Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Design Programa de Pós-Graduação em Design Mestrado em Design Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira Prof.ª: Dra. Carla Pereira Paradoxo da cor: medo e afeição A obra em análise, foi publicada no ano de 2007 pela editora Senac – São Paulo, 1º edição, contendo 144 páginas. Trata-se de uma tradução do inglês para o Unidade Acadêmica de Design Pós-Graduação Design português, realizada por Programa MarcelodeMendes de: em Chromophobia, livro publicado em Mestrado em Design Londres no ano 2000, que tem por autor David Batchelor. O mesmo nasceu em Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira 1955 na cidade de Dundee, Reino Unido. É artista Prof.ª: Dra. Carla Pereira plástico, escritor e estudioso dos usos da cor na sociedade contemporânea, estudou Belas Artes na Trent Polytechnic, em Nottingham (1975-8) e Teoria Cultural no Centro de Estudos Culturais Contemporâneos da Universidade de Birmingham (1978–80). Autor de nove livros: Minimalism (1997); Chromophobia (2000) Reimpresso nos anos de 2003, 2005, 2007 e 2009; Shiny Dirty (2004); Unplugged (2007); Colour (2008); Found Monochromes (2010); Flatlands (2013); The Luminous and the Grey (2014) e The October Colouring-In Book (2015). David também foi membro do Tate Britain Council de 2002-5, um órgão consultivo em desenvolvimento e programação na Tate Britain. Para compreender o sentido do livro, é válido saber o que é cromofobia, que o autor descreve como: “o medo de ser corrompido ou contaminado pelas cores”. Além disso, expõe que este fenômeno interfere desde a Grécia antiga na produção cultural e intelectual do mundo ocidental. Assim, o livro preocupa-se com as manifestações modernas e contemporâneos, bem como com a resistência a ela na arte. É um estudo abrangente, e que interessa aos profissionais que empregam a cor no dia-a-dia. O primeiro capítulo nomeado de: Paisagens em Branco, David relata sobre uma visita a uma casa que seu exterior era “relativamente comum: revestida de tijolos vermelhos”, onde para ele, o interior e exterior pareciam não ter nenhuma relação, pois internamente tudo era praticamente branco. O autor coloca o leitor diante da concepção que o ocidente tem do branco e da sua relação com o puro, o belo e o divino. Descreveu a necessidade de tirar do caminho o termo minimalismo e sua impensada associação com o branco, pois, o minimalismo fez o uso do branco, PPGDesign – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN - UFCG Av. Aprígio Veloso, 882, Campus I, Bloco BO, 1o. Andar, Bairro Universitário, CEP 58.429-900, Campina Grande, PB, Brasil, Fone (083) 2101-1132, Ramal 35 - E-mail: [email protected] - http://www.design.ufcg.edu.br/pos Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Design Programa de Pós-Graduação em Design Mestrado em Design Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira Prof.ª: Dra. Carla Pereira mas sem que o branco perdesse sua função de cor. Já no final, Batchelor desenvolve um pensamento sobre a alusão feita da cor branca como uma forma de pureza, expondo obras e posicionamentos de autores como Joseph Conrad e Herman Melville, que ao final Unidade expressam quedeatrás Acadêmica Designda virtude, esconde-se o terror, de Pós-Graduação Design ou seja, a visão do brancoPrograma puro é contraditória noemmomento onde ele exemplifica que Mestrado em Design para Conrad e Melville, um dos exemplos mais terríveis da brancura é a silenciosa taciturna “neblina leitosa”. Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira Prof.ª: Dra. Carla Pereira O segundo capítulo tem como título: Cromofobia, e como o próprio nome sugere, o autor discorre, de forma mais aprofundada, o temor do ocidente em relação as cores, mencionando duas formas como as cores são vistas, são elas: como propriedade de um corpo estrangeiro ou como algo superficial. Revela ainda que a cromofobia se manifesta nas inúmeras e variegadas tentativas de purgar a cor da cultura, de desvaloriza-la, diminuindo sua insignificância. Confrontando o desenho e a cor, Charles Blanc, inspira Batchelor a citar a queda pela cor, que consiste no associação entre a cor as drogas, o que faz o leitor perceber o que a cor pode ser conexa ao impuro. No entanto, ao final desse capitulo o autor apresenta o conceito de Cromofilia, trazendo alguns autores, como: Cézanne e Baudelaire, que defendem o uso da cor. O terceiro capitulo como título: Apocalypstick, o autor inicia relacionando Cromofilia e Cromofobia a queda boa ou ruim. Tratando com uma certa ambiguidade, o autor retoma ao conceito de cor cosmética, que é um artificio, faz parte do charme, da sedução, mas que ao mesmo tempo há uma desvalorização da mesma, considerando-a algo impura, uma droga aplicada sobre o corpo que acaba retirando a beleza autêntica. Quando o autor cita Andy Warhol, o mesmo chega a significar a pintura como sendo cosmética. Assim, ao final do capitulo, após a citações de muitos autores, Batchelor, explica que no que diz respeito a Cromofobia e a Cromofilia, enquanto um tenta diminuir o poder da cor, a outra, enxerga os vantagens que causa sobre a sociedade. O quarto capítulo: Hanunoo, trata das pedras preciosas e sua relação com a cor, porém, o mesmo cita que os brilhos das pedras, acabam tirando o função da cor PPGDesign – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN - UFCG Av. Aprígio Veloso, 882, Campus I, Bloco BO, 1o. Andar, Bairro Universitário, CEP 58.429-900, Campina Grande, PB, Brasil, Fone (083) 2101-1132, Ramal 35 - E-mail: [email protected] - http://www.design.ufcg.edu.br/pos Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Design Programa de Pós-Graduação em Design Mestrado em Design Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira Prof.ª: Dra. Carla Pereira de simples adereço. Expressando que a ideia de cor está além da linguagem, Batchelor reforça que este fato tem sido expresso por diversos autores. Adentrando na diferença conceitual entre cor e cores, o autor explica que a cor é universal e as cores são contingentes, relataUnidade ainda Acadêmica que a cordese transformou em cores de inúmeras Design Programa de Pós-Graduação em Design maneiras, e há duas maneiras pelas quais as cores são divididas: uma é verbal e a Mestrado em Design outra visual. Por fim, explica a língua hanunoo, e que a lição que podemos tirar dela Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira é que os nomes das cores são deDra. talCarla modo vinculados a cultura que qualquer Prof.ª: Pereira equivalência abstrata deixa de existir. O quinto e último capítulo: Cromofilia, cita a cor como sendo algo interdisciplinar. Explica ainda uma nova concepção de cor, na década de 60, onde os artistas que se identificavam com as correntes da arte pop e do minimalismo, passaram a usar a cor inteiramente, substituindo tinta de turbo para tinta de lata e tentando “Manter a tinta tão bonita quando ela estava dentro da lata”. O autor descreve o surgimento dos sistemas de cores computadorizadas de mistura cromática, oferecendo cerca de 2 mil possibilidades diferentes, ou seja, uma vasta gama de cor com um simples toque de botão. Encerrando o livro com uma citação Goethe (Theory of colours), afirmando que a predileção por cores vivas eram dos iletrados, crianças e nações selvagens. Percorrendo um caminho sobre a pintura, arquitetura, literatura, linguística, drogas e filmes, este livro discorre sobre a natureza da Cor dentro da cultura humana, se preocupando com as motivações por trás da cromofobia e com formas de resistência a ela. O autor se revela em muitas partes em meio a paradoxos, sobre o que é medo e afeição, o que é bom ou o que é ruim. Traz a cor como pigmento e também como cor luz. Aborda uma vasto repertório de escritores e artistas, explorando diferentes imagens citando apenas o nome, instigando o autor a procuralas e saber mais sobre elas. Além disso, o autor possui uma metodologia de aproximar citações e estudos de historiadores ao universo cotidiano do leitor, como a comparação ao filme Magico de Oz, as obras do arquiteto Le Corbusier, o livro Moby Dick, entre outros. Trata-se de uma bibliografia importante, crítica e construtiva no âmbito do universo das cores. PPGDesign – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN - UFCG Av. Aprígio Veloso, 882, Campus I, Bloco BO, 1o. Andar, Bairro Universitário, CEP 58.429-900, Campina Grande, PB, Brasil, Fone (083) 2101-1132, Ramal 35 - E-mail: [email protected] - http://www.design.ufcg.edu.br/pos Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Design Programa de Pós-Graduação em Design Mestrado em Design Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira Prof.ª: Dra. Carla Pereira Bibliografia: BATCHELOR, David. Cromofobia. São Paulo: Senac, 2007. 144 p. Tradução Unidade Acadêmica de Design Marcelo Mendes. Programa de Pós-Graduação em Design Mestrado em Design Aluna: Vanessa Ferreira Oliveira David Batchelor, livros e obras.Prof.ª: Disponível Dra. Carla em: Pereira<http://www.davidbatchelor.co.uk/> Acesso em: 12/04/2018 ás 14:30. PPGDesign – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN - UFCG Av. Aprígio Veloso, 882, Campus I, Bloco BO, 1o. 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