periódico quincenal indispensable para las familias, 1885, nº 35

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AÑO II
N Ü M E R O 35
P E R IÓ D IC O Q U IN C E N A L IN D IS P E N S A B L E P A R A L A S F A M IL IA S , IL U S T R A D O C O N P R O F U S IO N D E G R A B A D O S E N N E G R O Y F IG U R IN E S IL U M IN A D O S D E L A S M O D A S D E P A R IS
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REGALO A LOS S E Ñ O R E S A B O N A D O S A LA B IB L IO TE C A UNIVERSAL
L os ((ue desean suscribirse únicam ente ai periódico E l S a l o n D& LA M o d a , por anualidades, sem estres ó trim estres con pago anticipado deberán regirse por la siguiente nota de precios:
El ESPllH, III ili!, iOrailet-Seíi asies, 3! reajt-Irsi sm, 18ruin— El P0HTII6U, in iin, 8QOOriiUÉ nnn, 10 reli.-Irn am, 800rsii.— lu smiMS mnwb i! (ii r (euli an
SUMARIO
T e x t o . — E x p lica ció n de los suplem entos. — D escripción de
los grabados. — R e v ista d e París.— E cos d e M adrid. — Rayos d e sol ( eoníinuacion).— Pensam ientos.— R ecetas útiles.
— Pasatiem pos.
G r a b a d o s — A i . M ante
le ta A n ton in a. — B 2.
C h a q u eta M etela.— C 3 .
N iñ a d e 4 i ñ o s .— 4. C e ­
nefa d e tap icería. — 5.
F o n d o d e tap ice ría.—
6. C en efa bordada para
ropa d e m esa.— 7 . D ¡.
bujo p ara b ord ad o en
m a lla .— 8. C am isa de
do rm ir,— 9 y 10. T rajes
d e señoritas. — l i C a ­
m isa d e dorm ir. — 12.
P ein a d o d e fantasia em ­
polvado (visto por d e ­
trá s).— 13. T r a je d e v i­
sita .— 14 T r a je d e c a s a .
— 1 ; . Peinado fantasía
em polvado { visto por
d e la n te ).— 16. T r a je de
casa. — 1 7 . T ra je de
c o n c ie r to .— 18 y 19.
T ra je s d e paseo.
H o ja d e p a t r o n e s n ú ­
m ero 35- —- M an teleta
A n to n in a. — C h aqu eta
M etela, — V e s tid o de
niña.
H o ja d e d ib u j o s n.® 35.
— C in cu en ta dibujos va­
riados.
F i g u r ín i l u m i n a d o . —
cu ya abertu ra se v e una pechera ó plastrón de felpa rubí S om ­
b rero d e paj'a gris, adornado d e plum as rubí. M ed ias d e este
ú ltim o color.
Segundo traje. — F a ld a cubierta d e volan tes d e en caje color
d e h ilo crudo, orlad a d e un volan tito p leg ad o d e raso co lo r de
castañ a. R ed in gote form ado d e plegados d e taíetan azu l liso
y d e faldones brochados d e co lo r d e castaña sobre fondo azul.
P u f d e b roch ad o C orpiñ o asimismo b roch ad o, gu arn ecid o de
d raoeiias d e tafetán azul y de encaje d e h ilo crudo. B o ca ­
m angas, cu ello y cinturón d e terciopelo castaño, F lo re s am a­
rillas ju n to a l cuello. Som brero d e paja, guarnecido d e tercio­
p elo castaño,
DESCRIPCION
DE LO S G R A B A D O S
A I .— M a n t e le ta A n TONI.NA, d e seda d e canu­
tillo ó d e sicilian a negra,
con faldones bastante la r­
go s por d elan te y con un
gran lazo d e m o iie sobre
e! puf. C o lla r d e m o ire co n
lazo delante- Guarniiúon
d e encajes a lreded or d e la
m anteleta y un encañona­
d o en el cu ello. Sirvien do
de ca b ecilla á los encaj'es
y rodeando el dib ujo p le ­
g a d o q u e form an en la esp a ld a, van colo ca d o s b or­
dados d e azabach e. F ald a
d e la n illa i rayas arrasa­
das, levan tad a por detrás
á m odo d e p u f ca scad a, y
a b ierta por d elan te sobre
otra fald a d e encaje S o m ­
brero d e paja, adornado
COD una banda d e gasa y
un grupo d e dores ligeras
en e l delantero.
B 2 .— C h a q u e t a M e ­
t e l a , d e cañam azo de
h ilo , b ord ad o d e m otas de
felp illa, C u e lle cito d e en ­
caje ligeram ente en cañ o­
n ad o term inando en doble
T ra je s d e paseo.
EXPLICACION
DE LOS SUPLEMENTOS
I.
— H o ja d e p a t r o ­
n e s n.* 3 5 . — M anteleta
A n tonina (grabado A i en
el tex to ); C h a q u eta Metela (grabado B » en e l tex'a -i,'V estid o de niña (gra-W o C g en e l tex to ).—
Véanse las exp licacion es
en la m ism a hoja.
*• — H o ja iie d ib u jo s
número 35. — Cincuenta
dibuji>s v a ria d o s.— V é a n ­
se las exp licacion es en la
m isma hoja.
3 -— F i g u r í n i l u m i n a ­
d o — T ra je s d e paseo.
P n m e r traje. — F ald a
d e felp a rubi. T ú n ic a reoc^ida d e cachem ira de
» ' o r gris palom a bordada
» do* tonos. C orpiñ o del
ousm o color, b ord ad o, por
A
1. M a n t e l e t a ¿ n t c s i n a . — B 2 . C h a q u e t a M e t e l a . — O 3 . N i ñ a d e 4 a ñ o s
Ayuntamiento de Madrid
chorrera, con lazos d e raso,
sujetos con h eb illiias de
plata oxidada. T iran tes de
raso, lo s cuales terminan
en punta en e l borde d e la
chaqueta. V u elo s d e enca­
je . D o b le h ilera d e encaje
alrededor d e la s haldetas.
F a ld a redonda d e taletan
bordado. T ú n ica d e velo
brochada d e hojas. S o m ­
brero d e gasa, d e hechura
d e gorro, encañonado a l­
red edor y con lazos d e cinta
estrech a en e l delantero.
C 3 .— N 1 S A I1 E 4 a S o s .
— V estiilo d e velo d e color
claro; e l delantero plegado
y abierto sobre un p e to d e
surah azul m arino ó encain ad o. F a ld a plegada,
d e surah, con un volante
d e en caje ó d e bordado
inglés. C u e llo a d ecu ad c.
L a zo s d e raso, en e l cuello
66
E l S alón d e la
M oda
N ú m ero 35
y en e l borde d el peto. U n gran la zo de raso en el pu l. S om ­
puntiagudos enlazados uno con otro por m edio d e pce.^illas
brero d e p a ja , d e a la redonda, forrada d e te rciop elo y con un
sujetas con un boton d e acero bronceado. T ú n ica recogida y
i l . I S S S i l i S ^ S 'S X X X X k X X X X l i i S X g X X X N i S K X
pañ uelo d e surah m oteado puesto un tanto arru gado en e l d e ­
p u f d e ondas flojas. U n lazo d e m oaré co lo r d e m alva va c o lo ­
lan tero d e la copa.
cado en e l costado. H om breras y gola de m oaré co lo r d e m alva.
4 .— BoRDAiKi d e t a p i c e r Ia , p ata m uebles d e fantasía.
C u e llo recto d e terciopelo d e color d e pensam iento. E l corpiño
5 .— F o x d o d e t a p i c e r í a , para m uebles.
va abrochad o con presillas sobre una cam iseta d e encaje blan ­
6 . — C e n e f a b o r d a d a , p ara m antelerías.-— E l bordado se
co. D o s hileras d e abalorios terminan la gola .
ejecuta á punto d e cruz. E l azu l y e l encarnado predom inan
>8-— T r a j e d e p a s e o .— F a ld a com puesta d e volan tes de
siem pre en esta cla se d e bordad >, para el cual se usan a lg o ­
afflan)i 5 5 B ír K t i 3- ± á * 3 x x S = i
"
encaje crudo, atravesados d e largas cintas d e terciopelo azul
dones d e colores. E l am arillo y el co lo r d e m adera m ezclados
í í i ' í f f t r 5 =FíBS'í-í‘F rí‘f=f-‘F + i:i.i.i.= . 7:-í;fF,if5 :m?f,=cqtí
oscu ro. T ú n ica recogida d e surah d e co lo r crudo. E l corpiño,
con los calores v ivo s, h acen m uy buen efecto.
adecu ad o, está cu bierto por d elan te por un peto d e en caje,
7 — UIBL70 D E MALi.A BORDADA.— Segun para ¡O quB sc
con terciopelos. V u e lo s d e en caje y terciop elo . Som brero de
destine este trabajo, y a sean ve.-tidos, cojines ó m uebles, se
s
QsciH □ Virle cIítd @
surah a zu l, gu arn ecido d e encajes d e oro y un gru p o d e p lu ­
ejecuta sobre sed a, b a tista , lana, etc, L o s cua-lm s calados
m as co lo r d e m arfil salpicadas d e oro.
4 — O e n e fa d e t a p i c e r í a
se h acen á punto d e relieve sob re m alla. L o s entredo>9 -— O t r o t r a j e d e p a s e o .— F a ld a guarnecida de
Bp8Sm n(^*rBEi0Q -^c
ses y las ñores llen a s, se bordan á punto d e festón.
volan tes d e encaje blanco. T ú n ic a a b ierta y recogida,
H e ch o sobre sed a cruda d e dos tonos para d elan tero de
d e faille co lo r d e m alva bord ad a d e co lo r d e violeta
vestido, produce un efecto soberbio.
oscuro. E l lazo del p u f es tam bién d e co lo r d e m alva.
«■•itaCiSi.
8 .— C a m i s a d e d o r m ir , hechura m atinée, d e per­
C o rp iñ o co lo r de m alva, abrochad o con presillas sobre
a
a
a
a
i
f
C
i
ú
d
S
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a
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B
B
c a l, gu arn ecida con bordados y encajes, L a pechera ple­
J « » » í.'2 C E ü l ^•■Pl l B B S a s g E -■
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ií,T 5 > ~ B B K aa-'sn '-^ i~ raf-~ aaaB
una ch orrera de encaje. C am iseta á m anera d e re lig io ­
■■■F'C-I
',.-,¡.-.[ncii______
ic iH llP
i ' ü ■B B B i8 e .'6 ü g g ? jG Q L ia B B
g a d a ; cu ello recto , con c u e lb c illo d e encaje. L a zo s de
sa, d e gasa guarnecida d e punto viejo. M angas d e faille
I-IE B ÍsiB Q Q 'tB B B B B
' >
0 *- B B B B B -iOt
^aGQ_-.BB
otom ano en las m angas y en el cuello.
*¿|a^3Eró^GS|^BBBaBi-Í-Ñ.'-BBBaB.---ia& -t_
co lo r d e m alva y punto viejo . C u e llo d e terciopelo d e
4,^^ZjEíí]£.¿IsG].¿G¿Sí¿ •
C- ^ »■■■■
9 .— T r a j e d e s e ñ o r i t a , d e pop elín g ris pizarra,
^u6|wS!g*¿,i¡TCiigg,;.,aBBB- 5.- BBaau.¿¿ü[xir~~
color d e violeta. C a p o ta d e en caje sin bridas, gu arn e­
^0Bi;;.o-j.'jjaaBí.BaB.: 7i5í:r-;aEi
con m otas de co lo r d e rosa y encarnado oscuro. U n
i-j*a8TE’XlF'iF!i**g,vTl
cid a d e terciop elo color m alva y color violeta.
la zo form a e l puf. T o d o s los ailorn os, draperías, cintu­
.
rón y lazos son d e te rcio p elo encarnado oscuro. C a m i­
!A<aBB.--BBB •
••.*v- 5::5'jí,rjTi¿-i- 7 i
a a B B j . f i . - BaMB.-.fea;-.iL--?^Ee 3 * 0 i ; . v i ¿ &
seta d e sed a color crem a bordada. Som brero d e paja
encarnado oscuro, adornado con fantasías y flores de
color d e rosa.
10 .— T r a j e h e s e S o r í t a ,— F ald a plegad a d e surah
d e co lo r d e rosa silvestre. So b refald a d e tafetán del
mismo co lo r atravesada d e cin tas a lad as d e co lo r de
hoja seca. F alda-red in gote d e tafetán co lo r d e hoja
seca, bordada d e dos tonos L o s m ism os bordados en
e l c-'tpiño abierto y en e l faldón postillón. C h aleco de
tafelan d e co lo r d e rosa. Botones y corb ata d e co lo r de
castaña. Som brero d e p a ja d e color de h o ja seca. Ban­
da dr apead a d el m ism o co lo r y grupo d e fiares de color
d e rosa en e l delantero
de la copa.
11. - C a m isa de
d o r m i r , d e b atista ,
gu arn ecida con titas
festoneadss d e co lo r,
con bordados rusos en
las costuras. P e lo-ch o r­
rera co lo ca d o só b re la s
solapas. T re s volan tes
en las m angas y tres
lu ch as en el cnelto.
12 y 1 5 — P n iX A ix i
EMl'OLVAHO DE l-ASTA s Ia . — P a ra hacer
este peinado, se rizáis
los cabellos d e d elan te
(d ib u jo n,= 1 5 ) y se
forman b u cles flo jos
m uy ligeros. E s preciso
que para este pein ado
no tengan los cab ellos
más d e 40 crntfm etros.
P o r detrás (fig. i z ) s e
levan tan lo s cabellos
m uy altos y se forman
retorcidos p e q u e ñ o .;
L r-/ .
‘
—
dejan do ca er algunos
' — ' ...........................
bucles sobre e l cuello
segun lo in d ica el d i­
bujo. C o m o adorno, sartas d e perlas en e l d elan te­
ro, co n m arabul encarnado y pen ach ito d e oto
m uy ligero.
1 3 .— T r a j e d e %’I s i t a . — F a ld a plegad a de sici­
liana g ris plata. T ú n ic a recogida d e velo liso del
m ism o color. U n a s cin tas d e terciopelo , caen v e r­
ticalm ente sob re el delantero y term inan en con ­
chas, V isita d e gran ad in a bordada d e terciopelo y
gu arn ecida d e encajes y perlas con aplicacion es de
claro d e luna. U n peto plegad o d e siciliana forma
el d elan tero d e la visita, .Som brero d e paja granate
oscuro, bordado d e claro d e lun a. U n en caje d e
co lo r crem a form a diadem a por delan te. L a z o y
penacho gris plata.
1 4 .— V e s t i d o d f i i s a d e v e lo d e color crema.
F a ld a gu arn ecida con trencillas rayailas verde y
rosa. L a túnica recogida en form a de ch al, va
adornada d e tren cillas asi com o e l corpiño y las
m angas L a d rap eifa d el p u f e s lisa, sin trencillas.
16 —T r a j e d e c a s a . — F'alda lisa d e terciopelo
tizón, sobre la que caen en form a d e abanico p lie.
gues d e sicilian a de color beige L a d rapería d e la
túnica y los pliegues se unen b ajo un lazo d e tercio p elo lirón, que cierra tam bién el corpiño sujeto
á un la d o y gu arn ecido con una banda d e te rcio ­
pelo d e d icho co lo r y con un lazo ju n to a l hombro.
C u ello recto d e terciopelo tizón.
I7 -— T r a j e d b c o n c i e r t o ú MATi .n é e . — F alda
de en caje b la n c o , sobre viso co lo r d e m alva. T ú n i­
c a , corpiño y d raperías d e seda d e can u tillo d e co­
lor d e pensam iento. L a sobrefalda lorm a faldonei
i S a = l t : S » £ M S Í ¿ B Í B B B Í f i g f i '- _ B B B B B ? S f i - / 'Í j 0 » * j i t i j 5Í ? ^
• B B B b ,f i S D 0 ai»iJ®IllBQe 3£ r-'« B B B .' iá -Ó .-B B B B ?
lig Q i- .I B c : ü f i 5 e . - B - B a ! i E - 5 ,.,.-I[- d *il2 .S !X v f í í U B g o á S l e B i B E E S a u a
l!|ra ffl Parió ¡stiro
□
9 firoics
s
Oro ricjo
5 ,- P o n d o d e ta p ic e r ía
R E V IS T A D E P A R IS
S i á cu alqu ier parisiense se le preguntara cuál ha sido
el acontecim ien to m ás n o u h ie , e l suceso m ás culmin an fe d e la prim era quincena d e abril, contestaría sin
v acilar; e l b aile del A é í z / * Vi/lc. Y en verdad que
n o le faltarla razón p ara asegurarlo así.
E s ta fiesta, que ha com petido cuando no sobrepujado
en esplendor y m agnificencia á las que veinte años atrás
daban los prefectos del Sen a y á las que acudían en
suntuosos trenes el em perador, su corte, los m inistros,
todo el cuerjro d ip lo ­
m á tico , lo s altos fun­
cionarios y lo m ás escc^ ido d e la sociedad
parisiense, ha sido or­
ganizada, com o saben
ya m is lectoras, por la
prensa d e esta capital
c o n ob jeto d e arbitrar
recursos con que a te n ­
d er á hacer m ás lle v a ­
dera la m iseria ijue pesa
este invierno sobre las
clases pobres d e París.
Prim eram ente trató
■le celebrarse en la B o l­
sa, pero habiéndose re ­
con ocid o que este e d i­
ficio a d olcciad em u eh cs
inconvenientes para el
o b jeto , hiciéronse ges­
tiones para darla en la
C a sa d e la C iu d ad , y
gracia-s i la buena v o ­
6 .— O e n e f a b o r d a d a p a r a r o p a d e m e s a
luntad d el A yu n tam ien ­
to , los organizadores
del b aile han podido
disponer d e los suntuo­
sos salones d el p a la ­
cio m un icip al, recien te­
m ente erigid o sobre la s ruinas del incendiado por
la Com un a. D e b o añadir en obsequio al A y u n ta ­
m iento que n o tan sólo ha cedido el edificio, sino
que h a corrido con la casi totalidad d e los gastos
m ateri-iles á fin d e que los productos fuesen á parar
íntegros ó poco m énos á poder d e lo< n ecesitados.
Contán dose pues con sem ejan te m onum ento y
con la dirección d e M . A lp h a n d , director de O b ras
p ú b licas d e Paris y de sus colaborad ores, los señ o­
res Bouvard y B artet, n o podían m énos d e hacerse
m aravillas. E l gu sto y el fecundo in gen io d e .M. A l ­
phand han triunfado d e la frialdad in evita b le de
aquellas grandes paredes que aún aguardan la o r­
nam entación que deben tener algún d ia , y d e la
desnudez d e ¡as piedras, disim ulada m erced á los
lu jo 'o s tap ices con que se cubrieron, soberbiam ente
com binados con asom brosa profusión d e frondoso
ram aje.
E l aspecto gen eral era verdaderam en te m ágico.
1.a fachada d e la C a sa d e la C iuiiad estaba ilu m i­
7 .— D i b u j o p a r a b o r d a d o e n m a l l a
Ayuntamiento de Madrid
n ad a con inusitado esplen dor: e l gas, la ele ctrici­
d a d , las luces d e B en gala y los g lo b o s luminosos
en los arboles del ja rd ín , d erram aban por d o quiera
una brillan te cla rid ad que con vertía la noch e en
esplendoroso d ia, y an te tantas y tan deslum bra­
d oras irradiaciones, ante lo s fú lgidos d estellos de
los inm ensos espejos rodeados d e gu irn aldas y ante
aqu ellos pavim entos sem brados d e cam elias d e n a ­
carad os pétalos, poilía considerarse e l espectador,
sin hacerse dem asiada ilu sió n , en uno d e los fa ­
bulosos p alacios d e U s M il y una N och es.
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Ayuntamiento de Madrid
Ayuntamiento de Madrid
núm ero
35
E l Saló n
de
la
67
M oda
qnesta, d irigía los m ás anim ados valses. E ste salón, de
curiosísim a arquitectura, está form ado d e tres salas snce>ivas, separadas por tres ligeras arcadas: en sus dos
extrem os h a y d o s chim eneas m onum entales d e m árm ol
blanco, cu yas esculturas, bosquejadas solam ente, esta­
ban cu biertas d e follaje, y en cu yo fondo se colocaron
A l en trar en e l p a lac io m un icip al, por la sa la d e San
Juan co n vertida en gu acdaropa, causaba y a verdadera
sorpresa el im ponente g o lp e d e v ista que presentaba la
escaleta principal á cu yos lados estaban form ados los
guardias d e P aris c o n su uniform e d e g a la . Pero antes
d e su b ir d icha escaleta se v e ia en e l fondo del jard ín de
invierno, ro d ead a d e u n en verjad o d orad o revestido de
plan tas trepadoras, una enorm e roca d e h ielo artificial
q u e no h a pod id o produ cir e l efecto deseado, porque
el calor la h a d eja d o red u cid a i m énos d e la m itad d e
su s dim ensiones. E n aquel ja rd in . ilum inado ¿ g ia m o
c o n faroles ven ecianos y lu ces d e B en gala, y adornado
d e estatuas, estab a situada la m úsica d e la guardia re­
p u b lican a, q u e DO le jo s d e la sa la d e refrescos, tocaba
las m ejores piezas d e su repertorio.
L a escalera d e h onor, cu y a tic a arq uitectu ra cautiva
la aten ción d e! pú b lico , d ab a acceso a l salón de recep­
ción y á la gran g a le ría d e la s fiestas, arreglada p ara el
b aile y q u e estaba radian te con la b la n ca clarid ad de
sus d oce arañas, com puestas d e lám paras eléctricas
reunidas por grupos. E n e l londo, h ab ia u n tablado
ocupado por la orqu esta d irigid a por A rb a n ; enfrente,
un vestíbu lo con cu atro fuente-s d e b ulliciosos y frescos
surtidores, y en uno d e sus lados una vasta galería de
anchas ventanas con lujosos cortin ajes, d esd e la cual se
do m in aba e l b a ile en su vertigin o so conjunto.
A travesan do en seguida un buffet, se pasaba á un
vasto salón en d on de M etra, e l fam oso d irector d e or-
provisionalm ente algunas estatuas.
Pasábase después a l suntuoso d espacho d e l prefecto
del S e n a; lu égo á otro buffet, en seguida a l salón de
los P reb ostes, trasform ado en un inm enso bosque,
destinado á sa la de fum ar é ilum inado p o r d iez y seis
cand elabros, y p o r ú ltim o , f l u í a n la sa la d e sesiones
d e! A yu n tam iento, reservad a para e l cuerpo d iplom á­
tico , y la d e la Prensa, d estinada p ara los G ran izad o íe s d e la fiesta.
P ero la m aravilla de la s m aravillas era la espaciosa
b ib lioteca con vertida en re sla u ra n t, d on de se h a '
bian colocad o cien m esas para cuatro personas cada
una y en las cuales se servían cenas á och o francos por
cabeza P ero com o se creyó con razón que ciertas per­
sonas preferirian cenar por gru p os d e diez ó d oce, se
arreglaron detrás d e la b ib lio teca diez salon cilos que
no estuvieron desocupados por cierto un m om ento.
D esd e ántes d e las rtíez d e la n och e los salones esta­
ban literalm ente atestados d e g e n te , siendq im posible
form arse una idea d el asp e cto que presentaban 3 d icha
hora los alrededores de la C a sa d e la C iu d ad . P o r las
8 .— C a m i s a d e d o r m i r
calles de R iv o li, S an A n to n io , V icto ria y plaza del Chatelet a van zaba u n a verdadera m area h u m ara y dos filas de
carruajes q u e, adm irablem ente orden adas, llega b an hasta
las T u lle tla s. Y haciendo aquí ju sticia á los directores de
la fiesta, asi com o á los agentes d e la autoridad, debo d e­
cir que á pesar d e los m illares d e personas que á ella asis­
tieron, tod as pu d ieron entrar sin tropiezo ni detención
a lgu n a, tan gra n d e fué e l orden q u e reinó. N o m enor fué
e l d el servicio d el gu aid a ro p a , tan solicito y b ien desem ­
peñ ad o, que nadie tu vo que detenerse n i h ub o que lam en­
ta r siq u iera e l extravío de un alfiler.
P o co después d e las d iez em pezó el b aile, que estuvo
sum am ente anim ado, pues lo cierto es que hasta la per­
son a d e tem peram ento más h ipocon d riaco no podia ménos
d e ce d er al m agnetism o irresistible d el espectáculo que
le rodeaba. A q u e l despilfarro d e luces que trasfotm aban el
suntuoso edificio en un p alacio de diam ante destellando á
lo s reflejos d e una aurora sobrenatural, los arm oniosos so­
n id os d e nutridas orquestas que ejecutaban danzas de arre­
batadoras m elodías, la s m il y m il alegres conversaciones
d e los con curren tes q u e deponiendo !a etiq u eta enojosa
d e la s fiestas oficiales, m anifestalian con sus oportunas
ocu rren cias una fam iliar aunque discreta a le gría , la esplen ­
d id e z d e los salones, e l gusto y elegancia d e los trajes que
1 0 .— T r a j e d e s e ñ o r i t a
9 .— T r a j e d e s e ñ o r i t a
sin set ostentosam ente lujosos, guardaban consonancia
con la iudole en c ie ilo m o d o d e m o c rá lic a d e la reunión,
tod o en fin form aba u n con ju n to am eno, d eleitab le y á
propósito p ata d ar un m om ento d e tregu a a l esplinm ás
arraigad o y á la preocupación m ás m olesta.
L o s buffets estuvieron m uy concurridos. L a baratura
d e las bebidas atrajo á las personas sedientas á causa
del ca lo r que e ra exc esivo . E n p articu lar el tñ n k -h a ll,
ó sala d e refrescos, se tom ó casi por a salto , y lo s d o s­
cientos velad ores que en él habia n o b asta ro n ;d esu erte
q u e m uchos d e los concurrentes se hicieron servir, no
sin trabajo, e n e l m ostrador.
A la s dos d e la m añana se suspendió el b a ile un m o­
m en to p ara verificar e l so rteo d e la T ó m b o la . L-as salas
en q u e estaban exp u estos los o b jetos rifad os, cedidos
en su m ayoria por los artistas y lo s grandes industria­
le s, se ílenaron en un m om ento d e apiñ ada m uchedum bre. E n tre d ich o s objetos, cu yo núm ero pasaba de dos
m il, figuraba un sob erb io jarrón d e p orcelan a d e Sev rc s, ofrecido por el presidente d e la R epú b lica. El
sorteo, que n o p u d o term inar, h a b i é n d o s e a p l a z a d o su c o n c l u ­
s i ó n p a r a e l siguiente d i a , se v e r if ic ó d e un m o d o tan n u e v o
c o m o p in to rC 'C O .
1 1 .— C a m i s a d e d o r m i r
Ayuntamiento de Madrid
Sacaron las bolas num eradas d oce niñ as d e diez á quince
años, q u e form aban parte d el cu erpo d e b a ile , y q u e, vestidas
d e C eres, llev ab a n sujetos los cabellos con coron as d e espigas
d e o ro rem atadas en una estrella d e cin co pu n tas, y en e l cu e ­
llo unas cintas d e raso azu l d e las cu ales pendían unos can as­
tillo s b lan cos adornados d e filetes de oto claro en cu yo fondo
estaban las b o la s. S e la s co lo có alternan do de cin co en cin co
d elan te d e la tribuna d e lo s m úsicos, y á una señal d el d irector
d e ta T ó m b o la , ca d a una sacab a una b o la d e su ca n a stillo y la
levan tab a á la altura d e su cabeza, m iéntras dos em pleados
decían e n a lia voz el núm ero a sí formado.
Su spen dida la tóm b ola, v o lv ió á em pezar el b a ile q u e duró
h asta la s cin co d e la m añana, term inan do con e l co tilló n de
rigor, en e l cu al se repartieron elegan tes y caprichosisim os
objetos, y que estuvo d irig id o por algunos em p lead os d e la
prefectura, lo s cuales babian ensayado d e antem ano m ultitud
d e figuras, casi todas m uy origin ales y en su m ayor parte nue­
E l Salón de la M oda
68
N ú m e r o 35
vas, q u e seguram ente se reproducirán eu ios salones abiertos
tod avía hasta el d ia d e l G ran Prem io d e la s carreras d e c a ­
ballos.
T a l b a sido, rápidam ente reseñada, esta fiesta d e la q u e se
sobre los desnudos hom bros de la s dam as. V isto este salon
d esde la puerta, p a rece el encarttado p alacio d e un hada. E l
com edor, donde se sirvió e l buffet, da á un delicioso in vern a­
d ero, pequeño si, pero que ofrece la particularidad d e que, en
virtud d e una bien en ten dida com binación d e espejos, se re ­
producen hasta lo infinito sus adm irables plan tas exóticas,
causan do tan sorprendente ilusión, q u e el espectador puede
creerse trasportado á algún m isterioso y b alsám ico rin cón del
legendario O riente.
guardará m ucho tiem po recuerdo, tanto por su adm irable y
bien ordenada organización com o por el num ero d e personas
que han asistido á e lla , y que no b a b ajado d e i; ,o o o , asi como
por los productos que ha d ad o para el benéfico ob jeto que la ha
inspirado, lo ; cuales se calcu lan en 300.OOO francos. E n un
principio se destinaban estos exclusivam ente para ios pobres
d e Paris, mas los últim os sucesos d e la guerra con C h in a sugi.
lieron la idea d e hacer participes d e e llo s á los h eridos del
T o n k in , y habiéndose acord ad o asi, se repartirá d ich a suma
por m itad entre unos y otros.
H a con tribu ido á com pletar la referida cantidad lo recauda­
do durante los d o s d ia ; siguien tes por perm itir visitar e l ed ifi­
cio á las personas q u e n o podiendo disponer d e veinte francos,
precio d el b ille te para el baile, deseaban recorrer y adm irar
los salones tal com o se habían adornado para la fiesta D e este
modo, y á pesar d e haber fijado en 50 céntim os solam ente el
precio d e la en trada, se h an recaudado 20,000 francos más, In
cu al significa q u e han satisfecho su m odesta curiosidad 40,000
personas.
A lg u n a s d e mis lectoras desearían saber qué personajes princ ip a lts ó conocidos han asistid o a l b aile d e l fio t e l d e V ille ;
bien quisiera com placerlas, pero e s im posible citar nombres
entre tan num erosa m ultitud: sólo in d icaré que entre los ca b a ­
lleros y dam as españoles pude ver a l em bajador señor Cáriieñas y á los señores d e R u te, y entre los iudividuos d e nuestra
aristocrática sociedad a l duque d e la R ochefoucauld, a l p rin ­
cip e d e S agan , á M ad . G a u th eieau , e t c ,, etc.
E s in ú til d ecir que acud ieron á esta fiesta cuantas n otab ili­
dades constituyen en París la sociedad aristocrática, diplom ática, artística, literaria y financiera. S e b ailó en todos los
salones, en e l d e honor, en la galería con tigu a, en la sala lla ­
m ada de las curiosidades por estar alH reunidos todos los tesoro sariistico sq u e el barón ha coleccion ado con in teligen te afan;
en la sa la d e recepcicjnes y hasta en el com edor. T erm in ó tan
agrad able fiesta con e l ob ligad o co tilló n d irigid o por el co n ­
d e J . de L a S a lle y la señorita E len a d e R oth sch ild , que lle ­
vab a un d elicioso traje d e pajizo color.
P ero n o h an term inado a qu í la s m agnificencias d e estaq u in cen a en punto á b ailes suntuosos, pues com o si et actual
invierno m oroso hub iera querido recuperar e l tiem po perdido
y m orir alegrem ente, cutre
la feb ril agitación d el p la ­
cer y el ruido d e las fies­
tas, ha h abido otra porción
d e reuniones b rillan tísi­
m as, entre la s cuales son
d ign as d e particu lar m en ­
ción e l baile d e m áscaras
dado por e l pintor G u stavo
Ja cq u et, que ha firmado
sus in vitacion es con el
seudónim o d e G a illa rd , y
el b a ile d e etiq ueta c e le ­
b rado en el soberbio p ala­
cio d e la baronesa S a lo ­
m ón d e R iith sch ild . E l
prim ero h a sid o m agnifico,
suntuoso, desde el punto
d e v ista artístico, pero so ­
lem ne y fallo d e en íra iii,
i pesar d e que el anfitrión
h a h echo lo posible por
anim ar á sus in vitad o s en
cu yo obsequio se h a g a sta ­
d o cin cu enta m il francos
en e sta fiesta. V erd a d es
que h a ten ido el gu sto de
ser a clam ad o por la m u l­
titud q u e llen aba los alre­
d edores d e su h o te l cu an ­
d o le h a visto cruzar la
plaza M alesherbes, caba­
lle r e e n un arrogan te p o ­
tro, y vistiendo con tanta
soltu ra com o elegancia un
ricxj traje d e la época de
E n riq u e I I I ; peto esta
satisfacción le ha costado
a lg o cata, sin con tar con
que sus con vidados n o han
quedado d ei to d o satisfe­
c h o s . pues un b aile de
m áscaras donde n o relua
la fim ilia rid a d y la alegría
es más aburrido que uno
d e o b liga d a g a la .
£ 1 d e la baronesa de
Rothsohild se ha distin gu i­
d o en cam bio por la d i lincioD y d iscreta cord ia­
lidad d e los concurrentes
asi com o por la m aravi­
llosa suntuosidad del lo ­
c a l. E l salón d e b aile es
ium enso, con su chimeuen
m o n u m en tal, su galería
circular d e barandaje d e­
licadam ente e scu lp id o y su
elegan te ciipula desde lo
cu al derram aban varios
aparatos eléctricos torren­
tes d e esplen dorosa luz
13 . — T r a j e d e v i s i t a
Y ahora que d e trajes hablo, caigo en ¡a cuenta d e que
h e llegad o casi a l final de m i revista sin in dicar nada acerca
d e las m odas. N o e s d e extrañ ar: durante e l actual invierno se
han ofrecid o tan pocas ocasiones de d eseiib ir fiestas com o las
que d ejo ligeram ente reseñadas, que m e he aprovechado con
fru ición , aunque n o con la latitud apetecible, de la oportunidad
ofrecida por estas para in d em n izará mis lectoras d e la in evitab le
m onotonía d e las revistas anteriores.
D ed icaré pues el poco espacio d e q u e puedo disponer i ha­
b la r de los som breros, cuya m oda em pieza ya á fijarse, con
m arcada tendencia á con servar y áun á aum entar la altura d e
la copa, e s d ecir que lo que d o s años atrás e ra a nch u ra, se ha
con vertido ahora en elevación.
- P e io a d o fa n ta s ía e m p o lv a d o ( v is to
D or d e trá s)
E l tip o m ás gracioso y distinguido d e los som breros de se ­
ñ oritas e s el siguiente: paja b e ig e ó m orado claro, d e copa
alta, con el ala-visera lig e ­
ram ente in clin ada á un
lado y ligeram ente levan ­
tad a a l otro. E l a la va
forrada de terciopelo ó d e
la te la con que se adorna
el som brero. L a granadina
d e seda m oteada d e tercio­
p e lo , con stitu ye uno d e
los adornos más bonitos.
U n a granadina co lo r d e
fresa, con m otas gran ate
que sirva d e forro a l a la
y forme retorcid o a lre d e ­
dor d e la copa, y aparte
14. — T r a j e d e c a s a
Ayuntamiento de Madrid
d e esto dos pájaros d e plu ­
m aje sobriam ente dorado,
puestos á m odo de pen a­
ch o á am bos lados d e un
lazo la rg o , produce e le ­
gan te efecto.
S e ponen asim ism o en
los som breros, sean cerra­
dos ó no, ram itos d e llares
finas y hojas brillantes.
T o d a s las flores lirve n
para este adorno, sin e x ­
ceptu ar tam poco las m a­
zorcas d e m a íz , aunque
son preferibles las espigas
de trigo y d e aven a; por
últim o, las gram íneas de
todo genero se mezclan
con lasgran d es flores para
hacer el ram o menos pesa­
do á la vista.
T o d a v ía se llevan plum as
rizadas en los som breros
redondos, pero solam ente
en estos. A ctu alm en te im ­
peran las a ves torn asola­
d as y brillan tes y la s alas
doradas.
P a ra los b e b é s, se usa
indiferentem ente la capota
b e b é adornada d e telas
caprichosas, ó el som brero
d e a las anchas con grandes
lazos flotantes.
L o s som breros d e las
niñas tienen cierta afinidad
con los d e las señoritas;
son tam bién de a lta copa
con e l adorn o puesto d e ­
lante. N o dejan de lle v ar
flores, pero lo más admilid o es ponerles lazos de
m oite ó d e gasa á m odo de
penacho, con grandes a g u ­
jas atravesadas y alguna
que otra ala.
P a ra term inar con lo
núm ero
35
E l S alón d e la M oda
que á los soiabceros se le ñ e ie , añ ad iré que, á ñn d e a im o n iza i
la form a con la elevación , las aves puestas á m odo d e p e­
n acho tienen las plum as d e la co la rem atadas á m odo d e b á c u ­
los, siendo a ltas, y casi siem pre doradas ó salpicadas d e oro,
L o s teatros nos han o fre d d o en esta qu incen a un sólo estre ­
no, y bien desgraciado por cierto; e l dram a en tres actos titu ­
la d o : E l Divorcio de Sarah Afoore, puesto en escena e n e l
O d eo n y d eb id o á la plu m a de una conocida escritora que
ocu lta su verdadero nom bre tras el seudónim o d e Jacq ues Rozier. A pesar d e los esfuerzos d e lo s a r tis ta s á los q u e el pú­
b lico ha procurado dem ostrar su deferen cia, el dram a ha nau­
fragado d esastrosam ente, h abien do caíd o e l telón en tre la
rechifla más estrepitosa d e cuantas se han oid o en los teatros
d e m ucho tiem po acá. E n em iga de hacer leñ a del árbol caído,
n o diré m ás a cerca d e esta d esgraciad a producción.
■t
A n a r DA
E C O S D E M A D R ID
; H ablem os d el tiem p o!— E l b aile d e los condes d e V illa go n z a lo .— M ás fiestas.— U n libro n u evo.— E n la v ic a ria .— Boda
en P a la c io .— E l tenor A n tón en la Pavorita. — Miss O céana.
— U n a artista d e la tierra.— Casos sospechosos.— U n orador
n o tab le.— F in d e fiesta.
El clima de M adrid se parece á una coqueta: tan
pronto dice que sí com o que no; tan pronto os acari­
cia com o os maltrata.
Salís por la mañana embozados en vuestra capa, y
sudáis el quilo; dais por la tarde una vuelta con abri­
go d e entretiempo y os quedáis convertidos en ca­
rámbanos.
Y tod o esto de un
modo brusco, sin tran­
siciones suaves.
E l almanaque, que
tiene á su cargo la
crónica oficial d e las
estaciones, trae este
año m ojados los pa­
peles.
C om o que dice que
hemos entrado en la
primavera.
Pero ni una golon ­
drina en los aires, ni
una flor en los campos.
Y cuando no llueve,
nieva ; y cuando no
nieva, graniza.
T od o lo cual no
obsta para que la gentry madrileña se d i­
vierta en grande y que
la coronada villa arda
en fiestas, com o decía
el poeta.
Por ser la más bri­
llante de todas figura
en primer lugar el bai­
le dado por los condes
de Villagonzalo en su
palacio, recientem en­
te reconstruido, d e la
calle d e San M ateo.
L a invitación era
para las diez y media
de la noche. A las once
la circulación era ya
d i f í c i l por aquellos
vastos y suntuosos sa­
lones.
Pero no entremos
en el nuevo edificio
por el balcón, sino por
el portal, que es ver­
daderamente el de una
morada d e magnates.
A l pié de la escalera,
an ch a, elevada, divi­
dida en tres tramos
y encajonada e n tr e
dos altísimos muros
W -;
15
- P e in a d o fa n ta s ía e m p o lv a d o ( v is to
p o r d e la n te )
16 .- T r a j e d e c a s a
69
donde se abren elegantísimas tribunas, dos grandes
tiestos de caoba con aros dorados sostienen dos pán­
dalos de hojas verdes y aceradas, com o cuchillos de
ágata.
Grandes tapices adornan la espaciosa antesala. A llí
numerosos servidores vestidos de calzón corto color
de avellana, casacon verde y media de seda blanca,
desembarazaban d e los abrigos á los invitados, los
cuales penetraban luégo en la espléndida galería, que
recuerda las del palacio de Versalles, á cuya entrada
y bajo las encorvadas ramas de un plátano colosal
recibíalos la dueña de la casa con la amabilidad y
distinción que le son propias.
L a hermosa condesa vestía con la sencillez de la
verdadera elegancia: ni una flor, ni una joya; para
deslumbrar bastábale con su natural belleza.
Después de atravesar por varios salones, á cual
más rico y suntuoso, llegábase al de baile, cuyo tono
general es claro con golpes de oro. Sobre el lustroso
pavimento y bajo la elevada techumbre maravillosa­
mente pintada, en m edio de una atmósfera de luz,
entre oleadas de perfumes y al compás de la deliciosa
orquesta de los zíngaras, entregábase al placer de la
danza todo lo más distinguido y elegante de la hig/ilife madrileña.
A las once y media se presentaron SS. A A . las
infantas doña Isabel y doña Eulalia, que fueron reci­
bidas al pié de la escalera por el marqués d e la T o r­
recilla y el conde de Villagonzalo.
A l punto la orquesta marcó estruendosamente el
rigodón de honor.
L a infanta doña Isabel tuvo por pareja al dueño
de la casa; la infanta doña E ulalia al marqués de la
Torrecilla; la condesa
de Villagonzalo al pre­
sidente del Consejo de
ministros; la marquesa
de Santurce al duque
de Fernan-Nuñez; la
marquesa d e la Torre­
cilla al señor conde
de Solms; la duquesa
de A lb a al duque de
Medina-Sidonia, y la
condesa de Puñonrostro al conde d e Ofalia.
Entre tantas belle­
zas com o discurrían
por aquel palacio en­
cantado llamaban la
atención la duquesa
de la Torre, que iba
d e blanco luciendo un
caballito del diablo,
d e brillantes, en la ca­
beza y dos collares de
estas piedras en la lí­
nea del escote; la de
Alba, elegantísima con
su traje color anaran­
jado con blonda ne­
gra; la condesa de Pinohermoso que vestia
traje oscuro con ador­
nos de oro; la d e la
Corzana, traje blanco
bordado con sedas de
colores.....
Pero ¿á qué seguir?
La lista de las damas
hermosas que pueblan
los salones de nues­
tros palacios es inter­
minable. Adem ás, ya
la conocen nuestras
lectoras.
Durante toda la no­
che sirviéronse refres­
cantes helados y deli­
ciosos fresones.
A las tres de la ma­
drugada se empezó el
cotillón Ilenode figuras
graciosas y originales,
concluyendo la fiesta
con una opípara cena.
1 7 .— T r a j e d e c o n c i e r t o
Ayuntamiento de Madrid
70
E l S alón
de
la
M oda
Tam bién se ha bailado en el hotel de la duquesa
d e la Turre, en casa d e la condesa de Cartel, en los
salones de la d e R ascón, y por último en el palacio
de Altamira donde varias damas de la aristocracia
organizaron una fiesta de beneficencia que paiecia un
sueño de hadas.
E n ninguna d e estas diversiones ha faltado la or­
questa de los zíngaros acompañados y presididos por
el anterior empresario del regio coliseo señor Rovira,
que es quien los ha contratado y traído á España.
L a juventud, pues, no puede quejarse: bailando
todas las noches se desquita con creces de las peni­
tencias de la Cuaresma.
oscuro y las infantas doña Isabel y doña Eulalia iban
de negro.
L a novia estaba encantadora con su elegante atavío
d e desposada, lucia un valioso aderezo de diamantes
blancos y sujetábale en la cabeza el flotante velo una
m agnífica corona ducal d e inestimable valor.
Term inada la cerem onia y después de haber con ­
versado cariñosam ente SS. M M . con los recien casa­
dos, estos se dirigieron al palacio de la infanta doña
Cristina, d e donde salieron al dia siguiente para Se­
villa.
E l írousseau de la desposada es digno de una prin­
cesa de las M il y una noches.
Con el título de Quelques reminiscences de ma vie
aniínciase la publicación de un libro cuya lectura ha
de ser sumamente interesante y provechosa. E n sus
páginas, escritas las primeras con rayos de sol, medio
borradas las últimas por amargas lágrimas, la ex-emperatriz Eugenia, la condesa de T eb a, que fué un dia
la reina de la hermosura española, cuenta la historia
de una grandeza humana, la historia de su propia
vida.
Luz, mucha luz al principio; luégo penumbra; des­
pués todo sombra.
E l teatro R eal está de enhorabuena.
Andrés Antón se presenta en las tablas del regio
coliseo á cantar la parte d e Fernando en L a Favorita.
Gran espectacion en la numerosa y escogida con ­
currencia que llena la sala.
S e levanta la cortina y el público recibe á Antón
con un silencio sepulcral; pero á las primeras notas
se oyen murmullos de aprobación; termina el aria y
estalla una tem pestad de aplausos.
Gayarre tiene un sucesor.
Las bodas m enudean que es una bendición de
Dios.
N ad a ménos que veintisiete se celebraron el úl­
timo domingo, sólo en una parroquia, entre gente
de la clase obrera.
H é aquí veintisiete pasiones en las que la cruci­
fixión es segura y la resurrección imposible.
Gran fervor manifiestan los de abajo en el culto á
H im eneo; mas no se muestran m énos fervorosos los
de aniba.
L a señora doña M arta de R ojas y Martínez de
Velasco, marquesa de Aguiar, se ha unido en terceras
nupcias con el señor don Eduardo d e Laguardia,
persona muy conocida en los círculos aristocráticos.
Tam bién se ha leido la epístola d e San Pablo á la
hermosa señorita doña Inés Subiela y al bizarro co­
mandante don Baldom cro Ibañez, á quienes apadri­
naron los marqueses de Arenzana. Y se anuncia para
dentro de muy breve tiempo la boda de don Cristino
Martos con doña Elvira León, viuda del fiscal señor
Socías del Fangar. E l ilustre tribuno, en cuya casa
probablem ente no se hablará estos dias más que de
amonestaciones, de equipos de novia, de partidas de
bautismo y de viajes de luna de miel, quiere seguir
el ejem plo de su hijo mayor que acaba de unirse
en sagrado lazo con doña Laura de la Escosura y
Espronceda, nieta del famoso autor d e £ l Diablo
mundo.
Pero la boda d e la quincena ha sido la que se c e­
lebró en Palacio entre el hijo segundogénito del di­
funto infante don Sebastian, don Pedro Alcántara de
Borbon y Borbon, duque d e Durcal, y la linda y ele­
gante señorita doña Caridad Madan y Uriondo.
A q u el dia e! sol habia hecho una excepción, sin
duda en obsequio á la dichosa y enamorada pareja;
d e vez en cuando, por entre negros y apiñados nubar­
rones se dignaba mostrar sus rubias guedejas á los
contristados madrileños, que y a casi no le conocen.
A las diez de la mañana, la camarera mayor de
Palacio, señora duquesa d e M edina de las Torres, fué
á buscar á la novia á su casa de la calle de la Reina,
a! mismo tiem po que el señor marqués d e Alcañices
iba por el novio á su palacio de la calle d e Ferraz.
U n a vez los futuros esposos en la régia morada,
celebráronse los esponsales en el magnífico salón d e
tapices, diciéndose después la misa d e velación.
Asistió al acto toda la'fam ilia real, así com o las
infantas doña Cristina con sus hijos y doña Isabel
Fernanda, los jefes superiores de Palacio, los duques
de Baeza y de Sessa, los marqueses de Villaraanrique,
V elada, Alm enas y Monasterio y los señores de P¡gnatelli y Aristizábal.
E l Rey vestía el airoso uniforme de capitán general;
la R ein a llevaba un precioso traje de terciopelo verde
E ntre las notabilidades que se han exhibido en el
C irco de Price al inaugurarse esta temporada, el pues
to de honor corresponde al bello sexo; á dos m u­
jeres.
M iss Océana es una estatua griega de carne viva.
Sus contornos son escultóricos. Posee la belleza rubia
y serena de la norte americana y la robustez y exube­
rancia de formas q u e caracterizan á las beldades del
M ediodía, Sólo con su presencia produce el entusias­
mo en los hombres y despierta la envidia en las m u­
jeres.
C uando se tiende en aquel colum pio de alambre,
casi invisible, parece una diosa del Olim po dormida
en el aire.
C om o artista n o vale gran cosa. Sus ejercicios son
únicamente un pretexto para hacer admirar su her­
mosura.
L a otra notabilidad se llama Elvira G u erra: es una
artista española, nacida en Lora del Rio.
Pocas ecuyires hemos visto tan correctas como
ella.
M onta á la alta escuela divinamente.
E s la distinción á caballo.
H áblase de casos sospechosos ocurridos no sólo
en Játiva sino también en otros puntos, alguno de los
cuales está muy próximo á Madrid.
Pero no se toman medidas.
Porque aquí nadie se acuerda de Santa Bárbara
hasta que truena.
Y si alguno se acuerda, los que debieran oírle ha­
cen com o que no le oyen.
Ocurríansenos las anteriores reflexiones una de es
tas noches pasadas en los salones de la Sociedad
española d e Higiene, donde el señor don Angel Fer­
nandez Caro daba una conferencia sobre uno d e los
puntos discutidos en el Congreso internacional de
higiene del Haya.
Entram os en aquel recinto com o profanos y sólo
por mera curiosidad, pero salimos d e allí vivamente
impresionados.
Em pezó por cautivar nuestra atención la gallarda
figura y distinguidos m odales del orador; subyugá­
ronnos luégo lo castizo d e su lenguaje y lo elegante
y enérgico de su palabra; y por último no pudimos
ménos de admirar su lógica y su sentido práctico, que
en verdad, son de primera fuerza, porque es de saber
que el orador nos convenció d e que.....
V am os á ver: ¿de qué dirán Vds. que nos con­
venció?
Pues de una friolera: en primer lugar de que todos
los españoles somos unos papanatas, ó com o él de­
Ayuntamiento de Madrid
N ú m e r o 35
cía, de que aquí todo el m undo tiene más d e Quijote
que de Sancho.
Eso ya lo sabíamos. ¿ Y luégo?
Luégo de la importancia de la higiene escolar.
Eso lo ignorábamos; pero ¿á qué hablar de higiene
escolar en un país donde apénas hay escuelas?
N i higiene.
E l señor Fernandez-Caro predicó bien, pero predi­
có en desierto; lo cual no quita para que-le señale­
mos com o uno d e nuestros más notables oradores y
sobre todo com o uno de los pocos españoles que se
acuerdan d e Santa Bárbara antes que truene.
Cuatro poetas trasnochados, d e esos que por ahí
llaman bohemios, con más pereza que talento, y más
talento que dinero, apurados por el hambre, tomaron
un dia la resolución de ponerse aquella misma noche
á trabajar,
Y dicho y hecho. Sana la cabeza y el estómago
vacío, reuniéronse á las seis en casa de uno de ellos,
que habia podido arreglar, con harto trabajo, un ve­
lón y una mesa. Sentados ya todos alrededor de esta
pusiéronse los cuatro amigos á meditar sériamente
sobre los medios de salir d e la estrechez en que
vivían.
E l dueño de la casa habló primero.
— ¿Si hiciésemos un drama para V ico?
— No; mejor es un sainete para V ariedades: el
público quiere reír,— replicó otro.
— Fundem os un periódico satírico,— dijo el ter­
cero.
E l cuarto no decía nada, pero recibía todas las
proposiciones con un movimiento de cabeza.
— ¿Y tú, que ta n to miras el v e ló n , crees que él te
va á in s p ir a r? ¿Q u é hacemos? Varaos, di...— exclamó
el dueño d e la c a s a dirigiéndose a l silencioso com pa­
ñero.— D in o s tu Opinión.
— O pino,— contestó el alu4ido,— que vendamos el
velón para irnos á comer.
S iE B E L .
RAYOS
DE
SO L
NOVELA
i Continuación )
Por segunda vez, en pocos minutos, sintió Lorenzo
que el carmín de la vergüenza enrojecía sus mejillas.
Tratado primero com o un vago despreciable, se le
invitaba luégo á ocuparse en una faena propia de
mujeres y de niños, sin fuerzas ni conocim ientos para
cosa ménos ridicula. L a proposición no era seducto­
ra, ciertamente; pero cuando la sublevación de su
amor propio le impulsaba á rechazar lo que por de
pronto creía una bajeza, apareciósele la iniágen de
Magdalena extenuada de fatiga, de Julián minado
por una fiebre lenta, de él mismo mortificado, marti­
rizado por las necesidades de la exigente naturaleza...
— Ea ¡valor!— dijo para su capote.— Por hoy lo q u e
se presenta; mañana lo que D ios depare.
Y sin pensarlo más tiempo, quitóse la blusa y se
metió entre las viejas gruñonas y los niños revoltosos,
procurando no oir las cuchufletas de los trabajadores
que se le reían en las barbas viéndole entregarse á
tal faena. A lguna vez estuvo tentado de hacer pagar
cara la burla á los burladores; pero pudo más en él
la idea del deber cumplido; se habia vencido á sí
propio y á cada instante se sentía más fuerte y más
dispuesto á cum plir su deber. Propia ó no propia de
un guapo mozo la tarea, desempeñóla con buena vo­
luntad, digna d e m ejor empleo.
N o pasó desapercibida la conducta de Lorenzo
del empresario de la obra, que se sintió naturalmente
inclinado en favor d e un hombre jóven y al parececer inteligente, que prefería á la forzada holganza
una O c u p a ció n cualquiera, por infantil que fuese.
A sí fué que cuando Barrios hubo acopiado un re­
gular monton d e virutas y astillas, y empezó á buscar,
de aquí para allí, algo con qué llevárselas, cuyo algo
no tenia por de pronto, el susodicho empresario le
dijo:
— ¡Ehl... ¡compañero! A h í tienes un buen pedazo
núm ero
E l S alon d e la M oda
35
de arpillera... H a z tu atillo con él, y ya me lo d evol­
verás cuando hayas vendido tu mercancía.
Lorenzo dióle las gracias, cargó con su previsión
y se encam inó en busca de la salida.
— ;Oye!...— gritóle el contratista.— C uida que olvi­
das la blusa...
— N o la olvido;— contestó Barrios— la dejo en
¡jrenda. V . no tiene obligación de fiarse de mí.
— Pero ¿en prenda de qué?
— D e la arpillera que me ha prestado.
— Enhorabuena, ya que así lo quieres. Hasta la
vuelta.
L a vuelta se verificó en efecto, y áun se repitió
varias veces durante el dia. A cada viaje d e Barrios
correspondia la venta d e su mercancía, es decir, un
lucro de algunos céntimos, no muchos, pero, al fin y
al cabo, un jornal bueno ó malo de por junto.
U n sudor copioso inundaba el rostro y el cuerpo
todo de nuestro obrero; mas soportaba valientem en­
te la fatiga viendo aumentar el número de perros
grandes y chicos que eran el premio de aquel rudi­
mentario comercio.
O cupado se hallaba en su trabajo, á eso de las tres
de la tarde, cuando le suplicaron que fuese á arrimar la
espalda para sacar de su apuro á un carretero cuyo ve­
hículo se había atascado junto á la puerta. Estaba dota­
do Lorenzo de una fuerza hercúlea, de suerte que apénas echó mano á la rueda é imprimió al carro un
impulso de elevación com o suyo, el vehículo se en­
contró fuera del bache.
— ¡ C om pañero! — exclam ó uno de los operarios,—
valiente musculatura tien es... Lástim a que con exce­
lentes cuatro cuartos, te dediques á coleccionar virutas
y astillas, com o los niños.
— Cuando no se tiene otra cosa mejor que hacer, se
hace lo que se puede —contestó Barrios enjugando
con el revés d e su ancha mano las gotas de sudor
que le surcaban el rostro.
— Pues vaya— dijo un capataz;— si tanto deseas
prosperar y tal fuerza tienes, coge esta sierra por un
extrem o; coge tú el extremo opuesto— y designó á
otro operario— y m a n o sá la obra... E s una faena que
no necesita grande aprendizaje.
Apénas dicho, ya estaba Lorenzo encaramado en
lo alto del aparato de aserrar, y com o algo entendia
del arte, en poco tiem po él y su compañero dieron
cuenta de la primera jácena que se les había confiado.
A la primera sucedió la segunda, y á esta otras,
hasta la puesta del sol, en que terminó el trabajo
del dia.
— ¿ T e vienes con nosotros?— preguntóle uno de
sus nuevos compañeros.
Barrios rehusó, porque harto sabia que la mayor
parte de estos iban á desparramarse por las tabernas
que hallarían al paso. El empresario le hizo entrar
en la barraca donde arreglaba sus cuentas, y ponién­
dole una peseta en la mano, díjole:
— A q u í tienes tu cuarto de jornal, honradamente
ganado Si te acomoda, puedes venir desde mañana
á la obra. M e pareces un buen m uchacho, y ahora
vamos á que me refieras tus cuitas, con una copa de
ron en la mano.
— G racias, mi a m o ,— contestó Lorenzo— no lo
tome V . á desaire; pero tengo hecho propósito d e no
volver á la taberna ni al café, no diré precisamente
en lo que me resta de vida, pero al ménos en mucho
tiempo. T engo mis razones para ello; algún dia las
sabrá V , Hasta mañana, mi amo.
E l empresario fué siguiendo con la vista á Barrios,
hasta que éste salió de la obra.
— Pues, señor,— murmuró luégo;— aún me atengo
á lo dicho: es un buen muchacho y seria pecado de­
jarle en la miseria. ¡O jalá se le pareciera toda esa
cuadrilla de perdidos que se burlaban de él esta ma­
ñana!...
VI
E l siguiente dia y sucesivos, Lorenzo acudió pun­
tualmente al trabajo, y bien por jornal, bien á destajo,
siempre retiraba un salario, modesto, pero honrosa­
mente adquirido. Esto habia influido poderosamente
en su carácter, que volvió á ser dulce y pacífico como
en sus buenos tiempos.
Algunas veces ocurria que, al retirarse á su casa,
le dijera Magdalena;
— H a n preguntado por tí... U n caballero quería
encargarte tal ó cual m ueble...
E n semejantes casos, suspiraba Barrios pensando
en su anterior situación; comparando el exiguo jornal
presente con el que hubiera podido corresponderle á
tener su antiguo taller, sus oficiales que le llamaban
maestro, sus parroquianos, su porvenir... Pero, en fin,
D ios lo habia dispuesto de otro m odo y Lorenzo se
resignaba y hasta era relativamente feliz, pues estaba
satisfecho de sí mismo.
T od o, por lo visto, hubiera continuado tranquila­
mente, en m edio de la estrechez de aquella adm ira­
ble familia, si no hubiera 'existido en ella un gérm en de irrem ediable tristeza, casi puede decirse de
desesperación, E l pobrecito Julián ib a 'd e mal en
peor: no parecía sino que la vida pendía de un hilo
en aquel cuerpo excesivam ente delicado. Miéntras sus
exiguas fuerzas lo permitieron, su madre le sacó todos
los dias del sótano en que habitaban y le paseó con
intento d e que respirase el aire puro de la.primavera.
Algunas veces, cuando la flaquedad de piernas de
Julián le impedia andar por sus propios piés, M agda­
lena cargaba con él en brazos y le conducía al lugar
donde trabajaba su padre, á quien llevaban la frugal
com ida del m edio dia. Pero la fatiga em pezó á minar
las fuerzas de la desdichada madre, que á su vez ne­
cesitaba quien la ayudara á soportar las propias fati­
gas. E n algunas ocasiones, bien por falta de tiempo,
bien por exceso de cansancio, habia de renunciar á
acompañarse de su hijo: en tales casos, le acomoda­
ba lo mejor posible, siempre donde pudiera alcanzar­
le, siquiera de paso, un hermoso rayo d e sol. D e esta
suerte el bueno d e Julián aguardaba pacífico y resig­
nado la llegada de su cariñosa madre.
Precisam ente la víspera de uno de los dias en que
habia de tener lugar tal escena com o esa, la pequeña
Emilia, encaramada sobre las rodillas d e su tio Juan,
decia:
— Oiga V-, tio; mi querido tio ... Y a que es V . tan
bueno para mí, no tendrá inconveniente en acompa­
ñarme á casa del pequeño Julián. Prometí llevarle
mi hermoso canario, y si hubiera V . visto qué alegre
se pu so...
— Pero, hija mia ¿has pensado bien en lo que d i­
ces? .. ¿ N o calculas que en cuánto te desposeas de
tu pajarito, lo vas á echar de ménos?
— M ucho que sí— contestó Emilia, viniéndosela
las lágrimas á los ojos;— m ucho que sí; porque yo
quiero m ucho á mi canario.,. N o obstante, más falta
le hace al pobre Julián... Si V . le viese... T ien e un
Semblante tan triste! Y luégo, su debilidad es tal que
apénas puede tenerse en pié. Cuando tenga mi paja­
rito que le haga compañía, ya no estará solo y se
pondrá muy alegre... ¡Y a lo creo que se pondrá muy
alegre!... Con que, oiga V ., tio ,lo que vam os á hacer
V . y yo.
■
— Sepam os...
— Ñ us levantaremos temprano; saldremos de casa;
V. llevará la jaula de Mimí y yo el cucurucho que
contiene su mijo y s u alpiste. D e paso pediremos á la
cocinera una hoja d e lechuga, y hétenos á entram­
bos...
— C abal, hétenos á entrambos siendo el hazme
reird e la gente. V aya, señorita, sea V . todo lo cuerda
posible y responda ¿qué pensarían, qué dirían nuestros
conocidos, viendo á D . Juan del Castillo conducien­
do de una mano á su sobrina y d e la otra m ano la
jaula de un canario?
— ¡Toma!... D irían,., A h í va n D . Juan y su sobrina...
¡Y poco satisfechos que van el uno y el otro!... Con
que, está d ich o: ¿m e acompañará V . á casa de
Julián?
— B ien habrá que hacerlo, siquiera para com placer
á V.
Y dicho y hecho. A l dia siguiente, el señor don
Juan del Castillo, el taciturno D. Juan, el enfermo
D. Juan, el m iedoso D . Juan, se h ad a vestir su
paleto mejor forrado y se preparaba contra los rudos
ataques d e un frió que sólo existia en su imaginación,
para trasladarse á una calle húmeda y malsana, sin
más objeto q u e obsequiar con un pájaro d e regalo á
un niño pobre y enfermo que le era perfectamente
desconocido. Y esto con la circunstancia agravante
de que ni la noche se habia pasado bien, ni el dia
era de los más apacibles; pero el diáblillo de Emilia
habia m adrugado com o un traginero, y desde las
primeras horas d e la mañana se habia instalado en
Ayuntamiento de Madrid
71
el gabinete d e su tio, á punto de salir á la calle,
cargada aínda mais con las municiones de boca de
Mimí, com o si proveyera á este contra las eventuali­
dades de un sitio. Por todo lo cual, no le quedó más
recurso á D. Juan que hacerse cargo dócilm ente de
la jaula y trasladarla al carruaje que E m ilia habia
hecho preparar una hora ántes.
C uando la interesante pareja y el consabido cana­
rio llegaron á casa d e los esposos Barrios, Julián se
encontraba solo en ella, cosa que le ocurria bastante
á menudo, solo y sentado en la silla que raras, muy
raras veces, le era dado abandonar. C on la nariz
pegada á los cristales de su estrecha ventana, espa­
ciaba la vista, si espacio existia realmente en el
mezquino zaguan d e la casa, y sonreía plácidamente
contemplando un pequeño gato que se lamia y rela­
mia la pata,_ con esa coquetería típica de la pequeña
raza felina.
Im posible es describir el movimiento de sorpresa
y de alegría que hizo Julián á la vista de las inespe­
radas visitas y sobre todo á la vista del hermoso
canario, que una sola vez en su vida habia tenido
ocasión de admirar. Por de pronto se quedó extático,
sin proferir palabra, con los ojos clavados en don
Juan y en su hermosa sobrina; mas cuando ésta le
tendió la jaula, en adem an de regalársela, fué una
verdadera explosión de entusiasmo la q u e se produjo
en el pobre niño, revelada por un sin número de
besos aplicados á los dorados hierros de aquella
elegante prisión portátil.
El señor de Castillo contem plaba enternecido la
alegría d e una y otra criatura, porque E m ilia no
parecía ménos contenta que Julián, al ver el inmenso
efecto producido por su regalo.
— Pero, vamos á ver,— dijo D . Juan al cabo de
un rato,— ¿dónde está tu madre?
— Mi madre ha salido para llevar la com ida á mi
padre,— contestó el m uchacho, sin quitarle el ojo á
su canario.
— ¿ Y dónde trabaja tu padre?— insistid Castillo.
— N o s é , señ o r; pero tengo entendido que es
muy léjos d e aquí; allá por los últimos d e la Caste­
llana.
— ¿ Y en qué se ocupa, que se da tal caminata?
— A l principio recogía astillas y virutas... Parece
que hay por allí un gran solar lleno de ellas.
— ¿Y para qué recogía tu padre esos desperdi­
cios?...
— ¡T om a! para venderlos luégo á los que se los
compraban.
— D e suerte, que tu padre n o trabaja ya de eba­
nista...
— N o, señor; creo que tuvo que vender sus enseres
para satisfacer una deuda sagrada. A hora ha mejo­
rado bastante de ocupación, si bien n o todos los
dias son igualmente buenos. A yu d a á los carreteros
á cargar y descargar grandes piezas de madera, muy
grandes y m uy pesadas; d e m odo que á menudo
viene á casa rendido de fatiga. Pero cuando así su­
cede, parece más contento, porque m ayor jornal le
entrega á mi madre. Por al contrario, cuando tiene
que volver á las astillas y á las virutas, parece que le
haya ocurrido una desgracia, según lo triste que viene
á casa.
D. Juan se sentía com o torturado por las ingénuas
explicaciones de Julián. A sí es que, miéntras éste y
Em ilia, ebrios d e gozo, instalaban el canario junto á
la ventana y le daban pedacitos de azúcar y bizco­
cho, d e que aquella habia hecho considerable provi­
sión, Castillo inspeccionaba hasta el últim o rincón
de aquella estancia humilde, fria, húmeda, notable
solamente por la carencia de todo confortable y hasta
de mucho de lo más necesario. Si apartando la vista
d e la estancia, la fijaba, á través d e la estrecha ven­
tana, en el zaguan, echaba de ver la im posibilidad
de que en hora alguna llegase el sol hasta el fondo
de aquella especie de abism o, donde únicam ente el
musgo podia vegetar libremente. Y en seguida paraba
su atención en aquel pobre niño, flaco, pálido, ra­
quítico, no tanto por culpa de la naturaleza, com o
por la serie de privaciones á que estuvo sujeto desde
que vino á lo que propiamente podia llam ar la cárcel,
d el mundo.
(S e continuará)
72
E l S alón d e la
M oda
N ú m e r o 35
P E N S A M IE N T O S
P A S A TIE M P O S
S O LU C IO N
N o avergonzar^ie d e las
D E LO S D E L N Ú M ER O 3 3
fa lta s, es d up licadas.
Prestando servicio i un
E n ig m a .— E l bastón.
hom bre h onrado, nos h a ­
cem os acreedores á la gra ­
titud del m undo entero.
N o e xijáis d e otro lo
que n o esteis dispuestos
á h acer vosotros mismos.
— Cyro.
E a la ira s en eru:
C
E
E M I L I A
E
D
0
S e conoce m ejor e l cará cie i d e una persona por
las cartas que se le dirigen
que por las que é l mismo
escrib e.— óh/íMey.
N
1
A
L
I
V
A T E N A S
R
P
H ace d edu car por un
esclavo ¿ vu -stro h ijo y
resultará q u e tendréis dos
esclavos en lugar d e uno.
— Levana.
O
O
N o h ay por qué llore­
m os tan to á los m uertos,..
A l fin y a l cabo están rea­
lizan d o un viaje que todos
hem os d e h ace r,— A n tiphanes.
L
Criptegrafía. —
L a resignación en la
desgracia es una virtu d en
e l in d ivid u o , pero no lo es
en un p u eb la, porque las
desgracias d e un individuo
pueden ser irrem ediables;
las d e un pu eb lo nunca lo
son. P a ra com batirlas cabe
em plear las fuerzas in te ­
lectuales, m orales y fí-íc a s
de todos los ciudadanos,
y si la generación que em ­
pieza la generosa tarea de
regen erar á su p a is , no
lle g a á verla term inada,
otras gen eraciones lo v e ­
rán, porque las naciones
n o m ueren com o m ueren
los in d ivid u os.— A ía n in .
U n buen libro es e l m e­
jo r de le s am igos; en su
com paílfa pasais agrada­
blem ente el tiem p o, aun
en aqu ellos casos en que
no teneis d e quien fiaros.
N o h a y cuidado q u e re­
v ele ninguno d e vuestros
secretos y os enseña toda
la sabiduría que contiene.
— M á xim a oriental.
C a lm a e l desenfreno d e tns pasiones: siéntate en e l ban ­
q u ete d e la v id a com o e l más hum ilde d e los con vidados y no
se te ocu rra ped ir lo que e l menú n o traiga.— Von Knebel.
D o s cosas constituyen a l po eta y a l artista; saber elevarse
á m ayor altura d e la realidad y perm anecer dentro d e los lím i­
tes d e la perfección física. A q u e llo es a rtístico que con cilla
estas dos con dicion es.— Goethe.
D on d e n o h a y luch a no h a y triu n fo; d e lo cu al resu lta qne
nuestro enem igo e s e l principal au xiliar d e nuestra victoria__
Roberto Peel.
N in gu na tentación h a y más peligrosa que el creernos a le ja ­
dos d e toda ten tación .— Quesnel.
E N IG M A
¿Q u é cosa es aquella
que se p U acon otra igu al;
se la traza sobre e l papel
y se la ejecuta en la ca lle!
CUADRADO HUKÉRICO
I
63
1 8 y 1 9 ,— T r a j e s d e p a s e o
L a prim era sensación que experim ento a l encontrarm e en
presencia d e una criatura hum ana, por hum ilde que sea su
con d ición , es la d e la igu aldad originaria de la especie. U na
vez dom inado por esta id ea, m e preocupa m ucho más q u e la
d e serla ú til ó a grad ab le, la d e n o ofender en lo más m inim o
su d ign id a d .— Tocqueville.
L o s griegos idearon un dem onio protector; p ata los cristia­
nos existe un á n gel d e la gu arda q u e v ela p o rq u ien le lle v a en
su a lm a , precisam ente cuando arrastram os nuestras alas por el
fa n g o .— Angelo de Cubernatis.
R E C E T A S U T IL E S
Para lim piar la s esponjas engrasadas de ja b ó n , basta d ejar­
las m uchas horas en a gu a en la que se h aya d ilu ido un buen
puñado d e sa l gris, y aclararlas en seguida con a gu a pura.
L A S PO M PA S D E JA B O N
T o d o e l m undo se afana por v iv ir m uchos añ os y sin em bar­
g o n ad ie quiere ser v ie jo .— ówíV*.
L o s m ismos vicios puede engendrar e l orgullo desmesurado
que la hum ildad e x c e s iv a .— MontesquieuL a suciedad det cu erpo es una m alísim a condición p ara la
lim pieza d el a lm a .— M ad. Stowe.
62
6e
6 0
.
.
.
2
3 4 S • • -6 4
O cúpense los puntos representados en el anterior
cuadrado con las cantid a­
des com prendidas entre
P A R A L I M P I A R L A S E SPO N JA S D E T O C A D O R
L a cien cia es lu z del entendim iento, g u la d e ta verdad, com ­
pañera de la sabiduría. P ero esa lu z b rillan te que nos encanta,
no nos ha sid o concedida p ara a legrar sim plem ente nuestra
vista, sino p ara gu ia r nuestra m archa y reglam entar nuestra
voluntad.— B otsuel.
O veja
que b ala b ocad o pierd e.
Sem blanza histirica. —
D o ñ a U r ra c a , reina de
C a stilla y L eón , esposa de
D . A lfon so e l Batallador.
Charada.— Catarata,
C o n frecuencia se b uscan m edios p ara entretener á los niños
enferm os. L a s burbujas d pom pas d e ja b ó n suelen distraerles
m ucho cuan do ven en ellas lod os los colores del prism a. S i
en lugar d e em p lear ja b ó n com ún se h ace uso d e una pequeña
cantidad d e oleato d e sosa y d e glicerin a, se obtendrán pom pas
de tam añ o sorprendente y que ostentarán los más vivos y b ri­
llan tes colotes. Su duración e s á veces considerable, pues en
m ás de una ocasión se las ha conservado d eb a jo d e un fanal
basta cuarenta y ocho horas.
S on m uchos los que destruyen su herm osura por la m al en ­
tendida idea d e hacerse m ás herm osos.— Bossuet.
f i y 59 , d e m odo que las
sum as d e la s Hneas h ori­
zontales y verticales y de
las dos grandes diago na­
les, d é 2Ú0.
L O G O G R IF O
C o n las siete letras que com ponen e l nom bre d e un m ar, fo r ­
m ar las palabras signientes:
I-* U n á rb o l.— 2.* U n d io s.— 3.* U n apénd ice,— 4.» JJn
arm a d efen siva.— 5.“ U n a bebida. — 6,* L a h em bra d e una
ñ era.— 7.* U n a nota d e m úsica.— 8.’ V o z d e m an do.— 9 • U n
to n e l.— 10.“ U n a prenda para la cabeza.— I I .* O b jeto propio
d e las arm as d e fu ego,— 12.* U n a entrevista.
SE M B L A N Z A H IS T Ó R IC A
C e ñ í en T o le d o corona
Q u e arrastró un b é lico rio,
Y en S e v illa m i cabeza
O tra adornó con su brillo.
P or m i estirpe y mi hermosura
T u v e dos régios m aridos,
Q u e si al Suprem o H acedor
Rindieron cu lto distinto,
E n su desastrosa m uerte
Fueron, am bos parecidos,
Y yo, m isera, á la tumba
Oscuram ente segullos.
CH ARADA
P rim a y segunda se lom a
M as no se coge n i prueba;
P rim a y tres e s u n conjunto;
D os y tres, d e go zo m uestra,
Y e l todo, b á siglos q u e está
E n la castellana tierra.
Q uedan reservados los derechos d e propiedad a rtisticay literan a
Ayuntamiento de Madrid
B a r c e l o n a . — I h p . d e M o n t a n e r y S im ó n
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