A importância de ser alegre O que é que dá a felicidade? Há várias coisas fazem as pessoas alegres. Umas palavras agradáveis de um desconhecido na rua, estar com os amigos ou com a família, ser apreciado, sentir-se compreendido, não ter nada de fazer para ontem, as possibilidades do desenvolvimento, traçar objetivos e cumpri-los, o trabalho que satisfaz, praticar desporto, uma comida deliciosa, dançar, cantar, boa música, um livro cativante, o contacto com os animals, estar ao ar livre, tomar sol, dar e receber presentes, ajudar os necessitados... Mas qual é o fator que junta tudo isto do que a gente gosta? É, supreendentemente, pura bioquímica – são os hormonas. É o que acontece na mente – os efeitos produzidos no cerébro e as chamadas hormonas da felicidade: endorfina, dopamina, ocitocina e serotonina. O problema surge quando, por exemplo, não há suficiente serotonina. Esta situação é denominada "depressão". Então não se pode apreciar o que acontece porque não há habilidade para isto. Mesmo as coisas que dantes despertavam alegria já não dão prazer, perde-se a vontade de fazer qualquer coisa, as atividades diárias tornam-se insuportavelmente difíceis, duras e estão além da capacidade de um. Logo, às vezes é preciso servir-se dos produtos farmacêuticos. Cabe sublinhar que a depressão não é só ficar triste. Não sempre há vontade de morrer nem de suicidar-se. No entanto, aparecem vários sintomas somáticos, é dizer, relativos ao corpo, não exclusivamente psíquicos. Às vezes tudo começa por cansaço, fraqueza, fadiga muscular, as dores da cabeça incuráveis, dificuldades de concentração, tonturas, dor no peito, dor abdominal, indigestão, obstipação ou diarreia, sonolência ou insónias, hipoglicemia ou hiperglicemia, falta ou aumento do apetite. Isto pode criar confusão aquando do diagnóstico porque estes sinais são associadas a outras enfermedades, como por exemplo diabetes, anemia, doenças cardíacas, perturbações intestinais. Além disso, o assunto é mais complicado porque diferentes manifestações se opõem e não sempre são os mesmos que aparecem, variam de pessoa para pessoa. Também podem ocorrer, embora menos frequentes, problemas curiosos (que, com certeza, não são nada interessantes para os indivíduos que os sofrem), como o bruxismo – um distúrbio caracterizado pelo ranger os dentes, quer dizer roçar uns contra os outros, ou apertá-los durante o sono; a síndrome das pernas inquietas – necessidade involuntária de movimentar as pernas que geralmente ocorre a noite ao deitar-se; alucinações auditivas, visuais ou do cheiro – parosmia. Daí que seja importante e ao mesmo tempo difícil combater o problema. É um assunto complexo e seria melhor que a gente tivesse mais conhecimento sobre isto. Infelizmente há pessoas a achar que os antidepressivos só têm efeitos calmantes e até entorpecem o cerébro... Este modo de pensar é prejudicial e é preciso compreender o problema para poder entender os doentes e, o que seria ainda melhor, ajudá-los a se recuperarem, ou, pelo menos, não contribuir para a agravação do seu estado de saúde. Ser alegre anda necessariamente unido com bom estado físico do organismo. Muitas vezes é difícil manter homeostase, é dizer, o equilíbrio do corpo e da mente. Mas é importante não descuidar de nenhum aspeto porque cada um elemento influi sobre outros. Oxalá neste ano cada um dos leitores encontre o seu equilíbrio!