DON PEDRO DE CÁRDENAS, MECENAS Y EDITOR DE GONG O RA

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D O N P E D R O D E CÁRDENAS, M E C E N A S
Y EDITOR DE GONG ORA
Desde q u e A u b r e y F . G . B e l l identificó a d o n Pedro de Cárdenas
y Á n g u l o con el " C a r d e n i o " señalado en l a edición desglosada d e l
siglo X V I I de La Estrella de Sevilla, como su a u t o r , se han v e n i d o
investigando los pormenores de la vicia de este poeta cordobés y desenterrando algunas de sus poesías. E n el Homenaje a Amado Alonso
r e p r o d u j i m o s u n soneto, el p r i m e r o que se ha descubierto firmado
con su n o m b r e y a p e l l i d o , en lugar de su seudónimo poético d e
" C a r d e n i o " (NRFH, 7, 1953, 433-438). D e pasada, facilitamos varios
datos biográficos de Cárdenas, encontrados en Nicolás A n t o n i o (Bibl.
Hisp. Nova, 2^ ecl., t. 2, p. 178) y no recogidos por B e l l . H o y aportamos nuevos informes sobre l a v i d a y l a o b r a de Cárdenas recogidos
igualmente en Nicolás A n t o n i o , en las Rimas de Paredes y en e l
epistolario de Góngora; estos datos complementan y a veces rectifican los que ofrecen V a l d e n e b r o y Ramírez de A r e l l a n o . T r a n s c r i bimos, además, tres obras poéticas de Cárdenas, fechadas en 1569,
1617 y 1622.
Decíamos en el trabajo citado de la NRFH, siguiendo a Nicolás
A n t o n i o (nunca lo bastante consultado y utilizado), que d o n P e d r o
de Cárdenas era u n a d m i r a d o r de Góngora. Pues b i e n , el p r o p i o N i colás A n t o n i o (loe. cit.) nos da l a siguiente noticia, que parece haber
pasado i n a d v e r t i d a de los investigadores: " D . Petrus de Cárdenas
et Á n g u l o , Cordubensis, . . . typis m a n d a r i curavit p r i m u s opera
poética vernácula D . L u c l o v i c i a Góngora, adjuncto brevi, sed eleganti, poetae elogio". Verdadero mecenas —según el término empleado por G a l l a r d o al referirse a él (Ensayo, t. 3, c o l . 1086)—, cabal l e r o de Santiago, veinticuatro de Córdoba, personaje influyente y
acaudalado , Cárdenas protegió sin d u d a , en su c i u d a d natal, a l
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A . F . G . B E L L , " T h e a u t h o r oí La Estrella
de Sevilla",
REH, 59 (1923),
296-300; y " W h o was C a r d e n i o ? " , MLR, 24. (1929), 67-72.
J . M . DE VALDENEBRO Y CISNEROS, La imprenta
en Córdoba, M a d r i d , 1900;
R . R A M Í R E Z DE A R E L L A N O , Ensayo de un catálogo biográfico de escritores de la
provincia
y diócesis de Córdoba,
M a d r i d , 1921-22. (Véase J . DE LA T O R R E e n
BACórd,
6, 1927, n ú m . 18, p . 68).
E r a p r o p i e t a r i o de u n a h e r e d a d e n e l t é r m i n o de las Posadas, d e s c r i t a
p o é t i c a m e n t e e n u n r o m a n c e p o r A n t o n i o de P a r e d e s e n sus Rimas
(véase
1
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3
NRFH,
IX
DON PEDRO DE CARDENAS
poeta p o r q u i e n sentía admiración, y publicó la p r i m e r a edición de
sus versos (los manuscritos c i r c u l a b a n desde m u c h o antes).
Ignorando l a n o t i c i a de Nicolás A n t o n i o , o en oposición a ella,
aunque sin citarla, los biógrafos de Góngora y los bibliógrafos de l a
literatura española declaran que l a p r i m e r a colección impresa de las
obras del " H o m e r o español" fue l a r e u n i d a y p u b l i c a d a p o r J u a n
López de V i c u ñ a en M a d r i d , 1627 (libro raro, pues la edición fue
recogida p o r d e n u n c i a a l a Inquisición, en la que se tachaba la o b r a
de i n m o r a l e irreligiosa) . E n l a introducción " A l lector" manifiesta
L ó p e z de V i c u ñ a que "archivo fue dellas [de las poesías de Góngora]
la librería de D . Pedro de Cárdenas y Á n g u l o " (así en el ejemplar
de N u e v a Y o r k ; en el de M a d r i d , y en el descrito por G a l l a r d o , se
lee por errata: "de Córdoba y Á n g u l o " ) . L a siguiente edición, aprobada conforme a l a censura del P. J u a n de P i n e d a , fue la preparada
p o r G o n z a l o de Hoces y Córdoba, M a d r i d , 1633 .
C o m o protectores del poeta se suele n o m b r a r al D u q u e de L e r m a ,
a clon R o d r i g o Calderón y al C o n d e - D u q u e . Esto no empece para
que h u b i e r a contado Góngora con u n p r i m e r protector en su Córdoba natal. Nicolás A n t o n i o es claro y terminante. N o s falta, s i n
embargo, u n dato de i m p o r t a n c i a : la descripción bibliográfica d e l
v o l u m e n editado p o r Cárdenas. Nicolás A n t o n i o no suministra n i e l
título, n i el lugar, n i el año. N o es ésta l a única vez que el ilustre
bibliógrafo omite tales noticias; pero en varias ocasiones h a n sido
descubiertas o completadas por bibliógrafos posteriores. Sus informaciones son puntuales y concretas: Cárdenas fue el " p r i m e r " e d i t o r
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infra, n o t a 6), f. 20. L o p e p i n t a e n l a Arcadia
(1598) a u n p o e t a " C a r d e n i o "
r o d e a d o de a b u n d a n c i a y r i q u e z a : " . . . l a b a r c a de C a r d e n i o , e l rústico, t a n
c o m p u e s t a de c o m i d a y d i v e r s i d a d e s de frutas, c o m o se s u e l e n v e r de p o p u l o s a s
c i u d a d e s las p r o v e í d a s placas e n años f é r t i l e s " (ed. de 1653, f. 223). S e g ú n B E L L ,
L o p e alude aquí a Cárdenas.
Obras en verso del Hornero español, q u e r e c o g i ó l u á n L ó p e z de V i c u ñ a ,
M a d r i d , 1627. A costa de A l o n s o Pérez, m e r c a d e r de l i b r o s (GALLARDO, t. 4, c o i s .
1211-1212; SALVA, Catálogo,
t. 1, n ú m . 640; ARTIGAS, Góngora,
p . 207, n o t a 1;
JEREZ, p . 4.6; P E N N E Y , [II], p . 272); e j e m p l a r e s e n l a B . N . M . , e n l a B i b l . d e
M e n é n d e z Peí ayo (ambos i n c o m p l e t o s ) , e n l a B . N . P . y en e l B r i t i s h M u s e u m .
L a H i s p a n i c Society of A m e r i c a t i e n e dos e j e m p l a r e s c o m p l e t o s , u n o p r o c e d e n t e
d e l a b i b l i o t e c a d e l D r . W . I. K n a p p y e l o t r o acaso de l a de S a n c h o R a y ó n ;
a u n q u e t i p o g r á f i c a m e n t e i d é n t i c o s , p r e s e n t a n v a r i a n t e s de i m p o r t a n c i a , c o m o
" D e I s a b e l de l a P a z " c a m b i a d o e n " D e a q u e l l a t a l p o r q u a l " (f. 20). F u e M i s s
C . L . P e n n e y (Supplementary
list of books printed
before iyoi in the
Library
of the Hisp. Soc. of Am., c u a d e r n o m e c a n o g r a f i a d o de l a sala de l e c t u r a ) q u i e n
d e s c u b r i ó estos c a m b i o s , hechos q u i z á d u r a n t e l a i m p r e s i ó n . E l s e g u n d o e j e m p l a r c o n t i e n e , a d e m á s , v a r i a n t e s escritas c o n l á p i z a l m a r g e n , p r o c e d e n t e s d e l
" M s . d e l C . d e l Á g u i l a " , s e g ú n se a n u n c i a e n e l p r i m e r f o l i o . — S o b r e las v i c i s i t u d e s de esta e d i c i ó n de 1627 véase e l r e l a t o de ARTIGAS, Góngora, p p . 207-212.
4
5
S o b r e las v a r i e d a d e s de esta e d i c i ó n
(en r e a l i d a d dos e d i c i o n e s d i s t i n t a s )
y l o s e j e m p l a r e s q u e se c o n s e r v a n , véase H . SERÍS, RFE,
14 (1927), 438-442.
NRFH, IX
HOMERO SERÍS
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de Góngora y añadió en su edición " u n breve, pero elegante elogio
d e l poeta". Acaso se estampó el l i b r o en Córdoba y n o en M a d r i d ;
acaso se imprimió u n a corta tirada; es posible que se haya p e r d i d o
hoy totalmente, pero también es probable q u e subsista algún ejemplar. H e ahí u n a búsqueda interesante p o r emprender.
D e las Rimas de d o n A n t o n i o de Paredes, publicadas después d e
su m u e r t e , hemos extraído más noticias sobre l a v i d a y las poesías
de Cárdenas. H a y u n a dedicatoria d e l L i c . Andrés J a c i n t o d e l Á g u i l a a d o n P e d r o de Cárdenas, p o r l a c u a l nos enteramos de q u e éste e r a
m u y afecto a las obras de excelentes poetas y de buenos prosistas
de todas lenguas, c o n que adornaba y enriquecía su biblioteca; q u e
apreció m u c h o e l i n g e n i o de Paredes en v i d a y l o celebró después d e
m u e r t o c o n versos llenos de majestad y elegancia, " a l fin como hijos
de su gallardo i n g e n i o " . "Podría ser —agrega— el patrón y defensor
d e l l i b r o , por los muchos dones de su fortuna, como de nobleza,
hazienda, &c." E n efecto, en l a portada aparece e l n o m b r e de Cárdenas c o n su escudo.
T e n í a d o n Pedro u n hermano l l a m a d o d o n J u a n de Cárdenas
y Bocanegra, poeta, de q u i e n se inserta u n a "estancia toscana" (Rimas, f. 15) que muestra l a influencia de Italia en los poetas que r o deaban a Góngora, y otro h e r m a n o c o n e l n o m b r e de d o n M a r t í n
de Saavedra Caizedo, caballero d e l hábito de Alcántara, poeta igualmente, a q u i e n ofrece Paredes (f. 17) u n a "sylva o epístola" . E n t r e
los hijos d e l mecenas, referidos en conjunto p o r Nicolás A n t o n i o ,
p u n t u a l i z a Paredes l a existencia de u n a hija, a q u i e n , niña a ú n ,
dedica u n romance (f. 26 v°).
E n el m i s m o l i b r i t o (ff. 28-31) se lee u n romance —anterior a
1622—, fragmento "de u n a C o m e d i a que c o m p u s i e r o n nuestro Poeta i D o n P e d r o de Cárdenas i Á n g u l o , i p o r ser m u i culto i elegante,
i andar ya suelto en algunos traslados, se i m p r i m e c o n las demás
obras", según declara e l colector. G a l l a r d o fue el p r i m e r o en dar esta
n o t i c i a e n su Ensayo (t. 3, c o l . 1087), donde copia diez versos. E l
romance consta de ciento sesenta versos; n o l o reproducimos p o r
6
7
ANTONIO DE PAREDES, Rimas, Córdoba, 1622. Descritas por GALLARDO, t. 3,
cois. 1084-1087: lleva el año de 1622 en la portada y en el colofón; aprobación
encomiástica de L o p e de Vega. E n la Hispanic Society hay u n ejemplar (PENNEY,
[ I I ] , p. 462; VALDENEBRO, núm. 118): el año de la portada es 1623 Y l del colofón 1622; las aprobaciones están fechadas en 1622 y la fe de erratas y la tasa
en 1623. D o n A n t o n i o Rodríguez-Moñino ha reeditado las Rimas de Paredes
(Valencia, 1948). E n el prólogo nos ofrece los siguientes datos sobre el autor:
fue soldado y poeta alabado por Cervantes; nació en T r u j i l l o (Extremadura)
a fines del siglo x v i o principios del x v n ; vivió en Córdoba; murió joven;
excelente poeta.
6
e
Habrá que poner en duda los nombres Diego de Cárdenas y Fernán
Arias de Saavedra que da R A M Í R E Z DE A R E L L A N O (t. 1, p. 107), quien no documenta sus noticias y cae con frecuencia en confusiones.
7
N R F H ,
I X
DON PEDRO DE CARDENAS
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considerarlo o b r a exclusiva de Paredes, ya que entre sus Rimas l o
incluye el colector. E l que h a b l a parece dirigirse a otro personaje d e
la comedia n o m b r a d o " C a r d e n i o " , que recuerda a l C a r d e n i o d e l
Quijote, retirado a l monte a causa de u n amor contrariado; esta
lamentable historia se asemeja a l a que n a r r a el romance, si b i e n
aquí el protagonista n o es, como en l a o b r a de Cervantes, C a r d e n i o
mismo, sino l a persona q u e le cuenta sus cuitas. G a l l a r d o (loe. cit.,
col. 1086) se preguntaba si Cárdenas o C a r d e n i o tendría algo q u e v e r
con el C a r d e n i o d e l Quijote. Rodríguez Marín afirmó que eran u n o
mismo, es decir, u n caballero Cárdenas, de Córdoba (ed. d e l Quijote
en Clás. cast., t. 3, 1912, p p . 52-53, nota). Cárdenas y Paredes, en s u
comedia, parecen i m i t a r a L o p e de Vega en l a p a r t i c u l a r i d a d d e
introducirse el autor bajo u n n o m b r e poético (como Belardo, etc.).
L a asonancia é-o de este romance concuerda c o n l a del segundo de los
tres romances d e l acto I I I de La Estrella de Sevilla, vs. 2174-2555 .
E n t r e las demás poesías de Paredes se destaca, p o r último, u n
soneto a l licenciado Pedro Díaz de R i b a s , panegirista de Góngora,
en su defensa de las Soledades y el Poli femó (f. 8 v°).
A raíz de los ruidosos descubrimientos de Foulché-Delbosc y d e
B e l l —el p r i m e r o p u b l i c a d o en 1922 y el segundo en 1923 (cf. supra,
n o t a 1)—, ocurre u n suceso inusitado en el m u n d o de l a erudición.
E n 1925 se i m p r i m e l a biografía de Góngora p o r M i g u e l A r t i g a s ,
en l a c u a l se tienen m u y en cuenta las cartas —unas publicadas y
otras inéditas— d e l "cisne a n d a l u z " . E n algunas de ellas se h a b l a
de d o n P e d r o de Cárdenas y Á n g u l o , " e l íntimo amigo de G ó n g o r a " ,
c o m o le l l a m a Artigas. Y he aquí l o inusitado: Artigas n o había
advertido q u e l a personalidad de Cárdenas era el tema de a c t u a l i d a d
entre profesores e hispanistas y que los investigadores andaban a caza
de todo l o atañedero a este poeta. N o menos insólito, aunque excusable, es el que a estos investigadores, a su vez, n o se les haya o c u r r i d o
i r a husmear en u n l i b r o sobre Góngora aparecido dos años después
de los hallazgos sobre el autor de La Estrella de Sevilla: estaban
8
9
10
E d . de Reed, D i x o n y H i l l , New York, 1939, pp. 87-102. Los romances
abundan en La Estrella: uno en el acto I , dos en el I I y tres en el I I I ; suman
1146 versos, de los 3029 que tiene la comedia en el texto largo (37%), y son l a
forma poética más favorecida. Se notan, en el romance publicado en las Rimas,
casos de hiato, diéresis, sinalefa y sinéresis que sin duda aparecerían asimismo
en el resto de la comedia. Si algún día se descubriera ésta completa, habría
que aplicarle el método de la ortoepía (véase H . SERÍS, " L a ortoepía", S, 8,
1954, 76-81), comparándola con el texto de La Estrella, y acaso así tendríamos
una prueba concluyente sobre la paternidad de esta famosa tragedia.
8
R . FOULCHÉ-DELBOSC, ed. y estudio de La Estrella de Sevilla, en RHi, 48
(1920), 497-678. (El fascículo salió con dos años de retraso).
M . ARTIGAS, Don Luis de Góngora y Argote,
biografía y estudio
crítico,
M a d r i d , 1925. E n el apéndice i° (pp. 285-342) se publican sesenta y seis cartas
inéditas. E l libro carece de bibliografía.
9
1 0
HOMERO SERÍS
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NRFH,
IX
lejos de suponer relación alguna entre Cárdenas y Góngora, de la c u a l ,
en c a m b i o , se hallaba m u y b i e n enterado A r t i g a s .
A u n q u e Artigas desconoce la n o t i c i a de Nicolás A n t o n i o (que
fue la que nos hizo a c u d i r a la biografía de Góngora más d o c u mentada y completa), llega a l c o n o c i m i e n t o de las estrechas relaciones que unían a los dos poetas cordobeses a través del epistolario de
Góngora. A l r e d e d o r de 1611, escribe, "podemos apreciar en C ó r d o b a
cierto florecimiento poético, que aumenta en años sucesivos". A l
lado de Góngora convivían y escribían varios poetas, entre ellos " c l o n
Pedro de Cárdenas y Á n g u l o , el íntimo de d o n L u i s , gran aficionado y colector de sus poesías" (pp. 123-124 y 143). T a m b i é n m e n c i o n a
(p. 124) a d o n A n t o n i o de Paredes, " e l capitán alabado p o r R u f o
y elogiado por Cervantes". E n todos ellos "se echa de ver la h u e l l a
ele G ó n g o r a " (p. 146). E l p r i m e r o de sus amigos a q u i e n e n v i a b a
Góngora sus composiciones era Cárdenas, el cual las hacía c i r c u l a r
en Córdoba y en M a d r i d . Artigas, basado en varias cartas, entre
ellas u n a célebre de P e d r o de V a l e n c i a (30 de j u n i o de 1613), reconstruye los primeros pasos de la divulgación del Poli femó y las
Soledades, poemas tan discutidos luego: " D o n L u i s sacaría o m a n d a ría sacar copias, dos por lo menos, para enviarlas a M a d r i d . U n a a
su íntimo amigo, d o n Pedro de Cárdenas, excelente poeta cordobés,
con expreso encargo de que las llevase a Pedro de V a l e n c i a , y e n
n o m b r e suyo solicitase su j u i c i o y censura". Así l o hizo, según se
desprende de l a mencionada carta de V a l e n c i a a Góngora, al p r i n c i p i o de l a c u a l muestra su agradecimiento por haberle dado a conocer a d o n Pedro de Cárdenas . Éste los comunicó también a C a b r e r a ,
a d o n E n r i q u e P i m e n t e l , a P a r a v i c i n o y al contador Morales ( A R T I GAS, pp. 129-130).
C u a n d o se traslada Góngora definitivamente a M a d r i d , m a n t i e n e
l a antigua y entrañable amistad con Cárdenas. Góngora le consagró
dos sonetos, u n o en 1614, con m o t i v o de u n encierro de toros, y o t r o
en 1616, estando su amigo en G r a n a d a durante u n a sequía. R e i m p r i 11
12
T r a t a de C á r d e n a s e n las p p . 49, 102, 103, 123, 130, 137, 138, 143, 146,
170 y 209.
S o b r e las dos versiones d e esta c a r t a véase D . ALONSO, " G ó n g o r a y l a
c e n s u r a de P e d r o de V a l e n c i a " , RFE,
14 (1927), 347-368. L a v e r s i ó n " c o r t a "
fue p u b l i c a d a p r i m e r o p o r SERRANO Y SANZ e n RABM,
3 (1899), 406-416, c o n
v a r i a n t e s de l a v e r s i ó n " l a r g a " e n n o t a . F o u l c h é - D e l b o s o insertó ambas, í n t e g r a s ,
e n su ed. de las Obras de G ó n g o r a , N e w Y o r k , .1921, t. 3, p p . 242 ss. E n n u e s t r a
o p i n i ó n , l a c o r t a fue l a p r i m e r a e n escribirse. L o s o r i g i n a l e s a u t ó g r a f o s se c o n s e r v a n e n l a B. N . M . , mss. 3906 (la corta) y 5585, ff. 166-169 ( l a l a r g a ) . A d o n
P e d r o de C á r d e n a s se refiere V a l e n c i a c o n estas p a l a b r a s : " L a s p a r t i d a s g r a n díssimas c o n q u e v. m . m e o b l i g a de n u e v o , d e m á s d e l t e s t i m o n i o d e s u l o o r
c o n q u e m e h o n r a i e n g r a n d e c e , s o n : e l a v e r m e d a d o a c o n o c e r a l Sr. d o n
P e d r o de C á r d e n a s . . . " (versión c o r t a ; e d . F o u l c h é , p . 258; de m a n e r a a n á l o g a e n
la versión l a r g a , ibid., p . 243).
1 1
1 2
NRFH, IX
DON PEDRO DE CARDENAS
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m i m o s e l segundo p o r ofrecernos u n p u n t o más de l a v i d a de Cárdenas y expresar ei j u i c i o l a u d a t o r i o — u n tanto excesivo, d i c t a d o
quizá p o r l a amistad y l a g r a t i t u d — q u e le merecía a Góngora.
O t r a cosa extraña es que n i n g u n o de los investigadores interesados en Cárdenas consultara las obras q u e existían sobre escritores
cordobeses (cf. supra, nota 2). E n e l l i b r o de V a l d e n e b r o (pp. 5 4 ,
70, 78 y 80-88) h u b i e r a n encontrado l a bibliografía entonces c o n o c i d a
d e l poeta cordobés, y en e l de Ramírez de A r e l l a n o (t. 1, p p . 107108) su biografía, aunque i n c o m p l e t a y en ciertos puntos equivocada.
H e aquí nuevos datos. Cárdenas era licenciado (carta d e l 20 d e
enero de 1620; A R T I G A S , p. 170); tenía u n a hermana, doña Constanza
de Cárdenas, casada c o n d o n R o d r i g o Díaz de V a r g a s ; d o n P e d r o
casó c o n doña C a t a l i n a Venegas ; en 1624 era caballerizo de F e l i p e
I V (véase infra, nota 15). Después de este año n o hay constancia
d o c u m e n t a l de su vida, que sepamos. Nicolás A n t o n i o (op. cit., p .
178) relata u n hecho en q u e i n t e r v i n o l a v i u d a de Cárdenas en 1645;
de ahí, s i n duela, dedujo Ramírez de A r e l l a n o (p. 107) que nuestro
poeta "murió en Córdoba en 1645", cosa i m p o s i b l e de aceptar, a
menos de convertir en casi centenario a Cárdenas, puesto que ya e n
1569 había p u b l i c a d o u n a poesía. Nosotros dedujimos (NRFH, 7,
1953, p. 436) que Cárdenas había m u e r t o "antes de 1645"; a h o r a
podemos precisar algo más. E n 1624, siendo Cárdenas caballerizo d e l
R e y , fue elegido p o r éste para que se trasladara a Córdoba y entre
los caballeros amigos y deudos q u e allí tenía organizase las fiestas
de toros y cañas q u e en los estados d e l Marqués d e l Carpió se p r o ponía celebrar éste c o n m o t i v o de l a visita de Su Majestad. P e r o
Cárdenas no tomó parte en las fiestas, y su ausencia debió de prod u c i r extrañeza. Creemos q u e l a causa fue u n a enfermedad, quizá
seguida de l a muerte. Su edad avanzada (75 años si suponemos q u e
en 1569, fecha de su p r i m e r a poesía conocida, tenía 20), e l largo
viaje desde M a d r i d , l a agobiante tarea de preparar u n a fiesta t a n
p o m p o s a , agotarían las fuerzas y l a v i d a d e l poeta. Es verosímil,
pues, que m u r i e r a en 1624. P a r a resolver definitivamente este p u n t o
habría q u e h a l l a r l a p a r t i d a de defunción. Está enterrado " e n l a
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N o c o n d o n L u i s d e V a r g a s , c o m o d i c e ARTIGAS ( p . 49), n i c o n d o n R o d r i g o de V a r g a s C a r r i l l o , s e g ú n escribe, p o r c o n f u s i ó n , R A M Í R E Z DE A R E L L A N O
(p. 107). L a esposa d e este V a r g a s C a r r i l l o , escandaloso y m u j e r i e g o , q u e m u r i ó
a s e s i n a d o , e r a d o ñ a A c a c i a P i n e l o d e V a l e n z u e l a , c o m o r e c t i f i c a J . DE L A T O R R E
e n sus " D o c u m e n t o s g o n g o r i n o s " , BACórd,
6 (1927), n ú m . 18, p p . 68-69.
A s i e n t o d e l 30 d e j u l i o d e 1608 e n e l L i b r o I d e M a t r i m o n i o s d e l a p a r r o q u i a de S a n t i a g o d e C ó r d o b a , f. 253 ( R A M Í R E Z DE A R E L L A N O , p . 108).
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V é a s e J U A N P Á E Z DE VALENZUELA, Relación
del recibimiento,
hospedaje
y fiestas que el Marqués
del Carpió, gentilhombre
de la Cámara de S. M., hizo
al rey D. Philippe
HII. . . en su estado y villas del Carpió y Adamuz, y cacería
de sus montes, a 19 de febrero de 1624 ( a l final: C ó r d o b a , 1624); r e p r o d u c i d a
p o r VALDENEBRO, p p . 80-88.
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HOMERO SERÍS
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NRFH,
IX
catedral de Córdoba, en la c a p i l l a de los Cárdenas" ( R . D E A R E L L A N O , p. 107).
Veamos ahora los textos, en los cuales modernizamos la acentuación y puntuación.
Don Pedro de Cárdenas a Don Alonso de Ercilla
Ninguno con vos presuma
en valor que no os alcanza,
pues venistes con la lanc;a
y nos mostráys con la pluma
hechos de tanta pujanza.
N o os podrán negar que fuystes
el que por fuerza vencistes
la gente jamás domada,
y al yugo, por vuestra espada,
del gran Phelippe truxistes.
P o r l a fecha de estas q u i n t i l l a s , y p o r l a supuesta d e l fallecimiento de
Cárdenas, presumimos que éste debió de escribirlas hacia los veinte
años; es notable que, siendo tan joven, fuera conocido su n o m b r e
l o bastante para que se p u b l i c a r a u n a poesía suya en u n a o b r a c o m o
l a Araucana. Se insertó en l a edición príncipe ( M a d r i d , 1569) y se
repitió en las tres ediciones siguientes y en otras cinco hasta 1586.
E n las más tardías se s u p r i m i e r o n todas las composiciones encomiásticas. M i e n t r a s n o se descubra l a fe de bautismo de Cárdenas, podemos d e d u c i r que nació hacia 1550, y n o en el último tercio d e l siglo
x v i , como conjetura Ramírez de A r e l l a n o p o r n o haber conocido las
anteriores q u i n t i l l a s .
L a segunda composición de Cárdenas que reproducimos es u n a
glosa que apareció en la Justa poética celebrada en la parroquia de
San Andrés de Córdoba el día 15 de enero de 1617 (Sevilla, i 6 i 7 ) ;
precede a la glosa esta presentación (hoja 2; y ed. moderna, p. 5):
" Q u e r i e n d o , pues, el m i s m o [licenciado E n r i q u e V a c a de A l f a r o ]
(entre aclamaciones de instrumentos músicos) agradecer el zelo de
los que a instancia suya h a n afectado su devoción, propone l a G l o s a
de D . Pedro de Cárdenas y Á n g u l o a cuatro versos que se le d i e r o n
p o r m o t i v o , y en que n o sólo hay que a d m i r a r l o m u c h o que tiene
de ingeniosa, mas ponderar debidamente l o que de espiritual y
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1 T
Las quintillas se encuentran en la p. 395 (sin numerar) de la i& ed. Ésta,
y las tres siguientes ediciones (Salamanca, 1574; Amberes, 1575; Zaragoza, 1577)
son hoy rarísimas. L a bibliografía más completa de la Araucana
se halla en la
monumental edición de J . T . Medina, Santiago de Chile, t. 4, 1917, pp. 1-60,
con facsímiles.
Folleto de doce hojas sin foliación. Valdenebro y Cisneros lo reimprimió
en Sevilla, 1889, según una copia sacada por el Marqués de Jerez. L a H i s p a n i c
Society posee ejemplar del impreso original y de esa reedición moderna.
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N R F H , IX
DON PEDRO DE CÁRDENAS
erudita. O b r a de q u i e n , a l fin, califica su edad y profession c o n estudios loables y exercicios virtuosos". (Esta edad calificada c o n n o b l e s
estudios es evidentemente u n a edad provecta; si a d m i t i m o s q u e C á r denas nació hacia 1550, andaría en 1617 p o r los 67). Sigue el t e x t o
de l a glosa en l a misma hoja 2 (p. 6 de l a ed. moderna):
El que se os concede a vos
previlegio, Virgen pura,
como Hijo le asegura
quien le libró como Dios.
Glosa
Si en Dios, para tomar ser
humano, fue l a elección
inculpable, y su poder
con fuerzas de toda acción,
dueño de todo saber,
la electa Madre de Dios
inculpable fue, y no a dos
este favor quiso hazer,
que otra no h a de merecer
el que se os concede a vos.
N o anidáis fiera serpiente
aunque sois purpúrea rosa,
n i igualó feliz viviente
vuestra pureza lustrosa
n i vuestro esplendor luziente.
Ven^a, pues, tanta verdura
seco pecho y alma dura;
por que el mundo, en general,
glorioso publique tal
previlegio, Virgen pura.
Rayos despide brillantes
el sol, que os ciñe y defiende
vuestra pureza, constantes
haziendo a aquellos, que enciende
afectuosos amantes;
porque el de justicia pura
Sol, libró de niebla oscura
la que había de ser su Madre,
y lo que dio como Padre
como Hijo lo asegura.
Y pues pío afecto canta
candida a vozes limpieza,
sin duda l a Iglesia santa
pondrá al Dragón la cabera
debaxo de vuestra planta;
que si el previlegio a los
santos negado, ya a vos
se os concedió, Virgen, hallo
que habrá también de firmallo
quien lo libró como Dios.
R e p r o d u c i m o s , finalmente, estos tercetos de Cárdenas, tomándolos de las citadas Rimas de A n t o n i o de Paredes, folio 3 de los preliminares:
Elegía
de D. Pedro de Cárdenas i Ángulo, a la muerte de D. Antonio de Paredes
Ayúdame a llorar, Euterpe mía,
i bañe el llanto la funesta planta,
lúgubre emulación de la alegría.
I en tanto que te assombra, i aun te espanta,
ciñe el huérfano rostro de su rama,
que en pyramidal forma se levanta.
Acompáñete el eco de l a Fama,
que, fiel repetidor de sus lamentos,
dolor pregona, lágrimas acclama.
N o sople el más suave de los vientos,
3
o
HOMERO SERÍS
sutil galán de la sylvestre Flora,
mas ceda a los menores elementos.
Triunfe la noche, triunfe vencedora,
i opaca ya la siempre luz serena,
vista luto de nubes el Aurora.
Moriste, oh caro Antonio, i en la amena
bárbara orilla de tu Guadiana,
cada Fauno las vozes desenfrena.
Faltó en tu muerte la deidad humana
que a ley reduxo, a ley más verdadera,
el culto honor de la poesía hispana;
i en quanto ciña el sol la quarta esfera,
será luziente honor de tu memoria
por la lisonja que de Dafne espera,
porque tú reduxiste a nueva gloria
el vestido desdén de una corteza,
en los fragmentos de medida historia;
i aunque has pagado a la naturaleza,
el verde braco de la Nympha hermosa
ceñirá descarnada tu cabeca.
Lisonjera beldad, causa amorosa
metaphysicamente exercitaste,
venciendo juventud tan poderosa.
Del bello objecto solamente usaste
para sujecto de la casta Musa,
que tan gloriosamente eternizaste;
i , dentro de sus círculos inclusa,
destreza singular ornó tu braco,
sciencia que el vulgo en su ignorancia acusa.
Prudente huíste el no forcoso lacp
que, cifrado en las luzes de Hymeneo,
sirve al robusto cuello de embarazo.
Era la execución de tu desseo
verter la sangre al pérfido Otomano,
cruzado el pecho con el blanco asseo.
Esta resolución seguiste en vano,
que tu ilustre nobleza examinada
fatal decreto te robó temprano.
I no sólo perdió Malta tu espada:
perdió tu lyra, a cuyo claro acento
se viera nuevamente edificada,
i el edificio al son (no ya al violento
duro braco de artífice ingenioso)
dulcíssimo tomara firme assiento.
Cambiaste, al fin, el trato belicoso
por el suave si encendido fuego
que abrassa el pecho al Serafín hermoso.
Donde, sin mendigar del cauto Griego
NRFH,
IX
N R F H , IX
DON PEDRO DE CÁRDENAS
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el diffícil carácter que aprendiste,
para nada será el discurso ciego.
Verás allí la causa en quien consiste
el renovar la primavera hermosa
la verde pompa que a las plantas viste.
Verás la providencia nunca ociosa,
el puro amor en el origen puro,
í la justicia misericordiosa.
N o te inquietarás del m a l seguro
sucesso, que el monarca fatigado
teme en la variedad de lo futuro;
que el muro de safiros escalado,
podrás supeditar altivamente
los prodigiosos términos del hado.
Consuela, pues, oh t ú , dichoso ausente,
madre i hermanas: cuyo llanto tierno
desata el coracón copiosamente.
I entre los copos del nevado Invierno,
venciendo A m o r al desengaño crudo,
arde la fuerca del dolor interno.
I el Tajo estrepitoso, que ya mudo
a tu silencio corre, quando baña
en el sepulcro el huesso más desnudo,
desde la gran Metrópoli de España
lleve tu pyra donde el Lusitano
teme la inundación de su campaña,
i rompiendo la cresta al Océano,
adonde nace, adonde muere el día,
dos nuevos mundos (cada qual ufano)
tumba serán de tu ceniza fría.
E l colector añade l a siguiente nota: " P a r a mejor i n t e l i g e n c i a
desta y grave Elegía, advierte, lector, que D o n A n t o n i o de Paredes
m u r i ó en T o l e d o , yendo a M a d r i d a que se viessen en l a asamblea
las pruebas para el hábito de San J u a n que tomaba. T a m b i é n advierte que, haziendo e l poeta mención de D a p h n e , alude a l a fábula
que escribió D . A n t o n i o desta N i m p h a " . E n el t o m i t o de las Rimas
se i m p r i m e u n fragmento de l a Fábula de Daphne i Apolo de catorce
octavas, únicas que se encontraron, y el colector agrega que " e l Poeta
casi l a acabó" (f. 10). Se puede anotar asimismo que cuando el
autor de l a elegía se duele de que M a l t a h a p e r d i d o n o sólo l a espada
de Paredes, sino también su l i r a , " a cuyo claro acento / se v i e r a
nuevamente edificada / . . . n o ya a l v i o l e n t o / d u r o braceo de artífice
ingenioso", alude a Anfión, a l son de cuya l i r a se levantaron p o r sí
solos los muros de Tebas. L a influencia de Góngora se transparenta
en los versos de Cárdenas. Precisamente Góngora había comparado
con Anfión a su amigo en e l siguiente soneto (ed. de López de V i cuña, 1627, f. 5 v°):
HOMERO SERÍS
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NRFH, IX
A don Pedro de Cárdenas y Ángulo, estando en Granada,
año 1616, que fue de agua estéril™
Hojas de inciertos chopos el nevado
cabello, oirá el Genil tu dulce avena,
sin embidiar al Dauro en poca arena
mucho oro de sus piedras mal limado;
i del leño vocal solicitado,
perdonará, no el mármol, a su vena
ocioso, mas la siempre orilla amena
canoro ceñirá muro animado.
Camina, pues, oh tú, Amphión segundo,
si culto no, revocador suave
aun de los moradores del profundo;
que el Betis hoy, que en menos gruta cabe,
urna suya los términos del mundo
lagrimoso hará en tu ausencia grave.
C o m o se ve, siguen surgiendo poesías de Cárdenas, y seguramente
surgirán más. P o r l o pronto, sabemos de dos sonetos suyos, altern a n d o c o n tres de Góngora y u n o de Paredes, e n l a Relación de las
honras de doña M a r g a r i t a de A u s t r i a hechas e n Córdoba (Córdoba,
1612; V A L D E N E B R O , n ú m . 84); otro soneto sumergido, c o n u n o de
Góngora, en l a Proposición chirúrgica d e l licenciado V a c a de A l faro (Sevilla, 1618), médico, a m i g o de los poetas y poeta él m i s m o (cf.
V A L D E N E B R O , Justa poética . . . , 1889, p. 40); y sobre todo las Poesías
de D. Pedro de Cárdenas y Ángulo, tomo manuscrito que, según el
m i s m o V a c a de A l f a r o , se h a l l a b a e n l a b i b l i o t e c a d e l l i c e n c i a d o
Andrés J a c i n t o d e l Águila, e n Córdoba, hacia 1624 ( R A M Í R E Z D E
A R E L L A N O , p. 108).
Si las poesías líricas de Cárdenas n o son oro d e l D a r r o , n o obstante
l o q u e decía Góngora, en cambio su sentido dramático le llevó a esc r i b i r u n a o b r a maestra como La Estrella de Sevilla. E r a poeta de
segunda fila, pero dramaturgo de p r i m e r a .
1 9
HOMERO
SERÍS
Centro de Estudios Hispánicos,
Syracuse University.
E n l a ed. de Foulché-Delbosc, hecha a base del ms. Chacón, se calla
el nombre y se da otra fecha: " A u n caballero de Córdoba que estaba en G r a n a da ( 1 6 1 5 ) " (t. 2 , p. 2 2 2 ) . E n el v. 3 , l a ed. de Foulché dice invidiar,
y lagrimosos en el v. 1 4 (lecciones que se encuentran asimismo en la ed. de P. Henríquez Ureña, Buenos Aires, [ 1 9 3 9 ] , p. 6 1 ) .
Sobre esta doble apreciación véanse las palabras de FOULCHÉ-DELBOSC en
1 8
1 9
RHi,
4 8 ( 1 9 2 0 ) , p p . 5 3 1 - 5 3 2 , y las de A . F . G . B E L L ib id.,
5 9 ( 1 9 2 3 ) , p. 2 9 6 .
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