Advento e Natal - Subsídio de encontros da PJBH

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ADVENTO E NATAL
VEM CHEGANDO O VERÃO
ROTEIRO DE ENCONTROS
PARA GRUPOS DE JOVENS
TROCANDO UMAS IDEIAS!
Oi Oi Gente!!!
É tempo de espera e tempo de esperança!!! Preparemos nossos corações para fazer
memória do nascimento do menino Jesus.
"Esperar" é uma palavra que trás muitos sentimentos e significados, mas o que e
como esperar em tempos tão difíceis? Alimentar a esperança não anda fácil,
poderiamos apontar vários motivos para nos deixar tristes, chatead@s e
desanimad@s.
Mas gente, estamos em um período forte para ressignificarmos todos esses
acontecimenos – o advento (há-de-vir). É o momento de não deixar-mos a militância e
a esperança. O advento é marcado por uma atitude de espera, de vigilância, de
atenção… O Senhor Jesus vem! É preciso abrir bem os olhos para a nossa realidade
e reconhecer os sinais. E por falar em sinais, como anda seu nível de atenção com
sua vida e com o que se passa em seu redor?
Eduardo Galeano nos diz que que a utopia serve para nos fazer caminhar. Um passo
dado em direção à ela e já não estamos mais onde estávamos e já estamos melhor do
que estávamos antes. Assim é a nossa missão enquanto Jovens protagonistas,
cremos num mundo melhor e como PJoteir@s lutamos para que ele aconteça e será
com as nossas lutas de hoje que chegaremos onde queremos chegar.
Este material é a proposta de 3 encontros para se vivenciar em grupo, de acordo
com a sua realidade e livre para fazer as adaptações que sentir necessário. Que as
experiências que estes momentos lhes proporcionarão sejam capazes de estreitar a
relação de intimidade entre nós e Deus, permanecer no seu amor e experimentar sua
infinita ternura. Esses momentos que vivemos e partilhamos como grupo de jovens
nos levam à comunhão e nos ajuda a construir a paz entre os homens e mulheres de
pensamentos diferentes (Estamos precisando neh?!).
Se divirtam no processo!!!
Sigamos Juntos e Juntas na Ternura e na missão
TIAGO DE CARVALHO SANTOS
Coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Juventude de BH
ÍNDICE
PRIMEIRO ENCONTRO: Advento. tarefa impossível, esperar o inesperado.
03
SEGUNDO ENCONTRO: Natal. Sol da justiça.
07
TERCEIRO ENCONTRO: OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES: Natal do Senhor.
12
INFORMAÇÕES GERAIS
15
ANEXO
16
PRIMEIRO ENCONTRO
ADVENTO
Tarefa impossível, esperar o inesperado
"Advento é aparecimento!
Esta espera quase não aguento. Tu vens, ja escuto teus sinais!"
PREPARAÇÃO
DO AMBIENTE
•PAPÉIS CORTADOS EM TIRAS OU
EM FORMATO DE PÉS.
•DESENHO OU FOTO DE UM
SOL(Ou algo que lembre um sol).
Vocês vão precisar de uma coroa
do advento... Calma, não é dificil
de fazer!
VAI PRECISAR DE:
•4 VELAS
•FITA VERMELHA(OU A QUE
TIVER)
•RAMOS VERDES
A Coroa do Advento é feita de
ramos verdes (de preferência
naturais), nela são colocadas 4
velas: geralmente, três velas são
roxas e uma é rosa (mas pode ser
a que vocês tiverem mesmo). Os
ramos verdes podem ser
intercalados, opcionalmente, por
uma fita vermelha e por maçãs,
também vermelhas. Nas casas, o
costume é colocar a coroa sobre
uma mesinha ou sobre um tronco
de árvore. Nas igrejas, não se
costuma colocá-la em cima do
altar, mas junto ao ambão ou ao
lado de uma imagem ou ícone de
Nossa Senhora, por exemplo.
A coroa do Advento é
considerada, tradicionalmente,
como “o primeiro anúncio do
Natal”.
USE SUA CRIATIVIDADE!!
ORAÇÃO INICIAL: (Declamar o texto de forma clara e poética, logo após acender
a primeira vela e cantar o mantra)
Teu sol não se apagará, tua lua não terá
minguante. porque o Senhor será tua luz. O
povo que Deus conduz
https://www.youtube.com/watch?v=QklKDMSge0M
QUANTO MAIS ESCURA É A NOITE,
MAIS BRILHAM AS ESTRELAS. ASSIM PROFETIZA O POETA:
FAZ ESCURO MAS EU CANTO, PORQUE A MANHÃ VAI CHEGAR...
UM CLARÃO NO ORIENTE,
AS TREVAS DA NOITE SE TORNAM DENSAS NO OCIDENTE.
MAS VEJAM! UM CLARÃO NO ORIENTE...
LÁ VEM O SOL...
ACENAMOS PARA O QUE ESTÁ CONSUMADO; SAUDAMOS O VENTO QUE
VEM DO FUTURO;
ESPERAMOS UMA LEMBRANÇA; ESPERAMOS UMA CRIANÇA.
Carlos Alberto Rodrigues e Luiz Carlos Ramos
PRA GENTE PENSAR E DISCUTIR:
"Lá vem chegando o verão”
Lucas 21.25-32:
Em seguida Jesus fez esta comparação: — Vejam o exemplo
da figueira ou de qualquer outra árvore. Quando vocês veem que
as suas folhas come- -çam a brotar, vocês já sabem que está
chegando o verão. Assim também, quando virem acontecer
aquelas coisas, fiquem sabendo que o Novo Mundo de Deus está
para chegar. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: Eu lhes as-seguro que não passará esta geração até que todas essas coisas
aconteçam. O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas
palavras ficarão para sempre.
No pomar de casa há alguns pés de figo. Como as parreiras, as figuei-ras também requerem podas radicais para produzirem melhor. Por essa
razão, durante a maior parte do ano, essas plantas não apresentam folhas.
Mas quando chega a época propícia, brotam vigorosos ramos, e logo vêm
novas folhas e a planta está pronta para produzir seus deliciosos frutos. Da
mesma forma que a Primavera sabe que é hora de chegar quando as pitan-gueiras ficam salpicadas de vermelho, o Verão sabe que é a sua vez quando
vê as figueiras com seus tenros ramos e sente o aroma de suas perfumadas
folhas verdes.
3
Diz-se que quando um tuaregue encontra alguém desfalecido e desidratado no deserto, para socorrê-lo,
antes de oferecer-lhe água, o nômade coloca nos lábios do desfalecido um figo maduro. A umidade doce do figo
reanima o moribundo, e lhe dá as forças mínimas necessárias para que possa tomar seu primeiro gole de água.
Por essas e outras razões as figueiras são árvores sacramentais. São sinal visível de coisas invisíveis. Não se
conformam nem se recolhem à sua insignificância. Transcendem. Apontam para além de si mesmas. Anunciam
o futuro. Advento: Poema anunciando o verão.
LÁ VEM CHEGANDO O VERÃO
NO TREM DA ESTAÇÃO DA LUZ
É UM PINTOR PASSAGEIRO
COLORINDO O MUNDO INTEIRO
DERRAMANDO SEUS AZUIS
LÁ VEM CHEGANDO O VERÃO
LÁ VEM CHEGANDO O VERÃO
NO TREM DA ESTAÇÃO DA LUZ
COM SEU FOGO DE JANEIRO
COLORINDO O MUNDO INTEIRO
DERRAMANDO SEUS AZUIS
PINTOR CHAMADO VERÃO
TÃO NOBRE É SUA AQUARELA
PAPOULAS VERMELHAS
A ROSA AMARELA
O VERDE DOS MARES
ME FAZ BEM MORENO PARA OS OLHOS DELA.
O Advento é aquela sensação de esperanço-sa expectativa. Porque a esperança é tudo o que
precisamos para enfrentar o desespero nosso de
cada dia. É a força que nos tira das trevas e nos
conduz para a luz do Natal, o nascimento do Eter-no.
Advento é um castiçal cujas velas reacen-dem nossa esperança, por nos lembrar que Deus
nos visitou ontem em Belém e nos visita hoje no
coração e há de tornar a nos visitar definitivamen-te em breve, da maneira mais inusitada e impre-vista, no Novo Mundo de Deus.
São quatro estrelas discretas que apontam para o
esplêndido Sol da Justiça: o majestoso Sol do
Verão.
(ESTAÇÃO DA LUZ, ALCEU VALENÇA)
Mateus 24.36-44
Ninguém sabe nem o dia nem a hora em que estes céu e terra passarão. Nem os anjos do céu sabem
disso, tampouco o Filho de Deus o sabe, pois esta é informação confidencial reservada somente ao Pai.
Mas uma coisa se sabe: a vinda do Filho do Homem se dará de maneira semelhante ao que aconteceu no
tempo de Noé. Naqueles dias, antes de vir o dilúvio, o povo, desatento, se divertia, comendo e bebendo nos
banquetes e nas festas de casamento.
Assim viviam, desapercebidos, até o dia em que Noé entrou na barcaça que havia construído. O povo não
fazia ideia do que estava acontecendo, até o momento em que veio a grande inundação e tragou a todos.
Ora, o advento do Filho do Homem se dará exatamente da mesma maneira.
Acontecerá, então, que dois lavradores estarão trabalhando na roça: um será pego de surpresa, e o
outro, liberado. Duas operárias estarão no moinho fazendo farinha: uma será capturada de surpresa, e a
outra, deixada livre.
Por isso, fiquem atentos e vigilantes, porque vocês também não terão como saber nem quando, nem
como, o seu Senhor virá.
Lembrem-se disto: se o dono da casa soubesse em que momento viria o ladrão, ficaria de guarda e não
deixaria que a sua casa fosse arrombada.
Por isso, fiquem sempre alertas e vigilantes, pois o Filho do Homem chegará quando vocês menos
esperam.
Advento significa vinda, chegada. No calendário cristão, essa palavra designa o período de quatro
semanas que antecede o Natal. O Advento cristão tem dupla conotação, pois prepara o povo de Deus para
recordar a vinda do Salvador Jesus, nascido em Belém, e para prenunciar o seu regresso no Dia do Juízo, como
Senhor e Cristo.
4
Como lembrança, é uma linda festa de aniversário preparado com expectativa e carinho para comemo-rar o nascimento de Jesus. É ocasião oportuna para contar às novas gerações a maravilhosa história do Natal
de Jesus. É também ocasião propícia para recordarmos e aprofundarmos nosso conhecimento sobre esse tão
antigo advento, mas acontecimento sempre terno e cheio de novidades.
Como presença, é o tempo para que muitos, que ainda não o fizeram, possam aceitar o convite divino e
deixar o Salvador nascer também no seu coração. Para quem já experimentou esse novo nascimento, é ocasião
para renovar o compromisso de encarnar o projeto do reino de Deus no seu quefazer diário.
Como esperança, o Advento é o convite renovado para que reergamos os olhos e contemplemos, com fé, o
horizonte do novo mundo de Deus. Mais que contemplar em esperança, é-nos dada a oportunidade de retomar-mos o caminho para o encontro com Cristo, sempre com os olhos fixos nas estrelas e os pés firmes na estrada.
O Natal de Jesus tem data marcada na folhinha: é
sempre dia 25 de dezembro; mas o Advento do Cristo é de
data incerta e imprevista. Os que abraçam o Cristo optam
pelo Deus das surpresas. Nossos condicionamentos
passados não nos ajudam a controlar os mistérios divinos. O
Deus de Jesus é imprevisível. Com Ele, ”nada do que foi será
do jeito que já foi um dia”, nem no céu nem na Terra. É por
isso que chamamos o seu reino de “o novo mundo de Deus”.
O texto do Evangelho de hoje nos desafia a fazermos o
impossível: esperar o inesperado: “Por isso,” nos adverte
Jesus, “fiquem sempre alertas e vigilantes, pois o Filho do
Homem chegará quando vocês menos esperam.”
Enquanto isso, façamos nosso trabalho, quer seja nas
roças, quer seja nos moinhos da vida, de tal forma que,
quando o dia do encontro com Cristo chegar, seja para nós
motivo de júbilo e certeza de dever cumprido.
DINÂMICA:
A cada participante se entrega um recorte em cartolina em formato de um pé (ou uma tira).
Cada um escreve nele o seu nome. O grupo estará sentado em circulo. Quando o/a
animador/animadora de o sinal, cada criança coloca no chão sua pegada com seu nome escrito, não
importa a direção que fique cada pegada.
Cada um/uma observa a pegada e o/a animador/animadora propõe a leitura da Palavra de
Deus. Antecipadamente o catequista recorta um sol com o nome de Jesus. Ao fazer a leitura um/uma
jovem coloca o sol no meio do circulo onde estão as pegadas.
(João 8,12): “Jesus voltou a falar com as pessoas dizendo: Eu sou a luz do mundo. Quem me
segue não caminhará no escuro, mas sim terá a luz da vida.”
O/A Animador/animadora propõe: Agora que Jesus nos falou, temos que fazer algo. (colocar as pegadas, cada um a sua, na direção do
sol-Jesus). Uma vez colocada, ler de novo - (João 8,12) e comentar o sentido do que disse Jesus. (O/A
animador/animadora deve puxar a discussão para conclusão da dinâmica).
5
PARA RESPONDER E ENCAMINHAR:
1) Quais são os sinais de sombras e de
escuridão que conseguimos perceber no
mundo, no Brasil, em nosso estado, escola,
trabalho, circulo social, comunidade e em nós?
2) Que sinais de Luz e vida conseguimos
perceber nesses espaços?
3) Que gestos o advento nos convoca a
superar estes sinais de sombra e escuridão e
reforçar os sinais de luz e vida?
(Após a discussão convidar todo mundo a cantar )
ANUNCIAÇÃO - Alceu Valença
Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo, peito nu, cabelo ao vento
E o Sol quarando nossas roupas no varal
Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo, peito nu, cabelo ao vento
E o Sol quarando nossas roupas no varal
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido, já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
https://www.youtube.com/watch?v=PrdBUorYboU
CONCLUSÃO: A partir do que vivenciamos
hoje, quais gestos concretos assumimos como
grupo de jovens?
ORAÇÃO FINAL:
Esperamos esperar contra toda a incerteza,
acreditamos que ele há de vir.
Esperamos ver os filhos e filhas de Deus como o pai vê.
O verdadeiro Amor lança fora o temor e é com esse
espírito que queremos viver.
Esperamos descobrir de novo o sabor dos risos e de
novo sair por aí a passos largamente loucos,
descobrindo mundos, abrindo estradas.
Esperamos buscar pelo prazer de buscar, e nem tanto
de encontrar.
Encantar pelo fato der ser Humano em contínuo
movimento, de razão e de emoção.
Numa pendular paixão que tece, aquece, encanta e reencanta a vida.
Essa é nossa certeza!
É advento, tempo de espera, tempo de acreditar!
Esperamos, esperar contra toda a incerteza,
acreditamos que Ele há de vir!
BENÇÃO: (Acende-se a segunda vela)
Nas noites escuras de nossas vidas...
Deus da luz! Vem e não demores!
Quando nos falta o apoio dos amigos...
Deus companheiro! Vem em nossa companhia!
No cansaço e na dor de alguns dias...
Deus esperança! Vem e consola-nos!
Em nossa falta de solidariendade...
Deus sem-teto! Dá-nos ousadia!
Inês de França Bento
Todos cantam lá vem chegando o verão e se abraçam.
6
SEGUNDO ENCONTRO
NATAL
O Sol da Justiça
PREPARAÇÃO
DO AMBIENTE
•COROA DO ADVENTO (Mesma do
encontro anterior).
•IMAGEM OU FOTO DE NOSSA
SENHORA.
•PAPEIS CORTADOS EM
RETANGULOS PARA CONFECÇÃO
DE CARTÃO DE NATAL.
•UMA ÁRVORE DE NATAL (Pode ser
um desenho, um galho seco
representando... use o que puder).
•PROVIDENCIAR CÓPIAS OU
PROJEÇÃO DA LITANIA DE NATAL
ATENÇÃO:
Ao final deste encontro o
material irá propor que o grupo
vá ao encontro de um bebê recém
nascido e/ou uma família que
está prestes a dar a luz. Se o
grupo preferir este encontro
pode acontecer junto com essa
família. Fiquem a vontade!
"O poema se fez criança e habitou entre nós cheio de
graça e bondade."
ORAÇÃO INICIAL: (Declamar o texto de forma clara e poética, logo após acender
a primeira vela, a segunda e a terceira vela.)
LITANIA DE NATAL
D: No meio de nossas dores e angustias Tu surgistes como
um raio de beldade...
C: Natal com Cristo, seja assim para sempre!
D: No meio de nossa seriedade, de homens carrancudos,
vieste como menino para nos ensinar a sorrir e a chorar
pela alegria de viver...
C: Natal com Alegria, seja assim para sempre!
D: Porque estavámos cegos pela ganância, riqueza,
injustiça e opressão e Tu como Deus, aproximastes de nós
em humildade, viver manso para a mansidão...
C: Natal com libertação, seja asssim para sempre!
D: Porque estavamos vivos porém mortos, Tu nos
ensinastes que a vida é possível e bem melhor ao lado do
sagrado, do amor encarnado...
C: Natal com o Irmão, seja assim para sempre!
D: Não mais seremos os mesmos... A poesia se fez carne Deus - , a vida se compôs em um novo texto, em um novo
trecho, para um novo verso.
Alexandre Filorde
PRA GENTE PENSAR E DISCUTIR:
O Natal e a Páscoa se constituem nas mais importantes solenidades da tradição cristã. O Natal, porque faz
referência à encarnação do Salvador divino, na criança humilde de Jesus, filho de Maria, na época em que He-rodes Antipas era o tetrarca da Galiléia; e a Páscoa, porque rememora a paixão, morte e ressurreição de Jesus
Cristo, ocorrida no período em que Pôncio Pilatos governava a Judéia.
No entanto, não se trata de mera retrospectiva histórica, mas, antes, de atualização celebrativa de um
acontecimento salvífico que tem implicações para o presente e é determinante em relação ao futuro daqueles e
daquelas que o celebram com fé.
A Páscoa cristã é a festa mais antiga, e já era comemorada no final do primeiro século da nossa era. O
Natal é mais tardio, e só se fixou a partir do século IV, mas isso a partir da tradicional celebração do dia de
Epifania (6 de janeiro), que já era comemorada em meados do primeiro século.
7
A Epifania (palavra que significa “manifestação”) era festejada pelos cristãos já no final do primeiro
século e início do segundo (a ponto de ficar registrada nos Evangelhos, cf. Mt 2), como a evidência de que o
evangelho de Jesus Cristo não era uma exclusividade dos judeus-cristãos, mas uma manifestação da graça de
Deus para toda a humanidade. Por isso, recorda-se, nessa festa, a visita dos Magos, que vieram do Oriente para
saudar o Deus criança e dar-lhe presentes; bem como o Batismo do Senhor, ocasião em que Jesus se apresenta
publicamente como Filho de Deus; e ainda a realização do seu primeiro milagre, na cidade de Caná da Galiléia,
pelo qual Jesus inicia publicamente seu ministério.
No contexto romano, do início da nossa era, por influência egípcia, havia uma grande festa popular que, a
propósito do solstício de inverno (hemisfério Norte), realizava uma série de rituais dedicados ao deus-sol. Tais
rituais eram realizados na expectativa de que o mundo não fosse engolido pelas trevas ameaçadoras do inverno
(ocasião em que o sol parecia ficar cada vez mais distante, os dias mais curtos e as noites mais longas). Essa
festa era chamada de Adventus Redentoris e Natale Solis Invictus, ou a Chegada do Redendor e Nascimento do
Sol Invencível.
Os cristãos, então, “evangelizaram” essa festa, reinterpretando-a à luz dos escritos bíblicos. A justiça
divina se alteia sobre a humana, tal como descrito capítulo 60 do profeta Isaías (a leitura desses 22 versículos
descortina para nós o verdadeiro horizonte natalino):
(Leituras bíblicas: Isaías 11.1-9; Gálatas 4.4-7 e Lucas 2.1-7)
Isaías 11.1-9: Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o
Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito
de conhecimento e de temor do SENHOR. Deleitar-se-á no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos
seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá
com eqüidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios
matará o perverso. A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins. O lobo habitará
com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão
juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão
comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão
na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do
conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.
Isaías 11.1-9 anuncia o messias criança. Sobre o messias repousará o Espírito de YaWeH. Será diferente
dos reis que o antecederam, pois “julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da
terra”. O messias será uma criança, sim: “um pequenino os guiará”. Uma criança que será capaz de trazer o
Shalom e fazer habitar em paz lobos e cordeiros, leopardos e cabritos, leõezinhos e animais cevados, vacas e
ursas, leões e bois, crianças e serpentes. O medo dará lugar à esperança, a guerra à paz.
O restante do povo de Deus será finalmente resgatado do exílio e da diáspora: “Naquele dia, o Senhor
tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo”. Uma criança, descendente de Davi, cheia do
Espírito de YaWeH, trará justiça aos pobres, decidirá em favor dos mansos, estabelecerá o Shalom e guiará as
nações no caminho da paz.
Gálatas 4.4-7: Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob
a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois
filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não és escravo,
porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.
O texto de Gálatas 4.4-7 também anuncia o messias como uma criança (gr.: huiós = filho, criança),
nascida de mulher na plenitude dos tempos para resgatar a humanidade de debaixo da Lei e, igualmente, fazer
de nós crianças (huiós) de Deus, herdeiros/as aptos/as a chamá-lo “Abbá”, o Pai. O termo huiós (criança, filho)
aparece 6 vezes em 4 versículos, denotando a força da ideia de que a criança é protagonista na economia da
salvação.
Lucas 2.1-7: Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do
império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.
Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a
Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria,
sua esposa, que estava grávida. 6 Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, 7 e ela deu à luz o seu
filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
8
A relação direta entre Isaías 11, Gálatas 4 e Lucas 2 é, portanto, a referência ao protagonismo da criança
na história da salvação. Não deixa de admirar que um evento de tal magnitude para a fé cristã seja relatado de
maneira tão sucinta por Lucas (2.1-7). A chegada daquele que era esperado por séculos, daquele que haveria de
transformar o mundo com suas ideias e salvá-lo com seu amor, não merece mais do que 100 palavras.
No entanto, nessa breve narrativa, que descarta o acessório, as informações essenciais estão lá, precisas: o quê,
quem, quando, onde, em que circunstâncias.
O quê: o ápice da narrativa é o nascimento de uma criança. Para isso concorrem todos os demais
“detalhes”. A criança é o centro da narrativa, o centro da história, o centro do mundo.
Quem: O nome “Jesus” não aparece nesses 7 versículos. A personagem principal da história recebe, no texto, a
singela designação de “criança” (em gr. huiós) ou, simplesmente, “filho” de Maria e José. Outras personagens
são mencionadas, inclusive imperadores e reis, mas estas são secundárias ou subordinadas à criança recémnascida.
Onde: Conquanto descendentes de Davi, está aí uma família humilde e pobre, que não tem recursos para
hospedar-se com luxo ou maior conforto em Belém. Não havia lugar na hospedaria (cenáculo, no original) para
eles. A família enfrenta com resignação ver vir à luz o primeiro filho em tão precárias condições. Ao longo do
evangelho de Lucas, Jesus tratará de transformar os cenáculos, frequentemente excludentes na cultura
semítica, em espaço de acolhimento comunal do banquete do reino. Jesus nasce em Bethlehem, literalmente a
“casa do pão”, e passará sua vida lutando para que ninguém mais fique sem pão, nem seja excluído da mesa.
Ressurreto, o Cristo tornará a se apresentar aos discípulos e discípulas no cenáculo. Desta vez será recebido
com hospitalidade e se sentará com eles e elas à mesa (vd. o episódio de Emaús, em Lc 24.13ss).
Quando: Se isso se deu em 6 a.D. ou em 6 d.C., não dá pra saber com certeza. A despeito das dificuldades
quanto à historicidade, o que Lucas deixa claro é que a história humana está subordinada à história divina. Que,
nessa perspectiva, mesmo que sem ter consciência disso, os maiores e mais poderosos governantes estão a
serviço de Deus e daqueles mais pequeninos, que são os seus filhos e filhas. “Completaram-se-lhe os dias” (v. 6),
e é isso que importa: a “plenitude dos tempos” (Gl 4.4). Chegou o tempo em que Deus nasce criança.
Como (circunstâncias): O recenseamento, a falta de lugar, a gravidez, as faixas que envolveram a
criança, a manjedoura na qual foi colocada… tudo dá colorido discreto à narrativa. Da periferia do mundo, sem
pompa nem circunstância, na discrição que lhe é peculiar, Deus vem! Deus se revela nas coisas pequenas que
mal se veem. Para ver essas coisas pequenas é preciso abrir os olhos da fé.
"Nenhuma familia sem casa. Nenhum campones sem terra.
Nenhum trabalhador sem direitos... ( Papa Francisco)
PRA OUVIR DEPOIS DA REFLEXÃO:
Um de Nós
Hiper Fly
E qual seria?
se Deus tivesse um nome
como chamaria?
e se ele aparecesse
na sua janela
pra lhe pedir trocados
você negaria
e olhava pra outro lado
tão comum quanto um de nós
caminhando sob o sol
no meio da multidão
se Deus falasse
que língua falaria
e se tivesse face
que cor ele seria
e se lhe desse a chance
de perguntar o que
você perguntaria
e se ele fosse negro?
yeah, yeah
quem é Deus
Link:
yeah, yeah
https://www.youtube.com/watch
Deus é bom
?v=OYhW6f4T5Vg
yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
e se Deus for um de nós
9
PARA RESPONDER E ENCAMINHAR:
1) Como o natal de Jesus está acontecendo na sua vida?
2) Que novidade essa música nos traz?
DINÂMICA:
Então galera, agora precisamos montar a nossa árvore de natal!
(O/A Animador/Animadora pode trazer uma árvore pronta e no encontro o grupo apenas a enfeita,
ou pode-se construí-la no encontro.)
Use a criatividade, pode ser um desenho, uma arvore reciclável, uma arvore velha da casa da tia
dos gatos, um galho seco de árvore, feita de objetos empilhados... várias possibilidades.
Cada um/uma odeverá confeccionar um cartão de Natal para alguém especial da comunidade,
grupo ou circulo social e enfeitar a àsrvore com esses cartões. o objetivo deste momento é nos
aproximarmos mais das pessoas e tocar a divindade presente no outro, pele com pele... Com o
nascimento de Jesus, Deus toca a humanidade.
O/A Animador/animadora propõe: Agora que Jesus nos falou, temos que fazer algo. (colocar as pegadas, cada um a sua, na direção do
sol-Jesus). Uma vez colocada, ler de novo - (João 8,12) e comentar o sentido do que disse Jesus. (O/A
animador/animadora deve puxar a discussão para conclusão da dinâmica).
GESTO CONCRETO:
Este encontro nos convida a ir ao encontro do outro,
a nos aproximarmos fraternalmente e afetivamente,
sermos mais amigos, sermos como um, Unidos.
Com isso, NA SUA COMUNIDADE, BAIRRO, ESCOLA,
TRABALHO TEM ALGUM BEBÊ RECÉM NASCIDO E/OU UMA
FAMÍLIA QUE ESTÁ PRESTES A DAR A LUZ? Vocês são
convidados a irem ao encontro dessas famílias e levar o
carinho e energia do grupo (O grupo pode optar em levar
alimentos, roupas ou algo do tipo) e rezar junto com essa
família. ESTE ENCONTRO TERMINA COM ESSE GESTO
CONCRETO, logo, a Ladaínha e a benção deverão ser feitas
no local de encontro da visita.
10
LADAINHA:
"Ó Senhor... Aleluia! Vem Messias...
Maranatha! Ó Justiça... Aleluia! Mora entre nós...
Maranatha! Misericórdia... Aleluia! Vive entre nós...
Maranatha! Nossa Força... Aleluia! Dentro de nós...
Maranatha! Liberdade... Aleluia! Salva teu povo...
Maranatha! Nossa cura... Aleluia! Tira a dor...
Maranatha! Ó conforto... Aleluia! Dá esperança...
Maranatha! Nossa alegria... Aleluia! Nos preenche...
Maranatha! Sabedoria... Aleluia! Vem, nos renova...
Maranatha! Nosso desejo... Aleluia! Nosso anseio...
Maranatha! Ó prometido... Aleluia! Nosso messias...
Maranatha! Voz dos profetas... Aleluia! Ó Esperado...
Maranatha! Luz das nações... Aleluia! Luz nas trevas...
Maranatha! Ressuscitado... Aleluia! Senhor da Glória...
Maranatha! Ó Desejado... Aleluia! Ó Amado...
Maranatha! Entre nós... Aleluia! Dentro de nós...
Maranatha!"
BENÇÃO:
Sobre os nossos corpos e nossos corações
A benção de Deus-Presença
Em nossa vida e paixão .
O Amor do Deus Criança
A ti nosso louvor!
Amém
RECADO: Para o próximo encontro pedir para que os/as participantes tragam lanche para
partilhar (Se puderem).
GENTE!!!!
MANDEM FOTOS DA VISITA E DOS ENCONTROS PRA
GENTE POSTAR NAS REDES SOCIAIS DA PJBH.
PRA TODO MUNDO VER TODO MUNDO.
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TERCEIRO ENCONTRO
OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES
Natal do Senhor
"Caminhando para um outro mundo sem males"
- Para ti Senhor, toda noite é dia, (bis)
A escuridão mais densa logo se alumia. (bis)
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis)
- Venham com fervor para a adoração! (bis)
Louvemos Jesus Cristo nossa Salvação! (bis)
3- RECORDAÇÃO DA VIDA
Lembrar os fatos da vida, dos encontros
passados e da visita que o grupo fez ao/a recém
nascido/nascida ou a grávida.
4- HINO
CORAÇÃO CIVIL - MILTON NASCIMENTO
Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
1 - CHEGADA
Silêncio... oração pessoal... refrão meditativo
Teu sol não se apagará,
tua lua não terá minguante,
porque o Senhor será tua luz,
ó povo que Deus conduz!
Link: https://www.youtube.com/watch?v=QklKDMSge0M
Alguem declama e acende as 4 velas:
"No principio era a musica, a musica estava com a vida e
a musica era a vida.
ela estava no principio no assobio dos ventos, na dança
das arvores e no sussurro dos riachos...
E a musica se fes canto e habitou entre nós cheio de
encanto e de paixaão."
Todos: Tu vens, tu vens eu ja escuto teus sinais
2 - ABERTURA
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar! (bis)
Ao Deus do universo venham festejar! (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre, (bis)
Sua fidelidade dura eternamente! (bis)
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que
sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu vou viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso um dia se realizar
Link: https://www.youtube.com/watch?v=ojawH3Jyhwc
5- SALMO 135
Link: https://www.youtube.com/watch?v=m6WZRuQe9t8
Ao Senhor dos senhores, cantai! Ao Senhor, Deus
dos deuses, louvai!
Maravilhas só ele quem faz.Bom é Deus. Ao Senhor,
pois, amai!
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Com saber, ele fez terra e céu. Sobre as águas a
terra firmou.
Para o dia reger fez o sol e as estrelas pra noite
criou.
Porque eterno é o seu amor por nós, eterno é o seu
amor! (Bis.)
Primogênitos todos feriu do Egito, um povo
opressor.
E dali Israel fez sair. O poder de sua mão o salvou.
No mar bravo, ele faz perecer os soldados e o tal
Faraó.
Aliança ele faz com Israel. No deserto o seu povo
guiou.
Poderosos sem dó abateu. A famosos reis
desbaratou.
Sua terra Israel recebeu. Como herança a seu povo
entregou.
Se lembrou de nós na humilhação. Ao Senhor,
salvador, proclamai!
Dele nós recebemos o pão. Ao Senhor, Deus dos
céus, celebrai!
6 - EVANGELHO
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
São Lucas 1,67-79
Naquele tempo:
67Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo,
profetizou, dizendo:
68'Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,
porque visitou e redimiu o seu povo.
69Fez aparecer para nós uma força de salvação
na casa de seu servo Davi,
70como tinha prometido desde outrora,
pela boca de seus santos profetas,
71para nos salvar dos nossos inimigos
e da mão de todos os que nos odeiam.
72Ele usou de misericórdia para com nossos pais,
recordando-se de sua santa aliança
73e do juramento que fez a nosso pai Abraão,
para conceder-nos,
74que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos,
nós o sirvamos,
75com santidade e justiça, em sua presença,
todos os nossos dias.
76E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
pois irás adiante do Senhor
para preparar-lhe os caminhos,
77anunciando ao seu povo a salvação,
pelo perdão dos seus pecados.
78Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus,
o sol que nasce do alto nos visitará,
79para iluminar os que jazem nas trevas
e nas sombras da morte,
e dirigir nossos passos no caminho da paz.'
Palavra da Salvação.
7- PARTILHA DA PALAVRA
8- CÂNTICO EVANGÉLICO
Houve um tempo em que éramos trevas/ Hoje
andamos á luz de tua luz/
Tua face e que nos ilumina/ Para
andarmos no claro, ó Jesus.
1- Bendito o Deus de Israel/ Que seu povo visitou/
E deu-nos libertação/ Enviando um Salvador/
Da casa do rei Davi/ Seu ungido servidor.
2- Cumpriu a voz dos profetas/ Desde os tempos
mais antigos/
Quis libertar o seu povo/ Do poder dos inimigos/
Lembrando-se da aliança/ De Abraão e dos
antigos.
3- Fez a seu povo a promessa/ De viver na
liberdade/
Sem medo e sem pavores/ Dos que agem com
maldade/
E sempre a ele servir/ Na justiça e santidade.
4- Menino serás profeta/ Do Altíssimo Senhor/
Pra ir à frente aplainando/ Os caminhos do
Senhor/
Anunciando o perdão/ A um povo pecador.
5- É ele o sol do Oriente/ Que nos veio visitar/
Da morte, da escuridão/ Vem a todos libertar/
A nós seu povo reunido/ Para a paz faz caminhar.
6- Ao nosso Pai demos glória/ E a Jesus louvor
também/
Louvor e glória igualmente/ Ao Espírito que vem/
Que nosso louvor se estenda/ Hoje, agora e
sempre. Amém!
Link: https://www.youtube.com/watch?v=v9Dv32pTpV8
9- PRECES
Respostas cantadas:
Quero cantar ao Senhor sempre enquanto eu viver
Hei de provar teu amor, teu valor e teu poder
Link: https://www.youtube.com/watch?v=CViTnDEig0Q
1- Bendito sejas, Senhor, pela luz dest novo dia, pela
claridade de jesus que brilha em nós, afastando toda
escuridão.
2- Bendito sejas, Senhor, pelos rios e pelasmatas,
pelos pássaros e pelos peixes, e pela alegria de viver.
3- Bendito sejas, Senhor, pela terra que produz os
alimentos e pelos irmãos que sabem partilhar o
fruto do seu trabalho.
Preces espontâneas...
PAI NOSSO...
10- BENÇÃO DOS ALIMENTOS
Abençõa este pão, fruto da terra mãe e arte de
nossas mãos!
Reacende a chama de nossa utopia neste Advento!
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Fortalece nossa marcha para a terra prometida,
da reforma agrária, do trabalho com dignidade, da
vida em plenitude. AMÉM.
Oremos:
Ó Deus, o anjo Gabriel anuncia hoje uma boa notícia:
teu Filho Jesus se fez nosso irmão no seio de Maria. Fortalece nossa aliança contigo, para que, na força
do teu Espírito, possamos cumprir sempre tua
vontade! Por Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém.
11 - BENÇÃO FINAL
EM NOSSAS DORES... Sê Tu nossa Alegria
EM NOSSAS DESESPERANÇAS... Sê Tu nossa Certeza
NAS ESTRADAS DA VIDA... Sê tu nosso Caminho.
AMÉM!
12 - DANÇA CIRCULAR
Oremos:
13 - SAIDERA 2 PORQUE NÃO PODE FALTAR
Negro Nagô
1. Eu vou tocar minha viola, eu sou um negro
cantador.
O negro canta deita e rola, lá na senzala do Senhor.
Dança aí negro nagô (4X)
2. Tem que acabar com esta história de negro ser
inferior.
O negro é gente e quer escola, quer dançar samba e
ser doutor.
Dança aí negro nagô (4X)
3. O negro mora em palafita, não é culpa dele não
senhor.
A culpa é da abolição que veio e não o libertou.
Dança aí negro nagô (4X)
4. Vou botar fogo no engenho aonde o negro
apanhou.
O negro é gente como o outro, quer ter carinho e ter
amor.
Força da Paz, creça sempre, sempre mais.
Que reine a PAZ e acabem-se as fontreiras,
nós somos um
Link: https://www.youtube.com/watch?v=C6wl-WOXMsM
13 - SAIDERA
Abre a janela meu bem
Zé Vicente
Abre a janela meu bem!
Vem ver o dia que vem!
Deixa o sol entrar,e ovento falar
Que eu te quero bem.
Deixa a brisa da manhã te abraçar,
Vê a rosa no canteiro te sorrir.
Vou pedir galo-campina pra cantar,
Vou mandar te dar bom-dia o bem-te-vi.
Essa vida com amor,
Acordado é o melhor jeito de sonhar.
Que o carinho seja o bom sabor,
E a razão pra toda hora começar.
Se a saudade ou o cansaço te bater,
Busque a força no segredo da paixão.
Não me esqueça, que eu não vou te esquecer,
Somos um neste país que é o coração.
https://www.youtube.com/watch?v=goJ6JoEPAyo
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INFORMAÇÕES GERAIS
CRIAÇÃO E ELABORAÇÃO
TIAGO DE CARVALHO SANTOS
EDMAR BASÍLIO NATALINO
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
TIAGO DE CARVALHO SANTOS
Contato: [email protected]
IMAGENS
Ateliê 15
Edmar Basílio Natalino
FONTE DE PESQUISA
Bíblia Sagrada
Livro Culto Arte Celebrando a Vida - Rubem Alves
Ofício Divino das Comunidades
COORDENAÇÃO ARQUIDIOCESANA
•TIAGO DE CARVALHO SANTOS
•CAMILA CRISTINA DOS S. A. MELONCINI
•ANA CAROLINI PEREIRA BARRETO
•DEYVISON RODRIGO MEDEIROS DA SILVA
EQUIPE DE ASSESSORIA
ARQUIDIOCESANA
•EDMAR BASÍLIO NATALINO
•LAÍSA SILVA CAMPOS
•CLEIDE OLIVEIRA DE ALMEIDA
•ALESSANDRO SEARA
•IR. CARLOS ALEXANDRE
•PE. MARCOS ALBURQUERQUE
CORRE ALÍ E AVALIE NOSSO MATERIAL
Link: https://goo.gl/forms/rfDziWYQCkN7e7fJ2
CONTATO E REDES SOCIAIS
[email protected]
https://www.facebook.com/pjabh/
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TEXTO PARA ESTUDO
VIVER O ADVENTO
Texto de Goffredo Boselli indicado por Pe. Mirim
“Vigiai!” é a palavra do Senhor que faz ocorrer o Advento, fá-lo ser, fá-lo começar mais
uma vez, criando ao mesmo tempo a vinda e a espera. Há palavras, como essa, que, quando
ressoam, têm a capacidade de dar vida a um mundo, desenhar horizontes, reevocar imagens e
sentimentos, mas também medos e esperanças.
“Vigiai” ressoa no exato momento em que, ao nosso redor, a natureza, exausta pelos
frutos, adormece no sono do inverno [no hemisfério Norte], e os dias veem diminuir a luz e
crescer a noite. Não por acaso é nestes dias que a Igreja começa a liturgia do Advento, os dias
mais escuros do ano e, portanto, dias da longa vigília. Estes são os dias nos quais a luz é
desejada e invocada mais do que nunca, até o Natal, que, tradicionalmente, é o dia em que o Sol
e a sua luz voltam a vencer as trevas.
A nossa vida humana e espiritual, com os seus tempos e as suas estações, com o seu
ritmo cotidiano tão repetitivo e uniforme, na realidade, forma uma coisa só com o ritmo da
natureza. Ritmo humano e ritmo cósmico, ritmo do espírito e ritmo da terra são uma coisa só,
para dizer que a natureza não é o pano de fundo dos nossos dias, que a natureza não vive
apenas ao nosso redor, mas vive conosco até viver em nós.
O Advento é tempo litúrgico, porque está escrito no livro da natureza, tanto quanto está
escrito no livro litúrgico. Reconhecer o Advento em tudo aquilo em que há um hálito de vida
significa compreender que, em todas as coisas, há uma espera, cada ser contém em si um futuro,
cada ser vivo espera uma vinda. Em tudo isso, inscreve-se a espera de nós, cristãos, que
invocamos o Vindouro, fazendo-se voz de todas as criaturas: “Maranatha! Vem, Senhor Jesus!”.
Humanos, animais, criaturas animadas e inanimadas, tudo e todos esperam, tudo e todos gemer
na espera. Nada e ninguém é privado de espera.
Por isso, entrar no espírito do Advento não significa simplesmente entrar na igreja para
fazer ritos seculares, escutar leituras bíblicas e orações antigas, mas, muito mais em
profundidade, significa ter acesso a uma dimensão do espírito que nos pertence. Não há vida
plena onde não há capacidade e vontade de vigiar.
Vigiar significa cuidar
“Vigiai!”, nos manda o Senhor. O exato oposto da vigilância é a negligência. O Advento é
o tempo do homem e da mulher que lutam contra o espírito da negligência que se manifesta de
muitos e diversos modos. Ele se manifesta como indiferença e insensibilidade para com as
pessoas, como superficialidade nas relações, desinteresse em relação às situações e aos
momentos, inconsciência do peso das palavras e do valor da linguagem, descuido em relação
aos objetos, desatenção aos lugares.
A negligência assume a forma do esquecimento, da mediocridade assumida a cânone,
do descuido, que, a longo prazo, amarguram a vida própria e alheia. A negligência, as pequenas
e reiteradas omissões, pouco a pouco, corroem o desejo, até aniquilá-lo. A indiferença é de quem
tem um amor desmedido por si mesmo. Existir somente para si mesmos leva a não ver o outro, a
não reconhecê-lo pelo que ele é, condená-lo à irrelevância até tirar-lhe a vida sem matá-lo. Como
crente, como posso esperar o Senhor se não me dou conta daqueles que vivem ao meu lado?
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Vigiar significa se opor tenazmente ao descuido, exercendo o desejo de ver rostos e
escutar vozes, até mesmo de animais e de coisas. Vigia e espera aquele que tem cuidado e
interesse por todos e tudo. Ter cuidado significa reconhecer o valor de cada pessoa individual e
de cada relação. Significa reservar uma grande atenção à palavra individual, ao gesto mais
simples e cotidiano, palavras e gestos que, dia após dia, geram uma vida. Vigia aquele que
declara que nada e ninguém lhe é estranho e renuncia a dizer: “Não me interessa”.
“Vigiai!”, nos manda o Senhor. Mas também se pode fingir que se vigia. Simular a
vigilância é hipocrisia: do lado de fora, mostrar-se vigilante, mas, do lado de dentro, dormir. O
exato oposto da vigilância é a hipocrisia, a falsidade, a não sinceridade, a ficção e a duplicidade.
Aquele que vigia é o oposto do hipócrita, porque, para vigiar, é preciso estar totalmente ali onde
se está, sem excluir nada de si mesmo. A atitude interior da vigilância a inteireza e não a
duplicidade.
Os comportamentos pessoais se tornam comportamentos sociais e tomam o nome de
conformismo, "respeitabilismo", moralismo. Demandar a outros é oi exato oposto do vigiar. Não
vigiar é delegar, em vez de assumir em primeira pessoa a responsabilidade, a escolha, o ônus.
Para ser vigilante é necessário ser livre de si mesmo e do julgamento dos outros. De fato, o
oposto da hipocrisia é a liberdade. “É o teu rosto, Senhor, que eu procuro, não me escondas o
teu rosto” (Sl 27, 8-9): como se pode rezar dizendo que se busca o rosto do Senhor quando
escondemos o próprio rosto verdadeiro aos outros?
Permitir que o futuro entre em nós
“Vigiai!”. Essa palavra do Senhor contém dentro de si toda a intensidade de um
imperativo. Jesus não faz uma simples exortação, mas dá aos seus discípulos e a nós um
mandamento, e diz: “Até o meu retorno, que o modo de vocês serem fiéis e que o modo de vocês
estarem no mundo sejam um vigiar, sejam um esperar-Me na noite”.
Portanto, é Jesus quem institui a noite como o tempo e o luar da nossa fé. Por isso, nós, cristãos,
somos fiéis na noite não porque o mundo em que vivemos é apenas trevas, apenas mal e apenas
pecado, mas porque o Senhor quis nos colocar na noite e não em plena luz do dia. Não fomos
nós escolhemos a difícil condição de ser fiéis na noite. Para crer na noite, o Senhor nos deu a
única coisa necessária para quem está no escuro, uma lâmpada: “A tua palavra é lâmpada para
os meus passos” (Sl 119, 105).
Dispomos apenas da pequena chama de uma lâmpada. Mas uma chama não ilumina
tudo, não permite ver tudo, mas apenas o suficiente para mover os passos. Por isso, a nossa fé,
assim como a Palavra que a gera, é apenas uma pequena chama que não permite ver tudo como
em plena luz, não possui a clareza sobre tudo e, portanto, não dá certezas inabaláveis, não
oferece verdades absolutas a serem impostas com força, não permite a arrogância daqueles que
presumem possuir toda a verdade. Os fiéis na noite procuram a verdade com o mesmo esforço
com que, no escuro, se busca o caminho: às apalpadelas, muitas vezes errando e se desviando
do caminho.
Vigiar neste Advento, portanto, será para nós permanecer fiéis na noite, vigiando para
não transformar a pequena chama da nossa fé em um sol brilhante que cega a todos. Que a noite
seja sempre a medida da nossa fé, porque, se cedermos à tentação de querer ver e saber tudo,
não viveremos mais no espaço de fé, mas das certezas, e não seremos mais fiéis.
Ser fiéis na noite, como Jesus nos ordena, também significa tomar consciência de que a noite é
o tempo do silêncio, das vozes baixas, dos sussurros, do murmúrio submisso. Na noite, não se
grita, não se eleva o tom, não se faz ouvir a própria voz na praça. Jesus, instituindo-nos como
fiéis na noite, quer que a Sua palavra, o Seu Evangelho se meça com o silêncio da noite.
O Evangelho, de fato, não é uma ideologia para se fazer propaganda nas praças deste
mundo, não é um produto a se vender no mercado e, por isso, não deve ser nem gritado nem
ostentado.
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O Evangelho é uma boa notícia, e a notícia boa é contada. Um conto se atém mais à
intimidade e ao silêncio da noite do que à praça lotada de pessoas ao meio-dia. Vigiar, neste
Advento, portanto, será para nós saber contar o Evangelho sem romper o silêncio da noite.
Jesus, no fim, faz de nós fiéis na noite à espera, e aquele que espera, acima de tudo, faz a
experiência da ausência, da falta, do vazio, do não ter tudo de já. Esperar é sempre invocar uma
presença, uma plenitude, um cumprimento. Ser fiéis na espera significa, então, estar no mundo
não como quem já possui tudo e não tem nada a esperar, mas como aqueles que não têm não
apenas alguma coisa, mas não têm o essencial: o seu único Senhor. Nós, crentes, muitas vezes
cansados, decepcionados, às vezes frustrados por dois mil anos de espera, somos tentados a
preencher essa falta, a preencher esse vazio tão difícil de sustentar.
O apóstolo Pedro já conhecia o esforço de permanecer cristãos à espera e escrevia a
sua comunidade: “Nos últimos dias aparecerão pessoas que zombarão de tudo (…) E dirão: ‘Não
deu em nada a promessa de sua vinda? De fato, desde que os pais morreram, tudo continua
como desde o princípio da criação!’” (2Pe 3, 3-4).
Esses zombadores estão prontos para nos oferecer o que nos falta: um senhor a servir,
um reino a governar. Cedemos a isso, muitas vezes, em nome de um pragmatismo cristão, que
se preocupa mais com o cristianismo e os seus interesses do que com Cristo e a Sua vinda.
Assim, como cristãos, tornamo-nos cristianistas, isto é, aqueles que amam o cristianismo mais do
que amam a Cristo. Que este Advento renove em nós a consciências de sermos fiéis na noite à
espera do Senhor, sabendo que essa espera é necessariamente também virtude política, ou seja,
um modo de estar como cristãos na polis confessando: “Há muitos deuses e muitos senhores.
Contudo, para nós existe um só Deus (…) e um só Senhor, Jesus Cristo” (1Co 8, 6).
Cantar Rorate cœli desuper (chovam, céus do alto) significa gritar ao céu invocando dele
aquilo que não podemos nos dar aqui embaixo. Significa reconhecer que cada ser humano é
habitado por um desejo tão profundo que a terra não pode saciar. Rorate cœli desuper é cantado
somente por aqueles que têm a humildade de admitir que não só não se pode dar tudo, mas
também que o essencial que nos fazer viver, nós o recebemos, certos de que a única salvação é
a vida de um outro, de um Outro. Sabemos que o passado não no-la deu, compreendemos que o
presente é totalmente incapaz de no-la dar, então a esperamos no futuro e, invocando-o, atraímola a nós. “O futuro entra em nós, para se transformar em nós muito antes que aconteça” (R. M.
Rilke, “Cartas a um jovem poeta”, 12 de agosto de 1904).
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