la vida de Colón corrió u n grave peligro, de q u e quiso salvarlo la Providencia, q u e le había escogido p a r a las m á s
altas e m p r e s a s . U n a nave veneciana c o m u n i c ó el incendio
á la q u e éste m o n t a b a , y en aquel m o m e n t o de angustia, el
audaz genovés se a r r o j ó al m a r , y asiendo de un r e m o q u e
flotaba sobre el agua, nadó dos leguas p a r a ganar la orilla.
No le pesó á Colón h a b e r llegado, a u n q u e de tan peligrosa m a n e r a , á Portugal, en cuya m a r i n a tenía deseos de
servir, y corrió á Lisboa p a r a ejecutar su designio. Allí
contrajo m a t r i m o n i o con u n a hija de Bartolomé de P e r e s trello, uno de esos h é r o e s de las expediciones p o r t u g u e s a s ,
cuyos servicios había p r e m i a d o el rey con el gobierno de
Porto-Santo y de Madera, islas q u e él m i s m o había descubierto. Perestrello había dejado al morir varios m a p a s y
a p u n t e s , q u e su yerno pudo consultar, y q u e le sirvieron
m u c h o p a r a algunos viajes q u e hizo luego á las costas de
África y á las islas r e c i e n t e m e n t e d e s c u b i e r t a s .
Parece q u e por este tiempo surgió en la m e n t e de Colón
el atrevido p e n s a m i e n t o de b u s c a r por el Oeste el paso
que los lusitanos b u s c a b a n por el r u m b o opuesto. No e n t r a
en el plan de esta obra e x a m i n a r los principios científicos,
las revelaciones de la antigüedad y las n a r r a c i o n e s m á s ó
m e n o s c o n f u s a s de los viajeros, q u e p r o d u j e r o n en el á n i mo del genovés la convicción de q u e un viaje al Occidente
de E u r o p a tendría un éxito brillante. Nos c o n t e n t a r e m o s
con decir lo m á s indispensable p a r a l a inteligencia de esta
materia.
Era aquella la época del R e n a c i m i e n t o . La I m p r e n t a a c a baba de i n v e n t a r s e ; las ciencias comenzaban á salir de los
conventos para d i f u n d i r s e e n t r e la nobleza y la clase m e dia, y los libros de la docta antigüedad se extraían de los
archivos, d o n d e los había sepultado la ignorancia y el f a natismo de la E d a d Media-. Se estudiaban las lenguas m u e r tas y se les interrogaba sobre m u l t i t u d de c o n o c i m i e n t o s
olvidados hacía m u c h o s siglos en Europa.
supra.
13
Colón e s t u d i a b a m u c h o y m e d i t a b a m á s . Creía, con algun o s filósofos griegos, e n la f o r m a esférica d e la t i e r r a , a u n q u e Tolomeo, el o r á c u l o d e la Geografía en aquella época,
h a b í a d i c h o q u e e r a plana, q u e e s t a b a inmóvil
y q u e los
a s t r o s g i r a b a n a l r e d e d o r de ella. P e r o Tolomeo h a b í a negado t a m b i é n
los viajes q u e los fenicios y los c a r t a g i n e s e s
h a b í a n h e c h o a l r e d e d o r del África, y los d e s c u b r i m i e n t o s
de los p o r t u g u e s e s c o m e n z a b a n á d e s m e n t i r l e .
Dada la f o r m a esférica d e la t i e r r a , e r a claro q u e podía
b u s c a r s e el E s t e p o r el Oeste. En c u a n t o á la d i s t a n c i a q u e
h a b r í a q u e recorre) 1 , Colón se la i m a g i n a b a m u c h o
menor
de la q u e e x i s t e en realidad, g r a c i a s á q u e se i g n o r a b a ent o n c e s la v e r d a d e r a e x t e n s i ó n de la s u p e r f i c i e del globo.
I m a g i n á b a s e , a d e m á s , q u e n e c e s a r i a m e n t e d e b í a n existir en
el lado o p u e s t o d e la esfera t e r r e s t r e t i e r r a s q u e
contra-
p e s a s e n el c o n t i n e n t e conocido, las c u a l e s d e b í a n s e r , ó
u n a p r o l o n g a c i ó n del Asia, q u e a u n no h a b í a sido e x p l o r a da, ó c u a n d o m e n o s a l g u n a s islas p r ó x i m a s á l a s costas
o r i e n t a l e s d e a q u e l l a p a r t e del m u n d o .
A d e m á s de l a s o b r a s d e la a n t i g ü e d a d , Colón leía con avidez las r e l a c i o n e s d e los viajeros q u e en los t r e s siglos ant e r i o r e s s e h a b í a n i n t e r n a d o en el Asia con d i v e r s o s m o tivos. El m á s c é l e b r e de todos, Marco Polo, q u e h a b í a vivido á m e d i a d o s del siglo x i i i , n o s e c o n t e n t ó con d e s c r i b i r
la P e r s i a , la C h i n a y los d e m á s p a í s e s q u e h a b í a visitado,
sino q u e habló t a m b i é n d e u n a g r a n isla l l a m a d a
Zimpan-
go, s o b r e la c u a l decía h a b e r recibido los i n f o r m e s m á s sed u c t o r e s . Si á esto se a ñ a d e la f a b u l o s a Atlántida d e Pla-
d i e r a n p a r e c e r , a u n al m i s m o Colón, n o d e j a b a n de influir
en s u á n i m o , s i q u i e r a como el p r e s e n t i m i e n t o u n i v e r s a l d e
q u e no e r a a b s u r d a la idea q u e a c a r i c i a b a .
Los a d e l a n t o s h e c h o s en la navegación d u r a n t e a q u e l siglo, h a c í a n fácil la realización d e l proyecto. La b r ú j u l a , i n v e n t a d a hacia el año 1302 por Flavio Gioia, y el astrolabio,
p e r f e c c i o n a d o r e c i e n t e m e n t e en Lisboa, h a b í a n a n i m a d o á
los n a v e g a n t e s poco á poco á olvidar la a n t i g u a c o s t u m b r e
d e no p e r d e r d e vista las costas, y g r a c i a s á estas inven ciones, los p o r t u g u e s e s h a b í a n d e s c u b i e r t o la Madera y las
Azores, islas q u e distan de la t i e r r a , la p r i m e r a , t r e s c i e n t a s
millas, y las s e g u n d a s , n o v e c i e n t a s .
Luego q u e Colón h u b o a d q u i r i d o la convicción p r o f u n d a
de q u e su proyecto e r a realizable, c o m p r e n d i ó q u e n e c e s i taba d é l a c o o p e r a c i ó n d e u n Estado s o b e r a n o p a r a a c o m e ter la e m p r e s a . Dirigióse con e s t e objeto, en p r i m e r l u g a r ,
al país en q u e h a b í a nacido; p e r o los s e n a d o r e s g e n o v e s e s
t a c h a r o n d e visionario á s u c o m p a t r i o t a y se n e g a r o n á adm i t i r s u s proposiciones. Ocurrió en s e g u i d a al Portugal, su
p a t r i a adoptiva; m a s el rey y algunos p r e t e n d i d o s sabios
de Lisboa, s o r p r e n d i d o s con la a u d a c i a de a q u e l a v e n t u r e r o
q u e i n t e n t a b a b u s c a r por el Oeste lo q u e ellos b u s c a b a n
por el r u m b o c o n t r a r i o , p a g a r o n s u s ofertas con u n a d e s deñosa negativa (3). E n t o n c e s Colón volvió los ojos á E s p a ñ a ; p e r o receloso d e u n a n u e v a r e p u l s a , p o r q u e la e x p e r i e n c i a c o m e n z a b a á h a c e r l e desconfiado, d e s p a c h ó al
m i s m o t i e m p o á s u h e r m a n o B a r t o l o m é á I n g l a t e r r a , autorizándole p a r a p r o p o n e r la e m p r e s a al rey E n r i q u e VII (4).
t ó n , q u e este filósofo colocaba al oeste de E s p a ñ a , las preo c u p a c i o n e s v u l g a r e s s o b r e la existencia d e la isla d e San
(3)
Cuéntase q u e los consejeros del rey propusieron á éste q u e mandase
B r a n d á n y la d e las siete c i u d a d e s , y las c o n f u s a s relacio-
secretamente u n a n a v e hacia el r u m b o que indicaba Colón, con el objeto de bus-
n e s de a l g u n o s n a v e g a n t e s q u e p r e t e n d í a n h a b e r visto flo-
car las tierras de que hablaba. J u a n II tuvo la debilidad de escuchar el con-
t a r , en r e m o t a s p a r t e s del Atlántico, m a d e r o s y p l a n t a s
d e s c o n o c i d a s en - E u r o p a , s e c o m p r e n d e r á f á c i l m e n t e q u e
t o d o s e s t o s h e c h o s y p a r a d o j a s , por e x t r a v a g a n t e s q u e p u -
r
sejo; pero el piloto que se envió en la expedición se cansó m u y pronto de
navegar al Oeste y se volvió á Lisboa, haciendo burla de Colón y de lo que
llamaba su quimérica empresa.
(4)
La n a v e e n que Bartolomé Colón se embarcó para Inglaterra, fué apre-
E s p a ñ a empezaba á levantarse del estado de postración á
q u e la habían r e d u c i d o m u c h o s siglos de divisiones y d i s cordias civiles. Los r e i n o s de Castilla y de Aragón a c a b a ban de r e u n i r s e , gracias al m a t r i m o n i o de Isabel y de Fern a n d o , m o n a r c a s q u e o c u p a b a n á la sazón el trono. A este
estado de p r o s p e r i d a d debió s e g u r a m e n t e Colón la b u e n a
acogida q u e la corte dispensó á su proyecto, no obstante
q u e todos los r e c u r s o s de la m o n a r q u í a estaban e m p e ñ a dos en la g u e r r a de G r a n a d a . P e r o con el recelo, m u y n a tural por cierto, de a v e n t u r a r s e en u n a e m p r e s a q u i m é r i c a ,
previnieron al g e n o v é s q u e compareciese a n t e u n a J u n t a
de sabios q u e d e b í a r e u n i r s e en Salamanca para e x a m i n a r
su proyecto.
Tenían lugar estos sucesos por el año 1486, época en
q u e , no sólo en E s p a ñ a , sino en toda la E u r o p a , teólogo era
sinónimo de sabio. Así, p u e s , la J u n t a de Salamanca se
c o m p u s o en su mayoría de teólogos, y la mayoría de las
o b j e c i o n e s q u e se o p u s i e r o n á Colón f u é tomada de las Sag r a d a s E s c r i t u r a s y de los Santos P a d r e s . La forma esférica
de la Tierra f u é c o n d e n a d a , no sólo como u n a idea falsa,
sino t a m b i é n h e t e r o d o x a , p o r q u e en algún p a s a j e de la Biblia se dice q u e los cielos están extendidos como u n c u e ro, lo q u e hacía s u p o n e r á s u s c o m e n t a d o r e s q u e la Tierra
era plana. La existencia de países habitados'al lado opuesto
del globo, s u p o n í a la de los antípodas, la cual fué rebatida
con la a u t o r i d a d de San Agustín y de otros doctores d é l a
Iglesia, q u i e n e s t a c h a n á aquéllos de imposibles, p o r q u e el
sada por unos piratas, q u i e n e s , después de despojarle de cuanto llevaba, le
tuvieron muchos años e n cautiverio. Cuando Bartolomé se vió libre, corrió á
Londres; pero en tal estado de miseria, que sé vió obligado á construir mapas y
cartas geográficas para g a n a r su subsistencia y vestirse. P u d o al fin presentarse
en la corte, y se dice que E n r i q u e VII le escuchó b e n i g n a m e n t e y le prometió
asociarse con su h e r m a n o . Bartolomé se apresuró á volverse á España por F r a n cia; pero en París quedó agradablemente sorprendido, sabiendo que Cristóbal
había y a descubierto el Nuevo Mundo, á despecho de cuantos le llamaban
visionario.
Génesis e n s e ñ a q u e todos los h o m b r e s descienden de Adán,
y no se sabia ni se creía posible q u e esta d e s c e n d e n c i a h u biese pasado en parte al otro lado del Océano. Hiciéronse
objeciones de otro género, como la de que, dada la existencia de las tierras q u e Colón suponía, se necesitarían
tres años para hacer el viaje, y la de q u e , llegado á cierto
p u n t o del Océano, no podría volver con s u s naves á E u ropa, p o r q u e se lo impediría la misma convexidad del
globo (5).
No s a b e m o s cómo Colón no pasó de los bancos del Consejo á los calabozos de la Inquisición, q u e acababa de e s tablecerse en España. Esto nos a d m i r a tanto m á s , c u a n t o
q u e Galileo, q u e tenía en Física las m i s m a s opiniones q u e
el d e s c u b r i d o r de América, f u é c o n d e n a d o medio siglo d e s p u é s por la Inquisición de R o m a á a b j u r a r p ú b l i c a m e n t e
sus errores. Por fortuna, los m i e m b r o s del Consejo de Salam a n c a vieron en Colón m á s bien un iluso q u e un h e r e j e ,
y se c o n t e n t a r o n con i n f o r m a r d e s f a v o r a b l e m e n t e á l a corte
sobre el proyecto q u e se había sometido á s u e x a m e n . De
esta J u n t a salieron, no o b s t a n t e , algunos h o m b r e s v e r d a d e r a m e n t e instruidos, q u e f u e r o n d e s p u é s los apóstoles d e
la e m p r e s a y los q u e a y u d a r o n al q u e la había concebido á
realizar s u s deseos.
Más de cinco años perdió Colón en España e n t r e r e p u l sas, vacilaciones, dilatorias y esperanzas s i e m p r e f r u s t r a das. Cansado al fin de h a c e r el papel de p r e t e n d i e n t e , q u e
no se avenía con la dignidad de su carácter, hizo s u s p r e parativos para m a r c h a r á Inglaterra; pero próximo ya á
e m b a r c a r s e , le alcanzó un correo de Isabel, q u e le llamaba
á su corte, y en 17 de abril de 1492 se firmó en S a n t a
Fe, e n t r e los s o b e r a n o s de España y Colón, un t r a t a d o q u e
contenía las bases bajo las cuales se e m p r e n d e r í a el d e s cubrimiento.
(5)
WASHINGTON IRVING, obra citada, libro II, capítulo IV.
Trasladóse éste i n m e d i a t a m e n t e á Palos, p e q u e ñ o puerto
de Andalucía, y gracias á sus esfuerzos y á los de los P i n zones, familia de m a r i n o s q u e quiso asociarse á la e m p r e sa, en poco t i e m p o estuvieron dispuestos p a r a la expedición noventa h o m b r e s y t r e s naves tan p e q u e ñ a s , q u e
W a s h i n g t o n Irving, el biógrafo m á s concienzudo de Colón (6), asegura q u e dos de ellas no tenían cubierta, y las
c o m p a r a á los b u q u e s de río y de costas de n u e s t r a época.
La m a y o r de estas e m b a r c a c i o n e s , cuyo m a n d o tomó el
A l m i r a n t e (7), recibió el n o m b r e de Santa María; confió el
m a n d o d e la Pinta á Martín Alonso Pinzón, y á Vicente
Yáñez Pinzón el de la Niña.
H e c h o s estos preparativos, los expedicionarios se dirigieron en procesión á la iglesia de Santa María de la Rábida,
y d e s p u é s de confesarse y c o m u l g a r , en la m a ñ a n a del 3
de agosto de 1492 se hicieron á la vela ante u n a m u l t i t u d
de e s p e c t a d o r e s , q u e e n t r e lágrimas y sollozos los encom e n d a b a n al cielo. Colón se dirigió p r i m e r o á las Canarias,
de d o n d e salió el 6 de s e p t i e m b r e para a v e n t u r a r s e en ese
Océano misterioso y desconocido, cuyas aguas no había
s u r c a d o j a m á s n i n g u n a nave europea.
¡Difícilmente se e n c o n t r a r á en la historia del m u n d o u n
espectáculo m á s conmovedor q u e el de aquellos noventa
h o m b r e s , q u e sin m a p a s ni d e r r o t e r o s se entregaban en
frágiles e m b a r c a c i o n e s á m e r c e d de las olas, al m a n d o de
un a v e n t u r e r o d e s d e ñ a d o en las cortes, y á quien los sabios de E u r o p a l l a m a b a n visionario!
Desde los p r i m e r o s días de navegación conoció el Almir a n t e q u e e r a n m u y a r d u a s aún las dificultades q u e le que-
(6)
O b r a citada, capítulo IX, libro II y apéndice n ú m e r o 15.
(7)
Este f u é el título que los reyes de E s p a ñ a concedieron á Colón e n el
tratado de S a n t a F e , haciéndole además virrey y gobernador de las tierras que
descubriese, cuyos títulos y dignidades debían heredar sus descendientes. La
suspicacia de F e r n a n d o y la ingratitud de sus sucesores impidieron que se cumpliese esta oferta, en que estaba comprometido el honor de la Corona española.
daban por v e n c e r . Luego q u e se b o r r a r o n en el lejano h o rizonte las últimas señales de t i e r r r a , s u s c o m p a ñ e r o s de
a v e n t u r a e n t r a r o n en tal desaliento, q u e m u c h o s de ellos
p r o r r u m p i e r o n en lágrimas. F i g u r á b a n s e ya perdidos en los
desiertos del Océano, tragados por las o n d a s ó tostados en •
la Zona Tórrida, v temían no volver á pisar j a m á s las costas de su q u e r i d a España. Colón, q u e había ya discutido
con los sabios su teoría, r e a n u d ó , por decirlo asi, s u s disc u r s o s de Salamanca para d e s v a n e c e r los t e m o r e s de s u s
oyentes, q u e por su ignorancia en la Teología podían ser
m a s dóciles q u e los doctores p o r t u g u e s e s y salamanquinos.
¡Vana esperanza! Mientras m á s se avanzaba hacia el Oeste, r u m b o q u e había tomado la Ilota desde las Canarias, e r a
mayor el desaliento y la impaciencia q u e r e i n a b a n á b o r do. El m e n o r c o n t r a t i e m p o q u e acontecía en la navegación
a u m e n t a b a la desconfianza, no de Colón, q u e p e r m a n e c i ó
s i e m p r e tranquilo, sino d e s ú s c o m p a ñ e r o s , q u e pocos días
antes se m a n i f e s t a b a n tan animosos en Palos. Pero lo q u e
puso el colmo á la consternación de los viajeros, f u é la d e s viación de la aguja de m a r e a r , q u e se a u m e n t a b a a m e d i da q u e se adelantaba en el Océano, y cuyo f e n ó m e n o a u n
no ha podido explicar s a t i s f a c t o r i a m e n t e la Ciencia. Sin
e m b a r g o , Colón inventó una explicación ingeniosa, a u n q u e
él m i s m o debía estar sobresaltado; renovó s u s discursos y
comenzó á ocultar la v e r d a d e r a distancia q u e los separaba
de E u r o p a , estratagema q u e observó h a s t a el fin del viaje.
Habló á s u s c o m p a ñ e r o s de la gloria q u e les resultaría d e
d e s c u b r i r u n o s países en q u e j a m á s había puesto la planta n i n g ú n europeo; les r e c o r d ó q u e iban á p l a n t a r la insignia de la Cruz en regiones d o n d e j a m á s se había predicado
el Cristianismo, v sobre todo les pintó con m u y vivos c o l o r e s el oro, las p i e d r a s preciosas y todo género de riquezas
q u e les a g u a r d a b a n del otro lado del Atlántico.
Pero pasaban los días, los fenómenos se multiplicaban y
la t i e r r a p r o m e t i d a no parecía. Los viajeros, con muy po-
c a s e x c e p c i o n e s , p a s a r o n de las lágrimas á las amenazas y
d e é s t a s á la i n s u b o r d i n a c i ó n . F o r m á b a n s e corrillos en que
se tildaba á Colón de loco, ó cuando m e n o s de temerario;
se le a c u s a b a de q u e , como e x t r a n j e r o , le i m p o r t a b a poco
s a c r i f i c a r en u n a e m p r e s a descabellada á los subditos del
rey d e España, y se argüía que podían ya volverse á Europ a s i n m e n o s c a b o de su reputación, puesto q u e habían llegado á un p u n t o del Océano no visitado j a m á s por embarcación alguna. H u b o quien propuso arrojar al m a r al Alm i r a n t e , para t o r n a r con las naves á la m a d r e patria, asegur a n d o q u e allí n a d i e se ocuparía de averiguar el paradero
de u n impostor q u e había sorprendido á S S . AA. (8) con su
i m a g i n a d a ciencia.
P o r último, los m á s resueltos de los descontentos se
r e u n i e r o n un día s o b r e la c u b i e r t a de la capitana, y con
p a l a b r a s d e s c o m p u e s t a s é i r r e s p e t u o s a s le i n t i m a r o n q u e
t o m a s e la vuelta de España. Colón intentó p r o n u n c i a r uno
de e s o s discursos con q u e tantas veces los había calmado;
p e r o los sediciosos le i n t e r r u m p i e r o n , gritando q u e estaban
ya c a n s a d o s de v a n a s p r o m e s a s y q u e se hallaban dispuestos á todo, si no accedía i n m e d i a t a m e n t e á su justa petición. Este fué acaso el m o m e n t o de mayor ansiedad y t r i bulación que tuvo Colón d u r a n t e su vida. Con esa i n t u i ción d e que la Providencia le había dotado p a r a q u e p u diese llevar á cabo s u gloriosa e m p r e s a , adivinaba q u e las
t i e r r a s q u e b u s c a b a no podían estar m u y lejanas. Además,
las s e ñ a l e s de esta p r o x i m i d a d comenzaban á manifestars e . Bandadas de p á j a r o s volaban hacia el Suroeste; cañas
y r a m a s de árboles flotaban sobre el agua, y la sondalesca
tocaba ya fondo. Hizo e n t o n c e s u n a transacción con los
amotinados; les exigió q u e le siguiesen y le obedeciesen
d u r a n t e tres días, y les prometió s o l e m n e m e n t e q u e si
(8) El tratamiento de Majestad
sino hasta la época de Carlos V .
no comenzó á darse á los reyes de España
t r a n s c u r r i d o e s t e plazo no divisaban t i e r r a , t o m a r í a n todos
j u n t o s la vuelta de E u r o p a .
Una noche en q u e Colón consultaba s u s m a p a s y m a n u s critos en el castillo de popa de la Santa Maña, creyó ver
una luz q u e aparecía y desaparecía á intervalos, como si
fuese c o n d u c i d a por un t e r r e n o q u e b r a d o . El corazón le
dió un vuelco; pero temeroso de e q u i v o c a r s e — p o r q u e no
e r a la p r i m e r a alucinación de este g é n e r o q u e acontecía á
bordo—llamó á tres ó c u a t r o p e r s o n a s p a r a e n s e ñ a r l e s la
luz. Mientras é s t a s se ocupaban en rectificar la visión del
Almirante, la ilota toda se conmovió, como por u n golpe
eléctrico, al grito de ¡Tierra! lanzado d e s d e la Pinta:
A la m a ñ a n a siguiente, c u a n d o el p r i m e r crepúsculo de
la a u r o r a comenzaba á disipar las tinieblas de la noche, los
viajeros, q u e habían p e r m a n e c i d o m u c h a s h o r a s en vela,
lanzaron un grito de admiración y de gozo', u n o de esos
gritos q u e m u y pocas veces modula la voz h u m a n a , c o n t e m p l a n d o la h e r m o s a realidad q u e se desarrollaba delante
de s u s ojos. Allí, á seis millas de distancia de la nave, surgía
de e n t r e las a g u a s del m a r u n a isla f r e s c a , virgen, lozana,
y q u e parecía a ú n m á s bella q u e las m á s bellas c o m a r c a s
de la E u r o p a . El Te-Deum, ese cántico q u e la Iglesia católica
ha reservado p a r a las g r a n d e s ocasiones, salió al m i s m o
tiempo y e s p o n t á n e a m e n t e de todos los labios; p o r q u e el
p r i m e r impulso del h o m b r e , c u a n d o s i e n t e el corazón h e n chido de gozo, es elevar un h i m n o d e g r a t i t u d al Hacedor
de la Naturaleza, dispensador d e todos los beneficios.
Pasadas estas p r i m e r a s e x p a n s i o n e s , los ojos de los viaj e r o s se volvieron á Colón, e n t r e c o n f u s o s y suplicantes, y
los sediciosos de ayer, los m u r m u r a d o r e s de los días a n t e riores, todos, en fin, cayeron á los pies de aquel h o m b r e
extraordinario, rogándole q u e p e r d o n a s e s u falta de fe
y olvidase s u s extravíos. El a v e n t u r e r o , el visionario, el
e x t r a n j e r o , a d q u i r i ó á s u s ojos p r o p o r c i o n e s colosales, y le
c o n s i d e r a r o n d e s d e este i n s t a n t e como uno de esos ins-
t r u n i e n t o s de q u e de tarde en t a r d e se vale la Providencia
p a r a e j e c u t a r s u s g r a n d e s designios. Colón los p e r d o n ó á
todos y los invitó á pasar á la isla, c u y a s costas empezaban
á llenarse de d e s n u d o s a m e r i c a n o s . El f u é el p r i m e r europeo q u e puso los pies en el Nuevo Mundo, y d e s p u é s de
besar la tierra q u e acababa de d e s c u b r i r , tomó posesión de
ella en n o m b r e de los reyes de E s p a ñ a .
Tenían lugar estos a c o n t e c i m i e n t o s el 12 de o c t u b r e
de 1492, día p a r a s i e m p r e m e m o r a b l e en los a n a l e s del género h u m a n o .
La p r i m e r a isla q u e d e s c u b r i ó Colón e r a u n a de las Lacayas ó Bahamas. Dióle el n o m b r e de San Salvador, y p a reciéndole de p o c a i m p o r t a n c i a p o r el r e c o n o c i m i e n t o q u e
practicó de ella, se hizo de n u e v o á la vela e n b u s c a de
esos países de q u e Marco Polo y otros v i a j e r o s hacían descripciones t a n s e d u c t o r a s , y de las c u a l e s creía no estar
muy distante. Descubrió algunas o t r a s islas de tan poca
importancia, q u e a p e n a s las visitó; p e r o el d e s c u b r i m i e n t o
de Cuba y Santo Domingo le hizo c r e e r por algún tiempo
q u e había llegado al t é r m i n o de s u s c o n s t a n t e s afanes. En
esta última, h a b i e n d o p r e g u n t a d o á los n a t u r a l e s de d ó n d e
extraían el oro con q u e se a d o r n a b a n , s e ñ a l a r o n con el
dedo un país, al c u a l daban el n o m b r e de Cibao. Este nomb r e exaltó la imaginación del A l m i r a n t e , c r e y é n d o l e una
corrupción de Zimpango,
q u e , como se r e c o r d a r á , e r a el
n o m b r e dado p o r Marco Polo á u n a isla o p u l e n t a situada
en las i n m e d i a c i o n e s de la costa oriental del Asia. P e n s a b a
ya Colón visitar á Cibao, c u a n d o perdió e n u n a t o r m e n t a la
Santa María, y esta desgracia le obligó á volver á España.
Honda sensación causó en toda la E u r o p a la noticia de
q u e se habían d e s c u b i e r t o ricos y h e r m o s o s países al e x t r e m o opuesto del Atlántico. Ignorábase a ú n la importancia
del d e s c u b r i m i e n t o , p o r q u e el m i s m o Colón creía no h a b e r
hallado m a s q u e las islas situadas al o r i e n t e del Asia, y
aun se imaginaba q u e Cuba podía s e r u n a p a r t e e x t r e m a de
aquel c o n t i n e n t e . Sin e m b a r g o , la corte de España, q u e
q u e d ó extasiada a n t e el oro y otras producciones q u e trajo
consigo Colón, imaginó luego un arbitrio p a r a q u e nadie
pudiese d i s p u t a r l e en lo sucesivo lo posesión de las islas
d e s c u b i e r t a s y de las q u e se d e s c u b r i e s e n en adelante.
Según las ideas de la época, ideas q u e el Pontificado cuidaba de e n s e ñ a r y de practicar c u a n t a s veces se presentaba la ocasión, el Papa, como r e p r e s e n t a n t e de la Divinidad
en la tierra, ejercía un d e r e c h o incontestable de s o b e r a nía sobre todos los países del globo. En virtud de este p r e tendido derecho, el pontífice Eugenio IV había concedido
en 1438 á la Corona de Portugal el dominio de los países
situados desde el cabo Non h a s t a el continente de la India.
F e r n a n d o ó Isabel, q u e tenían noticia de esta concesión,
o c u r r i e r o n á la Santa Sede pidiendo el señorío de las
tierras q u e acababan de d e s c u b r i r y q u e en adelante d e s cubriesen sus vasallos, c o m p r o m e t i é n d o s e á enviar misioneros q u e predicasen y extendiesen" en ellas la religión
católica. Alejandro VI, q u e ocupaba á la sazón el trono de
San P e d r o , y que, como aragonés, e r a súbdito de F e r n a n do, no vaciló un m o m e n t o en acceder á la solicitud; pero
para q u e esta espléndida donación no p e r j u d i c a s e á la q u e
se había hecho á la corte de Lisboa, S. S . tiró u n a l í n e a
imaginaria de un polo á otro de la Tierra, q u e debía p a s a r
cien leguas al oeste de las Azores, m a n d a n d o q u e todos
los países q u e se e n c o n t r a r a n al o r i e n t e de esta línea perteneciesen al Portugal, y los q u e se d e s c u b r i e s e n al p o n i e n t e ,
á la España. Es conocida con el n o m b r e de Inter ccetera la
b u l a en q u e se hizo esta distribución del m u n d o e n t r e dos
de las n a c i o n e s m á s p e q u e ñ a s de E u r o p a , y la colocamos
en el Apéndice como un m o n u m e n t o q u e caracteriza a d m i r a b l e m e n t e la época en q u e se expidió (9).
(9)
Véase al fiu del tomo el documento número 1 del apéndice correspon-
diente á este libro.
P a r a p e t a d o s lus reyes de España coa esta bula, q u e los
a m e r i c a n o s del siglo xix liemos tenido la gloria de rasgar,
se p r e p a r a r o n á c o n t i n u a r s u s d e s c u b r i m i e n t o s . El mismo
Cristóbal Colón hizo tres viajes m á s al Nuevo Mundo, desde
el año siguiente de 1493 hasta el de 1502, en los cuales
d e s c u b r i ó , e n t r e otras islas, las llamadas Antillas y el continente meridional, cuyas costas recorrió desde la e m b o c a d u r a del Oricono hasta Caracas. En su cuarto y último
viaje estuvo tan á pique de d e s c u b r i r Yucatán, q u e las circ u n s t a n c i a s en q u e éste se verificó p e r t e n e c e n , hasta cierto
p u n t o , á la historia de la Península.
Navegando al suroeste de Cuba, descubrió el 30 de julio
de 1502 un g r u p o de islas q u e los n a t u r a l e s llamaron Guanajas. Desembarcó en una de ellas, muy poblada de robustos
pinos, cuyo n o m b r e dió á la isla. Descansando á la sombra
de estos h e r m o s o s árboles, vió venir u n a canoa, cuyo g r a n dor le s o r p r e n d i ó , y que sólo podía venir de Yucatán, así
por la corta distancia q u e hay de las Guanajos á la P e n í n sula, como por el r u m b o q u e traía (10).
La p r i m e r a impresión q u e los yucatecos hicieron en los
e u r o p e o s fué, d e s d e luego, m u y favorable. Cuando la canoa
se h u b o acercado lo bastante para reconocerla, los españoles
notaron con admiración q u e , a u n q u e e.staba h e c h a de u n a
sola pieza, como todas las e m b a r c a c i o n e s a m e r i c a n a s q u e
habían visto, tenía una capacidad extraordinaria, p u e s
m e d í a ocho pies d e ancho y era larga como una galera. Alzábase en el c e n t r o una rústica construcción, c u b i e r t a de
p a l m a s , q u e c e r r a b a la e n t r a d a á la lluvia y á los rayos
del sol. Ocupaba esta especie de c á m a r a un cacique indio
q u e viajaba con su familia, y q u e se permitía el lujo de
t r a e r consigo veinticuatro r e m e r o s , q u e hacían volar su
navecilla sobre las aguas del m a r . No manifestaron ningún
(10)
Historio,
WASHINGTON I n v i n e , obra citada, libro XV, capítulo II.—COGOLLLDO,
de Yucatán, libro I, capítulo 1.
temor á la vista de los españoles y de s u s naves, ni e m p u ñaron s u s a r m a s p a r a manifestar desconfianza. Lejos de
esto, m e t i e r o n su canoa e n t r e la flota p a r a m i r a r de cerca
aquel espectáculo, tan nuevo para ellos.
Colón, q u e se había vuelto á e m b a r c a r , los invitó á pasar
á la c a p i t a n a , y ellos accedieron de m u y b u e n a voluntad.
E n t o n c e s p u d o examinarlos con detenimiento. Tenían la
f r e n t e m á s elevada q u e c u a n t o s habían visto hasta allí. A diferencia también de los indios de otras islas, q u e andaban
d e s n u d o s , éstos gastaban el traje yucateco que h e m o s descrito en otra p a r t e . El pintoresco vestido de las m u j e r e s
llamó f u e r t e m e n t e su atención, y las tocas q u e traían á la
cabeza las c o m p a r a n los historiadores á los m a n t o s con q u e
se c u b r í a n las m o r a s de G r a n a d a . También llamaron m u c h o
su atención varios objetos q u e traían los yucatecos para su
uso, ó para c o m e r c i a r en la isla, y q u e por p r i m e r a vez
veían los españoles. Estos e r a n , e n t r e otros, el cacao, las
primorosas tortillas de maíz y las diversas bebidas q u e
hacían de este cereal, s u s e s p a d a s de m a d e r a y p e d e r n a l ,
sus h a c h a s de cobre, s u s vasos y utensilios de b a r r o , c u r i o s a m e n t e labrados, y s u s tejidos de algodón, casi tan
suaves como la seda y a d o r n a d o s de vivísimos colores.
Colón h u b i e r a q u e r i d o visitar el país de estos indios,
q u e parecían s e r los m á s civilizados de América, y cuyo
idioma no entendían s u s intérpretes; pero preocupado con
su idea favorita de i r á la India Oriental, y c r e y e n d o q u e
este viaje le separaría m u c h o del e s t r e c h o q u e b u s c a b a p a ra para pasar al Océano índico, despidió á s u s h u é s p e d e s ,
q u e d á n d o s e con un anciano, que parecía el m á s despejado
de todos, v continuó su viaje hasta la costa de H o n d u r a s .
No fué ésta la ú n i c a noticia q u e los europeos tuvieron
de Yucatán antes de s u formal d e s c u b r i m i e n t o . En luOG
volvió á surgir del misterio en q u e p e r m a n e c í a e n v u e l t a
esta tierra e n c a n t a d a , q u e debía c o n d u c i r á los españoles
al opulento Imperio de Moctezuma.
Durante el tercer viaje de Colón, y c u a n d o las p e r l a s de la
costa de Paria empezaron á d e s p e r t a r m á s q u e n u n c a en
Europa la ambición de pasar al Nuevo Mundo, la corte de
España se propuso c o n c e d e r licencias particulares para
hacer nuevos descubrimientos, b a j o las bases q u e fijaba.
Uno de los q u e alcanzaron un p e r m i s o de esta naturaleza
f u é Vicente Yáñez Pinzón, que, como r e c o r d a r á el lector,
tuvo el m a n d o de la Niña en el p r i m e r viaje hecho á este
hemisferio. Por ciertas desavenencias q u e h u b o e n t r e Colón y los Pinzones, éstos no siguieron al Almirante en s u s
expediciones s u b s e c u e n t e s . Martín Alonso había ya b a j a d o
á la t u m b a ; pero Vicente Yáñez, luego q u e se abrió la
p u e r t a á las e m p r e s a s particulares, se lanzó al Océano en
b u s c a de u n a f o r t u n a que n u n c a p u d o e n c o n t r a r . En el s e gundo viaje q u e hizo en 1506, en compañía de Juan Díaz de
Solís, se propusieron a m b o s b u s c a r el e s t r e c h o q u e , s e g ú n
Colón, debía unir el m a r del Sur con el Atlántico. No existiendo este estrecho, el viaje tuvo, n e c e s a r i a m e n t e , mal
éxito (11); pero habiendo llegado á las Guanajas, y navegando al Occidente, d e s c u b r i e r o n la costa oriental de Yucatán (12), q u e ni visitaron ni exploraron entonces, s e g u r a m e n t e p o r q u e su viaje no tenía m á s objeto q u e el de buscar el e s t r e c h o .
(11)
WASHINGTON IRVING, Viajes
Colón, artículo Vicente
Yáñez
Pinzón,
y descubrimientos
de los compañeros
de
en la nota del fln.
(12) COGOLLUDO, Historia de Yucatán,
libro I, capítulo I.—PRESCOTT,
Historia de la conquista de México, libro II, capítulo I, nota 10, quien cita á
HERRERA, Historia general, década 1.', libro VI, capítulo X V I I .
CAPÍTULO II
1511-1519
Quiénes fueron los primeros españoles que aportaron á Y u c a t á n . - C o n q u é motivo.—Desgraciada suerte que les c u p o . - G o n z a l o Guerrero y J e r ó u i m o de
Aguilar sobreviven á sus compañeros.—Aventuras de a m b o s . — V u e l t a
del
último á la vida civilizada.
El Darién, u n a de las p r i m e r a s colonias establecidas pollos españoles en el c o n t i n e n t e a m e r i c a n o , fué desde s u
fundación teatro de los m á s escandalosos sucesos. Los
a v e n t u r e r o s que la poblaban se hallaban s i e m p r e divididos
en bandos, q u e tenían por objeto alcanzar el gobierno de la
provincia, medio el m á s p r o n t o y seguro de e n r i q u e c e r s e .
Hacia el año 1511 logró al fin triunfar de todos s u s c o m petidores Vasco Núñez de Balboa, el f u t u r o d e s c u b r i dor del Pacífico, q u e c i e r t a m e n t e tenía un mérito s o b r e s a liente para o c u p a r el alto puesto á q u e fué elevado. Pero como el último de s u s enemigos acababa de e m b a r c a r s e para
la Española, d o n d e a u n p o d í a hacerle la guerra, imaginó
enviar á aquella isla un comisionado q u e pudiera d e f e n der con celo su causa. Fijóse p a r a esta i m p o r t a n t e misión
en un regidor del Darién, llamado Valdivia, á quien confió
d o c u m e n t o s i m p o r t a n t e s y u n a fuerte s u m a de oro, elem e n t o m u y indispensable e n t o n c e s para mover c u a l q u i e r
a s u n t o del Nuevo Mundo, por insignificante q u e fuese.
Valdivia se e m b a r c ó en una carabela q u e llevaba veinte
Durante el tercer viaje de Colón, y c u a n d o las p e r l a s de la
costa de Paria empezaron á d e s p e r t a r m á s q u e n u n c a en
Europa la ambición de pasar al Nuevo Mundo, la corte de
España se propuso c o n c e d e r licencias particulares para
hacer nuevos descubrimientos, b a j o las bases q u e fijaba.
Uno de los q u e alcanzaron un p e r m i s o de esta naturaleza
f u é Vicente Yáñez Pinzón, que, como r e c o r d a r á el lector,
tuvo el m a n d o de la Niña en el p r i m e r viaje hecho á este
hemisferio. Por ciertas desavenencias q u e h u b o e n t r e Colón y los Pinzones, éstos no siguieron al Almirante en s u s
expediciones s u b s e c u e n t e s . Martín Alonso había ya b a j a d o
á la t u m b a ; pero Vicente Yáñez, luego q u e se abrió la
p u e r t a á las e m p r e s a s particulares, se lanzó al Océano en
b u s c a de u n a f o r t u n a que n u n c a p u d o e n c o n t r a r . En el s e gundo viaje q u e hizo en 1506, en compañía de Juan Díaz de
Solís, se propusieron a m b o s b u s c a r el e s t r e c h o q u e , s e g ú n
Colón, debía unir el m a r del Sur con el Atlántico. No existiendo este estrecho, el viaje tuvo, n e c e s a r i a m e n t e , mal
éxito (11); pero habiendo llegado á las Guanajas, y navegando al Occidente, d e s c u b r i e r o n la costa oriental de Yucatán (12), q u e ni visitaron ni exploraron entonces, s e g u r a m e n t e p o r q u e su viaje no tenía m á s objeto q u e el de buscar el e s t r e c h o .
(11)
WASHINGTON IRVING, Viajes
Colón, artículo Vicente
Yáñez
Pinzón,
y descubrimientos
de los compañeros
de
en la nota del fln.
(12) COGOLLUDO, Historia de Yucatán,
libro I, capítulo I.—PRESCOTT,
Historia de la conquista de México, libro II, capítulo I, nota 10, quien cita á
HERRERA, Historia general, década 1.', libro VI, capítulo X V I I .
CAPÍTULO II
1511-1519
Quiénes fueron los primeros españoles que aportaron á Y u c a t á n . - C o n q u é motivo.—Desgraciada suerte que les c u p o . - G o n z a l o Guerrero y J e r ó u i m o de
Aguilar sobreviven á sus compañeros.—Aventuras de a m b o s . — V u e l t a
del
último á la vida civilizada.
El Darién, u n a de las p r i m e r a s colonias establecidas pollos españoles en el c o n t i n e n t e a m e r i c a n o , fué desde s u
fundación teatro de los m á s escandalosos sucesos. Los
a v e n t u r e r o s que la poblaban se hallaban s i e m p r e divididos
en bandos, q u e tenían por objeto alcanzar el gobierno de la
provincia, medio el m á s p r o n t o y seguro de e n r i q u e c e r s e .
Hacia el año 1511 logró al fin triunfar de todos s u s c o m petidores Vasco Núñez de Balboa, el f u t u r o d e s c u b r i dor del Pacífico, q u e c i e r t a m e n t e tenía un mérito s o b r e s a liente para o c u p a r el alto puesto á q u e fué elevado. Pero como el último de s u s enemigos acababa de e m b a r c a r s e para
la Española, d o n d e a u n p o d í a hacerle la guerra, imaginó
enviar á aquella isla un comisionado q u e pudiera d e f e n der con celo su causa. Fijóse p a r a esta i m p o r t a n t e misión
en un regidor del Darién, llamado Valdivia, á quien confió
d o c u m e n t o s i m p o r t a n t e s y u n a fuerte s u m a de oro, elem e n t o m u y indispensable e n t o n c e s para mover c u a l q u i e r
a s u n t o del Nuevo Mundo, por insignificante q u e fuese.
Valdivia se e m b a r c ó en una carabela q u e llevaba veinte
h o m b r e s , e n t r e tripulantes y simples viajeros. La navegación f u é feliz hasta el m o m e n t o en q u e se dió vista á la isla
de Jamaica. Pero allí sobrevino una tempestad q u e arrojó
á la p e q u e ñ a nave sobre el peligroso banco de los Alacranes, d o n d e se hizo pedazos. Los infelices náufragos no
pudieron salvar ni s u s víveres, y para no morir de inanición en aquel inhospitalario arrecife, se metieron todos en
el bote, q u e por fortuna no había recibido ningún d e t r i mento, y se entregaron á m e r c e d de las olas con esperanza
de a r r i b a r á las costas de Cuba, q u e no creían m u y lejanas. Vagaron t r e c e días por el m a r , devorados por el h a m b r e y por la sed, y sujetos á todo género de incomodidades. Siete de los viajeros no pudieron resistir á estos s u frimientos, y t e r m i n a r o n s u s días en aquel mísero esquife.
Los catorce r e s t a n t e s f u e r o n á d e s e m b a r c a r , pálidos y extenuados, á la costa oriental de Yucatán, en las cercanías
de Cabo Catoche, a d o n d e los habían a r r a s t r a d o las cor r i e n t e s . Allí f u e r o n asaltados por u n o s g u e r r e r o s indios,
q u e d e s t r u y e r o n el bote y los hicieron cautivos, sin q u e
opusiesen n i n g u n a resistencia. Parece q u e la aprehensión
se verificó en un pueblo llamado Sama, q u e en la a c t u a lidad ha desaparecido, y q u e los a p r e h e n s o r e s f u e r o n s ú b ditos de un c a c i q u e á quien se daba el n o m b r e de Kinich (1).
Hemos dicho q u e en Yucatán las prisiones consistían en
u n a s g r a n d e s j a u l a s de m a d e r a , y ya se c o m p r e n d e r á q u e
los infelices n á u f r a g o s f u e r o n e n c e r r a d o s en estos i n c ó m o dos alojamientos. A p e s a r de todo, su suerte les pareció
m u c h o m á s llevadera, no sólo porque ya no veían próximo
el peligro de ser devorados por las ondas, sino porque s u s
carceleros los proveían a b u n d a n t e m e n t e de víveres y comenzaban á r e c o b r a r s u s fuerzas perdidas.
Admirados de este tratamiento, estaban ya dispuestos á
(1)
PEDRO SÁNCHEZ DE AGUII.AR, i n f o r m e c o n t r a los i d ó l a t r a s d e Y u c a t á n .
creer en un milagro de la Providencia, cuando un horrible
acontecimiento vino á disipar todas s u s dudas. Un día Valdivia y c u a t r o de s u s c o m p a ñ e r o s , q u e eran los m á s robustos, f u e r o n sacados de s u s jaulas y conducidos á un templo cercano, d o n d e los indios los sacrificaron á s u s ídolos.
En seguida se celebró un gran b a n q u e t e , en q u e la c a r n e
de las víctimas fué servida como el plato m á s privilegiado.
Al día siguiente, los cautivos q u e habían quedado con
vida a p e n a s se atrevieron á gustar los alimentos, q u e s e gún c o s t u m b r e les sirvieron con abundancia. ¡Los s u s t e n taban bien para q u e engordasen y su c a r n e fuese más acep table á los sanguinarios dioses de la tierra! Los desgraciados c o m p r e n d i e r o n al fin todo el h o r r o r de su situación, y
no sintiéndose con valor para c o r r e r la misma s u e r t e q u e
sus inmolados compatriotas, prefirieron otra clase de p e ligros. Rompieron u n a noche s u s prisiones y corrieron á
ocultarse en el bosque. Pero Yucatán era uno de los países
más poblados del Nuevo Mundo, y la existencia de los fugitivos no p u d o ser ignorada por m u c h o tiempo. Cayeron
otra vez en p o d e r de los naturales, y fueron llevados á la
presencia de un cacique llamado Kin Cutz (2). Este era
enemigo del antiguo señor de los españoles, y hasta cierto
punto m á s h u m a n o , p o r q u e se contentó con r e d u c i r l o s á la
esclavitud.
La clase de trabajo á q u e se les sujetó desde e n t o n c e s ,
el rigor del clima y, m á s q u e todo, p r o b a b l e m e n t e , la desesperación de volver á la vida civilizada, p r o d u j e r o n un resultado tan funesto en los cautivos, q u e no t a r d a r o n en
s u c u m b i r , con excepción de dos andaluces, llamado el uno
Gonzalo G u e r r e r o y el otro Jerónimo de Aguilar. También
falleció poco tiempo d e s p u é s Kin Cutz, y los esclavos del
difunto pasaron á la s e r v i d u m b r e del sucesor, á quien 11a(2)
COGOLLUDO, Historia
14
di Yucatán,
libro I, capitulo VII.
m a r e m o s May, á p e s a r de la v a r i e d a d con q u e este n o m b r e
se halla escrito en los h i s t o r i a d o r e s (3).
G u e r r e r o y Aguilar eran dos c a r a c t e r e s e n t e r a m e n t e distintos. El p r i m e r o e r a u n m a r i n e r o del p u e r t o de Palos,
q u e en su trabajosa profesión h a b í a a p r e n d i d o á l u c h a r
contra toda clase de o b s t á c u l o s . Era robusto y e m p r e n d e dor, y c u a n d o se h u b o c o n v e n c i d o de q u e era poco m e n o s
q u e imposible la vuelta á su r i s u e ñ a Andalucía, comenzó
á p e n s a r en u n medio c u a l q u i e r a q u e aliviase su angustiosa
situación. La f o r t u n a , q u e no p a r e c í a h a b e r l e c e r r a d o tod a s s u s p u e r t a s , no t a r d ó en p r e s e n t a r l e una ocasión para
alcanzar s u s deseos.
Por motivos q u e se ignoran, May se deshizo de él y pasó
á ser esclavo de Nachancán (4), cacique de la provincia de
Chetemal. G u e r r e r o solicitó d e s d e los p r i m e r o s días servir
en el ejército de su n u e v o a m o , y éste no puso n i n g ú n inconveniente en a c c e d e r á su petición. No t a r d ó en p r e s e n társele la ocasión de m o s t r a r s u esfuerzo, p o r q u e la m u l titud de reyezuelos q u e d o m i n a b a n en la P e n í n s u l a se
despedazaban en c o n t i n u a s g u e r r a s , como ya h e m o s dicho;
y f u e r o n tales la habilidad y destreza q u e el español d e s plegó en el c a m p o de batalla, q u e i n m e d i a t a m e n t e comenzó
á c a m b i a r su s u e r t e de u n a m a n e r a notable. El cacique de
Chetemal rompió s u s c a d e n a s y le confirió u n m a n d o elevado en el ejército. Animado con este p r i m e r éxito, Gon-
(3)
WASHINGTON IRVING ( e n s u s Viajes
y descubrimientos
de
los
compa-
ñeros de Colón, artículo Valdivia) le l l a m a Taccmar. COGOLLUDO (obra citada,
libro I, capítulo VIII) le llama Ahmay,
a u n q u e dice que también se le daba el
nombre de Tarmay.
Nosotros nos h e m o s decidido por el de May, ó H-May, así
por ser u n n o m b r e indígena de familia, m u y conocido y extendido en el país,
como por las razones apuntadas en el capítulo VI del libro I, nota 29, de esta
obra.
(4) Tal es al menos el n o m b r e que le da LANDA (Relación de las cosas de
Yucatán, § III, apud BRASSEUR). ES digno de notar que este es también el
nombre del cacique de Acanul, con quien algunos años después entabló Montejo
algunas relaciones.
zalo redobló s u s esfuerzos y osó levantar los ojos hasta
la hija del h o m b r e q u e le había dado la l i b e r t a d . La b e l d a d
maya, cautivada p o r la arrogante presencia del español y
por el r u i d o q u e habían h e c h o s u s hazañas, confió esta p a sión á su p a d r e , quien no opuso, por fortuna, la m á s ligera
objeción al m a t r i m o n i o . El liberto ingresó con este motivo
en la familia del cacique y p u d o acariciar la esperanza de
o c u p a r un día el modesto trono de Chetemal.
El otro español q u e sobrevivió al rigor con q u e Kin Cutz
trataba á s u s cautivos, se llamaba, como h e m o s dicho, Jerónimo de Aguilar. Era n a t u r a l de Écija, en la provincia de
Sevilla, y había comenzado á e d u c a r s e para el sacerdocio.
Llegó hasta á o r d e n a r s e de Evangelio (5); y c u a n d o p a r e cía q u e no debía tener otro p e n s a m i e n t o q u e el de a s p i r a r
al p r e s b i t e r a d o , ocurriósele un día colgar la sotana y e m b a r c a r s e en u n a nave q u e se hacía á la vela p a r a Santo
Domingo. Desde allí tuvo la desgracia de pasar al Darién,
y empleó m u c h o s años de su vida en llorar este paso. En
su largo cautiverio r e c o r d ó su antigua vocación, y se r e vistió de tanta h u m i l d a d , q u e hacía sin replicar, no sólo
c u a n t o le m a n d a b a su amo, sino c u a n t o le o r d e n a b a n los
d e m á s indios. A propósito de esto, refieren u n a a n é c d o t a
los historiadores.
Divertíanse un día varios g u e r r e r o s en tirar con s u s flechas á un p e r r o colocado en la e x t r e m i d a d de un palo
muy elevado. Un p e r s o n a j e , cuya categoría no se cita, se
acercó á Aguilar, q u e se hallaba e n t r e la c o n c u r r e n c i a , y
haciéndole notar la destreza de los tiradores q u e m a r t i r i zaban al infeliz animal, metiéndole sus flechas en los ojos
ó d o n d e i n t e n t a b a n , le p r e g u n t ó : - ¿ C r e e s q u e si te colocaran en lugar del p e r r o , e r r a r í a n s u s tiros esos flecheros?
—Tu esclavo soy, respondió h u m i l d e m e n t e Aguilar, y
(5)
BERNAL DÍAZ DEL CASTILLO, Historia
la Nueva Es/aña,
capitulo X X I X .
verdadera
de
la conquista
de
p u e d e s disponer á tu voluntad de mi existencia; pero
t u corazón es b u e n o y no creo q u e q u i e r a s p e r d e r á un
p o b r e siervo q u e p u e d e servirte en lo q u e le mandes.—
P a r e c e q u e esta p r u e b a se hizo de acuerdo con May,
quien se manifestó m u y satisfecho de la r e s p u e s t a del e s pañol (6).
Otra v i r t u d no m e n o s difícil ilustró la penosa cautividad
de Jerónimo. Huía de las m u j e r e s y bajaba los ojos cuando
las e n c o n t r a b a á su paso, no sólo p o r q u e las ó r d e n e s s a cerdotales q u e había recibido le imponían la castidad,
sino p o r q u e t e m í a ser sacrificado por s u s b á r b a r o s señores,
si le s o r p r e n d í a n en algún desliz amoroso. La continencia
absoluta es u n a virtud que, por su poca c o n f o r m i d a d con las
leyes d e la Naturaleza, excita m á s bien la incredulidad
q u e la a d m i r a c i ó n . May sonreía cada vez q u e oía h a b l a r de
la castidad de Aguilar, y tal vez p a r a dar al traste con esta
reputación, q u e él creía u s u r p a d a , resolvió s o m e t e r l e á
una p r u e b a d u r í s i m a , de q u e acaso habría salido con m e nos gloria un anacoreta de la Tebaida.
Una joven f r e s c a , robusta é i n s i n u a n t e fué escogida p a r a
servir de i n s t r u m e n t o en esta intriga. May llamó u n a t a r d e
á su esclavo, y e n s e ñ á n d o l e á la joven, le o r d e n ó q u e a m bos se pusiesen i n m e d i a t a m e n t e en camino p a r a un p u n t o
de la costa q u e distaba dos leguas del cacicazgo; q u e á la
m a d r u g a d a del día siguiente se levantasen á pescar, y q u e
p r o c u r a s e n estar de vuelta en las p r i m e r a s horas de la m a ñana, á fin de q u e el pescado pudiese servirse en la comida. Aguilar cargó con u n a h a m a c a q u e le dió el cacique,
y se p u s o en camino, seguido de s u bella c o m p a ñ e r a .
Había ya e n t r a d o la n o c h e cuando llegaron al t é r m i n o de
su viaje. La joven ató las dos e x t r e m i d a d e s de la h a m a c a á
las r a m a s de un árbol, se acostó en ella y, notando q u e
(6)
ubi
COGOLLUDO, o b r a c i t a d a , l i b r o I, c a p i t u l o VIII.—WASHINGTON IRVING,
supra.
el esclavo se había retirado, le invitó á hacerla compañía.
Jerónimo debió h a b e r s e e n c o m e n d a d o en aquel instante á
todos los santos de su devoción, p o r q u e con u n a flema
v e r d a d e r a m e n t e ascética se p u s o á recoger algunas r a m a s
secas, las p r e n d i ó fuego y se acostó cerca de la l u m b r e ,
q u e mitigaba la frialdad de su lecho de a r e n a . La m u c h a c h a puso i n ú t i l m e n t e en juego todos los medios de seducción q u e la h o r a y la soledad le proporcionaban: el
esclavo había h e c h o voto de no m a n c h a r s e con el contacto
de u n a m u j e r idólatra, y la a u r o r a del día siguiente a l u m b r ó un triunfo s o l a m e n t e igual al q u e salvó el honor de
Putifar.
La heroína de esta anécdota contó á May con u n a e s p e cie de mortificación todo lo q u e había pasado. El cacique
se impresionó p r o f u n d a m e n t e , y depositó desde e n t o n c e s
toda s u confianza en el esclavo. Le confió la a d m i n i s t r a ción de s u h a c i e n d a y, según se asegura, hasta su p e q u e ñ o
serrallo.
No f u e r o n estas p r u e b a s los únicos méritos q u e Aguilar
c o n t r a j o p a r a con May. Como Gonzalo G u e r r e r o , pidió t a m bién ser alistado en el ejército de su amo, y t a m b i é n , como
aquél, fué muy feliz en s u s p r i m e r a s c a m p a ñ a s . Combatió
á la vista de su señor, y éste no tuvo embarazo en confesar
q u e le debía la victoria. La reputación de Aguilar se d i fundió por u n a extensión considerable del país, y los j e f e s
de los cacicazgos circunvecinos comenzaron á e n v i d i á r selo á May. P e r o como c o m p r e n d i e r o n q u e no habría q u e rido d e s h a c e r s e de él por ningún precio, resolvieron p e r derle.
L a religión h a sido en todos los tiempos y en todos los
países la p r i m e r a capa de q u e ha echado m a n o el perverso
para ocultar s u s torcidas intenciones. R e u n i é r o n s e varios
de aquellos envidiosos, y m a n d a r o n á May una e m b a j a d a ,
concebida, poco m á s ó menos, en los t é r m i n o s siguientes:
que los dioses patrios estaban indignados de q u e hubiese
a r m a d o á un e x t r a n j e r o infiel contra s u s h e r m a n o s los m a yas, y q u e la cólera divina no t a r d a r í a en estallar si p e r sistía en el sacrilegio de conservarle en su ejército.
Pedíanle en tal virtud q u e les f u e s e e n t r e g a d o el esclavo, á
fin de sacrificarle en el altar de Kinchachauhaban.
May
escuchó con orgulloso desdén á los e m b a j a d o r e s y les r e s pondió con dignidad q u e no a c o s t u m b r a b a pagar de la m a nera qiie p r e t e n d í a n exigirle los g r a n d e s servicios q u e le
prestaban s u s vasallos; q u e Aguilar le había servido con
tanto valor como fidelidad, y q u e s u s dioses debían ser
m u y poderosos, puesto q u e habían concedido á su adepto
las victorias q u e acababa de alcanzar.
Los c o n f e d e r a d o s se indignaron con esta r e s p u e s t a , y
r e u n i e n d o e n t r e todos un ejército n u m e r o s o , invadieron
los dominios de s u orgulloso vecino. La antigua entereza
de May vaciló en tan crítico m o m e n t o , y deseando c o n s u l tar la voluntad de s u s vasallos, r e u n i ó un Consejo, á q u e
asistió t a m b i é n Aguilar. Algunos m i e m b r o s de la j u n t a se
decidieron v a l e r o s a m e n t e por la g u e r r a ; pero otros p r o p u sieron q u e se aceptase la paz bajo las h u m i l l a n t e s c o n d i ciones q u e p r o p o n í a n s u s adversarios, y q u e se les e n t r e gase el e x t r a n j e r o , único motivo de aquel conflicto. Jer ó n i m o creyó n o t a r q u e su amo había escuchado con
indignación este último consejo, y c o m p r e n d i e n d o q u e su
vida, c o n s e r v a d a en medio de t a n t a s dificultades, corría el
peligro mayor de c u a n t o s h a b í a a r r o s t r a d o hasta entonces,
se e x p r e s ó en los t é r m i n o s siguientes:
«En la g u e r r a á q u e n o s p r o v o c a n los c o n f e d e r a d o s , la
justicia está de n u e s t r a p a r t e . N u e s t r o cacique no les ha
inferido n i n g u n a ofensa, y sin e m b a r g o se a r m a n c o n t r a él.
Mi Dios, q u e n u n c a p u e d e p e r m i t i r el t r i u n f o de la iniquidad, m e inspira lo q u e d e b e m o s h a c e r p a r a alcanzar la
victoria. Salgamos al c a m p o en b u s c a de n u e s t r o s adversarios; dividamos n u e s t r o ejército en dos partes; yo m e
ocultaré con u n a en la e s p e s u r a del b o s q u e ; la otra, q u e
estará á las ó r d e n e s de mi valiente señor, fingirá huir á la
vista del e n e m i g o ; éste le perseguirá, como es natural; yo
saldré e n t o n c e s de mi escondite; May se d e t e n d r á , y e n t r e
n u e s t r a s dos fuerzas cogeremos á los confederados, q u e ,
creyéndose sitiados por un ejército n u m e r o s o , se d e s b a n darán como pájaros.»
La estratagema e r a b a s t a n t e sencilla; sin e m b a r g o , los
súbditos de May la hallaron m u y ingeniosa y la adoptaron
con calor. Salieron al campo, y luego q u e se avistaron los
dos ejércitos, Aguilar, q u e hablaba ya con perfección el
idioma maya, p r o n u n c i ó u n a b r e v e arenga para a n i m a r á
sus c o m p a ñ e r o s , y se ocultó e n t r e la e s p e s u r a . A c o m e t i e ron los confederados; May retrocedió un b u e n espacio;
aparecieron los ocultos, y aquéllos, sintiéndose h e r i d o s
por el f r e n t e y por la espalda, b u s c a r o n en la fuga s u s a l vación.
A pesar de estos servicios p r e s t a d o s á s u amo, Aguilar
q u e d ó s i e m p r e r e d u c i d o á su condición de esclavo. Menos
audaz q u e su compatriota Gonzalo G u e r r e r o , imposibilitado
de c o n t r a e r
m a t r i m o n i o por las ó r d e n e s sagradas
que
había recibido, y con la m e n t e s i e m p r e fija en la esperanza
q u e abrigaba de
volver un
día á la vida civilizada, aquel
h o m b r e , m i t a d eclesiástico y mitad soldado, n u n c a intento
siquiera salir de s u h u m i l d e condición, t e m e r o s o acaso de
q u e le costase la vida el p r i m e r paso q u e diese para r o m p e r s u s cadenas.
Un día la vida del esclavo recibió u n a conmoción extraordinaria. Esparcióse p o r toda la tierra el confuso r u m o r de
q u e e s t a b a n d e s e m b a r c a n d o en la costa u n o s h o m b r e s
blancos y b a r b a d o s , q u e habían venido en canoas de grand e s d i m e n s i o n e s . El corazón de Aguilar latió de alegría,
p o r q u e c o m p r e n d i ó q u e se trataba de s u s c o m p a t r i o t a s ,
sin d u d a , acababan de d e s c u b r i r la tierra de
l o s
c u a l e s ,
los mayas. P e r o ¡ay! c u a n d o todavía se e n t r e t e n í a en d i s c u r r i r u n medio para salirles al e n c u e n t r o , llego la i n f a u s t a
noticia de q u e los e x t r a n j e r o s habían vuelto á e m b a r c a r s e
y desaparecido (7).
Aguilar suspiró p r o f u n d a m e n t e y volvió sin m u r m u r a r á
s u s penosas tareas. Al cabo de dos años, y cuando c o m e n zaba ya á desesperar de la vuelta de s u s compatriotas,
p r e s e n t á r o n s e l e r e p e n t i n a m e n t e dos indios, q u e con m u cha cautela le entregaron u n a carta, la cual habían traído
envuelta e n t r e s u s cabellos (8), acaso por un exceso de
p r e c a u c i ó n . El corazón del esclavo debió h a b e r s e e s t r e m e cido de alegría al simple contacto de aquel papel, q u e no
podía m e n o s q u e ser de procedencia e u r o p e a . Lo abrió
t e m b l a n d o de emoción, y halló q u e decía así:
«Señores y h e r m a n o s : Aquí en Cozumel he sabido q u e
estáis en p o d e r de un cacique detenidos; yo os pido por
m e r c e d q u e luego os vengáis aquí en Cozumel, q u e p a r a
ello envío u n navio con soldados, si los h u b i ó r e d e s m e n e s t e r , y rescate p a r a dar á esos indios con q u i e n e s estáis;
y lleva el navio de plazo ocho días p a r a os a g u a r d a r ; venios
con toda b r e v e d a d ; de mí seréis bien m i r a d o s y aprovechados. Yo q u e d o aquí en esta isla con q u i n i e n t o s soldados y
once navios; en ellos voy, m e d i a n t e Dios, la vía de u n
pueblo q u e se dice Tabasco ó Potonehán, etc. (9).
Aguilar quiso s a b e r p o r m e n o r e s de los m e n s a j e r o s , y
(7) Estos españoles debieron ser los que en 1517 desembarcaron en Cabo
Catoche, al mando de Francisco H e r n á n d e z de Córdova. BERNAL DÍAZ (obra
citada, capítulo XXIX) y COGOLLÜDO acusan á Gonzalo Guerrero de no haber
observado u n a conducta patriótica, como la de Aguilar. Dicen que Gonzalo fué
el que aconsejó á los mayas la guerra que hicieron á los castellanos e n Catoche
y aun creen que se halló entre los combatientes. COGOLLÜDO (obra citada, libro I, capítulo VIII) le acusa además de haber enseñado á pelear á los indios,
por cuya causa cree que los hallaron tan bravos los conquistadores de esta península. N i n g ú n otro historiador hace mención de estas circunstancias.
(8)
éstos le dijeron q u e s u s compatriotas q u e estaban en la isla
habían llegado hacía pocos días, y q u e sabiendo q u e había
h o m b r e s blancos cautivos en el continente, habían dado á
los q u e hablaban u n o s objetos p a r a pagar su rescate. Estos
objetos e r a n u n a s c u e n t a s de vidrio, que Aguilar recibió
con e x t r a o r d i n a r i a alegría, y corrió con ellas á b u s c a r á
su a m o . No p a r e c e q u e May haya puesto n i n g ú n obstáculo
á los deseos de su esclavo; aceptó el rescate, y le dió licencia p a r a irse d o n d e quisiera (10).
Jerónimo no e r a egoísta; no quiso disfrutar solo de la
felicidad de volver con s u s compatriotas, y á pesar de la
distancia q u e le separaba de Gonzalo G u e r r e r o , corrió á
Chetemal á buscarle. El antiguo m a r i n e r o de Palos se h a bía amoldado por completo á las c o s t u m b r e s de su patria
adoptiva. Tenía labrada la cara; se había horadado las orejas, la nariz y el labio inferior, de que colgaban ricos pendientes, y todo su c u e r p o estaba m a r c a d o con los signos
indelebles de su profesión. Se hallaba tan c a m b i a d o , que
su c o m p a ñ e r o de cautividad estuvo á punto de no r e c o n o cerle. Expúsole, no obstante, el objeto de su venida: le
leyó la carta de Cozumel, le enseñó las c u e n t a s de vidrio
q u e habían traído los m e n s a j e r o s y le invitó á q u e le s i guiese. Pero Gonzalo opuso el obstáculo insuperable de q u e
tenía u n a esposa y tres hijos, á q u i e n e s adoraba como á
las n i ñ a s de sus ojos; añadió q u e los castellanos se r e i r í a n
de él al verle llegar á su c a m p a m e n t o hecho todo un salvaje,
y concluyó diciendo q u e su posición era b a s t a n t e elevada en
Chetemal p a r a q u e pudiera q u e j a r s e de su s u e r t e . Aguilar
se escandalizó al oir esta respuesta, y con ese fervor r e l i gioso t a n propio de su carácter sacerdotal y de la época e n
que vivía, r e p r e n d i ó á su compatriota de q u e quisiese per-
LANDA, obra citada, § IV.
(9) H e m o s copiado textualmente la carta de BERJÁL DÍAZ (obra citada,
capítulo X X V I I ) , á c u y a presencia la escribió H e r n á n Cortés, temerosos de
despojar á la historia de la menor palabra que le pertenezca.
(10)
BERNAL DÍAZ, ubi supra.
Otros historiadores dicen q u e Aguilar, para
conseguir su libertad, tuvo que ocurrir á varias estratagemas, y aun á ofrecer
la poderosa amistad de los hombres blancos.
der su alma por una india. Gonzalo replicó q u e había unido su s u e r t e á esla india, q u e habían p r o c r e a d o tres hijos y
q u e tenia obligación de p e r m a n e c e r en el seno de su familia. Aguilar se ablandó e n t o n c e s , y le dijo q u e si tanto quería á su m u j e r ó hijos, podía llevarlos consigo. Pero todas
s u s instancias f u e r o n inútiles; G u e r r e r o amaba m u c h o su
hogar, y no quiso trocar su calidad de príncipe maya por
la de un o s c u r o a v e n t u r e r o q u e va todavía en b u s c a de la
fortuna. La esposa de éste se p r e s e n t ó r e p e n t i n a m e n t e en
la pieza d o n d e tenía lugar esta e n t r e v i s t a , y adivinando el
asunto de q u e se t r a t a b a , llenó de i m p r o p e r i o s al q u e creía
todavía esclavo de May y le echó de su casa.
Aguilar salió d e s e s p e r a d o de Chetemal y corrió al Cabo
Catoche. P e r o su deseo de llevarse consigo á G u e r r e r o le
había h e c h o p e r d e r m u c h o tiempo, y los navios de q u e
hablaba la c a r t a habían desaparecido. ¡Cómo debió haberse
oprimido con esté golpe el corazón del p o b r e cautivo!
¡Cuánto debió h a b e r a c u s a d o á la fortuna, q u e no parecía
cansada de p e r s e g u i r l e !
P e r o s u s p a d e c i m i e n t o s debían t e n e r pronto un término
feliz, p o r q u e poco tiempo d e s p u é s s u p o q u e los españoles
habían vuelto á Cozumel. Corrió e n t o n c e s á la costa, fletó
u n a conoa de seis r e m o s con las c u e n t a s de vidrio q u e le
q u e d a b a n , y se hizo c o n d u c i r á la isla.
C A P Í T U L O III
1517
Origen de la p r i m e r a expedición al continente septentrional.—Sale de Cuba, á
las órdenes de F r a n c i s c o H e r n á n d e z de C ó r d o v a . - D e s c u b r i m i e n t o de la P e nínsula.—Los m a y a s hostilizan cruelmente á los españoles en Cabo Catoche y
Champotón.—Dase al país descubierto el n o m b r e de Yucatán.—Etimología
de esta palabra.
Por los a ñ o s 1516 y 1517 andaban ociosos por la isla de
Cuba m u c h o s d e esos a v e n t u r e r o s españoles q u e c o m e n zaban á a b a n d o n a r á c e n t e n a r e s la m a d r e patria p a r a b u s car fortuna e n el Nuevo Mundo. A u n q u e la sujeción y la
colonización d e la isla se había verificado en 1511, su gob e r n a d o r , Diego Velázquez, no tenía ya indios q u e repartir (1) e n t r e los p r e t e n d i e n t e s , venidos de E s p a ñ a y del
Darién, q u e l o s solicitaban. E n Española, p r i m e r punto de
América e n q u e d e s e m b a r c a b a n los q u e venían de Europa,
la población indígena se había d i s m i n u i d o tan c o n s i d e r a blemente, g r a c i a s á la dureza con q u e f u é t r a t a d a por s u s
d o m i n a d o r e s , q u e á los q u i n c e años de d e s c u b i e r t a se h a bía r e d u c i d o á la vigésima p a r t e (2). Esto m i s m o sucedía,
poco m á s ó m e n o s , en el Darién, y h a b í a allí tan poca o c u pación p a r a los colonos, q u e la mayor parte había sido
(1)
Más a d e l a n t e explicaremos la naturaleza de estos repartimientos, á que
se dió el n o m b r e de
(2)
encomiendas.
ROBERTSON, Historia
de América,
libro I I I .
der su alma por una india. Gonzalo replicó q u e había unido su s u e r t e á esta india, q u e habían p r o c r e a d o tres hijos y
q u e tenia obligación de p e r m a n e c e r en el seno de su familia. Aguilar se ablandó e n t o n c e s , y le dijo q u e si tanto quería á su m u j e r ó hijos, podía llevarlos consigo. Pero todas
s u s instancias f u e r o n inútiles; G u e r r e r o amaba m u c h o su
hogar, y no quiso trocar su calidad de príncipe maya por
la de un o s c u r o a v e n t u r e r o q u e va todavía en b u s c a de la
fortuna. La esposa de éste se p r e s e n t ó r e p e n t i n a m e n t e en
la pieza d o n d e tenía lugar esta e n t r e v i s t a , y adivinando el
asunto de q u e se t r a t a b a , llenó de i m p r o p e r i o s al q u e creía
todavía esclavo de May y le echó de su casa.
Aguilar salió d e s e s p e r a d o de Chetemal y corrió al Cabo
Catoche. P e r o su deseo de llevarse consigo á G u e r r e r o le
había h e c h o p e r d e r m u c h o tiempo, y los navios de q u e
hablaba la c a r t a habían desaparecido. ¡Cómo debió haberse
oprimido con esté golpe el corazón del p o b r e cautivo!
¡Cuánto debió h a b e r a c u s a d o á la fortuna, q u e no parecía
cansada de p e r s e g u i r l e !
P e r o s u s p a d e c i m i e n t o s debían t e n e r pronto un término
feliz, p o r q u e poco tiempo d e s p u é s s u p o q u e los españoles
habían vuelto á Cozumel. Corrió e n t o n c e s á la costa, fletó
u n a conoa de seis r e m o s con las c u e n t a s de vidrio q u e le
q u e d a b a n , y se hizo c o n d u c i r á la isla.
C A P Í T U L O III
1517
Origen de la p r i m e r a expedición al continente septentrional.—Sale de Cuba, á
las órdenes de F r a n c i s c o H e r n á n d e z de C ó r d o v a . - D e s c u b r i m i e n t o de la P e n í n s u l a — L o s m a y a s hostilizan cruelmente á los españoles en Cabo Catoche y
Champotón.—Dase al país descubierto el n o m b r e de Yucatán.—Etimología
de esta palabra.
Por los a ñ o s 1516 y 1517 andaban ociosos por la isla de
Cuba m u c h o s d e esos a v e n t u r e r o s españoles q u e c o m e n zaban á a b a n d o n a r á c e n t e n a r e s la m a d r e patria p a r a b u s car fortuna e n el Nuevo Mundo. A u n q u e la sujeción y la
colonización d e la isla se había verificado en 1511, su gob e r n a d o r , Diego Velázquez, no tenía ya indios q u e repartir (1) e n t r e los p r e t e n d i e n t e s , venidos de E s p a ñ a y del
Darién, q u e l o s solicitaban. E n Española, p r i m e r punto de
América e n q u e d e s e m b a r c a b a n los q u e venían de Europa,
la población indígena se había d i s m i n u i d o tan c o n s i d e r a blemente, g r a c i a s á la dureza con q u e f u é t r a t a d a por s u s
d o m i n a d o r e s , q u e á los q u i n c e años de d e s c u b i e r t a se h a bía r e d u c i d o á la vigésima p a r t e (2). Esto m i s m o sucedía,
poco m á s ó m e n o s , en el Darién, y h a b í a allí tan poca o c u pación p a r a los colonos, q u e la mayor parte había sido
(1)
Más a d e l a n t e explicaremos la naturaleza de estos repartimientos, á que
se dió el n o m b r e de
(2)
encomiendas.
ROBERTSON, Historia
de América,
libro I I I .
licenciada por el g o b e r n a d o r Pedro Arias de Avila, el ver
dugo de Vasco N ú ñ e z d e Balboa.
Todos estos a v e n t u r e r o s r e u n i d o s en Cuba envidiaban á
s u s compatriotas q u e vivían r e g a l a d a m e n t e en sus encom i e n d a s , y se d e s e s p e r a b a n de h a b e r llegado demasiado
t a r d e á la isla. P e r o c o m o la necesidad es la m a d r e de la
industria, un c e n t e n a r d e esos h i j o s d e s h e r e d a d o s de la
fortuna se r e u n i ó á d e l i b e r a r y, d e s p u é s de h a b e r elegido
por jefe á un hidalgo l l a m a d o F r a n c i s c o H e r n á n d e z de
Córdova, acordaron l a n z a r s e á la m a r en b u s c a de nuevas
tierras q u e diesen o c u p a c i ó n á su ociosidad. Los gastos de
la expedición debían h a c e r s e á p r o r r a t a e n t r e los mismos
q u e la meditaban; p o r q u e la corte d e España, q u e siempre
había sido mezquina p a r a esta clase de e m p r e s a s (3), estaba muy lejos, y a d e m á s n i n g u n o de los expedicionarios, á
pesar de su p r e t e n d i d a hidalguía (4), tenía influencia en
ella. Acordaron, no o b s t a n t e , r e c u r r i r al g o b e r n a d o r , así
para pedirle la autorización de q u e necesitaban, como para
invitarle á q u e c o n t r i b u y e s e á los gastos de la empresaDiego Velázquez, q u e t a m b i é n t e n í a sed de conquistas,
concedió al p u n t o la licencia y ofreció c o n t r i b u i r con un
b u q u e , s i e m p r e q u e los e x p e d i c i o n a r i o s p a s a r a n á las Guanajos á coger indios p a r a t r a e r á Cuba, d o n d e hacían falta
para el cultivo de la t i e r r a . P a r e c e q u e los solicitantes se
negaron á aceptar esta condición c r i m i n a l , alegando que
ni Dios ni el rey p o d í a n a p r o b a r q u e f u e s e n reducidos á
esclavitud h o m b r e s q u e habían n a c i d o libres. No obstante,
(3) Cristóbal Colón, c u y o s g r a n d e s servicios no podrán ponerse en duda,
luchó toda su vida contra esta m e z q u i n d a d y m u r i ó poco menos que en la miseria. Los que en adelante e m p r e n d i e r o n descubrimientos y conquistas, hicieron
casi siempre de su bolsillo todos ó la mayor parte de los gastos. Las más importantes de estas empresas, la de Cortés y la de P i z a r r a , no costaron un óbolo
á la Corona de España.
(4) BERNAL DÍAZ, que f u é uno de los miembros de la J u n t a y más adelante
de la expedición, los llama á todos hidalgos
y personas
de calidad
(obra
citada, capítulo I).
como se m o s t r a b a n tan e n t u s i a s m a d o s con su e m p r e s a y
confiaban m u c h o en las utilidades q u e p e n s a b a n sacar de
ella, el g o b e r n a d o r consintió al fin en dar el barco y retiró
la condición (5).
Alentado Córdova y s u s c o m p a ñ e r o s con esta concesión,
c o m p r a r o n o t r a s dos naves, y h e c h a s todas las provisiones
de boca y de g u e r r a (0) q u e creyeron necesitar para su e m presa, oyeron misa, se e n c o m e n d a r o n á Dios y se hicieron
á la vela en el p u e r t o d e J a r u c o el día 8 de f e b r e r o de 1517.
La flota, a d e m á s del capitán, llevaba cinco p e r s o n a j e s i m portantes: los tres pilotos, Antón de Alaminos, Camacho de
Triana y Juan Alvarez el Manquillo; un clérigo llamado
Alonso González, q u e no debía tener m u c h a vocación de
misionero, pues, s e g ú n Bernal Díaz, le g a n a r o n con b u e n a s
p a l a b r a s y o f r e c i m i e n t o s , y por último, un individuo nomd r a d o Bernardino Iñiguez, á quien los expedicionarios eligieron veedor por S. M . , á fin de q u e h u b i e s e quien c o b r a ra el real quinto de las perlas, oro ó plata q u e podrían enc o n t r a r en las tierras q u e iban á d e s c u b r i r .
(5) Tal es la explicación que BERNAL DÍA/, da del origen de esta expedición.
COGOLLUDO la acepta; pero PRESCOTT, apoyado en OVIEDO y otras autoridades,
refiere el suceso de m u y distiuta m a n e r a . Dice q u e Velázquez mandó expresamente á Córdova y sus compañeros á buscar indios á las Lucayas; pero que
extraviadas las naves de s u rumbo, á causa de los vientos y las corrientes, al
cabo de tres semanas descubrieron los viajeros á Y u c a t á n . Nuestros lectores
sabrán escoger e n t r e estas dos versiones la que les parezca más verosímil.
LANDA se inclina á la última, a u n q u e también refiere como posible la primera.
(6) Copiamos á continuación un pasaje de BERNAL DÍAZ (obra citada, capílulo I), que dará á nuestros lectores u n a noticia de estas provisiones y una idea
de las privaciones á que entonces estaban sujetos los a v e n t u r e r o s en el Nuevo
M u n d o . «Y desque nos vimos con tres navios y matalotaje de pan cazabe, que
se hace de u n a s raíces que llaman yuca, y c o m p r a m o s puercos que nos costaban
en aquel tiempo á tres pesos, porque eu aquella sazón no había e n la isla de
Cuba vacas ni carneros, y con otros pobres mantenimientos y con rescate de
unas cuentas q u e entre todos los soldados compramos
recogimos los m a r i neros que hubimos menester y el mejor aparejo que pudimos de cables y maromas y a n c l a s y pipas de aguas, y todas otras cosas convenientes para seguir
nuestro viaje, y lodo esto á nuestra costa y minsión.»
A los doce días de su salida, la flota dobló el cabo de San
Antón, y e n t o n c e s el piloto Alaminos gobernó á la b u e n a
de Dios hacia el Occidente, sin s a b e r lo q u e p o d r í a e n c o n t r a r por aquel r u m b o ni conocer el mar á q u e se a r r o j a ba. Poco d e s p u é s sobrevino u n a t o r m e n t a , q u e las naves
p u d i e r o n resistir, acaso p o r q u e sólo d u r ó dos días, y el 3
de marzo d e s c u b r i e r o n un país de q u e ninguno de los viaj e r o s tenía noticia. A dos leguas de la costa vieron una
población con tantas casas blancas y de tal extensión, q u e
por no h a b e r visto todavía ciudad de tal importancia en
toda la A m é r i c a , le dieron el n o m b r e de Gran Cairo (7).
A la m a ñ a n a siguiente, c u a n d o ya los españoles se disponían á d e s e m b a r c a r p a r a visitar la tierra, vieron venir cinco g r a n d e s canoas, q u e se acercaban sin temor á s u s naves.
Subieron á la capitana, por invitación de Córdova, treinta
de ellos, y c a u s a r o n á bordo la misma impresión favorable q u e s u s compatriotas habían h e c h o q u i n c e años a n t e s
en Colón. El jefe de la expedición los obsequió con una c o mida mixta e n t r e a m e r i c a n a y europea (8), y les regaló alg u n a s de esas cuentas de vidrio q u e los indios d u r a n t e la
conquista c a m b i a b a n p o r p u ñ a d o s de oro. Como los e x t r a n j e r o s no t r a í a n i n t é r p r e t e s , la entrevista fué i n f r u c t u o sa. No o b s t a n t e , el jefe de los indios dió á e n t e n d e r por señ a s q u e al siguiente día vendría con mayor n ú m e r o de
canoas, p a r a q u e p u d i e s e n d e s e m b a r c a r s u s h u é s p e d e s .
El cacique—tal por lo m e n o s es el n o m b r e q u e le dan
(7)
BERNAL DÍAZ, ubi supra,
capítulo II.—COGOLLUDO, obra citada, libro I,
capítulo I.—Este pueblo, á que se dio uu n o m b r e tan pretencioso, ¿sería la isla de
las Mujeres? H a y v a r i a s razones p a r a creerlo así, a u n q u e BERNAL DÍAZ, q u e era de
la expedición, s e g ú n h e m o s advertido, n o lo dice.—LANDA (obra citada, § III) pret e n d e q u e H e r n á n d e z de Córdova bajó á la isla, y q u e á la vista d e m u c h a s estatuas de piedra de m u j e r e s casi d e s n u d a s , q u e p r o b a b l e m e n t e r e p r e s e n t a b a n á
Bernal Díaz y Cogolludo—fué fiel á s u p r o m e s a , y al día siguiente se p r e s e n t ó con doce c a n o a s , m o v i d a s por consid e r a b l e n ú m e r o de r e m e r o s . Pasó á la c a p i t a n a , y señalando la costa con la m a n o , les dijo: conex otoch, p a l a b r a s q u e
en el idioma v u c a t e c o q u i e r e n decir: venid con nosotros ó
venid á nuestras casas. Los e s p a ñ o l e s c r e y e r o n q u e aquel
era el n o m b r e de la t i e r r a , y c o r r o m p i e n d o la frase del c a cique, l l a m a r o n Catoche á la p u n t a ó c a b o q u e tenían d e lante de los ojos, y tal es el n o m b r e q u e conserva h a s t a
ahora (9).
Conocido al fin lo q u e el c a c i q u e d e s e a b a por las s e ñ a s
q u e hacía, los e s p a ñ o l e s a r r o j a r o n al a g u a s u s lanchas, y
en éstas, en la más p e q u e ñ a d e s u s n a v e s y en las doce
canoas, b a j a r o n á t i e r r a , a r m a d o s con quince" ballestas y
diez escopetas. El jefe indio les s e ñ a l ó u n o s edificios de
p i e d r a q u e se veían á c i e r t a d i s t a n c i a , y p o r los a d e m a n e s
q u e hacía e n t e n d i e r o n q u e los i n v i t a b a á seguirle. Los españoles, c r e y e n d o q u e los m a y a s s e r í a n tan débiles como
los d e m á s indios q u e h a b í a n c o n o c i d o h a s t a entonces, s i guieron á su h u é s p e d , p a s a n d o e n t r e u n a m u l t i t u d de c u riosos q u e h a b í a a t r a í d o á la playa s u v e n i d a .
N o h a b í a n llegado á los edificios, c u a n d o el cacique dió
voces, y los e x t r a n j e r o s se vieron r e p e n t i n a m e n t e rodeados
de u n a t u r b a de g u e r r e r o s indios, q u e al p r i m e r d i s p a r o
de s u s flechas les h i r i e r o n q u i n c e . Acto c o n t i n u o e m p u ñ a r o n s u s lanzas y s u s espadas, y se a r r o j a r o n sobre los
castellanos con tanto d e n u e d o y brío, q u e se j u n t a r o n pie
con pie con s u s enemigos, s e g ú n la expresión de Bernal
Díaz. Si los de Córdova no h u b i e r a n t e n i d o m a s q u e s u s espadas y ballestas, mal lo h a b r í a n p a s a d o en aquel p r i m e r
e n c u e n t r o con los yucatecos; pero éstos, luego q u e oyeron
la detonación de las escopetas y advirtieron el estrago q u e
Xcliel, á X c h e b e l y a h y á otras diosas de la mitología m a y a , le dió el n o m b r e de
isla de las Mujeres,
(8)
con q u e e s conocida hasta el día.
La c o m i d a se compuso de p a n de cazabe y c a r n e d e cerdo, s e g ú n BER-
NAL D Í A Z .
(9)
CASTILLO y COGOLLUDO, lugares c i t a d o s . - A m b o s historiadores escriben
i n c o r r e c t a m e n t e la frase m a y a q u e h e m o s s u b r a y a d o .
causaban, h u y e r o n , m á s bien s o r p r e n d i d o s q u e derrotados,
dejando en poder d e s u s c o n t r a r i o s dos prisioneros, que
luego fueron l l a m a d o s Julián y Melchor.
Durante la e s c a r a m u z a , el p a d r e González se adelantó á
los edificios, q u e n o e r a n otra cosa q u e adoratorios, y r e cogió algunos ídolos p e q u e ñ o s y varias piezas de oro, q u e
encontró allí, p a r a llevarse á Cuba. Sus compatriotas no
tardaron en s e g u i r l e , y a u n q u e la s u p e r s t i c i ó n les hizo ver
en los ídolos c a r a s d e d e m o n i o s , y algo peor, a d m i r a r o n
las c o n s t r u c c i o n e s d e p i e d r a , p r i m e r a s q u e veían en el Nuevo Mundo, como h a b í a n a d m i r a d o el valor de los n a t u r a les, la fortaleza de s u s a r m a s y la riqueza de s u s trajes.
Todo esto les hizo c r e e r q u e habían d e s c u b i e r t o un país de
g r a n d e i m p o r t a n c i a , y deseosos de reconocerle, se volvier o n á s u s n a v e s p a r a costearle hasta d o n d e p u d i e s e n .
Antón de A l a m i n o s siguió g o b e r n a n d o hacia el Occidente, sin p e r d e r de vista la costa. Al cabo de q u i n c e días, esto
es, el 20 de marzo, d e s c u b r i e r o n los viajeros u n a g r a n p o blación, y cerca de ella u n o s pozos, en q u e advirtieron q u e
los indios t o m a b a n a g u a y la b e b í a n . El agua andaba muy
escasa en la flota, p o r q u e las pipas en q u e venía e r a n de
mala calidad y se salía p o r las j u n t u r a s q u e iba a b r i e n d o el
rigor del clima. A d e m á s , la gente había bebido sin tasa, con
la esperanza de q u e n o t a r d a r í a n en hallar algún río ó arroyo q u e d e s e m b o c a s e e n el m a r , p a r a rellenar s u s envases.
P e r o desvanecidas s u s esperanzas, a c o r d a r o n ir á los pozos,
y se metieron en l a s t r e s l a n c h a s y en la nave m á s p e q u e ña todos los q u e p u d i e r o n caber, p o r q u e la experiencia les
había enseñado c u á n belicosa e r a la g e n t e del país. Llenaron s u s pipas, y se d i s p o n í a n ya á r e e m b a r c a r s e , c u a n d o
se p r e s e n t a r o n c i n c u e n t a indios, cubiertos con sus m a n t a s
ele algodón, q u i e n e s , s e ñ a l a n d o al Oriente, p r o n u n c i a b a n
repetidas veces la p a l a b r a castilán (10). Los castellanos c r e -
yeron oir p r o n u n c i a r el n o m b r e de su patria y entendieronq u e se les p r e g u n t a b a si venían del Oriente. Ellos á s u vez
quisieron saber el n o m b r e del país, y los n a t u r a l e s respondieron q u e se l l a m a b a Campech ó Kinpech. Los españoles
oyeron mal, como s i e m p r e , y le llamaron Campeche, no
obstante q u e antes le h a b í a n dado el n o m b r e de San Lázaro, por ser aquel día el d o m i n g o de Cuaresma q u e el rito
católico llama de Lázaro.
T e r m i n a d a esta c o n f e r e n c i a , en q u e debió de h a b e r i n tervenido m á s de u n a equivocación por falta de i n t é r p r e t e s ,
los indios invitaron á los españoles á pasar á la población
i n m e d i a t a . Aceptaron éstos, y c o n t e m p l a r o n con a d m i r a ción los g r a n d e s templos del pueblo, a d o r n a d o s con varias
figuras de animales e s c u l p i d o s en piedra, y e s p e c i a l m e n t e
con la g r a n s e r p i e n t e , imagen de Kukulcán (11). A l r e d e dor de u n a especie de altar había m a n c h a s frescas de sangre, lo q u e hizo s u p o n e r á los viajeros q u e acababa de
verificarse allí algún sacrificio. Este era sin d u d a parte de
una ceremonia religiosa, q u e en seguida p r e s e n c i a r o n ,
porque no tardaron e n a p a r e c e r varios esclavos cargados
con h a c e s de leña, q u e a r r o j a r o n á la plaza, y dos e s c u a d r o n e s de g u e r r e r o s , a r m a d o s á la usanza del país. P r e s e n t á r o n s e diez s a c e r d o t e s , q u e s a h u m a r o n á los españolés
están conformes en a s e g u r a r q u e los indios de Campeche y Champotón p r o n u n ciaron esta palabra tal cual la hemos escrito. Los españoles creyeron que Ks
preguntaban si eran de Castilla, y con razón se admiraron entonces de oir el
n o m b r e de su patria en u n pais q u e a u n estaban descubriendo. Pero esta admiración debió haber cesado dos años después, cuando se supo que Aguilar y Guerrero habían residido varios años en Yucatán. Parece m u y natural que éstos
hubiesen dicho que eran de Castilla, c u y a palabra grabaron los naturales en s u
memoria, por lo mismo q u e se trataba de hombres de u n a raza tan distinta de
la suya. De paso advertiremos q u e los indios—los de ahora, por lo menos—no
dicen castilán, sino castrón, c u y o n o m b r e aplican á todo lo que es de procedencia española ó europea. Así llaman castrán than al idioma castellano,
castrán
uah al pan de trigo, etc.
(11)
(10)
Todos los historiadores que h a n tratado de la expedición de Córdova,
Véase el capítulo X del übro 1.
15
•con el copal q u e hacían arder en u n o s braserillos de b a r r o ,
y se m e t i e r o n en u n o d e los templos, d e s p u é s de h a b e r
m a n d a d o p r e n d e r fuego á la leña. Luego q u e ésta comenzó
á a r d e r , dejóse oir u n a música salvaje, c o m p u e s t a de t r o m petas y tunkules, á la cual no tardaron en mezclarse los
gritos y d e s t e m p l a d a s voces de los g u e r r e r o s . Los e s p a ñ o les, á q u i e n e s los sacerdotes habían indicado con s u s g e s tos q u e se r e t i r a r a n , acabaron de resolverse con este aparato belicoso y c o r r i e r o n , llenos de t e m o r , á s u s bateles.
Siguió la flota s u r u m b o hacia el Occidente, y á los seis
días de navegación sobrevino uno de esos nortes q u e son
t a n f r e c u e n t e s e n el golfo, y q u e puso en grave riesgo á
los expedicionarios. Tuvieron la f o r t u n a de q u e sólo d u rase c u a t r o días, al c a b o de los cuales dieron vista á u n a
e n s e n a d a y á u n g r a n pueblo. La necesidad de agua los
obligó otra vez á d e s e m b a r c a r , lo q u e verificaron todos,
con excepción de q u i n c e marineros q u e se q u e d a r o n ai
cuidado de las dos n a v e s mayores. Encontraron u n o s pozos,
con cuya a g u a c o m e n z a r o n á llenar sus vasijas; p e r o no
habían tenido t i e m p o d e embarcarlas, cuando se vieron
cercados por n u m e r o s o s escuadrones de indios q u e , como
los de Campeche, s e ñ a l a b a n al Este y p r o n u n c i a b a n la p a labra castilán. Comenzaba á e n t r a r la noche, y los e s p a ñoles c r e y e r o n m á s p r u d e n t e pasarla en tierra q u e volver
á e m b a r c a r s e con la oscuridad. Pusieron centinelas, y en
vano i n t e n t a r o n conciliar el sueño, p o r q u e á cada instante
se sentía r u i d o de n u e v a gente q u e llegaba al c a m p a m e n t o i n d í g e n a . Celebróse una especie de consejo, y a u n q u e h u b o quien o p i n a s e por el r e e m b a r q u e i n m e d i a t o , se
acordó e s p e r a r el día, confiando en la clemencia del cielo.
A la m a ñ a n a s i g u i e n t e , los españoles se llenaron de p a vor, viendo la g r a n m u c h e d u m b r e de indios q u e los tenía
cercados. Dióse p r i n c i p i o al combate con la a c o s t u m b r a d a
lluvia de flechas; p e r o los guerreros aborígenes no se cont e n t a r o n con esto, sino que, como los de Catoche, al cabo
de poco tiempo se a r r o j a r o n sobre s u s contrarios, a r m a d o s
de lanzas y e s p a d a s q u e m a n e j a b a n á dos manos. Los castellanos se vieron en gravísimo aprieto, y á pesar de su
d e n u e d o y de la s u p e r i o r i d a d de s u s a r m a s , los yucatecos,
en vez de c e d e r , se a u m e n t a b a n , y se les veía p o n e r s e en
cuclillas t r a n q u i l a m e n t e en el campo de batalla, para c o m e r
los a l i m e n t o s q u e niños y m u j e r e s les traían de la población i n m e d i a t a . El suelo comenzaba á s e m b r a r s e de c a d á v e r e s , y a u n q u e los españoles no perdían tiempo, p o r q u e
m i e n t r a s u n o s cargaban las a r m a s los otros las d i s p a r a b a n , s u n ú m e r o se disminuía m á s á cada instante, y los
q u e a u n se sostenían en pie estaban cubiertos de heridas.
E n t r a n c e tan amargo, Córdova m a n d ó r o m p e r el cerco
del lado de la m a r , y a u n q u e consiguió su objeto, los y u catecos persiguieron á su gente, azuzándose m u t u a m e n t e
con s u s gritos, e n t r e los cuales se oía el de «al Halacli uin i c i , q u e q u i e r e decir: al jefe ó capitán. Los fugitivos se
a r r o j a r o n con tal desorden á s u s lanchas, q u e éstas zozob r a r o n con el peso y algunos sólo p u d i e r o n salvarse
n a d a n d o , asidos con u n a m a n o á los b o r d e s . Los indios,
a n i m a d o s con su victoria, se metieron en sus canoas y
c o n t i n u a r o n el c o m b a t e en el m a r . Felizmente p a r a s u s
adversarios, u n a de las naves, q u e se había q u e d a d o á distancia, se a p r o x i m ó á la costa y pudo recogerlos á tiempo.
El lugar d o n d e se verificóesta m e m o r a b l e acción e r a
llamado p o r los n a t u r a l e s Potonchán\ los españoles le p u sieron el n o m b r e de Bahía de la mala pelea, y hoy se llama
Champotón.
Recogidos los castellanos á s u s naves, conocieron todo
el h o r r o r de s u situación. Faltaban c i n c u e n t a y siete de
sus c o m p a ñ e r o s , de los cuales c i n c u e n t a habían s u c u m b i d o
en el c a m p o d e batalla, cinco q u e m u r i e r o n de allí á poco,
porque el agua del mar enconó s u s heridas, y dos, finalm e n t e , q u e los indios cogieron vivos, y q u e p r o b a b l e m e n t e
inmolaron luego en el altar de los sacrificios. El resto de
los combatientes—con excepción de un soldado llamado
Berrio—salió
t a n mal parado, q u e el q u e m e n o s tenía d o s
ó t r e s heridas. El a n i m o s o H e r n á n d e z de Córdova sacó
doce.
Reducidos los castellanos á una escasa m i t a d de su n ú mero, acordaron volver á Cuba p a r a d a r c u e n t a de una expedición q u e ya no podían c o n t i n u a r . Quemaron u n a de
s u s naves, p o r q u e ya no la n e c e s i t a b a n y p o r q u e carecían
de m a r i n e r o s q u e la g o b e r n a s e n . No p u d i e n d o e n c o n t r a r
agua en la costa de Yucatán, pasaron á la Florida, d o n d e
tuvieron un e n c u e n t r o con los indios y d o n d e Berrio, q u e
cometió la i m p r u d e n c i a d e i n t e r n a r s e en un bosque, d e s apareció para s i e m p r e . Llegaron por fin los expedicionarios á la Habana, d o n d e m u r i e r o n c u a t r o de s u s heridas.
Córdova m u r i ó también de las suyas en su e n c o m i e n d a .
La fama del d e s c u b r i m i e n t o de Yucatán se extendió i n m e d i a t a m e n t e por toda la isla. Los a v e n t u r e r o s q u e habían
sobrevivido á la expedición, contaban cosas maravillosas
de este país. P o n d e r a b a n el n ú m e r o de indios q u e lo poblaban, s u s a r m a s , s u valor, s u s t r a j e s de algodón, las casas de manipostería q u e c o n s t r u í a n y el e s m e r o con q u e
cultivaban la tierra. Aseguraban t a m b i é n q u e había m u c h o
oro, á pesar de la pobreza de las m u e s t r a s q u e habían traído. Interrogados los prisioneros Julián y Melchor sobre
este último punto, r e s p o n d i e r o n q u e existía en a b u n d a n cia.
Por este tiempo comenzó á d a r s e el n o m b r e de Yucatán
á la tierra n u e v a m e n t e d e s c u b i e r t a , sin q u e se sepa fijam e n t e quién fué el p r i m e r o q u e arrojó al público esta palabra ni la circunstancia á q u e deba su origen. Cuando Bernal Díaz del Castillo, u n o de los expedicionarios, fué á
visitar al gobernador de Cuba, éste le p r e g u n t ó q u e si ya
había sanado de s u s h e r i d a s para volver á Yucatán. Sor• prendido el soldado de q u e se diese á la Península u n nomb r e q u e él mismo no conocía, p r e g u n t ó riendo quién se lo
había dado. — J u l i á n y Melchor, respondió Diego Velázque (12). Pero la verdad es q u e los p o b r e s prisioneros de
Cabo Catoche no p u d i e r o n ser los inventores de esta denominación, p o r q u e los detalles con q u e se refiere el h e c h o
lo hacen inverosímil. Dícese q u e u n o s indios c u b a n o s q u e
preparaban un t e r r e n o para s e m b r a r yuca, p r e g u n t a r o n á
los dos mayas si aquel fruto se producía en su país; y q u e
h a b i e n d o contestado éstos a f i r m a t i v a m e n t e , añadiendo q u e
aquí se daba el n o m b r e de tale á la t i e r r a en q u e se cultiva, de las dos p a l a b r a s s u b r a y a d a s se formó el n o m b r e de
Yucatán (13). Nuestros lectores, q u e saben sin d u d a q u e
no hay t i e r r a en la Península á q u e se dé el n o m b r e de
tale, y q u e la yuca se dice en lengua maya oiim, c o m p r e n d e r á n p e r f e c t a m e n t e q u e esta versión carece de f u n d a mento.
Dícese también q u e c u a n d o Francisco H e r n á n d e z de Córdova p r e g u n t ó á los p r i m e r o s yucatecos con q u i e n e s habló
cuál e r a el n o m b r e de su país, éstos r e s p o n d i e r o n : Tectetán, cubi athan, ó Matan cauyi athan, palabras q u e , según
C.ogolludo, significan «no entiendo t u s palabras». Añádese
q u e los españoles, q u e e n t e n d i e r o n mal la r e s p u e s t a y la
oyeron peor, creyeron que se les había dicho el n o m b r e
de la tierra, y desde e n t o n c e s la llamaron Yucatán (14).
El lector yucateco sabe p e r f e c t a m e n t e q u e la frase «no entiendo t u s palabras» se t r a d u c e en lengua maya por esta:
ma tin naatic á than. Pero puesto q u e de suposiciones se
trata, t a m b i é n podría c r e e r s e q u e los indios, al oir en boca
de Córdova un l e n g u a j e t a n e x t r a ñ o p a r a ellos, se h u b i e s e n
dicho los u n o s á los otros uy u than (oye ese lenguaje),
frase cuyo sonido se a p r o x i m a m á s al de Yucatán q u e cualquiera otra de las ya m e n c i o n a d a s . Todas estas versiones
•
(12)
BBRNAL DÍAZ DEL CASTILLO, o b r a c i t a d a , c a p í t u l o
(13)
IDEM, c a p í t u l o V I .
(14)
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
VII.
libro II, capitulo I.
son verosímiles; pero ninguna de ellas está suficientem e n t e apoyada en la Historia.
Se lia pretendido, por último, que de la contracción de
Yucalpetén, antiguo n o m b r e de la Península, se formó el
que tiene en la actualidad (15). Pero esta opinión tiene en
contra el testimonio de Cogolludo, quien asegura que antiguamente no se designaba á este país con un n o m b r e genérico (16), y el de Bernal Díaz del Castillo, al cual causó
risa lá palabra Yucatán, porque, según asegura, en el idioma de los indios no se llamaba así (17).
C A P I T U L O IV
1518-1519
Nuevas expediciones al continente s e p t e n t r i o n a l . — J u a n de Grijal v a — B a t a l l a
(15)
Véase el capítulo III, libro 1, de esta historia.
de C h a m p o t ó n . - H e r n á n C o r t é s . - S u residencia e n Cozumel.—Disposiciones
(16)
COGOLLUDO, ubi
que toma para rescatar á los españoles cautivos en la P e n í n s u l a . - L l e g a d a de
(17)
Lugares citados.
supra.
Aguilaral campamento.
Las noticias q u e circulaban en Cuba s o b r e la península
de Yucatán, impresionaron de tal m a n e r a al gobernador
Diego Velázquez, que i n m e d i a t a m e n t e dió cuenta al Consejo de Indias, atribuyéndose toda la gloria del d e s c u b r i miento (1). Entretanto, comenzó á hacer los preparativos
de una segunda expedición, para la cual compró dos n a vios, que se unieron á otros dos que habían vuelto de la
p r i m e r a . Alistáronse p a r a tomar parte en la empresa doscientos c u a r e n t a aventureros, entre los cuales figuraban
todos los q u e habían vuelto con vida del viaje anterior.
Hallábanse por aquel tiempo en Cuba cuatro h o m b r e s
destinados á hacerse célebres en la historia de los d e s c u brimientos y conquistas de América, y q u e por entonces
no eran m á s q u e u n o s simples encomenderos. Llamábanse
Juan de Grijalva, Pedro d e Alvarado, Francisco Montejo y
Alonso d e Avila. El primero, joven de veintiocho años y
(1)
BERNAL DÍAZ DEL CASTILLO, Historia
la Nueva España,
capítulo VII.
verdadera
de
la
conquista
de
son verosímiles; pero ninguna de ellas está suficientem e n t e apoyada en la Historia.
Se ha pretendido, por último, que de la contracción de
Yucalpetén, antiguo n o m b r e de la Península, se formó el
que tiene en la actualidad (15). Pero esta opinión tiene en
contra el testimonio de Cogolludo, quien asegura que antiguamente no se designaba á este país con un n o m b r e genérico (16), y el de Bernal Díaz del Castillo, al cual causó
risa lá palabra Yucatán, porque, según asegura, en el idioma de los indios no se llamaba así (17).
C A P I T U L O IV
1518-1519
Nuevas expediciones al continente s e p t e n t r i o n a l . — J u a n de Grijal v a — B a t a l l a
(15)
Véase el capítulo 111, libro 1, de esta historia.
de C h a m p o t ó n . - H e r n á n C o r t é s . - S u residencia e n Cozumel.—Disposiciones
(16)
COGOLLUDO, ubi
que toma para rescatar á los españoles cautivos en la P e n í n s u l a . - L l e g a d a de
(17)
Lugares citados.
supra.
Aguilaral campamento.
Las noticias q u e circulaban en Cuba s o b r e la península
de Yucatán, impresionaron de tal m a n e r a al gobernador
Diego Velázquez, que i n m e d i a t a m e n t e dió cuenta al Consejo de Indias, atribuyéndose toda la gloria del d e s c u b r i miento (1). Entretanto, comenzó á hacer los preparativos
de una segunda expedición, para la cual compró dos n a vios, que se unieron á otros dos que habían vuelto de la
p r i m e r a . Alistáronse p a r a tomar parte en la empresa doscientos c u a r e n t a aventureros, entre los cuales figuraban
todos los q u e habían vuelto con vida del viaje anterior.
Hallábanse por aquel tiempo en Cuba cuatro h o m b r e s
destinados á hacerse célebres en la historia de los d e s c u brimientos y conquistas de América, y q u e por entonces
no eran m á s q u e u n o s simples encomenderos. Llamábanse
Juan de Grijalva, Pedro d e Alvarado, Francisco Montejo y
Alonso d e Avila. El primero, joven de veintiocho años y
(1)
BERNAL DÍAZ DEL CASTILLO, Historia
la Nueca España,
capítulo VIL
verdadera
de
la
conquista
de
pariente de Velázquez, fué elegido p a r a jefe de la expedición. Tomó el m a n d o de la m a y o r de las naves, y á los tres
últimos confió el de las r e s t a n t e s . Los m i s m o s pilotos q u e
sirvieron en el viaje a n t e r i o r se p r e s e n t a r o n á servir en
este, y en cuanto al capellán y al veedor—dos f u n c i o n a r i o s
sin los cuales no podía a c o m e t e r s e n i n g u n a e m p r e s a de este
género—era el p r i m e r o el P. J u a n Díaz, y el s e g u n d o u n
hidalgo llamado Peñalosa. P o r último, iban de i n t é r p r e t e s
Julián y Melchor, q u e habían sido ya cristianizados y q u e
comenzaban á t a r t a m u d e a r el español.
Provistas las naves de b a s t i m e n t o s y a r m a s , costeadas
e n t r e el g o b e r n a d o r , los c a p i t a n e s y algunos soldados, la
flota se dió á la vela en el p u e r t o de Matanzas, á 15 de
abril de 1518 (2). A los diez días dobló el cabo de San Antón, y á los ocho siguientes d e s c u b r i e r o n los españoles u n a
isla que no habían visto en el viaje a n t e r i o r , s e g u r a m e n t e
p o r q u e en este habían sido desviados de su r u m b o por las
corrientes. Esta isla, q u e hoy se llama Cozumel, tenía
entre los indios el n o m b r e de Cuzamil ó Cuzamail, q u e en
su idioma q u i e r e decir tierra de las golondrinas (3). En
cuanto á los expedicionarios, la llamaron isla de Santa
Cruz, p o r h a b e r l a d e s c u b i e r t o á 3 de mayo (4).
Con b u e n n ú m e r o de g e n t e y a r m a s , Grijalva d e s e m barcó en un p u n t o de la costa limpio de los arrecifes q u e
rodean la isla. Cerca de allí había un pueblo, cuyos h a b i tantes h u y e r o n á la vista de los españoles, con e x c e p c i ó n
(2)
BERNAL DÍAZ ( u b i supra,
c a p í t u l o V I I I ) y COGOLLUDO ( o b r a c i t a d a , l i b r o I,
capítulo III) dicen que f u é el 5.—HERRERA pretende que la flota salió de S a n tiago de Cuba el 8 de abril, y PRESCOTT, q u e cita un manuscrito del capellán
de la expedición, asegura q u e f u é á 1 / de m a y o . — N o s o t r o s no hemos adoptado
n i n g u n a de estas fechas, y sí la del texto; porque habiendo llegado Grijalva á
Cozumel el día de la Cruz, que es el 3 de mayo, después de dieciocho días de
de dos viejos, á q u i e n e s detuvo la imposibilidad de c o r r e r .
El capitán acarició á estos v e n e r a b l e s sexagenarios; les r e galó c u e n t a s verdes, y por m e d i o de los i n t é r p r e t e s les dijo
q u e fuesen á l l a m a r á los fugitivos; pero éstos se hicieron
sordos al llamamiento y no p e r m i t i e r o n volver á los embajadores. El mismo éxito corrió u n s e g u n d o m e n s a j e q u e se
les m a n d ó con u n a india de J a m a i c a q u e p o r u n a casualidad se hallaba en Cozumel. Estos tímidos isleños no parecían compatriotas de los hijos de Catoche y P o t o n c h á n .
La flota volvió á darse á la vela, dobló el Cabo Catoche
y á los ocho días dió vista á Champotón. Los españoles
manifestaron deseos de d e s e m b a r c a r , p a r a vengar la d e rrota sufrida en el año a n t e r i o r . Grijalva accedió á s u s d e seos y ordenó q u e c u a n t o s e s t a b a n á bordo, á excepción
de los marineros, b a j a s e n e n dos m i t a d e s á tierra. La p r i m e r a sección d e s e m b a r c ó con h a r t a dificultad, p o r q u e los
indios comenzaron á d i s p a r a r s u s flechas d e s d e la playa, y
las lanchas q u e volvieron á las n a v e s por la s e g u n d a m i t a d ,
iban ya m a n c h a d a s con h a r t a s gotas de s a n g r e española.
Juntos ya todos los a v e n t u r e r o s en la costa, el c o m b a t e
se e m p e ñ ó con mayor e n c a r n i z a m i e n t o . Los españoles iban
ahora m e j o r a r m a d o s , p o r q u e llevaban falconetes, q u e
eran u n o s c a ñ o n e s de corto calibre, y oceauipiles, especie
de coraza indígena, h e c h a de algodón, q u e e r a u n a e x c e lente defensa contra las flechas (5). En c u a n t o á los indios,
se hallaban en peor condición q u e la p r i m e r a vez, p o r q u e
ahora h a b í a n sido s o r p r e n d i d o s , hasta cierto p u n t o , y no
habían tenido tiempo de l l a m a r á los a g u e r r i d o s soldados
del interior. No obstante, p e l e a r o n con tanto valor, q u e
m a t a r o n á tres castellanos é h i r i e r o n á m á s de s e s e n t a ,
e n t r e los cuales se halló el m i s m o Grijalva, q u e sacó t r e s
flechazos y perdió dos d i e n t e s . Los indios se r e t i r a r o n al
navegación—hechos q u e el mismo BERNAL refiere—es evidente que salió el 15
de abril de Matanzas.
(3)
COGOLLUDO, ubi
(4)
BEP.NAI. D Í A Z y COGOLLUDO,
supra.
ibidern.
(5)
COGOLLUDO, logar citado.
fin, no pudiendo resistir á la superioridad de las a r m a s
europeas.
Los expedicionarios visitaron entonces el pueblo, q u e no
habían podido v e r en el p r i m e r viaje. E n c o n t r á r o n l e desierto y d e s m a n t e l a d o , y después de e n t e r r a r á sus m u e r tos y c u r a r á s u s heridos, hicieron varias gestiones para
h a c e r volver á los fugitivos, enviándoles de regalo algunas
fruslerías. Pero no habiendo conseguido su objeto, t o r n a r o n
á e m b a r c a r s e , y navegando siempre al Occidente, d e s c u brieron u n a laguna, q u e llamaron de Términos, p o r q u e
Antón de Alaminos, q u e sostenía desde s u p r i m e r viaje
q u e Yucatán e r a u n a isla, creyó de p r o n t o q u e esta laguna
ponía t é r m i n o s á la t i e r r a descubierta. No t a r d ó en r e c o nocerse q u e Yucatán e r a p a r t e del continente; pero a u n q u e se advirtió el e r r o r , el lugar q u e d ó bautizado p a r a
siempre con el n o m b r e q u e le dió aquel célebre piloto.
Juan de Grijalva continuó su viaje y r e c o r r i ó la costa del
golfo mexicano hasta el río Pánuco. Entonces se volvió á
Cuba, d e s p u é s de h a b e r dado su n o m b r e de familia al río
de Tabasco, y el de pila á la isla q u e está e n f r e n t e de Veracruz (6). Los ricos d e s c u b r i m i e n t o s q u e hizo en este viaje, y q u e abrieron á H e r n á n Cortes las p u e r t a s del I m p e rio de Moctezuma, t e r m i n a n la c a r r e r a de Grijalva, p o r q u e
su n o m b r e no vuelve á sonar j a m á s en la historia del
Nuevo Mundo.
El oro recogido en esta última expedición, la noticia de
q u e la tierra d e s c u b i e r t a e r a u n vasto c o n t i n e n t e y las d o r a d a s nuevas a d q u i r i d a s sobre el opulento Anáhuac, i m p r e sionaron v i v a m e n t e el ánimo del ambicioso g o b e r n a d o r de
Cuba. Despachó á s u capellán á la corte con el real q u i n t o
del oro traído del último viaje, y le autorizó p a r a solicitar
q u e le p e r m i t i e s e n c o n q u i s t a r y colonizar Jos países d e s c u -
biertos. P e r o c o m o el m e n s a j e r o podía t a r d a r demasiado,
comenzó á h a c e r los p r e p a r a t i v o s de u n a t e r c e r a e x p e d i ción, q u e d e b í a c o r r e s p o n d e r á la i m p o r t a n c i a del d e s c u b r i m i e n t o . E n b r e v e tiempo tuvo d i s p u e s t a s diez naves, y
como l o s g a s t o s q u e la e m p r e s a exigía d e b í a n ser c u a n t i o sos, b u s c ó q u i e n l e a y u d a s e á s o p o r t a r l o s .
En m e d i o d e s u s disposiciones, i n q u i e t a b a m u c h o á Velázquez la e l e c c i ó n de la p e r s o n a á q u i e n d e b í a confiar el
m a n d o d e u n a flota t a n f o r m i d a b l e . P r o p u s i é r o n l e varios
c a n d i d a t o s , q u e él r e h u s ó s u c e s i v a m e n t e , t e m i e n d o q u e se
alzasen p a r a u s u p a r l e la gloria y las utilidades del d e s c u b r i m i e n t o . P o r ñ n , d e s p u é s de m u c h a s d u d a s y vacilaciones, s e fijó e n u n h o m b r e q u e le r e c o m e n d a r o n s u secretario, A n d r é s d e l Duero, y el c o n t a d o r del rey, A m a d o r de
Lares (7). E r a é s t e u n hidalgo e x t r e m e ñ o , llamado H e r n á n
Cortés, q u e p o d í a c o n t r i b u i r á los gastos de la e m p r e s a ,
p o r q u e t e n i a e n c o m i e n d a de indios e n Cuba. Dióse prisa
p a r a q u e le firmaran s u s despachos, y luego q u e los tuvo
en s u m a n o , h i z o p r e g o n a r á son de t a m b o r e s la e x p e d i ción y c o n s i g u i ó q u e se alistasen b a j o s u b a n d e r a casi t o dos los a v e n t u r e r o s ociosos q u e vagaban p o r la isla. Desp u é s de v a r i o s i n c i d e n t e s , en q u e estuvo á p i q u e de ser
despojado del m a n d o , s u p o al fin b u r l a r la suspicacia y la
vigilancia del g o b e r n a d o r , y se dió á la vela del p u e r t o de
la T r i n i d a d á 10 de f e b r e r o de 1519.
Antón de A l a m i n o s , q u e t a m b i é n e n esta t e r c e r a expedición e r a el m á s caracterizado de los pilotos, recibió orden
de g o b e r n a r h a c i a la isla de Cozumel, d o n d e el general h a bía m a n d a d o q u e se r e u n i e s e n t o d o s los navios, p o r q u e
q u e r í a h a c e r allí u n a r e s e ñ a de s u s f u e r z a s . Los indios, según c o s t u m b r e d e la isla, h u y e r o n á la vista de los e s p a ñoles; pero H e r n á n Cortés, q u e d e s d e e s t e m o m e n t o e m (7)
(6) No referimos los pormenores de esta parte de la expedición, porque no
pertenecen á la historia de Yucatán.
H e r n á n Cortés consiguió esta recomendación ofreciendo al contador y
al secretario que partirían entre los tres el oro que trajese de la N u e v a E s p a n a .
pezó ú desplegar la política q u e m á s Larde le valió el i m perio de Moctezuma, tomó un afectado interés por los
n a t u r a l e s y o r d e n ó q u e se Ies devolviesen algunos objetos
de q u e habían sido despojados por Pedro de Alvarado. Dió
libertad á tres indios que éste había cogido en el m o m e n t o
de d e s e m b a r c a r , y haciéndoles regalos de poco valor, les
dijo que fuesen á b u s c a r á s u s c o m p a t r i o t a s , asegurándoles
q u e serían r e s p e t a d a s sus vidas y haciendas. Los indios, que
vieron en libertad á los cautivos y r e s t i t u i d o s los objetos
robados, e m p e z a r o n á a c e r c a r s e poco á poco al c a m p a m e n t o español, d o n d e , gracias á la disciplina q u e el g e neral empezaba á i n t r o d u c i r en su tropa, fueron tratados
con m u c h a s c o n s i d e r a c i o n e s .
E n t a b l á r o n s e luego varias pláticas e n t r e los isleños y s u s
h u é s p e d e s , s i r v i e n d o de i n t é r p r e t e el indio Melchor, p o r q u e su c o m p a ñ e r o Julián había ya m u e r t o por aquella época (8). En uno d e estos coloquios, los i n d í g e n a s s o l t á r o n l a
e s t u p e n d a noticia de que en el c o n t i n e n t e , q u e se divisaba
á catorce millas de distancia, había algunos h o m b r e s con
b a r b a s , s e m e j a n t e s á los españoles, q u e no e r a n n a t u r a l e s
de Yucatán, y q u e e r a n esclavos de u n cacique cuyo d o micilio distaba d e la costa vecina dos días de camino. Hern á n Cortés recogió e n t r e los noticiosos todos los i n f o r m e s
q u e pudo sobre estos cautivos, y no d u d a n d o q u e fuesen
europeos, pensó en rescatarlos, i m a g i n a n d o q u e podían
serle de m u c h a u t i l i d a d u n o s h o m b r e s q u e habían residido
por largo tiempo e n el país. Llamó con este objeto á los
indios q u e a s e g u r a b a n haberlos visto en el c o n t i n e n t e , los
colmó de regalos y les o r d e n ó q u e pasasen á la residencia
de aquéllos p a r a e n t r e g a r l e s la carta q u e h e m o s insertado
en un capítulo a n t e r i o r . Los llamados consintieron en prest a r el servicio q u e s e exigía de ellos, s i e m p r e q u e se les
diesen algunos o b j e t o s de valor para pagar el r e s c a t e de
(8)
BERNAL DÍAZ, obra citada, capítulo X X V .
los esclavos. H e r n á n Cortés accedió y les entregó varias
fruslerías de E u r o p a . Dispuso luego q u e los m e n s a j e r o s
fuesen llevados al Cabo Catoche en dos naves, q u e p u s o al
mando de Diego de Ordaz, previniéndole q u e d e s e m b a r case allí á aquéllos, y q u e si á los ocho días no habían vuelto, se t o r n a s e á Cozumel. Hízose todo lo q u e el jefe había
dispuesto, y los a v e n t u r e r o s q u e d a r o n a g u a r d a n d o el éxito
de la e m b a j a d a con cierta curiosidad q u e no carecía de
impaciencia.
Por este t i e m p o tuvo lugar en la isla un incidente q u e no
debemos o m i t i r , p o r s e r el p r i m e r paso q u e se dió p a r a
cumplir con el objeto ostensible de la conquista. Ya h e m o s
dicho q u e Cozumel e r a uno de los p r i m e r o s s a n t u a r i o s q u e
tenían los yucatecos, y esta circunstancia es b a s t a n t e p a r a
c o m p r e n d e r q u e las c e r e m o n i a s religiosas se c e l e b r a b a n
allí con h a r t a f r e c u e n c i a . U n a m a ñ a n a notaron los e s p a ñoles q u e los indios se r e u n í a n en considerable n ú m e r o
alrededor de u n t e m p l o piramidal, á cuya cima no t a r d ó
en subir un sacerdote, a d o r n a d o con s u s vestiduras sagradas, quien h a b l ó y fué escuchado r e s p e t u o s a m e n t e por la
m u l t i t u d . H e r n á n Cortés quiso s a b e r el objeto de este discurso, y Melchor le i n f o r m ó q u e era un sermón idolátrico.
E n t o n c e s el a v e n t u r e r o e x t r e m e ñ o , q u e parecía t a n apto
para la c a r r e r a eclesiástica como p a r a la de las a r m a s ,
hizo á su vez u n a plática sagrada á aquellos gentiles, en
que d e s p u é s de explicarles b r e v e m e n t e los principios del
Catolicismo, les e x h o r t ó á q u e a b a n d o n a s e n s u s ídolos,
q u e los c o n d u c í a n i n d u d a b l e m e n t e al infierno, y á q u e
abrazasen la religión de Cristo, ú n i c o manantial de b i e n e s
en toda la t i e r r a . Melchor t r a d u j o esta pieza oratoria con
la imperfección q u e se deja c o m p r e n d e r , m u c h o m á s si se
considera q u e e r a trasladada á un idioma q u e , a u n q u e el
m á s rico tal vez de América, no tiene suficientes palabras
para e x p r e s a r las ideas abstractas. Los indios, no o b s t a n t e ,
entendieron con espanto q u e se les quería hacer m u d a r de
religión y r e s p o n d i e r o n que los dioses q u e adoraban eran
los m i s m o s q u e d e s d e tiempo i n m e m o r i a l habían venerado
s u s mayores, y q u e no tenían motivos para d u d a r de su
origen divino, puesto q u e ellos eran los q u e hacían madur a r s u s s e m e n t e r a s , los que daban salud á s u s adeptos y
los q u e los colmaban de prosperidades. Aconsejaron á los
españoles q u e no t o c a s e n á sus aras, p o r q u e serían castigados con la pérdida d e sus naves en el m a r . H e r n á n Cortés no e s c u c h ó el consejo, y á una señal q u e hizo, varios
soldados se subieron al adoratorio y precipitaron al llano
los ídolos. Hizo en seguida b l a n q u e a r con cal una especie
de capilla; se colocaron en ella una cruz y una imagen de
la Virgen María, y el p a d r e Juan Díaz dijo una misa, q u e
todos los españoles y los indios m i s m o s oyeron con d e voción.
Esta fué la p r i m e r a vez q u e la religión cristiana fué p r e dicada en los dominios de Yucatán, y H e r n á n Cortés q u e d ó
m u y satisfecho del éxito, p o r q u e los indios, q u e vieron impotentes en t i e r r a á s u s Ídolos y t r i u n f a n t e s á los sacrilegos
e x t r a n j e r o s , c r e y e r o n q u e los dioses de éstos eran m á s p o derosos, y se h u m i l l a r o n á adorarlos con una resignación
v e r d a d e r a m e n t e estoica.
Pocos días d e s p u é s de este episodio, Diego de Ordaz volvió con s u s naves de Cabo Catoche, d o n d e había a g u a r d a d o
i n ú t i l m e n t e la vuelta de los m e n s a j e r o s q u e habían ido en
busca de los españoles cautivos. E n t o n c e s H e r n á n Cortés,
no t e n i e n d o ya n a d a q u e hacer en aquella isla, que ofrecía
m u y poco espacio á s u ambición, tornó á e m b a r c a r s e con toda su g e n t e , q u e se componía de quinientos ocho soldados
y ciento n u e v e h o m b r e s de m a r . Pero todavía la flota no
había p e r d i d o de vista la isla, c u a n d o tuvo q u e volver á
ella, p o r q u e la nave en q u e iban las provisiones del ejército
estaba haciendo agua y era necesario r e p a r a r l a .
Este c o n t r a t i e m p o c a u s ó un retardo de c u a t r o días, en
uno de los cuales se vió venir del continente una canoa
que, h a b i e n d o llegado á Cozumel, dejó en tierra á siete i n dividuos, q u e todos p a r e c í a n indios. Por tales los tomó al
m e n o s A n d r é s d e Tapia, q u e había ido á reconocerlos de
orden de Cortés, p u e s los siete traían por ú n i c o t r a j e la
exigua pampanilla, q u e sólo vestían los indios esclavos y los
h o m b r e s de la clase m á s ínfima de la sociedad. Pero cuál
fué s u a s o m b r o c u a n d o u n o de los recién llegados se a d e lantó á él y, en u n l e n g u a j e no m u y castizo, le dijo estas pocas p a l a b r a s : «Dios é Santa María é Sevilla» (9). Tapia le
abrazó y le c o n d u j o al c a m p a m e n t o , g r i t a n d o q u e había
venido de Catoche u n o de los españoles q u e e s t a b a n c a u t i vos en el c o n t i n e n t e . Todo el m u n d o , incluso Cortés, p r e g u n t a b a d ó n d e e s t a b a el español. Era q u e el antiguo esclavo de May, a d e m á s de su desnudez, traía cortado el cabello
como todos los siervos, y su color m o r e n o por naturaleza
se había p u e s t o igual al de los indios, b a j o el a r d i e n t e sol
de Yucatán.
H e r n á n Cortés les hizo vestir i n m e d i a t a m e n t e , le sentó á
su m e s a y manifestó c u r i o s i d a d de saber q u i é n era el cautivo y cuál e r a la a v e n t u r a e x t r a o r d i n a r i a q u e le había llevado á tal condición. El español dijo l l a m a r s e J e r ó n i m o de
Aguilar, y a h o g á n d o s e bajo su nuevo t r a j e e u r o p e o y g u s t a n d o poco de aquellos m a n j a r e s y vinos q u e hacía ocho
años no p r o b a b a , contó á H e r n á n Cortés la historia q u e ya
conoce el lector.
Aguilar no cabía en sí de gozo al verse e n t r e s u s c o m p a triotas, a u n q u e p a r e c e q u e allí mismo recibió tristes noticias de su familia (10). Ofreció servir al general, q u e era su
(9)
(10)
BERNAL DÍAZ, c a p í t u l o
XXIX.
PEDRO MÁRTYR, c i t a d o p o r WASHINGTON
IRVING, d i c e q u e c u a n d o
se
esparció por Europa el vago r u m o r de que Aguilar habia caído cautivo entre
los indios, su m a d r e perdió el juicio, y que cada vez q u e veía carne asada en la
mesa, daba gritos exclamando: «;Oh m a d r e desventurada! Siempre tienes á la
mesa la carne de tu hijo, devorado por los caníbales.»
salvador, en todo c u a n t o le m a n d a s e , y éste le n o m b r ó
desde luego su i n t é r p r e t e (11).
El 4 de marzo del año a r r i b a citado, H e r n á n Cortés y t o das sus tropas volvieron á e m b a r c a r s e , siguiendo s i e m p r e
el r u m b o de Occidente. Pero a q u í d e b e m o s p e r d e r l o s d e
vista, p o r q u e la m e m o r a b l e e m p r e s a q u e acometieron d e s de e n t o n c e s hasta el 13 de agosto de 1521, en q u e la g r a n
Tenochtitlán cayó en poder de los expedicionarios, no pertenece ya á la historia de la P e n í n s u l a .
CAPITULO V
Impresión que causan en los m a y a s las expediciones españolas.— S u atención
se fija especialmente en la cruz.—Chilam Balam.—Otros sacerdotes gentiles á
(11)
Jerónimo de Aguilar c o n t r i b u y ó m u c h o á la conquista de México, n o
sólo como intérprete, sino también como soldado. H e r n á n Cortés premió sus
servicios n o m b r á n d o l e regidor de S e g u r a de la F r o n t e r a , cuya plaza le c o n f i r m ó
el rey en 1523 (Arckico
mexicano,
quienes se atribuye el don de profecía.—¿El Cristianismo fué predicado en
América antes del descubrimiento?—Examen d é l o s f u n d a m e n t o s en que se
apoyan los defensores de esta opinión.
tomo II, página 183). BERNAL DÍAZ ( o b r a
citada, capítulo CCV) dice que m u r i ó tullido de
bubas.
Las tres expediciones de q u e a c a b a m o s de hablar d e b i e ron p r o d u c i r un efecto terrible en toda la P e n í n s u l a . A u n q u e los españoles no pasaron por e n t o n c e s de las costas,
la simple p r e s e n c i a de aquellos h o m b r e s extraordinarios,
tan distintos de todos los americanos, hizo q u e la noticia
circulase r á p i d a m e n t e hasta las provincias m á s i n t e r n a s del
país. Todo e r a n u e v o y s o r p r e n d e n t e en los e x t r a n j e r o s :
la b l a n c u r a de su cutis, las b a r b a s q u e poblaban su r o s tro, sus t r a j e s q u e c u b r í a n todo el c u e r p o , s u s a r m a s q u e
despedían el relámpago y el trueno, y por último aquellos
m o n s t r u o s d e la g u e r r a , q u e a u n q u e parecían un c o m puesto de dos s e r e s distintos, el caballo y el jinete, la u n i formidad de s u s movimientos les hacia sospechar q u e f u e se uno solo. Los mayas, en s u s expediciones m a r í t i m a s á
las islas vecinas y á las costas de H o n d u r a s y Veracruz, no
recordaban h a b e r visto h o m b r e s de tan e x t r a ñ a apariencia,
y esta c i r c u n s t a n c i a debió de h a b e r dado origen á multitud
de c o n g e t u r a s sobre el lugar de q u e venían los españoles.
E n t r e las suposiciones q u e se hacían con este motivo;
e n t r e los c o m e n t a r i o s á q u e se prestaba todo lo q u e r o d e a 16
'
salvador, en todo c u a n t o le m a n d a s e , y éste le n o m b r ó
desde luego su i n t é r p r e t e (11).
El 4 de marzo del año a r r i b a citado, H e r n á n Cortés y t o das sus tropas volvieron á e m b a r c a r s e , siguiendo s i e m p r e
el r u m b o de Occidente. Pero a q u í d e b e m o s p e r d e r l o s d e
vista, p o r q u e la m e m o r a b l e e m p r e s a q u e acometieron d e s de e n t o n c e s hasta el 13 de agosto de 1521, en q u e la g r a n
Tenochtitlán cayó en poder de los expedicionarios, no pertenece ya á la historia de la P e n í n s u l a .
CAPITULO V
Impresión que causan en los m a y a s las expediciones españolas.— S u atención
se fija especialmente en la cruz.—Chilam Balam.—Otros sacerdotes gentiles á
(11)
Jerónimo de Aguilar c o n t r i b u y ó m u c h o á la conquista de México, n o
sólo como intérprete, sino también como soldado. H e r n á n Cortés premió sus
servicios n o m b r á n d o l e regidor de S e g u r a de la F r o n t e r a , cuya plaza le c o n f i r m ó
el rey en 1523 (Arckico
mexicano,
quienes se atribuye el don de profecía.—¿El Cristianismo fué predicado en
América antes del descubrimiento?—Examen d é l o s f u n d a m e n t o s en que se
apoyan los defensores de esta opinión.
tomo II, página 183). BERNAL DÍAZ ( o b r a
citada, capítulo CCV) dice que m u r i ó tullido de
bubas.
Las tres expediciones de q u e a c a b a m o s de hablar d e b i e ron p r o d u c i r un efecto terrible en toda la P e n í n s u l a . A u n q u e los españoles no pasaron por e n t o n c e s de las costas,
la simple p r e s e n c i a de aquellos h o m b r e s extraordinarios,
tan distintos de todos los americanos, hizo q u e la noticia
circulase r á p i d a m e n t e hasta las provincias m á s i n t e r n a s del
país. Todo e r a n u e v o y s o r p r e n d e n t e en los e x t r a n j e r o s :
la b l a n c u r a de su cutis, las b a r b a s q u e poblaban su r o s tro, sus t r a j e s q u e c u b r í a n todo el c u e r p o , s u s a r m a s q u e
despedían el relámpago y el trueno, y por último aquellos
m o n s t r u o s d e la g u e r r a , q u e a u n q u e parecían un c o m puesto de dos s e r e s distintos, el caballo y el jinete, la u n i formidad de s u s movimientos les hacia sospechar q u e f u e se uno solo. Los mayas, en s u s expediciones m a r í t i m a s á
las islas vecinas y á las costas de H o n d u r a s y Veracruz, no
recordaban h a b e r visto h o m b r e s de tan e x t r a ñ a apariencia,
y esta c i r c u n s t a n c i a debió de h a b e r dado origen á multitud
de c o n g e t u r a s sobre el lugar de q u e venían los españoles.
E n t r e las suposiciones q u e se hacían con este motivo;
e n t r e los c o m e n t a r i o s á q u e se prestaba todo lo q u e r o d e a 16
'
ba á los europeos, h u b o un objeto q u e llamó m á s f u e r t e m e n t e la atención de los mayas q u e s u s a r m a s , s u s b a r b a s y sus caballos: aquella gran cruz q u e H e r n á n Cortés
había h e c h o colocar en el santuario principal de Cozumel.
Se r e c o r d a r á q u e el caudillo e x t r e m e ñ o , d e s p u é s de la arenga sagrada con q u e intentó persuadir á los isleños de la
vanidad de s u s dioses, había hecho a r r o j a r á éstos del templo y colocar en s u s altares una cruz y una imagen de la
Virgen María. P e r m í t a s e n o s insistir sobre este episodio, q u e
dió origen á dos h e c h o s , sobre los cuales se levantaron
después varias invenciones con honores de milagro. Bernal Díaz del Castillo dice que H e r n á n Cortés «mandó á dos
c a r p i n t e r o s de lo b l a n c o , q u e se decían Alonso Yáñez y
Alvaro López, q u e hiciesen una cruz de u n o s m a d e r o s
nuevos q u e allí e s t a b a n , la cual se puso en uno como h u milladero q u e e s t a b a hecho cerca del altar» (1). Pedro
Mártyr de Angliera, citando el testimonio de tres testigos
presenciales, Alaminos, Montejo y P u e r t o c a r r e r o , se e x presa de esta m a n e r a : «Nuestros h o m b r e s les dieron un
c u a d r o pintado de la Virgen Santísima, q u e colocaron con
reverencia en su t e m p l o , y sobre él una cruz para honrarla en r e c u e r d o de Dios y del h o m b r e y de la salvación de
la H u m a n i d a d . También erigieron otra cruz g r a n d e de madera sobre el templo, d o n d e c o n c u r r í a n juntos á m e n u d o á
h o n r a r la m e m o r i a de la Virgen» (2).
Pero no f u é el c u a d r o de María el q u e m á s vivamente
impresionó á los h a b i t a n t e s de Cozumel, á pesar de q u e
debía ser u n a p i n t u r a bellísima, c o m p a r a d a al m e n o s con
(1)
Historia
cerclaclera
da la conquista
de
la
Nueca
España,
capí-
tulo X X V I I .
(2)
No conocemos la o b r a de PEDRO MÁRTYR, que es por cierto dema-
cualquiera otra q u e pudiese existir en la isla. Lo q u e
llamó más f u e r t e m e n t e su atención fué aquel elevado madero q u e se erguía t r i u n f a n t e sobre el antiguo altar de
los dioses, y ante el cual éstos yacían en t i e r r a , m u d o s ,
impotentes y destrozados. ¡Terrible debía ser el poder de
aquella divinidad e x t r a n j e r a , puesto q u e las de los mayas
no osaban levantarse para arrojarla de su templo!
Cuando H e r n á n Cortés se p r e s e n t ó en Cozumel, era ya
la tercera vez q u e los españoles a r r i b a b a n al país. Los mayas comenzaban ya á familiarizarse con estas visitas anuales, en que, d e s p u é s de algunas e s c a r a m u z a s , casi s i e m p r e
favorables á los últimos, los e x t r a n j e r o s volvían á e m b a r carse en s u s naves y d e s a p a r e c í a n . Con este motivo, la úl- tima expedición h u b i e r a i m p r e s i o n a d o poco á los n a t u r a les, si no h u b i e s e estado a c o m p a ñ a d a de la humillación impuesta al culto nacional. Un t e r r o r p r o f u n d o se apoderó de
todos los á n i m o s cuando se supo q u e en Cozumel, en el
santuario m á s respetado de todo el país, un dios e x t r a n j e ro se había e n s e ñ o r e a d o de todo el templo, sin q u e las
deidades patrias osasen d i s p u t a r l e el lugar. Los isleños,
lejos de i n d i g n a r s e con este triunfo, lo consideraron como
una p r u e b a inequívoca del p o d e r de la cruz, y no sólo la
conservaron en el altar donde la h a b í a ' h e c h o colocar Cortés, sino q u e la a d o r a r o n con tanta fe como á s u s antiguos
dioses (3).
Una cosa s e m e j a n t e sucedió en las d e m á s poblaciones del
país. Se quiso t e n e r una copia de la divinidad i m p o r t a d a
por los españoles, y en Maní, por lo menos, según asegura
H e r r e r a , se m a n d ó hacer en p i e d r a su efigie, y fué colocada en los patios de todos los templos (4). P a r e c e q u e e s t e
culto, p r e c u r s o r del q u e pocos años después debía p r e d i carse en la Península, fué o r d e n a d o por Mochan Xiu, úl ti -
siado rara. Acaso n o haya u n solo ejemplar de ella en toda la Península. La
cita que hacemos e n el testo l a hemos tomado de otro libro, poco conocido también en el Estado, y que es u n a historia de Yucatán, escrita en inglés por
(3)
B E R N A L D Í A Z DEL C A S T I L L O , o b r a c i t a d a , c a p i t u l o
Mr. FANCOURT, antiguo i n t e n d e n t e de Belice (capítulo VIII).
(4)
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
XXVIII.
libro II, capitulo XI.
m o d e s c e n d i e n t e e n t o n c e s de la antigua dinastía de Mavapán. ¿Con q u é motivo tomó t a n e x t r a ñ a determinación?
Había por a q u e l tiempo en la misma provincia u n sacerdote llamado Balam, el cual pertenecía á la clase de los
chilames, q u e , como r e c o r d a r á el lector, era la q u e t e n í a l a
misión de i n t e r p r e t a r la voluntad de los dioses. Este m i n i s tro del culto, deseoso tal vez de a d q u i r i r u n a reputación, y
satisfecho de q u e se le presentase u n a oportunidad tan b r i llante p a r a e j e r c e r s u oficio, hizo con motivo de la cruz de
Cozumel u n a d e esas declaraciones con q u e el sacerdocio
llenaba de p a v o r á los pueblos. Dijo á los mayas q u e aquel
palo enhiesto (bahom ché) era el dios de u n o s h o m b r e s
blancos y b a r b a d o s , q u e pronto se enseñorearían d é l a tierra
y harían cesar el culto de las divinidades nacionales.
De estos dos h e c h o s tan n a t u r a l e s y sencillos en sí m i s mos, es decir, d e la colocación de la cruz en Cozumel y de
la poesía de Chilam Balam, se h a n q u e r i d o deducir cosas
e s t u p e n d a s y maravillosas con q u e se han llenado las p á ginas de la Historia. Se ha dicho q u e la cruz fué adorada
desde tiempo i n m e m o r i a l e n t r e los mayas, y q u e la venida
de los e s p a ñ o l e s fué profetizada, c u a n d o menos, desde el
siglo x v por v a r i o s s a c e r d o t e s gentiles. Vamos á e x a m i n a r
estos dos p u n t o s , con vista de los datos en q u e se apoyan
los q u e los s o s t i e n e n .
La p r i m e r a especie no descansa en otro f u n d a m e n t o
q u e en las s i g u i e n t e s palabras de Gomara: «Junto á un
templo como t o r r e c u a d r a d a , donde tenían un ídolo m u y
celebrado, al p i e de ella había un cercado de piedra y cal,
m u y bien l u c i d o y almenado, en medio del cual había u n a
cruz tan alta c o m o diez palmos, á la cual tenían y a d o r a ban por dios d e la lluvia, p o r q u e cuando no llovía y había
falta de agua, i b a n á ella en procesión y muy devotos. Ofrecíanle codornices sacrificadas por aplacarle la ira y enojo
q u e con ellos t e n í a , ó m o s t r a b a tener, con la sangre de
aquella s i m p l e avecica. Quemaban también cierta resina á
m a n e r a de incienso, y rociábanla con agua. Tras esto tenían por cierto q u e luego llovía. Tal era la religión de estos
acuzamilanos ( h a b i t a n t e s de Cozumel). Y no se pudo s a b e r
dónde ni cómo tomaron devoción con aquel dios de cruz,
porque no hay r a s t r o ni señal en aquella isla, ni aun en
otra n i n g u n a de Indias, q u e se haya en ella predicado el
Evangelio, como m á s l a r g a m e n t e se dirá en otro lugar,
hasta n u e s t r o s tiempos y n u e s t r o s españoles. Estos de
Acuzamil acataron m u c h o de allí adelante la cruz, como
quien está hecho á tal señal» (5).
Debe advertirse q u e el autor de las líneas q u e acabamos
de citar nó formó p a r t e de la expedición de H e r n á n Cortés
ni estuvo n u n c a en Cozumel. Pero como su Crónica de la
Nueva Espita fué u n a de las p r i m e r a s obras q u e se publicaron sobre aquella célebre e m p r e s a , todos los historiadores q u e vinieron d e s p u é s de él, no sólo copiaron la noticia,
sino q u e la c o m e n t a r o n de mil m a n e r a s distintas, para deducir de ella q u e la religión cristiana había sido p r e d i c a da m u c h o s siglos antes en América. H e r r e r a , T o r q u e m a d a ,
Remesal y otros m u c h o s escritores, citados por Cogolludo,
no tuvieron p r o b a b l e m e n t e otro apoyo p a r a consignar la
misma noticia. El hallazgo e r a del gusto de la época, y
también Un a r m a excelente para convertir á los indios al
Cristianismo.
No se sabe hasta d ó n d e p u e d e llegar un g r a n o de s i m i e n te arrojado en u n t e r r e n o ávido de p r o d u c i r . De las palabras de Gomara, no sólo se pasó á la idea de q u e el Cristianismo fué p r e d i c a d o en el Nuevo Mundo al m i s m o tiempo
que en el antiguo, sino q u e se creyó "descubrir q u e Santo
Tomás había venido á la América con ese objeto y q u e los
indios conservaban un r e c u e r d o de él bajo el n o m b r e de
Quetsalcoatl ó Kukulcán.
Varias generaciones de h i s t o r i a dores han repetido d e s p u é s las m i s m a s especies, y todavía
(5)
COGOLLUDO, obra citada, libro I V , capítulo IX.
en n u e s t r a época no han faltado algunos q u e las defiendan
con calor.
Pero r e d u c i é n d o n o s ahora á lo q u e at.añe á Yucatán, o b s e r v a r e m o s q u e p a r a combatir la objeción de q u e la cruz
hallada en Cozumel pudiese ser la q u e allí dejó Hernán
Cortés en .1519, se h a alegado q u e las c r u c e s m a y a s eran
de piedra, y q u e u n a de éstas se halla a c t u a l m e n t e en la
iglesia de la Mejorada, de Mérida, en la p r i m e r a capilla del
lado izquierdo de la entrada (6). Cogolludo no se atreve á
afirmar p r e c i s a m e n t e q u e esta cruz sea de las e n c o n t r a d a s
en aquella isla; p e r o asegura q u e así se creía g e n e r a l m e n t e
en su tiempo, y cita el n o m b r e de un c u r a de Hoctun q u e tenía el h e c h o por i n d u d a b l e . Don Justo Sierra tampoco c r e e
bien averiguado q u e la referida cruz tenga la procedencia
q u e se p r e t e n d e ; pero también cita el n o m b r e de un deán
de la Catedral q u e opinaba lo mismo q u e el beneficiado de
Hoctun (7). P e r o h a y una circunstancia q u e habla m u y alto
en c o n t r a de e s t a s opiniones. Está tallada en la cruz, de
medio relieve, la imagen de Jesús crucificado, y esta esc u l t u r a acusa i n d u d a b l e m e n t e su origen español.
No es éste, c i e r t a m e n t e , el único a r g u m e n t o p a r a p r o b a r
q u e no h u b o c r u c e s en Cozumel antes de 1519. Al testimonio de Gomara, q u e , como h e m o s dicho, no estuvo n u n c a
en aquella isla, p u e d e oponerse el de Bernal Díaz del Castillo y los de Móntejo, P u e r t o c a r r e r o y Alaminos, q u e la
visitaron varias veces. El primero, en su Historia
verdadera de la conquista de la Nueva España, refiere con u n a
prolijidad a s o m b r o s a hasta los m e n o r e s detalles de lo q u e
observaba en s u s viajes; y es seguro q u e si h u b i e s e visto
alguna c r u z en Cozumel, no habría dejado de consignar la
especie e n su libro. Al contrario, la relación q u e h a c e del
episodio religioso á q u e t a n t a s veces nos h e m o s referido,
prueba p e r f e c t a m e n t e q u e todas las imágenes q u e Cortés
presentó á los indios eran e n t e r a m e n t e nuevas p a r a
ellos (8). En c u a n t o á Montejo, P u e r t o c a r r e r o y Alaminos,
ya h e m o s visto q u e hablaron con Pedro Mártyr, y cuando
éste no habla de la cruz de Cozumel, es una p r u e b a i n d u dable de q u e nada le dijeron sobre ella.
El otro p u n t o q u e nos h e m o s propuesto e x a m i n a r en este capítulo es el relativo á los llamados profetas yucatecos,
que, según se a s e g u r a , predijeron la venida de los españoles. Como la poesía de Chilam Balam, de q u e h e m o s hablado, carecería del mérito de una profecía si h u b i e s e sido
compuesta en los años posteriores á 1519, se ha p r e t e n d i do q u e este p e r s o n a j e floreció en el siglo xv, y para d e mostrarlo se trae por p r u e b a lo m i s m o q u e está en c u e s tión, es decir, el texto de las palabras del profeta. A fin de
que el lector p u e d a p r o n u n c i a r con mayor acierto su fallo
sobre el asunto de que se trata, i n s e r t a m o s á continuación
las líneas q u e se h a c e n pasar por la profecía de Balam.
«En el fin de la décimatercia edad, estando en su p u j a n za Itzá y la ciudad n o m b r a d a Tancah, v e n d r á la señal de
un dios q u e está en las alturas, y la cruz se manifestará ya
al m u n d o , con la cual fué a l u m b r a d o el orbe. Habrá división e n t r e las voluntades cuando esta señal sea traída en
tiempo venidero. Los h o m b r e s sacerdotes antes de llegar
una legua y á un c u a r t o de legua no más, veréis la cruz
que se os aparecerá y os a m a n e c e r á de polo á polo. Cesará
el culto de vanos dioses. Ya vuestro p a d r e viene, ¡oh itzalanos! Ya viene vuestro h e r m a n o , ¡oh tantuniles! Recibid á
vuestros h u é s p e d e s barbados del Oriente, q u e vienen á
(8)
Hablando de Campeche, se expresa así BERNAL DÍAZ: «y á otra parte de
los ídolos, tenían unas señales, como á m a n e r a de cruces, pintados de otros bultos de indios». A u n q u e el rudo l e n g u a j e del soldado castellano no es siempre
muy
(6)
(7)
COGOI.LUDO, l u g a r citado y apéndice IV del tomo 1.
Musco Yucatcco, página 35.
claro, se comprende aquí que vió algunas pinturas que se parecían algo á
la señal de la cruz. P e r o de esto á q u e la cruz fuese adorada por los mayas, hay
una enorme diferencia.
t r a e r la señal de Dios. Dios es q u e nos viene, m a n s o y piadioso. Ya viene el tiempo de n u e s t r a vida. No tenéis que
t e m e r del m u n d o . Tú e r e s Dios único, q u e nos criaste piadoso. Buenas son las p a l a b r a s de Dios. Ea, ensalcemos su
señal en alto; e n s a l c e m o s para adorarla y verla. La cruz
h e m o s de ensalzar. En oposición de la m e n t i r a se a p a r e c e
hoy, en contra del árbol p r i m e r o del m u n d o . Hoy es
h e c h a al m u n d o d e m o s t r a c i ó n . Señal es esta de un dios
de las alturas. Esta adorad, ¡oh gente itzalana! Adorémosla con voluntad recta; a d o r e m o s al q u e es Dios
n u e s t r o y verdadero Dios. Recibid la palabra del Dios verdadero, q u e del cielo viene el q u e os habla. Cobrad juicio
y ser los de Itzá. Los q u e creyeren s e r á n a l u m b r a d o s en la
edad q u e está por venir. Mirad si os i m p o r t a lo q u e yo os
digo, advierto y encargo; yo, v u e s t r o i n t é r p r e t e y m a e s t r o
de crédito, Balam por n o m b r e . Y con esto he a c a b a d o de
decir lo q u e Dios v e r d a d e r o m e m a n d ó , para q u e lo oiga el
mundo» (9).
Los que aseguran q u e Chilam Balam floreció m u c h o s
años antes q u e Grijalva y Cortés a p o r t a r a n á Cozumel, se
f u n d a n en la frase con q u e comienza la poesía. Si el p r o feta, dicen, h u b i e s e hablado d e s p u é s de 1519, no h a b r í a
dicho en el fin de la décimatercia
edad, sino en el fin de la
edad presente (10). T a m p o c o es de c r e e r , a ñ a d e n , q u e h u biese hablado en la a n t e r i o r i n m e d i a t a , p o r q u e e n t o n c e s
h u b i e r a dicho en la edad que sigue á esta. Luego el profeta,
concluyen, habló, c u a n d o m á s tarde, en el último tercio del
siglo x v (11), esto es, en el c u a r t o ahau hatun, ó sea en los
años c o m p r e n d i d o s e n t r e 1469 y 1493.
(9)
(10)
COGOLLIDO, obra citada, libro II, capítulo X I .
No obstante la confusión que reina entre el cómputo de D. JUAN P í o PÉ-
REZ y los de LANDAy el a u t o r d é l a s Épocas
mayas,
p u e d e decirse que la décima-
Pero no es Chilam Balam, según los historiadores de q u e
hablamos, el único sacerdote gentil q u e hubiese profetizado
la venida de los españoles. Se dice q u e también la predijeron
Patdn Yaccun Chan, Nahau Pech, II-Kukil
Cliel y II-Na
Puc Tan. Cogolludo refiere al pie de la letra las palabras
de estos c u a t r o sacerdotes, e n t r e los cuales m e r e c e n llamar la atención las de N a h a u P e c h , por haber fijado en cuatro edades la época en q u e el Cristianismo debía ser p r e dicado en Yucatán. Según este vaticinio, aquel c é l e b r e personaje debió h a b e r florecido hacia el año 1445 de la Era
cristiana.
Don Justo Sierra lia observado con m u c h a razón;que todas
las profecías de q u e venimos hablando" se hallan concebidas en un l e n g u a j e tan expresivo, q u e parecen h e c h a s en
vista de la r e a l i d a d . De esta observación concluye el j u i cioso escritor q u e todas ellas son apócrifas ó inventadas en
todas s u s p a r t e s (12). También nosotros é r a m o s de la m i s ma opinión, a n t e s de recoger los datos q u e nos están s i r viendo p a r a trazar esta historia. Creímos q u e los profetas
yucatecos y s u s vaticinios habían sido inventados d e s p u é s
de la conquista, con un fin q u e n u n c a nos h a b r í a m o s a t r e vido á c e n s u r a r , p o r q u e quizá fué el esfuerzo s u p r e m o á
que apelaron los misioneros para q u e los mayas no a d o p tasen la vida salvaje.
Pero u n a s palabras del Dr. D. Pedro Sánchez de Aguilar,
extractadas de su i n f o r m e contra idolorum cultores,
nos
hicieron c o m p r e n d e r q u e Chilam Balam, al menos, no debe
ser considerado como un p e r s o n a j e fabuloso. Este h i s t o riador asegura q u e dicho sacerdote floreció en Maní en los
años c o m p r e n d i d o s e n t r e 1519 y 1540, y q u e con ocasión
de la cruz q u e H e r n á n Cortés dejó en Cozumel, hizo u n a
poesía en lengua maya, diciendo q u e los españoles q u e ven e r a b a n aquella señal sojuzgarían el país con el tiempo.
tercia edad á q u e se alude en el texto f u é la comprendida entre los años 1517
y 15 í l de la era vulgar.
(11)
COGOLUDO, obra citado, libro IV, capítulo IX.
(12)
Musco
Yucatcco,
página 7.
Nada tiene de inverosímil la noticia, como tampoco tiene
n a d a de profética la p a l a b r a de un h o m b r e q u e a u g u r a el
p r e d o m i n i o de una raza, de cuya s u p e r i o r i d a d é intenciones hostiles se tienen p r u e b a s incontestables. Harto habían
manifestado los e s p a ñ o l e s su deseo de sojuzgar el país en
sus viajes a n t e r i o r e s , y si los mayas h u b i e s e n podido abrigar alguna d u d a sobre el asunto, se la habrían disipado
los m e r c a d e r e s q u e v i s i t a b a n f r e c u e n t e m e n t e las islas inm e d i a t a s al c o n t i n e n t e , d o n d e i n d u d a b l e m e n t e debieron
saber q u e Cuba y Santo Domingo estaban ya en poder de
los h o m b r e s blancos.
Ahora, las palabras q u e h e m o s copiado a n t e r i o r m e n t e ,
¿fueron e n realidad las q u e p r o n u n c i ó Chilam Balam en la
corte ele Mochan Xiu? Sería necesario estar dotado de u n a
candidez á toda p r u e b a p a r a creerlo así. Es de p r e s u m i r
q u e luego q u e los e s p a ñ o l e s tuvieron noticia de este personaje, forjaron la profecía q u e se le atribuye, calculándola
sobre a l g u n a de s u s f r a s e s , q u e acaso conservaría la tra dición, con el objeto de q u e la popularidad q u e el profeta
gozaba e n t r e s u s c o m p a t r i o t a s p r o d u j e s e en el ánimo de
éstos el efecto q u e se b u s c a b a .
En c u a n t o á los otros profetas yucatecos, quizá todos sean
fabulosos, p o r q u e á excepción de Cogolludo, no sabemos
q u e n i n g ú n otro h i s t o r i a d o r haya hablado de ellos. L a n da (13), q u e escribió e n tiempos m á s inmediatos á la con quista, sólo h a b l a de Chilam Balam (14).
(13). Relación
(14)
de las cosas
de Yucatán,
§ XI.
LANDA, lo m i s m o q u e HERRERA, y a u n el D r . AGUILAR, l l a m a n á e s t e
sacerdote Chilam Caníbal.
E l n o m b r e de Balam
con que le designan los
historiadores que vinieron después, ¿no le habrá sido dado con el objeto de que
fuese homónimo de aquel hechicero que, enviado por el rey Balac á maldecir á
los hebreos, los llenó de b e n d i c i o n e s y predijo la venida de Cristo, s e g ú n refiere
la Biblia? M u c h o nos lo tememos; porque COGOLLUDO asegura que á mediados
del siglo XVII y a se hacía mérito de esta identidad de n o m b r e s y se decía que,
si el Balam de las Escrituras h a b í a sido profeta, segúu el sentir de los doctores
de la Iglesia, no había motivo p a r a q u e no lo fuese el B a l a m yucateco.
Copiamos, p a r a t e r m i n a r esta materia, las palabras del
Dr. 1). P e d r o S á n c h e z de Aguilar, á q u e tantas veces nos
h e m o s r e f e r i d o en las líneas p r e c e d e n t e s . «Este Aguilar
(Jerónimo) f u é el q u e halló Cortés en la isla de Cozumel, en
d o n d e p u s o u n a cruz; la m a n d ó a d o r a r c u a n d o pasó á México con su a r m a d a , la cual quitó el g o b e r n a d o r D. Diego
F e r n á n d e z de Velasco el año 1604 y la envió al m a r q u é s
del Valle, n i e t o de Cortés. De esta cruz t o m ó motivo un
s a c e r d o t e d e ídolos, l l a m a d o Chilam Cambal, de hacer u n a
poesía en s u l e n g u a , q u e he leído m u c h a s veces, en q u e
dijo q u e la g e n t e n u e v a q u e había de conquistarlos v e n e r a b a n la c r u z , con los c u a l e s habían de e m p a r e n t a r . Esto
m i s m o r e f i e r e Antonio de H e r r e r a ; y como el Adelantado
Montejo, á c u y o cargo f u é la conquista de esta provincia,
tardó m á s d e diez a ñ o s en volver á ella, pensaron los n u e s tros q u e e s t o s indios p u s i e r o n esta cruz, y tuvieron p o r
profecía la poesía de Chilam Cambal; y esta es la verdad,
la cual a v e r i g ü é p o r s a b e r la lengua de ellos y por la com u n i c a c i ó n d e los indios viejos, p r i m e r o s neófitos q u e alc a n c é , los c u a l e s iban á su r o m e r í a al templo de Cozumel,
y allí vieron la cruz» (15).
(15)
Recista
F r a g m e n t o s del i n f o r m e contra idolorum
de
Merida.
cultores,
publicados en la
C A P Í T U L O VI
1514-1526
Francisco d e M o n t e j o . — S u s p r i m e r o s pasos e n el N u e v o M u n d o . — V a â la corte
con u u a comisión de H e r n á n Cortés.—Dificultades q u e e n c u e n t r a e n su d e s e m p e ñ o . — L a s vence. — E s n o m b r a d o s e g u n d a vez p r o c u r a d o r de la N u e v a
España.—Capitula con Carlos V la conquista de Y u c a t á n . — A l o n s o d e Avila.—
S u s a v e n t u r a s a n t e s de e m p e ñ a r s e en la e m p r e s a de M o n t e j o .
Recordarán nuestros lectores q u e en el viaje de d e s c u brimiento emprendido por Juan de Grijalva en 1518, nombró por capitanes de dos de sus naves á Francisco de
Montejo y á Alonso de Ávila. Como estos dos personajes,
especialmente el p r i m e r o , r e p r e s e n t a r o n un papel m u y importante. en la historia de la conquista que vamos ya á
referir, creemos conveniente h a c e r u n a ligera reseña de los
servicios que u n o y otro habían prestado á su patria antes
de acometer aquella e m p r e s a .
Francisco de Montejo era n a t u r a l de Salamanca (1). En
ninguno de los historiadores de América que h e m o s tenido
á la vista, hemos e n c o n t r a d o la fecha del nacimiento de
este caballero. El ú n i c o q u e da alguna luz sobre el p a r t i cular es el minucioso Bernal Díaz del Castillo, quien dice
de aquél que cuando acá pasó (2) tenía treinta y cinco años.
Si con las palabras q u e hemos s u b r a y a d o , y q u e son las
m i s m a s del texto, el cronista quiso referirse, como es verosímil, al primer viaje q u e Montejo hizo al Nuevo Mundo,
el conquistador de Yucatán debió de h a b e r nacido por el
año 1479.
No era su familia de la m á s elevada alcurnia; pertenecía
si á esa especie de nobleza inferior, llamada hidalguía, sobre cuyas prerrogativas dan muy poca luz aun los mismos
escritores españoles del día (3). Una de éstas era tal vez
la de usar blasón ó escudo de armas, y Montejo tenía el
suyo, el cual consistía en t r e c e estrellas doradas en campo
rojo (4). Poseía en España algunos bienes de fortuna, que
había heredado de s u s abuelos, y los cuales le producían
una renta de mil ducados al año (5).
Nada se sabe de la p r i m e r a j u v e n t u d de .Montejo, ni de
la educación que recibió. Unicamente podemos afirmar que
en los últimos tres años del siglo x v residió en Sevilla,
donde a m ó apasionadamente á u n a d a m a llamada Ana de
León. De esta unión clandestina nació un niño, llamado
Francisco, como su padre (6), y que más tarde debía también hacerse célebre en las conquistas de América.
Francisco de Montejo poseía m u c h a s de esas cualidades
con q u e el hombre se a b r e paso en la sociedad al través de
las dificultades de la vida. Poseía un talento natural, que
tal vez no carecía de cultivo, porque tenía una conversación agradable y a m e n a , y se distinguió siempre por el tacto exquisito con que supo arreglar en la corte los negocios
(2)
de
(1J
COGOLLUDO, Historiado
de las cosas de Yucatán,
Yucatán,
libro II, capítulo L—LAXDA,
a p u d BRASSEUR, § X I .
Relación
Historia
cardadora
do la conquista
de
la
Sueca
España,
capí-
tulo C C V I .
(3)
EscricIIK, Diccionario
(-1)
CoGOLi.uno, obra citada, libro I, capítulo XVI, quien cita el testimonio
de Legislación,
artículos Nobleza
HERRERA.
(5)
Cofioi.i.imo, obra citada, libro II, capítulo V .
C6) El mismo, libro V, capitulo XI —LAMIA, ubi supra,
$ XI.
(•
Hidalguía.
m á s i m p o r t a n t e s de América. Era r o b u s t o y bien p r o p o r cionado, m a n e j a b a las a r m a s con p e r f e c c i ó n , montaba á
caballo como el mejor j i n e t e y no c a r e c í a de valor personal, a u n q u e sus c o m p a ñ e r o s de a r m a s l e estimaban m e n o s
por esta cualidad q u e por su elevada inteligencia. Ocultaba
estas relevantes p r e n d a s bajo un e x t e r i o r agradable; a m a ba los placeres, y se captaba las s i m p a t í a s de cuantos le
rodeaban, con una prodigalidad s u p e r i o r á su fortuna (7).
Llega u n a época de la vida e n q u e el h o m b r e se p r e g u n ta á sí mismo p a r a q u é ha sido a r r o j a d o al mundo, y en
la época en q u e Montejo se hizo esta p r e g u n t a había u n a
c a r r e r a abierta p a r a la j u v e n t u d e s p a ñ o l a , que podía llenar
todas las aspiraciones. En el m u n d o q u e acababa de d e s c u b r i r Colón, había vastos Imperios, fáciles de c o n q u i s t a r
con la p u n t a de la espada, y m o n t a ñ a s d e oro y costas de
perlas para e n r i q u e c e r s e sin m u c h o t r a b a j o . Si había a l gunas conciencias timoratas, b i e n e s c a s a s por cierto en
aquellos tiempos, q u e d u d a s e n s o b r e la legitimidad del derecho de conquista, había un a r g u m e n t o piadoso q u e c o n cluía por decidir hasta á los m á s e s c r u p u l o s o s . Los a m e ricanos e r a n gentiles, y todo el q u e c o n t r i b u í a á a r r a n c a r
sus almas del infierno, adquiría un m é r i t o inapreciable á
los ojos de la Iglesia. La e m p r e s a p a r e c í a digna de un caballero cristiano, y no debe e x t r a ñ a r s e que Francisco de
Montejo, á imitación de otros a v e n t u r e r o s españoles, abandonase la m a d r e patria para b u s c a r f o r t u n a en el Nuevo
Mundo.
Hizo su p r i m e r viaje en el año 1514, formando parte
de la n u m e r o s a comitiva q u e P e d r a d a s Dávila llevó á su
gobierno del Darién (8). En esta p r o v i n c i a , que fué la p r i m e r a de América q u e visitó, prestó i m p o r t a n t e s servicios á
la Corona, según se asegura (9), y tal vez hubiera p e r m a n e (7)
BEKNAL DÍAZ, o b r a c i t a d a , c a p i t u l o C C V I .
(8)
COGGLLUDO, obra citada, libro I, capítulo III.
(9)
El mismo,
ubisupra.
cido por m u c h o tiempo en ella, si él g r a n n ú m e r o de a v e n t u r e r o s q u e se había a c u m u l a d o allí no h u b i e s e sido un
obstáculo p a r a h a c e r f o r t u n a . Era tal este exceso de p o blación; pesaba de una m a n e r a tan onerosa sobre la infeliz
Colonia, q u e el g o b e r n a d o r se vió obligado á licenciar á la
mayor parte de s u s soldados. H e m o s ya dicho en otro capítulo q u e un b u e n n ú m e r o de éstos emigró á Cuba, y es
probable q u e Montejo haya sido u n o de los p r i m e r o s , p o r q u e en 1517 se e n c o n t r a b a ya en aquella isla, y se e m b a r có con Francisco H e r n á n d e z de Córdova en la p r i m e r a expedición h e c h a á la P e n í n s u l a (10).
Cuando Diego Velázquez p r e p a r a b a el segundo viaje en
el siguiente año 1518, Montejo tenía ya u n a e n c o m i e n d a
e n C u b a (11) y d i s f r u t a b a sin d u d a de b a s t a n t e c o n s i d e r a ción e n t r e los colonos, p u e s fué n o m b r a d o capitán de u n a
de las c u a t r o naves de la flota. Cogolludo (12) p r e t e n d e q u e
en aquella é p o c a estaba por visitador de la isla. Ignoramos
si con esta frase quiso decir n u e s t r o historiador q u e se hallaba de simple visita en Cuba ó q u e ejercía en ella algún
cargo público con el n o m b r e de visitador. Participó de todos los peligros de la expedición; se batió con v a l o r e n Potonchán, y el general Juan de Grijalva le acordó m e r e c i d a s
distinciones.
En la t e r c e r a expedición t a m b i é n se dió á Montejo el
m a n d o de u n a d é l a s trece naves q u e llevó consigo H e r n á n
Cortés. Esta vez se le confió la misión i m p o r t a n t e de navegar al n o r t e de San Juan de Ulúa, en b u s c a de un b u e n
puerto q u e ofreciese m a y o r e s c o m o d i d a d e s q u e Veracruz.
Montejo reconoció la costa hasta la d e s e m b o c a d u r a del
(10) Asi consta de un pedimento que el procurador J u a n de Uribe presentó
en 1562 al Consejo de Indias, en el litigio q u e D." Catalina de Montejo seguía,
reclamando el cumplimiento de las promesas hechas á su p a d r e . P u e d e verse un
extracto de este pedimento en COGOLI.UDO, obra citado, libro Y, capitulo X I I .
(11) BERNAL DÍAZ, obra citada, capítulo VIII.
(12) Obra citada, libro 1, capitulo III.
P á n u c o , y á s u vuelta le s o r p r e n d i ó u n a f u e r t e t e m p e s t a d ,
lázquez e n g r o s a r o n las filas d e los a m o t i n a d o s , t e m e r o s o s d e
q u e a u m e n t ó s u s s u f r i m i e n t o s , p u e s ya v e n í a escaso de ví-
q u e d a r m a n c h a d o s con la nota de c o b a r d e s . E n t o n c e s H e r -
veres. De todo s u p o t r i u n f a r con s u t i n o y valor, y volvió
n á n Cortés dijo q u e , p u e s se t r a t a b a d e su p e r s o n a , iba á f u n -
á Ulúa s a n o y salvo c o n s u p e q u e ñ a
dar
flota.
u n a ciudad, ante cuyo Ayuntamiento resignaría
el
e n el c a m p a m e n t o de H e r n á n
m a n d o q u e h a b í a r e c i b i d o de Velázquez, á fin d e q u e a q u e l
Cortés u n i n c i d e n t e q u e n o s v e m o s obligados á r e f e r i r , p o r
c u e r p o n o m b r a s e á s u s u c e s o r y d e t e r m i n a s e lo q u e d e b í a
e s t a r í n t i m a m e n t e e n l a z a d o c o n la vida de Montejo. A l g u -
hacerse en tan críticas circunstancias.
Por aquel tiempo surgió
nos d e los e x p e d i c i o n a r i o s p r e t e n d i e r o n q u e , n o h a b i e n d o
Compúsose
el
Ayuntamiento
todo
de partidarios
de
t r a í d o a q u e l caudillo i n s t r u c c i o n e s d e Diego Velázquez p a r a
H e r n á n C o r t é s . En el n o m b r a m i e n t o d e l o s d e m á s f u n c i o -
colonizar, d e b í a v o l v e r s e i n m e d i a t a m e n t e á Cuba con el oro
n a r i o s públicos, el ú n i c o q u e alcanzó g r a c i a e n t r e los a n t i -
r e s c a t a d o y d a r c u e n t a d e la g r a n d e z a del I m p e r i o m e x i c a -
g u o s a m i g o s d e Velázquez f u é F r a n c i s c o de Montejo, q u i e n
n o , á fin de q u e se o r g a n i z a s e u n a e x p e d i c i ó n m á s f u e r t e
q u e d ó d e s i g n a d o p a r a a l c a l d e d e la villa. El A y u n t a m i e n t o
q u e p u d i e s e p e n e t r a r al i n t e r i o r del p a í s . P e r o la m a y o r í a
aceptó al g e n e r a l la r e n u n c i a q u e a n t e él hizo del m a n d o
o p i n a b a p r e c i s a m e n t e lo c o n t r a r i o ; d e c í a q u e e s t e e r a el
q u e h a b í a r e c i b i d o d e Velázquez, y volvió á c o n f e r í r s e l o en
t e r c e r viaje q u e s e h a c í a á la N u e v a E s p a ñ a , y q u e n o d e b í a
n o m b r e d e la c i u d a d . Desde e s t e m o m e n t o Cortés s e c o n -
m a l o g r a r s e c o m o los a n t e r i o r e s ; a r g ü í a q u e e r a p e r d e r
un
s i d e r ó i n d e p e n d i e n t e del g o b e r n a d o r d e C u b a , y p u d o e n -
t i e m p o precioso volver á C u b a , d o n d e t e n d r í a n q u e l u c h a r
t r e g a r s e con m a y o r l i b e r t a d á s u s a m b i c i o s o s p r o y e c t o s .
s i e m p r e con la s u s p i c a c i a del g o b e r n a d o r , y s o b r e
todo
P e r o c o m p r e n d i e n d o q u e Velázquez n o le p e r d o n a r í a j a m á s
confiaba en q u e s u n ú m e r o y la h a b i l i d a d d e s u j e f e le h a -
esta e m a n c i p a c i ó n , y q u e no d e s c a n s a r í a h a s t a v e n g a r s e d e
rían t r i u n f a r de t o d a s l a s h u e s t e s d e M o c t e z u m a .
él, resolvió e n v i a r d o s c o m i s i o n a d o s á la c o r t e p a r a p e d i r
F r a n c i s c o de M o n t e j o p a s a b a e n el c a m p a m e n t o por p a r t i -
al e m p e r a d o r Carlos V q u e c o n f i r m a s e lo q u e a c a b a b a de
dario d e Velázquez, y s e c r e y ó , e n c o n s e c u e n c i a , q u e s e de-
h a c e r la población n u e v a m e n t e f u n d a d a con el n o m b r e d e
cidiría por el p r i m e r e x t r e m o , e s d e c i r , p o r la v u e l t a á C u b a .
Villarrica
de la
Veracruz.
Calló, sin e m b a r g o , y s e p r o p u s o o b s e r v a r , acaso p o r q u e
F r a n c i s c o d e Montejo y Alonso H e r n á n d e z d e P u e r t o c a r r e -
iba c o m p r e n d i e n d o ya q u e H e r n á n Cortés e r a m u y capaz de
ro f u e r o n d e s i g n a d o s p a r a e s t a i m p o r t a n t e m i s i ó n . Debían lle-
llevar á cabo las m á s a u d a c e s e m p r e s a s .
var á Carlos, no s o l a m e n t e lo q u e se l l a m a b a el real
Bien
conocida
quinto,
e s la sabia política c o n q u e el g e n e r a l s e m a n e j ó e n e s t e
sino t a m b i é n g r a n p a r t e del o r o y o b j e t o s p r e c i o s o s q u e
p r i m e r d i s t u r b i o q u e s u r g i ó e n t r e s u s t r o p a s . Fingió acce-
h a b í a r e s c a t a d o la e x p e d i c i ó n , p o r q u e casi todos los solda-
d e r á los deseos de los p a r t i d a r i o s d e Velázquez, y m a n d ó
dos h a b í a n cedido su p a r t e . R e c i b i d a s t o d a s s u s i n s t r u c c i o -
d i s p o n e r las n a v e s p a r a d a r la v u e l t a á Cuba. I n m e d i a t a -
n e s , los c o m i s i o n a d o s salieron d e Villarrica con la p r o h i b i -
m e n t e estalló en el c a m p a m e n t o u n a s e d i c i ó n ; se pidió á
ción e x p r e s a de tocar e n Cuba, p a r a evitar q u e Velázquez
g r i t o s la revocación d é l a o r d e n , se t r a t ó d e c o b a r d e s á los
llegase á s a b e r el o b j e t o de la e m b a j a d a y p r e t e n d i e s e d e -
q u e o p i n a b a n por la r e t i r a d a y se h a b l ó d e d e s p o j a r del
t e n e r l a . P e r o F r a n c i s c o d e Montejo t e n í a e n la isla u n a
m a n d o á H e r n á n C o r t é s , p a r a s u s t i t u i r l e con u n caudillo
e n c o m i e n d a l l a m a d a Marién,
m á s d i g n o d e la e m p r e s a . M u c h o s d e los p a r t i d a r i o s d e Ve-
m a r , c r e y ó p o d e r visitarla sin q u e se divulgase el motivo
17
y c o m o e s t a b a á la orilla del
de s u viaje. Dijo á P u e r t o c a r r é r o q u e necesitaba proveerse
de v í v e r e s e n C u b a ; éste no opuso resistencia, y la carabela
e c h ó s u s a n c l a s f r e n t e á Marión.
D i v e r s a s i n t e r p r e t a c i o n e s se han dado á esta c o n t r a v e n ción d e las ó r d e n e s q u e llevaban los comisionados. Algunos h i s t o r i a d o r e s , r e c o r d a n d o los antiguos s e n t i m i e n t o s de
Montejo e n favor de Velázquez, h a n p r o n u n c i a d o la palabra
traición. Otros dicen q u e iba r e a l m e n t e escaso de víveres,
y esto es tan cierto, q u e s o l a m e n t e se detuvo en la costa
el t i e m p o n e c e s a r i o p a r a b a j a r á s u e n c o m i e n d a y continuó
s u v i a j e . A p e s a r de esta p r e c a u c i ó n , el objeto de la embajada llegó á noticia de Velázquez, por haberlo divulgado
un m a r i n e r o q u e b a j ó á t i e r r a . El g o b e r n a d o r , q u e residía en
Santiago, a r m ó i n m e d i a t a m e n t e dos p e q u e ñ a s naves con artillería y soldados, y p o n i é n d o l a s á las ó r d e n e s de Gabriel de
R o j a s y Gonzalo de Guzmán, les p r e v i n o que apresasen la
c a r a b e l a de los comisionados, h a c i e n d o uso de las a r m a s si
se r e s i s t í a n á o b e d e c e r . Pero por m u c h a prisa q u e se d i e ron los a g e n t e s del g o b e r n a d o r , c u a n d o llegaron á las
a g u a s de Marión ya Montejo y P u e r t o c a r r e r o habían g a n a do el canal de B a h a m a , no n a v e g a d o h a s t a entonces por
n i n g ú n v i a j e r o (13).
La comisión de los p r o c u r a d o r e s de la Nueva España no
d e j a b a d e estar erizada de dificultades. Diego Velázquez e r a
p o d e r o s o e n la c o r t e , p o r q u e tenía d e su p a r t e al obispo
F o n s e c a , p r e s i d e n t e del Consejo -de I n d i a s . H e r n á n Cortés
e r a todavía un o s c u r o a v e n t u r e r o , q u e no debía t e n e r de
p r o n t o m á s apoyo q u e el de s u p a d r e D. Martín y el de
a q u e l l o s d o s enviados suyos, tan desconocidos como él. Es
v e r d a d q u e éstos llevaban ricos p r e s e n t e s de oro y plata,
c a p a c e s d e allanar los obstáculos m á s poderosos; pero hasta
de e s e t a l i s m á n s u p o d e s a r m a r l o s . l a vigilancia de sus enemigos.
(13)
COGOLLUDO, obra citada, libro 1, capítulo X I I .
En efecto; luego q u e d e s e m b a r c a r o n en el p u e r t o de Sanlúcar, á principios de o c t u b r e de 1519, f u e r o n d e n u n c i a dos á la casa de Contratación de Indias p o r un tal Benito
Martín, capellán de Diego Velázquez, q u e residía en Sevilla.
La acusación era grave, puesto q u e se i m p u t a b a á los comisionados el delito de sedición y alzamiento c o n t r a la a u toridad del g o b e r n a d o r de Cuba, y p a r e c e q u e con este
motivo se m a n d a r o n e m b a r g a r todos los objetos q u e habían
venido á bordo de la carabela.
Montejo y P u e r t o c a r r e r o no se d e s a n i m a r o n con este
golpe y corrieron á Valladolid, d o n d e s u p i e r o n q u e estaba
la corte. En aquella antigua ciudad se p r e s e n t a r o n al obispo
Fonseca, a u n q u e sabían q u e e r a h o m b r e q u e no d a b a cuartel á s u s enemigos, y le expusieron f r a n c a m e n t e el objeto
de su viaje. Le e n t r e g a r o n las c a r t a s y relaciones q u e traían,
y le suplicaron q u e las enviase al e m p e r a d o r , j u n t a m e n te con el oro y d e m á s objetos preciosos q u e les h a b í a n
sido entregados. El p r e s i d e n t e del Consejo de I n d i a s los
escuchó con frialdad y les dijo q u e ellos y H e r n á n Cortés
eran u n o s rebeldes q u e m e r e c í a n s e r castigados por h a b e r
desobedecido las ó r d e n e s de su s u p e r i o r el g o b e r n a d o r d e
Cuba. Los comisionados p r e t e n d i e r o n a b l a n d a r á F o n seca haciendo u n a n a r r a c i ó n p o m p o s a de los servicios q u e
Cortés y sus c o m p a ñ e r o s e s t a b a n p r e s t a n d o á la Corona;
pero el r e v e r e n d o obispo, á quien el P. Martín acababa de
i n f o r m a r de todo, quiso t e r m i n a r la a u d i e n c i a diciendo
q u e daría cuenta á Carlos V, quien d e t e r m i n a r í a lo q u e
le pareciese m á s conveniente. Montejo c o m p r e n d i ó q u e
nada m á s podía s a c a r s e de aquel s a c e r d o t e i r r i t a d o , y
resolvió p r e s e n t a r s e p e r s o n a l m e n t e al e m p e r a d o r . P e r o
P u e r t o c a r r e r o , q u e e r a de un c a r á c t e r m á s irascible, no
p u d o c o n t e n e r s e a n t e el mal r e s u l t a d o q u e habían p r o ducido s u s p r i m e r a s gestiones, y s e g u r a m e n t e se explicó
de una m a n e r a tan d e s c o m e d i d a y poco respetuosa, q u e
el obispo le m a n d ó p r e n d e r y le hizo c o n d u c i r á la c á r -
- (
cel (14). E n t o n c e s Montejo y D. Martín Cortés, q u e ya se
había a s o c i a d o á los comisionados de su hijo, se pusieron
i n m e d i a t a m e n t e en c a m i n o para Compostela, en cuya c i u dad d e b í a n c e l e b r a r s e l a s Cortes q u e Carlos V había convocado a n t e s de e m b a r c a r s e para Alemania. Alcanzaron á
éste en Tordesillas, d o n d e los recibió en el mes de marzo
de 1520. E n esta entrevista le p r e s e n t a r o n el duplicado de
los d o c u m e n t o s q u e habían entregado á Fonseca, y como
por e s t e t i e m p o llegaron también los tesoros q u e h a b í a
e m b a r g a d o la casa de Contratación, la misión de Montejo
comenzó á m e j o r a r de aspecto. Carlos q u e d ó encantado con
la r i q u e z a d e los p r e s e n t e s q u e le envió Cortés, y ya se disponía tal vez á d e s p a c h a r favorablemente el asunto, cuando
i n t e r v i n o e l implacable Fonseca con su consabida d e n u n c i a
de r e b e l d í a . El e m p e r a d o r citó entonces á los p r o c u r a d o r e s
p a r a la C o r u ñ a ; p e r o allí al ñ n se e m b a r c ó p a r a su nuevo
I m p e r i o , sin decidir n a d a respecto de un negocio q u e le
parecía t a n a r d u o como insignificante (15).
F r a n c i s c o de Montejo necesitó desplegar en estas c i r c u n s t a n c i a s t o d a s u actividad y energía para no c o m p r o m e t e r
la c a u s a q u e le habían confiado sus c o m p a ñ e r o s de a v e n t u ra. Visitó á las p e r s o n a s q u e gozaban de mayor influencia
en la c o r t e , y logró q u e se interesasen en su favor varios
p e r s o n a j e s , con especialidad el d u q u e de Béjar.
Carlos V, al a u s e n t a r s e de España, había confiado el gobierno d e la m o n a r q u í a á su preceptor Adrián, q u e en 1521
ciñó á s u s s i e n e s la d i a d e m a del Pontificado con el n o m b r e
de A d r i a n o VI. Montejo y sus p a t r o n o s corrieron á visi-
(14)
Dice BERNAL DÍAZ que Puertocarrero se a n i m ó á hablar f u e r t e m e n t e
al obispo, p o r q u e era caballero y primo del conde de Medellin. La causa ostensible de s u prisión fué el rapto de u n a m u j e r casada, llamada María Rodríguez,
á quien tres a ñ o s antes se había llevado á Cuba. El infeliz caballero murió en
la cárcel, v í c t i m a del odio del implacable Fonseca. (BERNAL DÍAZ, capítulo LXVI
y CLXVII.)
(15)
PRESCOTT, Conquista
de México,
libro IV, capítulo VI.
261
) -
tarle, y d e s p u é s de d a r l e la e n h o r a b u e n a por su elevación
á la s u p r e m a dignidad d e la Iglesia, le hablaron de H e r n á n
Cortés y del peligro q u e corría su expedición por el odio
q u e le profesaba el p r e s i d e n t e del Consejo de Indias. El
regente los e s c u c h ó al principio c o n ' f r i a l d a d ; pero tanto
debieron i m p o r t u n a r los p r o c u r a d o r e s , que al fin consiguieron u n a orden en q u e se prohibía á Fonseca toda i n tervención en los a s u n t o s d e la Nueva España.
Era ya este un paso m u y avanzado, y Montejo comenzaba
á felicitarse del aspecto favorable q u e p r e s e n t a b a su causa,
cuando ocurrió u n i n c i d e n t e q u e estuvo á p u n t o de hacerla
n a u f r a g a r para s i e m p r e . P r e s e n t á r o n s e r e p e n t i n a m e n t e en
España Pánfilo Narváez y Cristóbal de Tapia, acusando á
Cortés de h a b e r s e r e s i s t i d o á obedecerlos, á pesar de q u e el
p r i m e r o e r a un t e n i e n t e del g o b e r n a d o r de Cuba y el s e g u n d o u n enviado d e la corte m i s m a .
No se d e s a n i m ó Montejo con este contratiempo, y apro v e c h a n d o la vuelta de Carlos, q u e tuvo lugar en el siguiente año 1522, se p r e s e n t ó á éste y le habló con e n t u s i a s m o
de Cortés y s u s c o m p a ñ e r o s , q u e ya en aquella época h a bían dado cima á s u e m p r e s a con la rendición de México.
El e m p e r a d o r , q u e t a m b i é n de otro lado era i m p o r t u n a d o
por los agentes de Diego Velázquez, resolvió s o m e t e r el
asunto á la decisión de u n a J u n t a , q u e se c o m p u s o de p e r sonas e m i n e n t e s por s u s a b e r y p r u d e n c i a . Este tribunal
ad hoc oyó d e t e n i d a m e n t e á las dos p a r t e s c o n t e n d i e n t e s ,
y en las conferencias, q u e d u r a r o n cinco días c o n s e c u t i vos (16), es de p r e s u m i r q u e Montejo h u b i e s e usado de la
palabra con su a c o s t u m b r a d a habilidad, como único de los
p r o c u r a d o r e s d e la N u e v a E s p a ñ a q u e sobrevivía. El éxito
m á s brillante coronó s u s esfuerzos, p o r q u e la J u n t a s e n tenció en favor de la p a r t e q u e r e p r e s e n t a b a , sentencia q u e
Carlos V confirmó e n 15 de o c t u b r e de aquel año, colmando
de h o n o r e s y distinciones á H e r n á n Cortés y s u s soldados.
Francisco de Montejo dio e n t o n c e s la vuelta á México, y
s u s c o m p a ñ e r o s de a r m a s , d e los cuales h a b í a estado separado tres años, le r e c i b i e r o n con alborozo. P u b l i c á r o n s e
los despachos q u e traía, y t a n satisfechos q u e d a r o n todos
del éxito de s u s gestiones, q u e no t a r d a r o n en enviarle
por s e g u n d a vez á la corte c o n motivo de nuevas dificultades q u e a c a b a b a n de s u r g i r e n la Colonia. Todos los A y u n tamientos, establecidos ya e n aquella época en las diversas
poblaciones f u n d a d a s por los c o n q u i s t a d o r e s , confirieron e n
aquella ocasión su p o d e r á Montejo, y con tan h o n r o s a s
p r u e b a s de confianza se p r e s e n t ó por s e g u n d a vez á Carlos V
hacia el año 1524 (17).
En este s e g u n d o viaje, el p r o c u r a d o r de la N u e v a E s p a ñ a
se ocupó m u c h o de s u s a s u n t o s particulares, q u e casi h a b í a
olvidado e n el a n t e r i o r . E n t o n c e s sólo había conseguido la
t e n e n c i a de u n a fuerza de V e r a c r u z y un r e g i m i e n t o de la
m i s m a villa. Ahora se le c o n f i r i e r o n nuevos h o n o r e s , e n t r e
los cuales no debe olvidarse e l de h a b e r sido ennoblecido
m á s de lo q u e lo era por n a c i m i e n t o . Bernal Díaz, h a b l a n d o
de su vuelta á México, dice q u e trujo don y señoría, y Cogolludo se complace en d a r u n a descripción detallada del
escudo de a r m a s q u e se le concedió (18). Pero la m e r c e d
(17)
COGOLLUDO, obra citada, libro I , capitulo X I I .
(18)
Obra citada, libro I, capitulo X V I . «Que fuese un escudo, y que en el
medio de la parte de arriba, á la m a n o derecha, hubiese u n a isleta cercada de
mar y encima u n león dorado en c a m p o rosado, con unos granos de oro en
señal de la isla de les Sacrificios, a d o n d e salió cuando llegó á ella la a r m a d a de
J u a n de Grijalva. E n la otra mitad del escudo, á la mano izquierda, á la parle
de abajo siete panes de oro redondos e n campo azul, en memoria del oro que
m á s i m p o r t a n t e q u e e n t o n c e s obtuvo Montejo de la corte
fué la de c o n q u i s t a r y poblar la p e n í n s u l a de Yucatán, bajo
bases de m u c h a h o n r a y provecho p a r a sí y s u s h e r e d e r o s .
En los m o m e n t o s en que, firmada ya la capitulación, se
disponía á e m p r e n d e r su viaje p a r a el Nuevo Mundo, se
e n c o n t r ó en E s p a ñ a con uno de sus a n t i g u o s c a m a r a d a s ,
á quien quiso asociar á su e m p r e s a , y del cual h e m o s
ofrecido h a b l a r á n u e s t r o s lectores.
Alonso de Ávila e r a dos años m e n o r q u e Montejo, con
quien tenía m u c h o s p u n t o s de s e m e j a n z a . E r a , c o m o éste,
de rostro alegre, de conversación a n i m a d a , f r a n c o con sus
c a m a r a d a s y amigo de regocijos. Poseía también esa c o m plexión r o b u s t a con q u e los c o n q u i s t a d o r e s de América
p u d i e r o n desafiar todo género de privaciones y dificultades. Tenía un valor q u e rayaba e n t e m e r a r i o , y sólo había
en este c o n j u n t o un l u n a r , q u e deslucía en p a r t e tan b r i llantes cualidades. Era díscolo; pocas veces estaba de acuerdo con las opiniones de los d e m á s , y c e n s u r a b a ,á m e n u d o
las ó r d e n e s de s u s superiores. Gustaba poco de obedecer
y m u c h o de m a n d a r ; tenía un orgullo q u e lastimaba á s u s
c o m p a ñ e r o s de a r m a s , y a u n le tildaban de envidioso (19).
Ignoramos el lugar de su n a c i m i e n t o y la época en q u e
pasó al Nuevo Mundo. Sábese ú n i c a m e n t e q u e e n 1518 se
encontraba ya en Cuba, d o n d e poseía u n a e n c o m i e n d a . Esta
circunstancia le hacía pasar por rico en la isla, y contribuyó á los gastos q u e se erogaron en los viajes de Juan de
Grijalva y H e r n á n Cortés. En a m b a s expediciones tuvo el
m a n d o de una de las naves, y en la ú l t i m a se le confió el
delicado encargo de c o n t a d o r .
Las funciones anexas á su oficio no le impidieron batirse
como soldado en la a r d u a e m p r e s a de c o n q u i s t a r el Imperio
le dieron los indios c u a n d o e n el mismo descubrimiento fue por capitán ... E n la
otra mitad de la parte superior del e s c u d o , á la mano izquierda, un castillo dorado puesto en la Tierra Firme, á la costa de la mar, con tres banderas coloradas
sobre el castillo, en señal de la f u e r z a d e los indios y bandera que tenían. En la
otra mitad inferior de la m a u o d e r e c h a , cinco b a n d e r a s azules en campo
dorado, en señal de las b a n d e r a s q u e le dieron los indios, y que este escudo
tuviese por orla las trece estrellas doradas que e r a n sus armas antiguas,
que le coronase un yelmo abierto, con su timbre.»
(19)
BEKNAL DÍAZ, obra citada, capítulo CCYI.
y
de Moctezuma; y s u s servicios f u e r o n de tal importancia y
m a g n i t u d , q u e sería necesario escribir la historia de aquella m e m o r a b l e c a m p a ñ a p a r a hacer la biografía completa
de n u e s t r o héroe. H e r n á n Cortés, q u e conocía su valor i n domable, le confiaba s i e m p r e las misiones más peligrosas,
y fué uno de los c a p i t a n e s q u e llevó consigo c u a n d o tuvo
la audacia de p r e n d e r al e m p e r a d o r de México en su m i s mo palacio.
Hay en esta expedición un rasgo c o n c e r n i e n t e á Alonso
de Avila, cuya relación no d e b e m o s omitir, p o r q u e pinta
a d m i r a b l e m e n t e s u c a r á c t e r . Cuando H e r n á n Cortés, con
u n a habilidad s u p e r i o r á todo elogio, h u b o d e r r o t a d o á
Pánfilo Narváez, q u e con fuerzas s u p e r i o r e s había ido á
p r e n d e r l e en el teatro m i s m o de s u s hazañas, comenzó á
r e p a r t i r e n t r e los vencidos, con el deseo de atraérselos, varias de las riquezas a d q u i r i d a s en la expedición. Mandó
a d e m á s q u e se les devolviesen los caballos, a r m a s y otras
p r e n d a s q u e habían p e r d i d o en el c o m b a t e , y con este motivo comenzaron á m u r m u r a r m u c h o s de s u s antiguos
amigos, q u e n u n c a se c r e í a n b a s t a n t e m e n t e r e c o m p e n s a dos de sus servicios. Alonso de Ávila figuraba, como s i e m p r e , en el n ú m e r o de los d e s c o n t e n t o s ; pero m á s audaz q u e
sus compañeros de a v e n t u r a , llamó a p a r t e al general, y sin
d e j a r de lisonjearle, p o r q u e le c o m p a r ó á Alejandro Magno
hasta en su ingratitud (20), le r e p r o b ó con áspera franqueza
s u conducta. Díjole q u e s u s soldados, q u e habían p a r t i c i pado con él de todos los peligros de la expedición, a c a b a ban de librarle de un g r a n peligro, a y u d á n d o l e á v e n c e r á
Narváez, y q u e . n o era j u s t o q u e se les despojase de las r i quezas habidas en u n a tierra tantas veces regada con su
sangre, p a r a r e p a r t i r l a s e n t r e u n o s advenedizos q u e pocos
días antes habían d e s e m b a r c a d o en el país con el á n i m o
de p r e n d e r l e . H e r n á n Cortés respondió q u e s u s amigos eran
(20)
El mismo, capítulo C X X I V .
pocos y los de Narváez muchos; q u e a u n q u e vencidos, eran
todavía muy poderosos, y q u e necesitaba halagarlos con dádivas para a t r a e r l o s á s u s filas y poder un día d o m a r la
b r a v u r a de los aztecas. Alonso de Ávila no q u e d ó satisfecho
con esta explicación, y tales f u e r o n sin d u d a las p a l a b r a s
q u e m e d i a r o n en esta conferencia, q u e el general acabó
por decir q u e si alguien estaba descontento de su servicio,
podía r e t i r a r s e del c a m p a m e n t o . — L a s m u j e r e s de Castilla, añadió, han dado, por fortuna, y darán todavía á su
patria, soldados q u e m e ayuden en mi empresa.—Bien
m e r e c e m o s q u e nos tratéis de esa m a n e r a , replicó con
sarcàstica altanería Alonso de Ávila, y volvió las espaldas
á s u jefe.
Estas e s c e n a s e r a n m u y f r e c u e n t e s en la expedición, aunq u e pocas veces se r e p r o d u c í a n con tanta franqueza como
la anterior. Todas, sin embargo, t e r m i n a b a n de una m a n e r a
u n i f o r m e . H e r n á n Cortés llamaba s e c r e t a m e n t e al quejoso,
le ponía un p u ñ a d o de oro en la m a n o y le hacía g r a n d e s
ofertas p a r a el p o r v e n i r . Alonso de Ávila no era m e n o s
sensible q u e s u s c a m a r a d a s á este g é n e r o de d e m o s t r a c i o nes, y el hábil v e n c e d o r de Narváez tardó m u y pocos días
en disipar su enojo. No olvidó, á p e s a r de esto, la a v e n t u r a , y aprovechó la p r i m e r a oportunidad q u e se le presentó p a r a alejar del c a m p a m e n t o al t u r b u l e n t o capitán.
Después de aquella m e m o r a b l e j o r n a d a , conocida en la
Historia con el n o m b r e de la Noche triste, en q u e los españoles se vieron obligados á e v a c u a r la ciudad de México,
Hernán Cortés, privado de los auxilios de la m a d r e patria,
porque Montejo luchaba todavía en la corle c o n t r a la m a levolencia de Fonseca, resolvió m a n d a r u n a nueva e m b a jada á la isla de Santo Domingo, cuyo gobierno estaba e n c o m e n d a d o á u n o s frailes de la Orden de San Jerónimo, y en
d o n d e residía la p r i m e r a Audiencia q u e h u b o en el Nuevo
Mundo. Alonso de Ávila f u é el escogido para d e s e m p e ñ a r
esta misión, y p r o b a b l e m e n t e se tenía tan poca fe en su
r
- ( 267 )—
habilidad para esta clase de-negocios, q u e le dieron por
c o m p a ñ e r o á F r a n c i s c o Alvarez Chico, hidalgo q u e poseía
en alto g r a d o aquella cualidad. No parece q u e la e m b a j a d a
fuese de las m á s h o n r o s a s ; p o r q u e uno de los p u n t o s q u e
los comisionados debían gestionar era la dificultad de hacer indios esclavos y herrarlos, facultad q u e los benditos
frailes Jerónimos no tuvieron embarazo en c o n c e d e r , con
la ú n i c a limitación de s u j e t a r l a á la aprobación de la c o r t e .
Más de un año estuvo Alonso de Ávila separado del campamento, y c u a n d o se efectuó su vuelta, se e n c o n t r ó á s u s
antiguos c a m a r a d a s r e g i a m e n t e instalados en tierras q u e
habían alcanzado en el r e p a r t i m i e n t o . N u e s t r o a v e n t u r e r o
se llenó de envidia y de cólera, y argüyó q u e , h a b i é n d o s e
batido, como el q u e m á s , en el p r i m e r año de la e x p e d i ción, tenía un derecho incontestable á los despojos del
vencido. H e r n á n Cortés no supo q u é r e s p o n d e r á esta a r g u m e n t a c i ó n , y le hizo e n c o m e n d e r o de Cuautitlan,
bella
población situada en u n a comarca pintoresca á pocas leguas
de México.
Alonso de Ávila se h u b i e r a quedado tal vez en s u encom i e n d a á d e s c a n s a r de s u s fatigas, si su receloso j e f e no
h u b i e s e e n c o n t r a d o otra oportunidad p a r a alejarle. H e r n á n
Cortés h a b í a triunfado de los aztecas, pero no de s u s c o m patriotas. Llovían a c u s a c i o n e s contra él en la corte; y como
estaba a c o s t u m b r a d o á g a n a r sus pleitos con oro, p r e p a r ó
un rico p r e s e n t e , capaz de ablandar á su ambicioso s o b e rano. Compúsose éste de ochenta y ocho mil castellanos en
b a r r a s de oro, de la r e c á m a r a de Moctezuma, y de m u c h a s
joyas, e n t r e las c u a l e s había perlas g r a n d e s como avellanas, según Bernal Díaz. Alonso de Ávila y Antonio de Quiñ o n e s f u e r o n los d e s i g n a d o s p a r a poner estas fabulosas riquezas á los pies de Carlos Y, con u n a s cartas en q u e los
c o n q u i s t a d o r e s e n c a r e c í a n s u s servicios y pedían exageradas recompensas.
Confiáronse á los comisionados dos navios, los cuales zar-
paron del p u e r t o de Yeracruz el 20 de d i c i e m b r e de 1522 (21).
Ningún i n c i d e n t e notable ocurrió á los viajeros hasta la
isla T e r c e r a , u n a d é l a s Azores, en q u e Antonio de Quiñones, q u e a m a b a m u c h o los placeres sensuales, recibió de
un rival celoso u n a cuchillada en la cabeza, de q u e á p o cos días murió. Alonso de Ávila sepultó á su i n f o r t u n a d o
c o m p a ñ e r o y volvió á e m b a r c a r s e . P e r o estaba escrito q u e
aquel viaje debía t e n e r un fin desastroso. A pocas millas
de las costas españolas, y c u a n d o ya tal vez el c o m i s i o n a do e m p e z a b a á felicitarse del éxito de su e m b a j a d a , s u s naves se vieron r e p e n t i n a m e n t e acometidas por el célebre
Juan Florín, corsario f r a n c é s . Alonso de Ávila se defendió
con desesperación; pero todos s u s esfuerzos f u e r o n inútiles a n t e la s u p e r i o r i d a d n u m é r i c a de s u e n e m i g o . La ilota
cayó en poder del corsario, y los tesoros aztecas y su cond u c t o r fueron llevados á París.
Francisco I reinaba e n t o n c e s en F r a n c i a ; y a u n q u e había
oído ya h a b l a r de las riquezas del Nuevo Mundo, se q u e d ó
d e s l u m h r a d o a n t e las joyas y b a r r a s de oro q u e acababa de
u s u r p a r á su rival Carlos V. E n t o n c e s fué c u a n d o p r o r r u m pió en aquella célebre frase, repetida por m u c h o s historiadores.—Quisiera c o n o c e r , dijo, la cláusula del t e s t a m e n t o
de n u e s t r o p a d r e Adán, en q u e h u b i e s e repartido la m i t a d
del m u n d o e n t r e los r e y e s de España y Portugal.—Alonso
de Ávila, q u e de seguro no pudo r e s p o n d e r categóricamente á esta pregunta, fué e n c e r r a d o en una fortaleza, con la
esperanza tal vez de q u e el c o n d u c t o r de tan ricos tesoros
podría pagar un f u e r t e rescate (22). Juan Florín, d e s p u é s
de recibir las felicitaciones de su s o b e r a n o , volvió á e m b a r c a r s e y continuó sus h a z a ñ a s . Pero m u y pocas volvió á inscribir en su hoja de servicios, p o r q u e algún tiempo d e s p u é s fué apresado por u n a ilota vizcaína q u e le
(21)
(22)
El mismo, capítulo CLIX.
El mismo, ubi supra.
'
- (
268
) -
perseguía, y terminó en "una horca su borrascosa carrera.
Alonso de Avila consiguió ablandar al gobernador de la
fortaleza en que sufría su cautiverio, y por medio de éste
hizo llegar á manos de Carlos V las c a r t a s q u e había traído
de México y una relación de los tesoros apresados. Parece
que entonces se entablaron algunas negociaciones para
conseguir la libertad del cautivo; pero éstas debieron ser
tan lentas y de tan poca eficacia, q u e Alonso de Ávila no
pudo volver á España sino hasta fines de 15-6 ó principios
de 1527.
F u é entonces c u a n d o se encontró con Francisco de Montejo, quien le invitó á tomar parte en su empresa; y el i n cansable aventurero, deseoso sin duda de recobrar el t i e m po perdido en las prisiones de Francia, aceptó sin vacilar
sus proposiciones.
C A P Í T U L O VII
1526-1529
Capitulación que Francisco de Montejo celebra con Carlos V para conquistar y
colonizar la P e n í n s u l a . — P u n t o s que comprendía.—Elementos de la primera
expedición.—Desembarca en Yucatán.—Esfuerzos inútiles del Adelantado para
atraerse á los mayas.—Batalla de Aké.—Residencia e n Chichón Itzá.—Penalidades de la Colonia.—Nuevo combate con los naturales.—Los invasores se
v e n al fin obligados á huir, valiéndose de u n a e s t r a t a g e m a — B u s c a n refugio
en Campeche.
Desde su primer viaje á la corte, en su calidad de p r o c u rador de la Nueva España, había comenzado D. Francisco
de Montejo á gestionar la licencia para conquistar y colonizar la Península. Jerónimo de Aguilar le había hablado
mucho de la fertilidad de la tierra, de los grandes edificios
que había visto en ella y de la cultura relativa de sus habitantes. Es verdad que no había podido dar una noticia categórica sobre las minas de oro y plata, objeto casi exclusivo de los conquistadores; pero se disculpaba su ignorancia
en este punto con la esclavitud á que estuvo siempre condenado; y las alhajas de ínfima clase que había visto en los
adoratorios y entre los adornos de algunas señoras principales, autorizaban á creer q u e Yucatán, como toda la América descubierta hasta entonces, debía producir aquellos
preciosos metales.
Las gestiones de Montejo quedaron t e r m i n a d a s el 8 de
- (
268
) -
perseguía, y terminó en "una horca su borrascosa carrera.
Alonso de Avila consiguió ablandar al gobernador de la
fortaleza en que sufría su cautiverio, y por medio de éste
hizo llegar á manos de Carlos V las c a r t a s q u e había traído
de México y una relación de los tesoros apresados. Parece
que entonces se entablaron algunas negociaciones para
conseguir la libertad del cautivo; pero éstas debieron ser
tan lentas y de tan poca eficacia, q u e Alonso de Ávila no
pudo volver á España sino hasta fines de 1526 ó principios
de 1527.
F u é entonces c u a n d o se encontró con Francisco de Montejo, quien le invitó á tomar parte en su empresa; y el i n cansable aventurero, deseoso sin duda de recobrar el t i e m po perdido en las prisiones de Francia, aceptó sin vacilar
sus proposiciones.
C A P Í T U L O VII
1526-1529
Capitulación que Francisco de Montejo celebra con Carlos V para conquistar y
colonizar la P e n í n s u l a . — P u n t o s que comprendía.—Elementos de la primera
expedición.—Desembarca en Yucatán.—Esfuerzos inútiles del Adelantado para
atraerse á los mayas.—Batalla de Aké.—Residencia e n Chichón Itzá.—Penalidades de la Colonia.—Nuevo combate con los naturales.—Los invasores se
v e n al fin obligados á huir, valiéndose de u n a e s t r a t a g e m a — B u s c a n refugio
en Campeche.
Desde su primer viaje á la corte, en su calidad de p r o c u rador de la Nueva España, había comenzado D. Francisco
de Montejo á gestionar la licencia para conquistar y colonizar la Península. Jerónimo de Aguilar le había hablado
mucho de la fertilidad de la tierra, de los grandes edificios
que había visto en ella y de la cultura relativa de sus habitantes. Es verdad que no había podido dar una noticia categórica sobre las minas de oro y plata, objeto casi exclusivo de los conquistadores; pero se disculpaba su ignorancia
en este punto con la esclavitud á que estuvo siempre condenado; y las alhajas de ínfima clase que había visto en los
adoratorios y entre los adornos de algunas señoras principales, autorizaban á creer q u e Yucatán, como toda la América descubierta hasta entonces, debía producir aquellos
preciosos metales.
Las gestiones de Montejo quedaron t e r m i n a d a s el 8 de
d i c i e m b r e de 1526, día e n q u e Garlos V firmó e n G r a n a d a
la capitulación q u e p a s a m o s á e x t r a c t a r en seguida, no obst a n t e q u e en el A p é n d i c e (1) r e p r o d u c i m o s í n t e g r o este importante documento.
El rey daba á F r a n c i s c o de Montejo la facultad de conquistar y p o b l a r las islas de Yucatán y Cozumel (2) con las
condiciones siguientes; 1. a , q u e los gastos de la expedición
fuesen h e c h o s p o r el agraciado; 2. a , q u e e m p r e n d i e s e su
viaje d e n t r o de un año, p o r lo menos, contado desde la fecha de la c o n c e s i ó n ; 3. a , q u e c o n s t r u i r í a á s u s e x p e n s a s
dos fortalezas en el país conquistado; 4. a , q u e cada p o b l a ción q u e f u n d a s e c o n s t a s e de cien vecinos por lo m e n o s ;
5. a , q u e no p u d i e s e llevar consigo p e r s o n a s de las q u e t e nían prohibición de p a s a r á América, como h e r e j e s , moros
y abogados.
En cambio de é s t a s obligaciones, se le otorgaba lo s i guiente: q u e sería g o b e r n a d o r y capitán general vitalicio
de la tierra q u e c o n q u i s t a s e y poblase; q u e t e n d r í a para sí
y s u s h e r e d e r o s el título y h o n o r e s de alguacil m a y o r y
adelantado; q u e él y s u s s u c e s o r e s o b t e n d r í a n el m a n d o de
las fortalezas q u e c o n s t r u y e s e ; q u e como g o b e r n a d o r disf r u t a r í a el sueldo de 150.000 maravedís, como capitán g e neral el de 100.000 y c o m o alcaide de cada fortaleza 60.000,
total 370.000 m a r a v e d í s ; q u e a d e m á s d i s f r u t a r í a del 4
por 100 de lo q u e se g r a n j e a s e en la conquista y pobla- ción; q u e o b t e n d r í a en p r o p i e d a d un t e r r e n o de diez leguas
c u a d r a d a s , y q u e , por ú l t i m o , estaría exento de pagar derechos aduanales por los efectos q u e t r a j e s e para su uso á la
Colonia.
ción, debían gozar de la m i s m a exención de derechos; debía dárseles a d e m á s dos solares y dos caballerías de t i e r r a
para su establecimiento, propiedades q u e sólo podrían
e n a j e n a r al cabo de c u a t r o años; estarían exentos por el
m i s m o tiempo de ciertos i m p u e s t o s , y por el oro y plata de
las minas sólo pagarían en los tres p r i m e r o s años el décimo,
en el c u a r t o el noveno y así s u c e s i v a m e n t e hasta el octavo, en q u e comenzarían á pagar el quinto, establecido p a ra toda la A m é r i c a .
Estipulóse a d e m á s en el contrato q u e los diezmos serían
destinados al sostenimiento del culto q u e iba á p r e d i c a r s e ,
y q u e p u d i e s e n ser vendidos como esclavos los indios q u e
resistiesen la c o n q u i s t a y los q u e estuviesen r e d u c i d o s á la
s e r v i d u m b r e por los caciques.
T e r m i n a b a la capitulación o r d e n a n d o al Adelantado q u e
se s u j e t a s e á c i e r t a s disposiciones dictadas en 17 de n o v i e m b r e d e 1526 p a r a corregir los abusos q u e se cometían
en las c o n q u i s t a s del Nuevo Mundo, disposiciones de que
nos o c u p a r e m o s m á s a d e l a n t e (3).
Luego q u e D. Francisco de Montejo tuvo en su poder
esta concesión, comenzó á p r e p a r a r a c t i v a m e n t e su viaje.
Cuantiosos f u e r o n los gastos q u e hizo con este objeto, y no
bastándole p a r a pagarlos las r i q u e z a s q u e había adquirido
en América, tuvo necesidad de v e n d e r los b i e n e s p a t r i m o niales q u e , s e g ú n h e m o s dicho, poseía en E s p a ñ a (4). Don
Justo Sierra (5) p r e t e n d e q u e el Adelantado d e b í a s e r i n m e n s a m e n t e rico en aquella época, en atención á q u e se
había verificado ya el s a q u e o del tesoro d e los príncipes
aztecas. Hay en esta apreciación alguna i n e x a c t i t u d , p o r -
Los q u e a c o m p a ñ a s e n á Montejo en la conquista y pobla(3)
(1) Véase el n ú m e r o 2.
(2) Son las palabras textuales de la capitulación. Bien atrasada de noticias
estaba la corte, l l a m a n d o isla á Yucatán, en u n a época en q u e todos los viajeros
que habían recorrido en parte las costas del continente habían comprobado q u e
era u n a península.
Véase e n el apéndice de este libro el documento marcado con el n ú -
m e r o 3.
(4)
COGOLLUDO, Historia
(5)
Consideraciones
vación de los indígenas,
Fénix,
de Yucatán,
sobre el origen,
sus probables
libro II, capítulo V.
causas
resultados
y tendencias
y su posible
n ú m e r o correspondiente al 10 de noviembre de 1848).
de la
remedio
suble(El
q u e c u a n d o aquel s a q u e o tuvo l u g a r , Montejo no se hallaba
en México, sino en España, g e s t i o n a n d o los a s u n t o s de la
Colonia. Landa (6) asegura q u e , p a r a completar los gastos
de la expedición, D. F r a n c i s c o e n a m o r ó á u n a viuda rica
de Sevilla, con q u i e n trató s u c a s a m i e n t o . No era éste u n
dechado de virtudes, e n la r i g u r o s a acepción de la palabra,
y, bajo este p u n t o de vista, la a v e n t u r a no n o s parecería
inverosímil si p o r aquella época, s e g ú n n u e s t r a s conget u r a s , no h u b i e s e sido ya casado c o n D. a Beatriz de H e r r e ra (7), n a t u r a l de la m i s m a c i u d a d , capital de Andalucía.
Es v e r d a d q u e el obispo p r e t e n d e q u e este m a t r i m o n i o f u é
clandestino y q u e se necesitó de la a u t o r i d a d del virrey de
México D. Antonio de Mendoza p a r a q u e Montejo lo hiciese público y reconociese á s u m u j e r é hija (8). El criterio
de n u e s t r o s lectores s a b r á d a r á e s t a especie el crédito
q u e merezca, t e n i e n d o en c u e n t a el c a r á c t e r un poco m a l diciente del r e v e r e n d o .
Pero c u a l q u i e r a q u e h u b i e s e sido el origen de las s u m a s
empleadas en p r e p a r a r el viaje, el h e c h o es q u e f u e r o n
cuantiosas, p o r q u e el A d e l a n t a d o c o m p r ó c u a t r o navios y
se proveyó de caballos, a r m a s y v í v e r e s con la a b u n d a n c i a
que creyó n e c e s a r i a para u n a expedición cuyo t é r m i n o i g noraba. Luego q u e la capitulación s e hizo pública e n E s p a ñ a , m u l t i t u d d e esos v a g a b u n d o s q u e p u l u l a n s i e m p r e
en las costas y e n las c i u d a d e s de a l g u n a i m p o r t a n c i a , corrieron á b u s c a r al Adelantado, p i d i e n d o ser alistados bajo
su b a n d e r a . Acababa de llegar á Castilla el cañón de plata
q u e H e r n á n Cortés h a b í a m a n d a d o de regalo al e m p e r a d o r ,
y los i n c a u t o s c r e í a n q u e se t r a t a b a de la conquista de ese
país fabuloso d o n d e los m e t a l e s preciosos se f u n d í a n para
(6)
Relación
(7)
Más adelante, cuando nos o c u p e m o s de la descendencia del Adelanta-
de las cosas de Yucatán,
do, daremos las p r u e b a s de esta aserción.
(8)
LANDA, o b r a c i t a d a , § X I I I .
§ XII.
hacer piezas de artillería. Montejo no los d e s e n g a ñ a b a ,
p o r q u e él m i s m o creía en m o n t e s de oro, y los aceptaba á
todos, no c o m o soldados, sino como cooperadores, p o r q u e
ninguno d e b í a d i s f r u t a r sueldo. Hízose un contrato formal
e n t r e ellos y el Adelantado sobre las utilidades y p r e e m i nencias de q u e debían d i s f r u t a r en el país conquistado,
regla general de q u e sólo f u e r o n exceptuados los pilotos y
marineros. No nos parece ocioso consignar aquí estos
y otros p o r m e n o r e s de la m i s m a naturaleza, p o r q u e m á s
tarde han de s e r v i r n o s de base para estudiar la constitución primitiva de la Colonia.
En los ú l t i m o s m e s e s del año 1527 Montejo salió de España, a c o m p a ñ a d o de cerca de cuatrocientos a v e n t u r e ros (9) y d e la gente de m a r necesaria p a r a gobernar s u s
c u a t r o navios. Traía de contador á Alonso de Ávila;~.de t e sorero, á P e d r o de Lima; de veedor de las fundiciones,
á
Hernando Moreno de Quito, y de capellán, á un clérigo s e cular l l a m a d o F r a n c i s c o Hernández. En este último p u n t o
Montejo faltaba á uno de los artículos de la capitulación,
en q u e se le prevenía q u e t r a j e s e c u a n d o m e n o s dos religiosos, á c u y a omisión inconcebible h a atribuido algún e s critor piadoso el m a l éxito de la expedición.
También traía el Adelantado en su compañía á dos i n d i viduos de s u familia, q u e tenían su m i s m o n o m b r e . .Era el
primero el hijo natural q u e había t e n i d o en Sevilla de s u s
amores con Ana de León, y el cual contaría á la sazón la
edad de cinco lustros. Se crió en la corte de F e r n a n d o (10),
y había d a d o ya s u s p r i m e r o s pasos en la c a r r e r a de las arm a s a c o m p a ñ a n d o á H e r n á n Cortés en calidad de paje en su
peligrosa expedición á H o n d u r a s (11). Era el segundo un
sobrino de D. Francisco, q u e sólo contaba e n t o n c e s trece
(9)
LANDA pretende que f u e r o n 500.
(10)
El mismo, obra citada, § X I I .
(11)
BERNAL DÍAZ, o b r a c i t a d a , c a p i t u l o C L X X I V .
1S
años, y q u e á tan t e m p r a n a edad comenzaba á hacer su
aprendizaje e n las r u d a s g u e r r a s de la conquista.
La flota, d e s p u é s de h a b e r tocado en algunas islas del
tránsito para r e f r e s c a r s u s víveres, aportó á Cozumel en
f e b r e r o ó marzo de 1528. Los isleños no h u y e r o n á la vista
de los españoles; pero la acogida q u e les dispensaron fué
m á s bien recelosa q u e amigable. Mezcláronse e n t r e ellos,
p r o b a b l e m e n t e con el exclusivo objeto de p e n e t r a r s u s i n tenciones, y luego q u e c o m p r e n d i e r o n q u e se t r a t a b a de
una invasión á Yucatán, dieron aviso de lo q u e o c u r r í a á
s u s compatriotas los p e n i n s u l a r e s . Montejo h u b i e r a q u e r i do d e s d e e n t o n c e s h a c e r l e s saber q u e sumisión era de paz,
palabras q u e se hallan s i e m p r e en la boca de todos los
conquistadores; pero se lo i m p e d í a la falta absoluta de int é r p r e t e s , p o r q u e el único q u e h a b r í a podido d e s e m p e ñ a r
este oficio—aquel Melchor a p r e h e n d i d o por H e r n á n d e z de
Córdova e n Cabo Catoche—se había fugado del c a m p a m e n to español n u e v e años antes, d u r a n t e la residencia de H e r n á n Cortés en Tabasco.
Parecía de poca importancia la isla de Cozumel, y los
expedicionarios, d e s p u é s de h a b e r s e provisto de un guía
q u e los i n t e r n a s e en la t i e r r a q u e iban á c o n q u i s t a r , se
r e e m b a r c a r o n en s u s naves y r e c o r r i e r o n la costa oriental
de la Península hasta Cabo Catoche ó s u s inmediacion e s (12), d o n d e se d e t u v i e r o n . D e s e m b a r c a r o n todos los
(12)
a v e n t u r e r o s con s u s caballos, a r m a s y m u n i c i o n e s , y sólo
se q u e d ó á bordo la gente de m a r necesaria para c u i d a r de
las naves. El p r i m e r cuidado de Montejo f u é tomar p o s e sión de la tierra en n o m b r e del rey de España, con t o d a s
las s o l e m n i d a d e s q u e prescribían las leyes de la época. Con
este objeto, el alférez Gonzalo Nieto enarboló u n a b a n d e r a
al grito de ¡España, España! ¡Viva España! Allí también debió h a b e r s e dado lectura á aquel célebre d o c u m e n t o , redactado por varios teólogos españoles, en q u e se hacía sab e r á los a m e r i c a n o s q u e el Papa, como señor de toda la
tierra, h a b í a d o n a d o el Nuevo M u n d o á los reyes de Castilla,
y en tal virtud se les notificaba q u e no opusiesen resistencia á s u s a r m a s , s e l e s hacía responsables de todos los d a ños q u e pudiese ocasionar la g u e r r a y se les c o n m i n a b a con
las p e n a s de esclavitud y confiscación. R e p r o d u c i m o s en
el Apéndice esta leyenda, como u n a de las piezas m á s curiosas q u e posee la historia de las A m é r i c a s (13).
Esta c e r e m o n i a no tuvo e n t o n c e s por único objeto a s e g u r a r á la Corona de E s p a ñ a la posesión de la Península.
Por aquella época n i n g u n a potencia europea se h u b i e r a
atrevido á disputar al poderoso Carlos V s u s vastos d o m i nios de U l t r a m a r . El objeto principal de Montejo fué el de
q u e ningún otro a v e n t u r e r o p u d i e s e disputarle en lo s u c e sivo lo q u e él c o n s i d e r a b a ya como d e r e c h o suyo, y satisfecho de h a b e r alcanzado su deseo con el acta q u e hizo le-
Desde este p r i m e r d e s e m b a r q u e de los españoles en las costas de la
P e n í n s u l a hasta la fundación de la ciudad de Mérida, es decir, e n u n espacio de
quince años, que abraza u n o de los períodos más notables de nuestra historia,
reina desgraciadamente u n a notable confusión entre los escritores que se h a n
ocupado de ella. Montejo no tuvo la fortuna, como H e r n á n Cortés, de traer
un
cronista entre su pequeño ejército; y ¡si á esta falta se añade la circunstancia de
que la conquista de Yucatán f u é intentada y a b a n d o n a d a varias veces hasta el so metimiento voluntario d e T u l u l Xiu, se c o m p r e n d e r á fácilmente la causa y el
origen de esta confusión. No existiendo n i n g ú n historiador contemporáneo de los
sucesos que vamos á referir, LANDA, el bachiller VALENCIA y COGOLLUDO n o pudieron beber en otras fuentes que en la tradición y en las probanzas
que los conquis-
tadores hicieron levantar para pedir el premio de sus servicios. De intento no
hemos mencionado al famoso cronista de las Indias, D. ANTONIO DE HERRERA,
porque basta comparar su historia con la relación de LANDA, para comprender
que no hizo mas q u e copiar á éste e n lo que se refiere á Yucatán. Nosotros no
hemos vacilado en seguir de toda preferencia á COGOLLUDO, así por el criterio
de que se manifiesta adornado este historiador, cuando no le dominan las preocupaciones religiosas de su época, como porque tuvo á la vista, al trazar su historia, m u c h a s de las probanzas de que hemos hablado y los papeles de la familia
Montejo.
(13)
Véase el n ú m e r o 4.
v a n t a r de todo lo acaecido, creyó conveniente c o m e n z a r
su obra de pacificación.
Nuestro abrasado c l i m a comenzó desde luego á hacer
estrago e n t r e los españoles, y tuvieron necesidad d e deten e r s e algunos días e n el p u n t o de su d e s e m b a r q u e para
c u r a r s u s e n f e r m o s . Cuando éstos se h u b i e r o n restablecido, e m p r e n d i e r o n s u m a r c h a hacia el Occidente, sin a b a n donar por e n t o n c e s la costa, acaso p o r q u e el Adelantado
no quería i n t e r n a r s e sin s o n d e a r a n t e s la intención de los
n a t u r a l e s . No t a r d a r o n en llegar á u n pueblo l l a m a d o Coni
ó Conil (14), d o n d e u n golpe de audacia de parte de los i n dios reveló á M o n t e j o lo q u e tanto deseaba averiguar.
P r e s e n t á r o n s e en el c a m p a m e n t o español algunos person a j e s de la provincia de Choacá, con el pretexto de c u m p l i m e n t a r á los e x t r a n j e r o s por su a r r i b o á la P e n í n s u l a . El
Adelantado, q u e d e s e a b a m u c h o c o m u n i c a r s e con los m a yas para revelarles s u s intenciones, se a p r e s u r ó á r e c i b i r los. Durante la c o n f e r e n c i a , que no debió ser m u y explícita por falta de i n t é r p r e t e s , u n indio se a c e r c ó s ú b i t a m e n t e
á un esclavo de Montejo, le a r r a n c ó el alfanje q u e t r a í a en
la mano y se a r r o j ó s o b r e el caudillo español c o n el ánimo
de herirle. Pero é s t e t u v o tiempo de sacar la e s p a d a y d e fenderse, hasta q u e a c u d i e r o n o t r o s castellanos, q u e sólo
supieron librarle del asesino dándole m u e r t e en el acto.
Este suceso reveló al Adelantado q u e los m a y a s estaban
resueltos á d i s p u t a r l e la h e r e n c i a de s u s m a y o r e s y q u e no
p e r d o n a r í a n s a c r i f i c i o s de ninguna especie p a r a c o n s e r v a r
su libertad. A s i e r a , e n efecto. Luego q u e los p e n i n s u l a r e s
tuvieron aviso por s u s compatriotas de Cozumel d e q u e los
h o m b r e s blancos y b a r b a d o s del Oriente se h a b í a n p r e s e n tado de nuevo con el ánimo de invadir la tierra, celebraron
(14)
P r e t e n d e COGOLLUDO que el hecho referido e n el texto tuvo lugar e n
Coni, y que Conil era otra población distinta, m á s inmediata á Cabo Catoche. En la
actualidad sólo existe l o q u e se llama Bocas del Conil, entre este cabo y el Cayo.
u n a gran confederación y se hicieron el m u t u o j u r a m e n t o
de oponerse con todas s u s fuerzas á la invasión e x t r a n j e r a .
Es de p r e s u m i r q u e todos los caciques de la región oriental de la Península f o r m a r o n p a r t e de esta alianza; pero
lo q u e parece i n d u d a b l e es q u e el de la provincia de Choacá fue el alma del movimiento. El i n c i d e n t e de Coni no fué
m a s q u e el preludio de las hostilidades q u e m u y pronto
iban á e m p r e n d e r s e , y q u e tan caras debían costar á a m b o s
contendientes.
E n t r e t a n t o los españoles c o n t i n u a r o n su m a r c h a por donde quiso llevarlos su guía de Cozumel, q u e , iniciado tal vez
en los secretos de los confederados, serviría m á s al designio de éstos q u e al de Montejo. No t a r d a r o n en llegar á u n
pueblo llamado Cobá, d o n d e f u e r o n bautizados por los indios con el apodo ele h mak opob ( c o m e d o r e s de anonas).
El indio es observador por naturaleza, y al notar el ansia
con q u e los españoles devoraban la f r u t a elel anón para mitigar la sequedad de s u s fauces, celebró e n c o n t r a r aquella
oportunidad para designar á su enemigo con un n o m b r e
q u e se acomodaba tanto á la índole de su idioma.
La m a r c h a del p e q u e ñ o ejército se hacía cada vez m á s
penosa, por la estrechez de los caminos, la aspereza de la
selva, la falta de agua y el ardor del clima. Venciendo tod a s estas dificultades, llegó al pueblo de Choacá, el cual
acababa de ser a b a n d o n a d o por todos s u s h a b i t a n t e s .
Mucho sintió el Adelantado este i n c i d e n t e , p o r q u e h u biera deseado e n c o n t r a r á alguno p a r a c o m u n i c a r l e su d e signio. Seguía abrigando la idea de q u e podía sojuzgar á
los mayas con sólo el poder de su p a l a b r a , y no p u d i e n d o
hacer uso de este e l e m e n t o en Choacá, dió un ligero d e s canso á s u s tropas y continuó su m a r c h a hacia el i n t e r i o r ,
precedido s i e m p r e de su guía ele Cozumel.
A las inmediaciones de un pueblo llamado Aké, célebre
en los anales de la conquista, los castellanos oyeron s ú b i t a m e n t e una gritería i n m e n s a , a c o m p a ñ a d a de un e s t r u e n -
do salvaje q u e hizo e s t r e m e c e r la tierra bajo sus plantas.
Apareció en seguida u n a g r a n m u c h e d u m b r e de indios,
q u e se hallaba e m b o s c a d a á los dos lados del camino, y q u e
no t a r d a r o n en c e r c a r á la corta fuerza del Adelantado.
Aquellos de los invasores q u e no se dejaron d o m i n a r enter a m e n t e por el miedo, debieron creerse transportados á
aquellos tiempos fabulosos de la caballería a n d a n t e , en q u e
los soldados cristianos eran acometidos por d u e n d e s , vestiglos y demonios. Tal, en efecto, debía s e r la impresión q u e
causase en u n e u r o p e o la vista de un ejército americano.
Aquellos h o m b r e s d e s n u d o s , q u e se teñían la piel de diversos colores con el á n i m o deliberado de c a u s a r h o r r o r
á s u s enemigos; aquellas a r m a s de m a d e r a y p e d e r n a l , de
f o r m a s tan e x t r a ñ a s ; aquella música g u e r r e r a , c o m p u e s t a
de t u n k u l e s , de caracoles y de c o n c h a s de tortuga q u e se
tocaban con astas de ciervo, f o r m a b a n un c o n j u n t o capaz
de i n f u n d i r espanto por sí solo al q u e por p r i m e r a vez lo
contemplaba.
Pero los castellanos no p u d i e r o n e n t r e g a r s e por m u c h o
tiempo á este s e n t i m i e n t o de a d m i r a c i ó n , p o r q u e m u y p r o n to h u b o necesidad d e apelar á las a r m a s para d e f e n d e r s e
de los mayas, q u e c o m e n z a b a n á poblar el aire con s u s flechas. Trabóse e n t o n c e s u n a batalla, q u e n e c e s a r i a m e n t e
debía ser reñida, por las ideas q u e d o m i n a b a n en a m b o s
campos c o n t e n d i e n t e s . Los españoles deseaban d e m o s t r a r
en aquel p r i m e r e n c u e n t r o su valor y la superioridad de s u s
a r m a s , p a r a s e n t a r de u n a vez en la Península aquella fama
de invencibles y de hijos de los dioses con q u e s u s compatriotas se habían abierto paso en otras regiones de
la América. Los m a y a s se hacían la ilusión de q u e , peleando aquel día con s u fiereza a c o s t u m b r a d a , acabarían muy
pronto con los pocos invasores q u e tenían delante de los
ojos y e s c a r m e n t a r í a n p a r a s i e m p r e á los e x t r a n j e r o s q u e
en adelante quisiesen imitar s u e j e m p l o .
Aquel día todas las v e n t a j a s estuvieron de p a r t e de los
yucatecos. Casi todos los soldados de Montejo e r a n b i s o ños; y éstos, q u e habían oído decir en E u r o p a q u e los americanos se d e s b a n d a b a n aterrorizados al p r i m e r e s t r u e n d o
de u n a r m a de fuego, se llenaron de a s o m b r o al ver q u e
los mayas no retrocedían ante las descargas de s u s falcon e t e s y a r c a b u c e s . La caballería, otra a r m a ventajosa para
los e u r o p e o s , p o r q u e los caballos e r a n desconocidos en el
Nuevo Mundo, no podía m a n i o b r a r con e n t e r a libertad por
lo pedregoso del t e r r e n o y la e s p e s u r a de la selva. Sin e m bargo, a l g u n o s j i n e t e s se acercaban á las filas de s u s e n e migos y p a s a b a n r á p i d a m e n t e j u n t o á ellos, p r o c u r a n d o
h e r i r l e s en el rostro. A pesar de esto y de los estragos q u e
causaban en la multitud las a r m a s de fuego, los yucatecos
se m a n t u v i e r o n firmes, y en lugar de d i s m i n u i r s e , se a u m e n t a r o n , p o r q u e los m u e r t o s eran reemplazados p o r n u e v o s
e s c u a d r o n e s q u e de tiempo e n ' t i e m p o venían á i n c o r p o r a r s e al c a m p a m e n t o . Cuando el sol se h u b o ocultado en el
horizonte, los indios, q u e , como sabemos, no a c o s t u m b r a ban á p e l e a r de noche, s u s p e n d i e r o n las hostilidades, pero
q u e d a n d o d u e ñ o s del c a m p o . Los castellanos, t e m i e n d o alguna celada, se m a n t u v i e r o n en vela en el c e n t r o de a q u e llas m a s a s oscuras, q u e se c o n f u n d í a n allá en lontananza
con las tinieblas en q u e estaba s u m i d a la Naturaleza.
A la m a ñ a n a del día siguiente volvió á e m p e ñ a r s e con
nuevo a r d o r el c o m b a t e . El Adelantado y Alonso de Avila
habían a n i m a d o á s u s compatriotas d u r a n t e aquella vigilia,
contándoles los n u m e r o s o s t r i u n f o s q u e en su larga c a r r e r a
habían alcanzado c o n t r a los a m e r i c a n o s , y ellos, q u e no tenían otro r e c u r s o q u e vencer ó m o r i r en aquel campo de
batalla q u e distaba c e n t e n a r e s de leguas de la m a d r e patria,
redoblaron s u s esfuerzos para no labrar su r u i n a en aquel
p r i m e r e n c u e n t r o con los mayas. Estos hicieron también
un esfuerzo s u p r e m o p a r a c o n q u i s t a r de u n a vez para siemp r e en aquel c o m b a t e su t r a n q u i l i d a d ; pero no pudieron
resistir por m u c h o tiempo á la s u p e r i o r i d a d de la táctica
y de las a r m a s e s p a ñ o l a s , y á eso del mediodía dieron
señales de c o m e n z a r á r e t r o c e d e r . A p r e t a r o n los castellanos, y e n t o n c e s los indios se d e s b a n d a r o n c o m p l e t a m e n t e
y desaparecieron e n t r e la e s p e s u r a del bosque. Cogolludo,
q u e es el único h i s t o r i a d o r q u e habla de esta batalla, dice
q u e tuvo lugar á fines del a ñ o 1527 y asegura q u e m u rieron en ella m á s d e mil doscientos indios (15). Don Justo
Sierra añade q u e el A d e l a n t a d o perdió u n a t e r c e r a parte
de s u s fuerzas (16); p e r o i g n o r a m o s la f u e n t e de d o n d e tom ó este dato, p o r q u e Cogolludo sólo dice q u e m u r i e r o n
algunos españoles y salieron h e r i d o s otros (17).
La victoria de Montejo fué decisiva. Tal impresión, sin
embargo, debió h a c e r en su á n i m o el valor de los mayas,
que creyó n e c e s a r i o p o n e r s e al abrigo de alguna fortaleza.
Con este objeto se dirigió á Chichón Itzá, de q u e probablem e n t e le h a b í a h a b l a d o su guía; y como los g r a n d e s edificios q u e allí e n c o n t r ó le parecieron u n a defensa suficiente
c o n t r a las flechas de s u s e n e m i g o s , d e t e r m i n ó establec e r s e por e n t o n c e s allí p a r a comenzar su o b r a de pacificación. Ilizo c o n s t r u i r p a r a s u s soldados algunas c a b a ñ a s de
palma y de zacate, s e m e j a n t e s á las q u e usaban y usan
todavía los m a y a s , y p r o c u r ó a t r a e r s e á los h a b i t a n t e s de
los cacicazgos v e c i n o s con aquellas m e d i d a s b l a n d a s y
p r u d e n t e s que t a n t o se a m o l d a b a n á su c a r á c t e r conciliador.
(15)
Historia
de Yucatán,
libro II, capítulo VI.
(1G) Los indios ele Yucatán, capítulo I.
(17) SI'EPHENS, en s u Viaje á Yucatán,
tomo II, capítulo X X I V , pretende
que la batalla de que a c a b a m o s de hablar se dió en el sitio que hoy ocupa u n a
hacienda denominada Aké, al s u r de Cacalchén. S e equivocó e v i d e n t e m e n t e
el ilustre viajero. V i n i e n d o el Adelantado de Coní ó Conil á Chichón Itzá, donde
después se estableció, debió haber tocado en el pueblo q u e hoy se llama Oonot
Aké, donde creemos q u e tuvo lugar el combate con los indios. Así lo hace
comprender, además, la circunstancia referida p o r COGOLLUDO de que este pueblo se hallaba á inmediaciones de Chauahaá, donde primitivamente fué f u n d a d a
más tarde la villa de Valladolid.
Sea q u e el Adelantado tuviese un poder irresistible para
captarse la voluntad de los indios; sea q u e éstos h u b i e s e n
q u e d a d o a m e d r e n t a d o s con su d e r r o t a en Aké; sea, en fin,
que fingiesen acceder h i p ó c r i t a m e n t e á los deseos del c o n quistador, el caso es q u e no resistieron por e n t o n c e s el
establecimiento d e las e n c o m i e n d a s , q u e se intentó desde
entonces, como una de las concesiones m á s i m p o r t a n t e s de
la capitulación. Con este objeto, el Adelantado hizo b a j a r á
Chichón á los indios q u e habían manifestado ya disposición
de s o m e t e r s e , les dió á reconocer s u s respectivos e n c o m e n d e r o s y les i m p u s o de s u s obligaciones, q u e por e n tonces se r e d u j e r o n p r o b a b l e m e n t e á abastecer de cierta
cantidad de víveres al c a m p a m e n t o .
Los indios se p r e s t a r o n de tan b u e n a voluntad á esta primera exigencia, q u e Montejo creyó q u e podía dar otro paso
en la vía q u e se había lanzado, s i e m p r e en observancia de
la capitulación, único código político de los invasores.
F u n d ó en Chichón una ciudad con el n o m b r e de Salamanca (18), y se asentaron como vecinos de ella ciento sesenta
de los españoles q u e traía consigo.
Hasta aquí todo parecía m a r c h a r p e r f e c t a m e n t e . A fin
de q u e los indios no perdiesen el respeto q u e había sabido
i n f u n d i r l e s el valor castellano, Montejo hacía salir d i a r i a m e n t e de la nueva ciudad varias p a r t i d a s a r m a d a s , q u e asi
servían para reconocer la tierra, como para recoger los
tributos de las e n c o m i e n d a s . Sin embargo, los invasores no
se hallaban contentos. Comenzaban á escasear en el camp a m e n t o algunos efectos de Castilla, q u e no podían p r o c u r a r s e en Yucatán, y q u e e r a imposible sacar de los n a vios, p o r q u e no se había tenido cuidado de conservar e x pedita la comunicación con la playa.
Había, sobre todo, u n a causa de descontento universal.
Todas las indagaciones q u e se habían h e c h o para averiguar
(18)
COGOLLUDO, ubi
supra.
si el país p r o d u c í a m i n a s de oro y plata, habían sido hasta
allí i n f r u c t u o s a s . Guando los indios e r a n interrogados sobre
el particular, respondían s i e m p r e n e g a t i v a m e n t e con u n i formidad d e s e s p e r a n t e . Pero un día circuló e n t r e los i n vasores u n a noticia q u e conmovió todo el c a m p a m e n t o .
Decíase q u e hacia el r u m b o de Bakhalal había oro en
a b u n d a n c i a , especie q u e p r o b a b l e m e n t e soltarían con malicia los indios, con el á n i m o de dividir á s u s enemigos
para debilitarlos. Si ésta f u é su i n t e n c i ó n , alcanzaron comp l e t a m e n t e su objeto; p o r q u e el Adelantado, haciéndose
eco de la aspiración general, despachó p a r a aquella lejana
provincia al capitán Alonso de Ávila con cincuenta infantes
y dieciséis caballos. Llevó instrucciones para a t r a e r á los
indios á la obediencia del rey de España, p a r a f u n d a r una
ciudad en el asiento q u e creyese m á s a d e c u a d o y sobre
todo para r e c o n o c e r las minas, con cuyo objeto llevó en
su compañía á un individuo b a s t a n t e versado en la Mineralogía, llamado F r a n c i s c o Vázquez.
Este movimiento fué de consecuencias desastrosas para
el ejército invasor. Luego q u e los indios notaron q u e había
disminuido el n ú m e r o de los pobladores de Chichón, c r e yeron llegado el m o m e n t o de s a c u d i r el yugo q u e se les
había i m p u e s t o . Comenzaron á negar á s u s e n c o m e n d e r o s
el tributo q u e a n t e s pagaban v o l u n t a r i a m e n t e , tal vez con
la esperanza de q u e los castellanos abandonarían el país
p a r a no m o r i r s e de h a m b r e . Pero éstos no se hallaban reducidos todavía á tan l a m e n t a b l e e x t r e m o . Las p a r t i d a s q u e
d i a r i a m e n t e salían del c a m p a m e n t o , tuvieron ya por única
ocupación r e c o r r e r los p u e b l o s e n c o m e n d a d o s p a r a exigir
con las a r m a s en la m a n o los b a s t i m e n t o s de q u e tenían
necesidad. Los indios no opusieron al principio m u c h a r e sistencia; pero llegó un día en q u e los españoles tuvieron
necesidad de librar un c o m b a t e en cada e n c o m i e n d a . La
nueva Salamanca no podía proveerse de víveres sino al
precio de la s a n g r e de s u s pobladores. Y como éstos eran
pocos, Montejo calculó con espanto q u e si aquella s i t u a ción se prolongaba por algún tiempo, su ruina e r a i r r e m e diable.
Para disminuir en lo posible estos e n c u e n t r o s , adoptó la
medida de hacer salir los d e s t a c a m e n t o s antes de a m a n e cer y con todo el secreto q u e se podía. ¡Vana precaución!
Los indios de la comarca habían celebrado u n a nueva coalición con s u s vecinos, y su n ú m e r o había llegado á s e r
tan exorbitante, q u e todos los alrededores de Chichón eran
r e c o r r i d o s por las b a n d a s de sus g u e r r e r o s . Ningún d e s tacamento español dejaba de tropezar con alguna de estas
bandas, y si, como sucedía casi s i e m p r e , el c o m b a t e se
empeñaba al instante, é s t e era de f u n e s t a s consecuencias
para los castellanos, p o r q u e al estampido de s u s a r m a s de
fuego n u m e r o s o s e s c u a d r o n e s de indios acudían al auxilio
de s u s compatriotas, y aquéllos no tenían otro r e c u r s o
que retirarse á s u c a m p a m e n t o con el mayor o r d e n posible.
Y d i a r i a m e n t e había q u e deplorar la m u e r t e de uno ó m á s
compañeros, a b a n d o n a d o s en el c a m p o de batalla, y e s c u char los lamentos de los q u e volvían h e r i d o s y m a l t r e c h o s
del combate.
Acaeció en uno de estos e n c u e n t r o s un hecho singular,
que probó á los invasores el indomable orgullo de q u e se
hallaba poseída la raza q u e intentaban sojuzgar. Había u n
ballestero español, cuya destreza había causado tanto e s trago en las filas enemigas, q u e los indios llegaron á s e ñ a larle y j u r a r su exterminio. Ofrecióse á c u m p l i r este j u r a mento un indio q u e gozaba de gran reputación e n t r e los
suyos por su habilidad en disparar la flecha. Un día q u e el
ballestero y el flechero se e n c o n t r a r o n en el campo de batalla, comenzaron u n a especie de c o m b a t e singular, p r o c u r a n do aprovechar cada uno un descuido de su c o n t r a r i o para
herirle. El indio, q u e c o m p r e n d i ó el designio del español,
aparentó un instante no c u i d a r s e de él, á fin de obligarle á
salir al raso á disparar su ballesta. El español cayó en el
lazo, y a p e n a s había salido la d e j a r a , el maya a r m ó su arco
y disparó su flecha. Ambos q u e d a r o n heridos, el p r i m e r o en
un brazo y el s e g u n d o en medio del pecho. Conociendo el
indio que aquella h e r i d a iba á causarle la m u e r t e , se ahorcó
con un bejuco á la p r e s e n c i a de los dos c a m p a m e n t o s , para
q u e no se dijese n u n c a q u e había sido vencido por un castellano.
La situación del Adelantado se hacía cada vez m á s a n gustiosa. El n ú m e r o de sus soldados se iba d i s m i n u y e n d o
notablemente, y no podía recibir s o c o r r o de parte alguna.
Varios m e s e s hacía q u e Alonso de Ávila había partido para
Bakhalal, y n i n g u n a noticia se había recibido de su p a r a dero. A juzgar por lo q u e pasaba en Chichón, Montejo
llegó tal vez á i m a g i n a r s e q u e el valiente contador había
perecido con la corta f u e r z a q u e llevó á s u s ó r d e n e s . E n tonces fué c u a n d o conoció el e r r o r q u e había cometido en
fraccionar su p e q u e ñ o ejército; p o r q u e , f u e r a de q u e la separación de s e s e n t a soldados había debilitado m u c h o su
c a m p a m e n t o , hacíanle falta el valor y la experiencia del
antiguo c o m p a ñ e r o de Hernán Cortés, a c r e d i t a d o s en más
de una ocasión difícil.
Pero no era a q u e l el instante o p o r t u n o de e n t r e g a r s e á
un estéril a r r e p e n t i m i e n t o . Era necesario obrar con p r o n titud y energía. Ya no sólo faltaban á los españoles los objetos de Castilla, de q u e hacía tanto t i e m p o estaban privados, sino hasta las provisiones para su rancho diario. Los
indios se habían engreído tanto con s u s p e q u e ñ o s triunfos
de los últimos días, q u e h a b í a n cercado c o m p l e t a m e n t e á
Chichón, a u n q u e á considerable distancia, p o r q u e c o m p r e n d í a n q u e los e x t r a n j e r o s eran i n e x p u g n a b l e s en su fortaleza. Las partidas de q u e h e m o s hablado i n t e n t a r o n romper alguna vez este cerco para p r o v e e r s e de víveres; pero
s u s esfuerzos se estrellaron s i e m p r e contra el valor de s u s
enemigos. Montejo c o m p r e n d i ó e n t o n c e s q u e su p e q u e ñ o
ejército estaba de todas m a n e r a s c o n d e n a d o á p e r e c e r . Si
las a r m a s a m e r i c a n a s e r a n impotentes contra las suyas, el
h a m b r e se e n c a r g a r í a de destruirlo. No le q u e d a b a m a s
que elegir el género de suplicio de q u e debía m o r i r . El
valor castellano no t i t u b e ó un m o m e n t o en la elección.
Pero como el enemigo no se atrevía á atacar el real, Montejo d e t e r m i n ó salir con los suyos á buscarle.
Luego q u e los indios vieron á los españoles en campo
raso, poblaron el aire con sus gritos, s u s bocinas y a t a b a les, y una m u c h e d u m b r e i n m e n s a de g u e r r e r o s acudió al
lugar de d o n d e partía aquel e s t r u e n d o salvaje. E m p e ñ ó s e
al instante u n a batalla m á s sangrienta todavía q u e la de
Aké, p o r q u e el n ú m e r o de los indios e r a e n t o n c e s consid e r a b l e m e n t e m a y o r , y se formaron el propósito de acabar
en aquel día para s i e m p r e con todos s u s enemigos. Inútil
era q u e las a r m a s de fuego s e m b r a s e n el campo de c a d á veres; inútil q u e los j i n e t e s d e s o r d e n a s e n los e s c u a d r o n e s
con s u s t e r r i b l e s lanzas y el espanto q u e i n f u n d í a n ; los
dispersos volvían con algazara á o c u p a r su puesto, y los
m u e r t o s e r a n reemplazados con nuevos c o m b a t i e n t e s q u e
acudían de diversos p u n t o s de la t i e r r a .
Comenzaba á r e i n a r el terror en las filas españolas. Gran
n ú m e r o de soldados caía atravesado por las flechas, y las
terribles lanzas y espadas de p e d e r n a l concluían la obra.
Los caballos, esos m o n s t r u o s de naturaleza desconocida,
contra los cuales asestaban de p r e f e r e n c i a s u s tiros los
aborígenes, a r r a s t r a b a n en su caída á los jinetes, y u n o s
y otros perecían al instante, p o r q u e ninguno q u e caía volvía á levantarse. El corazón de Montejo se oprimía de d o lor, p o r q u e y a no podía volver los ojos á n i n g u n a d i r e c ción sin e n c o n t r a r s e con algunos c o m p a ñ e r o s difuntos ó
l u c h a n d o ya con las convulsiones de la agonía. Entonces
dió la o r d e n de replegarse á Chichón, para conservar el
corto n ú m e r o de soldados q u e le q u e d a b a . La r e t i r a d a se
verificó con o r d e n , y los indios no se atrevieron á seguir a
s u s enemigos, no obstante q u e iban casi todos h e r i d o s y
q u e dejaban ciento cincuenta c a d á v e r e s en el campo de
batalla.
El Adelantado no reconoció toda la extensión de s u s pérdidas s i n o c u a n d o h u b o e n t r a d o en el real y h e c h o r e q u i s i ción de su g e n t e . Quiza e n t o n c e s c o m p r e n d i ó por la vez
p r i m e r a q u e no le era posible l u c h a r ya contra la i n d o m a ble raza de los mayas. Si él se había hecho la ilusión de
a m e d r e n t a r á los indios con una batalla campal, la derrota
q u e acababa de s u f r i r debía quitarle toda esperanza. Los
e l e m e n t o s con q u e había d e s e m b a r c a d o , estaban r e d u c i d o s
ya á la t e r c e r a p a r t e , y la imposibilidad de a u m e n t a r l o s y
aun conservarlos le obligó á tomar la d e t e r m i n a c i ó n de
a b a n d o n a r p o r completo á Chichón, b u s c a n d o u n refugio
en s u s navios. Pero hasta esta r e t i r a d a á las costas se hallaba erizada de peligros. Los indios c o n t i n u a b a n velando alr e d e d o r del c a m p a m e n t o , y no e r a muy fácil b u r l a r su vigilancia. El Adelantado ocurrió, sin e m b a r g o , á u n a ingeniosa e s t r a t a g e m a , q u e logró a d o r m e c e r l a en p a r t e .
Decidida la h o r a de la retirada, los castellanos salieron
una tarde de su c a m p a m e n t o y se pusieron á e s c a r a m u c e a r
con los indios, á fin de c a n s a r l e s é i m p e d i r con esto q u e
velaran d u r a n t e la n o c h e . Cuando el sol se h u b o ocultado
en el Occidente, los sitiados se replegaron á s u s estancias,
y d e s p u é s de a l g u n a s horas de reposo se levantaron y s a lieron todos de Chichón, g u a r d a n d o el m a y o r silencio posible. H a b í a n atado u n p e r r o á la lengua de u n a c a m p a n a , y
colocádole un pan al alcance de su olfato, pero no de su
boca. Los esfuerzos q u e el d e s v e n t u r a d o animal hizo al
principio para seguir al ejército q u e lo a b a n d o n a b a , y d e s p u é s para alcanzar el pan de q u e harta necesidad debía
sentir s u estómago, p r o d u j e r o n el efecto de q u e la c a m p a na estuviese d e j a n d o oir sus tañidos toda la n o c h e . Los indios, q u e e s c u c h a b a n este ruido en el c a m p a m e n t o , no
s o s p e c h a r o n p o r m u c h o tiempo, ni r e m o t a m e n t e , q u e hubiese sido a b a n d o n a d o ; pero c u a n d o los p r i m e r o s albores
de la m a ñ a n a revelaron la realidad á los m á s a u d a c e s q u e
se a c e r c a r o n á la fortaleza, r u g i e r o n de vergüenza y de
cólera y corrieron en pos de los fugitivos.
E n t r e t a n t o los españoles, q u e h a b í a n tenido la f o r t u n a de
110 tropezar con n i n g ú n maya en su tránsito, avanzaban
con prisa hacia el N o r t e , a u n q u e no con toda la q u e hubieran deseado, p o r q u e se lo impedía la estrechez de los caminos. Hacia la mitad del día, la retaguardia fué alcanzada
por los indios, q u e , como se habían dividido p a r a b u s c a r en
distintas d i r e c c i o n e s á sus adversarios, e r a n a h o r a pocos,
comparados con los q u e habían asistido á los últimos combates. No obstante la disminución de su n ú m e r o , m o l e s t a ban harto á los castellanos, y e n t r e o t i o s gritos con q u e
ensordecían la tierra, los d e n o s t a b a n de cobardes, p o r q u e
habían h u i d o s e c r e t a m e n t e de Chichón. Algunos soldados,
exasperados con tanta injuria, quisieron d e t e n e r s e , p a r a
vengar con s a n g r e esta afrenta; pero el hijo del A d e l a n t a do, q u e , a u n q u e joven, d e m o s t r a b a ya las g r a n d e s cualidades que había de desplegar en s u m a y o r edad, los contuvo,
haciéndoles c o m p r e n d e r q u e toda detención daría lugar á
que fuesen alcanzados por el g r u e s o del ejército enemigo.
La insolencia de los indios e r a , sin e m b a r g o , tanta, q u e el
Adelantado h u b o de disponer q u e seis j i n e t e s se e m b o s c a sen en lugar d o n d e p u d i e s e n m a n i o b r a r , á fin de alcanzar
á s u s p e r s e g u i d o r e s cuando e n f r e n t a s e n con ellos. Cumplióse la o r d e n del caudillo, y . a u n q u e los indios se desconcertaron de p r o n t o con este a t a q u e inesperado, h u b o alguno tan audaz, q u e detuvo á un caballo q u e corría, asiéndole de u n a pierna, como si fuese un c a r n e r o (19). Desde
este m o m e n t o los mayas comenzaron á aflojar en su e m peño, y c u a n d o los españoles llegaron á las aguadas de
(19)
neral.
El mismo, obra citada, libro II, capitulo IX.-HERRERA, Historia
ge-
Buctzotz, donde la casualidad los llevó, ningún indio iba
ya en su s e g u i m i e n t o (20).
Francisco de Montejo dió allí algún descanso á sus fuerzas, y en seguida s e dirigió á la costa en busca de sus na •
ves. Encontrólas n o se sabe dónde (21), se metió en ellas
con los restos d e s u desgraciada expedición y f u é á desembarcar en C a m p e c h e , no en son de conquista, sino con la
moderación del q u e solicita hospitalidad de un enemigo
generoso.
C A P Í T U L O VIII
1528-1530
¿Qué era e n t r e t a n t o de Alonso de Ávila y de sus valientes compañeros?
(20)
E n el M u s e o de esta capital hemos visto una p e q u e ñ a pieza de artille-
ría, de unos tres pies d e longitud, q u e , según nos ha informado su actual director
D. J u a u P e ó n C o n t r e r a s , f u é encontrada á las inmediaciones de Chichón Itzá.
Expedición de Alonso de Avila e n busca de las minas.— Fundación de otra
población española en la P e n í n s u l a . — I n s u r r e c c i ó n d é l o s naturales.—Vanos
esfuerzos que hace el eontador para comunicarse con Montejo.—Medios de
que se vale.—Situación e x t r e m a á que se ve reducido.—Abandona por fin á
Villarreal.
S e p r e s u m e q u e sea u n falconete a b a n d o n a d o por los españoles en su marcha
precipitada hacia la c o s t a , de que se habla e n el testo.
(21)
LANDA y HERRERA p r e t e n d e n que los españoles hicieron el viaje á
Campeche p o r tierra, escoltándolos por lodo el c a m i n o M u s Chel, cacique de
Oilam, y dos j ó v e n e s principales de Yobain. COGOLLUDO sujeta esta opinión á
u n a crítica m u y j u i c i o s a , y observa que, destrozado como se hallaba, el pequeño
ejército de Montejo 110 hubiera podido hacer u n a travesía de cincuenta leguas
entre pueblos e n e m i g o s y belicosos, por más q u e viajase b a j o la égida de aquellos tres p e r s o n a j e s , c u y a influencia, por otra parte, no pasaba más allá de los
limites de sus r e s p e c t i v o s dominios. Si á ¿sto se añade que COGOLLUDO se funda
en la autoridad del bachiller VALENCIA, quien e x p r e s a m e n t e asegura que el viaje
se hizo por m a r , se c o m p r e n d e r á c u á n t a razón hemos tenido en adoptar la
opinión del texto.
Cuando sin ninguna preocupación en favor de las dos
razas contendientes, nos fijamos en esos tiempos aciagos,
pero heroicos, de la conquista, no podemos menos que t r i butar un h o m e n a j e de admiración á m u c h o s de los h o m bres que desplegaron en ella cualidades extraordinarias.
El corazón se estremece de espanto cuando seguimos con
el pensamiento á aquellos rudos y enérgicos castellanos al
través de las selvas en q u e se internaban, en un país q u e
no conocían y poblado c o m ú n m e n t e de millares de e n e m i gos. Tal es la impresión que ha causado siempre en n o s otros la expedición de Alonso de Ávila.
Se recordará que el contador sólo llevaba consigo cincuenta infantes y dieciséis caballos. Partió valerosamente,
por la angosta senda q u e se le presentó delante de los ojos,
en busca de Tulma (probablemente Tulaum), donde según
sus instrucciones debía f u n d a r una ciudad. Los indios no
cesaron de hostilizarle d u r a n t e su marcha; pero él n u n c a
se detuvo para librar una batalla, y se contentó con hacer
19
Buctzotz, donde la casualidad los llevó, ningún indio iba
ya en su s e g u i m i e n t o (20).
Francisco de Montejo dió allí algún descanso á sus fuerzas, y en seguida s e dirigió á la costa en busca de sus na •
ves. Encontrólas n o se sabe dónde (21), se metió en ellas
con los restos d e s u desgraciada expedición y f u é á desembarcar en C a m p e c h e , no en son de conquista, sino con la
moderación del q u e solicita hospitalidad de un enemigo
generoso.
C A P Í T U L O VIII
1528-1530
¿Qué era e n t r e t a n t o de Alonso de Ávila y de sus valientes compañeros?
(20)
E n el M u s e o de esta capital hemos visto una p e q u e ñ a pieza de artille-
ría, de unos tres pies d e longitud, q u e , según nos ha informado su actual director
D. J u a u P e ó n C o n t r e r a s , f u é encontrada á las inmediaciones de Chichón Itzá.
Expedición de Alonso de Avila e n busca de las minas.— Fundación de otra
población española en la P e n í n s u l a . — I n s u r r e c c i ó n d é l o s naturales.—Vanos
esfuerzos que hace el eontador para comunicarse con Montejo.—Medios de
que se vale.—Situación e x t r e m a á que se ve reducido.—Abandona por fin á
Villarreal.
S e p r e s u m e q u e sea u n falconete a b a n d o n a d o por los españoles en su marcha
precipitada hacia la c o s t a , de que se habla e n el testo.
(21)
LANDA y HERRERA p r e t e n d e n que los españoles hicieron el viaje á
Campeche p o r tierra, escoltándolos por todo el c a m i n o M u x Chel, cacique de
Oilam, y dos j ó v e n e s principales de Yobain. COGOLLUDO sujeta esta opinión á
u n a crítica m u y j u i c i o s a , y observa que, destrozado como se hallaba, el pequeño
ejército de Montejo 110 hubiera podido hacer u n a travesía de cincuenta leguas
entre pueblos e n e m i g o s y belicosos, por más q u e viajase b a j o la égida de aquellos tres p e r s o n a j e s , c u y a influencia, por otra parte, no pasaba más allá de los
limites de sus r e s p e c t i v o s dominios. Si á ¿sto se añade que COGOLLUDO se funda
en la autoridad del bachiller VALENCIA, quien e x p r e s a m e n t e asegura que el viaje
se hizo por m a r , se c o m p r e n d e r á c u á n t a razón hemos tenido en adoptar la
opinión del texto.
Cuando sin ninguna preocupación en favor de las dos
razas contendientes, nos fijamos en esos tiempos aciagos,
pero heroicos, de la conquista, no podemos menos que t r i butar un h o m e n a j e de admiración á m u c h o s de los h o m bres que desplegaron en ella cualidades extraordinarias.
El corazón se estremece de espanto cuando seguimos con
el pensamiento á aquellos rudos y enérgicos castellanos al
través de las selvas en q u e se internaban, en un país q u e
no conocían y poblado c o m ú n m e n t e de millares de e n e m i gos. Tal es la impresión que ha causado siempre en n o s otros la expedición de Alonso de Ávila.
Se recordará que el contador sólo llevaba consigo cincuenta infantes y dieciséis caballos. Partió valerosamente,
por la angosta senda q u e se le presentó delante de los ojos,
en busca de Tulma (probablemente Tulaum), donde según
sus instrucciones debía f u n d a r una ciudad. Los indios no
cesaron de hostilizarle d u r a n t e su marcha; pero él n u n c a
se detuvo para librar una batalla, y se contentó con hacer
19
algunos disparos sobre las emboscadas, c o n t i n u a n d o e n tretanto su viaje. Así llegó hasta Tulma; pero el asiento le
pareció m u y poco á propósito para poblar, p o r q u e estaba
rodeado de g r a n d e s pedregales y bosques espesísimos, donde la caballería no podría jugar para batir á los indios en el
caso de u n a sublevación. E n t o n c e s se dirigió á Chablé—
pueblo que había ya desaparecido d e s d e la época de Cogolludo—y tuvo la f o r t u n a de q u e el cacique se d e c l a r a s e su
amigo y aliado. Desde aquí comenzaron las pesquisas del
mineralogista F r a n c i s c o Vázquez; pero todos los reconocimientos q u e practicó de la t i e r r a le p e r s u a d i e r o n de q u e
allí no había m i n a s de n i n g u n a especie.
Como el objeto principal de la expedición e r a b u s c a r
oro, Alonso Dávila (1) a b r u m ó á su aliado con p r e g u n t a s
sobre el precioso metal. Este, sea por el deseo de suscitar
dificultades á un vecino á quien tal vez odiaba, sea para
librarse de la p r e s e n c i a de los españoles ó por otra causa
q u e ignoramos, r e s p o n d i ó q u e en los dominios del cacique
de Chetemal podía e n c o n t r a r s e lo q u e con tanta ansia se
buscaba. El n o m b r e de esta ú l t i m a población t r a e invol u n t a r i a m e n t e á l a m e m o r i a el de Gonzalo G u e r r e r o . ¿Qué
s e había h e c h o del a f o r t u n a d o liberto q u e logró casarse
con la hija de s u a n t i g u o señor? La Historia no lo dice, y
los castellanos debían e x p e r i m e n t a r muy pronto hasta q u é
e x t r e m o eran a b o r r e c i d o s en aquella provincia.
Alonso de Ávila e r a h o m b r e q u e sabía aprovechar el tiempo y las o p o r t u n i d a d e s , y con el m i s m o cacique de Chablé
m a n d ó llamar al de Chetemal, suplicándole q u e b a j a s e á su
residencia á c o n f e r e n c i a r con él, t r a y é n d o l e al m i s m o
tiempo algunos víveres, de q u e tenia s u m a n e c e s i d a d . La
r e s p u e s t a del jefe maya f u é digna de un espartano: «Las
gallinas que m e pide—dijo—están e n s a r t a d a s en mis lanzas
y los maíces en mis flechas.»
Era esta u n a declaración de g u e r r a , y el impetuoso Dávila salió i n m e d i a t a m e n t e de su c a m p a m e n t o , con veinticinco infantes y ocho caballos, á b u s c a r al autor de tan fiera
r e s p u e s t a . El capitán español se había conducido hasta allí
con tanta habilidad, q u e ya no sólo el cacique de Chablé e r a
su aliado, sino también otros m u c h o s de las poblaciones
vecinas. Algunos de éstos le a c o m p a ñ a r o n en s u expedición, y como el viaje por t i e r r a era m u y penoso á causa de
los pantanos, le sacaron á la costa, d o n d e e m b a r c a d o s todos
en canoas, no tardaron en llegar á Chetemal. E n c o n t r a r o n
la antigua residencia de N a c h a n c á n c o m p l e t a m e n t e desa m p a r a d a de s u s habitantes, p o r q u e el cacique, q u e aun no
había tenido tiempo de r e u n i r todos s u s e l e m e n t o s de guer r a , no había e n c o n t r a d o otro medio de c o n j u r a r la torm e n t a q u e tan presto se le venía e n c i m a .
Algo c o n t r a r i a d o Alonso de Ávila con esta fuga q u e le
privaba por e n t o n c e s del placer de la venganza, se puso á
reconocer la población. Los t e r r e n o s de las inmediaciones
estaban dotados de toda la fertilidad de los climas tropicales.
La h u m e d a d del suelo favorecía el p r o n t o desarrollo de las
s e m e n t e r a s , a b u n d a b a n las m a d e r a s de construcción y se
criaban silvestres i n n u m e r a b l e s árboles cargados de p r e ciosa f r u t a . Estas c i r c u n s t a n c i a s , u n i d a s á la vecindad del
m a r , le parecieron de inestimable valor p a r a h a c e r allí la
fundación q u e traía p r e s c r i t a en s u s i n s t r u c c i o n e s . Mandó
por el resto de su gente, q u e había dejado en Chablé, y
cuando toda estuvo r e u n i d a , f u n d ó en el asiento de Chet e m a l una población española con el n o m b r e de
Villa-
rreal.
(1)
COGOLLUDO y otros historiadores llaman c o m ú n m e n t e Alonso Dávila á
Alonso de Avila. Estas contracciones eran del gusto de la época. Así se formó
de Pedro Almindez Chirinos, Peralmíndez Chirinos, y de Pedro Arias de Avila,
Pedrarias Dávila.
E n t r e t a n t o , el cacique q u e había abandonado su capital
se e m p e ñ a b a en c o n j u r a r c o n t r a los invasores á todos los
indios de la c o m a r c a . Dávila tuvo noticia de estos trabajos,
y como le tenía mala v o l u n t a d , luego q u e supo d ó n d e se
ocultaba, salió á b u s c a r l e con la m i t a d de su fuerza y algunos aliados. E n c o n t r ó l e e n c e r r a d o en u n a empalizada
rústica q u e le servía de fortaleza, y le acometió con tanto
vigor, que no t a r d ó en d e s b a r a t a r l e . Volvióse satisfecho á
su c a m p a m e n t o , y e n t e n d i e n d o q u e los indios deberían
q u e d a r a m e d r e n t a d o s con la lección q u e acababan de r e cibir, quiso dar tan plausible noticia al Adelantado, y creyó
q u e bastarían p a r a llevarla t r e s h o m b r e s de á caballo y tres
b u e n o s ballesteros. P a r t i e r o n los m e n s a j e r o s á Chichón, y
el iluso capitán se q u e d ó a g u a r d a n d o en Villarreal los s e senta días que les fijó de plazo para dar la vuelta.
Poco tiempo, sin e m b a r g o , le d u r ó esta confianza, y al
cabo de dos s e m a n a s salió p a r a un pueblo llamado Mazanahó, sin más motivo q u e el de s a b e r de s u s m e n s a j e r o s .
Poco trecho había andado, c u a n d o comenzó á e n c o n t r a r los
caminos obstruidos con t o d a clase de obstáculos, señal evidente de q u e los indios n o habían d e p u e s t o las a r m a s .
Dávila, á pesar de q u e llevaba sólo veinte soldados, no
quiso detenerse, y prosiguió su m a r c h a t a l a n d o el b o s q u e .
Salió á un s e n d e r o practicable, d o n d e e n c o n t r ó á un indio,
á quien pidió informes. E s t e le dijo q u e sus c o m p a t r i o t a s
habían celebrado u n a n u e v a coalición para acabar con los
e x t r a n j e r o s , y q u e así el pueblo adonde iba, como todos
los de la c o m a r c a , e s t a b a n ya a r m a d o s para ejecutar su d e signio. Añadió q u e si seguían aquel camino, i n d u d a b l e m e n t e serían d e r r o t a d o s al llegar á Mazanahó, p o r q u e saldrían al sitio por d o n d e e s t a b a m e j o r fortificado. Dávila
p r e g u n t ó si el pueblo e r a m á s accesible por otro lado, y
h a b i e n d o respondido a f i r m a t i v a m e n t e aquel h o m b r e q u e
parecía tan enterado de c u a n t o pasaba, se hizo guiar por él
y le siguió al través de la selva. Los defensores de Mazan a h ó se llenaron de a s o m b r o c u a n d o vieron s ú b i t a m e n t e á
los e x t r a n j e r o s d e n t r o d e la población, y c o m p r e n d i e n d o
q u e e r a ya imposible la defensa, apelaron al disimulo y
aseguraron q u e no abrigaban contra ellos intenciones hostiles. Pero Alonso de Ávila les enseñó las fortificaciones,
y m i e n t r a s los indios t a r t a m u d e a b a n u n a disculpa frivola,
aquél tomó la palabra p a r a e x h o r t a r l o s á d e p o n e r las a r m a s , amenazándolos con severos castigos si volvían á e m puñarlas.
No h a b i e n d o adquirido allí n i n g u n a noticia sobre los seis
h o m b r e s q u e había m a n d a d o á Chichón Itzá, resolvió p a s a r
á Chablé, c r e y e n d o q u e su aliado, el cacique, podía darle
algunos i n f o r m e s . No tuvo necesidad de ir tan lejos, p o r q u e en uno de los pueblos del tránsito le informaron q u e
aquellos infelices habían sido asesinados por los indios de
la provincia de Cochvá, q u e se habían sublevado en m a s a .
Alonso de Ávila se volvió triste y pensativo á Villarreal,
a u n q u e , haciéndose todavía la ilusión de q u e la noticia p u diese r e s u l t a r falsa, a g u a r d ó l o s sesenta días q u e había señalado de plazo á los m e n s a j e r o s . Pero h a b i e n d o t r a n s c u rrido este t é r m i n o sin q u e apareciesen, y siendo m u c h a la
necesidad q u e tenía de c o m u n i c a r s e con el Adelantado,
resolvió salir él m i s m o á b u s c a r l e , con el ánimo de p a s a r
por Cochvá para castigar á los asesinos de s u s c o m p a t r i o tas. Desgraciadamente, estas expediciones no podían h a cerse con toda la gente, p o r q u e había necesidad de d e j a r
alguna al cuidado de la nueva población. En este aprieto,
Ávila ocurrió, como o t r a s veces, á los c a c i q u e s q u e le habían
b r i n d a d o su amistad, y con un buen n ú m e r o de aliados,
veintitrés soldados españoles de infantería y tres c a b a llos, e m p r e n d i ó su m a r c h a p a r a Chichón. E n Bakhalal (Bacalar) algunos principales le dijeron que, si q u e r í a e x c u s a r
tan largo y dilatado viaje, podía escribir al Adelantado,
c o m p r o m e t i é n d o s e ellos á t r a e r la r e s p u e s t a d e n t r o de
t r e i n t a días. P e r o e v i d e n t e m e n t e los. indios no tuvieron
otra intención q u e la de ganar tiempo p a r a acabar de o r ganizarse, porque, a u n q u e recibieron los pliegos, n u n c a los
llevaron á su destino.
Ávila c o m p r e n d i ó e n t o n c e s q u e tenía necesidad de dar
un golpe atrevido p a r a a m e d r e n t a r á los indios de aquella
comarca, q u e ya c o m e n z a b a n á faltarle al respeto. La guer r a á la provincia d e C o c h v á era u n a o p o r t u n i d a d excelente,
y para e m p r e n d e r l a con mayores probabilidades de éxito
pasó á Chablé á solicitar la cooperación de s u s habitantes.
P e r o s u s antiguos aliados se negaron á acompañarle, y sin
d e s a n i m a r s e con esta r e p u l s a , continuó su m a r c h a para
e j e c u t a r su designio. En las f r o n t e r a s de la provincia s u blevada se e n c o n t r ó con u n pueblo fortificado, á cuya vista
le a b a n d o n a r o n los ú l t i m o s indios amigos q u e le s e g u í a n .
Esta c o n d u c t a llenó de cólera, á los españoles, y corrieron
en pos de los fugitivos. Lograron a p o d e r a r s e de dos caciques, y ciegos de f u r o r , a s e s i n a r o n b á r b a r a m e n t e á uno de
ellos. El s e g u n d o debió s u salvación á h a b e r s e abrazado de
las rodillas del capitán.
Este incidente no fué todavía bastante p a r a d e s a n i m a r á
Dávila, y valiéndose del ardid q u e otras veces le había
dado excelentes resultados, dió un largo rodeo y atacó el
pueblo fortificado p o r d o n d e m e n o s le a g u a r d a b a n sus d e fensores. Los indios se defendieron con valor, y los castellanos se vieron en g r a n d e aprieto, p o r q u e e r a n veintiséis c o n t r a t r e s mil. No obstante, venció la s u p e r i o r i d a d de
s u s a r m a s , y los n a t u r a l e s , d e s p u é s de algunas horas de
combate, a b a n d o n a r o n la población. Un prisionero aseguró
al capitán q u e el camino q u e iba á seguir estaba erizado de
peligros s e m e j a n t e s al q u e acababa de vencer, y a u n q u e
con este motivo los castellanos variaron de dirección, no
por eso d i s m i n u y e r o n las dificultades. Casi en cada pueblo
d e su tránsito tenían q u e l i b r a r un combate, y á los pocos
días de m a r c h a notaron con espanto q u e m u c h o s de ellos
iban heridos. E n t o n c e s Alonso de Ávila, c o m p r e n d i e n d o
q u e todo el país se había puesto en a r m a s p a r a resistirle,
desistió de su viaje á Chichón Itzá. Es verdad q u e la vuelta á Villarreal estaba t a m b i é n muy p r e ñ a d a de dificultades;
pero al fin la distancia e r a m e n o r , y el cacique á quien salvó la vida en Cochvá se ofreció á servirle de guía. L o s
expedicionarios pusieron s u confianza en él, y d e s p u é s de
u n a m a r c h a penosísima al través de e n m a r a ñ a d a s selvas,
de ciénagas y pantanos, lograron al fin salir á s u c a m p a mento, sin h a b e r e n c o n t r a d o en su trayecto u n a sola población.
Alonso de Ávila estaba muy contrariado. Parecían i n a d e c u a d o s todos los medios q u e i n v e n t a b a para p o n e r en
contacto las dos p r i m e r a s poblaciones españolas de la P e nínsula. Y sin e m b a r g o , e r a u r g e n t e c o m u n i c a r s e con el
Adelantado, para q u e tomase u n a resolución en vista de lo
q u e acontecía. Francisco Vázquez había a c o m p a ñ a d o al
capitán en todas s u s salidas, y en n i n g u n a se había e n c o n trado indicio alguno de q u e la tierra p r o d u j e s e m i n a s . Además, la n u e v a colonia se hallaba cercada de peligros polla escasez de s u s r e c u r s o s , q u e cada día a u m e n t a b a , y por
la sublevación general del país. Tal vez si Alonso de Ávila
se h u b i e s e d e t e r m i n a d o d e s d e aquel i n s t a n t e á levantar
su c a m p a m e n t o p a r a r e u n i r s e con el Adelantado, h u b i e r a
evitado m u c h a s de las desgracias q u e llovieron d e s p u é s sob r e las dos fracciones del pequeño ejército expedicionario.
Pero quizá s u s i n s t r u c c i o n e s e r a n m u y t e r m i n a n t e s , y no
atreviéndose á faltar á ellas, puso en juego n u e v o s r e c u r sos p a r a alcanzar su antiguo designio.
Algunos de éstos f u e r o n de un c a r á c t e r violento y c r u e l ,
y sirva de ejemplo el siguiente. Un d e s t a c a m e n t o q u e había
salido de Villarreal á la ó r d e n e s de Martín de Villarrubia,
logró apresar u n a s canoas, e n t r e cuyos p a s a j e r o s se hallaba el hijo de un cacique de las c e r c a n í a s . Dávila hizo venir
á su c a m p a m e n t o al p a d r e del prisionero, y entregándole
un pliego para el A d e l a n t a d o , le dijo q u e si d e n t r o de un
m e s volvía de Chichón con la r e s p u e s t a , su hijo seria puesto en libertad y devolvería todos los objetos a p r e h e n d i d o s
en las e m b a r c a c i o n e s . El indio recibió el p a q u e t e y se r e -
tiró. Cuando, t r a n s c u r r i d o el plazo, el capitán le hizo volver
á Villarreal y le i n t e r r o g ó , dijo q u e el pliego había m a r chado; pero q u e c o m o todo el país estaba en son de guerra,
los m e n s a j e r o s h a b í a n sido a s e s i n a d o s en el tránsito. Alonso de Ávila creyó c o m p r e n d e r q u e se le engañaba, y apeló
á ese r e c u r s o b á r b a r o q u e t a n en boga se hallaba á la s a zón en toda la E u r o p a . Puso al cacique en el t o r m e n t o , y
h a b i e n d o a r r a n c a d o el dolor á éste la confesión de q u e el
m e n s a j e no había m a r c h a d o , el español quiso ensayar el
m e d i o de hacer c a m b i a r el papel de s u s víctimas. Ordenó
al hijo q u e pasase á Chichón, q u e d a n d o e n t r e t a n t o en reh e n e s el cacique. P e r o el m a n c e b o imitó la conducta de su
p a d r e , y no vaciló e n a b a n d o n a r á éste á la rabia castellana por c u m p l i r con u n d e b e r de patriotismo.
Las violencias c o m e t i d a s por la fuerza invasora en esta
expedición, no f u e r o n s o l a m e n t e del género de las q u e a c a b a m o s de referir. A p r e h e n d i d a u n a joven india de extraordinaria h e r m o s u r a , f u é r e q u e r i d a de a m o r e s p o r varios
castellanos, con la e s p e r a n z a acaso de q u e la timidez q u e
se apodera de los s e r e s débiles en el cautiverio, la hiciera
acceder á s u s t o r p e s deseos. P e r o la joven manifestó q u e
e r a casada; q u e al d e s p e d i r s e de e l l a s u m a r i d o p a r a ir á
la g u e r r a , le había j u r a d o fidelidad, y q u e ningún respeto
h u m a n o la haría f a l t a r á su j u r a m e n t o . R u e g o s y amenazas
fueron inútiles p a r a v e n c e r su constancia, y e n t o n c e s su
i n h u m a n o c a r c e l e r o t o m ó la b á r b a r a determinación de
arrojarla á s u s p e r r o s , q u e la hicieron pedazos. Tal, por lo
menos, lo asegura u n historiador, q u e c i e r t a m e n t e no p u e de s e r acusado de h a b e r d i s i m u l a d o á los c o n q u i s t a d o r e s
n i n g u n a de s u s faltas (2).
Mientras se v e r i f i c a b a n estos sucesos, se c o n j u r a b a u n a
nueva t o r m e n t a c o n t r a la r e c i e n t e colonia. Los indios de
aquella región del país, viendo q u e los españoles no salían
(2)
LANDA, Relación
ele las
cosas
de Yucatán,
§ XXXII.
ya de s u c a m p a m e n t o , resolvieron i n c o m u n i c a r l o s con u n
sitio riguroso para m a t a r l o s de h a m b r e . Llegó á noticias de
Ávila esta resolución, y para c o n j u r a r l a se proveyó de cuantos víveres pudo, con el ánimo de resistir hasta tener noticias de Mon tejo. Bien h u b i e r a querido ser atacado en Villarreal, p o r q u e su posición ventajosa le h a b r í a dado i n d u d a b l e m e n t e la victoria. Pero los indios no lo i n t e n t a r o n n u n c a ,
y con esa calma i m p e r t u r b a b l e que es uno de los rasgos
distintivos de su c a r á c t e r , resolvieron a g u a r d a r á q u e el
h a m b r e y el fastidio hiciesen huir á s u s enemigos.
Y no se equivocaron en s u s cálculos; p o r q u e hacia el
año 1530, Alonso de Ávila, exasperado de no h a b e r s e podido c o m u n i c a r con Montejo, y p r e s u m i e n d o , p o r el largo silencio q u e g u a r d a b a , q u e había perecido con su ejército ó
abandonado el país, resolvió a b a n d o n a r también á Villarreal,
para no m o r i r de inanición en su aislamiento. E m b a r c ó s e
con los c u a r e n t a h o m b r e s q u e le q u e d a b a n en u n a s canoas,
q u e había quitado á los indios, salió al m a r y navegó hacia
el Sur, con r u m b o á H o n d u r a s . Era tal ya la miseria de los
expedicionarios, q u e p a r a h a b e r de c o m e r en este viaje, t e nían necesidad de b a j a r p e r i ó d i c a m e n t e á tierra, p a r a r e coger f r u t a s silvestres, palmitos y cangrejos. Así llegaron á
Trujillo, d o n d e se e n c o n t r a r o n con q u e los colonos pasaban
casi las m i s m a s miserias q u e los de Villarreal. Pero á los
pocos m e s e s de su llegada arribaron al puerto dos navios
procedentes de Cuba, en uno de los cuales se e m b a r c ó el
antiguo contador con s u gente. Bió u n a vuelta casi completa alrededor de la P e n í n s u l a , solicitando de Montejo, y al
fin h u b o de e n c o n t r a r l e en Campeche, d o n d e l u c h a b a to •
davía con su mala f o r t u n a .
C A P Í T U L O IX
1531-1535
Los indios de Campoche hostilizan también á los españoles.—Pasa el Adelantado
á México en busca de r e f u e r z o s . — E m p l e a casi todos los q u e consigue en
Tabasco.—Situación á q u e se v e n réducidos sus compañeros en la Península.—
La abandonan.—Misión evangélica e n Chainpotón.— Obstáculos con que tropieza.—Reflexiones.
Francisco de Montejo y los pocos soldados que le quedaban recibieron con alborozo á sus antiguos c o m p a ñ e r o s de
armas. Contáronse recíprocamente sus aventuras, y d e s pués de d e r r a m a r algunas lágrimas á la memoria de i n n u merables c a m a r a d a s q u e habían quedado sepultados bajo
los bosques de la Península, resolvieron tentar todavía el
último esfuerzo para no abandonar aquella empresa que
tantos sacrificios les costaba. Los pocos elementos de que
el Adelantado disponía en Campeche, le habían impedido
hasta entonces practicar ninguna operación; pero ahora,
con la incorporación de los antiguos colonos de Villarreal,
sus fuerzas ascendían á un centenar de h o m b r e s . Es verdad q u e ésta no era m a s que la cuarta parte del ejército
con que tres años antes había desembarcado cerca de Cabo
Catoche; pero era la bastante para practicar un reconocimiento en las inmediaciones en busca del único objeto que
podía r e c o m p e n s a r tantos padecimientos.
Hacía mucho tiempo que bullía en la imaginación de
Montejo el deseo de averiguar si las colinas que por tierra
circundan á Campeche encerraban metales preciosos (1),
y quizá su viaje á aquella región del país, después del abandono de Chichón, no había tenido otro objeto. La llegada
del contador Ávila y del mineralogista Vázquez era una
oportunidad que no debía perderse, y dispuso que ambos,
acompañados de c i n c u e n t a hombres, salieran á reconocer
el terreno.
Los aborígenes, que se habían abstenido de hostilizar á
los españoles mientras se mantuvieron quietos en su c a m pamento, luego q u e los vieron internarse en el país, empezaron á concebir algún recelo. Sabiendo después cuán pocos eran los que habían quedado en la costa, cayeron un
día r e p e n t i n a m e n t e sobre ellos, en un n ú m e r o q u e algunos hacen llegar hasta veinte mil. El Adelantado, que oyó
el tumulto desde su alojamiento, se armó violentamente,
montó á caballo, trepó una colina, ocupada ya por un escuadrón de enemigos, y comenzó á arengarlos, e x h o r t á n dolos á q u e depusiesen las armas, puesto q u e los castellanos no les hacían daño alguno. Pero los indios, que no
habían venido á escuchar arengas, sino á pelear, corrieron
hacia él luego que le reconocieron, y le estrecharon de tal
manera, q u e le fué imposible la retirada. Allí mismo h u biera terminado la carrera de Montejo, si los naturales no
se hubiesen empeñado en cogerle vivo, con el deseo de
ofrecerlo en holocausto á sus dioses. Sujetaron su caballo,
le quitaron la lanza y le obligaron á desmontar. Pero en
aquel momento un jinete español, llamado Blas González,
se abrió paso entre las filas enemigas con el hierro de su
lanza, y seguido de algunos compatriotas suyos llegó al
grupo agresor, donde lograron salvar á su caudillo de la
triste suerte á que había sido condenado. Malogrado este
golpe, q u e indudablemente habría obligado desde e n t o n c e s
(1)
SIERRA, Los indios de Yucatán,
capitulo I.
á los españoles á desistir de s u e m p r e s a , los indios comenzaron á aflojar en el a t a q u e , hasta q u e lo a b a n d o n a r o n completamente, a l e j á n d o s e en distintas direcciones.
Poco tiempo d e s p u é s de e s t e incidente, Alonso de Avila
volvió de s u e x p e d i c i ó n . Había sido tan i n f r u c t u o s a como
la de Bakhalal, y el m á s g r a n d e desaliento c o m e n z ó á cundir en la m í s e r a Colonia. La t i e r r a había sido reconocida
en distintas zonas, y e n n i n g u n a se h a b í a e n c o n t r a d o un
solo indicio de m e t a l e s preciosos. En cambio, los n a t u r a l e s
eran quizá los m á s a g u e r r i d o s y feroces del c o n t i n e n t e , y
el ejército e x p e d i c i o n a r i o , d e s p u é s de c u a t r o años de i n c e sante lucha, e s t a b a r e d u c i d o ya á la c u a r t a p a r t e de su
fuerza y no poseía m á s t e r r e n o q u e el q u e ocupaba con s u s
armas.
Como si todo esto no f u e s e b a s t a n t e p a r a hacer n a u f r a g a r
la e m p r e s a de Montejo, llegó p o r aquella época hasta la
aislada playa de C a m p e c h e la fama de las riquezas del P e r ú ,
en cuya conquista se h a l l a b a n e m p e ñ a d o s e n t o n c e s F r a n cisco Pizarro y Diego de Almagro. La n o t i c i a p u d o h a b e r
llegado un poco e x a g e r a d a á tan r e m o t a d i s t a n c i a ; pero, de
cualquier modo q u e h u b i e s e venido, debió p r o d u c i r en
nuestros colonos la m i s m a i m p r e s i ó n q u e h a r í a e n un hombre condenado á m o r i r de h a m b r e la relación de u n b a n quete. La c o n m o c i ó n f u é g e n e r a l , y Montejo no t a r d ó en
notar con e s p a n t o q u e s u s a n t i g u o s amigos comenzabaná
abandonarle p a r a ir en b u s c a del v e n c e d o r de Atahualpa.
La Historia no d i c e c ó m o se llevaban á cabo estas d e s e r ciones; pero c o m o el c a m p a m e n t o se hallaba en la costa,
es de p r e s u m i r q u e los d e s e r t o r e s se escapasen en las m i s m a s canoas de los indios ó en a l g u n a nave española que
de tarde en t a r d e d e b e r í a a r r i b a r á la Colonia (2).
(2)
El célebre d e f e n s o r de los indios, F r . Bartolomé de las Casas, de quien
m á s tarde n o s o c u p a r e m o s , p r e t e n d e , e n su Historia
dias Occidentales,
de la destrucción
de las In-
q u e v a r i a s n a v e s españolas arribaban por aquella época á
Por una de estas naves, ó quizá por alguna de las q u e
había traído de España el Adelantado, pocos días después
de su llegada á Campeche, h a b í a dado c u e n t a á la corte
del mal éxito de s u e m p r e s a . Aprovechó esta oportunidad
para pedir socorros y solicitar q u e se a u m e n t a s e á su gobierno la provincia de H o n d u r a s , alegando q u e con la gente
q u e h a b í a en ésta y la q u e tenía en Yucatán podría pacificar a m b a s regiones. Cuando este d o c u m e n t o llegó á Madrid,
se tenían allí muy malas noticias del q u e lo suscribía. I l a bíasele acusado de no h a b e r traído á su expedición el n u m e r o de religiosos q u e prevenían e x p r e s a m e n t e las disposiciones dictadas en 17 de n o v i e m b r e de 1526, y la católica
r e i n a D. a J u a n a , q u e á la sazón gobernaba sola la m o n a r quía por ausencia de su hijo, había dirigido u n a cédula á
la Real Audiencia de México, o r d e n á n d o l e q u e averiguase
si e r a v e r d a d e r a esta falta, y q u e el e x p e d i e n t e de la averiguación lo m a n d a s e c e r r a d o y sellado á su s o b e r a n a p a r a
d i s p o n e r lo conveniente.
Esta cédula tenía la fecha de 22 de s e p t i e m b r e de lo30, y
la solicitud de Montejo debió llegar á E s p a ñ a á fines del
mismo año ó principios del siguiente. La relación de s u s
servicios y de las privaciones á q u e había estado sujeto
hicieron sin d u d a tal impresión en el ánimo de los consej e r o s de D.* J u a n a , q u e en 4 de abril de 1531 se d e s p a c h ó
otra cédula á la misma Audiencia, en q u e la reina, d e s p u é s
de manifestar su satisfacción por los servicios q u e Montejo
había prestado á la Corona, o r d e n a b a q u e se le prestasen
los auxilios necesarios p a r a llevar á cabo su e m p r e s a . No
se le concedió la provincia d e H o n d u r a s q u e había pedido,
p o r q u e , a u n q u e , según H e r r e r a (3), había muy b u e n a d i s posición en la corte p a r a c o n c e d e r l e este n u e v o favor, u n -
ías costas de la Península á comprar efectos del país y e s c a r o s q u e los c o n q u i s tadores hacían e n la guerra.
(3) COGOLLUDO, Historia
de Yucátán,
libro II, capitulo X .
- ( 303 ) -
pidiólo la c i r c u n s t a n c i a de h a b e r s e opuesto los agentes de
Pedro de Alvarado, p o r h a l l a r s e c o m p r e n d i d a aquella r e gión e n t r e los límites de Guatemala.
Luego q u e el Adelantado tuvo noticia de este despacho,
resolvió pasar á la Nueva E s p a ñ a , con el objeto de r e h a cerse de los e l e m e n t o s n e c e s a r i o s para proseguir su obra.
Dejó á Alonso de Ávila en C a m p e c h e , con la gente q u e le
había p e r m a n e c i d o fiel, y él se e m b a r c ó a c o m p a ñ a d o de
Gonzalo Nieto y de los individuos de su familia. Llegado
al t é r m i n o de s u viaje, v e n d i ó los b i e n e s q u e allí poseía,
como conquistador de México, y con el producto de esta
venta y los auxilios q u e le p r e s t ó la Real Audiencia, c o m p r ó a r m a s , víveres y caballos, y equipó a l g u n o s soldados
para d a r la vuelta á Yucatán. P e r o impidióselo por algún
tiempo la pacificación d e Tabasco, en cuya e m p r e s a se e m peñó por aquella época, sea p o r h a b e r recibido u n a orden
especial para intentarla, ó por h a l l a r s e c o m p r e n d i d a a q u e lla provincia e n t r e los l í m i t e s d e su gobierno. Con éste
motivo h u b o necesidad de d i v i d i r aquellos e l e m e n t o s en
dos partes, u n a q u e se q u e d ó e n Tabasco y otra q u e ingresó en Campeche.
Llegó este refuerzo á la t r a b a j a d a Colonia el año 1532, y
a p e n a s fué suficiente p a r a q u e Alonso de Ávila pudiese
c o n s e r v a r aquel p e d a z o d e t i e r r a , único q u e poseía en la
Península. Sus soldados seguían desertándose p a r a buscar
el camino del P e r ú , y n i n g u n a incursión podía h a c e r s e al
interior del país. Vivían de la pesca y del maíz q u e a r r e bataban á los indios de las c e r c a n í a s . Pero éstos, q u e no se
dejaban a r r a n c a r i m p u n e m e n t e su propiedad, herían ó
m a t a b a n con f r e c u e n c i a á los m e r o d e a d o r e s . Como si esto
no fuese todavía b a s t a n t e , el c l i m a comenzó á hacer g r a n des estragos en aquellos e x t r a n j e r o s , mal alojados y peor
alimentados en una costa i n s a l u b r e .
los n a t u r a l e s no se habían resignado á la ocupación, y l u c h a b a n con todas s u s fuerzas p a r a expulsar á los e x t r a n j e ros de su t e r r i t o r i o . E n t o n c e s el Adelantado, á quien el
fracaso de Chichén Itzá debía hacer m á s cauto, c o m p r e n d i ó
q u e con s u s pocos e l e m e n t o s no podía s u j e t a r á la vez dos
regiones tan extensas como Tabasco y Yucatán, y pensó
en llamar en su a y u d a á la gente q u e tenía en la P e n í n s u l a .
Vino con este objeto á Campeche el capitán Gonzalo Nieto; y Alonso de Ávila, q u e cada día se veía r o d e a d o de
m a y o r e s dificultades, celebró esta d e t e r m i n a c i ó n , q u e le
p e r m i t í a volver á r e u n i r s e con su antiguo c o m p a ñ e r o d e
a r m a s y participar de s u s nuevos peligros (4).
P a r e c e q u e la Colonia no fué por e n t o n c e s a b a n d o n a d a
del todo. El m i s m o Gonzalo Nieto (o) se q u e d ó en ella con
algunos amigos leales, sin otro objeto p r o b a b l e m e n t e q u e
el de h a c e r constar con aquella ocupación p r e c a r i a q u e el
Adelantado no r e n u n c i a b a á su e m p r e s a . P e r o m u y pronto
se vieron r e d u c i d o s á la m á s angustiosa desesperación.
Luego q u e se agotaron las provisiones t r a í d a s de Tabasco,
se renovaron en mayor escala las c a l a m i d a d e s con q u e antes h a b í a l u c h a d o Alonso de Ávila. Las e n f e r m e d a d e s e n -
(4)
Es e s t a l a última vez que el nombre de Alonso de Ávila suena e n la His-
toria. ¿Qué se hizo de él? ¿Murió en la conquista de Tabasco? ¿Volvió á España
ó á México á gozar de sus encomiendas? Vanos h a n sido n u e s t r o s esfuerzos para
a v e r i g u a r l o . BERNAL DÍAZ DEL CASTILLO, q u e c o n u n a p r o l i j i d a d a s o m b r o s a d a
c u e n t a de casi todos sus compañeros de a v e n t u r a , al llegar al valiente contador
sólo dice que ó en Yucatán
ó en México
murió.
P e r o e v i d e n t e m e n t e n o murió
en la P e n í n s u l a , porque consta que fué á reunirse con Montejo á Tabasco, y si
hubiese venido á las expediciones posteriores, un n o m b r e como el suyo no
habría podido ocultarse, y la Historia lo hubiera consignado en sus páginas.
(5)
Los sucesos acaecidos por esta época en la P e n í n s u l a , están referidos
en COGOLLUDO con a l g u n a confusión. Unas veces Gonzalo Nieto aparece dando
la vuelta á Tabasco con Ávila (libro III, capítulo I), y otras quedándose en Campeche hasta 1535 (libro II, capítulo X). Nosotros nos hemos decidido por el último extremo, y los sucesos referidos en el texto nos parecen rigurosamente his-
Entretanto Montejo l u c h a b a c o n g r a n d e s dificultades en
Tabasco. Había f u n d a d o á Santa María de la Victoria; pero
tóricos, como lo acreditan las probanzas de aquel capitán, citadas por el mismo
COGOLLUDO.
d é m i c a s de la costa se c e b a r o n en los n u e v o s colonos, y
los q u e salían á p r o v e e r s e de víveres en las inmediaciones
volvían casi s i e m p r e cubiertos de heridas. La estrella de la
conquista se o s c u r e c í a cada vez m á s en la P e n í n s u l a , y
llegó un día e n q u e sólo q u e d a r o n cinco h o m b r e s sanos
para velar p o r los h e r i d o s y los e n f e r m o s . La d e s e s p e r a ción de los c a s t e l l a n o s llegó á su colmo, y al p r i n c i p i a r el
año 1535 t o d o s g r i t a r o n á voz en cuello q u e e r a preciso
a b a n d o n a r á C a m p e c h e . Inútiles f u e r o n todos los esfuerzos
q u e Gonzalo N i e t o hizo para detenerlos. Los a m o t i n a d o s se
e m b a r c a r o n e n su presencia, y e n t o n c e s el capitán, q u e
e r a á la vez a l c a l d e de la Colonia, se paró e n la orilla del
m a r , protestó c o n t r a aquel d e s a m p a r o forzoso, p a r a q u e en
ningún t i e m p o p u d i e s e p e r j u d i c a r á los d e r e c h o s de su general, y fué el p o s t r e r o q u e puso el pie en la lancha de los
fugitivos.
Tal fué el d e s a s t r o s o fin de la p r i m e r a expedición e u r o pea q u e i n t e n t ó s u j e t a r á la Corona de E s p a ñ a el país de
los mayas. La l u c h a fué terrible, sangrienta. En ningún
campo h u b o n u n c a p e r d ó n p a r a el vencido. Si los i n v a s o r e s cometieron c r u e l d a d e s , las represalias de los indios
fueron c r u e n t a s . El desgraciado español q u e caía vivo en
sus manos, si n o e r a inmolado i n m e d i a t a m e n t e en el campo de batalla, e r a sacrificado d e s p u é s en el altar de los
dioses. Las p é r d i d a s f u e r o n proporcionadas á la i m p e t u o sidad y al c a r á c t e r de los combatientes. Si Montejo perdió
casi todos los s o l d a d o s con q u e inició la lucha, los c a d á veres de s u s c o n t r a r i o s q u e d a b a n r e g a d o s á millares por el
campo, d e s p u é s d e cada c o m b a t e .
Pero no f u é é s t a la última desgracia q u e e n t o n c e s e x p e rimentaron los indios. Después de la salida de los españoles sobrevino u n a de esas sequías q u e son tan f r e c u e n t e s
en la P e n í n s u l a ; y como con la g u e r r a se h a b í a c o n s u m i d o
todo el maíz d e los silos, se d e c l a r ó un h a m b r e c r u e l , q u e
mató una p a r t e c o n s i d e r a b l e de la población. No t e r m i n a r o n
aquí las c a l a m i d a d e s públicas; p o r q u e en los años siguientes,
n u b e s de langostas se a r r o j a r o n sobre las s e m e n t e r a s y las
devoraron (6). El h a m b r e volvió á p r e s e n t a r s e con todos s u s
horrores; los indios se a l i m e n t a b a n con raices y f r u t a s silvestres, y los q u e no podían alcanzar ni el alimento q u e la
Naturaleza ha proporcionado á los brutos, caían m u e r t o s
de inanición en los c a m i n o s y en las plazas públicas. H a bía sonado la última hora del Imperio maya en el reloj del
Destino; y esa ley misteriosa q u e obliga á los pueblos á d a r
un paso en el s e n d e r o del progreso á cada evolución de
la H u m a n i d a d , allanaba á los españoles el camino q u e
muy pronto debían volver á r e c o r r e r para s u j e t a r la Península.
P e r o a n t e s de engolfarnos en el relato de esta s e g u n d a
expedición, reclama n u e s t r a atención un incidente q u e no
carece de originalidad, y q u e m á s tarde influyó poderosam e n t e en los disturbios de la Colonia.
Se recordará q u e en 22 de s e p t i e m b r e de 1530 se pidió
á la Real Audiencia de México q u e i n f o r m a s e sobre el n ú m e r o y clase de s a c e r d o t e s q u e Montejo hubiese traído á
Yucatán para i n s t r u i r á los indios en el Cristianismo. Ign o r a m o s lo q u e aquel tribunal informó y si la corte tomó ó
no algún a c u e r d o en el asunto. Pero es indudable q u e la
falta q u e cometió el Adelantado, no t r a y e n d o en s u c o m pañía el n ú m e r o de religiosos q u e prevenía la capitulación,
provocó la idea de intentar un nuevo género de conquista,
m u y c o n f o r m e con las ideas filantrópicas q u e defendía entonces con tanto calor el venerable Las Casas. Una de estas
ideas era la de convertir las conquistas en misione», para
hacer cesar el d e r r a m a m i e n t o de s a n g r e q u e estaba c o n v i r tiendo la América en un vasto c e m e n t e r i o . Si el objeto de
la dominación española, decía el ilustre protector de los
(6)
LAKDA, Relación
20
ele las cosas de Yucatán,
§ XIV.
indios, es la i n t r o d u c c i ó n d e l Evangelio e n t r e los gentiles,
no m a n d é i s al Nuevo M u n d o soldados q u e lo desacrediten,
sino s a c e r d o t e s q u e lo e n s e ñ e n .
Don Antonio de Mendoza, q u e por aquella época g o b e r n a b a ya á la N u e v a E s p a ñ a con el título de virrey, creyó
q u e Yucatán e r a u n teatro a d e c u a d o para hacer la p r u e b a ,
y de motu proprio, ó excitado p o r la corte, dispuso q u e cinco
frailes de la Orden de San F r a n c i s c o viniesen á la P e n í n sula con este objeto. Tornóse esta d e t e r m i n a c i ó n c u a n d o
ya ningún español existía e n ella, y para q u e el e l e m e n t o
religioso p u d i e s e o b r a r con sólo su poder, los misioneros
recibieron la autorización d e garantizar á los m a y a s q u e
ningún soldado e x t r a n j e r o volvería á pisar s u territorio.
Fr. Jacobo de Testera y F r . Lorenzo de Bienvenida son los
ú n i c o s n o m b r e s q u e la Historia nos ha conservado de los
cinco enviados de Mendoza. P a r e c e q u e la elección del vir r e y no pudo ser m á s a c e r t a d a . Cogolludo hace un elogio
caluroso del P . Testera, q u e e r a el presidente de la misión,
y asegura q u e estaba poseído de un celo ardiente para
a t r a e r s e á los gentiles al Cristianismo. Sus colaboradores
estaban dotados de las m i s m a s cualidades, y sin m á s comp a ñ í a q u e algunos indios m e x i c a n o s , q u e poco tiempo antes habían recibido el b a u t i s m o , e m p r e n d i e r o n intrépidos
el c a m i n o de la P e n í n s u l a .
Si se considera la r e p u t a c i ó n de que entonces debían disf r u t a r los mayas, q u e a c a b a b a n de expulsar de su suelo á
los españoles; si se fija la atención en q u e estos conquist a d o r e s de nuevo género no llevaban más a r m a s q u e su palabra ni m á s escolta q u e u n o s cuantos americanos, cuya
adhesión debía por lo m e n o s ser sospechosa, no p u e d e
m e n o s q u e excitar n u e s t r a admiración el valor con q u e
acometieron esta e m p r e s a , sin d e t e n e r s e á calcular las dificultades
y riesgos q u e podían s o b r e v e n i r . Era aquella
la época en q u e la Iglesia española producía m á s héroes
q u e el ejército, y la H u m a n i d a d y la Civilización tuvieron
la f o r t u n a de q u e los T e s t e r a s y Bienvenidas se h u b i e s e n
multiplicado en el Nuevo Mundo.
El 18 de marzo de 1535, la nave q u e conducía á los m i sionaros echó s u s anclas f r e n t e á C h a m p o t ó n , en cuyo p u n to d e t e r m i n a r o n d e s e m b a r c a r para d a r principio á s u s tareas. Los mexicanos precedieron á los P a d r e s , y llevados á
la p r e s e n c i a del cacique, expusieron el objeto de su e m b a jada. Dijeron q u e cinco españoles solicitaban permiso p a r a
predicar s u religión en la t i e r r a ; q u e no e r a n soldados,
sino simples sacerdotes, y q u e n i n g ú n a r m a traían consigo. Se dice q u e el cacique consultó el asunto con los p r i n cipales de su corte y s u s vecinos, y a d m i r a d o s todos de
q u e pidiesen licencia p a r a e n t r a r en el país aquellos osados e x t r a n j e r o s q u e se. habían abierto s i e m p r e paso con las
a r m a s en la mano, se a p r e s u r a r o n á concedérsela. Desemb a r c a r o n los cinco religiosos, y para captarse desde luego
las simpatías de los indios, esparcieron la voz de q u e n i n gún soldado español pisaría aquella c o m a r c a , si e s c u c h a ban dóciles su doctrina.
Desde este m o m e n t o , si se ha de c r e e r á Las Casas (7) y
á Cogolludo (8), Yucatán fué el teatro de escenas portentosas, a n t e las cuales palidecen los m á s g r a n d e s milagros del
Cristianismo. El éxito de los misioneros fué tan extraordinario, q u e á los c u a r e n t a días de predicación, los indios
m i s m o s les t r a j e r o n á s u s ídolos y contemplaron impasibles
q u e los q u e m a s e n . Después de esto les llevaron á sus hijos
para q u e los sirviesen y f u e s e n educados en el Cristianismo, y luego les construyeron templos y casas p a r a q u e habitasen. Pero no se detuvo aquí el entusiasmo de los h a b i tantes de Champotón; doce ó q u i n c e caciques de aquella
comarca, con el beneplácito de sus pueblos, consultado en
(7)
Broce relación
de la destracción
de las Indias
Yucatán.
(8)
Historia
de Yucatán,
libro II, capítulo X I I .
Occidentales,
articulo
a s a m b l e a s p o p u l a r e s , r e c o n o c i e r o n de motu
proprio
el se-
ñ o r í o de los r e y e s d e Castilla, y v i n i e r o n á p o n e r en m a n o s
de los religiosos l a s a c t a s q u e s e l e v a n t a r o n con e s t e motivo.
Como s e ve, el p e n s a m i e n t o de Las Casas, p u e s t o e n ejecución p o r Mendoza, c a m i n a b a viento en popa y a m e n a z a b a
c o n f u n d i r á s u s d e t r a c t o r e s con u n éxito tan prodigioso.
P e r o e n t o n c e s o c u r r i ó u n s u c e s o , del cual d e c l a r a a u t o r el
piadoso Cogolludo al p r í n c i p e d e las t i n i e b l a s .
Dieciocho s o l d a d o s e s p a ñ o l e s d e á caballo y d o c e d e á
pie e n t r a r o n al p a í s p o r la f r o n t e r a de T a b a s c o , t r a y e n d o
p o r ú n i c o p a t r i m o n i o u n g r a n c a r g a m e n t o d e ídolos, robados p r o b a b l e m e n t e e n l a s p r o v i n c i a s v e c i n a s .
Convocaron
á los c a c i q u e s d é l a t i e r r a , y p o n d e r a n d o la g r a n v i r t u d de
aquellos dioses, q u e v i a j a b a n e n t r e s u e q u i p a j e ,
q u e e s t a b a n d e v e n t a á r a z ó n d e ídolo p o r esclavo.
dijeron
Ame-
nazaron con la g u e r r a si n o d e s p a c h a b a n p r o n t o s u m e r cancía, y los i n d i o s a t e r r o r i z a d o s se p u s i e r o n á c o m p r a r ,
d a n d o dos hijos el q u e t e n í a t r e s y u n o el q u e sólo tenía
dos.
Alteróse con e s t e m o t i v o toda la t i e r r a , y los n e ó f i t o s cor r i e r o n i n d i g n a d o s á p r e s e n t a r s u s q u e j a s á los f r a n c i s c a n o s . — N o s h a b é i s g a r a n t i z a d o — d i j e r o n — q u e no volverían á
e n t r a r e s p a ñ o l e s e n el p a í s , y no s o l a m e n t e h a n vuelto, sino
q u e n o s obligan á c o m p r a r , al p r e c i o d e n u e s t r o s h i j o s ,
ídolos iguales á los q u e n o s h a b é i s q u e m a d o . — L o s b e n d i t o s
religiosos, c o m p r e n d i e n d o q u e e s t e a r g u m e n t o e r a i n c o n testable, buscaron á s u s
d e s a l m a d o s c o m p a t r i o t a s y los
c o n j u r a r o n á q u e a b a n d o n a s e n la P e n í n s u l a , e n n o m b r e de
la religión q u e u n o s y o t r o s p r o f e s a b a n . P e r o a q u e l l o s m e r c a d e r e s d e ídolos, n o s o l a m e n t e s e n e g a r o n á a c c e d e r á
este deseo, sino q u e h i c i e r o n e n t e n d e r á los i n d i o s q u e los
día q u e se i n t e n t a b a a s e s i n a r l o s , y no s i n t i é n d o s e con valor
p a r a a s p i r a r al m a r t i r i o , a p e l a r o n á la f u g a d u r a n t e la noc h e . P a r e c e q u e los neófitos, c o m p r e n d i e n d o luego c u a n
injusto era su resentimiento, corrieron cincuenta leguas
p a r a h a c e r l o s volver. Los frailes a c c e d i e r o n á s u s s ú p l i c a s ;
p e r o viendo q u e a q u e l l a diabólica t r e i n t e n a no a b a n d o n a b a
á Champotón, y adivinando que sus crímenes, que cada
día e r a n m á s a t r o c e s , t a r d e ó t e m p r a n o volverían á s u b l e var el r e b a ñ o c o n t r a s u s p a s t o r e s , m e t i é r o n s e otra vez e n
s u s n a v e s y r e g r e s a r o n á la N u e v a E s p a ñ a .
Tal e s el relato q u e d e estos s u c e s o s h a c e n , n o s o l a m e n te los dos h i s t o r i a d o r e s ya r e f e r i d o s , sino o t r o s c i t a d o s p o r
Cogolludo, como T o r q u e m a d a y el b a c h i l l e r Valencia. P e r o
s u p o n e m o s q u e el juicio del lector n o s h a p r e c e d i d o ya en
las r e f l e x i o n e s q u e s u g i e r e su s i m p l e l e c t u r a .
Si s e fija la a t e n c i ó n e n q u e el P. T e s t e r a y s u s c o m p a ñ e r o s no conocían el i d i o m a de los m a y a s ni traían c o n s i g o
n i n g ú n i n t é r p r e t e , n a t u r a l m e n t e s u r g e e n el á n i m o la d u d a
d e q u e en solos c u a r e n t a días hayan podido a d q u i r i r s o b r e ellos el a s c e n d i e n t e q u e s e p r e t e n d e . Si á esta c o n s i d e ración se a ñ a d e la d e q u e n i n g ú n s e n t i m i e n t o se a r r a i g a
m á s p r o f u n d a m e n t e e n el corazón h u m a n o q u e el apego á
u n a religión p r o f e s a d a de p a d r e s á hijos por c e n t e n a r e s d e
a ñ o s , la d u d a a d q u i e r e m a y o r c o n s i s t e n c i a y el s e n t i d o com ú n vacila e n a c e p t a r c o m o h i s t ó r i c a s t o d a s las v i c t o r i a s
a t r i b u i d a s á los cinco religiosos (9).
Los t r e i n t a e s p a ñ o l e s q u e e n t r a n luego en la e s c e n a con
s u c a r g a m e n t o de ídolos, p a r a d a r al t r a s t e con la misión,
s o n , e v i d e n t e m e n t e , p a r t o de la i m a g i n a c i ó n f r a n c i s c a n a .
¡Cómo! Los h a b i t a n t e s de la Bahía de la Mala pelea, q u e
h i c i e r o n pedazos á los cien c o m p a ñ e r o s d e F r a n c i s c o H e r n á n d e z d e Córdova, q u e u n a ñ o d e s p u é s l u c h a r o n valerosam e n t e c o n t r a J u a n de Grijalva y q u e m á s t a r d e d e b í a n lu-
m i s i o n e r o s t e n í a n p a r t e e n la n e g o c i a c i ó n .
E n t o n c e s ya f u é i m p o s i b l e á éstos c o n t e n e r l a i n d i g n a c i ó n
p o p u l a r , p r ó x i m a á e s t a l l a r s o b r e s u s cabezas. S u p i e r o n un
(9)
COGOLLUDO dice que obró la gracia divina.
c h a r todavía contra la s e g u n d a expedición de Montejo, ¿se
cruzaron a h o r a de brazos a n t e treinta a v e n t u r e r o s y se
a m i l a n a r o n hasta el e x t r e m o de e n t r e g a r l e s á s u s hijos
p a r a s e r r e d u c i d o s á la s e r v i d u m b r e ? (10).
Pero no es esta la única razón q u e acusa la inverosimilit u d del hecho, tal al m e n o s como se le presenta. Las Casas,
q u e fué, e n n u e s t r o concepto, el p r i m e r o que lo dió á la
estampa, en su historia de la destrucción de las Indias, lo
aceptó sin ningún e x a m e n , p o r q u e s u s filantrópicos h e c h o s
en favor de los a m e r i c a n o s lo llevaban á consignar todos
los h o r r o r e s q u e se contaban de los conquistadores. ¿Quién
se lo refirió á Las Casas? Lo ignoramos. Pero es i n d u d a ble q u e los franciscanos se a p o d e r a r o n luego de él, p a r a
h a c e r valer sus d e r e c h o s como pacificadores de Yucatán y
r e c l a m a r en virtud de ellos ciertas prerrogativas.
Hay otra circunstancia, sobre la c u a l algunos c r í t i cos (11) han llamado con m u c h a justicia la atención. Si fray
Jacobo de Testera y s u s c u a t r o compañeros h u b i e r a n l o g r a do el sometimiento de la Península, esto habría p e r j udicado,
i n d u d a b l e m e n t e , á los d e r e c h o s q u e D. Francisco de Montejo había adquirido en la capitulación, y por los c u a l e s
había sacrificado toda su f o r t u n a . Los franciscanos, q u e
sabían esto m u y bien, ¿no h a b r á n inventado, ó e x a g e r a d o
c u a n d o menos, las hazañas de los treinta a v e n t u r e r o s , p a r a
explicar el mal éxito de la misión de sus h e r m a n o s ? Que
h u b o intención de z a h e r i r á los conquistadores de Yucatán,
lo p r u e b a el h e c h o de a s e g u r a r s e q u e la e n t r a d a de a q u é llos se verificó p o r la f r o n t e r a de Tabasco, provincia e n
q u e no había m á s españoles en 1535 q u e los soldados de
(10) COGOLLUDO también se hace cargo de esta objeción; pero salva la
dificultad diciendo que acaso los pecados de los champotoneros eran tan g r a n des, que a u n n o se h a b í a n hecho dignos de ser convertidos al Evangelio.
(11)
Don JUSTO SIERRA, LOS indios de Yucatán,
COGOLLUDO, l i b r o I I , c a p í t u l o X I I I .
capítulo II, y a u n el mismo
Montejo. P r u é b a l o también el hecho de q u e Cogolludo se
afane por a p a r t a r de la f r e n t e de éstos la m a n c h a de tan
feo c r i m e n , diciendo q u e la treintena se componía de facinerosos escapados de la Nueva E s p a ñ a , d o n d e m u c h o s
c o m p a ñ e r o s suyos habían sido a h o r c a d o s por el virrey.
Hemos r e s e r v a d o p a r a lo último la m e j o r p r u e b a q u e ,
en n u e s t r o concepto, p u e d e a d u c i r s e en apoyo de lo q u e
venimos diciendo. El franciscano Landa, q u e es un apologista constante de su Orden y un d e t r a c t o r , algunas veces
exagerado, de los conquistadores, no dice u n a palabra de
esta a v e n t u r a al hablar de la predicación d e su h e r m a n o
Testera, á la cual no asigna, por cierto, época ni lugar (12).
Sea lo q u e f u e r e de la misión de Potonchán y de las d i ficultades
q u e encontró, nosotros h e m o s cumplido con
n u e s t r o d e b e r de historiadores al consignarlas en n u e s t r o
libro con las reflexiones á q u e se prestan. En vista de u n a s
y otras, el lector emitirá s u juicio, q u e será, como s i e m p r e , m á s acertado q u e el n u e s t r o .
(12)
Relación
de las cosas de Yucatán,
§ X V I I . — H e aquí todo lo que dice
sobre el particular: «Que F r . Jacobo de Testera, franciscano, passo á Yucatan
y comenzo de doctrinar á los hijos de los indios, y que los soldados españoles
se quisieron servir de los mozos tanto que no les quedaba tiempo para aprender
la doctrina, y que por otra parte disgustaron á los frayles quando los reprehendían de lo que hazian mal contra los indios, y que por esto F r . Jacobo se torno
á México, donde m u r i ó . »
/
CAPÍTULO X
1537-1539
S e g u n d a expedición de Montejo á la Península.—Desembarca en Champotón.—
Combates con los naturales.—Fundación de la villa de S a n Pedro.—Peligros á
que se ve expuesta la Colonia.—Sus pobladores intentan
abandonarla.—Impí-
delo el sobrino del Adelantado.—Refuerzos que llegan al campamento.
Luchaba entretanto Montejo con graves dificultades en
Tabasco. Los n a t u r a l e s de la provincia se defendían con
tenacidad, y aquella empresa hubiera corrido la misma
suerte que la de Yucatán, si un incidente inesperado no
hubiese venido á salvarla. En una nave, bien provista de
municiones de boca y de g u e r r a , aportaron á Santa María
de la Victoria veintidós soldados españoles, al mando de
un individuo llamado Diego Contreras. E r a n unos a v e n t u reros, en toda la extensión de la palabra, porque vagaban
sin destino fijo en busca de la diosa Fortuna, que parecía
haber fijado s u s reales en el Nuevo Mundo. El Adelantado
los recibió con los brazos abiertos, los invitó á tomar parte
en su empresa y todos accedieron, incluso el jefe, q u e era
el propietario de la nave. Con esta ayuda, q u e fué m u y valiosa por los elementos con que se incorporó al ejército, y
con algunos socorros que llegaron de la Nueva España,
logróse al fin la pacificación de Tabasco, y Francisco de
Montejo pudo e n t o n c e s volver los ojos hacia la Península.
La misión del P . Testera debió de haber llamado f u e r t e -
mente su atención. El virrey de México, sin respeto alguno
á la capitulación de 8 de diciembre de 1526, había autorizado á aquel religioso para garantizar á los indios que ningún soldado español volvería á e n t r a r en su tierra; y el
Adelantado comprendió que sus derechos corrían peligro
de caducar, si no se daba prisa para volver á Yucatán. Había además gastado toda su fortuna en esta empresa; había
hecho de ella el objeto principal de su c a r r e r a , y no e r a ya
posible retroceder después de tantos sacrificios. Empleó
los pocos recursos que le q u e d a b a n en proporcionarse a l gunos soldados m á s en Nueva España v Chiapas; reparó sus
naves, entre las cuales se contaba ya la de Diego Contreras,
y á principios de 1537 volvió á surcar las aguas de esta P e nínsula, q u e había sido la t u m b a de casi todos sus antiguos
camaradas (1).
Champotón fué esta vez el punto elegido para desembarcar, por las ventajas que proporcionaba su proximidad á
Santa María de la Victoria. Desde esta villa, n u e v a m e n t e poblada de españoles, podían mandarse refuerzos á los de la
Península y servirles de refugio en el caso nada i m p r o b a ble de u n a derrota. La experiencia había enseñado á los
conquistadores cuánto estimaban los mayas su autonomía,
y ninguna precaución les parecía excesiva. El Adelantado,
después de haber hecho á su hijo algunas reflexiones sobre
este particular y comunicádole sus instrucciones, le dejó
el mando de las fuerzas y se reembarcó luego para Tabasco, con el objeto de proporcionarse nuevos r e c u r s o s y e n viarlos á sus c a m a r a d a s .
No dejó de s o r p r e n d e r á los mayas la vuelta de sus e n e (1)
Creen algunos que el Adelantado no vino esta vez á la Península y que
la expedición salió desde Tabasco al m a n d o de su hijo. P e r o la opinión más
probable es la que consignamos en el texto. Las probanzas que COGOLLUDO c o n sultó para extender su historia, no son m u y claras en este p u n t o , y da origen á
la confusión la identidad de nombres entre el padre y el hijo, según
dicho en otra parte. (COGOLLUDO, libro III, capítulo I.)
hemos
migos, p o r q u e el estado en q u e dos años a n t e s habían salido de Champotón, acaso les hizo alimentar la esperanza de
q u e no volverían j a m á s á pisar su territorio. A este e s t u por d e b e " a t r i b u i r s e la paz de q u e al principio disfrutaron
los colonos. Pero luego q u e los indios a d q u i r i e r o n la certid u m b r e de q u e se t r a t a b a de u n a nueva ocupación, r e u n i ó s e una gran m u l t i t u d de los cacicazgos vecinos, y cayeron u n a n o c h e de improviso sobre los invasores, a p a r e c i é n dose s i m u l t á n e a m e n t e p o r todas las veredas q u e guiaban
al c a m p a m e n t o . Los españoles, á q u i e n e s la experiencia
había d e m o s t r a d o q u e los m a y a s sólo combatían á la luz
del día, estaban e n t o n c e s b a s t a n t e desprevenidos, y sólo se
d e s p e r t a r o n á los gritos de un centinela á quien a s e s i n a ban los agresores. A r m á r o n s e violentamente, salieron de
su alojamiento y e m p e ñ ó s e un r u d o combate á la vacilante
claridad de las estrellas. Los m á s animosos se e s t r e m e c i e ron de espanto c u a n d o llegó á s u s oídos la gritería salvaje, q u e partió r e p e n t i n a m e n t e á la vez del Levante, del Septentrión y del Mediodía. Pelearon, sin embargo, con su acost u m b r a d o esfuerzo, y como no e r a m e n o r el de los acometedores, m u y pronto comenzó á e n r o j e c e r la a r e n a la s a n gre de los c o m b a t i e n t e s . P e r o los indios, d o m i n a d o s de un
t e r r o r supersticioso por el solo h e c h o de combatir de n o che, y c r e y e n d o sus p é r d i d a s m a y o r e s de las q u e e r a n en
realidad, p o r las m a s a s q u e veían c a e r en las tinieblas al
f r a g o r de las a r m a s e u r o p e a s y por los ayes de los m o r i b u n d o s q u e poblaban el aire, comenzaron á d e s b a n d a r s e y
h u i r , favorecidos por la o s c u r i d a d . Los españoles no se atrevieron á seguirlos en aquel t e r r e n o q u e aun no conocían,
y á la m a ñ a n a siguiente b e n d i j e r o n á la Providencia al n o tar el corto n ú m e r o de s u s m u e r t o s y heridos.
Esta d e r r o t a , en vez de d e s a n i m a r á los indios, no hizo
m a s q u e exasperarlos. P e r s u a d i d o s de q u e su desgracia
había d i m a n a d o de h a b e r combatido en las tinieblas y en
corto n ú m e r o , resolvieron h a c e r u n a confederación de to-
dos los mayas p a r a caer con todo su poder sobre el campam e n t o español. Con este objeto los e m b a j a d o r e s se cruzaron
en distintas direcciones y a n i m a r o n á los caciques y á los
pueblos, diciéndoles q u e sólo se necesitaba aquel último
esfuerzo p a r a q u e los e x t r a n j e r o s a b a n d o n a s e n p a r a siemp r e la Península. No se ocultaban al joven Montejo los trabajos de s u s enemigos, y c o m p r e n d i e n d o q u e de un mom e n t o á otro debía s e r atacado, había dictado s e v e r a s disposiciones para q u e n i n g u n o de s u s soldados se alejase del
c a m p a m e n t o . P o s desgraciados q u e se atrevieron á infringirlas, acosados tal vez por el h a m b r e , f u e r o n a p r e h e n d i d o s
por los n a t u r a l e s ó inmolados d e s p u é s en el altar de los
dioses. P a r a q u e este suceso no se repitiese, se organizaron
f u e r t e s p a r t i d a s q u e de tiempo en t i e m p o salían á m e r o d e a r , y con el maíz q u e éstas recogían y la pesca q u e se
h a c í a en la playa, los españoles p u d i e r o n desafiar por algún t i e m p o la malevolencia de s u s adversarios.
R e u n i d o s al fin los indios en el n ú m e r o q u e creyeron necesario p a r a asegurar su triunfo, cayeron u n día i m p e t u o s a m e n t e sobre la naciente Colonia. Por las oscuras m a s a s
q u e se veían avanzar en distintas direcciones, por el est r u e n d o infernal q u e hacían y por las espesas n u b e s de
flechas q u e h e n d í a n el aire, los españoles c o m p r e n d i e r o n
el prodigioso n ú m e r o de enemigos con q u e iban á l u c h a r .
No se amilanaron, sin embargo, y pronto s u s balas y s u s
ballestas se cruzaron con los proyectiles a m e r i c a n o s . La
m u e r t e comenzó á cebarse en los dos campos, a u n q u e , como
e r a de e s p e r a r s e , h a c i e n d o m a y o r e s estragos en el de los
mayas. P e r o los indios, según la gráfica expresión de Cogolludo, se resignaban á p e r d e r mil de s u s c o m b a t i e n t e s
con tal de m a t a r uno solo de aquellos e x t r a n j e r o s á quien e s tanto a b o r r e c í a n . Pelearon, en fin, con tal d e n u e d o ,
q u e á las pocas horas de c o m b a t e , deseando Montejo conservar el poco n ú m e r o de soldados q u e le q u e d a b a , dió
orden de q u e se replegasen hacia la playa para r e f u g i a r s e
en sus naves. La r e t i r a d a se verificó con o r d e n , y muy pronto los españoles q u e d a r o n e m b a r c a d o s en s u s l a n c h a s .
Los indios, ebrios de alegría con esta victoria, se precipitaron al c a m p a m e n t o a b a n d o n a d o , se apoderaron de algunos efectos q u e los españoles n o habían podido recoger con
la precipitación de su fuga, vistiéronse como p u d i e r o n los
t r a j e s e u r o p e o s , volvieron á la playa, y e n s e ñ a n d o desde
lejos á los fugitivos aquellos objetos, se b u r l a b a n de ellos,
los e s c a r n e c í a n , los llamaban c o b a r d e s y los desafiaban á
renovar la l u c h a . Los castellanos, no p u d i e n d o tolerar tanta humillación, bogaron otra vez hacia tierra y de nuevo se
e m p e ñ ó el c o m b a t e . G r a n d e f u é la s o r p r e s a de los mayas
al ver r e g r e s a r á los q u e creían vencidos. I n t e n t a r o n r e sistirles, h a c i e n d o llover millares de flechas sobre los b a teles. ¡Vano esfuerzo! Los e x t r a n j e r o s d e s e m b a r c a r o n bajo
aquella lluvia, y s u s mortíferas a r m a s se cebaron u n a vez
m á s sobre las d e s n u d a s m a s a s de s u s contrarios. El efecto
moral q u e esta vuelta p r o d u j o , f u é t e r r i b l e para los mayas.
Los caciques no p u d i e r o n c o n t e n e r ya á las indisciplinadas t u r b a s q u e acaudillaban, y tuvieron necesidad de s e guirlas en su fuga p a r a no e x p o n e r s e á la cólera de los
v e n c e d o r e s . Los españoles, r e n d i d o s de h a m b r e y de fatiga, se g u a r d a r o n m u y bien de seguir á los q u e h u í a n , y
volvieron á o c u p a r aquel c a m p a m e n t o q u e pocos m o m e n tos antes habían creído perdido p a r a s i e m p r e .
No fué esta victoria el único f r u t o q u e recogieron a q u e l
día los castellanos con su p e r s e v e r a n c i a . El ejército maya,
q u e h u b i e r a podido r e h a c e r s e e n pocos días con los r e f u e r zos q u e seguían llegando á Champotón, no p u d o verificarlo
entonces, p o r q u e se lo impidió lo corta provisión de víver e s q u e había h e c h o en su ciega confianza de acabar en
u n a sola batalla con los invasores. La mayor parte de los
c o m b a t i e n t e s , q u e había venido de las p a r t e s m á s r e m o t a s
de la P e n í n s u l a , tuvo necesidad de regresar á s u s h o g a r e s
para no m o r i r de h a m b r e d e s p u é s de su d e r r o t a . Los q u e
promovieron la confederación se vieron a b a n d o n a d o s en
poco tiempo de todos s u s aliados, y no les q u e d ó otro r e curso q u e e n t a b l a r ciertas relaciones con los e x t r a n j e r o s .
Pero éstas no pasaron n u n c a de la tolerancia de u n a o c u pación q u e no podían evitar. Los españoles e r a n c r u e l m e n t e hostilizados cada vez q u e i n t e n t a b a n p e n e t r a r al i n terior del país, sea para reconocer la tierra ó para proveerse
de víveres. Con este motivo, la Colonia comenzó á pasar
por las mismas peripecias q u e habían precedido al a b a n dono de Villarreal y de Campeche. No había m á s d i f e r e n cia ahora q u e , siendo Champotón un p u n t o algo conocido
de los a v e n t u r e r o s q u e pululaban en el Nuevo Mundo, solía
tocar allí alguna nave española, cargada s i e m p r e de efectos
de Castilla, con q u e los colonos aliviaban en parte sus privaciones. La e m b a r c a c i ó n solía dejar t a m b i é n algún n u e v o
amigo, q u e venía á o f r e c e r sus servicios; pero eran m u c h o s
m á s los q u e a p r o v e c h a b a n esta oportunidad para abandon a r una e m p r e s a q u e á s u s ojos no tenía ningún porvenir.
El joven Montejo p r o c u r a b a c o n t e n e r á los desertores, aseg u r á n d o l e s q u e p r o n t o mejorarían de f o r t u n a con los refuerzos q u e su p a b r e debía mandarle. Pocos le e s c u c h a r o n ,
y llegó un día en q u e el jefe de la Colonia sólo viese á s u
lado una veintena de s u s antiguos compañeros (2).
Un suceso i n e s p e r a d o vino por aquella época á a u m e n t a r el n ú m e r o de los colonos. Un capitán español, llamado
F r a n c i s c o Gil, fué comisionado por el g o b e r n a d o r de Guatemala para c o n q u i s t a r una región situada en los límites
de Tabasco (3). Pero el comisionado bajó hasta Tenosic—
ó Tenosique, como se le llama ahora—y f u n d ó u n a pobla-
(2)
He aquí el n o m b r e de seis de estos valientes, que COGOLLUDO ha c o n -
servado á la Historia: Gómez del Castillo, J u a n de Magaña, J u a n de P a r a j a s ,
J u a n López de Recalde, J u a n de Contreras y Diego M u ñ o z .
(3)
quepam
COGOLLUDO (libro III, capítulo II) da á esta región el n o m b r e de TePuchutla.
ción á las orillas del río d e l m i s m o n o m b r e . Luego q u e
c l a s e d e d i f i c u l t a d e s . Los i n d i o s , q u e p a r e c í a n r e s i g n a d o s
F r a n c i s c o d e Montejo, hijo, t u v o noticia d e esta f u n d a c i ó n ,
á la o c u p a c i ó n d e s d e s u ú l t i m a d e r r o t a , c o m e n z a r o n á al-
s e dirigió con a l g u n o s s o l d a d o s á Tenosic, y h a c i e n d o ver
t e r a r s e l u e g o q u e s u p i e r o n la m a r c h a del hijo del A d e l a n -
al j e f e de la Colonia q u e h a b í a i n v a d i d o los d o m i n i o s de s u
tado. A l g u n o s d e los a m i g o s q u e e n t r e ellos se h a b í a n h e c h o
p a d r e , le r e q u i r i ó q u e la p u s i e s e á s u s ó r d e n e s . F r a n c i s c o
los e s p a ñ o l e s , v i n i e r o n al c a m p a m e n t o á d e n u n c i a r á s u s
Gil e x a m i n ó las p r u e b a s q u e se le p r e s e n t a b a n p a r a f u n -
c o m p a t r i o t a s , c i t a n d o los n o m b r e s d e los q u e i n s t i g a b a n
d a r este d e r e c h o , y p a r e c i ó n d o l e i n c o n t e s t a b l e s , no sólo se
á la g u e r r a . M o n t e j o r e u n i ó á las p e r s o n a s m á s c a r a c t e r i -
p u s o e n t o n c e s á las ó r d e n e s
d e Montejo, sino q u e poco
z a d a s de la Colonia; l e s r e v e l ó el c o m p l o t q u e s e t r a t a b a
t i e m p o d e s p u é s , n o p u d i e n d o s o s t e n e r s e ya e n T e n o s i c , i n -
c o n t r a ellos; m a n i f e s t ó s u s t e m o r e s d e q u e , s i e n d o t a n
g r e s ó en Campotón con t o d o s los s o l d a d o s q u e le h a b í a n
corto s u n ú m e r o , n o p u d i e s e n r e s i s t i r á u n a c o n f l a g r a c i ó n
acompañado en su empresa.
g e n e r a l , y a c a b ó p o r p e d i r l e s c o n s e j o . A r d u a e r a la s i t u a -
La llegada d e e s t o s n u e v o s c o m p a ñ e r o s p r o d u j o un c a m -
ción d e a q u e l p e l o t ó n de e x t r a n j e r o s , colocados e n u n país
bio i m p o r t a n t e e n el c a m p a m e n t o d e Montejo. F u n d ó s e allí
p o b l a d o d e m i l l a r e s de e n e m i g o s , y p a r a salvarla se resol-
u n a ciudad e s p a ñ o l a con el n o m b r e de Villa
Pe-
v i e r o n á c o m e t e r u n a t e n t a d o , q u e n o e r a p o r c i e r t o el m á s
F r a n c i seo Gil h a b í a d a d o á la
g r a v e d e l o s q u e s e h a b í a n p e r p e t r a d o en el N u e v o M u n d o .
población q u e a c a b a b a d e a b a n d o n a r . N o m b r á r o n s e los al-
A c o r d a r o n a p o d e r a r s e con m a ñ a y c a u t e l a d e los p r i n c i p a -
c a l d e s y r e g i d o r e s , y a u n se d i c t a r o n a l g u n a s m e d i d a s p a r a
les c a c i q u e s y r e m i t i r l o s á T a b a s c o , p a r a i m p e d i r de este
h a c e r m e n o s p r e c a r i a la s i t u a c i ó n d e los colonos. E n t a b l á -
m o d o la p r o p a g a n d a q u e e s t a b a n h a c i e n d o .
dro,
q u e e r a el m i s m o q u e
de San
r o n s e r e l a c i o n e s d e a m i s t a d con a l g u n o s c a c i q u e s de la c o -
Ejecutaron fácilmente su designio; pero luego que estu-
m a r c a , los c u a l e s c o n s i n t i e r o n e n p r o v e e r d e ' v í v e r e s á s u s
vieron en s u p o d e r las v í c t i m a s d e esta a s t u c i a , surgió la
h u é s p e d e s , ú n i c o servicio q u e p o r e n t o n c e s exigieron (4).
gran dificultad de encontrar quien quisiera encargarse de
No m e j o r ó m u c h o con e s t o la situación de la Colonia. Con-
llevarlas al A d e l a n t a d o . La c o m i s i ó n e r a peligrosa, p o r q u e
s u m í a n s e s u s h a b i t a n t e s d e c a n s a n c i o y de fastidio, y c a d a
d e b í a e s p e r a r s e q u e los i n d i o s h a r í a n u n
n a v e q u e a r r i b a b a al p u e r t o , t r a y e n d o las t e n t a d o r a s n o t i -
a r r e b a t a r á los p r e s o s e n el t r á n s i t o . J u a n C o n t r e r a s , hijo
cias del o r o del P e r ú , se l l e v a b a g r a n n ú m e r o de d e s e r t o -
del c a p i t á n Diego C o n t r e r a s , d e q u i e n ya h e m o s
r e s . F r a n c i s c o de Montejo vió el p e l i g r o q u e c o r r í a la n u e v a
m e n c i ó n , s e ofreció á d e s e m p e ñ a r l a . F r a n c i s c o d e Montejo
población, y d e s e o s o de c o n j u r a r l o , p a s ó á T a b a s c o á c o n -
a c e p t ó s u o f e r t a , y le a c o m p a ñ ó c o n a l g u n o s s o l d a d o s h a s t a
f e r e n c i a r con s u p a d r e . Dejó el m a n d o de la t r o p a á s u p r i -
la f r o n t e r a d e C h a m p o t ó n . L l e g a d o s los c a c i q u e s á la p r e -
m o , q u e t a m b i é n e r a ya c a p i t á n y gozaba d e m u y b u e n a
s e n c i a del A d e l a n t a d o , é s t e l e s r e p r e n d i ó a g r i a m e n t e s u
r e p u t a c i ó n e n el c a m p a m e n t o .
c o n d u c t a , y les dijo q u e , a u n q u e m e r e c í a n
Muy p r o n t o c o m e n z ó á l u c h a r el joven c a p i t á n con toda
esfuerzo para
hecho
la p e n a d e
m u e r t e (?) por la t r a i c i ó n q u e h a b í a n m a q u i n a d o ,
quería
p e r d o n a r l o s g e n e r o s a m e n t e , p a r a q u e se p e r s u a d i e s e n q u e
(4) Asi al menos p u e d e deducirse de los hechos posteriores y de las i n s trucciones que el Adelantado dió á su hijo, al sustituirle e n el poder que tenía
para conquistar á Yucatán.
los e s p a ñ o l e s sólo q u e r í a n s u a m i s t a d y s u d i c h a . P r o n u n c i a d a s e s t a s p a l a b r a s , l e s r e g a l ó a l g u n a s b a r a t i j a s y los
m a n d ó p o n e r en l i b e r t a d .
No b a s t a r o n e s t a s p r e c a u c i o n e s p a r a c o n t e n e r del todo
la i n s u r r e c c i ó n . U n a partida de dieciocho españoles, q u e
al m a n d o del m a e s t r e de c a m p o Lorenzo de Godoy m a r chaba río a r r i b a p r a c t i c a n d o un reconocimiento, se e n contró s ú b i t a m e n t e con u n a s o c h e n t a canoas de indios a r mados, q u e poblaron el aire con s u s flechas. Los castellanos
aceptaron el c o m b a t e á q u e se les provocaba; pero h a b i é n dose guarecido a q u é l l o s tras u n a s t r i n c h e r a s , y a u m e n t á n dose á cada i n s t a n t e s u n ú m e r o , Godoy c o n t r a m a r c h ó á
San Pedro, no sin graves dificultades y pérdidas, á dar
c u e n t a de lo q u e p a s a b a . Montejo dejó en la población la
gente e s t r i c t a m e n t e n e c e s a r i a para cuidar de ella, y con
toda la d e m á s voló al e n c u e n t r o de los insurrectos. Trabóse
al punto un p e q u e ñ o c o m b a t e , q u e d u r ó muy corto tiempo,
p o r q u e los indios, q u e acaso se estaban p r e p a r a n d o todavía
para e m p r e n d e r un a t a q u e m á s formal, se d e s b a n d a r o n llenos de espanto luego q u e vieron asaltadas s u s p r i m e r a s
fortificaciones.
Desde este día los e x t r a n j e r o s vivieron en paz con s u s
vecinos, y no hay d u d a q u e la Colonia h u b i e r a sido feliz si
no h u b i e s e a l i m e n t a d o en su seno un g e r m e n de d e s t r u c ción peor q u e la g u e r r a m i s m a . Mucho tiempo hacia q u e el
hijo del Adelantado había ido á Santa María de la Victoria,
y ni él ni los r e f u e r z o s , t a n t a s veces prometidos, llegaban
á San P e d r o . El a b a t i m i e n t o se apoderó de la mayor parte
de los colonos, y c o m e n z a r o n á s e r m á s f r e c u e n t e s las d e serciones. Ya no se e s p e r a b a , como antes, u n a nave e s p a ñola para c o n s u m a r l a s : la desesperación había llegado á tal
grado, q u e m u c h o s se e s c a p a b a n á pie y otros en c a n o a s ,
prefiriendo m o r i r á m a n o s de los indios q u e de inanición en
San P e d r o . Había, sin e m b a r g o , algunos amigos fieles d e
Montejo, q u e no s o l a m e n t e no d e s e r t a b a n , sino q u e hacían
todos los e s f u e r z o s posibles p a r a evitar q u e otros c o m e t i e sen este acto de d e s l e a l t a d . Distinguíase e n t r e éstos el valeroso Juan C o n t r e r a s , q u i e n luego q u e sabía q u e faltaba
algún soldado del c a m p a m e n t o salía á b u s c a r l e , y no d e s cansaba hasta h a b e r conseguido su objeto. Vuelto el fugitivo
al seno de s u s c a m a r a d a s , a b o c h o r n á b a s e d e h a b e r l o s q u e rido a b a n d o n a r en la desgracia, recibía r e c o n v e n c i o n e s
amistosas en vez de castigo y p r o c u r a b a h a c e r olvidar su
falta con u n a c o n d u c t a posterior i r r e p r o c h a b l e .
Llegó, sin e m b a r g o , un día en q u e la fidelidad m á s acrisolada comenzó á vacilar. Cerca de t r e s a ñ o s hacía q u e los
españoles habían d e s e m b a r c a d o en Champotón, y n a d a adel a n t a b a n en su e m p r e s a . Era v e r d a d q u e s u s vecinos n o los
hostilizaban; pero también e r a cierto q u e p o r s u corto n ú m e r o n i n g ú n paso podían d a r en el interior del país. N i n guna noticia se tenía del hijo del Adelantado, q u e h a b í a
prometido socorrerlos en poco tiempo, y hacia fines del
año 1539 la paciencia se agotó en todos los ánimos. U n a
g r a n p a r t e de los colonos hizo su equipaje; los alcaldes y
regidores r e n u n c i a r o n su encargo, y j u n t o s todos p a s a r o n
al alojamiento de Montejo á manifestarle q u e estaban r e sueltos-á a b a n d o n a r p a r a s i e m p r e esta t i e r r a q u e t a n i n grata era á las a r m a s españolas. El capitán e s c u c h ó con
calma á s u s soldados y convino con ellos en q u e e s t a b a n
perdiendo en Champotón un tiempo precioso q u e podían
a p r o v e c h a r e n m e j o r e s e m p r e s a s . P e r o añadió q u e r e d u n d a n d o este a b a n d o n o en perjuicio de su tío, quien había
sacrificado toda su f o r t u n a en la conquista de Yucatán, e r a
c o n v e n i e n t e y justo darle noticia de la resolución t o m a d a ,
a n t e s de ejecutarla. Este razonamiento hizo impresión e n
los colonos; se designó á Juan de Contreras p a r a p a s a r á la
residencia del Adelantado, y la calma volvió á r e i n a r en San
Pedro.
El comisionado se dirigió á Ciudad Real, población española r e c i e n t e m e n t e f u n d a d a en Chiapas, de cuya provincia
e r a á la sazón g o b e r n a d o r el Adelantado. E n c o n t r ó á éste
ocupado ya e n p r e p a r a r los socorros de q u e t a n t o n e c e s i t a b a n s u s antiguos c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a , y al i m p o n e r 21
se de la resolución que habían tomado de abandonar á San
Pedro, se a p r e s u r ó á m a n d a r los pocos soldados que tenía
ya r e u n i d o s á las órdenes del capitán Alonso Rosado. La
llegada de este oficial, cuyo n o m b r e debía hacerse después
tan célebre en la historia de la conquista, reanimó la abatida empresa de los colonos. Díjoles q u e el viejo Adelantado seguía proporcionándose socorros de gente y dinero en
Tabasco y Chiapas, y que su hijo había pasado á la Nueva
España con el mismo objeto, razón por la cual hacía m u cho tiempo que no se tenía noticia de él en Champotón.
Estas noticias no tardaron en ser confirmadas por la realidad m á s halagadora. P r i m e r a m e n t e se presentó en la
Colonia Juan de Contreras, q u e volvía de Chiapas con a l g u n o s refuerzos, diciendo q u e presto le seguirían otros.
Arribó en seguida Francisco d e Montejo, hijo, trayendo los
socorros de que se había provisto en México, gastando su
corto patrimonio. Llegó, finalmente, el resto d é l o s aprestos
hechos por el Adelantado, y q u e consistían en soldados,
vestuario y m u n i c i o n e s de boca y g u e r r a .
La Colonia, llena de alborozo, se preparaba ya á ensanchar con las a r m a s los límites d e su dominio, cuando llegó de Chiapas u n pliego de Montejo, padre, en que llamaba á su hijo á conferenciar con él antes de e m p r e n d e r toda
operación. El joven capitán m a n d ó d e t e n e r los preparativos que se estaban haciendo, dejó el mando de las tropas
á su primo y e m p r e n d i ó el camino de Ciudad Real, prometiendo d a r l a vuelta á la b r e v e d a d posible.
C A P Í T U L O XI
15401541
El Adelantado sustituye en su hijo los poderes que tenía respecto de Yucatán.—
Sale el ejército de Champotón.—Dificultades con que llega á Campeche.—
Misión confiada al m á s joven de los Montejos.—Ocupa á T - H ó después de
u n a m a r c h a penosa.—Batalla de X p e u a l . — E l general f u n d a la villa de S a n
Francisco y viene á reunirse con su p r i m o . — E m b a j a d a de T u t u l Xiu.—Efecto
que produce en el campamento español.
En la época á que ha llegado n u e s t r a n a r r a c i ó n , don
Francisco de Montejo, padre, tenía ya sesenta años. Había
empleado una gran p a r t e de su vida en los c a m p o s de batalla, y debía sentirse cansado, á p e s a r de la robusta complexión de que le había dotado la Naturaleza. Además de
esto, eran tan g r a n d e s los contratiempos q u e había experimentado en Yucatán, era tan poco lo q u e se había avanzado
después de doce años de lucha, que el Adelantado llegó á
dudar de su propia fortuna y á c r e e r que no estaba r e s e r vada para él la gloria de plantear en la P e n í n s u l a el estandarte de la civilización. Estas consideraciones obraron fuert e m e n t e en el ánimo del viejo soldado, y persuadido de
que á su hijo no le faltaban ni el valor ni el talento necesarios para llevar á cabo la empresa en q u e había agotado
todo su patrimonio, determinó sustituirle el poder que la
Corona le había otorgado en la capitulación de 8 de diciem-
se de la resolución que habian tomado de abandonar á San
Pedro, se a p r e s u r ó á m a n d a r los pocos soldados que tenía
ya r e u n i d o s á las órdenes del capitán Alonso Rosado. La
llegada de este oficial, cuyo n o m b r e debía hacerse después
tan célebre en la historia de la conquista, reanimó la abatida empresa de los colonos. Díjoles q u e el viejo Adelantado seguía proporcionándose socorros de gente y dinero en
Tabasco y Chiapas, y que su hijo había pasado á la Nueva
España con el mismo objeto, razón por la cual hacía m u cho tiempo que no se tenía noticia de él en Champotón.
Estas noticias no tardaron en ser confirmadas por la realidad m á s halagadora. P r i m e r a m e n t e se presentó en la
Colonia Juan de Contreras, q u e volvía de Chiapas con a l g u n o s refuerzos, diciendo q u e presto le seguirían otros.
Arribó en seguida Francisco d e Montejo, hijo, trayendo los
socorros de que se había provisto en México, gastando su
corto patrimonio. Llegó, finalmente, el resto d é l o s aprestos
hechos por el Adelantado, y q u e consistían en soldados,
vestuario y m u n i c i o n e s de boca y g u e r r a .
La Colonia, llena de alborozo, se preparaba ya á ensanchar con las a r m a s los límites d e su dominio, cuando llegó de Chiapas u n pliego de Montejo, padre, en que llamaba á su hijo á conferenciar con él antes de e m p r e n d e r toda
operación. El joven capitán m a n d ó d e t e n e r los preparativos que se estaban haciendo, dejó el mando de las tropas
á su primo y e m p r e n d i ó el camino de Ciudad Real, prometiendo d a r l a vuelta á la b r e v e d a d posible.
C A P Í T U L O XI
15401541
El Adelantado sustituye en su hijo los poderes que tenía respecto de Yucatán.—
Sale el ejército de Champotón.—Dificultades con que llega á Campeche.—
Misión confiada al m á s joven de los Montejos.—Ocupa á T - H ó después de
u n a m a r c h a penosa.—Batalla de X p e u a l . — E l general f u n d a la villa de S a n
Francisco y viene á reunirse con su p r i m o . — E m b a j a d a de T u t u l Xiu.—Efecto
que produce en el campamento español.
En la época á que ha llegado n u e s t r a n a r r a c i ó n , don
Francisco de Montejo, padre, tenía ya sesenta años. Había
empleado una gran p a r t e de su vida en los c a m p o s de batalla, y debía sentirse cansado, á p e s a r de la robusta complexión de que le había dotado la Naturaleza. Además de
esto, eran tan g r a n d e s los contratiempos q u e había experimentado en Yucatán, era tan poco lo q u e se había avanzado
después de doce años de lucha, que el Adelantado llegó á
dudar de su propia fortuna y á c r e e r que no estaba r e s e r vada para él la gloria de plantear en la P e n í n s u l a el estandarte de la civilización. Estas consideraciones obraron fuert e m e n t e en el ánimo del viejo soldado, y persuadido de
que á su hijo no le faltaban ni el valor ni el talento necesarios para llevar á cabo la empresa en q u e había agotado
todo su patrimonio, determinó sustituirle el poder que la
Corona le había otorgado en la capitulación de 8 de diciem-
b r e de 1526. Con este objeto le l l a m ó á Ciudad Real, y luego q u e el j o v e n e s t u v o e n s u p r e s e n c i a , le significó s u d e s e o
y le e n t r e g ó u n a s i n s t r u c c i o n e s e s c r i t a s , q u e la H i s t o r i a h a
recogido, y q u e n o s o t r o s c o l o c a m o s e n el A p é n d i c e , c o m o
u n m o n u m e n t o c a r a c t e r í s t i c o de a q u e l l a época de t r a n s i ción, d i g n o d e s e r t r a n s m i t i d o á la p o s t e r i d a d (1).
Este d o c u m e n t o e s n o t a b l e b a j o m á s de un título. A p e s a r
d e las p r e s c r i p c i o n e s q u e c o n t i e n e p a r a q u e la p r o p i e d a d
d e los i n d i o s sea r e s p e t a d a y p a r a q u e sean t r a t a d o s con
c i e r t a c l a s e d e c o n s i d e r a c i o n e s los q u e se s u j e t e n v o l u n t a r i a m e n t e a l yugo e s p a ñ o l , revela el s i s t e m a poco e s c r u p u loso q u e e l s i g n a t a r i o h a b í a s e g u i d o en s u s c a m p a ñ a s
an-
t e r i o r e s , s i s t e m a , p o r o t r a p a r t e , q u e e r a el m i s m o q u e o b s e r v a b a n s u s c o m p a t r i o t a s e n toda la A m é r i c a . Se s u j e t a á
los c a c i q u e s á u n a e s p e c i e d e plagio, p o r el t e m o r d e la i n fluencia q u e pudieran ejercer en sus respectivos dominios,
y se m a n d a c a s t i g a r con s e v e r i d a d á los q u e n c r e c o n o z c a n
i n m e d i a t a m e n t e al Dios d e los c r i s t i a n o s y al r e y de España, c o m o s i u n a c o n q u i s t a d e esta n a t u r a l e z a p u d i e r a hac e r s e e n p o c o s d í a s e n h o m b r e s q u e no e n t e n d í a n el idioma que se les hablaba.
D e s p u é s d e e s t a s m o n i c i o n e s , el A d e l a n t a d o traza á s u
hijo u n p l a n d e c a m p a ñ a , q u e m á s t a r d e v e r e m o s felizmente d e s a r r o l l a d o p o r é s t e , y a c a b a p o r d a r l e f a c u l t a d p a r a
r e p a r t i r l a s t i e r r a s y e n c o m e n d a r los indios e n t r e los c o n q u i s t a d o r e s q u e le a c o m p a ñ a s e n ,
s e g ú n los m é r i t o s q u e
cada u n o h u b i e s e c o n t r a í d o .
R e c i b i d a s e s t a s i n s t r u c c i o n e s y o t r a s q u e de viva voz le
c o m u n i c a r í a sin d u d a s u a n c i a n o p a d r e , el joven
Montejo
d i ó l a v u e l t a á P o t o n c h á n , e n c u y o p u e r t o e n t r ó á los t r e i n ta d í a s d e s u s a l i d a . S u s c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a , q u e n o
le a g u a r d a b a n t a n p r e s t o , se l l e n a r o n de alborozo c u a n d o
sabido h a c e r s e p o p u l a r e n el c a m p a m e n t o
su b u e n c a r á c t e r y su l i b e r a l i d a d . El c a p i t á n t r a j o consigo
a l g u n o s a v e n t u r e r o s e s p a ñ o l e s q u e s e le i n c o r p o r a r o n e n
Ciudad R e a l , y a u n p a r e c e q u e por esta é p o c a se p r e s e n t a r o n e n la Colonia a l g u n o s indios m e x i c a n o s , q u e v e n í a n
á aliarse á s u s a n t i g u o s e n e m i g o s p a r a pelear c o n t r a s u
raza (2).
F r a n c i s c o de Montejo d e s e m b a r c ó e n P o t o n c h á n con la
firme r e s o l u c i ó n de llevar á c a b o la c o n q u i s t a del p a í s ó
de m o r i r en la e m p r e s a . Supo c o m u n i c a r e s t e a r d o r á s u s
c a m a r a d a s ; los c u a l e s , o l v i d a n d o las c o n t r a r i e d a d e s d e a n t a ñ o y la m a l a s u e r t e con q u e h a s t a e n t o n c e s h a b í a n l u c h a d o , a b r i e r o n de n u e v o s u corazón á la e s p e r a n z a y,
l l e n o s de e n t u s i a s m o , j u r a r o n s e g u i r á s u joven caudillo
a d o n d e q u i s i e r a llevarlos. Con t a n b u e n o s auspicios, el
p e q u e ñ o e j é r c i t o e x p e d i c i o n a r i o salió de s u a n t i g u o c a m p a m e n t o e n la p r i m a v e r a d e 1540, y e m p r e n d i ó s u m a r c h a
p o r la orilla del m a r con d i r e c c i ó n á C a m p e c h e .
Los i n d i o s d e C h a m p o t ó n , q u e algo l l e g a r o n á t r a s l u c i r
sin d u d a de los p r o y e c t o s d e s u s h u é s p e d e s , h a b í a n ya dif u n d i d o la a l a r m a e n todo el país, y con e s t e m o t i v o el v i a j e d e los e s p a ñ o l e s f u é v a r i a s v e c e s i n t e r r u m p i d o p a r a b a tir á los n a t u r a l e s q u e salían á o p o n e r s e á su paso. Desde
el p r i m e r día t u v i e r o n n e c e s i d a d de p e l e a r con u n g r u e s o
b a t a l l ó n q u e s e les i n t e r p u s o e n el c a m i n o , el cual f u é f á cilmente desbaratado. No queriendo dar u n paso atrás y
n o e n c o n t r a n d o p o b l a c i ó n alguna p a r a g u a r e c e r s e , los s o l d a d o s d e M o n t e j o d u r m i e r o n a q u e l l a n o c h e al r a s o , a r r u llados por las olas d e l golfo, e n s u s l e c h o s de a r e n a .
Al d í a s i g u i e n t e c o n t i n u a r o n s u m a r c h a , y n o t a r d a r o n
en e n c o n t r a r s e con u n a s e r i e de f o r t i f i c a c i o n e s h á b i l m e n t e
c o m b i n a d a s p a r a e n t o r p e c e r l e s el p a s o . P e r o n a d a e r a y a
capaz de d e t e n e r á los e x p e d i c i o n a r i o s , y las t r i n c h e r a s , á
s u p i e r o n l o s p o d e r e s q u e t r a í a , p o r q u e el m a n c e b o h a b í a
(2;
(1)
Véí.se el n ú m e r o 5 del Apéndice.
con s u valor,
COGOLLUDO, libro III, capitulo IV.
p e s a r de estar g u a r n e c i d a s p o r n u m e r o s o s defensores, fueron cayendo u n a t r a s o t r a e n poder de aquéllos. Las m i s m a s escenas se f u e r o n r e p i t i e n d o en los días s u b s e c u e n t e s ,
y Montejo q u e d a b a s i e m p r e d u e ñ o del c a m p o . Los indios
morían en t a n g r a n n ú m e r o , q u e los españoles f o r m a b a n
algunas veces de s u s c a d á v e r e s u n a especie de p a r a p e t o
p a r a resistir á los vivos. N o o b s t a n t e , los invasores e x p e r i m e n t a r o n t a m b i é n a l g u n a s pérdidas, y con el objeto de
d i s m i n u i r l a s en lo posible, el capitán formó u n a d e s c u b i e r ta de c u a t r o h o m b r e s q u e saliesen todos los días á e x p l o r a r el c a m p o , a n t e s de q u e el ejército e m p r e n d i e s e su
m a r c h a . Puso á la cabeza d e estos exploradores á Alonso
Rosado, y á fe q u e n u n c a t u v o motivo p a r a a r r e p e n t i r s e de
su elección.
U n a m a ñ a n a , en q u e la d e s c u b i e r t a h a b í a salido, según
c o s t u m b r e , al r a y a r el a l b a , volvió poco d e s p u é s diciendo
q u e en u n pueblo l l a m a d o Si'nó los indios estaban r e u n i dos .en g r a n n ú m e r o , con el objeto de i n t e r c e p t a r el paso á
los españoles. Montejo l e v a n t ó i n m e d i a t a m e n t e s u c a m p a m e n t o y se dirigió á Sihó. L o s indios se hallaban fortificados d e n t r o de u n a vasta t r i n c h e r a , c o m p u e s t a de palos,
piedras y t i e r r a , y l a n z a r o n un grito terrible de amenaza
al percibir d e s d e lejos á s u e n e m i g o . Un castellano q u e se
acercó d e m a s i a d o , tal vez con el objeto de reconocer las
fortificaciones, f u é m u e r t o e n el acto en castigo de su tem e r i d a d . El i m p e t u o s o Alonso Rosado avanzó después, sin
contar el n ú m e r o de los q u e le seguían, y á pesar de la lluvia de flechas e n q u e s e vió envuelto, u n a sola le hirió en
el muslo. Esto no le i m p i d i ó seguir peleando, y allí m i s m o
h u b i e r a sido víctima de s u arrojo, si no se le h u b i e s e n i n c o r p o r a d o en aquel i n s t a n t e varios de s u s compañeros, y
luego todo el ejército, a n t e el cual comenzaron los indios
á dar señales de d e b i l i d a d . Notáronlo los agresores, y redoblaron s u s esfuerzos h a s t a tal e x t r e m o , q u e aquéllos se vier o n obligados á d e s b a n d a r s e .
Francisco de Montejo e n t r ó en el pueblo y lo e n c o n t r ó
c o m p l e t a m e n t e d e s a m p a r a d o de s u s h a b i t a n t e s , a u n q u e
bien s u r t i d o de las provisiones q u e acaso se habían d i s puesto p a r a la eventualidad de un sitio. Esta c i r c u n s t a n cia le convidó á p e r m a n e c e r allí algunos días, los cuales
empleó en a t r a e r s e á los naturales, q u e se h a l l a b a n escondidos en los montes vecinos. Muchos de los fugitivos a c u dieron á su presencia, y el caudillo, d e s p u é s de r e p r e n derlos por el acto de hostilidad q u e a c a b a b a n de c o m e t e r ,
los e x h o r t ó á a c e p t a r el yugo español, conducta q u e , en s u
concepto, les t e n d r í a m á s c u e n t a q u e la p a s a d a . Ofreciéronlo así los indios, y Montejo, satisfecho de no d e j a r á s u s
espaldas n i n g ú n enemigo, prosiguió s u viaje p a r a C a m p e che, sin e x p e r i m e n t a r c o n t r a t i e m p o alguno d u r a n t e su
m a r c h a ni en la ocupación de la c i u d a d .
El jefe de la expedición h u b i e r a q u e r i d o c o n t i n u a r in~
m e d i a t a m e n t e su m a r c h a para T-Hó, donde, s e g ú n las i n s t r u c c i o n e s de su p a d r e , debía f u n d a r la capital de la Colonia. P e r o impidióselo p o r e n t o n c e s la necesidad q u e
tenía de p e r m a n e c e r en la costa p a r a recibir algunos socor r o s q u e se le habían p r o m e t i d o y q u e a u n no habían llegado. Deseoso, sin e m b a r g o , de no p e r d e r un tiempo q u e le
parecía precioso, dispuso q u e le p r e c e d i e s e su p r i m o F r a n cisco de Montejo con cincuenta y siete españoles que p u s o
á sus órdenes.
La expedición del sobrino del Adelantado t i e n e m u c h a
analogía con la q u e e m p r e n d i ó Alonso de Ávila c u a n d o
m a r c h ó en b u s c a de las p r e t e n d i d a s minas de Bacalar.
Como el antiguo contador, Montejo debía i n t e r n a r s e con
un pelotón de soldados en un país q u e le e r a c o m p l e t a m e n t e desconocido y poblado de millares de e n e m i g o s .
Sólo había en favor de éste la c i r c u n s t a n c i a de q u e creía
p o d e r contar con u n aliado en el territorio q u e iba á invadir. D u r a n t e la p r i m e r a residencia de los españoles e n
Campeche, hacia el año 1531, t r a b a r o n amistad con el ca-
cique de la provincia de Acanul, llamado Ná Chan Can, y en
las i n s t r u c c i o n e s q u e el viejo Adelantado dió á su hijo, hizo
m e n c i ó n especial de este p e r s o n a j e , y aun i n s i n u ó q u e podía contarse con s u s servicios. P e r o esta e s p e r a n z a no t a r dó en d e s v a n e c e r s e , p o r q u e sea q u e Ná Chan Can hubiese
m u e r t o ó variado de opinión con el t r a n s c u r s o de los años,
el hecho es q u e los e x p e d i c i o n a r i o s e n c o n t r a r o n en Acan u l la misma acogida desfavorable q u e en todo el resto
del país.
Este c o n t r a t i e m p o no a r r e d r ó al joven capitán, y siguió
su m a r c h a al t r a v é s del angosto s e n d e r o que, s e g ú n su
guía, debía c o n d u c i r l e á T-IIó. El viaje de Champotón á
Campeche f u é a f o r t u n a d o en comparación de este. Los
indios, e m b o s c a d o s en los dos lados del c a m i n o , no c e saban de hostilizar á los invasores, y a u n q u e n u n c a llegaron á e m p e ñ a r n i n g ú n c o m b a t e formal, los tenían f a t i g a dos con las m u c h a s celadas q u e les a r m a b a n . Como si esto
no f u e r a b a s t a n t e , el c a m i n o se hallaba á cada i n s t a n t e
obstruido con al b a r r a d a s , á r b o l e s caídos, cadáveres de
h o m b r e s y a n i m a l e s e n estado de c o r r u p c i ó n y o t r a s m u chas i n m u n d i c i a s q u e i n t e r c e p t a b a n el paso ó infestaban la
atmósfera. Los viajeros tenían necesidad de d e t e n e r s e á
cada instante p a r a d e s e m b a r a z a r la vía, y como había ya
comenzado el v e r a n o , el calor se hacía i n s o p o r t a b l e d u r a n t e el día.
Todas e s t a s c o n t r a r i e d a d e s h u b i e r a n podido s o b r e l l e v a r se con r e s i g n a c i ó n , si al t e r m i n a r su j o r n a d a diaria h u b i e r a n e n c o n t r a d o s i e m p r e un pan p a r a r e s t a u r a r s u s fuerzas
y un vaso de a g u a p a r a apagar su sed. P e r o los i n d i o s c o menzaron á c e g a r los pozos y alzar los víveres por los l u gares donde d e b í a n t r a n s i t a r . Fué ya m u c h a s veces preciso
desviarse del s e n d e r o principal, p a r a c a e r b r u s c a m e n t e sob r e alguna a l d e a y a r r a n c a r de g r a d o ó por fuerza á s u s
habitantes las p r o v i s i o n e s de q u e tenían n e c e s i d a d .
En Pocboc t u v o lugar un s u c e s o q u e vino á a u m e n t a r
s u s privaciones. El c a m p a m e n t o comenzó á i n c e n d i a r s e d u r a n t e la noche, y los españoles, t e m i e n d o un ataque e n
las tinieblas como el de Champotón, se a r m a r o n violentam e n t e y salieron en b u s c a del enemigo. P e r o n o t a n d o al
cabo de algunos i n s t a n t e s el silencio sepulcral q u e r e i n a b a
en el pueblo, señal inequívoca de q u e no había sido i n v a dido por los indios, volvieron su atención al incendio, i n t e n t a n d o apagarlo por c u a n t o s medios estaban á su a l c a n ce. Pero las llamas h a b í a n tenido h a r t o tiempo p a r a c e b a r se en los m a d e r o s y la paja de q u e estaba f o r m a d o el Real,
y los infelices castellanos no t a r d a r o n en ver r e d u c i d o s á
cenizas su e q u i p a j e y los p o t o s víveres q u e habían podido
acopiar.
El joven Montejo despachó á s u p r i m o u n m e n s a j e r o ,
dándole c u e n t a del d e s a s t r e q u e acababa de s u f r i r , y sin
m á s d e m o r a c o n t i n u ó su m a r c h a hacia la provincia de
Cehpech. A c o m p a ñ á r o n l e en s u tránsito las m i s m a s dific u l t a d e s q u e había e x p e r i m e n t a d o d e s d e su salida de Campeche; p e r o venciéndolas todas con el valor y la c o n s t a n cia de q u e estaba dotado por la Naturaleza, llegó p o r fin
á T-Hó, ansiado t é r m i n o de s u viaje. El lector no h a b r á olvidado, sin d u d a , la descripción q u e h e m o s dado de esta
a n t i g u a ciudad en el libro p r i m e r o de n u e s t r a historia.
U n a s i m p l e ojeada s o b r e s u s colosales r u i n a s hizo c o m p r e n d e r á F r a n c i s c o de Montejo q u e su tío no p u d o h a b e r
elegido u n sitio m e j o r p a r a h a c e r l e el c e n t r o de las f u t u r a s operaciones sobre la Península. Los c e r r o s artificiales
q u e a b u n d a b a n en el lugar, constituían casi p o r sí solos
u n a defensa c o n t r a los indios, y los edificios c o n s t r u i d o s
e n ellos e r a n m á s de los q u e necesitaba para alojar á su
tropa.
Después de un e x a m e n de estas fortificaciones, el capitán eligió para su c a m p a m e n t o el c e r r o de
Bakluumchaan,
q u e ocupaba el m i s m o sitio en q u e hoy se halla la plaza
principal de Mérida. Pocos días d e s p u é s de su i n s t a l a c i ó n ,
llegaron de Campech'e c u a r e n t a españoles m á s , y e n e s p e r a del capitán g e n e r a l — q u e éste era ya el n o m b r e q u e d a b a
el ejército al hijo del A d e l a n t a d o - e l jefe de T-Hó se o c u paba en atraer al p a r t i d o español á los indios de la c o m a r ca. Uno de estos n u e v o s amigos se p r e s e n t ó un día en el
c a m p a m e n t o y dió á s u s aliados un aviso i m p o r t a n t e , con
u n a de esas i m á g e n e s t o m a d a s de los c u a d r o s de la N a t u raleza, q u e r e c u e r d a n la poesía primitiva de todos los pueblos.—¿Qué hacéis a q u í , oh e x t r a n j e r o s — l e s d i j o — c u a n d o
vienen sobre vosotros m á s indios q u e pelos t i e n e u n c u e r o
de venado?
Francisco de Montejo, deseoso de d a r u n a p r u e b a del valor castellano en aquella región del país, d o n d e aun no había tenido ocasión de o s t e n t a r s e , resolvió salir al e n c u e n t r o
de los mayas, y d e s p u é s de d e j a r u n a p e q u e ñ a g u a r n i c i ó n
en T-Hó, avanzó r e s u e l t a m e n t e hacia el Oriente, de d o n d e
venían aquéllos. E n c o n t r ó l o s fortificados en el pueblo de
Xpeual (3), y d e s p u é s d e d a r u n ligero d e s c a n s o á su f u e r za, p a r a q u e se r e p u s i e s e de las fatigas del viaje, los acometió con el ímpetu q u e a c o s t u m b r a b a . Los indios i n t e n t a r o n
p r i m e r o aturdir á s u s e n e m i g o s con el estrépito de s u s g r i tos y de su música g u e r r e r a ; d i s p a r a r o n en seguida s u s
flechas,
y se b a t i e r o n sin descanso m i e n t r a s tuvieron el
pecho cubierto con s u s a l b a r r a d a s . P e r o luego q u e los e s pañoles se a p o d e r a r o n d e ellas, e c h a r o n á c o r r e r por los
c a m p o s vecinos, y a q u é l l o s se volvieron á s u c a m p a m e n t o ,
m u y ufanos de la victoria q u e a c a b a b a n de o b t e n e r .
Entretanto, el hijo d e l Adelantado había f u n d a d o en C a m p e c h e u n a villa, á la q u e dió el n o m b r e de San
Francisco,
para h o n r a r sin d u d a la m e m o r i a d e s u p a d r e y la suya
propia, p u e s que a m b o s tenían el mismo n o m b r e . No c o n s -
ta con exactitud en la Historia la fecha d e ' e s t a f u n d a c i ó n ;
pero Cogolludo d a m u y b u e n a s razones p a r a c r e e r q u e sólo
pudo t e n e r lugar en el año 1540 (4). N o m b r á r o n s e los f u n cionarios de la nueva población, y h a b i e n d o llegado á ésta
los últimos s o c o r r o s q u e se e s p e r a b a n de N u e v a E s p a ñ a y
Chiapas (5), el capitán g e n e r a l creyó llegado el m o m e n t o
de r e u n i r s e á s u p r i m o p a r a activar la obra de la c o n q u i s ta. Dejó el gobierno político y militar de C a m p e c h e en m a nos de Beltrán de Zetina, y con el resto de su p e q u e ñ o
ejército bajó á T-Hó, a d o n d e llegó pocos días d e s p u é s de
la batalla de Xpeual. P r o c u r ó desde luego p r o v e e r s e d e
víveres, y en el orden militar dictó todas las p r o v i d e n cias q u e creyó n e c e s a r i a s p a r a la s e g u r i d a d de su c a m p a mento.
Un día en q u e los soldados r e p o s a b a n t r a n q u i l a m e n t e en
su alojamiento, confiados en las avanzadas q u e vigilaban en
distintas direcciones, u n a de ellas se replegó á toda prisa
al Real, diciendo q u e se divisaba á lo lejos u n a t u r b a de
g u e r r e r o s mayas. Los e s p a ñ o l e s t e n d i e r o n la vista desde
la altura en q u e se h a l l a b a n , y vieron venir hacia ellos un
n ú m e r o no m u y considerable de indios, e n t r e los cuales
sobresalía uno, q u e debía ser traído en a n d a s por s u s compañeros. P r e p a r á r o n s e las a r m a s , recelando u n a t a q u e , y
el P. F r a n c i s c o H e r n á n d e z enarboló u n a cruz, a n t e la cual
se p o s t r a r o n los c i r c u n s t a n t e s , pidiéndole á Dios victoria
contra s u s enemigos. E n t r e t a n t o los indios seguían a v a n zando, y al llegar á cierta distancia, el p e r s o n a j e se apeó
de las a n d a s en q u e venía sentado, arrojó su arco y s u s fle(4)
Don JUSTO SIERRA {LOS indios
de Yucatán,
capitulo 111) pretende q u e
la fundación t u v e lugar el día 4 de octubre de aquel año; pero como no cita la
f u e n t e de donde tomó esta noticia, nos hemos abstenido de consignarla en el
texto.
(3) COGOLLUDO vacila e n t r e Tixpeual y Tixkokob; pero lo q u e parece i n d u dable es que el suceso de q u e se trata tuvo lugar en un pueblo distante cinco
l e g u a s al oriente de Mérida.
(5)
El refuerzo más importante que llegó entonces á Campeche fué el de
Gaspar Pacheco y su hijo Melchor, con veinte soldados de á caballo, que prestaron m u y importantes servicios en la conquista.
c h a s y levantó las m a n o s , j u n t á n d o l a s , en señal de q u e
venía de paz. Varios m i e m b r o s de su comitiva se d e s p o j a r o n t a m b i é n de s u s a r m a s , tocaron la t i e r r a con las manos,
las b e s a r o n luego, y precedidos de aquél, comenzaron á s u bir la falda del c e r r o . El g e n e r a l español salió á su e n c u e n t r o , y t o m a n d o de la m a n o al q u e venía delante, cuya
categoría e r a fácil d e adivinar por el respeto con q u e le
t r a t a b a n los suyos, le c o n d u j o al edificio q u e le servía de
alojamiento.
E n t o n c e s el p e r s o n a j e , á quien se hizo s e n t a r d e l a n t e de
Montejo y de a l g u n o s d e s u s capitanes, tomó la palabra y
dijo q u e se l l a m a b a Tutul Xiu; q u e era el d e s c e n d i e n t e de
u n a casa poderosa q u e en otro tiempo se había e n s e ñ o r e a do de todo el país p o r medio de c o n q u i s t a s sucesivas; q u e
hacía u n siglo, poco más ó menos, q u e s u s a s c e n d i e n t e s h a bían sido a r r o j a d o s de su corte de Mayapán á consecuencia
d e u n a g r a n r e v o l u c i ó n q u e d e s m e m b r ó s u s dominios; q u e
los p u e b l o s r e b e l d e s se h a b í a n h e c h o desde e n t o n c e s indep e n d i e n t e s , y q u e él sólo conservaba el señorío de Maní y
de a l g u n a s p r o v i n c i a s c o m a r c a n a s . Añadió q u e hacía m u cho tiempo q u e e s t u d i a b a con i n t e r é s los movimientos de
los españoles; q u e s u s c o n t i n u a s victorias le habían llegado
á p e r s u a d i r de q u e e r a n invencibles, y q u e deseoso de
evitar á su p u e b l o u n d e r r a m a m i e n t o inútil de s a n g r e , v e nia v o l u n t a r i a m e n t e á s o m e t e r s e al yugo e x t r a n j e r o con
todos los c a c i q u e s q u e d e p e n d í a n de él.
T e r m i n a d a esta c o r t a a r e n g a , q u e Tutul Xiu debió h a b e r
p r o n u n c i a d o con la emoción proporcionada á la gravedad
del paso q u e daba, f u é p r e s e n t a n d o uno á uno á los altos dignatarios q u e le h a b í a n a c o m p a ñ a d o hasta la cima del c e r r o ,
y q u e e r a n los s i g u i e n t e s : Ziyali, g r a n sacerdote de Maní;
Ná Poot Xiu y Kin Chí, t e n i e n t e s de Tutul Xiu; Pacab,
g o b e r n a d o r de Oxkutzcab; Kancabd, de P a n a b c h e n ; Kupul,
de Sacalum; Nauat, de Teab; üluac Chan Cauich, de u n
pueblo q u e se ignora; Don Celi, de P e n c u y u t ; Ahau
Tuyú,
de Muña; Xul Cunché,
de Tipikal; Tukuch,
de Mama, y Zit
Couat, de Chumayel (6).
No se limitó á esto la e m b a j a d a del señor de Maní. Ofreció
sus b u e n o s servicios para alcanzar sin d e r r a m a m i e n t o de
sangre la sumisión de los d e m á s p u e b l o s de la P e n í n s u l a ,
haciéndose la ilusión de q u e la casa de los Xius conservaba
todavía e n t r e ellos u n a poderosa influencia. En seguida
presentó á Montejo u n a copiosa provisión de víveres, de
q u e habían venido cargados s u s vasallos, y concluyó por
m a n i f e s t a r el deseo de conocer al Dios de los españoles,
ese Dios q u e en su concepto debía ser m u y poderoso, puesto q u e hacía invencibles á s u s adeptos. Los pueblos incultos m i d e n el poder de la Divinidad por la importancia de
las batallas q u e se ganan en s u n o m b r e ; y F r a n c i s c o de
Montejo, q u e no desconocía esta v e r d a d , y á quien tampoco
debía faltar ambición para a r r a n c a r u n alma de las g a r r a s
de Satanás, llamó al capellán del ejército y le ordenó q u e
practicase en el acto u n a c e r e m o n i a religiosa. El P a d r e
Hernández volvió á e n a r b o l a r su cruz; los españoles se
arrodillaron, y T u t u l Xiu y s u s g r a n d e s vasallos imitaron
esta acción, copiando en seguida s e r v i l m e n t e c u a n t o s m o vimientos veían h a c e r á s u s n u e v o s aliados.
Indecible fué el gozo q u e estalló en el c a m p a m e n t o c u a n do se supo el objeto de la e m b a j a d a de Tutul X i u . Se c o m prendió d e s d e luego la importancia q u e en sí tenía esta
sumisión e s p o n t á n e a é inesperada; se recordó q u e H e r n á n
Cortés n u n c a h u b i e r a dominado el Imperio de Moteuczoma
sin la cooperación de los tlascaltecas y de otros pueblos indígenas, y se creyó, por fin, q u e esta p e q u e ñ a porción de América, q u e había resistido por t r e c e años al valor castellano,
(6)
COGOLLUDO
(libro III, capítulo VI) dice que bailó esta relación e n
una Memoria escrita por un indio. E s de notar, süi embargo, que los nombres
que contiene son los m i s m o s c o n q u e s e d e s i g n a b a n - e n Maní, por lo m e n o s - l o s
trece períodos de q u e s e compone el siglo m a y a . Véase la aprec.able d 1 S ertación del P. CARRILLO sobre la historia de la lengua m a y a .
iba á ser uncida como otras muchas—y en un día no muy
lejano—al carro de la vencedora España. Ei h a m b r e , la
sed, la desnudez, las batallas, el temor de una m u e r t e oscura, el continuo viajar por u n país cálido y boscoso
todo
esto iba á desaparecer p r ó x i m a m e n t e . El descanso, la abundancia, las encomiendas de indios, el oro y lá plata, de
cuyo hallazgo no se desesperaba todavía, vendrían en cambio á recompensarles de tantos sinsabores y t r a b a j o s .
Imbuidos en estos sentimientos, los conquistadores trataron regiamente á suS h u é s p e d e s , con las provisiones—es
verdad—que estos mismos habían traído; pero con aquel
agasajo y obsequioso respeto que tanto estiman los que
creen valer algo en el m u n d o . Tutul Xiu quedó tan satisfecho de esta acogida, q u e permaneció en el c a m p a m e n t o
dos meses, d u r a n t e los cuales habló un poco de religión
con el P. Hernández, y m u c h o con D. Francisco de Montejo sobre los medios q u e debían emplearse para alcanzar
la sumisión de todo el país. Retiróse por fin á sus Estados,
prometiendo al general español que m u y pronto tendría
noticia de sus trabajos.
El regocijo de los castellanos puede apreciarse por u n
hecho que no carece d e interés. Luego que Tutul Xiu h u b o
explicado el motivo de su visita en la tienda de Montejo,
se consultó el calendario p a r a saber á q u é santo se debía
este favor especial de la Providencia, y se encontró que era
día de San Ildefonso, quien f u é desde luego proclamado
patrón de la Colonia. Gracias á este rasgo de piedad, p o d e mos decir á n u e s t r o s lectores que el importante h e c h o q u e
acabamos de referir tuvo lugar el 23 de enero de 1541.
CAPÍTULO XII
1541-1542
Reflexiones sobre la conducta de T u t u l Xiu.—Cumplimiento del pacto hecho
con los españoles.—Ñachi Cocom.—Su carácter.—Atentado que comete contra
los embajadores de Maní.—Sus consecuencias.—Batalla del 11 de junio.—Relaciones de Montejo con los pueblos inmediatos á T - H ó . — F u n d a c i ó n de Mérida.
Discurriendo algunos historiadores sobre las causas que
pudieron impulsar á Tutul Xiu á reconocer el dominio español sin combatir, han creído encontrarlas en la s u p e r s ticiosa influencia que debían haber ejercido en su ánimo
las profecías de Chilam Balam. I?ero f u e r a de que lo m a r a villoso debía para siempre d e s t e r r a r s e de la Historia, c r e e mos haber demostrado ya con argumentos sólidos (1) q u e
los vaticinios atribuidos á los profetas mayas f u e r o n f r a guados en los tiempos posteriores á la conquista; y q u e en
cuanto á la poesía de q u e se declara autor á Balam—en caso de h a b e r existido este personaje—nada tiene c i e r t a m e n t e
de profética. Poco pudo influir, por consiguiente, en el ánimo del príncipe de Maní, y evidentemente es necesario
acudir á otra f u e n t e para explicar su conducta.
Basta echar u n a ojeada sobre el mapa de Yucatán y r e cordar algo de su antigua historia, para c o m p r e n d e r la d i fícil situación á que se hallaba reducido Tutul Xiu en los
iba á ser uncida como otras muchas—y en un día no muy
lejano—al carro de la vencedora España. Ei h a m b r e , la
sed, la desnudez, las batallas, el temor de una m u e r t e oscura, el continuo viajar por u n país cálido y boscoso
todo
esto iba á desaparecer p r ó x i m a m e n t e . El descanso, la abundancia, las encomiendas de indios, el oro y lá plata, de
cuyo hallazgo no se desesperaba todavía, vendrían en cambio á recompensarles de tantos sinsabores y t r a b a j o s .
Imbuidos en estos sentimientos, los conquistadores trataron regiamente á suS h u é s p e d e s , con las provisiones—es
verdad—que estos mismos habían traído; pero con aquel
agasajo y obsequioso respeto que tanto estiman los que
creen valer algo en el m u n d o . Tutul Xiu quedó tan satisfecho de esta acogida, q u e permaneció en el c a m p a m e n t o
dos meses, d u r a n t e los cuales habló un poco de religión
con el P. Hernández, y m u c h o con D. Francisco de Montejo sobre los medios q u e debían emplearse para alcanzar
la sumisión de todo el país. Retiróse por fin á sus Estados,
prometiendo al general español que m u y pronto tendría
noticia de sus trabajos.
El regocijo de los castellanos puede apreciarse por u n
hecho que no carece d e interés. Luego que Tutul Xiu h u b o
explicado el motivo de su visita en la tienda de Montejo,
se consultó el calendario p a r a saber á q u é santo se debía
este favor especial de la Providencia, y se encontró que era
día de San Ildefonso, quien f u é desde luego proclamado
patrón de la Colonia. Gracias á este rasgo de piedad, p o d e mos decir á n u e s t r o s lectores que el importante h e c h o q u e
acabamos de referir tuvo lugar el 23 de enero de 1541.
CAPÍTULO XII
1541-1542
Reflexiones sobre la conducta de T u t u l Xiu.—Cumplimiento del pacto hecho
con los españoles.—Ñachi Cocom.—Su carácter.—Atentado que comete contra
los embajadores de Maní.—Sus consecuencias.—Batalla del 11 de junio.—Relaciones de Montejo con los pueblos inmediatos á T - H ó . — F u n d a c i ó n de Mérida.
Discurriendo algunos historiadores sobre las causas que
pudieron impulsar á Tutul Xiu á reconocer el dominio español sin combatir, han creído encontrarlas en la s u p e r s ticiosa influencia que debían haber ejercido en su ánimo
las profecías de Chilam Balam. I?ero f u e r a de que lo m a r a villoso debía para siempre d e s t e r r a r s e de la Historia, c r e e mos haber demostrado ya con argumentos sólidos (1) q u e
los vaticinios atribuidos á los profetas mayas f u e r o n f r a guados en los tiempos posteriores á la conquista; y q u e en
cuanto á la poesía de q u e se declara autor á Balam—en caso de h a b e r existido este personaje—nada tiene c i e r t a m e n t e
de profética. Poco pudo influir, por consiguiente, en el ánimo del príncipe de Maní, y evidentemente es necesario
acudir á otra f u e n t e para explicar su conducta.
Basta echar u n a ojeada sobre el mapa de Yucatán y r e cordar algo de su antigua historia, para c o m p r e n d e r la d i fícil situación á que se hallaba reducido Tutul Xiu en los
m o m e n t o s en q u e la P e n í n s u l a era invadida por los españoles. La revolución q u e u n siglo a n t e s había estallado en
el país, había r e d u c i d o c o n s i d e r a b l e m e n t e los dominios de
su familia y los había e n c e r r a d o d e n t r o de u n círculo de
h i e r r o q u e c o n d e n a b a á s u s jefes á la impotencia. El señorío
de Maní tenía al Oriente á los Cocomes, rivales y e n e m i g o s
implacables de la casa de los Xius; al Norte, á los Cheles,
r a m a destacada de la dinastía de Cocom, y al Oeste á la
provincia de Acanul, cuyos h a b i t a n t e s podían ser todavía
considerados como e x t r a n j e r o s , y cuyo c a c i q u e se había
h e c h o aliado de Montejo e n 1529.
D u r a n t e la p r i m e r a invasión española, Tutul Xiu p e r m a neció tranquilo en s u s Estados, p o r q u e la g u e r r a se limitó
á la región oriental de la P e n í n s u l a . P e r o c u a n d o doce años
d e s p u é s el sobrino del Adelantado ocupó á T - H ó y alcanzó
en seguida la victoria de Xpeual, aquel p r í n c i p e c o m p r e n dió q u e el territorio de Maní no t a r d a r í a e n s e r invadido
y q u e s u s vecinos los Cocomes, los Cheles y los hijos de
Acanul, en vez de auxiliarle, c o n t e m p l a r í a n gozosos s u d e r r o t a . Y no d u d a b a del m a l éxito de u n a batalla con los e s pañoles, p o r q u e h a r t o se lo hacían adivinar la exigüidad
de su ejército y la fama de inyencibles de q u e gozaban
aquéllos. Todas estas c o n s i d e r a c i o n e s a c u d i e r o n sin d u d a
al á n i m o del m o n a r c a indio, y e n t r e d e r r a m a r i n ú t i l m e n t e
la s a n g r e de s u s vasallos y solicitar la a m i s t a d de los i n v a sores, se decidió p o r el ú l t i m o e x t r e m o . Ya h e m o s visto
cómo cumplió esta d e c i s i ó n . y cómo f u é m á s allá tal vez
de lo q u e había imaginado, o f r e c i e n d o a y u d a r á Montejo
en su e m p r e s a .
Dado el p r i m e r paso en el plan de conducta q u e se h a b í a
trazado, Tutul X i u f u é c o n s e c u e n t e hasta el fin á s u s n u e vos aliados. Luego q u e estuvo de vuelta en Maní, convocó
á los caciques y á los s a c e r d o t e s de los pueblos q u e d e p e n dían de él, y les c o m u n i c ó la alianza q u e acababa de celeb r a r con los españoles. La asamblea aprobó por u n a n i m i d a d
su conducta, p e n e t r a d a sin d u d a de los graves motivos q u e
la habían dictado. E n t o n c e s Tutul Xiu reunió á l o s m i s m o s
personajes q u e le habían acompañado á T - H ó , y les confió •
una e m b a j a d a para Ñachi Cocom, q u e á la sazón ocupaba
el trono de Sotuta, y otra p a r a los Cupules (2), que, como
h e m o s dicho en otra parte, d o m i n a b a n la región oriental,
hacia el lugar d o n d e d e s p u é s se erigió la villa de Valla dolid.
P».ecibidas las i n s t r u c c i o n e s de su señor, los e m b a j a d o r e s
se pusieron i n m e d i a t a m e n t e en camino, y llegados á Sotuta
é introducidos á la p r e s e n c i a del cacique, expusieron en
estos t é r m i n o s el objeto de su misión. Dijeron q u e el país
de los m a y a s estaba pasando en aquel i n s t a n t e por la crisis
más terrible q u e r e c o r d a b a n los siglos; q u e los h o m b r e s
blancos, q u e disponían del t r u e n o y del rayo para a n i q u i lar á sus enemigos, habían vuelto á poner los pies en la
P e n í n s u l a ; q u e en tan grave conflicto p a r a la patria, todos
los príncipes mayas debían echar en olvido el odio h e r e d i tario q u e los dividía e n t r e sí, y p o n e r s e de a c u e r d o p a r a
c o n j u r a r la t o r m e n t a , próxima á estallar sobre las cabezas
de todos; q u e las victorias que. los españoles habían a l canzado, no sólo en Yucatán, sino en otras provincias r e motas y m u y poderosas, como la de Moteuczoma, habían
h e c h o c o m p r e n d e r á Tutul Xiu q u e e r a n invencibles; q u e
por este motivo había hecho la amistad con ellos; q u e e x h o r t a b a á Ñachi Cocom á q u e hiciese lo mismo, y que, por
último, p r o c u r a r í a q u e todos los p r í n c i p e s de la tierra i m i tasen su ejemplo, á f i n de evitar los h o r r o r e s q u e a c o m p a ñ a n s i e m p r e á u n a g u e r r a de conquista.
(2)
COGOLLUDO les da el n o m b r e de Kupules;
pero como este apellido m a y a
n o existe, y sí el de Capul, hemos creído que este historiador padeció u n a e q u i vocación, dimanada probablemente de que los papeles que consultó fueron escritos por algún soldado español que desconocía completamente la ortografía
india.
Ñachi Cocom e s c u c h ó a t e n t a m e n t e á los e m b a j a d o r e s y
prometió d a r su r e s p u e s t a d e n t r o de cinco días, tiempo q u e
consideraba necesario, dijo, para c o n s u l t a r la voluntad de
su pueblo. Convocó con este objeto u n a j u n t a á q u e asistieron todos los g r a n d e s vasallos del cacicazgo, y cuyas deliberaciones f u e r o n tan secretas, q u e nadie en el público
pudo t r a s l u c i r la resolución q u e en ella se hubiese t o m a do. T e r m i n a d a esta formalidad, á q u e los principes m a y a s
solían a c u d i r en las g r a n d e s ocasiones, los e m b a j a d o r e s de
Maní f u e r o n invitados á pasar á un sitio despoblado, llamado Otzmal, donde, según se les dijo, el cacique de Sotuta
les c o m u n i c a r í a su decisión.
Acudieron ál lugar de la cita, y q u e d a r o n muy complacidos de las g r a n d e s fiestas q u e se habían p r e p a r a d o p a r a
obsequiarlos. Una de éstas e r a la gran caza de montería, á
q u e todavía son m u y aficionados los indios, y la cual dan
en su idioma el n o m b r e de ppuh. Los vasallos de Tutul Xiu
se mezclaron con los de Cocom, se esparcieron indistintam e n t e p o r el campo y, con u n a alegría frenética, se e n t r e garon todos á su diversión favorita. En la tarde volvieron
á r e u n i r s e p a r a comer en c o m ú n el p r o d u c t o de su caza, y
la cerveza i n d i a , q u e corrió en a b u n d a n c i a , vino á p o n e r el
colmo á la esplendidez del b a n q u e t e . Tres días d u r a r o n estas fiestas, e n las cuales el anfitrión pareció esforzarse con
su a m a b i l i d a d y magnificencia en hacer olvidar el odio se cular q u e h a b í a dividido á los dos pueblos r e p r e s e n t a d o s
allí.
En la t a r d e del t e r c e r día, el b a n q u e t e se celebró bajo u n
f r o n d o s o á r b o l de zapote, cuyas r a m a s c u b r í a n con su somb r a á todos los convidados. Se había cumplido el término
q u e el s e ñ o r de Sotuta había exigido para dar su r e s p u e s ta al m e n s a j e de Tutul Xiu, y los enviados de éste la augur a b a n m u y b u e n a , e n vista del agasajo con q u e e r a n t r a t a dos. Pero hacia el fin de la comida, y c u a n d o los i n c a u t o s
e m b a j a d o r e s e s t a b a n sin d u d a u n t a n t o beodos, los vasallos
de Cocom se a r r o j a r o n s ú b i t a m e n t e sobre ellos y los asesinaron sin piedad, a c o m p a ñ a n d o con palabras i n j u r i o s a s y
soeces este acto de b a r b a r i e . Kin Chi fué el único á quien
respetó el p u ñ a l de los asesinos; pero Ñachi Cocom o r d e nó en seguida q u e le sacasen los ojos con una flecha, y
m i e n t r a s el infeliz se retorcía con los dolores q u e le c a u saban sus h e r i d a s y se e n j u g a b a la sangre q u e i n u n d a b a su
rostro, el autor de su • d e s v e n t u r a hizo llegar á sus oídos
estas palabras: «Contarás á tu señor lo q u e h a s visto; le
dirás q u e esa es la r e s p u e s t a q u e doy á su m e n s a j e y el castigo q u e i m p o n g o á su cobardía» (3).
Cuatro capitanes se a p o d e r a r o n e n t o n c e s del p o b r e ciego, y sirviéndole uno de lazarillo, le c o n d u j e r o n hasta la
f r o n t e r a de la provincia de Maní, d o n d e le a b a n d o n a r o n á
su s u e r t e . Kin Chí comenzó á dar gritos luego q u e se s i n tió solo; algunos c a m i n a n t e s a c u d i e r o n en su auxilio, y
conducido á la p r e s e n c i a de T u t u l Xiu, dió c u e n t a á é s t e
del sangriento éxito de su e m b a j a d a .
(3)
LANDA, y a u n el b a c h i l l e r VALENCIA, s e g ú n el m i s m o
COGOLLUDO,
colo-
can este suceso e n u n a época anterior. Dice el primero que, á consecuencia del
h a m b r e que reinó en la P e n í n s u l a después de la primera invasión española, el
cacique de M a n í determinó hacer un sacrificio solemne en Chichón Itzá para
implorar el favor de los dioses en aquella calamidad pública. Que con este motivo
pidió licencia á Cocom para pasar por sus Estados, el cual se la otorgó. P e r o
que luego que T u t u l Xiu y sus principales capitanes llegaron á Sotuta, Cocom
m a n d ó prender fuego á las casas donde habían sido alojados, haciendo asesinar
á los que pretendieron huir de las llamas. (Relación
ele las cosas ele
Yucatán,
§ XIV.) Nuestros lectores darán á esta relación el crédito que les parezca. E n
cuanto á nosotros, ya hemos manifestado las razones que nos hacen preferir á
COGOLLUDO.—Hay e n favor de la versión asentada e n el texto u n a pintura q u e
conservan todavía los habitantes de Maní, y que parece haber sido ejecutada e n
los primaros años de la dominación española. Está hecha e n tela de algodón, y
representa u n escudo de armas orlado eon las cabezas de los embajadores asesinados, entre las cuales se distingue la de Kin Chi, por tener clavada e n la sien la
flecha con que le sacaron los ojos. Ocupa el c e n t r o del escudo un árbol c o r p u lento, que representa el zapote bajo el cual se.cometió el asesinato, y que hasta el
año 1842 se conservaba todavía en pie, según aseguraron á STEPHENS los indios
de aquella población. (STEPHENS, Viaje á Yucatán, tomo II, capítulo XXV.)
El atentado de Ñachi Cocom no tenía p r e c e d e n t e s en la
historia de los mayas; la persona de un e m b a j a d o r había
sido considerada s i e m p r e como inviolable, cualquiera q u e
fuese el objeto de su misión, y el cacique de Maní, q u e pecaba de bondadoso y confiado, lloró por m u c h o tiempo la
g r a n pérdida q u e había e x p e r i m e n t a d o con la m u e r t e de
s u s principales vasallos. Adivinó, a d e m á s , en esta t r a n s g r e sión del d e r e c h o de g e n t e s a m e r i c a n o , q u e el rival de s u
dinastía estaba dispuesto á llevar su odio hasta un e x t r e m o
q u e a u n no podía preverse, y así cuidó de participarlo á
s u s aliados los españoles.
F r a n c i s c o de Montejo recibió la infausta noticia en los
m o m e n t o s en q u e creía m á s asegurada q u e n u n c a su e m presa. Varios c a c i q u e s de las inmediaciones d e T - H ó se habían presentado en su c a m p a m e n t o á reconocer e s p o n t á n e a m e n t e el señorío del rey de Castilla, y los p r e s e n t e s
con q u e habían a c o m p a ñ a d o este acto de sumisión hacían
reinar la a b u n d a n c i a y la alegría e n t r e su p e q u e ñ o e j é r cito. Afectó no d a r m u c h o valor al suceso q u e le c o m u nicó el m e n s a j e r o de Maní; pero hizo todos los p r e p a r a t i vos necesarios p a r a p o n e r s e al abrigo de c u a l q u i e r a sorpresa.
Entretanto, Ñachi Cocom no estaba ocioso. Este príncipe,
d e s c e n d i e n t e de aquella antigua casa q u e K u k u l c á n h a b í a
elegido e n otro tiempo p a r a regir los destinos de los m a yas, estaba m u y orgulloso de su origen, q u e creía divino;
y como se había cuidado de i n s t r u i r l e en la historia de su
patria, sabía m u y bien q u e u n T u t u l Xiu había a c a u d i l l a do el movimiento q u e a r r o j ó á s u s m a y o r e s del t r o n o de
Mayalpán. Veía en el ú l t i m o d e s c e n d i e n t e de este caudillo
un detentador de los d e r e c h o s señoriales q u e él creía p o seer sobre u n a gran parte de la Península, y por esta r a zón, y no por otra alguna, q u e sepamos, aborreció d e s d e ,
s u s p r i m e r o s años al cacique de Maní. Por la m i s m a razón
aborreció á los españoles desde el instante en q u e d e s e m -
barcaron en el país con la pretensión de someterlo por
medio de las a r m a s . No se a d m i r ó m u c h o de q u e se h u biese aliado con ellos Tutul Xiu; p o r q u e teniendo á éste
casi por tan e x t r a n j e r o como á Montejo, le pareció m u y
natural q u e aquellos dos u s u r p a d o r e s se reuniesen p a r a
r e p a r t i r s e e n t r e si los despojos del señor legítimo de la
tierra. P e r o esta alianza, a u n q u e e s p e r a d a y temida á la
vez, hizo r e b o s a r el odio en su corazón, y j u r ó vengarse de
una m a n e r a digna de su raza. Exaltóse hasta el frenesí su
patriotismo, si es q u e m e r e c e este n o m b r e el e m p e ñ o q u e
los reyes ponen en c o n s e r v a r el dominio sobre s u s vasallos, y ya h e m o s visto hasta q u é e x t r e m o lo llevó con los
e m b a j a d o r e s de su crédulo rival.
Después del atentado de Otzmal, q u e era por si m i s m o
u n a declaración de g u e r r a , n u m e r o s o s e m b a j a d o r e s se destacaron de Sotuta hacia la región c o m p r e n d i d a entre la
ciudad de Itzmal y el territorio de los Cupules. Era u n a
cruzada q u e Ñachi Cocom promovía contra los españoles,
invitando á todos los pueblos orientales á r e u n i r s u s f u e r zas con las de Sotuta, p a r a caer un día d e t e r m i n a d o sobre
T-Hó. Los m e n s a j e r o s supieron c o m u n i c a r á los caciques
de estos p u e b l o s el fuego q u e ardía en las venas de su s e ñor, y todos p r o m e t i e r o n c o n c u r r i r al lugar de la cita con
el mayor n ú m e r o de fuerzas q u e pudiesen levantar.
En la t a r d e del 10 de junio de 1541 se descolgó sobre el
c a m p a m e n t o de T - H ó u n a n u b e espesísima de indios, tal
cual j a m á s la habían visto los españoles en Yucatán. Las
probanzas q u e consultó Cogolludo p a r a trazar su historia,
hacen a s c e n d e r el n ú m e r o de aquéllos á una cantidad q u e
difiere de c u a r e n t a á sesenta mil. Cualquiera q u e fuese, era
bastante desproporcionado al de doscientos c i n c u e n t a e s pañoles q u e poco m á s ó m e n o s tenia consigo Montejo. Es
probable, sin embargo, q u e este ú l t i m o n ú m e r o hubiese
sido a u m e n t a d o con algunos indios aliados, suposición q u e
nos autorizan á hacer las relaciones q u e los castellanos te-
nian ya en el país y el d e s e o que debía alimentar
Xiu de vengar la m u e r t e d e s u s e m b a j a d o r e s .
Tutul
Los agresores e m p l e a r o n la tarde de su llegada, y la n o che q u e sobrevino luego, e n levantar t r i n c h e r a s y empalizadas para su defensa, y e n a m o n t o n a r toda clase de obstáculos alrededor del c a m p a m e n t o , p a r a evitar q u e se f u g a sen s u s enemigos, á q u i e n e s ya tenían por vencidos. Todo
este aparato no intimidó á los españoles, y al d e s p u n t a r la
a u r o r a del día siguiente, infantes y j i n e t e s d e s c e n d i e r o n
m a j e s t u o s a m e n t e del c e r r o , e n t r e la gritería i n m e n s a con
q u e los indios saludaban e l principio d e la batalla.
Esta fué u n a de las m á s encarnizadas q u e se libraron en
el d e c u r s o de la c o n q u i s t a , y los castellanos, á p e s a r de la
confianza q u e afectaban, d e b i e r o n h a b e r sentido m á s de u n
e s t r e m e c i m i e n t o al c a l c u l a r la fuerza de s u s e n e m i g o s por
las n u b e s de flechas q u e a t r a v e s a b a n el aire. Es v e r d a d q u e
las armas- de fuego h a c í a n u n a carnicería espantosa en
aquellas masas c o m p a c t a s d e gente d e s n u d a ; pero los m u e r tos desaparecían al i n s t a n t e y ocupaba su lugar un n ú m e r o
igual de vivos, que a r r o j a b a n flechas á c e n t e n a r e s y h e r í a n
con s u s espadas de p e d e r n a l al q u e osaba acercarse. La
caballería hacía también p r o d i g i o s de valor; pero los mayas
ya tenían m u y poco t e m o r á estos m o n s t r u o s de la g u e r r a ,
y m á s de un jinete p a g ó cara su t e m e r i d a d de a r r o j a r s e
e n t r e las filas de los a g r e s o r e s .
Al cabo de algunas h o r a s de c o m b a t e , los c a s t e l l a n o s
creyeron h a b e r triunfado d e s u s e n e m i g o s con q u i t a r l e s alg u n a s t r i n c h e r a s q u e é s t o s habían d e f e n d i d o con t e n a c i dad. Pero se e n c o n t r a r o n con q u e m á s allá de estas fortificaciones los indios h a b í a n c o n s t r u i d o otras, t r a s de las
cuales se detuvieron á e m p e ñ a r de nuevo el c o m b a t e . Y la
lucha siguió por e n t o n c e s tan tenaz y d e s e s p e r a d a como
había comenzado. Los e s p a ñ o l e s , q u e peleaban á pecho d e s cubierto, solían g u a r e c e r s e tras los c a d á v e r e s de s u s e n e migos, q u e en gran n ú m e r o a n d a b a n regados por el campo.
Comenzaba el sol á declinar hacia el Occidente, c u a n d o
los indios, q u e habían ido r e t r o c e d i e n d o de t r i n c h e r a en
t r i n c h e r a , perdieron la ú l t i m a línea de fortificaciones q u e
habían levantado, y e n t o n c e s e c h a r o n á c o r r e r por los bosques, poseídos del pánico de su d e r r o t a . Los castellanos
les siguieron un b u e n trecho; pero satisfechos á poco r a t o
de la difícil victoria q u e habían alcanzado, se volvieron á
su c a m p a m e n t o á dar gracias á la Providencia por el peligro de que se h a b í a dignado librarlos. Otra vez o c u r r i e r o n
al santoral, y h a b i e n d o hallado q u e aquel era el día en q u e
la Iglesia celebra á San Bernabé, apóstol, lo aclamaron por
patrón de la c i u d a d q u e p e n s a b a n erigir en T-Hó, a u n q u e
seis m e s e s a n t e s h a b í a n h e c h o un voto igual en favor de
San Ildefonso.
La victoria del 11 de j u n i o fué decisiva en favor de los
españoles. Los indios no volvieron á dar n i n g u n a batalla
campal desde entonces, y la débil g u e r r a q u e en lo sucesivo hicieron á s u s enemigos, se r e d u j o á e m b o s c a d a s y escaramuzas. Francisco d e M o n t e j o aprovechó esta coincidencia para afirmar s u s relaciones de amistad con los caciques
circunvecinos; c u a n d o e n t r ó el año 1542, el dominio español era ya reconocido en un radio de c u a r e n t a á c i n c u e n t a
millas alrededor de su c a m p a m e n t o .
El capitán general c o m p r e n d i ó e n t o n c e s q u e convenía
ya echar los c i m i e n t o s de la f u t u r a capital de la Colonia e n
aquella ciudad m o n u m e n t a l de los mayas, p r e v i a m e n t e escogida p o r su p a d r e y q u e estaba ya identificada con los
sucesos m á s i m p o r t a n t e s de la conquista. El n o m b r e de la
ciudad estaba designado de a n t e m a n o . A la vista de los
g r a n d e s edificios q u e descollaban sobre las colinas artificiales de T - H ó , y e n t r e cuyos e s c o m b r o s se arraigaban árboles seculares, los invasores t r a j e r o n á su m e m o r i a a q u e lla Emérita r o m a n a de la antigua Lusitania, cuyo anfiteatro en r u i n a s revela todavía el p o d e r de la nación q u e lo
construyó. El n o m b r e de Mériela corrió de boca en boca, y
el jefe del ejército lo adoptó oficialmente en el acto de la
f u n d a c i ó n (4).
Este liecho i m p o r t a n t e de n u e s t r a historia tuvo lugar el
día 6 de e n e r o de 1542. F r a n c i s c o de Montejo reunió en s u
alojamiento á u n g r a n n ú m e r o de s u s compatriotas, y p r e sente el e s c r i b a n o Rodrigo Alvarez, con un acento q u e las
c i r c u n s t a n c i a s debían h a c e r solemne, dijo: q u e en virtud
de los p o d e r e s q u e tenía de su p a d r e , había venido á la
provincia de Yucatán con el á n i m o de cristianizarla y s u j e tarla al dominio del rey de Castilla; q u e uno de los medios
m á s eficaces p a r a c o n s e g u i r este doble objeto, e r a el de
f u n d a r villas y c i u d a d e s q u e hiciesen c o m p r e n d e r á los mayas la d e t e r m i n a c i ó n q u e los españoles habían tomado de
a r r a i g a r s e en el país; q u e la fundación de San Francisco de
Campeche había dado el brillante resultado de q u e se p a cificasen los p u e b l o s c i r c u n v e c i n o s ; q u e también se había
conseguido la pacificación de la provincia de Cehpech, en
q u e se hallaban, de la de Acanul, Maní y o t r a s c o m a r c a nas; q u e aun se c o n s e r v a b a n indómitas las de Sotuta, Choacá y Bakhalal, y q u e , f i n a l m e n t e , siendo necesario f u n d a r
u n a colonia en el corazón del país, q u e sirviera p a r a m a n t e n e r la s u j e c i ó n de las u n a s y conseguir la de las otras,
él, Francisco de Montejo, en su calidad de t e n i e n t e de gob e r n a d o r , justicia m a y o r , r e p a r t i d o r y capitán general, fundaba en el asiento de T-Hó u n a población española con el
n o m b r e de ciudad de Mérida, s o b r e la cual invocaba las
b e n d i c i o n e s del cielo, p u e s t o q u e se f u n d a b a con el objeto
principal de e x t i r p a r la idolatría de toda la Península (5).
f u n d a d o r d é l a ciudad, entre las aclamaciones y vítores de
todos los c i r c u n s t a n t e s . T e r m i n a d a esta s o l e m n i d a d , F r a n cisco de Montejo procedió al n o m b r a m i e n t o (le f u n c i o n a rios públicos, en v i r t u d del poder o m n í m o d o q u e confería
á su padre y á s u s s u c e s o r e s la capitulación de 8 de diciemb r e de 1526. Designó para alcaldes al capitán Gaspar P a checo y á Alonso de Reinoso, y para regidores á Jorge de
Villagómez, Francisco de B r a c a m o n t e , Francisco de Zieza,
Gonzalo Méndez, Juan de U r r u t i a , Luis Díaz, H e r n a n d o de
Aguilar, P e d r o Galiano, Francisco de Berrio, Pedro Díaz,
Pedro Costilla y Alonso Arévalo. U n o s y otros p r e s t a r o n el
j u r a m e n t o de estilo a n t e el teniente de g o b e r n a d o r , y desde
el día siguiente tomaron posesión de s u s respectivos e n c a r gos y comenzaron á e j e r c e r s u s f u n c i o n e s .
La Historia, no sólo ha conservado los n o m b r e s de los
p r i m e r o s f u n c i o n a r i o s públicos q u e tuvo la ciudad, sino
t a m b i é n el de los d e m á s vecinos q u e se establecieron en
ella hasta c o m p l e t a r el n ú m e r o de ciento, fijado en el acta
de f u n d a c i ó n . Como p a r a nosotros, los yucatecos, no deja de
t e n e r interés c u a l q u i e r p o r m e n o r enlazado con los primitivos tiempos de la Colonia, colocamos en el Apéndice u n a
relación de aquéllos, tal cual la h e m o s e n c o n t r a d o en la
o b r a de Cogolludo. Sólo falta en ella el n o m b r e del teniente de g o b e r n a d o r , Francisco de Montejo, q u e fué, sin e m bargo, el p r i m e r o á quien libró el A y u n t a m i e n t o su carta
de vecindad.
(6)
El escribano ya m e n c i o n a d o levantó un acta en q u e
constaban todas e s t a s razones, y la suscribió, e n unión del
(4)
fecha
LANDA, Relación
en Yucatán
de las cosas de Yucatán,
á 10 de Hebrero
§ XLII.—BIENVENIDA,
Carta
ele 1548, que se conserva en el Archivo de
Simancas, donde p r o b a b l e m e n t e la consultó el abate BRASSEUR.
(5)
Colocamos e n el Apéndice los trozos originales del auto de fundación,
q u e nos conservó COGOLLUDO. Véase el n ú m e r o 6.
Consúltese el número 7.
CAPÍTULO
XIII
1542-1545
El Adelantado confía á su sobrino la misión de pacificar el oriente de la P e nínsula.—Campaña que se e m p r e n d e con este objeto.—Sujeción de los Cocomes.—Aventura de Alonso Rosado.—Dificultades que los españoles e x p e r i m e n tan en el territorio de los Cupules.—Fundación de Valladolid e n Chauaháa.—
Trasládase después á Zací.—Se encomienda á Gaspar Pacheco y su hijo la
conquista de B a k h a l a l . — F u n d a c i ó n de Salamanca.
La difícil e m p r e s a que la familia Montejo había tomado
á su cargo, no podía darse por terminada mientras no d e pusiesen las a r m a s los Cocomes, los Cupules y aquellas trib u s belicosas de Bakhalal que habían resistido á los esfuerzos de Alonso de Ávila. Así lo comprendió el viejo
Adelantado, y luego q u e tuvo noticia de los sucesos r e f e r i dos en el capítulo anterior, ordenó que se llevase adelante
la conquista hasta la provincia de Conil. Confió el m a n d o
de esta empresa á su sobrino y le nombró teniente de gob e r n a d o r y capitán general de la villa que debía f u n d a r s e
en aquella región. El d o c u m e n t o oficial en que constan e s tas disposiciones f u é otorgado á 13 de marzo de 1542 en
Ciudad Real, capital de Chiapas, de cuya provincia aun era
gobernador el signatario. No contiene otra particularidad
notable que la de o r d e n a r al capitán que antes de hacer
la guerra á los indios, los exhorte á reconocer el dominio
español, y que sólo en caso de encontrar resistencia, pueda
sujetarlos con las a r m a s .
Recibidas en Mérida estas órdenes, el agraciado creyó
necesario solicitar la ayuda de su primo, quien no vaciló
en otorgársela. Quedáronse en la ciudad las autoridades y
una pequeña porción de vecinos, y el resto del ejército se
dividió en dos fracciones: una que m a r c h ó sobre Sotuta, á
las órdenes del hijo del Adelantado, y otra que se dirigió
al territorio de los Cupules por los caminos inmediatos á
la costa, la cual era conducida por el más joven de los
Montejos.
El primero de estos dos capitanes experimentó g r a n d e s
contrariedades en su viaje. Ñachi Cocom, q u e esperaba ya
la invasión de sus dominios, había organizado una hábil
defensa que se hallaba en consonancia con su patriotismo
salvaje. Como en el tránsito de Campeche á T-Hó, los e s pañoles encontraron los caminos obstruidos con toda clase
de obstáculos, y á cada instante eran víctimas de emboscadas y sorpresas de todo género. Unas veces oían silbar
las flechas sobre sus cabezas sin saber de dónde partían;
otras eran acometidos por t u r b a s a r m a d a s qtie aparecían y
desaparecían entre la espesura del bosque. Montejo sólo se
detenía el tiempo necesario para despejar el camino, pues
su único afán era llegar á Sotuta con la esperanza de que
destruido allí el núcleo de las hostilidades, quedaría pacificada toda la comarca.
Venciendo, por fin, toda clase de dificultades, llegó á las
inmediaciones de aquella población, donde Cocom había
reunido todas las fuerzas de que pudo disponer, para a t a j a r
el paso á su enemigo. Montejo, observando las disposiciones de su padre y las q u e la corte había expedido para casos de esta naturaleza, exhortó á los indios á deponer las
a r m a s y á reconocer el dominio del rey de Castilla. Una
lluvia de piedras y de flechas fué la única contestación dada
á esta arenga, y por la milésima vez acaso en esta desas-
trosa g u e r r a de conquista, u n a r e ñ i d a b a t a l l a s e a r m ó e n t r e
e x t r a n j e r o s y n a t u r a l e s . Sólo q u e esta vez el éxito en favor
de los p r i m e r o s no se hizo e s p e r a r m u c h o tiempo. Ñachi
Cocom, r e d u c i d o a h o r a á los r e c u r s o s de su cacicazgo, no
t a r d ó en apelar á la f u g a , seguido de todos los suyos.
En esta ocasión tuvo lugar un i n c i d e n t e q u e m e r e c e r e ferirse. Luego q u e los d e f e n s o r e s d e Sotuta volvieron la espalda á s u s enemigos, éstos, e x c i t a d o s con el calor del
combate, se p r o p u s i e r o n seguirlos al t r a v é s de la selva.
Alonso Rosado f u é de los p r i m e r o s q u e se destacaron del
campo de batalla con este o b j e t o , y sin volver los ojos h a cia atrás para c o n t a r el n ú m e r o d e los q u e le seguían, se
i n t e r n ó e n t r e la e s p e s u r a b u s c a n d o indios para batirlos. El
caballo, q u e parecía a n i m a d o d e los m i s m o s s e n t i m i e n t o s
de su jinete, galopaba r á p i d a m e n t e bajo los árboles, hasta
q u e Rosado, s o r p r e n d i d o del silencio q u e reinaba en t o r n o
suyo, se detuvo p a r a e x a m i n a r el lugar en q u e se hallaba.
E n t o n c e s fué c u a n d o advirtió q u e estaba c o m p l e t a m e n t e
solo. Ningún español, n i n g ú n i n d i o , se veía en toda la extensión del radio q u e p u d o s o n d e a r c o n los ojos. El sol estaba
p r ó x i m o á ocultarse en el h o r i z o n t e , y t e m e r o s o de q u e le
s o r p r e n d i e s e la n o c h e e n aquel despoblado, i n t e n t ó volverse al c a m p a m e n t o . P e r o b u s c ó i n ú t i l m e n t e el camino." En
su afán de p e r s e g u i r á los v e n c i d o s , había dejado al c a b a llo c o r r e r á su c a p r i c h o , y d e s c o n o c i e n d o c o m p l e t a m e n t e
la topografía del t e r r e n o y no e n c o n t r a n d o s e n d e r o q u e le
guiase, vagó i n f r u c t u o s a m e n t e a l g u n a s horas por el bosque.
E m p l e ó en esta t a r e a el resto d e l día, y no le q u e d ó otro
r e c u r s o q u e el de p a s a r la n o c h e al abrigo de un árbol y
sin m á s compañía q u e s u caballo y su lanza. No era éste
c i e r t a m e n t e el ú n i c o p u n t o de c o n t a c t o q u e el bravo c a p i t a n tenia con los caballeros a n d a n t e s á quienes, todavía no
había puesto en ridículo el i n g e n i o s o m a n c o de Lepanto.
En el c a m p a m e n t o español c a u s ó una sensación dolorosa la falta de Alonso Rosado, la c u a l fué notada luego q u e
estuvieron de vuelta los q u e habían salido al alcance de
los indios. Francisco de Montejo organizó dos partidas,
compuestas de soldados de á pie y de á caballo, las cuales
recorrieron en t o d a s direcciones las cercanías del Real,
sin e n c o n t r a r l e . Sus c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a le c r e y e r o n
entonces m u e r t o ó prisionero, y no faltaría algún r u d o castellano q u e , d e s p u é s de h a b e r e m p a p a d o aquel día s u s
manos en sangre maya, rezase un Pater Noster por el descanso del alma de su compatriota. Al cabo de dos días, sin
embargo, y cuando ya Montejo se disponía á levantar el
campo, u n caballero q u e dejaba ver en su talante la huella
de las privaciones á q u e había estado sujeto, p e n e t r ó con
paso lento en s u t i e n d a . Era Alonso Rosado, q u e no había
comido ni bebido d e s d e el día de la batalla, y q u i e n , d e s p u é s de las angustias q u e pasó para h u i r de los indios q u e
recorrían el b o s q u e , había al fin e n c o n t r a d o el camino del
campamento.
El sobrino del Adelantado no e x p e r i m e n t ó m e n o s dificultades q u e su primo en su expedición por los pueblos de
la costa. Aquella región e r a quizá la m á s poblada de la
Península en la época de la conquista, y el joven capitán
tenía d i a r i a m e n t e e n c u e n t r o s con los indios, á los cuales
era forzoso b a t i r d e s p u é s de las a c o s t u m b r a d a s , pero i n útiles, gestiones de q u e depusiesen las a r m a s y se s u j e t a s e n
al rey de Castilla. Las probanzas de los c o n q u i s t a d o r e s de
Valladolid debieron estar atestadas con los h e c h o s de a r m a s
acaecidos en esta j o r n a d a ; pero Cogolludo se negó á transmitirlos á la posteridad, limitándose á decir q u e habría
sido larga y prolija su n a r r a c i ó n (1). Cualquiera q u e h u biese sido su importancia, D. F r a n c i s c o salió t r i u n f a n t e
de todos, y al cabo de algún tiempo se r e u n i ó á su p r i m o ,
sin d u d a con el objeto de p e n e t r a r con u n a f u e r z a r e s p e table en el indómito territorio de los Cupules.
(1)
Historia
de Yucatán,
libro 111, capitulo I X .
No se sabe c o n exactitud la fecha y el sitio en q u e se
verificó esta r e u n i ó n . Es lícito c o n j e t u r a r , sin embargo,
q u e se verificaría ya e n t r a d o el verano de 1542, y hacia
Chichón Itzá ó s u s inmediaciones, para d o n d e acaso se d i e ron cita los d o s capitanes, como lugar m u y conocido de
ambos. T a m p o c o particulariza la Historia las acciones de
g u e r r a q u e se l i b r a r o n , luego q u e a m b a s fuerzas estuvieron
r e u n i d a s . P e r o hay d o c u m e n t o s f e h a c i e n t e s (2) para c o m p r o b a r q u e los invasores estuvieron sujetos e n t o n c e s á
g r a n d e s peligros y privaciones. Ni podía ser de otra m a n e ra, p o r q u e los indios orientales e r a n los m á s a g u e r r i d o s
de toda la P e n í n s u l a y e s t a b a n orgullosos con el éxito de
la c a m p a ñ a d e 1529, e n q u e h a b í a n e x p u l s a d o á los e s p a ñoles de s u t e r r i t o r i o . Algo habían d i s m i n u i d o su orgullo
la3 r e c i e n t e s d e r r o t a s de Xpeual y de T-Hó; pero t o d a vía se hacían la ilusión de c r e e r s e invencibles en sus
bosques.
desesperado q u e pedía de b e b e r en cambio de su vida, y
aun alguna amenaza de a b a n d o n a r esta t i e r r a ingrata, cuya
conquista 110 ofrecía m a s q u e sinsabores. Pero no era lo
m á s c o m ú n e n t r e g a r s e á estas vanas declamaciones. Lo
f r e c u e n t e era q u e se esparciesen por los campos, sin c u i d a r s e de averiguar los peligros q u e c o r r e r í a n en estas i n cursiones, p a r a b u s c a r los sitios en q u e los n a t u r a l e s h a bían escondido á s u s m u j e r e s é hijos, al a b a n d o n a r s u s
pueblos. Cuando tenían la dicha de topar con algunos de
estos escondrijos, se a r r o j a b a n s o b r e las vasijas de agua y
las tortillas de maíz q u e allí d e s c u b r í a n , y las devoraban
en presencia de la desolada familia q u e las había p r e p a r a d o
para s u c o n s u m o . Y ay del q u e osase d e f e n d e r s u s víveres, p o r q u e los h a m b r i e n t o s españoles pasaban sobre s u
cadáver p a r a conquistarlos.
Así, f u e r a d e las e m b o s c a d a s y e s c a r a m u z a s con q u e fatigaban al i n v a s o r en su m a r c h a hacia Conil, p r e p a r a r o n
otro género d e g u e r r a , q u e p o r poco da al traste con la
constancia e s p a ñ o l a . Cegaron los pozos, escondieron los
víveres é i n c e n d i a r o n s u s habitaciones en todo el trayecto
que debían r e c o r r e r s u s enemigos. Cuando éstos, a b r u m a dos por el a r d o r del clima y acosados por el h a m b r e y por
la sed, llegaban á u n a población con la esperanza de e n contrar en ella el r e m e d i o de todas s u s necesidades, no encontraban en t o r n o suyo m a s q u e r u i n a y desolación. Las
casas h u m e a b a n todavía e n t r e los últimos r e s p l a n d o r e s del
incendio; no s e veía un indio á quien dirigir la palabra, y
e r a n vanos c u a n t o s esfuerzos se hacían p a r a e n c o n t r a r u n a
gota de agua ó u n p u ñ a d o de maíz en aquel d e s i e r t o . En
t a n críticas c i r c u n s t a n c i a s solía oirse el grito de algún
A pesar de todas estas c o n t r a r i e d a d e s y privaciones, el
ejército invasor c o n t i n u a b a victorioso su m a r c h a hacia el
Oriente. Pocos m e s e s d e s p u é s de la r e u n i ó n de los dos
Montejos, el hijo del Adelantado tuvo necesidad de volver
á Mérida con el objeto de allanar algunas dificultades q u e
la Colonia e x p e r i m e n t a b a en los p r i m e r o s días de su existencia, y de q u e m á s a d e l a n t e nos o c u p a r e m o s . La e m p r e s a
quedó desde entonces encomendada exclusivamente á su
primo, y el joven capitán no tardó e n d a r gloriosas s e ñ a l e s
de q u e e r a digno de la elección q u e había hecho en él el
j e f e de la familia. Tan activas f u e r o n las o p e r a c i o n e s q u e
e m p r e n d i ó , q u e hacia la p r i m a v e r a de 1543 s u s soldados
se paseaban ya i m p u n e m e n t e p o r el extenso territorio de
los Cupules. Creyó e n t o n c e s llegado el m o m e n t o de f u n d a r
la población española, q u e tenía p r e s c r i t a en s u s i n s t r u c ciones, y con este objeto r e u n i ó á toda su gente en un pueblo llamado por los indios Chauaháa.
(2) Véase la c a r t a que en 14 de junio del año siguiente dirigieroná Carlos V
los conquistadores de Yucatán, y de q u e más adelante nos ocuparemos.
Este fué el sitio elegido por e n t o n c e s para hacer la f u n d a ción, la cual tuvo l u g a r á 28 de mayo de 1543, Dióse á la
villa el n o m b r e de Valladolid, y Francisco de Montejo f u é
reconocido como teniente de g o b e r n a d o r , capitán general y
justicia mayor, en vista de los despachos de s u tío el A d e lantado, en q u e se le conferían estos n o m b r a m i e n t o s . El
escribano Juan López de Mena levantó el acta de f u n d a c i ó n ,
la cual t e r m i n a b a , como la de Mérida, invocando la protección divina sobre un e s t a b l e c i m i e n t o q u e debía c o n t r i b u i r
á la d i f u s i ó n del Cristianismo en aquella t i e r r a de infieles.
El jefe de la Colonia procedió en seguida al n o m b r a m i e n t o
de funcionarios públicos. Recayó el de alcaldes en B e r n a r dino de Villagómez y F r a n c i s c o de Zieza, y el de r e g i d o r e s
en Luis Díaz, Alonso de Arévalo, Francisco Lugones, P e d r o
Díaz de Monjíbar, Juan de la T o r r e , Blas González, Alonso
de Villanueva y Gonzalo G u e r r e r o (3). La Historia tampoco
h a e c h a d o en olvido los n o m b r e s de los p r i m e r o s p o b l a d o r e s de Valladolid, y los e n c o n t r a r á n en el Apéndice (4)
aquellos de n u e s t r o s l e c t o r e s q u e q u i e r a n conocerlos.
Chauaháa distaba en línea recta seis leguas del Cuyo,
p u e r t o situado en la costa septentrional de la P e n í n s u l a .
Los españoles habían elegido a q u e l asiento p a r a su colonia,
con el principal objeto de hallarse e n el m a y o r contacto
posible con las n a v e s españolas q u e comenzaban á s u r c a r
el golfo de México. P e r o pocos m e s e s d e s p u é s de la f u n d a ción se h a b í a o b s e r v a d o q u e el lugar e r a h a r t o e n f e r m i z o
y malsano, á causa tal vez de su p r o x i m i d a d á la ciénega.
Algunos castellanos y varios de s u s criados indios h a b í a n
descendido en corto t i e m p o al sepulcro, y el resto de s u s
h a b i t a n t e s c o n t r a j o tal n ú m e r o de e n f e r m e d a d e s , q u e s e
llegó á t e m e r q u e su debilidad y extenuación incitase á los
(3) El lector encontrará en esta lista los n o m b r e s de algunos vecinos y a u n
de algunas autoridades de M é r i d a . Consiste esto en que todos los conquistadores estaban siempre dispuestos á salir á c a m p a ñ a , á pesar de los oficios q u e des
e m p e ñ a b a n , y r e a l m e n t e hasta el año 1545, en que terminó del todo la conquista, fué cuando quedaron avecindados de la manera que constan en las relaciones que se publican en el Apéndice.
(4)
Véase el n ú m e r o 8.
indios á s u b l e v a r s e . En tan crítica ocasión o c u r r i e r o n con
sus q u e j a s al Adelantado, q u e d e s d e Chiapas c o n t i n u a b a
gobernando la P e n í n s u l a — p u e s t o q u e su hijo y su sobrino
no eran m á s q u e sus tenientes—y el viejo soldado r e s p o n dió q u e se m u d a s e la villa á Conil, d o n d e de a n t e m a n o había dispuesto q u e se fundase.
Pero los colonos no se c o n f o r m a r o n con esta decisión,
porque decían q u e si en la vecindad de la costa se e n f e r maban, con mayor razón e n f e r m a r í a n en la costa m i s m a .
Su mayor deseo era trasladarse á Zací, pueblo indio aclamado por sano en todo el país, y q u e hasta ahora conserva
su reputación. Pero como el t e n i e n t e de g o b e r n a d o r se h a cía sordo á este clamor popular, el p r o c u r a d o r de la villa,
Pedro de Molina, le p r e s e n t ó en 14 de marzo de 1544 un
memorial escrito en que, d e s p u é s de pintar las d e c e p c i o nes q u e se habían e x p e r i m e n t a d o en Chauaháa, pedía q u e
la Colonia fuese trasladada á Zací, donde, a d e m á s de la bondad del clima, a b u n d a b a n la leña, las aguas y los pastos.
Concluía el d o c u m e n t o con la enérgica protesta de q u e , si
Montejo no accedía á esta justa petición, el Cabildo le haría
responsable de los males q u e p u d i e s e n sobrevenir á la villa
y le amenazaba con elevar su q u e j a hasta el trono m i s m o
de Carlos V. El t e n i e n t e de g o b e r n a d o r , por causas q u e ignoramos, respondió á esta solicitud q u e la ola, frase un
tanto esquiva del l e n g u a j e oficial, y lo mismo respondió en
17 y 19 del mismo m e s , en q u e fué reiterada por su autor.
Entonces los regidores, q u e , a u n q u e debían su n o m b r a miento á Montejo, se c o n s i d e r a b a n con los mismos d e r e chos q u e él sobre la t i e r r a conquistada, m a n d a r o n sacar
u n a copia autorizada del memorial del síndico, con el o b j e to de enviarla á la corte. En esta actitud del Cabildo, el
capitán comenzó á cejar y m a n d ó levantar una i n f o r m a ción j u r í d i c a sobre los capítulos contenidos en la solicitud.
Por s u p u e s t o , q u e la información salió al gusto de los q u e josos, y se celebró con tal p r o n t i t u d , q u e pocos días d e s 23
pués, es decir, el 24 de marzo de 1544, los colonos llegaron
á Zaci, d o n d e d e s d e e n t o n c e s q u e d ó definitivamente erigida la villa de Valladolid.
Quedaba sólo p o r c o n q u i s t a r la provincia de Bakhalal, y
la esperanza, n o p e r d i d a a ú n , de e n c o n t r a r m i n a s en su territorio, había h e c h o á m á s de un codicioso a v e n t u r e r o
dirigir hacia a q u e l r u m b o su m i r a d a . Adelantóse á todos el
capitán Gaspar P a c h e c o , quien á 3 de enero de 1543 exhibió a n t e el A y u n t a m i e n t o de Mórida u n o s despachos del
Adelantado Montejo, e n q u e se le confiaba la misión de conquistar aquella r e m o t a provincia, con el título de t e n i e n t e
de g o b e r n a d o r y c a p i t á n general, y pedía que en v i r t u d de
ellos se le p e r m i t i e s e pasar á la Nueva España, en u n i ó n de
su hijo Melchor y de Alonso López de Zarco, á r e u n i r los
e l e m e n t o s q u e n e c e s i t a b a p a r a a c o m e t e r su e m p r e s a . El
A y u n t a m i e n t o , q u e p o r aquella época había ya t o m a d o la
resolución de n o c o n s e n t i r á n i n g ú n español salirse de la
P e n í n s u l a sino p o r motivos m u y graves, respondió al p e ticionario q u e o c u r r i e s e al teniente de gobernador. No s a b e m o s si éste c o n c e d i ó la licencia ni si se verificó el viaje
de Pacheco; p e r o h a y motivo p a r a c r e e r q u e a m b o s sucesos
tuvieron l u g a r , p o r q u e la c a m p a ñ a de Bakhalal no se e m prendió sino h a s t a el año 1544. Muchos vecinos de Valladolid y de Mérida t o m a r o n p a r t e en la e m p r e s a , no sólo por
las doradas i l u s i o n e s q u e en sí m i s m a e n c e r r a b a , sino porq u e n i n g ú n c o n q u i s t a d o r podía estar tranquilo m i e n t r a s
no estuviese s o m e t i d a toda la t i e r r a .
Ni Gaspar P a c h e c o ni su hijo e r a n novicios en a v e n t u r a s
del género de la q u e iban á a c o m e t e r . Ambos habían tomado parte, a l g u n o s a ñ o s atrás, en la conquista del país de los
zapotecas, y c u a n d o el hijo de Montejo hizo en 1539 u n
viaje á la N u e v a E s p a ñ a , los e n c o n t r ó de jefes de u n a p o blación española, l l a m a d a San Ildefonso, q u e habían f u n dado en aquel t e r r i t o r i o . Invitólos á tomar parte e n su e m p r e s a de Y u c a t á n , y h a b i e n d o aceptado u n o y otro s u s pro-
posiciones, se p r e s e n t a r o n en Campeche, hacia el año 1540,
con veinte soldados de á caballo, q u e cooperaron eficazm e n t e á la conquista de la Península. Tal vez en p r e m i o
de estos servicios el Adelantado confió á D. Gaspar la
sujeción de Bakhalal, y el éxito no t a r d ó en d e m o s t r a r q u e
su elecíón no había sido desacertada. Es v e r d a d q u e éste
enfermó d u r a n t e la c a m p a ñ a y tuvo necesidad de volver á Mérida; pero su hijo la c o n t i n u ó con todo el valor y la
perseverancia q u e su j u v e n t u d le p e r m i t í a n .
Bakhalal no e r a ya aquel pueblo i n d o m a b l e q u e había
resistido á los esfuerzos de Alonso de Ávila. El teatro era el
mismo; p e r o los actores habían cambiado. Los caciques de
esta provincia habían sido s i e m p r e aliados de los Cupules,
y las d e r r o t a s de Xpeual y de T-Hó, y las invasiones sucesivas de los españoles, habían c o n s u m i d o un g r a n n ú m e r o
de sus g u e r r e r o s . Además, estaban ya solos en la c o n t i e n da, p o r q u e los indios orientales, q u e no quisieron soportar
el yugo e x t r a n j e r o , habían emigrado en masa al Petén y
hacia los confines de Guatemala, A pesar de todos estos
accidentes q u e debilitaban su poder, los hijos de Bakhalal
se propusieron luchar hasta d o n d e alcanzasen s u s fuerzas,
y el último b a l u a r t e de la i n d e p e n d e n c i a maya no cayó sin
estrépito en p o d e r del invasor.
Melchor Pacheco e n c o n t r ó en su e m p r e s a el m i s m o género de dificultades con q u e los dos Montejos habían t r o pezado e n Sotuta y en el Oriente. Los c a c i q u e s se d e f e n dieron al principio en s u s propios pueblos, y luego se e s parcieron por el campo con sus vasallos, dispuestos á
p r o s e g u i r l a g u e r r a . Los españoles l u c h a r o n por m á s de un
año contra estas h o r d a s q u e vivían en p e r p e t u o m o v i m i e n to, y c o n t r a el h a m b r e , la sed, las e n f e r m e d a d e s y los mosquitos, q u e a b u n d a n e n aquella región, c u b i e r t a de p a n t a nos. Por fin, hacia el otoño de 1545, los últimos r e b e l d e s
depusieron las a r m a s ó e m i g r a r o n al P e t é n , y e n t o n c e s
Pacheco echó los cimientos de u n a población española, á
q u e dió el n o m b r e de Salamanca,
p r o b a b l e m e n t e en el
m i s m o asiento e n q u e diecisiete años antes había sido fund a d a Villarreal. Sólo n o m b r ó un alcalde y u n o s c u a n t o s
regidores q u e ejerciesen el poder municipal, p o r q u e m u y
pocos c o n q u i s t a d o r e s q u i s i e r o n avecindarse en la n u e v a
Colonia, á causa sin d u d a de las m a l a s condiciones higiénicas de que la h a b í a dotado la Naturaleza.
La fundación de Salamanca fué considerada por los c o n q u i s t a d o r e s de Yucatán c o m o el último acto de la e m p r e s a
iniciada en 15'26, y los q u e sobrevivieron á ella, creyeron
q u e podían e n v a i n a r ya s u s e s p a d a s para gozar del f r u t o de
su victoria. Ya v e r e m o s c u á n t a s d e c e p c i o n e s vinieron luego
á disipar esta c r e e n c i a , y c u á n t o s de los q u e la a b r i g a b a n
e n t o n c e s maldijeron d e s p u é s el día en q u e habían puesto
los pies en la P e n í n s u l a .
CAPÍTULO XIV
Reflexiones sobre la conducta de Montejo y sus c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a . — D e recho de conquista, f u n d a d o en la bula de Alejandro V l . - F r . Bartolomé de
las C a s a s — S u vida — S e interesa en favor de los americanos.—Libros que
escribe para alcanzar su o b j e t o . - A c u s a c i o n e s que lanza contra los conquistadores de Yucatán.—Motivos que le impulsaron á exagerar las crueldades cometidas por los españoles en el Nuevo M u n d o .
Hemos h e c h o asistir á n u e s t r o s l e c t o r e s al d r a m a s a n griento d é l a conquista, sin d e t e n e r n o s , sino m u y r a r a s veces, á c o m e n t a r los g r a n d e s sucesos q u e caían bajo el d o minio de n u e s t r a p l u m a . Pero hoy q u e los actores van ya á
d e s a p a r e c e r de la escena, nos p a r e c e conveniente juzgarlos
con toda esa imparcialidad q u e tienen el d e r e c h o de reclam a r de la Historia. Si los h o m b r e s no son p r e c i s a m e n t e los
que conducen los sucesos en q u e toman parte, son por lo
m e n o s los i n s t r u m e n t o s de q u e la Providencia se vale para
ejecutar s u s designios, y la posteridad, lo mismo q u e s u s
c o n t e m p o r á n e o s , tiene el d e r e c h o de llamarlos á juicio
para e x a m i n a r cómo cumplieron la misión que d e s e m p e ñ a ron en la tierra.
Pocas palabras d i r e m o s sobre el hecho m i s m o de la conquista. Por h o r r i b l e q u e pueda p a r e c e r en n u e s t r o s días
ese d e r e c h o d é l a fuerza b r u t a , ejercido con la p u n t a de la
espada, es preciso convenir en q u e por m u c h o s siglos ha
sido d e s g r a c i a d a m e n t e la ley de la H u m a n i d a d , y q u e todos
los Estados m o d e r n o s , sin e x c e p t u a r uno solo, h a n debido
su origen á la fuerza y á la violencia. Basta h o j e a r la histo-
q u e dió el n o m b r e de Salamanca,
p r o b a b l e m e n t e en el
m i s m o asiento e n q u e diecisiete años antes había sido fund a d a Villarreal. Sólo n o m b r ó un alcalde y u n o s c u a n t o s
regidores q u e ejerciesen el poder municipal, p o r q u e m u y
pocos c o n q u i s t a d o r e s q u i s i e r o n avecindarse en la n u e v a
Colonia, á causa sin d u d a de las m a l a s condiciones higiénicas de que la h a b í a dotado la Naturaleza.
La fundación de Salamanca fué considerada por los c o n q u i s t a d o r e s de Yucatán c o m o el último acto de la e m p r e s a
iniciada en 15'26, y los q u e sobrevivieron á ella, creyeron
q u e podían e n v a i n a r ya s u s e s p a d a s para gozar del f r u t o de
su victoria. Ya v e r e m o s c u á n t a s d e c e p c i o n e s vinieron luego
á disipar esta c r e e n c i a , y c u á n t o s de los q u e la a b r i g a b a n
e n t o n c e s maldijeron d e s p u é s el día en q u e habían puesto
los pies en la P e n í n s u l a .
CAPÍTULO XIV
Reflexiones sobre la conducta de Montejo y sus c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a . — D e recho de conquista, f u n d a d o en la bula de Alejandro V l . - F r . Bartolomé de
las C a s a s — S u vida — S e interesa en favor de los americanos.—Libros que
escribe para alcanzar su o b j e t o . - A c u s a c i o n e s que lanza contra los conquistadores de Yucatán.—Motivos que le impulsaron á exagerar las crueldades cometidas por los españoles en el Nuevo M u n d o .
Hemos h e c h o asistir á n u e s t r o s l e c t o r e s al d r a m a s a n griento d é l a conquista, sin d e t e n e r n o s , sino m u y r a r a s veces, á c o m e n t a r los g r a n d e s sucesos q u e caían bajo el d o minio de n u e s t r a p l u m a . Pero hoy q u e los actores van ya á
d e s a p a r e c e r de la escena, nos p a r e c e conveniente juzgarlos
con toda esa imparcialidad q u e tienen el d e r e c h o de reclam a r de la Historia. Si los h o m b r e s no son p r e c i s a m e n t e los
que conducen los sucesos en q u e toman parte, son por lo
m e n o s los i n s t r u m e n t o s de q u e la Providencia se vale para
ejecutar s u s designios, y la posteridad, lo mismo q u e s u s
c o n t e m p o r á n e o s , tiene el d e r e c h o de llamarlos á juicio
para e x a m i n a r cómo cumplieron la misión que d e s e m p e ñ a ron en la tierra.
Pocas palabras d i r e m o s sobre el hecho m i s m o de la conquista. Por h o r r i b l e q u e pueda p a r e c e r en n u e s t r o s días
ese d e r e c h o d é l a fuerza b r u t a , ejercido con la p u n t a de la
espada, es preciso convenir en q u e por m u c h o s siglos ha
sido d e s g r a c i a d a m e n t e la ley de la H u m a n i d a d , y q u e todos
los Estados m o d e r n o s , sin e x c e p t u a r uno solo, h a n debido
su origen á la fuerza y á la violencia. Basta h o j e a r la histo-
ría del m u n d o p a r a p e r s u a d i r s e de esta triste v e r d a d . E n la
época en q u e se verificó el d e s c u b r i m i e n t o de América, el
d e r e c h o del m á s f u e r t e influía todavía p o d e r o s a m e n t e en los
destinos de los p u e b l o s . Es v e r d a d q u e el Cristianismo había modificado c o n s i d e r a b l e m e n t e las ideas en este p a r ticular, y q u e á la f u e r z a b r u t a comenzaban á oponerse la
razón y la justicia e n n o m b r e del Evangelio. Pero por un
egoísmo q u e r e v e l a b a el interés m u n d a n o de q u e se hallaban poseídos los p r í n c i p e s y el papa, se creyó q u e esta s a ludable influencia d e b í a e j e r c e r s e ú n i c a m e n t e e n t r e las naciones cristianas. «La Iglesia—dice un célebre p u b l i c i s t a exigía antes q u e t o d o q u e se fuese cristiano; sólo á los c r e y e n t e s reconocía d e r e c h o s , y no quería s e n t a r reglas y c r e a r
u n a organización s i n o p a r a los fieles. El papado no creía
deber g u a r d a r n i n g u n a consideración, ni reconocer ni respetar ningún d e r e c h o h u m a n i t a r i o en los q u e no eran cristianos; contra ellos n o había más solución q u e la g u e r r a ;
sólo se les p e r m i t í a elegir e n t r e la conversión ó el e x t e r minio » (1).
Bajo la i n f l u e n c i a de estas d o c t r i n a s fué expedida por
Alejandro VI la b u l a Inter cceterci, de q u e h a b l a m o s en el
capítulo I de este l i b r o . En ella se hizo donación del h e m i s ferio occidental á l o s r e y e s de E s p a ñ a y s u s sucesores, sin
otra razón q u e s e r éstos cristianos y los a m e r i c a n o s g e n t i les. Pero como ni al papa ni á nadie podía ocultársele q u e
los habitantes del N u e v o Mundo h a r í a n un esfuerzo p a r a
defender su a u t o n o m í a , es claró q u e se sancionó á s a b i e n d a s el i n h u m a n o d e r e c h o de conquista, tan contrario al
verdadero espíritu d e l Cristianismo. Es v e r d a d q u e algunos
publicistas e s p a ñ o l e s han i n t e n t a d o d e f e n d e r á Alejandro VI
de esta i n c u l p a c i ó n , diciendo q u e sólo cometió á los Reyes
Católicos el c u i d a d o d e p r e d i c a r y c o n v e r t i r á los indios, y
no el d e r e c h o de o c u p a r á la fuerza s u s tierras, haciendas
(1)
BLL'NTSCIILI, Derecho
internacional,
introducción.
y señoríos; pero el texto m i s m o de la bula contradice esta
opinión, como p u e d e c o n v e n c e r s e c u a l q u i e r a q u e se t o m e
el trabajo de leerla. Así, p u e s , si la conquista de América
fué un c r i m e n , éste venía sancionado de u n a altura tan
respetable p a r a aquella época, q u e no m e r e c e la pena de
que e x a m i n e m o s el grado de responsabilidad q u e cupo en
él á los h é r o e s de n u e s t r a historia.
En c u a n t o á la m a n e r a con q u e los conquistadores de
Yucatán d e s e m p e ñ a r o n su misión, pesa sobre ellos u n a
acusación terrible, lanzada por uno de los h o m b r e s m á s
ilustres del siglo xvi. P e r o antes de o c u p a r n o s de esta acusación, n e c e s i t a m o s decir u n a s c u a n t a s palabras sobre s u
autor, p a r a g r a d u a r el crédito q u e merezca.
Fray Bartolomé de Las Casas tiene, como Cristóbal Colón,
el d e r e c h o de o c u p a r algunas páginas en la historia de todos los países americanos. Suscitado por la Providencia en
los m o m e n t o s en q u e los españoles, olvidados de toda idea
de h u m a n i d a d , a n e g a b a n en s a n g r e el hemisferio o c c i d e n tal, se destaca como un astro luminoso en medio de las
s o m b r a s q u e le r o d e a n . Apóstol de u n a idea h u m a n i t a r i a ,
todo le parece lícito p a r a alcanzar su objeto; exagera s i e m pre, c a l u m n i a á veces y llega hasta á ponerse en contradicción con s u s m i s m o s principios. La vejez no le cansa, y sólo
e x p e r i m e n t a u n i n s t a n t e de satisfacción el día en q u e ve
realizados en p a r t e s u s filantrópicos deseos.
Bartolomé de Las Casas nació en Sevilla el 24 de agosto
de 1474. A la e d a d de diecinueve años hizo s u p r i m e r viaje
al Nuevo Mundo, en unión de su p a d r e , q u e acompañó á
Colón en su s e g u n d a expedición. Cuando volvió á Europa,
e n t r ó en la U n i v e r s i d a d de Salamanca, donde estudió J u r i s p r u d e n c i a y Teología, y en 1498 recibió el título de abogado. En 1502 volvió á e m b a r c a r s e para América en c o m pañía de Oviedo, á quien se confió una soberbia a r m a d a
p a r a pasar á Santo Domingo. En esta isla se le ocurrió a Las
Casas o r d e n a r s e de presbítero, suceso q u e se hizo e n t o n -
ees notable p o r ser la p r i m e r a p e r s o n a q u e recibía las ó r d e n e s sacerdotales en el Nuevo Mundo. En 1511 pasó á C u b a
en unión del g o b e r n a d o r Diego Velázquez, quien le n o m b r ó su consejero por la reputación de sabio y p r u d e n t e q u e
ya gozaba d e s d e e n t o n c e s . Por aquel tiempo se había i n t r o d u c i d o ya el sistema de r e p a r t i m i e n t o s en las Colonias,
y Las Casas, r e p u t a d o c o m o conquistador de la isla, a l c a n zó u n a e n c o m i e n d a de indios cerca del p u e r t o de Jagua, en
un lugar llamado Cañare© (2).
Esta c i r c u n s t a n c i a permitió al nuevo e n c o m e n d e r o c o n t i n u a r un estudio q u e venía haciendo de nueve años atrás,
d e s d e Santo Domingo. S o r p r e n d i d o de la rapidez con q u e
la población indígena iba desapareciendo de las islas, vió
q u e el mal estaba en el excesivo trabajo con q u e los colonos cargaban á los n a t u r a l e s , y deseoso de aliviar á éstos
de su m i s e r a b l e s u e r t e , predicó s e r m o n e s contra la dureza
y la codicia de los españoles, y se i n t e r p u s o c u a n t a s veces
p u d o e n t r e el v e r d u g o y la víctima, con u n a caridad s u p e rior á todo elogio. Su a m i s t a d y su influencia con el g o b e r n a d o r le sirvieron de m u c h o para llevar á cabo su generoso propósito; p e r o c o m p r e n d i e n d o al fin q u e todos s u s e s fuerzos serían inútiles m i e n t r a s no se s u p r i m i e s e n las e n c o m i e n d a s , r e n u n c i ó la suya con h o r r o r y se trasladó á la Española con la esperanza de conseguir q u e fuesen abolidas
por el gobierno de aquella isla, q u e tenía la s u p r e m a c í a
sobre todas las Colonias. Pero luego q u e llegó allí, se encontró con un licenciado llamado Ibarra, q u e acababa de
venir de España con p l e n o s p o d e r e s de la corte para proced e r á un n u e v o r e p a r t i m i e n t o de indios. No p u d o llegar en
un m o m e n t o m e n o s oportuno; pero sin d e s a n i m a r s e por
este c o n t r a t i e m p o , se e m b a r c ó para Europa, resuelto á llevar s u s gestiones hasta el trono del m o n a r c a .
(2)
D o n SERVANDO TERESA DE MIER, i n t r o d u c c i ó n á l a Broce
la destrucción
de las Indias
Occidentales,
de LAS CASAS.
relación
de
F e r n a n d o acababa de m o r i r , y el cardenal Jiménez de
Cisneros, n o m b r a d o r e g e n t e de la m o n a r q u í a , e s c u c h ó á
Las Casas con interés. Conmovióle la p i n t u r a q u e éste le
hizo del mal t r a t a m i e n t o á q u e estaban sujetos los indios;
pero no q u e r i e n d o partir de violento en u n negocio c u y a
importancia no se le ocultaba, n o m b r ó u n a Comisión c o m puesta de tres frailes de San J e r ó n i m o , á los cuales ordenó
que pasasen i n m e d i a t a m e n t e al Nuevo Mundo, no sólo p a r a
i n f o r m a r s e de lo q u e pasaba, sino también para q u e desde
luego corrigiesen todos los abusos q u e e n c o n t r a s e n establecidos. Las Casas a c o m p a ñ ó á los tres comisionados en
su calidad de Protector general de los indios, n o m b r a m i e n to con q u e acababa de h o n r a r l e el regente. Pero m u y luego
se puso en d e s a v e n e n c i a con ellos, p o r q u e los frailes, d e seosos de estudiar d e t e n i d a m e n t e el asunto a n t e s de tom a r n i n g u n a resolución, no a n d a b a n tan aprisa como él
pretendía. Los acusó de tibios en el cumplimiento de su
deber, y no p e r m i t i é n d o l e la impetuosidad de su c a r á c t e r
p e r m a n e c e r por m u c h o tiempo en inacción, volvió á c r u z a r
el Atlántico y se p r e s e n t ó de nuevo á la corte.
Traía ahora n u e v o s proyectos para someter á la decisión
del m o n a r c a . Como á todos los esfuerzos que hacía para
aliviar la s u e r t e de los indios se le respondiese q u e era
necesario obligar á éstos al trabajo, p o r q u e eran natural m e n t e indolentes y perezosos, y p o r q u e sin su cooperación
e r a imposible explotar las minas, propuso q u e se enviasen
al Nuevo Mundo esclavos de Africa, q u e por su recia complexión eran m á s aptos para aquella clase de labores q u e
los débiles isleños. E x t r a ñ a contradicción en aquel carácter
filantrópico, que, abogando por la libertad de los habitantes
de América, no temía pedir q u e fuese introducida en ella
la esclavitud, con tal q u e fuese de u n a raza distinta. El
m i s m o Las Casas se arrepintió después de q u e hubiese
cruzado por su imaginación aquel mal p e n s a m i e n t o , p o r q u e , como dice en su historia de la destrucción de las I n -
dias, «la ley q u e se aplica al indio, es t a m b i é n aplicable al
negros (3).
Como s u c e d e g e n e r a l m e n t e con todos los apóstoles de
cualquier d o c t r i n a , los obstáculos no hicieron m a s q u e
e n a r d e c e r el celo del p r o t e c t o r de los indios, y fué m á s allá
del objeto q u e se había p r o p u e s t o al principio. N o se limitó ya á pedir q u e se s u p r i m i e s e n las e n c o m i e n d a s en los
lugares ya ocupados p o r los españoles, sino q u e solicitó
q u e éstos dejasen d e e n t r a r en son de conquista e n los
países q u e se d e s c u b r i e s e n e n adelante. La s a n g r e con q u e
los soldados e u r o p e o s m a r c a b a n su paso en el Nuevo Mundo, llenaba de h o r r o r al virtuoso s a c e r d o t e y opinaba q u e
las violencias q u e s u s compatriotas cometían e n sus e x p e diciones, h a r í a n q u e el n o m b r e español fuese e x e c r a d o
p a r a s i e m p r e en el suelo a m e r i c a n o . Respondíase á esto
con la bula de Alejandro VI, q u e i m p l í c i t a m e n t e p e r m i t í a
juzgar como r e b e l d e s á los q u e se n e g a s e n á r e c o n o c e r e l
dominio del rey de Castilla, y se añadía q u e e r a necesario
s u j e t a r á los indios con las a r m a s , p o r q u e de otra m a n e r a
se negarían s i e m p r e á abrazar el Cristianismo, objeto principal q n e se p r o p u s o el papa al expedir su bula Inter ccetera. E n t o n c e s Las Casas p r o p u s o un nuévo proyecto, q u e
l l a m ó s e r i a m e n t e la atención de la corte.
Pidió c i n c u e n t a frailes dominicos y cierto n ú m e r o de lab r a d o r e s españoles, c o n los cuales q u e r í a establecerse e n
cierta región de la A m é r i c a q u e señaló, con tal q u e no hubiese e n t r a d o en ella n u n c a n i n g ú n soldado castellano y se
le p r o m e t i e s e q u e n o e n t r a r í a en a d e l a n t e . Dijo q u e el
Evangelio no se i n t r o d u c í a con s a n g r e , y garantizó q u e
d e n t r o de poco tiempo, no s o l a m e n t e h a b r í a cristianizado
aquella porción d e t i e r r a , sino sujetádola también al d o minio del rey de E s p a ñ a . Su proposición fué tachada de
a b s u r d a y q u i m é r i c a por m u c h a s de las p e r s o n a s q u e ha-
(3)
PRESCOTT, Historia
de la conquista
de México,
libro II, capítulo X I I I .
bían estado en el Nuevo Mundo, y se dijo q u e el indio e r a
incapaz de civilización y q u e n u n c a escucharía otra voz q u e
la q u e estuviese a c o m p a ñ a d a del e s t r u e n d o de las a r m a s .
Sin e m b a r g o , los flamencos, q u e a b u n d a b a n e n t o n c e s en
la corte de E s p a ñ a , y q u e acaso sólo por h a c e r oposición á
los españoles se declararon protectores de Las Casas, lograron q u e Carlos V se i n t e r e s a s e en favor de éste y ordenase q u e las discusiones relativas al proyecto tuviesen
lugar en s u p r e s e n c i a . Hablaron en p r i m e r lugar los q u e
i m p u g n a b a n la proposición, y cuando á Las Casas le tocó
su t u r n o de d e f e n d e r l a , lo hizo con valor y energía, y no
tuvo embarazo en decir al e m p e r a d o r q u e sólo declarándose en favor de los o p r i m i d o s a m e r i c a n o s se haría digno de
reinar largos a ñ o s en el trono q u e había h e r e d a d o de sus
abuelos.
El resultado de estas conferencias fué q u e el proyecto se
aprobase, y la corte confió e n t o n c e s á Las Casas los elementos q u e había solicitado para el establecimiento de la
Colonia. El infatigable protector de los indios surcó por la
séptima vez las aguas del Atlántico; pero tuvo la desgracia
de q u e el t e r r e n o q u e se le señaló para llevar á cabo su
designio se hallaba inmediato á u n establecimiento españ o l , C o n d e s e habían cometido todo género de atrocidades.
Las Casas c o m p r e n d i ó q u e en aquel m o m e n t o no sería bien
recibido por los indios, y resolvió a g u a r d a r á q u e se disipasen aquellas t u r b u l e n c i a s para e n t r a r en la tierra. Pero
los l a b r a d o r e s q u e había llevado consigo no tuvieron la
misma paciencia que él y comenzaron á dispersarse en las
Colonias con la esperanza de e n c o n t r a r f o r t u n a . El p o b r e
sacerdote c o m p r e n d i ó e n t o n c e s q u e s u proyecto había
fracasado por completo, y se retiró á la Española, d o n d e
se e n c e r r ó en un convento de dominicos á devorar en silencio su pesar. Allí vistió el hábito de Santo Domingo, Orden
q u e tenia todas s u s simpatías, p o r q u e se había dedicado,
como él, á p r e d i c a r la libertad de los a m e r i c a n o s .
Este retiro no f u é i n f r u c t u o s o para la generosa e m p r e s a
q u e Las Casas había a r r o j a d o sobre s u s h o m b r o s . Allí comenzó á escribir su c é l e b r e Historia general de las Indias,
q u e no pocas veces h e m o s citado en este libro, sin olvidar
por esto su misión de p r e d i c a r el Evangelio y de aliviar la
s u e r t e de los a m e r i c a n o s por c u a n t o s medios e s t a b a n á su
alcance. En 1530, h a b i e n d o tenido noticia del d e s c u b r i miento del P e r ú , volvió á España, alcanzó de la corte n u e vas cédulas para q u e los indios de aquella región no fuesen
r e d u c i d o s á esclavitud, como los d e o t r a s partes; y t o r nando á América, atravesó el c o n t i n e n t e por Nicaragua y
se presentó á Pizarro y Almagro, á q u i e n e s intimó p e r s o n a l m e n t e las ó r d e n e s q u e llevaba en favor de los p e r u a n o s .
Después de h a b e r r e c o r r i d o m u c h a s y extensas regiones,
d o n d e lastimaban el corazón de Las Casas las g r a n d e s t r o pelías q u e cometían s u s compatriotas, regresó á Europa
en 1530, resuelto á t e n t a r un nuevo esfuerzo en favor de
los infelices a m e r i c a n o s . Por este t i e m p o había ya m u e r t o
Fonseca, y era p r e s i d e n t e del Consejo de Indias Loayza,
confesor de Carlos V. D j m i n i c a n o como Las Casas, acogió
con m a r c a d a benevolencia á su h e r m a n o y escuchó con
i n t e r é s las r e f o r m a s q u e proponía. Carlos, que, a u n q u e un
poco tarde, comenzaba á s e n t i r r e m o r d i m i e n t o s por la responsabilidad q u e tenía sin d u d a en los d e s ó r d e n e s q u e se
cometían á n o m b r e suyo en América, resolvió al fin r e p a r a r
los males q u e s u f r í a n s u s s ú b d i t o s del otro lado del A t l á n tico, q u e e r a n tan dignos de ser c o n s i d e r a d o s como los
españoles y los a l e m a n e s . Los d e m á s m i e m b r o s del Consejo
de Indias, y en general todos los q u e suponían algo en la
corte, se hallaban i m b u i d o s poco m á s ó m e n o s en las m i s m a s ideas, y p u e d e d e c i r s e q u e la s u e r t e de los a m e r i c a n o s
p r e o c u p a b a por la p r i m e r a vez todos los á n i m o s en su favor.
Este cambio debe a t r i b u i r s e en g r a n parte á la p u b l i c a ción q u e por aquella época hizo Las Casas de su Breve, relación sobre la destrucción
de las Indias Occidentales. Es este
un libro cuya l e c t u r a no p u e d e soportar el lector. Todos los
c r í m e n e s q u e la raza h u m a n a pueda haber cometido desde
su aparición sobre la tierra; todas las extorsiones, tod¿s
las violencias, todos los d e s ó r d e n e s q u e las pasiones d e s e n c a d e n a d a s hayan podido c a u s a r en el m u n d o ; todos los
horrores, en fin, q u e se atreva á concebir la imaginación
más exaltada, son pálidos en comparación de los hechos
q u e allí se a t r i b u y e n á los españoles. J a m á s se h a l e v a n tado á la especie h u m a n a un p a d r ó n de ignominia igual al
que le levantó el a u t o r de este libro. Se c o m p r e n d e perfectamente el espíritu q u e dictó á Las Casas esas páginas q u e
destilan s a n g r e . Apóstol de u n a idea, por cuyo t r i u n f o h a bía t r a b a j a d o en vano toda s u vida, todos los medios le
parecían b u e n o s p a r a llegar un día á la consecución de su
objeto. Acogía con avidez y sin crítica todas las noticias q u e
se daban sobre los excesos de s u s compatriotas e n el Nuevo Mundo, y no s o l a m e n t e las consignaba en su libro, sino
q u e también las exageraba algunas veces, con el deseo de
excitar la compasión general en favor de s u s clientes. Era
necesario r e c a r g a r de colores el cuadro, á fin de llamar la
atención de todo el m u n d o , y con el objeto d e q u e pudiese
abrirse paso e n t r e las pasiones de los colonos y los gritos
de sus p a t r o c i n a d o r e s , d e s e n c a d e n a d o s en contra de la
r e f o r m a q u e se pedía. Bajo este p u n t o de vista, el libro es
digno de todo encomio, p o r q u e alcanzó el objeto q u e se
propuso su autor. Carlos y s u s consejeros se condolieron
al fin de la s u e r t e de los americanos, y se expidieron leyes
en q u e se c o n d e n a b a t e r m i n a n t e m e n t e la esclavitud y se
t o m a b a n otras m e d i d a s para r e p r i m i r los excesos de los
conquistadores. En el libro siguiente nos o c u p a r e m o s de
estas disposiciones, q u e estuvieron á p u n t o de producir
u n a sublevación general en las Colonias.
Deseando el e m p e r a d o r r e m u n e r a r de alguna m a n e r a los
g r a n d e s servicios de Las Casas, le promovió á la silla e p i s copal de Cuzco, u n o de los m á s ricos obispados del Nuevo
Mundo. Pero el g e n e r o s o p r o t e c t o r d é l o s indios no a m b i cionaba riquezas, y lo r e n u n c i ó . Habiéndosele objetado q u e
le convenía estar r e v e s t i d o de u n alto c a r á c t e r p a r a el m e jor éxito de la misión q u e se había i m p u e s t o , aceptó al fin
la m i t r a de Chiapas, c u y a pobreza se avenía m u y bien con
su d e s i n t e r é s y m o d e s t i a .
Volvió e n t o n c e s á p r e s e n t a r s e en América; pero no fué
sino p a r a deplorar el p o c o caso q u e se hacía en las Colonias
de las leyes q u e a c a b a b a n de e x p e d i r s e en favor de los indios. Los c o n q u i s t a d o r e s , i n d i g n a d o s de q u e se les quisiese
a r r e b a t a r la p r e s a q u e c r e í a n h a b e r ganado l e g í t i m a m e n t e
con la p u n t a de su e s p a d a , se n e g a r o n á soltarla y eludieron bajo diversos p r e t e x t o s las sabias disposiciones de la
corte. P e r o no fué esto todo. R e p u t a d o Las Casas como el
principal motor de la r e f o r m a , en t o d a s p a r t e s se le recibió
f r í a m e n t e , y en a l g u n a s f u é a m e n a z a d o con la violencia.
Esto no le impidió p e r s e v e r a r con valor en su obra; se presentó en el Concilio p r o v i n c i a l de México; hizo q u e allí
fuese t a m b i é n c o n d e n a d a la esclavitud de los indios, y se
aprobó una proposición q u e p r e s e n t ó p a r a q u e f u e s e negada la absolución, h a s t a e n articulo de m u e r t e , al poseedor
de esclavos. Esta s e v e r i d a d acabó de e n a j e n a r l e la v o l u n tad de todos los colonos; s u s m i s m o s h e r m a n o s , los d o m i nicos, comenzaron á e n t i b i a r s e con él, y no le q u e d ó ya
otro r e c u r s o q u e r e n u n c i a r s u obispado y volver á E u r o p a .
Allí le a g u a r d a b a u n a n u e v a l u c h a y uno de los t r i u n f o s
m á s h o n r o s o s q u e o b t u v o en su vida. Juan Ginés d e S e púlveda, u n o d e los e s c r i t o r e s m á s distinguidos del s i glo xvi, acababa d e p u b l i c a r un libro titulado Democrates
secunclv.s, seu de justis
belli causis, en q u e combatía las
doctrinas de Las Casas y sostenía q u e los españoles tenían
razón para o b r a r c o m o o b r a b a n e n el Nuevo Mundo, en
v i r t u d del d e r e c h o q u e h a b í a d a d o á los r e y e s de Castilla
la bula Inter cceterci. A p e s a r de q u e esta obra halagaba
los i n t e r e s e s d e la c o r t e y los de todos los e u r o p e o s e s t a -
blecidos en América, q u e e r a n m u c h o s y muy poderosos,
había sido i m p u g n a d a ya por varios sabios españoles y condenada por las U n i v e r s i d a d e s de Salamanca y Alcalá. Las
Casas la i m p u g n ó t a m b i é n , sosteniendo q u e el paganismo
no era u n título b a s t a n t e p a r a d e s p o s e e r á los a m e r i c a n o s
de ninguno de sus d e r e c h o s y sosteniendo q u e Alejandro VI
sólo había concedido á la Corona de España el derecho de
predicar el Evangelio en las Indias Occidentales. Esta c o n troversia, sostenida por la P r e n s a , llegó á p r e o c u p a r de tal
m a n e r a la atención pública, q u e Carlos V creyó necesario
cortarla, o r d e n a n d o á su confesor Domingo Soto q u e reuniese u n a J u n t a , c o m p u e s t a de los teólogos y j u r i s c o n s u l tos m á s notables de la nación, a n t e los cuales compareciesen Sepúlveda y Las Casas á a d u c i r s u s razones. Verificóse
la r e u n i ó n en Valladolid, y el protector de los indios se
presentó en ella con valor y resolución, no obstante q u e
su contrario tenía una reputación casi europea y se había
hecho conocer en el o r b e católico por las obras q u e había
publicado contra el célebre r e f o r m a d o r Martín Lutero. Pero la v e r d a d y la justicia t r i u n f a r o n del escolasticismo; los
e j e m p l a r e s del libro de Sepúlveda q u e habían circulado, se
m a n d a r o n recoger de orden del e m p e r a d o r , y el alegato de
Las Casas, tal como lo c o m p r e n d i ó el m i s m o Soto, recibió
en Sevilla los h o n o r e s de la e s t a m p a .
Después de este triunfo, q u e no f u é i n f r u c t u o s o p a r a las
Colonias, p o r q u e todavía se dictaron a l g u n a s disposiciones
en favor de los indios, Las Casas se consagró e n E s p a ñ a á
sus d e b e r e s religiosos, sin olvidar por esto á s u s p o b r e s
clientes. Concluyó su Historia de las Indias, y en 1566, á la
edad de noventa y dos años, m u r i ó de u n a b r e v e e n f e r m e dad, en su m o n a s t e r i o de Atocha, en Madrid.
Tal es el h o m b r e q u e la Providencia suscitó á los a m e ricanos en los días en q u e e r a n víctimas de la m a y o r iniquidad, y tal t a m b i é n el q u e infamó la m e m o r i a de los
conquistadores del Nuevo Mundo con la acusación m á s t e -
rrible q u e se haya lanzado j a m á s contra u n ejército i n vasor.
Las Casas no se olvidó de F r a n c i s c o ' d e Montejo y s u s
c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a , y en la Breve relación de la destrucción de las Indias Occidentales, les dedica a l g u n a s p á ginas q u e no d e s m e r e c e n de las d e m á s del libro. Asegura
q u e en los años c o m p r e n d i d o s e n t r e 1526 y 1533 c o m e t i e ron todo género de a t r o c i d a d e s en Yucatán, no sólo m a tando á los indios y despojándolos de s u s haciendas, sino
también r e d u c i é n d o l e s á la esclavitud, p a r a venderlos d e s pués en u n a especie de s u b a s t a p ú b l i c a . Se verificaba é s ta, dice, poniendo á la vista del t r a f i c a n t e de esclavos cien
doncellas ó trescientos h o m b r e s robustos, y se les pedía
u n a a r r o b a de vino ó de aceite por la pieza q u e eligieran.
Llegó el caso, a ñ a d e con santa indignación, de Vender por
un queso un mancebo q u e parecía el hijo de un p r í n c i p e y
de dar cien p e r s o n a s por un caballo.
Cogolludo h a h e c h o n o t a r , con m u c h a razón, q u e m u c h a s
de estas a t r o c i d a d e s son inverosímiles; p o r q u e el Adelantado, en su p r i m e r a expedición, a p e n a s pudo d e f e n d e r s e
de los mayas q u e l u c h a b a n con valor p o r su i n d e p e n d e n c i a ,
y al fin se vió en la necesidad de a b a n d o n a r s u e m p r e s a .
En efecto; ¿dónde y cómo p u d i e r o n e n t r e g a r s e los conquistadores de Yucatán á este tráfico d e c a r n e h u m a n a ? No en
Chichón Itzá; porque, a d e m á s de ser u n a población s i t u a d a
en el interior de la P e n í n s u l a , a d o n d e no habría p e n e t r a d o
n u n c a ningún m e r c a d e r español, los indios e r a n tan s u p e riores á ellos, q u e ya h e m o s visto cómo tuvieron necesidad
de apelar á u n a e s t r a t a g e m a p a r a h u i r . Tampoco en C a m p e c h e ni Villarreal, p o r q u e t a m b i é n allí todas las ventajas
estuvieron de parte de los mayas, y los invasores t r a b a j o s a m e n t e se proveían de víveres en las poblaciones c i r c u n vecinas.
No p u e d e decirse lo m i s m o de la s e g u n d a expedición,
en q u e ya los castellanos f u e r o n s i e m p r e los vencedores
y en q u e es indudable que condenaron á la esclavitud á
sus prisioneros de g u e r r a . Pero de este atentado son m e n o s
culpables los m i s m o s conquistadores q u e el e m p e r a d o r
que había firmado la capitulación de G r a n a d a , y q u e los
autorizaba para cometerlo. Ya veremos, sin embargo, q u e
Francisco de Montejo, hijo, se opuso s i e m p r e al tráfico de
esclavos, y q u e su resistencia en este sentido estuvo á
punto de c a u s a r u n a revolución en la naciente Colonia.
En cuanto á las d e m á s c r u e l d a d e s de "que el obispo de
Chiapas acusa á los españoles, h a y algunas e v i d e n t e m e n t e
que p e r t e n e c e n al género de las q u e inventó ó exageró
para excitar la compasión del Consejo de Indias en favor
de los americanos. Refiere, por e j e m p l o , q u e un español
que andaba cazando por los b o s q u e s , a r r e b a t ó un niño de
los brazos de su m a d r e y lo hizo pedazos para darle de c o m e r á sus perros, q u e venían m u e r t o s de h a m b r e . Ignora
si este hecho aconteció en Yucalán ó en Nueva E s p a ñ a , y
ya es un motivo para d u d a r de la veracidad del h i s t o r i a dor la circunstancia de q u e no sepa fijamente el lugar en
que se realizó. Pero aparte de esto, sería necesario desconocer a b s o l u t a m e n t e la naturaleza h u m a n a para c r e e r
que haya un h o m b r e q u e con la sonrisa en los labios sea
capaz de destrozar á un niño inocente, miembro por m i e m bro, para dar de comer á un p e r r o . ¡No! El h o m b r e no es
tan malo como le ha pintado Las Casas; y si es v e r d a d q u e
ha anegado en sangre la tierra q u e habita, h a sido s i e m p r e
cuando la pasión le ha cegado ó cuando del a s e s i n a t o de
su h e r m a n o ha creído sacar alguna utilidad. Si hay algunos m o n s t r u o s q u e cometan el crimen por sólo el placer
de m a n c h a r s u s m a n o s con sangre, esos son la excepción
y la deshonra d é l a especie, y es increíble que se h u b i e s e n
multiplicado en los días de la conquista.
No i n t e n t a r e m o s negar por esto q u e Francisco de Montejo y sus c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a h u b i e s e n cometido
excesos en la ejecución de su e m p r e s a . ¿Qué conquistador
24
no los h a cometido? Ya h e m o s consignado en estas páginas varios de los que en n u e s t r o concepto m e r e c e n algún
crédito, á causa de estar r e f e r i d o s por historiadores q u e
n i n g ú n i n t e r é s podían t e n e r en e n g a ñ a r á la posteridad.
Sí, la sangre corrió con a b u n d a n c i a ; el español f u é g e n e r a l m e n t e desapiadado p a r a con el vencido; ¡quién sabe
cuántas veces m a t ó sólo por no t o m a r s e el trabajo de v i gilar y m a n t e n e r á sus prisioneros! (5). En cambio, las r e presalias de los mayas f u e r o n todavía m á s terribles y sangrientas. Si el c o n q u i s t a d o r respetó alguna vez la vida del
cautivo, sea p a r a darle d e s p u é s la libertad ó para convertirle en esclavo, el maya fué s i e m p r e implacable para con
los suyos. ¡No existe noticia de q u e h u b i e s e p e r d o n a d o
n u n c a la vida á ningún castellano! No es de e x t r a ñ a r , pues,
que, t e r m i n a d a la conquista, Francisco de Montejo se h u biese e n c o n t r a d o con q u e había perdido más de seiscientos
d e s ú s c o m p a ñ e r o s de a v e n t u r a . Sólo sobrevivieron á la
e m p r e s a ciento noventa, q u e fueron calificados de conquistadores (6), p a r a tener d e r e c h o á los goces que les a c o r daba la ley.
No i n s i s t i r e m o s más s o b r e este p u n t o , porque, como h e mos observado en otra parte, las evoluciones de la Huma(5)
E n u n a carta que el cabildo de Mérida dirigió á Carlos V en 14 de j u -
nio de 1543, se dice á este propósito lo que sigue: «Y aderezado de todo lo n e c e sario nuestro capitan general, salió á los que se rehicieron en la otra parte, que
es en la provincia de Cochvá, gente más belicosa é más cercana de nosotros,
donde h u b o m u c h o s r e e n c u e n t r o s é batallas, y le hirieron y mataron m u c h a ,
senté y caballos, y duró la guerra cuatro meses: tomándose como se tomó m u y
*rau presa de m u j e r e s y muchachos, los cuales luego se soltaron, porque de
ellos no h a y otro provecho sino tenerlos en prisión y darles de comer. Otros
m u c h o s se mataron y de cada dia se matan, por no ser V. M. servido de nos los
dar por esclavos, q u e si V. M . lo ficiera, daría causa á que los españoles de alg u n a cosa se r e m e d i a s e n , y los pobres inccenies no muriesen, porque siendo
esclavos, sus amos los guardarían é criarían, é doctrinarían en fe cristiana. Y
viendo que V. M. ñ o es servido que así sea, sin poder poner en ello remedio,
los matan.»
(6)
COGOLLUDO, Historia
de Yucatán,
libro III, cspítu'o XVI.
t
nidad van á m e n u d o a c o m p a ñ a d a s de violencias, y el historiador q u e se ve obligado á referirlas, debe ocuparse
m e n o s de deplorar la s a n g r e vertida q u e de e x a m i n a r el
cambio social q u e haya producido. La e m p r e s a de Monte jo ¿fué de alguna utilidad para la Península? ¿La elevó algo
en el t e r m ó m e t r o de la civilización, en r e c o m p e n s a de
tantos c o m b a t i e n t e s sacrificados, de tantas violencias y
extorsiones, c o m p a ñ e r a s inseparables de toda g u e r r a d e
conquista? En el libro siguiente, d o n d e nos p r o p o n e m o s
hacer u n estudio de las i n s t i t u c i o n e s coloniales, podrá juzgar el lector del acierto con q u e los españoles c u m p l i e r o n
la misión de q u e se creían investidos, p ara r e g e n e r a r esta
porción de la América.
APENDICE
Descripción
1
del templo de Kukulcán, en Chichón, por STEPIIESS (Viaja
Yucatán, tomo II, capitulo XVII).
á
Dejando este c ú n a l o de edificios llamado las Monjas, y
tomando hacia el Norte, á distancia de cuatrocientos pies
llegamos al edificio m á s c u l m i n a n t e de Chichén, por su
apariencia pintoresca y p o r su desemejanza absoluta á todos los q u e hasta allí h a b í a m o s visto, á excepción de u n o
muy destruido q u e visitamos en las r u i n a s de Mayapán. Es
de forma circular y se le da el n o m b r e de caracol ó escalera elíptica, en razón de su arreglo interior; está construido en la parte superior de dos terrazas: la p r i m e r a de éstas
tiene de frente, de Norte á Sur, doscientos veintitrés pies,
y ciento cincuenta de p r o f u n d i d a d de Este á Oeste, encontrándose aún en muy b u e n estado de preservación. Una
gran escalinata de c u a r e n t a y cinco pies de ancho y de
veinte peldaños guía hasta la plataforma de esta terraza.
A cada lado de la escalinata, y f o r m a n d o una especie de
balaustrada, se ven enlazados los cuerpos de dos gigantescas s e r p i e n t e s de tres pies de espesor, de las cuales todavía existen restos considerables, y entre las r u i n a s vimos
la colosal cabeza de una de ellas, q u e terminaba de un lado
al pie de las escaleras.
La plataforma de la segunda terraza
mide ochenta pies
de f r e n t e , sobre c i n c u e n t a y cinco de p r o f u n d i d a d , y se llega
á ella p o r medio de otra escalinata de c u a r e n t a y dos pies
de a n c h u r a y dieciséis escalones. En el centro de ellas,
y contra la p a r e d de la terraza, se e n c u e n t r a n los restos de
un p e d e s t a l de seis pies de altura, y sobre el cual estuvo
p r o b a b l e m e n t e algún ídolo. E n c i m a de la plataforma, á distancia de q u i n c e pies del último peldaño, se e n c u e n t r a el
edificio d e q u e voy h a b l a n d o , y tiene veintidós pies de diám e t r o con c u a t r o p e q u e ñ a s p u e r t a s q u e dan á los p u n t o s
c a r d i n a l e s . Una g r a n porción d é l a parte s u p e r i o r y algo de
los lados h a caído en r u i n a s . La p a r t e superior de la cornisa
tiene u n a f o r m a tal, q u e t e r m i n a en un ápice. La altura del
c o n j u n t o , con inclusión de a m b a s terrazas, es poco m á s ó
m e n o s d e s e s e n t a pies; y cuando estuvo entero, debió h a ber p r e s e n t a d o este edificio u n a s o r p r e n d e n t e apariencia,
a u n en m e d i o de todos c u a n t o s le r o d e a b a n . Las c u a t r o
p u e r t a s d a n e n t r a d a á u n a galería circular de cinco pies
de a n c h o , y la p a r e d anterior, es decir, la q u e se p r e s e n t a ba de f r e n t e al tiempo de e n t r a r , tenía también c u a t r o
p u e r t a s m á s p e q u e ñ a s aún q u e las p r i m e r a s , colocadas en
los p u n t o s i n t e r m e d i o s del compás, esto es, m i r a n d o al
Noreste, al Noroeste, al Suroeste y Sureste; estas p u e r t a s
dan e n t r a d a á un s e g u n d o corredor de idéntica forma al
p r i m e r o y d e c u a t r o pies de a n c h u r a ; el c e n t r o es una m e s a
circular, d e p i e d r a sólida al p a r e c e r , de siete pies y seis
pulgadas d e d i á m e t r o ; pero en cierto sitio, á la altura de
ocho pies d e l piso, había u n a p e q u e ñ a a b e r t u r a c u a d r a n g u lar, o b s t r u i d a de piedras, q u e yo p r o c u r é despejar en lo p o sible, a u n q u e i n ú t i l m e n t e , p o r q u e cayendo las p i e d r a s en
la galería, e r a ya peligroso c o n t i n u a r . Por otra p a r t e , el t e cho e s t a b a tan vacilante, q u e no m e f u é dable d e s c u b r i r el
sitio a d o n d e guiaba aquella singular a b e r t u r a , q u e tenía el
t a m a ñ o s u f i c i e n t e p a r a a d m i t i r la cara de un h o m b r e puesto en pie y p o d e r c o n t e m p l a r la p a r t e exterior. Las p a r e d e s
de a m b a s galerías ó c o r r e d o r e s estaban revocadas y ador-
nadas de p i n t u r a s y c e r r a n d o en bóveda t r i a n g u l a r , según
el estilo de estas c o n s t r u c c i o n e s . Nuevo era, p o r cierto, el
plan de este edificio; pero en vez de contribuir á esclarecer
los secretos desconocidos hasta hoy, no vino á servir sino
para d i f u n d i r nuevos misterios acerca de estas antiguas y
extrañas estructuras.
Descripción del edificio conocido con el nombre de «El Castillo» t a l c u a l se
hallaba A mediados del siglo xvx, en QUE LAKOA visitó á Chichón
de las cosas de Yucatán,
(Relacé
§XII).
Este edificio tiene quatro escaleras q u e m i r a n á las q u a tro p a r t e s del m u n d o : tiene de ancho á t r e i n t a y t r e s pies
y á noventa y un escalones cada u n a q u e es m u e r t e subirlas T i e n e en los escalones la misma altura y a n c h u r a que
nosotros d a m o s á los n u e s t r o s . Tiene cada escalera dos
passamanos b a j o s á igual de los escalones de dos pies de
ancho de buena cantería como lo es todo el edificio. No es
este edificio esquinado, p o r q u e desde la salida del suelo se
comienzan á labrar d e s d e los p a s s a m a n o s al contrario, como están pintados u n o s cubos r e d o n d o s q u e van s u b i e n d o
á trechos y e s t r e c h a n d o el edificio por m u y galana o r d e n .
Abia cuando yo le vi al pié de cada p a s s a m a n o u n a fiera
boca de sierpe de u n a pieza bien c u r i o s a m e n t e labrada. Acabadas de esta m a n e r a las escaleras, q u e d a en lo alto u n a
placeta llana en la qual está un edificio edificado de q u a tro q u a í t o s . Los t r e s se andan á la r e d o n d a sin impedímentó y tiene cada u n o p u e r t a en medio y están cerrados
de bóveda. El q u a r t o del norte se anda por si con un corredor de pilares gruesos. Lo de en medio q u e abia de sei
como el patinico q u e h a c e el orden de los paños del edmcio,
tiene u n a p u e r t a q u e sale al corredor del norte, y esta por
arriba c e r r a d o de m a d e r a y servia de q u e m a r los s a u m e -
rios. A y en la e n t r a d a de esta p u e r t a ó del c o r r e d o r u n
m o d o de a r m a s esculpido en una piedra q u e no p u d e bien
e n t e n d e r . Tenía este edificio otros m u c h o s y tiene hoy en
dia, á la r e d o n d a de si bien hechos y g r a n d e s , y todo en
suelo del á ellos encalado q u e a ú n ay á p a r t e s m e m o r i a
de los encalados tan fuerte es el a r g a m a s a de q u e allá los
hacen. Tenia delante la escalera del n o r t e algo a p a r t e dos
teatros de cantería p e q u e ñ o s de á cuatro escaleras y enlo •
zados por a r r i b a en q u e dicen r e p r e s e n t a b a n las farsas y
comedias para soláz del pueblo.
to de la fachada un aire de imponente riqueza, está situado
sobre la p u e r t a central. Alrededor de la cabeza de la principal figura hay u n a s líneas de caracteres, q u e con la prisa
de n u e s t r a p r i m e r a visita no creímos diferentes de los otros
incomprensibles objetos esculpidos sobre la fachada; pero
esta vez d e s c u b r i m o s q u e aquellos c a r a c t e r e s eran geroglíf1C0s
Por la posición c u l m i n a n t e que ocupan, no hay
duda q u e envolvían alguna significación de importancia.
Probablemente se pusieron p a r a r e c o r d a r la construcción
del edificio, el tiempo en q u e se fabricó y el pueblo q u e
realizó la o b r a .
T o d a s las d e m á s p u e r t a s tienen arriba d e c o r a c i o n e s notables, y a u n elegantes, q u e alguna vez varían en los deta-
Descripción de la casa del Gobernador,
en ü x m a l , tomadadel Viaje á
Yucatán,
de STEPHENS, tomo I, capítulo VIII.
La p r i m e r a r u i n a notable es la llamada casa del Gobernador, en q u e e s t á b a m o s alojados, y q u e está situada sobre
tres g r a n d e s terrazas. Tiene de f r e n t e 322 pies, y es i m p o sible d a r u n a idea exacta de los minuciosos detalles de s u s
a d o r n o s arquitectónicos. El edificio, tal cual existe hoy,
tiene d e s t r u i d a s e n t e r a m e n t e algunas p a r t e s de la f a c h a da
Los e s c o m b r o s , q u e hoy existen caídos, forman u n a
gran m a s a d e caliza, p i e d r a s r u d a s y esculpidas, todo mezclado de u n a m a n e r a c o n f u s a , y q u e j a m á s había sido r e movido hasta q u e nosotros metimos allí la m a n o para dese n t e r r a r y e x a m i n a r a l g u n o s de los o r n a m e n t o s de arquitectura s e p u l t a d o s en aquella mezcla.
El edificio está construido e n t e r a m e n t e de piedra. La
fachada p r e s e n t a u n a s u p e r f i c i e lisa hasta la cornisa, q u e
corona todo el edificio en s u s c u a t r o lados. Mas sobre esta
superficie h a y u n a sólida masa de ricos y complicados
adornos, m i n u c i o s a m e n t e esculpidos y q u e forman u n a especie de a r a b e s c o .
El m á s espléndido de estos adornos, y q u e da al c o n j u n -
lles; pero q u e c o r r e s p o n d e n en su carácter g e n e r a l y efecto á las d e m á s .
En la p a r t e superior de la p u e r t a principal existen los
restos de una figura sentada en una especie de trono, q u e
a n t i g u a m e n t e descansaba sobre un rico adorno, parecido á
otras labores q u e se ven sobre algunas otras p u e r t a s del
edificio. El a d o r n o de la cabeza es elevado, y nace de él un
e n o r m e p l u m e r o , que, dividiéndose en la parte superior,
cae s i m é t r i c a m e n t e de cada lado hasta tocar los otros a r a bescos en q u e descansan los pies d é l a estatua. Tal vez cada
figura de esas r e p r e s e n t a el r e t r a t o de algún c a c i q u e , s a cerdote, profeta ó g u e r r e r o q u e se h u b i e s e h e c h o notable
en la historia de este pueblo dasconocido.
Sobre el adorno d e q u e h 3 hablado antes, se e n c u e n t r a
otro q u e ocupa toda la porción del m u r o , d e s d e el tope del
plumero hasta la cornisa, á lo largo de todo el edificio. Esta
clase de combinación o r n a m e n t a l se ve en m u c h a s partes
de aquella fábrica, y es el q u e más prevalece en todas las
ruinas. Hay otra clase peculiar de adornos, q u e se proyectan de la superficie en forma c u r v a , cada uno d é l o s cuales
tiene un pie y siete pulgadas de largo d e s d e el p u n t o en
q u e comienza la proyección hasta el fin de la curva, r e -
p r e s e n t a n d o algo la trompeta de un elefante, cuyo n o m b r e
les dió W a l d e c k , acaso con alguna p r o p i e d a d , a u n q u e no
es por el motivo q u e p r o b a b l e m e n t e se propuso aquel a u t o r ,
p o r q u e el elefante e r a u n a n i m a l desconocido en el c o n t i nente americano. Esta proyección de p i e d r a a p a r e c e en
toda la fachada y e n los ángulos, y se e n c u e n t r a e n todos
los edificios, a l g u n a vez en f o r m a i n v e r s a . Es un h e c h o
singular que, á p e s a r de hallarse este a d o r n o f u e r a del alcance de la m a n o , la e x t r e m i d a d de casi todos ellos ha
sido destruida, y a p e n a s q u e d a n tres intactos en todas las
p a r e d e s de las r u i n a s de Uxmal. Acaso f u e r o n los e s p a ñ o les quienes c o m e t i e r o n esta a t r o c i d a d , a u n q u e los indios
creen a c t u a l m e n t e q u e todos estos antiguos edificios son
frecuentados, y q u e todos los monifatos
se a n i m a n y p a sean de noche. D u r a n t e el día, esos m o n i f a t o s se tienen
por inofensivos, y h a c e m u c h o t i e m p o q u e los indios tien e n la c o s t u m b r e d e desfigurarlos con el m a c h e t e , c r e y e n do aplacar con esto su e s p í r i t u e r r a n t e y v a g a b u n d o .
Es m u y difícil h a c e r u n a descripción de los a d o r n o s de
u n a fachada en la q u e n o hay u n a sola p i e d r a q u e r e p r e sente por sí u n o b j e t o d e t e r m i n a d o , sino q u e cada a d o r n o
ó combinación se f o r m a d e p i e d r a s s e p a r a d a s , c u i d a d o s a m e n t e esculpidas, p a r a r e p r e s e n t a r la p a r t e q u e les está
destinada, y colocadas en s u sitio propio p a r a completar el
conjunto. Cada p i e d r a por sí sola no r e p r e s e n t a cosa alguna; pero colocada al lado de las d e m á s , f o r m a n un todo
q u e sería i n c o m p l e t o sin ella. Tal vez sería más propio llamarla una especie d e mosaico esculpido; y no m e deja d u d a
q u e todos aquellos a d o r n o s tienen un significado s i m b ó l i co, y que cada p i e d r a es p a r t e de u n a historia, de alguna
alegoría ó fábula.
La parte p o s t e r i o r de la casa del Gobernador
es una
sólida pared, sin p u e r t a ni a b e r t u r a de n i n g u n a clase, y
tiene, lo mismo q u e el f r e n t e , un a d o r n o s o b r e la cornisa, de
piedra esculpida, q u e r e c o r r e toda su longitud. Sin e m -
bargo, los objetos r e p r e s e n t a d o s no tienen tanta complicación ni la e s c u l t u r a es tan minuciosa. También de este
lado h a caído casi toda la fachada.
Los dos costados son de treinta y nueve pies cada u n o ;
no tienen m a s q u e una p u e r t a , y los adornos son t a m b i é n
bastante sencillos.
El techo es plano y cubierto de mezcla; pero todo él se
pierde bajo un b o s q u e de a r b u s t o s y matojos.
Tal es la parte exterior de la casa del Gobernador. Si yo
fuese á d a r u n a descripción c i r c u n s t a n c i a d a de todos sus
detalles, se alargaría este libro i n d e f i n i d a m e n t e . Su rasgo
más característico consiste en ser el edificio largo, bajo y
estrecho, sencillo bajo de la cornisa, y recargado de adornos sobre de ella... La casa del Gobernador tenía once e n tradas en el f r e n t e y una en cada lado. Las p u e r t a s ya no
existían, y los dinteles en q u e se apoyaban habían c a í d o .
El interior está dividido l o n g i t u d i n a l m e n t e , por medio de
una pared, en dos corredores, y éstos también lo están, por
paredes y particiones c r u z a d a s , en piezas oblongas. Cada
par de estas piezas, la de delante y la de atrás se c o m u n i caban por u n a p u e r t a q u e correspondía e x a c t a m e n t e á la
puerta del f r e n t e .
Los principales d e p a r t a m e n t o s del c e n t r o tienen sesenta
pies de largo, con tres p u e r t a s q u e d a n á la terraza. El del
frente es de once pies seis p u l g a d a s de ancho, y el i n t e rior de t r e c e pies. El p r i m e r o , h a s t a el tope del arco, tiene
veintitrés pies de elevación, y veintidós el otro, q u e solo
tiene una p u e r t a de e n t r a d a . Desde la pieza del frente, y a
excepción de ella, no se e n c u e n t r a n i n g u n a otra a b e r t u r a
ni vía de comunicación; de m a n e r a q u e en s u s e x t r e m i d a des hay m u c h a h u m e d a d y o s c u r i d a d , como sucede con
todas las d e m á s piezas interiores. En estos dos d e p a r t a m e n t o s h a b í a m o s fijado n u e s t r a residencia.
Las p a r e d e s están c o n s t r u i d a s de piedras lisas c u a d r a d a s ,
y á cada lado de la e n t r a d a existen los restos de u n o s a m -
líos de piedra, flechados en la p a r e d , lo q u e sin d u d a tenía
alguna conexión con el m e c a n i s m o de las p u e r t a s . El piso
es de mezcla, m u y d u r a en algunas partes; pero rota y pulverizada en las más, por su larga exposición á la i n t e m perie.
La t e c h u m b r e , lo m i s m o q u e en el Palenque, f o r m a un
arco t r i a n g u l a r , sin clave. El s o p o r t e es h e c h o d e p i e d r a s
c o r t a d a s al sesgo p a r a p r e s e n t a r u n a superficie tersa y c u bierta en u n a m a g n i t u d como d e dos pies del p u n t o de
contacto por u n a e s p e s a capa d e piedras planas. Al través
del a r c o hay vigas de m a d e r a , fijas s u s e x t r e m i d a d e s en la
p a r e d , y q u e p r o b a b l e m e n t e f u e r o n e m p l e a d a s p a r a sosten e r el a r c o m i e n t r a s se estaba c o n s t r u y e n d o el edificio.
Mencionaré u n a c i r c u n s t a n c i a . Cuando e s t á b a m o s t r a zando n u e s t r o plano, h a l l a m o s q u e la p a r e d posterior, en
toda su extensión de d o s c i e n t o s setenta pies, tenía un e s pesor de nueve, lo q u e equivalía casi á toda la a n c h u r a
del d e p a r t a m e n t o del f r e n t e . S e m e j a n t e espesor no era
c i e r t a m e n t e n e c e s a r i o p a r a s o s t e n e r el edificio, y llegamos
á s o s p e c h a r q u e h a b r í a allí a l g u n o s ocultos pasadizos, y en
esta c r e e n c i a d e t e r m i n a m o s practicar u n a a b e r t u r a en la
p a r e d del d e p a r t a m e n t o del c e n t r o .
En la cavidad q u e dejó en la mezcla la remoción ele
aquella piedra, h a b i a dos m a r c a d o s vestigios, q u e e n c o n t r a m o s d e s p u é s con m u c h a f r e c u e n c i a en todos los edificios a r r u i n a d o s del país. Esos vestigios e r a n f o r m a d o s por
la impresión de u n a m a n o roja con los dedos extendidos,
no pintados ó d e l i n e a d o s , sino e s t a m p a d o s por la i m p r e s i ó n
de una m a n o viva, h u m e d e c i d a d e alguna p i n t u r a roja y
fijada en la p a r e d . Los l i n e a m e n t o s y contornos de la m a n o
e r a n claros y d i s t i n t o s en la i m p r e s i ó n . Había cierto s e n t i miento de vida en los p e n s a m i e n t o s excitados por aquel
f e n ó m e n o , q u e casi p r e s e n t a b a la imagen de los ya extinguidos habitantes, v a g a n d o en aquellos edificios. Había u n a
c i r c u n s t a n c i a m u y n o t a b l e en aquellas manos, á s a b e r : q u e
eran demasiado p e q u e ñ a s . Las n u e s t r a s , c u a n d o las extendíamos sobre la i m p r e s i ó n , la ocultaban completamente;' y
esta circunstancia era tanto m á s interesante, cuanto que, según observación propia y ajena, la pequeñez d é l a s m a n o s y
pies de los indios actuales es uno de los rasgos más c a racterísticos de su conformación física.
Las piedras q u e contenían estos vestigios fueron las primeras q u e cayeron c u a n d o c o m e n z a m o s á a b r i r u n a brecha en aquella pared. Servírnonos de dos b a r r e t a s q u e había en la hacienda, y d e s p u é s de estar t r a b a j a n d o los indios
cerca de dos días, hicieron u n a a b e r t u r a de seis ó siete
pies de p r o f u n d i d a d ; pero toda la p a r e d e r a sólidamente
formada de piedras y mezcla tan d u r a como u n a roca. Nos
fué imposible d e s c u b r i r la v e r d a d e r a razón del i n m e n s o
espesor de aquella m u r a l l a , c u a n d o todas las d e m á s p r o porciones arquitectónicas eran tan regulares, y la e n o r m e
b r e c h a q u e a b r i m o s quedó allí p a r a h a c e r n o s constantes
reproches por todo el tiempo q u e d u r ó n u e s t r a residencia
enUxmal.
En pocas palabras m á s h a b r é t e r m i n a d o mi descripción
de este edificio. En el d e p a r t a m e n t o del ala del Sur hallamos aquella viga esculpida de geroglíficos que tanto nos
interesó en n u e s t r a p r i m e r a visita. En algunos de los d e p a r t a m e n t o s interiores, los dinteles conservan su sitio sob r e las e n t r a d a s , y uno ú otro yacía en tierra con toda su
solidez y dureza, debiendo sin d u d a su conservación al
mejor resguardo que tenía respecto de los q u e estaban c o locados en las d e m á s entradas. La viga de q u e h e hablado
era la única pieza de madera esculpida q u e había en U x mal, y considerárnosla interesante, como un signo de cierto
grado de perfección en un arte del cual no h a b í a m o s descubierto vestigio alguno en n u e s t r a s p r e c e d e n t e s exploraciones, excepto tal vez en Ococingo, en d o n d e hallamos u n a
viga, no esculpida como la de Uxmal; pero p u l i m e n t a d a de
u n a m a n e r a en q u e parecía h a b e r intervenido la acción de
un recio y agudo i n s t r u m e n t o metálico. Por esta vez no
quise q u e se m e escapase aquella viga. Era de zapote trem e n d a m e n t e pesada é i n m a n e j a b l e , y tenía diez pies de
largo, pie y nueve p u l g a d a s de a n c h o y diez pulgadas de espesor
Así por el deseo de o f r e c e r á n u e s t r o s lectores u n a mués"
t r a de la literatura maya, como por el i n t e r é s histórico q u e
encierra, i n s e r t a m o s á c o n t i n u a c i ó n el m a n u s c r i t o á q u e
se ha dado el titulo de Serie de épocas mayas, y cuyo
origen h e m o s explicado en el libro I, c a p í t u l o VIII, de esta
historia.
Lai u tzolan Katun l u k c i ti cab ti yotoch Nonoual c á n t e
añilo Tutul Xiú ti chikin Zuiná, u l u u m i l u talelob T u l a p a n
chiconahthan.
Cante bin ti N a t u n lie u x i m b a l o b ca uliob uaye yetel
I I o l o n - C h a n - T e p e u h yetel u c u c h u l o b : ca hokiob ti petene
Uaxac Ahau bin yan cuchi, Uac Ahau, Can Ahau, Cabil
Ahau, c a n - k a l h a a b c a - t a c h u m p p e l h a a b . Turnen h u n
piztun Oxlahun A h a u c u c h i e ca uliob uay ti petene, c a n kal haab c a - t a c h u m p p e l h a a b tu p a k t e i l yete cu ximbalob
lukci tu luumilob ca talob uay ti p e t e n e Chacnouitan lae.
Uaxac Ahau, Uac A h a u , Cabil A h a u .
Kuchci Chacnouitan A h m e k a t Tutul Xiú: h u m p p e l h a a b
m i n a n ti ho-kal haab c u c h i yanob C h a c n o u i t a n lae. Laitun
uchci u chicpahal t z u c u b t e Ziyan-Caan, lae Bakhalal.
Can Ahau, Cabil A h a u , Oxlahun A h a u , o x - h a l h a a b c u
tepalob Ziyan-Caan ca e m o b uay lae. Lai u haabil cutepalob
Bakhalal c h u u l t e lai t u n c h i c p a h i C h i c h é n - I t z á lae.
Buluc Ahau, Bolon A h a u , U u c A h a u , Ho Ahau, Ox A h a u ,
Hun Ahau.
Uac-kal h a a b c u tepalob C h i c h é n - I t z á , ca paxi C h i c h é n Itzá ca binob cahtal C h a n p u t u n ti y a n h i u y o t o c h o b A h Itzaob, k u y e n uincob lae. U a c A h a u
chucuc u
luumil
Chanputun.
Can Ahau, Cabil Ahau, O x l a h u n A h a u , B u l u c A h a u , Bolon Ahau, U u c Ahau, Ho Ahau, Ox A h a u , Hun A h a u , Lahcá
Ahau, Lahun Ahau, Uaxac A h a u p a x c i C h a n p u t u n ; o x l a h u n kal haab cu tepalob C h a n p u t u n t u m e n e l Itzá u i n c o b , ca
talob u tzaclé u yotochob tu c a t e n , l a i x t u n u k a t u n i l b i n ciobAh-Itzáob yalan che, y a l a n a b a n , y a l a n ak ti n u m y a o b
lae. Uac Ahau, Can Ahau, c a - k a l h a a b ca talob u heoob
yotoch tu caten ca tu zatahob C h a k a m p u t u n .
Lai u katunil cabil Ahau u h e o c i c a b A h c u i t o k T u t u l X i ú
Uxmal. Cabil Ahau, Oxlahun A h a u , B u l u c A h a u , Bolon A h a n ,
Uuc Ahau, Ho Ahau, Ox A h a n , H u n A h a u , L a h c á A h a u ,
Lahun Ahau, lahun- kal h a a b c u t e p a l o b yetel u halach
uinicil Chichén-Itzá yetel M a y a l p a n .
Lai u katunil Buluc Ahau, B o l o n A h a u , Uac A h a u , U a x a c
Ahau, paxci u halach uinicil C h i c h ó n Itzá, t u m e n e l u k e banthan H u n a c - E e l , ca uch ti C h a c x i b - C h a c C h i c h é n - I t z á
tu k e b a n t h a n Hunac-Eel u h a l a c h uinicil Mayalpan ichpac.
Can-kal h a a b c a - t a c l a h u n piz h a a b t u l a h u n t u n U a x a c
Ahau cuchie, lai u haabil paxci t u m e n e l Ahtzin-Teyut-Chan,
yetel Tzuntecum, yetel Taxcal, y e t e l P a n t e m i t Xuchu-Cuet,
yetel Itzcuat, yetel Kakaltecat, lay u k a b a uinicilob lae
muctulob ah Mayapanob lae. L a i l i u k a t u n i l U a x a c A h a u ,
lai ca binob u p á ah-Ulmil A h a u , t u m e n e l u u a h a l - u a h o b
yetel ah-Itzmal Ulil Ahau; lae o x l a h u n uuo u k a t u n i l o b ca
paxob turnen Hunac-Eel t u m e n e l u oabal u oaátob. U a c
Ahau ca ooci, h u n - k a l h a a b c a - t a c c a n l a h u n pizi.
Uac Ahau, Can Ahau, Cabil A h a u , Oxlahun Ahau, Buluc
Ahau, Chucuc u luumil i c h p á a M a y a l p a n , t u m e n e l u pach
tulum, t u m e n e l multepal i c h c a h Mayalpan, t u m e n e l Itzá
uinicob yetel Ah-Ulmil Ahau l a e .
Can-kal h a a b ca-tac oxppel h a a b , yocol Buluc A h a u c u -
cliie paxci Mayalpan t u m e n e l ah-Uitzil oul, Tancah Mayalpan.
Uaxac Ahau lay paxci Mayalpan lai u katunil Uac A h a u ,
Can Ahau, Cabil A h a u , lai h a a b ca yax m a n i españoles u
yaxilci caa l u u m í Yucatán t z u c u b t e lae, oxhal haab paxac
ichpa c u c h i e .
Oxlahun A h a u , Buluc Ahau, uchci maya cimil ichpa yetel
nohkakil: Oxlahun Ahau cimci Ahpulá u a c p p e l h a a b u binel
m i oococ u xucol Oxlahun Ahau cuchie, ti yanil u xocol
h a a b ti lakin cuchie, canil Kan cunlahi, Pop tu holhun
Zip c a - t a c oxppeli Bolon Imix u kinil lai cimi Ahpulá; laitun año cu ximbal c u c h i lae ca oheltabac lai u xoc numero il años lae 1536 años cuchie, ox hal h a a b paaxac ichpá
cuchi lae.
Laili ma oococ u xocol Buluc Ahau lae lai ulci españoles
kul uinicob ti lakin u talob ca ubiol uay tac luumil lae
Bolon A h a u hoppci Cristianoil
uchci caputzihil: laili ichil
u katunil lae ulci yax obispo, Toroba u kaba.
DOCUMENTOS QUE SE CITAN EN EL LIBKO SEGUNDO
DOCUMENTO NÚMERO 1
B u l i de Alejandro VI, concediendo á los r e y e ; de España el señorío del Nuevo
M u n 'o.
«Alejandro, obispo, siervo de los siervos de Dios: á los
ilustres carísimo en Cristo, hijo rey F e r n a n d o y muy a m a d a
en Cristo, hija Isabel r e i n a de Castilla, de León, de Aragón,
de Sicilia y de G r a n a d a , salud y bendición apostólica. Lo
q u e m á s , e n t r e todas las obras, agrada á la Divina Magestad,
y n u e s t r o corazon desea, es, q u e la fe católica y religión
cristiana sea exaltada m a y o r m e n t e en n u e s t r o s tiempos, y
q u e en toda parte sea ampliada y dilatada, y se p r o c u r e la
salvación de las almas, y las b á r b a r a s naciones sean deprim i d a s y r e d u c i d a s á esa misma fe. Por lo cual, como quiera
q u e á esta sacra silla de San Pedro, á q u e por favor de la
Divina Clemencia, a u n q u e indignos, h a y a m o s sido llamados,
conociendo de vos, q u e sois reyes y p r í n c i p e s católicos verd a d e r o s , c u a l e s s a b e m o s q u e s i e m p r e h a b é i s sido, y v u e s tros preclaros hechos, de q u e ya casi todo el m u n d o tiene
e n t e r a noticia, lo manifiestan, y q u e no s o l a m e n t e lo deseáis,
m a s con todo conato, esfuerzo, fervor y diligencia, no perd o n a n d o trabajos, gastos, ni peligros, y d e r r a m a n d o vuestra propia s a n g r e , lo hacéis, y q u e h a b é i s dedicado d e s d e
a t r á s á ello todo v u e s t r o ánimo y t o d a s vuestras fuerzas;
como lo testifica la r e c u p e r a c i ó n del reino de Granada, q u e .
a h o r a con tanta gloria del Divino N o m b r e hicisteis, l i b r á n dole de la tiranía s a r r a c e n a . D i g n a m e n t e somos movidos,
no sin causa, y d e b e m o s f a v o r a b l e m e n t e y de n u e s t r a vol u n t a d , c o n c e d e r o s aquello, m e d i a n t e lo cual, cada dia con
m á s ferviente ánimo, á h o n r a del m i s m o Dios y ampliación
del i m p e r i o cristiano, podáis proseguir este santo y loable
propósito, de q u e n u e s t r o inmortal Dios se agrada. E n t e n dimos, q u e d e s d e a t r á s h a b í a d e s p r o p u e s t o en vuestro á n i m o b u s c a r y d e s c u b r i r algunas islas y t i e r r a s firmes remotas, ó incógnitas de otros hasta ahora no halladas, p a r a
r e d u c i r los m o r a d o r e s y n a t u r a l e s de ellas al servicio de
n u e s t r o R e d e n t o r , y q u e profesen la fe católica; y q u e por haber estado muy o c u p a d o s en la r e c u p e r a c i ó n del dicho reino
d e G r a n a d a , no p u d i s t e i s hasta ahora llevar á deseado fin este
v u e s t r o santo y loable propósito; y q u e finalmente, habiend o c o b r a d o por voluntad de Dios, el d i c h o reino, q u e r i e n d o
p o n e r en ejecución v u e s t r o deseo, proveísteis al dilecto
hijo de Cristóbal Colon, h o m b r e apto y m u y conveniente á
tan g r a n negocio, y digno de ser t e n i d o en m u c h o , con na25
cliie paxci Mayalpan t u m e n e l ah-Uitzil oul, Tancah Mayalpan.
Uaxac Ahau lay paxci Mayalpan lai u katunil Uac Ahau,
Can Ahau, Cabil A h a u , lai h a a b ca yax m a n i españoles u
yaxilci caa l u u m í Yucatán t z u c u b t e lae, oxhal haab paxac
ichpa c u c h i e .
Oxlahun A h a u , Buluc Ahau, uchci maya cimil ichpa yetel
nohkakil: Oxlahun Ahau cimci Abpulá u a c p p e l h a a b u binel
m i oococ u xucol Oxlahun Ahau cuchie, ti yanil u xocol
h a a b ti lakin cuchie, canil Kan cunlahi, Pop tu holhun
Zip c a - t a c oxppeli Bolon Imix u kinil lai cimi Ahpulá; laitun año cu ximbal c u c h i lae ca oheltabac lai u xoc numero il años lae 1536 años cuchie, ox hal h a a b paaxac ichpá
cuchi lae.
Laili ma oococ u xocol Buluc Ahau lae lai ulci españoles
k u l uinicob ti lakin u talob ca ubiol uay tac luumil lae
Bolon Ahau hoppci Cristianoil
uchci caputzihil: laili ichil
u katunil lae ulci yax obispo, Toroba u kaba.
DOCUMENTOS QUE SE CITAN EN EL LIBKO SEGUNDO
DOCUMENTO NÚMERO 1
B u l i de Alejandro VI, concediendo á los r e y e ; de España el señorío del Nuevo
M u n 'o.
«Alejandro, obispo, siervo de los siervos de Dios: á los
ilustres carísimo en Cristo, hijo rey F e r n a n d o y muy a m a d a
en Cristo, hija Isabel r e i n a de Castilla, de León, de Aragón,
de Sicilia y de G r a n a d a , salud y bendición apostólica. Lo
q u e m á s , e n t r e todas las obras, agrada á la Divina Magestad,
y n u e s t r o corazon desea, es, q u e la fe católica y religión
cristiana sea exaltada m a y o r m e n t e en n u e s t r o s tiempos, y
q u e en toda parte sea ampliada y dilatada, y se p r o c u r e la
salvación de las almas, y las b á r b a r a s naciones sean deprim i d a s y r e d u c i d a s á esa misma fe. Por lo cual, como quiera
q u e á esta sacra silla de San Pedro, á q u e por favor de la
Divina Clemencia, a u n q u e indignos, h a y a m o s sido llamados,
conociendo de vos, q u e sois reyes y p r í n c i p e s católicos verd a d e r o s , c u a l e s s a b e m o s q u e s i e m p r e h a b é i s sido, y v u e s tros preclaros hechos, de q u e ya casi todo el m u n d o tiene
e n t e r a noticia, lo manifiestan, y q u e no s o l a m e n t e lo deseáis,
m a s con todo conato, esfuerzo, fervor y diligencia, no perd o n a n d o trabajos, gastos, ni peligros, y d e r r a m a n d o vuestra propia s a n g r e , lo hacéis, y q u e h a b é i s dedicado d e s d e
a t r á s á ello todo v u e s t r o ánimo y t o d a s vuestras fuerzas;
como lo testifica la r e c u p e r a c i ó n del reino de Granada, q u e .
a h o r a con tanta gloria del Divino N o m b r e hicisteis, l i b r á n dole de la tiranía s a r r a c e n a . D i g n a m e n t e somos movidos,
no sin causa, y d e b e m o s f a v o r a b l e m e n t e y de n u e s t r a vol u n t a d , c o n c e d e r o s aquello, m e d i a n t e lo cual, cada dia con
m á s ferviente ánimo, á h o n r a del m i s m o Dios y ampliación
del i m p e r i o cristiano, podáis proseguir este santo y loable
propósito, de q u e n u e s t r o inmortal Dios se agrada. E n t e n dimos, q u e d e s d e a t r á s h a b í a d e s p r o p u e s t o en vuestro á n i m o b u s c a r y d e s c u b r i r algunas islas y t i e r r a s firmes remotas, ó incógnitas de otros hasta ahora no halladas, p a r a
r e d u c i r los m o r a d o r e s y n a t u r a l e s de ellas al servicio de
n u e s t r o R e d e n t o r , y q u e profesen la fe católica; y q u e por haber estado muy o c u p a d o s en la r e c u p e r a c i ó n del dicho reino
d e G r a n a d a , no p u d i s t e i s hasta ahora llevar á deseado fin este
v u e s t r o santo y loable propósito; y q u e finalmente, habiend o c o b r a d o por voluntad de Dios, el d i c h o reino, q u e r i e n d o
p o n e r en ejecución v u e s t r o deseo, proveísteis al dilecto
hijo de Cristóbal Colon, h o m b r e apto y m u y conveniente á
tan g r a n negocio, y digno de ser t e n i d o en m u c h o , con na25
víos y gente para semejantes cosas bien apercibidos; no sin
g r a n d í s i m o s trabajos, costas y peligros, para q u e por la m a r
buscase con diligencia las tales tierras f i r m e s é islas r e m o t a s
é incógnitas, adonde hasta ahora no se había navegado, los
cuales, despues de m u c h o trabajo con el favor divino, habiendo puesto toda diligencia, navegando por el m a r Océano,
hallaron ciertas islas remotísimas y t a m b i é n tierras firmes,
q u e hasta ahora no habían sido por otros halladas, en las
cuales habitan m u c h a s gentes que viven en paz, y a n d a n ,
según se afirma, d e s n u d a s y q u e no c o m e n c a r n e , y á lo
q u e los dichos v u e s t r o s mensageros p u e d e n colegir estas
m i s m a s gentes, q u e viven en las susodichas islas y tierras
firmes, creen q u e h a y un Dios, Criador en los cielos y q u e
parecen asaz aptos p a r a recibir la fe católica y ser enseñados en b u e n a s c o s t u m b r e s : y se tiene e s p e r a n z a q u e si fuesen doctrinados, se introduciría con facilidad en las d i c h a s
tierras é islas el n o m b r e del Salvador, Señor n u e s t r o Jesucristo. Y que el dicho Cristóbal Colon, hizo edificar en u n a de
las principales de las d i c h a s islas u n a torre fuerte,"y en guarda de ella p u s o ciertos cristianos, de los q u e con él habían
ido, para q u e d e s d e allí buscasen o t r a s islas y tierras firmes
r e m o t a s é incógnitas: y que en las d i c h a s islas y t i e r r a s ya
d e s c u b i e r t a s , se halla oro y cosas a r o m á t i c a s y otras m u chas de. gran precio, diversas en g é n e r o y calidad. Por lo
cual, teniendo a t e n c i ó n á todo lo susodicho con diligencia,
p r i n c i p a l m e n t e á la exaltación y dilatación de la fe católica, como conviene á r e y e s y p r í n c i p e s católicos, y á imitación de los reyes v u e s t r o s a n t e c e s o r e s de clara m e m o r i a
propusisteis con el favor de la Divina Clemencia, s u g e t a r
las susodichas islas y tierras firmes, y los habitadores y naturales de ellas, r e d u c i r l o s á la fe católica.
»Así, que nos a l a b a n d o m u c h o en el Señor este v u e s t r o
santo y loable propósito, y deseando q u e sea llevado á debida ejecución, y q u e el mismo n o m b r e de n u e s t r o Salvador se plante en a q u e l l a s partes: os a m o n e s t a m o s m u y mu-
cho en el Señor, y por e l s a g r a d o b a u t i s m o q u e recibisteis,
mediante el cual estáis o b l i g a d o s á los m a n d a m i e n t o s apostólicos y por las e n t r a ñ a s de misericordia de n u e s t r o Señor Jesucristo, a t e n t a m e n t e os r e q u e r i m o s , q u e c u a n d o
intentáredes e m p r e n d e r y proseguir del todo s e m e j a n t e
e m p r e s a , q u e r á i s y d e b á i s con ánimo pronto y celo de v e r dadera fe inducir los p u e b l o s , q u e viven en las tales islas,
y tierras, á q u e r e c i b a n la religión cristiana, y q u e en n i n gún tiempo os e s p a n t e n l o s peligros y trabajos, t e n i e n d o
esperanza y confianza f i r m e , q u e el Omnipotente Fios favorecerá felizmente v u e s t r a s e m p r e s a s , y para q u e siéndoos
concedida la l i b e r a l i d a d d e la gracia apostólica, con m á s
libertad y a t r e v i m i e n t o , t o m é i s el encargo de tan i m p o r tante negocio: m o t u p r o p r i o , y no á instancia de petición
vuestra, ni de otro, q u e p o r vos nos la haya pedido; m a s
de n u e s t r a m e r a l i b e r a l i d a d , y_de cierta creencia y de plenitud del poderío a p o s t ó l i c o , todas las islas,y tierras firmes
halladas y q u e se h a l l a r e n descubiertos, y q u e se d e s c u b r i e r e n hacia el O c c i d e n t e y Mediodía, fabricando y c o m poniendo u n a línea del p o l o ártico, q u e es el s e p t e n t r i ó n , al
polo antártico, q u e es e l Mediodía; ora se hayan hallado islas
y tierra, ora se h a y a n d e hallar hacia la Inclia, ó hacia o t r a
cualquiera parte, la c u a l línea dista de cada u n a de las islas, q u e v u l g a r m e n t e d i c e n de los Azores, y Cabo Verde,
cien leguas hacia el O c c i d e n t e y Mediodía. Así q u e t o d a s
sus islas y tierras firmes halladas, y que se hallaren d e s c u biertas y que se d e s c u b r i e r e n d e s d e la dicha línea h a c i a el
Occidente y Mediodía, q u e por otro rey ó príncipe cristiano
no fueren a c t u a l m e n t e p o s e í d a s hasta el día del n a c i m i e n t o
de n u e s t r o Señor J e s u c r i s t o , próximo pasado, del cual comienza el año p r e s e n t e mil y c u a t r o c i e n t o s noventa y tres,
cuando f u e r o n por v u e s t r o s m e n s a g e r o s y capitanes halladas algunas de las d i c h a s islas; p o r la a u t o r i d a d del O m nipotente Dios, á nos e n San Pedro concedida, y del v i c a riato de Jesucristo, q u e e j e r c e m o s en las tierras con todos
los señoríos de ella?, ciudades, fuerzas, lugares, villas,
derechos, jurisdicciones y todas sus pertenencias, por el
tenor de las p r e s e n t e s , las d a m o s y asignamos p e r p è t u a m e n t e á vos y á los r e y e s de Castilla y de Leon, v u e s t r o s
h e r e d e r o s y sucesores; y hacemos, constituimos y d e p u tamos á vos y á los dichos vuestros h e r e d e r o s y sucesores,
señores de ellas con libre, lleno y absoluto poder, a u t o r i dad y jurisdicción: con declaración, q u e por esta n u e s t r a
donacion, concesion y asignación no se entienda, ni se
pueda e n t e n d e r q u e se quite, ni haya de quitar el derecho
adquirido á n i n g ú n príncipe cristiano, que a c t u a l m e n t e
h u b i e r e poseido las d i c h a s islas y tierras firmes, hasta el
susodicho dia de Natividad de nuestro Señor Jesucristo. Y
allende de esto: os m a n d a m o s , en virtud de santa o b e d i e n cia, q u e así como también lo prometeis, y no d u d a m o s por
vuestra grandísima devocion y magnanimidad real, q u e lo
dejareis de h a c e r , p r o c u r é i s enviar á las dichas tierras
firmes é islas, h o m b r e s b u e n o s , t e m e r o s o s de Dios, doctos,
sabios y expertos p a r a q u e instruyan á los susodichos n a t u r a l e s m o r a d o r e s en la fe católica, y les e n s e ñ e n b u e n a s
c o s t u m b r e s , p o n i e n d o en ello toda la diligencia q u e c o n venga. Y del todo i n h i b i m o s á cualesquier p e r s o n a s de
c u a l q u i e r dignidad, a u n q u e sea real ó imperial, estado,
grado, ó r d e n ó condicion, so pena de excomunión latee sententico, en la cual por el m i s m o caso i n c u r r a n , si lo contrario hicieren: q u e no p r e s u m a n ir, por haber m e r c a d e r í a s
ó por otra c u a l q u i e r causa, sin especial licencia vuestra y
d e los dichos v u e s t r o s h e r e d e r o s y sucesores á las islas y
tierras firmes, halladas y q u e se hallaren descubiertas, y
q u e se d e s c u b r i e r o n hacia el Occidente y Mediodía, fabricando y c o m p o n i e n d o u n a línea desde el polo ártico al polo
antàrtico, ora las t i e r r a s firmes, ó islas sean halladas y se
hayan de hallar hacia la India ó hacia otra cualquier parte,
la cual linea diste de cualquiera de las islas, q u e vulgarm e n t e llaman de los Azores y Cabo Verde, cien leguas ha-
cia el Occidente y Mediodía, como queda dicho. No obstante constituciones y ordenanzas apostólicas y otras cualesquiera q u e en contrario sean: confiando en el Señor de
quien proceden todos los bienes, i m p e r i o s y señoríos q u e
e n c a m i n a n d o v u e s t r a s obras, si proseguís este santo y loable propósito, conseguirán vuestros t r a b a j o s y e m p r e s a s en
b r e v e tiempo con facilidad y gloria de todo el pueblo cristiano, p r o s p e r í s i m a salida. Y p o r q u e seria dificultoso llevar
las p r e s e n t e s letras á cada lugar d o n d e fuere necesario
llevarse, q u e r e m o s , y con los m i s m o s m o t u y ciencia mandamos, q u e á s u s t r a s u n t o s , firmados de mano de notario
público p a r a ello r e q u e r i d o y c o r r o b o r a d o s con sello de alguna persona constituida en dignidad eclesiástica ó de algún cabildo eclesiástico, se les dé la misma fe en juicio y
f u e r a del, y en otra cualquiera parte, q u e s e daría á las
presentes, si fuesen exhibidas y mostradas. Así, q u e á ningún h o m b r e sea lícito q u e b r a n t a r , ó con atrevimiento tem e r a r i o ir contra esta nuestra carta de e n c o m i e n d a , a m o nestación, r e q u e r i m i e n t o , donacion, concesion, asignación,
constitución, diputación, decreto, m a n d a d o , inhibición y
voluntad, y si alguno p r e s u m i e r e intentarlo, sepa q u e i n c u r r i r á en la indignación del Omnipotente Dios, y de los
b i e n a v e n t u r a d o s apóstoles P e d r o y Pablo. Dada en Roma
en San Pedro á c u a t r o de mayo del año de la Encarnación
del Señor mil cuatrocientos y noventa y tres, en el año p r i m e r o de n u e s t r o pontificado.»
DOCUMENTO NÚMERO 2
Capitu'ación celebrada en Granada, á 8 de diciembre de 1526, entre Carlos V y
Francisco de Monte jo, para la conquista y colonización de Y u c a t á n .
eEl rey. Por c n a n t o vos, F r a n c i s c o de Montejo, vecino de
la ciudad de Méjico, q u e es en la N u e v a España, m e hicistes relación q u e vos p o r la m u c h a v o l u n t a d q u e teniais al
servicio de la católica r e i n a y mió, y bien y a c r e c e n t a miento de n u e s t r a real c o r o n a ; q u e r i a d e s d e s c u b r i r , c o n quistar y poblar las Islas de Yucatan y Cozumel, á vuestra
costa y misión, sin q u e en n i n g ú n tiempo s e a m o s obligados á vos pagar, ni satisfacer los gastos q u e en ello h i c i é redes, m a s de lo q u e en esta capitulación vos será otorgado, y haréis en ella dos fortalezas, c u a l e s convengan. Y m e
suplicas.tes por m e r c e d , vos hiciese m e r c e d de la c o n q u i s ta de las d i c h a s t i e r r a s , y vos hiciese y otorgase las m e r c e des, y con las c o n d i c i o n e s q u e de y u s o serán contenidas,
sobre lo cual yo m a n d é t o m a r con vos el asiento, y c a p i t u lación siguiente.
¡. » P r i m e r a m e n t e vos doy licencia y facultad para q u e podáis c o n q u i s t a r y p o b l a r las d i c h a s Islas de Yucatan y Cozumel, con tanto q u e seáis obligado de llevar y lleveis de
estos n u e s t r o s reinos, é de f u e r a de ellos, las p e r s o n a s q u e
no están prohibidas para ir á a q u e l l a s p a r t e s á hacer la d i cha poblacion en los l u g a r e s q u e v i é r e d e s q u e c o n v i e n e n .
E q u e para cada u n a de las d i c h a s poblaciones, lleveis á lo
m e n o s cien h o m b r e s y hagais dos fortalezas y todo á v u e s tra costa y misión. Y seáis obligado á partir de España, á
lo m e n o s el p r i m e r o viaje, d e n t r o de un año de la fecha de
esta capitulación, q u e p a r a ello deis la seguridad b a s t a n t e
q u e vos será señalada p o r los del m i Consejo de las Indias.
Y acatando v u e s t r a p e r s o n a y los servicios q u e nos h a b é i s
fecho, y e s p e r a m o s q u e nos haréis; es mi m e r c e d y voluntad, como p o r la p r e s e n t e vos la hago, para q u e todos los
dias de v u e s t r a vida seáis n u e s t r o g o b e r n a d o r y capitan
general de las d i c h a s Islas, q u e así c o n q u i s t a r e d e s y p o blaredes, con s a l a r i o en cada un año por n u e s t r o g o b e r n a d o r de ciento y c i n c u e n t a mil maravedís, ó por capitan
general cien mil m a r a v e d í s , que son por todos doscientos y
c i n c u e n t a mil m a r a v e d í s . E de ello vos m a n d a r é d a r n u e s tras provisiones.
»Otrosí, vos h a r é m e r c e d , como por la p r e s e n t e vos la
hago del oficio d e
n u e s t r o alguacil mayor de las dichas
t i e r r a s , p a r a vos, y p a r a vuestros h e r e d e r o s p a r a s i e m p r e
jamás.
»Otrosí, con t a n t o , q u e seáis obligado de hacer y hagais
en las d i c h a s Islas dos fortalezas á vuestra costa y misión,
en los lugares y p a r t e s que m á s convenga y sea necesario,
si pareciere á vos, y á los dichos n u e s t r o s oficiales, q u e
hay necesidad dellas; y q u e sean tales, cuales convengan á
vista de los d i c h o s oficiales. Y q u e vos h a r é m e r c e d , como
por la p r e s e n t e vos J a hago, de la tenencia de ellas por los
dias de v u e s t r a vida y de dos h e r e d e r o s y s u c e s o r e s v u e s tros, cuales vos s e ñ a l a r e d e s . ' é quisieredes, con sesenta mil
maravedís de salario en cada un año con cada u n a de ellas.
Y de ello vos m a n d a r é dar provision patente.
»Otrosí, a c a t a n d o vuestra persona y servicios q u e m e
habéis h e c h o , y e s p e r o q u e m e liareis y lo q u e en la dicha
poblacion h a b é i s de gastar; es mi m e r c e d y voluntad de os
hacer m e r c e d y p o r la p r e s e n t e os la hago del oficio de
n u e s t r o a d e l a n t a d o de las dichas tierras, q u e asi poblarei s p a r a vos, y p a r a v u e s t r o s h e r e d e r o s y sucesores para
s i e m p r e j a m á s , y de ello vos m a n d a r é dar título y provision en f o r m a .
»Otrosí, os h a g o m e r c e d de diez leguas en cuadro de las
q u e ansi d e s c u b r i e r e d e s , para q u e tengáis t i e r r a en q u e
g r a n j e a r y l a b r a r , no siendo en lo m e j o r ni peor. Esto á
vista de vos y de los dichos n u e s t r o s oficiales, q u e de la
dicha t i e r r a m a n d a r e m o s proveer, para q u e sea vuestra
propia, i de v u e s t r o s h e r e d e r o s y sucesores para s i e m p r e
jamás, sin jurisdicción civil, ni criminal, ni otra cosa, q u e
nos pertenezca, como reyes é señores.
»Y ansimismo, acatando la voluntad con q u e os h a b é i s
movido á nos servir en lo susodicho y el gasto q u e se os
ofrece en ello: quiero y es mi voluntad, q u e en todas las
tierras, q u e ansi d e s c u b r i e r e d e s y poblaredes á vuestra costa, como dicho es, según, y de la forma y m a n e r a , q u e de
suso se contiene: ayais y lleveis cuatro por ciento de todo
el provecho, q u e en cualquier m a n e r a se nos siguiere, para
vos, y p a r a v u e s t r o s h e r e d e r o s y sucesores para s i e m p r e
jamás: sacadas todas las costas y gastos, q u e por n u e s t r a
parte fueren fechos y se hicieren en conservación y p o b l a ción de la dicha tierra en cualquier m a n e r a , y los salarios
q u e m a n d a r e m o s pagar, así á vos como á otras cualesquier
p e r s o n a s y oficiales n u e s t r o s q u e para la dicha tierra en
cualquiera m a n e r a se proveyeren.
»Item, por vos h a c e r m e r c e d , mi merced y voluntad, es
q u e toda la ropa, m a n t e n i m i e n t o s , a r m a s y caballos, y
otras cosas, q u e destos reinos llevaredes á las dichas tierras, no paguéis d e r e c h o s de almojarifazgo, ni otros d e r e chos algunos por todos los dias de vuestra vida, no siendo
p a r a las vender ni c o n t r a t a r ni m e r c a d e a r con ellas.
»Asimismo q u e vos d a r é licencia, como por la p r e s e n t e
vos la doy, para q u e de las n u e s t r a s Islas Española, San
Juan de Cuba y Santiago, y de cualquier de ellas podáis
llevar á las dichas tierras los caballos, yeguas y otros ganados q u e quisieredes y p o r bien tuvieredes, sin q u e ello vos
sea puesto e m b a r g o ni i m p e d i m e n t o alguno.
»Y p o r q u e n u e s t r o principal deseo, é intención es q u e la
dicha tierra se p u e b l e de cristianos, porque en ella se siemb r e y acreciente n u e s t r a Fé católica y las g e n t e s de aquellas
p a r t e s sean traídas á ella, digo q u e p o r q u e esto haya m á s
b r e v e , y c u m p l i d o efecto: á los vecinos, q u e con vos en este
p r i m e r o viaje, é despues fueren á las d i c h a s t i e r r a s á las
poblar, es mi voluntad hacer las m e r c e d e s siguientes. Que
los tres p r i m e r o s años de la dicha poblacion no se pague
en la d i c h a t i e r r a á nos del oro de minas, m á s de s o l a m e n te el diezmo, y el c u a r t o año el noveno, y de ai venga b a jando por esta o r d e n , hasta quedar en el quinto. Y de lo
restante, q u e se oviere así de rescates, como en otra c u a l quier m a n e r a el dicho nuestro quinto e n t e r a m e n t e . Pero
entiendese q u e de los rescates, y servicios, y otros provechos de la d i c h a tierra, desde luego h e m o s de llevar n u e s tro quinto, como en las otras partes.
»Otrosí, q u e á los n u e s t r o s pobladores é c o n q u i s t a d o r e s
se den s u s vecindades, y dos caballerías de tierras y dos
solares, y q u e c u m p l a n la dicha vecindad en cuatro años
q u e estén, y vivan en la dicha tierra, y aquellos c u m p l i d o s
lo p u e d a n v e n d e r , y hacer dello, como de cosa suya.
»Otrosi, q u e los dichos vecinos q u e f u e r e n en la dicha tier r a el dicho p r i m e r o viaje, é despues cinco años luego s i guientes, no p a g u e n derechos de almojarifazgo de n i n g u n a
cosa de lo q u e llevaren á las dichas tierras p a r a s u s casas,
no siendo cosa para vender, tratar ni m e r c a d e a r .
»Y p o r q u e m e suplicastes, y pediste por merced, que los
r e g i m i e n t o s q u e se ovieren de proveer en la dicha tierra,
los p r o v e a m o s á los dichos pobladores é conquistadores:
digo; q u e c u a n t o á esto, si los tales regimientos se provey e r e n , h a b r e m o s respeto en ello á lo q u e vos nos suplicáis
y los dichos pobladores ovieren s e r v i d o y trabajado.
»Otrosí, q u e para q u e las dichas tierras, mejor é m á s brev e m e n t e ennoblezcan, digo q u e h a r é m e r c e d y por la presente la hago por t é r m i n o de cinco años, q u e se c u e n t e n
desde q u e se c o m e n z a r e n á poblar, de la m i t a d de las p e n a s
q u e en ellas se aplicare á n u e s t r a c á m a r a é fisco, para q u e
se gasten e n hospitales y obras públicas.
»Y p o r q u e suplieastes y pediste p o r m e r c e d hiciese merced á la dicha tierra y Islas, de los diezmos, q u e en ellas
nos p e r t e n e c e n , e n t r e tanto q u e se proveyese de prelado
de ellas, para hacer las iglesias y o r n a m e n t o s , y cosas del
servicio del Culto Divino. Por la p r e s e n t e es nuestra m e r ced, y m a n d a m o s , q u e para las d i c h a s iglesias y o r n a m e n tos, y cosas del servicio, y h o n r a del Culto Divino: se dén
y paguen de los dichos diezmos lo q u e f u e r e necesario á
vista de los dichos n u e s t r o s oficiales, de los cuales dichos
diezmos m a n d a m o s , q u e se paguen los clérigos, q u e f u e r e n
m e n e s t e r p a r a el servicio de las d i c h a s iglesias y o r n a m e n tos -dellas, á vista y p a r e c e r de los d i c h o s oficiales.
»Otrosi, os doy licencia y facultad á vos y á los dichos
pobladores, p a r a q u e á los indios q u e f u e r e n rebeldes,
siendo a m o n e s t a d o s y r e q u e r i d o s , les podáis tomar por e s clavos, g u a r d a n d o cerca de esto lo q u e d e yuso en esta capitulación é asiento será contenido y las otras instrucciones
y provisiones n u e s t r a s , q u e cerca de esto m a n d a r e m o s dar.
Y desta m a n e r a é g u a r d a n d o la dicha o r d e n los indios, q u e
tuvieren los caciques y o t r a s p e r s o n a s de la tierra por e s clavos, pagándoselos á su voluntad á vista de la justicia y
veedores, y de los religiosos q u e con vos irán: los podáis
tomar y c o m p r a r , siendo v e r d a d e r a m e n t e esclavos.
»Otrosí, por h a c e r m e r c e d á vos, y á la gente, q u e á las
dichas tierras f u e r e n , m a n d o que p o r t i e m p o de los dichos
cinco años no sean obligados á nos pagar cosa alguna de la
sal que nos c o m i e r e n y g a s t a r e n de las q u e en las dichas
tierras huviere.
»Otrosí digo, q u e p o r q u e la d i c h a t i e r r a , mejor y m á s
b r e v e m e n t e se pueble, m a n d a r é h a c e r en las dichas tierras
las m e r c e d e s q u e t i e n e n , y habernos hecho á las dichas
tierras é Islas, q u e ahora están pobladas, siendo convenientes á la dicha tierra, y no c o n t r a r i a s , las cuales luego seáis
obligado á declarar, p a r a p r o v e e r en ellas lo q u e f u é r e m o s
servido y m á s convenga.
»Asimismo m a n d a r é m o s , y por la p r e s e n t e m a n d a m o s y
d e f e n d e m o s , q u e de estos n u e s t r o s reinos no vayan ni p a sen á la dicha t i e r r a n i n g u n a s p e r s o n a s de las prohibidas,
que no p u e d e n p a s a r e n aquellas partes, so las p e n a s c o n tenidas en las leyes y o r d e n a n z a s , é cartas n u e s t r a s , q u e
cerca desto por nos y p o r los reyes católicos están dadas.
»Asimismo m a n d a m o s , q u e p o r el tiempo, q u e n u e s t r a
m e r c e d y voluntad f u e r e , no vayan, ni pasen á la dicha
t i e r r a de estos n u e s t r o s reinos, ni de otras p a r t e s letrados
ni p r o c u r a d o r e s a l g u n o s por los pleitos y diferencias q u e de
ellos se siguen.
»Y p o r q u e nos s i e n d o i n f o r m a d o s de los males y desórdenes, q u e en d e s c u b r i m i e n t o s y poblaciones nuevas se h a n
fecho y hacen; ó p a r a q u e nos con b u e n a conciencia podam o s dar licencia p a r a lo hacer: para remedio de lo cual con
a c u e r d o de los de n u e s t r o consejo y consulta, está o r d e n a d a
y despachada u n a provision g e n e r a l de capítulos sobre lo
q u e vos habéis de g u a r d a r en la dicha poblacion y descub r i m i e n t o , la cual a q u í m a n d a m o s i n c o r p o r a r , su tenor de
la cual es como se sigue:
(Aquí
la provisión de 17 de noviembre
serta más adelante
bajo el numero
de 1526, que se in-
3.)
»Por ende por la p r e s e n t e , h a c i e n d o vos lo susodicho á
vuestra costa, s e g ú n y de la m a n e r a q u e de suso se contiene, y g u a r d a n d o y c u m p l i e n d o lo contenido en la d i c h a provision q u e de suso va incorporada, y todas las otras inst r u c c i o n e s que a d e l a n t e vos m a n d a r é m o s g u a r d a r é hacer
para la dicha tierra ó p a r a el b u e n t r a t a m i e n t o é conversión
de los n a t u r a l e s de ella: Digo é prometo q u e vos será guardada esta capitulación, y todo lo en ella contenido, y por
todo, según q u e de s u s o se contiene. Y no lo aciendo y'
cumpliendo así, por nos no séamos obligados á vos m a n d a r
g u a r d a r y c u m p l i r lo susodicho. Antes vos m a n d a r é m o s
castigar y proceder c o n t r a vos, como contra persona q u e
no g u a r d a é c u m p l e ó traspasa los m a n d a m i e n t o s de su
rey y señor n a t u r a l . Y de ello os m a n d é d a r la p r e s e n t e ,
firmada de mi n o m b r e y r e f r e n d a d a de mi infrascrito s e cretario. Fecha en G r a n a d a , á ocho dias del mes de dic i e m b r e de mil y q u i n i e n t o s veinte y seis años. Yo EL REY.
Por m a n d a d o de su Magestad, Francisco de los Cobos.»
DOCUMENTO NÚMERO 3
Provisión Real de 17 de noviembre de 1526, que contiene las reglas á que debían
sujetarse todos los q u e emprendiesen descubrimientos y conquistas en el
Nuevo M u n d o .
«Don Cárlos, por la Divina Clemencia, e m p e r a d o r s e m p e r
augusto y Doña J u a n a su m a d r e , por la misma gracia r e y e s
de Castilla, de León, de Aragón, etc. Por cuanto somos certificados, y es notorio, q u e la desordenada codicia de algunos de n u e s t r o s subditos, q u e pasaron á las n u e s t r a s Islas,
é T i e r r a f i r m e del Mar Océano, por el mal tratamiento q u e
hicieron á los indios n a t u r a l e s de las dichas Islas y Tierrafirme, así en los g r a n d e s y excesivos trabajos q u e les d a ban, teniéndolos en las m i n a s para sacar oro, y en las
p e s q u e r í a s de las perlas y en otras labores y grangerias,
haciéndoles trabajasen excesiva é i n m o d e r a d a m e n t e , no les
d a n d o el vestir, ni el m a n t e n i m i e n t o necesario para su sustentación de s u s vidas, tratándolos con crueldad y d e s a m o r
m u c h o , peor q u e si f u e r a n esclavos. Lo cual todo h a s i d o ,
é fué causa de la m u e r t e de g r a n n ú m e r o de los dichos
indios, en tanta cantidad q u e m u c h a s de las Islas y p a r t e
de T i e r r a f i r m e q u e d a r o n y e r m a s y sin poblacion alguna de
los dichos indios n a t u r a l e s de ellas, y q u e otros viniesen y
se fuesen y se a u s e n t a s e n de s u s propias tierras y n a t u r a leza, é se f u e s e n á los m o n t e s y otros lugares p a r a salvar
s u s vidas y salir de la dicha sujeción y mal tratamiento. Lo
cual fué tan gran estorbo á la conversión de los dichos i n d i o s á nuestra Santa Fé católica, y de no haber venido todos
ellos e n t e r a y g e n e r a l m e n t e en v e r d a d e r o conocimiento de
ella, de q u e Dios n u e s t r o Señor es m u y deservido.
»Y asimismo somos informados, q u e los capitanes y o t r a s
gentes, q u e por n u e s t r o m a n d o y con n u e s t r a licencia fueron á d e s c u b r i r algunas de las d i c h a s Islas, é Tierrafirme:
siendo como fué, y es n u e s t r o principal intento, y deseo de
t r a e r á los dichos indios en conocimiento v e r d a d e r o de Dios
n u e s t r o Señor, é de su Santa Fé, con predicación de ella y
ejemplo de p e r s o n a s doctas y b u e n o s cristianos y religiosos,
con les h a c e r obras y t r a t a m i e n t o s de prójimos, sin q u e
en s u s p e r s o n a s é b i e n e s no recibiesen fuerza ni premia,
daño, ni desaguisado alguno. El h a b i e n d o sido todo esto
así por nos ordenado y m a n d a d o , llevándolo los dichos
n u e s t r o s eapitanes y otros n u e s t r o s oficiales y g e n t e s de
las tales a r m a d a s , por m a n d a m i e n t o , é instrucción particular; movidos con la dicha codicia, olvidando el servicio de
Dios n u e s t r o Señor, y nuestro, hirieron y mataron á m u chos de los dichos indios en los d e s c u b r i m i e n t o s y c o n quistas, y les tomaron s u s bienes, sin q u e los dichos indios
les oviesen dado causa justa para ello, ni h u b i e s e n precedido ni h e c h o las a m o n e s t a c i o n e s 4 u e e r i n tenidos de les
h a c e r , ni h e c h o á los cristianos resistencia, n i daño alguno
para la predicación de n u e s t r a Santa Fé. Lo cual d e m á s de
h a b e r sido en gran ofensa de Dios n u e s t r o Señor, dió ocasion y fué causa, q u e no s o l a m e n t e los dichos indios, que
recibieron las dichas fuerzas, daños é agravios; pero otros
m u c h o s c o m a r c a n o s q u e tuvieron de ello noticia é s a b i d u ría, se levantaron é j u n t a r o n con m a n o a r m a d a contra los
cristianos n u e s t r o s súbditos, é m a t a r o n m u c h o s de ellos,
a ú n á los religiosos y p e r s o n a s eclesiásticas, q u e ninguna
culpa t u v i e r o n , y como m á r t i r e s padecieron, predicando la
F é cristiana.
»Por todo lo cual s u s p e n d i m o s y sobreseímos en el dar
de las licencias para las dichas conquistas y descubrimientos, q u e r i e n d o proveer y practicar, así sobre el castigo de
lo pasado, como en el r e m e d i o de lo venidero, y e s c u s a r
los dichos daños é i n c o n v e n i e n t e s y d a r ó r d e n q u e los desc u b r i m i e n t o s y poblaciones q u e de aquí adelante se ovieren
de h a c e r , se hagan sin ofensa de Dios, y sin m u e r t e , ni r o bo de los dichos indios, y sin cautivarlos por esclavos i n d e b i d a m e n t e . De m a n e r a , q u e el deseo q u e habernos tenido
y t e n e m o s de ampliar n u e s t r a Santa F é , é q u e los dichos
indios é infieles, vengan en c o n o c i m i e n t o de ella, é se h a gan sin cargo de n u e s t r a s conciencias, y se prosiga n u e s t r o
propósito, y la intención y la obra de los católicos r e y e s
n u e s t r o s s e ñ o r e s y abuelos, en todas aquellas p a r t e s de las
Islas y T i e r r a f i r m e del Mar Océano, q u e son de n u e s t r a
conquista, é quedan por d e s c u b r i r é poblar. Lo cual visto
con gran deliberación por los de n u e s t r o Consejo de las I n dias, y con nos consultado; f u é acordado que d e b í a m o s
m a n d a r dar esta n u e s t r a c a r t a en la d i c h a razón. Por lo
cual o r d e n a m o s y m a n d a m o s q u e agora y de aquí a d e l a n t e ,
así para remedio de lo pasado, como en los d e s c u b r i m i e n tos y poblaciones, q u e por n u e s t r o m a n d a d o y en n u e s t r o
n o m b r e se hicieren en las d i c h a s Islas y Tierrafirme del
Mar Océano, d e s c u b i e r t a s y por d e s c u b r i r en nuestros límites y demarcación, se g u a r d e y c u m p l a lo q u e de yuso será
contenido en esta guisa.
» P r i m e r a m e n t e , o r d e n a m o s y m a n d a m o s , q u e luego q u e
sean d a d a s n u e s t r a s c a r t a s y provisiones p a r a los Oidores
de la n u e s t r a Audiencia, q u e residen en la ciudad de Santo
Domingo de la Isla Española, y para los g o b e r n a d o r e s y
otras justicias, q u e agora son y f u e r e n de la dicha Isla, y
de las otras Islas de San Juan de Cuba y Jamaica y para
los g o b e r n a d o r e s y alcaldes m a y o r e s , así de T i e r r a f i r m e
como de la Nueva España, y de las o t r a s provincias del P á nuco y de las Hibueras, y de la Florida é Tierra Nueva y
para las otras personas, q u e n u e s t r a v o l u n t a d f u e r e de lo
cometer y e n c o m e n d a r , para q u e cada uno con gran c u i dado y diligencia, cada u n o en s u lugar y jurisdicción, se
informe cuales de n u e s t r o s s u b d i t o s y n a t u r a l e s así capitanes como oficiales, y o t r a s c u a l e s q u i e r p e r s o n a s hicieron
las d i c h a s m u e r t e s y robos, y d e s a g u i s a d o s , y e r r a r o n i n dios contra la razón ó justicia. E d e los que se hallaren culpados en su jurisdicción, e n v í e n a n t e nos en el n u e s t r o
Consejo de las Indias relación d e la culpa, con su p a r e c e r
del castigo q u e se debe sobre e l l o h a c e r . Lo q u e sea perjuicio Dios n u e s t r o señor y n u e s t r o , y convenga á la ejecución de nuestra justicia.
»Otrosi, o r d e n a m o s y m a n d a m o s q u e si las dichas n u e s tras justicias por la dicha i n f o r m a c i ó n é informaciones, hallaren que algunos de n u e s t r o s s u b d i t o s , de cualquier calidad y condicion q u e s e a n , ó o t r o s c u a l e s q u i e r q u e tuvieren
algunos indios por esclavos, s a c a d o s y traídos de s u s tierras y naturaleza, injusta ó i n d e b i d a m e n t e los saquen de
su poder. E queriendo los tales i n d i o s los hagan volver á
sus tierras y naturaleza, si b u e n a m e n t e y sin incomodidad
se p u d i e r e h a c e r . Y no se p u d i e n d o esto h a c e r cómoda y
b u e n a m e n t e , les pongan en a q u e l l a libertad y e n c o m i e n d a ,
que de razón é justicia, según la calidad, capacidad ó habilidad de s u s p e r s o n a s oviere l u g a r : t e n i e n d o s i e m p r e r e s pecto ó consideración al bien y p r o v e c h o de los dichos i n dios para q u e sean tratados c o m o libres, é no como esclavos. Y q u e sean m a n t e n i d o s y g o b e r n a d o s , y q u e no se les
dé trabajo demasiado y q u e no los traigan en las m i n a s
contra su voluntad. Lo cual h a n de hacer con p a r e c e r del
prelado é de su oficial, h a b i é n d o l o en lugar y en ausencia,
con a c u e r d o é p a r e c e r del c u r a ó su teniente de la Iglesia,
que ende estuviene, sobre lo c u a l e n c a r g a m o s á todas las
conciencias. Y si los dichos i n d i o s f u e r e n cristianos, no se
han de volver á s u s tierras, a u n q u e ellos lo q u i e r a n , si no
estuvieren convertidos á n u e s t r a Santa Fé católica por el
peligro q u e á s u s ánimas se les p u e d e seguir.
»Otrosí, o r d e n a m o s y m a n d a m o s q u e ahora y de aquí
adelante, cualesquier capitanes y oficiales y otros cualesq u i e r n u e s t r o s subditos y n a t u r a l e s de f u e r a de nuestros
reinos, q u e con n u e s t r a licencia y mandato ovieren de ir y
fueren á d e s c u b r i r , é poblar é rescatar en alguna de las
islas é T i e r r a f i r m e del Mar Océano en n u e s t r o s límites y
marcación, sean tenidos é obligados, antes q u e salgan de
estos n u e s t r o s reino?, cuando se e m b a r c a r e n á hacer su
viaje, á llevar á lo m e n o s dos religiosos ó clérigos de misa
en su compañía, los cuales n o m b r e n ante los del nuestro
Consejo de las Indias. E por ellos habida información de
su vida, doctrina y ejemplo, sean aprobados por tales, cuales coviene al servicio de Dios Nuestro Señor para institución y e n s e ñ a m i e n t o de los dichos indios, y predicación y
conversión de ellos, c o n f o r m e á la bula de la concesion de
las d i c h a s Indias, á la corona real de estos reinos.
»Otrosi, o r d e n a m o s y m a n d a m o s q u e los dichos religiosos é clérigos tengan m u y g r a n cuidado é diligencia en
p r o c u r a r q u e los indios sean bien tratados, como prójimos,
m i r a d o s é favorecidos, é q u e no consientan que les sean
fechas fuerzas, ni robos, daños, ni desaguisados, ni mal
t r a t a m i e n t o alguno. Y si lo contrario se hiciere, por cualq u i e r persona, de c u a l q u i e r calidad y condicion q u e sea,
tengan muy gran cuidado y solicitud de nos avisar luego
de ello en p u d i e n d o p a r t i c u l a r m e n t e , para q u e nos é los
del n u e s t r o Consejo lo m a n d e m o s castigar con todo rigor.
»Otrosi, o r d e n a m o s y m a n d a m o s q u e los dichos capitan e s y otras personas, q u e con n u e s t r a licencia fueren á
hacer d e s c u b r i m i e n t o s é poblaciones é rescate, c u a n d o hubieren de salir en alguna Isla y T i e r r a f i r m e , q u e hallaren
d u r a n t e la navegación é viaje en n u e s t r a d e m a r c a c i ó n , é en
los límites de los cuales fueren p a r t i c u l a r m e n t e señalado
en la dicha licencia, lo hayan de hacer é hagan con a c u e r do é p a r e c e r de n u e s t r o s oficiales, q u e p a r a ello f u e r e n
por nos n o m b r a d o s , é de los religiosos ó clérigos, q u e fue-
ren con ellos, y no de otra m a n e r a , so pena de perdimiento de la mitad de todos s u s b i e n e s al q u e hiciere lo c o n t r a rio, p a r a n u e s t r a c á m a r a é fisco.
»Otrosi, m a n d a m o s q u e la p r i m e r a y principal cosa q u e
d e s p u e s de salidos en t i e r r a los dichos capitanes é n u e s t r o s
oficiales y o t r a s c u a l e s q u i e r g e n t e s q u e ovieren de hacer,
sea p r o c u r a r q u e por lengua de intérpretes, q u e e n t i e n dan los indios é m o r a d o r e s de la tal tierra é isla, les digan
é declaren como n o s los enviamos para les e n s e ñ a r b u e n a s
c o s t u m b r e s é apartallos de vicios é de comer c a r n e h u m a na é á i n s t r u i r l o s en n u e s t r a santa fé, y predicársela p a r a
q u e se salven, y atraellas á n u e s t r o señorío para q u e sean
t r a t a d o s m u y m e j o r q u e lo son é favorecidos é m i r a d o s
como los otros n u e s t r o s subditos cristianos. E les digan
todo lo d e m á s que fué ordenado por los d i c h o s reyes católicos q u e les habia de ser dicho, manifestado é requerido.
Y m a n d a m o s q u e lleven el dicho r e q u e r i m i e n t o firmado de
F r a n c i s c o de los Cobos n u e s t r o secretario é de n u e s t r o
Consejo. Y q u e se les notifique é hagan e n t e n d e r p a r t i c u l a r m e n t e por los dichos i n t é r p r e t e s una, dos y m á s veces,
c u a n t a s p a r e c i e r e á los dichos religiosos y clérigos, q u e
conviniere y f u e r e necesario para q u e lo e n t i e n d a n . Por
m a n e r a q u e n u e s t r a s conciencias q u e d e n descargadas, sob r e lo cual e n c a r g a m o s á los dichos religiosos é clérigos é
d e s c u b r i d o r e s é pobladores, sus conciencias.
»Otrosi, m a n d a m o s q u e d e s p u e s de h e c h a é dada á e n t e n d e r la d i c h a amonestación é r e q u e r i m i e n t o á los dichos
indios, según y como se contiene en el capítulo s u p r a próximo: si viéredes q u e conviene y es necesario p a r a servicio
de Dios y n u e s t r o y s e g u r i d a d vuestra y de los q u e a d e l a n te ovieren de vivir é m o r a r en las dichas Islas é tierra; de
h a c e r algunas fortalezas ó casas f u e r t e s é llanas para vuestras m o r a d a s , p r o c u r a r á n con m u c h a diligencia y cuidado
de las hacer en las p a r t e s y l u g a r e s d o n d e esté m e j o r y se
p u e d a c o n s e r v a r é p e r p e t u a r . P r o c u r a n d o q u e se hagan con
26
el menos daño y perjuicio q u e s e r p u e d a , sin les h e r i r ni
matar por causa de las h a c e r , y sin les tomar p o r fuerza s u s
b i e n e s y haciendas. Antes m a n d a m o s q u e les hagan b u e n
tratamiento y b u e n a s obras y les a n i m e n y halaguen y t r a ten como á prójimos de m a n e r a q u e por ello y por e j e m plo de su vida de los dichos religiosos ó clérigos y por su
doctrina, predicación é i n s t r u c c i ó n , vengan en conocimiento de n u e s t r a santa fé y en a m o r é gana de ser n u e s tros vasallos y de estar y p e r s e v e r a r en n u e s t r o s e r vicio, como los otros n u e s t r o s vasallos, subditos y n a turales.
»Otrosí, m a n d a m o s q u e la m i s m a f o r m a y orden g u a r d e n
y c u m p l a n en los r e s c a t e s y en todas las otras contrataciones q u e ovieren de h a c e r ó hicieren con los dichos indios,
sin los tomar por fuerza ni contra su voluntad ni les h a c e r
mal ni daño en s u s personas, d a n d o á los dichos indios por
lo que tuvieren y los dichos españoles quisieren hacer s a tisfacción; equivalencia de m a n e r a q u e ellos q u e d e n contentos.
»Otrosi, m a n d a m o s q u e n i n g u n o p u e d a tomar ni tome
por esclavo á n i n g u n o de los dichos indios, so pena de p e r dimiento de todos s u s bienes y oficios y merced, é las p e r sonas á lo q u e n u e s t r a m e r c e d f u e r e . Salvo en caso q u e los
dichos indios no consintiesen q u e los dichos religiosos ó
clérigos estén e n t r e ellos y los i n s t r u y a n b u e n o s usos y
c o s t u m b r e s y q u e les p r e d i q u e n n u e s t r a santa fé católica é
no quisieren d a r n o s la obediencia é no c o n s i n t i e r e n , r e sistiendo y d e f e n d i e n d o con m a n o a r m a d a q u e no se b u s q u e n m i n a s ni s a q u e n de ellas oro ó los otros metales q u e
se hallaren. Cá en estos casos, p e r m i t i m o s q u e por ello y
en defensión de s u s vidas y bienes, los dichos pobladores
puedan con a c u e r d o é p a r e c e r de los dichos religiosos é
clérigos, siendo c o n f o r m e s é firmándolo de s u s n o m b r e s
hacer g u e r r a é h a c e r en ella aquello q u e los d e r e c h o s en
n u e s t r a santa fé é religión cristiana p e r m i t e . Y m a n d a m o s
q u e se haga é pueda hacer é no en otra m a n e r a ni otro caso
alguno, so la dicha pena.
»Otrosi m a n d a m o s q u e los d i c h o s c a p i t a n e s ni otras g e n tes no puedan a p r e m i a r ni c o m p e l e r á los dichos indios q u e
vayan á las d i c h a s m i n a s de o r o ni otros metales, ni á pesq u e r í a de perlas, ni á o t r a s g r a n g e r í a s s u y a s propias, só
pena de p e r d i m i e n t o de sus oficios y b i e n e s p a r a n u e s t r a
cámara. Pero si los dichos i n d i o s q u i s i e r e n ir á t r a b a j a r de
su voluntad, bien p e r m i t i m o s q u e se p u e d a n servir de ellos,
como de p e r s o n a s libres, t r a t á n d o l e s como tales, no les
d a n d o trabajos demasiados, t e n i e n d o especial cuidado de
los e n s e ñ a r en b u e n o s usos, c o s t u m b r e s y a p a r t a r l o s de los
vicios y del comer carne h u m a n a y a d o r a r los ídolos, y del
pecado y delito contra n a t u r a , y de los a t r a e r á q u e se c o n viertan en n u e s t r a santa fé, vivan en ella y p r o c u r a n d o la
vida y salud de los dichos indios, como de las suyas p r o pias, dándoles é pagándoles p o r su trabajo é servicio lo q u e
merecieren ó f u e r e razonable, c o n s i d e r a n d o á la calidad de
s u s p e r s o n a s é condicion de la t i e r r a y á s u trabajo, siguiendo cerca de todo esto el p a r e c e r de los dichos religiosos ó
clérigos. De lo cual todo, y en especial del b u e n t r a t a m i e n t o
de los dichos indios, les m a n d a m o s q u e tengan particular
cuidado, de m a n e r a que n i n g u n a cosa se haga con cargo y
peligro de n u e s t r a s conciencias, y s o b r e ello les e n c a r g a mos las suyas. De m a n e r a q u e c o n t r a el voto é p a r e c e r de
los dichos religiosos é clérigos, no p u e d a n hacer ni hagan
cosa alguna de las susodichas c o n t e n i d a s en este capítulo y
e n los otros q u e disponen la m a n e r a y órden con q u e h a n
de ser tratados los dichos indios.
»Otrosi, m a n d a m o s q u e si vista la calidad ó condicion ó
habilidad de los dichos indios, pareciere á los dichos r e l i giosos é clérigos q u e es servicio de Dios y bien de los dichos
indios q u e para q u e se a p a r t e n de s u s vicios, y especial del
delito nefando y de comer c a r n e h u m a n a y para ser i n s t r u i d o s y e n s e ñ a d o s en b u e n o s usos y c o s t u m b r e s y e n
n u e s t r a fé y d o c t r i n a cristiana y para q u e vivan en policía
conviene y es n e c e s a r i o q u e se e n c o m i e n d e n á los cristianos para q u e se sirvan de ellos, como de personas libres,
q u e los dichos religiosos é clérigos los p u e d a n e n c o m e n d a r ,
siendo á m b o s c o n f o r m e s , según y de la m a n e r a q u e ellos
o r d e n a r e n , t e n i e n d o s i e m p r e respeto al servicio de Dios,
bien, utilidad é b u e n t r a t a m i e n t o de los dichos indios, y á
q u e en n i n g u n a cosa n u e s t r a s conciencias p u e d a n s e r e n cargadas de lo q u e hiciéredes y o r d e n á r e d e s , sobre lo
cual les e n c a r g a m o s las suyas. Y m a n d a m o s q u e n i n g u n a
persona no vaya ni p a s e contra lo q u e f u e r e o r d e n a d o por
los dichos religiosos é clérigos, en razón de la dicha e n c o m i e n d a , só la d i c h a pena. E q u e con el p r i m e r navio q u e
viniere á estos n u e s t r o s reinos, nos envíen los dichos r e l i giosos la dicha i n f o r m a c i ó n v e r d a d e r a de la calidad é habilidad de los d i c h o s indios, y relación de lo q u e cerca de
ello oviere o r d e n a d o , para que nos la m a n d e m o s v e r en el
n u e s t r o Consejo de las Indias para q u e se a p r u e b e y c o n f i r m e lo q u e justo f u e r e y en servicio de Dios y bien de los
dichos indios é sin p e r j u i c i o ni cargo de n u e s t r a s conciencias. E lo q u e no f u e r e tal, se e n m i e n d e y se provea, y c o m o convenga al servicio de Dios y nuestro, sin daño de los
dichos indios, y de su libertad y vidas, y se escusen los
daños é i n c o n v e n i e n t e s pasados.
»ítem o r d e n a m o s y m a n d a m o s q u e los pobladores c o n quistadores, q u e con n u e s t r a licencia, ahora y de aquí a d e lante f u e r e n á r e s c a t a r é poblar é d e s c u b r i r d e n t r o de los
límites de n u e s t r a d e m a r c a c i ó n , sean tenidos é obligados
de llevar las g e n t e s q u e con ellos ovieren de ir á c u a l q u i e r a
de las d i c h a s cosas, d e estos reinos de Castilla ó de las otras
p a r t e s q u e no f u e s e n e x p r e s a m e n t e prohibidas. Sin q u e
p u e d a n llevar ni lleven de los vecinos y m o r a d o r e s y e s t a n t e s en las islas é T i e r r a f i r m e del dicho m a r Océano, ni
alguna de ellas, sino f u e r e u n a ó dos p e r s o n a s en cada desc u b r i m i e n t o p a r a l e n g u a s y otras cosas necesarias á los
tales viajes, só pena de p e r d i m i e n t o de la mitad de todos
sus b i e n e s para la n u e s t r a c á m a r a al poblador é c o n q u i s tador é maestre q u e los llevare, sin n u e s t r a licencia e x p r e s a , é g u a r d a n d o é c u m p l i e n d o los dichos capitanes y
oficiales y o t r a s g e n t e s q u e de ahora é de aquí adelante
ovieren de ir é f u e r e n con n u e s t r a licencia a l a s dichas poblaciones, rescates y d e s c u b r i m i e n t o s , hayan de llevar é
gozar é gozen é lleven los salarios é quitaciones, provechos
é gracias y m e r c e d e s , q u e por nos y en n u e s t r o n o m b r e
fuese con ellos asentado y capitulado. Lo cual todo por esta
n u e s t r a carta p r o m e t e m o s de les g u a r d a r y cumplir, si ellos
g u a r d a r e n y c u m p l i e r e n lo q u e p o r nos en esta n u e s t r a
carta les es m a n d a d o . E no lo g u a r d a n d o é c u m p l i e n d o ó
viniendo ó pasando c o n t r a ello ó c o n t r a alguna parte de
ello: d e m á s de i n c u r r i r en las p e n a s de suso c o n t e n i d a s ,
d e c l a r a m o s é m a n d a m o s q u e hayan p e r d i d o é pierdan todos los oficios y m e r c e d e s , de q u e por el dicho asiento y
capitulación hayan d e gozar. Dado en Granada á diez y siete
dias del m e s de n o v i e m b r e de mil y q u i n i e n t o s y veinte y
seis años. Yo EL REY. YO, Francisco de los Cobos, s e c r e t a rio de sus c e s á r e a s y católicas Magestades, la fice escribir
por su m a n d a d o . Y está signada de los señores del Consejo
con s u s firmas.»
DOCUMENTO NÚMERO 4
Requerimiento q u e todo jefe de expedición debía hacer á los indios en el m o mento de desembarcar.
«Yo N. N . criado de los m u y altos y muy poderosos reyes
de Castilla y León, Domadores de las g e n t e s bárbaras, su
m e n s a j e r o y capitan, vos notifico y hago saber: Que Dios,
n u e s t r o Señor, Uno y e t e r n o c r i ó el cielo y la t i e r r a y un
h o m b r e y una m u j e r , de q u i e n vosotros y nosotros y todos
los h o m b r e s del m u n d o , f u e r o n y son d e s c e n d i e n t e s y procreados, y todos los q u e d e s p u e s de nosotros vinieren. Mas
p o r la m u c h e d u m b r e de g e n e r a c i ó n , q u e de éstos ha procedido, desde cinco mil y m a s años, q n e há q u e el m u n d o
f u é creado, f u é n e c e s a r i o q u e los u n o s h o m b r e s fuesen por
u n a parte y los otros por o t r a , y se dividiesen por m u c h o s
reinos y provincias, p o r q u e en u n a sola no se podian s u s t e n t a r y c o n s e r v a r . De todas estas gentes, Dios n u e s t r o Señ o r dió cargo á uno q u e f u é llamado San Pedro, p a r a que
de todos los h o m b r e s del m u n d o fuese señor y s u p e r i o r , á
quien todos o b e d e c i e s e n , y f u e s e cabeza de todo el linaje
humano, do q u i e r q u e los h o m b r e s estuviesen y viviesen,
y en cualquier ley, secta ó c r e e n c i a , y dióle á todo el m u n do por su servicio y j u r i s d i c c i ó n . Y como quiera q u e le
m a n d ó q u e pusiese su silla en R o m a , como en lugar más
aparejado p a r a regir el m u n d o ; también Je prometió q u e
podia estar y p o n e r su silla en c u a l q u i e r otra p a r t e del
m u n d o , y juzgar y g o b e r n a r t o d a s las gentes, cristianos,
moros, judíos, gentiles y de c u a l q u i e r otra secta y creencia
q u e fuesen. A e s t e l l a m a r o n Papa, q u e q u i e r e decir: Admirable, Mayor, P a d r e y G u a r d a d o r , p o r q u e e s P a d r e y Gob e r n a d o r de todos los h o m b r e s . A este Santo P a d r e o b e d e cieron y tomaron por Señor, Rey y Superior del Universo,
los q u e en aquel tiempo vivían, y a n s i m i s m o han tenido á
todos los otros, q u e d e s p u e s dél f u e r o n al pontificado elegidos y ansí se h a c o n t i n u a d o hasta a h o r a , y se c o n t i n u a r á
hasta q u e el m u n d o se acabe.
»Uno de los pontífices pasados, q u e he dicho como Señor
del m u n d o , hizo donacion de estas islas y T i e r r a f i r m e del
m a r Océano, á los católicos reyes de Castilla, q u e entonces
eran Don F e r n a n d o y Doña Isabel, de gloriosa m e m o r i a , y
á s u s sucesores n u e s t r o s Señores, con todo lo q u e en ellos
hay, según se contiene en ciertas e s c r i t u r a s , q u e sobre
ello p a s a r o n , s e g ú n dicho es (que podéis ver si quisieredes)
así q u e S. M. es rey y señor de estas islas y Tierrafirme,
por v i r t u d d e la dicha donacion, y como á tal rey y señor,
algunas islas y casi todas á quien esto ha sido notificado,
h a n recibido á S. M. y le han obedecido y servido y sirven
como s ú b d i t o s , lo deben hacer y con b u e n a voluntad y sin
n i n g u n a r e s i s t e n c i a , luego sin n i n g u n a dilación, como f u e r o n i n f o r m a d o s de lo susodicho, obedecieron á los v a r o n e s
religiosos, q u e les enviaba para que les predicasen y ens e ñ a s e n n u e s t r a Santa Fé. Y todos de su libre y agradable
voluntad, s i n p r e m i o , ni condicion alguna, se t o r n a r o n
cristianos y lo son y S. M. los recibió alegre y b e n i g n a m e n t e , y a s í los m a n d ó tratar, como á los otros s u s s ú b ditos y vasallos, y vosotros sois tenidos y obligados á h a c e r
lo m i s m o .
»Por e n d e , como m e j o r puedo, vos ruego y r e q u i e r o q u e
e n t e n d á i s b i e n esto q u e os he dicho, y toméis para e n t e n dello y d e l i b e r a r sobre ello, el tiempo q u e f u e r e justo, y
reconozcáis á la Iglesia por Señora y Superiora del Universo
m u n d o , y al S u m o Pontífice, llamado Papa, en su n o m b r e , y
á su Magestad en su lugar, como Superior y señor rey de las
islas y t i e r r a firme por la virtud de dicha donacion y c o n sintáis q u e estos P a d r e s religiosos os declaren y p r e d i q u e n
lo s u s o d i c h o . Y si ansí lo hicieredes liareis bien y aquello
q u e sois t e n i d o s y obligados, y su Magestad y yo e n su
n o m b r e , vos r e c i b i r á n con todo a m o r y caridad y vos d e jarán v u e s t r a s m u j e r e s y hijos, libres y sin s e r v i d u m b r e ,
para q u e d e ellas y de vosotros liagais l i b r e m e n t e todo lo
q u e q u i s i e r e d e s y por bien tuvieredes, como lo han hecho
casi todos los vecinos de las otras islas. Y allende de esto,
S. M. vos d a r á m u c h o s privilegios y excepciones, y vos fará
m u c h a s m e r c e d e s . Si no lo hicieredes, ó en ello dilación
m a l i c i o s a m e n t e pusieredes, certificóos q u e con el ayuda
de Dios, yo e n t r a r é p o d e r o s a m e n t e contra vosotros, y os
h a r é g u e r r a por todas p a r t e s y m a n e r a q u e yo pudiere, y
vos s u j e t a r é al yugo y obediencia de la Iglesia y de su Magestad, y t o m a r é v u e s t r a s m u j e r e s y hijos y los h a r é esclavos, y como tales los v e n d e r é , y dispondré de ellos, como
su Magestad m a n d a r e , y vos t o m a r é vuestros bienes y vos
h a r é todos los daños y males q u e pudiere, como á vasallos
q u e no obedecen ni q u i e r e n recibir á su señor y le resisten
y contradicen. Y protesto q u e las m u e r t e s y daños q u e de
ello se r e c r e c i e r e n , sea á vuestra culpa y no de su Magestad ni n u e s t r a , ni de estos callalleros q u e conmigo vinieron. Y de como os lo digo y requiero, pido al p r e s e n t e escribano q u e m e lo dé por testimonio signado.»
DOCUMENTO NÚMERO 5
Instrucciones del Adelantado Montejo á su h i j o .
«Lo q u e vos, D. Francisco de Montejo, mi h i j o , h a b é i s de
hacer p a r a la conquista y pacificación de Yucatan y Cozumel, q u e en n o m b r e de su Magestad y en mi lugar por el
poder q u e tengo de su Magestad para ello, vos doy y vais á
pacificar y poblar: es lo siguiente.
» P r i m e r a m e n t e h a b é i s de t r a b a j a r q u e la gente, q u e con
vos fuere, vivan y estén c o m o verdaderos cristianos, a p a r tándolos de vicios y pecados públicos y no les consintiendo
maldecir á Dios, ni á su b e n d i t a Madre, ni á sus santos, ni
otras blasfemias c o n t r a n u e s t r o Señor. Y sobre esto habéis
de estar advertido de lo castigar y no disimular cosa de lo
que acaeciere en este caso.
»Llegado q u e seáis á la villa de San Pedro, q u e está depositada en el p u e b l o d e Champoton, p r e s e n t a r e i s vuestra
provision, y recibido en cabildo, i n f o r m a r o s eis, así los españoles como n a t u r a l e s del pueblo de Champoton, si se les
ha hecho algún agravio y si se les h a tomado algunos i n dios esclavos c o n t r a su voluntad y hacerlos eis volver con
todo lo d e m á s q u e se les ha tomado. Y hacelles eis e n t e n d e r q u e por la b u e n a obra q u e han hecho e n tener dos años
y medio á los cristianos y dádoles de comer y lo que h a n
habido m e n e s t e r , han de s e r muy favorecidos y relevados
de todo trabajo.
»Y j u n t a n d o toda la gente, os saldréis del dicho pueblo,
dejando los indios m u y contentos y sosegados y llevando
con vos algunos principales hasta el pueblo de Campeche.
Y allí hablareis á los principales de el pueblo, y hacelles
eis e n t e n d e r como vais á poblar aquella t i e r r a y en n o m b r e de su Magestad y mió y a d m i n í s t r a n o s en las cosas de
n u e s t r a santa fé. Y á los q u e no quisieren venir en conocimiento de Dios y obediencia de S. M., h a b é i s de c a s t i gar. Y á los q u e vinieren en ello, q u e h a n de ser muy favorecidos y a m p a r a d o s y tenidos en justicia. Y hecho, t o m a reis algunos principales del dicho pueblo, dos principales
del pueblo de Champoton, y los d e m á s dejallos eis volver,
y e n t r a d á la provincia de Acanul, llevando m u y gran r e cado en la g e n t e q u e llevaredes, no hagan daño ni mal t r a tamiento á los indios de la dicha provincia, p u e s q u e todos
aquellos están de paz, y s i e m p r e han deseado q u e los e s pañoles fuesen á poblar aquellas provincias.
»Y en esta provincia p r o c u r a r e i s por h a b e r un señor, q u e
se dice Uva Chancan, q u e ha sido s i e m p r e amigo de los
cristianos y el q u e m á s ha ayudado en tiempos de la g u e r ra. Y venido á do vos estuvieredes, sea muy bien recibido, agradeciéndole su voluntad y b u e n a s obras q u e ha
hecho, y t r a b a j a d de tenerle con vos, y delante del hablad
á todos los principales de la provincia á q u e vais, y ellos
os avisarán si su provincia quisiere g u e r r a . Y si la oviere,
con m a ñ a enviarles eis á llamar, haciéndoles e n t e n d e r q u e
si vinieren d e paz, los recibiréis en n o m b r e de su Magestad y mió, y q u e serán m u y bien tratados y recibidos y f a -
voreeidos. E q u e si no vinieren, enviarles eis á h a c e r los
r e q u e r i m i e n t o s q u e su Magestad m a n d a , y no q u e r i e n d o ,
dalles eis la g u e r r a con más, sin perjuicio y daño de los
españoles y d é l o s n a t u r a l e s q u e se pudiere: c o n f o r m á n d o o s
con lo q u e s u Magestad m a n d a .
»Y llegado al pueblo de Tihoó, q u e es la provincia de
Quepech, a s e n t a r e i s allí el cabildo é regimiento de la d i cha villa é c i u d a d , y si os p a r e c i e r e q u e la c o m a r c a es tal,
q u e lo s u f r a . Y de allí trabajareis de traer toda la t i e r r a de
paz. E si a l g u n o s no q u i s i e r e n venir, d a r l e s eis la g u e r r a ,
c o n f o r m e á lo q u e su Magestad m a n d a .
»Y d e s p u e s q u e tengáis pacificadas las provincias que han
de servir á e s t a dicha c i u d a d , q u e son las s u j e t a s á la p r o vincia de A c a n u l , la provincia de Chacan, la provincia de
Quepech, la p r o v i n c i a de Ivin Chel, la provincia de Cocolá,
la p r o v i n c i a d e Tutul Xiu y la provincia de los Kupules,
q u e son las p r o v i n c i a s m a y o r e s de toda la tierra. Y a u n q u e
algunas p r o v i n c i a s otras vengan de paz, no las r e p a r t i r é i s ,
m a s de q u e s i r v a n , hasta q u e haya lugar en el p u e r t o de
Conil de e n c o m e n d a r l o s , y no por via de. posesion de esta
ciudad.
»Habéis de h a c e r el r e p a r t i m i e n t o de á cien vecinos, y no
menos, p o r q u e las provincias son g r a n d e s y los indios muchos, es m e n e s t e r vecinos q u e los resistan y sojuzguen, y
h a d e ser ésta la principal c i u d a d de todas. Y d e m á s de los
r e p a r t i m i e n t o s q u e h i c i e r e d e s y del r e p a r t i m i e n t o q u e yo
he tomado p a r a mí, dejareis algunos pueblos sin repartillos,
p a r a p e r s o n a s q u e convengan al servicio de su Magestad,
p o r q u e así se suele hacer en todos los r e p a r t i m i e n t o s q u e
se hacen en t i e r r a s nuevas.
»Y lo q u e c o n q u i s t a r e d e s y pacificaredes de todas las provincias de suso declaradas, liareis h a c e r visitación general,
y fecha y salida la cantidad de p u e b l o s y casas de ellos,
p a r t i c u l a r m e n t e de cada p u e b l o , liareis depósito en los españoles vecinos, q u e os p a r e c i e r e , c o n f o r m e á la calidad
y servicios de cada u n o . Y en n o m b r e de su Magestad d a r les eis la cédulas de r e p a r t i m i e n t o y e n c o m i e n d a de los
indios y pueblos q u e ansí les e n c o m e n d a r e d e s c o n f o r m e á
lo q u e su Magestad m a n d a , sin tocar en los q u e yo he tomado para mi y e n los p u e b l o s q u e os pareciere, q u e es
bien q u e quedan, c o m o d i c h o es.
»Y después de f e c h o t o d o lo susodicho, t r a b a j a r e i s q u e
todos hagan s u s c a s a s y g r a n g e r í a s y labranzas, y vos el
p r i m e r o para q u e t o d o s t o m e n ejemplo de vos. Y t r a b a j a reis q u e los indios s e a n m u y bien t r a t a d o s é doctrinados, y
vengan al c o n o c i m i e n t o d e n u e s t r a Santa Fé católica y serv i d u m b r e de s u M a g e s t a d , y con los b u e n o s t r a t a m i e n t o s
que les h i c i e r e n , p i e r d a n las malas c o s t u m b r e s y erronias
que tienen y h a n t e n i d o .
»Así m i s m o h a b é i s de t r a b a j a r de abrir todos los caminos,
asi para C a m p e c h e , c o m o p a r a la m a r , d e r e c h o á la costa
del Norte, como á los p u e b l o s principales, y en todo p o n dréis la diligencia y c u i d a d o q u e f u e r e posible, p o r q u e yo
vos confío. Y en todo, p o r q u e sé q u e sois persona q u e lo
sabréis bien h a c e r , p o n i e n d o á Dios n u e s t r o Señor d e l a n t e
y el servicio de su Magostad é bien de la tierra, y la e j e c u ción de la Justicia, de lo cual todo os m a n d é d a r y di ésta
firmada de mi n o m b r e . F e c h a en esta Ciudad Real de Chiapa, de mil q u i n i e n t o s y c u a r e n t a años.
»Otrosí: q u e los p u e b l o s q u e yo tengo e n c o m e n d a d o s en
mí, en n o m b r e de s u Magestad vos de nuevo en el dicho
repartimiento q u e h i c i e r e d e s , m e los e n c o m e n d e i s y depositéis, y mi r e p a r t i m i e n t o q u e es en la provincia de Tutul
Xiu con todo lo á ella s u j e t o , y el pueblo de T e c h a q u e con
todo lo á él s u j e t o , y el p u e b l o de Campeche, con todo lo á
él sujeto, y el p u e b l o de Champoton con todo lo á él sujeto.
Fecho ut s u p r a — E l Adelantado, D. Francisco de Montejo.— Por m a n d a d o d e su s e ñ o r í a , Remando de Esquive!, escribano de su Magestad.»
DOCUMENTO N Ú M E R O 6
Auto de f u n d a c i ó n de la ciudad de Mérida.
«Que por euanto el Ilustre Señor D. Francisco de Montejo,
Adelantado, Gobernador y Justicia mayor p o r su Magestad
en estas provincias de Y u c a t a n y Cozumel, con sus p o d e r e s
le había enviado á ella, así á las conquistar y pacificar,
como ¿ p o b l a r l a s de cristianos, y f u n d a r las ciudades, villas
y lugares, q u e al servicio de Dios y de su Magestad viese
q u e convenía. Y p o r q u e d e s p u e s de venido y efectuado lo
q u e le fué mandado, conquistó y pacificó la provincia de
Campeche y Acanul, en ella d o n d e mejor le había parecido
convenir, pobló una villa, q u e se llama la villa de San Francisco y edificó la iglesia de n u e s t r a Señora de la Concepción, según mas largo se contiene en el libro del cabildo
q u e de la dicha villa se hizo. Y q u e d e s p u e s q u e estaba
bien poblada y aquellas provincias pacificadas, p o r q u e e r a
necesario venir á esta provincia d e Quepech, vino y la h a bía conquistado y traído de paz con otras m u c h a s á ellas
c o m a r c a n a s , á d o n d e e s p e r a b a en Dios n u e s t r o señor, n a cería nueva conversión en los n a t u r a l e s de ellas. Y p o r q u e
en los t é r m i n o s j u n t o s é esta provincia de Quepech, había
o t r a s de g u e r r a inobedientes, q u e no q u e r í a n dar la obediencia á la Iglesia, ni el dominio á su Magestad y á él en
su n o m b r e y lugar para q u e se les predicase el santo E v a n gelio. Acatando á todo esto, y p o r q u e viéndole de asiento,
los n a t u r a l e s no se revelarían y p o r q u e á los de g u e r r a
pondrían t e m o r . Usando de los p o d e r e s q u e para ello t e nía, y p o r q u e así se le había m a n d a d o por el ilustre señor
Adelantado por una i n s t r u c c i ó n suya, firmada de su n o m bre; poblaba y edificaba una ciudad de cien vecinos, la cual
f u n d a b a á honor y r e v e r e n c i a de nuéstra Señora de la E n -
carnación, y á la dicha ciudad le daba n o m b r e á tal. La
ciudad de Mérida, q u e n u e s t r o señor g u a r d e para su santo
servicio por largos años. Con protestación q u e hacia q u e
si al servicio d e Dios, n u e s t r o Señor y de su Magestad, ó
al bien de los n a t u r a l e s , fuese visto convenir m u d a r l a con
p a r e c e r del g o b e r n a d o r y señores del cabildo, se pudiese
hacer, sin caer en mal caso, ni pena alguna, p o r q u e su intención era b u e n a y s a n a .
»Otrosí, p a r a q u e la dicha ciudad de Mérida no decaiga y
de c o n t i n u o p e r m a n e z c a : m a n d o al r e v e r e n d o p a d r e c u r a
Francisco H e r n á n d e z , q u e en lo m e j o r de la traza q u e en la
dicha ciudad se hiciere tome solar y sitio p a r a h a c e r la
iglesia mayor, a d o n d e los fieles cristianos oigan doctrina y
les a d m i n i s t r e n los Sacramentos, y le doy por apellido
n u e s t r a S e ñ o r a de la E n c a r n a c i ó n , la cual tomaba por abogada: así p a r a q u e de continuo le diese gracia y e n s a n c h a se la santa fé católica, como para q u e tenga d e b a j o de su
g u a r d a y a m p a r o la dicha ciudad de Mérida, y los cristianos
que en ella m o r a r e n . »
DOCUMENTO NÜMERO 7
Fundadores de la ciudad de M rida.
Alonso de Reinoso.
Alonso de Arévalo.
Alonso de Molina.
Alonso P a c h e c o .
Alonso
Alonso
Alonso
Alonso
López Zarco.
de Ojeda.
Rosado.
de Medina.
Alonso Bohorquez.
Alonso Gallardo.
Alonso Correa.
Andrés P a c h e c o .
Antonio de Yélves.
Bartolomé Rojo.
Blas Hernández.
Beltran de Zetina;
414
Baltasar Gonzalez.
Baltasar Gonzalez, otro, por- tero de cabildo.
Cristóbal de San Martin.
Diego Briceño.
Diego de Medina.
Diego de Villarreal.
Diego de Baldivieso.
Diego S á n c h e z .
Estéban S e r r a n o .
Estéban Martin.
Estéban iñiguez de Castañeda.
Francisco de Bracatnonte.
Francisco de Zieza.
Francisco de Lubones.
Francisco de Arceo.
Francisco T a m a y o .
Francisco Sánchez.
Francisco M a n r i q u e .
Francisco Lopez.
Francisco de Quirós.
F e r n a n d o de B r a c a m o n t e .
Gaspar P a c h e c o .
Gonzalo Mendez.
Gaspar Gonzalez.
García de Aguilar.
García de Vargas.
Gómez del Castillo.
Gerónimo de Campos.
H e r n a n d o de Aguilar.
Hernán Muñoz Baquiano.
H e r n á n Muñoz Zapata.
H e r n a n d o de Castro.
Hernán Sánchez de Castilla.
415
)—
J u a n de U r r u t i a .
J u a n de Aguilar.
J u a n Lopez de Mena.
J u a n de Porras.
Juan de Oliveros.
Juan de Sosa.
J u a n Bote.
Julian Doncel.
J u a n de Salinas.
Juan Cano.
J u a n de Contreras.
Juan ele Magaña.
Joanes Vizcaíno.
J u a n de Parajas.
J u a n Ortes.
Jorge Hernández.
Juan Vela.
Juan Gómez de Sotomayor
J u a n Ortiz de Guzman.
J u a n de Escalona.
Juan del Rey.
J u a n de Portillo.
Juan F a r f a n .
J á c o m e Gallego.
J u a n Lopez.
Juan de Priego.
J u a n Caballero.
Maese Juan.
Luis Diaz.
Lúeas de Paredes.
Lope Ortiz.
Melchor Pacheco.
Licenciado Maldonado.
Miguel Hernández.
Martin de Iriza.
Martin Sánchez.
Miguel Rubio.
Martin de Iñiguez.
Melchor Pacheco, el viejo.
Nicolás de Gibraltar.
Pedro Diaz.
P e d r o Costilla.
Pedro Galiano.
Pedro Alvarez.
Pedro de Chavarria.
Pedro Diaz Poveda.
Pedro Muñoz.
) -
Pedro
Pedro
Pedro
Pablo
Pedro
de Valencia.
Franco.
Fernandez.
de Arrióla.
García.
Pedro Alvarez de C a s t a ñ e d a .
Pedro Hernández.
Ptodrigo Alvarez.
Rodrigo Nieto.
Rodrigo Alonso.
Rodrigo C a m i ñ a .
Sebastian de Búrgos.
DOCUMENTO NÜMERO 8
F u n d a d o r e s de la villa de Valladolid.
Diego de Ayala.
Juan de Cárdenas.
Juan de Contreras.
Juan Lopez de Recalde.
Piodrigo de Cisneros.
Alonso Gonzalez.
Francisco Martin.
Francisco
Hernandez.
Francisco H e r n a n d e z Calvillo
Francisco Xinobes.
J u a n Nunez.
Juan de Cuenca.
Alvaro Osorio.
Baltasar de Gallegos.
Juan E n a m o r a d o .
Juan Bote.
Toribio Sanchez.
Juan de la Cruz.
Juan Gutierrez P i c o n .
Juan de Morales.
Märcos de Ayala.
Martin C a r r u c h o .
Martin Poiiz Darce.
Andrés Gonzalez de B e n a vides.
Juan de Azamar.
J u a n Lopez de Mena.
Blas Gonzalez (otro).
Marcos de Salazar.
Alonso Baez.
Francisco de Palma.
Gaspar Gonzalez.
Pedro Z u r u j a n o .
Francisco Hurtado.
Pablos de Arrióla.
Pedro de Lugones.
Pedro de Molina.
Mizer Estéban.
Francisco Ronquillo.
Pedro Costilla Santis
Anton Ruiz.
an.
P e d r o Duran.
Damian Dovalle.
Martin Recio.
Miguel de Tablada.
Juan de Palacios.
P e d r o de Valencia.
Giraldo Diaz.
Alonso Parrado.
Belez de Mendoza,
Martin de Velasco.
Juan Rodríguez.
P o d e r d a d o p o r el A d e l a n t a d o M o n t e j o á su sobrino p a r a c o n q u i s t a r el o r i e n t e
de la P e n í n s u l a y f u n d a r e n él u n a villa.
«Que por c u a n t o para la conquista y pacificación de las
provincias de Yucatan habia proveído por su lugar-teniente
de gobernador y capitan general de ellas á D. Francisco de
Montejo, el cual habia poblado la villa de San F r a n c i s c o y
la ciudad de Mérida, d o n d e era necesario se ocupase á
hacer r e p a r t i m i e n t o general, conforme á la provision de su
Magestad, é instrucción q u e p a r a ello tiene, y tiene otras
cosas tocantes al servicio de su Magestad á q u e a c u d i r , á
cuya causa no p u e d e ir ni hallarse presente al poblar, conquistar y pacificar de los pueblos y naturales, q u e han de
servir á la villa q u e está por poblar en Cunil, ó m á s a d e lante, donde se h u b i e r e de poblar. Y porque para la dicha
conquista y pacificación y poblacion de la dicha villa, soy
informado q u e vos, F r a n c i s c o de Montejo, sois hábil y s u ficiente y q u e bien y fielmente liareis lo que p o r mí, en
n o m b r e de su Magestad, vos f u e r e mandado. Por e n d e , por
la p r e s e n t e en n o m b r e de su Magestad vos elijo y n o m b r o
por m i l u g a r - t e n i e n t e de gobernador y capitan general de
la dicha villa, q u e así se ha de poblar en la provincia de
Conil, ó d o n d e m á s adelante se poblare. A la cual dicha
conquista vos m a n d o q u e vais con la gente de españoles y
amigos, q u e p a r a lo susodicho con vos se j u n t a r e . En las
cuales provincias, en la parte d o n d e la villa se h u b i e r e de
poblar, en los p u e b l o s de ella c o m a r c a n o s y en los d e m á s
q u e á ella h u b i e r e n de venir á servir podáis hacer y hagais
v u e s t r o s l l a m a m i e n t o s y r e q u e r i m i e n t o s á los n a t u r a l e s de
los tales 'pueblos y provincias, para q u e vengan á d a r la
obediencia y d o m i n i o á su Magestad. Y no q u e r i e n d o venir
d e s p u e s de ser r e q u e r i d o s las veces q u e su Magestad por su
instrucción, real provisión m a n d a , les h a r é i s g u e r r a con
la dicha gente de españoles y amigos, q u e con vos se h a llaren hasta tanto q u e los dichos n a t u r a l e s dén la dicha
obediencia y vengan de paz. Y ansí pacificados podáis e n t r a r y poblar la dicha villa en n o m b r e de su Magestad, en
la cual d e s p u e s de poblada y n o m b r a d a , podáis hacer y hagais elección y n o m b r a m i e n t o de alcaldes y regidores y esc r i b a n o y de todos los d e m á s oficiales, q u e os pareciere q u e
convienen. Los cuales, como dicho es, hagais y n o m b r é i s
y elijáis en n o m b r e de su Magestad, y ansí elegidos y n o m b r a d o s , d e s p u e s q u e hayan h e c h o el j u r a m e n t o y solemnidad, q u e e n d e r e c h o se r e q u i e r e : todos j u n t o s en cabildo y
a y u n t a m i e n t o , hagais la traza de la dicha villa, e n la cual
podáis p o n e r todas aquellas a r m a s é insignias, q u e en nomb r e de su Magestad y para la ejecución de su real justicia
se suelen p o n e r , q u e p a r a todo lo susodicho vos doy poder
cumplido en n o m b r e d e s u Magestad, etc.»
F I N DEL. T O M O
PRIMERO
INDICE
PÁcs.
PREFACIO DEL E D I T O R . — E l i g i ó A n c o n a
5
INTRODUCCIÓN
9
L I B R O
P R I M E R O
C A P Í T U L O P R I M E R O . — A s p e c t o físico de Yucatán. — S u clima.—
Ríos.—Ojos de agua.—Cenotes.—Cavernas.—Tiempos prehistóricos.—Inundación.—Catástrofes acaecidas en las regiones centrales
de la A m é r i c a . — T r a d i c i ó n haitiana.—El Manuscrito
Troano.—
Suerte que cupo á la P e n í n s u l a e n el cataclismo
.
C A P Í T U L O I I . — T i e m p o s fabulosos.—
Opiniones sobre los primitivos
habitantes de América —Génesis maya.—Creación del primer h o m b r e — L o s gigantes.—Los enanos.—Primeras inmigraciones.—Dificultades para aceptar la oriental.—Probabilidades en favor de otras.
—Imperio votanida.—Algunas de las tribus que lo habitaron, p u d i e ron haber emigrado á la P e n í u s u l a
: . .
13
26
C A P Í T U L O IIL—Razas que poblaron á Yucatán.—El hombre prehistórico.—Los itzaes.—Las m a y a s . — L o s caribes.—Nombres antiguos de
la P e n í n s u l a . — U l u m i l ceh y Ulumil cutz.—Onohualco.—Chacnovitán.—Yucalpetén.—Zipatán.—Mayab.—Observaciones especiales sobre la última palabra
33
C A P Í T U L O I V . — T i e m p o s fabulosos.—Zamuá
ó Itzamná.—Su origen.
— S u carácter.—Religión q u e funda.—Invenciones que se le a t r i b u y e n . — S u m u e r t e . — K u k u l c á n . — S u identidad con otros mitos de la
teogonia a m e r i c a n a . — S u aparición en Yucatán.—Misión que dese m p e ñ a . — S u ascensión á los cielos
45
C A P Í T U L O Y — R á p i d a ojeada sobre las construccioues mayas—Montículos.—Edificios construidos sobre ellos.—Puertas, bóvedas, paredes, ornamentación.—Usos á que estuvieron destinados.—Calzadas.
—Aguadas artificiales.—Antigüedad de las ciudades de la Peníusula.
—Quiénes f u e r o n sus constructores —Diversidad de opiniones sobre
ambas materias
56
C A P Í T U L O VI.—Ciudades f u n d a d a s por los i t z a e s . — I t z m a l . - S u a n t i g ü e d a d . — S u f u n d a c i ó n . — N ú m e r o de santuarios.—Descripción de
los principales.—Peregrinos.—Gobierno y religión.—T-Hó.—Epoca
de su fundación.—Edificios.—Templos de Bakluumchaan y H' ChumCáan.—Culto que se profesaba en la ciudad.—Chichón Itzá.—Origen
de su población.—Conmociones ocurridas en su recinto.—Número
y belleza de sus monumentos.—Chacmool
•
•
•
C A P Í T U L O VII —Ciudades f u n d a d a s por los mayas.—Mayapán.—Opiniones sobre su antigüedad —Religión y administración pública.—
Príncipes, sacerdotes y pueblo.—Uxmal.—Ignorancia absoluta sobre
su fundación y la época en q u e se verificó.—Vestigios del culto q u e
la ciudad profesaba.—Magnificencia de sus edificios.—Tradición e n lazada con las casas del Enano, de la Vieja y del Gobernador..
. .
C A P Í T U L O VIII.—Llegada de los T u t u l Xius á Chacnovitán.—Entablan relaciones con los mayas.—Ocupan ¡a provincia de Bakhalal.—
S e apoderan de Chichón.—Persiguen á los itzaes hasta Champotón.
—Vida n ó m a d a que hacen éstos muchos años.—H-Cuitok T u t u l
Xiu establece su corte en Uxmal.—Alianza que celebra con los señores de Mayapán y de Chichón Itzá.—Caiácter de esta alianza. . .
C A P Í T U L O I X . — L a lengua maya.—El monosilabismo y la onomatopev a predominan en su estructura.—Familia á que p e r t e n e c e — O p i niones de Brasseur sobre su afinidad con varios idiomas del antiguo
c o n t i n e n t e . — S u fluidez y su a b u n d a n c i a . —Escritura.—Los m a y a s
practicaron la figurativa, la simbólica y la fonética —Alfabeto conservado por L a n d a . — T e m o r e s sobre su exactitud.—Los misioneros
lo sustituyen con el romano.—Observaciones sobre la manera con
que se verificó la sustitución.—El anahté.—Importancia que tenía en
la antigüedad
C A P Í T U L O X.—Teogonia m a y a —Variedad del culto en cada ciudad.—
Principios religiosos comunes á toda la Península.—Dios, el a l m a y
la vida futura.—Multitud de ídolos.—Sacrificios h u m a n o s — A n t r o pofagia.—Sacerdotes.—Bautismo, confesión y penitencia.—Testimonio que dan nuestras r u i n a s de otro culto público, que no refieren
los historiadores
C A P Í T U L O XIII.—Últimos sucesos de la historia maya.—Desconfianza
entre los reyes de M a y a p á n , U x m a l y Chichón.— El primero solicita
el auxilio extranjero y declara la guerra al último.—Popularidad de
Tutul X i u . — S e apodera de Mayapán.—Origen de los cacicazgos de
I l - K i n Chel y Sotuta.—Desavenencias entre las familias más poderosas de la Península.—Destrucción del Imperio m a y a y su capital.
—Los ilzaes se refugian al Petén.—Yucatán se fracciona en multitud de Estados independientes.—Situación que guardaban éstos á
principios del siglo xvi
C A P Í T l "LO XIV.—Usos y costumbres de los mayas.—Comercio.—Agricultura.—Moneda.—Trajes.—Índole y carácter del pueblo.—Sus vicios y sus virtudes.—Conclusión
L I B R O
S E G U N D O
C A P Í T U L O P R I M E R O . - E u r o p a e n el siglo x v . - D e s c u b r i m i e n t o s anteriores a ! de América.—Motivos que los impulsaron.—Cristóbal Col ó n — S u nacimiento; sus estudios; la profesión que a b r a z a . — P r e tende b u s c a r p o r e l Oeste un paso á la India.—Origen y f u n d a m e n t o s
de su convicción sobre la existencia de los países occidentales.—
Solicita la cooperación de varias potencias europeas.—España accede á sus instancias, y le confia tres naves pequeñas.—Emprende con
ellas su primer viaje al hemisferio occidental. —Su éxito.—En su
cuarto v i a j e estuvo á punto de descubrir Yucatán.—Expedición de
Vicente Yáñez Pinzón y J u a n Díaz de Solis
C A P I T U L O II.—1511-1519.—Quiénes fueron los primeros españoles que
aportaron á Yucatán.— Con qué motivo.—Desgraciada suerte que les
cupo.—Gonzalo Guerrero y Jerónimo de Aguilar sobreviven á sus
compañeros.—Aventuras de ambos.—Vuelta del último á la vida civilizada
C A P Í T U L O XI —Vestigios de un calendario anterior al tolteca.—Cronología m a y a —El día.—La semana.—El mes.—El año.—Fiesta al dios
«Mam».—Los cuatro Bacabes.—La época llamada de «Aliau».—Número de años que contenia.—El siglo
C A P Í T U L O III.—1517.—Origen de la primera expedición al continente
septentrional.—Sale de Cuba, á las órdenes de Francisco Hernández
de Córdova.—Descubrimiento de la Península.—Los m a y a s hostilizan
c r u e l m e n t e á los españoles e n Cabo Catoche y Champotón.—Dase
al país descubierto el n o m b r e de Yucatán.—Etimología de e s t a p a -
C A P Í T U L O XII.—Ciencias, bellas artes y legislación —Aritmética, geometría y mecánica.—Historia.—Poesía lírica y dramática.—Música
y baile.—Escultura y pintura.—Derecho público.—El rey, los sacerdotes, la nobleza, el pueblo y los esclavos.—Derecho internacional.
—Reglas concernientes á las e m b a j a d a s y á la guerra.—Armas y trajes-de los guerreros.—Legislación civil y penal
C A P Í T U L O IV.—1518 1519.—Nuevas expediciones al continente septentrional.—Juan de Grijalva.—Batalla de Champotón.—Hernán Cortés.
— S u residencia en Cozumel.—Disposiciones que toma para rescatar
á los españoles cautivos en la Península.—Llegada de Aguilar al
campamento
labra
PAGS.
C A P Í T U L O V.—Impresión que c a u s a n e n los m a y a s las expediciones
españolas.—Su atención se fija especialmente en la cruz.—Cbilam
Balam.—Otros sacerdotes gentiles á quienes se a t r i b u y e el don de
profecía.—¿El Cristianismo fué predicado en América antes del descubrimiento?.—Examen de los f u n d a m e n t o s en que se apoyan los defensores de esta opinión
C A P Í T U L O XII.—1541-1542.— Reflexiones sobre la conducta de T u t u !
Xiu.—Cumplimiento del pacto hecho con los españoles.—Ñachi Cocom.—Su carácter.—Atentado que comete contra los embajadores
de M a n í . — S u s consecuencias.—Batalla del 11 de junio.—Relaciones de Montejo con los pueblos inmediatos á T - H ó . — F u n d a c i ó n de
241
C A P Í T U L O VI.—1514-1526.—Francisco de M o n t e j o . — S u s primeros p a sos en el Nuevo Mundo.—Va á la corte con u n a comisión de H e r n á n
Cortés.—Dificultades que e n c u e n t r a en su d e s e m p e ñ o —Las v e n c e .
—Es nombrado segunda vez procurador de la N u e v a España.—Capitula con Carlos V la conquista de Yucatán.—Alonso de Avila.—Sus
aventuras antes de e m p e ñ a r s e en la empresa d e Montejo
C A P Í T U L O V I I . - 1 5 2 6 1529.—Capitulación que F r a n c i s c o de Montejo
celebra con Carlos V para conquistar y colonizar la Península.—Puntos que comprendía.—Elementos de la primera expedición.—Desembarca en Yucatán.—Esfuerzos inútiles del Adelantado para atraerse á los mayas.—Batalla de Aké.—Residencia e n Chichén Itzá.—Penalidades de la Colonia.—Nuevo combate con los naturales.—Los
invasores se ven al fin obligados á huir, valiéndose de u n a estratagema.—Buscan refugio en Campeche
252
Salamanca
269
Reflexiones
C A P Í T U L O X.—1537-1539.—Segunda expedición de Montejo á la P e n í n sula.—Desembarca en Champotón.—Combates con los naturales.—
Fundación de la villa de S a n Pedro.—Peligros á que se ve expuesta
la Colonia.—Sus pobladores i n t e n t a n abandonarla.—Impídelo el sobrino del Adelantado.—Refuerzos que llegan al c a m p a m e n t o . . . .
C A P Í T U L O XI.-1540-1541.—El Adelantado sustituye en s u hijo los poderes que tenia respecto de Yucatán.—Sale el ejército de Champotón.
—Dificultades con que llega á Campeche.—Misión confiada al más
joven de los Montejos.—Ocupa á T - H ó después de u n a marcha penosa.—Batalla de Xpeual.—El general f u n d a la villa de San Francisco
y viene á reunirse con su primo —Embajada de T u t u l Xiu.—Efecto
que produce en el campamento español
C A P Í T U L O XIV.—Reflexiones s ó b r e l a conducta de Montejo y sus compañeros de aventura.—Derecho de conquista, fundado e n la bula de
Alejandro VI.—Fray Bartolomé de Las Casas.—Su vida.—Se interesa
en favor de los americanos.—Libros que escribe para alcanzar su objeto.—Acusaciones que lanza contra los conquistadores de Y u c a t á n .
—Motivos que le impulsaron á exagerar las crueldades cometidas por
los españoles eu el N u e v o M u n d o
C A P Í T U L O VIII.—1528-1530.—Expedición de Alonso de Ávila e n busca
de las minas —Fundación de otra población española en la P e n í n s u la.—Insurrección de los naturales.—Vanos esfuerzos que hace el contador para comunicarse con Montejo.—Medios de q u e se vale.—Situación extrema á que se ve reducido.— A b a n d o u a por fin á Víllarreal
C A P Í T U L O IX.—1531-1535.—Los indios de Campeche hostilizan también
á los españoles.—Pasa el Adelantado á México e n busca de refuerzos.
—Emplea casi todos los que consigue en Tabasco.—Situación á que
se ven reducidos sus c o m p a ñ e r o s en la P e n í n s u l a —La a b a n d o n a n .
—Misión evangélica en Champotón.—Obstáculos con que tropieza.—
Mérida
C A P Í T U L O X I I I . - 1 5 4 2 - 1 5 4 5 . - E l Adelantado confia á su sobrino la
misión de pacificar el oriente de la P e n í n s u l a . — C a m p a ñ a que se
emprende con este o b j e t o . — S u j e c i ó n de los Cocomes.—Aventura de Alonso Rosado.—Dificultades que los españoles e x p e r i m e n t a n en el territorio de los Cupules.—Fundación de Valladolid en Chauaháa.—Trasládase después á Zací.—Se encomienda á
Gaspar Pacheco y su hijo la conquista de B a k h a l a l . — F u n d a c i ó n de
APÉNDICE
289
298
312
323
Descargar