AÑO II N Ü M E R O 35 P E R IÓ D IC O Q U IN C E N A L IN D IS P E N S A B L E P A R A L A S F A M IL IA S , IL U S T R A D O C O N P R O F U S IO N D E G R A B A D O S E N N E G R O Y F IG U R IN E S IL U M IN A D O S D E L A S M O D A S D E P A R IS faírones Irasadei en tamaño natural, modelos de labores de aguja, crochet, íajneetias, ete. REGALO A LOS S E Ñ O R E S A B O N A D O S A LA B IB L IO TE C A UNIVERSAL L os ((ue desean suscribirse únicam ente ai periódico E l S a l o n D& LA M o d a , por anualidades, sem estres ó trim estres con pago anticipado deberán regirse por la siguiente nota de precios: El ESPllH, III ili!, iOrailet-Seíi asies, 3! reajt-Irsi sm, 18ruin— El P0HTII6U, in iin, 8QOOriiUÉ nnn, 10 reli.-Irn am, 800rsii.— lu smiMS mnwb i! (ii r (euli an SUMARIO T e x t o . — E x p lica ció n de los suplem entos. — D escripción de los grabados. — R e v ista d e París.— E cos d e M adrid. — Rayos d e sol ( eoníinuacion).— Pensam ientos.— R ecetas útiles. — Pasatiem pos. G r a b a d o s — A i . M ante le ta A n ton in a. — B 2. C h a q u eta M etela.— C 3 . N iñ a d e 4 i ñ o s .— 4. C e ­ nefa d e tap icería. — 5. F o n d o d e tap ice ría.— 6. C en efa bordada para ropa d e m esa.— 7 . D ¡. bujo p ara b ord ad o en m a lla .— 8. C am isa de do rm ir,— 9 y 10. T rajes d e señoritas. — l i C a ­ m isa d e dorm ir. — 12. P ein a d o d e fantasia em ­ polvado (visto por d e ­ trá s).— 13. T r a je d e v i­ sita .— 14 T r a je d e c a s a . — 1 ; . Peinado fantasía em polvado { visto por d e la n te ).— 16. T r a je de casa. — 1 7 . T ra je de c o n c ie r to .— 18 y 19. T ra je s d e paseo. H o ja d e p a t r o n e s n ú ­ m ero 35- —- M an teleta A n to n in a. — C h aqu eta M etela, — V e s tid o de niña. H o ja d e d ib u j o s n.® 35. — C in cu en ta dibujos va­ riados. F i g u r ín i l u m i n a d o . — cu ya abertu ra se v e una pechera ó plastrón de felpa rubí S om ­ b rero d e paj'a gris, adornado d e plum as rubí. M ed ias d e este ú ltim o color. Segundo traje. — F a ld a cubierta d e volan tes d e en caje color d e h ilo crudo, orlad a d e un volan tito p leg ad o d e raso co lo r de castañ a. R ed in gote form ado d e plegados d e taíetan azu l liso y d e faldones brochados d e co lo r d e castaña sobre fondo azul. P u f d e b roch ad o C orpiñ o asimismo b roch ad o, gu arn ecid o de d raoeiias d e tafetán azul y de encaje d e h ilo crudo. B o ca ­ m angas, cu ello y cinturón d e terciopelo castaño, F lo re s am a­ rillas ju n to a l cuello. Som brero d e paja, guarnecido d e tercio­ p elo castaño, DESCRIPCION DE LO S G R A B A D O S A I .— M a n t e le ta A n TONI.NA, d e seda d e canu­ tillo ó d e sicilian a negra, con faldones bastante la r­ go s por d elan te y con un gran lazo d e m o iie sobre e! puf. C o lla r d e m o ire co n lazo delante- Guarniiúon d e encajes a lreded or d e la m anteleta y un encañona­ d o en el cu ello. Sirvien do de ca b ecilla á los encaj'es y rodeando el dib ujo p le ­ g a d o q u e form an en la esp a ld a, van colo ca d o s b or­ dados d e azabach e. F ald a d e la n illa i rayas arrasa­ das, levan tad a por detrás á m odo d e p u f ca scad a, y a b ierta por d elan te sobre otra fald a d e encaje S o m ­ brero d e paja, adornado COD una banda d e gasa y un grupo d e dores ligeras en e l delantero. B 2 .— C h a q u e t a M e ­ t e l a , d e cañam azo de h ilo , b ord ad o d e m otas de felp illa, C u e lle cito d e en ­ caje ligeram ente en cañ o­ n ad o term inando en doble T ra je s d e paseo. EXPLICACION DE LOS SUPLEMENTOS I. — H o ja d e p a t r o ­ n e s n.* 3 5 . — M anteleta A n tonina (grabado A i en el tex to ); C h a q u eta Metela (grabado B » en e l tex'a -i,'V estid o de niña (gra-W o C g en e l tex to ).— Véanse las exp licacion es en la m ism a hoja. *• — H o ja iie d ib u jo s número 35. — Cincuenta dibuji>s v a ria d o s.— V é a n ­ se las exp licacion es en la m isma hoja. 3 -— F i g u r í n i l u m i n a ­ d o — T ra je s d e paseo. P n m e r traje. — F ald a d e felp a rubi. T ú n ic a reoc^ida d e cachem ira de » ' o r gris palom a bordada » do* tonos. C orpiñ o del ousm o color, b ord ad o, por A 1. M a n t e l e t a ¿ n t c s i n a . — B 2 . C h a q u e t a M e t e l a . — O 3 . N i ñ a d e 4 a ñ o s Ayuntamiento de Madrid chorrera, con lazos d e raso, sujetos con h eb illiias de plata oxidada. T iran tes de raso, lo s cuales terminan en punta en e l borde d e la chaqueta. V u elo s d e enca­ je . D o b le h ilera d e encaje alrededor d e la s haldetas. F a ld a redonda d e taletan bordado. T ú n ica d e velo brochada d e hojas. S o m ­ brero d e gasa, d e hechura d e gorro, encañonado a l­ red edor y con lazos d e cinta estrech a en e l delantero. C 3 .— N 1 S A I1 E 4 a S o s . — V estiilo d e velo d e color claro; e l delantero plegado y abierto sobre un p e to d e surah azul m arino ó encain ad o. F a ld a plegada, d e surah, con un volante d e en caje ó d e bordado inglés. C u e llo a d ecu ad c. L a zo s d e raso, en e l cuello 66 E l S alón d e la M oda N ú m ero 35 y en e l borde d el peto. U n gran la zo de raso en el pu l. S om ­ puntiagudos enlazados uno con otro por m edio d e pce.^illas brero d e p a ja , d e a la redonda, forrada d e te rciop elo y con un sujetas con un boton d e acero bronceado. T ú n ica recogida y i l . I S S S i l i S ^ S 'S X X X X k X X X X l i i S X g X X X N i S K X pañ uelo d e surah m oteado puesto un tanto arru gado en e l d e ­ p u f d e ondas flojas. U n lazo d e m oaré co lo r d e m alva va c o lo ­ lan tero d e la copa. cado en e l costado. H om breras y gola de m oaré co lo r d e m alva. 4 .— BoRDAiKi d e t a p i c e r Ia , p ata m uebles d e fantasía. C u e llo recto d e terciopelo d e color d e pensam iento. E l corpiño 5 .— F o x d o d e t a p i c e r í a , para m uebles. va abrochad o con presillas sobre una cam iseta d e encaje blan ­ 6 . — C e n e f a b o r d a d a , p ara m antelerías.-— E l bordado se co. D o s hileras d e abalorios terminan la gola . ejecuta á punto d e cruz. E l azu l y e l encarnado predom inan >8-— T r a j e d e p a s e o .— F a ld a com puesta d e volan tes de siem pre en esta cla se d e bordad >, para el cual se usan a lg o ­ afflan)i 5 5 B ír K t i 3- ± á * 3 x x S = i " encaje crudo, atravesados d e largas cintas d e terciopelo azul dones d e colores. E l am arillo y el co lo r d e m adera m ezclados í í i ' í f f t r 5 =FíBS'í-í‘F rí‘f=f-‘F + i:i.i.i.= . 7:-í;fF,if5 :m?f,=cqtí oscu ro. T ú n ica recogida d e surah d e co lo r crudo. E l corpiño, con los calores v ivo s, h acen m uy buen efecto. adecu ad o, está cu bierto por d elan te por un peto d e en caje, 7 — UIBL70 D E MALi.A BORDADA.— Segun para ¡O quB sc con terciopelos. V u e lo s d e en caje y terciop elo . Som brero de destine este trabajo, y a sean ve.-tidos, cojines ó m uebles, se s QsciH □ Virle cIítd @ surah a zu l, gu arn ecido d e encajes d e oro y un gru p o d e p lu ­ ejecuta sobre sed a, b a tista , lana, etc, L o s cua-lm s calados m as co lo r d e m arfil salpicadas d e oro. 4 — O e n e fa d e t a p i c e r í a se h acen á punto d e relieve sob re m alla. L o s entredo>9 -— O t r o t r a j e d e p a s e o .— F a ld a guarnecida de Bp8Sm n(^*rBEi0Q -^c ses y las ñores llen a s, se bordan á punto d e festón. volan tes d e encaje blanco. T ú n ic a a b ierta y recogida, H e ch o sobre sed a cruda d e dos tonos para d elan tero de d e faille co lo r d e m alva bord ad a d e co lo r d e violeta vestido, produce un efecto soberbio. oscuro. E l lazo del p u f es tam bién d e co lo r d e m alva. «■•itaCiSi. 8 .— C a m i s a d e d o r m ir , hechura m atinée, d e per­ C o rp iñ o co lo r de m alva, abrochad o con presillas sobre a a a a i f C i ú d S s a a a B B c a l, gu arn ecida con bordados y encajes, L a pechera ple­ J « » » í.'2 C E ü l ^•■Pl l B B S a s g E -■ ■ [»■ ií,T 5 > ~ B B K aa-'sn '-^ i~ raf-~ aaaB una ch orrera de encaje. C am iseta á m anera d e re lig io ­ ■■■F'C-I ',.-,¡.-.[ncii______ ic iH llP i ' ü ■B B B i8 e .'6 ü g g ? jG Q L ia B B g a d a ; cu ello recto , con c u e lb c illo d e encaje. L a zo s de sa, d e gasa guarnecida d e punto viejo. M angas d e faille I-IE B ÍsiB Q Q 'tB B B B B ' > 0 *- B B B B B -iOt ^aGQ_-.BB otom ano en las m angas y en el cuello. *¿|a^3Eró^GS|^BBBaBi-Í-Ñ.'-BBBaB.---ia& -t_ co lo r d e m alva y punto viejo . C u e llo d e terciopelo d e 4,^^ZjEíí]£.¿IsG].¿G¿Sí¿ • C- ^ »■■■■ 9 .— T r a j e d e s e ñ o r i t a , d e pop elín g ris pizarra, ^u6|wS!g*¿,i¡TCiigg,;.,aBBB- 5.- BBaau.¿¿ü[xir~~ color d e violeta. C a p o ta d e en caje sin bridas, gu arn e­ ^0Bi;;.o-j.'jjaaBí.BaB.: 7i5í:r-;aEi con m otas de co lo r d e rosa y encarnado oscuro. U n i-j*a8TE’XlF'iF!i**g,vTl cid a d e terciop elo color m alva y color violeta. la zo form a e l puf. T o d o s los ailorn os, draperías, cintu­ . rón y lazos son d e te rcio p elo encarnado oscuro. C a m i­ !A<aBB.--BBB • ••.*v- 5::5'jí,rjTi¿-i- 7 i a a B B j . f i . - BaMB.-.fea;-.iL--?^Ee 3 * 0 i ; . v i ¿ & seta d e sed a color crem a bordada. Som brero d e paja encarnado oscuro, adornado con fantasías y flores de color d e rosa. 10 .— T r a j e h e s e S o r í t a ,— F ald a plegad a d e surah d e co lo r d e rosa silvestre. So b refald a d e tafetán del mismo co lo r atravesada d e cin tas a lad as d e co lo r de hoja seca. F alda-red in gote d e tafetán co lo r d e hoja seca, bordada d e dos tonos L o s m ism os bordados en e l c-'tpiño abierto y en e l faldón postillón. C h aleco de tafelan d e co lo r d e rosa. Botones y corb ata d e co lo r de castaña. Som brero d e p a ja d e color de h o ja seca. Ban­ da dr apead a d el m ism o co lo r y grupo d e fiares de color d e rosa en e l delantero de la copa. 11. - C a m isa de d o r m i r , d e b atista , gu arn ecida con titas festoneadss d e co lo r, con bordados rusos en las costuras. P e lo-ch o r­ rera co lo ca d o só b re la s solapas. T re s volan tes en las m angas y tres lu ch as en el cnelto. 12 y 1 5 — P n iX A ix i EMl'OLVAHO DE l-ASTA s Ia . — P a ra hacer este peinado, se rizáis los cabellos d e d elan te (d ib u jo n,= 1 5 ) y se forman b u cles flo jos m uy ligeros. E s preciso que para este pein ado no tengan los cab ellos más d e 40 crntfm etros. P o r detrás (fig. i z ) s e levan tan lo s cabellos m uy altos y se forman retorcidos p e q u e ñ o .; L r-/ . ‘ — dejan do ca er algunos ' — ' ........................... bucles sobre e l cuello segun lo in d ica el d i­ bujo. C o m o adorno, sartas d e perlas en e l d elan te­ ro, co n m arabul encarnado y pen ach ito d e oto m uy ligero. 1 3 .— T r a j e d e %’I s i t a . — F a ld a plegad a de sici­ liana g ris plata. T ú n ic a recogida d e velo liso del m ism o color. U n a s cin tas d e terciopelo , caen v e r­ ticalm ente sob re el delantero y term inan en con ­ chas, V isita d e gran ad in a bordada d e terciopelo y gu arn ecida d e encajes y perlas con aplicacion es de claro d e luna. U n peto plegad o d e siciliana forma el d elan tero d e la visita, .Som brero d e paja granate oscuro, bordado d e claro d e lun a. U n en caje d e co lo r crem a form a diadem a por delan te. L a z o y penacho gris plata. 1 4 .— V e s t i d o d f i i s a d e v e lo d e color crema. F a ld a gu arn ecida con trencillas rayailas verde y rosa. L a túnica recogida en form a de ch al, va adornada d e tren cillas asi com o e l corpiño y las m angas L a d rap eifa d el p u f e s lisa, sin trencillas. 16 —T r a j e d e c a s a . — F'alda lisa d e terciopelo tizón, sobre la que caen en form a d e abanico p lie. gues d e sicilian a de color beige L a d rapería d e la túnica y los pliegues se unen b ajo un lazo d e tercio p elo lirón, que cierra tam bién el corpiño sujeto á un la d o y gu arn ecido con una banda d e te rcio ­ pelo d e d icho co lo r y con un lazo ju n to a l hombro. C u ello recto d e terciopelo tizón. I7 -— T r a j e d b c o n c i e r t o ú MATi .n é e . — F alda de en caje b la n c o , sobre viso co lo r d e m alva. T ú n i­ c a , corpiño y d raperías d e seda d e can u tillo d e co­ lor d e pensam iento. L a sobrefalda lorm a faldonei i S a = l t : S » £ M S Í ¿ B Í B B B Í f i g f i '- _ B B B B B ? S f i - / 'Í j 0 » * j i t i j 5Í ? ^ • B B B b ,f i S D 0 ai»iJ®IllBQe 3£ r-'« B B B .' iá -Ó .-B B B B ? lig Q i- .I B c : ü f i 5 e . - B - B a ! i E - 5 ,.,.-I[- d *il2 .S !X v f í í U B g o á S l e B i B E E S a u a l!|ra ffl Parió ¡stiro □ 9 firoics s Oro ricjo 5 ,- P o n d o d e ta p ic e r ía R E V IS T A D E P A R IS S i á cu alqu ier parisiense se le preguntara cuál ha sido el acontecim ien to m ás n o u h ie , e l suceso m ás culmin an fe d e la prim era quincena d e abril, contestaría sin v acilar; e l b aile del A é í z / * Vi/lc. Y en verdad que n o le faltarla razón p ara asegurarlo así. E s ta fiesta, que ha com petido cuando no sobrepujado en esplendor y m agnificencia á las que veinte años atrás daban los prefectos del Sen a y á las que acudían en suntuosos trenes el em perador, su corte, los m inistros, todo el cuerjro d ip lo ­ m á tico , lo s altos fun­ cionarios y lo m ás escc^ ido d e la sociedad parisiense, ha sido or­ ganizada, com o saben ya m is lectoras, por la prensa d e esta capital c o n ob jeto d e arbitrar recursos con que a te n ­ d er á hacer m ás lle v a ­ dera la m iseria ijue pesa este invierno sobre las clases pobres d e París. Prim eram ente trató ■le celebrarse en la B o l­ sa, pero habiéndose re ­ con ocid o que este e d i­ ficio a d olcciad em u eh cs inconvenientes para el o b jeto , hiciéronse ges­ tiones para darla en la C a sa d e la C iu d ad , y gracia-s i la buena v o ­ 6 .— O e n e f a b o r d a d a p a r a r o p a d e m e s a luntad d el A yu n tam ien ­ to , los organizadores del b aile han podido disponer d e los suntuo­ sos salones d el p a la ­ cio m un icip al, recien te­ m ente erigid o sobre la s ruinas del incendiado por la Com un a. D e b o añadir en obsequio al A y u n ta ­ m iento que n o tan sólo ha cedido el edificio, sino que h a corrido con la casi totalidad d e los gastos m ateri-iles á fin d e que los productos fuesen á parar íntegros ó poco m énos á poder d e lo< n ecesitados. Contán dose pues con sem ejan te m onum ento y con la dirección d e M . A lp h a n d , director de O b ras p ú b licas d e Paris y de sus colaborad ores, los señ o­ res Bouvard y B artet, n o podían m énos d e hacerse m aravillas. E l gu sto y el fecundo in gen io d e .M. A l ­ phand han triunfado d e la frialdad in evita b le de aquellas grandes paredes que aún aguardan la o r­ nam entación que deben tener algún d ia , y d e la desnudez d e ¡as piedras, disim ulada m erced á los lu jo 'o s tap ices con que se cubrieron, soberbiam ente com binados con asom brosa profusión d e frondoso ram aje. E l aspecto gen eral era verdaderam en te m ágico. 1.a fachada d e la C a sa d e la C iuiiad estaba ilu m i­ 7 .— D i b u j o p a r a b o r d a d o e n m a l l a Ayuntamiento de Madrid n ad a con inusitado esplen dor: e l gas, la ele ctrici­ d a d , las luces d e B en gala y los g lo b o s luminosos en los arboles del ja rd ín , d erram aban por d o quiera una brillan te cla rid ad que con vertía la noch e en esplendoroso d ia, y an te tantas y tan deslum bra­ d oras irradiaciones, ante lo s fú lgidos d estellos de los inm ensos espejos rodeados d e gu irn aldas y ante aqu ellos pavim entos sem brados d e cam elias d e n a ­ carad os pétalos, poilía considerarse e l espectador, sin hacerse dem asiada ilu sió n , en uno d e los fa ­ bulosos p alacios d e U s M il y una N och es. -------------------------------_-^ -r 7- ■ jL S a l ó n '/ / Y ‘/ / / x z / 7 4 ’ ^ ' ? / d e l a v io d a X y y ^ Y /r’ / g , / a y / Y '/ 'Y ’. ^ BARCELO N A t*r-6gr^ -a» ^ '.y z^ - f. t -aru ^ sv í ^ Ayuntamiento de Madrid Ayuntamiento de Madrid núm ero 35 E l Saló n de la 67 M oda qnesta, d irigía los m ás anim ados valses. E ste salón, de curiosísim a arquitectura, está form ado d e tres salas snce>ivas, separadas por tres ligeras arcadas: en sus dos extrem os h a y d o s chim eneas m onum entales d e m árm ol blanco, cu yas esculturas, bosquejadas solam ente, esta­ ban cu biertas d e follaje, y en cu yo fondo se colocaron A l en trar en e l p a lac io m un icip al, por la sa la d e San Juan co n vertida en gu acdaropa, causaba y a verdadera sorpresa el im ponente g o lp e d e v ista que presentaba la escaleta principal á cu yos lados estaban form ados los guardias d e P aris c o n su uniform e d e g a la . Pero antes d e su b ir d icha escaleta se v e ia en e l fondo del jard ín de invierno, ro d ead a d e u n en verjad o d orad o revestido de plan tas trepadoras, una enorm e roca d e h ielo artificial q u e no h a pod id o produ cir e l efecto deseado, porque el calor la h a d eja d o red u cid a i m énos d e la m itad d e su s dim ensiones. E n aquel ja rd in . ilum inado ¿ g ia m o c o n faroles ven ecianos y lu ces d e B en gala, y adornado d e estatuas, estab a situada la m úsica d e la guardia re­ p u b lican a, q u e DO le jo s d e la sa la d e refrescos, tocaba las m ejores piezas d e su repertorio. L a escalera d e h onor, cu y a tic a arq uitectu ra cautiva la aten ción d e! pú b lico , d ab a acceso a l salón de recep­ ción y á la gran g a le ría d e la s fiestas, arreglada p ara el b aile y q u e estaba radian te con la b la n ca clarid ad de sus d oce arañas, com puestas d e lám paras eléctricas reunidas por grupos. E n e l londo, h ab ia u n tablado ocupado por la orqu esta d irigid a por A rb a n ; enfrente, un vestíbu lo con cu atro fuente-s d e b ulliciosos y frescos surtidores, y en uno d e sus lados una vasta galería de anchas ventanas con lujosos cortin ajes, d esd e la cual se do m in aba e l b a ile en su vertigin o so conjunto. A travesan do en seguida un buffet, se pasaba á un vasto salón en d on de M etra, e l fam oso d irector d e or- provisionalm ente algunas estatuas. Pasábase después a l suntuoso d espacho d e l prefecto del S e n a; lu égo á otro buffet, en seguida a l salón de los P reb ostes, trasform ado en un inm enso bosque, destinado á sa la de fum ar é ilum inado p o r d iez y seis cand elabros, y p o r ú ltim o , f l u í a n la sa la d e sesiones d e! A yu n tam iento, reservad a para e l cuerpo d iplom á­ tico , y la d e la Prensa, d estinada p ara los G ran izad o íe s d e la fiesta. P ero la m aravilla de la s m aravillas era la espaciosa b ib lioteca con vertida en re sla u ra n t, d on de se h a ' bian colocad o cien m esas para cuatro personas cada una y en las cuales se servían cenas á och o francos por cabeza P ero com o se creyó con razón que ciertas per­ sonas preferirian cenar por gru p os d e diez ó d oce, se arreglaron detrás d e la b ib lio teca diez salon cilos que no estuvieron desocupados por cierto un m om ento. D esd e ántes d e las rtíez d e la n och e los salones esta­ ban literalm ente atestados d e g e n te , siendq im posible form arse una idea d el asp e cto que presentaban 3 d icha hora los alrededores de la C a sa d e la C iu d ad . P o r las 8 .— C a m i s a d e d o r m i r calles de R iv o li, S an A n to n io , V icto ria y plaza del Chatelet a van zaba u n a verdadera m area h u m ara y dos filas de carruajes q u e, adm irablem ente orden adas, llega b an hasta las T u lle tla s. Y haciendo aquí ju sticia á los directores de la fiesta, asi com o á los agentes d e la autoridad, debo d e­ cir que á pesar d e los m illares d e personas que á ella asis­ tieron, tod as pu d ieron entrar sin tropiezo ni detención a lgu n a, tan gra n d e fué e l orden q u e reinó. N o m enor fué e l d el servicio d el gu aid a ro p a , tan solicito y b ien desem ­ peñ ad o, que nadie tu vo que detenerse n i h ub o que lam en­ ta r siq u iera e l extravío de un alfiler. P o co después d e las d iez em pezó el b aile, que estuvo sum am ente anim ado, pues lo cierto es que hasta la per­ son a d e tem peram ento más h ipocon d riaco no podia ménos d e ce d er al m agnetism o irresistible d el espectáculo que le rodeaba. A q u e l despilfarro d e luces que trasfotm aban el suntuoso edificio en un p alacio de diam ante destellando á lo s reflejos d e una aurora sobrenatural, los arm oniosos so­ n id os d e nutridas orquestas que ejecutaban danzas de arre­ batadoras m elodías, la s m il y m il alegres conversaciones d e los con curren tes q u e deponiendo !a etiq u eta enojosa d e la s fiestas oficiales, m anifestalian con sus oportunas ocu rren cias una fam iliar aunque discreta a le gría , la esplen ­ d id e z d e los salones, e l gusto y elegancia d e los trajes que 1 0 .— T r a j e d e s e ñ o r i t a 9 .— T r a j e d e s e ñ o r i t a sin set ostentosam ente lujosos, guardaban consonancia con la iudole en c ie ilo m o d o d e m o c rá lic a d e la reunión, tod o en fin form aba u n con ju n to am eno, d eleitab le y á propósito p ata d ar un m om ento d e tregu a a l esplinm ás arraigad o y á la preocupación m ás m olesta. L o s buffets estuvieron m uy concurridos. L a baratura d e las bebidas atrajo á las personas sedientas á causa del ca lo r que e ra exc esivo . E n p articu lar el tñ n k -h a ll, ó sala d e refrescos, se tom ó casi por a salto , y lo s d o s­ cientos velad ores que en él habia n o b asta ro n ;d esu erte q u e m uchos d e los concurrentes se hicieron servir, no sin trabajo, e n e l m ostrador. A la s dos d e la m añana se suspendió el b a ile un m o­ m en to p ara verificar e l so rteo d e la T ó m b o la . L-as salas en q u e estaban exp u estos los o b jetos rifad os, cedidos en su m ayoria por los artistas y lo s grandes industria­ le s, se ílenaron en un m om ento d e apiñ ada m uchedum bre. E n tre d ich o s objetos, cu yo núm ero pasaba de dos m il, figuraba un sob erb io jarrón d e p orcelan a d e Sev rc s, ofrecido por el presidente d e la R epú b lica. El sorteo, que n o p u d o term inar, h a b i é n d o s e a p l a z a d o su c o n c l u ­ s i ó n p a r a e l siguiente d i a , se v e r if ic ó d e un m o d o tan n u e v o c o m o p in to rC 'C O . 1 1 .— C a m i s a d e d o r m i r Ayuntamiento de Madrid Sacaron las bolas num eradas d oce niñ as d e diez á quince años, q u e form aban parte d el cu erpo d e b a ile , y q u e, vestidas d e C eres, llev ab a n sujetos los cabellos con coron as d e espigas d e o ro rem atadas en una estrella d e cin co pu n tas, y en e l cu e ­ llo unas cintas d e raso azu l d e las cu ales pendían unos can as­ tillo s b lan cos adornados d e filetes de oto claro en cu yo fondo estaban las b o la s. S e la s co lo có alternan do de cin co en cin co d elan te d e la tribuna d e lo s m úsicos, y á una señal d el d irector d e ta T ó m b o la , ca d a una sacab a una b o la d e su ca n a stillo y la levan tab a á la altura d e su cabeza, m iéntras dos em pleados decían e n a lia voz el núm ero a sí formado. Su spen dida la tóm b ola, v o lv ió á em pezar el b a ile q u e duró h asta la s cin co d e la m añana, term inan do con e l co tilló n de rigor, en e l cu al se repartieron elegan tes y caprichosisim os objetos, y que estuvo d irig id o por algunos em p lead os d e la prefectura, lo s cuales babian ensayado d e antem ano m ultitud d e figuras, casi todas m uy origin ales y en su m ayor parte nue­ E l Salón de la M oda 68 N ú m e r o 35 vas, q u e seguram ente se reproducirán eu ios salones abiertos tod avía hasta el d ia d e l G ran Prem io d e la s carreras d e c a ­ ballos. T a l b a sido, rápidam ente reseñada, esta fiesta d e la q u e se sobre los desnudos hom bros de la s dam as. V isto este salon d esde la puerta, p a rece el encarttado p alacio d e un hada. E l com edor, donde se sirvió e l buffet, da á un delicioso in vern a­ d ero, pequeño si, pero que ofrece la particularidad d e que, en virtud d e una bien en ten dida com binación d e espejos, se re ­ producen hasta lo infinito sus adm irables plan tas exóticas, causan do tan sorprendente ilusión, q u e el espectador puede creerse trasportado á algún m isterioso y b alsám ico rin cón del legendario O riente. guardará m ucho tiem po recuerdo, tanto por su adm irable y bien ordenada organización com o por el num ero d e personas que han asistido á e lla , y que no b a b ajado d e i; ,o o o , asi como por los productos que ha d ad o para el benéfico ob jeto que la ha inspirado, lo ; cuales se calcu lan en 300.OOO francos. E n un principio se destinaban estos exclusivam ente para ios pobres d e Paris, mas los últim os sucesos d e la guerra con C h in a sugi. lieron la idea d e hacer participes d e e llo s á los h eridos del T o n k in , y habiéndose acord ad o asi, se repartirá d ich a suma por m itad entre unos y otros. H a con tribu ido á com pletar la referida cantidad lo recauda­ do durante los d o s d ia ; siguien tes por perm itir visitar e l ed ifi­ cio á las personas q u e n o podiendo disponer d e veinte francos, precio d el b ille te para el baile, deseaban recorrer y adm irar los salones tal com o se habían adornado para la fiesta D e este modo, y á pesar d e haber fijado en 50 céntim os solam ente el precio d e la en trada, se h an recaudado 20,000 francos más, In cu al significa q u e han satisfecho su m odesta curiosidad 40,000 personas. A lg u n a s d e mis lectoras desearían saber qué personajes princ ip a lts ó conocidos han asistid o a l b aile d e l fio t e l d e V ille ; bien quisiera com placerlas, pero e s im posible citar nombres entre tan num erosa m ultitud: sólo in d icaré que entre los ca b a ­ lleros y dam as españoles pude ver a l em bajador señor Cáriieñas y á los señores d e R u te, y entre los iudividuos d e nuestra aristocrática sociedad a l duque d e la R ochefoucauld, a l p rin ­ cip e d e S agan , á M ad . G a u th eieau , e t c ,, etc. E s in ú til d ecir que acud ieron á esta fiesta cuantas n otab ili­ dades constituyen en París la sociedad aristocrática, diplom ática, artística, literaria y financiera. S e b ailó en todos los salones, en e l d e honor, en la galería con tigu a, en la sala lla ­ m ada de las curiosidades por estar alH reunidos todos los tesoro sariistico sq u e el barón ha coleccion ado con in teligen te afan; en la sa la d e recepcicjnes y hasta en el com edor. T erm in ó tan agrad able fiesta con e l ob ligad o co tilló n d irigid o por el co n ­ d e J . de L a S a lle y la señorita E len a d e R oth sch ild , que lle ­ vab a un d elicioso traje d e pajizo color. P ero n o h an term inado a qu í la s m agnificencias d e estaq u in cen a en punto á b ailes suntuosos, pues com o si et actual invierno m oroso hub iera querido recuperar e l tiem po perdido y m orir alegrem ente, cutre la feb ril agitación d el p la ­ cer y el ruido d e las fies­ tas, ha h abido otra porción d e reuniones b rillan tísi­ m as, entre la s cuales son d ign as d e particu lar m en ­ ción e l baile d e m áscaras dado por e l pintor G u stavo Ja cq u et, que ha firmado sus in vitacion es con el seudónim o d e G a illa rd , y el b a ile d e etiq ueta c e le ­ b rado en el soberbio p ala­ cio d e la baronesa S a lo ­ m ón d e R iith sch ild . E l prim ero h a sid o m agnifico, suntuoso, desde el punto d e v ista artístico, pero so ­ lem ne y fallo d e en íra iii, i pesar d e que el anfitrión h a h echo lo posible por anim ar á sus in vitad o s en cu yo obsequio se h a g a sta ­ d o cin cu enta m il francos en e sta fiesta. V erd a d es que h a ten ido el gu sto de ser a clam ad o por la m u l­ titud q u e llen aba los alre­ d edores d e su h o te l cu an ­ d o le h a visto cruzar la plaza M alesherbes, caba­ lle r e e n un arrogan te p o ­ tro, y vistiendo con tanta soltu ra com o elegancia un ricxj traje d e la época de E n riq u e I I I ; peto esta satisfacción le ha costado a lg o cata, sin con tar con que sus con vidados n o han quedado d ei to d o satisfe­ c h o s . pues un b aile de m áscaras donde n o relua la fim ilia rid a d y la alegría es más aburrido que uno d e o b liga d a g a la . £ 1 d e la baronesa de Rothsohild se ha distin gu i­ d o en cam bio por la d i lincioD y d iscreta cord ia­ lidad d e los concurrentes asi com o por la m aravi­ llosa suntuosidad del lo ­ c a l. E l salón d e b aile es ium enso, con su chimeuen m o n u m en tal, su galería circular d e barandaje d e­ licadam ente e scu lp id o y su elegan te ciipula desde lo cu al derram aban varios aparatos eléctricos torren­ tes d e esplen dorosa luz 13 . — T r a j e d e v i s i t a Y ahora que d e trajes hablo, caigo en ¡a cuenta d e que h e llegad o casi a l final de m i revista sin in dicar nada acerca d e las m odas. N o e s d e extrañ ar: durante e l actual invierno se han ofrecid o tan pocas ocasiones de d eseiib ir fiestas com o las que d ejo ligeram ente reseñadas, que m e he aprovechado con fru ición , aunque n o con la latitud apetecible, de la oportunidad ofrecida por estas para in d em n izará mis lectoras d e la in evitab le m onotonía d e las revistas anteriores. D ed icaré pues el poco espacio d e q u e puedo disponer i ha­ b la r de los som breros, cuya m oda em pieza ya á fijarse, con m arcada tendencia á con servar y áun á aum entar la altura d e la copa, e s d ecir que lo que d o s años atrás e ra a nch u ra, se ha con vertido ahora en elevación. - P e io a d o fa n ta s ía e m p o lv a d o ( v is to D or d e trá s) E l tip o m ás gracioso y distinguido d e los som breros de se ­ ñ oritas e s el siguiente: paja b e ig e ó m orado claro, d e copa alta, con el ala-visera lig e ­ ram ente in clin ada á un lado y ligeram ente levan ­ tad a a l otro. E l a la va forrada de terciopelo ó d e la te la con que se adorna el som brero. L a granadina d e seda m oteada d e tercio­ p e lo , con stitu ye uno d e los adornos más bonitos. U n a granadina co lo r d e fresa, con m otas gran ate que sirva d e forro a l a la y forme retorcid o a lre d e ­ dor d e la copa, y aparte 14. — T r a j e d e c a s a Ayuntamiento de Madrid d e esto dos pájaros d e plu ­ m aje sobriam ente dorado, puestos á m odo de pen a­ ch o á am bos lados d e un lazo la rg o , produce e le ­ gan te efecto. S e ponen asim ism o en los som breros, sean cerra­ dos ó no, ram itos d e llares finas y hojas brillantes. T o d a s las flores lirve n para este adorno, sin e x ­ ceptu ar tam poco las m a­ zorcas d e m a íz , aunque son preferibles las espigas de trigo y d e aven a; por últim o, las gram íneas de todo genero se mezclan con lasgran d es flores para hacer el ram o menos pesa­ do á la vista. T o d a v ía se llevan plum as rizadas en los som breros redondos, pero solam ente en estos. A ctu alm en te im ­ peran las a ves torn asola­ d as y brillan tes y la s alas doradas. P a ra los b e b é s, se usa indiferentem ente la capota b e b é adornada d e telas caprichosas, ó el som brero d e a las anchas con grandes lazos flotantes. L o s som breros d e las niñas tienen cierta afinidad con los d e las señoritas; son tam bién de a lta copa con e l adorn o puesto d e ­ lante. N o dejan de lle v ar flores, pero lo más admilid o es ponerles lazos de m oite ó d e gasa á m odo de penacho, con grandes a g u ­ jas atravesadas y alguna que otra ala. P a ra term inar con lo núm ero 35 E l S alón d e la M oda que á los soiabceros se le ñ e ie , añ ad iré que, á ñn d e a im o n iza i la form a con la elevación , las aves puestas á m odo d e p e­ n acho tienen las plum as d e la co la rem atadas á m odo d e b á c u ­ los, siendo a ltas, y casi siem pre doradas ó salpicadas d e oro, L o s teatros nos han o fre d d o en esta qu incen a un sólo estre ­ no, y bien desgraciado por cierto; e l dram a en tres actos titu ­ la d o : E l Divorcio de Sarah Afoore, puesto en escena e n e l O d eo n y d eb id o á la plu m a de una conocida escritora que ocu lta su verdadero nom bre tras el seudónim o d e Jacq ues Rozier. A pesar d e los esfuerzos d e lo s a r tis ta s á los q u e el pú­ b lico ha procurado dem ostrar su deferen cia, el dram a ha nau­ fragado d esastrosam ente, h abien do caíd o e l telón en tre la rechifla más estrepitosa d e cuantas se han oid o en los teatros d e m ucho tiem po acá. E n em iga de hacer leñ a del árbol caído, n o diré m ás a cerca d e esta d esgraciad a producción. ■t A n a r DA E C O S D E M A D R ID ; H ablem os d el tiem p o!— E l b aile d e los condes d e V illa go n z a lo .— M ás fiestas.— U n libro n u evo.— E n la v ic a ria .— Boda en P a la c io .— E l tenor A n tón en la Pavorita. — Miss O céana. — U n a artista d e la tierra.— Casos sospechosos.— U n orador n o tab le.— F in d e fiesta. El clima de M adrid se parece á una coqueta: tan pronto dice que sí com o que no; tan pronto os acari­ cia com o os maltrata. Salís por la mañana embozados en vuestra capa, y sudáis el quilo; dais por la tarde una vuelta con abri­ go d e entretiempo y os quedáis convertidos en ca­ rámbanos. Y tod o esto de un modo brusco, sin tran­ siciones suaves. E l almanaque, que tiene á su cargo la crónica oficial d e las estaciones, trae este año m ojados los pa­ peles. C om o que dice que hemos entrado en la primavera. Pero ni una golon ­ drina en los aires, ni una flor en los campos. Y cuando no llueve, nieva ; y cuando no nieva, graniza. T od o lo cual no obsta para que la gentry madrileña se d i­ vierta en grande y que la coronada villa arda en fiestas, com o decía el poeta. Por ser la más bri­ llante de todas figura en primer lugar el bai­ le dado por los condes de Villagonzalo en su palacio, recientem en­ te reconstruido, d e la calle d e San M ateo. L a invitación era para las diez y media de la noche. A las once la circulación era ya d i f í c i l por aquellos vastos y suntuosos sa­ lones. Pero no entremos en el nuevo edificio por el balcón, sino por el portal, que es ver­ daderamente el de una morada d e magnates. A l pié de la escalera, an ch a, elevada, divi­ dida en tres tramos y encajonada e n tr e dos altísimos muros W -; 15 - P e in a d o fa n ta s ía e m p o lv a d o ( v is to p o r d e la n te ) 16 .- T r a j e d e c a s a 69 donde se abren elegantísimas tribunas, dos grandes tiestos de caoba con aros dorados sostienen dos pán­ dalos de hojas verdes y aceradas, com o cuchillos de ágata. Grandes tapices adornan la espaciosa antesala. A llí numerosos servidores vestidos de calzón corto color de avellana, casacon verde y media de seda blanca, desembarazaban d e los abrigos á los invitados, los cuales penetraban luégo en la espléndida galería, que recuerda las del palacio de Versalles, á cuya entrada y bajo las encorvadas ramas de un plátano colosal recibíalos la dueña de la casa con la amabilidad y distinción que le son propias. L a hermosa condesa vestía con la sencillez de la verdadera elegancia: ni una flor, ni una joya; para deslumbrar bastábale con su natural belleza. Después de atravesar por varios salones, á cual más rico y suntuoso, llegábase al de baile, cuyo tono general es claro con golpes de oro. Sobre el lustroso pavimento y bajo la elevada techumbre maravillosa­ mente pintada, en m edio de una atmósfera de luz, entre oleadas de perfumes y al compás de la deliciosa orquesta de los zíngaras, entregábase al placer de la danza todo lo más distinguido y elegante de la hig/ilife madrileña. A las once y media se presentaron SS. A A . las infantas doña Isabel y doña Eulalia, que fueron reci­ bidas al pié de la escalera por el marqués d e la T o r­ recilla y el conde de Villagonzalo. A l punto la orquesta marcó estruendosamente el rigodón de honor. L a infanta doña Isabel tuvo por pareja al dueño de la casa; la infanta doña E ulalia al marqués de la Torrecilla; la condesa de Villagonzalo al pre­ sidente del Consejo de ministros; la marquesa de Santurce al duque de Fernan-Nuñez; la marquesa d e la Torre­ cilla al señor conde de Solms; la duquesa de A lb a al duque de Medina-Sidonia, y la condesa de Puñonrostro al conde d e Ofalia. Entre tantas belle­ zas com o discurrían por aquel palacio en­ cantado llamaban la atención la duquesa de la Torre, que iba d e blanco luciendo un caballito del diablo, d e brillantes, en la ca­ beza y dos collares de estas piedras en la lí­ nea del escote; la de Alba, elegantísima con su traje color anaran­ jado con blonda ne­ gra; la condesa de Pinohermoso que vestia traje oscuro con ador­ nos de oro; la d e la Corzana, traje blanco bordado con sedas de colores..... Pero ¿á qué seguir? La lista de las damas hermosas que pueblan los salones de nues­ tros palacios es inter­ minable. Adem ás, ya la conocen nuestras lectoras. Durante toda la no­ che sirviéronse refres­ cantes helados y deli­ ciosos fresones. A las tres de la ma­ drugada se empezó el cotillón Ilenode figuras graciosas y originales, concluyendo la fiesta con una opípara cena. 1 7 .— T r a j e d e c o n c i e r t o Ayuntamiento de Madrid 70 E l S alón de la M oda Tam bién se ha bailado en el hotel de la duquesa d e la Turre, en casa d e la condesa de Cartel, en los salones de la d e R ascón, y por último en el palacio de Altamira donde varias damas de la aristocracia organizaron una fiesta de beneficencia que paiecia un sueño de hadas. E n ninguna d e estas diversiones ha faltado la or­ questa de los zíngaros acompañados y presididos por el anterior empresario del regio coliseo señor Rovira, que es quien los ha contratado y traído á España. L a juventud, pues, no puede quejarse: bailando todas las noches se desquita con creces de las peni­ tencias de la Cuaresma. oscuro y las infantas doña Isabel y doña Eulalia iban de negro. L a novia estaba encantadora con su elegante atavío d e desposada, lucia un valioso aderezo de diamantes blancos y sujetábale en la cabeza el flotante velo una m agnífica corona ducal d e inestimable valor. Term inada la cerem onia y después de haber con ­ versado cariñosam ente SS. M M . con los recien casa­ dos, estos se dirigieron al palacio de la infanta doña Cristina, d e donde salieron al dia siguiente para Se­ villa. E l írousseau de la desposada es digno de una prin­ cesa de las M il y una noches. Con el título de Quelques reminiscences de ma vie aniínciase la publicación de un libro cuya lectura ha de ser sumamente interesante y provechosa. E n sus páginas, escritas las primeras con rayos de sol, medio borradas las últimas por amargas lágrimas, la ex-emperatriz Eugenia, la condesa de T eb a, que fué un dia la reina de la hermosura española, cuenta la historia de una grandeza humana, la historia de su propia vida. Luz, mucha luz al principio; luégo penumbra; des­ pués todo sombra. E l teatro R eal está de enhorabuena. Andrés Antón se presenta en las tablas del regio coliseo á cantar la parte d e Fernando en L a Favorita. Gran espectacion en la numerosa y escogida con ­ currencia que llena la sala. S e levanta la cortina y el público recibe á Antón con un silencio sepulcral; pero á las primeras notas se oyen murmullos de aprobación; termina el aria y estalla una tem pestad de aplausos. Gayarre tiene un sucesor. Las bodas m enudean que es una bendición de Dios. N ad a ménos que veintisiete se celebraron el úl­ timo domingo, sólo en una parroquia, entre gente de la clase obrera. H é aquí veintisiete pasiones en las que la cruci­ fixión es segura y la resurrección imposible. Gran fervor manifiestan los de abajo en el culto á H im eneo; mas no se muestran m énos fervorosos los de aniba. L a señora doña M arta de R ojas y Martínez de Velasco, marquesa de Aguiar, se ha unido en terceras nupcias con el señor don Eduardo d e Laguardia, persona muy conocida en los círculos aristocráticos. Tam bién se ha leido la epístola d e San Pablo á la hermosa señorita doña Inés Subiela y al bizarro co­ mandante don Baldom cro Ibañez, á quienes apadri­ naron los marqueses de Arenzana. Y se anuncia para dentro de muy breve tiempo la boda de don Cristino Martos con doña Elvira León, viuda del fiscal señor Socías del Fangar. E l ilustre tribuno, en cuya casa probablem ente no se hablará estos dias más que de amonestaciones, de equipos de novia, de partidas de bautismo y de viajes de luna de miel, quiere seguir el ejem plo de su hijo mayor que acaba de unirse en sagrado lazo con doña Laura de la Escosura y Espronceda, nieta del famoso autor d e £ l Diablo mundo. Pero la boda d e la quincena ha sido la que se c e­ lebró en Palacio entre el hijo segundogénito del di­ funto infante don Sebastian, don Pedro Alcántara de Borbon y Borbon, duque d e Durcal, y la linda y ele­ gante señorita doña Caridad Madan y Uriondo. A q u el dia e! sol habia hecho una excepción, sin duda en obsequio á la dichosa y enamorada pareja; d e vez en cuando, por entre negros y apiñados nubar­ rones se dignaba mostrar sus rubias guedejas á los contristados madrileños, que y a casi no le conocen. A las diez de la mañana, la camarera mayor de Palacio, señora duquesa d e M edina de las Torres, fué á buscar á la novia á su casa de la calle de la Reina, a! mismo tiem po que el señor marqués d e Alcañices iba por el novio á su palacio de la calle d e Ferraz. U n a vez los futuros esposos en la régia morada, celebráronse los esponsales en el magnífico salón d e tapices, diciéndose después la misa d e velación. Asistió al acto toda la'fam ilia real, así com o las infantas doña Cristina con sus hijos y doña Isabel Fernanda, los jefes superiores de Palacio, los duques de Baeza y de Sessa, los marqueses de Villaraanrique, V elada, Alm enas y Monasterio y los señores de P¡gnatelli y Aristizábal. E l Rey vestía el airoso uniforme de capitán general; la R ein a llevaba un precioso traje de terciopelo verde E ntre las notabilidades que se han exhibido en el C irco de Price al inaugurarse esta temporada, el pues to de honor corresponde al bello sexo; á dos m u­ jeres. M iss Océana es una estatua griega de carne viva. Sus contornos son escultóricos. Posee la belleza rubia y serena de la norte americana y la robustez y exube­ rancia de formas q u e caracterizan á las beldades del M ediodía, Sólo con su presencia produce el entusias­ mo en los hombres y despierta la envidia en las m u­ jeres. C uando se tiende en aquel colum pio de alambre, casi invisible, parece una diosa del Olim po dormida en el aire. C om o artista n o vale gran cosa. Sus ejercicios son únicamente un pretexto para hacer admirar su her­ mosura. L a otra notabilidad se llama Elvira G u erra: es una artista española, nacida en Lora del Rio. Pocas ecuyires hemos visto tan correctas como ella. M onta á la alta escuela divinamente. E s la distinción á caballo. H áblase de casos sospechosos ocurridos no sólo en Játiva sino también en otros puntos, alguno de los cuales está muy próximo á Madrid. Pero no se toman medidas. Porque aquí nadie se acuerda de Santa Bárbara hasta que truena. Y si alguno se acuerda, los que debieran oírle ha­ cen com o que no le oyen. Ocurríansenos las anteriores reflexiones una de es tas noches pasadas en los salones de la Sociedad española d e Higiene, donde el señor don Angel Fer­ nandez Caro daba una conferencia sobre uno d e los puntos discutidos en el Congreso internacional de higiene del Haya. Entram os en aquel recinto com o profanos y sólo por mera curiosidad, pero salimos d e allí vivamente impresionados. Em pezó por cautivar nuestra atención la gallarda figura y distinguidos m odales del orador; subyugá­ ronnos luégo lo castizo d e su lenguaje y lo elegante y enérgico de su palabra; y por último no pudimos ménos de admirar su lógica y su sentido práctico, que en verdad, son de primera fuerza, porque es de saber que el orador nos convenció d e que..... V am os á ver: ¿de qué dirán Vds. que nos con­ venció? Pues de una friolera: en primer lugar de que todos los españoles somos unos papanatas, ó com o él de­ Ayuntamiento de Madrid N ú m e r o 35 cía, de que aquí todo el m undo tiene más d e Quijote que de Sancho. Eso ya lo sabíamos. ¿ Y luégo? Luégo de la importancia de la higiene escolar. Eso lo ignorábamos; pero ¿á qué hablar de higiene escolar en un país donde apénas hay escuelas? N i higiene. E l señor Fernandez-Caro predicó bien, pero predi­ có en desierto; lo cual no quita para que-le señale­ mos com o uno d e nuestros más notables oradores y sobre todo com o uno de los pocos españoles que se acuerdan d e Santa Bárbara antes que truene. Cuatro poetas trasnochados, d e esos que por ahí llaman bohemios, con más pereza que talento, y más talento que dinero, apurados por el hambre, tomaron un dia la resolución de ponerse aquella misma noche á trabajar, Y dicho y hecho. Sana la cabeza y el estómago vacío, reuniéronse á las seis en casa de uno de ellos, que habia podido arreglar, con harto trabajo, un ve­ lón y una mesa. Sentados ya todos alrededor de esta pusiéronse los cuatro amigos á meditar sériamente sobre los medios de salir d e la estrechez en que vivían. E l dueño de la casa habló primero. — ¿Si hiciésemos un drama para V ico? — No; mejor es un sainete para V ariedades: el público quiere reír,— replicó otro. — Fundem os un periódico satírico,— dijo el ter­ cero. E l cuarto no decía nada, pero recibía todas las proposiciones con un movimiento de cabeza. — ¿Y tú, que ta n to miras el v e ló n , crees que él te va á in s p ir a r? ¿Q u é hacemos? Varaos, di...— exclamó el dueño d e la c a s a dirigiéndose a l silencioso com pa­ ñero.— D in o s tu Opinión. — O pino,— contestó el alu4ido,— que vendamos el velón para irnos á comer. S iE B E L . RAYOS DE SO L NOVELA i Continuación ) Por segunda vez, en pocos minutos, sintió Lorenzo que el carmín de la vergüenza enrojecía sus mejillas. Tratado primero com o un vago despreciable, se le invitaba luégo á ocuparse en una faena propia de mujeres y de niños, sin fuerzas ni conocim ientos para cosa ménos ridicula. L a proposición no era seducto­ ra, ciertamente; pero cuando la sublevación de su amor propio le impulsaba á rechazar lo que por de pronto creía una bajeza, apareciósele la iniágen de Magdalena extenuada de fatiga, de Julián minado por una fiebre lenta, de él mismo mortificado, marti­ rizado por las necesidades de la exigente naturaleza... — Ea ¡valor!— dijo para su capote.— Por hoy lo q u e se presenta; mañana lo que D ios depare. Y sin pensarlo más tiempo, quitóse la blusa y se metió entre las viejas gruñonas y los niños revoltosos, procurando no oir las cuchufletas de los trabajadores que se le reían en las barbas viéndole entregarse á tal faena. A lguna vez estuvo tentado de hacer pagar cara la burla á los burladores; pero pudo más en él la idea del deber cumplido; se habia vencido á sí propio y á cada instante se sentía más fuerte y más dispuesto á cum plir su deber. Propia ó no propia de un guapo mozo la tarea, desempeñóla con buena vo­ luntad, digna d e m ejor empleo. N o pasó desapercibida la conducta de Lorenzo del empresario de la obra, que se sintió naturalmente inclinado en favor d e un hombre jóven y al parececer inteligente, que prefería á la forzada holganza una O c u p a ció n cualquiera, por infantil que fuese. A sí fué que cuando Barrios hubo acopiado un re­ gular monton d e virutas y astillas, y empezó á buscar, de aquí para allí, algo con qué llevárselas, cuyo algo no tenia por de pronto, el susodicho empresario le dijo: — ¡Ehl... ¡compañero! A h í tienes un buen pedazo núm ero E l S alon d e la M oda 35 de arpillera... H a z tu atillo con él, y ya me lo d evol­ verás cuando hayas vendido tu mercancía. Lorenzo dióle las gracias, cargó con su previsión y se encam inó en busca de la salida. — ;Oye!...— gritóle el contratista.— C uida que olvi­ das la blusa... — N o la olvido;— contestó Barrios— la dejo en ¡jrenda. V . no tiene obligación de fiarse de mí. — Pero ¿en prenda de qué? — D e la arpillera que me ha prestado. — Enhorabuena, ya que así lo quieres. Hasta la vuelta. L a vuelta se verificó en efecto, y áun se repitió varias veces durante el dia. A cada viaje d e Barrios correspondia la venta d e su mercancía, es decir, un lucro de algunos céntimos, no muchos, pero, al fin y al cabo, un jornal bueno ó malo de por junto. U n sudor copioso inundaba el rostro y el cuerpo todo de nuestro obrero; mas soportaba valientem en­ te la fatiga viendo aumentar el número de perros grandes y chicos que eran el premio de aquel rudi­ mentario comercio. O cupado se hallaba en su trabajo, á eso de las tres de la tarde, cuando le suplicaron que fuese á arrimar la espalda para sacar de su apuro á un carretero cuyo ve­ hículo se había atascado junto á la puerta. Estaba dota­ do Lorenzo de una fuerza hercúlea, de suerte que apénas echó mano á la rueda é imprimió al carro un impulso de elevación com o suyo, el vehículo se en­ contró fuera del bache. — ¡ C om pañero! — exclam ó uno de los operarios,— valiente musculatura tien es... Lástim a que con exce­ lentes cuatro cuartos, te dediques á coleccionar virutas y astillas, com o los niños. — Cuando no se tiene otra cosa mejor que hacer, se hace lo que se puede —contestó Barrios enjugando con el revés d e su ancha mano las gotas de sudor que le surcaban el rostro. — Pues vaya— dijo un capataz;— si tanto deseas prosperar y tal fuerza tienes, coge esta sierra por un extrem o; coge tú el extremo opuesto— y designó á otro operario— y m a n o sá la obra... E s una faena que no necesita grande aprendizaje. Apénas dicho, ya estaba Lorenzo encaramado en lo alto del aparato de aserrar, y com o algo entendia del arte, en poco tiem po él y su compañero dieron cuenta de la primera jácena que se les había confiado. A la primera sucedió la segunda, y á esta otras, hasta la puesta del sol, en que terminó el trabajo del dia. — ¿ T e vienes con nosotros?— preguntóle uno de sus nuevos compañeros. Barrios rehusó, porque harto sabia que la mayor parte de estos iban á desparramarse por las tabernas que hallarían al paso. El empresario le hizo entrar en la barraca donde arreglaba sus cuentas, y ponién­ dole una peseta en la mano, díjole: — A q u í tienes tu cuarto de jornal, honradamente ganado Si te acomoda, puedes venir desde mañana á la obra. M e pareces un buen m uchacho, y ahora vamos á que me refieras tus cuitas, con una copa de ron en la mano. — G racias, mi a m o ,— contestó Lorenzo— no lo tome V . á desaire; pero tengo hecho propósito d e no volver á la taberna ni al café, no diré precisamente en lo que me resta de vida, pero al ménos en mucho tiempo. T engo mis razones para ello; algún dia las sabrá V , Hasta mañana, mi amo. E l empresario fué siguiendo con la vista á Barrios, hasta que éste salió de la obra. — Pues, señor,— murmuró luégo;— aún me atengo á lo dicho: es un buen muchacho y seria pecado de­ jarle en la miseria. ¡O jalá se le pareciera toda esa cuadrilla de perdidos que se burlaban de él esta ma­ ñana!... VI E l siguiente dia y sucesivos, Lorenzo acudió pun­ tualmente al trabajo, y bien por jornal, bien á destajo, siempre retiraba un salario, modesto, pero honrosa­ mente adquirido. Esto habia influido poderosamente en su carácter, que volvió á ser dulce y pacífico como en sus buenos tiempos. Algunas veces ocurria que, al retirarse á su casa, le dijera Magdalena; — H a n preguntado por tí... U n caballero quería encargarte tal ó cual m ueble... E n semejantes casos, suspiraba Barrios pensando en su anterior situación; comparando el exiguo jornal presente con el que hubiera podido corresponderle á tener su antiguo taller, sus oficiales que le llamaban maestro, sus parroquianos, su porvenir... Pero, en fin, D ios lo habia dispuesto de otro m odo y Lorenzo se resignaba y hasta era relativamente feliz, pues estaba satisfecho de sí mismo. T od o, por lo visto, hubiera continuado tranquila­ mente, en m edio de la estrechez de aquella adm ira­ ble familia, si no hubiera 'existido en ella un gérm en de irrem ediable tristeza, casi puede decirse de desesperación, E l pobrecito Julián ib a 'd e mal en peor: no parecía sino que la vida pendía de un hilo en aquel cuerpo excesivam ente delicado. Miéntras sus exiguas fuerzas lo permitieron, su madre le sacó todos los dias del sótano en que habitaban y le paseó con intento d e que respirase el aire puro de la.primavera. Algunas veces, cuando la flaquedad de piernas de Julián le impedia andar por sus propios piés, M agda­ lena cargaba con él en brazos y le conducía al lugar donde trabajaba su padre, á quien llevaban la frugal com ida del m edio dia. Pero la fatiga em pezó á minar las fuerzas de la desdichada madre, que á su vez ne­ cesitaba quien la ayudara á soportar las propias fati­ gas. E n algunas ocasiones, bien por falta de tiempo, bien por exceso de cansancio, habia de renunciar á acompañarse de su hijo: en tales casos, le acomoda­ ba lo mejor posible, siempre donde pudiera alcanzar­ le, siquiera de paso, un hermoso rayo d e sol. D e esta suerte el bueno d e Julián aguardaba pacífico y resig­ nado la llegada de su cariñosa madre. Precisam ente la víspera de uno de los dias en que habia de tener lugar tal escena com o esa, la pequeña Emilia, encaramada sobre las rodillas d e su tio Juan, decia: — Oiga V-, tio; mi querido tio ... Y a que es V . tan bueno para mí, no tendrá inconveniente en acompa­ ñarme á casa del pequeño Julián. Prometí llevarle mi hermoso canario, y si hubiera V . visto qué alegre se pu so... — Pero, hija mia ¿has pensado bien en lo que d i­ ces? .. ¿ N o calculas que en cuánto te desposeas de tu pajarito, lo vas á echar de ménos? — M ucho que sí— contestó Emilia, viniéndosela las lágrimas á los ojos;— m ucho que sí; porque yo quiero m ucho á mi canario.,. N o obstante, más falta le hace al pobre Julián... Si V . le viese... T ien e un Semblante tan triste! Y luégo, su debilidad es tal que apénas puede tenerse en pié. Cuando tenga mi paja­ rito que le haga compañía, ya no estará solo y se pondrá muy alegre... ¡Y a lo creo que se pondrá muy alegre!... Con que, oiga V ., tio ,lo que vam os á hacer V . y yo. ■ — Sepam os... — Ñ us levantaremos temprano; saldremos de casa; V. llevará la jaula de Mimí y yo el cucurucho que contiene su mijo y s u alpiste. D e paso pediremos á la cocinera una hoja d e lechuga, y hétenos á entram­ bos... — C abal, hétenos á entrambos siendo el hazme reird e la gente. V aya, señorita, sea V . todo lo cuerda posible y responda ¿qué pensarían, qué dirían nuestros conocidos, viendo á D . Juan del Castillo conducien­ do de una mano á su sobrina y d e la otra m ano la jaula de un canario? — ¡Toma!... D irían,., A h í va n D . Juan y su sobrina... ¡Y poco satisfechos que van el uno y el otro!... Con que, está d ich o: ¿m e acompañará V . á casa de Julián? — B ien habrá que hacerlo, siquiera para com placer á V. Y dicho y hecho. A l dia siguiente, el señor don Juan del Castillo, el taciturno D. Juan, el enfermo D. Juan, el m iedoso D . Juan, se h ad a vestir su paleto mejor forrado y se preparaba contra los rudos ataques d e un frió que sólo existia en su imaginación, para trasladarse á una calle húmeda y malsana, sin más objeto q u e obsequiar con un pájaro d e regalo á un niño pobre y enfermo que le era perfectamente desconocido. Y esto con la circunstancia agravante de que ni la noche se habia pasado bien, ni el dia era de los más apacibles; pero el diáblillo de Emilia habia m adrugado com o un traginero, y desde las primeras horas d e la mañana se habia instalado en Ayuntamiento de Madrid 71 el gabinete d e su tio, á punto de salir á la calle, cargada aínda mais con las municiones de boca de Mimí, com o si proveyera á este contra las eventuali­ dades de un sitio. Por todo lo cual, no le quedó más recurso á D. Juan que hacerse cargo dócilm ente de la jaula y trasladarla al carruaje que E m ilia habia hecho preparar una hora ántes. C uando la interesante pareja y el consabido cana­ rio llegaron á casa d e los esposos Barrios, Julián se encontraba solo en ella, cosa que le ocurria bastante á menudo, solo y sentado en la silla que raras, muy raras veces, le era dado abandonar. C on la nariz pegada á los cristales de su estrecha ventana, espa­ ciaba la vista, si espacio existia realmente en el mezquino zaguan d e la casa, y sonreía plácidamente contemplando un pequeño gato que se lamia y rela­ mia la pata,_ con esa coquetería típica de la pequeña raza felina. Im posible es describir el movimiento de sorpresa y de alegría que hizo Julián á la vista de las inespe­ radas visitas y sobre todo á la vista del hermoso canario, que una sola vez en su vida habia tenido ocasión de admirar. Por de pronto se quedó extático, sin proferir palabra, con los ojos clavados en don Juan y en su hermosa sobrina; mas cuando ésta le tendió la jaula, en adem an de regalársela, fué una verdadera explosión de entusiasmo la q u e se produjo en el pobre niño, revelada por un sin número de besos aplicados á los dorados hierros de aquella elegante prisión portátil. El señor de Castillo contem plaba enternecido la alegría d e una y otra criatura, porque E m ilia no parecía ménos contenta que Julián, al ver el inmenso efecto producido por su regalo. — Pero, vamos á ver,— dijo D . Juan al cabo de un rato,— ¿dónde está tu madre? — Mi madre ha salido para llevar la com ida á mi padre,— contestó el m uchacho, sin quitarle el ojo á su canario. — ¿ Y dónde trabaja tu padre?— insistid Castillo. — N o s é , señ o r; pero tengo entendido que es muy léjos d e aquí; allá por los últimos d e la Caste­ llana. — ¿ Y en qué se ocupa, que se da tal caminata? — A l principio recogía astillas y virutas... Parece que hay por allí un gran solar lleno de ellas. — ¿Y para qué recogía tu padre esos desperdi­ cios?... — ¡T om a! para venderlos luégo á los que se los compraban. — D e suerte, que tu padre n o trabaja ya de eba­ nista... — N o, señor; creo que tuvo que vender sus enseres para satisfacer una deuda sagrada. A hora ha mejo­ rado bastante de ocupación, si bien n o todos los dias son igualmente buenos. A yu d a á los carreteros á cargar y descargar grandes piezas de madera, muy grandes y m uy pesadas; d e m odo que á menudo viene á casa rendido de fatiga. Pero cuando así su­ cede, parece más contento, porque m ayor jornal le entrega á mi madre. Por al contrario, cuando tiene que volver á las astillas y á las virutas, parece que le haya ocurrido una desgracia, según lo triste que viene á casa. D. Juan se sentía com o torturado por las ingénuas explicaciones de Julián. A sí es que, miéntras éste y Em ilia, ebrios d e gozo, instalaban el canario junto á la ventana y le daban pedacitos de azúcar y bizco­ cho, d e que aquella habia hecho considerable provi­ sión, Castillo inspeccionaba hasta el últim o rincón de aquella estancia humilde, fria, húmeda, notable solamente por la carencia de todo confortable y hasta de mucho de lo más necesario. Si apartando la vista d e la estancia, la fijaba, á través d e la estrecha ven­ tana, en el zaguan, echaba de ver la im posibilidad de que en hora alguna llegase el sol hasta el fondo de aquella especie de abism o, donde únicam ente el musgo podia vegetar libremente. Y en seguida paraba su atención en aquel pobre niño, flaco, pálido, ra­ quítico, no tanto por culpa de la naturaleza, com o por la serie de privaciones á que estuvo sujeto desde que vino á lo que propiamente podia llam ar la cárcel, d el mundo. (S e continuará) 72 E l S alón d e la M oda N ú m e r o 35 P E N S A M IE N T O S P A S A TIE M P O S S O LU C IO N N o avergonzar^ie d e las D E LO S D E L N Ú M ER O 3 3 fa lta s, es d up licadas. Prestando servicio i un E n ig m a .— E l bastón. hom bre h onrado, nos h a ­ cem os acreedores á la gra ­ titud del m undo entero. N o e xijáis d e otro lo que n o esteis dispuestos á h acer vosotros mismos. — Cyro. E a la ira s en eru: C E E M I L I A E D 0 S e conoce m ejor e l cará cie i d e una persona por las cartas que se le dirigen que por las que é l mismo escrib e.— óh/íMey. N 1 A L I V A T E N A S R P H ace d edu car por un esclavo ¿ vu -stro h ijo y resultará q u e tendréis dos esclavos en lugar d e uno. — Levana. O O N o h ay por qué llore­ m os tan to á los m uertos,.. A l fin y a l cabo están rea­ lizan d o un viaje que todos hem os d e h ace r,— A n tiphanes. L Criptegrafía. — L a resignación en la desgracia es una virtu d en e l in d ivid u o , pero no lo es en un p u eb la, porque las desgracias d e un individuo pueden ser irrem ediables; las d e un pu eb lo nunca lo son. P a ra com batirlas cabe em plear las fuerzas in te ­ lectuales, m orales y fí-íc a s de todos los ciudadanos, y si la generación que em ­ pieza la generosa tarea de regen erar á su p a is , no lle g a á verla term inada, otras gen eraciones lo v e ­ rán, porque las naciones n o m ueren com o m ueren los in d ivid u os.— A ía n in . U n buen libro es e l m e­ jo r de le s am igos; en su com paílfa pasais agrada­ blem ente el tiem p o, aun en aqu ellos casos en que no teneis d e quien fiaros. N o h a y cuidado q u e re­ v ele ninguno d e vuestros secretos y os enseña toda la sabiduría que contiene. — M á xim a oriental. C a lm a e l desenfreno d e tns pasiones: siéntate en e l ban ­ q u ete d e la v id a com o e l más hum ilde d e los con vidados y no se te ocu rra ped ir lo que e l menú n o traiga.— Von Knebel. D o s cosas constituyen a l po eta y a l artista; saber elevarse á m ayor altura d e la realidad y perm anecer dentro d e los lím i­ tes d e la perfección física. A q u e llo es a rtístico que con cilla estas dos con dicion es.— Goethe. D on d e n o h a y luch a no h a y triu n fo; d e lo cu al resu lta qne nuestro enem igo e s e l principal au xiliar d e nuestra victoria__ Roberto Peel. N in gu na tentación h a y más peligrosa que el creernos a le ja ­ dos d e toda ten tación .— Quesnel. E N IG M A ¿Q u é cosa es aquella que se p U acon otra igu al; se la traza sobre e l papel y se la ejecuta en la ca lle! CUADRADO HUKÉRICO I 63 1 8 y 1 9 ,— T r a j e s d e p a s e o L a prim era sensación que experim ento a l encontrarm e en presencia d e una criatura hum ana, por hum ilde que sea su con d ición , es la d e la igu aldad originaria de la especie. U na vez dom inado por esta id ea, m e preocupa m ucho más q u e la d e serla ú til ó a grad ab le, la d e n o ofender en lo más m inim o su d ign id a d .— Tocqueville. L o s griegos idearon un dem onio protector; p ata los cristia­ nos existe un á n gel d e la gu arda q u e v ela p o rq u ien le lle v a en su a lm a , precisam ente cuando arrastram os nuestras alas por el fa n g o .— Angelo de Cubernatis. R E C E T A S U T IL E S Para lim piar la s esponjas engrasadas de ja b ó n , basta d ejar­ las m uchas horas en a gu a en la que se h aya d ilu ido un buen puñado d e sa l gris, y aclararlas en seguida con a gu a pura. L A S PO M PA S D E JA B O N T o d o e l m undo se afana por v iv ir m uchos añ os y sin em bar­ g o n ad ie quiere ser v ie jo .— ówíV*. L o s m ismos vicios puede engendrar e l orgullo desmesurado que la hum ildad e x c e s iv a .— MontesquieuL a suciedad det cu erpo es una m alísim a condición p ara la lim pieza d el a lm a .— M ad. Stowe. 62 6e 6 0 . . . 2 3 4 S • • -6 4 O cúpense los puntos representados en el anterior cuadrado con las cantid a­ des com prendidas entre P A R A L I M P I A R L A S E SPO N JA S D E T O C A D O R L a cien cia es lu z del entendim iento, g u la d e ta verdad, com ­ pañera de la sabiduría. P ero esa lu z b rillan te que nos encanta, no nos ha sid o concedida p ara a legrar sim plem ente nuestra vista, sino p ara gu ia r nuestra m archa y reglam entar nuestra voluntad.— B otsuel. O veja que b ala b ocad o pierd e. Sem blanza histirica. — D o ñ a U r ra c a , reina de C a stilla y L eón , esposa de D . A lfon so e l Batallador. Charada.— Catarata, C o n frecuencia se b uscan m edios p ara entretener á los niños enferm os. L a s burbujas d pom pas d e ja b ó n suelen distraerles m ucho cuan do ven en ellas lod os los colores del prism a. S i en lugar d e em p lear ja b ó n com ún se h ace uso d e una pequeña cantidad d e oleato d e sosa y d e glicerin a, se obtendrán pom pas de tam añ o sorprendente y que ostentarán los más vivos y b ri­ llan tes colotes. Su duración e s á veces considerable, pues en m ás de una ocasión se las ha conservado d eb a jo d e un fanal basta cuarenta y ocho horas. S on m uchos los que destruyen su herm osura por la m al en ­ tendida idea d e hacerse m ás herm osos.— Bossuet. f i y 59 , d e m odo que las sum as d e la s Hneas h ori­ zontales y verticales y de las dos grandes diago na­ les, d é 2Ú0. L O G O G R IF O C o n las siete letras que com ponen e l nom bre d e un m ar, fo r ­ m ar las palabras signientes: I-* U n á rb o l.— 2.* U n d io s.— 3.* U n apénd ice,— 4.» JJn arm a d efen siva.— 5.“ U n a bebida. — 6,* L a h em bra d e una ñ era.— 7.* U n a nota d e m úsica.— 8.’ V o z d e m an do.— 9 • U n to n e l.— 10.“ U n a prenda para la cabeza.— I I .* O b jeto propio d e las arm as d e fu ego,— 12.* U n a entrevista. SE M B L A N Z A H IS T Ó R IC A C e ñ í en T o le d o corona Q u e arrastró un b é lico rio, Y en S e v illa m i cabeza O tra adornó con su brillo. P or m i estirpe y mi hermosura T u v e dos régios m aridos, Q u e si al Suprem o H acedor Rindieron cu lto distinto, E n su desastrosa m uerte Fueron, am bos parecidos, Y yo, m isera, á la tumba Oscuram ente segullos. CH ARADA P rim a y segunda se lom a M as no se coge n i prueba; P rim a y tres e s u n conjunto; D os y tres, d e go zo m uestra, Y e l todo, b á siglos q u e está E n la castellana tierra. Q uedan reservados los derechos d e propiedad a rtisticay literan a Ayuntamiento de Madrid B a r c e l o n a . — I h p . d e M o n t a n e r y S im ó n