A PROPÓSITO DE LAS POESÍAS DE J O S É MORENO VILLA COMPLETAS S e r í a m u y c ó m o d o empezar este c o m e n t a r i o sobre las Poesías completas1 de J o s é M o r e n o V i l l a d e n u n c i a n d o el o l v i d o en que la o b r a de este p o e t a ha c a í d o . S e r í a c ó m o d o , p e r o n o s e r í a d e l t o d o l e g í t i m o . Porque, c o m o nos r e c o r d ó hace poco M i g u e l García-Posada, desde su m u e r t e e n M é x i c o en 1955 M o r e n o V i l l a siempre ha contado c o n u n p e q u e ñ o n ú c l e o de lectores y admiradores, quienes h a n c o m e n t a d o su o b r a c o n perspicacia y d e v o c i ó n 2 . T a m b i é n se h a n h e c h o constantes esfuerzos p o r d i f u n d i r su p o e s í a m e d i a n t e reediciones y antol o g í a s . E n este r u b r o , a d e m á s de la p u b l i c a c i ó n de dos importantes a n t o l o g í a s debidas a Luis I z q u i e r d o y Rosa R o m o j a r o , cabe destacar la e d i c i ó n facsimilar que en 1987 hizo la Residencia de Estudiantes del l i b r o Colección; la r e e d i c i ó n que en 1977 p r o m o v i ó la editorial Tur¬ ner de lacinia la pelirroja (poema en poemas \ dibujos) así c o m o dos reediciones de las Carambas,una a n ó n i m a y sin fecha, la o t r a de 1989, d e b i d a a la e d i t o r i a l e x t r e m e ñ a N o r b a 3 . 1 R e s i d e n c i a d e Estudiantes-El C o l e g i o d e M é x i c o , M a d r i d - M é x i c o , 1 9 9 8 . M I G U E L GARCÍA-POSADA, " E l r e t o r n o d e u n p o e t a " , Babelia, e n El País ( M a d r i d ) , 2 9 de agosto d e 1 9 9 8 , p . 1 2 . E n t r e o t r o s t r a b a j o s i m p o r t a n t e s p u b l i c a d o s a l o l a r g o de los a ñ o s , c a b r í a destacar el c a p í t u l o c o r r e s p o n d i e n t e d e los Estudios sobre poesía española contemporánea, d e Luis CERNUDA, G u a d a r r a m a , M a d r i d , 1 9 5 7 ; JOSÉ FRANCISCO CIRRE, La poesía de José Moreno Villa, í n s u l a , M a d r i d , 1 9 6 3 ; E U G E N I O C A R M O N A MATO, José Moreno y los orígenes de las vanguardias artísticas en España (1909-1936), U n i v e r s i d a d de M á l a g a - C o l e g i o d e A r q u i t e c t o s , M á l a g a , 1 9 8 5 ; e l c a t á l o g o de la e x p o s i c i ó n José Moreno Villa 1887-1955, e d . J u a n P é r e z de Ayala, M i n i s t e r i o d e C u l t u r a , M a d r i d , 1 9 8 7 ; y el v o l u m e n c o l e c t i v o q u e e d i t ó CRISTÓBAL CUEVAS GARCÍA, José Moreno Villa en el contexto del 27, A n t h r o p o s , B a r c e l o n a , 1 9 8 9 . 2 3 J O S É M O R E N O V I L L A , Antología, p r ó l . y sel. L u i s I z q u i e r d o , Plaza y J a n é s , Barcel o n a , 1 9 8 2 ; Antología poética, ed. Rosa R o m o j a r o , D o n Q u i j o t e - B i b l i o t e c a de la C u l t u r a A n d a l u z a , Sevilla, 1 9 9 3 ; Colección, R e s i d e n c i a d e E s t u d i a n t e s , M a d r i d , 1 9 8 7 ; Jacinta la pelirroja (poema en poemas y dibujos), c o n p r ó l . d e J o s é L u i s C a n o , T u r n e r , M a d r i d , 1 9 7 7 ; Carambas, e d . a n ó n i m a y p i r a t a h e c h a " p o r c u e n t a de u n o s amantes de la p o e s í a p a r a d e l e i t e d e sus a m i g o s " , M a d r i d , s. a.; y Carambas, est. i n t r o d . d e J o s é L u i s B e r n a l , E d i ciones N o r b a 1 0 0 0 4 , C á c e r e s , 1 9 8 9 . Para m á s datos, v é a s e la n u t r i d a b i b l i o g r a f í a q u e a c o m p a ñ a esta e d . de las Poesías completas d e M o r e n o V i l l a ( p p . 8 2 1 - 8 4 7 ) . NBFH, X L V I I (1999), n ú m . 2, 385-398 386 JAMES VALENDER NRFH, XLVII Pero aunque la a t e n c i ó n prestada a la obra de M o r e n o V i l l a ha sido persistente, salta a la vista que n o ha l o g r a d o atraer para el poeta el r e c o n o c i m i e n t o d e l p ú b l i c o lector, n i m u c h o menos de los historiadores de la p o e s í a e s p a ñ o l a c o n t e m p o r á n e a . Parte de la c u l p a la t e n d r á n , sin duda, los críticos, que tanta influencia ejercen en el gusto de los d e m á s , p o r q u e m u c h o s siguen d e f e n d i e n d o r í g i d o s criterios generacionales que n o p u e d e n sino excluir del canon a u n poeta c o m o M o r e n o V i l l a , q u i e n si b i e n se a c e r c ó tanto a la g e n e r a c i ó n d e l 98 c o m o a la del 27, finalmente se a f i r m ó c o m o u n a figura solitaria, l i b r e de toda filiación g r u p a l 4 . Pero t a m b i é n es cierto que la lenta reiv i n d i c a c i ó n de M o r e n o V i l l a c o m o poeta se ha visto frustrada - y es i m p o r t a n t e s u b r a y a r l o - p o r la d i f i c u l t a d para acceder a la mayor parte de su obra. E n consonancia c o n el i n t e n t o p o r v i n c u l a r l o estrec h a m e n t e a la g e n e r a c i ó n d e l 27 (vinculación que varios críticos parecen haber asumido c o m o c o n d i c i ó n sine qua non para la admis i ó n del poeta en la Casa de los Elegidos), el trabajo de reeditar sus obras p o é t i c a s se ha c e n t r a d o hasta ahora en su p e r í o d o vanguardista: Colección, de 1924, Jacinta la pelirroja, de 1929, y las Carambas, de 1931; hecho que, a su vez, ha reforzado la tendencia a c o n c e b i r a M o r e n o V i l l a ú n i c a m e n t e c o m o autor de vanguardia. Es decir la dific u l t a d de consultar ejemplares de los otros once libros ha i m p e d i d o que se consiga u n a i m a g e n m á s í n t e g r a y completa de su larga y variad í s i m a trayectoria. L a v o l u m i n o s a o b r a escrita en el e x i l i o m e x i c a n o ha q u e d a d o en u n o l v i d o lamentable, mientras que la p o e s í a p r i m e riza tampoco se ha l e í d o c o n frecuencia 5 . Por f o r t u n a , las dificultades 4 E l e j e m p l o m á s n o t o r i o l o o f r e c e la Historia y crítica de la literatura española q u e d i r i g e Francisco R i c o p a r a la E d i t o r i a l C r í t i c a de B a r c e l o n a . Se trata de u n a o b r a de c o n s u l t a m u y útil, e l a b o r a d a p o r especialistas e n las diversas m a t e r i a s y q u e p o r e l l o h a e j e r c i d o u n a i n f l u e n c i a c o n s i d e r a b l e e n los m e d i o s u n i v e r s i t a r i o s . Pues b i e n , e n el t. 7, u n grueso v o l u m e n d e 912 p á g i n a s q u e se o c u p a de 1914-1939, n o se c o n c e d e espacio al p o e t a m a l a g u e ñ o . E n su I n t r o d u c c i ó n , el c o o r d i n a d o r d e l v o l u m e n , V í c t o r G a r c í a de la C o n c h a , r e c o n o c e q u e e n las p á g i n a s sobre los c o e t á n e o s d e J. R. J i m é n e z d e b e r í a figurar J o s é M o r e n o V i l l a , "ausente p o r la o b l i g a d a c o n s t r i c c i ó n d e H C L E al estado d e la b i b l i o g r a f í a " ( p . 4 ) . E l t o m o se p u b l i c ó e n 1984. Diez a ñ o s m á s t a r d e , se e d i t ó u n Primer suplemento d e este v o l u m e n ( C r í t i c a , B a r c e l o n a , 1995, 636 p p . ) , e n d o n d e al m a l a g u e ñ o se le c o n c e d e n , a h o r a sí, u n o s c u a n t o s r e n g l o n e s c o m o prosista (p. 3 6 9 ) ; p e r o e n d o n d e , c o m o p o e t a , sigue d e s a t e n d i d o p o r c o m p l e t o . 5 E n la b i b l i o g r a f í a sobre M o r e n o V i l l a se registran, sin e m b a r g o , dos tesis q u e n o h e p o d i d o consultar: A N T O N I A L Ó P E Z FRÍAS, La lírica de José Moreno Villa antes del exilio (1913-1936), U n i v e r s i d a d de M á l a g a , 1986; y A D A SALAS, José Moreno Villa (1913-1924), M e m o r i a de L i c e n c i a t u r a , U n i v e r s i d a d C o m p l u t e n s e , M a d r i d , 1994. E n c u a n t o al p e r í o d o d e l e x i l i o , v é a s e , c o m o u n a d e las pocas excepciones a la regla, el i n t e r e s a n t e e s t u d i o d e JOSÉ A M O R Y VÁZQUEZ, " M á s c a r a s m e x i c a n a s e n C e r n u d a y M o r e n o V i l l a : Q u e t z a l c ó a t l y X o c h i p i l l i " , NRFH, 40 ( 1 9 9 2 ) , 1057-1072. V é a s e t a m b i é n d e l m i s m o a u t o r , "Presencia d e M é x i c o e n tres escritores e s p a ñ o l e s : J a m é s , M o r e n o V i l l a , Sen¬ d e r " , e n CH(3), p p . 77-88. NRFH, XLVII LAS "POESÍAS C O M P L E T A S " D E M O R E N O V I L L A 387 para conseguir esos textos se t e r m i n a n c o n esta e d i c i ó n , imprescindible y largamente anhelada, de las Poesías completas*. A h o r a b i e n , m e doy cuenta de que m i voto a favor de esta p o e s í a p i d e alguna j u s t i f i c a c i ó n . ¿Qué aporta la o b r a de M o r e n o V i l l a a la p o e s í a e s p a ñ o l a moderna? ¿Qué la singulariza? ¿ P o r q u é es i m p o r tante leerla? Contestar de m a n e r a cabal m e llevaría a e x t e n d e r m e demasiado. E n l o que sigue, ofrezco tan s ó l o u n a serie de breves apuntes, c o n la esperanza de que d e j e n v i s l u m b r a r las bases de u n a reivindicación m á s completa. Para su r e d a c c i ó n , he e n c o n t r a d o sumamente útiles y sugerentes las a u t o c r í t i c a s d e l poeta en distintos m o m e n t o s de su carrera, y que el e d i t o r ha t e n i d o el b u e n t i n o de colocar al frente de su e d i c i ó n , d o n d e sirven c o m o i n t r o d u c c i ó n i n m e j o r a b l e al c o n j u n t o . Estas a u t o c r í t i c a s (la m á s t e m p r a n a se r e m o n t a a 1924), establecen u n fascinante d i á l o g o que el poeta entabla consigo m i s m o a la vez que c o n sus críticos; u n d i á l o g o que, dent r o de la t r a d i c i ó n m o d e r n a e s p a ñ o l a , s ó l o tiene p a r a n g ó n , tal vez, con el c o n o c i d o " H i s t o r i a l de u n l i b r o " que e s c r i b i ó Luis C e r n u d a en 1958 c o n m o t i v o de la a p a r i c i ó n de la tercera e d i c i ó n de La realidad y el deseo. A u n q u e el lector, desde luego, n o tiene p o r q u é aceptar al pie de la letra t o d o l o que el poeta afirma, n o cabe d u d a de que estas reflexiones ofrecen numerosas perspectivas desde las cuales enfocar tanto su o b r a c o m o el lugar especial que o c u p a e n la historia de la poesía española moderna. L a p r i m e r a i m p r e s i ó n que deja u n a lectura de los poemas del m a l a g u e ñ o tal vez sea la de su insólita h e t e r o g e n e i d a d . C o m o A n d r é Gide, M o r e n o V i l l a parece haber sido u n o de esos autores que se niegan a repetirse, a explotar dos veces u n m i s m o í m p e t u creador. Así c o m o cada l i b r o parece p r o d u c t o de u n a e x p l o r a c i ó n completam e n t e nueva, así t a m b i é n , al pasar de u n p o e m a a o t r o d e n t r o de u n a misma c o l e c c i ó n , se observa u n a constante a p e r t u r a hacia lo diferente. El poeta estaba orgulloso de este rasgo, que a t r i b u í a a u n afán de originalidad: " O r i g i n a l i d a d de pensamiento o f o n d o , n o de formas [escribió hacia el final de su v i d a ] . E n esto p o n í a m i mayor a m o r prop i o . Hasta el p u n t o que si m i nuevo p o e m a se p a r e c í a a o t r o h e c h o ya p o r m í , lo r o m p í a " (p. 30). M á s que u n a simple p r e o c u p a c i ó n p o r distinguirse de los d e m á s poetas de su t i e m p o ( a u n q u e a l g ú n p r u r i to de esta especie p u d o h a b e r l o m o t i v a d o t a m b i é n ) , se trataba, p o r l o visto, de u n deseo sobre t o d o de p e r m a n e c e r fiel a los a u t é n t i c o s impulsos de su experiencia: "Para m í la p o e s í a es u n p e r p e t u o desc u b r i m i e n t o hacia el cual m e disparo [escribió, p o r ejemplo, en 1924]. 6 A p a r t i r d e este m o m e n t o , gracias a los esfuerzos d e l e d i t o r J u a n P é r e z de Ayala, p e r o t a m b i é n gracias al g e n e r o s o p a t r o c i n i o d e la R e s i d e n c i a de E s t u d i a n t e s y d e E l C o l e g i o d e M é x i c o ( i n s t i t u c i o n e s apoyadas a su vez p o r la A g e n c i a E s p a ñ o l a de C o o p e r a c i ó n I n t e r n a c i o n a l y p o r el F o n d o E u l a l i o F e r r e r ) , la e x c e p c i o n a l c a r r e r a d e l p o e t a va a p o d e r seguirse y estudiarse e n t o d a su c o m p l e j i d a d . 388 JAMES VALENDER NRFH, XLVII Ayer - m á s que h o y - , me disparaba f r e n é t i c o , y p o r esto, a veces, qued a b a n en la trayectoria oscuridades y confusiones. H e sido siempre, p o r naturaleza, m á s b i e n ' f á u s t i c o ' que ' a p o l í n e o ' , si vale la t e r m i n o l o g í a de Spengler" (p. 3 ) . Este e m p e ñ o p o r respetar los m o v i m i e n t o s "fáusticos" d e l instinto p o é t i c o da pie n o s ó l o a las ocasionales oscuridades y confusiones a las que el poeta alude, sino t a m b i é n a los inquietantes quiebros que se p e r c i b e n u n a y otra vez en el r i t m o de sus versos; quiebros que resultan desconcertantes, sobre t o d o para lectores acostumbrados a u n a musicalidad m á s previsible y m á s convencional. Por estos rasgos, algunos llegan a considerarlo u n poeta descuidado o incluso a insin u a r que le faltaba el o í d o necesario para d i s t i n g u i r el r i t m o de la p o e s í a , a lo cual M o r e n o V i l l a seguramente h a b r í a contestado que n o era descuidado n i insensible al r i t m o , que las posibilidades r í t m i c a s de la p o e s í a eran infinitas y que si la cadencia de sus versos resultaba a m e n u d o desconcertante y p a r a d ó j i c a , se d e b í a a que la visión p o é tica a la que p r o c u r a b a dar e x p r e s i ó n t a m b i é n lo era. Y es que la poes í a de M o r e n o V i l l a es de inestabilidades, de intuiciones fluctuantes y proteicas, de tensiones n o resueltas, en la que lo i m p o r t a n t e es la e n e r g í a de la b ú s q u e d a , m á s que la claridad y a r m o n í a de la línea que esta b ú s q u e d a va d e j a n d o tras sí. S e r í a inútil, p o r lo tanto, buscar en la o b r a de M o r e n o V i l l a esa c o n s t r u c c i ó n (rítmica y t e m á t i c a ) c l á s i c a m e n t e armoniosa que encontramos en otros poetas de su tiempo. Pongamos como ejemplo el caso de Jorge Guillén, que en cierto m o d o es la a n t í p o d a d e l m a l a g u e ñ o . M o r e n o V i l l a parece haber a d m i r a d o m u c h o a Guillén; sin embargo, c o n n o poca p e n a se daba c u e n t a d e l abismo que lo separaba de su a m i g o : " G u i l l é n vive en la u t o p í a de u n m u n d o que v i s l u m b r ó u n a m a ñ a n a divina y nos l o quiere i m p o n e r c o m o ú n i c o y permanente. Su vida es idea, concepto, m á s que vida verdadera. Y así su substancia p o é t i c a adolece de entelequia. Es u n esqueleto tan racional y seco com o u n silogismo; a u n q u e l o a d o r n e c o n intuiciones frescas a c á y allá, se n o t a el andamiaje, el a r t i f i c i o " (p. 6 2 ) . E n efecto, nada m á s lejos de la p o e s í a de M o r e n o V i l l a que esa "fe de vida", ese asombro ante la p l e n a y luminosa presencia de las cosas que se afirma en Cántico. Y de a h í t a m b i é n las disonancias e irregularidades, los inesperados vaivenes, que distinguen su o b r a de la de G u i l l é n . Pero ¿ e n q u é consiste, m á s precisamente, la visión de M o r e n o Villa? El t e m a ha sido o b j e t o , hace p o c o , de u n extenso y p r o f u n d o estudio d e l crítico H u m b e r t o H u e r g o , q u i e n en el transcurso de u n análisis de Jacinta la pelirroja, r e l a c i o n ó al m a l a g u e ñ o c o n u n a l í n e a m e t a f í s i c a que, i n a u g u r a d a p o r el Barroco, fue asimilada, recreada y d i f u n d i d a p o r los r o m á n t i c o s alemanes, hasta convertirse, con el paso de los a ñ o s , en la c o r r i e n t e c e n t r a l d e l arte m o d e r n o . " E l arte d e l siglo x x - a f i r m a H u e r g o - n o b u s c a r í a tanto la r e p r e s e n t a c i ó n posi- NRFH, XLVII LAS "POESÍAS C O M P L E T A S " D E M O R E N O V I L L A 389 tiva de u n a f o r m a visible, cargada de u n sentido f a m i l i a r placentero, cuanto la r e p r e s e n t a c i ó n negativa de u n a « n a d a v i v a » . . . ; la p i n t u r a de u n « h u e c o » , p e r o « v i v o » " 7 . S e r í a m u y difícil r e s u m i r a q u í la larga y sugerente tesis de este crítico, p e r o creo que el o x í m o r o n de la "nada viva" ( i m a g e n tomada, p o r cierto, de u n o de los poemas de M o r e n o Villa) servirá para dar u n a idea del c a r á c t e r c o m p l e j o e incluso parad ó j i c o de la visión del poeta. E l poeta c o n t e m p l a el m u n d o de los f e n ó m e n o s inmediatos, pero, a diferencia de l o que o c u r r e en el m u n d o de Cántico, p o r ejemplo, d o n d e el ser i r r a d i a su presencia, en la p o e s í a de M o r e n o V i l l a el m u n d o elude u n a p e r c e p c i ó n racional o c o m p l e t a : es u n fantasma que se ve y a la vez n o se ve; f e n ó m e n o éste que s ó l o p u e d e expresarse, si es que expresarse puede, mediante las paradojas de u n pensamiento que se ve o b l i g a d o a contradecirse, a retractarse y a corregirse; desde el m o m e n t o en que el poeta p r e t e n d e f o r m u l a r la intuición, la necesidad de negarla se le i m p o n e c o m o exigencia de la c r e a c i ó n . "Es l o de todos los grandes...", escribió M o r e n o V i l l a en 1925. " E l 'sí, p e r o n o ' , seguro i n d i c i o de que hay u n m a ñ a n a , algo que n o ha nacido todavía, algo que quiere valerse de u n o para salir" 8 . El m u n d o se revela ante el poeta, sí, p e r o sólo a fuerza de estar a la vez ausente. Por l o visto, esta experiencia c o n t r a d i c t o r i a fue la que M o r e n o Villa i n t e n t ó explicar en la " P o é t i c a " que escribió para la famosa Antología de G e r a r d o Diego: El fenómeno poético es un estado de gracia. No sé cómo poder dibujarlo con la pluma. Yo sé que me desligo totalmente de lo circundante y que penetro en una zona luminosa y sorda, donde la situación de m i ánimo o la intención inicial que traía al penetrar en ella va cuajando o expresándose gracias a la baraja de posibilidades, recuerdos, asociaciones de la fantasía. En aquella zona mandan mucho los contrarios: la luz y la sombra, la ironía y la gravedad, la fe y la incredulidad, la pena y la alegría. Son los que dan claroscuro (pp. 8-9). A u n lector incauto tal vez se le o c u r r i r í a ver cierto parecido entre esta p o é t i c a y la t é c n i c a de asociaciones libres p r o m u l g a d a p o r los surrealistas. Sin embargo, se trata de dos experiencias m u y distintas. En realidad, n o hay nada l i b r e en las asociaciones desarrolladas p o r M o r e n o V i l l a . T o d o gira a l r e d e d o r de esa angustiosa p e r p l e j i d a d , esa 7 " L o s u b l i m e y la v a n g u a r d i a . F o r m a y finalidad e n Jacinta la pelirroja", NRFH, 44 ( 1 9 9 6 ) , 489-540. L a cita se e n c u e n t r a e n la p . 497. C o m o c o m p l e m e n t o d e este estudio d e l a p o é t i c a d e M o r e n o V i l l a , r e s u l t a m u v i n s t r u c t i v o l o q u e s o b r e la o b r a p i c t ó r i c a d e l m a l a g u e ñ o dice H U E R C O e n su p r ó l o g o , " E l testigo de l o o t r o " , al catál o g o José Moreno Villa. Óleos, dibujos, grabados, grafumosy un alambre, ed. J u a n P é r e z de Ayala, G a l e r í a G u i l l e r m o d e O s m a , M a d r i d , 1999, p p . 9-39. 8 " C é z a n n e y el G r e c o : a r r e b a t o y ley", El Sol ( M a d r i d ) , 26 s e p t i e m b r e 1925; H U E R C O , art. cit., p. 502. apud JAMES 390 VALENDER NRFH, XLVII h e r i d a en el ser que proviene de la p e r c e p c i ó n d e l doble f o n d o (sin f o n d o ) que es el m u n d o para el poeta. M á s que u n divertimiento arbit r a r i o , m á s incluso que u n a l i b e r a c i ó n , la p o e s í a para M o r e n o V i l l a es u n a visión y u n a ascesis. "La n o c h e a b r i ó en m i f o n d o i n n ú m e r a s p u p i l a s ; / vi que era misteriosa la m á s i n g e n u a vida", escribió M o r e n o V i l l a en u n o de sus poemarios m á s tempranos, "En la selva fervorosa" (p. 161). El poeta percibe de r e p e n t e el misterio del m u n d o , p e r o e n el mismo m o m e n t o , c o m o s e ñ a l a en o t r o p o e m a de este ciclo, tamb i é n descubre "el t e r r o r m i l e n a r i o d e l v a c í o " (p. 151). U n a vez iniciado en este r i t o , el poeta n o p u e d e dejar de p e r c i b i r el b o r d e oscuro de las cosas: la presencia latente de seres que se asom a n , que buscan nacer, p o r u n l a d o , p e r o t a m b i é n , p o r o t r o , el latid o d e l t i e m p o , la sombra de m u e r t e sobre la cual se levanta, cada vez c o n mayor dificultad, toda f o r m a aparentemente viva. Se trata, en fin, de u n a p e r c e p c i ó n que aisla al poeta a la vez que lo deja sin arraigo e n el m u n d o ; u n a experiencia que, en c u a n t o necesita expresarse y comunicarse, t a m b i é n l o i m p u l s a p o r el c a m i n o d e l sacrificio: No hay que esperar socorro del hermano; suspenso estoy en el vacío, y tengo para asirme que asirme a los espacios. Solo en la selva del dolor estoy. Ya tengo brazos en el firmamento. ¡Ya mi raíz parece que ha llegado a la región del sacrosanto fuego! (pp. 153-154). P o e s í a y soledad. E l a l m a d e l poeta c o m o crisol en el cual la constante t r a n s f o r m a c i ó n de las cosas se lleva a cabo. El poeta que sufre y se sacrifica para que el misterio d e l m u n d o encuentre su e x p r e s i ó n m á s p u r a , m á s definitiva. L a p o e s í a c o m o ascesis y c o m o destino. E n obras posteriores M o r e n o V i l l a a m o r t i g u a r á la nota de autocomplacencia que se observa en estos versos primerizos, insistiendo m á s b i e n en u n t o n o i r ó n i c o y de good sport, sin e m b a r g o , n o creo exagerado decir que esa c o n c e p c i ó n r o m á n t i c a de la p o e s í a es la que caracteriza su o b r a a lo largo de su carrera. D i r í a t a m b i é n que, m á s que su i n t e r é s p o r el m o v i m i e n t o surrealista, fue la presencia en su o b r a de este r o m a n t i c i s m o ( u n r o m a n t i c i s m o m e t a f í s i c o fuertemente i m b u i d o , hay que s e ñ a l a r l o , de elementos tomados de la p o e s í a p o p u l a r andaluza) lo que hizo que los poetas d e l 27 se acercaran a él c o m o a u n e s p í r i t u afín; l o que h i z o , p o r e j e m p l o , que en 1931 Luis Cernuda identificara el i n i c i o de la p o e s í a e s p a ñ o l a m o d e r n a c o n la p u b l i c a c i ó n en 1913 de la p r i m e r a o b r a de M o r e n o V i l l a , Garba9. 9 L a o p i n i ó n d e C e r n u d a f u e t a j a n t e : "Esa p o e s í a , pues, a la q u e a c t u a l m e n t e se NBFH, XLVII LAS "POESÍAS C O M P L E T A S " D E M O R E N O V I L L A 391 E n las a u t o c r í t i c a s escritas al final de su vida, M o r e n o V i l l a no se m o s t r ó m u y seguro de la i m p o r t a n c i a de su o b r a para los poetas m á s j ó v e n e s , a u n q u e se d i o cuenta de que sí h a b í a ejercido a l g u n a i n fluencia: "Que m e leyeron G a r c í a L o r c a y mis paisanos Prados y Altolaguirre, m e consta, p e r o todos tuvieron su voz p r o p i a . . . Si alguno de éstos quisiera hablar claro terciando en esta c u e s t i ó n , p o d r í a hacer u n servicio a la v e r d a d histórica. De todos ellos, el que a p o r t a r í a conceptos m á s esclarecedores s e r í a el p o b r e Federico. Él aquilataba lo nuevo m í o en cada l i b r o , m e escribía desde Granada c o n particular entusiasmo y m e consta que agrupaba a sus amigos para leerles m i Pasajero, m i Luchas de Pena y Alegría, m i Jacinta la pelirroja y los siguientes libros" (pp. 32, 41 ) 1 0 . M i h i p ó t e s i s es que, m á s allá de naturales afinidades de c u l t u r a andaluza, l o que d e s c u b r i e r o n estos j ó v e n e s poetas e n la o b r a de M o r e n o V i l l a fue el concepto religioso o "sacrificial" de la p o e s í a que acabo de delinear: la n o c i ó n de que el poeta tiene que inmolarse, entregarse a la vía negativa, para que las formas ocultas (y no tan ocultas) de la vida nazcan, para que la vida prosiga su p r o t e i c o c a m i n o a través de sus versos. C o m o p r u e b a de ello, a h í está la historia de "nacimientos" de E m i l i o Prados o su "misterio d e l agua"; o t a m b i é n el " N o c t u r n o d e l h u e c o " de Lorca, o en u n sentido m á s general su identificación d e l acto creador c o n el s u f r i m i e n t o a m o r o s o de Cristo o c o n el m a r t i r i o de san S e b a s t i á n . ¿ I n f l u e n c i a d e l poeta mayor en la obra de los poetas m á s j ó v e n e s ? ¿ O lecturas paralelas de u n a fuente c o m ú n ? ¿ O ambas cosas a la vez? Es difícil saberlo. E n t o d o caso, creo que este r o m a n t i c i s m o de lo sublime o c u p a u n lugar central en la p o e s í a e s p a ñ o l a m o d e r n a y que M o r e n o V i l l a constituye u n o de sus practicantes m á s fieles. designa c o m o « m o d e r n a p o e s í a e s p a ñ o l a » , aparece e n 1 9 1 3 c o n J o s é M o r e n o V i l l a . N o insistamos a h o r a e n c u á l sea esa p o e s í a , e n q u é m e d i d a m e r e z c a t a l n o m b r e y e n c u á l e s sean sus l í m i t e s . S ó l o i n d i c a r ese h e c h o d e q u e Garba i n i c i a y separa". V é a s e Luis CERNUDA, " J o s é M o r e n o V i l l a o los andaluces e n E s p a ñ a " , El Sol ( M a d r i d ) , 1 8 d e e n e r o d e 1 9 3 1 ; r e c o g i d o e n su Obra completa, t. 3 : Prosa II, eds. D e r e k H a r r i s y L u i s M a r i s t a n y , S i r u e l a , M a d r i d , 1 9 9 4 , p . 2 5 . Esta r e i v i n d i c a c i ó n d e l a p o e s í a d e l malag u e ñ o s e g u r a m e n t e fue escrita c o m o a i r a d a respuesta a la d e t e r m i n a c i ó n i n i c i a l d e G e r a r d o D i e g o - d e t e r m i n a c i ó n a n u n c i a d a p o r c a r t a - d e d e j a r f u e r a d e su famosa Antología t a n t o a M o r e n o V i l l a c o m o a E m i l i o Prados; si D i e g o l u e g o r e v o c ó su decis i ó n , s e g u r a m e n t e fue e n p a r t e d e b i d o a esta p r o t e s t a . Para m á s datos s o b r e d i c h o e p i s o d i o , v é a s e e l d o c u m e n t a d o e s t u d i o d e GABRIELE M O R E L L I , Historia y recepción de la 'Antología"poética de Gerardo Diego, Pre-Textos, V a l e n c i a , 1 9 9 8 . 1 0 L a t e m p r a n a i n f l u e n c i a d e M o r e n o V i l l a e n L o r c a f u e s e ñ a l a d a p o r L u i s CERNUDA e n sus Estudios sobre poesía española contemporánea; v é a s e su Obra completa, t . 2 : Prosa I, eds. D e r e k H a r r i s y L u i s M a r i s t a n y , Siruela, M a d r i d , 1 9 9 4 , p p . 1 6 5 - 1 6 6 . T r a s la m u e r t e d e M o r e n o V i l l a , t a n t o PRADOS c o r n o ALTOLAGUIRRE p u b l i c a r o n t r i b u t o s p o é ticos a su m e m o r i a : e l p r i m e r o , " E n t u selva fervorosa. A P e p e M o r e n o , e n m i m e m o ria d e s i e m p r e " , LasEspañas ( M é x i c o ) , j u l i o d e 1 9 5 6 , n ú m s . 2 6 / 2 8 , p . 9 ; y el s e g u n d o , " T r e s p o e m a s a J o s é M o r e n o V i l l a " , México en la Cultura, s u p l e m e n t o d e Novedades ( M é x i c o ) , 1 9 de j u n i o de 1 9 5 5 , n ú m . 3 6 2 , p. 3 . 392 JAMES V A L E N D E R NRFH, XLVII A h o r a b i e n , c o m o todos sabemos, el r o m a n t i c i s m o fue u n movim i e n t o m u y rico y variado, y es u n a de las pruebas de la riqueza y var i e d a d de la p o e s í a de M o r e n o V i l l a el que haya asimilado n o s ó l o el l a d o sublime o metafísico del r o m a n t i c i s m o a l e m á n , sino t a m b i é n esa o t r a e x p r e s i ó n c o m p l e m e n t a r i a que era la i r o n í a r o m á n t i c a . Para exp l i c a r este o t r o lado de la p o e s í a d e l m a l a g u e ñ o , tal vez c o n v e n d r í a r e f e r i r n o s a su crítica literaria, y c o n c r e t a m e n t e a u n o de los libros q u e p u b l i c ó en su exilio m e x i c a n o : Los autores como actores y otros intereses de acá y de allá11. E l tema está i m p l í c i t o , de alguna manera, en la frase que sirve c o m o título, tanto de la p r i m e r a s e c c i ó n c o m o del l i b r o en su conj u n t o : "Los autores c o m o actores". A l leer, se ve u n a y otra vez la fasc i n a c i ó n que M o r e n o V i l l a siente p o r la r e l a c i ó n que existe, o que p u e d e existir, entre el escritor y la i m a g e n de sí que proyecta e n su o b r a . Si b i e n en otras ocasiones cede a la t e n t a c i ó n de c o n f u n d i r los dos términos, de identificar de manera absoluta el h o m b r e con su obra, a q u í su a c t i t u d es m á s matizada, m á s sutil: reconoce que la experiencia de u n escritor n u n c a se expresa d i r e c t a m e n t e , sino a través de u n lenguaje que transforma la materia p r i m a en o b r a de arte. El escritor, al expresarse, se i n t e r p r e t a y se recrea -se d r a m a t i z a - de m o d o que entre u n poeta ( p o r ejemplo) y su i m a g e n p o é t i c a se da la misma relac i ó n que entre el actor y el papel q u e é s t e i n t e r p r e t a : el autor t e r m i n a siendo actor de sí m i s m o . S e g ú n creo, es esta m i s m a capacidad de distinguir entre las dos caras de su i d e n t i d a d - e n t r e la p e r s o n a l i d a d literaria y la personalidad h u m a n a - la que constituye el o t r o rasgo m á s saliente d e l trabajo de M o r e n o V i l l a c o m o poeta. E n efecto, los mejores poemas de M o r e n o V i l l a se desarrollan en f o r m a de d i á l o g o entre estas dos voces de su conciencia. L a voz literaria busca expresarse a través d e l r i t m o exaltado t í p i c o de la gran tradición r o m á n t i c a , p e r o en seguida interviene la voz h u m a n a para quebrar el r i t m o y a s í arraigar el p o e m a d e n t r o de u n a e x p e r i e n c i a m á s concreta (es decir repleta de impulsos contradictor i o s ) . De a h í n o s ó l o la i r o n í a , el h u m o r , sino t a m b i é n el p r o s a í s m o d e l q u e suelen hablar los comentaristas de su obra. Y es que, c o m o exp l i c a M o r e n o V i l l a en "Cartas sin c o r r e o " , u n o de los poemas recogidos e n la c o l e c c i ó n p o s t u m a Voz en vuelo a su cuna (1961): Nuestra pereza letal y divina quiere sentirse llevada en las ondas. La pereza es el ritmo telúrico, que preside a la piedra del monte, a la flor y al torrente. 1 1 E l C o l e g i o d e M é x i c o , M é x i c o , 1 9 5 1 . R e t o m o a c o n t i n u a c i ó n algunas d e las ideas expresadas e n m i n o t a s o b r e " M o r e n o V i l l a , c r í t i c o l i t e r a r i o " , Vuelta, j u n i o de 1987, n ú m . 127. NRFH, XLVII LAS "POESÍAS C O M P L E T A S " D E M O R E N O V I L L A 393 Pero hay que romper el compás cada vez que tú quieras más (p. 656). Fue Octavio Paz q u i e n , e n varias ocasiones, c e l e b r ó la presencia del coloquialismo e n poemarios de M o r e n o V i l l a c o m o Jacinta la pelirroja (1929) y Carambas ( 1 9 3 1 ) 1 2 . Sin embargo creo que n o se h a apreciado d e b i d a m e n t e la f o r m a en que el p r o s a í s m o de este poeta, rebasando simples cuestiones de dicción p o é t i c a , llegó a f o r m a r parte de u n a propuesta m u c h o m á s compleja, que s u p o n í a la dramatización i r ó n i c a de su persona, u n p r o c e d i m i e n t o que, a u n q u e presente en libros anteriores, resulta especialmente feliz en colecciones c o m o Puentes que no acaban (1933) y Salón sin muros (1936). D e este ú l t i m o cabe destacar el p o e m a cuyo título sirve para i d e n t i f i c a r al c o n j u n t o ; u n p o e m a en que, p a r t i e n d o de unos versos conocidos de Campoam o r 1 3 , el poeta elabora u n p e n e t r a n t e a u t o r r e t r a t o e n f o r m a de monólogo dramático: "Las hijas de las madres que amé tanto" me festejan, me impulsan al baile, me alborotan los pelillos grises de la mollera y me miran como a un imposible padre-soltero, como a cosa que se ve y no se cree. C o m o i n d i c a el ú l t i m o verso, el poeta sigue c o n c i b i e n d o la realidad c o m o u n fantasma; c o m o algo que "se ve y n o se cree"; a u n q u e ahora l o fantasmal l o constituye, n o el m u n d o e x t e r i o r , sino el poeta m i s m o . Y c o n f o r m e avanza el p o e m a , la i r o n í a se va agudizando: 1 2 E n c o n v e r s a c i ó n c o n J U L I Á N R í o s , p o r e j e m p l o , Paz a f i r m ó l o s i g u i e n t e : " H a b r í a q u e c o l o c a r a M o r e n o V i l l a e n e l sitio q u e v e r d a d e r a m e n t e le c o r r e s p o n d e : es el p r i m e r o q u e i n t e n t ó (y l o g r ó ) e s c r i b i r p o e s í a c o l o q u i a l . D e v e r d a d c o l o q u i a l y poesía de v e r d a d " (Solo a dos voces, L u m e n , B a r c e l o n a , 1973, s. p . ) . E n 1964, e n e l transc u r s o de u n ensayo s o b r e C e r n u d a , PAZ h a b í a sido a ú n m á s e x p l í c i t o al respecto: " C e r n u d a v i o e n C a m p o a m o r u n a n t e c e d e n t e d e l p r o s a í s m o p o é t i c o ; si l o fuese, s e r í a u n a n t e c e d e n t e l a m e n t a b l e . N o hay q u e c o n f u n d i r l a c h a r l a filosófica d e s o b r e m e sa c o n la p o e s í a . L a v e r d a d es q u e e í ú n i c o p o e t a e s p a ñ o l m o d e r n o q u e h a usado c o n naturalidad e l l e n g u a j e h a b l a d o es e l o l v i d a d o M o r e n o V i l l a . ( E l ú n i c o y e l p r i m e r o : Jacinta la pelirroja se p u b l i c ó e n 1 9 2 9 ) " ( " L a p a l a b r a e d i f i c a n t e " , Obras completas, t. 3: Fundación y disidencia. Dominio hispánico, C í r c u l o de Lectores-F.C.E., M é x i c o , 1994, p. 2 4 6 ) . E n este v o l u m e n se r e c o g e n varios c o m e n t a r i o s m á s s o b r e este " e x c e l e n t e p o e t a i n e x p l i c a b l e m e n t e o l v i d a d o p o r sus c o m p a t r i o t a s " ( p . 98) q u e f u e , p a r a Paz, J-osé M o r e n o V i l l a . 1 3 L a b r e v e humorada d e C A M P O A M O R ( a n t e c e d e n t e t a l vez n o t a n " l a m e n t a b l e " c o m o Paz nos q u i s o h a c e r c r e e r ) reza c o m o sigue: "Las hijas d e las m a d r e s q u e a m é t a n t o , / m e besan ya c o m o se besa a u n s a n t o " ( v é a s e Antología poética, e d . V í c t o r M o n t o l í , C á t e d r a , M a d r i d , 1996, p . 4 2 7 ) . 394 JAMES V A L E N D E R NRFH, XLVII Mi celibato me permite comer acá y allá, concluir el mes con el último céntimo y tener en suma cierta levedad juvenil. Pero, como de cierto, ya tengo cuarenta y nueve [navidades, mi ser y mi modo de ser son un poco raros. Y las hijas de las madres que adoré un día me miran y tocan para comprobar mi existencia. Lo mismo, exactamente lo mismo que yo. A veces, me sorprende oír que un amigo recuerda frases y gestos míos, juicios remotos sobre cosas que ya olvidé. Me sorprende que existan rastros de un ser cuya existencia no alcanzo, de un ser ingrávido, invisible, soplo de sombra en noche cerrada que es la imagen que de mí tengo... (pp. 413-414). Si b i e n hay que relacionar a M o r e n o V i l l a c o n el romanticismo sub l i m e , t a m b i é n practicado p o r algunos de los poetas del 27, c o n igual d e r e c h o se l o p o d r í a identificar c o n la larga t r a d i c i ó n de la " p o e s í a de la e x p e r i e n c i a " que, r e m o n t a n d o , e n l e n g u a e s p a ñ o l a , a Espronceda y a M a n u e l M a c h a d o (dos poetas m u y admirados p o r el malag u e ñ o ) y pasando p o r Luis C e r n u d a , desemboca en la o b r a de Jaime G i l de B i e d m a y de sus d i s c í p u l o s . A u n q u e los rasgos que acabo de s e ñ a l a r se m a n t i e n e n a l o largo de la carrera d e l poeta, n o p u e d o t e r m i n a r sin r e c o m e n d a r de manera m u y especial los poemas escritos e n el e x i l i o m e x i c a n o , que, sin r e n u n c i a r a las t e m á t i c a s anteriores, se e n r i q u e c e n de perspectivas nuevas, dolorosamente impuestas p o r las circunstancias. A la angustiante vivencia d e l desarraigo o n t o l ó g i c o o m e t a f í s i c o se le agrega, a p a r t i r de 1937, la d u r a experiencia d e l destierro histórico; r u p t u r a q u e el poeta tal vez s ó l o p u d o superar gracias a u n a e x t r a ñ a fe e n el sentido misterioso d e l destino i n d i v i d u a l , que el inesperado nacim i e n t o de u n h i j o en 1940 v i n o a c o n f i r m a r . E n efecto, p o r m u y sorp r e n d e n t e que resulte, la p a t e r n i d a d es el tema de la m a y o r í a de los poemas i n c l u i d o s en sus dos p r i m e r o s libros escritos en el exilio: Puerta severa (1941) y La noche del Verbo ( 1 9 4 2 ) 1 4 . Y es que, p a r t i e n d o 1 4 S o b r e La noche del Verbo, v é a s e el l ú c i d o c o m e n t a r i o d e O C T A V I O PAZ, "Absurd o y m i s t e r i o " , Obras completas, t. 13: Miscelánea I. Primeros escritos, C í r c u l o d e L e c t o res-F.C.E., M é x i c o , 1999, p p . 299-302. NRFH, XLVII LAS "POESÍAS C O M P L E T A S " D E M O R E N O V I L L A 395 de u n a identificación del n a c i m i e n t o de su h i j o con el N a c i m i e n t o de Cristo ("paternidad nos lleva a cristiandad"), el poeta descubre en esta "estrella rosa de la n o c h e " u n a presencia que niega la destrucc i ó n y el s u f r i m i e n t o presentes en el m u n d o , que reconcilia al h o m bre c o n su destino, restituyendo así cierto sentido a la vida: ¿Qué viraje sufrió la humanidad para ver en el niño el centro de la vida? Del terror al amor: así fue el cambio. Déjame noche negra y pensadora derramar mi alegría como llanto delante de este amor que es lo indefenso, lo puro y lo vivaz, lo que en su día vuelve a crear el Verbo (pp. 465-466). L a guerra civil o b l i g ó a M o r e n o V i l l a a estrenar vida nueva en M é x i c o , a los 50 a ñ o s . Exigencia difícil, para el poeta n o menos que para el h o m b r e , p o r q u e , c o m o r e c o r d a r í a en 1949 en el transcurso de u n a lectura de sus poemas ofrecida en el A t e n e o E s p a ñ o l de México, el destierro significó algo m á s que la simple p é r d i d a de caras amigables y de paisajes conocidos: "La p é r d i d a significó m u c h o : fue quedarnos sin suelo; fue quedarnos e n el aire; pero fue m á s , fue sent i r q u e b r a d a e i n t e r r u m p i d a la trayectoria n a t u r a l ; fue desviarnos y empujarnos hacia metas imprevistas". Y t o d o esto, a d e m á s , e n u n m o m e n t o , p o r lo m e n o s e n su caso, " c u a n d o ya las fuerzas juveniles estaban en crisis y muchas de las creencias o ideales" (p. 14). Es sint o m á t i c o del temple m o r a l de M o r e n o V i l l a que estuviera a la a l t u r a de estas difíciles circunstancias. E n los ú l t i m o s dieciocho a ñ o s de su vida, en u n a obra p o é t i c a cuyo p e r f i l apenas ahora se p u e d e empezar a p e r c i b i r en toda su e x t e n s i ó n , el poeta se puso a e x p l o r a r la nueva realidad e n que vivía, a la vez que e m p r e n d i ó u n a larga m e d i t a c i ó n sobre el sentido d e l naufragio, sobre el desaliento personal y colectivo, sobre la i n c o m p r e n s i ó n c o n que muchas veces era r e c i b i d o en el m u n d o nuevo (a pesar de las buenas intenciones de unos v de otros), sobre el paso d e l t i e m p o , sobre la m u e r t e . . . Nos l e g ó así algunos de los poemas m á s bellos y m á s conmovedores de los m u c h o s escritos p o r los exiliados. Pienso, p o r e j e m p l o , en " ¡ P o r t e r o s ! " , " C o n f u s i ó n y b l o q u e o " , "Nos t r a j e r o n las ondas" o "Canciones a X o c h i p i l l i " . A u n que f r e n t e a estos poemas extensos, algunos p o d r í a n sentir preferencia m á s b i e n p o r sus poemas breves, en los que el l i r i s m o resulta m á s intenso. Por u n p o e m a c o m o " O i g o " , p o r e j e m p l o , e n que, c o n m í n i m o s recursos, M o r e n o V i l l a evoca ese drama, d o b l e m e n t e doloroso para el desterrado, que era el paso d e l t i e m p o : 396 JAMES VALENDER Aveces oigo los pétalos de la rosa dando en tierra; tan tirante es el silencio; tan en aviso está el alma. Aveces oigo la fuga de la luna en su viraje; tan grande es la soledad; tan tenso vive el espíritu. NRFH, XLVII A veces oigo la arena del Tiempo caer en mí; me levanto, me paseo, toco la estampa o el libro, miro la luz de la lámpara, me froto las tibias manos y me siento lentamente a ver cómo la de arriba está casi toda abajo (pp. 481-482). C o m o h a b r á c o m p r o b a d o en seguida cualquiera que haya tenido esta e d i c i ó n en sus manos, se trata de u n l i b r o editado con sumo esmero. E n t r e otros aspectos c a b r í a destacar el rescate fiel de los dibujos que a c o m p a ñ a b a n los poemas originales d e l poeta M o r e n o Villa, así c o m o la cuidadosa r e p r o d u c c i ó n a color de u n a selección de los cuadros d e l p i n t o r M o r e n o V i l l a , rasgos que hacen del v o l u m e n u n a verdadera delicia para la vista. Estos detalles se los debemos al editor, J u a n P é r e z de Ayala, q u i e n c o n ellos ha q u e r i d o subrayar (y c o n m u c h a r a z ó n ) las profundas interrelaciones que existen entre la o b r a p o é t i c a d e l m a l a g u e ñ o y su o b r a p i c t ó r i c a . T a m b i é n contribuye de m a n e r a notable a dar u n a fisonomía m u y grata al l i b r o el trabajo t i p o g r á f i c o , que ha c o r r i d o a cargo de u n o de los ú l t i m o s representantes de la gran escuela t i p o g r á f i c a que creara en M é x i c o el exilio e s p a ñ o l : M a r t í Soler. Si u n manuscrito tan extenso, y de estructura tan c o m p l e j a , c o m o el que p r e p a r ó J u a n P é r e z de Ayala, se convirtió en u n l i b r o t a n esbelto y tan finamente o r d e n a d o , esto se debe no p o c o a la destreza y d e d i c a c i ó n c o n las que M a r t í Soler, explotando los m á s diversos recursos t i p o g r á f i c o s , t r a z ó la f o r m a y el sentido del conjunto. Pero las virtudes n o c o r r e s p o n d e n ú n i c a m e n t e a la f o r m a externa d e l l i b r o . La e d i c i ó n t a m b i é n destaca p o r sus atributos (digamos) críticos o filológicos. A l l o g r o nada d e s d e ñ a b l e de haber r e u n i d o p o r p r i m e r a vez todos los libros de p o e s í a que M o r e n o V i l l a publicara en v i d a 1 5 , se suma la de haber rescatado a la vez unos 145 poemas suel1 5 E n el caso d e l l i b r o Evoluciones ( B i b l i o t e c a Calleja, M a d r i d , 1 9 1 8 ) , u n v o l u m e n q u e j u n t a ensayos c o n p o e m a s t a n t o e n p r o s a ( " B e s t i a r i o " ) c o m o e n verso ("Epitafios") , el e d i t o r d e c i d i ó s ó l o rescatar estos ú l t i m o s ; y eso, a pesar de q u e , s e g ú n M o r e n o V i l l a , los poemas e n verso " i b a n e s t r e c h a m e n t e u n i d o s a los « r e t r a t o s » d e l Bestiario" ( p . 6 ) . L a d e c i s i ó n tal vez f u e r a t o m a d a p o r razones d e espacio. Sin e m b a r g o , al qued a r f u e r a los p o e m a s e n prosa, n o cabe d u d a d e q u e se pasa p o r a l t o u n aspecto m u y interesante de la c r e a c i ó n p o é t i c a de M o r e n o V i l l a y u n o que llegó a tener i m p o r tantes r e p e r c u s i o n e s e n l a o b r a de o t r o s poetas; p i e n s o , p o r e j e m p l o , en las "caricaturas l í r i c a s " q u e j . R . J i m é n e z e m p e z ó a e s c r i b i r a p r i n c i p i o s d e la d é c a d a de 1 9 2 0 y q u e l u e g o e d i t a r í a b a j o el t í t u l o de Españoles de tres mundos ( 1 9 4 2 ) ; o t a m b i é n e n el l i b r o d e Caracteres q u e J o s é B e r g a m í n p u b l i c a r a e n 1 9 2 7 . S e g ú n M A R I O HERNÁNDEZ, a NRFH, XLV1I LAS "POESÍAS C O M P L E T A S " D E M O R E N O V I L I A 397 tos, m á s otros sesenta i n é d i t o s , la mayor parte de ellos escritos en el exilio mexicano. La e d i c i ó n de los poemas, hasta d o n d e p u e d o j u z gar, es cuidadosa. N o se trata de u n a e d i c i ó n crítica exhaustiva, p e r o falta poco para que pueda considerarse c o m o tal. E n las notas se recogen las principales variantes léxicas que ofrecen los poemas, basadas éstas en u n cotejo minucioso n o s ó l o de las distintas versiones p u b l i cadas en libros y revistas, sino t a m b i é n de las versiones i n é d i t a s que constan en los numerosos cuadernos y manuscritos conservados en el A r c h i v o J o s é M o r e n o V i l l a de la Residencia de Estudiantes. U n a prop o r c i ó n m u y grande de estos manuscritos y cuadernos, hay que señal a r l o , tiene que ver con la a n t o l o g í a de su o b r a que el poeta p r e p a r ó en M é x i c o y que finalmente p u b l i c ó en 1949 bajo el título de La música que llevaba. Los datos precisos y b i e n documentados que J u a n P é r e z de Ayala nos p r o p o r c i o n a en las notas a su e d i c i ó n , tienen, entre otras muchas virtudes, la de p e r m i t i r n o s apreciar el alcance de la rigurosa relectura de toda su o b r a que el p o e t a entonces realizara c o n vista a dicha a n t o l o g í a . E n fin, se trata de u n a e d i c i ó n de las Poesías completas que M o r e n o V i l l a h u b i e r a c o n t e m p l a d o , estoy seguro, c o n p r o f u n d a satisfacc i ó n ; a u n q u e , a l o mejor, c o n u n p o c o de tristeza t a m b i é n , al ver c ó m o u n a obra vasta y variada c o m o la suya, siempre abierta al tiempo, finalmente se encerrara entre las pastas duras (y destemporalizantes) de u n l i b r o . Porque, c o m o dice e n su p o e m a "La cara c o m p l e t a " , al escribirlos lo que menos q u e r í a era sacrificar el latir m u l t i f o r m e de la vida a la f o r m u l a c i ó n de u n a sola i m a g e n i n t e m p o r a l : Como la cara no se termina hasta la muerte, no te preocupes tanto del espejo. Mira más bien, cómo debes tratar a la fiera, con qué pulso tomarás la pluma, con qué cuidado juzgarás de la flor. Cuando se termine tu cara, tendrás en ella tu vida, tu vida y tu muerte. q u i e n d e b e m o s la r e e d i c i ó n d e u n a p e q u e ñ a m u e s t r a d e l Bestiario, este p r o y e c t o de M o r e n o V i l l a t i e n e c o m o a n t e c e d e n t e i n m e d i a t o Le bestiaire ou cortége d'Orphée, d e A p o l l i n a i r e ( 1 9 1 1 ) : " ¿ C o n o c í a M o r e n o V i l l a ese l i b r o c u a n d o i m a g i n ó las figuras d e l f a i s á n , el a n t í l o p e o el cisne? C o n c i b e A p o l l i n a i r e sus estrofas c o m o u n divertimento q u e a u n a i n g e n i o y l i r i s m o ; estos m á s sueltos esbozos p o e m á t i c o s d e l e s p a ñ o l son ajenos a a q u e l l a a g u d a c o n c e n t r a c i ó n —de la q u e sí d e b i ó gustar V a l l e - I n c l á n p a r a su « B e s t i a r i o » de La pipa de ffim919)-y b u s c a n u n a gracia d e o t r a estirpe, m á s atenta a l o social y s o l i d a r i o q u e al j u e g o s u b j e t i v o " ( " F á b u l a d e M o r e n o V i l l a " , p r ó l . a Bestiario, U l t i s m o , M a d r i d , 1985, p . 8 ) . Para u n e s t u d i o d e las relaciones de esta o b r a c o n la t r a d i c i ó n f a b u l í s t i c a , v e á s e E D U A R D O J I M É N E Z URDLAI.ES, "Claves de i n s p i r a c i ó n p o p u lar: el « B e s t i a r i o » " , La narrativa de José Moreno Villa: "Evoluciones" y "Patrañas", Centro d e la G e n e r a c i ó n d e l 27, M á l a g a , 1998, p p . 81-105. 398 NRFH, JAMES VALENDER XLVII Ella entonces será tu retrato, el retrato de los ojos cerrados, que no sonríen ni prometen ni se desesperan ni mienten. El retrato de la nariz perfilada, el retrato de la boca cerrada, el retrato de la faz serena, de la frente ancha, donde quedaron para siempre todos los horizontes recorridos, y todos los secretos despejados. Retrato de los surcos dolientes y de las canas desengañadas, de la nariz que ya no aspira, y de la garganta que no traga. Retrato, en suma, terminado. Sin mutaciones de color, insensible a los cambios del tiempo (pp. 521-522). Esta cara c o m p l e t a es el c o n m o v e d o r retrato de M o r e n o V i l l a , redivivo, que nos ofrece la presente e d i c i ó n . O j a l á que los p r ó x i m o s rescates auspiciados p o r la Residencia de Estudiantes y E l Colegio de M é x i c o resulten tan hermosos c o m o éste. JAMES VALENDER E l C o l e g i o de M é x i c o